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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


A MARCA DO FOGO / Lora Leigh
A MARCA DO FOGO / Lora Leigh

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

A MARCA DO FOGO

 

Ele a tocou suavemente. Muito delicadamente. Carmella estava tensa sob os golpes de Torren em seu corpo, forçando-o de volta, a agressão crescendo dentro dela com o seu desejo aumentando. Seu longo cabelo, castanho escuro, acariciou os braços, criando uma cortina de seda em torno de sua cabeça, enquanto sua língua lavava seu mamilo duro e abocanhou o ponto ansioso suavemente.

Suas mãos grandes e calejadas pelo trabalho moveram-se sobre o seu corpo com conhecimento sensual, mas com moderação. Ele estava retendo-a, assim como ele sempre fazia. Sua cabeça atirada no travesseiro, quando ela mordeu os lábios para não gritar de frustração.

—Sobrecarga de adrenalina— ele sussurrou contra o seio, movendo-se mais abaixo, os lábios como que em chamas, ao acariciar sua pele.

   —Relaxe, Carmella!

A voz dele era grossa e rouca de luxúria, enquanto ele mordiscava a carne macia de seu abdômen, viajando mais próximo do centro de propagação de calor através de seu corpo. Mas havia algo mais. Uma veia de conhecimento que ela não podia compreender muito... Quase de diversão. Como se soubesse suas necessidades, como atormentá-la, se recusando a facilitar.

Seus dedos cerrados no cobertor da cama embaixo dela, enquanto lutava para se controlar. Ela poderia suportar, assegurou a si mesma, como sempre fazia.

—Carmella—. Ela abriu os olhos e o olhou.

Ele a estimulou com seu pênis fazendo sua vagina pulsar. Deus! Ele era tão incrível, tão bonito. Os ângulos do seu rosto era o sonho de um artista. Maçã do rosto saliente, o corte afiado de seu nariz, o queixo teimoso. A sensualidade masculina na curva dos seus lábios, combinado com o tom bronzeado de sua pele, deu a ele um olhar, intenso.

   —Você vai transar comigo ou falar a noite toda?— Ela conteve a vontade de mordê-lo. Por que ela sempre quer morder e arranhar? O pulsar desesperado de um desejo quase violento aumentou através de suas veias.

Nos lábios de Torren formou-se um pequeno sorriso.

Ele sabia. Quais os conhecimentos que ele possuía e ela não? E por que ela não filtrava os impulsos psíquicos, para fazê-lo entender isso?

—Eu te quero, eventualmente. — Sua mão deslizou até a sua coxa, separando-lhe as pernas, com as mechas de cabelo mais longas acariciaram-lhe a carne. Carmella estremeceu. Ela gostava de sentir os fios de seda na sua pele.

—O que quer dizer, com eventualmente?— Ela ofegava. Tentando distribuir o fluxo aquecido que passava através dela.

Ela queria lutar. Queria forçá-lo a conter seu desejo e não queria que entrasse dentro dela nenhum centímetro latejante e de grossa espessura de seu membro. Ela estremeceu com o pensamento, permitindo que a imagem fluísse através de sua mente. Choramingou com a crescente fome.

—Maldição, você está quente o suficiente para me queimar vivo!— Seus dedos separando os cachos saturados entre as coxas dela.

Sua vagina pulsava, derramando o suco grosso de sua necessidade, de seu túnel emocionado.

—Torren, pare de me provocar—. Ela queria gritar, para pedir que ele acabasse com a dor e a agonia de seu corpo que estava ansioso por prazer.

Deus, o que havia de errado com ela? Ela precisava dele, o amava como nunca amou ninguém. Torren a preenchia. Acalmava. Mas nada parecia tocar esse núcleo negro da luxúria que crescia constantemente em seu corpo.

Torren acariciava entre as suas coxas, seus olhos estavam abertos enquanto ele a olhava. Pernas musculosas, propagando a cabeça larga de seu membro que foi de encontro aos lábios inchados de sua vagina. Carmella estremeceu, com as mãos apertadas nos cobertores e com chamas eclodindo por quase todo o corpo. Não. Não. Ela não podia deixar isso acontecer.

Ela mordeu os lábios, sentindo a grossa cabeça da ereção de Torren em suas curvas e na parte molhada de sua vagina. Seu corpo ficou tenso. Ela combateu as chamas do prazer e da agonia quando ele começou a separar as dobras das delicadas curvas de sua vagina.

—Torren—. Estrangulando um suspiro, era o apelo dela. Deus, ela não poderia ter implorando por algo que ela sabia que jamais poderia controlar. A única resposta era que ela precisava desesperadamente parar e não era capaz.

—Está tudo bem, amor—. Acolheu-a, pegando-a pelos seus quadris e penetrou sua delicada vagina com seu membro dando varias estocadas ora mais profundo, ora mais raso.

—Segure-me, Carmella— ele sussurrou em seu ouvido. —Está tudo bem— Mas não estava bem. O grito preso na garganta foi de frustração e fúria. O acúmulo de calor que saía através de seu corpo era muito perigoso, nunca poderia perder o controle sobre ele.

—Agarre-me— ele sussurrou uma segunda vez antes de seu pênis crescer dentro dela, duro e profundo. Ela não conseguia parar de choramingar e um lamento escapou lhe. Não foi possível deter o espasmo desesperado de sua vagina em torno da espessura, seu membro quente pulsando dentro dela. Foi tão bom. Não era o que ela precisava, mas era maravilhosamente bom.

Seus cabelos fluíam em torno deles, com cheiro de homem e limpeza, úmido e frio contra sua pele quente, ele começou a penetrá-la em um ritmo firme. Carmella de pescoço arqueado, os dedos apertando em torno dos cobertores, agarrada entre eles e a luxúria sombria percorria o seu corpo. Oh, Deus! Sua pele está superaquecendo, seu sangue estava flamejante. O membro de Torren acariciando, acariciando, atormentando a sensível dor e em suas terminações nervosas, a um ponto de prazer que ela mal conseguia respirar. Ela tinha que gozar rápido. Ela tinha que fazer.

—Agora— ela implorou desesperadamente e lutou contra o poder em erupção ameaçando a liberação.

—Por favor, Torren. Por favor, agora. — Ele bateu fundo. Seus braços apertados sob seus ombros, joelhos cavando no colchão quando ele começou a possuí-la com mais força e mais rápido, empurrando-a para perto do limite, mais perto, Carmella não conseguia conter o choro com o orgasmo, mais leve do que ela teria preferido, varreu seu corpo, apertando-o com prazer. A explosão desesperada de desejo os entorpeceu, então ela ouviu o rosnar de Torren com a sua própria ejaculação, o pulsar quente do esvaziamento de seu sêmen em sua vagina quando ele a apertou em seus braços.

A respiração ofegante, o calor correndo sob sua pele, arrepiando, ela tentou relaxar em seus braços. Ela não quer que ele saiba como tão perto do limite ela estava. Em frente às realizações de suas perversões, se importaria menos. —Está bem agora?— Seus lábios acariciavam seu rosto. Um toque de amor suave que trouxe lágrimas aos olhos.

—Sim— ela mentiu. Ela detestava mentir para ele. Odiava as necessidades que a atormentava.     

Torren mudou-se para o lado preguiçosamente, puxando-a em seus braços, e encostou a boca em seu ouvido.         

—Bom sono bebê—, ele sussurrou.

—Amanhã é outro dia.     

O tom reflexivo da sua voz a incomodava, mas a luta para conter a crescente violência dentro dela levou todas as suas forças na concentração. Ela acenou com a cabeça contra o peito dele, mas ela sabia que levaria um bom tempo até pegar no sono.

—Droga, nós não podemos esperar muito—. Torren enviou o seu pensamento para o homem que esperava a quilômetros de sua localização, mandando uma estimulação furiosa de seu quarto.

—Merda, Torren. Eu estou me movendo o mais rápido que posso—.

Ele podia ouvir a excitação pulsando na voz de Ryder. A ligação entre eles permitiu que o outro homem soubesse que ele tinha feito amor com Carmella e que tinha sido intenso. Ryder tinha sentido, em todos os poros do seu corpo, a excitação quase descontrolada, que emanou dele.    

   —Mova-se mais rápido—, sugeriu Torren as escuras. —Ela quase perdeu o controle esta noite, Ryder. Nós não podemos permitir que isso aconteça antes de você estar aqui com ela. — Uma sinistra pausa entre suas palavras.

—Leve- a para a casa de praia amanhã. Terei o Hummer esperando além dos limites ao leste de Nova Cincinnati. Vou cobri-la a partir dali. —

Era um plano arriscado. Torren olhou para Carmella, sabendo que ela não dormia só fingia, ela pretendia algo. Ela estava com os músculos tensos, pequenos arrepios, espaçavam ao longo de sua carne, lutando contra o poder que despertava nela. Ele tinha que salvá-la. Ele tinha que protegê-la. Beijou suavemente a sua cabeça, curtindo a sensação de seus cabelos macios e de cor avermelhada contra os lábios dele. Ela era uma Elemental. Mas, além disso, ela tinha uma ligação de sangue com o maior monstro psíquico já criado. Seu poder era profundo, forte. A habilidade psíquica para acender e gerar fogo a partir do ar; para destruir, se necessário, com chamas de grau insuperável, que nenhum homem poderia criar, pulsante dentro de seu pequeno corpo. E ela estava perdendo lentamente o controle.

—Eu a amo, Ryder. — Ele sabia e aceitou que ela nunca seria só dele. Ali não havia ciúmes, nem raiva em seus pensamentos. Ele já sabia há anos que ela não pertencia só a ele, mas estava tudo bem para Ryder.

   —Eu cuidarei bem dela, Torren—. Ryder tentou ocultar o lampejo de emoção, de desejo que passou lentamente em seu pensamento, obscurecendo sua mente. Ele deveria completar o círculo. Ele deveria completar com todos eles. Torren reforçou seu controle sobre ela, segurando-a bem próximo, lamentando a separação que viria, mas tinha que ir adiante para se reunirem. Carmella não era a única a controlar seu desejo e seu lado mais sombrio. Torren fazia tão bem quanto ela.

   Um sorriso cruzou seus lábios. Ele estava contente e Carmella não podia ver. A antecipação passou através de seu corpo, engrossando seu membro, aquecendo seu sangue. Suas mãos alisavam suavemente as costas dela.

—Você não está dormindo—, ele sussurrou em seu ouvido enquanto ele erguia as suas coxas e introduzia sua ereção em sua vagina molhada.

Estava aquecida e o aguardava. Um prazer enorme o consumia, ele precisava tê-la mais uma vez, antes de entregá-la aos cuidados de Ryder. Ele rolou para cima de suas costas, puxando-a com ele a fazendo suspirar de prazer. Ela ajeitou-se em seu espesso membro, arqueando suas costas enquanto gritava com o prazer que ele trouxe. Ela o cercou com fogo, uma lava-quente intensa e ele estava mais do que disposto em perder-se nela.

—Cavalga em mim, Carmella—. Ele agarrou-a pelos quadris e ela apoiou suas pequenas mãos no peito dele, começou a subir e descer ao longo do comprimento do membro, a carne dura penetrando- a. Ele rangeu os dentes, e ergueu os quadris sob ela, deslizando-a para baixo, enquanto ele lutava para levá-la fácil, delicadamente ela gritou por cima dele, seus quadris se movendo mais rápido, mais quente, prendendo o seu pênis como um punho de seda liso.

Torren rangeu os dentes. Seu pênis latejava, doía. Doido para despejar seu sêmen quente nas profundezas de sua apertada vagina.

Suas mãos apertadas na cintura, empurrando-a para montá-lo, afagando a entrada de sua apertada vagina sobre o seu membro, repetidamente. Ela estava choramingando em cima dele, enfiando as unhas na pele do seu peito, acariciando sua luxúria superior.

—Possua-me— ele ordenou, com voz firme, quase desesperada. —Isso é tudo pra mim, Carmella.

Ele arqueou os quadris, empurrando cada centímetro duro dentro dela, quando ela começou a tremer convulsivamente, sua vagina pulsando ao longo do pênis, com o seu orgasmo apertou o corpo dela. Empurrou dentro dela outra vez, duro, pesado, e então uma vez mais antes de entrar em erupção dentro dela, gemendo no prazer, retendo o pesar. Era muito menos do que ele queria, mas sabia que em breve, muito em breve, estariam os três reunidos e já não faltaria mais nada.

 

                   Duas semanas depois...

Carmella estava usando preto. Ryder apenas balançou a cabeça quanto a isso e a seguiu em sua forma astral, permanecendo entre ela e seus perseguidores, livrando-se dos cães de caça a toda chance que tinha protegendo e finalmente curvando o traseiro como uma corrida através das Colinas e vegetação rasteira além de Nova Cincinati, Ohio.

   Ela estava vestida de preto da cabeça aos pés de forma apropriada e elegante. Era a cor dos mistérios, dos segredos. —Era a cor dela. — Ele pensou. Sua roupa não conseguia esconder nada, mesmo de seu olhar astral, ficou ansioso, sentiu o duro pulsar de seu membro, em seu corpo físico, ainda protegido atrás da pousada ao longo das extremidades da cidade. Prosseguiu com ela facilmente, Juntando seus poderes as formas de Torren, ainda em sua forma astral saindo de maneira cada vez mais confortável de seu corpo físico.

Ele enviou seus perseguidores para cima e ao redor da montanha com a forma falsa de uma jovem mulher em fuga. Com eles se movendo, Carmella foi forçada a mudar sua direção, optando por um caminho que levou ao pé da montanha, para a segurança da pousada que tinha se hospedado, na cidade.

   Ela tinha cometido um descuido em sua busca por seu comandante e amante, Torren Graves, a quem ela acreditava haver sido capturado pela PSI , Unidade de Investigações Psíquica e Sensorial do novo governo, na semana anterior.    

   Seus laços com Torren eram fortes, mas seu foco estava severamente prejudicado. Se não fosse, ela já estaria bem ciente do fato de que ele não estava na prisão que ela vigiava tão duramente. Ela teria compreendido imediatamente qual o plano, antes de se movimentarem a um mês atrás. E o maldito grupo de vigilantes nunca deveriam ter conseguido surpreendê-la como eles tinham feito.

   A coordenação planejada para aquela noite iria aterrorizar o diretor do PSI se ela conseguisse descobrir como ele fez isso. Existiam coisas que ele escondeu de todos. O alcance de suas verdadeiras habilidades era uma delas.

   O mundo não estava pronto para saber que um poderoso psíquico estava uma vez mais no governo.

   Ele seguiu a mulher, um vislumbre de sua expressão no momento em que ela olhou para trás junto às luzes que vasculharam a montanha, uma careta em seu rosto, em formato de coração, os cães tinham de alguma maneira perdido seu cheiro, quando não deveriam e foram se movendo para o topo da montanha, longe de seus calcanhares. Ele, contudo sorriu largamente. Ela sabia que não era lógico. Carmella nunca iria acreditar no que não era lógico.

Ele tinha uma briga dos infernos pela frente, porque sua atração por ela, o desejo ardente, o tumulto se revoltando dentro dele era algo sem sentido, sem lógica. Ele assistiu como suas pernas longas, primorosas saltaram uma rocha baixa, seu corpo pairando no ar por um longo segundo antes dela atingir o chão retomando a corrida novamente. Maravilhoso.

   Ela serpenteou em torno das formas desajeitadas e escuras das árvores, evitando mais do que uma armadilha para apanhar os descuidados. Ela não podia vê-los na noite sem nuvens, e ele não podia sentir o fluxo de energia psíquica, embora soubesse que ele deveria poder. O poder que a teria levado a enviar as —antenas— para detectar os obstáculos próximos deve ter sido quase impossível para ele manter o escudo. Em vez disso, ele só se preocupou em esconder sua forma física. Ele deveria ter sido pressionado para mantê-la segura. O fato de que ele não tinha uma pontada de excitação correndo em suas veias. Ela era forte. Malditamente forte. Isso faria um relacionamento muito interessante. —Você tem obstáculos que se deslocam ao longo da rua, no ponto que ela vai entrar. — Torren repassou a informação telepaticamente. Ryder também pode sentir a sua antecipação. Ele havia se separado de Carmella há mais de uma semana agora, dando tempo para Ryder acostumar o inconsciente de Carmella à sua presença, assim assegurando a parte consciente dela que ele poderia correr o risco de confiar. Ele não esperava que fosse fácil, porém, Ryder enviou uma explosão de poder para a mulher fugindo a esquerda, dando a impressão de uma bruxuleante luz perseguidora no mato. Ela deslocou para a direita, embora ele a visse hesitar, estava ficando cada vez mais desconfiada agora. Ela não sentiu, só viu a luz, e ele sabia que ela estava começando a suspeitar que estivesse sendo conduzida ao longo do caminho.

   Carmella invadiu os escombros no estreito beco, apoiando as mãos sobre uma coluna de concreto e lançando sobre ele como uma sombra etérea. Então ela parou escondida do outro lado como se sentisse a gravidade de seu poder estender a mão para ele. Evitá-los não foi difícil. Ela estava tentando ser cautelosa, para ter certeza de que não havia chance de tocar os sentidos dos cães ainda latindo nas colinas acima dela. Mas ela também sabia que estava sendo vigiada. Ryder balançou a cabeça e se afastou. Ele estava próximo o suficiente, certo de sua razoável segurança e certamente ela iria encontrar seu próprio caminho entre os vários obstáculos. Este tinha sido o seu principal objetivo, exceto ter o rabo dela fora do linchamento que havia detectado do lado de fora da prisão horas antes.

   —Estou me retirando—. Ele informou a Torren. —Cubra minha retaguarda.

   O aumento de poder que o levou a regressar ao seu próprio corpo poderia ser detectado e controlado por outro psíquico, mesmo sem um poder astral. Ele sentiu Torren fornecendo a cobertura que ele precisava, e se forçou a retornar do plano astral para o físico. Ryder abriu os olhos um momento e sua presença psíquica retornou de volta para o corpo. Ele respirou profundamente, e lutou contra a exaustão que invariavelmente vinha com uso extremo de seus poderes. Os lábios de Ryder estavam esquisitos.

   Ele a vinha vigiando por uma semana, agora ela procurava Torren pela cidade. Ela estava lutando com seus próprios sentidos, sabendo que seu comandante não tinha dado instrução de onde estava. Ela estava lutando tão fortemente que se recusou a ver a verdade. Havia se recusado a aceitar mesmo no momento que Torren tinha oferecido a ela. A oferta estava resolvida agora. Ryder exigiria onde Torren não podia. Não ia ser fácil, começando por seus próprios medos, destruindo o seu controle. O domínio que tinha dos seus próprios desejos foi aumentando ainda mais o rigoroso controle psíquico. Ainda mais importante, foi esboçando o controle que ela precisava para concentrar e conter esses poderes. Torren tinha consciência do destino de Carmella.

Ela está suspeitando.

—Nós não esperávamos que fosse fácil. — Ryder fechou os olhos enquanto lutava contra a antecipação do que ainda estava por vir.

—Ela está assustada, Ryder. — informou Torren.

—Bobagem—. Ryder respondeu divertido. —Ela está brava, e ficando descuidada. Você não está onde ela supõe que está. Ela não pôde simplesmente entrar, sair e pronto.

Se havia uma coisa que tinha aprendido com os sonhos de Carmella, era que ela totalmente impulsiva poderia causar complicações em questões que exigisse certo grau de paciência. Ela tinha rapidamente perdido o controle ao invés de ser capaz de esperar e ver a melhor oportunidade para atacar. Estava indo de encontro à morte.

—Sim— Torren disfarçou a admiração daquelas qualidades facilmente filtradas através da conexão da mente. —Aquela menina está sem sorte, Ryder. É uma boa visão. — Ryder bufou. Talvez ele tivesse visto que até agora o seu velho colega um pouco mais próximo quando eles se separaram um ano atrás da equipe. Ryder sempre se perguntou por que Torren tinha sido enviado para integrar o grupo preparado para reconstruir o governo e o país, ao invés de ambos o dividirem. O outro homem era um estrategista fantástico. Como um vidente, que era um dos principais poderes psíquicos de Torren, ele tinha a capacidade de vislumbrar o que estava vindo e saber como trabalhar por si ou para si. Tanto que mesmo aceitando o trabalho ativo dentro desse novo governo, mesmo assim, ele havia mandado Ryder. A PSI tinha sido criada para atrair os psíquicos com poder suficiente para ajudar na reconstrução. Também foi criada para investigar e neutralizar os psíquicos rebeldes, e aqueles resolvidos a criar outro líder demoníaco como havia sido Tyre. Carmella estava sob investigação e não apenas por causa da força de seus poderes, mas por causa de sua conexão com Tyre. A linhagem, envolvente e forte, que recebeu dos dois mais poderosos psíquicos que o mundo já conheceu – Tyre e Tyrea.

Isso a deixava com duas escolhas agora. Ela poderia se submeter ao teste. Soube-se que ela poderia ser controlada por um irresistível poder psíquico, neutralizar ou absorver, quem passasse por isto, ela viveria em relativa paz.

Ou ela poderia aceitar a droga que o governo criou e passariam a controlá-la e, eventualmente, destruir o seu poder.

Caso contrário, sua possível liberdade e sua vida estariam em jogo.

—Vamos salvá-la. — Torren falou em sua forte voz mental como notou Ryder.        

—Você deveria ter me dito mais cedo. — Ryder não conseguia esconder a ponta de raiva de seu pensamento para o futuro, Torren não tinha lhe dito o que estava por vir.

Como se saiu? Você teria feito o trabalho? Gostaria de ter posto em prática os laços com este novo governo que acabará por salvá-la? As perguntas de Torren eram válidas e ainda tinha aquela centelha de ciúme que permaneceu.

Torren havia encontrado e a guiado, sido seu amante durante mais de um ano e agora, enquanto Ryder fazia o trabalho, ele tinha sido enviado.

Durante esse tempo, os seus sonhos tinham sido um tumulto próprio de sua menor habilidade de vidente insultado com imagens sem ter nenhuma pista de seu paradeiro.

Só depois de Torren ter fornecido a ligação necessária Ryder tinha sido capaz de deslizar em sua mente inconsciente e ver a mulher que o atormentava.

Uma mulher cuja vida estava agora detida na balança de um governo que tinha mais a desconfiar do que qualquer ligação de sangue voltada para o monstro que havia destruído uma vez antes.

A recompensa será a pena.

Torren não teria a menor compaixão com seus sentimentos para o ciúme de Ryder. Não que Ryder esperasse.

   —Eu irei vê-la enquanto você dorme. Melhor descansar um pouco, porque ela não vai ser tão fácil de conquistar como você quer acreditar que será.

Ryder não tinha dúvidas de maneira alguma.

 

                   Carmella não era estúpida.

Ela sabia que estava sendo seguida em sua fuga ao longo das fronteiras externas de Nova Cincinnati.

Ela sabia que um observador astral a seguia, empurrou seus perseguidores longe dela e fez um amplo caminho de segurança, como ela lutou para escapar da multidão que havia chegado sobre ela do outro lado da prisão.

Psíquicos eram capazes de detectar outros de sua espécie, e estavam constantemente atentos a eles.

Mas detectando esses não psíquicos, que tinha sido ensinada a proteger os seus pensamentos, treinada por anos para caçar seus companheiros homens que viviam em antecipação da caça, era mais difícil.

Especialmente quando todos os seus sentidos estavam concentrados em outra parte.

Ela precisava de Torren fora daquela prisão, se ele estivesse lá.

Ela precisava dele fora.

Ela não podia deixar a área até ter certeza de que ele estava seguro.

Como diabos o PSI conseguiu capturá-lo foi um mistério para Carmella.

Ela conhecia sua obsessão por aquela pequena bruxa loira do novo governador não levaria a nada, mas o problema.

Mas se ele a tivesse escutado?

Claro que não.

Agora, lá estava ele, drogado, preso em um buraco, incapaz de libertar-se ou para ajudá-la a libertá-lo. Foi escapando dela. E isso não fazia sentido.

Mulheres frágeis e delicadas nunca o atraíram.

Talvez, fosse o ciúme da própria Carmella que o tivesse convencido disso.

Sua própria dor que ele tinha elaborado essa distância dela.

Ele tinha sido uma âncora, um resgate às vezes tempestuoso, quase fora de controle às emoções que poderiam alcançá-la.

Ele poderia chamá-la de volta com sua paixão, sua gentileza.

Mesmo quando ela ansiava por algo perturbador, incompreensível que não podia definir ou fazer sentido, Torren a consolava.

Ela se moveu rápido através de décadas de entulho velho e sombreado da vida noturna de Nova Cincinnati e fez o caminho de volta para a pousada onde estava hospedada.

Finalmente, a ordem foi estabelecida no país.

Ilegalidade, execuções sumárias desesperaram a nação, ela rezou, e finalmente os cidadãos lentamente pararam o terror noturno com estômagos cheios e corpos exaustos pelo trabalho.

A exaustão a dominava agora.

Ela estava olhando para frente, precisava de uma refeição quente e a cama que a aguardava.

Moveu-se cautelosamente através do beco cheio de resíduos, certificando-se de permanecer nas sombras executou o escudo ao redor de seus poderes que poderiam unir forças com suas habilidades se não fosse cuidadosa.

Estrangeiros eram uma das raridades nas ruas de Nova Cincinnati depois do anoitecer.

A multidão os lincharia e pelos próprios moradores. Os linchadores saberiam pelos habitantes locais onde estavam metidos.

Estrangeiros eram automaticamente suspeitos, presos, submetidos a horrores e ela não queria recordar com medo de nunca dormir.

Ela sabia bem o perigo que aguardava se ela fosse capturada.

