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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


ACED / Ella Frank & Brooke Blain
ACED / Ella Frank & Brooke Blain

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Ace Locke é o herói de ação mais quente de Hollywood. As mulheres em todo o mundo jogam suas calcinhas em sua direção, mas Ace não está interessado nelas — ele gosta mais do tipo de cara com uma boxer. Especificamente, aquele modelo masculino quase nu em um outdoor onde ele passa dirigindo todos os dias.
Embora ele tenha saído do armário nas manchetes do seu público, Ace tem preocupações sobre a busca de um relacionamento, temendo o que as críticas da opinião pública farão a sua carreira. Mas há algo na expressão do modelo que o intriga, e ele se pergunta mas e se?
Dylan Prescott acabou de participar de sua maior campanha de modelos. Uma campanha que o colocou em toda a L.A e não apenas no lugar onde ele nasceu. A sua campanha foi lançada no último sucesso de Ace, e ele fica mais próximo de sua fantasia.
Confiante por fora, Dylan não tem nenhum problema com a sua sexualidade ou em cobiçar o lindo homem, e usa essa confiança em sua vantagem para conseguir o que ele quer. E o que ele quer é o impossível, Ace Locke.
Da série Sunset Cove de Ella Frank e a série L. A. Liaisons de Brooke Blaine, vem uma trilogia calorosamente abrasadora que combina humor, paixão e romance.
O que acontece quando estes dois mundos colidem?

 


 


Capítulo 1

ROCK... PESADO


ACE


Uma sonora buzina soa atrás de mim. Não foi apenas um buzinado rápido para o meu rabo se mover, mas uma longa e prolongada buzinada que me fez cumprimentar o motorista atrás de mim com o dedo médio.

Esta é a melhor parte da minha manhã, e tinha sido assim durante as últimas três semanas, então, se eu quisesse deixar o meu traseiro parado no cruzamento ocupado entre a Hollywood e a Highland, o resto de Los Angeles poderia esperar.

— Mova-se, idiota! — e então buzinas múltiplas soaram.

Eu sorri para mim mesmo enquanto olhava para o outdoor do homem que chamava a minha atenção e que me fazia dirigir vários quilômetros fora do meu caminho apenas para vê-lo. Cada. Fodido. Dia.

Esguio e musculoso da maneira que os modelos mais masculinos são, com os cabelos mais longos e escuros, e um pouco esvoaçantes, quem quer que fosse este homem, ele é a fodida perfeição. Ele usava apenas uma jaqueta de couro aberta e usava a menor cueca branca que eu já vi, e o seu olhar gritava confiança. Arrogante. Sem a mínima dúvida, o homem mais sexy que eu já vira, e com o meu trabalho, eu vi alguns bem confiantes.

Mas esse cara... Ele tinha algo a mais... Porra.

O que realmente me chamou a atenção foi o olhar diabólico nos olhos dele e a forma como o polegar roçava seu lábio inferior. Aquele gesto dizia: Venha me provar. Atreva-se. E é eficaz, porque quero dar uma mordida nele. Sim, me chame de bastardo superficial, mas estou praticamente babando pelas Calvin Kleins que ele usava, que pendiam abaixo dos quadris para mostrar seu V profundo, e os cabelos escuros que levavam até os...

Foda-me. Seu pau duro, apenas-esperando-que-eu-colocasse-meus-malditos-lábios-envolta...

— Ace? Você está parado no trânsito novamente? — a voz de Shayne, minha amiga australiana – e antigo disfarce, devo mencionar isso e tirar o assunto do caminho – atravessou os meus pensamentos.

— Mova sua bunda, ou eu vou chutá-la tão forte que você vai cagar porcas e parafusos por uma semana!

Isso me fez rir e eu lentamente avancei, dando um olhar final para Marky Mark1 - como eu me referia a ele - eu pisei no acelerador, para o alívio da longa fila de carros atrás de mim.

— Diga-me que você não está fazendo o que eu acho que está fazendo. — Shayne disse.

— O quê? Você quer dizer ficar parado em frente ao presente de Deus para os homens em sua Calvin e adorá-lo? — eu disse, dando minha melhor impressão de um sotaque australiano.

— Olha a hora, seu idiota! — veio o grito do Angeleno2 um pouco miserável quando ele passou por mim, e eu acenei em resposta.

— Maldito inferno, Ace. Você vai levar um tiro um dia desses por segurar as pessoas em seu caminho para o trabalho. Posso ver as manchetes agora: A maior estrela de ação de Hollywood morreu a tiros depois de ter ejaculado em seu Lamborghini.

— Ei! Eu mantive minhas mãos no volante. Não iria parecer muito bom se eu fosse exibido na primeira página do jornal depois de ter gozado dentro das minhas calças. E eu preferiria estar nu e deitado na minha cama para isso de qualquer maneira.

— Umm...muita informação.

— Como se eu pudesse te chocar com a companhia que você mantinha. Além disso, você começou essa conversa, Shayne - eu apenas estou contribuindo.

— Falando em contribuir, estou apenas ligando para lembrá-lo de que Paige vai começar com os arranjos na sexta-feira para o seu aniversário, sábado, então informe para a sua gente que devem deixá-la entrar se você não estiver lá.

— Tudo bem. Embora eu tenha certeza de que a segurança não se importaria de vê-la cortar o traseiro ao pular a cerca.

— Ace...

— Sim, sim, Sophie vai deixá-la entrar.

— Espere. Sophie ainda é sua governanta? Eu pensei que você tivesse demitido seu traseiro porque ela quebrava algo toda vez que ela aparecia?

— Eu a demiti. Nove vezes, mas foda-me se ela não começa a chorar e me contar sobre o quanto o pequeno Johnny quer jogar T-ball nesta temporada, e o quanto a pequena Maria quer uma dessas coisas de forno infantil para seu aniversário e como ela poderia continuar alimentando-a com a merda sem glúten se perdesse seu emprego e, pelo amor da minha puta vida, eu não consigo lidar com isso.

— Aw, querido. Você tem um coração.

— Claro que eu tenho. Embora, não seja muito grande desde que eu deixei o mordomo ir, mas... — eu disse.

— Bem, às vezes é difícil lembrar-me disso com esta imagem de personagem de ação durão que vimos salpicadas por toda a TV e os tabloides. Eu não me lembro de você estar tão nervoso... Desde quando estávamos “namorando”.

Sem merda.

— Bem, antigamente eu precisava apenas desta imagem de fodão com uma mulher quente no seu braço. Mas desde que este assunto está fora por agora, eu tenho que repensar minha marca.

— Bem, pequeno te convém.

Eu zombei. — Pequeno?

— Você está certo. Você é enorme. Gigantesco. O maior que já vi...

— Muitos falam isso.

— Eeee, acho que já foi o suficiente do seu ego sendo acariciado hoje.

— Com toda a justiça, não é o meu ego que quero acariciado, mas você me fez sentir muito bem esta manhã de qualquer maneira.

— Ai, credo. Vá para a sua reunião...

— Leitura.

— Sim, leitura, seja o que for. E tente não mexer com mais ninguém hoje. Os paparazzi estão de olho. — ela falou.

Um rápido olhar no meu espelho retrovisor me diz que ela está certa sobre isso. O mesmo Honda prateado que está me seguindo desde que saí do meu bairro em Beverly Hills está com alguns outros carros em volta, e sem dúvida havia pelo menos um cara com uma câmera.

Ótimo.

— Por sinal — Shayne continuou. — Há uma imagem sua na TNZ segurando o trânsito em Highland e xingando algum pobre motorista atrás de você. Clássico, Ace.

— Filho da puta. Isso foi há dois minutos. Acabei de entrar na Barham.

— Você sabe que eles o estão seguindo por todos os lados, porque todos querem saber de você.

— Sim, eu sei o que eles estão procurando. — o mesmo assunto que eles estão perseguindo um ano atrás. A minha primeira aparição pública com alguém desde minha conferência de imprensa. — Boa sorte. Não vai acontecer.

— Apenas tenha cuidado, por favor.

— Sempre. — eu disse, e depois de terminar a ligação, eu aumentei o volume da música de rock no rádio até o máximo e apertei o acelerador.

 


DYLAN


Nunca em minha vida, eu teria me imaginado andando entre os cenários do estúdio da Warner Bros. Em direção ao meu primeiro trabalho de Hollywood. Eu, Dylan Prescott, caminhando na direção do estúdio dezesseis para trabalhar em um filme. É inacreditável. Mas lá vou eu. E eu tinha que admitir que estou bem nervoso. Não só eu estaria atuando em um filme, mas estaria em um filme protagonizado pelo herói de ação número um no mundo atualmente, Ace Locke.

O Ace Locke que confrontou os ninjas em The Last Guttersnipe. O Ace Locke, que salvou um navio de guerra do naufrágio depois que três mísseis o atingiram no primeiro filme de Insurrection. E o Ace Locke que estrelava todas as minhas fantasias sujas. Sim, aquele Ace Locke.

Quando eu cheguei pela primeira vez em L.A. há três meses, não tinha sido com a intenção de entrar no negócio de atuação. Estou bem resolvido no meu caminho de modelo até que minha agente colocou na minha cabeça que eu tinha um rosto que a câmera adoraria. Parecia insensível. Quero dizer, eu já havia tirado fotos para várias campanhas, mas depois que ela mencionou TV e filmes, isso imediatamente chamou a minha atenção.

Então, devido à cortesia da sorte, aqui estou eu, andando em direção ao meu futuro.

Parei no meio da rua para observar o meu entorno. A icônica torre de água da WB, e à esquerda, a entrada da Brooklyn Nights, um dos meus programas preferidos de policiais. Os passeios de excursão do estúdio estão cheios de turistas percorrendo as ruas dentro do quarteirão. E tudo isso está apoiado contra uma enorme colina que separava Burbank de Hollywood.

Eu quase me belisquei. Que diabos estou fazendo aqui?

Eu apertei o mapa na minha mão e flexionei os ombros que está com a minha mochila, prestes a continuar me movendo, quando o ruído de pneus atingiu os meus ouvidos, seguido de uma explosão de buzina. Eu assustei-me e me virei para me deparar com um Lamborghini perverso e quente estacionado. É preto como a noite, com uma faixa amarela na parte de baixo; as janelas com um fumê tão escuro que eu não conseguia ver o idiota que está dirigindo como um morcego. Com a música saindo do veículo, ele lentamente começou a avançar, aproximando-se mais de mim. Eu cerrei os olhos, tentando ver dentro, mas foi inútil. Isso não foi um problema por muito tempo, porque assim que o carro parou, Ace-fodido-Locke colocou a cabeça para fora da janela do lado do motorista e falou... Na verdade falou comigo.

— Ei, idiota, quer sair do caminho?

Ok, então talvez ele tenha gritado comigo... Mas me olha ativamente - eu acho. Quero dizer, é difícil dizer por trás daqueles óculos de sol escuros.

— Ei? Você tem um desejo de morte ou algo assim? Mova-se para o lado. Alguns de nós temos lugares para ir.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Ace voltou ao banco do motorista e acelera o motor. A besta do carro resmungou, e você pensaria que eu teria posto o meu traseiro em movimento, mas não foi até que Ace colocou a palma na buzina que eu tropecei e voltei para a lateral da rua. O carro avançou até que ao meu lado, e olhei para baixo, e vi um rosto que eu só tinha visto na tela dos cinemas.

— Você sabe — Ace disse sobre rock pulsando. — Pode ser mais seguro se você pegar um desses carrinhos elétricos.

Estou prestes a abrir minha boca para dizer-lhe que eu não sou um turista- pelo menos, acho que estou prestes a dizer isso a ele - mas antes que meu cérebro pudesse encontrar uma maldita palavra para dizer, Ace colocou o pé no acelerador, e fui deixado olhando para a parte de trás de seu carro enquanto ele se afastava de mim.

Bem, merda, fale sobre as primeiras impressões. Esta primeira leitura passaria a ser um incômodo agora, por outras razões que não o fato de ficar malditamente no caminho da estrela do filme. Porque Ace Locke também é um idiota total.

 

ACE


Após estacionar na vaga com o meu nome nela, desliguei o motor e peguei o meu script. Hoje é a leitura para o filme Insurrection 2, estou ansioso para voltar a trabalhar. Meu último trabalho me levou para um deserto infernal por quatro meses, então, entrar em um tanque de água a poucos quilômetros de casa seria uma mudança bem vinda, para dizer o mínimo.

— Bom, chegou o piloto de velocidade, Ace. — disse Ron King, o diretor, saindo de seu carro esportivo vermelho rubi. Ele caminhou até a frente do Lamborghini e deu um tapinha apaixonado. — Então você é um dos vinte sortudos que colocou as mãos sobre esse cara. Você vai me deixar levá-lo para dar uma volta?

— Sobre o meu cadáver.

— Justo. Vou matá-lo nos primeiros dez minutos do filme. — Ron me deu um sorriso e apertou minha mão. Ele é mais baixo do uns oito centímetros, com o cabelo vermelho desarrumado que ele mantém escondido debaixo de um boné, além de usar uma camiseta com os dizeres do que ele realmente quer dizer, a de hoje é: Sou alérgico à estupidez. Eu respondo com sarcasmo.

— É bom ter você de volta a bordo. — ele disse. — Não tenho certeza se conseguiríamos sem você, mas não deixe que isso suba à sua cabeça. Nós até colocamos apenas os M&M verdes em seu trailer.

Eu dei um sorriso torto e não consegui me impedir. — Você não soube, Ron? Eu prefiro Skittles atualmente. Sabe, o com o sabor de arco-íris.

Ron gemeu e abriu a porta para o estúdio dezesseis. — Jesus. Entre, você é um bastardo frutado. E cuidado com os marinheiros.

— Oh, eu pretendo. — Respondo com uma piscadela, entrei, onde cerca de trinta cadeiras foram colocadas em um círculo, quase todas já ocupadas. Considerando que a maior parte do elenco morreu no último filme, nós iríamos trabalhar com novos atores, então hoje nos daria uma boa sensação do que esperar um do outro. Comprimento alguns que conheço pelo nome e, em seguida, Ron pediu que todos se sentassem.

Quando eu coloquei a minha bunda na cadeira mais próxima, tomei um gole de água da garrafa em minha mão e então meus olhos pousaram na figura alta que caminhava em direção ao círculo. Com um jeans preto e um Henley cinza justa que mostrava seus músculos esguios, eu diria que o cara quase teria minha atenção - se não pelo fato de que ele é o mesmo idiota que eu quase atropelo alguns minutos antes. Algo sobre ele parecia vagamente familiar, mas com seu boné puxado em seu rosto, eu não consigo distinguir bem quem ele é. O cara pegou a última cadeira vazia diretamente na minha frente e olhou em volta do círculo enquanto rolava o roteiro em suas mãos.

Ah. Nervoso. E, do jeito que ele se mantinha, além de não cumprimentar ninguém, ele tem que ser novato. Enquanto continuava a olhar em volta, seus olhos encontraram os meus e os seguraram até levantar levemente uma sobrancelha. Então ele rapidamente desviou o olhar, e Ron chamando a nossa atenção.

Espere um segundo. Eu conheço esse cara...

Depois que Ron deu seu pequeno discurso de bem-vindos e da leitura inicial do roteiro, ele nos faz dar uma volta e nos apresentarmos. O novato tirou o boné e passou uma mão pelos cabelos castanhos, misturando-o em um tipo de estilo desgrenhado, e quando ele olhou para cima, seus olhos perfuraram os meus e minha respiração travou.

Puta que pariu, sentado na minha frente, como se eu o tivesse tirado do outdoor, está Mark Marky.

 

DYLAN


Ele está me observando. Eu nem tive que olhar pelo círculo para saber que Ace Locke está me observando. Eu podia sentir isso.

Isso provavelmente parecia estúpido, mas, a partir do segundo que eu me sentei, a cada minuto que havia passado, os olhos de Ace estão fixados em mim como um fodido feixe de laser. Sei disso porque cada pessoa que se levantava para as apresentações, eu ficava cada vez mais perto de onde Ace está sentado e eu podia vê-lo perto da minha visão periférica, olhando para mim.

Que diabos? Como se eu não estivesse suficientemente nervoso. Ele realmente ia fazer uma cena por causa do que aconteceu lá fora? Quero ter certeza de que essa merda não iria acontecer, porque, do contrário, a minha primeira impressão de um dos meus ídolos iria diminuir rapidamente.

Quando o homem ao lado de Ace levantou-se e se apresentou, eu me perguntei se isso tudo está apenas na minha cabeça. Talvez estou sofrendo de ansiedade no meu primeiro dia e imaginando que Ace está me encarando. Quero dizer, realmente, por que uma das estrelas de elite de Hollywood vai me olhar, de qualquer maneira? A menos que ele planejasse dizer ao diretor que me despedisse... Oh merda. É o que ele vai fazer? Porra.

Eu deixei os meus olhos se moverem para Ace quando o cara ao lado dele - sim, eu não entendi seu nome - sentou-se, antes de Ace dar outro gole de sua garrafa de água e eu fiquei momentaneamente hipnotizado pelo seu bíceps musculoso.

Puta merda. Eu já estive em torno de gente musculosa antes - inferno, Derek, meu amigo e treinador quando está em casa na Flórida, é musculoso - mas esse cara conseguia superá-lo. Na verdade, eu achava que não poderia cercar aquele bíceps com as mãos. Apenas uau.

Quando Ace abaixou a garrafa e se inclinou de lado para colocá-la no chão, ele ergueu a cabeça e definitivamente não estou enganado quando ele prendeu minha atenção desta vez, porque o lado de sua boca se ergueu de forma presunçosa, e o maldito sorriso é como se ele tivesse me pegado... Bem, olhando para ele.

Droga.

Ace levantou-se e colocou as mãos nos bolsos do jeans enquanto olhava em volta do grupo. Então ele soltou um sorriso tão largo e arrogante que você não podia deixar de admirar sua confiança. O cara tinha de sobra.

— Ei pessoal, eu sou Ace. — disse, e não sou o único que, obviamente, pensou que a declaração é redundante, se as risadas e os comentários de não brinca fossem qualquer indicação. Mas Ace simplesmente riu com bom humor e olhou ao redor. — Estou muito entusiasmado com este projeto que estamos prestes a começar, e Ron me disse para me desculpar antecipadamente por matar pelo menos metade de você nos primeiros dez minutos.

— Sim, sim, Ace, tanto faz. — Ron disse.

— Bem, está bem, talvez um terço de vocês. O primeiro filme foi uma ótima experiência, e estamos muito felizes em tê-los a bordo conosco. Não posso esperar para conhecê-los melhor e voltar ao trabalho.

Enquanto ele se sentava, todos aplaudiram e algumas pessoas assobiaram quando a emoção varreu o grupo, e eu acompanhei mecanicamente junto com o resto da multidão, enquanto continuava com os olhos no homem que agora está com as pernas estendidas na frente dele. Quando Ace terminou de ser o centro das atenções, ele cruzou os braços sobre o peito, e me encarou, sim, olhou diretamente para mim.

Ah, inferno. Eu não estou paranoico, ele está definitivamente fixado em mim. Mas tem várias pessoas, e é a minha vez de me levantar e agir como se os olhos do homem que costumava me foder com um brinquedo pensando nele, não estivessem colados em mim porque ele acha que sou um idiota total. Bem, com toda a justiça, agora achava que ele é um arrogante elitista, então eu iria me preocupar com o que ele pensa?

A coisa é, há algo em seus olhos ao me encarar que está mexendo comigo. Eu não consegui identificar exatamente o que é, e não há nenhuma maneira da parte negativa do meu cérebro dizer que o interesse é o certo, porque, bem, simplesmente não é. Mas Ace está me observando como se...como se ele me conhece intimamente.

Ele mordeu o lábio inferior e encarando-me com os olhos encapuzados. E vamos ser honestos aqui, mesmo que ele tenha agido como o maior idiota do mundo lá fora, o fato de que Ace Locke está olhando para mim como se ele quer atravessar o círculo e tirar a minha roupa, me deixou...

— Cara. — o cara à minha direita bateu no meu cotovelo, e eu afastei os meus olhos de Ace para olhar para ele. — É sua vez.

Ah, merda. Meus olhos voaram pela sala, e eu podia sentir o corar na minha pele enquanto a vergonha lavava sobre mim. Todos agora estão olhando diretamente para mim - incluindo Ace. Respirei fundo, perguntando-me de que outra forma esse dia poderia ser mais fodido, e então decidi apenas... Qual é o termo? Finja até você mesmo conseguir acreditar? Eu me levantei e torci o roteiro entre minhas mãos, e então, com toda a falsa bravura que possivelmente conseguiria reunir sob as circunstâncias, me apresentei.

— Oi, sou Dylan e sou novo no ramo dos filmes. — olhei para o elenco e Ron, certificando-me de evitar o contato visual com o homem que me encarava. — Estou realmente entusiasmado por fazer parte desse projeto e meu único pedido é que vocês peguem leve comigo.

Todos riram, e desta vez não consegui impedir meus olhos de procurarem Ace, que está debruçado na cadeira, com os cotovelos apoiados nos joelhos, observando-me atentamente quando ele assentiu e disse:

— Pegar leve, hein? Você deveria ter mantido isso para si mesmo. Agora você chamou a minha atenção.

Ace sentou-se e olhou na direção de Ron, e eu juro, que o meu coração está batendo tão rápido que é um milagre que não podia ser ouvido no silêncio que se seguiu. Ele percebeu o que acabara de me dizer? Que chamei sua atenção; não brinca.

— Mas... Talvez, se você passar na iniciação, vamos pegar leve com você.

Eu apertei meus olhos para o seu rosto arrogante. Jesus, o que diabos isso significava...?

— Uhhh... Que iniciação?

Ace deu uma inclinação arrogante do queixo enquanto olhava para o resto do elenco. — Ele vai descobrir em breve, certo, pessoal?

Todos sorriram para ele como se ele fosse seu maldito herói ou alguma merda do tipo, e tudo em que posso pensar é que quero lhe dizer um sonoro foda-se...

— Obrigado, Dylan. — Ron disse antes de lançar um olhar na direção de Ace. — Comporte-se, Locke.

Ace deu de ombros antes de cruzar os braços e apontar um sorriso impenitente para mim. — Mas, onde está à diversão nisso?

Engoli em seco, e de alguma forma soube que havia muito mais nessa simples afirmação do que os dois minutos de inferno que ele acabou de fazer acontecer.

Bom comportamento não parecia ser uma palavra que andava de mãos dadas com o homem duro, que chegara em um carro que valia mais do que uma casa. E nem pertencia ao homem que voltou a me observar como um rei avaliando sua próxima conquista.


Capítulo 2

HORNY GOAT


DYLAN


Nunca achei que ficaria feliz em ter apenas poucas palavras para gravar no roteiro, mas, depois da manhã que tive, não quero mais atenção focada em mim. Então, quando chegou à hora de dizer as minhas palavras, eu as proferi com tanta convicção quanto possível e tentei continuar, mas minha mente está concentrada na estrela de cinema sentada na minha frente.

Como diabos eu trabalharia com esse cara? E pensar que eu estou realmente animado para entrar nisso. Eu não esperava que fosse me sentir como um novato inábil na escola secundária sendo escolhido pelo quarterback sênior. Melhor, o quarterback sênior quente.

Ace parecia ainda melhor pessoalmente do que na tela grande, e confie em mim, depois que ele me colocou no meu lugar várias vezes naquela manhã, essa não é uma admissão que Quero fazer. Nas últimas duas horas, ele comandou a cena - não só com sua voz profunda e em expansão, mas ele simplesmente tinha esse fator nele. Como eles chamam? Uma presença. Seja o que for, quando Ace está falando, você presta atenção. E quando ele disse sua última fala e as últimas instruções da cena foram lidas, todos gritaram e assobiaram, e a energia no estúdio atingiu seu pico.

— Ótimo trabalho, todos. — Ron disse enquanto se levantava. — Prontos para entrarem no trabalho? — quando um coro de sim surgiu, ele assentiu. — Bom. Temos um horário de filmagem bastante ambicioso, já que estaremos trabalhando principalmente neste estúdio e no tanque, então o tempo e as viagens não será um fator. A maioria aqui estará molhado durante o dia todo, todos os dias, no futuro previsível, então se certifiquem de tomar suas malditas vitaminas e de beber alguma merda de suco verde, por favor.

Houve gemidos após essa declaração, e um brilho diabólico iluminou os olhos de Ron.

— E, por sinal, senhores — ele disse. — Certifiquem-se de verem J.T. antes de saírem hoje. Alguma pergunta?

Sim... Quem é J.T.?

— Tudo bem, até amanhã.

Quando todos se levantaram, eu me inclinei para o jovem loiro ao meu lado e perguntei:

— Quem é J.T.?

— O barbeiro.

— E por que temos que ver o barbeiro?

Seus olhos subiram ao meu cabelo. — Isso tem que ser cortado, cara.

O que... Diabos.

— Você está falando sério? — quando ele assentiu, soltei uma maldição. Minha agente iria ter um ataque de merda.

— Eu sou Russ. — disse o cara, e apertou minha mão. — Não sou tão novato quanto você, mas eu fiz apenas algumas produções indie até agora. Sempre quis trabalhar com Ron.

— Sim, ele parece um cara legal.

— Oh, ele pode ser difícil, mas eu tenho uma bunda dura.

— Qualquer bunda dura parece ter um momento divertido para mim. — eu disse, sorrindo.

As sobrancelhas pálidas de Russ se elevaram e seus lábios curvaram-se. — Você sabe, eu nunca tive queixas até agora sobre a minha bunda.

— Nunca teve nenhuma queixa sobre o quê? — falou uma voz atrás de mim, e eu levantei do meu assento e viro-me para ver.... Foda-me.

Quando Ace olhou para mim com expectativa, meu cérebro apenas decidiu dizer o que quero. Eu já vacilei diante deste cara hoje, e sua opinião sobre mim não iria piorar, então o filtro educado está saindo.

— Nós estávamos apenas falando sobre a bunda de Russ, o que eu tenho certeza que você poderia apreciar.

Pelo canto do olho percebi que Russ ficou boquiaberto, mas o rosto de Ace permaneceu inexpressivo, seu olhar nunca vacilou contra o meu. Sim, eu disse. O elefante na sala. A nova sexualidade de Ace, e eu simplesmente a vomitei.

— Vire-se. — Ace disse, e depois quebrou o contato visual comigo para olhar para Russ.

— Uh... O quê? — Russ gritou.

Ace ergueu com a mão. — Dê uma volta. Você não pode esperar que eu contribua com essa conversa se não estou vendo o seus bens em primeira mão.

Russ hesitou e olhou para mim, e quando eu encolhi os ombros, ele lentamente levantou e deu uma volta.

Ace esfregou o queixo enquanto seus olhos viajavam do alto da cabeça de Russ pelas costas largas e até a bunda em questão. — O que você acha? Danny, não é?

— Dylan.

— Certo, Dylan. Então, o que você acha da bunda de Russ?

Que tipo de jogo esse cara está jogando? — É agradável.

— Agradável? — Ace zombou. — Um cara não quer ouvir que sua bunda é simplesmente agradável. Tente novamente.

— Apertada. A bunda de Russ parece ter um buraco apertado.

— Agora, isso é algo que eu não esperava que você já soubesse, depois de acabarem de se encontrar. — o sorriso de Ace cresceu quando a parte de trás do pescoço de Russ ficou avermelhada. Os olhos de Ace viraram para mim. — E eu diria... Sexy.

Encarando seu olhar de frente, eu respondi:

— Ou dura e firme. Boa para dar uma pegada.

— Dura o suficiente para saltar enquanto...

Russ se curvou tão rápido que tropeçou na perna de uma cadeira.

— Obrigado... Pessoal. Eu tenho que ir ver o J.T agora, mas aprecio o elogio. Elogios. Vejo vocês amanhã. — ele pegou seu roteiro de seu assento e praticamente correu até a saída.

Ace soltou um profundo rumor de riso. — Eu acho que você o assustou.

— Eu? — eu disse. — Você foi o único que ordenou que o cara se virasse para que o inspecionássemos como se fosse um leilão.

— Parece que você sabe algo sobre isso.

Abri minha boca para refutar sua reivindicação, mas depois me lembrei de uma noite anos atrás, quando arrastei Derek até o palco para que pudéssemos angariar alguns mil dólares para a caridade.

Ace inclinou a cabeça para o lado enquanto me estudava. — Interessante. Você se torna mais intrigante com tudo o que você diz. Ou quando não diz, neste caso.

— Eu acho que estou aqui apenas para o seu entretenimento. — eu disse sem hesitação, enfiando o script na parte de trás do meu jeans.

Ace deu alguns passos para mais perto, e embora estivéssemos perto do nível dos olhos, o tamanho dele o deixou parecendo ser bem maior. Ele está me intimidando e o olhar em seus olhos está me paralisando. Fiquei congelado enquanto ele baixava a voz e disse baixo para mim:

— Tenha cuidado ao fazer promessas, Dylan. Eu poderia aceitá-las.

Sei que devo parecer tão atordoado quanto me sentia, porque a boca de Ace se dividiu em um sorriso sensual e ele continuou falando, percebendo claramente que eu não tinha as malditas palavras. Nenhuma. Palavra.

— Você sabe, este pequeno jogo foi divertido e tudo mais, e o traseiro de Russ não é ruim. Mas eu aposto que você usando uma cueca branca Calvin Klein e uma jaqueta de couro quente deixaria o fodido tráfego parado.

À medida que suas palavras se registraram na minha cabeça, eu examinei-as. Uma vez. Duas vezes. E então meus olhos se arregalaram. Não poderia ser....

— É quase uma pena que seus cabelos vão ser cortados; pois eu sempre o imaginei em minha mente desse jeito, assim como naquele outdoor que você ocupa entre a Hollywood e a Highland.

Ele fez uma pausa e depois deu um passo à minha volta, e assim que nossos ombros se tocaram, ele sussurrou:

— Vejo você amanhã, Dylan.

 


ACE


Há algo a se dizer em falar o que lhe dá na telha, eu pensei enquanto saía do estúdio, me sentindo melhor do que eu tinha em meses.

Porra sim, quem teria pensado que Marky Mark vai estar no meu próximo filme? É o destino ou alguma merda assim. Seja como for, não estou a ponto de questioná-lo, porque doce Jesus, Dylan é ainda mais atraente pessoalmente. Ele é....de tirar o fôlego.

Sempre me pergunto qual será a cor dos olhos dele, sempre passo lentamente em frente ao outdoor com o meu carro para verificar, mas wow, eu nunca conseguira chegar tão perto. Seus olhos é um lindo tom verde-mar que é tão incomum que você não podia deixar de encará-los e seus cabelos... É realmente uma pena que ele ser cortado, porque é o tipo de cabelo que você quer agarrar e usá-lo para controlar onde sua boca deveria ir.

E falando de boca..., pensei quando coloquei a chave no meu carro e abri a porta. Dylan tinha uma boca atrevida que quero calar com a minha, apesar de estar cercado por um elenco que eu realmente não conhecia pessoalmente, mas os conhecia de passagem. Ele seria um problema. No curto período de tempo que tínhamos estado na presença do outro, ele me deixou descuidado. O que significava uma coisa - estou fodido.

Eu deslizei no meu banco de carro e, quando minha porta fechou, Dylan saiu do estúdio e me olhou com um jeito curioso. Eu podia sentir o meu pau respondendo sob seu escrutínio, e pela primeira vez em muito tempo eu me sentia consciente do que alguém pensava em mim. Quero saber exatamente o que ele está pensando naquele momento.

Ele está impressionado com o meu carro? Ele achava que sou quente? Ele gostava dos meus filmes... Sério? O que eu sou? Uma garota de doze anos?

Eu liguei o carro, e quando a música explodiu dos alto-falantes, eu vi Dylan rolando os olhos. Sim, tudo bem, esse cara ia ser uma conquista dura. Espere um segundo... Uma conquista? Quando eu tinha me importado com o que alguém pensava sobre mim?

Pressionei o botão da minha janela e, quando o vidro baixou, Dylan veio andando em minha direção. Quando ele chegou ao lado do carro, ele parou e inclinou-se, e deu uma espiada dentro do carro. Então ele ergueu uma sobrancelha como se não estivesse completamente impressionado.

— Tente não passar por cima de mim na saída, sim? Seria uma vergonha dar uma amassada nesse carro, depois que você quase me atropelou mais cedo, não concorda?

Atrevido é exatamente a palavra certa para Dylan, porque eu não conseguia pensar em outra alma fodida que teria bolas para dizer isso apenas a centímetros do meu rosto. E inferno! Isso só me fez querê-lo mais. Concentrei-me naquela boca inteligente e acenei com a cabeça. — Eu concordo.

Os lábios de Dylan se contraíram e ele se inclinou, passando os dedos ao longo da borda do carro enquanto caminhava, e eu poderia jurar que o ouvi dizer:

— Especialmente desde que eu estou usando sua Calvin branca favorita... coisa quente3.

 


Mais tarde, cheguei ao Temescal Canyon Park para me encontrar com Kenny, meu amigo e treinador. Com as cenas de ação exigentes para Insurrection 2, é imperativo que eu mantenho a melhor forma possível, o que significava horas extras na academia e, esta tarde, uma caminhada até o cânion. Eu passei na minha casa para mudar rapidamente de roupa e trocar de veículo, e quando eu parei o meu Range Rover preto na vaga ao lado do Jeep de Kenny, eu o vi encostado no porta-malas com os braços e os tornozelos cruzados, esperando por mim.

Quando eu saí do carro, Kenny disse:

— Cara, você apareceu. Estou começando a pensar que você tinha sido sequestrado.

Caminhei até a parte de trás do carro e, quando ele ergueu a mão para dar uma batida, eu o puxei para um abraço amigável e bati em suas costas. — Pare de reclamar. Você sabe que o tráfego é uma cadela neste horário.

— O tráfego é uma cadela a qualquer hora do dia aqui.

Não é a verdade, mas eu juro que cada ano piorava ainda mais. Parecia que cada pessoa que morava em Los Angeles está na estrada sempre que você está com pressa para chegar do ponto A ao ponto B, e hoje não foi diferente.

— Aww, mas você teve a chance de desfrutar do sol e da natureza.

— Está um maldito calor aqui fora. Não demos mais de três passos e estou suando como se eu tivesse corrido três quilômetros. — Kenny disse.

Três quilômetros, que brincadeira. Se estamos em outro lugar, provavelmente seria entre oito a dez quilômetros, mas não é o que ele tem em mente para nós hoje. Nós vamos escalar uma montanha, e não apenas escalá-la. Este filho da puta vai fazer parar a cada quinhentos metros para fazer algum tipo de flexões intensas que ele havia cozinhado em seu pequeno cérebro maligno.

Olhei para o sol sobre a minha cabeça e, então, revirei os ombros. Kenny é uma tarefa difícil quando se tratava do meu regime de exercícios. Não que eu pudesse criticar o cara, já que ele me manteve no auge de condição física nos últimos cinco anos. Algo que devia estar no topo da minha profissão.

— Quando você se transformou em um bebê, Kenny? Qualquer um pensaria que eu sou o único que está andando na sua bunda aqui.

A testa de Kenny subiu e ele sorriu um pouco. — Realmente, Ace. Agora não é hora para gracinhas.

— Não? Eu acho que sempre deve haver algum tipo de brincadeiras antes que eu esteja prestes a ficar fodido.

Kenny riu e assentiu com a cabeça. — Você está certo, e você me conhece. Eu não pretendo pegar leve com você. Mova esse seu traseiro, garanhão.

Eu o empurrei de brincadeira, e nos dirigimos para o início da trilha. Embora estivesse bem quente hoje, havia vários carros estacionados por perto, então eu me assegurei de puxar o meu boné para baixo o máximo que pude; além dos meus óculos estilo aviador habitual. A vigilância constante com a qual sempre fui submetido nunca está longe da minha mente, então sou sempre cauteloso, mesmo que este não fosse um lugar onde os paparazzi costumassem ficar.

Ahh, a vida de uma celebridade. Tão glamorosa. Quem não iria amar ter alguém observando cada movimento seu, a qualquer hora? Eu adorava o meu trabalho, mas às vezes quero apenas sair para qualquer lugar e pegar um cheeseburger sem que todos se perguntassem se estou comendo para ganhar peso ou se está comendo para apaziguar os meus sentimentos depois de ter o meu coração quebrado. Sério, às vezes eu só quero comer um cheeseburger.

— Então, como foi a leitura do script esta manhã? Você acha que vai ser tão épico quanto o primeiro? Você sabe o que eles dizem sobre as sequências...

— Ei, cala essa boca, idiota. Eu não preciso das suas previsões ruins e fora do universo. Além disso, eu não teria assinado para fazer esse filme se eu achasse que iria dar um chute na minha bunda.

— Touché. — Kenny disse com uma risada. — Falando de chute, faça uma sequência de flexões e me dê vinte burpees4.

Parando, olhei para ele e disse:

— Eu odeio você. E pensei que você deveria saber disso. — então eu caí no chão - sim, ali mesmo, na trilha empoeirada e íngreme - e fiz a combinação de saltos e flexões que é a perdição da existência de cada um que fazia esses exercícios. Depois de vinte, eu dei um último salto e passei minhas mãos na minha calça.

— Cuzão. — eu murmurei quando comecei a andar na trilha, e Kenny riu atrás de mim.

— Água? — perguntou, segurando uma garrafa em minha direção. Eu a peguei e, depois de tomar um pequeno gole, coloquei-a na frente do meu pau para ele pegar. O cara não é o meu tipo, nem mesmo gay, mas se ele tivesse a intenção de aproveitar todas as oportunidades para me atormentar, então eu faria tudo o que estiver ao meu alcance para deixá-lo um pouco desconfortável.

Kenny revirou os olhos e pegou a garrafa de volta. — Tenho certeza de que os paparazzi gostariam dessa foto. “Ace é servido pelo novo namorado no Temescal Canyon”.

— Cativante. Lembre-me de orientar aqueles caras para a nossa localização na próxima vez que fizermos isso.

— Eu prefiro não ser o seu primeiro, mas obrigado de qualquer maneira. — Kenny disse, e então ele afastou os olhos. — Há, uh... Algum cara em potencial nessa lista?

— Lista?

— Ah, dá um tempo, Ace. Nós somos amigos; e podemos falar sobre essa merda. Você não namorou ninguém desde esse truque de publicidade com Shayne, e eu entendi que desde que você está fora do armário agora, você iria... Você sabe...

— Foder cada cara que eu posso colocar minhas mãos?

— Isso é o que faria a maioria dos caras.

— Como você sabe que eu não estou fazendo isso em particular?

Kenny acelerou o ritmo e olhou para mim. — Sério?

— Só porque você não leu sobre isso nos jornais não significa que não seja verdade. Mas não, isso não é realmente a minha. — olhei para trás, por cima do meu ombro, onde ele está comendo o meu pó. — Você vai me empurrar hoje ou eu tenho que escalar essa merda sozinho?

Com um tremor de cabeça, Kenny correu de volta ao meu lado e me cutucou com o cotovelo. — Tudo bem, quem é ele?

— Quem é quem?

— Você pode não ser como os outros caras que admitiram gostar de homens, embora você soubesse que foi foda admitir, então isso significa que você é um tipo de cara que curte namoro e relacionamento. E do jeito que você parece querer cortar meu pau por até mesmo dizer isso, acho que você pelo menos está de olho em alguém.

Foda-se ter amigos que podem ver o inferno através de você. Da próxima vez, eu vou caminhar sozinho.

Quando eu não respondi, Kenny disse:

— Derrame, cara. Ou você pode ir para o chão e me dar mais cinquenta desta vez.

— Jesus. — eu disse limpando o suor da minha testa e pensando no que diabos eu iria dizer. Sim, há esse cara que eu passo para olhar e me masturbar todos os dias, oh, e ele apareceu no meu trabalho hoje, e agora estou tentando decidir como não tê-lo na minha cama até o final do primeiro dia de filmagem.

Talvez os saltos e flexões fossem mais fáceis.

— Olha, não é ainda uma coisa...

— Sei. Sei que...

— Você não sabe merda nenhuma. — eu disse, e então encolhi os ombros. — Há apenas esse cara que eu já vi antes e apareceu na leitura hoje, e Não estou... Esperando, é tudo.

— Oh, inferno. — Kenny parecia cauteloso. — Então ele é o que, um produtor? Um dos escritores?

— Tente modelo transformado em ator em seu primeiro fodido filme.

— Uh... — ele parou e colocou a mão no meu braço. — Você não está pensando em se envolver com esse cara, você está?

O meu pênis não está pensando direito. — Talvez sim. Talvez não.

— Olha, você sabe que Quero que você seja feliz, e sim, quero que encontre alguém, mas... Você sabe o que eles dizem sobre namoro no local de trabalho, cara.

— Então, nós vamos pegar essa trilha ou o quê?

Kenny me deu um empurrão e acenou com a cabeça para o fundo da trilha, onde dois homens com câmeras com longas lentes estão apontadas em nosso caminho. — Não foda isso, é o que eles dizem.

Suspirei e esfreguei a parte de trás do meu pescoço. Considerando que eu já havia dito mais do que deveria na frente de Dylan e Russ, eu não tinha começado exatamente as coisas da forma mais profissional e platônica. Nem tenho certeza de que sou capaz disso com Dylan.

Ele faz sentir imprudente. Ele me faz esquecer que está em uma sala lotada com meus colegas, alguns dos quais eu não conhecia muito bem. Ele me faz esquecer meu papel, e tudo porque ele tinha um rosto que literalmente me perseguiu por semanas.

Não conheço esse cara mais do que um conhecido de passagem, mas no segundo que percebi que é ele, meu cérebro desligou e meu pau ativou.

Como disse... Ele me deixava imprudente.

 

DYLAN


Quando voltei para o meu pequeno apartamento naquela tarde, joguei minha mochila no chão e fui para o banheiro. Eu acabara de deixar o J.T., o barbeiro que cortou meu cabelo para o filme, e estou enlouquecendo um pouco.

Abri a porta do banheiro e parei na frente do espelho. Deus, eu não pensei que isso me incomodaria tanto, mas realmente não quero cortar o meu cabelo. Eu sei que isso parece vaidoso, mas adoro o meu cabelo. Tinha o comprimento certo, um pouco longo no topo, destacando perfeitamente o corte, e agora... Eu tirei o meu boné de baseball e gemi. Agora está cortado estilo Maverick de Top Gun, J.T. assegurou-me. Mas tudo o que vi é os meus cabelos curtos e sem nenhum destaque.

Parecia qualquer outro cara. Normal. Nada sobre mim se destacava e gritava - único. O que é que os fotógrafos e designers quer em um modelo. Eu tinha agora o cabelo castanho curto de todos os outros homens. Impressionante. A minha agente ia ficar louca.

Colocando o boné de volta, saí do banheiro e fui à geladeira para pegar uma garrafa de água. Está quente nessa armadilha de rato pequeno em que morava, e o ar condicionado não está ajudando merda nenhuma. Eu tomei um gole da garrafa e então pensei “foda-se tudo”, tirei a minha camisa, e a joguei na parte de trás do sofá enquanto me jogava nele. O fã oscilando dentro de mim de uma forma vacilante fez-me pensar que eu poderia morrer um desses dias, apenas com um girar dessas engrenagens.

Que dia.

Primeiro dia trabalhando em um filme multimilionário de Hollywood? Verifica.

Quase atropelado pelo cara mais quente do planeta? Verifica.

Chamado de intrigante pelo cara mais quente do planeta? Verifica.

Descobrir que o cara mais gostoso do planeta ficou duro por minha causa? Verifica.

E merda. O que eu deveria fazer com essa informação? Bem, pensei, enquanto pressionava a ereção contra meu jeans, além do óbvio.

Tudo começou a ter mais sentido agora. Ok! Poderia ter sido apenas uma impressão o cara me encarando, apenas uma pura coincidência, e o fato de não estar prestando atenção. Mas a maneira intensa que Ace se concentrou em mim, o jeito que me chamava, fez com que tivesse minha atenção, como se quisesse que o percebesse. E agora sei o motivo. Ele me notou primeiro. E esse fato está explodindo minha mente.

Durante anos, vi os filmes de Ace com Derek e, com certeza, fantasiando sobre o cara de uma maneira que provavelmente não é saudável, e quando tive a oportunidade de trabalhar com ele, eu forcei um pouco a barra sobre isso bem rapidamente. Então, hoje aconteceu. Eu acho que poderia escolher encarar essa situação de duas maneiras.

Uma: uma situação altamente embaraçosa, onde o homem dos meus sonhos, e provavelmente o sonho de todas as outras mulheres e gays do planeta, quase me matou com seu carro esporte esplêndido.

Duas: poderia olhar para ele como se eu tivesse acabado de aterrissar no radar fodido de Locke e eu tinha a sensação de que ele teria dificuldade em me deixar de lado...

Mhmm ok, essas palavras estão fazendo todos os tipos de coisas para mim, mesmo que o cara tivesse lidado comigo no caminho errado. Oh, Jesus, desista. O cara me deixa duro, embora ele tenha verificado o meu traseiro. E o que diabos isso dizia sobre mim?

Sei que Derek iria pirar quando ouvisse sobre o meu primeiro dia, então puxei o meu celular do bolso da minha calça, e antes que eu pudesse fazer a ligação, eu liguei a TV e adivinha de quem é a imagem piscando na minha tela em alta definição.

Ace Locke sem camisa.

Pode ter sido um pouco juvenil da minha parte, mas não vou mentir, quando o nome de Ace apareceu na tela, a ansiedade que costumo ter antes de um dos seus filmes foi aumentada cerca de mil vezes. Quero dizer, Jesus, eu apenas flertei com esse cara. Quero dizer...disse a ele qual roupa interior está usando, pelo amor da porra. E o fato de ele ter dito na minha cara que ele gostaria de me ver nela, me fez acabar desabotoando o botão do meu jeans, pronto para aproveitar o filme.

E então ele está lá. Ace Locke em um calção molhado se agarrando a cada musculatura de suas grossas coxas e.... Ahh sim, a impressionante protuberância entre elas. A melhor parte do maldito filme. Ok, o enredo também é fantástico, mas na verdade, apenas o observava enquanto me deitava, deslizando minhas mãos para dentro da minha calça.

O homem está em alta velocidade em uma lancha deslizando pelas ondas, como um maldito deus Titã vindo para agradar aos mortais com sua presença, como um grande amante de surf, areia e sexo; o seu papel nesse filme é de um agente particular, e o personagem principal é o de Ace. Tanto homens quanto as mulheres até hoje falavam bem sobre esse filme, e a partir daí, o filme teve a atenção de todos.

Já deslizando mais no sofá, passei minha palma sobre minha ereção. Nunca falhou que, com apenas um olhar para Ace, quero gozar em cima de seu tórax. Fiquei envergonhado de admitir que provavelmente eu não durasse muito mais do que cinco minutos assistindo esse filme, mas inferno, não é como se não soubesse que ia terminar bem. Assim, eu tinha ainda algumas horas.

Peguei o lubrificante que ficava debaixo do sofá, e comecei a relaxar, quando o meu telefone começou a vibrar de onde eu o deixara ao meu lado.

Olhando de volta para a TV, sentei-me para dar uma pausa, não estando disposto a perder um segundo do torso nu de Ace na minha tela, e você não podia saber, mas o tórax do bastardo está ocupando toda a tela. Ei, não é um lugar ruim para dar uma pausa, eu considerei as opções.

Eu fiz uma careta para o identificador de chamadas e, antes de pensar melhor, deslizei meu dedo para atender e caí de volta no sofá.

— É melhor ser uma emergência, Ziggy.

Uma risada preguiçosa veio pelo telefone antes de papai responder:

— Por quê, sonho molhado, eu peguei você batendo uma punheta?

Olhei para o lubrificante e então abanei a cabeça. — Ainda não, obrigado por isso.

— Aww, e agora você está todo frustrado. — ele disse. — Posso ouvir sua frustração daqui, jovem. É melhor você parar com isso, ou lhe dará rugas, o que dificulta grandemente sua carreira.

Apesar de tudo, meus lábios se contraíram com falsa indignação de Ziggy. — Sim? A minha punheta épica foi interrompida no início, e eu ficarei com bolas azuis e depois com os cabelos grisalhos. Então, você é o único que está realmente prejudicando o meu futuro.

— Você sabe, se você está tendo problemas para levantar seu pau, posso sugerir alguma erva ou um tônico?

— Ziggy...

— Agora, agora, apenas ouça-me, Daydream. Sua mãe e eu experimentamos há semanas, e funciona como um encanto. Inferno, eu não pude sair da cama no outro dia por doze horas...

— Eu não acho...

— Se você não pode conseguir algo para você, deixe-me saber, e eu vou pedir ao Dr. Faukstein para prescrevê-lo. Você não precisa fumar; Você toma um comprimido, e, em seguida, seu pênis sobe.

Meus pais. Eles são boas pessoas, apenas um pouco... Um pouco demais.

— Obrigado, Zig, vou ver isso. — eu disse. — Falando nisso, como está Sunshine? Recuperando-se do seu passeio com drogas do Kama Sutra?

— Oh, sua mãe está mais quente do que uma grelha de gordura de frango. Seu pai também. De lamber os dedos...

— Sim, tudo bem, é ótimo ouvir isso. Então, há algo que você precisava? — eu perguntei, tentando reentrar na conversa para que ele pudesse terminar, e eu pudesse voltar aos meus próprios orgasmos.

— De fato, existe. O aniversário de Lennon está chegando, você sabe, e ele tem ficado mais quieto do que um rato irritado com algodão quando se trata de ideias para presentes. Tem alguma ideia?

— Ele ainda está na busca espiritual para se encontrar? Talvez você pudesse ajudá-lo com isso.

— Você não deve se divertir nas viagens de outras pessoas, Daydream. — a voz do meu pai tornou-se severa. — Pode chegar um momento em que você também procure por respostas.

— Em vez de presentes, por que você não vai com ele para uma dessas lojas exotéricas que vocês gostam? Limpar as toxinas do mal e outras coisas. Além disso, é um tempo familiar de qualidade, certo?

— Brilhante. — ele disse, e depois acrescentou: — Você quer vir conosco? Quando você volta pra casa?

Boa pergunta. Quando eu cheguei aqui pela primeira vez, tinha sido para um trabalho de fim de semana para a filmagem do anúncio de Calvin Klein que Ace tanto... Gosta. Mas então a minha agente me reservou outro trabalho... E depois outro... E o trabalho foi tão constante que eu deixei o hotel em que estou e decidi alugar um apartamento perto do estúdio. Como aceitei o papel, minha agenda me deixaria aqui por pelo menos mais doze semanas. Eu não reclamava – eu adorava a Costa Oeste.

— Eu adoraria, Zig, mas não tenho certeza de quando eu vou voltar. Estaremos filmando por algumas semanas.

— Meu filho. Uma grande estrela em Hollywood. Você conheceu alguém famoso? Willie Nelson? Carly Simon?

Meus olhos percorreram o tórax musculosos de Ace na tela. Oh, conheci alguém famoso, sim. E é mais do que apenas um conhecido passageiro...

— Não. — eu disse. — Apenas um monte de fotógrafos que você não conhece. E eu surfei um pouco com alguns dos outros caras da agência.

— Alguém chamou sua atenção?

— Você sabe que o meu tipo não são os bonitos.

— É porque você é o bonito. Mas entendi. Tente uma aula de ioga.

Eu revirei os olhos, mas ri. — Você entendeu. Dê a Sunshine o meu amor.

— Oh, eu pretendo dar a ela...

— Ok, e foi bom conversar com você, Ziggy. Falamos mais tarde. — e com uma pressão rápida do botão, joguei o telefone no sofá.

Às vezes me pergunto como diabos eu acabei um pouco normal com os pais que tenho. Bem, o que é normal, afinal? Após a merda que eu tinha passado quando criança, qualquer pai é um bônus. Mesmo aqueles que acreditavam em paz e amor e que cantavam “Kumbaya” em frente à uma fogueira após o jantar.

Olhando para a TV, perguntei se valia à pena tentar novamente, mas depois muita informação de Ziggy, sentia-me bastante traumatizado pelo resto da noite. Pelo menos meu pau está.

Não quis dizer com isso que não posso parar para pensar no meu encontro com o Ace. Ou me perguntar se, onde quer que ele esteja agora, se ele está fazendo o mesmo.


Capítulo 3

GOLPE NA CABEÇA


DYLAN


— Bom, Dylan, agora tente o soco novamente, mas desta vez um pouco mais rápido. Em três. Um... Dois...

No três, eu balancei meu punho na direção de Ângelo, o coordenador de dublês, visando apenas sob seu queixo em vez de entrar em contato.

— Maravilhoso. — Ângelo disse acenando com a cabeça em aprovação. — Faça parceria com Russ e trabalhe novamente nas combinações.

À medida que avançava para o próximo par, eu afaguei os nós dos dedos e fiquei na frente de Russ. É o nosso primeiro dia de ensaio, e nós trabalhamos os socos e chutes durante a maior parte da manhã. Eu nunca tive que fazer esse tipo de trabalho antes - inferno, eu não tinha tentado dar um soco antes, a menos que você contasse o teatro do ensino médio - mas está em forma, cortesia de Derek. Ele se certificou de que eu trabalhasse cada centímetro quadrado da academia que ele possuía em Sunset Cove. Estar juntos sempre foi uma dor na bunda, pelo menos, quando se tratava de comida. Sempre tendo que esgueirar minhas malditas batatas fritas.

— Tudo bem, cara duro. Venha para mim. — eu disse a Russ e fiquei na posição. Então eu imitei um movimento de Matrix e acenei para que ele se apresentasse.

Russ lançou um chute na minha perna, que eu bloqueei, e depois joguei vários golpes. Quando eu retaliei, e chutei um pouco alto demais na parte superior da coxa dele, as mãos de Russ cobriram sua virilha.

— Dois centímetros a mais e você teria me deixado na lona.

Eu não pude evitar - meus olhos foram até onde ele ainda está segurando. — Apenas dois centímetros, hein? Impressionante.

Havia um brilho nos olhos de Russ quando ele sorriu. — Então, eu tenho sido informado disso.

— Ohh, então as meninas estão em cima de você fora do estúdio, hein?

— Não faço questão das meninas.

Ah, agora isso faz sentido. A maneira como ele se assustou depois que Ace e eu o provocamos ontem com o seu traseiro me fez pensar que ele é um cara assustado, mas agora percebi que provavelmente tinha mais a ver com Ace Locke avaliando seus... bens.

Russ passou a mão por seus cabelos recém cortados na parte de trás do pescoço e, quando ele apertou, ele encolheu os ombros e perguntou:

— Isso está bem com você?

— Ei, cara, eu espero que alguns desses caras estejam alinhados lá fora para mim também. — eu flertei um pouco com ele, e quando ele riu, notei que ele parecia um pouco aliviado.

— Uhh... Eu tive a sensação. — ele disse voltando à posição, visivelmente mais relaxado.

— Oh sim? O que me entregou? O fato de eu estar avaliando ontem o seu traseiro?

Desta vez, Russ acenou para mim com o mesmo gesto que usei anteriormente, e então ele deu um sorriso que iluminou o rosto. Huh, Russ é.... Bem, porra, ele é um cara bem interessante. Estou tão preso com a presença do Ace que eu não tinha dado um tempo para realmente olhar para Russ.

— Isso pode ter te entregado. — ele riu. — Agora, pare de apontar para minha perna para que as minhas meninas possam permanecer funcionando, sim?

Eu alinhei o meu corpo, e fiz os movimentos que o coordenador disse para fazer antes de seguir, e depois chutei com a minha perna, conectando-a exatamente no lugar certo, onde deveria.

Russ gritou e saltou nos dedos dos pés. — Veja, lá vai você. Você quase me acertou novamente, assim você não será um profissional em momento algum.

— Uma vez dificilmente conta para ser um profissional. Eu terei sorte se eu não castrar o elenco inteiro antes de começar a produção.

Russ caminhou até mim e bateu no meu ombro. Tínhamos quase a mesma altura e seus olhos castanhos chocolate são quentes enquanto continuava a sorrir. — Bem, se piorar, você sempre pode ficar parado e ficar bonito.

— Ou me matar cedo.

— Não, você não pode morrer cedo, você deve ajudar o Ace Locke — ele disse enquanto gesticulava com a mão como se tivesse visto o nome dele iluminado em um outdoor. — A salvar o dia!

Eu ri da flexão baixa e dramática que Russ acabara de adotar, e depois ficou ao meu lado. — Sim. Bem, talvez devêssemos terminar com isso para que você possa ser capaz de permanecer inteiro.

Russ se afastou poucos passos de mim e assentiu. — Ok. Você está certo.

Mudei para a posição defensiva, ampliando minhas pernas ligeiramente para me aterrar e levantei meus braços com minhas palmas para cima.

— Pronto quando estiver ok.

Os olhos de Russ se estreitaram em mim, e eu podia vê-lo preparando-se para atacar. Mas, assim que o seu braço girou na minha direção, o som dá risada familiar ecoou nas paredes da sala de treinamento, e eu virei à cabeça ligeiramente para ver Ace passando pela porta. No entanto, o movimento foi o suficiente para que o punho de Russ se conectasse com a minha mandíbula assim quando os olhos de Ace trancaram com os meus.

— Oh, merda... — ouvi Russ dizer, mas tudo o que eu poderia concentrar foi à dor que atravessava meu queixo. Mais do que isso, no entanto, o constrangimento de certo alguém me ver derrubado.

Incrível... Apenas fodidamente espetacular.

Mas não estou prestes a mostrar um estremecimento na frente de Ace, então eu me endireitei e mexi a minha mandíbula para garantir que a maldita coisa não estivesse quebrada - tudo bem, um ligeiro exagero – e foi quando Russ correu até mim.

— Desculpe-me cara, mas você se moveu e foi tarde demais para...

Levantando a minha mão, eu disse:

— Tudo bem. Foi minha culpa ter me distraído.

O olhar de Russ passou por meu ombro. — Sim, esse cara é uma distração do inferno, tudo bem.

Ainda mortificado, eu não iria me virar e olhar para o homem que ele está se referindo, eu dei um soco brincalhão em Russ. — Minha vez.

— Você não está planejando um soco de retaliação, está? Porque eu ficaria tentado a surrar a sua bunda, e eu prefiro não ter que fazer isso na frente de todos.

— Mas você ficaria bem com isso em particular? — eu perguntei, e um leve rubor cruzou o rosto de Russ. Então eu flertei um pouco. — Bom saber.

Nós voltamos a nossas posições e fizemos diferentes combinações, desta vez sem contato direto. Mas pelo canto dos meus olhos eu conseguia perceber o que Ace está fazendo na sala. Como não poderia?

O cara se movia com o sigilo e a velocidade de um leão atacando sua presa, que neste caso é Ângelo. Ace não mostrou piedade ao fazer uma série de chutes e socos antes de enfrentar o homem no chão e, foda-se, eu desejo ser aquele que está atualmente preso por baixo dele. Assim que o pensamento brilhou na minha mente, Ace olhou para cima e pegou o meu olhar. O olhar dele é predatório, com fome e tudo para mim. Pelo menos foi o que me deixo acreditar nos segundos em que estávamos conectados. Mas então, o homem que ele colocou no chão conseguiu sair do aperto de Ace, e Ace levantou, erguendo sua guarda contra os ataques. Quando ele pôde virar a mão novamente, Russ deu um assobio e em voz baixa disse:

— Jesus, o cara é uma máquina.

Estou tentando desprender minha língua do céu da minha boca enquanto eu babava nos músculos no corpo construído de Ace, então eu acenei com a cabeça e disse a primeira coisa que surgiu na minha cabeça. — Eu me pergunto se ele é assim na cama?

— Sim, como se pudéssemos descobrir.

— Você provavelmente está certo. — eu disse com um encolher de ombros. Mas inferno, eu certamente gostaria de saber.


ACE


Eles estão me observando de novo. Eu podia sentir seus olhos como se estivessem de pé bem na minha frente ao invés do outro lado da sala de treinamento. Quando eu levantei a cabeça para encontrar seus olhos, o loiro desviou o olhar rapidamente, mas Dylan... Aquele fodido atrevido está me olhando como se quisesse que o colocasse de joelhos e o fizesse chupar meu pau.

E esse é um pensamento tentador. Com seus cabelos agora mais curtos e espetados na frente, isso só acentuava como o cara é impressionante, e chamava a atenção para o maxilar forte e os lábios cheios. Lábios feitos para envolver ao redor do meu pau e me deixar louco.

A dor entre minhas pernas é insistente, e antes de saber o que estou fazendo, tirei a minha camisa. Eu a joguei sobre o tapete, e quando eu olhei para Dylan de forma casual, ele está mordendo o lábio inferior e seus olhos vagavam pelo meu corpo.

Claro que sim. A maneira como está me olhando é com a mesma expressão ousada que ele tinha naquele fodido outdoor. Um homem provocador, e neste caso, quero sua boca no meu corpo.

Antes de me torturar com uma ereção, voltei para Ângelo e revirei o pescoço.

— Isso é tudo o que você tem para hoje? — eu perguntei, precisando de uma distração do homem sexy-como-o-pecado observando todos os meus movimentos.

— Ohhh, olhe quem está todo ousado hoje. — Ângelo disse. — Que tal mostrar a esses caras uma luta de verdade?

— Manda ver.

O rosto de Ângelo se transformou em uma máscara inexpressiva, e então ele se lançou para mim, como alvo o meu pescoço. Quando peguei seu braço, entramos em uma série de socos, cada um lutando pela vantagem. Ele sempre me deu uma luta justa, nunca me incomodando em abrandar, o que eu apreciava quando precisava trabalhar alguma frustração.

