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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


OBTENDO GRADUAÇÃO / Carol Lyne
OBTENDO GRADUAÇÃO / Carol Lyne

 

 

                                                                                                                                   

 

 

 

 

 

Kenny Trenton tinha uma paixão por seu professor de inglês em Cattle Valley, Eli Sanchez, desde a idade de dezessete anos. Entretanto, não é mais um garoto, Kenny está crescido, mas Eli se recusa a ver o seu colega de escola como qualquer coisa mais que um estudante.

Kenny pode ter 28 agora, mas para Eli, ele vai ser sempre o aluno que o atraía. Apesar de dez anos terem se passado, eles não foram suficientes para apagar a vergonha que ainda sente, quando olha para o belo professor de Educação Física.

Quando um recuo de professores força os homens a partilharem uma sala de aula, Eli se vê cara a cara com Kenny, o homem e percebe que ele não é mais um menino.

 

 

 

 

 

                       Capítulo Um

 

Eli Sanchez alisou as rugas de seu jornal matutino e tomou um gole de seu café. Ele ainda não entendeu por que o jornaleiro insistia em estraçalhar os papéis, depois que os enrolou. Quantas vezes, Eli discutiu o assunto com ele? Ele agitou sua cabeça. Uma vez mais estava deixando que suas idiossincrasias levassem vantagem.

Claro que ele era um homem que gostava de tudo feito exatamente certo, mas isso era devido ao seu treinamento no exército, o que contribuía. Permitir que o treinamento que odiava arruinasse seu humor por causa de estúpidas rugas em seu jornal era claramente ridículo.

Empurrando o jornal de lado, Eli deu uma mordida na baguete com queijo cremoso, com baixo teor de gordura, que tinha preparado mais cedo e pensou sobre o dia que viria. Recentemente, Eli se achou tendo que pensar sobre a próxima semana, a fim de conseguir por todo o seu dia dentro da sala de aula. Não era que não tivesse qualquer coisa para fazer durante o final de semana, inferno, ele normalmente se sentava em casa avaliando documentos, mas pelo menos não tinha que compartilhar o espaço com Kenny Trenton.

Com alguma sorte, a reconstrução da escola finalmente estaria completa até o final do ano, e ele voltaria para sua velha sala de aula, depois das férias de Natal. Eli suspirou. O dia não podia acabar logo o bastante. Se tivesse que gritar com Kenny mais uma vez, por pairar acima dele, como se fosse algum velho, que precisasse de cuidado, gritaria.

Certo ele era dezessete anos mais velhos que o bonito filho da puta, mas certo como o inferno, não era um homem velho. Eli levantou e levou sua xícara de café e a baguete meio comida para o lixo.

Depois de esfregar seus pratos, limpando-os e colocando-os na máquina de lavar, recuperou sua caneca do armário, e despejou o resto do café nela. Perfeito. Ele sempre conseguia fazer apenas a quantia certa de café. Nenhuma sensação de desperdício, e não gostava de café reaquecido.

Antes de deixar a cozinha, Eli correu um pano úmido pela bancada e mesa, antes de enxaguar o pano e pendurá-lo para secar na lavanderia. Depois de um olhar rápido ao redor, acendeu a luz e agarrou sua caneca.

Talvez tivesse sorte e Kenny estaria ocupado assistindo filmes de futebol em seu escritório, se preparando para o grande jogo na sexta-feira à noite. Mentalmente cruzando seus dedos, Eli colocou nos ombros o seu bem usado casaco e foi em direção à porta.

 

“Hey, você vai dar cano no trabalho, hoje?”

Kenny abriu seus olhos e olhou no relógio.

“Merda.”

Lançando de volta as cobertas, Kenny saltou fora da cama e foi em direção ao banheiro.

“Eu devo ter batido no botão de desligar, ao invés de soneca. Me jogue uma cueca e algum moletom de fora daquela gaveta, tá?”

Kenny avaliou sua aparência no espelho. Com exceção de um caso leve de cabeceira de cama, seu o cabelo estava limpo o bastante. Ele encheu sua escova de dente, e colocou-a em sua boca, antes de agarrar o desodorante. Ficar sem um chuveiro era uma coisa, mas ele duvidou que Eli o apreciasse, fedendo no ambulatório.

Luke apareceu na entrada com um sorriso torto em seu rosto. Ele lançou as roupas limpas de Kenny no balcão, antes de levantar as cuecas de malha preta, que ele tinha guardado para uma ocasião especial.

“Cuecas bonitas, cara.”

Kenny cuspiu a pasta de dentes na pia e ligou a torneira.

“Eu pedi a você para pegar uma cueca, não escavar minha coisas. Acontece que eu sei do fato, que estas estavam na parte de trás da gaveta, debaixo de tudo.”

Agitando sua cabeça, Luke riu.

“Desculpe. Elas apenas me surpreenderam, é tudo. Você vai usar com Eli?”

“Cai fora.” Kenny disse, agarrando suas roupas. Ele começou a tirar sua cueca, mas parou e olhou fixamente para seu amigo de longo tempo. “Você se importa?”

“Não, não por isso. Vá em frente.” Luke respondeu.

“Saia. Vá ser útil e me pegue uma garrafa de suco laranja, e uns pedaços de torrada.”

Com uma virada de olhos, Luke girou e saiu do banheiro.

“Um, por favor, seria bom.”

“Por favor?” Kenny perguntou com um grunhido em sua voz. Ele amava Luke como um irmão, mas estava malditamente cedo, para lidar com um espertinho. Depois de se ajustar, para andar confortavelmente dentro de sua cueca, Kenny vestiu seu moletom e agarrou seu barbeador elétrico, sem navalha.

Enquanto se barbeava, tomou alguns momentos para inspecionar a parte superior de seu corpo. Vinha trabalhando muito ao ar livre ultimamente, tentando livrar-se da energia sexual causada por sua proximidade constante com Eli. Toda vez que os dois eram deixados sozinhos, na sala de aula dupla, de propósito, Eli agia como se estivesse para saltar fora de sua pele. Em um esforço para aliviar a situação, Kenny começou desaparecendo para a sala de peso, durante seus períodos de planejamento.

Nas poucas vezes que estava ao redor, esperou que Eli saltaria em cima dele e começaria a limpar as malditas calças que estavam queimando. Embora ele não admitisse isto, Kenny sabia que Eli ainda tinha problemas com seus pulmões. Ele o pegou em mais de uma ocasião, pálido e soprando, em seu pequeno aparelho de respirar. O fogo parecia ter feito mais danos para Eli, do que na escola. Claro que Eli ainda recusou a ajuda de Kenny a cada vez. Maldito aquele homem. Eli era tão teimoso agora, quanto tinha sido quando Kenny esteve em suas aulas, anos atrás.

Kenny não tinha nem certeza se o homem dormia. Eli era sempre o primeiro professor da escola a chegar, e o último a partir. Quantas vezes, Kenny tinha voltado à escola, depois de um jogo longe, para achar as luzes do ambulatório acesas, e Eli dentro trabalhando? Era uma coisa, ele tutelar Logan, mas até onde Kenny sabia, Eli não trabalhou com ninguém, desde então.

Colocando o barbeador em seu carregador, Kenny agarrou uma camiseta vermelha desbotada do departamento de Educação Física de Cattle Valley, fora da gaveta e caminhou para a cozinha. Ele gemeu, enquanto andava pela sala de estar.

“Nós vamos ter que limpar a casa logo, ou vamos ficar sem copos.”

Rindo, Luke deu a Kenny uma garrafa de suco laranja e duas fatias de torrada.

“Eu tentarei fazer parte da limpeza, antes de meu turno começar. No entanto, eu não vou pegar suas roupas sujas.”

Kenny colocou a garrafa no bolso lateral de sua bolsa de ginásio.

“Chute-as para o meu quarto, se você quiser.” Ele saiu da casa, antes que Luke pudesse mandá-lo a merda. Nunca tinha sido ótimo em limpeza, mas com duas pessoas na casa, as pilhas pareciam crescer, mais rápido do que eles podiam chegar a elas.

Quando subiu em seu Jeep Wrangler branco, Kenny estava assobiando uma canção que um de seus pais costumava cantar para ele toda manhã. Era o único momento do dia que Kenny tinha a atenção integral de Jefferson Trenton, e ele usou isto para se embebedar como uma esponja.

Ele acenou para Leo, enquanto dirigia pelo posto de bombeiros, e em direção à pequena escola.

Com apenas trezentas e seis crianças de Cattle Valley e a zona rural circundante, o edifício conseguia ensinar do jardim de infância, até o décimo segundo grau. Os números pequenos significavam que tinha que usar jogadores novatos no time da escola, e não tinham a categoria júnior, no time de futebol. Seu recorde de vitórias, apesar de seu tamanho era só uma das razões que eles eram considerados o maior rival das outras cidades ao redor. Claro que as cidades vizinhas tinham que fazer times com os pais dos jogadores, em vez dos jovens que a si mesmos, mas seus meninos tinham coração, e mostrava no modo que eles mantinham suas cabeças erguidas.

Kenny entrou no estacionamento e dirigiu ao redor para seu lugar atrás do ginásio. Um olhar rápido em seu relógio disse-lhe que estava exatamente vinte e sete minutos atrasado.

“Não é ruim.”

Pegando sua bolsa de ginásio, ele usou sua chave para entrar pela porta de trás. Embora devesse estar na escola as sete e quarenta e cinco, sua primeira aula não começaria até o próximo período. Kenny sorriu. Nem sempre tinha sido daquele modo, mas a diretora Marcia Quigley gostava dele, sempre tinha gostado. Provavelmente fosse por todo aquele tempo que passou em seu escritório, quando era uma criança.

Indiferentemente, depois de chegar atrasado quase diariamente, a diretora Quigley tinha eventualmente decidido, que talvez o primeiro período devesse ser uma hora para Kenny colocar o ginásio em ordem.

Ele destrancou o quarto de equipamentos e lançou sua bolsa do lado de dentro, lembrando no último segundo de agarrar sua garrafa de suco. Passeando pelo ginásio viu uma embalagem de chocolates e parou para pegá-la. Se ele fosse um filho da puta, alfinetaria isto no mural, como seu treinador fazia, quando ele estava na escola, mas Kenny não podia fazer o mesmo, e envergonhar alguém assim, especialmente porque este alguém era ele. Sim, ele tinha um fraco por doces. Apenas precisava se lembrar de pegar, depois que comesse.

Deixando o ginásio, soltou a embalagem e sua garrafa de suco vazia no lixo, antes de espiar pela janela da porta de sala de aula. Ficou lá por vários momentos, assistindo o homem que tanto queria. Eli era um professor incrível, e seus alunos o amavam. O tempo que gastava em seu planejamento de aulas era óbvio do porque ele ensinava. Era sempre novo, Deus os livrasse que Eli usasse o mesmo planejamento de aulas no próximo ano.

Até quando assistia, Eli bateu palmas e apontou para outro aluno que parecia feliz por dar a resposta, sobre uma questão que Eli perguntou. Inconstante em sua atenção para os alunos, Kenny viu rostos de olhos sonhadores, que lhe eram muito familiares. As crianças tinham sido sempre apaixonadas pelo Sr. Sanchez, desde que Kenny estava na escola. Kenny definitivamente tinha sido um deles. Seus sentimentos impróprios pelo seu professor sensual foi um longo caminho para convencê-lo de ser gay.

Como se sentisse Kenny assistindo, Eli parou de conversar e girou. Aqueles olhos castanhos escuros de Kenny encontraram os seus, e de repente ele achou difícil respirar. Porra. Acontecia toda vez. Uma vez, estava treinando futebol, então Eli o olhou e sentiu que se transformava em uma pilha de gosma.

Eli disse algo para seus alunos, que riram, e caminhou para a porta.

“Você precisa de algo?”

Rápido, pense, imbecil.

“Uhhh, sim, eu estava me perguntando se você queria que eu conseguisse sua passagem para voltar para casa.”

Eli levou sua mão até o cavanhaque. A ação tirou um suspiro suave de Kenny, mas não pela razão que Eli pensou. Ele depressa empurrou sua mão cicatrizada abaixo, e a colocou em seu bolso.

“Eu pensei que a volta para casa fosse daqui há duas semanas.”

“Certo.” Merda. “Uhhh, sim, mas as passagens já estão à venda e indo rápido.”

“Oh, certo, certo.” Eli olhou para Kenny como se fosse louco. “Isto é tudo?”

“Sim.” Kenny deu um passo atrás. “Desculpe ter interrompido.”

“Nenhum problema. Eu irei, uh, te procurar mais tarde, para lhe dar o dinheiro para a passagem.”

“Nenhuma necessidade. É por minha conta.” Kenny respondeu, antes de ir embora, tão rápido quanto seus pés o levassem.

“Jesus Cristo, Kenny. Quando você vai crescer e apenas chamar o homem para um encontro?” Kenny murmurou para si mesmo, enquanto entrava no ginásio.

Voltar para casa? Sério? Certo, ele nunca foi o mais esperto do grupo, mas cara!

Entrando no quarto de equipamentos, a atenção de Kenny foi para o som em sua bolsa de ginásio. Agarrou-a e retirou seu telefone.

“Oi?”

“Hey.” Luke respondeu. “Sua mãe quer que você a visite em sua casa, antes do treino hoje.”

“Então por que ela ligou para você?”

“Eu não sei. Desculpe, mas sua mãe sempre foi meio estranha. Ela disse que não queria perturbar você no trabalho.”

Sim, isso soava como sua mãe.

“Claro que ela não se importou de ter você me aborrecendo no trabalho.”

Luke riu.

“Hey, ela é sua mãe.”

“Sim. Eu realmente ganhei na loteria com isto. Obrigado. O verei amanhã, quando você sair de seu turno.”

“Até mais tarde, cara.”

Kenny largou o telefone de volta em sua bolsa. Ele só tinha dez minutos antes do segundo período. Estava na hora de se preparar para vinte alunos do ensino fundamental gritando. Ele agarrou a bolsa de tela com as bolas de borracha, decidindo que seria um dia de jogar queimada.

 

Kenny foi para a entrada da garagem e desligou o motor. Ele estava contente que tinha somente trinta minutos antes do treino. Esperava que qualquer coisa que sua mãe queria, não levasse muito tempo.

Lisa Trenton o encontrou na porta da frente. Kenny aprendeu muito jovem que nunca caminhasse pela casa, sem tocar a campainha.

“Oi, querido.” Lisa saudou.

“Hey, mãe.” Ele entrou e esperou. “Eu vejo o carro do Papai lá fora. Onde está o pai?”

“Martin está pescando e Jefferson está em sua carpintaria.” Lisa levou Kenny para cozinha. “Eu espero que você não se importe, mas meu triturador de lixo está com problemas, então eu comprei uma nova. Você se importaria de instalar?”

“Não, mas eu tenho que estar no treino às quatro.” Kenny disse quando sua mãe foi para a parte de trás, fora da cozinha.

Qual era a vantagem de ter dois maridos, se sua mãe não podia conseguir que um deles a ajudasse nas tarefas simples? Sempre tinha sido a mesma coisa, os três velejavam pela vida fazendo o que queriam, sem se preocupar com ninguém ao redor deles.

Ele se sentou no chão e começou a limpar o lixo de debaixo da pia. Teria sido um grande negócio para alguém, pelo menos ter a área preparada para ele? Sim. Não quereria prejudicar a pesca ou a maldita casa de pássaros de seu pai.

“Hey, Mãe, você pode pelo menos me conseguir a caixa de ferramentas da garagem?” ele gritou.

Lisa voltou à cozinha.

“É pesado.”

Com um gemido, Kenny levantou.

“Muito bem, mas se eu não tiver tempo para terminar o trabalho, sua pia não terá o triturador até sábado, quando eu puder voltar aqui.”

“Você está me respondendo?” sua mãe perguntou, com a mão no quadril.

Kenny esfregou sua testa. A última coisa que precisava era um sermão com seus pais, sobre o modo adequado de tratar sua mãe.

“Não. Desculpe. Tenho tido um dia ruim.”

“Bem, não atire isto em mim. Nós raramente o vemos por aqui, mais. O mínimo que pode fazer é ajudar, quando eu lhe pedir, sem reclamar sobre isto.”

“Sim, Mãe.” Kenny caminhou do lado de fora para a garagem. Por que seus pais perguntavam, por que não vinha muito aqui? Infernos, era uma vergonha dizer, mas ele realmente não gostava deles o suficiente para sentar e visitar, e a única razão era que eles sempre pediam que algo fosse feito.

“Hey, Papai.” ele saudou Jefferson Trenton.

“Filho.” Jefferson saudou, sem tirar o olhar de cima de seu atual projeto.

“Apenas entrei para pegar a caixa de ferramentas.”

“Está ali onde sempre está.”

Kenny viu a caixa e a levantou. Antes de poder sair da garagem, seu pai finalmente olhou acima.

“O que sua mãe está fazendo?”

Kenny encolheu os ombros.

“Eu não sei.”

Os olhos de Jefferson se estreitaram.

“Algum sinal de jantar?”

“Não, não que eu tenha visto.” Kenny saiu da garagem sem esperar perguntas adicionais. Um Como você está, teria sido legal, mas era típico. A única razão que vinha, depois de tudo era na esperança que talvez em algum dia eles tivessem um interesse nele, e sua vida. Jefferson, Lisa e Martin não eram pessoas ruins. Mas, nunca deveriam ter tido um filho.

Agora, ele teria menos que cinco minutos, até o começo do treino. Merda. Se saísse agora, seria forçado a retornar a casa dos seus pais no sábado, e ainda se sujeitar a sua rejeição.

Ele puxou o telefone fora do bolso, e chamou a pessoa que podia contar que ainda estava na escola.

“Oi?” Eli respondeu.

“Oi, é Kenny. Eu estava pensando se você me faria um favor enorme? Eu estou na casa dos meus pais, instalando um novo triturador de lixo, e parece que vou chegar mais ou menos quinze minutos atrasado para o treino. Você se importa de correr até o vestiário, e dizer aos caras para ir ao campo e lançar a bola, até eu chegar?”

“Uhhh, certo. Eu preciso assisti-los ou algo assim?” Eli perguntou.

“Bem, tecnicamente, eles deveriam ter um adulto no campo com eles a toda hora, mas se você estiver ocupado…”.

“Não, isto está bem. Eu só levarei meus papéis lá fora comigo.”

“Obrigado. Eu chegarei assim que der.”.

“Nenhum problema.”

Eli desligou, e Kenny olhou fixamente para o telefone por vários momentos, antes de pôr de volta em seu bolso. Depois que se fez de bobo mais cedo, era uma maravilha que Eli estivesse disposto a conversar com ele, e ainda lhe fazer um favor.

“Você já está pronto?” Lisa perguntou ao encontrá-lo na sala de estar.

“Quase.” ele respondeu levantando o novo triturador de lixo.

“Eu preciso começar o jantar para seus pais.”

“Eu sei. Estou indo tão rápido quanto posso.” Kenny piscou longe as lágrimas, antes que tivesse a chance de cair. Não. Não choraria por uma relação, que nunca tinha estado ali, em primeiro lugar.

 

Com suas costas contra a única árvore com sombra perto do campo de futebol, Eli ignorou os ensaios em seu colo e assistiu as crianças treinarem. Houve uma época que ele teria apreciado estar lá fora com eles. Ele jogou bastante futebol quando era mais jovem, mas não muito desde que bateu na casa dos trinta.

Ele olhou fixamente abaixo para sua fodida mão. O colapso da arquibancada principal tomou mais que dois de seus dedos. Levou um pouco de sua autoconfiança também.

Um movimento a esquerda chamou sua atenção. Ele girou a cabeça, e assistiu como Kenny corria para o campo. Era um dia raramente quente para os primeiros dias de outubro, e Kenny estava apropriadamente vestido em um par de bermudas e uma camiseta justa. Eli conseguiu manter seu gemido mudo, mas sentiu isso tudo, no caminho para seus ossos. Diferentemente da maioria das pessoas, Kenny parecia melhorar ao olhar, a cada ano. Maldição. Ele depressa tragou a baba que ameaçava escapar, enquanto timidamente babava sobre seus músculos contraídos.

Kenny parou e conversou com Chase Hughs, seu quarterback, e capitão do time.

Chase movimentou a cabeça, e logo teve o resto dos jogadores divididos em grupos, examinando cuidadosamente os treinos de bases.

Eli não podia acreditar o quanto Chase o lembrava de Kenny no segundo grau; líderes natos, os dois.

“Hey.” Kenny disse correndo para Eli.

Eli olhou acima, de sua posição na grama.

“Tudo terminado?”

“Sim. Eu realmente agradeço sua ajuda.”

“Não fiz nada, realmente. Assim que eu disse aos meninos que você estaria se atrasando, Chase assumiu o comando.”

“Sim, ele é uma boa criança.” Kenny disse, olhando para o quarterback. “Ainda assim, eu sei que você tem coisas melhores para fazer, do que ser babá.”

Para falar a verdade não.

“Como eu disse, sem problemas.” Eli quis se levantar, mas não na frente de Kenny.

“Bem, você pode continuar com seus jogadores. Eu só irei para dentro, e onde está o ar condicionado.”

Kenny estendeu sua mão, para ajudar Eli a ficar de pé. Eli agitou sua cabeça, mortificado com o pensamento do homem mais jovem segurando sua mão mutilada. Ele pensou sobre estender sua mão esquerda, mas Kenny estava no lado errado.

“Isto está bem.” Eli finalmente disse. “Eu me ajeitarei sozinho.”

Eventualmente Kenny abaixou sua mão.

“Você sabe que não me aborrece, certo?”

“O que?”

Kenny gesticulou para a mão escondida debaixo dos documentos no colo de Eli.

“Eu sei o que você acha sobre isto, mas não me incomoda.”

Por alguma razão que gritava suas inseguranças, Eli se irritou.

“Realmente? E por que você estava olhando fixamente para isto mais cedo hoje?”

Um rubor imediatamente apareceu no rosto bronzeado de Kenny. Ele se curvou e descansou suas mãos em seus joelhos, pondo seu rosto ao nível de Eli.

“Para sua informação, eu estava olhando fixamente para seu rosto, seu cavanhaque para ser exato, não sua fodida mão.”

“Grande. Agora você vai me dizer o que há de errado com meu rosto? Qual é o assunto, está vendo algumas rugas que não costumavam estar lá?”

Kenny levantou como se tivesse levado um tapa. Ele agitou a cabeça e virou-se. Depois de caminhar vários passos largos, ele voltou.

“Você está tão bonito hoje, quanto você esteve há doze anos, idiota. Eu não sei por que continuo tentando com você. Você pensa que agora eu já teria entendido, que você não quer nada comigo. Simplesmente estúpido, eu acho.”

Eli assistiu atordoado, quando Kenny correu de volta ao campo.

“Isso foi bem.”

 

 

                           Capítulo Dois

 

Eli tirou seu hambúrguer da grelha a gás, e levou para a casa. Ele decidiu fazer uma mudança e adicionou uma fatia de queijo, enquanto ainda estava quente. Enquanto o queijo lentamente derretia, levou a salada que tinha preparado para a mesa, junto com uma grande tigela de legumes frescos cozidos no vapor.

Depois de despejar um copo grande de leite desnatado, se sentou e descansou as mãos na mesa. O hambúrguer que tinha estado tão faminto esfriava, enquanto continuava olhando fixamente para seu prato.

A solidão opressiva bateu nele como uma tonelada de tijolos. Que diabos está errado comigo?

Eli encheu seu prato e foi temperar sua comida sem nenhum sal, como tinha sido pelos últimos seis anos. Vamos. Só coma sua comida e talvez esta sensação passe.

A primeira mordida tinha gosto de merda, assim como também as duas mordidas subsequentes. Com um suspiro, Eli afastou seu prato e apoiou os cotovelos na mesa, algo que nunca fez. Enterrando a cabeça em suas mãos, ele fechou os olhos, e tentou pensar sobre qualquer outra coisa.

Os planos da aula de amanhã já estavam terminados, mas talvez pudesse começar o de segunda-feira?

Pelo menos teria um pouco de tempo em seu fim de semana. Para que? Que porra iria fazer com seu tempo livre?

“Merda!” Eli se afastou da mesa e levou seu prato para a pia. Ele começou a empurrar no lixo, mas mudou de ideia, e o cobriu com uma tampa. Se seu humor melhorasse, talvez estivesse com fome mais tarde.

