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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


O SOM DO BRANCO / Carol Lyne
O SOM DO BRANCO / Carol Lyne

 

 

                                                                                                                                   

 

 

 

 

 

Finalmente curado depois de ter levado uma surra que quase acabou com sua vida, a última coisa Richard Johnson precisa é se sentir atraído por Chade Neal. Ele tem um bar para cuidar e um coração para remendar.

Apesar de sua estatura pequena, o Gerente do Tall Pines Lodge, Chade Neal, precisa ser responsável, tanto no quarto quanto fora dele. Então por que ele se sente atraído para um homem de 1,90 m que pode rasgar os membros de corpo de Chade?

O eletricista, Collin Zeffer, anseia o tipo de relação que ele vê seus amigos terem, mas quem iria querer alguém tão chato quanto ele? Quando ele encontrou o recluso Abe Cross, Collin decide que talvez exista alguém feito especialmente para ele.

Abe Cross decide viver sua vida só. Sua cabana no bosque de Cattle Valley parece o lugar certo para fazer isto. A última coisa que ele precisa é que um sensual eletricista apareça e faça lembrar a ele o que ele nunca pode ter, mas quando cai em Cattle Valley um temporal inesperado, sua vida, e as vidas dos outros três homens, mudarão para sempre.

 

 

 

 

                                   Capítulo Um

 

“Droga!” Richard gritou passando seus dedos pelos cabelos. Sabia que tinha deixado seu cinturão de ferramentas, no bar antes de ir a seu quarto. Oito horas depois, não encontrava o cinturão em nenhum lugar.

“Alguma coisa errada?” Collin Zeffer perguntou.

“Sim. Montões. Viu meu cinturão de ferramentas?”

Os olhos de Collin revisaram o quarto. “Não. Não o vi. Está perdendo coisas de novo?” Collin perguntou com um sorriso.

“Não é que eu o tenha perdido. Eu deixe essa maldita coisa aqui, antes de ir à cama,” Richard rugiu, golpeando com o punho a barra.

Collin ergueu suas mãos. “Sinto muito.” O alto e magro homem girou-se para o contato elétrico em que estava trabalhando.

Sentindo-se como merda, Richard caminhou para o homem ajoelhado. “Não quis gritar com você. É que isto está me acontecendo muito ultimamente.”

Collin assentiu e olhou sobre seu ombro. “Tudo bem. Todos estão sob muita pressão, ter o lugar pronto para o fim de ano. É natural que se esqueçam coisas pelo estresse.”

Richard não corrigiu Collin. Claro que estava muito estressado, mas tinha certeza como o inferno que não estava se tornando louco. O telefone na capa de seu quadril começou a tocar. “Amigos os lugares baixos[1].” Olhando a tela, Richard girou seus olhos. “Que é que você quer?”

“Bom dia pra você, também,” Chad Neal, o gerente do hotel lhe cumprimentou.

Richard simplesmente deu um pequeno grunhido e esperou.

“Há alguma coisa que você gostaria de me dizer?” Chad finalmente perguntou.

Vai pro inferno, pensou. “Não tenho tempo para isto Chad. Que é que você quer?”

“Um de meus empregados encontrou algo seu no quarto 313 de novo.”

Richard se assombrou. Essa era a segunda vez em menos de uma semana que algo seu aparecia nesse quarto em particular.

“Olhe,” disse ao telefone, “Não sei quem está querendo me foder. Mas te disse o mesmo o outro dia. Eu não fui a nenhum quarto, exceto a minha própria suíte.”

“Eu não quero discutir isso contigo, Dick[2]. Tenho coisas melhores pra fazer com meu tempo. Eu simplesmente estou ligando para te dizer que suas coisas estão na mesa, se realmente precisa fazer algo. A única coisa que peço é que a próxima vez feche a janela. Não estou autorizado a pagar a louca conta de aquecimento, porque está tentando esquentar todo o ar livre desta região esquecida de Deus.”

“Antes de tudo, Sr. Miami, meu nome é Richard, não Dick. Acredito que já discutimos antes. Segundo se você não gosta de Wyoming, retorne ao inferno de onde saiu.”

Richard sorriu ao ver a cara de surpresa de Collin. Ninguém falava assim com o severo gerente. Embora fosse pequeno, apenas um metro setenta e dois centímetros, Chad Neal era de uma força a se levar em conta. Tinha ouvido falar de sua reputação de que tinha despedido pessoas por algo como insubordinação ou chegar tarde. Felizmente, Ezra e Wyn eram os proprietários de “Grizzly Bar[3]” e não Guy Hoistington. Richard não sabia se seria capaz de lidar com alguém como Chad sendo seu chefe. Hah. Aposto, que mata a esse homem saber que não tem poder sobre mim.

“Eu chamo as coisas, como as vejo,” Chad replicou. “Eu estarei no terceiro andar em quinze minutos. Pode subir e recolher sua equipe então.”

Richard sorriu. “Evitando-me?”

“Quinze minutos,” Chad replicou, e desligou.

Depois de fechar seu telefone e deixá-lo em seu lugar, Richard negou com a cabeça. “Eles encontraram meu cinturão no quarto 313.” disse Collin.

“Sério?” Collin perguntou, seu rosto perdeu a cor.

“Sim. Está bem?”

Collin negou com a cabeça. “Há algo estranho nesse quarto.”

“Como o que? Apenas é um dos 409 quartos.”

Collin passou suas mãos pela nuca. “Não, esse não é como os outros quartos. Eu já troquei a instalação elétrica desse quarto, quatro vezes.”

“Que acontece?” Richard perguntou curioso.

“Não sei. As coisas estão bem por um dia ou dois e então as coisas deixam de trabalhar. Se eu não conhecesse bem, diria que nessas paredes há ratos Ou... fantasmas,” Collin adicionou.

Richard riu. “Assistiu muitos filmes de terror.” Olhando para seu relógio, dirigiu-se à porta. “Vou recolher minhas coisas. Quero toda a eletricidade instalada antes que Guy, Ezra e Wyn o mostrem na quinta-feira.”

Em seu caminho, Richard via o grande espaço aberto e sorriu. O Grizzly Bar tinha percorrido um comprido caminho desde sua origem, e se sentia orgulhoso do trabalho realizado. Em consonância com o hotel, o bar era rústico com as paredes exteriores de madeira exposta. Lanternas de cobre, no alto, iluminavam perfeitamente.

Wyn e Ezra tinha tido um grande debate por causa do aquecimento adicional em frente das altas janelas. Richard sorriu quando recordou essa particular discussão. Bom o argumento era parecido com isto. Wyn insistia que eles necessitavam aquecimento extra, se Ezra ia continuar com seus planos de grandes janelas. Ezra estava em desacordo, dizendo que eles teriam uma grande lareira no centro do bar que proporcionaria bastante calor extra. Wyn não podia negar isso. Insistia que se as pessoas entravam no bar depois de esquiar, eles precisavam de calor. Se eles não encontrassem no bar, eles procurariam outro lugar. Claro está era uma a mais das discussões ganhas por Wyn e Ezra pediu três vezes mais dutos na área das janelas.

Caminhando pelo grande vestíbulo, Richard se dirigiu ao escritório. Seu amado cinturão estava ali na desordenada superfície de madeira do balcão, com um bilhete escrito a mão por Chad.

Os “Tall Pines” já receberam a ultima madeira da temporada para a lareira. Abe diz que se Grizzly Bar quiser mais que lhe chame.

Chad Neal, Gerente

Richard leu o bilhete mais uma vez. A menos que Abe Cross entregasse uma grande carga nos dias seguintes, Richard sabia que o hotel poderia ficar sem. “Diabos,” guardou o bilhete no bolso. Como um homem de Miami sabia a respeito de quanta madeira se consumia nas montanhas de Wyoming?

Lutou consigo mesmo durante dez minutos, antes de decidir ir procurar Chad. Finalmente o encontrou fiscalizando a instalação do tapete do terceiro andar. “Posso falar com você?”

Chad olhou para cima e franziu o cenho. “Estou ocupado. Não pode esperar?”

Richard virou os olhos. “Tenho certeza que os instaladores de tapete podem estar uns minutos sem seu olhar de águia.”

Resmungando baixo, Chad seguiu Richard pelo corredor fora do quarto. “Agradeceria que não me falasse dessa forma diante dos trabalhadores.”

“Deixemos isso,” Richard replicou. Estava tentando ajudar o pequeno bastardo, mas isso não queria dizer que ia aceitar suas merdas. Tirou o bilhete de seu bolso e o levantou. “Penso que precisa reconsiderar isto “Tall Pines” precisa ter ao menos o dobro do que trouxeram, e isto apenas para passar o inverno.”

“De maneira nenhuma.” Chad desafiava, movendo a mão afastando o interesse de Richard. “Nós não precisamos desperdiçar espaço na adega. Eu tenho feito um cuidadoso cálculo para determinar a quantidade que pode se necessitar no hotel.”

“Cálculo? Sério?”

Chad cruzou seus braços sobre seu peito. “Sim, se quer gastar dinheiro adicional em madeira, pode fazê-lo, mas Guy confiou em mim para manter o orçamento.”

Richard pôs suas mãos sobre seus quadris e olhou o piso. Se fizesse a maneira do pequeno molesto mosquito, congelaria seu traseiro nos seguintes meses, mas Richard sabia que isso afastaria aos hóspedes. Hóspedes que eles necessitariam para encher o Grizzly Bar.

“Olhe, não me interessa nada os seus malditos cálculos nem seu orçamento. Faça o favor e pergunte às pessoas locais. Isto não é Miami. As lareiras não são estritamente para decoração em um encontro romântico. As lareiras foram acrescentadas por uma razão, necessita-se o calor do fogo para esquentar esse enorme espaço aberto de seu vestíbulo.”

“Terminou?” Chad perguntou, retornando ao quarto que estavam atapetando.

“Sim, eu acho,” Richard respondeu, e se afastou. Enquanto descia as escadas, abriu o telefone e mandou uma mensagem de texto para Abe pedindo que adicionasse cinqüenta por cento mais ao pedido. Se conhecia um pouco Chad, sabia que o homem nunca se rebaixaria para pedir a opinião de um empregado sobre a quantidade certa de madeira que necessitariam.

Guardando seu telefone, Richard se dirigiu ao bar para iniciar o que parecia ser um longo dia de trabalho.

 

Chad fiscalizava como os instaladores enrolavam os restantes de tapete. Os homens tinham conseguido terminar a metade dos quartos em um dia. Com só dois dias para que Guy chegasse à cidade, Chad começava a se preocupar. Eles ainda precisavam terminar o piso da sala de conferências e a madeira na sala de festa.

Entrando em seu escritório, Chad se sentou atrás de sua mesa. A pequena briga com Richard na manhã ainda o tinha desconcentrado. Não podia acreditar que o idiota arrogante teve a coragem de confrontá-lo sobre a madeira da lareira. Chad sabia que recentemente tinha se mudado de Oklahoma. Como diabos alguém de Oklahoma saberia como eram os invernos em Wyoming?

Bateram na porta de seu escritório. “Sr. Neal?”

“Entre,” ele respondeu, recostado em sua cadeira.

Um homem na metade de seus vinte anos se deteve em seu escritório. “Os empreiteiros já se foram. Posso me retirar? Preciso ir a Sheridan a uma aula e estou atrasado.”

“Está bem, David. Apenas se assegure de estar aqui às oito. Nós ainda temos que fazer um montão de coisas antes de quinta-feira.”

“Sim, senhor,” David disse e se foi.

Chad observou seu assistente sair e se perguntou que o jantaria. Sabia que não estava comendo bem ultimamente, e estava trabalhando tão duro que seu corpo começava a sofrer. Pensando a respeito do que tinha no refrigerador, Chad suspirou a última coisa que queria era ovos de novo, deveria ir a cidade. Possivelmente poderia comer em um restaurante, poderia parar em um supermercado em seu caminho à cidade.

Viver no hotel era cômodo, mas descer a montanha poderia ser perigoso na escuridão. A cidade de Cattle Valley tinha arrendado a terra a Guy, mas isso não incluía nada sobre os caminhos de cascalho ou os serviços públicos.

Chad sabia que Guy planejava pavimentar o caminho à montanha no verão seguinte, mas enquanto isso não acontecia ficava nervoso. Pensou brevemente perguntar a Richard se queria ir à cidade com ele, mas rapidamente rechaçou essa idéia. Podia facilmente passar as noites sonhando com ele, como estava fazendo, mas estar no mesmo veículo com Richard era simplesmente brincar com fogo.

Além disso, Chad se justificava a si mesmo, apesar de seu pequeno tamanho gostava de estar acima. Com o tamanho de Richard e sua presença de mando, Chad duvidava que o homem fosse outra coisa que um Alfa puro. Tinha aprendido da maneira mais dura que dois alfas em uma relação eram uma receita para o desastre.

Vestindo seu novo casaco, Chad não pôde afastar de sua mente a imagem de Richard. O homem era quente isso era um fato, mas Chad queria mais que um menino quente na cama. Queria um que pudesse cumprir todos seus desejos, dentro e fora da cama.

Os submissos são bons para foder, mas raramente são interessantes na vida diária. Gostava de um par desafiante, um que pudesse sustentar um argumento. Uma vez mais a imagem de Richard chegou a sua mente. “Pare com isso.”

 

Sentado em uma mesa no restaurante com seus amigos Jax e Logan, Richard girou os olhos, quando Chad entrou. “Genial.”

Jax olhou sobre seu ombro. “Quer chamá-lo?”

“Diabos, não. Já é muito frustrante vê-lo no trabalho.” Richard se movia em sua cadeira tentando discretamente de ajustar sua repentina ereção. Porra. Odiava o efeito que Chad tinha nele. Nem sequer gostava do homem.

“Parece que há problemas no paraíso,” Logan riu.

“Nenhum problema enquanto se mantenha em seu lado do hotel.” Quando Richard olhou de novo para a porta, Chad se dirigia direto a ele. Não pôde evitar que seus olhos o percorressem notando o vulto pressionando contra a braguilha dos jeans do pequeno homem, Richard soube que não era o único que se sentia afetado. Merda. Sabendo que Chad o encontrava sexualmente atrativo fazia endurecer-se mais ainda, devia afastar-se desse idiota.

Depois de mover sua cabeça, como se tratasse de esclarecê-la, Chad deu a Richard um sujo olhar e se sentou no balcão.

“Droga,” Jax riu. “Eu não sei dizer qual dos dois se vê mais faminto.”

Richard se encolheu de ombros, incapaz de negá-lo. “Não importa, a última coisa que quero é me envolver com alguém com que tenha que trabalhar diariamente.”

“Porque diz que é a ultima coisa? Diabos, se dê ao menos uma oportunidade,” Logan disse.

Richard riu. “Apesar da Harley e as tatuagens, acredito que é um romântico.”

“Não há nada de mal no romance,” Logan proclamou em tom defensivo.

“Não para ti. Você encontrou o homem com quem passará o resto de sua vida, mas eu não sei se esse homem existe para mim. Eu fui maltratado antes. Tratando de agradar a alguém o suficiente para fazer que me amasse e a única coisa que consegui foi terminar machucado.” Uma imagem de seu Papai Paul entrou em sua mente. Em outro tempo tinha pensado que Paul era o perfeito dominador para ele. Isso até que começou a espancá-lo. No momento que soube que Paul não era bom para ele, ele já estava profundamente apaixonado e fodido em mais de um sentido.

“Richard?” Jax disse.

Richard olhou para cima, a garçonete estava de pé esperando seu pedido. “Sinto muito. Quero filés de frango frito, e purê de batatas com greivy.”

 

 

                      Capítulo Dois

 

Fechando a porta do quarto 311, Chad colocou a chave cartão na porta ao lado, só tinha duas horas antes que chegasse Guy. Embora finalmente tudo estivesse feito. Manteve trabalhando às pessoas até depois de meia noite acomodando os móveis, estava revisando que tudo estivesse preparado para a inspeção do chefe.

Abrindo a porta 313, Chad ficou assombrado. Fechou a porta imediatamente. Que diabos? Correu pelas escadas, baixando os degraus de dois em dois, chegou a seu escritório e pegou o telefone.

“Escritório do Xerife de Cattle Valley.“ respondeu alguém com uma voz calma.

“Sim, sou Chad Neal do hotel Tall Pines Lodge. Preciso falar com o Xerife Blackfeather.”

“Está entrando, espere um segundo,” A recepcionista ordenou.

Enquanto esperava que respondesse Ryan, Chad passava seus dedos por seu curto cabelo. Que diabos estava acontecendo?

“Em que posso te ajudar Chad?” Ryan perguntou.

“Necessito que venha ao hotel. Acredito que alguém foi assassinado.”

“Que? Espera. Encontrou um corpo?”

“Não. Eu apenas entrei em dos quartos e está coberto de sangue. Quero dizer tem por todos os lados. Nas paredes, o teto, o piso. Eu nunca vi nada assim.” Chad fechou suas mãos. Droga. Estava começando a acreditar no que murmuravam os construtores. Possivelmente o quarto realmente estava enfeitiçado.

“Estou a caminho. Necessito que vigie que ninguém entre no quarto até que chegue aí.”

“Está bem,” Chad adicionou. “Preciso falar com Guy, mas deixarei meu assistente até que chegue.”

“Dê-me trinta minutos.”

Chad desligou e foi procurar David. Encontrou-o acendendo o fogo na lareira de dupla altura do vestíbulo. “Preciso que você suba e assegure que ninguém entre no quarto 313.”

David colocou a grade da lareira. “Por quê?”

Chad mordeu seu lábio. Deveria dizer o que acontecia, ou poderia assustar o jovem? “Alguém entrou e fez danos no quarto. Chamei o Xerife, e está a caminho. Ryan pediu que ninguém entrasse até que chegasse.”

“Mas que é o que está mau?” David perguntou.

“Apena faça o que te disse. Ninguém, e quero dizer ninguém deve entrar nesse quarto. Estou sendo claro?”

“Sim, senhor,” David respondeu em um cortante tom e se dirigiu ao elevador.

De retorno em seu escritório, Chad olhou o telefone. A última coisa que queria era chamar Guy. O esquiador olímpico normalmente era tranqüilo, mas era como um cão com um osso quando algo não ia da maneira que queria. Chad sabia que Guy poderia crivá-lo de perguntas e assá-lo como um bife.

Chad tomou respirou profundamente e pegou o telefone. Sabia que o melhor era preparar o chefe antes que chegassem. Chegar ao hotel e ver o carro da polícia em frente poderia não ser uma boa primeira impressão.

 

Abe Cross estacionou sua caminhonete a lado da pilha de madeira. O céu parecia preparar-se para uma tempestade de neve, e precisava encher seus pedidos. Tinha ainda que entregar duas cargas as pessoas da cidade e cinco mais ao hotel.

Quando começou a descarregar as lenhas da parte de atrás de sua caminhonete, o telefone em seu quadril começou a vibrar. Sacudindo suas mãos, Abe leu a tela, e sentiu um golpe em seu estômago. Jill Foster? Não tinha visto esse nome nos malditos quatro anos.

Colocou o telefone em seu lugar e seguiu descarregando a lenha. Que poderia querer ela? A última vez que falou com sua ex-agente, disse que não lhe telefonasse de novo. Jill era agradável, mas depois de seu acidente, não queria que o olhassem com piedade. Pegou suas coisas e se mudou à casa de campo que tinha pertencido a sua família por gerações.

Até onde sabia “Cross Timbers” era a única propriedade privada em quilômetros, situada a um lado da montanha. Muitas pessoas tinham tentado comprar de seu avô durante anos, mas Amos Cross, recusou todas as ofertas dizendo aos possíveis compradores que não recordava havê-la posto a venda. Agora era de Abe, seu avô a deixou quando morreu de um derrame cerebral aos setenta e seis anos.

Abe pegou seu lenço do bolso de atrás da calça e secou o suor da testa. No noticiário da manhã ouviu que se esperava a primeira nevada, de ao menos quinze centímetros no fim de semana. Olhando para o céu, Abe havia sentido que eles o tinham subestimado. Uma coisa que tinha aprendido de seu pai e seu avô era a ler o clima. Vivendo em um lado da montanha, aprendeu que conhecer os patrões climáticos era a melhor maneira de salvar a vida.

Quando o telefone voltou a vibrar não precisou olhar a tela para saber que era Jill de novo. Por muito que odiasse falar com sua velha amiga sabia que teria que retornar os telefonemas, na hora do almoço. Até então, tinha que trabalhar. Jill podia esperar a tormenta não esperaria.

 

Chad sentia como se lhe arrancassem o cabelo. Era apenas meio-dia, e o hotel já era um caos. Quando a informação começou a vazar de algum modo, que algo ruim outra vez tinha ocorrido no quarto 313, ele tinha encontrado vários trabalhadores falando de fantasmas e espíritos diabólicos.

Sim, Chad admitiu algo está acontecendo no quarto 313, mas duvidava que um espírito pudesse entrar em um hotel completamente novo. Estava muito ocupado para apagar as intrigas, Chad não tinha tido inclusive tempo para falar com Ryan desde sua chegada.

Esperando o elevador se preparou para o inevitável. Guy tinha subido com o xerife, o delegado e vários técnicos do laboratório criminal. As portas se abriram e Chad entrou. Antes que pudessem fechar-se, Richard entrou, ao lado dele. Genial, justo o que necessitava: outra distração.

“Hei,” Richard cumprimentou, tomando um gole do café que levava na mão. “Este lugar é um cochicho.”

“Diz isso a mim,” Chad replicou com um exagerado giro dos olhos.

“Então, foi você quem encontrou antes que outra pessoa?” Richard perguntou.

A última coisa que Chad queria era que continuassem os rumores, mas tinha pensado que alguém tinha morrido no quarto 313. “Eu estou indo para falar com Ryan. Eu não sei realmente nada, sobre quem destroçou o quarto. Pensei primeiro que… não importa.”

As portas se abriram e Chad ia sair, mas deteve as portas para que não se fechassem, girou-se para Richard. “Espera um minuto. Que está fazendo aqui em primeiro lugar?”

Richard se encolheu de ombros. “Não sei. Ezra me chamou e me disse que subisse.”

“Ezra está aqui?” Chad perguntou. Tinha estado tão ocupado que não viu o grande homem chegar.

“Sim. Wyn está com ele,” Richard replicou. “Posso ir agora antes que me meta em problemas?” Richard deu um passo para Chad seus corpos separados por apenas alguns centímetros.

Havia faíscas elétricas entre eles, o pênis de Chad o notou. Problemas, problemas, problemas, repetia a si mesmo, enquanto caminhava.

