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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


O PRETENDENTE DE GARRON / Carol Lynne
O PRETENDENTE DE GARRON / Carol Lynne

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

O PRETENDENTE DE GARRON

 

Garron Greeley acredita que tem tudo: um grande trabalho e um namorado novo; o homem de seus sonhos, e que pode chamar de seu. Quando seu amado Sonny tem a idéia de realizar uma cerimônia de compromisso, não pode sentir-se mais feliz. Só que alguns homens da cidade parecem não apoiá-lo em sua relação, no entanto, descobre também que outros decidem acompanhá-los nesse dia muito especial.

A cerimônia é tudo que ele esperava, até que um ato de violência fanática rompeu o mundo de Garron, deixando o seu marido em um atoleiro de sangue em meio da rua. Ele começou a se perguntar se desejar tudo é ficar sem nada.

Trabalhando com seu cunhado, Garron tenta provar a identidade do atirador e levá-lo aos tribunais. Ao longo do caminho ele aprende que o amor verdadeiro pode tomar muitas formas diferentes.

 

Garron saía da delegacia de polícia quando seu celular tocou. Olhou a tela e sorriu.

—Oi, menino quente.

—Dispararam-lhe! — Gritou Sonny ao telefone.

O estomago de Garron se encolheu e se deteve no caminho.

—Como disparo? Em quem?

—No Buford, alguém o matou.

Rapidamente procurou em sua memória, mas estava em branco.

—Sinto muito, vaqueiro, mas não conheço nenhum Buford.

—É meu maldito touro Angus premiado.

—Merda, sinto muito. Chamou o Rawley? — Garron se apressou para sua Harley negra e subiu nela.

—Sim, ele ia passar para recolher ao Jeb e dirigir-se para lá. Quanto demora você a chegar?

—Posso chegar em uns cinqüenta minutos. Estará ainda aí?

—Sim, certo que isto levará um momento. Estamos justo nos pastos do lado, perto de Jeb.

—De acordo, saio agora. Quero-te.

—Quero-te, necessito-te aqui.

Sonny desligou e Garron olhou o telefone um momento antes de deslizá-lo em seu bolso. Arrancando a moto, saiu correndo num rugido do estacionamento para casa. Era gracioso como o Flying G e também havia se convertido em sua casa há somente um mês, certamente, muita culpa tinha que seu coração estivesse ali. Garron decidiu pegar a interestadual para economizar uns minutos. Geralmente tomava caminhos secundários, mas intuía que Sonny o necessitava mais rapidamente, tão pronto como pudesse estar ali.

Enquanto conduzia pensou na chamada telefônica. Sabia que se supunha que Sonny tinha que ir ao povo para recolher materiais para os cercados. Garron se perguntou se teria passado algo. Lionel Hibbs aproveitava cada oportunidade que tinha para sujar o nome do Sonny e o seu diante de todo o povo. A princípio eram somente pequenos comentários aqui e ali, mas se haviam convertido em gritos grosseiros assim que um ou ambos passavam pelas pessoas. Garron tinha tido que deixar o bar há semanas atrás porque Lionel montava uma cena sempre que entrava no bar Zona Morta, que Jim, o proprietário, pensou que isso era o melhor. Sonny tentava atuar como se os insultos do homem não lhe incomodassem, mas Garron sabia que sim. Sonny tinha crescido em Summerville e para ele, ter que evitar repentinamente o povoado, tinha sido difícil.

Quanto mais perto estava do rancho, mais acelerava. Algo tinha que ter provocado esta mudança repentina no comportamento de Lionel. Matar um dos animais do rancho era um passo maior que umas palavras fanáticas gritadas através da rua.

Garron estacionou a moto no abrigo e conduziu o quad[1] para onde estava Sonny. Ao subir uma pequena colina, Garron pode ver Sonny, Jeb, Rawley e um outro homem. Eles rodeavam o que imaginava que era Buford. Diminuiu a velocidade e se deteve perto deles.

Rawley levantou a vista e caminhou para ele.

—Me alegro de que tenha chegado. Meu irmão está furioso. — Rawley esfregou a parte traseira do pescoço.

Garron se deu conta de que havia algo mais que Rawley queria lhe dizer.

—O que acontece? — Perguntou Garron enquanto caminhava para perto do alambrado.

—Sonny e Lionel brigaram esta tarde no povoado. Acredito que Lionel tem o nariz quebrado, mas Sonny voltou com o olho arroxeado. — disse Rawley enquanto seguia Garron para perto.

Girando para Sonny, Garron assinalou o arame quebrado.

—Olhe isto, obviamente foi cortado. Vou ir dar uma olhada como está Sonny. — se dirigiu para o homem que amava sentindo o fogo ardendo em suas veias. Como se atrevia Lionel a tocar em Sonny. Tinha vontade de ir até o povoado e encontrar esse bastardo ele mesmo. O que o deteve foi o olhar na cara de Sonny quando se aproximou. Abriu seus braços e Sonny rapidamente se dirigiu para eles.

—Está bem? — Olhou para a cara machucada de Sonny.

—Não, mas me encontro melhor agora. — Sonny olhou para Buford —O matou, sem razão alguma.

Passou as mãos acima e abaixo pelas costas do Sonny, Garron olhou para o Jeb.

—A cerca foi cortada.

Jeb assentiu.

—Eu imaginava. — Jeb assinalou para o homem mais velho —Este é nosso veterinário, doutor Mac Whitcomb. Mac, este é meu irmão Garron.

Os dois homens se deram a mão. Embora seu cabelo fosse completamente cinza, Mac não devia ter mais de quarenta e cinco anos. Olhou Mac nos olhos.

—Pode nos dizer quanto faz que aconteceu?

Arranhando-a mandíbula, Mac olhou para o touro morto.

—É difícil de dizer com este calor, mas acredito que faz um par de horas.

Voltando um olhar ao Sonny, Garron beijou sua fronte.

—A que hora foi a briga?

Garron notou que a mandíbula de Sonny se esticava.

—Mais ou menos ao mesmo tempo, acredito.

—O que é que aconteceu? — Garron manteve seus braços ao redor da cintura de Sonny.

— Bem, acho que me viu entrar na mercearia de seu escritório na rua. Quando terminei e sai dali, Lionel me esperava. Ele começou a falar bobagens que eu não prestei atenção e depois me empurrou. — Sonny mostrou um breve sorriso. —Então foi quando eu mostrei que posso ser pequeno, mas eu ainda posso dar um bom soco.

Garron olhou ao seu redor para o grupo.

—Estão pensando o mesmo que eu?

Mac assentiu, olhando de novo para o touro.

—Estava se proporcionando um álibi. Posso te dizer que nunca me preocupei muito com esse homem, mas alguém que pode ordenar algo assim está doente.

—Sim, acredito que estamos de acordo nisso. A pergunta é, podemos encontrar algo que o incrimine legalmente? — Disse Rawley.

Dando um aproximou-se do círculo.

— É tão seco aqui que não há nenhum traço, mas vou continuar procurando — Rawley assinalou para o touro morto. —O que vai acontecer com o touro morto?

—Shelby está neste campo, cavando um buraco agora enterrá-lo. Ele vai voltar com o trator e buscá-lo quando estiver pronto.

Rawley passou seus dedos por seu negro cabelo curto e olhou para Mac.

—A bala ainda está aí?

MAC olhou para o touro morto.

—Não há ferida de saída, então sim. Quer que tente tirá-la?

—Se pode sem danificar a bala, a enviarei ao laboratório de Lincoln e pedirei um relatório de balística. É pouco, mas talvez essa seja a única prova.

Garron olhou para o Rawley.

—Você fez uma foto? Eu tenho certeza que a companhia de seguros vai querer, juntamente com os relatórios do Mac e os teus.

—Sim, eu fiz. Já fiz isso antes sabe? — Disse Rawley.

—Desculpe, eu não queria falar desse jeito. Eu só queria ter certeza que tudo estava em ordem antes que levasse Sonny para casa.

—Leve-o, nós terminaremos aqui.

Garron olhou para o Sonny.

—Onde está a caminhonete?

—Shelby a levou. Suponho que terei que montar atrás de você no quad — piscou —, que vergonha.

E dando uma palmada no traseiro de Sonny, Garron se despediu do Max, Jeb e Rawley.

No de momento em que chegaram a casa, os dois estavam quentes como o inferno. Arrastando-o até chegar a cozinha, Garron atacou seus lábios.

—Necessito-te.

—Sim. — Sonny disse puxando a roupa de Garron. Ele retirou a camisa de Garron sobre sua cabeça antes de se dirigir ao zíper. Assim que o teve desabotoado, Sonny ficou sobre seus joelhos. Golpeando sua língua sobre a cabeça do pênis de Garron e gemeu com o sabor da pré-ejaculação em sua boca.

— Adoro seu sabor. - disse, antes de tomar a cabeça em sua boca. Baixando as calças jeans macia, Sonny teve as nádegas fortes de seu traseiro em suas mãos. Sentiu os músculos esticarem-se sob suas mãos quando Garron começou a empurrar. Sonny começou a perder-se no apaixonado ato, escorregou seus dedos entre as nádegas de Garron e o pressionou contra seu orifício. Ele ainda não tinha feito amor neste traseiro. Por sua diferença de tamanho, Sonny de forma natural tinha tomado o papel de passivo na relação, o que até esse momento sempre os tinha satisfeito a ambos. No entanto, nesse momento Sonny queria estar dentro de Garron com uma necessidade que nunca tinha experimentado antes. Sonny soltou o pênis de Garron e olhou para ele.

—Quero-te.

Garron soube compreender o que Sonny queria, porque assentiu e atraiu Sonny em seus braços.

—Será mais fácil no dormitório — Garron e tirou o seu jeans, conduzindo-o para cima, subindo as escadas.

Enquanto se despiam rapidamente, Sonny sentiu que por um momento que o nervosismo o atacava. Não podia entendê-lo. Tinha possuído muitos homens antes, porque de repente, esse medo de não ser suficientemente bom?

Quando ambos estiveram nus se entregaram um nos braços do outro no meio da cama, a resposta lhe chegou. Pela primeira vez em sua vida ele iria fazer amor com um homem, e a opinião de Garron importava-lhe. Rompendo seu beijo, Sonny olhou os olhos marrom escuros de Garron.

—Te parece bem isto?

Garron riu e levantou suas pernas contra seu peito, apresentando para Sonny o orifício mais bonito que alguma vez tivesse visto.

—Amo-te. — disse Garron —E tenho estado esperando que tomasse a iniciativa.

Sonny compreendeu que não importava que ele funcionasse perfeitamente, a não ser o fato de que pudesse expressar seu amor por Garron amando-o. Enquanto se esticava para a mesinha para alcançar o lubrificante, Sonny tentou desacelerar a respiração. Ele sabia que tinha de se acalmar e ir devagar.

Não sabia quanto tempo tinha passado para Garron e como ele se sentia, só sentia que não iria durar muito. Jogou lubrificante em seus dedos e deu em Garron um beijo profundo enquanto, devagar, deslizava um dedo dentro de seu traseiro. Rompendo beijo, sorriu ao homem que amava.

—Seu aniversário é em um par de semanas.

Gemendo Garron meneou seu traseiro.

—Não me lembre.

—Eu estava pensando em fazer uma festa. Nada complicado, só alugar a parte de atrás da Zona Morta. Alguns amigos, boa comida — Sonny piscou um olho —Talvez um pouco de dança?

Garron ficou quieto e examinou os olhos de Sonny.

—Fala a sério?

Sonny assentiu e deslizou outro dedo.

—Certamente. E se aproveitarmos para dizer umas palavras de compromisso um ao outro diante de todos nossos amigos e família, melhor ainda.

—Estás pedindo que me case contigo? — Garron ofegou quando Sonny tocou sua próstata.

—Sei que em realidade não podemos nos casar, mas isso seria suficiente para mim. — olhou profundamente nos olhos de Garron —O pensaste?

—Não preciso pensar. A resposta é sim. — Garron rebolou um pouco mais —Agora faz amor comigo.

Sonny retirou seus dedos e aplicou uma boa quantidade de lubrificante em seu endurecido pênis. Avançou lentamente entre as coxas estendidas de Garron e se colocou em sua relaxada entrada.

—Amo-te. — disse enquanto lentamente entrava no corpo de Garron.

Quando conseguiu deslizar-se até a raiz, Sonny fechou seus olhos e apoiou sua cabeça no peito de Garron.

—Ah, droga, isto não foi uma boa idéia.

Sentiu como Garron ficava tenso ao redor de seu pênis.

—Você não gosta?

Moveu sua cabeça um lado e outro e beijou Garron no peito.

—Justo o contrário. Não vou mais querer ser passivo de novo.

Rindo entre dentes, Garron lhe golpeou o traseiro.

—Bem, eu não me importo de estar nesta posição, eu apoio uma sociedade de iguais. Mas só se você começar a se mover antes que eu enlouqueça.

Dando uma dentada brincalhona no pescoço de Garron, Sonny começou a empurrar, dentro e fora quanto mais forte gemia Garron, mais rápido se moviam os quadris de Sonny, golpeando fortemente no quente orifício. Sim, ele poderia acostumar-se a uma vida assim. Olhou a cara de Garron quando o suor começou a gotejar pelo peito e o estômago de Garron.

—Amo-te. — grunhiu.

Com uma mão ao redor, o pênis de Garron explodiu em um jato após o outro de semente branca. As involuntárias contrações do orgasmo de Garron provocaram que Sonny também ejaculasse. Empurrou uma última vez antes de encher a seu amante com sua essência. Desabou-se sobre o corpo de Garron, Sonny tremia com a intensidade de seu orgasmo.

Estava suando, sonolento e totalmente satisfeito. Que mais podia pedir um homem? Sonny sorriu quando as pernas de Garron o rodearam. Claro que não foi o único que não quis que o momento terminasse.

—Teremos que comprar alianças? — Perguntou Garron enquanto esfregava as costas de Sonny.

Sonny não tinha pensado em alianças, mas quanto mais ele pensava, mais gostava da imagem de Garron com uma faixa de ouro em torno de seu dedo. Levantou sua cabeça para olhar a Garron.

—Pode usá-lo no trabalho?

—Na maioria das vezes sim. Teria que tirar algumas vezes, mas não é nada que outros policiais da Antidrogas não façam.

—Então, sim. Alianças para nós dois — Se recostaram de novo e se deixaram ir dormir uma curta sesta.

Sentado diante de um jantar tardio, Sonny olhou para Rawley por cima da mesa.

—Vou preparar uma grande festa dentro de duas semanas para o aniversário de trinta e seis anos de Garron — mordeu seu hambúrguer antes de continuar— pensamos em dizer uns votos de compromisso ao mesmo tempo — deu outra dentada esperando a explosão que seguramente estava por vir.

—O que é que disse? — Perguntou Rawley deixando seu copo de chá gelado.

—Disse que Garron e eu vamos trocar votos — Sonny olhou seu irmão nos olhos, proibindo que se atrevesse a discordar.

—Realmente pensa que é a coisa certa? Tem um touro morto e um olho roxo. O que você acha que vai acontecer se sabem o que pretendem fazer?

Sonny empurrou seu prato e se inclinou sobre a mesa.

—Eu cresci nesta cidade e acredito que a maioria das pessoas me aceita. Se um pequeno grupo de fanáticos decide me odiar devido a quem amo, que se danem!

Rawley olhou o tranqüilo Garron.

—E você, está preparado para isto?

Garron olhou de Rawley a Sonny.

—Me parece que Sonny tem mais a perder com esta decisão e se ele estiver disposto a me ter apesar de tudo, eu não vou deixar passar a oportunidade.

Rawley se levantou e caminhou para a porta, abandonando a janta sobre a mesa.

—Os dois estão loucos — pegou seu chapéu e estava ponto para partir quando Sonny falou.

—Ao menos somos honestos com nossos sentimentos. Não poderá te ocultar detrás dessa insígnia para sempre. Seguro como o inferno, que não vai ter muita companhia quando ficares velho.

Rawley não se virou quando saiu pela porta para seu SUV. Sonny olhou para os olhos assombrados de Garron.

—O que? É a verdade. Vejo tanto calor gerado entre o Rawley e Jeb que é uma sorte que não coloquem fogo em todo o lugar quando estão juntos.

—Possivelmente — Garron tomou a mão do Sonny —mas isso não é algo que você tenha que dizer. Talvez se deixasse de pressioná-lo ele deixaria de lutar com tanta força — Garron tirou Sonny de sua cadeira e o pôs em seu colo.

—Só é muito difícil para eu vê-lo tão infeliz — Sonny sabia que não devia haver dito essas coisas a Rawley, mas era muito tarde para voltar atrás. Descansou sua cabeça contra Garron e o beijou.

—Eu sou um burro.

—Não, vaqueiro, você não é. Só você tem que deixar seu irmão realmente entender quem ele é. —Sonny gemeu quando Garron começou a acariciar seu pênis por cima das calças. —Não achas que deveríamos nos apressar para cuidar dos pratos e nos dirigir acima?

Olhando a mesa, Sonny não ficou surpreso ao encontrar a maior parte das comidas intocadas nos pratos.

—É uma pena que não tenhamos um cão. Assim poderíamos pôr os pratos no chão.

Rindo, Garron se levantou e deixou Sonny sobre seus pés.

—Vamos lá, quanto mais cedo o façamos mais cedo subiremos.

Empilhou os pratos e os levou a pia. Ele se virou e piscou os olhos para Sonny.

— E desta vez estarei no assento do motorista.

 

No dia seguinte, Garron parou na casa de seu irmão Jeb, antes de ir trabalhar. Parou sob o emblema do rancho, lhe fazendo recordar algo. Tinha que falar com Jeb sobre o nome do lugar The Tall A, já não ia. Depois de estacionar sua moto, subiu de dois em dois os degraus do alpendre. Abriu a porta do frente e chamou aos gritos Jeb. Ao não receber resposta, voltou para fora e olhou para o estábulo.

Chegou à porta vermelha enorme e colocou a cabeça.

—Jeb?

Sacudindo a cabeça, pegou a estrada em direção a ela.

—Jeb? — Repetiu.

—Um minuto — lhe respondeu seu irmão.

Garron seguiu a voz até o quarto dos arreios. Jeb estava sentado em um banquinho a falar no telefone. Pela cara de tolo que tinha, podia supor que estava falando com Rawley.

Jeb terminou a chamada e colocou o celular em seu bolso.

—OK. Sim, te chamarei se vir algo. Adeus, Rawley.

—Olá, irmão maior.

Sorrindo, Garron assinalou para o bolso de Jeb.

—Como está seu apaixonado?

—Deixa-o. Rawley apenas telefonou para dizer que leva Lionel para interrogatório. Mandou a bala a balística para estudá-la, mas diz que geralmente leva tempo. Quero ser informado de qualquer problema.

Jeb cruzou os braços e olhou a Garron.

—E o que é que te traz por aqui?

—Só passei te dizer que eu vou me casar, ou comprometer. Não estou seguro de como chamá-lo, mas vai ser no meu aniversário. Sonny vai alugar o quarto dos fundos da Zona e queria perguntar se você pode ir.

Garron se sentiu ruborizar, o que em certa medida o fez zangar-se. Não havia nenhuma razão para envergonhar-se por casar-se, então... Por que o rubor? Olhou para o Jeb e esperou pelo comentário que sabia que vinha.

Diferente do que lhes havia dito Rawley que passaria, Jeb voou em seus braços.

—Estou muito contente por ti — o beijou na bochecha antes de soltá-lo —Claro que penso que estão mais loucos que o bolo de frutas da tia May, mas, quem sou eu para criticar.

—Pensa o que estou louco por me casar? — Estava totalmente deslocado, primeiro pelo abraço inesperado e logo pelo assunto do bolo frutas.

—Não, eu penso que se ambos querem casar-se, deveriam me levar com vocês e fugir para o Havaí — deixou de sorrir Jeb e o tocou o ombro —Sabe que no povoado vai causar um rebuliço.

—No povoado, não, só com Lionel e seus cães mulherengos — Olhou a seu irmão nos olhos —O amo. Isto é o que quer Sonny e eu faria qualquer coisa por ele.

Jeb o olhou por uns segundos antes de assentir.

—Então nos asseguraremos que estejam rodeados por pessoas que os queiram.

—Irmão, obrigado. — ele arrepiou seus cachos loiros como fazia quando eram crianças.

Jeb pôs as mãos em cima da mão de Garron.

—É melhor você voltar para Lincoln, antes de você perca um grande negócio de drogas ou algo assim, senhor Antidrogas.

Garron sorriu, dando-se por vencido enquanto se ia. Subiu em sua Harley sentindo-se melhor do que se sentiu há muito tempo. Não podia acreditar que Sonny Good fosse o que finalmente o convertesse em um homem honesto.

Passando uma mão por seu cabelo grosso e negro, num gesto de frustração, Rawley apagou a ignição. Tinha tido uma tarde péssima e foi piorando. Olhando para o sinal da fazenda de engorda R & R que estava em cima, sabia que era hora de falar com seus irmãos. As coisas no povoado estavam por chegar a um ponto crítico e necessitava que seus irmãos mantivessem um perfil baixo por um tempo, o qual não acreditava que aceitassem, mas tinha que tentar.

Ryker e Ranger sempre tinham tido uma relação estranha. Era um vínculo inquebrável que tinham adquirido dentro do útero de sua mãe. Eram como esses gêmeos que tinha visto na televisão. Uma de suas muitas peculiaridades, era que tinham sua própria linguagem.

Até quando eram meninos, negavam-se a dormir separados. Não importava quantas vezes seu pai e sua mãe tinham tratado de separá-los, sempre amanheciam na mesma cama. Quando eram meninos, era uma coisa, mas quando cresceram até chegar a adultos, seu pai pôs-lhes o freio. Ante isto os gêmeos fizeram a única coisa que lhes ocorreu, mudaram-se assim que completaram dezoito anos.

Felizmente para eles, durante o secundário ambos trabalharam na casa de campo e quando o velho Zook decidiu se aposentar, ele lhes vendeu o negócio. Neste tempo, já tinham feito as pazes com seu pai e ele concordou em apoiá-los com um empréstimo. Que tinha sido quase sete anos atrás.

Saindo de seu SUV de delegado, Rawley se dirigiu para o pequeno edifício que albergava seus escritórios. O negócio dobrou num período de tempo relativamente curto em que possuíam o lugar. Parecia que quando se tratava de engordar vacas, ninguém na cidade se importava em nada sobre a relação entre Ryker e Ranger.

Embora para lhes dar crédito, nunca alardeavam a sua relação frente as pessoas. A maioria dos fofoqueiros do povoado juravam que eram amantes. No entanto, ninguém tinha provas. Os irmãos nem sequer se tomavam as mãos em público. Rawley tinha ouvido falar de uma mulher que compartilhou sua cama uma ou duas vezes, mas, para seu crédito, nunca havia sido mencionado seu encontro com os gêmeos Good.

A campainha tocou quando ele abriu a porta, alertando a todos os que estavam ouvindo a uma distância sua chegada. Sabendo que era melhor não sair a procurá-los, sentou-se na pequena área de recepção. Sacudiu a cabeça enquanto observava a cadeira rachada de cor amarela.