Fez o fato de que ela estava sendo vigiada ainda mais preocupante. Ela entrou na sala principal iluminada por tochas, ignorando os olhares curiosos dos moradores conforme ela parava em volta do bar.

A pousada tinha sido um dos muitos edifícios de escritório que ficava fora da principal avenida da cidade, um século atrás.

Foi um dos poucos de pé.

A grande sala central mantinha uma série de mesas para os cansados estrangeiros da cidade.

Alguns ela sabia que eram psíquicos, alguns eram caçadores de recompensa, outros eram apenas assassinos.

Ela avançou rapidamente pela longa sala, ignorando os olhares desconfiados, lascivos e tristonhos dos homens e os olhares cautelosos das mulheres que como ela se dirigia a uma mesa pequena e vazia em um canto.

Ela não gostava de tantas pessoas a olhando.

O ar estava denso com suas emoções, o perigo rodeando muitos deles. Aumentou a energia nervosa que assolava o seu interior agora.

—Você precisa se concentrar em si mesma. Caso contrário, um espião PSI vai pegar você imediatamente.

A voz mental de Torren era um frio comando.

—Onde diabos você está?

Ela teve o cuidado de manter a cabeça abaixada, sua expressão clara conforme ele estabelecia a ligação que havia sido rompida há mais de uma semana. Ela foi cuidadosa ao abaixar a cabeça, seu gesto claro como se a ligação não tivesse rompido há mais de uma semana.

—Eu não estou realmente certo se posso dizer a você.

Existia um traço de diversão ali e ela sabia que deveria se preocupar, mas estava muito cansada para investigar.

—Isso não está me ajudando em nada, Torren.

Disse a ele raivosa.

Ela estava sozinha neste momento.

Ela estava bastante confiante de suas habilidades para sobreviver, mas ela perdeu a Torren. Perdeu seu suporte, o toque e o conhecimento de que havia alguém para se apoiar.

—Estou mandando alguém para ajudá-la, Carmella.

Sua informação a fez se deter prendendo a sua respiração em surpresa.

—Ele estará aí em breve. Eu quero que o esteja esperando, quando ele entrar em contato.

Havia algo persistente em seus pensamentos que ela não conseguia detectar.

Quase como se ele não confiasse em quem estava enviando.

—Ah, eu confio nele bem o bastante.

Existia um pouco de diversão realmente em sua voz, passou pelo seu pensamento.

—E supostamente ele pode me ajudar? Como?

Perguntou com irritação que cresceu se espalhando através de seu corpo.

Droga, ela não gostava de esperar em torno de como esse iria ajudá-la.

—Pare, o seu maldito poder!

O comando beirava a raiva.

—Maldição, Carmella, você está perdendo o controle. Puxe o agora.

Ela apertou o queixo, fazendo exatamente isso.

Mas foi um duro danado.

Seu nível de frustração foi se tornando perigosamente volátil.

—Você precisa descansar. Está a salvo agora—. Ele garantiu - Vá jantar, em seguida vá para maldita cama e durma. Você está muito cansada e com dificuldades para manter contatos longos como este.

—E de quem é a culpa?

Ela rosnou silenciosa e furiosamente.

—Se tivesse mantido sua bunda comigo em vez de farejando um pote de mel civil eu não estaria aqui agora, estaria Torren?

Estava enfurecida.

Ele era seu amante, declarou amá-la, mas ele havia desaparecido depois de quase ser pego tentando chegar perto da filha do governador.

A tentadora e sensual loira tinha lançado o seu olhar mais de uma vez durante o discurso que o governador tinha dado aquele dia.

—Farejando algum pote de mel civil?

O pensamento de Torren era divertido.

-Eu nunca farejo apenas, Carmella. Você deve saber disso.

—Agora seja uma boa garota, pare de ser tão ciumenta e vá jantar e descansar. Você está me desgastando com toda essa frustração e cansaço acumulado em você. É cansativo. —

Carmella cerrou os dentes, mas absteve-se de rosnar quando a garçonete colocou uma caneca de cerveja a sua frente.

—Jantar?— A mulher de ar aborrecido espicaçou a raiva de Carmella.

Ela olhou para a tela do cardápio iluminada por cima do bar e suspirou.

Ele não tinha mudado em dias.

—Repolho, batata e frango cozido com legumes. — Inferno, ela pulou algumas refeições que tinha sido forçada a comer.

—Jantar,— suspirou, esfregando a testa.

Torren tinha razão, ela estava muito estressada e cansada para isso.

A garçonete assentiu, afastando-se rapidamente Carmella permitiu seu olhar vaguear pela sala em desinteresse até que a mulher voltou com a comida.

Ela comeu rapidamente, de forma eficiente.

Era energia, nada mais, estando tão cansada precisaria de energia apenas para puxar o rabo e subir as escadas para o quarto.

Ela empurrou o prato e pegou a caneca de cerveja esperando ao lado, em alerta sentiu o zumbido súbito.

Ela estava sendo vigiada.

Ela podia sentir os olhos sobre ela, alguém, não era astral, mas uma presença física desconcertante. O recinto estava escuro, especialmente nos cantos, mas encontrou o agressor com bastante facilidade.

Bom Deus, ele era perigoso. Carmella encontrou seu olhar por longos segundos, sua sobrancelha elevada zombeteira, com o olhar tocou seu peito chegando ao limite de seu confortável top preto, antes de encontrar o olhar dela mais uma vez.

Seus lábios mudaram com peculiar sarcasmo. Ele não era classicamente bonito.

Suas feições eram muito ásperas, selvagem, para tal descrição.

Seu ombro largo, o longo cabelo loiro foi puxado para trás e preso à nuca.

Como ela, estava vestido de preto com um casaco de couro brilhante que ia aos joelhos.

Seus olhos se estreitaram.

O homem era a embalagem mais do que razoável de músculos sob o casaco.

Ele tinha ombros largos.

Ela apostava que seu abdômen era plano, ondulado e forte, suas coxas seriam armas fortes e poderosas. Sua vagina se contraiu ante o pensamento. Com força.

Ele a olhou intenso o suficiente para tê-la, se ele quisesse.

Ela zombou de si mesma. Ela não tinha encontrado um homem que ainda não se perdesse no incêndio intenso de seu corpo.

E não continuasse manter a dor, no entanto.

E o homem a olhando acendeu uma chama em seu ventre que ameaçava queimar fora de controle. Ela podia sentir seu corpo crepitando com o desejo. Queimando com culpa.

Ela estava furiosa com Torren, não ainda para cobiçar outro homem.

Ela empurrou os dedos cansados através de seu cabelo vermelho – ouro curto, rompendo com o seu olhar rapidamente.

Inferno, ela estava tão malditamente cansada e sabia que não era de se jogar fora, não importa a quão bem ela pudesse começar, mesmo se ela estivesse tão inclinada. Carmella puxou o dinheiro de sua refeição do bolso de sua confortável calça, enquanto ela se levantava e fazia o caminho para o segundo andar da pousada.

O quarto tinha sido uma suíte de escritório de pequeno porte.

A entrada tinha um desgastado e envelhecido sofá e uma única cadeira, mas era de qualquer modo suficiente.

Era um banheiro que ela mais necessitava neste momento, no entanto a poeira e sujeira de um dia escondidos nas árvores e pelo chão áspero pouco tinha feito por a sua disposição esta noite.

Longos minutos depois, ela ficou sob o tépido, surpreendentemente fluxo de água fresca.

Esta não foi à água do rio que ela estava acostumada. Era limpa e cheirosa, com apenas um suave toque de cloro.

Evidentemente, a estação de água da cidade fez o trabalho antes do previsto.

Ela não esperava a água quente, mas estava levemente surpresa que mesmo a fria tivesse tirado o cansaço dela.

Ela encostou-se à parede áspera do chuveiro, deixando o fluxo morno sobre ela depois de lavar os cabelos e seu corpo rapidamente, apreciando o raro prazer de estar totalmente limpa.

O fluxo calmante da água diminuiu o cansaço dos seus músculos das costas e relaxou. Minutos depois, o fluxo racionado de água começou a diminuir, e Carmella fechou as torneiras com um suspiro de pesar antes de sair do chuveiro.

Com não mais que uma toalha grossa envolvida em torno de seu corpo, ela atravessou a sala e entrou em seu quarto.

Ela manteve sua consciência atenta de tal maneira que soube que estava sendo observada no momento em que pisou da sala.

Foi à mesma presença que a tinha seguido através das árvores mais cedo, muito parecida com a sensação do estranho que a olhara nos olhos, que tinha visto no bar. Quem diabos era ele e o que queria? Ela não tinha nenhuma dúvida, a presença era do sexo masculino.

Quem era se tornou a maior questão, no entanto. E porque ele a estava olhando?

 

Carmella soltou a toalha de seu corpo, deixando descuidadamente na cadeira ao lado da cama enquanto ela fingia ignorar a estranha presença.

Ela manteve cuidadosamente no lugar o escudo em torno de seu próprio poder, escondendo seu conhecimento do observador, bem como a força de seus talentos psíquicos.

—Garota má. — A censura divertida na voz de Torren sobre sua exibição a fez lutar contra um largo sorriso. —Você sempre foi um pouco exibicionista, não é bebê?— A excitação dele encheu a ligação.

Surpreendeu a sombria corrente que fluía através da conexão.

Não havia ciúme, como ela esperou só o calor, a aprovação. Excitação.

Nua, ela se virou na cama, deitada de costas sobre o colchão macio olhando o teto.

—Parece o sacana do bar mais cedo,— ela meditou, sabendo que Torren estava ouvindo atentamente. —Ele é poderoso, seja ele quem for.

Não houve resposta imediata, como se ele também estivesse considerando o visitante não convidado.

Por um segundo, enquanto o olhar dela havia cruzado com o do estranho, ela sentiu uma energia nele, um poço escondido de força que despertou sua curiosidade e muito mais.

—Ele fez você sentir tesão. — Torren acusou-a com um fino riso. —Seja honesta, Carmella, ele a fez ficar toda molhada?

Ela emitiu um silêncio agressivo.

—Você talvez não seja de alguma utilidade para mim ultimamente. Também andou ocupado perseguindo os encantos da loira.

—A loira pode até ter encantos, ou ser uma boa diversão. Mas eu não queria possuí-la, bebê. Eu só não estava desesperado.

Ela não gostou do seu tom de voz, ou a informação. Doeu, seu desejo por ele foi desaparecendo. Ela não esperava isso.

Mas, novamente, ela não esperava ser atingida tão rapidamente com seu próprio desejo por outro homem.

Ela apressadamente censurou seus pensamentos pelo homem que havia sido seu amante, não querendo que ele soubesse a parte profunda dos seus anseios. Anseios que ela nunca tinha compartilhado com ninguém.

Ela tinha chegado perto várias vezes.

Torren a tinha quase levado a revelar uma ou duas vezes, em sua fúria ela havia precisado reconsiderar.

Mas perto não contava, exceto no campo de batalha.

O estranho no bar havia sido poderoso.

Fisicamente, pelo menos, com um lampejo de conhecimento carnal brilhando nos olhos azuis que tinha visto do outro lado da sala.

Alto, forte, e se ele for por acaso psíquico, então, a força física poderia ser maior do que o normal.

O suficiente para mantê-la submissa.

O suficiente para empurrar dentro dela com uma força e poder que poderia finalmente levá-la a borda.

Talvez. Ela suspirou baixinho.

Ela nunca tinha ido à borda então ela não tinha ideia do que seria necessário para empurrá-la ali.

Com seus um metro e setenta e um, com um corpo esbelto delgado, ela apenas não parecia inspirar luxúria irracional nos homens.

Torren parecia querer protegê-la, em vez de possuí-la.

Não que os beijos suaves e gentis toques não eram agradáveis às vezes, mas suas fantasias sexuais pouco lembravam os toques que recebeu.

Seus lábios torceram.

Como ele ficaria surpreso de saber cobre fantasias sexuais que atormentavam o seu corpo. Elas eram obras primas, imagens carnais que vieram d e observar, áspero, descrições de sexo explícito dos atos que tinha ouvido falar dos homens ao longo de sua vida. Isso e as palavras das antigas novelas de outro tempo.

Ela tinha encontrado o esconderijo anos antes, os livros escondidos no porão de uma casa quase demolida.

Papéis velhos tão perto de cair aos pedaços que ela temia lê-los.

Mas uma vez que as palavras tinham pulado da primeira página, ela havia sido irremediavelmente pega.

Ela tinha estado tão fascinada, como ela estava agora com a emoção de estar sendo observada por uma presença tão forte que podia deslizar através das barreiras psíquicas que ela tinha colocado ao redor da sala.

Ela tinha um trabalho a fazer amanhã.

Onde quer que inferno Torren esteja escondido, tinha de encontrá-lo para que pudessem dar o fora de lá antes que ela fosse detectada pelos agentes PSI que certamente deviam estar procurando por ela.

De tal forma isso era amanhã.

Até então, ela podia brincar com o seu abelhudo psíquico espiando o homem só um pouquinho.

A onda de excitação ante o pensamento acelerou o sangue em suas veias.

—Veja. —, pensou ela, o pensamento do observador enquanto ela abriu os pensamentos para Torren mais uma vez.

Conhecendo seu amante ele a estava vendo mentalmente o que a excitou, a conduziu a beira de uma emoção excitando sua luxúria.

—Maldição. Este é um perigoso jogo que você está jogando menina. — A advertiu, mas seu pensamento estava cheio de um quente desejo.

—Aproveite.

Ela escondeu o sorriso de quem assistiu.

—Deixe-me apreciá-lo.

Ela fechou os olhos, trazendo-lhe à mente a imagem de uma das passagens mais eróticas que tinha relido não muito antes.

Seu corpo se aqueceu de luxúria, ela poderia estar dormida enquanto o observador se movia no quarto, mas não havia como dormir com o fogo de excitação que estava nas profundezas de sua feminilidade.

Ela daria algo ao bastardo para assistir, para saber e entregar-se a alívio de que precisava para ajudar seu descanso.

—Maldição, Carmella. — Torren praguejou sua voz foi mais de frustração do que choque ou desgosto pela imagem na mente dela.

Ela acomodou-se confortavelmente no travesseiro quase achatado, levantando as mãos para os já inchados seios.

Ela respirou fundo conforme os dedos alisaram os bicos dilatados.

Calor queimando através de seu corpo, perfurando seu ventre com o toque.

Ela podia sentir sua vagina encharcando os cachos avermelhados entre as coxas dela conforme ela construía a imagem da cena escrita em sua mente.

O polegar e o indicador apertaram o mamilo túrgido, e ela não conseguia conter um gemido quando o beliscou levemente. Então, mais fortemente.

Ah, isso foi bom.

Prazer cantou em sua corrente sanguínea, percorrendo todo seu corpo.

No olho da sua mente era o estranho tocando - a.

Segurando sua cativa contra uma parede, o seu corpo poderoso bloqueando o dela, segurando-a com ela lutando para escapar dele. Ela teria de lutar contra ele.

Lutar para vencer.

Ela não queria um homem que sabia que poderia ser melhor, ela queria um forte o suficiente para levá-la para baixo e transar sem pensar, mesmo quando ela gritasse em fúria.

—Possua-me. — Torren estava feroz, o pensamento lascivo só fez a sua vagina ficar mais quente.

Ele estava vendo a imagem criada por ela, imagens que ela havia escondido antes.

Torren tinha estado desconfortável durante os poucos meses que tinha sido seu amante, quando vislumbrou os tumultos e necessidades que atormentavam o seu corpo.

Ele era um alfa psíquico forte, mas não tinha desejo se fazer valer do lado mais sombrio de suas paixões. Pelo menos, não com ela.

Ela tinha sensações estranhas e assisti-la mais cedo não teria problema.

Ela mordeu os lábios, arqueando as costas seu gemido de necessidade ela torceu o ponto rígido do seu mamilo.

Sua outra mão sobre a superfície plana de seu estômago alisava suave até que meteu entre as coxas.

Ela estava molhada, tão lisa e macia seus sucos no emaranhado de cachos, protegendo a sua vagina.

Podia sentir Torren, ainda ligado a ela, olhando-a, o seu próprio prazer escaldante entre eles agora de maneira que só tinha ameaçado antes.

Mas foi o estranho que viu. Suas mãos tocando-a, atormentando-a.

Imaginou-o segurando-a facilmente, enquanto lutava contra ele, seu corpo rígido pressionando-a contra a parede, torcendo os dedos na carne macia de seu mamilo e com os dedos da outra mão tomou posse de sua vagina.

Ela arqueou ao toque, mas ele seguiu os dedos deslizando facilmente através da fenda encharcada e apertada abaixo.

Ele não permitiria que sua satisfação viesse facilmente. Ela não se submeteria a ele sem primeiro testá-lo, chegando ao próprio limite do controle dele.

E lá estava seu maior desejo e seu maior medo.

Ele teria que tomar o controle, com a perda de seu próprio.

Ela não queria um homem capaz de manter seu próprio poder, seus próprios desejos, enquanto ela perdia o dela.

Ela queria que ele a dominasse porque não tinha escolha.

Porque o seu desejo por ele seria maior do que a sua necessidade de controlar sua própria força, física ou psíquica.

Havia poucos psíquicos vivos com honra, ela exigia que permitisse uma vida de controle a desaparecer na luxúria sozinha.

Mas ela poderia sonhar.

E imaginar que ela fez.

 

Ryder permitiu que seu corpo astral se aproximasse da cama, pela primeira vez em sua vida, aflito com tal luxúria, tal desejo irresistível, que podia sentir, mesmo agora, separado de seu corpo físico.

Sua forma psíquica sentia cada parte, tão aquecida como teria sido se estivesse fisicamente de pé perto da cama olhando para ela.

Ela era uma mulher pequena e atraente

Sua pele era suave e cremosa, sem manchas de qualquer doença ou enfermidade. Seus seios estavam cheios, o seu abdômen plano, mas de nenhuma maneira desnutrido.

Suas pernas eram fortes e arredondadas, e, lentamente, foram se abrindo para acomodar a mão delgada que acariciava sua vagina molhada.

Não era a primeira vez que ele tinha visto uma mulher se masturbar, sem saber que ele estava no quarto, mas ninguém poderia culpá-lo se era mais excitante.

O que fazia Carmella para tentar todo o seu controle? Provocá-lo de várias maneiras surpreendia a Ryder.

Como um alfa psíquico, havia uma parte dele que a escuridão tinha escondido a maior parte de sua vida. Foi uma das principais razões para o controle que tinha construído ao longo de sua vida.

Essa escuridão que o fez desconfiar, e os desejos que produzia muitas vezes o faziam admirar seu próprio senso de honra. Até agora, nenhuma mulher nunca tinha forçado essa honra ou o controle que ele apreciava tanto.

Ele estava quase tentado a regressar ao seu corpo físico e esperar até a manhã para contatá-la. Isso teria sido o mais sensato.

Mas a luxúria nunca o deixou sensato, e Ryder se encheu de agitação, emoção tola de maneira que ele nunca tinha sentido com outra mulher.

Ela se abriu antes para ele, madura e vermelha, a respiração difícil e profunda como a ponta dura, avermelhada do mamilo, enquanto os dedos acariciavam lentamente através da fenda inchada de sua vagina.

Ela foi assim introduzindo o molhado dedo no vermelho cacho de ouro da sua vagina que brilhava com a umidade saturada deles.

—Torren, filho da puta, ela está me matando. — Apenas com a ajuda do escudo mental de Torren foi capaz de esconder a sua identidade dela.

Ele não tinha dúvidas de que ela sabia que ele estava lá. A mulher era um maldito banquete de prazer carnal.

Seus seios se encaixariam perfeitamente em suas mãos, e ele era um maldito se não quisesse torcer aquele perfeito, mamilo duro.

Ele não iria permitir que ela abafasse seus gemidos, no entanto. Queria ouvi-la gritando com a dor e prazer erótico que ele poderia dar-lhe. Seus olhos estavam fechados, os dentes apertados sobre o lábio inferior como se contivesse seus gritos. Ryder sabia bem não havia nada como uma mente impenetrável.

O que ela estava pensando? O que ela estava imaginando? A necessidade de saber o estava o deixando insano.

—Cubra-me. Estou indo, — ele ordenou a Torren, incapaz de suportar o pensamento de que qualquer outro homem estivesse experimentando a fantasia que tinha imaginado e que só ele foi deixado sozinho apenas para observar os resultados.

Ele queria ver as imagens necessárias para saber a chave para as paixões de Carmella.

Para fazer isso, ele teria de deslizar o passado físico e entrar em sua mente incrivelmente complicada.

—Maldição, a força dela é mais do que nós podemos controlar, Ryder. — O pensamento de Torren era um lamaçal de luxúria, paixão e antecipação.

Ele sentiu a força adicionada de Torren conforme ele se aproximou.

Entrando na sua mente sem ser detectado não seria tão fácil como entrar quando tinha sido em sua sala.

Seus bloqueios eram fortes, sua mente seria ainda mais forte.

Mas sempre havia uma brecha, um ponto fraco. Ryder sabia bem que não havia nada como uma mente impenetrável.

 

—Deus o ajude. — Ryder enviou a oração em silêncio depois de encontrar o ponto fraco nas defesas de Carmella deslizando-se nas sombras de seus devaneios.

Seria a morte dele e a dela, se não fosse cuidadoso. Porque quando a agarrasse ele iria possuí-la até que matasse ambos.

Ela o estava imaginando. Foi à coisa mais incrível, se ver segurando-a contra a parede, as suas mãos ásperas, seus quadris pressionados contra aquela bunda bonita mantendo-a no lugar.

E ela lutou com unhas e dentes.

Lutando com a imagem dela conforme Torren vacilava em torno deles.

—Diga não—. Ryder sombrio ordenava. —Quando você disser não, eu concordarei em deixá-la.

Ryder questionou se realmente a tivesse nas mãos, ele poderia deixá-la ir se ela realmente dissesse que não.

—Vá para o inferno. — Sua maldição ecoou nos confins do sonho que tinha construído dentro de sua mente.

—Resposta errada. — O sonho de Ryder sarcástico.

Sua mão passou por entre as coxas dela para dar uma tapa pungente bem na curva arredondada de suas nádegas.

Ryder a observou sobressaltar-se, e a ouviu gritar.

Filho da mãe. Era seu sonho e não podia ter atingido as suas próprias fantasias.

Ele viu como ela lutou, recuando, sacudindo a cabeça enquanto tentava bater em seu sonho na cara do seu amante.

A visão masculina apenas riu, em seguida de novo um segundo antes de seus dedos sondarem a fenda do seu traseiro e deslizar para a área de sua vagina.

Ela estava molhada.

Ryder sabia que ela estava ensopada sem vê-la.

O sonho de Ryder cantarolou sua apreciação tanto quanto descobriu a mulher quente em seus braços. Ele afastou as pernas, então, suas coxas poderosas flexionando. Ela gritou de indignação, amaldiçoando-o com seu corpo, seu pênis se alinhando entre as coxas. Ryder teve um segundo vislumbre de penetração em sua vagina.

Ele ficou atrás, vendo como o par transava furiosamente.

O sonho de Ryder foi pressionado para manter o seu membro dentro dela tanto quanto ela lutou contra ele, mas de alguma maneira ele conseguiu.

Ela se debateu e contorceu-se, em seguida, choramingou conforme veio.

O orgasmo era leve, seu corpo pulsando por mais. Atrás dela o amante rígido, dirigindo a ereção dentro dela uma última vez que ele, obviamente, sentiu-se bem.

Ela estava longe de satisfeita, apesar de seu orgasmo.

Ela precisava de mais, ainda parecia muito cansada, também frustrada de conduzi-la ao auge mais uma vez. Ele se escondeu nas sombras de sua mente, sentiu o esgotamento completo sobre ela. Dormiria em breve.

Ele tinha deslizado em sua mente, enquanto ela estava ocupada com suas próprias necessidades, mas o seu subconsciente seria usado para ele agora.

Sua mente escurecida, imagens, memórias, cintilando sobre as brumas que começaram a encher seu subconsciente.

Ele ficou para trás, esperando, sabendo que quando o sono tomasse conta sua outra parte iria despertar.

Foi esta parte dela que ansiava ver.

Um pouco da fantasia que tinha vislumbrado o intrigou, dando-lhe mais uma pista da sexualidade de Carmella.

Ele não esperava o que veio para ele. Mas ele precisava de mais.

Ele viu as páginas de um livro, em seguida, as imagens saltando para a vida na tapeçaria de seu subconsciente.

Ele ficou surpreso e excitado pelas torcidas figuras que começaram a encher sua mente.

Em cada uma, a fêmea estava em posição de submissão, dois machos, fora de controle e consumidos com a luxúria, enchendo-a.

Ele estava explodindo com o seu próprio prazer, Ryder pensou excitado.

As imagens femininas eram Carmella, os machos eram formas nebulosas sua e de Torren.

E eles estavam prontos para forçar sua submissão.

Ela estava faminta por sexo, totalmente carnal.

Para submeter, para tomar. Não ser estuprada, mas forçada a abandonar seu próprio controle para um homem ou homens-fortes o suficiente para submetê-la.

Alguém mais forte, mais poderoso que ela.

Ela lutou em cada sequência dos eventos. Lutou contra a força dos machos maiores apenas para finalmente aceitar os avanços ansiosos dos membros prontos para tomá-la.

Mas mesmo no meio da luxúria, viu algo mais.

Em cada um dos amantes que Carmella sonhou, embora fora de controle, nunca a machucariam.

As vozes eram ásperas, embora delicadas; dominadoras, mas não cruéis.

E depois possuindo qualquer parte do corpo dela as formas sombreadas penetraram, exaltando-a.

A apertada e pequena vagina, o calor do seu traseiro, o aperto de sua boca ou o afago de sua língua de cada imagem, cada fantasia, era diferente.

