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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


ALPHA UNTRIED / Tielle St. Clare
ALPHA UNTRIED / Tielle St. Clare

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Josiah sabia que treinar para se tornar o novo Alfa seria difícil. Ele não sabia que o deixaria num virgem desesperado. O resto do bando não se aproximará dele e os humanos simplesmente não o farão por ele. Ele precisa de um lobo forte... que não o reconheça.
Os dias – e as noites – de Kal são rigidamente controlados enquanto trabalha para o Alto Conselho. Mas às vezes, às vezes, só se torna muito e ele precisa de uma liberação. Quando ele encontra um lobo jovem em um bar humano, ele sabe a maneira perfeita de queimar o excesso de energia.
Uma noite. Isso é tudo que eles têm.
Descobrir que seu novo amante irá assumir o comando do bando lobisomem vizinho acrescenta uma camada de complicação que Kal não precisa.
Mas quando os forasteiros atacam, os dois homens devem deixar de lado sua breve história e parar a destruição ou Josiah não terá um bando para liderar.

 

 


 

 


Capítulo Um

— Levantem um copo para o aniversariante!

Josiah revirou os olhos e tentou não ruborizar, embora ele estivesse bem assustado de não ter conseguido isso.

Levantou a cerveja em direção a Rowan, reconhecendo o brinde do Alfa, antes de tomar um gole. Aplausos e gargalhadas enchiam a sala. Piadas sobre Josiah finalmente ter idade suficiente para beber da fonte.

Vinte e um. Hoje era o seu vigésimo primeiro aniversário. Isso significava que ele podia beber legalmente e talvez, apenas talvez, eles parassem de tratá-lo como uma criança.

Ele olhou para os seis homens que compunham seu círculo social. Todos mais velhos. Três Betas, um Ômega, um Alfa... e Madge.

Madge não tinha um posto no bando. Ele era um caso isolado. Não era um Lobo Solitário, mas também não era um participante ativo. Exceto que eles viram mais dele agora.

O pequeno lobo quebrou seu vício de prata por um longo, horrível mês de privação, mas mesmo agora, Josiah sabia que Kia, companheiro de Madge, manteve uma vigilância constante sobre o pequeno lobo.

— Parabéns.

Uma mão pesada pousou em seu ombro e ele se viu arrastado contra a forma sólida do peito de Random.

— Você está crescido. — Ele riu e se inclinou, colocando os lábios na orelha de Josiah. — Que tal um presente de aniversário adulto? — As palavras deslizaram pela espinha e caíram na sua virilha. Droga. A mão no pescoço deslizou por trás de Josiah até a curva de seu traseiro.

Apesar de saber que o Random não queria dizer isso de verdade, o pau de Josiah saltou antecipadamente, esmiuçando seu zíper em uma dança feliz e perversa. Droga, apenas a ideia de ser fodido pelo grande e forte Beta fez seu pau ficar duro.

Claro, neste momento, tudo - pensar, dormir, respirar - fazia seu pau duro. Random apertou seu quadril.

— Poderíamos...

— Você poderia manter suas mãos fora do traseiro do pequeno. — Cledwyn rosnou.

E aí está, pensou Josiah.

Os outros Betas e Alfa riram do refrão familiar. Josiah sorriu. Embora não oficialmente acasalado - e com o Alfa permanecendo de algum modo inconsciente - Random e Cledwyn estavam juntos há quase seis meses. Isso não impedia Random de flertar.

Josiah há muito tempo deixara de ter esperança - embora não a fantasia - de qualquer coisa acontecer entre ele e qualquer um dos outros Betas. Todos estavam ridiculamente acasalados e o tratavam como uma criança.

Isso deixava os outros membros do bando.

Mas Josiah também não teve sorte nessa direção. Os lobos que ele achava interessantes não olhariam para ele. Ser o futuro alfa era uma merda às vezes. Não que ele não quisesse o emprego. Ele queria. Na maioria das vezes. Exceto quando o pensamento o aterrorizava.

O pânico mordiscou a parte de trás de seu cérebro e ele respirou fundo, retardando seus pensamentos. Ele tinha anos, pelo menos quatro, antes de Rowan planejar se aposentar e dirigir para o pôr do sol com Craigh na parte traseira de sua motocicleta.

Ele engoliu sua cerveja, banindo o restante de pânico.

— Então, meu garoto... — Random colocou seu braço sobre o ombro de Josiah. — Quais são os seus planos para hoje à noite? Ficar bêbado? Foder? Eu posso te ajudar com os dois.

Um rosnado de advertência veio de Cledwyn.

— Eu não planejo fodê-lo. — Random respondeu. — Eu vou encontrar para ele um doce twink para celebrar sua chegada à idade adulta.

O peso em seu ombro girou-o ao redor para enfrentar o quarto.

— Então, querido, o que lhe interessa? A delícia loira? Ou o maldito gótico emo do canto? — Random inclinou-se e abaixou a voz. — Escolha o loiro. — ele se afastou um pouco e piscou. — Confie em mim.

Josiah endireitou a espinha, puxando-se para toda a sua altura. Ele podia não ser tão amplo como Random ou Rowan, mas um surto de crescimento no ano passado significava que ele poderia encontrá-los olho a olho. Ele inclinou a cabeça para o lado em questão. Josiah contava Cledwyn como um de seus melhores amigos e se Random fodesse ao redor dele...

Random jogou a cabeça para trás e riu.

— De antes, querido. Beeem antes. — ele piscou novamente. — Mas a menos que ele tenha perdido sua capacidade de chupar, o loiro é uma excelente escolha.

Craigh chamou Random para ajudar com um barril ou algo assim.

— Vou ajudá-lo. Escute o talento. Eu provavelmente fodi a maioria deles para que eu possa te dar recomendações. — Ele sorriu e deu um tapa na bunda de Josiah antes de deixar Josiah sozinho.

Ele respirou fundo e examinou a sala. Talvez ele devesse ir para o loiro. Josiah não estava se salvando para casar ou acasalar.

Ele tentou encontrar alguém para foder, mas os lobos dominantes que o atraíram se recusaram a se submeter ao futuro Alfa. Eles supunham que ele queria fodê-los. Era uma merda, porque a verdade era que ele queria ser fodido.

Oh, ele planejava fazer a foda em algum ponto, mas parecia vitalmente importante para ele saber qual era a sensação de ter um pau em sua bunda, de ser segurado e fodido duro antes que ele fizesse isso para outra pessoa. E não se engane, ele queria foder. Pelo menos ele pensava que sim. Droga. Ele precisava de outra cerveja.

Ele se virou para o bar. Seus pés congelaram em posição quando a porta para o Distant Howl abriu e Phillip entrou.

Phillip. Banido do bando por tentar matar o Alfa.

A tensão ondulou pelo quarto enquanto outros tomavam consciência da entrada do lobo. Um grunhido ameaçador irrompeu por trás do canto do bar.

Todos ao seu redor se voltaram para o barulho, mas Josiah reconheceu o rosnado de Rowan sem precisar olhar. Josiah manteve os olhos em Phillip. O homem não se encolheu ao ouvir o som. Seus lábios se torceram em um pequeno sorriso como se esperasse, até mesmo se congratulasse com a abordagem do Alfa.

E que abordagem ele fez.

A multidão ao redor de Josiah se separou e Rowan atravessou.

— Que porra você está fazendo aqui? — Perguntou o Alfa. — Você está banido.

— Meu banimento terminou. Um ano. A partir de ontem. — Phillip abriu os braços. — Você não vai me dar as boas-vindas de volta a matilha?

Antes que Rowan pudesse agarrar e lançar fisicamente Phillip para fora do bar - o que Josiah supôs ser o plano do Alfa - Craigh entrou pelas costas, rindo. Ele parou, como se a tensão na sala criasse uma parede física.

— Craigh! — Gritou Phillip. Passou por um Rowan atordoado e atravessou a sala em passos largos. Sem sequer fazer uma pausa, ele abraçou Craigh e puxou-o para um abraço de corpo inteiro. — Eu tenho saudade de você.

A boca de Craigh se abriu e ele olhou inexpressivamente para frente, como se não pudesse acreditar no que estava acontecendo. Ele ergueu as mãos. Choque trancou a respiração na garganta de Josiah quando pensou por um breve momento que o companheiro Alfa devolveria o abraço.

Mas Craigh bateu os calcanhares de suas mãos nos quadris de Phillip e empurrou o homem menor para longe. No passado, Craigh preocupava-se que ele pudesse ferir um de seus amigos - para um lobo Ômega, o cara era enorme - mas no último ano, sendo acasalado com Rowan e saindo com os Betas, a confiança e o controle de Craigh cresceram.

Ele afastou-se.

— O que você está fazendo aqui?

— Faz um ano. Meu banimento terminou ontem e eu voltei. Você está com saudades de mim?

— O que? Não, você tentou matar o meu companheiro.

Phillip sacudiu a cabeça. — Foi tudo um mal-entendido. Vamos nos reunir para o café amanhã e conversar sobre isso.

— Sobre meu cadáver. — Rowan rosnou.

Phillip inclinou a cabeça para trás e riu.

— Isso é uma piada, certo? — Phillip encarou Rowan. — E ouvi que você não tinha senso de humor.

Rowan rosnou. — Saia.

— Mas eu ia tomar um drinque com meus amigos. Socializar novamente, por assim dizer.

— Saia do meu bar, saia da minha matilha.

Phillip ofereceu um suspiro zombeteiro e simpático.

— Bem, eu vou sair do bar, mas você não pode me expulsar do bando. Não sem razão.

— Você tentou matá-lo. — Kia apontou.

Phillip piscou com uma inocência exagerada. O sorriso arrogante fez os cabelos da coluna de Josiah ficar em pé.

— Um mal entendido como eu disse. Cumpri o meu castigo. A partir de ontem, eu sou um membro em boa posição com esta matilha.

Rowan apertou a mandíbula. — Eu devia tê-lo matado quando tive a chance.

O canto da boca de Phillip puxou para um sorriso perigoso.

— Sim, você realmente deveria ter. — ele girou sobre o calcanhar e caminhou em direção à saída. — Tchau, Craigh. Te vejo em breve.

A porta bateu atrás dele. Um silêncio morto sufocou o cômodo. O coração de Josiah bateu uma vez, depois novamente. Antes que pudesse exalar, os sussurros começaram, baixos murmúrios nos cantos distantes do bar. O bando inteiro descobriria o que aconteceu amanhã. Inferno, pela maneira que os telefones se iluminaram acima e os dedos passaram através das telas, o bando estariam inteiramente informados nos quinze minutos seguintes.

Rowan permaneceu congelado no lugar, cada músculo em seu corpo contraído, seus olhos olhando para a porta fechada.

— Vamos lá. — Cledwyn bateu o Alfa no ombro. Rowan se virou e grunhiu em sua Beta. Cledwyn afastou-se, mas não recuou. — Vamos mudar isso para o seu escritório. O resto do bando não precisa ver mais nada.

Rowan assentiu e caminhou em direção ao corredor estreito que levava ao escritório. Cledwyn e Random imediatamente seguiram, Craigh um pouco mais lentamente.

— Madge, você pode assistir ao bar? — Kia chamou o seu companheiro.

Madge se contorceu como um choque elétrico sobre sua pele. Depois de um momento de hesitação, ele assentiu. Empurrando seus ombros para trás como se isso fosse dar-lhe confiança, saltou fora de seu banquinho de bar e andou ao redor do fim do contador. Ao passar por Kia, o lobo Beta se inclinou e sussurrou algo no ouvido de seu companheiro. O que quer que ele disse fez Madge sorrir e suas bochechas ficarem vermelhas.

Kia deu um tapinha na bunda de Madge e seguiu os outros para fora da sala. Josiah hesitou. Ele não era precisamente um dos Betas de Rowan. Mais como um beta-interno.

Mas ele era o Alfa no treinamento. Ele endireitou sua espinha e viu-se rolando os ombros para trás, muito como ele tinha visto Madge fazer, quando ele andou pelo corredor para o escritório.

Ele bateu na porta antes de deslizar para dentro sem esperar por uma resposta.

O Alfa estava atrás de sua mesa. Os outros Betas e o companheiro do Alfa se aglomeraram ao redor. O olhar de Rowan encontrou o de Josiah. O Alfa levantou o queixo em reconhecimento, mas não comentou sua chegada.

— Sinto muito. — Disse Craigh, dando um passo à frente.

— Você convidou ele para cá? — Rowan exigiu.

Craigh recuou como se tivesse sido esbofeteado. — O que? Não.

— Então, como é que isso é culpa sua? — o tom do Alfa ardia de raiva, mas não parecia direcionado ao companheiro.

— Fui eu quem o convenceu a não bani-lo para sempre.

— Oh, certo. — A linha da mandíbula de Rowan endureceu ainda mais. Josiah engoliu em simpatia com os músculos tensos. Maldição, seus dentes tinham que estar vibrando sob a pressão. — Vou saber melhor da próxima vez.

— Da próxima vez? — Random perguntou, caindo em uma das cadeiras. — Ele vai estar no seu melhor comportamento, pelo menos publicamente.

Rowan assentiu.

— Talvez eles o deixem bani-lo novamente por causa do que aconteceu com Random e Cledwyn. — Sugeriu Kia.

Os dois lobos Beta foram trancados e presos em um celeiro, que alguém incendiou. Todos sabiam que Phillip orquestrara a tentativa de assassinato. O fogo tinha destruído qualquer cheiro persistente. Sem provas, eles não tinham sido capazes de fazer nada sobre isso.

Josiah testemunhou o ataque, mas ele não tinha ajudado. Os caras que tinham levado Cledwyn e Random, embora, não tinham conhecimento. A culpa correu pelo seu peito.

— Sem provas. — suspirou Craigh.

— Eu vou chamar Kal. — Rowan agarrou a mesa, as pontas de seus dedos escuros com suas garras, cicatrizando o grão de madeira. Kal era membro do Conselho Superior. Josiah não entendia a relação entre ele e Rowan, mas seu passado os conectava. — Da última vez ele disse que não tínhamos provas suficientes, mas eu não vou ter aquele idiota no meu bando. Não confio nele.

Todos na sala murmuraram seu acordo - alguns dos comentários envolvendo palavrões.

— Certo. — Rowan assentiu como se tivesse tomado uma decisão. Ele suspirou e caiu em sua cadeira. Não demorava muito para ir de chateado para decisivo. — Vocês voltem lá fora. Vou ligar para o Kal.

Mais perto da porta, Josiah pôs a mão na maçaneta da porta.

— Craigh, fique comigo. — anunciou Rowan. — E até que isso seja resolvido, todos assistam a si mesmos. Não confio naquele idiota. Ele vai fazer algo para foder este bando. É nosso trabalho certificar-se de que ele não tenha sucesso.

*****

Josiah entrou na casa dos alfas. Tinha terminado as aulas para o dia e transformado em uma besta de um papel. Ele merecia a noite de folga. Talvez ele fosse ao Distant Howl para uma bebida. Finalmente encontrar alguém para foder.

Sua noite de aniversário tinha sido uma merda com Phillip mostrando-se, a multidão subjugada e tranquila quando os Betas voltaram para o bar principal.

Josiah ía para o Distant Howl várias vezes durante a última semana - “o fim dos estudos”, como ele chamava - mas sem sorte. Não em encontrar pelo menos o homem certo. Inferno, qualquer macho serviria, neste momento.

Ele jogou sua mochila em seu quarto. Tecnicamente era um quarto de hóspedes, mas nos últimos quatro meses passara mais noites aqui do que na casa de seus pais. Depois de uma semana dormindo no sofá do Alfa,
Rowan disse ao seu companheiro que encontrasse um quarto para Josiah.

Ele entrou na cozinha e olhou para as profundezas da geladeira. Nada interessante.

Parece o resto da minha vida.

Ele revirou os olhos e suspirou. Não seja um chorão. Só porque você está cercado por homens quentes e sexy e não pode ficar deitado. Você poderia ter problemas piores.

Ele agarrou uma perna de frango do jantar da noite passada - Rowan era bastante cozinheiro quando fazia o esforço - e entrou na sala vazia.

Vazia.

Neste ponto do dia, alguém deveria estar em torno. Era muito cedo para os turnos do bar começarem e bem depois das tarefas matinais do bando.

Vozes chamaram sua atenção e ele seguiu os sons, na direção da parte de trás da casa e do escritório em casa de Rowan. A porta estava aberta por cerca de dois centímetros. Ele parou e ouviu, respirou os aromas, fazendo o que Cledwyn lhe ensinou, verificando o perigo. Catalogando quem ocupava o quarto.

Rowan e Craigh. A voz de Kia retumbou, concordando com alguma coisa. Havia outros - Cledwyn e Random, sem dúvida.

Josiah fez uma pausa. Ele tinha um convite permanente ao escritório do Alfa. A menos que a porta estivesse trancada, Rowan o recebia, disse que ajudaria Josiah a aprender como ser o Alfa. Armado com esse conhecimento, ele abriu a porta.

Seis cabeças se viraram, toda a atenção nele. Ele ergueu sua mão direita, desajeitadamente, em saudação e recebeu vários queixos levantados em troca.

Ele rapidamente examinou a sala. Seis. Droga. Ele sentira saudades de Madge. Claro que Madge estaria lá. Kia e seu companheiro raramente eram vistos separados. Após as dolorosas retiradas de prata, Kia permaneceu protetor do lobinho. Madge achava que seu companheiro era muito protetor, mas como Kia frequentemente assinalava, Madge não podia se transformar em seu lobo. Mesmo depois que o envenenamento de prata deixou seu sistema, a capacidade de mudar não tinha retornado.

Isso os fez protetores. E Josiah um pouco triste. Ele não podia imaginar não ter a liberdade de correr em sua forma de lobo. Hmmm... Talvez seja isso que ele precisava. Em vez de procurar os mesmos locais para foder alguém, ele poderia ir para uma corrida. Não satisfaria sua luxúria, mas liberaria alguma da tensão que esticava cada músculo em seu corpo.

Rowan assentiu com uma saudação para Josiah e voltou à sua tarefa. Ele rasgou a página de cima de um caderno e entregou a Random.

— Sua letra é péssima. O que diabos isso diz?

Ele empurrou o papel de volta para Rowan, que olhou para seus próprios rabiscos como se ele não pudesse ler o rascunho também.

— Uh, Barney e McFlinty’s.

— Você realmente acha que ele está saindo em bares irlandeses?

— Ele tem seus momentos celtas. O que posso dizer? — Rowan começou a rabiscar no próximo pedaço de papel.

— Isso parece uma dor enorme na bunda quando tudo o que vamos ouvir é “você não tem nenhuma evidência.” — Disse Kia. Random assentiu com ele.

Os dois eram parte dos Lobos Solitários originais, mudando-se para a área com Rowan há dois anos. Eles tinham um relacionamento diferente, menos reverente com o Alfa do que o resto deles.

Rowan continuou escrevendo e não olhou para cima. — Talvez, mas Kal é nossa melhor esperança.

— Se nós podemos encontrá-lo. — Random murmurou.

— O que está acontecendo? — Josiah perguntou. Ele tinha pegado um pouco da conversa, mas não gostava de ter apenas a metade da história.

— Kal desapareceu. — explicou Craigh.

— Ele não está retornando nenhum de meus telefonemas ou textos. — Rowan arrancou o próximo pedaço de papel e entregou a Kia.

— Poderia estar no Conselho Superior. — sugeriu Josiah.

— Não. — Rowan sacudiu a cabeça. — Ele responde quando ele está trabalhando em coisas do Conselho. Quando eu não recebo uma resposta, e ele não está em casa, significa que o bastardo está em uma de suas farras. — o Alfa encontrou o olhar de Josiah. — Eu não tenho tempo para ele trabalhar com seus demônios. Preciso de um jeito de me livrar dessa merdinha Phillip antes de enterrar seu corpo na floresta.

Josiah acenou com a cabeça. O bando zumbiu com o fato de Phillip ter voltado... e com uma vingança. Ele tinha hospedado “festas” todas as noites em sua casa, convidando pequenos grupos, principalmente homens. Pelo que Josiah ouviu, nada de evidente tinha sido dito, nenhum plano para derrubar Rowan anunciado, mas Phillip parecia estar perguntando “como podemos fazer o bando ficar melhor?”

Josiah compreendia a preocupação de Rowan. Sob o pretexto de melhorar o bando, Phillip poderia levar outros a pensarem que ele faria um Alfa melhor. Vários membros da matilha comentaram que Phillip havia mudado durante seu exílio.

Para pior, pensou Josiah. Outros não compartilhavam sua opinião. Isso fazia com que isso se tornasse uma situação perigosa.

Rowan rosnou em voz baixa enquanto ele escrevia outra lista de nomes. Ele puxou esta página e entregou a Cledwyn. O lobo Beta olhou para a escrivaninha em direção a seu amante, hesitando para respirar antes de pegar o pedaço de papel.

— Por que eu não pego este? — Josiah pegou a lista dos dedos de Cledwyn. — Então Random e Cledwyn seriam capazes de, você sabe, eles teriam que trabalhar juntos.

Seis meses atrás, Rowan tinha atribuído Random e Cledwyn o que ele gostava de chamar de punição dos nossos pais - forçando-os a passar quase todas as horas de vigília na companhia um do outro. De alguma forma, o Alfa nunca percebeu o fato de os dois Betas serem exclusivos amigos de foda. Chamá-los de “companheiros” parecia muito romântico para os dois lobos. Eles viviam separados e ainda rosnavam um com o outro como inimigos, mas ocasionalmente, quando ninguém mais o observava, Josiah via sinais de verdadeira afeição.

Os dois machos sintetizam o “relacionamento amor-ódio.”

Rowan arqueou as sobrancelhas. — Por si só? Não tenho certeza...

— Posso fazer isso. — Josiah enfiou a lista no bolso traseiro. — Estarei bem. São apenas alguns bares.

Ele encolheu os ombros, esperando que o movimento parecesse casual e não como um adolescente sendo questionado se ele tinha uma queda por causa da nova garota na escola. — Eu quero ajudar.

Os lábios do Alfa pressionaram para frente em um bico de considerações. Finalmente, ele acenou com a cabeça uma vez.

— Ok. O que todos vocês têm são algumas de suas frequentes assombrações. — Ele indicou o papel na mão de Random.

— Cara tem um monte de “lugares favoritos”, se você não se importa de dizer. — Random disse.

Josiah lutou para não concordar. Kal era um membro do Conselho Superior e essas posições eram exaltadas. Nos primeiros vinte anos de sua vida, Josiah tinha visto apenas uma visita do membro do Conselho ao bando. Todo o bando passava semanas esfregando a cidade, pintando casas, limpando lixo dos estaleiros, tentando fazer uma boa impressão.

Ele tinha sido ensinado a respeitar e temer membros do Alto Conselho. Ele não conseguia imaginar nenhum membro do Conselho que ele tivesse ouvido falar de sair num bar espelunca.

— Cara temos muitos problemas. — Rowan respondeu. — Pegue uma mochila e pegue a estrada esta noite. Mantenha seus telefones ligados e mantenha-me atualizado. Se alguém o encontrar, me ligue. Não o envolva. Ele é um maldito filho da puta quando está chateado. Ligue para mim e eu vou lidar com ele. Mandarei uma palavra se ele entrar em contato comigo.

Os outros Betas assentiram. Josiah seguiu o exemplo.

Random olhou para Cledwyn que inclinou a cabeça em silêncio acordo com o que Random propusesse. Os dois lobos Beta saíram.

— Madge e eu iremos até perto da casa e vamos para fora.

— Eu posso ficar em casa sozinho. — Protestou Madge enquanto ele seguia Kia do escritório.

— Certo. Como se isso fosse acontecer. — murmurou Kia.

A sala se esvaziou, deixando Rowan, Craigh e Josiah.

— Tenha cuidado, garoto. — Disse Rowan. — Alguns desses lugares são muito duros.

Mostrando uma confiança que ele não sentiu, ele sorriu.

— Eu também sou.


Capítulo Dois


Josiah parou na entrada para o próximo ao último local em sua lista e balançou a cabeça.

Porra, esse cara sai em alguns lugares favoritos.

Este parecia um pouco mais intenso do que o resto. Um completo bar de couro.

Mas depois de duas noites de bater em clubes gays na cidade e uma série de bares locais onde todo mundo sabe o seu nome, isso pelo menos seria uma mudança.

Seu pênis se contraiu ao ver o que podia esconder atrás dessas portas.

Nas últimas 48 horas, ele tinha visto centenas de homens. Alguns deles ele podia estar interessado em foder. Alguns até interessados em fodê-lo. Mas não se deixara distrair. Ele tinha praticamente roubado sua chance de ser um membro ativo do círculo interno de Rowan. Ele não iria estragar tudo, porque queria que seu traseiro fosse penetrado.

Por outro lado... agora ele sabia para onde ir. Os rapazes do Distant Howl tinham muita história. No fim de semana seguinte, uma vez que essa porcaria com Kal fosse resolvida, Josiah iria para aquele clube na Fourth Street. Abundância de ursos grandes agradáveis - o tipo humano, não shifter - prontos para foder um lobo ansioso.

Não seria o mesmo que ter um lobo forte transando com o rabo dele, mas maldição, neste momento, ele iria tomar o que ele poderia obter.

Ele permitiu que o pensamento feliz o levasse até os degraus. O cara da porta olhou para a licença de Josiah como se tentasse declarar que era falsa.

Em vez disso, quando ele olhou para cima, um brilho piscou em seus olhos.

— Carne fresca, hein? Esta não é exatamente uma multidão amigável.

— Eu estou encontrando alguém.

Mais ou menos. Se ele pudesse encontrá-lo.

O segurança fez uma varredura lenta e óbvia do corpo de Josiah.

— Sorte dele. — Ele jogou a licença de Josiah de volta para ele.

— Obrigado. — Ele agarrou sua identidade, mas o segurança não deixou ir.

— Se você não encontrar seu amigo, eu saio em aproximadamente uma hora. — Ele piscou. — Eu posso fazer sua primeira vez memorável.

Empurrando sua licença, ele arrancou o cartão do punho do sujeito. — O que te faz pensar que é a minha primeira vez?

— Instinto. — Sua língua saiu e escovou a borda de sua boca. Talvez fosse o fato de Josiah estar excitado ou talvez fosse a confiança do homem. De qualquer maneira, o movimento fez a dor no meio das pernas de Josiah inchar. — Posso ver um virgem a cinco milhas. — ele piscou de novo. — Você tenha cuidado lá. — Disse ele inclinando a cabeça em direção à porta.

Josiah tinha uma infinidade de respostas, ou disse a si mesmo que sim. Ainda assim, ele tropeçou pela porta da frente como um calouro em sua primeira dança de escola.

A porta se fechou atrás dele. Josiah estalou a coluna. Foda-se, você é mais forte e mais mortal do que qualquer homem aqui.

Não pire.

Ele entrou no bar. A música o atingiu como um tecno-rock pesado, batendo-lhe pelo cérebro, agarrando seus batimentos cardíacos e arrastando-o para combinar com o ritmo.

Mesmo sem olhar ao redor, ele sentiu uma dúzia de homens diferentes olhando para ele. Os sinais de advertência corriam pela pele, o lobo vindo acordado, curioso, protetor.

Pela primeira vez nos últimos dois dias, um movimento de preocupação se moveu pelo peito. Eram homens perigosos.

Ainda eram humanos e ele tinha o lobo ao seu lado. Ele verificou seu telefone e confirmou que Rowan não tinha enviado um texto “está tudo certo”. Droga. Se um dos outros tivesse encontrado o elusivo membro do Conselho, Josiah teria a noite para jogar.

Exceto que não. Ele tinha que trabalhar.

Empurrando os ombros para trás e virando o rosto para “desinteressado”, vagou pelos corredores do clube, mantendo os sentidos abertos.

Um novo perfume flutuava pelo ar. Lobo. Definitivamente lobo.

O fraco odor permaneceu como se apegando-se às moléculas de oxigênio muito tempo depois que a criatura tinha passado. Segurando seu corpo firme, ele casualmente inclinou sua cabeça para trás e tentou rastrear a fonte do cheiro distinto.

Virou-se para a direita, entrando profundamente no bar. A luz tornou-se mais escura a cada passo. Seu lobo assumiu, visão superior liderando o caminho. Ele passeava entre as mesas, estendendo seus sentidos, exceto que maldição, entre o barulho e o estrondo dos humanos, ele só podia se concentrar em uma direção geral. O som das guitarras gritou através da sala e reforçou seu próprio humor sombrio.

Corpos retorciam na pista de dança. Principalmente twinks tentando capturar a atenção dos caras mais velhos de couro.

Ele examinou o povo, procurando por Kal entre seus números. Ele não tinha encontrado o homem, mas o tinha visto. De longe, na casa de Rowan. Não havia nada “twink” sobre ele. Ele gritava agressivo, mas de couro? Toda vez que Josiah vira Kal, ele representava o Conselho, vestido, se não de terno e gravata, ainda sim com roupas impecáveis e profissionais.

Isso não combinava com os homens aqui.

Ignorando a multidão dançando, ele voltou sua atenção para as cabines que alinhavam-se na parede. A maioria delas escura. Josiah caminhou para a frente, permitindo que seus outros sentidos explorassem as caixas sombreadas. O cheiro de lobo bateu nele quando ele se aproximou do canto. A força - não do cheiro, mas do animal - bloqueou suas pernas em posição, segurando-o no lugar.

Encontrara um lobo. Se era o lobo que ele buscava, ainda estava para ser descoberto.

Esperando que sua fachada casual permanecesse sólida, ele permitiu que seu olhar flutuasse para a direita. A mesa escura perto de seu ombro continha um trio de homens. Eles não notaram Josiah. Ficou de pé no corredor por um momento e viu-os lamber e beijar, bocas abertas, línguas emaranhadas. Não estava interessado em um ménage, mas ele não podia negar que os dois twinks eram bonitos e o homem de couro entre eles parecia duro o suficiente para foder toda a noite.

Mas nenhum lobo. Josiah vagou para a frente, seguindo o aroma em fortalecimento até que ele parou, com certeza ele localizou o shifter no quarto. Sabendo que ele não podia mascarar seu próprio perfume, ele corajosamente se virou e enfrentou o estande.

O único ocupante reclinava-se na parte mais escura da sombra, apenas seus dedos tocando a luz.

Não importava. Mesmo com pouca iluminação, Josiah podia ver o rosto do homem. Porra. Ele o encontrara.

Kal.

O poder irradiava do lobisomem, golpeando o intestino de Josiah. Este lobo deve ser Alfa de um bando em algum lugar.

Josiah piscou e olhou fixamente, esperando que sua boca não se abrisse. Tatuagens. Em todo o braço de Kal, estendendo-se sob o colete de couro que ele usava. Um escudo romano cobria um ombro. O outro braço revelava uma pomba com um ramo de oliveira. A faca que esfaqueava o peito do pássaro tirou toda a paz criada pela imagem. Droga.

As poucas vezes em que vira Kal, o Conselheiro usava camisas de mangas compridas. Nem uma dica da arte se mostrava.

As tatuagens eram fascinantes, atraentes, mas o que estava embaixo da tinta cativou Josiah - músculos fortes e poderosos que gritavam força e domínio. Seu pênis saltou em sua calça jeans, reagindo às imagens mentais de ser segurado e fodido por este homem.

Nada sobre o homem sussurrava “reservado membro do Conselho Superior.”

Josiah lambeu seus lábios, molhando-os, imaginando correr seus dedos e língua - sim, definitivamente sua língua - através dessas tatuagens perversas. E os músculos embaixo.

Kal inclinou a cabeça para trás e uma sobrancelha apareceu em pergunta silenciosa. Josiah abriu a boca, mas as palavras ficaram presas em sua garganta.

Porra, deveria ter descoberto o que dizer antes de eu encontrá-lo. Claro, você não esperava encontrar um deus de couro tatuado.

Ele pensou nas instruções de Rowan. O que fazer se eles encontrassem Kal.

Não o envolva.

Não interaja.

Ok, isso não vai ser possível. Apenas diga a ele que Rowan está procurando por ele. Ele vai te dizer para se foder e seu trabalho será feito. Então você pode ver se o segurança ainda está interessado.

Exceto que, depois de ter visto Kal, o humano na porta tornou-se decididamente menos intrigante.

— O que você está olhando, filhote? — o grunhido não soou nada como a voz calmante e suave que o lobo usou na casa de Rowan. Kal enrolou os dedos em um copo e tomou um gole do líquido âmbar.

Josiah olhou fixamente, observando o copo que se elevava aos lábios de Kal. Ele odiava estar perto de lobos bêbados. Seu pai era um bebedor. Demorou muito para um lobo conseguir e manter um bom zumbido. Significava que sua família nunca tinha muito dinheiro. Todo esse álcool custava uma fortuna.

O vidro voltou para a mesa e tirou Josiah de seus pensamentos.

— Escute, garoto, se você está procurando alguma ação, siga em frente. — Ele fez uma longa e lenta leitura do corpo de Josiah, parando em sua virilha antes de deixar seu olhar se afastar. — Você não tem nada que eu quero.

Um cheiro intoxicante de excitação flutuava em sua direção, misturando-se com sua própria necessidade. Josiah se encorajou em uma respiração cheia e imediatamente soube duas coisas - Kal não o reconhecia, e ele estava mentindo.

Somado a isso, o lobo de Josiah não gostou de ser recusado - o animal levava suas futuras perspectivas de Alfa a sério - então, sim, Josiah não estava indo embora.

Ele deu uma risada.

— Eu digo que você está mentindo.

Ele caiu no assento ao lado de Kal e deslizou na cabine. A sobrancelha esquerda do lobo mais velho subiu como se ele não pudesse acreditar na audácia de Josiah.

Bom. Mantenha-o fora do equilíbrio. Josiah se inclinou e colocou seus lábios perto da orelha do outro lobo.

— Meu nariz também funciona.

O sedutor perfume de excitação se intensificou quando ele se aproximou.

Kal virou a cabeça e encontrou o olhar de Josiah com um olhar feroz.

— Você pode ter uma bunda que parece ser feita para ser fodida. Com força. — Ele se virou, levantou sua bebida e tomou outro gole longo. — Mas eu não gosto de pirralhos.

Josiah riu. Alto. Kal olhou para ele pelo canto do olho.

— Essa é a segunda mentira que você contou hoje à noite.

Ele estendeu a mão, pegou o copo de Kal e jogou para trás o resto do bourbon. O interior de sua garganta pegou fogo. Sua respiração evaporou na chama e não havia maneira de conter a tosse que se seguiu.

Ele pensou ter visto um sorriso nos lábios arrogantes de Kal. Ele desapareceu antes que ele pudesse ter certeza. Droga. Poderia ter lhe dado alguma confiança de que o outro lobo tinha emoções reais.

Josiah afastou o pensamento. Emoções que ele não precisava. Não essa noite. Ele colocou o copo de volta na mesa, a queimadura se instalou em seu estômago de uma maneira agradável.

— Com todo o seu poder... — fez uma pausa e examinou os grossos ombros de Kal. — Toda essa força. Você não pode me dizer que você gosta de seus meninos apenas rolando e erguendo o traseiro sem algum tipo de luta. Onde está a diversão nisso?

Josiah sabia que ele estava empurrando. Inferno, ele provavelmente estava na fila para obter seu traseiro chutado, mas ele não parou. A agressão crescia dentro dele e ele queria que alguém - não, ele queria que Kal - aceitasse o desafio.

— Com muita força, alguém se machuca. — A irritação desapareceu de sua voz. Um silêncio ameaçador envolveu suas palavras.

De alguma forma, Josiah percebeu que seria a pior coisa que poderia fazer. Provavelmente para ambos.

Ele encolheu os ombros.

— Eu não estou com medo.

A cabeça de Kal caiu para o lado. O vazio que Josiah imaginou nos olhos do outro homem desapareceu, mudou para um vermelho brilhante. Raiva, paixão, fome. Qualquer um poderia acionar a presença do lobo.

— Você é arrogante para um filhote.

— Posso ser jovem, mas descobri que você não consegue o que quer, a menos que vá atrás dele.

Um pouco chocado com sua própria imprudência, ele se aproximou, abrindo a boca e raspando os dentes ao longo da curva da mandíbula de Kal.

Um rosnado, tão baixo que ninguém mais no bar podia ouvir, grunhiu do peito de Kal.

— Cuidado, garoto. Você vai acabar com seu traseiro vermelho brilhante, bem como fodido.

Josiah inclinou sua cabeça para baixo para esconder seu sorriso. Ele venceu. Ou ele pensou que tinha ganhado.

Kal se afastou, saindo da cabine. Josiah permaneceu no lugar. Ele queria ser fodido, queria qualquer coisa que Kal pudesse oferecer, mas ele não perseguiria o homem. Ele tinha orgulho suficiente para ficar quieto.

Kal estava na ponta da mesa. Couro macio envolto em sua bunda e pernas, mostrando sua força.

Maldição. O pau de Josiah chorou dentro de sua calça jeans. Seu lobo ofegou seu próprio interesse.

Ok, então talvez eu vou persegui-lo, implorando, suplicando. O que ele quiser.

O impulso de saltar sobre os calcanhares como um filhote esperando a atenção de seu mestre rasgou seus músculos. Ele apertou a antecipação e lutou para manter a atitude arrogante. Ele tinha chegado tão longe. Agir como bobo seguramente afastaria o lobo forte. Josiah ergueu o queixo e encontrou o olhar de Kal.

O outro homem olhou para trás. Seus olhos se fecharam e Josiah enrolou os dedos em punhos para se segurar fisicamente. Não recue. Não recue...

Kal fez uma careta e inclinou a cabeça em direção à porta, o movimento tão insignificante que Josiah quase o perdeu. Não verificando se ele o seguia, Kal se afastou.

Deixando escapar um suspiro que ele não sabia que estava segurando, Josiah saiu correndo do estande e correu ao longo do caminho de Kal, alcançando a porta principal.

— Droga, você encontrou seu amigo. — o segurança murmurou. Ele piscou. — Talvez na próxima vez.

Kal grunhiu sobre seu ombro. O segurança saltou para trás, o som animal puro enviando suas costas para a porta de madeira.

— Sim, talvez da próxima vez. — sussurrou Josiah não escondendo seu sorriso desta vez. Piscando para o humano um sorriso sexy, ele perseguiu Kal.

O lobo o conduziu até o canto do prédio e uma enorme e perversa Harley. Ele sabia pouco sobre motocicletas, mas reconheceu esta como uma besta. Poderosa, áspera.

Seu pênis deu outro tumulto de excitação. Coisa inconstante.

— Onde está sua carona? — perguntou Kal, como se não se importasse com a resposta.

— Eu tenho um pedaço de merda Charger no estacionamento. Não vai doer deixá-lo lá durante a noite. Posso ir com você.

Kal hesitou e Josiah temeu ter perdido sua chance. O homem mais velho claramente pairava à beira de dizer “foda-se” e sair sozinho. Josiah se recusou a se mover. Ele não iria perder a oportunidade de andar de motocicleta - ou ser fodido pelo homem.

Além disso, Kal poderia reconhecer os cheiros dos outros Betas e Alfa em seu carro e isso arruinaria a noite de Josiah.

Kal pegou um capacete. Ele ofereceu a Josiah, mas não soltou quando Josiah alcançou. — Você tem um nome?

Os cantos dos lábios de Kal apertaram-se em resposta à resposta cautelosa de Josiah, mas ele não podia correr o risco. Rowan falava sobre Josiah como o futuro Alfa. Seu nome podia acionar a memória de Kal. Não. Não faria isso.

— Você não vai me chamar de “garoto” a noite toda?

Kal zombou.

— Como se você durasse a noite toda. — Seus olhos se enrugaram nas bordas. — O meu é Kal.

Ele soltou o capacete e se aproximou. Um arrepio percorreu as vértebras de Josiah, uma de cada vez. — Você precisa saber porque em poucas horas, quando você estiver me implorando para deixar você gozar, você estará gritando meu nome.

Josiah gemeu e inclinou a cabeça para trás.

— Você está bem, garoto?

— Porra. Quase gozei nas calças.