Depois de guardar o prato na geladeira, começou a colocar a cozinha em ordem. Ele tinha encontrado várias maneiras para se distrair ao longo dos anos, mas a limpeza era a melhor. Talvez, porque não importasse quantas vezes fizesse isto, sempre havia mais. Alguns de seus conhecidos — não podia realmente chamá-los de amigos, — acusou-o de ser compulsivo por limpeza, mas Eli sabia a verdade. Se ficasse focado na atividade física, não tinha tempo de pensar sobre qualquer outra coisa.

Enquanto varria, Eli notou uma marca negra de seus sapatos. Em vez de ficar chateado, sorriu e foi para lavandeira pegar um balde e uma esponja. Com o balde abastecido de água, pegou o Pinho Sol[1] debaixo da pia. Poderia passar no chão inteiro, enquanto estava nisto.

Balde na mão, Eli se moveu para o canto afastado da cozinha e se ajoelhou no chão. Ele sabia que devia substituir o piso, com algo como madeira ou azulejo cerâmico, mas por que, quando o vinil ainda estava perfeitamente útil? Tomar conta do que tinha, provavelmente foi a única coisa que aprendeu com seus pais, com quem tinha estado preso pelos anos.

Enquanto esfregava, Eli deixou que o trabalho o levasse para sua infância, que passou com as mãos e joelhos na pequena cozinha em San Diego, onde cresceu. A maioria das pessoas estavam familiarizadas com as áreas abastadas de San Diego, mas poucos se aventuraram ao Bairro Logan.

Com quatro crianças para cuidar, seu pais trabalhavam por longas horas por um baixo salário, para pôr um telhado acima de sua cabeça, e comida na mesa. Desde que ele tinha sido o mais velho e o único menino, foi o responsável por manter suas irmãs ocupadas. Sair e brincar no quintal, como as crianças faziam em Cattle Valley, não era uma opção no bairro, a fim de manter suas irmãs e a si mesmo ocupados, Eli as pôs para trabalhar e manter a casa limpa. Ele sentiu que isto era o mínimo que podia fazer por seus pais.

Mal sabia ele, que quase trinta e cinco anos mais tarde, ainda estaria de joelhos esfregando um chão já imaculado. Eli agitou sua cabeça. O trabalho descuidado o ajudou como tinha feito quando era criança. Os amigos fora da escola não eram permitidos enquanto crescia, então acabou sendo mais fácil não fazê-los.

Eli soltou a esponja no balde, espirrando a água cheirosa sobre o chão, e rolou para se sentar com as costas contra o gabinete. Ele desviou a vista acima do chão imaculado, enquanto ofegava.

Existia uma necessidade verdadeira para as regras serem postas, quando ele era uma criança no bairro Logan, mas ele não era mais aquele menino. Ou era? Ele pensou que tinha escapado quando se juntou aos fuzileiros, logo depois do segundo grau. Era um caminho para ver a vida fora de San Diego, como também ganhar dinheiro para a faculdade, mas antes dele até terminar seu primeiro ano de serviço, as coisas começaram a dar errado em sua casa.

Rita, sua irmã caçula, escreveu lhe dizendo que sem sua orientação em casa, Maria, a mais velha das meninas, associou-se a uma gangue. Eli tentou ignorar isto, dizendo a si mesmo que Maria estava simplesmente revoltada. Não era uma característica nova na personalidade de Maria. Ela frequentemente tentava desafiar Eli, depois da inesperada morte de seu pai dois anos antes. Ele escreveu para Rita de volta, e disse para não se preocupar. Maria iria eventualmente achar seu caminho.

O que Eli não disse, foi que seu tempo com as crianças tinha se passado, e somente estava interessado em sua nova vida. Apesar do que o exército queria que acreditasse, não foi tão difícil encontrar outros homens da mesma opinião, quando precisavam aliviar o estresse. Eles frequentemente se encontravam com um grupo pequeno de quatro ou cinco, em um minúsculo apartamento básico, que um grupo deles alugava.

Era seu santuário, o lugar onde podia ser ele mesmo, e Eli era ele mesmo tanto quanto podia, e com tantas pessoas quanto possível.

Ele estava começando seu terceiro e último ano nos Fuzileiros, quando recebeu uma chamada de emergência de casa. Embora Maria tivesse estado perdida para sua família por quase um ano devido às drogas, foi sua irmã do meio, Angel, que perdeu sua vida. Atingida por uma bala perdida, enquanto saía da escola com um grupo de amigos, Angel morreu quase imediatamente.

As notícias de que sua irmã tinha sido morta tão insensatamente apenas fez Eli endurecer contra o mundo.

Depois de receber permissão para voar de volta para San Diego para o enterro, Eli puxou sua irmã caçula de lado e, uma vez mais, a fez prometer que ela se manteria segura, ficando dentro de casa. Passou o resto do fim de semana tentando confortar uma mãe, com dor e culpa. Eli soube que algo mudou entre os dois. Depois de receber uma carta, um ano mais tarde de que Maria foi embora, Eli gastou cada momento livre, ou bêbado ou fodendo, apenas para aliviar a dor.

O momento mais orgulhoso de Eli veio, quando Rita se graduou no segundo grau com honras, segundo ouviu. E ela acabou casando com um bom homem, um oficial de Força aérea com que vivia, e tinha quatro crianças em Guam. Eles recentemente mudaram sua mãe Elena com eles e Eli não era mais necessitado em suas vidas. Ele ainda falava com Rita, pelo menos uma vez por mês por telefone. Ela amava sua casa na ilha, e com frequência falava do quão livre se sentia, simplesmente por estar fora ao Sol. De acordo com sua irmã, sua mãe também estava florescendo. Elena tinha se juntado a um grupo de idosos, e estava apreciando seus anos restantes no paraíso.

A atenção de Eli foi para as quatro paredes e teto que o cercavam. Aqui ele se sentou, em uma comunidade segura, ainda fora do mundo. Ele olhou o balde de água com desgosto. Nenhuma surpresa, você estar sozinho, e ser um fodido estúpido. Você está ainda com tanto medo de ser machucado, que continua a se selar fora do mundo.

Ele enxugou longe algumas lágrimas, que nem estava ciente que derramou. Precisava de um plano.

Tudo deu certo, com o que aconteceu nos seus primeiros planos. Completamente. Exército, faculdade, sua carreira no ensino, tudo cuidadosamente planejado e executado.

Depois de limpar a bagunça que fez, Eli puxou um bloco de papel e caneta fora de seu casaco e se sentou em sua escrivaninha. Tocando a caneta contra a mesa, pensou sobre tudo que sempre quis, mas tinha medo de esperar.

Número um. Amigos. Tinha bastante conhecidos, pessoas que falaria para início de conversa, mas nunca seria uma pessoa que chamaria de um amigo real. Como seria apenas levantar o telefone quando estivesse chateado ou sozinho, e perguntar se um amigo gostaria de jantar ou sair para ver um filme?

Numero dois. Limpeza. Embora não tivesse nenhum plano de se transformar em uma pessoa desleixada, sabia que sua compulsão por limpeza, não era saudável mentalmente para ele. Talvez programar um horário e experimentar isto. Claro que a cozinha ainda precisaria ser limpa diariamente, mas talvez pudesse provavelmente ser três ou quatro dias na semana, e não todo dia. A banheira e o banheiro podiam provavelmente também, ficarem alguns dias sem esfregar. Eli sorriu, já começando a sentir as mudanças.

Numero três. Relacionamentos. Ele vivia em umas das melhores comunidades da América. Então, já era tempo que fizesse parte dela para se manter deste modo, mas o que estava qualificado para fazer? Seus pensamentos foram para o novo centro de adolescentes. Será que lhe dariam as boas vindas lá, ou as crianças da cidade já tinham visto o suficiente dele? Fez uma nota mental para chamar Ben Waters.

Numero quatro. Amor. Eli depressa agitou sua cabeça e riscou a palavra e substituiu isto por Namorado. O amor não era algo que você podia planejar. Até alguém inapto socialmente sabia disto, mas talvez se baixasse suas defesas o suficiente, para permitir que alguém...

O rosto bonito de Kenny veio a sua mente, mas Eli depressa rejeitou aquela ideia. Kenny estava fora de seus limites, sempre tinha estado. Havias algumas linhas que um professor não deveria cruzar, não importando o que Kenny tentou lhe dizer. O estudante era muito bonito, muito jovem e muito popular para alguém como ele. Ele acabaria sendo a piada da escola em um par de meses, e trabalhou malditamente duro para deixar que isto acontecesse. Além disso, desde que Luke voltou para a cidade, Kenny passou todo momento livre com ele. Inferno, os dois até viviam juntos. Quem sabia o que realmente acontecia atrás das portas fechadas? Não que Eli pudesse culpar qualquer um deles. Eles eram ambos da mesma classe social, quentes, jovens e abertos à diversão.

Certo, esqueça Kenny como uma opção. Seguramente existiam outros homens em Cattle Valley que não se importariam em namorar Eli. Com um resoluto aceno de cabeça, Eli pôs o bloco de notas de volta em sua bolsa.

Começaria sua nova vida de manhã. Haveria um jogo fora de casa, amanhã à noite. Talvez quebrasse sua rotina normal e iria, talvez parar no O'Brien para uma cerveja depois?

Sentindo-se melhor do que esteve em anos, Eli fechou a casa e desligou as luzes. Ele até mesmo se impediu de empurrar sua cadeira até a escrivaninha. Foi uma pequena coisa, mas era o primeiro passo em sua nova atitude.

 

Kenny estava se refrescando, depois de um treinamento difícil, quando Eli entrou na sala.

“Hey.” ele o saudou.

Eli sorriu.

“Eu estava me perguntando, se você tem alguma daquelas camisas de Longhorn sobrando?”

Enxugando seu rosto e pescoço com uma toalha, Kenny movimentou a cabeça.

“Certo. O Clube Boosters sempre manda sobrando. Para quem é?

“Para mim.” Eli respondeu, de repente parecendo desconfortável.

Não podia ser pela sala que Eli estava desconfortável. Antes de seu dano na mão, Eli costumava usar a sala de pesos, por várias vezes na semana. Isto levou Kenny a acreditar que isto era por que Eli estivesse desconfortável ao seu redor. Qual era a novidade?

“Que tamanho você está procurando?” Kenny levantou e saiu da sala, levando Eli para a sala de equipamento.

“Grande, eu imagino.”

Kenny começou a cavar na caixa marrom de camisetas de mangas compridas.

“Você quer dizer que vai se tornar um fã?”

“Eu... hum... decidi sair mais. Imagino que ir ao jogo hoje à noite, seria um bom começo.”

A resposta surpreendeu Kenny. Certo, Eli frequentava os jogos em casa ocasionalmente, mas até onde sabia, Eli nunca foi para um jogo fora. Ele achou o que procurava e girou para dar a camisa para Eli. Uma vez mais ele foi atingido com o quão bonito o homem era.

“Você tem carona de alguém para Crescent Ridge?”

Eli agitou sua cabeça.

“São apenas noventa minutos. Não é ruim.”

“Nós temos cadeiras extras no ônibus para faculdade, se você estiver interessado?” Kenny perguntou.

Eli esfregou seu pescoço.

“Eu pensarei sobre isto.”

“Certo. Só me avise até o final do dia. Nós sairemos ao redor das quatro e trinta.”

Camiseta na mão, Eli movimentou a cabeça.

“Quanto eu lhe devo pela camiseta?”

Kenny sorriu.

“Não se preocupe sobre isto. Vale a pena alguns dólares, para ver um rosto amigável nas arquibancadas. O pessoal de Crescent Ridge não são nossos fãs.”

Eli sorriu em retorno.

“Você está dizendo que eu não devia vestir esta camisa?”

“Eu estou dizendo que seria melhor você vestir esta camisa, assim saberemos quem são nossos amigos.”

Rindo, Eli saiu da pequena sala, deixando Kenny se perguntando que diabo, possuiu homem. Havia algo, Kenny estava certo disto. Se Eli não dissesse que estaria dirigindo sozinho para o jogo, Kenny teria pensado que Eli estava vendo alguém. Claro que indo sozinho ao jogo não significava nada. Um namorado secreto que talvez trabalhasse a noite ou algo assim?

Merda. Kenny não pôde pensar sobre qualquer outra coisa o resto do dia. Ele esperou anos por Eli sair de sua concha. Talvez estivesse lendo demais nas ações de Eli, mas o homem definitivamente parecia mais à vontade sobre algo.

Luke estava indo para o jogo; talvez pedisse ao seu melhor amigo para vigiar Eli. Não, ele não poderia fazer isto, sem escutar Luke o provocar implacavelmente durante o próximo mês. Quando o sino do almoço tocou, Kenny agitou sua cabeça e afastou todos os pensamentos de pedir a Luke para fazer qualquer coisa por ele. Ele manteria seus próprios olhos e orelhas abertas. Seguramente se Eli estivesse vendo alguém, Kenny ouviria sobre isto eventualmente.

 

No fim, Eli decidiu dirigir ele mesmo até Crescent Ridge. No caminho, ele parou na Livraria Booklover e levou um estojo de livro auditivo intitulado ‘Breaking Out of the Box[2]. Ele pediu a dona Naomi Rios, que jurasse manter segredo, e ela prometeu nunca dizer a uma alma.

Quando Eli alcançou a escola de Crescent Ridge, só conseguiu escutar um dos CDs. Ele não estava certo se gostou ou não disto. Muito daquilo soava como um monte de besteiras, mas Eli prometeu a si mesmo que daria uma chance, de forma que era isto que faria.

Uma vez dentro do pequeno estádio, Eli ficou surpreendido por ver que o lado de visitantes nas arquibancadas estava quase vazio. Merda. Embora não se importasse de se sentar sozinho, ele estava incrivelmente em número menor, algo que o pôs nervoso quase imediatamente. Recusou-se a se entregar, e subiu para o topo, assim poderia se debruçar contra a barra de segurança.

Os Longhorns de Cattle Valley entraram em campo trinta minutos antes do começo do jogo.

Eli se levantou e bateu palmas junto com outros nove partidários, que sabia serem os pais de alguns dos jogadores.

“Hey, Sr. S!” uma voz gritou da parte inferior das arquibancada.

Eli gemeu interiormente, quando Luke caminhou alguns passos diretamente para ele.

“Hey, Luke.”

Luke se sentou próximo a Eli. Seriamente? Havia mais ou menos outros cem lugares para escolher, por que Luke teria que se sentar praticamente em seu colo?

“Onde está todo mundo?” Eli perguntou, procurando por algo a dizer.

Luke gesticulou para o estacionamento atrás deles.

“O ônibus de Booster está na fila do ingresso. Devem estar aqui a qualquer segundo. Boa coisa que eu cheguei aqui, mais cedo.”

“Sim.” Eli assistiu o aquecimento dos jogadores, por alguns momentos, antes de levantar. Talvez encontrasse alguma forma de cair fora de Luke, sem machucá-lo.

“Acho que vou pegar um café, antes que a fila fique muito grande.”

“Boa ideia. Você se importaria de me trazer um chocolate quente? Eu guardarei seu lugar.”

“Certo.” Eli murmurou e foi para baixo das arquibancadas. Ele acenou para alguns rostos familiares na fila do ingresso, e fez sua passagem na multidão crescente para a lanchonete.

Quando tomou seu lugar na fila, Eli tinha sido acotovelado duas vezes sem a cortesia de uma desculpa. Ele começou a duvidar se foi inteligente vestir as cores de Cattle Valley. Quando o homem na frente dele girou e fez uma careta, teve certeza disto.

“Você é um deles?”

“Desculpe?” Eli não podia acreditar no nervo do sujeito. Embora não fosse tão musculoso como costumava ser, Eli se mantinha em boa forma. O homem que lhe falava era talvez uns oito centímetros mais baixo, e uns trezes quilos mais leve.

“Você tem algum filho jogando?” o homem perguntou.

“Não.”

O homem movimentou a cabeça.

“Sim, foi isso que eu imaginei. Você é uma das fadas da cidade que vêm para alegrar seu time.”

“Onde está sua saia?” outro homem brincou.

Recusando a morder a isca, Eli gesticulou para o balcão.

“Você vai pedir, ou coisa parecida?”

“Talvez.” o sujeito respondeu. “Ou talvez eu só ficarei aqui, assim você não pode pedir.”

Eli suspirou. Ele passou os primeiros dezoito anos de sua vida tentando controlar seu temperamento, para não chutar nenhum traseiro, mas este caipira filha da puta estava realmente empurrando seu controle.

“Escute, cara, eu não quero problemas, somente uma xícara de café.”

“Café? Eu pensei que bichas gostavam daqueles cappuccinos decorados.”

“Vá em frente e consiga seu café, Sr. S. eu lidarei com este imbecil.” Luke disse, saindo detrás de Eli.

Os olhos do homem se arregalaram. Embora Luke fosse magro, sempre teve um ar de superioridade.

Eli não teve nenhuma dúvida que Luke podia chutar o traseiro do sujeito. Claro que as tatuagens que decoravam o braço inteiro de Luke e a coleira tatuada em seu pescoço, também eram uma forma de convencer o homofóbico, que não queria nenhuma parte de Luke.

Com um olhar estreitado, o sujeito girou e finalmente fez seu pedido. Luke permaneceu na fila ao lado de Eli, praticamente desafiando que alguém dissesse uma palavra. Eli não estava certo do que o surpreendeu mais, o fato de Luke Hatcher realmente ter ficado ao seu lado, ou que se sentiu condenadamente bem, de saber que alguém o protegia, ainda que fosse um acordo a curto prazo.

O imbecil fez o seu pedido e foi embora sem uma palavra. Eli se aproximou do balcão.

“Um café preto grande e um chocolate quente grande.”

Ele esperou até que estavam voltando para um território amigável, antes de dizer qualquer coisa para Luke.

“Obrigado por sua ajuda lá atrás. A última coisa eu queria era ser excluído, e provavelmente despedido entrando na daquele sujeito.”

Luke tomou seu chocolate quente e encolheu os ombros.

“Não é nada. Eu estive em bastantes jogos fora para conhecer as manobras.” Ele gesticulou para as arquibancadas. “Zac e Jakob estão guardando nossas cadeiras.”

As informações deixaram Eli mais contente. Ele gostava muito de Zac. Talvez se jogasse direito suas cartas com Zac, ele podia começar a trabalhar naquele primeiro item de sua lista.

“Ótimo. Vamos.”

 

Como era o costume do time depois de uma grande vitória, os jogadores de Kenny tomaram uma chuveirada rápida. Infelizmente, até as crianças receberam muita merda dos pais e jogadores do time perdedor. Kenny tinha decidido há muito tempo, que era melhor sair do inferno fora de Dodge, enquanto ainda podiam.

Depois de ter certeza que tinham tudo, Kenny seguiu seus jogadores para fora, esperar no ônibus. Ele guardou o equipamento e subiu, fazendo uma contagem para ter certeza que todo mundo estava lá.

“Certo.” ele disse ao motorista.

Quando o ônibus saía do estacionamento da parte de trás da escola, para a estrada principal, Kenny notou o Subaru Outback preto de Eli, estacionado sozinho no estacionamento quase vazio.

“Hey, Jim, dirija até aquele SUV ali.”

O motorista de ônibus movimentou a cabeça e foi naquela direção. Os faróis do ônibus iluminaram o interior do Subaru, suficiente para Kenny notar que algo estava errado. Ele podia ver o topo da cabeça de Eli, descansando contra o volante.

“Vá em frente e pare.” Kenny disse a Jim.

“O que foi isto, Treinador?” Chase, sua estrela quarterback, perguntou da cadeira atrás de Kenny.

“Eu acho que algo poderia estar errado com Sr. Sanchez.” ele respondeu. “Fiquem aqui.”

Andando para fora do ônibus, Kenny segurou sua respiração. Eli não se movia, sua cabeça ainda descansando contra o volante. Kenny se agachou abaixo e bateu na janela.

“Eli?”

O corpo inteiro de Eli se empurrou, enquanto sua cabeça levantava.

“Porra!” Kenny cuspiu, não se importando com as crianças no ônibus atrás dele. Ele tentou abrir a porta, que estava fechada. “Abra a porta.”

Eli olhou diretamente em Kenny, com um olho contundido e inchado antes de girar sua atenção para o ônibus de jogadores. Pelo sangue secando no rosto de Eli, Kenny supunha que também havia sido esmurrado no nariz, pelo menos uma vez. Eli agitou sua cabeça e girou seu rosto para longe.

Kenny permaneceu, e pôs as mãos nos quadris. Às vezes Eli era muito orgulhoso para seu próprio bem. Kenny caminhou de volta para o ônibus e subiu a bordo. “Eu vou me assegurar que o Sr. Sanchez retorne para Cattle Valley. Se comportem, ou vocês todos estarão fazendo corridas de curta distância por toda segunda-feira.”

As crianças gemeram em uníssono.

“O Sr. Sanchez está bem?” Chase perguntou.

Kenny bateu no ombro de Chase, enquanto alcançava sua bolsa de ginásio da cadeira.

“Eu acho que ele está com alguma dificuldade, mas eu cuidarei disto.”

“Vá em frente e leve estes meninos para casa.” Kenny disse a Jim, depois de andar de volta para fora do ônibus.

“Pode deixar.”

Depois que o ônibus partiu, Kenny voltou para carro de Eli.

“Eles se foram. Agora você destrancará sua porta?”

Eli não olhou acima, mas Kenny ouviu o clique das fechaduras automáticas destravando. Ele abriu a porta e agachou, até que estava ao nível do olho com Eli.

“O que aconteceu?”

“Uns sujeitos que eu tive dificuldades anteriormente estavam esperando por mim depois do jogo.” Eli murmurou.

“E ninguém se aborreceu a entrar e ajudar você?”

Eli levou alguns momentos, mas eventualmente olhou para Kenny.

“Meu plano era esperar pelo ônibus partir e seguir você de volta para cidade.”

Kenny o alcançou e tocou a pele inchada do olho, antes de poder parar a si mesmo.

“Por que você quereria seguir o ônibus? Esqueceu o caminho?” ele perguntou com um sorriso.

Os olhos de Eli se apertaram fechados, e ele respirou fundo. Kenny podia ouvir o ofego, quando Eli exalou.

“Eli? Você está bem?”

Eli abriu seus olhos.

“Eu acho que preciso ir para o hospital.”

“São seus pulmões?” Kenny perguntou.

“Não.” Eli se debruçou de volta na cadeira e moveu sua mão longe de seu abdômen, revelando uma mancha escura na frente de sua camisa.

“Porra!” Kenny freneticamente procurou por mais ajuda. “Porra! Por que você não me disse?”

“Eu não achei que estava tão ruim. A faca era muito pequena. Eu estava planejando dirigir eu mesmo, mas acho que isto não é uma opção mais, além disso, penso que quebrei algo em minha mão.”

“Crescent Ridge não tem um hospital.” Kenny retirou seu telefone e chamou Luke.

“Hey, grande vitória.” Luke respondeu.

“Sim, foi. Onde vocês estão?”

“Mais ou menos quinze minutos de casa. Por quê?”

“Eli foi esfaqueado. Eu o achei no estacionamento. Onde está o hospital mais próximo?”

“Merda! Ummm, eu acho que em Sheridan. O quão ruim está?”

Kenny ergueu a parte inferior de camisa de Eli, e cuidadosamente puxou em cima alto suficiente para ver o ferimento.

“Está sangrando, mas não bombeando. Talvez um ou dois centímetros. É difícil dizer.”

“Você tem duas escolhas. Dirija tão rápido quanto puder, sem matar nenhum dos dois ou podemos chamar o hospital e conseguir que lhe enviem um helicóptero.”

“Eu estou bem. Realmente.” Eli disse.

“Eu dirigirei.” Kenny desligou o telefone, e o alcançou dentro do carro. “Eu vou ter que mover você.”

Eli estremeceu, quando Kenny o ergueu alto o suficiente, para passá-lo sem machucar entre os bancos.

“Desculpe.” Kenny se desculpou.

Eli soltou seu lábio de parte inferior de entre seus dentes, e tentou um sorriso.

“Sem problemas.”

Com Eli seguro no banco do passageiro, ele ligou o SUV.

“Nós temos que chegar a Sheridan.” Ele alcançou através de Eli e agarrou o cinto de segurança.

Apesar da situação tensa, Kenny parou, quando seu olhar encontrou o de Eli.

“Nós precisamos chamar a polícia, também. Você sabe disto, certo?”

“Eu tentei lutar com eles.” Eli disse. Ele levantou sua mão ferida, a mesma mão que foi mutilada na arquibancada principal, no ano interior. “Acho que eu descobri que é muito inútil em uma briga.”

