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Para reivindicar sua companheira, ele terá que sair das sombras...
Winnifred Parker é uma artista encalhada e uma sobrevivente; sozinha desde os dezesseis anos. Mas quando se encontra presa em uma ilha com nada além de seu conjunto de tintas, ela tem novos obstáculos a superar. E o principal é o músico sexy e tatuado com quem ela está abandonada.
O dragão interior de Aiden sabe que Winnifred é sua companheira, e ele fará qualquer coisa para estar perto dela. Abandonados juntos em uma ilha, ele tem a chance de impressionar Winnie com seus riffs de guitarra. Mas conquistar seu coração exigirá mais sinceridade do que este ladino misterioso está pronto para revelar.
Um ataque furtivo ...
Quando os vampiros chegam, Aiden não pode mais esconder sua natureza de dragão. Ele leva Winnie embora, mas o resgate dela tem um preço terrível. Winnifred não quer nada com ele!
Aiden voltará a se esconder de novo? E se ele o fizer, a solitária pintora admitirá que precisa de amor, não apenas para o guerreiro secreto, mas para si mesma?
Capítulo 1
A
iden girou, cortando com suas lâminas de laser a garganta de um vampiro. O sangue jorrou da ferida, e o vampiro caiu aos seus pés. Ele sorriu para seu clã lutando ao seu lado. A magia da “Cantora” tinha os enchido com poder, e agora poderiam derrotar os vampiros na Terra. Os vampiros tinham sido um flagelo para a raça humana por 10.000 anos, e agora os dragões poderiam finalmente fazer algo sobre isso.
Outros seis vampiros saíram das sombras, por trás de troncos largos de árvores. Ele dançava e rodopiava, girando suas lâminas, golpeando os vampiros com suas espadas. Depois de meses de impotência, fazer contato com essas criaturas imundas era muito gratificante.
Desde que os dragões da House of Flames haviam despertado, fizeram o voto para proteger a humanidade dos vampiros sugadores de sangue que se alimentavam deles. Mas jurar proteger a humanidade não trouxe consigo a capacidade de fazê-lo. Eles tinham sido incapazes de ferir o inimigo até que Aria, uma Dragon Soul e companheira de um de seus companheiros, havia descoberto que sua magia os fortalecia. Com o poder da magia de Aria correndo através dele, Aiden se sentiu invencível.
— Quantos você matou? — Aiden perguntou a Dax, o companheiro de Aria.
— Eu perdi a contagem aos vinte. — Disse Dax através de seu vínculo mental.
— Eu perdi a conta aos trinta. — Aiden se gabou.
— Vocês poderiam parar de competir e se concentrar no assunto em mãos? — Disse o seu líder Kian.
— Isso deveria ser uma reunião de Tratado. — Falou Cato pelo vínculo mental enquanto sua espada laser iluminava através da noite escura.
— O que podemos fazer quando os vampiros mentem? —Aiden questionou.
— Todos sabíamos que era outra armadilha.
— Você pensaria que eles teriam aprendido até agora. — Kian zombou.
— Ninguém nunca acusou vampiros de serem inteligentes. — Disse Cato.
— Talvez eles pensassem que a última vez que atacaram o nosso complexo foi um acaso.
— E é por isso que eu fiquei em casa desta vez. — Disse Kian. — Não deixaremos as damas desacompanhadas de novo, mesmo com a sala segura.
Aiden empurrou suas espadas de laser através das barrigas de dois vampiros. Puxando para fora, os vampiros caíram no chão.
— Isso é apenas mais para nós. — Disse Aiden.
— Termine de limpar lá e volte para o complexo o mais rápido possível. — Disse Kian. — Temos mais testes para executar.
— Ainda não sabemos quanto tempo a magia de Aria dura. Não queremos ser apanhados aqui sem o seu poder para nos fortalecer. — Concordou Cato.
— O poder da magia da minha companheira dura para sempre. — Declarou Dax.
— Eu sei que você gostaria de acreditar que sim, Dax. — Disse Cato. — Mas nós não temos prova disso. Pode ser perigoso supor que este seja o caso.
As balas a laser de Cato fatiaram o ar, enquanto Dax, em sua forma de dragão, bateu e quebrou uma dúzia de vampiros. Aiden, em sua meia transformação, tentou manter-se com o dragão maior e mais forte. Ele e Dax fizeram uma competição que Kian fingia desencorajar. Mas mesmo um milhão de anos atrás, quando o clã lutou contra vampiros em seu sistema natal, tinha sido o mesmo. Ele agiu como se sua competição fosse uma distração, quando na realidade fazia com que ambos lutassem mais.
— Este é o 157. — Disse Dax.
— Não há sequer 157 vampiros aqui. — Aiden zombou.
— Conte por si mesmo. — Disse Dax.
— E parar para deixá-lo chegar à minha frente? — Aiden perguntou, balançando as suas espadas, que zumbiam através do ar. — Nunca.
— Este é o último. — Disse Cato, sua bala perfurando o crânio do vampiro remanescente na floresta.
— Victor e o Marco não vão ficar contentes com isto. — Disse Kian.
— Desde quando nos preocupamos com seus sentimentos?— Aiden perguntou.
— Poderiam enviar outro ataque. Precisamos estar na defensiva. — Disse Kian. — Todos de volta aqui imediatamente.
Aiden retirou suas espadas de laser, estourou em forma de dragão, golpeou suas asas, e lançou-se ao céu.
capítulo 2
W
innifred Parker estava ao lado da janela de seu minúsculo apartamento de estúdio, olhando para baixo sobre o grupo de jovens que vagavam na calçada do seu prédio. Ela vivia em um dos bairros mais movimentados de Seattle. Em noites como estas, não havia fim da comoção na rua.
Não conseguia dormir e tinha saído da cama por causa do barulho. Chamar a polícia para reclamar não adiantaria nada. Ela estava sozinha. Winnifred tinha estado por sua conta por um longo tempo. Mais do que a maioria das meninas com seus vinte e dois anos deveria ter estado. Saiu de casa aos dezesseis anos para escapar de uma mãe alcoólatra e um padrasto que a aterrorizava incansavelmente. Depois de muita luta e determinação, tinha feito uma boa vida para si mesma.
Levantou o pincel para passar tinta escura em sua tela. Ela esperava que pudesse vendê-la para uma galeria que comprara suas pinturas antes. O pagamento a ajudaria com sua esmagadora dívida de empréstimo estudantil e ajudaria com suas contas para o resto do mês.
Do contrário, não tinha certeza do que faria. O trabalho como barista em um café movimentado da rua não dava o bastante para pagar as despesas. Ela pensou sair da cidade, ir para um local onde o custo de vida fosse menor. Mas nunca conseguia se decidir. Então, ela ficou.
Colocando uns fones de ouvido, tentando afogar o som da festa na rua abaixo. Mergulhou no jogo de cores e a sensação do pincel na tela. Pintar sempre a puxava para uma espécie de transe que a tirava de todos os seus problemas.
Winnifred tinha criado um estilo distinto com suas pinturas impressionistas, refletindo seus sentimentos e experiências. Havia um bom lucro sobre o custo dos materiais se os conseguisse vender. Tinha confiança que estava no caminho certo com sua carreira. No entanto, entre seu trabalho e sua pintura, tinha pouco tempo para uma vida social. Não importa o quão apaixonada era sobre seu trabalho, muitas vezes se sentia sozinha.
Winnie olhou para o seu relógio e percebeu que era tarde. Precisava voltar para a cama se não quisesse parecer um zumbi no trabalho amanhã. Depois de lavar os pincéis, os colocou para secar. Fechando as cortinas blackout, ligou a máquina de ruído branco, e subiu para a cama.
Mesmo as cortinas e o ruído branco não podiam abafar o brilho das luzes, o som do tráfego, e os gritos das crianças na rua abaixo. Ela gemeu e puxou um travesseiro sobre a cabeça. Tinha se acostumado com o barulho e a luz, mas esta noite estava difícil.
Finalmente, cerca das 4 da manhã adormeceu. Acordou com o começo da manhã seguinte ao som de um caminhão de lixo batendo passando ao longo da rua, debaixo da sua janela.
Puxou-se para fora da cama e deslizou os pés em seus chinelos, tropeçando em seu caminho, até a cozinha. Iniciando o café, serviu–se de uma xícara antes que o pote terminasse de encher, colocando creme e açúcar. Bebendo seu café, abriu as cortinas para deixar entrar a luz cinza do dia.
Uma mensagem chamou sua atenção. Agarrou e leu o folheto para uma viagem de um dia para uma das ilhas em Puget Sound e melancolicamente sonhou em fugir por apenas uma tarde. Winnifred sabia que precisava fazer uma pausa da cidade. Estava drenando sua força vital e aos poucos esgotando sua energia criativa. Mas custava 125 dólares que simplesmente não podia pagar. Não com a conta de eletricidade, aluguel, empréstimos estudantis, e tudo mais. Talvez se não comesse por uma semana, pensou para si mesma com uma risada sarcástica.
Sentou-se em sua pequena mesa redonda perto da janela e ligou seu computador para ler as notícias do dia. Enquanto bebia seu café, leu os seus e-mails, encontrando uma mensagem de sua amiga Tonya.
— Eu tenho ingressos grátis para o concerto dos “Mortar” hoje à noite. Você quer vir?
Winnifred pensou nisso por um momento. Não era muito de sair e ouvir música alta ultimamente. Especialmente depois de uma noite como a de ontem. Mas Mortar era uma de suas bandas favoritas, e não queria perder uma oportunidade de sair com sua amiga. Ela poderia ter uma noite longe do trabalho e preocupações. Poderia muito bem viver um pouco. Digitou um e-mail, concordando em encontrar Tonya no clube naquela noite e voltou a beber o seu café.
Quando Winnifred acabou a sua rotina de despertar, entrou no seu chuveiro e drenou toda a água quente. Não durou muito tempo, mas era uma das experiências mais agradáveis de seu dia na maioria dos dias.
Quando acabou, limpou o vapor do espelho e tentou decidir o que fazer com seu cabelo castanho escuro, bem enrolado. Normalmente, apenas o deixava natural, usando um montão de produtos específicos para soltar os cachos.
Apertou os sacos roxos debaixo dos olhos e gemeu. Sua pele cor caramelo estava seca e suas bochechas redondas sem cor. Ela realmente precisava dormir mais, mas agora não havia nada que pudesse fazer. Precisava ir para o café trabalhar. Seus empréstimos estudantis estavam matando-a.
Vestiu-se com um par de calça jeans skinny pretas, uma camiseta preta e branca listrada, tênis brancos e uma jaqueta de couro preta. Empurrando seus óculos de sol até a ponte do nariz, atirou sua mochila sobre o ombro e saiu de sua casa.
Winnie abriu a porta no fundo das escadas, com a luz do sol a cegando entrou na movimentada atividade da cidade. À noite, o distrito de arte de Seattle era perigoso e assustador, mas durante o dia, era um lugar totalmente diferente.
Caminhou passando as galerias, cafés e lojas, cruzando pessoas apressadas para seus trabalhos, vestidos com capas de chuva e shorts cáqui.
A primavera em Seattle estava finalmente esquentando e ela esperava que logo pudesse realmente ver um pouco de sol. Winnie caminhou mais abaixo na rua, em direção à livraria onde trabalhava no café. Passando por fileiras de livros infantis e manuais de autoajuda, desceu ao porão. Seu colega de trabalho Adam cumprimentou-a de trás do balcão.
— Bom dia, Winnie. — Disse ele com um sorriso.
— É um bom dia hoje? — ela disse sarcasticamente.
— Suponho que depende a quem você perguntar. — Ele riu.
— Eu preciso de muito mais que café antes de ser um bom dia para mim.
— O que há de errado?
— Não dormi muito bem. Um grupo de jovens gritou debaixo da minha janela a noite toda.
— Deve ter sido lua cheia. — Disse Adam.
Ela zombou, vestiu o seu avental e começou a arrumar o balcão do café.
— As mesas na frente da casa precisam de uma limpeza. — Disse ele.
— Vou fazer.
Ela agarrou um pano e uma bandeja e correu para a frente do café, tirando os pratos, copos e talheres para a bandeja apoiada no quadril. O cheiro das borras de café e soufflés gourmet encheu o seu nariz, as conversas giravam em torno dela. Gostava de trabalhar no café, mesmo que desejasse ser uma artista em tempo integral. Mas com 50.000 dólares de dívida do empréstimo estudantil, isso não ia acontecer tão cedo.
Winnie levou a louça de volta para a Copa e encheu a máquina lava-louças. Tony estava ouvindo música em seus fones de ouvido, ele se virou para ela com um sorriso e uma piscadela, e depois voltou a limpar as mesas ficando em pé atrás do balcão quando outra onda de clientes entrou pela porta da frente.
Winnie tomou os pedidos enquanto Adam fazia café. A cozinha atrás bombeava omeletes de espinafre e waffles macios. Enquanto atendia a fila, assistiu as gorjetas aumentar no frasco brilhante, com um suspiro de alívio. Parecia ser um bom dia, afinal.
Depois de comer um muffin de mirtilo, começou a andar sem pressa quando percebeu que sua amiga Tonya descia as escadas da livraria.
— Estou tão feliz que você está vindo comigo para o show de Mortar hoje à noite. — Disse Tonya, seu cabelo vermelho tingido penteado em uma trança de espinha de peixe sobre o ombro. Seus olhos castanhos escuros brilhavam de excitação.
Tonya trabalhava em uma empresa de tecnologia local como designer gráfica. Elas se conheciam desde o primeiro ano da escola de arte. Era uma boa amiga e uma das poucas pessoas que Winnie deixou chegar perto por qualquer período de tempo. Tonya tinha se formado em design gráfico, e Winnie se formou em Belas Artes. Agora, uma delas tinha um trabalho bem remunerado, um namorado e um apartamento decente e a outra vivia em um estúdio e trabalhava como barista. Winnie não se sentia invejosa de Tonya. Cada uma tinha feito suas próprias escolhas na vida, e não se arrependia de seus estudos de arte. Do que se arrependia era a montanha de dívidas que tinha em seus ombros.
Ela tinha algo em seu coração, algo que tinha aprendido com dor e toda a sua luta cedo na vida. Isso era algo que tinha que ser compartilhado. Compartilhar era tudo que Winnifred acreditava. Era a razão de se tornar uma artista e não uma enfermeira ou algo igualmente prático.
Ela trabalhou duro para entrar na melhor escola de artes de Seattle com uma bolsa parcial. Com o talento artístico que tinha mostrado, os instrutores e conselheiros a tinham incentivado a seguir sua paixão, mas ela não precisava de muito incentivo. Só que a vida como uma artista não era tudo o que estava pensando que seria.
Winnie sabia como sobreviver, mas estava muito cansada de nunca avançar. Tão cansada de dar um passo em frente, apenas para dar dois passos para trás.
Às vezes pensava que talvez só não acreditava em si mesma o suficiente, tendo vindo de uma casa traumática quando criança. Se tivesse um pouco mais de autoestima, talvez pudesse fazer funcionar. Mas, em seguida, lembrava-se que quase ninguém no mundo fez a vida como pintor, e mergulhou-se em dívidas por nada.
— O Derick vai nos passar pelos bastidores. — Disse Tonya.
— É sério? — Winnifred adorava esta banda. Não podia deixar de sentir um pequeno nervoso sobre finalmente conhecê-los. — Você está brincando comigo.
— Não. Aqui está o seu ingresso. Eu vou vê-la hoje à noite.
Tonya saiu com seu cappuccino grande e subiu correndo para a livraria. No final de seu turno, Winnie contou sua parte das gorjetas e descobriu que tinha ganho quase trinta dólares naquele dia. Seus olhos se ampliaram em descrença, enquanto os guardava.
— O que você vai fazer com sua gorjeta? — Adam perguntou a ela, puxando o avental e caminhando detrás do balcão.
— Estou considerando fazer um passeio nas ilhas. Você sabe, obter um pouco de ar fresco, passar algum tempo longe da cidade.
— Oh, isso soa bem. — Disse ele. — Eu só vou pagar contas com a minha parte.
Puxando a jaqueta, atirou sua mochila sobre um ombro.
— Isso é o que deveria fazer também, mas... Eu vou gastá-lo em algo divertido de qualquer maneira.
Os empregados da tarde começaram a entrar, e ela e Adam caminharam por trás do balcão para sair do caminho.
—Até mais tarde, Winnie. — Disse Adam, acenando enquanto subia as escadas.
Ela acenou um adeus e virou-se para a porta que levava para a rua, apressando-se para o seu edifício como o sol da tarde batendo sobre os edifícios altos. Já em casa, subiu para a cama para uma soneca muito necessária antes de se preparar para sair.
Quando se levantou, puxou um par de botas de couro, pôs um pouco de maquiagem e mudou de camiseta para um top de seda preto. Empurrou suas chaves, carteira e telefone nos bolsos da jaqueta e saiu correndo. Fora, o sol já tinha ido embora, enchendo o ar com umidade como se chovesse a qualquer momento.
No clube rua abaixo, mostrou seu ingresso para o segurança na entrada. No interior, o riso vibrava no ar, misturando-se com o tilintar da conversa animada. A banda de abertura estava fazendo uma verificação de som no palco. Winnie correu para o bar onde Tonya esperava por ela e ordenou uma cerveja artesanal com os lucros da gorjeta, amaldiçoando o preço da bebida chique.
— Eu não posso esperar para conhecer a banda. — Disse Winnie. — Isso é tão excitante.
— Eu sei. — Tonya disse.
— Não acredito que Derick nos conseguiu passes para os bastidores.
O namorado de Tonya, Derick, trabalhava em uma agência de reservas, e de vez em quando, as vantagens de seu trabalho realmente valiam a pena.
Winnie tomou um gole de sua cerveja superfaturada e olhou para a banda sintonizando seus instrumentos. A emoção do clube encheu seu peito e sorriu de orelha a orelha, se preparando para uma noite divertida ouvindo música com seus amigos.
capítulo 3
A
iden entrou no clube escuro e o cheiro acre de álcool e o almíscar de feromônios encheu seu nariz. Ele estava ansioso por este concerto há dias. Os Mortar era uma de suas bandas locais favoritas. Estavam falando on-line que eles iam assinar com uma gravadora nacional. Vê-los em um local pequeno como este, logo se tornaria impossível.
Andou pelo clube em direção ao bar, chamou o barman para vir e ordenou uma cerveja local, tomando o conteúdo, apreciando a sensação de euforia que vinha com a bebida humana. Olhando em volta do bar, assistiu a banda de abertura fazer a sua verificação de som. Eles começariam a qualquer minuto.
Um perfume intoxicante chamou sua atenção. Não tinha certeza do que era. Estava no ar, fora do alcance. Não sabia de onde vinha. Seu dragão interior ganhou vida e insistiu em ser libertado. Aiden balançou a cabeça, apertou os dentes, dizendo à besta interior que não tinha por que sair agora. Esta noite era sobre o prazer de Aiden, sua atividade humana favorita, ouvir música.
Esperava que fosse uma noite agradável, livre do stress de lutar contra vampiros. Queria fingir ser um ser humano sem outras preocupações, beber uma cerveja e ouvir um concerto de rock. Aproximou-se do palco e o cheiro intoxicante cresceu mais forte, o que fez com que olhasse ao redor da multidão.
Os rostos dos homens e mulheres perto do pequeno palco não lhe deram nenhuma pista sobre o que estava produzindo o aroma celestial. Seu dragão interior estava cada vez mais agitado, gritando dentro de sua mente para fazer algo sobre isso. Aiden beliscou a ponte de seu nariz e apertou os olhos fechados, dizendo a sua besta interior para relaxar.
Desde que os Dragon Flames haviam despertado na terra, seu impulso de acasalamento tinha sido ativado. A teoria de Cato era que tinha a ver com a presença de Dragon Souls no mundo. Mas estava mais forte agora do que tinha sido desde que eles surgiram pela primeira vez nas cápsulas do espaço. Isto era outra coisa, algo mais intenso, algo mais íntimo.
Ele abriu os olhos e a viu. Seus cachos escuros saltavam, ela ria com sua amiga e bebia cerveja com lábios cheios, vermelhos. Quem era esse anjo na terra?
Seu dragão interior gritou e bateu suas asas dentro de sua mente. Aiden deu um passo atrás. Ela era adorável demais para compreender. A visão de suas curvas no topo do top apertado que usava tinha–o salivando. Ele não podia ter esse tipo de sentimento por algum humano aleatório. Farejou o ar novamente e seu dragão interior gritou insistentemente.
"Companheira".
— Você não sabe disso. — Disse Aiden ao seu animal interior.
De volta ao seu mundo natal, há um milhão de anos, os dragões de Dragonia há muito tempo que tinham desistido de seu sentido de acoplamento intuitivo a favor de usar a tecnologia para encontrar suas companheiras. Quando o seu sol morreu e a população feminina diminuiu, tornou–se um meio necessário para manter a paz. Mas aqui na Terra, entre as muitas milhares de possíveis fêmeas Dragon Soul, era uma história diferente. Kian e Dax tiveram o mesmo impulso intuitivo sobre suas companheiras. Por que com Aiden seria diferente? Ele enviou uma breve mensagem ao longo do link mental que compartilhava com seu clã.
— Eu a encontrei.
— O que você quer dizer com "a encontrou"? — Cato perguntou.
— Minha companheira. Eu a encontrei.
— Não faça nada estúpido. Você sabe que precisa ter o seu par verificado pela nossa análise de acasalamento. — Disse Cato.
Aiden fechou o seu vínculo mental, a voz de Cato silenciada dentro de sua mente. Não queria ser incomodado esta noite. A insistência de seu dragão interior era distração suficiente para ele. Se Cato quisesse esperar que seu computador verificasse sua própria companheira, estava tudo bem, mas Aiden não precisava disso. Acreditava em seus instintos mais do que qualquer coisa, e seus instintos estavam dizendo que ela era a única. E não iria parar por nada para torná-la sua.
A banda de abertura começou a tocar uma melodia agradável, a música vibrando através de seu peito. Ele se mudou para um canto escuro da sala, assistindo-a dançar com sua amiga. Um homem saiu dos bastidores e caminhou até as meninas. Ciúme queimou no peito de Aiden, mas então viu o homem colocar o braço em torno da amiga. Aiden deu um suspiro profundo de alívio. Não sabia como proceder. Ele não podia simplesmente ir até ela e dizer "Oi, eu sou um dragão antigo de outro planeta e você é minha companheira. Vou reivindicar você agora". Tanto quanto seu dragão interior insistiu que era exatamente o que deveria fazer.
A banda de rock terminou sua playlist e Aiden pediu outra cerveja. Ele bebeu com o cotovelo apoiado no bar, assistindo os Mortar se preparando para o show. Sua companheira e seus amigos se aproximaram do palco. Estando relaxada pelas bebidas alcoólicas humanas, sua companheira estava olhando para a banda enquanto se organizavam para começar a tocar. Ele pegou sua garrafa âmbar na mão e lentamente manobrou através da multidão. Aiden permaneceu escondido. Não estava pronto para fazer a sua jogada. A última coisa que queria fazer era assustá-la.
Assistiu suas curvas balançar com a música. Ela tirou sua jaqueta de couro, e Aiden observou seus membros fluir enquanto dançava. Ela tinha tatuagens que não conseguia ver no brilho das luzes estroboscópicas. Quando se virou, viu que nas costas era um dragão vermelho. Seu coração saltou uma batida. Se precisasse de mais alguma confirmação de que era uma Dragon Soul, ali estava.
Quando os Mortar tocaram sua abertura, Aiden deslizou mais perto da menina que o encantou. Ela era a imagem da beleza. Suas curvas o fizeram salivar, e não conseguia pensar em mais nada, só arrancar suas roupas e afundar entre suas pernas. Cheirou o ar, tentando pegar seu perfume e separá-lo de todos os outros seres humanos no bar. E queria cheirar nada mais além dela.
Finalmente se mudou para a direita, onde ela dançava. Podia cheirá-la claramente agora o que fez com que sua cabeça girasse e seu pênis crescesse firme com desejo. Teve que usar cada pedaço de seu autocontrole para não a puxar em seus braços e reivindicar sua boca bem ali no meio do clube.
Ela dançou ao redor, rindo e o olhou, engasgando quando seus olhos se encontraram, uma faísca de reconhecimento correndo entre eles. Então ela sorriu, voltando-se para seus amigos. Aiden rangeu os dentes e rosnou. Ela também deve saber, ainda que apenas em um nível primitivo. Seu dragão interior gritou, soprando chamas ao longo de sua mente.
— Eu não posso acreditar que nós podemos ir aos bastidores. — Ela gritou para seus amigos.
— Vai ser incrível.
Nos bastidores? Então, sua companheira e seus amigos iam conhecer a banda. Aiden tinha esquecido porque tinha vindo a este clube em primeiro lugar. Para assistir a banda antes que tivessem assinado com a gravadora e serem muito famosos para tocar em pequenos clubes locais. E se perguntou como poderia ter o próprio passe para os bastidores. Sendo um dragão antigo com magia à sua disposição, não poderia ser tão difícil. Ele abriu a ligação mental e chamou Cato.
— Coloque-me na lista de convidados para o show dos Mortar hoje à noite.
— Estou um pouco ocupado agora, Aiden. Seu pedido é de baixa prioridade.
— Estou dizendo que é uma alta prioridade.
— Eu não recebo ordens de você. Mesmo que você seja o Duque da House of flames.
— Basta fazê-lo, Cato.
— O que é isto tudo? — Kian perguntou através do vínculo mental.
— Aiden quer um passe dos bastidores para o seu pequeno concerto de rock. —Disse Cato.
— Estou no meio de uma análise do efeito da magia de Aria sobre nossas habilidades.
— Por que você precisa de um passe de bastidores, Aiden? — Kian perguntou. Aiden raramente pedia alguma coisa a menos que fosse absolutamente necessário.
— Minha companheira vai estar lá.
— Ah sim. — Disse Cato. — Ele acredita que encontrou sua companheira hoje à noite.
— Basta lembrar que você não pode ter certeza até executar a análise de acasalamento. — Disse Kian.
— É ela. — Respondeu Aiden. — Você vai me ajudar ou não?
— Basta dar-lhe o passe. — Disse Kian.
— Não levará mais de dois minutos.
— Tudo bem. — Disse Cato. — Mas você me deve.
— Eu não tenho problema com isso — Respondeu Aiden.
O link mental ficou calmo e trinta segundos depois, Cato disse que estava na lista de convidados para o show hoje à noite.
— Obrigado, Cato. — Aiden fechou o link.
Aiden olhou para a dança de sua companheira, seus movimentos atraentes e adoráveis. Ela tinha uma maneira de se mover que era como um bálsamo para sua alma. Oh, como ele a queria. Faria qualquer coisa para reivindicá-la.
Depois que a banda tocou sua música final, a última chamada foi anunciada. Assistiu sua companheira e seus amigos ir em direção à entrada dos bastidores. E os seguiu, para ter certeza de que nenhum outro homem se atrevesse a tocá-la. Sabia o tipo de coisas que podiam acontecer em clubes quando bebida estava envolvida.
Aiden não ia deixar ninguém colocar as mãos no corpo curvilíneo da sua companheira. Se aproximou do segurança que estava verificando os passes.
— Meu nome é Aiden Flame. — Disse. — Estou na lista.
O homem verificou sua lista e acenou com a cabeça uma vez. — Pode entrar.
Aiden seguiu sua companheira e seus amigos para a área de bastidores. Era mais brilhante lá atrás do que tinha sido no clube. Podia vê-la esperando para falar com a banda. Ela tinha o olhar mais animado em seu rosto quando olhou para o vocalista. O que o fez ficar tão ciumento que quase soprou chamas e inflamou a sala inteira.
— Oi. — Disse uma mulher em um vestido preto apertado que revelava a maior parte dos seus seios. Ela tinha maquiagem grossa de olhos de gato, batom vermelho profundo, e óculos em formato de olho de gato. Era fofa e bonita, mas não a sua companheira. Mas pelo cheiro, obviamente tinha interesse nele.
— Como você conhece a banda? — Perguntou, tomando um gole de uma garrafa de cerveja.
— Eu não conheço. — Disse ele honestamente.
— Realmente, como você conseguiu estar aqui?
— Um amigo de um amigo.
— Eles são uma grande banda. — Disse a mulher.
— Sim, ótima.
