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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


ÁSPERO PASSEIO / Carol Lynne
ÁSPERO PASSEIO / Carol Lynne

 

 

                                                                                                                                   

 

 

 

 

Acariciando sua dolorida mandíbula, Wyn levantou o telefone e chamou a seu melhor amigo, Nate.

“Olá?”

“Oi, sou eu Wyn. Espero não te encontrar em um mau momento.”

“Não, apenas me preparava para ir à cama. Como está?”

“Não muito bem. O funeral do papai foi difícil.” Wyn sabia que Nate estava se preparando para ir à cama e que era mau momento para telefonar. Entretanto, ele necessitava ajuda. “Eu fui espancado quando fui à cidade para jantar."

“Espancado? Por quem? Eu acreditei que disse que Pamona era uma tranqüila cidade em meio do nada?”

“Assim é, mas aqui há um grupo que não se agradou muito que um gay chegasse a sua cidade.”

“Maldição.”

“Sim. De qualquer maneira, eu me perguntava se poderia vir até aqui arrumar umas coisas, odeio soar como um covarde, mas eu não sou concorrência para este grupo de caipiras.”

“Perguntou a Ezra se ele pode ir?”

“Ezra? Quem disse alguma coisa sobre ele?” Wyn tratava de fazer seu melhor esforço para não pensar a respeito desse homem, ou o tenro beijo que compartilharam na noite da véspera de Natal.

“Olhe, Wyn, deveria lhe telefonar. Não somente é o homem certo para te ajudar a pôr em ordem o rancho, mas está caminhando igual a um urso com a pata machucada desde que o deixou. Além disso, conhece alguém mais intimidante que ele? Manterá a esses caipiras em apuros.”

“Não virá. Imagino que seguirá zangado pela pequena brincadeira da cesta de bolachas.”

“Não, Eu finalmente consegui arrumar isso. Custo-me um par de garrafas de Uísque escocês, mas valeu à pena afastei o dragão de minhas costas.”

“Ezra te fez passar por momentos difíceis?”

 

 

 

 

“Não, Ryan. Disse que eu tinha que limpar minha confusão e estava incomodando por dias com isso.”

Wyn riu. Deus sentia saudades de Nate. Não havia maneira, Nate sempre conseguia fazê-lo rir. “Então você realmente pensa que eu deveria chamar Ezra?”

“Sim”

“Não acha que ele pode pensar que o estou perseguindo?” Essa era a razão por não ter chamado Ezra depois da noite da véspera de Natal. Esse beijo tinha sido fenomenal, mas quando se separaram Ezra o viu divertido e saiu do salão, Esperou por várias semanas que o telefone tocasse ou que o visitasse o grande homem, mas nada aconteceu.

“Só o faz, Wyn. Você e eu sabemos que é a melhor pessoa para esse trabalho. Se vocês dois não puderem juntos com essa merda, me ligue novamente.”

“Obrigado.”

“Não mencione isso. Nunca. Especialmente ao Ryan,” Nate adicionou.

“Meus lábios estão selados.”

Wyn desligou e viu o relógio. Decidindo que era muito tarde para telefonar para Ezra, apagou a luz e subiu as escadas.

 

O telefone despertou a Ezra de um profundo sonho. Com um grunhido alcançou o telefone sem fio. “Olá,” ele grunhiu.

“Ezra?”

Ezra se endireitou e despertou totalmente “Wyn, é você?”

“Sim. Desculpe por telefonar tão cedo. Esqueci a diferença de duas horas.”

“Não há problema, tinha que levantar, de qualquer maneira. Onde estás?”

“Em Oklahoma, ao norte da Tulsa no rancho de meu pai. OH merda, Ezra, eu odeio pedir isso, mas necessito... uh, sua ajuda.”

“Huh?” Ezra coçou a barba.

Depois de um momento de silêncio do outro lado da linha de telefone. “Meu pai morreu. E eu vim para fazer os acertos do funeral e ver o rancho. Mas às coisas ficaram difíceis, há um grupo de caras na cidade que estão me ameaçando. Sinto muito, Ezra. Eu sei que você está muito ocupado atendendo o ‘EZ Does-It’, mas eu não sei a quem pedir ajuda.”

Ezra sentiu seu sangue começar a esquentar-se. “Que acontece com os homens da cidade?”

Ouviu Wyn respirar profundo parecia que estava zangando-se. “Eu cresci aqui. Eles não me queriam então, e, com certeza, como o inferno que não me querem agora.”

“Porque é gay?”

“Isso por uma parte, só que eu nunca me encaixe aqui. Essa é a razão pela que eu deixe esta casa, tão logo tive idade suficiente.”

“Eles te fizeram mal?” Ezra perguntou, tragando o nó na garganta. Se havia uma coisa que não podia tolerar, era que os mais velhos se aproveitassem dos menores. Era pior esta vez, porque era Wyn a que esses tipos da cidade estavam perseguindo.

“Nada permanente. Apenas que nós não somos exatamente amigos, mas eu realmente poderia me sentir mais seguro se me ajudasse a ter o rancho preparado para vendê-lo.”

Nada permanente? “Vou assim que possa conseguir um vôo.”

“Obrigado. Espero que só tome uma semana ou algo assim. Não quero te causar problemas em seu lugar”

“Não. Eu tenho pessoas que podem se encarregar do rancho. Pode ir me buscar no aeroporto ou deveria alugar um carro?”

“Não, não, Eu estarei lá. Só me avise quando chegar.”

“Espera, vou procurar uma folha de papel onde anotar seu numero.” Ezra retirou os cobertores e desceu da cama. Procurando encima de sua cômoda, ele retornou com o papel e a caneta. “Está bem,” o disse.

Wyn disse rapidamente o número do celular e do rancho.

“Nos vemos, Tenho que tomar banho e dar uns telefonemas. Avisarei quando tiver a hora.”

“Eu não posso te dizer o quanto aprecio isso,” Wyn disse.

O tom na voz do homem quase quebrou seu coração. Usualmente Wyn parecia bastante seguro, mas agora ele se ouvia como um pequeno menino perdido. Correto ou equivocado, Ezra não podia esperar para envolvê-lo em um abraço protetor. Só deixa que um desses fodidos tipos toque em Wyn, com ele por perto. Não teve uma boa briga em anos.

“Alegra-me que me chamasse,” ele disse. Ezra queria dizer mais, mas seu próprio orgulho o deteve. ”Eu te chamo tão logo saiba a que horas chega o vôo.”

Desligou o telefone e se dirigiu para a ducha. Quando passou pelo espelho, capturou seu reflexo. Detendo-se, girou e esfregou a barba. Possivelmente deveria barbear-se?

Esse pensamento o impactou. Não tinha considerado barbear-se em quase vinte anos. No passado, quando aparecia, duas vezes ao ano era o único que se permitia. Diabos, inclusive não recordava como era seu rosto debaixo de todo esse cabelo.

Inclinando-se sobre o lavabo, tomou a caixa de primeiros socorros. Encontrando umas tesouras pequenas começou a cortar. Com cada tesourada, uma parte de sua passada culpa se desvanecia. Possivelmente isto era justo o que necessitava.

 

Wyn tinha todos seus músculos doloridos, sentia-se tão mal que poderia chorar. E estava malditamente muito velho para reparar uma cerca por conta própria. Gostosamente poderia ter esperado pela Ezra, se não tivesse que fechar o buraco na cerca entre as terras de seu papai e de Frank Johnson. Frank era conforme sabia um idiota de classe A, e Wyn não tinha energia para brigar com ele.

Usando a escavadeira, Wyn colocou um novo jogo de postes nos buracos. Ajoelhado na terra vermelha de Oklahoma, Wyn começou a preencher o buraco, segurando-o com um tubo que encontrou na parte de atrás da caminhonete. O jogou um par de pás de cascalho como uma boa medida, antes de continuar preenchendo-o.

Quando o pó o fez tossir. Fechou seus olhos e tratando de limpar seus pulmões. Não pôde evitar imaginar o fresco interior de sua loja no Cattle Valley. Perguntava-se se Gavin estaria dirigindo bem a loja. Tinha esclarecido que o chamasse ao menos uma vez ao dia em caso de que tivesse qualquer problema, mas nunca tinha certeza. Gavin era um bom tipo e o melhor de seus empregados, mas era Wyn que fiscalizava tudo o que acontecia.

Olhou ao redor de si, nada além de gado e trabalho. Sabia que fez o correto quando saiu dali quando fez dezoito anos. Seu pai não estava feliz, mas ambos sabiam que sua sexualidade nunca permitiria encaixar se tivesse ficado.

Uma vez que o buraco esteve cheio, Wyn ficou de pé e o testou, empurrando contra todo seu peso. Quando se moveu apenas uns centímetros, ele julgou que estava suficientemente bom. Foi à caminhonete de seu pai e recolheu o rolo de arame farpado. Não era um homem fraco, não, mas esse rolo esteve a ponto de tombá-lo várias vezes.

O poste quebrado da cerca estava suficientemente reforçado e não teria necessidade de construir um novo. Começando com o fio inferior, Wyn encaixou o arame farpado no poste com dois grampos, tomando seu tempo para enrolá-lo ao redor do poste de suporte. Levantou o que tinha utilizado no buraco, passou pelo centro do rolo de arame e estendeu o arame sobre a área a cobrir. Passou entre meio os arames da caminhonete, quando soou o telefone. Agradecido pelo descanso, procurou o telefone em seu bolso. “Olá.”

“Oi, sou eu, Ezra.”

Wyn virou seus olhos. Parecia-lhe que ninguém no planeta tinha a voz grave de Ezra. “Oi. Apanhou-me arrumando uma cerca.”

“Você arrumando uma cerca?” Ezra se ouvia impactado.

“Sim. Eu cresci aqui. Eu lembro algumas coisas de minha juventude.”

“Sinto muito, apenas me surpreendi, é tudo. Meu vôo chega às sete. Pode me apanhar?”

Wyn tomou seu lenço e secou a testa. “Claro. Inclusive te levarei para jantar.”

“Eu apreciaria isso. Bom, te deixo trabalhando, nos vemos mais tarde.”

“Estarei aí.” Wyn colocou o telefone no assento através da janela aberta da caminhonete.

Tomando o rolo seguiu trabalhando. Terminou de colocar a linha inferior e seguiu pela linha do meio e a superior, Quando, diabos, tudo se afrouxou. Wyn não estava certo do que aconteceu. Um segundo estava estirando o arame com suas pernas e no seguinte soube, é que o sentia o arame rasgando-o, enrolando-se em seu ombro, cara e pescoço.

Wyn caiu na terra pelo impacto, suas mãos imediatamente se foram ao seu rosto. Suas luvas de couro tinham uma boa quantidade. “Merda!” ele gritou com toda a força de seus pulmões.

Tirou seu lenço do bolso e limpou a cara, notou sua camisa salpicada com seu sangue.

Conseguir chegar a sua caminhonete não foi fácil, começava a sentir seus pés instáveis. “Não desmaie agora, velho,” ele murmurou.

Ligou a caminhonete e se dirigiu pelo velho caminho de terra da granja, para a estrada, sua visão começou a nublar quando se dirigia à cidade. Sabendo que poderia desmaiar a qualquer momento, ele fez uma rápida decisão de pedir ajuda a um vizinho de seu pai.

Tremendo, Wyn se dirigiu pela estrada tocando a buzina. Viu uma figura correr para ele da área do estábulo e freou de repente pôs a caminhonete em ponto morto.

Quando a figura se aproximou, Wyn sabia que esse não era Frank Johnson que ele recordava.

“Que acontece?” o tipo gritou desde dez metros.

“Estava consertando a cerca,” Wyn conseguiu dizer antes que seu mundo se voltasse negro.

 

Quando Ezra caminhava pelo terminal, suas pernas já estavam intumescidas. Malditos assentos estreitos. Esses definitivamente não estão desenhados para um homem de dois metros e dez centímetros.

Depois de recolher sua mala, se dirigiu à frente do aeroporto. Não viu sinais de Wyn. Passou a mão por seu rosto barbeado. Momentaneamente se surpreendeu quando seus dedos encontraram sua pele recém barbeada. Rindo consigo mesmo, ele caminhou para o balcão de informação.

“Desculpe senhorita.”

A atendente de informação sorriu. “Posso ajudá-lo?”

“Creio que alguém me encontraria aqui, mas não há sinal dele. Perguntava-me se podia chamar a Palmer Wynfield?”

“Naturalmente,” ela disse e fez o que lhe pediu.

Olhava ao redor, nada. Um golpe em seu braço chamou a atenção de Ezra.

“É Ezra James?” o alto vaqueiro perguntava. O tipo era de perto de um metro noventa centímetros com cabelo escuro e cavanhaque. Ezra sabia que nunca o tinha visto antes.

“Sou eu,” Ezra respondeu.

“Sinto muito, não bate com a descrição que me deu Palmer. Bom exceto no tamanho, ele apontou com barba.”

Ezra passou sua mão sobre seu rosto. “Sim, bem, pensei surpreender Wyn. Onde esta ele?”

O vaqueiro se via incomodado por um momento, “Sinto, ser eu o que te diga isto, mas Palmer teve um acidente.”

As mãos de Ezra se fecharam imediatamente em punho. “Quem o machucou? Vou matá-lo.”

O homem levantou suas mãos. “Não, estava arrumando a cerca e o arame farpado se enredou nele. Esta na caminhonete. Está um pouco drogado.” O vaqueiro lhe ofereceu sua mão. “Eu sou Richard... Meu avô é o proprietário da granja ao lado.”

“Onde esta sua caminhonete?” Não é que não apreciasse que tenham vindo por ele, mas precisava ver se Wyn estava bem. Tinha visto muitos cowboys enredados no arame farpado e isso nunca era bom.

Richard apontou o caminho, “O doutor diz que estará bem. Embora ele tivesse que dar alguns pontos. O arame o apanhou no ombro, pescoço e cara. Parece estar mais aborrecido pelos cortes de seu rosto.”

Enquanto eles caminhavam cruzando o estacionamento, Richard continuou lhe informando. “Perdeu uma boa quantidade de sangue, mas o doutor disse que ele chegou a emergências a tempo, e foi o bastante inteligente para chegar à casa do avô antes de desmaiar.”

Eles chegaram até uma caminhonete café e Ezra deixou sua bolsa na traseira. Richard seguro à porta do passageiro e se desculpou com Ezra. “Imaginei que seguiria dormindo e não queria que ninguém o incomodasse.”

Ezra assentiu com a cabeça. “Obrigado.”

Abrindo a porta, Ezra sentiu sua garganta se fechar quando viu Wyn. Sua camiseta estava rasgada na metade, com sangue seco cobrindo o suave algodão. Com gazes brancas que pareciam cobrir a maior parte do pequeno homem da axila à têmpora.

Tomando uma profunda respiração. Ezra brandamente levantou Wyn e o embalou em seus braços. Sentou-se e sustentou Wyn em seu colo. Podia dizer que Richard queria dizer algo sobre o cinto de segurança, mas Ezra nem via, e ele não se atreveu a fazer algum comentário.

Dando de ombros o vaqueiro fechou a porta e se dirigiu para o lado do condutor. “Estamos à uma hora conduzindo depois que saiamos da cidade.”

Ezra assentiu, mas não disse nada. Wyn estava realmente inconsciente. Ezra desejava beijá-lo, mas não estava seguro como poderia reagir ao homem que conduzia. Não estava seguro de porque lhe importava, exceto sabia que a Wyn importaria.

Richard viu seu dilema. “Você é o companheiro de Palmer?”

“Não ainda,” Ezra respondeu. Fixou o olhar em Richard “Tem algum problema com isso?

Richard sorriu. “Não, mas provavelmente sou o único na cidade. Eu não cresci em Pamona. Eu devia ajudar a meu avô a marcar e castrar os bezerros.”

Com essa informação em mente, Ezra cedeu à tentação e beijou Wyn na testa. “Wyn me disse que o espancaram na cidade. Sabe algo disso?”

Richard assentiu. “Eu ouvi uns tipos rir a respeito disso quando eu estava tomando o café da manhã no Jenny’s.”

“Sabe os nomes desses tipos?” Apesar da presente condição do Wyn, Ezra não podia evitar, mas se excitou pelo pequeno traseiro aninhado contra seu pênis.

“Não estou seguro realmente. Eu suponho Henry Fletcher está atrás disso. Palmer deverá ser capaz de lhe dizer quando despertar.”

Ezra armazenou o nome em sua memória para futuras referências. Richard continuou falando o resto do caminho. Ezra estava agradecido com o homem, não esperava que falassem com ele. Uma idéia lhe ocorreu, “Posso te perguntar por que não tem o mesmo problema que Wyn pelo estilo de vida?”

Olhou como as mãos de Richard apertavam o volante.

“Eu estive enterrado no armário por vários anos aqui. Quando eu estava na universidade, era diferente, mas eu tive que deixá-la em meu penúltimo ano e ajudar a meu papai com seu rancho. As pessoas dos arredores não entendem, e não sou tão valente como Palmer.”

Ezra estudou Richard por uns segundos. Sabia tudo a respeito de estar no armário. Tinha estado aí os primeiros trinta anos de sua vida. “Alguma vez ouviu falar de Cattle Valley?”

“Não, não posso dizer que o tenha ouvido.”

Ezra sorriu. Isso sempre era o mesmo. Cattle Valley parecia ser uma utopia secreta, conhecida apenas por uns poucos. “Esta em Wyoming. Eu tenho um rancho lá e Wyn tem uma loja de roupas. Você deveria ir ver.”

Richard assentiu. “Eles estão bastante de acordo com sua sexualidade?"

Ezra riu. “Bom, me deixe ver. O xerife está envolvido em um trio e o prefeito está de férias no Havaí tratando de conseguir quantos surfistas possa.”

“Maldição.”

“Como te digo, vá ver. É uma linda comunidade onde pode ser você mesmo.”

Quando eles deram a volta e entraram no caminho de cascalho, Wyn começou a agitar-se. “Sinto muito,” Richard disse. “Eles não as consertaram ainda. Os caminhos estão muito ruins devido às chuvas de primavera.”

Ezra viu Wyn piscar várias vezes antes de abrir os olhos. Por um momento sentiu que o pequeno homem ficou tenso em seus braços. “Está bem, te acalme” Ezra o tranqüilizou.

“Ezra?” Wyn pôs sua mão na cara de Ezra. “Está muito bonito.”

Sentiu seu rosto esquentar-se ante o elogio, essa era a mesma reação que teve em seu rancho antes de vir. Tinha esquecido que tinha sido um garanhão em seus dias de juventude. Desde que Nancy... Ezra deteve esse pensamento. Não, é tempo de mover-se, vinte anos de carregar a culpa sobre a morte de Nancy é suficiente.

“Eu estou aqui agora, Wyn. Vou cuidar de você.”

A mão de Wyn se moveu para o rosto de Ezra à sua cobrindo os curativos.

Podia ver a preocupação nos olhos de Wyn. Ezra negou com sua cabeça. “Continua sendo um homem malditamente bonito. A cicatriz só acrescentará um pouco de rudeza a esse lindo rosto. Terá que brigar para afastar aos homens de ti quando retornar a casa.”

Wyn bocejou quando eles entravam no rancho. “Isto era de seu pai? ”Ezra perguntou.

Olhando para fora pela janela, Wyn assentiu. “Não é tão bonito como o teu.”

“Minha casa é apenas aparência. Os compradores tendem a olhar esse tipo de coisas. É o que há detrás das cercas e nos estábulos o que conta.”

Quando a caminhonete chegou e se deteve, Ezra assentiu para Richard. “Eu aprecio tudo o que tem feito. Venha aqui alguma vez e lhe ofereceremos um jantar e cerveja.”

Richard sorriu. “Guardarei essas palavras. Vou pegar sua bolsa.”

Levando Wyn pelos degraus do alpendre, Ezra se moveu ao lado de Richard para lhe abrir a porta.

“Esta fechada,” Wyn murmurou. “A chave está na caminhonete.”

Richard procurou dentro do bolso de sua calça e tirou um chaveiro. “Eu peguei antes de te levar ao hospital. Você fecha a porta? Ninguém faz isso por aqui.”

“Muitas coisas estão acontecendo, é melhor acautelar que lamentar.”

Richard retirou a chave da porta e colocou a bolsa de Ezra e lhe deu uma sacola da farmácia a Ezra. “Tem que tomar outro comprimido destes em duas horas. Retorno com o avô antes que fique histérico.”

“Não permita isso,” Wyn disse. “Obrigado, Richard.”

“Não há problema.” Com um último adeus com a mão, o alto vaqueiro voltou para sua caminhonete e se afastou.

Ezra levou Wyn ao sofá. “Necessita algo? Um pouco de comida ou água?

Wyn negou com a cabeça. “Eu apenas preciso tirar esta camisa.”

Ezra estudou a camisa ensangüentada. “Deixe-me trazer uma bacia com água quente para limpar o resto do sangue.” Ajudou Wyn a tirar sua camisa, surpreendendo-se ao ver a quantidade de finos músculos estavam escondidos no peito sem pêlos.

Seu pênis respondeu imediatamente. Envergonhado, Ezra foi para o que parecia ser a cozinha. Procurando nos armários, encontrou uma grande bacia e a encheu com água quente. Abriu uma gaveta perto do lavabo e tirou um pano para limpá-lo meteu na bacia e se dirigiu para a sala.

“Toalha?” ele perguntou.

“No closet branco, à direita da porta do banheiro.” Wyn assinalou para acima do corredor.

Depois de tirar uma toalha verde das prateleiras, Ezra se ajoelhou frente a Wyn. Espremendo o pano, o começou a limpar o sangue seco. Não podia tirar da mente a imagem de Wyn sangrando até morrer com a garganta cortada.

“Foi sortudo, sabe? Homens mais fortes foram derrubados ao serem enganchados por um arame farpado.”

Viu a cara de Wyn e estava um pouco surpreso ao ver que fechava seus olhos. Pensou que possivelmente o pequeno homem adormeceu, até que notou o vulto crescer na braguilha de Wyn. Bom, não era o único que começava a lhe afetar esta proximidade.

“Sente-se bem?” lhe perguntou.

“Mmm hmm, bastante bem.” Wyn respondeu e abriu seus olhos. “Porque não me ligou depois do beijo daquela noite?”

Ezra o tinha perguntado quando tinha sido um beijo tão perfeito. Tinha pensado nisso desde que Wyn lhe chamou. “Culpa. Você é a primeira pessoa que beijo em quase vinte anos.”

Wyn abriu enormemente os olhos. “O que?”