O quarto do centro do problema estava com as tiras de cena do crime, o delegado Roy estava fazendo guarda no corredor. “Roy,” cumprimentou-lhe.

“Estão te esperando no quarto 311,” Roy murmurou, via-se verde pelas náuseas.

Chad não o culpava. Tinha dado um rápido olhar ao quarto na manhã e se afastou tão rápido como pôde. Bateu na porta vizinha e esperou.

“Não se preocupe. Se ficar com medo pode apoiar-se em mim,” Richard murmurou ao ouvido.

Chad se livrou de responder por que a porta se abriu. Ryan olhou de Chad a Richard e de novo a Chad. Um brilhante sorriso apareceu em seu atrativo rosto. “Entrem”. Ryan lhes deu a boas-vindas e saiu a um lado para que passassem.

Chad entrou no quarto, sem saber, o que o xerife encontrava divertido da situação. Wyn e Ezra estavam sentados lado a lado na borda da cama, enquanto que Guy estava de pé junto à janela.

Ryan apontou para uma pequena mesa com duas cadeiras. “Sentem-se.”

Sem olhar para Richard, Chad sentou na cadeira próxima à porta. “O que está acontecendo?” ele perguntou.

Ryan se inclinou contra a mesa com suas mãos em seus quadris. “Os meninos do laboratório já terminaram com o quarto. Esperamos logo termos algumas respostas. Enquanto isso colocarei um sério isolamento no hotel.”

Chad girou sua cabeça para Guy. “O quê? Se fizer isso afetará a inauguração de janeiro”

Guy negou com a cabeça. “Nós realmente não sabemos que aconteceu. Nós esperamos obter um montão de respostas de vocês dois”. Guy disse olhando para Chad e Richard.

“O que isso significa?” Richard perguntou.

“Eu quero fechar o hotel mantendo fora a todos os trabalhadores. Até que tenhamos uma imagem clara do que aconteceu exatamente, quanto menos pessoas entrem e saiam do edifício melhor.”

“Mas… agora.” Chad negou com sua cabeça. “O hotel não esta terminado ainda.”

“Que exatamente precisa terminar antes que abra?” Guy perguntou.

Chad mentalmente começou a fazer a lista. “Abajures em alguns corredores, pendurar quadros, acomodar móveis, vestir camas, colocar toalhas.” Chad passou seus dedos por seu cabelo. “Sou bom trabalhador, mas não tão bom. Não há maneira de que possa fazê-lo eu mesmo em duas semanas e meia.”

Ezra falou. “Richard, o bar esta preparado?”

“Sim, exceto pela comida e pendurar alguns letreiros e coisas assim. Tudo está bem.”

“E Collin? Pode ajudar vocês?” Ezra perguntou.

“Claro.”

“Teria que ficar nas instalações.” Ryan adicionou. “Pode fazê-lo?”

Richard se encolheu de ombros. “Não tenho certeza. Posso perguntar a ele.”

“Então,” Guy começou. “Collin pode ajudar com os abajures e as decorações. É possível que se vocês três trabalharem juntos, podem fazer o suficiente para abrir?”

Chad podia ver o pouco que ia dormir no futuro. “É possível, mas que há no quarto 313?”

Todo mundo girou sua cabeça à parede que separava o quarto prejudicado do que se encontravam. “Trocaremos os tapetes e repintaremos as paredes, Nós deixaremos o quarto vazio por enquanto,” Guy respondeu.

Chad olhou para o xerife. “Quando saberá algo?”

Odiava respirar rumores, mas também sabia que não poderia fazer nada para limitar o dano colateral, se saía do hotel. “As pessoas estão falando que o quarto está enfeitiçado.”

“Isso é ridículo,” Ryan se burlou.

“Concordo, mas se alguns dos empregados falam isso. E se nós não evitarmos, os rumores sairão de nosso controle. No anoitecer toda a cidade terá ouvido. Quem se hospedará em um hotel enfeitiçado?”

“Vou me encarregar disso,” Guy assegurou. Girou-se para Ryan. “Tem tempo para fazer algumas ronda comigo? Isso pode ajudar que as pessoas saibam que as brincadeiras são um assunto policial e não sobrenatural.”

Ryan negou com a cabeça. “Tenho muitas coisas pendentes. Posso enviar Roy com você. Termina seu turno em algumas horas, mas tenho certeza que aceitará fazer hora extra antes do Natal.”

Ezra ficou de pé e ajudou Wyn a levantar-se. “Acompanhe-me à cidade e nos asseguramos de que haja suficiente comida, até que cheguem os pedidos para a inauguração,” Ezra disse Richard.

Richard assentiu. “Quer alguma comida especial?” perguntou a Chad.

“Posso te fazer uma lista?” Chad replicou. Nunca tinha comprado mantimentos para três semanas. Não tinha certeza do que necessitaria, ele tinha que descer e revisar com lápis e papel à mão.

“Vou descer, e me deterei em seu escritório, logo que mostre a Ezra e Wyn o bar.”

Chad girou-se para Guy. “Há algo mais que necessite de mim?”

“Não. Confio que será capaz de resolver esta situação. Essa é a razão pela que te contratei em primeiro lugar.”

“Obrigado.” Chad baixou sua cabeça em reconhecimento, antes de deixar o quarto. Como diabos se supunha que passaria cada dia trabalhando lado a lado com Richard e não morrer de bolas azuis?

 

 

                                     Capítulo Três

 

Conectando a fiação de um dos abajures, Collin olhou para o quarto 313. Nunca tinha sido muito supersticioso, mas algo nesse quarto lhe assustava. Tinha falado com Richard de que algo andava mal com esse quarto em particular, dias antes do episódio do sangue.

Collin sabia que ele era um bom eletricista, mas não podia entender o que estava acontecendo com o trabalho elétrico no quarto 313. Pegou a chave de fenda de seu cinturão de trabalho e prendeu a placa na parede.

Se não necessitasse o dinheiro, teria ido com os outros quando os rumores começaram. Mas necessita o dinheiro que lhe pagavam e não havia muitas construções na área nessa época do ano. O inverno era geralmente um tempo vago. A oferta do hotel faria um bom colchão em sua conta do banco. Provavelmente teria que viver disso até a primavera.

“Já acabou isso? ,” Richard perguntou, entrando no corredor.

“Sim, já,” Collin respondeu, colocando o foco no abajur.

“Necessito que me faça um favor, e leve o pagamento a Abe Cross,” Richard disse. “Iria trazer a ultima carga, mas deverá esperar um tempo antes de trazê-la.”

Feliz de ter uma desculpa para deixar o hotel, Collin pegou o cheque de Richard. “Sem problema.”

“A tempestade chegará à uma hora aproximadamente, mas deve tratar de ir e retornar antes que a coisas fiquem difíceis. Pode levar minha caminhonete se quiser,” Richard adicionou.

“Está bem, minha caminhonete está comigo a inumeráveis invernos em Cattle Valley. Ela é um mel na neve.”

Collin seguiu Richard aos elevadores. Quando eles entraram pressionou o botão do segundo andar. “Obrigado por fazer isto,” Richard disse. “Eu tenho as mãos cheias, seguindo Chad. O homem ama dar ordens.”

Collin sorriu. Tinha observado os dois homens trabalhando juntos em inúmeras ocasiões. Richard podia dizer o que quisesse, mas Collin sentia que trabalhar sob as ordens de Chad, não incomodava ao gerente do bar, tanto como afirmava.

Ao deter o elevador, girou-se para o Richard. “Vou pegar meu casaco e me ponho a caminho.”

“Tudo bem. Obrigado.”

A porta se fechou, e Collin caminhou para seu quarto. Sentia-se estranho de viver em um quarto de hotel. Sua família nunca tinha saído de férias, enquanto crescia. A vida em uma granja leiteira deixava pouco tempo para algo mais.

Deslizando seu cartão chave na ranhura, ele deixou seu cinturão de ferramentas e vestiu seu casaco, seu chapéu e luvas. Caminhou para a janela, abriu as cortinas e olhou para fora. A neve caía com força, de seu ponto de vista deveria já haver uns dez centímetros sobre o terreno. Teria que ir e voltar rápido antes que o terreno se voltasse perigoso.

Depois de assegurar-se de levar sua carteira, Collin deixou o quarto e se dirigiu a sua caminhonete. Sua velha besta azul estava estacionada sob a entrada do hotel, tomou seu tempo para limpar as janelas.

Saindo pelo caminho de cascalho, Collin tentava de recordar como chegar à casa de Abe. Somente tinha ido uma vez, vários anos quando foi fazer um trabalho em uma ampliação que Abe tinha construído.

Ao pensar no imponente homem da madeira, o pênis de Collin pressionou contra a braguilha de seus jeans. Havia algo sobre o recluso homem que lhe fascinava. O tempo que trabalhou para Abe o homem articulou apenas algumas dúzias de palavras. Ver Abe na cidade era quase impossível, então não tinha podido apanhar sua atenção, mas possivelmente...

Collin amaldiçoou a si mesmo. Em que está pensando? Não há maneira de que um tipo como Abe se interesse por alguém como eu. Olhou seu reflexo no espelho retrovisor. Ele não parecia ruim, mas essa era realmente a única arma em seu arsenal. Homens como Abe não saíam com tipos aborrecidos como ele.

Enxergou uma saída que lhe pareceu familiar e a pegou, as rodas detrás se deslizaram na escorregadia superfície. A caminhonete sacudiu por um momento e ficou sem respiração. “Se concentre no caminho e não em seu pênis,” ele se ordenou em voz alta.

Tinha avançado apenas alguns quilômetros quando o céu descarregou com mais força a neve. Os limpadores de pára-brisas eram capazes de permitir apenas um pouco de visibilidade quando lentamente a caminhonete avançava. Deveria dar a volta e retornar?

Não, ele sabia que não podia. Não somente porque Richard tinha acreditado nele, mas sim porque não podia deixar a oportunidade de ver Abe. Apenas ver esses olhos azuis valeria à pena. Freqüentemente se perguntava como seria Abe sem o bigode e a barba. Não é que tivesse algo em contra a barba. Ao menos Abe sempre os mantinha perfeitamente limpos. Seus pensamentos seguiam no incrivelmente bem construído corpo de um metro noventa e dois centímetros, Collin negou com a cabeça. Soltou uma mão do volante e pressionou com a outra seu engrossado pênis.

Um cervo escolheu esse preciso momento para sair de umas árvores ao redor. Girando para evitar o animal a caminhonete de Collin deslizou fora do caminho e caiu em um ribanceira golpeando uma árvore.

Abrindo os olhos, ele piscou várias vezes. O que aconteceu? Ergueu a cabeça do volante, sobressaltando-se pela dor. Sua mão foi a sua testa e ao baixá-la estava coberta de sangue. “Merda.”

Tentou olhar aos arredores. Era sua imaginação ou tinha nevado muito mais? Pela forma em que a frente da caminhonete enrolava a árvore, Collin sabia que teria que caminhar pra pedir ajuda. Felizmente, pensou que estava, mais ou menos a um quilômetro da casa de Abe.

Desabotoou seu cinto de segurança, inclino-se para abrir o porta-luvas. Pegou seu lenço vermelho o pôs sobre a ferida mantendo-o em seu lugar com o chapéu.

Depois de assegurar-se que suas luvas estavam em seu casaco, abriu a porta, mas estava bloqueada. Deslizou-se no assento e tentou abrir a porta do passageiro. Tomou um pouco de esforço, mas foi recompensado quando a porta se abriu.

Saindo da danificada caminhonete, Collin se estabilizou contra o capô da caminhonete. Não havia duvida tinha uma contusão. Sua vista estava nublada e estava fora de equilíbrio. Esperava poder chegar antes que a tempestade de neve o tombasse.

 

“Aqui te ajudo,” Chad ofereceu sustentando a porta aberta.

“Obrigado,” Richard respondeu, dirigindo-se ao montão de lenha no vestíbulo “já enchi de lenha a área de armazenagem do bar, e estava trabalhando no vestíbulo.”

“Quanto mais?” Chad perguntou, ajudando Richard a baixar a carga.

Olhando as grandes janelas do piso ao teto, Richard negou com a cabeça. “Eu diria que ao menos dois para que estejamos seguros. Não parece que a tempestade de neve vá parar logo. Há boas possibilidades de que fiquemos sem eletricidade. Se isso acontecer, nós precisaremos ficar no bar, menos espaço que esquentar.”

Chad se via nervoso. Richard sabia que o homem nunca tinha estado rodeado de neve e não sabia que esperar. Realmente não tentava assustar Chad, mas tampouco ia adoçar a custo de sua situação. “Se nós perdermos energia, vamos ter que abrir a água nas tubulações antes que se congelem.”

“E os geradores, não pagamos uma fortuna para isso?” Chad perguntou.

“Sim, mas requerem gasolina, e nós somente temos o suficiente no tanque para um dia ou possivelmente dois. Inclusive se não acendêssemos a toda sua capacidade.”

“Você realmente pensa que vamos ficar sem eletricidade?”

“Sim, o problema é saber quando. Felizmente, temos um montão de cobertores e lenha, nós estaremos bem.”

Chad assentiu e uma vez mais começou a descarregar a lenha. A expressão de preocupação em sua cara derreteu o coração de Richard.

“Hei,” Richard disse, agarrando pelos ombros Chad. “Nós estaremos bem.”

“Que acontecerá com Collin? Acredita que retornou bem?” Chad perguntou.

“Espero que fique na casa de Abe. Séria um suicídio tentar retornar pela montanha com este tempo.”

 

Estirando seus pés fora do sofá, esquentou-se frente ao fogo, Abe distraidamente arranhava detrás das orelhas a seu cão. Lobo[4], o vento uivando fora da janela não augurava que a tormenta fosse deter-se logo. “Como disse esta vai ser extraordinária,” comentou enquanto Lobo descansava sua cabeça no regaço de Abe. Os invernos era o tempo mais difícil para Abe.

Podia pretender que não necessitava companhia, enquanto se mantinha ocupado, mas sentado frente ao fogo, desejava alguém mais além do cão que lhe desse calor.

Sorriu ante a lembrança dos muitos amantes do passado com os que poderia ter compartilhado a cabana em meio de um nada. Esses homens poderiam morrer com algo menor a um hotel de cinco estrelas. Abe suspirou. Possivelmente esse fosse o problema. Sempre tinha tido encontros com homens superficiais como ele era.

Lobo ergueu a cabeça de sua posição. “Que está ruim?” Abe perguntou ao pastor alemão.

Ladrando, Lobo saltou do colo de Abe e correu para a porta. Abe sabia que não tinha necessidade de se irritar, para comportar-se dessa maneira. Tomando seu rifle de cima da lareira, Abe rapidamente calçou suas botas. Talvez um cervo tivesse chegado até seu pátio, era melhor ter certeza, que lamentar-se. Tinha visto ursos e lobos aproximando-se, e ir contra um desses sem um rifle era uma loucura.

Preparando-se para o ar frio que com toda certeza receberia na cara, Abe abriu a porta. Lobo passou entre suas pernas e saiu ao pátio ladrando. “Quem anda aí!” Abe gritou, com seu rifle em posição preparado.

“Ajude-me,” ele ouviu uma débil voz responder gritando através da brilhante neve.

Abe não reconheceu a voz, mas isso não era uma grande surpresa. Não tinha muitas conversações ultimamente. Deixou o rifle apoiado frente à porta, confiando que não iria necessitar. Abe caminhou pela densa neve do alpendre e tratou de seguir o som do Lobo que continuava ladrando.

Quando enxergou uma mancha azul aferrando-se a uma árvore, ele acelerou o ritmo. “Lobo! Retorna,” ele gritou, enquanto se aproximava do homem. “Está bem?”

O homem lentamente ergueu a cabeça. “Collin?” Abe não podia acreditar o que via. “Que está fazendo aqui?”

“A caminhonete, saiu do caminho. Não tinha certeza de conseguir encontrar sua casa,” Collin disse com estupidez.

Foi quando Abe notou o sangue seco a ambos os lados da cara do homem. “Merda, vamos entrar,” lhe indicou, envolvendo seu braço ao redor da cintura de Collin. Collin tratou de manter-se em suas pernas. Sem pensá-lo, Abe ergueu o pequeno homem em seus braços.

Collin tentou liberar-se, mas Abe apertou mais forte. “Fica quieto. Precisa conservar sua energia.”

Batalhando com a densa neve, Abe cobriu o corpo de Collin com o seu o máximo possível. Colocou o rifle dentro quando entraram na cálida cabana.

Com a luz, o rosto de Collin se via pior que fora. Rapidamente pôs o congelado homem frente à lareira e começou a tirar sua roupa.

“Que está fazendo?” Collin perguntou quando Abe começou a desabotoar sua camisa.

“Salvando sua vida,” Abe respondeu. “Precisamos te manter quente.”

Quando Collin esteve apenas de cueca, Abe recordou o sangue. Alcançou o cobertor do sofá e envolveu ao tremente homem. “Vou pegar o estojo de primeiro socorros. Continue sentado.”

Abe tomou uma velha caixa do armário debaixo da pia, e uma velha toalha limpa e a molhou em água quente, antes de retornar à sala. Quando entrou na sala, Collin parecia uma bola e tremendo visivelmente.

“Merda!” Abe deixou a caixa de primeiros socorros no piso. E começou a despir-se “Vamos, Collin. Temos que te esquentar.”

Ficando nu Abe envolveu seus braços ao ainda tremente Collin que se deu conta de seu engano. Apesar de estar a ponto de morrer congelado, o homem em seus braços se sentia malditamente bem, muito bem. Abe se perguntava se poderia deixar ir o quase estranho.

 

 

                                 Capítulo Quatro

 

Richard desligou o telefone. “Era Abe. Collin saiu do caminho quando se dirigia a levar o dinheiro que o bar lhe devia.”

“Collin está bem?” Chad perguntou de frente à lareira.

Richard pôs algumas lenhas a mais no fogo e sentou-se ao lado de Chad. Eles tinham se movido ao bar, para conservarem-se quentes e economizar madeira. “Sofreu um desagradável corte na testa. Segundo Abe, necessitaria pontos, então nosso residente homem da madeira fez a melhor coisa que podia, fechou com super cola.”

Chad assobiou. “Ouch.”

“Sim. Abe garante que Collin estará bem com ele até que a tormenta passe e os caminhos se limpem.” Decidindo deixar de dar golpes ao redor, Richard se inclinou mais perto de Chad. “Isso significa que somos somente você e eu.”

“O quer dizer?” Chad perguntou.

Mantendo o contato visual, Richard se ajoelhou no piso frente à Chad. Acomodou-se entre as coxas abertas de Chad e passou suas mãos pelas musculosas pernas de Chad. “O que quero dizer, é que estou cansado de caminhar com uma ereção.”

“Não acredito que sejamos compatíveis nesse departamento,” Chad se apressou a responder, movendo-se em sua cadeira.

“Por quê? Você não gosta de homens?” Richard perguntou. Podia dizer pelos duros mamilos debaixo da camisa de Chad que o gerente do hotel estava aceso.

“Não, é isso. Sou gay, apenas gosto de estar acima, apenas isso,” Chad declarou.

Richard quase saltou de alegria. “Inclusive melhor,” ele murmurou, fechando a distância e chupando o lóbulo da orelha de Chad.

Chad deu um meio gemido, meio grunhidos antes de tomar a parte de atrás da cabeça de Richard e devorá-lo a um profundo beijo. Droga o homem sabia bem.

Chad tomou o controle e Richard agradavelmente o cedeu.

“Tire isso,” Chad ordenou, rompendo o beijo e apontando a camisa de Richard.

Richard se sentou em seus calcanhares e tirou a camiseta por sua cabeça. Viu Chad quase surpreso do musculoso peito. Quem saberia que o pequeno homem estava constituído de um tijolo baixo da roupa? E escondia uma tatuagem?

“Cristo,” Richard grunhiu, enquanto trabalhava nas calças de Chad.

Chad ergueu seus quadris quando Richard lutava por lhe tirar a roupa. A boca se encheu d’água com a espera. Descobrindo que o pênis de seu amante, era uma coisa formosa. Olhou para Chad lhe pedindo permissão, para continuar.

Um leve movimento de cabeça, assentindo, era tudo o que necessitava. Baixando a cabeça, Richard passou sua língua pela cabeça em forma de cogumelo. Foi recompensado com uma grande gota de pré-sêmen. Gemendo ante o forte sabor, Richard passou seus lábios pelo grosso eixo, jogando com a sensível área sob a cabeça.

Uma mão em sua nuca e uma pélvis empurrando, foi tudo que Richard necessitou para relaxar sua garganta e aceitar a invasão de Chad entrando em toda sua longitude. “Sim! Chupe isso,” Chad ordenou, enquanto começava a foder a boca de Richard.

Richard deixou o controle e permitiu que Chad o usasse como necessitava. Sabia que muitas pessoas achariam difícil de acreditar, mas realmente desfrutava dando prazer. Ao ver o rosto de Chad, ele sabia que estava fazendo um bom trabalho.

Chad puxou a cabeça de Richard para trás com uma baliza de cabelos e gozou, o quente jorro de sêmen cobriu o rosto e pescoço de Richard. “Sim,” Chad gritou, enquanto continuava esvaziando suas bolas.

Quando Chad se desabou em sua cadeira, Richard pegou sua camisa. “Espera,” Chad ordenou.

Richard deixou a camisa e olhou fixamente nesses profundos olhos café. Com um ligeiro sorriso, Chad o puxou e começou a limpar a seca semente com sua língua. A ação foi a tal ponto erótica, que Richard rapidamente desabotoou a braguilha de seus jeans e tomou seu pênis com sua mão enquanto Chad continuava lavando seu rosto e pescoço.

“É um sexy filho de cadela,” Chad disse entre seus lábios.

Richard sentiu aproximar-se seu iminente orgasmo. “Vou gozar,” ele gemeu.

“Sim. Dê-me isso,” Chad instruiu, embalando as bolas de Richard.

Uma forte pressão foi tudo que Richard necessitou para pintar a frente da cadeira de couro com sua semente. A força do clímax esgotou Richard. Sua cabeça caiu no nu colo de Chad, enquanto tratava de recuperar a respiração. Não tinha gozado assim há muito tempo.

Richard olhou para Chad. “Acho que necessito de uma sesta.”

Chad sorriu, a ação mostrou uma dessas lindas covinhas. “Bom temos cobertores e fogo. Que mais necessitamos?”

“Camisinhas,” Richard respondeu. “Mas estão em meu quarto, e acredito que fiquei sem energia para subir.”

