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Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites
A ESPEDIÇÃO MALDITA
Publicado originalmente em People, Places & Things de 1960
— Chegamos! — disse Jimmy Keller, olhando além do trem de aterrissagem, para onde o foguete descansava no meio do deserto.
Um vento solitário soprava no deserto, e Hugh Bullford disse:
—Sim. Chegou à hora. Vamos conhecer Vênus. Mas será que devemos mesmo sair da nave?
— Não sei — respondeu Keller — Simplesmente não sei.
O foguete estava aterrisado sobre Vênus. Bullford conferiu o ar de Vênus e exclamou em tom assombrado:
— Mas..., o ar é bom, como o velho ar da Terra! Perfeitamente respirável.
Ambos saíram, e foi a vês de Keller se espantar.
— Cara, é como uma primavera na Terra! Tudo luxurioso, verde e bonito. Cara, é... é o Paraíso!
Saíram para o exterior do foguete. As frutas eram exóticas e deliciosas, a temperatura perfeita. Quando caiu à noite dormiram.
— Vou chamá-lo de "O Jardim do Éden" — Disse Keller com entusiasmo.
Bullford contemplava o fogo.
— Eu não gosto deste lugar, Jimmy. Sinto que algo está errado. Há algo... maligno por aqui.
— Estavas feliz no espaço? — Zombou Keller — Durma.
Na manhã seguinte James Keller estava morto.
Em seu rosto havia uma expressão de horror que Bullford desejara nunca ter visto.
Bullford tentou contato com a Terra depois de enterrá-lo. Não obteve resposta. O rádio estava mudo. Bullford desmontou-o e montou-o novamente, não havia nada de errado com o rádio, mas o fato persistia: não funcionava.
A preocupação de Bullford aumentou. Saiu correndo. A paisagem continuava agradável e feliz. Mas Bullford podia notar a maldade nela.
—Você o matou! — Gritou — Eu sei!
De repente o solo se abriu na sua direção. Voltou correndo à nave, à beira do pânico. Mas antes colheu uma amostra de terra.
Analisou a terra e então o terror tomou conta dele. Vênus estava viva.
De repente a nave espacial se inclinou e caiu. Bullford gritou.
Mas a terra se fechou por cima dele, parecendo lábios se fechando.
Depois voltou à normalidade, esperando à próxima vítima...
Stephen King
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