—Eu não tenho certeza de como me sinto sobre eles fazendo isto. Desejo–lhes sucesso, mas também quero mantê-los para mim. —Disse ela com uma risada. — Você sabe o que eu quero dizer?
— Sim — Disse Aiden. — Se me der licença.
Ele se afastou da mulher, e ela franziu a testa quando partiu. Ele tinha a mira em outra pessoa, alguém que tinha o seu coração antes mesmo de ter compartilhado uma única palavra. Sua companheira, sua única mulher. Ela estava caminhando em direção ao vocalista com um sorriso largo em seu rosto, se aproximando dele. Ela lhe fez uma pergunta e Aiden não podia ouvir. O cantor sorriu para ela, seus olhos crescendo brilhantes e depois olhou para cima e para baixo. Aiden rangeu seus dentes. Ele arrancaria a cabeça dele! Mas agora tinha que se segurar. Se fizesse algo assim, nunca conseguiria ganhar a confiança dela. Sua companheira e o cantor conversaram por um momento e, em seguida, o cantor virou sua atenção para outra pessoa.
Sua companheira e seus amigos fizeram a ronda, falando com o resto da banda. Então, ela vestiu o casaco, parecia ter se cansado. Aiden ouviu–a dizer que era hora de ir para casa, que estava cansada e precisava dormir. Aiden seguiu–os para fora do clube e para a rua, observando–os caminharem para casa. Ela subiu as escadas da entrada para o seu edifício e desapareceu atrás da porta. A luz veio em uma janela do terceiro andar, e ele sabia que devia ser o seu apartamento. Podia ficar lá a noite toda e olhar a janela. Em vez disso, escorregou para as sombras e ativou seu modo dragão. Mudando rapidamente, voou para o telhado do edifício e pousou, mudando de volta para sua forma humana. Ele esperaria aqui e de manhã, decidiria como dizer a ela que pertencia a ele.
Capítulo 4
W
innifred acordou se sentindo um pouco cansada, por ficar fora até tarde da noite anterior. Olhou em torno de seu pequeno apartamento e soltou um suspiro profundo. Tropeçando para a cafeteira, fez para si um pouco. Sentou-se na janela com seu café, olhou para fora no brilho da luz solar da manhã. Lembrou que tinha feito trinta dólares em gorjetas no dia anterior. O folheto para a viagem à ilha ainda estava em sua mesa. Era o dia de folga dela. O barco só saia uma vez por semana. Se ela quisesse ir, hoje era o dia.
Como poderia justificar gastar todas as suas gorjetas e mais em um só dia em uma ilha? Em seguida, pensou sobre as noites sem dormir, seu trabalho de fim de semana, e a pilha de dívidas a mantendo de concretizar seus sonhos e objetivos. Estava em um estado constante de desespero. Como poderia não priorizar um dia longe de tudo isso? Decisão feita, rapidamente tomou banho e vestiu–se, agarrou seu kit de pintura ao ar livre, sua mochila, uma garrafa de água, algumas barras de proteínas, e uma jaqueta quente e impermeável. Ela correu para o dia e pulou em um ônibus para o cais.
Desceu em sua parada e correu para o balcão para pagar o seu bilhete. De pé na fila, notou um homem segurando um estojo de guitarra comprando um bilhete logo atrás dela. Ele parecia vagamente familiar, mas não podia muito bem colocar o porquê. Onde viu seu rosto antes? Ele não parecia vestido para um dia na ilha, mas quem era ela para julgar?
Tinha escolhido um par de calças cáqui, botas de caminhada, um suéter quente por baixo do seu casaco de chuva, e tinha o cabelo escondido sob um gorro marrom. Realmente queria passar o dia longe da cidade. A ilha era distante e a visitava raramente desde que era uma reserva de animais selvagens.
Ela tinha gostado de conhecer a banda na noite anterior, mas agora teria a paz e sossego que precisava. Winnie tinha um monte de decisões a tomar, mas hoje era sobre sair para a natureza e apenas respirar por uma vez. A ilha estava cheia de pássaros e outros animais selvagens. Esperava captar um pedaço. Seu estilo impressionista era perfeito para a pintura ao ar livre e queria capturar a beleza da ilha com seu pincel.
Ao chegar a hora de embarcar no barco, caminhou junto com os outros passageiros para o interior e encontrou um assento na área de jantar perto de uma janela. Olhou pela janela enquanto o navio zarpou sobre Puget Sound. Quando progrediram em águas mais profundas, viu uma baleia, lançando sua cauda a distância. A brisa salgada soprou pelas janelas, e ela deu um suspiro satisfeito. Era exatamente o que precisava. Algum silêncio, algum tempo para contemplar belos pontos turísticos para inspirar sua arte.
O homem quente na jaqueta de couro passou com sua guitarra. Havia algo nele. E não conseguia descobrir o quê. Seus olhos escuros e cabelo ondulado, o conjunto de seus ombros e mandíbula, um rosto como uma estrela do rock e corpo de um atleta. Mas era outra coisa. Não era apenas ser quente. Ela sentiu–se atraída por ele. Poderia jurar que o tinha visto em algum lugar antes. Mas não conseguia lembrar, e isso era preocupante. Uma garota sozinha na cidade, nunca era demais ser cuidadosa. Às vezes, os caras podiam ficar estranhos.
Ele escorregou nas sombras e desapareceu do outro lado do barco. Ela relaxou e virou a atenção de volta para a água fora da janela. Não ia deixar a ansiedade arruinar o seu dia. Depois de uma hora e meia, o navio finalmente chegou à ilha isolada e os passageiros podiam desembarcar.
Poderiam ir em uma visita guiada ou explorar a ilha seguindo as trilhas marcadas por conta própria. Winnie puxou a mochila para cima do ombro e começou a trilha. Realmente precisava de um tempo sozinha.
Comprou um almoço no restaurante do navio e acrescentou–o ao esconderijo em sua bolsa. Seu cavalete estava ligeiramente pesado em suas costas, mas fez o seu caminho até a trilha, depois de algum tempo tornou–se mais fácil ignorar o peso. E procurou apenas o lugar certo onde poderia montar e começar sua pintura.
Respirou o ar fresco e sentiu uma sensação de paz e tranquilidade. Era a melhor sensação. O céu clareou, tornando–se azul cristal. Os pássaros cantavam nas árvores, enchendo os ouvidos com a sua música.
Winnie sabia então que tinha feito a decisão certa. Todo o stress e ansiedade de sua vida derreteu, com vista para uma encosta, encontrou a visão perfeita para sua pintura.
Abaixo estava um pequeno lago rodeado pela floresta tropical. Era absolutamente lindo. Estabeleceu seu cavalete em um desvio da trilha e abriu sua cadeira. Winnifred configurar sua tela, abriu sua paleta de tintas de óleo e diluente de tinta, e começou sua pintura. Escolheu tons de verde e azul. O Tempo estava ótimo para canalizar a vista para sua tela. O sol espelhando sobre a água, fazendo–a brilhar como os lírios de água balançando no líquido. Era uma visão para contemplar e mal conseguia conter a alegria que encheu seu coração. Depois que aplicou a primeira camada de tinta, cobriu sua paleta e abriu sua mochila para retirar o almoço que tinha comprado no barco.
Ela comeu, olhando para a vista. O dia era quente e brilhante, e as cores eram vivas aos seus olhos. Uma garça–real azul desceu de cima e se estabeleceu na lagoa abaixo. E rapidamente pegou seu pincel e começou a desenhar a forma do pássaro como ele estava em uma perna olhando para a água, pronto para atacar.
Suas preocupações estavam esquecidas, e tudo o que existia era ela, a vista e seu pincel. Sentia-se como um compositor canalizando música através de seu corpo. Era tão bonito e intenso. Perdeu–se nela e não queria ser encontrada. Era tudo o que queria.
Naquele momento, sabia o que precisava fazer. Precisava se mudar para uma cidade onde pudesse pintar assim todos os dias. Como faria isso? Não sabia. Tudo o que sabia era que tinha que fazer acontecer. Quando voltasse para a cidade, descobriria o resto, mas por agora, tudo o que importava eram os tons sublimes de verde e azul, os minúsculos pontos de rosa e amarelo, as chamadas de aves que inspiravam o seu coração e a fragrância fresca da floresta como a brisa soprando.
Daria qualquer coisa para sentir isto todos os dias, para concentrar sua mente e coração sobre o que importava para ela. Puxando a beleza do mundo através de si mesma e transferir para uma tela para inspirar e animar aqueles que a viam. Era o seu presente, o seu chamado, e tudo o que sempre quis. Não importa o preço, encontraria uma maneira de fazê-lo.
capítulo 5
A
iden assistiu sua companheira, que pintava a tela com seu pincel. Um sorriso brilhante iluminando seus olhos e lábios. Ela parecia quase feliz. Ele queria vê-la assim o tempo todo.
O aroma pungente da pintura a óleo e diluente de tinta flutuou através do ar quando se aproximou. Observou suas pinceladas, a habilidade com que ela movia a mão e como o pincel passava em toda a tela. Tinha um grande talento, tinha certeza. Aiden estava encantado pela visão dela em seu ofício. Seu dragão interior rugiu e pressionou-o a avançar para levá-la em seus braços e beijá-la. Mas Aiden sabia que era impossível.
Ela ainda não o conhecia. Eles não tinham trocado nem uma única palavra. Sabia que se revelasse o ele era, ia assustá-la além do conserto. Aiden ficou de costas nas sombras, tentando pensar em como abordar a situação. Riu da estranheza de Dax com Aria mas agora entendia. Não tinha ideia de como cortejar uma mulher humana. Não importa quantas canções de amor ouviu, ou quantos filmes românticos seu clã tinha estudado, ainda era um mistério.
Quando deixou o seu planeta há um milhão de anos, o acasalamento era um assunto muito formal. Naquela época, não tinham esperança de encontrar uma companheira. Kian teve a sorte de ter produzido um herdeiro com a Dragoness Prime, o último dragão feminino nascido em Dragonia. O bebê Ember era a luz da House of Flames. Embora Aiden fosse Duque e primo de Kian, Ember era a próxima na linha do trono. Aiden nunca realmente se importou com essas coisas. Estava contente em ficar nas sombras.
Mas enquanto observava sua companheira pintar, não sabia quanto tempo sua paciência usual duraria. Seu dragão interior rolou com emoções tumultuosas, contorcendo se como uma tempestade. Ele nunca tinha se sentido tão agitado. Mesmo quando evacuaram de Dragonia, se sentiu em permanente calma, lidou com cada situação. Mas agora? Agora mal conseguia se conter. Seu dragão estava em chamas. Teve que segurar-se para não entrar na clareira, agarrar a pequena humana em seus braços, e beijá-la profundamente nos lábios, exigindo que fosse sua companheira para sempre. Fechou os olhos, sabendo como essas visões eram ridículas na realidade. O clã tinha ordens estritas para não revelar a sua verdadeira natureza aos humanos. A guerra com os vampiros era o suficiente para mantê-los ocupados. Ele teria que cortejá-la como um homem humano, com sutileza e calma.
Sua companheira pousou o pincel, abrindo sua mochila para recuperar seu almoço. Ela comeu o sanduíche olhando para a paisagem. Rastejando mais perto, sentindo que talvez agora seria um bom momento para se revelar. Tomou um gole profundo de água da sua garrafa térmica e a pousou ao lado de sua cadeira. Ele deixou o seu esconderijo, atirou o estojo de guitarra sobre o ombro.
Talvez ela ficasse impressionada com a sua música. Se moveu lentamente para a clareira, sentou-se em um banco nas proximidades, e começou a tocar no violão. Ela olhou-o sobre o sanduíche e sorriu.
— Oi. — Disse ela.
— Oi. — Disse ele de volta, fazendo o seu melhor para esconder o quanto a desejava dentro dele.
— Você é muito bom.
— Estou aprendendo.
— Não, eu acho que você é muito bom. — Falou ela. — Você é um profissional?
— Sou apenas um amador entusiasmado.
— Bem, poderia ser um profissional.
— Isso é bom de você dizer. É uma pintora profissional?
— Eu queria. — Respondeu ela, afastando as sobras de seu almoço. — Mas não sei se alguma vez vai acontecer.
— Por quê?
—Bem, como estou agora, não posso ganhar dinheiro suficiente para me sustentar vivendo na cidade.
— Pode sempre se mudar. — Disse, pensando no quarto que tinha na mansão.
— Eu estive pensando sobre isso. A propósito, sou Winnifred. Todos me chamam de Winnie.
— É um prazer conhecê-la, Winnie. Eu sou Aiden.
— É um prazer conhecê-lo também, Aiden. O que o traz à ilha hoje?
— Eu só queria ficar longe um pouco para tocar a minha guitarra em algum lugar tranquilo. Às vezes, a cidade é um pouco demais, com o barulho e comoção.
— Eu concordo plenamente com você. — Respondeu ela.
— Bem. — Disse, sentindo seu dragão interior pressionando-o mais a cada segundo que passava. O cheiro dela enchia seu nariz, e não sabia se poderia manter essa conversa agradável. Estava apavorado de fazer algo tolo e assustá-la até a morte.
— Eu vou deixá-la com o seu quadro.
— OK. — Disse ela. — Nos vemos por aí.
Ele pegou a sua guitarra, e desapareceu nas sombras da floresta. Não poderia estar tão perto dela sem sentir a necessidade profunda de levá-la em seus braços. Era frustrante e distrativo. Nunca tinha se sentido tão compelido a possuir outro ser. Ela era como um farol na escuridão, e tinha acabado de perceber o quão perdido sempre foi.
Winnifred voltou ao seu quadro. Aiden sentou-se nas sombras, observando-a, sentindo-se como um verme. Mas estava parado no lugar, incapaz de sair e de avançar.
Quando o dia se tornou noite, emergiu da floresta com sua guitarra na mão. Ele perdeu a noção do tempo observando-a pintar, mas sabia que precisavam chegar ao barco antes dele partir.
— Hey. — Disse. — Você ainda está aqui.
Ela o olhou como se acordasse de um sonho.
— Oh, meu Deus. Está ficando tarde, não é?
— Sim. Eu acho que é hora de ir.
— Fiquei realmente distraída. Estive pintando o dia todo.
—Toquei minha guitarra na colina. Mas agora estou preocupado que vamos perder o barco.
— Droga, é melhor ir andando. — Disse ela, embalando as suas coisas. Pôs a sua pintura ainda molhada na mochila sobre o ombro.
— Deixe-me levar isso para você. — Disse ele, pegando sua mochila.
— Obrigada. É melhor corrermos.
Eles correram para baixo da colina, fazendo um bom tempo para chegar ao cais. O navio já estava saindo em águas profundas quando chegaram a praia. Winnie gemeu e bateu na testa.
— Oh, meu Deus! — Ela gemeu. — Nós perdemos o barco!
capítulo 6
W
innifred estava na praia ao lado de Aiden, o homem estranho e bonito que tinha saído do nada, olhou para o barco se afastando à distância. Ela não acreditava que o tinha perdido. Não haveria outro barco por uma semana!
— Oh, Uau. — Disse ela.
— Talvez eles notem que não estamos a bordo e voltem por nós. — Aiden falou.
— Espero que sim.
O sol estava começando a mergulhar em direção ao horizonte e o frio estava subindo no ar.
— E se eles não percebem? — Disse ela, sentada num tronco na praia. Tirou o celular e o levantou, verificando se tinha sinal. —Não há serviço de celular aqui fora. O que vamos fazer?
— Eu não sei. — Respondeu ele se sentando ao lado dela.
Queria passar algum tempo na natureza, mas isto era simplesmente ridículo. Tinha algumas barras de proteínas em sua mochila, meia garrafa de água, e seus suprimentos de pintura. Puxou o casaco de sua cintura e jogou-o em torno de seus ombros.
— Eu odeio quando perco o controle do tempo assim. Faz-me sentir tão estúpida.
— Nós vamos ficar bem. — Disse ele, olhando ao redor. –Devemos tentar encontrar algum abrigo. Eu acho que vi um não tão longe quando estava caminhando ao redor.
— Não deveríamos ficar aqui, caso o barco volte?
— Vai escurecer em breve. Devíamos encontrar um lugar para ficar a salvo dos elementos. Se eles voltam, virão à nossa procura.
— Eu acho que você está certo. — Falou Winnie, de pé ao lado do tronco.
— Vamos encontrar um lugar para nos protegermos da noite.
Ele carregou sua mochila, e ela o seguiu pela trilha. Para sua surpresa absoluta, encontraram uma cabana cercada por um bosque de ciprestes.
— Uau, temos sorte que isto está aqui.
Caminhou até a porta da frente e tentou abrir, mas estava trancada. Ela gemeu.
— Deixe-me tentar. — Disse Aiden.
— Vou buscar lenha.
Aiden ajoelhou-se frente à fechadura. Ela colocou as coisas na varanda. Entrou na floresta e começou a pegar galhos secos. Quando voltou, ele tinha a porta aberta. Sua boca caiu enquanto carregava os galhos até a varanda.
— Você realmente apenas abriu a fechadura? — Perguntou.
— É uma das minhas muitas habilidades. —Disse ele com uma risada.
Ela virou a cabeça. — Espero não nos meter em problemas por isto.
— Que escolha temos? O barco nos deixou aqui. Poderíamos processá-los.
— Sim, deveríamos.
Riu, entrando na cabana. Dentro estava uma sala de estar, sala de jantar, área de cozinha e através das portas viu um banheiro e um quarto.
— Isto não é muito ruim. — Disse ela.
Mas ligou as luzes e nada aconteceu.
— Os cientistas ou as pessoas de serviço de estacionamento provavelmente ficam aqui.—Concluiu Aiden.
— Isso faz sentido.
— Acho que vi um gerador lá atrás.
Aiden desapareceu lá fora e um momento depois, as luzes acima dela cintilaram.
— Temos eletricidade! — Ela aplaudiu enquanto caminhava pela porta, dando-lhe um olhar quente.
Ele veio sentar-se ao lado dela no sofá com a sua guitarra. E não conseguia deixar de sentir como se a estivesse a verificá-la. Uma sensação nervosa correu pela sua espinha. Esperava que não fosse um tipo esquisito. Tão bonito como era, havia algo sobre ele que a deixava nervosa. Mas também a atraia como uma louca. Mordeu o lábio, pensando que havia algo de errado com ela. Sempre escolheu os piores caras. Aiden tinha escuridão, qualidade que sempre achou atraente. Mas isso inevitavelmente significava que tinha uma pilha de esqueletos em seu armário. Talvez até literalmente, por tudo o que sabia. E só conheceu o cara por dois segundos. E agora aqui estavam eles, hospedados em uma cabana que tinham quebrado a entrada em uma ilha deserta.
Ele começou a dedilhar a sua guitarra. Quando levantou o cotovelo, rosou contra ela. O contato enviou uma faísca através de seu corpo que a deixou excitada e com medo. Sugou uma respiração através de seus dentes e ficou parada.
— Eu vou verificar a cozinha. — Disse Winnie.
Começou a revistar os armários para ver se havia alguma coisa lá dentro. Encontrou café, chá, chocolate, latas de feijão e milho, e uma mistura de panqueca. Quando virou a torneira, a água jorrou para fora. Winnie gritou com prazer e encheu uma chaleira. Colocou no fogão e deixou cair alguns saquinhos em duas canecas de café.
— Você quer um pouco de chá? — Perguntou.
— Eu adoraria. — Respondeu ele, dedilhando sua guitarra.
Realmente era bom guitarrista, e a visão dele tocando no sofá com suas tatuagens de dragão em seus braços grandes, a fez suspirar com emoção. Mordeu o lábio enquanto esperava a água ferver. Sempre indo atrás dos garotos maus, pensou para si mesma. Quando é que vou aprender? Aiden não era apenas tão sexy como uma estrela do rock, ele também era estranhamente misterioso e cavalheiro da maneira mais surpreendente. Isso era algo novo e diferente do que tinha experimentado em um longo tempo. Talvez nunca.
Então pensou no trabalho dela. Não apareceria de manhã ou seria capaz de telefonar e dizer que estava doente?
— Oh merda, vou ser demitida. — Disse na realização súbita.
— Demitida? — Perguntou Aiden, olhando por cima da sua guitarra.
— Se eu não aparecer para trabalhar amanhã, sei que vou ser demitida. Vi isso acontecer.
— Como eles podem demiti-la se você está encalhada numa ilha?
— É uma desculpa fraca. Duvido que acreditarão em mim. Sabe como é difícil conseguir um emprego hoje em dia? Há um milhão de outros candidatos para a minha posição.
— Eu tenho certeza que vai ficar tudo bem. — Disse ele. — Há quanto tempo trabalha lá?
— Mais de dois anos.
— Você pensaria que depois de dois anos, eles não iriam, pelo menos, dar-lhe um desconto?
— Talvez. Mas duvido. — Ela estremeceu. — Está começando a ficar frio.
Ele abaixou sua guitarra e começou a acender o fogo na lareira de pedra.
— Eu vou fazer-nos um jantar com as latas de comida. — Falou, encontrando o abridor de lata em uma das gavetas.
Winnie abriu as latas de chili e milho e esvaziou-os em uma panela. A água ferveu, e despejou-a nos copos. Quando estava pronto, lhe deu o chá. Aiden bebeu, enquanto alimentava o fogo, enchendo a sala com calor.
— Não tenho acampado há muito tempo. É meio diferente quando você não tem escolha.
— Este lugar não é tão ruim. — Concluiu ele. — Eu dormi em lugares piores.
Ele não continuou, e ela se perguntou o que quis dizer. Também já tinha dormido em situações piores, em torno de pessoas muito piores do que Aiden. Essa tinha sido a vida dela depois de fugir de casa. Algo sobre o olhar em seus olhos disse-lhe que tinha visto algumas coisas em sua vida também. Havia algo escuro e primitivo sobre ele.
— Então, o que você faz para viver?
— Eu trabalho com segurança. Antes disso, estive no exército, de certa maneira.
Não era o que esperava. O chili começou a borbulhar, e ela derramou em duas tigelas. Ele sentou-se à sua frente na mesa da cozinha, e comeram, conversando sobre suas vidas. Ele não era particularmente aberto sobre o seu trabalho, mas supunha que vinha com o cargo.
— Você gosta de trabalhar no café? — Perguntou ele.
— Eu suponho que não seja mau. — Disse ela. — Mas prefiro pintar.
— Então, perder seu emprego pode ser uma bênção disfarçada.
— Talvez. — Disse ela. — Pode ser o impulso extra que eu preciso para finalmente fazer isso acontecer.
Ele a olhou como se quisesse dizer algo, mas segurou a língua.
— Eu devo soar como uma garota indecisa. — Falou.
— Não. Essas são as principais escolhas de vida. É compreensível ser apreensivo. Eu gostaria de poder ajudá-la.
— Você é doce. Mas acabou de me conhecer. Você não tem nenhuma obrigação.
Ele disse algo baixinho, que ela não entendeu direito. Mas pensou que tivesse dito “Sim, eu tenho”.
Desviou o olhar e continuou comendo sua refeição. Para um chili enlatado velho, não era demasiado mau. Ficou feliz de ter um estômago cheio depois de um dia como hoje. Quando acabaram, lavou as tigelas. Guardando-as, viu algo na parte de trás do armário. Estendeu se na ponta dos pés e agarrou, trazendo para a luz.
— Hey, olha o que eu encontrei. — Disse, mostrando a garrafa de uísque. — Parece que nós vamos nos divertir esta noite.
Ela sabia que provavelmente não deveria se embebedar com um estranho em uma ilha deserta. Mas também sabia que precisava viver um pouco. Quando foi a última vez que esteve com um cara? Não conseguia lembrar. Ah, certo, alguns meses antes de ela ter começado sua tese sênior. Já faz tanto tempo? Uh. Sim... Olhando para Aiden, com seus olhos escuros e corpo de matar, decidiu que poderia definitivamente quebrar isso com ele.
capítulo 7
A
iden agarrou a garrafa de uísque e inclinou-a para a boca. O líquido deslizou pela garganta com uma sensação de queimação. Winnifred deitou-se ao lado dele na cama, olhando para o teto. Eles já tinham terminado metade da garrafa, e ela estava começando a relaxar. Ajustou-se para baixo na cabeceira e virou-se para ela, descansando seu rosto em sua mão, olhou em seus belos olhos.
— Saí de casa quando tinha dezesseis anos. — Disse Winnie. — E estive sozinha desde então. Às vezes eu acho que talvez não deveria ter ido para a escola de arte. — Riu.
— Por que você diria isso? — Perguntou.
— Porque a arte não é exatamente a carreira mais estável, eu tenho 50.000 dólares de dívida em empréstimos estudantis, trabalho pelo salário mínimo e gorjetas em um café.
— Mas você chegou longe.
— Não longe o suficiente. — Concluiu ela, inclinando-se sobre ele e agarrando a garrafa da mesa. Seu peito escovou sobre o dorso de sua mão, e seu dragão interior rugiu. Seu corpo ficou tenso quando o sangue correu abaixo de sua cintura.
Ela tomou outro gole e sentou-se com as costas contra a parede da cabana. Ao olhá-la, zumbiu de emoção. Queria chegar perto e tocá-la, acariciar suas curvas, sua linda bochecha escura. Mas não podia. Já era ruim o suficiente que estivessem presos aqui. Poderia dizer a Cato para enviar alguém para resgatá-los a qualquer momento, mas precisava passar um tempo com ela. E não sabia mais o que fazer. Com todas as provocações que tinha dado a Dax por sua falta de jeito com Aria, Aiden sabia que não estava fazendo nada melhor por si mesmo.
Desligou sua mente para acalmar as vozes de Kian e Cato, dizendo-lhe para voltar imediatamente. Não estava disposto a fazer isso. Precisava estar com ela como respirar. Como o sedento precisa beber água. Como se precisasse de comida ou sustento de qualquer tipo. Era agora e para sempre. E não podia ser de outra maneira.
— Você já considerou conseguir um patrocinador? — Perguntou, pensando nos velhos mestres e fazendo tudo o que podia para manter o desejo fora de sua voz.
— Você quer dizer como um Sugar Daddy? — Perguntou com uma risada.
Ele não sabia o que isso significava, mas poderia dizer que o álcool estava tendo efeito sobre ela. Se quisesse, poderia se inclinar, beijá-la e tirar proveito de sua bebedeira. Apertou os dentes, se controlando. Olhou para cima perguntando o que era um Sugar Daddy no seu link mental e calor subiu por seu rosto.
— Um sugar daddy? — Perguntou, chocado.
— Eu só estou brincando. — Disse ela, batendo no seu peito com a parte de trás da mão. — Eu suponho que poderia começar uma dessas contas na Internet, onde você pede às pessoas para apoiar seu trabalho. Mas sempre pensei que parecia meio vulgar.
— Não é vulgar em tudo. — Disse, feliz que ela tinha mudado o assunto.
— Eu tenho pensado em ter o meu trabalho na Internet. Talvez vendê-lo. Com promoções, esse tipo de coisa. Eu continuo tentando ir pela rota tradicional, e não está funcionando.
— Eu posso ajudá-la. — Disse. — Eu tenho um amigo que é muito bom com computadores.
— Acho que não estou pronta ainda. Estou sempre tão ocupada com trabalho e pintura. Acabei de terminar a escola há um ano.
— Sei que você vai ter tudo funcionando.
— Você é gentil, Aiden. — Disse ela, deitando-se no travesseiro.
Ela fechou os olhos, e ele observou-a, como seu peito se movia lentamente para cima e para baixo. Olhou para o corpo dela. Era absolutamente lindo. Não havia nada que não fizesse por ela. Seu dragão interior resmungou e rugiu, iluminando os seus olhos com chamas. Pressionou a palma da mão contra os olhos e apertou os dentes. Teria que esperar pela satisfação. Mesmo se suas curvas tivessem o seu pênis se contraindo nas calças. Observou o seu peito até que sua respiração se tornou lenta e longa. Estava dormindo.
Desligou a luz ao lado deles e descansou na cama ao lado dela. De manhã, teria que decidir o que fazer. Precisava estar com ela. Quando voltarem para Seattle, não sabia quando ia ter a oportunidade de estar tão perto dela novamente.
Aiden tentou dormir, ouvindo o som da sua respiração sobre a revolta do barulho irritado do dragão dentro de sua mente. Quando a luz do sol do amanhecer quebrou através das janelas, ele jogou as pernas sobre o lado da cama e saiu. No fogão, colocou a chaleira, procurou nos armários por café. Encontrou um velho saco e filtros. Tinha duas xícaras de café preparadas quando ela acordou.
