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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


O INFERNO NÃO TEM FÚRIA / Carol Lynne
O INFERNO NÃO TEM FÚRIA / Carol Lynne

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

O INFERNO NÃO TEM FÚRIA

 

Mortais chamam de Inferno, Lúcifer chama A Cidade. É uma Cidade do bem e do mal, e Lu é o prefeito. Ele não pediu o trabalho, mas alguém com algum senso precisava manter a ordem, e depois de ir contra a Lei Arcanjo, Lu sabe que deve pagar o preço.

Apesar de seu crime poder ter lhe custado o seu lar celestial, quando um problema aparece na Cidade, seus irmãos enviam reforço à Lu, sob o disfarce de um guarda-costas de boa aparência chamado Dominic Ramos.

Usado para ter qualquer homem que ele quer, Lu não é feliz quando seus encantos não têm imediatamente o efeito desejado em Dominic. Ele decide seduzir o homem lindo usando todas as armas em seu arsenal. Quando uma noite de paixão desenfreada culmina em um acoplamento público, os sentimentos de Lu sobre sexo aleatório, são mudados para sempre.

Quem diz que não há anjos no inferno?

 

Lúcifer se esticou em sua poltrona favorita, ao lado de sua grande piscina, no terraço. A Cidade abaixo estava preguiçosa durante o dia, e Lu planejava tomar ao máximo vantagem da calma.

 Imagens de seu irmão passavam por sua cabeça, enquanto ele absorvia o sol.

Apesar de sua rivalidade com seu irmão, Lu ainda não podia esquecer Michael. Mesmo depois de milhares de anos, ele não podia parar de amar o Arcanjo. Michael nem sempre tinha sido o favorito. Lu uma vez segurou aquela posição. Os humanos podiam acreditar no que eles quisessem, mas sua demissão teve mais haver com ele quebrar uma lei que não devia estar nos livros em primeiro lugar.

Ele gastou várias centenas de anos, trabalhando para construir um lugar para chamar de lar, e finalmente terminou isto. A maioria das pessoas se referia a isto como Inferno, mas Lu preferiu chamar de A Cidade.

“Você vai ficar queimado pelo sol. Declarou uma voz profunda.”

Lu abriu um olho e sorriu para seu melhor amigo, Basileios Kostopoulos. “Oi, Baz.”

O espartano de cabelos negros se abaixou e tocou a ereção de Lu, por vários minutos, antes de jogar uma toalha acima da virilha de Lu. “Eu tenho mais o que fazer, para ficar distraído.”

Lu encolheu os ombros. Era normal para ele e Baz acabarem fodendo em algum momento, sempre que estavam juntos. Baz podia dizer que estava muito ocupado, mas Lu sabia que tudo o que teria que fazer era um convite e seu melhor amigo seria dele. 

Por algum motivo desconhecido, seu pai o tinha feito irresistível para a maioria dos humanos. Ele não culpava Baz ou qualquer outra pessoa na Cidade por querê-lo. Lu sabia que os humanos eram muito mais fracos para se privar de sexo. Isto vinha com a natureza deles.

“O que está em cima?” Lu perguntou.

“Além de você?” Baz brincou. “Pensando sobre aquele seu irmão novamente?”

Lu arrancou fora a toalha e espalhou suas pernas. “Isso importa?”

Baz soltou um gemido alto e atirou-se em outra cadeira ao lado da piscina. “Pare com isto. Eu tenho algo importante para conversar com você.”

Baz estava sempre em alerta. Um guerreiro em vida, ele levava acima a mesma mentalidade na morte.

Ambos sabiam que Baz não deveria nem estar na Cidade, mas Baz realmente pediu para ser atribuído lá, diferentemente da maior parte dos moradores. De acordo com seu amigo, o céu estava muito tranqüilo para seu gosto. Ele precisava da ação que A Cidade fornecia.

“O que se passa?”

‘Eu estou preocupado com você. “Eu tenho ouvido muita merda ultimamente sobre um cara que quer você morto.” Baz explicou.

Lu fechou seus olhos e voltou sua atenção para o sol. “Eu desejo-lhe sorte. Você faz alguma idéia de quantos tolos tentaram me matar?”

“Isso é diferente. Um de meus amigos me informou que o sujeito reivindica ter o Punhal da Besta.”

Lu piscou várias vezes, antes de olhar fixamente desanimado para o céu. Ele estava feliz de que seus óculos escuros escondiam a emoção que ele sabia estava claramente em exibição dentro de suas profundidades pretas. Seu coração começou a martelar em seu peito, na menção do mero punhal, perdido ao longo de anos. Apenas uma pessoa podia esgrimir o punhal com sucesso, seu criador, Ambrosios. “Você acha que isso é verdade?”

“Eu não sei, mas você realmente quer ter a chance?” Baz perguntou.

O Punhal da Besta era a única maneira para se matar um Arcanjo. Embora ele estivesse caído, Lu ainda era, tecnicamente, um deles. “Alguém contatou Michael ou Gabriel?”

Baz agitou sua cabeça. “Seus irmãos não têm exatamente um fã-clube aqui.”

Lu riu. “Aparentemente nem eu.”

“Isto não é verdade. Claro, existem alguns que adorariam nada mais do que ver você sangrando nas ruas, suas tripas derramadas fora ao seu lado, mas a maioria de nós pensa que você está fazendo um bom trabalho mantendo um mínimo de ordem em um lugar como este.”

As sobrancelhas negras de Lu levantaram, enquanto ele girava sua cabeça para observar seu amigo. “Sangrando na rua, com minhas entranhas derramadas ao meu lado? Legal.”

Baz encolheu os ombros, mas não se aborreceu em alterar sua declaração.

Lu balançou suas pernas para o deck da piscina e levantou, sem se preocupar com sua nudez. Ele caminhou em direção a sua cobertura e falou sobre seu ombro. “Veja o que mais você pode descobrir.”

 Caminhando para o interior de temperatura mais baixa de sua casa, ele lançou seus óculos de sol sobre a mesa.

Ele sabia que precisava falar com seus irmãos. Se Ambrosios realmente estava de posse do punhal, isso poderia ficar perigoso, não só para ele, mas para seus irmãos também.

Quanto tempo tinha se passado, desde que ele tentou conversar com Michael? Lu estremeceu ao se lembrar da raiva no rosto do seu irmão, quando eles se enfrentaram no tribunal de Anjos, pouco antes de Michael o banir do céu. Talvez Gabriel fosse uma escolha melhor.

Com uma aceno de sua mão, Lu estava vestido em seu melhor terno preto. Ele admirava seu reflexo no espelho. Aqueles que pensavam que vaidade era um pecado, não estavam tão bem quanto ele. Este era o inferno, e se ele quisesse admirar o que Deus tinha tão pensativamente e cuidadosamente criado, isso era seu direito.

Quando ele ajustou sua gravata de seda vermelha, Lu começou a perguntar-se se os amigos de Baz estavam dizendo a verdade. Afinal, A Cidade não era conhecida por cidadãos honestos. Ele olhou para fora, para a área da piscina e viu Baz em seu telefone.

“Ei, Baz! Quando você terminar, entre aqui.”

Baz não respondeu, mas acenou com a cabeça em resposta. Ele olhou para Lu, de pé na entrada, e correu a mão sobre a frente de suas calças do terno.

Lu agitou sua cabeça, deixando seu fodido amigo saber que não era o momento para diversão. Baz finalmente terminou seu telefonema e andou a passos largos em direção a Lu.

“O que se passa?”

“Eu quero que você vá para O Inferno comigo, depois do jantar.” Embora ele não tivesse tempo para jogar no momento, os olhos de Lu vagaram para a familiar ereção, pressionando contra a frente das calças cinza carvão de Baz.

“Se você prestar atenção as minhas costas, eu deixarei você ter meu traseiro no final da noite.” Lu informou ao seu melhor amigo.

“A menos que você consiga uma oferta melhor.” Baz bufou.

Lu deu de ombros. Ele se recusava a dar desculpas por seus apetites sexuais e Baz sabia disto. 

“Você vem comigo ou não?”

“Claro. Deixe-me chamar alguns de meus amigos, entretanto. Eu me sentiria melhor se nós tivéssemos alguns aliados no lugar, se o sujeito aparecer.”

“Devemos ir à Casa de Vidro para jantar?” Lu perguntou.

“Se você puder nos conseguir uma mesa.” Baz respondeu, abrindo seu telefone uma vez mais.

Lu revirou seus olhos. A Cidade era dele. Ele poderia ir a qualquer lugar, fazer qualquer coisa que lhe agradasse. Embora ele normalmente mostrasse restrição, de vez em quando, os cidadãos precisavam ser lembrados, que ele não era verdadeiramente um deles.

Enquanto Baz terminava seus telefonemas, Lu pegou uma bebida. Embora ele preferisse algo um pouco mais exótico, ele decidiu-se pela garrafa de uísque envelhecido. Ele não gostava de favorecer-se com sua bebida de escolha, a menos que ele estivesse sozinho. 

Copo na mão, ele começou a andar de um lado para outro, na frente da parede de janelas. Ele olhou fixamente além Da Cidade para o Fogo do Inferno, como eles eram conhecidos. Lu sorriu e agitou sua cabeça. Ele sabia que o fogo não era nenhum sinal demoníaco do purgatório. Eles foram postos no lugar para lembrar os cidadãos de seus pecados e mantê-los satisfeitos em seu ambiente forçado. Nada além de um truque de sala de estar, mas parecia funcionar. Ninguém nunca tentou aventurar-se na Cidade. Por que o fogo conseguiu uma má reputação, Lu nunca entenderia. Havia algo mais belo do que uma chama ardente dançando ao vento?

“Você está pronto?” Baz perguntou por detrás ele.

Lu terminou sua bebida e colocou o copo no bar. “Eu não estou convidando seus amigos para jantar, sabe, só você.”

“Sim. Sim. Você vai sempre ser um pão-duro, não importa quanto dinheiro você possua.”

Lu não fez importância do comentário malicioso com uma resposta. Ele deslizou sua carteira no bolso interior do paletó, e pressionou o botão do elevador privado. As portas imediatamente se abriram e Lu entrou, Baz em seus calcanhares.

Uma vez do lado de dentro, Lu apertou o botão amarelo claro, sinalizando para seu motorista, para ter o carro pronto, quando ele alcançasse o salão de entrada.

“São apenas dois quarteirões. Eu acho que nós podíamos ir caminhando.” Baz disse.

Lu olhou para Baz. “Eu pago Will o resgate de um rei e mal saio da minha casa. Eu acho que ele pode me levar pelos dois quarteirões.”

Enquanto eles viajavam abaixo, noventa e nove andares, Lu começou a perguntar-se o que estava acontecendo com Baz. Seu amigo raramente atirava nele sobre sua riqueza e ele fez isto quase ininterruptamente, desde o telefonema que ele recebeu na piscina. 

Lu girou e apertou seu corpo flexível, contra o musculoso espartano, deixando suas mãos vagarem livremente. “O que está errado, Baz? Você está bravo comigo por algo?”

Os músculos da mandíbula de Baz começaram a se contrair, enquanto ele obviamente lutava para ignorar as mãos errantes de Lu. “Eu não gosto da idéia de você levar a vida numa brincadeira.”

Embora eles realmente fossem apenas amigos e camaradas de foda, Baz estaria perdido na Cidade sem ele. A declaração de Baz era obviamente uma preocupação verdadeira. Lu pôs uma mão na parte detrás da cabeça de Baz e o puxou para um beijo. Ele varreu sua língua em torno do interior da boca de Baz, antes de gemer e quebrar o beijo.

“Eu vou ficar bem.”

Baz olhou abaixo no duro cume que ameaçava atravessar seu zíper. “Por que você tem sempre que fazer isto comigo, exatamente antes das portas abrirem?”

Lu sorriu, quando o elevador parou no andar térreo e as portas abriram com uma investida. “Porque eu gosto de saber que eu fiz você ficar duro.”

Baz fez um som profundo em sua garganta e saiu do elevador. Lu seguiu atrás de seu amigo, tomando o tempo para olhar fixamente para o traseiro magnífico do homem. O motorista uniformizado de Lu, William Bales, permanecia do lado de fora na frente do edifício, ao lado da longa limusine preta.

“Boa noite, Senhor.” Will saudou, enquanto ele abria a porta do passageiro.

“Para a Casa de Vidro.” Lu instruiu. Ele deslizou para dentro do interior luxuoso da extensão e alisou seu casaco. Sentando em frente a ele, Lu notou Baz olhando fixamente. “O que?”

“Eu descobri um pouco mais sobre o sujeito que quer você morto. Ele é um Atlante.”

Lu agitou sua cabeça. “Impossível. Não há Atlantes na Cidade. Atlantis foi um deus…” Lu mordeu seu lábio. Havia certas coisas que nem mesmo ele poderia falar. 

Baz se inclinou adiante, apoiando seus braços, em seus joelhos.

“Raquel não mentiria para mim, Lu. Tem um Atlante aqui.”

Lu não conhecia a amiga de Baz, Raquel muito bem, mas ele sabia o suficiente sobre a mulher para confiar nela. Bem, tanto quanto ele confiava em qualquer um. “Então a grande pergunta é por que agora?”

 

Depois de um jantar fabuloso, a limusine parou na frente do O Inferno, o clube mais sensual da Cidade. Lu saiu do carro e abotoou seu paletó. Ele esperou por Baz na calçada, acenando casualmente para as pessoas que ele conhecia. 

“Meu pessoal já deve estar lá dentro.” Baz disse a ele.

Lu caminhou em direção à frente do clube, ultrapassando a longa linha. Nem uma única pessoa o questionou, enquanto ele se aproximava da porta e esperava por Andre permitir sua entrada.

“Prazer em vê-lo novamente, Lu.” Andre cumprimentou.

Lu inclinou-se e deu ao homem um rápido beijo. Ele passou muitas noites agradáveis com o leão-de-chácara em sua cama. “Eu espero que esteja tudo bem com você.”

“Realmente bem.” Andre disse com um sorriso.

Lu começou a passar, mas parou e estreitou seus olhos em Andre. “Você está apaixonado? Você?”

Andre realmente corou. “Eu estou perto. Conheci uma menina realmente agradável, Margo.”

“Margo.” Lu testou o nome, mas não soava familiar. “Ela é nova?”

“Sim, senhor.”

Lu assentiu. Ele havia aprendido há muito tempo a não perguntar por que as pessoas estavam em sua Cidade. Era o que eles faziam uma vez que eles chegavam que era a coisa importante. “Bem, cuide dela.”

“Eu irei.” Andre disse.

Caminhando pelo clube, a multidão naturalmente se afastava, enquanto Lu cruzava o salão. Ele viu vários rostos novos a caminho de sua alcova habitual e sorriu. Apesar da ameaça à sua vida, ele sempre gostava de conhecer os recém chegados.

Evidentemente, Baz leu sua mente. “Não se distraia.”

Lu sentou-se no sofá de couro preto semicircular. “Acalme-se. Conseguir um boquete é mais um relaxamento do que uma distração.”

Ele virou para sua garçonete particular, Lillian. “Uísque.”

Baz deu a Lillian seu pedido e pôs se de pé para dar as boas vindas a seus amigos.

Lu mal reconheceu os quatro homens que lotaram o pequeno espaço. Um dos homens cortou a visão de Lu, do delicioso loiro atraente na pista de dança, ele estendeu a mão e moveu o homem para o lado. “Melhor.”

“Lu, preste atenção.” Baz disse, levemente o esmurrando no ombro.

Lu girou e nivelou um olhar para seu melhor amigo que faria a maioria dos homens se encolherem para longe dele. Baz… não era a maioria dos homens.

Baz estreitou seus olhos e gesticulou para seus amigos. “Eles estão aqui para ajudar. Trate-os com respeito.”

Lu suspirou. “Tudo bem.” O gostosão foi esquecido por um momento, Lu voltou sua atenção para os homens que estavam em ambos os lados do sofá. “Você descobriu qualquer coisa útil?”

“Apenas uma descrição do sujeito.” Um dos homens, Volker, disse. “Ele não deve ser difícil de localizar, de acordo com as fontes, ele tem quase dois metros e meio de altura, completamente calvos, com apenas um braço.”

Lu tragou. Ele reconheceu a descrição, mas era impossível para o homem entrar na A Cidade. “Eu preciso falar com Gabriel.”

“Você sabe quem é este sujeito?” Baz perguntou.

Lu assentiu. “Eu sei. Embora, eu não sei como isso é possível. Talvez Gabriel possa lançar alguma luz nisto.”

“Nós precisamos de um nome, Lu. Será mais fácil de localizá-lo, se nós tivermos um nome.”

Lu puxou Baz através do sofá com facilidade e sussurrou em sua orelha. “Deixe isto em paz, Baz. Você não é páreo para este cara.”

Baz se afastou e levantou-se, acima de Lu. “Eu sou um Espartano. Nós não nos acovardamos.”

Enquanto Lu apreciava o orgulho de Baz em sua linhagem, ele não queria que nada acontecesse com seu melhor amigo. “Então me acompanhe para O Templo.”

As sobrancelhas pretas de Baz se ergueram rapidamente. “Você está indo para O Templo?”

Lu levantou-se e engoliu a bebida que tinha sido deixada para ele, em um trago. “Eu estou.”

Embora A Cidade fosse um lugar para homens e mulheres considerados não aptos a viver no céu, isto não significava que todos eles tinham desistido de suas crenças religiosas. Adorar um deus, qualquer deus, não era uma garantia de fazer isto no Céu. Lu entendia isto mais do que a maioria. Ele construiu O Templo como um lugar para que todos os cidadãos adorassem os deuses de sua escolha, cada divindade adorada em uma diferente ala, fora do salão principal. Lu visitava O Templo com bastante freqüência, mas em segredo. Não faria bem para sua reputação e quaisquer favores para o público saber que ele ainda orava para o mesmo Deus que se virou contra ele. 

Afastando os pensamentos deprimentes longe, Lu começou a caminhar de volta pelo clube. Ele parou em frente ao gostosão, em que tinha posto seus olhos mais cedo e correu um dedo pelo rosto suave do homem, sem barba. 

“Nós vamos nos encontrar novamente.”

O queixo do homem caiu, enquanto ele estava dominado pela luxúria que Lu freqüentemente deixava em seu rastro. Lu decidiu dar ao homem uma recompensa e inclinou-se para os lábios rubis do homem, roçando com sua língua, antes de mergulhar dentro para um rápido gosto.

“Excelente.” Lu ronronou, enquanto ele se virava e ia embora.

Como sempre, Will estava ao lado da limusine, antecipando a partida precipitada de Lu. Ele reconheceu seu motorista com um ligeiro aceno de cabeça, enquanto a porta foi aberta para ele. “Leve-me para O Templo.”

Will tomou o comando em passo largo. Ele era o único na Cidade que sabia das visitas regulares de Lu no O Templo. “Imediatamente, Senhor.”

Lu estava intranqüilo enquanto ele subia no carro. Pela primeira vez, desde que fez os ajustes da vida na Cidade, ele temeu pela sua cadeira do poder. A Cidade estava cheia de indesejáveis da sociedade, mas Lu tinha dado a eles um lar e respeito, algo que muitos deles não tinham utilizado, enquanto ainda viviam. Os resultados foram espantosos. Embora os cidadãos se entregassem a atividades escabrosas, não era o inferno escrito nos livros.

Se alguém fosse capaz de chatear sua posição, Lu realmente temia que A Cidade pudesse se tornar o inferno dos pesadelos das pessoas. Lu apertou suas mãos. Ele faria tudo ao seu alcance para ter certeza que isso não aconteceria.

O carro viajou abaixo, em uma ruela e parou na entrada privada de Lu para O Templo. Lu olhou em seu amigo sentando caladamente ao seu lado. “Fique com o Will.”

Lu podia dizer que Baz queria discutir, mas seu amigo finalmente movimentou a cabeça, quando Lu saiu do carro.

Lu virou-se e com um aceno de sua mão, a parede deslizou abrindo-se e ele entrou no seu santuário privado. Ele cruzou o quarto para a estátua esculpida de Gabriel e colocou suas mãos no mármore frio.

Em um piscar de olhos, Lu estava de pé no vazio. Um reino entre o céu e o inferno, Lúcifer tinha chamado de lar por séculos, antes que ele se assentasse em um local permanente. Gabriel apareceu, obviamente surpreendido por ter sido chamado por seu irmão rebelde. 

“Lúcifer”. Gabriel saudou com um aceno de cabeça.

Embora Lu não fosse mais permitido tocar em seus irmãos, ele ainda os amava. “Como tem passado Gabriel?”

“Muito bem. Por que você me chamou?”

O tom frio da voz de Gabriel o aborreceu, mas Lu tentou não deixar-se incomodar. Muito tempo se passou desde que eles estiveram lado a lado. “Ambrosios Vasilis está na Cidade.”

A pele marfim de Gabriel ficou muito mais pálida. “Vasilis? Isso não pode ser.”

Lu assentiu. “Isso é o que eu pensei quando fui informado de que alguém estava alardeando sobre me matar com o Punhal da Besta, mas eu recebi uma descrição do homem mais cedo nesta noite.” Lu olhou fixamente nos olhos de Gabriel. “É ele.”

Gabriel começou a andar, arrastando seus elegantes dedos pelos seus cachos loiros amarrotados. “Eu não entendo isto.”

“Nem eu, pensei que Ambrosios juntamente com o Punhal da Besta tinham sido cuidados há muito tempo atrás.”

Gabriel concordou. “Ele deveria estar mantido sobre controle.”

“Com o punhal?” Lu questionou a lógica de tal movimento.

“Não.” Gabriel continuou a andar. “Eu preciso falar com Michael sobre isto.”

“E o que eu devo fazer enquanto isso, me trancar em minha torre? Nós dois sabemos que eu não posso viver deste jeito.”

Os olhos de Gabriel se estreitaram. “Você não viverá, se você continuar a vagar ao redor de sua Cidade. A pomba chamará você, quando eu tiver respostas.”