E aqui estava a chave para a mulher. Ele recuou dela então, ciente de que estava à beira de seu próprio controle e se aproximando em direção ao mais vil ato psíquico do qual poderia participar.

Atraindo-a neste momento vulnerável de sua maior necessidade. E não podia.

Ele poderia tecer sua força astral em uma das formas sombreadas masculinas e dar a ela o que fantasiou.

Sem o seu consentimento. Sem a sua própria realização consciente de que era, de fato, o que ela queria.

Ele forçou a si mesmo através da pequena abertura em sua barreira que havia encontrado.

Ele consertou rapidamente, reforçou para mantê-la segura, em seguida, retornou ao seu próprio corpo.

Ryder suspirou profundamente, conforme desviava o olhar.

Ele olhou para o teto, contemplando as suas opções.

Gostava de se considerar o tipo prático em muitos aspectos.

Ele trabalhou para o novo governo, porque ele sabia que a leis que estão sendo postas em prática foram para a proteção de todos, videntes como não videntes.

Leis que estabeleceriam como inquebráveis para a proteção de todos. Leis que, se estivessem em vigor hoje, assegurariam a sua punição imediata.

—Ela não vai ser fácil. — Ele disse a Torren, espantado com a sensação de suavidade, que de repente estava sentindo em relação a ela.

—Ela sabia que eu estava lá quando ela cometeu o deslize há pouco.

—Ela é forte. E está perdendo suas defesas.

O tom de voz de Torren era preocupado.

—Ela está muito cansada. Você pode protegê-la até ela acordar?— Isso poderia ser uma complicação.

Se ela estava tão cansada, seus poderes seriam facilmente detectados pela PSI procurando emanações de força psíquica, que não foram contidos pelas autoridades criadas para médiuns civis, ou o exclusivo sinal testado por um membro da PSI.

—Como sempre.

As emoções suaves da garota encheram o pensamento de Torren.

Ele estava preocupado, excitado, ansioso.

Mas sua proteção era mais importante.

Como sempre foi mesmo antes dela entrar na vida de Torren.

Ryder balançou a cabeça, conforme lembrou seu primeiro contato com Torren exatamente antes de receber o arquivo de Carmella do diretor da PSI.

O futuro que ele tinha predito fez pouco sentido, até que ele recebeu o arquivo e viu a mulher que tinham ocupado suas fantasias há anos.

A mesma mulher que a PSI estava agora considerando medidas extremas diante de sua ligação com o passado.

As Marcas eram médiuns elementares.

A criação desse talento particular psíquico tinha sido artificial.

Tyre tinha sido extremamente hábil em poderes elementares, como era sua esposa, Tyrea. Eles tinham sido mais poderosos e tinham facilmente tomado posições de liderança.

Desde então, todos os elementares avançados descobertos tinham sido procurados para rastrear a Tyre.

O homem tinha engravidado mais mulheres do que os registros no momento poderiam acompanhar.

Mas sua companheira tinha sido Leila, a Tyrea.

Se fosse assim, então sua vida estava por um fio se descobrissem.

Onde a criança tinha ido não era conhecido até depois de sua morte.

Mas foi relatado que ela também tinha dado à luz.

Essa linhagem direta dos dois mais poderosos psíquicos era suspeita por correr nas veias de Carmella.

O nascimento de sua filha tinha sido descoberto, e os esforços feitos para escondê-la conforme a guerra tinha começado a virar a maré em favor daqueles que lutam para destruir o impiedoso psíquico que havia tomado o poder.

 

Na noite seguinte, o desconhecido voltou.

Carmella observou como ele entrou na hospedaria, capturando o olhar dela imediatamente conforme parou no bar mais uma vez.

—Quem é ele?— Ela sabia que Torren estava em sua mente, observando-a, mantendo o controle de seus movimentos, mas ele ainda não tinha revelado a sua localização.

Ela não tinha sequer se dado ao trabalho de retornar à prisão.

Ela sabia que não iria encontrá-lo lá. Qualquer jogo que ele estivesse jogando teria de ser suportado até que estivesse satisfeito.

Ela havia aprendido ao longo do tempo. E não significava que tinha que gostar.

O dia tinha sido um fiasco, Carmella pensou, sentou com as costas da cadeira apoiados contra a parede.

Ela correu a cidade, perguntando onde Torren estava, e não tendo nada mais que as conversas que ele manteve em sua cabeça para passar.

Mas ela nunca sentiu intensidade na ligação mental.

Estava começando a pensar que ele não estava nem perto da cidade.

Ela passou os olhos pensativos no estranho, que não fez nenhum esforço para esconder seu interesse por ela.

Ela terminou sua dose de uísque que tinha pedido após sua refeição, recusando-se a redirecionar seu olhar.

Seus sonhos na noite anterior tinham sido ocupados com ele.

Completo, vívido, cheio de luxúria sonhos que a deixaram dolorida, sua vagina molhada, os seios sensíveis.

Ela nunca teve tal reação a um homem.

Nunca tinha sido tão certo que achou que poderia conter a fúria crescente da necessidade que às vezes crescia dentro dela, atormentando seu corpo e sua mente antes que ela encontrasse uma maneira de empurrá-lo de volta.

Várias vezes ao longo do dia ela tinha sido forçada a conter o desejo primordial.

Cresceu nela, como uma sombra de fúria que ameaçava com uma raiva fora de controle.

Ela rolou a pequena foto de vidro em sua extremidade, o dedo segurando levemente, o seu olhar se voltou para os cabelos loiros, olhos azuis tentadores que perseguiram seus sonhos, e agora suas noites.

Por que ele estava apenas observando-a? Se ele fosse amigo deTorren, por que ele não tinha feito contato ainda?

—Estou certo de que ele vai informá-la eventualmente.

Com divertimento sussurrou através de sua mente

—Será ele o que você teria contratado.

Ela sabia que Torren poderia detectar facilmente a sua raiva.

Ela se ofendeu quando esse se recusou a dizer onde estava, ainda que acreditasse o contrário.

—E se eu não souber onde estou?— Ele perguntou sua voz de seda, quase... Enganosa.

E não disse se ele sabia do sujeito ou não.

—Eu não sei até ele te dar informação que lhe dei.

Ela suspirou cansada.

—Por que estou tendo a sensação de que está armando para mim, Torren?—

Ela não podia ignorá-lo por mais tempo.

Ele não estava onde deveria estar.

Sua telepatia não foi cortada.

Se a PSI o tivesse, ele não teria uma chance de ligar com ela mentalmente.

O que significava que a PSI não o tinha.

Mas nem estava ajudando a encontrá-lo. Seu nível de frustração, alto para começar, crescendo diariamente.

—Eu já te machuquei, Carmella?

Não podia ignorar o carinho que ele sentia por ela. A verdade de sua lealdade para com ela. Estava tudo lá. Assim como sempre tinha sido.

—Não.

Ela empurrou os dedos inquietos através de seus cabelos, olhando atrás para o estranho.

—Não vou começar agora.

Torren não iria, mas e sobre o estranho?

Ela tinha que fazer algo em breve.

Ela estava ficando muito frustrada, muito perto de perder seu controle.

E esse homem desconhecido não estava ajudando.

Ele a deixou em brasa. Condenavelmente quente em todas as formas erradas.

Carmela suspirou cansada. Seu temperamento irritável estava vindo à tona.

Desde o primeiro vislumbre daquele homem na noite anterior, ela havia sido atormentada com imagens dele sobre ela, atraindo-a, seu membro duro entrando repetidamente em sua feminilidade. Os músculos da sua vagina apertaram conforme ela lutava para deixar de lado esses pensamentos.

Seus lábios curvaram de humor perverso, a sobrancelha loira escura arqueando levemente interrogativa conforme o seu olhar ficou no dela.

Diabos, ele parecia muito sexy, muito masculino.

E perfeito. Filho da mãe se o homem não aparentava perfeição.

Existiam poucos no bar que poderiam reivindicar essa distinção, comparado a ela mesma.

O desconhecido estava vestido totalmente de preto.

Botas pretas, jeans, camiseta e casaco de couro.

Ele parecia tão resistente como couro e demasiado atraente para seu próprio bem. As roupas escuras pareciam apenas acentuar ainda mais a seus cabelos loiros quase brancos e olhos azuis pecaminosos.

Sua pele escura, a peculiaridade sarcástica dos seus lábios, a barba bem aparada loura escura e bigode todos combinados para fazê-lo aparentar um pirata. Um invasor. Um macho sexy e indomável.

Ela manteve seu olhar fixo no dele, conforme ela se levantou da cadeira e começou a deslizar a caminho do bar, ignorando o ritmo aquecido da sua pulsação, que parecia fazer eco nas profundezas de sua feminilidade.

Quem era esse homem? Por que o estranho a afetou como nenhum outro jamais fez?

Ela atravessou a sala lotada, ignorando os convites murmurados de vários homens por onde passou, mantendo o seu olhar sobre o estranho até que ela deslizou entre ele e o banco do bar ao seu lado.

Nem se mexeu. Seus seios foram pressionados firmemente contra seu peito enquanto olhava para ela meditando, o calor correu pelo seu corpo como chicotadas, seus mamilos estavam pressionados contra a extensão frontal do seu casaco de couro.

—Garçom, whisky, — ela ordenou lutando para parecer elegante.

Conforme o garçom parou para anotar seu pedido sentiu uma Mão enorme em seu quadril.

Era firme, não muito, grudando na curva do seu corpo com um afago aquecido. Ela levantou os olhos para ele.

—Quem diabos é você?— Ela sibilou baixo o suficiente para que só ele ouvisse as palavras dela.

Ela sentiu a saliência intrigante ir de encontro ao seu joelho quando os lábios sensuais curvaram em um zombeteiro sorriso, os olhos brilhando com sensual propósito.

De cabeça baixa, movendo-se ao lado dela, os lábios murmurando contra o lóbulo de sua orelha sensível conforme ele sussurrava: - Sua maior fantasia erótica. —

Sua voz era misteriosa, profunda, uma lima sensual sobre seus sentidos que mandou uma palpitação ao clitóris latejante, o coração martelando.

—Você vai dizer não?—

Os olhos Carmella arregalaram conforme a memória de sua fantasia na noite anterior surgiu na sua mente.

—Diga não e eu a deixarei ir. — Essa era sua fantasia. Era?

Ele se moveu de costas lentamente, sua expressão erótica intensa, seus lábios se separaram apenas o suficiente para fazer a sensual curva masculina tentadora, ela mal podia negar em seu quadril, dedos flexionados acariciaram a ponta dos dedos avançando sob a bainha da blusa confortável, depois no cós da calça dela.

Ela se encolheu ante a simples carícia conforme a ponta dos dedos alisou sua carne nua. Calejados. Quentes. Criando uma zona erógena onde não deveria existir.

Psíquico. Ela sabia que ele era, mas ela não conseguia sentir nenhuma emanação do poder de qualquer modo. Carmella tinha uma consciência sensível para essas ondas psíquicas, ainda que nada pudesse detectar.

—Eu vou fazer melhor que isso —, ele sussurrou em seu ouvido, lambendo os lábios, permitindo que a ponta da língua insinuasse na linha forte de sua orelha.

—Se você quiser garotão, você tem que tomar. Pensa que pode?— Antes que ele pudesse responder, ela pegou seu copo, jogou fora a bebida e afastou-se dele.

Ela relanceou os olhos para ele que a observava de cabeça baixa, seu olhar pensativo. O olhar enviou uma onda de elétrica de pura excitação através de seu corpo e uma imagem repentina e imperiosa dele fazendo exatamente como ela tinha ousado fazer.

—Oh, Garota má. — Torren estava rindo enquanto ela girou no aposento. —Um desafio como esse seria difícil para um homem recusar. Você só lhe deu permissão para tomá-la, Carmella.

Só se ele for homem o suficiente. Ela ainda não tinha encontrado um homem que poderia dominá-la. Psíquico ou não.

Torren estava quieto por muito tempo, mesmo tendo momentos intensos.

—Você força mais do que negocia. — Seu pensamento estava pesado com aviso, tinha um pequeno e emocionante traço de luxúria que ela sempre sentia que ele mantinha cuidadosamente escondido.

—Você teve sua chance. — Ela escancarou a porta para a pequena suíte de quartos. —Você queria qualquer, querido, em vez disso.

A porta bateu na parede interna, em seguida, balançou para frente novamente.

Carmella bateu e fechou antes de cerrar os punhos e lutar pelo controle.

Ela podia sentir a raiva, o estrangulado desejo e construção de frustração se formando dentro dela.

Ela precisava de uma boa luta, mas não havia ninguém disponível.

Não, ela precisava de um boa luta e fazer amor intensamente.

Ela estremeceu com o pensamento, os músculos da sua feminilidade contraíram.

—Onde está você?— Ela grunhiu conforme ela espreitava a janela suja da sala, olhando para a rua escura com um sentimento de raiva impotente. —Estou cansada desse jogo, Torren. — O som de sua própria voz era um conforto para ela, mesmo que ele não precisasse ouvi-la.

—Se apenas fosse um jogo, Carmella. — Sua tristeza a inundou completamente, franziu a sobrancelha conforme ela reconheceu isso. —Eu desejo que não seja mais que um jogo. Então você encontraria a paz—. Ela inclinou a cabeça contra a vidraça, ignorando a sua reflexão, bem como o pesar que estava abatendo seu coração. —Sim, — ela concordou em silêncio. —Se apenas fosse um jogo.

 

Bateram na porta principal da suíte, na manhã seguinte, logo após um rápido café da manhã de bacon e torradas comprados no andar de baixo do restaurante. Ela caminhou na ponta dos pés, enviando um prudente tentáculo mental para todos os sinais de agressão fora do painel de madeira. Ela sentiu Torren então, deslizando em sua mente, observando suas ações com cautela.

—Você pode me dizer quem é ele? — Ela perguntou, desconfiada. —Eu não sinto o perigo. Nenhum sinal de agressão. — Bateram na porta novamente.

Segurando a pistola blaster pesada amarrada a seu lado, ela se moveu lentamente para a porta. Levantou a longa arma do coldre, mantendo-a na altura dos ombros enquanto ela rapidamente virava a maçaneta da porta e atirava ao abrir. Ela se moveu para o lado do batente e apontou a arma para o mais impressionante tórax.

Ela respirou fundo quando olhou para o visitante sorrindo para ela.

—Que diabos você quer?— O antagonismo instantâneo foi seguido por uma pulsação selvagem e úmida entre as coxas. Sem esperar por um convite, ele colocou a mão na porta e empurrou passando por ela dentro do quarto.

O movimento agressivo e arrogante incitou a força do poder que acendeu dentro dela. Ela podia sentir seu estômago apertando, o calor queimando nas profundezas do seu ser. Ele levantou uma sobrancelha ironicamente conforme passou por ela. Ela rapidamente puxou do coldre a Blaster enquanto ela se moveu pela sala, batendo a porta atrás de si. A fúria subiu forte e rápida em suas veias e ela lutou contra a resposta esmagadora conforme o homem virou-se para encará-la. Seus sentidos estavam enlouquecendo, impressões caindo sobre ela, um emaranhado confuso de medo e conhecimento. E perigo. Ela podia sentir isso lambendo sobre sua carne como carícia de um amante.

—Isto é coisa sua. — ela acusou Torren furiosamente. —Eu sei que este é o seu dever. Você não pode se esconder seu filho da mãe. O que você está fazendo?

—Você não sabe de nada. Acalme-se, Carmella. Veja o que ele quer—. A silenciosa e exigente presença de Torren fez a confusão súbita correr abundante através dela.

       Seus olhos se estreitaram no estranho enquanto o seu olhar cintilava nos seios arfando sob o ajuste perfeito do top preto. Os mamilos enrijeceram, e seus sentidos romperam sob a luxúria em seus olhos quando a fitou de volta.

—Eu acho que o que eu quero seria óbvio, agora. — Seus olhos azuis faiscavam de riso enquanto a observava. Carmella rosnou. A arrogância fortaleceu cada linha de seu rosto e brilhou em seus olhos.

—Bem, vamos fingir que não é?— Sugeriu sarcasticamente.

—Quem diabos é você e o que você está fazendo me perseguindo?—

Ele cruzou os braços sobre a camisa preta que vestia, fazendo com que o material esticasse mais a montanha de músculos dos braços. Músculos fortes e abundantes. Ela se entregou a uma agitação mental, e sentiu Torren se divertindo. —Se este é seu amiguinho, Torren, e vou tostá-lo quando eu te encontrar. — ela prometeu silenciosamente. —Eu imagino que Torren esteja em contato com você até agora. — o estranho sugeriu suavemente. —Ele me enviou para buscá-la. Sou Ryder. — Carmella calou se. Ele não disse que Torren tinha enviado para ajudá-la a encontrá-lo, mas levá-la para ele.

—Torren? Será que ele sabe onde você está? — É possível. — Ela podia ouvir a voz mental sobre seus ombros. —Se for realmente Ryder, então tudo é possível.

—E como diabos eu vou saber—? Ela observou o outro homem com cuidado enquanto mentalmente pensava todas as maneiras que ela poderia matar Torren. Lentamente.

Ryder olhava zombeteiro enquanto ela lutava para obter respostas, seus endemoniados olhos azuis monitoravam cada curva do seu corpo até que ele voltou para a seu rosto. Quando ele viu o seu olhar, um sorriso, confiante sensual cruzou a sua expressão. Ela podia ver a superioridade masculina em seu olhar, a certeza absoluta de que ela faria como ele queria. A arrogância agressiva em sua atitude teve o poder de desencadear a força dentro dela. Ela podia sentir o aperto no estômago, o calor queimar nas profundezas de si mesma. Ele levantou uma sobrancelha ironicamente.

—Carmella. — O aviso de Torren chamou sua atenção para o outro homem. —Você está sangrando poder de novo. Controle isto—. Ela respirou fundo. Ela respirou profundamente. A quantidade de poder psíquico estático gerado poderia atrair todo e qualquer agente PSI dentro de um raio de dezesseis quilômetros consecutivos, se ela não tivesse o cuidado de se controlar.

—Meu escudo cobre você. — disse Ryder a ela com seus lábios singularmente cheios de diversão. —Vá em frente e fique furiosa. Eu tenho certeza de que posso lidar com isso.

Ele usava a arrogante superioridade tão facilmente como usava o jeans preto desbotado. Sua voz ressoou com ele, desencadeando faíscas dentro dela. Tentou convencer a si mesma que estava irada sozinha. Mas ela sabia melhor. E ela sabia que Torren seria assim.

Filho da mãe, ela não precisava de seu amante maltratando sua mente agora. Era estranho como o inferno cobiçar outro homem enquanto o homem com quem tinha feito amor mais de uma vez a observava. Mas era inquietante. Acrescentou uma ansiedade que não queria examinar profundamente.

—E como diabos eu vou ter a certeza de que você sabe mesmo?— Ela apoiou as mãos nos quadris, enquanto o observava com desconfiança.

—Porque eu apenas disse a ele. — Ele encolheu os ombros largos, os braços cruzados sobre o tórax, enquanto ela o observava, quase rindo dela.

—Ah, e eu estou apenas aceitando isto—, assegurou a ela, aumentando o escárnio em sua voz. —Eu não penso assim garotão. — Ele riu um som baixo, áspero que causou um pulsar caloroso em sua feminilidade.

—Torren disse que eu estava chegando Carmella. Ele está com você agora. A regra era simplesmente Ryder. Ou, então, trepar. Eu gostei da ultima ideia. —Não, você não gostou. — ela sussurrou em silêncio, furiosamente.

—Oh! Venha, Carmella, eu tenho certeza que houve um mal-entendido. — Mas ela ouviu o riso em sua voz.

Compreendeu que ele provavelmente tinha feito exatamente isso. Trepar com ela! Ela esperava que ele fosse rosnar veiculado através do canal mental. Riu dela! —Eu deveria deixá-lo enquanto você presta atenção, seu bastardo doente. — A onda de luxúria que sentiu deixou-a chocada. O pensamento o despertou quase tanto quanto ela.

—Eu não sei nada sobre você, e Torren nunca o mencionou para mim. — ela lhe garantiu suavemente a mão abaixada, a palma da mão na coronha da pistola. — Tente novamente. Obtenha o código certo desta vez.

—Você não tem um código com Torren, mas dormiu com ele.— Rosnou, um vislumbre brilhante possessivo e raivoso cintilava em seu olhar.

—Agora você vai dormir comigo—. Droga, ele fazia sons familiares. Carmella ignorou a diversão de Torren sobre o outro homem o que a acalmou. Ela não pertencia a ninguém a não ser a ela mesma e agora vinha esse homem agindo como se ele tivesse de alguma forma sua posse, ela alegou para o seu próprio bem. Alegando que ela não tinha dito. Ela não pensava assim.

—Torren não reconhece você. — ela informou-lhe suavemente. —E você não tem direitos sobre mim. Ponto.

—Sim, ele me reconheceu. — Seus olhos se estreitaram diante de sua expressão. —O fato é que ele se divertiu um pouco até agora, creio eu.

—Prove!— Desafiou. Seus sentidos queimando, a antecipação espalhando por seu corpo. Ela poderia forçar a luta que precisava tão malditamente, então ela poderia falar razoavelmente. Ela iria mostrar-lhe primeiro, no entanto, ela não seria ridicularizada. Ela não seria mandada. Não, a menos que ele pudesse fazer o que nenhum homem tinha feito antes.

—Eu posso te dar o que ele não poderia Carmella. — disse a ela baixinho. —Eu posso te controlar.

Seus olhos se arregalaram enquanto seu rosto empalidecia.

—Não sei do que está falando.

—Você não sabe?— Perguntou-lhe baixinho. —Eu acho que você sabe bebê. E eu acho que você está curiosa para saber se sou capaz.

       —Você espera que eu siga este desgraçado?— Ela bufou silenciosamente para Torren. —O que ele faz, compra sua arrogância por atacado?

A resposta de Torren foi divertida e não de muita ajuda. Carmella observou Ryder calar o pulso de excitação e agitação furiosa através de seu sistema.

A emoção nublava sua mente e, como ela precisava desesperadamente encontrar Torren, ela seria amaldiçoada se ela aceitasse seguir qualquer um. Infelizmente, Torren estava fazendo muito pouco para ajudá-la. Ele não estava nem concordando nem discordando de qualquer coisa.

Ryder estava dizendo. Sua diversão sussurrou através de sua mente, como se ele entrasse no confronto antes dele.

—E eu acho que você é um arrogante maldito. — ela rosnou. —Eu quero encontrar Torren, não trepar. — Ela forçou a mentira através de seus dentes, enquanto o olhava. —Você não está dizendo nada para me convencer de que você pode me ajudar com isso.

—Esse é o seu orgulho falando.— disse ele suavemente —Você já sabe que Torren me enviou. E acredite em mim, eu posso encontrá-lo. Mas não sem limites. Eu a protejo. Você me segue. É simples assim.

Nada era tão simples. Carmella podia sentir as correntes ocultas fluir a partir dele, o controle era tanto uma parte dele como o azul dos seus olhos, ou o branco brilhante de seus cabelos.

Ela respirou profundamente, lutando pela paciência no momento que olhou através do quarto para ele. Ele era muito forte. Igualmente dominador. Ela podia sentir seu corpo enrijecendo, o anseio de lutar aumentando dentro dela. Ele a fez querer coisas que sabia que nunca verdadeiramente existiam e isso a aterrorizou.

Ela passou os dedos inquietos através de seu cabelo enquanto lutou para pensar logicamente. Ok, Torren o tinha enviado...

—Eu não iria enviar alguém que não pudesse fazer o trabalho direito, Carmella. — Seu pensamento era forte, de repente. Vibrando. —Ele está dizendo todas as palavras certas, mas não sei ao certo. — Seu inesperado comportamento indiferente de repente a inquietou.      

—Então, como diabos eu vou saber?— Disparou em silêncio. Não houve resposta. —Estarei aqui olhando para você, não é uma dificuldade, mas nós não estamos ficando mais perto de Torren. — Ryder sorriu malicioso.

—Você está pronta ou não?— A sexualidade latente da pergunta teve nela um efeito instantâneo.

— Desculpe?— Ela podia sentir o poder pulsando, agindo. O sorriso malicioso nos lábios dele pouco fez para aliviar sua mente. Foi pura sexualidade, sem remorso ricamente sensual.      

—Eu estou pronto para sair agora. Pegue suas coisas e vamos embora. —

Ele esperava que ela apenas o seguisse? Para negligentemente aceitar que ele fosse confiável?

—Eu não penso assim. — Ela apoiou o corpo, olhando-o com cuidado.

—Não sigo ninguém, Ryder. Nem mesmo ao comando de Torren. Que não me deu sinal, a propósito. Não vai ser tão fácil assim. —

—Desafio?— Perguntou ela a Torren. Houve um silêncio longo e pensativo. —É a única maneira de saber com certeza. Eu sei como ele luta. Mas desafio que você possa apagar a noite passada mais do que está negociando. — Sua resposta sedutora surgiu da excitação do pensamento. Ela sorriu lentamente, observando o olhar de Ryder escurecer ao movimento.

—Torren é um bastardo esperto. — Ela deu de ombros negligentemente. —Mas eu não sou exatamente estúpida. Ainda não provou que pode me levar até você, não terá nenhuma lealdade de mim. — Ele era arrogante suficiente, Carmella concedeu. Se a arrogância e a superioridade se igualasse a força, então ele teria provar suas habilidades.

Mas eles não fizeram. Eles muitas vezes igualavam um ego muito grande há muito pouco poder.

Carmella sorriu na direção de Ryder.

Seu olhar velado, varrendo lentamente seu corpo enquanto ela estava de frente para ele. Manteve o corpo relaxado preparado para saltar. Ela não o deixaria surpreendê-la.

