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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


Brittainy C. Cherry
Brittainy C. Cherry

 

 

 

                                                                                                                                                      

 

 

 

Brittainy Cherry, inicialmente conhecida como Brittainy C. Cherry, é formada em artes cênicas, com especialização em escrita criativa pela Carroll University, em Wisconsin. Quando não está escrevendo, adora brincar com seus bichinhos de estimação. É autora de Um Amor Desastroso, Eleanor & Grey, Sr. Daniels, No Ritmo do Amor, Vergonha, ABC do amor, As cartas que escrevemos e dos títulos da série Elementos: O ar que ele respira, A chama dentro de nós, O silêncio das águas e A força que nos atrai. Ela mora com a família em Milwaukee, Wisconsin.

 

 

            

 

                        

 

 

 

 

 

 

           

 

 

 

 

 

...Depois que meu pai morreu, mamãe se tornou uma vadia. Não existe modo mais educado de dizer isso. Não foi de uma hora para outra, apesar de a Srta. Jackson — a vizinha do final da rua — ter espalhado para um monte de gente que minha mãe abria as pernas para todo mundo antes mesmo que meu pai nos deixasse. Eu sabia que não era verdade, pois nunca me esqueci de como ela olhava para ele quando eu era criança. Era como se ele fosse o único homem na face da Terra. Sempre que ele tinha que sair bem cedo para trabalhar, a mesa do café já estava posta, e o almoço, pronto, para ele levar. Ela até preparava uns lanchinhos, porque meu pai vivia reclamando que sentia fome entre as refeições, e mamãe sempre se preocupava em fazer com que ele se alimentasse bem.
Papai era poeta e dava aulas em uma universidade que ficava a uma hora da nossa casa. Não foi surpresa descobrir que eles trocavam cartas de amor. Palavras eram o ponto forte dele, sua grande vantagem. E mesmo não sendo tão boa quanto o marido, minha mãe conseguia expressar tudo o que sentia em cada carta que escrevia.
De manhã, quando ele saía de casa, ela cantarolava e sorria enquanto limpava a casa e me arrumava. E falava dele, dizendo o quanto o amava, como sentia sua falta e que escreveria uma carta de amor antes que ele voltasse, à noite. Quando ele chegava em casa, mamãe sempre o servia com duas taças de vinho, e então era ele quem cantarolava a música favorita dos dois e beijava a mão dela. Eles riam juntos e cochichavam como adolescentes que estão vivendo seu primeiro amor...

 

 

 

 

 

 

 

 

      

 

 

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