O braço de Ângelo enrolou no meu pescoço por trás e sua boca está no meu ouvido. — Mantenha seus olhos no alvo, Ace, e não no traseiro quente atrás de mim.

Afastei-o e empurrei-o. — Que porra você está falando?

Ele riu. — Você acha que eu não vejo você olhando por cima do meu ombro, mas eu vejo. Eu odiaria ter que derrubá-lo na frente do seu novo amigo.

— Você pode tentar.

Meus olhos deslizaram por um momento até onde Dylan está observando, e desta vez quando Ângelo se abaixou, ele não atacou minha parte superior do corpo. Em uma jogada surpresa, ele deslizou para o chão e chutou minha perna, e eu caí duro no tapete. Então, ele se inclinou sobre mim, fixando-me com a mão no meu peito, e, com um sorriso vitorioso, disse:

— Checkmate.

Eu resmunguei e afastei-o de mim, e quando estendeu a mão, eu a segurei para me levantar. — Você é um idiota.

Ângelo riu e soltou minha mão, dando um passo para trás para entrar em posição mais uma vez. — Bem, o estúdio não me paga para consolá-lo, querido. Não é minha culpa se um rosto bonito o distrai.

— Jesus, você está com uma boca grande esta manhã.

— Estou errado?

Pelo canto do meu olho, vi Dylan baixando o corpo para se esquivar de um gancho de direita do loiro e quero que meu rosto permanecesse neutro. — Você parece uma menina fazendo fofoca. E eu acho que o estúdio não o paga para isso.

— Eles me pagam para fazê-lo trabalhar. Eu acho que estou bem com o dinheiro que recebo para isso.

Levantei meus braços e me preparei, me preparando para lidar com o cara novamente, quando Ron entrou e soltou um silvo agudo.

— Tudo bem, senhoras, almoço. Preciso conversar com Ângelo. Certifiquem-se de se hidratar bem para que ele possa chutar suas bundas novamente depois.

Um coro de gemidos ecoou em torno do prédio quando os grupos se separaram e todos se dirigiram para o refeitório. Apertei a mão de Ângelo e lhe dei um sorriso afetuoso para que ele soubesse que eu iria derrubá-lo quando voltasse, e depois me encaminhei para onde havia deixado a bolsa que eu havia jogado na cadeira quando cheguei. Fui para o refeitório, e encontrei o recipiente com a minha refeição já embalada da LeanNGreen, e então eu vi Dylan voltando com um prato em uma mão e uma garrafa de água na outra.

Coloquei a minha bolsa no chão e sentei enquanto ele caminhava pelo espaço, e havia algo extremamente atraente na forma como ele segura meu olhar. Não conseguia me lembrar da última vez que alguém mostrara tanta confiança comigo, o que sei que parece egoísta, mas é a verdade. As pessoas geralmente gaguejavam ou fica em silêncio quando se encontra comigo, mas esse cara é tudo sobre intensidade, e merda se isso não está fazendo coisas para minha imaginação hiperativa. Quando ele se aproximou de mim, eu me perguntei se devo levantar, então pensei melhor quando o meu pau começou a latejar de forma constante.

Jesus, como vou manter uma fachada decente em relação a esse cara? Inferno se soubesse, mas eu precisava resolver isso, e rápido, já que Dylan está parado diretamente na minha frente.

— Você não come o mesmo alimento que os outros plebeus? — ele perguntou.

Olhei para o recipiente que está segurando e depois para o frango frito no seu prato. — Bem, você consegue manter suas roupas no filme. E eu gasto a maior parte do tempo sem a minha camisa.

Assim que as palavras saíram da minha boca, os olhos de Dylan se deslocaram para o meu peito ainda nu e o canto de seus lábios se inclinaram, revelando... Maldito inferno, uma covinha que quero lamber.

— Ei, ninguém vai reclamar, eu muito menos. Então, se você tem que comer couve e outras merdas, então tudo bem.

Sei exatamente o que está acontecendo aqui. Dylan está ativamente e abertamente flertando comigo. E, enquanto Quero muito jogar o cara na parede mais próxima e responder colando minha boca na dele, estou bem ciente de que estou cercado de olhos curiosos.

— Uhh, não sou muito fã de couve. — eu disse a ele, e vi seus olhos se estreitarem, sabendo que ele não tinha perdido o fato de que eu ignorara totalmente os comentários de flerte. Tentando manter a conversa tão platônica quanto possível para que meu pau se comportasse, olhei ao redor dele e disse:

— Onde está seu amigo? Vocês não estão mais tão próximos depois que ele socou você na cara?

Uma das sobrancelhas de Dylan se levantou e, em vez de ficar envergonhado, ele transformou o sorriso em uma curva sensual.

— Ele saiu para fazer uma ligação. Mas ainda somos amigos. Afinal, não foi culpa dele. Se eu fosse culpar alguém, seria você. — eu fiz uma careta, e Dylan foi rápido em responder a minha pergunta não solicitada. — Você me distraiu, perdi o foco e ele me pegou no queixo. Da mesma maneira que você acabou em sua bunda.

Minha boca abriu, estou prestes a refutar sua reivindicação quando ele acrescentou com uma piscadela:

— Quer beijar meu hematoma e torná-lo melhor? Eu farei o mesmo por você.

Puta merda. Estou certo quando pensei que Dylan seria um problema, e enquanto eu permanecia sentado lá olhando para ele, meu cérebro está gritando, PARE. Pare com isso agora antes de sair de controle.

Eu levantei para me sentir um pouco mais no controle de meus impulsos repentinamente incontroláveis, mas Dylan permaneceu exatamente onde está, na minha frente, enquanto eu ficava parado olhando para ele, paralisado no lugar de um jeito que me tinha sobre ele. Eu juro que ele é um hipnotizador.

— Eu acho que não é uma boa ideia. — eu disse, mesmo quando meu pau está dizendo sim, e eu me senti um maldito idiota. Eu nunca me senti tão atraído por alguém em toda a minha vida, mas o pensamento de agir sobre isso é absolutamente aterrador. Eu tinha tantos pensamentos em minha cabeça naquele momento, mas a voz mais alta é a do meu amigo Kenny me avisando que tudo poderia dar errado.

Dylan inclinou a cabeça de lado, e quando seus olhos deslizaram pelo meu corpo, levou tudo o que eu não tinha para dar um passo para trás.

— O que não é uma boa ideia? Você beijando minha bochecha ou eu beijando... a sua?

Espertinho, eu pensei, querendo sorrir para ele, mas também sabendo que precisava interromper isso agora mesmo porque ele está... Bem, ele é perigoso.

— Qualquer beijo de qualquer tipo não é uma boa ideia.

Quando os olhos de Dylan se aproximaram da minha boca, percebi que nunca tive tanta consciência de cada batida do meu coração do que estou sentindo naquele momento. Ele nem me tocou e estou mais excitado do que nunca estive na minha vida.

— Mesmo? Mhmm, talvez você esteja certo. Ou talvez... — ele jogou sua garrafa de água no ar, pegou e encolheu os ombros. — Talvez você seja uma merda de um frangote.

Meus olhos se arregalaram um pouco, e o jeito que Dylan me observava, praticamente me fez mover um pouco meu peso. O que ele está me dizendo... E foda-se se não quero levá-lo.

— Você é muito arrogante para um iniciante no set. Você sabe que eu poderia demiti-lo mais rápido do que você poderia pegar essa garrafa de água.

Dylan lentamente recuou e encolheu os ombros. — Você poderia. Mas então você não poderia me olhar o dia todo, e nós dois sabemos que você gosta de me imaginar em sua mente.

Eu gaguejei e rangi os meus dentes, disposto a deixá-lo em paz, mas por alguma razão inexplicável não consegui deixá-lo sair sem dar a última palavra. — É verdade, mas tenho uma grande imaginação. Tenha cuidado, Dylan. Alguém está sempre observando.


Capítulo 4

SAIA DOS MEUS SONHOS... ENTRE NO MEU CARRO!


DYLAN


Foi-se a semana de ensaio, e para minha surpresa, eu sobrevivi. Eu pensei que estava fisicamente preparado, simplesmente mantendo-me em forma, mas uma vez que terminamos esses três dias, e tivemos que reter o que aprendemos e praticar os ensaios de lutas falsas, a merda do meu vigor foi abatido. Graças a Deus, teríamos o fim de semana antes do treinamento recomeçar na segunda-feira.

Eu peguei a minha bebida esportiva, e dei longos goles do líquido. Não é apenas minha sede que me fez avançar para a saída e começar o fim de semana - eu também estou que esperando que alguém se movesse em minha direção.

Depois que Ace encerrou rapidamente o nosso papo no início da semana, eu mantive certa distância, desde que é o que deseja. Ênfase no disse. O que ele fez, no entanto, é uma história diferente. Ele não teve vergonha em me observar quando pensou que não estou olhando, e foda-se se isso não é um golpe para o meu ego.

Alguém está sempre observando.

Essa é a maldita verdade. Eu poderia dizer-lhe onde ele está no ginásio sem sequer virar em sua direção. Como agora. Ele está perto da porta de saída, com a bolsa de ginástica sobre o ombro e conversando com Ron.

Jesus, isso é patético. Apenas vá falar com ele.

Depois de jogar a garrafa vazia na minha mochila para reutilizá-la mais tarde, puxei o zíper e me virei para sair, mas Russ parou na minha frente e eu parei.

— Ei. — ele disse, me dando um sorriso tímido. — Você tem planos esta noite?

— Na verdade, estou pensando que um encontro com a minha banheira e um pacote de sais de banho parece uma boa ideia.

— Oh. Certo. Sim, parece uma boa ideia depois desta semana. — ele disse, e parecia que quero adicionar algo a isso, mas em vez disso, enfiou as mãos nos bolsos e olhou para o chão.

Esperei por ele continuar, mas quando ele não falou, eu disse:

— Então, você tem um encontro quente ou algo assim?

Sua cabeça ergueu-se. — Eu? Uh, não. Nenhum encontro quente, eu só... Bem, meu companheiro de quarto mencionou que há um novo clube que acabou de abrir em West Hollywood.

— Sim?

— Sim. Então, só quero saber se você não está ocupado, e se quer se juntar a mim, mas quero dizer, se você não tiver planos...

— Estou livre amanhã.

— O quê?

— Amanhã. — eu disse com os meus lábios curvando-se. — Se for bom para você.

Algo parecido com alívio varreu o rosto de Russ.

— Seria legal. Sim, amanhã funciona. — então ele tirou o telefone do bolso e me entregou para que eu pudesse digitar meu número. — Certifique-se de descansar — ele disse, e quando minhas sobrancelhas se ergueram com a insinuação em suas palavras, ele corou. — Quero dizer para dançar, não... para outra coisa. Eu vou te ligar.

— Faça isso. — eu o observei quando ele correu pela porta, e foi então que eu percebi que Ace deveria ter saído.

Bem, inferno. Outro momento desperdiçado. Eu dei de ombros e fui em direção à saída, deixando a porta fechar atrás de mim.

— Então, eu também pego o seu número?

Quando me deparei, Ace está encostado ao prédio com os braços grossos cruzados sobre o peito. Um brilho de suor cobria sua pele bronzeada, a maioria eu podia ver através de seu estômago definido. Querido Deus, por que você não poderia me dar esse cara como meu parceiro?

— Você quer o meu número?

— Parece que você está dando seu número livremente, então... — ele encolheu os ombros. — Por que não?

— Ah, ok. Então, isso é sobre você se sentir excluído.

— Não, trata-se de segurança.

— Segurança?

— Bem — Ace disse e esfregou o queixo. — E se houver uma emergência?

Eu ri e balancei minha cabeça. — Sim. Certo.

— Então você vai dar ao loiro o seu número, mas você não vai me dá-lo? Não parece justo.

— Você está me observando?

— Eu não lhe disse, Dylan? — ele disse se afastando da parede e deixando seus braços caírem em seus lados. — Alguém está sempre observando.

Olhei em volta do estúdio vazio e voltei para ele. — Eu não vejo ninguém aqui, então, por que não me pergunta o que você quer realmente perguntar?

— O que o loiro quer?

— Um encontro.

— Então, você vai sair com ele?

— Amanhã. Ele não parece ter a mesma política que você tem quando se trata de beijar. Então, por que não?

— Huh. — Ace jogou suas chaves no ar e as pegou. — Deixe-me te dar uma carona.

— Não, tudo bem.

— Dylan. — ele me fixou com esses olhos azuis intensos, e se esses olhos não me transformaram em uma poça a seus pés, suas próximas palavras o fizeram. — Entre no meu maldito carro.


ACE


Não tinha ideia do que estou fazendo.

Eu tinha. É oficial: Perdi a cabeça.

Mas, eu não conseguia me importar com isso quando Dylan entrou no banco do passageiro ao meu lado e a porta se fechou. O interior do Lamborghini é escuro, mesmo com o sol brilhando. As janelas matizadas e o couro preto davam ao espaço uma sensação íntima que instantaneamente deixou o meu pulso acelerado.

Imaginei como seria ter a liberdade de me debruçar sobre o banco, pegar o rosto dele entre as mãos e esmagar meus lábios contra os dele. Ou passar a mão sobre sua coxa, entre suas pernas e....

— Então... Estou no seu carro. — Dylan disse.

Porra, sim. Ninguém está mais ciente disso do que eu. Bem, talvez Dylan, se a forma como suas pupilas dilatadas fossem alguma indicação. Ele me observou, pacientemente, como se estivesse tentando avaliar o meu próximo passo. Sei que preciso ligar o carro, perguntar a ele onde o carro dele está estacionado e começar a partir daí. Mas nada disso parecia tão importante como estar ao lado dele e realmente viver esse momento. Estou fantasiando sobre esse homem – o mesmo homem que agora está sentado no meu carro por algum estranho toque cósmico do destino - por semanas, e não havia como me precipitar.

— Ei. — Dylan disse. — Posso andar se você mudou de ideia.

Ele se moveu, alcançando a maçaneta da porta, e foi quando aconteceu. Estiquei meu braço e finalmente o toquei.

Até agora, eu tinha sido extremamente cauteloso quando ele está perto, mas não havia nenhuma maneira que eu o deixaria sair do meu carro. E com esse pensamento em mente, apertei o botão na minha chave e o carro travou as portas.

A cabeça de Dylan virou-se, e eu não pude evitar o sorriso que puxou o canto dos meus lábios com a sobrancelha arqueada dele.

— Sério? Você me trancou no seu carro?

— Talvez.

Os olhos de Dylan foram para a minha mão que ainda está em seu braço, segurando-o no lugar, e então ele se moveu, e a maneira como ele me olhou por baixo de seus cílios deixou meus dedos flexionados. Cristo, ele é deslumbrante.

— Você pode soltar... — ele disse com a voz baixa. — Eu não estou indo a lugar nenhum.

A coisa mais inteligente a fazer seria remover a minha mão. Mas oi? Eu nunca afirmei ser um gênio.

— Ace?

Pisquei para Dylan e, quando meu cérebro começou a processar o que estou fazendo, e onde, afastei a minha mão e abri a boca, prestes a inventar alguma desculpa para o meu movimento impulsivo. Foi quando Dylan virou no assento e se inclinou para pressionar um dedo nos meus lábios.

Porra! Oh merda! O que ele está fazendo?

— Ace? — perguntou novamente, e desta vez engoli, não acreditando no que eu estou permitindo. Não fazia parte do esquema. Não é como se estivou saindo ou se estou com a minha calça abaixada. Mas, para alguém que não havia sido tocado do jeito que ansiava por anos, parece que estou fodendo tudo.

— Sim... — eu finalmente consegui dizer.

O sorriso malicioso que dividiu os lábios de Dylan deveria ser aviso suficiente, mas nada poderia me preparar para o homem seguro de si mesmo que parecia bastante confortável em seguir o que ele quer... Sem importar o preço.

— Quantas vezes você foi para casa e se masturbou esta semana? — ele perguntou.

Fechei os olhos e Dylan passou o dedo sobre o meu lábio inferior, separando-o do de cima. Então, ele baixou a cabeça para o meu ouvido e disse:

— Perdi a contagem de quantas vezes pensei em você.

Jesus. Joguei a minha cabeça contra o apoio do banco e não consegui me impedir de passar a palma da mão ao longo do meu pênis duro.

Minha respiração acelerou quando a confissão de Dylan me lavou, mas antes de eu ter tempo para responder, ele está de volta ao lado dele.

— No entanto, eu tenho que lhe dizer, em todas às vezes, sua boca está na minha. — ele disse. — Então, é uma verdadeira vergonha toda essa sua aversão ao beijo.

Ele está falando propositadamente, e quando eu olhei para ele, ele lambeu o lábio superior.

— Você vai me levar para casa agora, coisa quente? Ou você quer ficar aqui um pouco mais?

Quero passar pelo console e calar a boca dele com a minha, mas a realidade é que, embora ninguém estivesse por perto, isso não significava que seria assim, e claramente em relação a esse cara eu não tinha clareza ou bom julgamento.

— Casa? — eu perguntei. — Você não precisa do seu carro?

— Meu carro está na Flórida, então eu venho andando. Eu moro aqui perto.

Assenti com a cabeça e liguei o motor. Enquanto resmungava alguma coisa, Dylan passou a mão na lateral da porta e gemeu. O som é erótico como o inferno, e simplesmente aumentou a dor entre as minhas coxas. É uma linda lembrança de quão desesperadamente quero o homem que está ao meu lado. Quero antes de conhecê-lo. Mas agora, com ele sentado tão perto de mim, é fisicamente doloroso não me aproximar e tocá-lo.

Coloquei as minhas mãos no volante antes de fazer algo estúpido como agarrá-lo, e então me virei para ver Dylan inclinado para frente em seu assento, verificando o sistema de som. Tudo bem, estou seguro o suficiente. Ele gosta do meu carro. Posso falar sobre isso. Não é como se eu não tivesse dado carona aos meus amigos antes. Mesmo que eu não tivesse planejado levá-lo para casa, não havia mal em fazer isso. Não é como estar em um encontro, nada suspeito... Certo?

— Você gosta? — perguntei.

Dylan virou a cabeça para olhar para mim, e seus olhos, aqueles olhos de merda espetaculares, estão iluminados com maldade. — Oh, sim. Eu gosto.

Eu não posso impedir então. Eu ri. Porra! E eu acho que sou confiante. — Eu quis dizer o carro.

— Sim... Também. — ele disse, e então pressionou um botão. A batida pesada de um clássico de rock pulsava nos alto-falantes. — Ahh. Eu adoro essa música! — ele gritou, e a sua mão direita batendo na porta no mesmo ritmo.

Eu continuei com as mãos no volante uns dois segundos antes de perceber que não tinha ideia de onde ele morava. Diminuí o volume, então, quando ele franziu a testa para mim, eu disse:

— Endereço.

— Oh. Sim. — e falou o endereço de um complexo de apartamentos que conheço bem. Inferno, a maioria das pessoas que vinham a Hollywood para tentar sua sorte no mundo da atuação passa algum tempo nesses apartamentos. O engraçado é que eles estão realmente perto. — Sabe, é bem conveniente a distância, não acha?

Quando Dylan sorriu para mim, foi um milagre que eu poderia encontrar a minha língua para perguntar:

— Você mora literalmente a menos de dois minutos?

— Ei, eu tentei dizer-lhe que eu poderia andar.

— Ninguém anda na porra de L.A.

Dylan revirou os olhos e maldição se eu não tivesse a oportunidade e o direito de corrigi-lo.

— Você não me deu exatamente a chance de dizer isso. — ele disse.

Imediatamente protestei. — Você...

— Sim? — ele interrompeu, e alcançou o controle de volume. Eu silenciei a música no meu volante e ele chiou. — Exibido.

— Você poderia ter dito alguma coisa. — eu disse enquanto sentava de volta no assento e colocava meu cinto de segurança.

— Por que eu faria isso quando as coisas ficaram tão... Esclarecedoras?

Eu balancei a cabeça, optando por sair disso. Isso já tinha ido longe demais. Eu já tinha dito e feito coisas que sei que não deveria ter feito, e a coisa mais sábia que eu posso fazer agora é deixar em sua casa e depois ir para a minha casa. Então eu poderia me masturbar pensando nele, assim como ele adivinhou que eu tinha feito todas as noites desde que eu o vi, e possivelmente três vezes por noite desde que eu realmente o conheci.

Porra.

Eu precisava começar a pensar com a cabeça - a sobre os meus ombros - se eu quisesse manter minha carreira intacta. Não perseguia homens que eu não conhecia. A única coisa que realmente sei desse cara é o nome dele. Dylan Prescott. Um nome quente, também. Um nome que se torna cada vez mais fácil de gritar quando gozava em cima de mim todas as noites.

Uma vez que passamos a entrada do complexo de apartamentos, Dylan apontou para o bloco de edifícios à esquerda. — Eu moro ali.

Sua voz percorreu meus pensamentos confusos, e desacelerei o carro e depois parei na calçada. Aguardei o que parecia ser uma eternidade enquanto ele está sentado ao meu lado, aparentemente esperando por algo também. Então ele suspirou e tocou a maçaneta da porta. Quando ele tentou e nada aconteceu, ele olhou para mim e ergueu a sobrancelha.

— Você precisa destrancá-lo.

— Oh. — consegui, e apertei o botão do meu lado da porta. Quando as travas foram liberadas e Dylan puxou a maçaneta, eu me inclinei sobre o banco e peguei o pulso dele, sem querer deixá-lo ir com as coisas tão... Inacabadas. Seus olhos foram para os meus, e sem pensar, eu disse:

— Eu vou dar uma festa na minha casa amanhã à noite. Por que você não passa por lá? Você pode trazer o loiro também, já que muitos dublês e a equipe estarão lá também.

Seus olhos se estreitaram enquanto ele me analisava, e eu me perguntei o que ele está pensando naquele momento. Então ele assentiu.

— Tudo bem, eu vou dar uma passada por lá.

Suspirei, e fiquei estranhamente aliviado por sua resposta, e depois voltei a sentar no meu assento.

— Ok. Aqui. O meu endereço. — eu disse, e tirei um cartão da minha carteira, passando para ele.

— Você tem o seu endereço em um cartão de visita? Isso não parece realmente seguro.

Eu ri e balancei a cabeça, finalmente me sentindo em pé de igualdade com ele. — Não. Você precisa desse cartão para entrar. Eles terão seu nome no portão.

— Ohhh, elegante.

Dylan abriu a porta e depois a fechou atrás dele, e enquanto eu olhava sua bunda pela janela aberta, eu me ouvi dizendo:

— Você não sabe a metade... Te vejo amanhã à noite, Dylan.

E antes que ele posso responder, eu acelero o carro.


Capítulo 5

BASTARDO FRUTADO5...


ACE


É noite do sábado e de onde estou na varanda do segundo andar da minha casa com vista para o mar de pessoas espalhadas abaixo de mim, eu tinha uma visão clara da minha porta da frente e de todos os que entravam. E embora mais de duzentos corpos tenham atravessado essa entrada e agora estivessem cobertos por uma deslumbrante exibição de luzes pulsantes, a única pessoa que eu esperava ver ainda não havia chegado.

— Ace, você está observando aquela porta como um falcão. — Shayne disse enquanto sentava junto a mim com uma bebida em uma mão e me cutucou. E maldição, ela está exalando sexo hoje à noite com uma calça preta de corte baixo, seus longos cachos vermelhos estão presos para deixar as costas nuas. Seus olhos cinzentos brilhavam de curiosidade enquanto me olhava. — Há alguém em particular que você está procurando?

Eu balancei minha cabeça. — Apenas observando as coisas. Falando nisso, Nate sabe que você veio aqui desse jeito? Eu vou ter que colocar meu guarda-costas em você está noite.

— Oh, por favor. Não é com frequência que eu esbarro em todas essas estrelas de Hollywood, então pensei que quanto mais nua pudesse ficar, melhor.

— Uh... — eu olhei ao nosso redor, e quando eu não vi um cara lindo usando suspensórios com o nome de Shayne tatuado em sua testa, eu atravessei a varanda e levantei as minhas mãos. — Onde você disse que Nate foi mesmo? Ele irá aparecer para arrancar as minhas bolas se alguém te tocar esta noite.

— Você gostaria que ele viesse tocar as suas bolas, querido. — ela provocou enquanto sorria para mim. — Além disso, Paige é o meu encontro esta noite, e acho que ela poderia fazer mais danos a alguém do que qualquer cara que eu conheço. Sem ofensa.

— Essa é a maldita verdade. — disse a mulher em questão, aparecendo por atrás de Shayne e me mostrando um sorriso impessoal. — Por que você acha que eu estou de saltos tão altos? São ótimos para esfaquear alguém com eles, se necessário.

— Vê? Ela é sanguinária. — Shayne disse.

— Eu sou. — Paige concordou com um aceno de cabeça. — Eu também sou uma maldita planejadora de eventos, e posso me ofender quando o aniversariante não está no andar de baixo com o resto da festa se divertindo.

— Estou me divertindo. — protestei.

— Besteira. Você parece um rei examinando seus súditos leais e esperando que eles se inclinem e o venerem. Então, me siga e vamos pegar uma bebida?

Em vez de concordar e seguir a liderança, eu peguei o Martini de Shayne de sua mão e dei um grande gole. Quando entreguei a Paige o copo, eu disse:

— Sinta-se livre para recarregar.

A boca dela ficou aberta, e então ela balançou a cabeça. — Eu sempre ouvi coisas tão boas de Shayne sobre esse cara chamado Ace Locke. Ele está aqui? Eu ainda não o conheci.

— Não, eu sou... — olhei para Shayne. — Qual o termo que você usou no outro dia? Um idiota arrogante?

— Você é? — Paige olhou para o meu quadril e fez um movimento com a mão para eu seguir em frente. — Solte-o e deixe-me ver com certeza. Estou familiarizado com muitos, muitos idiotas6 arrogantes. Vamos ver como você se compara.

Levantei uma sobrancelha para a minha organizadora de eventos. — Você sabe, se soubesse melhor, diria que você se afastasse.

— Você ainda pode me dizer isso, mas eu posso conseguir faturar um extra. — Paige disse com um brilho desonesto em seus olhos. — Você sabe, é uma pena que você tenha saído do armário. Eu totalmente teria sido o seu tipo quando você está disponível. Loira, boa constituição física, personalidade brilhante.

— Paige. — Shayne disse. — Você terá que perdoar a minha amiga aqui. Ela vem sem um filtro.

Eu tive que rir da mulher descarada - bem, mulheres, já que Shayne não é uma flor delicada na minha frente. Apontando para Paige, eu disse: — Eu gosto de você. Talvez eu consiga que você organize a nossa festa de Insurrection 2.

Os olhos de Paige se estreitaram. — Talvez eu considere isso.

— Talvez, mas limpe a sua agenda pôr um fim de semana, contando doze semanas a partir de agora.

— Talvez eu seja a organizadora permanente dessa porra.

Com um sorriso malicioso, eu disse: — Prazer em fazer negócios com você.

Shayne olhou entre Paige e eu. — Vocês dois estão bem? Porque eu preciso de detalhes sobre quem eu vou ajudar primeiro. Eu tenho alguns clientes solitários à procura de amor em todos os lugares da sociedade.

— E como um investidor da FelizesParaSempre, Inc., eu apoio totalmente a causa. Vamos ver.... — eu disse, e então apontei para a esquerda, onde um grupo de homens estão reunido com copos de Bourbon. — Ali, você encontrará os importantes: os produtores de alguns dos meus filmes, bem como Ron King, o diretor de Insurrection 2. Na pista de dança parece que há uma mistura de alguns dos meus colegas e membros do elenco, e então, no lado extremo direito, os dublês são os filhos da puta mais loucos que você ainda não conhece. Também conheça o meu treinador e a equipe de efeitos visuais. Aposte neles.

Shayne bateu com o dedo contra os lábios e considerou as escolhas. — Decisões. O que você acha, Paige?

À medida que as meninas mapeavam sua estratégia, eu me afastei, e o meu olhar caiu novamente na entrada da frente.

E assim, meu cérebro informou que eu já havia esperado o suficiente. Vá aproveitar a festa - atravessou a minha mente, a porta abriu novamente, e foi quando eu o vi. É como se a música no sistema de som desaparecesse quando Dylan Prescott finalmente cruzou o limiar e entrou no meu território.

Deus, mesmo que pensasse assim, isso é tão diferente de mim. Eu me sentia possessivo... Ganancioso por seu tempo. Quero aqui, na minha casa. Aqui, no meu domínio, e sei que não tinha esse direito. Na verdade, eu tinha zero direito, considerando que ele havia chegado à minha casa com outro homem. Mas quando tomei nota do que Dylan está vestindo, uma coisa tornou-se óbvia - ele se vestiu esta noite comigo em mente. Porque o homem atualmente em pé dentro da minha porta da frente é uma réplica perfeita da minha fantasia do outdoor.

O cabelo de Dylan é sexy. Mas o que deixou bem claro, é que ele sabe o que está fazendo ao usar aquele casaco de couro perverso, abraçando seu corpo esguio como uma segunda pele. É a mesma jaqueta que usara no anúncio. Sei disso porque o colarinho tinha uma fivela em cada lado do pescoço e, nas minhas fantasias, eu sempre imaginei que ele pairava sobre mim naquela maldita Calvin enquanto eu usava aquela fivela para puxá-lo para cima de mim.

Porra. Isso é tão quente.

Sem perceber o que tinha feito, desci em direção à grade e peguei o corrimão de madeira. Eu segurei meus dedos sobre a superfície lisa, e quando meus olhos se concentraram nos dois homens agora de pé no meu vestíbulo, Shayne parou ao meu lado e disse:

— Ok, o que... Oh, meu Deus.

Não havia como tirar os olhos do meu alvo, então eu simplesmente disse:

— O que está usando o....

— Casaco de couro. — ela deu um suspiro sonhador, e isso foi o suficiente para que eu rapidamente olhasse para ela. — O quê? Você não acha que tenho olhos? Eu também passei por Hollywood e Highland, você sabe. Como no mundo você o encontrou?

Voltei minha atenção para onde Dylan está de pé olhando ao redor da multidão, e quando o loiro tocou na mão de Dylan, Dylan inclinou-se para dizer algo na orelha de Russ.

Eu me endireitei e olhei para Shayne com um sorriso.

— Eu não o encontrei. Ele meio que...me encontrou. — Ela franziu a testa e me inclinei para beijar sua bochecha. — Eu vou lá antes que eu o perca na multidão.

Eu dei um passo para dar a volta ao redor dela, e ela alcançou a minha mão para tocar meu braço. — Ace?

— Sim? — sei o que está por vir antes dela dizer. — Eu sei. Seja cuidadoso. Eu tenho isso. Eu só vou recebê-lo e o seu amigo.

— Eu ia dizer se divirta. — ela disse, me surpreendendo.

— Entendi. Diversão cuidadosa. A primeira palavra não anula a segunda? — Eu perguntei quando eu dei um aceno rápido e desci as escadas.


DYLAN


A casa de Ace parecia uma saída de um filme. Quero dizer, uma puta casa.

Depois que ele me deixou em casa ontem, eu tinha toda a intenção de jogar fora o cartão com o endereço dele. Não havia maneira alguma de levar o meu encontro na festa obviamente desagradável de Ace; estou louco para ir a West Hollywood com Russ. Mas quanto mais eu pensava sobre isso, mais sei que me arrependeria se não fosse. Então, estupidamente liguei para Russ, e enquanto ele está entusiasmado com a perspectiva de entrar na casa e no círculo de amigos dele, acabei ficando preso com o novo compromisso.

O que no mundo estou pensando? Bem, considerando que eu me vestira hoje à noite com a cueca branca mais apertada, e a minha jaqueta de couro do anúncio favorito de Ace; mesmo que ele não soubesse e pudesse ver o que está sob meu jeans, é bem óbvio o que estou pensando.

Merda. Isso é tão diferente de mim. Não sou o tipo de pessoa que está em um encontro com um cara enquanto estou ocupado pensando em outra pessoa. Mas não há uma regra em algum lugar sobre ganhar um brinde de alguém que não lhe é possível? E... Bem, para todos os efeitos, Ace disse que não. Ele é uma estrela de cinema A + na lista.

Então, por que diabos eu fiquei pensando nele ontem à noite, imaginando sua boca na minha e no formato de seus lábios quando passei meu dedo neles?

— Este lugar é insano. Não posso acreditar que todos os fotógrafos estão do lado de fora da casa. — Russ disse, interrompendo meu pensamento, enquanto caminhávamos para o vestíbulo elaborado.

A música é uma batida e as pessoas estão em toda parte, rindo e bebendo, e alguns gritando ao longo da pista de dança, tentando em vão conversar. Fiquei na ponta dos pés, procurando certo alguém na multidão, dizendo a mim mesmo que estou tentando detectar Ace, então eu saberia onde ele estaria quanto decidisse conversar conosco - o que provavelmente ele não faria de qualquer maneira. Quando eu entrei, eu imaginei que ele deveria estar em outro local, porque não havia maneira alguma que uma pessoa podia deixar de notar alguém como Ace Locke, mesmo em uma multidão tão grande. Imaginando que eu estaria com ele eventualmente, talvez... Eu me virei e coloquei minha boca perto da orelha de Russ para que ele me ouvisse e respondi:

— Sim. É enorme. Nunca vi nada assim antes. Eu acho que a maioria dos moradores de L.A. está aqui.

Os lábios de Russ levantaram. — Bem, as pessoas que contam, quer dizer.

Ele provavelmente estou certo, mas a maneira como ele disse, me fez sentir como se fosse um favor. Eu não achava que Ace é assim. Que ele convidava as pessoas para sua casa apenas para ficar bem. Mas fiquei com a boca fechada porque realmente, o que sei? Não é como se eu conhecesse o cara, mesmo que eu tivesse passado os minutos mais intensos da minha vida em seu Lamborghini.

Em vez disso, eu acenei com a cabeça e coloquei minhas mãos nos bolsos, e notei várias pessoas virando para olhar na direção de uma escada arrebatadora onde o homem responsável pela festa está descendo.

Quero dizer que estou tranquilo e nada afetado pela visão de Ace Locke descendo uma escada feita para grandes entradas... Mas estaria mentindo. O fato de ele ter me deixado com água na boca, e quaisquer pensamentos coerentes que eu tinha acabaram desaparecendo. O homem é maior do que a vida. Além de ser fodidamente quente.

— Uau. — Russ disse ao meu lado, e foi um alívio saber que não sou o único que teve uma reação intensa à aparência de Ace. — Imagine entrar em uma festa como a desse cara e saber que tudo é todo seu e que essas pessoas estão todas aqui por você.

Ok, então talvez ele não estivesse tendo a mesma reação que estou. Eu não conseguia tirar os meus olhos de Ace, mas por outros motivos além do que Russ acaba de mencionar. A última coisa em minha mente é imaginar como me sento sendo como Ace. Não, estou muito ocupado pensando como seria sentir o Ace.

Como seria observar Ace descendo sua escada, e conhecer todos os músculos agora envoltos em uma camisa preta confortável, e ele me manter no lugar enquanto me fodia contra a parede do quarto?

Sim, como eu disse, meus pensamentos são um pouco diferentes dos de Russ.

Quando Ace alcançou a base da escadaria, seus olhos encontraram os meus e o calor deles combinava com as chamas que agora estão viajando através de minhas veias. Jesus! Parecia que estou prestes a me queimar, e tudo com um único olhar. Mas não é apenas o visual. É a promessa naquela expressão aquecida, e naquele instante sei - Ace está vindo para mim.

Enquanto ele passava por várias pessoas, Ace sorria amplamente para elas, apertava as mãos, e beijava as bochechas e, cada vez que ele terminava de falar com alguém, seus olhos me procuravam, deixando-me saber sem dúvida que sou o seu destino final.

Avaliei a situação e me perguntei se Russ percebe o que está acontecendo, mas ele se afastou e está ocupado olhando a multidão animada enquanto Ace avançava até onde estou.

Seria sensato pegar a mão de Russ naquele momento e fazer um movimento em direção à outra extremidade, para Ace acreditar que não havia nada entre nós. Mas o pensamento de estar perto de Russ agora parecia errado quando Ace finalmente parou na minha frente.

Deus, Deus. Além de parecer sexy, ele está com um cheiro delicioso.

Abri a minha boca, estou determinado a ser o primeiro a falar, mas nada saía. Então, Russ finalmente se virou, e como se Ace estivesse ciente de que ele precisava estudar seus verdadeiros pensamentos, ele sorriu rapidamente e apertamos as mãos.

— Caras! — ele gritou, e deu um passo à frente, insinuando-se entre nós para nos tocar nos ombros. — Tão feliz que chegaram.

Um verdadeiro ator, eu pensei, quando o que realmente quero saber é o que Ace teria dito e feito, se eu estivesse sozinho com ele. E como não estou, e não havia como Russ suspeitar que o cara tivesse acabado de me perseguir com o foco de um animal com fome.

— Sim, cara. — Russ disse. — Obrigado por nos convidar.

— Não há problema. — Ace disse. Então ele virou a cabeça para que esses olhos azuis encontrassem os meus e ele acrescentou: — Quero você aqui.

O significado privado não foi perdido por mim ou meu pau, mas Russ parecia ignorantemente feliz ao fato de que seu encontro acabara de ser sequestrado. Então, Ace deu um sorriso de lobo e nos encorajou a encarar a multidão.

— Vamos dar uma chance. Eu preciso de uma bebida, vocês não?

Sem esperar por uma resposta, Ace voltou e, quando a multidão se separou para deixá-lo passar, Russ me cutucou para segui-lo. Enquanto Russ seguia atrás de mim, eu deixei Ace nos levar por um corredor que se abriu para uma tremenda sala de estar e cozinha, e eu nem vou fingir que não estou examinando a calça preta de algum designer que Ace usava, e que moldava perfeitamente a bunda dele. Ele está usando roupas pretas como a noite, o que de alguma forma o tornava mais intenso. Quando Ace chegou ao bar, ele levantou três dedos para o barman e depois nos encarou, com o cabelo meio bagunçado e os olhos azuis me perfurando, o cara é magnético.

— Então, isso é uma coisa semanal para você? — eu perguntei quando paramos ao lado dele. — Festas selvagens, pessoas em todos os lugares?

Os olhos de Ace cintilaram. — Prefiro minhas reuniões um pouco mais... Íntimas.

E isso não fez o meu pênis se contrair ainda mais? — Então, qual é a ocasião?

O barman colocou três copos na frente de nós, junto com o que parecia ser sal, bem com um pedaço de limão.

Oh, Deus! Eu tinha uma tendência a ficar nu e a dançar em cima do bar quando a tequila está envolvida, então se é assim que a noite está começando... Merda. Isso não acabaria bem. Nada bem.

Ace nos entregou a dose e disse:

— É chamada de festa de aniversário, e desde que eu sou o aniversariante, você seria inteligente em me deixar ter o meu caminho hoje à noite. — então ele piscou para mim. — Vai!

O significado por trás dessas palavras me fez hesitar por um momento antes de lamber a fodida coisa - é açucarada? - desligue essa porra e tome o maldito shot. A queimadura foi mínima e o sabor doce, e, enquanto Russ colocava o limão em seu copo, ele disse:

— Apenas uma gota de álcool? É uma bebida leve para você, não acha?

Ace deu um sorriso cheio de dentes. — Frutado é o meu sabor de escolha ultimamente, você não sabe?

Eu engasguei, e ambos olharam para mim. — Desculpe, mas esta seria a última coisa que iria relacionar a você.

— Oh... — a sobrancelha de Ace levantou-se. — Pode me esclarecer? Afinal, é o meu aniversário.

Quando ele e Russ olharam para mim com expectativa, eu engoli. Duro. Uh. Duro também é uma palavra que eu usaria para descrevê-lo.... E a dor entre as minhas coxas quando ele está por perto. Mas que diabos eu poderia dizer em voz alta?

A testa de Ace levantou insignificante quando sentiu minha hesitação.

— Não se preocupe com isso. Eu apenas estou brincando com você. — então pegou outro copo do barman e apertou meu ombro. — Desfrute do open bar, pessoal. E talvez pegue algo um pouco mais viril para Russ na próxima rodada de bebidas. — com um meio sorriso maroto, ele se afastou, desaparecendo na multidão.

— Eu vou pedir um shot de verdade. Tequila está bem pra você? — Russ não aguardou uma resposta antes de se debruçar sobre o bar para fazer o pedido.

— Na verdade, eu preferiria a merda feminina. — eu disse, e Russ me deu um olhar interrogativo sobre seu ombro.

— Sério?

— Sim, sério.

Ele encolheu os ombros e mudou os pedidos de bebida, e então se virou para mim. — Eu não quis dizer isso de forma ruim, é só... Quero dizer, nunca imaginei que Ace Locke iria caminhar até um bar e pedir uma limonada.

— Bem, essa é a diferença, então, não é? Ele nem teve que pedir uma, eles só sabe o que ele quer. Essa é a diferença se você me perguntar. Além disso, tem um gosto muito melhor do que essa merda que você está prestes a forçar pela garganta.

— Vou ter que concordar em não concordar com isso. — Russ me entregou um copo e levantou o dele. — Um brinde para as próximas doze semanas, onde estaremos molhados e cheios de marinheiros.

Eu engasguei uma risada antes de tomar o gole. Eu adoraria estar cheio por um marinheiro em particular...

Eu lambi a mistura de açúcar e limão de meus dedos. — Eu estou um pouco pegajoso.

— Foi o que eu disse. — Russ respondeu sem hesitação.

Eu ri novamente.

— Eu pedi por isso. — então eu examinei o lugar, procurando um banheiro. Provavelmente teria que voltar por onde entramos. — Eu vou lavar a mão e já volto.

— Tente não ficar muito limpo. — ele disse, com um brilho nos olhos dele. — Ou perdido...

— Certo. — eu dei-lhe um pequeno sorriso, e quando voltei para a multidão, eu me soltei.

Eu odiava sair em um encontro onde dez minutos depois você sabe que não iria funcionar. E não é como se Russ fez algo de errado. É apenas mais uma sensação, e o fato de ter ostentado uma ereção por Ace, só de olhar para o cara. Isso provavelmente não ajudava em nenhum tipo de sentimento romântico em relação a Russ. Talvez eu mudasse para tequila quando voltasse, apenas para me soltar e passar um bom tempo, sem nenhuma ligação.

Agora, onde diabos é o banheiro?

Uma corda impedia a passagem para o outro lado do salão, e não tive dúvidas de que cerca de vinte outros estão pensando o mesmo. Quando me virei para encontrar outra possibilidade, uma ruiva alta entrou na minha frente.

— Sinto muito. — ela disse enquanto ela se endireitava. — Eu juro que isso acontece o tempo todo.

— O que, entra no caminho das pessoas?

— Sim, na verdade. — ela disse, colocando um fio de seus cabelos encaracolados atrás em sua orelha. — Parece que eu tenho dois pés esquerdos.

— E o seu nome é Grace, por acaso?

Seu rosto se iluminou. — Minha mãe me chama assim. Como você adivinhou?

— Algo que minha mãe sempre diz.

— Uh. Bem, você pode me chamar de Shayne. — ela disse, estendendo a mão, e eu a agitei, mas depois afastei a minha mão.

— Meu nome é Dylan, e desculpe, eu apertei a sua mão, mas ela está meio pegajosa depois de uma bebida no bar.

— Não se preocupe. Então, Dylan... — ela disse, e olhou por cima do meu ombro para a corda atrás de mim. Então ela se inclinou e sussurrou: — Você sabe, há um banheiro no andar de cima, à esquerda, que você poderia usar. Apenas deixe o segurança saber que Shayne Callahan enviou você e você pode subir.

Olhei para a escadaria principal, enrolada e protegida por um grande homem de terno. O andar de cima está vazio, e como a corda não se moveu desde o momento que cheguei ali, tive a sensação de que poderia demorar um pouco. Sim, tudo bem. Dois minutos versus uma meia hora. Não é como se fosse lá para fazer uma rotina de Peeping Tom7. E eu acho que tenho uma boa ideia de quem gostaria de Peeping Tom.

— Obrigado, Shayne, eu aprecio isso. Talvez eu possa vê-la depois?

Seus lábios se inclinaram de lado enquanto ela assentia. — Oh, você pode contar com isso.


Capítulo 6

OBRIGADO POR VIR8...


ACE


Merda. Eu o perdi, pensei, enquanto falava com o meu gerente, Roger Herschman, que continuava falando com entusiasmo sobre o meu próximo projeto e o fato de estar sendo filmado aqui em casa, então estou disponível para qualquer tipo de marketing na imprensa que ele desejasse organizar... Blá,blá,blá.

Honestamente, não estou realmente prestando atenção a qualquer coisa que saía da boca dele, porque estou ocupado observando Dylan e Russ pelo canto do meu olho desde o momento que eu os deixei no bar. Também não está fazendo um trabalho muito bom, até que Roger agarrou meu cotovelo para me apresentar a algum produtor, e eu acabei me virando, então fiquei de costas por alguns minutos, e quando me virei - poof - Dylan tinha desaparecido.

Enquanto eu examinava a área circundante, entrecerrei meus os olhos para ver melhor através das luzes baixas, mas quando meus olhos pousaram na parte de trás da cabeça loira de Russ, onde ele está sozinho, sei que está certo. Dylan definitivamente está desaparecido.

Huh, eu me pergunto para onde ele fugiu? Ele está conversando com outra pessoa? Não me surpreenderia se alguém quisesse sua atenção. O cara é deslumbrante. Qualquer um que estivesse solteiro e possuísse metade de um cérebro tentaria se aproximar dele. E o fato de Russ ter deixado ele fora de sua vista me fez pensar em como ele é inteligente.

Um homem como Dylan Prescott deixado sozinho andando por uma das minhas festas, uma festa cheia de homens de todas as facetas da indústria do entretenimento, é como oferecer um novo pedaço de carne a um bando de animais vorazes.

Dylan não é apenas impressionante, ele é charmoso e, quando sorria, ele brilhava, e é uma presa fácil para o diretor certo, fotógrafo, ou, um homem à procura. Russ seria um merda sem sorte... Mas ele não teria o seu encontro. Qual foi exatamente o motivo pelo qual eu fiquei de olho em Dylan? Ninguém ia roubar o meu presente debaixo do meu nariz no meu aniversário. Eu o fiz, o pré-embalei e mandei entregar à minha porta, por assim dizer.

— Você perdeu alguém?

A voz familiar de Shayne me fez olhar para a minha direita, e havia um sorriso malicioso em seu rosto que me deixou instantaneamente suspeito.

— Talvez...

Ela puxou o meu braço e deu a Roger um pequeno aceno que, em seguida, confirmou meu palpite precoce - ela está tramando algo.

— Então... — ela disse enquanto caminhávamos de forma casual pela multidão, nos encaminhando para a escadaria central da casa. — Poucos minutos atrás, vi um jovem que não deveria subir de jeito algum, encantar com o seu charme e passar por Frank.

Olhei para ela e já sabe muito bem de quem está falando e senti o lado de minha boca se contrair. — Você sabe?

— Mhmm. — ela disse, e depois assentiu. — Você realmente deve conversar com Frank sobre deixar um lindo rosto dominá-lo quando se trata de questões de segurança.

Quando chegamos à base da escadaria, onde meu segurança está de guarda, Frank sacudiu a cabeça e deu um sorriso irônico. — Você está falando mentiras, senhorita Shayne?

— Eu? — perguntou, levando os dedos para o peito. — Nunca.

Uma das sobrancelhas negras de Frank se arqueou e então ele trouxe seu olhar para o meu. — Um jovem recebeu permissão de Shayne Callahan para usar as instalações no andar de cima.

Eu arregalei os meus olhos e encarei a minha amiga australiana. — Ela fez isso?

Shayne assobiou e olhou para o teto, antes de voltar seus olhos para mim. — Não aja como se não estivesse saltando por dentro como uma garota agora mesmo. Suba as escadas antes que o namorado dele perceba que o perdeu.

Shayne está bastante satisfeita com a sua avaliação - no entanto, eu compararia isso com um cachorro rosnando pelo osso. — Ele não é seu namorado.

— Bem, ele apareceu com aquele cara, mas ele não precisa voltar com ele... Se ele sair. — ela disse, erguendo a sobrancelha.

Frank riu e deu um passo para trás para soltar a corda para mim.

— Tudo bem, senhorita Matchmaker. Eu assumo a partir daqui. — eu disse, e passei pela corda. — Obrigado, Frank. Mantenha esta área vazia, sim?

— Você tem isso, chefe.

Cada passo que eu dava nas escadas, meu pulso batia no ritmo da música que explodia através do sistema de som da minha casa. Deus! Estou realmente prestes a fazer isso? E quando chegasse até ele, como faria... Como iria agir?

O que exatamente quero que acontecesse agora? Eu não tinha a mínima ideia, mas quando passei pelo corredor sombreado em direção à ala esquerda da casa, vi Dylan saindo de um dos banheiros. Ele fechou a porta atrás dele, e só devido à luz baixa dos spots da parede que eu podia ver sua silhueta. Ele ainda não tinha me notado. Ele está olhando para um quadro que eu havia adquirido recentemente, e quando ele se aproximou da arte na parede, tomei um tempo o observando.

A três passos de distância do meu quarto, está o homem com quem eu fantasiava em várias ocasiões. Ele está tão perto do único lugar que eu o quero... Eu não o deixaria fugir.

Ele não percebeu enquanto avançava, pois seu foco ainda está na pintura, então, quando eu parei ao lado dele e me encostei contra a parede, ele se assustou.

A mão de Dylan passou por seu coração. — Jesus, você me assustou.

— É a pintura ou o artista que o deixou tão intrigado? — eu gesticulei para a pintura, e quando ele não respondeu imediatamente, perguntei: — Aqui em cima, sozinho?

— Sim, eu só precisava lavar as mãos da sua bebida frutada, e Shayne disse que podia subir; então se é um problema...

— Minha... Bebida? — olhei para a calça dele e então sorri de volta. — Bem, ainda não é um problema, mas ainda dá tempo de ser.

Seus olhos se arregalaram, e então um sorriso lento atravessou seu rosto.

— Verdade?

Eu inclinei minha cabeça novamente para a pintura, e quando dei um passo na direção dele, ele deu um passo para trás.

Pequena provocação.

Seu olhar ficou confiante e ele disse:

— O que o faz pensar que eu escolheria entre um ou outro?

Oh, maldição. Essa resposta perfeita deixou o meu pau em modo latejante, e dei tudo de mim para não ajeitar com a mão a ereção que eu agora estou ostentando. Eu dei outro passo à frente... E ele recuou. E me perguntei se ele percebeu que mais um passo dele para trás, e ele estaria no meu quarto. Bem, onde eu o quero.

— E você? — ele perguntou. — É melhor dando do que recebendo?

— Ainda não me deparei com isso. — respondi honestamente, continuando a avançar. — Mas você poderia me convencer, já que estou aberto à persuasão.

Dylan parou e me olhou com curiosidade. — Você está cheio de surpresas, se isso for verdade.

— É verdade.

— Uh. Eu não teria adivinhado... — suas palavras pararam quando ele percebeu que ele está em frente a um quarto. E não apenas em qualquer quarto. — Este é....

— Meu quarto? Sim. — eu disse, colocando minhas mãos nos meus bolsos. Merda. Agora que eu o tinha onde queria, não tinha certeza do que fazer com ele. Ok, ignore isso - sei o que quero fazer, mas minha experiência limitada nessas situações me fez sentir de repente... Nervoso.

Um sorriso de gato Cheshire atravessou o rosto de Dylan quando ele se moveu em volta de mim. — Seu quarto, hein? Se fosse o meu quarto, eu não tenho certeza se eu iria sair.

Você não precisa, foi o meu pensamento imediato, mas eu apenas mordi o interior da minha bochecha enquanto eu o via caminhar em direção à porta. Talvez não tenha sido uma boa ideia. O que diabos estou pensando em trazer esse cara que eu mal conhecia para o meu quarto e... Dylan abriu a porta.

Oh, porra.

Então ele se virou para mim, furtivo como uma pantera no quarto escuro. A única luz vinha por trás das cortinas na parede mais distante e, enquanto não é suficiente para ver a cor dos olhos dele, é mais do que suficiente para ver quando ele lambeu o lábio inferior quando parou na minha frente.

— É este o seu plano? — ele perguntou com a voz baixa e rouca. — Convidar-me... Para o seu quarto...

Meu coração batia acelerado e eu até poderia ter respondido a essa pergunta se ele não estivesse batendo tão forte, e quase desejei isso, pois todos os meus pensamentos fugiram do meu cérebro. Especialmente quando ele se inclinou como se estivesse sussurrando no meu ouvido, suas palavras uma respiração sedosa no meu queixo.

— O que acontece depois? — Dylan tocou a fivela do meu cinto, e imediatamente abaixei a mão.

— Espere um segundo. — eu disse, e podia sentir meu peito apertando com a implicação do que está prestes a acontecer. Jesus! Quero tanto isso, tanto, mas, ao mesmo tempo, estou completamente aterrorizado.

— Não. — Dylan disse afastando a minha mão. Travei minha respiração enquanto ele deslizava o dedo sobre a fivela mais uma vez. — Não dessa vez. Você tem um hábito desagradável de começar as coisas e nunca acabar com elas, Ace Locke.

Seu tom provocador me fez querer beijar o sorriso do rosto dele, mas estou preso entre todas as coisas que quero fazer e tudo o que sempre me mantivera afastado.

— Como ontem no seu carro. Você me encurrala em algum lugar e depois parece pensar melhor. — quando Dylan inclinou a cabeça para o lado, ele deslizou os dedos na fivela e deu um passo para trás. — Por quê?

Seus dedos haviam congelado no lugar, e sei que se eu quisesse que alguma coisa além disso acontecesse, eu precisava dizer algo - e rápido. Então eu disse a primeira coisa que me veio à mente:

— Porque você faz eu me esquecer de mim.

Claramente, essa resposta está mais do que certa, pois o homem cujos dedos agora apertavam o topo da minha calça continuou se movendo para trás, desta vez me trazendo com ele até suas costas estarem contra a parede do meu quarto e eu estar agarrando-o.

— E isso é ruim? — ele perguntou e mesmo na escuridão do quarto sei que seus olhos estão nos meus.

— Não... — eu disse, e tomei uma respiração instável antes de admitir: — É uma coisa perigosa.

— Então, isso... — Dylan tocou no meu cinto. — Seria muito perigoso.

Eu amaldiçoei em voz baixa enquanto ele puxava meu quadril mais perto, e sua outra mão foi para o lado do meu pescoço. Seu polegar roçou meu lábio inferior, e instantaneamente me lembrei da primeira vez que o vi, o mesmo polegar escovando seu lábio e soltei um suave gemido.

— Apenas um gosto. — ele sussurrou, sua cabeça se inclinando contra a minha. — Isso não seria muito perigoso. Certo? — ele não esperou que eu respondesse antes que sua boca tocasse a linha do meu maxilar. Quando segurei a respiração, ele deu beijos leves no meu pescoço, e eu tive que colocar uma mão na parede para me estabilizar.

— Eu acho que seria muito perigoso. — eu disse, mas não me afastei. De jeito nenhum eu iria algum lugar, não importava quantas bandeiras vermelhas estivessem acenando, me dizendo que estou indo longe demais. Quero isso, eu o quero, e só o próprio diabo poderia me afastar dele.

Os lábios de Dylan deixaram meu pescoço e ele se afastou para me olhar nos olhos. — Então me pare.

Eu balancei minha cabeça. — Não.

 


DYLAN


E lá está, a luz verde que eu esperava. Sem outra palavra, tirei meu polegar do lábio inferior de Ace e abaixei as minhas mãos até o cinto dele. Mantive meus olhos presos aos dele, enquanto continuava lentamente a tirar o cinto de couro até que cada extremidade estivesse pendurada.

O som de Ace recuperando a respiração curvou meus lábios em resposta, é bom saber que eu fui o único que causou isso.

— Quer que eu pare? — eu perguntei, mas estou bem ciente que se Ace quisesse que eu parasse, suas mãos estariam nas minhas, impedindo-as. Como não está, seu braço ainda está apoiado na minha cabeça e o outro está se movendo para o meu rosto. Quando seus dedos roçaram o restolho da minha mandíbula, ele não foi o único a ter sua respiração falhando, porque porra, Ace está me tocando. Na verdade, me tocando.

— Essa sua jaqueta. — ele disse, e então passou os dedos na fivela no colarinho.

— Sim...? — eu consegui dizer.

— Já esteve no meu quarto antes.

Eu fiz uma careta, e Ace enrolou os dedos em torno do colarinho puxou-a gentilmente. — Sério?

— Sim, naquela cama, na verdade.

Jesus, por favor, Deus, deixe-o estar dizendo o que penso que está.

— No entanto — Ace continuou. — Você costuma usar muito menos roupas quando está pairando sobre mim nessas fantasias.

Porra, sim. Minhas mãos se moveram para o botão de sua calça e, enquanto eu deslizava o zíper, eu o vi morder seu lábio inferior. Ah sim, Ace quer isso, quero que sua fantasia se tornasse realidade, e estou mais do que disposto a dar isso a ele. Na verdade, está ansioso para isso.

Foda-se o fato de ele ter uma casa cheia de pessoas lá embaixo.

Desabotoei lentamente a calça e o cinto que pendia o suficiente para separasse o tecido para mim, e quando ouvi um suave sopro de ar escorrer seus lábios, meu pênis latejou.

— Eu estou? E o que costumo usar quando estou na sua cama? Se for algo mais do que um sorriso, então você precisa repensar, porque não consigo imaginar estar perto de você em uma cama e não estar nu em cima dela. — quando a última palavra saiu da minha língua, coloquei minha mão dentro de sua calça e rocei minha palma ao longo de sua ereção. O gemido torturado que o deixou depois fez com que seu quadril flexionasse, e meus dedos se curvassem ao redor do algodão macio.

Eu arqueei a cabeça para trás na parede enquanto ele se agarrava ainda mais em mim. Então ele trouxe os dedos que estão acariciando o couro da minha jaqueta até o meu queixo e manteve meu rosto cativo quando ele se inclinou e os seus lábios roçaram levemente os meus.

— Você vai ser um problema.

Eu flexionei os meus dedos em torno de seu eixo rígido e sorri. — Eu espero que sim.

Então, como se tivéssemos nos soltado das algemas que nos seguravam, nossas bocas colidiram em um beijo cheio de calor, sexo e urgência. Abri-me para ele imediatamente, separando meus lábios para a língua dele mergulhar dentro da minha boca, e foi como provar um tipo de afrodisíaco. Porque nesse mesmo segundo, senti como se pudesse foder por horas. Quero esse homem com todas as fibras do meu ser, e quando o sabor doce e picante do limão atingiu minha língua, eu gemi e apertei minha mão, massageando o pênis de Ace através de sua boxer.

Porra, o homem sabe beijar. Estou em choque por ainda não me derreter no chão aos seus pés. Sua língua se enredou com a minha quando ele ficou mais duro na minha mão, e eu me afastei brevemente para puxar sua calça e boxer por seu quadril. A ereção longa e grossa de Ace surgiu livre de seus limites, e o tamanho e o calor dele me deixou com água na boca.

— Deus. — eu disse, e os olhos de Ace se concentraram em meus lábios enquanto eu corria minha língua através deles. Seu aperto na parte de trás do meu pescoço aumentou, e ele me puxou para frente, mas antes que as nossas bocas se encontrassem novamente, eu sussurrei contra seus lábios. — Quero fazer você gozar.

— Sim. — ele sibilou, enquanto minha mão se enrolava em seu pênis e o meu polegar circundava o pré-sêmen na cabeça inchada.

— Diga. — eu disse, e mordi seu lábio inferior. — Diga que você quer que eu faça você gozar. Diga-me que você precisa disso.

Enquanto eu acariciava o comprimento dele com as duas mãos, Ace ofegou e sua cabeça caiu para trás.

— Dylan... — ele gemeu, mas essa não é a resposta que Quero ouvir. Parei todo o movimento e esperei as palavras mágicas.

Com um rosnado frustrado, Ace ergueu a cabeça, os olhos brilhando, e então agarrou as fivelas da minha jaqueta de couro, me puxando para frente até que estivéssemos nariz a nariz.

— Quero... Eu preciso, porra... Que você me faça gozar. — e então seus lábios roçaram os meus, e ele sussurrou uma palavra que disparou diretamente para as minhas bolas. — Por favor.

Nenhum de nós se segurou enquanto nossas bocas se encontravam novamente, e quando Ace me empurrou de volta contra a parede, ele aprofundou o beijo e minhas mãos começaram a se moverem em seu eixo rígido.

Deus, eu o quero. Em cima de mim, dentro de mim, seu corpo cobrindo cada centímetro do meu. Sua ereção pesada enchendo a minha boca...

Com esse pensamento em mente, suguei sua língua, engolindo seus gemidos enquanto seu quadril se movia na minha direção, seu pênis deslizou suave entre o aperto de minhas mãos.

— Jesus Cristo. — ele raspou, e seus esforços ficaram irregulares, instáveis.

— Ainda não. — eu disse, bombeando-o mais devagar. — Coloque suas mãos na parede.

Ele não lutou, mas colocou as mãos na parede em cada lado da minha cabeça. O seu pescoço está esticado, e quando uma gota de suor escorreu de sua têmpora até a bochecha, eu passei a minha língua para pegá-la. Quando engoli o gosto salgado dele e me inclinei para trás, ele me olhou com olhos pesados, e pensando em fazê-los rolarem de prazer, eu fiquei de joelhos.

— O que... Você não precisa...

— Shhh — eu disse, puxando a cabeça para trás para olhar para ele enquanto deixava o seu pênis mais duro, mais rápido. — Eu te disse. Quero um gosto.