Ezra terminou de limpar a cara de Wyn e colocou o pano dentro da bacia. “Eu estive casado por nove anos. Não soube isso?”

Wyn negou com a cabeça, mas não disse nada.

“Ambos éramos muito jovens... Eu estava envergonhado de meus desejos e tratei de escondê-los atrás de um matrimônio com uma mulher, da qual nunca estive realmente apaixonado. Eu fui a uma convenção de gado em Santo Antonio e encontrei um homem. Nós passamos a semana inteira juntos. Quando eu retornei para casa, eu sabia que eu não podia viver mais uma vida de mentiras. Quando eu finalmente falei com Nancy e lhe disse toda a verdade, ela não recebeu muito bem.”

“Zangou-se?” Wyn perguntou.

Ezra negou com a cabeça. “Deprimiu-se. Nesse tempo eu tinha um pequeno rancho. E me mudei para cabana dos trabalhadores até que ela pudesse encontrar outro lugar para viver.” Piscou várias vezes, eliminando a ameaça das lágrimas. Não tinha falado dessa historia com ninguém, tinha escondido sua vergonha por anos. “Eu recebi a chamada da irmã de Nancy no dia seguinte, ela encontrou-a morta. Ela tinha tomado um pote de pílulas.”

“OH, OH maldição.” Wyn embalou a bochecha de Ezra. “Sinto muito.”

Ezra assentiu. “Eu vendi o rancho e me mudei da cidade, eu tinha ouvido a respeito de Wyoming. Eu sabia que não estava preparado para uma relação, mas tinha a esperança de que algum dia...”

“E levou vinte anos?”

“Você me pegou no primeiro dia que entrei na sua nova loja. Você fez algo esse dia que me machucou. Eu estou acostumado que as pessoas se sintam intimidados por meu tamanho. Isso aconteceu minha vida inteira, mas quando me viu, você retrocedeu. Isso me doeu. E eu te dava esse nome que você nunca me perdoou.”

“Sr. Calças Imaginativas,” Wyn assentiu. “Eu o recordo. Doeu-me porque era da forma que as pessoas de Pamona se burlavam de mim antes que deixasse a cidade.”

“Sinto muito. De todos os modos, eu só renunciei, depois disso. Eu nunca tinha encontrado a ninguém por quem sentisse esse tipo de atração e você parecia me odiar.”

“O fiz.” Wyn confessou. “Eu não estou dizendo que não me sentisse atraído por ti, apenas que me machucava bastante bem.”

“Podemos começar de novo?”

“Penso que séria uma boa idéia.”

Ofereceu-lhe sua mão “Oi, sou Ezra James.”

Wyn estreitou a mão de Ezra. “Eu sou Palmer Wynfield, mas meus amigos me chamam de Wyn.”

Ezra ficou surpreso quando Wyn o devorou com um beijo. Esse beijo despertou uma paixão que nunca tinha conhecido. Rompeu o beijo retirando-se apenas o suficiente para murmurar.

“Estou muito feliz de te conhecer, Wyn."

 

O estômago de Ezra grunhiu e o momento se quebrou.

“Há um urso faminto, ou esse som significa que você tem fome?”

Sorrindo, Ezra passou sua mão por seu plano abdômen. “Eu não tinha comido. Alguém me prometeu que o faria quando chegasse aqui.”

A mão de Wyn se moveu ao estômago de Ezra. “Será melhor que te alimente então.”

Ezra tomou a mão de Wyn e a levou a seus lábios. “Eu posso encontrar algo por mim mesmo. Você provavelmente deveria descansar.”

Com tudo o que tinha acontecido os últimos minutos, Wyn tinha esquecido seu rosto. Não tinha se visto ainda em um espelho, e não estava seguro se queria. Nunca tinha sido um presunçoso com respeito a sua imagem, mas sabia pela quantidade de sangue perdido que teria que ter grandes cortes.

Ezra se inclinou e lhe deu outro beijo, um lento profundo. “Tem fome?” Ezra perguntou.

“Não de comida,” Wyn respondeu surpreso ante a declaração.

Ezra levantou suas negras sobrancelhas. “Nesse caso preparo um rápido sanduíche e volto antes que te dê conta.” O grande homem passou sua língua sobre os lábios de Wyn antes de correr à cozinha.

Ficando de pé, Wyn subiu os degraus ao banheiro. Devia saber. Não tinha sentido atirar-se de cabeça com Ezra, ia vê-lo como um monstro. Sem sua barba, Ezra tirava o fôlego. Nunca antes tinha visto um homem com umas covinhas tão sexy nas bochechas. Sempre tinha visto como destacavam em seu rosto os mais profundos olhos azuis. Sim, barbeado, Ezra estava fora de seu alcance.

Vendo-se no espelho, Wyn viu suas lesões. Com toda essa gaze posta em seu lugar cobrindo os pontos que o tinha recebido. Retirou a pequena gaze na ponta do nariz e considerou que tinham sido dois ou três pontos. A mandíbula e a bochecha eram mais difíceis de descobrir.

Estava tratando de tirar a fita que lhe puseram no hospital, quando a profunda voz de Ezra o fez saltar. “Não acredito que está fazendo isso.”

Wyn se levou suas mãos ao peito. “Merda, assustou-me.”

Ezra caminho frente a ele. Cuidadosamente reafirmou a fita cirúrgica em seu lugar. “Não se preocupe. Já lhe disse isso, vais ter duas sexys cicatrizes.”

Wyn virou seus olhos. “Já comeu?”

“Sim, comi duas fatias de pão com manteiga de amendoim.” Ezra sorriu. “Tinha muita pressa por te provar de todas as formas. Tenho algumas coisas em minha mente.”

“Sério?” Wyn perguntou. “Inclusive quando estou como o homem múmia de Oklahoma”

“Eu não estou vendo seus curativos. Estou mais enfocado nisto.” Ezra disse embalando o pênis meio ereto de Wyn através de seus jeans. Ezra limpou a garganta e deu um passo atrás. “Eu não estou seguro, até onde chegaremos esta noite, mas eu gostaria de ter a oportunidade de te ter em meus braços, se me deixar.”

Wyn se derretia nesses olhos azuis. “Eu gostaria disso.”

“Vou por seus remédios e um copo de água e te encontro no quarto.”

Wyn assentiu e viu Ezra caminhar saindo do pequeno quarto. Era fácil admitir que tinha medo. Depois de sua experiência com Brian Doles, ele estava ainda um pouco desconfiado.

Com uma ultima olhada no espelho, saiu para o corredor e se dirigiu para seu quarto de infância. Não podia imaginar dormir na cama de seu pai, tão pouco tempo depois do funeral. Enquanto se despia, examinou a pequena cama de solteiro.

Ainda estava parado nu ao lado da cama, quando Ezra deixou no criado-mudo os comprimidos e o copo de água. Ezra deslizou o braço por sua cintura e beijou o topo de sua cabeça.

“Algo está ruim?”

“Não sei,” Wyn respondeu. ”Não acredito que caibamos nessa cama, mas não há outro lugar aonde ir. Eu não posso dormir no quarto de meu pai.”

Ezra beijou o ombro de Wyn. “Poderíamos tirar o colchão do quarto e levá-lo a sala?”

“Que fazemos o durante o dia? Se alguém vem?”

Ezra riu. “Eu o recolho, e o subo todas as manhãs se isso te preocupa, mas tem muitas visitas?”

“Não,” Wyn confessou. “Todo mundo trata de afastar-se por mim, exceto os que me golpearam a mandíbula.”

O braço de Ezra ficou tenso contra seu estômago. Merda, não devia mencionar isso.

“Pela manhã precisará me dizer os nomes dos tipos que lhe machucaram.”

Wyn se girou e abraçou Ezra. “Eles não me preocupam com você ao meu lado. Deixe-me esquecer deles.”

Embora o grande homem não dissesse nada, Wyn tinha a sensação de que esse assunto estava longe de estar terminado. Ficando nas pontas dos pés inclinou sua cabeça para lhe dar um beijo. Não estava consciente da enorme diferencia de estatura. Ao estirar seu pescoço sentiu os pontos e o rapidamente retirou sua boca.

“Dói?” Ezra perguntou com preocupação em seus olhos.

“Só um pouco,” deu pouca importância.

Ezra se separou e deu meia volta para a cama. “Por agora está funcionando. Suponho que terei que te abraçar um pouco mais perto.”

Wyn pegou o copo de água que lhe dava Ezra e o comprimido. “Um?”

“Sim, por favor,” Ezra perguntou sobre o número de comprimidos, e viu quando os tomou.

Ezra começou a despir-se, e Wyn não pode evitar olhá-lo. Os grandes músculos do peludo peito lhe tiravam a respiração.

Como se sentiria estar contra essa pele nua?

“Então que tipo de trabalho ainda precisa fazer?” Ezra perguntou.

Sentou-se na cama e começou a tirar as botas.

“Bom, ainda preciso encontrar compradores para os cavalos... OH merda, esqueci dos cavalos.” Wyn retirou as cobertas e começou a descer da cama.

Uma grande mão o deteve. “Eu tenho que cuidá-los, eu não acredito que tenha esquecido. Maldição, você me distraiu.”

Ezra sorriu. “Estão no estábulo?”

Wyn moveu sua cabeça. “Nos pastos à direita do estábulo. São três e eles vêm até você, quando assoviar”

Ezra assentiu e pôs as botas. Wyn queria queixar-se quando o grande peito foi coberto, escondendo-o uma vez mais de sua vista.

Antes de deixar o quarto, Ezra se inclinou na cama e beijo Wyn. “Mantém o lugar quente para mim.”

Wyn embalou a bochecha de Ezra. “Eu nunca serei capaz de te pagar por isso,” ele murmurou.

“Você poderá. Eu decidi cobrar em beijos.” Ezra sorriu mostrando suas covinhas.

Depois de ouvir a porta da frente se fechar, Wyn se sentou na cama e viu pela janela o estábulo. Seguia Ezra com seus olhos, e se perguntava como seriam as coisas entre eles.

Poderia Ezra ser um bom amante? Sim, imaginava isso. Wyn não era um menino. Sabia da maneira que um homem fodia e não tinha nada que ver com suas habilidades de ser um noivo. Tinha tido vários amantes durante os anos, e nenhum deles havia valido uma merda, no referente a uma relação.

Possivelmente tivesse um pouco de culpa? Esperava muito? Cresceu com a história de seu pai a respeito de sua vida com sua mãe quando ela ainda vivia. Wyn pouco se recordava de sua mãe.

Ela tinha morrido de câncer quando tinha somente sete anos.

Uma coisa era certa. Seu pai a tinha amado com todo seu coração. O nunca tinha considerado ter encontros com alguém depois de sua morte. Sabia que isso era muito idealista. Mas Wyn queria esse tipo de amor.

Sorriu ao ver os cavalos pararem quando eles viram Ezra. “Eu sei o que estão pensando,” murmurou. Tinha tido a mesma reação, quando o viu pela primeira vez seus olhos. Esse homem lhe tinha assustado. Era seu grande tamanho.

Quando Ezra desapareceu dentro do estábulo, com os cavalos, Wyn se deitou de costas, e passou sua mão sobre seu pênis. Ele não era exatamente pequeno, mas seria bastante satisfatório para um homem do tamanho de Ezra?

Deve ter adormecido porque o seguinte que soube foi que um corpo frio se pressionava contra seu lado. Abrindo seus olhos, ele sorriu tudo o que os pontos lhe permitiram. “Está gelado.”

“Sim, porque não me esquenta,” Ezra disse.

Wyn começou a girar-se, mas recordou a tempo que seu ombro machucado estava desse lado. “Eu estou no lado errado da cama. Agüente.”

Sem sair-se das cobertas quentes, Wyn se arrastou sobre Ezra. Sentindo a pele arrepiada quando seus pênis momentaneamente se roçaram. O suave gemido proveniente de Ezra, provou que não era o único afetado com o contato.

Wyn se deitou de lado frente a Ezra. O grande homem o aproximou contra ele. “Não tem idéia de quão frio estou.”

Ele sorriu passando seus dedos pelo grosso pêlo do peito, Wyn encontrou e beliscou o mamilo café escuro. “Com todo esse pêlo?”

Ezra se moveu e pressionou seu duro pênis contra Wyn. “Eu não disse que meu peito estivesse frio. Meu corpo não é todo coberto de pêlos.” Se empurrou divertidamente contra Wyn.

“Hmmm, suponho que não,” Wyn disse, baixando sua mão e envolvendo a ereção de Ezra. Quase se afoga quando sentiu o tamanho do pênis de Ezra. Merda. Não pode ser... não pode ser. Diabos.

Ezra gemeu e começou a empurrar contra a mão de Wyn.

“Esse pode ser um problema,” Wyn finalmente admitiu.

Negando com sua cabeça, Ezra se aproximou mais e o beijou. “Não há problema. Nós o faremos lentamente quando chegar o momento.”

O pênis de Wyn foi envolto pela calosa mão de Ezra.

“Eu não estou ao alcance de seu tamanho,” Wyn confessou mordendo o lábio inferior.

Ezra acariciou com seus dedos as bolas de Wyn. “Sempre é negativo, a respeito de seu corpo? Porque segundo ao meu ver, você se sente malditamente bem para mim.”

Encolheu-se de ombros e se sobressaltou a causa da dor que seguiu. “Olhe-me. Porque acredita que me visto como o faço? Não leve a mal. Eu sei que não sou um ogro ou algo desse tipo, mas trato de fazer o melhor com o que Deus me deu.”

Deslizando para baixo, a língua de Ezra percorria o peito de Wyn. “O que eu posso ver, é que vou ter que te mostrar o quanto sexy que é até que acredite isso.” Ezra apanhou o excitado mamilo e o chupou.

Cansado de falar, Wyn se calou e desfrutou da quente boca de Ezra que lambia seu peito e se dirigia para o pênis de Wyn, que abriu automaticamente as pernas, lhe dando a seu amante todo o espaço que necessitasse. Escapou-lhe um grunhido quando seu pênis foi tragado, Ezra lhe dava especial atenção à coroa. “OH, sente-se bem.”

Ezra assentiu e empurrou. “Passou muito tempo desde que tive intimidade com alguém que não fosse eu mesmo. Diga-me se estou sendo agressivo.”

“Não se preocupe com isso,” Wyn admitiu.

Levantou uma de suas negras sobrancelhas, e perguntou. “Você gosta de rude?”

Wyn sorriu. “Eu não gosto de ‘ser-golpeado-duro’, mas ser fodido por uma rude parede sim.”

Ezra grunhiu e sugou o pênis de Wyn até a raiz.

“Aahhh foda,” ele gritou de prazer.

Sua boca o lambia e o chupava, Wyn começou a tremer.

“Não vou durar mais tempo,” ele gritou.

Um grunhido foi à única resposta que recebeu, quando Ezra o tragou de novo. Empurrando-se Wyn esvaziou sua semente profundamente na garganta de seu amante.

Ezra enlouqueceu, gemendo de prazer. A cama tremeu quando Ezra começou a devorar seu próprio pênis.

“Sobe aqui,” Wyn gemeu, ainda tremendo de agradar pelo trato que Ezra lhe tinha dado.

Ezra se arrastou acima dele até estar cara a cara, e o beijou, lhe dando a provar sua própria essência a Wyn. “Eu necessito...” Ezra murmurou.

“Sei,” Wyn disse e envolveu suas mãos ao redor do pênis de Ezra. Queria dar a Ezra o mesmo tratamento que tinha recebido, mas sabia que não podia abrir muito a boca devido aos pontos.

Usando o pré-sêmen de Ezra, Wyn começou a estabelecer um ritmo constante acima e abaixo por toda a longitude do eixo de Ezra que em segundos começou a empurrar contra ele, falando sexy. “Isto é bom. Esperei por essas mãos há tanto tempo. Unicamente você.”

Wyn se perguntava se Ezra sabia o que estava dizendo, ele parecia estar apanhado nesse momento. Ezra gozou, com um grito que Wyn sentiu retumbar em seu peito, sem mencionar nas janelas. Continuou ordenhando o pênis de Ezra até que a ultima semente cobriu a ambos.

Ezra parecia que o orgasmo o tinha espremido. Sem incomodar-se em limpar-se, Ezra devorou Wyn aos seus braços e rapidamente se deslizou a um suave ronco.

Wyn sorriu abraçado por Ezra que estava em um cálido sono. Poderia facilmente acostumar-se a isso.

 

Wyn não podia deixar de ver Ezra na manhã seguinte.

Eles estavam tomando o café da manhã, ovos mexidos e toucinho, Isso não deveria ter sido um grande problema, mas havia algo a respeito da maneira em que Ezra comia, que o excitava. Possivelmente era a forte mandíbula que se movia com cada mordida, ou a maneira em que seu grosso pescoço se movia quando o tragava.

Tudo o que Wyn sabia é que estava na metade de sua comida e tinha a mão sob a mesa esfregando seu pênis contra seu jeans de grife.

Ezra deixou de comer e olhou fixamente nele. “Está se masturbando?” Sua voz era mais profunda que o normal e se Wyn não estava imaginando coisas, ouviu um pequeno grunhido.

Decidindo torturar seu novo amante, Wyn sorriu. “Não me masturbo sozinho, me esfrego. Meu pênis está duro e é por sua culpa.”

“Por mim? Você me acha sexy,” Ezra brincou passando suas mãos sobre seu peito e beliscando seus próprios mamilos.

“Pare com isso,” Wyn riu. “Você não quer sêmen em meus jeans?”

Ezra deslizou sua cadeira para trás e pediu a Wyn que se aproximasse. “E isso poderia ser uma maldita vergonha se esses caros jeans estivessem todos cheios de sêmen.”

Sem pensar, Wyn montou escarranchado no colo de Ezra.

Envolveu seus braços ao redor da nuca do grande homem e pressionou seus lábios juntos. Ezra abriu e Wyn explorou dentro.

“Mmm, toucinho.”

Ezra riu. “Você não pode conhecer o real sabor até que tome seu café da manhã.”

Wyn suspirou dramaticamente. “Suponho que terei que experimentar uns quantos sabores mais de ti.” Beijou-o novamente, pressionando seu pênis contra o firme estômago de Ezra.

Com um grunhido, Ezra o afastou. “Bebê, nada eu gostaria mais que subir as escadas contigo e te levar de retorno a essa cama, mas temos trabalho a fazer. Quanto mais rápido terminemos o que temos que fazer aqui, mais rápido retornamos para casa.”

Por alguma razão o pensamento de retornar a Cattle Valley não o atraía da mesma maneira que no dia anterior. Quem poderia culpá-lo, realmente? Seu maldito cabelo estava quase cinza, e agora teria cicatrizes em sua magra cara. Em Pamona, a única competência que teria que preocupar-se era Richard. Por outro lado Cattle Valley estava cheio de solteiros, homens quentes.

Ezra inclinou para cima o queixo de Wyn “Hei, que te aconteceu de repente?”

“Nada,” Wyn disse. “Suponho, que eu gosto de te ter todo para mim.”

“Além do trabalho, Você me terá também todo para ti mesmo, quando retornarmos para casa. Acredite-me, Não deixarei que se afaste.”

“Sério?”

Negando com sua cabeça, Ezra suspirou. “Você e essa baixa auto-estima. Porque diabos não pode pensar que eu esperei anos que você perdesse o medo de mim?! Ezra sob suas mãos nas costas de Wyn e apertou seu traseiro. “Eu não quero a ninguém, além a ti.”

O interior de Wyn se esquentou. Possivelmente, apenas possivelmente isto poderia funcionar. “Vamos cuidar dos cavalos, ainda há uma cerca para arrumar e tenho que fazer algumas ligações. E tenho que encontrar uma casa leiloeira para o gado.”

Quando eles caminhavam para o estábulo, Ezra girou para ele.

“Façamos um trato eu arrumo a cerca e você faz as ligações às casas de leilões.”

Wyn se deteve. “Eu posso arrumar a maldita cerca, Ezra. Eu estiquei o arame muito apertado, isso é tudo. Isso não significa que seja um incompetente.”

Ezra tomou Wyn por debaixo de seus braços e o levantou ao nível de seus olhos. “Não ponha palavras em minha boca. Você me importa. Você me trouxe aqui porque necessitava ajuda, agora maldição, me deixe fazer isso.”

“Tem razão. Sinto muito,” Wyn murmurou.

Depois de lhe dar um beijo, Ezra deixou ao Wyn de novo sobre seus pés.

“Agora, a respeito desses cavalos...”

 

Às duas da tarde, eles tinham terminado tudo. Ezra estava um pouco impactado pela condição do rancho. Sabia que ele era um pouco perfeccionista, mas o pai de Wyn parecia pensar “arrumar isso por agora” era suficientemente bom.

Apertou o último parafuso da nova dobradiça da porta do pastoreio e levantou as ferramentas. “Wyn!” ele gritou, não vendo o pequeno homem em nenhum lugar.

Wyn saiu do abrigo do trator, limpava as mãos quando caminhava para a Ezra. “O quê?”

“Que estás fazendo? Pensei que disse que iria dar uns telefonemas?”

“Fiz, termine lá e pensei em arrumar o trator. Não está funcionando bem, mas não encontrei o problema.”

Ezra viu a mancha a lado da bochecha de Wyn, a última coisa que precisava era que suas feridas se sujassem. Não se sentia com vontade de outra discussão, assim, decidiu desviar Wyn. “Qão longe está a caminhonete de seu pai?”

Wyn assinalou para o oeste. “Talvez a um quilômetro e meio direto por lá.”

“Se me der às chaves, Vou até ela. E podemos ir à cidade para jantar mais tarde.”

Wyn continuava limpando o óleo e a graxa de suas mãos. “Possivelmente nós deveríamos ir a Tulsa?”

Ezra sorriu. Sabia exatamente para onde ia Wyn. “Quanto mais rápido as pessoas da cidade vejam que tem respaldo é melhor.”

Deu um rápido beijo em Wyn antes de tomar as chaves de sua mão.

Virando os olhos, Wyn tomou sua mão. “Obrigado.”

Ezra se inclinou e colocou as chaves no bolso de seus jeans.

Wyn deu meia volta e voltou ao trator no abrigo.

“Não pensa que deveria manter as feridas limpas?” Ezra não pôde evitar perguntar.

Os dedos de Wyn tocaram os curativos, “Estão cobertos.”

Bufando irritado, Ezra seguiu seu caminho. “Homem teimoso,” ele murmurou.

“Eu ouvi isso!” Wyn lhe gritou.

Ezra sorriu, sem perder o passo.