Kenny escovou seus lábios acima da mão inchada, antes de poder parar a si mesmo. Os olhos de Eli se arregalaram ao contato, mas não protestou com o gesto. Interessante. Decidindo que era melhor não empurrar sua sorte, Kenny voltou para seu banco, e saiu do estacionamento.

Uma vez na estrada para Sheridan, Kenny retirou seu telefone mais uma vez. A polícia de Crescent Ridge precisaria ser notificada do incidente, mas Kenny não confiava neles.

“Oi?” Ryan Blackfeather respondeu.

“Xerife, é Kenny Trenton. Eu estou a caminho do hospital de Sheridan. Eli Sanchez foi espancado e esfaqueado no estacionamento de Crescent Ridge.”

“Está mal?” Ryan perguntou.

“Mal o suficiente, que eu não estou para me sentar e esperar pela DP de Crescent Ridge. Eu acho que você poderia dar-lhes um telefonema. Se eles precisarem conversar com Eli, nós estaremos no hospital.”

Alguns minutos mais tarde, Ryan finalmente respondeu.

“Eu encontrarei você no hospital.”

“Você vai chamá-los?” Kenny perguntou.

“Sim, mas eu me sentirei melhor, se estiver lá quando eles chegarem.”

Parecia que Kenny não era o único intranquilo sobre o departamento de polícia da cidade vizinha.

“Obrigado.”

“Tenha cuidado ao dirigir.” Ryan disse, antes de ele desligar.

A cabeça de Eli descansava contra o cinto de segurança que o prendia no caro. Kenny estendeu a mão e correu sua palma no cabelo preto de Eli.

“Você está bem?”

“Sim.” Eli murmurou.

“O xerife Blackfeather vai nos encontrar no hospital.”

“Desculpe estar aborrecendo.”

Kenny olhou ao longo da estrada e correu sua mão pelo rosto inchado de Eli.

“Não se desculpe. Você sabe como eu me sinto sobre você. Eu nunca escondi este lado meu de você.”

Eli não respondeu, mas Kenny juraria que ele sentiu o homem se apoiar em seu toque. Ele colocou a mão no ombro de Eli, precisando do contato.

“Nós vamos conseguir que você supere isso. Confie em mim.”

 

 

 

                                 Capítulo Três

 

Eli estava acordado, quando Kenny entrou no quarto do hospital. O olhar sincero de preocupação no rosto magnífico de Kenny, quase derreteu as reservas de Eli. Sua inabilidade para defender a si mesmo de três caipiras era envergonhante para um ex-fuzileiro naval. Ele se preocupou que Kenny pensaria menos dele, mas a expressão genuína no rosto de Kenny, disse o contrário.

“Hey.” Kenny o alcançou, e colocou sua mão na coxa de Eli. “De acordo com o médico, não existe nenhum dano permanente. Você deve ter alta, a qualquer instante.”

“Sim.” Eli respondeu. O ferimento de faca não exigiu cirurgia, apenas pontos, do lado de dentro e fora. “Eu estava só tentando convencer a enfermeira para deixar-me ir para casa, mas eles estão insistindo para que eu passe a noite.”

Com um sorriso em seu rosto, Kenny deu um leve aperto na perna de Eli.

“Você devia provavelmente escutá-los. Além disso, amanhã está perto. Você estará em casa, antes de perceber.”

“Não pode ser logo o bastante para mim.” Eli agitou sua cabeça.

“A polícia de Crescent Rigde está aqui, junto com Ryan e Luke.”

Eli se manteve vacilante sobre conversar com a polícia.

“Eu não estou certo se quero conversar com eles.”

“É por isso que Ryan está aqui. Ele disse que estará no quarto.”

“Não é que eu tenha medo deles. É só… ainda não estou certo se eu devia empurrar o assunto.” Eli admitiu. Era ruim o suficiente que Kenny, Ryan e Luke soubessem que ele tinha sido abatido por um grupo de homofóbicos. Se conversasse com os policias, isto era o mais provável, sairia para a mídia e então todo mundo na área, saberia que se tornou uma boneca, em sua velhice.

Mexendo-se na cama, Kenny braceou suas mãos de um lado a outro do travesseiro de Eli e debruçou-se abaixo.

“Nós não estamos falando sobre um problema, Eli. Estamos conversando sobre uma tentativa de homicídio, e agressão á um homem gay. Duas coisas que ninguém deveria tratar levemente.”

“Quem disse que eu estou tratando isto levemente? Haverá mídia. Uma vez mais eu terei repórteres cavando em minha vida, meu passado. Eu não quero isto, e eu não penso que as pessoas de Cattle Valley queiram isto.” O frenesi de mídia seguindo a tragédia no ano anterior aquietou-se, e as coisas estavam começando a voltar ao normal. Ataques a homossexuais, de uma forma ou outra, tinha provavelmente acontecido à maioria das pessoas em Cattle Valley, pelo menos uma vez em suas vidas. Por que este incidente era tão diferente?

“Além disso...” Eli adicionou. “... o estado de Wyoming não dá um merda, que eu fui espancado por ser um homossexual.”

“Mas eu dou.” Kenny sussurrou. “E seus amigos também. Alguém que possa fazer algo assim para um sujeito durante a noite é perigoso para todos nós. Você não vê isto?”

Eli viu isto, o que o confundiu ainda mais.

“Eu só...” Eli suspirou. O que podia dizer sem ser um canalha egoísta? Era uma coisa se levantar com um grupo, mas era uma coisa completamente diferente fazer isto por conta própria. “Eu acho que estou assustado.”

“Não existe nenhuma razão para você estar assustado. Você não está sozinho nisto. De fato, Luke quis que eu lhe perguntasse, se foi o mesmo homem da lanchonete?”

“Sim. Ele e outros dois, um deles também estava na lanchonete, mas eu duvido que chamou a atenção de Luke. Eu ouvi ele chamar a pessoa que me apunhalou de Mike.”

“Isto é bom então. Pelo menos nós temos um primeiro nome.”

Eli olhou fixamente para Kenny. Deus, seria tão fácil cair de cabeça pelo bonito homem. Observar Kenny em ação nas linhas secundárias mais cedo, mexeu algo profundo, quase primitivo, dentro de Eli. A decisão para seguir o ônibus de volta para a escola, a fim de conversar com Kenny e tomar uma cerveja tinha saído pela culatra.

Toda vez ele tentava sair inesperadamente do mundo seguro que tinha criado, conseguiu ser machucado.

“Você já viu aquele filme Premonição?”

A expressão de Kenny ficou confusa.

“Você quer dizer sobre não poder enganar a morte?”

“Sim, aquele. Eu penso que talvez seja isso que está acontecendo comigo.” Eli murmurou. Olhando fixamente nos olhos azuis de Kenny, pensou sobre a lista de metas que fez. Talvez nunca atingisse aquelas coisas, porque não era significativo. “Por alguma razão, eu acho que Deus me quer morto.”

Kenny se debruçou abaixo, ficando mais próximo até que seus narizes estivessem se tocando.

“Pare com isto. Deus não quer você morto. Se Ele quisesse isto, teria lhe matado no desabamento. Eu acho que Ele o está mantendo ao redor, até você meter em sua cabeça dura que tem alguém que te ama.”

Eli agitou sua cabeça.

“Eu provavelmente sou a única pessoa, que está sempre recusando um encontro. A perseguição é o que você ama, não eu.”

“Cale a boca.” Kenny disse, enquanto baixava a boca na de Eli.

Pego com a guarda baixa, Eli não respondeu quando a língua encontrou casualmente a costura de seus lábios.

Isto realmente estava acontecendo? Evidentemente que Kenny não estava desistindo, e continuou a beijar Eli, lentamente, chupando primeiro seu lábio superior, então a parte inferior. Porra. Tinha se passado muito tempo, desde que alguém o beijou, e nunca com tal emoção.

Eli não podia ajudar a si mesmo. Ele precisou do gosto de Kenny em sua língua. Abriu sua boca lentamente, com medo de se fazer um idiota.

Kenny gemeu e cavou sua língua dentro de boca de Eli.

A respiração de Eli ofegou, de modo erótico quando Kenny o beijou. Ninguém nunca chupou sua língua antes. Céu. Se céu tinha um sabor... seria o de Kenny. Eli abriu mais, aceitando um beijo mais profundo. Ele começou a erguer seus braços, puxando Kenny mais perto, mas o peso do lançamento dos seus braços, o trouxe de volta a Terra. Girando sua cabeça, ele quebrou o beijo. O que eu fiz?

“Como você pode possivelmente me amar? Você nem ao menos, me conhece.”

Kenny girou o rosto de Eli para ele.

“Sim, eu amo. Eu te conheço melhor do que você pensa.”

“Mas eu sou seu professor.” Eli tentou explicar.

“Você era meu professor. Agora eu sou um professor, e não existe nenhuma regra no lugar, que nos impeça de ficar juntos.” Kenny discutiu.

“Está errado, entretanto? Não está?”

Os lábios de Kenny contornaram com a ponta da língua os de Eli.

“Quando você olha para mim, você me vê como um menino do segundo grau, ou um homem?”

“Isto não é justo.” Kenny era toda a fantasia que Eli já se permitiu, mas tinha sido daquele modo, desde que Kenny era seu aluno. Tinha estado errado antes, e era errado agora.

Eli tentou se virar novamente, mas Kenny o parou.

“Você me deixará fazer amor com você?” Kenny perguntou.

“Aqui?” Eli agitou sua cabeça. “Eu não acho que seria uma boa ideia.”

Kenny sorriu.

“Eu não estava falando sobre foder você agora, mas o fato que você até mesmo considerou isto, me permite esperar.”

As bochechas de Eli aqueceram em embaraço. Não foi a pergunta, e sim o sorriso de Kenny, que o embaraçou. Era o fato que ele tinha considerado isto. Se o estado duro de seu pênis era alguma indicação, estava mais que considerando isto.

“Por favor, dê-me uma chance. Eu esperei muito, ansiando que você me olhasse como faz agora.”

Eli tinha sua própria admissão para fazer.

“Eu estava esperando lhe convidar para uma cerveja. Foi por isso que eu planejava seguir o ônibus de volta para a escola.”

Kenny o puxou de volta, ficando diretamente nele, uma vez mais.

“Realmente?”

Eli movimentou a cabeça.

“Eu teria saltado nesta chance.” Kenny disse.

Um golpe na porta chamou atenção de Eli. Ele girou sua cabeça para achar Ryan de pé na entrada. Eli olhou de volta para Kenny.

“Eu não quero fazer isto.”

 

Kenny compassava de cima abaixo na calçada em frente ao hospital, celular na orelha.

“Então me deixe entender isto direito. De acordo com este sujeito Mike Burger, ele saiu logo depois do jogo, e não viu Eli?”

“Sim. É isso que ele está dizendo.” Ryan respondeu.

“Isto é mentira. O que a polícia de Crescente Ridge diz?”

“Deixe que eu lhe diga que tivemos sorte, e o caso está sendo investigado pelo Departamento do xerife de Sheridan. Tem alguém lá fora que viu alguma coisa.”

Kenny olhou a janela do quarto de Eli.

“O que eu deveria dizer a Eli?”

“Eu iria com a verdade simples. Diga-lhe que o Departamento do Xerife está investigando e deixe como está. Ele está sendo liberado hoje?”

“Sim. Nós estamos só aguardando a papelada ser aprovada.”

“Então o tal do Burger provavelmente se livrará disto.” Kenny imaginou.

“Eu não sei. Como eu disse a você antes, o Departamento do Xerife prendeu Mike e o levou em custódia, mas não por muito tempo, antes dele pagar a fiança. O município continuará investigando o caso, mas o sujeito não tem um registro, então não será fácil. Se tivermos sortes, poderão convencer um juiz para emitir uma busca para a faca.”

Kenny esfregou em seus olhos cansados.

“Eu fiz a coisa errada, o levando para o hospital, em vez de chamar a polícia?”

“Não. Os oficiais de Crescente Rigde e do Município de Sheridan não duvidam que Eli tenha sido esfaqueado no estacionamento. Eles acharam a evidência de sangue, para provar isto. Eles só não tem provas que Mike Burger cometeu o crime.”

“Que tal o sujeito que Eli esmurrou forte o suficiente, para quebrar sua mão? Seguramente aquele sujeito tem marcas de uma briga.”

“Sim, e se eles tivessem um nome, eu estou certo que eles o prenderiam para interrogatório. Infelizmente, Eli não pode dar-lhes isso, e Mike Burger diz não saber do que ele está falando.”

A ideia que alguém podia cair fora, sem pagar o que fizeram para Eli, esmagou Kenny.

“Você está tentando me dizer, que estes sujeitos vão cair fora com o que fizeram?”

Ryan suspirou.

“A menos que um deles apareça ou a polícia possa achar outra testemunha, sim, é isso que eu estou dizendo. Eu sinto muito, Kenny. Acredite, se eu pudesse ter uma confissão deles, eu teria.”

“Eu sei.” Bem na hora, uma enfermeira trouxe Eli em uma cadeira de rodas, para fora do hospital. “Eu preciso ir. Nós estaremos em contato.”

“Eu não desistirei disto. Se você conseguir uma chance de dizer a Eli, se assegure que ele saiba disto.” Ryan disse.

“Eu direi. Obrigado.” Kenny deslizou o telefone e o colocou em seu bolso, indo em direção a Eli.

“Está tudo pronto?”

“Sim.” Eli respondeu.

Kenny gesticulou para o estacionamento. “Agarre-se, enquanto eu consigo o carro.” Ele correu para o SUV de Eli e destrancou a porta. Ele estava no processo de recuar o banco do passageiro e acomodá-lo tão longe como podia, quando viu um estojo com um conjunto de CDs. Breaking Out of the Box? Lendo rápido a parte de trás, Kenny descobriu o que precisava saber. Eli estava procurando e tentando mudar.

Kenny suspirou e colocou os CDs de volta, debaixo do banco. Ele não viu qualquer razão para envergonhar Eli, mas talvez pudesse ajudá-lo sem os CDs. Com sorte, o recente ataque não dificultaria Eli de viver do lado de fora do mundo seguro, que criou para si mesmo.

 

Adaptando-se em sua cama confortável, Eli desviou a vista da janela, enquanto Kenny revolveu ao redor na cozinha para fazer o almoço. Felizmente, o caminho para a casa em Sheridan tinha sido quieto. Depois que Kenny deu-lhe um rápido informe da condição atual da investigação, Eli fingiu adormecer.

Os pensamentos contínuos de Eli retornavam ao assassinato de sua irmã, Angel. A polícia nunca tinha prendido o homem que disparou a 38 na multidão de alunos. Embora houvesse bastantes testemunhas, nenhuma delas estava disposta a falar. Dada à vizinhança, Eli sabia das repercussões que nomear um membro da gangue, teria sido longa e violenta.

Infelizmente, estava lidando com aquela mesma fatalidade novamente. Eli agitou sua cabeça com raiva. Ele se mudou para Cattle Valley pela segurança e aceitação. Mas isto não tinha acontecido em Cattle Valley, à parte lógica de seu cérebro lhe disse.

A porta do quarto se abriu, e Kenny entrou, levando uma bandeja.

“Eu não estava certo se você gosta de mostarda ou maionese no sanduíche de presunto, então eu trouxe um pouco de ambos.”

Eli sorriu. O mundo lá fora podia estar cheio de pessoas, que achavam fácil olhar para o outro lado quando alguém está em apuros, mas o homem dando-lhe um copo de leite, não era um deles. Ele se sentou e descansou suas costas contra a cabeceira.

“Obrigado por estar aqui. Você não tinha que fazer isto.”

“Eu não sou muito de cozinhar, mas considero que posso lidar com um sanduíche.”

“Não é sobre o sanduíche, embora ele pareça ótimo. Só… obrigado. Por tudo.” Eli colocou o copo na mesa ao lado da cama, enquanto Kenny colocava a bandeja em seu colo.

Kenny se sentou no pé da cama, e descansou a mão na perna de Eli.

“Luke chamou para ver como você estava. Ele queria saber se estaria tudo bem vir mais tarde para verificar seus curativos.”

Embora sua opinião de Luke começasse a mudar, Eli tinha que compreender o homem, com relação a Kenny. Ele queria perguntar, mas não sabia como ganhar o direito de saber da vida pessoal de Kenny.

“Eu posso fazer isto.”

Kenny apertou o tornozelo de Eli.

“Eu sei que Luke nunca foi uma de suas pessoas favoritas, mas eu acho que ele se sente culpado sobre o que lhe aconteceu.”

“Não foi culpa dele.” Inferno, Luke era metade do tamanho de Eli. Era uma verdade lamentável que precisou que Luke assustasse Mike e seus amigos longe da lanchonete. Ele olhou abaixo na bandagem em sua mão. Conseguiu dar um soco, e olha o que aconteceu.

“Luke pode ser uma dor no traseiro, mas ele realmente é um bom sujeito.”

Eli olhou Kenny. Ousaria confessar suas razões por não gostar do cara? Seria infantil ao ponto de ser absurdo.

“Por que ele está vivendo com você? Certamente ele tinha estado na cidade, tempo suficiente para encontrar seu próprio lugar.”

Kenny encolheu os ombros.

“Eu acho que eu aprecio tê-lo ao redor novamente. Eu não sou como você. Ser solitário é uma droga. Luke me faz dar risada.”

“Sim, estar sozinho não é tão sofrido, quanto parece ser.” Eli deixou seu sanduíche meio comido, em seu prato.

“Você já comeu?” Kenny perguntou, agarrando a bandeja.

“Desculpe. Eu acho que não com tanta fome quanto pensei que eu estivesse.”

“Nenhum problema.” Kenny colocou a bandeja no chão, antes de voltar a se sentar ao lado do quadril de Eli.

“Eu vi os CDs.”

Levou um segundo para Eli entender o que Kenny quis dizer. Merda! Eli girou sua cabeça para olhar fora da janela mais uma vez. Agora Kenny sabia o quão patético a solidão era para ele. Devia fazer um pedido de desculpas por tê-los?

A mão de Kenny cobriu a de Eli com a sua.

“Você estaria disposto a sair da caixa comigo?”

As bochechas de Eli aqueceram com a ideia. Ele não quis sair com um homem que não conhecia seu jeito em torno do quarto, porque simplesmente não era o caso. Era amor e confiança e isto ele nunca daria, nunca permitiu a si mesmo nem considerar.

“O que você está perguntando?”

A mão de Kenny deslizou em cima braço de Eli, para seu tórax. Ele abaixou o lençol e correu sua palma, através da pele nua acima da bandagem.

“Eu estou convidando você.”

“Um encontro?” Eli tinha sido fodido por incontáveis homens em sua vida, mas nunca teve realmente um encontro. Não tinha permissão no exército, e ele tomou uma quantia significativa de aulas na faculdade, a fim de se formar como mestre em quatro anos. Depois que se mudou para Cattle Valley, se concentrou em seu trabalho. Sempre pareceu suficiente, até…

“Claro que em um encontro.” Kenny disse, interrompendo a viagem de Eli em suas divagações.

O pensamento de ir para fora da segurança de sua casa, de repente o apavorou. Não era o encontro, mas o local que o preocupou.

“Onde?”

Kenny encolheu os ombros.

“Não importa para mim. Onde você gostaria de ir?”

Eli olhou abaixo no dedo polegar de Kenny, enquanto roçava de um lado para outro acima de seu mamilo.

Além de sentir o pênis do homem bonito mergulhando dentro e fora dele, o que iria gostar de fazer com Kenny?

“Eu não me importaria de dançar. Você conhece algum lugar?” Eli perguntou.

Antes de responder, Kenny se debruçou abaixo e roçou sua língua através do seixoso bico no tórax de Eli.

“The Grizzly Bar” ele disse antes de tomar o mamilo de Eli entre seus lábios.

“Porra.” Eli gemeu. Sem perceber o que estava fazendo, a mão de Eli segurou a parte de trás da cabeça de Kenny, mantendo-o no lugar.

Kenny não pareceu se importar. Se qualquer coisa, pareceu abastecer seu ardor. Com um profundo gemido, Kenny moveu para se esticar na cama próximo a Eli. Ele trabalhou primeiro o mamilo, então foi próximo ao pênis de Eli, que estava duro e vazando.

Que diabos eu estou fazendo? Eli perguntou a si mesmo.

“Deixe-me amar você.” Kenny sussurrou, provocando a ponta da aréola com sua língua.

Eli estava tão tentado dar a Kenny tudo o que ele pediu, mas sabia bem. Uma vez que Kenny o fodesse, o desafio seria conseguido e logo o bonito homem perderia o interesse. Um encontro. Um encontro oficial era tudo que ele pediria em retorno. Ele só teria que manter seu coração fora disto, não importava quem estava fazendo amor com ele.

“Você pensa que eu sou um puto?” Eli perguntou a Kenny.

Kenny soltou o mamilo de sua boca e olhou para Eli.

“Por que iria você me perguntar, algo assim?”

“Porque você nem me levou para sair e já está pronto para meter seu pau no meu traseiro.”

Kenny se sentou e agitou sua cabeça.

“Isto não é… eu… não. Eu quero sair com você.”

Olhando fixamente nos grandes olhos azuis de Kenny, Eli suspirou.

“Então vamos ver como será o encontro primeiro.”

Olhando abaixo na bandagem de Eli, Kenny movimentou a cabeça.

“Você está certo, mas, no entanto, você pelo menos tentará me conhecer realmente?”

Eli recuou.

“Sobre o que você está falando? Eu o conheço, desde que você era um calouro.”

Kenny agitou sua cabeça uma vez mais.

“Não. Você me conhece como um adolescente, não como um homem. Dê-me a chance de provar para você, que eu valho o seu tempo.”

Havia algo tão triste no modo como Kenny disse isto. As palavras, combinadas com a expressão de Kenny, Eli só tinha uma coisa a dizer.

“Certo.”

 

“Como foi?” Eli perguntou a Kenny, quando caminhou pela porta na próxima quarta-feira.

Kenny encolheu os ombros e tirou sua jaqueta.

“Certo, eu acho. Eu quero dizer, inglês não é exatamente minha área de especialização, mas eu acho que fiz bem.”

Eli concordou em tirar a semana de folga no trabalho, somente se Kenny o substituísse nas aulas. Ele examinou cuidadosamente seus planejamentos de aula com Kenny cada noite, e pareceu confiante nas habilidades de Kenny.

Kenny cavou em sua bolsa de ginásio, e pegou uma pasta de papéis.

“Aqui estão as redações de segunda-feira como lição de casa.”

De sua posição no sofá, Eli cruzou sua perna direita acima de seu joelho, e colocou a pasta de papéis em seu colo. A tarefa tinha sido em descrever sua infância em duzentos e treze palavras, não mais, não menos.

“A minha está atrás.” Kenny disse.

A cabeça de Eli se levantou.

“Huh?”

“Eu pensei que poderia ser um bom modo para você chegar a me conhecer, sem ter que buscar todas as velhas memórias.” Kenny explicou.

“Eu devia ler isto agora?” Eli perguntou.

“Não. Por que você não espera até que eu parta. Eu pensei em parar e conseguir algo no O 'Brien para jantar. Interessado?”

Eli não podia se concentrar em qualquer coisa, exceto na redação com o nome de Kenny nitidamente escrito no topo.

“Uma salada jardineira seria ótimo. Sem molho. Eu farei o meu próprio aqui.”

Parecendo intranquilo, Kenny curvou-se abaixo e deu a Eli um beijo rápido na testa.

“Eu volto logo.”

Eli olhou acima do papel e sorriu. Ele e Kenny tinham se beijando bastante ao longo dos últimos dias, mas eram as pequenas coisas que Kenny fazia, que significavam mais. Como beijá-lo na testa.

“Eu posso ter um, outro desse, antes de você sair?”

Kenny sorriu e descansou suas mãos atrás do sofá, engaiolando Eli com seu corpo. Eli abriu sua boca no primeiro roce dos lábios de Kenny. Embora ele nunca tivesse visto Kenny comer doces, o homem sempre parecia ter sabor de hortelã.

Descontrolado com a necessidade, Eli alcançou entre pernas de Kenny com sua mão boa e deslizou sua palma, em cima do comprimento endurecido da ereção de Kenny em sua calça de moletom. Por quantos anos teve a fantasia secreta de se submeter a Kenny Trenton? Eli estava apenas ciente dos papéis caindo no chão, quando Kenny se escarranchou no colo de Eli, e deslizou sua mão debaixo da cintura elástica das calças de pijama de Eli.