— O quê? — Ryker disse, quando ele entrou na sala seguido de perto pelo Ranger.

—Me parece que já têm suficiente dinheiro para substituir estas cadeiras de trinta anos — disse Rawley assinalando o material estragado.

—E por que razão? Quase todos os que vêm são filhos de boiadeiros. Se arrumássemos muito o lugar, pensariam que nós estamos enriquecendo em suas costas — disse Ryker olhando a Ranger que estava atrás, enquanto lhe piscava os olhos —É obvio que o estamos fazendo, mas não precisam sabê-lo.

—Sim, então nunca os convidem tampouco a sua casa.

Rawley pensou na grande casa de madeira e pedra que os gêmeos tinham construído fazia uns anos no limite das terras familiares. Rodeada por árvores, a casa era um sonho e ele sempre tinha se sentido um pouco ciumento.

Ranger se sentou em uma das cadeiras perto de Rawley.

—Sem chance, não há possibilidade de que isso aconteça. Nossa casa é nosso santuário. Não há lugar para os negócios.

Ranger olhou de Ryker a Rawley.

—O que é o que te traz hoje por aqui? Sonny já nos chamou para nos dizer da cerimônia e a festa — Os olhos estreitaram-se ligeiramente— Ou há algo mais?

Rawley se massageou o pescoço, suspirando com força.

—Tenho o Lionel detido para interrogá-lo. Eu sei que é o responsável e ele sabe disso, mas eu não tenho nada contra ele. Mandei a bala, para analisarem, mas isso pode levar algum tempo. É só que é tão frustrante. Como se supõe que tenho que proteger ao Sonny, se estiver empenhado em que todo o povoado saiba que vai se casar? Pensa que as pessoas não irão saber?

Ryker se encolheu de ombros enquanto se mordia o lábio inferior.

—Talvez não lhe interesse quem pode saber. Não o faria se amasse a alguém o suficiente para passar o resto da vida juntos? Tenho o palpite de que quando finalmente se apaixonasse você estaria disposto a sacrificar qualquer coisa para estar com essa pessoa. O que não aconteceu com você ainda.

—Amo Meg. Faz mais de dois anos que estamos juntos — disse Rawley tratando de defender-se.

Estendendo-se sobre ele, Ranger lhe agarrou o ombro.

—Não está apaixonado por ela. Não estou dizendo que não a ama, mas não o suficiente para você.

Rawley levantou-se e olhou para seus irmãos, enquanto forçava o ombro.

—Meg está fora de discussão. Você é como Sonny.

Girou-se para ir-se e Ryker lhe tocou o braço.

—Temos algo em comum. Todos te amamos e queremos que seja feliz.

—Isso passará quando os três deixarem de meter-se em minha vida amorosa — olhou a Ryker e depois a Ranger. Sacudindo a cabeça, foi para a porta — Estejam atentos a algo. Minha hipótese é que Lionel está se preparando e que vocês serão os próximos. Mantenham o que seja que passa entre vocês fora do povoado.

Entrecerrando os olhos, Ranger se levantou e se colocou ao lado de Ryker.

—Eu aprecio sua preocupação conosco, mas não venha a te misturar em nossos assuntos e nos dizer como temos que viver nossa vida. Recusamos aceitar de papai, e certamente que não aceitaremos de ti.

Rawley assentiu, olhando sobre seu ombro.

—Me parece justo, então só mantenham-se afastados de minha vida amorosa e tomem cuidado.

Saiu e subiu em sua caminhonete, depois de colocar o cinto de segurança, passou as mãos pelo rosto. Estava tão cansado de tratar de defender-se de seus irmãos. Desde que era menino tudo o que sempre quis era ser policial. Tinha superado esse sonho ao ser designado delegado. Não havia uma possibilidade no inferno de que comprometesse essa posição por uma louca fantasia de amor.

Sentindo-se como um rato afogado, Garron estacionou no jardim do rancho. Uma chuva do verão inesperada o tinha empapado quase todo o caminho de casa. Enquanto descia de sua moto, sentiu-se feliz de ver Sonny sentado no alpendre em sua cadeira favorita.

Sorriu enquanto Sonny sustentava levantadas uma toalha seca e uma cerveja gelada.

—Sim me ocorreu que poderia as necessitar quando viesse para casa — disse Sonny enquanto Garron subia os degraus do alpendre.

—Bem pensado, mas o que necessito em realidade é um beijo. — Cobriu os lábios de Sonny com os seus, separando-lhe provocativamente. Colocando a língua profundamente, Garron gemeu com o gosto de uma cerveja gelada em Sonny.

—Sempre é o primeiro que necessito.

Sonny lhe piscou os olhos e se endireitou.

—Posso viver com isso. Vai secar-se e nos vemos na cozinha. Por causa da chuva eu passei toda a tarde fazendo o jantar, e por mais que eu gostaria de te seguir acima, quero meu jantar quente — disse Sonny lhe dando outro beijo rápido —Sempre está quente, por isso sei que terei minha sobremesa depois de jantar.

Rindo, Garron deu um tapa no traseiro enquanto passava.

—Posso jantar de cueca ou Rawley vem para casa?

Sonny deteve seus passos.

—Que se dane Rawley, chamei-o e lhe disse que buscasse seu próprio jantar — disse Sonny lambendo-os lábios enquanto olhava a entre perna de Garron —Vá tomar banho e volta usando essa cueca sexy que te comprei a semana passada.

Garron pôs seus olhos em branco.

—Não está brincando? Pensei que era um presente de brincadeira. Nem sequer sei se entro nela.

Sonny gemeu enquanto o olhava de acima a abaixo.

—Oh, entrará perfeitamente.

Sonny acabava de terminar a salada, quando Garron entrou. Quase engole a língua com a visão de semelhante homem parado na entrada.

—Santa merda.

Sonny deixou a salada na mesa e se aproximou para ter um melhor panorama da tanga de cetim branco que Garron usava. Enquanto caminhava ao redor de seu amante para ter uma melhor visão de seu traseiro, Garron cobriu suas nádegas com suas mãos.

—Para. Você me faz sentir como um pedaço de carne barata.

Sonny se pressionou contra as costas de Garron, grunhindo.

—Minha carne — disse Sonny, enquanto abraçava Garron.

Beliscando seu ombro, Sonny levou suas mãos para baixo pelo peito musculoso de Garron para deter-se no vulto coberto de cetim. O material era tão suave contra suas mãos calejadas, que o sentia conectando-o sob seu toque.

—Malditas mãos — murmurou para si mesmo.

Cobrindo as mãos de Sonny com as suas, Garron as pressionou contra sua ereção.

—Amo suas mãos. Esta cueca? Não tenho certeza.

Lambendo um caminho ao redor do pescoço de Garron, Sonny suspirou aliviado.

—Sempre se pode tirar isso.

—E comer nu? Não obrigado. Vamos terminar com o jantar, assim podemos ir acima.

Garron empurrou Sonny para a mesa da cozinha.

—Cheira bem.

Enquanto olhava uma a grande quantidade de lasanha que estava sobre a mesa, Sonny percebeu de repente de que não estava com fome.

—Podemos esquentá-la logo?

Garron sacudiu sua cabeça.

—Não. Fez-me pôr esta cueca tola e mereço um pedaço grande dessa lasanha.

Sabendo que não poderia vencer, Sonny se afastou e sentou-se. Para o momento de misturar os temperos com a salada, Garron já tinha em seu prato um pedaço grande de lasanha.

—Faminto? — Perguntou-lhe Sonny, observando a porção enorme de comida.

—Esfomeado — lhe respondeu Garron com um piscar de olhos.

Acomodaram-se para comer, mas Sonny já estava satisfeito logo depois de um bocado. Olhou para Garron, que não parecia nem perto de terminar. Tamborilando os dedos na mesa, observou-o devorar a lasanha.

Pensava que morreria antes de subir como esse homem sensual. Isso lhe deu uma idéia. Limpando a boca, Sonny pôs seu guardanapo sobre a mesa e deslizou para o chão. A vista daqui foi ainda melhor.

Embora Sonny estivesse engatinhando em direção a Garron, viu como ele separou suas pernas e seu pênis começou a inchar. Colocando-se entre suas coxas, pressionou seu rosto contra o material, inalando profundamente. Através do cetim começou a lamber e trabalhar com a boca a ereção de Garron, satisfeito quando o tecido se tornou rapidamente transparente.

—Estás impressionante em cetim branco — Puxou a cueca para o lado e a ereção de Garron surgiu livre.

Sorrindo, imediatamente Sonny tomou em sua boca a cabeça que gotejava.

—Merda, vaqueiro — gemeu Garron, enquanto levava sua mão sob a mesa e a enterrava no cabelo de Sonny.

Sonny sabia o que o outro procurava, por isso decidiu ser bom e dar-lhe. Relaxando sua garganta, abriu bem a boca e tomou o mais que pôde. Por um momento parecia que não podia ir mais longe, Garron se empurrou mais profundamente.

—Oh, droga. Sim — gritou Garron, enquanto começava a possuir a boca de Sonny.

Com a mandíbula ainda relaxada, Sonny o deixou fazer a sua maneira e rapidamente se viu recompensado por seus esforços. O gosto da semente de Garron explodiu em sua boca e lhe desceu pela garganta, fazendo explodir seu próprio pênis. Ele estremeceu sentindo sua própria liberação úmida e pegajosa, que saturava sua cueca e calça jeans.

Garron se desabou em sua cadeira, justo quando se abria a porta traseira. Sonny largou o pênis de Garron e olhou as brilhantes botas de vaqueiro pertencentes a Rawley.

—Onde está Sonny? — Exigiu Rawley com uma voz profunda.

Pondo seus olhos em branco, Sonny falou de debaixo da mesa.

—Me parece que te deixei uma mensagem de que esta noite procurasse seu próprio jantar.

Por uns momentos, Rawley não disse nada.

—Não pensei que falava a sério. Eu, é... irei para meu quarto por um momento.

Rawley devia ter se dado conta de que Garron estava nu da cintura para baixo.

—Homem, sinto-o. — disse Rawley enquanto saía da cozinha.

Muito rapidamente enquanto seu irmão se foi, Sonny irrompeu em um ataque de riso. Ele escutou o arrastar da cadeira de Garron contra o chão de madeira marcando-o e logo Garron o olhou.

—Eu não sei o que diabos você achar graça. Eu vou queimar esta cueca.

Engatinhando desde debaixo da mesa, Sonny se ajoelhou ao lado de Garron.

—Com minha família ao redor, a vida nunca será aborrecida.

 

Garron observou Sonny passear de um lado ao outro em frente a Zona vestido com seu novo traje de três peças. Viu que olhava o relógio outra vez antes de olhar a Garron.

—Onde demônios está? — Perguntou por décima vez —Falei com ele mais cedo e disse que estaria aqui.

Garron estendeu a mão e deteve Sonny de seus nervosos passos.

—Por que não tentamos chamá-lo? — Tirou seu celular e o passou a Sonny. O pastor da igreja de Sonny havia concordado em realizar a cerimônia, enquanto ambos Sonny e Garron escrevessem seus próprios votos e não fizessem uma menção de palavras sagradas ou de casamento.

Garron o teria mandado ir ao inferno, mas Sonny tinha pertencido a igreja do reverendo James desde que era menino, assim que o tinha aceito facilmente. Olhando o telefone que Garron lhe oferecia Sonny suspirou. O pegou, marcou alguns números e o aproximou do ouvido. Garron pensou que era muito bonito, bem vestido e nervoso justo como um noivo devia estar.

Jeb saiu dá Zona e tratou de conseguir a atenção de seu irmão. Deixando que Sonny fizesse sua chamada, Garron caminhou para seu irmão.

—Vai algo mal? — Perguntou Jeb.

—Quem sabe? Sonny está chamando o Reverendo James agora mesmo. Como vão as coisas lá dentro? — Perguntou Garron colocando as mãos em seus bolsos.

—Todo mundo está tentando ser paciente, mas acredito que deveríamos alimentá-los, se é que isto vai um demorar muito.

Garron escutou que Sonny terminava a chamada e se virou para ele.

—O que ele disse?

Com um aspecto aturdido, Sonny caminhou para ele e devolveu a Garron seu telefone. Ficou ali, olhando o edifício o que começou um preocupar a Garron.

—Vaqueiro? O que disse o Reverendo?

—Não vai vir. Parece que não apenas Lionel e seus amigos não querem que façamos isto. Charles, pai de Lionel pensa que não é apropriado que o Reverendo James presidir a cerimônia. Ele ameaçou ir para outra igreja se o Reverendo realizasse a cerimônia e como seu dinheiro ajuda a manter a igreja, o Reverendo James acredita que não tem outra escolha. —  Sonny olhou a Garron nos olhos.

—O que é que vamos fazer?

—Nos casar. — Respondeu Garron,dando um beijo rápido.

—Pedimos ao reverendo que viesse mais como uma formalidade de todas as formas. Não vamos nos casar legalmente assim podemos continuar com a cerimônia e dizer nossos votos sem ele. Aos olhos de nossos amigos e de nossa família estaremos nos comprometendo um com o outro.

Sonny suspirou e fechou os olhos. Quando ele finalmente abriu, Garron podia ver um pouco de umidade nos belos olhos cor ametista de seu amante, mas ele acenou e sorriu.

—Bem, vamos um nos casar então.

Atraindo Sonny em seus braços, Garron o beijou, esquecendo-se completamente de Jeb. Introduziu sua língua nas profundidades quentes de Sonny e gemeu.

—Vamos fazer isto, quando antes terminemos, antes será nossa noite de bodas.

De mãos dadas, o casal caminhou para o centro da pista de dança. Sonny tinha pedido a Meg e a alguns de seus outros amigos que o ajudassem com a decoração. Decidiram-se por flores silvestres contrastadas com enfeites arroxeados. Sonny estava feliz com o resultado. E estava ainda mais feliz com o homem que havia a seu lado. Garron tinha razão. Não necessitavam do Reverendo James para presidir a cerimônia, só necessitavam um ao outro.

Sonny sorriu virando-se para Garron. Não podia acreditar o delicioso que se via Garron com seu traje negro e sua camisa branca. Demônios, ele até se ofereceu para um cortar o cabelo para a ocasião, mas Sonny tinha recusado. Gostava de sentir o comprido cabelo sedoso de Garron acariciando seu corpo nu quando faziam amor. Deu-se conta de que Garron estava nervoso quando viu como seu pomo de Adão se movia com força cada vez que tragava. Decidindo lhe pôr as coisas mais fáceis, Sonny sorriu e o sussurrou:

—Falarei primeiro.

Ele recebeu um aceno agradecido de Garron uma vez que este sujeitava as mãos de Sonny ainda mais forte. Esclarecendo sua garganta, Sonny olhou para os olhos de Garron.

—Faz vários meses entrei neste bar e descobri o homem mais sensual que tinha visto em minha vida. Então não sabia que esse homem trocaria minha vida para sempre. Você tem transformado tudo em meu mundo, Garron, e não posso imaginar um só dia sem você. Hoje eu me comprometo a amar, aprender com você e recolher suas meias que deixa no chão do quarto. — Sonny esperou uns momentos enquanto os convidados riam e fixou seu olhar nos úmidos olhos marrom escuro de Garron.

—Meu presente para você neste dia especial é o meu coração. Você sempre o terá na palma de sua mão.

Quando terminou, Garron se inclinou para ele e o beijou. Então Sonny esperou que Garron falasse. Tinha-o visto sentado na mesa da cozinha em mais de uma ocasião durante a semana passada trabalhando em seus votos. Também tinha visto como Garron atirava página detrás página a lixeira.

Olhando para ele, Garron começou um falar.

—Passei muito tempo tentando decidir que dizer hoje. Infelizmente, eu nunca seria capaz de pensar em algo que soasse muito adorável como o que você tem dito. Como você dizer a alguém em um par de frases o quanto ele significa para você? Como o ar parece sair do quarto quando ele não está nele, ou o simples ato de sair para o trabalho deixa uma sensação de vazio e solidão? Não sou o tipo de homem capaz de escrever poesia, eu sou apenas um homem que te ama mais que sua própria vida. Estou orgulhoso de me converter em seu marido hoje, vaqueiro, e prometo tentar recolher minhas próprias meias sujas. — Sonny piscou e a garganta fechou com emoção quando, ele sabia que estava a ponto de perder o controle na sala cheia de gente.

Empurrando a cabeça de Garron para baixo, Sonny o beijou profundamente por um longo tempo. Sonny rompeu o beijo e sussurrou contra os lábios de Garron.

—Isto foi melhor que qualquer poesia. Amo-te.

—Amo-te também, mais do que nunca saberá. — Garron o beijou de novo antes de virar-se para Jeb enquanto Sonny se virava para Rawley. Tomando a aliança simples, Garron beijou antes de colocar no dedo de Sonny.

Nesse momento Sonny sentiu que uma lágrima deslizava por sua bochecha. Suspirando piscou várias vezes para eliminar as lágrimas antes de beijar o anel e deslizá-lo pelo dedo muito mais largo do Garron. Eles tinham gravado os anéis com palavras próximas de seu coração “até que a morte nos separe”. Depois de colocar os anéis, Garron atraiu Sonny seus braços para o um beijo apropriado de bodas. As pessoas explodiram em aplausos e votos de felicidades. Sonny não podia acreditar que Garron era realmente dele.

Imediatamente após a cerimônia, Garron foi levado a um lado por Evelyn Good.

—Eu gostaria de falar umas palavras com você, jovem. — disse Evelyn, enquanto o conduzia um uma mesa no canto da sala.

Evelyn tinha chegado naquela tarde, como parte de uma rápida apresentação Garron não tinha falado com ela. A senhora Good media apenas 1,55, mas governava seus filhos como um sargento.

Ela empurrou a cadeira antes de sentar-se. Ele olhou a multidão barulhenta que ria, comia e bebia.

—Queria falar comigo senhora?

A mulher grisalha entrecerrou os olhos.

—Meu Sonny disse-me que é policial em Lincoln. — o olhou de cima abaixo —O permitem usar esse cabelo? Tampouco tinha visto um policial com tatuagens. Estás mentindo ao menino?

Garron foi pego com a guarda baixa. Não sabia se se sentia ofendido ou divertido.

—Sou um detetive da Antidrogas de Lincoln. Antes de vir a Summerville, trabalhava para Antidrogas em Chicago. — Garron passou seu rabo-de-cavalo sobre seu ombro. — Se poderia dizer que isto faz parte de meu uniforme. Tenho que me disfarçar no ambiente. — Sorriu abertamente para a preocupada mamãe urso. —Além disso, eu não poderia cortar isso agora, o seu filho gosta.

Evelyn sorriu e lhe acariciou a mão.

—Isso soa como algo que diria meu Sonny. Terá que vigiar a esse menino, ele pode ser muito desobediente. — disse com um sorriso zombador.

Garron quase se engasgou com essa última declaração. Certo, se ela soubesse o desobediente que Sonny podia ser.

—Eu o vigiarei. Nunca estará longe de mim.

Assentindo uma vez, Evelyn se colocou de pé e alisou sua saia cor lavanda.

—Bem vindo uma a família, jovem.

—Obrigado senhora. — respondeu Garron ficando em pé junto a ela. Quando viu que Evelyn misturar-se com as pessoas, finalmente respirou. Supunha que tinha passado qualquer prova que a senhora lhe houvesse. Pronto.

Sentiu que um braço lhe rodeava a cintura por detrás e sorriu.

—Mamãe te interrogou? — Perguntou Sonny acariciando o rabo de cavalo de Garron.

—Algo assim. — Garron se virou e passou os braços ao redor de seu novo marido. —É a hora de cortar o bolo e do baile?

—Sim. Queria organizar o baile do dólar[2], mas Rawley disse que isso não seria apropriado. Não sei por que. O senhor sabe que eu tive minha parte de danças, desse tipo com noivas. — Puxou o lábio inferior em zombaria e Garron riu em silêncio.

—Faremos um trato. Dance só comigo e te darei cem notas de um dólar amanhã. — se inclinou e sussurrou contra os lábios de Sonny. —Trato feito?

—Humm,Humm. — gemeu Sonny quando os dois se beijaram. Um grito de Ryker os fez separar-se. Os convidados pareciam que estavam impacientes. Tomando a mão de Garron, Sonny caminhou para a mesa onde estava o bolo.

Garron diminuiu o passo e apontou para a mesa principal.

—Deveria me pôr a americana?

—Não, fiz que o fotógrafo tirasse muitas fotos conosco vestidos elegantes, acredito que é o momento de ficar confortável.

Garron sorriu quando viu a dois noivos sobre o topo de bolo, rodeados por flores silvestres. Meg, que era proprietária da loja de cerâmica da cidade, tinha-os desenhado. Meg até tinha posto a diferença de tamanho correta. Sonny se estirou para parecer mais alto e elevou os olhos para Garron.

—Na verdade, me fez um pouco mais baixo. Mas gosto das tatuagens que ela pintou sobre seus braços.

Ele não tinha coração para dizer a Sonny que realmente havia muita diferença de altura entre eles dois, assim agarrou a faca para o bolo e olhou a gravura no cabo de prata.

—Sua mãe trouxe isto?

—Sim, foi passado de geração em geração em nossa família. Bonito verdade?

Esquecendo a faca, Garron se inclinou para baixo e beijou Sonny.

—Magnífico. — sussurrou quando rompeu o beijo entre o um coro de gritos. Ruborizado, Garron olhou para o Sonny.

— Bom vaqueiro, como cortamos esta coisa?

Tomando a faca, Sonny o sustentou em sua mão antes de colocar a mão de Garron sobre a sua.

—Cortaremos um pequeno pedaço do andar inferior e vamos alimentar um ao outro — Sonny se encolheu de ombros. —É a tradição.

Inclusive embora Garron soubesse que ia um parecer um idiota sendo alimentado com uma parte do bolo, não ia negar a Sonny essa experiência. Beijou a testa de Sonny e logo baixou o olhar para suas mãos.

—Vamos fazê-lo.

Depois de ter colocado um pedaço de bolo em um prato, Sonny tomou um pequeno pedaço e levou-o para os lábios de Garron. Tomando um fôlego profundo, Garron abriu sua boca e aceitou o que oferecia. Isso valeu a pena ao ver o sorriso estender-se na cara de Sonny. Quando chegou sua vez, Garron levou o pedaço de bolo a boca de Sonny e ficou surpreso quando Sonny abriu os lábios, tomando tanto bolo como os dedos de Garron em sua boca. Sonny girou sua língua ao redor dos dedos de Garron e os chupou lentamente.

—Te comporte. — grunhiu Garron quando sentiu que seu pênis se endurecia.

Liberando seus dedos Sonny sorriu abertamente.

—Obrigado. — sussurrou.

—Vamos a dançar. — disse Garron tomando a mão de Sonny.

Eles caminharam em torno dos grupos de convidados para o centro do salão para sua primeira dança como um casal comprometido. Quando Garron levou seu noivo entre seus braços, não pôde acreditar na paz que sentiu. Em vez de deixar que seus olhos olhassem ao redor para o salão, Garron só pôde olhar a Sonny. Deus amava esse homem. Sentia-se totalmente completo pela primeira vez em sua vida. Ao sentir a ereção do Sonny apertando-se contra ele, Garron lhe piscou os olhos.