—Quem disse algo sobre querer a sua lealdade?— Ele murmurou e o azul dos seus olhos se intensificando. —Você pode não conseguir seguir minhas regras. Você está certa de que pode lidar com isso?— A conotação sexual a fez arquear a sobrancelha. Seus lábios se abrindo em desafio.

—Pensa que é homem suficiente?

—Ah, querida. — Ele sorriu então, e não havia como esconder o calor da luxúria que queimou em seu olhar. —Eu sei que sou.

 

Excesso de confiança tinha sido a queda de muitos homens quando se aproximaram dela, Carmella assegurou a si mesma. Ela tinha enfrentado mais que um, e somente Torren já havia ficado em pé de igualdade. E mesmo assim, Carmella sentia mais próxima a um empate do que uma perda real do seu ponto de vista.

Enquanto ela colocava a pistola e facas sortidas fora do caminho, seus olhos se estreitaram nele. Equilibrando-se cuidadosamente, permitiu que os escudos em torno dos seus poderes diminuíssem. Ela sentiu Torren atingindo todos os seus poderes independentemente da distância que os separava, o seu próprio poder protegendo a sala, cobrindo-os contra a detecção da PSI.

Imediatamente o quarto agitou, crepitando a energia do seu poder elementar começando a crescer dentro dela. Ela iria lutar com tudo o que tinha e ela iria mostrar a ele quem mandaria e quem se submeteria. Ela resmungou em silêncio, olhando-o com cuidado quando ele flexionou os músculos poderosos por baixo de sua camisa e a olhou com uma particular presunção nos lábios.

—Eu estou lhe dando uma chance, Carmella—. Disse ele suavemente. —Nós podemos fazer isso da forma mais fácil.

—Você pode me dizer a localização de Torren?— Ela exigiu quando descansou os braços ao longo do corpo, flexionando seus dedos conforme a energia se movimentava através deles.

Ele suspirou, balançando a cabeça ironicamente.

—Desculpa. — Ela encolheu os ombros, em contrapartida, permitindo que um sorriso curvasse seus lábios. —Então eu acho que nós vamos ter de lutar contra isso, não vamos?—

—Carmella, se eu tomá-la você se submeterá e eu farei amor com você. — Ele quase a chocou com suas palavras explícitas. —Não será agradável, nem fácil, e isso com certeza não será nem um pouco romântico. Vou entrar tão profundo dentro de você, quanto eu puder. E não vai parar por aí. —

Carmella ainda tentou conter a onda de luxúria que varreu seu ventre. Ela nunca tinha sido tomada, dominada, ou feito amor até gritar. Ela tinha fantasiado com ele. Tinha sonhado com ele. Mas nunca havia acontecido. Ela balançou a cabeça lentamente.

—Bem, ele está confiante de qualquer maneira—. O pensamento de Torren era muito divertido para se adequar ao seu.

—Cale a boca e me deixe concentrar. — Disse a ele distraidamente.

—Com uma ameaça como essa você perderá para o inferno. — Torren gracejou quando Carmella tentou movê-lo de sua mente.

—Promessas, promessas. — suspirou zombeteira quando o olhar dele cintilou na direção das contas frisadas de seus mamilos abaixo de seu top confortável. —Você esta fazendo pouco de mim, Ryder. — Ryder riu suavemente o seu olhar se voltou para ela.

—Tomá-la será um prazer, Carmella. —

Ela lambeu os lábios lentamente, sensualmente.

—Você vai falar até me matar, garotão, ou realmente se mexer?— Ele fez o seu movimento com uma velocidade que ela não esperava, saltando para ela em um esforço para cercá-la em seus braços. Ele foi rápido. Ela tinha de lhe dar crédito por isso. E, filho da mãe, ele era forte. Parado já enchia o quarto, lançando ao redor dela quando ela girou fora do alcance, abaixando-se e se torcendo para o lado quando ele a apertou. No último minuto, ela estendeu-lhe a perna em um chute que tinha como alvo entre as pernas dele. O Poder a preencheu.

Ele não tinha vindo para ela com um golpe psíquico, mas dependia da força física em vez disso. Conforme ela se sacudiu voltou para enfrentá-lo, ela enviou uma onda de estática em sua direção. Estalando no ar como um chicote invisível, o arco de energia que devia tê-lo golpeado no peito, jogando-o vários metros de distância. Em vez disso, desfez contra uma barreira invisível centímetros de seu corpo. Seus olhos se estreitaram. Alguém deu poder a Ryder para amplificação de seus próprios poderes.

—Isso, chame seu cão de guarda. — ela rosnou. —Brigue sozinho ou não vai lutar comigo de qualquer jeito?

—Eu disse estar jogando limpo Carmella?— Ele perguntou gentilmente enquanto se deslizava ao redor da sala. —Seus poderes são elementares. Fogo, se bem me lembro, com alguns talentos pouco usados por que você acha que eu ia baixar minha guarda?— Ela elevou os lábios em um sorriso de escárnio. Uma onda de raiva a dominou, mas o desejo martelou logo abaixo de sua pele.

—Você não está indefeso. — ela o acusou suavemente conforme forçou seu caminho para o centro da sala, observando-o cuidadosamente.

—Nem você, bebê. — Ele sorriu. —Anda Carmella, me queime. Eu a desafio. — Ela riu baixinho.

—Venha e me pegue Ryder. — Ela abriu os braços. —Se você puder.

Ela sentiu o ataque vindo. Um chicote no espaço vazio. E quase a aterrorizou. Ela caiu no chão, enviando uma onda de fogo na direção do ataque enquanto imediatamente saltava. Ela saltou, afastando e desarmando o choque a poucos centímetros de quando ela jogou uma rajada de mortais chamas na cabeça de Ryder.

Ela ouviu-o rir quando ela caiu no chão e rolou para se proteger antes de se agachar, e observá-lo cuidadosamente. O filho da mãe nem sequer foi chamuscado. Ele se levantou casualmente contra a parede, mais uma vez protegendo suas costas. Ela estreitou os olhos para a fraqueza implícita.

Ela pulou para o lado quando outro arco desarmando o poder que voou em sua direção. Chamas se encontraram, contornando sua força e extensão no momento em que ela rolou pelo chão e enviou uma bola de fogo ao mesmo tempo tão grande como a cabeça dele.

Ele saltou fora do caminho, mirando novamente.

—Você está ficando velho. — Ela escapou da chicotada de poder que efetivamente ainda a possuiria por horas. —Maldição, que merda de golpe. Imagina se você estivesse indiferente. Talvez eu vá domá-lo. — Ela arremessou uma lâmina de estática ao seu lado, forçando-o a se deslizar mais ainda na sala enquanto ela rolou para longe de outro feixe. —Droga, você não sabe fazer outra coisa? Isso está ficando chato.

Ela pulou do feixe seguinte, cronometrando o salto e sua posição. Arremessou uma parede de chamas, girou no ar e mirou um chute alto no corpo dele. Seu pé junto ao o ombro dele, jogando-o desequilibrado conforme ela enterrava seus pés e atacou.

Um chute rápido no estômago dele interrompeu o próximo golpe. O punho em seu olho começou o seguinte. Ela conseguiu controlar um grave golpe na região de seus rins, mas mesmo com as chamas se espalhando ao redor deles, ele capturou rapidamente.

Ela não pôde deixar de gritar quando uma ardente chama colidiu com sua cabeça. Não a mão, mas poder. Puro, natural, energia-psíquica que jogou a meio caminho entre a sala e a deixou sacudindo a cabeça para limpar sua mente quando ela saltou sobre os pés.

Chamas brotavam no quarto, um escudo em torno dela, com várias outras formas semelhantes de chamas queimando em diferentes áreas. Ela chutou e passou por ele, pegou somente o tornozelo dele e torceu.

Recuperando, Carmella sacudiu com a intenção de travar a mandíbula com o outro pé, mas só acertando a lateral do ombro conforme seu arco a atravessava como um punhal de dor.

—Bastardo. — ela rosnou quando a força do golpe chiou junto a seu pé. Outro golpe mais forte ela teria ido a baixo. Ele atacou em seguida. Sua perna girou para debaixo de seus pés e tocaram o chão, tirando com uma torcida no último momento, travando o corpo dela e suas mãos e lançando longe dele. Ao mesmo tempo, enviava uma carga de eletricidade estática que ela não esperava, deixando-a totalmente indefesa. Com uma guinada desviou do tiro surpresa e colocou os braços inesperadamente cercando - a. Chamas lamberam novamente seu corpo, então extinto no momento que ele riu.

Um grito sufocado escapou de sua garganta quando ela o sentiu absorver o poder que ela estava lançando, puxando-o para seu próprio corpo, ao invés de ser consumidos pelas ondas de fogo.

—Filho da mãe!— Sua maldição fez com que ele sorrisse em triunfo, ela agachou, segurando seu peso sobre o joelho, a outra perna esticada para o equilíbrio e força, os dedos tocando o chão enquanto ela instantaneamente avaliava um ponto de ataque.

       Ela se moveu quando ele se virou, dando a ela uma chance às suas costas largas. Vindo de seus pés em uma onda de energia, destinadas a ele enquanto ela antecipou o movimento e esperou que ele se virasse e se protegesse. Ela lutou contra o seu abraço, chutando, batendo a cabeça em seu ombro enquanto ele a levantava pelos pés, apertando os braços em torno dela conforme a mantinha presa ao seu lado.

Rindo vitorioso, abaixou a cabeça, passando os lábios pela orelha dela.

       —Acho que sou vencedor por suas regras. — - ele rosnou —Minhas regras são: eu tomarei você.

 

   A luxúria nua em sua voz incendiou sua feminilidade. Ela não pôde se defender. Não importa o quanto ela lutasse, ele nunca vacilou. Ela nunca esteve em toda a sua vida, tão efetivamente subjugada. O sentimento de impotência, de total submissão, não fez nada para diminuir sua fúria, a luxúria da briga tinha se intensificado muito mais. Fez piorar.

—Bastardo!— ela rosnou mal sendo capaz de pronunciar a palavra. Os lábios dela lutavam por respirar. Chamas se formando debaixo de sua pele, mas um segundo depois chiou quando os efeitos de uma explosão mental psíquica subitamente a paralisou. Seus músculos foram relaxando, apesar da sua fúria avassaladora.

   Maldito desarmador psíquico. Ela lutou contra os efeitos da explosão e do entorpecimento mental, ela decidiu que não cederia. Não tão fácil para esse maldito impostor.

     Ele sorriu para ela, enquanto a esperou se acalmar, um braço indo atrás de suas pernas enquanto ele embalava-a contra o peito. Ela não pôde conter o arrepio que corria por seu corpo, não tinha jeito de sair daqueles músculos de aço que ia contra o seu corpo. A força do desarme mental foi relaxando cada osso e músculo do seu corpo enquanto paralisava a capacidade de se mover ou usar suas capacidades psíquicas.

Desarmadores eram raros, mas incrivelmente poderosos.

     —Agora, Carmella. — Ele sorria para ela quando ele a deixou cair levemente em sua cama e começou a despir-se. —Você fez as regras querida, tenho a intenção de cumpri-las. —

     Ela podia sentir seus seios inchando, começou a lutar contra a paralisia, buscar com toda sua força para ter de volta os movimentos de seus membros, para que ela pudesse lutar e lutar, rasgar a roupa do corpo. A fúria do desejo foi crescendo dentro ela, de onde veio ela não estava certa. Mas ela queria testar esse homem, tentá-lo, torná-lo tão selvagem, na mesma medida que ele estava se tornando para ela.

   —Deus, você é linda!— Sua voz rouca a surpreendeu quando ele ajoelhou-se, afastando os joelhos, o corpo rígido composto por cadeias de músculos, o comprimento e a largura do seu pênis a fez arregalar os olhos em surpresa... Formigou um medo feminino.

   —Diga-me o quê... Eu irei fazer um acordo com você. Quando eu tirar suas calças, se você não estiver tão molhada, como eu estou duro, se não fizer você ficar totalmente molhada, então a deixarei. Caso contrário será minha, Carmella.      

   —Torren, — ela sussurrou o seu nome, dividido entre a emoção e a luxúria. Ela podia senti-lo olhando para ela, querendo ela. Ele estava excitado, sua excitação carnal alcançando-a com força surpreendente.

   Seu ventre pulsou e sua feminilidade inflamando em uma necessidade que a deixou sem fôlego. Ela podia sentir os seios latejando, com os mamilos se tornando mais exigentes, mais duros, antecipando o toque dele em seu corpo. Seu olhar cintilou à força de sua ereção e ela não conteve um gemido ante o pensamento dele se movendo dentro dela, estirando, possuindo. A base grossa era tão escura e robusta como o resto de seu corpo, como se ele fizesse muitos exercícios físicos. Altamente em forma que latejava eroticamente.

—Você está molhada, Carma?— Perguntou baixinho conforme suas mãos foram ao cós elástico de suas calças.

     —Aposto que você esta!— O que você acha?

Ela não conseguia respirar, foi o que pensou. Os nós dos dedos ásperos contra a carne do seu estômago quando ele começou a tirar suas calças. Ela estava indefesa. Incapaz de fugir contra o excruciante prazer de seu toque, ela só poderia ficar ali, sentindo arrepios de prazer sobre seu corpo excitado enquanto ele a despia.

   —Torren!— O grito mental foi desesperado.

   —Está tudo bem, bebê. Ele não vai machucar você. Respire!— Apesar da doçura em seu tom, Carmella sabia que ele estava olhando seus sentimentos, sabendo de cada palavra, cada toque. Ela deveria se envergonhar. A mortificação devia queimar sua alma. Em vez disso, seu corpo respondeu com a comum chama de calor que a abalou até sua essência.

   Ryder tornou olhá-la, com uma fome escura, conforme se fixou em sua vagina. Ela pensou que ele iria falar, mas ele respirou fundo em vez se mover para despi-la. As botas dela foram desamarradas e arremessadas de seus pés, juntamente com as meias grossas que ela usava debaixo delas. Ele puxou as calças rapidamente pelos tornozelos, em seguida moveu-se para a parte superior do corpo e se ocupou do top confortável sobre a cabeça e os braços, deixando-a se espalhar diante dele.

—Você está molhada. — Ele fez soar como uma acusação, mas sua voz era rouca com o seu próprio desejo quando alisou suas coxas e se moveu entre elas mais uma vez. Carmella ofegava agora. Ela podia sentir seus sucos fluindo através de sua feminilidade, quente e lisa, preparando-a para ele. Torren. Ela se sentia perdida, desesperada. O prazer escaldante sobre o corpo era apavorante para ela. Ela sentiu-o ali, dentro de sua mente, compartilhando o seu prazer de uma maneira que ele nunca fez antes. O fato abriu passagem em sua própria luxúria, feito uma navalha afiada.

—Eu poderia tê-la agora e você iria adorar. — Suas mãos alisaram a parte externa das coxas até a cintura. —É apertada, Carmella? Terei que forçar meu membro dentro de você ou vai penetrar facilmente?

Ela grunhiu em desespero. Ela desejou que ele fizesse isso. Ela não se preocuparia em como ele conseguiria, enquanto ele a penetrasse.

—Eu aposto que você está tão apertada como um punho, — ele sussurrou enquanto ele se inclinou mais perto, acariciando os lábios dela. —Eu aposto que eu tenho que trabalhar cada centímetro dentro de você.

 

Ah, sim. Ela estremeceu antecipando quando o viu de perto, lentamente, sentindo os efeitos do desarmamento que começava a retroceder. Se ele não se apressar e começar ela ia fazer isso por ele.

Uma mão moveu se acariciando movendo-se ao longo do seu corpo antes de acariciar seu seio lentamente. Seus longos dedos em concha nos montes inchados antes de seu polegar e indicador se mover para um aperto no mamilo entre eles. Levemente. Ah! Deus, ela não queria levemente. Carmella choramingou o sangue correndo rápido nas veias enquanto ela lutava para manter a sanidade.

—Como você gosta Carmella?— Ele lambeu seus lábios lentamente, o calor de sua língua, o prazer sensual a caricia úmida despertando seu lado insano. —Lento e fácil, ou intenso e rápido?— Seus dedos apertados em seu mamilo, puxando-o suavemente, percorrendo a carne como lanças afiadas de prazer levando até o ventre. Ela estava a um passo de perder o total controle do seu corpo quando ele a virou de bruços. Rindo. Maldito, ele estava rindo enquanto ela começava a lutar contra ele.

Carmella lutou, contorcendo-se sob o corpo duro, mais forte enquanto ela lutava contra ele. Ela estava impotente. O toque da sua pele, a própria natureza de seus poderes conservando suas costas, trancando dentro numa mistura de desejo gritando através de seu corpo.

—Diga não, maldita. — Ele mordiscava sua orelha com as pernas apertadas em suas coxas, segurando-a ainda porque ela se debatia contra ele. —Diga Carma. Agora. — Cutucou seu membro entre as coxas, deslizando no creme espesso que seu corpo produziu para facilitar seu caminho.

Ela lutou enquanto ele dobrou uma mão debaixo dela, levantando os quadris, mantendo-os ainda com o seu membro beijando a entrada de sua feminilidade.

—Faça. — ela quase gritou. O calor da luxúria a estava deixando insana. Tendo ela segura, apesar de seu empenho, decidindo tê-la, era quase mais do que ela poderia suportar.

   Ele riu, controlando-a facilmente quando sentiu a cabeça do membro na entrada de sua feminilidade apertada. Oh, Deus! Ele era tão grande, tão quente. Ela o empurrou firme prendendo sua respiração quando os músculos apertaram em torno da ponta do invasor.

Sua mão apertada nos cobertores debaixo dela conforme ela lutava para se apoiar contra o colchão com seus pés. Ela seria maldita se tornasse mais fácil para ele. Ela quase avançou por um segundo agonizante.

—Ah, isso não foi legal, Carma. — Sua voz era tensa. Um segundo depois, ele distribuiu beijos ardentes em seu traseiro.

   Carmella ficou quieta, choramingando pelo golpe, dominante forte. Uma chama de calor em sua nádega viajou diretamente até incendiar em sua feminilidade. Ela se aquietou ofegante, sentindo a umidade aliviar sua feminilidade quando a excitação explodiu em seu corpo. Ela nunca tinha conhecido algo tão malditamente quente. Ela nunca se sentiu tão impotente e tão feminina.

   Ele não estava tentando ter algo que ela não estivesse disposta a dar. Certamente, ele estava tomando. Ponto.

Sua mão pousou em seu traseiro indefeso novamente e ela só poderia virar para ele, gritando quando a umidade cobriu seu corpo e onda após onda de prazer e dor através de sua pele. Ele segurou-a com facilidade, dando lhe palmadas eróticas deixando-a louca quando sentiu o calor em sua carne. Bateu em seu arredondado traseiro de um lado e no outro, a mão dele bateu com vigor que a fez gritar de necessidade.

—Deus! Olhe você, tão linda! Seu doce traseiro ansioso e vermelho. — Sua voz era grossa, cheia com uma excitação masculina que fez sua feminilidade espumar.

—Faça. — ela choramingou, agitando, necessitando sentir o seu membro encher o espaço de sua feminilidade, invadindo-a, mais do que ela precisava de ar para respirar.

—Minhas regras. — ele sussurrou de novo, apesar de sua voz forçada, áspera com seus próprios desejos. Ele não estava impassível, o seu próprio controle foi ampliando seus limites, pensou delirantemente.

   —Deus, sinto você tão bem, Carmella. — Ele segurou os quadris enquanto a ponta de sua ereção abriu caminho dentro de sua quente feminilidade. Ela sentiu os músculos protestando, separando, pequenos dardos de dor sensual que devastavam seu corpo.

   —Levante-se. — Ele atraiu de volta os seus quadris com uma mão enquanto a outra agarrava seus cabelos.  

Ela queria gritar com o explícito domínio do movimento enquanto ele se moveu para a posição que ele procurava nela. Ela estava em suas mãos e de joelhos diante dele, a cabeça arqueada para trás, os olhos ampliados de surpresa com a excitação erótica do proibido. Ela podia sentir Torren agora.  

Fantasmagóricos dedos acariciando seus mamilos enquanto sua excitação queimava dentro dela.

Oh, Deus! Foi muito bom.

—Ele está te possuindo, Carmella, — ele sussurrou em silêncio, eroticamente. —Eu posso sentir cada sensação em seu corpo. Você gosta. Você ama como ele faz isso. Ser submissa. Não?— Carmella gemeu atordoada, confusa com as sensações imperiosas que se formavam dentro dela quando Torren fez mais do que informar do quanto ele gostou do voyeurismo psíquico.

Ao mesmo tempo, Ryder empurrou para as profundezas trêmulas da sua feminilidade, a extensão do seu membro queimando no prazer-dor da penetração. Ela estava tão molhada, tão escorregadia para ele, que podia ouvir os suaves sons da sua carne sugando-o, protestando contra qualquer recuo.

—Ryder. — Suas costas arqueadas quando pressão sobre os cabelos intensificou, puxando para trás. —O que diabos você está esperando?—

—Você!— Sua voz era um rugido curto áspero como os impulsos de seu membro se alojando mais profundo dentro dela.

Ela estava totalmente preenchida tão ao redor dele como um punho, a glória em cada golpe e um calor sensual se formando em seu corpo. Ela estava tremendo, choramingando, não para protestar contra qualquer coisa que ele iria querer dela.

—Você sente Torren, Carmella? Você pode sentir o quanto ele gosta de vê-la submissa? Ser obrigada a me desejar?— As palavras duras de Ryder foram seguidas por um impulso poderoso abrupto de seus quadris quando empurrou o membro enterrando nas profundezas de sua vagina.

—Sim. —, Ela soltou um grito, em êxtase. Era muito bom. Era demais.

Ela foi implacavelmente tomada. Gemeu fracamente, enquanto ouvia ambos os homens gritarem um segundo antes de Ryder perder o controle.

A mão esquerda no cabelo dela e as duas mãos dela em seus quadris, o membro dele começando o impulso firme dentro da sua feminilidade apertada. Ela gritou torturada, atormentada por um prazer que era mais do que ela poderia ter imaginado.

   Estava indefesa nas garras da luxúria de Ryder, e o prazer de Torren. Pela primeira vez na vida de Carmella um homem tinha conseguido o melhor dela. Sentiu-se pequena, indefesa, feminina e nesse calor, ela temia que ela fosse queimá-los todos no incêndio.

Os músculos da sua feminilidade apertando e empurrando na sua ereção, ciente do fato de que o ato deveria ter sido humilhante para ela mesma, considerando-se que seu amante estava experimentando cada sensação através de sua ligação psíquica.

—Sim. — Ryder sibilou atrás dela enquanto ela começou a se voltar para suas estocadas, exigindo mais. Sua mão bateu no seu traseiro novamente. E de novo. Perdida no prazer, na dominação forçada do ato, ela só podia gritar, empurrar para mais perto, exigindo mais.

—Deus, você é linda, Carmella. — Sua voz era áspera, quase débil. —E tão quente que está me queimando vivo. — Ela não se importou. Se as chamas de quem e do que ela era engolisse todos eles, ela não lamentaria. Pelo menos não, se as compulsões de fogo fossem criadas em seu ventre. Indulgente, exigente, o prazer construído dentro dela com uma intensidade que ela nunca poderia ter esperado. O membro em seu interior pulsava, inchado, assim como seu ventre começou a tremer com o choque de intensidade aquecida queimando através dela. Ela choramingou, perdendo-se e lutando para manter sua sanidade.

Quando a explosão veio sabia em um instante de cegueira que ela nunca mais seria a mesma. Seus olhos arregalaram quando ouviu Ryder encorajá-la na liberação. Ele entrou em erupção em seu ventre, então apertou e explodiu na feminilidade dela enquanto ela lutava para segurar as enormes chamas sob sua carne.

Tremores de êxtase a sacudiram, ameaçando a sua mente e o resto de controle quando ela serpenteou sob os golpes fortes dentro de sua vagina. Ela ouviu Ryder gritar, estava ciente do calor, rajadas quentes do seu sêmen dentro da sua feminilidade apertada.

   Ela gemia instintivamente e sabia que estava lânguida, flutuando, de maneira que ela nunca poderia ter imaginado conforme o prazer desintegrava todas as células do seu corpo. Carmella só podia tremer em reação quando sentiu Ryder a carregar com facilidade para a cama. Rígido, braços quentes acondicionados em torno dela, um peito largo aconchegante, ela com os olhos fechados em um esgotamento tão completo que não conseguia sequer pensar em lutar contra ele.

—Não me deixe. — Ela estremeceu ao sentir-lhe puxar o cobertor em cima dela.

   —Nunca. — Ela ouviu o sussurro, mas não tinha certeza se era real ou de sua imaginação.

   Mas os braços não a deixaram. Seu peito não se moveu, exceto para a ascensão e queda suave de sua respiração. O corpo duro a protegendo não se moveu. Ela conseguiu dormir. Pela primeira vez na sua vida, Carmella se sentiu segura.

Ryder sentiu o deslizar dela para a inconsciência enquanto estava deitada em seus braços esgotada, suave como seda. O cabelo dela fluiu sobre o braço, a cabeça descansada contra o peito. Ele respirou profundamente, cansado, drenado da libertação forçada que tinha experimentado dentro de sua apertada feminilidade.

Ele jamais conheceu prazer tão intenso? Nunca outra mulher tocou-lhe tão completamente, tão efetivamente, como esta o fez? Ele entendeu os avisos de Torren então. Ele o advertiu que Carmella dominava, dominando ela os seus poderes, não seriam fáceis, porque sua inocência, sua necessidades, iria afundá-lo tão completamente.