“Depois,” Chad disse e se deslizou ao chão e aconchegou Richard em seus braços.

Com um pequeno esforço eles chegaram aos cobertores e se cobriram, deitados juntos e aconchegados, Richard suspirou. “Isto é agradável.”

“Sim,” Chad adicionou. “Mas ainda temos muito trabalho diante de nós.”

“Um dia de cada vez,” Richard disse, apertando-se contra os braços de Chad.

Depois de um momento, Chad limpou a garganta. “Eu realmente estava falando do hotel.”

Richard sentiu um golpe em seu estômago. Chad estava dizendo que não queria um futuro? Isso que eles tinham feito era apenas uma liberação puramente física? Um suave beijo na parte de atrás de seu pescoço, fez menos dolorosa a declaração de Chad, só que Richard seguia chateado.

 

Collin despertou cheio das luzes e sombras causadas pela lareira. Tentou sentar-se, mas a dor em sua cabeça o deteve. “Aahh,” ele gemeu pondo sua mão na têmpora.

“Vai com calma,” Uma grossa voz o tranqüilizava de algum lugar das sombras.

“Onde estou? Quem é?”

Viu um fósforo acender um lampião de querosene, com a chama viu o rosto de Abe e recordou os eventos anteriores. Bateu a caminhonete. Droga! Olhando para fora se deu conta que tinha escurecido. “Quanto tempo estou aqui?”

“Algumas horas. Não é tão tarde como se vê, é apenas sete e meia. A eletricidade se foi faz aproximadamente uma hora. Eu tenho um tanque de gasolina para o gerador de eletricidade, que segue apagado.”

Os dedos de Collin se foram à vendagem em sua testa. “Golpeei a cabeça,” disse, recordando.

“Sim. Tem uma feia ferida na testa que necessitava pontos, claro que eu não podia fazer isso, mas o selei com um pouco de cola. Espero que não te incomode, mas é provável que fique cicatriz.”

Quando a neblina de sua memória começou a esclarecer, Collin recordou que Abe o tinha esquentado. Merda, não só me esquentou me sustentou.

“Está me ouvindo?” Abe perguntou.

Que? OH, ele não se deu conta que não disse nada sobre o comentário da cicatriz. “Sim. Sinto muito, ainda estou um pouco confuso. As cicatrizes não me incomodam. Pratiquei esportes toda minha vida e a cada ano tenho uma cicatriz nova.”

Abe tinha uma estranha expressão em sua cara. Havia dito algo ruim? “Agradeço tudo o que tem feito por mim,” Collin adicionou, acariciando o cão que tinha saltado ao sofá e que o estava cheirando.

Abe fez um profundo ruído com sua garganta e ficou de pé. “Imagino que está faminto. Vou fazer sopa.”

“Não tem que fazer isso,” Collin disse, segundos antes que seu estômago começasse a fazer ruídos grunhindo.

Girando-se para ele, Abe sorriu. “Está bem. Não é problema. Vamos, Lobo. Alimentarei-te enquanto fique aqui.”

Esperando seguir ao alto e formoso homem, Collin tentou ficar em pé e se deu conta que tinha apenas uma cueca debaixo do grosso cobertor. Sentiu o calor do rubor subir de seu pescoço a seu rosto enquanto procurava ao redor do quarto seus jeans. “Um… desculpe-me, Abe onde está minha roupa?” pergunto-lhe o bastante alto para que o ouvisse.

Sustentando outro lampião que devia ter na cozinha, Abe reapareceu na porta. “Sinto muito estava molhada, e a meti na secadora antes que se fosse à energia, vou ver se deu tempo a secar-se.”

Depois de que Abe desapareceu de novo, Collin envolveu um cobertor ao redor dele como toga e se aventurou a entrar na cozinha. Virtualmente ia entrar, quando Abe rodeava o canto. “Sinto muito,” Collin se desculpou.

Abe rapidamente tinha retornado com as roupas de Collin “Não. Sou eu que deve desculpar-se. Eu deveria ter revisado isso antes. Não se secaram, vamos ter que as pendurar frente à lareira.”

Collin assentiu. “Eu posso fazer isso.”

Quando pegou a roupa sentiu a coberta começar a deslizar-se. Tratando de tomar as roupas e deter a coberta que era a única coisa que o cobria, tudo terminou caindo em um montão no chão. Envergonhado, Collin se ajoelhou tratando de cobrir seu quase nu corpo.

Abe se ajoelhou e recolheu a roupa molhada de Collin. Quando Abe não fez nenhum intento de ficar de pé, Collin finalmente ergueu a vista, vendo o formoso homem da madeira. Abe tinha o desejo escrito claramente em sua cara. O próprio desejo de Collin pressionava contra o fino material de sua boxer.

As lembranças do firme corpo de Abe o esquentando o assaltaram. Collin se inclinou para frente e pressionou brandamente os lábios de Abe. O beijo foi comprido, mas não profundo, finalmente Abe se retirou.

“Não posso fazer isto,” Abe grunhiu, e ficou de pé.

O traseiro de Collin caiu ao piso ante o rechaço. Ergueu o cobertor ao redor dele como escudo. Que estúpido sou, claro um homem como Abe não poderia gostar de um tipo como eu. Ouviu seus jeans golpear contra a pedra da lareira, quando Abe pendurava suas roupas.

“Encontrarei algo seco para que possa usar, até que seque o seu,” Abe murmurou atrás de Collin.

OH, Que tão ruim deveria ser quando o tipo te roga que se vista?

Depois de uns momentos, voltou, com uma camiseta e uma suave calça de pijama de flanela, deixando-a no piso junto às pernas de Collin.

“São muitos grandes, mas têm cordão na cintura. Vou ver como vai a sopa.” Abe se desculpou, e saiu do quarto.

Recolhendo a calça de pijama azul escuro e verde, e a camiseta branca, Collin retornou ao sofá. Podia dizer que a calça não tinha sido usada. Possivelmente, Abe dormia nu.

Com um som de absoluta indignação que saiu dele, Collin se vestiu. Apertou o cordão tudo o que pôde, envergonhado de seu pequeno corpo. Não era a primeira vez que desejava ter um corpo parecido ao dos homens que considerava atrativos. Sem importar quanto tinha trabalhado ou quantas horas tinha passado na academia, ele continuava sendo um esquálido camarão[5].

Collin estava ocupado catalogando seus defeitos, que não ouviu Abe chegar ao quarto. Levando uma bandeja de sopa, crackers e leite, colocou-a na mesa de café frente a ele.

“Espero que você goste de leite. Posso te trazer outra coisa se preferir?”

“Não. Leite está bem. Obrigado.” Ergueu o copo e tomou um gole para provar sua declaração. Quando Abe se sentou em uma solitária cadeira ao lado do sofá, Collin repentinamente sentiu a necessidade de desculpar-se.

“Sinto muito, tudo isto.” Apontou a sua testa. “Eu vinha te trazer o cheque de Richard.” Repentinamente se lembrou de algo. “Richard! Preciso telefonar deve estar preocupado.”

Abe negou com a cabeça. “Já me ocupei disso. Sabe que estará aqui até que os caminhos se limpem o suficiente para transitar e possa chegar ao hotel.”

Collin olhou para as montanhas. “Que tão mal esta aí fora?” Não podia imaginar-se esmagado por mais de um dia ou dois.

“Mau. O pior que vi. Recorda minhas palavras. Nós vamos medir em pés[6], não em polegadas, pela manhã.”

Pés? Quanto tempo tomaria aos caminhos estarem limpos? Sabia que a cidade normalmente não limpava esses caminhos especialmente não por um só homem. Collin, interiormente sofreu. Podia ver semanas de tortura.

 

Depois de instalar Collin no quarto extra, Abe deixou sair Lobo. “Fique perto,” ordenou a sua fiel companhia. Não queria perder seu cão em uma fodida tempestade de neve.

Fechou a porta e esperou. Lobo não pareceu gostar do frio, mas que a ele, e em questão de segundos raspou a porta. Abe abriu a porta, e seu cão entrou salpicando barro. Abe tomou uma toalha de um gancho perto da porta e secou os pés e o corpo de Lobo. “Bom menino,” disse aplaudindo a cabeça de Lobo.

Em lugar de entrar no frio quarto, Abe decidiu estirar-se no piso frente à lareira. Quando menino era seu lugar atribuído. Abe sorriu, recordando os fins de semana passados ali com seu pai, seu avô e seu irmão. Eles sempre tinham sido os típicos meninos de fim de semana. Sem banhos, sem comida balanceada. Só sol, natureza e tudo o que pudesse acontecer antes do jantar.

Esses tempos se foram, seu pai morreu de um ataque do coração, seu avô de um derrame e mais recentemente seu irmão. Abe fechou os olhos e tratou de bloquear a dor que as lembranças sempre lhe causavam. Seus dedos distraidamente foram às cicatrizes que sua barba cobria.

Tratou de levar sua mente longe do acidente, a um tema diferente. Collin. Que ia fazer com Collin? Mais importante, que ia fazer com a forte atração que sentia pelo pequeno homem? Seria fácil deixar-se levar e foder como coelhos nos seguintes dias, só que pensava que Collin não merecia isso. No passado, Abe não teria se incomodado. Em seus anos de modelo, passava muitos fins de semana fodendo com homens desconhecidos. Eles entendiam que esses poucos dias era tudo o que Abe podia dar, mas Collin era diferente. Não era um tipo para tomar ocasionalmente, era alguém que verdadeiramente desejava.

Estava agradecido de que Collin não tivesse notado sua ereção pressionando contra a frente de sua cueca. Esse cálido homem o tinha levado ao céu e ao inferno ao mesmo tempo. Abe olhava por volta do quarto onde Collin dormia. Se pudesse seria tão fácil…

 

 

                                       Capítulo Cinco

 

Richard deixou fluir a água pela torneira em um jorro fino como um lápis. “Seis preparados faltam quarenta e quatro, ao quarto seguinte.

Odiaria ver o recibo da água depois de que a tormenta passasse, mas era melhor que substituir os tubos. Richard tinha saído do bar na primeira oportunidade, quando Chad sugeriu abrir as chaves das torneiras no hotel. Isso não somente era algo inteligente que fazer, mas sim lhe deu uma desculpa para escapar do olhar questionador de Chad.

Richard ainda não podia acreditar como tinha atuado a noite anterior. Como tinha aceitado que lhe puxasse o cabelo durante a mamada, isso havia trazido dolorosas lembranças de seu passado. Deu uma apressada desculpa e correu a seu apartamento. Seu corpo ainda não se esquentava depois de passar a noite só em um quarto sem aquecimento.

Sentia-se como um estúpido. Por horas depois de ir à cama, esteve se chutando o traseiro. Não conhecia também Chad, mas podia dizer que era um homem extremamente dominante apenas nada parecido a Papai Paul.

Pensando em seu anterior par, Richard levou seus dedos à cicatriz na parte detrás de sua cabeça. Por anos, Paul tinha sido seu dominador, Richard não podia nem pensar dizer, não. A última noite que viu Paul no ‘Maverick’[7] poderia ter sido também sua ultima noite na terra.

Quando Paul tomou Richard pelas bolas e lhe ordenou que saísse, Richard sem pensar duas vezes obedeceu. A festa de boas-vindas no beco o tomou totalmente por surpresa. Quando Papai Paul informou Richard que ninguém se afastava dele. Foi espancado por mãos de quatro homens, deixando Richard perto da morte.

Richard sorriu quando continuou caminhando pelo corredor. Ao menos o bastardo estava pagando por isso na prisão. Esperava que Paul se convertesse na cadela de um tipo chamado Bubba.

O rádio em seu quadril rangeu, antes que a voz de Chad invadisse seus felizes pensamentos.

“Em que andar está?” Chad perguntou.

Tirando o rádio do cinturão, Richard o levou a sua boca. “Traficante de escravos! Estou na metade do primeiro andar.”

Chad realmente riu. Não recordava ter ouvido antes ao duro gerente rir.

“Tenho que falar contigo. Vou te encontrar,” Chad proclamou antes de desligar.

Quando Richard guardou o rádio de volta em seu cinturão, suas mãos começaram a suar. Que acontecia esse homem que o punha nervoso? Diabos, não parecia que Chad fisicamente pudesse assustá-lo. Richard sabia que podia deter Chad em uma briga. Chad podia ter músculos impressionantes em seu pequeno corpo, mas Richard tinha a mesma forte constituição com vinte centímetros mais de altura e vinte quilos mais.

Terminando outro quarto, Richard ouviu passos, olhou sobre seu ombro, ele diminuiu seus passos permitindo que Chad o alcançasse.

“Recebi uma chamada por rádio do xerife.”

Richard se deteve completamente e girou-se para Chad. “Sim? Que queria?”

“Saber se estávamos bem e nos dizer que o laboratório de Sheridan fechou devido à tormenta. Não terá respostas sobre o sangue do quarto 313 até que reabram,” Chad informou.

“E até lá?” Richard perguntou. Odiava não saber o que estava em contra, especialmente estando apanhado na montanha.

Chad se encolheu de ombros. “Ryan diz que terá o rádio ligado a todo o momento, se precisarmos falar com ele.”

Olhando para baixo aos olhos café de Chad se perguntava que era o bastante importante da conversação com o xerife para que o buscasse. “Está bem,” Richard disse e entrou no quarto seguinte.

Chad colocou sua chave mestra no quarto do outro lado do corredor. “Já que estou aqui posso te ajudar a terminar.”

Richard mordeu o interior de sua bochecha. Droga. A única razão que o tivesse aceitado essa tarefa rotineira era para estar longe desse dominante de olhos café. Agora que ia segui-lo, esse ia ser um comprido e torturante dia.

 

“Continua nevando? Realmente, ou está brincando?” Collin se queixou arrastando os pés dentro da sala.

Abe se afastou da janela e girou-se para seu hóspede. Collin ainda vestia os grandes pijamas que Abe tinha emprestado a noite anterior.

“Eu nunca tinha visto nada como isto,” Abe concluiu. Não tinha certeza se referia à neve ou ao sexy homem frente a ele, possivelmente a ambos.

“Ouviu a previsão do tempo?” Collin perguntou esfregando seu coberto peito.

Abe tratou de não babar ao pensar em passar suas mãos sob a camiseta emprestada de Collin. “Um, eles pensam que continuará por ao menos as seguintes trinta e seis horas.” Negou com a cabeça tratando de dissipar os perversos pensamentos. “Quer café?” Abe assinalou para uma velha cafeteira na estufa.

“Parece bom. Poderia me esquentar um pouco.” Collin disse.

Resmungando defensivamente, Abe pegou o cabo e uma xícara antes de aproximar-se do fogo. “Liguei o aquecimento cedo, deve estar agradável logo. Como está sua cabeça?”

“Bem. A dor quase se foi,” Collin disse caminhando atrás de Abe.

“Dormiu bem?” Abe perguntou, lhe dando a xícara de café Collin sem girar-se. Ouviu que Collin deixou a xícara de café na mesa, antes de sentir uma mão deslizar-se por suas costas.

“Tive frio. Desejaria que me esquentasse de novo,” Collin murmurou contra o ouvido de Abe.

Fechando os olhos, a corpo de Abe o traiu inclinando-se ante a carícia. “Diz isso porque não me conhece o suficiente.” Abe murmurou.

Collin colocou suas mãos sob a camisa de flanela de Abe e pegou seus mamilos. “Mas o quero,” Collin respondeu.

Abe se empurrou para Collin. Com a evidência do despertar de Collin pressionando contra sua coxa, Abe saboreava o momento. Não sabia quanto duraria o deles, mas ele estava cansado de brigar contra o inevitável. Sentiu uma pressão contra sua própria ereção e gemeu, pensando que era Collin.

Abrindo os olhos, Abe olhou para baixo esperando ver a mão cobrindo a braguilha de seus jeans. O que viu foi o nariz de Lobo pressionando seu pênis. “Lobo!” gritou captando a atenção do cão. “Saia daqui.”

Com olhos tristes sua fiel companhia girou-se e se afastou. Abe se sentiu mal por haver gritado ao pobre cão.

“Alguém esta ciumento?” Collin perguntou, sua mão se movia para o sul.

“Parece que sim,” Abe respondeu. “Eu terei que lhe dar umas bolachas para cão depois para compensá-lo.”

Antes que a mão de Collin pudesse deslizar-se sob seus jeans, Abe girou-se “Quero te ter,” confessou.

Collin assentiu e começou a desabotoar a camisa de Abe. Os lábios foram ao seu peito e deixando Abe quase sem fôlego. Deus tinha passado muito tempo desde que deixou que sua culpa impedisse de ter intimidade com alguém. Não do acidente…

Abe afastou esses pensamentos e tirou a camiseta Collin sobre sua cabeça. “Pele,” ele grunhiu com as mandíbulas tensas. O desejo estar enterrado até o punho dentro do homem em seus braços repentinamente o afligiu. “Merda,” ele amaldiçoou.

Collin se deteve no processo de tirar a camisa de Abe. “Algo esta mau?”

“Sim. Não tenho camisinhas. Porra,” Abe amaldiçoou de novo.

“Tenho uma em minha carteira,” Collin declarou.

Olhando pela janela a nevada ainda caindo. “Uma? vamos estar aqui ao menos uma semana, possivelmente mais. Como se supõe que vamos ter apenas com uma?”

Pensa, droga. Abe repreendeu a si mesmo por não estar preparado. Sabia que nunca teria o bastante desse formoso homem de olhos azuis.

“Podemos fazê-lo ao natural?” Collin ofereceu.

“Não,” Abe respondeu. “Já vi muito para correr esse tipo de riscos.”

Com um suspiro de resignação, Abe guiou Collin para o sofá. “Suponho que podemos nos esfregar, e nos masturbar até que o tempo melhore.”

“E nos beijar,” Collin adicionou, sentando-se escarranchado no colo de Abe.

“E nos beijar,” Abe adicionou, tomando a boca de Collin em um profundo beijo. Cristo, o homem sabia beijar.

Abe começou a afrouxar o cordão da cintura de Collin sem romper o beijo. Não tinha certeza que se sentiria melhor, tomar o comprido e fino pênis de Collin ou lhe colocar o punho. De qualquer maneira, Abe sabia que não ia durar muito, especialmente quando seu amante começou a chupar sua língua.

Fechando os olhos, Abe tratou de concentrar-se para dar ao homem em seus braços todo o prazer possível. Droga, o queria fodê-lo. A imagem de Collin montando o pênis de Abe o levou a bordo.

Abe sentiu a calidez de seu próprio sêmen disparar-se entre eles, quando seus músculos se esticaram em êxtase. Collin gritou o nome de Abe segundo depois, cobrindo-os de pegajosos sêmens. Repentinamente se lembrou que o aquecedor da água estava desligado. Inclusive se o ligava agora, ia tomar muito tempo antes que estivesse o bastante quente para um banho.

Enquanto o aroma de seus sêmens mesclados chegava a seu nariz, Abe decidiu que não necessariamente seria ruim. Se, podia acostumar-se ao aroma de seu prazer combinado. Puxou Collin, mas apertado contra seu peito. “Obrigado,” ele murmurou.

Collin riu. “Você agradece a mim. Acredito que o único agradecido sou eu.”

“Agradecido?” Abe estava confundido.

Collin olhou para a janela recusando-se a ter contato visual. “Eu não sou ninguém. Você é... Abe.”

O corpo inteiro de Abe ficou tenso. Collin sabia quem era ele, ou melhor, dizendo quem estava acostumado a ser e tudo isto era a respeito de fazê-lo com um super modelo? “Porque diz isso?” ele finalmente perguntou.

“Que, que não sou ninguém?” Collin se encolheu de ombros. “Porque eu sou provavelmente o homem mais aborrecido em Cattle Valley.”

Abe negou com sua cabeça. “Não é isso, podemos retornar a isso em um minuto. Que quis dizer com que você é Abe?”

Collin o olhou como se estivesse louco. “Porque você é grande, formoso e sexy. Como poderia alguém como você, se interessaria em alguém como eu?” Collin fez uma careta. “Bom, exceto por toda esta coisa da tempestade.”

Abe ficou sem fala. Havia realmente encontrado a um homem com uma auto-estima mais baixa que a sua? Aprendeu depois do acidente que qualquer um podia ter uma baixa auto-estima. Abe tinha sido famoso em Nova Iorque, mas nada tinha importância uma vez que se deu conta de seu feio interior. Apenas sentia que fora a morte de seu amado irmão o que lhe levou a seu verdadeiro lar.

Embalou o rosto de Collin em suas mãos, olhando fixamente ao pequeno homem nos olhos. “É formoso por dentro e por fora. Como pode dizer algo assim?”

“Sou fraco,” Collin começou.

“Não, é magro, há uma grande diferencia,” Abe corrigiu.

“Sou aborrecido,” Collin tratou de novo.

“Porque pensa isso? Li no jornal local que é bombeiro voluntário e é uma sensação nos esportes. Como alguém com um corpo tão sedutor, pensa que é aborrecido?”

“Não tenho muitos amigos. Isso te diz algo. Correto?”

“Eu não tenho nenhum amigo. Pensa que me faz aborrecido?” Abe rebateu.

“Não. Mas provavelmente porque não queira nenhum. Essa é a diferença,” Collin esticou seu lábio inferior em um bico infantil.

Abe estudou por um momento Collin. Podia dizer pela séria expressão na cara desse homem que não estava procurando um completo. “Antes de tudo, eu não tenho amigos porque sinto que não mereço os ter. Segundo penso que subestima sua aparência. Se você não tiver amigos próximos, é provável que seja porque não deixa que as pessoas te conheçam.”

Collin se encolheu de ombros.

Abe beijou a atadura que cobria sua testa. “Eu gostaria de ser seu amigo.”

Os olhos de Collin brilharam. “Sério? Porque isso me agradaria muito”.

Uma calidez invadiu o peito de Abe, enchendo espaços que por tanto tempo tinham estado vazios.

Collin se retirou e olhou para baixo “Parece que necessitamos um banho de esponja.”

Abe se deitou e puxou Collin acima dele. “Depois de uma sesta.”

 

“Então… nós vamos falar a respeito do que aconteceu?” Chad perguntou, quando eles terminaram os quartos do segundo andar. Seu corpo ainda estava recuperando da mamada que Richard tinha lhe dado a noite anterior. Num momento, se encontrava no nirvana[8] na forma de um galã de um metro noventa e dois centímetros, e no seguinte, o tinha deixado, para dormir sozinho.

Richard caminhou vacilante. “Sinto muito tudo isso. Estava um pouco assustado.”

