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Poesia & Contos Infantis

 

 

 


A COMÉDIA HUMANA / Honoré de Balzac
A COMÉDIA HUMANA / Honoré de Balzac

 

 

                                                                                                                                                      

 

 

 

 

 

Balzac nos dá, em A comédia humana, a história mais maravilhosamente realista da société francesa descrevendo sob forma de crônica de costumes, quase de ano em ano, de 1816 a 1848, a pressão cada vez maior que a burguesia ascendente exercia sobre a nobreza que se reconstituíra depois de 1815 e que, tant bien que mal, na medida do possível, levantava outra vez a bandeira da vielle politesse française. Descreve como os últimos restos dessa sociedade, para ele exemplar, sucumbiram aos poucos em face da intrusão do parvenu vulgar da finança, ou foram por este corrompidos; como a grande dama cujas infidelidades conjugais não eram senão um meio perfeito de se adaptar à maneira como se dispunha dela no casamento, cedeu lugar à burguesa que procura um marido para ter dinheiro ou toilettes; em volta desse quadro central agrupa toda a história da sociedade francesa, onde eu aprendi mais, mesmo no que concerne aos pormenores econômicos (por exemplo, a redistribuição da propriedade real e pessoal depois da Revolução) do que em todos os livros dos historiadores, economistas e estatísticos profissionais da época, todos juntos. Sem dúvida, Balzac era legitimista na política; sua grande obra é uma elegia perpétua que deplora a irremediável decomposição da alta sociedade; suas simpatias vão para a classe condenada a morrer. Mas, apesar de tudo isso, sua sátira nunca é mais incisiva, sua ironia mais amarga do que quando faz agir esses aristocratas, esses mesmos homens e mulheres pelos quais experimentava tão profunda simpatia. E os únicos homens de quem fala com admiração não dissimulada são seus adversários políticos mais encarniçados, os heróis republicanos da rue de Cloître-Saint-Merry [cenário da insurreição popular de 5 e 6 de junho de 1832, os homens que nessa época representavam realmente as massas populares.

 

 

                        

 

                        

 

                        

 

 

 

 

 

 

                                    

 

 

O fluxo criador de Balzac pode ser desdobrado em três etapas: a primeira, que se estende até 1829, é um período de aprendizado; a segunda, que abrange o período de 1834 a 1842, é um período de consolidação e de fixação do seu sistema novelístico; e a terceira, que abrange o desenvolvimento entre 1842 e 1850, em que o universo romanesco de Balzac é unificado sob o título geral de A Comédia humana.
Nesse plano de ininterrupto impulso criador, pode-se afirmar que a vida de Balzac esteve literalmente colocada a serviço das exigências técnicas de suas obras.
A criação do mundo balzaquiano obedece a uma progressiva diversificação de situações, de personagens, de caracteres, de destinos humanos - um retrato de amplas dimensões da sociedade francesa da primeira metade do século 19.
Por suas qualidades, pela amplitude da área social tratada, pela técnica de que se vale o autor para a liberação de forças psicológicas e sociais nos próprios caracteres que movimenta, temos de admitir que a história do romance no Ocidente se divide em duas metades: antes e depois de Balzac.
A obra de Balzac é uma visão sistematizada da vida e do mundo; um universo de sentimentos e de emoções mobilizados para a posse e o gozo de certos valores, sobretudo materiais, uma luta brutal para a fruição do dinheiro.
O pano de fundo desse universo novelístico são as novas estruturas sociais e as novas instituições políticas que advieram com o império napoleônico. Paradoxalmente, o monarquista e legitimista Balzac é quem revela à Europa e ao mundo ocidental as consequências da Revolução Francesa.
Suas ideias básicas sobre a arte do romance e sobre as técnicas da sua realização acham-se expostas, através de um sistema coerente, no prefácio de abertura da Comédia humana, fonte principal do ideário estético de Balzac.

 

 

 

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