No momento seguinte, Gabriel tinha partido, e Lu estava uma vez mais em seu santuário. Depois de várias respirações profundas, se acalmando, ele cruzou para o altar e caiu em seus joelhos. Lu juntou suas mãos em oração e tentou uma vez mais falar com seu criador. Ele não sabia se Deus podia até ouvi-lo, mas Lu continuou indiferentemente a adorar. 

 

Lu estava uma vez mais em sua cadeira favorita ao lado da piscina. Ele descansava uma mão na cabeça do pequeno loiro gostoso da boate, enquanto ele recebia um boquete entusiasmado. Lu sabia que o cara estava esperando por bem mais do que sexo oral, mas ele simplesmente não podia ser incomodado.

Ele provavelmente não devia nem ter o sujeito com ele, mas os dias presos em sua cobertura tinham tomado seu pedágio e ele estava ficando irritado. Com Baz constantemente tentando achar o paradeiro de Ambrosios, até ele não tinha tempo para jogar. 

Todos na Cidade tinham aprendido a não deixar Lu viver com mau humor por muito tempo. Lu raramente ficava bravo, mas nas vezes em que tinha sido empurrado, seus acessos de raiva eram monumentais. Assim, apesar das reservas de seu amigo, Baz buscou os serviços do gostoso para Lu.

Uma chupada particularmente alta, veio do homem loiro e Lu olhou abaixo e sorriu pela primeira vez em dias. David, Lu pensou que era este o seu nome, parecia estar divertindo-se, enquanto ele soltava e sugava por todo o pau de Lu.

 “Calma,” ele advertiu, quando os dentes de David rasparam na carne tenra de Lu, um pouco mais duro. Lu sempre tinha apreciado uma certa quantidade de dor no sexo, mas perder a ponta de seu amado pênis, para um homem inexperiente não era legal.

Seu humor agradável foi interrompido pelo toque de seu telefone. Lu alcançou ao lado dele e o apanhou. “Alô?”

“Senhor, há um homem aqui que diz que precisa falar com você. Ele pediu para lhe dizer que seu nome é A Pomba,” disse o guarda de segurança do salão de entrada.

Lu se sentou em cima, afastando David. “Mande-o subir.”

David começou a protestar, mas um olhar estreitado de Lu, o calou. 

“Eu tenho negócios para tratar.” Ele decidiu ter piedade do homem e alcançou, em seu rosto. “Obrigado. Deixe seu número no bloco ao lado da porta, e eu tenho certeza de que eu estarei chamando logo.”

David sorriu e ficou de pé. Com um último olhar no pênis de Lu, ele foi embora.

Lu se sentou por vários minutos, tentando descobrir sua mais nova visita. Não era comum Gabriel enviar um homem como seu mensageiro. Ele olhou abaixo para seu pênis ainda duro e suspirou. Ele sabia que Gabriel não apreciaria Lu saudando A Pomba nu com uma enorme ereção contra seu estômago.

Ele levantou-se e acenou com sua mão, a ereção foi facilmente cuidada quando seu pênis estourou em uma seqüência de puro sêmen branco, que pintou o cimento. Lu teve que alcançar e rodear uma mão contra o encosto da cadeira da sala para manter-se estável. 

O elevador soou, sinalizando a chegada da A Pomba. Lu depressa recuperou sua respiração e com outro aceno de sua mão, ele estava vestido com outra vestimenta cara, terno sobre medida. 

A caminho do elevador privado, ele parou e mexeu em seus cabelos em um dos muitos espelhos. “Perfeição.”

O elevador soou novamente, exatamente quando Lu o alcançou. Ele ligou o monitor de segurança e ofegou. Olhando fixamente para a câmera de segurança estava o homem mais magnífico que Lu jamais tinha visto. Vestido de branco, o cabelo escuro e pele bronzeada do homem eram apenas superados pelo seu corpo musculoso, massas de músculos gloriosos. Maldição. Por que eu tenho que ser um otário pelo físico masculino?

“Quem é?”

“A Pomba,” o homem respondeu com um sorriso.

“Porra.” Lu maldisse.

“Desculpe?”

Lu silenciosamente se amaldiçoou novamente pela explosão involuntária. Ele desligou o monitor e ajustou o seu endurecido pênis, agradecido pela sua jaqueta ser longa o suficiente para escondê-lo. Lu alinhou seus ombros e apertou o botão para abrir as portas do elevador.

“Entre.”

Ele deu um passo para trás e deu espaço para A Pomba entrar em sua casa.

“Lúcifer?” O homem perguntou. 

Lu contraiu-se, no uso de seu nome completo. “Chame-me de Lu.”

“Eu tenho que levá-lo ao Templo para uma reunião com Gabriel.”

Lu cruzou seus braços acima de seu peito. Simplesmente não faria nada para deixar o homem ver o efeito que estava tendo sobre ele. “Você tem um nome, ou eu devo continuar a chamar você de A Pomba.”

“Dominic Ramos.”

Lu rolou o nome ao redor de sua língua. Combinava. O homem certamente parecia com um Dom. Lu sorriu de sua piada particular. “Eu devo chamar meus guardas para nos escoltar?”

“Não necessita. Eu trouxe meu próprio time. Eles estão no andar de baixo.” Dominic respondeu.

Time? Gabriel deve ter tomando a ameaça pela vida de Lu a sério. Ele entrou no elevador.

“Vamos?”

Quando Dominic entrou no elevador luxuoso, Lu jurou que o oxigênio tinha sido tragado do pequeno espaço. Ele apertou o botão para o salão de entrada, antes de apertar o outro para seu carro. “Quantos homens estão em sua equipe?”

“Há apenas quatro de nós no total.”

Lu fez seu melhor para não olhar fixamente em Dominic, mas ele viu seu reflexo nas portas de metal próximas. “Quatro? Isso é tudo?”

Dominic acenou. “Quatro de nós é como um exército de homens normais.”

Lu sorriu. “Muito cheio de si mesmo, eu vejo.”

Dominic agitou sua cabeça. “Eu não estou gabando. Simplesmente dizendo a verdade.“

Eles ficaram em silêncio o resto do caminho para o salão de entrada. Quando as portas de elevador se abriram, outros três homens gigantes cercaram a porta. Lu ergueu uma única sobrancelha e olhou fixamente para o carregamento de homens testosterona.

“Com licença.” Lu disse e empurrou sua passagem. Ele estava ciente dos murmúrios atrás dele, mas não se importou. Antes de ele alcançar a porta, todos os quatro homens o estavam cercando novamente. 

Lu parou e dirigiu-se a Dominic. “Isto é algo que eu deveria ficar acostumado?”

“Deixe-nos fazer nosso trabalho.” Dominic rosnou.

Lu recuou. Ele não estava acostumado com as pessoas falando com ele desta maneira. Ele estreitou seus olhos no homem mais alto. “Não esqueça com quem você está falando.”

Dominic se inclinou adiante e estreitou seu próprio olhar. “Até onde eu estou preocupado, você é apenas outro trabalho. Se você não gostar disto, fale com Gabriel.”

Quando Lu alcançou o carro, ele estava fumegando. Ele certamente teria uma conversa com seu irmão sobre os assassinos que ele enviou para protegê-lo. Enquanto eles iam para O Templo, Lu se recusou a dar a Dominic a satisfação de saber que ele estava chateado. Ele abriu seu telefone e ligou para Baz.

“Baz.”

“Ei. Alguma coisa?” Lu perguntou, enquanto ele olhava sua Cidade pela janela. 

“Não. Nós ainda não descobrimos onde este sujeito está ficando, e metades de meus informantes não querem conversa. Eu não estou certo se eles têm medo deste sujeito ou negócios com ele.”

“Provavelmente ambos. Você está livre mais tarde?” Lu podia realmente aliviar a tensão existente, e não existia nada melhor que um espesso pau em seu traseiro, para fazê-lo esquecer de seus problemas.

Uma grande mão alcançou e pegou o telefone da mão de Lu, terminando a ligação.

“Que porra é essa?” Lu gritou para Dominic.

“Nenhuma visita.”

“Relaxe. Baz é meu melhor amigo.” Lu argumentou. Ele não podia acreditar que ele estava realmente discutindo com um mero mortal, mesmo um tão grande e magnífico quanto Dominic.

“Nenhuma visita.” Dominic repetiu. “Não, ainda. Dê-nos tempo para fazer nossa própria investigação.”

Lu virou seus olhos. Ele decidiu ter um pouco de diversão com o mandão filho-da-puta. “Eu estava esperando por um grande e latejante pau em meu traseiro, hoje à noite. Você vai cuidar disto, também?” 

Dominic zombou. “Eu não estou assim tão desesperado.”

Uma vez mais, Lu sentiu como se tivesse sido batido em seu bumbum. Por que este homem não estava cativado por ele, como todo mundo da Cidade? Lu perguntou-se se tinha algo haver com o território de Dominic.

O carro entrou na ruela e fez uma parada na frente de sua entrada privada. “Espere aqui.”

Dominic agitou sua cabeça. “Nós entraremos com você. Certificar que a sala é segura, e somente então nos esperaremos do lado de fora da porta.”

Ninguém podia entrar no santuário privado de Lu, mas se fizesse Dominic feliz por achar que ele podia impedir qualquer problema, quem era ele para fazer barulho. “Entre você mesmo.”

Com um aceno de sua mão, a entrada se abriu e Lu esperou, enquanto dois dos homens foram para o lado de dentro. Com um apertão no braço de Lu, Dominic o apressou para o lado de dentro.

“Sério, você tem que me maltratar?” Lu questionou, enquanto sua temperatura continuava a subir.

“Se você prefere ficar do lado de fora, em uma ruela escura e ter a chance de conseguir um punhal cravado na parte detrás de seu pescoço, vá em frente.” Dominic disse, enquanto ele soltava Lu de seu aperto e colocava suas mãos ao alto.

“Tudo limpo.” Um dos homens de Dominic, disse.

“Obrigado, Nick.” Dominic sorriu e curvou-se. “É todo seu, Lúcifer.”

Lu se eriçou.  “Eu disse a você que meu nome é Lu.”

Dominic riu, enquanto ele guiava seus homens no santuário.

Lu foi imediatamente para a estátua de Gabriel, fechou seus olhos e colocou suas mãos no mármore. Quando ele abriu seus olhos, Gabriel tentava esconder um sorriso atrás de uma de suas mãos pálidas.

“Não.” Lu advertiu.

“Ele é o melhor, realmente.”

“O melhor ou não, ele é um porco arrogante.”

Gabriel realmente riu. “Bem olá, Senhor Chaleira.”

Lu moeu seus dentes para evitar se lançar sobre seu irmão. “O que você descobriu?”

“Seus poderes são inúteis contra Ambrosios, enquanto ele estiver de posse do punhal. Sem Dominic e sua equipe, você estará morto dentro de uns dias.”

“Por quê? O que os fazem tão especiais?” Lu questionou.

Gabriel franziu seus lábios, algo que sempre fazia, quando se concentrava. Ele apertou suas mãos atrás de suas costas e começou a andar. “Eles possuem certas… habilidades. Eles são uns dos poucos escolhidos para guardarem as portas do Céu.”

“E o que? Você decidiu emprestar-los para mim, deixando as portas desprotegidas?” Lu sabia o que significava, embora não verbalizasse. O Pai enviou Dominic e seus homens, não Gabriel. A ameaça de Ambrosios deve ser mais perigosa do que ele originalmente pensou. 

“Dominic e seus homens são equipados com o poder para destruir Ambrosios e o punhal.” Gabriel disse, ignorando a pergunta anterior de Lu.

“Você descobriu onde ele tem estado todo este tempo?” Lu perguntou.

“Ele foi encarcerado no fundo do Vulcão do Tempo. O que tem sido há milhares de anos foi meramente ontem para ele. Mas seu ódio por você ainda está fresco em sua mente.”

“Como ele escapou?” Assim como Gabriel, Lu começou a andar. Não era de admirar que o Céu estivesse preocupado.

“Nós ainda não sabemos. Assim como nós ainda não sabemos como Ambrosios conseguiu colocar suas mãos no punhal, que estava enterrado no oceano, duas milhas debaixo da grande Cidade de Atlantis.”

“De todos os lugares para esconder o punhal, por que lá?” Lu questionou.

“É veneno para nós, por causa de você.”

“Não. Não por minha causa. Eu não criei a situação em primeiro lugar. Eu era apenas o único com bolas grandes o suficiente para tentar e pará-lo.” Lu se defendeu, cansado de ser acusado de coisas que não eram sua culpa.

Gabriel parou de andar e olhou fixamente para Lu. “Ambrosios de alguma forma conseguiu não só escapar de sua prisão, mas ganhou o controle do Punhal da Besta. Se ele tiver sucesso em matar você, ele ficará mais próximo de destruir o Céu. Dominic e seus homens sabem disto. É por isso que Dominic pode estar agindo como um porco arrogante. Ele sabe exatamente o que pode ser perdido, se ele falhar em proteger você.”

Lu tinha sido repreendido o suficiente, para saber quando estava sendo negociado um curativo na ferida. “Em outras palavras, cale a boca e faça como Dominic me diz.”

O canto da boca de Gabriel se ergueu. “Sim. Não é só a sua vida em jogo, mas todas as nossas vidas.”

 

A porta se abriu e Lu saiu para o beco. “Eu estou com fome.”

Will abriu a porta do carro e Lu entrou. Os três outros guardas entraram antes de Dominic, que escolheu se sentar ao lado de Lu. “Eu cozinharei.”

Lu olhou de lato. “Desculpe?”

“Eu não como nada que eu não prepare. Se eu vou cozinhar minha própria comida, eu poderia também alimentar você ao mesmo tempo.”

“Alimentar-me? Você me faz soar como um cachorro.” Ele disse completamente ofendido pela observação.

Dominic ignorou Lu. “Uma vez que nós conseguirmos você seguro de volta na sua cobertura, eu enviarei os homens fora, para fazer algumas compras. Você tem supermercados na Cidade, não é?”

Lu encolheu os ombros. “Você terá que perguntar a outra pessoa, eu nunca usei minha cozinha.”

Dominic bufou. “O que você faz, usa seus poderes para materializar sua comida?”

“Não seja estúpido. Conjurar comida não tem o mesmo sabor que o que eu posso ordenar na Casa de Vidro ou no Omega Três.”

Baz estava esperando na frente do edifício, quando o carro parou. Lu podia dizer pela expressão de Baz que ele estava doente de preocupação. Lu fechou seus olhos e gemeu, sabendo que era sua culpa. “Eu preciso conversar com meu amigo.”

Dominic olhou de Lu para Baz. “Dois minutos, dentro do salão de entrada, onde nós podemos ver você.”

Lu começou a discutir com Dominic, mas lembrou da conversa com Gabriel. Ele mordeu dentro de sua bochecha e esperou pelos outros três homens sair do carro. Um deles falou brevemente com Baz, antes de conduzi-lo dentro do edifício.

“Você não vai me apresentar para meus caos de guarda?” Lu perguntou, infeliz com o modo que seu melhor amigo estava sendo tratado.

“Mais tarde.” Dominic adiou.

Lu caminhou no salão de entrada, cercado por Dominic e dois dos homens. O outro ainda estava de pé ao lado de Baz. Assim que Lu estava dentro do edifício, Baz começou a ir a sua direção. O guarda jogou Baz no chão, mas o grande espartano, não iria desistir sem uma briga.

“Pare com isto.” Lu disse aos dois homens lançando um soco atrás de outro. 

Quando Dominic não fez nada para controlar seu homem, Lu avançou e acenou sua mão.

Dentro de uma batida do coração, ambos os homens estavam presos no chão por mãos invisíveis. Lu uma vez mais olhou fixamente para Dominic. “Faça sua pesquisa e você descobrirá que Baz está na Cidade por opção. Ele era um honrado guerreiro, ele ainda é. Agora consiga aquele fodido homem longe dele.” Ele disse com suas mandíbulas cerradas.

Dominic se aproximou e ficou entre seu homem e Baz. “Libere-os.”

Com uma contração de seu dedo, os homens foram liberados. Baz levantou em seus pés, pronto para o ataque.

“Está tudo bem, Baz. Ele não aborrecerá você novamente.” Lu olhou para o guarda.

“Qual é o seu nome?”

O homem olhou para Dominic, pedindo permissão, antes de falar. “Nick.”

“Bem, Nick, este é meu melhor amigo e protetor aqui na Cidade, Baz. Agora, aperte sua mão e faça bonito. Se você tiver sorte, Baz poderia até mesmo tomar um gosto em você. Acredite-me, ninguém chupa um pau como Baz.”

Dominic fez um som repugnado e se virou, dando suas costas para Lu, antes de olhar em Baz. “Dois minutos.”

Lu gesticulou para Baz, e os dois saíram do alcance da audição. “Desculpe por isto.”

“Que porra está acontecendo?” Baz perguntou.

Lu deu a Baz uma versão abreviada de Dominic, seus homens, e seu lugar em sua vida. “Parece que eu não tenho nenhuma escolha, mas tolerá-los, pelo menos por agora.”

“E quanto a mim?” Baz perguntou.

Lu se debruçou adiante e beijou seu amigo, empurrando sua língua profundamente.                “Continue fazendo o que você tem feito, mas seja cuidadoso. Se a qualquer hora você precisar de ajuda, me chame. Eu tentarei conversar com meu novo guardião. Talvez ele permita uma visita conjugal, se eu for um bom menino.”

Baz olhou acima do ombro de Lu em direção ao grupo de homens e riu. “Eu duvido disto. Eu peguei o grandalhão olhando fixamente para seu traseiro.”

Lu sorriu. “Sério?” Talvez sua atração sexual não estivesse perdida com Dominic afinal.

 

Dominic permaneceu com suas mãos em punhos ao seu lado, enquanto Lu e Baz conversavam. “Dois minutos.”

Lu nem se quer se virou. Dominic respirou fundo. Por que ele achava sua tarefa tão incrivelmente chata e sensual ao mesmo tempo? “Lu!”

O sexy pequeno pedaço se virou. “O que?”

“Tempo esgotado. Eu disse dois minutos.”

Lu virou seus olhos. “Isto é o Inferno. Nós não controlamos o tempo, exatamente.”

Ele teve tudo que ele queria tomar. Dominic quase se aproximou e jogou Lu acima de seu ombro, quando o par em questão se separou.

Lu levantou suas mãos. “Relaxe”

Dominic mudou de direção, indo para o elevador. “Você está vindo?”

Lu sorriu. Perverso era o único modo que ele podia descrever isto. “Não ainda, mas se você for um bom menino…”

“Cale a boca e entre no elevador.” Dominic ordenou.

Lu disse algo para Baz, antes de caminhar em direção a Dominic e apertou o botão.

“Você está tão cheio de si.”

Dominic movimentou a cabeça para sua equipe, quando as portas do elevador se fecharam. Ele permaneceu com suas mãos atrás de suas costas, penosamente tentado a espancar o traseiro de Lu. Em todos os anos em que tinha sido um guarda, ninguém tinha sido capaz de conseguir irritá-lo, do modo como Lu fazia. Ele teve homens e mulheres tentando suborná-lo e seduzi-lo, mas ele nenhuma vez tinha sido tentado.

Dominic pegou o reflexo de Lu na porta do elevador. Como no mundo podia Lúcifer, o homem que ele mais desprezava, tentá-lo?

 

 Entediado até os miolos, Lu se sentou no deck da piscina, rolando uma pequena bola de fogo entre seus dedos. Os últimos quatro dias tinham sido... interessantes. Ele, honestamente não podia lembrar-se de uma situação tão desajeitada. Não era que ele não tinha nada em comum com seus novos guarda-costas. Era mais, como se eles não tivessem nenhum desejo em conversar com ele.

Lu nunca admitiria isto, mas o time com seus olhares de desaprovação, o machucavam. Ele supôs que tinha muito haver com o seu título de ‘Príncipe das Trevas’. Graças a John Milton e seu poema Paradise Lost, Lu tinha assumido a responsabilidade de um apelido que não era de maneira nenhuma preciso, em sua opinião.

“Você poderia abaixar isto? Você está me deixando nervoso.” Dominic disse, enquanto caminhava para fora.

Lu olhou abaixo, em sua mão. Com um pensamento simples, a bola pequena de chamas girou nas pontas de seus dedos, viajando de um lado para outro através de sua mão. “É um truque de magia inofensivo.”

“Eu não chamaria um malabarismo de fogo inocente.” Dominic movimentou a cabeça na direção de Nick e se sentou. Nick levantou e voltou para dentro da cobertura.

“Na verdade, é apenas uma manipulação da luz.” Lu sacudiu sua mão e a bola de chamas pousou no braço nu de Dominic.

Dominic saltou e tentou escová-la. O grande homem se acalmou quando obviamente percebeu que não estava sendo queimado. “Como você faz isto?”

Lu estendeu sua mão e a chama estava uma vez mais em sua palma. Ele fechou sua mão e a chama desapareceu. “Eu disse a você, é uma ilusão. Uma manipulação de luz e movimento.” Ele gesticulou para as chamas que queimavam além da Cidade. “Igual aquelas, mas não diga a ninguém.”

Depois de se levantar, Dominic caminhou para a extremidade do pátio. Ele agarrou a grade e olhou na distância. “Então não é realmente o fogo do Inferno?”

Lu riu. “Não. Esta Cidade já é quente o suficiente. Você pode imaginar o quão insuportável seria, se nós estivéssemos realmente cercados por montanhas de fogo?”

Dominic voltou-se para encarar Lu. “Então por que fazer isto?”

Lu encolheu os ombros. “Para as pessoas que vivem na Cidade, isto é isto. Eles não têm permissão para ir além dos limites. O que você acha que seria mais fácil para eles lidar, ver espaços verdes e montanhas bonitas, sabendo que eles nunca poderiam explorá-las? Ou tê-los olhando para uma parede de chamas que não têm vontade de visitar?”

Dominic concordou, e se Lu não estava enganado, ele detectou um leve sorriso no bonito rosto do guarda musculoso. “Entendo.”

Olhar para Dominic teve uma direta, e mal recebido, efeito no pênis de Lu. Apenas saber o que Dominic e sua equipe pensavam dele deveria ser o suficiente para desgostá-lo, não excitá-lo. Uma grande parte dele queria defender sua reputação, mas quanto mais Lu pensava sobre isto, mais zangado ele ficava. 