Quando eu envolvi meus lábios em torno da cabeça de seu pau, Ace soltou um gemido alto e uma das mãos pega a parte de trás da minha cabeça. O júbilo que saiu da sua boca me encurralou, e depois de provocá-lo com a língua, levei-o completamente na minha boca.

— Oh, Deus. — um estremecimento sacudiu o corpo de Ace, e eu alcancei sua bunda e o segurei contra mim. Não havia maneira alguma de deixá-lo ir, não antes do gosto dele bater na parte de trás da minha garganta.

Quantas vezes eu sonhei com isso? Muitas vezes para contar, mas nenhuma dessas fantasias é comparada com a realidade. Os ruídos tensos saindo do homem sexy acima de mim, a sensação de sua mão na minha nuca e a vulnerabilidade que sei sem dúvida que esse homem tinha, é algo raro para ele, mais do que eu jamais poderia imaginar. Se eu pudesse ter um gosto dele, depois de ter adorado o altar de Ace Locke por tanto tempo, eu não hesitaria.

— Se você não parar... — Ace advertiu, mas isso só me estimulou, e quando seu pau bateu na parte de trás da minha garganta e começou a se afastar, apertei meus lábios em torno de seu comprimento grosso e senti o primeiro jato quente de esperma acertar a minha garganta. Engoli com avidez cada gota que ele me deu, e as mãos de Ace estão na minha jaqueta, me puxando e me empurrando contra a parede. Seu beijo é faminto, e a luxúria que eu senti ao fazê-lo se provar em meus lábios foi esmagadora. Mas, esta noite não é sobre mim. Não dessa vez. Mesmo que eu esperasse e pedisse a Deus que houvesse uma próxima vez.

Enquanto minhas mãos percorriam seu corpo, sentindo a suavidade da pele debaixo de sua camisa, Ace mergulhava mais fundo, seu beijo, um agradecimento e uma promessa. E quando ele se afastou, a expressão em seus olhos dizia uma coisa: até a próxima vez.

E eu tive a sensação de que eu iria contar os minutos até então.


Capítulo 7

SOMENTE UMA GRANDE OPORTUNIDADE...


ACE


Ainda são sete e meia e estou meio adormecido depois de ficar sentado para fazer maquiagem e cabelo durante quase três horas. Jesus, essa é a única parte do meu trabalho que eu pode prescindir. Se arrumar todo antes de cada cena. E continuou por horas, literalmente, mas as pessoas são agradáveis e isso me deu tempo para estudar o meu script.

Hoje é o primeiro dia no set, e a emoção é contagiosa, vibrando em torno do estúdio e dos atores. Quando cheguei mais cedo, a equipe me mostrou o meu trailer privado e fiquei feliz em encontrar a minha pequena lista de pedidos em ordem, incluindo a grande jarra de M&M verde, Ron é um maldito espertinho.

Eu joguei minha bolsa em um canto e tomei um momento para me controlar. Hoje seria a primeira vez que veria Dylan desde... Bem, desde que eu tive o meu pênis entre os seus deliciosos lábios. E de alguma forma eu teria que encontrar uma maneira de ficar ao lado dele por horas a fio e não pensar nisso.

Sim, seria uma tarefa fácil.

Então, está com a maquiadora, olhando para o meu reflexo enquanto Trudy adicionava os toques finais para equilibrar meu bronzeado, imaginando onde Dylan está e por quanto tempo eu conseguiria vê-lo. Foda-se, eu precisava me concentrar nas minhas falas, e não no paradeiro de um colega de trabalho.

— Um pequeno passarinho me disse que você teve um aniversário maravilhoso no fim de semana passado. Deve ter sido difícil apagar aquelas trinta e três velas.

À medida que as palavras de Trudy ecoavam pelo meu cérebro, eu tive vergonha de admitir que são poucas as pessoas que eu me lembrava na festa, e assim, eu voltei a imaginar Dylan de joelhos com a boca cheia de... Porra!

— Olá? Não me diga que adormeceu, marinheiro.

Levantei os olhos para encontrar os dela no reflexo enquanto recomeçava a admirar sua obra.

— Hmm... Levante, levante. Quero ver você de pé. — ela riu quando eu lentamente me levantei, dominando sua baixa altura. — Eu poderia me acostumar a emitir esses comandos. Se eu pedir-lhe para cair e fazer...

— Eu vou te dizer o que eu digo ao meu treinador.

— O que será? — ela perguntou.

— Eu te odeio?

— Aww... Isso não é amigável. — ela caminhou ao meu lado e pegou a roupa pendurada no gancho. — Ah, sim, você ficará bem, meu amigo. Agora vá se vestir. Você estará pronto em breve.

Peguei a roupa com ela e fui em direção à porta. Ao abri-la, o sol da manhã já está brilhando, e sei que não tinha muito tempo antes que a maquiagem começasse a derreter. Eu precisava me mover rápido.

Desci os dois degraus e, quando me virei na direção do meu trailer, foi quando o vi. Cristo, minha imaginação não tinha feito justiça com o cara, porque maldição, Dylan usando o branco da Marinha é suficiente para me tornar totalmente inútil. Totalmente, fodidamente, inútil.

Dylan já é um sonho molhado em roupas casuais, adicione calça branca perfeitamente adaptada em cada músculo esguio de seu corpo, e uma jaqueta militar primorosamente pontuada com botões dourados no centro e seu quepe enfiado debaixo do braço, e ele é perfeição absoluta. Enquanto ele vagava ao lado de Russ, ele riu de algo que o loiro fala para ele, e quando os lábios de Dylan se curvaram e suas covinhas apareceram, senti meu coração começar a acelerar.

Como eu conseguiria olhar para ele o dia todo? E o mais importante, como eu devo lembrar as minhas falas quando estou tendo problemas para lembrar o meu próprio nome?

Quando os dois se aproximaram, Dylan virou-se para olhar para frente, e quando ele me viu de pé, um sorriso lento dividiu os seus lábios.

Deus. Apenas um sorriso... E já estou de volta ao meu quarto com ele, e sei que o que aconteceu lá não está apenas na minha cabeça. Ele sentiu isso também.

Quando os dois homens pararam na minha frente, Russ deu um sorriso e manteve os braços abertos ao seu lado. — Então, o que você acha, comandante?

De alguma forma, consegui afastar meus olhos de Dylan para dar a Russ uma varredura. — Não é ruim para um oficial mesquinho. Nada mal.

— Obrigado. Acho que estou bem. Quero dizer, ninguém pode parecer tão bem como esse garoto bonito aqui ao lado, mas podemos pelo menos tentar.

Olhei para Dylan, cuja sobrancelha se arqueou. — Menino bonito, hein?

Russ deu de ombros para Dylan, então piscou para ele. — Ah, sim, Dylan é um modelo antes de experimentar um estúdio de filmagem. Ele ainda tem um outdoor em Hollywood.

— Sério? — foi minha pergunta automática, e eu poderia jurar que eu peguei um pingo de água na bochecha de Dylan. Então, novamente, poderia ter sido suor. De qualquer maneira, não consegui me impedir de verificá-lo atentamente antes de falar novamente. — Eu acho que você pode estar certo, Russ.

Dylan balançou a cabeça. — Tenho certeza de que uma vez que eu colocar as roupas, ninguém vai me notar.

— Mas, e se caminhasse nu, alguém notaria? — as palavras saíram da minha boca antes mesmo de pensar nelas, é exatamente o que Quero dizer quando digo que me faz esquecer.

Em torno de Dylan, a provocação é fácil, o sentimento é certo, mas não tinha o luxo de dizer o que sento. Eu tinha que pensar constantemente. Tinha que ficar constantemente ligado. E não podia me entregar, o que acontecia quando estou perto desse cara.

Sorte a minha que Russ não pareceu estar muito atento ao que estava acontecendo naquele momento, porque ele soltou uma risada alta e me bateu no ombro. — Com certeza, se você andasse nu, todo mundo saberia. Sem ofensa, Dylan. Mas o Ace chamaria mais atenção que você, com certeza. Ele provavelmente terminaria na capa de todas as revistas do planeta.

E não é essa a maldita verdade? Com esse lembrete relutante de como a minha vida está sob o microscópio, eu dei um passo atrás tanto física quanto mentalmente, e me recriminei por meu comportamento imprudente. A noite de sábado tinha sido um movimento descuidado, e embora o homem que agora me observava através de olhos cerrados é tudo que posso querer, eu sei que tinha que ser inteligente. Eu tinha que pensar com clareza, o que é quase impossível em sua presença.

Fiquei de lado e avancei para o meu trailer, fazendo um gesto para a minha roupa com um aceno de cabeça. — Certo. Eu vou me trocar antes que a minha maquiagem escorra por meu rosto. — Disse, e mesmo para os meus próprios ouvidos, meu tom é desprezível e, a julgar pela confusão no rosto de Dylan, a mudança no meu humor foi óbvia. — Eu vou ver vocês lá dentro.

Enquanto eu andava até o meu trailer, eu poderia ter jurado que o ouvi dizendo:

— Você não acha que eu o chateei novamente, não é? — E, embora eu estivesse curioso para saber quando ele achou que havia me irritado pela primeira vez, Não havia como esperar para ouvir a resposta de Dylan.


DYLAN


Havia passado poucas horas sem nenhuma ocorrência e, enquanto empilhava no meu prato um sanduíche e salada de frango, eu fiquei maravilhado com a forma como posso trabalhar com tal apetite simplesmente esperando a próxima cena. Aparentemente, as palavras “se apresse e espere” são frases comuns aqui, e preciso acostumar, já que a maior parte do tempo é usada em iluminação que dispara a cada dez segundos com Ace entrando em uma cena.

Eu não tinha certeza se esse filme é para mim. Eu preferia apenas entrar, fazer o trabalho e sair, mas eu tinha que admitir que não é tão terrível. A visão de tudo é bastante surpreendente, e pela visão, quero dizer, observar a figura imponente que acabara de entrar no refeitório.

Quando eu o vi saindo do trailer de maquiagem, ele parecia bom o suficiente para comer - novamente - mas porra, realmente havia algo sobre um homem de uniforme. Eu teria que adicionar isso à minha lista de fantasias no quarto de Ace.

Ele está rindo com o diretor enquanto levava um recipiente de almoço para uma das mesas, e é um lado tão diferente de Ace depois com a conversa com Russ, onde tinha o encontrado antes do tiroteio ter começado horas atrás. Algo que Russ tinha dito durante aquela conversa parecia ter feito Ace recuar naquela concha e foda-se se fosse deixá-lo ficar lá dentro. Não depois do que aconteceu no sábado. Eu ainda podia sentir a suavidade de veludo de seu pênis na minha boca, e me fez morder um sorriso no momento secreto roubado em seu quarto.

Depois de voltar para a festa e me juntar a Russ, Ace e eu não nos falamos, mas a forma como tínhamos trancado os olhos várias vezes, deixou o meu maldito estômago revirado como se fosse uma garota de quinze anos com uma paixão súbita. Isso aconteceria de novo? Ou foi a forma como ele se fechou esta manhã um sinal de que ele se arrependeu?

Só há uma maneira de descobrir.

Caminhei para onde ele está sentado em uma mesa vazia, e sozinho, e coloquei a minha bandeja na frente dele.

— Ei. — eu disse, então me sentei e mexi no meu sanduíche.

Ace olhou ao nosso redor e então me deu um olhar cauteloso. — O que você está fazendo?

— Comendo. — eu disse, erguendo o meu sanduíche.

— Sim, mas por que você está fazendo isso aqui?

— Porque está vazio. Por que, essa mesa é reservada? Apenas grandes astros?

Ele curvou uma sobrancelha. — Não.

— Ah — eu disse, balançando a cabeça. — Então, apenas idiotas, então. Bem, eu realmente não sinto vontade de me mover, então... — eu dei outra mordida no meu sanduíche e dei um sorriso.

Os ombros de Ace pareciam relaxar, e ele abriu seu recipiente pré-embalado com peitos de frango, couves e batatas doces.

Eu enruguei o nariz. — É isso que o seu chefe faz você comer todos os dias? Ele deveria ser demitido.

— Alguns de nós não podem se dar ao luxo de comer nada além de carboidratos — ele disse, olhando o meu prato.

— Então, apenas proteína? — eu disse, dando um olhar de duplo sentido. — Bom saber.

Ace esvaeceu e tomou seu tempo cortando sua carne, obviamente evitando meu olhar.

Jesus, ele acha que eu vou falar sobre o que aconteceu na frente de todos ou algo assim?

— Ei. — esperei até que ele olhou para cima. — Isso foi uma piada. Você pode rir. Não significará nada se você quiser. — Quando ele não disse nada e empurrou um garfo de couve na boca, eu suspirei. — Eu não vou dizer nada. E ficar sentado aqui conversando comigo também não fará com que ninguém suspeite de nada, então, por favor, pelo menos, você pode se divertir com as minhas piadas?

— Eu faria se você fizesse alguma.

Estou prestes a dizer algo igualmente idiota, mas então Ace olhou para cima, e havia um brilho nos olhos dele.

— Você é um merda. — eu disse, e isso finalmente o fez rir.

— Eu posso ser.

— Porque você pode?

Ele encolheu os ombros. — Porque isso afasta as pessoas.

Bem, isso foi honesto. — Você está tentando me dar uma dica?

— Isso implicaria que eu deixei você entrar em primeiro lugar.

— Você não deixou? — Disse, sorrindo, e então balancei minha cabeça. — Desculpe, às vezes o filtro não funciona.

— Isso é o que eu tenho medo. — Ace tomou um gole de sua água e olhou por meu ombro, e foi quando isso me atingiu. Ace está com medo. Este homem construiu uma barreira, mas não está pronto para mostrar a ninguém, ao mundo ou a mim, quem ele é realmente.

E foda-se se eu deixaria isso parar.

— Você gosta de salmão?

Seus olhos se dirigiram para o meu. — O quê?

— Salmão. Peixe. Você gosta?

— Sim. Por quê?

— Disseram-me que eu faço um salmão assado com crosta de amêndoa muito bom, então talvez você possa dizer ao seu chefe a receita para você está noite.

— Você está... — ele olhou em volta e baixou a voz. — Como um encontro ou algo assim?

— É mais fácil cozinhar para dois, e eu me sinto mal por você. Você é um pobre homem privado, e ainda tem que engolir frango seco e couve pela... — eu tive que me impedir de dizer boca sexy como o inferno e, em vez disso disse: — Garganta.

— Eu não tenho um cozinheiro chefe. — ele disse, e cortou seu frango com o garfo. — E eu não acho que seja uma boa ideia.

— É apenas um jantar...

— Eu disse não. — Ele disse rapidamente, com uma quantidade surpreendente de força por trás de suas palavras. No entanto, eu logo soube o porquê, quando Ron tomou assento ao meu lado, junto com o diretor de fotografia.

Como todos começaram a falar sobre a seca ou alguma outra merda, fiquei em silêncio e me perguntei o que diabos fazer agora. Os olhos azuis de Ace se dirigiram para o meu, e havia uma expressão suplicante neles, e então, tão rapidamente, ele desviou o olhar.

Ace parecia ser um homem de contradições, e, se tivesse que adivinhar, ele está em guerra consigo mesmo. Faz tanto tempo que estive em torno de alguém que não está completamente aberto em relação a sua sexualidade, que eu não tinha certeza de qual seria o próximo passo, ou mesmo se haveria um próximo passo. Mas, enquanto eu olhava para o homem atraente na minha frente, eu sei que não está disposto a desistir da promessa de algo, mesmo que isso significasse me esconder nas sombras e esperar que ele me procurasse. Porque meu instinto me dizia que tudo o que está acontecendo entre nós ainda não terminou.


ACE


Mais tarde, eu invadi a geladeira para comer algo além de cenouras enquanto meu gerente, Roger, falava no meu ouvido.

— Sim, entendi que é um bom negócio financeiramente, mas não vou apresentar um maldito anúncio de cremes para hemorroidas. Essa merda não vai acontecer — eu disse. — Eu nunca mais faria um filme do xou a voz. separavamme ede novo.

Eu afastei o telefone do meu ouvido enquanto ele tentava me convencer que valia a pena e o anúncio só seria executado no exterior.

Jesus, talvez eu precise de um cozinheiro chefe, pensei, enquanto olhava as minúsculas refeições pré-embaladas e os recipientes de vegetais. Eu chutei a porta e disse:

— Roger. Não estou fazendo isso. Agora, o que mais você tem para mim?

Quando ele falou sobre um lançamento de Vodka em Las Vegas, e que pediram para participar, eu me animei. — Eu farei isso. Coloque no calendário.

Sentando-me na bancada na ilha da cozinha, tentei ignorar a última vez que eu bebi Vodka e com quem tinha tido isso. Meus olhos se aproximaram do local onde o bar improvisado havia ficado durante a festa. Eu não podia culpar as gotas de limão pelo que aconteceu mais tarde no meu quarto, e mesmo assim não me arrependi, mesmo sabendo que é a impressão que eu tinha dado a Dylan anteriormente. Foda-se, sei que estou sendo um idiota, mas não conseguia me abrir para o cara, porque sabe que nunca ficaria satisfeito com o pouco que poderia ter dele.

— Ace? Você está me ouvindo?

— Sim, Roger, entendi. Vegas em três semanas e um comercial para a Rolex.

— Eu gostaria que você realmente reconsiderasse o....

— Eu tenho que correr, e foda-se as hemorroidas. — eu disse, e depois finalizei a ligação jogando o telefone no balcão. Estou tão malditamente irritável, e enquanto eu permanecia sentado na minha casa vazia de oito quartos, fiquei aborrecido porque esta é a primeira vez que o vazio está se traduzindo em solitário.

Maldito Dylan. O cara tinha ficado totalmente na minha cabeça. Ele e a oferta dele para me fazer um jantar não só deixou o meu estômago grunhindo, mas também me fez ficar sentindo pena de mim mesmo. Olhei para onde está o telefone em silêncio zombando de mim. Porque armazenado dentro dele, sob o nome falso de D. Prescott, o número do homem que eu estou tentando não querer ligar.

Isso é ridículo.

A razão pela qual eu saí do armário publicamente é para poder ir atrás de alguém que Quero, não é? Alguém que não consigo parar de pensar? Alguém como Dylan?

Sim, isso é ótimo na teoria. Mas, como Kenny e até Shayne, me lembra constantemente, que sou um farol agora, enquanto todos aguardavam aquele primeiro homem no meu braço, aquele primeiro beijo clicado pela câmera - também não estou preparado para dar isso a eles, mas em breve. Se a imprensa soubesse o que aconteceu em uma casa cheia de pessoas na noite de sábado, eles teriam entrado em um frenesi. Mas eles não sabe. Então, por que eu ainda hesitava?

Peguei o telefone e abri as informações de contato de Dylan. Respiro fundo fiquei surpreso ao notar que minha mão está tremendo, então fiz a ligação e depois fechei o punho, lembrando que não havia nada de errado em ligar para o cara.

Quando o telefone tocou, fechei meus olhos e esperei e, considerando o quanto quero desligar logo após o segundo toque, é um milagre que ainda estou com o celular quando finalmente a ligação foi respondida.

— Olá. — Dylan disse, e mesmo aquela saudação simples deixou o meu coração acelerado e minhas palavras ficaram presas em algum lugar na parte de trás da garganta. Quando o silêncio se estendeu entre nós por mais alguns segundos, Dylan disse novamente:

— Olá?

Sabendo que precisava dizer alguma coisa ou ele provavelmente desligaria, eu consegui extrair o nome dele dos meus lábios. — Dylan?

— Uh, sim. Este sou eu. Quem... — Dylan parou e, como se uma lâmpada tivesse acendido, sua voz voltou ao telefone, e está divertida. — Não pode ser quem eu acho que é....

Absorvi as palavras enquanto elas permaneciam no ar, e quando ficou óbvio que não estou prestes a dizer nada, Dylan continuou.

— Porque se for quem eu acho que é....então eu faria algumas perguntas que ele precisaria responder antes de desligar.

Eu me levantei e agarrei a parte de trás do meu pescoço. Não quero que Dylan desligasse, mas ao mesmo tempo, se eu incentivasse as perguntas, eu iria me abrir para mais do que estou disposto a responder? Ah, foda-se.

— Eu penso que isso depende de quem você acha que está falando, certo? — eu ouvi uma voz forte pelo telefone e depois um palavrão antes de ficar em silêncio e Dylan riu.

— Eu suponho que sim. Eu não gostaria de dizer algo altamente inapropriado para qualquer um. No entanto, se fosse a pessoa certa...

Quando cheguei às portas de vidro que levavam para o meu pátio, olhei para o deque da minha banheira de hidromassagem e imediatamente tive uma visão do homem com quem está falando. — E quem seria a pessoa certa?

Dylan suspirou no meu ouvido, e o som enviou uma emoção deliciosa até as minhas bolas, e depois acrescentou: — Oh, eu posso dizer. Ele está com os cabelos bem aparados, e possui grandes músculos e uma espécie de atitude louca. Ah! E ele seria alto...

— Quão alto? — interrompi.

— Mm... Eu ia dizer tão alto quanto eu. Do mesmo nível de Ace Locke? O conhece?

Eu não pude parar o sorriso que curvou minha boca, e nem o flerte. — Sim, acho que sim.

A risada de Dylan é despreocupada pelo telefone e invejo a facilidade com que ele poderia ser quem ele é.

— Então, sim, se você fosse todas essas coisas, então você seria a pessoa certa com a qual eu poderia ser inapropriado.

— Bem, graças a Deus, considerando que eu sou a pessoa cujo pau você chupou no sábado à noite. — eu disse sem nem pensar nisso.

— Oh, olá Ace que conheci na festa de aniversário no quarto dele. Você sabe, estou pensando quando ele iria aparecer novamente. Ou, pelo menos, me ligar. Falando em me ligar...como exatamente você está me ligando? Se eu me lembro, não lhe dei o meu número e, como você apontou tão graciosamente, minha boca estava ocupada na última oportunidade que tive para conversa em particular.

Abaixei minha mão da parte de trás do meu pescoço e rearranjei a ereção que eu podia sentir endurecendo dentro do meu jeans.

— Eu... Uhh... — porra, estou realmente prestes a admitir isso? — Talvez eu tenha dado uma olhada na agenda de Amy.

Houve uma pausa, e eu me perguntei se Dylan está prestes a dar um discurso sobre a privacidade dele e como eu acabara de invadi-la, mas em vez disso, ele riu.

— Estou tentando decidir se está cruzando uma linha ou encantado que se deu o trabalho de roubar o meu número da agenda da assistente de produção.

Eu poderia dizer que Dylan está se divertindo muito com isso, me cutucando um pouco depois de eu ter sido, reconhecidamente, um idiota para ele hoje cedo.

— Você sabe, você poderia ter me pedido. — Dylan disse, e eu pude imaginar sua boca sorridente enquanto ele dava um de seus sorridos brilhantes.

— Eu lhe pedi — lembrei-lhe. — Mas você está ocupado trabalhando duro para conseguir esse encontro.

— Ha! Você está brincando certo?

Estou me divertindo imensamente enquanto caminhava para o meu sofá de pelúcia extragrande e me sentava. Então eu tirei meus sapatos enquanto Dylan continuava falando no meu ouvido.

— Eu não joguei muito para consegui-lo desde que conheci você. Mas... Se você quiser falar sobre o quão duro eu estive desde que conheci você, essa é outra história.

Havia aquela liberdade, aquela falta de filtro, e mais uma vez encontrei-me desejando que eu posso dizer o que quero sem pensar demais em todos os detalhes que saíam da minha boca.

— Uh-oh. Eu fui muito longe? — Dylan perguntou. — Desculpe, é um hábito desagradável.

Eu balancei minha cabeça, odiando que estou muito consciente de mim, e que agora está tomando consciência do seu maldito eu.

— Não. Não se desculpe. — eu disse a ele, e soltei um suspiro frustrado. Por que isso não poderia ser fácil? Deveria ser fácil, certo?

— Ace?

— Sim, desculpe-me. Eu só escapei por um minuto.

— Tudo bem. Não quero deixar você desconfortável. Eu só está brincando. Mas estou falando sério sobre o hábito desagradável. Minha família é muito... Diferente, muito mais aberta sobre as coisas do que a maioria das famílias seria. Eu acho que você poderia dizer que sou um subproduto disso.

Isso chamou minha atenção em um instante. Foi a primeira vez que Dylan me oferece qualquer tipo de informação pessoal, e sou ganancioso por qualquer coisa que pude aprender sobre ele.

— O que você quer dizer que eles são diferentes? Você parece muito normal para mim.

— Por favor, pare com os elogios. Você vai deixar a minha cabeça inchada.

Eu revirei meus olhos em sua tentativa deliberada de duplo sentido com as minhas palavras. — Você sabe o que Quero dizer. Você não é....

— Uma celebridade mundialmente famosa que é perseguida por centenas de pessoas onde quer que eu vá?

— Certo, inteligente. Eu quis dizer é que você é muito... Confortável, consigo mesmo. Você é gentil e amigável, feliz...

— Ace? — Dylan interrompeu.

— Sim?

— Pare de falar. Você está me fazendo parecer um garoto de dez anos.

Eu ouvi outra rodada de trepidação, e em vez de tentar corrigir a minha aparente falta de habilidade de flerte, perguntei:

— O que você está fazendo?

— Estou cozinhando. — ele resmungou. — Ou tentando. Não consigo achar o maldito pote do meu macarrão.

A palavra macarrão fez meu estômago resmungar em protesto. — Isso foi cruel. Você sabe o que eu como aqui, e agora você vai esfregar na minha cara o fato de que você está prestes a comer macarrão? Você é um homem cruel e horrendo, Dylan Prescott. Estou morrendo de fome.

— Ah, lá está. — ele disse com triunfo. — E você está certo, isso foi um pouco cruel. Mas para que fique claro, Quero ter em mente uma pista de quando se trata de você. Você quis dizer que está morrendo de fome por comida ou...?

— Comida. — mas porra se meu pau não estivesse interessado na opção ou. — Eu quis dizer comida.

— Oh, bem, não se atreva a se queixar disso, coisa quente. Eu ofereci fazer uma refeição. E, honestamente, se eu estivesse aí, você não iria morrer de fome por comida ou a outra coisa de que não estamos falando.

Não brinca. Eu duvidava que ele chegasse a cozinhar se ele estivesse aqui. E esse pensamento me fez deitar no sofá e pressionar a ereção na minha calça.

— Ace? Onde você foi? — Dylan perguntou. — Tente não se achar muito. Eu só quero usar sua cozinha insana, e não usar o seu pênis.

Deixei de respirar e ri. — Mentiroso.

— Se você não acredita em mim, experimente.

Fechei a minha boca antes de lhe dizer exatamente o quanto eu gostaria de fazer exatamente isso. Acariciando o comprimento rígido entre minhas pernas, eu disse:

— Essa não é uma boa ideia.

— Eu já escutei isso de você, mas parece que eu tenho perda de memória em curto prazo. Você poderia explicar por que não é uma boa ideia novamente?

Depois de olhar para o relógio, sentei e coloquei meus cotovelos nas minhas coxas, ignorando a dor no meu pau. — Olha, está ficando tarde, então eu tenho que desligar.

— São oito horas.

— E nós temos uma tomada as quatro e trinta.

— Sim, ok, velho. — ele disse. — Então, eu armazeno o seu número? Ele ainda não está salvo no meu celular.

— Não.

— Não? — ele riu. — Bem, então você vai me ligar de novo?

— Não.

— Mentiroso.

Sim, considero minha falta de autocontrole quando se trata do cara, ele provavelmente está certo. Não quero que ele saiba o efeito que tem sobre mim. — Desfrute do seu macarrão.

— Eu planejo saborear cada mordida. Talvez lamber o prato depois. No caso de você ter esquecido, sou muito bom com a minha língua.

— Jesus. Vá cozinhar o seu maldito alimento.

— Até amanhã, Ace.

— Sim, sim. — e antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa tentadora, eu encerrei a ligação.


Capítulo 8

MANTENHA SUAS MÃOS PARA SI MESMO...


DYLAN


— Hey, Dylan, me espere. — Russ gritou depois que a filmagem terminou, enquanto eu descia os degraus do trailer.

Eu levantei os olhos para ele e ergui minha mão para bloquear o sol dos meus olhos enquanto ele vinha na minha direção. Seu cabelo e rosto estão recém-lavados, todos os vestígios de produtos de maquiagem e cabelo desapareceram, e eu tive que admirar a boa aparência do jovem. Não tínhamos muita chance de conversar durante os intervalos curtos do almoço, e apesar do meu pau não ter pulsado chamando a atenção quando está por perto, ainda gostava da companhia dele.

Ha um grupo de caras com quem eu tenho estado na Califórnia, mas o problema de viver em uma cidade tão grande é que você pode contar com cerca de duas horas de trânsito longe de qualquer pessoa em qualquer momento. E com o meu cronograma atual, não há tempo para uma vida social.

— Russ hey, cara. — eu disse quando ele correu para mim. — Que gancho bom aquele.

— Merda, eu tive que fingir bater nesse cara, umas quarenta e cinco vezes. Não consigo levantar o braço. — ele riu e tentou levantar o braço antes de deixá-lo cair de lado.

— Sais de banho em uma banheira quente deve ajudar com isso.

— Eu acho que sei o que vou fazer esta noite. Diga, você quer pegar algo para comer primeiro? Ouvi alguns dos caras dizerem que há um assado muito bom do outro lado da rua.

— Ah, sim? — eu considerei sua oferta. Por um lado, o bife e a conversa pareciam ótimos, mas a última coisa que Quero fazer é sair com esse cara. Eu olhei para baixo e passei uma mão pelo meu cabelo, tentando decidir a melhor maneira de abordar o assunto.

Ah, inferno. Melhor apenas dizer na cara. Eu o olhei nos olhos quando eu disse:

— Escute Russ... Eu adoraria fazer isso, mas eu tenho que ser direto com você. Eu não estou realmente querendo começar algo agora, e seria errado da minha parte não ser sincero com você antes que isso evolua.

Russ piscou para mim, e então abanou sua mão, como se estivesse contestando o comentário.

— Nah, tudo bem. Eu acho que isso me deixa aberto para a estrela principal do filme. — ele disse com uma piscadela e depois riu. — Brincadeira. Sério, apenas um jantar amigável sem expectativas. Nós podemos fazer isso.

O alívio varreu-me. Pelo menos a merda não vai ser estranha entre nós agora, o que é mais do que posso dizer para onde estou com Ace. Depois do telefonema inesperado na outra noite, eu não tinha ouvido nenhuma palavra dele, e apesar de ter sido amigável quando o vi no set, ele sempre está cercado por outros, então eu nunca conseguia chegar muito perto. Não me surpreenderia se ele tivesse planejado dessa maneira, mas não está prestes a pensar demais. Ele tinha meu número, e se ele quisesse entrar em contato comigo, ele poderia usá-lo.

Como se estivesse lendo meus pensamentos, meu telefone vibrou no meu bolso e, enquanto eu olhava para a identificação da chamada, levantei um dedo para Russ.

— Me dê apenas um segundo e então podemos sair. — quando ele assentiu, aceitei a ligação e meu companheiro de quarto da Flórida e amigo, Derek Pearson falou pelo celular.

— Ei, garoto, você vai me dar os malditos fodidos detalhes sobre como é trabalhar com Ace Locke todos os dias, ou você está de volta à fachada de um filho da puta impessoal?

— Olá para você também. Como está o Jordan?

— Não tente mudar o assunto. Estive tentando agarrar sua bunda toda a semana.

— Meu traseiro esteve ocupado de outra forma, muito obrigado.

— Sei que sim. Você seduziu o pobre bastardo, não foi? Você olhou para aquele cara bonito e ele provavelmente gozou em seus jeans de cinco mil dólares.

Como se fosse verdade, a porta do trailer de Ace abriu, e ele desceu pelos degraus, uma bolsa de exercícios sobre o ombro. Ele olhou e me chamou a atenção, e então seu olhar passou por mim até onde Russ está e ele acelerou seu ritmo em direção a sua vaga de estacionamento.

— Olááá, Prescott. Você está dormindo com Ace Locke ou o quê?

Eu observei Ace enquanto ele desbloqueava seu carro e jogava sua bolsa no porta-malas. Quando ele o fechou, seus olhos pegaram os meus novamente.

— Não. — respondi. — Não, não é assim. Só estou ocupado trabalhando, é tudo, e a recepção é uma merda aqui.

Derek zombou. — Você é um saco de merda, mas se essa é sua história...

— É sim.

— Justo. Sinta-se livre para me ligar quando estiver pronto para engolir suas palavras. Ou depois de engolir...

— Ok, seu filho da puta sujo. Vá e encontre Jordan para usar essa boca.

A risada de Derek soou pelo telefone, e quando a chamada terminou, eu me virei para ver Russ levantando uma sobrancelha.

— Namorado...? Ex? — ele perguntou.

Eu deslizei o telefone no bolso traseiro do meu jeans e ri, pensando na tentativa fracassada de Derek de me deixar quente e pesado. Até hoje, ainda estou me divertindo com Derek sobre sua incapacidade de... Ficar excitado.

— Não. Companheiro de quarto, amigo, treinador do inferno, mas é aí que termina.

— Então tá. — Russ assentiu. — Então, você está pronto para ir?

— Sim. Um bife parece ótimo agora. Lidere o caminho.

Enquanto caminhávamos na direção da garagem, o som inconfundível da Lamborghini de Ace rugiu para a vida, mas está de saco cheio de falar sobre o Sr. Locke esta noite. Estou pronto para sair, tomar algumas bebidas com um amigo e relaxar. De qualquer forma, pensei, enquanto o carro de Ace se arrastou além de nós e ele olhou por sua janela aberta para Russ e eu com uma expressão estoica, como falei antes - ele tinha meu número se ele quisesse usá-lo.


ACED


Estou sendo irracional e sei disso. Durante a noite toda eu fiquei obcecado sobre o lugar onde Dylan esteve com Russ no dia anterior e, enquanto observava a mão do loiro pousar no braço de Dylan mais uma vez, eu poderia jurar que adagas estão prestes a disparar dos meus olhos. Quero ir até ele e tirar os dedos dele um de cada vez, mas considerando que estávamos cercados por uma sala cheia de elenco e equipe, provavelmente não é a melhor ideia.

Enquanto aguardávamos a próxima cena, Dylan riu de algo que Russ disse, e finalmente tive que me forçar a me virar, então eu não ficaria tentado a olhar em sua direção.

Se eu fosse honesto, essa pequena interação não foi o que me incomodou primeiro. Não, essa inquietação é sobre ficar pensando onde eles foram ontem, e saber que Dylan provavelmente está com o fodido loiro.

Primeiro, a festa na minha casa, então, o que mais? Jantares juntos? Saídas? Namoro no set?

Ugh, e o que me irritava ainda mais é saber que não tenho nenhuma reivindicação sobre ele. Não há motivos para ficar chateado, não quando rejeitava Dylan todas às vezes. E isso é o que acontece, não é? Está com raiva de não ter a liberdade para perseguir o homem que me interessa. É minha culpa, e não há merda nenhuma que eu posso fazer sobre isso, exceto ser apenas uma testemunha de sua pequena festinha de amor.

Isso é uma besteira. Dylan pode fazer muito melhor. O pensamento me fez resmungar, e quando várias cabeças giraram na minha direção, eu tossi para cobri-lo. Eu realmente sou um idiota pomposo se penso que o “melhor” que Dylan pode fazer. Inferno, não posso levá-lo para jantar, se quisesse. Não sem o flash de uma centena de fodidas câmeras, e então vão começar a segui-lo em todos os lugares, e sim... Não estou prestes a deixar aquele inferno cair em mais ninguém.

O riso de Dylan soou novamente, e o som é como uma facada no meu peito. Porque não sou eu que provoca aquele som.

Jesus Cristo! Apresentem-me as malditas luzes agora.

Houve um choque alto, seguido de maldições, e alguns minutos depois o diretor assistente entrou no megafone.

— Tudo bem, desculpe, rapazes, mas precisamos fazer esta última cena amanhã, então vocês estão dispensados.

Ótimo.

Eu não desperdiço nenhum momento, afrouxei os botões no meu colarinho quando fui ao meu trailer. É muito ruim ter de dirigir para casa, porque a garrafa de Vodka no mini frigorífico está implorando para ser colocada no gelo.

Talvez a melhor coisa a fazer nesta situação fosse enfrentar o problema de frente. Deixar Dylan saber que o romance seria algo gravemente ruim e avisá-lo antes que as coisas fossem longe demais. Eu já tinha visto uma boa cota de estrelas se conectando, e como tudo foi para merda quando o romance foi escancarado. Então, sim, talvez apenas um pequeno conselho amigável. Não que eu me importasse de um jeito ou de outro com o que ele fazia em seu tempo livre. Eu não estaria perdendo o sono sobre suas decisões ruins.

Sim, é o que continuo dizendo a mim mesmo.

— Sr. Locke? Sr. Locke...

Eu me virei e vi a assistente de produção, Amy, caminhando na minha direção, seu coque marrom bagunçado escorria cabelo em todas as direções e seus óculos estão caindo pelo rosto. Quando ela se aproximou, ela empurrou os óculos na ponte do nariz.

— Eu só quero avisá-lo que sua cena amanhã será atrasada em até uma meia hora.

— Ótimo, obrigado. — eu disse, e me virei para sair, mas então pensei. Um pensamento arriscado. E antes que eu pudesse me impedir ou pensar melhor, estou dizendo: — Você poderia enviar Dylan Prescott para o meu trailer agora? Ele me perguntou sobre o seu script, e desde que eu já fui dispensado, tenho tempo livre.

— Uh, claro, Sr. Locke. Eu vou buscá-lo agora. — ela não perdeu um segundo antes de correr de novo e, enquanto a observava ir, a apreensão encheu minha mente.

O que diabos estou prestes a fazer?


DYLAN


— Sr. Prescott? — houve uma batida no meu ombro, e eu virei para ver uma morena baixinha parada abraçando uma prancheta.

— Esse seria eu. — eu disse.

— Sr. Locke disse que você pode passar as falas com ele no trailer agora.

— Com licença?

— Hum, ele disse que uma vez que as cenas ficaram para o dia seguinte, que ele tem tempo livre para passar as falas com você. — quando minha sobrancelha franziu, um brilho de suor explodiu em seu rosto. — Quero dizer, a menos que tenha entendido a mensagem de forma errada...

— Não, não, estou um pouco distraído. — o que diabos Ace quer? Ele me quer no trailer? Hmm... Eu dei um sorriso reconfortante para a mulher, já que ela olhava para o meu rosto parecendo gritar, por favor, não me diga que eu errei. — Eu vou até lá agora. Obrigado.

Ela respirou fundo e então me deu um grande sorriso antes de correr, e tomei um longo gole da minha bebida esportiva.

Então, Ace quer “passar as falas”? Isso foi uma surpresa, considerando que tinha cerca de dez falas em todo o filme. Eu vi exatamente o motivo dessa mentira, porque se os olhares que está me enviando hoje fosse alguma indicação, as falas não é o que Ace quer passar comigo. E não vou esperar nem um minuto a mais para descobrir o que ele tinha em mente hoje para mim.


Capítulo 9

PARE DE FALAR. COMECE A FAZER...


ACE


Estou andando pelos limites estreitos do meu trailer, torcendo minhas mãos enquanto esperava em silêncio pelo homem que eu havia pedido para vir. Deus, eu realmente fiz isso. Se esse pedido não me fez sentir como um merda ainda maior por meu comportamento nos últimos dois dias, nada faria. Mas já é tarde demais. Amy é eficiente e sei que a mensagem já tinha sido retransmitida e recebida.

O sangue está correndo pela minha cabeça, enquanto continuo andar de um lado para o outro no pequeno espaço e, embora o trailer tivesse com ar condicionado, eu podia sentir uma linha de suor formando-se na minha testa. Minhas emoções estão por toda parte. Eu fui pego em algum lugar entre raiva, frustração e nervos. E a pessoa que é o alvo de todas essas emoções acabara de bater...

Toc. Toc. Toc.

Bater na minha porta. Merda. Aqui vamos nós.

Eu caminhei até a porta e tomei algumas respirações antes de alcançar a maçaneta e abri-la. Enquanto olhava para o rosto de Dylan, o ar que acabei de aspirar em meus pulmões foi expelido. Ele é lindo usando suas roupas casuais; o branco da Marinha apenas reforçava o fascínio geral, e não havia nada nele que eu não achava atraente.

Enquanto estou parado na porta, minha sombra pairou sobre ele enquanto ele esperava olhando para mim, e sei que precisava levá-lo para dentro antes de fazer algo que me arrependeria – como descer os três degraus entre nós e colar seus lábios gostosos contra os meus – e quando está prestes a convidá-lo, os lábios em questão se curvaram em um dos sorrisos mais sensuais que eu já vi.

— Estou aqui para passar as falas com você. — Dylan disse, e é óbvio pelo forma como seus olhos brilhavam para mim, que ele sabe que estou cheio de merda. Dei um passo para trás quando ele subiu as escadas, e quando ele entrou no trailer, eu fechei a porta atrás dele, os limites de repente ficando menores, muito mais claustrofóbicos do que o habitual.

Fiquei de olho em suas costas enquanto ele percorria o estreito trailer, olhando da esquerda para a direita como se inspecionasse o lugar, e quando ele alcançou a porta onde está a minha cama, decidi que é hora de falar antes de fazer algo, como empurrá-lo e dobrá-lo na cama.

— Pareceu a maneira mais... Prática de chamá-lo até aqui. — eu disse.

Dylan olhou por cima do ombro e depois ergueu a mão para tirar o quepe da cabeça, enfiando-o debaixo do braço. Porra! Havia definitivamente uma razão pela qual os homens da Marinha tinham muita ação. Ele parecia tão sexy, parecendo que acabara de chegar à casa depois de algumas semanas no mar. Mesmo que fosse apenas para se mostrar.

— Bem. — Dylan disse enquanto se dirigia para mim. — Agora que você me tem aqui, o que você planeja fazer comigo... Comandante?

Dylan parou a poucos centímetros de mim, e eu podia sentir todo o sangue que está na minha cabeça correndo até meu pau.

— Esse será um desses momentos em que você age de uma maneira, e de repente, muda de ideia? Porque eu estou de saco cheio de fazer...

— Pare de falar. — eu disse, percebendo que precisava de um segundo para descobrir o que aconteceria aqui. Dylan, no entanto, está aparentemente querendo dar ordens hoje.

— Se eu parar de falar, eu vou começar a fazer. Então faça uma escolha nos próximos dois segundos, senhor.

Ah, merda. Isso deixou todas as partes do meu corpo em alerta instantâneo. Dylan está tão pra frente. Nada parecia incomodá-lo, e nem quem sou; Ele apenas é assim. E isso é um grande foda-se para tudo isso.

— E o Russ? — perguntei, precisando saber o que aconteceu entre os dois.

— Que merda ele tem a ver?

Eu estreitei meus olhos. — Não fale assim comigo sobre isso, Dylan. Eu vi vocês dois juntos. Não estou prestes a...

Minhas palavras foram cortadas quando Dylan jogou o quepe na mesa na pequena área de estar, e então ele encarou-me novamente e deu um passo mais perto.

— O que exatamente você acha que viu?

Eu lambi meus lábios e os olhos de Dylan caíram imediatamente neles. Jesus, de repente o meu trailer parecia uma sauna.

— Eu vi você ir para casa com ele. — eu disse.

— Não, você não viu.

— Oh não? — perguntei, e minha frustração no dia anterior e hoje ressurgiu em face da diversão de Dylan, que sei que está dirigida exclusivamente para mim. — Você está dizendo que você não partiu com Russ ontem?

— Não.

Abri a boca e está prestes a continuar minha linha de interrogatório quando Dylan inclinou a cabeça para o lado e perguntou: — Por que estou aqui, Ace?

Boa pergunta. — Eu... uh...

— Sim?

Eu soltei um suspiro de ar. Isso não ia a lugar nenhum, rápido. E se eu quisesse lidar com o que está acontecendo, precisava ser agora. — Quero lhe dizer que é uma má ideia se envolver com seus colegas de trabalho.

Os olhos de Dylan se estreitaram, e quando deu um passo à frente, recusei-me a mover.

— Não, você não quer dizer isso. — Dylan disse.

A dor entre minhas pernas se intensificou enquanto os olhos lindos de Dylan mantinham os meus no lugar, me desafiando a afastar o olhar. Mas eu já havia dado um passo, e eu cheguei tão longe, e ele acabara de me dizer que não havia nada acontecendo com Russ. Então, o que diabos estou esperando?

Então Dylan me tocou.

Ele alcançou um dos botões da jaqueta que ainda está usando, e depois mordeu seu lábio inferior e... Maldição. Estou ferrado.

Sem sequer pensar nisso, comecei a me mover. Eu colei nele, e empurrei Dylan até que suas costas atingissem a pia do trailer. Quando suas mãos chegaram ao meu peito para manter o equilíbrio, eu o ouvi aspirar enquanto nossos corpos se alinhavam um com o outro. Coloquei minhas palmas de cada lado da cabeça dele e, quando ele empurrou os quadris para frente contra o meu, eu ouvi um grunhido baixo que eu mal reconheci escapar de mim.

Porra. Quero devorá-lo.

Quero minhas mãos sobre ele. Provocá-lo com a boca. E quero afundar meu pênis latejante dentro dele.

— Você está certo. — eu finalmente disse. — Quero dizer-lhe que é uma má ideia tocá-lo na minha frente.

O sorriso que Dylan me deu só poderia ser descrito como algo único. Então, ele está passando as mãos pela jaqueta e ao redor do meu quadril... Até a minha bunda, onde ele me puxou ainda mais para que ele pudesse - ahh... Inferno sim - esfregar seu rígido comprimento contra o meu.

— Você está com ciúmes. — ele disse, e quando eu balancei minha cabeça, ele riu. — Sim, você está, seu maldito. O que estou tentando entender é, por quê?

Eu tirei uma mão da parede e agarrei seu queixo com meu polegar e indicador, inclinando seu rosto ligeiramente. — Porque Quero ser o único a tocá-lo.

Dylan esfregou sua pelve contra a minha, e quando a ponta de sua língua flertou com o lábio inferior, não havia nenhuma maneira de não prová-lo. Eu escovei os meus lábios sobre os dele, e quando levantei a cabeça com os olhos abertos, ele perguntou:

— Por que você parou?

Corri meu polegar ao longo de seus lábios, e quando sua boca se separou e seus olhos assumiram aquele olhar de excitação pesada, eu quase caí de joelhos. — Porque quero ser eu a fazer isso, que serei o único a tocá-lo.

Dylan sugou meu polegar entre os lábios. Quando ele o soltou, ele disse:

— Você é extremamente exigente para alguém que me negou a cada momento. Eu nem tenho o seu número de telefone.

Plantei beijos ao longo da mandíbula dele. — Sim. Mas você me tem. No meu trailer. E sozinho.

— E isso deveria fazer o quê pra mim?

Minha boca está agora perto de sua orelha, e eu acertei minha língua contra ela, arrancando um gemido de Dylan.

— Supostamente deveria deixá-lo quente. — eu não consegui me impedir de beliscar seu lóbulo, e quando eu fiz, o quadril de Dylan me golpeou, causando exatamente a mesma reação em mim.

Deus! Eu me sentia tão irracional em tê-lo preso contra a superfície sólida com meu corpo. Quero espalhar suas pernas e aliviar a dor entre as minhas. Mas, primeiro teria que esclarecer algumas coisas.

— Você não me respondeu. — eu sussurrei em seu ouvido.

Dylan virou a cabeça contra o painel da parede, e quando nossos olhos se uniram, ele ofegou. — Não, ele não me tocou, não, ele não vai me tocar... Agora, você vai me tocar? Você está me deixando louco.

Eu conhecia o sorriso que curvou em minha boca, então deveria estar perto de algo feral, porque aquelas palavras que saíram da boca de Dylan me faz sentir selvagem.

Sua urgência só aumentou a excitação que já está aquecendo o sangue percorrendo minhas veias e eu levei uma das minhas mãos entre nossos corpos, até o fecho de bronze da fivela de seu cinto.

— Agora, quem está sendo exigente?

A mão de Dylan segurou o meu bíceps, enquanto eu continuava trabalhando para liberar sua calça.

— Você pode me culpar? — ele disse. — Estive pensando nisso desde sábado à noite.

Quando abaixei seu zíper, rocei meus lábios sobre os dele. — Somente desde sábado... Estou desapontado.

Dylan beliscou meu lábio inferior e, enquanto deslizei minha mão no elástico de sua cueca apertada e a palma ao longo de sua ereção, sua boca se separou em um gemido. — Ahhh... Porra... Decepcionado? Por quê?

Eu ri com a sua capacidade de falar e fazer perguntas, enquanto meus dedos agora estão envolvidos em torno de seu pênis.

— Bem, eu estive pensando nisso — eu disse, e deslizei minha palma pelo seu comprimento. — Desde que eu vi o seu fodido e quente outdoor.

— Jesus, Ace.

— Mhmm. — eu disse, amando o jeito que Dylan está contra mim, um suspiro sexy de cada vez. É tão maravilhoso. — Eu costumava desviar quilômetros do meu caminho para te ver. Só para poder imaginar você me olhando do jeito que você está agora.

Os dedos de Dylan se flexionaram e ele jogou o quadril para frente. — E como eu estou olhando para você?

Está me olhando como ele quisesse foder, e Deus me ajude, eu também quero isso. Quero estar dentro dele, e nele todo. Quero ficar nu e esfregar meu corpo ao longo dos músculos e pau rígido dele, que eu podia sentir agora deslizando pela minha mão com pré-sêmen. Mas não havia nenhuma maneira de dizer isso... Eu poderia?

— Como eu estou olhando para você, Ace? — ele perguntou de novo, e havia um desafio nos olhos e na voz de Dylan desta vez. Ele está me desafiando a dizer-lhe o que quero; e o que ele está me fazendo sentir, e cada palavra que saía de sua boca, o controle que eu mantinha em rédea curta começava a afrouxar.

Quando eu não respondi imediatamente, os dedos de Dylan apertaram o meu braço novamente quando ele começou a foder meu punho sem qualquer ajuda minha, e a visão é algo que eu não posso ter sonhado.

Ele parecia desgrenhado e erótico quando sorriu contra a minha boca e perguntou novamente. — Como. Estou. Olhando. Para. Você?

Sua respiração quente aqueceu meus lábios, e com o seu pênis duro pulsando na minha palma, não havia como não lhe dizer. Ele está implorando pra mim.

— Você parece querer foder.

Dylan lambeu o lábio superior e olhou-me sob seus cílios, e o maldito é de tirar o fôlego enquanto sussurra:

— Correção, Comandante. Este olhar... Essa aparência significa que Quero ser fodido.

E me soltei... A minha boca já está na dele em um beijo abrasador que quase me deixou louco. Sua língua está na minha boca, emaranhada com a minha, enquanto minha mão continuava trabalhando e ele se contorcia contra mim. Eu travei meu quadril tão perto quanto pude com minha mão entre nós, e quando meu comprimento duro atingiu sua coxa, eu não pude deixar de esfregar ao longo dela enquanto ele gemia na minha boca.

Nunca quis ninguém como quero Dylan naquele momento. É como se cada parte de mim fosse atraída para ele. E acabei negando isso. Eu puxo minha cabeça, quebrando o beijo e disse-lhe:

— Quero ver você gozar.

Dylan ofegou, o peito subindo e descendo com cada inspiração e exalação. Então seus olhos seguiram o braço que eu tinha na parede até a jaqueta que ainda está no lugar. — Você tem um detergente discreto? Porque eu tenho que dizer, se você entregar sua jaqueta depois de terminarmos... Algumas questões podem surgir.

Eu olhei para baixo entre nós, até a cabeça corada de seu pênis molhado e sabe que ele está certo, mas foda-se. Quero que ele explodisse na minha mão. Quero sentir isso.

— Não me importo.

— Ohh... Nesse caso... — Dylan envolveu seus braços em volta do meu pescoço, e engatou uma perna no meu quadril quando começou a rolar seus quadris e esfregar toda a merda sobre mim. Eu tropecei ligeiramente, e quando suas costas atingiram a parede novamente, eu firmei os meus pés. Peguei sua boca enquanto ele continuava a se mexer contra mim e, quando seus braços se apertaram ao redor do meu pescoço e seu corpo ficou tenso, Dylan afastou sua boca para que sua cabeça estivesse contra a parede atrás dele e gritou meu nome quando ele gozou em minha mão... E na minha jaqueta, em jatos quentes de sêmen.

Minha respiração travou enquanto eu olhava para ele, de pé, com a minha mão ainda acariciando-o suavemente, e eu soube nesses segundos que se seguiram, que tudo em minha vida está prestes a mudar.


Capítulo10

MAIS DURO, HORACE...


DYLAN


— Então, isso significa que você vai me dar seu número de telefone agora? — eu perguntei, e Ace soltou uma risada crescente. — O quê? Estou falando sério.

— Eu não sei. Desistir disso pode ser um pouco pessoal demais.

— Você tem o meu esperma em suas mãos. Um telefonema não é muito invasivo.

— Então, eu tenho o seu. — ele disse. — Está ocupado agora?

— Agora? — eu olhei para baixo onde minha calça ainda está em torno de meus tornozelos.

— Quero dizer hoje à noite, espertinho. Você quer voltar para casa comigo?

Meu coração gemeu e fodidamente parou. — Você está falando sério.

Ace tirou sua jaqueta e a colocou sobre o sofá. — O quê? Acabei de fazer um convite, e você disse que cozinharia para mim.

Eu tive que rir quando ele levantou a minha calça e então o encarei.

— Então, você só quer me usar devido as minhas... — meus olhos se dirigiram para sua calça desabotoada. — Habilidades?

— Bem, você é bom com as mãos...

Desabotoei a camisa branca dele, e puxei-o para mim e lhe dei um beijo. — Eu só preciso pegar minha bolsa.

— Você conhece o meu carro.

— E se... — eu comecei, mas depois fechei a minha boca. E se alguém nos pegar? Não é exatamente onde quero que seu cérebro fosse agora, não quando ele está começando a se abrir. Em vez disso, dei um sorriso de boca fechada e disse: — Vejo você lá.

Depois de verificar que estou arrumado decentemente, o suficiente para que ninguém suspeite de nada se alguém me encontrar, saio do trailer de Ace em direção aos armários do elenco. E como a sorte é sorrateira, Russ também está lá dentro.

— Ei, eu pensei que você já tinha saído. — ele disse quando eu parei ao lado dele e peguei o cabide com as roupas que eu usava no set.

Quando eu me virei para ele, eu disse:

— Não, eu fiquei conversando sobre uma cena — e rezei para que ele não pudesse perceber exatamente o que tinha... Bem, quem me segurou alguns minutos antes.

— Bem, alguns de nós iremos sair para tomar algumas bebidas. Você quer vir?

Uh, oh, eu acabei de vir9. Bem na porra das mãos de Ace Locke. Jesus.

— Obrigado, mas estou um pouco cansado hoje.

— Sem problemas. Eu vou deixar você na sua casa no caminho, então.

Jesuuuuus, ele não está parando hoje.

— Na verdade, prefiro andar, se estiver bem para você. — Quando o rosto de Russ caiu, apresentei em acrescentar: — Preciso queimar as calorias dos pãezinhos pegajosos que comi mais cedo. Esse refeitório farto vai me fazer estourar neste terno em breve.

Russ deu um tapinha no estômago. — Sei bem o que é isso. Se você mudar de ideia, estaremos no Roadhouse.

— Obrigado, cara. — eu disse, pendurando o traje de volta na prateleira quando Russ saiu do trailer. Se eu não quisesse que ele e o resto do elenco ficasse falando, eu precisava esperar alguns minutos antes de sair. Não que iria falar alguma coisa, mas eu tinha uma sensação de que Ace iria.

Levei um tempo lavando o rosto e colocando minha roupa, e quando eu olhei pela janela, parecia que está tudo tranquilo.

— Eu achei que você havia mudado de ideia. — Ace disse quando eu deslizei para o banco do passageiro de seu SUV.

— Nah, eu apenas encontrei algumas pessoas e pensei que esperar até que fossem embora é uma boa ideia.

Os olhos de Ace suaviza, e ele me deu um pequeno sorriso. Então ele ligou o carro e, enquanto seguimos em direção ao portão de saída, ele disse:

— Sobre isso... Eu tenho janelas escuras, mas temos algumas câmeras me seguindo e, como estamos indo para a minha casa...

— Você quer que eu me deite e fique fora da vista? — quando a cabeça de Ace se virou na minha direção, eu ri. — Não, entendi. Isso não é um problema. — eu inclinei o banco. — Como estou?

— Fodidamente ridículo.

— Mas vai funcionar, certo?

Ace suspirou e passou a mão pela cabeça.

— Sim, vai funcionar. — então seu olhar se encontrou com o meu no espelho retrovisor. — Obrigado.

— Isso me lembra quando eu era mais jovem, eu sempre deitava no chão do carro. É como nos velhos tempos.

— Por que diabos você faria isso?

— Nós costumávamos acampar com um grupo de pessoas e eu sempre ficava deitado no chão. — quando Ace me deu um olhar estranho, eu acenei com ele. — É uma longa história e, honestamente, se eu lhe contasse agora, você poderia me expulsar do carro.

— Soa interessante.

— Oh, é interessante, apenas... Diferente. Minha família é um pouco... Incomum. — olá, isso é um eufemismo. Tentei imaginar Ziggy e Sunshine no mesmo ambiente com Ace, e não pude parar a risada que escapou.

— O que é tão engraçado?

— Nada. — eu disse, e não está pronto para falar sobre os meus pais ou o inferno que aconteceu antes que eles me adotassem.

Não demorou muito para passar pelos portões do bairro de Ace, e finalmente consegui me mover.

Revirei o pescoço até que ele estalou. — Eu acho que você me deve uma massagem nas costas. Tudo limpo?

Ace acenou com a cabeça enquanto pressionava um botão no visor do carro e outro portão, desta vez na frente de sua mansão, abriu e ele dirigiu. — Os paparazzi não são permitidos entrar depois da entrada principal, e é exatamente por isso que escolhi este lugar.

— Eles são sempre tão ruins?

— O quê, seguindo-me? Não, mas no ano passado foi esmagador. Eles estão esperando... — ele parou e balançou a cabeça. — Deixa pra lá.

— Não, me diga. Pelo o que eles estão esperando?

Depois que Ace parou na garagem para quatro carros, ele se virou para mim e seus olhos estão penetrantes. — Você.


ACE


Enquanto eu esperava Dylan dizer algo, eu jurei que eu podia ouvir cada batida do meu coração. Fiquei nervoso por ter ultrapassado os limites e talvez o tivesse assustado, mas quando um sorriso brilhante iluminou o rosto dele, ele se inclinou para beijar meus lábios, e senti a tensão aliviar.

— É por isso que você fica assim...

— Sim. — eu disse, não precisando que ele elaborasse.

— Entendi. Bem, e agora que eu sei, acaba fazendo mais sentido. — ele abriu a porta do carro e, quando ele olhou para mim, ele disse:

— Você vai me mostrar a sua cozinha agora? — eu soltei um suspiro de alívio e saí do carro para levá-lo para dentro.

Dylan ficou em silêncio enquanto eu o seguia, e quando entramos na ampla cozinha, ele parou ao meu lado e soltou um assobio baixo.

— Eu juro que está cozinha é suficiente para me dar um segundo orgasmo hoje.

Olhei para ele e admirei seu perfil. Esguio, alto, maçãs do rosto altas. Lindo.

— Bem, faça isso. É toda sua.

Ele me lançou um sorriso e esfregou as mãos. — Com vontade de comer algo em particular?

— Nada de couve.

— Couve é uma merda. — ele disse, abrindo minha geladeira. — Uh. Olhe o que temos aqui. Alguém foi às compras. — ele tirou um pacote e estendeu-o para mim.

— Ou alguém mandou que fizesse as compras.

— E você especificamente lhes disse para comprar salmão porque fazia parte do seu plano malvado me convidar até aqui. — Dylan levantou uma sobrancelha.

— Não é como se eu soubesse que você viria...

— No seu trailer.

— Isso também. — eu disse, lançando um sorriso.

— Para registro, não tenho nenhum problema em ir a qualquer lugar. Apenas me pergunte. — quando ele me deu uma piscadela e desapareceu na despensa, eu gemi. Cristo, esse cara será a minha morte.

Dylan voltou carregando vários ingredientes. — Tudo bem, agora, onde você guarda as panelas e as frigideiras?

— Uh... — eu não poderia realmente dizer que eu não abria a maioria dos armários, além de ter o básico como pratos e copos. — Talvez nos armários de baixo?

O olhar no rosto de Dylan não tinha preço. — Você não sabe onde guarda a sua panela de sauté? Sua frigideira? Sua wok10?

— Minha o quê?

— Oh, meu Deus. — ele disse, e ficou de joelhos para abrir os armários. — Se você não cozinha e não tem um chef, por que diabos você tem todas essas coisas?

— O que mais eu deveria fazer com todo esse espaço? Armazenar filmes?

— Eu suponho que você tenha uma sala épica de cinema em sua casa para isso, pelo menos. Estou certo?

Peguei um banquinho na ilha e me sentei para vê-lo trabalhar. Eu teria oferecido ajuda, mas pensei que Dylan não acharia divertido quando eu cortasse um dedo ou incendiasse a casa. Assim como eu, tampouco.

— Sim, eu tenho uma dessas. — eu disse. — Por ordem alfabética e por gênero.

— Com uma seção especial para os seus filmes?

— Não, eu não gosto de me ver.

Os olhos de Dylan colidiram com os meus, e o olhar neles é sexy. — Oh, eu gosto de ver você. Especialmente na cama e com uma garrafa de lubrificante ao lado.