   Ela amava a emoção da luta. Até mesmo apreciava ficar desamparada em seus braços, sem conseguir escapar. Ela ardeu quando sentiu Torren experimentando o ato através de sua conexão. O prazer, o sabor do proibido, quase tinha roubado seu controle. Quase, mas não completamente. Ele ainda não tinha tomado essa última medida de força que possuía.

—Eu disse que não seria fácil—. O pensamento de Torren refletia seu próprio sentimento. —Você vai ter que ser mais duro com ela. — Ryder bufou. —Por que você me deu a merda do trabalho, Torren? Eu tenho que mijar fora dela para que você possa acalmá-la.

   Ele não se incomodava que essa mulher iria pertencer, eventualmente, aos dois. O que o incomodou era que ele seria o único a machucá-la.

—Ela vai te perdoar. Ela vai perdoar os dois no final. É a única maneira de provar que você pode dominá-la, Ryder. Ela tem de saber. Ela sabe que eu não posso fazer isso sozinho. Não teria me feito bem algum tentar. O trabalho sempre foi seu.

 

Carmella nunca tinha sentido constrangimento na —manhã seguinte— de um ataque repentino sobre seus nervos. Ela sempre estava geralmente fora da cama muito antes de qualquer pessoa que ousou partilhá-la, sempre no controle de si mesma. Nunca mostrou nenhuma fraqueza. Ela sempre foi ensinada que era sua principal regra desde seu início de vida.

   Quando ela acordou horas mais tarde, envolvida nos braços de Ryder, seu calor e força a envolvendo, as emoções subsequentes que se seguiram deixaram-na imóvel, em silêncio, lutou para dar sentido a eles.

As pernas de Ryder estavam emaranhadas com as dela, uma coxa empurrada com firmeza entre eles. Sua cabeça encostada no peito como um travesseiro, um braço dele sobre sua cintura. Fazia-a se sentir muito bem, muito confortável. Irremediavelmente enroscados.

   Torren estava em silêncio agora. Ela tinha ido dormir com os braços de Ryder envolvidos em torno dela e com a energia psíquica calmante de Torren sobre ela. O ménage incomum tinha deixado um desconforto no rosto, mudando sua relação com Torren. Entretanto a deixou sentindo como se estivesse se afogando e quando Ryder veio, ele ficou.

   Carmella não era uma tola. Ela não sabia nada sobre Ryder e ela não estava disposta a confiar a sua vida neste homem, apenas porque o sexo foi ótimo. E por que possuía um grande membro. Deus foi bom. Emocionante, dominante, tudo o que ela tinha fantasiado ao longo dos anos. Mas isso não significa que ela perdeu a cabeça. E maldição, Torren não estava fazendo isto mais fácil para nela.

   —Eu posso ouvi-la pensando. Você está indo há milhas por minuto. — A voz de Ryder, profunda e quente agitou seus sentidos. Era uma carícia, um golpe de saudade sobre as emoções que ela tinha lutado por tantos anos. As grandes e elegantes mãos passando sobre as costas agitaram mais do que seus sentidos. Ela podia sentir a excitação aumentando. Foi estranho, confuso. Ela não gostava de ser afetada tão facilmente.

   —Você pensa muito, não é?— Carmella virou-se para rolar de seu abraço, mas os braços apertaram em torno dela, ele puxou-a para ele, apoiando-se sobre um braço enquanto ele se inclinou para olhá-la.

   —Eu posso ouvir a estática. — sussurrou Ryder, baixando para os lábios dela. —Vamos ver se posso dar-lhe alguma outra coisa para se preocupar. — Seus olhos azuis brilhavam de excitação, resolutos, sensuais. Carmella sentiu a captura de seu pescoço com o roçar de sua macia barba bem aparada, acariciava seu rosto um segundo antes se mover e cobrir seus lábios com os dele.

Não era ruim, era um beijo dominante. Carmella estremeceu, apertou os dedos sobre os ombros com os seus lábios sussurrou ao longo dela. Acariciando, incentivando, pedindo permissão por isso, ao invés de tomar. A confusão a inundou quando ela olhou para Ryder. Ele a olhava com curiosidade, a expressão dele carinhosa, um lampejo de humor, de calor em seus olhos enquanto seus lábios contra os dela cutucaram, dividindo-os para lamber bem devagar. Seu coração disparou, emoções e confusão oprimiam seus sentidos, conforme ele a tocava tão suavemente.

—Você gosta Carmella. — Ele sussurrou contra os lábios, as carícias acenderam novamente seus nervos que não sabia existir. Seus lábios contra os dela a, barba áspera agradavelmente contra sua pele, um arrepio a fez lutar por respirar. Seu olhar estava fixo no dele, presos hipnotizados, pegos na armadilha do desejo que brilhava caloroso nos olhos dele.

   Carmella podia sentir o protesto se juntando na sua garganta e lutou de volta, enquanto a língua dele lambeu a linha dos lábios mais uma vez. Estava quente, seda aquecida e tentador desejo. Ela não podia negar a necessidade de apreciar o sabor por mais um tempo.

   Molhando a boca, o coração martelando, ela tocou a língua dele. Sua respiração aumentou em seu peito enquanto ele a acariciava, nunca deixando o olhar dela. As sensações através do corpo de Carmella com a força de uma onda, agitando-a. Seu ventre estremeceu, sua feminilidade doeu. E ele ainda acariciou, cutucou, provocou com aqueles perfeitos, sensuais lábios.

   Carmella lutou contra a necessidade de devorar o sabor daquela boca. O afago suave, delicado dos lábios foi bom demais para deixar ir. Ela havia conhecido apenas alguns beijos, e nunca um como este. Era como uma ambrosia para os sentidos.

   Ryder também foi afetado. Suas bochechas estavam coradas, seus olhos escurecidos, sua respiração irregular e pesada como as mãos fechadas, uma em seu cabelo, e outra contra a sua cintura.

   Ryder parou um lampejo de surpresa em seus olhos um segundo antes do calor substituir. Sua cabeça abaixada, os lábios dele abrigando os dela, e Carmella se encolheu de prazer.

—Mais. — Ela não podia resistir à tentação.

Ela estendeu a mão, enrolando-as nos longos fios de seus cabelos enquanto inclinava cabeça.

—Mais?— Ele lambeu os lábios dela enquanto a estreitava, mas não da maneira que ela precisava.

—Ryder. Por favor. — Ela arqueou quando a mão dele acariciou a coxa e de novo, sem beijá-la, no entanto, não estava satisfazendo a sua necessidade, a fome.

—Por favor, o quê?— Ele sussurrou contra os lábios, olhando-a nos olhos enquanto ela lutava para mantê-los abertos. Ela tentou se aproximar da tentação do beijo, mas ele se afastou, sempre apenas com uma respiração a partir do toque que ela precisava.

—Diga-me o que você quer Carmella. — O que ela queria? Ela não sabia. Ela queria a languidez doce que tinha arrastado através de seus sentidos a ternura que tinha dado a ela momentos atrás.

—O beijo. — ela respondeu faminta por mais. —Por favor, beije-me como antes. Suave. Do modo como fez. — Sussurrou com uma voz bem mole.

Ela não poderia lamentar agora. Ela não podia mais esmagar a irresistível e estranha necessidade que crescia dentro do peito como uma fera voraz, ofegando em desespero por mais.

       A dor doce viajou para os seios inchados, ela os sentiu ficarem duros com os mamilos inflamados. E descendo por sua carne, através de seu abdômen, descendo para atacar impiedosamente em seu quente clitóris, a sua feminilidade umedecendo por mais. Carmella se torceu contra ele, revelando a suave curva de seus lábios e língua, os olhos fecharam pesados, apanhados na teia da excitação que ele estava girando em torno dela.

—Maldição, você é doce. — Ryder interrompeu o beijo, encostando a testa dela contra o seu peito que subia e descia, difícil e rápido. —Eu poderia comer seus lábios feito doce, Carmella. Sim, bebê. — ele a acalmou, sua voz rouca, seu próprio controle soando forçado. —Sinta como isto é bom, Carmella. Bom como pode ser. Você está me queimando vivo. —

Carmella podia sentir a tensão do seu corpo contra o dela, a fina camada de transpiração envolvia seu corpo. O conhecimento de que ele estava afetado tanto quanto ela, fez com que aprofundasse em intensidade, fortalecesse sua necessidade. A agitação aumentou dentro dela. Formando bolhas, alarmantes, conforme ele embalou o corpo dela no seu, a luz emaranhou o cabelo louro escuro do seu peito provocando seus seios no percurso.

—Preciso de mais, bebê. — ele resmungou, com sua respiração ofegante em seu peito. —Deixe-me tê-la. Deixe-me entrar, querida. — Ela ergueu as pálpebras, olhando para ele enquanto a olhava com um sonolento ar sexual. O que ele estava pedindo a ela? Alguém tinha perguntado a ela?

   Carmella não pôde impedir o choro e abriu seus lábios para ele. O que veio em seguida chocou seus sentidos, acordou todas as células do seu corpo. Sua língua foi pressionada lentamente, acariciando cada vez mais a dele, que virou a cabeça inclinada, cobrindo os lábios dela com moderação, torturando. O calor envolvente, tão sensual, tão sugestivo, ela só podia tremer contra as sensações que se deslocavam através dela. Ryder também estava indefeso nas garras do dilúvio de prazer.

   Seu corpo estava tenso, apertado, ele lutava contra a demanda carnal para conseguir experimentar a doçura quase inocente da carícia. A fome assolava abaixo da superfície, entretanto. O inferno da demanda alimentou ainda mais fornalha que tomava conta dos seus corpos e exigências mais quentes que lutavam abrindo caminho para a agonizante e suave carícia de lábios sobre lábios, aprendendo, provando.

 

   O calor sedoso da barba que Ryder acariciava em seu rosto enquanto a cabeça inclinava novamente, ajudando e aprofundando o beijo. Os mamilos de Carmella foram pressionados contra os ásperos cabelos no seu peito, emitindo feixes tumultuados de sensações através seu corpo. Foi o mais erótico, mais sensual ato que ela já tinha conhecido em toda a sua vida.

—Ambrosia. — ele sussurrou e continuou deslizando os seus lábios contra os dela, a barba raspando sua pele, seus lábios seguiu por toda extensão de sua bochecha, e ao longo de seu pescoço.

A mão dele ainda não parara em nenhum lugar. E apertava seu seio com a mão em forma de concha, enquanto o polegar e o indicador pegavam cada um dos mamilos firmemente entre eles fazendo com que Carmella arqueasse ao toque. Ela não pôde processar a sobrecarga sensorial completa que se apoderou de seu corpo. Prazer, quente e doce, torciam seu ventre, fazendo sua feminilidade encharcar em necessidade.

—Ryder. — Ela suspirou o seu nome. Precisava ouvi-lo, precisava saber se era real. Ela lutou para segurar sua agonia sensual criada entre as coxas.

—Carmella. — respondeu ele, seu tom perverso, como a cabeça abaixada para lamber um mamilo duro.

Carmella arqueou de encontro ao toque, respirando com dificuldade o prazer enrolado em torno da ponta finas de seu ventre sensível, e fazendo com que o espasmo surgisse com força pela sensação.

Antes que ela pudesse se recuperar, ele envolveu o bico duro na caverna aquecida de sua boca antes de seus lábios se fechar em torno dele, sugando-o com uma fome preguiçosa que tinha as mãos apertando firmemente fechadas no cabelo enquanto ela lutava para manter sua sanidade.

Ela estremeceu, estremeceu a partir da força do prazer, enquanto lutava para classificar as emoções que a atormentavam         agora.

—Isso está me matando. — Ela torceu contra ele que continuava sugando seu seio, sua língua o molhando, fazendo ondulações em torno dele como se o mamilo fosse um doce favorito, um deleite.

—Morreria feliz, então?— Ele perguntou preguiçosamente enquanto começava a beijar a trajetória do seu suor lustroso no estômago em direção sua área úmida entre as coxas. A região aquecida tinha uma dor física. Os músculos de sua feminilidade apertavam de fome conforme a sensação crescente em seu clitóris a levou para o mais elevado grau de busca da insensata loucura. —Eu morreria feliz. — ela gemeu fracamente quando ele moveu seu corpo para baixo, abrindo suas coxas, e com os dedos penetrou através de ondas pequenas, aumentou seu desejo- embebido na grande luxúria de sua feminilidade. —Apenas me deixe. —

—Ainda não. — Lambeu seu umbigo, murmurando sua apreciação enquanto os lábios continuou seu caminho de descoberta para a sua feminilidade dolorida. —Eu quero provar tudo de você desta vez, Carmella. Tudo de você. — Um segundo depois que falou, sua língua se movia através da fenda de sua feminilidade num carinho tão destrutivo que ela quase explodiu. Sua língua raspava a pérola inchada de seu clitóris, enviando faíscas de sensação furiosas através de seu corpo.

   —Deus, Ryder!— Seus quadris arquearam as mãos que se deslocaram de seu cabelo emaranhado para os cobertores da cama. Deus deveria proibir tanto prazer! Em seu prazer, ela afastou a cabeça longe dele num aperto desesperado. Foi tão bom! Sua língua trabalhava lentamente ao longo da fenda encharcada, sondando, provocando, desenhando e aumentando mais o creme espumoso de sua feminilidade. Seu corpo estava firme, sua carne formigando as curvas de sua feminilidade, fazendo-a ansiar por mais. Fazendo-a insana. Ela podia sentir o inferno se formando em seu ventre, através de sua feminilidade, seu clitóris. Ela contorceu-se sob seus golpes cuidadosos, lutando para atraí-lo mais perto do pequeno botão atormentado com a sua necessidade.

   —Pare de me provocar. — disse ela ofegante enquanto ele contornava seu clitóris novamente abaixando-se para lamber os sucos derramados de sua feminilidade. —Eu não posso aguentar Ryder. —

   —Você é tão boa, Carmella. Tão doce e quente. — Ele estava respirando com dificuldade, rápido, sua voz áspera com a sua própria excitação. —Eu poderia saborear sua doce feminilidade o dia todo. — Ela gemeu quando a língua dele mergulhou firme dentro dela, a gentil aspereza da barba adicionando às sensações eróticas com uma intensidade que a deixou sem fôlego.

   Ele acariciou sua feminilidade com os lábios. Suavizando sobre as pregas interiores, sua língua lambendo, passando rapidamente sobre a boca faminta de enquanto ele atormentou descuidadamente sua luxúria. Então, ele lambeu mais uma vez, circundou o clitóris, aproximou-se do botão inchado, mas nunca dando a ela o alívio de que precisava. Então sua boca o cobriu enquanto ele o sugava entre os lábios, a língua áspera, quente, traços de fogo que a destruíram.

O orgasmo a rasgou com a força de um furacão. Ondas aveludadas de sensações inundando seu ser por inteiro, apertando seu corpo ainda mais, forçando um grito chocado entre seus lábios.

Antes que ela pudesse se recuperar, antes que a vibração passasse por sua libertação violenta, Ryder já estava subindo entre as coxas, indo a ela, cobrindo os lábios dela enquanto seu membro começava a entrar no apertado túnel. Ela provou seu gosto nos lábios dele. Foi picante, com apenas um toque de almíscar e terra enquanto a sua língua avançava as profundezas de sua boca, sua ereção penetrando dentro dela.

   Encheu-a lentamente, parando enquanto ele se acomodava no berço de suas coxas, a cabeça do seu membro pressionando as dobras profundas da sua feminilidade. Carmella estremeceu com o prazer, a necessidade crescente no seu interior mais uma vez. Ele lentamente fazendo amor era mais do que ela podia suportar. Nunca tinha conhecido com profundidade e excitação, o prazer a consumindo tão profundamente, como tudo o que sentia agora.

   —Eu não posso esperar. — ele sussurrou sua voz áspera, seus lábios se movendo ao longo dela, com uma ponta de desespero.

—Agora, Carma. Eu não posso esperar muito. — E ele a levou. Carmella gritou desesperada recuou em seguida, empurrado para trás em um busca de seu membro rígido, destruindo sua alma com golpes. Suas mãos apertaram as coxas, elevando-as, empurrando as pernas de volta para abrir-se mais para a invasão, quando ele começou a possuir com um ritmo quase irracional.

   Penetrou-a, encheu-a. Cada estocada era como um chicote estilhaçando o prazer dentro dela, profundo até que ela estava pedindo, implorando, precisando dele mais forte, mais rápido, precisando de libertação interior da ejaculação dentro dela com um desespero que a aterrorizou.

Ryder estava gemendo em seu pescoço agora, mordendo sensualmente, lambendo antes sobre a marca pequena, beijando-o, guiando deixando-a insana com o toque. Seu corpo flexionado curvou os músculos ondulando debaixo das mãos dela quando o agarrou pelos ombros, segurando-se enquanto ele cavalgava através da necessidade e conduzindo-a para a liberação.

Quando chegou, Carmella jurou que ela estava morrendo. Seus olhos se abriram, alargando-se, conteve a respiração em sua garganta um segundo antes de se prostrar, um trêmulo gemido dela.

   —Sim, Carma. — ele gemeu. —Venha em torno de mim, bebê. Venha para mim, Carma... — Seu grito áspero masculino se juntou a ela na sinfonia do êxtase. Carmella o sentiu apertar, empurrar seu membro, derramando sua semente quente no fundo em jorros aquecidos. E ainda empurrou, acariciou, conduzindo-a através de seu orgasmo enquanto ela gemia seu nome.

As conseqüências vieram lentamente. Choques de prazer ecoaram por todo corpo de Carmella, Ryder desmoronou ao lado dela, puxando-a contra o peito úmido, ele também lutou para respirar, se recobrar. Foi um sentimento ímpar. A sensação de segurança, de calor. Desejou prendê-lo por um longo tempo por vir.

   Carmella lutou para compreender. Porque sabia que, no fundo de sua alma, que, quando perdesse Ryder - e ela iria perdê-lo -, seria como destruir uma parte dela. Ele a completou. Preencheu-a. Como ela nunca seria capaz de aceitar menos de novo?

 

—Eu era menor, então?— O divertimento de Torren crepitava no pensamento intrusivo quando Carmella ouviu o eco da voz através de sua cabeça, respondendo ao seu último pensamento. Ele tinha sido incrivelmente silencioso enquanto Ryder a possuía.

—Eu vou te encontrar logo. — Ela não tinha dito a Ryder que mantinha contato. Por um momento ela se perguntou ele sabia quão perto Torren estava no seu pensamento em todos os momentos.

—Siga Ryder. — O comando foi duro, inflexível. —Ele vai me encontrar. Você tem que fazer isso do jeito dele, Carmella.

   —Maldição, Torren. O que você está fazendo comigo?— Ela amaldiçoou silenciosamente. —Ele sabia que você estava lá na noite passada. Ele sabe que você compartilhou.

—Claro que ele sabe.— Ela sentiu seu suspiro suave. —Existem coisas que você não conhece Carmella. Apenas tenha cuidado. Faça como Ryder diz. — Ela bufou silenciosamente. Ela não pensava assim.

—Eu tenho que tomar banho. — Carmella tentou puxar os braços de Ryder. Ela precisava escapar de seu toque tão logo pudesse dar sentido à sua própria confusão, seus medos. Algo não estava certo aqui. Algo não fazia sentido e ela odiava as próprias suspeitas pior que qualquer coisa, porque ela tinha um mau pressentimento e Torren sabia que o inferno era muito mais do que ele estava dizendo.

—Você acha que eu não sei que contatou ele agora, Carmella?— Ryder perguntou-lhe baixinho, sua voz quase ameaçadora. —Eu posso sentir a energia dele ao seu redor. Você não tem que esconder isso. — A confusão a dominou conforme ele a olhava. Seu olhar fixo no dela, severo e acusador.

—Eu não sei quem é você. Se você é quem supõe ser, então nós vamos chegar a Torren sem problemas. — ela sussurrou. —Eu não posso confiar apenas...

—Não sabe sobre mim?— Ele rosnou. —Se você não sabe maldição! É porque você se recusa a ver. — Afastou-se da cama, virando as costas para ela, exibindo o traseiro masculino mais delicioso que já tinha visto. Suave, firme, curvado tão tentadoramente que suas mãos formigaram para apalpar.

—Pare de olhar para meu traseiro desse modo. — Sua voz era um rugido áspero, irritado.

—Por quê?— Ela se voltou na cama, um surto de arrependimento correndo através dela enquanto ele vestia a calça pelas musculosas pernas.

—Não é educado ficar olhando. Vou tomar uma chuveirada.— Ele não fez comentários da apreciação da sua forma masculina. —Eu vou voltar para o meu quarto pra tomar banho. Encontramos-nos aqui para que possamos contatar Torren sobre sua localização. —

   Ela franziu a testa, e levantando os cotovelos sobre a cama o observou.

   —Então sabe onde ele está?— O que significava que ele sabia onde Torren estava afinal.

—Ele não está com a PSI, está? — Ele fez uma pausa, contraiu os músculos de seu peito e analisando a questão voltou-se para ela.

—A PSI não o tem. Ainda. — O silêncio esticou entre eles por muito tempo, momentos tensos. Carmella ergueu-se da cama devagar observando Ryder com cuidado.

—Onde e quanto tempo ele está lá?   

—Ele está há vários dias aqui, mas não será fácil, Carmella. Você tem que confiar em mim. Absolutamente.

Carmella pegou a toalha que ela tinha jogado em uma cadeira na noite anterior e envolveu-a lentamente em torno de seu corpo nu e sensível.

   —Confiar em você, hein?—, perguntou-lhe baixinho conforme ele se virava para encontrar o seu olhar. —E como eu devo fazer isso? Você não me deu muitas razões para fazê-lo.

   Sua expressão era sombria, quieta.

   —Eu lhe dei mais do que já dei a alguém em minha vida, Carmella!—

Ela respirou fundo. Havia algo no modo como ele disse isso, o tom arrependido de sua voz, um lampejo de desejo em seus olhos que jogou fora seu equilíbrio e a fez querer confiar nele. Fazê-la querer lhe dar tudo, tudo o que precisava. Ela olhou ao longe, lutando contra suas necessidades que via como necessidades dele.

—Sinto muito. — ela sussurrou, finalmente, balançando a cabeça. —Acredite não é apenas dar… —

—Poupe-me, Carmella. — Ele vestiu a camisa, depois as botas rapidamente. —Nós não podemos esperar aqui por mais tempo. Saímos à noite. Prepare-se para ir.

—Ryder— Ela o parou quando ele chegou à porta.

Ele fez uma pausa, voltando-se para ela lentamente. Sua expressão era dura, feroz, os olhos brilhando com raiva reprimida.  

—Você sabia onde estava Torren o tempo todo?— Ela perguntou-lhe, odiando a suspeita de que se formava em sua mente. Seus lábios torcidos em zombaria divertida.

—Eu sei de muitas coisas, Carmella. Se você tiver tempo para aprender a forma como olhar, então saberia. — Ele olhou a sala e, segundos depois, ela ouviu a porta bater com um som abrupto e agudo. Ela estremeceu, tendo a sensação de que ele estava um pouco contido na forma como fechou a porta.

Ryder andou altivamente entre seu quarto e o de Carmella batendo violentamente a porta atrás dele. A filha da mãe era mais complicada do que ele esperava. Ele não queria sentir sua falta tão rápido. Maldição, ele não queria chegar perto dela. Ponto. Ele balançou sua cabeça não acreditando em sua própria ignorância.

—Eu disse a você. Ela não é tão confiante. — Torren rosnou o pensamento sombrio.

—Maldição, é claro que ela suspeita. Ela teve a chance de se unir a mim, Torren, ele rosnou silenciosamente. No momento que a tomei ela poderia se abrir. — E ela o irritou de tal modo como antes não tinha. Sem isto, ele teria que reconquistar a sua confiança uma vez que ela mostrou a sua decepção. E, no entanto ele sabia que o momento em que ela se abrisse a ele, ela saberia suas mentiras. E perceberia que a mentira era uma faca de dois gumes o que o deixava danado.

—Ela teve a mesma chance comigo muitas vezes, Ryder. Ela virá quando se sentir pronta. — Ryder podia sentir a frustração de Torren, e sua impaciência. O desastre final desse episódio estava se aproximando e ele sabia que os dois se olhariam com expectativa de uma conclusão.

—Caramba! Eu nunca pensei que eu ia acabar partilhando a mulher que eu amo, e não lamentá-lo—, Ryder finalmente lamentou silenciosamente.

   —Maldição, Torren, você também não é boa coisa. Eu queria matar alguém. —

— Sim. Vai mesmo. — O riso zombeteiro que Torren mostrou em seus lábios, fez Ryder sorrir de volta.

Eram ambos bastardos possessivos. Eles sempre foram. Ele espantou o pensamento de partilhar Carmella para não enchê-lo com fúria. Mas, sabia que Torren era uma parte dela desde o primeiro contato que tinha feito com sua mente. Ela o amava, mas o amor estava incompleto. Isso mudou quando ela acordou nos braços de Ryder. Como se seu coração, alma de mulher, estivesse esperando a última peça do quebra-cabeça para ser completo. Era estranho como o inferno.

   —Apresse em levá-la daqui. — Torren estava perdendo a paciência. —Nosso tempo está acabando e tem mais, Reidel já me contatou duas vezes para uma atualização. A terceira vez ela vai começar a fazer exigências.

—Reidel, provavelmente já está fazendo isso. Nós vamos sair dentro de uma hora ou mais, Ryder prometeu, logo ele foi para o chuveiro. Eu quero isso concluído o mais rápido possível.

   Pensar em Carmella aumentou sua frustração e alimentou seu apetite sexual por ela, a cada minuto se tornava mais sombrio, mais intenso.

   —Eu estarei esperando por você. — A impaciência de Torren estava começando a afetá-lo agora. E ainda tinha as suas próprias emoções entre ele e Carmella, as emoções de Ryder se encontravam quentes, mais voláteis do que antes.