De acordo com as massas, Lúcifer era a raiz de todo o mal, o tentador de bons homens, blá, blá,blá. Tinha alguém, além de Baz, sempre tomado tempo para descobrir sobre como Lu estava? Lu nunca professou ser tão puro quanto seus irmãos no Céu, mas ele não era o mau que todo mundo o acusava.

Ele levantou-se para o que sentia ser certo, indo contra os outros em sua família. E embora ele tivesse sido repreendido com a expulsão de sua casa, ele faria isto novamente, se enfrentasse a mesma situação. Realmente ele não culpava Deus, ou Michael, por fazê-lo pagar o pato, por assim dizer. O castigo foi atingido na frente, antes dele comprometer-se em executar o ato. Mas maldição, ele sentia saudades de sua antiga casa às vezes.

Cansado de insistir no passado, Lu levantou e esticou seus braços acima de sua cabeça. “Eu quero sair.”

“Impossível.” Dominic disse, sua voz baixa o suficiente para enviar um formigamento nas bolas de Lu.

Lu tinha examinado sua mente o dia todo. Ele não podia continuar a ficar na cobertura e ainda permanecer são. “Explique-me, como ficar aqui vai tirar Ambrosios para fora no aberto?”

“Nós estamos trabalhando nisto.”

Lu deu a Dominic um bocejo falso, batendo com os dedos sobre a boca aberta. “Você está dizendo isto há dias.” Ele odiava flexionar seus músculos, mas evidentemente, Dominic e sua equipe não entendiam como A Cidade funcionava.

Lu caminhou para onde Dominic ainda se debruçava contra a grade. “Está é minha Cidade. A importância de eu ficar no cargo é monumental. Eu não quero me gabar, mas sem mim, o lugar cairia na cova do mal, onde a maior parte das pessoas já pensa que está. Eu trabalhei malditamente duro para fazer desta Cidade o que é, e eu não estou pronto para deixá-la ir à merda, ainda.”

“E se você estiver morto? Como sua amada Cidade ficaria então? Talvez, só talvez, eu sei o que eu estou fazendo.” Dominic discutiu.

“E talvez, nós possamos fazer um acordo. Eu não estou falando sobre passear em torno das ruas, esperando por Ambrosios saltar sobre mim. Mais como ir a um de meus restaurantes favoritos sem ser anunciado, ou aparecer em um clube para uma dança ou duas. Eu só preciso ser visível, ainda que por uns poucos minutos.”

Dominic cruzou seus braços, claramente infeliz com a idéia de Lu se aventurar fora da Cidade. “Você acha que seu amigo Baz está sendo vigiado por Ambrosios ou alguém que trabalha para ele?”

“Como eu posso saber? Eu não fui permitido a sair daqui, desde que você chegou. Eu posso dizer a você, que não apenas Baz é fidedigno, mas ele também é discreto, quando ele precisar ser.”

Novamente, Dominic pareceu examinar mentalmente suas opções. “Chame Baz e peça a ele para deslizar em qualquer lugar que você pensa ir e conseguir uma sensação na multidão. Se ele sentir que é seguro, meu time acompanhará você lá, por exatos trinta minutos, não mais. O tempo é extremamente importante. Trinta minutos não dará tempo de Ambrosios receber um telefonema, elaborar um plano e ir onde você está. Entendeu?”

Lu assentiu. Claro, ele queria mais tempo, mas a idéia de Dominic realmente fez muita diferença, então ele manteve sua boca fechada. Com uma aceno de sua mão, Lu estava vestido com esmero em um terno preto caro, com uma camisa de seda azul escura aberta no colarinho.

Dominic riu. “Eu sempre imaginei você mais como um cara de couro.”

Lu recuou como se ele tivesse sido golpeado. “Quão clichê. Alguma vez você vestiu calças de couro?” Lu dramaticamente tremeu. “Não obrigado. Se eu tiver que vestir roupas, eu quero que eles acariciem minha pele, não as contenha como um invólucro de salsicha.”

Dominic riu e foi para o lado de dentro. “Eu vou deixar a mim e ao meu time pronto, você chama ao Baz.”

 

Dominic sentou ao lado de Lu no carro. Ele havia dito que eles estavam indo para o The Cask, um bar de vinho e queijo. Dominic estava contente com a escolha. Seria muito mais fácil localizar problemas em um ambiente discreto. Seu maior pesadelo seria tentar proteger Lu em uma boate lotada.

A limusine parou em um edifício no meio de um quarteirão no centro de construções semelhantes. Em vez dos sinais de neon habitual que decoravam a rua, as palavras The Cask, estavam elegantemente esculpidas em letras de madeira com um refletor simples em cada palavra. “Bonito.”

Lu olhou em Dominic. “O que você esperava?”

Ele encolheu os ombros. De jeito nenhum ele ia dizer a Lu que a Cidade inteira tinha sido uma surpresa depois da outra.

Onde estava a tortura? Os gritos, maníacos assassinos, que ele sabia que residia no inferno? Lu podia chamar o lugar de qualquer coisa que ele quisesse, mas era o inferno independentemente do nome. Então, por que não se sentia como o inferno que ele esperava?

A porta se abriu e Will ficou estoicamente ao lado da abertura. Dominic ouviu só um punhado de palavras do motorista. O olhar de criança, cobiçando uma torta de maçã, fez Dominic perguntar-se o que ele estava fazendo em limusine do Inferno conduzindo Lúcifer. 

Dominic agitou a cabeça, afastando longe seu pensamento, quando ele saiu do carro diretamente atrás de Lu. Ele acenou para seus homens. “Tente parecer casual.”

Lu girou e sorriu. “Sim, sorrir pode até ser um toque agradável.”

A anfitriã abriu a porta e olhou a Lu e seus amigos. “Boa noite, Senhor.”

“Boa noite, Jasmim.” Sem esperar para ser mostrada uma mesa, Lu caminhou para uma ampla área de sofás na parte de trás do salão. O sofá e quatro cadeiras estava orgulhosamente em um estrado de um luxuoso tecido de seda amarela. Lu olhou bem a casa, quando ele se sentou no sofá e cruzou suas pernas de uma forma casual. 

Dominic começou a fazer uma excursão de trezentos e sessenta graus, do bar de vinho, tendo certeza de que nada parecia fora de lugar. Ele viu Baz no canto da sala e acenou.

Dominic recusou-se a analisar sua decisão, mas ele rapidamente se sentou no sofá ao lado de Lu, antes que Baz pudesse se juntar a eles.

Baz se sentou na única cadeira vazia. Ele começou a falar, mas um garçom escolheu aquele momento para abordar Lu. “Uma garrafa de seu estoque privado, Senhor, ou prefere tentar algo novo?”

“Meu estoque privado está bem James, mas seria melhor você fazer em duas garrafas.” Lu disse.

“Muito bem.” O garçom se curvou e foi embora.

”Nós não podemos beber duas garrafas de vinho em…” Dominic olhou para seu relógio. “…vinte e seis minutos.”

Lu sorriu. “Eu estou ciente disto, mas James não. Eu pensei que você preferia não anunciar nossa curta permanência.”

Dominic movimentou a cabeça, contente de Lu estar pensando.

Baz olhou por cima de seu ombro, antes de se endereçar ao grupo. “Eu não ouvi o nome de Ambrosios ser mencionado aqui, e eu não vi qualquer um dos homens e mulheres, que eu suspeito poderia estar trabalhando com ele.”

Um homem e uma mulher a duas mesas de distância chamaram a atenção de Dominic. O homem não só tinha suas mãos dentro da blusa aberta da mulher, afagando seus peitos, mas ela estava masturbando ele debaixo da mesa. “Que diabos?”

Lu inclinou-se na direção de Dominic, aparentemente ciente da cena acontecendo somente a alguns passos deles. “Exatamente. Nós somos sexualmente livres aqui. É algo que você vai ter que se acostumar a ver.”

“Sério? Você apenas deixa esse tipo de atividade acontecer em lugares públicos?” Dominic não podia acreditar nisto. Depois de sua discussão na piscina, Dominic começou a pensar de maneira diferente de Lu. Talvez sua mudança de coração tivesse sido prematura.

Lu aproximou-se e colocou uma mão na coxa de Dominic. “Você vê as pessoas matando umas as outras?”

“Não.” Dominic pôs sua mão na de Lu, para mantê-la de vagar na direção de seu pau. 

“Esta cidade está cheia de pessoas que, quando vivas, fizeram muitas coisas ruins. Eu mostrei a eles que podiam aliviar seu stress diário através do sexo, em vez de violência. Eu estou certo que não é algo que você está acostumado a ver, mas funciona aqui.”

O que havia na voz de Lu que parecia ir direito aos instintos básicos de Dominic? Em vida, ele tinha sido mais em mulheres do que homens, então por que ele continuava a evocar imagens dele mergulhando seu pau bem fundo no traseiro de Lu?

Dominic voltou a olhar para o casal. “Então, esse tipo de exibição não é apenas aceito, mas encorajado?”

“Eu não sei sobre encorajamento, mas sim, certamente é bem vindo como alternativa.” Depois de um leve aperto na coxa de Dominic, Lu removeu sua mão.

O garçom voltou com duas garrafas de vinho e seis copos. “Você gostaria de algo para comer?”

“Não, obrigado James.” Lu respondeu.

A Dominic foi dado um copo de vinho tinto cheio. Ele colocou-o até seu nariz e inalou, perguntando-se que tipo de vinho uma pessoa bebia no inferno. Ele ficou feliz de achar o cheiro agradável e tomou um gole tentativo. “Isto é bom.”

Lu riu. “Você diz isto como se estivesse surpreso.”

Ele deu de ombros. “Eu acho que eu estou.”

“É surpreendente o quão pouco o mundo lá fora sabe sobre a Cidade.” Lu gesticulou para cima e agitou sua cabeça.

“Esclareça-me.” Dominic tomou outro gole de seu vinho.

“Mais tarde, agora mesmo, eu penso que nós precisamos manter nossos olhos naquela mulher ali.”

Dominic seguiu o olhar de Lu, para uma mulher mais velha sentada sozinha. Ela parecia perfeitamente inofensiva para ele. De fato, ela se assemelhou a sua avó de algum modo. “Por quê? Você a conhece?”

“Não, mas ela entrou logo depois de nós e ainda não pediu nada, apesar de James a abordar em duas ocasiões.”

Dominic não podia acreditar que ele perdeu isso. Ele olhou para sua equipe, que obviamente não tinha visto a ameaça potencial da senhora idosa. Descansando seu copo, Dominic começou a levantar, mas uma mão em seu braço o manteve no lugar. Ele olhou para Lu, chocado que o homem tivesse força para segurá-lo no lugar. 

Lu se inclinou perto de sua orelha e sussurrou para Dominic. “Diga-me novamente. Como você planeja pôr um fim em Ambrosios, se você nunca entrar em contato com ele? Esta pode ser a chance que você precisa.”

Um tremor percorreu inesperadamente a pele de Dominic, quando a respiração de Lu fez cócegas em sua orelha e pescoço. “Minhas ordens são para parar Ambrosios, sem você ao redor.”

As sobrancelhas pretas de Lu se levantaram. “Por quê?”

Dominic agitou sua cabeça. “Mais tarde.”

Lu sorriu. “Neste caso, eu sugiro que nós saiamos daqui, enquanto nós podemos.” Ele deixou seu vinho inacabado na mesa e cruzou para ficar na frente de Baz. “Obrigado.”

A mandíbula de Dominic cerrou, enquanto Lu se inclinava para oferecer a Baz um beijo profundo. Dominic não perdeu o sutil aperto escondido, que Lu deu a Baz. Ele teve o suficiente. “Vamos.”

Lu quebrou o beijo e endireitou-se, sorrindo para Dominic. “Devo liderar ou acompanhar?”

Dominic movimentou a cabeça para os membros de sua equipe, Darian Brooks e Boone Lawley, para liderar o caminho. Ele estendeu sua mão para Baz. “Obrigado por sua ajuda.”

O fortemente musculoso espartano apertou a mão de Dominic. “Lu significa o mundo para mim. Mantenha-o seguro.”

Dominic apreciou a veemência das palavras de Baz. Era óbvio que o homem se importava com Lu. Era à forma dos sentimentos que Dominic não estava certo. “Eu irei.”

Dominic deixou The Cask, com Lu ao seu lado e Nick vindo na retaguarda. A mão dele colocada na parte inferior das costas de Lu era puramente profissional, ou assim ele disse a si mesmo. Sua mente continuava voltando para Baz e o beijo que ele e Lu compartilharam. 

Tão logo eles estavam de volta dentro da segurança da cobertura, Dominic dispensou seus homens para seu reconhecimento atribuído na Cidade. Lu foi para seu quarto pela noite, e Dominic para o quarto que lhe foi atribuído.

A noite continuou a bater em sua mente, enquanto ele tentava ler. O que era isto sobre Lu que atraia Dominic? O homem era extremamente vaidoso, mas não muito mais do que Michael, Gabriel, Raphael, e os outros Arcanjos que ele tinha estado ao redor.

A aparência de Lu definitivamente dava razão para a vaidade do homem, mas era mais do que isto. Lu parecia cheio de confiança em cada passo que tomava e cada decisão que fazia. Eram três características que Dominic admirava nas pessoas que ele tinha contato. Era isso que o atraia para Lu?

Um barulho chamou sua atenção. Dominic lançou abaixo seu livro e foi para a porta.

Abrindo-a lentamente, ele se moveu pela sala de estar, em direção à cozinha. Na penumbra, acima do balcão, Dominic viu Lu. Vestido em um pijama de flanela, de bolinhas multicoloridas, Lu estava no balcão bebendo um copo de… leite de morango?

No momento que Lu viu Dominic, ele endureceu. Em um piscar de olhos, Lu estava no balcão, em calças de seda preta, segurando um copo de uísque. “Problemas?”

Dominic tentou esconder seu sorriso. O vislumbre simples de Lu, sem suas paredes arrogantes em cima, fez o coração de Dominic acelerar. Ele decidiu não gritar a Lu sobre as mudanças de sua bebida e traje.

“Pensei ter ouvido algo.”   

Lu movimentou a cabeça. Dominic notou que o homem não tomou nenhum gole da bebida alcoólica. “Só pegando algo para beber na cama.” Dominic se aproximou mais, pela cozinha. “Eu posso perguntar algo a você?”

“Você pode perguntar. Mas não sei se eu responderei.” Lu disse, descansando seu copo.

Dominic brigou consigo mesmo, por dias para fazer a pergunta. Ele decidiu ir apenas para isto. 

“Qual é exatamente sua relação com Baz?”

“Baz? Ele é meu melhor amigo. Eu disse isto a você.”

“Sim, mas os dois parecem ser mais que amigos.” Dominic murmurou.

Lu sorriu. “Nós fodemos muito regularmente.” Ele encolheu os ombros. “Não quer dizer nada mais que amizade, entretanto.”

Dominic agitou sua cabeça. Surpreendentemente ele não estar repugnado. O que ele realmente sentia era tristeza.

Dominic perguntou-se se Lu já tinha tido uma conexão sentimental diferente de amizade.

Ele estava tão perdido em seus pensamentos, que não percebeu Lu aproximando-se dele, até que uma mão esfregou o seu peito nu. Dominic olhou abaixo, antes de encontrar o olhar de Lu. “O que você está fazendo?”

“Você parecia perdido. Eu pensei em dar-lhe algo diferente para se concentrar.” Lu explicou.

Os olhos de Dominic começaram a se fechar, quando os dedos de Lu roçaram seu mamilo. Ele rangeu seus dentes juntos, tentando lutar contra a atração do seu corpo, para o homem na frente dele. Dominic estava juntando força para afastar Lu, quando um beijo suave caiu sobre seu pescoço. Porra.

Cedendo as necessidades do seu corpo, Dominic alcançou e agarrou a parte de trás do cabelo de Lu, inclinando a cabeça de Lu para trás, enquanto ele esmagava sua boca contra os lábios vermelhos que ele sonhou por dias.

Lu gemeu quando Dominic imediatamente tomou o controle do beijo, empurrando sua língua profundamente nos recessos quentes da boca de Lu. Ele não conseguia recuperar-se do gosto incrível. Era mais do que vinho ou leite de morango, que ele viu Lu bebendo mais cedo. Era cem por cento Lu, picante com uma pitada de perigo.

Enquanto ele continuava a entrar na boca de Lu, Dominic deixou suas mãos vagarem abaixo no corpo de Lu. Os músculos do traseiro de Lu, pareciam se ajustar perfeitamente nas mãos de Dominic.

Dominic apertou as bochechas do traseiro apertado, enquanto ele puxava suas metades mais baixas juntas.

Forçado a quebrar o beijo para o oxigênio que precisava, Dominic olhou fixamente nos olhos de Lu. “Eu nunca quis ninguém como eu quero você.”

Lu sorriu e encostou sua ereção contra a coxa de Dominic. “Eu não sou como ninguém que você já encontrou.”

A simples declaração teve o sucesso em trazer Dominic de volta para realidade. Que diabo eu estou fazendo? Ele respirou fundo e recuou. “Eu sinto muito. Isto não está certo.”

Sem outra palavra, Dominic virou e retirou-se para seu quarto. Ele caiu sobre a cama e enterrou seu rosto no travesseiro. “Deus querido, por favor, me perdoe.” 

 

 Dominic se sentou à mesa de jantar com sua equipe. Tinha se passado dois dias, desde sua excursão ao bar de vinhos e ainda não tinham descoberto nada de novo. Ele olhou fora, pelas janelas de vidro, onde Lu estava se bronzeando ao lado da piscina. 

Embora Lu estivesse nu, pelo menos estava de bruços, sobre seu estômago. Na verdade, a perfeita formação de seu traseiro era até mais tentador para Dominic que a frente. Dominic fez seu melhor para não deixar seus olhos vagarem pelo declive suave da nascente de suas nádegas de bronze, que ele queria enterrar seu pênis. 

As coisas entre ele e Lu tinham estado tensas, muito insuportável, desde o beijo na cozinha. O pênis de Dominic estava em um estado constante de excitação, sempre que Lu estava a vinte passos dele. 

Uma brisa da água-de-colônia picante de Lu e Dominic tinha que deixar o lugar ou corria o risco de embaraçar a si mesmo. Ele não gostava disto nem um pouco. 

Dominic voltou sua atenção para sua equipe. “Algo novo?”

Darién agitou sua cabeça. “Tudo que nós ouvimos foram sussurros sobre o sujeito. É como se ninguém quisesse dizer o nome alto.”

Nick tomou um gole de seu café matutino. “Eu odeio dizer isto, mas eu penso que nós precisamos conseguir Lu lá fora novamente. Esta merda de ficar sentando aqui, não está funcionando.”

Dominic esfregou seu rosto, antes de dar outra espiada lá fora. “Então você acha que nós precisamos tirar Ambrosios, usando Lu como isca?”

Nick se mexeu em sua cadeira. “Eu entendo por que você não gosta da idéia, mas sim. Eu penso que é exatamente isto o que nós precisamos fazer.”

Dominic acalmou. “O que você quer dizer, com você entender por que eu não gosto da idéia? Que diabo você está tentando dizer?”

Nick trocou olhares com os outros dois homens, mas foi Boone que finalmente falou mais alto.

“Você gosta dele.”

“Eu certamente que não gosto.” Dominic tentou negar. Ele percebeu pela expressão nos rostos dos homens que eles não acreditavam nele. “Certo, eu posso estar fisicamente atraído por ele, mas vamos lá, é Lúcifer.”

“Ele é Lúcifer. Eu acho que todos nós vimos que Lu, não é quem nós pensamos que era.” Nick retrucou de volta. 

“Eu acho que a única razão para que nós ficarmos surpresos é por tentarmos esconder nossas próprias preferências sexuais de você por anos.”

Dominic estava chocado. Ele olhou fixamente para os três homens ao redor dele. “Você quer dizer…”

Boone assentiu. “Darien e eu temos sido amantes por anos. Você apenas nunca se preocupou com isto, e nós não estávamos empurrando isto em seu rosto.”

Dominic correu seus dedos por seu curto cabelo preto, arranhando seu escalpo no pensamento. Agora que estava fora ao ar livre, ele percebeu que tinha notado os dois homens pareciam estar sempre juntos, até quando estavam de folga.

Parecia que sua equipe não pensava menos dele, por cair em luxúria com Lu, então por que ele ainda tinha problemas com isto?

Dominic decidiu empurrar o dilema para o fundo de sua mente e se concentrar no trabalho à mão. “O que você sugeriria para tirar Ambrosios da toca?”

“Algum lugar muito público.” Nick anunciou. “O Inferno.”

Dominic ainda tinha que visitar a boate famosa, mas ele podia imaginar o que acontecia dentro de suas paredes. Se a exibição pública no The Cask era uma indicação, O Inferno tinha que ser muito pior. Ele não estava certo que era uma decisão sábia voluntariamente pôr-se naquele tipo de situação, com seus pensamentos já vigorosos em direção a Lu.

Boone, o membro mais perceptivo do time, o alcançou através da mesa e pôs sua mão no pulso de Dominic. “Está tudo bem você se sentir deste modo sobre ele.”

Dominic puxou seu braço atrás, quebrando o contato. “Eu irei conversar com Lu sobre sair hoje à noite. Alguém precisa chamar Baz e tê-lo nos encontrando lá.”

Nick movimentou a cabeça. “Eu farei isto. Nós conseguimos chegar a um entendimento, desde nosso primeiro encontro.”

Dominic se levantou e foi para a cozinha por um copo de água. Ele riu, quando encheu o copo com cubos de gelo, outro mito que as pessoas tinham sobre o inferno.  

Ele levou o copo para o pátio. O sol estava realmente ardente e quente, embora fosse apenas dez da manhã. Dominic deixou sua bebida na beira da piscina, ao lado de Lu. De sua posição em pé, ele tinha uma visão muito melhor do traseiro perfeito de Lu.