—Um pouco mais e poderemos começar nossa lua de mel. — E deu um beijo lento em Sonny.

—Espero que não esteja decepcionado de que não possamos ter uns dias agora, mas assim que tenha férias penso te levar um algum lugar tropical e isolado.

—Humm, gosto de como isso soa. — respondeu Sonny quando a canção terminou. Sonny olhou para a multidão ao seu redor.

—O que você acha se nós ficarmos durante uma hora mais e logo vamos para casa?

Garron assentiu com a cabeça, pensando no passeio até a casa sobre sua Harley. Nada põe Sonny mais quente e mais rápido do que montar a parte detrás de sua moto. Sorriu abertamente quando pensou no presente de bodas. Esperava que Sonny gostasse.

Passaram a seguinte hora apertando mãos e sendo abraçados por mulheres com muito perfume. Quando se dirigiram para a porta, ambos cheiravam como mulheres. O mero pensamento disso fez que Garron se estremecesse. Quando caminharam para a Harley, Garron riu quando viu as fitas de papel atadas a ela. Esperou que Sonny notasse seu presente de bodas colocado sobre o assento, não levou muito tempo.

—OH, meu Deus — disse Sonny quando viu o capacete branco feito sobre medida. Passou seus dedos sobre o touro Angus negro pintado sobre um lado antes de virá-lo para olha de soslaio Flying G escrito na parte de trás. Sonny olhou para ele.

—É lindo. É melhor presente que eu ganhei.

Garron o atraiu aos seus braços e o beijou.

—Amo-te.

—Amo-te também. — Ele passou o capacete a Garron —Acredito que o correto é que você me coloque.

Sonny tirou seu chapéu de vaqueiro para que Garron pusesse seu novo capacete sobre sua cabeça e prendesse a cinta sob o queixo.

—Perfeito. — sussurrou, beijando-o mais uma vez. Garron escutou os irmãos Good e Jeb rindo a demonstração pública de afeto. Ele virou-se para o grupo de homens.

—Calem-se.

Separaram-se e Sonny subiu na parte traseira da moto, segurando seu chapéu de vaqueiro.

—Hei, Rawley. Toma o chapéu.

Garron se sentou diante de Sonny enquanto Rawley se aproximava para pegar o chapéu negro de Sonny.

—Estarei em casa em uma hora. — sorriu abertamente para Garron.

—Será melhor na segunda-feira pela tarde e nem segundo um antes, irmão maior. — lhe disse Sonny.

Rawley lhe golpeou as costas.

—Felicidades.

—Obrigado. — responderam ambos ao mesmo tempo.

Rawley se afastou e Garron arrancou a ruidosa moto. Sonny se apoiou contra ele e rodeou com seus braços fortemente o peito de Garron, tentando abrir os botões de sua camisa. Garron sacudiu sua cabeça enquanto lentamente saía do estacionamento.

Uma vez na rua principal, Garron começava a acelerar a moto quando a cabeça de Sonny golpeou contra suas costas, com tal força, que perdeu o controle da moto. Como em câmara lenta, a moto se inclinou para um lado, atirando a ambos os passageiros ao chão. Garron caiu com força, golpeando sua cabeça contra o chão enquanto sentia como o asfalto rasgava a carne de seu braço. O primeiro que fez foi tirar o capacete e procurar Sonny, que se encontrava aproximadamente a uns três metros de distância.

Garron tentou arrastar-se até ele e começou a gritar histericamente quando viu a grande quantidade de sangue sobre o belo rosto de Sonny. Quanto mais se aproximava a ele, mais fortes se faziam as vozes que corriam para eles.

—Não o toque. — gritou Rawley enquanto tentava separar Garron.

—Dane-se. — gritou Garron tentando aproximar-se de Sonny. Sua visão começava a fazer-se imprecisa quando Jeb se ajoelhou junto a ele para ajudar a sujeitá-lo.

—Garron, me escute. — disse Jeb —Ninguém pode tocar em Sonny, pode lhe causar mais estragos. Terás que esperar até que chegue a ajuda.

—Amo-o. — sussurrou Garron enquanto ia a deriva para a escuridão.

 

O som de serenes despertou Garron. Ele tentou sentar-se, mas rapidamente caiu no pavimento.

—Fica quieto, irmão. Uma ambulância está a caminho.

Garron olhou para Sonny. Seus olhos ainda estavam fechados e havia várias pessoas ajoelhadas diante dele, mas ninguém fazia nada.

—Ajudem-no, não deixem que morra.

A mão do Jeb tocou a rosto de Garron.

—Deram-lhe um tiro, Rawley chamou o hospital Santa Angélica em Lincoln pedindo o helicóptero de resgate. Pediram-nos que ninguém o tocasse.

Sacudindo sua cabeça ligeiramente, Garron se estremeceu.

—Um tiro? — Engoliu o caroço que se formou na garganta. Enquanto sentia cair as lágrimas por seu rosto até entender em seus ouvidos

— Está morto?

—Não, Rawley está controlando seu pulso até que cheguem. Ele calcula que estará bem, e francamente penso que necessita algo em que concentrar-se. A mãe de Sonny desmaiou assim que viu o sangue, Mac carregou Meg em seu carro e já está caminho do hospital.

Garron sustentava seu olhar sobre o Jeb.

—Sei que tenho uma leve concussão e um mau caso de alergia, mas acredito que é tudo o que tenho mal. Poderias me ajudar e me aproximar mais de Sonny? Prometo que não o moverei. Só tenho que estar perto dele.

Quanto ele cheirou o nariz começou a sangrar tirando-se um lenço de seu bolso traseiro, Jeb limpou os olhos de Garron e depois seu nariz.

—Vem irmão. — Disse Jeb enquanto ajudava a Garron chegar até o Sonny. Quando Rawley começou a opor-se, Jeb segurou sua mão.

— Ele não vai tentar movê-lo, eu juro. Vem, só deixa que segure a mão de Sonny.

Rawley cabeceou e se moveu para trás o suficiente como para dar espaço a Garron.

Ouvindo sirenes da ambulância muito perto, soube que teria um pouco de tempo.

—Hei! Vaqueiro. — Disse Garron, apertando a mão sã de Sonny. —Vou ter que partir daqui num minuto, mas rapidamente estarei contigo. — Garron ouviu aproximar-se o helicóptero e que Rawley dizia onde aterrissar —Resiste porque não posso viver sem você.

O paramédico do Serviço de Emergência se aproximou de Garron e começou a fazer uma série de perguntas. Garron tentou como pôde responder tudo, sabia que enquanto mais colaborava, mais rapidamente poderia ir com Sonny para Lincoln. Antes que eles o subir na maca, Garron apertou a mão de Sonny uma vez mais.

—Luta me ouve. Temos muitos anos por diante para que te renda agora. Amo-te. — Garron lhe sussurrou enquanto eles o atavam com as cintas a maca para logo dirigi-lo para a ambulância.

Quando deixaram a ambulância, Garron viu como a tripulação do helicóptero corria com Sonny. A última coisa que viu quando fecharam as portas da ambulância foi um Sonny sendo levado para o helicóptero que o esperava. Jeb surpreendeu-o chamando-o da janela traseira.

—Seguirei-te. — lhe gritou pelo vidro.

Depois de que se realizou um cuidadoso exame no Centro Médico de Summerville, deixaram Garron ir  sob os cuidados de Jeb. Deram estritas instruções de que se fosse ver um médico em Lincoln se começasse a ter vertigem. Garron sabia que se não fosse por Sonny, o médico nunca o teria deixado partir essa noite, mas a maioria dos que trabalhavam na emergência, também eram amigos de seu marido. Com um braço pesadamente enfaixado e uma dor de cabeça que o matava, Garron se sentou no assento de passageiros do automóvel de Jeb.

—Diga-me novamente o que falou a você Rawley.

—Só que Sonny estava vivo quando o deixou no hospital. Imagino que o levarão para a cirurgia quando puderem lhe tirar o capacete. O cirurgião disse a Rawley que isso poderia levar um bom tempo, mas que não saberiam até que o levasse a sala de operações.

Golpeando seu punho contra o painel, Garron olhou a Jeb.

—Poderia, por favor, só por uma vez, ultrapassar o limite de velocidade?

—E correr o risco de te matar pela segunda vez em uma noite? Não acredito. Estou seguro de que Sonny preferiria isto a que chegasse ao hospital dez minutos antes.

—Só espero irmão que nunca te aconteça, e veremos se pode te manter tranqüilo como está.

Garron se instalou exausto no automóvel, até Lincoln. Surpreendeu-se que Jeb não dissesse nada. Quando jogou uma olhada para ele, Jeb parecia estar a um milhão de quilômetros de distância, perdido em seus próprios pensamentos.

Fechando seus olhos, Garron pensava em Sonny. Ele nunca esqueceria o olhar de amor, temor e total devoção de sua cara enquanto Garron recitava seus votos de compromisso. Tinham sido só duas horas antes? O dia tinha sido perfeito. Garron nunca tinha visto Sonny mais feliz que quando ele brindou por seus amigos e sua família por seu amor e apoio.

Jeb disse a Garron que enquanto o tinham estado examinando os paramédicos, Rawley tinha chamado a um de seus homens e havia dito que procurassem a Lionel Hibbs e o trouxessem para ser interrogado. Tinha-lhes ordenado que não o deixassem ir até que ele deixasse seu irmão e retornasse. Garron podia imaginar a classe de interrogatório que Rawley tinha pensado. Podia ser o xerife da cidade, mas antes de tudo era o irmão de Sonny.

Jeb deixou Garron na porta da Sala de emergências, antes de dirigir-se a estacionar a caminhonete. Garron ingressou e perguntou a uma senhora no escritório de informação onde poderia encontrar uma a Família Good. Disseram-lhe que se aproximasse do segundo piso, ali estava a sala de espera de cirurgia. Garron cabeceou e olhou para a porta, Jeb o olhou e disse:

—No segundo andar.

 Quando eles começaram a ir para lá na escada dando dois passos de cada vez Garron sentiu sua cabeça explodir. Ele pensou que iria desmaiar. Quando chegou uma a sala, Ryker foi o primeiro em vê-lo e se precipitou um seu lado.

—Como está?

—Estou bem, já sabe algo? — Garron se estremeceu quando Ryker de improviso o abraçou.

Quando o tocou, Ryker deve ter visto o olhar sobre o rosto de Garron.

—Ah merda, lamento-o. Como está o braço? — Perguntou-lhe Ryker olhando o braço pesadamente enfaixado de Garron.

—Bem — Garron disse entre dentes —Então como está ele?

Ryker fez gestos para Garron para o pequeno quarto do lado da sala de espera. Olhou os que estavam no quarto antes de retornar ao Ryker.

—Bem…?

—A enfermeira e o medico entraram duas ou três vezes para nos manter informados durante as últimas duas horas. Segundo ela, foi uma bala de calibre 22 e isso é bom. O capacete deteve o impacto o suficiente para que não entrasse no cérebro. No entanto, provocou uma fratura de crânio. O cirurgião quer garantir que qualquer fragmento de osso não tenha entrado no cérebro. Depois de que tenha terminado de avaliar Sonny, a enfermeira disse que o cirurgião certamente usará uma placa de titânio para cobrir a área, se os fragmentos resultam ser muito pequenos para extraí-los.

Garron olhou a Ryker enquanto ele analisava toda a informação.

—Disse ela qual é o diagnóstico?

—Não, ela disse que o doutor nos diria algo mais uma vez que terminasse. Acreditam que há muita esperança já que Sonny recuperou a consciência antes de se submeter a cirurgia.

Ryker sorriu abertamente.

—O doutor planejava cortar o capacete, mas Sonny pediu que não o fizesse porque era o presente de bodas de seu marido.

Garron caiu um uma cadeira, e pôs sua cara entre suas mãos para finalmente quebrar-se. De todas as coisas pelas que Sonny deveria preocupar-se, tinha que pensar nesse estúpido capacete. Ele sentiu uma mão nas costas, esfregando círculos calmantes em seus tensos músculos. Enxugando seus olhos, ele olhou e viu o rosto de Evelyn.

—Sonny é um lutador. Você vai ver.

Garron tragou e balançou a cabeça.

—Não posso acreditar que se preocupasse mais por esse estúpido presente que por ele mesmo.

Evelyn tomou a mão de Garron e a apertou.

—Agora escuta, meu jovem. Esse presente que o deu, salvou sua vida. Segundo a enfermeira sem o capacete, o disparo teria levado a vida de Sonny, pensa nisso.

Examinando os olhos preocupados de Evelyn, Garron teve saudades de sua própria mãe. Seu pai tinha recusado viajar até Nebraska para um evento com sacrílego. Agora, uma das coisas que mais desejava era estar nos braços de sua mãe. Evelyn deve ter visto a necessidade no rosto de Garron porque com cuidado o envolveu em um abraço materno.

—Ele estará bem, teremos que acreditar.

Garron balançou a cabeça e limpou seus olhos outra vez.

—Sinto muito. Sabia que uma cerimônia na cidade poderia ser infeliz, Rawley nos tentou dizer isso.

—Já basta. Foi um belo casamento. Tudo o que Sonny esperava. Não deve se culpar pelo que aconteceu. — Evelyn beijou a bochecha de Garron e se virou para Rawley. —Falando nisso, por que não descobre quem fez isso?

—Sei quem o fez, mamãe. Está detido na sala de interrogação enquanto falamos, mas quero me assegurar de que Sonny esteja bem antes que eu volte a Summerville. — Rawley disse sem levantar seus olhos do chão.

Garron notou o olhar de Jeb. A necessidade de consolar Rawley fazia que as fortes mãos do Jeb tremessem.

—Você que ter um pouco mais de fé em seu irmão, meu Jovem. Ele vai estar bem, mas quanto mais tempo o homem espere, mais álibis será capaz de construir. — Evelyn sacudia seu dedo para Rawley. — E te assegure de cumprir com a lei. Não quero que esse marginal saia livre.

Rawley suspirou e olhou para sua mãe.

—Me promete chamar assim que tenha alguma notícia?

—Sabe que faremos. — disse Ranger enquanto olhava para o irmão de Garron.

—Por que não vai com Rawley? Estarei bem.

Jeb olhou a Garron durante uns segundos e logo se deu volta para o Rawley.

—Está de acordo?

—Sim. — disse Rawley, enquanto se dobrava para beijar e despedir-se de sua mãe.

— Adeus!

—Estarei de volta assim que termine com Lionel. — se voltou para Jeb. —Vamos, te deixarei conduzir. Importaria-te?

Jeb acenou com a cabeça e se aproximou de Garron. Sacudiu sua mão sobre a cabeça desgrenhada de Garron, inclinou-se e beijou o topo de sua cabeça.

—Quero-te.

—Sei. — sussurrou Garron.

Eles entraram no elevador e se dirigiram para o estacionamento em silêncio. Rawley se dirigiu para o SUV do xerife, Jeb o deteve com uma mão sobre seu braço.

—Temos que fazê-lo? Sentiria-me muito melhor se dirigisse minha caminhonete.

Rawley parou e olhou a mão de Jeb. De todas as vezes que tinha sonhado que Jeb finalmente o tocava, não tinha sido este o lugar com o que tinha fantasiado.

—Sim, vamos na sua caminhonete.

Jeb se dirigiu justo a frente de onde estavam. Rawley assentiu com a cabeça e começaram a caminhar para uma brilhante caminhonete vermelha. Rawley tentava pôr o melhor de si, para concentrar-se na caminhonete e não no bonito traseiro na frente dele.

Para, disse a ele mesmo. Era desta a razão exata pela qual seu irmão estava acima em cirurgia. Summerville não era lugar para um homem como ele. Tinha tentado tudo o que estava a seu alcance para fazer que seus irmãos o entendessem. Agora sofriam a realidade de ser gay em uma pequena cidade do meio oeste. Sacudindo sua cabeça para limpar seus pensamentos, Rawley subiu ao assento de passageiros e colocou seu cinto de segurança.

Jeb subiu e fez o mesmo, mas antes de ligar o motor se virou para Rawley.

—Está bem?

Rawley apenas olhou para Jeb. Seus cabelos loiros cacheados brilhando à luz da rua, criando um halo ao redor de sua cabeça. Seus quentes olhos e seus longos cílios incrivelmente negros faziam um nítido contraste com a cor de sua pele e cabelo.

Se alguma vez ele caísse, este seria definitivamente o homem pelo qual o faria. Ele não tinha certeza de que sinal tinha enviado, mas a próxima coisa que soube foi que Jeb tinha tirado o cinto de segurança e tinha deslizado para os braços abertos de Rawley. Suas bocas se uniram em um beijo quente que ameaçava dominá-los completamente. Ele sentiu a dor em seu pênis ao pressionar contra o zíper de sua calça. E soube, Deus o ajude, ele já tinha caído.

Só de pensar por um segundo em sua vida com Jeb o assustou de morte. Não. Ele se recusou a seguir o mesmo caminho de seus irmãos, sempre com medo de falar sobre isso, incapaz de se sentir seguro. Não. Essa classe de vida não era para ele. Gostava de seu trabalho e sua cidade e de nenhuma maneira poderia deixá-los, nem sequer por Jeb. Rompendo o beijo, Rawley deixou que Jeb o examinasse com os olhos semicerrados.

—Não posso fazer isso, não vou fazê-lo. — abriu a porta da caminhonete e fugiu antes que Jeb pudesse pronunciar uma palavra.

Correu até seu SUV, Rawley se sentiu a ponto de náuseas. Abriu a porta e saiu rapidamente do estacionamento. Ele tinha um trabalho a fazer e nada o manteria afastado

 

Sentando ao lado da cama de Sonny no hospital, as palavras dos doutores retornavam uma e outra vez a sua cabeça. Dano cerebral... Provavelmente meses de terapia... Tomando um profundo fôlego, Garron estendeu sua mão e tocou a de Sonny. Os médicos lhe tinham dado algo para induzir ao coma, o doutor Adams havia dito que era o melhor, e poderia ajudar a melhorar um pouco antes de acordar.

Embora dano cerebral em realidade fosse muito pequeno, Sonny tinha recebido uma lesão no hemisfério esquerdo e várias contusões, o suficientes para preocupá-los já que desconheciam o alcance do dano, e só saberiam quando Sonny despertasse.

Todos tinham tentado conseguir que Garron saísse dali e fosse para casa um pouco, mas não podia. Ainda que esta fora a noite mais longa de sua vida, sua noite de bodas, sabia que não poderia retornar para casa sem Sonny.

Ele tinha tomado o dia livre, mas também tinha prometido que estaria ali pela manhã. Ao menos trabalhava na mesma cidade que Sonny. Poderia trabalhar na manhã, tomar o café da manhã e logo voltar pela tarde. Necessitariam de seu emprego se Sonny não pudesse trabalhar de novo. Embora soubesse que os Irmãos Good e Shelby cuidariam do rancho não importando o custo.

Uma enfermeira veio a verificá-los a cada hora. Parecia ser uma mulher agradável, Maria, era o seu nome, pensou. Jeb havia dito a ela que Garron tinha desmaiado e tinha pedido que o mantivesse vigiado. Maria tomou o trabalho muito a sério. Garron não estava seguro se era por compaixão ou porque Jeb a tinha posto muito quente. Estes pensamentos o levaram a Jeb e a Rawley e a chamada telefônica de Jeb na noite dos disparos.

Garron não estava seguro do que tinha passado entre Rawley e seu irmão, mas Jeb se calou assim que Garron perguntou a respeito de sua viagem a Summerville. Rawley trouxe consigo Lionel, o que não foi uma coisa boa. Seus músculos tensos só de pensar nessa merda. Rawley interrogou durante uma hora Lionel até que chegasse uma chamada do prefeito. Pai de Lionel ao que parece devia alguns favores. O Prefeito Channing tinha exigido a Rawley que deixasse livre Lionel a não ser que tivesse provas concretas contra ele. O pobre Rawley não teve mais remedeio que deixá-lo ir sem nenhuma outra opção.

Ele teve que ir a um juiz e pedir mais de tempo, e um mandado de busca, mas o juiz foi firme, necessitava mais provas para dar a ordem. A família Hibss era notória para exigir quem ousava desafiá-los. Rawley disse a Garron que voltaria a Summerville e começaria de novo procurando desde onde estava a moto quando sentiu o golpe de Sonny. Rawley tinha conseguido do cirurgião a trajetória da bala, mas precisava saber exatamente onde estavam Sonny e Garron quando ficaram em zona de tiro. E isto eles sabiam.

Segundo Doutor Adams, a bala tinha feito uma trajetória para baixo. Garron havia dito a Rawley que retornaria a Summerville assim que Sonny despertasse, até então, não partiria. O Doutor Adams havia dito a Garron a noite anterior que já estavam planejando despertar Sonny subministrando algumas drogas essa mesma manhã. Com muita esperança de tarde ele já estaria acordado. Uma mão ao lado de seu rosto o fez saltar da cadeira e virou-se. Evelyn estava olhando-o. Maldição, tinha perdido seu toque, nem sequer tinha ouvido que alguém tinha se aproximado.

—Lamento, assustei-me.

—Bom, nada de estranho que esteja nervoso. Não tem dormido em dois dias. — Evelyn se aproximou de Sonny e começou a arrumar sua cama. Ela acariciou com seus nódulos a bochecha de Sonny antes de voltar-se para Garron.

— Por que não para casa e tenta dormir algumas horas? E enquanto você esta fora, vá a delegacia e se informa com Rawley o que necessita para sua investigação.

Garron sacudiu sua cabeça.

—Não posso deixá-lo até que saiba que vai despertar.

Aproximando-se, Evelyn pôs uma mão sobre Garron.

—Sonny te necessitará muito mais quando despertar, agora é o momento de que descanse, vá, eu ficarei com ele. — ela sustentava um tecido em sua mão. —Além disso terei com que me manter ocupada e te chamarei assim que comece a despertar.

Olhando de Evelyn para Sonny, Garron fechou seus olhos. Ele sabia que ela tinha razão, mas não estava muito seguro.

—Não acredito que poderei dirigir agora, mesmo que quisesse.

Um extenso sorriso iluminou a cara da Evelyn.

—É por isso que fiz que Ranger me trouxesse. Ele está te esperando em frente a sala de enfermeiras.

Ele a olhou durante vários segundos antes de lhe dar uma curta cabeçada. Dando-se volta para Sonny, Garron se inclinou e beijou sua bochecha. Sonny tinha tantos tubos percorrendo-o que foi difícil encontrar um ponto de pele, mas Garron tinha encontrado um lugarzinho sobre sua bochecha e o beijou ali muitas vezes.

—Amo-te — sussurrou —, estarei de volta em umas duas horas.

Garron sentiu que seus olhos começaram a queimar e piscou rapidamente. A família Good o tinha visto chorar várias vezes durante os poucos dias passados.

Voltando-se para Evelyn, Garron se encolheu.

—Me prometa que me chamará.

—Farei-o.

Com o olhar para Sonny, Garron saiu em silêncio procurando a sala de enfermeiras.