“Está assustado?” Chad perguntou. Possivelmente se tinha equivocado com Richard. “Pareceu-me que desfrutava cedendo o controle.”

“Sim. Faço-o. Mas encontrei que não é bom para minha saúde.”

Chad franzindo o cenho tentou armar o quebra-cabeça da declaração de Richard. “Tem algum tipo de enfermidade venérea?”

Richard riu e negou com a cabeça. “Não. Estou limpo. Meu único Papai me usou como saco para espancar, quando não estava fodendo meu cérebro.”

Chad de novo se enfocou no tamanho de Richard. Não há maneira. “E você o deixou?”

Richard continuou subindo as escadas. “Eu o amava. Paul começou lentamente, aumentando seus golpes até que eu estava completamente sob seu polegar. Eu poderia ter feito algo por esse homem. Um amigo, Curt, finalmente me levou a linha reta. Através de sua ajuda e alguns amigos mais consegui terminar e me afastar do controle de Paul.”

A cabeça baixa de Richard dizia a Chad que não lhe havia dito tudo. “E?” o pressionou.

“E Paul e uns de seus amigos me golpearam até quase me matar. Eles purgam condenados na prisão de Oklahoma.”

O instinto protetor de Chad tomou o controle, adianto-se frente a Richard puxou o homem maior aos seus braços. “Sinto muito,” disse, beijando a mandíbula de Richard. “Não merecia ser tratado assim, ninguém merece. E Paul certamente não era o homem para ti.”

“E você é?” Richard murmurou.

“Pode ser. Nas circunstâncias corretas.” Chad passou sua mão sob o peito de Richard e embalou suas bolas.

Richard gemeu. “Devemos terminar com a primeira água.”

Chad apertou o pesado pacote em sua mão. “Sim, será melhor terminar com o trabalho. Mas depois, decidi te manter ocupado o resto do dia.”

Liberou ao maior homem e continuaram ao terceiro andar. Logo que saíram ao corredor, notou-o. “Richard?”

“Sim?” Richard perguntou, chegando a lado de Chad.

Chad assinalou para o corredor. “Vê isso?”

Richard rapidamente ficou sem respiração, vendo a porta aberta na metade do corredor assinalava Chad. “Como?” Richard perguntou, olhando para baixo à chave cartão em sua mão.

“Não sei, mas estou malditamente seguro que vou averiguar” Chad soprou de fúria, tomando caminho para o quarto 313.

“Espera!” Richard gritou, tomando o braço de Chad e detendo-o. “Deixe-me ir. Apesar de minhas incomuns preferências sexuais, sou maior.”

Chad olhou os olhos Richard. “Vamos juntos.”

 

 

                                 Capítulo Seis

 

Collin despertou vendo um par de olhos tristes. “Hei, Lobo,” ele cumprimentou em uma suave voz.

O grande pastor alemão lambeu a cara de Collin e gemeu. “Precisa sair?” Collin perguntou, brandamente saindo do peito de Abe.

Lobo foi à porta e caminhava adiante a atrás. “Já vou,” Collin sorriu. O primeiro golpe de ar frio quase o deixou sem respiração. Droga. A tempestade parecia inclusive mais forte. A esse passo, ele ia ser hóspede de Abe até o Natal.

Um sorriso apareceu em sua cara. Não me incomodaria isso. Poderia ser muito melhor que passá-la na estação com o resto dos bombeiros solteiros.

“Hei, onde se foi meu cobertor?” Abe perguntou do sofá.

“Lobo parecia estar a ponto de explodir.”

“Bem abre a porta, deixa-o que retorne aqui. Logo, deixa que esse doce traseiro retorne onde deve estar.”

Sentindo-se descarado, Collin moveu seu traseiro, quando abriu a porta e gritou a Lobo. O pastor coberto de neve passou junto a ele direto a salpicar o sofá com a úmida neve que o cobria.

“Não, Lobo!” Abe gritou, tratando de esquivar o frio orvalho da neve derretida.

Rindo, Collin pegou a toalha que viu que tinha usado antes e chamou ao divertido cão. “Vêem aqui, Lobo.”

Com uma inclinação de cabeça, o grande cão obedeceu. De joelhos no chão, Collin secou a Lobo antes de pendurar a toalha no gancho para que se secasse. “Devo lhe dar algo de comer?” Collin perguntou.

“Não. Pode esperar ao jantar,” Abe grunhiu, estirando seus braços para Collin.

Mas feliz do que tinha estado em anos, Collin colocou três lenhas a mais ao moribundo fogo. “Te incomodaria se pego um cobertor do quarto?” perguntou.

“Não. Pensei isso, mas simplesmente estava muito preguiçoso para fazê-lo.”

Saindo a seu passo, Collin abriu a porta do quarto de hóspedes, pegou o pesado cobertor e um travesseiro. Se eles estariam todo o dia frente à lareira, poderiam fazê-lo comodamente.

Levou sua carga de volta à sala e a deixou cair acima de Abe. Com um travesso sorriso, Collin tirou sua enorme calça e a deixou frente à lareira. Ainda não entendia porque, mas Abe gostava de ver seu corpo. O profundo gemido que saiu do sofá o provou. Sentindo-se inclusive mais atrevido, Collin parou frente a Abe totalmente nu pela primeira vez.

Apontando para Abe, perguntou-lhe, “Quer que o afague nesses jeans?”

“Não, se me ajudar a me tirar isso”, respondeu, empurrando o pesado brim para baixo.

Inclinado sobre o sofá, Collin agarrou o cinto e puxou. Quando a forte ereção de Abe saltou livre, Collin quase gemeu. Igual ao resto do homem, o pênis de Abe era formoso. Sempre teve inclinação pelas fortemente venosas e palpitantes ereções e Abe definitivamente palpitava.

Olhar de Collin permanecia na gota de pré-sêmen na ponta. Com um último puxão os jeans, e a cueca ficaram no chão.

A ação deslizou a gota de seu lugar ao mais que generoso eixo. Sua boca se encheu d’água ante a brilhante umidade. “Posso?” perguntou com sua boca a apenas alguns centímetros de seu prêmio.

“Só se você se virar e me deixar te provar ao mesmo tempo,” Abe gemeu, passando sua mão pelas costas de Collin e embalando seu traseiro.

“Parece-me um bom trato,” Collin respondeu.

Abe reacomodou as almofadas do sofá para dar lugar às coxas de Collin. Montado escarranchado sobre a cara de seu amante Collin envolveu com sua mão a base do eixo de Abe e passou sua língua por sua longitude.

Seu corpo salto quando sentiu que separavam suas nádegas momentos antes que uma úmida língua se deslizasse em seu buraco. “Porra,” ele gemeu. Ninguém lhe tinha feito isso antes. Tinha tido sua cota de amantes. Não pode viver em Cattle Valley e não te enganchar com alguém de vez em quando, mas para ele isto era mais íntimo que uma fodida.

“Você gosta disto?” Abe riu, cuspindo dentro do enrugado e apertado buraco de Collin.

“Diabos, Sim. Eu nunca… ninguém, jamais,” ele balbuciava incoerentemente quando Abe ligeiramente mordia a sensível área.

Abe deu um pequeno golpe no traseiro de Collin. “Nesse caso me deixe fazê-lo bem.”

Collin se ergueu pôs ambos os joelhos no sofá e se apoiou no respaldo. Com suas costas para seu amante, esperou.

Abe se ergueu e beijou o pescoço de Collin. “Já retorno.”

Collin girou sua cabeça, e viu o traseiro nu de Abe desaparecer dentro do banheiro. Uma fina cicatriz descia pelo lado direito de Abe desde seu braço até seu quadril. Porque não a notei antes? Perguntava-se se a cicatriz tinha algo que ver com o isolamento de Abe.

Esqueceu a cicatriz quando Abe retornou com uma garrafa de lubrificante. Os olhos de Collin se centraram na ondulante ereção. Queria essa particular obra de arte dentro dele. “Por favor, me diga que vai foder-me?”

Abe se deteve. “Não ainda.” Abe continuou, até que se ajoelhou no piso atrás de Collin. Abe passou o dedo médio entre as nádegas de Collin e pressionou ligeiramente contra a enrugada pele. “Uma vez dentro deste perfeito corpo, vou querer fazê-lo outras vezes. Devemos esperar até ter acesso a um grande suplemento de camisinhas.”

Abe se inclinou e substituiu seu dedo com sua língua. Collin sentiu ondas de prazer percorrer seu corpo. Sentia como se seu buraco estivesse conectado a cada nervo de seu corpo e todos eles gritassem por mais.

“Além disso,” Abe continuou. “Há muitas maneiras de brincar com este buraco sem foder com meu pênis.” Abe começou a lamber a sensível pele a sério.

Collin alcançou e puxou o cobertor e cobriu o respaldo do sofá. Se fosse gozar, podia ao menos ser bem educado. Ouviu o click quando Abe abriu a garrafa de lubrificante.

“Algum dia eu vou trabalhar minha língua dentro desse doce buraco como é possível, mas agora, meus dedos podem fazê-lo,” Abe informou.

Collin gemeu quando o primeiro dedo masculino transpassou seu corpo. “Sim!” Collin tomando seu pênis em seu punho enquanto continuava falando sujo com ele.

“Isto é tão quente. Você vai queimar meu pênis quando finalmente o enterrar dentro de ti.” Abe adicionou outro dedo, tomando seu tempo para deslizá-lo contra a próstata de Collin. “Vou gozar,” Collin ofegou.

“Não ainda,” Abe ordenou, mordendo uma nádega de Collin.

Tratando de impedir o orgasmo, Collin apertou brandamente à pele entre seu pênis e suas bolas. Sentiu o eixo de Abe contra ele, segundos antes que um terceiro dedo fosse introduzido. Collin apertou seus dentes.

Quando uma úmida língua lavava suas bolas, isso era muito. Collin apontou seu pênis para seu peito e gozou.

“Porra,” Abe rugiu, enquanto empurrava os dedos dentro e fora do buraco do cambaleante Collin.

Inclusive com a neblina do pós orgasmo, Collin sabia que seu amante tinha gozado também. Sentia-se bem saber que não era o único que tinha desfrutado do prazer dessa nova e excitante experiência.

Desabando-se contra o respaldo do sofá, Collin tratou de regular sua respiração. Nunca gozou assim em sua vida. Como seria quando eles finalmente fizessem o amor? Esse pensamento fez que abrisse amplamente os olhos. Fazer o amor? Nunca tinha usado esse termo em particular com nenhum de seus pares. Diabos, inclusive nunca tinha pensado. Pare com isso, ele se repreendeu. Apenas porque o homem mais sexy que você tenha visto se interessou por você durante algumas semanas de foda, não significa que queira mais que isso.

Sentiu os dedos de Abe deslizar-se fora, e o frio o ar quando seu amante ficou de pé. Olhando sobre seu ombro, viu Abe desaparecer dentro do banheiro, de novo, aí estava à cicatriz, recordando seus pensamentos. Tinha direito a perguntar?

Abe retornou ao quarto com uma toalha molhada. “Você gostaria de tomar uma ducha?” Abe perguntou, enquanto começava a limpar o lubrificante do traseiro de Collin. “OH um banho. A água está o suficientemente quente, agora.”

“Um banho? Nessa enorme tina com patas de garra, os dois juntos? OH, aí me tem,” Collin riu.

“Será o melhor. Ninguém quis tomar um banho nisso.”

Depois de que a pele de seu traseiro esteve limpa, Collin girou-se e tomou a toalha de Abe e limpou seu peito. Quando terminou, Collin deixou a toalha na borda da mesa. “Estou todo limpo e quente. Quer me abraçar?” perguntou, abrindo seus braços.

Abe sorriu e estendeu o cobertor sobre eles quando se acomodou a lado de Collin. “Minha avó se ruborizaria se visse seu cobertor feito a mão manchado de sêmen.”

“Sinto muito,” Collin rapidamente se desculpou.

Abe puxou Collin a seus braços e o beijou. “Não tem por que. Vovó sempre teve um humor tedioso.”

Collin se inclinou e lambeu o lábio inferior de Abe, sentindo os picos da barba de seu amante contra sua língua. “Eu nunca beije a ninguém com barba antes”.

Abe passou sua mão sobre sua barba. “A usei por quatro anos, e ainda estou me acostumando a isso.”

Abe tinha uma expressão, que fez Collin pensar que não desfrutava de sua barba e bigode. Collin passou seu dedo pela fina cicatriz, apenas pouco visível pela barba. “Esta é a razão pelo que a deixa crescer.”

Com o olhar fixo nas chamas da lareira, Abe se encolheu de ombros. “Essa é uma delas, mas a principal é que não podia me barbear.”

Parecia haver um mundo de dor atrás dessa resposta. Collin recordou que Abe havia dito que não tinha amigos. “Quer falar disso?” ele perguntou, não querendo empurrar muito duro.

“Não realmente,” Abe respondeu. Girou sua atenção de novo para Collin. “Então, parece que vamos passar juntos o Natal. Você gostaria que conseguíssemos uma árvore?”

Collin negou com a cabeça. “Possivelmente mais tarde. Depois de que deixe de nevar.” Se aconchegou contra o peito de Abe, passando seus dedos pelo denso cabelo castanho claro. “De qualquer maneira não pensava passar o Natal aqui?”

“Não,” Abe respondeu.

“Planejava uma reunião familiar?” Collin perguntou, encorajando Abe falar sobre sua vida pessoal.

“Tenho alguns primos afastados, mas não tenho relação com nenhum. Uma velha amiga me chamou para me perguntar se estava interessado em ir a Nova Iorque a passar as festas, mas eu a rechacei, Jill é uma dama bastante agradável, mas ela tem sua própria família com quem celebrar.”

“Duvido que ela peça isso se não se preocupasse com você,” Collin disse tranquilamente.

“OH, ela se preocupa. Penso que se preocupa mais por sua própria carteira que por mim.”

“Huh?”

Abe ficou imóvel um momento antes de falar. “Estava acostumado a ser modelo. Jill era minha agente.”

“Sério? Quero dizer, não é que não acredite. É um homem muito atrativo, mas se pode viver na alta sociedade, que faz te encerrando na montanha de Wyoming?”

“Razões pessoais. Eu abri os olhos um dia, e vi. Que eu não gostava da pessoa em que me converti. Deixei tudo e vim aqui tratando de encontrar a mim mesmo.”

“E encontrou?” Collin perguntou, passando seu dedo pelo pêlo ao redor do mamilo de Abe.

“Não ainda, mas acredito que estou em caminho.” Abe respondeu.

“Posso te ajudar em algo?”

“Sim, segue fazendo o que está fazendo,” Abe gemeu com um sorriso.

Collin se esticou e lambeu o duro mamilo “Toda a semana, se quiser.”

 

 

                                     Capítulo Sete

 

Richard se surpreendeu quando automaticamente pegou a mão de Chad e se aproximaram do quarto 313. Seu coração se acelerou a mil por minuto quando se detiveram na soleira.

“Porra!” Chad gritou.

De novo o quarto estava coberto de sangue.

Richard rapidamente fechou a porta. Sabia que levaria um momento a sua mente processar a cena. “Vamos, chamaremos Ryan.”

Chad assentiu, mas não disse nada. Richard apertou a mão do pequeno homem. Era diferente Chad mostrar debilidade, mas se via emocionado. “Vamos,” Richard disse, guiando Chad de volta às escadas.

Eles desceram rápidos e se dirigiram ao escritório de Chad. O grande centro de comunicação por rádio estava instalado para a ocasião em um canto do quarto. Chad pegou o rádio e chamou o xerife.

Richard não tinha entrado antes ao escritório de Chad e levou seu tempo olhando ao redor. Analisou os diplomas da Universidade de Miami do gerente do hotel, pendurados na parede. Chadwick Neal. Chadwick?

Richard olhou uma foto em uma prateleira para livros sob o diploma. Uma mulher mais velha estava de pé com seu braço ao redor de Chad que vestia sua bata e barrete. Richard se surpreendeu ao ver que a mãe de Chad era alta. Tinha assumido que a família de Chad devia ser de constituição pequena.

“Está bem, sim, seremos cuidadosos,” Chad afirmou.

Richard se afastou da fotografia e foi até Chad. Já tinha sacudido ao homem de uns momentos antes. Estava de novo sob controle, Chad suspirou e se esfregou a testa.

“Que disse?” Richard interrogou.

“Que devemos realizar uma cuidadosa busca pelo edifício. Ryan ainda tem certeza que é apenas um homem tratando de destruir o hotel ou Guy.”

“E se encontrarmos à pessoa responsável? Que faremos?” Até onde Richard sabia não se permitia aos locais ter armas. Como o deteremos?

Chad passou seus dedos através de seu curto cabelo. “Nós podemos utilizar o armazém de mantimentos como nosso cárcere.”

Richard visualizou a grande fechadura no exterior desse quarto, perfeito para manter ao prisioneiro em seu lugar. “Isso funcionará. Nós podemos tirar toda a comida e garrafas de água que necessitemos e ainda ficará lugar suficiente para que, que apanhemos possa comer e beber,”

Chad assentiu rodeando o escritório. “Terá que deixar suficientes cobertores para que não morra congelado. E vou levar um grande bote vazio para que use o como banheiro.”

Chad guiou Richard fora do escritório e fechou a porta. Antes que se separassem, Richard abraçou Chad. “Se cuide,” disse-lhe. “Fica no primeiro andar a menos que esteja contigo.”

Sorrindo, Chad ficou nas pontas dos pés e passou seus braços pelo pescoço de Richard, puxando-o para baixo para um beijo. “Não esqueça o papel higiênico.”

Richard riu e lhe deu um beijo mais antes de ir ao quarto que usavam de armazém de pintura e artigos de construção. Rapidamente esvaziou dois botes de cinco galões, “fora decência” e também tomou as tampas.

Balde na mão foi para a cozinha. Chad começou a tirar caixas de comida do armazém. “Wow. Deve estar faminto,” Richard comentou vendo todas as caixas no piso.

“Melhor acautelar que remediar. Não quero que o tipo tenha acesso a nosso inventário.”

O cabelo na nuca de Richard se arrepiou. Seu estômago sabia que essa pessoa tinha destruído o quarto, mas seus nervos estavam começando a entendê-lo. Como podia alguém entrar e sair do hotel, sem que ninguém o visse? De onde tirava o sangue? Isso era o que mais assustava.

“Está bem?” Chad perguntou.

“Sim. É que é estranho. Sabe?”

“Que? Saber que alguém esta observando o hotel sem ser detectado? Saber que eles puderam nos ver frente à lareira?” Chad perguntou.

“Sim. Tudo isso,” Richard adicionou. Droga. Não tinha pensado que poderiam ter visto ele e Chad na noite anterior.

Quando terminaram no quarto, Richard o revisou uma vez mais. “Suponho que não tem uma arma?”

“Não,” Chad respondeu. “Você?”

“Não. Mas eu tenho um bastão de beisebol. E o mantive atrás do bar,” Richard disse.

“Isso pode funcionar enquanto o tipo não tenha uma pistola.”

“OH, obrigado,” Richard tragou saliva.

Rindo, Chad envolveu seu braço ao redor da cintura de Richard e caminhou até o bar. Depois de recuperar o bastão, Richard olhou seu companheiro. “Tem certeza que temos que fazer isto agora? Eu preferiria te despir agora e me preocupar do vândalo depois,” Richard negociou.

Chad lhe deu um saudável golpe no traseiro de Richard. “Bom intento, mas quanto antes apanhemos ao vândalo, mas rápido nós poderemos brincar.”

Richard negou com a cabeça. “Eu brinquei bastante nos últimos anos, estou preparado para a vida real.” Arrastava os pés. Deus. Não podia acreditar que seu coração estava derretendo por inspecionar Chad. “Não posso ter algo casual mais. Não quero.”

Chad esfregou a mandíbula obviamente pensando. “Eu nunca tive nada sério. Diabos, nós nem sequer fodemos. Se não for o que necessita?”

“É,” Richard assegurou. “Não necessito seu pênis em meu traseiro para provar isso. Apenas te digo que eu quero levar o que for que aconteça entre nós seriamente. Eu não acredito que possa fazê-lo se apenas seja uma simples fodida para você.”

“OH, não há nada absolutamente simples contigo, Richard Johnson,” Chad respondeu.

Richard assentiu com um leve movimento de cabeça. “Bem. Então vamos encontrar a esse bastardo. Tenho melhores idéias de como passar meu tempo.”

Rindo, Chad guiou Richard ao vestíbulo.

“Não esqueça que ainda temos que ter o hotel preparado.”

“Não esqueço, mas trabalho mais rápido com um sorriso no rosto.”

 

Quando chegaram ao escritório Chad estava zangado. Eles tinham investido horas procurando pelo hotel, sem encontrar nada, nenhum envoltório de comida fora de seu lugar. Como era possível?

Mas que nada Chad estava zangado consigo mesmo. Tinha passado toda sua adolescência assustado. Tinha-lhe tomado anos sobrepor-se aos insultos dos meninos, mas caminhar de quarto em quarto com apenas um bastão para proteger-se, fazia que os velhos sentimentos se infiltrassem em sua mente.

Chad sabia que precisava recuperar o controle de si mesmo, rápido. Depois de informar por radio Ryan que não encontraram nada, Chad girou-se para Richard. “Camisinhas. Agora,” ordenou.

O som autoritário em sua voz, definitivamente pareceu ter um efeito em Richard. A mão do grande homem imediatamente foi a sua virilha. “Estão em meu apartamento,” Richard se engasgou.

Assinalando para a porta, Chad golpeou a mão de Richard afastando-a da ereção. “Vamos.”

O curto trajeto à suíte de Richard deu tempo a Chad de pensar. Que não tivessem encontrado ao tipo responsável pelo vandalismo, não significava que não existisse. Não existia coisa como fantasmas, e se existissem, não havia razão para que um fantasma estivesse visitando o hotel.

Quando se aproximavam do apartamento de Richard o controle de Chad pendurava em um fio. Essa é a razão de que tinha escolhido esse estilo de vida em primeiro lugar. Sua primeira exposição tinha sido em seu penúltimo ano de universidade quando se embebedou e disse a um grande tipo que lhe chupasse o pênis. O jogador de futebol, o olhou um pouco surpreso, mas imediatamente ficou de joelhos e seguiu as instruções.

Repentinamente os anos de ser atormentado por meninos maiores se afastaram. Chad sabia que ao menos no quarto, podia tomar o controle. Pela primeira vez em sua vida seu pequeno tamanho não importava. Com uma autoritária voz e uma categórica atitude, Chad se converteu em um ditador na área de prazer.