Uma pequena risada envolveu o pau de Josiah como um punho.

— Sim, isso não está ajudando.

A luz piscou nos olhos de Kal, mas ele não disse nada. Ele grunhiu e subiu na moto.

Ele começou a ligar o motor e olhou por cima do ombro.

Josiah não hesitou. Ele colocou o capacete e montou atrás do outro homem.

O barulho da motocicleta rolou através de suas bolas. Mordeu o lábio para não gozar.

Baseando-se em cada gota de controle que ele tinha aprendido com os outros Betas no ano passado, ele envolveu seus braços em torno de Kal e tentou não choramingar quando eles decolaram.

Ele tinha montado antes, mas nunca com um homem que pretendia foder o seu traseiro e fazê-lo gozar.

Finalmente ia acontecer. Kal não o reconheceu. Cledwyn não estava por perto para “proteger” ele.

Josiah amava o cara, mas já era tempo. Hora de brincar.

Ele considerou deslizar a mão para baixo e segurar o pau de Kal. Em seguida, reconsiderou. À velocidade que Kal dirigia, querido Deus, ele não queria distrair o homem. Mesmo com suas capacidades superiores de lobo, um movimento errado e eles estariam cavando cascalho fora de suas bundas por semanas.

Mas Josiah não pôde resistir a algum contato. Ele doía por isso. Necessitava. O lobo uivou dentro de sua cabeça exigindo que ele tomasse uma atitude.

Ele se aproximou, precisando de algum toque, alguma conexão. Suas roupas bloqueavam o acesso pele-a-pele que ele desejava. Ele abriu as pernas e deslizou para frente.

Kal estendeu a mão e bateu a mão contra a coxa de Josiah.

— Espere, filhote. — Ele gritou por cima do vento. — Você continua grudando seu pau em minha bunda e eu vou parar e fazer algo sobre isso.

Parte dele gritava “sim!”, mas a verdade dentro dele silenciava a palavra. Ele não queria uma merda rápida ao longo do lado da estrada. Ele queria se espalhar, o pau de Kal arando nele. Então, se tivesse sorte, eles descansariam e fariam de novo.

Pelo menos, era assim que ele imaginava. Talvez eu não goste de ser fodido. O pensamento solene resolveu sua mente e permitiu que a realidade adentrasse.

O que você está fazendo?

Uma pitada de culpa voou em seu peito. Ele devia ligar para Rowan. Ele deveria dizer a Kal quem ele era, por que ele estava lá.

Ambas as opções significavam ir para casa no mesmo estado virgem que ele tinha começado o dia. Não era isso que iria acontecer. Agora não. Não quando ele tinha um lobo grande, bonito pronto para fodê-lo.

Ele ligaria para Rowan pela manhã.

Esta noite, ele iria manter a boca fechada e levar tudo o que Kal estava disposto a lhe dar.


Capítulo Um


Josiah entrou no pequeno quarto de hotel e fungou. O local era uma porcaria, mas limpo. Pelo menos o seu lobo não podia sentir nenhum cheiro estranho de estrangeiros, nada para irritar o animal.

Uma batida dura e forte chegou a seu traseiro.

— Tire. — ordenou Kal enquanto se aproximava da pequena cômoda e tirava o relógio, largou o telefone. Ostensivamente ignorando a mera presença de Josiah. Quando Josiah não se moveu, Kal mergulhou a cabeça e olhou por cima do ombro, o movimento lento e exigente. — Difícil de ouvir, filhote?

Josiah engoliu seu protesto - e seu nervosismo - e agarrou a parte de trás da camisa, puxando-a para cima e sobre a cabeça. Atirou-a sobre uma cadeira perto da porta. Ele poderia precisar fazer uma fuga rápida se isso desse terrivelmente errado.

Kal cruzou os braços e observou os movimentos apressados de Josiah. O olhar em seu rosto permaneceu indiferente como se nada o impressionasse. A postura distante provocou algo perigoso em Josiah. Seu pênis doeu e inchou, tentando estourar através da costura de sua calça jeans. Seu lobo uivou. O som permaneceu preso no crânio de Josiah, mas a fome do animal levou sua agressão a um nível maior.

Josiah tirou as franjas dos olhos dele, encontrando e segurando o olhar de Kal.

Aquela sobrancelha ergueu-se, desafiando, ousando. Não, o outro lobo não era um observador imparcial, mas maldito seja se Josiah o deixasse se retirar como se isso não fosse nada.

O lobo retumbou seu apoio silencioso. Josiah deu um passo à frente, movendo-se rapidamente. Ele estendeu a mão, envolveu sua mão em volta do pescoço de Kal e arrastou-o para perto, batendo suas bocas juntas. Este não era um verdadeiro beijo, apenas um esmagamento de lábios.

Kal empurrou para trás e grunhiu. — Cuidado, garoto.

— Morda-me, puto. — Josiah retornou, inclinando-se e beliscando a mandíbula de Kal, deixando uma pequena linha rosa quando seu incisivo raspou a pele.

Os lábios de Kai se descontrolaram. Seus dentes brilharam brancos e grandes, como se estivesse perto de uma mudança. O medo escorria pelas vértebras de Josiah, mas torceu-se em excitação quando aterrissou na base de sua espinha. Instinto instou-o a correr. Ele ergueu o pé direito para afastar-se. Antes que pudesse fazer qualquer retirada, os dedos de Kal engancharam nas presilhas do jeans e o puxaram para a frente. Quadris colidiram com quadris, um pouco duro demais para ser divertido.

Grandes mãos agarraram seu traseiro. Pequenos pregos apertavam a carne no topo de suas coxas. Porra, Kal tinha suas garras para fora.

Dois pensamentos entraram em choque na mente de Josiah. Um deles, ele amava os picos maldosos de quase dor. Dois, ele não queria dirigir para casa nu.

Por favor, não estrague minhas calças jeans.

Ele manteve o apelo silencioso. Kal não era o tipo de aquiescer a algo tão mundano.

Apesar da declaração do homem no bar, ele não queria um amante que rolasse e fosse agradável e fácil. Ele gostava da luta. Tentação e sedução se transformavam em um desafio.

Mas droga... deixe minhas calças intactas.

No final, não importava. As garras de Kal trancaram, mas não rasgaram o tecido, embora ele fosse mais do que capaz. Em vez disso, ele aumentou seu aperto e manteve Josiah duro contra ele, seu pênis moendo contra a virilha de Josiah.

Calor queimou através da camada dupla de material. Porra, quão quente será quando estivermos nus?

— Agora ouça, filhote. — Kal pressionou seus lábios na orelha de Josiah, apesar deles estarem sozinhos. O grunhido profundo se transformou em uma carícia física, conectando-se com o já duro pau de Josiah. — Você vai ser um bom menino, se curvará e me deixará ter seu traseiro ou você vai ter seu traseiro espancado até que fique vermelho.

A imagem mergulhou na mente de Josiah e ele não pôde conter o gemido baixo escapando de seu peito.

A dor disparou através de sua pele enquanto Kal mordeu o lóbulo, duro, sem ilusão de prazer ligado à carícia. Não importava. A fome de Josiah transformou a sensação em uma tremenda emoção, enviando ondulações malignas através de seu núcleo e membros.

— Não se preocupe, baby. — Mais uma mordida, mais forte, mais alta na orelha, a dor mais brilhante. — Mesmo se você me dar sua bunda agora, eu ainda vou te espancar mais tarde. Quero o calor de sua pele contra a minha quando eu foder seu buraco doce.

Josiah gozou.

Nada poderia pará-lo. Entre a pressão de seu pênis contra a virilha de Kal e as palavras sujas e sensuais, seu pênis jorrou em seus jeans.

Kal riu.

— Vagabunda. — Ele sussurrou. Os sons provocaram e agradaram enquanto rodopiavam pelo cérebro de Josiah. — Delícia. — lábios flutuaram sobre sua pele. Sexual e forte. — Quero sentir você gozar quando meu pau estiver penetrando em seu traseiro apertado.

Josiah cerrou os dentes e lutou contra o desejo de chegar ao clímax uma segunda vez em poucos minutos. Entre ser um lobisomem e mal ter vinte e um anos, ele tinha um tempo de recuperação incrível, mas maldição, ele não queria desperdiçar o próximo.

— Agora tire. — o calor das mãos de Kal deixou seu traseiro, mas o lobo grande não se moveu, não recuou uma polegada. Josiah achava que demorava muito para fazer o homem mais velho recuar.

Josiah desfez o botão de sua calça jeans e puxou a aba do zíper prendendo seu pau ansioso. Ele hesitou. Não sabia o que o impediu. Talvez o fato de ele estar nu pela primeira vez de uma maneira sexual.

Ele tirou suas roupas ao redor da matilha o tempo todo, toda vez que eles mudavam. As duas experiências não poderiam ser mais diferentes.

— Qual parte do “tire” que é difícil de entender? — Kal suspirou um suspiro aborrecido.

O lobo alfa dentro de Josiah - treinado e nutrido por Rowan - rebelou-se, erguendo-se. Josiah mentalmente agarrou o lobo pela garganta e subjugou a criatura, acalmando o orgulho do animal.

Ele queria isso. O lado humano dele precisava disso. Um curto espaço de tempo quando ele não precisava estar no comando. Não precisava estar treinando ou pensando no futuro. Tudo o que importava era o agora, os próximos quinze, vinte, talvez trinta minutos... porra, sim.

Empurrou os impulsos dominantes para longe e enfiou os dedos na cintura de seus jeans, empurrando-os para baixo. As pequenas marcas das garras de Kal se desvaneceram em insignificância. Muito material permaneceu. Josiah poderia voltar para casa depois com um par de calças.

Muito, muito mais tarde.

O tecido reuniu-se a seus pés. Ele tirou as botas e saiu livre.

Infelizmente, a inexperiência não lhe tinha ensinado a remover suas cuecas boxer.

Parado ali, quase nu, seu pênis duro, esticando contra o tecido, úmido com o seu gozo, o seu futuro amante estava observando. Uma onda de insegurança estranha surgiu através do peito de Josiah.

Então ele olhou para cima.

O olhar de Kal permaneceu trancado em seu corpo, a fome na visão do homem era flagrante. Uma pitada de rosa profundo escovou o interior dos lábios de Kal, como se imaginasse provar o pênis de Josiah.

Respiração travou em sua garganta. Toda fantasia que ele já tinha parecia estar se tornando realidade. Random e Cledwyn - seus auxiliares de masturbação por meses - desapareceram no fundo, deixando apenas Kal. Foda-se, sim, este seria o sonho que o manteria acordado pelo menos no ano seguinte.

— Perca a cueca, filhote. Deixe-me ver o seu pau.

A energia nervosa flutuava entre seus dedos. Ele tinha uma boa genética de corpo de lobisomem - mas ele nunca tinha realmente comparado seu pau a outro. Kal cruzou os braços sobre o peito. Apesar de ser quase tão alto quanto o outro homem, Josiah se sentiu pequeno. Minúsculo.

— Faça.

A instrução brusca enviou uma nova onda de necessidade através do núcleo de Josiah. Ele colocou os polegares na cintura das cuecas boxer que Random convenceu-o a comprar, dizendo que iam mostrar sua bunda e seu pênis, que Josiah tinha que admitir, elas faziam muito bem.

Mas isso era diferente. Estava nu. Na frente de outro homem. Um homem que ele realmente, realmente queria fodendo-o.

E isso não vai acontecer se você não tirar suas roupas íntimas.

Com um suspiro, empurrou o material elástico para baixo, empurrando-o até os tornozelos antes de casualmente - esperava - sair e endireitar-se. O cheiro de sexo enchia a sala, lembrando a Josiah que ele já tinha se envergonhado uma vez.

Ele ergueu o queixo, encontrando o olhar corajoso de Kal com um dos seus. Apesar de suas palavras, o outro homem não olhou para baixo, não verificou o pau de Josiah. Em vez disso, ele continuou observando, praticamente desafiando Josiah a correr.

De jeito nenhum.

Ele chutou o pano para o canto e abriu as pernas. Seu pênis se afastou de seu corpo, duro e grosso. Ele sabia desde o colégio, que nos chuveiros pós-ginásio, seu eixo parecia médio quando macio, mas expandia um pouco quando ereto. Um “cultivador” como muitos diriam. Naturalmente, ele tinha uma experiência limitada com o quão grande os pênis de outros homens tinham quando estavam eretos.

— Vá para a cama. — ordenou Kal.

— Isso é tudo que eu tenho? — A pergunta se libertou antes de Josiah perceber que ele tinha falado em voz alta.

A borda dos lábios de Kal se arqueou na mais leve insinuação de um sorriso. — O quê? Quer que eu exponha sobre quão glorioso é seu pau? É adorável. Agora vá para a cama.

Josiah imaginou que suas bochechas ficaram vermelhas, mas ele girou e caminhou os dois passos para o lado do colchão. Os lençóis pareciam impecáveis. O quarto cheirava bem, mas ele ainda hesitava em colocar sua bunda nua sobre o material. Seu lobo ficou um pouco exigente com essas coisas.

— Está limpo. — anunciou Kal, como se estivesse lendo a mente de Josiah. Josiah fez uma pausa, sua mente ainda correndo. Ele claramente esperou muito tempo. Uma mão pousou em seu ombro, girando-o ao redor. Ele gritou quando Kal o empurrou para trás. O colchão o pegou, mas ele permaneceu esparramado inelegante através dele.

O beicinho ofendido no rosto do garoto provocou um estalo de riso no peito de Kal. Ele brutalmente esmagou o impulso antes que pudesse fazer um som. O garoto sacudiu seus longos olhos e olhou para ele. O olhar do jovem brilhou numa mistura de mal-humorado e irritado.

Kal lambeu os lábios e tentou não sorrir.

O impulso emitiu uma advertência espiralando acima de sua espinha. Isso era para ser uma foda rápida, dura, só para tirar os demônios de seu sistema. Ele não deveria gostar do garoto.

Inferno, isso não deveria acontecer.

Ele intencionalmente pendurava em bares humanos, homens humanos escolhidos. Não era tão satisfatório porque ele precisava manter o controle, mas esse era o ponto principal. Além dos seres humanos não o reconheceram. Claramente o garoto não fez. Estava seguro.

Agora, ele tinha este pirralho sexy espalhado em seu colchão. E, porra, o lobo mais jovem parecia suficientemente resistente para ter um bom e sólido movimento. A fome queimava em sua virilha, fazendo seu pênis ficar duro, esticando contra o material de seus couros. Se ser verdadeiro permanecia o padrão, ele tinha sido duro desde o clube. Inferno, ele quase gozou durante o passeio até aqui.

Exceto que ele tinha aprendido essa lição. Manchas de gozo eram uma cadela para esfregar fora do couro.

A bravata oscilou nos olhos do garoto. Não. Ele não queria isso. Apesar de seus desejos pessoais, o filhote estava certo. Kal se via atraído por mocinhos mais frequentemente do que não. Eles simplesmente não ficavam interessados depois de uma foda. Isso poderia funcionar para os dois.

— Lube está na gaveta superior. — Kal ergueu o queixo para a mesinha de cabeceira. Um flash de algo - pânico? - passou pelos olhos do jovem, mas desapareceu antes que Kal pudesse identificar a emoção.

O filhote rolou e estendeu-se, alcançando a mesa baixa. A tela em branco de sua pele e os fortes músculos fizeram os dedos de Kal doerem para tocar. Marcar.

Sim, este garoto definitivamente vai valer a pena uma segunda foda, ele decidiu, quando o cara retornou a suas costas, a garrafa meio vazia de lubrificante agarrada triunfante em sua mão.

— Bom menino.

O garoto lançou um sorriso presunçoso e ofereceu a garrafa a Kal. Kal cruzou os braços sobre o peito, consciente de como a pose mostrava a tinta nos seus ombros.

— Faça você.

— Eu? Você quer que eu faça isso?

— O que há de errado, filhote? — Kal se adiantou, seus joelhos passando entre os pés do outro, pendurados sobre o lado da cama. Ele inclinou-se para baixo, erguendo-se sobre seu amante hesitante. — Você não quer fazer um show para mim?

Sua voz caiu baixa e profunda. Ele se inclinou ainda mais, roçando os lábios na boca do garoto.

Josiah perseguiu o beijo de Kal, mas maldição, ele se afastou, não permitindo mais do que um sabor fugaz.

— Não tão rápido, filhote. Primeiro, eu quero que você abra a garrafa, despeje um pouco em seus dedos e deslize-os em seu buraco apertado. — ele chegou perto o suficiente para sua respiração quente flutuar em toda a pele de Josiah, tentando-o com uma nova sensação. — Você pode fazer isso por mim?

Um gemido sussurrado escapou da garganta de Josiah. Só seu recente orgasmo lhe permitiu manter o desejo de atirar pela segunda vez. Isso seria mortificante, ele pensou.

Os cantos dos olhos de Kal se apertaram, quase como se estivesse sorrindo. O movimento não se transferiu para seus lábios. Não, seus lábios permaneceram em uma linha reta e cruel esperando que Josiah obedecesse suas instruções.

Josiah acenou com a cabeça. Como se satisfeito com a aceitação de Josiah, Kal endireitou-se, mas não se moveu para longe do lado da cama. Ele ficou ali, os braços mais uma vez dobrados sobre aquele peito maciço. Outro humilhante gemido ameaçou sair. O homem parecia um deus, forte, poderoso e lambível. Não que ele pensasse necessariamente nos deuses como “lambíveis”, mas certamente se os gregos ou os romanos viessem com alguma imagem visual, teriam selecionado alguém como Kal para o modelo.

E Kal nem sequer tinha tirado nenhuma de suas roupas. Josiah sacudiu a cabeça, recusando-se a deixar a fantasia invadir sua mente ou ele gozaria sem outro toque em seu pau.

Ele respirou fundo e abriu a garrafa de lubrificante. O clique encheu a sala em silêncio como um tiro, não ajudando seus nervos. Como diabos ele deveria fazer um show?

Ele não era completamente inexperiente. Ele tinha tocado seu próprio traseiro para ver como ele se sentia. Exceto que ele não tinha sido sexy quando ele tinha feito isso. Os toques tinham sido superficiais, agradáveis na esperança de que, quando outro homem o tocasse tão intimamente, as sensações fossem mais intensas.

Droga. Como ele acabou com um amante em potencial e ainda se tocando? Eu posso fazer isso em casa, silenciosamente lembrou-se. Exceto que em casa, ele não teria os olhos de Kal sobre ele. Só isso o tornava diferente.

Ele passou o líquido em seus dedos. Os redemoinhos de satisfação espiralando através dele enquanto o olhar de Kal seguia o movimento sutil. Excitado, ele chamava a atenção do outro, Josiah rolou para o seu lado, mostrando sua bunda para seu futuro amante. Ele olhou por cima do ombro. Kal não se mexera. A única mudança em sua expressão era uma leve queimação de suas narinas.

O que vai demorar para fazer você perder o controle? Inferno, qualquer resposta seria agradável.

Removendo os pensamentos descontentes, fechou os olhos e provocou a carne macia que protegia sua entrada. Ele engoliu em seco e enfiou um dedo em seu buraco. Um gemido baixo ecoou pela sala, o som faminto à beira do feroz.

Josiah não se atreveu a olhar para Kal. Concentrou-se na tarefa em questão. Há sim! Não indo se estressar muito para ser sexy, ele se concentrou em empurrar lubrificante em seu canal. Ele sentiu o pau de Kal através de suas roupas.

Seria necessário muito lubrificante.

Ele empurrou o dedo para dentro e para fora várias vezes, permitindo-se ajustar a sensação. Não era ruim, agradável o suficiente. Outro gemido estourou do outro lado da cama. Ele subentendia uma sugestão de comando, como se Kal estivesse impaciente.

Josiah fungou. Isto não era algo que deveria ser apressado. Ele se contorceu e empurrou os dedos com mais suavidade.

Desta vez, quando ele alcançou atrás dele, ele ficou de joelhos, espalhando seu traseiro, dando a Kal uma visão melhor.

O calor se apressou em suas bochechas. Não acredito que estou fazendo isso. Enterrou o rosto no travesseiro enquanto apertava os dois primeiros dedos contra a abertura. Resistência encontrou sua penetração, mas fechou os olhos e desejou que seus músculos relaxassem.

Ele forçou ar em seus pulmões. Um ligeiro alívio lhe permitiu ir um pouco mais longe. Mais fundo. Ele mordeu o lábio para não gemer. Dor brilhante interrompeu qualquer movimento para a frente. Permanecendo imóvel, ele se concentrou em sua respiração. A queimadura se desvaneceu e ele aventurou outro impulso raso.

— Maldição, filhote, isso é uma linda visão.

As baixas palavras trouxeram um calor inesperado para Josiah. Seu corpo parecia desesperado para agradar o homem mais velho. Engoliu de novo e empurrou os dedos mais profundamente.

Dor aguda ondulou através de nervos sensíveis. Ele cerrou os dentes, determinado a manter o pânico trancado dentro dele.

As pessoas gostavam disso. Ele ouvia, testemunhava - via vídeo e espiava os outros Betas ocasionalmente implorando para ter seus traseiros fodidos. Eles gostavam. Ele deveria gostar disso, certo?

— Retarde, filhote. — As palavras sólidas e intratáveis fluíam através de seus músculos, mesmo quando Kal agarrou o pulso de Josiah e acalmou seus movimentos. — Deixe-me aproveitar.

Bloqueado pela sensação, Josiah lutou contra a contenção, mas Kal era muito forte.

— Lento. — A palavra escorregou dos lábios de Kal e mergulhou no núcleo de Josiah, exigindo que ele obedecesse. — Eu quero assistir a cada momento.

Desejando agradar ao outro homem, Josiah respirou fundo e concentrou-se numa penetração lenta, quase suave.

— Sim, bom rapaz.

A aprovação murmurada soou através do cérebro de Josiah. Ele deu um soco na sua concentração nos constantes golpes que Kal parecia querer. O outro homem rosnou sua apreciação e Josiah arqueou suas costas, espalhando suas pernas. A fome inchou dentro dele enquanto seu corpo se ajustava à sensação. Ele acelerou, mergulhando seus dedos em seu buraco. Ele torceu e lutou para ir mais fundo. Não foi suficiente. Ele precisava de mais.

Um gemido escapou de sua garganta, uma mistura de frustração e prazer.

— Chega, rapaz.

Dedos fortes enrolaram seu pulso e arrastaram sua mão. A perda forçou um gemido suave de Josiah.

Aqueles mesmos dedos quentes provocaram a borda de sua fenda e mergulharam em sua abertura. Uma emoção perversa passou pelas bolas de Josiah. Maldição, se Kal enfiasse os dedos dentro de sua passagem, ele teria gozado sem outro toque.

— Não! — Josiah afastou-se, deslizando por seu quadril direito, olhando por cima do ombro em direção a Kal. — Estou pronto.

Kal hesitou, o frasco aberto de lubrificante em suas mãos.

Josiah voltou para suas mãos e joelhos, cavando as unhas nos lençóis. — Estou pronto, vê?

— Nas suas costas.

Novo nervosismo voou pelo estômago de Josiah. Nas costas dele? Olhando para Kal? Claro, ele adorava a ideia de ser capaz de ver Kal, mas também significava que Kal podia vê-lo.

Só que ele não estava no controle. Ele aceitou isso quando provocou o lobo poderoso para trazê-lo para cá.

Curvando os dedos, ele rolou, pousando em suas costas. Seus olhos se arregalaram quando ele olhou para cima.

Kal estava nu. Realmente, realmente nu. Como ele não percebeu isso há alguns segundos atrás?

Maldição. O colete de couro tinha desaparecido, revelando uma nova onda de tinta que Josiah estava tentando explorar. Antes que pudesse alcançar, Kal se moveu sobre ele.

Josiah mudou de posição, puxando as pernas para cima, as bochechas esquentando quando ele percebeu como ele estava exposto. Kal não parecia se importar. O frasco de lubrificante fechou. Segundos depois, a cabeça larga do pênis de Kal se apertou contra a abertura de Josiah.

Ele mordeu o interior de seus lábios, fazendo tudo o que estava ao seu alcance para parar-se de perguntar: “Vai doer tanto quando me foi dito?”

Ele deveria ter medido o pau do outro homem antes de dizer que ele esticou o suficiente, porque claramente ele não tinha.

Mas ele se recusou a dizer qualquer coisa, Kal certamente usaria qualquer questionamento como uma desculpa para se retirar.

A dor se transformou em uma queimadura que encolheu seu pênis. Talvez isso não seja uma boa ideia. Josiah guardou o gemido para si mesmo. Tinha tanta certeza de que gostaria de ser fodido. Agora? Podia ser algo que ele tolerava. Ou talvez fodido seria...

Os quadris de Kal avançaram, lentos e inexoráveis.

Josiah gritou, incapaz de manter o ruído contido por mais tempo. A queimadura percorreu seu traseiro, inundando seu núcleo. Quando a sensação atingiu seu peito, ela se transformou em calor. Calor puro e desesperado.

— Foda-se, você está apertado, garoto. — Kal pontilhou as palavras com um impulso sólido para a frente. Ele lentamente recuou até que Josiah pensou que poderia se afastar. — Você se alongou o suficiente ou você gosta da dor?

Josiah hesitou por um momento, sem ter certeza. Ele não tinha se esticado o suficiente, mas depois de mais alguns segundos, a queimadura muito intensa aliviou o suficiente para que ele pudesse ver que isso poderia tornar-se prazeroso. Maldição, o cara já estava dentro dele. Dentro dele e não se movendo. Dando a Josiah tempo para ajustar.

Ou pelo menos foi o que ele assumiu. Ele aproveitou o momento e respirou pela dor aliviada.

Ele expandiu seu peito, forçando ar em seus pulmões. O movimento permitiu um ligeiro toque de calma em seus músculos e relaxou. Um pouco. Kal deveria ter reconhecido a mudança sutil. Ele gemeu e seus quadris rolaram, cutucando seu pênis um pouco mais profundo.

O gentil movimento enviou sensações perversas através do núcleo de Josiah. Suas coxas apertaram-se com o impulso estranho de se mover, uma compulsão para conduzir aquele eixo duro dentro e fora de sua bunda.

Palavras enredaram em sua garganta. Ele balançou e balançou, tentando forçar o pau de Kal até o fim em seu buraco. O lobo mais velho riu.

— Filhote ansioso. — Kal bateu sua palma aberta contra o quadril de Josiah. Delicioso calor espiralou em seu núcleo. Sim, era isso que ele precisava. Kal riu, mas o som parecia mais sexy do que zombando. Ele deu outra palmada em Josiah.

Sensações desesperadas araram em seu crânio, incitando-o a assumir o controle.

O lobo dentro dele não permitiria que ninguém o dominasse completamente. Ele não podia mentir e ser completamente submisso. Passivo.

— Você está bem, filhote? — ele aliviou os quadris para trás. Vibrante prazer perpassou através Josiah quando o pau grosso deslizou quase fora dele. — Eu posso parar se você não puder aguentar.

As palavras continham apenas um sinal de condescendência. Demais para Josiah ignorar. Ele jogou a cabeça para trás e olhou para o grande homem que penetrava seu corpo.

— Não se atreva. — Josiah rosnou, empurrando para trás, seu controle retornando, desafio inchando em seu peito. Ele queria doer por essa foda. — Foda-me como você me disse.

Um grunhido saiu da garganta de Kal e o vermelho brilhou em seus olhos. Seus lábios desceram, revelando dentes brancos, grandes e brilhantes.

— Você vai conseguir o que eu lhe dou, garoto. — Kal latiu, mas mesmo quando ele rejeitou a demanda de Josiah, ele bateu mais fundo, mais forte. A ponta roxa bateu na glândula de Josiah e enviou uma rajada de faíscas pela sua espinha. Porra, ele tinha lido sobre a sensação, mas nunca experimentou antes.

Ele gemeu e inclinou os quadris para cima ainda mais alto, implorando por mais. Kal rosnou.

— Filhote de cachorro ansioso. Tome como uma boa puta.

As palavras sedutoras e sujas acrescentaram uma camada perversa ao prazer de Josiah e ele não conseguiu segurar ele mesmo. Ele arqueou as costas, empurrando os quadris para trás, tentando empurrar o pau de Kal mais fundo em seu traseiro.

Um tapa esperto em sua bunda o trancou em posição. — Seja bom, rapaz.

Josiah estendeu a mão atrás da cabeça dele e agarrou o travesseiro, lutando para seguir ordens, mas foda-se, tudo em seu corpo gritava para ele se mover, para assumir o controle.

Exceto que não. Um canto forte de sua alma doía pelo lobo poderoso e sexy acima dele, batendo seu pau no traseiro de Josiah, fazendo-o se submeter. Isso era o que ele desejara, o que ele queria desde que descobrira que era gay.

Em qualquer outra situação, seu lobo exigiria que ele desafiasse o macho dominante. Mas aqui, ele deixou o outro animal levar.

Ele fechou os olhos e forçou os músculos a relaxarem, concedendo o comando à Kal. No momento em que ele soltou a tensão, Kal entrou fundo e parou.

Josiah baixou as mãos para o colchão e olhou para cima, encontrando o olhar do outro lobo, empalado no pau de Kal. A sensação de plenitude o fez doer, necessitar.

— Por que você parou? — Ele exigiu.

Kal sacudiu a cabeça, mas o simples sinal de um sorriso revelou sua verdadeira atitude.

— Porra, é por isso que eu não gosto de pirralhos. — Ele revirou os olhos. — Deite-se e pegue.

— Tudo o que você me der. — Josiah ousou, sentindo-se um pouco ousado, um pouco sexy. Ele piscou, sabendo que o pequeno movimento iria irritar o outro homem.

Kal rosnou e empurrou seus quadris para trás, puxando seu pau quase do traseiro de Josiah antes de empurrar para a frente, dirigindo duro e profundamente no buraco apertado de Josiah. A penetração habilidosa enviou arrepios acima de sua espinha. Ele se retorceu, tentando escapar, sem querer. Seu grito ecoou contra as janelas.

— Veja o que acontece quando você é um bom garoto?

— Quando eu sou um pirralho, foi o que você quis dizer. — Ele respondeu.

O vermelho brilhou nos olhos do outro lobo enquanto recuava mais uma vez. Josiah se preparou, esperando um forte impulso em sua direção. Mas Kal se juntou e empurrou, lentamente, tão malditamente lento que Josiah pensou que poderia gritar. Delicados arrepios de prazer provocaram-no com o que ele não estava recebendo. Um gemido que ele não conseguiu controlar escapou de sua garganta.

— Isso é o que acontece quando você começa a ser pirralho.

Josiah gemeu e tentou acelerar a entrada de Kal, mas o homem maior não se sentiria comovido. Ele riu como se os piores esforços de Josiah o divertissem.

— Seja bom e eu vou deixar você gozar.

Seus olhos se abriram abertamente. Deixar-me gozar? As palavras obstruíram a garganta de Josiah. Seu lobo saltou acordado em seu cérebro.

O sorriso de Kal despertou cada instinto agressivo no animal de Josiah, mas ele esmagou a besta com uma determinação desumana. Kal queria fodê-lo da maneira mais feroz possível. Ele aceitaria. Algo, algum estranho sentido do futuro lhe prometeu uma chance de retaliar.

— Bom, filhote.

O impulso lento de Kal iluminou todos os nervos no rabo de Josiah, enviando vibrações furiosas em seu núcleo. As sensações flutuaram através de seu corpo. Suave, fluindo. Não o suficiente para fazê-lo gozar.

— Por favor.

— Espere, garoto. Eu quero desfrutar deste doce buraco um pouco mais.

Josiah gemeu e baixou a cabeça para trás, dando a Kal o uso livre de seu corpo. Deixou-o deslizar para dentro e para fora. Com bombeadas lentas e metódicas. Cada penetração enviava tremores de sensação através de suas bolas, mas não o suficiente, nunca o suficiente para empurrar Josiah sobre a saliência proverbial. Apenas afiou-o mais perto com cada impulso.

Ele fechou os olhos, imerso nos sentimentos sensuais.

— Um filhote tão bom.

O murmúrio baixo tornou-se uma nova carícia, provocando-o com o poder da aprovação de Kal. O grande homem afastou seu pau, a cabeça permanecendo alojada no rabo de Josiah. Josiah gemeu, um pedido sem palavras para mais.

A fome brilhou nos olhos de seu amante. Mais uma respiração e Kal mergulhou para a frente, dirigindo seu pau profundamente na entrada de Josiah. A cabeça escovou contra a glândula de Josiah, dando-lhe aquela faísca deliciosa através de cada parte de seu centro.

— Fique comigo.

As palavras de Kal mal se infiltraram no cérebro de Josiah, mas um canto de sua mente parecia entender. Ele bateu as mãos para baixo, segurando os lençóis e segurando-se no lugar, desejando, querendo que Kal o fodesse novamente.

E ele fez. Outro longo e profundo golpe apontou diretamente para a sua próstata. O choque delicioso para sua espinha desapareceu depois de segundos, mas voltou quando Kal empurrou nele novamente. E de novo.

Os impulsos mal controlados empurraram Josiah para a borda da loucura, mas ele segurou pela ponta dos dedos - suas pontas de dedos arranhando. Os pontos afiados rasgavam as cobertas finas. Felizmente, um lugar como este provavelmente não iria notar.

Como se Kal sentisse que os pensamentos de Josiah haviam vagado, ele balançou seu pênis para frente, fortes e rápidos, breves e superficiais impulsos. Josiah gritou. Não de dor. Prazer. Puro prazer perigoso. Cada nervo formigava, provocava, exigia mais.

A foda que ele pedira continuou. Kal criou um ritmo brutal. Josiah fez o seu melhor para enfrentá-lo, amando a doce dor cada vez que Kal o encheu. Ele inclinou a cabeça para trás e deixou a sensação inundar as fendas em sua alma.

Seu pênis implorou por um toque. Qualquer toque. Ele tirou uma das mãos do colchão e enrolou os dedos em seu próprio eixo. Obviamente não era a primeira vez que ele se masturbava, mas ter aquele pau duro em sua passagem fez desta vez parecer tão diferente, novo. Brilhante.

Um grunhido de advertência surgiu do grande lobo acima dele e Josiah lutou para abrir os olhos. Kal olhou para baixo, os olhos brilhando. Por um momento, Josiah pensou que o macho dominante poderia proibi-lo de se tocar. Em vez disso, Kal desnudou os dentes.

— Bombeie seu pau, filhote de cachorro. Eu quero ver você derramar através de seu lindo peito enquanto meu pau está dentro de sua bunda apertada.

As palavras comandantes e sexy perfuraram através do cérebro de Josiah. Não demoraria muito para ele gozar, não com Kal fodendo-o tão perfeitamente. Prazer iluminou sua espinha com cada impulso. Não querendo que acabasse logo, Josiah afrouxou seu aperto, o movimento quase imperceptível, mas Kal pareceu sentir a mudança.

— Faça o que eu disse, garoto. Seu buraco é muito doce para apenas um passeio. Eu vou me certificar de que você goze de novo.

Ele bateu seus quadris para frente, dirigindo todo o comprimento de seu pau grosso na abertura de Josiah. Um brilhante brilho de dor atravessou seu núcleo, não muito, apenas o suficiente para fazê-lo querer mais.

Os dedos fortes e quentes pousaram logo abaixo de sua garganta e rasparam para baixo. Garras? A primeira camada de pele. Pequenos estremecimentos mergulharam em sua virilha, inchando quando chegaram a suas bolas. Tão mau.

Sensação mergulhou em sensação e a mão de Josiah apertou, acariciando seu eixo.

— É isso aí, filhote.

A ênfase especial para a palavra enviou uma nova onda de prazer através de seu núcleo. Josiah arqueou-se, gritando enquanto Kal empurrava nele novamente. Seus dedos seguraram seu próprio pênis enquanto sua outra mão estendia, agarrando o homem acima dele.

— Goze para mim, garoto, e eu vou encher sua bunda doce.

A promessa era demais para ser ignorada. Josiah bateu a mão para baixo, praticamente forçando o gozo a atirar da ponta de seu pênis. Fluxos de líquido fluíam através de seu peito. O uivo de Kal balançou as janelas. Ele entrou na passagem de Josiah, fundo e duro, obrigando outra explosão vir de seu pênis. Uma mistura perversa de dor e prazer lavou através dele e Josiah não conseguiu conter o grito que quebrou de seus lábios.

O barulho que ecoava na garganta de Kal se transformou em um rosnado. Ele empurrou para a frente mais uma vez, sua porra quente enchendo o buraco de Josiah. Os olhos de Josiah se abriram e ele olhou fixamente para o homem derramando seu sêmen em seu corpo.

O lobo dentro dele uivou, o som triunfante. Com fome de mais.


Capítulo Quatro


Kal encarou seu reflexo, ignorando as sujas paredes brancas do banheiro do hotel, enfeitadas em torno de sua cabeça. O rosa de seus lábios parecia profundo e cru dos beijos do garoto. Marcas de riscos se alinhavam em seus ombros. As faixas vermelhas desapareceriam em poucas horas, mas até que o fizessem, Kal apreciaria a visão. Ele não conseguia se lembrar da última vez que um amante tinha sido tão quente, tão malditamente pronto para ser fodido.

Pena que ele não fazia repetições. O garoto definitivamente era classificado como uma visita de regresso.

Exceto, ele sabia melhor. Suas viagens aos clubes permaneceram bem abaixo do radar do Conselho e ele precisava mantê-lo assim. Qualquer sussurro de sua “outra” vida e ele seria banido para fora do Conselho. Ele podia se contrair com as restrições, mas dependia da conexão, da vaga sensação de bando.

Seu lobo não apreciava o estilo de vida Lobo Solitário. Ele tentou, mas... instintivamente, seus dedos tropeçaram na tatuagem em seu quadril.

O Conselho nunca poderia descobrir o seu passado. Ser forçado a sair do Alto Conselho seria o menor de seus crimes.

O que significava que, apesar de querer transar com o doce traseiro do garoto de novo, ele se seguraria. Kal devia controlar seu próprio traseiro. Ser um adulto responsável novamente.

Ele usou a toalha para secar as gotas de água restante do chuveiro, afastou os cabelos de seus olhos e encontrou o olhar fixo no espelho mais uma vez. Suspirando, ele se virou e voltou para o quarto.

A cama estava vazia e, por um instante, Kal pensou que o jovem lobo tinha escapado. Ele tentou definir a emoção como um alívio - isso salvou-lhe o aborrecimento de chutar o filhote para fora - mas o tremor de desapontamento em seu peito lembrou-lhe que mentir para si mesmo só o colocava em apuros.

Minta para o mundo. Seja honesto com você mesmo.

Antes que ele tivesse a chance de incorporar seu lema pessoal, um som entrou pela esquerda.

O garoto estava perto da porta, nu, olhando para o telefone. Ele deve ter ouvido Kal entrar, mas ele não deu nenhuma indicação que ele notou. Seus polegares voaram pela tela com a velocidade de alguém que cresceu com a tecnologia na ponta dos dedos. Terminou o texto e finalmente se dignou a reconhecer Kal.

Sua reação foi gratificante, mesmo que ele fez Kal esperar por ela.

Ele olhou para baixo e fez uma rápida tomada dupla.

— Maldição.

Seus olhos se arregalaram e ele alcançou atrás dele, colocando o telefone na cômoda do hotel sem puxar seu olhar fixo no corpo de Kal.

— Por que você parece tão surpreso?

Kal tinha autoconsciência suficiente para saber que ele era bonito, mas o choque no olhar de seu novo amante parecia um pouco excessivo.

A boca do garoto se abriu como se quisesse falar, mas não conseguia encontrar as palavras. Kal apoiou as mãos nos quadris e o olhou furioso. Exceto que seu olhar fez pouco bem. Os olhos do outro homem estavam firmemente trancados na virilha de Kal. Se era o seu pau em endurecimento rápido ou a tatuagem do Lobo Solitário em seu quadril, Kal não sabia, mas algo chamou sua atenção.

Porra. Deveria ter pego algum ser humano. Eles não entenderiam o significado da tatuagem. Claro, eles não podiam pegar a foda dura de um lobo também. Seus lábios se curvaram em um meio sorriso na nova memória.

