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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


JULIA QUINN
JULIA QUINN

 

 

 

                                                                                                                                                      

 

 

JULIA QUINN começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a faculdade e nunca mais parou de escrever. Seus livros já atingiram a marca de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo 3,5 milhões da série Os Bridgertons. O visconde que me amava, segundo título da coleção, foi finalista do prêmio RITA.
É formada pelas universidades Harvard e Radcliffe. Seus romances já entraram na lista de mais vendidos do The New York Times e foram traduzidos para 26 idiomas.
Julia foi a autora mais jovem a entrar para o Romance Writers of America's Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, e atualmente mora com a família no Noroeste Pacífico.

 

 

 

                 

 

 

 

 

            

 

                        

 

 

 

 

 

Leia também da autora...

 

Aos dez anos, Miranda Cheever não era considerada nenhuma beldade. Tinha cabelos castanhos, o que não agradava à maioria, e olhos da mesma cor, além de pernas longas e desengonçadas. A mãe costumava afirmar que a filha galopava ao redor da casa.
Para infortúnio de Miranda, a sociedade valorizava muito a aparência feminina. E mesmo com tão pouca idade, ela era vista como inferior às outras garotas da vizinhança. Crianças sempre descobriam essas coisas, em geral por intermédio de outras.
Assim como foi no desagradável incidente, ocorrido no décimo primeiro aniversário dos gêmeos, lady Olivia e o honorável Winston Bevelstoke, filhos do conde e da condessa de Rudland. A casa de Miranda era bem próxima de Haverbreaks, residência dos ancestrais de Rudland, em Ambleside, no distrito dos Lagos, no condado de Cumberland. Miranda estudava com os gêmeos, quando eles se encontravam em casa, e a trinca era inseparável. Os três raramente brincavam com outras crianças, pois quase todos os meninos e meninas moravam longe, a uma hora de viagem.
No entanto, todos os filhos da nobreza local e da pequena nobreza reuniam-se nos aniversários. Por esse motivo, lady Rudland deixou escapar um gemido infeliz naquele dia. Dezoito diabretes espalharam lama em sua sala de estar, depois de a festa dos gêmeos ter sido interrompida pela chuva...

 

 

 

 

O nascimento de Simon Arthur Henry Fitzranulph Basset, o conde de Clyvedon, foi recebido com muita alegria. Os sinos da igreja tocaram por horas, serviu-se champanhe à vontade no imenso castelo que o recém-nascido chamaria de lar e toda a aldeia de Clyvedon parou de trabalhar para participar dos festejos organizados pelo pai do jovem conde.
– Esse não é um bebê comum – disse o padeiro ao ferreiro.
Falou isso porque Simon Arthur Henry Fitzranulph Basset não passaria a vida como conde de Clyvedon. Esse era apenas um título de cortesia. O bebê – que possuía mais nomes do que qualquer criança de sua idade poderia precisar – era herdeiro de um dos mais antigos e abastados ducados da Inglaterra. E seu pai, o nono duque de Hastings, esperara anos por esse momento.
No corredor fora do quarto da esposa, ninando o bebê que chorava a plenos pulmões, o duque quase explodia de orgulho. Já beirando os 50 anos, assistira a seus amigos – todos duques e condes – produzirem um herdeiro após o outro. Alguns tiveram de se contentar com o nascimento de meninas antes de conseguir gerar um precioso menino, mas, no fim, todos garantiram que sua linhagem continuaria, que seu sangue passaria para a geração seguinte da elite inglesa.
Mas não o duque de Hastings. Embora sua esposa tivesse concebido cinco vezes nos quinze anos de casamento, apenas duas gestações vingaram, e ambos os bebês nasceram mortos. Depois da quinta gravidez, que terminara com um aborto sangrento no quinto mês, médicos e cirurgiões disseram-lhes que não deveriam de jeito nenhum fazer uma nova tentativa de ter um filho. A vida da duquesa estaria em perigo. Ela estava frágil demais, fraca demais e, talvez – observaram com delicadeza –, velha demais. O duque teria simplesmente que se conformar com o fato de que o ducado deixaria de pertencer à família Basset...

 

 

 

 

 

 

 

      

 

 

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