Com a cabeça respeitosamente inclinada, Richard abriu a porta e deu um passo atrás, permitindo Chad entrar primeiro. Olhando ao redor do pequeno apartamento de três quartos, Chad assentiu, aprovando o limpo espaço. Nada lhe incomodava mais que uma pessoa desleixada, isso mostrava uma total falta e autodisciplina na mente de Chad.

Não se preocupou em olhar sobre seu ombro, Chad entrou no dormitório. Ouviu a porta fechar-se momentos antes que Richard estivesse ao seu lado. “Tire a roupa,” Chad ladrou, sentando-se em uma cadeira ao lado da cama.

Com seus olhos meio fechados, Richard começou a tirar a roupa. Sim, o homem era um submisso natural. O pênis de Chad se encheu pressionando contra suas calças. Queria mas que tudo tomá-lo em suas mãos, mas não podia mostrar debilidade. Era algo que não queria mostrar a seu novo amante.

Quando Richard revelou seu peludo peito, e tirou seus sapatos. A boca de Chad se encheu d’água quando Richard desabotoou seus jeans e os empurrou até seus tornozelos. Chad tragou saliva e gemeu quando o comprido e grosso pênis golpeou contra o abdômen de Richard.

Richard tirou as calças e as chutou a um lado, o movimento fez que suas pesadas bolas se balançassem como um pêndulo. “Meias três - quartos” Chad particularizou.

Quando Richard se inclinou para tirá-las, Chad o deteve “Se vire primeiro.”

Richard respirou ficou de pé e girou-se com a cara para a parede. Com um lento e deliberado movimento se inclinou. A vista do encaracolado pêlo ao redor do buraco de Richard era suficiente para que um homem gay normal caísse de joelhos, mas Chad era mais forte que a maioria.

Sem meias, Richard começou a se endireitar. “Pare aí e se segure na cama,” Chad ordenou.

Ficou de pé e se dirigiu a mesa de noite. Bingo. Encontrou várias caixas de camisinhas e uma longa garrafa de lubrificante. Tirando facilmente um dos pequenos pacotes de alumínio. Chad ficou de pé entre a mesa e Richard, disposto a permitir ao homem que visse o que tinha em suas mãos.

Depois de usar seus dentes para abrir o alumínio, Chad abriu o zíper de seus jeans e tirou seu inchado pênis. Sem nada mais exposto apenas sua ereção, colocou a camisinha de látex. Giro-se para Richard e sorriu. “Está preparado para isto?”

Richard olhou para cima, seus olhos fascinados com o embainhado pênis. “Sim, Senhor.”

Garrafa em mão, Chad tomou sua posição entre seu amante. Normalmente não fazia rim[9], mas o buraco de Richard era um festim esperando ser provado. Caindo em um de seus joelhos, com força separou essas doces nádegas e golpeou a enrugada pele com sua língua. OH porra, estou em problemas.

O sexy ruído que saiu da garganta de Richard melhorava a experiência. A língua de Chad explorava os sabores, enroscando-se no suave pêlo e a enrugada carne. Podia não ter desfrutado do rimming no passado, mas Chad tinha a forte sensação de que nada seria como o acostume quando fodesse Richard.

Sem remover sua língua de sua encomendada tarefa, Chad abriu a garrafa de lubrificante. Com seus dedos encharcados, tirou sua cara do buraco do traseiro de Richard. “Vou empurrar meu pênis profundamente.” Chad pressionou dois dedos contra a enrugada abertura no corpo de Richard.

“Por favor,” Richard rogou, empurrando-se para trás aos dedos de Chad.

Chad lhe deu um golpe no traseiro de Richard. “Você se move quando lhe disser isso. Entendeu?”

“Sim, Senhor.”

Sem preâmbulos, Chad adicionou um terceiro dedo. Para alguém que clamava ter estado em celibato durante meses, a flexibilidade dos músculos diziam uma história diferente. Chad golpeou o traseiro de Richard uma segunda vez. “Você esteve inserindo brinquedos neste buraco, menino?”

Quando Richard não respondeu o suficientemente rápido, a mão de Chad voltou a avermelhar a carne uma vez mais.

“Sim, Senhor,” Richard admitiu.

“Não voltará a fazê-lo de novo a menos que eu lhe permita isso. Está claro?”

“Sim, Senhor.”

Removendo seus dedos, Chad espremeu um jorro de lubrificante em seu inchado pênis. Sustentando a ereção da base, o suco uns segundos pelo ansioso buraco de Richard.

Os gemidos de Richard soavam no frio quarto, quando abria mais suas pernas. Um olhar Richard sobre seu ombro, fez sorrir Chad. Os nódulos do grande homem estavam brancos de apertar em seu punho o cobertor.

Alinhando-se uma vez mais, Chad inseriu a coroa de seu pênis, passando o anel exterior de músculos. Uma vez que seu pênis estava em seu lugar, Chad descansou sobre os quadris de Richard. “Aqui vai. Toma tudo,” ele disse, empurrando seu pênis que desaparecia dentro de seu amante, centímetro a centímetro.

Sentiu o corpo de Richard tremer quando Chad se empurrou até a raiz, suas bolas descansando contra as ligeiramente peludas nádegas de seu amante. A pressão do homem maior em seu corpo foi absolutamente celestial. Chad soube que estar ali era correto e que precisava possuir a esse homem.

“É meu,” Chad disse, retirando seu pênis antes de com força voltá-lo para introduzir.

“Siiiiimmm,” Richard vaio. “Faça-me teu,” ele rogou.

Com uma forte intensidade, Chad começou a foder ao forte homem. Usou as unhas de uma mão para raspar a carne da coluna de Richard. O pequeno rio de sangue que apareceu na pele acendeu mais Chad. Nunca havia sentido a necessidade de marcar a seu amante como sua propriedade, mas Richard era diferente. O pensamento o assustou e se deleitou. Poderia viver com o desafiante cabeça dura do gerente do bar?

“Não posso agüentar, Senhor,” Richard informou.

“Você pode, até que eu termine” Chad se retirou e voltou a entrar mais forte ainda no corpo de Richard. Necessitava uma pausa antes que terminasse, Chad tirou seu pênis. “A metade da cama. Mãos e joelhos,” ordenou-lhe, acentuando a declaração com outro golpe ao já vermelho traseiro de Richard.

A rápida maneira em que Richard seguiu a ordem. Agradou muito Chad. Nunca funcionaria entre eles se tivesse que discutir com seu submisso. Necessitava que suas instruções fossem levadas até o final ao pé da letra dentro e fora da cama.

Uma vez que Richard esteve em posição, Chad subiu à cama atrás de seu amante. Dobrou seus joelhos até que o esteve em cócoras, entrou uma vez mais em Richard. O diferente ângulo permitiu que seu pênis golpeasse a próstata de seu amante em cada impulso.

Os gritos de Richard de prazer, combinados com a vibrante marca nas costas de seu amante, deslizaram Chad ao bordo em um momento. Rugiu sua liberação, inclinou-se e mordeu o ombro de seu homem.

O orgasmo foi intenso, quase muito intenso, enquanto Chad continuava esvaziando sua semente dentro da camisinha. Luzes dançavam em seus fechados olhos, quase cego, alcançou o pênis de Richard. Com seu punho envolvendo firmemente a gotejante ereção. “Goze para mim.”

Com um grunhido, Richard se arqueou contra Chad e gozou em sua mão. Depois do inicial espasmo, o corpo de Richard se relaxou, Chad empurrou a seu amante à cama.

Ainda conectado com o comprido homem em seus braços, a mente de Chad divagou fazia o grande fanfarrão no pátio de sua escola. Quantas vezes Mike lhe tinha roubado o dinheiro do lanche ou o tinha empurrado para que caísse, ou lhe tinha chamado menino maricas?

Como auto-conservação, Chad tinha aprendido a dominar homens de quase o dobro de seu tamanho. Perguntava-se se Mike seria tão grande como Richard. Parecia-lhe que os dois eram similares. Era por isso? Sentia a necessidade de dominar Richard simplesmente porque recordava Mike?

“Obrigado,” Richard disse, girando sua cabeça a um lado.

O sorriso na cara de seu amante derrubou seus pensamentos imediatamente. Não, Richard não se parecia em nada com Mike.

 

 

                                 Capítulo Oito

 

Collin despertou ante o som de alguém cortando madeira. Piscou várias vezes, tentando se orientar. Porque Abe saiu a trabalhar fora quando tinham o montão de lenhas para a lareira no alpendre?

Tirando os cobertores foi à lareira pegar sua roupa. Vestir cálida roupa se sentia estranho. Tinha passado os três dias anteriores sob os cobertores e envolto pelos fortes braços de Abe, a roupa não era desnecessária, só indesejada.

Collin negou com sua cabeça, enquanto amarrava suas botas. Tinham passado somente quatro dias desde que o chocou sua caminhonete contra uma árvore, “Isso é triste,” ele admitiu ante o quarto vazio.

Tinha vivido mais nesses três dias que o que tinha vivido nos trinta e dois anos na terra. Que havia em Abe que o fazia sentir-se bem consigo mesmo? A resposta veio rapidamente. Abe pensava que ele era interessante. Isso era uma inexistente aparição em seu estilo de vida.

Collin tinha sido sempre o menino que parecia integrar-se dentro da madeira, inclusive em sua casa enquanto crescia. Nunca foi o filho bom ou o mau. Foi simplesmente Collin, invisível para todo mundo, incluindo seus pais.

Abe tinha perguntado a respeito de sua família, e Collin tinha sido honesto, ao dizer a seu novo amante que seus pais viviam no Missouri. Admitiu que não os visitasse freqüentemente, nem nas festas, pois tinha escolhido ser voluntário do apartamento de bombeiros. Collin sabia que não era bem-vindo na casa de seus pais, mas em realidade tampouco sentia saudades.

Afastando esses pensamentos, Collin vestiu seu casaco chapéu e luvas. No presente o único que lhe importava era saber por que Abe estava fora no frio, fazendo trabalhos que já estava feito.

Abrindo a porta de trás, Collin se deteve no coberto alpendre obviamente Abe tinha tirado a neve. A que horas se levantou?

Dando as costas ao alpendre, Abe continuava balançando a pesada machado. Que dava Collin uma impressionante vista do poderoso corpo. Rodeado por um manto grosso de neve, Abe se via como um personagem de contos de fadas. A tempestade de neve finalmente se foi e o saiu a jogar. O efeito era fascinante. Cada superfície à vista brilhava como diamantes no ar da fria manhã.

Vendo que Abe tinha terminado de cortar uma lenha, Collin saiu do alpendre e seguiu o caminho marcado pela pá. “Bom dia,” saudou.

Abe cravou a machado em cima do tronco antes de girar-Sim. “Como dormiu?” Abe pergunto em uma maneira cordial, mas fria.

“Bem,” Collin respondeu. Não podia imaginar que tinha acontecido entre eles durante as poucas horas que tinha dormido.

Olhando ao redor, Collin tratou de conversar. “É impressionante aqui fora, tão tranqüilo, é quase fantasmal.”

“O som do branco,” Abe disse. “Assim é como meu avô acostumava chamar isto.”

“Como que o branco tem som?” Collin perguntou.

Abe olhou ao redor, obviamente perdido em seus próprios pensamentos. “Branco é o som de um nada. Parece um vazio no planeta, e você está justo no centro disto.” Abe assinalou ao redor.

Collin tratou de seguir o raciocínio de Abe. “Eu nunca pensei sobre isso. Quando eu vejo pela janela depois de uma forte nevada, eu vejo beleza, o brilho da luz do sol. Tudo se vê limpo, igual a um novo começo.”

Abe começou a levantar a madeira, recusando-se a fazer contato visual. “Isso é uma falsa beleza. A neve não te permite ver o que há abaixo. É uma temporária manta limpa, antes que as imperfeições da paisagem comecem a mostrar-se, embora te dê uma falsa idéia do que realmente há ali.”

A maneira em que Abe disse Collin acreditou que não estavam falando simplesmente da neve. “Algo esta mau? Disse algo que te fez zangar-se?”

Abe fechou os olhos e inclinou sua cabeça para trás. “O oposto. Você chegou aqui igual ao sol, finalmente me trazendo brilho e calor. Mas em meu coração a neve vai derreter se e as imperfeições sairão à superfície. É apenas questão de tempo.”

Collin arranhou sua cabeça sob a borda de seu chapéu. “Que esconde sob sua neve, Abe?”

Abe girou sua cabeça para Collin. “Huh?”

“Que te faz viver aqui sozinho, se encerrando a si mesmo embaixo desta capa de nada?” Collin sabia que até que não descobrisse alguns dos segredos de Abe, nunca conheceria o homem com que fez o amor durante três dias.

Abe deu vários passos até que esteve frente à Collin. “Esse não é o problema. O importante é que o sol saiu, mas não esquenta o suficiente para derreter a neve. Deixe-me desfrutá-lo enquanto dure.” Trocando de enfoque, Abe ergueu o machado. “Vamos buscar a árvore de Natal de que tínhamos falado?”

Collin tratou de ler a penumbra desses olhos fixos nele. Deveria pressionar mais o sujeito, ou fazer o que Abe sugeria e desfrutar dos momentos antes que as nuvens retornassem? Era quase a mesma coisa que dizia a si mesmo. Sabia que Abe aborreceria-se dele, cedo ou tarde, todos o faziam.

“Sim. vamos preparar a casa para o Natal.”

 

Depois de pôr raquetes para neve que tiraram do abrigo, Abe guiou Collin dentro do bosque. Inclusive com o calçado apropriado, a marcha era difícil. Devia haver ao menos um metro e meio de neve sobre a terra. Abe se aventurava a pensar que a montanha teria um novo recorde de neve acumulada em uma só tormenta.

“Ooofff,” ouviu de Collin.

Abe girou-se para ver a cara de seu amante enterrada na neve. Com um sorriso, Abe ajustou a machado em suas costas e caminho para ajudar o homem a parar. “Está bem, Frosty[10]?” Perguntou-lhe, sacudindo os flocos de neve da cara de Collin.

“Nunca melhor,” Collin disse sarcasticamente.

Seu amante estava adorável, Abe não pôde resistir e puxou-o aos seus braços para um profundo beijo, As raquetes para neve o fizeram mais difícil, mas Abe as acertou para insinuar sua coxa entre as pernas de Collin.

Apesar da temperatura congelante, Collin começou a montar a coxa de Abe.

Gemendo, Abe espremeu o apertado traseiro que começava a amar muito. Não podia esperar para enterrar-se profundamente dentro de seu amante. Sentiu suas bolas preparar-se e apertar-se contra seu corpo e o quebrou o beijo. “Se nós não pararmos com isto, vamos gozar em nossos jeans. Embora isso não necessariamente seja algo ruim, aqui se poderia ser bastante incomodo.”

Collin riu. “Que? Tem algum problema com os cubos de sêmen?”

“Não em teoria,” Abe riu, imaginando-se lambendo o congelado sêmen da pele de Collin. “Mas em realidade, Sim. Vamos, encontremos essa árvore e retornemos ao lar.”

Abe terminou de escovar a neve do casaco e os jeans de Collin, antes de lhe dar mais um beijo. “Apressemo-nos.” grunhiu, seu pênis começava a estar dolorosamente duro outra vez.

Não estavam de humor para procurar a árvore perfeita, Abe apontou uma a cinqüenta metros. Podia ver apenas a ponta da árvore coberta de neve, mas parecia do tamanho perfeito. “É boa para você?”

“É perfeita se nos permite retornar a casa rápido.”

Abe assentiu e caminhando com dificuldade se dirigiram para a árvore. Levou uns vinte minutos desenterrar a árvore de seu congelado lugar. “Fique atrás,” advertiu-lhe quando ergueu o machado de seu bolso.

Em um momento a pequena árvore de metro e meio estava na terra, apoiado contra um banco de neve. Abe assegurou a machado em suas costas e carregou a árvore em seu ombro. “Vamos.”

“Eu posso levar o machado,” Collin disse.

Abe negou com a cabeça. “Estou acostumado. Além disso, a possibilidade de que caia com um objeto cortante em suas mãos não está em discussão.”

Collin moveu suas longas e negras pestanas. “OH, você se preocupa comigo,” ele cantarolou.

A declaração tomou Abe com a guarda baixa. Deu-se conta que não podia mentir ao homem. “Sim me preocupo.” Possivelmente muito.

Abe se dirigiu para a casa. Que tinha feito? Tinha ido à montanha expiar seus pecados. Apaixonou-se no inferno que tinha criado para ele.

A imagem de Charlie sorrindo entrou em sua mente. Que devo fazer? Silenciosamente perguntou a seu irmão morto.

“Abe?” A voz de Collin se ouvia detrás dele.

“Sim?” Abe caminhou mais lentamente.

“Que esconde sua neve?” Collin perguntou.

Abe quase perde o agarre da árvore. Não tinha respondido a pergunta quando Collin a tinha feito antes. O homem atrás dele merecia esta resposta, Abe sabia quão frágil era o ego de Collin. Foi óbvio nos dias anteriores. Collin pensava que não era o suficientemente bom. Deveria lhe dizer Collin à verdade? Provar ao arrumado homem que não só não era o bastante bom para Abe, era muito bom.

“Nós falaremos depois,” ele finalmente respondeu.

“Está bem,” Collin murmurou.

Abe tinha uma distinta impressão que a neve poderia derreter-se mais cedo do que esperava.

 

Terminando seu prato de comida de guisado de lata, Richard empurrou o prato a um lado e se aconchegou entre o V das pernas abertas de Chad. Descansando sua cabeça contra a virilha de seu amante, Richard suspirou quando Chad começou ociosamente a acariciar o cabelo em seu peito.

“Esta coisas com o hotel realmente está te tirando o equilíbrio não é assim?” Chad perguntou.

Apesar de que sabia que era completamente ridículo, Richard se encontrou assentindo. “Só desejo que nós saibamos que acontece, quero dizer quem é.”

Chad passou a ponta de seus dedos pelos mamilos perfurados de Richard. “Diga-me quem poderia querer que o hotel fracassasse?”

“Brewster,” Richard respondeu sem vacilação, “Mas como?”

“Não sei. Possivelmente contratou a alguém,” Chad disse, beijando o topo da cabeça de Richard.

Girando-se sobre seu estômago, Richard enterrou seu rosto na cueca de Chad. Estava satisfeito nesse momento, mas o aroma de almíscar de seu amante ajudava a acalmar o ritmo de seu coração. “Possivelmente,” finalmente disse. “Mas se… Você não acredita nas intrigas que estão correndo?”

“Fantasmas? Não.”

Chad golpeou ligeiramente o ombro de Richard indicando que se levantasse. Uma vez que Richard estava de joelhos, Chad se acomodou até estar deitado no grosso grupo de cobertores. Aplaudindo a área do lado “Vêem aqui,” Chad lhe ordenou.

Richard se estendeu a um lado e rapidamente foi envolto por um abraço protetor. “Nós encontraremos ao responsável. Até então. Nós permaneceremos juntos.”

“Que acontecerá depois?” Richard soltou.

“Que está me perguntando?”

Deus, estou a ponto de me mostrar como uma garota necessitada ante ele. “Apenas estou perguntando se isto que acontece entre nós é apenas diversão, enquanto dure a tormenta ou é algo real.” Richard olhava o fogo incapaz de sustentar o contato visual.

“Richard.” A autoritária voz captou a atenção de Richard imediatamente.

“Sim, Senhor?”

“Eu não estou brincando,” Chad clamou. “Eu sou quem sou. E se ambos podemos dar ao outro o que necessita, não vejo razão para que isso seja uma necessidade temporária.”

Richard sentiu como se lhe tivessem dado a chave dourada da cidade. Alguém o queria, não só alguém, Chad. Tinha que ter certeza de poder dar o que seu novo amante necessitava Richard sabia que era a única maneira. “O que quer de mim?”

“Obediência. Honestidade. Submissão, claro.”

Não amor? Porque Chad não havia dito nada a respeito dos sentimentos? Richard sabia que as três coisas escutadas não seriam um problema sempre e quando fora tratado com justiça, mas podia Chad ser capaz de amar a alguém como ele?

“Alguma vez se apaixonou?” Richard finalmente perguntou.

“Não. A maioria de meus casos foi apenas pela novidade. Eles empurravam, eles mudavam minhas ordens.” Chad se encolheu de ombros. “Nunca tive um submisso por mais de duas semanas,” ele aceitou.

Richard roçou seus lábios contra o mamilo de Chad. Sabia que seguir as ordens de Chad no quarto não seria um problema. Inclusive não via um problema com a vida diária, mas e no trabalho? Agora, isso poderia ser um problema. “Eu sou o gerente do Grizzly Bar, trabalho para Ezra e Wyn. Isso será um problema entre nós?”

Com uma mão no pescoço de Richard, Chad o puxou até que eles estivessem cara a cara. “Trate de se manter a distância de mim durante o dia. Pode ser muito tentador te ordenar que te ajoelhe imediatamente, mas entendo quão importante é seu trabalho para você.”

“Eu me ajoelharia se você quiser,” Richard admitiu. Soube nesse momento que faria qualquer maldita coisa para manter o homem que estava fazendo-o feliz.

“Eu sei. É por isso que não devemos sentir a necessidade de perguntar,” Chad explicou.

O som de algo caindo, surpreendeu a ambos os homens. Richard ficou de pé e tomou o bastão de beisebol. “Parece que vem do vestíbulo.”

Chad assentiu vestindo suas calças. “Ponha seus jeans e vamos apanhar a esse fodido.”

Richard deu a arma a Chad e seguiu as instruções. Não se surpreendeu quando Chad seguiu com o bastão, quando saíram pela porta de saída do bar. Richard rapidamente subiu o zíper de seus jeans, mas não se preocupou em fechar o botão antes de seguir seu amante.

Quando eles chegaram ao vestíbulo, Richard apontou para a lenha da lareira caída. Chad assentiu, reconhecendo-o como a fonte do distúrbio. Richard se inclinou para murmurar ao ouvido ao Chad. “Se você cobrir o oco da escada eu o farei sair.”

Antes de ir-se, Chad revisou a pilha de lenha caída, deu um pequeno lenho a Richard. “Se cuide.”

Richard sorriu. “Você também.” Sem perder tempo, Richard começou a procurar nos cantos do vestíbulo, enquanto Chad tomava sua posição nas escadas. Esperava quem quer que fosse não tivesse escapado para o outro andar.

