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ERA UMA VEZ UMA MÃE QUE QUERIA TER UMA FILHA BEM PEQUENA. ENTÃO, UMA BRUXA FEZ POLEGARZINHA, QUE NASCEU DE UMA FLOR DE TULIPA.
POLEGARZINHA ERA LINDA E SABIA CANTAR. SUA MÃE FEZ O QUARTO DE DORMIR NUMA CASCA DE NOZ E ELA SE COBRIA COM PÉTALAS DE ROSA.

NUMA NOITE CHUVOSA, UM SAPO, À PROCURA DE UMA ESPOSA PARA O SEU FILHO, ENTROU NO QUARTO E LEVOU A NOZ COM A POLEGARZINHA DENTRO.

O SAPO COLOCOU A NOZ SOBRE A FOLHA DE UMA PLANTA, PERTO DE UM RIACHO, E FOI CAVAR UM QUARTO NA TERRA PARA A POLEGARZINHA VIVER COM SEU FILHO.

QUANDO A POBREZINHA ACORDOU, VIU O SEU TRISTE DESTINO E CHOROU.

OS PEIXINHOS, COM PENA, ROERAM A FOLHA E ELA FOI LEVADA PELA CORRENTEZA.

OS PÁSSAROS E AS BORBOLETAS VIAM A POLEGARZINHA INDO PELO RIO E DIZIAM “QUE LINDA CRIATURINHA!”. ELA ESTAVA FELIZ DA VIDA.

POLEGARZINHA PASSOU O VERÃO E O OUTONO NA FLORESTA. LOGO, VEIO O INVERNO E A NEVE CAÍA PESADA. A PEQUENA TINHA MUITO FRIO E FOME.

PAROU DIANTE DA PORTA DE UM RATO DO CAMPO, QUE DISSE: “VOCÊ PODE FICAR, MAS TEM QUE LIMPAR A CASA E CONTAR HISTÓRIAS.” ELA ACEITOU ALEGREMENTE.

UM DIA, O RATO FALOU PARA A POLEGARZINHA QUE UM VIZINHO QUERIA CONHECÊ-LA. ERA UM RICO RATO-TOUPEIRA CEGO, QUE QUERIA SE CASAR.

POLEGARZINHA NÃO QUERIA SE CASAR, MAS O RATO-TOUPEIRA SE APAIXONOU POR ELA. FEZ ATÉ UM TÚNEL DE INVERNO PARA QUE O VISITASSE.

NO TÚNEL, HAVIA UMA ANDORINHA CAÍDA E TODOS ACHAVAM QUE ELA TINHA MORRIDO, MAS POLEGARZINHA OUVIU O CORAÇÃOZINHO DELA.

JUNTOU FENO E A AQUECEU DURANTE O INVERNO, SEM NINGUÉM SABER. CHEGANDO A PRIMAVERA, O RATO-TOUPEIRA PREPARAVA O SEU CASAMENTO.

POLEGARZINHA DISSE AO RATO QUE NÃO QUERIA SE CASAR, MAS ELE FICOU BRAVO E PERGUNTOU: “ONDE VAI ENCONTRAR OUTRO MARIDO TÃO RICO?”

A ANDORINHA, QUE JÁ ESTAVA RECUPERADA, PERGUNTOU SE A POLEGARZINHA NÃO QUERIA IR EMBORA COM ELA. ENTÃO, AS DUAS VIAJARAM PARA BEM LONGE.

NO OUTONO, FORAM PARA O SUL, ATÉ ENCONTRAREM UM LINDO JARDIM, ONDE HAVIA UM PRÍNCIPE DO TAMANHO DA POLEGARZINHA.

O PRÍNCIPE DEU A ELA O NOME DE MAIA. E NINGUÉM MAIS A CHAMOU DE POLEGARZINHA.

E VIVERAM FELIZES NUM JARDIM DE FLORES MARAVILHOSAS!

                                                                  Hans Christian Andersen

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