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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


UMA NOITE DE CINEMA / Nalini Singh
UMA NOITE DE CINEMA / Nalini Singh

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblio VT

 

 

 

Um vislumbre da vida de Judd e Brenna quando eles têm uma noite para si mesmos, nenhum negócio da Matilha para lidar e sem inimigos à porta. Esta história acontece poucos meses depois de Acariciada pelo Gelo e não muito tempo antes de Branded by Fire.

 

 

 

 

— Você quer sair para jantar?

Brenna escondeu um sorriso, sabendo que Judd a convidou apenas porque estava tentando ser um bom companheiro. Ele odiava comer em restaurantes. Apesar de ser um mestre do subterfúgio, ele passava o tempo todo tenso, em estado de alerta para as ameaças.

— Não, — ela disse, — vamos ficar e assistir um filme. Eu tenho um par de pizzas congeladas que posso jogar no forno, e a salada não demora muito para fazer.

Seu sorriso foi lento, tranquilo, maravilhoso.

— Qual filme quer assistir?

Fez seu coração doer que ele não escondia nada dela, embora fosse um homem que fora ensinado a nunca confiar em ninguém.

— Você escolhe.

— Você gosta de romances dramáticos que fazem você chorar. — As últimas palavras foram um pouco perplexas.

Retirando as pizzas e colocando-as no balcão, ela abanou a cabeça.

— Não, eu quero escolher algo que você goste. — Algo pequeno, que muitos dariam por insignificante, mas aquelas pessoas não entendiam que seu companheiro vivera sua vida nas sombras, forçado a submergir sua personalidade sob uma camada de gelo. O gelo derretera para ela, mas isso não significava que não tinham ficado cicatrizes. Diversão era ainda um novo conceito para Judd.

Sem dizer uma palavra, ele foi para o painel de comunicação e puxou a lista de lançamentos recentes. Ele era tão sério, ela só queria ir e beijá-lo. O que iria deixá-la nua muito rapidamente. Porque nesta arena, Judd levava a ideia de diversão até uma forma de arte, embora ele ainda se recusasse a divulgar suas fontes de pesquisa.

— Aqui. — Ele deu entrada em uma opção na tela grande pendurada na parede em frente do sofá.

Se aproximando, ela colocou as mãos nos quadris.

— Realmente? Você quer assistir um romance tolo ambientado no tempo das guerras territoriais?

— Sim.

— Mentiroso. — Ele só tinha escolhido algo que pensou que ela iria gostar. — Tem que ser algo que você escolha.

— Como você sabe que eu não gosto do mesmo tipo de filmes que você?

Ele estava cavando em seus calcanhares[1]. Ela conhecia esse humor. Se ela forçasse muito, ele se recusaria veementemente a mudar de ideia e essa era a coisa com Judd. Ele era forte e sexy, amava-o até sentir o poder em cada célula de corpo, mas o homem tinha um núcleo de intratável teimosia.

— Querido, venha aqui. — Pegando seu rosto nas mãos, ela encontrou o chocolate amargo manchado com raios de sol de seu olhar. — Eu quero você desfrute disso.

Um suavizar em sua expressão, a mão vindo para sua cintura. — Eu gosto de estar com você.

— Eu sei. — Mulher e loba, ambas as partes de seu ser adoravam aninhar-se ao seu lado, também. — Eu acho que quero ver o que você gosta também. — Descobrir outra faceta oculta do homem bonito, complexo que era dela.

Judd fez uma pausa.

— Não sei o que eu gosto.

— Está tudo bem. — Deslizando as mãos para baixo de seu peito, roubou um pequeno beijo antes de ir para a tela e selecionar um submenu. — Estes são considerados filmes de garotos. Como você é um garoto, escolha um que você acha que parece interessante.

Com brilho nos olhos, ele foi para a tela e analisou com cuidado as escolhas.

— Este aqui.

A imagem promocional era de um cara em uma floresta tropical, com um facão e uma cobra enrolada em torno de seu braço como uma espécie de braçadeira machista.

Brenna riu.

— Certo, que é esse.

O filme foi terrível. Horrível. Tudo o que poderia dar errado em termos de direção, produção, o cenário, a atuação – embora os atores não recebessem nenhuma ajuda das linhas atrozes de dialogo, tais como:

— Eu tenho que sugar o veneno da mordida no seu peito, boneca. É sua única chance de sobrevivência, então apenas deite e deixe o perito começar a trabalhar.

Até mesmo as cobras não poderiam salvá-lo. De acordo com Judd, e ela não sabia como ele sabia disto, os répteis usados como os super monstros não eram nenhum pouco venenosos. Sua barriga doía devido às risadas[2] na hora em que o filme acabou.

— Pelo menos ele tinha abdominais bonitos. — ela disse, enxugando as lágrimas, enquanto os créditos rolavam.

Um leve arquear de sobrancelhas do homem deitado no sofá ao lado dela, um sofá que de alguma forma havia sobrevivido ao seu TK. Ela conhecia aquele olhar, também. Um olhar que perguntava: Por que você está admirando o corpo de outro homem?

— Oh, vamos lá. — brincou ela. — Não me diga que você não notou o traje da atriz coadjuvante? — Uma coadjuvante cujo trabalho principal tinha sido sair de seu biquíni indecente - por que ela estava usando um biquíni na Amazônia era outro furo a se pensar-, e gritar como um demônio da morte. — Especialmente quando ele teve que 'salvá-la' heroicamente chupando seus peitos.

— Notei que seu traje nunca mudou. — Judd disse em um tom frio. — Não há nenhuma desculpa para isso, com os procedimentos cosméticos de baixo custo disponíveis atualmente.

Ela engasgou com o vinho que tinha apenas tomado um gole. Seu companheiro, rindo com os olhos embora os lábios estivessem apenas levemente curvados, bateu suavemente em suas costas até ela conseguir respirar novamente. Apontando para ele, ela disse:

— Isso foi engraçado, Judd Lauren. — E algumas pessoas pensavam que ele não tinha nenhum senso de humor. Hah!

Pegando o controle remoto, ele a puxou ao seu lado para que ela pudesse se aconchegar perto e começou a percorrer o menu novamente. — Este.

— Oh Deus. — murmurou Brenna em falso horror quando viu o mesmo cara que eles tinham acabado de assistir lutando contra “mortais” cobras mutantes, desta vez descobrindo seus dentes contra um improvável tigre dente de sabre. — Criei um monstro.

Judd beijou-a quente e duro.

— Você sabe que quer.

Ela descaradamente arqueou pescoço para outro beijo.

— Sim, eu sei. — Com dificuldade apertou o controle remoto e começou o filme. Se aconchegando, colocou uma mão sobre o coração de Judd. Não havia nenhum lugar que ela preferia estar e ninguém mais com quem gostaria de estar.

 

 

 

[1] Expressão utilizada quando alguém se recusa a fazer o que as outras pessoas estão tentando persuadi-lo a fazer, especialmente se recusar a mudar suas opiniões ou planos.

[2] Expressão original em inglês stitch in her side.

 

 

                                                                  Nalini Singh

 

 

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