Ele se virou e se sentou na cadeira, ao lado de Lu. “Nós precisamos conversar.”

Girando sua cabeça na direção de Dominic, Lu abaixou seus óculos de sol espelhados. “Sobre que?”

Quando Lu começou a se sentar, Dominic estendeu as mãos em pânico. “Não se levante.”

Lu riu. “Você é tal puritano.”

“Eu não sou.” Dominic discutiu. “Eu apenas não preciso ver todo seu lixo, agora.”

Lu sorriu. “Agora? Isto significa que você tem pensado sobre o beijo na cozinha?”

Dominic recusou a entrar naquela conversa. “Os caras pensam que nós devíamos tentar e atrair Ambrosios fora da toca, levando você para O Inferno mais tarde.”

Lu agarrou uma toalha ao lado dele e discretamente cobriu seu pênis, enquanto se sentava e balançava suas pernas acima do lado da cadeira. “Por que a mudança de coração?”

“Porque Ambrosios não está fazendo um movimento. Este beco-sem-saída pode continuar indefinidamente, se nós não fizermos algo.” Dominic explicou.

Lu se debruçou adiante para descansar seus braços em seus joelhos. Ele esfregou suas mãos juntas, enquanto ele parecia pensar nas coisas. “Eu não me importo de atraí-lo, mas eu não quero ver outros sendo machucados por isto.”

Dominic piscou. A dedicação de Lu para A Cidade nunca deixava de surpreendê-lo. O lugar estava cheio de indesejáveis. Como poderiam invocar tal proteção do Arcanjo caído?

“Nós faremos tudo que pudermos para manter seu povo fora de qualquer dano.” Dominic finalmente disse.

Lu assentiu e se levantou. Ele enrolou a toalha ao redor de sua cintura, mas não antes de dar a Dominic um breve vislumbre do pacote entre suas pernas bronzeadas. Dominic tragou. Tal como o resto dele, o pênis de Lu era glorioso.

“Eu irei me preparar.” Lu disse, quando começou a caminhar em direção à cobertura.

Dominic levantou e segui a toalha encaixada em seu traseiro. “Nós não estaremos partindo até tarde desta noite.”

Lu girou de repente e Dominic quase se chocou com ele. “Eu me sinto bem com uma longa imersão na banheira.” Lu alcançou e correu uma mão pelo pescoço de Dominic, abaixo de seu peito e para o cós de sua calça jeans.

“Quer esfregar minhas costas?”

Dominic olhou fixamente nos olhos negros do homem na frente dele. Tudo o que precisava era um simples aceno com a cabeça e ele teria Lu em sua cama num instante, mas ele não podia, não ainda. Desistir de um desafio não estava em sua natureza, então Dominic passou e roçou sua mão através da ereção, mal escondida pela toalha de Lu. “Talvez mais tarde. Eu tenho algo que eu preciso cuidar primeiro.”

Os olhos de Lu faiscaram no gesto. “Eu estarei aqui, quando você mudar de idéia.”

 

Dominic entrou no Templo e olhou em volta. Ele seguiu o sinal para a capela cristã. Havia apenas dois adoradores, mas para o que Dominic precisava fazer exigia que ele estivesse sozinho. Ele se sentou no banco de trás e esperou que o homem e mulher terminassem de rezar.

Enquanto ele observava o casal, ele testemunhou o que parecia ser uma cerimônia de casamento privado.

A idéia que duas pessoas, condenadas ao inferno, poderiam realmente pedir a Deus que abençoasse a união, balançou Dominic no seu mais intimo. 

Ele ainda estava abalado, quando o casal de recém casados se levantaram e beijaram-se, antes de sair da capela. Depois de obter-se junto, Dominic se levantou e caminhou para a estátua de Gabriel.

Ajoelhando, ele fechou seus olhos e falou diretamente para o mármore esculpido. “Eu preciso de você.”

“Oi, Dominic.”

Dominic abriu seus olhos. Ele pareceu estar em um campo de flores silvestres. Ele reconheceu sua pequena casa ao longe e sabia que estava em casa. “Oi, Gabriel.”

Gabriel gesticulou para ele se levantar. “Você parece estar com problemas.”

“Eu estou.” Dominic respondeu, quando chegou aos seus pés. “Eu estou confuso sobre o inferno.”

A cabeça de Gabriel se inclinou para o lado. “O que confunde você?”

“Não é o que eu esperava. Algumas das pessoas não parecem pertencer ali. Realmente não é muito diferente da cidade de Nova Iorque, quando eu era vivo.” Dominic tentou explicar.

“De muitas formas, o inferno é como qualquer outra cidade. Não é Deus que condena a maioria das pessoas lá, são as pessoas mesmas. Existem aqueles que lamentam coisas que eles fizeram e muito profundamente acreditam que eles não sejam merecedores de morar no céu.” Gabriel avançou e colocou uma mão no ombro de Dominic. “Há algo mais, não é?”

“Lu é diferente do que eu esperava, também. Ele é…” Dominic curvou sua cabeça. “Eu gosto dele.”

Gabriel surpreendeu Dominic com um sorriso. “Eu sabia que você gostaria. É uma das razões pelas quais eu enviei você para ele.”

A cabeça de Dominic estalou acima. “O que? Por que você faria isto?”

“Eu tenho minhas razões.” Gabriel girou como se fosse partir.

“Espere.” Dominic chamou. “Quais são as razões?”

Gabriel agitou sua cabeça e desapareceu.

Um momento mais tarde, Dominic estava ajoelhado na frente da estátua, mais confuso do que nunca. 

 

O toque no bolso de Dominic o surpreendeu. Ele piscou várias vezes, percebendo que ainda estava ajoelhando na frente da estátua e retirou seu telefone. “Sim.”

“Nós estamos prontos para ir. Você está vindo?” Nick perguntou. 

Dominic esfregou seus olhos. Ele tinha estado tão profundamente pensando e orando que ele perdeu a maior parte do dia. “Eu encontrarei você lá.”

“Vejo você, então.” Nick desligou. 

Dominic colocou no lugar seu telefone e ficou de pé. Ele ainda estava confuso, mas pelo menos, depois de horas em oração, ele estava mais em paz consigo mesmo e com seus sentimentos por Lu.

Fora do Templo, Dominic chamou um táxi. “O Inferno.” Ele disse ao motorista.

Enquanto eles viajavam para a boate, ele olhou abaixo, em suas roupas. “Qual é o código de vestimenta do Inferno?”

O motorista o olhou do espelho retrovisor e riu. “Você está brincando, certo?’

Não interessado em doar a sua ignorância, Dominic sorriu e movimentou a cabeça. Ele se virou para olhar pela janela do lado do motorista da parte de trás. Evidentemente, calça jeans e uma camiseta branca teriam que servir. 

O motorista parou atrás da limusine preta de Lu.

“Você está com sorte,” disse o motorista. “Lu está aqui hoje à noite. Ele sempre consegue a multidão de bom humor.”

Dominic não estava certo de como tomar o comentário. Ele pagou ao homem o dinheiro que Lu lhe deu e saiu. Ele esperava ver Lu e seus homens, mas tudo que ele viu foi uma conversa de Will com um homem de aparência desagradável ao lado do carro.

O cabelo detrás do pescoço de Dominic picou, quando Will o viu, e imediatamente dispensou o homem para longe. “O que está acontecendo?”

 Will teve a decência de parecer culpado. “Nada. Eles já estão do lado de dentro.”

“Eu vejo isto.” Dominic olhou na direção do homem que Will conversava. 

“Quem é seu amigo?”

Will balançou sua cabeça. “Não é um amigo. Só um cara que perguntou sobre Lu. Ele disse que estava indo para casa trocar-se e voltaria. Todo mundo gosta, quando há festas de Lu.”

Dominic estreitou seus olhos. Embora a explicação de Will fosse suspeitosamente perto do que o motorista de táxi disse, Dominic não acreditou que Will não conhecia o homem. A conversa parecia envolver mais que uma simples pergunta.

Não estando disposto a anunciar sua desconfiança de Will ainda, Dominic caminhou em direção a entrada. O homem gigante na porta começou a lhe dizer para ir para a parte de trás da linha, mas uma simples palavra de Will teve Dominic dentro.

Ele entrou no clube cautelosamente e procurou por Lu e sua equipe. Dominic viu uma multidão de consumidores, amontoados próximos a uma alcova, antes de ele ver o rosto de Nick, vermelho de ira, gritando com eles.

Dominic sorriu e caminhou em direção ao caos. Parecia que os fãs adorados de Lu queriam dar uma olhada melhor em seu líder. Enquanto Dominic empurrava a multidão, gritando para todo mundo voltar para as suas próprias mesas, ele tentou conseguir um contato visual de Lu.

Dominic não estava certo se era a expressão em seu rosto ou o tom de sua voz, mas logo o grupo começou a vagar longe. Ele finalmente atravessou a multidão e dirigiu-se para seus homens.

“Algum problema?”

Darién agitou sua cabeça. “Eles só estavam perto demais para ter algum conforto.”

Dominic automaticamente assumiu a cadeira vaga ao lado de Lu no sofá. “Você está bem?”

Lu sorriu. Ele estava bem vestido, com um couro preto colado no corpo. O olhar era suficiente para fazer água na boca de Dominic. “Claro.”

Dominic olhou Lu de cima abaixo. “Eu pensei que você havia dito que couro preto era clichê?”

O sorriso de Lu se alargou. “Eu disse.” Ele se inclinou e sussurrou na orelha de Dominic. “Eu vesti isto para você.”

Dominic girou e roçou um beijo suave contra os lábios de Lu. “Obrigado.”

As pálpebras de Lu se abaixaram ligeiramente no toque. “Dance comigo.”

Tirando seu olhar, longe de Lu, Dominic olhou em torno do clube. “Isto é sempre lotado?”

 Lu assentiu.

A mão de Lu pousou sobre sua coxa superior e quase gemeu. A conversa com Gabriel tocava repetidas vezes em sua mente, enquanto ele tentava decidir se agia ou não sobre seus desejos.

No momento em que ele viu Baz vir em sua direção, a mente de Dominic o favoreceu. Ele sabia que não estava no humor, para ver o beijo dos dois homens, amigos ou não. Ele levantou e puxou Lu em seus pés.

“Vamos dançar.”

Lu abertamente ajustou a ereção presa atrás das calças de couro apertado. Dominic não foi o único que notou o gesto. Vários fregueses acomodados perto deles ruidosamente gemeram, pondo Dominic até mais na defensiva.

Em uma demonstração de possessão, Dominic envolveu um braço ao redor de Lu e o levou a pista de dança. Ele teve muito prazer em ver que parte da multidão abria passagem, enquanto eles caminhavam no labirinto de pessoas e mesas.

Dominic levou Lu para um canto da pista de dança e girou para enfrentá-lo. Com um sorriso, Lu agitou sua cabeça e apontou para a plataforma levantada no centro do chão.

“Esse é o meu lugar.” Lu disse na orelha de Dominic. Ele seguiu a declaração com uma lambida no pescoço de Dominic.

Dominic olhou para a pequena pista de dança, elevada e agitou sua cabeça. “Não é seguro para você lá em cima.”

Lu se aproximou, roçando a si mesmo contra Dominic. “Acredite-me, será mais perigoso aqui embaixo. Eu tive que construir isto, porque eu estava cansado de ser procurado no escuro por todo Tom, Dick e Harry ao alcance.”

Dominic olhou de volta para o grande pedestal grande. A necessidade de proteger Lu guerreou com seu desejo inato, de manter outros homens de tocá-lo. Ele finalmente cedeu e deixou Lu o levar acima pela escada estreita.

Uma vez que ele teve Lu em seus braços novamente, Dominic começou a seguir o exemplo de Lu. O homem sedutor rodou seus quadris, provocando Dominic ao roçar o cume duro de sua ereção, contra o quadril de Dominic.

Lu puxou a cabeça de Dominic abaixo e falou em sua orelha, acima da música alta. “Você mudou de idéia sobre me querer?”

O peito de Dominic estremeceu e deu um gemido, quando a mão de Lu caiu sobre a frente de sua calça jeans.

“Nunca foi uma questão de querer você.”

Lu olhou nos olhos de Dominic.

“Com medo de ser enviado aqui se você me foder?”

As mãos de Dominic se moveram para o couro apertado, e em forma de xícara, encaixou o traseiro de Lu, apertando suavemente. “Algo assim.”

Embora ele não dissesse nada, Dominic viu a expressão de mágoa no rosto de Lu. Dominic perguntou-se, não pela primeira vez, quanto à reputação de Lu machucava o Arcanjo caído. Não havia maneira de ele perguntar, mas ele podia fazer algo para limpar a tristeza dos olhos de Lu.

Começando pelo pescoço de Lu, Dominic lentamente beijou seu caminho para a boca sensual de Lu. Ele roubou os lábios vermelhos, com sua língua e esperou por sua entrada. Em vez de simplesmente abrir sua boca, Lu pôs fora sua língua e a correu através da de Dominic.

“Hummm.” Dominic gemeu no gesto erótico. Ele chupou a língua oferecida em sua própria boca, enquanto ele apertava seu corpo completamente contra Lu. O couro apertado deixou absolutamente nada para a imaginação, enquanto o pênis de Lu esfregava contra o seu próprio. Quebrando o beijo, Dominic beliscou Lu no lábio inferior. “Devagar, ou eu vou te foder bem onde você esta.”

Lu gemeu e subiu sua perna direita para cima do quadril, ao redor de Dominic. “Seja meu convidado.”

Rangendo os dentes, Dominic lutou para controlar o desejo de fazer exatamente isto.              “Eu não acho que este é o tipo de show que eu quero fazer para alguém, além de você.”

As mãos de Lu se moveram para a calça jeans de Dominic e desabotoou o botão superior. “É o que eles esperam. Por favor, vai agradá-los ver seu Príncipe feliz.”

Dominic apertou seus olhos fechando quando Lu abaixou seu zíper e empurrou sua calça jeans o suficiente para permitir a seu pênis pular livre. Seus dedos formigaram momentos antes de Dominic sentir debaixo de suas palmas sua pele nua. Ele olhou até ver Lu nu da cintura para baixo. “Foda!”

Lu movimentou a cabeça e apertou suas mãos juntas atrás do pescoço de Dominic.                “Sim.”

Dominic esfregou a pele suave do traseiro de Lu. “Eu não tenho nenhum lubrificante.”

Lu riu e içou a si mesmo até envolver ambas as pernas ao redor da cintura de Dominic. “Lubrificante? Oh, homem de pouca fé. Você não precisa de qualquer coisa para me foder, exceto um pedaço grande, e duro de carne.”

Com suas mãos sustentando o traseiro de Lu, Dominic se voltou para a grade larga cromada, que cercava a plataforma levantada. “Eu não posso acreditar que eu estou pensando em fazer isto.”

Lu braceou seus pés contra a grade e alcançou atrás dele, o pênis de Dominic, na posição de entrar em seu buraco. “Não pense. Foda-me.”

Sem outra palavra, Lu lentamente se abaixou na seta de Dominic. Sentiu o buraco de Lu tão apertado, que se perguntou por que o homem não gritou em dor. Olhando para o seu rosto, Lu deu-lhe a resposta. Era óbvio que a dor era uma parte bem-vinda do processo. Dominic não soube se estava chocado ou excitado. 

Ele agarrou as bochechas do traseiro de Lu mais apertado, enquanto o corpo de Lu tragava todo o seu pênis. 

“Porra!” Dominic se moveu fora.

Com seus pés firmemente presos nas barras, Lu começou a levantar e abaixar a si mesmo no pau de Dominic. Dominic ouviu os gemidos e gritos, quando a multidão abaixo deles começaram a entrar em ação na plataforma. Em sua antiga vida, Dominic teria ficado mortificado por ser o centro da atenção como ele era, mas agora, excitava-lhe como nunca tinha sentido. 

Dominic procurou pela boca de Lu, sem abrir seus olhos. Ele encontrou-a e empurrou sua língua profundamente, ao mesmo tempo em que apunhalava o traseiro de Lu. Embora a multidão e a música estivessem incrivelmente altas, Dominic juraria que ele ouviu gemidos contínuos de Lu, conforme a intensidade de sua foda aumentava.

Nunca, oh porra, tinha experimentado qualquer coisa como o aperto forte do corpo de Lu. Ele brevemente perguntou-se se o Arcanjo caído o tinha debaixo de um feitiço de algum tipo. Dominic gemeu quando Lu rodou seus quadris. Feitiço ou não, o corpo de Lu era incrivelmente real e o circulava. 

Dominic decidiu afastar os pensamentos negativos e se concentrar na foda de sua vida.

Suas bolas apertaram, quando as unhas de Lu se cravaram, em suas costas. Talvez Lu não fosse o único que apreciava uma mordida de dor. Um apertão extra nas paredes internas de Lu, teve Dominic empurrando profundo e esvaziando seu sêmen no magnífico homem.

Dominic estava tão perdido no resplendor de seu clímax, ele foi surpreendido quando o traseiro de Lu se ergueu fora de suas mãos. Dominic abriu seus olhos e alcançou para sustentar Lu, quando o homem incrivelmente sexy se apoiou na barra, colocando sua gotejante ereção na frente do rosto de Dominic.

Dominic abriu largo sua boca e Lu deslizou seu longo pênis, espesso dentro da boca de Dominic. Dominic não pode deixar de gemer no sabor picante de pré-sêmen de Lu, enquanto o cobria com sua língua. Da mesma forma que tinha sido da primeira vez que ele beijou Lu, a essência picante excitava-lhe. 

Usando a barba de cinco horas, que despontava, Dominic roçou seu queixo contra as bolas de Lu. O movimento ganhou um grunhido de Lu, como também um aperto da mão em seu cabelo.

Lu assumiu o comando de sua boca e fodeu Dominic, para o encanto da multidão.

Dominic por um momento pensou sobre seus homens. Ele esperava que não pensassem menos dele, mas também estivessem vigiando suas costas. O aperto em seu cabelo avisou do primeiro jorro de esperma batendo em sua garganta. Dominic conseguiu tragar a maior parte do sêmen de Lu, mas havia mais do que pensava ser possível. O desejo de sufocar, no presente de Lu, na frente de uma sala cheia de pessoas não era sua idéia de uma coisa boa. Ele olhou para cima e encontrou o olhar de Lu.

Seu novo amante deve ter sentido seu dilema. Lu agarrou seu pênis pela base e puxou da boca de Dominic, usando o resto de seu esperma para espirrar na multidão, abaixo. O lugar praticamente estourou ao redor eles, enquanto homens lutavam por um gosto do esperma de Lu.

Drenado até a última gota, Lu deslizou abaixo do corpo de Dominic e o beijou.

“Fantástico.”

Dominic concordou, mas ele de repente sentiu o embaraço da sua situação. Ele começou a agarrar suas calças, apenas para perceber que já estavam no lugar e firmadas. Suas mãos esfregaram contra o couro suave das calças de Lu. “Isto é um truque surpreendente.”

“Fico contente que você gostou disto. Nós poderíamos precisar de alguns de meus outros truques, para nos conseguir fora daqui, depois deste show.”

Dominic olhou em volta. Sua equipe estava ocupada lutando para manter as pessoas fora da escada até a plataforma. Merda. “É melhor você nos tirar daqui, antes que alguém se machuque.”

“Que tal esperar por Ambrosios?” Lu perguntou.

“Nós vamos nos preocupar sobre ele mais tarde. Nesta multidão, nós teríamos um momento difícil, até para lidar com ele.” Dominic explicou.

Com uma aceno de sua mão, a multidão inteira congelou. Dominic olhou em volta e agitou sua cabeça. “Incrível.”

Lu sorriu e deu-lhe um beijo rápido. “Outro de meus truques de salão.”

Dominic ajudou Lu a descer a escada. “Que tal minha equipe?”

“Você quer que eles voltem conosco?” Lu perguntou.

Dominic não estava certo de que ele poderia lidar com os olhares dos homens, que trabalhou por anos. “Não, mas eu não os quero esmagados pela multidão, também.”

Lu tocou cada membro da equipe na testa. Nick, Darién e Boone piscaram várias vezes.

“Que diabos?” Nick disse, saindo de seu transe.

Lu riu. “Vocês rapazes são tão engraçados. Vamos.”

“Que tal Baz?” Nick gesticulou para Baz que estava cercado pelas pessoas.

“Ele estará bem. Ele já passou por isto antes.”

Nick continuou olhando fixamente para o melhor amigo de Lu por alguns minutos. “Eu ficarei para ter certeza de que tudo termine bem para ele.”

Lu sorriu. “Faça como quiser.”

Dominic sentia suas pernas como se fossem de borracha, quando Lu o levou pela mão através do clube. Não foi até que eles estavam na limusine, que Dominic se lembrou do encontro mais cedo de Will com o sujeito mal-encarado. Ele lembrou a si mesmo para questionar Lu sobre seu motorista, uma vez que estivessem sozinhos.  

 

 Lu estava mais feliz do que ele tinha estado em muito tempo, quando ele se esticou em sua cadeira na tarde seguinte. Seu traseiro estava dolorido, o que apenas serviu para lembrar-lhe da noite que tinha passado com Dominic. Ele sorriu, quando se lembrou das ordens de Dominic, antes de deixar a cobertura algumas horas mais cedo.

“Não fique nu, com meus rapazes ao redor,” ele disse em um áspero, tom possessivo.

Lu ainda não podia acreditar que ele ficou duro com seu comando. Ele estava acostumado a dar ordens, não as levar, mas ceder às exigências de Dominic parecia quase natural.

Ele mexeu seus quadris, roçando sua ereção contra o forro do traje de banho vermelho insuficiente que ele tinha sido forçado a usar. Embora a pequena coisa mal conseguisse conter seu pênis, pelo menos ele estava coberto.

“Baz está aqui para ver você.” Nick gritou dentro da cobertura.

Ele ouviu Baz gritar com Nick que ele não precisava ser anunciado, momentos antes de ele vir caminhando para a piscina. “Oi.”

“Bom ver você e Nick se dando bem.” Lu disse com uma risada.

“Fodido, não sabe com quem ele esta brincando. Ele partiu, então pelo menos eu não tenho que ver seu rosto feio novamente, antes de eu sair.”