Eli liberou a boca de Kenny e descansou sua cabeça de volta sofá, quando um gemido saiu de sua garganta. Estava a apenas um segundo de implorar, quando Kenny deslizou para o chão e separou as pernas de Eli.

Olhando abaixo, levou vários momentos para registrar as intenções de Kenny. Com uma mão em torno da base do pênis exposto de Eli, a boca de Kenny pairava acima da ponta da ereção de Eli.

“Por favor.” Eli sussurrou, atendendo as demandas do seu corpo.

Kenny bateu a coroa com sua língua.

“Eu pensei que você queria um encontro primeiro.”

Os quadris de Eli apunhalaram, no contato quente.

“Certo. Nova regra. Nenhuma foda até depois de nosso encontro.”

Kenny abriu sua boca e tomou o comprimento de Eli, até que cutucou atrás de sua garganta, antes de se afastar. Com um sorriso malvado, ele levantou e reajustou o pijama de Eli cobrindo seu pênis.

“Eu esperarei. Não quero que você comprometa suas fortes convicções, somente para meu benefício.”

Rindo, Kenny levantou sua jaqueta e foi em direção á porta.

“Eu voltarei em trinta minutos, mais ou menos.”

“Canalha.” Eli murmurou, fazendo Kenny rir mais forte. Ele sorriu, depois de Kenny fechar a porta e agitou sua cabeça. Kenny Trenton poderia ter vinte e sete, mas ele ainda tinha muito do garoto convencido do segundo grau nele.

 

 

                                     Capítulo Quatro

 

Kenny estacionou o carro em sua garagem e desligou o motor. Ele tinha que voltar para a escola em uma hora, e quis ter certeza que tinha tempo para parar no Eli à caminho. Abrindo a porta da frente, deu de cara com um muito nu e bêbado Luke.

“Que diabos está acontecendo?” Kenny tirou seu casaco e lançou acima da virilha de Luke. Seu melhor amigo estava definitivamente ficando à altura de seu recente apelido.

“Oh! Uau! Frio!” Luke gritou, lançando o casaco sobre o chão.

Luke raramente bebia o suficiente para conseguir realmente se perder, então Kenny soube que algo grande deveria estar acontecendo. Ele caminhou para o quarto de Luke e achou um par de cuecas limpa.

“Aqui, ponha isto e converse comigo.”

Luke sorriu e abriu mais suas pernas.

“Por quê? Não gosta da visão?”

Claro que Kenny gostava da visão. Inferno, ele podia ser apaixonado por Eli, mas ainda tinha um pulso.

“O que está acontecendo?” ele perguntou novamente, empurrando a roupa íntima de volta nas mãos de Luke.

Com um suspiro de resignação, Luke puxou a boxer preta apertada, e colocou no lugar, desaparecendo na cozinha. Ele voltou alguns segundos mais tarde com outra cerveja e uma revista.

“Eu sou uma celebridade.”

Kenny tomou a revista e leu a manchete em voz alta,

“Estrela de NBA Se desculpa com Fãs.”

Porra. Tinha a ver com Strech. Ele continuou a ler caladamente, agitando sua cabeça na menção do nome de Luke.

“Merda, eu sinto muito, homem.”

“Você pode acreditar naquele canalha! Culpando-me por lhe apresentar ao mundo profano? Que porra é isto? Eu certo como inferno, não enfiei meu pau em seu traseiro. Ele soube exatamente o que estava fazendo. E ele nem mencionou, que continuou me fodendo por cinco meses!”

Embora Luke tentasse da melhor forma mostrar que não se machucou, quando Stretch McGee tinha terminado bruscamente entre eles, Kenny sabia que era o contrário. Ele não tinha nenhuma dúvida que os dois homens seriam muito felizes, se a esposa de Stretch não contratasse aquele detetive particular canalha, para seguir seu marido.

“É só uma questão de tempo, antes de a imprensa saber onde me achar.” Luke começou andando pela sala de estar. “Maldito seja aquele homem! Eu não posso acreditar que já o amei.”

“Eu posso.” Kenny adicionou. “Vocês eram muito bonitos juntos.” Embora Kenny somente houvesse estado ao redor de Luke e Stretch em algumas ocasiões, viu o amor mútuo. Porque apesar do que Luke pensava, Stretch o amou, e ele acabou escolhendo amar mais sua carreira e seu dinheiro.

“Bonitos. Sim, certamente. Agora eu sou etiquetado como algum tipo de prostituto, que tem uma misteriosa habilidade de mudar grandes homens, duros e casados em bichas.”

O corpo inteiro de Luke caiu na declaração, e Kenny não podia deixar de confortar seu melhor amigo. Ele avançou e puxou Luke em um abraço.

“Vai melhorar.”

Luke agitou sua cabeça.

“Eu continuo pensando isto, mas eu tenho estado aqui por uns meses, e ainda me mata acordar, sem uma das mensagens de texto patetas.”

“Você sempre pode defender-se publicamente.” Kenny ofereceu.

“Não, eu não podia. Warren McGee pode ser capaz de me foder, mas isso simplesmente não é quem eu sou.”

Kenny beijou o topo de cabeça de Luke.

“Sim. é por isso que eu amo tanto você, idiota.”

Luke girou seu rosto e beijou o centro do tórax de Kenny, antes de se afastar.

“Melhor você ir, ou vai perder o ônibus para o jogo.”

Kenny movimentou a cabeça.

“Sim, e eu ainda quero passar no Eli à caminho.”

“Ele não está indo, não é?”

“Não. Eu não estou certo se vou conseguir levar ele a outro jogo.” Embora a investigação da agressão ainda continuasse, até agora a polícia não descobrira nada de útil no caso.

“Nosso último jogo da temporada será em Crescente Ridge. Eu estou pensando sobre cancelar isto.”

Luke movimentou a cabeça.

“Eu duvido que alguém na cidade culpe você, mas o que vai fazer com o recorde do time? Eu pensei que você disse que Chase estava esperando conseguir uma bolsa de estudos, depois desta temporada.”

“Sim. Isto é a única coisa que está me parando. Eu preciso conversar com a diretoria da escola e com o time.” Kenny correu seus dedos por seu cabelo. “De qualquer maneira, desde que você esteja bem, é melhor eu ir.”

Luke levantou a lata de cerveja que ele nunca abaixou.

“Sr. Coors[3] e eu ficaremos bem. Boa sorte hoje à noite.”

 

Eli tinha acabado de afastar o aspirador, quando a campainha tocou. Ele fechou o armário e cruzou a sala.

“Hey.” ele saudou Kenny.

Kenny entrou na casa e fechou a porta, antes de envolver seus braços ao redor de Eli.

“Eu senti sua falta hoje.” Kenny disse, seus lábios descendo para encontrar os de Eli.

Os beijos de Kenny se tornaram sua parte favorita do dia. Ele imediatamente se abriu, aceitando e empurrando a língua do qual se tornou viciado. Quando ele sentiu o comprimento duro da estimulação de Kenny contra ele, Eli quebrou o beijo. “Mantenha isto em mente, e você perderá seu ônibus.”

Kenny sorriu e apimentou vários beijos mais no pescoço de Eli, antes de responder.

“Eles podem se sair muito bem sem seu treinador. Eu acho que estou bem certo disto.”

Olhando fixamente nos olhos de Kenny, Eli não queria nada além de arrastar o homem para o quarto. Ele realmente precisava de um encontro, para saber que os dois seriam bons juntos? Não, mas queria um encontro antes de Kenny se chatear e tomar seu bonito pênis como próximo desafio.

Disse-lhe muito que Kenny não pediu a Eli que fosse ao jogo. O corpo de Eli estava quase curado, mas os dois sabiam que sua mente não. Uma vez mais, Eli estava fortalecendo a caixa em que vivia, com medo até de sair na varanda. A única exceção que fazia era permitir Kenny do lado de dentro, e Deus o ajudasse, mas estava contente que ele deu o primeiro passo.

“Eu teria vindo bem mais cedo, mas Luke está tendo um dia ruim.” Kenny explicou, descansando suas mãos nos quadris de Eli.

Embora Luke tivesse estado em sua casa duas vezes durante a semana, para verificar seus curativos, Eli ainda não confiava no sujeito ao redor de Kenny. Ele viu a expressão melancólica no rosto de Luke, quando pensou que ninguém estava olhando. Parecia chateado por Kenny passar tanto tempo com Eli?

“O que está errado com ele?” Eli perguntou.

Kenny depressa lhe disse da história de Luke e Stretch McGee, inclusive do artigo do tabloide.

“Não diga nada para ele sobre isto. Luke gosta de fingir que ele é um bastardo boca dura, mas ele realmente amou o imbecil.”

As informações lentamente afundaram, e Eli de repente se sentiu como uma merda.

“Eu não sabia sobre nada disso.”

Kenny pegou a bochecha de Eli.

“Eu preciso ir. Nós ainda estamos certos para amanhã à noite, não é?”

O corpo de Eli estremeceu em antecipação a sua grande noite.

“Eu pensei um pouco sobre isto, durante toda a semana.”

“Bom, isso foi para nós dois.” Kenny disse com um sorriso. Suas mãos se moveram para apertar o traseiro de Eli. “O jantar e dançar em primeiro lugar. Então, eu planejo manter você ocupado pelo resto do fim de semana.”

Eli gemeu e descansou seu rosto contra o ombro de Kenny. “Nós podíamos sempre pegar um hambúrguer rápido, depois do jogo hoje à noite e saltar o grande jantar de amanhã?”

Rindo, Kenny girou sua cabeça e beijou o lado da cabeça de Eli.

“Tentador. Mais do que você imagina. Mas não, eu quero fazer isto direito. Eu pegarei você às seis. Calce seus sapatos de dança.”

Tanto como Eli odiou ver Kenny partir, sabia que seria egoísta o manter por mais tempo.

“Vá, antes que eu tenha o time de futebol inteiro em minhas costas.”

“Seria melhor não.” Kenny riu. Ele deu outro beijo em Eli, profundo antes de abrir a porta. “Até mais.”

Eli movimentou a cabeça e fechou a porta, enquanto Kenny ia em direção a calçada até seu Jipe. Esperou até que o Jipe estivesse longe de vista, antes de fechar a porta da frente.

Ele girou e olhou em torno da sala. Ele costumava achar confortável estar sozinho, sem ninguém para lhe responder, mas de repente sentiu a casa como uma prisão, em vez de um abrigo.

Ele olhou a escrivaninha, mais especificamente para a gaveta onde sua lista agora residia. Seus pensamentos balançaram para Luke. Talvez estivesse na hora de superar seu ciúme, e chega a conhecer o melhor amigo de Kenny?

 

Uma hora mais tarde, Eli permaneceu desconfortável na varanda da frente da casa de Kenny, um saco de Coronas[4] debaixo de seu braço.

A porta se abriu e um Luke quase nu, com seu corpo tatuado, estava na frente dele.

“Sr. Sanchez?”

Eli virou seus olhos.

“Pare de me chamar assim.”

Luke tropeçou para trás, deixando a porta para Eli entrar na casa.

“Desculpe. Hábito.” Seus olhos se estreitaram. “O que você está fazendo aqui? Kenny está em Big Horn.”

“Eu sei.” Eli levantou o saco. “Pensei em te visitar, e ver se você se sentiria melhor tomando algumas cervejas comigo, mas eu posso dizer que você já começou sem mim.”

Luke sorriu.

“Kenny lhe pediu para você vir e ser minha babá?”

“Não. Isto foi ideia minha. Eu queria um pouco de companhia.” Eli se sentiu como um intruso. “Não é grande coisa. Eu converso com você outra hora.”

Eli se moveu para partir, mas Luke andou ao redor dele e se debruçou contra a porta.

“Fique. Isto somente é estranho. Você normalmente não quer nada comigo.”

“Eu sou um idiota.” Eli disse. “Eu estou tentando superar meus próprios preconceitos.”

Luke gesticulou para seu fortemente tórax tatuado, braços e pescoço.

“É a tatuagem?”

“Inferno não.” Como ele podia admitir a razão real, que ele sempre teve rancor contra Luke?

“Eu não estou acostumado a ter relações de adulto com antigos alunos, isto é tudo.”

Luke movimentou a cabeça e gesticulou para o sofá.

“Quer se sentar?”

Eli ergueu o saco.

“Se importa se eu usar uma faca e um abridor de garrafas primeiro?”

“Não por isso.” Luke levou Eli até a cozinha. Ele puxou uma tábua de corte fora do armário e uma faca fora da gaveta.

Eli puxou a bolsa de limão fora do saco.

“Você gosta de limão na cerveja?” ele perguntou, quando começou a fatiar a fruta azeda.

“Porra, eu gosto da cerveja com sal, amendoins, suco de tomate ou limão. Eu sou um bebedor de oportunidades.”

Eli olhou acima de seu ombro.

“Amendoins?”

“Sim. Não me diga que você nunca pôs amendoins em sua cerveja. Maldição, homem, você não sabe o que está perdendo.”

O pensamento de amendoins encharcados, flutuando por sua cerveja, girou seu estômago.

“Não obrigado.” Ele voltou a fatiar os limões, pondo-os em uma tigela pequena que Luke lhe deu.

“É o sal, eu acho.” Luke encolheu os ombros. “Eu terei que deixar você um dia bêbado e fazê-lo tentar isto.”

“Não espere sentado.” Eli murmurou. Ele apertou dois pedaços de limão em sua garrafa.

“Sabe, minha vó me disse que eles começaram a adicionar limão na boca da garrafa, para manter as moscas, longe.”

“Realmente?” Luke abriu uma garrafa e encheu com um limão dentro, depois de correr a fruta em torno da beirada da garrafa. “Eu pensei que era tudo sobre o gosto.”

Eli encolheu os ombros e esperou por Luke pôr o resto do pacote com doze, na geladeira.

“A vovó não era uma grande bebedora, então eu realmente não sei se foi verdade ou não.” Ele se adaptou em um dos grandes reclináveis e sorriu.

“Esta deve ser a poltrona do Kenny. Tem o cheiro dele.”

“Você quer dizer suor do homem?” Luke perguntou, se esticando no sofá.

Eli agitou sua cabeça. Ele nunca achou que Kenny fedia.

“Não. É aquela água-de-colônia picante que ele está sempre usando.”

Luke riu.

“Isto não é água-de-colônia. Essa é a porcaria do Old Spice que ele costuma roubar de seus pais.”

“Eu gosto disto.” Eli disse. A menção de família de Kenny trouxe sua redação à mente. “Posso perguntar algo a você?”

“Claro.” Luke disse, balançando uma perna, até descansar acima da parte de trás do sofá.

Eli não quis entrar nos sentimentos pessoais de Kenny quando escreveu sobre isto, mas depois de ler a folha, tinha muitas perguntas.

“Como era a vida de Kenny enquanto crescia?”

“Eu não sei muito antes deles se mudarem para a cidade, a não ser que Kenny tinha sido a razão deles se mudarem. Eu acho que ele estava tendo dificuldades na escola em Cleveland. Muitos pais aparecendo para a noite dos pais e tudo aquilo.”

“E depois que ele se mudou para cá?” Eli cutucou.

Luke apoiou sua garrafa de cerveja, e preguiçosamente começou a trançar seu cabelo longo. Eli imaginou que era um gesto nervoso, porque Luke não encontrou mais seu olhar.

“Os Trentons são um bando estranho. Eu quero dizer, eles são bons o bastante, eu acho, mas a família de Kenny parece viver em seu próprio e pequeno universo.” Luke encolheu os ombros. “É duro de explicar.”

“Kenny escreveu uma redação sobre sua infância para uma de minhas aulas. Falava principalmente sobre sentimentos de solidão, sem realmente estar só. Eu não entendi como isso era possível, dado que ele teve a sorte de ter três pais em casa.”

“Eu estava em sua casa na maioria das tardes, quando nós estávamos na escola, e eu raramente os via. Normalmente, pelo menos sua mãe e um de seus pais estavam em casa, mas eles tendiam a ficar na suíte.” Luke soltou a trança provisória, sobre seu tórax e agarrou sua cerveja. “Ele sempre agia como se a falta de atenção não o aborrecesse, mas eu sei que sim.”

Luke nivelou um olhar fixo em Eli.

“Eu acho que é por que ele é tão fixado em você. Na escola, você deu a atenção que ele não tinha em casa. Acho que ele está confundindo aquela atenção com carinho.”

“Isso foi há dez anos.” Eli lembrou a Luke.

“Sim, e por dez anos ele não pensou em mais ninguém. Eu o apresentei para alguns caras quentes na UCLA[5]. Kenny saiu com eles, até que começava a ficar sério, e então os soltava.”

Eli movimentou a cabeça.

“Eu sempre soube que ele estava mais interessado na perseguição, do que realmente ficar com alguém.”

Luke se sentou e agitou sua cabeça.

“Não. Você o está interpretando mal. Ele cessa bruscamente isto com os outros sujeitos, porque pensa que não pode amar ninguém mais, a não ser você.” Luke olhou fixamente para a tela da televisão por alguns segundos. “Então se toda esta coisa de esperar-até-depois-do-encontro, para fodê-lo, não faça.”

Eli nunca viu este lado de Luke. Era protetor e fraterno, e um pouco estranho para um homem como Luke.

“Uma vez que Kenny me tenha, ele se perguntará por que pensou que me amava. Eu só quero uma boa lembrança, para recordar, antes que isto aconteça.” ele confessou.

 

Kenny ficou surpreso ao ver o SUV de Eli estacionado do lado de fora de sua casa, quando chegou, depois do jogo. Eles perderam, mas o humor de Kenny iluminou apenas na visão do veículo de Eli. Ele destrancou a porta da frente e caminhou por uma sala de estar vazia. Que diabos estava acontecendo?

A casa estava quieta, exceto pelo ronco de um Luke bêbado, como eles sempre chamavam isto. O peito de Kenny se apertou, quando fez caminho para o quarto do seu melhor amigo. Por favor, não. A luz da sala de estar lançava reflexos no corpo meio nu de um Luke desmaiado diagonalmente na cama.

Kenny soltou a respiração, que nem percebeu ter prendido. Ele girou, e abriu a porta do seu quarto. Lá, debaixo das cobertas, estava Eli adormecido. Kenny se debruçou contra o batente da porta e perguntou-se que diabos aconteceu em sua casa, enquanto tinha estado fora.

Ele finalmente girou e fechou a casa pela noite, antes de retornar ao quarto. Depois de ligar a luminária pequena em sua cômoda, começou a se despir. Ele planejou deixar sua roupa íntima, até que notou a pilha de roupas no chão, ao pé da cama. Seu olhar se voltou para Eli.

“Você está brincando?” ele sussurrou para o homem adormecido.

Ele abriu sua gaveta inferior, e revolveu ao redor, até que finalmente encontrou o cachecol de seda azul, que tinha desde a faculdade. Depois de revestir em cima do abajur, tirou sua roupa íntima e caminhou ao lado da cama.

Quando ele ergueu as coberturas para entrar, seu pênis estava duro como pedra e gotejando com pré-sêmen. Ele esperou por Deus, que Eli não estivesse provocando novamente, porque sabia que uma vez que sentisse a pele de Eli em seu pênis nu, não poderia parar.

Kenny se aproximou até que estava tórax com tórax de Eli. Com apenas um curativo em seu estômago e outro dobrado debaixo do travesseiro, Eli era empolgante em sono, aqueles lábios rechonchudos, parecendo até mais sensual. Maldição. Ele não podia resistir e se estirar adiante para tomar os lábios de Eli em sua boca, amamentando-se dele como um bebê recém-nascido.

Eli gemeu e abriu seus olhos, se afastando o bastante para soltar seu lábio da boca de Kenny.

“Hey.”

“Eu devia provavelmente perguntar o que você está fazendo aqui, mas é uma surpresa tão boa achar você em minha cama, que não acho que me importo com o porquê.” Kenny descansou sua mão na cintura de Eli, e quase gemeu novamente, quando sentiu o roce do pênis de Eli contra ele. Eli olhou fixamente para Kenny por vários momentos.

“Eu vim depois que você saiu, para fazer companhia a Luke, e decidi que não queria ir para casa. Você se importa?”

Kenny agitou sua cabeça.

“Não por isso. Acho que eu só preciso saber seus limites, antes que eu faça algo para irritar você.”

Em resposta, Eli ergueu sua perna para colocá-la acima do quadril de Kenny.

“Eu imagino que fazer amor com você, não deva ter nada haver com jantar e dançar, embora eu ainda adoraria fazer estas coisas com você.”

A mão de Kenny se movia, esfregando círculos no traseiro de Eli. “Eu quero estas coisas, também.”

Embora Eli fosse bem musculoso, pareceu quase delicado nos braços de Kenny. Kenny manteve aquele pedaço de informações para si mesmo, entretanto. Eli se orgulhava de ter sido um ex-fuzileiro naval. O ataque da semana anterior feriu o orgulho do homem o bastante. Eli não precisava saber que o maior desejo de Kenny era proteger o homem, até o dia em que um deles morresse de velhice.

Os dois continuaram a segurar um ao outro, até que Kenny começou a se preocupar que Eli caísse dormindo.

“Você ainda está comigo?” ele sussurrou.

“Sim.” Eli murmurou, seus lábios roçando o pescoço de Kenny. “Só parece bom, além de bom.”

Com sua mão quieta no traseiro de Eli, Kenny puxou Eli mais íntimo, até que suas ereções estivessem apertadas juntas. Ele ainda não estava certo de qual era a experiência de Eli sobre sexo, mas não queria arruinar o momento empurrando o homem, além de sua zona de conforto.

“Nós podemos ficar aqui assim, por toda a noite, se é isso que você quer.”

“Mmmm.” Eli gemeu e esfregou contra Kenny. “Eu não estou certo do que eu quero, para não deixá-lo ir.”

Kenny não podia resistir a isca do traseiro de Eli. Ele lentamente correu seus dedos de cima e abaixo da doce fenda, sorrindo quando Eli uma vez se apertou contra ele. Kenny roçou o enrugado buraco de Eli, circundando a pele com seu dedo mediano. Outro gemido saiu dos lábios de Eli.

“Você gosta assim?”

Eli movimentou a cabeça.

“Muito.”

Sem puxar seu corpo longe de Eli, Kenny esticou seu braço atrás dele e cegamente procurou a gaveta. Fechando sua mão em torno do lubrificante, puxou seu braço atrás, ouvindo seu ombro estalar com a mudança súbita de posição.

“Ai.” Eli riu.

“Eu estou acostumado a isto. Depois de anos lançando no futebol, minhas articulações não são tão apertadas, quanto costumavam ser.”

“Só espere até que você alcance minha idade. Você descobrirá que nada é tão apertado quanto costumava ser.”

Sorrindo, Kenny estalou a tampa do lubrificante e alisou seus dedos. Ele soltou a garrafa na cama, atrás de Eli e retornou sua mão para a abertura do traseiro de Eli. Quando circulou o buraco de Eli com seus dedos lubrificados, Eli começou aquela deliciosa e lenta esfregação novamente. Estava claro que não seria uma foda qualquer, pelo menos não nas próximas horas, mas Kenny descobriu que não se importava. Era um sonho a se realizar de apenas segurar Eli, enquanto o cuidava.

O corpo de Eli lentamente se abriu para ele, e Kenny suavemente apertou a ponta de seu dedo do lado de dentro.

Ele alargou um gemido longo, quando o corpo de Eli pareceu chupar seu dedo mais fundo. Nada em sua experiência sexual o preparou para aquele momento. Num instante, Kenny finalmente entendeu por que seus pais não precisavam dele. Eles tinham um ao outro, tinham estado em seu próprio pequeno mundo, e Kenny finalmente entendeu isto.

“O que está errado?” Eli perguntou.

Kenny nem percebeu que seu corpo tinha parado no pensamento.

“Nada. Acabo de ter tipo uma epifania[6]. Eu acho.”

“Sim? Sobre que?”

Não certo se estava pronto para falar sobre sua família, Kenny lentamente inseriu outro dedo.

“É demais?” ele perguntou no gemido alto do Eli.

“Não. Não o bastante, para ser honesto. Eu… eu quero você.”

“Hoje à noite? Ou você prefere esperar?” Kenny perguntou, serrando seus dedos dentro e fora do buraco de Eli.

“Hoje à noite, amanhã, no dia seguinte. Desde que você me tenha.” Eli disse ao redor de outro gemido.

Kenny fechou seus olhos e respirou fundo. Ele sabia ler demais Eli, a declaração o colocaria em uma queda muito maior, conforme o tempo passasse. Removendo seus dedos, ele rolou para suas costas e agarrou a nova caixa de preservativos na gaveta.

