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H. J. Bellus é uma garota de cidade pequena que adora a arte de contar histórias. Quando não está fazendo os leitores rirem ou chorarem, ela é uma trabalhadora de gado em meio período que pode ser encontrada no meio de Idaho, consumindo uma cerveja enquanto ouve Miranda Lambert em suas batidas e balançando em suas botas.
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Eu tropeço no meu cadarço desamarrado enquanto corro para o ônibus, correndo em direção à porta da frente. Eu sei que a minha avó vai estar lá, mas espero que minha mãe tenha decidido ir para casa hoje. A Sra. Freeman, minha professora do primeiro ano, me disse que minha foto foi a mais bonita do nosso projeto do dia das mães.
Eu sabia que minha mãe adoraria. Ela não esteve em casa por quase uma semana, mas esta noite é a noite que ela vai voltar. Papai sempre faz questão de dar-lhe um perfeito fim de semana do dia das mães. As lembranças desagradáveis dela gritando com meu pai quando ela não estava feliz, ecoam nos meus pensamentos por um segundo, mas eu não desacelero.
Eu empurro a porta e grito. — Mãe. Mamãe. Você está em casa?
Me aproximo da parede para entrar na cozinha para ver o meu pai na mesa, com os dois cotovelos sobre a mesa e o rosto abaixado. Há uma grande garrafa vazia ao lado dele. O cheiro da posole1 é intenso. Minha abuela2 está no fogão, mexendo uma grande panela fumegante.
— Mi niña. O sorriso caloroso da abuela me bate duro, fazendo meu dia perfeito melhor.
Eu congelo, segurando minha perfeita obra de arte nas minhas mãos, porque eu sei que algo está errado instantaneamente. Vovó sempre fica muito louca e com o rosto todo vermelho quando papai bebe, mas ela está sorrindo.
— Papai — eu sussurro.
Após longos momentos, ele olha para mim com os olhos vermelhos e algumas lágrimas escorrendo pelo rosto. Ele não fala. Lágrimas escorrem dos meus olhos porque meu pai está tão triste. Me machuca.
— Filha — Minha abuela ondula a espátula em sua direção.
— Layla — Ele bate no colo dele.
Eu corro para ele, deixo a imagem flutuar sobre a mesa e envolvo meus braços em volta do seu pescoço.
— Mamãe nunca vai voltar para casa.
Enterro meu rosto mais fundo em seu pescoço e soluço. Sua mão sobe e desce pelas minhas costas.
— Eu sinto muito, doce bebê. abuela e eu sempre estaremos à sua volta. Sempre.
Levanto minha cabeça no meio de um soluço e olho para ele. Ele tem um corte grosso sob o olho, no outro um machucado com profundos tons de roxo. Meus pequenos dedos correm sobre seus dedos machucados. Meu pai é um lutador. Ele é um campeão.
Eu giro no colo dele e começo a rasgar o projeto de arte. Não paro até que ele esteja picado em pedacinhos espalhados e em seguida, com um braço, deslizo todas os pedaços para o chão. Desço do seu colo e começo a pisar neles até a energia escorrer do meu pequeno corpo. Então caio sobre os pedaços amassados no chão...
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