Josiah agarrou a borda da cômoda para evitar que os joelhos entrassem em colapso. Droga. A surpresa de ver a marca de um Lobo Solitário no quadril de Kal desvaneceu-se na luxúria enquanto o pau grosso que o fodeu recentemente começou inchar.

Ele ainda doía. Sua bunda não estava pronta para ser fodida novamente, pelo menos não tão cedo, mas maldição, ele não estava acabado com aquele pau sexy. Ainda não.

— Escute, garoto, você pode pular no chuveiro e então eu vou levá-lo de volta ao seu carro. — as palavras demoraram um momento para filtrar através da luxúria em torno de seu cérebro.

Ele piscou e arrastou o olhar para cima para encontrar o de Kal. Ele está tentando se livrar de você. A realidade da declaração de Kal deslizou através da consciência de Josiah e se afastou. Certo. Ele sorriu, orgulhoso pelo fato de não ter zombado de forma audível. Sua boca pode estar dizendo que ele terminou comigo, mas seu pau tem uma mensagem diferente.

Ele voltou seu foco para o pau de Kal e decidiu, que diabos. Vá em frente. Se ele não quer que eu chupe ele, ele vai me informar.

Com a possibilidade, a probabilidade de ter a chance de envolver seus lábios ao redor do delicioso pênis de Kal... O pau de Josiah se animou. Entre sua idade e ser um lobisomem, ele teve um rápido como relâmpago período de recuperação, mas a visão da ereção de Kal fez-lhe duro tão rápido que ele ficou tonto.

Ele tinha fantasiado sobre chupar um pau desde que ele completou dezesseis anos. Até comprou um vibrador para praticar. O silicone não tinha excitado sua língua do jeito que a ideia de carne macho firme fez, mas pelo menos ele tinha tido alguma prática. Apenas nada nesse tamanho.

Tropeçando para a frente, seus joelhos bateram no chão na frente de Kal. Sem esperar por um convite, ele se inclinou e escovou o nariz sobre o vinco que separava sua coxa e virilha. O eixo ao lado de sua bochecha inchou ainda mais.

— Pirralho, ouça, foi divertido, mas...

Ele ouviu Kal falar, mas o homem não se moveu. Não deu um passo atrás, não empurrou Josiah para longe. A confiança cresceu, mantendo o ritmo da ereção de Kal.

Ele inclinou a cabeça para trás e olhou para o lobo dominante.

— Você pode ter terminado comigo. — Ele ousou uma rápida lambida na cabeça do pênis de Kal. — Ele não.

Os lábios de Kal se torceram em um sorriso zombeteiro. Josiah esperou, considerando a opção de retroceder. Se ele não queria que seu pau fosse sugado, Josiah não poderia forçá-lo. Ele iria se certificar de que Kal sabia que ele estava disposto. Realmente, realmente disposto.

Kal rolou os olhos e suspirou como se estivesse fazendo um favor a Josiah.

— Ok, filhote de cachorro. Mostre-me o que você tem.

As palavras enviaram um pingo de medo através de seu peito. Porra. Ele não tinha nada. Ele respirou fundo e olhou para o impressionante pau, agora completamente duro. Grosso.

Você consegue fazer isso. Não tente nada extravagante. Ele vai saber que você é um novato. Ah inferno, ele vai saber de qualquer maneira.

Ele lambeu os lábios e considerou o pesado eixo diante dele. De jeito nenhum ele poderia enfiar tudo isso em sua boca. Ele engoliu em seco, limpando a garganta entupida até mesmo enquanto Kal esperava. Um sinal de impaciência invadiu seus músculos. Ele se mexeu nos calcanhares. O movimento inquieto estimulou Josiah.

Não querendo deixar a oportunidade escapar, ele se inclinou, indo para a base do pau de Kal. Ele podia não ser capaz de engolir o cara inteiro, mas ele poderia provar cada centímetro. Ele inalou, capturando o perfume limpo e sexy da pele de Kal. Seu próprio pênis se contraiu, como se quisesse também atenção. Mais tarde, ele prometeu.

Josiah sacudiu a língua, saboreando o lado de baixo do eixo, tentando imaginar o que era bom. Droga. Deveria ter deixado que Random o chupasse. O Beta ofereceu muitas vezes, antes que ele e Cledwyn se reunissem.

Tudo o que Josiah teve que seguir foi a sua imaginação e algum pornô baixado. Ele era esperto o suficiente para perceber que ele não poderia fazer garganta profunda naquele vibrador, muito menos a bela besta na frente dele.

Ele afastou os pensamentos e lambeu de novo, começando lentamente. Ele poderia fingir. Talvez.

O sabor fraco e salgado provocava suas papilas gustativas e um perverso zumbido deslizou em seu núcleo. Oh sim.

Mais.

Um rápido olhar lhe disse que Kal observava, mas o homem não parecia estar com pressa. Não agora que Josiah tinha começado.

Ele baixou o olhar e concentrou-se no pesado pau. Tentador, tão tentador. Ele explorou, acariciando o vasto eixo com seus dedos, aprendendo cada centímetro com seus lábios e língua.

Mergulhando a cabeça ainda mais, ele acariciou as bolas do homem, testando a diferença entre seu próprio corpo.

É claro, ele nunca colocaria a boca em suas próprias bolas. Ele não era tão flexível.

O pensamento o fez rir. O som suave deve ter atingido Kal. Seus músculos da coxa ficaram tensos e um grunhido quebrou de sua garganta.

Uma pequena parte do cérebro de Josiah pensou que seria um excelente retorno para deixar o outro homem sofrer, maravilha. Mas não. Ele queria ser fodido novamente. Zombar de seu amante não cabia na imagem. Josiah levantou os olhos e deu de ombros.

— Pensamentos engraçados. — Ele murmurou em resposta à sobrancelha levantada de Kal.

— Não sei por que lamber meu pau seria divertido, filhote. — Josiah sorriu.

— Ah não. Nada sobre esse garoto malvado é engraçado. — ele forçou tanto sedução através de suas palavras quanto possível, então enterrou seu rosto profundamente no vinco da coxa de Kal. A respiração aguda do outro homem deu a Josiah confiança para continuar.

Ele fechou os olhos para saborear a sensação e lambeu todo o comprimento do pau de Kal, lambendo a gota de pré-gozo decorando a ponta da vez que ele gozou.

O rosa escuro de sua língua brilhava enquanto ele rodava em volta da cabeça.

Kal lutou contra o impulso de fechar os olhos. A vista era muito bonita para perder. O garoto parecia estar totalmente consumido com degustação e toque no pau de Kal. As carícias sexy provocavam sua pele, fazendo seu pau mais duro do que ele pensava ser possível. Ele não podia contar quantas pessoas tentaram impressioná-lo com o quão longe eles poderiam prender seu pau em suas gargantas. Isso era bom, mas isso... droga, isso se aproximava da adoração.

A língua flexível do seu rapaz e os lábios macios lamberam e beijaram, amaram cada polegada do eixo de Kal como se seu único desejo fosse agradar. As tentadoras escovadas empurraram Kal perto da borda de seu controle. Seus quadris balançaram compulsivamente para a frente. Ele apreciava os traços de ternura, mas agora precisava estar enterrado no outro homem - ou na boca ou no traseiro. Ele não era especial, mas desde que os lábios cheios estavam tão perto, ele fez com que fosse sua primeira escolha.

Passou os dedos pelo cabelo do outro homem, alisando os fios. Se o lobo bonito pertencesse a Kal, ele o faria deixar crescer o cabelo. O suficiente para que Kal o puxasse. Com força.

A imagem piscou através de sua mente simultaneamente tornando seu pau mais duro e em pânico como o inferno. Ele balançou a cabeça e tentou limpar a imagem de seu cérebro. Só que parecia muito com a realidade. E não pôde mais resistir à doce tentação.

Ele acrescentou um pouco de pressão, tentando orientar seu amante para realmente chupá-lo. O lobo mais jovem deslizou pela cabeça e mergulhou, seu nariz na virilha de Kal, novamente, língua deslizando em suas bolas.

Os toques delicados eram tentadores mas não satisfaziam. Kal rosnou. O lobo arrogante riu e voltou para os pequenos movimentos de sua língua.

— Vamos, garoto. Pare de me provocar. — Kal disse, satisfeito que sua voz saiu comandando e não o gemido muito mais embaraçoso.

O jovem zumbiu e lentamente, tão lentamente trabalhou seu caminho até a ponta do pênis de Kal, parando o tempo suficiente para sorver o pingo do líquido. Ele olhou para cima, seus olhos brilhando de riso e fome. Ele lambeu a cabeça novamente, em seguida, fez um movimento para deslizar os lábios para baixo do eixo de Kal. Porra, não. Ele queria estar nessa boca.

Um rosnado baixo roncou de sua garganta. A luz nos olhos de seu amante se desvaneceu e por um breve instante, Kal pensou que poderia afastar-se. A hesitação desviou Kal de seu deslumbramento sensual. Se o jovem não estivesse a fim, ele tinha outras opções.

— Nem todo homem gosta de chupar pau, filhote. — Ele ofereceu, sentindo-se muito fodidamente magnânimo. — Eu estou feliz em levar sua bunda novamente.

O garoto corou e Kal teve um tempo difícil em reconciliar esse garoto quase tímido com o jovem lobo corajoso que o desafiou no bar.

Josiah prendeu a respiração, hesitando, e finalmente sacudindo a cabeça.

— Eu quero. — Ele lambeu os lábios, sensíveis à pressão contra o pênis de Kal. — Eu tenho um reflexo de vômito muito ruim. — isso parecia uma explicação lógica e poderia ser verdade, por tudo que ele sabia. — Assim...

Kal assentiu e deu um passo para trás. O coração de Josiah afundou. Ele perdeu sua chance. Porra.

Mas em vez de se afastar, Kal se esticou e enrolou o punho em torno da base de seu pênis, segurando o eixo firme.

— Eu não preciso ir fundo, filhote. Provavelmente vou explodir a primeira vez que você envolver seus lábios em torno do meu pau.

Josiah tentou não parecer em pânico ou emocionado, mesmo que ambas as emoções inundaram seu intestino. Ele forçou uma respiração forte pelo nariz. A memória de um vídeo onde um sujeito agarrou o pau de seu amante enquanto ele sugou a cabeça passou pela mente de Josiah. Eu posso fazer isso. Eu acho.

Ele empurrou a mão de Kal para fora do caminho e enrolou seus próprios dedos sobre o eixo de Kal.

Um gemido baixo escapou da garganta do lobo poderoso, enviando um raio de felicidade pura na alma de Josiah. Mantendo seu sorriso escondido, amando a fome subindo através de seu próprio corpo, ele se ajoelhou e abriu a boca, preparando-se para um forte impulso.

Kal permaneceu imóvel, visivelmente paciente quando os lábios de Josiah deslizaram para baixo nas primeiras três polegadas de pênis. A cabeça bateu na garganta dele e Josiah se virou para trás.

A mão segurando seu crânio parou seu retiro frenético.

— Está tudo bem, filhote. — o firme, mas suave, aperto manteve-o no lugar. — Feche seus olhos e deixe-me foder esta bonita boca.

As palavras passaram pela consciência de Josiah e ele gemeu quando seus lábios se apertaram no eixo espesso, querendo agradar. Apesar de sua declaração, Kal não avançou. A tensão em seus músculos da coxa revelou a força de seu desejo e a força de vontade de não se mover, permitindo que Josiah se ajustasse à sensação. Ele deixou suas pálpebras se fecharem e absorveram a deliciosa sensação e o sutil sabor da pesada haste em sua boca.

Precisando de mais, ele massageou a ponta de sua língua ao longo da curva inferior do pênis de Kal. Ele gemeu e balançou os quadris para frente, afundando seu eixo um pouco mais fundo na boca de Josiah. Desta vez, ele antecipou o movimento e deu as boas-vindas ao impulso suave, permitindo que o eixo liso roçasse a parte de trás de sua boca, o eixo pesado em sua língua.

O recuo demasiado rápido agarrou os instintos de Josiah. Ele apertou seus lábios para baixo, sugando, tentando puxar o pau largo de volta em sua boca.

O gemido de Kal ecoou pela sala. O som reverberou profundamente no peito de Josiah. Com os olhos fechados, seus outros sentidos tomaram o controle. Ele chupou e lambeu, provando e saboreando cada centímetro oferecido a ele. A parte dele que se preocupava com Kal saber de seu status virgem desapareceu e ele se concentrou em entregar-se ao impulso doce e a retirada do pau de Kal.

Os dedos longos e tensos seguraram sua cabeça no lugar enquanto Kal empurrava seus quadris, movimentos lentos, quase gentis cavalgando cada vez mais fundo. Mais uma vez, Kal empurrou para frente, longe o suficiente para Josiah congelar, tentando não entrar em pânico.

Mas como se ele provocasse Josiah apenas para ser irritante, segundos mais tarde, Kal recuou.

— Não se preocupe. — seus dedos acariciaram os cabelos de Josiah. — O que você está fazendo é perfeito.

As suaves palavras deram a Josiah uma nova explosão de confiança e intenção. Ele não queria ser um caso de caridade de Kal, acabando com uma boca virgem.

Josiah apertou os lábios e retomou o movimento. Ele deslizou a mão para cima e para baixo na base do eixo de Kal enquanto ele dispensava atenção na ponta, sugando com força cada retirada.

Os dedos fortes puxaram as mechas curtas de cabelo, quase puxando-o. Josiah rosnou e sacudiu o aperto.

— Cuidado, filhote. Você está prestes a conseguir um bocado.

O aviso de Kal fez Josiah querê-lo mais. Ele manteve o ritmo, querendo todos os gostos e sensações. Um rugido encheu a sala segundos antes de correntes de líquido bater na parte de trás de sua garganta. O sabor salgado e amargo fluía sobre sua língua. Josiah engasgou por um segundo e engoliu em seco, engolindo tanto quanto ele poderia. Ele não conseguia capturar tudo. Parte do sêmen quente caiu de seus lábios e deslizou pelo seu queixo.

Desesperado por respirar, ele se afastou e se sentou nos calcanhares.

A poderosa mão de Kal segurou sua mandíbula e inclinou a cabeça para trás, forçando seu olhar para cima. O lobo grande esfregou seu polegar através do líquido pegajoso na pele de Josiah, pegando os traços antes de enfiar o polegar na boca de Josiah.

Josiah lambeu o dedo grosso, sua língua formigando de esfregar contra o pau de Kal. O líquido salgado tinha um gosto ainda melhor com Kal oferecendo-o. Josiah fez o seu melhor para capturar cada gota antes de deixar Kal deslizar. Ele olhou para Kal, sentindo como o filhote ansioso como o outro homem o chamou, ansioso para aprovação de seu mestre.

— Doce filhote. — murmurou Kal. Ele acenou para a virilha de Josiah. — Faça-se gozar. — A boca de Josiah se abriu. Se quisesse sua própria mão, teria ficado em casa. As próximas palavras de Kal parou seu protesto. — Eu quero assistir.

O vermelho piscou no olhar de Kal. A visão perversa parecia um punho enrolado em torno do pênis de Josiah. Ele baixou os olhos para sua própria virilha. Seu pau estava em pé tão longe de seu corpo, a emoção de sugar Kal mantendo-o na borda. Hesitante, e ele não tinha certeza do porque, Josiah arrastou seus dedos para fora do exterior de sua coxa e agarrou firmemente em seu eixo.

— Olhos para cá, filhote.

Com o comando de Kal pressionado, Josiah olhou para cima, mas seu olhar apenas o fez até a virilha de Kal... e a tatuagem do Lobo Solitário em seu quadril. Ele engoliu em seco, sua boca secando. Ele deveria perguntar? Péssima ideia. Talvez Rowan dissesse mais tarde. Depois que ele confessasse ver a tatuagem.

Sim, isso não vai acontecer.

— Foda-se, você é como um cão com um osso. — Kal riu e Josiah percebeu que o outro homem pensou que ele estava olhando para seu pau, que era adorável e já estava começando a endurecer. Josiah lambeu os lábios, facilmente distraído da tatuagem e do status de Kal de Lobo Solitário. Outra risada de Kal. — Olhos aqui.

Inclinando a cabeça para trás, ele permitiu que seu olhar vagasse pelo resto do corpo até Kal, finalmente encontrando o olhar risonho do outro homem. Maldição, ele era intenso quando ele era o menino mau arrogante. Bonito quando ele sorria.

— Deixe-me ver você gozar, filhote.

Como se sua mão tivesse acedido ao comando de Kal, Josiah começou a acariciar, de cima a baixo, todo o comprimento de seu eixo. O arrepio passou através de suas bolas. Ele estava perto. Não levaria muito mais para ele chegar ao clímax. Ele cerrou os dentes de volta, lutando contra a vontade de gozar. Ele não queria que terminasse muito cedo. Ele queria que os olhos de Kal permanecessem nele, para manter o outro homem interessado o maior tempo possível.

Kal não manteve um olhar impassível com os olhos. Às vezes, seu olhar se desviava e monitorava a mão de Josiah ao longo de seu pau. Josiah não desviou o olhar. Esperou que o olhar de Kal voltasse para o dele. Quando o fizeram, as órbitas normalmente azuis brilhavam vermelhas, como se o outro lobo quisesse mudar. A visão perigosa enviou Josiah sobre a borda.

Suas bolas encolheram e ele não conseguiu se segurar mais. Um puro prazer atravessou seu núcleo. Ele gemeu e derramou em sua mão direita.

— Muito bom, filhote.

Kal acariciou sua cabeça como se ele realmente fosse um cachorrinho e se afastou, passeando por Josiah e caindo na cama.

— Sinta-se livre para se limpar antes de ir.

Todos os pensamentos “doces” que ele poderia ter sobre Kal desapareceram. Desgraçado.

Josiah deixou um meio sorriso puxar em seus lábios. Kal poderia ser um idiota, mas Josiah aprendeu a arrogância dos melhores. Rowan não fazia as coisas em meia medida.

Ele se levantou lentamente, certificando-se de que Kal tinha uma boa visão de seu traseiro. Mesmo sem olhar ele soube que o outro homem seguiu sua partida. Ele entrou no banheiro, tomou banho, usou o banheiro e parou em frente ao espelho. Ele não desperdiçou tempo com uma conversa animada. Ele olhou para seu reflexo e permitiu que um grunhido baixo escapasse.

De jeito nenhum Kal o jogaria fora. Ainda não.

Ele abriu a porta e entrou no quarto escuro. Os olhos de Kal fecharam-se como se estivesse esperando o retorno de Josiah.

Josiah abaixou a cabeça para esconder seu sorriso. O homem mais velho deve ter esquecido que ele estava lidando com outro lobo, com visão superior e reflexos para combinar com os seus próprios.

Josiah jogou a toalha sobre a parte de trás da cadeira. Ele caminhou para frente e rastejou para o lado vazio da cama.

— O q...?

— Cala a boca e vai dormir. — Josiah puxou a coberta até o pescoço dele. Ele não precisava de calor, mas gostava de algo cobrindo seus ombros quando dormia. — Você pode me levar de volta ao meu carro pela manhã.

— Já é de manhã. — murmurou Kal, mas ele se moveu como se estivesse confortável.

— Mais tarde, então.

Josiah lutou para manter o riso fora de sua voz. Ele tinha feito um trabalho muito bom de ser uma merda pouco obnóxia. Ele se recusou a explodir agora.

Quando eles acordassem, ele teria que dizer a Kal quem ele era.

Sim, isso vai ser uma conversa divertida.


Capítulo Cinco


O zumbido repetitivo irritou o canto do cérebro de Kal, arrastando-o do sono exausto de bem fodido. Sem mover o resto de seu corpo, seus lábios se curvaram para cima. Bem, ele não tinha sido fodido, mas seu amigo de cama tinha sido. O garoto tinha acabado por ser o tipo de amante que Kal gostava. Flexível e ansioso. E vocal. Porra, o jovem lobo estava com fome.

Claramente tentar chutá-lo no meio da noite tinha sido uma má ideia. Ter acesso fácil a esse doce corpo tinha sido demais para seu lobo ignorar. O animal cutucou Kal duas vezes durante aquelas horas. A primeira vez foi outra foda dura e rápida. A segunda não muito mais lenta.

Cada vez, o homem mais jovem ficou um pouco mais ousado, um pouco mais arrogante - se isso fosse possível.

Kal sorriu enquanto apertava o pênis inchado contra o quadril do filhote. Sim, em algum momento ele tinha reivindicado o lobo jovem. Droga.

A vibração recomeçou, mas a carne quente e firme que roçava contra seu pau empurrou o som de seu cérebro. Seus músculos muito confortáveis para tentarem algum movimento, ele tentou lembrar onde o lubrificante tinha acabado após a última vez. Outro zumbido irritante ecoou da cômoda.

— Porra, cara, você vai responder a isso? Não consigo dormir.

O travesseiro sob a cabeça de Kal desapareceu em um rápido arrebatar e cobriu, protegendo os ouvidos de seu amante. Kal desmoronou de volta para o colchão, felizmente limpo. Um lobo era dono do hotel e garantia que os quartos não ofendessem os sensíveis narizes dos lobos.

O zumbido continuou e o garoto rosnou.

— Sério, cara. — Ele grunhiu de debaixo do travesseiro. — Quem está ligando realmente quer falar com você.

Kal fechou os olhos por um breve momento, esperando que o barulho cessasse. Fez. Por cinco segundos. Fodidos.

Grunhindo, ele se virou e deixou o casulo de seu próprio calor de cobertores e da bunda do garoto. Ele tirou o telefone da mesa de cabeceira, olhando furiosamente para o nome na tela. Facilmente uma dúzia de mensagens o esperava.

— O quê? — Ele rosnou. Ele havia evitado Rowan com sucesso há quase duas semanas. Ele sabia que era hora de voltar, voltar ao mundo real. Exceto...

Ele olhou para o homem em sua cama. O merdinha gostoso que não lhe daria seu nome - rolou em suas costas e gemeu. Ele esticou um braço, enrolando-o nos olhos.

A outra mão mergulhou abaixo da coberta, embrulhando em torno desse pau duro agradável. O pau de Kal se levantou em resposta. Depois de ontem à noite, ele se surpreendeu ao ser capaz de levantar em tudo. Eles tinham fodido por horas da manhã. A bunda do garoto tinha que doer, mesmo com a cura avançada dos lobisomens.

Rowan rosnou em seu ouvido. Kal pegou pontos aleatórios pertinentes, mas deixou o resto de sua mente. Algo sobre o idiota que ele baniu no ano passado. Kal quase disse ao lobo Alfa para matar o fodido, apenas certificar-se que ele escondia o corpo bem.

Mas ele conseguiu resistir à tentação de alguma forma. Rowan era um amigo. Denunciá-lo ao Conselho estava lá embaixo na lista de Kal de coisas divertidas.

— Tudo bem. — ele disse com uma mistura de suspiro e rosnado. — Estou indo para aí.

— Quando você estará aqui? Quero que essa merda seja tratada agora.

Poderia estar em Rowan em poucas horas. À tarde facilmente.

O garoto chutou as cobertas para fora do caminho, dando a Kal uma visão desobstruída de sua mão forte deslizando para cima e para baixo, dedos apertando o pau duro e longo.

Forçando seu olhar fixo da visão bonita por apenas um momento, levantou seus olhos. O pirralho desagradável olhou diretamente para ele, desafiando Kal a fodê-lo.

— Eu estarei lá amanhã.

— Não hoje?

— Não. — ele vigiava a visão perversa diante dele. — Tenho algo a fazer.

Antes que Rowan pudesse protestar novamente, Kal encerrou a chamada e desligou o telefone. Vinte e quatro horas. Isso era tudo o que ele tinha. Inferno, isso era tudo que ele precisava.

— Então, é isso que eu sou? — o garoto rolou em seu estômago, abaixando e ajustando seu pênis contra o colchão. Seu traseiro firme e duro apareceu, praticamente implorando para ser fodido. — Algo para fazer?

Kal jogou seu telefone na mesa de cabeceira e rastejou na cama, agarrando a perna do garoto e arrastando-o para perto.

— Sim. Você vai fazer.

*****

Kal estacionou seu carro ao lado do caminhão de Rowan. Ele tinha deixado a moto para trás. Não se encaixava perfeitamente na imagem do Conselheiro. Além disso, sua bunda doía.

Não do jeito que a do garoto provavelmente fez. Ele sorriu enquanto pensava no gemido dolorido que saía da boca de seu novo amante quando ele finalmente saiu da cama.

Kal não estava muito melhor. Ele não tinha fodido, mas seus músculos e suas bolas tinham tido um treino. Foder o garoto tinha sido divertido, mas exaustivo.

Ele balançou sua cabeça. Teria sido bom ter um nome para ir com a memória. O pequeno pirralho malicioso recusou-se a dar um nome a Kal - nem mesmo quando Kal o manteve à beira do clímax por horas ontem à tarde, até que implorou, suplicou que gozasse.

Kal puxou a perna de sua calça, dando espaço a seu pênis endurecido. Droga. Ele havia feito tudo o que podia para conseguir o nome do jovem sem parecer desesperado.

Vergonha.

Ele não tinha conseguido um número também.

O filhote tinha escorregado enquanto Kal tomava banho.

Dizendo a si mesmo que estava aliviado, evitando uma cena sentimental enquanto devolvia o garoto ao carro, Kal se vestiu, então se viu andando em direção ao bar. O carro de seu novo amante já havia desaparecido.

Não que fosse um grande negócio, mas Kal não teria se importado em tocar naquele traseiro novamente. Ou várias vezes mais. Ainda assim, se o cara frequentasse o Chains, Kal poderia encontrá-lo novamente. Mais tarde. Em algum ponto distante no futuro, quando a necessidade de foder se tornasse incontrolável.

O fim de semana passado o cobriria por meses. Sendo um membro do Conselho Superior, ele não poderia encontrar aleatoriamente um amigo de foda entre os lobos locais. Esperava-se que os membros do Conselho encontrassem companheiros.

Certo. Isso não vai acontecer.

Apertando as mãos, tentando liberar a tensão restante, ele abriu a porta e saiu. Rowan era um lugar familiar, entre amigos. Ele tinha limpado e trocado de roupa, mas ele não tinha ido membro do Conselho de pleno direito.

A respiração longa e profunda que ele desencadeou provocou um vago impulso em seu cérebro. Seu pênis se contraiu e tentou inchar. Mas que porra? Foder os cérebros do garoto para fora supostamente deveria fazer-lhe menos no cio.

Ele puxou sua jaqueta fechada para esconder seu tesão. Era como se ele ainda pudesse sentir o cheiro do garoto. Acho que um chuveiro apressado não ia lavar o cheiro. Ele assentiu. Isso tinha que ser. Uma vez que ele falasse com Rowan, ele iria para casa e teria um bom banho, erradicando seu novo amante.

Rolando seus ombros para trás, ele redefiniu seus pensamentos e concentrou-se na tarefa em mãos. Você está no Conselho. Nenhum pensamento sobre o lobo vocal, fodidamente sexy.

Kal subiu a escada da frente e levantou a mão para bater. A porta se abriu antes que pudesse bater na madeira e o companheiro de Rowan, Craigh, cumprimentou-o.

— Graças a Deus você está aqui. — Disse ele, acrescentando um pouco mais de drama à sua voz. — Rowan está prestes a rasgar o rosto de alguém.

— Eu não estou! — Rowan gritou de dentro da sala.

Craigh revirou os olhos e assentiu, indicando “sim, ele está”.

Kal seguiu o companheiro do Alfa para dentro da casa, direto para a cozinha. Rowan sentou-se à mesa, os restos de almoço na frente dele.

— Já era hora do caralho de você chegar aqui.

Kal não respondeu. O que ele poderia dizer? Ele precisava fugir. Precisava de uma pausa. Droga, ele precisava de uma boa foda. E ele tinha conseguido isso, não tinha?

Seu lobo rosnou, o ruído ecoando através de seu crânio enquanto sua outra metade revirava as lembranças do homem muito moreno que ele tinha fodido recentemente. Ele piscou e tentou apagar as imagens que o animal teimoso apresentava - o homem sexy em sua cama, os sons quando Kal enfiou seu pau dentro desse buraco apertado e liso. O lobo uivou, querendo mais.

Kal apertou os dentes de volta para conter o ruído do lobo dentro de seu cérebro e esperava que ninguém notasse sua excitação súbita. Rowan conhecia o perfume de Kal e ele poderia assumir que a mudança no cheiro era devido ao companheiro de Rowan. Isso não seria bom.

E Kal realmente não queria explicar o fascínio de sua outra metade com sua transa de uma noite. Duas noites tecnicamente, mas a referência permaneceu a mesma. Ele não iria ver o cara novamente. O uivo de seu lobo se transformou em um gemido.

Estranho. Sua metade animal não costumava se importar com o que o lado humano fazia ou com quem ele fazia.

— Eu tinha meus Betas procurando em todo o estado à procura de sua bunda.

Graças a Deus eles não me encontraram, pensou. Quão frustrante seria ter sido arrastado para longe de seu jovem amante?

— Estou aqui agora, então pare de choramingar.

Sua resposta provocou outro rosnado de Rowan e um riso de Craigh.

— Você está com fome? — perguntou o companheiro do Alfa ao caminhar até o fogão. — Apenas sobras, mas Rowan faz uma caçarola de atum média.

— Que doméstico. — Kal sentou-se à mesa.

— Foda-se. — Rowan levantou-se e colocou seu prato na pia. Em vez de se sentar de volta, ele foi até a porta da cozinha. — Josiah, homem, você quer mais?

— Estou indo! — uma voz distante, vagamente familiar, chamou de volta.

— O garoto tem uma solitária na barriga. — murmurou Rowan.

— Ele é um menino em crescimento. — respondeu Craigh, suas palavras tingidas de riso.

— Você tem um filho?

Foda-se, por quanto tempo eu fui embora?

Rowan riu.

— Não. Eu lhe falei sobre ele. — Ele ergueu o queixo em direção a seu companheiro. — Craigh escolheu Josiah como o próximo alfa. Estou treinando-o para que eu possa me aposentar em quatro anos.

— Certo. Você mencionou isso, mas quão jovem...

Um perfume, recentemente esmagadoramente familiar, entrou na sala. O pau de Kal - e o lobo - entrou em alerta máximo.

— Cara, venha conhecer Kal.

O medo afundou em seu peito. Sabendo o quê ou, na verdade, quem o esperava, ele se virou na cadeira e olhou para a porta.

Me mate agora.

— Kal, este é Josiah. Josiah, este é Kal Mendes. Membro do Conselho e um velho amigo.

Ele ficou de pé, o estômago caindo aos pés, esperando a revelação. Não que ele tivesse feito algo de errado. Tecnicamente. Mas foda-se.

Nenhum brilho de reconhecimento brilhou nos olhos de Josiah, nenhum riso ou provocação. Kal poderia ter acreditado que tinha se enganado, exceto que, inferno, ele passara as últimas trinta e seis horas saboreando, cheirando e fodendo o outro homem. Não houve erro.

— Prazer em conhecê-lo. — Disse ele, com palavras frescas e compostas. — Sr. Mendes.

Até isso. Uma sugestão, uma mera sugestão de esperteza.

Dois poderiam jogar com isso.

— Chame-me de Kal, Josiah.

Pelo menos agora ele tinha um nome para colocar com o rosto... e as memórias.

A borda da boca de Josiah se enrolou.

— Será um prazer. Senhor. — Disse ele, quase como uma reflexão tardia.

Pirralho. Isso não é uma surpresa para ele. Ele sabia o tempo todo. Idiota.

Kal apertou a mandíbula com tanta força que jurou que seus dentes traseiros mal evitaram quebrar. Seus pulmões queimavam e ele percebeu que estava segurando a respiração, esperando por qualquer revelação que Josiah pudesse escolher compartilhar. O garoto ficou parado ali. O cérebro de Kal clicou na ação seguinte apropriada. Não. Nada apareceu em sua cabeça. Ele se virou e sentou-se, encarando Rowan, retomando seu lugar à mesa.

Ele manteve os olhos no Alfa, mas a maior parte de seu foco permaneceu no jovem que se movia para o fogão, murmurando para Craigh.

— Sério, se você quer algo para comer, pegue agora. — Rowan alertou. — O garoto vai acabar com isso se você não fizer.

— Eu estou bem.

E ele não é um garoto. Pelo menos é melhor ele não ser. Exceto que Kal não podia exatamente perguntar a Rowan se Josiah tinha mais de dezoito anos, não depois de tudo o que Kal lhe fizera.

Claro que ele é maior de idade. Ele estava no bar. Ele tem que ser maior de idade, certo? Certo. Como se obter uma identificação falsa seria qualquer grande coisa.

Ele certamente parece jovem.

Tentado como estava a olhar por cima do ombro, ele treinou sua atenção em Rowan... até Josiah sentar-se à mesa, um enorme prato de atum e macarrão e molho à sua frente.

Rowan olhou e balançou a cabeça. — Eu não sei onde você coloca tudo isso.

Josiah encolheu os ombros e manteve a cabeça baixa.

— Eu tive um fim de semana áspero. Não tive a oportunidade de comer.

Eles tinham encomendado na pizza ontem à noite, mas antes disso, tinha sido alguns lanches da máquina de venda automática. Nenhum deles tinha fome de comida. Eles estavam... ocupados.

O pequeno merda estava zombando dele.

Tudo o que Kal tinha que fazer era anunciar a Rowan e Craigh que ele tinha passado o fim de semana fodendo seu protegido. Ele não tinha feito nada de errado.

As palavras ficaram trancadas dentro de sua garganta.

— Você pode culpar Kal se você ficou com fome. — Rowan disse, relaxado, bebendo seu café. A cabeça de Josiah levantou-se.

— Kal? — perguntou o garoto, claramente tão confuso quanto ele.

— Eu? — A palavra saiu quase um rangido.

— Sim você. Porque você não retornou minhas chamadas, eu mandei meus Betas em uma perseguição selvagem para tentar encontrar seu traseiro louco. Eu vou estar ouvindo Cledwyn ser uma cadela por meses sobre sair em bares favoritos.

— Eu não me importei. — Josiah deu outra mordida. Ele ergueu os olhos para Kal e voltou seu olhar escuro para Rowan. — Foi legal ver que tipos de lugares existem lá fora. Havia um lugar, Chains? Bar de couro. Parecia interessante.

Rowan riu e revirou os olhos. — Sim, melhor ficar longe de Chains, garoto. Eles vão comer seu traseiro para o almoço.

— O que você sabe sobre Chains? — Craigh perguntou, cruzando os braços e olhando para seu companheiro. — Eu não sabia que você gostava de couro.

Rowan sorriu. Ele sorri muito nestes dias, pensou Kal.

— Apenas o suficiente para torná-lo divertido. Eu te mostrarei depois, baby.

Craigh zombou. — Certo. Estou fora daqui.

O ar calmo em torno de Rowan desapareceu entre batimentos cardíacos. O Alfa se endireitou em seu assento, a tensão rasgando seus músculos.

— Onde...?

— Sair correndo. — Craigh ergueu a mão para parar o que era obviamente um protesto familiar. — Random e Cledwyn estão me encontrando na beira da floresta.

Rowan relaxou. Um pouco.

— Fique com eles. Não deixe que esses dois vão um para o outro. — Rowan advertiu. — Ou se eles fizerem, diga-me e eu vou chutar seus traseiros. Eu não vou suportar mais nenhuma merda dos Beta.

Craigh pigarreou como se estivesse tentando engolir uma tosse - talvez um riso?

— Eu vou ter certeza que eles se comportaram. Josiah, você quer vir?

Josiah sacudiu a cabeça.

— Eu vou ficar e ouvir. — Ele levantou o queixo para o espaço entre Rowan e Kal.

— Tão diligente.

Craigh piscou e saiu da cozinha. Rowan seguiu atrás dele, pegando-o apenas do outro lado da porta. Suas vozes baixaram. Kal poderia ter ouvido se ele se esforçasse, mas deixou-os ter seu momento privado.

No final, Craigh sorriu e inclinou-se, dando a Rowan uma bitoca rápida na boca. Não era sexual. Apenas o tipo de “eu sentirei sua falta, vejo você mais tarde” beijo que Kal tinha visto seus pais trocarem. Antes que ele tivesse sido expulso da casa e da matilha.

Os lábios de Rowan se curvaram em um sorriso suave quando ele voltou e sentou-se de volta à mesa.

— Você não se importa se Josiah se sentar aqui, não é? Estou tentando deixar o garoto ter uma ideia do trabalho. Ele pode não querer.

Josiah deu um riso e Kal não tinha certeza se estava concordando ou dizendo que não passaria de ser Alfa.

Pessoalmente, Kal não podia pensar em muitas coisas piores. Tomar decisões para um bando inteiro de lobos, lidar com questões humanas, bem como lobo. Ele mal reprimiu um estremecimento.

Levantou os olhos para Rowan e percebeu que o homem estava esperando uma resposta.

— O quê? Não, não me importo. Ele pode ficar. — Kal olhou para Josiah. O homem que passara tanto tempo debaixo dele durante as duas últimas noites, ficou curvado sobre o prato como se se preocupasse que alguém poderia roubar sua ceia. — Dê-me o resumo. O que está acontecendo?

Rowan passou pela história, começando de volta com Phillip tentando matá-lo e se movendo para o assédio de Bill à Madge. Kal lembrou-se daqueles eventos. A casa do jovem lobo estava quase queimada no chão. Eles nunca conseguiram ligar Bill a nada além de assédio, não de destruição.

Kal convenceu Rowan a permitir que Bill permanecesse no bando. A matilha ainda estava se ajustando a Rowan sendo Alfa. Eles não precisavam de mais estresse acrescentado a banir um membro de longa data.

Pouco tempo depois, Rowan aprendeu que Phillip e Bill eram amigos. Conexão preocupante. E agora isso. O banimento de Phillip terminou.

— Eu não posso simplesmente jogar seu traseiro fora do bando? — Rowan perguntou.

Kal mastigou o canto de sua bochecha e balançou a cabeça. — Não. Você deu a ele um castigo - banimento - e ele o cumpriu. Isso significa que seus pecados estão limpos.

— Mas ele e Bill foram atrás de Cledwyn e Random.

— Você nunca encontrou nenhuma prova disso. — ele concordou com Rowan. Phillip e Bill eram provavelmente a fonte da maioria de seus problemas, mas a sociedade lobisomem dependia de bandos para proporcionar estabilidade.

— É besteira. — murmurou Josiah.

Kal puxou sua coluna para trás e olhou furioso para o lobo mais novo. — Não é besteira. Os lobos dependem das suas matilhas. Você não pode arbitrariamente jogar um lobo para fora. É perigoso para o lobo. E é perigoso para a nossa existência. Um lobo fica selvagem e os seres humanos descobrem todos os tipos de informação que preferimos que eles não tivessem.

As bochechas de Josiah ficaram rosadas com a reprimenda, mas a linha tensa de sua mandíbula não mudou. Olhando para ele, Kal podia ver um futuro Alfa no jovem. Ele ainda tinha um pouco de infantilidade nele, mas ele amadureceria.

Não recuando, Josiah continuou a encontrar seu olhar, firme e desafiante. Fez Kal pensar sobre o fim de semana e como Josiah o provocou, desafiou-o a fodê-lo mais duro.

Seu pau inchou, erguendo-se da sua perna. O ajuste frouxo de suas calças não deixa livre sua ereção.

Ele não a ocultava também. Ótimo.

O lobo uivou seu prazer e fome. O lado direito da boca de Josiah puxou para cima em um meio-sorriso de zombaria, como se reconhecesse o desejo de Kal.

Agarrando a encarada com Josiah, Kal girou afastado, focalizando em Rowan, ignorando o mais novo lobo. Ignorando-o. Okay, certo.

Ele ouviu enquanto Rowan apresentava os últimos acontecimentos - as “festas” de Phillip com os companheiros de matilha, as novas armas de Bill compradas e as facas de prata. Não, nada disso soava bom. Parecia que os dois homens estavam planejando uma tomada do bando, não com a honestidade de um desafio Alfa.