 

Sorrindo, Wyn retorno ao trator no abrigo e se sentou em um velho banco de madeira. Não quis dizer a Ezra, mas não sabia absolutamente nada a respeito de arrumar maquinaria de granja.

Tirando seu telefone, chamou Nate.

“Olá?”

“Olá, sou eu, Wyn.”

“Bom, estranho, suponho que desde seu ultimo telefonema que Ezra esta aí.”

“Sim. Planeja ir à cidade, mais tarde e assustar aos aldeãos.”

“Deus, desejaria poder ver isso. Como regra eu não me assusto muito, mas Ezra zangado é suficiente para me ter acovardado em um canto.”

Wyn assentiu. “Sim, eu inclusive mais que a ti. Conhecendo minha sorte, eu serei o mais assustado quando comece suas posturas com os aldeãos.”

“Realmente, alegra-me que o tenha chamado. Quando pensam que terminem e retornem?”

“Esperemos que o fim de semana, se eu puder conseguir leiloar o gado e puser a venda o lugar. Por quê?”

“Está sentado?” Nate perguntou.

“Fale Nate.”

“Gill e Kyle vão se casar em três semanas. Eles me disseram que te convidasse, porque eles não sabiam seu endereço daí.”

Wyn coçou a mandíbula. “Estarei aí, droga. Diga ao Kyle e Gill que eu adoraria estar aí. Eu inclusive vou tentar que Ezra use um traje para a ocasião.”

“Então, é assim, você e Ezra finalmente arrumaram suas coisas?”

“Nós tratamos, mas sim.” Wyn se sentia quase enjoado dizendo a seu melhor amigo a respeito de sua nova relação. “É lindo.”

Nate guardou em silêncio por uns momentos. “Isso é genial, Wyn. Você merece um bom tipo em sua vida.”

“Obrigado.”

“Bom eu tenho que dar algumas aulas. Me telefone se necessitar algo. E não se preocupe pela loja. Eu comprei meu guarda-roupa de primavera desse embarque que Gavin acaba de receber.”

“Fez bem. Ao menos um de nós se veste bem. Eu só usei jeans desde que estou aqui.”

“Bom te faça um favor e vista como Wyn para este jantar. Inclusive se a cidade não o aprecia, eu apostaria que Ezra o fará.”

“Boa idéia. Penso que irei começar a me limpar.”

“Cuide-te companheiro,” Nate disse.

“Você também.” Wyn desligou e colocou o pano engraxado no assento. “Depois,” disse-lhe ao velho John Deer .

 

Tirando as chaves, Ezra se dirigiu à caminhonete que assumiu que era a de Wyn.

“Não dê um passo mais,” uma voz disse detrás dele.

Girando a cabeça, Ezra viu sobre o ombro a um homem velho sustentando uma escopeta. Levantando os braços. “Você deve ser o avô de Richard. Sou Ezra James. Venho de Wyoming para ajudar Palmer Wynfield a ter o rancho preparado para venda.”

O homem sob a arma. “Não sabia que o menino Wynfield tivesse amigos que não fossem estranhos. Possivelmente você possa endireitá-lo enquanto esteja aqui. O senhor sabe que seu pai nunca pôde.”

Ezra fechou suas mãos em um punho a seu lado quando o deu um passo à frente.

“Evidentemente você não conhece Palmer Wynfield como eu conheço. Ele é um dos melhores homens do planeta. Um homem que tem sua própria loja de roupas em Wyoming. O mesmo homem que se afastou de seu meio de vida em um minuto para vir a esta cidade esquecida de Deus e cuidar de seu pai até sua morte.”

Deixou o homem velho enfurecido, seu rosto com uma careta como se tivesse comido uma tigela de limões.

Ezra caminhou para a caminhonete e abriu a porta. Estava impactado da quantidade de sangue no assento e no volante. Não se deu conta de perto que Wyn esteve de morrer sangrando.

Entrando, Ezra ligou a caminhonete e sob o vidro da janela dirigiu umas palavras ao velho intolerante uma vez mais. “Se meus pais não me tivessem educado a respeitar aos mais velhos, eu provavelmente lhe diria que parasse de olhar para seu próprio umbigo e visse às pessoas pelo que são e não por quem amam. Eu poderia inclusive ter a tentação de lhe dizer que você não vale nem a merda de vaca das solas dos sapatos de Wyn. Mas eu não posso lhe dizer isso sendo você um ancião. Bom dia.”

Ezra ergueu o vidro da janela e saiu.

 

Chegando a casa, Ezra foi direto à cozinha e preparou uma bacia com água quente e sabão, e tomando um pano, voltou à caminhonete. Quando o começava a limpar o sangue do rachado assento de vinil, sentia a ameaça de suas lágrimas.

Não estava seguro por que. Foi o velho louco ou era algo mais profundo? As manchas marrons pertenciam a alguém que estava muito perto de seu coração. Possivelmente era isso? Podia inclusive pensar a respeito do que aconteceu a Wyn causar essa reação?

Negando com sua cabeça, Ezra umedeceu o pano e seguiu com seu trabalho. Não tinha chorado no funeral de Nancy. Embora suspeitasse que as lágrimas desse dia fossem mais por causa da culpa, que de amor.

Ezra se deteve. Amor? Estava apaixonado pela primeira vez em sua vida? Não, não pode ser. Tinha ouvido às pessoas falar sobre o amor. Isso usualmente acontecia com o tempo, não em dias.

Terminando a caminhonete, ele suspirou. Estava apaixonado, e não tinha se apaixonado em dias, foram anos por desejar ter Wyn, o que tinha levado aí.

“O que está fazendo?” Wyn perguntou do alpendre.

Com uma profunda respiração, Ezra levantou a bacia e se girou. “Limpando um pouco.” Quando deu uma boa olhada a seu homem, ele assobiou. “Está bastante bom para te comer.”

Levava uns jeans apertados, uma camisa branca de botões e um colete de couro marrom, Wyn era o sonho de qualquer vaqueiro gay.

Wyn olhou às botas de pele de crocodilo. “Eu não queria parecer muito louco, imagine se usasse um de meus suéteres na cidade, eles me linchariam. Isto é o suficiente para que me sinta eu mesmo.”

Ezra caminhou para os degraus e beijou seu amor. Cuidou que a bacia com água suja estivesse longe da roupa de Wyn. “Dê-me quinze minutos, e estarei pronto para ir.”

Wyn olhou para baixo à panela com água café avermelhada. “Eu poderia ter limpado isso.”

“Sim, você podia, só que já está limpo agora.” Deu ao Wyn um rápido beijo antes de entrar na casa. “Só vou tomar um banho e trocar de roupa.”

“Posso ver?” Wyn perguntou com um sorriso.

“Tenho a sensação de que se você faz, nós nunca chegaremos à cidade.” Ezra disse, atirando a água suja no ralo.

Notou que Wyn fez a barba e trocou os curativos.

“A próxima vez eu te ajudo com isso,” disse, apontando para a cara de Wyn.

Wyn assentiu. “Não esta tão mal como pensei, embora ainda tenha os pontos.”

Depois de se lavar e secar as mãos, Ezra abraçou Wyn. “Se tivesse uma idéia do que esses jeans estão causando em mim, não se preocuparia por um pouco de cicatrizes.

Sentou Wyn na bancada. “Melhor,” ele disse, aproximando-se dos suaves lábios de Wyn.

Aquele beijo foi tudo o que precisava ter. Essa revelação tinha estado dando voltas a sua cabeça, e quando Wyn devorava sua boca, se sentia bem.

Wyn envolveu suas pernas ao redor do quadril de Ezra e empurrou aproximando-se dele. “Está seguro de querer comer no café? Nós poderíamos ficar aqui e comer um ao outro.”

Sorrindo, Ezra negou com sua cabeça. “Esta tratando de usar seu corpo para me persuadir de não ir à cidade? “Isso é vergonhoso.”

“Sim, mas esta funcionando?” Wyn roçou seu pênis contra o de Ezra.

Com um grunhido, Ezra deu um passo para trás. “Isso esta funcionando muito, bem. Vamos nos apresentar à cidade, para poder retornar e fazer coisas mais importantes. Falando disso, eu não trouxe camisinhas nem lubrificante. Nós precisamos parar em uma loja a conseguir essas coisas.”

Wyn abriu amplamente os olhos. “Uh, não. quero dizer, eu não tenho essas coisas aqui, mas não acredito que seja boa idéia comprar essas coisas no Landry's.”

“Por quê? A gente de Oklahoma não usa camisinhas?”

“Sim, eu presumo que sim, só que eles sabem que eu sou gay, quando for ao Landry's. Eles saberão o que nós vamos fazer.”

Ezra embalou a bochecha de Wyn. “Envergonha-te que as pessoas saibam que nós somos um casal?”

“Não, não me envergonha. É que eles saberão que você também é gay.”

“Tenho notícias bebê. Não me envergonho de ser gay. Possivelmente é diferente para mim porque ninguém trata de meter-se comigo por isso, mas eu sou quem sou.”

Wyn parecia estar estudando cuidadosamente as palavras de Ezra. “Está bem.”

“Bom,” Ezra o beijo. “Eu retorno em dez minutos.”

Sorrindo, Wyn viu seu relógio. “Toma seu tempo.”

 

Quando eles entraram em café Jenny's, todos os olhos foram para eles. Wyn viu os olhares de asco dirigidos para ele, segundos antes que suas mandíbulas caíssem ao ver Ezra detrás dele. Wyn não pôde evitar sorrir com satisfação.

A garçonete tratou de levá-los a uma mesa ao lado da porta da cozinha, mas Ezra rechaço. “Eu gostaria de me sentar em uma mesa próxima da janela da frente.” Deu a pobre Maddie Wilson um olhar de desafio, como se dissesse ‘se atreva a se negar’.

Maddie hesitava quando ela os levou a mesa pedida por Ezra. Quando Ezra olhava o cardápio, Wyn não pôde evitar ouvir os baixos murmúrios no café. Era mais que óbvio que as pessoas da cidade se sentiam intimidadas por Ezra, mas eles pareciam ver que eram mais numerosos.

Logo o bate-papo era em voz alta. Ezra fez um gesto à garçonete e ambos ordenaram o especial do dia.

Ezra se inclinou. “Um desses foi o responsável por te espancar?”

Wyn não necessitou olhar ao redor. “Dois, mas não deveria fazer nada com toda essa gente a seu redor.”

Coçando o rosto, Ezra estudou a sala, dando a cada pessoa um minucioso olhar. “Esses dois no balcão?”

“Sim,” Wyn disse, sem incomodar-se a olhar ao redor.

“Desculpe-me, bebê. Suponho que preciso mudar meu pedido.”

Ezra se levantou e foi para o balcão.

Wyn prendeu a respiração, só atrevendo-se a respirar quando Ezra tinha retornado. Sorriu ao ver o olhar de medo nos olhos de Henry quando Ezra o agarrou pela gola de sua camisa com seu punho. Não podia ouvir o que lhe disse, mas notou que Bert, o cúmplice de Henry, apartou-se.

Ezra soltou Henry e caminhou de retorno à mesa. Pelo canto dos olhos pôde ver quando Henry e Bert rapidamente se retiravam.

“Que lhes disse?” Wyn perguntou

Os cantos dos lábios de Ezra se curvaram em um sorriso. “Nunca o direi. Só te direi que se Henry chatear de novo, ele deve estar preparado para perder mais.”

“É mau,” Wyn disse com um sorriso.

“OH, não tem idéia.” Os olhos de Ezra o penetravam.

Quando sua comida chegou, mais da metade das pessoas do café se foram. Ezra roçou seu pé contra o tornozelo de Wyn.

“Queria que houvesse um lugar onde pudéssemos tomar cerveja e dançar.”

“Há um, retornar à velha casa Wynfield.”

Ezra assinalou a não tocada comida de Wyn. “Come. Nós ainda temos que nos deter na farmácia pelas camisinhas,” Ezra disse a ultima parte em voz alta para que as pessoas ao redor ouvissem.

Wyn quase engoliu sua língua ante as caras impactadas. Com gosto levantou o garfo e começou a comer os filés de frango frito na forma sulina. Ezra estava certo. Não tinha que preocupar-se com o que essas pessoas pensassem. Era capaz de lavar mãos com Pamona em seu momento.

“OH, esqueci de te dizer, falei com Richard. Está disposto a ajudar com a venda do gado e dos cavalos.” Wyn fechou seus olhos enquanto saboreava a deliciosa comida.

Ezra quase tinha terminado de comer. Tomou um gole de água e assentiu. “Que bom. Seu avô não se oporá?”

Wyn se encolheu de ombros. “Não, suponho que é a forma de Richard lhe dizer seu caráter.”

“Bom para ele.” Ezra terminou e afastou o prato. “Está certo que não quer ficar com algum dos cavalos? Nós podemos enviá-lo ao ‘EZ Does-It’.

Wyn negou com sua cabeça. Comoveu-se com o oferecimento de Ezra. Isso falava muito sobre as intenções de Ezra quando chegassem a casa. “Os cavalos não têm nenhum valor sentimental para mim. Todos eles foram comprados recentemente. Há uma coisa que eu gostaria de levar além das fotografias e essas coisas.”

Ezra assentiu e espero. Wyn girou os olhos. “Bom, embora duvide que alguma vez o faça funcionar, eu gostaria de levar o cubo do trator a Wyoming.”

“Que?”

Wyn riu. “Cubo do trator. É como as pessoas daqui dizem a um antigo trator que te chega por peças. Papai o comprou em um leilão faz anos, mas perdeu o interesse depois e o deixou. É a única coisa que eu vi que desfrutava quando vivia em casa.”

Recordando as noites que seu pai investia trabalhando em arrumá-lo, causo-lhe emoções mescladas. “Realmente nunca me deixou trabalhar com isso, mas eu me sentava no estábulo, com ele e nós falávamos a respeito de outras coisas. É o que eu estava tratando de fazer antes. O trator ficou na metade e eu gostaria de vê-lo completo antes de vendê-lo.”

Ezra tomou a mão de Wyn sobre a mesa. “Eu gostaria de ver isso.”

“Está bem mais não esta noite. Eu tenho planos para o resto da noite.” Wyn girou sua mão e lhe deu um apertão antes de liberar-se. Levantou a nota o assinalou para a caixa registradora. “Eu me encarrego disto você deixa a gorjeta.”

Quando foi ao balcão, lhe deu a nota e o dinheiro a Maddie. “Bom como de costume,” ele comentou.

“É esse seu namorado?” Ela perguntou, lhe dando o troco. Poderia dizer pela cara dela que pensava com asco a respeito deles.

Wyn viu sobre seu ombro a Ezra. “Sim. Ele é algo não é?” Piscou um olho, e se dirigiu de novo à mesa.

A primeira coisa que notou foi a gorjeta. Ezra tinha deixado uma considerável quantidade. Wyn olhou para Maddie e negou com a cabeça, levantou um par de notas e os devolveu a Ezra. “Ela não merece tanto.” Wyn se assegurou de dizê-lo suficientemente alto para que todos o ouvissem.

Ezra o olhou questionando antes de tomar o dinheiro e guardá-lo em seu bolso. “Está pronto?”

“OH, sim, Wyn disse e tomou a mão de Ezra antes de sair do café.

 

Depois de atender os cavalos, eles entraram. Ezra já estava duro somente de olhar Wyn alimentar aos cavalos. Tirando o chapéu, Ezra procurava uma rádio enquanto Wyn trazia um par de cervejas.

“Boa coisa, eu gosto de música country,” ele comentou tomando a cerveja.

Wyn tirou suas botas e suas meias três - quartos, antes de ajoelhar-se aos pés de Ezra. “Você necessita ajuda com isso?” Wyn perguntou, levantando um pé de Ezra.

Ante essa cena muito domestica o coração de Ezra se esquentou. “Seria bom, obrigado.”

Depois de despir os pés de Ezra, Wyn ficou de pé e se sentou escarranchado em seu colo. “Obrigado pelo que fez na cidade. Eu não ajudei, mas eu o aprecio de todos os modos.”

Ezra passou suas mãos pelas costas de Wyn baixando-a até as deixar sobre seu traseiro.

“Eu tratei com mais intolerantes em meus tempos.” Roçou o pênis de Wyn através de seus jeans. “Certo, agora eu tenho coisas mais importantes em minha mente.” Pressionou contra o buraco de Wyn.

Wyn saltou do colo de Ezra e desabotoou seus jeans. Ezra sorriu e Wyn encolheu os ombros. “Não tem sentido se fazer tímido.”

Wyn baixou seus jeans e a cueca antes de tirar sua camisa.

De pé e nu em frente a Ezra, Wyn era um sonho úmido. Ezra lambeu seus lábios e começou a despir-se. “Estou de acordo.”

Com sua roupa unindo-se à pilha no chão, viu Wyn cruzar o quarto e recuperar a sacola da farmácia. Acariciava seu pênis quando Wyn retornou caminhando devagar.

“Não pensa que deveríamos subir as escadas?” Wyn perguntou.

Ezra negou com a cabeça. “Depois,” ele disse abrindo suas pernas.

Wyn se sentou escarranchado em seu colo de novo. “Pensei que fossemos dançar?”

Ezra colocou seu pênis na separação do traseiro de Wyn. “Nós o faremos, você não gosta de meu estilo?” brincou.

Wyn tomou as rédeas, movendo-se adiante e atrás, inclinou-se para tomar o mamilo de Ezra em sua boca. “OH, eu gosto de seu estilo, é o mais correto,” Wyn disse, movendo-se entre um mamilo e outro.

Tomando a sacola de coisas que tinham comprado, Ezra tirou uma pequena garrafa de lubrificante, não era das melhores, mas funcionaria. Retirou a tampa e verteu uma quantidade em seus dedos. Sabia que tinha passado tempo para Wyn, e a ultima coisa que queria era fazer-lhe mais difícil.

Procurando entre as pernas de Wyn, Ezra rodeou o fechado buraco enrugado. “Lindo.” ele gemeu.

“Mmm hmm,” Wyn adicionou. “Mais.”

Pressionando a gema de seu dedo contra o buraco, Ezra lentamente o introduziu. “Sim,” Wyn ofegou e o beijou.

Ezra utilizou seu braço livre para aproximá-lo mais, enquanto o colocava e tirava seu dedo do corpo do pequeno homem. Logo, introduziu outro dedo e Wyn rompeu o beijo. “Deus, OH merda, isso é tão bom.”

“Só espera até que comecemos o baile rápido.” Ezra inserido um terceiro dedo, notando caretas de dor na cara de Wyn. Ezra começava a tirá-los, mas Wyn negou com a cabeça.

“Deixa isso, isso é bom.” Wyn tomou as rédeas, fodendo a si mesmo na mão de Ezra.

Deus, Wyn se via sexy assim. “Diga-me quando estiver preparado.” Wyn levantou a caixa de camisinhas e retirou uma.

Mantendo o contato visual, abriu o pacote. “É o apropriado?” Wyn perguntou, observando a camisinha e o pênis comprido e grosso. “É o apropriado,” Ezra disse com um sorriso. “Embora não pode enrolá-lo até abaixo. Você cobre a cabeça e abaixa tanto como possa em meu comprimento.

Depois de uns momentos, Wyn finalmente assegurou a camisinha.

“Lubrifique-me, Ezra disse. Estava na beira e sabia. O quente corpo de Wyn ao redor de seus dedos era fantástico, ma queria substituí-los com seu pênis.

Uma vez lubrificado, se inclinou e beijou seu homem. “Estas seguro de estar o bastante estirado?”

“OH sim,” Wyn respondeu e se levantou com os pés em ambos os lados das coxas de Ezra, o pênis de Wyn ficou em perfeita posição para uma rápida provada. Sem perder tempo, Ezra se aproximou e tomou a perfeita cabeça em sua boca, provando o pré-sêmen em sua língua.

O sabor de Wyn, junto com os gemidos do pequeno homem estava levando Ezra ao abismo. Liberando-o, olhou fixamente aos olhos de Wyn. “Necessito-te.”

“Ótimo, sentia-me muito vazio.” Wyn respondeu. Desceu seu corpo até que o muito estirado buraco estava colocado diretamente sobre o pênis que esperava de Ezra. Com um sedutor sorriso, Wyn lentamente empalou a si mesmo, gemendo enquanto descendia.

“Porra, porra,” Ezra disse uma e outra vez com o corpo de Wyn se envolvendo nele.

Tomou algum tempo, mas finalmente Wyn estava totalmente sentado, suas bolas descansavam sobre Ezra. Apertou seus dentes quando Wyn chegou ao fundo e girou seu quadril.

“Não acredito, estou tão apertado,” Wyn gemeu. “Eu nunca pensei que te tomar me sentisse tão bem, sentindo que é o correto”

“Mmm hmm,” Ezra acrescentou. A única real experiência com um homem tinha sido por volta de vinte anos. Isto? Isto era muito melhor. Não somente porque Wyn foi capaz de tomá-lo completo em toda sua longitude, mas sim porque seu coração estava envolto pela primeira vez em sua vida.

Agarrou os quadris de Wyn guiando-o acima e abaixo no comprimento de seu pênis. Por muito que desfrutasse dessa posição não era o bastante. Queria mais profundidade, e mais rapidez na penetração. Com um alto grunhido, Ezra levantou Wyn de seu pênis e o acomodou no sofá. “Necessito mais de ti,” ele ofegou com seus joelhos no piso, reposicionando Wyn.

De cara ao respaldo do sofá, Wyn assentiu. “Faz.”

Antes que entrasse em Wyn de novo, Ezra se inclinou e lambeu suas nádegas, primeiro uma e logo a outra terminando com um pequeno beliscão Empurrando-se dentro do cálido e apertado corpo de Wyn, ofegou. “Sim.” Colocando suas mãos nos quadris de Wyn, Ezra empurrava seu pênis tão duro e rápido como podia, dentro e fora.

Uma das mãos de Wyn agarrava o respaldo do sofá e a outra envolvia seu próprio pênis. “Bom,” Wyn disse.

Ezra sabia que provavelmente estava sendo muito duro contra o ânus de Wyn, mas sua luxúria estava fora de controle pela primeira vez em sua vida. Tudo que podia pensar era em entrar mais profundo. Via seu pênis desaparecer uma vez e outra vez quando aumentava o ritmo.

Um alto “Porra! de Wyn, assinalou que o outro homem tinha chegado ao clímax.

Ezra sentiu que o corpo de seu amante agarrava seu pênis, ordenhando-o. Ezra deu um grito de êxtase e se enterrou até o punho, disparando sua semente dentro da camisinha. O orgasmo duro muito mais que o habitual, disparando jorros e jorros na ponta da camisinha. Quando esteve seco, estava exausto. Desabando cobrindo as costas de Wyn, Ezra sentia que nunca recuperaria sua respiração.