   Ryder sentiu o contato psíquico se desconectar e suspirou cansado. Entrou no chuveiro e deixou o jato de água morna o atingir. Droga, se a vida não estava ficando cada vez mais complicada.

 

   —Onde estamos indo? — Carmella fechou a porta e entrou no novo Hummer. Os novos motores, criados nos últimos cinquenta anos, um pouco antes da queda psíquica do governo anterior, foram providos pela energia rica de cristais do sol. Descobertos dentro da superfície profunda da Terra, os cristais, uma vez expostos ao sol durante vários anos, prendiam o poder solar dentro de suas muitas câmaras multifacetadas.

   Os cristais cinza-foscos, uma vez energizados, eram quase tão claros e perfeitos como os diamantes. A descoberta tinha balançado a energia do mundo pobre na época. Os combustíveis fósseis estavam quase esgotados, e só os mais poderosos cidadãos podiam pagar o montante por alguns minutos de eletricidade gerados.

   —Estamos em direção ao sul, — Ryder disse-lhe calmamente ligando o motor e se afastando da pousada. —Nós vamos atravessar o rio e sair da cidade em direção do inicio da Virgínia Ocidental. Eu quero ficar bem perto da costa, faremos uma viagem em linha reta do início ao fim.

—E nós vamos acabar aonde? — Ela perguntou-lhe pacientemente.

As mãos dele se apertaram no volante enquanto a observava.

   —Descubra. — ele finalmente sugeriu com um encolher de ombros.

Carmella suspirou profundamente conforme ela sentava em seu lugar. Homens a assombravam ela pensou. Ele agia como um amante traído. Que diabos ele queria? Ela pensou que só mulheres ficavam amuadas, mas percebia que isso acontecia com todos o que fez a coisa tornar-se um grande problema.

   Não que ela de fato ligasse, só não estava disposta a confiar no homem sem provas. Mesmo sendo excelente de cama, não significava que sempre seria no relacionamento. Mas, caramba, se o sexo não foi realmente bom.

   —Ler mentes não é um dos meus talentos, Ryder. — Embora, ela admitiu que fosse com certeza uma habilidade que gostaria de ter agora.

   —Poderia estar me lendo, — disse a ela, sua voz cortada, calma. —Se você quisesse. —

Ela o olhou um pouco zombeteira. —Eu posso imaginar as coisas pervertidas que passa pela sua cabeça, — ela resmungou. —Não preciso ler mentes para imaginar cada uma. —

   Ela olhou os lábios dele e balançou a cabeça com irritação. Ele era pior do que uma maldita fêmea virgem procurando compromisso. Que diabos, estava errado com ela? Ela não precisava de outro homem complicando sua vida, fazendo-a questionar-se diariamente. Torren fazia muito bem aquilo, além disso, ela não tinha que tolerar mais um amante. Não que ela tivesse que tolerar Ryder exatamente. Sua vagina doía ante o pensamento de sua penetração, sua espessura, fortemente dentro dela, esticando-a, preenchendo-a. Ela mal controlou o arrepio de excitação que teria estremecido todo seu corpo.

   —Prepare-se. — A voz de Ryder era calma quando ele dirigiu o Hummer fora da cidade. —Vamos cruzar o cais do rio no velho píer marítimo apenas depois do anoitecer. — Enquanto falava, ele tocou um dos controles num toque, ativando a tela virtual no para-brisa que era usado no lugar de faróis. Instantaneamente, uma colorida imagem se refletiu de volta para eles. As janelas na parte lateral da porta escureceram ainda mais, colocando-os dentro de um casulo de intimidade que colocou Carmella instantaneamente alerta.

   Ela já tinha sido antes, fechada da mesma forma em veículos. Com Torren, na ocasião, e com outros homens que já trabalhou. Ela nunca sentiu a onda quente de antecipação e excitação que invadiu o seu corpo, no entanto. Carmella olhou para a tela na frente deles, mostrando as ruas em silêncio.   Havia poucas luzes que iluminavam a terra que estava levemente escurecida, mas o calor e detector de movimento na tela facilmente mostrariam se alguém os espreitasse, pois o contrário teriam problemas com a escuridão.

   À noite as pessoas estavam se preparando – os vigias, os rebeldes psíquicos, os predadores da cidade caída. O que algum dia tinha sido uma área próspera e rentável havia se transformado em um buraco cheio de entulho.

A reconstrução tinha começado no que era considerado a parte superior. Lá, os cidadãos mais ricos conseguiram manterem-se protegidos por guardas, grades pesadas e cães de guarda. Agora, a zona superior era vista com inveja e fúria. Mais uma vez os menos privilegiados foram perdendo terreno para aqueles que estavam se protegendo com a ajuda do governo. A melhor comida era para os seus mercados. Mercados que os menos favorecidos cidadãos não eram autorizados a entrar. As sobras, as porções deterioradas depositadas dias depois, eram então enviadas para a zona baixa da cidade. Foi esta falta de igualdade que havia dado o primeiro governo psíquico uma posição na terra. Uma promessa de manter as regiões iguais. Para usar os seus dons para parar a corrupção e a criminalidade. Tinha gerado as piores guerras que o mundo já conheceu.

   —Por que você não está usando a velha ponte?— Ela perguntou quando o Hummer parou com um baque junto a uma das ruas destruídas em direção ao velho cais da cidade.

   Ryder olhou para ela, continuou a manobrar pelo caminho por entre os prédios profundamente cobertos de ruínas que uma vez foi uma extensa estrada pavimentada.

   —Fortemente armado, o bem equipado Hummer viajando sobre essa ponte seria difícil perder, — disse a ela calmamente —As pontes são vigiadas por dois agentes PSI e os vigias da força, especialmente à noite. Eu quero evitar, tanto quanto possível.

   —Não há nenhuma maneira de esconder um tanque deste tamanho, Ryder, — ela disse. —E você está dirigindo em uma das piores áreas imagináveis. Em Virgínia Ocidental não vai ser fácil passar despercebidos.

   —Nós estaremos bem protegidos. — Ele não se preocupou com o som excessivamente aflito. —Depois que passarmos a Virgínia Ocidental, vai ser mais fácil. Muitos das estradas menores estão sendo reconstruídas então iremos mais rápido, do que as do norte. O mesmo pode ser dito para as partes do oeste. Evidentemente, o espírito pioneiro continua vivo e bem.

   Aquilo não surpreendeu Carmella, no mínimo. Ela lembrou que sua avó contava histórias das áreas da qual ele estava falando. Força, determinação de homens e mulheres que restabeleceram. Ela tinha ouvido dizer que no sul a —caça as bruxas— psíquicas terminou décadas antes, pois a maioria dos cidadãos tinha talento natural. Não matavam se não fosse estritamente necessário para a paz local.

—Muitos dos seguidores de Tyre teriam dirigido para Keys •. — disse ela, em seguida, sussurrando o nome temido enquanto ela lutava contra o medo em seu peito. —Eles nunca encontraram o corpo de Tyre, não é? Ou Tyrea? — Não. Pensavam que Tyrea ainda estava viva depois que o governo caiu. Mas ninguém estava certo.

   Tyrea diziam que possuía os poderes de todos os elementos. Fogo, vento e chuva. Ela havia sido a mais temida dos psíquicos, e o boato era que ela também havia sido a única que finalmente virou a maré no passado das guerras amargas.

   —Você acha que ele ainda está vivo?— Esse era seu maior medo, que ele estivesse vivo.      

   —Não, eu não acho que ele esteja, — Ryder finalmente respirou. —Ele era apenas um homem, Carmella. Um extraordinário homem. Um homem louco por manipulações em cérebros. Tal como o resto deles, ele não pôde controlar a grande explosão. — E o que dizer daqueles que são seus descendentes?—, Ela perguntou-lhe, rezando para que a sua voz estivesse tranquila, que seus medos estivessem escondidos.

   —Eu não sei. — Ele a espiou atento. —Havia mais de duas centenas de bastardos pra começar. Antes que fossem retirados, havia dez vezes mais. Quem sabe o que aconteceu ou as repercussões que vieram dele? De acordo com testes mais tarde, as crianças do grupo original não tinham insanidade, apenas um desejo de poder. Aqueles que não se tornaram rebeldes foram mandados para a morte por seus irmãos, seus pais ou familiares. —

A última década da guerra tinha sido horrível.

   —Aqueles de linhagem direta tinham sido automaticamente eliminados, mesmo agora, — Ela assinalou. Ele suspirou, cansado. —Isso não irá beneficiar o novo governo, de qualquer maneira, — disse ele suavemente. —Muitos de nós, e especialmente nós os psíquicos mais fortes, podemos fazer essa ligação. Só podemos rezar para que esses dias de horror acabem facilmente, e de alguma forma, possamos encontrar um meio termo outra vez. —

   Carmella olhou para a tela, sabendo que a noite avançava e as trevas obscurecendo o desespero de um país dilacerado.

   Sua avó a tinha alertado, naqueles dias antes de se separar das duas irmãs que idolatrava. Elas estavam sobre forte perseguição. Para sobreviver, tiveram de se separar.

   Não tinha visto as irmãs desde que ela tinha dez anos. Ela perdeu a avó, e ela não podia nem mesmo lembrar-se de seus pais.

   —Estamos nos movendo para a área do cais, — Ryder a advertiu. —Depois de atravessarmos o rio deve estar bom. — O rio estava uma bagunça. Ele seguiu o forte curso, entretanto estava muito menor agora do que tinha sido a mais de cem anos. Abaixo trazia à tona a possibilidade de um desastre esperado.

   As cavidades afastadas rio acima haviam recolhido todo tipo de detritos. Pontes quebradas, os detritos contínuos de navios afundados e de uma sociedade abalada estavam à espreita.

   Eles se moviam para a água lentamente quando Ryder ativou a hélice marinha na parte de trás do veículo, e os herméticos bloqueios no motor e portas. O ar artificial começou de imediato a bombear e dos limites pequenos transformou o Hummer em uma minilancha em movimento para as profundezas escuras menos seguras do rio Ohio.

 

—Você não vai parar de fazer beicinho?— Carmella perguntou-lhe horas depois, conforme o veículo avançava pelo deserto, praticamente intactos que Ryder tinha escolhido como rota segura onde quer diabos estivesse indo. Ela virou-se no banco observando sua expressão meditativa. Ele era realmente muito bonito, ela pensou. Ele tentou não demonstrar, mas sua expressão era de puro ego masculino ofendido. As sobrancelhas abaixadas, estreitando o conjunto de suas pálpebras, a linha firme da sua boca. Ele não estava satisfeito com ela. Ele estava perturbado desde o confronto em seu quarto na pousada.

—Eu não faço beicinho, Carmella. — Ele lançou um olhar de canto para ela enquanto ele conduzia o veículo usando a tela virtual à sua frente.

     —Estou me concentrando.

Ela observou o movimento. A impressionante exibição de rastreamento por radar, velocidade e um controlador o monitoramento do radar, a velocidade, e um pequeno mapa direcional com percursos definidos.

—Concentrar-se em quê?— Ela soltou o cinto amarrado em seus ombros e cintura, para que pudesse inclinar-se mais confortavelmente contra a porta e observá-lo. —Parece que o veículo faz a maioria do trabalho. — Ryder resmungou. —Eles custam caro. Deveriam.

Carmella franziu o cenho ante um pensamento súbito.

       —Como é que você conseguiu dinheiro para comprar toda essa tecnologia que colocou nesse Hummer e ainda manter sua pele?— perguntou ela desconfiada. —Para isso precisa-se de muito dinheiro para adquirir um desses bebês.

—Eu tinha fundos. E queria isso. — Ele deu de ombros facilmente. —O que me fez escolher esse bebê.

—Por que você o queria? —Ela não gostava das suspeitas crescentes em sua mente. —Por que você precisava? Por que não comprou um carro menor?

—Você é uma mulher desconfiada, Carmella. —Um pequeno sorriso entortou seus lábios. Ela sentiu seu ventre se contrair em resposta ao olhar de completa confiança masculina. Era de longe, muito sexy.

—Eu ainda estou vivo por causa dele. —Ela estava apostando que poderia escrever um livro sobre como ser um arrogante psíquico masculino.

—Possivelmente. —Seu sorriso brilhou na penumbra do veículo.   —Se você quer respostas vai ter que fazer melhor que isso, contudo...

—Sabe, Ryder, se você me trair, não será uma pessoa feliz.— Ela sentiu a necessidade de adverti-lo desse fato. —O último desgraçado que tentou me entregar a um agente PSI está apodrecendo em algum lugar no inferno. Eu não acho que você queira se juntar a ele. —

Na verdade, ele estava amargando provavelmente mais do que uma cicatriz de queimadura, mas sentia que a atitude desagradável parecia ser importante com Ryder.

Ele sorriu novamente conforme lançava um olhar para ela. O libertino, com um malicioso e desinteressado sorriso, imediatamente a cortou.

—Eu sou o desarmador, bebê. E um assimilador, — ele a lembrou. —E um dos bons. Melhor você fazer certo da primeira vez que tentar, senão, será seu traseiro o preço a ser pago.

Ela franziu o cenho com o que esperou ser severidade.

—O que significa isso? — Isso significa que eu vou deixar seu rabo em chamas, se você tentar me dominar ou algo parecido novamente. Um pouco de disputa inofensiva é uma coisa. Se você tentar tomar conta de mim eu vou levar isso a sério.

—Como é que é?— Ela piscou incrédula. —Disputa inofensiva? É assim que chama? Se você não tivesse alguém lhe ajudando dando um escudo, mantendo em torno de você eu teria fritado o seu traseiro.

—Uh Huh,— ele concordou preguiçosamente, depois apertou um dos muitos botões no meio do volante antes de puxar suas mãos para esticar em despreocupação indulgente. —Você quer convencer a si mesma, querida, se me permite. Mas eu sou melhor.

—O que você quer dizer com isso?— Ela cruzou os braços sob os seios, ignorando o olhar carregado que ele deu, bem como a forma como os bicos endureciam ante sua apreciação.

—Significa o que nós dois conhecemos melhor, — ele rosnou. —Tire sua blusa.

Ela olhou para ele com surpresa. Sentiu seu corpo tenso, enrijecer, diante do tom rouco de sua voz, a intensidade sexual a encheu. Ela olhou para a imagem na tela virtual. O veículo estava, evidentemente, em alguma espécie de piloto automático, porque suas mãos estavam ocupadas afrouxando as calças em vez de no volante.

Carmella estava ciente do fato de que em algum lugar ao longo da linha o assunto havia sido desviado, mas com a crescente onda de calor em sua feminilidade e a excitação arranhando em seu ventre, ela decidiu lidar com isso mais tarde. Agora, sozinha no veículo, a escuridão rodeava e o tempo para desfrutar do corpo rígido, no banco em frente a ela, foi demais para resistir. Ela puxou sua camisa como ele pediu.

—Deus nos ama, — ele parecia rezar para os seus seios que estavam à mostra diante de seus olhos. —Você me deixa louco, Carmella.

Ele empurrou seu banco para trás, reclinando plenamente, criando uma espécie de cama. Buscando o lado de seu banco como uma alavanca, Carmella fez o mesmo.

Ryder levantou uma extensão estreita acolchoada do chão que colocado entre os dois assentos formava uma cama completa. Carmella ergueu as sobrancelhas em surpresa.

—Legal. — ela murmurou.

—Eficaz, — corrigiu. —Dispa-se.

—Exigindo, não é?— Insinuou, lutando para manter o sorriso em sua voz.

O controle em seu tom provocou algo nela que sabia que não deveria. Ele a virou, fazendo-a fraca ante a excitação, com o desejo. Ela nunca tinha conhecido tal nível de excitação antes de Ryder. Ela temeu que jamais tivesse novamente com qualquer outro homem. Havia algo de diferente com relação a Ryder. Algo que atingiu mais profundo do que o físico, e que a aterrorizou mais do que o pensamento de traição.

—Eu posso ser mais exigente, Carma. —Sua voz sussurrada sobrecarregou seus sentidos como ele puxava as botas e calças antes de chegar a seus joelhos.

Carmella tinha apenas tirado sua camisa para fora, e se voltava para ele, quando as mãos dele pegaram seus cabelos abaixou a cabeça para ter seus lábios num beijo voraz. Ela gemeu se agitando, exigindo posse. Sua boca aberta aguardando conforme as línguas se encontraram. Eles enfrentaram-se em um duelo de desejo e da necessidade que a fez tremer de antecipação.

Ryder não pediu nada. Ele foi seguindo sua luxúria, o corpo tenso como o dela, faminto por sua resposta.

Esse conhecimento tinha no coração dela expandido sentimentos que ela não queria reconhecer.

E em algum lugar mais profundo, ela sentiu uma conexão, uma ligação com ele que queimou mais que simples emoção. Seu beijo era como uma chama em si, quente e úmida, os lábios acariciando a língua, degustando, puxando-a para o mais profundo e eloquente desejo que estava criando, através dela. As mãos dela moveu-se para o pescoço dele, liberando a tira de couro que prendia os fios grossos de seus cabelos atrás de seu rosto. Quando se espalharam na frente, ela gemeu de satisfação, prazer. Até que ele a puxou de volta. Ela mordeu os lábios dele enquanto ele se afastou, precisando de mais. Seu beijo era como um elixir da paixão.

Ela foi se tornando viciada. Mas a maneira que ele a presenteou momentos antes não foi ruim. Ele se levantou antes dela, de joelhos sobre a cama improvisada, com a cabeça curvando para acomodar no teto do Hummer enquanto colocava seu membro na boca dela. Seu gemido era áspero, exigindo aprofundar tanto que ela abriu os lábios, a boca dela cobrindo a saliente cabeça faminta.

—Sim, garota, — ele sussurrou aprofundando, os dedos em seu cabelo, apertando sobre as costas para segurar em seu lugar. —Sua boca é tão condenadamente quente quanto sua doce vagina.

Ela apertou-o, lentamente, aumentando a sucção sob a carne túrgida, sentindo o pulsar da luxúria, pulsando intensamente sob a pele aveludada. Ela acariciou a extensão de cetim da pele extrassensível sob a cabeça da sua ereção, honrando seu gemido estrangulado. Ela se sentiu mais excitada.

Ela envolveu seus dedos em torno do eixo grosso, acariciando a forma arrojada de seu membro enquanto sugava tanto quanto era possível em sua boca. Ela provou do calor e do desejo, do sexo masculino duro e quente, paixão e dor e Carmella não poderia ter o bastante dele.

Ela tirou devagar, perversamente, o membro latejante, sentindo a umidade saindo quando ele gemeu de prazer sobre ela.

—Sim, — suspirou asperamente enquanto ela passava a língua sobre a cabeça. —É tão bom, Carmella. Sua boca é malditamente maravilhosa.

Seus dedos cerrados apertado em seu cabelo, sua respiração rascante na garganta quando ela lambia e chupava seu membro como um doce favorito. E foi. Um deleite que ela nunca havia conhecido. Completo, paixão masculina – quente e rica – fazendo seu corpo tenso, fazendo seu coração palpitar a cada áspero grunhido de seu peito. Ele ainda se manteve com os lábios dela se movendo sobre ele. A língua dela açoitou através da sensível cabeça, aprofundando e alargando sugando-o forte e profundo de novo.

—Eu quero entrar em sua boca doce, Carmella, — ele gemia de forma explícita, seu pênis pulsando em aviso do lançamento eminente. —Eu quero sentir você sugando a vida fora de mim.

Carmella gemeu. Ela o sugou mais forte, mais rápido, sentindo começar a se mover, para colocar seu membro em sua boca empurrando cada vez mais fundo, apertando seu corpo em direção a sua boca. Suas mãos seguravam sua cabeça ainda, estável. Ela podia sentir seu olhar ligado nela, a luxúria nua, ela sabia que iria preenchê-la.

Suas mãos acariciaram o eixo agora úmido, apertando os lábios dela enquanto a pressão se tornou mais forte, mais rápido. Ela estava sedenta por ele. O gosto dele, o calor de sua ejaculação.

Quando chegou, ela gemeu tão profundamente como ele. Fortes e ferozes jatos de sêmen jorraram ricos em sua garganta conforme ele dirigiu seu pênis tão profundo entre os lábios como ele pôde. Ele tremia e gemeu um palavrão, segurando a cabeça dela firmemente no lugar enquanto lançava outra corrente grossa de sua semente dentro de sua boca. Os músculos dele tremiam, seu membro tinha espasmos e latejava nas mãos dela enquanto ele gemia o seu nome. Carmella gritou o som estrangulado, rouco de necessidade enquanto ela lambia a cabeça rosada, limpa sem nenhum traço de seu sêmen.

—Deus, você está me matando. — Ele ainda estava duro, seu pênis ainda pulsando com vida quando ele se afastou dela. —Você me deixa louco, Carmella.

 

Carmella deitou na cama improvisada surpreendentemente confortável que tinham feito olhando para Ryder enquanto ele se posicionava entre suas coxas. Seu corpo ficou sensibilizado, preparado para a sua posse. O vazio ansioso de sua feminilidade destruindo sua mente, em desespero. Ela precisava dele agora. Sem preliminares, sem hesitações. Seus quadris arquearam o gemido furioso de sua garganta quando ela sentiu a cabeça do pênis dele na entrada de sua vagina. Ele a penetrou lentamente, esticando o tecido sensível com requintado prazer-dor enquanto aprofundou o seu membro dentro dela.

Carmella foi se arqueando para ele, lutando para respirar com a intensidade erótica rasgando através de seu corpo. Ela estava ardente para ele. Sua carne aquecida como seu desejo, tornou-se desesperada, tão perto do orgasmo que podia sentir seu ventre apertando se preparando para ele.

Ela olhou para Ryder, a sexualidade animando a sua fisionomia sombreada pelas luzes ofuscantes do virtual para-brisa, os olhos azuis brilhantes de paixão, seu rosto barbudo aparentando brutalidade, libertino, enquanto ele observava a sua vagina engolir seu membro grande e grosso.

Foi incrível, as sensações abalavam todo o corpo conforme ele se movia dentro dela. O penetrante prazer dos impulsos lentos fez com que ofegasse por mais quando sua ereção alargou a pequena entrada. Cada centímetro foi um prazer agonizante enquanto ela esperava o momento em que a tomasse completamente. Sua feminilidade ansiosa latejou. O tecido, sensível a qualquer toque com o forte impulso do seu membro conforme ele a possuía, doía, latejava o tecido, sensível a cada toque, aquecendo sua vagina sensibilizando o apertado canal.

—Eu poderia possuí-la para sempre. — Sua voz era um rugido áspero, escuro. —Você está tão quente e apertada em volta do meu pênis estou me contendo para não entrar em você agora!

—Eu te pedi para esperar?— Ela mal podia falar por conta das ondas revoltas explodindo em todo seu corpo. —Oh Deus, Ryder, não espere. — Ele deslizou penetrando-a ao máximo. Ela podia sentir a cabeça do pênis latejando, flexionando nas profundezas da sua vagina, deixando-a mover-se louca, penetrando forte e profundo dentro dela.

Ele se agachou um braço apoiando seu ombro, o outro a embalando por baixo enquanto a cobria. O peso dele era como um cobertor de sensualidade aquecido de desejo. Cada toque do seu corpo a percorria acariciando cada nervo e terminação, despertando-lhe o prazer através de seu toque.

Carmella podia sentir o sangue cantando em suas veias, pulsando em uma demanda explícita conforme as investidas dele. Suas mãos subiram para os ombros, apertando os músculos rígidos que retraiam sob seu toque.

Ela ficou de cabeça baixa, com os lábios acariciando seu peito, sua língua acariciando, lambendo a sua pele, ele gemeu acima dela.

—Dê-me algum controle. — Ele estava arfando com seus quadris flexionados, pressionando o seu pênis no ponto mais sensível de sua feminilidade.

Ela o mordeu no peito. Seus dentes beliscando, sua língua acariciando enquanto ele gemia em rendição. Ele começou a mover-se longamente, impulsos lentos que ela gemeu clamando de fome. Ela nunca tinha conhecido paixão tão intensa, luxúria tão quente e que consumisse todos os seus sentidos.

—Agora. — ela gritou ofegante, seu quadril se contorcia embaixo dele, enquanto ele acariciava lentamente todo o seu corpo. —Por favor, Ryder, me ame.

Uma mão puxou seu cabelo com força, a outra segurando seus quadris firmemente mantendo-a no lugar enquanto ele se dirigia insano e com profunda lentidão seu pênis.

Ela podia sentir a sua umidade crescendo, aumentando sua umidade vaginal, com a fome assolando seu corpo.

—Deus, você é tão suave e firme, — sussurrou em seu ouvido, a respiração difícil e rápida. —Eu não quero parar, Carmella. Eu não quero nunca parar de amá-la. —

Ela ergueu as pernas apertando-as em torno de sua cintura, ele a tomou vagarosamente. Não foi suficiente. Estava deixando-a louca, fazendo-a gritar, sua voz rouca com o desejo martelando em suas veias. Seus corpos estavam úmidos com os efeitos do calor da luxúria através dos seus sistemas, o cheiro de sexo, o som de sucção de tecidos femininos e masculinos enchia o veículo.

—Se você não mover seu traseiro, eu vou enchê-lo de bolhas. — Ela tentou gritar sua indignação que ele estava deliberadamente, cruelmente insultando-a, mas as únicas palavras que saíram foram um ofegante apelo.

Ela apertou os músculos da sua vagina em torno da invasora ereção, sentindo a ondulação da carne ao seu redor, gemendo forte e profundo em seu ouvido. Foi eficaz. Ele começou mover-se rápido, forte, segurando-a ainda abaixo dele conforme o prazer intensificava beirando a dor.

Carmella ofegava por ar, as sensações se juntando em seu ventre, apertando sua vagina em torno de Ryder. Lentamente, todas as células do seu corpo ficaram tensas, sensibilizadas, quentes...