— Porra.

— Sim, é exatamente o que eu imaginei que estaríamos fazendo.

Eu ajustei a ereção em minha calça, a mesma que está latejando como uma filha da puta desde que estive com Dylan há mais de uma hora. Quando o estudei de pé, recostando-se contra a pia da cozinha com uma panela na mão, ouvi-me perguntando: — E como exatamente estaríamos fazendo isso?

Quando o lábio de Dylan se curvou de lado e uma das suas covinhas apareceu, eu me movi no banquinho, e de alguma forma sei que qualquer resposta dele seria descarada.

— Você está morrendo de vontade de saber, não é? Você fez a mesma pergunta no seu aniversário.

E ele está certo. Está morrendo de vontade de saber como ele via isso. No meu aniversário, ele sugeriu. No trailer, esta tarde ele mencionou querer ser o único a receber. Então, sim, agora minha imaginação está ficando louca.

— Bem, você perguntou se é melhor dando do que recebendo, mas eu estou apenas... — eu tossi e passei uma mão sobre minha cabeça. — Jesus, você vai me fazer dizer, certo?

Dylan encolheu os ombros, perambulou até onde estou sentado, e colocou a panela no balcão. — Talvez eu queira ouvir você dizer isso.

Eu passei minha língua em meus lábios repentinamente secos e suspirei. — Bem. Quero saber quando você me imaginou... O que estou fazendo?

Dylan franziu os lábios, parecendo pensar nisso por um segundo, e então ele me surpreendeu. — Depende do filme que estou assistindo.

— Uh... Você pode elaborar?

— Em Against the Tide, você está me fodendo em uma banheira de hidromassagem...

— Eu tenho uma banheira de hidromassagem. — eu disse antes que eu pudesse sequer pensar, e Dylan percorreu os dedos pelo balcão até que ele parou ao meu lado, me fazendo girar no banco. Quando sua coxa coberta de jeans roçou o meu joelho, eu separei minhas pernas e ele entrou entre elas.

— Mhmm... Você não deveria ter me dito isso. Eu deveria cozinhar para você.

Peguei seu quadril em minhas mãos quando ele se aproximou e inclinei minha cabeça para olhar para ele. — E você vai manter sua promessa, certo? Não é justo deixar-me sentado aqui com fome e... — eu parei de falar, como sempre, me censurando.

— Pare de fazer isso. — Dylan disse.

— O quê?

— Pensar no que você vai dizer antes de dizê-lo. — Dylan segurou meu queixo e prometeu: — Quando for só você e eu, você pode dizer o que quiser.

— Certo. Eu ia dizer que não é justo você me deixar sentado aqui com fome e excitado.

— Eu planejo cuidar de ambos, mas primeiro... — ele se inclinou como se ele fosse me beijar, e então sua boca está quente no meu pescoço. — Vamos lhe alimentar com um tipo diferente de proteína.

Então ele se afastou, pegou uma das panelas e a colocou no fogão. Quando ele foi trabalhar, ele jogou o pano de prato sobre o ombro dele e disse: — Oh, e no Hard Throttle estou fodendo você no capô do seu carro. Aquele carro bem chamativo sabe?

E é essa a questão, e o meu rosto aqueceu enquanto penso sobre as duas fantasias de Dylan. Inferno, ambas as suas fantasias são sedutoras não sei se posso escolher, como se fosse uma questão de múltipla escolha. Não tinha experimentado, e isso provavelmente deveria me deixar envergonhado, mas não senti qualquer julgamento vindo de Dylan.

— Posso apenas dizer... Ambas?

— Você pode. — ele disse se virando para pegar o pacote de salmão. — Mas se alguma vez mudar de ideia, apenas me avise qual filme.


DYLAN


— Se eu soubesse que você é um gênio na cozinha, eu o teria perseguido muito mais cedo. — Ace disse enquanto nos mudávamos para o seu sofá depois de jantarmos. Eu pensei que ele fosse lamber seu prato quando ele terminou, e eu tinha que admitir que foi um bom elogio.

— É a sua maneira de dizer que você me perseguiu? — eu torci meu corpo para encará-lo. — Oh, Ace, seu menino ruim. Foi você que conseguiu o meu papel? Porque quer me encarar todos os dias?

Quando eu falei em um tom de desaprovação, ele revirou os olhos.

— Você conseguiu por conta própria, eu juro. Apenas uma feliz coincidência.

— Mhmm. Se você diz isso. — eu olhei de volta para o filme em sua enorme tela de TV e enruguei meu nariz. — Seus filmes são muito melhores do que essa merda. Por que fazer uma sala filme dessa série? Quantas vezes um cara tem que perder sua filha para saber, talvez, que ele não deve deixá-la fora de sua visão? Pelo menos, mudar de endereço, levá-la para a mãe ou algo assim.

— Esse cara vende ingressos de cinema, é por isso.

— Por favor. Ele nem sequer consegue dar um golpe alto no rosto ou chutar a bunda de alguém, e nem tira a roupa dele. — ele se virou e, quando ele ergueu as sobrancelhas, eu disse: — O quê? Você sabe que ficamos ansiosos quando você fica nu na tela. É por isso que você malha tanto e come essa merda de couve.

Ace deu uma risada. — Eu gosto de saber que é por isso que você me observa.

— Sim. — eu me inclinei e lentamente passei o dedo pela camisa dele. — Sinta-se livre para tirá-la e me dar um show.

Ace parou minha mão antes de chegar à fivela de sua calça. — Mesmo que você mereça depois daquela refeição incrível, tenho medo de estar cheio demais para sair deste sofá.

— Sunshine sempre diz que, nada de atividade pesada, como natação ou sexo, pelo menos trinta minutos depois de uma grande refeição.

— Quem é Sunshine?

— Minha mãe.

Os olhos de Ace se arregalaram. — Sua mãe disse para você não fazer sexo depois de comer?

— Eu lhe disse que a minha família é... Incomum.

— E você a chama de Sunshine? É esse o nome dela ou um apelido?

— É o nome dela. — eu disse, sorrindo. — Eu sempre os chamo pelos seus nomes. Eles são hippies.

— Como você acabou com algo normal como Dylan, então?

Franzi minhas sobrancelhas. — Não é o nome que eles me chamam, mas é o nome com o qual nasci. Eles são meus pais adotivos.

— E lentamente as camadas começam a se descascar. — Ace colocou o braço na parte de trás do sofá e então apoiou a cabeça com o punho. — Por favor, continue. Como eles te chamam? E quando você foi adotado? Você conhece seus pais biológicos?

— O que é isso, vinte perguntas? — eu reclamei. — Tudo bem, primeiro, não vou dizer como eles me chamam, porque você nunca me deixará em paz com isso. Em segundo lugar, eu era adolescente quando Ziggy e Sunshine me levaram para casa, e foda-se, eu não quero nada com os meus pais biológicos. Nunca conheci o meu pai e a minha mãe... Sim, não quero nada deles. — não percebi até que as sobrancelhas de Ace se ergueram que minha voz havia aumentado.

— Desculpe se isso for muito pessoal.

— Não, tudo bem. Mesmo. Tive anos para chegar a um acordo com isso, e não poderia pedir melhores pais do que os que eu tenho agora. Só queria que eles tivessem me encontrado mais cedo, é tudo.

Foda-se, eu realmente não quero falar sobre essa parte da minha infância, mas lá estou eu, deixando minha alma aberta para esse cara. Por tudo o que sei, ele tinha uma vida perfeita, e cresceu com pais perfeitos que nunca o faziam fazer nada contra sua vontade. Não estou prestes a dar-lhe toda a merda pesada, então eu limpei minha garganta.

— Então, e você? — perguntei. — Ace Locke não pode ser o seu verdadeiro nome. É muito perfeito.

— Oh, mas é. Meu nome verdadeiro.

— Não é uma abreviação para nada?

— Como...?

Dei de ombros. — Eu não sei, como... Uh... Pacey? Chase? Horace?

— Horace? Você deve estar brincando.

— Ei, seus pais podem ser tão certinhos, você nunca sabe.

— Uh... Bem, então eu tive sorte, pois eles não são.

— Sorte para você? Eu acho que você quer dizer sorte para mim. Você pode me imaginar dizendo: Mais forte, Horace! Mais duro!

— Eeeeeee o meu pau agradece. Obrigado por isso. — Ace balançou a cabeça, mas seus olhos cintilavam. Então, enquanto ele olhava para mim, a diversão deixou seu rosto. — Então, nós realmente vamos fazer isso? — ele perguntou suavemente.

— Me foder enquanto eu grito “Horace”? Quero dizer, nós podemos...

— Não, quero eu dizer... — ele desviou o olhar. Sua expressão é vulnerável, e ele não precisava explicar o que ele quer dizer para conseguir isso.

— É isso o que você quer? — eu perguntei.

Seu olhar voltou para mim, seus olhos de um tom mais azul, com o brilho cintilante da televisão. — É isso o que você quer?

Balançando a cabeça, eu disse: — Perguntei primeiro. Você me quer, Ace?

Ace mordeu o lábio inferior, e a resposta tímida à minha pergunta quase tirou o meu fôlego. Esse Ace, sentado ao meu lado, é tão diferente da enorme personalidade na tela grande, ou do homem seguro que ele irradia quando outros estão por perto. Por algum motivo, este Ace me pareceu o real, aquele que parecia quase nervoso sentado a poucos centímetros de mim, contemplando como iria responder a minha pergunta.

Ele está preocupado que eu iria rejeitá-lo se ele me dissesse que ele me queria? Ou provocá-lo por me mostrar seus sentimentos? Pelo que sei sobre ele, ele nunca tinha estado em um relacionamento com um homem, pelo menos não publicamente, então talvez isso o fizesse hesitar.

— Quero. — ele disse, tão silenciosamente que, se eu não estivesse olhando para ele, eu teria perdido a resposta devido o volume da TV.

— Sim? — eu perguntei, e quando ele assentiu, eu disse: — Bom. Porque Quero conhecer você, Ace. — eu me aproximei dele e passei meus dedos sobre as veias em seu braço musculoso.

Ele soltou o que soou como um suspiro aliviado, e quando eu me inclinei para frente e inclinei minha cabeça, ele me encontrou a meio caminho. Desta vez, ele me beijou, não com urgência, mas com uma lentidão deliberada à medida que sua língua explorava a minha. Eu toquei em seu maxilar forte e aprofundei o beijo, e sua mão foi para a parte de trás da minha cabeça para me aproximar ainda mais.

Um arrepio percorreu o meu corpo com a promessa de sua boca, e na parte de trás da minha mente eu tive o pensamento aleatório de que isso deveria ser um beijo selando um acordo.

Os poderosos dedos de Ace se moveram para a parte de trás do meu pescoço, massageando a rigidez e gemi na boca dele. Então eu disse contra seus lábios:

— Isso é incrível. — antes de beijar uma trilha pelo seu maxilar e pescoço.

Enquanto suas mãos se moviam em meus ombros para massagear os músculos, ele disse: — Então, eu preciso apresentar você para o Roger, meu gerente e Martina, minha Relações Públicas, para que eles possam nos ajudar a manter as coisas fora dos jornais. E Frank, o meu segurança, oh, espere, você o conheceu na festa.

— Tudo bem. — eu murmurei, sugando a pele debaixo da orelha.

— E então você terá que assinar uma NDA, que é apenas uma questão de privacidade padrão. E eles precisarão de suas informações de contato e seu número de segurança social para uma verificação de antecedentes...

Eu acenei com a cabeça contra o pescoço dele. — Ok.

— E talvez devêssemos pensar em conseguir outro carro, já que a imprensa conhece o meu...

— Whoa, whoa, whoa. — eu disse, sentando-me. — Que tal se nós nos preocuparmos com isso mais tarde, e apenas nos concentrarmos nos beijos por enquanto?

Ace parou e depois soltou uma risada. — Merda! Desculpe. Isso é novo para mim.

— É novo para mim também. Mas vamos descobrir juntos. — eu conectei meus dedos com os dele e apertei. — E o que quer que seja que você precise de mim, você também pode ter isso.

Um sorriso largo iluminou o rosto de Ace, e o efeito foi fantástico. Quero me beliscar. Não havia como isso realmente estar acontecendo. De jeito nenhum, estou sentado no sofá de Ace, segurando sua mão e falando sobre ficarmos juntos. Surreal é uma palavra que nem começava a descrever a sensação.

Eu dei-lhe um beijo gentil, e quando eu me afastei, meus olhos pousaram na hora exibida no relógio digital abaixo da TV.

— Merda, é mesmo depois das onze?

Ace deu uma olhada no horário. — Eu nem percebo que é tão tarde. Você quer passar esta noite aqui, ou...?

— É seriamente tentador, mas vamos ter um longo e assassino dia amanhã, então devemos dormir um pouco. E se eu ficar aqui com você, não vamos dormir.

Um olhar diabólico cruzou o rosto de Ace, e então ele assentiu. — Sim você está certo. Deixe-me apenas pegar minhas chaves...

Quando Ace se afastou do sofá, agarrei a bainha da camisa dele e depois puxei meu telefone. — Não, não faça isso. Vou chamar um táxi.

— Um táxi? Não vou deixar você pegar um táxi para casa.

— Sim, você pode e você irá. Você tem que ser inteligente sobre nós e manter as coisas discretas, então você não precisa ser visto dirigindo para o meu apartamento no meio da noite.

Ace abriu a boca, sem dúvida para negar o que eu disse, mas depois ele a fechou. — Porra. Você provavelmente está certo.

— Eu sei que estou certo.

Ele pareceu em conflito, e então tirou a carteira do bolso para trás. — Pelo menos, deixe-me pagar.

— Eu não sou um desempregado, Ace. Eu posso pagar.

Ace sentou na borda do sofá e me entregou uma pequena pilha de notas. — Estou ciente disso, mas é o mínimo que posso fazer pelo inconveniente.

— Absolutamente não...

— Dylan.

— O quê?

— Eu recebi trinta milhões de dólares no meu último filme. Eu vou pagar pelo seu maldito táxi. — sua voz não permitia nenhum argumento, e meus olhos se arregalaram.

— Sim, tudo bem, quando você diz isso assim...

— Bom. — ele disse, sorrindo para si mesmo. — agora me dê seu telefone. Eu tenho um número para salvar.


Capítulo 11

NÃO DEIXE QUE A VIBRAÇÃO DO MAU O DEIXE PARA BAIXO...


ACE


DYLAN: Você é uma pessoa matinal?

Eu bocejei quando olhei para o telefone e vi que é 03h45min da madrugada da sexta-feira, e então eu digitei de volta:

Sim, eu não odeio a manhã. Por quê?

Olhei para as três pequenas bolinhas que indicavam que Dylan está digitando de volta, e quando sua mensagem apareceu, eu sorri.

Dylan: Eu odeio. Eu acho difícil levantar cedo.

Eu ri com o primeiro pensamento que me veio à mente, e então lembrei Dylan dizendo algumas noites atrás que eu poderia dizer o que quisesse quando fosse só ele e eu, e acabei me decidindo, foda-se isso:

Você sabe, eles têm “pílulas” para isso.

Não passou segundos antes do texto de Dylan iluminar a tela e me fez rir em voz alta.

Dylan: Quero levantar da cama... O que eu suspeito que você já imaginava. Mas, se você precisar de “algo”, talvez uma ajudinha esteja a caminho.

Eu li as palavras uma e outra vez antes de finalmente escrever de volta: Quando?

Meu coração está trovejando com a possibilidade de passar uma noite inteira com Dylan, mas também está ciente de que, ao contrário de todos os outros no planeta, eu não podia simplesmente decidir passar a noite com alguém. Tudo tinha que ser planejado e executado perfeitamente para manter os holofotes à distância.

Dylan: Esta noite.

Não estou tão orgulhoso em admitir que a maneira ansiosa que Dylan me respondeu, a concordância imediata que ele sempre me dava, é extremamente excitante. Isso me fez pensar no que mais ele diria sim, e se havia alguma coisa na qual ele diria não...

Dylan: Ace? Você está livre hoje à noite?

Mesmo que eu não estivesse, sei que teria movido céus e terras para dizer sim a ele, mas, infelizmente estou bem exposto: Sim. Eu estou livre. Você quer voltar aqui como da outra noite?

Esperei por uma resposta, e quando meu telefone vibrou na minha mão e vi que Dylan está ligando, eu respondi imediatamente.

— Ei. — Disse, minha voz ainda áspera por ter acabado de acordar.

— Oh, agora esta é outra merda de fantasia aqui. — Dylan respondeu, e sua voz está quase tão rouca quanto a minha.

— E qual seria?

— Você está falando no meu ouvido enquanto eu me delicio na cama. Aguarde um segundo. — escutei um barulho, de lençóis, talvez? Eu não tinha certeza, e então ele está de volta. — Ok, agora fale.

Eu ri com isso. — Falar? Ok, mandão. O que quer que eu diga?

— Eu não me importo, apenas continue falando comigo.

A respiração de Dylan está um pouco arrastada quando ele respondeu, e não consegui me impedir de perguntar: — E o que você vai fazer enquanto falo?

Houve um gemido abafado e meu pau imediatamente prestou atenção, endurecendo em um segundo.

— Certamente não vou me tocar, porque isso seria... Inadequado.

Merda. Eu me toquei entre minhas pernas e apertei a minha ereção latejante. — Sim, isso seria muito inadequado, especialmente com uma co-estrela. — eu ouvi Dylan suspirar. — O que você está vestindo?

— Agora, quem está sendo inapropriado com a sua co-estrela?

Eu poderia imaginar o brilho provocador nos olhos de Dylan em suas palavras, e foda-se se isso não me fez espalhar minhas pernas um pouco mais enquanto continuava me acariciando. — Eu tenho permissão. Eu sou a estrela do filme.

— Ohhh... Eu vejo como é isso. O cara grande sempre por cima, hein?

Essas palavras suscitaram um visual quente e um gemido escapou dos meus lábios. — Às vezes... Espero.

A risada sensual de Dylan é como dedos sobre minha pele aquecida. — Muitas vezes, eu espero.

— Jesus, Dylan.

Suas palavras estão despertando as imagens do que quero, e, ele havia ligado, mas eu realmente queria que ele estivesse lá, ao meu lado.

— Então, esta noite...

— Sim. — eu disse sem hesitação.

— Que tal você passar a noite na minha casa? E vou provar que não preciso de assistência quando se trata de levantar pela manhã.

Apertei minha cabeça no travesseiro e fechei meus olhos. Não havia dúvidas de qual seria a minha resposta. Nós dois sabíamos que eu estaria em sua casa assim que eu pudesse, porque eu não podia esperar para ouvi-lo fazendo aqueles sons eróticos no meu ouvido, enquanto ele pairava por cima de mim ou esticado debaixo de mim.

— Eu irei depois das filmagens. Mas vou esperar um pouco e vou caminhando. Dessa forma, eu posso deixar meu carro na vaga.

— Que escandaloso. — Dylan suspirou, e enquanto eu imaginava todas as coisas que quero fazer com ele e ele comigo, ele não está longe de estar errado. Este seria um grande e maldito escândalo se a imprensa se aproximasse disso.

— Bem, você precisa desligar agora para que eu possa ir ao — Dylan tossiu um pouco. — Chuveiro.

— Por que eu preciso desligar? — perguntei, curtindo mais do que jamais imaginei. Esse cara está me fazendo sentir coisas que eu só sonhava. — Você também pode desligar, você sabe.

— Há. É uma pena ter que desligar quando Ace Locke está ligando para mim de sua cama, e quando eu sei que ele terá um dia difícil. Mas, se a única maneira de vê-lo hoje à noite é ter que desligar, então...

E antes que eu pudesse responder, Dylan desligou.

 


Mais tarde, estou no meu trailer olhando para o estranho refletido de volta para mim. Eu coloquei um boné de beisebol sobre uma peruca ridícula que Frank tinha colocado na minha bolsa esta manhã, usava meus óculos escuros estilo aviador, e uma camisa larga de flanela, tentando parecer tão diferente de mim quanto possível. E está funcionando. Não havia maneira alguma de usar algo assim por escolha, especialmente não nesta época do ano. Mas eu enrolei as mangas e me consolava com o fato de que não ficaria muito tempo com esse disfarce.

Eu peguei a minha bolsa de ginástica e joguei no ombro, e balancei a cabeça. Estou prestes a ir andando até o apartamento de Dylan para passar a noite? Sim! Sim!

Não demorou muito para chegar ao apartamento e, enquanto subia as escadas depois de trabalhar por quase quatorze horas, não podia acreditar que eu ainda tivesse energia suficiente para ficar acordado até antes do amanhecer. Estou louco. Mas estou começando a achar que nenhuma das minhas reações a Dylan seria qualquer coisa menos do que extrema, com algum tipo de insanidade, excitação ou paranoia.

Quando eu parei na porta dele, eu mantive minha cabeça abaixada e bati, e quando ele abre antes mesmo de abaixar o meu braço, Dylan se afasta para que eu posso entrar. Seu entendimento e aceitação com a minha necessidade de ser discreto é apreciados. Ele de alguma forma me deixou saber, mesmo sem palavras, que ele está bem com a situação. Nós dois nas sombras. Porque ele sabe que é a única maneira que poderia ser. Mas, em algum lugar no fundo da minha mente, havia uma pequena sugestão de dúvida: e se isso deixar de ser suficiente?

Quando a porta se fechou atrás de nós, Dylan soltou uma risada. — Bom Deus, nunca deixe crescer o seu cabelo, e nem pinte de loiro.

Abaixei minha bolsa nos meus pés, tirei o boné e a peruca da minha cabeça. Então desabotoei a camisa de flanela e a tirei antes de encará-lo, encostado na porta.

— Não? — eu perguntei, enquanto eu joguei os itens no seu sofá e fui à sua direção.

— Não — Dylan disse balançando a cabeça. — Eu gosto de seu cabelo assim baixinho. Ou escuro e curto, como no filme Never Let Go.

Quando parei na frente dele, cruzei meus braços sobre meu peito e ergui uma sobrancelha. — Quão grande você é um fã, Dylan?

Ele enfiou as mãos nos bolsos e depois mordeu o lábio inferior com os dentes. — Bem, eu não sou um fã perseguidor, mas, umm... Não estou mentindo quando eu disse que assisti todos os seus filmes muitas vezes.

O rubor de suas bochechas são fascinante e sedutor enquanto eu continuava a vê-lo se contorcendo.

— Quantas vezes...?

— Aproveitando-se? — ele perguntou.

Eu dei o último passo para que eu ficasse a centímetros de seu corpo, e depois coloquei minhas mãos em cada lado da cabeça dele.

— Eu estou, na verdade. Eu acho que esta é a primeira vez que você está nervoso ao meu redor. Bem, exceto aquele primeiro dia. Você está... — eu coloquei meu dedo abaixo da linha de sua mandíbula, finalmente me permitindo a liberdade de tocar esse homem. — Adorável naquele dia.

— Apenas a palavra que todo homem quer ser chamado por alguém com quem ele quer fazer sexo.

Dei um aperto no queixo dele, e, recusando-me a me distrair, perguntei novamente: — Quantas vezes, Dylan?

Eu o vi engolir, e então molhou o lábio com a ponta da língua. — Bem, meu colega de quarto costumava ir comigo para vê-lo no cinema. Eu comprava os ingressos, e então, bem, e quando passava na TV eu sempre assistia... e... e...

Ele está muito fofo balbuciando contra a minha boca, e me pareceu irônico que, de certa forma, cada um de nós parecia muito confiante, e ainda assim, éramos... Vulneráveis, de certo modo.

— E?

Ele alcançou meu quadril e então me puxou para frente. — E... Eu o assisti muitas vezes para contar, principalmente quando estou sozinho, na minha cama.

— Isso — eu disse, enquanto eu beijava seu rosto até o ouvido dele. — Me faz muito bem.

Ele virou a cabeça contra a porta para que nossos narizes escovassem. — Sim? Isso não te deixa louco?

Eu belisquei seu lábio inferior. — Não. Talvez quando o vi aparecendo no set naquele dia e quando gozou para mim.

— Realmente? — ele perguntou, e seus lábios se curvaram contra o meu.

Eu pensei sobre isso e então disse honestamente:

— Provavelmente não. No instante em que percebi quem você é, eu não teria me importado se você tivesse meu nome tatuado na sua bunda.

Dylan deu um beijo contra meus lábios e levantou as mãos para me empurrar um pouco para trás. Então ele deu uma piscadela de flerte enquanto se aproximava, dizendo: — Como você sabe que eu não tenho?

— Não me provoque, ou eu vou querer ver agora mesmo.

Quando Dylan riu, ele me afastou e disse: — Então, você gostaria de um tour antes de me deixar nu?

— Um... Tour? — olhei em volta do pequeno estúdio/casa. — Uh, com certeza?

Dylan pegou minha mão e me levou a uma porta a cerca de seis metros da minha direita. — Aqui temos o banheiro principal. É bastante luxuoso, como você pode ver. Pode caber uma pessoa inteira de cada vez, então não tenha nenhuma ideia sobre me foder no banho.

Eu coloquei minha cabeça dentro do banheiro e observei a pequena área de chuveiro com as paredes recém-pintadas de creme que não conseguia cobrir quantos anos o apartamento realmente tinha.

— Eu acho que o interior do meu carro é maior do que isso. — eu disse, enquanto Dylan me puxava para a cozinha. Ou pelo menos eu acho que é a cozinha. Havia algo que se parecia com uma pequena geladeira, e o menor micro-ondas que eu já vi em uma bancada.

— E isso — ele disse, agitando o braço em um grande gesto. — É a cozinha, onde eu preparo as obras-primas que você deveria salivar.

— Mais impressionante. Mas, uh... — eu olhei para trás, onde um sofá está contra a parede do outro lado de uma área que separava o espaço da cozinha. Havia uma televisão no canto distante, e na esquina oposta está um armário. — Onde diabos você dorme?

— Agora, isso pode provocar a sua mente. — Dylan disse, passando por mim até o espaço em sua maior parte vazio. — Afaste-se. — então ele puxou uma corda pendurada na parede e uma cama desceu até o chão. Já está arrumada e ocupava quase toda a sala. — Ta-rá!

— Puta merda.

— Eu sei. Tente não ficar muito espantado. — Dylan pareceu divertido quando olhou para minha expressão. — Então, o que você acha?

— Acolhedor é a palavra que eu usaria.

Dylan explodiu em risadas. — Você pode dizer isso. É pequeno como o inferno.

— Isso só nos obrigará a ficar um pouco mais perto, isso é tudo. — eu disse, indo até o final da cama, onde está em frente a uma porta de vidro deslizante. Minhas mãos foram para o quadril de Dylan e o puxei para mim. Quando me inclinei para dar-lhe um beijo para tranquilizá-lo de que eu não me importava onde ele morava, um grito soou.

— Dylan! You need a sunshine in your life!

Eu me afastei e olhei para onde o barulho está vindo do bolso da calça. — Que diabos é isso?

Dylan enfiou a mão no bolso, silenciou o barulho e depois agarrou minha camisa. — Onde estamos? — ao aproximar o rosto do meu, o grito tocou de novo.

— Dylan! You need a sunshine in your life!

— Oh, droga. — ele disse, e desta vez ele puxou o telefone e apertou um botão.

— É esse o seu toque? E Sunshine não é sua mãe?

— Sim, é minha mãe. — Dylan murmurou, e então ele tocou novamente na tela. — Merda.

— O que há de errado? — perguntei, à medida que a coisa explodia novamente.

Dylan ergueu o dedo.

— Desculpe, me dê um segundo. — então ele aceitou a ligação, sorriu amplamente e disse: — Ei, Sunshine, como está indo? Sim, eu ia responder... Não, não estou no meio de fazer sexo... Não, não me esqueci do nosso encontro no Skype. Acabei de chegar do trabalho. Podemos reprogramar para amanhã... Oh, certo. Sim, ok, me dê um minuto e eu vou ligar para você.

Quando ele desligou, ele me deu um olhar apologético. — Desculpe, eu esqueci sobre o nosso encontro semanal no Skype, e eu preciso fazer uma ligação. Eu prometo que não demorará muito.

— Tudo bem. E pare de pedir desculpas.

— Desculpa.

Levantei a cabeça e ele levantou as mãos em rendição. Então, ele pegou o laptop que está ao lado da televisão e foi até o balcão para ligá-lo.

— Não se preocupe, não vou virar a câmera. Apenas fique sentado na cama.

— Você não quer que eu conheça sua família?

Dylan levantou os olhos do que está digitando. — Não. Não é isso, não. Eu simplesmente pensei... Bem... Eles são bem curiosos e barulhentos, então eu pensei que eu pouparia você. Por enquanto, de qualquer maneira.

— Se você diz isso. — eu fui até a cama, onde ele havia indicado e sentei no colchão firme, quando ele fez a conexão. E o que aconteceu a seguir foi algo que eu não esperava.

— Daydream! Você está aí e não responde quando eu ligo, — falou uma voz feminina igual à do toque do seu celular. — Eu acho que você não está mentindo por não estar no meio de atividades extracurriculares, já que você está completamente vestido.

Daydream11? Quando olhei curiosamente para Dylan, e falei o nome pelos lábios, ele corou uma rosa brilhante.

— Ou talvez eu esteja errada. — continuou a mulher. — Por que seu rosto está tão vermelho?

Eu me inclinei de costas contra a parede e esperei para ver o que iria sair da boca do lindo homem de pé no balcão. Com um jeans rasgado que está baixo de seu quadril e usando uma camiseta com as palavras “Sunset Cove Surf Shop”, ele parecia inteiramente comestível, e eu desejava que ele não estivesse de pé no lado oposto do apartamento, para que eu pudesse passar a mão em seus cabelos castanhos ainda molhados. Não está tão longo quanto costumava ser, mas ainda havia o suficiente para agarrar.

Porra, esse pensamento fez contorcer, e o movimento não foi perdido por Dylan, cujo olhar pousou no meu quadril antes de encontrar meus olhos.

— Ei, Sunshine. — ele disse, olhando para a tela e dando um sorriso grande à pessoa do outro lado. — O bigode está legal, Ziggy. Muito Frank Zappa.

— Vê? — disse um homem. — Sei que Daydream iria gostar. O menino conhece os ícones.

— Eu não disse que não gostei. Eu disse que está mais parecido com Freddie Mercury. Você sabe como ele gosta dessas rainhas. — a mulher parecia divertida, como se ela estivesse orgulhosa de sua piada. Entendeu? — ela disse. — Rainha12?

Dylan riu e assentiu. — Sim, você é puro tumulto, Sunshine.

— Eu sou. — ela disse. — Espere, deixe-me ver onde Lennon foi.

Eu a ouvi chamar quem quer que fosse – sério? Que nomes são esses? – e depois uma voz meio arrastada, tipo: Cara, Onde Está Meu Carro? entrou na linha.

— Heyyyy, cara, como é o surf em Hollywoooooood?

Merda, esse cara é um drogado, pensei, rindo para mim mesmo. Um irmão, talvez? Eu não podia ver a família de Dylan de onde estou, mas ao ouvi-los, eu nunca imaginei que eles pudessem estar relacionados a ele. Ele parecia tão... Normal, mas, novamente, havia muito que eu não sabe sobre o cara ainda. E ele está usando uma camisa de surf.

— Não tive a chance de verificar as ondas, mas você adoraria isso aqui. — Dylan disse. — E feliz aniversário. O meu presente deve chegar em breve.

— Ah, obrigado, caaara. Nós fomos ao acampamento ontem, e whoaaaaa. Foi tão espiritual, cara. Como, uma experiência fora do corpo, aquela erva de cabra é boa. E então eu acordei hoje, e meu pau, cara. É como... Parece maior e essa merda. Eu juro que é como se toda a vibração do mal tivesse passado, mas eu suei essas coisas e tal, e agora estou... tipo... Livre.

Do que diabos ele está falando? Sei que meus olhos tinham que estar do tamanho de discos quando Dylan olhou para mim, porque ele sufocou uma risada e depois tossiu para encobri-la.

— Você está certo de que não é o tesão da erva falando? — Dylan perguntou.

Uh... Tesão do quê?

— Naummmm, caaara. Não estou tendo dificuldade nenhuma em levantar o pau, está apenas... Pesado, mano.

— Bem, fico feliz que você tenha cuidado dessa merda. — Dylan disse, e eu tive que cobrir minha boca para impedir a risada que quer sair.

— Querido, o que você está olhando? — perguntou a mulher chamada Sunshine. — Você tem alguém aí?

— Não, claro que não. Apenas eu.

— Bem, me mostre seu lugar novamente. Quero ver onde está ficando.

— Está uma bagunça. Vou te mostrar na próxima semana.

— Ziggy, eu aposto que quando Daydream girar essa câmera, nós veremos um convidado. Não mordemos.

— Heyyyy, o irmão tem um companheiro. — disse o cara que parecia drogado, e foi quando eu decidi que eu tinha que ver quem está no outro lado daquela ligação.

Levantei da cama e caminhei até o balcão e, embora Dylan não se atrevesse a olhar para mim, ele está balançando a cabeça como se não conseguisse acreditar no que eu iria fazer. E antes que ele pudesse me impedir, olhei para a tela e encontrei três rostos com cabelos loiros e olhos azuis olhando para nós, e quando eles me viram, suas mandíbulas caíram.

— Oi. — eu disse, e quando todos começaram a conversar um com o outro imediatamente, Dylan levantou a mão.

— Caras, caras. — ele disse, e quando eles finalmente ficaram calados, ele continuou: — Este é o Ace.

— Oh garoto! Ele não é nada pequeno, verdade? — disse a mãe de Dylan, com um olhar de admiração para mim. Ela parecia exatamente como eu pensava pelo pouco que eu tinha ouvido. Cabelos longos louros e ondulados em cascata sobre seus ombros, e embora não usasse maquiagem, sua pele é perfeita.

À sua esquerda, um homem com linhas de riso enrugando os olhos, e o bigode que ele está acariciando é, de fato, exatamente como o de Frank Zappa. E então, à direita, está um cara mais novo, e mesmo que eu não tivesse ouvido seu nome, eu teria adivinhado que era Lennon, McCartney, Starr ou Harrison pelo cabelo longo em formato de cuia que ele usava, com a frente cobrindo a maior parte de seus olhos. Do jeito que ele havia falado antes, ele podia estar meio adormecido atrás de todo esse cabelo.

— Ace? — Lennon disse, e ele pareceu zombar de mim e o reconhecimento surgiu. Então ele assentiu e soltou uma risada. — Certo, cara.

— Esse é um nome incomum, filho. — Ziggy disse, e não pude deixar de pensar, realmente?

— Obrigado, eu meio que gosto. E desculpe interromper, mas eu tive que vir e conhecer as pessoas falando sobre... O que mesmo? — eu olhei para Dylan e depois voltei para sua família. — Tesão da erva?

Dylan gemeu e deixou cair à testa no meu ombro. — Você começou com isso.

— Estou lhe dizendo que o Dr. Faukstein jura que ela é boa, e nós também. — disse a mãe. — Nosso menino tem resistência suficiente na cama, Ace? Se um de vocês precisarem de alguma ajuda, nós recomendamos fumar um pouco antes...

— Ok, obrigado, Sunshine, mas não precisamos de ajuda nesse departamento. Salve sua arma secreta para você e Ziggy. — Dylan disse.

— Tudo bem, querido, mas a oferta está aberta. Agora, Ace, onde você e Daydream se encontraram?

Olhei para Dylan pelo canto do olho. Ficou claro que, embora seu irmão parecesse ter uma ideia de quem eu sou, seus pais não tinham nenhuma.

— Nós nos encontramos no set de Insurrection 2, na verdade. — eu disse.

— Oh, você é um segurança? Você tem esse olhar intenso e todo esse corpo volumoso.

Dylan bufou. — Ele não é um segurança. Ele é...

— Apenas fazendo o mesmo que Dylan aqui. — eu cortei.

— Ouça, nós temos que ir — Dylan disse. — Falaremos mais na próxima semana. E feliz aniversário, Lennon.

— Ace, não deixe Daydream te assustar. É melhor você se juntar a nós novamente, sim? — disse a mãe.

Eu assenti com a cabeça e dei-lhes um aceno. — Foi um prazer conhecer todos vocês e feliz aniversário.

Dylan inclinou-se para frente para encerrar a chamada, depois virou lentamente a cabeça para mim. — Oh Deus, você vai encontrar alguma desculpa para sair agora, não é?

O jeito bonito que ele enrugou o nariz me fez querer provocá-lo um pouco, então eu dei de ombros e disse:

— Eu não vou a lugar nenhum até você me contar como acabou com o nome de Daydream.


DYLAN


Sei que Ace não iria deixar isso passar. Fechei o laptop e fiquei encostado contra o balcão. O sorriso de Ace é relaxado e convidativo quando ele se endireitou e cruzou os braços sobre o peito, e o fato de que ele simplesmente apareceu na câmera com a minha família, sem saber da falta de conhecimento da cultura pop deles, e se apresentar, fez meu coração tolo bater descontroladamente. Isso podia significar que ele realmente gostava de mim, certo?

— Então... Daydream, hein? — Ace perguntou novamente, e maldição, o jeito que ele continuava dizendo meu nome dessa maneira em sua voz profunda e sexy deixou o meu corpo reagindo de uma forma que nunca esperaria em um milhão de anos. Especialmente com esse nome.

— Uh huh. — eu disse, e me movi para me levantar quando Ace deu um passo à frente com uma sobrancelha levantada.

— Esse é o nome que você não ia me contar.

— Bem, é meio que...

— Diferente? — Ace disse.

Essa é uma palavra para isso. — Sim. Eu geralmente uso Dylan fora da família. Você sabe, menos perguntas dessa maneira.

A língua de Ace passou no lábio inferior, e eu não pude impedir que meus olhos observassem o movimento.

— Eu gosto. — Ace disse.

Meu olhar fixa no dele, e a maneira intensa que ele está me observando, eu acabei engolindo um pouco de ar. — Você gosta desse nome Daydream? E eu pensando que você ia me dar uma merda por isso.

Ace descruzou os braços e estendeu a mão para traçar os dedos na minha bochecha e ao longo do meu maxilar. Eu lutei contra o suspiro que queria escapar, e então coloquei minhas mãos no peito dele, querendo me estabilizar.

— Sim. — Ace disse, e deu outro passo para mim. Ele então acariciou suavemente o polegar sobre o meu lábio inferior. — Considerando o quanto passei as últimas seis semanas sonhando com essa boca, e todas as coisas que eu gostaria de fazer com você, acho que seu nome é bem perfeito.

Bem, merda. Eu tinha uma imaginação muito boa, mas com Ace Locke de pé na minha frente, tocando minha boca e olhando como se estivesse prestes a me comer no jantar, é difícil não querer tirar minhas roupas e implorar-lhe para que ele desse uma mordida. E do jeito que ele me encarava, seus olhos estão indicando muito mais do que morder. Esse olhar feroz está expressando uma necessidade muito particular - e estou mais do que disposto a dar a ele.

— E o que exatamente você quer fazer sobre isso?

Ace deslizou a mão até a parte de trás do meu pescoço e me puxou para frente. Seus lábios estão famintos quando ele os esmagou contra os meus, e foi um beijo rápido e furioso, e então ele ergueu a cabeça e disse: — Tudo o que você me deixar fazer. Deus, Dylan, eu o quero antes mesmo de conhecê-lo. Como é possível que você esteja aqui?

Meus lábios se separaram, e o gemido que estou segurando sai livre quando eu passei minhas mãos para baixo, até o quadril de Ace, e ele se aproximou ainda mais.

— Diga-me o que você quer fazer com a minha boca, Ace.

Suas narinas se inflamaram ligeiramente e sua pele se esticou quando ele apertou os dentes, sua excitação travando uma guerra com qualquer outro pensamento em sua mente.

— Imaginei chupar seus lábios, especialmente aquele que você pressionava o polegar no outdoor. Imaginei beijá-los, e fodê-los e...

Quando ele parou de falar, balancei a cabeça e mordi o lábio. — Não pense em parar por aí. E...?

Ace parecia que está em conflito consigo mesmo, provavelmente se perguntando exatamente o quão longe ele poderia ir comigo. Mas eu tinha novidades para ele: não havia nada que ele pudesse dizer que iria me assustar - quero gozar de todas as maneiras.

Especialmente isso.

Deslizei as mãos no pau duro dele sob o jeans e me movi para que nossos corpos estivessem agora totalmente alinhados. Eu passei os dentes ao longo de sua mandíbula, subindo pelo pescoço até a orelha, onde acariciei com o meu nariz e absorvi o cheiro limpo e fresco de seu desodorante. Bem, estou queimando. Ace tinha me mais que excitado, e ele não tinha feito mais do que me beijar e me contar algumas fantasias deliciosas que incluíam minha boca.

— Eu não sei sobre você — eu disse na orelha dele, enquanto os dedos de Ace amassavam a parte de trás do meu pescoço e sua outra mão se moveu para minha bunda para me segurar. — Mas, de repente parece que faz cinco mil graus aqui.

Eu me afastei um pouco, e quando Ace me deixou, eu peguei a bainha da minha camisa e a tirei, jogando-a no chão.

Os olhos de Ace percorrer o meu corpo em uma leitura tão deliciosa e lenta, que tudo o que eu posso fazer é apenas permanecer parado e deixá-lo olhar. Então, enquanto ele absorvia tudo o que quero, movi minhas mãos para a cintura do meu jeans e abri o botão. A boca de Ace se separou, e quando eu puxei o zíper para baixo e puxei o jeans para o chão, seus olhos se levantaram para travar com os meus quando eu saí da calça.

— Fodido inferno, Dylan.

Eu tentei não pensar excessivamente no que estou fazendo naquele momento, porque se eu conscientemente pensasse no fato de estar em meu apartamento em frente a Ace Locke, o homem com quem eu sonhava havia um tempo, usando nada mais do que uma Calvin branca, eu só poderia pensar em foda. E agora, Ace está me perseguindo como se ele estivesse prestes a arrancar o pedaço de tecido do meu corpo com os dentes, e não havia como ir a qualquer lugar, exceto dar os dois passos até o colchão atrás de mim.

— Eu acho que você, de todas as pessoas, consegue apreciar os benefícios que recebi ao ser modelo dessa última campanha. — quando a parte de trás das minhas pernas atingiu o colchão, movi uma mão para baixo para enganchar meu polegar na borda do elástico. — Eles me deram uma tonelada de seus produtos como agradecimento.

Ace pegou o meu pulso, antes de minha mão empurrar a cueca para baixo. Levantei os olhos para encontrar os dele, e ele abriu os dentes, no que só poderia ser descrito como um sorriso selvagem e depois sacudiu a cabeça. — Não pense nem por um minuto que você vai me privar de tirá-la de você.

Meu pau latejou com a promessa provocativa, e enquanto Ace ajoelha na minha frente, sei que tudo o que está prestes a acontecer, iria dar um curto circuito na minha maldita mente.


Capítulo 12

TRINTA E TRÊS CENTÍMETROS...


ACE


Ele é ainda mais sexy em pessoa. Esse foi o primeiro pensamento que percorreu minha mente quando Dylan ficou naquela maldita cueca branca. O segundo pensamento foi: eu realmente posso estender a mão e tocá-lo. E foda-se se eu não estivesse prestes a fazer exatamente isso.

Dylan tinha me provocado e atiçado, aceitando o meu toque, e enquanto eu afundava em meus joelhos, sei que quer fazer isso - e muito mais. Olhei para ele de onde estou, e Jesus, ele é magnífico.

Suas pernas estão ligeiramente espalhadas, suas coxas musculosas tinham uma leve camada de pelos, e a maldita cueca branca está abaixo do seu quadril, o suficiente para que eu pudesse ver os pelos curtos e escuros que cercavam o pênis que eu podia ver contra o tecido. Ele olhou para mim, e o olhar em seus olhos são quente.

— Antes de irmos mais longe — ele disse levantando a mão para traçar uma linha na minha bochecha. — Posso pedir um favor?

Eu tinha certeza que, não importava o que diabos Dylan me pedisse naquele momento, a resposta seria sim. Em vez disso, lambi meus lábios e assenti com a cabeça.

— Você pode, por favor, tirar sua camisa?

Peguei a camisa branca e lisa que ainda está vestindo e a puxei pela cabeça, e quando eu a deixei cair no chão ao meu lado, Dylan passou a mão sobre a sua ereção que eu pude ver em sua cueca apertada.

— Porra, Ace. Seu corpo... — os dedos de Dylan relaxaram e então ele os flexionou novamente, massageando seu pênis apenas a centímetros do meu rosto. — Seu corpo é uma maldita obra-prima.

Minha boca ficou seca enquanto ele deslizava os dedos sob o tecido. Meu pau está latejando em resposta a tudo o que estou vendo, e sei que se eu não colocasse minhas mãos nele nos próximos segundos, eu ia perder a cabeça. Movi-me de joelhos, coloquei meus dedos na lateral do tecido e puxei a cueca em seu quadril e coxas, e a visão que me cumprimenta é algo vindo direto de todos os sonhos molhados que eu já tive dele.

A mão de Dylan está firmemente em torno da base de seu eixo, e quando eu olhei para ele, seus lábios se curvaram em um sorriso sedutor que me fez olhar para vê-lo acariciando sua base até a ponta.

Ele segurava seu pau como uma oferenda, e porra, minha mão disparou até a dor insistente entre as minhas coxas, e por um segundo eu me preocupei se tudo acabaria muito mais cedo do que quero. Porque o homem que está diante de mim masturbando o seu pênis é pura perfeição, e é o suficiente para me levar a uma explosão, e Deus sabe que não quero que essa merda acontecesse tão cedo, especialmente na primeira vez que estamos juntos.

Desabotoei minha calça e coloquei minha mão dentro da minha cueca para puxar a cabeça da minha ereção, tentando manter o orgasmo crescente na baía. Foda-se, como é possível isso acontecer comigo, ao apenas observá-lo? O homem é mais perigoso do que eu pensava.

Mas enquanto Dylan continuava se masturbando, uma gota de pré-sêmen apareceu, e antes que posso impedir, estou colocando a minha língua sobre a cabeça de seu pênis. Acima de mim, a respiração de Dylan engatouavor,a, e porra,ente ao. om oTQ que quer dizer um gay muito extrovertido, se é que me en e sua mão parou na base de seu eixo, como se estivesse esperando para ver o que eu faço em seguida. Ele não teve que esperar por muito tempo, porque assim que o gosto dele caiu na minha língua, fiquei louco e desesperado por mais. Uma mão ficou dentro da minha boxer enquanto a outra está envolvida na frente dos dedos que Dylan tinha ao redor de seu pênis, e eu o coloquei na minha boca, sugando e torcendo minha língua pela cabeça.

O corpo de Dylan empurrou para frente, e sua mão livre foi para o meu rosto.

— Ace. — ele ofegou quando movi o aperto que eu tinha em seu pau e o peguei mais fundo na minha boca. — Isso parece... Porra. Tão bom...

Sua cabeça caiu para trás enquanto eu o chupava firme, e é uma boa coisa que seus dedos apertassem o meu pescoço, porque eu não poderia ter parado se eu quisesse.

— É isso. — ele sussurrou, e seus estão olhos brilhando quando ele olhou para observar devorá-lo. Então ele se afastou antes de guiar seu pênis de volta para esfregar em meus lábios. Quando minha boca se separou para levá-lo para dentro novamente, ele gemeu. — Sugue-o. Chupe-me, Ace.

E isso me estimulou mais. Quero engolir todos aqueles gemidos da garganta dele. Quero que ele me conta o que mais gosta e onde ele mais me quer. Quero aprender a dar prazer a cada centímetro desse homem para que eu pudesse explodir sua mente maldita.

Eu podia sentir o tremor ecoando pelo corpo de Dylan, e então ele advertiu:

— Se você não parar, isso acabará antes de eu deitar completamente na minha cama.

Tanto quanto não quero para de chupá-lo, quero estar dentro dele, fodendo-o contra o colchão, ainda mais.

Deixando meus lábios deslizarem, eu o soltei com um pop alto e depois me levantei. Ele imediatamente agarrou-me, beijando-me duro e profundo, não tanto em apreciação, mas uma mendicância demais.

Eu mordi o seu lábio inferior e apertei sua bunda para trazê-lo para frente, moendo nossas ereções.

— Então, eu acho que você deveria colocar essa sua bunda quente no meio desta cama. — eu disse, e depois dei um golpe forte em uma das nádegas dele.

Um sorriso perverso cruzou o rosto de Dylan quando ele se sentou no colchão e depois voltou a dar espaço para mim. Ele está tão disposto e aberto, e enquanto eu me ajoelhava na cama, me senti... Nervoso. Não, não é nervosismo. É apreensão. Está lá, na minha cabeça, um medo irritante de que eu não correspondesse às expectativas de Dylan.

Nós não tivemos exatamente uma conversa sobre a minha falta de experiência, porquê, o que diabos eu diria? Sim, estou fora do armário publicamente como um homem gay já fazia um ano, mas, além dessa estranha bagunça ou das poucas e rápidas lembranças memoráveis que tive nesses meus trinta e três anos, eu não tinha ideia do que poderia fazer para tirar o meu homem de sua maldita mente. E não havia maneira alguma de me conformar com nada menos com Dylan, de jeito nenhum no inferno, eu iria deixá-lo sem um orgasmo tremulante depois de enrolar com isso por dias.

Mas merda, é um monte de expectativas.

— Ace? — Dylan perguntou com sua cabeça inclinada de lado. — Tudo certo?

No entanto, seus olhos não estão nos meus, e quando eu olhei para baixo, percebi que ele está olhando para os meus punhos cerrados. Eu nem tinha percebido que tinha feito isso, e enquanto abria as mãos, respirei fundo.

— O que há de errado? — ele perguntou, ficando de joelhos na cama, então estamos cara a cara. Sua mão foi para a minha coxa enquanto ele analisava a minha expressão.

— Eu só... — minhas palavras foram interrompidas porque, Deus, o homem é muito lindo, e não havia modo algum de que ele não tivesse muita experiência, mas isso não é o único ponto em minha mente. Os pensamentos sobre o que quero fazer com ele, e se o empurrasse muito, e se o assustasse?

— Olhe para mim. — Dylan disse, e quando meus olhos se encontraram com os dele, eu senti certa tensão nos meus ombros se aliviarem. — Seja o que for, você pode me dizer. E podemos fazer o máximo ou o mínimo que você quiser. Não há pressão aqui.

Quando ele se aproximou, a ponta do pênis dele roçou no meu jeans aberto, e então ele riu e colocou a palma em sua ereção. — Ok, então talvez meu pau não concorde.

Eu abri um sorriso na tentativa de aliviar a tensão repentina no quarto. Então a mão de Dylan correu ligeiramente sobre a protuberância na minha calça, e ele disse:

— Você prefere começar as coisas? Ou prefere não fazer isso?

— Não, não é isso. — eu disse, balançando a cabeça com firmeza. — Quero. Foda-se, Quero. — enquanto eu procurava aqueles olhos verde-marinhos luminescentes, eu tive a sensação de que eu poderia dizer a ele qualquer coisa e não haveria nenhum julgamento.

Algo que Dylan viu enquanto ele olhava para mim, entendimento surgiu, e ele assentiu lentamente. — Então faça o que quiser comigo.

Eu congelei, e quando eu tentei afastar o olhar, Dylan pegou meu queixo com o polegar e o indicador. Seu olhar é insistente quando ele disse:

— Quero dizer isso. Faça o que quiser comigo. — então ele aumentou a pressão na minha virilha e balancei o quadril com o seu toque, e suas próximas palavras são uma carícia nos meus lábios. — Eu posso levá-lo... Ou podemos fazer isso lento... — sua mão imitou suas palavras com uma leveza descomplicada. — Ou talvez... Apenas talvez, podemos fazer isso mais duro.

E quando a última palavra saiu, ele me espremeu com uma força que me excitou, mas foi essa mordida de dor misturada com prazer que me faz empurra-lo de costas com um rosnado. É como se ele soubesse exatamente o que me afeta e o que me provoca, que - ao que parece - é o que ele quer.

Eu tirei rapidamente a cueca e calça e as joguei no chão antes de puxar a minha meias. Agora está em um frenesi, pronto para estar em cima dele e dentro dele, pronto para dar o tanto que ele permitisse. Eu orei para Deus: Por favor, Deus, deixe-me ser o suficiente.

Quando me arrastei na cama e fiquei em cima de Dylan, eu colei meus lábios sobre os dele em um beijo esmagador, e assim, não havia tempo para pensar em mais nada, só fazer.

Coloquei suas mãos sobre sua cabeça com firmeza e apreciei a sensação de seu corpo nu embaixo do meu. Elevando-me ligeiramente em cima dele, alinhei nossos paus, e o deslizar doce deles se esfregando derrubou Dylan.

— Maldita ironia — ele disse, levantando o quadril para pressionar mais firmemente contra mim, e eu me abaixei em resposta.

— Porra! Você é tão gostoso. Meu próprio sonho molhado13. — eu brinquei, quando circundei nossas ereções em uma só mão, nos masturbando juntos enquanto o som de nossa respiração ofegante se combinava, fazendo o som mais erótico que eu já tinha ouvido. Isso é o que preciso do homem abaixo de mim. Deixá-lo sem fôlego e dolorido por mais, e foda-se se isso não me obrigaria a gozar logo naquele momento. A minha mão já está molhada de excitação, tanto a dele quanto a minha, e eu tive que diminuir meu movimento e me inclinar para pressionar minha boca contra a dele para tentar recuperar algum controle.

Dylan ergueu a cabeça para encontrar-me a meio caminho, e quando seus lábios se separaram, permitindo que minha língua deslizasse profundamente, um grunhido vibrou na minha garganta. Molhado e liso, o interior aquecido da boca dele me lembrou de quando ele deslizou o meu pau entre seus deliciosos lábios e, à medida que a memória piscava na minha mente, eu impulsionei meu quadril para frente e gemi quando o meu pau esfregou contra o dele.

— Ace. Jesus... — ele disse, soltando a minha boca. O peito de Dylan subia e descia com cada respiração laboriosa que ele dava, e quando seus olhos se encontraram com os meus, eu percebi o quanto eles se tornaram escuros. Ele então mordeu o lábio inferior e inclinou a cabeça para o lado. — Gaveta superior. Lubrificante e preservativos.

Eu não consegui me impedir de abaixar meus lábios em sua orelha e morder a ponta. — Preservativos... No plural?

Ele me encarou e colocou um beijo no meu queixo enquanto eu continuava a mantê-lo cativo. — Uma caixa nova, coisa quente.

Meus dedos apertaram seus pulsos e as pálpebras de Dylan baixaram lentamente, quando ele disse com um tom sedoso:

— Eu prometo. Eu não vou fazer nada. — e novamente, fiquei impressionado com o quão bem este homem poderia me ler.

Eu soltei seus pulsos, e o firme aperto que eu tinha em nossos paus, e então fiz um movimento para me levantar. Mas antes de chegar muito longe, Dylan se ergueu da cama e pegou cada lado do meu rosto em suas mãos e me beijou com força.

Quando ele me liberou e caiu de volta no colchão, ele me lançou um sorriso pecaminoso com suas covinhas. Ele então colocou as mãos sobre a cabeça e afastou as pernas. Sua ereção está rígida e reluzente com a evidência pegajosa de nossa luxúria, e estou momentaneamente paralisado diante da imagem erótica que ele criou.

— Eu vou esperá-lo aqui. — Dylan disse, e eu imediatamente peguei meu pênis, deslizando minha mão no comprimento enquanto eu continuava a olhar para cada centímetro do lindo corpo de Dylan, que está exibindo com orgulho para mim.

— Mas não demore muito. Quero isso — ele disse, e baixou os olhos para o pau que estou acariciando. — Dentro de mim.

Sim, Não estou errado. Dylan é perigoso para minha saúde. Porque naquele momento, meu coração parecia como se estivesse prestes a parar, e mesmo isso não me impediria de colocar o meu pênis dentro desse corpo disposto e ansioso.


DYLAN


Em todas as minhas fantasias sexuais mais loucas, nunca em um milhão de anos teria sido capaz de conjurar a perfeição masculina que é o corpo de Ace. Não apenas o traseiro, mas o seu corpo inteiro.

De seus ombros largos até os músculos de suas costas, que se agrupavam enquanto ele se movia, e a cintura, a bunda dura e redonda e as pernas densamente musculosas, Ace é tão fenomenal quanto parecia. Ok, então talvez eu não goze só em olhá-lo, eu pensei, quando agarrei o colchão acima da minha cabeça um pouco mais duro. Porque o cara parecia espetacular quando ele gozava.

Ele está atualmente de pé no canto do meu pequeno espaço, abrindo a gaveta superior. Provavelmente deveria ter ficado envergonhado com a pornografia, o lubrificante, o preservativo e o vibrador que eu mantinha na gaveta, mas quando ele pegou o meu fiel trinta centímetros14 e olhou por cima do ombro para mim, não pude deixar de acenar.

— Tente não se sentir intimidado.

Ele deixou seu olhar percorrer o comprimento do meu corpo exposto e disse:

— Eu não estou. Eu realmente estou imaginando você usando isso.

Mordi o meu lábio inferior enquanto Ace examinava novamente o pênis de borracha cor de carne que ele segurava. — Bem, eu não tenho isso apenas para decoração.

Quando o canto de seus lábios se curvou, meu pau se contraiu.

— Eu acho que você me entendeu mal. — ele disse, e depois passou os dedos pelo silicone. — Eu quis dizer... Estou imaginando você usando isso na minha frente.

Oh, merda. Eu engoli e soltei uma das mãos que seguravam o colchão para apertar a base do meu pênis. Quando Ace viu o que estou fazendo, ele assentiu lentamente. — Esse pensamento lhe é atrativo?

Mais do que jamais imaginei. Droga. A ideia de me foder como Ace assistindo é quase tão pecaminoso quanto o ato em si. Afastei mais as minhas pernas, e coloquei os pés na cama e consegui dizer-lhe:

— Sim.

Ace soltou um som indistinguível, ergueu os olhos e me encarou. Ele então pegou o lubrificante e os preservativos, fechou a gaveta e voltou para o lado da cama.

Eu deixo a perna mais próxima de onde ele está deslizar sobre os lençóis para dar-lhe uma visão minha me masturbando.

— Droga, Dylan.

Eu coloquei os dedos da minha mão oposta no colchão quando Ace colocou um joelho na cama e me acariciou nas mãos e joelhos até ele colocar uma coxa enorme entre as minhas pernas e as mãos de cada lado do meu corpo.

— Eu sinto que estou perdendo a minha cabeça. — ele disse.

Eu segurei meu calcanhar na cama e curvei meu corpo, sentindo a coxa grossa dele adicionando uma deliciosa pressão sobre o meu pênis e bolas, Ace colocou o quadril sobre minha coxa, deixando uma trilha pegajosa sobre os pelos na minha perna.

— Não perca a cabeça — eu disse, e movi meu quadril no mesmo movimento erótico que antes. — Mas eu posso perder a minha, se você não colocar algo dentro de mim em breve.

Ace amaldiçoou e baixou a cabeça para o meu ouvido, e com uma voz grosseira ordenou:

— Coloque a outra mão sobre sua cabeça. Agora.

Oh, Deus. Estou tão fodidamente excitado, que não sabe o quanto mais eu poderia tomar antes de perder o controle do meu corpo. Mas eu fiz como ele me disse, e soltei a minha ereção para segurar o colchão acima da minha cabeça.

A maneira como os lábios de Ace separaram e ele sugou uma respiração instável, me informou que ele está tendo o mesmo problema nesse instante. Manter o controle, quando na realidade quero que ele não tem nenhum, e quero que ele soubesse disso.

— Ace?

Sua mandíbula travou e seus dedos flexionaram no lençol acima de minha cabeça e, embora eu especificamente lhe dissesse que ele poderia fazer o que quisesse, eu tinha a sensação de que ele ainda hesitava, ainda está dentro de sua cabeça - e isso não seria bom.

— Sim?

Enrolei uma perna sobre a cintura dele e a usei para empurrar a mão dele. — Pegue o lubrificante e coloque esses dedos dentro de mim antes que eu goze em nós dois apenas olhando sua boca sexy.

Um sorriso indolente ondulou o lábio de Ace e a luz em seus olhos me fez recuperar o fôlego. Oh inferno. Esse olhar é intenso. É como se eu tivesse jogado gasolina em um incêndio.

— Ah, sim, Dylan. Por favor, continue um pouco mais — ele disse enquanto ficava de joelhos. — Isso vai ficar muito mais divertido quando eu estiver te ensinando uma dura e difícil lição.

Minha boca se abriu em estado de choque com isso, mas, fez o meu pênis escorrer ainda mais. Então Ace pegou a garrafa de lubrificante e a manipulou habilmente. Abri minhas pernas em cada lado dele enquanto ele despejava o líquido ao longo do meu pênis e bolas, e eu podia sentir que deslizava por todos os sulcos e linhas do meu corpo, e quando pegou um preservativo e o trouxe para a boca dele para abri-lo, um tremor então se espalhou pelo meu corpo. Eu assisti Ace rolando o látex em seu comprimento grosso, e quando ele terminou, ele derramou mais lubrificante na palma da mão, eu tive que engolir um grito frustrado.

Cristo, meu coração iria parar nesse ritmo. Assistir Ace Locke lubrificando seu pau e dedos para usar em mim é a fantasia mais quente que posso ter imaginado.

— Agora — ele disse, e enganchou um braço enorme debaixo do meu joelho esquerdo, abrindo-me ainda mais. — Quais são exatamente suas instruções para mim? Hmmm...

Eu não tinha certeza de onde o homem hesitante de alguns segundos atrás tinha ido. Mas o fodido confiante que agora passava seus dedos escorregadios na parte inferior sensível do meu eixo não é ele.