Lu sorriu. Nick era qualquer coisa, exceto feio e os dois sabiam disto. Ele virou-se e protegeu seus olhos do sol. “Desculpe, nós não conseguimos uma chance de conversar no clube.”

Baz encolheu os ombros e atirou-se na cadeira. “Você estava ocupado. Eu entendo.”

Lu se debruçou em cima de seu cotovelo. “Algo errado?”

Baz respirou fundo, antes de remover um envelope de dentro do bolso da jaqueta.

“Isto estava preso debaixo de minha porta, mais cedo.”

Lu pegou o envelope. “Tem meu nome nisto. Por que foi entregue a você?”

Baz riu. “Eu acho que Ambrosios duvidou que ele pudesse entregar isto, para os seus cães de guarda.”

Lu se sentou e bateu o envelope fechado, contra sua mão por vários momentos, antes de abri-lo. Em uma caligrafia rabiscada a caneta, a nota continha apenas duas linhas.

Um bom show no Inferno, ontem à noite. Eu apreciei isto imensamente. A

Lu amassou a folha de papel em suas mãos e lançou isto no deck. Ele se deitou de volta e reajustou seus óculos de sol. “Ele sabe onde você mora. Talvez nós devêssemos achar um novo lugar para você.”

“Eu sou um espartano. Nós não corremos ou nos escondemos.” Baz declarou.

Lu revirou seus olhos. Ele estava prestes a provocar Baz, como sempre fazia, quando ouviu a voz de Dominic, que conversava com os homens dentro da casa. “Dominic está em casa.”

Baz riu. “Casa? Você tem visões de instalar seu novo namorado na sua casa?”

Lu encolheu os ombros. Ele não sabia o que queria, mas ser feito de diversão por seu melhor amigo, não era isto.

“Lúcifer, o homem guarda as porta do céu. Eu duvido que ele vá negociar isto, para ter uma vida no inferno.”

Lu estreitou seus olhos em Baz. Em vez de revelar a mágoa das palavras ditas, Lu mostrou a Baz seu temperamento. “Você sabe que eu não gosto que me chame assim. Saia!”

Baz levantou e endireitou seu paletó. “Eu só não quero ver você machucado.”

“Isto não é problema seu.”

“Existe um problema aqui?” Dominic perguntou, caminhando em direção a eles.

Baz se inclinou para apanhar a bola de papel. Ele deu isto para Dominic, no caminho de volta a casa.

Antes de olhar para o papel, Dominic se inclinou abaixo e deu a Lu um beijo profundo. “O que foi aquilo?”

Lu não queria mentir para Dominic, mas ele não podia dizer a verdade inteira, qualquer que fosse. Ele decidiu-se pela menos má. “Ele me chamou de Lúcifer.”

 As sobrancelhas de Dominic ergueram-se, quando ele abriu espaço para si próprio ao lado de Lu na cadeira. 

“Eu notei quando me apresentei que você não gosta deste nome. Por quê?”

Lu olhou ao longe, quando tragou o nó em sua garganta. Ele nunca disse a ninguém, por que o nome que lhe foi dado, o machucava tanto ouvir. Lu limpou sua garganta, quando Dominic envolveu seu braço ao redor dele.

“O nome que recebi foi me dado por amor. Agora ele quer dizer qualquer coisa, menos isto.” Lu olhou para Dominic. “Como você se sentiria se seu nome fosse associado com o verdadeiro mal?”

Lu ficou surpreso por ver lágrimas nos olhos de Dominic. Antes de falar, Dominic debruçou-se e lhe beijou. “Eu sinto muito.”

Lu agitou sua cabeça. “Não é sua culpa.”

“Talvez não de todo, mas eu sou tão culpado quanto todo mundo, que o julgou mal.” Dominic sussurrou.

Lu deslizou abaixo, até que ele pôde deitar sua cabeça no peito de Dominic. Ele não gostava de se abrir com as pessoas. Lu esperava poder confiar em Dominic. A confiança era outra coisa que ele tinha problemas. Diferente de seus irmãos, Deus e Baz, as pessoas o tinham traído muitas vezes.

Lu sabia que não era por Baz o chamar pelo seu nome completo que o chateou. O que realmente o tinha irritado, era saber que seu amigo estava certo. Que tipo de vida possivelmente podia esperar ter com Dominic?

Eles eram de dois mundos diferentes, literalmente.

“Ambrosios sabe onde Baz vive. Você pensa que um de seus homens poderia manter um olho nele? Eu ofereci para movê-lo, mas ele é muito malditamente teimoso.”

“Como você sabe?” Dominic perguntou.

Lu alcançou no deck da piscina o pedaço amassado de papel que Dominic soltou, quando ele chegou. “Isto foi deslizado debaixo de sua porta.”

Dominic se sentou o suficiente para alisar a nota.

Com a cabeça ainda no peito de Dominic, Lu sentiu a contração dos músculos do estômago de seu amante, debaixo de sua mão. “Pelo menos nós o tiramos para fora.”

“Mas por que ninguém o viu?” Dominic perguntou-se.

Lu estava certo que a resposta era óbvia para os dois, mas manteve sua boca fechada. Ele pegou a camiseta apertada de Dominic e a puxou fora de sua calça jeans, alcançando sua pele morna, e os músculos do estômago. Seus dedos seguiram as depressões e cumes individuais do pacote de Dominic, tentando seu melhor para conseguir a mente de seu amante fora de Ambrosios.

Lu começou a se preocupar que ele estava perdendo seu toque, quando a mão de Dominic parou em sua espinha. “Eu posso fazer você se sentir melhor.”

“Eu não tenho nenhuma dúvida.” Dominic gemeu, quando a mão de Lu viajou até seu pênis.

Lu se sentou em cima e escarranchou-se nas pernas de Dominic. Olhando fixamente abaixo no homem magnífico, ele não podia deixar de beijá-lo. Em seguida, sua língua invadiu a boca morna de Dominic, e seu amante tomou o controle. Lu interiormente sorriu. Ele gostava quando seu Dominic se tornava seu Dom.

“Tire esta coisa que você chama de traje de banho.” Dominic ordenou.

Lu saiu de cima de Dominic e permaneceu ao lado da cadeira. Ele manteve contato com seus olhos, quando ele lentamente abaixou o traje de banho vermelho minúsculo.

“Eu achei que você podia fazer isso com um aceno de sua mão?” Dominic estendeu suas mãos e agarrou as bolas de Lu, aplicando apenas a quantia certa de pressão.

“Eu achei que você queria o show.” Lu respondeu, enquanto ele acenava sua mão libertando Dominic de suas roupas.

Enquanto ainda afagando as bolas de Lu, Dominic estendeu e envolveu sua mão ao redor de sua potente ereção. “Sente-se em meu rosto e chupe meu pênis.”

Lu sorriu. “Você gosta de dar ordens, não é?”

Dominic sorriu em retorno e ajudou Lu na posição. “O que eu posso dizer? Eu tenho dado ordens por muito tempo para parar no quarto. Isto aborrece você?”

Lu agitou sua cabeça. Ele agarrou a base do pênis de Dominic e beijou a coroa. “Eu gosto de desistir, ocasionalmente, do controle. Antes era só Baz…” Dominic bateu no traseiro de Lu.

“Eu não quero ouvir sobre Baz fodendo você.” Dominic bateu sua língua abaixo da prega do traseiro de Lu, antes de direcionar para o buraco do Lu.

A atenção quente e molhada em seu traseiro dolorido pareceu surpreendente.

“Enquanto você estiver aqui, eu não tenho necessidade de outro amante.”

A língua de Dominic parou por alguns instantes, antes de continuar seu assalto no interior do buraco de Lu. Lu retornou sua atenção para o pênis de Dominic e começou a mamar na coroa, chupando a cabeça bulbosa larga em sua boca.

“Dominic?” Boone chamou da entrada.

Lu gemeu, quando a língua de Dominic deixou seu buraco para tratar com Boone. Um toque da mão de Dominic no traseiro de Lu, disse-lhe que a diversão estava terminada, pelo menos no momento. Ele desceu de Dominic e com um aceno de sua mão, estavam ambos vestidos. Dominic deixou sair a palavra “Obrigado” antes de se sentar e puxar Lu. “O que está acontecendo?”

“Nós acabamos de receber um telefonema estranho de Baz.” Boone começou.

Lu estava imediatamente em alertava. O braço de Dominic apertou ao redor de sua cintura. “Ele está machucado?”

Boone agitou sua cabeça. “Nós não sabemos. Ele disse que estava sendo seguido e então o sinal caiu. Nós tentamos chamar de volta, mas nós não estamos conseguindo uma resposta. Darién deu um telefonema para Nick o conseguir de volta aqui.”

Lu saltou para seus pés. “Só existe uma área da Cidade onde o sinal é escasso. Mas que porra ele está fazendo na Cidade Velha?”

“Cidade Velha?” Dominic perguntou.

Lu começou a andar pelo deck, passando seus dedos por seu longo cabelo. “Ninguém vai a Cidade Velha.”

“Que caralho tem na Cidade Velha?” Dominic perguntou, sua voz subindo.

Lu parou e encontrou o olhar de Dominic. “Aqueles que estavam aqui, antes de mim.”

 

Dominic sentou ao lado de Lu, seus dedos entrelaçados. Era a primeira vez que ele viu Lu com um pouco de medo, o que sozinho foi o suficiente para assustar a merda de Dominic.

“Então esta Cidade Velha é o lugar onde o pior do mal vive?”

Lu assentiu. “Quando você pensar sobre inferno, o que você realmente pensa está na Cidade Velha.”

“Por que Baz foi para lá?” Dominic perguntou.

“Voluntariamente? Ele não iria.”

Dominic olhou em torno do carro. Ele podia dizer que sua equipe estava completa em modo de combate. A expressão no rosto de Nick era suficiente para transformar um homem em pedra. Dominic sentiu o veículo ir mais lentamente e olhou pela janela. Eles pararam em frente a um muro de cimento alto. “Você cercou isto?”

Lu agitou sua cabeça e abriu a porta. “Eu não fiz isto, eles fizeram.” Ele se inclinou e deu a Dominic um beijo profundo. “Fique aqui.”

Dominic apertou a mão de Lu e o manteve no carro. “Onde você pensa que vai?”

O telefone de Nick tocou, momentaneamente distraindo Lu.

“Lu!” Dominic tentou chamar a atenção do seu amante.

Lu se inclinou e deu outro beijo em Dominic. “Pedir permissão para entrar. Fique aqui. Aconteça o que acontecer, fique neste carro.”

“Uma merda que eu vou.” Dominic respondeu de volta.

Nick estalou seus dedos, conseguindo a atenção de Dominic. Nick apontou para seu telefone. “Eu sei onde Baz está.”

Dominic segurou sua respiração, até Nick terminar o telefonema.

“Baz está em sua casa. Parece que ele foi atacado. De acordo com ele, bateram nele antes de entrar em seu edifício, mas agora ele está bem.”

Lu fechou a porta com um suspiro alto. “Graças a Deus.” Lu apertou um botão no painel de controle ao lado dele. “Nós leve ao apartamento de Baz.”

Lu desmoronou contra o lado de Dominic. Dominic deslizou ambos os braços ao redor de seu amante, tentando acalmar o tremor sutil que ele sentiu vibrar pelo corpo de Lu. Dominic não tinha certeza se a agitação tinha algo haver com o alivio por Baz estar bem, ou por não entrar na Cidade Velha.

Quando eles chegaram ao edifício de Baz, Lu tinha se acalmado consideravelmente.

“Você está bem?” Dominic sussurrou na orelha de Lu.

Lu girou sua cabeça e roçou seus lábios no de Dominic. “Eu vou ficar no centro da Cidade e gritarei o nome de Ambrosios, antes que eu deixe alguns de meus amigos se machucarem por minha causa.”

“Espero que isto não aconteça.” Dominic deu a Lu outro beijo, este mais profundo. Ele rodou sua língua no interior da boca de Lu, antes de afastá-lo. 

Nick foi o primeiro a sair pela porta. Dominic assistiu seu número um, entrar no edifício e sorriu. Ele olhou em Boone e Darién. Os dois homens que já tinham confessado que eram amantes, parecia não se meterem na exibição da excessiva proteção que vinha de seu companheiro de equipe. 

“Existe algo que eu deva saber?” Dominic pediu a Darién.

O grande homem de pele escura sorriu. “Não.”

 

Quando o grupo subiu no elevador que levava ao apartamento de Baz, a porta da frente já estava aberta. Lu entrou e ofegou. As características lindamente esculpidas de Baz estavam escondidas debaixo de vários cortes e contusões.

Nick estava acomodado no sofá de couro vermelho escuro, com a cabeça de Baz em seu colo. “Eu acho que são todos ferimentos superficiais.”

Baz alcançou em cima e bateu no centro do peito de Nick com seu punho. “Eles certamente como merda, não se sentem superficial, imbecil.”

Nick escovou o cabelo preto fora do rosto de Baz. “Melhor que a alternativa.”

Lu andou mais próximo e se ajoelhou ao lado do sofá. “Você sabe quem fez isto?”

A língua de Baz saiu e deslizou sobre o machucado feio de seu lábio. “Não foi Ambrosios, mas eu estou certo que foi alguém de seu lado.”

Lu se levantou e desviou a vista para as paredes de janelas com aparência industrial.

“Você está vindo para casa conosco.”

“Eu já disse a você...” Baz começou.

Lu virou ao redor e cortou seu melhor amigo. “Eu não vou deixar ninguém te machucar.”

“Se não fosse por esse primeiro golpe na cabeça, eu podia ter lidado com isto. Você não precisa se preocupar.” Baz tentou discutir.

Lu caminhou até a área designada como o quarto, no grande espaço aberto. Ele abriu o armário de Baz e acenou com a mão. As roupas desapareceram em um piscar de olhos. Ele voltou-se para Baz e cruzou seus braços. “Eu já pus suas coisas no quarto que Boone tem fingido ocupar.”

Boone e Darién tossiram ao mesmo tempo. Lu olhou para os homens e sorriu. “Vamos lá, meu quarto é ao lado do de Darién. Vocês realmente pensam que eu não ouvi os dois fodendo seus cérebros toda noite?”

Baz sentou-se, uma mão em sua testa. “Que bom que vou ficar trancafiado em sua torre. Pelo menos Ambrosios está finalmente fazendo seu movimento.”

“Sim, com você! Faça o filho-da-puta vir para mim. Eu sou o que ele quer se vingar.” Lu se afastou.

Baz balançou suas pernas para o chão. “O que você fez para Ambrosios te odiar tanto?”

Lu se recusou a responder a pergunta. Ele andou a passos largos para Dominic.

“Vamos sair daqui.” Lu olhou sobre seu ombro, em Nick. “Mesmo que você tenha que carregar Baz do edifício, eu o quero fora daqui.”

Lu saiu do apartamento, com Dominic ao seu lado. Uma vez que ele entrou no elevador, desmoronou nos braços do seu amante. “Eu não posso fazer mais isto.”

Dominic esfregou as costas de Lu. “Não tenha quaisquer idéias estúpidas sobre ficar de pé no meio da Cidade.”

Lu enterrou seu rosto contra o pescoço de Dominic. “Então me ajude a descobrir outra maneira.” 

 

Depois de ter certeza que a cobertura estava segura, Dominic foi para a cozinha e pegou uma bebida para Lu, antes de ir para o quarto principal. Dando um passo dentro, ele sorriu para o homem nu, espalhado sedutoramente entre os lençóis de seda preta.

Ele estendeu o copo de leite de morango. “Eu trouxe algo para você.”

Lu olhou fixamente para Dominic por vários minutos, antes de se sentar e pegar o copo.

“Me prometa que não vai contar a ninguém sobre isto.”

Dominic removeu suas roupas do modo antiquado e deslizou para o centro da cama para envolver seus braços ao redor da cintura de Lu. Ele descansou sua cabeça contra a coxa de Lu e esticou sua língua para fazer cócegas no saco pesado, em frente de seu rosto. “Por que você esconde quem você realmente é?”

Inclinando-se contra a cabeceira, Lu continuou a beber seu leite. “Porque o que eu realmente sou não tem nada haver com a posição que consegui na Cidade. Eu tenho uma imagem aqui, que fazem certas pessoas me respeitarem. Você pensa que eles respeitariam um Anjo caído, que prefere leite de morango e pijama de flanela?”

Embora Dominic visse a verdade na explicação de Lu, ainda o aborrecia. Quantos anos Lu tinha sido forçado a viver uma mentira, a fim de fazer a Cidade o lugar que era? Ele rolou acima, se insinuando entre as pernas espalhadas de Lu e aninhou seu rosto contra o saco enrugado de seu amante. Ele deixou o cheiro de Lu envolvê-lo, antes de olhar fixamente no homem magnífico.

“Comigo, você pode ser o que verdadeiramente é.”

Lu terminou sua bebida e colocou o copo na mesa ao lado da cama. Ele enroscou seus dedos pelo cabelo curto de Dominic. “Eu tenho medo.”

“De Ambrosios? Não tenha. Eu protegerei você com minha vida.”

Lu agitou sua cabeça. “Não de Ambrosios, de você.”

Dominic se debruçou em cima de seus cotovelos. “Eu? Eu nunca machucaria você.”

“Você tem o poder para me machucar mais do que ninguém já teve, porque você é o primeiro com quem quis me abrir.” Lu sussurrou.

Dominic agarrou a cintura de Lu e puxou seu amante. Ele olhou para o rosto do seu futuro. Ele sabia que ficaria na Cidade se isto fosse dar ao homem incrível, um momento de paz em seu dia. Ele hesitou em dizer as palavras. Existia ainda tanto que ele não entendia sobre Lu. Tudo que ele pensou que ele sabia acabou por serem mentiras, criadas pelas pessoas que não conheciam o Lúcifer real. Quando as pernas de Lu o envolveram, Dominic alcançou entre eles e dirigiu a cabeça de seu pênis para casa. A expressão no rosto de Lu, quando Dominic entrou, quase trouxe lágrimas nos olhos de Dominic. Uma vez mais, as palavras estavam na ponta de sua língua, mas conteve-se.

“Diga-me por que você foi enviado para cá?” Ele finalmente perguntou.

Lu quebrou o contato visual e virou sua cabeça para o lado. “Apenas foda-me.”

“Não.” Dominic respondeu com uma sacudida de sua cabeça. Ele meneou seus quadris, tentando fazer seu amante conversar com ele. Ele não estava esperando o empurrão forte que ele recebeu em retorno. Em um piscar de olhos, Dominic estava no pé da cama e Lu estava envolto em uma bola contra a cabeceira. 

Os próximos momentos seriam críticos para seu relacionamento florescer. Ele rastejou para o centro da cama e se sentou de frente para Lu. “Eu quero provar para você, e sim, talvez para mim mesmo, que eu posso amar você, não importa o que aconteça. Mas eu não posso fazer isto, a menos que eu saiba o que você está escondendo de mim.”

Com seu rosto meio escondido por seus braços, Lu agitou sua cabeça. “Eu não posso responder essa pergunta para você. Não. Você não me amará se souber o que eu fiz.”

Dominic o alcançou e correu seus dedos acima da bochecha lisa de Lu. “Então você prefere desistir?”

Lu se afastou do toque de Dominic, enterrando seu rosto completamente. “Eu prefiro que você me ame, sem colocar condições nisto.”

Dominic se sentou de volta. “Eu não sei se eu posso fazer isto. Não é sobre condições, é sobre a verdade.”

Lu se desenrolou e saiu da cama. “Claro.” Lu saiu do quarto sem olhar para trás.

Dominic se sentou atordoado pela série de acontecimentos. O som do carrilhão do elevador conseguiu chamar sua atenção. Ele saltou fora da cama e correu através da casa. Ele empurrou o botão do elevador, mas evidentemente, já estava a caminho da descida.

“Porra!”

 

 Lu mal se lembrava de caminhar ao longo das ruas escuras, mas de repente ele estava ajoelhando em frente à estátua de Michael. Ele duvidava que seu irmão respondesse seu chamado, mas sabia que não custava tentar. “Por favor, fale comigo.”

O ar trocou e Lu, ainda em seus joelhos, estava em um leito de grama verde. Ele estendeu suas mãos e correu seus dedos pelas lâminas frescas cuidadas. Quanto tempo fazia desde que ele viu grama?

“O que você quer?” Michael perguntou por detrás de Lu.

Lu olhou acima de seu ombro, não surpreendido por ver Michael completamente vestido com sua armadura de batalha. Seu irmão tomava seu trabalho seriamente, muito seriamente às vezes.

“Eu preciso de permissão para conversar sobre Atlantis.” Lu disse, quando ele chegou a seus pés.

“Você sabe que isto é proibido.” Embora a voz de Michael estivesse comandando, seus olhos eram gentis.

Lu mordeu dentro de sua bochecha, para não discutir. “Uma pessoa. Por favor.”

“Por quê?” Michael questionou, levantando seu escudo.

“Pela segunda vez em minha vida, eu penso que eu estou me apaixonando.” Não foi dito quem tinha sido seu primeiro amor. “Apenas que este homem quer me amar de volta.”

Michael deu de ombros. “Então? Deixe que ele te ame.”

“De acordo com ele, não pode haver nenhum amor, sem completa honestidade.”

Michael riu. O som intensivo profundo bateu no peito de Lu. “E se você quebrar o seu juramento e lhe dizer a verdade?”

 Lu curvou sua cabeça. “Ele pode se afastar de mim.”

“Então por que dar a chance?”

Apesar da picada de lágrimas em seus olhos, Lu ergueu sua cabeça para enfrentar Michael uma vez mais.

“Porque é a única chance que eu tenho de mantê-lo.”

Michael alcançou e colocou uma mão no ombro de Lu. “Você não pode. Você conhece as regras, da mesma maneira que você soube delas, então. Você está muito perto de ganhar o perdão de Deus. Não faça qualquer coisa para arriscar isto. Por favor.”

Lu tragou o nó em sua garganta. ‘Você está me dizendo que eu terei que escolher entre Dominic e recuperar meu lugar no Céu?”