Concentrou-se nas palavras de Rowan, mas seu lobo e seu pau ficaram loucos com Josiah sentado tão perto. Quando Rowan terminou, os joelhos de Kal se contraíram com a necessidade de escapar.

Kal empurrou para trás da mesa e se levantou.

— Vou começar. Vou deixar você saber o que eu descobrir.

Rowan também se levantou. — É melhor você vir com uma maneira para me livrar desses idiotas.

Ele apertou os lábios e encarou Rowan. — Eu vou fazer uma investigação completa e imparcial e você vai viver com os resultados.

— Eu devia tê-los enterrado junto ao rio quando eu tive a chance. — murmurou Rowan.

Josiah concordou com a cabeça. — Ainda pode.

— Não. — Ele ergueu a mão. — Deixe-me investigar. Você obtém sua bunda relegada para o status de Lobo Solitário novamente e nenhum bando vai deixá-lo perto deles. Deixe-me fazer meu trabalho.

Rowan rosnou, mas além disso, ele não respondeu.

— Agora, como eu encontro esses caras?

O Alfa abriu a boca como se planejasse dar um jeito, mas parou. — Muito complicado. Josiah, leve-o ao redor.

O centro do estômago de Kal caiu. Porra.

— Vou ficar bem. — assegurou ao velho amigo. — Deixe o garoto sair e brincar com seus amigos.

Ele arriscou um olhar para Josiah. A borda inferior do olho esquerdo se contraiu, mas nenhuma outra reação foi visível.

— Ele pode brincar mais tarde. Eu não quero que você passeie sozinho. Os membros do Conselho Superior expulsam pessoas para fora. As pessoas conhecem Josiah. Ele o acompanhará.

Como se confiante que seu decreto seria aderido, Rowan saiu da sala, deixando Kal com Josiah. Kal respirou fundo e segurou-se, tentando retardar seus pensamentos. Agora ele estava preso com o garoto.

— Vamos, filhote.

Ele acrescentou tanta condescendência com a palavra quanto podia, então não esperou para ver se Josiah o seguiu.

Quando chegou ao carro, Josiah estava atrás dele. Os olhos do garoto se arregalaram. Sua boca se abriu como se as palavras lá dentro não pudessem mais conter-se.

— Não aqui. — Kal deu um agudo balançar de sua cabeça. — Entre no maldito carro.

Josiah deu de ombros e subiu na BMW de Kal.

Retirando um grunhido, Kal abriu a porta e se jogou no banco do motorista, batendo a porta antes de virar-se para Josiah.

— O quê? — perguntou ele.

— Tudo que eu ia dizer é, carro agradável.

Kal deixou o tom sarcástico deslizar e virou no assento apertado. — Que porra é essa?

— Não é um carro legal? — Josiah perguntou, seus olhos arregalados e inocentes.

— Não foda comigo. Que diabos foi esse fim de semana?

O sorriso falso desapareceu. Em vez disso, um olhar negro cruzou o rosto do jovem. — O que você quer dizer? Nós fodemos. É isso aí.

— Você sabia quem eu era? — o rosa iluminou as bochechas de Josiah. Droga, o garoto nunca deveria jogar pôquer. — Você sabia. Porra.

Ele afundou de volta em seu assento, sua mente correndo com as possibilidades. Ele se queixou das restrições que o Conselho Superior lhe causava, mas a verdade era que ele gostava do trabalho. Gostava de ser capaz de investigar e resolver situações. Precisava da tênue conexão para acalmar seu lobo. Uma palavra de Josiah e ele poderia perder tudo.

— O que você quer?

— O quê?

— O. Que. Você. Quer. Para ficar em silêncio. É disso que se trata, certo?

Josiah soltou uma risada zombeteira.

— Certo. Você perdeu a parte em que implorei por seu pau em minha bunda? — Ele se agachou em seu assento e pôs o pé no painel na frente dele. — Não é grande coisa. Apenas dirija.

Kal congelou, sem saber como reagir. Ele não aceitava ordens muito bem, particularmente não de um garoto folgado com seu sapato apoiado no painel. Mas desafio seria inútil. Ele ligou o carro e saiu da garagem.

— Se não é grande coisa, por que não disse nada a Rowan?

— Por que você não o fez? — desafiou Josiah.

— Porque eu não sabia o protocolo para confessar que eu tinha fodido um de seus membros inocentes do bloco.

— Me dá um tempo. Eu poderia ter sido um virgem, mas eu não era inocente.

— Caralho! — O carro virou na estrada. Ele endireitou o veículo e seu pé instintivamente bateu no acelerador, levando-os para a frente. — Você era virgem. — Disse ele, atordoado.

O merdinha riu.

— Eu esqueci de mencionar isso? — outra risada. — Eu acho que isso significa que quando eu conseguir alguma prática eu vou ser muito bom.

— Não fique arrogante.

— Certo.

— Estou falando sério.

— Eu também. Vire à direita!

Kal bateu nos freios e girou a roda. O carro respondeu perfeitamente e fizeram a curva. Difícil, mas eles fizeram isso.

Josiah balançou a perna para baixo e empurrou contra a porta para se endireitar.

— Porra, quem sabia que sua motocicleta era mais segura do que andar em um carro com você?

— Você pode sair e andar a qualquer momento. — Kal rosnou, seus olhos trancados na estrada conforme sua mente corria. Ele precisava resolver isso - fosse o que fosse - para que ele pudesse passar para a razão pela qual ele estava lá.

— Precisamos conversar sobre o fim de semana passado. — anunciou ele depois que Josiah o conduziu por uma estrada de terra.

— Sobre o que quer falar? Nós fodemos. Era só isso, certo?

— Certo. Você está bem com isso?

Ou talvez você gostaria de outro par de dezenas de vezes? Ele silenciosamente sugeriu.

— Não se preocupe. — Josiah suspirou. — Eu sei como isso funciona. Eu não vou ficar todo pegajoso.

— Isso é bom.

Droga.

— Então é isso. Acabou e terminou. — pausa. — Certo?

— Certo.

Mais ou menos.

Exceto que seu pau e lobo discordaram totalmente. Eles queriam mais. Eles queriam o jovem sentado ao lado dele.

Kal apertou o volante com mais força. Apesar de suas palavras, não havia nenhuma maldita maneira que essa coisa entre ele e Josiah tivesse acabado.


Capítulo Seis


Josiah o guiou por outro caminho de terra. As superfícies de condução rapidamente sacrificaram qualquer aparência de “pavimentada”. Enormes sulcos e buracos salpicaram a pista, fazendo um caminho reto ser algo impossível. O número de casas caiu para quase nenhum.

— Maldição, isso vai matar minha suspensão. — Kal rosnou enquanto seu pneu dianteiro passou por um buraco na estrada.

Josiah sorriu para si mesmo, apreciando a irritação na voz de Kal. O som lhe dava algo em que se concentrar, permitindo que ele mantivesse a fachada de pessoa legal e desinteressada que ele havia estabelecido na casa. Seu lobo não ajudava. O animal grunhia e estalava dentro de seu cérebro, exigindo que ele pegasse a criatura deliciosa ao lado dele e o lambesse de cima para baixo.

Porra, a ideia parecia muito perfeita para seu lado humano também. Ele deu um tapa interno na cabeça. Ele se recusava a ser “aquele cara”.

Ele tinha sido honesto com Kal. Passara a maior parte do ano passado com Random, Kia e Rowan. De observar e ouvir, Josiah aprendeu a etiqueta apropriada em situações como esta. Você fode e você sai. Você não fica por perto e implora por outra rodada. E se você encontrar o homem de novo, você não se apega. Você não está namorando.

Claro, ele não tinha ido embora após a primeira foda, ou a segunda, mas agora o fim de semana acabou. Ele seguiria a etiqueta apropriada de uma noite. Embora, tivesse sido duas noites, tecnicamente.

Obviamente, Kal não tinha planejado vê-lo novamente. Deve ter assustado a merda dele quando entrei, pensou Josiah, sentindo-se um pouco presunçoso sobre a situação.

A roda traseira esquerda bateu em uma pedra e Kal rosnou.

— Por que diabos Rowan não faz alguma coisa com essas estradas?

— Ele tentou. Os rapazes que vivem aqui atrás disseram-lhe para não desperdiçar o dinheiro. Eles não gostam de tornar mais fácil para as pessoas passarem por aqui.

— Ótimo. Idiotas e antissociais. Perfeito.

Kal desacelerou o carro, tentando esquivar os perigos à frente.

— Você devia ter trazido sua motocicleta. — murmurou Josiah.

— Não se encaixa na imagem. — respondeu Kal. Ele se curvou, espiando a estrada na frente deles.

— Tipo a de couro e tatuagens? — ele brincou.

A velocidade caiu ainda mais e os dedos de Kal se apertaram até o ponto de suas juntas ficarem brancas.

— Ninguém precisa saber sobre isso.

O tom sombrio na voz de Kal iluminou uma faísca de culpa no peito de Josiah.

— Eu não vou dizer nada. — Ele jurou.

É certo que ele não tinha pensado muito nas coisas. Naquela manhã, enquanto Kal tomava banho, Josiah entrou em pânico. A ideia de confessar a Kal, então confessar a Rowan, o enviou correndo. Imaginou que se encontrasse com Kal na casa de Rowan, a grande explosão poderia acontecer de uma só vez.

Ele pensou que teria um pouco mais de tempo para se preparar para a reunião, mas Kal tinha sido muito eficiente.

Ele considerou mencionar o fim de semana para Craigh. Craigh normalmente sabia como seu companheiro volátil reagiria à maioria das coisas. Mas Craigh estava ocupado e Josiah estava exausto. Ele adiou falar com o companheiro do Alfa em favor de cochilar durante algumas horas. Quando ele acordou, tinha sido almoço e poof, Kal apareceu.

Josiah tinha esperado - não, ele não estava se escondendo - em seu quarto até que ele não pudesse evitar a reunião por mais tempo. Mas Kal não disse uma palavra. Sem explosões, sem acusações. Ele ficou lá, parecendo lindo e sexy e um pouco chateado. Atuaram como se fossem estranhos. Josiah decidiu seguir o exemplo do homem mais velho. Não havia necessidade de dizer a ninguém sobre um encontro de uma noite. Duas noites. Tanto faz.

— É a casa no final da pista. — Disse Josiah, apontando com o queixo, as mãos ocupadas segurando seu traseiro no banco.

Kal guiou o veículo para perto, puxando na frente da casa e evitando a calçada.

Eles saíram do carro. Josiah sacudiu os músculos e endireitou a coluna. Reunindo-se com o treinamento de Cledwyn, ele escaneou a cena, cheirou o ar para qualquer perfume estranho.

Olhou ao redor e tentou lembrar-se da última vez que estivera nesta parte das terras da matilha. Ele era quatro anos mais velho que o filho de Bill, então eles não saíam juntos quando estavam crescendo. Mas como um membro do bando durante toda sua vida, havia poucos lugares que Josiah não tinha visitado pelo menos uma vez.

A casa parecia... desordenada. Não estava em um estado completo de ruína. As mudanças pareciam mais recentes. Coisas estavam empilhadas ao redor da varanda. Caixas e barris vazios. Como se alguém só recentemente descobriu seu colecionador interior.

Kal enfiou as chaves no bolso e alisou o casaco. A linha sombria de seus lábios e olhos duros disse a Josiah que o homem estava em modo de Alto Conselho.

— Você está entrando? — perguntou Kal. A atitude irritada do carro desapareceu em favor do desapaixonado. Tão diferente do homem que o fodeu até o esquecimento ontem.

Josiah sacudiu a cabeça.

— Eu sou um dos garotos de Rowan. — Ele fez uma careta. — Bill me desgostou no ano passado.

— Fique perto e não entre em problemas.

— Aww, papai, não se preocupe comigo. — Ele lançou a voz alta e inocente. — Eu vou ficar bem.

— Morda-me. — murmurou Kal. — Garoto. — acrescentou, abrindo o portão da frente.

— Não tão garoto... como você sabe. — Josiah retornou, mantendo as palavras baixas. Ele sabia que Kal as ouviu porque a coluna do homem se endireitou até o ponto em que Josiah pensou que poderia estalar.

Sentindo-se arrogante, ele riu e encostou a parte traseira contra o carro, cruzando os braços em seu peito, indo para a imagem casual de bad boy relaxado.

Não importava. Kal não olhou para trás. Ele subiu os degraus, olhando para a esquerda e para a direita, mais curioso do que cauteloso, ou assim pareceu a Josiah.

Ele bateu e esperou. E esperou.

Quando levantou a mão para bater de novo, a porta abriu-se e Bill encheu o espaço vazio. Os olhos de Bill se arregalaram quando ele olhou para Kal.

— Conselheiro. O que você está fazendo aqui?

— Eu preciso falar com você por alguns minutos. Posso entrar?

— Uh... — Bill olhou por cima do ombro dele como se verificasse para ver se a casa estava arrumada. Mais provável verificando se havia alguma arma ao ar livre.

— Uh, claro. — ele disse, abrindo a porta de tela. — O que é isso tudo? — seu olhar se levantou e ele notou Josiah. — O que aquele maricas está fazendo aqui?

— Senhor, observe sua linguagem. Não permito esse tipo de conversa depreciativa ou discriminatória na minha presença. — o tom superior das palavras de Kal enviou um arrepio perverso pela pele de Josiah e um calor espiralou em sua virilha.

— Eu não permito seu tipo em minha casa. — o homem zombou.

Josiah revirou os olhos e sacudiu a cabeça. Idiota.

— Ele não estará entrando. Ele é minha escolta para encontrar sua casa. Agora, por favor, senhor, podemos continuar?

O lábio superior de Bill se contraiu como um grunhido à espreita, pronto para entrar em erupção, mas com um brilho final, recuou e permitiu que Kal entrasse.

A porta se fechou com um estalo distinto e a respiração que Josiah não sabia que ele estava segurando saiu apressada. Droga. Ele não tinha medo de Bill. Mais estava apenas cansado de sua merda. Ele esperava que Kal conseguisse encontrar provas suficientes para banir Bill e Phillip.

Curvando-se, desejava ter dito a Kal para deixar as chaves. Pelo menos ele podia sentar no carro e ouvir o rádio.

Um barulho baixo ecoou do lado da casa. Curiosidade e tédio o empurraram para ficar em pé e ele vagou em direção ao barulho, no quintal.

O som tornou-se mais reconhecível quanto mais perto ele chegava. Machado encontrando madeira.

Embora todas as casas tivessem algum tipo de calor, a maioria dos membros do bando mantinham lareiras. Josiah passava muitas horas na casa de seus pais cortando madeira, dividindo troncos. Fez um bom trabalho, implacável. E isso o tirou de casa.

Garrett tinha a cabeça baixa, fones de ouvido conectados, enquanto colocava o próximo golpe no toco. Ele recuou, levantou o machado e deve ter visto Josiah pelo canto do olho.

— Merda. — Ele deixou cair o machado com um baque, a lâmina cavando no toco. Arrancando seu fone de ouvido, ele olhou para Josiah. — O que você está fazendo aqui?

— O que eu fiz para te irritar? — Josiah avançou, entrando no quintal.

— Não fez, mas se você está aqui, isso significa que o Alfa está aqui e isso significa que meu pai vai ficar chateado.

— Rowan não está aqui.

A tensão deixou visivelmente o corpo de Garrett.

— Bom.

— Provavelmente não. — Josiah sentiu-se compelido a explicar. — Um membro do Alto Conselho está aqui para ver seu pai.

— Oh, porra. Isso é tudo que eu preciso. — Garrett apoiou o cabo contra o toco e arrastou suas mãos através de seu cabelo. — Agora eu tenho que ouvir outra noite de papai falando sobre os maricas mandando na matilha e como...

— Sim, realmente odeio essa palavra. — Josiah não permitiria que seu Alfa fosse desrespeitado. — Rowan é gay, não significa nada. Ele é um excelente líder.

— Desculpe. — Garrett teve a cortesia de corar. — Meu pai fala muito.

— E ele não gosta de Rowan.

— Não, e quando ele está chateado, é melhor ficar longe de seu caminho.

— Entendi. Meu pai é um bebedor.

— Ele bate em você?

Garrett fez a pergunta cautelosa, quase esperançosa, fazendo Josiah pensar em mentir e dizer “sim”. Exceto que seu pai não era violento quando bebia.

— Não. Ele só fica bêbado e gosta de conversar. — ele compartilhou um sorriso compassivo com Garrett. — Nada pior do que um bêbado que quer conversar por horas.

— Tente um que tira a merda de você por ajudar um lobo Ômega.

Cabeça para baixo, Garrett virou-se.

Josiah o seguiu.

— O que isso significa? Seu pai bateu em você?

Garrett encolheu os ombros.

— Um casal de caras estava pegando no pé de Quinn. Você sabe... ele é apenas um garotinho. Eu disselhes para recuar. Quinn teve tempo de fugir. Papai disse que Quinn era um maricas como Rowan e precisava ser endurecido.

— Você fez a coisa certa.

Garrett zombou. — Sim, isso é o que o punho de meu pai disse.

— Você contou a Rowan?

Garrett não falou. Ele não precisava. Inclinou a cabeça e olhou para Josiah.

— Desculpe, pergunta estúpida.

— Não faz diferença. Estou fora daqui assim que eu completar 18 anos. Longe do meu pai, longe deste bando.

Josiah assentiu e conteve seu sorriso. Muitas crianças queriam fugir. A vida na matilha poderia ser um desafio. Ele tinha pensado sobre isso ele mesmo, mas quando a data mágica de girar dezoito veio ao redor, a atração da liberdade foi desbotada.

— Eu tenho esse desejo às vezes, mas eu estou preso. Você sabe, toda a coisa de futuro Alfa.

— Sim, bem, eu não estaria muito certo sobre isso.

Os cabelos na base do pescoço de Josiah estavam em pé. — O que isso significa?

— Nada.

— Você não pode dizer merda assim e não seguir adiante.

Garrett ergueu os olhos e encontrou o olhar de Josiah.

— Eu não sei de nada. Apenas, cuide de suas costas.

— Josiah? — A voz de Kal chamou do lado da casa.

— Eu tenho que ir. Deixe-me ter seu telefone.

Garrett hesitou por um momento, então tirou a caixa plana do bolso traseiro. Josiah acrescentou seu número aos contatos de Garrett e discou seu próprio telefone.

— Você tem meu número e eu tenho o seu. Ligue para mim se houver um problema. Ou se você só precisa falar sobre merda.

— Certo. Nada de que falar.

— Tudo bem. Você tem meu número, se precisar.

Ele estendeu a mão e ofereceu a mão para Garrett. Droga. Ele parecia tão jovem. Era estranho sentir-se muito mais velho do que Garrett. Naquele instante, ele entendeu por que o Alfa e os outros Betas o tratavam como um garoto.

Garrett enxugou a mão nas calças e colocou a palma da mão na de Josiah.

Um pulso estranho ondulou entre a conexão e parecia escorregar pelas veias de Josiah, batendo em seu coração.

Garrett tentou afastar-se, mas os dedos de Josiah se contraíram, apertando-o, segurando-o no lugar. Seu olhar fixo no de outro homem. Os olhos do jovem lobo se arregalaram por um momento antes de olhar para baixo. O lobo de Josiah uivou, sacudindo o interior de seu cérebro.

O som o chocou e ele deixou cair a mão de Garrett. As sensações estranhas continuaram a vibrar através de seu núcleo, girando em torno de seus órgãos como videiras.

— Cuide de si mesmo. — Ele murmurou enquanto se afastava, sua mente girando. Que diabos foi isso?

Ele encontrou Kal quando ele veio ao redor do lado da casa.

— Você está bem? — Kal inclinou a cabeça e olhou para Josiah.

— Sim, tudo bem.

No inferno. Ele não podia explicar a estranha sacudida entre ele e Garrett. Não era sexual. Seu pênis não tinha ficado duro e seu lobo não queria montar o outro homem. Josiah tinha se familiarizado com essas sensações no fim de semana passado e reconheceria como se sentia quando seu corpo e seu lobo queriam alguém.

— E você? — Perguntou ele, desesperado por pensar em algo além da estranha reação de apertar a mão de Garrett. Ele inclinou a cabeça em direção à casa quando chegaram ao carro. As cortinas tremulavam como se Bill estivesse à janela olhando para eles. — Como foi?

— Nada concreto.

— Ótimo.

Subiram no carro e começaram a descer a estrada.

— Mas eu concordo com Rowan. — acrescentou Kal. — Aquele lobo não é digno de confiança.

— Sem merda.

— Não apenas irá atrás de Rowan. Ele não parece estável.

— Ótimo. — ele disse de novo.

Kal assentiu e suspirou. — Eu acho que é hora de eu cair em Phillip.

— Eu estou supondo que Bill está no telefone com ele agora.

— Eu acho que você está certo. — o sorriso de Kal permitiu que Josiah relaxasse. — Posso encontrar o lugar de Phillip sozinho, se você quiser que eu o deixe.

Josiah sentou-se. — Uh, não, eu estou bem.

Ele deu de ombros e encolheu-se e tentou parecer casual. A verdade era que queria passar tempo com Kal. Ele não esperava ser jogado na frente do carro do homem e fodido até a próxima semana, mas mesmo assim, ele queria ficar com ele. Não era apego, disse a si mesmo.

— Rowan queria que eu ficasse com você, então eu provavelmente deveria ficar.

— Tem certeza disso? Você não tem coisas melhores para fazer?

— Estudar. Tenho prova em algumas semanas. Depois, mais um semestre e já terminei.

— O que você está estudando?

— No geral? O negócio. Essas duas próximas semanas? Literatura Americana. Ugh.

— O quê? Faulkner e Hemingway não são seus caras?

A maneira fácil com que Kal elevou os dois autores como se vivessem na ponta de sua língua assustou Josiah por um momento. Ele se agarrou ao que Kal disse.

Josiah não conseguia conter-se. As palavras caíram de sua boca, porque os escritores britânicos de uma certa época superaram a escrita de autores americanos naquele período de tempo.

Josiah tomou os cursos de negócios porque iria ajudá-lo a ser um alfa melhor, mas a literatura era o seu verdadeiro amor. Literatura especificamente a britânica. Não americana. A literatura americana o deprimia. Todo mundo estava podre ou morria. Ou ambos.

Ele terminou o discurso e estremeceu enquanto olhava para o homem sentado ao seu lado. Normalmente, quando ele falava de algum caminho literário aleatório, com quem ele estava falando mal escutava, olhos vidrados, periodicamente balançando a cabeça como se esperando que o movimento iria incentivar Josiah para terminar.

Kal parecia que estava com dor.

Porra, eu sou tão chato.

— Isso é fascinante.

— Sério? — A voz de Josiah rangeu um pouco de surpresa.

— Sim, besteira fascinante e total. Os escritores americanos que você está falando mostram seres humanos reais com falhas e fraquezas. Eles não são órfãos perfeitos que conseguem uma vida brilhante com tudo perfeito e maravilhoso. A vida real não é assim.

O cérebro de Josiah correu para alcançá-lo. Kal estava realmente discutindo o assunto com ele. Ele não havia concordado com Josiah, nem trocado de assunto.

— Sem resposta? — perguntou Kal com bastante arrogância para zombar de Josiah.

— Sim, eu tenho uma resposta. Levei um momento para perceber que uma visão tênue da literatura poderia vir de um homem aparentemente inteligente.

Os lábios de Kal se espalharam em um largo sorriso.

— Oooh, degradante e cortês ao mesmo tempo. Explique.

Sentindo-se como se estivesse em sua aula de literatura favorita, Josiah apresentou seus argumentos de que grandes livros e escritos não imitavam a vida real, mas a elevavam. Kal respondeu algo sobre corações e flores da Disney.

A discussão tornou-se intensa e aquecida. Os insultos se tornaram elaborados, quase Shakesperianos às vezes, feito com tal humor que Josiah não podia ficar louco. Ele começou a procurar maneiras de zombar Kal com uma sagacidade sutil.

— É o sonho molhado dos jovens procurarem finais felizes em tudo. — Disse Kal.

— Assim como é coisa dos velhos se certificarem de que a vida é miserável e... — Ele examinou a estrada. — Merda. Perdemos de vez a casa de Phillip.

Kal olhou para seus retrovisores, olhando para trás e o trecho de estrada vazia. — Onde?

— Cerca de três quilômetros atrás. — Josiah estremeceu. — Eu me distraí.

Kal riu. — Tenho que admirar um homem que defende sua literatura.

Kal encontrou um lugar para se virar e, desta vez, Josiah, com as bochechas ainda coradas, guiou-o para a terra de Phillip. A rua que conduzia à pequena, mas arrumada, casa estava em muito melhor condição do que a de Bill, lisa e recém-pavimentada.

— Rowan cuidou bem dessa estrada. — Kal se concentrou na calçada na frente deles.

— Não. Phillip fez isso sozinho.

— Hmmm...

— Isso não soa como um ruído feliz. — o olhar sombrio no rosto de Kal enviou uma vibração de preocupação acima da espinha de Josiah.

Kal olhou para frente enquanto a tensão ondulava ao longo de sua mandíbula.

— É preciso dinheiro para um trabalho como este. Se Phillip fez isso...

Ele deixou a frase se afastar.

Josiah não podia conter a necessidade de preencher o espaço em branco.

— Ele não é um membro medíocre da matilha e ele tem o apoio financeiro para realmente arruinar as coisas.

O gesto raso do queixo de Kal deu a Josiah toda a informação de que precisava.

Kal parou o carro em frente à casa. Ele estendeu a mão e agarrou seu cinto de segurança, seu olhar se encontrando com o de Josiah enquanto ele virava aquela direção.

— Você está entrando? — Ele perguntou.

— Você quer que eu entre?

Kal desabotoou o cinto e suspirou. — Esta não é uma grande competição, garoto. Decida se você está entrando. Você conhece esse cara melhor do que eu. Sua presença vai fazê-lo ficar calado ou irritá-lo?

— Essas duas coisas soam como más ideias.

A borda da boca de Kal se contraiu como se pensasse em sorrir, mas decidiu que não se encaixava em sua imagem.

— Não. Isso dá-lhe inúmeras chances de me dizer mais do que ele pretende.

— Suponho que o enoje, mas ele nunca mostrou.

— Ainda melhor. Vamos.

Um estranho foco de prazer entrou em espiral no núcleo de Josiah. Isso não era sexual. A sensação veio da aprovação do outro lobo, a confiança que Josiah poderia ajudar materialmente em tudo o que pudessem estar fazendo.

Ele se atrapalhou com o cinto de segurança por um momento e saiu apressado do carro, seguindo um passo atrás do outro homem.

Kal rolou os ombros para trás e inclinou a cabeça para o lado como se estivesse tentando aliviar a tensão.

Onde a casa de Bill parecia estar pairando na beira da implosão, a de Phillip praticamente reluzia, era nova e elegante, como se esperasse um mordomo para cumprimentá-los.

Kal bateu os nós dos dedos na porta e esperou. Distantes sons, normais, quase sofisticados, flutuavam pelo ar. Fotos repassaram através da mente de Josiah... Phillip, sentado casualmente na cadeira, usando uma jaqueta e bebendo um conhaque. Josiah riu com a imagem abafada e pretensiosa.

Ele olhou para Kal. O arrogante alto conselheiro solidificou diante de seus olhos. Ele agiu como se tivesse esquecido a presença de Josiah.

O lobo de Josiah rosnou, sem gostar disso.

Ele agarrou-se na ponta dos pés, a tensão que queimava suas panturrilhas, tentando alcançar Kal quando a porta se abriu.

— Se Phillip confessar... — Josiah sibilou. — Eu vou deixar você foder minha garganta.

Josiah caiu de volta para seus calcanhares. Cada músculo no corpo de Kal ficou tenso. Ninguém mais poderia ter visto. Somente sua proximidade e a familiaridade com aqueles mesmos músculos revelaram a mudança repentina.

— Boa tarde. — Phillip anunciou, sua voz cheia de boas-vindas e arrogância. Ele claramente esperava sua chegada. — A que devo essa honra? — A saudação minguante enrolou-se em volta da espinha de Josiah como tentáculos de um polvo.

Antes que Josiah pudesse reagir, Kal estendeu a mão e enterrou suas garras na coxa de Josiah, avisando-o para fechar a boca.

Exceto que o corpo de Josiah se lembrou da noite anterior, quando Kal o arranhou em paixão. Sua mente traduziu a dor em prazer e ele ofegou, lutando para segurar o som.

Um gemido escapou.

Phillip inclinou a cabeça para o lado, parecendo preocupado, quase gentil. — Você está bem?

O conhecimento de que Phillip era um idiota e líder de um bando de merdas, empurrou Josiah para cima.

— Ele está bem. — Kal balançou a cabeça. Ele olhou furioso para Josiah. — Foi só algo que ele comeu.

O rosto de Phillip se espalhou em um sorriso acolhedor.

— Eu imagino que isso acontece muito com lobos mais jovens, você sabe, antes que eles entendam como o mundo funciona.

Kal balançou a cabeça e até riu enquanto seguia o outro lobo para dentro da casa.

Quando Kal se adiantou, ele olhou para trás, encontrando os olhos de Josiah com um aviso.

Assista a tudo, disse Kal, antes de dar a volta e caminhar pelo resto do caminho até a sala de estar de Phillip. O espaço foi projetado para impressionar qualquer um que entrasse. Uma pequena área de conversa enfrentou uma lareira com duas cadeiras de encosto alto e um sofá de aspecto desconfortável.

Phillip encabeçou o caminho, tomando seu lugar perto de uma das cadeiras. Cada peça de mobiliário parecia rica e de alta qualidade.

Josiah entrou no meio da sala. Ele caiu no sofá e chutou seus pés sobre a mesa de vidro de vidro pesado no meio da área.

As bordas dos olhos de Phillip repuxaram. Um sutil aperto ao longo da mandíbula fez Josiah sorrir. Ele olhou para o lobo mais velho e piscou. Por um breve momento, Josiah achou que Phillip pudesse socá-lo, então a tensão desapareceu do rosto do outro homem, evaporando entre um batimento cardíaco e o seguinte.

Ele dispensou Josiah e se concentrou em Kal, acenando para a outra cadeira, esperando que o Conselheiro se sentasse primeiro. Kal bufou com a cortesia extrema, uma elevação esnobe da cabeça como se dissesse a Phillip que não estava impressionado.

Phillip baixou a bunda para o banco de brocado como um rei sentado em um trono e descansou para trás. Os movimentos deliberadamente casuais fizeram os cabelos no pescoço de Josiah se arrepiarem. Parecia o cara mau em cada horroroso filme de terror que Josiah já vira.

— Agora... — Phillip colocou os cotovelos nos braços da cadeira e cruzou as mãos. — Eu estou supondo que você está aqui para falar sobre a minha intenção de assumir esta matilha.

*****

Josiah olhou para os quilômetros de estrada sem fim movendo-se sob os pneus. Sua mente corria. O silêncio deveria ter ajudado a processar a visita à casa de Phillip. Não. Isso fez a confusão piorar. Finalmente, ele não podia suportar o barulho em seu cérebro.

— O que diabos foi isso? — Ele falou, deslocando seu olhar da estrada para Kal. — Eu quero dizer sério, o que diabos?

Kal sacudiu a cabeça. — Eu não sei.

— O que você vai fazer?

— Vou fazer o que tenho que fazer como membro do Conselho Superior. — sua voz ficou dura, como se ele tivesse forçado as palavras de sua garganta. — Eu vou relatar as acusações de Phillip contra Rowan para o Conselho Superior.

— Mas você não acredita em nada dessa merda, certo? Que Rowan está trabalhando com um grupo humano para derrubar o Alto Conselho.

— Claro que não.

— Então por que não está dizendo nada? Ele só está fazendo isso para foder com Rowan.

— Eu sei.

— Então...

— Eu sou um membro do Conselho Superior. É meu dever ouvir as queixas e acusações de cada lobo e investigar essas acusações.

— Mas você costumava ser um Lobo Solitário. Você...

— O que eu poderia ter sido no passado não é da sua conta. O que eu sou agora determina o que devo fazer.

— Isso é besteira.

Kal se concentrou na estrada, sem olhar para longe para encontrar o olhar furioso de Josiah. — Se você vai se tornar Alfa, você precisa aprender que às vezes você tem que tomar decisões que você não gosta.

Ele guiou o veículo elegante pela rua larga que levava ao lugar de Rowan. Ele parou em frente à casa, mas não desligou o carro e não alcançou a porta.

— Você não vai entrar e contar a Rowan o que está acontecendo? — Josiah perguntou. A boca do estômago doía. Ele quase entendia ter que apresentar uma queixa formal em nome de Phillip - quase - mas Rowan estava furioso.

— Eu não posso dizer a ele. Não tenho permissão para discutir uma queixa com ninguém até que ela tenha sido formalmente emitida. Vou completar a investigação.

Josiah bufou seu desgosto.

— Eu sabia que você era um idiota depois do fim de semana passado, mas isso...

Ele não conseguiu encontrar as palavras para dizer.

Ele empurrou o cinto e se jogou fora do carro. Ele agarrou a borda da porta, pronto para fechá-la.

— Josiah. — a voz firme e severa o parou, muito parecido com os comandos que Kal lhe dera quando eles fodiam. — Eu não posso contar a Rowan sobre as acusações, mas eu não era a única pessoa naquela sala.

O carro começou a avançar. Josiah saltou para fora do caminho para evitar ser arrastado. A porta se fechou com um baque quando Kal se afastou.

Josiah permaneceu ali por um momento olhando para a extremidade traseira do veículo de alta velocidade. Ele espera que você diga a Rowan, quer que você diga a Rowan.

Confuso sobre se Kal era realmente o idiota que ele parecia, Josiah entrou na casa e diretamente para o escritório do Alfa.


Capítulo Sete


Josiah saltou sobre os calcanhares e esperou que Kal viesse à porta. Certamente o cara estava em casa. O carro estava na garagem, e pelo que tinha aprendido, Kal não montava a moto a menos que ele precisasse soprar algum vapor. Algo que ele não fazia na vizinhança.

Ele enfiou as mãos nos bolsos, precisando de uma restrição extra para parar de tocar e tocar a campainha novamente. Ele não queria parecer muito ansioso. Não estou ansioso, disse a si mesmo. O cara é um idiota. Um idiota sexy e lambível, mas ainda sim um idiota e desde que Kal deixou claro que não haveria mais lambidas em seu relacionamento, isso significava Kal era um puro babaca.

Mas quando seu Alfa lhe diz para ir, você vai.

— Eu preciso descobrir o que está acontecendo com Phillip e essas acusações covardes. — Disse Rowan.

— Por que você não chama seu amigo? — Josiah não tinha feito um bom trabalho de manter seu desgosto fora de sua voz.

— Você sabe que Kal não pode me dizer nada. Oficialmente, eu nem sei que uma acusação está sendo levada contra mim.

— Ele é um idiota.

— Phillip?

— Não. Bem, sim, ele é um idiota também, mas eu quis dizer Kal. É uma merda que ele não conte o que está acontecendo.

Rowan encolheu os ombros. — Ele está apenas seguindo as regras do Conselho.

— Como um Lobo Solitário pode ser um fodido seguidor de regras? — exclamou Josiah. Ele percebeu que tinha feito um erro quando Rowan levantou a cabeça.

— Como você sabe que Kal era um Lobo Solitário? — A voz do Alfa roncou com intimidação.

— Eu vi a... — Sua garganta fechou, bloqueando as palavras condenatórias. Tatuagem. Só que ele não poderia ter visto a tatuagem a menos que ele tivesse visto Kal nu e Rowan não sabia disso. Droga. — Quero dizer, eu presumi que ele era porque vocês eram amigos. De que outra forma você se conheceria?

Rowan assentiu, seus lábios franzidos em pensamento. — Mantenha isso para si mesmo. Kal tem uma vida diferente agora e não precisa do passado voltando para morder seu traseiro.

Josiah queria perguntar o que seu Alfa queria dizer, mas Rowan o havia expulsado, dizendo para ele ir até Kal.

O lobo de Josiah tinha sido inflexível - realmente irritante - em seu desejo de ver o outro homem. Então aqui estava ele.

Momentos antes de ele se virar, ou pelo menos foi o que ele disse a si mesmo, passos ecoaram de dentro da casa. Antecipação enviou uma corrida de calor através de seu núcleo em suas extremidades.

Sem fôlego, ele esperou, reconhecendo a hesitação pela pesada porta de madeira. Imaginou Kal tomando um profundo fôlego para se fortalecer.

Ou talvez fosse o aperto em seu próprio peito.

Um batimento cardíaco se transformou em três. Seus dedos tocaram uma batida furiosa em sua coxa, seu nervosismo se transformando em raiva. Ele sabia que Kal estava do outro lado da porta.

Ele abriu a boca para gritar aquele fato através da porta fechada, mas as palavras nunca escaparam. A maçaneta se virou e ele encarou o homem que assombrava seus sonhos.

E ele parecia quase exatamente como Josiah sonhou, embora usando algumas roupas demais. Mas não muita.

O suor escorria dos ombros largos de Kal, seguindo as curvas daqueles poderosos músculos do peito, as gotas individuais chamando a língua de Josiah. Ele lambeu os lábios e se lembrou de que era errado roer o mamilo plano do homem como um urso polar bebê.

Sabendo que suas fantasias não precisavam de encorajamento, continuou a lenta varredura do corpo de Kal. Calções apertados de corrida agarravam-se aos quadris e coxas, o pano fino mal escondendo seu pênis. Ele parecia particularmente espesso dentro do material elástico.

— Maldição. — Josiah não percebeu que ele tinha dito a palavra em voz alta até que Kal grunhiu.

— O que você quer, garoto? — O homem grande suspirou.

Josiah balançou a cabeça e forçou seu olhar para cima para atender o olhar de Kal.

— Você está brincando, certo?

Seu próprio pau duro tinha que estar visível e não havia nenhuma maneira que Kal poderia ignorar o cheiro de excitação inundando Josiah.

Kal colocou as mãos nos quadris e inclinou a cabeça para o lado. Puro desafio brilhava em seus olhos, mas aqueles lábios cruéis não se moveram.

Josiah resmungou.

— Tenho certeza de que, o que quero, você não está oferecendo. — Seu olhar se abaixou, incapaz de resistir a uma outra olhada. O pau de Kal tinha endurecido, criando uma protuberância distinta em seus shorts. — Então, novamente, talvez você esteja. — Ele sorriu.

Kal revirou os olhos, terminando com uma inclinação da cabeça, como se quisesse envergonhar Josiah pelo seu flagrante flerte.

Não. Ele piscou e saltou novamente nos calcanhares.

Kal suspirou.

— Entre.

Ele entrou na casa e deixou Josiah segui-lo. O que ele fez, esperando que ele não parecesse como um filhote totalmente. Difícil. Aquela bunda alta e dura, envolta em material fino, que ele podia rasgar com um simples movimento de suas garras o conduziu pelo corredor. O pênis de Josiah endureceu, esmagando os dentes de seu zíper numa furiosa tentativa de ser livre.

Qual seria a sensação de ter aqueles músculos duros pressionados contra sua virilha enquanto ele dirigia seu pênis no buraco apertado de Kal? O pouco sangue que sobrou se precipitou da cabeça de Josiah. Ele colocou uma mão na parede, dando a tontura um momento para passar.

Droga. Ele tinha imaginado caras antes, mas sempre assumiu que ele iria querer foder uma garota quente - não um lobo dominante musculoso. Que nunca vai deixar você foder com ele.

Ele seguiu Kal por um corredor curto e forçou os pensamentos de sua cabeça.

O cara não quer fodê-lo novamente. Ele com certeza não vai se importar com você.

Sua reprimenda silenciosa ajudou suas veias a retomar o fluxo de sangue normal e pelo tempo que ele se passou na porta atrás de Kal, ele poderia pensar novamente.

E ficou sem fôlego.

Era claramente o escritório de Kal. O delicioso cheiro do homem flutuava sutilmente pelo ar, mas o aroma intrigante sussurrava sob o cheiro de livros - muitos e muitos livros. As prateleiras lotadas alinhavam as paredes, quebrando apenas para a grande janela.