A mão de Eli caiu sobre seu tórax.

“Então, nós ganhamos?”

“Eu não sei ainda. Pergunte-me novamente em aproximadamente cinquenta anos.” Kenny respondeu sem pensar.

“Eu tenho quarenta e quatro anos. Eu duvido que chegue a outros cinquenta anos. Mas, de qualquer maneira, eu estava falando sobre o jogo.”

O coração de Kenny apertou na lembrança da idade de Eli. Não era que invejasse o homem por ser mais velho, só significaria menos tempo para descobrir as coisas entre eles.

“Ummm, nós perdemos. Dezessete a quatorze na prorrogação.”

Eli tomou o preservativo de Kenny e abriu o pacote com facilidade.

“Desculpe ouvir isto. Sempre foi difícil em Big Horn.”

“Sim.” Kenny olhou abaixo em seu corpo, pasmo de ver Eli confiantemente rolando o preservativo abaixo de seu comprimento. Ele nunca teve alguém fazendo isto, e Kenny achou que gostava. Bem, ele preferiria sem o preservativo, mas se tivesse que usar um, ter um amante tomando a ação e se importando em embainhá-lo.

“Obrigado.” ele sussurrou contra os lábios de Eli. Ele começou a rolar para cima de Eli, mas parou. “Como está seu ferimento? Eu não quero machucar você.”

“Você não machucará, a menos que comece afundar o cotovelo em meu estômago ou algo assim.” Eli disse com uma risada em sua voz.

Kenny agarrou o lubrificante.

“Eu prometo manter meus cotovelos em guarda.”

Eli rolou para suas costas e abriu suas pernas, quando Kenny aplicou mais lubrificante no estirado buraco de Eli. No brilho azul da luminária coberta, Eli parecia com um sonho. A realização do que estava para fazer bateu em Kenny, como uma bala entre os olhos. E se ele não estivesse à altura das expectativas de Eli? Ele não podia se mover. Lá estava ele, com seu pênis em sua mão, só olhando fixamente abaixo no homem que sonhou por dez anos, e de repente estava paralisado de medo.

Eli fez um som em sua garganta e agarrou o lençol. Cobriu a si mesmo, rolando para seu lado.

“Está tudo bem. Eu entendo.” ele murmurou.

A tristeza evidente em sua voz e a ação de Eli tirou Kenny de seu estupor. Ele olhou abaixo com seu pênis na mão. A constatação que estava para conseguir o que ele sempre quis, fez seu pênis suavizar. Kenny sabia que era uma reação nervosa, mas Eli evidentemente não.

“O que? Não.” Ele o alcançou e rolou Eli sobre suas costas, mas Eli se afastou com uma mão levantada.

“Não faça. Só me dê um segundo para juntar o que restou do meu orgulho, e eu irei.”

Porra! O que ele fez? Kenny olhou fixamente para Eli, com medo de ter perdido tudo o que sempre procurou.

 

 

                                       Capítulo Cinco

 

Eli fechou e apertou seus olhos, mortificado. Quando Kenny olhou fixamente abaixo nele, Eli se sentiu poderoso, mas o homem bonito com sua ereção murchando, depressa provou o oposto. Ele como um puto e pôs a si mesmo em exibição, como um garoto de faculdade descontrolado. Como pude ser tão estúpido? Um homem como Kenny Trenton podia conseguir qualquer pedaço de traseiro que procurasse, inferno, ele somente provou isto.

O ar no quarto ficou denso, muito espesso para Eli respirar. Eu preciso sair daqui. Ele lançou as cobertas, e balançou suas pernas ao lado da cama.

“Não faça isso.” Kenny disse. “Por favor, Deus, não vá. Não é o que você pensa.”

Eli levantou e agarrou suas roupas.

“Não é o que eu penso? Eu sou um homem. Eu sei o que um pênis mole significa.”

Em sua pressa para fazer uma retirada veloz, Eli lutou para colocar sua roupa íntima. Perdendo seu equilíbrio, caiu adiante, mas antes de poder aterrissar com o rosto no chão, os braços de Kenny o cercaram.

“Caralho, só me escute por um segundo!” Kenny berrou.

Eli se endireitou, e olhou fixamente em Kenny, a raiva surgindo nele.

“O que?” ele latiu.

Kenny suspirou e se sentou de volta na cama.

“Eu estou nervoso. Isto é tudo. Eu percebi de repente que tudo o que sempre quis, estava bem na minha frente e...” Kenny parou e esfregou seus olhos. “Eu tinha medo de desapontador você.”

Levou vários momentos para a explicação de Kenny afundar nele.

“Desapontar-me? Olhe para você. Como alguém com um corpo assim, poderia desapontar alguém?”

O canto de boca de Kenny se ergueu, em um sorriso inclinado para um lado.

“Só porque alguém tem um pênis grande, não significa que saiba como usá-lo.”

Eli soltou as roupas em suas mãos e sentou-se ao lado de Kenny. Se um homem como Kenny podia se sentir inseguro, o que esperar de alguém como Eli?

“Você está dizendo que eu acabei de me passar por idiota, sem nenhuma razão?”

Kenny riu. Não uma risada agradável, mas uma gargalhada histérica. Eli o olhou com os olhos arregalados. Ele não podia ver o humor na situação, a reação de Kenny estava começando a lhe preocupar. “Você está bem?”

Enxugando as lágrimas de seus olhos, Kenny o alcançou e puxou Eli contra ele.

“Eu não sei.” ele disse, ainda rindo. “Eu não sei o que está errado comigo.”

“Talvez você devesse se deitar.”

“Talvez você devesse me beijar.” Kenny discutiu, antes de cobrir a boca de Eli com a sua. No momento que a língua de Kenny invadiu boca de Eli, o riso se transformou em um gemido.

Eli aceitou o beijo, embora em sua mente estivesse ainda tentando processar, o inferno, sobre o que aconteceu. Ele não se aborreceu de lutar, quando Kenny começou a remover o emaranhado de sua roupa íntima.

Quando ficou óbvio que a roupa íntima exigiria mais que um empurrão, para conseguir tirá-la, Kenny quebrou o beijo.

“Que droga você fez com você mesmo?”

Eli encolheu os ombros.

“Eu estava irritado. Eu não fico deste modo com frequência, e não estou acostumado a colocar minha roupa íntima neste estado de espírito.”

Sorridente, Kenny movimentou a cabeça.

“Bom saber. De agora em diante, nós discutimos nus. Pelo menos eu irei saber que você não irá correr fora de casa, antes de nós tirarmos a merda fora.”

Depois de desembaraçar a roupa íntima rasgada e trançada, de si mesmo, Eli subiu de volta na cama.

“Então, você está planejando discutir frequentemente?” Ele não gostou do pensamento de brigar, mas isto significava quanto tempo Kenny planejava tê-lo ao redor.

“Se você se mantiver nu, nós podemos brigar todo dia como minha vovó e Vovô Moisés fizeram antes deles morrerem.”

“Você honestamente teve uma vó Moisés?” Eli perguntou com uma risada.

“Sim. Este é nome de solteira da minha mãe. A vovó era uma velha resistente, entretanto. Ela parecia à senhora naquele desenho animado do Piu-Piu. Meu avô era maior que eu, mas vovó sempre segurou aquele homem em rédeas curtas.”

O amor que Kenny sentia por sua avó era óbvio, pela expressão pacífica em seu rosto.

“Você entrou em alguma briga de seus avós?”

Kenny puxou o lençol para cima deles e se aconchegou ao lado de Eli.

“Sim. Bem, ao menos até que nós nos mudamos para cá. Eles eram muito velhos para dirigir, e vovô se recusava a voar. Eles morreram quando eu tinha dezesseis anos. A vovó foi primeiro, câncer, e vovô acabou desistindo, depois que ela se foi. Ele morreu quase seis meses depois dela. Eles disseram que foi um ataque do coração, mas eu sei que o mais provável foi um coração quebrado.”

Eli rolou para seu lado e escorou a cabeça em sua mão boa.

“Você é um romântico.” Ele disse, sua surpresa claramente evidente.

Kenny roçou o lábio de Eli com seu dedo polegar. “Há algo errado com isto?”

“Não, não por isso. Eu acho que eu não sei nada sobre você.”

Inclinando-se, Kenny deu a Eli um beijo rápido.

“Acredite ou não, existem muitas coisas que você ainda não sabe sobre mim.”

Eli empurrou Kenny e foi para cima dele. Ele escarranchou seu torso mais baixo, antes de se inclinar até deitar contra seu tórax. Kenny estava certo. Havia muitas coisas sobre o homem que queria aprender. Começando com…

“Coloque seus dedos de volta dentro de mim.”

Os olhos de Kenny se abriram largos.

“Realmente? Eu achei que tinha estragado tudo.”

“Não. Eu tenho um hábito de pensar no pior. Sabe, se qualquer coisa vai resultar disto, nós devíamos provavelmente aprender a ser mais honestos um com o outro.”

“Eu nunca menti para você.” Kenny disse, gotejando lubrificante na abertura do traseiro de Eli.

Eli correu sua língua acima de barba tardia de Kenny. Ele gemeu, quando dois dedos de Kenny estavam devagar empurrando dentro dele.

“Eu não estou falando sobre mentir um ao outro. Somente significa que precisa ser honesto comigo sobre o que você quer, como se sente, se você estiver bravo, sabe, coisas do dia-a-dia.”

Sorrindo, Kenny esfregou seus dedos contra a próstata de Eli.

“Você quer dizer, se eu quiser fazer amor com você, eu devo lhe dizer?”

“Sim. Desde que eu posso fazer o mesmo, claro.”

“Então eu posso dizer a você isto, neste momento, tudo que eu quero no mundo é dirigir meu pênis tão longe neste seu traseiro, como eu possa conseguir?”

Eli não sabia se ria ou gemia, mas precisava colocar algumas cartas na mesa.

“Eu nunca tive um namorado.” ele admitiu.

As sobrancelhas de Kenny se levantaram.

“Não há maneiras de você ser um virgem.”

Eli bufou.

“Dificilmente, mas eu nunca tive que me importar com outra pessoa durante o sexo, então se eu começar agir como um canalha egoísta, diga.”

“Devidamente anotado.” Kenny respondeu. “Agora, você me dará outra daquelas camisinhas?”.

Eli foi até mesmo desembrulhou o preservativo. Segurou isto alto e sorriu.

“Vai ter que pôr você mesmo, dessa vez. Eu estou muito confortável.”

Kenny começou a remover seus dedos do traseiro de Eli, mas Eli agitou sua cabeça.

“Deixe-os.”

Kenny suspirou e conseguiu alcançar debaixo de Eli, para embainhar a si mesmo.

“Sabe, você é mais mandão, do que eu pensei que você seria.”

Maldição. Eli estava acostumado a estar no comando. Seu treinamento começou muito jovem, quando de repente foi posto como responsável de suas irmãs. Ele sempre acreditou que se estivesse à frente, não seria machucado. Claro que não provou ser verdade. Sua atitude convencida de ‘não preciso de ninguém’ apenas o levou a solidão.

“Eu sinto muito.” ele sussurrou.

Kenny removeu seus dedos e inverteu sua posição. Da sua posição superior, Kenny alinhou-se no buraco de Eli.

“Não fique. Eu não disse que não gostei disto, só que não estava esperando.”

Eli gemeu, quando o pênis espesso de Kenny começou a enchê-lo devagar. Ainda que Kenny não entendesse, Eli sim. Não era sobre ser mandão ou dar ordens, era sobre manter uma parede ao redor de seu coração, algo que se tornou condenadamente bom, ao longo dos anos. Tanto como queria dar a Kenny a chave do seu coração, Eli sabia que não estava pronto. Era egoísta e provavelmente errado, mas não confiava em Kenny, pelo menos não ainda. Foder era uma coisa, mas se abrir emocionalmente precisaria esperar até que estivesse confiante.

“Tudo bem?” Kenny perguntou uma vez que estava completamente acomodado.

“Sim.” Eli respondeu, tentando bloquear seu cérebro.

Quando Kenny começou a se mover em um ritmo lento, dentro e fora dele, Eli se lembrou de sua conversa com Luke. O melhor amigo de Kenny não acreditava que Kenny realmente amava Eli, que por alguma razão, Kenny estava certo que estava apaixonado. Se fosse realmente o caso, onde isso deixaria Eli, quando Kenny finalmente compreendesse a verdade?

Kenny enganchou as pernas de Eli acima de seus ombros completamente, para conseguir a atenção dele. Indo mais fundo, Kenny olhou fixamente abaixo nos olhos de Eli.

“Você é ainda melhor do que eu rezei que fosse.”

Eli sentiu calor rastejar por seu pescoço no elogio.

“Eu penso o mesmo sobre você.” O que Kenny disse anteriormente era verdade. Eli tinha sido fodido por homens com pênis grandes, mas muitos deles não sabiam como usar o presente com que foram abençoados. Eles confiavam somente em seu comprimento, para agradar um companheiro. Um grande amante fodia com seu corpo inteiro, não só com seu pênis. Kenny era aquele tipo de amante. Suas mãos continuaram a vagar pelo corpo de Eli, estimulando, como ninguém nunca fez.

O cérebro de Eli desligou, enquanto erguia seu traseiro para encontrar as punhaladas de Kenny. Cheio, nem começaria a descrever como o pênis de Kenny se ajustava em seu traseiro.

“Deus, você é sensual.” Kenny gemeu, embrulhando sua mão no pênis de Eli. “Isto é como eu te imagino, quando penso em você.”

“Isto é engraçado. É quase o modo que eu tenho sempre imaginado você. Em cima de mim, dominando meu corpo, até que eu perca contato com a realidade.”

A intensidade das punhaladas aumentou, os dentes de Eli cerraram com cada estalo de seus quadris.

“Quando?” Kenny perguntou ao som de pele batendo contra pele.

Eli não respondeu. Ele estava na extremidade entre prazer e dor. De repente o aperto em seu pênis suavizou. Eli começou a protestar agarrando seu pênis, mas Kenny bateu a mão dele longe. Eli abriu seus olhos, e olhou no homem.

“Que diabos?”

“Quando?” Kenny rosnou.

“Quando o que?” Eli perguntou.

Kenny agarrou seu pênis mais uma vez, e apertou ao ponto da dor.

“Quanto tempo você se imagina sendo fodido por mim?”

Eli fechou seus olhos e girou sua cabeça.

“Você está me machucando.”

Kenny aliviou seu aperto e começou a levantar o pênis de Eli, com cada apunhalada.

“Você vai falar comigo, quando isto terminar.”

Que seja. Eli não se importava com nada naquele momento, mas no clímax que estava depressa construindo. Não demorou muito, antes dele se ouvir chamando o nome de Kenny, quando o primeiro jato de sêmen saiu de seu pênis.

Kenny devia estar esperando por ele, porque antes que Eli terminasse, Kenny estava uivando o nome de Eli para o teto.

O corpo de Eli continuou a estremecer com replicas, enquanto Kenny liberava suas pernas, enterrando seu rosto contra o pescoço de Eli. Completo, os olhos de Eli estavam fechados.

“Você não ouse adormecer em mim.” Kenny murmurou contra o pescoço de Eli.

“Eu não sou quem está no topo.” Eli murmurou de volta.

Kenny rolou ao lado e tirou o preservativo, antes de dobrar Eli contra seu tórax.

“Eu sei que você não quer responder a pergunta, mas eu realmente, realmente preciso saber.”

“Por quê? Por que isto é tão importante, que você cava ao redor da minha cabeça, até que ache minha maior fonte de vergonha?”

Os olhos de Eli pularam abertos, quando Kenny agarrou sua mandíbula e balançou seu rosto.

“Você tem vergonha de me querer?” Kenny perguntou, claramente ferido, evidente em sua voz rouca.

“Não, eu quero dizer, sim. Eu quero dizer, eu não estou agora, mas eu era.” Eli estava tão cansado que não sabia se o que dizia fazia sentido.

“Você era meu aluno. Eles prendem as pessoas por essa merda.” Assim que as palavras estavam fora de sua boca, desejou que pudesse engoli-las.

Kenny se afastou de Eli e saltou fora da cama, desaparecendo no banheiro.

Porra! Eli gemeu e se sentou. Ele provavelmente arruinou qualquer chance que tinha. Agora Kenny pensaria que ele era um pervertido, e Eli sabia que estava longe da verdade. Quando ouviu o chuveiro ligar, Eli aceitou o inevitável. Ele achou uma caixa de lenços na cômoda e limpou a si mesmo, tanto como possível, antes de colocar suas roupas, colocando a roupa íntima arruinada em seu bolso.

Dentro de um minuto, Eli estava fora da casa com um coração pesado. Ele não tinha ninguém a culpar, somente a si mesmo, de que estava certo. Quando ele subiu em seu SUV, Eli rezou para que algum dia Kenny fosse, uma vez mais, ser capaz de lhe olhar nos olhos.

 

Tomando as ruas residenciais mais rápido do que a lei permitia, Kenny acelerou para a casa de Eli. Os dois iriam conseguir acertar suas merdas, ou estavam destinados a uma vida de enganos?

Alguns minutos, isto é tudo que ele precisava. A última coisa que esperava, era achar uma cama vazia, quando conseguiu esfriar sua cabeça e sair do banheiro.

“Maldição!” ele gritou, batendo no volante com seu punho.

Ele virou na calçada de Eli, e pisou nos freios.

“Que diabos?”

Cada palavra pejorativa para designar homossexuais, foi escrita na frente da casa de Eli em tinta laranja neon. Kenny saltou fora de seu Jipe e correu para a porta da frente.

“Eli! Abra. Sou eu, Kenny.”

Quando nenhuma resposta veio, Kenny apertou seu rosto contra uma das janelas dianteiras.

“Eu vou quebrar a porta, se você não abrir isto agora mesmo!”

Uma buzina de carro soou, e Kenny girou, pronto para uma briga. Foi então que ele notou a sombra escura no banco dianteiro do SUV de Eli. Kenny correu para o veiculo e abriu a porta do motorista.

“Você está machucado?”

Eli agitou sua cabeça. Como na noite do ataque, Eli se recusou a fazer contato visual.

Kenny beijou a cabeça de Eli.

“Espere, bebê. Eu preciso chamar a polícia.”

Eli não se moveu. Não houve nenhuma indicação de que ele até ouviu Kenny. Ele começou a andar de volta para seu Jipe, antes que percebesse que não teve tempo para pegar seu telefone. Parando no meio do caminho, pôs suas mãos em seus quadris e olhou em torno do bairro. Ele voltou para o SUV de Eli e se agachou.

“Você tem seu telefone?”

Sem girar sua cabeça, Eli alcançou no banco do passageiro. Ele estendeu seu telefone.

“Eu duvido que exista algo que eles possam fazer.” ele murmurou.

Kenny pôs sua mão na coxa de Eli e discou para Ryan, ignorando o procedimento do 9 -1-1.

“É uma hora da manhã, caralho. É melhor ser importante.” Ryan latiu.

“Aquele idiota fez um lixo na frente da casa de Eli. Então agora ele está fazendo merda na sua cidade, o que você vai fazer sobre isto?”

“Quem é porra?” Ryan perguntou.

“Kenny. Quem você pensava? Eu estou na casa do Eli e evidentemente o tal do Burger fez uma visita em sua casa.”

Kenny ouviu Ryan falar com Nate, ou Rio, ele não estava certo qual dos homens.

“Não, bebê, tudo certo. Volte a dormir.” Ryan sussurrou.

Kenny fechou seus olhos no modo terno que Ryan falava com seu amante. O que seria estar dormindo próximo ao mesmo homem, ou no caso de Ryan, os mesmos homens, toda noite, sabendo que eles estariam ali de manhã?

Ryan suspirou.

“Eu não estou tentando ser um imbecil, eu realmente não sou, mas não pode esperar até manhã? A menos é claro que você queira solicitar realmente o substituto de plantão e tê-los ai.”

Kenny sentiu o bofetão em sua mão, como se Ryan estivesse ao lado dele. Ele olhou a casa. Estava pintado com spray. Não era como se isto fosse a qualquer lugar tão cedo.

“Desculpe-me. É que… eu acabei de parar e achei Eli sentando aqui.” Kenny levantou, e caminhou vários passos afastado, girando suas costas para Eli. “Eu estou preocupado com ele, Ryan. Como eu disse, ele está sozinho sentando aqui. Ele nem olhou para mim ainda.”

Ryan suspirou.

“Se você pensa que ajudará, eu posso estar ai em vinte minutos.”

Kenny agitou sua cabeça, embora Ryan não pudesse vê-lo.

“Não. Você está certo. Pode esperar até manhã. Eu... eu não sei. Eu tentarei levá-lo de volta, para casa comigo.”

“Você podia sempre o levar para a clínica. Zac deve estar de serviço.”

“Talvez. Nós veremos como as coisas vão.”

“Chame-me de manhã, e eu encontrarei você ai.” Ryan disse.

“Obrigado. Desculpe por despertar você.”

“Não por isso. Se ele fosse o homem que eu amo sentado naquele carro, eu provavelmente estaria batendo na maldita porta do xerife.”

Kenny não tinha que perguntar a Ryan como sabia de seus sentimentos por Eli. Ele nunca tentou esconder-se, dizendo a qualquer um que se importasse o suficiente para perguntar.

“Obrigado.” Ele desligou o telefone e caminhou de volta para o lado de Eli. “Ryan disse para chamá-lo de manhã, e ele virá e fará um relatório.”

Eli movimentou a cabeça.

“Eu devia ter estado aqui.” ele sussurrou.

“Não. Oh, bebê, não. Eu estou contente que você não estava aqui.” Kenny alcançou e segurou o queixo de Eli, girando sua cabeça para lhe olhar.

“É só uma casa. Nós começaremos a pintar amanhã, e na segunda-feira você não saberá o que aconteceu.”

Os olhos de Eli estavam abastecidos com lágrimas.

“Eu saberei.”

Kenny tragou em torno do monte em sua garganta. Ele odiou ver o homem que amava tão... Perdido. “Volte para casa comigo.”

Eli agitou sua cabeça.

“Não. Aqui é onde eu deveria estar. Do lado de dentro. Seguro.”

Esta conexão aparente de Eli com a casa ia além de qualquer coisa que Kenny podia entender. Era apenas uma casa, não era?

“Certo. Vamos colocar você lá dentro, então.”

 

“Você pode ir.” Eli disse a Kenny, uma vez que estava acomodado no sofá.

“Certo, eu posso, mas eu não quero.” Kenny respondeu, sentando-se ao lado de Eli. “Eu acho que nós precisamos conversar.”

Conversar? Tudo que Eli queria fazer era ir para a cama e nunca mais levantar. Por que iria querer se sentar e escutar Kenny lhe dizendo o quão pervertido era.

“Eu não acho que há muito sobre o que eu quero conversar.”

“Uma pena. Você é a pessoa que correu da minha casa, depois do melhor sexo que eu já tive.”

Eli olhou no homem ao lado dele.

“Se eu me lembro corretamente, você foi a pessoa que correu para o banheiro e fechou a porta. Eu somente dei o seguinte passo.”

Empurrando de volta a mesa de café, Kenny se ajoelhou na frente de Eli.

“Você soltou uma bomba em mim. Eu apenas precisava de alguns minutos, para processar isto.”

“Uma bomba? Eu admiti que sonhava com você, quando você tinha dezessete anos! Isto não é uma bomba, isto é um fodido crime!” Eli se debruçou de volta no sofá. Ele agarrou uma pequena almofada e cobriu seu rosto. “Maldição!” ele gritou no travesseiro.

O travesseiro foi arrancado de sua mão e lançado através da sala de estar.

“Pare com isto! Agora me escute. Quando eu tinha dezessete anos, nós dois sabemos que eu não parecia essa idade. Eu já era mais alto que você, mais musculoso, e muito mais amadurecido que qualquer outro de minha idade. Não tenha vergonha da reação do seu corpo por mim. Você não agiu nisto. Você nenhuma vez, não disse nada impróprio para mim.”

“Mas eu sonhei com isto. Eu podia tentar espremer quaisquer pensamentos de você durante o dia, mas quando eu ia dormir…” Eli agitou sua cabeça.

Kenny deitou sua cabeça no tórax de Eli.

“A razão que eu reagi desta maneira pela sua confissão era porque eu estava bravo, não repugnado. Eu sabia a dez anos atrás que estava apaixonado por você. Eu sabia disto, naquele dia que você ficou depois da escola para me ajudar a compreender como desenhar a minha fodida árvore genealógica. Não era nem uma tarefa para uma de suas aulas, mas você ainda desistiu de sua noite para me ajudar.”