— Oh. — Winnie falou atrás dele.
E virou para vê-la sentada na cama, esfregando seus olhos. Seu cabelo estava saindo em todas as direções e seus olhos estavam inchados. Ela era tão bonita mesmo assim, seus joelhos fraquejaram. Aiden levou o café para ela e ofereceu-lhe um copo.
— Você é meu herói agora.
Ele queria ser seu herói sempre. Aiden teve que ficar calmo. Tinha que continuar a desempenhar o papel de músico que veio para a ilha por um pouco de paz e silencioso para tocar sua guitarra. Não um dragão apaixonado de outro mundo. Sentou-se à mesa em frente à cama para assisti-la tomando o café. Ela gemeu, posou o copo na mesa de cabeceira e saiu da cama. Winnie atravessou o quarto e olhou pela janela.
— O que vamos fazer agora? — Perguntou.
Era uma pergunta que não podia responder. Não sabia o que fazer. Bem, era mentira. Sabia o que fazer. Sabia como resgatá-los imediatamente. Só não queria fazer isso. O dragão rosnou dentro dele, se sentiu como um demônio
— Talvez eu possa pescar um pouco.
— Quanto tempo você acha que vamos ficar presos aqui? — Perguntou ela.
— O barco não voltará por uma semana. Por isso uma semana pelo menos.
— Você acha que eles não vão notar que nos deixaram aqui?
— Se não notaram imediatamente, então provavelmente não vão notar agora.
— No café vão pensar que só não estou indo trabalhar. — Disse ela, sentado de volta na cama. — Vou perder o meu emprego.
— É a pior coisa que poderia acontecer? — Perguntou ele
— Há sempre coisas piores que poderiam acontecer. Como a chuva nuclear, por exemplo.
— Vamos pensar sobre isto de forma diferente. Se você pudesse simplesmente sair, onde você iria?
— Na costa ou ia para o interior. Talvez para o Monte Rainier. Apenas fora da cidade. Às vezes eu não posso suportar a sujeira. A rua cheira a mijo e o meu pequeno apartamento custa-me tanto como uma casa de três quartos em cidades menores. Por isso vim aqui. Eu queria fugir da corrida de ratos. Limpar a minha cabeça. Nunca esperei ficar encalhada aqui fora... com você.
— Você se importa?
— É claro que eu me importo. — Ela resmungou. — Isso está arruinando a minha vida agora.
Aiden apertou os dentes. A última coisa que queria era arruinar a vida dela. Talvez ele devesse abrir seu vínculo mental e dizer a Cato para enviar um navio de resgate. Mas não estava pronto para deixá-la ir. Se ligasse para o esquadrão de resgate, talvez nunca mais a veria. Estava chateada por estar presa aqui. E talvez ela não quisesse lembrar disso. Talvez decidisse arrumar as malas e sair da cidade, e então como a veria novamente?
— Eu acho que vi alguma mistura de panqueca em algum lugar. — Disse ela.
— Eu posso cozinhar-nos algumas panquecas se você quiser.
— Você sabe como fazer isso? — Perguntou ela com uma risada.
— Não é ciência de foguetes.
— Você ficaria surpreso como muitos caras não têm ideia de como fazer as coisas mais simples na cozinha.
— Eu aprendi recentemente uma coisa ou duas sobre culinária — Disse, ao lado da mesa.
— Vou recolher um pouco de lenha. — Winnie falou. — Preciso de ar fresco e esticar as pernas.
— Isso soa como uma boa ideia. As panquecas estarão prontas quando você voltar.
Ela colocou sapatos e desapareceu pela porta da frente. Enchendo uma grande bacia com massa da mistura de panqueca, adicionou a água até ter a consistência certa e colocou-a sobre a bandeja no fogão. Um momento depois, tinha as panquecas prontas. Virou a última para um prato quando ela voltou com um feixe de paus em seus braços.
— Pena que não temos nenhuns marshmallows. — Disse ela, colocando as varas ao lado da lareira.
— Marshmallows?
— Você sabe, para assar sobre o fogo?
— Oh sim, é claro.
Ele não queria admitir que não tinha ideia do que isso significava, então apenas fingiu entender. Havia tanto sobre a terra e os humanos que não entendia. Poderia entendê-los através da música, mas estava começando a perceber talvez tivesse errado.
Há tantas coisas sutis sobre os seres humanos que eram um mistério para ele. Por exemplo, como fazer Winnifred amá-lo. Talvez devesse ter assistido mais daquelas comédias românticas bobas que Cato dizia a todos eles para usar como pesquisa. Aiden teve o suficiente após a primeira dúzia. Nenhum desses filmes o ensinou a lidar com a sua situação.
Como lutador, era um mestre. Ficava nas sombras. Lutava rápido com espadas e facas. Era rápido e implacável. Ao contrário de Dax, que lutava na frente, ou Kian, que era um guerreiro estratégico e líder. Ou Cato que lutava com a sua tecnologia. Aiden entrava e saia da luta, dançando e cortando, escorregando de volta para as sombras. Foi assim que se aproximou de sua companheira. Mas ela merecia o melhor. Merecia a verdade. Só não sabia como dizer a ela.
capítulo 8
E
u vou pescar. — Disse Aiden. — Encontrei uma rede no galpão lá atrás.
— Como você vai pescar com uma rede?
— Vou ter que me molhar.
— Você não pode estar falando sério. A água está congelando.
— Eu não quero deixá-la morrer de fome. — disse.
Ela o olhou intrigada e inclinou a cabeça para o lado.
— Ainda há mais cinco latas de chili e milho, e meia caixa de mistura para panquecas. — Concluiu. — Tenho certeza que será o suficiente até alguém nos encontrar.
— Mas e se não for.
— Ok, se você quiser congelar no oceano. Não vou impedi-lo
Ele podia dizer que estava preocupada, e isso o fez sentir como se importasse. Mas sabia que seria assim para qualquer um. Aiden queria tranquilizá-la que não aconteceria nada porque era um dragão, e não sentia os elementos da maneira como os humanos. Não poderia dizer a ela que não importa o quanto queria ser aberto e honesto sobretudo. Tinha que manter segredo até o momento certo.
Saiu por trás e encontrou a rede e dobrou-a, para que pudesse facilmente levá-la até a praia. Com uma última olhada na cabana, soltou uma profunda respiração e correu pela trilha.
Quando chegou à praia, tirou a roupa e agarrou a rede, pisando cuidadosamente nas ondas. A água fria subiu em torno de seus tornozelos e, em seguida, nos joelhos, nos quadris, e logo ele estava submerso.
Mergulhou profundamente debaixo da água e lançou a rede ao longo do Recife. Um momento depois, puxou de volta, enchendo a rede com uma dúzia de peixes. Com um sorriso em seu rosto, nadou até a superfície, arrastando a rede com ele. Puxou a rede para fora da água e atirou o peixe para a praia. Eles saltaram na areia, quando olhou para cima, encontrou Winnie lá parada observando-o, sua boca aberta em admiração.
— Como você fez isso? — Ela perguntou sobre o som das ondas.
— Não é tão difícil. — Disse, entrando na água.
Ele a viu se aproximando dos peixes pelo canto do olho antes de afundar nas ondas. Mergulhou e lançou a rede, pegando outra dúzia de peixes antes de emergiu na água e os jogar na praia. Winnie foi cuidadosamente recolher os peixes e começou o processo de eviscerá-los.
— Você não tem que fazer isso! — Falou.
— Você não pode simplesmente deixá-los para morrer na praia assim. — Disse ela.
Podia dizer que ela tinha um coração mole e gentil e não queria que o seu jantar sofresse. Mergulhando de novo, trouxe mais uma dúzia de peixes e, em seguida, saiu do mar. Ela ficou onde estava agachada na areia, sua boca aberta, seus olhos esbugalhados. Olhou para sua masculinidade e recuou. Ele olhou para baixo, merda esqueceu que estava pelado. O calor queimou suas bochechas e se afastou.
— Eu sinto muito. Eu não queria fazer você se sentir desconfortável. — Disse olhando por cima do ombro.
— Não, está tudo bem. — Ela disse sem fôlego, seus olhos piscando.
— Eu não queria molhar a roupa.
— Perfeitamente compreensível. Eu preciso... voltar para a cabana.
Aiden virou-se e viu-a trotando em direção à cabana. Depois de colocar suas roupas de volta, começou a reunir os peixes. Planejava defumá-los na praia para que tivessem abundância de comida para o restante de sua estadia na ilha. Cavou um buraco para o fogo e construiu um suporte com galhos.
Aiden encontrou lenha para o fogo, acendeu com a sua chama de dragão, o fogo flamejou em apenas alguns minutos. Pendurou o peixe sobre as chamas e sentou-se para admirar o seu trabalho. Olhou para cima e encontrou Winnifred sentada na praia com seu cavalete, pintando a cena. Sorrindo, acenou. Ela acenou de volta, mas podia sentir seu desconforto.
Ele nunca deveria tê-la deixado vê-lo nu. Isso para o Dax era uma grande falha. Não cometeria um erro assim de novo.
— O que você está fazendo, Aiden? — Cato perguntou, forçosamente abrindo o vínculo mental.
— Eu tenho coisas para lidar em particular. — Disse, fechando o link mental novamente.
Sabia que iria dizer onde estava. Devia deixar Winnifred voltar para sua vida. Mas se não passasse tempo com ela agora, podia nunca ter a chance novamente. Mas se ela descobrir a verdade, poderia perdê-la para sempre. Apertou os dentes, sentindo–se como um asno completo. Precisava estar perto dela.
Sabia que se a deixasse ir, seu dragão o comeria por dentro até que não restasse nada. Cruzou a praia para onde ela estava sentada pintando em seu cavalete. Ela sorriu em sua direção, protegendo os olhos do sol.
— Eu não posso acreditar que você fez isso. — Disse Winnie, apontando em direção aos peixes a secar.
— Não foi nada.
— Foi muito mais do que nada. — Disse ela. — Na verdade, foi meio milagroso. Nunca vi ninguém fazer nada assim. Como você pode suportar esta água?
— É o meu treinamento militar. — Falou, chegando a uma explicação plausível.
Seu rosto relaxou e ela acenou com a cabeça, acreditando que era verdade.
— Que parte dos militares você estava? — Perguntou.
Aiden ligou o seu link mental com o computador da nave espacial para obter informações sobre os militares humanos.
— Eu era um SEAL da Marinha.
— Isso o explica. Você está usando bem o seu treinamento — Ela riu.
Sentou-se ao lado dela e olhou para sua pintura. Era uma cena do oceano. O céu estava cheio de nuvens, como se uma tempestade estivesse chegando. Ela era muito talentosa, e fez seu coração doer, pensar que estava lutando tanto.
— Devemos pegar o peixe pronto e reunir mais madeira antes da tempestade chegar. — Disse.
— Você acha que vai haver uma tempestade à noite?
— Definitivamente. Olhe para estas nuvens.
— Como se as coisas não pudessem piorar. — Ela lamentou.
— Não se preocupe, eu vou cuidar de você.
— Estou contente por não estar aqui sozinha. Isso é certo.
— Eu também.
Ele correu para baixo para a praia e virou o peixe que estava assando. Demorou o resto da manhã para terminar. Encontrou uma grande bacia na cabana e colocou todos os seus peixes assados nela. Depois de extinguir o fogo, levou o peixe de volta para a cabana.
Winnifred transportou outra carga de lenha antes de começar a chover. Ele colocou um pouco de chá para fazer e deu-lhe um copo enquanto ela esperava sua pintura secar.
— Pelo menos eu estou fazendo um monte de pinturas. — Disse ela quando lhe entregou o chá.
— É lindo.
— Obrigada — Disse, admirando seu trabalho.
Sentaram-se à mesa e beberam o chá juntos. Ele olhou para o seu rosto bonito e sentiu seu coração latejar. Seu dragão interior gritou, agarrando-se atrás dos seus olhos e soprando chamas sobre sua mente. Tudo o que queria era levá-la e torná-la sua. Fechou os olhos contra a dor. Aiden nunca iria tocá-la assim, a menos que ela quisesse.
— Eu vou pegar alguns peixes. — Disse, ficando de pé. Colocou alguns peixes em um prato, recolheu pratos e garfos, e colocou na mesa. Eles começaram a comer.
— Isso é muito bom. — Disse ela. — Não estava esperando que fosse tão saboroso.
— Sim, é muito fresco. — Falou, empurrando outro bocado de peixe em sua boca.
— Nós definitivamente vamos precisar de comida se vamos ficar presos aqui por uma semana.
O silêncio cresceu enquanto comiam.
— Esta é a pior coisa que já aconteceu com você? Ficar presa aqui... comigo? — Perguntou um momento depois, lembrando que suas palavras sobre isto arruinariam sua vida.
Ela o olhou e inclinou a cabeça. Sentia-se tão fraco e vulnerável. Vivia para sua aprovação. Estava a matá-lo.
— Estar presa, em geral? Sim, talvez. Embora, provavelmente não. Eu tive coisas piores acontecendo na minha vida.
— O que aconteceu com você? — Perguntou, sentindo-se ferozmente protetor.
— Algumas coisas ruins aconteceram entre quando eu fugi de casa e entrei na escola de arte. Eu vivi na rua por cerca de seis meses até que entrei em uma casa de reabilitação. Esses seis meses foram muito angustiantes. Há muitos doentes lá fora, sabia?
— Você é uma mulher muito forte.
— Às vezes desejo ser mais forte.
— Como assim?
— Fui corajosa o suficiente para sair de casa e arrumar minha vida. Tive a disciplina para me tornar o tipo de pessoa que queria ser. Mas fiz muitos ajustes. Às vezes sinto-me uma covarde. Estou segurando o pequeno conforto que criei porque tenho medo de deixá-lo ir.
— Você não é uma covarde. Olhe como está lidando bem com estar aqui.
Aiden sabia que estava traindo sua confiança e manipulando a situação. Como um daqueles doentes com quem ela teve de lidar. Amanhã, disse a si mesmo, amanhã definitivamente diria a Cato para enviar alguém para pegá-los. Não iria mantê-la presa aqui por mais tempo. Não era esse tipo de homem. Seu dragão rosnou incontrolavelmente dentro de sua mente, seu desejo subindo como um inferno ardente.
Ele abruptamente se levantou da mesa para ir para fora, a tempestade rolando dentro, precisava esfriar a cabeça antes de fazer algo estúpido. Nuvens escuras cobriram o céu quando abriu a porta. Estava no pequeno telhado da varanda com a chuva derramado ao redor. Seu dragão quebrou as paredes de sua mente. Aiden sentiu que sua alma estava queimando, apertou seus punhos contra a dor. Precisava se controlar.
Isso era ridículo. Estava se tornando um homem diferente, não conseguia se controlar. Não conseguia acalmar-se. Já tinha mantido Winnie aqui por muito tempo e era impotente para corrigi-lo. Amanhã, disse a si mesmo novamente, amanhã eu vou deixá-la ir.
Seu dragão discordava. Seu dragão gritou. Minha. Precisa. Reivindicar. Levar. Ela pertence a mim. Ele fechou os olhos e apertou os dentes. Tinha que voltar para dentro, e não queria parecer um verme. Aiden não confiava em si mesmo com ela. Como poderia cortejá-la como um homem normal quando tinha um dragão em sua cabeça gritando para levá-la por qualquer meio necessário. Ela era delicada, bonita e boa. Merecia ser amada, ser acarinhada, ser mimada. Depois de tudo que passou, ele não acreditava que confiaria nele.
Teve que afastar os gritos de seu dragão, para dar-lhe as coisas que merecia. Não deixaria o animal dentro dele ditar como cortejaria essa mulher. Amanhã, se certificaria de que ela chegasse em casa, e então iria convidá-la para sair em um encontro como uma pessoa decente. Esta era a decisão final dele. Não importa o quanto seu dragão gritava. Estava no controle.
capítulo 9
A
tempestade atingiu a cabana, as luzes cintilavam. O vento sacudiu as janelas e soprou debaixo da porta. Aiden ajeitou o fogo, mas o frio da tempestade penetrou as paredes finas. Eles subiram na cama se enrolando nos cobertores grossos colocando-se juntos para o calor.
— Soa como o fim do mundo lá fora. — Disse ela.
— Se este fosse o fim, eu iria protegê-la com o meu último suspiro.
— Aiden. — Disse, incapaz de aceitar suas palavras.
Ela estava um pouco embriagada da última garrafa de whisky ele também. Os homens eram conhecidos por dizer coisas que não queriam dizer quando estavam com influência do álcool, mas suas palavras soavam tão verdadeiras em seu coração que ela foi compelida a acreditar nelas. Podia senti-lo profundamente dentro dela de uma forma que não conseguia explicar.
Seu melhor julgamento lhe disse para evitar este cara como a peste, se esconder do outro lado da ilha e esperar até que a ajuda chegasse, mas aqui estava ela, aconchegando-se perto dele na cama a segunda noite consecutiva. Se Aiden tivesse feito uma jogada ontem à noite, não teria dito não. Mas ele não tinha. Não tinha certeza se estava aliviada ou desapontada.
Winnie sempre foi tão sensível com outras pessoas como era com a beleza, foi essa qualidade que fez dela uma artista. Neste momento, a intuição dela lhe dizia que o que ele disse era verdade.
Mas por quê? Por que esse homem que tinha acabado de conhecê-la estaria disposto a protegê-la até seu último suspiro? Não fazia sentido, mas ela acreditava.
— Eu iria protegê-lo de volta — Disse sem fôlego.
— Acredito que você faria. Você é tão forte. — Ele sussurrou.
— Sou uma sobrevivente. —Disse ela — Eu sobrevivi.
— Mas você não tem que fazer isso sozinha. — Disse ele. — Pode deixar alguém ajudá-la. Eu quero ajudá-la.
— Ajuda-me com o quê? — Riu.
— Tudo. Ajudá-la a crescer como uma artista e encontrar o seu caminho no mundo. Sei que só te conheço há pouco tempo, mas posso dizer que tem tanto para dar. Quero ver você brilhar.
Ela deu um longo suspiro, seu coração dolorido com suas palavras. Sentiu uma lágrima se formando no canto de seu olho e piscou para longe, não entendendo por que estava se sentindo assim. Inclinou-se em direção a ele e apertou os lábios sobre os seus. Em contato, ele gemeu e jogou os braços em volta dela, puxando-a contra ele.
Seus corpos esmagaram juntos. Suas bocas provando um ao outro. Ela se engasgou como a emoção que explodiu dentro dela tão rapidamente que ficou com a cabeça tonta. Ele correu as mãos para baixo em suas costas, segurando seus quadris, empurrou sua língua em sua boca, molhando seus lábios, encharcando seu núcleo. Empurrando a perna entre ela, sua coxa conheceu o calor de seu sexo, enviando uma emoção para cima e para baixo em sua espinha. Gemeu, sem fôlego, se sentindo tão perto da borda que a assustou.
As mãos de Aiden a acariciavam, mapeando seu peito e beijando seu pescoço.
Sentiu-o duro contra sua perna o que fez com que o quisesse ainda mais, que a preenche-se, para descobrir as profundezas de sua paixão. Mas ele afastou-se, apertando os dentes. Descansou a testa contra a dela e soltou uma longa respiração irregular.
— O que há de errado? — Perguntou, decepcionada.
— Devemos parar. — Disse ele.
— Por quê? — Perguntou, conhecendo sua própria resposta.
Foi muito. Muito intenso. Se deixar ir, ela não sabia se iria encontrar o controle novamente. Iria cair de cabeça, mergulhar profundamente na escuridão que era ele, talvez para nunca ser encontrada novamente.
— Não está certo. — Disse ele. — Você merece melhor.
— Isso é refrescante. — Disse com uma risada. Descansando seu rosto na palma da mão, sorriu para ele.
— É a verdade. Você merece muito mais, e eu pretendo dar a você. Quando voltarmos, gostaria de vê-la. Levá-la a sair e cortejá-la corretamente.
— Oh, tão surreal. — Falou ela em uma voz pateta.
— Você não merece menos. Não importa o quanto eu quero você agora.
Ele pegou as suas mãos e beijou os dedos. Fechando os olhos, deitou-se de costas, segurou a sua mão contra o coração. Ela estava em seu travesseiro ao lado dele sentindo seu calor irradiar em sua palma. Nunca teve um homem que lhe dissesse algo parecido antes, e não sabia como levá-lo.
Aprendeu há muito tempo a estar sempre na defensiva com os homens, guardar seus sentimentos para que não os usassem contra ela. Mas Aiden era tão sincero e aberto, não parecia jogando.
Fechou os olhos, esperando que tudo isso não fosse apenas um sonho. Esperava que ele sentisse o mesmo de manhã, quando ambos estivessem sóbrios, a luz cinza do dia a fez lembrar a realidade.
Winnifred fez uma xícara de chá e aventurou-se fora, o amanhecer estava encharcado de chuva. A tempestade tinha diminuído, e o chão estava saturado. O céu estava pálido. Ela cheirou o aroma da terra e do oceano, a brisa soprava sobre Puget Sound, balançando o seu cabelo, acariciando suas bochechas. Suspirou olhando as dunas com vista para a praia.
Queria ficar longe de tudo. Missão cumprida. Agora estar aqui com Aiden, era outra história. Ele era doce e gentil, com um ar de mistério que a fez querer mais. Para não mencionar a sua boa aparência de estrela do rock, olhos e cabelos escuros, a intensidade que parecia rolar a sua volta, pronto para atacar a qualquer momento. E aquele beijo. Puta merda.
Se devia estar encalhada numa ilha, com Aiden, tornou-se algo extremamente interessante. No início, ele tinha sido um pouco assustador, mas essas mesmas qualidades agora pareciam diferentes.
Sentiu-se segura e protegida com ele que parecia querer o melhor para ela e ajudá-la com sua vida, embora não a conhecesse. Muitos homens não eram assim, especialmente aqueles quentes. Não parecia estar cheio de si mesmo. Tocava guitarra melhor do que qualquer músico que já conheceu e, sendo um especialista nessa arte, tinha conhecido um monte de fanáticos ao longo de seus anos de faculdade, era dizer muito.
Sua atração a deixou desconfortável. Ele disse que trabalhava em segurança e tinha estado no exército antes disso, mas não deu detalhes. Tinha o olhar de garoto mau que sempre a atraiu, mas inevitavelmente acabava sendo tóxico. Pelo que tinha observado de Aiden, ele era um cara legal.
Suspirou, tomando um gole de chá. Provavelmente perdeu o emprego no café e finalmente podia tomar a decisão de sair de Seattle. Mudaria para o Monte Rainier ou para o Sul ao longo da Costa. Talvez encontrasse algum lugar em uma das ilhas ao Sul. Mas definitivamente estava partindo. Talvez encontrasse um lugar onde pudesse viver de sua arte e finalmente ser feliz. Provavelmente nunca veria Aiden novamente, a menos que ele quisesse ser seu amigo por correspondência. E todos sabiam que as coisas de longa distância não funcionavam.
Por que pensava sobre o futuro de seu relacionamento? Aiden a tratou bem, seu beijo tinha enrolado os dedos dos seus pés, e ele disse coisas que fizeram seu coração pular uma batida. Às vezes achava que tinha visto algo nos seus olhos, algo queimando, luxúria quando a olhava. Mas depois se segurou quando se beijaram. Se isso não significasse algo, ela não sabia o que seria. Mas a última coisa que queria era humilhar-se presumindo que ele sentia algo, além de paixão momentânea e luxúria.
Tinha cometido esse erro antes, e prometeu manter a guarda baixa com os homens a partir de então.
Com Aiden, meio que queria quebrar essa promessa. Talvez valesse à pena. Ele lhe dava uma sensação de formigamento quando a olhava com aqueles olhos pesados. Havia algo acontecendo debaixo da sua máscara legal. Queria descobrir o que era. Ver se era tão profundo e misterioso como parecia. Winnie balançou a cabeça para si mesma. Aiden estava fora de seu alcance. Ele poderia ter qualquer uma. E, além disso, tinha coisas mais importantes para pensar. Como sair desta ilha e depois organizar sua vida.
Quando começou a voltar para a cabana, ouviu um sussurro nos arbustos ao lado da trilha. Olhou para a floresta escura, estava coberto de sombras do céu nublado e cinza. Não viu nada entre os troncos de árvores e arbustos. Provavelmente foi só um esquilo ou um coelho. Ela se encolheu e continuou andando.
Afastando-se da floresta, e tendo uma visão clara da porta da frente, sombras surgiram da floresta e cercaram-na. Um grupo de meia dúzia de homens materializou-se em torno dela. Gritou e deixou cair a xícara. Quebrou no chão, espirrando líquido quente na perna da calça.
Aiden estourou para fora da cabana, correndo em sua direção numa velocidade sobre humana. Algo aconteceu com ele. De repente, se transformou em outra coisa, enorme e monstruosa. Asas brotaram de suas costas, garras apareceram onde seus dedos tinham estado. E duas longas espadas de laser vermelhas apareceram em suas mãos. Ela gritou novamente ao vê–lo. Mas ele imediatamente atacou os homens que a agarraram. Eles a deixaram para lutar com Aiden. Mas não era o Aiden que ela conhecia, agora parecia um Demônio.
Não sabia o que era mais assustador, os homens sombras ou o cara que esteve nos últimos dois dias.
E pensar que teria feito sexo com este tipo. Que diabos era ele? Ele bateu para trás os homens das sombras, que revelaram dentes longos, caninos afiados. O que eram? Vampiros??? Se os homens sombras eram vampiros, o que era Aiden? Ela recuou, escondendo-se na floresta.
— Escondendo outra Dragon Soul de nós? — Um dos vampiros disse e atacou.
— Não tão poderoso agora, é? — Disse outro.
— Victor e Marco vão estar tão felizes em ouvir isso. — disse um terceiro.
Aiden continuou a lutar, mas Winnie podia ver que estava parecendo frustrado. Seu rosto ainda era principalmente o mesmo, sua mandíbula tinha se tornado mais acentuada e escamas tinham brotado sobre sua pele.
Ela ia se esconder na cabana quando Aiden a agarrou pelo braço, recolheu-a, e lançou-se para o céu.
— O poder da magia de Aria se foi. — Ele murmurou.
— O que diabos você está fazendo? — Gritou, ele embalou-a em seus braços poderosos.
— Eu estou salvando você dos vampiros. — Disse. — Eu não sei como nos encontraram.
— O que você é? — Exigiu saber, suas asas batiam duro contra o ar, carregando-os sobre a água e longe da ilha.
— Eu sou um dragão, disse como se estivesse envergonhado de ser descoberto. — Vim de outro planeta. Agora estou aqui na Terra, à procura da minha companheira. E acontece de ser você.
— Você está louco?
— Você me viu mudar com seus próprios olhos. — Disse ele voando rápido sobre as águas cinzas da baía.
— Não. Não acredito nisto. Você colocou cogumelos no meu jantar na noite passada?
— Eu não colhi cogumelos ontem. Eu fui pescar.
Ela rolou os olhos. — Isso não pode ser real. Só não pode ser.
— Temo que seja. Agora que os vampiros sabem da sua existência, eles vão caçá-la. Não descansarão até que tenham tomado o seu sangue. Tenho que protegê-la. Eu não deveria ter estado tão cego. Mas eu queria conhecê-la.
— Espere um minuto. — Disse. — Podíamos ter saído este tempo todo. Você pode voar.
— Você está levando esse fato muito bem. — Disse ele. –Muitos humanos não fazem isso.
— Você me deixou encalhada numa ilha porque tinha medo de me assustar?
— Estamos proibidos de revelar nossa verdadeira forma aos humanos. Eu preciso entrar em modo furtivo, então não seremos vistos.
E de repente, desapareceram. Ela gritou e começou a cair dos seus braços.
— Por favor, relaxe. Eu não quero deixar você cair.
Ela tomou várias respirações profundas, tentando se acostumar com o fato de que não conseguia ver a si mesma ou Aiden.
— Eu quero que você me leve para casa agora.
— Temo que não possa fazer isso.
— O que você quer dizer com não pode fazer isso? — Ela exigiu.