Depois de revisar cuidadosamente o vestíbulo foi nos quartos do primeiro andar. Exasperado, Richard correu para onde Chad esperava. “Nada.”

“Você procurou em cada quarto?” Chad perguntou

“Sim. Tudo menos seu escritório e seu apartamento. Imagino que é o único que tem as chaves.”

Chad começou a assentir, mas se deteve. “Merda,” disse e se dirigiu para seu escritório.

“Que?” Richard perguntou, seguindo os passos de seu amante.

Chad se deteve no mostrador. “Aqui há apenas uma pessoa que tem chave mestra deste hotel.” Em lugar de dizer seu nome, Chad apontou para a porta do escritório do assistente de gerente.

“David?” Richard não podia acreditar que o doce menino pudesse ter algo que ver com todos os problemas que tinham estado experimentando.

“Isto é a única coisa com sentido,” Chad respondeu.

“Espero que esteja enganado.” Richard se moveu com Chad pelo estreito corredor até estar frente à porta do David. Levantou seu ombro o lenho, preparado para golpear quando Chad introduzira a chave cartão na ranhura.

Abrindo a porta, Chad e Richard se moveram como se tratasse de profissionais. Pobre David nunca teve oportunidade. O jovem ficou de cócoras sob uma pilha de cobertores.

O assistente de gerente levantou as mãos. “Não me golpeie,” David pediu.

De pé junto ao culpado, Richard olhou para Chad. “Não se vê tão perigoso agora.”

Chad olhou Richard e de novo ao David. “Por quê?”

David tampou a cara quando confessou. “Dinheiro. Jim Brewster me disse que me pagaria se detinha a inauguração até que pudesse vender o bar Brewster’s.” David olhava suplicante para Chad. “Por favor. Sinto muito.”

Chad baixou o bastão. “Você realmente fodeu tudo, menino.” Observou Richard. “Sabia que Brewster queria vender o bar?”

Richard negou com a cabeça. “Isso é novo para mim. Eu sei que não estava feliz com o Grizzly Bar, mas vendê-lo. Isso não tem nenhum sentido.”

Passando sua atenção de novo a David, Chad suspirou. “Nós temos que te encerrar, Sabe. Certo?”

David assentiu, recusando-se a fazer contato visual com seu ex-chefe. Richard realmente sentia pelo pequeno fodido. Caminhou para a porta e apontou para que Chad o seguisse. Uma vez fora foi ao seu ouvido e murmurou. “Agora que sabemos quem foi, estou reconsiderando a idéia da adega de mantimentos. Duvido muito que fisicamente possa nos atacar, e com este clima, duvido que possa sair correndo.”

Chad esfregou seu queixo. “Que sugere?”

Richard tomou por surpresa. Paul nunca pediu sua opinião. Este era Chad, teriam que falar do tipo de Papai que ia ser. “Pode deixá-lo em meu apartamento. Você ainda tem chaves extras? Nós podemos instalar uma que abra do exterior?”

“Sim,” Chad adicionou, olhou de novo ao jovem no canto. “Eu confiei nele. Diabos, eu o contratei. Não acreditei que fosse capaz de algo assim.”

Chad girou-se para o Richard sem olhar para trás. “Vou procurar a chave e o deixaremos em seu apartamento.”

Richard sentiu aumentar o frio no ar. Do pouco que sabia de seu amante era óbvio que não confiava facilmente. David o traiu. Isso não era bom para a relação de Richard, uma oportunidade de quebrar essa muralha logo.

 

 

                             Capítulo Nove

 

“Luzes?” Collin perguntou, quando Abe tirou uma longa série de maravilhosas lâmpadas multicoloridas

Abe sorriu e se encolheu de ombros. “Pensei acender o gerador para nossa celebração de Véspera Natal. Não pode haver árvore sem luzes.”

Pensar em fazer o amor com Collin frente à iluminada árvore tinha seu pênis pressionando contra seus jeans. Desejava ter um presente para Collin, além do presente de seu corpo.

Acertou de algum modo arrumar as luzes na árvore apesar de seus raivosos hormônios. Quando terminaram, deu um passo para trás. “Nós não saberemos, dentro de vinte e oito horas se funcionará, mas ao menos estão aí.”

“Funcionaram,” Collin declarou confidencialmente.

Abe tomou a mão de Collin. Puxou o magro homem aos seus braços. “Passou muito tempo desde que estive com alguém no Natal. Me alegro que sua caminhonete saísse do caminho.”

“Eu também,” Collin adicionou. “Não estou feliz por minha caminhonete, mas estou feliz de passar tempo contigo.”

Abe não pôde resistir e roubou um beijo. Collin abriu os lábios imediatamente, deixando que a língua de Abe explorasse o interior. Sem separar levou Collin até a parede.

“Não posso ter o bastante,” Abe murmurou, quando continuou beijando Collin. Levantando a coxa de Collin, até que descansou em seu quadril, permitindo aproximar-se mais. Quando isso não era suficiente, Abe quebrou o beijo. “Envolve suas pernas ao redor de minha cintura.”

Antes de fazer o que lhe pedia, Collin empurrou abaixo seu pijama de flanela. Abe gemeu quando o duro pênis de seu amante saiu livre do suave material. Pegou em seu polegar a gota pérola da coroa de Collin. Em vez de provar o doce néctar, Abe levou aos lábios de Collin.

Olhando fixamente aos olhos de Abe, Collin abriu a boca e chupou o polegar, raspando com seus dentes a gema que levava o pré-sêmen a sua língua.

“Droga é tão sexy,” Abe decretou.

Uma vez que Collin liberou o polegar, Abe ergueu o homem em seus braços. As pernas de Collin envolveram sua cintura, deixando seu pênis diretamente em linha com o outro.

Arqueando sua paixão contra Collin, Abe pressionou três dedos frente aos lábios de seu amante. “Umedece-os para mim,” ele grunhiu.

Imitando o que tinha feito no pênis de Abe antes, Collin rapidamente tomou os dedos em sua boca. Sentir a língua de Collin trabalhando contra seus dedos, quase foi suficiente para empurrar Abe ao bordo. “É quase muito bom com isso,” ele comentou, retirando a mão e enchendo a boca de Collin com sua língua.

Movendo sua mão, até deslizá-la pelo traseiro do pequeno homem, Abe não perdeu tempo e introduziu dois dedos no buraco de seu amante.

Collin gemeu, e quebrou o beijo. “Por favor, me faça o amor. Estou limpo. Juro-o,” Collin pediu.

Abe olhou fixamente aos olhos azuis de Collin enquanto inseria o terceiro dedo. Nunca em sua vida tinha tido sexo sem camisinha, sabia que era jogar com fogo. Havia algo neste homem que o fazia querer jogar fora o livro de regras. Atreveria-se?

Apertada pressão dos músculos anal de Collin arrastava todo seu sentido comum pela janela. Tudo o que Abe sabia era que queria estar dentro do cálido corpo que começava a amar.

“Agarre-te,” Abe ordenou, enquanto desabotoava seus jeans. Baixando-os por suas coxas tanto como pôde, Abe cuspiu na palma da mão e lubrifico seu pênis. “Tem certeza disto?” ele perguntou, removendo seus dedos do corpo de Collin.

“Mas do que tive certeza de algo,” Collin respondeu.

Sustentando sua ereção na base, Abe aproximou a cabeça de seu pênis no buraco de Collin. Gemeu de prazer quando o corpo de Collin lentamente tragava toda a longitude. Quando seu amante estava totalmente sentado, Abe se deteve. “Dê-me um segundo, quero isto até o final.”

A boca de Collin se abriu antes de assentir com um ligeiro movimento de cabeça. Parecia como se ambos estivessem afligidos ao sentir a conexão. Abe sabia que era mais que foder sem camisinha. Era foder a alguém que pela primeira vez realmente lhe importava. Até então, não se deu conta da diferença. Em Nova Iorque, foder era como respirar. Não só tomava o ato como algo feito, mas sim os homens que se agrupavam por seu pênis, não queriam nada mais que passar um bom momento.

Agora, enquanto seu pênis estava envolto nesse cálido ninho, Abe realmente sentia que estava perdendo sua alma. Estar dentro não era uma escolha era uma necessidade. Deus, estou em problemas. Como poderei passar o resto de minha vida se me separar de Collin? Brevemente se perguntava quanto tempo levaria aos residentes da cidade sentir falta de seu comerciante de madeira, se Abe optava por fechar as portas e nunca deixar sair Collin fora de sua vista.

Abe continuava empurrando seus quadris, levando seu pênis dentro e fora do bem-vindo corpo de Collin. Grunhia de prazer, falar não era uma opção viável. A cópula tinha transformado Abe no bárbaro homem das montanhas que outros o tinham acusado de ser.

Collin tremeu em seus braços, enquanto sentia que seu amante estava liberando-se entre eles. Abe foi capaz de sustentar seu próprio e iminente orgasmo, um impulso mais e seu pênis fez erupção, derramando sua semente profundamente dentro do buraco de Collin, com a intensidade Abe caiu de joelhos contra o duro piso de madeira, sustentando ainda seu amante, com seu pênis dentro de Collin. Girando-se a um lado, Abe enterrou seu rosto no pescoço de Collin. Suas emoções estavam perto da superfície, e sentiu desejos de chorar.

As longas e magras pernas de Collin rodeavam Abe, enquanto eles tratavam de recuperar a respiração. “Estou apaixonado por ti,” Collin murmurou contra o topo da cabeça de Abe.

“Você não me conhece,” Abe confessou. “Eu fiz coisas…”

“Isso não tem importância,” Collin afirmou. “Você pode me dizer isso, mas eu sei que meus sentimentos não vão mudar.”

Abe sabia que não podia adiar o inevitável. “Matei meu irmão,” ele soltou.

O corpo de Collin ficou tenso. “O que? Como?”

Abe recordou o arrogante filho de puta que estava acostumado a ser. “Minha vida era uma grande festa. Drogando-me, bebendo, fodendo desconhecidos lindos meninos, tudo isso era o normal então.”

“Que tem isso que ver com seu irmão?”

“Charlie ia à universidade no Colorado. Chamou-me um dia me perguntando se podia ir à cidade pelas férias da primavera.” Abe deixou de falar, recordando a excitação na voz de seu jovem irmão ante a perspectiva de estar com celebridades.

“Eu realmente não queria cuidar de outro,” Abe confessou. “Nesse tempo eu estava tão metido em mim mesmo, que não tinha muita margem para cuidar de outros, mas disse Sim.”

Abe baixou o olhar para o Collin. “Acredito que uma parte de mim queria se mostrar. Você sabe mostrar a meu inteligente irmão, o que eu tinha obtido por mim mesmo devido a minha aparência. De qualquer maneira, Charlie só estava na cidade dois dias, quando um conhecido chamou e nos convidou para uma festa. Perguntei a Charlie se interessava e se alegrou ante a oportunidade. Até então tinha estado feliz tomando fotos no sótão.”

Recordou que Charlie saiu do quarto vestindo jeans e uma camisa de golfe. Abe olhou a aparência de seu irmão e riu. “Não pode ir vestido assim me envergonharia. Você parece um popular do meio oeste.” Abe continuou repreendendo furiosamente seu irmão mais novo.

Charlie olhou para sua roupa. “Isto é o melhor que tenho. Ficarei em casa se quiser.”

Com um sentimento de desgosto, Abe desapareceu dentro de seu quarto. Foi ao seu enorme closet e procurou algo apropriado para seu irmão. Retorno à sala deu a roupa a Charlie. “Ponha isto.”

“Obrigado.” Charlie resplandeceu ao ver umas calças folgadas e uma camisa de seda.

Abe sentiu o ardor das lágrimas. Porque não ficaram em casa essa noite?

Collin trouxe para o presente com sua mão em seu peito. “Tem certeza de que quer falar sobre isso?”

“É o momento de que saiba a verdade.” Abe deu a Collin um suave beijo e continuou. “Insisti em dirigir nessa noite. Porque, não sei. Acredito que queria mostrar meu carro esportivo de sete mil dólares a Charlie.” Abe se encolheu de ombros.

“Não recordo muito a respeito da festa. Era usual com muita gente. Como sempre as drogas e bebidas davam o sabor à festa. Bastante ignorado Charlie, escolheu instalar-se em um ponto e tomar uísque. Perto das duas da manhã, Charlie estava me chateando de que fôssemos. Eu estava zangado. Disse um montão de péssimas coisas, mas aceitei que fôssemos pra casa.” Abe reviveu o pesadelo como o recordava Collin.

“Dê-me as chaves,” Charlie demandou, estendendo a mão.

“Foda-se,” Abe respondeu, dirigindo-se ao elevador.

“Não está em condições de dirigir!” Charlie gritou.

Abe empurrou as costas de seu irmão contra a parede. “Não se atreva a usar esse tom comigo, eu praticamente levantei seu traseiro, depois da morte de papai,” Abe balbuciou.

“Vovô me levantou, idiota. Você me deixou por isso!” Charlie assinalou para Abe.

O olhar de desgosto na cara de seu irmão foi mais do que pôde suportar Abe. Inicialmente foi trabalhar como modelo para levar comida à mesa. Quando tinha dezoito anos, Abe tinha muito poucas opções para ganhar suficiente dinheiro para sustentar seu irmão.

Depois de seis anos no negócio estava finalmente no topo do jogo. Agora isto? “Como pensa que se pagam seus elegantes colégios particulares? Isto é parte disso. Tem alguma idéia de quantos entendimentos se fazem em uma festa como essa?” Abe negou com a cabeça. “Retorna ao Colorado onde pertence.”

Charlie empurrou Abe, e se afastou para o elevador, pressionou o botão descer e esperou. “Eu não te pedi nenhuma ajuda. Tudo o que eu realmente precisava era meu irmão. Tivesse estado feliz com feijões e bolsa de estudo na universidade públicas. Qualquer coisa era melhor que te ver convertido em alguém de quem me envergonho.”

Antes de poder pensar melhor, Abe golpeou a mandíbula de Charlie. “Seu ingrato, pequeno egoísta.” Abe agarrou o ainda cambaleante Charlie o colocou no elevador. “Uma vez que cheguemos a casa, empacota suas coisas. Não necessito a um menino malcriado pendurado a meu redor.”

“Isso foi à última coisa que lhe disse. De retorno a casa, furei um sinal no semáforo. Charlie morreu instantaneamente.”

Abe não sabia quando tinha começado a chorar, até que Collin secou suas lágrimas. “A única razão que não estou na prisão é porque Jill conseguiu um maldito bom advogado, que conseguiu a liberdade por um tecnicismo. Eu não tentei me defender, eu sabia que a prisão era exatamente onde pertencia, mas Jill me convenceu de que ficasse calado e deixasse que o advogado o dirigisse.”

Olhando fixamente aos olhos Collin, Abe tentou ler os pensamentos de seu amante. “Logo que isso foi esclarecido, vim aqui.”

“Fez sua própria prisão,” Collin disse.

“Sim. Algo como isso,” Abe acordou. Reteve o fôlego enquanto Collin parecia processar tudo o que havia dito.

“Suponho que não tivesse me gostado nesse tempo,” Collin finalmente admitiu.

“Não era algo que tivesse querido.”

“Suponho que não é a mesma pessoa que chegou aqui faz quatro anos.” Collin retirava o cabelo da testa de Abe.

“Que te faz pensar isso?”

“Porque eu nunca teria me apaixonado por um homem como esse. Mas agora, depois de escutar sua história, meus sentimentos não mudaram. Amo-te, Abe Cross,” Collin declarou.

Abe sentiu as barras de metal que encerravam seu coração, começar a derreter-se ante a cálida declaração de Collin. Teria sofrido o bastante, permitiria a si mesmo uma segunda oportunidade? Que a respeito do Charlie? “Eu gostaria que tivesse conhecido Charlie, ele teria te aprovado.”

“Teria me aprovado?”

Abe se encolheu de ombros e se aproximou de Collin. “Teria aprovado que amasse um homem como você. Charlie não estava interessado em todas as coisas gay, apenas me via com homens, mas isso realmente não me preocupava.”

Collin sorriu. “Charlie pode não estar aqui fisicamente, mas sempre estará contigo espiritualmente. Deveria falar mais com ele. Isso serve mais à memória de Charlie, que te encerre na montanha.”

 

 

                                 Capítulo Dez

 

Depois de revisar que a fechadura estava segura, David foi encerrado dentro do apartamento de Richard, Chad começou a desempacotar as caixas de acessórios para os quartos. Ainda tinha roupa de camas e toalhas para arrumar, mas isso podia esperar até que a eletricidade se reinstalasse. Com só gasolina para o gerador para um ou dois dias, Chad precisou ser mais cuidadoso com seu tempo.

Ainda não tinha falado com o xerife a respeito de seu prisioneiro. Algo lhe dizia que deveria esperar até falar com Guy. Chad sabia que algo deveria fazer-se com David, mas pôr fim ao futuro do menino por um estúpido engano não parecia certo.

David não era o tipo de pessoa que pudesse converter-se em um criminoso. Tudo se devia a um momentâneo engano de julgamento. Depois de falar com Richard, eles decidiram perguntar a Guy se podia pedir indulgência à corte. O jovem honestamente apenas tinha cometido atos vandálicos no quarto 313.

O rádio em seu quadril começou a soar. “Estou terminando de pendurar os quadros, há algo mais que queira fazer, enquanto tenhamos luz?”

Chad tirou o rádio e o levou a boca. “Se tiver tempo começa a distribuir os objetos de boas-vindas?”

“Eu posso fazê-lo. Não tenho certeza de terminar, mas farei enquanto não esteja muito escuro para ver.”

“Faça o que puder, eu começo pelo vestíbulo nos encontraremos para jantar no bar.”

“Parece-me bem,” Richard disse antes de desligar.

Chad deixou o rádio no clipe em sua cintura e tirou a primeira caixa do armazém. Sua lista de coisas pendentes ainda parecia muito longa. Parecia que cada vez que entrava no armazém havia outra caixa que tinha esquecido. Com a festa de ano novo a apenas uma semana, ele e Richard tinham muito trabalho diante deles. Possivelmente se David ajudasse? Isso poderia ser mais fácil persuadir Guy de ir aos tribunais. Negando com a cabeça, Chad se dirigiu ao primeiro quarto. Droga, quem diabos poderia supor que começasse a abrandar-se. Tinha construído sua carreira inteira sendo para seus empregados firme, mas justo. Ter baixado a guarda com Richard arruinaria sua carreira de gerente?

Depois de abastecer o primeiro escritório, foi ao quarto seguinte, quando enxergou a camisa vermelha de flanela de Richard dando volta no canto. Só de ver esse homem fazia seu sangue bombear mais rápido. De repente se deu conta que não importava se suas qualidades de gerente não eram o que estavam acostumados a ser. Richard o fazia se sentir mais feliz do que tinha estado em anos.

“Hei, estranho,” Richard cumprimentou com uma grande caixa em seus braços.

“Perfeita sincronização. Nós podemos fazer a partilha juntos.”

Richard riu nervosamente. Um som totalmente inesperado vindo de um homem muito maior. “Tenho algo que confessar. Depois de receber suas ordens, realmente baixei correndo as escadas tratando de dar pressa e te encontrar.”

Chad reajustou a caixa em seus braços e negou com sua cabeça. “Poderia ter se machucado. Necessita uma sova”

“Sim, por favor,” Richard sorriu burlonamente.

Imaginar sua mão avermelhar o duro traseiro de Richard, fez Chad gemer. “Recorde-me isso depois.”

“Definitivamente,” Richard se iluminou.

 

Richard caminhou ao lado de Chad até que o sol começou a descer. Quando descarregou a caixa de sabões, xampu e aparelho de ar condicionado, começou a fantasiar com o que seguia na noite. Tinha se perguntado por que e como podia desfrutar ser açoitado, ainda não tinha uma resposta definitiva.

Tinha doze anos quando seu pai se foi à cidade com outra mulher, deixando Richard trabalhando na granja e tratando de atender a escola. Cresceu duro e rápido. Sua mãe dependia dele para todas as malditas coisas. O dia que seu irmão mais novo fez dezoito anos, Richard informou a sua mãe que ou vendia a granja ou trabalhava ela mesma, mas não podia seguir respirando sob seu estrito cristão teto.

Sua primeira experiência sexual, em que tinha cedido o controle tinha aberto seus olhos. Permitir que alguém ditasse suas ações, deixava Richard simplesmente livre para desfrutar das sensações da experiência. Infelizmente os golpes de seu anterior Papai tinham prejudicado algumas de suas expectativas sobre uma futura relação D/S, mas repentinamente, as coisas pareceram melhorar quando apareceu Chad e era inclusive tudo o que sempre tinha sonhado em um par.

“Um centavo por seus pensamentos?” Chad perguntou saindo do último quarto do primeiro andar.

Richard sabia que era muito cedo para dizer suas aspirações de converter-se no menino de tempo integral de Chad, apenas sabia que não podia mentir. “Pensava a respeito do bem que me faz sentir,” admitiu.

Chad começou a caminhar pelo corredor. “Bom, vamos ver se você se sentirá da mesma maneira depois de seu castigo,” Chad expressou sobre seus ombros.

Feliz Richard ergueu a caixa do chão e o seguiu. Não podia ter pedido melhor resultado a seu torpe contratempo anterior.

 

Depois de revisar que David estivesse bem, Chad foi à cozinha e se encontrou com Richard. Estava agradecido de que seu amante tivesse pensado em tirar as camisinhas e lubrificante antes de encerrar ao vândalo.

Chad estava de pé no marco olhando Richard cozinhar em uma pequena chama a gás. A luz da lanterna dava sombras à cara de Richard, mas não conseguia esconder o belo vulto apenas coberto com uma bata fina. Alguém seguia pensando em seu castigo.

Não pôde evitar sorrir a transformação de Richard era um sonho, era mais do que tinha pedido Chad. Em um momento Chad teve que deter as palmadas. Havia muito trabalho que fazer no hotel para que seu único trabalhador estivesse fora do trabalho.

Entrando na sala, as mãos de Chad picavam com a lembrança do que tinha feito. “Que vamos jantar?” perguntou chegando atrás de Richard.

Antes que Richard pudesse falar, Chad ergueu a parte de atrás da bata e passou suas mãos pela vermelha e quente carne. Richard gemeu e Chad esfregou mais duro. “Fiz-te uma pergunta,” recordou a seu amante.

“Hambúrgueres,” Richard disse com a voz aguda.

Ocultando sua perda de controle, Chad tirou uma camisinha de seu bolso e pôs frente a Richard. “O jantar pode esperar, se ponha em posição.”