“É isso que um bom professor faz.” Eli murmurou. As palavras de Luke, uma vez mais vieram para sua mente. “Talvez você confundiu atenção com carinho.”

Kenny agitou sua cabeça.

“Não. Até um garoto de dezessete anos é capaz de se apaixonar. Por favor, não tente me dizer o contrário. Eu passei os últimos dez anos sendo ridicularizado por meus amigos, por me sentir deste modo. Acredite, se não fosse verdadeiro eu não estaria com você até agora.”

Eli olhou abaixo na cabeça loira em seu tórax.

“Até depois que você viu o completo maricas que eu sou. Eu fui um fuzileiro naval. Você sabia disso?”

“Sim, mas eu não penso que você é um maricas. Como você pode se sentir deste modo sobre si mesmo? Você estava em menor número, três para um, naquele estacionamento.”

“Há algo sobre mim que eu não disse a ninguém, nem mesmo minha própria família.”

Kenny olhou acima.

“O que é isto, bebê?”

“Eu odiei ser um fuzileiro naval. Não tinha estômago para isto. Eu fiz, por que era o único modo que eu chegaria a ir para a faculdade, mas não era realmente um soldado, simplesmente não tinha o meu coração como a maior parte dos homens tinha, eu acho. Meu oficial comandante era esperto o suficiente para imaginar que eu seguiria o treino básico.”

Eli respirou fundo.

“Eu trabalhei atrás de uma escrivaninha, revisando as notícias lançadas.” Ele enfiou os dedos no cabelo de Kenny. “Então lá vai. Não teria importado se Mike Burger estivesse sozinho naquela noite, eu ainda não podia ter lutado e ganhado.”

Eli podia ver a confusão no rosto de Kenny. Talvez se ele começasse desde o início, Kenny teria uma compreensão melhor de o quão patético ele realmente era.

“Vê aquele álbum azul de fotografias na estante?”

Kenny girou sua cabeça.

“Sim.”

“Você pegaria isto para mim?” Eli assistiu quando Kenny não perguntou nada. Quando Kenny se ajoelhou novamente, Eli agitou sua cabeça e bateu levemente no sofá ao lado dele. “Se sente próximo a mim. Eu preciso lhe mostrar algo.”

Depois de se ajustar ao lado de Eli, Kenny embrulhou seu braço ao redor de Eli, e o puxou mais íntimo.

“Nada que você possa me mostrar, me fará mudar de ideia. Assim, como nada do que você disse, me faz sentir menos por você.”

“Nós veremos.” Eli abriu o álbum. Ele não tinha muitos retratos de sua infância, mas pensou que tinha o suficiente para fazer Kenny entender o tipo de irmão que tinha sido.

Ele girou para um retrato de uma árvore do Natal pequena. As decorações não eram muitas para olhar, principalmente caseiras, mas a fotografia mostrava dentro de sua pequena casa de três cômodos.

“Isto foi onde eu cresci.”

“É bom.” Kenny disse.

“Era um buraco do lado de fora. Você sabe por quê?” Eli perguntou.

Kenny agitou sua cabeça.

“Porque eu estava com muito medo de ir ao lado de fora, para cuidar disto. Mamãe e papai trabalhavam do levantar do sol até o pôr-do-sol, mas todo o resto era minha responsabilidade. No verão, as fodidas ervas daninhas iam até a cintura, mas eu não conseguia sair ao lado de fora e ceifar.”

“Por quê?” Kenny perguntou.

“Eu tinha medo. Nós vivemos em um bairro ruim de San Diego. Havia quadrilhas, tiroteios, você escolhe o nome, o Bairro Logan tinha.”

Ele girou a página e sorriu.

“Aqui... eu e minhas irmãs no Natal.” Eli correu seu dedo acima de seus rostos um por um. “Eu tentei protegê-las ao meu próprio modo. Eu fiz da limpeza um jogo, um de nós jogava toda noite, depois da escola.” Eli virou seus olhos. “Não era realmente um jogo, claro, mas nos mantinha ocupados, fora de qualquer dano. Pelo menos eu pensei que sim.”

Eli bateu no retrato de sua irmã mais velha.

“Está é Maria. Depois que eu me juntei a Marinha, ela se envolveu com drogas, e acabou indo embora.” Ele agitou sua cabeça. “Ainda não sei o que aconteceu com ela.”

“Eu sinto muito.” Kenny sussurrou, beijando a cabeça de Eli.

Eli contou a Kenny sobre Angel, com lágrimas em seus olhos.

“O dia que eu recebi o telefonema, foi o pior dia de minha vida.”

“Parece-me que você tinha razões para ter medo, então por que você ainda está sendo tão duro consigo mesmo?” Kenny perguntou.

“Porque eu sou um maldito homem crescido agora, e ainda estou com medo.” Eli tentou explicar.

Kenny tirou o álbum das mãos de Eli, e cuidadosamente colocou-o na estante, antes de retornar e ficar na frente dele. Estendeu sua mão.

“Venha comigo. Existe algo que eu quero lhe mostrar.”

 

 

                                     Capítulo Seis

 

Eli permaneceu na calçada ao lado de Kenny.

“Você me trouxe aqui, para lembrar que eu quase fui morto no incêndio?”

“Não.” Kenny disse, colocando uma mão nas costas de Eli. “Eu trouxe você aqui para lembrá-lo que ser um homem, um bom homem, não tem nada a ver com o quão duro você é, ou quão bem você pode lutar.” Kenny apontou para a escola. “Este é o seu lugar neste mundo. Fazendo uma fodida diferença na vida das crianças que precisam de você. Eu posso apenas sonhar em ser um professor com seu tipo de talento.”

Kenny girou para enfrentar Eli.

“Este é o seu dom. Fazer os alunos se sentirem, como se eles importassem. Você tem a habilidade de mudar vidas aqui, Eli. Agarre e abrace isto.”

Eli olhou para Kenny e sorriu.

“Você sabe que podia ter me dado esta pequena conversa em casa, ao invés de me trazer aqui no meio da noite.”

“Sim, eu podia ter, mas você teria me ouvido?” Surpreendeu que Kenny ouvisse Eli falar sobre sua infância e seu tempo na Marinha. Eli não era um homem pequeno por qualquer extensão da imaginação. Kenny beijou a testa de Eli. Ele perguntou-se se a falta de habilidade de Eli em lutar, tinha menos a ver com o medo, e mais com a enormidade do coração do homem.

Eli beijou a garganta de Kenny.

“Você me levará para casa agora?”

“Isso depende.”

“Do que?” Eli questionou.

“Se vai ou não me deixar ficar pela noite.” Kenny deslizou sua mão pelas costas de Eli, antes de colocá-las nos quadris de Eli. “Dê-nos uma chance. Por favor?”

“Você ainda me quer, depois de tudo o que eu lhe disse?” Eli perguntou.

Kenny movimentou a cabeça.

“Eu quero isto mais agora do que sempre.”

“Porque você sente pena de mim?” Eli começou a se afastar.

“Não.” Os braços de Kenny se apertaram ao redor de Eli. “Porque você confiou em mim o suficiente. Você me ama, Eli Sanchez. Você apenas não admitiu isto para si mesmo, ainda.”

 

Com a maçaneta cravando em suas costas, Eli quebrou o beijo.

“Nós não devíamos estar fazendo isto aqui.” Ele olhou a sala de equipamento, que Kenny começou a usar como escritório. “Eu entrei para almoçar com você.”

“Talvez o que eu quero para almoço é você.” Kenny se debruçou para outro beijo.

Desde a primeira noite que eles passaram juntos, Eli era incapaz de resistir a Kenny. Fechando seus olhos, quando abriu sua boca para a língua habilidosa de Kenny. O homem tinha se tornado seu tudo, em poucos dias. Como iria sobreviver à aflição se as coisas não dessem certo entre eles?

Quando Kenny o tocava, nada mais importava, nem o ataque, nem a pichação, nada. Embora Eli quisesse pôr aquelas coisas de lado, Kenny recusou, fazendo uma parada para chamar Ryan pelo menos uma vez por dia, para verificar na investigação. Parecia que Ryan estava frustrado com a falta de evidência como Kenny, mas nada surpreendeu Eli. Ele cresceu em uma área onde muito poucos crimes eram resolvidos. Eli conhecia Ryan, e o xerife do departamento do município estava fazendo tudo que eles podiam, mas produzir evidências suficientes para prender Mike Burger nos crimes, não estava acontecendo.

Kenny alcançou entre suas calças cáqui, e abriu o zíper de Eli.

“Preciso de você.”

Eli alcançou atrás de suas costas e bloqueou a porta. Houve um tempo, quando fazer amor em propriedade da escola teria intimidado Eli, mas isso foi antes dele sucumbir ao toque de Kenny.

Kenny andou de volta e começou a remover suas roupas, lançando-as no chão.

“Eu tenho lubrificante, mas nenhum preservativo. Acho que eu posso ir ao escritório da enfermeira.”

Eli desabotoou sua camisa e chutou fora seus sapatos, nunca tirando seus olhos do homem magnífico na frente dele. Ele sabia que o assunto surgiria eventualmente, e tinha dado muito no que pensar. Kenny estava limpo, deixou isto claro, várias noites mais cedo, mas no coração de Eli, sem proteção significava compromisso, e ele disse isto para Kenny.

“Você sabe o que isso significa para mim, certo?” Eli perguntou, tirando o resto de suas roupas.

Kenny movimentou a cabeça.

“Você está certo, porque faz menos de uma semana.”

“Não para mim, e eu penso que se for honesto consigo mesmo, não é para você. Eu sempre soube o que você é para mim. Levou dez malditos anos, para fazer você acreditar.”

Certo. Então a pergunta era se Eli acreditava ou não. Sim. A resposta veio sem pensar. Ele se moveu na pequena pilha de tapetes de ginástica e se sentou.

“Você sabe que seremos despedidos, se alguém suspeitar do que nós estamos fazendo aqui.”

Kenny riu, movendo-se para empurrar Eli abaixo com seu corpo.

“Eu sei, é isso que faz ser excitante. Este é o material de minhas fantasias.”

Antes de Eli poder dizer mais, Kenny o beijou. Uma vez mais, Eli foi varrido do mundo ao redor, e só existia o homem acima dele. Embrulhou suas pernas ao redor da cintura de Kenny, e desistiu de contrariar as demandas do seu corpo.

Sem quebrar seu beijo, Kenny abriu um pacote de alumínio contendo lubrificante. Embora Eli não verbalizasse suas preocupações, questionou as habilidades de Kenny por ter pacotes de lubrificantes na sala de equipamentos, mas nenhum preservativo. Agora que pensava sobre isto, sabia que Kenny tinha preservativo. Sexo seguro era um grande enfoque das aulas de saúde que Kenny ensinava.

Eli retirou-se do beijo. Ele estava sendo manipulado? Eli olhou fixamente em Kenny. A expressão no rosto do seu amante, disse que não.

“Posso perguntar algo a você?”

Kenny parou no processo de deslizar outro dedo dentro de Eli.

“Agora?”

“Por que é tão importante você para me foder sem proteção?”

Em vez de ficar bravo como Eli esperava, Kenny sorriu.

“Porque eu precisava saber que você aceitava o que há entre nós.” Kenny removeu seus dedos, e substituiu-os com a coroa de seu pênis. Ele apertou a cabeça larga, contra o buraco de Eli e parou. “Eu não farei mais nada, até que você concorde com está declaração.”

Chutando seu medo para o meio-fio, Eli movimentou a cabeça.

“Eu concordo.”

Kenny surgiu do lado de dentro, dando a Eli seu comprimento inteiro em uma punhalada. Eli lutou para respirar, quando o tiro de dor subiu por ele.

“Desculpe.” Kenny disse, mordendo seu lábio inferior. “Eu… eu não sei por que fiz isto.”

Eli se concentrou em relaxar seu corpo, para acomodar o pênis de Kenny. Ele ergueu sua mão para a bochecha de Kenny.

“Eu sei por que, e está certo, só dê ao cara alguma advertência da próxima vez.”

Kenny girou sua cabeça e beijou a palma de Eli.

“Eu não mereço você.” ele sussurrou.

Eli não discutiu. Só parecia como se estivesse buscando elogios, mas sabia em seu coração que Kenny merecia bem mais. Ele movimentou sua cabeça, indicando sua prontidão.

“Melhor fazer isto rápido. Eu só tenho outros dez minutos de folga, do meu período de planejamento.”

Kenny sorriu e começou a se mover. Ele tomou a palavra de Eli e não se aborreceu com um ritmo lento. Eli cavou suas pequenas unhas em Kenny, quando as apunhaladas tentaram empurrá-lo do tapete.

Kenny se afastou o suficiente para deslizar sua mão entre ambos, e abaixo da superfície do vinil azul liso, antes de se ajoelhar entre as pernas de Eli.

“Cair não é uma opção.” ele disse quando embrulhou seus braços em torno das coxas de Eli, ancorando-o no lugar.

Quando a necessidade para gritar o nome de Kenny se tornou muito grande, Eli segurou sua mão na boca. Se ele estava sendo fodido sem proteção pela primeira vez, ou a opressiva intensidade propriamente da foda, Eli não sabia. Uma coisa era certa. Nunca teve um período de planejamento mais agradável.

“Você gosta assim?” Kenny arquejou.

Eli respondeu gozando, os jorros batendo em seu queixo.

“Porra!” Kenny gritou, descuidando-se de onde estavam. Ele mergulhou seu pênis profundo no corpo de Eli, e gozou.

Kenny liberou as pernas de Eli e parou em seu colo. Eli abriu sua boca, esperando um beijo, mas evidentemente Kenny tinha outras ideias.

“Muito sensuais.” Kenny gemeu, quando lambeu o sêmen do pescoço e queixo de Eli.

Um barulho fora da porta chamou a atenção de Eli.

“Há alguém lá fora.” Ele sussurrou. O que tinha pensado? Tanto como amava o sexo com Kenny, uma tarde de foda não valia a pena perder seu trabalho. Ele saltou em cima e procurou na sala, seu olhar aterrissou em uma pilha de toalhas.

“Nós não devíamos ter feitos isto.” ele disse, limpando a si mesmo. “A sala cheira como sexo agora.”

Kenny riu e tirou a toalha das mãos de Eli, antes de puxá-lo para um beijo profundo. Eli saboreou a si mesmo na língua de Kenny, e quase cedeu as demandas do seu corpo uma vez mais. Ele agitou sua cabeça e se afastou.

“Eu não posso.” Ele agitou sua cabeça. “Nós não podemos fazer isto mais na escola. Eu apenas não acho isto certo.”

Kenny suspirou e começou a se vestir.

“E depois do expediente? Será que conta?”

Eli se sentou para puxar suas meias e respirou fundo.

“Eu não sei. Agora mesmo eu sinto como se eu fosse ter um ataque cardíaco.”

Kenny tropeçou acima de suas calças para chegar a Eli.

“Eu deveria chamar alguém?” ele perguntou, uma expressão preocupada em seu rosto.

“O que? Não! Eu não estou realmente tendo um ataque cardíaco. Maldição, Kenny, eu não sou tão velho.”

Kenny suspirou e caiu em seu traseiro.

“Erico também não era. Porra! Não faça isto comigo novamente.”

Por um lado, a reação de Kenny irritou Eli, mas por outro, era a prova adicional que Kenny era verdadeiro. Ele empurrou seus pés em seus sapatos, antes de se agachar na frente de dele.

“Eu sinto muito. Não quis assustar você. Acho que eu apenas não sou o tipo de homem que arrisca tudo, em uma decisão de momento.”

Kenny agarrou o pescoço de Eli, e o prendeu em um beijo profundo. Eli saboreou a preocupação na língua de Kenny, quando o outro homem cavou fundo. O sino tocou, e Eli se afastou.

“Eu preciso ir.”

“Luke vai grelhar algo hoje à noite. Venha e jante conosco?” Kenny perguntou.

Eli se levantou e endireitou suas roupas.

“Eu estarei lá.” Ele caminhou para a porta.

“Seria melhor você se apressar e conseguir aquelas calças.”

Sorrindo, Kenny levantou e colocou suas calças e camiseta. Uma vez que tinha acabado, Eli destrancou a porta.

“Vejo você hoje à noite.” Eli quase se chocou com Chase, que esperava do lado de fora da porta da sala de equipamentos, com um grande sorriso em seu rosto.

“Ele estará com você em um segundo.”

Chase continuou sorrindo, mas movimentou a cabeça.

“Obrigado, Sr. S.”

Eli ficou lá por vários minutos. Ele devia se desculpar?

O bonito quarterback avançou e bateu nas costas de Eli.

“Seria melhor você chegar a sua classe. Eu permanecerei de guarda aqui fora, até que o Treinador esteja pronto para treinar.”

Eli não podia deixar de sorrir ao jovem. “Obrigado.” ele murmurou, enquanto caminhava para sua sala de aula.

 

Vestido com uma camiseta branca de mangas compridas, Eli agarrou seu casaco da parte de trás do sofá, e foi em direção à porta. Se não fosse pelo Homecoming[7], ele sabia que não ia nem mesmo para o jogo, mas o Homecoming significava muito, para as pessoas de Cattle Valley. Era o fim de semana dos alunos.

Era o momento no ano, que os graduados se juntavam, e reconectavam com os amigos que fizeram enquanto cresciam. Eli apreciava encontrar seus velhos alunos, e as várias atividades do fim de semana, que foram planejadas.

Ele abriu a porta da frente, para achar Luke sentado no degrau.

“O que você está fazendo aqui?” ele perguntou, fechando a porta.

“Pensei em ver se você queria uma carona. De forma que você pode voltar com Kenny depois do jogo.” Luke respondeu, ficando de pé.

“Eu não preciso de um guarda-costas.” Eli estalou. Será que Kenny disse algo para Luke, sobre protegê-lo? Maldição. Talvez tivesse errado em confiar a Kenny seus segredos.

Os olhos de Luke se estreitaram. Todo mundo sabia que era difícil deixar Luke bravo, mas uma vez que estivesse acima da extremidade, tinha que ter cuidado.

“Vá se foder! Eu realmente me diverti na outra noite e pensei que estávamos nos tornando amigos.” Luke agitou sua cabeça e caminhou a passos largos varanda abaixo.

“Esqueça isto. Vá para seu maldito carro.”

Os olhos de Eli nublaram com as lágrimas que queimava, quando parou nos degraus para parar o homem.

“Espere!”

Luke parou, mas não se virou.

“Eu gostaria.” Eli admitiu. “Eu sou um imbecil. Eu apenas não estou acostumado a ter amigos. Eu pensei que talvez Kenny o tinha colocado nisto.”

“Bem ele não fez.” Luke respondeu.

Eli pensou sobre a lista que fez. Amigos. Era algo que ele sempre quis. Permanecia em um cruzamento de sua vida, querendo seguir caminho abaixo, mas com medo de fazer isto.

Luke girou para lhe olhar fixamente por vários minutos. Com um brilho diabólico em seus olhos e um sorriso, ele acenou para Eli.

“Bem? Você vem ou não?”

Eli movimentou a cabeça.

“Sim. Claro. Só deixe-me fechar...”.

“Você já fez isto.” Luke lembrou-lhe.

Eli bateu na testa e Luke seguiu.

“Sim, eu não sei no que eu estava pensando.”

Rindo, Luke subiu em sua motocicleta. Eli parou.

“Eu nunca andei em uma destas.”

“Bem, então hoje é seu dia de sorte.” Luke respondeu, disparando com a Harley.

Sim. Eli tinha a sensação que Luke estava certo.

 

Depois de uma grande vitória, todo mundo da cidade foi para o Pub O’Brien. Kenny deu tantos tapas em suas costas, que tinha medo que teria contusões, antes da noite terminar.

Ele carregava um jarro de cerveja e três canecas para as longas mesas.

“Você se importa?”

Luke olhou acima e riu antes de ir para a cadeira disponível mais próxima, desocupando a do lado de Eli.

“Só mantendo isto quente para você.”

Eli estava no meio de uma conversa com Nate sobre o progresso da reconstrução da escola.

“Então você está me dizendo, que eu posso voltar para minha sala de aula, durante o descanso de Natal?”

Nate movimentou a cabeça.

“Salvo quaisquer complicações imprevistas.”

Kenny encheu as canecas e fixou a jarra na mesa, antes de descansar seu braço atrás da cadeira de Eli. Eli girou e sorriu.

“Você ouviu isto?”

“Sim.” Embora Kenny sentiria falta de compartilhar uma sala de aula com Eli, sabia que o homem estava ansioso por voltar a seu próprio espaço. Kenny colocou sua mão na parte de trás do pescoço de Eli, e esfregou o pequeno cabelo preto de Eli, com seu dedo polegar. Tanto como queria levar Eli para casa e celebrar a vitória do time a sua maneira, era óbvio que Eli estava se divertindo.

Luke bateu no ombro de Kenny.

“Você está a fim de um pouco de sinuca?”

Kenny olhou para a área de bilhar, e agitou sua cabeça.

“Eu estou bem.”

“Bem, eu não vou me furtar de um jogo.” Luke levantou e se inclinou. Começou a fazer caras de beijos, parecendo mais um peixe, do que um homem. “O Senhor sabe que eu não iria querer que você ficasse mais de três metros longe de seu homem.”

“Você só está com ciúme.” Kenny disse com uma risada.

Luke ficou sóbrio imediatamente.

“Sim. Talvez.” Ele girou e foi embora da mesa, sem outra palavra.

Kenny observou seu amigo, até que ele foi tragado pela multidão, antes de retornar sua atenção para Eli.

“Tudo bem?” Eli perguntou, apertando a coxa de Kenny.

“Sim.” Ele ergueu sua caneca e levantou para Eli. “Aqui para os amigos.”

Eli sorriu e replicou o movimento de Kenny.

“Eu beberei por isto.”

O simples ato aqueceu Kenny até o osso. Era bom ver Eli se soltar e apreciar a si mesmo. Se inclinou, e beijou o pescoço de Eli.

“Eu vou ter uma palavra com os meninos do fogo, se você não se importar.”

Eli agitou sua cabeça.

“Não me importo, contanto que Ethan volte aqui com outra jarra de cerveja algumas vezes esta noite.”

“Eu verei o que o está mantendo.” Kenny disse conforme se levantava. Eli levantou sua cabeça e Kenny não pôde resistir beijar o homem que amava. “Eu estarei naquela multidão de desordeiros, se você precisar de mim.”

A caminho do jogo de dardos, Kenny parou no bar e esperou conseguir a atenção de Sean.

“O que eu posso fazer para você?” Sean perguntou, enxugando o balcão na frente de Kenny.

“Eu pedi outra jarra a mais ou menos vinte minutos atrás, mas Ethan deve ter ido, porque nós não o vimos desde então.” Kenny explicou.

Sean olhou ao redor com uma expressão intranquila.

“É, para pensar sobre isto, eu não o vi durante algum tempo.” Sean agarrou outra jarra da estante. “O que vocês estão bebendo?”

“Michelob[8].”

Sean movimentou a cabeça e encheu a jarra.

“Por conta da casa.”

Kenny agitou sua cabeça e bateu uma nota no bar.

“Eu aprecio isto, mas não é necessário. Tão cheio quanto este lugar esta, não é uma maravilha que Ethan não possa se manter em tudo.”

Sean olhou em torno do salão mais uma vez.

“Ainda assim. Não é habito dele desaparecer. Você está vendo Pete ou Brian em qualquer lugar?”

Kenny olhou em torno do salão. Ele não sabia o que as duas mais novas adições para o departamento do xerife tinham haver, mas sabia o que parecia.

“Não é Pete na mesa de sinuca?”

“Sim. Você podia me fazer um favor e mandá-lo aqui?” Sean perguntou.

“Problemas?” Kenny não gostou da preocupação no rosto de Sean.

“Eu não sei.” Sean respondeu. Suas sobrancelhas levantaram um momento antes de sacudir de leve sua cabeça. “Eu estou certo que não é nada, mas se você pudesse enviar Pete, eu iria apreciar isto.”

Antes de conversar com Pete, Kenny parou por sua mesa e encheu a sua caneca de cerveja, e a de Eli. Estava em um conversa com Nate novamente, então Kenny beijou seu amante em cima da cabeça e foi achar Pete.

“Pete?” Kenny disse, aumentando a voz para o homem.

O bonito homem alto movimentou a cabeça.

