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As obras do romancista russo Dostoiévski foram das mais fluentes de seu tempo e a que mais fascínio despertou, quer pelos conflitos de seus personagens quer por seus temas invulgarmente complexos e, sobretudo, pela intensidade passional da ação que se desenrola em seus enredos.
Fiodor Mikhaílovitch Dostoiévski nasceu em Moscou em 11 de novembro (30 de outubro segundo o calendário juliano) de 1821. Mikhail Andreievitch, seu pai, era médico do Hospital dos Pobres, onde residia com a mulher, Maria Fiodorovna Netchaiev. O futuro escritor cresceu nesse ambiente. Em 1831 a família mudou-se para Tula, perto de Moscou, onde Fiodor e seus quatro irmãos desfrutaram de vida mais livre do autoritarismo paterno.
Começava nessa época a projetar-se nos meios culturais e a freqüentar um círculo de socialistas.
Preso em abril de 1849, em dezembro se viu condenado ao fuzilamento. Já sob a tensão dos preparativos, recebeu a notícia da comutação da pena pelo czar. Lembranças angustiadas desse episódio doloroso povoariam toda sua obra posterior. A sentença foi transformada em exílio na Sibéria, com trabalhos forçados, e Dostoiévski ficou preso na fortaleza de Omsk por quatro anos. Sofreu então o primeiro ataque de epilepsia, doença que o perseguiu por muito tempo. Libertado em 1854, retomou a atividade literária e fundou, com o irmão Mikhail, a revista Vremia, suspensa depois pelo governo.
A prosa de ficção dostoievskiana parece ter percorrido um roteiro inverso ao de sua vida, pois se tornou progressivamente mais intrincada. Seu interesse primordial era traçar um painel realista das paixões e misérias do povo russo.
Uma Árvore de Natal e um Casamento
... o encontro dos maiores autores da Literatura Mundial