Michael acenou com a cabeça e apertou o ombro de Lu, antes de deixá-lo ir. “Eu sinto muito, Lúcifer. As regras foram escritas a um longo tempo atrás. Elas não podem ser mudadas.”

Lu afastou-se longe do toque de Michael. “Eu conheço as regras.”

“Diga a seu homem que você não tem permissão para discutir isto. Se ele realmente quer te amar, ele terá que aceitar isto.” Michael girou e desapareceu.

Lu suspirou, quando ele olhou a estátua de mármore de seu irmão guerreiro. Ele ouviu um punho batendo contra a porta escondida. “Vá embora,” ele sussurrou, mais para si mesmo do que para o intruso.

“Lu!” O berro de Dominic apenas alcançou as orelhas de Lu.

Lu ficou de pé e foi para a porta. Ele abriu e olhou fixamente para o homem que estava perto de arriscar tudo. “Como você sabia onde me achar?”

Dominic andou para dentro e puxou Lu em seus braços. “Eu não sabia. Eu esperei, entretanto. Era ou olhar aqui ou nos clubes, e eu rezei que você estivesse aqui.”

Ele tinha que dar a Dominic algum tipo de resposta. Ele pegou o rosto de seu amante. “Eu não posso dizer a você por que eu estou aqui. É contra as nossas leis.”

“Que leis?”

“Os arcanjos não vivem pelas mesmas leis que os homens vivem.” Embora dissesse a verdade, Lu sabia que pesaria nele, até que ele disse a Dominic o resto disto, mas tinha uma séria reflexão a fazer antes.

A notícia de que ele estava mais próximo do que nunca de ser perdoado por seus pecados passados, foram um choque e tanto. Se ele continuasse mantendo seus segredos, ele poderia eventualmente ter permissão para juntar-se a Dominic no céu. Os lábios de Dominic caíram sobre os de Lu. Lu se abriu, querendo consumir seu amante e o manter, não importa o que acontecesse. Se ele apenas acreditasse que verdadeiramente poderia acontecer. Depois de vários e longos minutos, Lu quebrou o beijo. “Leve-me para casa.”

 

Lu caminhou na cozinha e sorriu. Vestindo nada além de sua roupa íntima, Dominic estava comendo um sanduíche grande, carnudo. “Eu pensei que nós estávamos saindo?”

Dominic engoliu e se estendeu para um beijo rápido. “Nós vamos, mas eu perguntei a Baz e ele disse que os restaurantes que você gosta servem aquele tipo de comida ilusória, que nunca enche uma pessoa.”

Lu deu uma mordida no sanduíche de Dominic. Maldição, o homem sabia como construir uma obra-prima de sabores. “Eu estou levando você a um lugar especial. Eu não sei o quanto de comida que estaremos comendo, entretanto, então provavelmente é uma boa coisa que você faça um sanduíche.”

Dominic parou com sua comida equilibrada em sua boca aberta. “Por quê? Que tipo de lugar você está me levando?”

“Confie em mim.”

Dominic riu. “Sim, certo. Eu confiei em você quando me conseguiu no clube e todos nos olharam.”

“E você apreciou cada segundo disto.” Lu insinuou sua mão na frente da roupa íntima de Dominic e apertou o endurecido pênis.

Dominic gemeu. “Você está certo, eu apreciei.”

“Eu tenho uma sensação de que você vai amar o Êxtase.” Lu continuou a golpear o pênis de Dominic, enquanto falava. O elevador soou momentos antes de Darién caminhar na cozinha. Embora eles se girassem para olhar Darien, Lu não se incomodou de remover sua mão do pênis de Dominic e seu amante não fez por ele. Lu sorriu para si mesmo. Seu amante estava se tornando bastante exibicionista.

“O que está acontecendo?” Dominic perguntou.

Darien não parecia mesmo desconfortável de jeito algum. De fato, o homem passou uma mão através de sua própria ereção crescente. “Eu pensei que eu levaria Boone comigo e verificaria uma pista que eu consegui.”

“Que tipo de pista?” Dominic abaixou o cós de sua roupa íntima, debaixo de suas bolas.

As narinas de Darien dilataram em resposta a visão do pênis de Dominic em toda sua glória. Enquanto os dois homens discutiam negócios, Lu se ajoelhou e engolfou a cabeça do pênis de Dominic. Ele continuou a lamber fortemente o pênis venoso, enquanto Dominic enterrava seus dedos no cabelo de Lu e falava com Darien.

Somente quando ouviu a menção de Cidade Velha, que Lu prestou atenção na conversa. Ele puxou sua boca do pênis de Dominic e se levantou para enfrentar Darien. “O que foi que ouvi sobre a Cidade Velha?”

“Eu juro que nós procuramos em cada polegada da Cidade exceto lá. Ambrosios tem que estar lá.” Darién repetiu.

Lu agitou sua cabeça. “Então o deixe lá.” Lu girou olhando fixamente para Dominic.

“Não os deixe ir.”

Dominic se inclinou e o beijou. “Tenho certeza que Gabriel lhe disse que nós estamos equipados com certas habilidades…”

Lu cobriu a boca de Dominic com sua palma, cortando-lhe. “Não importa. Você não pode deixá-los ir para dentro das paredes da Cidade Velha.”

Dominic puxou a mão de Lu longe de sua boca. Por vários segundos se olharam fixamente, um no outro, depois Dominic olhou acima do ombro de Lu tratando com Darien.

“Dê-nos um momento, certo?”

Depois que Darien deixou a cozinha, Dominic envolveu seus braços ao redor de Lu.

“Sobre o que é isto? Nós estamos todos prontos para entrar, depois que pegaram Baz. O que mudou?”

Lu agitou sua cabeça. “Eu estava pronto para entrar depois de Baz. Eu não teria deixado você entrar.”

Lu podia ver o argumento na expressão de Dominic, antes dele até abrir sua boca. Ele decidiu cortar seu amante, antes de começar. “Eu disse a você antes que o verdadeiro mal vive na Cidade Velha, um mal tão intenso, que uma alma não pode deixar de ser manchada apenas entrando em suas paredes. Se seus homens entrarem lá, eles nunca mais serão bem-vindos no Céu.”

Dominic descansou sua testa contra a de Lu. “Tudo bem. Então nós temos que pensar sobre um caminho para tirar Ambrosios fora de lá.”

Lu deu um suspiro de alívio. A confiança de Dominic significava tudo para Lu.

“Obrigado.”

 

Dominic estava se preparando para seu jantar fora, quando ouviu uma batida na porta. “Entre.”

Baz entrou no quarto. Os últimos dias haviam feito maravilhas para as contusões de Baz, mas os cortes pequenos pareciam doloridos. “Você tem um segundo?”

Dominic movimentou a cabeça, enquanto ele continuava a amarrar sua gravata. Ele aprendeu depressa o que Lu considerava vestir-se adequado para jantar. Ele sorriu, pensando sobre o episódio na cozinha mais cedo. A expressão no rosto de Darien tinha sido quente. O exibicionismo podia ser novo para ele, mas ele estava completamente viciado. Ele brevemente se perguntou o que seria a vida sem ele.

Dominic empurrou o pensamento longe. Ele realmente tinha dado um pouco de pensamento para a mudança. Embora amasse seu trabalho, ele estava caindo mais e mais apaixonando por Lu a cada momento. Nunca existiu ninguém que o fez sentir-se do modo como Lu o fez.

Baz limpou sua garganta. “Eu estava me perguntando, se eu poderia te pedir um favor.”

“Claro.” Dominic tinha uma boa idéia de qual era o favor que Baz precisava.

“Lu ainda não está conversando comigo.”

Dominic terminou de aperfeiçoar o laço de sua gravata e agarrou sua jaqueta na cama.

“Vocês já brigaram assim antes?”

Baz agitou sua cabeça. “Eu não devia ter dito o que disse, mas ele não me escutará o suficiente para me desculpar.”

Dominic viu Baz tentar abordar Lu ao longo dos últimos dias. Baz estava certo. Lu não queria fazer nada, quando ele aparecia. “Eu acho que o machucou, quando você o chamou por seu nome inteiro.”

Baz sacudiu a cabeça. “Não é isto.” Baz olhou abaixo no chão. “Eu estava com ciúmes de você. Eu fiz um comentário sobre vocês dois.”

“Sim? Que comentário?” Dominic perguntou, enquanto estreitava seus olhos.

Baz encontrou os olhos de Dominic e endireitou seus ombros. “Basicamente que ele estava louco e doente de amor, se pensava que você desistiria de seu lugar no Céu por ele.” Baz agitou sua cabeça. “Eu não devia ter dito isto. Era a raiva e a inveja que saíram, não a verdade.”

Baz suspirou. “Eu faria qualquer coisa por ele.”

“Você o ama.” Dominic concluiu.

Baz surpreendeu Dominic por balançar sua cabeça. “Não do modo que você pensa. Eu o amo, mas não do modo que você faz. Eu sei coisas sobre ele, que ele não sabe que eu sei. Ele é a razão que eu vim para A Cidade. Eu acho que de alguma forma, eu o adoro.”

Dominic estava confuso. Lu lhe disse que Baz pertencia ao Céu, mas pediu para viver no inferno. Mas, por quê? Por causa de Lu?

“Ele sabe disto?”

Baz agitou sua cabeça. “Ele sabe que eu gosto dele e que eu penso que seu traseiro é de morrer.” Baz deve ter percebido seu engano. “Desculpe.”

Dominic acenou para a desculpa de Baz. “Eu sei que vocês costumavam foder.” Dominic movimentou a cabeça. “Eu conversarei com ele.”

“Obrigado.” Baz começou a sair do quarto.

“Oh, e Baz? Você está certo. Lu tem um traseiro de matar,” ele disse com um sorriso.

 

Lu estava de pé na extremidade do edifício estudando sua Cidade quando o telefone em seu bolso começou a tocar. Ele retirou isto e olhou para a identificação. Quando surgiu para Lu “desconhecido”, Lu respirou fundo e abriu o aparelho. “Lu.”

“Eu estou ficando cansado deste jogo. Encontre-me no The Red Dog, na Cidade Velha, ou eu serei forçado a impor minha vingança em seus irmãos, ao invés de você. Não faz nenhuma diferença para mim. De qualquer modo, eu planejo derramar sangue de Arcanjo, antes de a noite estar terminada. Ah, e se eu ver seu pequeno namorado com você, eu irei ter certeza de que ele terá a chance de ver você morrer, antes de eu soltar toda a população da Cidade Velha sobre ele.”

O telefonema terminou. Lu fechou o telefone com suas mãos tremendo. Cidade Velha. Ele empurrou o telefone para seu bolso e desmoronou em uma das cadeiras. O que eu vou fazer? De acordo com Gabriel, Dominic e seus homens estavam equipados para lidar com Ambrosios, mas não existia nenhuma maneira de Lu, deixá-los dar um passo para dentro das paredes da Cidade Velha.

Embora Ambrosios fizesse soar como seu sangue podia tomar o lugar de seus irmãos, Lu duvidava que ele pudesse confiar nele. Ainda, que escolha ele tinha? Ele olhou acima de seu ombro para a cobertura. Ele finalmente achou o que ele sempre sonhou. 

Existia uma parte dele que queria dizer a Dominic. Existia uma possibilidade muito real de seu amante poder matar Ambrosios. Se Dominic tinha que entrar na Cidade Velha, resolveria os problemas de Lu, e Dominic retornaria ao Céu.

Lu agitou sua cabeça. Ainda que Dominic conseguisse matar Ambrosios, ele nunca seria capaz de sobreviver aos homens e mulheres sanguinárias da Cidade Velha. Uma vez que ele trabalhava com cada argumento em sua cabeça, Lu sabia que ele não tinha uma escolha. Não apenas recusar de pôr Dominic naquele tipo de perigo, mas ele era a pessoa que merecia a vingança de Ambrosios, não seus irmãos. Foi por culpa de Lu que o Punhal da Besta foi criado, em primeiro lugar. Ela tinha sido prevista por ele há um longo tempo.

Com sua mente composta, Lu deslizou na casa e foi diretamente para seu escritório.

 

“Você se importa se nós pararmos no Templo, antes de jantar?” Lu pediu a Dominic uma vez que eles estavam na limusine.

“Por quê?” Dominic questionou.

“Porque eu quero compartilhar isto com você novamente.” Lu o bajulou na meia verdade. Embora ele quisesse compartilhar seu lugar privado com Dominic, mais uma vez, Lu sabia que era o único lugar na Cidade que manteria Dominic seguro.

Dominic puxou Lu mais perto, para seu lado. “Eu gostaria disso.”

Descansando sua cabeça contra o ombro de Dominic, Lu fechou seus olhos. Ele desejou que ele tivesse tempo para dizer um adequado adeus para seu amante. Ele estava embevecido no calor do corpo de Dominic, sabendo que tinha pouco tempo com o homem que aprendeu a amar profundamente.

O carro parou e Lu desnorteado, abriu seus olhos. A porta se abriu e Dominic deslizou fora primeiro. Sempre em alerta à frente, Lu notou os olhos esquadrinhados de Dominic ao analisar seu ambiente, antes de agarrar a mão de Lu.

“Nós não demoraremos.” Lu disse a Will. 

Dentro de segundos, eles estavam dentro da capela. Lu escapou de Dominic e colocou um beijo nos pés de cada estátua no quarto, enviando acima uma mensagem privada para cada um de seus irmãos, antes de ajoelhar na frente do altar.

Por favor, me perdoe, Pai. Eu sempre me esforcei para fazer o que era certo. Embora eu saiba que você pense que eu me perdi em meu caminho, você sempre tem estado em meu coração.

“Lu?”

Lu abriu seus olhos e levantou. Ele girou para Dominic e sorriu. “Eu quis trazer você aqui, na frente de Deus e meus irmãos, e dizer a você o quanto eu te amo.”

Dominic estendeu seus braços e puxou Lu em um abraço. Lu enterrou seu rosto no pescoço de Dominic e inalou, tentando reter o cheiro de seu amante na memória.

“Está tudo bem?” Dominic perguntou.

Lu sabia que Dominic podia sentir o leve tremor em seu corpo. “Eu penso que eu podia ficar aqui com você para sempre,” ele sussurrou.

“É bom, não é?” Dominic perguntou.

“Hummm.” Lu concordou. Seu tempo ficava curto. Ele o puxou de volta e beijou o homem que amava. Lu pôs todo seu sentimento no beijo, empurrando a língua fundo na boca de Dominic. Ele gemeu, quando a língua de Dominic rodava contra a sua. Até em beijar, Dominic tinha que ser o dominante. Lu sorriu em torno da língua invadindo sua boca. Ele não teria seu Dom, de qualquer forma.

Quebrando o beijo, ele sabia que estava na hora. “Oh, merda. Eu esqueci algo no carro.” Ele se afastou. “Eu pegarei em um segundo.”

As sobrancelhas de Dominic se levantaram. “Eu não vi você trazer qualquer coisa.”

Lu já estava na porta. Ele acenou com a mão e ela se abriu facilmente. Antes de entrar na sala, Lu depressa alcançou em seu bolso e retirou um envelope. Ele rapidamente deixou isto no pedestal ao lado da porta.

Ele caminhou na ruela e voltou-se para um último vislumbre. “Eu amo você,” ele sussurrou, enquanto ele acenava sua mão.

Lu viu o amanhecer da realização nos olhos de Dominic, antes da porta deslizar se fechando. Ele então ouviu o grito abafado de seu nome, apenas além da barreira fechada hermeticamente.

Ignorando a dor enfadonha que pesava em seu coração, Lu virou para Will.

“Leve-me para Cidade Velha.” 

 

Dominic correu em direção à porta e bateu seus punhos contra ela. “Lu!”

Ele freneticamente acenou sua mão, como viu Lu usar várias vezes para abrir a porta. Ele retirou seu telefone e procurou por todo o interior do quarto privado, procurando um lugar que desse sinal para serviço, sem sorte.

“Não. Isto não pode estar acontecendo.” Dominic colocou o telefone em seu bolso e voltou-se para porta. Ele começou a bater novamente com toda força que possuía. Ele continuou até que suas mãos estavam sangrando e sua força completamente esgotada. 

Tudo que ele podia pensar era sobre o olhar nos olhos de Lu, a última vez que o viu. Dominic deslizou até o chão. Ele viu a extremidade da parte inferior do envelope que Lu deixou antes de partir e correu em direção a isto. Ele alcançou e pegou o envelope de seu pedestal.

O nome de Dominic estava escrito em uma caligrafia elegante na frente. Rasgando na ponta, ele conseguiu obter a carta aberta. Ele desdobrou o pesado papel e segurou sua respiração, enquanto lia. 

 

Meu querido Dominic, 

Quando você ler isto, eu estarei a caminho da Cidade Velha. Eu recebi um ultimato de Ambrosios mais cedo hoje à noite. Se eu não o encontrar, ele prometeu se vingar de meus irmãos. Nós dois sabemos que eu não possa permitir que isto aconteça. . .

Eu sinto muito por enganar você no Templo, mas eu sabia que você não permitiria que eu fosse sozinho, que é exatamente o que eu devo fazer. Eu amo você mais do que eu pensava ser possível, razão pela qual você nunca deve entrar na Cidade Velha. Até o momento em que você for liberado da capela, eu já terei encontrado com Ambrosios.

Minha morte é meu destino. Eu vim nos termos do meu castigo, que já está atrasado e não foi pago.  Meu desejo é que você retorne para sua casa. Embora eu espere possuir um pedaço pequeno de seu coração sempre, eu rezo que em algum dia você ame novamente.

Eu percebi algo, enquanto eu me sentei para escrever esta carta. Você, Dominic Ramos, é o meu Céu. Eu sou grato por ter passado as últimas semanas de minha vida em seus braços.

 Te amarei sempre,

Lu

 

Dominic esmagou a carta em seu peito, enquanto as lágrimas escaparam de seus olhos e fluíram abaixo em seu rosto. Ele nem sequer disse a Lu o quanto ele o amava. De repente, o segredo de Lu era tão pequeno, em comparação com a perda que sentia.

Caindo para seu lado, colocou seu punho já sangrento sobre o chão de mármore. Eu nunca o mereci.

 

Lu tentou o seu melhor para manter-se inteiro ao longo da viajem pela Cidade. Ele não ousava piscar pelo medo que a umidade que construía em seus olhos, se voltasse em lágrimas.

“Senhor?” A voz de Will disse acima do intercomunicador.

Lu alcançou acima e bateu o botão. “Sim?”

“Senhor, você está certo que quer ir para Cidade Velha?” Will perguntou. 

Uma parte pequena de Lu quis dizer para girar o carro e retornar para Dominic, mas ele sabia que ele não podia fazer isto. “Eu tenho certeza.”

A limusine desacelerou para uma parada. 

“Senhor?” A voz de Will veio novamente.

“Maldição, Will. Eu estou fazendo a coisa certa aqui. Se você não quiser me levar, muito bem. Eu mesmo dirigirei.”

“Eu gostei de trabalhar para você, Senhor.”

 A porta se abriu e uma luz branca brilhante, banhou o interior do carro. Lu olhou, esperando ver Will, mas deu de cara com Gabriel e Michael ao invés. Assim que Lu os viu, ele soube que não estava mais na Cidade.

Gabriel estendeu sua mão. “Venha comigo, irmão.”

Lu se sentou, enraizado em seu assento. “O que está acontecendo?”

Uma vez mais, Gabriel gesticulou para Lu sair do carro. “Nós precisamos falar com você.”

Lu finalmente deslizou para a extremidade do banco e saiu pela porta, embora ele se recusasse a tomar a mão de Gabriel. A limusine estava estacionada ao lado de um riacho murmurante, completado com uma grama verde e pedras musgosas. Céu? “O que eu estou fazendo aqui?”

Michael e Gabriel trocaram olhares, Michael se adiantou e finalmente falou. “Você passou pelo teste.”

“Que teste? Sobre o que você está falando?” Lu perguntou.

“O Guardião dos Arquivos leu a história de Atlantis. Ele sentiu, muito fortemente, que você merecia uma segunda chance, ele formalmente fez uma petição a Deus.” Gabriel começou.

“Infelizmente, o Pai não sentiu que você estava pronto para retornar. Levou uns muitos e longos anos, mas finalmente foi lhe dado uma segunda chance de provar sua lealdade. Eu tenho muito prazer em informar que você passou.” Michael avançou e abraçou Lu.

Lu sentiu como se tivessem batido em seu traseiro. Ele afastou Michael. “Quem teve a coragem de fazer a Deus tal pedido? Que teste?” 

Uma vez mais, os irmãos consideraram, olhando um ao outro antes de se dirigir a Lu. “Basileios Kostopoulos.”

“Baz?” Lu ofegou. Ele girou para se apoiar na limusine e apertou suas mãos contra o negro e frio metal. Ele fechou seus olhos, com medo de ouvir a resposta para a pergunta que ele tinha que fazer. “Ambrosios não está fora de sua prisão, não é?”

“Não. Ele ainda está seguramente trancado bem longe.” Michael disse a ele.

“E o Punhal da Besta?” Lu perguntou.

“Ainda enterrado debaixo das ruínas de Atlantis.” Michael pôs uma mão no ombro de Lu.

“Bem vindo a casa, irmão.”

Lu girou ao redor, batendo longe a mão de Michael. “Não faça isso. Você mentiu para mim. Vocês todos mentiram para mim.”

Gabriel avançou, agitando sua cabeça. “Nós tínhamos que ter certeza que você sempre apoiaria o Céu e o homem acima de si mesmo. É nossa lei.”

Lu não conseguia respirar. Ele se curvou com as mãos em sua cintura. Tudo tinha sido uma mentira.

O ataque de Baz. Ambrosios. Ele foi enganado, não só por seus irmãos e seu melhor amigo, mas provavelmente por Dominic também. Esta foi à razão que Dominic não lhe disse que o amava? Ele foi apenas uma tarefa para Dominic? As perguntas sobre Atlantis foram outro fodido teste?

Lu girou e abriu a porta de seu carro. Ele subiu e bateu a porta. “Will?” Ele chamou apertando o intercomunicador. 

