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Herta Müller nasceu numa família católica que vivia da agricultura em Niţchidorf (em alemão: Nitzkydorf), uma aldeia falante de alemão até aos anos 1980 e localizada na região de Banat, na zona ocidental da Roméni. A sua família fazia parte da minoria alemã da Roménia.
O seu avô era um agricultor rico de Niţchidorf, cuja loja dava emprego à família. Após 1945 todos os bens foram retirados à família.
O seu pai foi membro das SS durante a II Guerra Mundial, tendo sido posteriormente condutor de camiões durante a época comunista. Em 1945 a sua mãe, então com 17 anos, foi uma das 100 000 pessoas da minoria alemã deportadas para campos de trabalhos forçado na União Soviética, tendo sido libertada em 1950.
A língua nativa de Herta é o alemão; aprendeu romeno apenas na escola. Concluiu os estudos na escola secundária Nikolaus Lenau e posteriormente foi aluna de Estudos Alemães e Literatura Romena na Universidade do Oeste de Timișoara.
Em 1976 Herta trabalhou como tradutora numa fábrica de engenharia, tendo sido despedida em 1979 devido à sua recusa em cooperar com a Securitate, a polícia secreta do regime comunista. Após o seu despedimento passou a ensinar num infantário e a dar aulas privadas de Alemão.
A autora é uma novelista, escritora, poetisa, ensaísta e tradutora alemã nascida na Roménia.
Destaca-se pelos seus relatos acerca das duríssimas condições de vida na Roménia sob o regime político comunista de Nicolae Ceauşescu. Foi casada com o escritor Richard Wagner.
A utilização da língua alemã por Herta Müller é um signo de resistência, mas também, uma fonte de preconceito, trauma e violência. A ficção de Müller é moldada pela violência contra a minoria de fala alemã na Romênia da ditadura comunista.
Foi galardoada com o Nobel de Literatura de 2009 por "com a densidade da sua poesia e a franqueza da sua prosa, retratar o universo dos desapossados.
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