A sala dos sonhos de Josiah se materializou diante de seus olhos. Móveis sólidos pesados, uma lareira e estantes cheias.

Um gemido escapou de sua garganta e ele tinha certeza de que seu pau começava a ficar duro novamente.

Kal suspirou e sacudiu a cabeça. — Você sabe, esse é o som que você faz quando está prestes a gozar.

— Eu acho que estou. — Ele entrou na sala, consciente de que ele parecia uma criança vendo o Papai Noel pela primeira vez. Começou com a primeira prateleira, passando os dedos pelos lombos de vários livros. Charles Dickens estava ao lado de Chaucer, que levava a Stephen King. — Cara, você precisa organizá-los melhor.

— Eu mal tenho tempo para lê-los, muito menos para organizá-los. Algum dia eu os colocarei em algum tipo de ordem.

Ele pegou uma garrafa de água da mesa e inclinou a cabeça para trás, bebendo um gole longo e profundo.

Foi preciso uma enorme distração para afastar o foco de Josiah das filas de livros. Algo poderoso, como...

Uma gota de suor deslizou pela garganta de Kal e começou o longo e árduo caminho para baixo e para baixo de seus músculos peitorais.

Josiah engoliu em seco para manter um gemido em silêncio.

Kal terminou com um último gole. Ele ergueu o queixo para uma das cadeiras. — Sente-se.

Josiah sentou-se, esperando que Kal fizesse o mesmo. Sentar-se escondia pelo menos partes de seu corpo e talvez desse a Josiah uma chance de pensar. Ele veio aqui com um propósito. E não era para lamber Kal da cabeça aos pés. Infelizmente. Ele só tinha que se lembrar por que ele tinha vindo.

— Eu já volto.

Kal saiu e Josiah exalou. Uma semana se passara desde que ele vira o outro homem em pessoa. Suas fantasias noturnas brilhavam com clareza cristalina, e ver Kal em carne e osso, ele percebeu que seus sonhos não eram exagerados. O homem era realmente bonito. E poderoso.

A voz de Kal sussurrou suavemente do outro quarto. O medo disparou através de seu peito. Porra, ele tinha pensado que Kal estava se exercitando. Talvez ele estivesse se exercitando em alguém?

Ele perambulou em direção ao corredor para ver se um twink bem fodido iria deslizar para fora da casa. Não que ele se importasse.

Foder Kal foi uma coisa de uma noite. Bem, tecnicamente, duas noites e um dia longo e incrível. Mas isso acabou. Brincar com Kal não era uma opção. Josiah adorava ser fodido, mas ele tinha certeza de que ele iria querer ser topo de vez em quando.

Melhor que ele encontrasse alguém em Distant Howl. Ele tinha aprendido o que era ter sua bunda fodida. Agora era hora de passar adiante seus conhecimentos.

Deus, eu pareço um filme pornô realmente ruim. Ele sorriu aos seus pensamentos enquanto Kal entrava.

Sozinho.

— O que é tão engraçado?

— Nada demais. — Josiah balançou a cabeça para enfatizar a afirmação. — Pensamentos engraçados.

— Você tem muitos ao meu redor.

Josiah tomou um momento para descobrir o que Kal queria dizer. Então ele se lembrou - quando ele estava dando um boquete pela primeira vez. Ele começou a rir.

— O que posso dizer? Você me diverte.

Josiah estendeu as mãos.

Os lábios de Kal se enrugaram em uma careta irritada enquanto ele se sentava na cadeira atrás de sua mesa. Ele jogou seu telefone no desktop e se inclinou para trás. Josiah piscou e percebeu que Kal vestira uma camiseta, e enrolou uma toalha no pescoço dele.

— Então, o que está acontecendo? — perguntou o lobo mais velho.

Josiah não queria explicar que ele tinha sido enviado por seu Alfa. Pelo menos ainda não. Uma vez que eles começassem a discutir os negócios, a conversa terminaria e ele teria que sair. Seu lobo não queria realmente que ele fosse embora. O animal alternava entre saltar como um cachorrinho quando via Kal se curvar e ficar satisfeito com a presença do outro homem.

Empurrando o comportamento estranho de seu lobo, ele deslocou sua atenção para o quarto, virando os olhos para a porta. A casa, pelo que ele viu quando passou - embora para ser honesto, seu foco estava no rabo de Kal - era útil, mas não extravagante. Sem personalidade.

Exceto este quarto. Essa sala parecia Kal - forte, inteligente e sexual.

Sexual, porque Josiah poderia facilmente imaginar estar dobrado sobre a mesa e foder até a próxima semana. Ou talvez ele estaria sendo fodido.

Ele sacudiu a cabeça para esclarecer pensamentos que não precisavam ir mais longe. — Lugar legal.

A atitude intencionalmente sardônica fez Kal rir. — É um lugar para viver, só isso.

— É confortável. — Josiah olhou ao redor. — Eles não pagam o suficiente no Conselho? Você não deveria estar vivendo em algo grande?

— Gastei em um colchão de alta qualidade. — Disse Kal, seu tom arrogante lembrando a Josiah de sua primeira reunião no bar. Seu pênis inchou dentro de sua calça jeans e ele torceu os quadris, escondendo seu pau apertando.


Kal inclinou-se para a frente, a agressão invadindo seus músculos. Ele apoiou os cotovelos no desktop e dirigiu seu olhar intenso para Josiah.

— Agora, por que você está aqui?

— Eu só estou checando. Tem sido alguns dias... — desde que eu vi você. Ele esmagou aquelas palavras finais. — Eu queria ver como as coisas estavam indo.

Não havia razão para mencionar que Rowan o enviara. Isso o fazia parecer o menino de Rowan, e embora pudesse ser verdade, ele não iria enfatizar, não se ele pudesse evitar.

— Elas estão indo bem.

Josiah sentou-se e imitou a pose de Kal, enganchando os quadris na borda da cadeira e encostando-se à mesa.

— O que está acontecendo com a queixa de Phillip sobre Rowan?

— Isso é confidencial. Não posso lhe dizer nada.

— Mas você submeteu a acusação ao Alto Conselho, certo? — Kal acenou com a cabeça uma vez. — E você entrevistou formalmente Phillip.

Josiah tinha feito uma pequena pesquisa sobre como esse tipo de investigação era.

— Sim.

— E agora você precisa falar com o resto do bando.

— Sim. — A única palavra zumbiu com suspeita.

— Posso ajudar com isso.

Ele não sabia de onde veio a inspiração para oferecer sua ajuda. Rowan não sugeriu. E certamente não faria seu pau feliz, estando com o homem e não podendo tocar. Ou ser tocado.

Apesar de estar suado, cheirando masculino e delicioso e parecendo fodão mesmo com as tatuagens escondidas sob suas roupas, Kal conseguiu soar fresco e um pouco esnobe.

— Eu não vou participar nas entrevistas, mas posso levá-lo ao redor. — Josiah encolheu os ombros e sentou-se. — Certificar-se de que as pessoas falam com você.

— Eles não podem me recusar.

— Estou apenas dizendo que você terá uma resposta melhor se você tiver alguém do bando com você. Alguém que eles conhecem e confiam em ser... honesto.

Isso era verdade. Seu grupo fora ensinado a temer o Alto Conselho. Ter um conselheiro aparecendo na porta iria enviar a maioria dos membros em um transe de medo.

Kal mastigou seu lábio inferior e parecia estar considerando a ideia. Josiah ficou em silêncio. Ele não iria arruinar suas chances falando agora.

Uma série de batidas na porta da frente quebrou o silêncio e enviou os dois homens para seus pés.

— Que porra é essa? — Kal estendeu os dedos dos pés e olhou pela janela.

— Alguém realmente quer vê-lo.

Kal fez uma careta e saiu para fora pela porta do escritório. As batidas agressivas começaram novamente. Josiah hesitou por um momento, mas não pôde deixar Kal enfrentar o idiota batendo na porta. Ele entrou no corredor e deu alguns passos mais perto, pairando em vista da porta para que quem entrasse saberia que Kal não estava sozinho.

Era estúpido pensar que Kal precisava de sua ajuda, mas Josiah não podia conter o desejo de proteger seu...

Ele parou o pensamento aterrorizante antes de se desfazer. Kal não era seu nada. Isso não significava que ele iria deixá-lo para enfrentar uma ameaça potencial sem ajuda.

Ele apoiou o ombro contra a parede, certificando-se de que ele estava visível, com a intenção de parecer casual e resistente ao mesmo tempo.

Kal olhou para trás. Um sorriso afetado torceu os seus lábios enquanto olhava para a pose deliberada de Josiah. Ele acenou com a cabeça uma vez para dar sua aprovação, em seguida, enfrentou a porta. Josiah viu o outro homem infundir seus músculos com a essência do Conselheiro. Cabeça se endireitou e os ombros se afastaram, Kal pegou a maçaneta da porta.

O cheiro do intruso correu em direção a Josiah momentos antes que seus olhos vislumbrassem o homem.

Phillip.

— Bom. Você está em casa. — o brusco tom oficioso pôs os cabelos no pescoço de Josiah em alerta. Ele apertou os músculos de sua bunda e forçou seu corpo a permanecer no lugar, esperançosamente mantendo a pose casual.

— Havia algo que você queria?

A voz fria e arrogante de Kal desencadeou uma série de reações diferentes em Josiah - fazendo seu pau se contorcer com ansiosa expectativa.

— Você contou a Rowan sobre a minha denúncia. Isso está em violação direta do código do Alto Conselho. Eu...

Kal ergueu a mão e parou a fala de Phillip.

— Eu não contei a ninguém sobre as acusações que você dirigiu contra o Alfa Rowan, porém você falou esses encargos na frente de um terceiro. Eu não tenho controle sobre o que ele poderia ter dito.

Josiah tomou a sugestão e sorriu, até mesmo se atrevendo a piscar para Phillip.

O rosto de Phillip se curvou em uma carranca de pedra. — O que ele está fazendo aqui?

— Ele é um amigo e não é da sua conta. Agora, tenho certeza que, desde que você está tão sintonizado com os regulamentos que cercam o Alto Conselho, você sabe que qualquer declaração feita entre um membro do Alto Conselho e um constituinte é confidencial a menos que falado na frente de um terceiro.

— Tenho membros do bando me ameaçando.

— Porque você está tentando desmontar sua matilha. Eu não disse nada para eles. Você deveria ter sido mais circunspecto ao anunciar sua intenção de retirar seu Alfa.

Josiah esmagou o desejo de rir. Ele reconheceu o tom sarcástico na voz de Kal e apertou os cantos de seus lábios para baixo, implorando, rezando para que ele não risse porque, realmente o olhar assustado no rosto de Phillip exigia uma risada, até mesmo um sorriso de algum tipo.

— Eu só quero que a matilha seja liderada por um líder de moral razoável.

— Você quer dizer alguém que não é gay? — a pergunta de Kal soou com confiança e uma pitada de chateado.

Josiah não pôde resistir. Ele poderia irritar Kal, mas tinha que ser feito. Ele afastou-se da parede e caminhou - acrescentando balanço extra para seus quadris - pelo corredor, passando o braço sobre o ombro de Kal.

— O que há, baby? — Josiah subiu na ponta dos pés e deu um beijo na bochecha de Kal. — Precisa de alguma ajuda?

Kal não teve chance de recusar. O lábio superior de Phillip se torceu em um grunhido.

— Isto estará no meu relatório para o Alto Conselho.

Antes que Josiah pudesse pensar em reagir ao grunhido agressivo, Kal se elevou a toda a altura.

— Seu relatório ao Alto Conselho? Isso é interessante. Não recebi nenhum relatório desta região. E uma vez que esta parte do país é o meu círculo eleitoral, todos os relatórios devem vir através de mim.

— Você é um amigo do Alfa. Eu não sabia se você levaria minhas preocupações a sério. Achei melhor...

— Você me denunciou ao Conselho.

— Estou preocupado com o meu bando. Eu acho que...

— Já acabei de ouvir você. Coloque suas queixas em um relatório formal para o Conselho e eu vou dirigir-lhes através do Tribunal.

Kal recuou e fechou a porta.

Josiah teve apenas um momento para capturar a visão da mandíbula do outro homem se soltando. Choque virou fúria no segundo antes que a porta se fechasse no rosto de Phillip.

Josiah abriu a boca, palavras tropeçando em seu cérebro para escapar. Kal balançou a cabeça, advertindo-o para ficar em silêncio. Ele fechou os lábios. E esperou. Phillip permaneceu um pouco além da porta. Qualquer som seria audível através da porta de madeira.

Demorou cerca de vinte segundos antes de Phillip respirar fundo e descer as escadas.

Momentos depois o som de seu carro dirigindo para longe libertou-os de seu estado congelado.

— Isso é preocupante. — murmurou Kal enquanto caminhava pelo corredor, voltando para seu escritório. — Já sabíamos que Phillip estava tentando se livrar de Rowan.

— Sim, mas o relatório dele ao Conselho me preocupa. — Ele se afundou na cadeira. — Eu estou me perguntando se Phillip não tem aspirações mais altas do que liderar o bando. — Ele parecia perdido em pensamentos assim Josiah tomou seu assento e manteve calado.

— Isso faria sentido. Ele está trazendo Bill para a frente como líder.

Josiah se inclinou mais perto, mantendo seus movimentos lentos, não querendo assustar Kal de sua introspecção.

— Eu pensei que ele queria Bill para ser seu Beta, mas talvez ele pretende Bill para ser Alfa enquanto Phillip se move para o Conselho.

O conceito caiu através do cérebro de Josiah, muito para ele conter. — Bill faria um Alfa terrível.

Kal olhou como se tivesse se lembrado de que Josiah estava na sala.

— Ah, sim. Um Alfa horrível, mas ele seria facilmente controlado por Phillip. Então ele será o responsável por um bando e ele tem a influência do Conselho.

— Você acha que Phillip está realmente pensando tão alto?

Kal encolheu os ombros e caiu de volta em seu assento. Ele puxou o lábio inferior entre o indicador e o polegar enquanto pensava. — Eu não sei. Talvez eu esteja lhe dando muito crédito, mas de tudo o que eu tenho sido capaz de reunir, ele está planejando algum tipo de movimento.

— Pensei que estivesse investigando as acusações contra Rowan. — apontou Josiah.

Kal sorriu. — Não significa que eu não posso perguntar sobre uma variedade de tópicos quando falo com os membros do bando, não é?

Ambos se acomodaram em suas cadeiras. Os pensamentos de Josiah caíram sobre Bill e seu filho.

— Você acha que Garrett está bem? — a preocupação com Garrett assombrava Josiah. Ele se viu acordado no meio da noite preocupado com o jovem lobo. Ele mentalmente se deu um tapa. Garrett não era tão jovem. Dezessete aos vinte e um anos de Josiah. Ainda assim, pareciam décadas.

Ele resistiu ao desejo de esfregar o centro de seu peito. Uma dor começou quando ele pensava em Garrett. Pior agora. Não podia resistir a pressionar os dedos contra o esterno. A pressão adicional não ajudou muito.

Porra, algo estava errado com Garrett, ele sabia. Talvez ele deveria correr pela casa de Bill quando ele terminasse de visitar Kal.

Kal inclinou a cabeça para o lado.

— Por que Garrett não estaria bem? — a nitidez do tom de Kal disparou um aviso através do instinto de Josiah.

— Sem motivo. Só... você sabe... ele foi legal comigo e seu pai é um idiota.

Ele deixou que as palavras parassem. O peito de Kal se expandiu em um longo suspiro antes de suspirar um acordo.

— Basicamente.

A necessidade de verificar Garrett inchou.

— Escute, eu preciso...

Antes que ele pudesse terminar a desculpa, seu telefone ecoou com o tema de Darth Vader.

As sobrancelhas de Kal se ergueram.

— Toque de Rowan. — Josiah ofereceu um sorrisinho fraco enquanto puxava o telefone do bolso traseiro. — Random configurou. Pensa que é histérico. — Josiah passou o polegar pela tela. — Hey Row...

— Craigh foi atacado.

— O quê?

— Ele está machucado e eu vou rasgá-los em pedaços. Eu preciso de você.

Quando seu Alfa chama, você vai.

— Eu estou no meu caminho.

Ele saltou para cima. Atordoado, olhou para a tela vazia, mas Rowan já se desconectará.

— O que está errado?

Seu coração bateu forte em seu peito.

— Alguém atacou Craigh. — Ele gritou por cima de seu ombro enquanto corria em direção à porta. Ele ouviu as perguntas esvoaçar das de Kal, mas continuou se movendo. Ele precisava estar com seu Alfa e o doce companheiro do Alfa.

Ele não se lembrava do caminho de volta para casa de Rowan - só de subir as escadas e Kal aparecendo ao seu lado. O lobo frenético dentro dele se instalou quase imediatamente com seu companheiro ao lado dele.

A palavra “companheiro” pulando por seu cérebro pela primeira vez deveria ter feito ele entrar em pânico, mas o conforto de ter o lobo forte ao lado dele o acalmou demais para deixar uma pequena palavra estressá-lo. Ele abriu a porta e entrou.

Madge estava sentado no canto do sofá e pulou quando entraram.

— Como ele está? — ele perguntou.

— Ele foi muito espancado, mas ele vai ficar bem. — Madge apressou a explicação como se ele estivesse acostumado a lobos em pânico após a primeira sentença. — Rowan e o médico estão com ele agora.

Josiah girou ao redor, dirigindo-se para a porta, instinto que o conduzia.

— Kia, Random e Cledwyn estão procurando os bosques pelos seus atacantes. — Disse Madge.

— Eu vou ajudar. — rosnou Josiah.

— Acho que você precisa ficar aqui.

As palavras impediram o progresso de Josiah. — Eu pensei que você disse que Craigh estava bem.

— Ele ficará. Eu não tenho certeza se o mesmo pode ser dito sobre o Alfa.

— Ele está machucado? — Josiah perguntou, soltando seu aperto de morte na maçaneta da porta.

— Não fisicamente, mas ele está assustado. Seu companheiro está ferido.

Pela primeira vez Josiah encontrou os olhos de Madge. A loucura no olhar de Madge parecia recuar. Força sólida ocupou o lugar vago.

— Ele provavelmente poderia precisar de um amigo. — o pequeno lobo deu de ombros. — E eu estou pensando que o bando poderia precisar que o Alfa não pirasse.

O tom de Madge tinha uma confiança que Josiah não esperava. Seu lobo o incitou a perseguir quem feriu o companheiro do Alfa, mas o lado humano percebeu que Madge tinha razão. Ele era necessário aqui.

Lutando contra os desejos de seu animal a cada passo, ele se dirigiu para a escada. Kal manteve o ritmo atrás dele.

Josiah forçou seus pulmões a se expandirem quando alcançou o andar e virou a esquina para o quarto de Rowan e Craigh. A cabeça de Rowan estalou quando eles se aproximaram, os dentes descobriram, os músculos se aglomeraram. Josiah e Kal pararam bruscamente, permitindo que o poderoso lobo um momento os reconhecesse.

Demorou um batimento cardíaco ou três, mas finalmente Rowan balançou a cabeça e se endireitou de sua posição agachada ao lado de Craigh. O olhar de Josiah foi para o shifter deitado na cama. Seus olhos estavam fechados. As contusões negras e azuis contornavam as bordas de suas bochechas. O médico inclinava-se sobre ele, seu estetoscópio pressionado contra o peito do companheiro do Alfa.

Enquanto ele ouvia, Rowan caminhou até a porta.

— Como ele está? — Exclamou Josiah, seu coração disparado por uma resposta.

Dor atravessou o rosto do Alfa. — Ele está muito machucado, mas o Doutor diz que vai ficar bem. A cura do lobo deve cuidar da maior parte dela. Uma vez que Craigh acordar, ele pode mudar. Isso deve curar o resto.

— O que aconteceu? — Kal exigiu, sua voz puro Conselho.

— Craigh saiu para correr. Ele deveria encontrar-se com Random e Cledwyn, mas por alguma razão eles não se encontraram. Parece que um grupo saltou para ele.

— E ele lutou contra eles? — A confusão surgiu através do cérebro de Josiah. Craigh não parecia ter se afastado da cena com sucesso.

— Não. Eles bateram a merda fora dele e o deixaram. Recebi uma ligação...

— De quem?

— Não sei. Número desconhecido. Só disse que Craigh estava ferido e onde encontrá-lo. Eu não reconheci a voz. — Rowan inalou, longo e profundo, como se ele lutasse com a necessidade de rasgar algo em pequenos pedaços.

Um gemido baixo saiu do peito de Craigh e, sem hesitar, Rowan entrou no quarto e ajoelhou-se ao lado da cama, segurando a mão de seu companheiro.

— Baby, você acordou? — As palavras do Alfa passaram pela porta. Josiah não conseguia conter-se. Ele caminhou para frente, não entrando no cômodo, mas pairando nas bordas, ouvindo Rowan murmurar seu amor e aprovação para Craigh.

O companheiro do Alfa nunca abriu os olhos, mas ter seu amante ao lado parecia confortá-lo em nível molecular.

Kal pôs a mão em seu ombro e guiou Josiah de volta alguns passos. — Fique com ele. Vou procurar Cledwyn.

— Quero ajudar. — Insistiu Josiah.

— Você está. Madge tem razão. Rowan vai precisar de um amigo.

— Você o conhece muito mais do que eu.

A borda da boca de Kal deu um sorriso. — Sim, e se ele precisasse ficar bêbado e se deitar, eu seria o cara. Mas ele precisa de alguém que possa ajudar a mantê-lo calmo, mantê-lo aqui com seu companheiro.

Josiah acenou com a cabeça.

— Além disso, eu posso investigar a partir de um nível de Conselho.

— Deixe-me saber o que você descobrir.

Kal inclinou a cabeça para baixo uma vez para mostrar que tinha ouvido. Josiah encontrou os olhos escuros do outro homem.

— Cuide do seu Alfa.

Um instinto que Josiah não conseguiu conciliar o convenceu a chegar mais perto. Ele se inclinou e pressionou um leve beijo nos lábios de Kal.

— Cuide de si mesmo. — Ele sussurrou antes de se virar e voltar para o quarto do Alfa.

Ele ficou de pé no final da cama, olhando para o companheiro do Alfa, escutando os passos de Kal pelas escadas.

Josiah esperou silenciosamente, observando Rowan se concentrar em seu companheiro. Não sabendo o que mais fazer, Josiah ajoelhou-se ao lado de seu Alfa e se apoiou contra o homem maior, dando-lhe o calor e o apoio de um companheiro de matilha.

Não era muito, mas por agora, era o suficiente.


Capítulo Oito


Josiah sentou-se na beira do sofá. Seu joelho esquerdo saltava para cima e para baixo. Ele entrelaçou os dedos para não tocar um contra ritmo em sua coxa.

— Garoto, você está bem? — Rowan inclinou a cabeça e olhou para Josiah.

Por força do hábito, ele acenou com a cabeça, embora não estivesse bem. Seu estômago queimava. Cada músculo vibrava. Craigh tinha acordado, mas não tinha sido forte o suficiente para mudar. Toda vez que Josiah fechava os olhos, viu o companheiro do Alfa ali deitado, contusões e ossos quebrados lentamente curando.

Vinte e quatro horas se passaram desde o ataque. Cledwyn e os outros Betas tinham seguido os atacantes até a estrada. Eles tinham saltado em um carro e fugiram e os Betas perderam a trilha. Os aromas haviam sido familiares, mas muito misturados para identificar um específico. Definitivamente membros do bando. A dor no intestino de Josiah inchou.

Josiah sacudiu a cabeça, tentando enxugar a traição.

— Ele vai ficar bem. — Rowan tranquilizou-o.

— Eu sei.

— Alguma sorte em descobrir quem te ligou? — perguntou Kal.

— Ainda não. — Rowan olhou para a escada. Ele passou a maior parte do último dia ao lado de seu companheiro, só desceu quando Kal voltou para discutir a situação.

Kal queria abrir uma investigação formal. Rowan queria lidar com isso sozinho.

Josiah sabia como o Alfa lidaria com isso. Os caras que machucaram Craigh iriam desaparecer.

Dolorosamente.

— Nenhum nome surgiu. Nenhum número. Quero descobrir. Se não tivesse sido aquele telefonema, talvez não chegássemos a Craigh a tempo.

A tensão trepou pela espinha de Josiah. Nenhum nome geralmente significava um telefone descartável. Nenhuma maneira de rastreá-lo para o proprietário. Lembrou-se do telefone básico de Garrett, não de última tecnologia, como um daqueles da mercearia onde você adicionava minutos quando precisava deles.

— Além disso, ele provavelmente sabe quem atacou Craigh. — Kal apontou. Rowan assentiu sombriamente.

O silêncio abarcou a sala de estar, de repente quebrada pelo gemido suave do companheiro do Alfa. Rowan saltou a toda a altura e subiu as escadas, ignorando Josiah e Kal sem sequer olhar.

— Olá, baby. Como se sente?

As palavras íntimas desceram a escada e puxaram o coração de Josiah. Ele suspirou, imaginando um companheiro como aquele.

— Alguma ideia? — Kal perguntou, quebrando seus pensamentos.

— Bill.

— Por quê? — Desafiou.

— Quando conversei com Garrett outro dia. Ele parecia nervoso e me disse para ter cuidado.

— Você contou a mais alguém?

A culpa o invadiu.

— Eu não sabia que eles iriam ir atrás de Craigh. — Ele protestou. Ele saltou para seus pés. — Eu teria...

— Eu não estou culpando você. Estou perguntando se você disse a alguém sobre a ameaça para você. Você precisa ser cauteloso.

Josiah revirou os olhos.

— Eu estou bem. — Ele cortou uma mão em direção às escadas. — Craigh é aquele que foi atacado.

— Sim. — o tom sombrio combinava perfeitamente com o humor de Josiah. — Eu acho que é hora de eu ter outra conversa com Bill. Ele não é um bom mentiroso. — Kal acariciou o ombro de Josiah. — Diga a Rowan onde estou indo e dê a ele uma dica para estar em guarda, embora eu tenha certeza que ele não precisa de muita advertência agora.

Kal saiu do quarto e por um momento Josiah congelou no espaço. Ele sacudiu a sensação e escancarou as escadas, chamando seu Alfa e acenando para Craigh que estava sentado, com mais cor em suas bochechas. O companheiro do Alfa ofereceu-lhe um sorriso.

— Você está acordado! — Ele parou. — Como você está?

— Melhor.

Josiah observou a cena e um peso se levantou de seu peito. Craigh segurou a mão de Rowan. O lobo grande sorriu e emitiu uma onda de calma que Josiah não tinha reconhecido antes.

— Ótimo. — Ele voltou sua atenção para o Alfa. — Kal vai falar com o Bill. Ele poderia ter tido algo a ver com isso. Eu vou com ele. — Ele gritou quando ele se virou e correu escada abaixo.

— Não deixe ele matar o bastardo. Esse é o meu direito. — Rowan gritou.

Josiah saltou nos últimos cinco degraus e bateu na porta, correndo na estrada e na frente do carro de Kal saindo da entrada de automóveis. O BMW empurrou, o para-choque a poucos centímetros dos joelhos de Josiah. O fôlego saiu de seus pulmões, mas ele não podia deixar o pânico detê-lo. Ele correu até a porta do lado do passageiro e abriu-a. Seu pé esquerdo pousou na tábua do assoalho enquanto Kal balbuciava: — O que você...

— Eu vou com você. — Ele se jogou no banco antes que Kal pudesse dizer-lhe que não.

— Você deveria ficar com Rowan e Craigh.

— Eles estão bem. Craigh estava sentado quando eu subi. Ele vai ficar bem.

Ao dizer as palavras, a verdade se fixou nos ossos de Josiah. Ele estaria bem. Agora precisavam olhar para frente.

Kal abriu a boca para protestar novamente, mas Josiah o cortou antes que uma sílaba escapasse.

— Rowan não acha que você deveria ir sozinho.

Ok, então o Alfa não havia dito isso, mas ele meio que disse, talvez deixou implícito, dando a Josiah uma tarefa.

— Mandão, Alfa interferente.

— Eu sei, certo?

— Só vou falar com Bill. — suspirou Kal.

— Isso é legal. Quero verificar o Garrett.

Kal hesitou por um momento, depois assentiu com a cabeça. — Bem.

A admiração brilhou nos olhos do lobo mais velho e o reconhecimento emitiu um calor morno através do peito de Josiah.

Kal fez uma careta mas apertou o acelerador, disparando o carro abaixo a estrada.

O suave ronronar do motor enviou uma dor deliciosa para as suas bolas, de uma maneira completamente diferente da moto. A Harley retumbava com poder e energia sexual flagrante. O carro esporte emitia a sensação sexual de uma forma mais sutil.

Ambos faziam seu pau duro.

Ou poderia ser o homem sentado ao lado dele. Josiah tinha feito o seu melhor para não pensar em Kal - pelo menos não pensar sobre ele de pé sobre Josiah, dirigindo aquele eixo espesso em seu buraco...

Ele fechou os olhos e tentou não gemer. Ficou impressionado com a rapidez com que seus pensamentos passaram de preocupação com Craigh a querer Kal. Parte disso tinha a ver com a energia vibrando de Kal.

O homem irradiava força e fome.

Tensão estava comprimida pelo carro. Ele não conseguia identificar as emoções - raiva ou luxúria. De qualquer forma, Josiah não pôde deixar de estar ciente do outro homem. O lobo na cabeça de Josiah roncou sua aprovação e seu pênis tentou se expandir além dos limites de suas roupas.

Ótimo. Nós vamos confrontar o homem que pode ter batido no companheiro do Alfa e eu estou pensando sobre sexo. Não é bom. Não é bom.

Ele fez o seu melhor para esconder o inchaço em sua calça jeans. Ele se sentou no assento do passageiro e pôs o pé no painel só porque isso irritava Kal.

Manter Kal à beira de irritado ajudava Josiah manter sua mente fora de seu pau.

Infelizmente, estar irritado com Kal sobre toda a coisa Phillip-Rowan não tinha mantido o homem fora de suas fantasias, mas Josiah estava entediado com seu próprio toque. Ele queria Kal. Ele gemeu quando as memórias de seu fim de semana juntos agrediram seu cérebro.

— Você está bem? — perguntou Kal.

— Sim.

— Bom, então tire seu pé de meu painel.

Josiah suspirou e deixou cair ambos os pés no chão. Ele conhecia o problema. Seu lobo queria Kal. Não só por uma foda. O lobo queria Kal como seu companheiro. Que pena que Kal não quisesse ter nada a ver com ele.

Eles recusaram a longa estrada de cascalho em direção à de Bill.

— Malditos buracos. — murmurou Kal.

Josiah sorriu e balançou a cabeça.

— Se eles te incomodam tanto, porque você continua dirigindo este carro? Você tem uma motocicleta. — Sua voz gotejava com uma luxúria inesperada. Inesperada só porque ele não tinha pensado que iria aparecer tão facilmente. Tinha feito o possível para permanecer neutro, sem se apegar. Nenhuma referência a todas as noite, bem tecnicamente duas, que eles passaram juntos.

Mas maldição, essa moto.

Seu pênis se contorceu com a lembrança de andar atrás de Kal, pressionando contra suas costas, triturando seu pau duro contra o traseiro do outro homem. Ah sim. Lembrou-se da motocicleta muito bem.

E o homem que dirigia.

— Agora não é a hora... garoto.

Um calafrio percorreu as vértebras de Josiah, sentando-se em sua virilha. Ele bateu os lábios juntos para sufocar o gemido que ameaçava. Ele se mexeu no assento e levantou o joelho esquerdo, apoiando mais uma vez o sapato no painel, esperando esconder o tesão tentando romper seu jeans.

A mão de Kal se conectou com seu quadril.

— O que eu disse a você sobre colocar seus pés em meu painel, garoto.

Desta vez o “garoto” parecia menos deliberado e mais natural, mas porra, causou o mesmo efeito.

Josiah arrastou o pé para baixo e sentou-se. Ele manteve os olhos olhando para a frente, mas sua consciência permaneceu no homem ao lado dele.

— Bom garoto. — murmurou Kal.

Josiah hesitou, mas finalmente arriscou um olhar para Kal. O outro homem olhava fixamente para a frente, com os olhos trancados no pavimento, mas de alguma forma Josiah sabia que a poderosa atenção do lobo estava sobre ele. O lobo furioso e dominante que o tinha fodido tão bem tinha voltado, empurrando o Conselheiro controlado para o banco traseiro.

Josiah se contorceu, apreciando a dor crescente em suas bolas e pau. O pneu dianteiro bateu em um buraco, jogando os dois para a direita.

— Porra!

— Droga! — Kal dirigiu o carro para o lado esquerdo da rua estreita. — Eu não me importo se eles disseram a Rowan para não consertar a estrada. Ele pode muito bem pagar por meu realinhamento.

Kal resmungou e grunhiu o resto do caminho, que felizmente não estava longe. Desta vez, quando Kal puxou para a casa de Bill, ele parou o carro fora da vista da porta da frente, permitindo a Josiah uma chance de sair do carro sem ser visto.

— Não precisa irritá-lo. — Disse Kal, saindo. — Seja cuidadoso.

Josiah revirou os olhos, lembrando a Kal como ele era realmente jovem.

— Eu vou ficar bem. Tome cuidado. — O jovem lobo ficou sério. — Esse cara não é estável.

Compartilhando um elevador de queixo comiserado, Josiah deslizou ao redor do lado da casa e para o quintal.

Kal hesitou. Ele disse a si mesmo que era para se preparar para a interação à sua frente. Não para assistir a bunda de Josiah enquanto ele se afastava. Ele tinha feito um trabalho muito bom de manter as coisas profissionais e manter seus pensamentos fora de quão bom se sentia estar fodendo essa doce coisa jovem. Pelo menos enquanto ele estava por perto da doce coisa jovem. Sua mão estava ficando calosa do número de vezes que ele tinha se masturbado por causa da memória.

Mas nada disso importava, desde que Josiah não descobrisse que Kal o desejava.

Isso poderia ter funcionado se Kal não tivesse sido congelado no espaço olhando para o traseiro do garoto quando Josiah se virou como se ele pudesse sentir os olhos de Kal. Ele estalou o olhar para cima. Josiah piscou.

Droga.

Kal empurrou seus ombros para trás e forçou seu foco para a casa de Bill. Esta não era uma amigável visita. Ele subiu os degraus, o poder do Conselho com ele, e bateu os nós dos dedos na porta da frente.

Segundos depois Bill abriu a porta. Ele fedia como se não tivesse se banhado em vários dias.

— O que você quer? — a agressão se derramou do outro homem.

O lobo de Kal levantou-se e ele rosnou. Apesar de estar em forma humana, o animal de Bill reagiu ao lobo mais forte. Ele baixou a cabeça e deu um passo para trás.

— Isso é o que eu pensei. — Ele empurrou a porta o resto do caminho aberta. — Você e eu vamos conversar.

*****

O sorriso permaneceu no rosto de Josiah enquanto caminhava em direção ao quintal. Portanto, o Sr. Alto Conselho não é tão inafetado quanto parece. Agradável.

O cérebro de Josiah saltou a possíveis maneiras que ele poderia tentar Kal a fodê-lo novamente. Ou talvez desta vez ele pudesse foder Kal. Seu lobo uivou sua aprovação.

Ele virou a esquina e parou. Garrett estava sentado de costas para a cerca, cabeça baixa, fones de ouvido cobrindo a maior parte de seu cabelo. Ele não se moveu ou reagiu, mas algo sobre sua energia enviou uma onda de tristeza através de Josiah. Os pensamentos sexys desapareceram.

— Garrett?

O jovem não levantou os olhos. Josiah correu para o outro lado do gramado. O movimento chamou a atenção de Garrett. Sua cabeça se ergueu e ele se afastou, seu corpo curvando-se em modo de proteção total.

Josiah parou e levantou as mãos. — Sou só eu. Você está bem?

Garrett acalmou, mas a tensão permaneceu em seus músculos. Ele tirou os fones de ouvido da parte de trás da cabeça para que eles pendurassem ao redor de seu pescoço.

— O que você está fazendo aqui? — Ele olhou além de Josiah em direção à casa. — Meu pai está chateado agora. Você não quer correr com ele.

— Eu vou ficar bem. — Josiah ergueu o queixo em direção a Garrett. — E você?

O garoto encolheu os ombros. — Estou bem. Apenas mantendo minha cabeça para baixo e ficando fora do seu caminho.

— Parece um bom plano. — Josiah aproximou-se e sentou-se. Garrett inclinou os joelhos, dando espaço a Josiah. Seu lobo queria rastejar mais perto, aconchegar-se com o outro homem e confortá-lo, mas de alguma forma ele não achava que Garrett apreciaria isso. — Como vai o resto?

Outro encolher de ombros. Garrett apertou os lábios, como se fisicamente segurasse as palavras dentro. Josiah observou Rowan no ano passado e aprendeu que o Alfa permanecia quieto em momentos como esse, deixando a outra pessoa quebrar o silêncio.

Passaram-se alguns segundos e o silêncio tenso arranhou os nervos de Josiah. Assim que ele estava prestes a soltar algo, qualquer coisa para preencher o espaço entre eles, Garrett ergueu o olhar.

— Você e o Alfa precisam ter cuidado. — Ele sussurrou. Josiah acenou com a cabeça e manteve a boca fechada. — Meu pai estava no telefone com Phillip mais cedo. Tudo o que eles planejaram estará acontecendo em breve.

— O que eles planejaram? — Garrett deu de ombros. Josiah avançou. — Eles foram atrás de Craigh ontem.

Ele não perguntou. Não havia dúvida em sua mente que Garrett sabia quem machucara o companheiro do Alfa. Ele esperou que Garrett reagisse. Em vez disso, o jovem lobo parecia enrolar-se mais fundo em si mesmo.

— Por que Craigh?

— Papai diz que Phillip está obcecado por ele. Phillip estava chateado, Craigh ficou tão machucado. — Garrett olhou para as mãos dele. — Ele vai ficar bem?

— Sim. Rowan o encontrou a tempo. — Josiah não mencionou o estranho telefonema. Rowan queria manter aquilo secreto por enquanto. — Craigh disse que estavam tentando matá-lo.

Garrett levantou a cabeça. — Isso não deveria acontecer.

Um peso doentio se assentou no estômago de Josiah. — Você era parte disso?

Ele tentou temperar o tom áspero de sua voz, sabendo que ele iria obter mais informações se ele não assustasse o garoto. O pensamento de Garrett juntar-se naquilo que quase matou Craigh fez doer o coração de Josiah.

Ele balançou sua cabeça.

— Não. — O protesto foi um pouco rápido demais, um pouco apavorado demais para Josiah acreditar nele. — Eu não o acertei. Eu não. Nós devíamos apenas sermos áspero um pouco mas ele lutou de volta.

— O que você esperava que ele fizesse? — Josiah se levantou, incapaz de se sentar ao lado do jovem. Garrett levantou-se de um salto. A angústia nublou seus olhos e um pouco da raiva de Josiah escapou. Nem tudo.

— Phillip disse que o companheiro do Alfa era realmente um Ômega e ele não iria lutar de volta. Mas quando ele deu um soco em Ste... — Ele engoliu o nome. — Um dos caras na garganta, os outros ficaram loucos. Era como um frenesi de alimentação. Não consegui detê-los.

— Mas você tentou.

— Sim! Eu puxei um par deles, mas...

Ele balançou a cabeça novamente. Desta vez, sua camisa se moveu e Josiah viu uma linha fraca de hematomas na base do pescoço de Garrett.

— Eles bateram em você.

Seus dedos se contraíram com a necessidade de estender a mão e tocar, curar aquelas feridas. Mais uma vez ele encolheu os ombros, um movimento que Josiah estava chegando rapidamente a odiar.

— Eu tive pior, e você sabe, isso deu ao companheiro do Alfa uma chance de correr. — Garrett olhou para cima esperançoso, como se estivesse buscando o perdão de Josiah.