— Você quer meus dedos dentro de você, sim?

Eu soltei o colchão, prestes a levar uma mão ao redor da base do meu pênis, mas o olhar penetrante que Ace me deu me manteve preso no lugar.

— Está certo, Dylan?

Com minhas pernas bem abertas e sua mão gentilmente manipulando o meu saco, eu mal podia pensar, e muito menos falar. Então eu concordei com a cabeça.

— Sim. Foi o que eu pensei — ele disse e seguiu vagarosamente o caminho molhado e escorregadio, o lubrificante está no meu buraco e - ahhh, sim - exatamente onde eu o quero. Então Ace empurrou a ponta de um dedo contra o meu buraco e apertei meus dentes no meu lábio inferior. Seus olhos baixaram para o que ele está fazendo, e à medida que a pressão contra minha passagem traseira aumentava, ele tocava a ponta da língua no lábio superior em concentração.

Tão devagar que pensei que eu poderia morrer, Ace deslizou seu primeiro dedo dentro de mim. Eu gemi com a sensação, e o som fez Ace olhar para o meu rosto. Eu podia sentir um filete de suor escorrendo da minha têmpora até os meus cabelos, e quando ele tirou o dedo e depois deslizou novamente, eu usei meu pé para impulsionar o meu quadril e bunda para essa mão provocadora.

— Porra, sim. Pegue o que quer Dylan. — ele disse. — Tome do jeito que você quiser.

Eu me abaixei, e a tensão que está em meus braços quando agarrei aquele maldito colchão, como se fosse uma questão de vida e morte, me deixou saber que, amanhã de manhã, meus braços iriam doer como uma cadela - mas por Deus, valeria à pena.

Quando a ponta de dois dedos sondou a minha entrada, minha respiração me deixou, e Ace empurrou, aumentando a pressão.

— Você é muito apertado. — ele disse enquanto continuava a torcer e empurrar os dedos, passando em minha próstata agora e... Sim, me fodendo de novo. — Você tem certeza de que não vou te machucar?

— Sim, Quero dizer isso. Estou fodidamente certo de que você não está me machucando. Quero isso. — eu gemi sobre o fato de que eu implorava por isso.

Ace retirou seus dedos longos de dentro de mim, e todo o seu corpo parecia tenso como um fio. Um erro - ou, neste caso, um movimento certeiro... E ele iria explodir.

— Vire-se, fique de quatro. — ele disse depois que abaixou minha perna na cama.

Não esperei uma segunda ordem. Eu soltei o colchão, e me virei, ficando de quatro na cama. Assim que estou em posição, senti a cama mergulhar e as mãos grandes de Ace está no meu quadril nu, uma palma suavizou minha bunda antes de golpeá-la, com força suficiente para doer.

— Ai. — eu disse, e olhei por cima do meu ombro para encontrar Ace com um sorriso de lobo. — O que foi a palmada? Eu fiz o que você disse.

Ace segurou meu quadril, e colocou seu pênis contra a fenda da minha bunda e disse:

— Honestamente, quero dar uma palmada na sua bunda desde o dia em que você entrou na frente do meu carro. Então você teve a sua palmada, Daydream.

— Que não seja a única coisa que você fará nos próximos minutos. — eu disse, e empurrei meu traseiro para ele, e assim a boca de Ace fechou e ele deu um aperto firme no meu quadril. Então, uma mão se moveu para alinhar seu pênis, e eu apertei os lençóis para me preparar para aquele delicioso primeiro movimento.

Está acontecendo. Isso está acontecendo de verdade.

Foi uma queimadura doce, pois Ace lentamente empurrou para dentro de mim e, uma vez que passou o primeiro anel de músculos, ele parou, me dando tempo para ajustar. Mais... Eu precisava de mais. Eu havia esperado o tempo suficiente.

— Mais. — eu gritei, e empurrei para trás, o levando para dentro, polegada a polegada.

— Porra. — a mão livre de Ace foi para a base das minhas costas. — Apenas... Me dê um segundo. — ele disse, quando o ouvi respirar fundo, e aproveitei para relaxar.

Doeu, pois havia passado um tempo desde que fui fodido, e quando expirei, tentei relaxar meu corpo e me abrir para ele. Quando ele começou a se mover novamente, minha cabeça caiu para frente, e tudo o que eu podia sentir, tudo o que eu podia pensar, é a plenitude dele enquanto ele me enchia completamente. Suas bolas estão cheias e pesadas contra a minha bunda enquanto ele nos segurava, e então começou a se afastar. Lento e delicado, ainda me segurando, e não foi até que eu disse:

— Foda-me com tudo. — que ele finalmente se soltou.

Quanto mais Ace pegou o ritmo, me dando os impulsos mais profundos e duros, mais eu implorava, nossos gemidos ficando cada vez mais altos e mais desesperados, e eu caí nos meus cotovelos e desci minha mão para agarrar meu pau. Eu me acariciei uma vez, duas vezes, e então senti o peito de Ace contra minhas costas enquanto ele se esticava para assumir o lugar da minha mão. Ele me masturbava no mesmo ritmo de seus impulsos, e Deus, eu já senti algo tão bom?

A resposta é não. Não, não assim. Nem mesmo perto, e tive a sensação de que, se fosse uma prévia do que está por vir, estou com mais problemas do que percebi.

O quadril de Ace golpeava contra a minha bunda enquanto tomava tudo o que eu tinha para dar, e enquanto sua mão grande trabalhava no meu pau ao ponto de detonação, soltei um gemido.

— Eu vou...

— Gozar? — Ace terminou, e seu polegar deslizou sobre a cabeça da minha ereção, e eu não tive a chance de acenar com a cabeça ou dizer qualquer coisa antes que o orgasmo me atropelasse com uma pressa que me deixou sem fôlego.

Puta... Merda. Enquanto Ace continuava a espremer cada gota, abaixei minha cabeça para os meus antebraços, meu corpo tremendo enquanto eu recebia seus golpes finais e puxava o tão necessário ar.

— Porra. — Ace gemeu nas minhas costas. Seus movimentos se tornaram instáveis mesmo quando ele penetrava ainda mais rápido dentro de mim. — Porra, porra, por... — ele empurrou até o fundo dentro de mim e gozou com um rosnado.

E adorei. Adorei o modo como ele não conseguiu se impedir de morder o meu ombro enquanto batia suavemente contra mim. Adorei o suor de seu corpo me marcando. E especialmente amei o seu peso me pressionando no colchão depois que nós dois implodimos, incapazes de nos manter.

E a melhor coisa? O que eu pensaria dias depois? A forma que ele nos mantinha conectados, seu pau ainda dentro de mim, suas mãos sobre as minhas, unindo nossos dedos, e a maneira como ele acariciou o meu ombro com o restolho de barba e colocou beijos macios no lugar.

Isso me dizia muito mais sobre o que aconteceria depois, do que qualquer palavra que ele pudesse ter falado. Não foi uma foda rápida para ele. E essa realização me deixou... Meio perdido. Eu estaria para sempre arruinado pelo único homem que eu nunca esperei ter.

Estou completamente apaixonado por Ace Locke.


Capítulo 13

DURA VELOCIDADE...


ACE


Após saciar certo apetite, Dylan havia pedido comida chinesa, e minha dieta está condenada depois de uma dúzia de caixas de arroz branco e frito, macarrão de sésamo e carne Mongol espalhadas pelo chão ao lado do sofá onde nos sentamos.

— Eu sei que você viu o pau de Russell Hudson quando vocês estão trabalhando no filme Madder than Hell. — Dylan disse. Sem camisa, mostrando sua pele bronzeada e as calças desabotoadas, ele parecia uma visão. Havia uma cintilação maliciosa em seus olhos enquanto ele levantava seu mindinho. — É assim, não é?

Eu ri e balancei minha cabeça. — Não é como se todos trocássemos de roupa juntos em um vestiário.

— Mas você está praticamente nu nesse filme o tempo todo, e eu ouvi como essas bolsas funcionam.

— Bolsas? — perguntei, levantando a sobrancelha. Sei sobre o que ele está se referindo, mas só quero fazê-lo dizer.

— Aquelas que você tem que usar para que não esteja realmente penetrando sua co-estrela. A menos que essa co-estrela seja eu, e então eu apoio totalmente a nudez completa.

Quando fiz menção de manter meus lábios fechados, Dylan levantou a mão. — Vamos, ele já é um idiota pessoalmente, eu só quero garantir que o pacote não coincida com o ego. Karma total.

Tudo bem, ele tinha um ponto. O único com o ego maior que o de Russell é Kanye, e eu não gostava muito dele quando filmávamos juntos.

— Você está certo — eu disse, e apontei para o dedinho erguido dele. — Mais ou menos... Isso. — então eu ergui os meus pauzinhos e peguei outro pedaço de carne enquanto a boca de Dylan se abria.

— Sei que sim. — Dylan disse com um sorriso no rosto. Quando levou outro pedaço de carne para minha boca, ele começou a balançar a cabeça. — Posso apenas dizer, nunca vi ninguém comer com pauzinhos desse jeito. Você também acha?

— É a maneira mais rápida de pegar a comida sem usar meus dedos. Já que eu estou tentando ser um pouco civilizado por aqui.

— Não sei se o que você fez comigo naquela cama seria considerado civilizado. Selvagem, talvez. — ele mordeu o lábio e depois acrescentou: — Não se preocupe. Eu definitivamente sou um fã disso.

— Então, nós estabelecemos isso a partir de sua coleção de filmes de Ace. — eu disse com uma risada, e depois olhei ao redor da sala esparsa. — Não tenho certeza de onde você os mantém. Talvez com os preservativos e o lubrificante naquela gaveta?

— Você faz parecer que eu assisto os seus filmes como pornô. — Dylan disse enquanto ele se inclinava para pegar um dos recipientes de comida e depois empilhou o conteúdo em seu prato. — Nesse caso, você estaria certo. Eu os armazeno no meu computador para que eu possa viajar com pouca bagagem.

Olhei para ele por um longo momento, ainda não acreditando que alguém em que eu pensava tantas vezes fizesse o mesmo comigo. Quais seriam as probabilidades?

— O quê? — Dylan limpou o queixo dele. — Eu tenho algo no meu rosto?

— Não.

Ele ergueu a caixa. — Você quer mais arroz?

— Não.

— Você sabe, sempre me disseram, e eu cito, que sou um “bastardo desconfiado”, mas acho que você ganha e muito de mim.

— É mesmo? Talvez você não esteja fazendo as perguntas certas.

A testa de Dylan enrugou, e então ele colocou o prato no chão e cruzou as pernas debaixo dele. — Você, Ace Locke, jura dizer a verdade, toda a verdade, e nada além da verdade perante Deus?

— Você não pode lidar com a verdade. — eu disse automaticamente, citando um dos meus filmes favoritos, e quando Dylan franziu os lábios, eu sorri.

— É o que Quero dizer. Você está sempre desviando o assunto. Sempre se fechando firmemente. Eu vi os vislumbres, então agora Quero saber, quando você vai deixar essa besta raivosa sair para brincar?

— Besta raivosa? — eu repeti. — Eu não sei do que você está falando.

— Com certeza. Eu a vi em seus olhos quando eu lhe dei permissão para foder o inferno fora de mim. Mas quando você estiver comigo, você não precisa esperar a minha permissão. Você já a tem.

— Jesus. — eu esfreguei minha testa, como se estivesse escondendo o fato de que meu rosto provavelmente está virando um tom embaraçoso de vermelho. Não é como se fosse um puritano, mas nunca tive alguém me dando uma análise pós-sexo.

Dylan começou a rir, e então sua mão está na minha coxa. — Nada de errado em gostar de selvageria. Inferno, eu acho que depois desta noite eu prefiro assim.

— Com sua boca, eu fico chocado que sou o primeiro a colocá-lo no seu lugar.

— Simmm, lá vai você. Eu afirmo isso para você, eu gostei.

Ele está falando sério? — Então... Você não está brincando. Você realmente gostou?

— Uh, tenho certeza de que você poderia dizer isso do jeito que eu gozei toda a minha porra sobre sua mão. — então Dylan ficou pensativo e ele disse: — Posso te perguntar uma coisa, já que estamos sendo honestos? Isso é... Novo para você?

— Você está perguntando se sou virgem?

— Bem, talvez. Ou algo próximo?

Como diabos eu iria responder a isso? Ou, até certo ponto, o quão aberto quero ser sobre a minha história sexual com um homem que tinha caras se alinhando no quarteirão para tê-lo? Embora, talvez ele pensasse o mesmo sobre mim, então... Oh, foda-se.

Depois de colocar o prato no chão, sentei-me no sofá com o meu corpo virado para Dylan e tentei descobrir por onde começar. — Olha, eu sei que todos têm essa impressão de mim...

— Não, não me coloque nesse grupo. Apenas me diga quem você é.

Eu soprei uma respiração e esfreguei minhas palmas suadas no meu jeans. — Foi apenas no último ano que fui livre para ser aberto sobre quem eu sou. Antes disso, eu tinha uma série de namoradas, normalmente escolhidas pela minha equipe ou pelos os meus pais.

— Você... Você dormiu...

— Se eu dormi com minha equipe?

— Não, com as suas namoradas.

Sim, essa é a parte complicada, uma que iria me dizer se ele é tão aberto quanto ele afirmava. — Eu dormi. Não foi com todas, e Deus sabe que a imprensa pensou que eu é esse tipo de homem, mas sim.

Dylan mastigou o lábio e depois ergueu o dedo. — Eu acho que eu preciso de álcool para isso. Um segundo.

Ele se afastou do sofá e depois pegou os recipientes de comida espalhados enquanto se dirigia para a cozinha. Ele pegou uma garrafa de Vodka, dois copos e um pouco de suco de laranja e voltou para o sofá.

— Tudo bem. — ele disse, depois de misturar o álcool e o suco e me entregar um copo. Então, ele engoliu o conteúdo de seu copo em um longo gole. — Agora estou pronto. Então, você é bissexual.

Eu tive que rir da expressão cautelosa em seu rosto, então eu decidi primeiro deixar sua mente à vontade.

— Não, eu não sou bissexual. Eu gosto de homens. Sempre gostei de homens. Isso não quer dizer que não aprecio uma mulher e que não tentei ficar atraído por uma por causa da minha família ou da minha imagem. Mas é algo que quando eu tentava explorar, sempre é afastado, e varrido sob o tapete como esse grande e sujo segredo. E não sou estúpido. Gostaria de apostar que pelo menos metade das pessoas que você vê na TV e nos filmes são gays, mas você e o resto da América nunca saberiam por que essa merda é mantida em segredo. Se você quer uma carreira promissora e diferente da usual, você joga pelas regras.

— Mas você as quebrou. — Dylan disse, puxando as pernas para o peito. — Eu vi a sua conferência de imprensa no ano passado quando você saiu do armário. E foi uma coisa incrivelmente corajosa a ser feita.

— Corajosa? Não foi muito corajosa. E isso meio que acabou por arruinar a vida de Shayne.

— Shayne? Aquela mulher graciosa do seu grupo, aquela Shayne?

Eu tomei um gole da minha bebida.

— Ela mesma. Eu a procurei em particular para ser a minha namorada de fachada, porque eu pensei que está pronto para ter um relacionamento com alguém, mesmo em segredo. Mas o chefe dela descobriu, e Shayne entrou no fogo cruzado para me cobrir. Atuando como uma acompanhante, como dizem. Mas não percebi que, ajudando-me, ela está arruinando sua própria felicidade ao ferir alguém com quem ela se importava. E quando eu descobri... Bem, como eu poderia levá-la para o meu navio afundando? Não, não foi uma coisa corajosa sair do armário. Foi o certo.

— No entanto, não parece ter te machucado. Quero dizer, do que eu posso dizer. Você ainda tem sua carreira e as pessoas sabem...

— Porque eles não têm fotos minhas com um namorado em todas as revistas. Isso não está no rosto de todos, então eles assumem que vai desaparecer. Longe da vista, longe da mente. A América do Norte não quer um herói de ação gay, e os homens - o público central - não pagam para ver isso.

Os olhos de Dylan suavizaram com as minhas últimas palavras. — Então, de certa forma, mesmo que você tenha saído do armário publicamente, você ainda está... dentro, num sentido.

Peguei a bebida que ele havia misturado para mim e dei um longo gole do líquido antes de assentir.

— E essa é a razão pela qual você tem um cuidado insano onde quer que vá? Por que todos estão esperando tirar essa foto e dar esse furo nas manchetes?

— Sim. — eu disse, e passei uma mão na parte de trás do meu pescoço. Merda, não quero que as coisas ficassem tão sérias. Mas havia algo sobre Dylan que me aliviava. Ele é fácil de conversar, e fiquei aliviado ao encontrar aceitação, e não um julgamento.

— Isso tem que ser estressante — ele disse e mais uma vez cruzou as pernas debaixo dele. — Sempre olhando por cima do ombro.

Não é bem a verdade. — De certa forma, é pior do que antes de me assumir gay. Porque naquela época eu não podia ir atrás de quem quero. Eu apenas esmagava esses sentimentos, e os afastava com a fachada de uma bela mulher no meu braço. Ninguém sabe de nada. Mas agora...

Dylan deixou o silêncio pesado entre nós por vários batimentos cardíacos e então me pediu para continuar. — Agora?

Passei meus olhos no corpo dele e lambi meu lábio, lembrando o gosto dele na minha língua. — Agora Quero você. E isso vai ser complicado.

Dylan se moveu e se aproximou até que ele está tão perto de mim que seus joelhos estão tocando minha coxa. Então ele se acomodou em seus calcanhares e pôs uma mão no meu bíceps nu. — Não precisa ser.

— Sim. Eles vão dificultar.

— Eles? Os paparazzi?

— A imprensa, o público, meu gerente, meus pais. Deus... — eu parei alista enquanto eu me virava para enfrentar Dylan e sacudi minha cabeça. — Eles vão pirar.

Meu coração correu ao pensar nessa conversa, e eu me levantei do sofá. Meus pais ficaram estranhos o bastante quando eu saí. Não conseguia imaginar a reação deles comigo apresentando-lhes um namorado. Por sinal, um namorado muito público e também assumido.

— Ei — Dylan disse atrás de mim, e eu o ouvi saindo do sofá. — Está tudo bem. Podemos manter escondido pelo tempo que você precisar.

— E se eu não souber quanto tempo será? — eu esfreguei as mãos sobre o meu rosto, me sentindo frustrado. Isso é ridículo. Eu deveria ser livre para ficar com o homem lindo ao meu lado, e foi por isso que eu me assumi em primeiro lugar. Mas, em vez disso, voltei ao armário. Aterrorizado de que alguém descobrisse que quero Dylan mais do que quero tomar meu próximo suspiro.

Quando a mão dele tocou minhas costas, soltei um suspiro. Sei que o que estou pedindo a ele não é justo. Mas eu realmente posso aceitar, se foi ele que ofereceu primeiro? E não é como se fosse ser assim para sempre.

— Bem — Dylan disse, e ficou na minha frente. Quando nossos olhos se encontraram, ele balançou as sobrancelhas. — Podemos ser criativos. — eu franzi a testa, e a expressão Dylan é risonha. — Não pareça tão excitado pelo pensamento.

Abri a boca para responder, e a mão de Dylan se moveu para pressionar o dedo indicador nos meus lábios. — Apenas escute por um minuto. Sim?

Ele está sorrindo para mim de uma maneira que me fazia querer beijá-lo sem sentido. É um sorriso de flerte. Um que está cheio de maldade. Então assenti com a cabeça, perguntando o que ele diria depois.

— Quero você também.

Essas palavras são como um tiro de adrenalina direto ao meu coração, mas então Dylan continuou conversando e a corrida viajou muito mais ao sul.

— E se eu tiver que tê-lo atrás de portas fechadas, em cantos escuros, e sob as fodidas escadas... Eu vou aceitar. Mas eu tenho um pedido.

O diabo está à espreita sob o sorriso sensual que me tentava a brincar com ele. E eu mais do que quero continuar brincando com ele. — O que será?

Dylan alisou a palma da mão no meu peito nu até o meu ombro e disse: — Quando ficarmos juntos assim, você deixa a sua guarda baixa. Eu vou assinar o que você precisar que eu assine para deixar sua mente à vontade. Mas quando estiver com você, e o seu corpo dentro do meu, Quero conhecê-lo. O verdadeiro você.

Droga. Dylan definitivamente me tinha. Eu só quero saber por quanto tempo ele iria me querer.


DYLAN


Ace trouxe suas mãos para o meu rosto e então se inclinou para escovar um beijo sobre meus lábios, e quando ele se afastou, ele disse:

— O que você quer saber?

Tudo parecia muito para pedir de repente, não sou imune à tensão que deixava o ar ardente dentro do meu pequeno apartamento, então eu diria algo que eu imaginava que fosse aliviar o humor - ou pelo menos mudar o foco.

— Mmm. — eu belisquei seu lábio inferior e passei minha mão atrás do pescoço dele, segurando-o no lugar enquanto eu sussurrava contra seus lábios: — Diga-me algo que você sempre quis experimentar, mas nunca contou a ninguém.

Os lábios de Ace se curvaram contra os meus e ele soltou meu rosto para levar as mãos até minha cintura. Envolvi seus braços em volta de mim, ele me puxou para perto com aqueles braços fortes dele, e eu tranquei os meus em volta do pescoço dele.

— Sempre quis ter aulas de canto.

Eu me afastei dele e ergui uma sobrancelha, e Ace riu.

— Uhh... Não é exatamente o que eu quis dizer.

— Então você precisa ser mais específico com suas perguntas. Você não sabe que nós, as celebridades, somos profissionais quando se trata de nos esquivarmos.

— Vocês, celebridades, são pessoas bem evasivas.

Ace apertou o jeans que cobria a minha bunda, e quando ele colocou os quadris contra o meu, perdi uma parte da minha indignação e gemi.

— Seja mais específico. Se você quer saber algo sobre o verdadeiro eu, então você precisa perguntar. Eu sei que não lhe falta bolas.

Isso deixou a minha boca aberta, e então eu aceitei e comecei a rir.

— Sério? Não posso acreditar que você tenha dito isso pra mim. Bem. Mas lembre-se — eu disse, e passei meus dedos de trás do pescoço. — Você pediu por isso.

— Então, em outras palavras, eu deveria ter outra bebida antes de começarmos suas vinte perguntas?

Eu apertei meus lábios, fingindo refletir sobre isso. — Talvez, mas antes de fazer isso, responda a minha primeira pergunta.

Fiel em ser evasivo, o Ace que eu agora estou conhecendo, fingiu esquecer. — E qual exatamente foi essa pergunta?

— Diga-me algo sexual que você sempre quis tentar, mas que você nunca contou a ninguém.

Os dedos de Ace flexionaram na minha bunda novamente quando um rubor atingiu suas bochechas, e maldição, isso o fez parecer ainda mais sexy. Eu coloquei meus lábios na mandíbula dele e beijei do restolho até a sua orelha.

— Conte-me. E eu vou te contar uma coisa que eu nunca disse a ninguém. — passei a língua sobre a orelha dele e depois adicionei: — Por favor.

— Foda-se, Dylan.

Eu podia sentir a ereção de Ace agora enquanto ele esfregava o quadril sobre o meu, sei que tudo o que está prestes a sair de sua boca seria algo que eu faria se estivesse ao meu alcance para fazer acontecer.

— Meu carro.

Meu pulso acelerou na menção de ter um passeio perverso, mas quando eu lembrei os limites apertados do veículo, eu fiz uma careta. — Eu preciso que você elabore um pouco sobre isso. Por mais sexy que seja o seu carro, seria um pouco desconfortável lá dentro para isso.

— Quem disse que está falando sobre o interior?

Oh inferno! Se ele está pensando o que eu achava, então estou...

— Estou pensando em algo mais...

Continue. Continue... Diga. Por favor, Deus, diga isso.

— Bem, você sabe, naquele filme, o Hard Throttle? Eu, inclinado sobre o capô.

Foda-me. Ou devo dizer “foda-se Ace”? — Essa é uma das fantasias mais quentes que já ouvi na minha vida. E agora vai ficar enraizada na minha mente.

Uma das mãos do Ace deixou minha bunda para se mover para frente do meu jeans. Eu o deixei desabotoado, então era fácil para ele deslizar o zíper e colocar a mão por dentro. Eu suspirei, enquanto seus dedos se envolveram em torno de mim, e quando ele disse:

— Apenas uma fantasia? — eu gemi. — Estou meio que esperando que você me incluísse nela.

Ace me levantou, até que minhas costas estão contra a parede e depois acariciou o meu pênis enquanto ele empurrava uma perna entre as minhas.

— Hmmm. Quem disse que não iria? Eu não vou falar todas as minhas... Oh merda. — eu disse em torno de um gemido abafado. Os lábios de Ace estão no meu maxilar agora, seus dentes afundando em minha carne enquanto seus dedos se curvavam em volta de mim.

— Você é de outro mundo quando está excitado. Seus olhos mudam de sua cor clara usual para um verde marinho profundo e escuro. Águas turbulentas.

Minha cabeça descansou contra a parede e Ace deslizou os lábios até o local onde meu ombro e pescoço se conectavam, e ele sugou a pele entre os dentes. Meu quadril flexionou e ele riu, e o som me fez querer ir direto para a cama que deixamos menos de uma hora atrás.

— Agora você. — ele disse, e enquanto as palavras de Ace se infiltraram no meu cérebro, eu tentei decifrar o que ele está dizendo. Mas com a mão e a boca trabalhando no meu corpo, estou achando difícil lembrar o que diabos é.

— Agora, eu o quê?

Ace ergueu a cabeça e colocou a língua no meu lábio inferior, depois ele acalmou a mão, e quero exigir que ele não parasse. Mas ele tinha outras ideias.

— Agora você me diz algo que você sempre quis experimentar.

Ah sim, está certo.

— Umm... — Cristo. Lá está sua mão de novo. Acariciando-me, para cima e para baixo.

— Sim?

— Eu... — fechei os olhos, tentando me concentrar, mas Ace ficou aborrecido por isso não acontecer.

— Você?

— Uh, sim. — eu ofeguei. — Eu adoraria fazer algo em público.

Assim que a palavra final caiu de meus lábios, a mão de Ace parou e seus olhos se encontraram e se prenderam com os meus, e foi só então que me ocorreu como eu fui tolo. Como eu poderia ter sido tão insensível ao mencionar ter relações sexuais em público quando Ace acabara de passar os últimos quinze minutos me dizendo que esse é seu pior pesadelo? Ele talvez quisesse ser visto comigo em público agora. Ou talvez só quisesse tomar um café ou andar de mãos dadas, e aqui estou falando o que quero...

— Algo mais? — Ace disse, tirando-me dos meus pensamentos. Eu pisquei para ele, e quando o lado de sua boca se curvou, um pouco de entusiasmo passou por mim. — Algo como...

Ele é um bastardo espertinho; Ele gostava dessa ideia? Então Ace apertou meu pau e seu quadril se moveu, escovando sua ereção coberta de jeans contra a minha coxa, e ficou bastante claro que ele gostava.

— Algo como você me despindo e me tomando... Em público.

Notei a mesma luz que eu tinha visto nos olhos de Ace mais cedo, sem restrição, uma nova camada, e o som que saiu dele só poderia ser descrito como um rosnado. Eu inclinei meu quadril, tentando ter cada vez mais fricção no meu pau dolorido.

— Diga-me a verdade — eu disse, precisando saber o que está por trás dessa expressão feroz. — Há mais do que o que você me mostrou esta noite, não há?

— Mais?

— Sim. Está aí mesmo, cozinhando a fogo baixo na sua superfície. E, uma vez que você finalmente perceba que não vou impedi-lo, não importa o que você queira fazer ou tentar, estou ansioso para ver o quão longe você irá.

Ace torceu com o pulso a ponta do meu pênis e meus olhos rolaram na parte de trás da minha cabeça.

— Você quer que eu me solte com você. É isso que você está dizendo?

Sim, por favor, pensei, e assenti com a cabeça. Estou prestes a explodir para ele mais uma vez, e não havia como conseguir parar. Ace esmagou sua boca sobre a minha, e segurei em seus braços para me manter firme, mas ele balançou a cabeça.

— Mhmm. Levarei isso em consideração. Agora, use a parede para se estabilizar. Quero provar você novamente.

Ace está de joelhos antes que eu pudesse dizer alguma coisa, e então meu jeans está nos meus tornozelos e meu pau está sendo engolido entre seus lábios. Minhas mãos foram para os seus ombros enquanto eu empurrava para frente - vamos ser reais aqui - fodendo a boca de Ace com tudo o que eu tinha, e não levou mais de três ou quatro sugadas entre seus lábios antes do orgasmo correr nas minhas bolas, e eu jorrar na garganta dele, gritando seu nome tão ruidosamente que meus ouvidos doeram. Quando ergui minha cabeça e ele lentamente deslizou os lábios, ele olhou para mim e colocou o polegar sobre o lábio inferior, e o sugou.

— Eu acho que são duas coisas que nós dois precisamos... Explorar, se essa for à reação. Você não concorda?

E, ali mesmo, está o primeiro sinal de que estou caindo de cabeça por esse cara.


Capítulo 14

E... AÇÃO!


DYLAN


Não foda a fala. Não foda a fala. Não foda a fala.

Avançando embaixo da chuva que cobria a seção do navio em que estamos filmando, eu apontei para o ator que interpretava o tenente Gerschick e disse:

— Você está errado. O Comandante Scott não voltaria com uma ameaça, então, se ele sair, eu também vou.

— Corta! — o diretor parecia frustrado de onde está sentado atrás de uma parede de câmeras e monitores.

Oh, Deus! Novamente não! Por favor, não quero ser aquele que ferrou isso, especialmente com Ace assistindo. Tinha sido uma longa semana de filmagens, e dizer que isso é natural nesse meio é um fato. Eu nunca percebi o quanto de trabalho dava para filmar um filme, e parecia que cada pequena coisa que eu fazia incomodava o diretor, fazendo com que ele interrompesse a filmagem da cena. E logo hoje, o dia em que eu tinha a maior parte das falas, estou fazendo tudo o que está ao meu alcance para não me foder, ou ao filme, e realmente eu tinha uma furiosa suspeita de que estou prestes a ser...

— Prescott. — Ron gritou sobre o som da chuva batendo contra o convés.

Sim. O maldito chamado do inferno! Merda.

Mantendo a mão acima da testa para proteger os meus olhos da forte chuva que encharcava meu corpo inteiro, olhei para onde Ron está balançando a cabeça.

— Quando a merda da cena começar, você deve estar no ponto ou no ângulo certo. Alguém, por favor, mostre a Prescott onde ele deveria estar?

Ninguém se moveu, e então o cara que fazia o Tenente Gerschick teve piedade de mim e me acompanhou de volta ao local de onde comecei. Porra! Eu não sabe que não deveria me mexer. Eu me mexi? Deus, isso é embaraçoso. Eu podia sentir o olhar de Ace em mim de onde está esperando atrás da câmera para entrar na cena, mas se eu não pudesse acertar, ele ficaria esperando por um tempo.

Estou tão fora do meu elemento.

— Entendeu? — Ron perguntou, e quando respondi afirmativamente, ele voltou a sentar-se na cadeira de diretor. — Tudo bem, vamos tentar novamente, aos seus postos.

O operador da câmera assistente se posicionou novamente, e então Ron gritou:

— Ação!

Quando entramos em cena outra vez, eu mantive meus malditos pés congelados no lugar, e então, quando chegou à hora de falar, eu apontei para o homem na minha frente e disse:

— Você está errado. O Comandante Locke não voltaria com uma ameaça, então, se ele sair, eu também vou.

— CORTA!

O que diabos eu fiz agora?

— Cristo, alguém leu o roteiro? — Ron gritou, e enruguei a minha testa. O que eu disse de errado?

Quando o supervisor do roteiro fez uma careta, o medo se acumulou no meu estômago. Quando eu olhei ao redor, meu olhar caiu sobre Ace, e a expressão preocupada em seu rosto me deixou mais quente.

Ele não podia esperar em seu trailer até que fosse a hora dele sair? Tornaria tudo tão fácil e, embora eu estivesse familiarizado com as câmeras, é um jogo diferente, e eu odiava o fato de ser o novato no set.

— O nome é Comandante Scott. — disse o supervisor.

— Uh... sim, foi o que eu disse.

— Você disse Comandante Locke. — a mulher olhou para onde Ace está de pé e depois para mim, e se eu pudesse me arrastar para baixo de uma fodida rocha, então, eu teria.

Droga. Era o que eu conseguia por ter Ace no meu maldito cérebro. Fodida merda!

— Entendeu? — ela perguntou, e eu assenti.

— Comandante Scott. Certo. — quando eu me virei para voltar à minha marca, como eles chamavam, eu vi Ace falando com Ron pelo canto dos meus olhos, e sua conversa entrou nos meus ouvidos.

— Você não precisa ser tão duro com o cara — Ace disse. — Ele é novo nisso.

— Não me diga como fazer o meu trabalho. — Ron disse, e então ele levantou o boné, passou os dedos pelos cabelos e colocou-o firmemente de volta em sua cabeça. Está escrito na camisa dele: AVISO: Esta camisa pode conter um idiota. — Nós já estamos atrasados e com o orçamento, não temos tempo para parar a cada cinco segundos para cuidar desse garoto.

Ace cruzou os braços sobre o peito. — Ele não precisa de uma babá, mas você gritando com ele constantemente não fará nada para ajudar com seus nervos.

Oh Deus, Ace, cala a boca. Eu tive que moer meus molares, e quase comecei a gritar com ele para fechar seus malditos lábios.

— Então, você prefere que eu cuide dele? — Ron virou-se para olhar para os atores ainda de pé na falsa tempestade e gritou: — Alguém precisa que eu o console e limpe suas bundas? Alguém? — quando ninguém disse uma palavra, ele voltou para Ace e inclinou a cabeça para o lado como se quisesse dizer, Próximo ponto?

Poooooorra, ele está tentando piorar as coisas? Ron, obviamente, está de saco cheio comigo, então a última coisa que eu precisava era que Ace viesse em minha defesa, especialmente porque parecia piorar as coisas.

— Não há necessidade de ser um idiota. — Ace disse, e então ele voltou para onde está esperando para entrar na cena. Quando ele olhou para cima, ele fechou os olhos em mim, mas não pude aceitar as desculpas em nome de Ron, o que vi em seus olhos. Meu olhar foi ao chão enquanto fiquei de pé tremendo, e não da chuva fria batendo nas minhas costas.

Como ele poderia me fazer parecer um idiota? Já está passando por incompetente, então tudo bem, vamos todos cair em cima do novato.

Sacudindo a cabeça com desgosto, tentei acalmar meu coração que batia acelerado, mas não havia como me acalmar depois disso. É bom que eu estivesse supostamente irritado nesta cena, porque também não havia maneira alguma de fingir algo diferente. E eu planejei usar cada pedaço dessa agressão e frustração que sentia naquele momento para fazer essa fodida cena.

— Ação!

 

ACE


Minha mão está na parte de trás do meu pescoço, massageando os músculos enquanto eu olhava para onde Dylan tinha caminhado depois que a última cena do dia tinha terminado. Ele parecia estar me evitando a tarde toda, ao invés de encontrar meus olhos e me enviar um sorriso largo, o que normalmente acontecia quando estamos atuando juntos.

Meu palpite era que Ron continuava perseguindo o garoto para que ele se concentrasse, e eu não podia culpá-lo. Todos nós estamos lá, e inferno! Sei que havia alguns diretores com os quais eu não trabalhava porque são tiranos. Ron costumava ser um bom diretor, mas qualquer um iria se abater sob a pressão de perder milhares, até milhões de dólares devido aos atrasos, e que teriam que reorganizar o cronograma depois que o tanque que usávamos na maior parte do filme havia quebrado. Então, eu não podia criticar o cara por estar com um humor de merda, mas eu também não poderia deixar de ser protetor sobre o homem que estou mantendo na minha cama.

Respirando fundo, me encaminhei para sair do set e fui em direção ao meu trailer. Um longo banho quente seguido de roupas secas parecia à maneira perfeita de descontrair após um dia de catorze horas, e embora eu preferisse certa pessoa nua se juntando a mim, achei que ele já está tomando o seu banho sozinho. Nós não fizemos planos para a noite, mas talvez eu pudesse atraí-lo para o jantar e depois uma sobremesa na cama.

Mmm... Agora isso parecia ser a melhor forma de terminar esse dia.

Depois de entrar no trailer, tirei meus sapatos, e a calça que grudava em minha perna como uma segunda pele. Deixei-a no chão de azulejos da cozinha e, quando desabotoei a jaqueta da Marinha, ouvi passos pesados nos degraus do trailer. Eu virei logo a tempo de ver a porta abrir e o corpo alto de Dylan entrar.

Ele ainda está pingando, a expressão em seu rosto é tempestuosa, e suas mãos estão apertadas em punhos. Quando ele fechou a porta, ele deu um passo à frente e disse:

— O que diabos foi aquilo?

Meus dedos pararam nos botões da minha jaqueta. — Com licença?

— Você me ouviu. — Dylan disse, vindo em minha direção. — Por que diabos você fez uma cena hoje?

Espere... Ele está bravo comigo? — O que eu fiz?

— Você sabe exatamente o que você fez. Você me envergonhou na frente de todo o elenco e da equipe, e me fez parecer um idiota.

— Você está falando da parte que eu o defendi? É por isso que você está chateado?

— Eu não preciso que você me defenda. Você apenas piorou as coisas e agora Ron pensa que eu preciso que o meu namorado me defenda porque eu não posso atuar.

— Uau. — eu disse, como se eu tivesse ficado abalado. Levei um tempo antes de responder, tirei a jaqueta e depois a coloquei sobre a mesa antes de encará-lo novamente. Eu mantive minha voz baixa e estável quando eu disse: — Ninguém sabe que eu sou seu namorado, então vamos esclarecer isso primeiro, certo? Em segundo lugar, eu sei muito bem que você não precisa de mim para fazer nada, mas considerando que eu vi alguém sendo chamado atenção injustamente hoje, pensei que precisava dizer alguma coisa. Só aconteceu de você ter recebido o tratamento de merda, então foda-me por tentar tirá-lo da sua bunda.

— Não preciso da sua ajuda. Eu posso fazer isso por meu próprio mérito, então pegue suas boas intenções e empurre-as em sua bunda.

Aproximei-me dele, o meu maxilar apertado. — Nós não conseguimos empurrar nada na minha bunda ainda, e honestamente, minhas intenções não seriam a minha primeira escolha. Então, por que você não se acalma e fala sobre isso comigo. Eu também tive que lidar com Ron o dia inteiro, você sabe.

— Sim, mas a diferença é que ele não pode disparar sua carga no grande Ace Locke, mas ele com certeza pode disparar sua merda em mim em um estalar de dedos se ele quiser. Então, se eu tiver que encarar e aceitar o que ele tem que disparar, então eu vou fazer isso, e eu não preciso de você ou de qualquer outra pessoa se envolvendo e tentar jogar de Sr. Conserta tudo.

— Tudo bem. — gritei.

— Tudo bem.

Então ele girou para sair, e me movi rapidamente para pisar na frente da porta antes que ele pudesse alcançá-la.

— Onde você acha que está indo? — eu perguntei.

— Fodidamente saindo, então saia da frente.

Balançando a cabeça, eu disse:

— Não, veja, não é assim que funciona. Você pode me irritar com tudo o que você quiser, mas lute aqui e tire isso do seu peito. Não saia assim quando não estou por perto para me defender.

— Saia do meu caminho.

— Vá tomar banho e então podemos falar razoavelmente.

— Que tal você se foder.

Eu dei uma risada sem humor. — Normalmente, eu faço isso enquanto penso em você no meu chuveiro, mas meu pau está meio desinflado no momento.

— Sim, bem, eu escutei que a erva pode ajudar com isso. — Dylan disse, e então ele se tocou do que havia dito, e seus lábios se contraíram.

Meus ombros relaxaram uma fração à medida que alguma tensão é drenada do meu trailer.

— Nós dois sabemos que não preciso de ajuda com isso quando você está por perto. — fazendo meu ponto, eu me aproximei dele, com uma ereção se esforçando contra a minha cueca boxer molhada.

Os olhos de Dylan seguiram minha mão, e então uma de suas sobrancelhas se ergueu.

— Não parece tão desinflado para mim. — ele disse encontrando meu olhar.

— Aparentemente, ele não se importa quando você está presente, ainda mais quando você fica um pouco quente quando está chateado.

— Então você fica excitado quando as pessoas gritam com você?

— Ninguém grita comigo. — eu disse, dando um passo para frente e aproximando nossos corpos. — Nunca.

— Nunca? Deve ser difícil conseguir o que quer o tempo todo.

— Ah, é difícil, mas no final fica tudo bem. — peguei sua mão e a coloquei sobre o meu pênis rígido, e quando não se afastou, eu disse: — Mas só recentemente eu consegui o que realmente quero.

— E o que seria isso?

— Porra, você sabe o que é. — minhas mãos foram para o seu rosto, e eu me inclinei e suguei seu lábio inferior na minha boca. Ele não se afastou, mas ele também não retribuiu. — Você. — eu sussurrei contra seus lábios, e o beijei suavemente. A boca de Dylan permaneceu uma fortaleza impenetrável, mas sei que ele se abriria... Eventualmente. E com certeza, a rigidez de seus lábios se suavizou sob os meus, e quando eles se separaram e minha língua mergulhou dentro, eu o reivindiquei.

Andando com ele para trás, até que suas costas atingiram a parede, eu abandonei toda a raiva e ressentimento que ele dirigiu para mim, e meus dedos ficaram ocupados afastando sua jaqueta e sua calça. Sua boca está com fome, e suas mãos agarraram minha bunda, me puxando mais forte contra ele, e quando ele ofegou contra meus lábios, afastei-me e sorri.

— Agora — eu disse, puxando minha camisa molhada sobre minha cabeça e deixando cair no chão com um golpe alto. — Pegue seu traseiro sexy, fique nu e entre no meu chuveiro. Por favor.

Os olhos de Dylan se estreitaram. — Você não pode simplesmente me beijar e deixar tudo melhor, você sabe.

— Sim, eu posso. A expressão é “cala a boca e me beija” por um motivo. E considerando que você acabou de me chamar de namorado, eu diria que está tudo bem eu fazer isso.

— Eu não quis dizer isso.

Meus lábios se curvaram. — Sim, você quis.

— Não. — Dylan disse, balançando a cabeça. — Além disso, eu preciso que você rasteje mais. Talvez de joelhos, e talvez me deixe dirigir o seu carro...

Eu ri. — Eu vou pensar sobre isso enquanto você toma banho.

— Um idiota tão mandão. Mas não se preocupe — ele disse, tocando sua ereção. — Aparentemente, meu pau gosta disso.

Inclinando-me para frente para dar um beijo nele, mal toquei meus lábios contra o dele antes dele se afastar e caminhar em direção ao chuveiro.

— Rasteje primeiro, me toque mais tarde. — ele falou por cima do ombro, e com um gemido, massageei o tesão entre as minhas coxas.

Alguma coisa me disse que ficar de joelhos não o pararia, então, quando me sentei no colchão do trailer, deslizei meus contatos até encontrar o número que está procurando. Depois de pressionar o botão de chamada, eu o segurei no meu ouvido, e quando uma voz amigável me cumprimentou, eu disse:

— Ei, Mateo. Eu preciso de um favor.


Capítulo 15

CORAÇÕES E FLORES...


DYLAN


Quando saí do banho, encontrei Ace sentado no colchão pequeno com uma cerveja na mesa na frente dele. Ele pegara uma calça de moletom e havia uma toalha pendurada em seu pescoço enquanto ele girava o telefone celular na mesa. Ele está olhando pela janela e não viu eu me aproximando, mas quando eu sentei no assento em frente a ele, ele encontrou meus olhos e me deu um sorriso ofuscante.

— Você deixou água quente para mim? — ele perguntou.

— Ei, você disse “vá tomar banho”. Você não disse que tinha que ser rápido.

Ele deslizou a toalha do seu pescoço enquanto se movia para sair do colchão.

— Além disso — continuei. — Estou congelando depois de passar o dia na chuva. Se eu não me aquecesse, eu teria corrido o risco de ficar com as minhas bolas congeladas.

Ace passou ao meu lado, colocou a palma da mão na mesa e se inclinou para me beijar. Quando ele levantou a cabeça, ele piscou e disse:

— Nós não queremos que isso aconteça certo?

Eu passei minha língua ao longo dos meus lábios e abanei minha cabeça. — Eu acho que não.

— Mhmm. — ele concordou, e então estreitou os olhos. — Então, sobre este rastejar...

— Sim?

— O que você acha de um jantar?

Sei exatamente o que Ace está me perguntando, mas desde que eu ainda está querendo fazê-lo trabalhar um pouco mais, eu inclinei minha cabeça, refletindo sobre suas palavras. — Bem... Como regra, eu aprecio a ideia sobre o jantar. Até porque eu trabalhei a minha bunda o dia todo e estou morrendo de fome.

— Certo, espertinho. Eu quis dizer, como você se sentiria sobre jantar comigo?

— Nós jantamos juntos a semana toda, então, se é o melhor que você tem...

— Não na minha casa ou na sua. — Ace disse. — Quero levá-lo para algum lugar.

Meu choque deve ter sido óbvio, porque ele riu e bateu no meu queixo, fechando meu maxilar lentamente.

— Não precisa ficar tão chocado.

— Você está brincando comigo? Estou sem palavras, e isso não acontece com frequência. Você não está preocupado com o fato das pessoas nos seguirem?

— Não. Você está?

— Uhh... — eu pensei que não está. Mas por que Ace está de repente o Sr. Fodido Calmo? — Não. Não me importo, mas pensei...

Ace bateu os nós dos dedos no topo da mesa e disse:

— Bom. Tudo será cuidado. Então, apenas coloque esse jeans reserva que você deixou aqui e, quando eu sair do banho, podemos jantar.

Franzi o cenho e perguntei:

— Para onde vamos?

Ele balançou a cabeça quando entrou no corredor estreito onde está o chuveiro e puxou a calça de seu quadril, me dando um vislumbre do traseiro que eu havia falado antes. E que - agora percebi - foi uma coisa estúpida a se fazer.

— É uma surpresa. Você disse que eu tinha que rastejar. Então, eu vou mostrar o quão bom eu posso ser implorando.

Quando abriu a porta do banheiro, Ace deixou cair à calça em seus tornozelos e olhou para mim, sem dúvida, me vendo babando ao vê-lo nu. Então ele entrou no chuveiro e fechou a porta atrás dele.

Maldito, o homem está em forma. Eu odiava estar com raiva dele. E sei que seria difícil ficar com raiva, porque realmente, diante de tudo isso, quem poderia se lembrar de ter um cérebro? Ninguém. Mas hoje tinha sido uma merda de dia fodido, e Ace não havia ajudado em nada.

Talvez algo ainda possa ser recuperado. Ace parecia ter uma ideia na manga, ou sem manga, pensei, e estou curioso sobre o que poderia ser. Não podia imaginar que, no espaço de uma semana, Ace tinha decidido que ele está bem com os paparazzi nos seguindo ao redor e tirando fotos - então, sim, estou ansioso para saber onde ele pensava que poderia me levar onde ninguém o reconheceria. Tanto quanto sei, não havia nenhum lugar do planeta que não tivesse acesso a um cinema ou a um DVD.

Eu levantei do assento e fui até a geladeira, onde sei que Ace mantinha a minha cerveja favorita e peguei uma garrafa. Depois de torcer a tampa, eu a joguei no lixo antes de me inclinar contra o balcão e dar um gole no líquido gelado.

Ahh, sim, é disso que eu estou falando. Eu não teria me importado de aceitar suas desculpas apenas com uma cerveja gelada e pizza, para ser sincero. Mas eu tinha dado as minhas instruções, e se Ace quer me levar a algum lugar para pedir desculpa, então não havia como eu não estar pronto e aguardando quando ele saísse daquele banho.

Eu não esperei muito tempo. Ace levou quinze minutos no máximo, e então ele colocou uma calça jeans, uma camiseta azul e uma jaqueta jeans. Com o restolho em seu queixo, ele parecia arenoso e um pouco áspero; finalizando, ele colocou seus óculos aviadores no colarinho de sua camisa, adicionando apenas mais um toque ao efeito geral. Ace Locke parecia ainda mais com a estrela de cinema que realmente é.

Quando ele parou na minha frente, eu me levantei e assobiei. Ace recém banhado é irresistível. Ele é tão tentador em suas roupas quanto fora delas, e quando ele estendeu a mão para tocar os dois botões que eu deixei aberto na minha camisa de algodão, minha respiração ficou presa na garganta.

— Está pronto para ir? — ele perguntou.

Eu tentei falar, realmente tentei, mas acho que não tinha palavras.

— Dylan?

Quando eu apenas assenti com a cabeça, claramente incapaz de falar na presença de tudo que é Ace, ele sorriu. — Então, isso quer dizer que estou perdoado?

Bastardo arrogante. Eu encontrei a minha voz e abanei minha cabeça. — Porque você pensaria isso?

Ele deu um encolher de ombros descuidado que se encaixava tão bem no comportamento de bad boy, que quero lhe pedir que talvez continuasse sendo arrogante o resto da noite para continuar cumprindo essa fantasia deformada que estou tendo.

— Dylan?

— Uh?

Quando ele indicou a porta com uma inclinação da cabeça, ele disse:

— Você está pronto?

Ele se virou para abrir a porta e, quando passei por ele, decidido a manter uma indignação arrogante no lugar, a minha fodida intenção explodiu com suas palavras.

— Mantenha essa indignação um pouco mais, Daydream, e eu vou deixar você de joelhos quando chegarmos em casa.

Meus olhos encontraram o dele, e descobri algo muito interessante sobre mim mesmo naquele momento. Meu pau respondeu à promessa de ser subjugado por esse homem, tanto que a ideia de estar nu e ajoelhado para ele... Não era uma merda tão grande.


ACE


Após estacionar o SUV na vaga dos fundos coberta do Accardo, eu olhei para o homem que está sentado no assento.

Estou, como sempre, impressionado pelo fato de que ele está disposto a se meter nesse tipo de circo. E continuei pensando que talvez estivesse em algum tipo de alucinação naquele dia quando conversava com Shayne ao telefone sobre ficar olhando para o homem sexy no outdoor, e agora estou vivendo algum tipo de sonho enquanto me deitava na cama com ele. Porque, quais são as chances de que esse homem que entra na minha vida é gay e agora passava todas as noites na minha cama ou na dele? Realmente é um pouco irreal.

— Então, quantas? — Dylan perguntou, sentado no assento traseiro.

— O quê? Câmeras? Apenas uma esta noite. Ele é implacável.

— Ele estará te esperando enquanto estivermos lá dentro?

— A menos que haja outra história recente. Podemos cruzar os dedos.

— Então, basicamente, estamos esperando que algum outro pobre babaca tire os holofotes de você.

— Sim, basicamente.

Nós rimos enquanto nos dirigimos para a entrada traseira do restaurante do meu amigo. Quando abri a porta para Dylan e ele avançou, ele parou entre mim e o batente da porta e meu coração bateu violentamente.

Ele me deu um sorriso que é quase... Tímido e depois disse:

— Eu só quero dizer, antes de esquecer, que eu adoro olhar para você. Por qualquer razão. Mesmo para me certificar de que não estou imaginando você tão perto de mim.

Foi nesse instante, ali mesmo, que sei que moveria o céu e o inferno para estar com esse homem. Ou, como agora, fechar um restaurante inteiro.

— Ace!

O barítono familiar de Mateo chegou aos meus ouvidos e me fez afastar o olhar potente que segurava o meu, e enquanto eu me preparava para ver o meu amigo italiano que se aproximava de nós, fiz algo que nunca fiz antes. Peguei a mão de Dylan e a coloquei na minha. Era um gesto tão simples, mas quando nossas palmas se encontraram e nossos dedos se entrelaçaram, eu olhei para ele e peguei um rubor rosado aquecendo suas bochechas. Dylan é lindo. E esta noite ele é todo meu.

Quando uma mão pesada bateu no meu ombro, cumprimentei meu amigo, que parou atrás de nós.

— Mateo. — eu disse, e dei um sorriso para um dos meus amigos mais antigos e mais confiáveis. Eu conhecia Mateo Accardo desde que me mudei para L.A. para passar pela escola de cinema, antes dele decidir que o cinema não era vida para ele. Sua paixão está em uma arena muito diferente, e não menos criativa. Mateo é um chef de renome mundial e Accardo é um dos estabelecimentos mais prestigiados em L.A.

— Obrigado por nos receber esta noite, cara. Eu sei que o aviso foi de última hora...

— Imagina, para você, eu não me importo. — Mateo disse, e nos mostrou um sorriso que contrastava contra sua pele morena. Ele era um cara bem afeiçoado, eu sempre pensava nele assim, e as mulheres também. Ele é um verdadeiro garanhão italiano.

— Bem, eu aprecio do mesmo jeito.

Mateo então voltou sua atenção para o homem silencioso ao meu lado, e pensei que é fascinante que, pela primeira vez desde que conheci Dylan, ele parecia reservado. O que sei ser completamente impreciso.

— Então... Você não vai nos apresentar? Eu suponho que é para ele que você está rastejando.

Não pensei que fosse possível, mas as bochechas de Dylan passaram de coradas para escarlate em um instante. E foda-se se não foi a coisa mais linda que eu já vi.

— Claro que é ele. Dylan, este é Mateo. Mateo, este é Dylan. E como você pode fazer os mais incríveis pratos, vai fazer um pequeno milagre para me devolver as boas graças dele. Quero dizer, essa é minha intenção, desde que as minhas últimas boas intenções foram empurradas firmemente na minha bunda, espero que isso seja muito mais suave. Certo, Dylan?

— Oh garoto. O que ele lhe fez?

— Nada tão ruim. — eu disse, quando Dylan finalmente falou:

— Ele foi um idiota.

O riso estridente de Mateo surgiu ao redor do corredor e ele estendeu a mão para Dylan. Quando Dylan a sacudiu, Mateo sorriu pra mim e disse:

— Ha! Bem, Dylan, qualquer um que tenha bolas para chamá-lo de idiota na cara é alguém que eu preciso conhecer. Não há muitas pessoas que o chamem por nomes com sua porcaria nos dias de hoje. Estão muito ocupados beijando sua bunda.

— Com toda a justiça, também não me importo em fazer isso. Mas não está noite. Ele não merece isso.

Minha boca ficou aberta quando Dylan falou, chamando a minha atenção e sorriu de uma maneira que dizia que o nervosismo inicial desaparece agora, e que ele sabe que está livre para dizer o que quer, e Mateo riu ainda mais.

— Eu gosto desse cara.

— Bem, mas mantenha suas mãos para você mesmo. — eu disse, e fingi um aborrecimento enquanto acenava para as nossas mãos unidas. — Ele gosta de estrelas de ação, não de chefs mundialmente famosos...

— Oh merda. — Dylan disse, e seus olhos foram para Mateo quando a ficha dele finalmente caiu. — Você é Mateo Accardo. Aquele Mateo Accardo.

Mateo me deu um sorriso sujo e bateu no seu peito. — Eu sou.

Então Dylan girou sobre mim, seus olhos arregalados como pires. — Você me trouxe ao restaurante de Mateo Accardo sem me dizer?

Oh sim. Acabei de marcar pontos importantes. — Eu fiz.

— Oh, meu Deus. — Dylan disse. — Se eu soubesse, eu não teria comido, para que eu realmente pudesse apreciar o quão celestial seria o gosto da sua comida. — quando ele fechou os olhos como se estivesse imaginando, Mateo, o idiota, piscou para mim.

— Talvez ele goste de chefs mundialmente famosos depois de tudo. Sorte para você, que eu não jogo nesse time, mas eu acho que teria uma chance aqui.

Eu revirei os olhos e apontei para o corredor. — Cala a boca. Você vai realmente nos alimentar hoje à noite ou simplesmente vai ficar falando merda?

Mateo riu, mas girou no calcanhar para nos levar para a sala de jantar principal. Eu puxei a mão de Dylan e, enquanto caminhávamos pelo corredor na parte de trás do restaurante, senti os dedos quentes de Dylan apertarem os meus.

— Mateo Accardo? Realmente? — ele sussurrou.

Inclinei-me e coloquei meus lábios contra os dele. — Sim. Você aprova?

— Eu pareço estúpido para você? — ele perguntou.

— Não. — eu disse, e levantei a nossas mãos unidas para os meus lábios. Coloquei um beijo nos nós dos dedos dele, e quando seus olhos brilharam, eu disse: — Você está lindo.

Quando chegamos à porta que levava à sala de jantar principal, Mateo abriu-a e a manteve aberta para nós. Eu passei com Dylan, e enquanto Mateo fechava a porta atrás de nós, fomos envolvidos pela iluminação baixa, as velas cintilantes e o ambiente íntimo para dois em uma cabine de canto.

— Uau. — a voz de Dylan está cheia de admiração quando ele soltou minha mão e entrou no grande espaço vazio. Havia mesas e buffet ao nosso redor, mas esta noite, éramos os únicos que colocariam o pé no Accardo.

— Como? — ele perguntou, e virou-se para mim. Ele está a vários metros de distância de mim agora, e o brilho suave das lâmpadas em cada mesa fazia coisas inacreditáveis à sua pele bronzeada impecável. — Como você fez tudo isso no tempo que me levou para tomar banho?

Um sorriso lento cruzou meus lábios e coloquei minhas mãos nos bolsos. — Você tomou um banho extra longo, lembra?

Suas covinhas apareceram quando ele sorriu e girou novamente, com as mãos erguidas.

— Isso é irreal, Ace. Obrigado. — ele olhou por cima do ombro e eu caminhei em sua direção, e quando cheguei ao seu lado, ele se aproximou um pouco mais e ergueu os braços para colocá-los no meu pescoço. — Eu não tenho palavras.

Eu rodeei sua cintura, puxei-o para perto de mim e beijei-o suavemente. — Tenho certeza que você encontrará algumas. Você nunca fica quieto por muito tempo. Agora vamos. Vamos sentar antes de Mateo chegar com a comida.

Nós caminhamos até a mesa no canto curvado e sentamos lado a lado, e adorei quando Dylan deslizou no assento até nossas coxas se tocarem. Meu pulso acelerou com esse simples toque, e não consegui acreditar o quão certo é isso. Estar com Dylan é como voltar para casa.

— Você é muito surpreendente, você sabe disso? — Dylan disse, e colocou uma mão na minha perna.

— Não sou um idiota?

— Bem, não se engane. Você ainda é um idiota. Mas isso... Isso é uma loucura. Você fechou um restaurante Ace.

Eu ri com o seu entusiasmo. É infeccioso, e eu me perguntei quando eu havia ficado tão blasé sobre as vantagens de ser uma celebridade. Nem todos podiam ter um jantar privado no Accardo, muito menos com uma hora de antecedência, e quase tive vergonha de admitir que não é usual.

Eu encolhi os ombros, envergonhado por sua admiração. — Simplesmente pareceu a forma mais fácil. Desta forma, podemos realmente comer fora de nossas casas.

— Oh, por favor. Você está tentando entrar em minhas calças.

— Funcionou?

Dylan inclinou-se e colocou os lábios na minha bochecha e então sussurrou:

— Oh, você definitivamente está muito mais perto do que há uma hora.

Ele voltou para o assento, passou a palma na minha coxa e apertou.

— Há quanto tempo você conhece Mateo?

Eu engoli o nódulo que tinha formado na minha garganta e lambi meus lábios repentinamente secos. Meu cérebro parecia uma gelatina, e tudo porque Dylan está tão perto, me tocando e me olhando como se tivesse pendurado a maldita lua.

— Desde a faculdade de cinema.

— Isso é muito tempo.

— Ei — eu disse, e peguei o jarro de água na mesa. Eu derramei um pouco no copo e depois tomamos um gole. — Eu não sou tão velho.

— Não. Não, eu não quis dizer isso assim. Só que vocês já são amigos por um tempo. Tenho alguns amigos da faculdade. Escola secundária. Do estúdio.

Ao desviar o olhar, perguntei-me se os seus anos de ensino secundário foram difíceis. Dylan tinha me contado muito pouco sobre o passado dele. Eu não tinha certeza quando ele realmente foi adotado pelo casal Sunshine e Ziggy. Estou prestes a perguntar quando ele falou primeiro.

— Ele sempre soube que você é...

— Gay? — eu terminei para ele, e Dylan assentiu com a cabeça. — Sim, Mateo sempre soube desde o início. E até hoje ele tem sido uma das poucas pessoas em quem eu realmente confio. Ele manteve meu segredo todos esses anos; eu confio nele com minha vida.

— Isso é incrível. — Dylan disse, enquanto seus olhos varriam o restaurante. — Posso imaginar que fizeram... Perguntas.

— Ofereceram a ele milhões de dólares por um conteúdo exclusivo.

Quando a boca de Dylan abriu, e ele tirou a mão da minha coxa, como se de repente pudesse ser pego por um tabloide, peguei a mão dele e a coloquei novamente na minha perna.

— Mas ele disse que não.

— É um grande amigo que você tem.

Eu assenti. — Sim. Eu tenho sorte.

— Você tem. Derek faria o mesmo por mim. Ele provavelmente socaria o cara que ofereceu o dinheiro, mas ele faria o mesmo.

— Derek? — eu perguntei, e fiquei chocado com o pingo de ciúmes que senti pelo nome de outro homem saindo dos lábios de Dylan.

— Sim. Ele é meu colega de quarto na Flórida.

Tentei parecer indiferente com essa pequena informação, mas acho que não sou tão bom ator quanto pensei, porque Dylan começou a rir.

