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Raul Pompéia
Raul Pompéia (1863-1895) foi escritor brasileiro. "O Ateneu" foi o romance que marcou seu nome entre os maiores romancistas brasileiros. É a obra mais importante do Realismo no Brasil.
Raul d'Ávila Pompéia nasceu em Jacuacanga, Angra dos reis, Estado do Rio de Janeiro, no dia 12 de abril de 1863. Em 1873, muda-se com a família para a cidade do Rio de Janeiro, onde é matriculado como interno no Colégio Abílio, dirigido por Dr. Abílio César Borges, Barão de Macaúbas. Nessa escola, redige e ilustra o jornal "O Archote". Os anos de internato lhe inspiraram, mais tarde, para escrever "O Ateneu". Em 1879, ingressa no Colégio Pedro II, onde conclui os estudos secundários.
Em 1880, publica sue primeiro romance "Uma Tragédia no Amazonas". Em 1881, matricula-se na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. Participa dos movimentos abolicionistas e republicanos. Em 1883, publica "As Joias da Coroa", de nítida conotação antimonarquista. Em 1885, junto com outros colegas, transfere-se para a Faculdade de Direito do Recife, onde fervia os ideais abolicionistas e republicanos, lá termina o curso.
Raul Pompéia, publica em 1888, em folhetins da Gazeta de Notícias, o romance "O Ateneu", que traz como subtítulo "Crônica de Saudade". O texto autobiográfico, parte de sua experiência no internato do colégio Abílio. Nesse mesmo ano, começa a escrever na Gazeta de Notícias, uma seção de crítica de arte. Em 1890, participa ativamente dos debates políticos dos anos iniciais da República.
Em 1892, envolve-se em acirradas polêmicas. Leva vida agitada, com inimizades e crises depressivas. Ofendido por Olavo Bilac, desafia-o para um duelo, que não chega a ocorrer por interferência dos padrinhos. Em 1894, é nomeado diretor da Biblioteca Nacional. Em 1895, discursa no funeral de Floriano Peixoto, onde suas palavras são vistas como desacato ao Presidente Prudente de Morais, provocando sua demissão da Biblioteca Nacional.
Raul d'Àvila Pompéia, abandonado pelos amigos, vê publicado num jornal um artigo "Um louco no cemitério". Sem encontrar um jornal que publicasse sua resposta, profundamente deprimido, suicida-se no dia 25 de dezembro de 1895, em plena noite de Natal.
Carlos Cunha Arte & Produção Visual