   Seus olhos se abriram quando o orgasmo fluiu e explodiu abaixo de seu estômago e começou a espalhar por todo o corpo. Um grito choroso forçou sua garganta, o pulso acelerado do alívio em sua feminilidade.

Ryder gemeu rouco, o corpo enrijecendo, em seu próprio clímax violento. Nunca sentiu nada parecido. Uma maré de ondas intensas que varreram seu controle, seus escudos e seus bloqueios deixando-a vulnerável. Cautelosa. Quebrada.

Ele a havia traído. Nesse momento foi consumida por uma cegueira, quando a alma e o coração abriram conectando-se a Ryder, Carmella soube da extensão, tudo consumindo em fúria e dor. O desgraçado a havia traído.

O orgasmo impetuoso através dela a expôs e antes que o fogo irrompesse em suas mãos, varrendo para baixo a absorveu rapidamente, percorrendo rapidamente por todo o seu corpo. Mãos duras prenderam pelo corpo dele. Mãos firmes aprisionaram seus pulsos à cama improvisada, ela gritou sua fúria, retorcendo embaixo dele, desesperada para sair daquele abraço.

—Seus bastardos!— Ela o amaldiçoou e a Torren junto. —Seus bastardos filhos da mãe, eu vou matar vocês.

Carmella olhou para Ryder rígido, emoções selvagens quando ele agarrou-a com facilidade. Seus olhos estreitados, a expressão dele era calma, inflexível. Seu pênis ainda estava alojado dentro dela, quente e grosso, apesar de sua ejaculação.

—É perda de tempo, — disse a ela suavemente quando sentiu o poder rodeando o corpo dela, ainda abraçando-a se sentia faixas de poder cercando o seu corpo, em defesa moveu para trás o corpo dela.

—Dane-se agente PSI. — Ela balançou a cabeça com a mágoa oprimindo-a. —Você e Torren, ambos. Você me traiu, Ryder.

Ela lutou contra os braços, odiando-se por confiar nele ou Torren, mas odiando-os mais. Ela combateu as lágrimas. Maldição, ela não devia chorar por nenhum deles.    

—Incrível como você pode ver somente as coisas que quer ver, — ele comentou, antes de começar a vestir-se. O Hummer se movia ao longo da estrada, chegando cada vez mais perto do seu destino, a Torren. Ela sabia agora por que seu comando tinha sido tão firme para encontrá-lo, por que ele tinha enviado Ryder para ela. O elaborado plano a fez quase passar mal o quanto da verdade ela tinha vislumbrado na alma de Ryder.

O único escudo que todos elementares possuíam tinha apenas uma chave. Havia uma maneira de ver em sua alma, dentro dela uma parte que nunca podia mentir, mesmo para si. Aquela chave era o amor. Só um verdadeiro desarmado atingiria o bloqueio e usaria aquela emoção para abrir as portas em seu coração. Mas ao fazê-lo, ela o tinha vislumbrado também. O que ela viu a destruiu.

Ele não a tinha apenas traído. Ela ignorou o amor olhando a cara dela, a necessidade e os sonhos. Ela tinha visto a traição, a verdade da razão pela qual ele tinha vindo para ela. Como juiz e júri. Como última etapa, entre ela e a morte. Ela tinha visto que seu segredo não era mais seguro, até de si mesma. E ela sabia em um segundo cego, que nada disso importava sem confiança. E Ryder não confiava nela.

 

—A Tyrea era uma elementar. A mais forte já conhecida com o poder de unir todas as forças dos elementos com apenas um pensamento.

Carmella tentou ignorá-lo horas depois, mas não houve interrupção do som de sua voz.

—Tyre podia controlar a mente dos homens, com os poderes secundários elementares, bem como o desarmamento. Ele foi o homem mais poderoso de todos os tempos. Até o momento, todos os pequenos bastardos que gerou nas costas de Tyrea, apenas uns poucos foram abençoados com o poder e honra. Nós não poderíamos saber se você era um dos poucos abençoados. —

Como explicação, era sofrível. Ele havia tocado nela. Cada momento em que eles estiveram juntos havia mentindo, atraindo-a, agradando-a, tranquilizou-a até o momento em que sua alma e sua mente o aceitaram, e se abriu para ele. Amor. Ela teve fé apaixonada por ele em um instante de cegueira, e agora tudo dentro dela havia quebrado.

Suas entranhas se sentiam inflamadas, arrancadas pela verdade, forte e ofuscante do que ela tinha visto em seu coração e a dor de saber que ele existiu. Deus, ela nunca tinha sido tão ferida em toda sua vida. Ela nunca tinha conhecido o que a desolação podia fazer dentro de sua própria alma.

Mesmo que a raiva houvesse crescido dentro dela, as chamas saindo de suas mãos, ela tinha controlado o poder, extinguindo-o. Mesmo que uma parte dela saboreasse primeiro a satisfação de saber que pelo menos por um instante, ela lhe tinha causado dor também.

—Não estou com disposição para uma aula de história, Ryder. Isto não tem nada a ver com Tyre e tudo a ver com você ser um idiota. Esqueça isso. Eu esquecerei.

Ela não o olharia enquanto ele dirigisse o veículo, concentrando-se na tela de visualização.

Ela antecipou que enfrentariam Torren também. Ela tinha vislumbrado sua expressão mais cedo. Seu rosto estava vincado, pesado, desolado, enquanto a olhava. Mas ela sabia que ele não se arrependia de suas ações.

Era o que ela tinha feito que lamentava. O que ele tinha visto dentro de sua alma, que o corroia. O que ele tinha visto que o faria trancá-la em correntes invisíveis, e o fazer vê-la com tanta raiva?

Ela não iria chorar, ela prometeu a si mesma quando olhou para trás. Ela não o deixaria ver as lágrimas que estavam quase a sufocando agora. Seu estômago estava agitando com a dor, seu coração pronto para explodir com isto. Desgraçado, justo ela tinha a sorte de se apaixonar por um agente PSI. Ela pensou que era mais esperta do que isso, pensou que seu poder seria suficiente para protegê-la. Ela tinha se enganado.

Era a maldição da Marca. Dos poucos documentados, cada um tinha dito havia um momento em que os seus amantes tocavam suas almas. Não havia segredos, sem apreensões entre esses casais. Eles estavam ligados. Foi-lhe dito que tinha sido à maneira de Tyre e Tyrea. Que, antes de Tyre se convencer que era um Deus, ele tinha sido o primeiro homem, que tinha tocado a alma de Tyrea. A Bisavó de Carmella. Mas mesmo tão grande como esse amor tinha sido, ele não fez nada para conter o mal dentro de Tyre.

—Eu não sou um idiota, Carmella, — ele rosnou. Satisfação a percorreu quando ouviu a raiva crescente em sua voz. —Eu deixo você ver a verdade. Você escolheu ignorar meus sentimentos por você. Tudo que você podia ver era o engano.

—Você é um maldito louco?— Era uma pergunta retórica. Claro que ele era louco, ele estava demonstrando isso agora. —Você acha que isso é sobre o seu trabalho como PSI? Você acha que eu era tão estúpida que eu não suspeitasse Ryder? Você acha que você é o único agente da PSI a vir atrás de mim?

Ele abaixou e franziu as sobrancelhas, uma pergunta em seus olhos que ele se recusou a falar em voz alta. Ela sorriu lentamente, ironicamente, enquanto observava sua mandíbula apertar com fúria.

Ele, claro, queria saber se ela tinha transado com qualquer um dos agentes enviados atrás ela. O deixaria pensar. O exercício mental lhe faria bem.

—Você é um descendente de Tyre Leyton e sua amante, Tyrea, — disse ele suavemente. —Você não podia confiar sem testar, Carmella.

—E se eu passar no seu pequeno teste, Ryder?— Ela perguntou-lhe baixinho. —Quando eu o deixei ver minha alma viu o monstro que esperava ver?—

Ele não demonstrou surpresa, mas ele seria muito bom para isso. Pelo menos agora ele estava ciente de que ela sabia como ele a viu. Um monstro. Lá, espreitando por trás de sua decepção, o que ele pensava que era seu amor por ela, tinha sido distorcido, deformou a imagem dentro dela. A imagem do que ele esperava ver, mesmo depois dela abrir-se para ele, quase a tinha destruído. Ele nunca acreditou nela, não completamente. Ele nunca pensou nela como honrada ou inocente dos crimes de Tyre, e ela temia, após ver a força da sombra, que ele nunca pensasse.

—Eu nunca pensei que você fosse um monstro, Carmella. — Ele balançou a cabeça, mas evitou seu olhar.

Ela se curvou desconfortavelmente no canto do banco observando-o, seu interior queimando de dor enquanto ela tentava controlar e enfrentar tudo o que ela tinha perdido no espaço de poucos segundos, frágeis segundos.

—Você é um bastardo hipócrita. Você e Torren, — ela suspirou resignada. —Você conseguiu se convencer que eu mereço morrer agora? Outro monstro para afastar, não é como trabalha, Ryder?

—Maldição, Carmella, de onde tirou essa ideia?— Ele estava enfurecido, olhando-a com tanta raiva chocada que desencadeou uma tempestade de fúria dentro dela. Ele não tinha direito de ficar furioso com ela. Não tinha o direito de prendê-la, acorrentá-la ou em escudos. Ela não havia mentido para ele. Ele havia mentido para ela.

—Como você sentiu o monstro, Ryder?— Ela rosnou, arreganhando os dentes enquanto ela lutava com a dor. —Era novidade? Será que eu era diferente das mulheres normais?

Ela podia sentir a presença de Torren e pensou em manter o escudo entre os dois reforçando sua presença em torno dela lutando para manter um escudo entre ela e o homem que tinha retornado em seu coração e sua mente. Ele mentiu para seu bem, e ela não podia esquecê-lo.

—Eu não vou continuar argumentar com você. — Ryder balançou a cabeça, sua expressão incomodada. Ela gostou daquilo. Gostava de ver o súbito, conflito interno em seu olhar.

—Que argumento, Ryder—? Estou anunciando minha inocência? —Eu quero arrancar seu coração do peito, eu não estou negando isso.

—Pare com isso, Carmella.— Ele respirava pesadamente.

—Você acha que essas correntes me deterão, Ryder?— Ela ergueu as mãos, a tira de energia invisível abriu uma ferida na sua alma que ela temia que nunca cicatrizasse. —Você não acha que é o primeiro bastardo a me deter?

—Diabos, Carmella, eu só quero acalmá-la, — ele agarrou. —Você não está com humor para me seguir e, provavelmente, mais do que capaz de atacar. Dê-se tempo para se acalmar.

—Filho da mãe, você me colocou correntes,— ela gritou, em fúria avassaladora. —Você me traiu e ainda por cima nem sequer teve a decência de tentar acreditar em mim. E você espera que eu não fique com raiva?

—Você me queimou, Carmella. — ele gritou de volta. —Eu não estou com vontade de ser assado essa noite, bebê.

—Você mereceu. — Ela avançou até que eles estivessem quase nariz com nariz. —E não se engane idiota. Se eu quisesse você estaria torrado agora, não sentado com o pouco poder que você conseguiu absorver. Você só estava esperando uma desculpa, apenas esperando para me trancar e para convencer a si mesmo de como eu era perigosa. O sangue de Tyre. — ela rosnou. —Um monstro, assim como ele foi.

Ela viu o rosto de perto, o seu olhar se tornar frio, fechado.

—Descanse um pouco. — Sua voz era perfeitamente fria, equilibrada e firme. —Nós temos uma longa viagem pela frente.

Carmella se jogou de volta no lugar, olhando para ele com um sorriso curvado nos lábios. —Você não vai me manter desarmada por muito mais tempo, Ryder.

—Você está desarmada no momento, Carmella. Tente usar seus poderes e você só vai se machucar.

Ela sorriu. Uma curva sarcástica em seus lábios, ela percebeu como ele tinha a testa franzida. —Nunca dependi exclusivamente de meus poderes, Ryder. Eu vou sair destas correntes e quando eu fizer isso, você nunca terá a chance de me pegar de novo.

Ele olhou para ela por um momento muito tenso antes de suspirar profundamente e se afastar. Carmella respirou fundo enquanto escondia a dor, as lágrimas. Não ajudava chorar. Chorar não resolvia nada. Ela deitou a cabeça contra a lateral do Hummer e fechou os olhos.

O escudo de Ryder foi reforçado com o dela própria. Ela não estava impotente, não importa o que ele pensasse. Ele era mais forte, ela não tinha dúvidas. Suas habilidades de desarmamento deu-lhe uma vantagem a qual não poderia lutar com seus dons, mas houve momentos em que discrição e astúcia excediam em muito o poder físico. Vezes, quando uma mulher tinha apenas que mostrar para um homem o quão estúpido ele era, gostasse ela do exercício ou não. Ryder estava prestes a aprender.

 

—Posição difícil. — Ryder respirou profundamente, quando os pensamentos de Torren penetraram em seu cérebro com a força de um punho contra a cabeça. Ele quase se encolheu com a dor e o choque de ter seu escudo penetrado facilmente. Ele era mais forte do que Ryder tinha pensado.

—Péssima ideia, Torren. Nunca mostre sua força. Lembra?— Torren tinha batido em seu cérebro anos antes.

—Deixe-me passar pelo escudo, Ryder. Você a está matando. A fúria é amiga da dor, e tudo ecoa no pensamento.

Ryder olhou para Carmella novamente. Ela parecia tão pequena, encolhida no canto do banco, com os olhos fechados, o rosto pálido.

—Eu não estou controlando o escudo, Torren. — Ele sofria com esse conhecimento. —O escudo que mantenho em torno dela é o que controla seus poderes. Carmella está bloqueando o meu com o dela.

O choque de Torren, a sua preocupação, encheu o cérebro de Ryder. Ryder podia sentir o outro homem reunir suas forças, e enviando-se de volta em direção a Carmella. Frustração psíquica encheu o interior do Hummer. —Maldição! Eu avisei. — O pensamento de Torren era frio, amargo. —Que diabos você fez com ela, Ryder? O que ela viu em sua alma?

Ryder franziu a testa. Amor. A decepção dele. O que mais ela poderia ter visto?

Tinha que haver mais. A força de Torren era quase demoníaca em sua raiva, seu medo. Ela conheceu a decepção antes. Ela teria visto a verdade do seu coração, o que quer que fosse. O quer que fosse?

—Você está dando desculpas para ela, Torren. — Seus próprios pensamentos eram sombrios. Ela se fechou com raiva sozinha.

—Porque eu enganei. Porque você fez. Ela liberou seu poder por causa de sua raiva, assim como Tyre o fez. — O mundo ainda não tinha cura para essa ferida.

Houve silêncio. Um completo silêncio entorpecido de Torren quando saiu de seus pensamentos lentamente, o choque refletindo em torno dele. O que ele disse para surpreender o homem que um dia tinha jurado que nunca poderia ser surpreendido?

—Você é um estúpido. — Torren não estava de modo algum satisfeito. Não que Ryder se importasse, mas ainda assim... —Conserte isso. Conserte, ou vai se ver comigo.

O outro homem tinha ido embora tão rapidamente quanto ele tinha invadido a mente de Ryder. Suspirou profundamente cansado. Ele seria um condenado se soubesse o que fazer agora.

Consertar, ele resmungou em silêncio. Torren era forte... Talvez mais forte do que Ryder suspeitava. Mas não tão forte que pudesse consertar isso.

 

Eles chegariam ao local onde Torren estava em dois dias. A casa de praia era protegida por grandes dunas e palmeiras balançando, as pranchas resistiam às ondas branqueadas de sal e de vento. A fachada era de uma histórica casa que parecia convidativa, confortável, mas Carmella não estava relaxada. O Hummer parou em frente à porta aberta quando Ryder se virou para ela, seu olhar indo para os pulsos e tornozelos. Uma onda de poder envolveu a invisível algema e em alguns segundos ela tinha ido ao chão.

Já não era sem tempo, ela pensou um pouco, infelizmente, enquanto Ryder saía do veículo antes de abrir a porta para que ela saísse bem.

—Torren está aqui?— O escudo que tinha colocado ao redor dela a impedia de sentir o caminho psíquico que ela muitas vezes utilizava com o seu comandante.

—Venha e descubra. — Ele segurou o braço dela enquanto ele a levava para a casa de praia.

E ali Torren estava de pé. Só, dentro da grande sala, observando a sua entrada com capuz marrom nos olhos. Sua expressão era tão calma e tranquila como ela nunca tinha visto, mas ela conhecia aqueles olhos. Ele estava fervendo de raiva. Com ela, ou com Ryder?

—Tente ambos, — Ele respondeu o pensamento silencioso dela como um chicote de reprovação.

E ela realmente não dava à mínima. Ele estava tão bonito como sempre. Seu cabelo castanho escuro fluía ondulado no meio dos ombros, seu corpo rígido musculoso reto e alto, tão perfeito e confiante como sempre. Vê-lo apenas fez a fúria crescer mais quente dentro dela.

Ela aproximou-se da sala, e ficou cara a cara com o homem que tinha salvado sua vida e sua alma mais de uma vez. Ela sorriu para ele, arreganhando os dentes quando ele franziu a testa. Antes que ele pudesse recuar ela cerrou o punho e o socou com todas as suas forças remanescentes no lado do rosto.

Torren recuou os olhos de se arregalando primeiro de surpresa então estreitando furiosamente quando ele olhou para a ela.

—Eu merecia isso, — resmungou. —Mas você merece isso. — Antes que ela pudesse fugir dele, ele com uma mão pegou seus cabelos, e a outra em seu quadril puxou-a para si, os lábios dele caíram sobre os dela. Carmella apenas gemeu enquanto lutava contra ele. Sua língua mergulhou em sua boca, entorpecendo seus sentidos e sua mente, enquanto segurava-a firmemente contra o seu duro corpo. O membro dele criou vida queimado-a através do confinamento de suas roupas. As mãos dele estavam uma no seu quadril e outra em sua cabeça, sua paixão ardendo como se tentasse possuir sua a alma com um beijo.

Carmella tremeu por dentro. Ela pensou que ela poderia resistir-lhe. Pensando no seu amor por Ryder iria fazê-la imune. Infelizmente, naquele instante, ela percebeu que Torren, também, tinha a chave da sua alma. Ele sempre teve. Ela gemeu angustiada. Não existia fuga. Apertou as mãos sobre os ombros dele enquanto ela lutava para ter a resposta vinda dele. Ela estava presa entre os dois homens de coração, corpo e alma.

—Não é prisão, Carmella. Proteção. Sempre proteção. — Ryder sussurrou em suas costas, com as mãos passeando ao longo das curvas de seu traseiro enquanto sua boca acariciava por cima do ombro nu.

Protegida? Eles a tinham traído. Nunca confiaram nela. Ela gemia com o beijo, lutando contra eles enquanto a sensação de emoção a oprimia.

Ela havia lutado por tanto tempo. Lutar era uma parte necessária dela, mas, neste caso, seu corpo se recusou a tirar a força necessária para fazer algo, mas se deleitava em cada carícia que estava sendo dada.

Finalmente, quando ela pensou que ia desmaiar com o calor ardente correndo solta entre os três, Torren levantou a cabeça. Ele a olhou, seus olhos escuros, a sua expressão lasciva.

—Agora, podemos conversar. Você bateu em mim novamente, Carmella, e eu vou bater em você.

Carmella empurrou longe dos dois, recuando para o outro lado da sala antes de se voltar para eles.

—Que fascinação é essa dos dois em me espancar? — Ela não gostou da súbita intensidade sombria que tomou conta de suas expressões.

—Oh, você vai gostar. Eventualmente, — Ryder prometeu a ela, seu sorriso um pouco cruel para se adequar a sua declaração.

Ela rosnou para ele.

—Não aposte na chance de experimentar. Estou cheia das mentiras de ambos. Agora me digam o que diabos está acontecendo aqui ou vou embora. —

Ela observou-os, espantada com as diferenças entre os dois homens, e ainda, o quanto eles eram parecidos. Carmella piscou, de repente ao perceber o quanto ela se importava com cada homem. O quanto ela amava a ambos.

Torren, por razões óbvias. Eles tinham sido amantes, bem como amigos. Ele a tinha acobertado, protegido, e a ajudou a sobreviver. Ryder tinha acabado de chegar. Seu coração não teve escolha quando ele mostrou dominância e delicadeza. Ele a controlou. Mas ele não confiava nela. Torren não podia confiar nela. Não realmente. Não se tinha executado, e planejado isso desde o começo.

—Carmella. — Torren respirou profundamente. —Eu sei que você está irritada. Muito irritada. E eu sei que isso pouco faz sentido para você agora. —

—Agora irritada é pouco!— ela retrucou enquanto ela cruzava os braços sobre os seios.

—Você confia em mim, Carmella?— Ele perguntou sua voz suave, reflexiva.

Confiava? Ela o olhou fixamente, vendo a suavidade em seus olhos castanhos, vendo o homem que ela amava, de muitas maneiras, por tanto tempo.

—Você sabe que eu confio, Torren. Eu não estaria aqui se não o fizesse. — Ela teria corrido tão rápido quanto suas pernas permitiriam no momento em que ela percebeu que Ryder era um agente PSI se ela não confiasse nele.

Ryder cruzou os braços sobre o peito, enquanto observava-os, seu olhar suave. Ela não queria que ele fosse carinhoso. Ela o queria irritado. Ela queria todos eles com raiva para que ela pudesse se livrar da fúria que corria em suas veias.

—Até que ponto você confia em mim?— Torren perguntou a ela.

Carmella podia sentir seu coração acelerar no peito pelo seu tom de voz. Estava quente, sexual. Um tom que ele só tinha usado raramente com ela, mesmo quando eles ainda eram amantes. Ela engoliu em seco, olhando de um para outro. Torren e Ryder ambos estariam conscientes de suas conflitantes emoções agora. Sua incapacidade de decidir qual homem tinha mais do seu coração. Qual deles podia a deixar ir? Pelo jeito, nenhum dos dois se dispunha.

—Neste momento, tanto quanto eu posso vê-la. — ela bufou. —Ou você, se você quer a verdade.

—Você sabe que eu tenho estudado os fenômenos psíquicos avançados. — Torren disse-lhe baixinho. —Os registros de idade, e muitas das minhas próprias suspeitas. —

Ela balançou a cabeça lentamente. Ela estava bem consciente disso.

—As Elementares muitas vezes são únicos em muitos aspectos. — Ele deu de ombros. —Suas paixões são mais quentes, mais tempestuosas, exigindo uma quantidade maior de controle da pessoa que possuí-las.

—Estou ciente de suas teorias, Torren.— Ela nunca se preocupou, em pensar muito com elas até agora.

—O controle da pessoa, eventualmente, enfraquece sem um escape. Degradam-se. Provoca perda de emoção, uma perda de prazer. — Ele lançou um olhar duro intenso. —Tenho notado ambos em você.

—Eu sou leal.— Ela se preparava para o que viria em seguida. —Você nunca teve motivos para questionar isso, Torren.

—E eu não questiono isso agora.— Decretou austero e inflexível, encorpou a sua voz. —Sua alma tocou Ryder, mas se controlou. Assim como você fez comigo antes de tudo isso ter começado. Você manteve o controle antes que se entregasse a ele. Isso foi o que causou a sombra de desconfiança que você viu. —

Ela lançou um olhar de ódio a Ryder.

—O que você disse para convencê-lo?— Vociferou. —Você não confiou em mim.

—Você não confiou em mim.— Encolheu os ombros preguiçosamente. —Se você tivesse, veria que em primeiro lugar, fui honesto contigo. Segundo, você não teria escondido seu interior de você mesma, Carmella. A parte que revela tudo o que você é.

Ela estava respirando forte e rápido, agora, olhando de um para outro onde cada um tinha uma parte de sua alma. Homens tão bonitos, também tão sexuais. Estando entre eles, mesmo assim, seria muito intenso para ela segurar.

—Eu não sou um de seus experimentos. — Disparou para Torren então, o conhecimento inundando em sua mente. Eles queriam que ela se sentisse desamparada. Segura entre eles. Controlada. Subjugadas a ambos.

—Infelizmente, você é. — A voz de Ryder era uma carícia, áspera e sexual em todas suas terminações nervosas. —Sua vida depende disto, Carmella. Eu não vou deixar você jogá-la fora por causa da sua teimosia. — Ela lutou para respirar, controlando a raiva que começava a inundá-la.

—E, exatamente como minha vida depende e do que diabos estão falando?— Ela olhava de um para o outro, vendo mais do que apenas a preocupação, mais do que apenas o desejo.

—Quando você estava conosco para testes na sede da PSI, Carmella, não houve como esconder o que você é. Sem provas de controle, você estará assinando sua própria sentença de morte. Você sabe disso.

Ela lutou com o tremor que ameaçou abalar o seu corpo.

—Então eu quero ir. Eu não tenho nenhuma intenção de ficar. — Ela virou-se para Torren, tremendo quando descobriu a verdade em seu rosto, a verdade no rosto. —O que há de errado, Torren?

—Errado. — A voz de Ryder aumentou enquanto falava. —Você é minha também, Carmella. Você sabe disso, e eu sei disso. Eu não vou deixar você tomar o caminho mais fácil a esse respeito. Maldição! A Sede da PSI me enviou para vigiar você. Eles sabem que você existe.

Ela podia sentir o sangue fugir de seu rosto. Eles sabiam quem ela era. Eles sabiam onde ela estava. Como? Poderiam estar certo sobre o seu escudo, seu controle? Ou teria Torren a traído? Ela o observou, tentou senti-lo, mas não podia acreditar que ele seria capaz disso.