—Está preparado?

—Sim. — disse Ranger.

Entrando na caminhonete de Ranger, Garron apoiou sua cabeça fechando seus olhos. Droga estava cansado. Sentiu que a caminhonete começou a mover-se, mas não abriu seus olhos.

—Quer que te leve para casa primeiro ou a delegacia? — Perguntou Ranger.

Garron preferiria ir para casa, mas sabia que a melhor forma de ajudar Rawley era demonstrando que Lionel era o que estava detrás dos disparos.

—E se eu vir o Lionel na cidade? Você sabe que tentarei matar ao bastardo.

Depois de uns segundos, Garron ouviu Ranger falando ao telefone celular.

—Oi! Levo Garron à cidade nos encontre na Zona. Temos que ver os fatos antes que Lionel, ou alguém bisbilhote pelos arredores. — Ranger terminou a chamada — Rawley nos encontrará ali. Não deverá tomar muito tempo, por que não dorme uma sesta enquanto não chegamos ali? Sim?

—Se eu dormir será difícil despertar por ao menos um par de horas. Melhor vejamos o que é o que necessita primeiro.

Garron obrigou seus olhos a permanecerem abertos e olhou a Ranger.

—Posso esperar que Shelby te chame se tiver algum problema no rancho?

—Nem sequer deve perguntá-lo. Ryker sabe tanto de gado como Sonny, ajudaremos Shelby ainda quando não pergunte.

—Obrigado.

Ranger tamborilou seus dedos sobre o volante.

—Então, o que fará se Sonny não ficar bem quando despertar?

—O que quer dizer?

Movendo-se incomodamente, Ranger estendeu a mão e desligou o rádio.

—Que se ele não for o mesmo?

Garron sabia que havia uma possibilidade de que a personalidade do Sonny sofresse uma mudança, mas ele se negou um pensar sobre isso.

—Suponho que aprender a amar ao novo Sonny. Acredito que sempre será Sonny, mas possivelmente um pouco mais caprichoso. Demônios, o homem já assim é mais que bastante.

Garron tentou rir, mas eles viram que em realidade mais parecia uma careta.

—Amo-o e aconteça o que acontecer, isso não mudará.

—Espero que tenha razão, pelo bem de ambos.

Eles se adaptaram ao silêncio pelo resto da viagem.

Na cidade, Garron sentiu um nó no estômago enquanto se aproximavam da Zona. Rawley já os esperava no estacionamento e Garron suspirou. Ele tinha tentado como o inferno esquecer o momento em que sentiu o golpe de Sonny contra suas costas. Agora teria que voltar a revivê-lo detalhadamente.

—O que aconteceu a minha Harley?

—Levamos a oficina em Lincoln para que a reparassem.

—Chama-os e cancela o reparo. Nunca serei capaz de ver essa moto outra vez. Eventualmente, talvez arranje outra, mas não acredito que queira isso outra vez.

—Eles poderiam repará-la, o seguro o cobrirá, então poderá vendê-la ou entregá-la como parte de pagamento. — lhe disse Ranger abrindo a porta.

—Sim, lamento, não estou pensando muito bem nestes momentos.

—Compreensível. Vêem, terminemos com isto.

Ranger saiu e fechou de repente a porta.

Tomando outro fôlego profundo, Garron saiu do caminhão e se dirigiu para a avenida central. Ele nem sequer olhou a Rawley e Ranger, só tentou imaginar o caminho que sua moto tinha tomado aquela noite. Fechando seus olhos, ele se imaginou com Sonny abraçado a ele. Tinha desprendido os botões de sua camisa quando tinham saído do estacionamento. Caminhou pelo asfalto, totalmente inconsciente do tráfico. Por sorte Rawley e Ranger estavam ali para assegurar-se que nada ocorresse.

Ele estava muito concentrado em suas lembranças daquela noite que tivesse jurado que podia cheirar o perfume aderido a sua roupa. Garron caminhou até o ponto onde recordou a cabeça de Sonny golpear-se contra ele, nesse momento não sabia que uma bala o havia acertado. Só soube que perdeu o controle da moto um ou dois segundos depois do impacto.

Custou-lhe recordar exatamente o lugar do caminho onde havia sentido o impacto do capacete de Sonny. Era muito difícil lembrar onde tinha estado exatamente, o modo em que se sentiu quando ouviu o capacete de Sonny. Abrindo seus olhos, Garron olhou ao redor em seu arredor. Ele viu as marcas deixadas sobre o asfalto de sua moto e soube que isso tinha ocorrido um ou dois segundos antes. Ele olhou abaixo ao caminho e sacudiu sua cabeça.

—Acredito que foi por aqui, mas não poderia jurá-lo em um tribunal. — Ele olhou a Rawley —Ajuda em algo?

Rawley sacudiu a cabeça e agitou o frasco de tinta que tinha na mão. Marcou o lugar com um círculo laranja fosforescente.

—Estou esperando chegar alguém de Lincoln que sabe mais que eu sobre trajetórias. Esperemos que possamos saber em que lugar Lionel se localizou para disparar. O juiz não me dará uma ordem sem algum tipo de informação.

Rawley olhou o edifício do outro lado da rua. Esfregando o seu queixo, ficou no centro do círculo e estendeu seu braço.

—Meu palpite é que veio de lá, mas as pessoas dirão que sou preconceituoso.

—Por quê? — Perguntou-lhe Garron.

—Porque aquele edifício é propriedade de Charles Hibbs.

Charles Hibbs olhou aos três homens na rua de sua janela do segundo piso. Quando viu Rawley olhar para seu edifício sacudiu sua cabeça.

—OH não, isso não será assim absolutamente. — disse em voz alta.

Ele marcou o número de Lionel e o chamou.

—Olá! — Respondeu Lionel bruscamente.

—Pode me explicar o que faz o Xerife bem no meio da rua e apontando meu edifício?

—Não. — lhe respondeu Lionel.

—Estou malditamente cansado de cuidar o que deixa atrás, te endireite de uma vez. Só te assegure de que você e seus rapazes retornem esta noite e limpem completamente seu ato. Não poderei deter muito o Xerife se vier com uma ordem.

—Farei-o. — disse Lionel e desligou.

Charles pendurou o telefone em sua cintura e passou seus dedos por sua cabeça calva.

—Me pergunto quanto vai me custar isto.

Dando um passo na tranqüila casa, Garron lançou as chaves de Sonny na mesa do centro. Ele vagou até a cozinha e olhou no refrigerador. Não tinha comido uma comida decente em dias, não, desde a recepção. Pensando nas bodas, Garron fechou a porta do refrigerador, sem apetite.

Caminhou até o dormitório e se despiu, decidindo que o sono viria mais fácil se estava limpo. Garron rapidamente tomou uma ducha e se barbeou. Depois de limpar-se, sentiu-se um pouco melhor e subiu para cama. Assim que Garron pôs sua cabeça sobre o travesseiro, ele sentiu o cheiro de Sonny.  Garron agarrou o travesseiro de Sonny e o sustentou contra seu rosto e inalou profundamente.

—Meu Deus, vaqueiro. — sentiu as lágrimas chegar, mas desta vez não havia ninguém perto para ajudá-lo.

Apertou mais o travesseiro e começou a chorar, todo seu corpo se sacudia em profundos soluços, até que dormiu. Alguém o sacudiu, e Garron conseguiu abrir seus olhos. Quando os abriu viu que era Jeb, ele se sentou na cama imediatamente.

—O que acontece?

Jeb lhe ofereceu um pequeno sorriso.

—Sonny começou um reagir um pouco. Pensei que gostaria que te levasse até o hospital.

Garron balançou suas pernas sobre o lado da cama e passou seus dedos por seu cabelo enredado.

—Por que ninguém me chamou?

—Fizeram-no, várias vezes. Deve ter estado muito longe. Então Ryker me telefonou e me pediu que viesse ver se estava bem. — Jeb se levantou e foi ao guarda roupa. Tirando um jeans, roupa intima, e a acostumada regata de manga curta negra de Garron. Ele os atirou.

— Se vista, te espero na caminhonete.

Pegando a roupa, Garron olhou ao redor.

—Estarei pronto em um minuto. Quero arrumar uma bolsa para mim e Sonny. Não voltarei aqui por algum tempo e amanhã tenho que trabalhar.

Jeb começou a dizer algo, mas manteve sua boca fechada e acenou com a cabeça antes de sair do quarto.

Garron rapidamente se vestiu e escovou seu cabelo, atirando-o para trás na nuca. Encontrou alguns produtos na prateleira superior e começou um guardá-los. Ele jogou um par de mudas de roupa para ele e Sonny para quando voltassem para casa. Logo procurou um pouco de roupa de cama para Sonny em uma gaveta e tirou um par de pijamas. Guardou seu equipamento de barba, antes de fechar rapidamente a bolsa e descer. Aproximando-se da caminhonete de Jeb, Garron gesticulou para que baixasse a janela.

—Sei que deve trazer Evelyn para casa, eu levarei a caminhonete de Sonny. Necessitarei de algo para ir ao trabalho.

—Está seguro que está bem para conduzir?

—Sim, estou seguro, mas não ir penso no limite de velocidade. Verei você lá.

Garron não esperou a resposta de Jeb. Ele lançou a bolsa no assento do acompanhante e saiu em uma nuvem de pó. Se Sonny tinha despertado não queria perder um só minuto disso. Chegar a Lincoln não tomou muito tempo. Garron estava malditamente feliz de não haver encontrado nenhum policial porque estava a mais de oitenta na estrada. Pegou a bolsa, fechou a caminhonete e correu para o hospital.

Entrou e Tomou elevador. Garron apertou o botão do quarto andar, e se moveu para trás ao fechar as portas. Assim que se abriram Garron correu para Sonny. Ele parou do lado de fora da porta e fez uma prece. Entrando no quarto viu as pernas de Sonny mover-se sob as mantas. Evelyn notou Garron e se aproximou dele enquanto largava a bolsa.

—Está saindo do coma. Mas está agitado. O doutor disse que devemos cuidar para que não tire os tubos.

Garron se adiantou e se sentou na beirada da cama. Passou suas mãos pelas pernas de Sonny, tentando tranqüilizá-lo.

—Está bem, vaqueiro. Estou aqui agora. Eu te cuidarei.

Garron seguiu falando com Sonny brandamente até que Jeb entrou no quarto.

—Como vai? — Perguntou Jeb a Evelyn.

—Não sabemos ainda. Inclusive quando despertasse, o doutor Adams disse que pode lhe levar vários dias para responder de forma coerente a vários testes.

—Ele vai ficar bem, retornará assim que te dês conta. — disse Garron olhando só a Sonny.

Ele viu os olhos de Sonny abrir-se e girar ao seu redor durante uns segundos antes de voltar a fechá-los. Garron nunca deixou de roçar as pernas do Sonny carinhosamente até depois de receber um beijo de Evelyn.

—Vou para casa para dormir, mas me chame se tiver alguma mudança.

—Sim, Madame. — disse Garron, olhando para Evelyn brevemente.

Evelyn beijou o topo de sua cabeça outra vez.

—Acredito que tem ganho o direito de me chamar mamãe.

A garganta do Garron se apertou e soube que não poderia falar sem derrubar-se, então deu um aceno de cabeça. Jeb se adiantou e deu um beijo em Garron na testa.

—Me chame se necessitar.

—Bem.

Depois de que os dois saíram, Garron começou a dirigir-se a Sonny outra vez. Não soube quanto tempo lhe esteve falando ou quantas vezes pensou que Sonny despertava, mas nunca o fez. A seguinte coisa que soube foi que uma enfermeira punha com copo como suco de laranjas em sua mão.

—Beba isto. — sua voz começava a soar como uma lixa.

Garron olhou para a enfermeira anciã e riu.

—Obrigado. — ele bebeu o copo de suco em três goles e o devolveu — Quanto tempo levará isto?

—Só posso te dizer doçura, que cada lesão do cérebro é diferente. Você só continua fazendo o que você está fazendo. — A enfermeira acariciou as costas de Garron antes de colocar o copo sobre a mesa.

Ela examinou Sonny e sua bolsa de saída de urina antes de deixar o quarto. Limpando sua garganta, Garron retornou para falar com Sonny. Várias horas mais tarde, os olhos de Sonny se abriram outra vez, mas esta vez ficaram abertos, embora ainda estivesse um pouco tonto. Garron levantou e se aproximou da cama.

—Vaqueiro, pode me ouvir?

As pálpebras de Sonny curvaram-se, mas deu um leve aceno com a cabeça.

—Amo-te. Tenho estado esperando que desperte. Sua mãe esteve aqui mais cedo e também seus irmãos vieram ver como estava. — Garron repicou quando Sonny começou um piscar, havia sobre seu rosto um olhar em branco. Garron finalmente compreendeu que não obteria uma resposta dele.

—Sonny? Sabe quem sou?

Os olhos de Sonny deslizaram para ele, e ele articulou a palavra.

—Não.

 

Garron terminou seus relatórios e os enviou antes de sair da delegacia de polícia. Maldição! Estava tão cansado e exausto como o inferno. Tinham passado duas semanas desde a primeira vez que Sonny havia aberto os olhos e continuava a não o reconhecer mais da metade do tempo. O médico havia dito que era normal perder a memória a curto prazo. Garron não se sentiu nada bem, considerando que ele era parte dessa memória de curto prazo.

Conduzindo de retorno ao hospital, Garron se perguntou como encontraria Sonny. Parecia que cada vez que se aproximava do quarto Sonny estava chorando ou gritando como um bebê. Algumas vezes o tinha tirado do quarto porque dizia que não o conhecia e tinha medo que Garron lhe fizesse mal. Garron tinha saído do quarto, mas não do hospital. O sofá da sala de espera começava a parecer sua casa.

Duas noites antes, Sonny havia se tornado violento e havia golpeado uma de suas enfermeiras que tinha tentado ajustar seu cateter. Ele tinha gritado para que alguém chamasse a polícia, insistindo que o pessoal do hospital tentava matá-lo. Tinha tomado muito tempo de conversação para conseguir que Sonny e a pobre enfermeira se acalmassem.

Garron estava tão certo como o inferno de que não queriam passar por aquela cena outra vez. Aproximando-se da porta. Garron se surpreendeu de ver Sonny sentando em uma cadeira comendo seu jantar. Ele virou quando ouviu Garron.

—Onde demônios tem estado? Todos vieram me ver exceto o meu maldito marido. Tem andado caçando pelos arredores?

Garron tragou e se sentou sobre a cama feita de Sonny.

—Estive aqui no café da manhã, e ontem à noite e cada dia desde que te trouxeram.

—Mentiras, me haveriam dito se tivesse estado aqui. — disse Sonny empurrando sua bandeja de comida.

Suspirando, Garron esfregou seus olhos. Ele não sabia o que dizer a seu amado.

—Ei! Amor? Você colocou o assado no forno para o jantar?

Garron olhou a Sonny.

—Sim, e deverá estar preparado em uma hora.

—Bom porque passo fome. — Sonny ofereceu sua mão—Venha aqui e me de algo doce.

Pondo-se em pé, Garron se aproximou de Sonny e se ajoelhou ao seu lado. Inclinando-se, beijou-o nos lábios que fazia tanto tempo não tocava. Era disto o mais perto que tinha estado de Sonny desde que tinha despertado. E Garron não pensou gastar um segundo de pensamento. Empurrou sua língua profundamente na boca de Sonny e gemeu, sentiu que o mesmo se entregava a ele.

Sonny rompeu o beijo e examinou seus olhos.

— Por que não me leva para casa contigo?

Garron viu lágrimas em seus belos olhos ametistas.

—Oh, vaqueiro, não quero nada mais que te levar para casa, mas o doutor me disse que você tem que ficar um pouco mais. Pelo menos até recuperar suas forças. Estarei aqui, todos os dias como tenho estado.

Passando sua mão sobre a bochecha de Garron, Sonny riu.

—Acho que devemos plantar algumas árvores de doces. Eu sempre quis uma.

Garron fechou seus olhos, sabendo que era Sonny desta vez.

—Quando chegar em casa.

—Sim, faremos, quando me deixassem ir?

Rawley apertou a mão do juiz. Finalmente tinha a ordem do juiz para revistar o edifício de Hibb. Tinha-lhe tomado quase três semanas e duvidava que pudesse encontrar algo, mas devia tentá-lo. Junto de dois de seus oficiais, Rawley entrou no escritório de Charles com a folha de papel.

Cruzando suas mãos detrás da cabeça, Charles se inclinou para trás em sua cadeira.

—Procure tudo o que queira xerife.

De acordo com o criminologista de Lincoln, o atirador era mais que provável que se colocou no terraço de seu edifício. Quando Rawley e seus oficiais chegaram ao terraço, o coração do Rawley caiu. Ele olhou a Craig.

—Quantos terraços que alguma vez tenha visto que se parecesse com este?

Craig sacudiu sua cabeça.

—Não conheço muitas casas que se mantenham tão limpo.

—Vamos olhar de qualquer maneira. — pediu Rawley a seus oficiais. Ele começou a caminhar ao longo do lado oeste do edifício.

Em frente da rua principal. Era óbvio que o terraço não só havia sido cuidadosamente limpo a fundo. Era óbvia a tentativa para cobrir as pistas, sem nenhuma evidência, não poderia provar o que Lionel tinha feito.

Ao saber que Sonny voltava para casa em breve, Rawley havia decidido aumentar seu jogo e esperava que Lionel se sentisse tão frustrado que o tinha deixado escapar. Com uma nova resolução, acenou a seus oficiais e deixou o edifício.

Usando um andador, Sonny subiu pela rampa temporária para a casa. Tinha recusado a ajuda de Garron que o seguia de perto com uma bolsa. Evelyn já estava ali, tinha concordado ficar com Sonny até que fosse capaz de andar sozinho.

Ela abriu a porta de tela e riu.

—Ei, meu menino. — ela beijou a bochecha de Sonny quando ele entrou.

—Mamãe. — grunhiu Sonny.

Evelyn olhou Garron e ele fez rodar seus olhos. Sonny havia protestado todo o percurso para casa sobre algo. Que estava muito quente ou muito frio, que o rádio estava com volume muito alto ou não podia escutá-la. Este foi o "humor” de Sonny: “Vou agir como um adolescente”.

Deus, Garron o odiava. Ele os seguiu até a casa e levou a bolsa para a lavanderia. Olhando ao redor era óbvio que Evelyn tinha feito uma pequena limpeza. Não, que a casa tivesse estado suja, mas agora havia um cheiro diferente de lustra móveis e limão. E também cheirava a jantar.

—Algo cheira bem. — disse caminhando para a cozinha. Ele sabia como Sonny estava então o deixou na sala de estar.

Evelyn entrou na cozinha, procurou uma luva em uma gaveta da cozinha, logo tirou do forno um bolo.

—Pensei que teriam fome quando chegassem.

O estômago do Garron grunhiu como o cheiro de comida verdadeira.

Tinha passado o último mês comendo na cafeteria.

—Deus, acredito que te amo.

Garron beijou Evelyn na bochecha enquanto Sonny entrava na cozinha.

—Que merda passa aqui?

—Oh, te cale. — Evelyn sacudiu seu dedo para seu filho —Garron só me agradecia por cozinhar o jantar. Sonny francamente, se não se endireitar, Garron sairá a procurar pastos mais verdes.

A cabeça de Garron virou de Evelyn a Sonny. Sonny piscou um par de vezes e saiu. Garron olhou para Evelyn.

—Por que disse isso? Eu não o deixaria.

—Sei, mas talvez tenha algo em que pensar. Acho que a maioria das mudanças de humor dele é devido a seus ferimentos, mas também acredito que muitos deles são devidas as frustrações. Se assim for deverá controlar-se e deve começar agora.

Ela pôs suas mãos sobre as bochechas de Garron.

—Até agora tem sido um santo, mas quanto tempo pensa que podes continuar assim? Quando começará a te cansar? Não, é melhor para Sonny que comece a ajustar sua atitude antes que arrisque.

Garron suspirou.

—Sinto que vou por mau caminho. Eu sei que não é culpa dele, mas eu sinto falta de meu vaqueiro. Estou ficando cansando de ser o forte. Sei que o médico disse que seguiria melhorando enquanto suas feridas sanavam, mas também isso pode levar tempo. — ele olhou para a porta. —Vou ir olhá-lo e me assegurar que está bem.

Caminhou até a garagem que tinham convertido em dormitório temporário, Garron encontrou Sonny sentado sobre a cama. Ele se sentou e ofereceu-lhe sua mão, sabendo que era muito provável que Sonny possivelmente não queria ser tocado. Depois de vários longos segundos, Sonny colocou sua mão na de Garron.

—Me deixará?

Levando para cima seu anel de bodas, Garron o sustentou em frente ao rosto de Sonny.

—O que diz em seu interior?

Sonny olhava em seus olhos, em seguida olhou para o anel.

—Até que a morte nos separe.

Garron balançou a cabeça e deslizou de volta o anel em seu dedo.

—Está morto?

—Não. — Sonny de resmungou.

—Bem dito. — Garron abraçou Sonny. —Te amo e sempre o farei. Pode que algumas vezes me zangue ou me sinta frustrado, mas em nossa relação o que prima é o amor, e assim será sempre. Lembre-se o que o médico disse que você vai melhorar.

—Sim, disse que isso acontecerá.

—Bem, mesmo se isso não aconteça, não vou a lugar nenhum. Sou bastante resistente. — Garron capturou os lábios de Sonny em um beijo longo e lento —Vêem, vamos comer e logo te levarei para dar um passeio pelo rancho. Sei o quanto tem sentido saudades.

Sonny examinou os olhos de Garron.

—Sinto muito. Não quero me sentir assim, deveria ter te escutado e fazer a cerimônia aqui.

—Agora não desmorone sobre mim, vaqueiro, se o tiro não tivesse acontecido na cidade, teria acontecido aqui. Lionel e seus amigos são nada mais que bombas relógio prestes a explodir.

Garron beijou as lágrimas no rosto de Sonny. Ele estava de pé e Sonny disparou.

—Agora, vamos comer essa comida, antes que esfrie.

Aquela noite, quando Garron ajudou Sonny a deitar na cama, perguntou-se se deveria ficar. Embora Sonny tivesse estado com humor mais decente parte da tarde, Garron sabia que isso poderia mudar num instante. Sonny podia ler sua mente.

—Dormirá comigo?

—É isso o que quer? — Perguntou-lhe Garron, esperando passar a noite com seu amor.

—Sim, por favor. — Pediu Sonny.

Garron se despiu rapidamente e apagou a luz antes de deslizar-se entre os lençóis e puxar Sonny em seus braços.

—Nada de acrobacias esta noite.

Sonny passou sua mão abaixo, pelo peito de Garron, rodeando seu pênis, abrigando-o.

—Acho que devemos utilizar o que temos enquanto podemos.

As palavras e sentir a Sonny tiveram nele um efeito imediato e Garron se empurrou apertando-se contra Sonny. Droga, que bom se sentia. Correspondendo Garron tomou a Sonny.

— Passou muito tempo, senti tua falta. — disse Garron tomando a boca de Sonny em um profundo beijo.

—Sim, sinto-o. — sussurrou Sonny contra os lábios de Garron.