“Nós não nos encontramos, mas eu estou contente que você veio até aqui. Grande jogo, Treinador.”

“Obrigado.” Kenny agitou a mão do policial.

“Sean precisa ver você. Ethan Drake parece ter desaparecido, e eu acho que Sean está preocupado.”

Pete deu um leve tapinha no braço de Kenny.

“Obrigado por me dizer.”

Pete foi através do salão, e para o bar antes de Kenny poder dizer outra palavra. Kenny assistiu os dois homens por vários minutos. Qualquer coisa que estava acontecendo, Pete pareceu até mais aflito que Sean. Interessante.

Um braço embrulhou a cintura de Kenny, e um par de lábios beijou seu pescoço.

“Você está pronto?”

Kenny pegou a mão de Eli para cobrir seu coração.

“Eu pensei que você estava se divertindo com Nate.”

“Eu estava, mas de repente estou interessado em me divertir com você.” Eli beijou o pescoço de Kenny novamente, adicionando um deslizamento rápido de sua língua. “E só com você.”

No ronronar da voz profunda de Eli, Kenny levantou sua cerveja, e bebeu toda a caneca. Ele achou uma mesa perto, e a apoiou.

“Vamos.”

 

“Você sabe o que eu odeio sobre este Jipe?” Eli perguntou, como sua mão vagando acima da coxa de Kenny.

Kenny pegou, e reposicionou a mão de Eli para a protuberância em sua calça jeans.

“O que é?”

“Estes malditos bancos. Por que você não pode ser como um daqueles vaqueiros, que dirigem um grande caminhão com um único banco?” Eli começou a amassar o espesso pênis preso atrás da braguilha de Kenny.

“Mmmm.” Kenny abriu mais suas pernas, conforme fazia lentamente seu caminho na Pine Street. “E o que você faria com um único banco?”

Eli abaixou o zíper de Kenny.

“A mesma coisa estou para fazer, apenas que eu estaria mais confortável.”

“Eu gosto deste lado seu.” Kenny brincou. “É a cerveja, ou a amizade que tem você tão flexível?”

O pênis de Kenny saltou em sua mão, Eli se curvou e lambeu a cabeça chamejante com sua língua.

“Você realmente se importa?”

Kenny abaixou de volta a cabeça de Eli.

“Para falar a verdade não. Eu apenas pensei que seriam úteis algumas informações.”

Quando o Jipe parou, Eli se levantou e olhou a sua volta. Eles estavam estacionados atrás da loja de motocicleta nova em folha do Logan. Satisfeito que Kenny não iria destruir o momento, Eli tomou a cabeça do pênis de Kenny em sua boca. Maldição, o homem tinha um gosto tão bom. Com a ajuda persistente da mão de Kenny atrás de sua cabeça, Eli tomou tanto do comprimento de Kenny quanto sua boca podia.

Eli sufocou quando o comprimento de Kenny bateu em sua garganta. Ele puxou de volta, assistindo um fio de saliva seguir, quando liberou o pênis de Kenny. Ele engoliu, e sorriu para Kenny.

“Eu costumava ser realmente bom nisso.” ele se desculpou.

“Notícias de última hora. Você ainda está muito bom. Só chupe a cabeça. É isso que eu aprecio mais, de qualquer maneira.”

Eli deslizou sua mão e ergueu a alavanca para afastar mais o banco de Kenny para trás, dando a si mesmo mais espaço. Ainda olhando fixamente nos grandes olhos azuis de Kenny, Eli embrulhou sua mão em torno da base, e lambeu a cabeça do pênis de Kenny. Ele sorriu quando as narinas de Kenny chamejaram, sabendo que isto era um sinal claro, que estava fazendo algo direito. Se eles tivessem lubrificante no Jipe estaria no colo de Kenny em uma batida do coração, mas isto era provavelmente melhor. Era importante Eli mostrar a Kenny o quanto o queria. Desde que Eli não era muito falador, quando expressava seu amor, esperava realizar isto em seu toque.

Com o gosto da camada de pré-sêmen em sua língua, Eli cuidadosamente alcançou entre as pernas de Kenny para afagar suas bolas. Não foi fácil com as bandagens em sua mão, mas seus três dedos foram deixados livres do limite do gesso. Desde que não arranhasse nada sensível demais, devia estar bem.

“Oh, bebê.” Kenny gemeu. “Raspe isto com seus dentes.” ele instruiu.

Ainda mantendo o contato visual, Eli mordeu levemente a área debaixo da coroa e parou, deslizando seus dentes na parte inferior, ao longo da carne escorregadia.

“Oh, porra!” O aperto de Kenny atrás da cabeça de Eli ficou mais forte. “Eu vou gozar.”

Eli se afastou o suficiente para passar a ponta da língua na abertura, enquanto empurrava o pênis de Kenny. Por experiência, Eli sabia o quão excitante era ter o sêmen de seu amante, entrando em sua boca.

O primeiro jato foi forte demais e acabou indo ao rosto de Eli, ao invés de em sua boca.

A bagunça resultante valia à pena, quando Kenny gritou seu nome. Embora Eli normalmente movesse seus lábios para a cabeça tragando o resto, ele ficou onde estava, dando a Kenny a experiência do rosto todo pintando.

“Sim. Sim!” Kenny uivou cada vez que um jorro caia sobre o rosto de Eli.

A mão de Kenny se moveu até apertar seu próprio comprimento, drenando o último do orgasmo de suas bolas.

“Merda, bebê.” Kenny arquejou, pegando com um dedo o espesso sêmen na bochecha de Eli. Ele segurou seu dedo na boca de Eli, e Eli avidamente chupou-o limpando.

Kenny sorriu quando continuou a limpar e alimentar Eli.

“Nenhuma dúvida sobre isto. Se a cerveja e os risos fazem isto com você, eu posso ver muitas festas em nossos futuros.”

 

 

                                 Capítulo Sete

 

O cheiro de bacon despertou Kenny na manhã seguinte. Com o som de Eli adormecido, Kenny soube que Luke estava de pé, e se Luke estava cozinhando, algo devia estar lhe aborrecendo. Ele cuidadosamente deslizou fora da cama, e agarrou um par de cuecas da gaveta.

Entrando na cozinha, Kenny parou e olhou fixamente para a grande pilha de panquecas ao lado do fogão. Merda. Algo estava seriamente errado. Com suas costas no batente de entrada, Luke obviamente não o ouviu entrar. Kenny estudou seu melhor amigo por vários minutos, se perguntando se ousava entrar mais no espaço.

“Bom dia.” Kenny finalmente disse.

Luke grunhiu.

Kenny caminhou para a cafeteira e encheu uma caneca do balcão.

“Você está de pé cedo.”

Luke virou os olhos sanguinolentos para ele.

“Há um jogo de futebol esta manhã, ou você esqueceu completamente tudo, e aquele homem em sua cama?”

“Eu não esqueci.” Kenny olhou o relógio da parede. “Mas o jogo não é antes das dez. São somente seis horas.”

Luke colocou mais duas panquecas no prato e desligou o fogão. Ele levou a comida para a mesa, e sentou sem outra palavra.

“Precisa de mais café?” Kenny ofereceu. Ele não estava certo de que diabos estava acontecendo, mas dado o tempo, estava malditamente certo que Luke estouraria logo.

“Não.” Luke respondeu, enchendo seu prato.

Kenny sentou-se à mesa. Ele odiava se sentar para tomar café da manhã, sem despertar Eli, mas algo lhe disse que seria melhor lidar com a situação, sem Eli presente.

“Cheiro bom.”

Luke passou para Kenny o bacon, e continuou a comer.

“Eu não ouvi você chegar ontem à noite. Você teve um bom tempo?” Kenny perguntou, tentando iniciar uma conversa e pescar ao mesmo tempo. “Você me passaria o xarope, por favor?”

Luke agarrou a garrafa e bateu próximo ao prato de Kenny.

No fim de sua paciência, Kenny soltou seu garfo sobre a mesa.

“Certo. Que porra está errado?”

“Eu estou apenas irritado. Eu me recuperarei. Eu sempre faço.”

“Que diabos isto deveria significar?” Kenny perguntou.

“Você não me deu um tempo pelas últimas duas semanas, embora eu saí de seu fodido caminho, para fazer seu namorado pensar que eu gosto dele.”

A raiva surgiu em Kenny. Ele teve que se esforçar para afastar de esmurrar seu melhor amigo no rosto.

“Isto é uma mentira, e você sabe. Retire isto.”

“Não.” Luke disse, saltando tão rápido, que sua cadeira caiu no chão. “Eu até tomei um tempo para pegar Eli e ter certeza que ele estava no jogo, porque eu sabia o quão importante era para você, que ele estivesse lá. E o que eu consigo em retorno? Você não pode nem achar um tempo para jogar um simples e fodido jogo de bilhar comigo. Esta é o fim de semana dos alunos. Até onde eu sei, Eli não se formou em Cattle Valley.”

Antes de Kenny poder discutir, Eli entrou na cozinha. Sua expressão disse tudo.

Não só tinha despertado Eli, mas ouvido cada palavra.

“Hey.” Kenny disse, cruzando a cozinha para Eli.

Eli levantou sua mão.

“Não.”

Kenny parou.

Eli olhou fixamente ao redor, de Kenny para Luke.

“Eu sinto muito que você sentiu que tinha de ser minha babá. Acredite-me, você nunca terá que fazer isto novamente.” Eli girou sua atenção para Kenny. “Você devia apreciar seu fim de semana com seus amigos. Eu verei você na segunda-feira.”

“Espere!” Kenny gritou, Eli saiu da cozinha. Ele estendeu sua mão, e a colocou no ombro de Eli, o parando. “Por favor. Eu sinto muito sobre o que você ouviu, mas não vá.”

Eli girou e embrulhou seus braços na cintura de Kenny.

“Eu não estou chateado com você. Eu amo você, e nada que seu amigo disse mudará isto. Mas Luke está certo. Este fim de semana é para se reconectar com seus amigos. Você deve ser capaz de fazer isto sem eu rondando.”

Apesar de tudo o que aconteceu, Kenny não podia manter o sorriso fora de seu rosto.

“Você me ama?”

Eli puxou cabeça de Kenny abaixo.

“Sim.” ele sussurrou, logo antes de beijá-lo.

Kenny aceitou a língua de Eli com entusiasmo. Ele sentiu seu pênis endurecer e se mover contra seu amante.

Eli quebrou o beijo e agitou sua cabeça.

“Agora não é a hora. Vá se entender com Luke.”

“Foda-se ele.” Kenny cuspiu, tão bravo com Luke que não sabia se o perdoaria.

“Por favor, não faça isto.” Eli disse com um sorriso leve. No próximo momento, os olhos de Eli se encheram com lágrimas.

“Ninguém sabe melhor que eu, como é estar sem amigos. Acredite-me, você não quer viajar por esta estrada.”

Era óbvio que Luke machucou Eli, mas não foi até aquele momento, que Kenny percebeu o quão profundo. Kenny sentiu seus próprios olhos começarem a queimar, quando olhou fixamente no homem que amava.

“Eu amo você com todo meu coração.”

Eli movimentou a cabeça. “Eu sei.” Eli deu um passo atrás. “Agora, faça-me um favor... entre lá e ajeite as coisas.”

Kenny precisava acertar as coisas com Luke, mas duvidou que eles fossem amigos do peito novamente.

“Deixe-me levar você para casa, primeiro.”

“Não é necessário. Parece uma manhã bonita para um passeio. Além disso, me dará a chance de limpar minha cabeça.”

Kenny deu a Eli um último beijo.

“Eu posso te chamar mais tarde?”

“Certo.” Eli disse a caminho da porta.

Kenny esteve lá por vários minutos, antes de retornar a cozinha. Com a mesa limpa, Luke permanecia na pia com sua cabeça baixa.

“Eu não quis dizer para ele me ouvir.” Luke murmurou.

“Bem, ele ouviu. Eu não estou certo que já o vi tão machucado, e eu não sei se eu posso perdoar você por isto.”

Luke movimentou a cabeça, mas não se virou.

“Você é o único em minha vida, que fez me sentir verdadeiramente importante. Eu acho com toda a merda que eu tenho feito ultimamente, eu estava ciumento e bravo que você não tem estado lá para mim. E a coisa que realmente me irrita, é que eu gosto realmente de Eli, e eu fico muito feliz em ver vocês dois finalmente juntos.”

Luke olhou acima de seu ombro.

“Mas onde isso me deixa?”

A raiva que Kenny sentiu, de repente embolou no centro de seu peito e mudou para uma dor opressiva. Ele tinha vergonha dele mesmo, por rejeitar sumariamente o efeito dos artigos no tabloide que estiveram usando Luke. Ele tinha estado tão ocupado tentando conseguir ficar perto de Eli, que não tinha sido um muito bom amigo para Luke. Kenny entendeu isto agora.

“Espero que não procure por um novo melhor amigo, porque nós temos passado por merdas demais juntos, para desistir um do outro agora.” Kenny se aproximou da pia e embrulhou os braços ao redor do pescoço de Luke, por trás. Ele beijou o lado da cabeça do seu melhor amigo.

“Trégua?”

Luke movimentou a cabeça.

“Você ainda tem que resolver as coisas com Eli.” Kenny lembrou a Luke. “Eu não posso fazer isto por você.”

“Eu sei. Eu pensarei sobre algo.”

 

Em seu caminho para casa, Eli ouviu um carro parar ao lado dele. Sua primeira reação foi de medo. Ele se preparou para correr, mas encontrou o rosto sorridente de Zac.

“O que você está fazendo aqui fora, e tão cedo?” Zac perguntou, pondo seu carro no acostamento.

Eli se aproximou da janela aberta.

“Eu pensei que era uma manhã boa para um passeio. O que diz sobre você?”

“Eu estou a caminho da padaria. Quer uma carona?”

Eli raramente comia doces, mas o pensamento de um grudento enroladinho de canela apelou nele.

“Eu não devia, mas irei.”

Rindo, Zac gesticulou para o carro.

“Pule dentro.”

“Seus pulmões devem estar bem melhor.” Zac disse uma vez que Eli afivelou o cinto.

“Sim. Eles estão bons. Eu não voltei ao ginásio ainda, mas chegarei lá.” Eli não mencionou o esfaqueamento, embora soubesse que Zac bem ouviu sobre isto, todo mundo na cidade tinha. “Então onde está Jakob?”

“Ele está trabalhando hoje, então eu pensei que eu levaria algumas guloseimas para a estação. O que você vai fazer mais tarde? Conta em ir para o jogo?”

“Não. Acho que seria melhor se eu não fosse.” Eli respondeu.

“Por que isto?”

Eli encolheu os ombros.

“Penso que Luke gostaria de um dia com Kenny, sem eu nisto. Que tal você?”

Zac agitou sua cabeça.

“A única coisa que eu gosto sobre o futebol é assistir o traseiro de Jakob apertado dentro do calção. Desde que ele não esteja jogando, eu não vejo qualquer razão para ir.”

Eli movimentou a cabeça em compreensão.

“Nós podíamos ir para o parque, entretanto. É um dia fresco o bastante para fazer uma fogueira, e assar alguns cachorros-quentes e marshmallows, se você estiver interessado?” Zac estacionou na frente da padaria de Brynn, e desligou o motor.

Eli já tinha sido machucado naquela manhã, por alguém que pensou estar se tornando um amigo realmente. Ele não estava certo, que estava pronto para ser enganado novamente, embora Zac claramente não tinha nenhum programa de trabalho, diferentemente de Luke. De fato, Eli conhecia Zac melhor do que Kenny.

“Sim. Acho que eu gostaria disto.”

 

Kenny estava ocupado limpando o sangue do seu cotovelo esquerdo, quando um aluno que teve há vários anos falou com ele.

“Eu não vi você com Sr. Sanchez em Brewster?” Chade agitou sua cabeça. “Eu quero dizer no O 'Brien ontem à noite?”

“Sim.” Kenny respondeu.

Chade olhou em torno do campo vazio.

“Onde ele está? Eu não consegui uma chance de conversar com ele, antes de vocês saírem.”

Embora Kenny e Luke fizeram as pazes mais cedo, as coisas que Luke tinha dito para Eli, ainda cutucavam.

“Eli se lembrou que não era um aluno.”

A cabeça de Chade se empurrou atrás.

“Você está brincando? Eu não teria nem me graduado, se não fosse pelo Sr. Sanchez.”

“Você e metades dos caras que jogaram hoje.” Kenny concordou.

“Isto é fodido. Quem disse a ele isto?”

“Não importa.”

“Para mim sim. Eu gostaria de saber quem disse isto diretamente.” As mãos de Chade se fecharam em seus lados.

Estava claro para Kenny que ele não era o único que achou a ideia de Eli não estar presente triste.

“Você vai trazer ele para a festa de hoje à noite?” Chade perguntou.

“Provavelmente não. Eu duvido que Eli se sentirá muito bem com isto, e eu prefiro passar meu tempo com ele.” Kenny imaginou como isso devia ter soado.

“Eu quero dizer, não é que eu não apreciew estar com todo mundo, mas estes dias Eli é minha primeira prioridade.”

Chade sorriu.

“Bom. Você o deixará saber que eu estive perguntando sobre ele?”

“Claro. Ele vai gostar.”

“E lhe diga obrigado por nos fazer aprender todas aquelas palavras de raiz latina. Eu não tinha nenhuma ideia do quão importante isto era, mas ele salvou meu traseiro no ano passado.”

Kenny se lembrou de aprender isto com Eli, quando estava na escola. Todos os alunos gemendo porque não era um requisito, mas Eli prometeu-lhes que sabia de antemão que eles precisariam. Como sempre, Eli tinha estado correto. Para este dia, Kenny se retirou da fundação latina, para compreender as condições médicas, quando lia um jornal ou qualquer outra coisa.

“Eu direi a ele.” Kenny concordou.

“Obrigado. Se eu não o ver até mais, talvez você possa convencer o Sr. Sanchez a ir ao piquenique no parque amanhã.”

“Talvez.” Kenny respondeu. Ele duvidava, mas não compartilharia com Chade.

Chade correu para se juntar a um grupo de jovens de sua própria idade, e Kenny caminhou para seu Jipe. Ele puxou o telefone fora do porta-luvas bloqueado, e chamou Eli. Tocou várias vezes, antes de Eli atender.

“Hey. Como foi o jogo?”

“Uma droga. Meu time perdeu, e eu esfolei meu cotovelo.” Kenny disse.

“Pobre bebê. Lembre-me de beijar isto mais tarde.”

“Sem dúvida. Onde você está?”

“Apreciando uma tarde pacífica com Zac. Você conseguiu acertar as coisas com Luke?”

“Quase.” Querendo sair longe de seu argumento com Luke, Kenny mudou de assunto. “Hey, eu acabei de conversar com Chade Bullock, você lembra dele?”

“Claro. Como ele está?”

“Ótimo. Ele estava irritado que não conseguiu uma chance de conversar com você. Disse-me para agradecê-lo por ter aprendido latim.”

Eli riu.

“Honestamente? Isto é provavelmente a primeira coisa que eu ouço dos diplomados. Claro que ele não tentou conseguir aprender mais fácil, mas pelo menos eu sei que forneci uma boa base para o futuro.”

“Amém.” Kenny concordou. Ele ouviu alguém falando no fundo, e assumiu ser Zac.

“Zac decidiu se reunir mais tarde, se você quiser vir depois, ou antes de sua festa.” Eli disse.

“Você vai estar lá?”

Eli riu.

“Sim. Por que faz alguma diferença?”

“Certo como inferno que faz, além que, eu descobri uma coisa hoje.”

“Sim, o que é isto?” Eli perguntou.

“Eu posso ter ido à escola com algumas destas pessoas, mas além de Luke, nenhum deles é realmente um amigo. Inferno, todos os meus amigos mudaram. Eles são as pessoas que escolheram vir para Cattle Valley, não cresceram aqui e partiram.”

“É uma vez ao ano, Kenny. Você ainda devia ir para sua festa.”

“Não. Eu prefiro passar uma noite com você, e nossos amigos.” Apesar do que Eli pensou, o homem tinha amigos. “Quem sabe, talvez eu tenha sorte novamente.”

“Eu penso que isto é uma aposta muito certa.”

Kenny não podia se recuperar da mudança do humor de Eli, desde aquela manhã. Ele soou genuinamente feliz.

“Peça a Zac para me dizer o que tenho que levar?”

“Bem, para começar você pode ir a minha casa e me escolher um par de calças jeans. É bom se acalmar, eu mudei meus shorts mais cedo, não imaginando que Zac iria me sequestrar pelo resto do dia.”

“Espere.” Eli perguntou a Zac do que eles precisavam mais tarde. “Zac disse só para trazer uma caixa de cerveja e bastante marshmallows, desde que nós comemos o saco que compramos mais cedo.”

“Diga a Zac que eu também levarei alguns hambúrgueres e pães. Parece divertido. E ele não deve arcar com a conta inteira.”

“Eu direi a ele. Então eu direi para lhe chamar de volta, se quiser discutir.”

“Você faz isto. Eu terei certeza que meu telefone está desligado.” Kenny sorriu. “Então eu devo me encontrar com você no parque, ou no Zac?”

“No Zac. Nós estamos nos preparando para ir embora. Jakob sairá em umas horas, e temos algumas pessoas para convidar.”

“Eu preciso tomar um banho e me trocar, então estarei lá em aproximadamente uma hora.”

“Oh, Zac disse se ninguém responder a porta, é porque estaremos lá atrás.”

“Não se preocupe. Eu acharei você.” Kenny desligou e sorriu. O que mudou nas últimas horas? Eli não só soou feliz e relaxado, mas completamente à vontade consigo mesmo.

Kenny fez uma nota mental para agarrar Zac mais tarde, e dar-lhe um grande abraço de urso, com a permissão de Jakob.

 

Depois de se encher com dois hambúrgueres e uma pilha enorme de salada de batata caseira de Zac, Eli se esticou em uma espreguiçadeira acolchoada.

“Que dia perfeito.” Ele disse, fechando seus olhos.

“Eu não iria dormir se fosse você. Zac ainda tem que fazer o sorvete.” Rio disse.

“Mmmm. Eu não sei quanto tempo faz que tomei sorvete caseiro.”

“Onde infernos você estava, vivendo debaixo de uma pedra?” Rio riu.

“Algo assim.” Eli respondeu. Ele abriu seus olhos e girou um sorriso para Rio. Ele tinha apreciado assistir o homem comer mais cedo. “Como você consegue colocar no lugar tanta comida e fique em tal boa forma?”

Rio apontou para si mesmo.

“Olá? Eu possuo uma academia.”

Eli virou seus olhos.

“Eu sei disso, mas mesmo quando eu malhava todo dia, ainda tinha que controlar o que comia. Eu estou apenas dizendo que é uma droga.”

Rio encolheu os ombros.

“Eu queimo muitas calorias em um dia. Você devia tentar agradar dois tolos com tesão.”

“Não obrigado.” Eli riu da ideia. “Eu tenho a sensação que acompanhando Kenny está ficando difícil o bastante. Eu farei quarenta e cinco, em uns meses. Eu estou ficando muito velho, para ter sexo mais que uma vez por dia.”

Rio sorriu e apontou para o Dr. Browning.

“Veja Sam, tem alguns anos adiante de você, e eu tenho a sensação que ele faz muito bem neste departamento.”

Nate se aproximou e juntou-se a Rio na espreguiçadeira.

“Sobre quem você está falando agora?”

“Eli pensa que é muito velho para fazer sexo mais de uma vez por dia. Eu sugeri que ele peça ao Dr. Browning alguns conselhos.” Rio explicou.

Nate procurou.

“Hey, Matt!”

Matt Jefferies girou para Nate.

“Sim?”

“Você gosta de sexo mais de uma vez por dia?” Nate gritou através do jardim.

As bochechas de Eli aqueceram na pergunta curiosa.

Matt sorriu.

“Desculpe, Nate, eu não tenho tempo para atender você, também. Estou muito ocupado mantendo os dois que eu tenho.”

“Certo, apenas checando.” Nate se apoiou contra o tórax de Rio, e cruzou seus braços. “Vê? Se você tem alguém que o excita, você nunca é muito velho.”

Antes de Eli poder responder, Ryan veio próximo de suas cadeiras.

“Eu ouvi você direito?” Ryan perguntou a Nate, uma carranca em seu rosto bonito.

“Relaxe. Eu apenas estava fazendo uma enquete de improviso.”

“Ele estava.” Rio concordou, apoiando a história de Nate.