       —Ryder pode desarmar você, como você viu, e que o que ele não pode absorver, eu posso. Mas se você desistir do controle, juntos, podemos ampliar estes poderes, ainda não despertados, sumir com a raiva que algumas vezes te consome Carmella. Mas não podemos fazer isso a menos que você se abra completamente. Você tem que se abrir para nós de bom grado.

Nós? Ela gritou o pensamento em Torren. Seu olhar oscilou entre os dois homens, percebendo... Sabendo, que nem um dos homens pretendia deixá-la ir. Ela não seria amante de um, seria dos dois.

—Nós, Carmella. — Disse Ryder- a resposta era uma carícia sensual na cabeça dela, fazendo-a estremecer.

—Como?— Ela correu os dedos pelos cabelos em desespero. —Pelo amor de Deus, Torren. Você nunca confiou em mim. Nunca.

—Porque você não permitiu que ele entrasse. Você não quer realmente nos deixar entrar. — Torren a agarrou. —Você não é comum, Carmella, não importa o quanto você quisesse ser. Nem nós somos. Os muitos talentos que te fazem diferente fizeram seu processo emocional mais difícil. Nós completamos você. Para isso, precisamos de você só porque você precisa de nós. Ryder abriu-se completamente para você, assim como eu fiz. É o motivo pelo qual você pode sentir a minha honestidade e ver as suas suspeitas, caso contrário nunca teria visto aquelas sombras, quando você o bloqueou.

—Não...— Não podia ser assim tão fácil.

—Eu estava lá! — Torren gritou de volta para ela, furioso agora. —Você me entende, Carmella? Eu estava lá.

—Você acha que eu teria confiado a sua mente para qualquer pessoa, sem observá-lo? Você realmente acredita que eu não estava lá quando você lhe deu a última parte do seu coração que nunca conseguiu me dar?

Seus olhos se arregalaram, fúria e excitação em partes iguais enchendo-a em um instante de cegueira. Ele esteve lá? Assistindo? Em sua mente... Ela engoliu com força, seu olhar se movendo lentamente para Ryder. Ela lutou para manter Torren bloqueado durante sua viagem à sua localização. Tinha lutado para tentar dar sentido às necessidades de ambos os homens, quando ela sabia ou achava que ela sabia, ela só poderia ter um.

—Você é muito complacente—, Ryder disse-lhe baixinho. —Você não estava bloqueando tão bem como deveria, e você está ficando descuidada. Seu nível de frustração é muito alto, Carmella. Ela afeta a sua objetividade e seu desempenho. É tão alto, porque você se recusa a submeter-se ao que sabe querer.

Ela riu. Ela não podia ajudá-lo. E seu rosto, era mais divertido do que realmente ofendido, ela riu tanto deles. Eles eram partes dela. Nunca houve um risco de perder um ou outro homem. O plano em seu conjunto foi elaborado para prender Ryder como uma cola até que ela confiasse nele. —Você está brincando? Certo? Você quer transformar isso em algo sexual. Algo que você pode obviamente me ajudar, — ela zombou. —O que você tem em mente, Ryder? Dividir? Eu já transo com Torren. — Ela atirou-lhe um olhar desgostoso. —Não que ele fizesse bem. E eu também não estou realmente satisfeita com você no momento, qualquer um.

—Não fui muito bom?— Torren manteve sua voz suave, um aviso em si - Carmella, não é bom você mentir, bebê. Você esquece, eu sou um vidente, entre outras coisas. Eu sabia o que estava por vir. Eu sabia, e não estava disposto a estragar tudo, dando-lhe a ilusão de que você poderia começar em qualquer outro lugar, o que você só vai conseguir de um jeito. —

Carmella mordeu o lábio. Ela não gostou da forte contração que fisgou seu ventre enquanto ele falava. Ela não tinha gostado da maneira como sua vagina se umedeceu.

Ela virou-se para Ryder como ele se movia, caminhando lentamente para ela, sua expressão cheia de determinação.

—Você disse que me amava, — ela sussurrou. —Isso não é amor. De qualquer um de vocês.

—Não é?— A expressão dele ficou imensamente gentil quando se aproximou, levantando a mão para tocá-la no rosto.

—O amor tem uma definição, Carmella? Não, é a aceitação, a aceitação completa da pessoa que você ama? Proteção completa e o cumprimento de suas necessidades? Não importam quais sejam essas necessidades? Você precisa do que temos para oferecer. Não apenas para si mesma, mas para nós também.

 

Carmella lutou para recuperar o fôlego enquanto lutava contra o calor que surgia sob a pele. Seus músculos ficaram tensos, com as sensações reunidas na boca do estômago, percorrendo o seu caminho sobre seu corpo.

Ela olhou para Torren, vendo o calor em seu olhar, o carinho, a preocupação dele.

—Você não me ama. — Ela balançou a cabeça quando voltou para Ryder. —Nenhum de vocês pode realmente me amar. Isso não faz sentido.

A confusão não a faz se sentir bem. O pântano de desejos, e fantasias que sempre a atormentaram havia sido algo que nunca tinha pensado realmente na atual experiência. Ela poderia ter, em qualquer tempo, mas o medo de se permitir que a maior fantasia sempre a mantivesse segura. Agora, diante dos dois únicos homens que ela amava, Carmella estava apavorada.

—Carmella, eu te amo além da vida. Eu disse meses atrás, quando eu toquei a sua mente, e entrei pela primeira vez nas suas fantasias. Em todas as suas fantasias. — Torren lançou um olhar. —Você nem percebeu o que estava fazendo. Por um tempo, eu não percebi que você precisava.

Ela balançou a cabeça desesperadamente, lutando contra ele, lutando contra si mesma. Ela se encolheu quando Torren chegou mais perto. Os olhos dele, geralmente eram da cor de avelã, suaves tranquilo, agora brilhavam com destaques escuros enquanto ele a olhava.

—Ele tem sua alma, — ele sussurrou enquanto as mãos de Ryder dirigiram-se para a barra da blusa. —Mas você e eu sabemos Carmella, que eu também possuo uma parte do seu coração.

—Não. — Ela queria ficar longe deles enquanto sentia o calor intensificando sob sua pele. —Você não compreende. Foi apenas uma fantasia. —

Seus mamilos estavam tão duros, tão cheios de desejo, ela sentiu como eles explodiram quando o tecido de sua camisa caiu sobre eles. Torren segurou seus pulsos, levantando-lhes um segundo antes da sua boca cobrir seus picos inchados.

—Oh Deus!— Seus joelhos estavam enfraquecidos. O seu olhar voou para Ryder. Ele puxou a camisa de seus braços, a mão agarrando-lhe os pulsos quando Torren os soltou. Todo o tempo, ele assistiu o outro homem sugar a lisa e suave carne. Seus olhos escuros de excitação e quando eles a olhou estavam cheios de aprovação.

—Cada Elemental tem sua fraqueza, — ele sussurrou quando deixou cair à blusa no chão. —Esta é a sua, Carmella. E eu vou dar-lhe, sempre que quiser, e de qual modo você quiser.

Quando ele terminou de falar, Torren apertou o mamilo entre os dentes, exercendo pressão suficiente para deixá-la ofegante beirando a dor quando a sua língua lambia forte sobre a ponta, liberando muito prazer sensual.

Carmella arregalou os olhos com as sensações, um grito ofegante emitido de sua garganta enquanto seu corpo estremecia, tremeu nos abraços dos dois homens.

—É fácil, Carmella. — Ryder encostando os lábios nos dela raspou a pele quente com a barba fazendo-a gemer com a sensação que crescia. —Eu quero deixar você ir. Apenas vá. Permita que eu e Torren cuidemos de você, bebê. Tudo bem?

Carmella balançou a cabeça, ela não pôde controlar o suspiro quando Torren começou a chupar avidamente sua carne mais uma vez. Ela tinha que ter o controle. Ela não podia perdê-lo. Ela não poderia pensar em perder. E cedê-lo para qualquer um deles, era o poder de deixar seu corpo em erupção, abrasador, ela tinha a responsabilidade de domar. Seu controle, sua necessidade de controle, já era uma parte dela.

—Por favor, Ryder. — Tinha lágrimas nos olhos quando o olhou. —Eu não posso fazer isso. —

—Você não tem escolha.— Com toda gentileza, porém sua voz era firme. —Quando eu voltar à agência, com você, Carmella, não haverá nenhuma dúvida na mente de alguém que está ligada a nós dois. E que seus poderes estão controlados. Com esse controle eu serei parte de você. Que você não é perigo para eles ou para qualquer outra pessoa. Não vou arriscar a sua vida.

Ele não lhe deu tempo para responder. Ele levou os lábios em um beijo que efetivamente a fez calar qualquer outro argumento. Não que ela teria argumentado ainda mais. Torren com as mãos estava empurrando o cós da calça dela pelos quadris, a língua de Ryder devorava a sua, e tudo que Carmella podia fazer era se agarrar e rezar para pelo menos, manter um pequeno controle sobre seus poderes. Meu Deus, ela não queria machucá-los.

Ela já havia queimado Ryder em sua fúria. E o que ela seria capaz de fazer, sem qualquer tipo de controle?

—Silencie seus medos, bebê—, Ryder sussurrou contra os lábios. —Eu vou cuidar de você neste momento. Eu prometo. Apenas confie em mim. Eu e Torren. Nós não vamos deixar nada acontecer a você.

O sopro gelado em seu mamilo por Torren a fez arquear para trás enquanto Ryder foi buscá-la em seus braços. Carmella se sustentou nele, capturada no conhecimento vertiginoso do que estava por vir. Torren conhecia seus poderes. Ele não vacilaria. Certamente que não. Ele nunca o fez. E Ryder sabia o dano que ela poderia causar. Ele poderia desarmá-la. Ele poderia mantê-la sem ferir qualquer um deles. Não podia?

Ela choramingou assim que deitou na cama, rapidamente removeram suas botas e sua roupa antes de removerem as deles. Sua cabeça estava girando com o conhecimento do que estava por vir. Medos e desejos, fantasias e realidade, colidiram com o caos em que ela se encontrava sem conseguir uma âncora a que segurar contra suas instáveis e emoções.

Ela podia sentir sua pele pinicar de poder, o seu aquecimento, intensificando as sensações de Ryder e das mãos Torren sobre seu corpo. Ryder chegou ao seu lado, um braço indo para seus ombros enquanto ele a erguia em seus braços.

—Eu estou aqui só para segurar você, bebê—, ele sussurrou em seu ouvido enquanto ela era reclinada contra a cabeceira, puxou Carmella contra o peito enquanto Torren mantinha as pernas separadas. —Só te abraçar, e mostrar que você não tem nada a temer. —

Nada a temer? Ela podia sentir o desejo ardendo em suas entranhas, inundando sua vagina. E tudo que podia fazer era reter seus gritos enquanto assistia Torren abaixar-se entre as coxas, ele olhava para sua vagina fascinado e faminto. Torren parecia ser louco por sua vagina quando eles eram amantes. Ela poderia ter lidado com ele. Ela o fez antes. Mas antes, ela não tinha Ryder com ela, com as mãos cobrindo os seios, aprimorando seus dedos seus mamilos como incentivo, ele sussurrou em seu ouvido.

—Tranqüila, Bebê, — Ryder a acalmava enquanto Torren empurrava as mãos para baixo de seu traseiro, elevando-a a boca.

—Devagar e tranquilo. Você gosta disso, não é?— Seus dedos apertaram os pontos duros de seus seios enquanto a língua de Torren se esticou e começou lento, e preguiçoso em sua entrada.

Ela sentiu o arrepio na nuca em alerta. As chamas estavam se construindo em sua mente, aterrorizando-a.

—Não. Não, por favor... — Ela debatia a cabeça no peito de Ryder, lutando aterrorizada com as consequências.

—Confie em mim, Carmella, — Ryder sussurrou em seu ouvido. —Você tem que confiar em mim, bebê. Deixe o calor levá-la. Dê pra mim, Carma. —

Os lábios de Torren cobriram seu clitóris, a sua língua acariciando em torno dela, porém sem nunca tocá-lo, fazendo-a inchar ainda mais quando a pressão ecoou em seu corpo. Cada carícia sentida deliberadamente cronometrada, lenta e intensa, provocando o prazer final.

Carmella tensa combatendo as sensações, o prazer. Ela nunca tinha perdido o controle de si sobre pessoas vivas. Podia fazê-lo agora e ficou aterrorizada. Eles poderiam usá-la. Poderiam destruí-la.

—Carmella. — Ryder, sua voz era severa, o som de sua voz fez sua vagina pulsar de necessidade. Torren moveu uma mão debaixo de suas nádegas, deslizando lentamente ao longo de sua carne, até que parou entre as coxas. Ela estremeceu.

—Torren... Por favor... — Ela estava ofegante agora, uma fina película de suor cobria seu corpo quando sentiu os dedos dele pararem na entrada de sua vagina. —Torren, eu não posso fazer isso...

Ele gemeu contra o clitóris. Carmella não poderia parar o grito sufocado que escapou de sua garganta enquanto arqueava mais perto de sua boca. Oh, Deus! Era muito bom. Ele estava destruindo-a com seu toque. Ela abaixou as mãos, tentando afastá-lo, Ryder pegou os pulsos novamente e esticou-os para trás da cabeça dela quando ela moveu-se rapidamente.

       Antes que ela pudesse fazer mais do que gritar, ele ficou de joelhos enquanto Torren virou de costas, empurrando suas coxas largas, sua língua dura e rápida na direção das profundezas da sua vagina encharcada. O prazer se espalhou através de seu ventre, correu através de sua corrente sanguínea.

Torren estava com o corpo estendido diante dela enquanto Ryder se ajoelhava ao seu lado, segurando seus braços para trás, olhando para ela com uma expressão de sensualidade selvagem. Ela lutou contra o seu domínio, então gritou quando a mão de Torren pousou pesadamente em sua nádega. A dor se espalhou por seu corpo inteiro e se acalmou num instante, e logo ela sentiu as chamas começarem a subir em sua pele.

       —Deus, não! —, ela gritou, tentando se afastar de Ryder, aterrorizada com o que ia acontecer agora. Torren não iria parar, não iria permitir que ela tivesse o controle sobre sua resposta. Ele bateu no seu traseiro de novo, então o impensável ocorreu. Seus dedos separaram as bochechas de seu traseiro, um correndo pela fenda em direção ao pequeno orifício logo abaixo. Seu dedo escorregou no fundo, duro, forçando o tecido sensível, que se estendeu a ele, em sua abertura.

—Torren. — Ela tentou gritar seu nome, mas ela era mais um gemido de prazer que chocou seus próprios ouvidos.

A língua de Torren era um demônio de luxúria. Batia em sua vagina sensível, lambendo, dobrando-a avidamente enquanto ele deslizava seu dedo facilmente no orifício de trás.

—Lindo Bebê. — Ryder segurou-a firme como a cabeça abaixada à volta em seus mamilos. Seus dentes cobriram os lábios, sugando fortemente enquanto Torren continuava a possuir sua vagina atormentado-a com sua perversa língua.

Ela estava tremendo, o suor escorrendo de seu corpo, enquanto ela tentava manter seu controle que estava por um fio.

—Vamos, Carmella, — Ryder sussurrou em seu peito. —Dá pra mim, bebê. Vem agora.

Ela balançou a cabeça, ofegante. Uma mão pousou em sua nádega novamente. Ela não tinha certeza de quem.

O aguilhão só aprofundou o prazer da língua Torren empurrando em sua vagina provocando espasmos, enquanto Ryder mordiscava em seus mamilos sensíveis. Ela não conseguia segurar. Ela sabia que não podia.

Quando ela sentiu os movimentos novamente, e ela poderia despertar o corpo não seguiu seus comandos facilmente enquanto sua mente embaralhava o equilíbrio. Não havia nenhum. Antes que ela pudesse fazer mais do que gritar o seu nome, Ryder a tinha estendido na cama enquanto Torren subia ao seu lado, ajudando-a a ficar em cima do outro corpo do homem. Carmella olhou em seus olhos escuros enquanto segurava seu quadril para baixo, incentivando conforme o escuro membro de Ryder começou a afundar lentamente nas profundezas atormentadas da sua vagina.

—Torren, por favor... — A voz dela era um argumento esfarrapado quando seu corpo começou a sugar avidamente o membro grosso de Ryder. —Estou com medo. — Sua cabeça estava descansando no peito de Torren quando ele se ajoelhou ao lado dela, apoiando os braços dela enquanto Ryder começou a penetrá-la. Muito bom. Muito bom. Ela estava chorando, as lágrimas caindo lentamente em suas bochechas quando o prazer tornou-se insuportável e o calor dentro dela começou a subir novamente.

—Você é tão apertada, — Torren sussurrou em seu ouvido. —Lembro-me de como sua vagina apertada é doce, Carmella. E não sabe como é bom esticá-la. Quão bom é fazer você sentir. Quando ela envolve como uma luva cada centímetro de meu membro, eu vou tomar seu traseiro. Vou fazer você gozar, Carmella, e você vai adorar.

Torren deslizou as mãos pelas costas, deslizando o dedo dentro do pequeno orifício, mais uma vez quando Ryder gemeu junto abaixo dela. Ela resistiu, guiando Ryder ainda mais profundo, quando ela lutava por mais da pressão do dedo quente de Torren. Era demais. Ela precisava de muito mais. Inclinou-se sobre o corpo de Ryder, indo para os braços que se abriam para ela, então envolvida, ela gritou contra o peito de Ryder quando o dedo de Torren roubou sua sanidade.

Ela estava perdida. Desorientada. Ela não podia fazer nada agora, mas confiou neles para fazer o que era melhor. Para protegê-la e a eles próprios. Ela estava apenas vagamente consciente dos movimentos de Torren. A sensação gelada do gel lubrificante que estavam passando pelo seu ânus. Dedos longos, estendendo-o, preparando, enquanto Ryder colocava cada centímetro de seu membro em sua profundidade. Carmella choramingou, esperando a invasão final. A dor do êxtase, ela sabia que seria mais do que ela podia controlar. Ela virou a cabeça no ombro de Ryder, as lágrimas molharam sua carne.

—Por favor, — ela sussurrou enquanto sentia Torren se movimentar por trás dela, a cabeça do seu pênis pressionando contra a entrada de seu traseiro. —Por favor, não me deixe machucá-los. — Nesse segundo ela perdeu a respiração, e seu controle. Torren deu pouca concessão a sua virgindade anal. Com a pressão constante e intensa, começou com facilidade apesar da espessura e o comprimento do pênis na ultra-apertada entrada, os dedos afastando suas bochechas, o seu gemido ecoando ao seu redor.

Foi o prazer e a dor. Agonia arrebatadora e quente. Um inferno.

Enquanto Carmella sentiu deslizar o membro de Torren em seu traseiro em um raio-prazer quente, ela perdeu os últimos vestígios de controle. Ela era um navio desgovernado agora. Prazer tão rico e intenso que beirava a dor.

Emparedada, penetrada, tomada. Ela sentiu sua alma se dividir em imagens que ela nunca poderia ter imaginado que começaram ondulando quando Ryder e Torren começaram a se mover dentro dela, com profundidade, em poderosas estocadas. Torren rindo com ela enquanto eles transavam durante os meses que eles eram amantes. Ela ouviu o riso, mas sentiu sua tristeza. Ela era em parte dele, parte do outro. Sem Ryder, sem o seu equilíbrio natural, a sua capacidade de fazer amor, nenhum deles nunca tinha sido verdadeiramente um todo. Ele completou o círculo que foram feitos para ser. Ryder, olhando para ela de longe, impaciência e medo dominando enquanto sonhava com ela, procurava por ela, sentiu sua raiva e seu sofrimento até o momento em que viu sua imagem em um arquivo. Então, ele a conheceu. Toda ela. Sofria por ela. Seus poderes giravam em torno dela, através dela, dentro dela, até que ele entrou em erupção, como ela temeu que sempre fosse.

Eles mantiveram seu corpo apertado, dentro nela, dirigindo seu prazer insano, até que explodiu. Ela explodiu. Coração, corpo, mente e alma. O orgasmo que a varreu entrou na alma de cada homem, assim como eles, também atingiam o pico de fogo e seus alívios.

Explosões quentes de sêmen derramado em seu corpo como chamas ao longo de sua carne, só para ser absorvida pelos dois homens. O prazer através da sua vagina, seu ventre, roubando sua respiração, os seus gritos silenciosos um mero sopro de som quando ela voou de seu próprio corpo e se misturou com as almas dos homens que tinham finalmente penetrado os limites do seu poder. Completo.

A escuridão girava em torno dela, em seguida, a violência de sua libertação roubou sua consciência. Ela podia sentir as ondulações surgindo através de seu corpo, o poder derramando sua mente, apenas para ser absorvido pelos homens que abrigava. Com a última das inquietações sombrias que a assombrava evaporaram, sentiu a paz começar a tomar o seu lugar.

Carmella chegou longos segundos depois, agarrada entre Ryder e Torren, tinha a respiração ofegante, o suor escorrendo de seus corpos enquanto Torren finalmente aliviou o controle entrando mais uma fez em seu traseiro. Ryder ainda continuou dentro dela, apesar do aço duro de sua ereção haver diminuído um pouco. Sua mão apertou a cabeça contra o peito, os lábios sussurraram sobre sua orelha, a bochecha dela.

—Nós amamos você, Carmella. Nós dois te amamos. — disse para ela, sua voz macia, incomparavelmente suave. —Estamos ligados agora, sempre.

E eles foram. Ele a aconchegou ao lado dele, suspirando profundamente com sonolência começaram a cochilar. Apertou-se contra o peito de Ryder, Torren aquecendo suas costas, ela se sentiu protegida. Segura. Pela primeira vez em todos os anos, que ela conseguia se lembrar, Carmella dormiu facilmente, em paz.

 

Shannon Reidel olhou para o arquivo fechado em sua mesa, alisando com a mão cada um, a sensação de dever cumprido dominando-a. Três encerrados. Mas, muitos mais para resolver. O selo do lado de fora dos arquivos proclamavam os concluídos. No seu interior, o teste final sobre as três mulheres que foram avaliadas, simbolizava um futuro — Livre de Risco.

Ela pensou nas três mulheres e os agentes que tinha enviado após. Os testes não tinham sido fáceis. Foi exaustivo, mas eles tinham sido perfeitos. E felizes.

Elas eram jovens e belas mulheres. Cada uma possuindo características que lembravam sua mãe de coração. A reunião delas tinha sido feliz. Elas haviam sido preenchidas com risos, com lágrimas e alegrias, enquanto todas elas se abraçavam os homens abaixo protegiam quem eles acompanhassem. Homens que as amavam, completavam-nas, aliviando-as.

As três mulheres, descendentes diretas dos dois médiuns mais poderosos do mundo já conhecido, estavam seguras. Mas eles não eram os últimos da semente de Tyre. Havia outros.

Ela puxou os arquivos através da mesa, torceu as mãos pausando por longos segundos enquanto ela fechou os olhos e respirou fundo. Tantas estavam lá fora. Assim, como muitas das crianças já haviam perecido. Adoráveis homens e mulheres honrados que tinham recebido o legado do poder de Tyre, sem danos cerebrais que ele havia sofrido durante os experimentos que fez para avançar os seus poderes.

Tanto tempo atrás. Tanto tempo. Ela baixou a cabeça, sacudindo-a, o peito apertado com sua dor.

Uma vez ele tinha sido um bom homem. Muito, muito tempo atrás. Antes dos experimentos. Antes que ele tivesse sido impulsionado como um louco por seu próprio poder, seus próprios medos. Antes ele havia sido encantador com ela.

Ela se levantou, caminhando lentamente para o pequeno lavatório fora de seu escritório para olhar o espelho acima da pia. Ela tocou seu rosto. Estava tão triste. Ainda assim tão perfeito como ele tinha sido no dia que a afastaram do homem que realizou a sua alma.

Seus olhos ainda eram claros, seu corpo perfeitamente elegante. Por quase um século e meio de idade. Boa maldição. Ela inclinou a cabeça, perguntando se os cientistas que tentaram avaliar os seus poderes, que tentaram manipular, poderiam ter imaginado o que eles criaram. Não havia fio de cabelo grisalho na cabeça. Nada indicava que ela tinha mais que trinta anos de idade conforme está declarado em sua ficha.

Tyrea. Ela segurou firmemente a pia. Tyre. Meu Deus, como longos e vazios os anos tinham sido sem ele. Como desolada sua vida tinha sido, até que ela teve o caminho da cura, em parte, das feridas que ele tinha criado.

Tyre era tão encantador, pensou como eu sinto sua falta. Ela baixou a cabeça, lembrando seus beijos, tão ousados e dominantes, seu toque queimava cada célula no seu corpo, alegrava a vida quando suas almas se misturavam. O dom e a maldição de um poder elementar cuja principal característica era o fogo. A Marca do Fogo.

Por mais que tivesse sido rápido. Cerrou os punhos enquanto ela lutava contra as lágrimas. Lágrimas derramadas em quantidade quando a noite vinha. As longas e profundas horas negras quando ela não tinha mais nada a não ser lembrar-se do seu toque, o som de sua voz, a curvas do seu rosto. E ela nunca tinha esquecido por um momento, cada toque.

Ela respirava com dificuldade e profundamente, olhando de volta para o escritório, pensando nas vidas que ainda tinham de ser salvas. E aqueles que seriam perdidos. Tantas vidas inocentes. Tanta coisa para resolver. Isso era seu pagamento. Sua expiação. Sua maldição por convencer o homem que amava que esse poder podia ser controlado. Que os experimentos poderiam ajudar o mundo. A culpa era dela. Tinha de colocar sobre seus ombros a destruição do mundo, e agora sobre seus ombros a reparação do mesmo. Tinha começado com estes três. Mas seria um longo tempo antes de ver o fim.

 

                                                                                Lora Leigh  

 

 

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