Richard imediatamente girou-se e ficou sobre suas mãos e joelhos. Não se aborreceu em despir-se, Chad abriu o pacote de alumínio e uma vez que tinha tirado a bata de seu caminho, a marca de suas mãos no traseiro de Richard era absolutamente impressionante.

Pela primeira vez em sua vida, Chad considerou a possibilidade de uma longa relação. Richard podia ser um desafiante fora da cama, disso não tinha dúvida. Poderia cobrir as necessidades de controle de seu atual par? Não queria uma mascote queria um homem, seu homem, para compartilhar a vida.

Em um de seus joelhos, Chad posicionou seu pênis contra o buraco de Richard. Porra. Estou apaixonado. Levou sua mão ao peito e massageou a pele sobre seu coração. Estou feliz com isto? Chad sabia o poder do amor. Tinha visto de primeira mão com sua mãe e seu pai. Não importava quantas vezes seu pai os tinha afastado, fodido, depois de cada movimento, sua mãe sempre o tinha aceitado de volta. Chad o havia visto impotente, parecia uma bola do ping-pong indo diante e atrás entre eles dois.

“Algo esta mau?” Richard perguntou sem se girar.

A voz de seu amante o trouxe de volta ao presente. Chad tirou a mão de seu peito e a bateu no traseiro de Richard. “Disse que podia falar?”

“Não, Senhor,” Richard respondeu, cabisbaixo.

Não queria que Richard reconhecesse a dor que tinham causado suas lembranças, Chad em um só impulso introduziu seu pênis no ainda estirado buraco. A união com o corpo de Richard lhe dava mais que uma fodida. Chad sentia cócegas em seu peito com o lento movimento de entrar e sair do corpo de seu amante.

Levando sua mão ao rosto, Chad esperava encontrar um inseto a algo assim, mas se angustiou quando seus dedos recolheram umidade. Chorando? Não tinha chorado desde que era menino. Que diabos era tudo isto que estava acontecendo?

A resposta evitou, mas a debilidade o zangou, não somente consigo mesmo a não ser contra Richard. Chad tomou com ira o centro desse homem. Fodeu Richard com brutal intensidade enterrando suas mãos dentro da machucada pele abaixo dele.

Controle, ele se dizia a si mesmo uma e outra vez. Controle era a única coisa que tinha protegido. Mostrar debilidade não era uma opção se alguém sabia sua debilidade, eles podiam aproveitá-la. Chad seria um maldito se deixava que acontecesse de novo.

Seu orgasmo o surpreendeu. Evidentemente sua mente e seu corpo não estavam na mesma página. Outra coisa que não podia permitir. Uma vez que suas bolas estiveram secas, Chad saiu e ficou de pé.

“Posso gozar?” Richard perguntou.

“Não,” Chad respondeu e tirou a camisinha. “Tenha o jantar pronto.” deu meia volta e saiu da cozinha. Tinha que conseguir recuperar-se, rápido.

 

Richard ouviu o som da porta giratória quando Chad deixou a sala. “Que porra foi isso?” Suas bolas estavam a ponto de explodir, seu traseiro estava completamente machucado, e agora seu ego estava machucado. Apesar de tudo, Richard foi incapaz de permitir doce liberação que necessitava.

Descansando sua cabeça no frio piso de vinil, tratou de pensar em outra coisa, além de sua imediata necessidade de gozar. Que tinha acontecido? Chad era igual a Paul. Se não era assim porque o tinha deixado fodido e necessitado no piso isso definitivamente era como faria Paul.

Richard ficou de pé e se apoiou contra o balcão. Olhou para baixo o pão cru de hambúrgueres, ele se sentia perdido. Espremia seu cérebro tentando encontrar respostas. Que posso fazer?

Pensar a respeito disso, começou a entristecê-lo. Tinha pensado que Chad era o escolhido. Que estúpido. Chad era como o resto deles. Richard sabia que não podia ajoelhar-se no piso ante ninguém. A única coisa que tinha preocupado Chad era colocar seu pênis em seu quente buraco.

Acendeu a chama, temperou os hambúrgueres. Quanto mais pensava mais se zangava. Claro que não. Não havia maneira em que ficasse sentado e permitisse que outro homem o usasse. Richard virou os hambúrgueres e saiu da cozinha. Se fosse terminar com esse homem que bobamente se apaixonou, o faria vestido.

Encontrou um montão de roupa fora de seu apartamento. Vestiu uns jeans antes de pensá-lo bem. Com seu rabo ainda como fogo, os jeans podiam sentir-se como papel de lixa. Tirou o brim e pegou uma calça esportiva de algodão que raramente tinha usado. Não realmente não era o que queria, mas algo melhor que sua bata. Com as cinzas calças e uma camiseta branca, retornou à cozinha. Os hambúrgueres estavam um pouco queimados, mas isso era a última coisa que lhe preocupava. Richard desligou a chama e as preparou.

Com dois pratos de comida na mão entrou no bar. Chad estava sentado em uma cadeira frente ao fogo. Depois de tomar uma profunda respiração, Richard caminhou para ele e literalmente deixou cair o prato na mesa frente ao gerente. “Espero que se engasgue com isto,” ele ladrou, antes de levar seu próprio prato ao balcão.

Sentando-se dando as costas a Chad olhou seu hambúrguer na mão. A quem tentava enganar? Não havia maneira de que pudesse engolir, com o nó em sua garganta. Deixou a comida no prato e pôs o rosto em suas mãos. Seguia zangado e não tinha pensado duas vezes antes de pôr seu dolorido rabo no tamborete.

Com a sensível carne protestando, Richard se moveu. Merecia esse desconforto, era seu castigo por abrir-se de novo.

“Não quer vir junto de mim?” Chad perguntou ainda sentado ante a mesa.

“Não,” Richard disse sarcasticamente.

Ouviu a cadeira deslizar-se no chão de madeira. Momentos antes que uma mão estivesse em seu ombro. Richard retrocedeu deslocando do toque. “Não.”

Chad descansou seu quadril na cadeira a lado de Richard e cruzou seus braços. “Então assim que você é? Algo não vai a sua maneira, e pegar tudo empacota e vai?”

Afastando o prato, Richard girou-se para o Chad. “Eu posso ser um submisso referente ao sexo, mas não se atreva a pensar que não sou um homem.” Richard apontou para a cozinha. “Acaba-me de me foder como se eu fosse uma rameira da rua. Bem, não obrigado. Já tive esse tipo de relação e tenho as malditas cicatrizes para prová-lo.” Com sua ira saindo, o desespero tomou seu lugar. Richard enterrou sua cara em suas mãos, escondendo sua confusão emocional. “Pensei que seria diferente.”

Os dedos de Chad passavam pelo cabelo castanho escuro de Richard. “Penso que sou eu. Isso me assustou muito. Descobri minha debilidade. Apaixonei-me por você. Toda minha vida fui um homem, menor que as pessoas ao meu redor. Aprendi a controlar a mim mesmo como sobrevivência. Tomava o controle da situação e a usava para meu próprio benefício, só que as coisas são diferentes contigo.”

Chad puxou o rosto de Richard de seu escondido lugar. “Sabe, nos dias anteriores, estive várias vezes a ponto de te perguntar o que realmente necessita para te sentir cômodo comigo. Isto não entra em meu estilo de vida e escondia de mim mesmo. Você, me faz sentir débil e castiguei a ti por isso.”

Inclinando-se Chad deu um suave beijo em Richard. “Eu sinto que você esteja sobrecarregado com este inepto par, mas eu não quero deixar você ir.”

Richard olhou fixamente aos olhos café de Chad tentando ver a verdade atrás de suas palavras. Descobrir a umidade da debilidade o impactou. Paul nunca tinha mostrado remorso depois de suas sessões. Entendeu de repente. Como podia uma relação entre eles ter uma oportunidade se continuava comparando-o com Paul? “Sabe. Penso que não devemos envolver um livro de regras no estilo de vida. Que me diz de fazer nossas próprias regras de limite?”

Chad assentiu com um leve movimento de cabeça. “Diga-me o que necessita de mim e eu farei a mesma coisa.”

Richard se encolheu de ombros e girou sua cadeira completamente de cara a Chad. “Eu realmente sou um menino simples. Eu apenas quero que me ame e me trate como a coisa mais especial no universo.”

“Com certeza,” Chad interrompeu.

“Desfruto da dominação na cama. Dar-te o controle aumenta a intensidade da experiência, mas isso não é um interruptor. O que quero dizer, é que não espero que tenha que esconder seus sentimentos. Se você necessitar um abraço me diga isso e não pensarei menos de ti”

Chad mordeu seu lábio inferior. “Se mostro meu lado suave, promete não se aproveitar disso. Embora provavelmente sempre tenha uma personalidade dominante, mas se me volto muito agressivo, pode me dizer isso e tudo estará bem.” Chad sorriu. “Penso que sim.”

Sorrindo, Richard se inclinou e envolveu seus braços ao redor de Chad. “Acredita que funcionará?”

Chat desceu da cadeira e ficou entre as coxas de Richard, aproximando-se mais. “Acredito que sim, apenas temos que arrumar nossas próprias culpas. O amor não pode arrumar tudo.”

“De acordo.” Richard beijou Chad, deslizando sua língua dentro de seu amante. “Nós temos muito trabalho adiante de nós, mas este é meu favorito.”

 

 

                             Capítulo Onze

 

Usando as emprestadas raquetes de neve, Collin caminhou junto com Abe, para sua danificada caminhonete. Sabia que ia passar um dia antes que limpassem as estradas, apenas precisava saber em que ia sair depois.

O acidente e o que aconteceu depois continuavam um pouco impreciso. Tinha tido sorte de seu corpo ter sofrido poucas lesões e eles poderiam tirar o caminhão da sarjeta.

Collin olhou Abe. O homem não tinha deixado de sorrir desde que eles tinham conversado a noite anterior. Depois de ouvir a confissão de Abe, Collin tinha mostrado a seu amante que ainda o queria.

Abe ainda estava assombrado de que seguisse sentindo o mesmo, mas Collin sabia que cavalo dado não se olha os dentes. Pegou o amor e os cuidados de Abe, embora pensasse que não fosse digno. Abe podia ter sido um idiota no passado, mas definitivamente tinha mudado.

“Quanto mais?” Abe perguntou.

Collin riu. “Não tenho absolutamente nem idéia. Diabos, nós vamos encontrar até a primavera, dependendo de quão longe do caminho tenha saído.”

Abe estalando sua língua. “Seria uma verdadeira lástima que esteja apanhado aqui até a primavera.”

Collin deu um golpe brincalhão no braço de Abe, e Lobo lhe ladrou em advertência. “Suponho que já não me quer mais,” Collin particularizou.

Abe censurando seu cão, esfregou protetoramente atrás das orelhas do pastor alemão. “Pobre bebê, está ciumento. Lobo tinha toda minha atenção. Não está acostumado ter o segundo lugar.”

“Vai ter que acostumar-se porque não deixarei meu lugar.” Collin puxou a cabeça de Abe e o beijo. “Meus lábios estão um pouco insensíveis,” comentou, antes de aprofundar o beijo. Definitivamente sentiu quando deslizou sua língua no interior da boca de seu amante, junto com a forte ereção contra o zíper.

Collin se pressionou contra o duro desejo de Abe. “Porque faz que me esquente quando tudo isto está muito frio para fazer algo a respeito?”

As mãos de Abe se moveram para o traseiro de Collin, enquanto continuava sorrindo. “Nós pouco nos vestimos desde que apareceu em minha porta. É mais difícil mostrar nossos sentimentos estando vestidos na metade do caminho.”

“Vamos esquece a caminhonete,” Collin gemeu, enquanto pressionava sua coxa contra seu pênis. “Quero pele. Possivelmente na primavera poderá se vestir de novo.”

Continuou montando Abe até que sentiu suas bolas começar a preparar-se. “Se você não parar vou gozar. Um gretado pênis não será divertido para nenhum dos dois,” disse.

Rindo, Abe liberou Collin. Eles estavam retornando a sua casa, quando um ruído irrompeu a tranqüilidade do lugar. “Isso é o que penso que é?” Collin perguntou.

“Sim. Suponho que as estradas vão estar preparadas antes que pensávamos.”

Collin olhou para Abe. Não estava preparado para ir. “Posso ficar até depois do Natal?”

Abe piscou várias vezes. “Claro.”

“Obrigado.” de repente sentiu as coisas tensas entre eles. Um momento antes, eles estavam falando de permanecer nus até a primavera, e agora Collin estava agradecendo a Abe ficar mais dois dias.

Enquanto eles retornavam a casa, Collin decidiu tirar o máximo proveito do tempo que estivessem juntos. Sabia em seu coração, que isso era tudo. Depois de tudo eles proclamaram seu amor um ao outro, mas Collin era realista. Sabia quando retornasse a seu apartamento, as coisas seriam diferentes entre eles. Eles continuariam tendo encontros algumas vezes na semana. Abe poderia inclusive ocasionalmente convidá-lo a passar o fim de semana, mas na vida real seria um incômodo. Sempre tinha sido.

Se Abe pedisse para ir à cidade com ele? Poderiam os sentimentos de Abe mudar se soubesse que era invisível para os outros cidadãos? No momento que chegaram ao alpendre Collin tinha trabalhado tanto em si mesmo que se acovardou. “Se incomodaria se tomasse um banho?”

Abe lhe deu um peculiar olhar. “Siga em frente, suponho que porei o presunto no forno”

Antes que Collin pudesse perguntar, Abe se dirigiu à cozinha com lobo em seus calcanhares. Tirando-a roupa frente à lareira a estendendo, para que se secassem. Possivelmente um agradável banho pudesse levantar seu espírito.

 

Abe se sentou na cadeira e começou a arranhar a orelha a Lobo. “Segundo como isso soa, não vai passar muito tempo antes que estejamos sozinhos de novo.” Seu olhar se foi para a sala. Sabia que a relação com Collin tinha sido muito boa e muito rápida, para que durasse. Logo levaria seu amante abaixo da montanha. Collin se envolveria de novo em seu trabalho e seu voluntariado, nenhum dos dois facilitaria ter encontros.

Sentindo uma nuvem de desesperança começar a cobri-lo. Abe ficou de pé. Ainda tenho umas horas antes que se afaste. Possivelmente possa fazer suficientes lembranças para que dure todo o inverno.

 

“Vamos, é véspera de Natal. Não podemos tomá-lo com calma?” Richard perguntou.

Chad ajustou o quadro que estava pendurando na parede. “Se nós o deixarmos agora, vamos ter que trabalhar mais duro depois.”

“Está bem, parece bom para mim,” Richard disse sarcasticamente.

Chad girou-se com suas mãos em seus quadris. “A festa é em uma semana.”

“Sim, mas os convidados não vêm dentro de duas semanas temos tempo suficiente.”

Entrecerrando os olhos, Chad puxou um piercing de Richard. “É uma má influência.”

“Simplesmente sou um menino quente. Que quer divertir-se na véspera de Natal,” Richard se defendeu. “Além disso, podemos deixar tudo o que está na lista e colocar a árvore artificial no vestíbulo.”

Chad se esfregou o queixo. “Sim. Tem sentido.”

“Sabe, e nós podemos tomar ponche quente com rum, e cantar canções Natalinas enquanto o fazemos. Por favor,” Richard pediu

“Não canto. Diabos, não acredito inclusive que tenha cantado canções de Natal quando menino.”

“Fará isso esta noite, porque vou te embebedar,” Richard riu.

“Mau, homem mau,” Chad censurou, negando com seu dedo para Richard.

Richard moveu suas sobrancelhas luxuosamente. “Vou te mostrar quão ruim posso ser, mas apenas se disser sim.”

O ruído de uma buzina fora chamou a atenção de Richard, afastando os sujos pensamentos. “Alguém está aqui?”

“Isso parece.” Chad se dirigiu para a porta. “Devem estar limpo os caminhos.”

Richard puxou a camisa de Chad. “A respeito de David?”

Tinha passado tempo com o jovem e realmente sentia pena pelo tipo. David confessou que necessitava o dinheiro para pagar o empréstimo escolar, então o podia pedir outro para que sua irmã fosse à universidade. Richard podia definitivamente identificar-se com o jovem. Tinha vivido uma situação similar e sabia como se sentia quando pessoas dependiam dele.

“Veremos quem está lá fora,” Chad disse tomando a mão de Richard.

Chad tirou a trava de segurança e abriu a grande porta da garagem. Como esperava a máquina de limpar neve estava limpando o caminho.

Eles viram o tipo até que terminou antes de lhe dizer adeus com a mão e agradecer. Depois que a máquina desapareceu, Chad girou-se para o Richard. “Vamos falar com David.”

Quando eles chegaram ao apartamento de Richard, bateram. “Vamos entrar,” anunciaram antes de tirar a chave à porta.

Eles encontraram David sentado na cama envolto em cobertores. “Limparam os caminhos,” Chad anunciou.

Richard viu David visivelmente tenso. “Que acontecerá agora?” David perguntou.

Chad liberou a mão de Richard e se sentou junto ao jovem. “Bom, isso depende de ti. Sem a neve já não há razão de te manter aqui. Parece-me que tem duas opções. Nós podemos te mandar ao escritório do xerife ou a sua casa.”

David iluminou a cara ante a possibilidade de ver sua irmã. Eram sós os dois, e Richard sabia que David estava preocupado por sua irmã.

Antes que David pudesse emocionar-se muito, Chad continuou. “Se deixarmos ir a casa, esperamos que retorne um dia depois do Natal. E pense na melhor maneira de confessar seu delito. Se não o fizer tomaremos o assunto em nossas mãos.”

“Por quê? Porque fazem isto por mim?” David perguntou claramente emocionado com a oferta.

“Porque nós não acreditamos que seja má pessoa, apenas um estúpido. Falaremos com Guy e tentaremos explicar as circunstâncias. Com um pouco de sorte ele verá as coisas como nós.”

David sorriu e assentiu entusiasmado. “Eu farei o que me pede.”

“Você ainda terá que responder pelos danos causados no quarto.”

“Sim, Senhor,” David adicionou.

Ficando de pé, Chad pôs suas mãos em seus quadris. “Recolhe suas coisas, o deixaremos em trinta minutos.”

David ficou de pé e olhou ao redor do quarto. “Não tenho nada, não planejava ficar apanhado pela neve.”

Chad assentiu. “Arrume o quarto então, e nos veremos no vestíbulo.”

“Obrigado,” David disse antes que Chad guiasse Richard fora do quarto.

Uma vez no corredor, Richard puxou Chad aos seus braços. “Eu também quero te dizer obrigado. É lindo o que acaba de fazer.”

Chad lhe deu um falso franzido de cenho. “Apenas não o divulgue por aí.”

 

Collin se surpreendeu quando um nu Abe entrou no banheiro. “Você se aborreceria se eu entrar?”

“Não,” Collin respondeu. “Que nada.” Se deslizou para frente, deixando que Abe entrasse detrás dele. Collin permaneceu direito, até que Abe puxou suas costas contra seu peito. Fechando seus olhos, Collin saboreou o íntimo momento. “Colocou o jantar no forno?”

“Sim,” Abe disse, derramando água quente sobre a pele de Collin. “Demorará, assim temos muito tempo.”

Collin se deitou a um lado e descansou sua cabeça contra o peito de seu amante. “Ter tempo soa bem,” ele murmurou.

“Então, me diga como celebravam o Natal quando crescia?”

Collin sabia que evitava isso como um elefante no quarto, mas decidiu falar. “Não sei. Suponho que como as coisas que fazem a típica família, árvore, peru, presentes.”

“É o mais jovem?” Abe perguntou.

“Não. Tenho um irmão mais velho que é um deus no campo de futebol e uma irmã mais nova que está perto de ser um maldito gênio.”

“Isso explica um pouco.” Abe abraçou Collin.

Collin olhou fixamente aos olhos de Abe. “O que isso explica?”

“Tem a síndrome do filho do meio. Por alguma razão, você tem em sua cabeça que eles são melhores que você.”

Collin se burlou. “Você não diria isso se os conhecesse. Vanessa é formosa e altamente bem-sucedida advogada, e Matt é o treinador de uma equipe que foi campeã estadual por três anos seguidos.” Se encolheu de ombros. “Eu sou um eletricista e um bombeiro voluntário, não há competência.”

Abe inclinou o queixo de Collin e lhe deu um beijo. “Diga-me porque decidiu ser eletricista.”

“É o que meu pai fazia antes de se aposentar. Fazer coisas em família. Essa era a única maneira em que passava tempo com ele, enquanto crescia, parecia que sempre estava correndo para chegar a um dos jogos de Matt ou a um recital de baile de Vanessa ou alguma outra coisa. Eu comecei a segui-lo durante as férias escolares, e se tornou natural para mim, fiquei invisível.”

Abe negou com a cabeça. “Sinto muito, se não recebeu a atenção que necessitava só que você não é nada invisível.”

“Só fala isso porque quer entrar em minhas calças,” Collin brincou.

“Sim, desde a primeira vez que pus os olhos em ti. Acredite-me, um homem invisível não pode fazer que meu pênis me torture por horas. Te olhar trabalhar encheu minhas fantasias por um longo tempo.”

“Sério?” Collin não pôde evitar sorrir. Nunca tinha sido o objeto das fantasias de ninguém. “Eu gosto disso,” alardeou. “Eu gosto muito dessa idéia.”

“Não deixe que essa idéia suba a cabeça,” Abe disse salpicando água em Collin.

“Muito tarde,” Collin anunciou e tomou o pênis de Abe em sua mão.

Depois de apertar a ereção de Collin, Abe lhe mordeu um ombro. “Vamos nos secar frente à lareira. Necessito mais o quarto, que uma tina para fazer algo de minha fantasia.”

Collin ficou de pé e ajudou Abe a levantar-se. “Ooh, algo?”

“Algo,” Abe disse, golpeando o traseiro de Collin.

“Louco bastardo,” brincou.

“Não é nem a metade disso,” Abe disse.

 

“Deus se sente muito melhor agora,” Richard disse dando uma xícara de ponche quente com rum a Chad.

Chad tomou um gole. “Droga. Isto é bom.”

Richard assentiu. “É a receita de minha avó. Alegra-me que você goste, você vai beber grandes quantidades disto esta noite.”

“Está tentando de me embebedar?” Chad riu.

“Claro, correto. Como, se não, como vou ouvir sua voz cantando?”

Chad se sentia tão bem que podia dar esse desejo a seu amante depois de tudo. Depois de deixar David em seu pequeno apartamento, que compartilhavam com sua irmã, eles pararam para falar com Guy. Essa era a primeira vez que qualquer dos dois entrava na enorme casa que tinha pertencido ao Palmer Wynfield.

