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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


Issum Boshi
Issum Boshi

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

Issum Boshi

 

 

Há muito, muito tempo, existia um casal que rezava sempre por um filho. Um dia, o pedido foi atendido e nasceu um menino, tão pequeno quanto um polegar. Chamaram-no de Issum Boshi. Apesar de ser muito pequeno, Issum era esperto e saudável e o casal agradeceu a prece atendida.

Após alguns anos, Issum Boshi continuava do mesmo tamanho. Um dia, ele chegou perto de seus pais e disse: “Papai, mamãe, eu quero trabalhar e estudar, vou à capital”. Seus pais não gostaram muito da idéia, parecia perigosa demais para um pequeno garotinho. Mesmo preocupados, acabaram concordando e deram-lhe uma agulha de costura para servir de espada.

Depois de se despedir de seus pais, Issum partiu, seguindo pelo rio ao lado de sua casa. Ele utilizava um owan (é uma pequena tigela) como barco e um hashi como remo. Após uma longa e cansativa viagem, ele chegou à capital, que era grande e cheia de gente. Issum andava com cuidado, ele temia ser atropelado pelas pessoas que iam e vinham apressadas.

Ele caminhou por um local calmo e avistou um grande castelo. “Aqui deve morar alguém muito importante, quem sabe esta pessoa não pode me dar um emprego”. Ele chamou alto por alguém e, quando um nobre senhor apareceu, não viu Issum. “Ei, cuidado, assim você vai pisar em cima de mim”. “Mas quem é você”, perguntou o nobre. “Sou Issum Boshi, gostaria muito de trabalhar aqui.”

O nobre olhou para Issum e gostou do pequeno menino, ele parecia esperto e confiável. “Acho que você pode cuidar da princesa, minha filha.” Assim, Issum passou a morar no castelo. Ele virava as páginas dos livros, carregava tintas de caneta e era adorado pela princesa. Ele também treinava a arte da espada, pois um dia, Issum gostaria de ser um samurai.

Quando chegou a primavera, a princesa resolveu visitar o templo Kyoumizu. Seu pai ficou muito preocupado, pois havia rumores de que um horroroso Oni estava andando nas redondezas e seqüestrando belas garotas. O nobre senhor pediu que alguns de seus samurais acompanhassem a princesa e Issum.

Eles chegaram bem ao templo Kyoumizu e a princesa fez suas orações. Mas na volta, ouviram gritos e gritos e, de repente, um enorme Oni apareceu e impediu o grupo de andar. Os samurais olharam para o Oni, fugiram assustados e deixaram a princesa e Issum sozinhos.

“Prepare-se, vou lutar contra você e defender a princesa”, disse Issum enquanto pegava sua agulha-espada. “Há, há, há, um ser minúsculo como você não pode me fazer mal algum”. Logo após dizer isso, o Oni pegou Issum e o engoliu. Quando chegou no estômago, Issum começou a espeta-lo e espeta-lo. O Oni não agüentou de dor e tossiu, jogando Issum para fora, que aproveitou o momento e furou os olhos do Oni.

Gemendo de dor, o monstro fugiu correndo em direção à floresta. Na pressa, derrubou um pequeno objeto, era um martelo mágico. A princesa pegou o martelo e disse: “Issum, este é um objeto mágico, ele realiza os desejos das pessoas. Você tem algum desejo? Quer jóias e ouro?”. “Sim, tenho um desejo, mas não é este. Eu gostaria muito de crescer”, falou Issum. Assim, a linda princesa pegou o martelo e bateu na cabeça de Issum, que cresceu, cresceu, cresceu e se tornou um lindo jovem. Eles voltaram ao castelo do nobre senhor e se casaram. Issum chamou seus pais para viverem juntos no capital. E todos viveram felizes, por muito tempo.

 

Carlos Cunha Arte & Produção Visual