Não estava seguro quanto tempo esteve deitado antes que soasse o telefone fazendo que recuperasse o sentido. “Sinto muito.” ele disse, descobrindo Wyn.

Wyn se estirou para mesa e tomo o telefone sem fio. “Olá?”

Ezra seguia de costas no piso, tirando a camisinha. Fazendo um rápido nó e jogou no piso ao lado de seu quadril. Sentia-se completamente satisfeito e preparado para uma sesta.

O alarme na voz de Wyn finalmente apanhou sua atenção. Abrindo seus olhos, Ezra estudou seu amante. Algo definitivamente estava mau. Sentou-se e procuro seus jeans.

Wyn desligou e o buscou. “Era Richard. Estava checando os novilhos quando ouviu uma dos de papai, evidentemente ela estava tendo problemas com o parto, Richard está a caminho com cintas de tração no caso de precisar.”

Ezra assentiu e passou sua roupa. Quando ambos estavam vestidos consumiu Wyn em um abraço. “Não quis te machucar, o fiz?”

“Diabos, não,” Wyn disse, negando com sua cabeça. “Talvez fique dolorido mais tarde, mas por enquanto estou bem. De fato, sinto que ainda estas dentro de mim.”

“Você é o meu amante dos sonhos,” Ezra disse e o beijou.

“Não dos sonhos. Eu sou real,” Wyn respondeu.

“Sim o é.” Ezra se apartou e tomou seu chapéu. “O encontro com Richard é na frente ou nas pastagens?”

“Em frente.” Wyn calçava uma de suas botas.

Com um último beijo Ezra se dirigiu para a porta. “Arrumemos isto. Ainda temos um round de ternura.”

“Não sei, acredito que eu gosto de seu lado selvagem.”

“OH, então terá mais disso, mas você merece ambos.”

 

Quando eles chegaram, tinha começado a chover. A caminhonete de Richard percorria o velho caminho que dirigia aos pastos. Depois que Ezra abriu e fechou a segunda porteira, a chuva começou a cair do frio céu noturno.

“Isto vai causar um caos lamacento,” Richard comentou tratando de guiar entre os profundos buracos.

Ezra apertou a coxa de Wyn. “Porque não fica na caminhonete? Ultima coisa que eu preciso é que tenha uma infecção.”

Wyn não estava seguro se sentia comovido ou zangado. “Eu posso ajudar,” ele finalmente disse.

“Eu sei que pode, mas se essa mamãe necessita mais do que a ajuda que eu e Richard poderemos lhe dar, duvido que haja muito que se possa fazer.” Ezra beijou sua têmpora. “Prometo que se necessitarmos te chamo.”

Wyn viu a chuva cair através do vidro, a ele de qualquer maneira não lhe entusiasmava realmente estar entre lodo e merda de vaca. Assentiu, e se inclinou no assento tentando ver a novilha em necessidade. “Onde pensa que ela está?" pergunto ao Richard.

“Deve estar uns cem metros adiante,” Richard respondeu.

Enquanto eles avançavam lentamente, Ezra tirou suas luvas de couro do bolso e as pôs

Richard enxergou à novilha e se dirigiu para lá, Wyn podia ver como a novilha tinha dor. Girou-se a ver Ezra quando o grande homem começou a sair. “Você acha que o bezerro vem ao contrário?”

“O mais seguro,” Ezra disse. Deu um rápido beijo em Wyn antes de fechar a porta. Richard o seguiu, e ele ficou sozinho na cabine.

Sentia-se inútil, vendo Ezra avaliar à novilha caída. Com o som da chuva contra o teto da caminhonete, não podia ouvir o que eles diziam. Viu Ezra negar com a cabeça. Isso não era nada bom. Ezra tirou a jaqueta e enrolou suas mangas, quando Richard retornou a sua caminhonete. E tomou os cintos de tração da caixa, Richard retornou pelo mesmo caminho, Wyn não pôde ficar mais, ficou o maltratado chapéu vaqueiro de seu pai, e saiu à chuva.

“Que estão fazendo?” ele gritou.

Ninguém respondeu, ambos os homens estavam muito ocupados ou incapazes de ouvir por causa da tormenta. De pé junto à caminhonete, Wyn viu Ezra colocar suas mãos dentro da novilha, acomodando os cintos de tração Wyn viu assombrado como Ezra parecia estar usando todas suas forças para tirar a bezerra entupida de dentro de sua mãe. Depois de dez minutos de trabalhar, Ezra afundava seus talões dentro da terra lamacenta e começou a puxar.

Ouvia Ezra grunhir e gemer através da tormenta enquanto continuava tentando liberar o novilho. Quando ao final o bezerro foi liberado, Ezra e Richard ambos trabalharam rapidamente em limpá-lo. Ezra tirou sua camisa e limpou a cara do pequeno animal, enquanto Richard trabalhava em seu corpo.

Uns minutos depois Ezra ficou de pé e disse algo a Richard. Richard apontou a caminhonete. Ezra assentiu e caminhou para o Wyn. “O que esta acontecendo?” ele perguntou. “O bezerro está bem?”

“O bezerro está bem,” Ezra respondeu. “Precisa retornar para dentro.” Ezra abriu a porta e tirou algo debaixo do assento.

Wyn seguia a um lado. “Que está fazendo?”

“Entra na maldita caminhonete Wyn!” Ezra gritou, levando um rifle.

Wyn se assustou depois do ataque verbal. Automaticamente subiu seus braços para proteger do golpe que sabia que viria.

Ezra deteve seu caminho. Wyn nunca tinha visto essa particular expressão na cara de Ezra era entre zangado e tristeza. Ezra ia dizer algo, mas moveu a cabeça e se afastou, levando o rifle com ele. Wyn estava congelado no lugar. Não podia acreditar o que acabava de fazer. Sabia que Ezra nunca o golpearia. Possivelmente não tinha superado Brian Doles como pensava.

Um disparo retumbou em seus ouvidos, fazendo-o saltar. Girou-se a tempo de ver Ezra afastar o rifle da cabeça da novilha.

Ezra deu o rifle a Richard e se sentou com o bezerro em seus braços. Wyn sentiu seus olhos arder quando viu os ombros de Ezra tremer, balançando ao recém-nascido. Ezra estava chorando?

Richard retornou à caminhonete e abriu a porta traseira. Indicou a Wyn que entrasse na cabine.

Não sabia o que fazer. Deveria entrar como Ezra tinha pedido ou deveria ir desculpar-se por como tinha atuado?

Ezra ficou de pé, ainda embalando ao bezerro em seus braços e o levou a parte de atrás da caminhonete. Depois de depositá-lo na caixa, Ezra subiu à caixa e levantou o bezerro em seus braços uma vez mais. O olhar em seu rosto disse a Wyn que não se aproximasse ainda.

Deu-se meia volta, e entrou na cabine fechando a porta. Não disse nada quando Richard fez manobras para tirar a caminhonete, ao redor da novilha morta e tomar o caminho para a granja. Wyn se sentia entorpecido. Como ele podia ter prejudicado tanto e em tão pouco tempo?

“Sabe se seu pai tem colostro em seu refrigerador?” pergunto-lhe Richard.

“Uh..." Wyn negou com sua cabeça, e tratou de esclarecer a mente. “Suponho, possivelmente. Diabos para ser honesto. Não sei.”

“Quando retornarmos à casa, verei se posso encontrar algo. Se não ter algo real, pode ter algum suplemento no estábulo.”

“O bezerro está bem?”

“Não sei. É fraco. Nós teremos que conseguir um pouco de comida e colostro e rápido.”

“E a vaca?”

Richard negou com a cabeça. “A lesão era grande antes que nós chegássemos. Ela estava muito rasgada por dentro.” Richard se encolheu de ombros. “É triste, mas está acostumado a acontecer em vacas de primeira cria.”

Eles entraram no estábulo e ambos desceram. Wyn foi à parte de atrás para ajudar Ezra com o bezerro, mas Richard já estava lá.

“Deixe-me isso. Porque não vais ver se pode encontrar um pouco de colostro, se encontrar algo pegue um pouco e ponha no microondas por um minuto.”

“Se eu encontrar algo quanto quer que derreta?”

“Dois litros se os encontra deixa outros dois litros em um recipiente para que degele. Se não encontra vou ter que ir buscar fora daqui, poderia ir ver se os Beahm têm algo.”

Richard levantou o novilho e o levou dentro ao seco estábulo.

Wyn ficou sozinho com Ezra. “Sinto muito,” disse-lhe dando um passo à frente.

Ezra levantou suas mãos lhe advertindo que não se aproximasse muito.

Wyn não estava seguro se era porque estava muito sujo ou porque Ezra ainda estava zangado com ele.

“Nós falaremos depois. Vá para casa. Se nós não encontrarmos alguns nutrientes não agüenta essa noite.”

Wyn viu Ezra um momento mais antes de fazer o que lhe disse. Não tinha notado que a chuva que tinha caído em seu rosto e tinha encharcado os curativos.

 

“Eu não posso te agradecer suficiente por sua ajuda,” Ezra disse estreitando a mão de Richard.

Richard se encolheu de ombros. “Isso é o que fazem os vizinhos.”

Richard alcançou à mimada e cambaleante bezerra. Olhou para a casa e de novo a Ezra. “Por que não entra? Eu lhe dou a seguinte garrafa e logo vou.”

Não estava seguro de estar preparado para ver a cara de Wyn. “Está bem. Eu posso alimentá-lo.”

Richard tirou o maltratado chapéu e passou seus dedos por seu curto cabelo café. “Eu não tenho certeza do que aconteceu lá, mas não vai melhorar se adiar o inevitável.”

Ezra negou com sua cabeça. “Não. Eu necessito um pouco de tempo para pensar nas coisas. Embora porque não vem mais tarde para jantar e tomar cerveja que lhe prometemos no outro dia.”

Richard colocou o chapéu em sua cabeça. “Está bem. Eu aprecio o convite.”

Viu Richard subir na caminhonete e afastar-se pelo caminho. Depois de dar à casa um último olhar, ele fechou a porta do estábulo.

Tinha pensado a respeito da reação de Wyn a sua ira um milhão de vezes e ainda não podia entendê-lo. Tinha vindo para proteger seu amor da dura tarefa que tinha por diante, e ao final terminou lhe gritando. Isso era bastante mau, mas ver a cara de genuíno medo de Wyn tinha transpassado seu coração, como ninguém tinha podido.

Quando o era um jovenzinho, não tinha amigos. Por anos pensou que algo dentro dele causava que as pessoas se afastassem. Então um menino valente lhe disse a verdade.

Ninguém quer estar perto do gigante, e isso foi muito.

Sempre tinha sido maior que os outros meninos, mas aos doze anos começou a crescer inclusive mais.

Recordava os dias deitado na cama com agonia quando seu corpo continuava crescendo, quase lhe traziam lágrimas a seus olhos. Quando Ezra entrou na escola preparatória já media dois metros, e era muito descoordenado para os esportes. Passava o tempo no ginásio levantando pesos.

Quando se tornou adulto sua vida foi um pouco mais fácil, inclusive quando já media dois metros e dez centímetros, deixando a casa de seus pais e se mudou para trabalhar em um rancho em Montana. Os outros trabalhadores brincavam como não encontraria um cavalo suficientemente grande para “o Andre o Gigante ”.

Eles também começaram a questionar sua sexualidade. Então soube que tinha que casar-se.

Uma mescla de ira e arrependimento causou que Ezra golpeasse a porta do estábulo. Sentiu o sangue correr de seus nódulos antes de tirar seu lenço do bolso e enrolar sua mão e sentar-se em um fardo de feno.

“Sinto muito, Nancy,” ele murmurou ante a poeirenta viga.

Nancy Lanham era como ele tímida, uma doce garota quando saía com ele. Era mais gorda que a maioria das garotas da cidade, Nancy era uma estranha igual a ele. Possivelmente isso foi o que os uniu.

Eles se casaram seis meses depois de seu primeiro encontro e durante nove anos, tentou se esquecer seus desejos de estar na cama com outro homem. Então foi à maldita convenção de Santo Antonio. Ezra negou com a cabeça. Não podia de novo. Nancy se foi e sempre seria sua culpa.

Seus pensamentos retornaram a Wyn. O amava. Sabia isso era um fato, mas que tipo de relação poderiam construir se no profundo de seu ser seu amante lhe tinha medo.

“Ezra?”

Girou-se e viu a silhueta de Wyn com a luz da manhã.

“Fiz o café da manhã,” Wyn disse.

Assentiu “Irei logo, estou me preparando para alimentar Lucky uma vez mais com a garrafa.”

Levantou-se e foi ao banco de trabalho. “Bom temos que conseguir mais colostro e leite. Richard disse que há uma granja leiteira abaixo pelo caminho, teremos que ir comprar algo.”

Depois de preparar a garrafa, ele caminhou de volta para Lucky. Não queria girar-se e ver Wyn. Não acreditava que pudesse dirigir isso ainda. Sentiu uma mão em suas costas e cerrou os olhos.

“Eu sei que te machuquei, e desejo poder voltar no tempo. Eu não me assustei de ti. Brian realmente me assustou e algumas vezes as lembranças me afligem.”

“Eu nunca levantaria minha mão contra ti nem zangado, simplesmente não é meu estilo.” Lucky terminou sua garrafa e Ezra girou seu rosto para Wyn pela primeira vez. “Toda minha vida as pessoas se assustaram de mim. Feriu-me mais do que posso dizer quando te assustou de mim.”

“Não era de ti, juro isso. Apenas o tom de voz. Repentinamente vi Brian elevar-se para mim e reagi. Possivelmente deveria falar com alguém.”

Deixando a garrafa no piso da granja, ele envolveu seus braços ao redor de Wyn. “Possivelmente ambos deveríamos,” ele disse beijando o topo da cabeça de Wyn.

 

Dois dias depois, Wyn alugou dois caminhões para levar o gado à casa de leilão. Richard tinha retornado a ajudá-los e eles apreciaram o par de mãos extra. Wyn estava montado em seu cavalo vendo Ezra.

Sua relação parecia ter retornado ao caminho, mas eles concordaram ir ver um psiquiatra assim que chegassem a Cattle Valley. Wyn conhecia Ben Zook era um de seus clientes, ele esperava que isso não fosse muito embaraçoso.

“Pode fechar a porta?” Richard perguntou, levando um rebelde novilho com ele.

“Sinto muito,” Wyn disse abrindo a porta do curral. “Esse é o último?”

“Eu penso que sim,” Richard respondeu.

Wyn fechou a porta. “Que tal um descanso para comer antes de carregá-los?”

“Parece bem para mim,” Ezra sorriu e se esfregou o abdômen.

Wyn lambeu seus lábios. Desejava pôr suas mãos nesse peludo e duro abdômen. Sabendo que já não necessitavam os cavalos para nada, desmontou e começou a tirar a sela de Brandy.

“Nós cuidaremos dos cavalos e você vai começar a comida,” Ezra disse atrás dele.

Wyn se girou e recebeu um beijo. “Soa uma justa troca.”

Ezra envolveu seus braços ao redor de Wyn trazendo-o mais perto.

“Eu gosto como te vê ao ar livre. Inclusive embora a loja seja tua, eu penso que isto também.”

“Está bem. Eu gosto de montar, mas que trabalhar com o gado.” Wyn aproveitou a oportunidade de pôr sua mão no abdômen de Ezra. “Melhor eu ir. Me esta dando fome de outras coisas que não são comida.”

Ezra olhou para Richard, que estava ocupado tirando os arreios de seu cavalo. Levantou Wyn do chão e o beijou de novo. Desta vez o beijo foi profundo. Suas línguas tinham um duelo até que ambos começaram a gemer.

Com a risada de Richard finalmente se apartaram. “Depois,” Ezra disse com a promessa em seus olhos.

“Definitivamente,” ele murmurou contra os lábios de Ezra.

 

Sexta-feira pela manhã eles estavam a caminho de Pamona, esperando que pela última vez. “A que hora te disse o agente imobiliário que estaria lá?” Ezra perguntou.

Wyn olhou seu relógio e sorriu. “Em trinta minutos. Nós teríamos tempo suficiente se você não tivesse decidido entrar na ducha comigo.”

Ezra sorriu. “Não pude evitar você se vê malditamente sexy molhado.”

Ezra cruzou a mão pelo assento e a pôs na coxa de Wyn.

Apanhando sua mão entre suas coxas, Wyn agitou seu dedo. “Agora nada disso. Não posso ter uma reunião séria com uma ereção em minhas calças.”

Sorrindo, Ezra assentiu. “Você pode converter-se em um encontro diferente.”

“Só deixemos isto terminado. Quanto mais rápido se venda a casa e as terras, mais rápido vamos daqui.”

“Está seguro que não precisa alugar um caminhão de mudança em Tulsa? Há um montão de coisas.”

“Eu não necessito nenhuma dessas coisas. Um par de caixas de coisas pessoais e todo o resto podem ir à caridade.” Wyn pôs sua mão na de Ezra. “Quer alguma coisa da casa?”

Ezra se encolheu de ombros. “Deixe-me pensar. Há coisas bastante boas. Deixe-me chamar Smokey e ver se necessitarmos algo dos barracos.”

Wyn retirou sua mão e olhou pela janela.

Smokey Sharp era o capataz e único amigo real de Ezra. Tinha pensado por anos que os dois tinham algo, mas Ezra assegurou que eles realmente eram apenas amigos. Ainda não podia evitar sentir as pontadas de ciúmes cada vez que nomeava Smokey, ao menos uma vez ao dia.

O sentiu a mão de Ezra na parte de atrás de seu pescoço, movendo o curto cabelo visível sob seu chapéu. “Você sempre se fecha quando menciono Smokey.”

Wyn virou seus olhos. Sabia que era estúpido. Tinha repetido uma e outra vez a respeito de não ter ciúmes. “Sinto muito,” ele murmurou.

“Minha relação com Smokey não é muito diferente da tua com Nate. Deveria estar ciumento dele?”

“Não, mas isso não é igual nunca enganaria Ryan e Rio com alguém como eu.”

Surpreendeu-se quando Ezra rapidamente diminuiu a velocidade e parou na metade da estrada. Felizmente não vinha ninguém atrás deles.

Ezra deixou a caminhonete ligada e puxou Wyn a seus braços. “Não diga coisas como essa. Eu não sei por que tem tão baixa opinião de você mesmo, mas para meus olhos você está malditamente perto da perfeição.” Ezra selou seus lábios com os de Wyn e empurrou sua língua dentro.

O beijo durou vários segundos antes que se afastasse. “Prometa-me que sou o bastante bom para evitar que você perambule por aí, por favor?” lhe rogou.

Ezra estreitou um pouco os olhos. “O que?” Você é o primeiro homem com o que estive em vinte anos. Você pensa que agora eu vou querer evidenciar ao resto me exibindo?” Negou com a cabeça. “Não entendeu? Amo-te, estou tão malditamente apaixonado por ti que até dói.”

Wyn sentiu seu coração expandir-se perto da combustão. “Amo-te, muito. Por isso estou assustado de te perder.”

“Não me perderá. Claro que teremos um montão de coisas para arrumar quando retornarmos a casa. Eu estou acostumando a despertar contigo enredado em mim.”

“Sei, essa parte eu gosto também.” Wyn sorriu e deu a Ezra outro rápido beijo antes de separar-se. “Será melhor que arranque antes que alguém nos atropele.”

Não se moveu para o lado do passageiro, o seguiu sentado ao lado do homem que amava. Se a cidade não gostava disso, Bom, que se fodam então.

Ezra parecia agradado com a decisão de Wyn. Pôs a caminhonete em marcha e se dirigiu à cidade.

 

Detendo-se frente ao escritório do agente imobiliário, eles se encontraram a um pequeno grupo de homens. Ezra automaticamente se colocou entre eles e Wyn. “Posso ajudá-los?” ele perguntou, ao grupo.

Um dos homens se adiantou. Esse não era Henry mais podia o ver no grupo atrás. Este novo tipo parecia bastante maior, com um curto cabelo café e cinza. “Nós apenas queremos fazer saber que não há nenhum comprador para o rancho que você acaba de pôr a venda.”

“E por que isso?” Ezra perguntou em uma aborrecida voz.

O tipo viu o pequeno grupo. “Ninguém quer que nosso dinheiro bem ganho vá para uns maricas.”

Ezra cruzou seus braços. “Agora isso é o mais estúpido que ouvimos, se nos desculpar, nós vamos comer no Jenny’s.”

Pôs a mão nas costas de Wyn e o empurrou entre o centro do grupo de homens. Eles tinham planejado comer na cidade, mas agora não havia maneira que pudessem seguir com isso.

“Possivelmente nós deveríamos ir,” Wyn disse uma vez que cruzaram a rua.

“Não. Eu tenho um plano.” Ezra dirigiu Wyn dentro do café e pediu uma mesa no centro da sala.

Ambos se surpreenderam quando Richard chegou levando seu prato. “Hei, meninos se importa se me sento com vocês?”

“Tem certeza que seja boa idéia?” Wyn perguntou, enquanto via o resto dos comensais.

Richard se encolheu de ombros e colocou seu prato na mesa. “Agora realmente não importa, já posso sentir o desprezo de todos. Adivinha a palavra que termina ouvindo neste lugar. Idiotas de mente fechada,” Richard disse em voz um pouco alta.

Maldição, Ezra se agradava de Richard. “Nós amamos que se sente com nós. Pegue uma cadeira e curta o espetáculo.”

Richard levantou as sobrancelhas. “Que planeja fazer?”

“Não muito. Só decidi me assegurar que Wyn consiga vender seu rancho.” Tirou seu telefone celular e piscou um olho a Wyn enquanto esperava que respondessem do outro lado.

“Olá?”

“Hei, Smokey,” ele saudou seu amigo. Se assegurou de falar o suficientemente alto para que todo mundo o ouvisse.

“Lembrei que comentou que estava procurando algumas terras para comprar, Bom, Wyn não foi capaz de vender o Rancho de seu pai depois de tudo. Então eu estava pensando, que possivelmente se nós seccionamos sua terra e outros amigos podem se mudar para cá. Diabos, se nós estamos entupidos aqui, nós podemos trazer outros cinco ou seis de nossa equipe. Está cidade vai ser acolhedora aos gays antes que se dê conta.”

“Uh, Ezra. Está completamente louco?” Smokey perguntou.