—Sem desculpas. — Garron sentiu o apertão de Sonny e começou a sentir-se débil. Não queria que Sonny se sentisse mal sobre seu estado de saúde. Garron se colocou sobre ele colocando seu pênis sobre o de seu amante.

— Sim, assim… — gemeu quando sentiu seus testículos.

— Estou me correndo…

—Sim o faz. — Pediu Sonny enquanto seu calor gotejava entre eles.

Deus, Garron gostava do aroma do sêmen de Sonny. Abraçou-se no pescoço de Sonny e bombeou jorro detrás jorro de seu esperma entre eles. Logo Garron se derrubou ao lado de Sonny e o puxou em seus braços.

—Amo-te.

—E eu a você. — Sonny bocejou e dormiu.

Garron sabia que deveria levantar-se e conseguir uma toalhinha quente para limpá-los, mas fazia tanto tempo que não sentia o aroma de suas essências compartilhadas, que decidiu não fazê-lo. Ele resolveu lidar com a bagunça pegajosa amanhã. Sonny estava em seus braços.

Algo o despertou no dia seguinte. Ele se moveu procurando por Sonny e sentiu o lado de sua cama frio. Levantando-se Garron colocou seu jeans. Saiu do quarto, e notou a porta da rua aberta. Como demônios tinha feito Sonny para levantar-se e sair da casa sem que ele se desse conta? Ele viu a claridade exterior e correu, descalço até o pasto do rancho.

—Sonny? — Gritou enquanto o buscava freneticamente na área —Sonny. — gritou de novo.

Ele deu a volta no canto do celeiro e viu Sonny nu caminhando para ele. Garron correu até Sonny e o abraçou.

—Maldição, vaqueiro, me assustou de morte. O que faz aqui fora?

—Só tentava recordar onde está o galinheiro. Não tenho dado seu alimento, mas não recordo onde está.

Garron poderia ouvir a frustração na voz de Sonny. Ele sabia que se dizia a Sonny que nunca tinham tido um galinheiro, o confundiria ainda mais ou pensaria que mentia.

—Sinto muito. Esqueci de dizer isso vendi todos os frangos. Espero que não te incomode. Só que como não estávamos em casa os ovos se perderiam. Mas eu conseguirei algumas galinhas novas este fim de semana. Parece-te bem?

Sonny o olharam durante vários segundos antes de acenar com a cabeça.

— Sim, está bem. Nunca gostei muito de todos os modos.

— Devemos voltar para o trabalho?

—Não, é tempo de que voltemos para a cama. — Sonny começou um caminhar e então Garron notou que estava sem calçado. Soube pela maneira em que movia seus pés. Como se estivesse cansado.

—Ei, Vaqueiro, sei que não precisa, mas se quero te levar em meus braços, me deixaria, por favor, fazê-lo?

—Bom. — disse Sonny. Sua voz ainda soava um pouco enjoada.

Garron o levantou e ambos entraram em casa. Havia algo que estava oculto, para ser honesto, o fato de levar um Sonny completamente nu em seus braços. Algo assim como a cereja no bolo.

 

Garron estacionou diante da casa dos gêmeos. Os irmãos Good o tinham chamado para ter uma reunião e se alegrou de ver que Rawley já estava ali. Era fim de semana e geralmente ele estaria trabalhando com Sonny. Infernos, ainda nenhum tinha chegado à conclusão de porque a reunião estava sendo uma hora mais cedo. Garron abriu a porta. No mínimo, deveria estar em casa a tempo para que conseguisse almoçar com Sonny.

Evelyn tinha ido para casa um dia antes por insistência de Garron. Sonny a usava como apoio, e Garron acreditava que ele deveria fazer algumas coisas sozinho, ou nunca se curaria totalmente. Era difícil olhar, mas Garron sabia que era o melhor para ele.

Olhando para a casa, Garron ficou impressionado. Ele nunca tinha ido ao Santuário de Ranger e Ryker, como eles o chamavam. Atrás de um bosque de árvores, a casa não era visível da estrada. Garron duvidou que muitas pessoas tivessem visto alguma vez isto. Os gêmeos eram um casal muito fechados, não anti-sociais, a não ser muito privados. Subindo as escadas, Garron ficou maravilhado com pórtico que abrangia o comprimento da casa, tinha sido criado quase como uma sala extra, como uma varanda ao ar livre e móveis confortáveis. Fazia sentido já que os gêmeos eram ambos, homens muito grandes. Chamando da porta, escutou do elevado teto o forte ar de uma manhã arejada de Nebraska.

—Hei! Você poderia te alegrar. — disse Ryker, abrindo a porta.

Distanciou-se e Garron andou na grande habitação divida em dois ambientes. Havia luzes expostas entrecruzadas no alto acentuando os pontos de vista.

—Espero que a reunião seja curta. — disse Garron —Não quero deixar Sonny só durante muito tempo. Os fins de semana estão sendo especiais para nós.

Seguiu Ryker para a cozinha onde Ranger e Rawley falavam à mesa.

—Café? — Perguntou Ryker.

—Quero. — Garron se sentou.

—Como está Sonny? — Perguntou Rawley.

—Bem, melhor. Você sabe que pode voltar para casa. Sonny só queria que estivesse fora aquele fim de semana.

As mandíbulas do Garron se apertaram quando pensou em sua noite de núpcias.

—Você teve bastante com a companhia de mamãe por ali. — disse Rawley, bebendo seu café.

—Você não é um homem da empresa, você é da família. Você vai ficar aqui?

Ele acenou a cabeça para Ryker quando chegou a xícara.

—Infernos não. — disseram todos sincronizados.

—Estou ficando com Meg, mas não tenho estado ali muito. Tenho estado passando minhas horas ocupado com Lionel. Esta é uma das coisas pelas que quis falar com vocês. — Rawley levantou-se e preencheu a xícara ele mesmo — Começo a ter problemas com o prefeito. Parece que Lionel não gosta que o andem seguindo. Ele queixou-se a seu papai e seu papai subiu pelas paredes com o prefeito

Rawley se recostou e olhou a mesa

— Disse-me sutilmente que pare de seguir Lionel ou Summerville vai procurar outro xerife.

—Você está ferrado. — disse Ranger, batendo com o punho na mesa. —Que diabos espera que façamos?

—Não sei. Penso que o prefeito quer que deixe passar tudo isto. Ele diz que a cidade gastou muito dinheiro nesta investigação e que ainda não há pistas.

Rawley fechou seus olhos e sacudiu sua cabeça. Garron notou as linhas de fadiga em seu rosto, e se perguntou quanto que estava custando a investigação.

—Já tenho o  relatório da balística sobre ambas as balas, mas não me servem sem as armas reais para provar. Sabemos que ao touro o mataram com um rifle Browning de caça e o tiro de Sonny era com um calibre vinte e dois de uma semi-automática das que quase todo o povoado possui uma. O terraço do edifício do Hibbs era o lugar de posição do atirador, mas está limpo. Tudo muito limpo.

Rawley esfregou suas mãos por seu rosto.

— Não sei mais o que fazer. O juiz não me dará autorizações para que procure armas e não se ouve uma palavra pela cidade. Tenho estado observando Lionel esperando para ser quebrado.

—O que necessita de nós? — Perguntou Garron.

—Necessito alguém sobre o traseiro de Lionel vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, mas segundo o Prefeito não pode ser eu.

Garron pensou no tempo que empregava com Sonny. Com jornadas de trabalho longas e duas das horas de viagem diária até seu emprego, isso não deixaria muito tempo livre.

—Sinto muito, homem, mas meu tempo está limitado agora mesmo. Eu poderia fazer talvez duas noites por semana e uma no meio da semana. Talvez ajudasse se pedíssemos ajuda de mais uma pessoa. Estou seguro de que Jeb estaria disposto. — Garron não deixou de ver a tensão na mandíbula de Rawley quando mencionou seu irmão.

— Craig provavelmente tomaria um tempo algumas vezes por semana.

Rawley olhou uma os gêmeos.

—Vocês conhecem mais alguém?

—Bem, Shelby certamente, que dará uma mão. — Ranger olhou para Ryker.

Os dois pareciam ter uma conversação sem palavras. Ranger finalmente balançou a cabeça e olhou para Rawley.

—Por que não contratamos alguém de fora para ajudar? Não acredito que Garron deva estar envolvido por vários motivos. Primeiro Sonny começará a perguntar para onde vai e com quem vai estar o que poderia ficar feio. Segundo, Sonny realmente não deveria ficar sozinho. Se Lionel souber que Garron o está seguindo, pode chamar a um de seus cupinchas e pedir para fazer a Sonny uma visita. E terceiro não sei se Garron possa estar perto do Lionel e não matá-lo.

—Nós provavelmente poderíamos contribuir e contratar alguém de Lincoln.

Rawley se virou para Garron.

—Isto poderia ser perigoso. Quando se trata com alguém como Lionel nunca se sabe. Jeb não está treinado para isso, acredito então que não deveria meter-se nisto. Além disso, esta não é sua luta.

—Infernos que não é. — disse Garron, estreitando os olhos para Rawley. —Ele vai vir perguntando por que não o avisaram para envolver-se, e vou te enviar para que lhe responda.

—Faz o que tenha que fazer. — grunhiu Rawley.

Garron olhou para Rawley durante alguns segundos.

—Eu sei como é frustrante para você, e eu aprecio tudo o que está fazendo para tentar conseguir algo sobre o Lionel, mas afasta para longe de você as pessoas que se preocupa com você. Este não é o caminho.

Rawley terminou sua xícara de café e olhou seu relógio.

—Tenho que estar na cidade. Lionel devera despertar agora. — olhou a seus irmãos —Um dos dois pode levar-me?  

— Eu vou para casa e tentar dormir a noite toda.

Ranger balançou a cabeça.

—Vamos começar com o telefone e pedir ajuda.

—Agradeço. — disse Rawley com um aceno e saiu fora.

Depois de que o SUV de Rawley deixou de soar pelo cascalho do caminho, Garron olhou uma os gêmeos.

—Me deixem fazer umas chamadas. Eu trabalhava com um par de rapazes em Chicago sobre assuntos secretos, e eles sempre procuram uma desculpa para sair um pouco da cidade. Estou pensando que eu gostaria que trabalhasse com Lionel.

—Há um pequeno apartamento bastante agradável nos escritórios no FEEDLOT[3]. Estivemos pensando em alugar de qualquer maneira. Você e seus companheiros podem ficar ali. — disse Ryker.

—Poderia usar seu telefone? Assim não tenho que me preocupar que Sonny ouça algo por acaso.

Duas horas mais tarde, Garron finalmente entrava em casa. Havia conseguido contratar Nate Gills, um amigo dele e um homem muito bom em segurança. Nate não conhecia a ninguém mais que estivesse procurando trabalho, assim que Garron se decidiu e chamou seus velhos companheiros da marinha que lhe tinham falado de Rio Adega. Segundo seu amigo Ryan, Rio foi o melhor no seu trabalho secreto.

Sacudindo sua cabeça, Garron se perguntou como chegou ao ponto de contratar homens estranhos para agarrar um fracote palhaço. Pelo menos Nate não estava neste momento sobre nenhum caso, por isso disse que pegaria o primeiro avião e chegar ao cair da noite.

Rio disse que preferiria chegar  dentro dos próximos dias. Se Ryan considerava que Rio era o melhor, Garron jogaria segundo as regras do homem. Estacionando a caminhonete de Sonny, Garron saltou fora e foi diretamente ao celeiro, onde Sonny estava passando a maior parte de seu tempo. Ainda não era capaz de fazer o que fazia nos velhos tempos, mas tinha feito um grande progresso dentro de um par de semanas. Embora ainda tivesse episódios de perda de memória, as mudanças de personalidade também se instalaram.

Assobiando, Garron foi para o celeiro.

—Ei, onde está meu vaqueiro. — se aproximou de Sonny e deu um beijo. —Vejo que ainda esta dando pazadas na merda.

Sonny lhe dirigiu um sorriso.

—Se eu só pudesse  ensinar os cavalos a usar as latas. — Sonny pôs a corda no lugar e se inclinou para outro beijo. —Onde estava quando eu acordei?

—Tinha umas coisas que fazer. Assuntos que tinha estado deixando de lado.

Odiou ter que mentir, mas eles tinham concordo em manter Sonny sem saber por agora.

—Pensei que talvez depois de que tivesse feito as tarefas da manhã, gostaria de ir a um piquenique pela baía.

Provocando os lábios de Garron com sua língua, Sonny gemeu.

—Podemos montar os cavalos?

—Sinto muito, vaqueiro. O médico disse que nada de equitação durante um longo tempo. Pensei que nós poderíamos ir com a caminhonete da granja. — ele sentiu Sonny suspirar em seu ouvido —Desculpe. Você está no caminho certo em sua recuperação, não vamos desperdiçá-la por querer chegar à frente.

—Bem. — Sonny deu-lhe outro beijo. —Porque você não prepara algumas coisas para comer e pega um cobertor? Eu deveria ter terminado justo quando você chegou. Shelby já verificou todo o gado está amanhã, então eu dei  o resto do dia livre.

Ainda quando Garron queria despir Sonny ali de pé, só de pensar em banhar-se sob a cachoeira parecia melhor.

—Vou ir buscar a comida. — deu um beijo a mais em Sonny e se dirigiu para a casa, de repente se sentiu muito melhor. Então ele pegou algumas sobras da geladeira, Garron procurou um edredom velho e pensou em levar cooler de viagem para a cerveja. Soava realmente bom, mas assumiu que Sonny não tinha nenhum. Olhou a geladeira e deu de ombros, voltando com quatro cervejas. Pensou que duas para cada um não faria mal.

Carregando a caminhonete, chamou Sonny.

—Dê-me um momento, para apagar as luzes. Estamos economizando energia? — disse Sonny com malicia quando ia para a caminhonete.

—Ainda não, mas tenho muitas esperanças para o dia. — disse Garron com uma piscadela. Ajudou Sonny a entrar na caminhonete depois de lhe dar um beijo rápido. Deu a volta até seu assento, e o olhou — Pensei que poderíamos levar um par de varas de pescar.

Sonny se encolheu de ombros.

—Se você prefere pescar nu, mas podem apanhar-se por qualquer meio.

—Esquece a pesca. — riu Garron em silêncio enquanto saiu pelo caminho da granja.

—Chamou a sua mãe desde que partiu?

—Ela ligou para dizer o que tinha chegado em casa. Penso que não está ainda muito feliz contigo por havê-la mandado ir embora.

Sonny olhou o buraco na coxa de seu jeans.

—Ela é uma mãe. Realmente não esperava nada parecido, mas acredito que é o melhor.

Garron lhe acariciou e pegou a mão de Sonny.

—Está bem? — Notou que Sonny estava tranqüilo.

—Sim, estou bem,  uma dorzinha de cabeça é tudo. — olhou para Garron e sorriu abertamente — Isso não é o bastante mau para me impedir de ir a baía.

—Bem, somente me avise se isto começar a piorar e nós voltaremos para casa.

Garron queria um dia fora de casa com Sonny, mas não a custa do seu sofrimento. Saiu do caminho da granja e conduziu devagar até a área protegida do sol na baía. Estava contente de ver que havia algumas flores silvestres da temporada passada, ainda espalhadas aqui e ali no campo. Garron saiu da caminhonete e pegou no porta-malas, o edredom. Viu Sonny fazer rodar seus olhos e se encolheu.

—Ei, no fundo ainda sou um rapaz da cidade. Não faço muito piquenique, mas não quero estar cercado por grama alta e ervas daninhas. Eu gosto de ver chegar as cobras indesejáveis.

Deslizando-se para fora, Sonny riu.

—Está me dizendo que meu forte e enorme marido tem medo das cobras?

—Cale-se. — disse Garron quando começou a colocar o edredom sobre uma grande área de grama. Ele controlava o caminho até a água, e, se ele ia um ser acusado de algo, poderia ir e fazê-lo.

Depois de estender o edredom, Garron foi ao porta-malas para pegar a cesta e cerveja. Ele ficou feliz de ver Sonny tirar as botas e a camisa quando retornava.

—Olhar é bom. — ele o era também; Sonny tinha perdido massa muscular no hospital, mas o estava se recuperando, e que vista tinha o homem.

Desabotoado a cintura de suas calças, Sonny deitou sobre o edredom.

—Conseguirei um pouco de amor antes de comermos?

—Você já sabe. — Garron tirou sua roupa. Nu, avançou lentamente para o edredom e mordiscou o caminho subindo pelo abdômen marcado de Sonny.

—Humm. — gemeu Sonny e puxou o corpo nu de Garron mais perto. Garron sentiu o material áspero dos jeans de Sonny roçar contra o palpitar de seu pênis e esteve perto de correr-se.

Rompeu o beijo e olhou para baixo a Sonny.

—Você gostaria de sentir uma cavalgada, vaqueiro?

—OH sim. — disse Sonny enquanto tirava suas calças.

Garron alcançou a cesta de piquenique e Sonny elevou suas sobrancelhas.

Garron elevou o tubo de lubrificante.

—O que seria um piquenique sem isto?

Colocando-se entre as coxas de Sonny, Garron alisou seus dedos.

—Deus, é tão bom. — disse enquanto passava a mão pelo ânus apertado.

Embora ele tivesse gostado de amá-lo todas as noites, esta seria a primeira vez que fariam amor depois do acidente. Garron não tinha conseguido introduzir um dedo em Sonny, quando de repente ele se sentou e torceu o nariz.

—Ohh, você cheira isso?

Surpreso, Garron procurou durante uma fração de segundos antes que Sonny se virasse sobre o edredom. Garron olhou ao indefeso Sonny que olhava fixamente sem ver as copas da árvore.

—Sonny? — Garron se moveu para ajoelhar-se junto a cabeça de Sonny —Vaqueiro, pode me ouvir? — as pálpebras de Sonny começaram um mover-se, Garron soube que teve um desvanecimento.

O doutor o havia dito que isto podia acontecer, mas Sonny tinha estado tomando a medicação para evitá-lo. Pôs sua mão sobre Sonny apertando seu abdômen até que ele devagar começou a vir a si. Todo o processo provavelmente só durou alguns segundos, mas para Garron pareceu uma eternidade.

—O que aconteceu? — Resmungou Sonny.

—Teve um desvanecimento. Tomou sua medicação quando se levantou esta manhã? — Perguntou Garron quando começou a pôr o jeans.

—Não sei. — Sonny tentou sentar-se, mas ficou tonto e sustentou sua cabeça. Colocando as botas, Garron cobriu Sonny com edredom e o agarrou. Sonny começou um retorcer-se em seus braços. —O que está fazendo? Não quero que me leve.

—Muito tarde. Temos que ir para casa para você tomar seus medicamentos. Podemos tentar um piquenique amanhã se você quiser.

Garron levou Sonny até a caminhonete e logo retornou para o resto das coisas. Levando  a cesta, perguntou-se se deveria chamar o médico. Tinha lido os folhetos do hospital que os tinham dado quando retornaram a casa, e segundo estes, a não ser que um desvanecimento durasse mais de cinco minutos ou Sonny voltasse a ter outro, deveria estar bem. Quando chegou a caminhonete, ficou feliz de ver que Sonny ficou cansado e dormiu. Teria que procurar um modo de lembrar Sonny que devia tomar sua medicação quando ele não estava ali. Inclinando-se Garron beijou a bochecha do Sonny.

—Amo você.

 

O telefone despertou Sonny mais tarde. Ele o alcançou e o braço do Garron passou por cima dele e pegou o aparelho.

—Olá! — A voz do Garron estava rouca, devido a sua sesta.

Passando por cima, Sonny ficou sobre o peito de Garron enquanto falava com respostas curtas. Devia ser alguém do trabalho ou possivelmente alguém com quem não queria falar porque não havia indícios de amizade na profunda voz de Garron. Ah droga, talvez fosse Lionel. Sonny sentiu a tensão endurecer seus músculos. Sua cabeça ainda se sacudia, mas estava acostumando as contínuas dores de cabeça.

—É Lionel? — Sussurrou, abrindo os olhos.

Garron sacudiu sua cabeça e terminou abruptamente a chamada. Pôs telefone no lugar, e se voltou para trás na cama.

—Não era ele, mas tenho que ir a cidade uns minutos. — Garron colocou a ponta dos dedos ao redor dos mamilos de Sonny.

—Por quê? Quem estava ao telefone?

—É só negócios, vaqueiro. — disse Garron mordiscando o pescoço de Sonny.

—Que tipo de negócios? —Sonny não poderia menos que sentir suspeitas. Garron tinha estado sendo ultimamente muito reservado e desaparecendo, como esta manhã.

Suspirando, Garron deixou de beijá-lo e examinou seus olhos.

—Trata-se do Lionel, mas não quero falar disso.

—Que droga? Você não quer falar sobre ele? Está bem. Quero algumas respostas. Que diabos está acontecendo com Lionel? Ninguém me diz nada. Nem sequer sei como vai o caso.

Tomando uma respiração profunda, Sonny viu  Garron separando-se dele, passar suas musculosas coxas pelo bordo da cama e levantar-se. Começou a colocar o jeans, evitando totalmente as perguntas de Sonny.

—Bem, o que? Eu não sou de confiança para que me diga a verdade?

Viu como rosto de Garron se fixava nele com um olhar cansado. Ah, ele tinha batido no nervo. Isto é exatamente o que estava passando. Agora estava irritado. Apesar da cabeça latejante, Sonny se levantou e agarrou uma calça da gaveta, não tinha nem idéia de onde estavam os jeans que tinha usado o dia anterior. Ele tirou um par de meias limpas e uma camiseta branca com gola em v, e começou a vestir-se.

—Você não quer falar, bem. Pois vou com você.

—Não, não o fará. Tenho que fazer isto sozinho. Por favor, não me pergunte mais detalhe porque não lhe posso dar isso. Confia em mim. Por favor, só confia em mim.

Deus, ele queria confiar em Garron, o senhor sabia que o fazia, mas definitivamente passava algo e queria a verdade. Estreitando seus ombros, Sonny estreitou seus olhos no magnífico homem diante dele.

—Você não pegará minha caminhonete sem eu, e ponto final.

Garron esfregou os olhos e soltou um ruidoso suspiro antes de levantar o telefone. Sonny escutou com incredulidade como Garron perguntava a Jeb se podia pegar emprestado sua caminhonete. O que foi isto? Sonny se virou e saiu do quarto diretamente ao celeiro, agarrando as chaves de sua caminhonete no caminho. Filho da puta, Garron não só foi cuidar de suas coisas, como também estava usando seu irmão a fim de evitar falar com ele. Maldição!

Sonny pegou uma escova de cabelo do banheiro e saiu para o pasto. Assobiando, ficou feliz ao ver Relâmpago vir correndo para ele. Maldição, o cavalo realmente gostava de ser escovado.

—Olá menino. — cantarolou Sony o negro e branco cavalo castrado. —Como está hoje meu bebê?

Quando Relâmpago balançou sua cabeça em saudação golpeando a mandíbula de Sonny, enviou punhais de dor através de sua cabeça. Deixando cair a escova, Sonny se sentou na grama e sustentou sua cabeça. Nunca em sua vida pensou que teria que viver com esse tipo de dor diariamente. Somente esperava como o inferno que melhorasse porque a maioria dos dias sentia-se como se preferisse estar morto antes de suportar outro dia.