De acordo com Craigh, ele tinha sido muito espancado até esse ponto e não poderia mudar. Ele correu o máximo que pôde, depois desmoronou.

O telefonema para Rowan o salvou. A verdade bateu em Josiah como um tijolo.

— Você ligou para Rowan.

Garrett não respondeu por mais tempo. — Eu não podia deixar que eles o matassem.

— Você salvou a vida dele. Rowan vai querer...

— Você não pode dizer a ele. — O pânico fluía em direção a Josiah em ondas.

— Você salvou a vida de seu companheiro.

— E minha vida acabará se alguém descobrir. Foi ruim o suficiente tentar explicar por que eu tinha puxado Matt para fora. A única razão pela qual não estou morto é que Phillip não queria que Craigh morresse. Ele me elogiou por seguir suas ordens, mas os outros estão chateados.

— Mas Rowan...

— Por favor.

Josiah hesitou. Ele não podia mentir para o homem mais jovem.

— Eu tenho que dizer a ele. Ele é esperto. Ele vai descobrir isso. É melhor eu dizer a ele e fazê-lo entender que você não quer que ninguém saiba. Ok?

Garrett suspirou. — Eu acho.

— Você vai ficar bem aqui?

— Sim. Dois meses. Eu só tenho que ficar fora do caminho até então. — ele balançou a cabeça. — No dia em que eu completar 18 anos, vou embora.

— Onde você irá?

— Não sei. Não me importo. Tem que ser melhor do que isso.

— Você tem outro bando para ir?

— Por que diabos eu quereria outro bando? — Garrett caiu de encontro à cerca. — Estou tão doente de hierarquia e regras.

Josiah acenou com a cabeça.

— Sim, é uma porcaria às vezes, mas ser um Lobo Solitário é difícil. Somos animais de carga e estamos sozinhos...

Josiah deixou suas palavras no ar. Ele não tinha nenhuma experiência real sendo um lobo solitário, mas ele sabia de falar com os outros Betas que era uma luta. Eles acabaram formando seu próprio pequeno bando, mesmo que eles não o chamassem assim. Eles precisavam de outros lobos por perto.

— Eu vou ficar bem. Eu vou sair daqui e isso é tudo que importa.

Como se estivesse desesperado para escapar do tópico, Garrett girou e se afastou.

Josiah o seguiu.

— Bem, pelo menos me diga para onde você vai quando for, hein? — Um estranho buraco vazio inchou no centro de seu intestino. — Você tem o meu número e...

— Malditos maricas! — O grito de Bill soou através de uma janela aberta. — Tomando conta do nosso bando, transformando nossos filhos em...

O murmúrio áspero de Kal flutuou pelo ar, mas Josiah o dispensou. Garrett se encolheu ante a voz de seu pai.

— Desculpe. — sussurrou Garrett.

— Você não tem que pedir desculpas pelas opiniões de seu pai.

— Ele diz que Rowan está transformando todos na matilha gay.

Josiah não conseguia parar o riso borbulhando dentro dele.

— Desculpe. — Ele disse quando viu o rubor de Garrett. — Mas você sabe que isso não é verdade. Inferno, não é possível.

Garrett chutou seu dedo do pé na sujeira. — Bem, parece que temos mais gays agora do que antes que Rowan assumisse. Quero dizer, olhe para você.

— Eu era bem gay antes que Rowan assumisse. Eu tinha medo de dizer qualquer coisa, porque o Alfa Frank era um homofóbico furioso.

Garrett balançou a cabeça, mas não olhou para cima.

— O que está errado?

— C-como você sabia que era, você sabe? — Ele se endireitou e balançou a cabeça, como se ele precisasse se livrar do pensamento. — Desculpe, pergunta estúpida, hein? Esqueça que eu perguntei. Escute, eu deveria...

Josiah chegou e colocou a mão no ombro de Garrett, alguma parte dele sabendo que não podia deixar este momento ir.

— Não, não é uma pergunta estúpida. Acho que sabia que era gay quando tinha uns treze, quatorze anos. Todos os outros caras estavam verificando as líderes de torcida e eu estava verificando os outros caras. Eu não me deixei pensar nisso ou aceitei por um longo tempo. Provavelmente na época eu tinha dezoito anos e eu percebi, sim, eu poderia estar namorando meninas, mas eu estou realmente interessado em seus irmãos. — Ele ofereceu um sorriso fraco. — Fiquei calado porque o Alfa era um pouco louco.

— Você tem um namorado?

— Eu? — Ele pensou em Kal. — Na verdade não. Talvez? Não, acho que não.

— O que isso significa? — perguntou Garrett, sorrindo e parecendo quase normal.

— Tem um cara. Eu gosto dele, mas ele não gosta de mim.

— Cara, isso é uma droga. É como as meninas.

Josiah inclinou a cabeça para trás e riu. — Não brinca, cara. É uma merda, não importa o sexo que você esteja...

As palavras evaporaram. Garrett agarrou os ombros de Josiah, puxou-o para perto e bateu suas bocas juntas. Josiah abriu os olhos e ele congelou. Não podia ser chamado de beijo. A pressão pressionou seus lábios em seus dentes até o ponto de dor.

Josiah colocou as mãos no peito de Garrett e afastou gentilmente o homem mais novo. Garrett tropeçou para trás, os olhos arregalados, os lábios tremendo.

— Oh, porra. Eu sinto muito. Eu não deveria ter... eu estava apenas... — pânico borbulhou em sua voz. Seu calcanhar pegou uma pedra e ele começou a cair.

Josiah fechou a distância e agarrou Garrett antes de bater no chão, colocando-o de volta em seu pés.

— Está tudo bem. — Josiah agarrou Garrett nos cotovelos, não querendo que ele corresse e se machucasse. — Está tudo bem. Eu não estou chateado.

— Eu... eu só... — ele balançou a cabeça. — Deixa pra lá. Estou...

— Curioso?

Garrett olhou para baixo e assentiu. — Por que não tentamos de novo? Mais devagar?

Desta vez, Josiah tomou a dianteira, curvando-se e colocando sua boca contra a de Garrett. Garrett ofegou com o toque suave. Josiah fechou os olhos e tentou fazer disso um beijo que Garrett não esqueceria.

O prazer escorria pela carícia. Não, Garrett não era seu homem ideal, mas o corpo de Josiah reagiu à presença de outro homem atraente. Seu lobo parecia extremamente desinteressado, ignorando a interação dos dois juntos.

Ele esfregou os lábios, abrindo a boca o suficiente para provocar Garrett com a ponta da língua. O homem mais novo gemeu e seus lábios se separaram, acolhendo a intrusão de Josiah.

Ele lambeu a boca do outro homem, não era uma tentação. Apenas uma...

— Que diabos?!

O grito assustou Josiah, mas assustou Garrett. Ele afastou Josiah e saltou para trás.

— Saia de perto de mim!

Bill pisou para a frente e agarrou o ombro de Josiah, sacudindo-o quase de seus pés. Josiah girou fora de seu alcance.

— Tire suas mãos imundas de meu filho!


Capítulo Nove


Josiah abriu a boca para protestar contra sua inocência. Inferno, Garrett o beijou primeiro. Os lábios de Bill tremeram como se estivessem preparando um grunhido. O outro lado de Josiah se eriçou em resposta.

Bill não o assustava. Ele empurrou o peito para fora, pronto para confrontar o idiota quando viu Garrett, os ombros encurvados, praticamente encolhido atrás de seu pai.

Merda. O jovem lobo nunca falaria e se Josiah dissesse alguma coisa, isso só faria com que o garoto se incomodasse mais.

Ele não o culpava. Ele não tinha certeza de que ele não teria feito o mesmo não muito tempo atrás. Ele deu um passo para trás, não capitulando, mas dando um sinal visível de que ele não iria lutar.

— Saia da minha propriedade, maricas! E nunca mais quero vê-lo perto do meu filho.

— Vamos, Josiah. — A voz de Kal zumbiu baixa e forte, o poder fluindo através do espaço, umedecendo a raiva derramando de Bill, mas não esmagando-a completamente.

Com um aceno de cabeça, Josiah caminhou até o lado de Kal. O homem empurrou a cabeça em direção à frente da casa e do carro. Kal estava dando tempo a Josiah para fugir sem que Bill viesse atrás dele.

— Estarei falando com o Alto Conselho. — Bill rosnou as palavras. — Sobre esse ataque ao meu garoto.

— Ataque?! — Josiah girou ao redor. — Eu não...

Kal levantou a mão. Tomou todo o controle de Josiah para parar seu protesto.

— Entre no carro, Josiah. — ordenou Kal. Josiah não se moveu. — Bill, você pode, naturalmente, relatar qualquer incidente que você entender, mas certifique-se de que você tem seus fatos direito antes de fazer.

Ele deve ter se sentido confiante que Bill não saltaria, porque Kal chicoteou ao redor. O brilho em seus olhos estimulou Josiah para a frente. Ele caminhou para o carro, forçando seu lobo a recuar quando o animal queria se virar e esmagar o impudente idiota que o acusou de atacar seu companheiro de matilha.

A dor agora familiar ressurgiu em seu peito. Josiah esfregou o esterno, tentando afastar a desconfortável sensação de lado.

Sentindo-se como uma criança castigada, Josiah abriu a porta do carro e se jogou no banco da frente. Cada músculo em seu corpo amarrou firmemente ao ponto de vibração. Ele rangeu os dentes de volta, segurando o grunhido por alguns momentos que Kal levou para se juntar a ele.

O lobo mais velho deslizou para o lado do motorista e ligou o veículo lustroso.

A tensão aumentou no espaço entre eles, aumentando o silêncio até que Josiah pensou que poderia empurrá-lo para fora do carro.

A linha da mandíbula de Kal ondulou, seus músculos se contraindo e soltando. Josiah manteve seus próprios lábios pressionados juntos, tomando respirações rasas através de seu nariz.

Ele esperou até que eles chegassem de volta à estrada principal e alguma tensão deixou Kal.

— Você não pode acreditar...

Kal deslizou a mão para o lado, silenciando o protesto de Josiah. Como se eu fosse um cão treinado para transmitir sinais.

— Eu...

— Sério, cala a boca. Ele provavelmente vai acusar você e ele vai me chamar como testemunha. Como membro do Alto Conselho, não posso...

— Besteira. Você não está se escondendo atrás do Conselho desta vez. Você sabe que eu não o ataquei. Eu o beijei e ele não estava exatamente protestando.

— Falaremos sobre isso quando chegarmos em minha casa.

Josiah se encolheu no banco da frente e era tudo que Kal podia fazer para não rosnar. Droga, ele age tão maduro, mas às vezes, é óbvio que ele é tão malditamente jovem.

Ele respirou fundo e concentrou-se em dirigir.

Kal se recusou a romper a ansiedade que se arrastava pelo carro. Recusou. Com algumas palavras, ele poderia dizer a Josiah que estaria tudo bem. Ele se deparou com a situação momentos antes de Bill chegar. Garrett não estava lutando contra o abraço.

Sua declaração ao Alto Conselho destituiria Josiah de qualquer transgressão.

Exceto que a imagem de Josiah beijando aquele pequeno fedelho roía no interior do cérebro de Kal. Seu lobo uivou, exigindo que ele reivindicava o homem bonito ao lado dele.

Seu lobo - seu maldito Lobo Solitário - queria Josiah.

O animal tinha admirado o homem sexy e ousado quando eles se conheceram pela primeira vez, gostava de ter Kal fodendo-o, mas se eles se separaram depois desse fim de semana, seu lobo não teria notado, não teria se importado.

Mas vendo o garoto outra vez, e outra vez, a outra metade de Kal decidiu que o jovem era mais do que apenas uma foda doce.

O lobo lambeu os lábios, lembrando Kal do gosto de Josiah e como ele tinha sido sexy, deitado de costas na cama, seu traseiro sendo fodido pelo pênis de Kal. Ele mastigou seu lábio superior, mal contendo o gemido que doía para ser libertado de sua garganta.

Pelo menos desta vez, ele não se preocupou com Josiah percebendo seu tesão. O garoto olhava para frente, seus olhos perfurando através do para-brisa como lasers.

Kal pressionou o pedal do acelerador. O carro voou pela estrada. Ele deveria soltar Josiah pela casa de Rowan e informar ao Conselho. Mas Kal dirigiu pela desvio para a casa Alfa e acelerou a estrada para a sua própria.

Como um membro do Conselho, ele não poderia residir nas terras de qualquer matilha, mas seu lobo exigia que ele vivesse perto dos outros lobos. A maioria dos membros do Alto Conselho permanecia separado, mas parte de suas matilhas de Nascimento. Não Kal.

Poucos dos Alfas ou até mesmo os outros membros do Conselho sabiam de seu status de Lobo Solitário. Eles assumiram que ele reivindicou um lugar na matilha de Rowan. Não era possível. O lobo de Kal se recusava a se submeter a qualquer Alfa. E tecnicamente, ele não era mais um Lobo Solitário, mas não sentia nenhuma conexão com o bando que o reclamava.

Ter Rowan e os outros Betas próximos como um bando confortava seu lado animal. Ele poderia sobreviver sem virar feral.

Josiah soltou um suspiro pesado, como se estivesse lembrando Kal de sua presença. O lobo de Kal gemeu dentro de sua cabeça, agarrando-se para chegar a Josiah, precisando limpar o cheiro do filhote de cachorro pra frente de seu companheiro!

Kal mentalmente se encolheu com a palavra, embora não fosse inesperada. Josiah podia ser jovem, mas era forte e esperto. Ousado. Kal gostava disso.

E o lobo de Kal nunca encontrou criaturas doces e submissas atraentes. Josiah tinha tido razão naquela primeira noite em que ele dissera que Kal não gostava que seus homens fossem foder sem lutar.

Ele preferia ser topo, mas queria um pouco de desafio para chegar lá. Alguma força e poder com seu amante. E ele não se importava de ser um fundo de vez em quando. Enquanto o macho no topo dele merecesse estar lá.

As lembranças daquele fim de semana o inundaram enquanto ele dirigia, borrando as linhas na estrada. Seu pênis inchou em suas calças, pressionando contra o zíper. Implorando a atenção de Josiah.

Kal sacudiu as imagens de seu cérebro e as pavimentou. Josiah gritou e agarrou o braço, estabilizando-se enquanto o carro avançava. Segundos depois, virou a esquina para o seu caminho. Josiah exalou como se ele estivesse segurando a respiração por toda a última milha.

— Ouça...

— Entre. — Kal ordenou usando cada pedaço de domínio que seu lobo continha.

Josiah saiu em um piscar de olhos e saiu do carro, andando pelas escadas, esperando, saltando em seus dedos, enquanto Kal se aproximava. Ele olhou para o jovem. A raiva brilhava em seus olhos. A elevação desafiadora de seu queixo parecia familiar. Provavelmente aprendeu de Random.

Kal retardou seu progresso, restringindo seu lobo com um aperto brutal, mantendo o animal em cheque enquanto subia as escadas.

Ele ergueu uma sobrancelha, olhando para o homem mais jovem, dando-lhe um momento para recuar para que Kal pudesse colocar a chave na fechadura. Josiah encontrou seu olhar com intenção. Arrogância.

Porra, o garoto tornava-se cada vez mais Alfa a cada dia que passava. E ainda assim tão jovem.

Com um suspiro dramático, Josiah revirou os olhos e deu um passo para trás, permitindo que Kal acessasse a porta da frente. Ele destrancou a porta, consciente demais do homem que estava ao seu lado.

Caminhou pela curta sala até o escritório, consciente de que Josiah estava um passo atrás dele, desesperado para manter seus próprios movimentos.

Ele empurrou seu foco para trás, forçando sua concentração na cena de volta na casa de Bill. Essa era a situação básica e causaria o maior número de problemas.

Ele precisava deixar de lado qualquer indício de ciúme ou inveja e fazer seu trabalho. Bill iria relatar que Josiah molestou seu filho.

A posição de Kal no Conselho exigia-lhe que se assegura-se da verdade e, neste caso, não seria um problema. Ele tinha testemunhado a situação pessoalmente. Garrett não tinha sido atacado.

Ele tinha estado gostando da boca de Josiah contra a dele. Completamente.

Kal engoliu em seco, tentando limpar a própria garganta. Ele conhecia o poder dos beijos de Josiah. Ele ergueu o queixo e afastou os cabelos de seu rosto, dirigindo sua atenção para Josiah.

— Você não pode ficar chateado com isso.

— Sobre o quê? — Kal gritou, indo para neutro e desinteressado, mas com certeza ele parecia ciumento e pomposo. Ótimo, quando me tornei o jovem nesta relação? Não que haja um relacionamento, com ele chupando as amígdalas de outros homens. Meninos, realmente. — Porra, quantos anos ele tem? Parece um pouco jovem, mesmo para alguém da sua idade.

Mesmo enquanto fazia a pergunta, sua mente calculava a diferença. Quatro anos não é muito. Inferno, dez, mesmo treze anos não é muita diferença. Certo?

— Ele tem dezessete anos e não é tão jovem assim. Além disso, não era nada.

— Não parecia nada.

— Foi um beijo. Um beijo amigável.

— Malditamente amigável. — murmurou Kal quando deixou cair as chaves na mesa. O som tilintante emitiu um calafrio sobre a pele de Kal, o barulho um pouco alegre demais para seu humor atual. — O que você estava pensando?

Ele girou ao redor, perfurando o garoto com seu olhar.

Josiah endureceu, mas não recuou. Ele ergueu o queixo e encarou o olhar de Kal com coragem.

— Ele estava curioso. Eu o beijei. Era isso. Inferno, não havia nem língua. — Kal zombou. Josiah fez uma pausa. — Bem, talvez um pouco de língua, mas foi apenas para dar-lhe uma amostra de como é beijar um homem.

— Então ele é gay?

— Ele está... confuso, eu acho. Seu pai fodeu com seu cérebro.

— Mas seu pai vai acusá-lo de atacar seu filho. Você realmente acha que Garrett vai contrariar o que seu pai diz?

— Ele me beijou primeiro. — Josiah deu de ombros. — Eu apenas fiz isso melhor.

Kal se recusou a sorrir para a arrogância do pirralho.

— Ótimo, então é recíproco e agora ele está apaixonado por você.

— O que? Não, foi um beijo. Ele sabe que estou interessado em... — Josiah apertou os lábios. — Ele sabe que não há nada entre nós.

— Certo. Porque o primeiro beijo de um cara não significa nada. O garoto vai ter estrelas em seus olhos.

— Tenho certeza de que não foi seu primeiro beijo.

— Pelo que você disse, foi seu primeiro beijo masculino. — Os olhos de Kal fizeram uma varredura rápida para cima e para baixo do corpo de Josiah. — E sim, ele está em casa agora, se masturbando com a memória. Eu garanto.

O amargo matiz de suas palavras provocou ressentimento no peito de Josiah, que ele não esperava.

— Por quê você se importa? Você está agindo todo zeloso e irritado, mas você é quem me disse para não ser pegajoso.

— Besteira. Eu nunca disse isso. Você me disse que não ficaria pegajoso.

— Porque era isso que você queria.

— Como diabos você sabe o que eu quero?

O silêncio opressivo invadiu a atmosfera sufocante do escritório de Kal. Josiah hesitou, sua mente correndo para acompanhar o que estava acontecendo ao seu redor.

— Espera. O que isso quer dizer? — Josiah perguntou. — Você me quer por perto? Você...?

— Eu nunca disse isso.

— Mas...

Kal cortou a mão para o lado, silenciando Josiah.

O lobo dentro de Josiah se eriçou. Ele era Alfa. Poderia, poderia deixar seu companheiro dominá-lo na cama - porque vamos enfrentá-lo, um pau grosso fodendo seu traseiro definitivamente estava em seu futuro - mas ele se recusava a se curvar a cada comando.

Josiah agarrou o braço e Kal acenou e puxou, sacudindo Kal quase fora de seus pés, puxando-o duro contra o peito de Josiah. Kal piscou. O choque brilhou em seus olhos e o lobo de Josiah uivou em triunfo.

— Eu não sou alguém que você pode pedir para ficar em silêncio. — Ele rosnou, usando o poder de seu lobo para subjugar o outro homem. — Eu não sou um filhote de cachorro. Não me trate como um.

Precisando de um movimento para reforçar suas palavras, ele avançou, batendo os lábios nos de Kal. Não parecia nada como a tentativa desajeitada de Garrett de um beijo. A pressão punitiva durou apenas um momento antes de a sensação se transformar em uma conexão real.

O lobo de Josiah rosnou seu domínio e Kal submeteu... um pouco. Era a aceitação de um lobo poderoso, concordando com a força de outro lobo, permitindo que o outro animal o controlasse.

Seus lábios se deslizaram juntos, molhados e quentes. Kal pôde permitir-se ser dominado mas remanesceu um participante cheio. Ele arrastou a cabeça para trás, desafiando Josiah a persegui-lo. O que ele fez. Um rápido movimento da língua de Kal para o lábio superior de Josiah foi uma tentação que ele não conseguiu resistir.

Ele agarrou as costas da cabeça de Kal, segurando-o no lugar enquanto Josiah mudava a cabeça, girando-o para permitir o acesso total à sua boca. Ele mergulhou sua língua dentro e saboreou o gemido sexual que recebeu em troca.

Um sabor doce-picante inundou seus sentidos e cravou mais. Ele usou sua mão livre para pegar o traseiro de Kal e arrastá-lo para mais perto.

Um pau quente e grosso pressionou contra seu próprio pênis. Josiah gemeu no beijo, o som uma mistura de fome humana e animal.

A intensidade das carícias passou pelo cérebro de Josiah. Demais. Que porra é essa? Ele empurrou para trás.

Os olhos do jovem lobo se arregalaram como se estivessem chocados ao descobrir-se nesta situação. Kal olhou para trás, sabendo que o jovem esperava que ele tomasse uma decisão. Fique e aceite que ele queria mais do que uma única coisa ou... empurre-o para longe.

E se ele permitiu que isso fosse mais longe, ele tinha outra decisão a tomar. Topo ou base?

Ele poderia facilmente virar o garoto para cima - Josiah tomaria a posição de submisso novamente - ou ele poderia permitir ao futuro Alfa a chance de liderar. A oportunidade de foder um lobo de igual poder.

Kal examinou as opções em seu cérebro e percebeu que poderia aceitar o domínio de Josiah. As memórias de foder a bunda do garoto, o aperto em seu próprio pau fez a submissão estranha ser aceitável.

Sim, ele poderia, se submeteria ao outro lobo sabendo que algum dia doce em breve ele estaria fodendo Josiah mais uma vez.

— O quarto está lá. — Kal inclinou a cabeça para o outro lado da sala. Incapaz de não fazer, querendo provocar seu amante um pouco mais, ele se inclinou e beliscou o queixo de Josiah. — Eu tenho lubrificante. — nenhum homem se moveu. — Você pode colocar esse pau longo em minha bunda.

O corpo inteiro de Josiah congelou como se não conseguisse acreditar em seus ouvidos.

Kal recuou, sentindo-se confiante enquanto o futuro Alfa o seguia como um filhote ansioso. Não, não um filhote. Os dois últimos dias lhe ensinaram isso. O garoto ainda tinha algum crescimento para fazer, mas ele estava bem no caminho. Kal conduziu o caminho para seu quarto.

A tensão agarrou seus músculos das costas, mas ele respirou fundo e tentou acalmar seus nervos trêmulos. Ele precisava relaxar e manter seu autocontrole.

Ele entrou na sala e olhou atrás para se certificar de que Josiah o seguia.

— Tire suas roupas. O lubrificante está na gaveta de cabeceira.

Mantendo os sentidos abertos, notou que Josiah não se moveu. Ou para tirar a roupa ou para pegar o lubrificante. Kal se virou e encontrou o olhar de Josiah. Um sorriso arrogante torceu os lábios do outro homem.

Kal se aproximou, agarrou a frente da camisa de Josiah com as duas mãos e puxou, rasgando-a pelo centro, deixando seu peito nu. Ele recuou e colocou suas mãos em seus quadris, observando arrogantemente seu amante, esperando que ele cumprisse sua instrução.

— Eu disse para você tirar suas roupas.

— Isso deve ser o máximo de comando que fará. — Josiah caminhou para frente, seus passos confiantes e fortes. Ele parou a centímetros de Kal. — Você tira. E deite-se na cama.

Kal não se lembrava da última vez em que outro homem lhe deu uma ordem, mas porra, ele concordou com isso.

Até mesmo sugeriu. Agora ele ia seguir em frente. Ele daria ao garoto sua noite.

Ele empurrou os ombros para trás e levantou a cabeça, encontrando o olhar de Josiah. Se houvesse um indício de fraqueza, Kal poderia ter tomado o controle, mas não. Josiah estava no modo Alfa.

Ele desabotoou a camisa e puxou as bordas para longe, mostrando seu peito. Um som suave de aprovação ecoou da garganta de Josiah. Kal não exigiu tranquilidade para saber que ele parecia bom - a genética do lobo cuidava de qualquer excesso de gordura corporal - mas era agradável ser admirado por seu amante. Agradável. Que palavra mundana para a onda de orgulho que perpassou através de seu núcleo.

Deixou cair a camisa sobre uma cadeira e agarrou a aba dianteiro de suas calças. Ele aproveitou a oportunidade para verificar Josiah. O homem mais jovem permaneceu frio e dominante, encostado na cômoda, os olhos trancados nas mãos e na virilha de Kal. Ele parecia sentir o olhar dele e olhou para cima.

— Mudou de ideia? — perguntou Josiah, a pergunta cheia de desafio.

— Não, só queria ter certeza de que eu tenho a sua atenção. — Ele respondeu, dando ao homem uma pitada do pirralho que ele tinha sido naquela primeira noite.

A borda da boca de Josiah se curvou em um meio sorriso.

— Oh, você tem minha atenção, querido. Toda a minha atenção.

Ele caminhou para a frente, fechando a curta distância entre eles. Suavemente, como se ele realmente fosse o macho dominante, ele segurou a nuca de Kal e puxou-o para perto, pressionando um leve beijo em seus lábios.

— Estou sonhando com isso há duas semanas. — outro beijo. — Eu não vou desviar o olhar por um momento. Eu quero ver seu corpo lindo e forte se espalhar, meu pau deslizando em seu buraco apertado.

Foda-se se o corpo de Kal não reagiu às palavras. Ele agarrou as presilhas das calças de Josiah, segurando-o no lugar para que Kal pudesse esfregar contra ele como um cachorro frenético. O calor correu entre as duas camadas de tecido. Ele gemeu, querendo, precisando de carne nua.

Ignorando as instruções do jovem lobo, Kal abriu a frente do jeans de Josiah, a fome de sentir a pele do outro homem montando-o duro. Ele arrastou o jeans para baixo o suficiente para agarrar o traseiro de Josiah. Aliviando as palmas das mãos sobre a bunda nua, ele empurrou para baixo o par de cuecas boxer vermelho, permitindo que esse belo pau fosse liberado.

Kal lançou um sorriso perverso para seu amante e caiu de joelhos. Não dando tempo para Josiah se ajustar, ele abriu os lábios e chupou o pau grosso em sua boca, sacudindo sua língua ao longo do lado de baixo, provocando a carne lisa.

— Foda-se!

O grito de Josiah fez Kal sorrir - por dentro. Seus lábios estavam muito ocupados. Ele fechou os olhos e puxou o eixo profundamente em sua boca. A tensão invadiu os músculos de Josiah, como se lutasse para não se mover. Kal gemeu, precisando quebrar o controle do jovem, só um pouco.

Ele chupou e cantarolou, transmitindo seu desejo de mais. Como se ele não aguentasse mais a pressão, os quadris de Josiah se balançaram para a frente, seu pau batendo nas costas da garganta de Kal por um breve momento antes que Josiah se sacudisse para trás.

Os movimentos descoordenados alertaram Kal que ele poderia não ter que seguir em frente com sua oferta.

Josiah parecia prestes a gozar agora. Talvez porque o merdinha o obteve lá.

A imagem de Josiah beijando Garrett irritou o lobo de Kal o bastante para o rosnado grunhir através de sua garganta.

Josiah o empurrou para longe. Kal ergueu a cabeça, olhando para seu amante.

— Não quero gozar assim. — explicou o jovem Alfa. A desgrenhada elevação e queda de seu peito deu a Kal alguma indicação de que não era totalmente unilateral.

Um brilho de confiança brilhou nos olhos de Josiah fazendo com que o pau de Kal vibrasse em resposta.

— Pelo menos ainda não. — Josiah inclinou a cabeça em direção ao colchão. — Nu agora. E deite-se na cama.

As palavras eram firmes. Não muito dominante, mas forte e o lobo de Kal parecia disposto a ir junto com ele. Ele tirou as calças. Sentindo-se um pouco arrogante - porque raramente conseguia jogar quando ele fodia - Kal caminhou para o lado da cama. Seus lábios curvaram em um sorriso impetuoso e ele pulou, aterrissando com um suspiro quando o colchão confortável embalou seu peso.

Ele abriu os braços para indicar que tinha seguido as instruções do outro lobo.

Se Josiah foi incomodado por sua arrogância, ele não mostrou isso. O jovem deu de ombros e deixou os restos de sua camisa caírem no chão. Segundos depois, seus jeans e cuecas viajavam pela mesma rota.

Kal tentou desinteressar-se em sua pose, mas ele estava bastante seguro de que seus olhos saíram da cabeça dele quando viu o pênis de Josiah, duro e adorável, afastado de sua virilha. Droga, ele estava familiarizado com o tamanho do garoto - ele o chupou e acariciou-o várias vezes já - mas vê-lo agora, com a intenção de seu pau entrar no traseiro de Kal... sim, isso o tornou um pouco mais assustador .

Sentindo a necessidade de recuperar um pouco de controle, ele apoiou as mãos atrás da cabeça.

— Como você me quer?

— Você está bem, do jeito que você é. — Josiah abriu a gaveta de cabeceira. Ele encontraria o lubrificante no topo.

Kal usava-o com frequência nas últimas duas semanas.

Josiah levantou a garrafa e se ajoelhou na cama. Ele olhou para Kal e ergueu as sobrancelhas - um desafio silencioso. Segurando seu suspiro e esperando que o ligeiro batimento frenético de seu coração não pudesse ser ouvido, Kal rolou seus quadris e ergueu as pernas, mostrando seu traseiro ao outro homem.

— Mais alto. — A instrução brusca rasgou a trepidação de Kal. Ele rosnou em resposta, mas ele envolveu os dedos sob seus joelhos e puxou as coxas para trás. Isso o abriu. Ele fechou os olhos e rangeu os dentes contra o flash da vulnerabilidade.

Ele tinha feito isso antes. Fazia anos que não permitia que alguém o fodesse, mas ele tinha feito isso.

Ele iria sobreviver.

Os dedos ásperos deslizaram toques macios sobre sua pele.

— Bom. — A palavra mal sussurrou pelo quarto. Kal nem sequer tinha a certeza se Josiah sabia que ele tinha falado. Kal deixou seus olhos se abrirem, observando seu amante através de cílios abaixados.

Alguma da arrogância desvaneceu-se do rosto de Josiah enquanto ele roçava as pontas dos dedos ao longo das coxas de Kal, carícias fracas em suas bolas. Kal torceu, tentando chamar a atenção do homem para seu pênis. Um piscar de olhos de Josiah disse a Kal que ele reconhecia o movimento, mas se recusou a satisfazer a súplica silenciosa.

A garrafa de lubrificante abriu com um “click” e Kal não pôde parar seus músculos se tencionarem. A contração foi breve, mas óbvia.

— Você quer que eu pare? — Josiah perguntou. A pergunta se agitou com preocupação e juventude.

— Não. Eu estou bem.

O zombado do garoto revelou a atitude sarcástica a que Kal se acostumara e lhe deu algo para se agarrar.

— Apenas faça. — murmurou Kal.

Incitar um novato para mover-se mais rápido em fodê-lo provavelmente não era a melhor ideia, mas verdadeiramente, ele só precisava fazer isso. A pressão lúgubre refrescou sua abertura. Mais uma vez, Kal fechou os olhos. Hora de se concentrar em relaxar. Instinto lhe disse para se preparar, mas ele sabia que isso tornaria tudo mais difícil.

Ele tomou algumas respirações longas enquanto Josiah massageava sua entrada, não indo profundamente, penetrações suaves para tentá-lo. Kal deixou-o continuar por algum tempo, preparando-se para dizer a Josiah que ele não era de vidro, mas mesmo quando as palavras se formavam em sua mente, uma lâmina quente e lenta percorria o comprimento de seu pênis.

A sutil carícia aqueceu seu pênis semi-duro. Ele concordou em ser fodido, mas a expectativa não fez muito por sua ereção. Ele esperava gozar mais tarde, depois que o garoto terminasse.

Kal se apoiou nos cotovelos e olhou para o seu corpo. Josiah não estava olhando para ele.

Ele estava curvado, prodigalizando longos beijos no pênis de Kal.

A visão da cabeça escura de Josiah, os lábios roçando em sua carne enviaram uma ferida de necessidade em sua virilha e seu eixo inchou sob o toque do outro homem.

— Encantador. — murmurou Josiah contra a pele esticada.

Pressão construiu novamente em sua entrada, mas as carícias doces para seu pau distraíram seu cérebro o suficiente. Kal gemeu e rolou seus quadris para cima, balançando seu pau na boca de Josiah antes de afundar para baixo e pressionar o dedo em seu traseiro um pouco mais profundo. O gemido espelhado da garganta de Josiah enviou vibrações para o pênis de Kal. O prazer estremeceu entre as carícias duplas. Porra. Talvez isso não seja um grande sacrifício, afinal.

As sensações obscureceram seus pensamentos e ele perdeu a noção do tempo, o foco suave de Josiah esticando-o, a queimadura em seu buraco contrabalançado por lambidas quentes em suas bolas e pênis.

No momento em que Josiah se levantou de joelhos, espalmando seu próprio pau, Kal lutou para ficar quieto, precisando de mais, precisando das sensações perversas. Josiah enrolou os dedos ao redor do pênis de Kal enquanto ele bateu a cabeça do seu eixo contra a abertura de Kal.

— Você está pronto para isso?

— Foda-se, sim. — Ele rosnou, não aguentando mais. Ansiando.

O vermelho brilhou nos olhos de Josiah e ele empurrou para frente.

Kal arqueou as costas, esforçando-se quando o pau de Josiah entrou na sua passagem pela primeira vez. Ele vacilou entre a necessidade de mais e não muito, tanto quanto o eixo espesso esticou-o para além do conforto. A penetração queimava. Foda-se, fazia anos que não tinha sido fundo e talvez agora se lembrasse do porquê. Exceto que Josiah queria e maldição, algo sobre o lobo mais jovem fez Kal pensar que se ele pudesse relaxar, ele poderia desfrutar da experiência.

Pelo menos Josiah não tinha tentado dominar seu lobo, ou menosprezá-lo por ser o fundo. Ele tinha sido forte, mas sedutor, provocando Kal em querer isso.

Agora, ele só precisava seguir adiante.

— Isso não parece uma cara divertida. — Acusou Josiah, sua voz tensa e preocupada ao mesmo tempo. A queimadura no traseiro de Kal se intensificou antes que ele se aliviasse quando Josiah deslizou seu pau para trás, recuando.

— Tudo bem. — Ele agarrou os ombros de Josiah, não querendo que o outro homem o deixasse. — Me dê um momento. Tem sido um longo tempo desde que eu fiz isso. Não se mova.

Josiah congelou, a cabeça de seu pau permanecendo no canal de Kal. — Quer que eu pare?

Pela primeira vez em seu relacionamento, Josiah soou jovem e inseguro. Kal sorriu e forçou os olhos abertos. Seu amante olhou para ele, o medo e a fome se misturando em seu olhar.

— Eu estou bem, querido. Deixe-me... — enquanto ele começava a falar, a incômoda queimadura se transformou em um leve calor. — Apenas vá devagar.

— Você tem certeza, porque eu posso...

Kal encontrou o olhar de Josiah.

— Não se atreva a sair, rapaz. — Disse ele, deixando Josiah saber que ele ainda era o Lobo Mau. — Eu quero que você me foda. Deixe-me sentir seu longo e grosso foder meu traseiro.

Ele adorava como suas palavras afetaram o outro lobo. O vermelho voltou a brilhar nos olhos de Josiah.

— Comece devagar. — Advertiu. Ele falou a verdade. Ele queria que Josiah o fodesse, mas precisava de alguns minutos para se ajustar antes que as sensações se tornassem toleráveis, talvez prazerosas.

Josiah rangeu os dentes e lutou para permanecer quieto, tentando se lembrar da primeira vez. Kal deslizando nele, aquela primeira penetração doce. Ele tinha estado tão excitado, tão malditamente emocionado realmente de ter alguém fodendo ele, que ele mal notou a dor. Até mais tarde. Ele tinha ficado doído então, mas as memórias o impediam de se arrepender.

Ele queria o mesmo para Kal.

Kal deu um rápido aceno de cabeça e Josiah avançou. O calor incrível cercou seu pau. Ele rosnou, forçando sua energia para o som, impedindo seu corpo de dirigir duro e profundo.

Ele manteve um impulso lento e constante até que ele estava totalmente encaixado. Seus olhos permaneceram trancados em Kal, determinado a parar se as sensações desconfortáveis se tornassem demais. Cada grama de controle que ele tinha aprendido no ano passado foi para permanecer trancado no lugar, esmagando sua necessidade de foder o outro homem em empurrões rápidos, longos. Suor pontilhou sua testa, mas ele se recusou a mover um músculo até que...

Finalmente - graças a Deus - Kal se contorceu, torcendo e pressionando como se precisasse do pênis de Josiah ainda mais profundo.

O movimento perverso deu-lhe a permissão que esperava. Ele recuou, gemendo para o aperto ao longo de seu eixo. Ah, sim. Kal tremeu sob ele. O gemido suave quando Josiah recuou, enviou uma tremenda corrida de poder através de seu corpo. Ele poderia fazer isso. Ele podia fazer Kal gritar de prazer.

Baixando a cabeça, ele focou em seu amante, mesmo quando ele bateu seu pau profundamente no buraco de Kal.

Um doce sucesso se apoderou dele quando Kal grunhiu e rolou seu traseiro para baixo para encontrar o pau dele.

Josiah se perdeu na pura sensação. Palavras saíram de sua boca, dizendo a Kal como ele era sexy espalhado, tomando o pau de Josiah tão lindamente.

Os calcanhares de Kal apertaram-lhe as costas, puxando-o para mais fundo. A habilidade de falar o deixou e ele agarrou o traseiro de Kal, segurando-o no lugar enquanto ele batia duro e profundo, inclinando seus quadris para bater na próstata do seu amante cada vez que ele entrava, amando os gemidos e rosnados que brotavam dos lábios do homem mais velho.

Incapaz de parar seu próprio clímax, Josiah gritou enquanto dirigia nele mais uma vez, sua porra derramando no corpo de seu amante. Kal enrijeceu como se ele estivesse gozando, mas seu pau permaneceu pesado e duro.

Josiah começou a puxar para fora, mas o suave “não” de Kal bloqueou seus músculos em posição.

Demorou um momento para que o cérebro enevoado de orgasmo de Josiah alcançasse o que Kal queria. Ele balançou para a frente, mantendo seu eixo enterrado na bunda de Kal enquanto ele envolveu os dedos em torno do pau do outro homem.

As costas de Kal arquearam-se no primeiro toque, um gemido por mais.

— É isso aí, querido. — murmurou Josiah. — Deixe-me ver você gozar. Deixe-me ver.

Agora que recuperara a capacidade de falar, as palavras fluíam.

— Porra, você é incrível. Todas essas tatuagens. Quer lamber cada uma delas.

Kal empurrou, empurrando seu pau no aperto de Josiah.

Seu pau começou a engrossar novamente com a pressão da abertura de Kal. A visão de seu amante, retorcendo-se, esforçando-se por seu próprio clímax, deu-lhe um novo impulso. Ele facilitou o seu eixo para dentro e para fora, lento, empurrões fáceis, mergulhando nas sensações que ele sabia que Kal ansiava.