— Os vampiros. Eles vão sugar todo o seu sangue. Você é uma Dragon Soul, o que significa que você tem o DNA de dragões antigos misturados com seu próprio DNA humano. O sangue de Dragon Soul dá aos vampiros poder extra. E agora que eles sabem que você existe, não vão deixá-la em paz.
— Eu vou arriscar, não quero fazer parte de nada disso. Seja lá o que for
— Temo que não posso deixá-la sozinha. Você deve voltar para a mansão comigo, para que eu possa protegê-la.
— Sem chance. — Disse. — Eu não confio mais em você.
— Winnifred. — Ele começou.
— Você pode me deixar no meu apartamento e nunca mais precisamos nos ver novamente. Se os vampiros me incomodam, eu chamo a polícia.
— A polícia humana não pode te ajudar. Você precisa vir comigo.
— Por que eu iria a qualquer lugar com você. Seu esquisito! — Gritou.
— Porque eu sou seu companheiro. É o destino.
— Que bando de mentiras de merda. Se você queria entrar nas minhas calças, só devia ter perguntado. Talvez pudéssemos ter trabalhado nisso. Mas agora? Não há uma chance.
— Minha querida. — Disse ele.
— Eu não sou sua querida. Quanto mais cedo voltarmos para Seattle, melhor.
— Você deve acreditar em mim. Está em perigo. Antes que os vampiros nos vissem juntos, você poderia ter continuado a viver sua vida pacífica. Mas agora que eles têm o seu cheiro, eu duvido que vão deixá-la sozinha.
— Estás a dizer-me que aqueles vampiros vão caçar-me pelo resto da minha vida até me apanharem e beberem o meu sangue pelo seu poder?
— Isso resume tudo, sim. — Disse ele.
Ela gemeu alto e jogou a cabeça para trás, olhando para o céu. Embora fosse invisível, ainda podia sentir e olhar ao redor. Era a sensação mais estranha. Não conseguia ver Aiden ou suas expressões, mas podia sentir seus braços fortes e quentes enrolados em torno dela.
Estava louca como o inferno. Tudo o que queria era voltar para casa e retomar a vida normal. Winnifred tinha estado por conta própria desde que era uma criança, defendeu–se de sacos de merda, entrou em uma prestigiada escola de arte, terminou seu mestrado, começou a vender suas pinturas numa das casas de arte mais competitivas do país. Era uma sobrevivente. Sabia como cuidar de si mesma. Não ia deixar o Aiden entrar e começar a dizer-lhe o que fazer.
— Eu não tenho nenhuma razão para acreditar que esses vampiros vão vir atrás de mim. Parecia que eles estavam atrás de você.
— Eles nos viram juntos, e sabem que você é uma Dragon soul. Eles vão caçá-la incansavelmente para o resto de sua vida.
— É o que você diz. Mas eu não tenho nenhuma razão para acreditar em você. Olha, eu posso ver Seattle daqui. Você pode apenas descer e me deixar na frente do meu apartamento.
— Winnie.— Ele começou. — Eu não posso deixá-la ir.
— Você pode, e você vai. Não é sua decisão a tomar. É minha.
— Muito bem. — Disse ele, deslizando sobre a cidade.
As ruas voaram abaixo enquanto ele bombeava suas asas e acelerou pela cidade. Logo estavam no distrito de arte, e lentamente se estabeleceu no chão em um beco atrás de seu prédio. De repente, ela era visível novamente. Engasgou-se e olhou para os braços e as mãos.
— Oh, graças a Deus. — Disse. — Eu pensei que poderia ser invisível para sempre.
— Meu modo furtivo é fácil ativar e desativar. Nunca foi um problema. Deixá-la sozinha, no entanto, é. Eu não posso deixar você fazer isso.
— Você não vai me levar a lugar nenhum. Se quiser me proteger dos vampiros, então vá esperar no meu telhado como uma gárgula. — Disse sorrindo enquanto saia do beco e virava a esquina para a rua.
Se sentiu um pouco mal por lhe dizer isso, mas estava realmente assustada e prestes a ter um colapso nervoso. Tinha razão para ficar zangada. Pelo menos, isso é o que disse a si mesma, tocou no seu vizinho e pediu–lhe uma chave extra.
capítulo 10
A
iden ficou no beco, assistindo Winnifred desaparecer ao virar a esquina. Ele falhou em todos os sentidos. Baixou a cabeça envergonhado, seu dragão rugiu dentro de sua mente, dizendo-lhe para não ser um fraco. Seu dragão gritou para ele pegar sua mulher e reclamá-la antes que fugisse. Balançou a cabeça, nunca poderia fazer isso. Tinha que deixá-la ir. Mas ela tinha-lhe dado uma ideia.
Aiden não sabia o que era uma gárgula, mas podia vigiá-la de cima como tinha feito na primeira noite que a viu. Ela pode não querer que interfira, mas não havia como deixá-la à mercê dos vampiros. Primeiro, tinha algo importante para fazer. Encontrou um de seus cabelos firmemente enrolado no botão em sua camisa. Arrancou-o e o pôs no bolso.
Abrindo o seu vínculo mental, disse.
— Cato, eu estou voltando para casa. E eu tenho uma amostra de DNA para a análise de acasalamento.
— Finalmente. — Disse Cato — Nós estávamos enviando Dax para trazê-lo de volta.
— Você acha que Dax poderia ter me persuadido?
— Ele já encontrou sua companheira e a reivindicou com sucesso. — Disse Kian. — E você ainda tem que fazê-lo.
Aiden cerrou seus dentes e apertou os punhos, meio deslocado em modo furtivo, saltou para o telhado do edifício de Winnifred. Aterrissou e entrou em forma completa de dragão em uma fração de segundo antes de saltar para o céu. A mente do dragão assumiu e resistiu em deixar sua companheira para trás.
O dragão rugiu e cuspiu fogo alto acima da cidade. A mente do homem teve que exercer todo o poder da sua vontade para impedir seu dragão de se virar e fazer dele um tolo.
A meio caminho de volta ao complexo, Aiden finalmente conseguiu controle. Tinha sido a batalha mental de uma vida. Quando aterrissou no gramado verde atrás da mansão, se sentiu esgotado e abatido.
Winnifred estava certa, nunca deveria ter mantido a verdade dela. Deveria ter chamado Cato de imediato, mas não pode resistir a passar tempo com sua adorável companheira. Agora o dano podia estar além do reparo.
Entrou na porta dos fundos e encontrou Kian esperando-o na cozinha. Everly estava alimentando Ember com compota de maçã e o bebê estava batendo na sua cadeira com uma colher, fazendo uma bagunça e gritando. Aria riu da criança, quando Dax sussurrou em seu ouvido, Aria olhou para Aiden e sorriu, segurando seu riso. Ele estreitou os olhos em Dax, sabendo que o grande idiota estava zombando dele.
— O que é tão engraçado. — Exigiu.
— Você está finalmente de volta, vejo. — Disse Kian, mexendo uma panela no fogão.
A cozinha estava cheia do cheiro de sopa de frango. O estômago de Aiden resmungou e torceu em um nó. Ele estava doente e zangado consigo mesmo. Cometeu o maior erro da sua vida, e nunca se perdoaria se não conseguisse fazer as coisas certas com a Winnifred.
— Eu tenho uma amostra de DNA da minha companheira. —Rosnou com Cato atravessando a porta da cozinha.
— Então não vamos perder tempo. — Disse Cato.
— Aqui. — Disse Aiden, entregando-lhe a amostra. — Eu tenho que ir.
— O que você quer dizer? acabou de voltar. — Disse Kian.
— O que aconteceu? — Dax falou com alegria nos olhos.
— Minha companheira e eu ficamos presos em uma ilha por vários dias.
— Dragões não podem ser presos em ilhas. — Dax informou.
Aiden rosnou.
— Os seres humanos podem ser presos em ilhas. Eu estava sendo como um ser humano. Precisava passar um tempo com ela.
— Como conseguiu voltar? — Kian perguntou.
— Fomos atacados por vampiros. Tive que tirá-la de lá. A única maneira de fazê-lo foi a meia-mudança e voar para longe. Ela ficou muito brava e exigiu que a levasse para casa. Deixei-a no apartamento dela. Mas não posso deixá-la por muito tempo. Os vampiros certamente a vão localizar e sequestrá-la.
— Ela está brava com você. — Dax falou. — Nunca vai reclamá-la agora.
— Cale-se, Dax. — Aiden rosnou, cerrou suas mãos e rangeu os dentes. Seu dragão interior rugiu, e ele o sentiu chegando involuntariamente. Suas mãos começaram a se transformar em garras e seus dentes cresceram afiados.
— Acalme-se, Kian. — Exigiu.
O comando de seu príncipe conseguiu passar para o seu dragão e Aiden foi capaz de respirar normalmente, seu ritmo cardíaco diminuindo. A raiva em seu sangue começou a diluir.
— Você está certo sobre protegê-la. — Disse Kian. — Realmente deve voltar para a cidade e certifique-se de que está segura. Tudo o resto pode ser trabalhado no futuro. Cato confirmará que é realmente sua companheira, e então você pode tentar fazer a coisa certa com ela. Se é sua companheira, haverá uma maneira. Tem que haver. É assim que o destino funciona.
Aiden ouviu as sábias palavras de Kian. Este era um daqueles momentos onde Aiden sabia porque ele era seu líder. Nove vezes em dez, Kian sabia exatamente o que fazer e dizer.
— Estou indo, então. — Aiden disse andando pela porta dos fundos.
Ele mudou para sua forma de dragão completo, a forma mais rápida para voar, e explodiu no ar. Levaria um pouco de tempo para voar de volta à cidade, mas esperava que fosse rápido o suficiente para chegar lá antes que algo pudesse acontecer. Bombeou suas asas e empurrou-se o mais rápido que podia. Dos quatro dragões da House of Flames, Aiden era o mais rápido, mais ágil e mais preciso.
No entanto, tinha cometido um erro grave em seu namoro com sua companheira. Em seu entusiasmo de estar com ela, agiu impulsivamente. Nunca deixaria isso acontecer de novo. Seu maior trunfo, além de sua velocidade era a sua paciência. Iria esperar, observar e protegê-la de longe pelo tempo que fosse preciso. Kian acreditava que acabaria por perdoá-lo. Pretendia estar lá para ela até que isso acontecesse.
Quando pousou em seu prédio, de repente percebeu que não tinha sido carregado pela magia de Aria.
– Kian. — Disse sobre o seu vínculo mental.
– Estou aqui.
Ele caiu em meio modo furtivo e voou para baixo para espreitar a sua janela. As cortinas foram fechadas, mas podia ver através de uma lasca entre as duas. Ela estava dormindo em sua cama, sua respiração lenta. Soltou um suspiro de alívio e voou de volta para o telhado.
— O que é, Aiden? — Kian respondeu.
— Há algo que eu esqueci de te dizer. — Disse Aiden.
— O que é?
— O poder da magia de Aria, parece desvanecer-se, como se nunca estivesse estado lá.
— Como você sabe?
— Quando os vampiros atacaram, eu não pude prejudicá-los.
— Isso é lamentável. — Disse Kian. Parece que ela tem que reaplicar sua magia continuamente. Você saiu antes de ouvi-la novamente.
— Eu deveria ter esperado. O impulso de acasalamento. Está me mudando, me deixando imprudente. Esta é a segunda decisão ruim que eu fiz esta semana.
— Não lamente sobre isso. Está tudo bem.
— Eu não posso deixá-la. Posso não ser capaz de matar os Vampiros, mas ainda posso protegê-la.
— Eu poderia ter Dax trazendo Aria para a cidade amanhã. Tenho certeza que ela gostaria de sair de casa de qualquer maneira.
— Essa é uma solução razoável. — Disse Aiden.
— Fique atento. — disse Kian.
–Sim senhor. — Disse Aiden ao seu primo. — Eu vou.
Sentou-se em modo furtivo na escada para fuga de incêndio fora de sua janela em sua forma de meia-mudança. A rua abaixo estava ocupada com pessoas passando e carros enchiam o ar com barulho. Esperava que Winnifred estivesse bem. Eles haviam deixado todos os suprimentos dela e seus dois novos quadros de na ilha. Disse a si mesmo que iria levá-los quando tivesse uma chance. Talvez se os trouxesse de volta, ela o perdoaria.
Sentou-se e esperou que o dia mudasse para a noite e o sol começasse a se pôr atrás dos prédios altos. Suas cortinas deslizaram abertas e ela ficou do outro lado do vidro, olhando para a luz do sol desvanecendo-se.
Um sorriso fraco em seus lábios e um olhar melancólico encheu seus olhos. Ele se aproximou e tocou o vidro, desejando que pudesse tocar sua pele. Estava tão perto, mas tão longe.
Rangeu os dentes sentindo-se um tolo. Dax iria provocá-lo impiedosamente por isso. Aiden tinha feito a mesma coisa se os papéis fossem invertidos.
Mas não importava. Só se importava com a segurança de Winnifred. Esperaria como um tolo até o fim dos tempos para mantê-la segura. A provocação do Dax era insignificante. Tudo o que importava era ela.
Aiden assistiu da janela ela ocupando-se em sua cozinha. Winnie derramou água em uma panela e então colocou no fogão. Ela fez uma xícara de chá quando a água ferveu e sentou-se à mesa perto da janela. Bebendo seu chá, abriu seu laptop e começou a rolar através de seus e-mails.
Aiden leu seus e-mails sobre o ombro, percebendo uma correspondência com sua amiga Tonya.
— Como vai, tudo menina? Não te vejo desde o show dos Mortar na outra noite. Fui no café, mas eles disseram que você não apareceu para o trabalho! Você não atende o telefone. Deixei um monte de mensagens de voz. Está tudo bem?
Winnifred agarrou seu telefone e ligou para Tonya. Caiu no correio de voz, por isso deixou uma mensagem.
— Olá, aqui é a Winnie. Está tudo bem. Estava presa em uma ilha no Puget Sound e cheguei em casa depois de algumas circunstâncias incomuns. Posso compartilhar essa história com você um dia, se tomar um pouco de vinho a mais. Mas por agora, vou dizer que foi assustador. Falei com o café para não me despedirem. Mas tomei a decisão de me mudar de cidade. Eu já estou procurando apartamentos perto de Mount Rainier e na costa sul.
Há uma casa da que eu realmente gostei. Terei o suficiente para um adiantamento. A minha declaração de imposto está a chegar a qualquer momento. Eu só vou fazer isso. Sem pensar ou esperar. Dane-se o que acontecer e tudo mais. Chega de compromissos.
Aiden escutou-a falando através do vidro de janela fina. Ele não sabia se deveria se torcer ou chorar por ela estar partindo. Mas a protegeria onde quer que fosse. Estava orgulhoso dela por finalmente tomar a decisão que ia no seu coração. Mas não podia deixar de pensar que quanto mais longe que fosse, mais difícil seria conquistar seu amor.
Ela fechou o laptop e ficou de pé. Agarrando seu casaco, deixou seu apartamento e um momento depois foi para a rua, andando rapidamente para longe do edifício. Ele saltou para a calçada, seguindo atrás dela. Não havia muitas pessoas na rua a esta hora da noite, mas ainda tinha que se desviar cuidadosamente dos pedestres. Poderia estar invisível, mas não era imaterial. Se transformou em sua forma humanoide que era menor ainda ágil e rápido.
Ela desapareceu em uma livraria e a seguiu adentro atrás de um casal que deixou a porta balançando atrás deles. Winnie trotou abaixo de algumas escadas, desaparecendo de vista. A seguiu e encontrou-a agarrando um avental e ficando atrás do balcão do café.
Deve ser onde trabalha. O cheiro de comida encheu seus pulmões, e percebeu que não tinha comido desde a mordida de peixe que conseguiu enfiar na boca antes do ataque de vampiro. Não podia largar o seu modo furtivo, pedir um sanduíche, e sentar-se como um cliente normal. Ela não ficaria feliz em vê-lo.
Escorregou em um canto, coberto de sombras, olhando sobre ela, protegendo-a do perigo que conhecia, espreitando apenas para além da visão da humanidade.
Capítulo 11
U
m turno depois, Winnifred acenou adeus para a barista noturno, Nadine, e subiu as escadas para a livraria. Tomou uma respiração profunda, tomando o cheiro dos livros. Sabia que iria sentir falta da livraria, o café, e até mesmo a cidade, mas estava indo para cumprir o propósito de sua vida, ser uma artista. Depois do que tinha experimentado na ilha, nada iria segurá-la de volta agora. Tinha visto algumas coisas estranhas e foi mudada para sempre por elas.
Depois que Aiden se transformou em um dragão e a carregou longe do ataque dos vampiros, soube que suas próprias pequenas preocupações eram exatamente isso, pequenas. Se pudesse sobreviver a estar encalhada em uma ilha, atacada por vampiros, e salva por um dragão, poderia sobreviver mudando-se para outra cidade e começando por conta própria.
Fez o seu caminho pela rua escura, sentindo um arrepio estranho na parte de trás do pescoço. De alguma forma, ela perdeu Aiden. Talvez tivesse ficado e estivesse cuidando dela agora. Olhou em volta quando caminhou para a porta da frente do seu edifício. E quase esperava que ele estivesse lá.
Gemeu enquanto empurrou a chave na fechadura e pisou dentro do prédio. Tinha que parar de pensar no Aiden. Esteve pensando nele o dia todo no trabalho, até o ponto em que estava tão distraída que quase derramou um Cappuccino em um alto executivo. Aquele cara não tinha lhe dado gorjeta.
Subiu as escadas, desceu pelo corredor e entrou no seu apartamento.
As cortinas blackout ainda estavam abertas, deixando entrar a luz da rua. Acendeu as luzes e atravessou a sala. Sentada perto da janela, olhou para a lua. O céu estava limpo desde a tempestade e a lua minguante brilhou prata sobre a cidade.
Seus pensamentos se afastaram de novo para Aiden. E se realmente fosse seu destino, e se ela era mesmo dele? Era tudo conversa louca, mas e se fosse verdade? E se pertenciam um ao outro e ela o mandou embora?
Se ela alguma vez revela-se o que tinha visto na ilha para qualquer um, iriam trancá-la num hospício. Era melhor se esquecesse. Abriu seu laptop e começou a olhar através das listagens de apartamentos. Havia tantas opções em cidades pequenas que eram uma fração do custo de seu apartamento estúdio. Alguns deles tinham jardim e até permitiam animais de estimação. Seria tão silencioso numa cidade pequena. Poderia fazer caminhadas todos os dias e fazer uma pintura nova sempre que ela quisesse.
Depois da sua busca por apartamento, comprou um nome de domínio na Internet, e tentou começar a trabalhar em um site. Em frustração, lembrou que Aiden disse que seu amigo Cato sabia muito sobre computadores. Se arrependeu de não ter aceitado a oferta. Construir um site era mais difícil do que parecia.
Finalmente conseguiu fazer upload de fotografias de todo o seu trabalho atual para o site desajeitado que construiu. Tinha tudo listado, tudo, menos as pinturas que tinha deixado de volta na ilha. Essas duas pinturas eram alguns de seus melhores trabalhos, e se arrependeu de tê-los perdido... Mas não tanto quanto lamentou perder Aiden. Tanto quanto queria esquecê-lo, não podia.
A luz da lua brilhava através do vidro, banhando a sua pele. E se perguntou se Aiden estava lá fora em algum lugar cuidando dela agora. Talvez estivesse do outro lado do vidro. Ela levantou a palma da mão e apertou-a contra a janela, pensando no homem escuro com quem tinha compartilhado um único beijo inesquecível. Suspirou e fechou os olhos, perdida na memória. Se não soubesse, teria acreditado que realmente sentia calor irradiando através do vidro em sua palma. Ela retirou a mão, era muito estranho para ser verdade.
Winnifred fechou as cortinas. Suas fantasias sobre Aiden cuidando dela estavam ficando maiores. Tinha que superar isso. Talvez tenha alucinado tudo. Talvez alguém a tenha dopado com drogas no bar na outra noite durante o concerto. E nada entre agora e quando acordou vários dias depois era real. Talvez Aiden fosse apenas uma fantasia.
Ela pulou na cama, gemendo. Sabia o que tinha acontecido tinha sido era real. Por incrível que fosse, tinha acontecido.
Os sentimentos que tinha por esse homem eram verdadeiros. E estava tão confusa. Nem sabia como reagiria se o visse novamente. Talvez ainda estivesse zangada. Ou talvez se atirasse em seus braços.
Depois de trabalhar no site “feio” até tarde da noite, desmaiou na cama e adormeceu. Na manhã seguinte, foi procurar algumas caixas de papelão. Estava preparando-se para sair da cidade e seguir com sua vida.
No beco atrás do seu edifício, Winnie procurou nas latas de reciclagem, encontrando várias caixas de papelão que estavam em perfeita forma. Colocando-os debaixo do braço, correu para cima.
Olhando para três anos de coisas acumuladas, bebeu outra xícara de café e, em seguida, verificou seus e-mails. Encontrou um e-mail informando que seu pedido de um apartamento nas montanhas tinha sido aprovado! Winnie gritou com alegria e saltou para cima e para baixo como um garotinho que tinha que urinar. Podia se mudar assim que pagar o adiantamento e o primeiro mês de aluguel.
Aplaudindo animadamente, conseguiu embalar suas coisas. Era um lugar pequeno, mas ela tinha uma quantidade surpreendente de porcaria. Depois de encher vários sacos com lixo, embalou um monte de caixas com suas coisas. Quando acabou percebeu que era muito tarde e ainda não tinha comido. Fez-se uma tigela de macarrão e olhou para fora da janela na luz do dia desvanecendo-se.
Enquanto torcia o macarrão em seus pauzinhos, seus pensamentos viraram-se para Aiden. E estava totalmente assustada com o que aconteceu na ilha, e depois acabou sendo muito rude com o homem que salvou sua vida. Disse a ele para ir e nem sequer perguntou como entrar em contato com ele.
Quanto mais pensava sobre isso, mais preocupada ficava respeito dos vampiros. Talvez eles iriam localizá-la e tentar sugar seu sangue. Ela resmungou, desejando que pudesse parar de se preocupar.
Aiden tinha dito que eram companheiros predestinados. Imaginou que era sua alma gêmea de dragão. Tinha que admitir que havia algo lá. Sentiu uma agitação dentro dela desde o momento em que se conheceram. Claro, ele parecia estranho e talvez apenas um pouco assustador. Mas também era bonito e gentil. Debaixo do manto de mistério tinha um bom coração. Podia senti-lo, e sabia que o tinha machucado.
Winnifred podia ter inteligência de rua e fazer um jogo difícil, mas ela era empática e intuitiva quando se tratava de sentimentos de outras pessoas. Tão irritada como tinha estado quando Aiden a deixou, sabia que suas palavras tinham lhe picado o núcleo. Naquele momento, estava tão chateada que não se importava. Agora, se arrependia.
— Se você realmente significa tanto para ele. — Disse a si mesma em voz alta. — Ele virá e te encontrará. Você não o assustou tanto assim. Então, pare de se repreender.
Lavou a tigela e se aprontou para dormir. Amanhã ia ser mais um dia atarefado. O site disse que seu reembolso devia chegar amanhã, e sim, ela iria usar para pagar o seu novo apartamento, embalar o resto de suas coisas, alugar uma van, e dirigir até sua nova casa. Tomou sua decisão, e não havia como voltar atrás agora.
Capítulo 12
A
iden dormiu na saída de incêndio de Winnifred, aliviado que a tempestade tinha passado na noite anterior. Pode ser um dragão pronto para batalha, mas ninguém realmente gostava de dormir na chuva. Não... Mesmo que tivesse chovido de novo, teria valido a pena. Só sabendo que ela estava segura valia a pena qualquer desconforto.
Ela empurrou as cortinas e sorriu para fora no dia. Vê-la enviou uma emoção áspera em seu coração. A viu beber café, preparar a caneca no balcão e depois deixar seu apartamento. Voou sobre o telhado e observou-a vasculhar umas das latas de reciclagem. Ela puxou várias caixas de papelão para fora da lixeira e carregou-as em seu braço de volta para o edifício.
De volta lá dentro, começou a arrumar as malas. Seu coração afundou. Estava partindo. Não importa onde fosse, não importa o quão longe, ele iria vigiá-la e protegê-la. Algum dia, quando não estivesse mais brava com ele, iria se aproximar novamente e tentar fazer as coisas direito. Era a sua única esperança.
— Estamos quase chegando. — Disse Kian através de seu vínculo mental.
— E eu tenho uma surpresa para você. — Disse Cato.
Alguns momentos depois, toda a tripulação junto com Aria, Everly, e até o bebê Ember chegaram e desembarcaram no telhado do prédio de Winnifred. Aiden voou para cima, eles deixaram cair o seu modo furtivo, tornando-se visíveis.
— Devo apenas fazê-lo aqui? — Aria perguntou.
— Este é um lugar tão bom quanto qualquer outro. — Disse Kian.
— Ok. — Disse ela — Eu vou começar.
A canção de Aria escorregou entre seus lábios, subindo no ar acima do som da cidade. Piscou e rodopiou em torno dele, deslizando para baixo em sua espinha e crescendo em seu coração. Ele sentiu o poder se desenrolar como uma flor brotando. Suave no início, mas depois em plena floração, perfumada e madura. Tomou uma respiração profunda quando o poder de sua magia tomou posse. Sua voz se afastou, crescendo em silêncio depois de uma nota final tremendo perfurou o ar. Ela sorriu, batendo palmas.
— Você se sente mais poderoso agora, Aiden? — Perguntou ela.
— Ele vai precisar. — Disse Dax.
— Provavelmente.—Aria concordou.
Aiden rolou os olhos; Dax estava se esfregando em sua companheira. Os dois juntos eram altamente irritantes. Pena que a canção de Aria era a única coisa que o fazia poderoso o suficiente para realmente ferir vampiros.
— Eu preciso voltar para Winnifred. — Disse Aiden, afastando-se.
— Espere. — Disse Cato.
— Tenho novidades para você.
– O que é? — Aiden perguntou com uma careta.
Ele odiava ser o alvo das piadas do Dax. Era geralmente Dax que cometia erros idiotias. O papel revertido não era agradável. Talvez Aiden deva considerar não dar a Dax um momento tão difícil quando isto estiver acabado. Não, isso nunca iria acontecer.
— Eu tenho os resultados do seu acasalamento. — Disse Cato.
— Bem, cuspa. — Aiden rosnou.
— É positivo. Ela é sua companheira.
— Eu não precisava de nenhuma análise de computador para me dizer isso. Eu posso senti-lo em meu intestino, e em meu coração. Isso é tudo o que importa.
Ele virou–se de novo, e foi embora.
— Eu odeio perguntar isso. — Ele começou — Mas um de vocês poderia me fazer um favor?
— Estou levando Aria para o Arcade. — Disse Dax.
— E eu estou levando Everly e Ember às compras, disse Kian.
— Eu posso ajudá-lo. — Cato ofereceu — O que você precisa?
— Eu preciso de alguém para ficar aqui e cuidar de Winnifred enquanto eu volto para a ilha e recupero suas coisas.
— Eu posso fazer isso. — Disse Cato.
— Obrigado, Cato.
–Agora eu devo-lhe dois favores.
Aiden e Cato entraram em modo furtivo e meio deslocado, voando até saída de incêndio fora da janela de Winnifred.
— É ela. — Disse Aiden.
— Ela está fazendo as malas?
— Sim. Ela é uma artista, e quer ir a algum lugar que seja menos caro para viver.
— Por que simplesmente não vem morar na mansão conosco? — Cato perguntou.
— Você sabe o porquê, Cato, eu estraguei completamente as coisas com ela e agora ela não quer nada comigo. Preciso pegar as coisas dela como uma oferta de paz antes que saia. Talvez vá concordar em me ver novamente.
— Bem, não perca tempo. Você deveria ir.
Aiden voou para o ar se transformado em seu dragão vermelho veloz, bombeando suas asas, o levando sobre a cidade. Ele chegou à costa e continuou voando, empurrando para a ilha onde ele tinha passado dois dias pacíficos com sua companheira.
O único beijo que eles compartilharam tinha sido a experiência mais poderosa de sua vida. E queria muito mais, mas não se arrependeu de se segurar por um segundo. E se eles tivessem feito amor e, em seguida, revelado que tinha mantido a verdade dela? Teria sido um desastre ainda maior.