Escutou passos correndo segundos antes que os braços de Garron o envolvessem.

—Está bem, o que aconteceu?

Sonny afastou os braços de Garron. A última coisa que queria era ser tocado. Cada terminação nervosa em seu corpo estava em estado de alerta.

—Não me toque. — sussurrou.

Ele ouviu o som de uma caminhonete no pátio e soube que era Jeb.

—Vai, não preciso de você.

Garron soltou e ficou de pé.

—Estou indo, mas não vou deixá-lo sozinho enquanto estiver assim.

Ele foi e Sonny pôde ouvi-lo falar com Jeb.

—Vou estar de volta em uma hora mais ou menos. — gritou Garron a Sonny enquanto ouvia virar a caminhonete para o caminho.

Estava começando a dor em sua cabeça novamente, finalmente, olhou para onde Jeb estava sentado nas escadas do alpendre.

Pobre Jeb, estando obrigado a cuidar do um homem maluco. Lutando com suas pernas, colocou as chaves da caminhonete em seu bolso e caminhou para ele.

—Vou para cidade.

Jeb, o homem doce que era, olhou-o como os olhos muito abertos.

—Uh, não acredito que será uma boa idéia. Garron disse que estava tendo um mau dia.

—Sim, Bom, mas isto não vai melhorar até que descubra que diabos está acontecendo. Desde que seu irmão não fala comigo, terei que descobrir por minha conta. — olhou a Jeb, via manchas dançando ao redor de seu campo de visão. —A menos que, claro, você gostaria de dizer-me onde esta manhã desapareceu Garron.

—Não sei. — disse Jeb sacudindo a cabeça.

O vento alvoroçava os cachos loiros de Jeb e Sonny amaldiçoou sem o acreditar.

—Então, ele nos mantém, as escuras. — sacudiu as chaves —Conduz você ou o faço eu?

Olhando ao chão, Jeb pareceu estar considerando suas opções.

Chutou a terra um par de vezes antes de agarrar as chaves da mão de Sonny.

—Você vai me por em problemas.

Garron estacionou diante de a Zona, e descansou sua cabeça sobre o volante. Condenando Rawley por colocá-lo nesta confusão. Não podia seguir fazendo isto. Ocultar coisas de seu marido só o fazia sentir-se mau, mesmo que Rawley pensasse que realmente era o melhor.

Ia ter que falar com Rawley sobre as suspeitas de Sonny. Depois da forma em que o tinha encontrado no pasto, Garron sabia que os segredos estavam fazendo mais mal que bem. Saindo, Garron caminhou para o Bar. Abrindo a porta, olhou através da névoa de fumaça de cigarro e viu Nate, sentado em um canto atrás. Nate sorriu, e disse: olá. Isto com leve sorriso. Nate estava entre os poucos homens que poderiam ser duro no trabalho, ao mesmo tempo muito feminino.

Detendo-se no bar para conseguir uma cerveja, Garron caminhou até a mesa. O cabelo castanho de Nate ainda estava  penteado com o estilo de recém saído da cama e que ele tinha admirado a última vez que o tinha visto. Pegando uma cadeira, Garron sentou ao lado do homem menor e acariciou suas costas.

—Como diabos tem estado?

Nate agitou sua mão ligeiramente no ar como se tirasse a fumaça.

—Estupendo, embora Chicago é aborrecido sem você. — Nate mordeu o lábio inferior.

OH sim, Nate ia conduzir a Lionel sem pestanejar para nada ao seu redor. Garron sorriu a seu velho amigo.

—Estou seguro de que tem montão de açúcar para mantê-lo feliz.

Nate era famoso em Chicago por atrair os homens ricos da cidade. Embora sendo tão frívolo como  era, nunca ficava muito no mesmo lugar antes de ir uma a caça do seguinte solteiro, e as vezes não tão solteiro.

—Aborrecido, Chicago está cheio de buracos fechados — Nate olhou ao seu redor no bar — Embora os granjeiros musculosos estejam tendo um efeito direto sobre minhas calças.

Garron riu como não o tinha feito em anos. Nate sempre podia aliviar qualquer situação com seu próprio encanto. Pensar nas idéias do meticuloso Nate sobre como conseguir qualquer homem de a Zona fez que lhe caíssem lágrimas pela cara. Sabia que era de loucura, mas quanto mais ria mais difícil era parar. Maldição a tensão realmente devia estar podendo com ele. A próxima coisa que soube, era a mão do Jeb em movimento na frente de seu rosto.

—Me de as malditas chaves.

Surpreso, Garron olhou a seu irmão.

—Que diabos está fazendo aqui? Pensava que te havia dito que vigiasse a Sonny.

—Droga, não vou dizer outra vez, me de as minhas chaves.

Garron passou as chaves a Jeb, mas agarrou seu braço.

—Que diabos passa com você?

Sacudindo o  braço de Garron, Jeb apontou a Nate.

—Não acredito que possa ocultar mais seu pequeno pedaço de doce longe de Sonny. Ele viu o que fez e se foi. — Jeb começou um dar volta e Garron o agarrou outra vez.

—Espera, maldição, isto não é o que você pensa. — isso foi todo que disse antes que o punho de Jeb lhe golpeasse no rosto. Ele colocou a cabeça no lugar e tocou o nariz. Quando tirou o lenço do bolso, Jeb estava já na porta.

—Droga. — disse olhando a Nate —Está com um carro de aluguel ou algo?

Abrindo seus olhos, Nate assentiu lentamente.

—Está no estacionamento.

—Vamos. — Garron começou a caminhar para a porta,

Apertando o lenço contra seu nariz. Lá fora, viu a caminhonete de Jeb sair a toda velocidade rua abaixo.Virando-se para Nate, Garron levantou sua mão.

—Vou te levar ao seu apartamento e logo chamarei Rawley. Ele pode te informar enquanto tento resolver a discussão doméstica.

Nate sacudiu A cabeça.

—Homem, me desculpe se eu causei algum problema em casa.

—Não é sua culpa. — disse Garron quando saiu do estacionamento. —O irmão de Sonny, Rawley pensou que seria melhor se o mantínhamos afastado, e agora isto explodiu. Vou matar Rawley se Sonny tiver um acidente no caminho de casa.

Garron sacudiu sua cabeça, ainda incapaz de acreditar o que acabava de ocorrer. Sabia exatamente a maneira em que veria Sonny e o mau é que não podia lhe culpar. Tinha estado indo a reuniões secretas durante semanas as costas do Sonny, droga, deveria saber o que era melhor para seu marido. Indo até o apartamento, Garron assinalou para cima.

—Esse é o apartamento, ali em cima. — colocou a mão no bolso de suas calças e pegou a chave.

—Aqui está a chave. Terá um companheiro de habitação dentro de alguns dias, mas ninguém sabe exatamente quando. Ryker e Ranger, os irmãos gêmeos de Sonny possuem o lugar. Disseram que farão uma entrada separada na parte de trás. Vou chamar Rawley para que venha.

Nate assentiu e saiu do carro.

—Abrirei porta-malas e pegarei minhas malas.

—Obrigado por vir, Nate. Sinto que tudo esteja dando errado agora.

—Não se desculpe, vai fazer o melhor. — Nate fechou a porta e tirou duas grandes malas do porta-malas.

Garron sacudiu a cabeça, você pode levar o homem de Chicago, mas não pode tirar do homem o amor pela moda. Nate saudou e Garron foi para casa. Droga, pelo menos esperava que ainda fosse sua casa. Tirou seu celular.

— Ouça filho de puta — disse quando Rawley respondeu — Sonny me viu na reunião com Nate na Zona. Ele está maluco e tenho que acalmá-lo, assim necessito que ponha Nate por dentro das coisas. Deixei-o no apartamento. Tudo isto é por sua maldita culpa. Não pode manter as pessoas que se preocupa na escuridão, tanto Sonny como Jeb saíram em suas caminhonetes, como almas que leva o diabo. Se acontecer algo a qualquer um deles, será sua culpa.

Garron não esperou sua resposta. Tinha terminado com o assessoramento de Rawley sobre Sonny. Faria coisas a sua maneira agora, gostando ou não Rawley, se não era muito tarde.

 

A mandíbula do Garron se abriu pela cena que tinha diante dele. Suas roupas estavam espalhadas pela grama do pátio, seu saco de camping foi colocado sobre o topo de uma pilha de livros.

—Droga. — exclamou.

Só esperava que a casa não estivesse fechada. Foi recolhendo punhados de roupa enquanto andava, Garron caminhou até as escadas e pôs a pilha em cima de um dos degraus. Respirando fundo, tentou abrir a porta e ficou feliz quando esta cedeu. Olhou ao seu redor, mas não encontrou nenhum sinal de Sonny. Subindo pelos degraus que rangiam, Garron fez o caminho até seu dormitório que tinham começado a utilizar. Abrindo a porta, cautelosamente colocou a cabeça.

—Vaqueiro? — Passou a cabeça junto com o resto do corpo, entrando no quarto. Vazio.

Onde diabos podia estar? Viu que a porta do banheiro estava aberta e parecia vazio. Dando a volta para partir, ouviu um pequeno gemido vindo do interior do vestiário. A bílis subiu na garganta de Garron quando abriu a porta e descobriu Sonny choramingando. Sonny estava em posição fetal com os braços ao redor da cabeça, e todos os cabides vazios ao seu redor.

—Fecha a porta! — Gritou Sonny.

Garron sabia que quando Sonny tinha uma de suas dores de cabeça, a luz fazia mais mal aos seus olhos. Rapidamente deu um passo dentro e fechou a porta. Ajoelhando-se no chão, Garron apalpou tudo ao redor de Sonny. Ali, sentiu o braço, desenhou um mapa no corpo de Sonny com suas mãos, Garron ficou ao seu lado.

—Sinto muito, vaqueiro. Sei que não quer ouvir isto agora mesmo, mas é provavelmente o melhor momento para lhe explicar isso enquanto não possa escapar. — sentindo a camisa encharcada de Sonny, decidiu despi-lo. —Vou ajudar com sua roupa primeiro. Você precisa de um ventilador ou um pano frio?

—Não. — Sonny resmungou.

Tirando a roupa de Sonny, Garron tomou cuidado de não mover sua cabeça mais que o absolutamente necessário. O fato de que Sonny lhe deixasse fazê-lo era amostra do mal que se encontrava. Uma vez nu Garron o colocou sobre si mesmo entre suas pernas, apoiando-o em seu peito. Começou a massagear o pescoço e os ombros de Sonny para de começar a trabalhar em sua cabeça.

O crescimento do novo cabelo de só uma polegada de comprimento fazia cócegas em sua mão quando estendeu os dedos, tendo cuidado na sensível cicatriz. Esfregando de forma circular continua, Garron sussurrava palavras de amor que tentavam aliviar a dor de seu vaqueiro. Quando sentiu o corpo de Sonny começar a relaxar, começou a se explicar.

—Me escute, amor. Eu nunca fiz, nem nunca vou te trair. O homem com o que me viu hoje é Nate Gills. É uma espécie de detetive particular. Seus irmãos e eu o trouxemos para que ajude a vigiar a Lionel. Trabalhei com ele em Chicago e me acredite, não é meu tipo.

—O que acontece com Lionel? — Sonny sussurrou tão baixo que Garron quase não ouviu.

—Rawley está contra uma parede de tijolo em suas investigações. Parece que o reverendo não é a única pessoa influenciada pelo Charles Hibbs e seu dinheiro. Mas Rawley o esteve vigiando cada noite. Me pediu que nos reuníssemos na casa dos gêmeos esta manhã para nos pedir ajuda. Disse-lhe que poderia lhe ajudar em algo, mas estar aqui com você é mais importante para mim. Final, decidimos contratar Nate e outro amigo que vai vir para a cidade para trabalhar disfarçado no bar. Rawley arrumou o trabalho para quando ele chegue.

Sonny elevou as mãos detendo Garron.

—Por que não me disse? Faz alguma idéia do que me fez ao ver você sentado ali com esse tipo? Sei que não sou o mesmo homem pelo qual se apaixonou, e há possibilidades de que não o volte a ser novamente. Sempre terei estas dores de cabeça, e poderia ter perdas de memória durante algum tempo. O que aconteceria se cansasse de me cuidar?

Tocando de novo em Sonny, Garron se estendeu ao seu lado cobrindo os lábios de Sonny como os seus. Garron tratou de pôr todo o amor que sentia naquele suave beijo, sabendo que Sonny não conseguia lidar com algo mais chocante.

—Amo-te, não acredita ainda? — Moveu a mão no peito de Sonny para agarrar seu suave pênis —É agradável, mas não é a razão pela que estou aqui — correu sua mão pondo-a para cobrir o coração de Sonny —É isto.

—Sabe que terá que falar com Jeb. Acredito que se sentiu muito ferido como eu. E também quero ajudar com Lionel.

Suspirando, Garron descansou sua bochecha sobre o peito de Sonny.

—Rawley não quer envolver Jeb. Ele não diz, mas teme que algo poderia acontecer por sua culpa.—No que diz respeito a ajudar com Lionel, é estritamente proibido. Eu nem vou continuar a ajudar, porque acredito que poderia matá-lo se consigo agarrá-lo.

Garron riu em silêncio e beliscou o mamilo de Sonny.

—Além disso, como o homófobico que é Lionel, vai um estar como louco quando Nate o perseguir pela cidade.

—Esse Nate é definitivamente alegre então? Isso eu pensei quando o vi, mas ele é magnífico e quando disse que não era seu tipo, pensei que era porque ele andava com mulheres.

—Não vaqueiro. Nate não é meu tipo porque mesmo que eu gostasse de homens pequenos e magros, eu gosto que sejam homens de verdade. Nate é um pouco extravagante. Por isso, acredito que muito disso é encenação, mas ele nunca o admitirá.

—Me faria um favor?

—O que quer vaqueiro? — Garron se apoiou em cima de seu cotovelo.

—Encontra meus remédios e consegue um travesseiro e uma manta para poder tirar outra sesta. Estas dores de cabeça debilitam toda minha energia.

Beijando sua testa, Garron se levantou.

—Volto em seguida.

Garron comprou duas coisas na cidade no dia seguinte, um relógio com alarme, que despertaria no momento de que Sonny tivesse que tomar sua medicação, e um pequeno frasco de pílulas para levar ao redor de seu pescoço com o remédio para a dor de cabeça. Sonny tinha explicado que a dor de cabeça do dia anterior havia vindo muito rápido e que não tinha tido forças para ir e encontrar suas pílulas. Desta forma, Sonny só teria que alcançar seu peito para encontrar seu alívio. Garron se sentia bastante orgulhoso de si mesmo, como quando o tinham apresentado a Sonny.

Sonny sentou na cadeia redou seus olhos e logo pôs os olhos muito abertos e cobriu a boca.

—OH, Meu Deus, não posso acreditar, eu esqueci..... Não lhe dei seu presente de aniversário ou seu presente de bodas.

—Sim o fez, me deu dois maravilhosos presentes. O primeiro quando te converteu em meu marido, e o segundo quando sobreviveu aos disparos.

Sonny o deu um suave soco no braço.

—Tolo, quer fazer eu me envergonhar. — Garron lhe deu um beijo e sustentou seu dedo. —Espera aqui.

Sonny desapareceu na casa e Garron se sentou em um dos degraus do alpendre. Uns minutos mais tarde, Sonny voltou pela porta com uma pasta na mão. Tirou uma folha de papel e a deu a Garron.

—Isto é seu presente de aniversário. Uma pessoa em Lincoln o preparou para mim e ia fazer depois de saber se você gostava.

Garron olhou o que parecia ser o desenho de uma tatuagem. O desenho era dois G que se entrelaçavam com as cabeças de um touro Agnus uma sobre a outra. Quanto mais olhava o desenho mais gostava do desenho, mas não o entendia o bastante.

—É bonito. Quando irá fazer?

Sonny fez rodar seus olhos e assinalou para as letras na página.

—Olhe tem dois G, Good e Greeley, e pensei em fazer isso na parte superior das costas, entre meus ombros.

Garron se sentia completamente estúpido de não haver entendido o significado de Sonny.

—Acredito que você parecerá muito sensual com uma tatuagem, mas acredito que precisa acabar primeiro com suas dores de cabeça. Essas dores são como o inferno. A última coisa que precisamos é que tenha outra convulsão ou enxaqueca.

—Sim, tem razão provavelmente. — Sonny abriu a pasta e tirou duas folhas de papel —Aqui está seu presente de bodas — disse Sonny entregando as folhas com orgulho.

Garron pegou os documentos e olhou o primeiro. Era a escritura do rancho, que Sonny tinha mudado para adicionar o nome de Garron junto ao seu lado, como proprietário. O segundo era um desenho do rancho com novos contratos assinados com o logotipo G duplo.

Colocando Sonny de seu colo, Garron o beijou.

—Me encanta o que fez, mas esta terra é de sua família. Não pode me dar a metade dela.

—Sim posso, e o fiz. Já tinha falado com meus irmãos. Além disso, é muito tarde agora, já fiz, e o novo sinal deverá estar aqui dentro do um mês mais ou menos.

Olhando ao seu redor Garron se encheu de uma sensação de paz. Tomou uma inspiração profunda e inalou o pó de sua verdadeira primeira casa, desde que ele tinha deixado sua mãe quando tinha dezessete anos.

Sonny se retorceu ao redor de seu colo e o pênis de Garron começou a inchar.

—Se você não acha que pode fazer algo sobre os estragos que estas causando em meu jeans, eu pararia.

Sonny se retorceu um pouco mais e sorriu abertamente.

—Eu me sinto bem. — ele envolveu seus braços ao redor do pescoço de Garron. —Leve-me para a cama, amor.

—Isso é o que precisava ouvir — Garron ficou de pé com Sonny ainda em seus braços.

—Você não está esperando a visita de alguém verdade? Porque uma vez que te consiga ter na cama, é onde nós vamos ficar o resto do dia.

Deus abençoe o domingo, pensou Garron. Ele estava tão encantado que a primeira coisa que faria amanhã era falar com Jeb. Como Sonny havia falado que Jeb estava furioso com Rawley. Senhor, ele não queria estar no lugar dele. Jeb era uma força a ser em considerada quando se irritava.

—Não teve notícias de ninguém. — disse Sonny muito baixo. Garron levava-o pela casa e subia as escadas, olhando nos olhos.

—O que vai mal? Posso dizer por sua voz que algo o preocupa.

Ele passou pela porta aberta e pôs Sonny na lateral da cama. Ajoelhou-se em suas pernas e o olhou nos olhos esperando a resposta.

—Acredito que assusto as pessoas. Inclusive meus próprios irmãos não vieram muito.

Sonny tirou suas botas e atirou sua camiseta sobre sua cabeça.

—Bom — disse Garron esfregando-a mandíbula —acredito que Rawley não vem muito porque se  sente culpado. Quando olha você é só um lembrete de que ainda não encontrou uma maneira de fazer que Lionel pague pelo que fez. A respeito de Ryker e Ranger. Quem diabos os conhecem? Não é que viessem muito antes que levasse o tiro. Acredito que vivem em seu pequeno próprio mundo.

Sonny riu.

—Sim, há razão sobre isso, eles sempre  tiveram. — Sonny tirou a camiseta de Garron por cima da cabeça e dirigiu suas mãos para o peito de Garron —Vou ter que falar com Rawley, mas agora, quero você nu e nesta cama comigo.

Soltando-se, Garron rapidamente tirou sua roupa e se meteu entre os lençóis com seu homem. Pondo Sonny sobre seus braços, Garron o beijou lento e profundamente, lutando com a língua de Sonny.

—Eu te amo.

—Eu te quero de volta — suspirou Sonny contra seus lábios quando começou a roçar-se e esfregar-se. Os dois se moviam em uma dança lenta de paixão, riscando um mapa do corpo um do outro com suas mãos e lábios. Movendo-se abaixo do corpo de Sonny, Garron lambeu o anel ao redor do umbigo antes de colocar sua língua dentro.

Sonny riu bobamente e esmagou sua cabeça.

—Sabe que tenho cócegas aí.

—Sim. — disse Garron, fazendo outra vez antes de mover-se para baixo. Lambeu percorrendo ao redor dos pesados testículos de Sonny, sentindo a sensação suave dos cabelos em sua língua, antes de chupá-los; Sonny gemeu e Garron sorriu. Ele havia esquecido esses sons. Liberando seus testículos, Garron viajou até em cima na ereção de Sonny, estava rígido e venoso e o beijou. Alcançando a coroa chorosa, Garron passou sua língua e foi recompensado com um gemido e uma boa quantidade de pré-sêmen.

—Muito bom. — disse Garron.

Sonny aproveitou que havia levantado a cabeça para procurar o tubo de lubrificante. Procurando, Garron riu e pegou o lubrificante.

—Que procura vaqueiro?

Estendendo suas pernas ainda mais, Sonny pediu.

—Por favor.

Suavizando seus dedos, Garron explorou com cuidado o orifício de Sonny. Depois de preparar o exterior, Garron pressionou um dedo em seu apertado orifício e Sonny se abriu diretamente para ele. Podia ter passado o tempo, mas o corpo de Sonny o recordava, tomava com gula seu dedo e pedia pelo segundo. Atentamente, Garron pressionou outro dedo em seu amante.

—Sim, OH droga, sim. — gritou Sonny, o líquido pré-sêmen gotejava no comprimento de seu pênis.

Decidindo que estavam preparados, Garron se sentou em cima e aplicou uma boa quantidade de lubrificante no pênis. Estirou-se sobre Sonny e usou uma mão para dirigir-se a sua entrada. Dando em Sonny um beijo apaixonado na boca, empurrou lentamente no ânus. Sentiu o apertão dos músculos de Sonny ao redor de seu pênis e se perguntou como tinha podido estar tanto tempo sem isto.

Pensou no que o havia dito Sonny sobre o amor de seu coração e não somente de seu pênis, mas este não era um bom momento. Sonny começou a retorcer-se debaixo dele, avisando a Garron que estava preparado. Estabelecendo um ritmo lento, Garron lhe fez amor. Ainda com medo por seu pequeno homem.

—Você é só meu. — disse entre beijos.

—Eu sou seu. — suspirou Sonny, recostando-se para trás.

Colocando um ritmo lento, Garron envolveu sua mão em torno do pênis de Sonny. Os testículos de Garron o golpeavam freneticamente como uma bofetada constante contra o traseiro de Sonny.

—Goze para mim, vaqueiro. — olhou o rosto de Sonny, enquanto ordenhava-lhe seu pênis para a culminação, Sonny gritou seu nome. O olhar de total alegria e amor no rosto de Sonny fez que Garron fosse a bordo para unir-se em  duplo êxtase.

Ficando ao lado de Sonny, Garron sentiu que seus olhos começavam a queimar. A idéia de que em uma fração de segundos poderia ter perdido a este maravilhoso homem, fez que Garron desse  graças ao céu uma vez mais. Nunca ia cansar deste amor, prometeu.

