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Paris, fevereiro de 1862.
Fomos ao longo do Boulevard Sévastopol, Rive Gauche, para fazer enviar uma carta.
Conheci o bairro, há cerca de seis anos, quando era uma rede de ruas estreitas e tortuosas, com casas altas, irregulares, pitorescas, históricas, sujas e insalubres.
Eu costumava ter muita dificuldade para chegar a certos pontos do Quartier Latin do bairro de Faubourg Saint Germain, onde eu estava hospedada.
O Hotel Cluny estava abraçado em um jardim, cujas grades corriam ao lado do Boulevard Sévastopol, um pouco mais adiante. Do mesmo lado, à esquerda, a Igreja da Sorbonne estava bem exposta e a ampla artéria do novo Boulevard corria até os jardins de Luxemburgo, fazendo uma clara passagem de ar e luz, através do quarteirão densamente povoado.
Era um grande ganho em todos os pontos materiais, porém, uma grande perda para a memória e para aquela imaginação que adora repetir os lugares e as pessoas.
A rua em que nossa amiga vivia era velha e estreita, a calçada mal tinha largura suficiente para que uma pessoa pudesse caminhar, e era impossível não ser salpicado pelas carruagens, que jogavam terra nas paredes das casas, até que houvesse uma espécie uma trilha de lama ao longo da rua.
Elizabeth Cleghorn Gaskell, sobrenome de solteira Stevenson (Chelsea, 29 de setembro de 1810 — Holybourne, Hampshire, 12 de novembro de 1865) foi uma romancista e contista britânica durante a Era vitoriana. Seus romances são caracterizados por retratarem com detalhes as vidas das diversas camadas da sociedade em que viveu, incluindo os muito pobres, a condição das mulheres e também o medo da violência. Por isso, seus escritos despertam o interesse de historiadores sociais, bem como dos apaixonados por literatura.
O melhor da literatura para todos os gostos e idades