“Sim, louco de amor. Eu sei que os cidadãos daqui lhes dá asco, mas eles precisam acostumar-se a ver dois homens apaixonados se beijando.” Ezra se levantou o suficiente para inclinar-se sobre a mesa e dar um rápido beijo em Wyn.

Ouviram-se ofegos ao redor deles. Richard começou a rir, a risada afogada se converteu em gargalhada, antes que ele continuasse comendo seu hambúrguer.

“Você está planejando algo, não é assim?” Smokey perguntou.

“Sim. Você pode ter certeza disso, e pode dizer aos outros meninos do clube que podem encontrar uma nova casa-base aqui.”

“Clube? Menino será melhor que saia de Oklahoma. Acredito que esta só fritando seu cérebro.”

“Não, eu estou bem. tive um sexo fantástico esta manhã. Sabe com Wyn. É um gato selvagem na cama.”

“Muita informação, irmão. Eu vou desligar, agora.”

Ezra ouviu o clique pelo outro lado da linha. “Esta bem, fale com os meninos e me devolve o telefonema.” Desligou seu telefone e o guardou em seu bolso.

Juntando as mãos ele as esfregou vigorosamente “Então que comemos?”

 

Quando deixaram o restaurante, Richard seguia a seu lado. “Eu nunca tinha visto algo mais divertido em minha vida. Pensei que a Sra. Kirkpattrick ia vomitar quando beijou Wyn.”

Ezra sorriu. “Essa foi minha melhor atuação. Isso me recorda que preciso falar com Smokey.”

“Ele inclusive quer te falar depois disso,” Wyn disse, virando seus olhos. “Você realmente acredita que isso vai ajudar a vender este lugar?”

“Diabos, sim.” Ezra se girou para Richard e sacou sua carteira, procuro um de seus cartões de apresentação do rancho ‘EZ Does-It’, e a deu. “Se cansar de viver neste lugar, tem trabalho comigo.”

Richard tomou o cartão e o leu cuidadosamente. “Eu poderia aceitar sua oferta.” Richard a guardou em seu bolso. “Vocês dois vão logo?”

“Provavelmente na segunda-feira. Nós temos que procurar um reboque para o trator de meu papai. Isso requererá um dia a mais e temos que recolher todas as peças e as empacotar.”

“Vocês tem planos para esta noite? Eu gostaria de convidá-los a Tulsa e que se divirtam antes que se vão. Tenho um par de amigos que têm um clube de dança.”

“Amigos Gays?” Wyn perguntou.

“Suponho, eles foram sócios por anos,” Richard sorriu.

Ezra olhou para Wyn. “Parece divertido para mim. Nós ainda não tivemos esse baile que me prometeu.”

A cara de Wyn se voltou muito vermelho. “Pensei, eu te dava algo muito melhor que um baile, mas sim, parece divertido. Eles não se preocupam de assistir um casal de velhos?”

“Diabos, não. Verão um pouco de tudo no Clube Maverick. Sábado à noite também é a mais importante.”

Eles continuaram caminhando para a caminhonete de Richard. “Passo ao redor das oito ou é muito tarde?”

Ezra envolveu com seu braço os ombros de Wyn. “Bom nós tomaremos uma sesta na tarde, de todo tipo,” riu.

Richard sorriu e inclinou seu chapéu. “Desfrutem-no. Eu estarei lá ao redor das oito.”

 

Wyn se surpreendeu quando abriu a porta da frente. Richard estava parado vestido completamente de couro. “Há algo sobre esse clube, que esqueceu de mencionar?”

Rindo, Richard negou com a cabeça. “Tudo está bem aí. Só que eu prefiro isto.”

“E seu avô não disse nada quando você deixou a casa?” Wyn repentinamente se fixou em seu traje, jeans de marca, botas, camisa branca e colete marrom.

“Eu não fico na casa com o avô, eu comprei um velho reboque e o tenho atrás do estábulo.” Richard olhou ao redor do quarto. “Ezra está preparado?”

“Sim, esta no estábulo brincando com Lucky. Disse que tocássemos a buzina quando estivéssemos preparados para ir.”

Richard negou com sua cabeça. “Eu nunca tinha visto um homem adulto estar tão louco por um bezerro.”

Wyn riu. “Diz isso pra mim. Vai levar o dobro de tempo chegar a casa puxando um reboque de cavalos. Disse-lhe que provavelmente era mais barato enviar Lucky a Cattle Valley, mas não quer ouvir falar disso. Diz que ninguém cuidaria de Lucky como ele pode.”

“Isto é estupendo agora, mas que acontecerá quando Lucky cresça e se converta em um touro de quatrocentos ou quinhentos quilos?”

Wyn pegou as chaves da mesa e fechou a porta da frente. “Tenho certeza que se alguém pode com um mascote desse tamanho, esse é Ezra.”

Eles moveram a caminhonete até o estábulo, antes de tocar a buzina, Vários minutos depois, Ezra saiu, e Wyn se deslizou para o meio.

“Hei,” Ezra disse, saudando-o.

“Como está Lucky?” Richard perguntou.

“Crescendo a cada hora,” brincou Ezra.

Richard se dirigiu para a Tulsa. “Nós vamos cedo, mas eu queria lhes apresentar aos donos antes que estivessem muito ocupados.”

“Bons meninos?” Wyn perguntou.

“Os melhores. Eu trabalhei para eles atendendo o bar. Ainda vou quando têm algo especial. Os proprietários, Mark e Scott foram bons amigos por anos.”

Wyn estava comodamente sob o braço de Ezra. Levantou o dedo e o levou a atadura que ainda tinha em seu rosto e pescoço.

“Pare com isso,” Ezra disse, baixando a mão de Wyn do rosto. “Vê-te bem.”

“Possivelmente, eu deveria tirar isso completamente. Suponho que poderia chamar mais a atenção.” A ferida em seu rosto era fina e com seis centímetros de comprimento.

Ezra inclinou sua cabeça para Wyn, e o olhou diretamente aos olhos. “Você está planejando paquerar?”

“Não, mas eu fui a bares gay antes. Há um montão de meninos jovens que gostam dos grandes papais como você.”

Ezra se inclinou e o beijou. “Que faria eu com um jovem garanhão? Por pouco que posso te seguir na cama.”

Richard limpou a garganta. “Uh, olá? Meninos porque não se sentam e se comportam.”

Wyn se girou para Richard e sorriu. “Quais são suas escolhas. Você se vê malditamente bem.”

“Desafortunado no amor, que posso dizer.”

O caminho até Tulsa passou rápido, enquanto eles conversavam. Chegaram em frente de um edifício isolado pintado de vermelho, Ezra olhou para Richard. “Ao menos encontramos um lugar onde estacionar.”

“Sim, disse-lhes que era cedo. Clube Maverick não se enche até ao redor das dez e meia.”

Fecharam a caminhonete e se dirigiram à entrada. Ezra abriu a grande porta de metal vermelha encontrando um homem de seu tamanho sentado em um banco. Wyn poderia apostar que não muito freqüentemente se encontrava com tipos de seu tamanho.

“Hei Tiny,” Richard disse detrás de Ezra.

O grande tipo sorriu. “Richie! Quanto tempo não via seu rosto por aqui. Mark e Scott pensavam que você já tivesse recuado pela borda do planeta.”

“Perto. Estou em Pamona ajudando ao avô.” Richard se moveu a sua direita. “Estes são meus amigos, Wyn e Ezra. Prometi-lhes que passariam um bom momento. Assim que seja bonitinho.”

Tiny parecia impactado. “Eu sempre sou lindo.”

“Mmmhmm. Até que alguém te zanga.” Richard sorriu a Tiny.

Encolhendo-se de ombros, Tiny agarrou suas mãos. “Que posso dizer, sou humano.”

Tiny assinalou para o bar. “Scott esta lá. Quero saudá-lo.”

“Vemo-nos,” Richard disse aplaudindo os ombros do Tiny. “É bom te ver de novo.”

Richard se dirigiu para o bar. No caminho, Ezra apontou ao espelho de botas de cowboy na pista de dança.

“Lindo,” Wyn disse.

“Sim,” Richard adicionou, “Eles tinham um espelho de uma sela e o trocaram por esse.”

Ezra sorriu e negou com a cabeça. “Porque não podemos ter um lugar como este no Cattle Valley? Não me interprete mal, Brewster's é um lindo lugar, mas não posso acreditar que não tenhamos um real lugar para dançar.”

Wyn olhou para cima a Ezra. “Nova aventura de negócios?”

Ezra se encolheu de ombros e coçou o queixo. “Não sei. Possivelmente.”

Eles chegaram ao bar e pediram suas bebidas antes de ir com o senhor mais velho.

“Hei,” disse o homem que Wyn assumiu que fosse Scott. Ficou de pé e abraçou Richard. “É bom te ver.”

Scott olhou ao redor de Richard. “Traz novos clientes?”

“Sim,” Richard disse, fazendo-se a um lado. “É um prazer te apresentar a meus novos amigos, Ezra e Wyn. Este menino é Scott.”

Wyn estreitou a mão de Scott. “Grande lugar tem aqui.” Wyn pensou que Scott parecia ser um pouco mais jovem que ele, com a cabeça cheia de cabelo cor areia e café.

Scott olhou ao redor da sala que tinha aproximadamente umas vinte e cinco pessoas. “Nós gostamos de pensar que nossos clientes são nossa família.”

Wyn sorriu ante o orgulho evidente na voz e postura de Scott. Pareceu-lhe um homem agradável, em seu primeiro encontro. Apontou para Ezra. “Tenho a sensação de que este grande tipo tratasse de te espremer seu cérebro sobre o negócio do bar.”

Scott assentiu e olhou para Ezra. “Toma sua bebida e vamos nos sentar. Eu sempre fico feliz de falar a respeito de uma de minhas paixões favoritas.”

Ezra olhou de novo a Wyn. “Importaria-te?”

“Não. Vou pedir um vinho e desafiar Richard a um jogo de bilhar.”

Richard levantou as sobrancelhas. “Você joga bilhar?”

Wyn se encolheu de ombros. “Não sou um tubarão, mas certamente faço minha parte.”

“Cinco dólares?” Richard perguntou, tirando o dinheiro de seu bolso.

“Comecemos.”

 

Quinze dólares depois, Wyn finalmente aceitou que Richard era melhor jogador. Olhou para Ezra que seguia sua conversação com Scott e outro homem. “Esse é Mark?” perguntou ao Richard.

“Sim. Vamos, apresento-lhe, foi o que começou a me chamar de Richie.” Richard girou seus olhos e colocou o taco de bilhar em seu lugar.

“Sinto muito, mas não parece um Richie para mim.”

“Foi difícil me acostumar, mas já estou bem com isso.”

Richard se deteve na mesa ocupada pelo trio. “Mark, eu gostaria de te apresentar a Wyn.”

Mark ficou em pé imediatamente lhe dando um forte abraço de urso em Wyn. Dizer que Wyn estava um pouco impactado era dizer pouco.

Quando Ezra começou a grunhir, Scott riu. “É seu estilo. É uma expressão de seu afeto. Isso não significa inapropriado.”

O homem calvo de um metro oitenta deixou Wyn sobre seus pés.

“Sinto muito.” Mark se girou para Ezra. “Não estou à caça, juro-o.”

Parecendo envergonhado por sua reação, Ezra sorriu. “Não, sinto muito. Tendo a ser um pouco territorial quando se trata de Wyn.”

Ezra puxou Wyn a seu colo e o abraçou. Wyn se sentia bem com isso. Desfrutava saber que Ezra estava ciumento do bonito proprietário do bar. “Então, aprendeu tudo o que necessitava sobre o negócio do bar?” Wyn perguntou, tratando de aliviar o ambiente.

Ezra assentiu e o beijou. “Aprendi que preciso falar com a prefeitura da cidade a respeito da distribuição de zonas, também necessito um bom encarregado,” Ezra disse e olhou para Richard.

Richard levantou as sobrancelhas. “Eu?”

Ezra assentiu. “Scott e Mark ambos asseguram que tem habilidades para o trabalho. Se eu encontrar o lugar estaria interessado em se mudar a Cattle Valley para dirigir isso para nós?

Wyn olhou para Ezra. “Nós?”

Ezra se ruborizou e lhe deu outro rápido beijo. “Suponho que nós precisamos discuti-lo, huh?”

“Uh, sim,” Wyn disse assentindo com um exagerado movimento de cabeça.

Richard riu e ocupou uma cadeira vazia. “Se vocês construírem um clube, contem comigo.” Ele riu.

Wyn sentiu a ereção pressionando contra seu traseiro. “Dançamos?” perguntou a Ezra. Queria sentir o duro eixo de seu homem frente a ele.

“Pensei que nunca o pediria.”

Ezra levantou Wyn de seu colo e sorriu aos outros. “Nós retornaremos. Depois.”

Wyn se dirigiu à pista de baile, com a forte mão de Ezra na parte das costas. Não pôde evitar notar quantas olhadas eles conseguiam, dos outros tipos fornidos como ursos no salão Ezra era o mais lindo.

O DJ, Rum acreditava que Richard lhe disse, começou com uma balada country ligeira. Se girou para Ezra e o apertou em um abraço. “Perfeito,” Ezra disse.

Descansando sua cabeça no largo peito de Ezra, Wyn se movia com a música. Sorriu quando sentiu a pressão do pênis de Ezra contra seu abdômen. Olhou para cima e lhe piscou um olho. “Com essa coisa em suas calças, é melhor que te assegure de não dançar com ninguém, só comigo.”

Ezra sorriu e apertou o traseiro de Wyn. “Você é a única pessoa capaz de me causar esta ereção.”

Moveu-se várias vezes para frente e atrás deleitando-se com os rudes gemidos de Ezra. Seu próprio pênis estava duro, mas desfrutava torturando Ezra.

“Está procurando problemas?” Ezra grunhiu, apertando mais duro o traseiro de Wyn.

“Não. Apenas me divertindo.” Wyn pressionou sua própria ereção contra a coxa de Ezra.

“Pode me sentir?” ele perguntou.

Ezra respondeu insinuando sua alta e musculosa coxa entre as pernas de Wyn. Isto adicionou a seu pênis pressão e necessidade.

Wyn estava montando a coxa de Ezra. “Maldição,” “Sentiu o suor cobrir sua frente com a antecipação do desejo de gozar. Suas bolas se preparavam, estava tremendo.

Ezra riu. “Vê? Não é tão divertido agora, não é assim?

“Acho que preciso ir ao banheiro.” Wyn liberando da coxa de Ezra, foi diretamente ao banheiro. Logo que tirou seu pênis de seus jeans, se deu várias bombeadas e gozou.

“Merda,” ele gritou ao teto quando seu sensível pênis continuou palpitando.

Não foi até que se recuperou que viu a enorme e solitária figura dentro da porta com seus braços cruzados contra seu peito.

Wyn sorriu e tomou uma toalha de papel para limpar-se. “Sinto muito,” disse a Ezra. “Não tinha intenção de arruinar nossa dança,”

Ezra caminhou para frente passou sua mão pelo pênis de Wyn antes de devolvê-lo dentro de sua roupa interior. “Não se desculpe. Eu gosto de ser capaz de fazer que perdesse o controle. Além disso, isso foi uma sexy fodida.”

Wyn olhou para baixo o vulto presente na braguilha de Ezra. “Você necessita ajuda para isso?”

“Depois. Eu gosto de um pouco de tortura. Mantém-me em pé.”

Enquanto a noite avançava, Ezra começou realmente a desfrutar dos meninos de Tulsa. Era agradável que as pessoas o olhassem aos olhos quando falavam com ele. Inclusive quando retornava a sua casa várias pessoas o olhavam com medo. Teria que pensar sobre isso. Possivelmente quando retornasse à casa poderia ser diferente?

Olhou Wyn a seu lado terminar sua conversação com o Mark. “O que?” Wyn perguntou roçando seu nariz contra ele.

“Sou diferente aqui?” Ezra perguntou.

“Diferente? Que quer dizer, doce coração?”

“Não parece que ninguém tem medo de mim aqui. Por quê?”

Wyn sorriu e saiu de sua cadeira para montar-se escarranchado no colo de Ezra.

“Porque não dá medo aqui. Você sorri, você fala. Sabe, basicamente é amistoso. Eu penso que além disso o homem barbudo da montanha ter-se ido, tem algo a ver com isso.”

Ezra franziu o cenho. Sabia que era uma pessoa reservada, mas nunca se considerou pouco amistoso. “Suponho que preciso trabalhar sobre isso, huh?”

Wyn se inclinou e passou sua língua pelo lábio inferior de Ezra, “Eu vou te ajudar, é uma pessoa maravilhosa. É tempo que Cattle Valley saiba.”

Abriu a boca e chupo a língua de Wyn. O beijo foi, mas profundo e forte e ambos estavam gemendo. “Está preparado para ir?”

“Sim. Nós temos que encontrar Richard.”

Ezra olhou ao redor do salão. “Scott viu Richard?”

Scott negou com sua cabeça. “Viu-o você?” pergunto ao Mark.

“Não,” Mark disse.

“Eu o vi ir para fora com um tipo, mas eu não o vi retornar,” Wyn adicionou

Mark pareceu inquietar-se e ficou de pé, olhando para a porta. ”Como era o tipo que viu?”

Wyn se encolheu de ombros. “Não estou seguro. Eu somente o vi de costas. Eu sei que era calvo com uma jaqueta de couro com correntes.”

Mark se dirigiu à porta. Wyn olhou para Scott.

“O que está mau?”

Scott ficou de pé e seguiu Mark. “Parece como o ex do Richie, Papai Paul. É mau, mas Richie parecia não poder estar longe dele.”

Wyn quase cai ao piso quando Ezra ficou de pé.

“Sinto muito, bebê,” Ezra disse, apanhando-o antes que caísse.

“Vá,” Wyn disse.

Ezra correu para onde estava Mark falando com o Tiny. Girou a cabeça quando Ezra se aproximou. “Tiny não viu Paul, mas tomou um descanso.”

Ezra se girou para Wyn. “Fique dentro.”

Wyn assentiu e Ezra seguiu Tiny e Mark para o estacionamento. Eles imediatamente não viram ninguém. Tiny se moveu a um lado do estacionamento, vocês dois por lá.”

Eles se dividiram e começaram a procurar. “Então qual é a história do ex de Richard?” Ezra perguntou.

Mark se encolheu de ombros. “Eles estiveram juntos três anos. Nós tratamos de dizer a Richie que Paul não era bom para ele. Richie era uma pessoa diferente quando estava com ele. Parecia amar Paul mais que a si mesmo.”

“É isso mau?” Ezra perguntou pensando no profundo amor que sentia pelo Wyn.

“Não quando você tem uma relação sadia. Esse não era o caso com Richie e Paul. Freqüentemente maltratava Richie. Paul é um jogador e um bêbado. Houve uma vez que passei para visitar Richie que estava limpando as botas do Paul para que fosse a um encontro.”

Mark olhou Ezra aos olhos. “Com alguém mais.”

Ezra levantou as sobrancelhas. Isto não soa como o Richard que conheço. “Então finalmente terminaram?”

Mark deixou de caminhar e pôs suas mãos em seus quadris. Olhando para baixo ao asfalto, o negou com a cabeça. “Eu fiz. Eu não podia seguir vendo meu amigo por esse caminho de novo. Disse-lhe ou deixa ao idiota do Paul ou não retorne por aqui nunca mais.”

Mark olhava para cima a Ezra. “É uma das coisas mais difíceis que tenho feito em minha vida. Eu amo Richie como um irmão, só que não tenho duvida que eventualmente os golpes de Paul acabasse por matá-lo.”

Ezra sabia como se havia sentido quando descobriu que Brian Doles tinha estado golpeando Wyn. “Fez o correto,” ele disse pondo sua mão no ombro de Mark.

“Aqui,” Tiny gritou do outro lado do estacionamento.

Eles correram para esse lado do clube. Tiny estava inclinado sobre o Richard falando por telefone. Olhou para cima a Ezra e Mark e negou com a cabeça. Cobrindo o telefone murmurou “A ambulância está a caminho.”

Ezra se deteve junto a Tiny quem estava ajoelhado junto à cabeça de Richard.

Sentiu seu estômago revoltou ao ver a condição de seu amigo, a causa era o homem que supostamente o amava. Rapidamente desabotoou sua camisa e envolveu a maioria dos cortes no peito e abdômen de Richard.

Apontou para a ferida na perna de seu amigo. “Pressiona essa,” disse a Mark.

Mark imediatamente tirou a camisa e pressionou na punhalada que tinha na coxa de Richard. Richard parecia entrar e sair da inconsciência até que chegou a ambulância. As fortes sirenes tiraram muita gente do clube, incluídos Scott e Wyn. Todos eles ficaram atrás enquanto os paramédicos colocavam um soro na veia de Richard.

Com Wyn seguro sob seu braço, Ezra via como seu amigo era transladado na ambulância com sirene e luzes acesas, quando saiu do estacionamento.

Ezra se girou para o Scott. “Poderiam nos levar ao hospital? Duvido que os policiais queiram nos dar as chaves da caminhonete de Richard.”

“Claro,” Scott disse, passando suas mãos sobre seu cabelo. “Vou fechar o bar, enviar a todos à sua casa, então estarei preparado.” Scott moveu sua cabeça. “Não posso acreditar nisto. Nada como isto tinha acontecido aqui.”

Mark deve ter ouvido a angústia na voz de seu namorado. Deixou Tiny e à polícia, e caminhou para o Scott, envolvendo-o em seus braços. “Isto não é o bar, bebê, isto é Paul. Tiny me disse que tinha vindo um par de vezes procurando Richie.”

Scott enterrou seu rosto no pescoço de Mark. “Nós temos que ir ao hospital.”

“Sim. Já fale com o Tiny que ajude aos donos de cantina a fechar. Já terminamos com a polícia agora, então estamos livres para ir.”

“Ezra e Wyn necessitam de uma carona.”

“Certo,” Mark disse e beijou a testa de Scott.

“Richie vai estar bem.”

 

“Então, como está seu amigo?” Nate perguntava, acomodando-se em uma das caixas de amostras.

"Richard vai estar melhor uma vez que termine o julgamento. Seu ex realmente danificou sua mente não só seu corpo,”

Wyn disse, acomodando a nova mercadoria.

“Bom se alguém pode saber que é o que lhe passa, provavelmente é você.”

“Sim. Essa é parte do problema. Uma parte de mim se sente mal por deixá-lo alí antes que termine o julgamento.”

Wyn e Ezra ficaram uma semana além da previsto até que souberam que Richard estava fora de perigo, mas ainda sentia culpa.