Voou, o sol subiu alto, em seguida, começou a mergulhar em direção ao horizonte. Desembarcou na ilha bem na frente da cabana. Caminhou para a porta e testou a fechadura. Abriu, e logo entrou. Todas as suas coisas estavam exatamente onde as tinha deixado. Deu um suspiro de alívio e começou a agarrar suas coisas.
Ele puxou sua mochila sobre o ombro e segurou suas pinturas em suas mãos e fez o seu caminho para a porta. Chutou a porta para fechar atrás dele e estava prestes a mudar quando ouviu uma voz perfurar o silêncio.
— Saindo tão cedo?
Uma figura saiu das sombras da floresta. Aiden o reconheceu como o recém-despertado vampiro mais velho do ataque ao complexo. Esse foi o dia em que descobriram o poder de Aria. Ele lentamente pousou as coisas da Winnie e enfrentou o olhar do vampiro com o seu próprio.
— O que você quer? — Aiden perguntou.
— O sangue de um dragão. — Disse o vampiro.
— Bem, venha e pegue. — Aiden rosnou.
Ele estourou em sua forma de meia mudança, ativando suas espadas a laser de seu dispositivo de pulso. E avançou no vampiro mais velho cujo nome ainda não conhecia. O vampiro era rápido, mas Aiden antecipou seus movimentos. Se esquivou e girou, cortando com sua espada através do vampiro. Mas o inimigo correu para longe, fora do alcance. Aiden correu até ele. O vampiro manobrou em uma posição defensiva, Aiden abaixou-se e deslizou pelas pernas do vampiro, usando suas espadas como tesouras.
O vampiro pulou fora, mas não rápido o suficiente para evitar as espadas de Aiden. A criatura parou, rosnando com sangue caindo da ferida. Aiden pulou, girando em volta para enfrentá-lo.
— Eu vejo que você tem o seu poder de volta. — Disse o vampiro, pondo a mão sobre a ferida. O sangue parou, e o vampiro sorriu. — É muito mais difícil ferir um ancião do que um novato fraco.
— Eu posso destruir todos os seus servos. E então o que você vai fazer?
— Os jovens são um centavo de uma dúzia. Eu sempre posso fazer mais.
— Pena que nenhum deles pode me tocar mais do que você pode.
— Não tenha tanta certeza — Disse o vampiro.
O vampiro juntou as mãos e os dedos em um conjunto de movimentos rápidos, murmurando palavras de um feitiço. Então empurrou suas palmas para a frente. Uma rajada de ar frio gelado soprou Aiden para trás tão forte que era como se tivesse sido atingido por uma avalanche de neve. Ele não demorou muito para se recuperar, mas o poder da magia do vampiro o assustou e o tirou de guarda. Não o subestimaria novamente.
— Eu estou pensando, tudo que eu tenho que fazer é esfaqueá-lo no coração, e será o fim de você. — Aiden cuspiu, sangue escorrendo pelo lábio.
— Você pode tentar. — O vampiro zombou.
O vampiro e o dragão lutaram, testando a força um do outro, eles voaram se esquivando e girando. Quando Aiden atacou, o vampiro defendeu. Quando o vampiro atacou Aiden se esquivou. Não pretendendo perder.
Aiden em seguida, fintou, lançando-se no ar e caindo de cabeça atrás do vampiro. Balançou as suas espadas ao redor do pescoço do vampiro, cortando a cabeça de seu corpo. A cabeça caiu no chão, os olhos encarando Aiden em descrença, sua boca aberta. Mas o vampiro não estava morto. Aiden rosnou em decepção. O corpo do homem espreitava em direção a ele, sangue jorrando de seu pescoço decapitado.
— Foi divertido e tudo. — Disse Aiden. — Mas eu tenho coisas para fazer.
Ele correu para a varanda e agarrou as coisas de Winnifred, saltando para o ar, ativou o modo furtivo. O Cavalete de Winnie caiu de seu alcance, batendo no chão abaixo. Mas ainda tinha as pinturas, sabia que eram mais importantes. Ouviu o vampiro gritar enquanto bombeava suas asas e voou para longe. As coisas tinham definitivamente se agravado entre os vampiros e dragões. Mais uma razão para vigiar Winnifred em todos os momentos.
O vampiro mais velho tinha sido deixado a sua espera isso significava que ainda não sabiam onde encontrar Winnifred. Ele não sabia como o encontraram em primeiro lugar. Talvez tenha sido um acidente, ou um feitiço que eles não puderam replicar rapidamente. Não importa o que aconteça, permaneceria vigilante e protegeria sua companheira. A luta com o vampiro tinha tomado muito mais tempo do que esperava. Eles lutaram o dia todo e a noite. E quando chegou na cidade, já era de manhã.
— É melhor você voltar aqui. — Disse Cato através de seu vínculo mental.
Ele chegou ao prédio de Winnifred, seu modo furtivo mantendo suas pinturas invisíveis. Quando aterrissou, notou a van de mudança estacionada na frente do edifício. Winnifred pulou no banco do motorista da van e saiu.
— Não. — Aiden gemeu.
— Eu esperava que você estaria de volta a tempo. — Cato disse através do link mental. — Por que demorou tanto?
— Havia um vampiro ancião esperando por mim. — Disse Aiden.
— Na ilha?
— Sim.
— Por que?
— Eu não sei. Provavelmente porque sou o melhor lutador entre nós, e matei dezenas de seus servos.
— É provavelmente por isso. Ou um feitiço de rastreamento.
— Tirei a cabeça dele, mas acho que não o matei.
— Isso não é um bom sinal, disse Cato.
— Não, não é. Mas não tenho tempo para discutir isso. Tenho que seguir Winnifred.
A van estava virando no semáforo. Ele voou atrás dela e aterrissou no telhado da van, cravando suas garras no metal. Agarrou suas pinturas, e se segurou para o passeio.
Os vampiros eram implacáveis, e não queria pensar no que fariam a sua adorável companheira, se a encontrassem. Ele tinha certeza que o vampiro mais velho não ficaria feliz em perder a cabeça. Mas Aiden não deixaria isso distraí-lo de seu propósito, proteger Winnie a todo custo. Esperava que se trouxesse suas pinturas ela o perdoaria, e poderiam recomeçar. Até lá, tudo o que podia fazer era vigiar e esperar.
Capítulo 13
W
innifred não podia acreditar o quão ruim era a van em movimento. Pensou que tinha pego o jeito quando a pegou no estacionamento. Mas parecia muito pior quando chegou na rodovia. Tentou não se preocupar muito com isso. Em vez disso, ouviu música, tinha que dirigir muitos quilômetros para sua nova vida.
Tudo foi definido, o contrato assinado, e estava pronta. Sem mais segurar, sem mais pular suas decisões. Ela fez sua escolha e estava seguindo em frente. Sorriu amplamente para si mesma quando desviou na rodovia para a pequena cidade que iria agora chamar de lar.
Winnie tinha alugado o apartamento sem vê-lo, não querendo esperar um momento mais. Dirigiu através da pequena vila ao pé da montanha, vendo as lojas que alinhavam a cada lado da rua principal, famílias felizes e o ritmo lento da vida.
Parou na frente de seu novo endereço e encontrou as chaves na caixa de correio, assim como o senhorio tinha dito. Era uma casa de estilo de espingarda de um quarto com um quintal grande, uma vista da montanha, e a uma curta distância da trilha de caminhada mais próxima. Soltou um suspiro profundo de contentamento, enquanto empurrou a chave na porta da frente.
Quando entrou, sua boca caiu e seu coração afundou. Isto não era como nas fotos. Os tapetes estavam manchados, as janelas estavam sujas, e a pia da cozinha estava cheia de ferrugem. E sentiu um arrepio descendo a espinha. Em que se meteu?
Bem, não era nada que um pouco de graxa não pudesse resolver. Certo? Ela ficou em lugares piores do que isso. Só teria que limpar. O que esperava por 500 dólares por mês? Ainda era um bom negócio e ainda poderia fazê-lo funcionar. Tinha esperado algo um pouco mais limpo.
Ela começou a desempacotar suas coisas e, em seguida, dirigiu para o supermercado para obter suprimentos de limpeza e comida. Depois que tinha desempacotado tudo o que precisava, colocou sua bicicleta na parte de trás da van e para devolvê-la a concessionária. Quando montou em sua bicicleta para casa, virou a esquina e viu algo encostado à sua porta. Por um momento pensou que era um pacote. Mas quando ela se aproximou, percebeu o que era. As pinturas que deixou na ilha! Ela se engasgou e parou a bicicleta. Olhando ao redor, sabia que Aiden devia estar aqui em algum lugar.
— Onde você está? — perguntou, sua voz traindo a mistura de saudade e irritação que sentia.
Resmungando, puxou a bicicleta até a calçada e correu para sua nova casa, agarrando suas pinturas. Tinha tanta limpeza para fazer, ficava exausta apenas pensando nisso. Mas quando entrou, encontrou o apartamento impecável. Gemendo com prazer, encontrou um lugar para pendurar suas pinturas e começou a desempacotar suas coisas.
— Você está aqui? — Perguntou ela. — Se está, por favor, apareça. Desculpa. Eu não deveria ter sido tão chata com você.
— Eu sinto muito, também. — Disse ele, materializando fora do ar fino. — Eu nunca deveria ter mantido a verdade de você. Eu poderia ter nos resgatado a qualquer momento, mas não pude resistir a estar com você. Por favor, perdoe-me.
— Eu posso perdoá-lo. Se você poder me perdoar. — Disse.
Ele suspirou com alívio. — Feito.
Ele estava diante dela vestindo as mesmas roupas que tinha quando saíram da ilha. No entanto, parecia tão delicioso sua boca salivou. A lembrança de seu beijo correu em seus pensamentos, enchendo-a com calor líquido.
— Então, você finalmente decidiu mergulhar e mudar de cidade. — Disse ele. — olhando ao redor em sua casinha.
— Sim, eu fiz. — Respondeu Winnie. — Gastei todo o meu dinheiro e não tenho carro ou emprego. Mas fiz isso. Eu vou ser um artista em tempo integral, não importa o que eu tenha que fazer.
— Estou orgulhoso de você.
— Obrigada. — Disse, olhando em volta de sua casa arrumada.
— Você tem me observado o tempo todo? Como você chegou aqui de qualquer maneira?
— Sua segurança não é muito boa.
— Eu suponho que não é. — Disse ela. — Este lugar é meio que um lixo.
— Não é tão ruim, por enquanto.
— Por enquanto?
— Até que você seja uma grande artista.
— Você tem me observado?
Ele encolheu seus ombros. — Devo protegê-la. Os vampiros são extremamente perigosos, especialmente para uma Dragon Soul como você. Não vão pensar duas vezes sobre drenar seu sangue e deixá-la sem vida para apodrecer em algum lugar onde ninguém nunca vai encontrá-la.
— Isso é um pensamento adorável. — Disse ela.
— Sinto muito, mas é a verdade. Nós já os vimos fazer isso para muitas Dragon Souls, incluindo duas mulheres que agora chamo de família. Os vampiros vão drená-la até a morte, ou vão mantê-la em cativeiro em sua mansão, tomando goles de seu sangue ao longo do tempo. Eu não vou deixar isso acontecer com você.
Ela gemeu, colocando sua palma na testa. Sabia que suas palavras eram verdadeiras.
— Eu estava realmente assustada quando os vampiros atacaram, e você se transformou em um dragão. Eu não sabia o que fazer, então eu só reagi como uma cadela. Não pude processar o que estava acontecendo. Sempre tomei conta de mim mesma. Eu acho que agora seria um bom momento para aceitar alguém mais cuidando de mim.
— Estou aqui para você, sempre. E... Gostaria de pedir sua permissão para levá-la a sair.
— Como em um encontro?
— Sim, tantos encontros quanto você permitir.
— Eu posso concordar com isso. — Disse ela, sorrindo — Onde você está hospedado de qualquer maneira?
— Isso não tem que preocupá-la. Só quero que fique confortável e feliz. Vou protegê-la, até o último suspiro do meu corpo. Tal como te disse na noite em que nos beijamos. Eu quis dizer isso. Não foi uma promessa vazia.
— Aiden. — Ela pisou em sua direção, seu corpo ficando quente, seu coração pulou uma batida.
Ele estendeu a mão para ela, colocando-a em seu rosto. A pele lisa de sua palma estava quente contra sua bochecha. Dor inchou em seu coração com o olhar dolorido em seus olhos. Winnie queria acalmar sua alma, para tirar a dor que ambos sentiam.
Ela enrolou os braços em volta do seu pescoço. Tomando uma respiração profunda, inclinou-se na ponta dos pés e apertou os lábios nos seus. Ele manteve as mãos em seu rosto e a beijou suavemente, tremendo com necessidade. Aiden pairou sobre sua boca até que cedeu a seu desejo e puxou-a mais perto, empurrando sua língua entre os lábios. Gemeu com a luxúria subindo em seu núcleo. Era como um imã e não conseguia se afastar.
Talvez não devesse perdoá-lo, mas perdoou. Tudo o que importava agora era este sentimento intenso girando entre eles enquanto suas línguas dançavam e seus corpos derretiam um no outro. Ele a puxou para mais perto, esmagando suas curvas suaves contra os planos duros de seu corpo.
Gemeu no calor enlouquecedor. Queria rasgar suas roupas do seu corpo e ver os músculos tensos em baixo. Mas ele se afastou, olhando para o chão.
— Eu deveria ir.
— Não.
— Voltarei mais tarde, e poderemos explorar as excelentes opções gastronômicas da sua nova cidade. Esteja pronta às seis.
— Eu vou te ver então — Disse. — E obrigada... por tudo.
Ele acenou uma vez e desapareceu pela porta da frente. E não sabia para onde ele ia e talvez isso era algo que tinha que aceitar sobre ter um dragão como namorado.
Espera. Desde quando ele era seu namorado? Balançou a cabeça para si mesma. Estava realmente ficando à frente de si mesma com toda a coisa de companheiro destinado. Mas era tão irresistível para ela como aparentemente era para ele. Talvez houvesse algo a fazer.
Tanto quanto queria resistir a sua nova realidade, tinha visto vampiros e dragões com seus próprios olhos. Não podia negar. Ela tinha que confiar em sua própria intuição sobre Aiden. Winnie tinha estado na rua por um tempo, tinha conhecido muitos idiotas. Aiden não estava entre eles.
Ele conseguiu arrumar todos os seus móveis enquanto estava fora e tudo que tinha que fazer era desempacotar suas coisas pessoais. Na cozinha, derramou uma tigela de cereais e saiu para o quintal. A luz solar da tarde brilhou laranja na montanha. A beleza da cena encheu seu coração. E não podia acreditar que podia ver isso todos os dias.
Quando terminou de comer seu cereal, entrou e começou a se preparar para seu encontro com Aiden. Winnie escolheu um vestido simples, branco, sapatos pretos, e um cardigã preto. Depois do banho, consertou o cabelo e a maquiagem e se vestiu. Estava cada vez mais animada enquanto as seis horas se aproximavam.
Winnifred verificou-se uma última vez no espelho e, em seguida, houve uma batida na porta. Correu para a porta e encontrou-o de pé do outro lado em um terno fresco com uma gravata preta sedosa e um buquê de rosas.
Sorriu, a fragrância das flores flutuou através do ar e encheu os seus pulmões com o aroma floral delicado. Ele entregou-lhe o buquê e ela se aproximou sentindo delicioso aroma.
— São lindas. — Disse pegando sua mão e levando-o para dentro da casa.
— Não tão bonitas como você. — Disse ele.
Ela sentiu calor subindo em seu rosto e deu lhe um olhar de lado.
— Você pode fazer melhor do que isso. — Falou ela com uma risada.
— Eu quis dizer isso.
— Eu sei que sim. É por isso que estou brincando com você.
Colocou as flores em um vaso em cima da sua mesa, em seguida, voltou-se para ele e sorriu.
— Então, o que você planejou para nós esta noite?
— Eu pedi ao Cato para trazer-me um dos carros, para que possamos dar um passeio até a montanha e jantar no Resort. Podemos até passar a noite se você quiser arrumar uma bolsa de viagem. Reservei-nos uma grande Suíte, com quartos separados.
— Soa maravilhoso. — Disse. — Estava esperando ir até lá para ver a vista do topo da montanha. Vivi em Seattle toda a minha vida, e nunca estive no topo do Monte Rainier. Deixe-me pegar minhas coisas.
Winnie foi ao seu quarto e começou a embalar. Pegou o seu pijama, chinelos, artigos de higiene e algumas roupas para o ar livre.
— Pronta. — Disse um momento depois.
Ele carregou a sua bolsa, e caminharam juntos para fora. Trancou a porta e viu um Mustang preto estacionado na calçada.
— É o seu carro? — Perguntou.
— Pertence ao clã. Os dragões da House of Flames.
— House of Flames? Você vai ter que me falar mais sobre isso.
— Estou pronto para dizer-lhe tudo o que quiser saber.
Ele abriu a porta do passageiro, e ela sentou sobre o assento de couro macio. Fechou a porta atrás dela, dando-lhe um olhar quente, com fome que fez seu corpo tremer todo. Queria saber mais sobre ele, de onde vinha, e por que pareciam ter essa conexão insaciável.
Talvez devesse correr o mais rápido que pudesse para longe deste homem dragão, mas seu coração queria correr para seus braços. Se Winnifred aprendeu alguma coisa em sua vida, era que às vezes tinha que deixar seu coração ganhar. Assim como ter a fé para estudar Belas Artes em vez de outra coisa ou se mudar para outro lugar quando a coisa inteligente era ficar na cidade.
Ela estava cansada de se segurar. E o que sentia por ele era mais intenso, mais excitante, e mais gratificante do que qualquer coisa que já sentiu com qualquer outra pessoa que já conheceu. Era hora de ter o que realmente queria, e queria Aiden.
Capítulo 14
A
iden ficou atrás do volante do Mustang, sentindo que seu mundo estava finalmente no lugar. Winnifred estava linda no vestido que tinha escolhido. Agora que estavam juntos, e a verdade fora dita, seu dragão interior tinha se acalmado. E poderia finalmente pensar direito pela primeira vez desde que a viu.
Tinha um encontro maravilhoso planejado com jantar e dança. Aiden queria dar a Winnie o relaxamento que ela precisava. Após o stress e trauma na ilha, e o trabalho que tinha feito para se mudar fora da cidade, merecia alguns mimos. Ele até tinha um presente especial planejado para amanhã.
Adorava dirigir o Mustang. Mudando de velocidade podia sentir o poder do motor, quando empurrou o acelerador, contornando uma curva. Winnifred riu com prazer, com eles acelerando na estrada sinuosa em direção ao resort na montanha.
— Oh uau, é incrível aqui em cima. — Disse ela.
O vale abaixo desapareceu enquanto dirigiram mais alto. As vastas planícies e encostas se espalhavam para a costa. A terra era pontilhada com seções de terras agrícolas, floresta, e edifícios agrupados, formando pequenas cidades.
O sol acima da montanha, de um alaranjado brilhante e luminoso. Aiden imaginou que isto iria inspirar sua companheira. Sorriu quando deslizou em outra curva, dirigindo mais alto na montanha.
— Obrigada por me mostrar isso. — Disse ela, tomando um gole na água fria que tinha deixado no porta-copos para ela. — Este é exatamente o tipo de coisa que eu quero ver todos os dias para os meus quadros. Eu gostaria de ter meus pincéis e tela agora.
Ela riu e olhou com uma expressão encantada em seu rosto. A alegria em seus olhos aquecia seu coração e fazia toda a espera e preocupação valer a pena cada momento. Aiden passou as últimas noites dormindo fora de sua casa, cuidando dela. Após a última batalha com o vampiro ancião, ele não ia deixar nada ao acaso.
Não havia nenhuma maneira dele deixar que colocassem as mãos sujas e dentes afiados em sua linda companheira. Isso significava que tinha que suportar alguma dor. Mas ficaria fora na chuva para o resto de sua vida se isso significasse impedir os vampiros de machucá-la.
A vista desapareceu atrás de um denso bosque de abeto Douglas enquanto subiam a montanha. Quando o Resort surgiu a vista, a floresta despejou-se, e uma parede do penhasco caiu, expondo a vista deslumbrante do topo da montanha. Winnifred suspirou colocando a mão na boca.
— Uau. — Sussurrou, puxando o telefone de seu bolso.
Aiden estacionou e ela saiu do banco do passageiro antes de ter a chance de lhe abrir a porta. Tinha aprendido que era a coisa gentil a fazer após estudar vários filmes, mas Winnifred já estava caminhando através do estacionamento em direção à vista com seu telefone pronto para tirar fotos.
Ele caminhou ao lado dela enquanto tirava fotos. Envolveu seu braço em torno de sua cintura, um movimento instintivo, ficou inseguro uma vez que o fez. Ela colocou o braço em torno de sua cintura, voltando-se para ele. Winnie colocou sua palma sobre seu coração e sorriu mais brilhante do que o sol, seu cabelo brilhante, seus olhos luminosos.
— Se eu não posso pintá-lo, pelo menos posso ter algumas fotos para referência. — Disse ela, tomando a sua mão.
Ele sorriu com seus dedos entrelaçados juntos e caminharam em direção à entrada do Resort. O lugar era uma grande pousada rústica de cinco andares, construída de pedra nativa e cedro. No interior, o teto de cedro subia acima deles como uma catedral. Winnie olhou ao redor, sorrindo com admiração ao ver a enorme sala de entrada. Se aproximaram do restaurante foram recebidos pela anfitriã na entrada.
— Reserva em nome de Flame. — Disse Aiden.
Ao contrário dos humanos, os dragões de Dragonia só tinha um nome seguido pelo nome de sua casa. Todo o clã usava o sobrenome Flame desde que chegaram. Na terra, os membros do clã eram seus irmãos, o que tecnicamente não era verdade. Ele era primo de Kian, mas não tinha relação com Dax ou Cato. Eram os quatro dragões de fogo corajosos o suficiente para ir contra a vontade dos anciãos e escapar do cataclismo.
Muitos dragões escolheram ficar para trás, para morrer com seu planeta. Mas Kian tinha levado seu clã, sua filha, e deixado o mundo morrendo para trás. Depois de acordar de um milhão de anos de sono na Terra, Aiden ocasionalmente se perguntava se valia a pena. Mas agora que tinha Winnifred, sabia com certeza que sim.
A anfitriã mostrou-lhes sua mesa, puxou a cadeira para Winnifred. Outra das ações que tinha visto nos filmes românticos que Cato tinha sugerido que estudassem. Ela riu quando ele empurrou a cadeira para ela e sorriu quando se sentou no outro lado da mesa.
— Nosso especial de hoje é um Suflê estilo Noroeste. Com caranguejo-rei selvagem e bife de carne local ao molho, acompanha uma salada. Como opções para guarnição temos, batata cozida, legumes ao vapor ou arroz pilaf.
— Soa delicioso. — Disse Winnifred.
— Posso lhe trazer alguma coisa para começar? Cerveja ou vinho?
— Nós vamos querer uma garrafa de seu melhor champanhe — Disse Aiden.
— O sommelier vai trazê-lo. — Falou a anfitriã, enchendo seus copos de água. — E seu garçom virá servi-los em breve.
Winnifred o olhou. O sorriso dela poderia iluminar a noite mais escura. Olhando pela janela para o pôr do sol, suas cores quentes brilhantes sobre as colinas onduladas com o menor indício do oceano.
O sommelier aproximou-se com uma garrafa de champanhe em um balde de gelo e encheu duas taças com o líquido borbulhante. Os olhos de Winnifred se ampliaram quando tomou seu primeiro gole. O sommelier deixou a garrafa em sua mesa e o garçom se aproximou deles com uma cesta de pão francês crocante e uma tigela de creme de manteiga doce.
Depois de terem pedido, beberam o champanhe e comeram o pão com manteiga doce. Winnifred riu com as bolhas de champanhe batendo em seu nariz.
— Este lugar é muito caro. — Disse ela.
— É uma quantia insignificante. — Respondeu.
— Você é como um discreto bilionário ou algo assim? — Ela perguntou com alegria em seus olhos.
— Algo assim.
Ela partiu o pão e colocou um pedaço na boca. — Diga-me sobre o lugar de onde você vem Aiden da House of Flames. Eu nunca namorei criaturas paranormais, então você vai ter que perdoar a minha ignorância.
Ele riu do que sabia ser uma piada.
— Eu sou originalmente de um planeta no outro extremo da galáxia. Deixamos nosso sistema há mais de um milhão de anos. Nosso sol estava morrendo lentamente por milhares de anos. Nossos anciãos sabiam o que aconteceria quando a luz finalmente apagasse. Mas a política do velho mundo era excessivamente rígida. Poucos estavam dispostos a fazer uma mudança para salvar o nosso povo e nosso modo de vida.
— À medida que o sol escurecia, a taxa de natalidade da nossa população feminina começou a diminuir. E assim, a taxa de natalidade como um todo também diminuiu. A última mulher nascida era uma Prime feminina. Significa que poderia acasalar com qualquer macho e levar seus filhotes. Ela deu à luz um ovo de cada casa. Os dragões que estavam dispostos a sair tomaram o último bebê Dragão e escaparam ao cataclismo final. Depois de uma grande pesquisa, finalmente encontramos a Terra.
— E os vampiros? De onde eles vêm?
— Por milênios, lutamos contra os vampiros à margem da Galáxia.
— Então, os vampiros são alienígenas também? — Perguntou ela.
— Aliens para este planeta? Sim. Eles estavam aqui quando despertamos. Não sabemos como chegaram. Fizemos uma análise que indica, com a ausência dos dragões em nosso quadrante, os vampiros ficaram descontrolados. Sua fome insaciável, dizimaram outras espécies no quadrante em um período de mil anos. E então eles também tiveram que encontrar um novo terreno de caça. Nós não sabemos onde estavam há 10.000 anos atrás, quando acreditamos que chegaram pela primeira vez na terra.
— Isso é loucura. — Disse ela tomando outra mordida no pão. — Espero que ninguém esteja escutando.
— Vamos apenas fingir que estamos falando de um filme.
A garçonete trouxe seus pratos e colocou suas saladas em frente, perguntando se precisavam de qualquer outra coisa. Ambos disseram que estavam bem e Aiden começou sua história novamente.
— Ficamos arrasados ao encontrar os vampiros aqui. Quando encontramos este planeta um milhão de anos atrás, nós semeamos com almas de nossos antepassados, espalhando nosso DNA de dragão em todo o planeta. Esperávamos que um dia as criaturas primitivas que eram nativas deste planeta iriam evoluir e transportar DNA de dragão dentro deles.
— Então, somos híbridos?
— Apenas uma pequena fração de humanos tem DNA detectável de dragões. Chamamos esses seres humanos de Dragon Souls porque carregam dentro deles fragmentos das almas de nossos antepassados.
— Por que vocês fizeram tudo isso?
— Esperávamos que, ao semearmos o planeta, permitiríamos que os nossos companheiros nascessem no que se tornou a raça humana. Foi um esforço de última hora para a sobrevivência da nossa espécie. Quando acordamos, descobrimos que nosso experimento tinha funcionado de fato. Mas também achamos nosso antigo inimigo alimentando-se de nossas preciosas Dragon Souls.
— Você disse que os vampiros preferem se alimentar de Dragon Souls, por que os torna mais fortes? — Winnifred perguntou, tomando uma mordida de salada.
—Está certa. Você é uma Dragon Soul. Se os vampiros te encontrarem, drenarão seu sangue.
O rosto de Winnifred ficou pálido e olhou para a sua refeição.
— Sinto muito. — Disse ele. — Eu não quis assustá-la. Esta noite é destinada a mimá-la como você merece. Não para amedrontá-la.
— Não. Está tudo bem. Eu quero saber toda a história. — Disse ela. — Então, eu tenho fragmentos de DNA antigo de dragão e é por isso que podemos ser companheiros destinados?
— Sim. Dragões só tem um companheiro. É a única pessoa que amaremos e a única com quem somos capazes de nos reproduzir. Exceto por uma Dragoness Prime que pode se reproduzir com qualquer outro dragão.
A garçonete voltou para remover seus pratos de salada. Winnifred rachou seu caranguejo e cortou seu bife, gemendo enquanto as primeiras mordidas passaram por sua garganta. Não queria carregá-la com toda esta informação agora. Mas ela ficava fazendo perguntas e parecia tão curiosa. Ele tinha que contar toda a verdade porque era o que ela queria.