 

“Você chamou a secretária eletrônica de Rawley Good, deixe sua mensagem e entrarei em contato assim que puder”.

Bip.

 

—Rawley, filho de puta, eu tenho tentado encontrar você no telefone por três dias. Quem é você para decidir o que é melhor para mim? Caso você não tenha notado, Sonny é agora uma parte da minha família. Sem mencionar o fato de que meu irmão estava na parte dianteira da moto quando Lionel atirou. Tenho tanto direito de ajudá-lo a capturar esse desgraçado como qualquer outra pessoa. Sabe o que penso, Eu...... — Jeb jurou quando lhe cortaram.

Maldito, pendurou o telefone de repente. Rawley o tinha amarrado com tantos nós que deixaria perplexo um marinheiro. Jeb voltava a reviver seu beijo, cada minuto acordado ou dormido.

Agitando sua cabeça, Jeb saiu fora. Sentando-se no balanço da varanda, balançou-se para frente e para trás. Quanto mais tempo olhava o pôr-do-sol, mais idéias vinham a sua cabeça. Necessitava demonstrar a Rawley que podia cuidar de si mesmo. Talvez exigiria uma briga em um bar... Levantando-se, Jeb decidiu fazer uma visita a Zona.

Rawley escutava a mensagem de Jeb com a boca aberta. Ele nem sequer sabia que Jeb poderia chegar a ser irritante. Ele tentou ligar, mas a secretária eletrônica do rancho atendeu.

—Sou eu Rawley, me ligue.

Ele desligou e foi até a varanda da frente da pequena cabana de Meg. Batendo a porta, pensou em Jeb. Droga, por que disse para que o chamasse? A última coisa que necessitava agora mesmo era falar com ele. Fazia um maldito bom trabalho evitando suas chamadas a dias.

Meg abriu a porta e sorriu.

—Oi, xerife. — Voltando-se para trás deixou entrar Rawley.

Ele passou rapidamente e se deixou cair no sofá —Um dia tempestuoso? — Perguntou Meg, sentando-se na cadeira ao lado do sofá.

—Tempestuoso não começa a descrever meu dia. Passei toda a tarde com meu traseiro no escritório do Prefeito Channing considerando o caso de Lionel. Parece que Lionel foi com seu papai, dizer que o perseguiam por toda a cidade. Channing disse que parasse isso ou seria demitido.

—Pode fazer isso?

—Sim, ele é o prefeito e meu trabalho é uma posição designada, não fui eleito. Ele é quase dono de meu traseiro, bem, tecnicamente a cidade é, mas sabemos que o conselho faz o que ele quer. Enquanto isso estou perdido. — Rawley passou suas mãos através de seu espessos cabelos negros.

Levantando-se, Meg caminho ao sofá e se sentou. Ela envolveu seus braços ao redor de Rawley abraçando-o estreitamente.

—Tem sido meu melhor amigo desde que me mudei para cá, e sei quanto significa este trabalho para você, mas em algum momento, vai ter que adotar uma postura. O que este amigo de Garron está fazendo não é ilegal sempre e quando não o persiga realmente, verdade?

—Certo. A ordem de afastamento de Nate é de cento e cinqüenta metros. Ele está incomodando-o até que se canse, que é exatamente o que eu queria.

—Tive que dizer a Channing que Nate não está fazendo nada ilegal, portanto, o departamento do xerife não tem nada a dizer sobre o que faz.

Meg acariciou delicadamente o lado do rosto de Rawley.

Rawley examinou os olhos de Meg durante muito tempo antes de inclinar-se para frente e beijá-la na testa.

—Por que não posso estar apaixonado por você?

—Porque tenho as partes incorretas. — disse com um sorriso.

Assentindo a cabeça, Rawley suspirou.

—Jeb deixou outra mensagem em meu telefone. Está ainda furioso.

Suspirando, Meg sustentou as mãos de Rawley.

—Estive te ajudando nos últimos dois anos a ocultar o que realmente você é, mas isto era antes que encontrasse a alguém por quem sentisse atração. Realmente seria muito mau?

Fazendo girar seus olhos, Rawley assentiu.

—Isto me custaria meu trabalho.

—Realmente não acredito que isso seja legal, além disso, tampouco me parece bom, e estas a ponto de perdê-lo de todos os modos. — disse ela olhando-o.

OH, ele conhecia esse olhar. Meg estava o preparando para a palestra sobre a vida e o amor, como se ela estivesse em um pódio de conferência. Ela tinha sido uma vítima de violência domestica quando chegou a cidade. Eles tinham feito amizade quando o informou que seu ex-marido estava fazendo telefonemas ameaçadores. E quando homens da cidade começaram a bisbilhotar ao redor dela, Meg foi procurar o seu único amigo, Rawley. Eles chegaram a um acordo, mantendo a ambos uma desculpa dos entremetidos e curiosos, e até agora tinha funcionado muito bem. Agora bem, Rawley podia jurar que algo rondava sua cabeça.

—Somente diga-o, Meggie.

—Acredito que é tempo de que ambos cresçamos e sigamos a diante. Você sempre será meu melhor amigo já sabe, mas Mac me fez a pergunta, e bem eu gostaria de ir.

O fato de que ela pensava ter uma relação com outra pessoa outra vez trouxe um sorriso ao rosto de Rawley.

—Mac perguntou finalmente a você? E eu? A cidade inteira pensa que saímos juntos.

Meg riu e acariciou o peito de Rawley.

—Acho que nós não enganamos a tantas pessoas como pensávamos. — ela voltou a olhá-lo —Já chegou a hora para você também. Eu sei que se preocupa com Jeb Greeley, sei que o faz. Se o prefeito te despede por vê-los, dá as costas, e vá viver do dinheiro da indenização. Sempre pode conseguir um trabalho em Lincoln.

—Mas eu sempre quis ser xerife de Summerville, não só um policial de Lincoln. — Rawley sabia que soava emburrado e ele estava. Só que não era justo.

—Este trabalho foi sempre importante para você porque você realmente não tinha nada mais em sua vida. Sei que isto soa muito duro, mas acredito que é a verdade. — Meg inclinou seu queixo —Agarra a oportunidade de ter algo mais. Agarra-o. Pode ter uma relação e seguir sendo um policial. Sim, já não pode ser o grande xerife da cidade, mas tenho o pressentimento de que isso não importara tanto como acreditas.

—O que fará Lionel e seus amigos? O que acontecerá se decidirem ir atrás Jeb? Ver o Sonny ferido na minha frente era mais do que podia suportar, mas o que faria se tratasse de Jeb?

—Isto é algo que terá que falar com ele, não comigo. Tudo o que posso dizer é que eu daria minha vida pela pessoa adequada. Sendo que Jeb sente da mesma maneira.

Meg se levantou e foi para o telefone. Ela o alcançou de pé diante dele.

—Liga para ele, ao menos fala com ele.

Agarrando telefone, Rawley viu como Meggie partia para a cozinha. Tirando um papel da carteira, Rawley chamou ao celular de Jeb.

—Sim?

—Oi! Sou eu. Tem um minuto para falar? — Rawley começou a caminhar ao redor da pequena sala de estar.

—Não. — Jeb pronunciou mal. —Eu estou olhando a alguém para chutar o traseiro.

Rawley ficou parado, estreitando seus olhos.

—Onde diabos estás?

Jeb soltou um pequeno sorriso.

—Estou na Zona, homem.

—Não te mova até que eu chegue ai. — Rawley meteu sua cabeça na cozinha e gritou:

—Adeus! — Disse a Meggie gesticulando — Depois te ligarei.

Ela assentiu e sorriu.

Saindo para a noite, subiu em sua caminhonete, ele ainda tinha o telefone em seu ouvido. E podia escutar Jeb resmungar incoerentemente:

—...o homem, me fez mal realmente. Vou te ensinar que sei como lutar. Só que agora tenho que encontrar uma....

—Me escute. — disse Rawley com uma voz dura. —Você não necessita se colocar em uma briga para me demonstrar nada.Vou estar ai em dois minutos, fique aí.

—Eu realmente gosto de você, sabia? Achei que você era para mim. — Jeb seguia mal conseguindo falar. Rawley ouviu o som seco e metálico do telefone e depois ouviu apenas um ruído de fundo.

—Jeb? Está aí? Estou no estacionamento pode caminhar sozinho até aqui?

Sem receber resposta, Rawley não tinha mais opção que entrar no bar. Olhando ao redor, encontrou Jeb cansado debaixo de uma mesa, e uns clientes rindo dele, um sentimento de raiva ardeu em seu sangue. Rawley atravessou o bar e ao chegar a mesa do lado, ele olhou.

—Estão rindo dele? Que classe de pessoas são?

Sacudindo a cabeça, Rawley se agachou e alcançou o corpo de Jeb, encolhido debaixo da mesa.

—Vamos, vou te levar para casa. — A forma que levava Jeb era mais como um bombeiro que a um amante. Rawley chegou a caminhonete e a solução foi deixá-lo no assento do passageiro, fechando o cinto de segurança, e esperava como o inferno que Jeb não vomitasse.

Rawley observava ao homem dormindo. Maldição, ainda mais bêbado que um gambá, Jeb ainda era a coisa mais quente sobre duas pernas. Seus dedos picaram para controlar e não passar a mão sobre a barba negra que escureciam as maçãs do rosto de Jeb. Pensou que nunca tinha visto um loiro natural com barba negra. Incapaz de controlar-se Rawley percorreu com seus nódulos a cinzelada bochecha de Jeb.

Jeb gemeu e apoiou seu rosto contra o toque de Rawley e sorriu em seu sono. O que vai fazer? Ele pesava suas opções de todos os ângulos. Sentado diante da casa de Jeb, finalmente tomou uma decisão. Desta vez, quando levou Jeb, levou-o como um amante e não como um saco de batatas. Ficou um pouco surpreso quando encontrou a casa aberta e jurou que falaria com Jeb sobre isso pela manhã. Rawley levou o pequeno e magro corpo do Jeb até o dormitório principal. Deixando-o sobre a cama, Rawley lhe tirou as botas e a camisa. Seu pênis se endureceu imediatamente a vista do doce corpo de Jeb. Inclinado sobre ele, Rawley beijou o canto dos lábios e suspirou na boca de Jeb quando este lhe devolveu o beijo.

Baixando seu corpo, Rawley beijou mais profundamente Jeb e começou a esfregar-se contra sua ereção. Este estendeu suas pernas e os com olhos abertos olhou fixamente a Rawley que estava acima dele, e beijando-o disse contra os lábios do Rawley:

—Foda-me.

Esta palavra o tirou da neblina de luxúria que consumia Rawley. Deixou de mover-se e Jeb lhe beijou de novo, antes de Rawley sacudir a cabeça.

—Não quero foder-te. Quero fazer o amor com você, mas antes de fazermos há algumas coisas que tenho que ter em conta e falar a você primeiro.

—O que?

—Uma vez que faça amor com você, não vou ser capaz de seguir mentindo a cidade ou a mim mesmo. Certamente serei despedido e tenho que ter com cuidado com Lionel antes que isso aconteça. — beijou o longo caminho do pescoço até a orelha de Jeb. —Diga que vai me esperar?

Jeb o olhou durante vários segundos antes de balançar a cabeça.

—Fica comigo esta noite? — Perguntou rouco. —Somente para me abraçar.

Rawley envolveu seus braços ao redor de Jeb e enterrou sua cara em seus cachos loiros.

—Posso fazer isso. — tirando-a roupa incluindo a roupa intima,

Pondo ambos sobre os lençóis. Jeb descansou sua cabeça sobre o peito de Rawley e se sentiu bem.

—Me prometa que nada de brigas.

Jeb bocejou e se agarrou mais forte.

—Eu não sairei procurando briga, isto é o máximo que te prometo.

—É suficiente.

Rawley sentia a respiração de Jeb e em questão de minutos roncava brandamente. Rawley não podia acreditar o bem que se sentia com Jeb dormindo em seus braços. Seu pênis estava duro como uma rocha, mas sabia que Jeb valeria a espera. Fazendo rodar seus olhos, Rawley pensou em Meggie e o certo de suas palavras. Agora teria outra razão para fechar esta investigação.

 

Virando o frango, Sonny olhou a Garron.

—Como o está fazendo seu amigo com Lionel?

Os ombros do Garron ficaram rígidos momentaneamente, como sempre que ouvia o nome do Lionel.

—Ele está tocando a bola. Segundo Nate, tortura é seu nome do meio. — Sonny olhou como um sorriso zombador ao pensar em Lionel seguido por um homem abertamente gay, o mais engraçado é que é tão bom que fez amigos entre os cidadões. É uma das razões pelas que Nate é muito bom em seu trabalho.

Garron se voltou para esmagar as batatas e Sonny sentiu que o monstro de olhos verdes começava a subir pela coluna.

—Gostam mais que eu? —Perguntou Sonny, cobrindo o frango frito.

Garron apagou o fogo e agarrou Sonny entre seus grandes braços. Sonny localizou a tatuagem no pescoço de Garron com a ponta dos dedos.

—Eu sei, o que quer dizer. Estou sendo estúpido.

—Você não é estúpido, mas as vezes você é um pouco paranóico. Você e eu sabemos que a maioria das pessoas desta cidade te adora. Por que acha que Nate foi tão bem aceito? As pessoas nesta cidade já haviam aceitado a homossexuais. Acreditem-me, eles não teriam ampliado suas mentes se não fosse por você e seus irmãos.

Garron se dobrou e o beijou. Sonny passou seus dedos através do cabelo comprido de Garron e balançou a cabeça.

—É bom ter algo para tirar a atenção de mim às vezes. Não que eu goste de Nate, inferno, eu não o conheço, mas cada vez que o vejo, lembro de vocês dois lá na Zona. — Sonny sentiu os ombros de Garron tensos outra vez. Ficando nas pontas dos pés o beijou. —Aqui sou eu que mando.

Garron riu e apertou seu traseiro.

—Vamos terminar o jantar e ver um filme.

—Humm, você, eu, The Rock e umas pipocas com manteiga derretida. Soa como uma noite perfeita — lambeu a lateral da mandíbula de Garron. Seus olhos se estreitaram, Garron o beijou outra vez.

—Não gosto que estejam na mesma frase The Rock e nós dois. Você e eu comendo pipocas com manteiga derretida e assistindo The Rock.

—Ciumento? — Perguntou Sonny, acenando com seus cílios, Garron resmungou e virou-se para fazer as batatas.

Encostado na parede atrás do bar, Nate olhou para Lionel e seus amigos jogando dardos e bebendo uísque. Eles formam uma boa mistura, uísque e idiota, olhou outra vez ao guarda de segurança. Não podia evitá-lo. Rio foi o objeto de cada uma de suas fantasias de adolescente, alto e moreno com um sotaque que o tornava selvagem. Ele não tinha sequer conhecido seu novo companheiro de quarto, mas ele tinha relatado o que ele pensava. Rio havia chegado à cidade aquela tarde e tinha começado a trabalhar uma hora mais tarde. Nate estava começando um perguntar-se se era uma boa idéia compartilhar o apartamento muito pequeno com esse galã latino. Ele podia estar dando duro durante o resto do trabalho. Lionel gritou algo no bar, rompendo suas reflexões.

Olhando diretamente para ele, Nate riu e deu-lhe um de seus olhares infames. Sabia que isto voltava loucas as pessoas, provavelmente por isso o fazia. As pessoas não pensavam que ser inteligente ou capaz de cuidar de si mesmo quando se é muito afeminado. Bom, todo mundo, exceto Garron, Ele fez isso com Garron porque sabia que isso o deixava de lado e Nate gostava de chateá-lo.

Virando-se, Lionel disse algo a seus amigos e todos riram. Nate fez rodar seus olhos, os fanáticos eram todos iguais. Não importa de onde fossem ou o tipo de vida que tivessem, as palavras eram sempre as mesmas que um homem gay se cansava de escutar durante anos. Estalando seu pescoço, Nate voltou a olhar Rio.

Sentado em um  banquinho alto perto da porta, tinha os braços cruzados diante dele, e oh, o menino tinha uns braços muito agradáveis. Sentindo que seu pênis começava a fazer-se notar, Nate tentou distrair-se. Tudo o que ele precisava era que Lionel desaparecesse enquanto ele entrava no banheiro para se aliviar.

Isso seria realmente bom para os irmãos Good. Além disso, essa coisa com Lionel começava a pessoalmente cansá-lo. Pensando que podia comprar sua saída dos problemas o recordava muito o seu próprio pai. Nate gostaria nada mais do que afundar a Lionel e seu pai, como havia feito com seu próprio pai. Pensar em Bruce Gills trouxe a acostumada dor estomacal. Estava perdido em seu passado, quando uma grande sombra ficou entre ele e Lionel. Nate elevou o olhar para a cara de buldogue de um dos amigos de Lionel.

—Você gostaria de dançar. — disse Nate, e piscou os cílios.

O cão diante do homem agarrou Nate pela gola de sua camisa e o sustentou contra a parede.

—Fique longe de Lionel. Ele não gosta de caras estranhos na cidade.

Nate viu que Rio foi a ele, e Lionel tentava escapar pela porta. Sabendo que foi uma tática para distraí-lo, Nate assumiu a responsabilidade para suas próprias mãos. Dando uma apertada com seu polegar no nervo do pescoço do Buldogue, ele caiu sobre suas pernas em um momento. Passando ao lado de Rio correndo e piscou um olho e saindo pela porta. Lionel acaba de entrar em seu luxuoso carro, quando Nate pôs o seu carro alugado a uns quarenta e cinco metros atrás de Lionel e acendeu os faróis para que soubesse que estava preparado. Rindo, Nate seguiu o Lionel quando virou no estacionamento e dirigiu-se para o outro lado da cidade. Nate sabia que este tipo de derrotado, tinha o objetivo e  era não quebrar a cabeça, mas ao menos sabia que Lionel não nada ilegal com ele preso em seu traseiro toda a noite. Freou quando Lionel estacionou no caminho de entrada da casa de seu pai. Ficando do outro lado da rua, Nate estacionou o carro e agarrou um binóculo. Vendo o que precisava, os sentou-se no assento e chamou a Rawley.

—Olá! — A voz de Rawley soou áspera devido ao sono.

—Sinto te incomodar chefe, mas eu segui Lionel até a casa de seu pai e você não sabe quem mais está aqui?

—Não estou de humor para perguntas agora, Nate.

—OH, certo, bem sua pessoa favorita em pessoa, o Prefeito Channing, Seu carro também está estacionado em frente da casa e outros dois que não conheço.

Pigarreando sua garganta, Nate pôde escutar que Rawley sussurrava com alguém antes de voltar para telefone.

—Tem uma câmara com você?

—Claro, que tenho uma. Vou tirar as fotos e envio ao seu e-mail esta noite.

—Falarei com você amanhã. — Rawley sustentou o telefone antes de pendurá-lo. Nate podia jurar que tinha escutado outra voz masculina. Hoo, hoo, as coisas não são sempre o que parecem em Summerville, Nebraska.

O som do celular despertou Rawley. Retirando a cabeça de Jeb de seu peito, Rawley se sentou na lateral da cama e agarrou as calças de seu uniforme do chão. E tirando o telefone de seu Cinto, abriu-o.

—Olá! — Disse quando Jeb se mexeu ao seu lado. Estendendo a mão, Rawley trouxe Jeb de volta contra seu peito quando escutou Nate. Como ele falava com uma voz tranqüila, mas de repente Jeb se sentou e o olhou.

—É Sony?  Aconteceu algo com ele?

Ele cobriu sua boca.

—Não bebê, é só Nate. Deite-se outra vez, será só um segundo. — terminou a chamada e deixou o telefone sobre a mesinha  a seu lado. Debaixo dos lençóis, Rawley pôs os braços ao redor de Jeb, e beijou a parte de acima de sua cabeça. Jeb havia se voltado para dormir e Rawley sabia que ele o faria em segundos.

Estava assombrado de quão cômodo estava. Não tinha dormido com ninguém desde que tinha ido a universidade. Rawley sorriu, estava perto de ser um maldito virgem. Bocejando, Rawley dormiu com um sorriso no rosto.

A manhã seguinte Rawley despertou com aroma de café e uma cama vazia. Sentando-se na lateral da cama, passou as mãos pelo rosto e o cabelo. Olhando relógio, não se surpreendeu da hora que era. Os rancheiros geralmente despertavam antes que aparecesse o sol e ele acabava de passar a noite com um. Rawley riu em silêncio, pensando na dor de cabeça que deveria sem dúvida ter Jeb. Colocando a roupa, Rawley andou para a ensolarada cozinha Jeb fazia ovos com bacon e bebia uma xícara de café, voltou-se quando Rawley pigarreou a garganta.

—Bom dia. — disse Jeb, com as bochechas rosadas.

—Desculpe por ontem à noite. Eu nunca tinha bebido tanto licor.

Decidido a quebrar o mal-estar da manhã, Rawley caminhou para Jeb e deu-lhe um rápido beijo.

—Ao menos não vomitou em minha caminhonete.

Jeb se ruborizou ainda mais.

—Sim, menos mal. — gesticulou para a frigideira. —Espero que goste de ovos mexidos.

Passou sua mão pelas costas de Jeb até atrás de seu pescoço, e Rawley se voltou para frente para outro beijo.

—Mexidos esta ótimo.

Enquanto Rawley se sentava, Jeb encheu uma xícara de café para ele e levou a comida para a mesa. Jeb ofereceu uma colher a Rawley para que se servisse o que quisesse. Ao crescer com três irmãos famintos Rawley sorriu ante as maneiras que Jeb exibia sem pensar. Pondo a metade dos ovos e o bacon em seu prato, esperou até que Jeb terminou de servir-se. Comendo uma garfada dos ovos, Rawley gemeu.

—Estão bons.

—Obrigado. Estão frescos. Os consigo do Senhor Thompson abaixo no caminho.

Rawley assentiu com aprovação quando seguiu comendo.

Terminando, limpou-se a boca e tomou um gole de café.

—Notei que tem um computador. Importa-se se eu der uma olhada nos e-mails antes de sair? Estou esperando algumas fotos de Nate.

Jeb levantou as sobrancelhas.

—Que tipo de fotos?

Alcançando através da mesa, Rawley cobriu a mão de Jeb.

—Não desse tipo. Nate seguiu a Lionel até a casa de seu pai ontem à noite. Ele descobriu o carro do Prefeito Channing e outros dois, mas não sabia a quem pertenciam. Disse-lhe que tirasse algumas fotos. E ele falou que as enviaria ao meu email.

—O Prefeito Channing? Pergunto-me que tipo de negócios tem com Charles a essas horas da noite. — Jeb coçou os cabelos loiros da cabeça pensando. —OH, sinto muito. Certo, pode usá-lo o quanto queira — Jeb se levantou e começou a recolher os pratos. Rawley se pôs de pé e o parou um seu lado.

—Você cozinha, eu limpo.

—Isso está bem, mas vá fazer o que precisa. — disse Jeb com um sorriso e um piscar de olhos.

Andando ao redor da mesa, Rawley deu outro beijo.

—Humm, os beijos de bacon são meus favoritos.

—Tem tido muitos, não?

O sorriso desapareceu da cara de Rawley, que examinou os olhos de Jeb.