“Richard prometeu a Ezra mudar-se para Cattle Valley uma vez que pudesse parar sobre seus pés e tudo da justiça tivesse terminado.” Wyn levantou a caixa vazia e a levou atrás onde Nate o seguiu.

“Vocês dois tem plano de construir um clube de dança? Eu ouvi Jim Brewster tratando de bloqueá-lo com o conselho.”

Suspirando, se sentou em uma cadeira no armazém. A princípio Ezra tinha querido o clube como um projeto que fizessem os dois juntos, mas agora se converteu mais em um propósito para Richard.

Não é que Wyn não estivesse interessado em ser proprietário de um clube, mas desde que eles retornaram à cidade, sentia Ezra deslizar-se longe dele.

Smokey sempre arrumava para afastá-lo com necessidades do rancho que requeriam a atenção de Ezra. As poucas vezes que tinha ido ao ‘EZ Does-It’, Smokey parecia deixar claro que não era bem-vindo lá.

Wyn tentou em várias ocasiões dizer a Ezra, mas seu amor ria e dizia que estava sendo muito sensível.

“Wyn? Você segue comigo?” Nate perguntou.

Levanto a cabeça e piscou um par de vezes.

“Sinto muito, estava pensando.”

“Algo esta mau?”

“Não, não realmente. Penso que Smokey não se agrada de minha relação com Ezra.”

“O que? Smokey é um dos tipos mais lindos da cidade. Você deveria sabê-lo...”

Wyn levantou suas mãos interrompendo Nate. “Por favor, não me diga que estou muito sensível ou paranóico. Eu sei quando não agrado a alguém.”

“Ooh, parece que tem uma ferida. Que acontece com Smokey?”

Suspirou. “Esse é o problema. Não tem feito nada concreto que eu possa dizer a Ezra. É apenas como me vê, quando telefono a casa, e Smokey atende e a metade das vezes não dá minhas mensagens a Ezra.”

Nate pôs sua mão no ombro de Wyn. ”Possivelmente não lhe agrada que esteja entre ele e seu melhor amigo.”

Wyn assentiu. “Ou possivelmente queira Ezra para ele?”

 

“Hei bebê,” Ezra disse ao telefone.

“Hei,” Wyn respondeu.

“Não posso ir à cidade até tarde. Estou esperando a entrega de outro touro esta noite. Poderia jantar comigo e os moços.”

Quando não recebeu resposta, Ezra apertou o telefone mais forte. “Wyn? Acontece algo?”

Seu amante tinha estado distante a última semana mais ou menos.

“Não. Humm, Eu estarei no rancho depois do fechamento da loja.”

Ezra odiava o tom triste da voz que detectou em Wyn. “Amo-te.”

“Amo-te, muito. Vemo-nos em um par de horas

“Está bem bebê. Vemo-nos então.” Ezra desligou o telefone e olhou ao redor de seu escritório. Possivelmente devesse esquecer o maldito touro e deixar que Smokey o inspecionasse.

Alguém bateu a sua porta, fez-lhe levantar a cabeça. “Entre.”

Seu melhor amigo e capataz abriu a porta. “Hei, tem algo que queira que atenda antes que os trabalhadores e eu nos despeçamos.”

“Despeçamos? Aonde vão?”

“É noite de taco no Brewster’s.” Smokey disse colocando seu chapéu vaqueiro marrom.

“Traidores,” Ezra murmurou. Maldito esse James Brewster.

Sempre tinha agradado o tipo até que começou a queixar-se sobre seus planos de construir um clube de dança.

“Não, segue seus planos. Wyn deve vir jantar. Suponho que só encontrasse algumas sobra.”

“Está certo, posso preparar uma comida especial,” Smokey disse.

“Não, eu penso que deveria sair com os trabalhadores. Wyn e eu poderemos arrumar isso, conhecia seu melhor amigo, e quase poderia jurar que Smokey parecia aborrecido. “Algo esta mau?”

“Não,” Smokey disse antes de sair.

Ezra olhou seu amigo dirigir-se aos estábulos. “Que diabos tinha feito agora?” parecia que tudo lhe saía mal ultimamente.

 

Wyn terminou de registrar a roupa e apagou as luzes da loja, quando ouviu que a porta do frente se abria e se fechava.

“É você, Nate?”

Sem esperar a resposta, rapidamente entrou no escritório, pegou o pacote de camisas esporte que tinham chegado para Nate. As levando a loja, ele gritou. “Sua roupa já esta aqui.”

Deteve-se quando viu Smokey inclinado contra o vidro da bancada. “Posso ajudar em algo?”

Smokey o olhou fixamente. Wyn tragou saliva e deu um passo para trás, deixando os pacotes no piso. “Smokey?”

“Você está destruindo tudo pelo que Ezra trabalhou. Um rancho é somente bom quando as relações que se forjam com o duro trabalho e a camaradagem.”

“De que está falando? Eu deixo Ezra atender a seus negócios todo o dia. Você está dizendo que porque me vê nas noites vai destruir seu rancho?”

“Isso é exatamente o que estou dizendo, antes que você aparecesse, Ezra fazia todas as comidas conosco. Nesses momentos do dia se discutiam assuntos concernentes ao ‘EZ Does-It’. Possivelmente pareça estúpido, mas os trabalhadores se sentiam cuidados.”

“E agora isso não,” Wyn adivinhou.

“Diabos, fora do trabalho já não o vemos. Todos os vaqueiros sabem que nos deixa pelas tardes para passar o tempo com alguém de uma classe superior a deles.”

Smokey ficou de pé e deu um passo para o Wyn. “Isto precisa parar.”

Wyn deu outro passo para trás. “Eu falarei com Ezra a respeito disso.”

Smokey deu três passos para frente e estava cara a cara com Wyn.

“Porque precisa correr para Ezra? Você é um homem, maldição, Comece a atuar como um para variar e faça o melhor para Ezra, e isso significa que se mantenha afastado dele.”

A porta da rua se abriu e Ryan entrou. “Nate disse que recolhesse um pacote para ele.” Ryan se deteve quando viu a cena frente a ele.

“Wyn? Esta tudo bem?”

Wyn olhos nos olhos de Smokey. Ao que uma vez considerou o amistoso Smokey, mas que agora não era nada amistoso segundo a maneira em que o via.

Smokey se girou e inclinou o chapéu para o Ryan. “Já termine aqui, Xerife.”

Wyn viu como Smokey se dirigia à porta. Com sua mão no trinco, Smokey se girou para Wyn. “Pensa a respeito do que te disse.”

Depois de que se foi, Wyn se sentia congelado nesse ponto. Ryan se aproximou e pôs sua mão em seu ombro. “Está bem? Está tremendo.”

Ryan apontou para a porta. “A respeito de que foi tudo isso?”

Wyn olhou para Ryan. “Para ser honesto, realmente não estou seguro. Eu penso que só fui advertido, de que me afastasse de Ezra.”

Levantou o pacote do chão. “Aqui estão as camisas de Nate.”

“Esquece as camisas.” Ryan disse, deixando o pacote no balcão. “Porque poderia Smokey vir a te dizer que te afastasse de Ezra? Isso não soa como ele.”

Que diabos tinha feito Smokey às pessoas de Cattle Valley? Eles pareciam pensar que o homem era um santo.

Wyn tinha tratado com outro homem que a cidade reverenciava e tinha aprendido que não existe tal coisa em Cattle Valley. Homens são homens, alguns bons, alguns não tão bons.

Wyn começou a caminhar para afastar-se, mas Ryan o deteve firme pelos ombros. “Diga-me isso não como Xerife, mas sim como amigo.”

“Smokey diz que o rancho de Ezra pode ter problemas se não der mais atenção aos vaqueiros e menos a mim.”

Wyn se girou e apoiou suas mãos no balcão. “O que me ocorreu pensar é que Smokey está com ciúmes. Eu não estou seguro se é simplesmente por sua amizade com Ezra que lhe dá medo perdê-la ou há algo mais.”

“Essas são tolices. Tudo é o mesmo. Não deixe que Smokey arruíne o que tem com o Ezra. Fala com seu homem e lhe faça saber o que aconteceu.”

Wyn negou com a cabeça. “Não quero romper uma amizade. Eu encontrarei uma maneira de tratar com Smokey.”

“Você tremia como uma folha. Smokey ganha fácil com vinte quilos.”

Girou-se para Ryan e sorriu. “Possivelmente eu necessito algumas lições a mais de Nate, antes de viajar por esse caminho.”

 

Quando Wyn chegou ao rancho eram quase oito horas. Enxergou Ezra parado junto à porta do estábulo e caminhou para lá. “Hei,” ele disse quando se aproximou das largas costas.

Ezra se girou e o olhou de acima a abaixo. “Onde esteve? A loja fechou faz noventa minutos.”

Algo no tom de Ezra levou Wyn ao limite. “O que? Agora você começou a me rastrear? Eu cheguei logo que pude.”

“Se eu tivesse sabido que não estaria a tempo para o jantar, eu teria ido à cidade com Smokey e os trabalhadores.”

Wyn sentiu esticar suas costas e suas mãos se apertaram em um punho. Já tinha tido tudo o que podia tomar por um dia. Deu meia volta e começou a caminhar para seu carro. “Possivelmente deveria comer com seus trabalhadores. Melhor ainda, ver se Smokey agradaria te esquentar a cama esta noite,” ele gritou sobre seu ombro.

“Que diabos te acontece?” Ezra gritou quando Wyn abriu a porta de seu carro.

Wyn olhou para trás ao homem que amava, Sentiu um nó em sua garganta e uma dor em seu peito. “Abre seus olhos, Ezra.”

Entrou dando uma portada antes que as lágrimas saíssem. Seria um maldito se deixasse que outro homem tratasse de impor-se. Olhou o relógio no tabuleiro e levantou o telefone.

“Olá?”

“Hei Nate. Necessito ajuda.”

 

Às dez da noite, Ezra ainda tratava de localizar Wyn ao telefone e se dirigia à cidade. Ainda não estava seguro do que tinha acontecido, mas Wyn significava muito para deixá-lo ir. O problema seria a respeito de Smokey já tinha perguntado. Possivelmente Wyn pensasse que tivesse algo com seu capataz? Já havia dito que eram apenas amigos. Mas possivelmente seu amante não tivesse acreditado nisso.

Claro que tinha visto Smokey revisando-o uma ou duas vezes durante esses dois anos, mas assumiu que seu amigo estava passando por um duro período seco e tinha curiosidade.

Chegou frente à casa de Wyn e observou que estava às escuras. Certamente Wyn já estava na cama, tocou a campainha.

Depois de cinco minutos retornou a sua caminhonete.

Possivelmente quando Wyn gritou que abrisse os olhos significava outra coisa que o pensamento original. Wyn estaria falando a respeito de si mesmo?

Um grunhido fez erupção quando ligou a caminhonete e foi buscá-lo por toda a cidade, ele encontraria a seu homem onde estivesse.

Wyn era dele. E não ia deixar que ninguém o afastasse dele.

Subiu pela Alameda Joshua, para chegar mais rápido à rua principal. Depois de só dez minutos, freou de repente quando viu o luxuoso sedam estacionado no Gym.

Esse não era o único veículo no estacionamento e Ezra não tinha idéia a quem pertencia o outro. Tudo o que sabia era que Wyn não estava fazendo exercício, não às dez e meia da noite.

Colocou a ré e estacionou ao lado do estranho veículo negro. Saiu e se dirigiu à porta da frente.

Tinha o letreiro de fechado em uma das janelas e a porta estava fechada.

Caminhou ao redor do edifício e viu uma luz acesa através de uma janela em um dos quartos detrás. Ezra tomou uma profunda respiração e se aproximou da janela.

O que viu o deixou impactado. Aí estava seu homem parado de pontas com algum tipo de treinador. Wyn não tinha camisa nem cinturão e pareciam estar rendido. Ezra não pôde evitar ver o rubor no pálido rosto de Wyn e o cabelo úmido.

Sua reação imediata foi dar um murro no vidro, mas o sentido comum prevaleceu. Não, só esperaria fora. Sabia que se falasse com Wyn nesse momento, ele poderia dizer algo do qual se arrependeria. Além disso, tinha que conhecer sua história. Ezra retornou à frente do edifício e se acomodou contra o capô do carro de Wyn. Cruzou seus braços e esperou. De uma maneira ou outra as coisas com seu amante se arrumariam antes que amanhecesse.

 

“Não posso te agradecer o suficiente por isso, Mario. Eu sei que provavelmente tinha melhores coisas que fazer que ensinar novos truques a um velho.” Wyn colocou sua camisa. Guardou seu cinturão no bolso de sua calça de vestir.

“Não é problema. Não tinha muito que fazer esta noite de qualquer maneira. Ao menos você aprendeu um par de novas habilidades.” Mario levantou sua toalha e se secou o suor de seu rosto.

“Sim, eu apenas espero que funcionem em uma situação da vida real.” O rosto de Smokey lhe veio à mente. Wyn não tinha aprendido nada deslumbrante de Mario, mas lhe tinha ensinado várias maneiras de conseguir ter a um homem grande de joelhos.

“Pode obtê-lo, enquanto mantenha a calma, recorda isso.”

Mario apagou a luz da sala e dirigiu Wyn pelo obscuro Gym à porta do frente. “Se você decidir que quer continuar o treinamento, faça-me saber. Eu tenho várias aulas regulares de treinamento individual.”

Eles chegaram ao estacionamento, e Wyn se girou para seu carro. Estava impactado ao ver Ezra encostado no capô de seu carro.

“Ezra? Que faz aqui?”

Ezra ficou de pé em toda sua altura e coçou o queixo. “Agora mesmo, eu estava perguntando o mesmo.” Apontou para Mario. “Quem é seu novo amigo?”

Wyn não gostou da maneira em que Ezra dirigia a vista para Mario. “Ele é apenas um amigo. Mario esta me ensinando alguns movimentos de auto defesa.”

“OH, assim é como se chama nestes dias?”

Wyn sentiu sua pressão sangüínea disparar-se ante a insinuação. Fechou seus olhos e respirou fundo. Quando olhou de novo a Ezra, tinha fogo em seus olhos. “Sim, essa é a maneira que se chama quando um homem precisa aprender a defender-se de capatazes ciumentos.”

Ezra teve a decência de parecer assombrado. “Que estás dizendo? Smokey te disse algo?”

Wyn se girou para Mario. “Obrigado pela lição eu te informo se necessitar alguma mais.”

Mario parecia duvidar deixar Wyn com um homem do tamanho de Ezra. “Está bem,” Wyn disse. “Este resmungão é meu namorado. Não me faria mal.”

Assentindo com a cabeça, Mario contínuo caminhando para seu veículo. Depois que se foi, Wyn se girou para Ezra. Surpreendeu-se ao ver o suave olhar na cara cinzelada de Ezra.

Ezra bateu no capô a lado dele. “Usa-o como cadeira e conversamos.”

Colocando suas mãos em seus bolsos, Wyn caminhou para o carro, sentia o cinturão roçando seus nódulos e suspirou.

Deu-se conta que provavelmente tivesse chegado à mesma conclusão, se estivesse no lugar do outro.

Em lugar de sentar-se ao lado de Ezra parou frente a ele e apoiou sua frente contra a dura parede do peito de seu amante. “Eu perguntei a Nate se tinha tempo de me ensinar alguns movimentos de autodefesa. Estava ocupado, mas disse que telefonaria a Mario para ver se seguia aqui. Isso é tudo o que nós fizemos juro isso.”

Ezra envolveu seus braços ao redor de Wyn e ele sentiu que lhe beijava o topo da cabeça. “Que acontece? Você esteve distante ultimamente.”

Wyn abraçou Ezra e negou com a cabeça. “Você não me acreditará.”

Ezra levantou o queixo de Wyn. “Me prove.”

“Smokey. Eu tratava de te dizer que atuava estranho comigo. Só que chegou a minha loja hoje e me advertiu que me afastasse de você.”

Sentiu os músculos de Ezra esticar-se. “Que quer dizer com que te advertiu que te afastasse de mim? O que foi que disse?”

Wyn se encolheu de ombros. “Coisas a respeito de que estava perdendo o contato com seus trabalhadores e como isso poderia pôr em risco o ‘EZ Does-It’. E me disse que precisava me afastar de ti.”

Negou com a cabeça. “Não foi o que disse, mas sim como o disse. Nesse momento entrava Ryan à loja, Smokey me tinha muito preocupado que talvez pudesse me fazer algo.”

“Você sabe que eu nunca deixaria que ninguém te machuque, bebê.” os lábios de Ezra se fecharam sobre os seus. Aliviando-o, e Wyn abriu a boca à exploração da língua de Ezra. Seu beijo cresceu em profundidade e antes que se desse conta, estava tratando de escalar o corpo de Ezra.

Tudo o que sabia era que precisava estar mais perto. Envolveu suas pernas ao redor da cintura de Ezra e se pressionou contra os jeans de Ezra. “Necessito-te,” ofegou, estava arqueado contra seu homem.

Ezra ficou de pé e o levou a um lado escuro do Gym, longe da rua. “Dispa-se,” Ezra grunhiu baixando Wyn sobre seus pés.

Em segundos, Wyn estava nu da cintura para abaixo e os jeans de Ezra estavam nos joelhos. Ezra girou Wyn de cara à parede. “Preciso te provar,” Ezra gemeu quando ficou de joelhos detrás de Wyn.

Wyn abriu suas pernas e sentiu a umidade da língua de Ezra cruzando seu buraco. “Merda,” Gemeu enquanto descansava sua cabeça contra as pranchas de cedro do edifício. A cara de Ezra estava enterrada no traseiro de Wyn enquanto sua língua lambia e explorava o buraco.

Esses grandes dedos começaram a estirá-lo e jogar com seu enrugado buraco, fazendo que o rogasse por ser cheio. Ezra se retirou e se girou para Wyn. “Amo-te.”

Ezra o levantou e o empalou em seu comprido e grosso pênis, ele amava isso. As costas de Wyn se golpearam contra a parede quando Ezra começava a montá-lo duro. Nunca tinha estado mais satisfeito apenas meio vestido com sua camisa raspando-se contra a rugosa parede.

Ezra o fodia como um homem possuído e Wyn amava a cada segundo disso. O pênis maltratava seu estirado buraco, amava isso em sua vida e isso era tudo o que importava. Estar pendurado nos ombros de Ezra e desfrutar ser montado, somente separando-o suficiente para tomar seu próprio pênis.

Quando suas bolas se prepararam, ele alcançou com sua mão livre a camiseta de Ezra e a levantou. “Vou gozar, tudo sobre ti, doce coração,” ele ofegou.

“Sim, me pinta, bebê,” Ezra disse com sua grossa voz.

A seguinte vez que o pênis tocou sua glândula, Wyn entrou em erupção, orvalhando sua semente em um rio sobre o estômago de Ezra.

Ezra apertou seu traseiro e se enterrou, mas profundo dentro do corpo de Wyn. Com todo seu corpo tremendo, Ezra esvaziou sua semente dentro de Wyn.

Eles caíram no chão com Wyn ainda ao redor de Ezra. “Amo-te,” Wyn declarou antes de beijar Ezra.

“Isto é muito melhor que brigar, embora sua camisa provavelmente não esteja de acordo.”

“Você se deu conta que nós arruinamos uma camisa de duzentos dólares,” Wyn ofegou rompendo o beijo.

Ezra grunhiu. “Eu posso comprar uma nova.”

“Não é necessário. Tenho um mostrador cheio delas.” Passo sua língua por um lado do rosto de Ezra. “É esta a dura subida que me prometeu? Porque se for assim, posso me acostumar a isso.”

Ezra ficou de costas na grama e trouxe Wyn com ele. “Estou muito velho para isso. Acredito que estive perto de morrer,” Ezra disse, colocando a cabeça de Wyn sob seu queixo.

“Muito me agradaria tomar uma sesta aqui, suponho que a polícia pode não apreciar. vamos a minha casa.”

“Mmm hmm,” Ezra murmurou, mas não fez nada para levantar-se.

Wyn a contra gosto ficou a procurar sua roupa pelo jardim. Depois de estar vestido ajudou Ezra a subir seus jeans. “Vamos grande tipo. Tenho uma cama de tamanho king, te esperando.”

Com Wyn lhe ajudando, Ezra finalmente ficou de pé. “Pode conduzir?” Ezra perguntou.

“Claro, amanhã te trago a sua caminhonete.” Enquanto ajudava Ezra a sentar-se no assento de passageiro lhe deu um beijo. ”Não quero brigar de novo contigo, nunca.”

Ezra o aproximou. “Estou seguro que nós brigaremos, todos os casais o fazem. O que precisamos recordar é a ser abertos e honestos a respeito de por que brigamos.”

Wyn assentiu e foi ao assento do condutor. Ezra passou seu dedo pela cicatriz do rosto de Wyn. “Há algo mais, eu resolverei o problema com Smokey. Não te incomode outra vez.”

Wyn tomou a mão de Ezra e a levou a seus lábios. “Eu odeio estar entre você e seu melhor amigo.”

“Você é meu melhor amigo,” Ezra replicou. “Você é meu tudo.”

 

Depois de chegar a sua casa na manhã seguinte, Ezra foi ao seu escritório e telefonou para o celeiro.

“Jax,” o trabalhador do rancho, respondeu.

“Hei, Necessito que procure Smokey e o envie a meu escritório.”

“É fácil, esta fora revisando o novo touro.”

“Diga-lhe que deixe de fazer o que for que esteja fazendo e venha aqui. Obrigado Jax.”

Ezra desligou o telefone e caminhou em frente da janela. Foi incapaz de dormir, inclusive com Wyn envolto ao redor dele. Esperava como o inferno que tudo tivesse sido um mal entendido, foi à cozinha por uma xícara de café.

Quando o se servia da quente bebida em sua xícara favorita, o telefone soou. ‘EZ Does-It’ ele respondeu.

“Sou eu, Ryan.”

“Hei, Xerife. Wyn disse que o ajudou, eu aprecio isso.”

“Ele te falou disso?” Ryan soava aliviado.

“Não os detalhes, mas disse que Smokey lhe havia dito que se afastasse de mim.” Estava de pé frente à janela vendo Smokey dirigir-se para a casa.

“Só queria me assegurar. Não tinha visto Wyn tão alterado desde o desastre de Doles.”

Ezra viu seu velho amigo e tomou um gole de café. “Eu me encarregarei disso.”

“Falaremos depois, se Wyn tiver mais problemas, pode converter-se em um assunto oficial.”

“Obrigado, nós lhe informaremos.” Ezra desligou quando ouviu a porta da frente abrir-se e fechar-se. Caminhou para a cozinha e entrou na sala.