— Ele é apenas um colega de quarto e um amigo.

Apertei os dedos de Dylan onde estão no meu colo e dei um sorriso apertado que fez Dylan rir ainda mais.

— Algo engraçado? — perguntei.

— Você. Você está com ciúmes.

— Eu não estou.

— Sim, você está. Por que não me pergunta o que quer perguntar?

— Não há nada que eu queira saber.

Dylan assentiu, e sei que ele está pensando, sim, certo. E assim que ele abriu a boca para falar, Mateo entrou no salão empurrando um carrinho com vários pratos cobertos com cúpulas de aço inoxidável. — Não pense que acabamos com isso.

O sorriso que Dylan me deu informava que ele está mais do que pronto para continuar de onde estamos assim que Mateo terminasse. Então, ficamos sentados esperando a elaborada descrição dos alimentos e do vinho que ele nos servia esta noite, e Dylan fez uma abundância de perguntas sobre a nossa refeição, o que me deixou louco, considerando que quero fazer as minhas perguntas.

Quando Mateo terminou, ele nos deu boa noite e disse para trancar depois de sairmos, e depois desocupou o prédio, deixando-nos para desfrutar o jantar. Mas antes que isso acontecesse, eu precisava saber por algum motivo inexplicável:

— Vocês já foram mais do que amigos?

 

DYLAN


Tive de rir da persistência de Ace. Depois de dar um gole do meu vinho, eu disse:

— É uma história engraçada, na verdade...

Ace rosnou. — Ainda não parece muito engraçado.

Isso só me fez rir mais.

— Então, imagine um dia, quando este homem aparece na sua porta respondendo ao seu anúncio de vagas para colega de quarto, e ele é esse cara grande, com cara de malvado e muitos músculos... — eu parei e avaliei o enorme bíceps de Ace. — Tudo bem, com músculos, mas nem perto do seu tamanho, mas ainda assim, um pouco bad boy e uma atitude malvada. Esmalte na cor preta, uma carranca permanente e óculos de sol que escondiam um olho negro... Sim, meu pensamento inicial é que esse cara era excitante.

— Ainda não estou achando engraçado. — Ace disse, cruzando os braços.

— Eu acho que vou continuar. É meio que um tesão te ver com ciúmes.

Ace levantou a mão e gritou:

— Continue, por favor.

— Eu não terminei. — eu disse, puxando o braço dele para baixo e colocando na minha coxa. — Então, sim, quando moramos juntos, nós... Tentamos. E por tentar, quero dizer, foi uma noite, e digamos que não funcionou.

Sua sobrancelha levantou. — Por que não?

— Derek tinha uma coisa com o professor dele, e eu não sabe na época, mas seu pau está desligado. O que significou que não teve qualquer ação, se você perguntar.

Ace começou a rir e pegou o garfo para girar o seu macarrão. Uma vez que a massa está firme, ele a ergueu na boca, mastigou, e depois disse:

— Você quer dizer que não conseguiu deixar o cara duro? Eu não acredito nisso.

Dei minha primeira mordida na lasanha que foi colocada na minha frente e gemi quando o molho atingiu meu paladar e a ricota derreteu na minha boca, depois assenti.

— Ah, acredite. Essa foi a primeira e a última vez. Meu ego não conseguiria receber outro golpe.

— Sem ofensa, mas esse seu amigo não soa como um cara muito inteligente se ele não pulou em você.

— Talvez ele estivesse ocupado pulando em outro lugar — eu disse, e me inclinei para pressionar meus lábios contra os dele. — Além disso, se ele fosse um cara inteligente, como você diz, eu não estaria aqui com você agora.

— Você está certo. Eu vou ter que comprar uma cerveja para o cara.

— Ele gostaria disso. — eu flertei um pouco com ele e depois tomei outro gole do meu vinho antes de pedir desculpas. — Ouça... Desculpe por hoje. Eu sei que você está apenas tentando ajudar, mas não quero nenhum tratamento especial apenas porque estamos...

— Juntos?

— Certo, juntos. — eu sorri e depois continuei. — E realmente... Ron está certo. Não conheço nada, e esqueço as minhas falas e das minhas marcas. Inferno, eu nem sabe o que é uma marca.

— Eu posso ajudá-lo com essas coisas, você sabe.

— Obrigado. Eu vou aceitar, mas eu vou ser sincero, eu acho que atuação não é para mim. Foi legal ver as coisas por trás das cenas, mas acho que prefiro deixar essa parte com você.

— Mas Daydream é nome de estrela de cinema. — Ace disse, e seus lábios torceram.

— Foda-se.

— Você nunca me disse de onde veio esse nome.

Colocando a taça de vinho na mesa, eu disse:

— Meus pais tiveram o meu irmão e descobriram que não poderiam ter mais filhos. Não é nada biológico, de qualquer forma. Eles tentaram por um longo tempo adotar, e quando finalmente me encontraram, disseram que era um sonho se tornado realidade. O sonho que a minha mãe teve há anos. É um pouco bobo, eu acho, mas você viu que eles são um pouco fora do considerado normal, então...

Ace me encarou por um longo momento e então um pequeno sorriso cruzou seu rosto.

— Você nunca diz o que eu espero de você. — então ele ficou em silêncio novamente, olhando para o restaurante. — Falando em bobo, seria demais pedir-lhe para dançar?

Meu coração pulou como uma pedra atravessando a água, e tudo que eu podia fazer era assentir. Ace saiu do assento e estendeu a mão, e quando eu me levantei, ele uniu os nossos dedos e nos levou a um ponto aberto situado entre as mesas à luz de velas. À medida que os sons suaves do jazz tocavam no fundo, seu braço forte circundou a minha cintura, e ele trouxe nossas mãos unidas perto de seu peito.

— Uau. — eu consegui dizer. — Ace Locke é um dançarino. Não me lembro disso em nenhum de seus filmes.

— Você quer dizer que perdeu a versão indie que fiz no início da minha carreira? — ele tentou. — E eu pensei que você era fã.

Inclinei a cabeça para olhar para ele. — Oh, eu sou um fã.

Ele me deu um sorriso tão deslumbrante, que não pude deixar de combinar com o meu. A mão que ele tinha na minha parte inferior das costas me puxou ainda mais contra ele, passando por todo o comprimento da minha coluna lentamente. É um gesto tão simples, mas é um que eu não tinha experimentado antes, e me fez sentir arrepios percorrendo o meu corpo.

— Frio? — ele perguntou.

Abraçando-o, o senti contra o calor do pescoço dele e balancei a minha cabeça. — Não. Nunca.

À medida que fazíamos círculos vagarosos no ritmo da música, aproveitei cada pedaço deste momento com ele. A maneira como ele me segurava, como se nunca fosse me deixar. O cheiro fresco e masculino de sua colônia se misturando com as especiarias italianas no ar e o vinho tinto em sua respiração. As velas cintilantes em cada mesa que somavam com as sombras dançantes ao longo das paredes. É perfeito. Ainda mais, sabendo que o homem que orquestrou a noite arriscou a sua exposição para fazer isso por mim. Por nós.

— Eu não posso acreditar que você fez tudo isso. — eu disse suavemente.

— Vai me fazer rastejar com mais frequência? — a voz de Ace está provocativa e eu sorri contra seu ombro.

— Se esta é a sua versão de uma desculpa, talvez eu precise. — e falando sobre o que ele poderia fazer...

Então eu disse. — Você mencionou que eu precisava assinar algo antes de podermos fazer isso. Um NDA?

O corpo de Ace ficou tenso enquanto eu olhava para ele, e ele escolheu suas características, tentando neutralizá-las. No entanto, ele tardou cerca de dois segundos.

— Está tudo bem, você sabe. Com essa assinatura. Conheci Frank, Shayne, e tenho certeza de que haverá mais antes do fim da semana. Eu acho que você vai se sentir melhor sabendo que resolveu isso.

Eu tentei soar descontraído, mas o sulco que se formou na sobrancelha de Ace me disse que o assunto o incomodava. Essa não tinha sido minha intenção, então passei meus dedos no seu rosto antes de beijá-lo levemente nos lábios.

— Não quero te incomodar.

Ace sacudiu a cabeça. — Não. Você não fez. Ainda não está pronto.

Eu não acreditei nisso por um segundo, mas ele parecia querer deixar o tópico ir, e quero deixá-lo à vontade. Porque, talvez esta noite, por uma noite, Ace Locke não quer ser tratado como alguém além de um homem dançando com outro homem em um restaurante romântico - e se ele poderia me dar isso, eu poderia retornar o favor.


Capítulo 16

PENSE COM SUA OUTRA CABEÇA...


ACE


Estou sentado no trailer de maquiagem alguns dias depois, enquanto Trudy aplicava uma camada de base no meu rosto quando meu celular zumbiu no bolso da minha calça.

Quem diabos estaria ligando às cinco da manhã? Pensei, enquanto evitava um bocejo. Quando vi o nome na tela, eu sorri e aceitei a chamada.

— Pouco cedo para os negócios, não é, Logan? — eu disse.

Meu advogado apareceu na linha e disse:

— Não é tão cedo em Chicago, Locke. Você sabe, se você me pedir para elaborar papéis para você, o mínimo que você pode fazer é que a pessoa os assine e os entregue a tempo de processar. Você acha que eu não tenho outros clientes importantes para lidar? Eu não estou apenas sentado no meu escritório esperando que Ace Locke pague as minhas contas.

— Claro que você não está.

— Não pense que não vou seguir com a minha ameaça de passar você para alguém no escritório de L.A. Eu apenas o mantenho em volta porque você é bom para a minha imagem.

— Oh, alguém está com a calcinha torcida na bunda esta manhã. Eu já lhe enviei um e-mail sobre não precisar mais da papelada, então, de repente, você desenvolveu uma aversão para computadores que eu não conheço, porque você geralmente está no topo dessa merda.

— Não. — Logan disse. — Eu vi o seu e-mail. Aquele com todo... Oh! Eu conheci alguém e ele é tão sexy, e acho que isso pode ser realmente algo... Blábláblá. Não quero soar como se eu não me importasse ou nada disso, mas você está falando sério agora? Certamente eu enfiei mais sabedoria em você do que isso.

Eu pensei em Logan e no seu parceiro Tate, e como os dois começaram, e não consegui deixar de dar um pouco de merda para ele. — Na verdade, estou apenas copiando uma página do seu livro. Eu vi algo que quero e eu... Peguei.

— Não é engraçado, Locke. E você pegando coisas pode custar-lhe milhões.

— E a maneira como você fala com os seus clientes pode fazer sua bunda ser jogada na prisão.

Logan resmungou algo que não consegui entender e disse:

— Tudo bem, está bem. Nós sempre fomos amigos primeiro, certo? Desde o ensino médio antes de você se mudar, e agora.

— Não tente puxar essa viagem de culpa comigo.

— Eu não estou.

— Sim, você está.

— Ok, eu estou. Estou apenas tentando usar algo que possa desencadear seu senso comum, em vez do seu pau.

— Como se Logan Mitchell nunca tivesse pensado com o seu pau. — quando Trudy ergueu uma sobrancelha, eu dei um olhar de “desculpas” e ela voltou ao seu trabalho.

— Isso é verdade, mas...

— Eu simplesmente não preciso mais desses documentos. E não me dê merda por isso. Se você voltasse para quando conheceu Tate, você iria querer alguma coisa no meio de vocês?

— Foda-se não. Eu não iria querer nada entre nós.

— Então você entende de onde eu tirei isso. Ele não irá me foder.

— Mas, e se ele fodê-lo?

— Nós cruzaremos essa ponte se chegarmos a ela. E não vamos.

Logan soprou uma respiração longa e insatisfeita. — Roger vai cortar suas bolas por isso, você sabe disso, certo? Ele já me enviou mensagens querendo saber se o NDA está ou não pronto.

— Diga a ele que não é o seu negócio de merda. — então eu tive que rolar os olhos, porque, claro, é negócio dele, sendo meu agente e tudo mais. — Vou lidar com Roger.

— Tudo bem, o fanático legal em mim tem que dizer isso, Ace, como seu advogado, eu preciso aconselhá-lo que o melhor curso de ação para se proteger é que todas as partes que tenham acesso a você assinem esse documento. No entanto, se você prefere ser um idiota que ouve seu pau...

— Ou coração...

— Coloca outro cérebro na sua outra cabeça, então eu não posso impedi-lo. Pronto. Isso é tudo o que você vai ouvir de mim.

— Obrigado.

— Eeeeeeee, eu provavelmente deveria dizer-lhe que acabei de enviar um texto para Roger, então boa sorte. Foi mal cara.

— Chupe um pau.

— Eu planejo fazer isso daqui a oito horas. — eu podia ouvir o sorriso em sua voz quando ele disse: — Boa sorte, Ace.

— Obrigado, cara.

Quando eu joguei o telefone no balcão, recostei-me para que a Trudy pudesse maquiar o meu pescoço.

— Amigo seu? — ela perguntou com um olhar divertido em seu rosto.

— Amigo e advogado.

— Não que eu estivesse ouvindo, mas ele parece interessante.

Eu dei uma risada. — Ele é um filho da puta pretensioso, mas, por baixo de tudo, ele é um grande cara. E um advogado assassino, que é a única razão pela qual eu o deixo fugir com metade da merda que ele diz.

— Os amigos que te dão merda na sua frente são melhores do que aqueles que vão te esfaquear pelas costas. Ou pelo menos é isso o que a minha mãe sempre disse.

— Eu preferiria que eles não esbanjassem suas opiniões, mas eu entendo seu ponto de vista. — eu acenei com a cabeça em direção ao meu telefone. — Você tem cerca de cinco minutos para terminar meu rosto.

— Antes do que? — ela perguntou.

— As palavras se espalham.

— Sobre?

Não tive a chance de responder, porque meu celular vibrou no balcão.

— Roger, não é? — perguntei, e Trudy se afastou para olhar para a tela.

— Sim.

Aqui vamos nós. Eu deveria ter colocado algo mais forte na minha bebida que apenas o leite de amêndoas esta manhã. Quando eu estendi a mão, Trudy colocou o meu celular na minha palma, e então eu levantei o telefone para a minha orelha.

— É uma linda manhã, você não concorda, Roger? — eu o cumprimentei, e não fiquei desapontado quando sua resposta foi um grunhido que me fez afastar o telefone da minha orelha.

— Corte a merda. Acabei de receber uma mensagem de Logan Mitchell dizendo que você não vai fazer o seu amante assinar o maldito NDA...

Coloquei o telefone contra o meu peito e disse à Trudy que voltaria em um minuto. Nenhuma razão para dar à equipe qualquer fofoca para mastigar entre si. Quando estou fora do alcance, coloquei o telefone de volta ao meu ouvido para ouvir Roger ainda falando suas advertências, e eu cortei.

— Ouça, eu sei que todos vocês têm meus melhores interesses no coração — rolei os olhos. — Mas esta é a minha decisão, e não vejo razão para transformar isso em um argumento.

— Você não vê nenhum motivo? — disse Roger. — Eu vou te dar uma centena. Quer que eu comece? Primeiro: você mal conhece esse cara...

— Eu sei o que eu preciso saber.

— Todos os fodidos que se divorciam após um mês de casamento dizem isso.

— Ninguém aqui vai se casar. Relaxe.

— Você não me paga para relaxar, você me paga para gerenciar sua carreira e ajudá-lo a tomar decisões inteligentes. Esta? Não é uma decisão inteligente, Ace.

Eu mordi minha língua e assenti com a cabeça. — Agradeço sua contribuição e gentilmente estou me recusando a usá-la.

— Ace. — Roger disse, sua voz profunda e rouca; como se estivesse pronto para fazer um ataque. — Este é um procedimento padrão para cobrir sua bunda.

— Meu traseiro está bastante coberto, mas obrigado.

— Oh, pelo amor de Deus, você tem que explodir isso? Estou falando de danos que esse cara poderia fazer para a sua carreira.

— Eu poderia fazer uma piada sobre isso, também, mas não vou fazer. E Dylan não é qualquer cara, então qualquer dano potencial que você acha que vai acontecer, não acontecerá. Ele não é um estranho com fama de dinheiro pronto para me vender aos tabloides.

— Você acha.

— Estou malditamente certo que eu acho. Então, faça-me um favor e confie em mim para saber o que estou fazendo.

Roger não disse nada, mas eu conseguia ouvir na linha a respiração pesada dele, o que significava que ele ainda está em desacordo. O que está bem. Ele não precisava concordar. Minha vida, minhas escolhas, e ele precisava embarcar ou guardá-las para si mesmo.

— Falaremos mais tarde. — ele disse finalmente.

— Sem problemas.

Depois de terminar a chamada, passei na frente do trailer, batendo o telefone contra a minha coxa. Eu entendia a preocupação deles. Realmente entendia. E normalmente eu seria o primeiro a dizer que qualquer pessoa na minha vida privada precisava assinar essa merda, mas as coisas com Dylan pareciam... Diferentes. Eu nunca estive em um relacionamento que não começou com algum tipo de acordo formal que exigia a confiança entre duas partes. Aquelas pessoas não mantiveram a boca fechada porque queriam. Eles fizeram isso porque tinham que fazer ou receberiam uma multa de milhões de dólares.

Não quero começar as coisas com Dylan com uma nota falsa, e queria saber que posso confiar nele e ele poderia confiar em mim, e que estamos juntos por razões corretas. Quero saber que o homem que está escolhendo é um homem integro, e todas as partes do meu ser me diziam que ele é. E foi por isso que eu me recusei a fazê-lo assinar um acordo. Estou me colocando lá fora sem uma rede de segurança, por assim dizer, mas não é isso que todos faz quando se tornava vulnerável a outra pessoa?

E, se apaixonar é o único ato mais assustador que uma pessoa podia fazer... Então eu estou pronto para dar esse salto.


Capítulo 17

JUNTE-SE À DIVERSÃO...


DYLAN


Depois de outra semana de filmagens no tanque, Ace e eu tínhamos pouca energia para fazer mais do que compartilhar uma refeição antes de adormecermos no sofá ou na minha cama. Não somos muito exigentes com casa em que estamos, enquanto houvesse comida e um lugar confortável para se deitar que é o suficiente para dormir durante a noite. E sim, passamos todas as noites enrolados um no outro de alguma forma. Bem chocante pensar que durmo em uma cama com Ace e não arrancava a roupa dele, mas isso é apenas uma indicação de nosso cansaço.

Eu odeio admitir isso, mas ao longo das últimas semanas nos tornamos especialistas em se esgueirar e, se fosse por qualquer motivo além de não querer sair em todos os tabloides, eu poderia ter tido um problema com isso. Como está o nosso relacionamento, eu podia entender que Ace precisava de um pouco mais de tempo para ver aonde íamos em particular antes de qualquer outra pessoa divulgar uma opinião sobre o nosso relacionamento - e isso é exatamente o que acontece quando as notícias de Ace Locke namorando atingissem as mídias sociais e a imprensa. Todo mundo teria uma opinião.

Não sou ingênuo o suficiente para pensar que não seria submetido ao microscópio. Inferno, Ace me disse antes que isso é complicado. Ele me avisou. Mas eu o queria de qualquer maneira, e até agora não conseguia dizer que me arrependi dessa decisão. Porque Ace é muito mais do que posso imaginar. Não me interprete mal, ele é definitivamente o cara sexy dos meus sonhos. Mas, debaixo de todo esse músculo, e atrás da fama e da fortuna, ele é um homem que está lutando para encontrar o equilíbrio entre sua vida pública e a privada, e por algum milagre do destino, ele quer fazer isso comigo.

Ele é doce e romântico, e o cara podia se mover entre os lençóis e na pista de dança, e toda vez que estou com ele, eu podia sentir que estou me apaixonando mais.

Deus, nunca em um milhão de anos, eu poderia imaginar que, quando chegasse em L.A., acabaria passando quase todas as noites com Ace. E sou egoísta o suficiente para querer manter isso para mim um pouco mais.

Além disso, estou mentindo se dissesse que o pensamento de ser tão escrutinado não me assusta. Então, sim, estou bem com a privacidade. Pelo menos até que conseguisse entender exatamente como me sento por namorar uma das maiores celebridades do mundo.

Por enquanto, está de pé na frente do pequeno espelho do banheiro no meu apartamento estudando minha roupa para esta tarde. Nossa recompensa por esses dias intensos de filmagem foi um fim de semana de três dias, e esta manhã depois de entrar no meu apartamento, depois que um táxi me deixou em casa, meu celular se iluminou com o nome do Ace.

— Se passaram menos de quarenta e cinco minutos desde que eu deixei sua cama. Você sabe... A mesma cama que você desmaiou. Não me diga que você já sente minha falta. Eu não vou acreditar em você.

O profundo riso de Ace soou na minha orelha. — Aww, eu machuquei seus sentimentos? Não pareceu assim quando seu pau está esfregando na minha bunda.

— Bem, se você vai dormir nu enquanto estou deitado ao seu lado, o mínimo que você deveria esperar é que eu esfregasse meu corpo cansado por cima do seu.

— Isso está certo?

— Claro que estou, coisa quente. Quero dizer, foi difícil deixar a sua cama esta manhã. — eu caí no meu sofá e tirei meus chinelos.

— Você deveria ter me acordado. Eu ficaria feliz em cuidar disso por você.

Eu passei a palma da mão sobre a ereção inchada em meu short enquanto eu imaginava as costas largas e fortemente musculosas de Ace quando eu saí. — Nah, eu precisava de roupas limpas e...

— Algum espaço? — Ace perguntou. Ele pareceu hesitante, e é essa vulnerabilidade que me surpreendia continuamente.

— Não. Eu ficaria feliz em ocupar o seu espaço a cada minuto do dia. Mas eu preciso de roupas para vestir, e você é um pouco maior do que eu, caso não tenha notado.

— Eu diria que somos quase iguais, onde conta.

Bem, o maldito. Adorava que Ace estivesse confortável o suficiente para falar comigo assim. Ele tinha feito exatamente como eu pedi. Quando estamos sozinhos, ele me mostrava o Ace real. E esse é o homem que eu estou achando cada vez mais difícil de resistir.

— Eu vou levar isso como um elogio. — eu disse, lembrando seu grosso comprimento na minha mão, entre meus lábios e deslizando para dentro do meu corpo.

— Eu certamente espero que sim. — ele disse. — Agora pare de me distrair. Eu realmente liguei para você por um motivo.

— Você fez? Não é só para ouvir o som da minha voz? Estou desapontado.

— Você é um paquerador, isso é o que você é. Você sempre está me distraindo.

— Sempre? Por que... O que você está pensando agora, Sr. Locke? — ele rosnou no meu ouvido e eu prometi a mim mesmo que eu calaria a boca. — Okay, vá em frente.

— Obrigado por isso.

Eu sorri com o tom dele, mas podia ouvir o sorriso em sua voz.

— Você pode estar pronto — houve uma pausa. — Em uma hora?

Olhei para o meu short e camiseta branca e sorri. — Depende exatamente de como você me deseja. Preciso me vestir de forma chique?

— Não. Jeans vai ficar bem. Existe apenas um requisito.

— Oh? E o que é?

— Sua jaqueta de couro...

Olhei para onde a jaqueta está no balcão da cozinha. — Mhmm. E o que mais?

— Você tem algum aviador?

Eu fiz uma careta. Que diabos?

— Você sabe, os óculos de sol.

— Sim. Eu sei o que são aviadores. Isso é muito específico, Ace.

— Eu sei. Mas confie em mim. Essas duas coisas são necessárias.

Abri a boca para perguntar mais, mas antes que eu pudesse pronunciar outra palavra, Ace terminou a ligação.

 

Ace chegou na minha casa um pouco mais de uma hora depois, e quando ele mandou um texto informando que está esperando no andar de baixo, eu peguei minhas chaves do balcão e avistei a bolsa de plástico com várias coisas que eu trouxe no outro dia da farmácia. Com grandes esperanças, peguei alguns preservativos e pacotes individuais de lubrificantes e coloquei-os no bolso da jaqueta e, em seguida, fui para a porta.

Desci as escadas, e quando vi o Lamborghini de Ace estacionado na calçada com a janela aberta e o braço apoiado no batente da porta, meu coração pulou uma batida. Ele está fazendo a imagem do playboy, e todo o meu corpo respondeu. Ace parecia positivamente pecaminoso, e a camisa preta e confortável que está vestindo mostrava todos os músculos do seu braço do melhor jeito.

O sol está forte hoje, e se não fosse pedido por Ace, à jaqueta que estou usando seria deixada para trás. Mas sei que uma vez que eu estivesse dentro daquele carro elegante, Ace me compensaria em segundos.

Bem, isso poderia ser discutível, já que eu teria que sentar ao lado dele. Depois entrar, esperei que a janela subisse.

— Ei. — eu disse, e quando eu vi uma corrente ao redor do pescoço de Ace, quase gemi em voz alta. Como se o cara não estivesse suficientemente quente. Por alguma razão, essa corrente de prata esterlina parecia apenas deixá-lo insanamente mais sexy.

A janela de Ace voltou para o lugar enquanto seus olhos faziam um lento passeio pelo meu corpo, o que me fez remexer no meu assento, e quando eles voltaram para o meu rosto, ele sorriu sem nenhum arrependimento, sabendo exatamente o que acabara de fazer comigo.

— Boa tarde.

Jesus, ele realmente precisava parar de me olhar assim. Soar assim. E, porra, cheirar tão incrivelmente bem. Especialmente se ele quisesse ir para algum lugar além de voltar para o meu apartamento, o que claramente ele queria.

— Uhh... pare de me olhar assim, onde as pessoas podem ver.

— Eu não estou olhando para você de qualquer jeito diferente.

— Sim, você está. E é melhor começar a explicar como exatamente você acha que sair juntos em plena luz do dia estará tudo bem.

Ace deu de ombros. — Nós somos apenas dois homens saindo para uma diversão masculina.

Estou prestes a dizer-lhe o tipo exato de diversão masculina que eu gostava quando ele sacudiu a cabeça para mim.

— Em outras palavras — ele disse. — Não estou sendo visto durante a noite no seu apartamento, e eu não vou levá-lo até a minha casa, e nem outro lugar incriminador.

— Então eu não deveria enfiar a língua na sua garganta enquanto estamos fora?

— Bem... Pelo menos não até chegarmos para onde vamos.

— Estou intrigado.

— Eu vejo que você seguiu minhas instruções. — disse Ace, e então alcançou o painel para tocar a lapela da minha jaqueta.

Levantei uma sobrancelha para ele. — Foram requisitos, que eu saiba. Não foram instruções.

— Mesma coisa.

— Na verdade não. Um requisito é algo obrigatório, uma condição necessária. Uma instrução é uma direção ou ordem. O que nós dois sabemos que nem sempre sigo bem.

Ace se inclinou na minha direção e, quando sua colônia flutuou no ar, inalei e fechei os olhos.

— Oh, eu não sei sobre isso. De todas as instruções que lhe dei, você foi muito...

— Cuidado. — eu avisei quando meus olhos se abriram.

Ele deu seu sorriso perfeito para mim e disse:

— Ansioso. Você está muito ansioso para cumprir.

Olhei para seus lábios e desesperadamente queria beijá-los, mas sabe das regras aqui. Mesmo que estivéssemos num carro com janelas tão escuras que ninguém podia ver dentro, alguém poderia estar observando. E é difícil dizer que você está saindo com um amigo quando esse amigo foi pego com a língua na sua boca.

Engoli em seco e coloquei uma mão no peito dele, empurrando-o para longe de mim antes de fazer algo estúpido, como pegar essa corrente, puxá-lo para frente e beijá-lo.

— Fique aí, por favor.

— Por quê? Não pode manter suas mãos para você?

Meus olhos se estreitaram sobre ele e eu fiz um show colocando minhas mãos debaixo das minhas coxas. — Sou bastante capaz, muito obrigado. Agora comece a falar. Onde estamos indo?

Ace virou a chave e, enquanto o carro rugia para a vida, ele sorriu e olhou para o cinto de segurança no meu ombro. — Você pode querer colocar o cinto, botão de ouro. Estou prestes a levá-lo a um passeio.

Peguei o cinto de segurança e, ao colocá-lo no lugar, Ace fez uma curva em U e se dirigiu para a estrada principal.

Um passeio, hein? Apenas o que diabos ele aprontou agora?

 

ACE


Uma hora e meia depois, estou fazendo o desvio para o nosso destino final. Dylan tinha feito pergunta após pergunta enquanto seguíamos em nosso caminho afastado de Burbank, e quando o longo trecho do deserto se tornou a única coisa que podíamos ver por quilômetros, ele se torceu em seu assento para me encarar.

Olhei para ele e seus olhos se estreitaram, e estou curioso para saber o que ele está imaginando. Até agora, eu não tinha dado nenhuma pista.

— Está me levando para o meio do nada, hein? — ele disse quando voltei meus olhos para a estrada à frente. — Se eu fosse um homem paranoico, eu me preocuparia, ao imaginar uma pá no seu porta-malas.

Eu soltei um riso com suas palavras.

— O quê? Você acha que isso é muito exagerado? Quero dizer, eu nem conheço você tão bem. E você está desmaiado na sua cama na última vez que te vi nu. Talvez você pense que eu tenho fotos incriminadoras e está me levando para algum lugar para se livrar de mim.

Eu dei-lhe um olhar incrédulo, e o sorriso malicioso de Dylan apareceu, extraindo um sorriso trêmulo do meu rosto.

— Fotos incriminadoras?

Os olhos de Dylan percorreram meu corpo e ele mordeu o lábio inferior com os dentes. Sua expressão maliciosa aqueceu o sangue que percorria as minhas veias, combinando com a temperatura infernal do lado de fora do veículo.

— Sim. Sua pele toda lisa e tensa sobre seus ombros largos e essa bunda durinha. — ele suspirou como se imaginando o que está falando. — Fotos de sua bunda nua venderiam como bolinhos.

Estou ciente de que suas palavras provavelmente deveriam causar pânico na possibilidade dele realmente ter as fotos que está aludindo, mas em algum lugar no fundo do meu coração, sei que ele está jogando comigo. Brincando. E foi esse sexto sentido que me fez dizer não a Logan e Roger, o que meu deu certeza do que estou fazendo. — Você está cheio de merda.

— Eu estou?

Eu acenei com a cabeça, estou certo.

— O que faz você ter tanta certeza?

O jeito que você está me olhando, quero dizer a ele quando eu dei outro olhar de soslaio. Está lá, aquele brilho possessivo de seus olhos. Esse olhar territorial. Aqueles olhos verdes transmitiam uma palavra - meu. E sei que ele não iria compartilhar o que é dele.

— Apenas um sentimento que tenho.

Dylan então alcançou a virilha do seu jeans e ajustou-se, e inferno, se isso não foi quente.

— Eu acho que seu sentimento pode estar certo.

— Concordo. — e, foda-se por isso, porque quero o homem sentado a meu lado mais do que eu pensava ser possível.

— Então, onde você está me levando, se não é para eliminar meu corpo?

Enquanto continuávamos ao longo da estrada empoeirada, não havia carros, caminhões ou nada à vista, apenas os cactos e a vegetação rasteira espalhados pelo terreno plano. A extensão desolada dava à região uma sensação estranha, mas não está preocupado. Eu paguei muito dinheiro para que o lugar estivesse limpo porque estou prestes a dar a Dylan algo que ele não conseguiria em nenhum outro lugar.

Quando dei outra volta com o meu carro pela última vez, um vinco apareceu entre as sobrancelhas de Dylan e eu dei uma risada.

— Você parece tão preocupado. — eu disse, retomando sua atenção.

— Não estou preocupado, mais... Curioso. Você certamente me deixa curioso, Sr. Locke.

Foi então que eu alcancei o console e peguei sua mão na minha. — Você me disse que queria dirigir meu carro.

Quando minhas palavras penetraram no cérebro dele, a boca de Dylan ficou aberta em estado de choque.

— Eu pensei que este seria um bom lugar para fazer isso. — eu disse enquanto ele enlaçava seus dedos no meu.

Dylan apertou minha mão e deu um sorriso brilhante, e quero mergulhar no banco para beijar esses lábios. Mas eu me controlei e, em vez disso, manobrei o carro até certo ponto e depois desliguei o motor.

À medida que o silêncio nos engoliu, desatei meu cinto e ergui o chaveiro com a chave automática. — Então, o que me diz?

Dylan olhou para os quilômetros e quilômetros de estrada vazia à nossa frente. — Onde diabos estamos?

— El Mirage Lake.

— Uhh...? — Dylan disse. — E onde exatamente é isso?

Segui sua linha de visão. — Deserto de Mojave. É um lago seco. As pessoas vêm aqui para competir com seus carros, motocicletas e filmagens. É assim que eu descobri esse lugar. Estávamos filmando aqui para o filme Fury of Hell.

— Uau. — Dylan disse enquanto olhava para mim e a chave que pendia do meu dedo. — E você me trouxe aqui para dirigir seu carro.

Eu acenei com a cabeça quando ele pegou o chaveiro e o deslizou pelo meu dedo.

— Não confia em mim em torno de outros carros, hein?

— Não é isso.

— Não?

Eu balancei minha cabeça.

— Não. — então eu me inclinei e enrolei meus dedos em volta das lapelas de sua jaqueta, puxando-o para mim onde eu disse contra seus lábios: — Quero que você pudesse realmente se soltar nesse lugar.

O olhar de Dylan baixou para a minha boca, e o maldito sabe mexer comigo apenas falando sobre dirigir o meu carro.

— Soltar-me? Eu posso dirigi-lo forte e rápido? — ele perguntou.

Jesus, Dylan iria me fazer implorar para ele ficar nu antes de termos feito o que eu o trouxera para fazer aqui. E enquanto isso não é uma ideia horrível, quero lhe dar isso. Quero que ele pudesse ficar atrás do volante do meu carro e se soltar nessa longa faixa de estrada até que cada centímetro de nossos corpos vibrasse com a adrenalina.

— Como é que este lugar está vazio? — ele perguntou, interrompendo seu olhar. — Eu suponho que geralmente há pessoas por toda parte.

Eu não conseguia me impedir de provocá-lo de alguma forma, então eu beijei o canto de seus lábios e, em seguida, toquei a borda com a ponta da minha língua. Quando Dylan gemeu, eu disse a ele:

— Eu paguei para que estivesse vazio.

Ele puxou a cabeça para trás então, e uma expressão positivamente diabólica cruzou seus traços. — Então, nós temos toda essa área para nós? Você está falando sério?

Eu assenti.

— Droga, Ace, esse é um poder que você tem ao seu alcance. Você pode chamar alguém e ter meio deserto à sua disposição.

— À sua disposição. — eu corrigi. — Então? Quer ver como ele lida?

Dylan não pensou duas vezes antes de responder:

— Porra, sim. Vamos fazer isso.


DYLAN


Não sou um idiota. Não mesmo. Então, quando Ace balança a tentação, com uma besta de carro em uma faixa de estrada sem obstáculos, você aposta sua bunda. Peguei a chave dele, não que eu precisasse, e saí do carro.

Quando dei a volta atrás do veículo, eu vi Ace se levantando do carro e vindo na minha direção, com seus jeans e camisa como uma segunda pele, e o sorriso no rosto dele é cheio de arrogância, como se ele soubesse que acabara de me dar o melhor presente do planeta - e na verdade, ele tinha.

Um maldito presente.

Quando nos encontramos na parte de trás do carro, ele parou na minha frente e pegou o colarinho da minha jaqueta. Ele virou o material no meu pescoço e depois tocou no meio dos meus óculos de sol antes de empurrá-los pelo nariz. Ele então me deu um beijo rápido.

— Veja. — ele disse quando levantou a cabeça. — Você parece perfeito para acelerar esse menino mau.

Coloquei minha mão em seu peito enorme e alisei minha palma no tanquinho dele. — Este menino mau?

— Estou me referindo ao meu carro.

— Oh, eu sei exatamente sobre o que você está falando. Mas você parece uma espécie de sonho molhado vestido assim, e agora você está me dando permissão para dirigir seu Lamborghini. Não tenho a certeza se posso me impedir de atacá-lo.

À medida que as palavras saíram da minha boca, e Ace me liberou para dirigir, eu girei para vê-lo se movendo, e outra ideia penetrou firmemente em minha mente quando eu fui para o lado do motorista do veículo.

Nós dois entramos no carro e, uma vez que as portas se fecharam, nos trancando nos limites apertados, eu passei pelo grande peitoral de Ace para pegar o cinto de segurança e prendê-lo.

Uma vez que ele está seguro, eu beijei sua orelha e sussurrei:

— Obrigado por isso. Eu cuidarei muito bem dele. — então eu passei a minha palma sobre sua virilha e apertei. Ace gemeu e deixou sua cabeça cair de volta no encosto de cabeça quando eu acrescentei: — Então, eu vou levá-lo para casa e cuidar de você.

Ele acenou com a cabeça e se moveu para colocar a mão sobre a minha, onde descansava entre suas pernas, mas eu a afastei com uma piscadela, e me acomodei no banco, determinado a dirigir antes que essa atração borbulhante chegasse ao ponto de ebulição e explodisse.

Eu passei as mãos sobre o volante da mesma maneira de um amante, e não consegui parar o suspiro que escorregou.

— Você não vai ligá-lo? — Ace perguntou com sua voz mais profunda do que o habitual. Está claro que a excitação dele está borbulhando da mesma forma que a minha está, e isso fez o que estou prestes a fazer ainda mais quente.

Os meus lábios se curvaram e eu respondi reverentemente:

— Claro. É por isso que eu estou acariciando-o primeiro. — então apertei o botão de ignição e deixei o barulho do motor vibrar através de mim. O burburinho profundo do veículo fluiu sobre mim e a reação do meu corpo foi intensa. Minhas bolas se apertaram como se estivessem sendo acariciadas, e meu pênis começou a latejar. Eu não tinha mentido quando eu disse a Ace que seu carro é puro sexo, porque sentar atrás do volante me fez desejar alcançar meu jeans e segurar a base do meu pau para acalmá-lo.

Com um último olhar para o meu passageiro, dei um sorriso ilícito a Ace, enquanto colocava o carro em marcha e depois afundei o acelerador. O volante tremia debaixo das minhas mãos e enviou um tiro de eletricidade para a minha coluna quando o Lamborghini se projetou na extensão deserta da estrada como um projétil disparado de uma arma.

De zero a cem em dois pontos oito segundos, o poder da máquina que eu controlo é a maior fúria que já experimentara. Eu gritava e gritava enquanto eu movia as engrenagens e continuava a comer o pó debaixo da barriga do carro quando nós aceleramos até o final da estrada em menos de três minutos.

Enquanto eu freava e desacelerava, meu coração trovejava no meu peito e minhas mãos tremiam. Eu ainda tinha um aperto de morte no volante, e quando eu olhei para Ace, o ar no veículo praticamente acendeu quando ele sibilou e estalou com eletricidade.

Ace está com a mão segurando a barra de proteção, e os músculos do bíceps dele estão inchados, como se ele estivesse agarrando a barra como se fosse sua querida vida. Mas ele não tinha medo. Porra não. Não havia um traço de medo nos olhos dele quando trancaram com os meus. Eles estão cheios de febre e excitação, uma intensidade que eu nunca tinha testemunhado antes. O corpo inteiro de Ace parecia tenso enquanto seu peito subia e descia com cada respiração laboriosa que ele dava.

Maldito inferno. Ele é todo músculo e poder sentado no luxuoso interior de seu carro escandalosamente caro, e tão rápido quanto pude tirar meu cinto de segurança, estou ultrapassando o console para alcançá-lo.

Ele soltou o aperto de ferro ao mesmo tempo e me encontrou a meio caminho. Uma de suas mãos foi para a parte de trás do meu pescoço, me puxando para frente, e eu segurei o seu queixo no lugar enquanto colava meus lábios contra os dele.

Ace se afastou em um instante e eu mergulhei, não querendo perder tempo com brincadeiras. Eu tinha uma necessidade súbita de estar dentro desse homem de qualquer maneira que eu pudesse chegar lá. Eu abaixei minha língua profundamente entre seus lábios, e ele grunhiu e correu os dedos na parte de trás da minha cabeça enquanto ele inclinava sua boca para aumentar o beijo.

Coloquei meus dedos na sua camisa e o arrastei ainda mais para mim, e quando a marcha da engrenagem roçou no meu lado, afastei minha boca da dele. — Porra.

Os olhos de Ace estão amplos, suas narinas inflamadas e sua boca úmida, e olhei para além do ombro e pela janela para o ambiente vazio. À medida que uma fantasia me atingiu, eu me perguntei se seria muito ultrajante para o homem sentado a poucos centímetros de distância, que parecia querer me consumir. Só havia uma maneira de descobrir, e se não aproveitasse essa oportunidade agora, duvidava que a situação perfeita se apresentasse novamente.

Reunindo toda gota de confiança que possuía, me inclinei para trás através do console mantendo os olhos em Ace, e passei a língua ao longo do lábio inferior. Quando um gemido abafado escapou dele e ele foi me alcançar, me afastei e abri a porta do carro. Quando o calor do lado de fora entrou no interior do carro, levantei uma sobrancelha para ele e disse:

— Saia do carro, Ace.

Ele olhou por cima do meu ombro, sua expressão selvagem, então um rubor atingiu a pele sobre suas lindas maçãs do rosto enquanto ele lentamente abria a porta do carro.

Ah, sim, Ace sabe exatamente o que quero, e quando ele tocou o botão do jeans e o soltou antes de sair do assento, engoli um rosnado e segui o exemplo.

Uma vez que estou fora do veículo e sob o sol abrasador da tarde, eu acionei o botão de bloqueio no chaveiro e o coloquei no bolso da minha jaqueta enquanto observava Ace, que está caminhando em direção ao capô de seu carro.

Jesus, ele está prestes a me deixar fazer isso? Meu pênis esperava assim.

Fui até ele, tirei a minha jaqueta, sabendo que em cerca de dois segundos ficaria mais quente que o inferno, tanto do sol quanto do que está prestes a fazer. Quando parei na frente de Ace, toquei o seu jeans aberto, então olhei para o capô do carro e franzi a testa.

— Um pouco baixo para o que eu tinha em mente. — eu disse a ele, e comecei a caminhar para frente. Coloquei minha mão no seu peito e empurrei-o para trás enquanto eu ia com ele, ele seguiu a minha liderança e nós estamos de volta ao lado do veículo, entre a porta do passageiro e o para brisa.

Aqui, o veículo está na altura do quadril, altura da bunda, e enquanto invadia o espaço pessoal de Ace, eu o imaginava de costas, pensei, com essa altura... Porra.

— Agora isso — eu disse, e gentilmente coloquei minha jaqueta sobre o telhado do carro. — Isso é bem perfeito.

Ace pegou o trocadilho em um instante, se a maneira como seu maxilar se apertou fosse qualquer indicação. Inclinei-me entre as pernas dele, que ele afastou, e uma vez que estamos ligados quadril a quadril, peito ao peito e boca – ah, sim – a boca, eu coloquei minha língua entre os lábios dele e levantei minhas mãos para o rosto dele.

As palmas de Ace estão na minha cintura em um instante. Ele puxou-me para frente, e eu encaixei meu pau dolorosamente duro contra a ereção que eu podia sentir dentro de seu jeans, querendo o atrito, e precisando aliviar a dor que está construindo desde que eu o deixei em sua cama mais cedo esta manhã.

Sabendo exatamente onde queria que isso chegasse, sabe que precisava da sua permissão antes de continuar. Então eu afastei minha boca da dele e disse:

— Você tem certeza?

Nós dois sabíamos exatamente o que estou perguntando, e quando os olhos de Ace vagaram e depois voltou para mim, ele deu um rápido aceno e soltou-me para tirar o jeans.

Cristo. Se eu tivesse sonhado com isso, não teria acreditado. Mas, quando Ace baixou seu jeans abaixo do quadril e colocou a mão dentro para pegar o pênis rígido, minha boca abriu. Ele é tão lindo, recostando em seu carro sexy, com o pênis na mão masturbando-se; como se estivéssemos sozinhos em um quarto em vez de no meio do fodido deserto.

Eu podia sentir o suor escorrendo em minhas têmporas enquanto eu continuava olhando sua exibição muito pública para mim, e tomei uma respiração esfarrapada enquanto colocava minha mão dentro de minha calça jeans para acariciar meu pau.

— Vire-se. — eu disse, e mal reconheci minha própria voz. Eu soava como um homem que tinha sido conduzido até o limite de sua sanidade, e, honestamente, é assim que me sento.

Entre estar aqui com Ace, ter permissão para dirigir seu veículo, e agora receber essa oferta de uso de um corpo tão espetacular como um maldito presente, qualquer controle que eu poderia possuir tinha desaparecido. Assim como as inibições de Ace, aparentemente.

Ace afastou o quadril do carro e se virou, e antes que ele pudesse mudar de ideia, estou ali mesmo, empurrando-me nas costas dele. Ele colou seu quadril contra o carro e o meu colou em sua bunda. Ele colocou uma palma na moldura do para brisa e a outra no capô enquanto olhava para trás sobre o ombro.

Seus olhos azuis estão escuros com desejo nervoso, e sei que ele está tão excitado quanto estou, e enquanto eu empurrava minha ereção contra sua bunda, ele empurrou para trás e eu rosnei.

— Prepare-se, botão de ouro. — eu sussurrei na orelha dele, usando o mesmo apelido que ele tinha usado antes. E, quando ele amaldiçoou e seus braços se flexionaram, eu ri. — Porque estou prestes a levá-lo a um passeio.

 

 


ACE


Devo ter enlouquecido, é tudo o que eu posso pensar quando os dedos de Dylan foram até a lateral do meu jeans e o puxa sobre minha bunda. Não havia outra explicação para o fato de que eu estou com a cabeça inclinada sobre o meu Lamborghini, no meio do deserto. Nenhuma explicação, além de Dylan, fazendo-me perder a minha maldita cabeça.

Eu podia senti-lo massageando com a palma da mão o meu traseiro e suspirando no meu ouvido enquanto ele roçava o quadril dele contra o meu, e seu pau duro esfregando em mim.

— Deus, Ace. Isto é... Você é tão... Inacreditável.

Agora havia uma palavra para isso. Inacreditável. Eu não podia acreditar o quanto quero isso até que Dylan tivesse parado o carro e me espreitado com um olhar que gritava, Quero fodê-lo! Agora! E depois disso, perdi a capacidade de pensar.

O percurso todo de El Mirage levou três minutos de carro, e foram as preliminares que eu precisava, e agora... Agora queria sentir o pênis dele molhado dentro de mim.

— Jesus, Dylan. Apresse-se. — eu disse, e ouvi o filho da puta atrás de mim rindo.

Pelo canto do meu olho, eu o vi alcançar a jaqueta e ouvi o zíper subir e descer antes de jogá-la de volta ao telhado do carro.

— Tão impaciente. Estou apenas aproveitando o momento para me aproveitar de você. Porque uma vez que eu colocar o meu pau dentro de você, vai ser fodidamente rápido.

Merda. Eu tinha a sensação de que Dylan seria um topo mandão, porque ele não tinha sutileza na maioria das ocasiões. Mas, sua conversa suja é algo que eu nunca imaginei. Eu ficava sempre muito próximo de gozar apenas ouvindo algumas coisas que saíam de sua boca suja.

Estou prestes a dizer-lhe isso, então, quando os dedos frescos e úmidos deslizaram para baixo do meu cóccix e entre minhas nádegas, chocando o inferno fora de mim. Meu corpo se apertou automaticamente e eu senti a mão de Dylan descendo, me mantendo contra a porta.

Sua boca encontrou meu ouvido, ele me beijou gentilmente e disse:

— Relaxe para mim, coisa quente. Eu tenho você coberto.

Merda. De onde veio o lubrificante? Eu esperava que isso fosse uma merda grosseira com alguma dor envolvida, mas está tão excitado que estou pronto para ignorar a dor apenas para senti-lo dentro de mim. Em vez disso, torci a cabeça para encontrar os olhos dele com um brilho sensual, e as perguntas que eu tinha rapidamente sumiram, sendo substituídas por um gemido enquanto ele sondava meu buraco suavemente, achando a entrada.

Eu travei os dentes, e então Dylan pressionou seus lábios nos meus, em um selvagem acasalamento das bocas, empurrando o dedo para dentro e para fora de mim enquanto eu permanecia esticado sobre a lateral do meu veículo.

Eu podia sentir a transpiração escorrendo pela minha camisa, entre meus ombros enquanto Dylan se movia atrás de mim, empurrando seu quadril contra mim cada vez que ele enfiava o dedo mais fundo. Então, quando eu finalmente está quase sem controle, eu resmunguei contra sua boca e pedi:

— Faça isso.

O sorriso de Dylan é feroz enquanto ele se afastava de mim para agarrar meu quadril. Ele puxou o material do meu jeans um pouco mais para baixo, e eu ouvi o rasgo distinto de um pacote de preservativo.

Bem, vou ser condenado, mas ele vem preparado para todas as ocasiões, não é? Armazenei a pergunta para ele: de onde suas provisões tinham aparecido magicamente, quando senti a cabeça de seu pênis escovando a minha carne mais vulnerável.

— Você parece tão quente agora mesmo, Ace. Eu preciso entrar em você. — as palavras de Dylan estão roucas, e seus dedos firmes seguravam o meu quadril, e eu me inclinei um pouco mais para senti-lo entrando polegada por polegada, enquanto Dylan empurrava para dentro do meu corpo.

A queimadura foi imediata quando a cabeça larga dele rompeu meu buraco. Meus dedos flexionaram no metal enquanto a intensa pressão me consumia, e Dylan se hospedou completamente dentro do meu corpo. Sua frente está contra as minhas costas, e senti pura emoção enquanto olhava os quilômetros de espaço aberto e vazio.

Bom Deus, eu realmente perdi a cabeça e não conseguia achar nada lógico em mim.

Eu podia sentir o material áspero da calça jeans de Dylan contra minhas nádegas, bunda e coxas, e sabe que ele ainda está completamente vestido. Ele está cumprindo minha fantasia. E ele está fazendo um trabalho fantástico. Havia algo incrivelmente estimulante em saber que Dylan simplesmente tinha abaixado um pouco nossos jeans, e estendeu-me sobre o meu carro e, em seguida, deslizou seu pau para dentro de mim.

— Você está bem? — Dylan disse contra minha orelha, puxando-me dos meus pensamentos.

E no segundo seguinte, eu assenti com a cabeça e consegui dizer:

— Porra, sim. — eu grunhi, e esse foi o fim da conversa.

Com os dedos firmes na minha cintura, Dylan puxou-se para fora de mim e então voltou para dentro, e gritei seu nome, amando que eu finalmente tinha a liberdade de gritar alto e ser desinibido. Ele me levou duro e rápido enquanto eu impulsionava meu corpo contra o dele, encorajando-o a ser tão áspero quanto ele quisesse, enquanto cada um de nós corria em direção a um novo tipo de linha de chegada, um que nos fez gritar o nome do outro quando nossos orgasmos nos atingiram. E sei que iríamos ter dificuldade em explicar o que exatamente aconteceu conosco sob o sol arenoso naquela tarde, no El Mirage Lake.


Capítulo 18

BLOQUEADORA DE PAU...


DYLAN


Melhor dia fodido, pensei, e depois ri para mim mesmo. Sem trocadilhos. Mas quando me sentei contra o couro aveludado do assento, com o ar fresco me atingindo no rosto, e o homem sexy sentado ao meu lado ao volante, minha mente voltou para lá, de volta ao maldito Ace no meio de um deserto, inclinado sobre seu carro, com o sol batendo no meu pescoço.

Deus! Será que havia uma visão mais quente do que ver meu pênis afundar em seu apertado...

— No que você está pensando? — a voz de Ace me tirou do meu sonho molhado, e quando eu abri meus olhos, ele está sorrindo para mim. — Você está lambendo seus lábios.

— Estou? — perguntei. — Apenas pensando em sua bunda.

— Minha bunda? O quê, especificamente?

— Fodê-la. Provocá-la. Mordê-la. Lambê-la...

— Jesus, Dylan. — Ace disse, tocando a sua virilha.

— Você perguntou. Mas se você quiser detalhes, vou apenas dizer que está pensando no quão quente foi cumprir essa sua fantasia. E adivinhe! Você precisará me dizer outra fantasia em sua lista para que possamos realizá-la.

— Hmm. Talvez devêssemos seguir primeiro a sua fantasia.

— Uh... Isso vai ser meio impossível agora, a menos que você tenha um desejo ardente de me possuir na frente de um monte de perseguidores com câmeras. Eu acho que o que acabamos de fazer pode ser classificado como ser fodido em público, então consideremos que a minha também foi atendida por um momento.

Os olhos de Ace viraram para os meus, e o calor abrasador deles ainda está em chamas. — Quero poder te beijar agora mesmo.

Eu segurei seu olhar até ele ter que olhar para a estrada, e mesmo assim eu continuei a vê-lo quando uma variedade de emoções cruzou seu rosto, uma por uma. Felicidade. Culpa. Arrependimento. Paz. Luxúria. Raiva.

É estranho... Nunca entendi por que algumas pessoas tinham que esconder quem realmente são dos outros. Felizmente, eu nunca me importei com o que alguém pudesse pensar de mim, e mesmo quando eu conheci minha família, eles são tão abertos, que eu nunca tive que lidar com a luta que pessoas como Ace passavam diariamente. E agora que estamos tão entrelaçados, senti um pouco como se estivesse sendo empurrado para o armário também, e embora não posso imaginar viver minha vida desse jeito, também não poderia imaginar não querer o homem ao meu lado com todas as fibras do meu ser.

Se ele está disposto a colocar sua carreira em risco por mim, estou disposto a fazer o que fosse necessário para ficar ao seu lado. E se estivéssemos no deserto, eu teria me debruçado sobre o console e beijado seus lábios, mas, como estamos a cerca de meia hora de distância do meu apartamento e, embora o tráfego estivesse fluindo, ainda havia muitos carros, muitos olhos possivelmente curiosos. Estou sentado em cima das minhas mãos apenas para me impedir de unir meus dedos ao dele, ou pior, passar minha mão ao longo de sua coxa dura e sobre seu pênis.

— Quando eu te deixar, você ainda vai pegar um táxi para a minha casa? — Ace perguntou.

— Sim, isso parece perfeito.

— Você sabe...

— Dylan! You need a little sunshine in your life. You need a little sunshine in your life!

Ace começou a rir quando meu celular tocou. — Agradeça que não tocou mais cedo, ou iria arruinar o momento.

— Seria uma merda. — eu disse, enquanto eu tirava o celular do bolso e aceitava a ligação. — Ei, Sunshine, você está no viva-voz.

— Oh, isso significa que você está com o jovem bonito que vimos no outro dia?

Eu sorri para Ace. — Qual?

— Melhor que seja apenas eu. — Ace disse, praticamente rosnando.

— Ei, Hércules, como o meu filho está te tratando?

A testa de Ace vincou. — Hércules?

— Todo mundo na família Prescott precisa de um nome digno, embora, se eu pudesse mudar o sobrenome do meu marido, eu teria feito isso. Além disso, esses músculos todos... — Sunshine disse.

— Hércules então. — Ace disse. — E Daydream vive de acordo com o nome dele.

— Ele é um menino tão doce, não é verdade?

Quando Ace olhou para mim, ele sorriu, e então ele se aproximou para falar. — O mais doce.

Eu revirei os olhos. — Vocês ainda estão indo para Green Fields para acampar neste fim de semana?

— Nós sairemos em cerca de uma hora. Mas eu preciso conversar com você sobre algo antes de sairmos, e se você quiser tirar do viva-voz... — ela disse, sua voz normal se tornando cautelosa.

— Ace já sabe que Green Fields é um campo nudista.

— Não... Não é isso. — Sunshine disse como se escolhesse suas palavras cuidadosamente.

— Bem, seja lá o que for, você pode dizer na frente de Ace também.

Sunshine parecia hesitar, o que é diferente dela, e então ela disse:

— Brenda passou em casa ontem.

Meu sorriso diminuiu quando eu entendi suas palavras, mas não conseguia imaginar o que ela havia dito. — Espere, diga novamente.

— Brenda veio, e ela tinha uma pilha de revistas com ela, todos os anúncios que você fez até agora, e...

— Espera, ela passou aí? Como ela encontrou você? — eu perguntei, e minha voz está aumentando, apesar de sentir que alguém cortou o meu suprimento de ar, forçando meu coração a bater no meu peito. Quando Sunshine começou a responder, tirei rapidamente o celular do viva-voz e o levei ao meu ouvido.

— Eles a soltaram por bom comportamento, ou foi o que ela disse. Ela parecia bem, no entanto. Limpa e...

— Eu não me importo com como ela parece...

— Eu sei que você não...

— Então, o quê? Ela pensou que iria pegar um avião para vir aqui me dar um oi? — minha mão está trêmula, e eu podia sentir o olhar preocupado de Ace, mas eu não podia pensar em nada além do fato de que a mulher da minha infância surgiu na porta dos meus pais.

— Apenas acalme-se por um segundo, então podemos falar sobre isso...

— Acalmar-me? O que diabos ela quer?

E, em seguida, Sunshine disse as cinco palavras que estou temendo desde o dia em que fui forçado a entrar na adoção.

— Ela quer te conhecer.


ACE


Eu nunca vi Dylan tão tenso e chateado antes, e pelo som suplicante que eu pude ouvir levemente no telefone, sua mãe também não tinha. Ele está meio trêmulo, e sua mandíbula está tão apertada que eu me preocupava que ele quebrasse seus molares.

— Isso nunca acontecerá. — ele disse, e quando coloquei minha mão na coxa dele para acalmá-lo, ele se encolheu, e isso me fez afastar a mão para lhe dar espaço.

— ... e ela não tem ideia de onde você está e ela nunca irá, a não ser que você decida de outra maneira. — disse a mãe, mas, do jeito que Dylan sacudiu a cabeça com firmeza, não teria importado o que ela disse, porque o homem já tinha decidido.

— Eu não posso falar nesse momento. — ele disse, e quando ele afastou o telefone de sua orelha, eu olhei para ele e ele disse com a voz amarga como eu nunca tinha visto:

— Divirta-se no acampamento. — e depois desligou o telefone, e o encaixou no bolso da calça e se virou para a janela.

Quando o silêncio aumentou, não tinha certeza do que dizer, ou se é melhor ficar em silêncio. Mas, quando o homem que está próximo a mim fungou, e minha curiosidade aumentou, não consegui me impedir de falar com ele.

— Dylan? — eu disse suavemente, e quando ele não me respondeu, tentei novamente. — Hey, fale comigo.

Ele continuou a olhar pela janela, mas balançou ligeiramente a cabeça.

— Quem é Brenda, e por que parece que você quer sair do meu carro nesse trânsito? — perguntei.

Dylan soltou um longo suspiro e passou a mão pelo rosto. — Ela não tem nenhuma importância.

— Eu chamo isso de besteira. Qualquer um que tenha tantos efeitos sobre você não é ninguém sem importância.

— Deixe esse assunto de lado, Ace.

— E apenas deixá-lo sofrer assim em silêncio? Fale comigo.

— Eu não quero falar sobre isso. Essa mulher não é nada para mim, o que significa que ela não é nada para você, o que significa que eu estou bem. — ele voltou a olhar para a janela e murmurou: — Estou bem.

Suspirando, acionei a seta para mudar de faixa. — Você sempre me diz que eu não me abro o suficiente, mas você não me deixar saber sobre você. Então, por que não pode ser nos dois sentidos, hein?

— Porque eu não quero te contar. — Dylan explodiu, e seus olhos atiravam punhais. — Eu não vou falar sobre a história da minha família com você, nem agora, e talvez nunca. Pare de me empurrar.

— Eu não estou empurrando você...

— Sim, você está.

O que diabos está acontecendo com ele? Este é um homem totalmente diferente daquele que conheci nas últimas semanas, e embora sei que ele não está me atacando por causa de algo que fiz, é óbvio que havia uma merda dolorida que o machucava em algum lugar profundo. Um corte que nunca se curou; e o que quer que seja, sua reação me dizia que não é nada de bom. E isso me deixou ainda mais desesperado para descobrir o quê, ou quem, é a fonte dessa dor.

— Estou aqui se quiser... Ou se você precisar conversar...

Dylan ergueu a cabeça em seu punho apoiado na janela e suspirou. — Apenas me leve para casa.

Senti a picada de suas palavras no meu peito, e ocorreu-me então o quanto eu me importava com esse homem. Porque se alguém mais tivesse falado comigo do jeito que ele acabou de falar, eu iria descartá-lo rapidamente. Mas com Dylan, senti sua frustração, sua dor, mas também senti cada ataque que ele me fez com uma espécie de mágoa que nunca experimentara.

É assim que são as relações? Uma série de altos inacreditáveis e baixas devastadoras, às vezes em questão de horas? A tensão entre nós no carro é tão espessa agora que é uma maravilha que eu poderia até senti-la.

Então, foi com um movimento resignado do meu pulso que acionei a seta para sair da auto estrada em direção ao apartamento de Dylan, onde de alguma forma sei que ele ficaria.


Capítulo 19

TIRE MEU FÔLEGO...


DYLAN


Deus, nunca em minha vida uma noite passou tão malditamente devagar. Depois que Ace me deixou em casa, nós demos leves acenos um para outro, e agora estou sentado exatamente no mesmo lugar quando finalmente consegui entrar no meu apartamento e chutei a porta para trás.

Eu ainda estou usando o mesmo jeans e camiseta, mas minha jaqueta está em uma pilha no chão, onde tinha caído depois que eu a atirei na direção do balcão e errei a mira. Minha cabeça está latejando com uma grande dor de cabeça, e meu estômago grunhiu mesmo que eu não desejasse comer.