“Onde você estava?” Nate perguntou, alcançando e segurando a mão de Ryan.

“No telefone.” Ryan olhou para Eli. “Eu posso conversar com você por um momento?”

“Claro.” Eli levantou e permaneceu ao lado de sua cadeira.

“Quais as chances que isto ainda estará vazio, quando eu voltar?”

“Quase nenhuma.” Nate respondeu. “A menos que, você tenha um amigo para manter quente para você.”

Eli sorriu.

“E eu tenho um amigo que estaria disposto a fazer isto para mim?”

Nate levantou e se acomodou na cadeira de Eli.

“Eu suponho que sim.”

Eli seguiu Ryan para o lado da casa.

“Algo errado?”

“Não, certo, realmente. Eu acabei de receber um telefonema da Cidade de Crescent. Mike Burger foi pego destruindo propriedade privada e transgressão.” Ryan sorriu. “Aquelas impressões digitais que tiramos da frente de sua casa combinou com a do bastardo.”

Embora ficasse feliz sobre Mike sendo forçado a responder por destruir sua casa, Eli estava hesitante em mencionar o esfaqueamento.

“E o outro?” ele finalmente perguntou.

“Nada novo neste ponto.” Ryan colocou sua mão no ombro e apertado Eli. “Desculpe.”

Eli agitou sua cabeça.

“Não é sua culpa. Pelo menos serão prestadas acusações sobre a pintura de spray, certo?”

“Sim, mas desde que sua ficha está limpa, eles provavelmente o deixarão fora com uma multa e serviço comunitário.” Ryan encolheu os ombros. “Você pode ter sorte. O juiz poderia ordenar Mike a pagar pelos danos em sua propriedade.”

Eli movimentou a cabeça.

“Isso seria ótimo. Eu perdi um inferno de tempo conseguindo qualquer coisa da companhia de seguro.”

“Eu desejava que pudesse fazer mais.” Ryan disse.

Eli sabia que não era muito diferente dos milhares de pessoas que eram vitimas sem justiça diariamente.

“Eu sei.” Ele movimentou a cabeça mais uma vez. “Obrigado por me dizer.”

“Só continue mantendo seus olhos abertos. Eu não estou dizendo que você devia andar ao redor paranoico, mas acho que construir uma cerca elétrica ao redor de Cattle Valley, é sua melhor defesa.”

Ryan estava certo. Até nas cidades mais amigáveis, não podiam afastar do crime bater em sua porta de vez em quando.

“Vamos, vamos nos reunir a festa.”

Eli girou e começou a andar de volta, para a parte de trás da casa. Ele olhou a área e viu Kenny conversando no convés com Luke e Jakob. Os passos de Eli hesitaram. Ele considerou suas opções, e finalmente decidiu voltar para sua cadeira e deixar Kenny vir até ele uma vez que estivesse pronto. Embora Kenny dissesse que fez as pazes com Luke, Eli não estava pronto para conseguir outro disparo do ciúme de Luke novamente.

 

“O sorvete está pronto.” Zac gritou.

Entrando na fila, Kenny levantou duas tigelas e as segurou.

“Eu posso conseguir uma tigela maior, se você estiver com fome.” Zac disse com uma risada.

“Engraçado. Uma é para Eli. Você sabe que ele nunca tomou sorvete caseiro.” Kenny explicou.

“Ele me disse. Por que você pensa que eu decidi fazer isto hoje à noite? Eu não faria para qualquer um.” Zac piscou. “Ele é um bom sujeito.”

O olhar de Kenny foi para Eli.

“Sim, ele é.”

Tigelas na mão, Kenny se aproximou do grupo preguiçoso que cercava a churrasqueira.

“Você está aí.” Eli saudou, movendo seus pés para dar lugar a Kenny se sentar, no fim da espreguiçadeira.

“Trouxe algo para você.” Kenny estendeu o sorvete para Eli.

“Obrigado. Rio iria me conseguir algum.” Eli procurou na multidão. “Eu deveria lhe dizer?” ele perguntou a Nate.

Nate riu.

“Não, ele comerá ambos.”

Eli se acomodou de volta e ergueu sua colher para sua boca. Kenny não podia tirar seus olhos do homem que amava. Quando forçou seus olhos a se afastarem de Eli e ele deu um gemido satisfeito, o pênis de Kenny endureceu.

“Bom?” Kenny perguntou.

“Oh. Meu. Deus. Por que nunca tive isto antes?” Eli tomou outra colherada e repetiu o processo.

“Sorvete é o meu novo favorito.” Kenny murmurou, enquanto assistia Eli devorar o conteúdo de sua tigela.

Um riso pegou sua atenção, e Kenny olhou acima de Nate e Ryan, e se aconchegou junto, mas olhando fixamente para Kenny.

“O que foi?”

Nate cobriu sua boca e agitou sua cabeça.

“Você dois são bonitos juntos.”

“Bonitos?” Kenny questionou.

Ryan riu e agarrou Nate entre suas pernas.

“Eu acho que ele quis dizer quente.” Ryan olhou Nate por um segundo. “Sim, definitivamente significa quente.”

Eli deixou sua tigela vazia no chão e olhou para Nate, como se ele tivesse um parafuso solto.

“Eu nunca fui quente em minha vida.”

O grupo inteiro arrombou em risos. Rio andou relaxadamente e começou a passar sua tigela extra de sorvete para Eli, mas quando viu Eli baixar uma vazia, ele sorriu e caminhou de volta para ficar ao lado de Ryan e Nate, com ambas as tigelas de sorvete.

“O que é tão engraçado?”

“Eli não acha que ele é quente.” Ryan explicou, pegando uma das tigelas de Rio.

Depois de olhar em Ryan, foi a vez de Rio olhar para Eli, como se ele tivesse um parafuso solto.

“O que? Você realmente pensa que todos os seus alunos babam em volta de você, porque você é um professor tão bom?”.

“Eu sou um bom professor.” Eli discutiu.

“Claro que você é, bebê.” Kenny pôs uma mão na coxa de Eli, antes de se inclinar e dar um beijo em seu amante.

“Ele é.” Luke disse, juntando-se a conversa. Kenny viu um sorriso no rosto de seu melhor amigo. “Mas ele também é quente.” Luke olhou para Kenny. “Você já foi a alguma de suas aulas, sem sair com uma ereção?”

“Cale a boca.” Kenny disse. Ele sentiu o calor em seu rosto, e soube que estava vermelho.

Luke riu e sentou-se na grama macia. Apesar de sua briga mais cedo no dia, Luke tinha um modo de se desculpar, que parecia perfeito. Kenny não imaginava perdoar o homem até que eles estavam compartilhando uma risada.

Luke olhou Eli e sorriu.

“Obrigado por pôr meu melhor amigo fora de sua miséria.”

Kenny assistiu Eli em sua próxima reação. Era óbvio para ele, se não para qualquer outro, que Eli estava ainda machucado pelos comentários matutinos de Luke.

“Você é bem-vindo.” Eli disse, diretamente enfrentando.

Luke deve ter visto o dano também, e o que fez por sua nova amizade com Eli. Seus grandes olhos piscaram várias vezes, antes de ele tentar um sorriso desajeitado. Levantando, Luke recolheu a tigela de Eli.

“Eu irei buscar mais para você.”

Kenny estendeu sua tigela vazia. Quando Luke tentou tomar, Kenny esperou.

“Obrigado.” Ele segurou Luke no olhar, na esperança que seu amigo tinha entendido.

Luke encolheu os ombros, e Kenny liberou seu aperto da tigela.

“Eu estou indo. Verei vocês, amanhã.”

Kenny assistiu Luke partir com um amontoado em sua garganta. Ele estava para chamar seu melhor amigo, quando Eli saltou em cima.

“Eu volto já.” Eli disse antes de seguir Luke.

Aliviando seu corpo na cadeira, Kenny tomou o lugar de Eli e fechou seus olhos.

“Droga, que eu amo este homem.” Ele se sentiu aquecido pelo gesto, e não se importou quem sabia disto.

 

Eli pegou Luke quando alcançou sua motocicleta.

“Eu posso conversar com você?”

Luke ergueu seu capacete do banco e girou ao redor.

“Eu não devia ter vindo.”

“Isto é besteira. Você pode não gostar de mim, mas isso não significa que você não devia apreciar seus amigos.” Eli disse.

Luke abraçou o capacete contra seu tórax.

“Você não vê, o problema, é que eu gosto de você. Eu estava apenas ciumento. O que eu disse sobre você esta manhã é imperdoável. Eu desejo que pudesse voltar atrás, mas o dano já foi feito, não é?”

A mentira nunca tinha sido algo que Eli tomasse parte. Ele simplesmente movimentou a cabeça, enquanto tentava juntar seus pensamentos. Ele não odiava Luke.

“Eu estava machucado, não vou mentir para você. Mas penso que a razão por ter reagido tão fortemente quanto eu fiz, porque tudo que você disse, eu já disse para mim mesmo. Eu sei que Kenny merece muito melhor. Ele é um dos homens mais surpreendentes que eu já encontrei, então eu pude ver onde você estava ciumento.”

“Você está errado.” Luke disse, cortando Eli. “Kenny merece você. Meu ciúme não tem nada a ver com o amor que vocês sentem um pelo outro. É mais uma pergunta de tempo. Eu estou acostumado com ele estando ao redor, quando eu fodo as coisas.”

“Ele é bom nisto.” Eli concordou com um sorriso. “Eu sei que nós temos sido egoístas com nosso tempo ultimamente, mas isto é porque é ainda novo para nós. Eu estou certo que Kenny não quis ignorar você.”

“Eu sei. Ele não é aquele tipo de cara.”

Uma semana mais cedo, Eli teria dito a Luke que não tinha nada para se preocupar, porque a atração de Kenny por ele se acalmaria depressa, mas agora esperava que fosse diferente.

“Kenny precisa de você em sua vida, Luke. Nunca duvide disto.”

A boca de Luke se ergueu em um meio sorriso.

“Não tanto como ele precisa de você.”

A ideia fez Eli se sentir bem por toda parte, mas isto não era sobre ele.

“É só um tipo diferente de necessidade. Talvez você deva sugerir um jogo de pôquer semanal, ou os dois poderiam se encontrar para um jogo de bilhar no O’Brien, algo que vocês possam fazer juntos, apenas os dois.”

“E você estaria bem com isto?” Luke perguntou.

“Por que eu não estaria? Eu quero amar Kenny, não consumi-lo.”

Com um sorriso genuíno em seu rosto bonito, Luke movimentou a cabeça.

“Obrigado por ser tão bom sobre isto. Eu conversarei com ele, quando conseguir uma chance.”

“Quanto mais cedo melhor. Por que você não o arrasta para aquele piquenique amanhã.”

Luke agitou sua cabeça.

“Não posso. Eu já tenho outros planos, mas examinarei a coisa do pôquer. Você joga?”

“Sim, mas eu não quero ser incluído. Eu acho que é saudável para uma relação se afastar em algumas ocasiões.”

Luke colocou o capacete em sua cabeça.

“Você está certo, Sr. S.”.

Rindo, Eli girou para ir.

“Dirija com cuidado.”

“Sempre faço.” Luke respondeu, antes de ligar sua motocicleta.

Eli retornou à festa se sentindo bem sobre sua conversa com Luke. Com o tempo, talvez eles pudessem recuperar a tortuosa estrada, e se tornar verdadeiros amigos.

 

 

                                               Capítulo Oito

 

Um pênis duro apertando contra seu traseiro, despertou Kenny na manhã seguinte. Ele ouviu o ronco suave de Eli e sorriu. Embora Eli professasse ser passivo, parecia que seu pênis tinha outras ideias.

Kenny lentamente agarrou o tubo de lubrificante que usaram apenas horas mais cedo, e despejou uma quantia considerável em sua mão, gotejando um pouco sobre o lençol. Tinha sido um tempo para ele, mas Kenny não era oposto a ser preenchido pelo pênis espesso de Eli.

Alcançando atrás de si mesmo, Kenny usou a maioria do lubrificante para alisar seu buraco. Ele tomou seu tempo, correndo um dedo em torno da entrada enrugada, sentindo os músculos apertados suavizarem ao seu toque. Maldição, ele esqueceu o quão bom se sentia.

“Mmmm.” Eli gemeu em sua orelha. “Você está tentando me dizer algo?”

“O que faz você pensar isto? Você é a pessoa que tem estado me cutucando no traseiro com sua ereção matutina.”

Eli tirou sua mão fora do tórax de Kenny e agarrou o lubrificante.

“Ajuda-me?”

“Meu prazer.” Kenny gotejou lubrificante sobre os dedos de Eli. “Só me faça um favor e mantenha estes curativos longe de meu traseiro.”

Rindo, os dedos de Eli substituíram os de Kenny.

“Eu poderia estar um pouco enferrujado nisto.”

“Você e eu, ambos.” Kenny assegurou seu amante.

Eli parou no processo de trabalhar um dedo no buraco de Kenny.

“Nós não temos que aborrecer você.”

Empurrando de volta, Kenny se empalou no dedo de Eli.

“Oh, merda!” o corpo inteiro de Kenny pareceu inesperadamente estremecer na invasão. Maldição. A sensação era incrível, e era apenas o dedo de Eli. O que sentiria com o pênis de seu amante?

“Mais.” Kenny implorou. Ele sentiu outro dedo entrar em seu buraco, ao mesmo tempo em que lábios macios começaram a beijar seu pescoço.

“Você tem alguma ideia do quanto eu amo você?” Eli sussurrou.

“Não. Por que você não me diz?” Podia ser autoindulgência, mas Kenny esperou dez longos anos.

“Eu estava com tanto medo de amar você.” Eli descansou sua testa no ombro de Kenny, enquanto seus dedos continuavam deslizando dentro e fora dele. “Querer algo, e ter a coragem de ir por elas, são duas coisas completamente diferentes.”

“Eu sei, bebê.” Kenny alcançou em cima e deslizou sua mão pelo cabelo de Eli. “Eu acho que entendo agora, por que você se fechou por tanto tempo. Estou somente agradecido que você comprou este livro auditivo.”

Eli agitou sua cabeça.

“Não foram os CDs. Inferno, eu só escutei metade do primeiro disco. Foi você. Ver você naquele campo de futebol na noite do ataque, eu soube que sacrificaria tudo pelo que já acreditei, para ter uma chance com você.”

Eli removeu seus dedos e pegou o lubrificante mais uma vez. Logo, a cabeça do pênis apertou contra o buraco de Kenny.

“Eu amo você.” Eli sussurrou enquanto lentamente trabalhou seu comprimento dentro de Kenny.

“Eu amo você, também. Mais a cada dia, se isto é até possível.” Kenny disse assim que pôde relaxar o suficiente para falar.

Eli fez seus medos bastante claros no passado há várias semanas. Embora Kenny nunca os dissesse, jurou pôr sua própria vida manter seu amante seguro.

“Nós estamos juntos para sempre, certo?” Kenny perguntou.

O ritmo de Eli hesitou.

“Isso depende de você, eu acho.”

Kenny virou seu pescoço, para olhar Eli nos olhos. “Não. Isso depende de você. Me aceite, e tudo que eu tenho para lhe dar. Acredite, depois de toda uma vida passada sem a atenção daquele que amei, eu tenho a sensação que posso ficar malditamente muito necessitado.”

Retirando-se do corpo de Kenny, Eli rolou Kenny e deitou-o sobre suas costas, antes de subir em cima dele. Eli reposicionou seu pênis e o dirigiu até o fim.

“Você não terá que se preocupar sobre eu ignorando você. Eu sinto muito que você teve que lidar com sua família. Não era o modo como sua infância devia ter sido.”

Kenny sorriu.

“Eu podia dizer o mesmo para você.” Ele abriu suas pernas mais separadamente, quando Eli começou a fodê-lo mais duro.

Eles desistiram de conversar, quando a velocidade de Eli aumentou. Não importava para Kenny quem deles estava fodendo, verdadeiramente estavam fazendo amor. Agora que sabia como Eli se sentiu, tudo, inclusive sexo, empreendeu uma inteira dimensão nova. Kenny deu as boas-vindas em sua nova vida com braços abertos.

“Você é surpreendente.” Eli arquejou. “Eu não vou durar muito mais tempo.”

Alcançando entre seus corpos suados, Kenny agarrou e apertou seu pau.

“Isto é mútuo, bebê.” ele disse, sentindo suas bolas ardentes. Ele passou e agarrou o traseiro de Eli com sua mão livre. “Quase lá.”

“Sim.” Eli grunhiu.

Kenny foi apunhalado no clímax primeiro, banhando sua mão e estômago com sêmen. Ele ainda estava flutuante, quando ouviu Eli gritar seu nome.

Eli desmoronou no tórax de Kenny quase imediatamente, ansiando por ar. Kenny descansou ambas as mãos nas costas de Eli, circulando com toques calmantes contra a pele bronzeada. Embora Eli alegasse que seus pulmões estavam melhores que nunca, Kenny sabia que o homem estava lutando.

“Onde está seu inalador?” Kenny perguntou.

“Não preciso disto. Só me dê um segundo.”

“O inferno que não.” Kenny rolou Eli ao lado e entrincheirou-se na gaveta ao lado da cama de Eli, até que encontrou o pequeno inalador. Ele agitou, esperando que tivesse medicamento suficiente.

Colocando o inalador nos lábios de Eli, Kenny beijou a testa de seu amante.

“Aqui, bebê, respire um pouco disto.”

Eli fez como instruído, sem argumentos adicionais. Kenny puxou o inalador longe, depois que sentiu Eli aspirar duas boas doses do medicamento.

“Bom. Apenas relaxe.”

Fechando seus olhos, Eli finalmente sorriu.

“Você sempre tentará ser uma mãe para mim?”

“Não.” Kenny respondeu imediatamente. “Mas eu sempre tentarei ser um companheiro para você.”

 

Eli estava fazendo um bule de café, quando ouviu algo raspar ao lado de sua casa.

Ele soltou a garrafa na pia e girou ao redor, inconsciente para o som de vidro quebrado, quando a panela bateu na pia de esmalte.

Ele começou a correr para o banheiro, para chamar Kenny, mas parou no meio do corredor.

Que diabos estou fazendo? Ele agitou sua cabeça. Não deixarei este medo estúpido ditar minha vida. Eli sabia que se dissesse várias vezes, eventualmente acreditaria nisto.

“Ajude-me aqui.” Alguém disse de fora da janela da sala de estar.

Com uma respiração profunda, Eli lentamente caminhou para a porta da frente. Ele agarrou a maçaneta tão forte, que suas juntas ficaram brancas. Você pode fazer isto. Depois de outra respiração profunda, Eli destrancou o ferrolho, e tornou a porta acessível.

“Que diabos…”

“Hey, bom dia.” Luke disse, com pincel na mão.

O coração de Eli saltou uma batida, quando percebeu que não eram vândalos, mas alunos e amigos se movendo ao redor de seu jardim.

“O que está acontecendo?”

“Nós estamos cansados de ver estas palavras em sua casa, então pensamos que poderíamos dar a você uma mão para se livrar delas.” Zac disse.

Eli sentiu queimar seus olhos, quando olhou fixamente às pessoas juntas para ajudar na pintura de sua casa. Então superando a emoção, Eli levantou um dedo antes de andar de volta para dentro e fechar a porta. Ele deslizou para o chão, quando o primeiro soluço escapou.

“O que aconteceu?” Kenny perguntou, se apressando do quarto, vestindo só um par cuecas.

Eli agitou sua cabeça e apontou para o jardim.

“Eles estão aqui.” ele sufocou.

A raiva substituiu a preocupação na expressão de Kenny à medida que se levantava, pronto para entrar na batalha de Eli. O gesto tocou Eli até seu núcleo.

“Movimente-se, bebê, eu cuidarei deles.” Kenny tentou deslizar Eli longe da porta.

Eli o parou com uma sacudida de sua cabeça.

“Não. É Luke, e Zac, e… inferno eu nem sei quantos mais estão lá fora. Eles estão pintando minha casa.”

“Huh?” Kenny foi para a janela e puxou as cortinas.

Eli riu, quando viu um sorridente Luke acenando para Kenny.

“Eles disseram que estavam cansados de ver a pintura do spray.”

Kenny riu.

“Sim, eu estou certo que teve algo haver com isto, mas provavelmente eles queriam mostrar o quanto se importam com você.” Kenny se ajoelhou, e puxou Eli para seus braços. “Não existe uma única pessoa lá fora, que não sabe o que é ser menosprezado pela pessoa que eles dormem. Eu acho que é seu modo de dizer que você não está sozinho.”

Eli movimentou a cabeça.

“Eu acho que seria melhor nós sairmos lá, e ajudarmos eles então.”

Kenny deu a Eli um beijo profundo, antes de levantar.

“Talvez eu devesse estar vestido primeiro.”

“Isso poderia ser uma boa ideia.”

 

Como Luke não podia achar uma correspondência exata para a cor da pintura de Eli, o grupo acabou repintando a casa inteira. Agora, enquanto Eli permanecia na calçada próximo a Kenny, ele foi forçado, uma vez mais, a tragar o amontoado em sua garganta.

“Nós somos uma droga em pintura.” Kenny comentou.

Eli sorriu. Kenny estava certo, não era o trabalho de pintura mais limpo que já viu. Ele duvidou que seus arbustos se recuperassem das pisadas e borrifadas de tinta, mas não se importou nem um pouco.

“Eu acho que parece o melhor que tem.”

Kenny envolveu seus braços ao redor da cintura de Eli.

“Você não tem que me dizer isto. Os meninos foram em direção ao bar. Estamos apenas os dois aqui.”

Olhando acima nos olhos azuis de Kenny, Eli agitou sua cabeça.

“Eu não estava mentindo. Minha casa sempre tem estado perfeita, porque eu exigi parecer deste modo, mas com alguns golpes de pincel, e um baita coração, meus amigos realizaram em um dia, o que eu tentei fazer toda a vida.”

“O que é isto, bebê?”

“Fazer um lar. Um lar de verdade, que nós dois pudéssemos viver e apreciar muito.” Eli puxou a cabeça de Kenny abaixo para um beijo. “Mora comigo?”

Kenny sorriu.

“Eu estou contente que você me pediu, porque eu acabei de perguntar a Luke hoje, se ele estava interessado em comprar minha casa.”

As sobrancelhas de Eli levantaram em surpresa.

“E se eu não perguntasse a você para morar comigo?”

“Eu pagaria a Luke o aluguel e continuaria tentando e usando você. Não tenho certeza se você me conhece, mas eu sou muito paciente para esperar o que eu quero.”

Os últimos dez anos cruzaram a mente de Eli.

“Eu arrisquei perder você uma vez. Agora que finalmente o tenho, não planejo tomar riscos.” Ele deu a Kenny outro beijo, deslizando sua língua através da de Kenny. Seu amante tinha gosto de cerveja, raios de sol e riso. Era uma combinação perfeita, para um dia quase perfeito.

Afastando, olhou de volta sua casa mais uma vez.

“Sabe, a única coisa que poderia fazer este dia muito melhor?”

A mão de Kenny apertou o traseiro de Eli.

“Eu tenho uma ideia satisfatória.”

“Estou certo que você tem, e tenho certeza que isso acontecerá, mas eu estava pensando em algo mais longo, como comprar uma cerveja para todos os meus amigos. Gostaria de me levar ao O'Brien?”

“Certamente.”

 

 

[1] Uma marca de desinfetante também usado aqui no Brasil.

[2] Se libertando da caixa.

[3] A Coors é uma cerveja de baixo teor alcoólico, produzida pela Coors Brewing Company.

[4] Corona Extra, mais conhecido como Corona, é uma marca de cerveja clara e produzido pela Cervejaria Modelo em um número de fábricas de cervejas no México.

[5] UCLA - University of California at Los Angeles. Universidade da Califórnia em Los Angeles.

[6] Epifania é uma súbita sensação de realização ou compreensão da essência ou do afeto de alguém. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém "encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem completa da apreensão”.

[7] Homecoming é uma tradição de boas-vindas aos moradores e ex-alunos de uma instituição. It most commonly refers to a tradition in many universities , colleges and high schools in North America . Geralmente se refere a uma tradição em muitas universidades, faculdades e escolas de ensino médio na América do Norte. It usually includes activities for students and alumni, such as sports and culture events and a parade through the streets of the city or town. Geralmente inclui atividades para os alunos e ex-alunos, tais como eventos esportivos e culturais, e um desfile pelas ruas da cidade ou vila.

[8] Marca de cerveja.

 

                                                                                Carol Lyne 

 

 

                      

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