Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese

  

 

Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


Trilogia IMÃS MOORE / Dama Beltrán
Trilogia IMÃS MOORE / Dama Beltrán

 

 

                                                                                                                                                      

 

 

 

 

 

Londres, 14 de outubro de 1882, residência Moore.
Anne se olhou no espelho e suspirou.
Ela não queria, nem deveria participar de uma festa depois do que aconteceu, mas seus pais prometeram que seria a última vez que a obrigariam a fazer algo parecido. Desde que soube, fez tudo em seu poder para que Mary ocupasse seu lugar. Até fingira um tornozelo torcido! Mas foi inútil. Seus pais descobriram a mentira rapidamente e novamente rejeitaram a ideia de sua segunda filha acompanhando a terceira porque eles não queriam que ela se tornasse, novamente, o centro de qualquer conversa social. E eles não estavam errados... se alguém ousasse contradizê-la em alguma conversa sobre medicina, Mary se tornaria uma loba e acabaria chamando a todos aqueles que a contrariaram: bando de corpos sem cérebro. Apesar da explicação, ainda achava que estavam errados. Era preferível que Elizabeth sofresse um choque momentâneo pela reação de Mary, a ser constantemente humilhada pela sua presença. Porque a culpa pela transformação de Elizabeth ela dera, apenas dela e da maldição que padecia.
Desde que todos finalmente aceitaram sua existência, Elizabeth deixou de ser uma menina doce e terna para se tornar uma mulher frívola, descarada e ousada. Essa mudança se devia à falta de pretendentes. De fato, enquanto suas outras irmãs não estavam procurando um homem para casar, porque no caso das gêmeas eram muito jovens e Mary por ser fria como um bloco de gelo, Elizabeth usava sua maravilhosa beleza e audácia para encontrá-lo prontamente. No entanto, ela não conseguia o resultado desejado porque, depois do que aconteceu aos dois noivos de Anne, nenhum cavalheiro se atrevia a cortejar uma irmã Moore por medo de morrer...

 

 

 


Londres, 28 de outubro de 1882, residência Moore.
Sophia observou pela janela como a carruagem em que estava seu marido se afastava de casa. Deveria estar acostumada que Randall saísse na metade da noite, mas naquele momento teria dado tudo o que tinha para que não saísse do seu lado. Se abraçou e tentou acalmar o calafrio que surgiu ao se sentir tão sozinha. A casa ficou em silêncio, demais para o seu gosto. Desde que suas filhas nasceram, sempre havia ruído pela casa, correndo pelos corredores. No entanto, desde que três delas saíram, aquilo não parecia uma casa, mas uma das bibliotecas que Mary costumava visitar. Fixou seus olhos na lareira, já apagada, e suspirou fundo. Como se encontravam suas meninas? O visconde iria atendê-las com o respeito que mereciam? Esperava que assim fosse e que as três se comportassem adequadamente. O único que não suportaria seria que, depois da saudade que sofria por não poder estar com elas, voltariam com uma infinidade de escândalos em suas costas. Desviou o olhar para as cadeiras que haviam ao redor da mesa da sala de jantar e notou como sua dor aumentava ao observá-las vazias. Em noites como aquela, Anne e Josephine deixavam seus quartos e desciam para acompanhá-la. Costumavam conversar sobre qualquer assunto até o amanhecer e quando o resto de suas filhas aparecia, tomavam o desjejum conversando sobre o que haviam planejado fazer o resto do dia...

 

 

 


Londres, residência Moore, abril de 1880.
Elizabeth desceu as escadas de sua casa prendendo a respiração. Precisava fazer o mínimo de barulho possível para não alertar sua família sobre a pequena fuga que estava prestes a fazer. Se fosse descoberta, sua mãe a puniria e seu pai faria um sermão sobre moralidade e honra. Pegou a maçaneta e olhou para dentro de sua casa. Quando partisse, ansiaria o alvoroço que suas irmãs provocavam, inclusive a companhia delas. Mas chegara a hora de encerrar uma etapa de sua vida e começar outra. Como seus pais aceitariam a proposta? Sem dúvida bem, porque o sonho deles era casar as cinco filhas com bons maridos. Archie seria. Disso não tinha dúvidas. Era o homem perfeito para ela. Além de atencioso, carinhoso e romântico, levaria à família um bom posicionamento social. Não o amava por isso. Claro que não! Seu amor não tinha nada a ver com o título que já possuía, mas com a atitude que lhe havia mostrado desde que se conheceram, um ano atrás. Cada vez que se lembrava daquele dia, seu coração tremia de excitação. Ela nunca imaginou que um homem como Archie a notaria. Até então, seus pais sempre insistiram em fazê-las entender que encontrar um marido aristocrático era impossível. No entanto, estava prestes a conseguir. Em suma, se tornaria uma condessa e a esposa mais feliz do mundo...

 

 

 

 

 

 

 

Leia também da autora

 

A vida libertina do futuro duque de Rutland finaliza após bater-se em um duelo de honra com um marido enganado. Envergonhado pelas sequelas do dito desafio, decide abandonar Londres e partir para Haddon Hall, o aprazível lugar onde cresceu, albergando a esperança de encontrar a paz que tanto lhe urge obter, entretanto, a chegada de uma notícia inesperada altera essa suposta calma e provoca que o duque se embebede. Face aos conselhos de seus próximos decide montar a cavalo e galopar por seus domínios. Quando abre os olhos depois de uma desafortunada queda, descobre que uma mulher o esteve cuidando em algum lugar afastado e escondido de suas terras. Seu nome, Beatrice, e seu único desejo, viver em solidão o resto de sua vida...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dama Beltrán nasceu em Lasarte, uma pequena cidade de San Sebastián (Espanha), em 1977. Desde muito jovem quis dedicar-se ao mundo das letras, mas quando entrou na universidade, optou pela Psicologia. Nesses anos, fez cursos de criminologia, estagiou em gabinetes e até em presídio. No entanto, com o passar dos anos decidiu abandoná-lo porque mal conseguia viver sem perceber a maldade do povo. Depois de se casar e ter dois filhos, retomou o antigo hobby de escrever. Seu primeiro romance foi publicado em 2013 sob o título Laberinto de Engaños. Um Thriller onde ele narra uma doença mental e suas consequências. Devido ao sucesso obtido, continuou com o gênero romance negro.

 

 

                                     

 

 

 

 

                                                              Visite a página do autor

 

 

 

 

 

      

 

 

O melhor da literatura para todos os gostos e idades