Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
Capítulo 14
Estou sem fôlego na hora que o sinto tremer dentro de mim. Bryan está
nu e coberto por uma camada brilhante de suor. As minhas pernas estão
segurando firmemente seus quadris quando ele bate em mim uma e outra vez.
Ele repete o movimento de balanço até eu gritar o seu nome, e, em seguida,
ele cai em cima de mim. Respirando com dificuldade, ele rola para o lado com
um sorriso no rosto. Ele empurra o cabelo úmido e escuro do rosto, e me
olha. — Eu nunca me diverti tanto infringindo a lei em toda a minha vida.
— Oh? E quantas mulheres você chantageou, Sr. Ferro? — Eu me apoio
do meu lado e tento puxar o cobertor, então eu opto pelo lençol, mas Bryan
me para.
Sua mão está sobre a minha, e continua lá até que eu solto os lençóis. —
Sem roupas, sem lençóis, cobertores, nada. Você é minha esta noite, minha
escrava nua. Eu quero ver você. — Seus olhos mergulham para os meus seios
e lentamente escorregam para o meu pescoço e voltam para os meus olhos.
— Bela maneira de esquivar-se.
— Você realmente não quer que eu responda a isso, não é? — Ele sorri e
coloca as mãos atrás da cabeça. Deus, seu corpo é lindo, tonificado e perfeito.
Eu me pergunto quantos comprimidos ele tomou esta noite, o quão alto ele
está agora e o que ele se lembrará de amanhã. Eu quero que ele se lembre de
mim, todos os bocadinhos de cada momento. —Se eu tiver feito isso antes,
então eu sou um idiota total, mas se eu não tiver, então você vai saber que eu
estou na sua. Desde que você está noiva de outra pessoa, no entanto, eu não
vejo como isso vai acabar bem, de qualquer forma. Vamos fingir que você não
perguntou.
Ele tem um bom ponto. Lambendo os meus lábios, eu pergunto: — Você
não se importa com o Neil? E a coisa de noivado?
Ele balança a cabeça. — Não, isso é temporário.
O meu coração afunda um pouco. Faço a pergunta que tem estado
flutuando na minha cabeça desde que isto começou. — Então, quando isso
vai acabar? Antes do meu casamento ou depois? Antes do meu chá de panela?
Antes ou depois de eu ter o bebê de Neil? Ou será esta noite? Ou foi ontem à
noite a última noite. Eu tive problemas e te chamei. Quando será isso, Bryan?
Porque isso vai acabar, né?
Ele não olha para mim. Em vez disso, ele se levanta, vai até o bar
improvisado que ele trouxe e serve uma bebida. Ele abaixa-se e olha para
mim. — Isso vai acabar quando eu cansar com você.
Ele é frio e o jeito que ele agarra o copo me faz pensar que ele está com
raiva. Depois de um momento, ele se vira e pega alguma coisa do bolso da
calça antes de ir para o banheiro. Quando a porta se fecha, eu salto da cama e
corro através do quarto para ver o que era. Eu pego a calça e vasculho o seu
bolso. Os meus dedos escovam contra comprimidos soltos, alguns longos,
alguns pequenos. Eu retiro-os e olho para a palma da mão, pronta para chorar.
Ele está drogado.
Capítulo 15
— Você sempre revista as roupas das pessoas quando estão no banheiro
ou eu sou especial? — Bryan parece chateado, mas ele ainda tinha aquele
sorriso arrogante no rosto. Eu pego as pílulas e as jogo para ele.
— Muito drogado? — Eu pego minhas roupas e começo a puxa-las.
— Oh, não, você não vai. — Bryan corre até mim e lutamos por um
momento, antes de ele arrancar minha camisa fora das minhas mãos e joga-la
pela sala. — Nós tínhamos um acordo.
— Foda-se! Foda-se sua família! Foda-se o nosso negócio! Eu odeio você!
Eu queria que você nunca mais aparecesse! Eu não aguento mais isso! Eu não
posso! — Eu estou gritando na cara dele e consigo fechar meu sutiã. — Fique
com a camisa, mas eu não vou ficar e você não pode me obrigar. Diga a quem
você quiser. Eu cansei.
Ele sorri tristemente para o chão e depois para a camisa na mão. —
Depois de tudo que nós passamos, tudo o que eu recebo é esta camisa?
— Eu não estou brincando Bryan. — Eu estou na porta.