Lu apenas encontrou o silêncio. “Will?”

A porta abriu-se uma vez mais, cortesia de Gabriel. “Will foi para casa estar com sua família. Ele fez por merecer isto.”

“Huh? Will não tem uma família.”

Gabriel deu a Lu um sorriso compreensivo. “Sua família está aqui. No Céu. Eu mandei-o para você anos atrás, para cuidar de você.”

Primeiro Baz, agora Will. Lu se afastou de seu irmão. Todo mundo que ele confiou tinha o traído. “Mande-me de volta para a Cidade.”

“Não seja ridículo. Você não pertence mais ali.” Michael saltou detrás de Gabriel.

Lu olhou nos olhos azuis claros de seu irmão. “Você está errado. É onde exatamente eu pertenço. Eu amo minha casa, e minha gente.” Lu enxugou uma lágrima errante. “Pelo menos eu sabia que não podia confiar na maioria deles. Muito mais fácil a vida, quando você não precisa se abrir para confiar.”

“Lu, por favor, não foi assim.”

“Não. Foi exatamente assim. Eu fui enganado, para provar um amor que eu já dei a vocês. Todos vocês.” Lu agitou sua cabeça. “Eu não quero estar aqui. Por favor, Michael. Mande-me para casa.”

Michael e Gabriel giraram e caminharam alguns metros em direção ao riacho. Lu estava repugnado pela visão dos dois discutindo seu futuro. Ele não tinha feito a pergunta mais importante, porque ele tinha medo que a resposta verdadeira o destruiria.

Se Dominic e seus homens voltavam para o Céu, Lu preferia ver os termos de sua perda, lentamente. Ouvir que o homem que amava, o traiu foi um golpe, que ele não iria se recuperar.

Gabriel voltou para o carro, mas Lu notou que Michael escolheu ficar onde estava.

“Michael pensa que você está sendo ingrato.”

Lu encolheu os ombros. Como ele pode pensar que estivesse apaixonado por seu irmão teimoso? “Eu não me importo com o que Michael pensa. Eu nunca faria. Nunca. Fazer para alguém o que foi feito comigo.”

“Você terá um período de cem anos, por lei, para mudar de idéia.” Gabriel declarou, seu tom mais frio do que nunca tinha sido antes.

“Eu não mudarei de idéia.” Lu alcançou e agarrou a maçaneta. “Por favor, me mande para casa agora.”

 

Como se por intervenção divina, a porta da capela se abriu. Por vários minutos, Dominic olhou fixamente para a ruela escura, além da sala suavemente iluminada de sua prisão, antes de lutar para pôr-se de pé. Ele dobrou a carta de Lu e cuidadosamente a pôs em seu bolso. Não existia nenhuma dúvida que a carta seria lida e relida centenas de vezes.

Uma vez na ruela, Dominic puxou seu telefone mais uma vez. Ele chamou Darien, na esperança de que seu companheiro de equipe tivesse acesso a um carro. Enquanto ele esperava Darien atender, Dominic apontou a pedra lisa variada de verde em seu bolso. Ele sabia que era a única coisa que podia manter o homem que amava vivo.

“Darien.”

“Consiga um carro e me recolha no Templo.”

“Eu pensei que você tinha partido com Lu,” Darién disse.

Dominic não tinha tempo para entrar em detalhes, mas sabia que Darien merecia saber no que estava entrando. “Lu me trancou na capela e foi para Cidade Velha, confrontar Ambrosios sozinho.”

“Porra!” Darién cuspiu fora.

“Apenas venha e me pegue. Eu preciso chegar a Cidade Velha antes que seja muito tarde.” Dominic disse a ele.

“O que? Você não pode ir lá. Você me disse o que aconteceria. Não. Eu não estou levando você para a Cidade Velha.”

“Ótimo. Eu chegarei lá sozinho.” Dominic desligou e correu em direção à parte principal da Cidade.

Ele não tinha tempo para discutir com ninguém, especialmente quando sabia que todo segundo contava. Se ele tivesse sorte, ele poderia pegar um táxi e deixar seus companheiros de equipe fora da bagunça, que ele estava provável indo de encontro.

Demorou minutos preciosos para achar um táxi disponível que parasse e recolhesse um homem sangrando, com um olhar enlouquecido. Assim que ele disse ao motorista onde ele precisava ir, o motorista se endureceu e pôs uma parede de vidro entre eles.

Dominic sabia que ele soava como louco. Inferno, ele se sentia louco, mas no momento, tudo o que importava era chegar a Lu. O Arcanjo caído que todo mundo no inferno odiava era o melhor e mais atencioso homem que Dominic já encontrou.

O Lúcifer descrito nos livros, nunca de boa vontade se sacrificaria para salvar outros.

Como a história poderia ser tão errada? Por que os outros Arcanjos permitiram que isto acontecesse?

O táxi fez uma parada na frente da cidade murada na periferia. Quando Dominic bateu no vidro para tentar pagar ao motorista, o homem acenou fora, evidentemente não querendo nada mais com Dominic.

Ele ficou surpreso por achar Baz e Nick na frente da entrada da Cidade Velha.

“O que vocês dois estão fazendo aqui?” Dominic perguntou.

“Você não pode entrar lá.” Baz disse.

“Assista-me.” Dominic disse, tentando mudar de direção, em torno dos dois homens. Ele não tinha tempo para a fodida brincadeira.  

Nick agarrou o braço de Dominic. “Ele não está lá.”

Dominic girou de volta para esmurrar Nick, mas parou uma vez que as palavras de seu amigo, o atingiram. “O quê? Eu tenho uma carta. Ele me disse que estava indo para Cidade Velha.”

Baz andou entre Dominic e Nick. “Ele pensou que estava indo para Cidade Velha.” Baz suspirou e olhou acima do ombro em Nick. “Ele foi levado para Céu, ao invés.”

Dominic tropeçou para trás. “O quê?”

 

Lu vagava pelas ruas de sua Cidade até que o sol estivesse bem acima. Ele se sentia completamente entorpecido, e embora soubesse que conhecia a Cidade como ninguém mais, ele se sentiu perdido. Será que nunca mais encontraria o seu caminho?

Cansado e pronto para se enterrar debaixo das cobertas pelos próximos cem anos ou mais, Lu foi em direção a sua cobertura. Em um piscar de olhos, Lu perdeu seu motorista, seu melhor amigo, e o único homem que ele verdadeiramente amou. Definitivamente não tinha sido um de seus melhores dias.

Como era esperada, a cobertura estava escura. Seus denominados guarda-costas devem ter saído com pressa, porque existiam pratos ainda sujos na mesa de jantar. Lu olhou para a bagunça e agitou sua cabeça e foi em direção ao quarto.

Ele tirou fora suas roupas pelo caminho. Sim, cem anos de sono soava bem.

Entrando em seu quarto, o sol brilhante no chão e janelas de teto, estava suspeitosamente, ausente. Lu não se lembrava de fechar as janelas, antes dele e Dominic a deixaram na noite anterior. 

Na escuridão, Lu tropeçou em direção à cama e ligou uma luminária. Ele saltou, quando ele viu o rosto familiar adormecido em seu travesseiro. Seu primeiro instinto foi sufocar o rosto bonito com beijos, entretanto a realidade apareceu. Ele foi traído. Ele precisava se lembrar disto.

“Saia!” Ele gritou, suas mãos em punhos em seus lados. Ele podia mandar Dominic de volta para o Céu, com um simples aceno de sua mão, mas ele merecia uma longa explicação do homem que o usou.

Os olhos escuros de Dominic se abriram. “Lu?”

“Saia. Eu não posso acreditar que você tem a coragem de estar aqui.” Lu rosnou.

Dominic se sentou, as cobertas deslizando até expor o peito esculpido do homem. “Eu estive esperando por você, como você disse.”

“Sobre o que diabos você está falando?” Lu estava começando a repensar da necessidade de confrontação. Machucava mais do que ele pensava, que iria ver Dominic e não poder tocá-lo. 

Dominic puxou um pedaço roto de papel de debaixo de seu travesseiro e apontou para a carta que Lu escreveu mais cedo. “Diz aqui mesmo. Meu desejo é que você retorne para sua casa. Então é isso que eu fiz.”

Lu agitou sua cabeça. Ele não podia discutir com um nu e sonolento Dominic. Ele se girou nos calcanhares e saiu a passos largos do quarto. O ar frio em seu pênis flácido lhe lembrou que também estava nu. Com uma aceno de sua mão, ele vestiu suas calças de dormir favoritas, de flanela. Quem ele tentava impressionar afinal? Ele até se favoreceu com sua bebida favorita.

Ele puxou o leite fora da geladeira e um copo para fora do gabinete.

“Lu?” Dominic disse da entrada da cozinha. “O que aconteceu?”

Fervendo na pergunta, Lu se virou, derrubando o copo no balcão. Fragmentos dispersos caíram contra o chão de mármore. “Você sabe exatamente o que aconteceu.”

Dominic agitou sua cabeça, seus olhos sobre os pedaços afiados de vidro brilhando no chão. “Eu sei o lado de Baz nisto. Eu estou pedindo o seu. Por que você está louco comigo?”

Lu tomou um passo em direção a Dominic. Ele sentiu um beliscão na parte inferior de seu pé, conectado com um dos fragmentos. “Não diga este nome em minha casa.”

Dominic levantou suas mãos. “Pare. Só pare e me deixe limpar o chão, antes de você cortar seus pés com os cacos.”

“Eu não dou uma merda para os meus pés. É meu coração que tem sido quebrado em cacos, seu imbecil.”

Dominic teve a coragem para olhar de volta em surpresa. “Por que você está zangado comigo? Se você acha que eu tenho algo haver com esta merda, você está errado. Tudo que eu sei é que eu fui ordenado por Gabriel para vir aqui.”

Dominic alcançou no bolso das calças enrugadas que ele esteve usando mais cedo e extraiu uma pedra verde. “Foi me dado isto e dizia para colocar contra a pele de Ambrosios. Gabriel disse que agiria como um veneno para Ambrosios.”

Lu olhou para a pedra na mão de Dominic e balançou sua cabeça. Tinha ele julgado Dominic muito severamente? “Então nós dois fomos enganados, porque o que você está segurando não é nada mais do que uma vernipulite, um composto mineral encontrado em Vênus.”

Dominic olhou para a pedra em sua mão e a lançou no chão. Lu assistiu como a realização atingia o Guardião das Portas do Céu.

“Por quê?” Dominic perguntou.

Lu sacudiu sua cabeça. Seus irmãos tinham alguma idéia, do quão errado o ardil inteiro era? “Eles estavam me testando. Mas eu tenho certeza que Baz já lhe disse isto.”

Dominic foi em direção à despensa, seu rosto completamente branco. Ele saiu com uma vassoura e começou a limpar o vidro quebrado. Depois de vários momentos quieto, ele parou e olhou nos olhos de Lu. “Baz me disse que ele estava tentando corrigir uma injustiça que tinha sido feita a você. Que era a razão de porque ele veio para a Cidade em primeiro lugar.”

Ele estava em pé na beira do perigo, em mais de uma maneira. Se Dominic disse a verdade e realmente não sabia sobre o teste, ele merecia saber a verdade completa. Lu sabia que o período de cem anos para retornar ao Céu seria discutível, se ele divulgasse a razão do porque tinha sido condenado, em primeiro lugar.

Ele assistiu, enquanto Dominic continuava a limpar o chão. Quando Lu notou seu amante quase pisando em um caco de vidro, ele acenou uma mão e os fragmentos restantes desapareceram. Dominic parou e lançou a vassoura de sua mão.

No tempo que levou para a vassoura cair no chão, Lu estava agarrando o homem que amava. Em um instante, estava nos braços de Dominic, pelo menos parte de seu mundo tinha sido recuperado. Ele cobriu os lábios de Dominic e comeu gulosamente sua boca. A única coisa em sua mente era o homem, cuja língua ele estava chupando.

Dominic gemeu e ergueu Lu fora de seus pés, tornando o beijo muito mais profundo. Lu envolveu suas pernas ao redor da cintura de Dominic. “Leve-me para a cama.” 

 

Dominic rastejou em cima de Lu e colocou um beijo de luz nos seus lábios. “Eu amo você. Eu tinha medo que eu nunca conseguiria uma chance de dizer isto para você.”

Lu alcançou e traçou os lábios de Dominic com a ponta de seu dedo. “Eu preciso te dizer o que aconteceu para me mandarem para cá.”

Dominic agitou sua cabeça. Lu já tinha explicado que lhe contar significaria quebrar uma das leis que os Arcanjos viviam. Depois de tudo, Lu tinha ganhado o seu caminho de volta para o Céu, Dominic não queria ser o que arruinaria isto.

“Não. Eu estava errado. Eu não preciso saber a verdade de seu passado, para saber que eu amo você agora. Eu sinto muito, que eu tenha posto você naquela posição.”

“Esta é a minha casa. Independentemente de qual teste eu tenha passado, eu nunca vou partir.”

“Então eu também não vou.” Dominic declarou. Surpreendentemente, não era uma escolha difícil de fazer.

Ele tinha pensado longamente sobre isto, depois de sua conversa com Baz, mais cedo. Ele finalmente chegou à conclusão que não importava aonde vivesse, desde que Lu estivesse com ele. Era claro de se ver o que Lu quis dizer, quando disse que não retornaria ao Céu.

A informação de Lu sobre a pedra que Gabriel lhe deu o chateou, mas ele sabia que isto não era nada, como a traição que Lu recebeu de seu melhor amigo e irmãos. Embora o que Baz fez estivesse errado, Dominic esperava que pudesse fazer Lu entender, que as tentativas do homem eram honradas.

“Onde quer que você esteja, será o lar para mim.” Dominic reiterou.

O canto da boca de Lu levantou-se ligeiramente. “É um trajeto muito longo para você ir trabalhar.”

“Então eu acho que nós teremos que achar algo aqui na Cidade para ocupar o meu tempo.”

“Eu posso pensar em algumas coisas. Eu ainda quero levar você para o Êxtase.”

“Bebê, você me leva ao êxtase, toda vez que você está em meus braços.” Dominic beijou o dedo que estava ainda viajando por suas feições. 

Lu bufou e virou seus olhos. “Que declaração mais Casanova se parece.”

Dominic riu. “Eu tentei. Eu sou novo nesta coisa de romance.”

“Você é?” Lu perguntou. “Você já esteve apaixonado alguma vez?”

Dominic não gostou de pensar sobre seu passado. Ele tem sido um maldito filho-da-puta, e sabia disto.

Ainda assim, ele trabalhou duro para ser o melhor homem que poderia ser. Pena que não tivesse a coragem de assumir suas preferências sexuais. Sua vida poderia ter sido completamente diferente.

“Eu pensei que eu estava em vários momentos. Eu realmente fui casado com três mulheres diferentes. Eu acho que eu quis estar apaixonado. Eu fiz o que todo mundo esperava. Eu casava e depressa percebia o quão miserável eu era. Em vez de olhar para mim mesmo, eu sempre culpava minhas esposas.”

Dominic agitou sua cabeça. “Algum dia, eu gostaria de encontrá-las e me desculpar.” Ele sorriu. 

“Embora, eu tenha certeza que pelo menos uma delas provavelmente viva aqui na Cidade.”

Lu riu e deu um tapa brincalhão no traseiro de Dominic. “Eu rezarei, para que você nunca mais sinta a necessidade de cutucar uma vagina.”

“Nenhum motivo para se preocupar com isso.” Dominic moveu seu pênis contra Lu.

“Eu tenho tudo que eu quero aqui mesmo.”

Dominic se aconchegou mais entre as pernas de Lu, dando-lhe espaço para amar seu homem. Pelo menos agora, ele estava conversando. Como se ele tivesse um dispositivo, a cabeça do pênis de Dominic imediatamente achou a pele enrugada do traseiro de Lu.

Apesar do que Lu continuava a lhe dizer, Dominic nunca sentia certo tentar foder o homem sem um pouco de lubrificante. Ele cuspiu em sua mão e as estendeu para espalhar a saliva sobre a coroa de seu pênis.

Ele percebeu um virar de olho sutil vindo de Lu e encolheu os ombros. Lu teria que se acostumar com isto, porque Dominic duvidava que ele mudasse completamente seus modos. Como se por pura vontade, o corpo de Lu pareceu se abrir para capturar o pênis de Dominic e acolhê-lo.

Ele olhou para Lu. “Você está fazendo isto?”

Lu sorriu. “Mais truques de salão. Você gosta?”

Dominic gemeu na sucção sendo criada por forças invisíveis. Isto parecia como foder e conseguir um boquete ao mesmo tempo, outra primeira vez para ele. Era definitivamente uma sensação que poderia ficar viciado. “Oh, sim.”

Dominic olhou nos olhos de Lu, enquanto seu pau era sugado até a raiz. Foi um revés momentâneo, saber que não estava mais completamente dominando, mas Dominic percebeu que Lu provavelmente precisava do breve show de domínio para controlar seu mundo agitado.

Lu raspou suas unhas pelo comprimento do corpo de Dominic. “Foda-me.”

Tão rápido quanto tinha começado, o pênis de Dominic foi liberado da força de sucção, dando-lhe a capacidade de fazer apenas isto. Ele retirou-se até que apenas a cabeça de seu pênis permaneceu dentro de Lu, antes de bater dentro outra vez.

Lu gritou na dura invasão. A expressão no rosto de Lu era de prazer, não de dor.

Dominic puxou completamente fora e bateu no quadril de Lu. “Vire-se, bebê.”

Lu rolou para seu estômago e conseguiu seus joelhos debaixo dele. Ele se equilibrou em seus ombros e alcançou por detrás dele, abrindo suas nádegas, as separando. “Faça isto. Faça-me sentir isto por dias.”

Dominic uma vez mais empurrou a cabeça de seu pênis no bonito e estirado traseiro. Agarrou os quadris de Lu, e foi fundo, em uma punhalada suave.

“Simmm.” Lu silvou.

Com cada punhalada dura, Dominic tentou entregar a quantidade certa de prazer e dor que Lu parecia precisar desesperadamente. Não existia nenhuma dúvida em sua mente, que seu amante teria contusões depois de sua junção, mas ele esperava que fosse apenas uma forma adicional de Lu lembrar-se dele, por algum tempo.

As bolas de Dominic estavam sendo rebatidas com seus impulsos, e ele perguntou-se se também não acabaria com contusões. Ajustando seu ângulo um pouco, Dominic pegou a glândula de Lu, enviando o homem em um tremendo, parecendo uma máquina de tiro seminal.

“Aaahhhh, Dominic!” Lu gritou.

Dominic fez seu melhor para segurar Lu em cima, enquanto o corpo de seu amante vibrava com a intensidade de seu orgasmo. Dominic acabou envolvendo seus braços ao redor da cintura de Lu, enquanto ele seguia dentro da correnteza. Ele se moveu contra o traseiro de Lu, quando lançou o primeiro jato de esperma no faminto traseiro de Lu.

Dominic entrou em colapso com seus braços ainda ao redor da cintura de Lu, rolando ambos para seus lados, enquanto ele lutava por respirar. “Porra!” Lu ofegou.

Ainda conectado a Lu, Dominic se abaixou e correu seu dedo acima da pele estirada de Lu, enquanto continuava a prender seu pênis. “Eu não machuquei você, não é?”

“Sim. E foi maravilhoso.” Lu se aconchegou mais contra o peito de Dominic. “Obrigado.”

“Um dia desses, eu espero que nós possamos tomar nosso tempo, um pouco mais. Fazendo um amor lento para você, soa como um caminho glorioso para gastar uma tarde.”

“Hummm.” Lu zumbiu, quando se moveu para dormir.

Dominic descansou sua cabeça o suficiente para roubar beijos no pescoço de Lu, enquanto seu amante dormia.

Eles ainda tinham muitas coisas para descobrir, principalmente a relação de Lu e Baz. Ele sabia que nenhum homem seria feliz, até que sua amizade fosse reparada.

Ele não mencionou para Lu, mas ele sabia que Baz ainda estava na Cidade. Dominic duvidava que o homem desistisse até que Lu, pelo menos concordasse em falar com ele. Ele perguntou-se se Nick estava com Baz. Os dois pareciam estar mais que amigos, quando eles o impediram de entrar na Cidade Velha.

Talvez fosse errado, mas uma grande parte de Dominic esperava que Nick ficasse na Cidade.

Embora Baz pudesse facilmente se mudar para o Céu, Dominic duvidava que ele fosse. Se Nick ficasse, talvez os dois pudessem ter uma chance juntos. Dominic não sabia o que ele queria fazer ainda, mas ele sabia que o único homem com quem se importava em guardar, estava presentemente adormecido em seus braços.

 

Dominic terminou sua última volta e saiu da piscina. Ele deu a seus braços algumas rotações, notando seus músculos doloridos, uma vez mais. Por dois dias, Lu o manteve na cama, somente saindo o suficiente para agarrar uma mordida rápida de comida, antes de começar de novo.

Ele pegou uma toalha fora da prateleira e caminhou em direção a seu amante bronzeado. “A água parece boa. Você deveria tentar de vez em quando.”

Lu grunhiu, fazendo Dominic sorrir. Ele nunca tinha visto Lu na piscina e perguntou-se se jamais o veria. Ele curvou-se e deu a Lu um breve, mas profundo beijo, antes de tomar sua posição na espreguiçadeira, ao lado do banho de beleza.

“Eu destruí Atlantis, afundando-a.” Lu disse do nada.

Dominic se sentou. “O quê?”

Lu abaixou seus óculos de sol espelhados e olhou para Dominic. “Um de nossos mais confiados profetas veio até mim. Ele disse que ele sabia como o mundo terminaria. Ele disse a mim que as pessoas de Atlantis inadvertidamente usariam sua engenharia e inteligência superior para explodir o planeta.”

Dominic percebeu o que Lu estava fazendo. “Eu disse a você que eu não precisava saber o que você fez. Pare agora e você pode ser perdoado.”

Lu agitou sua cabeça. “Eu sempre soube que eu não estava envergonhado do que eu fiz, mas levou os eventos das últimas semanas para cimentar os meus sentimentos.”

