Lev Nikoláievitch Tolstói nasceu em 1828, em Iásnaia Poliana, a propriedade de sua família, localizada na província de Tula, a uns duzentos quilômetros de Moscou, e morreu em 1910. Ficou órfão de mãe aos dois anos e de pai aos nove, e, a partir daí, foi educado por parentes, assim como seus irmãos. Seu pai era conde, título que ele herdou. Como toda criança da nobreza, recebeu a primeira educação em casa, com professores russos e estrangeiros. Aos treze anos, foi com a família para Kazan. Prosseguiu lá com seus estudos, preparando-se para a universidade. Com dezesseis anos, ingressou na Universidade de Kazan, para estudar Direito e línguas orientais, mas não terminou nenhum desses cursos. O tempo que passou na universidade foi importante como experiência de vida, pelas amizades que fez e pelo contato que pela primeira vez travou com jovens oriundos de outras camadas sociais.
No decorrer de sua longa vida, o escritor e pensador Leon Tolstói foi autor de romances, novelas, contos, narrativas, teatro e histórias para crianças, bem como de ensaios sobre religião, arte, política, filosofia, moral e história.
Entre as muitas obras de sua autoria, podem ser citadas a trilogia autobiográfica Infância, adolescência e juventude; as novelas “caucasianas” Os cossacos e Hadji Murat; o romance “moralista” A sonata de Kreutzer; o “depoimento” Minha confissão; o romance-libelo Ressurreição; a novela “camponesa” Polikuchka; os Relatos de Sebastopol, sobre a guerra da Crimeia; e as três obras-primas da literatura russa e universal: o imenso painel-afresco histórico-social do seu maior romance, Guerra e Paz; o grande romance social e psicológico Anna Karenina; e, por fim, a novela que é considerada por muitos críticos a maior da literatura mundial: A morte de Ivan Ilitch.

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