— Nem eu. Eu faria qualquer coisa por você. — Ele sussurra as últimas
palavras. — Mas eu não posso. A vida não é justa, Hallie. Eu estou fazendo o
melhor que posso e isso é tudo que posso dizer. Há uma razão pela qual eu
não estou em reabilitação e por isso que eu posso andar por aí com toda essa
merda no meu bolso. Há uma razão por que, e eu jurei por Deus que eu não
diria a você. Assim, você pode ir embora e estar ofendida que eu sou um
viciado, que eu preciso de drogas, mas você tem que saber que eu jogaria tudo
fora para mantê-la aqui mais um dia.
Eu não entendo o que ele está dizendo. O olhar de Bryan diminui à
medida que ele encontra o meu. Eu o desafio, porque eu acho que ele está
blefando. — Então faça isso. Compre-me por um dia e jogue fora toda essa
merda.
— Feito. — Ele esvazia seus bolsos, pega as pílulas espalhadas sobre o
tapete, e joga cada um para fora para o estacionamento. Quando ele bate à
porta, ele se vira para mim. — Eu fiz a minha parte, agora você faz a sua. Tire
a roupa.
Por que sinto como se tivesse acabado de fazer algo horrível? Eu faço o
que ele diz até que eu não estou vestindo nada. Ele me olha com aqueles
olhos verdes gananciosos, como se ele nunca pudesse ter o suficiente. Quando
ele começa a caminhar em minha direção, ele sorri: — É tempo de segredo.
— Eu não tenho segredos.
— Nós dois sabemos que isso é uma mentira. — Ele ata os braços dele
em volta da minha cintura nua e pressiona seu longo pênis duro contra mim.
Quero as coisas que eu não deveria querer, mas eu tento ficar calma e serena.
No interior, estou muito feliz que ele contou das pílulas por mim. Ele é um
drogado e isso vai ajudar. Irá. Eu sei que vai.
Meu olhar difunde para longe e eu sorrio. — Há coisas que você não deve
saber.
— Campone?
Eu olho para ele. — Talvez.
Começamos a dançar a música que está apenas em nossas mentes. É algo
a partir do ensino médio, de muito tempo atrás, e eu juro que eu ainda posso
ouvi-la. Bryan pressiona seu rosto ao meu. — Eu preciso prestar atenção
nele?
— Ninguém precisa ficar de olho nele.
Bryan engole duro e faz uma pausa. Ele sabe o que eu quero dizer, não há
dúvida em minha mente que ele sabe. Um momento depois, ele pergunta: —
Você se arrepende?
— Não, — a minha voz não sai porque ele pega na minha garganta.
— Parece que você pode.
Eu me perco. Todas as emoções que eu venho reprimindo borbulham. As
palavras escapam antes que eu possa para-las. — Bryan, eu lamento a minha
vida inteira.
— Não diga isso. — Ele aperta meu rosto para o dele e me abraça.
Nossos pés param de se mover e ele beija o lado do meu rosto uma vez,
depois duas vezes. — Você é a melhor coisa que já me aconteceu.
— Não. — Eu me afasto dele e caminho para longe. Eu estou olhando
para o tapete gasto e suas manchas antigas e não identificadas. — Eu não
posso. Eu simplesmente não posso. — Quando eu caminho para ir embora,
ele agarra meu pulso.
Um sorriso sincero cruza os lábios. — Você não tem ideia do quanto você
significa para mim, não é?
— Eu não significava tanto assim no passado.
Ele ri, mas eu não olho para ele. Sento-me no canto da cama e olho para a
pintura feia na parede. Deve ter sido uma cena feliz, mas o tempo e a luz do
sol a apagaram um pouco, uma vez foi brilhante. O papel está amarelado e o
quadro está arranhado. Os parafusos que a prendem à parede não ajudam
também. — Você sempre foi tão boa em mentir, Hallie. Especialmente
quando se trata de mentir para si mesmo.
— Você não sabe o que você está falando.
— Besteira! Hallie, olhe para mim! — Bryan está em pé perto do meu
ombro e eu o ouço soltar uma rajada de ar. Presumo que ele está chateado
comigo até que vejo o seu reflexo no vidro na estrutura. Seu rosto se contorce
e ele está segurando a cabeça com tanta força que eu posso ver todos os
músculos do seu corpo.