Lu se sentou e balançou suas pernas acima da espreguiçadeira. “Quando Deus fez os homens, nós, Arcanjos prometemos que nunca iríamos prejudicar ou interferir com os humanos preciosos de Deus. Eu não culpo ninguém. Eu assinei meu nome para a lei de boa vontade. Não foi até que o profeta veio para mim, que eu comecei a questionar a lei que eu assinei.”

Dominic correu suas mãos por seu cabelo que depressa secaram. “Então você afundou Atlantis sabendo que você estaria quebrando sua lei?”

“Sim. Eu pesei meu destino contra o destino do resto do mundo e percebi que eu não tinha nenhuma outra escolha.” Lu agitou sua cabeça. “Você vê, eles eram milhares de anos mais avançados que os outros. Eles estavam brincando com o poder que devia apenas pertencer às mãos de Deus. Eu... eu não podia deixar o mundo terminar, porque eles não sabiam…”

Dominic estava atordoado. Era mais uma razão para amar o homem na frente dele.

“Então você vê, a Bíblia tem isto parcialmente correto. Meu argumento com Deus e meus irmãos estava acima de humanos. Eu estou certo que se a verdade aparecesse, ainda haveria muitos que sentiriam que eu era do mal, por derrubar toda uma raça de humanos superiores.” Lu encolheu os ombros. “Mas eu fiz o que eu tive que fazer.”

“E Ambrosios? Como ele se encaixa nisto?” Dominic perguntou.

“Ambrosios era um general do exército de Atlantean. Ele estava fora com um grupo pequeno de homens, quando eu afundei Atlantis para a parte inferior do oceano. Quando ele retornou e achou nada além de água aberta, ele pensou que julgou mal sua posição e continuou a velejar. Sem o adequado mantimento, seus homens lentamente começaram a morrer de sede e fome.”

Dominic assistiu Lu cuidadosamente, quando ele deu a Dominic a lição de história, com vantagem de ser uma testemunha ocular. Embora os óculos de sol de Lu se voltavam ao lugar, era óbvio para Dominic que apenas por recontar a história estava custando a seu amante.

“Perdidos no mar, o último dos homens de Ambrosios morreu, deixando-lhe como o único Atlantean vivo no planeta. Dizer que ele ficou louco, seria uma meia verdade. Ambrosios realmente cortou seu próprio braço, em uma tentativa de formar um punhal cru fora dos ossos. Ele amaldiçoou o punhal improvisado com o sangue congelado de seus homens mortos, enquanto jurava para Deus que em algum dia mataria aqueles que foram responsáveis pela morte de seu amado povo.”

“É por isso que eles chamam o Punhal da Besta?” Dominic perguntou. Ele iria sempre imaginar uma arma com adornos esculpidos com jóias.

Lu assentiu. “Eu tenho certeza que você já ouviu a expressão, eu daria meu braço direito para isso? Bem, Ambrosios cunhou a frase, literalmente. Ele sangrou até a morte, antes dele completamente poder terminar o punhal. Deus, que tomou a população inteira de Atlantis no Céu, não soube o que fazer. O coração de Ambrosios estava tão cheio de ódio e sede de sangue, que Deus preocupado com a segurança dos Arcanjos no Céu…” Lu abaixou sua cabeça, “e inferno. Eventualmente, Deus decidiu um lugar para Ambrosios no Vulcão do Tempo. Realmente é o melhor lugar para ele.”

Dominic estendeu a mão e alcançou o rosto de Lu. “E agora que você me disse, você nunca mais será capaz de retornar ao Céu, não é?”

Lu agitou sua cabeça. “Eu tenho feito muito para pensar. E eu cheguei a conclusão que meu lugar está aqui. O mundo pode pensar em mim como um Anjo caído, mas eu sei a verdade. Eu estou aqui por uma razão.” Lu realmente sorriu. “Além disso, ainda que eu voltasse para Céu, o homem nunca iria me reconhecer. Eles têm suas histórias e seus medos, e isto está bem. Eu sei quem eu sou.”

Dominic balançou seu corpo para se sentar mais próximo a Lu. Ele puxou seu amante em seus braços. “Eu acho que você está certo. Você serve para este lugar.” Dominic se debruçou para um beijo profundo. “E você é bom para mim.”

Lu sorriu e girou escarranchado no colo de Dominic. Sem uma palavra, ele ajustou o pênis de Dominic, em seu buraco estirado e meneou seus quadris. “Então, agora que a Cidade está livre da ameaça de Ambrosios, onde você está me levando para jantar?”

 

Dominic parou o novo carro esporte vermelho claro, de Lu na frente do Inferno e saiu. “Eu acho que eu vou ter que conseguir eu mesmo um carro maior. Eu me sinto como um homem velho, quando eu tenho que torcer meu corpo fora do pretzel, que leva para entrar e sair desta coisa.”

Lu estava na calçada, sorrindo de orelha a orelha. “Mas você se vê muito malditamente sensual na direção disto.”

Dominic juntou-se a Lu e imediatamente o beijou. Ele estava completamente viciado no homem e não dava uma merda, para quem soubesse disto. Pelo menos na Cidade, ele não tinha que esconder seus pensamentos luxuriosos. Aqui ele estava livre para agir à vontade, e ele descobriu que amava aquele aspecto do inferno.

Antes de quebrar o beijo, Dominic passou e procurou o escuro pênis de Lu, vestido por suas calças. “Só não se esqueça com quem você veio, uma vez que nós cheguemos ao redor de todos aqueles jovens sedutores.”

Lu virou seus olhos. “Como se fosse possível.”

Dominic deixa Lu ir à frente, pela multidão. Ele se encolheu, quando seu amante parou no grande sujeito da porta, Andre, e deu-lhe um beijo, mas Lu explicou que não significava nada além dele se importar com eles. Dominic ainda tinha alguns problemas com ciúme, mas pelo menos ele era homem o suficiente para admitir isto.

Em seu coração, ele sabia que Lu lhe pertencia e estaria indo para casa com ele no fim da noite. Ainda assim, seria outra coisa que ele teria que se acostumar.

“Pare de fazer beicinho.” Lu disse sobre seu ombro, sua mão apertando Dominic.

“Eu não estou fazendo beicinho.” Dominic discutiu.

Lu levou-lhes para a alcova privada que eles tinham se sentado antes. “Eu estou indo ao banheiro. Peça um Uísque para mim.”

“Quer que eu vá com você?” Dominic perguntou. Até sem a ameaça de Ambrosios, Dominic se via estranho não protegendo Lu dos perigos escondidos.

Lu puxou Dominic em um beijo. “Eu preciso de você para me lembrar de algo. Eu sou o pior, o mais forte filho da puta daqui. Eu posso cuidar de mim mesmo, o suficiente para ir ao banheiro.”

“Você não é o pior.” Dominic murmurou.

Lu sorriu. “Sim, mas você é o único que sabe disto. Não arruíne minha reputação.”

Com aquelas palavras de despedida, Lu andou a passos largos pela multidão. Dominic sentou-se e ordenou suas bebidas. Um rápido olhar para seu relógio e se voltou para a porta.

“Andre, se você vir Nick, diga-lhe que estou na mesa de Lu,” ele disse na orelha do porteiro.

“Ele é o sujeito loiro grande, que você costumava ter ao redor?” Andre perguntou.

Dominic movimentou a cabeça, antes de começar a voltar para o clube. Enquanto ele lutava para passar pela multidão, percebeu que era mais fácil passar com Lu em seu braço. Do nada, uma mão alcançou e apertou seu pênis.

Dominic parou em seu caminho e girou para o homem com olhos estreitados. “Se você quiser manter essa mão, você vai removê-la.”

O homem riu e apertou o pênis de Dominic, mais uma vez. O sujeito era fodidamente enorme e era óbvio que ele estava acostumado a conseguir de seu modo, intimidar pessoas com seu tamanho. “O que você vai fazer sobre isto?”

A música alta foi cortada e a multidão suspirou. Dominic olhou acima, para ver Lu, duas grandes bolas de fogo equilibrado facilmente em suas mãos. “Você está na merda agora, amigo.” Dominic disse ao sujeito.

“Hector, o que eu disse sobre você hostilizar as pessoas? Se elas quiserem dar-lhes a si mesmo, isto é uma coisa, mas você nunca vai forçar a si mesmo a alguém. Entendeu isto? Talvez uma visita a Cidade Velha o lembre.”

Hector imediatamente soltou Dominic e caiu em seus joelhos. “Por favor, Lu. Eu não sabia que ele lhe pertencia. Eu não farei isto novamente. Eu prometo. Aqueles fodidos são loucos ali.”

Embora Dominic soubesse que o fogo nas mãos de Lu era uma ilusão, o fogo em seus olhos não era.

Lu estava irritado, e Hector tinha o direito de estar assustado. Dominic quis dizer a Lu que ele lidaria com isto, mas ele também sabia que Lu precisava ganhar de volta algum respeito, que ele provavelmente perdeu por estar fora de circulação por tanto tempo.

As chamas extinguiram e Lu se debruçou, até agarrar o rosto de Hector em um aperto forte, espremendo suas bochechas juntas. “Eu quase fiquei sem paciência com você, Hector. Eu sugeriria que você se faça escasso por um tempo.”

Hector movimentou a cabeça. “Sim, Senhor.”

Lu liberou o homem muito maior e recuou. “Saia daqui.”

Hector ficou de pé e praticamente correu para fora do clube. Lu estendeu sua mão e Dominic a pegou. “Este é o meu companheiro!” Lu gritou para o salão. “Vocês o tratarão com o mesmo respeito que me mostram. Eu fui claro?”

A multidão verbalizou seu reconhecimento. Com um aceno com a cabeça de Lu, a música começou novamente.

“Eu não posso deixar você sozinho por um segundo.” Lu riu, balançando sua cabeça.

Quando eles retornaram a sua alcova, Dominic se inclinou para falar na orelha de Lu.

“A música tem que ser tão alta? Nick está vindo, e eu gostaria de conversar com ele sem fazer isto toda a noite.”

Lu acenou com a mão e a música abaixou consideravelmente. Dominic olhou a pista de dança. As pessoas não pareciam notar a diferença. “Como você faz isto?”

Lu encolheu os ombros. “Todos nós ouvimos o que nós queremos ouvir.”

Dominic roçou um beijo nos lábios de Lu, antes de agarrar seu copo de cerveja. “Você realmente enviaria Hector para Cidade Velha?”

“Claro que eu iria. Se as pessoas não podem respeitar a casa que lhes foi dada, eles não fazem por merecer isto.”

Embora Dominic raramente visse este lado de Lu, ele entendia isto. “Eu acho que é por isso que você é o chefe.”

Lu beijou Dominic. “A compaixão é uma coisa, mas demais pode enviar uma sociedade diretamente para o inferno, por assim dizer.”

“Sim. Eu entendo.”

“Então, você convidou Nick aqui hoje à noite, para conversar sobre entrar em um negócio juntos?” Lu perguntou, acariciando o peito de Dominic.

“Parcialmente. Eu não imaginei isto ainda, mas eu tenho algumas idéias.”

“Se importa em compartilhar?” Lu perguntou, enquanto ele abaixava sua mão para acariciar a ereção crescente de Dominic.

Dominic deu de ombros. Ele odiava compartilhar idéias, antes que elas estivessem completamente trabalhadas em sua cabeça. “Eu não sei. Eu estava pensando que a Cidade poderia usar outro clube. Este aqui é bom, mas eu penso em um lugar onde as pessoas podiam vestir-se bem, para uma mudança poderia ser bom.”

“Você quer dizer algo com um pouco mais de classe do que calça jeans e camisetas?” Lu pareceu pensar sobre isto por alguns segundos. “Na verdade, isso poderia examinar cuidadosamente bem.”

“Sim, foi isto que eu pensei. Além disso, se você tiver que ser visto, eu prefiro estar em meu lugar. Eu me sentiria muito melhor, se eu pudesse ter mais controle acima do ambiente.”

Lu sorriu. “Você podia me sentar em um pedestal tão alto, que ninguém poderia me tocar.”

“Algo assim.” Dominic concordou com uma risada.

Dominic sabia que precisava dizer a Lu que outra pessoa ele convidou. Ele tentou no jantar, mas Lu depressa mudou o assunto e subiu em seu colo. “Eu disse para o Nick convidar Baz.”

Lu endureceu e agitou sua cabeça. “Eu não estou pronto para ver Baz.”

Dominic puxou Lu acima, o escarranchado em seu colo. Ele olhou nos olhos de seu amante e o beijou.

“Eu sei que você ainda se sente traído por ele, mas você precisa trabalhar isto. Baz trabalhou por anos para dar a você a segunda chance, que sentiu que você merecia. Ele ama você. Inferno, ele disse a mim que ele adorava você. Você não pode apenas cortá-lo de sua vida. Você dois vão acabar miseráveis.”

Lu estreitou seus olhos. “Desde quando você é fã de Baz?”

“Desde que eu descobri que a única razão que ele tem estado todo este tempo no inferno é por sua causa. Ele sacrificou muito para fazer o certo por você, Lu. Dê-lhe ao menos o benefício da dúvida.” Dominic viu Nick entrando na alcova. “Por favor. Só tente. Eu sei em meu coração, que você não será feliz novamente, até Baz estar de volta em sua vida.”

Lu cruzou seus braços e deslizou para fora do colo de Dominic. “Eu vou pensar sobre isto.”

Dominic levantou para saudar Nick, mas Lu ficou em seu assento, seus braços ainda cruzados. “Ei, amigo.”

Nick agitou a mão de Dominic, antes de se sentar em uma das cadeiras. “Como você está?”

“Bem.” Dominic cutucou Lu nas costelas.

“Bem.” Lu concordou. “Onde está Baz?”

Dominic olhou para Lu surpreendido com a pergunta. “Eu pensei que você iria pegá-lo em sua casa e o traria para cá?”

Nick sacudiu sua cabeça. “Baz não vem. Ele disse que se Lu estivesse pronto para vê-lo, ele teria chamado.” Nick inclinou-se para frente, descansando seus braços em seus joelhos.

“Ele é uma bagunça do caralho. Eu não acho que ele esteja incomodado com o chuveiro até que a merda bata no ventilador.”

Dominic discretamente assistiu Lu. Embora Lu fingisse estar inalterado pelas notícias, Dominic podia ver a preocupação nos olhos de seu amante.

“Eu pensei que ele voltaria para o Céu, onde ele pertence.” Lu murmurou.

“Sim. Eu tentei convencê-lo a voltar, mas ele disse que depois das coisas que ele fez para você, ele pertence aqui.” Nick disse a Lu.

Dominic podia dizer pelo aperto forte na mandíbula de Nick, que seu amigo também tinha sido afetado pelas condições de Baz. Foi fácil ver que Nick estava indo na direção do grande espartano; os dois homens somente ainda não resolveram isto entre eles.

Lu deixou escapar um suspiro dramático e puxou o telefone de seu bolso. Ele gesticulou para a pista de dança. “Você dois vão para pista de dança ou fazer alguma coisa, enquanto eu resolvo isto. A última coisa que eu quero ter são testemunhas.”

Dominic sorriu e se inclinou. “Eu amo você.”

Lu deu a Dominic um beijo profundo. “Lembre disso, quando você estiver dançando com o Senhor Loiro lá em cima.”

Dominic olhou em Nick. “Nós realmente temos que dançar?”

Lu movimentou a cabeça. “Se eu vou tragar meu orgulho e chamar Baz, eu quero assistir os dois dançando.”

“Você é tão diabólico.” Dominic provocou.

“Eu sei. É o meu trabalho.” Lu respondeu.

Dominic se levantou e gesticulou para a pista, estremecendo com as pessoas em todos os tipos de vestimenta. 

“Pronto?”

Nick parecia tão desconfortável quanto Dominic, mas eventualmente se levantou e foi à frente.

Dominic apontou em direção a um lugar aberto. Uma vez lá, Dominic pôs seus braços ao redor de Nick. “Por que isto não parece natural?”

Nick riu. “Porque você tem sido meu chefe por muito tempo.”

Dominic concordou. “Eu não quis perguntar ao redor de Lu, mas eu preciso da verdade sobre algo.”

“Certo.” Nick concordou.

“Você sabia?” Dominic perguntou.

A espinha de Nick se endireitou. “Não imediatamente, mas eu sabia que algo estava acontecendo, quando eu vi Baz na cobertura pela primeira vez.”

“Como?”

Nick quebrou o contato visual, e olhou fixamente acima do ombro de Dominic. “Nós estávamos namorando, quando Baz ficou obcecado com Lu, em primeiro lugar. Nós tivemos uma enorme briga, sobre a decisão de se mudar para cá. Quando ele decidiu fazer isto de qualquer maneira, eu lhe disse que o mataria, se eu o visse novamente.”

“Então é por isto que você reagiu daquele modo, no salão de entrada da cobertura?” Dominic perguntou.

Nick assentiu. “Eu pensei que eu estava acima dele. Eu quero dizer, vamos lá, eu tinha vários anos para seguir em frente.”

“Mas você não tinha.” Dominic imaginou.

“Evidentemente, não completamente.”

“Então vocês dois estão juntos agora?” Dominic sondou.

“Não. Eu penso que existem coisas demais, ditas por ambos os lados para trabalhar.”

Dominic perguntou. “Então por que você ainda está aqui, em vez de estar no Céu?”

“Eu gosto daqui.” Nick respondeu em um tom defensivo.

Dominic não acreditou nisto. “E?”

Nick suspirou. “Tudo bem. Eu tenho esperanças de resolver as coisas com Baz, mas você não ouse dizer uma palavra para Lu sobre isto.”

Dominic podia bem imaginar Nick e Baz juntos. Embora seus tipos de corpo, fossem exatamente o mesmo, sua coloração era notavelmente diferente. Dominic imaginou que eles fariam um casal impressionante.

Dominic olhou através do salão para Lu. Seu amante estava ainda no telefone, apenas começando a andar pela pequena alcova. “Você acha que Baz e Lu podem trabalhar seus problemas?”

“Eles não são assuntos de Baz. Eles são de Lu.” Nick rosnou. 

Um pouco surpreendido pela veemência do seu amigo, Dominic olhou fixamente para Nick novamente. “Você ainda ama Baz, hein?”

Nick deu de ombros. “O amor não significa uma merda, se você não puder estar no mesmo quarto por mais do que dez minutos, sem brigar.”

Lu se aproximou por trás de Nick e bateu no seu ombro. “Eu estou cortando a conversa. Baz estará aqui em alguns segundos.”

Nick movimentou a cabeça e recuou. Foi então que Dominic percebeu que os dois não tinham nem estado tocando um ao outro. Eles meramente ficaram em pé o suficiente para terem uma conversa na pista de dança lotada.

Dominic envolveu seus braços ao redor de Lu e o puxou. “Eu senti sua falta.”

“Você não sentiu.”

“Você conseguiu trabalhar as coisas com Baz?” Dominic perguntou, insinuando sua coxa entre as pernas de Lu.

“Mais ou menos. Levará um tempo antes de eu confiar nele completamente novamente, mas ele sabe disto.” Lu moveu seu pênis contra a coxa de Dominic.

Dominic deixou Lu o montar, aplicando até mais pressão. A expressão no rosto do seu amante era inestimável, quando Lu começou a apertar seus quadris, fodendo a perna de Dominic.

“Merda!” Dominic praguejou, quando a mão de Lu envolveu ao redor de seu pênis. Ele olhou abaixo, tempo o suficiente para ver suas calças se abrindo, levantado apenas pelo contato com a virilha de Lu. Dominic ergueu o traseiro de Lu, apenas para deslizar três dedos dentro do buraco do seu amante.

“Mais duro.” Lu chorou, quando Dominic começou a fodê-lo com sua mão.

Dominic sabia o que ele queria, e não era fazer amor com Lu no meio de uma multidão. Ele içou Lu mais alto, contra ele. “Envolva suas pernas ao meu redor e coloque minhas calças de volta, para que eu não tropece.”

Lu concordou e Dominic levou Lu de volta para a alcova. Ele viu Baz e movimentou a cabeça.

“Perdoe-nos por um momento.”

Baz sorriu e acenou a desculpa de Dominic longe.

Dominic se sentou no sofá e abaixou Lu em seu pênis. “Foda-se a si mesmo, bebê.”

Lu braceou suas mãos nos ombros de Dominic e seus pés no sofá, enquanto ele se tornava selvagem.

Dominic tinha a sensação de que era o modo de Lu liberar a tensão que ele estava carregando, uma vez que ele descobriu sobre a participação de Baz no “teste”.

Dominic colocou suas mãos no traseiro de Lu e espalhou as nádegas do seu amante separadamente, dando a Lu mais espaço para deslizar seu comprimento abaixo do pênis de Dominic. Ele olhou para cima e notou Nick e Baz apreciando o show.

Uma vez mais, Dominic ficou surpreso por ele mesmo se permitir a tal coisa. Pouco tempo atrás, ele teria ficado intimidado se visse tal exibição em um clube, e agora ele estava fazendo isto.

A exuberância de Lu compensava quaisquer valores sobre reservas que ele poderia ter tido. O homem parecia prosperar na atenção que ele ganhava com seu exibicionismo. Dominic correu um dedo acima da pele estirada, cercando o buraco de Lu.

“Isso parece bom, bebê?” Ele perguntou a seu companheiro.

Em resposta, Lu curvou suas costas e braceou suas mãos atrás dele, nos joelhos de Dominic.

“Por você,” ele chorou, quando seu pênis estourou com jorros espessos de esperma. O salpico do sêmen pintou o peito de Lu e o rosto de Dominic, que continuava a bombear seu pau em Lu.

Dominic depressa abriu sua boca, pegando algumas gotas em sua língua. Ele ouviu um profundo gemido que vinha de Nick. Dominic olhou em direção ao seu amigo e sorriu. O normalmente conservador Nick tinha sua mão na frente de suas calças, amassando seu pênis.

“Bem vindo A Cidade”, ele disse alto o suficiente para Nick ouvir.

 

                                                                                            Carol Lynne

 

 

                      

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