“Meu escritório, agora,” ele disse a Smokey no vestíbulo.

Quando eles entraram no escritório, Smokey tomou assento em um dos cômodos assentos de couro em frente do escritório. “Há algo que precisa me dizer?” perguntou a Smokey.

Smokey tirou seu chapéu e passou seus dedos pelo curto cabelo castanho. “Não, nada que possa pensar. O novo touro está bem.”

Ezra tomou um gole de café e deixou a xícara no escritório.

Cruzando seus braços se apoiou no marco da porta, e disse. “Wyn disse que foi a sua loja.”

Notou a maneira em que Smokey trocava seu peso na cadeira. “Parei lá um minuto. Pensei que precisava comprar novos jeans.”

“Você não lhe disse nada a respeito de que se afastasse por mim?”

As fossas nasais de seu amigo se moviam, quando ficou de pé e se enfrentou a Ezra. “Esse homem-marica foi chorando até você?”

Ezra caminhou para frente até que teve apanhado Smokey contra a parede. Inclinando-o suficiente para ver fixamente aos olhos de Smokey, tomou toda sua força de vontade não esmagar Smokey, amigo ou não.

“Nunca volte a te referir a Wyn dessa maneira. Entendeu?”

“Certo. Sinto se interpretou mal as razões de minha visita. Essa foi estritamente inocente, eu posso assegurá-lo.”

“Wyn me contou que lhe disse que se o seguia perderia o rancho.”

Smokey inflou seu peito. “Eu não sinto haver dito isso. Passas mais tempo com ele resolvendo sobre esse clube de merda que quer abrir.”

As mãos de Ezra se fecharam em um punho. “O que eu faça ou deixe de fazer é meu próprio maldito assunto. Se você não gostar da maneira como o faço, levanta suas coisas e vá embora. E se inclusive voltar a cruzar a vista com Wyn, Eu terei seu traseiro para o café da manhã.”

Smokey sob sua cabeça, pôs as mãos no peito de Ezra. O primeiro pensamento de Ezra era que Smokey poderia tratar de empurrá-lo para afastar-se, mas em lugar disso o capataz o beijou. Impactado, Ezra o empurrou.

“Que estas fodidamente fazendo?”

Smokey o agarrou de novo e passou sua língua pelo pescoço de Ezra. “Eu te amo, e o tenho feito por anos, só que pensei que ainda não estava preparado devido à morte de sua esposa. Eu estive pendurado, esperando nas sombras. O seguinte que sei é que vai correndo a Oklahoma tomar a alguém como Wyn. Não cabe aqui, Ezra. Vai fazê-lo infeliz.”

Ezra lutou com seu amigo por uns segundos, finalmente conseguiu afastar-se dele. Deu meia volta para a janela. “Sinto muito, se te machuquei. Eu não tinha idéia de que se sentia dessa maneira, a respeito de mim. Suponho que o melhor será que procure outro trabalho. Darei-te um par de meses de seu salário e pode ficar com a caminhonete do rancho que sempre conduz.”

“Você não pode me fazer isso,” Smokey disse indo para ele. “Você não pode me despedir pelo que Wyn disse? Eu não fiz nada mal.”

Negando com a cabeça, Ezra apoiou seus braços no marco da janela. “Apenas tenho que chamar por telefone ao xerife. Quer tratar de negar outra vez o que fez?”

“Está bem, sim, o fiz. Eu o queria fora de sua vida. Eu estive contigo desde que começou este rancho. Só me descarta porque encontrou um traseiro apertado com que brincar.

Ezra se girou e levantou Smokey pelo pescoço e o golpeou contra a parede. “Esquece o que disse da fodida caminhonete. Tem exatamente uma hora para recolher suas merdas e procurar seu próprio maldito caminho, fora de minha propriedade. E se volto a te ver de novo, será melhor que corra para outro lado, porque na seguinte vez não acredito que te deixe se afastar.”

Liberou Smokey e saiu do escritório sem olhar para trás. Teria que pedir um montão de desculpas a Wyn. Como pôde ser tão cego?

Caminhou para o celeiro, encontrou-se com o Jax. “Se obtiver que Smokey esteja fora deste rancho na seguinte hora, o posto e a cabana é tua.” Deixou Jax falando até pelos cotovelos, subiu a sua caminhonete e se dirigiu para a cidade, tinha um encontro com o prefeito.

“Porra,” ele grunhiu, golpeando com o punho o tabuleiro. Com o presente humor, não podia ser bom momento para falar com Quade. Possivelmente deveria passar primeiro na loja e desculpar-se.

 

“Bom, esta é uma agradável surpresa,” Wyn disse quando Ezra entrou na loja.

Wyn saiu detrás do balcão, para dar a Ezra um muito necessário abraço. Ezra sustentou seu homem e beijou sua testa. “Precisava te ver,” Ezra disse.

Separando-se suficiente para vê-lo, Wyn levantou uma sobrancelha. “O que aconteceu?”

“Você tinha razão a respeito de Smokey. Tive que despedi-lo.” Pensar em terminar uma longa amizade, ainda fazia adoecer seu estômago.

“Oh, Ezra,” Wyn disse e lhe deu um beijo no pescoço. “Sinto muito.”

Ezra negou com a cabeça. “Eu também. Possivelmente algum dia seja capaz de arrumar as coisas.”

“Por que não estás na prefeitura? Pensei que tinha uma entrevista com o prefeito esta manhã,” Wyn perguntou. Passando suas mãos pelos mamilos de Ezra.

Inclinando-se, Ezra deu a seu homem um profundo beijo. “Eu pensei que precisava me acalmar primeiro.”

Wyn olhou ao redor da loja antes de passar sua mão pelo vulto nos jeans de Ezra. “Então, isto lhe calma?” Wyn perguntou em um tom de brincadeira.

“Não, mas te sustentar tem esse efeito em mim.”

“Que pena não ser o momento para nada disso. Teremos um cheque por chuva ?”          

Wyn perguntou dando ao pênis de Ezra outro apertão.

“Definitivamente,” ele respondeu, lhe dando a Wyn outro beijo antes de afastar-se. “Retornarei antes que feche a loja e iremos a sua casa.”

Wyn o viu um momento antes de negar com a cabeça. “Se você despediu Smokey, acredito que deverá passar mais tempo com os trabalhadores do rancho. “Eu vou para casa. Você toma seu tempo e prepara seus homens com maior facilidade.”

Porra, ele amava a esse homem. “Como é tão inteligente?” Ezra riu.

Encolhendo-se de ombros, Wyn ficou sério.

“Smokey pôde ter tido suas razões para dizer o que disse, mas isso não quer dizer que não tivesse razão.”

Ezra embalou uma das bochechas de Wyn. “Amo-te.”

Wyn assentiu. “Eu sei.”

 

Decidindo caminhar para a prefeitura, Ezra girou para a direita ao sair da loja. Deteve-se antes de ir mais longe e coçou o queixo. Possivelmente poderia ajudar com o humor Quade se levasse um prato de doces.

Dando meia volta Ezra lhe disse adeus com a mão a Wyn, quando o viu pela janela. Abriu a porta da padaria Brynn's.

Kyle em sua cadeira de rodas, estava à frente, todo sorrisos. “Hei, Ezra. Sua visita significa que me perdoou pela cesta de bolachas em São Valentin?”

Não podia dizer a Kyle, mas esse truque lhe ajudou a dar-se conta o muito que significava Wyn para ele. “Sim, trégua,” ele sorriu. “Wyn e eu estamos planejando ir a suas bodas neste fim de semana. Pode não ser tão mau para um tipo que está apaixonado.”

Kyle se ruborizou e Ezra lhe deu um amigável sorriso. “Eu vou ter uma reunião com Quade. Que coisas doces me sugere que lhe leve?”

Kyle levantou uma sobrancelha. “OH, um suborno, perfeito.” Kyle olhou para as caixas do mostrador. “Se for para Quade, não vai ser ruim se levar rolinhos de canela.” Piscou um olho. “Entre você e eu, suponho que o homem é um viciado.”

“Perfeito. Vou levar dois.”

Kyle armou uma das caixas da confeitaria e colocou dois muitos grandes rolos de canela dentro com uma capa extra de glacê. Fechou a caixa e deslizou em uma pequena bolsa um par de bolachas de manteiga de amendoim. “Não tem sentido não adoçar também um pouco a Carol.”

“Ahh, homem inteligente.” Ezra assentiu. Pagou pelos rolos de canela, mas Kyle se recusou a aceitar o pagamento pelas bolachas. Depois de lhe dar obrigado se dirigiu à prefeitura.

Detendo-se ante a Carol a recepcionista do prefeito, lhe deu a pequena bolsa de bolachas. “Kyle diz que você gosta das bolachas de manteiga de amendoim.”

Carol tomou a bolsa e olhou o interior. “Kyle trata de fazer que engorde,” ela disse, pegou uma bolacha da bolsa e a mordeu. “Mas, OH homem isto vale a pena!”

Ezra assinalou para a porta fechada. “Está ocupado? Sei que venho tarde, mas trouxe uma oferenda de paz.”

“Diabos, você pode lhe disparar em seu cão, e te perdoasse se levar rolos de canela ao funeral,” Carol riu.

Rindo, Ezra bateu na porta de vidro.

“Entre,” Quade disse.

Ezra entrou levando a caixa de confeitaria frente a ele. “É muito tarde?”

Os olhos de Quade estavam fixos na caixa. “Não, toma assento e me dê essa caixa. Eu não posso deixar de te dizer quão diferente que você está com sua nova imagem. Vi-o na cidade outro dia e a princípio pensei que era um novo residente em Cattle Valley.” O prefeito lhe piscou um olho. “Seu tamanho é que reconheci que estava equivocado.”

Depois de lhe passar o suborno, Ezra tomou uma cadeira frente ao escritório de Quade. Estudou o prefeito como tirava um dos róis extra lustrados. Quade não parecia prefeito. Ezra sabia que era um homem inteligente e bom com as relações públicas, mas Quade sempre lhe pareceu distraído.

“Como foi no Havaí?” Perguntou, pondo a bola a rodar.

Quade deteve meia mordida e girou seus olhos. “OH Deus não me recorde isso. Conheci o mais doce pequeno surfista. Maldição, esse homem era quente. Eu quase renuncio à posição por telefone e me dedico a vadiar na praia.”

Sabia que Quade estava tratando de tirar importância do assunto, mas Ezra pôde ver dor em seus olhos quando falava do homem com quem passou suas férias. “Sempre há um próximo ano,” Ezra disse.

Logo que as palavras saíram, a cara de Quade se desencaixou. Merda devia manter sua grande boca fechada. “Sinto muito,” ele murmurou.

“Está bem.” Quade deu outra mordida a seu rol. “Tenho certeza que Kai pode mudar-se pra cá em algum momento, antes que retorne. Ele é muito perfeito, ou não teria a centenas de meninos ao redor dele por todo o dia.”

“Então virá aqui,” Ezra disse.

“Porque deixaria sua vida no formoso Havaí para viver em Wyoming? Não. É melhor que trate de apartar isso de minha mente.”

Quade terminou o primeiro rolo e esfregou seu estômago.

“Agora de retorno aos negócios.”

Quade ficou de pé e se dirigiu ao closet e sacou um rolo de papel. Golpeava o rolo contra sua perna enquanto se dirigia à mesa de conferências no canto da sala. “Aqui há algo que quero lhe mostrar.”

Ezra ficou de pé e caminhou para aonde Quade estendia os mapas. “A cidade desenhou isto faz um par de anos. Nós detivemos o projeto deste plano, mas acredito que agora é o momento.”

Apoiando suas mãos na mesa, Ezra estudou os mapas frente a ele. “Um hotel? Em Cattle Valley?”

“Sim. Nós temos Apple Valley cama e café da manhã (Casas que rendem habitações com direito a café da manhã), mas nós temos que atrair mais turistas. Certamente há pessoas fora que amariam passar suas férias em uma cidade aberta e amigável como a nossa. Logo chegarão os dias de Rodeio, pensa a respeito de que cada ano se perde dinheiro porque as pessoas que vem tem que dirigir-se a Sheridan para passar a noite.”

“Então, esse hotel que vai se construir que tem que ver comigo?” Ezra perguntou.

“James Brewster convenceu que um clube de dança violaria a lei contra ruído da cidade. Estive tratando de encontrar uma maneira de lhe dar a volta a isso, mas temo que tenha razão. Mas este hotel,” Quade assinalou os planos, “Pode não estar nos limite da cidade. Nós temos um grande pedaço de terreno que basicamente esta sem usar.”.

Quade olhou a Ezra e sorriu. “E? Você me dirá onde está essa terra?” Ezra perguntou frustrado.

“Esqueceu a montanha.”

Ezra sabia da montanha que se elevava na borda de Cattle Valley. Voltou a olhar os planos. “Um albergue de gelo? É brilhante.”

“Suponho que pode chamar-se assim,” Quade disse raspando suas unhas em sua camisa.

“Então, uma vez mais, que tem que ver isso comigo?”

Quade olhou mais um pouco os mapas colocando um acima. “Vê esta área aqui à direita? Nós tratamos de imaginar que poderíamos ter aí, pensamos convidar a alguém a pôr outro restaurante lá, e o albergue pode contar com todas as facilidades que consideram que seja inútil. Entretanto um clube de dança seria perfeito.”

Ezra tratou de imaginar um clube no rústico albergue de gelo. Sim, podia definitivamente ver o êxito nisso. Sem uma palavra, deu a Quade um grande abraço de urso. “Eu sabia que havia uma razão pela que fosse o prefeito.”

Liberou Quade e revisou os planos de novo. “Quando posso começar a construção?”

Quade limpou a garganta. “Oficialmente, nós temos que fazer uma reunião na cidade a respeito disto, mas extra oficialmente, já fiz alguns telefonemas. Pode ser que começaremos logo que seja aprovado.”

“Agora, é a cidade a que pagaria por isso ou o indivíduo?”

“O patronato da cidade é o que constrói. Já nos pusemos em contato com alguns interessados em arrendar a longo prazo a terra para construção.”

“Wyn e eu podemos arrendar o espaço do clube ao patronato ou é individual?”

“Você tem que arrumar isso com Guy, mas eu já falei sobre tudo isto,” Quade respondeu.

“Guy?”

Quade cobriu seu rosto com a mão. “Sinto muito, mas me saiu. Fica entre nós, Guy Hoisington é o homem que trouxe durante vários anos esta idéia.”

“O ganhador da medalha de ouro nas olimpíadas? Porque quereria viver em Cattle Valley?”

Quade olhou Ezra com um zombador sorriso. Merda. “Guy é gay?” Ezra perguntou impactado.

Pondo seu dedo em seus lábios, Quade sorriu. “Shhh, você não ouviu de mim, mas Guy quer este lugar para ele quando se retirar das competições.”

Ezra sorriu. Guy deve estar no início dos trinta deve ser difícil aposentar-se tão jovem “Tudo isto é realmente bom, Quade. Tenho que falar com Wyn e volto. Quando planeja a reunião da cidade?”.

“O Edital será publicado esta semana. A reunião será a seguir.”

Ezra assentiu e voltou a olhar para os planos. Essa poderia ser uma enorme oportunidade de fazer dinheiro. Perguntava como disputaria Richard viver em um lado da montanha. Vindo de Tulsa, imaginava que teria que ajustar-se bastante.

“Eu retornarei em um par de dias, mas meus instintos me dizem que o agarre e não o solte.”

Quade começou a enrolar os planos. “Suponho que seus instintos são bons.”

 

Quando Ezra tomou seu assento habitual na mesa para jantar com todos os trabalhadores do rancho, tinha uma clara impressão de que todos estavam preocupados.

“Relaxem”. Ele disse mordendo uma parte de seu jantar.

Jax limpou sua garganta e olhou ao redor da mesa. “Hum, Smokey se foi por bem? Porque, nós temos muito trabalho e necessitamos outro trabalhador.”

Ezra tragou saliva e deu um gole em seu chá. Não gostava de discutir sua vida privada, mas conhecia esses três homens a vários anos, bom exceto Neil quem era seu mais recente trabalhador. “Sim, suponho que Smokey, foi por bem.”

Colocou seu garfo e apoiou seus braços na mesa. “Smokey disse algo sobre Wyn que eu não pude tolerar. Todos vocês precisam entender que Wyn é parte de minha vida, agora, e ele deve ser tratado com respeito.”

Os trabalhadores se olharam una aos outros. “O que?” Ezra perguntou.

Um dos trabalhadores mais jovens. Neil mordeu seu lábio inferior. “Nós sabemos o que Smokey disse e nós sabemos por quê. Nós deveríamos ter vindo até você, mas temíamos traí-lo.”

Ezra cruzou a mesa e pôs sua mão no ombro do Neil. “Não se preocupe o que aconteceu é entre Smokey, eu e Wyn.”

Neil ficou tenso ante o toque de Ezra. “Está bem,” Neil disse, mas Ezra podia ouvir tensão em sua voz.

Olhando Jax, Ezra levantou as sobrancelhas, questionando-o, Jax se encolheu de ombros. “Neil? Teme-me?”

“Não, senhor. Tenho que admitir que era mais intimidante quando tinha barba, mas você sempre foi agradável comigo.”

“Então porque repentinamente te esticou quando te toquei?”

“Só me impressiona, senhor,” Neil respondeu.

“Chame-me Ezra, por favor.” Colocou sua mão sobre o ombro de Neil um momento mais antes de soltá-lo.

Retornou ao seu garfo, Ezra contínuou com seu jantar. Entre mordidas falava com Jax da necessidade de outro trabalhador. “Teremos que pôr um anúncio solicitando um trabalhador.”

Jax limpou sua boca com um guardanapo. “Bom, se me permitir, eu já tenho a alguém em mente. É um amigo de meu irmão mais novo. E necessita um trabalho em um rancho amável com gays. Logan precisa deixar Montana tanto como eu. Eu não o vejo em quase oito anos, mas praticamente cresceu nos ranchos de minha família.”

“Conhece o negócio?” Ezra perguntou, terminando sua carne.

“Sim. Logan pode ser um pouco selvagem às vezes conforme ouvi, mas praticamente cresceu em cima de um cavalo. Ajudar-nos-ia durante a organização da primavera. É um perito marcando e aprendeu o trabalho de ferreiro nos últimos anos. Aprendeu o trabalho de seu tio Bob quando seus pais o expulsaram de sua casa.”

Maldição, o menino parecia ser o sonho de qualquer rancheiro. “Contrata-o.”

 

Ezra ficou depois do jantar para limpar e jogar um par de rodadas de poker. Sabia que Wyn o estava esperando em casa, mas precisava religar-se com os vaqueiros.

Entrando na casa ele encontrou Wyn dormindo no sofá. Para ele era tarde, mas sabia que Wyn não estaria zangado. Ajoelhado frente ao sofá, estudou a seu amante. Seus olhos viram as cicatrizes no pescoço e bochecha. Possivelmente Smokey tinha estado certo, inclusive quando Wyn tinha crescido em um rancho, obviamente não queria viver em um. Porque se não construiu essa grande e elegante casa na cidade?

Wyn abriu os olhos quando Ezra passava os nódulos por um lado do rosto de seu homem. “Hei,” Ezra disse, inclinando-se para dar um beijo em Wyn.

“Sinto-o é tarde. Já comeu?”

“Sim, levei Gavin para jantar no La Canoe.”

Ezra tinha visto o empregado de Wyn somente em duas ocasiões e realmente sabia que não havia nada com ele. Supôs que era algo que precisariam mudar. Ambos deveriam conhecer os amigos um do outro. “A próxima vez que o convide me avise e os acompanho.”

Wyn sorriu. “Ciumento?”

“Não, em nada. É que penso que é tempo de que conheçamos os amigos do outro.”

Levantando suas sobrancelhas, Wyn lhe deu um beijo. “Obrigado, mas não se considere Gavin um amigo. Inclusive é mais afetado do que eu. É um excelente empregado é pelo que lhe fiz encarregado da loja esta noite.”

“Você o quê?”

“Sim. Decidi que era tempo de dar um pequeno passo atrás de minha vida cotidiana de correr à loja e trabalhar mais duro em minha vida, agora que sou financeiramente capaz de fazê-lo e desfrutá-lo.”

Wyn se retorceu uns segundos, via-se como um menino assustado ao dizer algo a seu papai. OH, ele isso sabia ao vê-lo. “Bebê, há algo mais que queira me dizer?”

Girou o rosto de Wyn para que o olhasse nos olhos. “O que está mau?”

“Talvez você pense que é estúpido, mas podemos fazê-lo?”

“Que quer dizer com podemos fazê-lo?

“Está perguntando se o amor entre nós é sólido?”

“Sim. Eu sinto que estamos em uma encruzilhada. Eu só preciso saber se você pensa em ambos nos dirigirmos à mesma direção é tudo.”

Ezra grunhiu e selou seus lábios com os dele. Seu coração se sentia como se pudesse explodir pela quantidade de amor contido. Empurrando sua língua dentro da melhor maneira de lhe comunicar todos esses sentimentos.

Depois de um momento, quebrou o beijo. “Eu não quero passar outro dia sem ti. É a resposta que procurava?”

Wyn sorriu. “Sim, é.” Wyn se levantou agarrando a frente da camisa de Ezra. “Quero vender minha casa e me mudar prá aqui.

Isso era totalmente o oposto do que tinha pensado minutos antes. “Você não pode vender sua casa, você adora essa casa. Eu posso me mudar à cidade contigo.”

“A casa é apenas uma casa. Sim, é agradável, mas isso não é o que necessito para ser feliz. Eu não posso estar a gosto aqui contigo se o fizer por mim”

Ezra levantou mais Wyn. “Não me importa nada ter que vir aqui, bebê, você sabe isso. Tem certeza que não se importaria de dirigir todos os dias à cidade?”

Wyn negou com a cabeça. “Eu não tenho que ir diariamente à cidade. Eu decidi trabalhar apenas umas manhãs na semana. Por isso contratei Gavin, e lhe pedi que procurasse alguém para que o ajudasse, para poder estar fora parte do tempo.”

“Wow, esteve realmente ocupado.”

Wyn sorriu e se empurrou contra Ezra. “Nós não somos jovenzinhos.Além disso, se fizermos o clube, isso vai tomar mais de nosso tempo.”

Ezra abaixou o zíper de seu jeans, antes de baixar as calças de Wyn. A sensação de seus pênis, pele contra pele foi suficiente para fazê-lo gemer quando beijou seu homem de novo. “Fale com Richard. Estará preparado para mudar-se ao final do verão para assumir suas novas funções. Não haverá muito que fazer além de ver como se gastam nossos dólares, mas nos deixará livre e dará a ele algo que fazer.”