Eu giro ao redor e salto para os meus pés. Minhas mãos pairam acima
dele, como se eu não deveria tocá-lo. — O que há de errado? Bryan? — Estou
quase chorando quando eu o vejo tremer e tentar respirar, mas suas costelas
mal se movem. Ele estende a mão para a cama e senta-se duro, apertando a
cabeça entre as mãos.
Ele fica assim, se esforçando para apenas respirar, isso me mata. Eu puxo
sua camisa e corro descalça para o estacionamento quando eu tenho certeza
que ele não vai morrer e procuro as pílulas, mas o pavimento está molhado e
elas derreteram. Lágrimas escorrem dos meus olhos. Eu não tinha ideia. Algo
está errado com ele e eu não sabia. Eu pensei que ele estava em uma festa, e
agindo como um maldito viciado por isso o fiz jogar fora o seu medicamento.
E ele o fez.
Por mim.
Sua voz é fraca, atrás de mim, quando eu tento pegar uma pílula que está
derretendo em nada. — Deixe-a.
— Eu não sabia! — Eu estou chorando. A pílula transforma em pasta em
meus dedos. Antes que eu possa ir para outra, ele agarra meus ombros e me
vira-se para ele.
— Eu sabia. — Sua voz está trêmula e apertada. Ele mal consegue
respirar. — Eu preciso sentar. Vem para dentro.
Bryan lança seu braço sobre meu ombro e caminhamos de volta para a
cama. Ele ri e, em seguida, faz uma careta rapidamente. — Eu não deveria ter
montado você assim, mas valeu a pena. Você sempre valeu a pena, Hallie.
Capítulo 16
Bryan está se contorcendo na cama e com tanta dor que lagrimas
escorrem pelo seu rosto. Ele não vai me deixar levá-lo ao hospital. Ele
continua dizendo que eles não podem fazer nada, mas eu não posso vê-lo
assim. — Quem mais sabe?
— Ninguém. — Ele controla as palavras em respiração curtas, entre os
dentes cerrados, enquanto as costas sobem para fora do colchão novo. Suas
mãos estão fechadas em punhos ao seu lado quando outro gemido lhe escapa.
— Eu preciso obter o seu medicamento, diga-me onde consegui-lo. —
Estou frenética. Ele está ficando muito pior, tão rápido. O movimento, o
tempo que ele estava comigo deve ter feito pior, porque ele está tão perto de
gritar de pura agonia que eu não posso suportar isso.
— Jon. — Isso é tudo o que ele diz.
Foda-se. Eu odeio Jon. Por que ele não poderia dizer Trystan? Concordo
com a cabeça e pego seu telefone, vou através de seus contatos e encontro Jon
Ferro. Eu seleciono e espero para sempre para ele atender. — Ei seu merda,
você ainda está perseguindo aquela coisa que você acertou na escola?
— Eu sou aquela coisa que ele acertou na escola. Ouça, Bryan está com
muita dor. Seu remédio se foi e ele precisa de algum agora — tipo exatamente
agora.
Por um segundo, eu acho que ele desligou, mas, em seguida, ele pergunta:
— Onde está você? — Eu digo a ele. — Foda-se. Pensei que estivesse na
cadeia. Merda, Hallie, merda! Deixe-o bêbado até eu chegar ai, e não o leve
para o hospital. — Isso é tudo que Jon diz antes dele desligar.
Eu coloco o telefone de volta na mesa de cabeceira e atravesso a sala. A
maior parte da bebida que Bryan trouxe se foi, mas há um pouco de vodca
sobrando. Eu despejo-a em um copo de plástico e levo para ele. — Aqui, beba
isso. Vai ajudar um pouco.
Bryan pega o copo e bebe a coisa toda. Seu estômago está vazio e eram
pelo menos três doses. Eu levo o copo para longe e coloco-o sobre a cômoda
antes de me sentar ao lado dele. Em questão de segundos, eu vejo seus
músculos começarem a relaxar. Seus olhos foram fechados e apertados por
tanto tempo que quando eles vibram e abrem, eu quase choro. — Você ficou.
— Eu sou uma babaca, arrogante e presunçosa. Eu nunca deveria ter feito
você jogar as pílulas fora. Eu sinto muito. — Eu dobro na cintura, querendo
deitar sobre seu peito, mas vai machucá-lo, então eu me contento com um
beijo sobre seu coração.
Ele toca no fundo da minha cabeça, alisando meu cabelo, me acalmando.
— Você não sabia.