O forte corpo masculino sob ele se sacudiu e correntes quentes de gozo inundaram a palma de Josiah, derramando através das ondulações sexy do abdômen de Kal.

— Droga, isso é lindo.


Capítulo Um


Josiah caiu de costas, tentando recuperar o fôlego, o perfume do sexo se prolongando no ar. Surpreendente. Ter Kal ao seu lado, igualmente desgastado e ofegante fez a situação surreal e incrível.

Seu lobo o incitou a rolar e abraçar seu companheiro. Os olhos de Josiah se abriram com a palavra e ele olhou para o teto. Companheiro? Companheiro. Não houve pânico. Sem medo. Sim, Kal seria um excelente companheiro.

Mas, mesmo quando o pensamento veio a ele, todos os protestos imaginados por Kal também o fizeram. Josiah é muito novo. Ele não pode acasalar um lobo alfa.

Ele provavelmente perderia sua posição com o Alto Conselho se alguém descobrisse.

Josiah poderia consertar os dois primeiros - ou pelo menos usar Kal até que ele cedesse. Ele não tinha certeza sobre o terceiro item. Kal nunca desistiria de seu lugar no Alto Conselho. Certamente não por Josiah.

Seu batimento cardíaco desacelerou para quase normal e a dor sutil em seu peito retornou. A sensação não era aflição com a coisa de Kal como companheiro. Ele tinha tempo. Seu lobo já havia reivindicado o outro macho. Agora Josiah só precisava fazer Kal perceber que ser seu companheiro seria mais interessante do que ser um membro do Conselho.

Ele bufou, mas a dor de baixo grau atrás de seu esterno matou o humor.

Kal segurou o travesseiro sob sua cabeça e torceu, virando-se para que pudesse ver Josiah.

— Histérico depois de sua primeira vez como topo? — Ele perguntou, sua voz pintada com diversão.

Josiah piscou e esfregou o esterno.

— O que? Não, foi tudo bem.

Um gemido baixo ao lado dele tirou Josiah de seus pensamentos. Kal enterrou o rosto no travesseiro e gemeu.

— O quê? — Ele bateu no traseiro nu de Kal para chamar a atenção de seu amante.

— Nada. — Ele disse, as palavras abafadas pela fronha. — Eu fui fodido no colchão por um bebê no topo e ele me disse que foi bom.

Josiah não conseguia parar de sorrir largo ou resistir à oportunidade de revirar os olhos. Ele se inclinou e beijou a bochecha de Kal. — Você foi fantástico. Surpreendente. Estou arruinado para qualquer outro homem.

— Vê? Isso não foi tão difícil.

Josiah deu uma risadinha e deu outro beijo leve a seu amante antes de se esticar.

O homem mais velho rolou para seu lado e apoiou a cabeça em sua mão, seu olhar combinando com o de Josiah.

— Você não vai me jogar para fora desta vez. — Josiah apontou.

— Sim, nós vimos como isso funcionou bem.

A dor em seu peito cravou em uma facada. Sua profunda inspiração fez Kal inclinar a cabeça para o lado.

— Você está bem?

— Estou bem. — A sensação desapareceu quase completamente, então Josiah não sentiu como se estivesse mentindo. Muito. O olhar preocupado no rosto de Kal não era o olhar sedutor de um amante que Josiah desejava. — Então... — ele se virou e refletiu a posição de Kal. Ele acariciou seus dedos através da marca de garra tatuada baixa no quadril do seu amante. — Vai me contar sobre isso?

Kal suspirou e Josiah esperou, preparado para ouvir “não é da sua conta”.

— Você sabe o que é.

— Certo. Marca-o como um lobo solitário. Como é que um Lobo Solitário acaba no Conselho Superior?

— Ele entra furiosamente. — O sorriso triste no rosto de Kal quase fez Josiah desejar que ele não tivesse abordado o assunto, mas maldição, ele queria saber. — Eu fui expulso da minha casa de matilha quando tinha dezenove anos.

— Por... — Ele deixou a palavra suspensa.

— Estupro. Assassinato. — A resposta sem fôlego ficou entre eles. Josiah enfiou os dedos no travesseiro e contraiu todos os músculos para evitar que ele se erguesse e exigisse que Kal parasse de provocá-lo.

Kal não estava provocando. O olhar sério e morto em seus olhos enviou um novo tipo de dor diferente para o peito de Josiah.

— Diga-me. — Pediu Josiah quando parecia que Kal estava pronto para deixar isso assim.

— Eu não era exatamente um membro modelo da matilha. Terminou com eu fodendo o filho do Alfa, na sala de estar do Alfa, quando eu soube que o Alfa estava a caminho de casa. O Alfa pronunciou ao mundo que eu estuprei seu filho e o garoto...

— Garoto?

— Tinha quase dezoito anos. — clarificou Kal. — Eu não era muito mais velho. O Alfa declarou uma violação e Trevor, seu filho, não disse nada diferente.

Josiah sentou-se. — Puta merda. É por isso que você acha que Garrett vai fazer o que seu pai diz.

— Sim. — Kal mastigou seu lábio inferior, então soltou a carne gorda.

Josiah olhou e lembrou que Kal estava descobrindo sua alma. Ele não poderia se distrair com o quão bom seria morder esse lábio ele mesmo.

— Isso é uma merda. Mas como você passou de ser um Lobo Solitário ao Alto Conselho? — Ele acenou com a mão ao redor do quarto.

— Eu estava trancado em uma cela no porão da casa do bando. Minha mãe e meu padrasto ficaram horrorizados, é claro. O Alfa convocou o Alto Conselho para a nossa região a fazerem o julgamento. Na noite anterior que ele deveria chegar, um dos Betas foi até minha cela, tarde da noite. Ele disse que o Alfa queria lidar com esse lobo. Não espere por algum julgamento mariquinha.

As lembranças passaram por ele. Assustado, quase tremendo, seguiu o Beta para a beira da cidade.

— Escute, Kalidel. — ele fez uma careta quando o pensamento o atraiu de volta para mais de uma dúzia de anos.

— Kalidel? Realmente? — Josiah riu a palavra para fora, agitando Kal livre da memória.

— Você tem um problema com isso? — Ele desafiou. Ele poderia não gostar de seu nome. História diferente quando alguém zombava dele.

— O que isso significa?

— Nada. — Ele não podia ignorar as sobrancelhas levantadas de Josiah. — Mesmo. Não tem sentido. Minha mãe gostava dos sons quando eles ficavam juntos. — é por isso que eles não devem deixar os adolescentes nomearem crianças, pensou ele, embora guardasse as palavras para si mesmo. — Posso continuar com a minha história?

— Desculpa. Continue.

Mas a interrupção de Josiah tinha quebrado o feitiço de suas memórias, o que Kal apreciava.

Ele balançou sua cabeça.

— Você lutou contra o Alfa?

— Sim.

— E você ganhou?

— Sim, mas eu trapaceei.

Josiah piscou e olhou fixamente. — O que? Mas...

Kal colocou o braço sobre a cabeça, tentando bloquear o choque e a memória de seu amante.

— O Beta tinha alguma prata com ele. Ele me convenceu a mergulhar minhas garras nela, dizendo que o Alfa já tinha feito a mesma coisa. — Kal suspirou. — Descobri mais tarde que o Beta que me tirou da minha cela me atraiu e ao Alfa para o campo. Eu não sei o que ele disse ao Alfa, mas ele se lançou para mim.

Eles lutaram. Kal ainda sentia os golpes dos enormes punhos do Alfa. Kal tinha sido grande, mas o Alfa era maior com anos de experiência para aumentar sua força.

Essa força batia em Kal. Ele tinha acabado deitado de costas, derrotado. O Alfa ficou de lado, a raiva sumida.

— Levante-se. — ordenou o Alfa. Kal rolou para cima, sobre as mãos e joelhos, a dor rasgando através de seus músculos, a prata em suas garras tornando-o fraco.

Sentiu a aproximação do Alfa por trás.

— Kalidel, olhe para suas costas! — o grito do Beta o fez chicotear, trazendo a mão para cima, as garras de prata estendidas da ponta dos dedos. Por impulso, levantou o punho para a frente, mergulhando a prata no peito de Alfa... mesmo quando percebeu que a mão do Alfa estava estendendo a mão para ajudá-lo a se levantar.

O choque no rosto de Alfa quando as garras de Kal perfurou sua pele assombrava Kal em seus sonhos.

— Ele não estava atacando você? — Josiah perguntou, sua voz calma, o tom ilegível.

Kal sacudiu a cabeça.

— Não. Ele estava tentando me ajudar, eu não teria reagido, exceto pelo chamado do Beta. — Ele riu sem humor. — O bastardo me preparou, ele queria ser Alfa e ele não podia derrotar o outro lobo, então ele me obrigou a fazê-lo.

— Você não deveria ter se tornado Alfa?

— Eu o tinha traído, eu matei Alfa com prata, a pior parte foi que eu vi as garras do Alfa quando terminamos de lutar, sem prata nelas, acho que o Beta pensou que de qualquer forma ele se livrou de mim.

— O que aconteceu?

— Eu saí, desapareci.

Os dedos quentes acariciavam seu quadril, provocando a tatuagem do Lobo Solitário. Abriu os olhos e encontrou o olhar sombrio de Josiah.

— E se tornou um Lobo Solitário. — sussurrou Josiah. Kal acenou com a cabeça.

— Cerca de dez anos depois, o lobo Beta que havia assumido a morte do anterior morre e Trevor assume, ele me acha, diz que se sente mal por não ter falado, mas ele não pode me dar boas-vindas de volta ao grupo porque, afinal de contas, eu matei seu pai. A história alonga ainda mais porque ele convence um dos bandos canadenses para me reivindicar. Eles são reclusos e não como qualquer outra pessoa. Eles são o bando que administra quem devem fornecer como representante do Conselho. E era a vez do meu novo bando cumprir esse dever. Ninguém mais quis isso. Eles disseram que eu poderia participar se eu aceitasse o emprego.

— Parece que um Lobo solitário saltou para ser Conselheiro.

— Sim, eu não teria aceito, mas Trevor, o novo Alfa, me perguntou, ele disse que se sentiria culpado até eu me juntar a uma matilha.

— Sério?

A incredulidade de Josiah puxou os lábios de Kal com um sorriso perverso. — Eu achei que ele estava apavorado que eu poderia aparecer e dizer a todos que ele gostava de ter sua bunda fodida. Então ele pensou que eu estaria fora do caminho no norte do Canadá.

— E eles mandaram você aqui. — o humor na voz de Josiah disse a Kal que o outro homem entendia a situação.

— Sim. — Eles compartilharam um sorriso. — Quando eu consegui o emprego pela primeira vez, recebi várias chamadas de pânico de Trevor pedindo para não dizer uma palavra.

— Ele sabe que você é gay, certo?

Kal acenou com a cabeça. — Eu prometi manter minha boca fechada. O Alto Conselho é um show de dez anos. Estou quase na metade do caminho e então vou voltar para a estrada.

Josiah sorriu, um pouco triste, se Kal tivesse que adivinhar. A simpatia inchou em sua alma. O sorriso se transformou em uma careta e um suspiro. Josiah inclinou-se para a frente.

— Você está bem?

— Sim.

— Você não parece bem. — Kal se inclinou para olhar nos olhos de Josiah. — O que está acontecendo?

— Eu tenho essa sensação estranha. — Ele pressionou a ponta dos dedos no peito.

Kal sentou-se também, a criatura provocadora sexual desapareceu, e o Conselheiro em questão retornou. — Que tipo de sentimento estranho, como um ataque cardíaco?

— Os lobos ainda têm ataques cardíacos? — Ele zombou.

— Sim.

— Não, não é físico, meu lobo está chateado. — Ele forçou um suspiro em seus apertados pulmões. — É como se meu coração estivesse sendo quebrado.

E isso ainda não aconteceu. Josiah guardou essas palavras para si mesmo. Kal frearia se Josiah professasse seu amor eterno. Ele não tinha certeza se estava lá, mas definitivamente sentia algo além da foda. Era um pouco cedo para lançar a ideia de companheiros e felizes para sempre no outro lobo.

— Vai embora. Tem ido antes.

— Há quanto tempo isso vem acontecendo?

— Lá fora e por um tempo. — Ele pensou quando começou. Quando ele falou com Garrett. — Isso não poderia ter nada a ver com isso. — Ele murmurou, suas palavras tensas quando a dor piorou.

— O que não poderia?

Ele piscou e olhou para seu amante, percebendo que o outro homem não tinha ouvido seus pensamentos. Ele rapidamente lhe contou sobre a estranha conexão que teve com Garrett na semana passada.

— Agora... eu não posso explicar isso, é como se eu soubesse que algo ruim vai acontecer com alguém que me importa e eu...

Uma melodia de dança tocava no bolso de suas calças, em algum lugar do outro lado da sala. A sensação de pavor mergulhou em seu estômago.

— Não sei bem o que é isso. — Kal acenou para o peito de Josiah. — Mas você deve atender isso.

Josiah rastejou para fora da cama e encontrou suas calças jeans em uma pilha amassada no canto. Nem tinha sido muito cuidadoso sobre onde suas roupas caíram mais cedo. Tirou o telefone do bolso e ele olhou para a tela. O nome de Garrett brilhava em letras brilhantes.

— Ei cara, o que está acontecendo?

Não que ele não quisesse falar com o jovem, mas entre a estranha sensação em seu peito e ter acabado de foder Kal, ele tinha muita coisa acontecendo.

— Josiah? — A voz fina mal se registrava através da linha. — M-me ajude.

— Onde você está? — perguntou ele. Ele não se incomodou em perguntar o que estava errado. O lobo dentro dele rosnou seu comando para ajudar seu companheiro de matilha.

— Pai... por favor. — a segunda palavra derivou em fôlego.

— Garrett! — Nenhuma resposta. A dor em torno de seu coração inchou a uma sensação paralisante. — Porra, Garrett. Atenda o telefone. Onde você está?

A linha se desconectou em silêncio.

Josiah olhou para o telefone por um momento antes de perceber que Kal o tinha seguido pelo outro lado da sala.

— O que está acontecendo?

— Era Garrett. — Ele bateu na tela para retornar a ligação. — Ele pediu minha ajuda e depois não voltou a falar. — Ele esfregou a testa enquanto ouvia o som e ia para o correio de voz. — Nada. Droga. Ele disse “pai” e “por favor”, em seguida, nada. Ele não soava como se ele pudesse respirar, real machucado, você sabe?

Kal acenou com a cabeça. — Vista-se. Vamos.

— Vamos para onde? — Josiah agarrou seu jeans e puxou-os. Ele colocou o telefone na cômoda, seus olhos lançando-se para a tela no caso de Garrett ligar de volta, enquanto ele pegava os restos esfarrapados de sua camisa.

— Gaveta de cima. — Disse Kal, saindo do banheiro, nu.

Josiah olhou para o outro lobo, seu próprio animal estava em conflito. Preocupado com Garrett mas com fome pelo belo corpo masculino de seu amante. O apertado abdômen chamava os dedos de Josiah.

Kal passou e roçou as pontas dos dedos pelo quadril de Josiah. Ele se inclinou e colocou um beijo nos lábios de Josiah.

— Eu sei, querido. Vamos encontrar o seu companheiro de bando. Depois disso podemos voltar aqui e foder um ao outro até o esquecimento.

Sim, isso soou bom. As imagens cintilaram através de seu cérebro, acendendo uma enxurrada de memórias forte o suficiente seu pau começou a inchar. Uma picada afiada em sua bunda sacudiu-o da breve fantasia.

— Mais tarde. Vamos encontrar o seu amigo.

Josiah abriu a gaveta superior da cômoda e descobriu uma multidão de t-shirts pretas, algumas com logos nelas, algumas simples. Este não era o esconderijo da roupa de “Eu sou um Conselheiro” de Kal. Ele agarrou uma e puxou o algodão macio enquanto ele vagueava para o banheiro. Um pouco menor no peito do que Kal, a camisa não se agarrava, mas cabia.

Um estrondo ressoou, ecoando do outro lado da sala, como se Kal apreciasse a visão de seu amante vestindo suas roupas.

O pensamento manteve Josiah sorrindo enquanto ele usava o banheiro e fazia uma lavagem rápida. Ele olhou para o espelho enquanto passava. Ele sabia que não parecia diferente do resto do mundo. Ninguém o veria e pensaria “ele fez sexo!”, Mas Josiah era diferente. Não só por causa da foda.

Algo havia mudado nas últimas semanas. A ideia de ser Alfa não era alguma ideia etérea que ele reconhecia, mas não significava nada. A dor agora firme em seu peito latejava.

Suspirando, voltou para o quarto vazio, pegou seu telefone - ainda não aceso - e ligou para Garrett quando ele passou pela sala de estar. Kal esperou na porta, parecendo o homem que tinha encontrado pela primeira vez em um bar de couro. Não sua roupa - ele usava jeans e camiseta de mangas compridas - mas a atitude.

— Alguma resposta? — Ele perguntou enquanto abria a porta da frente.

— Não.

— Vamos. — Kal conduziu o caminho para seu carro. Josiah esperava que eles tomassem a motocicleta, mas a situação prática dizia que o carro seria melhor.

— Para onde vamos? — Josiah perguntou quando Kal começou a descer a estrada.

— Vamos começar na casa de Bill. Ligue para Rowan e diga a ele para se juntar a nós.

Josiah discou o Alfa e deu-lhe o pouco de informação que ele tinha. Ele não mencionou o estranho sentimento em seu peito. Talvez uma vez que encontrassem Garrett ele teria uma chance.

Até agora, Kal conhecia o caminho e eles não precisavam falar. O silêncio deixou Josiah se contorcendo, seu pé pressionando no chão como se quisesse ajudar Kal a dirigir mais rápido.

— Vai ficar tudo bem, querido. — Kal colocou a mão no joelho de Josiah e apertou. — Estamos quase lá.

— E se ele não estiver lá? — a preocupação empurrou seu lobo.

— Então vamos descobrir o próximo passo. — As palavras calmas e o toque de seu amante acalmaram seu lobo o suficiente para evitar o pânico.

Eles viraram a estrada de cascalho. Pela primeira vez, Josiah não pensou que Kal se preocupasse com sua suspensão.

A casa de Bill parecia calma, morta, quando eles chegaram. Eles estacionaram e instintivamente se separaram - Kal se dirigiu para a porta da frente, Josiah ao redor da parte de trás onde ele conheceu Garrett antes. O quintal estava vazio, exatamente como estava quando saíram há poucas horas, incluindo o refrigerante de Garrett. Líquido pegajoso vermelho derramado no coto de árvore, o copo de plástico esmagado no chão.

— Ninguém está em casa. — anunciou Kal quando ele voltou. — Pelo menos ninguém responde.

Josiah sacudiu a cabeça. — Ninguém está aqui.

Ele teria sido capaz de sentir Garrett. Essa convicção incomum o assustou, mas ele sabia que era verdade.

Ele examinou o espaço aberto, sem saber o que achava que poderia encontrar.

O rosnar dos pneus na estrada de cascalho os atraiu para a frente da casa. Garrett? A esperança momentânea de Josiah caiu quando Rowan e Craigh pararam no caminhão do Alfa.

— O que você achou? — Rowan exigiu enquanto ele caminhava para perto. Uma onda de poder explodiu do lobo alfa.

— Nada. Ninguém está aqui. — respondeu Kal.

— Você tem certeza de que ele estava ferido? — Rowan focalizou sua atenção em Josiah.

— Ele parecia machucado, como se ele mal conseguisse respirar.

— Alguma ideia de onde ele possa ir?

Josiah sacudiu a cabeça. Ele e Garrett tinham se encontrado apenas algumas vezes.

Antes que ele tivesse a chance de dizer qualquer outra coisa, outro caminhão e uma motocicleta queimaram a estrada em uma nuvem de poeira. Josiah reconheceu a pickup de Random e a moto de Kia.

Josiah girou seu olhar interrogativo para Rowan. — Pensei que precisássemos de algum apoio.

O caminhão estacionou. Cledwyn e Random saíram.

— Essa é a última vez que você está dirigindo minha caminhonete. — Random amaldiçoou quando eles se juntaram ao grupo.

— É um caminhão. Alguns buracos não devem incomodá-lo.

— Você não tem que apontar para eles, idiota.

Rowan suspirou.

— Eu vou ter que matar esses dois. — Ele murmurou.

Josiah olhou para baixo, escondendo seu sorriso. Ele conseguiu muito bem, exceto por pegar os olhos de Craigh. Um olhar combinando - como se ele lutasse para não sorrir - demorava-se no rosto do companheiro do Alfa. Rowan parecia estar em sintonia com todos os aspectos de seu bando, mas de alguma forma, ele permaneceu inconsciente da relação entre seus dois Betas.

Kia aproximou a moto da casa. Josiah levou um momento para perceber que o lobo Beta não estava sozinho. Seu amante, Madge, estava atrás dele. Os dois homens subiram, mas Kia permaneceu perto, pairando perto do homem menor. O grupo esperou que eles se aproximassem.

— O que nós sabemos? — Cledwyn perguntou, olhando para Rowan. Rowan virou o olhar para Josiah. Josiah disse aos outros sobre o telefonema.

— Mas você acha que algo aconteceu com Garrett? — a testa de Random enrugou-se com preocupação. — Como se alguém o tivesse machucado.

— Acho que seu pai poderia tê-lo machucado. — Josiah empurrou os ombros para trás enquanto seus amigos estavam em alerta total. — Bill me pegou beijando Garrett mais cedo. Ele estava chateado, mas não fez nada, provavelmente porque Kal estava lá.

— Espere, você estava beijando Garrett? — Rowan olhou para ele e então lançou um olhar para Kal. — Mas eu pensei... — ele balançou sua cabeça. — Tanto faz. Eu acho. Ele é um pouco jovem para você, não é?

Josiah sorriu.

— Não foi esse tipo de beijo. — Kal zombou. — Quero dizer, o garoto estava curioso e então eu o beijei. — Josiah acenou para longe mais perguntas. — Esse não é o ponto. O ponto é, seu pai nos viu e não estava feliz.

— E você acha que ele poderia ter feito algo com Garrett.

— Você o ouviu. — acrescentou Craigh. — Bill odeia ter um Alfa gay. Imagine como ele estava chateado achando seu filho beijando outro homem.

Kia deu uma risadinha.

— Isso é muito engraçado. — o grupo inteiro olhou para o lobo Beta, claramente tentando descobrir o que era “engraçado” sobre a situação. Kia encolheu os ombros. — Bill é um ex-amigo de foda. Ele costumava me chupar atrás do Howl em noites lentas.

— Maldição, eu esqueci sobre isso. — Madge estremeceu.

— Então, isso pode ser uma armadilha. — Ofereceu Random.

— Mas ele não teria dito a Josiah onde encontrá-lo? — Madge falou. — Isso faz uma armadilha muito ineficiente. — O pequeno lobo encolheu os ombros. — Além disso, Bill não faz sutilezas.

Rowan assentiu e pensou por um momento. — Então, como vamos encontrar Garrett?

Coletivamente, olharam para a floresta.

— Isso é muita área para cobrir. — Cledwyn apontou.

— Eu não acho que precisamos pesquisar tudo. — Disse Kal. Como uma unidade, eles se voltaram e focalizaram nele. — Eu acho que Josiah pode encontrá-lo.

Surpreso, com certeza sua boca se abriu, Josiah olhou para o outro lobo. — Como você sugere que eu faça isso?

— Você disse mais cedo quando tocou Garrett, confortando-o, você sentiu uma conexão.

Josiah assentiu.

— Pensei que tivesse dito que não estava interessado em Garrett. — Rowan cruzou os braços sobre o peito.

A pose intimidante fez o lobo de Josiah choramingar.

Ele balançou sua cabeça.

— Não era sexual. Não consigo explicar. Era como se meu lobo o reconhecesse, queria protegê-lo.

— Eu acho que Garrett é o primeiro membro do seu novo bando. — o anúncio de Kal enviou uma onda silenciosa através dos outros.

— Mas ele ainda não é Alfa. — Disse Craigh em voz alta o que Josiah estava pensando.

— Seu lobo é um lobo alfa. Acho que o lobo de Garrett reconhece Josiah como seu líder. Desculpe, Rowan.

O Alfa pareceu sombrio, mas balançou a cabeça. — Enquanto não se tornar um problema, está tudo bem.

— Mas como Josiah vai encontrar Garrett? — Craigh virou-se para Rowan. — Você não sabe onde todo membro do bando está, não é?

— Não especificamente. Mas para os lobos que aceitaram serem meus companheiros de matilha, sinto emoções fortes. Como agora, eu sinto esta onda de... antecipação, como se algo fosse acontecer e pode não ser bom. Cara, você pode sentir Garrett?

A garganta de Josiah se apertou e ele engoliu em seco para limpar o nódulo. Os olhos de todos os seus amigos e de seu Alfa olhavam para ele.

— Eu posso tentar.

— Você terá mais sorte em sua forma de lobo. — Rowan olhou ao redor. — Nós devemos ir com alguns de nós permanecendo humanos. Random, Kia e Craigh, vocês mudem. Kal, você pode decidir se você...

— Eu vou ficar humano. — Ele interveio antes de Rowan terminar.

— Craigh deve ficar humano. — Disse Madge enquanto o resto deles começava a se desvencilhar.

Rowan olhou para o pequeno lobo.

— Ele é mais forte como um lobo.

Madge se encolheu, mas não recuou. — Craigh é um Ômega. Como um lobo, seu animal irá no instinto. Como humano, ele será capaz de superar todas as tendências submissas.

— Ele está certo. — Craigh tocou o braço de Rowan. — Mude. Você pode ajudar Josiah dessa maneira. Cledwyn e Kal estarão conosco.

— Nós?

— Madge está vindo conosco.

— Não, Madge vai ficar aqui. — Anunciou Kia enquanto jogava a camisa no chão.

— Não aposte nisso, idiota. — Madge estalou. — Agora, estamos perdendo tempo e podemos estar perdendo Garrett, então vocês precisam mudar.

Josiah esfregou o peito. Os outros lobos olharam para ele como orientação. Ele assentiu. Kia e Random fizeram suas mudanças. Random imediatamente se aproximou de Cledwyn. O Beta abaixou e passou os dedos pelos cabelos curtos no topo da cabeça de Random.

— Quando seu lobo toma posse, ouça com seu coração.

Josiah ergueu as sobrancelhas e olhou para seu Alfa.

— Parece sonhador, mas fará sentido. Concentre-se em Garrett e deixe seu lobo levar.

— Isso soa melhor. Um pouco menos Nicholas Sparks.

— Me morda, garoto. Você ainda é meu Beta e eu ainda vou chutar seu traseiro se eu tiver que fazer. Agora mude.

O poder do Alfa passou por ele e seu lobo respondeu. Josiah caiu no chão, o animal dentro dele crescendo para a frente. Quando ele estava de quatro, Rowan se juntou a eles.

As cores do mundo mudaram e, mais importante ainda, ele sentiu a comunidade de seus companheiros de matilha - Rowan, Kia e Random. Ele reconheceu os outros também, mas de maneira diferente. Os lobos se cumprimentaram, cheirando, tocando os narizes, escovando a bochecha na bochecha.

Outra presença atraiu Josiah. Kal.

Seu lobo gemeu e trotou os poucos passos para seu amante, esfregando o rosto contra o joelho do homem, precisando que seu companheiro levasse seu cheiro.

— Estou aqui, querido. Agora encontre o seu colega. — Josiah abaixou a cabeça e deu um passo para trás.

Kal respirou fundo, esperando que isso funcionasse, esperando que ele estivesse certo. Ele mastigou o interior de seu lábio inferior. Os outros lobos cercaram Josiah como se tentassem dar-lhe seu apoio. O novo lobo alfa inclinou a cabeça para baixo, os olhos se fechando, as orelhas se animando como se estivesse ouvindo sons que Kal não podia sequer imaginar.

Depois de um longo momento, Josiah olhou para cima, latiu e saiu. Os outros seguiram.

— Vamos. — Ordenou Kal. Os seres humanos começaram a atravessar o campo, seguindo os lobos à medida que desapareceram nas árvores. Um lobo - Kia - esperou como se tivesse certeza de que estavam vindo. Eles correram pelo mesmo caminho. Eles não conseguiam acompanhar os lobos, mas parecia que Kia agiria como intermediário. Quando eles chegaram perto da borda da floresta, o lobo decolou.

Kal partiu com Craigh e Madge atrás dele. Cledwyn pegou a retaguarda.

— Madge, talvez você deva ficar aqui. — sugeriu Cledwyn quando entraram nas densas árvores, perdendo de vista as casas.

Kal não precisava olhar para trás para sentir o desgosto de Madge.

— Eu poderia não ser capaz de mudar para o meu lobo, mas eu posso me proteger.

— Eu pensei que quando você parou de mexer com prata, você seria capaz de mudar novamente. — Disse Craigh.

— Eu também. Não parece ter funcionado dessa maneira. Acho que os anos de brincar com prata mataram meu lobo.

— Cara, isso é uma merda.

— Um pouco. Sim. Mas eu tenho Kia e algo dentro de mim se conecta com ele. Especialmente quando estamos fodendo. Nós...

Craigh retumbou sua empatia, como se entendesse a conexão com a qual Madge falava.

— Vocês podem falar baixo. — Rosnou Kal, mais severamente do que ele precisava. — Eu estou tentando ouvir.

Ele fungou em uma respiração áspera, lutando para manter o controle da pressão dura de seu pênis. Droga, ouvindo Madge e Craigh levou Kal de volta para o momento doce quando Josiah transou com sua bunda.

Ele balançou a cabeça, sabendo que não era hora de mergulhar na fantasia. Arrastando seu lobo do fundo de seu coração, Kal acelerou.

O lobo de Josiah correu à frente e o estresse de seu companheiro ecoou através de seu próprio espírito.

A urgência voou pelo peito dele e ele se apressou para a frente, sentindo mais do que ouvindo, a necessidade de correr. O caminho se estreitou, mas permaneceu distinto. Esta era uma bem-utilizada trilha. O temor girou no estômago de Kal.

Kia correu em direção a eles, parando bem longe antes de ladrar e girar ao redor e voltar para as árvores, guiando-os.

— Quem sabia que seu namorado era meio mocinha em forma de lobo? — Kal disse, incapaz de resistir.

— Foda-se. — Madge murmurou sem muita raiva de alguns metros para trás.

Eles correram à frente, seguindo Kia enquanto se virava para a esquerda. Ele latiu um par de vezes como se dizendo para se apressarem. Kal virou a esquina e parou. Uma pequena clareira abriu-se diante deles. No meio, Josiah e Rowan - em forma humana - se ajoelharam no chão. Random e Kia permaneceram lobos, vigiando.

Random roncava e rosnava enquanto olhava para o oeste, como se quisesse correr naquela direção. Ao lado de Josiah estava um corpo amassado e ensanguentado. Garrett.

— Ele... — perguntou Kal quando correu para a frente. — Ele está vivo, mas mal.

— Não tenho certeza se devemos movê-lo.

— Vou ligar para o médico. — Madge tirou o telefone do bolso traseiro e discou.

— Precisamos... — Josiah olhou mais para o caminho, seu lobo, obviamente, chamando-o.

— Temos que continuar. — Disse Kal. — Eu cheiro vários lobos diferentes, um deles é o pai de Garrett. Precisamos acabar com isso. O que quer que seja.

Josiah ficou de pé, claramente em conflito.

Madge fez uma pausa enquanto dera as instruções do médico da matilha.

— Eu vou ficar com ele. — Kia rosnou e trotou para o seu companheiro.

— Sério, vá. Posso me proteger. — Ele estendeu a mão atrás das costas e puxou uma pistola. — A última das minhas balas de prata. Agora vá antes que eu esteja tentado a usá-las em um de vocês. — Ele se ajoelhou e acariciou a cabeça de Kia. — Não você, baby.

O lobo gemeu e bateu contra seu companheiro antes de se juntar ao Random. Ninguém mais se moveu.

— Deus, vocês são irritantes. — uma tensão estranha envolveu a pequena multidão de homens. — Vão. Você vai precisar de todos. O doutor está a caminho e ele está trazendo um par de caras para carregar Garrett.

Hesitação encheu o espaço. Entre Garrett e o que estava diante deles. Rowan se arrastou do lado de Garrett até a borda do caminho.

Alguém tinha que tomar a decisão. Kal acenou com a cabeça.

— Ele tem razão. Vamos.

Madge tinha razão. Eles precisavam se mover rapidamente e precisavam de todos eles. Josiah apertou a mão de Madge em agradecimento e voltou para sua forma animal.

O grupo partiu, deixando Madge com Garrett. Desta vez, os lobos não esperaram pelos humanos. Eles correram adiante. Kal, Cledwyn e Craigh seguiram. Graças a Deus por seu metabolismo de lobo ou ele estaria ofegante pelo tempo que eles chegassem nos outros.

E encontraram os homens que estavam procurando.


Capítulo Onze


Rowan assumiu novamente a liderança. Josiah juntou-se com os outros Betas. O peso do comando subiu e um pequeno grão de ansiedade caiu em seu peito.

O alvo era óbvio desta vez... uma clareira perto da borda das terras da matilha. Os perfumes de lobisomens e alguns completamente humanos se misturaram e bloquearam o nariz de Josiah. Sua pequena matilha correu pelo último dos caminhos arborizados e explodiram na clareira.

Um rosnado ergueu-se na garganta de Josiah enquanto enfrentava a multidão mista de humanos e lobos, cerca de vinte nas contas de Josiah. Contra oito deles. Sete, na verdade. Madge foi deixado para trás.

— Perfeito. — O lobo de Josiah reconheceu o humano falando como Phillip. — o alfa enlouquecido e sua gama de maricas atacam uma reunião perfeitamente aceitável de membros da matilha.

Rowan rosnou e se lançou em direção ao centro da multidão. Lobos e humanos espalharam-se. Quatro - humanos, não lobos - correram para a floresta. Josiah murmurou uma risada de lobo e foi ficar ao lado de Rowan. Ele apoiaria seu Alfa. Kia e Random vieram juntos. No canto de sua visão, Cledwyn tirou suas roupas, planejando juntar-se à luta como um lobo.

Josiah examinou o grupo, reformando-se atrás de Phillip. Bill e alguns de seus amigos, amigos de Phillip do passado e vários que permaneceram leais ao velho Alfa.

Engraçado como nenhum deles se lembrou que Phillip tinha conspirado para derrubar o Alfa anterior.

— Largue suas armas. — ordenou Kal, permanecendo humano por enquanto. Ele se posicionou com Rowan, o Alfa legítimo.

Josiah levantou a cabeça e cheirou o ar. Metal. O aço brilhou nas mãos de vários seres humanos ao redor de Phillip.

— Você precisa sair, Conselheiro. — Phillip zombou. — Você se alinhou com este alfa desonesto e quando eu for responsável por esta matilha, eu vou ter certeza que você será removido de seu escritório. Fraternização com um membro da matilha é considerado um crime elevado em seu Conselho, não é?

— Isso é insubordinação.

Josiah se contorceu e esfregou o quadril contra o joelho de seu companheiro, dando-lhe o apoio tátil que podia. Dedos poderosos cavaram em seu lado, devolvendo o favor.

— Pense nisso mais como desobediência civil, Rowan está destruindo nosso bando, quero torná-lo ótimo de novo.

— Para todos aqueles com Phillip, você está de encontro ao alfa real... — a voz de Kal soou através da clareira.

O cérebro do lobo de Josiah não poderia fazer a matemática, mas havia duas vezes tantos lobos no lado de Phillip... além de Bill. Deixado atrás de Phillip, com uma pequena lâmina na mão.

— Você está traindo seu Alfa e seu bando se você ficar e você será punido em toda a extensão do Conselho de Conselheiros.

Alguns gemidos ecoaram pelo ar. Dois lobos posicionados perto da parte de trás do grupo de Phillip viraram as caudas e correram para as árvores. Bom. Dois a menos para lutar.

Rowan riu, uma risada de lobo. Phillip zombou. — Eles nunca foram muito uso de qualquer maneira.

Ele estendeu as costas e puxou a camisa. O resto dos lobos de Phillip hesitou por um momento e seguiu o exemplo.

Josiah observou Bill enquanto ele caminhava para trás. Ao contrário dos outros, ele não a tirou. Até mesmo através de suas roupas, Josiah podia ver Bill não estava na forma superior, não como os outros lobos. Ele não conseguia chamar o homem de gordo, já que o alto metabolismo tornava difícil para um lobo ficar gordinho-mas ele não estava em forma, seus músculos escondidos sob uma camada de carne fofa.

Mas Josiah sabia melhor do que pensar que Bill não seria cruel depois que ele mudasse.

Exceto que ele não mudou. Ele recuou, indo ficar perto dos humanos, deixando os lobos se moverem na frente dele. Bill sorriu para Josiah, um desafio sutil.

Phillip parecia monitorar os movimentos do outro homem também. Ele olhou por cima do ombro. A garganta de Bill se convulsionou em um engolido desesperado. Ele estendeu a mão para o botão superior de sua camisa, seus dedos desajeitados e lentos. Assim que Phillip se virou, a mão de Bill caiu para seu lado e ele se aproximou do canto.

A atenção de todos parecia concentrada em Rowan e Phillip. Alfa grunhiu e se arrastou, impaciente para começar. Josiah manteve os olhos em Bill.

— Muito ruim, Craigh. — Phillip gritou, sua voz gotejando com arrogância. — Você teve a sua chance de ser meu companheiro. Agora você vai ser o Ômega que eu fodo sempre que eu estou entediado.

Rowan jogou seu corpo através da clareira. Phillip mal teve tempo de mudar antes que o Alfa desembarcasse na frente dele. Os pés de Rowan tocando o chão sinalizavam o início. Lobos em ambos os lados colidiram. O lobo oposto a Josiah afastou os lábios de seus dentes e gemeu.

A energia veio através do lobo de Josiah. Ele nunca tinha estado em uma briga real, mas ele tinha brigado muitas vezes com Cledwyn e Random. Seus músculos caíram em movimentos eruditos.

Mas este não era um jogo de prática. Ele enfrentou o animal em desafio. Josiah era mais forte. Ele sabia disso.

O lobo na frente dele rosnou novamente. Josiah permaneceu imóvel, não recuando, mas também não atacou a criatura mais fraca. Levou alguns momentos para o outro lobo reunir sua coragem. Finalmente ele saltou para a frente, com os dentes abertos. Josiah se abaixou para a esquerda e agarrou o traseiro do outro lobo enquanto ele passava. Ele beliscou a pele do lobo, doloroso, mas não debilitante. Filhote.

Estranho como ele se sentiu tão experiente em comparação com alguns dos lobos. O lobo balançou e girou ao redor. Josiah chicoteou seus quadris para a direita para enfrentar seu desafiante. Ele rangeu os dentes e rosnou.

Um uivo escapou da garganta do atacante e o filhote desapareceu, desaparecendo nas árvores.

Josiah bufou uma risada, o barulho ligeiramente mais alto.

— Não fiquem aí parados... — uma voz humana, a de Bill, tocou ao ar livre. O som parecia fora de lugar aos instintos animais que pululavam no corpo de Josiah. — Leve-o para baixo!

Dois lobos saltaram para ele. Ele deslizou através deles, girando longe do primeiro conjunto de dentes. Mordendo a parte de trás do quadril do segundo lobo, ele balançou a cabeça e jogou o lobo de lado, esperando que ele machucasse o animal o suficiente para que ele não pudesse lutar. Josiah não queria matar esses lobos. Eles faziam parte de sua família, mas ele não podia deixá-los destruir o bando.

Ele não teve tempo de pensar além disso quando outro par de lobos pulou para ele pela esquerda. Ele era mais forte e mais esperto que seus oponentes, mas ambos receberam mordidas, deixando Josiah sangrando ao longo de suas costas e um ombro.

— Ele é fraco, seus bastardos preguiçosos.

Bill parecia estar mandando em tudo do canto.

Um lobo desconhecido - não um dos Betas, mas ele cheirava a matilha - aproximou-se de Josiah. Desnudou os dentes e o recém-chegado imediatamente inclinou a cabeça, reconhecendo seu status.