Em algum momento, sei que precisava ligar para Ace e me desculpar, mas ainda não sabe o que diabos iria dizer. Quero dizer, o que posso dizer? Desculpe, eu fui um idiota total ontem - eu sei que você está apenas tentando ajudar? Okay, certo. Eu teria sorte se ele alguma vez falasse comigo novamente.

Sou um babaca. Não havia dúvida. Eu deixei que a mera menção de Brenda me dissolvesse, e tinha atacado a pessoa que menos merecia isso. Apenas isso me fez odiar ainda mais a cadela do que já a odiava. Como ela se atrevia a pensar que poderia querer entrar na minha vida depois de todo esse tempo e entrar em contato comigo. Ela tinha maldita coragem, com certeza. Mas não havia nenhuma maneira de deixá-la perto de mim, nunca mais. Eu consegui me livrar dessa doença há muito tempo. Não há nenhuma chance dela infectar de novo.

Olhei para o telefone que joguei no sofá ao meu lado e me perguntei o que Ace está fazendo agora. Tínhamos o fim de semana, e nós discutimos sobre passá-lo juntos. Mas isso foi antes de ter conseguido arruinar um dos melhores dias que já tive.

Jesus! Pare de ser tão covarde, disse a mim mesmo e peguei o telefone. Basta ligar. Qual é a pior coisa que ele poderia fazer? Não responder? Responder e desligar? Responder e gritar comigo? Ei! É o que mereço.

Peguei o telefone e olhei para o número de Ace um pouco mais do que deveria, e então finalmente ligo. No segundo toque, adente, e quando a voz de Ace passou pela linha, soltei um suspiro de alívio.

— Dylan?

A preocupação em sua voz me rasgou, porque sei que fui eu a provocá-la. Eu o preocupei com a minha reação ao telefone, minha resposta de merda quando ele tentava entender e, finalmente, a maneira como eu deixara as coisas entre nós em uma agitação silenciosa quando eu saí do seu carro na noite anterior.

— Sim... Uhh, oi. — Deus. Eu parecia um idiota.

— Oi.

Porra. Bem, isso é fantástico. Apenas diga o que você quer dizer e deixar o pobre rapaz. Apertei os olhos e repousei minha cabeça no sofá. — Ace...

— Eu não tinha certeza de que você aceitaria uma ligação minha, foi por isso que eu não liguei para você. — Ace disse, acrescentando culpa ao que já sentia pela impressionante exibição de idiotice de ontem.

— Sim, sobre isso. Olha, eu...

— Dylan, você não precisa...

— Ace. — disse, precisando que ele ficasse quieto e me deixar tirar isso do meu peito antes de me preocupar. Eu tinha esse sentimento horrível no fundo do meu estômago de que arruinei todos os avanços que fiz com ele recentemente. Que em um piscar de olhos, eu tinha apagado toda a confiança que ele tinha estendido para mim, porque o cofre em que eu mantive meu passado bem fechado tinha ameaçado pela primeira vez em anos se abrir. — Por favor, Ace. Deixe-me dizer isso.

Passou um ou dois segundos e depois disse:

— Tudo bem.

Eu engoli e coloquei meu braço nos meus olhos enquanto eu tentava descobrir uma maneira de dar uma resposta razoável para o meu colapso ontem. Um motivo suficientemente bom, e que não envolve mostrar-lhe todas as coisas feias que se encontravam logo abaixo da linda fachada que o resto do mundo via quando me olhava. Ha. Se ao menos soubessem a verdade.

— Desculpe-me pelo jeito que eu lidei com você ontem. — pausei e examinei minhas próximas palavras cuidadosamente, pesando quanto de minha roupa suja quero expor. Meu passado o assustaria? Isso faria com que ele fosse cauteloso? Não tinha ideia. Mas se não abrisse minha boca e dissesse algo em breve, ele provavelmente acabaria com as coisas de qualquer maneira. — Sunshine, bem... Ela me pegou desprevenido. E sei que não há razão para eu ter tratado você do jeito que eu fiz, mas há coisas sobre mim...

Minhas palavras ficaram presas na minha garganta enquanto tentava empurrá-las para dizer-lhe algo, qualquer coisa que desculpasse o que eu fiz, mas nada está acontecendo.

— Dylan?

Deixei minha mão cair na minha perna e agarrei-a com força. — Sim?

— Você não precisa se explicar.

Sentei-me diretamente no sofá, instantaneamente alerta sobre essas palavras.

— Eu entendo que você precisa de privacidade para trabalhar através das emoções, especialmente quando você está tão completamente cego por algo, como esteve ontem. Seja como for, devo me desculpar com você.

Uh? Não podia acreditar no que estou ouvindo. Estou tentando descobrir a melhor forma de me desculpar com esse homem por tratá-lo como uma merda total, e ele está pedindo desculpas... Pelo quê? Por preocupá-lo?

— Foi óbvio que Sunshine lhe contou algo que o deixou perturbado, e em vez de lhe dar espaço, eu atuei como um paparazzo agressivo tentando ter um furo. — ele deu uma risada sem humor. — Irônico, não é? A primeira vez que quis saber alguma informação de você, e que você não me disse de bom grado, em empurrei. Eu agi como um abutre. E pode adivinhar que aprendi com aqueles que me rodeiam. É triste que esse seja o único exemplo que tive.

— Ace. — eu suspirei e coloquei minha cabeça em minhas mãos. Só quando pensei que ele não poderia ser mais certo para mim, o cara provou que estou errado. — Você não pode me deixar me sentindo como um idiota por pelo menos dez minutos?

— Tenho certeza de que você está se debatendo a noite toda. Estou certo?

Ele está certo. Mas o fato dele me conhecer tão bem deixou uma curva nos meus lábios. — Talvez.

— Mhmm, exatamente o que eu pensei. Bem, você tem mais dez segundos para cuspir, e então você tem que parar.

Eu fiz uma careta e olhei o relógio no meu telefone. Quase meio dia. — Por quê? O que vai acontecer em dez segundos?

Toc. Toc. Toc.

Virei à cabeça para a porta da frente e, quando me levantei, Ace disse:

— Você vai abrir sua porta da frente, me convidar para entrar e me desejar uma boa tarde.

Meu pulso acelerou, sabendo que Ace está aqui. Ele está parado na porta da frente. Ele não está nem me dizendo para dar um tempo.

Quando olhei no olho mágico, vi um cara enorme com longos cabelos loiros, um boné de beisebol e óculos de pé na minha porta. Ele usava uma camisa de flanela sobre uma camiseta branca e shorts, e na mão dele está o maior e mais brilhante buque de flores que eu já vi.

Eu trouxe o telefone de volta ao meu ouvido e disse:

— Eu não sei. Há um cara na minha porta com flores. Eu acho que vou convidá-lo para dentro e beijá-lo a tarde toda em vez disso.

— Abra a porta, Dylan. — a ordem foi rude e, de alguma forma, sei que, através do olho mágico e atrás desses óculos, o olhar de Ace provavelmente está aborrecido na minha porta da frente. — Quero beijar e fazer as pazes.

Oh, Deus, como posso resistir a isso. Encerrei a ligação, destranquei a porta e, quando a abri, toda a tensão que sentia parecia aliviar porque Ace está aqui. Ele está realmente aqui, parado na minha frente. Com disfarce ridículo e tudo.

— Entre. — eu disse, e fiquei de lado enquanto ele caminhava. Quando entrou e eu fechei a porta, e me virei para vê-lo tirando os óculos, mas não a peruca e a camisa horrível de flanela. Talvez ele não estivesse planejando ficar, depois de tudo.

— São para você. — ele disse, me entregando o brilhante buquê de flores amarelas, roxas e cor-de-rosa. Elas são alegres e felizes, e Ace parecia tão estranho dando-me, que o gesto é ainda mais apreciado. Peguei o buquê dele e enterrei meu nariz nas pétalas coloridas. Quando levantei meus olhos para olhar para ele por cima do arranjo, peguei o rubor tingindo suas bochechas, como se ele estivesse satisfeito com minha reação.

— Obrigado. — eu sussurrei, e fiquei tocado que ele pensou em fazer algo tão doce como me trazer flores. Quem sabe que Ace Locke seria tão malditamente romântico? — São lindas.

— Eu não tinha certeza se você gostaria...

— Eu as amo. — eu disse, esperando tranquilizá-lo. Então dei um passo na direção dele e abaixei as flores. Coloquei minha mão no peito e olhei-o diretamente nos olhos quando eu disse:

— Sinto muito pela maneira como eu lidei com você ontem.

Ace abriu a boca para falar, mas eu balancei a cabeça e coloquei um dedo contra seus lábios. — Eu não deveria ter falado daquele jeito com você. Você está apenas preocupado e tentando entender o que está acontecendo. Mas...

Ace cercou meu pulso e me puxou o resto do caminho para ele, e então ele beijou minha testa, e maldito, ele passou de inseguro a terno em um instante e isso deixou minhas emoções por todo o lugar.

— Você não está pronto. Eu deveria ter respeitado isso.

Eu olhei para ele, e a expressão suave em seus olhos me fez repensar o passado antes de gostar desse homem e está perigosamente perto de dizer uma palavra que eu sempre fui tão hesitante em usar. Mas em vez de expressa-la, toquei na peruca loira dele.

— Você sabe, tanto quanto eu gosto da ideia do jogo de papéis, eu posso pensar em um traje melhor se você quiser se vestir para mim.

Ace riu, e essa foi a minha intenção, aliviar a seriedade do momento. — Você pode, certo?

— Ah, sim, eu poderia até ter tudo escrito em um diário em algum lugar. “Top Dez de Ace Locke”.

Uma das sobrancelhas de Ace voltou-se para cima. — Top Dez?

— Sim, você sabe. A imagem que eu evocaria na minha cabeça para minhas fantasias.

Ace pegou meu queixo na mão e deu um beijo rápido em meus lábios. Então, ele disse:

— Tão fascinante quanto seria ler o seu diário, eu preferiria que me dissesse.

— Ohhh, bem, isso também pode ser organizado. Mas primeiro essa peruca tem que ir.

— Na verdade — ele disse, soltando-me. — Primeiro, você precisa arrumar uma mochila com roupas para noite.

— O quê?

— Uma mochila. Você precisa arrumar uma para noite.

Meus olhos se estreitaram e eu cruzei meus braços sobre meu peito. — Por quê?

— Não é da sua conta.

— Umm, se eu vou arrumar uma mochila para passar a noite, acho que isso pode ser da minha conta, não é? Eu não passo a noite com estranhos em lugares estranhos. Que tipo de homem você acha que eu sou?

— Para as próximas quarenta e oito horas, e espero que depois disso também, você vai ser meu homem. Agora vá tomar banho, e arrumar uma mochila para passar a noite e faça tudo... Rapidamente.

— Uhh... Muito mandão?

Ace deu um sorriso brilhante que é tão excitante que me despedaçou. Eu quase derreti ali mesmo em uma poça nos pés dele.

— Se você disser que sim, eu pretendo mostrar-lhe o quanto eu posso ser mandão.

Oh, doce Jesus. No espaço de meros minutos, Ace me colocou no chão. E fui de ansioso, emocional, a despertado. Eu não tinha ideia do que me esperava, mas se ele me queria tomado banho e com algumas roupas embaladas... nada iria me impedir de fazer isso.

 

Quinze minutos mais tarde, tomei banho, me vesti e arrumei uma mochila enquanto Ace está na minha porta da frente com as pernas cruzadas nos tornozelos, as mãos nos bolsos e uma expressão ilegível no rosto.

Ele está sendo tão misterioso. Assim como esteve ontem quando estamos dirigindo para El Mirage. Mas uma coisa que poderia ser dita sobre Ace Locke - se aquele bastardo queria manter um segredo, ele é mais do que capaz.

Bem, que gênio! Essa é a melhor avaliação do século, considerando que ele está escondendo sua sexualidade há anos.

Devia ter feito uma dúzia de perguntas nos últimos minutos, mas o homem ficou silencioso. Ele até mesmo colocou os óculos malditos, então não conseguia avaliar suas expressões faciais. Talvez o seu próximo papel em um filme fosse de um espião, porque, aparentemente, quando ele não quer compartilhar informações, ele é como um fodido cofre.

— Tudo bem. — eu disse, arremessando a mochila sobre o ombro. — Estou pronto.

Ace se moveu para abrir a porta e, enquanto passava, ele sussurrou:

— Hmm, é o que você acha.

Eu virei à cabeça com isso, e maldito seja aqueles óculos, eu não podia ver nada. — O que isso deveria significar?

Os lábios de Ace se curvaram, e quero beijá-lo - duro. Mas, se ele está sendo uma provocação, dois poderiam jogar esse jogo.

— Nada, Daydream. Mas é melhor você colocar sua bunda no carro antes de esquecer minhas boas intenções.

Caminhei lá fora e me dirigi para as escadas. — Ei, e quem precisa disso?

Quando Ace abriu a porta, eu o segui, e eu o ouvi dizer:

— É exatamente o que eu esperava ouvir de você.

 

Menos de dez minutos depois, uma limusine dirigida por Frank está nos conduzindo ao aeroporto de Hollywood Burbank e minha boca se abriu. Para onde diabos estamos indo? Eu girei no banco de trás para enfrentar Ace, e antes mesmo de ter elaborado as palavras, ele disse:

— Eu não vou dizer.

— Mas...

— Eu não vou te dizer.

Eu rosnei frustrado com ele, mas também incrivelmente excitado quando minha mente ficou louca tentando descobrir qual seria a surpresa. Quando passamos pela área de estacionamento geral e nos dirigimos para um portão com uma guarita, Frank abaixou a janela e entregou algo ao homem que está lá dentro. Sem trocas de palavras, a barreira abriu e Frank dirigiu o carro para frente. Ele fez algumas voltas e depois conduziu a limusine até uma estrada estreita que passava por vários hangares com portas fechadas, até que ele finalmente parou no último hangar. Ele manteve o carro em marcha lenta quando ele saiu para abrir a porta de trás para nós, e antes de sair, eu dei um olhar final para Ace e abri minha boca mais uma vez.

Ele balançou sua cabeça. — Uh uh. Eu ainda não vou dizer. Tudo o que você precisa saber é que quero levá-lo em um lugar esta noite. Um lugar que podemos nos divertir - e Dylan?

Eu mal podia engolir enquanto me inclinava e passava o polegar sobre o lábio inferior dele.

— Sim?

— Eu pretendo me divertir com você.

E assim, onde ele está me levando não importava o mínimo, enquanto fosse Ace que estivesse no controle.


Capítulo 20

FALSIFIQUE ESSA MERDA ATÉ VOCÊ PASSAR POR ESSA MERDA...


DYLAN


Dizer que eu fiquei sem palavras seria algo impossível neste século. Eu segui Ace pela porta e entrei no hangar enquanto ele caminhava na minha frente, aquele disfarce absurdo ainda no lugar, e ainda assim ele conseguia controlar todo o espaço - e havia muito espaço.

A porta do hangar principal está aberta e, à frente, na pista, havia um avião privado com a porta aberta e as escadas abaixadas. Parei quando Ace caminhou até o homem solitário parado na porta de um pequeno escritório.

Isso é irreal. Derek sempre brincou que um dia eu acabaria com um cara rico que me levaria embora, mas um... Isso sempre foi uma piada. Nunca em um milhão de anos eu esperaria...

— Dylan?

Meus olhos voaram para onde Ace está olhando por cima de seu ombro para mim, e a curva em seus lábios me disse que ele sabe o quão chocado estou, porque puta merda! Isso é muito para absorver. Eu agarrei a alça no meu ombro e o segui assim que o homem ao lado dele voltou para o escritório.

— Você está bem? — Ace perguntou quando eu finalmente fiquei ao seu lado, e consegui acenar com a cabeça. — Bem. Vamos.

— Ace. — eu disse, enquanto seguia sua liderança e nos dirigimos para o avião que agora sabe que esperava por nós.

— Sim?

— Nós... Quer dizer... Esse avião é para nós?

Quando chegamos ao fundo da escada, Ace ficou de lado e assentiu. — Mhmm, com certeza é.

Minha boca ficou aberta com essa confirmação. Tendo viajado apenas para treinar, ou na maioria das vezes para o trabalho, a ideia de entrar em um jato particular em qualquer lugar é... Bem, uma loucura é o que é.

— Você está louco? Isso deve custar-lhe uma fortuna.

Com uma mão no trilho da escada, Ace inclinou-se para mim, e por um minuto sem fôlego pensei que ele iria me beijar. Para que todos pudessem ver. Mas no último segundo, ele moveu a boca até o meu ouvido e disse:

— Sorte para nós que eu tenho uma fortuna. Agora, entre nesse avião, Dylan. Quero provar você, e não posso fazer isso aqui.

Eu suguei uma respiração muito necessária e olhei para a porta aberta, onde vi uma mulher com um uniforme azul marinho esperando por nós e depois olhei de volta para Ace. — Mas você pode lá?

— Eu certamente posso.

— Huh, mas e a tripulação?

— Vá. — Ace ordenou, e o comando enviou uma sacudida de luxúria diretamente na minha coluna vertebral. Ace sempre foi uma presença difícil de ignorar, mas com esse ar de confiança, essa arrogância, ele é todo sexo e cem por cento irresistível.

Sem outra palavra, subi as escadas, e quando passei pela loira no topo, ela me cumprimentou. — Bem vindo a bordo, Sr. Prescott.

Minha cabeça se moveu e Ace está bem atrás de mim. Ele colocou uma mão no meio das minhas costas e conduziu para dentro.

— Bem vindo de volta, Sr. Locke.

— Gail, como você está? — Ace perguntou, enquanto eu ficava os olhando como um peixe fora da água.

— Oh, não posso reclamar. As crianças estão fora da escola para as férias de verão, e o meu marido e eu as levamos para acampar, então...

Ace sorriu. — Ahh. Entendo. Então, um pouco de tempo necessário.

— Sim, senhor. — ela sorriu, e foi um testemunho que mesmo as pessoas que trabalhavam para ele não conseguiam resistir aos seus encantos. — Vocês dois podem se instalar. Phil disse que levantaremos voo em cinco minutos.

— Obrigado, Gail.

— Claro. — ela disse enquanto Ace se virava para me encarar onde estou totalmente estupefato.

— Você ouviu à senhora: é melhor ir sentar-se, Sr. Prescott.

Quando a porta ao lado direito de Ace começou a se fechar, ele caminhou em minha direção com uma intenção inconfundível em seus olhos, e eu automaticamente dei um passo atrás.

Ele está louco? Gail está ali mesmo.

Ace tirou o boné de beisebol e puxou a peruca de sua cabeça, e a jogou em uma das luxuosas cadeiras de couro enquanto continuava andando.

— O que você está fazendo? — eu disse em voz baixa, quando ele me pegou pelo pescoço e me puxou para ele.

— Eu te disse lá fora que quero te beijar.

Coloquei uma mão no peito dele e abanei minha cabeça.

— Mas e quanto... — eu estudei em volta do ombro até onde Gail está ocupada preparando o avião para a decolagem. — E as outras pessoas?

Ace passou os lábios sobre os meus e minha boca se separou. Deus, eu precisava que ele começasse a pensar, e logo, porque com o que ele está fazendo comigo, eu não conseguiria inventar uma única razão pela qual eu não devia beijar o inferno do homem provocando meus lábios com sua língua.

— Quem, Gail? Todos neste avião assinaram um NDA. Eles são pagos muito bem para não ver as coisas.

Afastei a minha cabeça um pouco e abaixei minha cabeça.

— O quê? — Ace disse.

— Você não está se esquecendo de algo?

— Hmmm. — Ace me beijou suavemente, e meus dedos se curvaram na flanela de sua camisa. — Não, acho que não. Eu o tenho no avião, eu tenho uma garrafa do meu vinho favorito para você tomar: Domaine de laRomanee-Conti Montrachet. Você gosta de Chardonnay?

— Sim, mas não é o que Quero dizer...

Ace beijou um caminho sedutor para minha mandíbula. — Eu sei exatamente sobre o que você está falando. Mas eu serei condenado se começar meu relacionamento com você, fazendo com que você assine um documento legal.

Todo o meu corpo tremia com as carícias e as suas palavras, mas, ao mesmo tempo sei que o que ele está fazendo é arriscado. Ele está depositando uma enorme confiança em mim, e afastei minha cabeça para trás para encontrar seus olhos.

— Ace, isso é... Eu... Eu não sei o que dizer.

Seu sorriso lindo fez meu estômago virar. Então, ele passou os dedos pela minha bochecha e inclinou o meu rosto para poder beijar meus lábios.

— Então não diga nada. Eu sei que é uma loucura, mas pela primeira vez em um longo tempo eu encontrei alguém com quem quero compartilhar as coisas. Quero conhecê-lo, cada parte de você. E para fazer isso, preciso confiar em você. E não posso fazer isso com um pedaço de papel entre nós. — ele beliscou meu lábio inferior, e quando seus olhos se fecharam, ele disse: — Eu não quero nada entre nós.

Meu coração bateu fora de controle com suas palavras e foi quando percebi, pela primeira vez, que também não queria nada entre nós. Nenhum segredo. Nenhuma mentira. Nenhum pedaço de papel ameaçando um ao outro. E quando o piloto avisou no alto-falante dizendo-nos para tomar nossos assentos, e que estaríamos taxiando na pista a qualquer momento, afastei-me de Ace e sussurrei:

— Obrigado.

— Pelo que?

À medida que nos sentamos ao lado de uma mesa com dois assentos, um vaso com uma rosa vermelha e uma garrafa de vinho no gelo, sei que está profundamente apaixonado por ele. Tão apaixonado, que eu tinha medo do que aconteceria se ele alguma vez me deixasse.

Eu coloquei sua mão na minha e apertei seus dedos. — Por ser muito mais do que eu poderia imaginar.

Eu o beijei e depois encerramos o beijo, e três minutos depois estamos subindo na pista de Burbank, indo em direção a um destino desconhecido.

 

 

 

ACE


Eu ainda estou segurando a mão de Dylan quando pousamos no aeroporto de McCarran menos de uma hora depois. Tinha sido um voo suave, e nós terminamos a garrafa de Chardonnay entre conversas e beijos roubados. Quando o horizonte de Las Vegas surgiu à vista, Dylan olhou para mim, e o seu sorriso é tão grande que eu pensei que meu coração estouraria.

É um sentimento estranho e ao mesmo tempo satisfatório experimentar essas “primeiras” sensações através dos olhares, e reafirmar que o “dar é melhor do que receber”, é algo que sempre ouvi. Queria mostrar-lhe o mundo, sentir essa exuberância todos os dias. Isso me fez perceber o quanto quero garantir o agora, e eu nem tinha percebido isso. Não que não apreciasse as coisas na minha vida, mas sempre fui tão partidário que nunca dei um tempo para realmente aceitar tudo e sentir. Um tempo para me orgulhar e celebrar as realizações que me permitem desfrutar de algumas das melhores coisas da vida.

E falando de coisas boas na vida, pensei, quando o avião parou e tiramos nossos cintos de segurança. Eu não podia esperar para ver como Dylan reagiria ao que eu planejei para esta noite. É algo tão longe da minha zona de conforto quanto é humanamente possível, e apenas o pensamento disso me fazia suar. Estou rapidamente aprendendo que não havia muito que eu não faria para o homem sentado ao meu lado.

— Não posso acreditar que você me trouxe para Las Vegas — Dylan disse praticamente saltando de seu assento. — Realmente estamos no meio do deserto, hein? Isso é tão legal. Onde iremos ficar? Espera, não podemos ficar juntos, podemos? Merda, isso é incrível.

Rindo de seu entusiasmo, eu disse:

— Estou feliz que você goste da surpresa. Quanto onde estaremos hospedados, você precisará esperar e ver.

— Você está armando um mistério, não é?

Meus lábios se torceram em um sorriso malicioso. — Oh, eu pretendo. Agora, escute o que vai acontecer. Temos carros separados nos esperando, que nos levará diretamente para a entrada privativa do hotel. Uma vez que você chegar, alguém o acompanhará pessoalmente até o seu quarto, e quando for seguro para eu me juntar a você, eu vou.

O sorriso de Dylan escureceu um pouco. — Então, não podemos ficar no mesmo quarto?

— Duas palavras para você: suítes adjacentes.

— Ohhhh. É um esconderijo. — Dylan disse de volta.

— Tenho que ser criativo, certo?

— Certo.

Apontei para os dois carros negros e lustrosos que haviam estacionado na base da escada do avião. — Um para você, um para mim. O meu carro vai primeiro ao hotel e, em seguida, cerca de dez minutos depois, vocês vão se encaminhar para lá. Está pronto?

Dylan assentiu com entusiasmo, e tomei o rosto dele em minhas mãos para lhe dar um último beijo. Quando eu me afastei e me levantei, tirei a camisa de flanela que cobria a camisa branca e depois peguei a mochila que eu trouxe.

— Vamos entrar em problemas, Daydream. — eu disse, e então passei na frente do avião para me despedir da tripulação e confirmar a hora em que partiria no dia seguinte.

Quando saí no topo da escada estreita, o calor do deserto seco me atingiu como uma bofetada no rosto, eu coloquei os meus óculos de sol para afastar o sol forte.

O motorista do primeiro carro saiu e deu um firme aperto de mão.

— Boa tarde, Sr. Locke. Meu nome é Marshall, e se precisar de algo, apenas me avise. Foi-me dito para lhe entregar isso após a sua chegada.

Ele me entregou um grande envelope, e quando fui agradecer, ouvi atrás de mim:

— Caramba, esses são Maybach 62? Ace, você está falando sério agora? Essas coisas valem, tipo, meio milhão de dólares. — os olhos de Dylan saiu de orbita enquanto ele caminhava ao redor de um dos carros para pegar todos os pequenos detalhes, ignorando completamente o motorista com a sua excitação.

— Estou feliz que você aprova. — eu gritei, e a cabeça de Dylan virou na minha direção.

— Isto é ridículo. Estou totalmente esperando um Uber ou um táxi, mas é claro que você não faz as coisas pela metade. — ao circundar o carro, ele finalmente percebeu o motorista parado com uma mão estendida. — Oh, desculpa, cara, não te vi aí.

— Primeira vez em Las Vegas, Sr. Prescott? — perguntou seu motorista.

— Inferno que sim!.

Seu motorista deu-lhe um grande sorriso e abriu a porta de trás. — Bem, seja bem-vindo à nossa bela cidade. Eu sou Timothy, e eu vou levá-lo ao hotel em apenas alguns minutos. Dentro do carro, você encontrará uma garrafa de vinho para relaxar à medida que avançamos. Se você precisar de alguma coisa, deixe-me saber.

Dylan me olhou por cima da porta com sua mandíbula aberta, e eu tive que rir. Dando um aceno, eu disse:

— Aproveite o passeio. — e ele depois deslizou para o banco traseiro do carro.

Uma vez dentro do interior preto perfeitamente climatizado, tirei o conteúdo do envelope. Juntamente com o passe para o evento Vodka Sapphire, onde teria que fazer uma aparição em algumas horas, havia também a papelada para a surpresa que eu tinha planejado para Dylan mais tarde.

Puta merda, eu iria realmente fazer isso? Sim! Oh, oh, sim, eu iria. Nós iríamos, na verdade, porque eu não tinha dúvida de que Dylan estaria a bordo deste trem em um piscar de olhos. Mas para aliviar a batida em meu peito, peguei meu telefone e disquei o número da atrevida que me deu a ideia em primeiro lugar.

— Não me diga que você amarelou. — Paige disse em vez de uma saudação quando ela respondeu a chamada.

— Por que você pensaria que eu iria amarelar?

— Porque este é um grande passo, agitei pessoas em cima da hora no último minuto.

Eu balancei a cabeça do jeito contundente com o qual Paige conseguiu organizar... Bem, tudo. — Certo, tudo bem. Não vou fazer xixi sobre isso e nem amarelar; Estou apenas lendo a papelada e...

— Você queria que eu lhe desse uma última conversa motivacional antes de assinar, e dar uma acalmada em suas preocupações. Certo?

— Bem, sim.

— Eu percebi. — Paige limpou a garganta e usou o mesmo tom profissional que usava com seus clientes, embora eu duvidasse que as palavras que saíssem da boca dela fossem aquelas que usariam com eles. — Eu pessoalmente comprovo o lugar que você irá agraciar com sua presença hoje à noite e prometo que a papelada que você vai assinar está blindada, igualmente todos os envolvidos, que podem perder inclusive mais do que você, para que você possa apostar sua bunda de que todos os lábios estarão fechados. Essas pessoas são a elite da elite e é um pouco como Fight Club, o que significa que a primeira e mais importante regra é que você não fala sobre Fight Club.

Resolvi dar um longo suspiro e depois assenti. — Certo. Ok. Você está certo.

— Claro que estou certa. E se eu o levasse na direção errada, Shayne pessoalmente estouraria os meus globos oculares. Eu preferiria que as coisas não ficassem bagunçadas.

— E você esteve lá, certo?

Quando Paige não respondeu imediatamente, pensei que a chamada caiu, mas depois ela disse:

— Você não conseguiu ouvir? Você tem uma ideia de como estou apenas rolando meus olhos para você? Sim, já estive lá. Poucas vezes, na verdade. Como eu poderia enviá-lo para os lobos sem verificar as coisas primeiro.

Eu rapidamente assinei o contrato de acordo e depois empurrei os papéis para dentro do envelope. — Tudo bem, assinado, selado, e espero que este lugar seja seguro.

— Oh, com certeza. Vocês irão se divertir em Las Vegas.

Depois de colocar o telefone de volta no meu bolso, olhei para a janela sombreada para ver a cidade do pecado se apresentando diante de nós, e eu sorri. Eu não podia esperar para deixar louca a mente de Dylan.

 

DYLAN


Peguei o meu copo de vinho branco gelado, assim que o carro começou a mover-se pelo hangar em direção a saída. O horizonte das ruas de Las Vegas brilhava como gemas sob a luz do sol, e se alongava pelas montanhas à distância. É surreal estar olhando para fora de uma maldita janela de trás de um Maybach enquanto seguíamos para os Cassinos que eu apenas vi em filmes.

Tirando o meu telefone, como um turista, eu tirei fotos de todos os cassinos que passamos.

— Isso é muito legal. — eu disse, quando o tráfego abrandou em frente ao Bellagio, tempo suficiente para eu ver os jatos de água pulverizando o céu ao mesmo tempo, bailando para a esquerda e depois para a direita, e depois disparando diretamente como um canhão na direção do céu.

Fiquei tão curioso para onde estamos indo, e quando finalmente convergimos em uma entrada intitulada: “Entrada Privada”, eu olhei para cima e vi uma estrutura curva e elevada, praticamente pingando ouro e diamantes.

— Syn? Nós iremos nos hospedar no Syn? — eu tive que dizer em voz alta para acreditar, e quando passamos pelo que parecia a entrada principal, o terreno se tornou exuberante e verde, com palmeiras ao longo do caminho privado. E quando paramos na frente da entrada brilhante do edifício branco, arqueada e alinhada com ouro, tive que fechar o meu maxilar que está praticamente no chão.

Timothy abriu minha porta em um instante, e estou tão ocupado olhando a monstruosidade diante de mim que eu tropecei quando saí do carro.

— Boa noite, Sr. Prescott, e bem-vindo ao Syn. — disse um cavalheiro de cabelos preto e liso, usando um terno cinza finamente cortado enquanto se aproximava da entrada do prédio. — Eu sou Charles Toth, o Gerente Assistente do Syn, e como um dos nossos convidados especiais, ficaria encantado em mostrar-lhe a sua suíte. Posso pegar sua mochila?

Foda. Me. Ele está falando sério? Esse cara ia me levar para o meu quarto e queria levar minhas coisas? De repente me senti sujo com a minha calça jeans e camisa, e desejei usar algo um pouco mais apropriado para um lugar tão chique. Então, novamente, Ace está usando quase a mesma coisa, então talvez não importasse o que você usasse se você tivesse dinheiro em seus bolsos.

— Uh... Obrigado, e, hum, eu posso levar. — eu disse, e coloquei a mochila no meu ombro. Segui-o até a entrada de cascalho e depois me virei para acenar sobre meu ombro e gritar: — Obrigado pelo passeio, Timothy.

Oh merda, espere. Eu deveria dar alguma gorjeta? Ou ao gerente? Porra, porra, porra, eu só tinha cartões comigo, e nenhum dinheiro, mas talvez este lugar tivesse um caixa eletrônico onde eu pudesse sacar algum dinheiro... E foi quando eu dei uma bofetada na minha testa, porque, é claro que eles tinham um fodido caixa eletrônico – isso é um maldito Casino, pelo amor de Deus. Além disso, Ace cuidaria de tudo, a conta incluída, certo? Certo.

Certo, pare de se estressar, Prescott. Imagine como se você pertencesse a esse lugar. Falsifique essa merda até passar por essa merda.

Respirei profundamente o ar revigorante e perfumado e segui Charles para além do lobby privado até um conjunto de elevadores. Ele inseriu um cartão-chave e, quando as portas se abriram imediatamente, ele fez um gesto para que eu entrasse.


Capítulo 21

DOROTHY EM OZ....


DYLAN


Durante toda a subida, eu fiquei colado na parte de trás do elevador enquanto Charles ficava junto à porta espelhada com as mãos cruzadas atrás das costas. Estou tentando o meu melhor para não parecer que estou enlouquecendo, mas, honestamente, se eu pudesse pular como uma criança na manhã de Natal naquele momento, eu com certeza pularia.

A partir do instante que Ace apareceu na minha vida, ele me tirou dos meus pés, e cada surpresa que ele jogou no meu caminho, ele me impediu de adivinhar. E talvez esse fosse o plano: manter-me ligado, e assim eu teria que aprender a confiar nele. Eu tinha que deixá-lo liderar e acreditar que ele me mostraria onde eu poderia ficar com segurança.

— É a primeira vez em Las Vegas, Sr. Prescott?

Quando a voz de Charles atravessou minhas reflexões, sorri para o reflexo nas portas e assenti com a cabeça. — Isso é óbvio?

Charles lançou um sorriso para mim.

— Você tem um...

Ele parecia preso, procurando por uma palavra específica, então eu sugeri:

— A merda de um olhar chocado? — e ele riu.

— Sim. — ele disse. — Sim, mas também um olhar apreciativo.

Olhei em volta do interior dourado do elevador e até o teto espelhado, depois voltei ao reflexo de Charles. — Ahh... Sim. Como você não pode apreciar isso?

— Você ficaria surpreso.

O elevador parou, e quando as portas se separaram, ele gesticulou para eu sair primeiro. Saí e esperei para ver aonde ele iria me levar, e quando ele virou à esquerda, eu o segui pelo corredor pouco iluminado. A cada metro havia apliques de parede que estabeleciam um clima privado e íntimo, até que passamos por uma longa parede de espelhos acima da cintura.

Oh. Meu. Deus.

Minha respiração travou na garganta olhando a vista, e rapidamente me virei para olhar pela passagem que ia em direção do céu que agora estamos andando e paramos bruscamente. Porque o lado oposto da parede é composto de janelas que iam do chão ao teto com vista para a Strip.

— Woah. — eu disse enquanto eu caminhava um pouco mais perto, e ouvi um riso de Charles.

— Impressionante, não é?

Olhei para ele, sabendo que eu tinha que parecer tão chocado quanto eu me sentia, porque realmente, quanto mais eu poderia absorver? Sou apenas um homem comum. Um homem comum, que cresceu com pais simples, relativamente falando. E agora, eu estou de pé em um lugar que é adequado para... Para... Bem, Ace Locke, aparentemente.

Uau. — É claro que é impressionante.

— Espere até ver a vista do seu quarto. Siga-me. — ele disse, e tive sorte que ainda conseguia mexer as pernas.

Quando passamos pelo corredor de vidro – Skywalk, ele parou na frente de uma grande porta e inseriu a chave, então ele ficou de lado e entrei na suíte mais impressionante que eu já entrara.

Sob os meus pés, o mármore é tão brilhante que eu podia ver meu reflexo, e a iluminação no quarto correspondia ao do corredor. É suave, dando uma sensação íntima ao lugar.

— Tudo bem, Sr. Prescott. É aqui que eu deixo você. Eu irei colocar o seu cartão aqui na mesa de entrada, e se você tiver dúvidas ou preocupações, basta pegar o telefone e apertar o nove. Isso irá conectá-lo diretamente com o meu escritório.

Eu pisquei várias vezes e coloquei minhas mãos nos bolsos, sem conseguir ter algo a dizer. Senti que Dorothy deveria ter sentido a mesma coisa quando ela caiu em Oz - completamente fora do meu elemento.

Charles passou por mim até a porta e, enquanto eu me virava para observá-lo, ele disse:

— Aproveite a sua estadia no Syn, Sr. Prescott.

Então ele fechou a porta atrás dele.

Quando o silêncio se instalou na suíte, lentamente voltei a andar pelo espaço que se esticava diante de mim. Eu caminhei pelo ambiente luxuoso e encontrei uma porta à minha direita, e engasguei quando coloquei minha cabeça para dentro e vi uma banheira gigante e um chuveiro enorme, um banheiro maior que o meu apartamento. Então eu continuei minha exploração na suíte, encontrei uma confortável área de estar voltada para um conjunto de janelas panorâmicas e uma cama monstruosa com uma cabeceira que se estendia da parede até o teto. Loucura.

Todo esse lugar são uma loucura.

Estou prestes a ir para a janela para ter uma melhor visão, quando o telefone ao lodo do sofá começou a tocar. Eu corri para ele e peguei o receptor.

— Olá?

— Vejo que você ainda está inteiro.

Quando a voz de Ace invadiu a linha, um enorme sorriso curvou minha boca. — Umm... Juro que meu coração não pode aguentar muito mais, Ace. Não sei se posso aguentar mais alguma coisa jogada em mim.

Ele riu, e eu desejei poder ver seu rosto naquele momento para aproveitar sua felicidade.

— Eu espero que não seja verdade.

— Uh uh. É melhor não ter planejado qualquer outra coisa. Isso já é muito.

— Dylan? — Ace disse, e havia algo novo em seu tom. Algo mais seguro sobre a maneira como ele está falando comigo, o que me fez morder nervosamente meu lábio inferior.

— Sim?

— Consegue ver a porta ao lado de sua mesa de cabeceira?

Eu girei o meu calcanhar e ali, exatamente onde Ace disse que está, como se estivesse ao meu lado, uma porta da mesma cor que a parede. A única razão pela qual você sabe que é uma porta, é a maçaneta escura e a fechadura de bloqueio.

— Sim, eu vejo. — eu disse a ele, e caminhei até a porta, e de alguma forma, sei que ele está do outro lado.

— Destranque, Dylan. Agora.

Claro que sim. Esse tom autoritário que Ace está jogando em mim deixava meu pau latejando e as palmas das minhas mãos suando. E quando eu estendi a mão para abrir a porta, eu me perguntei onde exatamente esta tarde e noite iriam terminar.

 

 


ACE


Assim que fiquei sozinho, coloquei o envelope na mesa de café, e então esperei Charles me informar que Dylan tinha chegado com segurança. Syn tinha uma magnífica suíte presidencial situada ao lado oposto do prédio e felizmente, tinha uma suíte anexada ao lado dela, e assim que eu tinha recebido o código da inscrição, eu peguei o telefone para exigir que Dylan abrisse a porta dele.

Eu não tinha certeza de onde surgiu essa autoconfiança que estou sentindo, mas desde que os olhos de Dylan se iluminaram quando eu lhe dei as flores em sua casa, eu tinha esse desejo insano de ser o único no controle de cada prazer e felicidade que ele experimentaria neste fim de semana. Eu também notei a maneira como a respiração de Dylan se acelerava e as suas bochechas ficavam coradas cada vez que eu emitia uma nova ordem, e Não estou prestes a deixar essa reação passar despercebida.

Fodidamente não.

Eu iria aproveitar ao máximo o fato de que Dylan Prescott não conseguia se controlar quando se tratava de mim - não mais do que eu poderia, e mesmo assim...

— Destranque, Dylan. Agora. — eu disse através do telefone, precisando vê-lo, apesar de ter passado menos de quarenta e cinco minutos desde que eu o deixei no aeroporto.

— Por quê? Você sente a minha falta?

Espertinho, pensei enquanto descansava minha cabeça na porta e sorri.

— Talvez.

— Talvez? Bem, então, talvez você queira saber que quando exige assim que eu abra a minha porta, você me deixa duro como uma fodida rocha.

— Dylan, abra a maldita porta. — eu praticamente grunhi, e então o clique da fechadura soou e a maçaneta da porta girou, e Dylan está ali de pé na minha frente com o telefone ainda na orelha.

— E agora? — ele perguntou, e deixou seus olhos vagarem onde estou. Afastei o telefone que ainda segurava, e o joguei no sofá ao lado da porta adjacente e passei para a suíte dele. Dylan não recuou, ele simplesmente abaixou os braços quando segurei seu rosto entre as minhas mãos e coloquei meus lábios sobre o dele, e doce Senhor! Parecia como se não o tivesse beijado em anos.

Ele jogou no chão o telefone que está segurando aos nossos pés enquanto suas mãos foram para a minha cintura. Eu podia sentir seus dedos escorregarem sob o paletó que eu havia colocado, e enquanto ele me puxava mais perto, eu entrava meio atrapalhado na suíte dele, nossas línguas combinadas na mais deliciosa luta.

Um gemido suave encontrou minhas orelhas quando inclinei minha cabeça de lado e mergulhei mais fundo, e quando uma das mãos de Dylan escorregou na minha bunda, estou perto de dizer que se foda o evento Sapphire, para deixar Dylan estendido na enorme cama ao nosso lado.

Mas então me lembrei da razão principal pelo qual eu o trouxe aqui esta noite. Não é só para tê-lo assim, não, eu poderia fazer isso a qualquer hora e em qualquer lugar. Esta noite é sobre dar a Dylan algo... Especial. E isso significava parar a provocação que agora está triturando seus quadris em um delicioso ritmo contra o meu.

— Dylan?

— Mhmm — ele disse contra meu maxilar enquanto fazia uma trilha de beijos até o meu ouvido onde, porra, ele sugou meu lóbulo.

— Você não quer ver a minha suíte? — eu perguntei enquanto eu lentamente me afastava dele, só para que Dylan enfiasse seus dedos na minha cintura e me puxasse de volta.

— Sua suíte? Eu não sei... Eu prefiro ver o teto da minha.

Oh, merda! Dylan é quase impossível de resistir com seus lábios inchados e olhos pesados, mas eu tinha que resistir. — Sério. Eu tenho algo para te dar e então eu tenho que sair por algumas horas...

— O quê? Por quê?

Bem, isso chamou sua atenção. E fiquei loucamente satisfeito por ele estar tão horrorizado com o pensamento. Eu peguei sua mão, prestes a guiá-lo através da porta adjacente, e disse:

— Apenas um lançamento de produto que Roger está me forçando a participar, e enquanto eu estiver no evento, eu tenho uma tarefa para você.

Enquanto eu puxava sua mão, pronto para levá-lo ao meu quarto, Dylan cavou os calcanhares no chão e disse:

— Uma tarefa? Que tipo de tarefa?

E naquele momento, sei que eu o tinha. — Venha comigo, e você descobrirá.

 

DYLAN


Enquanto Ace me levava para suíte adjacente, todo pensamento coerente deixou meu cérebro, porque merda! Não é um quarto, nem uma suíte. Não, é o maior apartamento de dois andares que já vi. A parede em curva exibia janelas que iam do chão ao teto, com cortinas grossas nas laterais, e que cobriam essa visão. Quem, em nome de Deus, faria algo tão estúpido? Eu pensei, enquanto bebia a visão da Strip brilhando no último andar do Syn.

Quando me aproximei para ter uma impressão melhor, Ace me puxou, e soltou uma risada baixa.

— Espere até vê-la de noite. — ele disse, soltando minha mão para envolver seus braços em volta da minha cintura.

Parei suas mãos. — E se alguém nos ver?

— Nós podemos ver perfeitamente, mas ninguém pode nos ver. — quando ele retomou a mão na minha cintura, ele me beijou debaixo da minha orelha. — No jantar desta noite, poderemos ver o vulcão explodindo na frente do Mirage.

— Vulcão? — perguntei, virando a cabeça para ver se ele está brincando. Mas ele parecia sincero quando ele assentiu.

— Apenas espere. — Ace deu um beijo em meus lábios e depois me soltou, caminhando até a mesa de café para pegar um envelope requintado que eu vi seu motorista entregar a ele no aeroporto. Então ele voltou para mim com um rosto cheio de malícia.

— A primeira coisa é essa. — ele disse segurando um cartão de visita branco e simples.

— E isso é...?

— O nome do personal stylist que irá ajudá-lo enquanto eu estiver fora. Você precisará de... Algo de alto nível, mas casual, para o que planejei para nós esta noite. A loja está localizada no segundo andar, então você não terá que ir muito longe e nem pense em levar sua carteira. Eles têm minhas informações no arquivo, então tenha o que quiser.

— O quê? — eu falei sem compreender o que ele acabou de dizer. — Você quer que eu faça compras enquanto trabalha?

— É exatamente isso que Quero. Você se importa?

— Se eu me importo? Ace, esta é a merda de Uma Linda Mulher aqui.

Ele riu e me entregou o cartão, que eu coloquei no meu bolso prontamente. Então ele mostrou o que parecia ser o cartão-chave da minha suíte, exceto que é preto e tinha um símbolo estranho nele que eu nunca tinha visto antes. O símbolo pareceu brilhar em azul, depois em verde, depois em roxo sob a luz, e quando Ace o colocou na minha mão, parecia pesado e quente, e o mistério desse cartão me empolgou.

Meus olhos se dirigiram para o dele, mas sua expressão não informava nada.

— O que é isso? — perguntei.

— Uma promessa... — ele disse, quando coloquei o cartão entre meus dedos.

— De?

Quando ele me olhou, o calor em seus olhos acendeu um fogo nas minhas veias.

— Tudo. — ele disse. Então ele pegou o cartão e o colocou de volta no envelope antes de caminhar até uma pintura na parede logo atrás da escada dourada em espiral. Ele empurrou a pintura para o lado e digitou um código em um teclado escondido logo atrás dele, e quando o cofre abriu, ele colocou o envelope dentro.

Porra! Isso é algo que exige um cofre? E fiquei mais do que um pouco intrigado, e enquanto Ace fechava o cofre e colocava a pintura em seu lugar, eu admirava a forma como o paletó preto cobria a ampla extensão de suas costas musculosas. Por causa do tamanho dele, ele me disse que suas roupas tinham que ser adaptadas para caber, e graças a Deus por isso, porque a maneira como ele parecia nesse terno é o suficiente para me deixar de joelhos e implorar para correr minhas mãos por todo o corpo dele.

Quando ele virou para mim, eu tentei encontrar as palavras que estou procurando desde que ele apareceu na minha porta esta manhã. Inferno, desde que eu o conheci, se fosse honesto.

— Ace, eu... — mas as palavras não saíam. Nada parecia o suficiente naquele momento, e deixei que as palavras tácitas permanecessem no ar entre nós, um silêncio que está cheio de tensão sexual.

Ace avançou com seu corpo duro exalando poder cru e desencadeando cada desejo carnal que eu tinha, e quando ele parou na minha frente, eu não hesitei. Meus lábios estão nos dele antes que ele pudesse dar seu próximo suspiro, minha língua escorregando para encontrar com a dele enquanto eu tentava transmitir o que está sentindo. Eu lhe entreguei o que ele queria, seu corpo pressionou tanto contra o meu que é difícil saber onde ele terminava e eu começava. Mas, muito cedo, acabou, e seus braços fortes me empurraram para longe, mesmo quando um lamentável meio sorriso cruzou seu rosto.

— Estou a cerca de dois segundos de cancelar esse evento. — ele disse e foi um golpe para o meu pênis ouvir o anseio sem fôlego em suas palavras.

Quando eu estendi a mão para endireitar sua gravata, eu disse:

— Eu suponho que eu não deveria fazer nada, como ficar nu para atraí-lo para ficar.

As mãos de Ace apertaram meus pulsos. — Não, você realmente não deveria fazer isso.

— Não se preocupe. Prometo que vou me comportar enquanto você estiver fora. O único lugar que ficarei nu é naquele maravilhoso banheiro.

Rosnando, Ace me puxou para frente e esmagou seus lábios contra os meus.

— Foda-se. — ele murmurou contra minha boca, e então ele soltou meus pulsos e afastou-se, colocando um espaço tão necessário entre nós. Eu não conseguia confiar em mim mesmo para não atacá-lo, especialmente quando ele ajustou a ereção em suas calças, então obriguei-me a pegar o cartão no meu bolso apenas para ter algo insensato para olhar ao invés do homem sensual um pouco afastado de mim.

Pierro de Brioni é apenas o que está escrito no cartão, sem site ou número de telefone, como se a pessoa com esse cartão devesse saber quem e o que significava essas três palavras.

— Eu não devo demorar muito. — Ace disse enfiando a chave do quarto no bolso e caminhando em direção à porta. — Talvez duas, ou três horas. Certifique-se de que você esteja vestido e... Com fome. E sim, quero dizer isso em ambos os significados da palavra.

E então, com um sorriso diabólico, ele saiu da suíte presidencial, deixando-me parado de boca aberta, tentando reorganizar meus pensamentos.

Oh, meu Deus fodido! Estou na suíte presidencial. No Syn. Eu girei em volta da suíte extravagante, com candelabros de cristal pendurados no teto do segundo andar e a lareira que parecia não produzir calor. Não havia como eu pertencer a um lugar como esse, mas não me incomodei em fingir essa noite. Eu toquei no cartão de visita contra minha palma e olhei novamente o nome. O que Ace disse? Alto nível, mas casual? Eu nem sabe o que isso significava.

Na outra suíte, meu telefone tocou, uma batida de rock pesado que só poderia significar uma pessoa, e eu tropecei para pegá-lo antes que a chamada fosse para o correio de voz.

— Derek. — eu disse quando aceitei a ligação.

— Ei, idiota. Que fotos são essa de Vegas? Você não deveria gravar um filme?

— Eu estou de folga este fim de semana. — eu disse, e então lembrei que eu não tinha falado exatamente com ele sobre o que está acontecendo com o Ace, e rapidamente acrescentei: — Do filme, quero dizer. Tenho um evento neste fim de semana aqui. Em Las Vegas.

Houve uma longa pausa e então Derek disse:

— Certo. E qual o nome desse evento?

— O nome?

— Sim, e com quem você está ficando neste fim de semana?

Meu cérebro não está trabalhando rápido o suficiente para encontrar uma mentira que ele acreditaria, mesmo que eu tivesse a sensação de que o bastardo sabe que estou falando merda, eu disse:

— Jergens. — e então imediatamente bati com a palma na minha testa, sério? Essa foi à primeira coisa que pude pensar?

— Jergens? — Derek repetiu, e então soltou um latido de riso. — Sério?

— Sim, eles, um... Tem uma nova linha de bronzeamento... Óleo e essas coisas. — eu disse esperando que ele deixasse passar, então eu não precisava cavar o buraco mais fundo.

Derek riu de novo. — Você sabe que é o pior mentiroso de todos os tempos. Você sabe disso, certo?

— Foda-se.

— Nah, estou bem agora, e algo me diz que você também está. Como aquele namorado quente do cinema? Oh, desculpe, aquela co-estrela?

— Tenho certeza de que ele está bem em L.A.

— Você está realmente aderindo essa história, hein?

— O quê? Não há nada para contar. — mentiroso! Mentiroso! Você deixa as calças do Ace em chamas. Jesus, o que eu tenho, cinco anos?

— Se você diz isso, Prescott. Se você diz.

Eu passei a mão no cabelo, mas ainda está segurando o cartão, e isso me deu um pensamento. — Ei, Jordan está com você?

— Talvez. O que você quer com o meu cara?

— Você pode colocá-lo na linha? Fui convidado para hum... — o que diabos deveria dizer? Ei, eu tenho uma chave estranha no cofre que me intriga e preciso saber se você sabe o que significa? Sim, isso não levantaria nenhuma bandeira, e nem nada. — É apenas uma merda extravagante que achei que ele poderia saber... Já que ele é um trilionário e tudo.

— Da última vez que chequei, ele é apenas um milionário, mas sim, merda extravagante é mais de acordo com ele. Aguarde. — houve um som de amortecimento como se o telefone estivesse trocando de mãos, e então Jordan Devaney atendeu a linha, um sopro de ar fresco, e tão animado como sempre.

— O que você está fazendo de tão secreto aí, lindo? — ele perguntou, e eu revirei meus olhos com o apelido.

Ignorando sua pergunta, eu disse:

— O que significa alto nível, mas casual?

— Alto nível, mas casual? É o que você precisa usar esta noite ou algo assim?

— Sim, ele... Meu agente me deu um cartão de alguém chamado Pierro de Brioni e me disse para fazer compras para algo de alto nível, mas casual, seja o que inferno isso signifique.

— Brioni? — Jordan disse, e depois assobiou. — Porra, seu agente puxou as grandes armas para você, não é?

Quando olhei ao redor da enorme suíte novamente, tive que concordar. — Algo assim. Então, você pode ajudar?

— Querido, você não precisa da minha ajuda. Confie em mim, Pierro cuidará bem de você.

— Ok. Segunda pergunta, você já esteve em Vegas, certo? Você já esteve no Syn?

— Sempre que eu vou. Por quê?

— Você já viu um cartão preto... Parecendo... Meio brilhante...? Com um símbolo estranho nele?

Isso deve ter despertado a atenção de Jordan, porque a diversão deixou sua voz. — Foi esse cartão que o seu agente lhe deu?

— Sim. Você sabe o que devo fazer com isso?

— Ele não te disse? — Jordan soltou uma risada estrondosa. — Oh, docinho, eu não posso te dizer o que é isso, mas posso prometer-lhe que você não vai acabar em um saco de lixo junto com o lixo da noite, se é isso que você está preocupado.

— Então você sabe o que é, mas você não vai me dizer.

— Está correto.

Eu soltei um grunhido frustrado. — E você acha que eu sou misterioso.

— Bem, a diferença entre você e eu é que ninguém sabe os meus segredos. Mas você, lindo... Você não engana ninguém. Nós vamos deixar você jogar um pouco mais, no entanto.

— De repente me arrependo de ter atendido está chamada.

O telefone mudou para Derek então.

— Nós também sentimos sua falta, Prescott. Divirta-se se esfregando com Jergens neste fim de semana e me ligue se alguma coisa... Bem, aparecer. — ele disse, e então deu uma risada ruidosa.

— Sem ofensa, cara, mas você seria a última pessoa que chamaria se isso acontecer. — Eu olhei para o cartão na minha mão e senti uma emoção correndo através de mim sobre as possibilidades dessa noite, e depois disse: — Ok, idiota, eu tenho que ir comprar algo extravagante, de acordo com o seu homem. Não tenho certeza se ele aliviou minha mente ou me deixou ainda mais nervoso. Agradeça-lhe por isso, ok?

Derek me disse que o agradeceria muito bem, depois desligou, deixando-me de pé, segurando o cartão de visita que, aparentemente, iria me vestir, e está pronto para o que Ace tinha na loja para nós - e maldição, se eu não estivesse ansioso para impressioná-lo.


Capítulo 22

DESTINO DESCONHECIDO...


ACE


Finalmente, pensei, quando entrei no elevador privado e inseri meu cartão-chave. Nunca houve um lançamento de produto tão demorado, mas quando eu olhei para o meu relógio, notei que havia passado apenas um pouco mais de duas horas e meia. Não me surpreendeu que tivesse parecido mais como umas dez horas, porque quando não estou com Dylan, às horas pareciam muito longas para mim.

O que é mais chocante quando sua presença parecia afetar o meu humor. Um pouco mais de um mês atrás, eu poderia passar toda a noite fazendo festa com os convidados, mas agora, eu sentia como se algo estivesse faltando. Não, não é algo, alguém.

Sem Dylan, a vida não é... Excitante. E não tinha certeza de como me sentir sobre isso ainda. Sei o que esperar, eu realmente quero que esse relacionamento crescesse, mas também está ciente de que essa coisa - seja lá o que Dylan e eu estivéssemos fazendo - está acontecendo muito rápido.

Desde o momento em que nos conhecemos, a minha vida parecia um turbilhão. Caótica. Não é uma cena média de namoro. Mas também sei que essa é a minha vida, e não é normal. E eu me pergunto por quanto tempo nós podemos ficar nesta pequena bolha que criei antes que o resto do mundo se intrometesse. E quando isso acontecesse, Dylan ficaria por perto?

Deus, realmente espero que sim. Porque a alternativa é muito dolorosa para sequer pensar.

Esta noite, no entanto, é apenas nós dois. Eu tinha planejado tudo até o último detalhe, e não posso esperar para começar. Durante o lançamento da vodka Sapphire, estou analisando o que Quero perguntar a Dylan esta noite. Não quero que ele se sentisse pressionado, e antes de passar por isso, e preciso que ele esteja cem por cento a bordo com o que tenho em mente.

Dizer que estou nervoso é um eufemismo. Estou prestes a entrar em uma situação que nunca estive antes. E enquanto isso é assustador, sei que se Dylan dissesse sim, então vou fazer tudo o que está ao meu alcance para fazê-lo feliz.

Quando o elevador chegou ao meu andar, eu coloquei minhas mãos em meus bolsos enquanto caminhava pelo corredor até a minha suíte.

É isso. Fiquei parado na porta e contei até dez. Abra a porta, entre e faça isso. Você consegue. Você consegue fazer isso. Você é Ace Locke, pelo amor da porra! E com essa pequena conversa mental, lembrei-me sobre o que é isso, inseri a chave do hotel e abri a porta.

Quando entrei, a primeira coisa que notei foram que todas as luzes da enorme suíte estão desligadas. A segunda coisa foi à mesa colocada na sala em frente às janelas com vista para a Strip. E a razão pela qual meus olhos estão atraídos para isso é as velas cintilantes no centro, e os candelabros de cada lado iluminando a área ao redor.

Bom, o jantar chegou.

Coloquei minha chave no bolso do meu terno e caminhei pela suíte, passando sob a elaborada escada, procurando o homem que compartilharia a refeição comigo. Os pratos estão em uma bandeja de prata esterlina ao lado do vinho, mas Dylan está longe de ser visto. Talvez ele ainda não estivesse pronto.

Eu desabotoei meu terno e desatei o nó da gravata no meu pescoço. Eu precisava tomar um banho rápido e me trocar antes de sairmos esta noite, mas planejei fazer isso depois de comermos e Dylan... concordar com a atividade da noite.

— Bonito, não é?

Ao som da voz de Dylan, eu viro e olho o espaço atrás de mim. Com apenas as velas e o brilho das luzes do lado de fora, mal podia vê-lo saindo de onde está na sombra, inclinado contra o batente da porta adjacente.

— O garçom deixou há alguns minutos atrás. — ele disse, e parei onde está enquanto ele se afastava da porta.

O deixei vir até mim.

— O momento perfeito da minha noite, então. — eu disse quando Dylan passou por um dos grandes sofás da suíte principal, aproximando-se de mim a cada passo que ele dava.

— Estou começando a acreditar que tudo o que você faz é tão próximo da perfeição quanto poderia ser, Ace.

Quando meu nome saiu de sua boca, Dylan finalmente entrou em um foco de luz, o suficiente para iluminá-lo, e maldição! Este homem é de tirar o fôlego. Eu sempre estive em torno de muitas pessoas bonitas no meu negócio, mas eles não tinham nada como Dylan Prescott. E achava que ninguém pudesse ter. Ele é magnético. Tinha uma luz própria, e não havia dúvida em minha mente de que o homem que está olhando para mim seria eventualmente um nome familiar.

— Deus, Dylan, você parece...

— Bem, se você está sem palavras, eu suponho que eu passei na inspeção para o que você planejou esta noite.

— Passar? Tenho certeza de que sou o único que precisa intensificar esse jogo agora. — eu balancei a cabeça e caminhei para perto dele. — Eu quase tenho medo de tocá-lo, com medo de você ser uma ilusão.

Ele está vestido de preto da cabeça aos pés. Pierro mediu e ajustou o corpo alto e esguio de Dylan até a perfeição absoluta. A calça feita sob medida deixava pouco para a imaginação, e a camisa sob medida engomada de Dylan, escondida em sua cintura, está desabotoada no topo, onde o colarinho aberto permitia perfeitamente a exibição.

— Certamente espero que não seja esse o caso. Estou meio que querendo, ao colocar essa roupa, que você ficasse tentado a me tirar dela.

Acariciei com os dedos ao longo da sombra de barba cobrindo a linha da mandíbula de Dylan, e quando cheguei a seus lábios carnudos, os tracei suavemente, com a respiração engatando quando ele beijou as pontas.

— Sobre isso... — disse, abaixando minha mão.

— Sobre o quê? Tirar-me da minha roupa? Ah, sim, vamos falar sobre isso. — Dylan disse, enquanto ele pegava minha mão e se aproximava de mim. — Mas primeiro. — ele se inclinou para frente e capturou meus lábios em um beijo doce que fez o meu coração apertar tão forte quanto os dedos que eu entrelacei com os dele, e quando ele se afastou, ele sorriu para mim. — Senti sua falta.

Suspirei e beijei-o novamente, incapaz de me impedir. — Também senti sua falta.

— Tipo quanto?

— Quanto? No segundo que eu o deixei neste quarto de hotel, quero voltar.

Dylan lambeu o lábio inferior, como se estivesse saboreando o meu gosto, e foi chocante o quanto essa ideia me atraiu. Nunca fui um homem excessivamente possessivo no passado. Não sou propenso a ciúmes. Mas com Dylan, quero reivindicá-lo de algum jeito. Marcá-lo como algum tipo de propriedade que permitisse ao mundo saber que ele pertencia a mim.

