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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


Judith McNaught
Judith McNaught

 

 

 

                                                                                

 

 

Judith McNaught ( nascida em 10 de maio de 1944 ) é uma autora best-seller de mais de uma dúzia der omances históricos e contemporâneos, com 30 milhões de cópias de suas obras impressas. Ela também foi a primeira produtora executiva feminina em uma estação de rádio CBS.

 

 

            

 

                        

 

 

 

 

 

...Com a mão na maçaneta, Jason virou-se para encará-la, impassível.
— Vai voltar, sim — zombou —, assim que ficar sem dinheiro.
Quando a porta se fechou atrás dele, os olhos de Melissa brilharam em triunfo.
— Nunca mais voltarei, Jason — disse ela em voz alta para o quarto vazio —, porque nunca vou ficar sem dinheiro. Você mesmo vai me dar tudo o que eu quiser...
— BOA NOITE, MILORDE — cumprimentou o mordomo em um sussurro estranho e tenso.
— Feliz Natal, Northrup — respondeu Jason de maneira automática, enquanto tirava a neve das botas e entregava a capa molhada ao mordomo. O último encontro com Melissa, ocorrido duas semanas antes, surgiu em sua mente, mas ele afastou a lembrança depressa. — O mau tempo me custou um dia extra de viagem. Meu filho já foi para a cama?
O mordomo pareceu petrificado.
— Jason... — um homem corpulento de meia-idade, com a pele bronzeada e envelhecida como a de um marinheiro experiente, chamou da porta que separava o hall de entrada de mármore de um dos vários salões, fazendo um sinal para que Jason se juntasse a ele.
— O que está fazendo aqui, Mike? — perguntou Jason, com ar surpreso, observando perplexo quando o homem mais velho fechou cuidadosamente a porta do salão. — Jason — disse Mike Farrell com a voz tensa —, Melissa se foi. Ela e Lacroix embarcaram para Barbados, logo depois de sua partida para a Escócia. — Fez uma pausa, esperando por alguma reação, mas não houve nenhuma. Então, respirou fundo e continuou: — Levaram Jamie com eles.
Uma fúria selvagem ardeu nos olhos de Jason, transformando-os em caldeirões de ódio...

 

 

 

 

 

 

 

— Um brinde ao duque de Claymore e à sua noiva!
Em circunstâncias normais, esse convite para que brindassem a um casamento teria arrancado sorrisos e aplausos das damas e dos cavalheiros elegantemente vestidos que estavam reunidos no grande salão do castelo de Merrick. Eles teriam levantado as taças de vinho e oferecido outros brindes para celebrar um matrimônio majestoso e nobre como o que estava prestes a acontecer no sul da Escócia.
Porém, não naquele dia. Não naquele casamento.
Naquele casamento, ninguém ovacionou ou levantou a taça de vinho. Naquele casamento, todos observavam uns aos outros, e todos estavam tensos. A família da noiva estava tensa. A família do noivo estava tensa. Os convidados, os servos e os cães de caça no salão estavam tensos. Até mesmo o primeiro conde de Merrick, cujo retrato estava pendurado acima da lareira, parecia tenso.
— Um brinde ao duque de Claymore e à sua noiva — pronunciou novamente o irmão do noivo, com a voz soando como uma trovoada em meio ao silêncio forçado e sepulcral do apinhado salão. — Que eles desfrutem de uma vida longa e próspera juntos!
Normalmente, esse antigo brinde provoca uma reação previsível: o noivo sempre sorri com orgulho porque está convencido de ter realizado algo muito maravilhoso. A noiva sorri porque pôde convencê-lo disso. Os convidados sorriem porque, em meio à nobreza, o matrimônio implica a união de duas famílias importantes e de duas grandes fortunas, o que, por si só, é motivo para uma grande comemoração e uma alegria excepcional.
Porém, não naquele dia. Não naquele 14 de outubro de 1497...

 

    

 

 

 

 

 

 

      

 

 

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