Mais dos lobos de Bill aproximaram-se, e o recém-chegado se contorceu ao lado dele e gemeu, avisando os outros.

Josiah parou por um momento para levantar o nariz. Um par de outros lobos da matilha tinha se juntado a luta.

Eles pareciam estar focados em proteger Craigh e lutar ao lado de Rowan.

Ele não questionou os reforços. Ele virou e encarou a última fila de atacantes. O lobo novo tirou um. Vários mais se lançaram contra Josiah.

Ele agarrou o lobo mais próximo, esquivando-se de um segundo animal que agarrou sua perna traseira. Ele lutou em duas frentes, mas chegou cada vez mais perto de seu objetivo. Bill.

O som o estimulou e Josiah jogou o lobo para a esquerda.

Ele se virou e gemeu. Bill estava diante dele. Os músculos de Josiah se apertaram com a necessidade de avançar, seu lobo ansioso para aproveitar a fraqueza do inimigo.

Seu lado humano reconheceu que não era uma luta justa. Ele precisava dar tempo à Bill para mudar. Exceto Bill não fez. Ele segurou a adaga na frente dele, protegendo-se, mas não atacando. Josiah rosnou, advertindo o ser humano a mudar. Bill riu.

— Você não vai me machucar, não é contra as regras do Alto Conselho que um lobo desafie outro em forma humana? — Ele zombou.

A luta desapareceu ao redor deles. Josiah estava distantemente consciente de que outros estavam mudando para suas formas humanas. Ele se forçou a mudar, levantando-se, o corte em seu quadril, tornando quase impossível colocar peso nessa perna.

Bill riu e virou a lâmina em sua mão.

— Agora vamos ver como você faz isso.

Ele começou a andar para a frente, parecendo arrogante e confiante. Porra, Josiah não poderia ganhar enquanto em sua forma humana, não com suas feridas. O lobo ainda podia lutar com três pernas.

— Mude. — chamou Josiah.

Bill sorriu e balançou a cabeça.

A fúria que Josiah não reconheceu - o tormento de Bill por Madge e espancar seu próprio filho - surgiu no peito de Josiah. Ele levaria esse homem para baixo, lobo para lobo.

— Mude! — Ele ordenou. O poder fluía de Josiah. Os olhos de Bill se arregalaram e o punhal caiu de sua mão enquanto seu rosto se contorcia, estendendo-se sobre o focinho de um lobo. Como se incapaz de controlar a transformação de seu lobo, rasgou suas roupas. Ainda assim, a mudança foi dolorosamente lenta. Josiah esperou até que Bill caísse para suas patas dianteiras antes de retornar a sua forma de lobo.

O movimento ajudou a curar seu quadril, mas a ferida ainda doía. Sua perna traseira não carregaria todo seu peso.

Apesar da bela aparência humana de Bill, ele se transformou em um lobo grande e forte. Bill rosnou e dançou ao redor, vindo e retrocedendo para longe.

Josiah coxeou para frente, não querendo dar a Bill uma chance de correr. Com seu quadril danificado, ele não podia persegui-lo. Ele odiava estar em uma posição defensiva.

O ar ao redor deles estava quieto.

Estar em forma animal geralmente trazia instintos não reconhecidos como seres humanos. Bill deve ter encolhido, pronto para se submeter ao lobo mais forte ou esticado, ousando desafiar o líder. Em vez disso, ele parecia estar tentando se esgueirar em um ataque.

Josiah observou o outro animal e seu estranho comportamento.

Bill nunca seria um membro produtivo do bando e destruiria tudo o que tocava. Ele precisa ser derrubado. Assim que Josiah o derrubasse, Rowan conseguiria bani-lo.

Não era suficiente. A necessidade de punir o outro lobo fluía forte através do coração de Josiah. Queria que Bill sentisse um pouco da dor que causara a seu filho.

O lobo de Josiah uivou quando um membro de seu bando foi ferido.

Vários outros ao redor dele pegaram o uivo triste. Bill aproveitou o momento para avançar. Josiah dançou fora do caminho, beliscando Bill ao passar. O ataque desajeitado levou a outro. E outro. Em vez de ir para a garganta de Josiah, a abordagem de Bill parecia projetada para enfraquecer o lobo mais forte com uma série de pequenas mordidas.

E estava funcionando. Bill conseguiu escapar pelas defesas de Josiah e morder a perna ferida de Josiah. Mais uma vez, o instinto superou a contenção humana. Josiah se virou e agarrou a garganta de Bill, sacudindo-o, exigindo que ele segurasse.

Bill rosnou e continuou a brigar.

Imagens do corpo partido de Garrett inundaram o cérebro de Josiah. A necessidade humana de retribuição estimulou a frustração do lobo. Ele mordeu, o jorro de sangue enchendo sua boca. Sabendo que ele precisava terminar, ele empurrou a cabeça para trás e ouviu o estalo quando o pescoço de Bill quebrou.

Josiah abriu a mandíbula e deu um passo atrás.

Choque e dor inundaram seu coração. Ele não queria matar o outro lobo. O pânico deslizou em seu cérebro. Lágrimas e gemidos escaparam de sua garganta.

— Shhh, está tudo bem, querido.

Josiah piscou e olhou para cima. Companheiro. Sim, seu companheiro iria melhorar. Ele tropeçou alguns passos para frente antes de sua perna traseira desistir. Kal estava ali, ajoelhado ao lado dele, os dedos acariciando seus cabelos, murmurando suaves palavras de conforto.

— Eu sei que é difícil, querido, mas você tinha que fazer isso. Bill não ia parar.

O lobo entendia, mas o coração humano odiava a ideia de que ele tinha levado a vida de um companheiro de matilha. Perfumes familiares envolviam a pequena clareira, quebrada por um leve gemido.

Companheiros de matilha. Josiah levantou a cabeça e cheirou o ar, reconhecendo o som. Silêncio e sangue. Ele examinou os corpos, procurando por seus amigos. Três lobos estavam mortos, não incluindo Bill. Outros sete ou oito foram feridos, Phillip entre eles. Outros fugiram.

O círculo íntimo do Alfa mudou de volta para a forma humana. Random e Cledwyn se levantaram. Raias vermelhas marcavam os braços e as pernas. Ninguém saiu ileso.

Um corpo humano estava no chão. Kia. Um grande lobo se moveu e tomou a forma humana de Rowan. Ele se apressou para o Beta ferido.

— Quão mal você está ferido? — A voz de Rowan retumbou com preocupação. O companheiro do Alfa juntou-se a eles, ajoelhando-se ao lado de Kia.

— Madge. — Kia sussurrou. O desespero soou através da única palavra. Antes mesmo de Rowan falar, Cledwyn e Random se entreolharam.

— Nós vamos pegá-lo.

Eles se deslocaram e partiram, seguindo o caminho atrás deles.

— Você está bem? — Rowan perguntou. Ele colocou a mão no quadril de Kia.

O Beta estremeceu.

— Eu vou ficar bem. Estou preocupado com Madge.

— Random e Cledwyn vão trazê-lo aqui. — garantiu Craigh.

— Se Madge não atirar neles primeiro. — Kia bufou.

— Você escolheu um companheiro sanguinário.

O sorriso que curvava os lábios de Kia aqueceu o coração de Josiah.

Ele só podia sonhar com esse tipo de vínculo. Ele pensou que talvez, talvez ele pudesse tê-lo com Kal, mas nunca poderia acontecer. Kal tinha seus deveres no Conselho e eventualmente - embora por favor, Deus não logo - Josiah seria Alfa. O Alto Conselho nunca permitiria que um de seus membros acasalasse com um Alfa. Muito potencial para conflito de interesses.

O lobo de Josiah gemeu, não querendo perder seu companheiro.

— Você está bem, querido? — Kal se ajoelhou ao lado dele. — Venha garoto. Mude. Temos muito a fazer para que você permaneça lobo.

Ele rosnou, mas empurrou a presença humana para a frente.

— Você está ferido? — Josiah exclamou assim que ele teve uma boca que poderia falar. Salpicos de sangue seco cobriam o peito nu de Kal. Ele não viu feridas importantes. Várias pequenas picadas marcavam seus ombros e pernas. Aquelas curariam rapidamente.

— Estou bem. E quanto a você?

Josiah se contorceu por um momento, verificando seus músculos. A dor queimava em seu quadril e ele não podia conter seu choro.

— Mandaremos que o médico olhe para o seu quadril.

Josiah não pensava assim, mas ele assentiu com a cabeça.

As mãos de Kal deslizaram sob os braços de Josiah e o levantou, puxando-o para seus pés como se ele não pesasse quase nada. Josiah descansou contra Kal. Um pulso constante e dolorido latejava pelas articulações. Ele sabia que estava machucado, porque mesmo ao lado de um Kal nu, seu pau não ficou duro.

— Obrigado.

Ele olhou fixamente nos olhos de Kal. O amor e a luxúria se refletiram nele. A necessidade de mergulhar nessa emoção o empurrou para a frente. Ele não se importava com quem estava assistindo. Ele agarrou Kal, pensando em arrastá-lo para um beijo. Ele não precisava de sua força. Kal já estava se movendo em sua direção. Eles se encontraram no meio, lábios juntos, bocas abertas e línguas lutando por dominância.

— Que porra é essa?

O chiado de Craigh fez Josiah sorrir e ele não pôde continuar beijando Kal, não importava o quanto ele quisesse. Ele se afastou, as bochechas esquentando e ficando rosadas de vergonha. Nenhum indício de mal-estar afetou o rosto de Kal. Ele olhou para Josiah, silenciosamente desafiando o jovem a ser corajoso. Se Kal não se esconderia, tampouco o faria.

Josiah empurrou os ombros para trás e se virou para encarar Craigh e Rowan. A boca do companheiro do Alfa ainda estava aberta.

— Vocês dois? Juntos?

Rowan não disse uma palavra. Josiah levou um momento para capturar sua coragem, mas ele levantou a cabeça para encontrar o olhar de seu Alfa... e reconheceu o riso nos olhos azuis do lobo.

— Você sabia! — acusou Josiah.

Um ruído distorcido surgiu da garganta de Kal.

O olhar de boca aberta de Craigh mudou de foco para seu companheiro. — Você sabia?

— O que? Eu não sou idiota. Quando o garoto voltou de procurar Kal, ele obviamente tinha tido sua virgindade tirada de uma maneira ótima. Então Kal aparece, ainda à espreita, e praticamente engole a língua quando vê Josiah. — o olhar presunçoso nos olhos de Rowan se transformou em um sorriso zombeteiro. — E diga a Random e Cledwyn que eles deveriam se mudar juntos. Seus passos furtivos ao redor em todas as horas da noite são muito irritantes.

— Você sabe sobre eles também?!

Rowan riu.

— Uau, você realmente acha que eu sou inconsciente. — Ele puxou Craigh contra seu lado. — Eu vejo tudo, baby.

O tom sombrio sedutor fez Josiah se perguntar o que o Alfa poderia estar se preparando para mais tarde.

Ele olhou para a cena ao seu redor. Corpos espalhados pelo espaço. A maioria dos lobos de Phillip foi ferido ou fugiu. Ele farejou o ar. Apenas alguns morreram. Bill estava entre esse número. Josiah verificou suas emoções.

Depois do dano feito ao bando e ao Garrett, Bill nunca seria um membro produtivo do bando. Ele odiava ter matado, mas não... sem remorsos.

Ele olhou para o caminho, onde tinha deixado Garrett. Um canto de seu cérebro o incitou a correr para trás e verificar em seu companheiro de matilha, mas sua perna nunca suportaria a tensão.

— Obrigado por aparecer quando você fez. — Rowan disse, estendendo a mão e segurando a mão de Matthias.

Josiah reconheceu o lobo que tinha saltado para a batalha ao lado dele.

— Chegamos com o Doutor quando Madge ligou. Madge estava preocupado e enviou um par de nós na frente.

— Madge está bem? — Kia se retorceu, não conseguiu se sentar, sua pergunta desesperada por necessidade.

Ele cutucou Kal, exortando o outro homem a ajudá-lo a ficar mais perto. Josiah olhou para Kia, sentado no chão, as pernas esticadas na frente dele. Algo não se encaixava na imagem. Ele piscou e a imagem afiou.

O pé esquerdo de Kia estava na direção errada. Completamente a direção errada.

Bile se levantou em seu estômago e ele mal ouviu a resposta de Matthias.

— Ele está bem.

Engolindo para não vomitar, Josiah olhou para longe do membro torcido.

— E quanto a Garrett?

— Doutor disse que ele estava em muito mau estado. Chick e Quentin o levaram de volta à clínica.

— Eu deveria...

Antes que ele pudesse terminar, um pequeno lobo explodiu pela abertura das árvores e correu pela clareira como se a sua cauda estivesse em chamas.

Rowan reagiu, pulando na frente do pequeno animal, protegendo o ferido Kia.

O lobo pequeno gritou e derrapou para trás, dançando ao redor, tentando contornar o Alfa para chegar a Kia.

— Caralho! Madge? — a pergunta suave de Kia percorreu o ar.

Rowan endireitou-se, cabeça para trás, boca aberta. — Isso é Madge?

— Acho que sim. — Kia estendeu a mão. — Madge, amor, venha aqui.

O lobo se agachou e deslizou em torno de Rowan, fazendo o seu caminho para o seu companheiro. Uma vez que ele chegou ao alcance, ele gemeu e saltou para Kia, subindo por cima dele, lambendo seu rosto, se contorcendo como se sua felicidade fosse demais para conter em seu corpo.

Kia usou sua mão boa para acariciar a pele de seu companheiro. O lobo parecia entender que seu companheiro estava ferido. Ele choramingou e choramingou, ainda tentando rastejar o mais perto possível de Kia.

— Madge, dê um passo para trás. — ordenou Rowan, estendendo a mão para Kia. Madge parecia ter excesso de energia nesta forma. Ele girou e estalou o Alfa.

Rowan empurrou a mão para trás, um segundo antes dos dentes de Madge conectarem com a pele. — Você acabou de tentar me morder?

Mesmo a vários metros de distância, Josiah sentiu o poder do Alfa atravessar a clareira. O próprio lobo de Josiah queria abaixar os olhos e mostrar submissão.

Madge entrou em colapso e gemeu.

Rowan suspirou e se agachou.

— Venha aqui, Madge, eu não vou te machucar.

— Droga. — murmurou Josiah enquanto observava a cena.

— Algum dia, isso vai ser você. — Kal sussurrou ao lado dele.

Josiah sacudiu a cabeça. — Eu não tenho esse tipo de poder.

Os olhos de Kal cintilaram por um momento. — Você forçou Bill a mudar. Esse é um comportamento Alfa bastante forte.

A lembrança da energia subindo por ele e a cara chocada de Bill enquanto se movia enfraqueceu os joelhos de Josiah. Ele não estava pronto para ser Alfa.

Seu companheiro o pegou enquanto tropeçava, puxando-o para cima, dando-lhe força. Josiah reagiu instintivamente e se inclinou para trás, caindo no corpo de Kal. Embora Kal não o abraçasse de novo, o outro homem o cercou. O lobo de Josiah se assentou e choramingou, o som faminto, desesperado por estar ainda mais perto de seu companheiro.

Companheiro. Porra, aquela palavra surgiu novamente. Não foi inesperada. Josiah percebeu a conexão entre eles. Ele simplesmente não sabia se Kal sentia a mesma coisa.

Eles ficaram ali, observando como Rowan acalmou Madge e ajudou o lobo frenético a voltar para sua forma humana. Rowan parecia consciente de onde todos estavam, que estava fazendo o quê, enquanto levantavam Kia e começavam a andar em direção à estrada.

A inadequação esmagadora inundou o peito de Josiah. Ele não poderia fazê-lo. Ele não poderia ser responsável por uma centena de pessoas. Se a teoria de Kal se mantivesse verdadeira, Josiah nem sequer cuidará do membro de um bando que ele possuía.

— Vai dar certo. — Disse Kal, sua voz suave, como se ele pudesse ouvir os pensamentos de Josiah e soubesse o quão perto de quebrar ele realmente estava. — Você tem tempo.

— Mas...

— Rowan vai ajudar. Eu ajudo.

Kal se aproximou. Ele envolveu os braços ao redor de Josiah, puxando suas costas para o peito de Kal.

— Nós podemos fazer isso.

O conforto lavou a alma de Josiah. Não, o medo não tinha desaparecido, mas ele não estava mais sozinho nisso.

— Nós podemos fazer isso. — Ele anunciou, empurrando as palavras para o universo.

*****

Josiah ocupou a cadeira grande na frente da mesa de Rowan, seu joelho saltando para cima e para baixo, tentando queimar alguma da tensão que se fechava através de seu corpo. Kal estendeu a mão e colocou as pontas dos dedos na coxa de Josiah. A moção o acalmou, mas assim que Kal se recostou no assento, o zumbido voltou e Josiah não pôde ficar quieto.

Rowan cruzou as mãos sobre a mesa e olhou para a extensão aparentemente maciça.

— Você está bem? — Rowan perguntou.

Josiah sacudiu a cabeça. Seu lobo saltou e grunhiu dentro de seu cérebro. A criatura insana que queria desafiar Rowan. Josiah tinha controle suficiente para impedir que isso acontecesse, mas era muito irritante. Na semana que se seguiu à luta, seu lobo enlouqueceu toda vez que estavam perto de Rowan.

Felizmente, Josiah passou a maior parte dos últimos sete dias na casa de Kal. A borda de sua boca parou em um meio sorriso. Seus músculos doíam com a doce dor de foder e ser fodido.

— Como está Garrett? — Josiah pediu para distrair-se de seus pensamentos rebeldes. Ele tentou visitar o lobo mais novo na clínica do médico, mas o médico do bando disse que Garrett se recusou a ver alguém.

A careta de Rowan não deu a Josiah a sensação quente que ele esperava. — Ele se foi.

Josiah quase saltou do assento. Apenas a mão de Kal segurando sua coxa o segurou no lugar.

— Ele está morto?!

— O que? Não. Ele se foi. Ele curou bem e uma manhã, Doc entrou na clínica e Garrett se foi. Vimos a casa dele e parece que ele pegou algumas coisas e saiu.

Josiah recostou-se. Garrett decidira que iria embora. Ele tinha feito isso. Droga. Rowan inclinou a cabeça para o lado.

— Você sabe para onde ele foi?

— O que? Não. — Ele falou com o mesmo tom de Rowan. Claramente ele passava muito tempo com o outro lobo. — Ele mencionou sair quando ele completou dezoito anos, mas eu não acho que ele estava falando sério.

— Eu pensei. — Josiah não detectou nenhuma censura na voz de Rowan. Apenas um pouco de tristeza. — Vou mandar os caras fazerem algumas buscas e ver se conseguimos algo dele. Ser um Lobo Solitário nessa idade é difícil. — Rowan se mexeu em sua cadeira. — Falando de sair...

As palavras ficaram no minúsculo escritório. Josiah percebeu que deveria reconhecer algum significado delas, mas nada veio à mente. O lobo em seu cérebro grunhiu, querendo saltar sobre a mesa e segurar o pescoço do Alfa. Josiah respirou fundo, silenciando a outra metade.

— O quê? — Ele perguntou quando Rowan parecia hesitante em dizer qualquer coisa.

— Eu preciso que você saia da matilha.

O ar evaporou dos pulmões de Josiah. Ele piscou e encarou, sua mente correndo para processar o que o Alfa tinha dito. O silêncio esmagou o mundo ao seu redor.

Sair. Sair.

O lobo que compartilhava seu espírito ficou louco. Uivando e chorando. Deixar o bando? Deixar a única família que ele já conheceu.

— Você está me deixando maluco, garoto. — A voz de Rowan cortou a neblina.

— Você está me chutando para fora da matilha. — sussurrou Josiah, as palavras não querendo sair de sua boca.

— Não. Você ainda é um membro deste bando, mas você não pode estar aqui.

— Eu não vejo muita diferença. Eu ainda estarei desabrigado e...

Ele sabia que ele parecia malcriado, mas de alguma forma isso parecia melhor do que puro pânico. Quando Rowan pediu para se encontrar com ele, ele não esperava isso.

— Eu não vou deixar isso acontecer. — As palavras de Rowan surgiram surpreendentemente suave. — Com seu lobo crescendo em seus poderes Alfa, eu não posso ter você aqui. Quanto mais você estiver ao redor dos outros membros do bando, mais provável é que alguns deles se conectem com você do jeito que Garrett fez. Meu lobo vai ver isso como um desafio. — Rowan fez uma careta. — Eu tenho muita coisa tentando resolver o bando depois de Phillip e Bill. Inferno, alguns deles não se recuperaram de mim assumindo o controle de Frank. Eu não posso ter outro Alfa vivendo neste bando.

Josiah acenou com a cabeça, seus olhos ardendo com a sugestão de lágrimas que ele se recusou a deixar cair. Ele entendia - pelo menos parte dele - mas seu lobo via isso como uma traição. Lobo Solitário. O pensamento o aterrorizou. Ele não podia negar.

Os lobos eram animais de carga, projetados para funcionar com outros.

Seu animal meio estremeceu em sua cabeça. A vibração em seus músculos desapareceu quando cada centímetro de seu corpo se contraiu.

— Não se preocupe. — a voz de Kal percorreu o pânico de Josiah, mas não conseguiu atravessá-lo. — Josiah.

Ele ouviu o outro homem chamar seu nome, mas não conseguiu fazer seu corpo reagir. Sua mente atravessava o futuro - horas, anos sozinho. Suas garras romperam a ponta de seus dedos. Ele agarrou seu jeans, lutando para conter seu pânico. Dor atravessou sua pele enquanto suas garras rasgavam o tecido grosso e mordiam sua carne.

— Querido, me escute. — A chamada mordiscou as bordas de seu frenesi, calmante, dissipando a névoa em torno de seu cérebro. — Garoto.

O tom agudo penetrou na névoa.

Piscando, ele conseguiu soltar o aperto de morte em seus músculos o suficiente para virar a cabeça e encontrar os olhos de Kal.

— Vai ficar tudo bem. Nós vamos ficar bem.

— Mas eu... — ele parou. — Espere. Nós?

O meio sorriso que Kal costumava brilhar crescia um pouco mais.

— Você não pensou que eu ia deixar você ir sozinho, não é? — Ele se inclinou, pressionou sua boca para a orelha de Josiah, fazendo as palavras mais sensação do que som. — Eu preciso de outra chance para ter seu pau grosso dentro de mim.

Seu companheiro sussurrou um beijo quando ele recuou. O sangue correndo para sua virilha dificultava concentrar-se na sensação deliciosa, mas ele não estava mais em pânico.

Ele não estava mais sozinho.

Seu olhar fixou-se em Kal e ele reconheceu o calor nos olhos do outro homem. Incapaz de resistir, olhou para a direita. Kal estava lidando com o mesmo problema que ele tinha. Seus dedos se contraíram com a necessidade de desabotoar o jeans de seu amante e arrastar o material para baixo. Ele lambeu os lábios, imaginando chupar o pênis de Kal, ali mesmo no escritório de Rowan.

Como se pensando em seu nome o trouxe à existência, Rowan limpou a garganta, o som deliberado destinado a capturar a atenção de Josiah.

Relutantemente, ele afastou os olhos do pau de Kal e encontrou o olhar do Alfa.

— Como eu ia dizer... eu não estou mandando você embora completamente ou sozinho. Você é bem-vindo para voltar e visitar. Eu quero que você visite. O bando precisa conhecê-lo. Você simplesmente não pode viver aqui.

— Onde eu estarei...? — Ele olhou para seu amante. — Eu acho que nós. Onde vamos viver?

— Vamos começar na minha casa. — anunciou Kal. — Tomar algumas viagens longas longe daqui. Fazer um pouco de exploração.

Josiah mudou de posição em sua cadeira, virando-se para focar em seu amante. Seu companheiro.

— E o Conselho? Você ama o trabalho.

— Eu faço, mas isso é bom. Eu amo o... — Ele parou de falar, provavelmente porque viu quão grande os olhos de Josiah estavam ficando.

— Eu acho que vou sair. — Rowan se levantou e se dirigiu para a porta. Fez uma pausa. — Eu só vou ficar fora por alguns minutos. Não foda em meu escritório.

Josiah esperou até que a porta se fechasse para falar.

— Você não tem que vir comigo. — Josiah sentiu-se compelido a oferecer, mesmo que seu coração batesse triplo tempo com a ideia de sair sozinho.

— Eu quero. Se você me quiser. — Os olhos de Kal brilharam de riso, mas uma pitada de preocupação também brilhou no olhar encantador. — Eu não quero ficar muito pegajoso.

Josiah riu. — Eu não acho que isso vai ser um problema. Você está bem com desistir do Conselho?

Kal acenou com a cabeça. — Eu gostava do trabalho, mas eu fiquei principalmente porque me deu uma conexão. Eu não tenho um bando de verdade. O Conselho ajudou a preencher o espaço vazio.

— Você não tem um bando agora. — uma pitada de medo invadiu os olhos de seu amante e Josiah queria dissipar esse traço de solidão. — Mas você tem um companheiro.

As palavras fluíam com confiança. Por um piscar de olhos, Josiah entrou em pânico. Porra. Ele falou muito cedo. Depois da última semana, ele assumiu que Kal sentia o mesmo, mas talvez pensasse em si mesmo como professor de Josiah.

Kal sorriu.

— Eu faço. Agora tenho um companheiro.

Kal inclinou-se para mais perto. Josiah entrou para encontrá-lo. Eles se beijaram, embora fosse um desafio através dos sorrisos.

— Não os perturbe. — ordenou Craigh, do lado de fora da porta. — Eles estão tendo um momento doce.

— Contanto que eles não fodam no meu escritório, eu não me importo.

Josiah recuou, permitindo poucas polegadas entre ele e Kal. — Acho que, pelo menos, se sairmos, teremos um pouco de privacidade.

— Privacidade? — a voz de Craigh ricocheteou pela porta. — Vamos dar-lhes privacidade, certo? Além disso, eu não quero que Josiah vá embora. Eu gosto dele.

O pânico desapareceu do peito de Josiah. Ele precisava sair - mesmo que ele reconhecesse a sabedoria disso - mas ele ainda tinha um lar. Ele olhou para Kal.

E ele tinha um companheiro.


Epílogo


Quatro anos depois...


Josiah aproximou-se de seu Alfa, seu estômago afundando a cada passo.

— Eu não quero fazer isso. — Ele murmurou tão suavemente que só Kal poderia ouvi-lo.

— Vai ficar tudo bem. — respondeu seu amante. Kal ergueu a mão como se tocasse Josiah com conforto, mas caiu fora antes de fazer contato.

O companheiro do Alfa e os Betas estavam em um semicírculo atrás de Rowan. Eles não tinham mudado muito nos últimos quatro anos.

Random estava um pouco mais suave, Cledwyn um pouco menos grave.

Kia ainda poderia ser descrito como um bocado de um idiota, exceto quando se tratava de seu companheiro. Madge tinha saído de sua concha, pelo menos em torno dos Betas. Ele permaneceu tímido com o resto do bando.

Craigh continuou a amadurecer em seu papel como o companheiro do Alfa e Ômega. Rowan dirigia a matilha e Craigh atuava como seu principal conselheiro. Ele se tornará o lobo que os membros do bando vinham quando estavam chateados ou preocupados, especialmente quando falar com Rowan se tornava muito intimidante.

Rowan assentiu quando Josiah e Kal se aproximaram, o olhar familiar sombrio em seu rosto. Rowan poderia ter se acalmado, mas ele ainda era um idiota. E ele tinha se tornado um grande Alfa.

Josiah e Kal passaram grande parte dos últimos quatro anos andando pelo país em suas motos. Eles haviam pegado alguns amigos ao longo do caminho. Amigos que agora montavam com eles, amigos que iriam se juntar ao bando uma vez que Josiah assumisse. Eles olhavam para Josiah como seu Alfa.

Agora era hora de assumir como líder de seu bando de nascimento.

Quinn e vários lobos um par de anos atrás de Josiah ficaram de lado. Tornara-se amigo deles durante suas visitas. Alguns já haviam se ligado a ele como Alfa. Eles estabeleciam seu círculo íntimo. Ele acenou para Quinn e Matthias. Quinn sorriu e saltou sobre os calcanhares.

O lobo mais novo mostrava todos os ingredientes de um excelente Ômega. Tudo o que restava era ele desafiar Rowan.

Josiah engoliu em seco para limpar o nó na garganta.

— Você está pronto? — Rowan perguntou, a agressão em sua voz inflamando o animal de Josiah.

— Você tem certeza de que quer fazer isso?

— Sim. Está na hora. — Ele inclinou a cabeça em direção a seu companheiro. — Queremos ir para a estrada.

Craigh sorriu como se Rowan lhe prometesse algum tipo de capricho tão logo saísse da cidade.

O coração de Josiah batia em seus ouvidos. Ele se aproximou, inclinando-se.

— Eu não...

Ele não conseguia expressar suas preocupações. Ele era jovem demais, não suficientemente forte.

— Você vai ficar bem. — Rowan assegurou-lhe em um sussurro somente para ele ouvir. — Você ama este bando e você se ligou com uma dúzia de membros.

Ele ergueu o queixo, indicando que Josiah deveria olhar para trás.

Doze homens, mulheres e lobos flutuavam perto das bordas, claramente ao lado de Josiah. Eles pareciam tensos, prontos para lutar. Eles pareciam estar percebendo a ansiedade de Josiah. Ele acenou com a cabeça em saudação e enfrentou seu Alfa.

— Então, como vamos fazer isso? — Ele perguntou, sabendo que ele não poderia deixar para baixo os homens e mulheres que estavam com ele.

— Você me desafia.

Josiah estava orgulhoso de que sua boca não estivesse aberta.

— Eu tenho que lutar com você? — Ele não conseguiu manter o choque fora de sua pergunta.

— É assim que é feito. Meu lobo não desistirá sem uma briga.

— Mas você não quer mais ser Alfa, — ele apontou.

— Eu sei. Mas é assim que funciona. Então, desafie-me e vamos seguir em frente. — Rowan deu um passo para trás e ergueu o queixo, desafiando Josiah a dar o próximo passo.

Josiah congelou. Ele não poderia fazê-lo. Ele não precisava dizer as palavras. Ele precisava de ação. Ele precisava bater em Rowan.

O lobo dentro dele se rebelou contra atacar seu Alfa. Apesar de saber que esse momento viria, Josiah não poderia fazer seu corpo se mover.

— Não posso. — Disse ele. — Eu não posso lutar com você.

O medo não o mantinha preso. Pelo menos não totalmente. O lobo alfa era enorme e forte, esmagador. O animal de Josiah estava acostumado a se submeter ao outro lobo. Parecia desrespeitoso desafiar seu Alfa.

Sim, eles haviam lutado quando Rowan se tornou Alfa, durante o desafio aberto. Ele tinha lhe dado a bunda entregue. Isso foi diferente. Agora ele conhecia Rowan, sabia que ele era um Alfa forte. Um bom homem.

Ele balançou sua cabeça. — Eu não posso.

Rowan suspirou e deu um passo à frente, fechando a distância entre ele e Josiah. Ele levantou a mão. Por um instante, Josiah se perguntou se Rowan poderia atingi-lo. Em vez disso, sua grande palma pousou no ombro de Josiah, apertando um pouco demais para ser reconfortante.

O Alfa se inclinou e colocou seus lábios ao lado da orelha de Josiah.

— Eu fodi Kal.

A cabeça e a coluna de Josiah estalaram diretamente. Seu lobo rosnou baixo e fundo no fundo de sua mente. O pensamento de que alguém tinha tocado seu companheiro provocou a agressão do animal.

Mas o cérebro humano agarrou a verdade.

— Kal nunca...

— Ah, não recentemente. Não, quando éramos lobos solitários. Eu costumava foder com ele. O tempo todo. — Rowan se inclinou mais perto, invadindo o espaço de Josiah, o quadril tocando o quadril. — Eu enfiava meu pau em sua bunda e ele fodidamente amava.

O vermelho correu pela visão de Josiah. Seus dentes caninos esticaram para baixo, inchando dentro de sua boca.

O rosnado do lobo não mais permaneceu dentro de sua cabeça.

— Eu me pergunto se ele pensa em mim quando você está fodendo com ele. Se ele sonha com meu pau sendo conduzido...

Qualquer outra palavra se tornou ruído incompreensível quando Josiah rugiu, seu corpo explodindo.

Ele balançou o cotovelo para cima, simultaneamente empurrando o invasor para longe e o enviando voando. Josiah inclinou a cabeça para trás e uivou, o som ecoando pelo ar.

A raiva sanguínea percorria suas veias. Rowan estava deitado no chão, olhando para ele. O riso parecia irradiar de seu corpo, mas o cérebro de Josiah não podia processar a emoção. A vingança consumia seus pensamentos de lobo. Ele saltou para frente, aterrissando no corpo do Alfa, determinado a eliminar aquele que ousará tocar seu companheiro.

Gritos rangeram em torno dele, mas ele ignorou-os. Ele balançou as garras, apontando para a garganta de Rowan. Sua presa se torceu. O cheiro de sangue correu para a atmosfera enquanto Josiah rasgava a carne. Rowan gritou e se virou, levantando-se.

— Eu desisto. — Ele anunciou, esticando um braço, afastando Josiah.

O lobo em Josiah não se importava. Ele não ficaria satisfeito até que seu rival morresse. Ele pulou de novo, mas algo forte e familiar interrompeu seu progresso. Ele lutou contra a restrição, rosnando para o que o segurava de volta.

— Cuidado, garoto, eu não sou a pessoa que você quer desafiar. — A voz brilhou através de seu cérebro embaçado. Companheiro.

Kalidel. Companheiro.

Ele cheirou o ar, absorvendo o cheiro reconfortante de seu companheiro. Nenhum medo cercou seu companheiro. Nenhum desafio.

Seu lobo recuou e o corpo de Josiah encolheu, colocando-o de volta em seus pés.

Caralho. Eu estava selvagem.

A realidade o abalou por um momento. Um momento que só durou enquanto Kal segurou seu queixo, manejando seu rosto para ele.

O poder nas palavras de Kal fluía sobre Josiah, atraindo-o para casa. Ele assentiu. Em pausa, então assentiu novamente, o movimento limpando o nevoeiro em seu cérebro. Rowan. Eu ataquei Rowan.

Ele saiu de perto de Kal, procurando seu Alfa.

Exceto que não. Ele olhou para Rowan, sentando-se no chão, inclinando-se contra Craigh e Josiah percebeu que uma mudança fundamental tinha acontecido. Seu lobo não reconhecia mais a conexão com Rowan. Já não sentia a submissão a um Alfa.

O sangue no peito de Rowan enviou uma dor correspondente ao coração de Josiah.

— Foda-se! — ele ajoelhou ao lado de seu antigo alfa, mas sempre seu amigo. — Você está bem? Chame o médico.

— Eu estou bem. — Rowan levantou uma mão para parar qualquer um que estivesse correndo para pedir ajuda. — Um par de arranhões.

Craigh zombou e balançou a cabeça, olhando para Josiah.

Ele esperou as recriminações no olhar do companheiro do Alfa, mas viu apenas comiseração para o comportamento de seu companheiro.

— Eu... — as desculpas que ele sabia que deveria oferecer não saíam de sua boca. Ele não estava arrependido.

Parte dele ainda se enfurecia ao pensar em Rowan fodendo seu companheiro.

Rowan ofereceu uma risada dolorosa. — Não se preocupe, garoto. Eu nunca fodi o Kal. Eu precisava de algo para irritá-lo o suficiente para me desafiar.

— Nunca? — perguntou Josiah, o poder do Alfa crescia através dele. Ele já não temia Rowan.

O lobo alfa dentro dele se pavoneou através do cérebro de Josiah, exigindo que ele mostrasse seu domínio.

— Talvez uma vez, mas nós dois estávamos bêbados. Nenhum de nós gostamos. Nunca foi repetido. A noite é toda um pouco confusa.

Antes que Josiah pudesse responder, Craigh levantou-se e olhou para seu companheiro.

— Você terminou de irritar o novo Alfa? — Ele tirou as calças.

— Quase. — Rowan gemeu enquanto se sentava. — Caramba, garoto, você tem um bom soco.

A mão de Kal pousou no ombro de Josiah.

— Ele não é mais um garoto. — acrescentou o seu amante. Com o apoio de Kal, Josiah balançou em seus calcanhares e se levantou.

O poder fluía através dele enquanto ele olhava para Rowan. Josiah percebeu que ele não sentia mais a pressão externa para se submeter. O lobo de Rowan já não comandava o dele.

Um pequeno pedaço de pesar flutuou pelo peito. Não medo. Sentiria falta de Rowan e Craigh. Eram sua família.

— Não se preocupe, garoto. Não vamos longe. — Rowan empurrou-se para ficar de pé. — Nós estaremos ao redor agora e então.

Josiah acenou com a cabeça. Rowan e Craigh planejavam mover suas coisas para a casa de Kal, usando-a como uma base doméstica como ele e Kal tinham feito. Cledwyn e Random viajariam com Rowan e Craigh.

Kia e Madge iam ficar por perto. Todos concordaram que Madge não ficaria bem sem a estabilidade da sua casa.

— É melhor irmos. — Craigh abriu os braços e atraiu Josiah para um abraço.

— Você vai embora agora?

— Sim. Você precisa ser Alfa sem o cara velho no fundo. — Craigh o espremeu. Josiah o abraçou. Nos últimos anos, ele continuou crescendo. Agora ele quase alcançava Craigh e Rowan.

Ele estava mais alto e mais largo do que Kal agora. Isso não importava. Eles combinavam bem um com o outro.

Ambos fortes e teimosos.

Eles tinham entrado em mais de uma discussão acalorada. Eles também inventaram formas explosivas.

Lembrando-se da luta que Kal escolhera com ele na noite passada - que ele reconhecia agora estava destinada a distraí-lo - e o sexo de reconciliação que se seguiu, Josiah não pôde conter seu sorriso. Ele olhou para seu companheiro, apertando as mãos de Rowan.

Kal encontrou o olhar de Josiah com um aceno de cabeça rasa. Não era um movimento submisso. Seu companheiro nunca se curvaria diante dele.

Bom. Ele não precisava de outro membro do bando. Ele precisava de um parceiro.

Os adeuses misturados com promessas que iriam visitar em cerca de seis meses, para dar Josiah uma chance de se tornar estabelecido como Alfa.

O sol estava no meio-dia quando saíram.

— O que vamos fazer primeiro, Alfa?

Josiah se virou e olhou para Quinn. Ele se tornou um bom amigo nos últimos anos. Seu lobo se ligou com Josiah cedo, então ele se mudou para a casa de Kal há dois anos. Ele havia assumido a contabilidade para Josiah e Kal, administrando seu dinheiro.

Josiah levantou a cabeça e examinou a pequena multidão. Novos membros da matilha e alguns antigos. Ele procurou um rosto.

— Ele não está aqui. — Quinn murmurou.

Josiah acenou com a cabeça. Ele perdeu a noção de Garrett quando o lobo desapareceu. Josiah continuou a procurar e uma pequena parte dele esperou que o outro lobo recebesse a mensagem de que poderia voltar para casa.

— Vamos entrar. — anunciou Josiah. Ele olhou para Kal. Seu companheiro ofereceu seu apoio silencioso. — Então eu vou comprar a todos um drinque no Distant Howl.

Um elogio subiu e eles se dispersaram.

— Você está bem? — Kal perguntou, aproximando-se, sua mão deslizando acima da espinha de Josiah. O toque reconfortante afastou o último pedaço de hesitação. A paz se instalou dentro dele enquanto ele observava sua matilha carregar os móveis na casa.
Ele poderia fazer isso. Rowan ensinou-lhe bem.


E ele tinha seu companheiro ao seu lado.

Josiah agarrou a mão de Kal e apertou os seus dedos.

— Sim. Eu estou bem. — Ele sorriu para Kal, seu companheiro e seu amor. — Eu estou bem.

 

 

                                                   Tielle St. Clare         

 

 

 

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