—Não tenho estado com ninguém há quase dezoito anos.

—Uau, e eu pensei que conduzia minha vida ao estilo celibatário. — Jeb o olhou durante uns segundos e sorriu. —É Bom sabê-lo. Pelo menos não terei que lutar a qualquer momento com nenhum velho amante.

Rawley sacudiu a cabeça.

—Você nunca terá que lutar com nenhum amante. No passado, só tive breves encontros que em sua maioria duraram menos de uma de semana. Ninguém gostava de mim para mais.

Pondo pratos na pia, Jeb se voltou para ele.

—E eu mudei isso.

—Eu sei e sinto da mesma maneira para você. — andou para a porta e parou. —Eu sinto que um dia desses vou bater na porta e nunca mais ir embora.

—Não há necessidade que chame as portas, sempre estão abertas para você.

Sabia que Jeb estava falando metaforicamente, mas recordou a noite anterior.

—Queria falar disso com você. Com tudo o que está passando, é necessário trancar a porta de noite e quando sair de casa durante qualquer momento.

—Sim, Xerife Good. — disse Jeb com um sorriso.

Balançando sua cabeça, Rawley caminhou para a pequena sala ao lado da cozinha e ligou o computador. Entrou na sua conta de e-mail, eliminou o lixo e encontrou o que estava procurando. Olhando as fotos, ampliou a imagem para obter uma imagem mais próxima dos carros. Sorrindo, pegou um papel e caneta e escreveu a informação para depois. Sentindo uma mão sobre seus ombros, olhou o rosto de Jeb quando ergueu os olhos do computador.

—Conseguiu o necessário?

Rawley assinalou a imagem.

—Nate conseguiu fotografar os carros, o número das placas. É Bom. Vou ir para a delegacia  comprovar as matrículas. Poderia estar acontecendo mais do que pensávamos.

 

Vestindo um short usado e rasgado, Ranger jogou carvão na churrasqueira.

—Então… o que é isso? — Perguntou tomando outro gole de sua cerveja, Rawley olhou para o Campo.

—Algo passa e pensei que todos poderiam trocar idéias para resolvê-lo. Convidei Jeb a unir-se conosco. — acendendo o carvão, Ranger se virou e olhou a Rawley com uma sobrancelha levantada.

—Hà algo do que queira falar?

Encolhendo-se de ombros, Rawley continuou evitando o ardiloso olhar de seu Irmão.

—Não há muito a dizer, ainda. Há sentimentos em ambos os lados, mas esta investigação deve ser levada com muito cuidado e delicadeza, antes de explorá-los. — finalmente encontrou os olhos de Ranger. —Sabe que estou certo, que perderei meu trabalho assim que diga as palavras. Então não poderei deter Lionel se for só o ex-xerife.

Fechando a tampa na churrasqueira Ranger andou através da grande varanda para Rawley lhe envolvendo em um abraço. Não disse nem uma palavra durante muito tempo e Rawley estava malditamente agradecido por isso. Tinha estado pensado todo o dia em Jeb, e sabia que seu coração estava ali onde todos o podiam ver. Rompendo o contato, Ranger retrocedeu e agarrou sua garrafa de cerveja.

—Penso que esta cidade possivelmente está preparada para um xerife homossexual, uma vez que consiga o apoio da família Hibbs. Summerville é um desses estranhos lugares no mundo, onde as pessoas julgam seu real caráter, mais que como com quem dorme.

—E eu digo aleluia para isso. — disse Nate ao atravessar as portas de vidro. Ele caminhou até o parapeito. Respirando fundo, Nate estendeu seus braços. —Adoro estar aqui. Eu vivi toda minha vida na cidade, não tinha a menor idéia do que estava perdendo. — virou-se, inclinando a cabeça para o lado — Será que haveria trabalho por aqui para um detetive particular homossexual?

—Está pensando em ficar? — Perguntou-lhe Rawley.

Nate parecia completamente um menino de cidade grande.

—Já te disse homem, adoro esta cidade. Não me sinto muito bem aceito dentro da comunidade gay de Chicago. Mas meu tipo de trabalho é o problema.

—Não realmente. — disse Ranger, terminando sua cerveja e alcançando outra. —Lincoln não fica muito longe e é uma cidade bastante grande.

—Hmm, pensarei nisso. — Nate se dirigiu para a geladeira e tirou um recipiente para manter frio o vinho — Meu novo companheiro de apartamento nem se incomodou em aparecer depois do trabalho. — disse Nate fazendo beicinho —Provavelmente ficou com a garçonete falando toda a tarde. — os olhos de Ranger se estreitaram.

—Que garçonete?

Nate revirou os olhos.

—Bem hum, há só duas e uma delas tem netos.

—E uma delas é ainda uma menina. — respondeu Ranger. Nate pareceu surpreso.

—Não sei a quem tem estado olhando, mas embora seja completamente gay posso dizer que não tem nada infantil nessa mulher. — pegou uma bebida do refrigerador de vinho. Rawley viu como um brilho aparecia nos olhos de Nate. Ah droga, Nate estava prestes a empurrar Ranger.

—Ela parece um doce, também. Não compreendo por que alguém não agarrou essa garota e a levou ao altar. É obvio, com um corpo assim, estou seguro que muitos já a levaram a suas camas.

—Já basta de falar de Lilly. — disse Ranger bruscamente. —Essa garota tem só vinte e um anos.

—E...com que idade perdeu você sua virgindade?

Sem dizer uma palavra, Ranger se virou e entrou em casa.

Rawley examinou Nate e balançou a cabeça.

—Você está errado.

—Sim, eu sei, mas às vezes as coisas estão escritas na parede e apenas tem que ter tempo para lê-las. Não sou um detetive particular por nada. Eu consegui ter bom olho e uma melhor percepção.

Rawley ouviu abri-se a porta, e viu como Sonny, Garron e Jeb saíam. Sonny e Garron foram imediatamente ao refrigerador e Jeb retrocedeu, mordendo o lábio um pouco. Rawley podia dizer que Jeb queria tocá-lo, mas não sabia como se sentiria Rawley a respeito de como reagiria com isto seu Irmão. Sabendo que estes próximos minutos mudariam sua vida, estendeu sua mão.

—Venha aqui, bebê. — Jeb o olhou e pareceu suspirar. Com um sorriso zombeteiro, inclinando a boca foi para Rawley. Tomando sua mão, Jeb pareceu surpreso quando Rawley o sentou em seu colo. Jeb olhou rapidamente de Rawley a Garron e Sonny. Sonny pareceu estudar a cena que tinha diante antes de sorrir e levantar sua garrafa a Rawley. Virou-se para o Garron e entrou na casa.

—Vamos ir ver se Ryker necessitar ajuda. — Garron deu uma cotovelada em Nate enquanto caminhavam.

—Vamos. Acredito que já é hora que conheça meu vaqueiro. — Nate concordou e o seguiu.

Quando ficaram sozinhos, Rawley baixou a cabeça para Jeb para dar um profundo beijo, varrendo a língua completamente em sua boca para o saborear.

—Hoje senti muito a tua falta.

—Verdade? — o rosto de Jeb se iluminou. Agarrou-o de volta contra seu peito, e beijou o topo de sua cabeça.

—Real e verdadeiramente.

Ficaram simplesmente sentados assim, sem falar. Abraçando um ao outro até que a porta se abriu e Ranger veio com um prato cheio de filés. Ranger olhou a eles e eles sentaram na cadeira e sorriram.

—Isto é bom para você, Rawley.

—Acho que você está certo. — respondeu Rawley, esfregando a coxa de Jeb.

Sentado na larga mesa da cozinha, Garron limpou a boca e empurrou para trás seu prato.

—Podemos falar de por que estamos todos aqui, agora? — Rawley terminou e tomou um gole de sua cerveja antes de responder.

—Consegui a informação das matriculas dos outros dois carros que estavam na casa do Charles. Um é advogado da Omaha e o outro um grande promotor de Lincoln.

Rawley esfregou a mandíbula.

—Então o que supõe que foi a reunião?

—Penso que Charles e Lionel estão em algum negocio com Channing?

Garron pôs uma mão debaixo da mesa para agarrar a mão de Sonny. Sabia que a menção de Lionel ainda afetava Sonny tanto como a ele.

—Ou eles entram no negócio ou o dinheiro muda de mão para aplainar o caminho. Todos sabem que Channing está no Conselho de Summerville. Se você quer algo tem que passar pelo Conselho, e Channing é caminho óbvio.

—Suborno? — Perguntou Garron.

—Não sei ainda, mas algo está acontecendo. Você não te encontra com pessoas as onze da noite se tudo for legal. Pena que não colocou nosso homem no banco da cidade. — Jeb tossiu.

—Você precisa de alguém no banco — Jeb olhou a Garron.

Garron assentiu, sabendo que seu irmão estava um prestes de revelar uma parte dele mesmo que não compartilhava com a maioria das pessoas.

—Nenhum de vocês, além de Garron claro, sabe o sabe o que eu fiz antes de herdar este rancho. — Jeb começou a um brincar com sua baixela de prata até Rawley delicadamente segurou suas mãos. Jeb ohou para cima a Rawley e sorriu.

—Trabalhava como contabilista para um chefe nenhum muito recomendável. Fiz muitas coisas das que não estou orgulhoso, até que um dia acordei e decidi que era muito melhor que isso. Chamei o FBI e relatando meu próprio chefe. Depois de me encontrar com eles, continuei trabalhando para a empresa, coletando provas. Fui basicamente um delator. — olhando a seu irmão, Garron quis alcançar através da mesa e agarrar-lhe a mão. Sabia quão duramente era para ele revelar esta informação. Garron ainda recordava quando Jeb chegou a ele chorando, envergonhado do que tinha estado fazendo para a companhia, tratava-se de um testemunho que estava disposto um compartilhá-lo com eles agora, tanto para Rawley como para Sonny.

—Eu trabalhei com um agente que provavelmente nos ajudaria a encontrar o que precisamos saber, Mas eu tenho que falar com Rawley em privado antes de chamá-lo. — olhou para cima a Rawley, que acenou com a cabeça e se levantou. Jeb pegou a mão de Rawley, e foi para a sala. Depois que eles saíram, Garron olhou ao redor da mesa.

—Meu irmão confia em vocês, para que esta informação não saia desta sala.

Ryker elevou uma mão.

—Não necessita nem dizê-lo.

Sonny empurrou sua cadeira para trás e se levantou para recolher os pratos.

—Eu ajudarei com os pratos. Vocês podem falar do próximo passo que vão tomar. Tive o bastante por hoje.

Posando uma mão nas costas de Sonny, Garron tratou de olhar de soslaio o humor deste.

—Está bem?

—Sim, só quero lavar os pratos e retornar para casa. — sorriu para Garron. Garron se sentiu melhor, pensando que Sonny simplesmente estava quente.

—Bom, vaqueiro, você limpa e nós terminaremos de tramar nossa vingança. — piscou um olho. Tão logo Sonny deixou a sala, Garron se inclinou sobre a mesa.

—Parece que agora temos dois problemas. Ainda necessitamos encontrar evidências contra Lionel e precisamos saber como Channing participa de tudo isto. — Garron olhou a Nate —Lionel possivelmente precise ser empurrado um pouco mais forte está preparado para isto?

Nate se balançou em sua cadeira, esfregando-as mãos.

—Você sabe. Especialmente se tiver esse gigante do Rio ao redor para me proteger.

Garron olhou como Ryker e Ranger se arrepiavam ao mencionar o nome de Rio. Perguntou-se a respeito disso, mas sacudindo sua cabeça continuou, olhando de Ranger a Ryker.

—Você acha que os dois podem sutilmente perguntar aos vaqueiros ao redor da Zona? E ver se eles ouviram falar de algum empreendimento no município?

—Claro, não será difícil. Trocam fofocas e mexericos quando eles entram na Zona — disse Ryker. Ele foi interrompido quando Sonny retornou da cozinha com as mãos apoiadas nos quadris.

—Não consigo encontrar nenhum prato limpo para colocar na mesa. — olhou para Ranger —Ou usamos pratos de papel para o jantar?

Todos na mesa olharam de Sonny a Garron. Empurrando sua cadeira para trás, Garron andou para Sonny e o abraçou.

—Acabamos de terminar de jantar, vaqueiro. Foi para a cozinha para lavar os pratos.

Sonny olhou a Garron. Pareceu confuso por uns momentos, antes de ruborizar-se.

—Sim, sinto-o. — jogou um olhar ao redor da sala voltando outra vez a cozinha. Voltando-se para as pessoas que havia na mesa, Garron se encolheu de ombros.

—Ele ainda, ocasionalmente, tem lapsos de memória, mas está melhorando.

Quando chegaram em casa e foram para a cama, era muito tarde. Rawley tinha reaparecido depois da pequena falha de Sonny, e Jeb concordou em chamar o agente do FBI com o que tinha trabalhado.

Sonny tinha ficado calado durante o resto da tarde. Garron não podia dizer se foi pela coisa com os pratos ou devido a outra dor de cabeça. Acomodando-se junto ao corpo nu de Sonny, Garron correu a mão para baixo por seu torso e começou a acariciar seu pênis.

—Está terrivelmente silencioso. — cavando o pescoço de Garron, Sonny assentiu.

—Sinto se te envergonhei esta noite.

Arrancando-se justo o suficiente para inclinar a cabeça de Sonny para cima, Garron o beijou.

—Nenhum o fez. Essas pessoas são seus amigos e família. Teve um lapso leve de memória, só isso.

—E o que vai acontecer se sempre os tenho? — Garron podia ver o brilho de lágrimas nos olhos de Sonny.

—Então você tem. Eu não entendo como você estava perto de morrer. É um milagre que os únicos efeitos são só dores de cabeça e alguma falha ocasional de memória.

Beijou Sonny, lenta e profundamente

— Todos em torno de você entendem isso. Você é mais resistente em si mesmo do que qualquer outro.

Sonny assentiu e descansou a cabeça no peito de Garron.

Passando os dedos pelo cabelo que rapidamente estava crescendo, Garron ficou felizmente surpreso quando sentiu a mão de Sonny passear-se ao redor de seu peito. Sonny se deteve apertando com firmeza um mamilo, antes de fechar fortemente a boca nele.

Garron sentia que seu pênis se endurecia imediatamente devido a incrível sensação.

—Isso é bom. — gemeu e colocou Sonny em cima dele. Chupando mais duro, Sonny apertou seu pênis contra o de Garron. Sabendo que teria um machucado agradável pela manhã, Garron sorriu e espalhou as pernas.

—Vai me fazer amor esta noite, vaqueiro?

Soltando o mamilo de Garron, Sonny olhou acima e assentiu.

—Passou muito tempo.

—Sim passou, e estou necessitado. — estendendo-se ainda mais, envolveu as pernas ao redor das costas de Sonny.

—Me prepara?

Ansiosamente, Sonny ofereceu a mão para que desse o lubrificante. Pegando na mesinha de noite, Garron entregou-o. Ajoelhando-se entre as coxas estendidas de Garron, Sonny lhe acariciou o estômago.

—Vire-se enquanto eu te preparo. Não é exatamente muito flexível como eu. — Sonny riu entre dentes.

—É que não tive tanta prática, Sr.Traseiro. — Garron virou-se sobre si mesmo e ficou de joelhos para o homem que amava — Bastante bom assim?

Uma língua molhada deslizou através de seu traseiro.

—Fantástico. — arrulhou Sonny antes de colocar um beijo em sua abertura. Deus, tinha passado muito tempo que Garron precisava sentir algo assim. Equilibrando-se sobre os ombros colocou suas mãos e separou as bochechas de seu traseiro, dando a Sonny mais espaço para trabalhar.

—Ohhh. — gemeu quando Sonny raspou os dentes através da sensível pele. Garron sentia que seu pênis começava a pulsar, gotejando pré-semêm nos lençóis de baixo, molhando-os. Quando voltou a sentir uma quente língua trabalhando fazendo um caminho através de seu corpo, Garron grunhiu.

—Vou gozar se não parar.

Tirando a língua, Sonny lubrificou seus dedos e deslizou um dentro.

—Goze se o necessitar, mas penso tomar meu tempo. Não é muito freqüente que te consigo nesta posição.

O corpo de Garron aceitou a invasão como um homem faminto aceita um pedaço de pão.

—Mais. — gemeu, olhando para trás a Sonny. Com uma mão acariciando lentamente seu próprio pênis, Sonny parecia condenadamente atrativo quando empurrou outro dedo escorregadio ao lado do primeiro.

—Por favor. — implorou Garron quando Sonny esfregou um dedo através de sua próstata. Retirando os dedos, Sonny esbofeteou o traseiro de Garron alegremente.

—Vire-se.

Disposto a fazer o que fosse para aliviar sua tortura, Garron virou-se e enganchou seus braços sob os joelhos. Apresentando-se uma vez mais, lambeu-se.

—Agora, vaqueiro.

Concordando, Sonny se posicionou no orifício de Garron e se introduziu lentamente até a raiz.

—Ohhh. — gritou Garron. O doloroso prazer de ter Sonny dentro de seu corpo levou Garron sobre a borda. Ejaculou e agarrou seu pênis pulsante e explodiu sem poder evitar o estremecimento sobre seu corpo. Droga, Sonny não tinha começado a mover-se ainda, e já se gozou. Olhando acima para seu vaqueiro, Garron se ruborizou.

—Sinto muito.

Baixando-se para ele, Sonny o beijou.

—Não se desculpe, foi mais quente que o inferno.

Sonny começou a mover-se em um ritmo lento, permitindo que Garron se acostumasse a seu tamanho antes de acelerar o ritmo.

Rapidamente, Sonny se recostou, sentando sobre os calcanhares e começou a empurrar dentro e fora do corpo de Garron a velocidade do relâmpago. Apesar de saber que não poderia voltar a gozar muito rapidamente, Garron desfrutava de cada impulso profundo que Sonny dava.

Olhando no rosto de Sonny no esforço concentrado, a ponta da língua que sobressaía por um lado da boca. Garron sorriu, pensando que seu amor parecia lindo. Decidido a dar algo mais em que pensar, Garron pôs a mão para baixo e acariciou prazerosamente seu semi-duro pênis. Os olhos de Sonny se concentraram com atenção na nova cena e seu ritmo subiu ainda mais. Empurrou em Garron duramente. Sonny começou realmente a mover a Garron, lentamente para cima na cama com cada impulso até que Garron teve que pôr uma mão contra a cabeceira.

—Assim você gosta?

—O que te parece? — Sonny grunhiu, o suor escoria pelo cinzelado abdômen. Soltando seu pênis, Garron deslizou a mão para baixo ao elo de união, sentindo como escorregava o pênis de Sonny nele o toque foi tudo o que necessitou Sonny para enterrar-se mais fundo como pôde e ficar rígido. Garron jurava que podia sentir jatos após jatos corriam poderosamente dentro de seu corpo.

—Simmm. — gritou Sonny quando seu corpo começou a vibrar com a força de sua liberação.

—Venha aqui. — disse Garron puxando Sonny em cima dele.

Correu a língua através dos lábios de Sonny e a colocou dentro. Comeram-se um ao outro a boca como a primeira vez no banheiro da Zona. Nunca Garron conseguiria encher-se deste homem. Logo, Sonny estaria indo no cavalo. Voltaria a ser o rancheiro taciturno que ele tinha encontrado. Garron não poderia esperar, mas também sabia que Sonny tinha mudado para sempre pelo disparo, assim como ele também tinha mudado.

Sonny podia mostrar estas mudanças nas dores de cabeça e a perda de memória, mas Garron sabia que era mais profundo que isso para ambos. Apesar de tudo, seu amor era mais forte do que jamais tinha sido, e Garron prometeu assegurar-se que viveriam cada dia plenamente. Também prometeu assegurar-se que Lionel pagasse pelo que tinha feito ao seu amor.

Fechando a porta do curral, Jeb pensou em Rawley. As últimas noites que passou dormindo em seus braços tinham sido a melhor de sua vida. Agora se eles pudessem acabar com esta investigação, poderiam fazer algo mais que beijar-se e dormir. Foi tirado bruscamente de seus pensamentos pela chamada de seu telefone. Esperando que fosse Rawley, Jeb o agarrou e abriu, olhando a tela. Não era Rawley, mas alguém quase tão bom.

—Oi, James como está a formosa da tua mulher?

—Dolorida. — A risada de seu amigo reverberou em seu ouvido —Deu a luz a uma menina faz apenas uma hora. Parabéns, você é o padrinho.

—OH, uau. — Jeb andou para a casa — Pensei que para essa posição necessitariam pelo menos um par de semanas.

—Sim, bem… já conhece uma as mulheres, sempre impacientes. — brincou James.

—Pusemo-la o formoso nome da Sophia. Tem o negro e encaracolado cabelo de sua mãe. Não indício ainda da cor de seus olhos, mas neste momento são tão azuis como o mar.

—Como está Niki? Teve parto de forma natural? Foi bem? — Jeb andou pela casa e se dirigiu ao refrigerador.

—Ah, implorou por uma cesaria perto de duas horas antes. Graças a Deus.

—Bem, abro uma cerveja para brindar neste momento pelos três. Farei uma viajem até Chicago este mês para ver a minha nova afilhada. Poderá organizar o batizado para então?

—Ah estou seguro que podemos. Já conhece a Niki, quando põe na cabeça algo. — James deixou de falar e Jeb ouviu outra pessoa ao fundo — Ouça, cara me deixe te chamar mais tarde, a enfermeira acaba de trazer a Sophia.

—Isso é magnífico, para um tipo sem nenhum valor como você tem feito algo muito bom.

—Caramba, obrigado. Vemos-nos amigo.

—Envia as garotas todo meu amor. — Jeb disse antes de desligar. Um Padrinho, Auuu, uivou.

Tomando outro gole de sua cerveja, Jeb se dirigiu fora para a varanda e se sentou no balanço. Não podia acreditá-lo mais feliz que se sentia. O som do um carro subindo pela estrada chamou sua atenção. Não o reconheceu e se surpreendeu quando entrou por seu caminho. Quando o pequeno azul compacto esteve mais perto, viu Meg atrás do volante e Rawley no assento do passageiro. Ao olhar na cara de Rawley viu que algo andava mal. O carro parou e Rawley saiu. Ele olhou para cima e deu a Jeb uma pequena olhada, dirigindo-se a parte traseira do carro abriu o porta-malas.

Fechando este, Jeb viu como Rawley caminhava para a varanda com duas malas grandes na mão. Com um aperto no peito, Jeb se levantou e caminhou alguns passos. Rawley olhou para cima a seus olhos e colocou as malas no chão.

—Fui aliviado de meus deveres como xerife de Summerville. Já não tenho nenhuma necessidade de esconder meus sentimentos por você. Você cuidará de seu companheiro de cama?



 

[1] Moto para terreno de quatro rodas.

[2] Costume muito popular nas bodas, sobre tudo no estado de Nova Iorque, que consiste em que os convidados querem dançar com o noivo ou a noiva devem pagar pelo privilégio.

[3] É o confinamento ou o curral onde se faz a engorda do gado.

 

                                                                                            Carol Lynne

 

 

                      

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