“Vergonhoso que Guy não tenha a ninguém que passe o Natal com ele,” Chad disse pensando em voz alta.

“Sim, isso prova que o dinheiro e a fama não compram a felicidade.”

“Mesmo assim, pareceu-me que estava de um humor generoso, concordou falar com o xerife para ajudar David.” Chad finalmente terminou seu licor e deu a xícara para Richard para que a enchesse.

“Espero que a corte também o perdoe como Guy.” Richard caminhou para a jarra no vestíbulo e encheu ambas as xícaras.

Chad deu um passo atrás e olhou para a árvore. “Não tinha visto uma árvore tão grande,” comentou. “Acredito que nos levará o resto da semana decorar esta maldita coisa.”

Richard deu sua bebida a Chad. “Ao menos tem as luzes integradas. Pode imaginar tentar lutar com as malditas luzes?” Chad deu um exagerado tremor.

“Inclusive não posso brincar com isso.” Viu Richard deixando a bebida no chão e tomando uma caixa de enfeites.

“Começo pelos de acima e você pelos de abaixo.”

“Isso é pelo meu tamanho?” Chad se amuou. O fato de que pudesse fazer beicinhos brincando com seu amante e não sentir-se envergonhado dizia muito a respeito de sua crescente relação.

“Para nada, meu querido. A parte debaixo da árvore é a que a maioria das pessoas olha. Diz-lhe isso um perito em enfeitar corretamente.”

Rindo, Chad ergueu a caixa de enfeites. “Pare com isso”.

“Assim penso,” Richard disse do alto da escada.

Pegando uma bola vermelha, Chad silenciosamente liberou um suspiro de alegria. Era agradável finalmente ser o mesmo em uma relação e não um título. Podia definitivamente mostrar suas emoções.

 

“Deixa isso para depois terá que ligar as luzes,” Abe falava da sala.

Collin olhou as panelas que faltavam por lavar. “Mais tarde, as coisas. Vou celebrar a véspera de Natal.”

Deixou as panelas em água com sabão e secou as mãos. Ainda tinha a calça do pijama que realmente sentia pouco cômodo. Detendo-se no marco. Collin rapidamente liberou o cordão da calça de flanela e deixou cair aos seus tornozelos.

Abe o olhou de seu lugar ao lado da árvore. “É esse meu presente?”

Sorrindo, Collin caminhou para seu amante. “Se o quiser. Claro, e posso lhe pôr um laço para você.”

“Não é necessário,” Abe disse, pegando a mão de Collin. “O embrulho de presente está superestimado. Eu prefiro o natural.”

“Então está com sorte.” Collin se empurrou contra Abe. “Então, a respeito dessas luzes.”

“OH, sim,” Abe riu. “Você se aproxima e eu esqueço tudo.”

Enquanto acendia a árvore, Collin estendia a manta no piso frente à árvore. As luzes multicoloridas encheram o quarto.

“Formoso!” Collin exclamou, aplaudindo.

“Sua pele se vê fantástica, toda decorada em vermelho, verde, azul e amarelo,” Abe comentou, chamando Collin aos seus braços.

Collin caminhou sedutoramente com uma oscilação extra antes de aconchegar-se com Abe. Começou a despir seu amante. “Muita roupa.”

Abe esfregou seu estômago. “Não sei bebê, ainda estou cheio. Posso vomitar no piso e perder meu jantar.”

“Está bem não vomite, mas podemos nos abraçar?” Empurrava as calças de Abe.

Abe caiu no piso e puxou Collin com ele. “Você é um homem quente e tive sorte ao te encontrar.”

Collin se enterrou no corpo nu de Abe. “Não recordo um Natal mais feliz.”

“Eu me sinto da mesma maneira.” Abe murmurou.

Em minutos, Collin ouviu o suave ronco do homem que usava como travesseiro. “OH, meu pobre bebê esta exausto.”

Passou sua mão pelo peito de Abe. Collin estava perfeitamente contente de dormir nos braços do homem da madeira. Tento imaginar sua vida sem Abe. Não, não havia opção quando se afastasse ia estar afetado. Teria que ir a sua casa em dois dias, mas asseguraria de deixar uma lembrança. Se tivesse sorte poderia convencer Abe de ser sua companhia na grande festa de ano novo no hotel.

 

 

                           Capítulo Doze

 

O vestíbulo de Tall Pines Lodge era absolutamente um caos entre empregados dando os últimos toques. Chad revisava seu relógio a caminho da grande cozinha industrial do restaurante principal do hotel.

“Tudo vai segundo o horário, às nove é o jantar?” Chad perguntou ao chef do restaurante, Allan.

“Tudo bem, chefe.”

Depois de um rápido olhar ao redor da sala, Chad assentiu e se dirigiu a seu apartamento. Os primeiros convidados chegariam em trinta minutos. Com sorte tinha tempo para tomar um banho, vestir o smoking e ir por atrás de seu par antes que chegassem Guy, Ezra e Wyn.

Rodeando o canto se deteve ante o sexy homem apoiado na porta. Droga. Pensava que Richard se via bem em flanela, mas o grande homem em um smoking era devastador. “OH não, você não,” Chad o repreendeu levantando seus braços.

“O que?” Richard perguntou inocentemente. “Eu apenas vim ver se necessitava ajuda para se arrumar.”

“Não, você não. Você vem a me distrair.” Chad chocou contra o quadril de Richard ao passar. “Está sexy assim.”

“Obrigado,” Richard se arrumou.

Chad sorriu. “Espere-me no vestíbulo.”

“Mas…”

Chad rapidamente fechou a porta antes que o encantador Richard pudesse entrar. Chad sorriu enquanto se preparava para a festa. Uma vez nu, espremeu uma generosa quantidade de pasta em sua escova de dentes e abriu a água quente.

Na semana anterior tinha sido um torvelinho de atividade no Tall Pines Lodge. A cidade tinha restaurado a energia elétrica, dois dias depois do Natal, e Chad tinha tido que correr. Tinha tido autorização do Xerife de que retornassem os empregados e passado o resto da semana fiscalizando detalhes e treinando o pessoal.

Chad ofereceu uma rápida prece para que tudo saísse de acordo ao plano. Sabia que havia muitas coisas que precisavam arrumar-se, mas de maneira geral pensava que tudo estava excelente.

Depois de lavar o corpo e o cabelo, se secou e começou a escovar os dentes. Tirando o vapor do espelho com a toalha, Chad revisou seu reflexo. Inclusive não se via como a mesma pessoa que tinha aceitado a generosa oferta de trabalho de Guy Hoisington. Ao menos a reação dos empregados à mudança tinha sido favorável. Chad ainda não sabia como receberia Guy.

Batalhando com o nó de sua gravata. Chad desejou um par de mãos extras. A imagem de Richard chegou a sua mente. Deixa isso. Se Richard seguisse ali seria afortunado se conseguisse vestir-se para o momento da contagem do ano novo.

Olhando-se no espelho, Chad examinou sua aparência.

Sapatos brilhantes... bem, Pregas ...bem. Nó da gravata... bem. Ereção... bem. Merda!

Olhou o relógio antes de abrir a porta, Chad não se surpreendeu de ver Richard apoiado contra a parede, com um presumido sorriso em seu rosto. “Necessito seu traseiro aqui,” Chad repreendeu.

Richard entrou no apartamento. “Necessita algo?”

Sem comentários, Chad baixou o zíper de suas calças sem dizer a ordem, Richard se ajoelhou e tomou a longitude de Chad profundamente em sua garganta. Passando seus dedos pelo perfeitamente colado cabelo de Richard, Chad começou a empurrar seus quadris. Sabia que podia esperar até depois da festa para liberar-se, mas porque essa tortura quando seu amante estava sempre disposto?

“É bom,” Chad respirou. “Chupa na cabeça.”

Como sempre, Richard seguia suas instruções ao pé da letra. O homem realmente chupava excelentemente bem. Com um olho no relógio, Chad deslizou sua mão à parte detrás da cabeça de seu amante e impulsionou seu pênis mais longe dentro da quente profundidade de Richard. Seu orgasmo chegou rápido. “Porra!” grunhiu, enquanto Richard tomava cada gota de sua semente.

Olhando para baixo a seu amante, Chad negou com a cabeça. “Dei-te permissão para que se tocasse?”

Richard timidamente olhou para Chad. “Não queria arruinar o smoking alugado.”

Aí foi quando Chad notou a grossa capa de nata cobrindo a mão de Richard. “Deixemos isto por agora, mas teremos que discuti-lo depois da festa.”

Richard ficou de pé “Nós estamos falando de disciplina?”

“Possivelmente,” Chad sorriu, guardando seu pênis em sua cueca. Deu a Richard uns lenços, “Limpe essa desordem e vamos.”

Richard limpou sua mão e um pouco de sêmen que caiu no piso. Depois de revisar sua roupa, Richard assentiu, indicando que estava preparado. “Esta deve ser um inferno de festa.”

“É melhor que assim seja ou meu traseiro estará queimado.”

 

Collin de novo secou suas mãos na calça de seu traje. Estava nervoso como o inferno por alguma razão não tinha investido tempo nem dinheiro em alugar um smoking. Poderia Abe envergonhar-se dele?

Eles tinham concordado em encontrar-se no hotel a tempo, devido que Collin tinha estado de voluntário todo o dia na estação de bombeiros.

Seria a primeira vez que veria seu amante depois que o levou de retorno a seu apartamento. Tentou ocupar seu tempo com todo tipo de trabalho na cidade e no hotel, mas Abe sempre estava em sua mente.

Passar a noite só era cruel. Falava por telefone com Abe várias vezes, mas nada se comparava estando nos braços de seu amante. Entrando com sua nova caminhonete usada no estacionamento, Collin tratou de acalmar seu acelerado coração. Estaria Abe feliz de vê-lo?

Antes de desligar sua caminhonete, um formoso homem descia os degraus do hotel. Enquanto Collin acomodava seu traje, caminhava para o hotel. Ao aproximar-se da construção, olhou melhor o homem parado aí. Santo Deus. “Abe?” Quase não reconhece seu amante sem sua barba. Droga, não restava dúvida de que Abe foi um modelo.

Abe esfregou sua mandíbula. “Você gosta? Pensei que era tempo de deixar de me esconder.”

“Uh… você é quente,” Collin disse, saltando ao homem que amava.

Abe envolveu seus braços ao redor de Collin antes de devorá-lo a um profundo beijo. “Senti saudades.”

Collin sentiu a calidez do sentimento. “Eu também senti saudades. Mais do que inclusive pensei.” Passo sua mão sobre a mandíbula com a fina cicatriz. “A propósito, isto é sexy.”

“Bom, imaginei que já que tinha visto meu lado feio, poderia desfrutar de meu melhor atributo,” Abe disse.

Collin negou com a cabeça e passou sua mão pelo peito de Abe. “Isso não é certo. Seu coração é seu melhor atributo. O resto são apenas adornos que fazem a vida mais fácil.”

“Hei, vocês dois vão ficar toda a noite aqui ou vão entrar e desfrutar da festa?” Nate Gills perguntou, subindo com Rio e Ryan a cada lado dele.

Os três homens estavam devastadores com seus smokings. Uma vez mais, Collin se sentia envergonhado com seu traje negro. “Nós entraremos em um minuto. apenas não acabe com todo o álcool antes que cheguemos.” Collin brincou. Gostava de Nate, mas quem na cidade não?

“Sabe se alugam quartos? Porque eu não sei se nós três possamos fazê-lo…”

A mão de Ryan cobriu a boca do Nate. “É suficiente. Estes homens não precisam ouvir a respeito de nossa vida privada.”

Tirando a mão de Ryan de sua boca Nate beliscou o mamilo de seu amante. “Eu ia dizer sem bebida, pervertido.” Nate olhou Collin e piscou um olho “Vamos. Deixemos os apaixonados.”

Depois que o trio se foi, Collin deu a Abe mais um beijo, antes de separar-se. “Sinto muito do traje.”

“De que está falando? Está fantástico!”

Collin olhou para seu único par de sapatos negros. Eram velhos, mas a cera lhes deu um brilho decente. “Todo mundo provavelmente esta com smoking. Estava preocupado de que não quisesse que lhe vissem comigo.” Apontou para a imagem de um milhão de dólares de Abe. “Eu nunca serei capaz de pagar algo como isso. Além disso, nunca me veria tão bem como você não importasse o que levasse.”

Com um audível suspiro, Abe guiou Collin acima dos degraus e ao interior da festa. Em lugar de unir-se à festa. Abe puxou Collin dentro de um dos muitos cantos ovalados. Uma vez escondidos da vista, Abe de novo abraçou Collin.

“Pensei em te dar todo o conjunto e não apenas as coisas boas.”

Collin sentiu o ardor das lagrimas, e piscou rapidamente, tentando engolir o nó em sua garganta. “Sinto muito.”

Abe inclinou o queixo de Collin. “Amo-te da maneira que é, e desejo que me ame mais que pela aparência que dou.” Abe apontou para o vestíbulo. “Eu não necessito isto para ter bons tempos. Você é a única coisa que me importa quando anunciar o ano novo. Se te faz sentir melhor, nós podemos retornar a minha casa.”

“Mas você está vestido para isto.”

“Para você” Abe disse. “Embora para ser justos fosse mais feliz me despindo para ti. Pensei em vir à festa porque você queria.”

Collin negou com a cabeça. “Era apenas uma desculpa para te ver de novo. Não queria me mostrar atrevido convidando a mim mesmo a sua casa para o ano novo. Estava assustado de já não ser bem-vindo em sua casa.”

Abe tomou Collin dos ombros e o espremeu forte. “Primeiro, você não necessita uma desculpa para ver-me. Senti saudades como louco desde que te deixe. E segundo minha casa já não é um lar desde que não está. Se pensar que não é aceito, terei que te amarrar à cama e nunca te deixar sair.”

Collin subiu ao corpo de Abe envolvendo suas pernas e braços ao redor do homem que amava. “Sério? Viveria comigo?”

“Não só quero viver contigo como não posso viver sem você. Além disso, lobo é uma dor no rabo desde que se foi. Acredito que sente saudades tanto como eu.”

Collin tomou a boca de Abe para um profundo beijo, a tortura dos dias anteriores era uma distante lembrança. “Dance comigo,” ele gemeu nos lábios de Abe.

“Acredito que devemos comer primeiro,” Abe respondeu, apertando o traseiro de Collin.

“Está bem. Não me importa esperar pelo baile, enquanto saiba onde vou passar a noite.”

“Uma longa vida de noites, se o quiser.” Abe ofereceu, inclinando seu queixo guiou Collin ao salão.

“Eu insisto,” Collin murmurou.

 

Quando os pratos do jantar foram retirados pelo pessoal, Chad ia ficar de pé. Sem ver que, Richard sustentava sua manga até que Chad voltou a cair em sua cadeira. “Está fora de serviço.”

“Preciso me assegurar que tudo esteja bem na cozinha,” Chad argumentou.

“Não, não necessita. Você contratou gente que sabe fazer seu trabalho deixa-os fazê-lo.”

Richard quase gritou quando Chad agarrou suas bolas. “Está tentando me dizer o que fazer?” Chad perguntou.

A pesar da dor, Richard sentiu seu pênis voltar para a vida. “Estou tentando me assegurar que o homem que amo não morra de um problema coronário antes dos quarenta.”

Evidentemente Chad se debatia entre a difícil situação que Richard lhe tinha apresentado decidiu torturar seu amante um pouco mais. Moveu sua mão das bolas de Richard ao seu pênis, Chad com sua mão livre inclinou Richard para frente e mordeu o lóbulo de sua orelha. “Está planejando tomar alguns dias livres, porque se segue atuando dessa maneira, não será capaz de se vestir nesse tempo.”

Richard inalou pensando no particular castigo de Chad. “Pinças para a roupa?” perguntou esperançado.

“Entre outras coisas.”

“Algum problema cavalheiros?” Guy perguntou do outro lado da mesa.

Chad liberou o pênis de Richard. “Não. Apenas recordando Richard de quem é o chefe.”

Richard secou o suor de sua testa. “Parece que não deixa que o esqueça,” disse sarcasticamente, sabendo que estava se afundando mais.

Guy sorriu com um conhecedor olhar. Eles tinham informado ao dono do hotel de sua recente relação no dia anterior. O homem parecia realmente concordado, enquanto não alterassem as operações do hotel. Richard olhou para Chad e sorriu. “Amo-te,” disse.

Guy riu e girou sua atenção para o prefeito “Então, Quade, Ezra diz que está preparado para sair de férias.”

“Sim.” Quade reconheceu, deixando seu uísque “Vou ao Havaí todo inverno. Se não me voltar louco.”

“Por quê? Você não gosta da neve?” Richard perguntou curioso.

Quade apontou ao garçom que enchesse sua bebida antes de responder. “Eu estou acostumado a me pôr muito irritável quando não desfruto do sol. E nesta época do ano doente de morte a Carol e tudo o que se entremeta.”

Richard sorriu. Tinha ouvido muitos contos a respeito de Quade e sua secretária. Ambos clamavam que odiavam um ao outro, mas a cidade inteira os via mais como irmão e irmã que como inimigos.

O garçom retornou com a bebida de Quade justo quando Chad ficou de pé. “Se todos vocês me desculparem vou revisar as sobremesas,” Chad informou, antes de sair disparado.

Richard retornou sua atenção à conversação entre Guy e Quade. Repentinamente o prefeito se engasgou. Wyn, quem também estava na mesa deu uns golpes nas costas de Quade até que voltou a respirar.

“Não posso acreditar,” Quade murmurou. Sem outra palavra, Quade ficou de pé e cruzou a sala.

Richard olhou de Quade para Wyn. “Que aconteceu?”

Wyn apontou para o bronzeado e devastador bonito homem na entrada. Richard olhou o misterioso homem mostrando um enorme sorriso, cintilando uma brancura de dentes como Richard nunca tinha visto. “Quem é ele?”

“Esse, meu bom homem é Kai Hachiya. É surfista profissional, Quade me falou dele faz mais ou menos um ano,” Wyn comentou.

Um surfista profissional? Em Cattle Valley? Richard retornou o olhar à entrada. Os dois homens tinham os lábios pegos. “Droga. Parece que sentiram saudades um ao outro.”

“Eu diria,” Ezra riu. “Possivelmente isso deixe Quade de melhor humor.”

Vendo o corpo de Kai contra o de Quade, Richard sentiu seu pênis começar a inchar. “Diabos, isso me deixa de bom humor.”

Logo que essa declaração saiu de sua boca, sentiu uma presença atrás dele. Merda. “Hei Chad,” cumprimentou seu amante.

“Podemos falar em particular?”

Richard assentiu e ficou de pé. “Desculpem-me,” disse à mesa.

Quando se girou para seguir Chad ouviu Ezra e Guy começarem a rir. Sim, riam. Richard sabia exatamente aonde ia e não podia esperar.

Chad deixou a pista de baile e seguiu pelo corredor. “Não precisa ficar e se assegurar que tudo está bem?” Richard perguntou, começava a ficar nervoso.

“Tudo estará bem até que retorne,” Chad ladrou.

“Você sabe que realmente não quis dizer que era estupendo todo isso de Kai, verdade?”

Chad não respondeu. Seu amante colocou o cartão chave na ranhura e abriu a porta de seu apartamento. “Quarto”. Chad grunhiu com os dentes apertados.

Richard fez o que lhe disse e chegou ao lado da cama. “Sério, Chad. Você sabe que eu estava brincando, verdade? Eu não quero a ninguém mais que você.”

“Abaixa as calças e se incline” Chad ordenou antes de caminhar para a cômoda.

Richard se perguntava como ia retornar à festa se seu traseiro estivesse muito machucado para vestir as calças “Acredito que deveríamos fazer isto depois?”

Outra vez Chad seguia em silêncio. A gaveta fechando fez Richard saber que seu amante tinha encontrado o que procurava. Richard começou a olhar sobre seu ombro, mas um golpe em seu traseiro deteve seu movimento.

“Olhar à frente,” Chad ordenou.

Olhando para a janela Richard esperou seu castigo. Não esperava o frio lubrificante deslizar-se contra seu traseiro “Chad?”

Richard ofegou quando Chad facilmente introduziu um plugue de silicone em seu buraco. Quando o plugue esteve firmemente acordado, Chad finalmente falou. “Você usará isto o resto da noite. Se vir que tenta se masturbar no banheiro, introduzirei um maior. Fui claro?”

“Sim, Senhor,” Richard reconheceu.

“Bom agora se vista. Temos uma festa que atender.”

Richard ficou de pé e subiu as calças. Com cada movimento o plugue roçava sua próstata, levando-o a bordo. Como pensava que ia desfrutar consigo mesmo quando tudo o que realmente queria era que Chad o fodesse?

Dando meia volta e ficando cara a cara com Chad “Trata de me matar, verdade?”

Chad puxou Richard e o beijou, usando sua outra mão para empurrar o plugue. “Só trato de te lembrar a quem exatamente pertence esse rabo.”

Richard sabia que alguns homens poderiam desistir ante a declaração de propriedade, mas não ele. Amava que Chad o considerasse dele. “Não acredito inclusive que me deixe esquecê-lo. Claro, pode me machucar para recordar-me de vez em vez.”

“OH, eu decidi lhe recordar isso diariamente.” Chad deu outro golpe na bunda de Richard.

“Não poderia pedir nada mais senhor.” Richard seguiu Chad fora do apartamento, crédulo de que finalmente tinha encontrado o par perfeito.

 

 

[1] Firiend in Low Agrada, música country, de Garth Brook, primeiro lugar em Billboard em 1990.

[2] Dick embora seja a contração do nome de Richard, também se usa como o nome vulgar, ou comum do pênis, algo assim como verga ou franga.

[3] Grizzly = Urso pardo, um dos ursos maiores, originário do oeste da América do Norte.

[4] Lobo em espanhol no original.

[5] Depreciativo, nome que dá às pessoas pequenas e delicadas.

[6] *Pé 30.5 centímetros, polegada. 2.5 centímetros.

[7] Touro selvagem.

[8] Nirvana. Estado celestial que existe além da reencarnação. Quando se chega à perfeição, sensação celestial.

[9] Rim, ou Rimming, embora signifique bordo é uma pratica sexual que quer dizer colocoar a língua pelos borde do ânus.

[10] Frosty o boneco de neve dos contos infantis.

 

                                                                                Carol Lyne 

 

 

                      

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