— Por que você não me contou?
— É mais fácil deixar que as pessoas presumam outras coisas. — Ele me
olha e sabe muito bem o perto que essa afirmação atingiu o alvo. É mais fácil.
Ele me salvou de muitas maneiras. Sim, eu o entendo, muito bem. Eu desejaria
não entender. O corpo de Bryan continua a relaxar nos próximos poucos
minutos, até que Jon chega.
Jon rosna para mim quando ele faz o seu caminho pela sala e segue para
Bryan. — Seu fodido perdedor. Você transou com ela sem seus remédios?
Você é louco, você sabe disso? — Jon empurra um monte de pílulas para seu
primo e um copo de água.
Bryan as toma e ri. Assim que ele o faz, suas mãos voam para suas
costelas doloridas. — Ela vale a pena.
— Você é um idiota.
— Eu também amo você, cara.
Jon bufa enquanto isso, antes de se virar para mim. — Quanto que você
lhe deu de beber?
— Isso, — eu aponto para o copo. — Foi cerca da metade, então o que,
três doses?
Jon tenta não sorrir. — Você não é muito de beber, não é? Isso é mais
parecido com cinco. Não é de admirar que ele não está gritando.
Enquanto falamos, os olhos de Bryan fecham e seu corpo relaxa. Eu não
posso evitar. Pergunto a Jon, — O que há de errado com ele?
— Não é minha função dizer. — Jon olha para seu primo sob os lençóis.
Bryan está deitado de costas, o peito subindo e descendo lentamente. Seus
dedos finalmente desenrolaram e eu sei que ele está dormindo.
— Sim, ele não disse a você também.
— Não. Eu não tenho a menor ideia. — Jon esfrega a parte de trás do seu
pescoço e olha para a cama. Depois de um longo tempo, ele diz: — Nós
vamos perdê-lo. Isso está ficando pior. Isso é tudo que eu sei, e por Deus, eu
desejaria não saber. O cara age como se não tivesse nada a perder, porque ele
não tem.
Capítulo 17
Nós dois estamos em pé, eu vestindo a camisa de Bryan, e Jon em sua
jaqueta de couro e calças pretas. Forjamos uma trégua temporária, quando
vemos alguém que amamos desaparecendo diante de nossos olhos. Eu
gostaria que ele dissesse a Jon. Bryan tem que confiar em alguém, e eu sei que
ele tinha a intenção de nunca me dizer. É por isso que ele me chantageou —
então eu nunca saberia. Eu sorrio e digo isso a Jon.
— Sim, ele é um pouco louco assim. Ele provavelmente queria estar com
você e pensou que chantagear era mais rápido. Nunca sequer ocorreu ao cara
pegar um telefone. — Jon cruza os braços sobre o peito e acrescenta: — A
coisa com o carro, não fui eu. Minha mãe registrou como roubo. No
momento que eu descobri, eles já a tinham pego.
— Eu não me importo. — Eu me cansei de falar com ele. — Leve o seu
carro de merda e toda sua falsa sinceridade e vá vomitá-la no estacionamento.
Eu sei que você me odeia. O sentimento é mútuo. — Sento-me ao lado de
Bryan e corro um dedo ao longo de sua testa, empurrando o cabelo para trás.
Eu gostaria de poder tirar isso. Eu gostaria de saber como ajudá-lo.
Jon explode: — Eu deveria bater muito em você por machucá-lo assim.
— Você bate nas mulheres? Legal. — Eu não olho para cima. Estou
muito irritada com ele e sua mãe. Ela sempre me odiou e eu nunca soube por
que.
— Eu bato em prostitutas, e é isso que você é, Hallie, então pare de fingir.
A última coisa que Bryan precisa agora é outra mentirosa. Foda com ele e saia.
Não o faça pensar que você se importa. Mesmo você não é tão cruel.
Suas palavras me cortam. Eu me levanto para gritar com Jon para sair,
mas ele já está na porta. Sento-me com força no lado da cama e choro em
minhas mãos. Eu pensei que já tinha perdido tudo, mas eu não tinha. Bryan
ainda estava lá, ainda ao redor para ser encontrado, e a esperança de que
pudéssemos estar juntos novamente nunca foi totalmente extinta da minha
mente.
É por isso que eu disse que sim.
É por isso que eu deixei que ele me chantageasse.
Para começar, eu nunca quis romper com Bryan, e agora é tarde demais.
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