— A Dragoness Prime deu à luz a filha de meu primo Kian, Ember. Você pode conhecê-los quando vier a nossa mansão.
— Eu gostaria de conhecer um dragão bebê e ver a sua mansão. — Disse ela, tomando outra mordida do bife. — Isso me lembra. Você deveria me dizer como é um bilionário. Ela riu.
— Oh, certo. — Ele sorriu, cortando seu próprio bife. — Você vê, dragões amam ouro, prata e joias. Quando chegamos neste planeta tínhamos um enorme tesouro. Dinheiro não é problema.
— É claro que você tem um grande tesouro. — disse ela.
Ambos riram e comeram o bife. Aiden ficou contente por ter contado a ela toda a história de como os dragões haviam chegado à Terra. O encontro estava indo bem.
Capítulo 15
W
innifred tinha que admitir, estava um pouco surpresa com a história de Aiden. Era tudo tão fantástico. Se ela não tivesse visto os vampiros e sua forma de dragão por si mesma, não teria acreditado. Mas ela tinha, então a explicação foi bem-vinda.
Ele lhe deu uma visão muito maior de onde tinha vindo. E sentiu muito mais compaixão por ele que no início. E entendeu por que estava cuidando dela. E estava começando a ver que poderia realmente ser um fardo para ele.
— Algum dos outros dragões encontraram suas companheiras? — Perguntou.
— Meu primo, nosso líder, Kian encontrou sua companheira Everly quando ela se candidatou a vaga de babá para Ember. Nosso mais forte guerreiro - Dax - encontrou sua companheira Aria quando ela foi sequestrada pelos vampiros. Eles a assombram por um longo tempo. Mesmo depois de a termos resgatado do complexo, não desistiram. Você vê, Aria tem um grande poder. Sua música tem a capacidade de curar. Mas também fortalece dragões, por isso somos capazes de ferir os vampiros depois de ouvi-la. Sem a sua magia, nós somos incapazes de ferir os vampiros.
— É por isso que eles continuaram voltando à vida quando você lutou contra eles na ilha?
— Seu poder desaparece ao longo do tempo, por isso é necessário continuar a ouvir sua canção.
— Você a ouve agora? — Perguntou ela.
— Executamos uma análise e descobrimos que a magia dura vinte e quatro horas. Desde que a proteger é uma das maiores prioridades do nosso clã, estou me certificando de que isso aconteça.
— Onde estão as companheiras dos outros dragões? — Perguntou.
— Elas vivem na nossa mansão. É mais fácil as proteger e defender lá.
— Oh. — Disse Winnifred, percebendo o trabalho extra que Aiden estava tendo para protegê-la. — Eu sinto muito por estar dando tantos problemas para você.
— Não posso forçá-la a vir morar conosco.
— Eu realmente aprecio isso. — Disse ela.
Tinha sentimentos por Aiden, sentimentos que estavam crescendo. Mas se ele a tivesse forçado a morar na sua mansão e esperasse que ficasse lá, teria se ressentido dele. Podia ter tornado impossível eles se conectarem depois disso.
— Eu posso ver que isso causaria mais mal do que bem, levá-la para o complexo. Aria já estava nas garras dos vampiros e em grande perigo quando a encontramos. Não tivemos escolha a não ser mantê-la segura. Ela não estava feliz por ser mantida na mansão no início. Só depois que ela e Dax acasalaram, e encontrou seu poder, ficou feliz em morar conosco. Mas foi uma luta para ela que eu não quero repetir com você. Desde que os vampiros não tinham tocado em você ainda, levei você para casa como você pediu.
— Você tem dormido fora da minha janela para respeitar o meu espaço? — Riu.
Podia vê-lo ficando desconfortável.
— Eu...— Ele gaguejou.
— Eu prefiro que você se sente fora da minha janela, me protegendo do que ser sequestrada por Sanguessugas.
— Estou contente por se sentir assim. — Disse ele, seus ombros relaxando.
— Eu admito que é estranho. Estou no meio de uma guerra paranormal, e parece que sou um prêmio. E não sou tão teimosa que não possa ver isso.
— Eu vou sempre dar-lhe o que você precisar.
Ela olhou para ele sobre sua taça de champanhe e tomou um gole longo. Aiden inicialmente, pareceu ser a típica estrela de rock “eu sou bom” que conhecia muito bem. Mas acabou por ser exatamente o oposto. Ele era gentil e cheio de honra. Faria o que era melhor para ela em segredo, mesmo quando era muito teimosa para aceitar sua ajuda.
O garçom retornou, perguntando se eles queriam sobremesa.
— Eles têm um tiramisu de chocolate mundialmente conhecido. — Disse a ela.
— Eu vou ter um desses. — Winnifred falou.
— Traga dois. — Disse Aiden.
Aiden serviu mais uma taça de champanhe e o garçom retornou com suas sobremesas. Winnie tomou uma pequena colher da sobremesa cremosa e deslizou-a entre os lábios. E gemeu quando o sabor do chocolate, creme e café bateu na sua língua.
Havia muitas sobremesas deliciosas disponíveis em Seattle, mas isso tinha que ser uma das melhores que já teve.
Depois que terminaram sua refeição, Aiden perguntou se ela gostaria de dançar no salão de baile em frente ao restaurante.
— Eu adoraria. — Disse.
Ele ofereceu-lhe a mão, ela pegou, amando o sentimento de calor e segurança que passava através dela quando o tocou. Ele a guiou através do restaurante, e em seguida, para fora através do lobby para o salão de baile.
Uma banda de jazz tocava música suave para um pequeno público que dançava na pista, alguns sentados ao longo das bordas do corredor. Ponche e lanches estavam alinhados em uma mesa de buffet e lustres de cristal imitiam uma luz quente em toda a sala sombria.
— Não tenho ideia de como dançar isto. — Disse ela.
— Você não precisa. — Ele sussurrou.
A música inchou em seu coração, Aiden tomou-a em seus braços a girando piso polido. Winnifred, uma menina de rua não estava exatamente acostumada a dançar em um salão, mas Aiden com graça e agilidade guiou-a através dos passos como se ela tivesse feito isso toda a sua vida.
Sua palma pressionada nas suas costas e sua mão grande envolta na dela, ela segurou o Seu ombro e olhou para os seus olhos. Movendo-se juntos com a música, os braços ao seu redor e seus olhos brilhando na luz, Winnifred sentiu como se tivesse de alguma forma tropeçado em algo maravilhoso.
A história de Aiden era inacreditável, sim, mas agora sabia que pertencia ao seu mundo. Não havia como voltar atrás. E não havia ninguém com quem ela preferiria estar. Ele lhe mostrou sua dedicação, lealdade e contenção. Agora era quase como se ele estivesse esperando por ela lhe dizer o que fazer, dar o primeiro passo, para fazer tudo certo.
Ela não sabia se podia assumir a responsabilidade, mas estava disposta a tentar. Seu coração latejava em seu peito quando colocou a cabeça contra o seu ombro. Aiden se movia tão graciosamente que a fez sentir como se fosse graciosa também. Como se ela soubesse dançar a vida toda e não fosse a primeira vez. Ela se perguntava se tudo seria assim com ele. Ele correu a mão nas suas costas e deixou um rastro de fogo ao longo de sua espinha.
Olhou para ele e sorriu, desejando que soubesse o que fazer, como chegar mais perto. Era como se houvesse uma parede invisível entre eles, uma parede que não poderia atravessar por causa de suas próprias limitações. Se ela cedesse ao desejo ardente que sentia por ele desde o primeiro momento em que se conheceram, o que isso significaria? Ela poderia desistir do controle? Ela poderia deixá-lo entrar em seu coração?
Ele se afastou dela, girando-a para fora até que seus braços estavam totalmente estendidos. Então puxou-a para trás, e ela correu contra o peito com um suspiro e olhou para cima em seu rosto sorridente. O champanhe tinha deixado o seu coração cheio de luz. Talvez ela pudesse baixar a guarda. Talvez possa deixar o amor entrar. Sabia que queria. E esse desejo de se abrir e deixar seu amor fluir, cheio e sem limites, estava crescendo a cada momento.
Aiden colocou as mãos na sua bochecha e beijou a sua testa suavemente quando a música chegou ao fim.
— Você gostaria de dar um passeio lá fora? pode ver toda a galáxia aqui à noite.
— Sim. — Disse pressionando as palmas contra o peito dele e descansou a testa contra a dele.
Fora, o ar tinha arrefecido, mas ainda estava quente. As luzes do Resort não fizeram nada para afogar as luzes das estrelas acima. O céu parecia com um deserto de luzes cintilantes, milhões de alfinetes cintilando através do tecido do cosmos.
Ela agarrou a grade da varanda e deu uma respiração profunda, olhando acima dela. A Via Láctea parecia perto o suficiente para tocar, como se ela pudesse apenas chegar até lá e sentir o calor das estrelas na ponta dos dedos.
Aiden estava ao seu lado, calmo e firme, silenciosamente esperando ela se virar para ele e dizer–lhe o quanto a queria. Winnie correu a mão sobre a sua e virou-se para olhar em seus olhos. Eles brilhavam com a luz do universo e do calor de seu dragão interior.
–Aiden. — Ela sussurrou. — Eu não entendo este ardor dentro de mim. Senti isso desde que nos conhecemos. Estou acostumada a estar no controle. Mas agora eu quero deixar ir. Quero ceder a essa necessidade de estar perto de você. Eu gostaria de poder explicar, mas não posso.
Ele virou-se para ela e abraçou-a, os olhos ardendo. O calor de seu corpo irradiava através dela. E abriu a boca para falar, mas ele parou seus lábios antes que as palavras escaparam.
Gemeu, aliviada tinha silenciado a confusão. Sua língua pressionou entre os lábios, provando o sabor de sua boca. Champanhe permanecia em seu hálito. Agarrou as lapelas de seu paletó e o puxou mais perto, aprofundando o beijo.
Ele colocou a mão nas suas costas e na nuca, segurando-a em um abraço abrangente. Seu corpo esmagado contra ela, a paixão intensificou. Teve que se afastar para recuperar o fôlego, antes que a fome atraísse a atenção indesejada dos outros hóspedes do Resort.
— Eu tenho uma suíte. — Sussurrou. — Há dois quartos...
— Vamos lá — Disse ela, cortando-o.
Seu hálito quente soprou sobre a testa. Juntos, eles correram através do Resort, para um elevador, descendo um corredor luxuosamente decorado. Tirou o cartão-chave do bolso e abriu a porta no final do corredor.
O interior era uma luxuosa suíte com sofás de couro grandes, uma kitchenette com balcões de granito cinzento, uma televisão de tela grande, uma varanda com vista deslumbrante e portas para dois quartos separados. Deve ter custado uma fortuna. Um buquê maciço de lírios e rosas descansava na sala de jantar, enchendo o ambiente com uma fragrância inebriante.
— Uau, isso é lindo — Disse ela, entrando na sala e girando ao redor.
— Espero que seja do seu agrado.
Pisou em direção a ele. — Você não tem que se preocupar tanto assim.
— Sim tenho. Não posso perdê-la. Eu preciso de você... por causa de quem você é. Você é forte e boa. Vê tanta beleza no mundo. Quero ver o mundo através dos seus olhos. Pelo menos para estar perto de você tanto quanto eu posso.
— Aiden. — Disse com a voz tremendo.
Inclinou a cabeça e olhou para os seus olhos feridos. Seu coração doeu, querendo acalmar sua dor. Fez com que se sentisse num poço profundo de afeto por ele. Carinho que estava crescendo a uma velocidade vertiginosa. Poderia estar se apaixonando? Se já soubesse o que o amor seria, então era isto.
Atirou-se nos seus braços e beijou-o duro na boca. Ele rosnou e a pegou, embalando-a contra o peito. Seus beijos tornaram-se selvagens enquanto a carregava pela sala, finalmente perdendo seu controle. Estava tão aliviada. Agora eles podiam perder o controle juntos. Ele a colocou na cama e arrancou seu paletó, jogando-o no chão. Sua gravata se foi, em seguida, os botões de sua camisa. A puxou e jogou fora deixando-o nu na parte de cima.
A luz de uma única lâmpada brilhava nos planos duros do seu peito e estômago. Winnifred mordeu seu lábio, sentindo seu corpo tremer com necessidade. Inclinando-se sobre ela na cama beijando-a como uma besta faminta. Winnie deixou escapar um gemido profundo e cedeu a necessidade que a consumia. Deitou-se na cama, quando ele beijou seu rosto, boca, bochechas e testa.
Ela inclinou-se em seu cotovelo e tirou o cardigã e o vestido, largando-os no chão ao lado da cama. Embaixo usava um sutiã simples de renda branca.
Ele rosnou ao ver a pele escura de seus seios contra a renda branca. Agarrou seus seios, correndo o dedo ao longo da carne exposta logo acima da linha de seu sutiã. Beijou seu pescoço, rosnando como o animal que se escondia dentro dele.
Aiden afundou entre suas pernas, o seu duro e latejante eixo pressionou contra o seu núcleo úmido. Ele alcançou suas costas e soltou o sutiã. Puxou-o para longe, revelando rígidos mamilos castanhos.
Sugou o broto apertado de seu mamilo em sua boca, amassando seus seios macios enquanto pressionava sua masculinidade de encontro a sua entrada. Ela gemeu e arqueou as costas, correndo as mãos através do cabelo preto e ondulado de Aiden.
Ele beijou sua barriga, descendo mais baixo. Suas mãos escorregaram em seus lados e puxou a calcinha por seus joelhos a lançando no chão ao lado da cama. Aiden lambeu ao longo do interior de suas coxas deixando um rastro de necessidade ardente. Seu núcleo apertou e ela correu as mãos sobre o estômago, emoldurando seu monte pélvico com seus dedos.
— Aiden. — Ela choramingou.
Ele lambeu a fenda entre as suas pernas com a língua quente e seu corpo inteiro tremeu enquanto respirava trêmula com a boca aberta.
Aiden pressionou a língua no seu clitóris, abanando ao ritmo do seu vibrador favorito. Ela gemeu, seus olhos dilatados na intensidade do prazer.
Winnifred gemeu e arqueou suas costas, ofegante enquanto ele a consumia. A língua dele tocando em suas partes mais sensíveis, deslizou para baixo em sua fenda, e empurrou dentro do seu canal. Choramingou com a penetração molhada e macia.
Ele puxou para trás e continuou a deslizar a língua ao redor e sobre seu clitóris. O prazer construído como um gêiser se preparando para estourar. Aiden segurou as coxas de Winnie, pressionando as pernas abertas e, em seguida, sugou seu clitóris em sua boca, suavemente mordiscando no botão inchado.
O gêiser estourou do subterrâneo profundo, prazer se espalhou sobre seu corpo. Ela soltou um longo gemido. Aiden espalmou a língua contra sua fenda, segurando lá, ela correu os seus dedos através de seu cabelo.
Ele não parou. Pressionou seus dedos molhados contra sua entrada e mordiscou o seu clitóris, construindo novamente a avalanche de prazer que tinha acabado de derrubá-la. Aiden olhou para ela com olhos escuros encapuzados. Seus cílios pretos longos lançavam uma sombra sobre suas íris azuis. Sorriu, sua língua malandra trabalhando em seu prazer, com os dedos enganchados dentro dela.
Aiden pressionando contra seu ponto g, a língua balançando sobre seu clitóris. Winnie gemeu, chamando seu nome, chamando Deus e o universo, qualquer um que escutasse sua oração de agradecimento. Foi consumida por um prazer tão profundo, sentiu que estava caindo em um poço sem fundo.
Ele vibrou contra o seu clitóris, acariciando seu interior. E foi varrida de novo. Veio abruptamente, como um ataque furtivo. Winnie cerrou os dentes, arqueando para a frente, puxando o seu cabelo. O orgasmo fez tremer cada célula do seu ser. Quando acabou, foi deixada na cama, ofegante.
Winnifred puxou–o até ela e o beijou, alcançando o seu cinto. Ela podia sentir seu pênis duro sob o tecido das suas calças. Sentiu a espessura de seu comprimento latejante, queria vê-lo, tocá-lo e senti-lo dentro dela.
Ele pegou a mão dela e tirou–a, balançando a sua cabeça. Winnie olhou para ele, através das sombras de seu cabelo, tentando ver seus olhos.
— Mas, eu quero. — Disse ela.
— Não posso.
— O que há de errado? — Perguntou ela, pensando que era algo que tinha feito.
— Nada está errado. Se entrar em você, temo que não serei capaz de segurar. Terei que reivindicá-la como minha. Não há como voltar atrás. Antes de eu fazer amor com você, eu preciso saber se você está pronta. — Disse afundando de joelhos na frente dela, revelando o olhar doloroso em seu rosto. — Eu preciso saber se você está preparada para ser minha para sempre.
— Isso é um grande compromisso. — Ela sussurrou.
Ela o queria. Oh sim. Queria que o eixo longo e grosso dentro dela, empurrando repetidamente. Mas ele tinha razão.
Winnie não estava pronta para ser reivindicada como sua companheira. Nem entendia bem o que significava. Ficou aliviada por ter parado, acreditou nele quando disse que não sabia se poderia se controlar.
Aiden tinha mostrado uma contenção inacreditável, e tanto quanto o queria, ela não estava indo para pressioná-lo e testar os limites de sua vontade. Mas não ia deixá-lo pendurado.
— Eu acho que tenho uma solução. — Disse, estendendo-se a ele. Você não terá que se segurar. E eu posso dar-lhe o que você precisa.
— Mas... — Falou quando ela acariciou seu pênis sobre suas calças.
— Confie em mim. — Ela sussurrou, puxando-o para ela.
Seus olhos alargaram quando ela desabotoou suas calças e as deslizou para baixo dos seus quadris. Seu pênis era enorme. O maior que já viu. Longo e espesso, com pele lisa que era aveludada ao toque. Ela agarrou-o, segurando a base. Aiden gemeu de surpresa e enfiou os dedos através de seu cabelo.
— O que você está fazendo? — Sussurrou quando ela o lambeu.
— Eu tenho certeza que isso funciona em dragões. — murmurou, girando sua língua em torno da cabeça do seu pênis. — Será que se sente bem?
— Oh, sim. Está funcionando. — Ele gemeu. — Eu nunca...
— Shhh. Apenas deixe-me.
— Pelos deuses, Winnie...
Ela riu e levou seu pênis em sua boca, chupando e acariciando seu comprimento com as duas mãos. O eixo liso de Aiden era tão longo e grosso, sabia que iria sufocar se tentasse tomar tudo isso. O cheiro dele intoxicou-a com a necessidade ardente. Fê-la querer tentar.
Ela apertou as mãos e começou a subir e descer, encharcando seu pênis em um movimento lento e firme. Ele gemeu, soando mais como um dragão rugindo do que um homem. Chupou-o mais profundamente, mergulhou mais e mais baixo com cada golpe. E gentilmente apertou seu pênis com os dedos, segurando ritmicamente enquanto se movia sobre o seu comprimento.
— Foda-se... — Latiu, agarrando o seu cabelo na parte de trás da cabeça.
Ele estava perdendo o controle. Podia sentir a tensão em seus quadris, precisando empurrar para ela. Puxou para fora, ofegante por ar, segurando seu pênis molhado com as mãos para o controle. Ele bombeou em sua boca, e estava com medo que poderia sufocá-la. O olhou, desejo e medo misturando-se, uma mistura potente que se tornou luxúria.
— Não me machuque. — Respirou, sorrindo para ele.
Seus olhos brilharam, sua mão apertou em seu cabelo. — Não pare. — Ordenou. — Não vou me mexer.
Ela choramingou e deslizou as mãos no seu pênis, sugando a ponta. Seu pênis estava latejando com necessidade. Sabia que viria a qualquer momento. Segurando sua boca ao redor da cabeça de seu pênis, chupando febrilmente, acariciou o resto com as mãos para cima e para baixo em seu comprimento. Mais e mais rápido o seu pênis inchando, pulsando em seu aperto. Choramingou quando ele empurrou–a para baixo em seu pênis apenas um pouco, rosnando acima dela como sua mão torcida em seu cabelo.
— Eu vou... — Ele parecia quase apavorado. E não tinha ideia do que fazer.
Winnie quis que ele viesse na boca dela. Ela o queria. Queria o seu clímax, prová-lo e sentir sua semente escorregar pela garganta. Ela lhe deu um olhar carente por uma fração de segundo.
— Venha para mim, Aiden.
Ela envolveu-o com a boca e as mãos, chupando e acariciando-o para liberar. Aiden soltou um rugido estrangulado, todo o seu corpo estremeceu. Ele acariciou seu cabelo e bochechas, sua semente disparou profundamente na parte de trás de sua garganta. Ela gemeu, engolindo a inundação quente. Sabor de almíscar e vida, um sabor fresco e erótico. E lambeu a última gota, ofegante. Caiu para trás na cama, gasta e satisfeita.
Aiden caiu de joelhos ao lado dela, apertando sua cintura em seus braços. Descansou a cabeça em seu estômago.
— Você é uma deusa. — Ele murmurou. — Onde você aprendeu fazer isso com sua boca?
Ela riu. — Você quer dizer depois de toda a pesquisa que fez em romance, nunca ouviu falar de um boquete? É muito comum para os seres humanos.
— Os seres humanos são pessoas muito inteligentes. — Disse ele, puxando sua cueca para cima. — Nós dragões focamos em cortejar uma mulher. Imaginei que o acasalamento cuidaria do resto.
— Boa coisa então que eu estou aqui para mostrar-lhe. — Disse ela, correndo um dedo no antebraço.
Espero que não a tenha machucado. — Disse ele.
— Você é o rei da contenção. Mas também tem aí um rei de bom tamanho... Hum. — Riu.
— O meu pênis é grande demais para você? — Perguntou, acariciando sua pélvis.
Winnie riu, segurando-o apertado. Enterrou a cabeça em seu peito, inalando seu cheiro.
— Foi assustador por um minuto. — Disse ela, olhando-o.
— Mas eu acho que funcionamos bem.
— Bom. — Disse ele, respirando um suspiro de alívio.
Ela ainda o saboreava na sua boca. O sabor construiu um fogo dentro dela que sabia que só poderia ser extinto de uma maneira. Agora que o sentiu com as mãos e lambeu seu comprimento, ela o queria ainda mais. Se pudesse se comprometer com ele, derrubar suas paredes e acreditar que o amor poderia ser seguro e verdadeiro.
Suspirou, encostou-se contra ele. Estava muito cansada para pensar sobre isso agora; pensaria nisso de manhã. Ele envolveu os braços ao seu redor, e eles lentamente caíram num sono feliz e contente.
capítulo 16
A
iden acordou com seu rosto enterrado no cabelo de Winnifred, sentindo como se segurasse o mundo em seus braços. Ela dormia profundamente. Afastou-se, como se separando de sua força vital e deslizou para fora da cama. A memória de seu rosto em clímax na noite anterior repetia–se em sua mente. Seria para sempre a sua definição de beleza. O jeito que ela acariciou seu pênis... o pensamento o fez ficar instantaneamente duro.
Aiden rastejou pelo quarto, não querendo acordá-la. Recuperando seu controle, chamou o serviço de quarto, pedindo um café da manhã completo para duas pessoas.
Envolveu-se em um dos roupões macios do Resort e esperou o serviço de quarto chegar. Houve uma batida em sua porta não muito tempo depois, e ele deixou o atendente do Hotel levar seu carrinho para o quarto. O atendente arrumou tudo na mesa da sala de jantar. Aiden agradeceu, e ele saiu com um aceno e um sorriso.
— Eu cheiro café? — Winnifred disse, espiando por trás da porta do quarto.
–Eu pedi café da manhã. — Disse ele.
Ela saiu do quarto, vestindo um dos roupões e deslizou para a cadeira ao lado dele. Serviu-se de uma xícara de café e depois descobriu seu prato. Estava cheio de ovos mexidos, torradas francesas, salsicha, bacon, e frutas frescas.
— Ah, isso parece tão bom. — Disse ela.
Começou a cavar em seu café da manhã, gemendo e comentando sobre como tudo era delicioso.
— Uma garota pode se acostumar com esse tipo de mimos.
— Eu tenho um dia de diversão planejado para nós.
— Oh sim. — Disse, bebendo seu café.
— Aluguei um jipe para subir ao longo das estradas de terra na montanha. Podemos fazer um piquenique e ver as flores silvestres em um prado isolado.
— Eu adoraria isso. — Disse ela, tomando uma mordida de salsicha.
Quando eles terminaram com o café da manhã, saíram para banheiros separados e prepararam-se para o dia. Ele a encontrou novamente na sala de jantar onde estava bebendo outra xícara de café e checando os e-mails no seu telefone.
— Eu acho que vendi um quadro. — Disse ela.
— Sim?
— Sim, é um dos da ilha. Eu enviei as imagens antes do nosso encontro. O colecionador quer me encontrar pessoalmente.
— Agora mesmo?
— Disse em minha conveniência.
— Isso é fantástico. — Disse ele. Sentindo a sua realização levantar-se dentro dela, encheu-o com felicidade.
— Eu não tenho certeza como posso chegar até a cidade.
— Eu poderia levá-la amanhã. Se você quiser. A mansão está no caminho, e nós poderíamos parar lá para encontrar o resto do clã antes de ir para a cidade.
— Eu gostaria disso.
Apanharam o elevador para o andar de baixo. Aiden checou com o atendente na recepção para pegar as chaves do jipe que tinha alugado no Resort. Pegou a cesta de piquenique da cozinha, e saíram para o estacionamento.
Entraram, girou a chave na ignição, pronto para levar Winnifred em outra aventura. Tinha mais uma surpresa para ela, e esperava que usasse hoje, quando encontrassem o Prado. O mapa dizia que era suposto estar cheio de flores silvestres nesta época do ano.
Ele sorriu, feliz que ainda tinha alguns truques na manga, truques que iria fazê-la feliz em vez de irritada e confusa. Correram pela estrada e tomaram o desvio onde o mapa indicava. Logo estavam dirigindo em uma estrada de cascalho. Mais e mais alto subiram para as árvores como música tocando no rádio. Ele fez uma mistura de suas bandas de rock favoritas e cantaram junto com a música que ambos amavam. Quando chegou ao fim da estrada, ele estacionou o jipe e agarrou a cesta de piquenique.
— Esta é a trilha. — Disse apontando para a borda do estacionamento. Mas eu tenho mais uma surpresa.
— O que é? — Perguntou ela.
Abriu a porta traseira do jipe e revelou um novo conjunto de pinturas de viagem com exatamente o tipo de tintas que ela usava. Ela gritou, cobrindo a boca com as mãos.
— Como você sabia?
— Encontrar informações não é difícil para mim. — Disse ele. — Você usa tintas de óleo e telas de linho. Eu tive que abandonar seu cavalete de viagem na ilha. Foi fácil encontrar um substituto.
— Tudo que eu preciso está aqui. — Disse ela cavando através dos suprimentos.
— Tenho algo muito bonito para mostrar a você, disse ele puxando uma caixa de guitarra acústica da parte traseira do jipe.
Winnifred sorriu amplamente com a luz do sol irradiando sobre seu rosto bonito. Caminharam ao longo da trilha, até que a floresta se abriu revelando um prado, cheio de uma grama exuberante, com uma variedade de flores silvestres multicoloridas.
— Oh, isso é tão bonito.
Ela começou a montar seu cavalete enquanto Aiden estendia o cobertor de piquenique. Sentou-se com sua guitarra, dedilhando uma canção reconfortante para acompanhá-la no trabalho.
Uma brisa suave explodiu na montanha, carregando o aroma de flores silvestres. Ele a observava enquanto pintava, pincelando cores na tela. Aiden tocou para ela. Podia sentir que sua música inspirava sua arte. Foi um momento perfeito entre eles. Era assim que devia ser sempre entre eles, absorvidos nas suas paixões, criando beleza, inspirando um ao outro.
O dia passava e Winnifred terminou a primeira camada de sua pintura. Ela fechou os olhos, em seguida, olhou em volta.
— Será que eu perdi a noção do tempo? — Perguntou, bocejando.
— Não importa. Temos um carro para descer a montanha, por isso não vamos ficar presos.
Ela riu e sentou-se ao lado dele no cobertor de piquenique. Ele serviu-lhes sanduíches, água gelada de uma garrafa térmica, batatas fritas salgadas, cenouras bebês, e morangos fatiados. Ela sorriu, e seus olhos castanhos claros brilhavam de felicidade.