Eu puxei sua mão, levando-o para a mesa enquanto ele continuava a olhar para mim como se eu fosse à melhor coisa que ele já tinha visto. Quando afastei uma cadeira para ele, a sobrancelha de Dylan se ergueu.

— Um cavalheiro.

Perguntei se ele ainda pensaria isso cinco minutos depois. — Eu posso ser, às vezes.

Isso pareceu diverti-lo, porque Dylan me deu um sorriso malicioso. — Bem, eu gostaria que você nem sempre fosse educado.

— Não?

Ele sentou-se, e seus olhos adotaram uma expressão sensual que fez meu pau reagir. — Não. Definitivamente não.

Com uma mão na parte de trás da cadeira, abaixei-me e coloquei um beijo suave no canto da boca dele e sussurrei: — Não posso te dizer o quanto estou feliz em ouvir isso.

Dylan piscou e, perto da luz das velas, fiquei impressionado com a espessura e o comprimento dos cílios que cercavam aqueles belos olhos dele.

— Oh? E por que isso agora, Sr. Locke?

Tudo bem... É agora. Agora ou nunca, eu disse a mim mesmo enquanto pressionava um beijo nos seus lábios. — Dê-me um segundo, e eu vou te mostrar.

Quando me endireitei para pegar o envelope, Dylan estendeu a mão e segurou meu pulso. Eu parei e olhei para baixo, e ele me deu um sorriso impressionante e disse:

— Desculpe. Eu só queria olhar para cima e ver você olhando assim para mim. Então eu poderia guardar isso para mais tarde.

E sim, foda-me, não teria me importado se fosse um mês, uma semana ou, um inferno, uma hora. Meu coração está totalmente envolvido com o homem que está prestes a entregar.

Eu caminhei para o cofre e tiro o envelope antes que os meus nervos falhassem.

E se dissesse que não? E se achar que sou louco, mesmo que tenha sugerido isso? De jeito nenhum, ele não vai pensar que estou louco. Ele pode ficar chocado, mas tinha a sensação de que, uma vez que a ideia se instalasse e se enraizasse... Dylan aceitaria por completo.

Depois de fechar o cofre, voltei para a mesa e me sentei. Acho que é melhor fazer isso antes do jantar; Dessa forma, não haveria bandejas no meu caminho, nem copos para jogar em mim.

— Ok. — eu disse enquanto os olhos de Dylan se dirigiam para o envelope que eu coloquei na minha frente. — Então, como você sabe, eu tenho planos para nós esta noite.

— Planos muito misteriosos... Até agora. Tenho que dizer que estou extremamente curioso sobre o que exatamente está nesse envelope. É muito: Missão Impossível.

Eu soltei um riso. — É, não é? Bem, acho que de certa forma é muito... Secreto. Mas há uma razão para isso.

Dylan recostou-se na cadeira e deixou seus olhos correrem em mim, de uma maneira que fez meu pulso acelerar. Jesus, o que ele está pensando...

— E que razão é essa? — ele perguntou.

Lembrei-me que, para o papel desta noite, para que fosse do jeito que pretendo, preciso estar no controle - começando agora. Abri o envelope e puxei a papelada, depois peguei uma caneta no bolso dentro do meu terno. Quando eu coloquei os papéis na mesa e gentilmente apoiei a caneta em cima, eu olhei para ele. — Porque este lugar é exclusivo.

Os olhos de Dylan se estreitaram quando ele se sentou na ponta da cadeira e olhou para os papéis sobre a mesa, e mentalmente me chutei na bunda por não ter tomado uma bebida antes de começar. Acho que teria ajudado com o nervosismo.

O silêncio na suíte é ensurdecedor enquanto esperava algum tipo de reação. Qualquer coisa do homem cuja cabeça está inclinada sobre o documento que eu tinha colocado na frente dele, e quando ele ergueu os olhos para os meus, a curiosidade sincera neles colocou os meus medos em espera.

Dylan não está chateado. Ele não está irritado. Mas ele está curioso.

Os papéis não tinham o nome do estabelecimento no topo, apenas o mesmo símbolo do cartão-chave que eu havia mostrado a ele. Eles não informavam muito, mas exigiam silêncio completo e privacidade se você escolhesse visitá-los, e só assim, eles iriam permitir que você entrasse.

Algo que também não foi especificado na papelada, caso você concordasse, poderia contar que não é apenas uma assinatura de que não é nada ilegal, mas o fato de que você ficaria bem sem saber o que está potencialmente assinando.

Sim, parecia insano, mas esse lugar tinha sido atestado por pessoas que eu confiava, e estou esperando que Dylan fosse mostrar a mesma fé em mim.

— Eu... Uh... Eu pensei que você não queria um desses entre nós. — Dylan disse, enquanto passava o dedo sobre a caneta e depois acrescentou: — Mas eu estou feliz em assinar. Isso é bom. Não é muito específico. Não deveria ser mais específico?

Eu alcancei a mesa e coloquei minha mão sobre a dele, acalmando sua agitação e, quando seus olhos se fecharam nos meus, eu disse:

— Não é para mim, Dylan. Eu confio em você quando se trata de mim. De nós.

Ele franziu o cenho e voltou à atenção para o contrato, relendo-o para ver o que ele perdeu, e quando ele olhou de novo para mim, ele balançou a cabeça. — Então eu não entendo. Para quem é então?

Eu coloquei a mão dele na minha e acariciei meu polegar sobre a palma da mão dele e disse:

— Todos os outros.


DYLAN


Uma hora mais tarde, e as palavras que Ace tinha falado antes do jantar ainda estão ecoando na minha cabeça, enviando uma onda de nervos e emoção através do meu corpo.

Todos os outros, ele havia dito, e embora ele não tivesse elaborado o que isso significava, eu já assinara rapidamente o acordo de privacidade. Sei, sem sombra de dúvida, que ele nunca me colocaria em perigo, e a subida excitação que parecia vibrar logo abaixo da sua superfície me contava tudo o que eu precisava saber sobre suas intenções e à noite que ele tinha arranjado para nós.

Minha mente está viva com possibilidades, mas cada pensamento desapareceu quando Ace saiu do enorme banheiro em mármore, parecendo que ele próprio fora esculpido em pedra azul e negra.

O colarinho desabotoado na camisa de botão azul que ele usava acentuou seu maxilar, e a cor dos seus olhos e a forma como sua calça preta se adaptava às suas poderosas coxas...

— Porra. — eu disse, movendo em sua direção, incapaz de desviar o olhar dele.

Os lábios de Ace se curvaram quando ele colocou o contrato dobrado e assinado na parte de trás da calça e depois colocou o cartão-chave estranho no bolso. — Vou ficar com isso

— Uh sim... Sim, você definitivamente deveria ficar... — eu disse, deixando essa declaração aberta de propósito.

— Eu tenho que fazer isso. E logo — ele disse, e então ele estendeu a mão para mim, e eu não hesitei em unir os nossos dedos. — Está pronto?

Esse friozinho de antecipação fluiu novamente em meu corpo, e eu acenei com a cabeça. Eu teria dito: Porra, sim! Faça o que quer que tenha em mente, mas fiquei com as palavras alojadas na minha garganta. Ace trouxe nossas mãos para a boca e roçou os lábios contra a parte de trás da minha mão antes de se inclinar e colocar beijos suaves contra meus lábios. E então ele está me levando pela porta e passando pelo corredor Skywalk, sua mão ainda firmemente unida com a minha, e me perguntei se ele tinha percebido o que está fazendo.

Como se ele pudesse ler minha mente, ele apertou os nossos dedos, e quando paramos em frente ao elevador privado, ele inseriu o cartão e as portas se abriram imediatamente. Mas depois de entrar, ele pegou aquele chaveiro com o símbolo estranho e colocou-o em uma abertura no canto direito do elevador.

Ah, merda! Onde isso nos leva?

Quando o elevador começou a subir, eu dei um olhar questionador. — Eu pensei que estamos no último andar?

— Estamos no andar que todos acham que é o último. —seu sorriso é positivamente perverso quando tirou a papelada de suas calças, e quando ele a desdobrou havia escondidas duas máscaras finas e pretas, algo que Zorro usaria.

Espere! Meu Deus! Meu Deus! Minhas mãos tremiam quando ele me entregou uma e depois colocou sua própria máscara. Cobriu o suficiente para fazê-lo parecer familiar, mas sem conseguir dizer que o conhecia, a menos que, como eu, já tivesse memorizado cada ângulo do corpo dele - e antes que eu tivesse deitado na cama dele.

Quando o elevador atinge o destino desconhecido, Ace aperta o botão, me dando tempo para colocar a máscara sobre minha cabeça, o que não é uma façanha fácil quando estou ofegante pra caralho.

— Ei — Ace disse, levantando o meu queixo com o dedo indicador, e a franqueza de seu olhar me acalmou instantaneamente. — Você está no controle completo aqui. Se, em qualquer ponto, você quiser sair, nós saímos.

Quando engoli e depois assenti com a cabeça, o dedo moveu-se ao longo da linha do meu maxilar antes de arrastar pelo meu pescoço.

Então ele continuou. — Estas últimas semanas com você foram mais do que eu jamais poderia ter imaginado. Você completou cada uma das minhas fantasias, e agora... —sua mão segurou a minha novamente: — É hora de eu fazer o mesmo por você.

Meu coração gaguejou no meu peito e, enquanto Ace tocou o botão do elevador novamente e as portas se abriram, eu tive o primeiro vislumbre do que nos esperava...


Capítulo 23

AUMENTE A APOSTA...


DYLAN


A primeira coisa que notei quando Ace e eu saímos do elevador é como está escuro. À medida que as portas se fechavam atrás de nós e meus olhos se esforçavam para se ajustar, eu não podia dizer onde estamos entrando, ou o quão grande é o ambiente, ou mesmo se havia alguém além dos dois ali de pé.

A mão de Ace é uma presença constante na minha quando ficamos ali, e ele parecia estar esperando por alguma coisa, ou por alguém. E, com certeza, alguns segundos depois, um foco de luz carmesim filtrou-se diretamente na nossa frente, aumentando à medida que as cortinas grossas foram puxadas para cada lado, e foi quando Ace começou a andar.

Havia um ritmo exagerado e pungente que parecia se mover junto dos meus batimentos cardíacos, quando entramos em um quarto do tamanho da minha pequena cozinha. As paredes estão cobertas de cortinas de veludo, de modo que parecia não haver nenhuma maneira de entrar ou sair, e havia apenas outras duas pessoas na sala: uma morena elegante de pé atrás de um pódio, e ao lado dela, um homem de smoking, que tinha que ter pelo menos uns dois metros de altura. Ambos usavam máscaras e ambos tinham um ar intimidante de confiança que teria me encolhido, se não fosse o formidável homem ao meu lado.

Quando Ace entregou à mulher a papelada que assinamos, nenhuma palavra foi trocada. A mulher olhou os documentos antes de retirar uma caixa de segurança fechada abaixo do suporte e digitar um código. Então ela colocou os papéis no interior, trancou e escreveu algo em uma lista de verificação coberta no topo do pódio. Quando ela terminou, ela deu um rápido aceno com a cabeça para nós e depois para o homem ao lado dela, que ficou de lado e abriu a cortina ao lado dele, gesticulando para nós entrarmos.

Ok, sério, o que diabos está acontecendo? Se antes eu achava que está fora do meu elemento com Ace, isso está levando as coisas ao extremo, mas em nenhuma vez a minha confiança vacilou, mesmo com o gigante guarda-costas nos levando por um longo e sombrio corredor em direção à música que está ficando mais alta com cada passo que nós dávamos.

Quando o homem parou na frente de uma porta que eu imaginava ser o nosso destino final, Ace esfregou o polegar contra o meu e olhou para mim. O olhar predatório em seus olhos enviou um tiro de luxúria diretamente para o meu pênis, e eu esperava que a vibração que estou sentindo neste lugar fosse certa. Porque eu não tinha certeza se conseguiria manter minhas mãos longe dele por muito mais tempo.

Entretanto, nada poderia ter me preparado para o que encontrei quando a porta abriu e fomos conduzidos para o lugar.

Oh, puta merda!

Eu não podia falar. Não conseguia respirar, mesmo que minha boca estivesse aberta com as exposições provocativas acontecendo ao nosso redor. É um mar de pecado, homens e mulheres mascarados em vários estágios de nudez e misturados em todo o vasto espaço, acoplados em cantos escuros, exibidos em plataformas elevadas, empurrados contra as paredes. As cortinas vermelhas ondulavam em uma brisa inexistente, e atrás delas, as sombras emergiam e vibravam... Látex e fodas.

Ace começou a nos guiar mais para o quarto, e quanto mais nos aproximamos, mais amplos meus olhos ficavam. Nunca tinha esperado algo assim, nem mesmo em minhas imaginações mais loucas, e o fato de que é Ace quem me trouxe aqui? Porra do... Inferno! Eu nem sabe onde estamos. Mas é mais do que evidente que a vida dos ricos e famosos está tão cheia de segredos, que se a palavra saísse sobre suas ações sujas, isso incendiaria o mundo.

Como isso existe? E, mais importante, como diabos Ace conhecia esse lugar? Quero dizer, eu já estive em um punhado de clubes na minha vida, mas não sou amante de alguém, e o homem ao meu lado não é qualquer um, então eu sei que esse lugar não é o tipo de ambiente que ele já havia estado, mesmo que o conjunto forte e confiante de seus ombros tentasse me dizer o contrário.

Eu puxei sua mão, e quando Ace se virou para mim, fiquei impressionado com a excitação em seus olhos. Oh, puta merda! Ace está excitado, e eu me perguntei que fantasia especificamente o deixou assim. Mas sua expressão rapidamente se transformou em preocupação quando ele me olhou.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, eu rapidamente disse:

— Você está bem? Quero dizer... Sim, mas a máscara e a baixa iluminação... E se alguém vê-lo aqui? Nós?

Ele colocou uma mão calmamente em meu braço e se inclinou para a minha orelha. — Este salão está cheio de pessoas com tudo a perder se vazar que está aqui. Esse é um espaço seguro para vivenciar suas fantasias... E, como você mencionou... Que gostaria de ser observado...

Quando ele se afastou para olhar para mim, a força total do que ele está dizendo me deu uma bofetada na cara.

Ele tinha feito isso por mim. Foi tudo por mim. Eu só podia ficar parado, atordoado, enquanto tentava voltar para a conversa que tivemos sobre fantasias. E, sim, a oportunidade se apresentou... Foder contra seu carro no meio de um deserto foi sua fantasia, mas acabou por ser uma coincidência, não um evento planejado.

Este... É um plano bem pensado, e sim, ele falou sobre as pessoas manterem silêncio e os acordos de privacidade e outras coisas... Mas o fato é que este é um enorme fodido negócio... E ele fez isso... Por mim. Colocou-se em um potencial risco... Por mim.

Puta... Merda!

E quando me concentrei no homem diante de mim, que está me observando tão atentamente, o resto do mundo ficou em silêncio; éramos apenas nós, e quando o toquei, ele me encontrou a meio caminho.

Os lábios de Ace se separaram e tocar o meu, e a emoção de ser capaz de beijá-lo em um ambiente público fez com que o sangue saísse da minha cabeça. Minhas mãos foram até o rosto dele, segurando-o exatamente onde o quero, e quando Ace deslizou as mãos na minha bunda, gemi. Sua língua está na minha boca, seu corpo alinhado com o meu, e é óbvio, pelo jeito que seu pênis tinha endurecido que ele está tão entusiasmado com essa nova liberdade como estou. Então, uma das mãos dele foi até a base da minha coluna antes de deslizar nas minhas costas até o meu pescoço, onde seus dedos fortes escorregaram sob o meu colarinho e massagearam a pele no local.

— Deus, Dylan. — ele disse contra o canto da minha boca.

A minha respiração está um pouco mais acelerada agora, enquanto ele continuava a massagear os nós do meu pescoço e não consegui me impedir de morder o lábio inferior. Seus olhos brilhavam e eu corri uma das minhas mãos pelo seu peito entre nós até a fivela de sua calça. Sei que ele está esperando o meu consentimento final, e enquanto meus dedos baixavam para massagear a ereção que eu agora sentia contra a minha palma, eu assenti.

— Por que não... Vamos dar uma olhada?

 

 

 

ACE


Isso é intenso. A palma da mão de Dylan esfregando o meu pau dolorido, juntamente com a luxúria ardendo em seus olhos enquanto ele esperava pela minha resposta, me fez alcançar a mão que ele ainda tinha contra a minha bochecha.

— Venha comigo. — eu disse a ele, e uni nossos dedos.

Atravessamos o salão meio silencioso, e passamos por uma mulher nua, deitada de costas, com os pulsos erguidos e os tornozelos abertos com um homem ajoelhado entre as coxas dela. Olhei por cima do meu ombro e vi que os olhos de Dylan se arregalaram. Então eu tive um pensamento horrível: e se ele broxasse ao ver uma mulher nua?

— Porra. — ele disse, quando parou. Quando chamei sua atenção, ele rapidamente olhou de volta para a mulher. — Isso é... Isso é poderoso.

Ou talvez não. — Isso te excita?

— Bem, não. Quero dizer, obviamente, seria melhor se fossem dois caras. Mas a ideia, claro que sim. Ela está em exibição para que todos a vejam. Todos aqui sabem o quanto ele a quer. Como ele a está adorando... — Dylan se tocou e reorganizou sua ereção enquanto olhava para mim, o desejo carimbado em suas bochechas coradas.

Como eu consegui não empurrá-lo contra a parede, eu não tinha ideia. Mas estou em uma missão, e sei que em algum lugar aqui, em um dos cantos sombrios, talvez atrás de uma das cortinas de seda girando, eu acharia o que estou procurando.

Eu puxei sua mão e disse-lhe:

— Mantenha esse pensamento. — e a maneira como Dylan mordeu o lábio inferior me fez continuar e levá-lo mais fundo dentro do clube determinado a encontrar... Ahh, Bingo!

Assim como eu suspeitava, o que estou procurando está em um canto sombreado, mas não havia dúvidas sobre o que está acontecendo enquanto manobrava Dylan para ficar atrás de uma cortina, perto da silhueta do casal que tinha chamado a minha atenção.

Havia vários casais diferentes atrás dessa faixa de seda vermelha. Todos estão em várias posições e lugares. Uma mulher está cavalgando no colo de um homem nu, vestida com roupas de secretária, incluindo a saia de riscas, que está em torno de suas coxas, a fina máscara preta e, em um coque bagunçado sobre sua cabeça, e a blusa aberta. Outro homem e uma mulher estão ocupados desfazendo botões e arrancando as roupas um do outro enquanto ele a prendia contra a parede. Havia outras pessoas entrando na área e outras saindo, mas o casal que estou interessado está de pé nas luzes cintilantes que parecia latejar com o pesado impacto da música.

Sim, eles são perfeitos. Apertei os dedos de Dylan e olhei ao redor, e como se eu tivesse orquestrado o momento, vi duas mulheres descendo de uma plataforma arredondada um pouco fora do centro do espaço que estamos. Elas estão obviamente se movendo para um local diferente para continuar, mas para o que eu tinha em mente, seria a parada final de Dylan esta noite.

Eu levei Dylan para o espaço vazio, e quando parei ao lado dele, eu o vi olhar em volta de nós, o nosso entorno. No segundo seguinte, ele notou o casal que está situado em frente, seus olhos encontraram os meus, e o olhar neles são escaldante.

Ah, sim, eu iria apreciar a fantasia de Dylan.

— Vire-se. — eu disse, e quando sua boca se abriu como se estivesse prestes a falar, coloquei meu dedo em seus lábios. — Você quer ir embora?

Dylan balançou a cabeça.

— Você está desconfortável?

Uma das sobrancelhas de Dylan se ergueu e depois ele olhou para o seu corpo, e eu segui o exemplo dele até encontrar a ereção dura que ele apresentava contra sua calça.

— Além disso, é óbvio.

Quando ele balançou a cabeça novamente, coloquei meu dedo no lábio inferior dele e disse:

— Nesse caso, vire-se... E veja.

Dylan respirou fundo e depois fez o que eu lhe disse, o que deixou o meu pau ainda mais duro do que já está. Assim que as costas de Dylan está na minha frente, coloquei as mãos nos quadris dele e o puxei para trás, e sua bunda apertada agora está tocando na dor que ele acabara de causar.

— Você consegue vê-los? — perguntei na orelha dele enquanto meus dedos alisavam o material caro da calça de Dylan.

— Sim.

— Bom. — eu disse, quando meu foco mudou da direção que Dylan está olhando. Pressionados contra uma das paredes, havia dois homens. Um com as costas contra a parede e o outro entre as pernas dele. Passo a mão pelas coxas de Dylan – até o seu pau - e quando eu enrolei meus dedos ao redor dele, ouço-o respirar. — Mantenha seus olhos neles enquanto toco — pausei e apertei meus dedos ao redor do seu pau, fazendo com que um gemido escapasse de sua garganta: — Pronto.

Dylan levantou as mãos e as passou ao redor do meu pescoço enquanto eu continuava massageando-o, enquanto eu também assistia a cena acontecendo na nossa frente.

O homem pressionado contra a parede tinha uma construção um pouco menor daquele que o mantinho preso. Ele usava uma calça preta e uma camisa branca, e seus braços estão envolvidos em torno daquele que está esfregando contra ele, como se o outro estivesse bem fundo dentro dele. Os dedos do homem menor apertavam as costas de seu parceiro enquanto seus braços se flexiona sob as mangas que ele havia enrolado nos braços.

— Maldição. — Dylan disse enquanto empurrava o traseiro contra meu pênis dolorido.

— Eles são quentes, você não concorda?

— Porra, sim. Tão quente.

Peguei o lóbulo da sua orelha e uma das mãos de Dylan veio para cobrir a minha. Ele acrescentou pressão enquanto eu roço contra sua bunda, e é tudo o que eu posso fazer para não acelerar as coisas. Mas não, não queria ser apressado, e quando olhei de volta para o nosso entretenimento, o homem mais alto levantou a cabeça e deu um passo para trás. Então, o homem que está preso contra a parede ficou de joelhos e Dylan amaldiçoou.

Ah, sim, vamos lá. Hora de aumentar as apostas.

Movi minhas mãos para o fecho da calça de Dylan, e quando baixei o zíper, esperei para ver se eu encontraria alguma resistência. Quando tudo o que consegui de Dylan foi ele se recostando contra mim, não esperei mais um convite. Coloquei a mão dentro de sua calça e cueca, e quando coloquei meus dedos em volta de seu pau quente e grosso, um gemido alto deixou os lábios de Dylan.

Com o som desinibido, o homem em nossa frente, que está chupando o seu parceiro olhou por cima do ombro, e quando seus olhos se encontraram com os meus, havia algo... Familiar sobre o estranho olhando para mim.

A conexão foi breve, pouco mais do que um segundo antes de quebrar o foco e deixar seus olhos se moverem para o homem cujo pau está na minha mão. Quando um sorriso imoral curvou os lábios do estranho, o quadril de Dylan impulsionou contra o meu punho apertado. Parecia que não sou o único que notara que várias pessoas acabaram de nos notar e agora estamos sendo observados.

O homem, então, voltou-se para o parceiro, e coloquei meus lábios no pescoço de Dylan, sugando e mordiscando enquanto seguia deslizando minha mão em seu pau. Então, na orelha dele, perguntei:

— Você gostou disso?

Dylan virou a cabeça para que seus olhos estivessem com os meus, e por um segundo eu jurei que presenciei um lampejo de apreensão antes que rapidamente desaparecesse e ele encostasse suas costas contra mim.

— Dylan?

— Sim. — ele disse, e assentiu. — Mais do que nunca imaginei.

E lá está, o motivo da sua apreensão. Parecia que Dylan está aprendendo algumas coisas sobre si mesmo. Foi então, pelo canto do meu olho, que vi os homens na nossa frente se movendo. Eles mudaram de posição, e agora, o mais alto está de pé de costas contra a parede com seu parceiro aos seus pés e seus olhos firmemente em nós.

— Bom. — eu disse, sabendo que definitivamente chamamos sua atenção. — Porque acho que acabamos de encontrar uma audiência.

A cabeça de Dylan se moveu, então ele virou para frente, e olhou para os dois homens.

— Está tudo bem? — eu perguntei, querendo que Dylan ficasse cem por cento seguro antes de continuar, porque isso está prestes a sair rapidamente de controle. Quando ele não respondeu, sei que é hora de realmente chutar essa engrenagem e assumir o controle da situação. Eu precisava dele comigo a cada passo do caminho, porque está ciente de que um movimento errado poderia causar desconfiança ou preocupação mais tarde, e não quero isso.

Então apertei a base de seu pau e disse com meu tom mais dominante:

— Ouça-me com cuidado, Dylan. Se você quiser que eu tire sua calça e que adore cada centímetro de seu corpo com a boca antes de fodê-lo na frente de nossos espectadores curiosos, preciso que fala comigo. Agora, só vou te perguntar mais uma vez. E espero uma resposta. Está tudo bem?

— Sim. — ele disse, e rapidamente me olhou de relance. — Sim, estou bem. Sim, quero sua boca em cada centímetro do meu corpo. E sim, quero que você deslize o seu pau duro na minha bunda e que mostre para aquele cara a quem pertenço. Você está bem com isso?

Bom, Deus. Bem, o que eu esperava? Dylan não teve um filtro desde o primeiro dia. Por que eu achava que ele teria um agora? E, honestamente, não quero de outra maneira.

— Estou mais do que bem com isso. Olhos para frente, marinheiro. — quando o meu personagem surgiu, Dylan, o meu namorado sujo, passou a mão no meu peito e disse:

— Sim, senhor, Comandante.


Capítulo 24

ZORRO...


DYLAN


Todo o meu corpo parecia uma zona erógena. Ace está com uma de suas mãos dentro da minha calça, masturbando-me, e seus outros dedos estão presos na cintura da minha calça, empurrando meu quadril. Eu tinha colocado um braço em volta do pescoço de Ace para me segurar enquanto ele continuava a me dar uma das melhores masturbações que poderia lembrar - se não incluísse aquela que ele havia me dado em seu trailer. A maior diferença desta vez, porém, é o homem na nossa frente. Aquele que não tirava os olhos de nós desde que ele se virou.

Ele está vestido como nós, apenas sua camisa está desabotoada, e meio pendurada em seus ombros largos e, como todos os outros no estabelecimento, ele usava a máscara fina e preta sobre os olhos, tornando difícil identificar exatamente quem ele é, embora ele parecesse familiar. Os cabelos escuros caíam sobre sua testa e, se tivesse brincado que estamos olhando para Zorro, o corpo e as características duras desse homem me fizeram acreditar que ele poderia compartilhar o sangue de seu irmão espanhol.

— Você sabe — Ace disse no meu ouvido, sua voz grosseira enviando uma nova onda de necessidade através das minhas veias. — Eu nunca esperava ficar tão excitado com o pensamento de alguém nos assistindo. Mas eu tenho que admitir, eu vou ser o único a ter o que ele obviamente quer.

Merda. As palavras de Ace e o significado de sua possessividade fizeram com que meus dedos apertassem seu pescoço. — Como você sabe que sou o único que ele quer?

Ace liberou minha ereção, e depois abaixou o braço que eu tinha ao redor do pescoço dele. — Como ele pode olhar para você e querer mais alguma coisa?

Maldição... Ace Locke é uma contradição de sexo quente e doce. Em um segundo, ele está prometendo foder meu cérebro na frente desse estranho, e no próximo ele está derretendo meu coração.

Ace então se ajoelhou atrás de mim e lentamente puxou minha calça do meu corpo, e quando ele finalmente falou, o fôlego dele atravessou a pele nua na minha bunda. — Eu quase sinto muito por ele, porque desde que ele olhou para você, ele não tirou os olhos de você.

Coloquei meus dedos em volta do meu pênis, e desejei encontrar algum tipo de controle. Mas como diabos eu deveria fazer isso quando os lábios de Ace está se aproximando da curva da parte inferior das minhas costas?

— Saia da calça, Dylan.

O quê? Olhei para trás e vi Ace de joelhos... E inferno sagrado, ele é uma porra quente. Estou prestes a dar a volta e realmente apreciá-lo, quando ele balançou a cabeça.

— Uh uh. Eu disse para sair de sua calça. Nem pense em dar uma volta.

Eu mordi o meu lábio superior e mantive meus olhos para frente enquanto eu tirava os sapatos e depois a calça, ficando nu da cintura para baixo.

— Muito bom. — Ace disse, mas antes que eu pudesse responder, ele raspou os dentes ao longo da pele da minha nádega direita, e eu juro que meus olhos quase saíram de orbita.

— Ahh, porra. — eu gemi. — De novo. Faça isso de novo.

A língua de Ace seguiu caminho para a nádega oposta, e então ele gentilmente me mordeu, fazendo com que uma maldição se liberasse quando olhei para o homem que nos observava.

Seus olhos escuros vagaram pelo meu corpo até minha mão ocupada, e depois baixaram até onde Ace está de joelho atrás de mim e, surpreendentemente, foi à primeira vez que lembrei que havia outro homem com o estranho.

Abaixei os olhos para ver o homem aos pés do Zorro, e ele havia removido a camisa e está ocupado passando a língua no pau de seu homem, enquanto Zorro guiava sua cabeça. Mas logo esqueci que eles até existe, porque senti a ponta da língua de Ace no meio da minha bunda e grito.

— Dylan?

De onde Ace está; eu tentei duramente não soltar o seu nome dos seus lábios. — Sim?

— Ajoelhe-se na plataforma.

Puta. Merda. Isso é...isso é...

— Dylan! Agora!

Estou com um tesão do inferno.

Eu soltei minha ereção e, enquanto dava um passo à frente, senti uma mão no meu pulso. Como se ele não pudesse se ajudar, Ace me girou para encará-lo, e a expressão em seu rosto é indecente. Seus olhos azuis estão dilatados, suas bochechas coradas, e ele tirou a camisa de suas calças.

— Você confia em mim? — ele perguntou.

O quê? Eu pensei que isso fosse bem óbvio, considerando que estou na frente dele, meio assustado, e nu em uma sala cheia de estranhos, e está prestes a deixá-lo me foder na frente de outras pessoas. Mas ele parecia aguardar essa confirmação, então assenti. O sorriso que se esticou em seus lábios está cheio de arrogância e poder quando ele pegou minha camisa e começou a desabotoá-la.

Meu Deus. Agora entendi o motivo da pergunta. Vai me deixar nu, e isso deixou o meu coração batendo como um martelo.

Quando ele chegou ao botão superior, Ace deu um passo adiante até que minhas coxas nuas estivessem tocando o tecido de sua calça e lentamente empurrou o material de meus ombros.

Com as minhas roupas aos meus pés, ele pegou meu queixo na mão e roçou seus lábios nos meus, dando os mais doces beijos, e todos na sala, exceto ele, desapareceram. Então seus lábios foram para a minha orelha, e ele disse que estou muito sexy, mais do que ele já viu, e logo depois, ele ordenou que me ajoelhasse na plataforma ao lado dele.

 

DYLAN


O corpo de Dylan foi feito para ficar nu.

Esse é o argumento que eu planejei dar na próxima vez que eu estivesse sozinho com ele, porque uau, o homem tinha um corpo magnífico. Isso não é nada que eu já não soubesse, mas foi reconfirmado quando todos os outros na sala - e não apenas o homem na nossa frente, mas todos - pararam para olhar para ele. E sim, eu sou o bastardo mais sortudo por deixar Dylan duro e nu assim para mim.

Quando estou tirando sua camisa, eu poderia dizer que ele teve um momento de merda, mas isso foi rapidamente substituído por desejo quando eu o beijei e o tranquilizei, e é incrível como ele parecia, e por Deus, eu não estou mentindo.

Os ombros largos, o corpo esguio e definido, a bunda apertada e as coxas musculosas são um pacote convidativo e não consigo abrir rapidamente a minha calça. Eu já tinha pego suprimentos de um suporte a alguns metros de distância quando estou removendo a calça de Dylan, e agora estou mais do que feliz em atender as necessidades que eu tinha certeza que estão sendo oferecidas.

Com um preservativo e alguns pacotes de lubrificantes na mão, coloquei-os no bolso e voltei para onde Dylan está ajoelhado, esperando por mim. Eu podia vê-lo se masturbando para quem está interessado em assistir, e não estou chocado com os vários olhares de admiração.

Uma vez que fiquei atrás dele, ele deve ter sentido o calor do meu corpo, porque ele inclinou o rosto para olhar para mim, e aquela máscara fodida não fez nada para diminuir a luxuria em seus olhos. Ele simplesmente enquadrou os seus olhos verdes e tempestuosos aos meus.

Eu toquei meus dedos em seu ombro e dei um empurrão, e quando ele me mostrou um sorriso pecaminoso e suas covinhas apareceram, tive um desejo súbito de lambê-las. Em vez disso, dei um leve aceno de cabeça e disse:

— Incline-se para mim. Mãos e joelhos, Dylan.

Sem um pingo de hesitação, ele se posicionou. Sua bunda firme agora inclinada para mim, e é demais para ignorar. Então eu me inclinei e alcancei-a.

Minha intenção original é esticá-lo, e me afundar nele. Mas desde que eu conheci Dylan, eu me perguntava como seria o gosto e o cheiro dele, da maneira mais primitiva. Quero saber tudo a respeito desse homem, e quero deixá-lo louco.

Inclinei-me de joelhos e, quando passei minha língua sobre sua bunda, eu o ouvi engasgar sob a música. Encorajado por sua resposta, levei meus dedos até a fenda e espalhei suas nádegas, fazendo uma promessa para mim mesmo. Eu iria fazê-lo tremer.

Eu me neguei por tanto tempo, e nunca quis tanto alguém, quanto Quero que esse homem se entregasse completamente a mim. O sabão perfumado que ele usara na nossa suíte alcançou o meu nariz e se misturou com tudo o que é Dylan, e não consegui me impedir de arrastar a língua pelo estreito canal.

— Maldito inferno. — Dylan gritou, e eu o vi alcançar sua ereção e começar a se masturbar.

Eu mordisquei a faixa de pele e então repeti o que fazia com a minha língua gananciosa.

— Sim, porra. Faça isso. Isso... Oh Deus.

E eu fiz. Eu literalmente o comi, e notei as pernas de Dylan tremendo, e ele logo se ergueu sobre os joelhos e olhou para mim com os olhos brilhando. Movi-me lentamente, levando o meu momento doce quando subi na plataforma e ajoelhei-me atrás dele, entre as pernas espalhadas.

Com um olhar sobre o ombro, eu vi o outro casal em uma posição semelhante agora, exceto que o homem que está ajoelhado, já está recebendo as estocadas do outro, se a maneira como ele se movia é qualquer indicação. O mais alto, no entanto, manteve os olhos colados nos meu. Ele sabe o que é isso para nós. Eu podia dizer pela franqueza de seu olhar ousado, e eu também sabe que apenas em observar Dylan, é o que vou levá-lo ao próximo nível.

Segurei o bíceps de Dylan e dei um beijo no ombro dele enquanto meus olhos se dirigiam para as mãos do homem agarrando o quadril do outro que ele está penetrando. Ele realmente está metendo com força, e se eu fosse honesto, isso deixou minhas bolas apertadas. Porque é o que Quero. A aspereza. O duro impacto, e mesmo que Dylan me dissesse que eu poderia tê-lo assim, eu nunca tinha cruzado essa linha. Esta noite, no entanto... Eu não tinha certeza que poderia me impedir.

— Eu... — Dylan ofegou. E o som grosseiro de sua voz me fez arrastar meu dedo pela sua coluna até a sua bunda.

— Você...?

Eu passei meu dedo entre suas nádegas apertadas, e depois em seu buraco, e a cabeça de Dylan caiu de volta. Eu vi seus dedos apertarem a base de seu pau... E eu gentilmente empurrei contra o seu buraco.

— Eu preciso gozar. — ele disse entre dentes. — Você está me deixando louco.

Mordi sua orelha quando eu empurrei meu dedo para dentro dele e disse:

— Esse é o ponto, Daydream. Agora, se incline para que eu possa foder este pequeno e apertado buraco do jeito que você está morrendo de vontade que eu faça.

Dylan não parecia precisar de mais encorajamento do que isso. Ele baixou a cabeça, apoiou as mãos na plataforma e soltou um grito satisfatório quando eu puxei meu dedo para fora e empurrei dois dedos de volta para dentro, preparando-o para o meu pênis dolorosamente duro.

 

DYLAN


Ele está nos observando.

Na verdade, Zorro não tirou os olhos de nós desde que Ace tinha se mudado para trás e começou a emitir as suas ordens. Eu tinha que discordar da observação anterior de Ace sobre quem o homem está focado, porque ele está observando atentamente o que está acontecendo aqui, e quando Ace passou sua língua e me fodeu até meus olhos ficarem borrados, ele ainda nos observava com intensidade inabalável.

Ace tinha, de Deus sabe onde, encontrado um pouco de lubrificante, porque os dedos dele estão escorregadios como o inferno dentro de mim, e quando ele torceu o pulso e roçou a minha próstata, soltei várias maldições, e os lábios do Zorro se curvaram. E foda-se, isso se tornou ainda mais depravado.

— Dylan... Deus. Sua boca é outra coisa. E os sons que você faz... — Ace disse enquanto tirava os dedos. — São os sons mais quentes que eu já ouvi.

Fiquei feliz que ele achasse isso, porque eu tive que me segurar e não gritar o nome dele. E assim que as palavras de Ace terminaram, ele está ali mesmo, colocando seu pau dentro de mim com um impulso profundo e seguro. Ouvi um súbito suspiro atrás de mim quando os dedos de Ace cavaram meus quadris e me puxaram de volta contra ele, então meu traseiro está contra os pelos púbicos aparados que cercava seu pau e minhas coxas roçavam o material de sua calça.

— Cristo. — eu gritei. Esta é a foda mais suja que já tive.

— Porra. Porra. Foda-se! — Ace gritou, enquanto ele tirava um segundo para se controlar. A queimadura da grande intrusão foi adicionada à experiência irreal que estou tendo, e enquanto eu me acomodava em meus joelhos e meus olhos vagavam pelas pessoas assustadoramente testemunhando nosso acoplamento, minha mão se aproximou do meu pênis carente.

Foi assim que Ace começou a se mover. Ele se retirou lentamente e então mudou de posição para deslizar de volta para dentro, antes de se abaixar sobre mim e envolver um braço em volta do meu pescoço. Minha cabeça caiu para frente com a sensação deliciosa, e o pesado braço contra o meu peito me fez ficar colado a ele. Ele rosnou como um animal selvagem no meu ouvido e se afastou um pouco antes de afundar dentro de mim novamente.

Apertei os dedos na plataforma debaixo da minha mão, e quando levantei os olhos desta vez, eu encontrei com o outro homem de joelhos na sala. Aquele sendo completamente fodido pelo Zorro.

Ele ergueu a cabeça e seus olhos estão cheios de necessidade crua, como se ele estivesse quase lá, mas necessitava de algo, e então Zorro inclinou-se para frente, pegou um punhado de seus cabelos em um aperto de aço e puxou, fazendo com que o seu parceiro gritasse enquanto seus olhos se fechavam em êxtase. Os dois agora estão na mesma borda áspera, assim como Ace e eu.

O corpo de Ace está todo poderoso atrás de mim, e ele me usa e adora da melhor forma imaginável. Os únicos sons que eu podia ouvir são seus grunhidos com cada impulso de seu corpo no meu, e enquanto rapidamente masturbava o meu pau, sei que se passaram apenas segundos até que isso acabasse.

 

ACE


— Mais duro. Quero mais duro.

Ninguém poderia dizer que Dylan não é claro sobre o que ele quer, enquanto seu corpo se move em perfeita sincronia com o meu. Meu pau está alojado tão dentro dele que não tenho ideia de como não o dividi pela metade, mas não há nada refinado sobre isso. Esta é uma foda escaldante e crua. E se Dylan quer isso, não há maneira alguma de negar o que estou disposto a entregar.

Meu quadril estalava com força contra a bunda dele, meu braço está prendendo o seu peito, e meus dentes estão cravados no ombro dele enquanto o suor escorria entre nós e ele se empurrava com força, com a cabeça baixa.

— Sim, Deus. Bem assim. Certo. Me. Fode. Aí. — ele disse, pontuando as últimas três palavras com movimentos rápidos de seu quadril para trás, e no final eu rosnei na sua orelha:

— Olhe para cima. — e ele fez.

A cabeça de Dylan levantou, assim como a minha, e quando nossos olhos colidiram com o estranho do outro lado da sala, Dylan perdeu um batimento. Ele amaldiçoou tão malditamente alto que eu ficaria chocado se as pessoas na frente do clube não o tivessem ouvido. Então, eu me movi e fiquei em meus calcanhares e o levantei comigo, meu braço segurando-o no lugar, enquanto minha outra mão foi até o seu quadril. Dylan afundou no meu pênis e eu empinei meu quadril para cima, uma vez, duas vezes, ficando o mais profundo possível, e então gritei seu nome igualmente alto quanto ele tinha amaldiçoado, assim que o homem na nossa frente abriu a boca e também encontrou a liberação.

Não pude acreditar no que acabamos de fazer. Dylan recostou-se contra o meu peito, e eu envolvi meus braços ao redor de seu corpo trêmulo. Nós apenas fodemos, em público. Mais ao ponto, acabamos de foder em público, e totalmente envolvidos nisso.

Quando removi suavemente Dylan do meu colo, o estranho que ajudou a tornar a fantasia de Dylan possível; inclinou ligeiramente sua cabeça, e então ele também está se movendo para pegar o homem que acabara de foder.

Dylan virou-se para mim, com os olhos pesados, o peito, o pescoço e o rosto corados, e nunca pareceu tão atraente. Ele parecia bem e verdadeiramente usado, por mim, e nunca tive tanta certeza de nada, além do fato de que quero Dylan Prescott em minha vida - e eu iria usar tudo no meu arsenal para fazer isso acontecer.


Capítulo 25

COMA MINHA SALSICHA...


DYLAN


Não posso dizer se eu ainda está sonhando ou se a mão forte movendo na minha coxa é real. Tudo o que pude ver são os flashes de luzes, o ambiente sombrio e decadente cheio de atos depravados em todos os cantos, e tudo o que eu podia sentir as mãos de Ace vagando pelo meu corpo enquanto ele afundava seu pênis em mim. Quando um gemido escapou dos meus lábios, a mão que está na minha perna roçou meu quadril e a parte inferior do meu estômago.

— Alguém está tendo sonhos deliciosos. — disse uma voz profunda e familiar ao meu ouvido, e quando minha consciência começou a dar as caras sobre os lençóis mais suaves que eu já deitei, imagens da exposição de ontem à noite vieram correndo em detalhes Full HD na minha mente.

Inferno... Isso realmente aconteceu?

Os dedos de Ace acaricia meu tórax. — Pensando em algo em particular?

— Eu não sonhei com tudo? — eu perguntei com a voz grossa de sono, e a risada de Ace me fez abrir as pálpebras.

Ele está deitado de lado, os lençóis brancos abaixo de seu quadril, me mostrando cada pedaço de músculo definido, e havia um sorriso torcido em seu rosto lindo quando olhou para mim.

— Hmmm. Quer uma segunda rodada para lembrá-lo...? — ele perguntou, enquanto seus dentes roçavam meu maxilar e eu soltei um gemido.

— Eu acho que não vou sobreviver.

— Não? Você está tentando me dizer que a sua fantasia se tornou verdadeira, e foi demais para você? — seu tom é provocativo, e isso me fez empurrá-lo para trás e rolar em cima dele e colocar minhas mãos em seus lados. Ele está nu e totalmente ereto por baixo de mim, e aproveitei a oportunidade para esfregar meu pau duro contra o dele.

— Isso parece demais? — perguntei.

— Isso é fantástico.

— Bom. — eu disse, me apoiando nos meus cotovelos, o deixando suportar meu peso. — Então, talvez a segunda rodada possa ser aqui dentro...

Toc. Toc. Toc. — Serviço de quarto!

Ace gemeu e passou a mão pelo cabelo. — Caramba, eu me esqueci disso.

— Apenas os deixe do lado de fora, então. — eu disse, fazendo uma trilha com a língua no pescoço dele e movimentando o meu quadril contra o dele. Mmm, eu poderia me acostumar a acordar assim.

— Eu gostaria, mas precisamos comer. Eu voltarei em um minuto. — ele saiu de baixo de mim, e a única razão pela qual eu não protestei foi porque quando ele levantou, toda essa perfeição nua está em exibição, e isso me fazia lamber meus lábios novamente.

— Depressa. — disse, uma vez que ele tinha fechado a calça que ele usara na noite passada e se dirigiu para a porta.

Nós terminamos na sua suíte dele uma vez que tínhamos deixado... Bem, onde fosse o inferno que estamos, e eu esperava que ele não deixasse ninguém entrar, porque eles veriam a trilha de roupas espalhadas.

Droga, ontem à noite foi... Bem, não havia palavras. Nada que eu não pudesse explicar e nem resumir, após um fim de semana tão explosivo, e eu tinha a sensação de que Ace ainda não acabou de explodir a minha mente. Afinal, ainda tínhamos um dia inteiro à frente, para não mencionar outro passeio nesse avião particular dele.

— O que você acha do café da manhã na cama? — ele perguntou, enquanto arrastava um carrinho empilhado com pratos de cúpula de prata e jarros de café, água e suco de laranja.

— Uau. Isso não é tudo para nós, não é?

A sobrancelha de Ace arqueou. — Você queria convidar os novos amigos que fizemos na noite passada?

— Umm, talvez apenas nós, então.

— Boa resposta. — ele disse, e começou a tirar as cúpulas de todos os pratos, exibindo uma variedade de ovos e torradas, bacon e salsicha, panquecas e torradas, crepes e frutas...

Enquanto observava a variedade, sentei-me e esfreguei meu peito, sentindo-me mais do que um pouco indigno... Foda-se. Tudo nessas últimas semanas era tão... Muito, e enquanto sei que Ace tinha boas intenções, tudo isso é um pouco irresistível para um cara como eu. Ele dirigia carros que valiam mais do que eu ganharia em toda a vida. Aviões privados. Clubes sexuais privados. Mansões e hotéis de luxo... Deixei minha cabeça cair em minhas mãos e coloquei minhas palmas contra meus olhos. Que diabos eu tinha para oferecer a esse cara? Ele poderia me dar o mundo, e como eu o devolveria? O que eu possivelmente poderia fazer que pudesse ser comparado com tudo isso?

— Dylan? — Ace disse, e quando eu olhei para ele, ele parecia cauteloso. — Você está bem?

Meu olhar foi para o meu colo, até os lençóis que provavelmente são os mais caros que o dinheiro podia comprar. Bem, não o meu dinheiro. O dinheiro de Ace. Pessoas que podiam pagar pelo Syn.

— Você prefere almoçar comida? Hambúrgueres em vez de omeletes? Eu posso ligar...

— Não. Não é isso. — eu disse me sentindo como um idiota. Então gesticulei para a comida que poderia alimentar uma família de cinco pessoas. — Ace, isso precisa parar. Você não pode continuar me dando coisas.

Surpresa acendeu seus traços brevemente antes que seu rosto mostrasse uma máscara ilegível, e sim, sou um idiota total.

— Não me entenda mal. — eu disse. — O que você fez... O que você está fazendo para mim é tão legal e agradeço, mas você não pode continuar fazendo isso.

Sua voz é rígida, até ferida, quando ele respondeu. — Talvez eu goste de fazer coisas por você. Dar-lhe coisas agradáveis. Novas experiências.

— Eu sei que você faz, mas... — eu passei a mão pelo meu cabelo e tentei encontrar as palavras. — É a minha vez de fazer coisas agradáveis para você. Quero dizer, eu não sei como comparar o que você fez para mim, especialmente neste fim de semana, mas...

— Mas o que?

Não sabe como responder a isso, então disse a única coisa que eu poderia pensar. — Talvez... Talvez, se você soubesse mais de onde venho você entenderia.

A testa de Ace franziu. — O que você quer dizer?

Oh, Deus, realmente faria isso? Abrir meu passado de merda? Contar-lhe as partes sobre mim que eu nunca disse a ninguém? Sim, pensei com um suspiro. Eu não tenho escolha. Se tivéssemos qualquer esperança de fazer as coisas funcionarem, de alguma forma tinha que abrir o jogo, ele merecia saber. E mais do que isso, ele provou ontem à noite que confiava em mim com todo o seu coração, então, como não poderia confiar nele com todos os segredos?

Movi minhas pernas para abrir espaço para ele sentar-se ao meu lado, e quando ele afundou no colchão, peguei sua mão.

— Você me disse que eu me fecho sobre as minhas coisas, quando eu forço você a ser aberto e você está certo. Mas não é porque eu não queira que você me conheça. Quero. Só... não quero... assustá-lo. É tudo.

O polegar de Ace fez ciclos lentos ao longo da minha palma, tirando o controle do meu medo.

— Você não pode me assustar agora. Estou dentro disso. — seu olhar caiu em nossas mãos, e então ele disse calmamente: — Estou profundamente ligado a você. Então, seja lá o que for, eu não vou a lugar algum.

Quando seus olhos se levantaram, a sinceridade neles quase me deixa de joelhos. Não duvidei nem por um segundo sobre o que ele quis realmente dizer, e demorou um minuto para recuperar o meu fôlego depois dessa admissão.

— Olha, eu... não quero entrar em detalhes agora. Não aqui. — eu disse, olhando ao redor do quarto luxuoso antes de voltar meus olhos para os dele. — Mas quando chegarmos em casa, preciso contar uma história sobre um menino que cresceu sem ter coisas legais. Um garoto que não tinha certeza de que ele merecia. Ainda não.

— Dylan...

— Talvez então você entenda por que isso é tão inacreditável para mim. Quero dizer... Essas coisas não acontecem com pessoas como eu. Para uma pessoa que, em um momento na sua vida, não sabe onde iria dormir. Que costumava fugir de sua mãe, que queria que ele... — detive-me antes que pudesse jogar tudo sobre ele. Ainda não. Aqui não. Respirando profundamente, segurei o ar até que meus pulmões queimaram e então eu expeli o ar com força. — Eu vou te contar uma história de como era antes de Sunshine entrar em minha vida. Eu falarei sobre Brenda - e espero que no final dessa história, você ainda possa olhar para mim da maneira que você está me olhando agora.

Os grandes olhos azuis de Ace nunca vacilaram com os meus, e quando ele sentiu que é tudo o que eu diria, seu olhar solene tornou-se curioso e ele perguntou:

— E como eu estou olhando para você?

— Agora mesmo?

— Sim.

Meus lábios se contraíram.

— Como se você realmente, realmente, realmente, realmente, realmente, realmente gostasse de mim. E também, como se estivesse esperando que eu me cale para comer o maldito bacon e crepes antes que fiquem frios.

— Droga. Meu olhar diz tudo isso? Eu preciso trabalhar na minha cara de pôquer.

— Por favor, não. Eu preciso ser capaz de lê-lo em todos os momentos. — eu disse com a minha mão na parte de trás do pescoço dele, atraindo-o para frente. Antes que meus lábios se encontrassem com o dele, ele se afastou um pouco, sua expressão voltando a ficar séria.

— Você tem certeza? — ele perguntou, e ele não precisava dizer mais para notar a sua deriva.

— É disso que se trata, certo? Você e eu. Você mostrou a sua confiança em mim, e estou pronto para mostrar a minha. Quero.

Sua mão tocou a minha bochecha e, quando sua boca escovou a minha em um beijo doce e leve como uma pena, ele disse:

— Obrigado.

E então meus lábios estão no dele, com fome e implacável quando eu subi em seu colo e o forcei de volta na cama. Um gemido satisfeito escapou de sua garganta, e então suas mãos foram para a minha bunda e ele a apertou.

Foda-se, ele me jogou para o outro lado do colchão.

Rindo de minha expressão desconcertada, ele se levantou e voltou para o carrinho do café da manhã.

— Pare de me tentar a voltar para a cama. Você vai comer essa salsicha que eu comprei especialmente para você, maldição, mesmo que eu tenha que empurrá-la na sua garganta.

Meus olhos foram para a protuberância em suas calças. — Por favor? Verdade?

As sobrancelhas de Ace levantaram-se e depois ele pega uma salsicha com um garfo. Ele caminha até mim e a estende, e fiz uma cara de desgosto antes de aceitar com raiva a salsicha.

— É muito menor do que eu esperava. — resmunguei, antes de colocar toda a coisa na minha boca.

— Por favor, me diga que nunca disse isso a alguém quando eles apresentaram o equipamento.

Engoli e depois encolhi os ombros. — Não mais do que uma ou duas vezes. Mmm... Isso está realmente bom, no entanto. Por favor, senhor, posso ter outra?

Rindo, Ace coloca várias salsichas em um prato com uma variedade de proteínas e carboidratos e passou para mim em uma bandeja. Então ele fez o seu prato, e quando ele se juntou a mim na cama, dei-lhe um rápido beijo.

— Isso parece incrível. Obrigado.

— De nada. — Ace cortar seu omelete, e então ele parou e franziu a testa. — Oh merda, esqueci a bandeja...

Ele foi colocar o prato na cama para que ele pudesse levantar, mas minha mão disparou para impedir que ele levantasse.

— Nós não precisamos das bandejas. — eu disse. — Agora se sente aqui e eu vou deixar você comer os meus ovos.

— Isso não parece tão quente quanto “comer minha salsicha”.

— Você pode comer isso também. — eu disse dando uma piscadela, e depois mordi um morango maduro.

Ace olhou para mim, então, seus lábios abriram em um sorriso juvenil. — Por sinal, você disse que quando chegarmos em casa esta noite você vai me contar.

— E eu vou.

— Não. — ele disse, balançando a cabeça. — Você disse quando chegamos em casa esta noite. Qual casa você quis dizer?

Travei seus olhos com os meus e depois disse com a máxima sinceridade:

— Em qualquer lugar onde você esteja.

 

ACE


Uma hora depois, uma barriga cheia e um banho fumegante mais tarde, estou me sentindo anestesiado. E não apenas fisicamente. Dylan está finalmente começando a se abrir, e, apesar da intensidade com que ele guardava seu passado - sei o que ele tem a dizer depois não seria fácil de ouvir - parecia que um peso havia sido erguido. Como se as paredes que ambos tínhamos firmemente levantado, agora começavam a desmoronar. E não vou mentir, é assustador deixar alguém entrar, mas tenho uma forte sensação de que valeria a pena.

Enquanto está na pia do banheiro, cuidadosamente raspei o último pedaço de restolho na minha bochecha e, em seguida, enxaguei. Quando não vi minha roupa no balcão, saí para pegar o que havia na minha bolsa, e quando eu a peguei, eu vi um vislumbre de Dylan pelo canto do meu olho. Ele está parado em frente às janelas olhando para a Strip, nada além de uma toalha em sua cintura, o mesmo que eu, e enquanto eu admiro os músculos esguios de suas costas, pergunto-me novamente como diabos esse cara incrível é meu.

Como se ele pudesse ouvir meus pensamentos, Dylan olhou por cima do ombro e sorriu até aparecer essas lindas covinhas. Eu não conseguia me lembrar do que está prestes a fazer, mas não poderia ter sido tão importante quanto caminhar para o homem que é a melhor visão do que qualquer coisa em segundo plano.

— Então, o que vamos fazer hoje? — perguntei, envolvendo meus braços ao redor de sua cintura por trás. — Talvez um passeio de helicóptero pela cidade até o Grand Canyon antes de voltarmos para casa?

Dylan riu e sua cabeça caiu no meu ombro. — Você não faz nada de pequeno, não é?

Eu passei a minha mão pelo seu estômago e sobre o quadril para coçá-lo através de sua toalha. — Não ultimamente.

— Jesus, Ace.

— O quê? — perguntei, tirando a mão e sorrindo. — Você perguntou.

— Você é um maldito problema.

— Às vezes. Mas acho que você pode ficar duro com isso. — depois de pressionar um beijo contra seu ombro, eu caminhei até onde eu havia jogado a minha mala ao acaso no sofá mais cedo. Coloquei a mão no fundo, e depois verifiquei os bolsos, mas apenas encontrei vazia a garrafa que está procurando.

— Você trouxe alguma loção pós-barba? — eu perguntei.

— Sim, acho que há alguma na minha mochila na outra suíte. Eu tenho que buscar minhas roupas lá, de qualquer forma, então eu vou pegar.

Quando Dylan passou por mim, ele bateu na minha bunda, e então ele foi até a porta que separava nossas duas suítes. Antes de passar, ele disse:

— Isso teria doído muito se você não tivesse acabado de colocar essa maldita toalha — e quando ele deu um passo para o quarto dele, ele congelou. Então eu o ouvi perguntar: — Quem é você? — antes que o som muito familiar de uma câmera soasse.

Minha cabeça virou rapidamente, o pânico comprimindo o meu peito quando o homem que está no meio da suíte de Dylan com um uniforme me olhou com os olhos ávidos, seus dedos se movendo tão rápido no botão da câmera que eu quase não tive tempo de piscar.

— Cara, se você as tirou, vamos embora. — alguém disse de algum lugar no quarto de Dylan, e quando isso se registrou no meu cérebro, estou me movendo.

Tudo aconteceu tão rápido então, o paparazzo correu até a porta, Dylan perseguindo-o, eu agarrando Dylan para puxá-lo de volta para dentro. Ele deu um grunhido e com força tentou se soltar, e partiu para frente de sua suíte para caçar os fodidos, mas antes que ele conseguisse entrar no corredor, eu o agarrei por trás, puxando-o de volta para dentro.

— Que merda você está fazendo? — ele gritou, lutando contra mim. — Eles conseguiram tirar fotos, Ace.

— E se você sair atrás dele, você vai piorar as coisas.

— Não, se eu esmagar sua maldita câmera.

— O quê, nu? — eu disse, e os olhos de Dylan notaram que a toalha que ele está usando havia caído em algum lugar ao longo do caminho.

— Porra. — ele disse, e então ele saiu dos meus braços e esmurrou a porta. — Porra!

À medida que a ameaça imediata de alguém que está no quarto passou, eu lentamente me afastei, ofegante como se eu tivesse corrido uma maratona.

Merda! Oh Deus! Merda! À medida que a realidade do que acabara de acontecer percorreu minha consciência, eu me ouvi dizendo:

— Volte para o meu quarto. — e então, mais alto quando ele não seguiu de imediato: — Volte para o meu maldito quarto.

Correndo pela suíte até o telefone do hotel, disquei o código para o meu gerente direto. — Houve uma violação de segurança nas suítes presidenciais e adjacente no andar quarenta e cinco. — eu disse quando ele atendeu. — Alerte a segurança de que um homem, com cerca de um metro e setenta, com cabelo preto e usando um dos uniformes de carregador do hotel, entrou no quarto e tirou fotos. Parecia um dos paparazzi que me seguem em L.A.

O pulsar na minha cabeça é tão alto que mal podia ouvir suas garantias de que eles lidariam com o assunto o mais rápido possível, e então a ligação terminou, e não foi até Dylan tirar o telefone da minha mão que eu percebi o quanto estou tremendo.

Isso realmente aconteceu? Meus joelhos ameaçaram ceder, e Dylan me sentou em uma cadeira em frente à mesa e voltou alguns segundos depois com roupas limpas. Sua voz está baixa e com medo, pois ele claramente lutava para ser o único que precisava ficar calmo enquanto minha ansiedade aumentava.

— Nós precisamos te vestir. — ele disse, colocando minhas pernas em uma cueca e depois a calça jeans e depois empurrando para cima das minhas coxas.

— Eles nos viram... — meus olhos foram para o peito nu de Dylan. — Eles têm fotos de você... De mim...

— Para quem eu preciso ligar? A polícia? Roger? Como é o nome dela... Martina?

Meus olhos se fecharam quando eu me inclinei para frente, coloquei meus cotovelos em meus joelhos e deixei minha cabeça pender.

— Porra. — eu disse suavemente, e foi nesse momento, naquele silêncio morto, que sei que nada na minha vida seria tão quieto novamente. A tampa que protegia a minha vida privada explodiu como um canhão de confetes, e uma vez que está solta, não havia como encontrar os pedaços e recuperá-la novamente.

Não, em poucos minutos, essas imagens estariam em toda parte. Em todas as redes de notícias, redes sociais e sites de entretenimento. Essas fotos seriam mostradas nas capas de cada revista, nos jornais de amanhã. A vida como eu conhecia - como eu podia dizer, o proverbial “fundo do armário” - terminou. E Dylan...

Minha visão ficou turva quando meus olhos encontraram os dele, e eu entendia a angústia que parecia combinar com a minha.

— Desculpe-me. — eu disse, e então baixei novamente minhas mãos. — O que vão fazer com você.

— Você não precisa se preocupar comigo.

— Eu preciso. Porque você não tem ideia do que está prestes a começar. O que eu vou fazer?

Dylan mordeu o lábio e depois disse:

— Do jeito que eu vejo, você tem duas escolhas. Você pode se esconder e negar tudo. Mesmo com as fotos, tem que haver uma maneira do seu pessoal reverter isso.

— E o que está por trás da porta número dois?

Dylan ergueu o queixo e os olhos dele encontraram os meus. — Você pode dizer que se foda e sair daqui com as nossas mãos unidas.

Eu não podia simplesmente ficar sentado lá, tinha que haver algo, qualquer coisa...

Me empurrei da cadeira, levantei e puxei a calça acima do meu quadril antes de caminhar até as janelas. Enquanto eu olhava para a Strip, ainda calma e despreocupada nesse início do dia, eu me perguntava para onde eu iria a partir daqui. Onde nós iríamos daqui...

 

 

                                                    Ella Frank & Brooke Blaine         

 

 

 

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