–Eu amo ouvir você tocar enquanto pinto. Leva tudo a um nível totalmente novo, disse ela, colocando uma cenoura em sua boca.
— Eu sei o que quer dizer. Quando vejo você pintar, torna minha música mais poderosa.
Seus olhos se encontraram, as nuvens sopraram para longe do sol e feixes de luz brilharam sobre eles. A luz tocou nas pontas de seu cabelo, clareando os fios escuros. Os olhos dele brilharam. Winnie era tudo para ele. Daria qualquer coisa para passar todos os dias como este juntos na grama com o sol brilhando, quente em sua pele. E ficaria feliz em passar um milhão de anos cuidando dela se significasse ter mais dias como este.
— Aiden. — Disse. Meu coração está transbordando. — Não sei como mantê-lo de me afogar.
— Você não precisa.
— Eu tenho tanto medo de me apaixonar por você. — Disse. — É tudo tão errado. Nada faz sentido. Parece que estou perdendo a cabeça. Não importa o quanto resista, eu não posso parar.
— Eu vou te amar até o fim dos tempos. — Disse ele, estendendo-se para acariciar sua bochecha.
— Aiden. Eu... Eu também te amo. Lágrimas se reuniram nos cantos de seus olhos.
— Tudo o que você precisar, eu estarei sempre aqui para você. Ele limpou as lágrimas enquanto caíam.
Se inclinou e beijou-a suavemente, colocando seu rosto em sua mão.
— Eu sei que preciso de amor na minha vida. Nunca precisei de ninguém nem nada. Eu sempre tomei conta de mim, pelo tempo que me lembro. Admitir que preciso de alguém é um grande passo para mim.
— Estou honrado que você está me deixando entrar em seu coração. — ele sussurrou, beijando sua testa.
— Obrigado por ser tão paciente. — Sussurrou.
Ele riu suavemente. — Se você soubesse o funcionamento da mente do meu dragão, você não diria isso.
— Eu sei o quão difícil você tem resistido aos seus instintos. Não pode escondê-lo.
— Eu pensei que estava fazendo um bom trabalho com isso.
— Não. — Disse ela, sacudindo a cabeça e rindo. Mas você não tem que esforçar-se mais.
Capítulo 17
A
iden fez o check-out do Resort, e eles começaram a descer a montanha para sua nova casa. A noite anterior tinha sido quente e feliz, mas ao mesmo tempo, a deixou querendo mais. Ainda não sabia se estava pronta para tornar-se sua companheira, mas sabia que o amava, e o queria. Quando chegaram em sua casa, ele a ajudou a carregar tudo para dentro e estava virando-se para ir quando pegou seu braço e o impediu.
— Fique comigo. — Disse ela. — Você não tem que dormir aqui fora.
— Eu dormiria na chuva a cada dia para protegê-la.
— Mas você não precisa. Não mais.
A abraçou e beijou sua bochecha, dando uma longa respiração quente que soprou através de seu cabelo. Ela enterrou a cabeça no seu peito.
— Porque você não entra em contato com seu comprador e deixa-o saber que nós vamos estar na cidade amanhã. Podemos parar na mansão no caminho.
— Mal posso esperar para conhecer sua família.
Depois de enviar um e-mail para seu comprador, ela foi para a cozinha e fez um simples jantar de espaguete. O compartilharam em sua pequena mesa da cozinha.
O contraste com o Resort fez com que sua casinha suja parecesse ainda pior. Ela não queria sentir como se estivesse de repente tendo altos padrões, mas era impossível não notar.
Isso a fez pensar sobre a vida de Aiden. Ele disse que sua família morava em uma mansão. Não se importaria de morar em uma mansão e passar a vida com Aiden. Seria tudo tão fácil. E seria liberada da luta e poderia passar sua vida pintando, amando o homem do que não conseguia obter o suficiente.
Ela poderia realmente fazer isso? Poderia desistir de sua liberdade e se tornar a noiva de um dragão? Queria, profundamente em seus ossos. Mas o amor nunca tinha sido bom para Winnifred. Sempre dependeu de si mesma. Quanto mais tempo passava com Aiden, no entanto, mas percebeu que talvez a sua dependência poderia estar no caminho de sua felicidade.
Terminaram o jantar, e ele a ajudou a arrumar tudo. Mais tarde, se sentaram em sua cama e assistiram a um filme no laptop enquanto bebiam vinho gelado, com um saco de pipoca de micro-ondas e uma caixa de mistura de brownie que ela rapidamente preparou. Riram de todas as mesmas partes no filme, e Aiden continuou apontando exemplos no filme que ele achava informativo.
— Minha família e eu estudamos relacionamentos humanos através de sua arte e notícias. — Disse ele. Eu escutei milhares de canções de amor. Mas apaixonar-se é muito diferente do que parece em canções e filmes, não é?
— Mas há sempre uma verdade essencial nele, não acha?
— O que você quer dizer? — Perguntou, voltando-se para ela.
— Eu acho que o amor é a nossa maior verdade. O amor pode levar-nos ao mais nobre dos atos. Pode obrigar-nos a nos tornar melhores. É no início e no fim de tudo importante e significativo no mundo.
— Hmm, eu nunca pensei nisso dessa forma. Você é muito sábia. — Disse ele, inclinando-se para beijar seus lábios. — Anseio por fazê-la minha, para ser o único a estar com uma mulher doce, inteligente e forte como você. Você me faz melhor. E eu sinto que é apenas o começo.
— Eu me sinto da mesma forma. — Disse ela colocando sua bochecha na mão.
Ele a beijou, puxando-a para o colo. Descansou a testa contra a dela, respirando o ar um do outro, eles começaram a desabotoar as camisas um do outro. Tinha a dela fora primeiro, puxando a camisa de caminhada para baixo dos seus ombros e fora de seus braços. Desfez seu sutiã e beijou seu peito, acariciando sua carne macia.
Ela sentiu-o duro como uma pedra embaixo de si. E jogou a cabeça para trás enquanto ele adorava seu corpo, correndo a sua língua em torno de seus mamilos. Correu as mãos para baixo sobre seus quadris e em torno de sua cintura, colocando sua bunda contra o seu pênis duro. Ele empurrou-se debaixo dela, esfregando seu núcleo faminto.
Ela tirou a camisa e correu suas mãos sobre o peito, amando a sensação de suas palmas na pele e músculos duros. Seus dedos deslizaram sobre as tatuagens em seus braços, sobre seus ombros, e envolveu os braços em torno de seu pescoço. Ele puxou-a contra ele, moendo-a em seu pênis construindo a sua necessidade.
A virou de costas em um movimento rápido, fazendo-a gritar com prazer. Ela estendeu a mão e deslizou os dedos para a fivela do cinto, puxando o cinto solto. Desabotoou as calças e alcançou lá dentro. Ele beijou seu pescoço e peito, gemendo, passando em sua carne seus dentes afiados. Ele acariciou seu comprimento duro, impressionada com sua masculinidade latejante.
— Eu quero você dentro de mim.
— Você está realmente pronta para isso? — Perguntou, deslizando seus dentes afiados sobre sua veia jugular.
— Como é que me reivindicar funciona? — Perguntou ela, acariciando seu pênis.
— Fazemos amor, e eu te mordo. Vai liberar um tipo de veneno em suas veias. E então nós seremos acasalados. Outros machos vão ficar longe de você, o vínculo e desejo que já sentimos um pelo outro será intensificado, e você vai ganhar alguns dos meus poderes de dragão.
— Dói? — Ela sussurrou, beijando seu pescoço.
Não se importava se doesse ou não. Queria ser reivindicada por ele. Queria ceder a este profundo e selvagem anseio. Winnie nunca tinha tido tanta certeza de nada. Com Aiden, de alguma forma as cores eram mais brilhantes, o contraste mais profundo, o jogo de luz mais deslumbrante. E gostava de quem era quando estava com ele, e queria mais.
— Talvez um pouco. Mas eu posso entorpecer a carne, por isso não vai doer muito. — Disse ele, beijando sua testa.
— Estou pronta. Estou pronta para ser sua.
— Minha doce Winnifred. Ele beijou a sua boca, bochechas e correu beijos sobre seu peito.
Tirou o resto de suas roupas, deixando-os ambos nus afundou entre as suas pernas. Ela se engasgou quando sentiu seu pênis deslizar sobre sua necessidade úmida. Pensou que iria deslizar para dentro, mas em vez disso, correu um rastro de beijos pelo corpo. Agarrou suas coxas e a rodou, passando a língua por toda a sua buceta encharcada.
Ela estremeceu, tomando um fôlego trêmulo. Se fizesse amor com ela da maneira como beijou seu sexo, então deve ser a melhor experiência de sua vida. Sua língua deslizou até a fenda entre as pernas, pressionando contra a ponta do botão apertado. Ela gemeu quando sua língua começou a vibrar direito sobre o pequeno feixe de nervos que lhe dava tanto prazer.
— Oh sim. — Ela gemeu, enfiando as mãos através de seu cabelo ondulado escuro. Não pare.
Ele ficou lambendo o núcleo dela com aquela incrível língua vibratória. Seu corpo virou líquido com ele devorando seu núcleo. Gemendo, estava num pico de prazer como um fogo escaldante que em breve seria tão quente que iria consumir sua alma.
Ela gritou quando o orgasmo correu seu corpo. Jogou os braços para o lado e arqueou as costas, pressionando–se com seus antebraços. Sua cabeça e costas pulando fora do colchão com ela suspensa pela onda de profundo prazer quase insuportável.
— Venha para mim, Aiden. — Ela exigiu. Venha para mim agora.
Rastejou acima de seu corpo e acariciou a ponta de seu pênis de encontro a sua entrada molhada. Ela apertou a mão contra seu peito, sua cabeça tonta com desejo. E parou.
— Espera. Eu não estou pronta para um bebê. — Disse ela.
–Então você não terá um. — Disse ele. Cato correu a análise e provou que as Dragon Souls acasaladas têm um extenso controle fisiológico de seu corpo. Isso inclui a reprodução.
— Oh. — Ela respirou, deitado e entregando-se à necessidade que estava prestes a consumi-la.
Deslizou a ponta de seu pênis através dos lábios externos e brincou com a sua entrada antes de deslizar mais profundamente para dentro. Ela se engasgou, sentindo seu pênis grosso esticá-la. Ele deslizou mais, dividindo-a aberta em um movimento rápido. Cavou as unhas em suas costas, seu mundo inclinando-se quando uma nova consciência veio à vista. E gemeu e lhe mordeu o pescoço. Ele capturou sua boca e a beijou profundamente, embalando-a em seus braços, segurando seu pênis profundamente dentro dela.
— Você está bem? — Perguntou ele.
— Melhor do que bem. — Disse ela em uma voz tremendo.
— Bom.
Aiden cuidadosamente inclinou para trás seus quadris e bombeado para a frente novamente, acariciando o prazer mais profundo dentro dela. E gritou e apertou os olhos fechados com um formigamento de desejo construído na base de sua espinha.
Com cada impulso de seus quadris, ele empurrou-a mais alto, mais longe, e mais perto da borda do clímax. Ele olhou em seus olhos, acariciando seu rosto. Empurrou mais forte, o anseio saltou livre e encheu-a com ecstasy.
Sua buceta apertou em torno do seu pênis, ordenhando seu comprimento com seu orgasmo tremendo. Ela envolveu seus braços e pernas ao redor dele, sua mente girando com felicidade. Seu corpo tinha uma mente própria. Ele beijou a testa e segurou-a ainda como as ondas de prazer rolando sobre ela.
— Você é tão bonita quando vem. — Disse. — Mais bonita do que um campo de flores ou o mar em uma tempestade. Você é tudo.
— É tão bom. Eu não sabia que poderia ser assim. — Ela sussurrou em seu ouvido.
Lágrimas se formaram nos cantos de seus olhos como os últimos pulsos de seu clímax vibrando através de seu corpo. Ele beijou os lábios, testa, bochechas, beijando as lágrimas que escaparam listravam uma trilha molhada através de sua pele.
— Será sempre assim. — Sussurrou. — Você e eu estamos destinados estar juntos. Você está pronta para a minha mordida?
— Ah, sim, Aiden. Eu te amo tanto.
Ele envolveu os braços em torno de seu corpo, segurando–a em seu poderoso abraço. Ela lamentou quando ele puxou para trás e para a frente insistentemente em seu núcleo. O poço de prazer redobrou rapidamente enquanto bombeava seus quadris poderosos repetidas vezes.
A maré ascendente a fez baixar a guarda, Aiden empurrou-a tão rapidamente para a beira do precipício. À beira do orgasmo, ela sentiu seu corpo mudar dentro dela, crescendo.
Seus dentes afiados raspavam a pele de seu pescoço, duas alfinetadas deslizando sobre sua carne sensível. Suas presas afiadas pressionadas contra sua jugular, assim como seu orgasmo explodiu em todas as direções. Ela sugou o ar quando ele a mordeu, cortando o som da sua voz. Seus dentes afundam profundamente em seu pescoço, segurando sua carne como um vício.
Ela sentiu o veneno bombear em suas veias enquanto ele sacudiu-o a língua contra a pele, provando seu sangue. Estava imóvel em seus braços com sua boceta pulsando freneticamente com os ecos de sua libertação.
Sua semente quente explodi-o em seu núcleo, revestindo suas paredes internas com líquido pegajoso. E sentiu-o ao redor dela, por dentro e por fora, envolvendo-a de todos os lados. O tempo parou.
Ela teve uma visão dela e Aiden em pé no limite do universo. A água rasa espirrou seus pés e refletiu as estrelas espalhadas sobre eles.
Eles correram um para o outro, ofegantes e rindo. Ele pegou–a em seus braços e rodou–a até ficar sem fôlego. A baixou em seus pés, olharam nos olhos um do outro. As piscinas de suas íris refletiam as estrelas e a imagem de seu rosto.
— Estamos juntos agora, unidos alma a alma. Nós nunca estaremos separados. — Ele sussurrou. As palavras ecoaram dentro dela como se tivesse falado diretamente a seus pensamentos.
Ela quebrou o olhar quando Aiden cuidadosamente deslizou suas presas de seu pescoço. Sugou o ar em seus pulmões e retirou-se de seu corpo, rolando sobre suas costas, ao lado dela na cama. Prendeu a respiração quando a puxou em seus braços. Descansando em seu ombro, ela olhou para o seu perfil.
— Você viu o que eu vi? — Perguntou, ainda espantada.
— A visão de nossas almas? — Perguntou ele, beijando sua testa. É claro que eu fiz.
— O que é esse lugar?
— Esse é o lugar onde as almas se encontram, removidas dos corpos físicos e das restrições do tempo. É aí que estaremos sempre juntos. Se alguma vez precisares de mim, estou sempre contigo naquele lugar.
Ela suspirou profundamente, segurando-a sob os cobertores macios. Sua casinha pode não ser chique como a suíte do Resort, mas estava feliz que estavam aqui para este momento. A fez se sentir segura e no controle.
Sentia Aiden dentro dela agora. Trabalhou tão duro para protegê-la. A fez amá-lo ainda mais. Segurou-o apertado quando se preparava para dormir. Finalmente, totalmente ligada ao seu amante e companheiro, nunca foi mais completa.
Capítulo 18
A
iden cuidadosamente escorregou para fora da cama na manhã seguinte, deixando Winnifred dormir profundamente enrolada nos lençóis. Foi na ponta dos pés para a cozinha, e começou a preparar o café da manhã para ambos. Aiden tinha passado bastante tempo em torno de Kian para ter aprendido a cozinhar alimentos humanos básicos, e Winnifred tinha bastantes mantimentos na geladeira para uma refeição grande e saudável.
Ele preparou ovos, bacon, waffles de torradeira. O café da manhã estava pronto quando Winnifred marchou para a cozinha em seu roupão de lavanda. Seu cabelo estava uma bagunça, mas seus olhos eram brilhantes com amor, e encheu seu coração de ternura. Atravessou a pequena cozinha e a abraçou.
— Bom dia, minha doce companheira. — Disse, beijando sua bochecha. Duquesa da House of flames.
— Eu sou uma duquesa agora, hein? — Perguntou ela.
— Tecnicamente, sim você é.
— Oooh, que chique. — Disse ela em um sotaque exagerado. Beijou-o docemente na boca e depois olhou em volta da cozinha.
— Eu vejo que você fez o café da manhã. Você é meu campeão.
— Não há limite para os comprimentos de dever para a minha senhora. — Disse ele, tirando os waffles da torradeira para um prato.
Ambos sorriam e sentaram-se na pequena mesa de cozinha juntos. Lentamente tomou um gole de café e comeu seu café da manhã. Podia sentir seu contentamento envolvendo-a como um cobertor quente. Sentia o mesmo. No entanto, ainda havia muito para atender.
Depois do café da manhã, prepararam-se para sair de casa por um dia. E podia sentir sua apreensão em encontrar sua família e clã. Mas sabia que ela iria amá-los, e eles iriam amá-la.
Pôs as pinturas no porta-malas do Mustang. Com Winnifred ao lado dele, puxou para fora da calçada e dirigiu-se para o norte em direção ao complexo. Na rodovia, dirigiu-se ao longo da pequena estrada rural para onde a House of Flames tinha sua residência neste mundo. A mandíbula de Winnifred caiu quando eles puxaram para a calçada e deslizaram através dos escudos que mantinham os vampiros fora.
— Você não estava brincando quando disse que era uma mansão. — Disse ela, olhando para o grande e moderno edifício que abrigava o clã.
— É um bom lugar para se viver. — Concluiu ele. Estamos felizes com isso. E as senhoras dos meus companheiros de clã também.
Estacionou na frente da garagem e caminharam para a porta da frente juntos. Antes de chegar à varanda, Kian e Everly, com Ember em seus braços, vinham do quintal da frente.
— Aiden! — Everly disse. Finalmente trouxe a sua companheira para nos conhecer.
— Everly. — Disse Aiden. — Esta é Winnifred. Winnie, Everly, a companheira do meu primo Kian.
— E esta deve ser Ember. — Disse Winnie, estendendo-se para agarrar a mão do bebê.
Ember riu para Winnifred, riu de volta para ela. Aiden adorava vê-la com o bebê, e esperava que um dia em breve, eles teriam um dos seus próprios.
— Entre e conheça o resto da família — Falou Kian.
Everly e Kian os levaram para a casa. Fizeram o seu caminho para o corredor, passado a sala de estar nos fundos da casa. Na sala de família, encontraram Cato, Dax, e Aria, sentados em torno dos sofás grandes. Todos olharam para cima para ver Aiden e Winnifred.
Dax foi o primeiro a se aproximar, com um grande sorriso pateta em seu rosto. Ele estendeu uma mão grossa para Winnifred um sinal formal de saudação entre os seres humanos, oferecendo–lhe para ela agitar.
— Oi. — Disse ele. — Eu sou Dax. Eu estava ansioso para conhecer a mulher que está presa com Aiden.
— Agora não, Dax. — Disse Aiden.
— É um prazer conhecê-lo, Dax. — Falou Winnifred pegando sua mão e agitando-a. Verdade seja dita, estou feliz por estar presa a ele.
— Eu sou Aria. — Disse ela, oferecendo a Winnifred sua mão. Não ligues para o meu companheiro. Ele e Aiden têm uma contínua rivalidade.
— Que eu desejo que vocês dois superem. — Disse Kian.
— Nunca. — Tanto Dax com Aiden disseram ao mesmo tempo.
Todos riram. Cato se aproximou, sorrindo para Winnifred com um olhar indecifrável.
— E você deve ser o Cato. — Disse Winnifred, oferecendo-lhe a mão.
— É um alívio que as coisas funcionaram para você e Aiden. Eu posso ver por seus sinais vitais que ele reivindicou você. — Cato a examinou com uma pulseira de laser. — Eu estava preocupado. O impulso de acasalamento o estava deixando à beira da insanidade. Eu temia que seu coração poderia parar se demorava mais tempo para reivindicá-la.
— O quê? — Winnifred gaguejou, colocando a mão em seu coração.
— Ela não sabia? — Cato perguntou.
— Saber o quê? — Winnie exigiu.
— Um dragão pode literalmente enlouquecer se não acasalar e a loucura eventualmente leva à morte. — Informou Everly, saltando a criança em seu quadril.
— Eu não tinha ideia. — Disse Winnifred, colocando as pontas dos dedos em seus lábios. — Por que você não me disse, Aiden?
— Eu não queria que você se sentisse obrigada a acasalar comigo porque eu poderia enlouquecer e morrer se você não fizesse.
— Aiden. — Disse em um sussurro. — Nunca mais guarde algo assim de mim.
— Tudo acabou. Estamos juntos agora.
Ela acenou com a cabeça uma vez, aceitando a verdade. Agora eles podiam se sentir um dentro do outro, se entenderam no nível profundo.
— Você tem uma bela casa. — Disse a Kian, mudando de assunto enquanto toda a família ficava ao seu redor compartilhando seu momento privado.
— Você gostaria de um passeio? — Aiden perguntou.
— Eu adoraria.
— Depois de olhar em volta da casa, venha para a cozinha para o almoço. Estou cozinhando. — Falou Kian.
Os outros se espalharam, deixando Aiden e Winnifred sozinhos na sala de família.
— Realmente gostaria que você tivesse me dito o que aconteceria se não se acasalasse. — Disse.
— Tentei não forçá-la. Após o meu erro na ilha, não poderia suportar a ideia de a manipular de qualquer maneira nunca mais.
Ela soltou um suspiro exasperado e olhou para o chão.
— O que está feito, está feito. — Disse. —O que é importante agora é que estamos juntos, e você está saudável. — Parou por um momento, como se reunindo seus pensamentos. — Eu realmente aprecio você ter me dando espaço. Sempre foi difícil para mim confiar nos outros, com boa razão. Foi tão estranho para mim quando nos conhecemos. Eu estava inexplicavelmente atraída por você, e eu não conseguia entender o porquê. Quero dizer, você é quente e tudo, mas... —Ela riu. — Eu conheci um monte de caras quentes na minha vida. Eu compreendo agora que o sentimento era minha Dragon Soul chamando o meu companheiro. É quase como se a minha Dragon Soul fosse a intuição que sempre me sussurrou no fundo minha mente. É ainda mais forte agora que nós acasalamos. Ela deu uma respiração profunda. Você fez tanto por mim.
— Eu fiz o que tinha que fazer.
— Aiden. Para. Você tem sido tão paciente. É a minha vez de cuidar de você agora.
— Eu gostaria disso. — Disse ele, levando-a em seus braços e sorrindo para a sua companheira doce e forte.
— Cansei de deixar você sacrificar-se por mim. — Sussurrou em seu ouvido.
— Eu sei. Eu sei.
— Por favor. Apenas confie que estou aqui por você tanto quanto você está para mim. Pode fazer isso?
— É claro que eu posso. — Disse ele, tomando a sua mão e beijando as costas de seus dedos. Ele deu uma longa respiração, inalando seu cheiro. Ela tinha mudado apenas um pouco desde que se acasalaram, tornando-se ainda mais perfumada e intoxicante.
Mal conseguia acreditar que ela era verdadeiramente sua, ou que ela estava pedindo-lhe para parar de sacrificar suas próprias necessidades. Faria qualquer coisa por ela. Sacrificaria sua vida por seu conforto. Ela não queria isso. Queria que ele a deixasse cuidar dele também. Segurou-a perto, o alívio que corria em si era quase demais para suportar. Recusava-se a ser vulnerável. Não queria um único segundo de fraqueza. Mas com Winnifred ligada a ele, sabia que poderia deixá-la entrar, deixá-la vê-lo. Deixá-la acalmar a sua alma e feridas com as suas mãos.
— Eu vou te mostrar o resto da casa. — Finalmente disse, beijando sua testa.
Primeiro, entraram na sala de jogos, explicando as regras da Associação de dragões para ela. Ela riu do absurdo enquanto atravessavam o corredor até a biblioteca. Depois de visitar o piso inferior, subiram, e ele mostrou-lhe o seu quarto.
Aiden tinha uma suíte limpa e arrumada com uma cama king size coberta com um edredom macio e preto. Uma enorme casa de banho com piso de azulejo branco, balcões de mármore tops, um chuveiro enorme, e uma banheira de hidromassagem.
— Você certamente vive uma vida de luxo. — Disse ela, olhando para fora da janela para os terrenos.
— Entre lutar contra vampiros e salvar donzelas em perigo. — Disse ele. — Nós certamente vivemos.
Riu, enquanto desciam as escadas para o porão. Mostrou–lhe a sala de controle da espaçonave que haviam enterrado debaixo da casa. Então caminharam pelo corredor para o teatro e a sala segura.
— Esta sala pode acomodar com segurança uma dúzia de pessoas por meio ano. Kian a construiu depois de encontrar Everly. Ela tem dez vezes a blindagem de segurança do próprio complexo, que só teve uma violação até agora. Cada vez que os vampiros atacam, aprendemos mais, e nossa tecnologia se torna mais forte.
— Esses vampiros realmente são uma ameaça terrível, não são? — Perguntou ela pensativamente.
— Eles sequestraram Everly, Ember e Aria. Nós não tomamos a proteção de nossas mulheres levemente.
— Depois de deixar a pintura para o meu comprador, podemos pegar minhas coisas, para que eu possa vir com vocês.
— Eu gosto do som disso, disse ele, beijando-a. Deixe-me mostrar-lhe o terreno. Você vai adorar.
Aiden mostrou a Winnifred os dez acres de terrenos bem cuidados ao redor da mansão, o gazebo de madeira, a piscina e a quadra de basquete. Ela se maravilhou com a vista da encosta varrendo o limite do complexo em direção à montanha.
Após a turnê do terreno, encontraram a família na cozinha, sentados ao redor da mesa. Ember se mexeu em sua cadeira alta, e Everly metia comida de bebê em sua boca. A Dragonkin gritou com prazer ao ver Winnifred e Aiden.
— Ela gosta de você. — Disse Aiden.
— Ela é tão fofa. — Winnifred suspirou.
— Temos outro a caminho. — Disse Everly, tocando seu estômago.
— Parabéns! — Winnifred disse, sentado ao lado de Aiden.
— Será o primeiro Dragonkin nascido na terra. — Disse Everly orgulhosamente.
Aiden segurou a sua mão, sentindo o calor de sua família envolvê-los. Apesar de sua competição amigável com Dax, seu coração, suas lâminas, e suas garras, serviriam sempre a House of Flames. Agora sua companheira corajosa era uma parte dela. Não poderia ser mais feliz.
Kian serviu-lhes um almoço de sanduíches de peru grelhado com mostarda picante, pickles, tomates e alface, com suas famosas batatas fritas cortadas à mão, marinadas em azeite, alecrim e sal marinho. Bagas frescas e melões das fazendas locais nas proximidades e copos altos de limonada acompanharam a refeição.
Winnifred comeu o almoço com o clã conversando sobre o passado e o futuro. Todo mundo estava animado com o bebê. Cato já tinha decidido que era uma menina. Outro dragão feminino nascido na House of Flames era um grande benefício para todos eles.
Esperava que um dia, ele e Winnifred teria um Dragonkin próprio, mas por agora estava feliz apenas por sentar-se à mesa com sua Duquesa ao seu lado.
Capítulo 19
W
innifred e Aiden disseram adeus a todos, desejaram-lhes uma viagem segura e um retorno rápido. Winnifred sentiu o calor e a aceitação da família de Aiden profundamente em sua alma, abraçando-a como braços amorosos.
Sua própria família tinha sido quebrada, sua mãe uma viciada e seu padrasto bêbado e abusivo. Tinha escapado da terrível situação, prometendo nunca mais deixar se vincular pela lealdade da família novamente. Mas agora, com Aiden e seu clã, se sentia totalmente diferente. Parecia que ela poderia pertencer, segura e amada. Ela não sabia bem como processar isso desde que era completamente estranho para ela.
Por tanto tempo tinha vivido com um profundo senso de ansiedade e desconfiança para quem tentasse chegar muito perto. Estava tudo desaparecendo agora que estava ligada a Aiden. Estava começando a baixar sua guarda, abrir o coração, e deixar todos entrar.
Fizeram o caminho para o Mustang, entraram e começaram a descer a rua. Quando chegaram à borda da propriedade, ela viu um brilho no ar antes que saíssem para a estrada principal.
— O que era aquela luz? — Ela perguntou.
–Você viu os escudos brilhando. A maioria dos humanos não consegue ver.
— Sinto como se algo estivesse mudando dentro de mim. É como uma borboleta saindo de seu casulo.
— As Dragon Souls acasaladas tomam muitas das características e dos pontos fortes dos dragões. Embora você não seja capaz de mudar, será mais forte, mais rápida e mais resistente. Não temos uma compreensão completa da transformação, já que Everly e Aria são as primeiras companheiras de dragão humanas, mas observamos o suficiente para saber que há mudanças.
— É como um zumbido no meu sangue. — Disse ela. — Correndo pelo meu corpo inteiro, enchendo-me com uma confiança que nunca conheci.
— Você já é uma das pessoas mais confiantes que eu conheço, disse ele com uma risada. Em breve você será imparável.
— Eu gostaria de ser imparável. — Disse ela. — Parece incrivelmente gratificante.
–Gostaria disso também. — Disse ele, olhando-a e agarrando a sua coxa. — Minha noiva imparável. — Suas palavras eram uma carícia em seus ouvidos, o pronunciamento faminto, sedutor de um amante. Ela riu esfregando a sua perna enquanto dirigia. Ele dirigiu mais rápido ao longo da rodovia, sorrindo e revelando seus dentes afiados. Ligou o rádio, e eles balançaram ao ritmo da música.
A viagem para a cidade foi divertida com Aiden ao seu lado, tocando suas canções favoritas. Nunca havia um momento aborrecido com ele, e mal podia esperar para passarem o resto de suas vidas juntos, crescendo como artistas e como amantes.
No final da tarde, foram para o distrito de arte que tinha anteriormente chamado de casa, estacionaram em frente ao edifício onde seu comprador havia pedido para encontrá-lo. A janela que dava para a rua, revelava o interior de uma galeria, e sua curiosidade cresceu quando saiu do carro.
Aiden abriu o porta-malas e pegou sua pintura. O endereço do comprador não era a Galeria, mas a porta que conduzia para o andar de cima. Aiden pressionou a campainha, e esperavam a porta abrir. Um momento depois, uma voz veio através do intercomunicador.
— Entre.
A porta zumbiu e Aiden a empurrou aberta. Andaram até as escadas, por um corredor estreito que levou a uma única porta no final. Empurrou sobre a madeira pintada e a porta lentamente rangeu aberta.
— Este lugar não cheira bem. — Aiden resmungou.
Dentro, um homem sentava-se em uma cadeira executiva atrás de uma mesa, suas costas viradas para eles. Ela podia ver os braços de seu blazer de veludo roxo e o topo de sua cabeça coberta de cabelo preto liso.
— Winnifred Parker. — Disse ele, não se virando. — Você poderia por favor pendurar o quadro na parede atrás da minha mesa?
Aiden tentou não soltar sua mão, mas ela soltou os dedos e levou a pintura com ela. Ele estava nervoso por deixá-la ir, mas este era o seu comprador de arte. Não podia deixar a superproteção de Aiden impedi-la de fechar este negócio.
Ela atravessou a sala, suas botas tornozelo clicando no chão de madeira polida. Sua intuição lhe dizia que algo não estava bem, mas estava tão determinada a terminar sua venda que não deu ouvidos. Olhou para o perfil do homem quando passou. Suas características eram afiadas, mas pouco atraentes, sua pele pálida e seus olhos escuros. Sorriu e virou-se para o prego já fixado na parede. Levantando a pintura, pendurou-a. Antes que pudesse se virar para perguntar-lhe se ele aprovava, sentiu mãos de aço segurar os seus braços e puxá-la para baixo.
Ela caiu no colo do homem, e rodou em torno da cadeira, enfrentando Aiden. No tempo que demorou a virar-se para enfrentá-lo, Aiden tinha se meio transformado e carregava as suas espadas de laser.
— Deveria saber que era você. — Aiden rosnou. — Cheira a resíduo de vampiro por todo o lugar.
— Aiden. — Ela gaguejou. — Sinto muito.
O vampiro virou o rosto para o seu pescoço, tomando uma profunda respiração de seu aroma.
— Não tão doce como antes. — Disse ele desapontado. — Mas não vou deixar que isso me impeça de desfrutar da minha vingança.
— Como você a encontrou? — Aiden vomitou.
Os dentes caninos do vampiro se estenderam abruptamente da mandíbula. Abriu a boca larga, seus olhos brilhando amarelo e avançou em direção a seu pescoço. Winnifred gritou. Aiden correu para a frente. O vampiro apertou o seu pescoço. Ela sentiu o frio, a picada afiada de sua mordida e sua língua úmida deslizando sobre sua pele.
Ele chupou vigorosamente por meia batida quando Aiden levantou as suas espadas prontas para atacar. Mas o vampiro abruptamente deixou-a cair no chão, gritando de dor e nojo.
— O que você fez com seu sangue? — O vampiro lamentou, arranhando seu pescoço.
Winnifred se moveu, lançando-se atrás de Aiden, ele cortou suas espadas através do pescoço do vampiro, decapitando-o. A cabeça rolou para longe e bateu contra a parede distante, deixando uma trilha de sangue escuro através do chão de madeira pálida. Winnifred gritou e cobriu sua boca em horror. Aiden estava acima da criatura e soprou fogo em seu rosto e corpo decapitado.
— O que é essa coisa?
— Ele era um vampiro ancião. — Disse Aiden. — Mas ele está morto agora.
— Você o matou?
— Acho que você o matou. — Disse Aiden, chutando a cabeça assada do vampiro para espalhar as cinzas pelo chão.
— Eu? Como eu poderia o ter matado?
Aiden a encarou, ela se moveu para os braços do homem que amava. Suas espadas retraíram-se, e a abraçou.
— Eu acho que foi o seu sangue. — Disse. — A mordida de acasalamento mudou você, fez você imune.
— Não só imune, mas mortal. — Disse ela, de pé sobre as cinzas do vampiro vencido. Aiden queimou o resto do cadáver e, em seguida, usou seu dispositivo de pulso para criar uma unidade de contenção que sugou todas as cinzas.
— Eu vou levar os restos com a gente, só para ter certeza. — Disse ele. — Este é um desenvolvimento muito interessante. Você sabe o que isso significa?
— O quê? — Disse ela, sacudindo a cabeça. Ela ainda estava muito atordoada para pensar direito.
— Significa que você, Everly e Aria são livres para viver suas vidas sem medo dos vampiros. Tenho que contar ao Cato.
Poderia ser verdade? Poderia a mordida de acasalamento de Aiden ter feito seu sangue mortal para qualquer vampiro que pudesse tentar levá-la? Seus lábios se levantaram em um sorriso satisfeito, caminhou através da sala e levou de volta a sua pintura.
— E eu pensei que ele queria comprar o meu quadro. — Ela tinha que admitir, estava um pouco desapontada que não era um colecionador de arte real.
— Você vai encontrar compradores muito melhores para suas pinturas. Vamos fazer com que Cato te apresente para todas as representantes de artes na internet. Você vai ficar sem quadros em um instante, não vai mesmo ser capaz de manter-se com a demanda.
— Isso seria um sonho. — Disse ela enquanto saiam do prédio e subiam de volta no carro. — Por hoje, acho que posso estar feliz por não me tornar comida de vampiro.
Capítulo 20
A
iden e Winnifred chegaram de volta à mansão, Cato levou-os para a nave espacial no porão. Aiden deu a Cato a unidade de contenção cheia de cinzas e Cato colocou-as em uma placa de análise.
— Diga-me exatamente o que aconteceu. — Disse Cato.
— O homem que me contactou para comprar a minha pintura acabou por ser um vampiro mais velho.
— Era o mesmo vampiro que atacou o nosso complexo? — Cato perguntou a Aiden.
— Foi ele. O mesmo que me atacou na ilha. Estou bastante certo de que está morto agora.
— Saberemos em breve. — Disse Cato. Ele virou-se para Winnie e questionou-a. — E ele teve uma reação negativa assim que mordeu você?
— Sim. — Disse Winnifred. — Ele gritou e começou a arranhar o pescoço. Me perguntou o que eu tinha feito com o meu sangue. E então Aiden cortou sua cabeça.
— Quando cortei a cabeça dele, na ilha ainda estava piscando. Desta vez, está claramente morto. Eu incinerei o corpo apenas para ter certeza.
— Muito interessante. — Disse Cato, puxando uma seringa. — Eu vou pegar uma amostra do seu sangue. — Explicou a Winnifred. — Aiden você poderia trazer Everly e Aria aqui embaixo? Eu gostaria de obter uma amostra delas também. Quero ver se há alguma semelhança entre elas, e se é algo que não é encontrado em uma típica amostra de sangue humano ou Dragon Soul.
Aiden acenou uma vez e saiu do porão, correndo lá em cima para encontrar Everly e Aria. Elas estavam sentadas na sala de estar com Ember.
— As Senhoras se juntariam a nós lá embaixo? Estamos executando um experimento bastante interessante.
— Sim? — Aria perguntou. — O que?
— Desça e explicaremos tudo.
Elas seguiram Aiden até a nave espacial, encontrando Cato já com uma amostra de Winnifred.
— Então, o que é isso tudo? — Everly perguntou, colocando Ember em sua cadeira de bebê na nave do porão.
— Parece que o sangue de uma Dragon Soul acasalada é mortal para os vampiros. Mesmo os vampiros mais velhos. — Explicou Cato.
— É sério? — Aria disse, seus olhos brilhando com esperança. — Isso significa que poderíamos sair sozinhas?
— É uma possibilidade. — Disse Cato. — Um vampiro mordeu Winnifred hoje cedo e suspeitamos que ele morreu por causa disso.
Everly e Aria ambas se engasgaram. — Oh, Winnifred. — Disse Everly, estendendo-se a ela. — Você está bem?
— Estou bem. Aiden estava lá para me proteger.
— Queremos ter certeza de que foi por causa do sangue. — disse Cato. — Aiden o decapitou e incinerou.
— Mas ele foi envenenado. — Insistiu Aiden. — Eu já decapitei este vampiro antes. Mesmo com a magia de Aria, eu não podia derrubá-lo. Desta vez eu pude.
Cato tirou amostras de Aria e Everly e iniciou a análise em seu computador.
— Bethi. — Disse Cato dirigindo-se à AI da nave. — Análise e cruze estas amostras para semelhanças e diferenças no sangue humano e no sangue de Dragon Souls não acasaladas.
— Começando a análise. — Disse Bethi.
— Como você pode executar uma análise sobre o sangue humano e Dragon Soul? — Winnifred perguntou.
— Temos acesso a todas as bases de dados humanas. — Disse Cato. — Um grande banco de informação que a raça humana gravou previamente está nas pontas dos meus dedos.
— Oh. — Disse ela. — Você realmente é bom com computadores.
Todo mundo riu e esperou com atenção enquanto Bethi trabalhava no problema.
— Anticorpos desconhecidos identificados em amostras fornecidas de sangue de Dragon Souls acasalados. Este anticorpo não está presente em nenhuma outra amostra disponível.
— Muito interessante. — Disse Cato.
— Isso explica, então. — Everly disse.
— Ainda há a possibilidade de que o anticorpo está presente em outros seres humanos ou Dragon Souls, mas não é identificável pela tecnologia humana.
— Oh. — Disse Everly.
— Não perca a esperança. — Disse Cato. Este é um bom começo. Devo executar mais análises e fazer mais pesquisas. Mas por agora, eu continuo optimistamente cauteloso. Sugiro que as senhoras continuem a ficar atrás do perímetro dos escudos ou a sair com uma escolta. Estou trabalhando neste problema, e espero encontrar uma solução muito em breve.
— Obrigado, Cato. — Disse Aria. — Espero que ache as respostas que estamos procurando.
— Não seria maravilhoso se pudéssemos ir às compras por nós mesmas, e deixar os caras em casa? — Everly perguntou a Aria.
— Seria...
— Embora, seu companheiro tenha excelente gosto em roupas, Winnifred. — Disse Everly.
— Eu não posso dizer a mesma coisa do meu. — Aria falou rindo.
Isso era algo que Aiden poderia definitivamente concordar. Everly e Aria deixaram o porão, levando Ember com elas. Aiden sentiu orgulho no reconhecimento de Everly de seu gosto, especialmente na frente de Winnie. Ele ajudou Everly com seu look quando ela precisava construir sua confiança. Ele estava contente por tê-la ajudado.
— Eu sei o que vi. — Disse Winnifred a Cato.
— Eu concordo com você. Cem por cento. Mas não podemos arriscar. Cato vai encontrar a resposta em breve. — Disse Aiden.
— Espero que sim. Seria uma boa notícia para todos. — Disse Winnifred. — Agora nós só temos que descobrir como vamos conseguir mudar todas as minhas coisas para a mansão hoje. Eu gostaria de dormir na sua cama esta noite.
Ele sorriu.
— Eu tenho uma excelente ideia.
Meia hora despois, Aiden estava voando pelo céu, segurando um recipiente de armazenamento em suas garras, em seu modo furtivo, ninguém podia vê-lo ou o recipiente. Aterrissou no quintal da casa de Winnifred, e mudou-se para a forma humana.
Winnifred queria vir para ajudar, mas ele pensou que seria melhor fazê-lo sozinho. Ele poderia facilmente arrumar suas coisas e estar em casa antes do pôr do sol.
Rapidamente começou a trabalhar na privacidade de seu quintal. Era no final da rua, protegido por árvores e duvidava que qualquer um pudesse ver sua atividade. Se alguém tivesse uma espiada sobre a cerca, o que observariam seria um homem muito forte carregando móveis.
Quando tinha carregado tudo, entrou em modo furtivo e se deslocou, segurando o recipiente de armazenamento com suas garras. Bateu o ar com suas asas enormes e voo, deslizando acima da cidade com o sol brilhando contra a montanha.
O fez pensar no lindo dia que passaram juntos, e sabia que teriam muitos mais. Voltou para a mansão ao anoitecer, colocou o recipiente de armazenamento no quintal da frente perto da garagem. Os caras saíram e ajudaram a descarregar suas coisas, colocando as coisas pessoais em seu quarto, seus suprimentos de pintura em seu novo estúdio, e o resto de sua mobília foi armazenada no recipiente segundo suas instruções.
— Esta é a mudança mais rápida que já aconteceu na história do mundo. — Disse ela, com as mãos nos seus quadris quando ele fechou a porta da unidade de armazenamento.
— Eu tenho o objetivo de agradar você. — Disse ele.
Ela enfiou seu braço no dele e riu. — Eu sei que você faz. — Disse sedutoramente.
Ele lhe beijou a testa e sussurrou em seu ouvido. — Eu não posso esperar para passar a noite com você na minha cama.
— Eu também. — Respondeu, voltando–se para embrulhar os braços em torno de seu pescoço.
Eles se beijaram suavemente enquanto a lua começava a subir sobre a montanha.
— Venham para o jantar. — Kian chamou da porta da frente.
Winnifred e Aiden sentaram-se na mesa da cozinha grande com o resto da família. Kian tinha cozido macarrão ravioli caseiro, recheado com queijo ricota e salsichas Talian. Ele o cobriu com um molho marinara cremoso e raminhos de salsa. O jantar foi servido com torradas de alho crocante, e a família se regalou da refeição juntos. Mesmo Ember experimentou um pouco do ravioli.
— Você cozinha assim todos os dias ou é apenas para ocasiões especiais? — Winnie perguntou.
— Todos os dias e para ocasiões especiais. — Disse Kian. — Esta é definitivamente uma ocasião especial. Parabéns, Aiden e Winnifred, estamos todos tão felizes por vocês. Todos estão entusiasmados por ter outro membro na House of Flames. Winnie, bem-vinda à família.
— Bem-vinda, todos aplaudiram, segurando os copos de vinho, cerveja e água. Ember segurou seu copo de suco de maçã, gritando com prazer.
— Apesar de Aiden e eu nem sempre nos darmos bem, disse Dax. Estou feliz que encontrou sua companheira. E que sua companheira é uma grande mulher.
— Estamos em êxtase de ter outra mulher na casa. — Disse Everly. Precisamos equilibrar toda essa testosterona.
— Os dragões têm testosterona? — Winnifred perguntou.
— Nós temos. — Disse Cato. Mas não é exatamente como a testosterona humana.
— Exatamente. Nós garotas precisamos de igualar até mesmo a testosterona de dragão. — Disse Everly. — É ainda pior. Você viu o impulso de acasalamento, você sabe exatamente o que eu quero dizer.
Everly e Aria riram conscientemente, e Winnifred juntou-se a elas. Aiden ficou feliz em ver a sua mulher se dar bem com todos, nem um pouco intimidada com o que podiam fazer. Sorriu e balançou a cabeça, sabendo que isto fazia bem a todos eles. Porque isto é o que as mulheres faziam para um lar e uma família, elas traziam amor, paz, e conforto para os corações dos homens. Era isso que suas companheiras Dragon Souls tinham feito para a House of Flames.
CAPÍTULO 21
D
epois do jantar, Aiden e Winnifred subiram para o quarto, finalmente juntos. Agora, poderia se concentrar no futuro e desfrutar da maravilhosa vida que iriam ter como um casal.
Os caras haviam trago suas caixas para o quarto dele e eles tinham desempacotado suas roupas em um segundo no closet. Tudo já estava no lugar, e não teve que levantar um dedo. Sentaram-se juntos nos tapetes pretos, cobrindo o chão de madeira escura, e olhou ao redor da sala.
— Nós vamos ter que iluminar este lugar. — Disse ela. — Acho que algumas das minhas pinturas farão o truque.
Ela pegou a pintura que tinha sido destinada para o comprador que acabou por ser um vampiro e pendurou-a sobre sua cama.
— Está perfeito. — Disse. — Agora podemos sempre lembrar como nos conhecemos.
Eles olharam para a cena do Lago pantanoso que tinha pintado naquele dia na ilha. Seria uma memória para sempre gravada profundamente dentro de sua mente. A presença de Aiden tinha feito tudo mais brilhante e mais intenso. Assim como o seu amor fazia agora.
— Eu nunca iria querer esquecer. — Disse ele, beijando-a na cabeça.
O beijo aprofundou e a levantou do chão, carregando–a por todo o quarto. Aiden a depositou na cama e em um flash, estavam nus sobre os cobertores. Seus corpos esmagados, pele a pele, como se não houvesse separação entre eles.
Reivindicou sua boca, com uma inundação quente de desejo que a surpreendia a cada vez, encheu-a de amor. A paixão girou entre eles. Suas línguas dançavam, e seus braços agarravam um ao outro apertado. Puxou-a para cima para montar seu colo. Sua buceta encharcada pressionada contra seu pênis. Eles olharam nos olhos um do outro.
Ela escorregou para a frente e pressionou a cabeça de seu pênis contra sua entrada, provocando-o com seu calor. Deslizou para baixo do seu corpo, beijando seu abdômen musculoso, sua língua deslizou sobre sua carne deliciosa.
Chegando ao seu membro, ela abriu a boca, salivando, faminta para prová-lo novamente. Ele rosnou e olhou em seus olhos quando ela sugou a cabeça de seu pênis em sua boca. Ela gemeu e fechou os olhos, saboreou a sensação e o sabor dele. O almíscar de sua pele, o sabor de sua masculinidade intoxicado seus sentidos enquanto embrulhou sua boca molhada sobre o seu eixo.
Ela o levou tão profundamente quanto ousava, sua cabeça esponjosa batendo na parte de trás de sua garganta. Agarrou seu comprimento maciço com ambas as mãos e começou a usar a boca e as mãos para provocá-lo e excitá-lo.
Ele acariciou seu rosto, ofegando o seu nome. Com um rugido incontrolável, ele a rolou de costas e caiu entre as suas pernas. Aiden consumiu o núcleo de Winnifred com sua boca abrangente.
Ele devorou-a, deslizando na fenda e batendo em seu clitóris. Deslizou os dedos dentro dela, pressionando entre os seios.
Gemendo, a inundação do orgasmo caiu sobre ela. Aiden virou-a de quatro com a sua buceta ainda pingando de sua língua molhada. E deslizou dentro dela por trás. Ela o recebeu, jogando a cabeça para trás. Suas mãos agarrando seus quadris, e se segurou para o passeio, ele a levava para lugares que nunca tinha ido e nunca imaginou ir.
O prazer era como um trem de carga em alta velocidade muito rápido, tão intenso que não havia espaço para pensar. Ela veio mais e mais na pressa de luxúria e paixão que ele lhe deu. Ele segurou as suas mãos sobre a cabeça, empurrando cada vez mais forte e mais rápido, até que ela não achava que poderia tomar mais prazer.
Ele rosnou na parte de trás do seu pescoço quando veio. Os últimos espasmos de seu clímax mútuo vibraram através de ambos. Ela caiu para a frente, virando-se de costas e abrindo os braços para ele. E se estabeleceu em seu abraço, descansando sua bochecha contra seu peito. Uma lágrima se formou no canto de seu olho, e ela apertou-a com força. Gratidão zumbia em seu coração e cérebro. Tinha de lhe dizer o que significava para ela.
— Eu te adoro, Aiden. — Disse ela. — Eu sinto como se estivesse vivendo uma meia-vida antes de te encontrar.
— A vida é destinada a ser compartilhada com a sua outra metade.
— Temos tudo o que precisamos agora que estamos juntos.
Eles seguraram um ao outro, seus dedos entrelaçados, olhos nos olhos. Uma lágrima deslizou por sua bochecha e ele beijou-a.
— Eu finalmente sinto como se pertencesse. — Sussurrou. — Me sinto segura.
— Eu estive esperando por você por um milhão de anos. — Ele sussurrou. — E valeu a pena a cada minuto.
Eles dormiram profundamente, juntos em sua cama grande até que os raios do sol irradiaram pelas janelas na manhã seguinte. Acordaram juntos, preguiçosamente abraçados num doce silêncio.
— Aposto que Kian fez café. — Disse Aiden, beijando a parte de trás de sua mão.
Juntos, em suas roupas de dormir e de chinelos foram para o andar de baixo. Everly e Kian já estavam na cozinha, alimentando Ember. Cato chegou quando Winnifred derramou sua primeira xícara de café.
— Winnifred, Aiden, quem eu precisava ver.
— Por que isso? — Aiden perguntou.
— Eu devo esperar para fazer o anúncio até todos estarem aqui.
Winnifred e Aiden sentaram-se na mesa. Kian tinha servido um grande prato de ovos mexidos, salsichas, waffles caseiros e frutas frescas com uma jarra de suco de laranja recém espremidas. Winnifred pegou um prato e assim fez Aiden. Estavam na metade, quando Dax e Aria chegaram. O longo cabelo loiro do Dax estava emaranhado e confuso. Ele usava short e uma blusa de surf, com um par de chinelos. Aria estava envolvida em um roupão de banho com pijama rosa e chinelos de coelho branco.
— Finalmente. — Disse Aiden.
— Não comece até eu beber meu café. — Dax gemeu. — Ficamos a noite toda jogando moto racer.
— Eu o venci todas as vezes. — Aria riu.
— Não, você não fez. — Ele resmungou.
— Fiz sim. — Ela brincou.
Dax resmungou e puxou-a em seus braços de urso, beijando-a em cheio na boca. Todos encararam. Kian limpou a garganta. Aria riu e Dax a deixou ir, com um olhar sonolento em seu rosto.
— Enfim... Eu tenho um anúncio importante. — disse Cato.
— É sobre os anticorpos, não é? — Everly perguntou animadamente, saltando Ember em seu colo.
Aria e Dax sentaram-se à mesa com o seu café. Todo mundo esperou o anúncio de Cato enquanto ele abria o holograma, o projetando acima de seu dispositivo de pulso.
— Pelo que posso compreender, dadas as informações atuais à minha disposição, posso determinar com setenta e nove por cento de certeza, que as Dragon Souls acasaladas não são apenas imunes a mordidas de vampiros, mas são de fato mortais para eles.
— Eu sabia. — Disse Winnifred.
— Essa é uma excelente notícia, bom trabalho Cato. — Disse Kian.
— Sim! — Aria disse, batendo palmas. — Eu realmente quero visitar os pacientes no lar de idosos.
— E eu quero ir para a cidade sozinha de vez em quando. — Disse Everly. — Sinto falta da Steph. E ter uma escolta toda vez que eu vou vê-la é embaraçoso. Ela está começando a pensar que o Kian é um maníaco por controle.
— E ele, não é? — Dax perguntou.
— E Ember? — Everly perguntou.
— Ember não tem os anticorpos. Ela tem sangue de dragão puro e sangue de dragão não é mortal para os vampiros. Só Dragon Souls acasaladas.
— Continuaremos protegendo Ember com nossas vidas. — Disse Kian. — Ela não pode deixar o complexo sem um guardião dragão.
— Absolutamente. — Concordou Everly. — Devemos protegê-la. Não há como dizer o que os vampiros fariam se pusessem suas mãos sobre ela novamente. Isso só significa que eu não posso levá-la comigo.
— Aconselho extrema cautela. — Disse Cato. — Eu tenho um nível bastante elevado de certeza de que os anticorpos tornam seu sangue mortal para os vampiros. Mas eu não tenho certeza absoluta. Eu preciso de mais testes e uma mais ampla gama de amostras para que possa analisar com a minha tecnologia avançada.
— Setenta e Nove por cento é bom o suficiente para mim. — Disse Aria.
— Eu não sei se é bom o suficiente para mim. — Dax resmungou. — Eu ainda quero protegê-la.
— Nós vamos levar as coisas devagar. Mas esperançosamente, as senhoras terão a liberdade para viver suas vidas assim que Cato terminar seus testes. Este é um desenvolvimento promissor. — Disse Kian. — Nós compartilharemos esta informação com as outras casas quando acordarem.
— Ainda não recebemos nenhum contato de nenhuma das outras casas. Isso é preocupante. — Disse Cato.
— Tenho certeza que eles vão surgir em breve. — Disse Kian.— Todos nós estivemos em estase por mais de um milhão de anos. Que diferença faz alguns meses?
— Eu vou mantê-los atualizados sobre quaisquer desenvolvimentos adicionais. — Disse Cato, tomando um último gole de café antes de se levantar e deixar a cozinha.
— Quando você acha que ele vai encontrar a sua companheira? — Everly perguntou a Kian. — Ele parece tão solitário.
— Como você pode dizer? — Kian perguntou. — Cato não revela suas emoções facilmente.
— Uma mulher pode dizer. — Disse Everly.
— É melhor que venha logo. — Disse Kian. — Ele está precisando desesperadamente de uma companheira.
— Ele gasta todo o seu tempo no porão. — Disse Dax. — Está começando a ficar pálido.
— Eu não acho que nenhum de nós precisa se preocupar com Cato. — Disse Aiden. — Se alguém pode resistir ao impulso de acasalamento, é ele.
— Eu não teria tanta certeza. — Disse Kian.
Winnifred se sentiu mal por Cato, o resto dos dragões tinham encontrado suas companheiras, então tinha certeza que ele iria encontrar sua companheira em breve também. Pediu a Aiden para falar com Cato sobre ajudá-la com seu site na Internet, e Aiden disse a ela que já estava em obras. Sorriu, sabendo que tinha uma família tão maravilhosa para cuidar dela.
— Eu acho que vou sair para o jardim e pintar. — Disse ela. — A luz está linda agora.
— Vou me juntar a você. — Disse Aiden.
Eles pegaram o seu conjunto de tintas e a guitarra, e fizeram o seu caminho para a vista do Prado. A montanha levantava-se na distância de encontro ao céu azul, banhada com grandes nuvens brancas. Winnie montou seu cavalete e organizou sua paleta, sentou-se numa cadeira com Aiden dedilhando a sua Guitarra ao lado dela.
— Você deve gravar um álbum com Aria. — Disse ela, fazendo seus primeiros golpes na tela.
— Por quê? — Perguntou ele.
— Porque você é o melhor guitarrista que já ouvi. — Disse ela, tendo como cena a beleza diante dela. E com a Aria cantando seria como magia.
— Você pode ter uma grande ideia aí. Vou perguntar o que ela pensa.
Winnifred se deleitou com a música, felicidade encheu seu coração. Para o resto de sua vida, Winnifred poderia dedicar–se a canalizar a beleza do mundo através de seu pincel e o som do seu amado como acompanhamento. Profundamente em sua alma, sabia que sua vida estava completa.
Scarlett Grove
O melhor da literatura para todos os gostos e idades