Wyn se retorcia abaixo dele e abria a camisa de Ezra. “Podemos falar disso mais tarde?” Wyn perguntou, beliscando os mamilos de Ezra.

Ezra grunhiu em resposta e começou a esfregar-se mais duro contra o pênis de Wyn. Ele queria estar dentro de seu amante, não podia esperar. Podia sentir suas bolas preparar-se, enquanto Wyn fazia um chupão em seu pescoço. “Vou gozar” ofegou.

Diabos, ele esperava que Wyn não tivesse posta uma de suas caras camisas quando seu pênis lançasse sua semente. Ofegante Wyn enterrou seus dedos nas costas de Ezra e isso o levou a bordo. Paralisando ao lado dele tanto como pôde, os olhos de Ezra se fechavam. “Nós somos um casal quente, sabe isso?”

“Hmmm,” Wyn adicionou antes que eles dormissem.

 

No sábado de manhã, Wyn ajudava Ezra com sua gravata. “Está elegante,” ele disse.

“Vejo-me ridículo,” Ezra grunhiu. “As pessoas vão desmaiar quando me virem chegar.”

Wyn deu um passo atrás e fiscalizou seu trabalho. “O traje cinza que ordenei especialmente para ti fica perfeito Ezra. A camisa branca e a gravata azul complementam o traje com classe. Duvido que alguém tenha visto um homem que se veja tão malditamente quente”.

Passou seus dedos pelo cabelo de Ezra, notando que podia arrumá-lo melhor. Ezra considerou que era um sinal de desaprovação.

“Sinto muito, ia cortar isso, mas o fim de semana chegou muito rápido.”

Wyn negou com a cabeça. “Não precisa cortar isso eu gosto assim.”

Tomou uma mecha e puxou a cabeça de Ezra para um beijo. “Vê, tenho melhor uso.”

Ezra deu uma tapa no traseiro de Wyn e riu. “Pode me montar tudo o que queira, mas não me compare com um cavalo.”

Rindo, Wyn passou sua mão sobre a frente das calças de seu traje. Sentia o pênis de Ezra ficar duro quando brincava. “Garanhão. É melhor?” Wyn sabia que Ezra poderia competir com os pênis de cavalos. E era todo seu até o último centímetro.

Foi mais longe baixando o zíper das calças de Ezra. “Wyn, não disse que as bodas são às duas?”

Com um exagerado suspiro, Wyn olhou para o relógio. “Maldição.”

Ezra se deteve e o beijou. “Depois será todo teu.”

Wyn entrecerrou os olhos, e cobriu o pênis de Ezra uma vez mais. “Tenho-te notícias já é tudo meu.”

“Isso,” Ezra adicionou. “Em que local será as bodas?” Ezra pegou sua roupa e recuperou sua carteira.

“No numero um do parque.” Wyn lhe deu uma última revisão ao traseiro de Ezra antes de revisar sua aparência ante o espelho.

“Preparado?”

“Sim, enquanto se sente o mais afastado de mim na caminhonete, enquanto conduzo, odiaria ter que ficar na caminhonete durante as bodas devido a que tenho uma ereção.”

“Bom, então melhor irmos em meu carro, um só assento é muita tentação.” Levantou as chaves e olhou para a Ezra.

“Sim, mas poderia ser bom que poderia me montar de retorno a casa, se formos na caminhonete.”

Maldição, não tinha pensado nisso. Uma imagem empalando-se no grosso pênis de Ezra lhe veio à mente. Hum, isto tinha uns muitos desvios que podiam fazer-se. “Está bem, trato feito,” ele disse, passando sua mão pela frente de sua braguilha. Agora Ezra não era o único que tinha uma ereção.

Rindo Ezra o dirigiu para a porta e sutilmente pôs sua mão sobre a ereção de Wyn.

“Pare com isso,” Wyn gritou. “Se eu não posso brincar, você tampouco pode.”

“Festival das Águas.”

 

Ezra olhou ao redor a todas as pessoas que tinham ido à cerimônia de compromisso de Kyle e Gill. “Maldição, mais da metade desta cidade nas bodas,” murmuro-lhe ao ouvido de Wyn.

Wyn o olhou e sorriu. “Sim, é lindo, não é?”

“Sim eu diria isso,” resmungou consigo mesmo e tratou de afrouxar a gravata sem que Wyn notasse.

Tomando Wyn da mão, foram em linha reta para Nate, Rio e Ryan. Ezra estava de pé enquanto Wyn abraçava a cada homem que não tinha visto em meses. Nate comentou sobre o traje de Wyn e os dois iniciaram uma agradável conversa sobre ‘a linha da primavera’ fosse o que fosse que isso significasse.

Olhou para Rio e sorriu parecia que não era o único perdido na conversação. “Como vai o feno este ano?” Rio finalmente lhe perguntou.

“Bastante bem. Deve estar preparado para ser talhado em três semanas. Está interessado em comprar algo?”

“Provavelmente. Tenho que falar com o chefe e ver que pensa”. Rio piscou um olho e apontou para Nate.

Sim, Ezra não tinha dúvidas de que Nate era o controle familiar. Era bastante assombroso com o tamanho de Rio e a força do agressivo Ryan fossem dominados por alguém de tão diminuta estatura. Mas ao ver a cara de Ryan e Rio quando olhavam Nate parecia que isso funcionava para eles.

Ezra se perguntou se via-se igual quando olhava ao Wyn. Provavelmente. Observou sobre o ombro de Wyn aos doutores Singer e Brown caminhando para eles. Quem era esse homem que caminhava entre eles, Ezra imaginou que deveria ser o terapeuta físico que Wyn tinha mencionado.

Estava um pouco surpreso de ver quão jovem o casal era, mas ficou impactado por ver a vibração de tristeza nos três quando estreitaram as mãos do pequeno grupo.

Wyn se girou e pôs a mão na cintura de Ezra. “Matt, este é minha melhor e mais grande metade, Ezra James. Ezra, este é Matt Jefferies.”

“Prazer em conhecê-lo, Matt,” Ezra disse estreitando a mão do tipo.

“O mesmo digo,” Matt respondeu.

“Ouvi que pensa em alugar o apartamento de Kyle?

“Bem eu tenho um trato para ti, eu estou tratando de vender minha casa, mas o comprador não vai realizar a venda até finais do verão. Pensava que possivelmente te interessaria, por alguns meses, enquanto encontra algo permanente?” Wyn disse a Matt.

Ezra viu ambos os doutores esticar-se e olhar o Matt.

Baixando a cabeça, Matt se via como alguém que gostaria de estar em qualquer lugar menos ali.

“Sim, ah, posso falar com você depois?” Matt perguntou.

Wyn finalmente notou a tensão. “Claro, só me avise e podemos nos encontrar na casa e lhe mostro isso.”

“Não vais encontrar uma oferta melhor. A casa de Wyn é formosa,” Nate disse desconhecendo as correntes subterrâneas que viajavam entre os três homens.

Matt assentiu. “Eu passei por lá, tem razão Nate, essa casa é formosa.”

Ezra suspirou aliviado quando a música começou ao fundo, lhe indicando às pessoas que tomasse seus lugares. “Vamos?” ele perguntou e assinalou para o terraço.

“Falemos na recepção,” Wyn lhes disse quando Ezra o afastava. Logo que considerou que não podiam ouvi-lo, Ezra se inclinou. “Sou só eu ou...”

“Não,” Wyn o interrompeu. “Definitivamente há algo estranho entre Matt e os doutores.”

Eles encontraram um lugar atrás e se sentaram. Ezra entrelaçou seus dedos com Wyn e subiu sua mão à boca para beijá-la. “Amo-te.” ele murmurou.

Wyn sorriu e sentia seu coração derreter-se por Ezra de novo. Sim, aqui se via isso, pensava sobre o anterior, quando sentiu o olhar de Nate olhando-o e sorriu, o rosto de Nate dizia tudo. Aqui estava um casal de homens mais velhos apaixonados pela primeira vez em suas vidas.

“OH meu Deus,” Wyn murmurou quando puxou Ezra a ficar de pé.

Ezra tinha os olhos fixos em Gill, parado orgulhoso ao final do corredor. O gigante ex-jogador de futebol secava uma lágrima de seus olhos quando Kyle ficou de pé ao lado dele. Ezra olhou para baixo a Wyn, “Quando Kyle aprendeu...?”

“Não sei, mas é maravilhoso,” Wyn respondeu.

Ezra envolveu seus braços ao redor de Wyn e viram seus dois amigos lentamente caminhando pelo corredor. Podia ver a determinação na expressão de Kyle quando caminhava ao lado de seu par pelo corredor. Gill se via muito orgulhoso mais do que qualquer homem teria direito a estar, mas se, Gill definitivamente tinha o direito a sentir-se orgulhoso de seu homem.

Matt apanhou a atenção de Ezra quando Kyle e Gill chegaram frente ao Reverendo Sharp. Moveu-se para um lado presumivelmente em caso de que Kyle necessitasse sua cadeira. Isso não foi o que chamou a atenção de Ezra, era o fato de que Matt parecia olhar o casal, sem vê-los realmente.

Casey pediu aos pressente que se sentassem. Ezra soltou Wyn, sabia que estaria escutando a cerimônia, mas algo a respeito da maneira que Matt estava parado, fazia que seu cabelo da nuca se arrepiasse.

Olhou ao redor aos doutores Brown e Singer. “Matt necessita ajuda,” murmurou a Wyn.

“Huh?” Wyn perguntou distraído pela cerimônia.

Caminhou até encontrar-se com Isaac e Sam quando os dois homens surgiram ao lado de Matt discretamente o afastaram. Ezra viu como eles levavam Matt ao estacionamento e o colocavam na parte detrás do carro de Sam. Notou que Isaac entrou atrás com ele. Saíram do estacionamento justo no momento em que Gill e Kyle se beijavam.

Os aplausos estalaram, todo mundo estava em pé. Ezra ficou de pé com eles e aplaudiu.

“Aonde foi Matt?” Wyn perguntou. “Penso que Kyle necessita sua cadeira.”

Ezra assinalou a um homem jovem que levava a cadeira de rodas de Kyle ao mirante. “Quem é ele?”

“Kevin, o irmão do Kyle.” Wyn se girou e olhou para cima a Ezra.

“Então, onde está Matt?”

“Isaac e Sam o levaram para casa, suponho.”

“Esta doente?”

“Não, não acredito isso, mas algo definitivamente se passa com ele.”

Wyn abraçou Ezra. “Isso esta mau. Vai perder uma ótima recepção.”

 

Logo que chegaram ao salão da recepção, Wyn desapareceu com Nate para começar a cortar o bolo. Com suas mãos no bolso, Ezra caminhou pela nova ampliação da igreja.

Tinha trabalhado um pouco nessa ampliação depois do pequeno fogo e se alegrou de que estivesse preparada.

Seus olhos automaticamente foram ao local onde deu um beijo pela primeira vez em Wyn. Na véspera de Natal, Nate tinha pendurado visco por todos os lados. Sorriu para si mesmo, sabia que depois de provar os lábios de Wyn nunca ia querer a outro homem. O problema tinha sido dizer adeus à culpa pela morte de Nancy.

Esse homem, parecia ter ficado prá trás faz muitíssimo tempo. Observava Wyn rir. Cada vez que seus olhos encontravam seu homem, não podia evitar se considerar o homem mais afortunado.

“Hei, grande tipo, a que se deve esse sorriso?” Uma mulher perguntou a lado dele.

Ezra olhou para baixo a Naomi. “Hei, Pingo.” Naomi Rivers era linda como um botão e fera como um puma. Ela tinha ido regularmente ao ‘EZ Does-It’ durante vários anos a montar cavalos. Não tinha imaginado que lhe ensinar todo o trabalho a respeito dos cavalos a uma garota da cidade como Naomi tivesse sido tão fácil.

“Então, não respondeu a minha pergunta,” Naomi insistiu.

Ezra apontou para Wyn. “Essa é toda a razão, não necessita nada mais.”

“Porque, Ezra James, está apaixonado,” A ruiva brincou.

“Esse sou eu Sra. Rivers.” Entrecerrou os olhos e mudou a expressão. “Por que tem algum problema com isso?”

Naomi riu e levantou as mãos “Não, nenhum problema. O amor te faz bem.”

“Sinto-me bem também,” ele disse com um sorriso.

Captou o sinal de Wyn que cruzava o salão. “Se me desculpar, o objeto de meu afeto me chama.”

Naomi viu Wyn lhe fazendo gestos. “Vá. Qualquer coisa para que continue com esse sorriso em seu rosto.”

Ezra grunhiu pelos velhos tempos. Não queria que as pessoas de Cattle Valley pensassem que se converteu em um completo estúpido apaixonado, inclusive quando era isso exatamente o que era. Colocou as mãos em seus bolsos e se dirigiu para Wyn.

“Hei, bebê, Que acontece?” lhe perguntou dando um beijo em Wyn.

Wyn o afastou da mesa do bolo.

“Ryan precisa falar contigo. É sobre Smokey.”

As mãos de Ezra automaticamente se fecharam em um punho. “O que fez agora?”

Wyn tratou de acalmá-lo acariciando seu peito, “Te acalme. Chamaram Ryan de Brewster. Parece que Smokey tomou como sua residência o bar e não o quer deixar.”

“Não é meu problema,” Ezra disse.

“Tem razão, não o é, mas não importa que Smokey tenha feito a ti ou a mim, foi seu melhor amigo por anos. Se Ryan for ao Brewster's o prenderá e o levará a prisão, isso é o que quer realmente?”

Ezra olhou para baixo a cara de preocupação de Wyn. Disse um montão de coisas sobre ti. Porque ia me importar o que lhe acontece?”

“Se eu o recordar corretamente, nós dissemos um montão de coisas más, um do outro por anos. Não importa o que tenha dito, sempre cuidou de ti a sua maneira. Possivelmente Smokey caiu dentro do mesmo sedimento. Eu duvido seriamente que queria dizer o que disse. Eu só era a pessoa que se interpunha no caminho do que queria.”

Ezra se inclinou e deu a Wyn um profundo beijo sem preocupar-se do apropriado de estar em público. “Você me assombra,” ele murmurou contra os lábios de Wyn. “Amo-te mais cada dia.”

“Bom porque eu pretendo que não te desfaça de mim nesta vida.”

“Justo o que eu quero bebê.” Olhou ao redor do concorrido salão. “Está bem, onde está Ryan?”

“Lá fora, está telefonando.” Wyn lhe deu outro abraço, “Vá arrumar as coisas. Eu ainda estarei aqui.”

“É bom. Lembre-se, fez uma promessa de me montar de retorno a casa.” Com um último beijo, Ezra se desculpou e foi procurar Ryan.

 

Entrando no Brewster's, Ezra entrecerrou os olhos e olhou para o final do balcão. Acenou a Kitty, a garçonete, E foi para seu velho amigo. Ainda seguia recordando-se que Smokey tinha sido seu melhor amigo e capataz por anos.

Tomando assento, apoiou seus braços no balcão. “Tem um lugar aonde ir?” perguntou-lhe, sem olhar Smokey.

Smokey levantou a cabeça de seus braços e se girou para Ezra. “Que está fazendo aqui?”

“Ryan me disse isso, e estou tratando de evitar que vá preso.”

“Possivelmente, é aonde pertenço.”

Ezra nunca tinha visto seu amigo tão deprimido, enquanto uma parte simpatizava, a outra parte seguia zangado pela traição. Muitas pessoas não se sentiriam dessa maneira, mas assim era exatamente como se sentia, traído. Smokey o tinha visto arrasado pela culpa por anos. Encerrado em si mesmo, sem permitir-se amar de novo. Wyn tinha mudado tudo isso, E se algo esperava de seu velho amigo, era que estivesse feliz por ele. “Onde está ficando? Já tem casa.”

“Não realmente, em qualquer lado, passei a ultima noite no apartamento da oficina de Elliott Sims, mas me disse que não chegasse a menos que estivesse sóbrio.”

“Você não pode culpá-lo por isso. Tem a um adolescente em casa em quem pensar.”

Ezra se esfregou queixo, ainda era incapaz de romper com o hábito. “Se te levar ao rancho poderá dormir nos barracões alguns dias.”

Pôs a mão no ombro de Smokey. “Você precisa seguir em frente, aqui em Cattle Valley ou em outro lugar.”

“Porque está fazendo isto?” Smokey perguntou.

“Porque Wyn me pediu isso.”

“Wyn? Como pode importar com o que me aconteça?”

“Porque é um homem genial. O que você não se preocupou em averiguar antes de lançar-se contra ele.” Ezra sentiu sua pressão sangüínea subir de novo.

“Vamos daqui nos deteremos na oficina do Elliott e recolherá suas coisas. Na manhã que esteja sóbrio decidirá que fazer.”

“Posso recuperar meu trabalho?”

“Não, sinto muito, Jax já tem esse posto. E já contratamos a um novo trabalhador, te darei as cartas de referências e farei quantos telefonemas necessite. A caminhonete é tua também. Ganhou-a.”

“Obrigado, Ezra.”

“Considera o pagamento por todos os anos de lealdade que mostrou a mim e ao rancho.”

“Não pode me perdoar?” Smokey perguntou quando Ezra lhe ajudava a levantar-se da cadeira.

“Não sei, possivelmente, mas se o faço será em grande parte por causa de Wyn.” Ezra disse adeus com a mão a Kitty quando eles se foram. Dirigiu a seu velho amigo para a caminhonete e subiu.

Quando chegou ao assento do condutor, Smokey estava chorando. Ezra girou os olhos. Deus odiava aos bêbados melancólicos.

“Vamos agora, te anime.”

Smokey se secou os olhos e negou com a cabeça. “Eu o sinto. É que eu o amei durante tanto tempo que não sei o que fazer agora. Juro que nunca me sentirei assim de novo.”

Estirando-se no assento Ezra bateu nas costas de Smokey várias vezes. “Você encontrará a alguém, e então te dará conta que nunca esteve realmente apaixonado por mim.”

“Como pode dizer isso?” Smokey perguntou começando chorar de novo.

“Porque quando se ama realmente a alguém, é quase como se te consumisse. Nós estivemos trabalhando juntos todos os dias, lado a lado, comíamos juntos. Em todos estes anos nunca tive uma idéia de que me amava. O amor real não pode esconder-se. O verá em seu momento.”

Olhando para a igreja, decidiu levar Smokey ao rancho antes de ir até Wyn.

Nada no mundo poderia lhe tirar a felicidade de que o homem que amava o montasse caminho a casa.

 

Ezra tocou a buzina na frente dos barracões e os vaqueiros saíram. Saiu da caminhonete e se uniu a Jax frente à caminhonete. “Trago Smokey. Está bêbado e parece desamparado. Vê se vocês podem fazer que esteja um pouco sóbrio antes de ir-se à cama.”

Jax olhou Smokey e de novo a Ezra. “Vai ficar?”

“Não. Eu te dei o trabalho de capataz. E não vou tirar isso. Já falei com Smokey ele pode ficar até que consiga um novo trabalho e um lugar onde viver. Vou dar uns telefonemas a alguns de meus amigos e ver se tem algo disponível para Smokey. Apenas me faça um favor de afastá-lo da garrafa.”

“Sim, Chefe.”

Olhou Neil e Brent que ajudavam ao Smokey a entrar na casa. Ezra tirou duas bolsas grandes da caixa da caminhonete e as deu a Jax “Está ferido,” Ezra disse assinalando a Smokey, “Trata-o com respeito.”

Jax assentiu e levou as bolsas para dentro do barraco. Ezra esperou até que se fechasse a porta, antes de subir a sua caminhonete e retornar à cidade.

Quando chegou à igreja havia poucos carros no estacionamento. Diabos, esperava que Wyn não estivesse zangado com ele. Tinha lhe telefonado da oficina de Elliot para lhe dizer seus planos, mais isso tinha se passado há uma hora e meia.

Estacionou a caminhonete e entrou no salão. Ryan, Rio e Hal estavam sentados nas cadeiras juntos e Casey, Nate e Wyn estavam varrendo e baixando as decorações. Wyn estava encima de uma escada baixando uma linha de luzes do perímetro do salão. Ezra não pôde conter-se, alcançou o doce traseiro de Wyn. Saltando, Wyn quase cai da escada. Felizmente Ezra estava preparado e rapidamente ajudou Wyn a recuperar o equilíbrio.

Wyn se girou com suas mãos no coração. “Você, quase me causa um ataque de coração.”

“Sinto-o bebê. Apenas que te via muito bonito para resistir.”

Wyn lhe alcançou a linha de luzes “Pode deixar isso na caixa sobre a mesa, por favor, falta só uma linha e estou preparado para ir.”

Ezra tomou a linha de luzes e a levou a caixa indicada, por um lado viu Wyn, Ezra divisou a dura ereção contra o fechamento das calças de seu amante. Sorriu. Assustado ou não, Wyn ainda se sentia afetado pelo toque de Ezra.

Wyn desceu da escada e começou a remover a seguinte posição na parede. Ezra rapidamente o alcançou “Me deixe fazer isto. Sinto que deveria ter ajudado, mas vocês quase terminaram.”

Wyn pôs sua mão sobre os bíceps de Ezra e apertou. “Há uma só coisa que eu gosto mais que um homem forte.”

“OH a sério, qual é essa coisa?” Ezra lhe perguntou movendo a escada e assegurando-a contra a parede.

“Quando esse homem forte é você.” Wyn passou sua mão sobre a frente das calças de Ezra.

“Cuidado, essa está arma está carregada, vamos terminar com isto e vamos em um segundo”

Piscando-lhe um olho, Wyn subiu à escada. “Dê-me três minutos.” Wyn rapidamente desenganchou a seguinte seção de luzes e se as passou a Ezra.

Depois de um movimento mais de escada, a última linha de luzes foi retirada e guardada na caixa com o resto das decorações da igreja. Wyn revisou o salão. “Está bem, suponho que nos falta guardar a escada no closet de armazenamento e podemos ir.”

Ezra guardou a escada e se dirigiu ao grupo de amigos na porta. Envolveu seu braço na cintura de Wyn e lhe beijou na têmpora. “Preparado?”

“Sim.” Wyn disse e se inclinou contra ele. “Nos vemos depois”

Ezra deixou o grupo e dirigiu Wyn para a caminhonete.

“Não me atrevo a perguntar?” Wyn disse olhando para o assento do condutor.

“Depois,” Ezra disse acomodando-se em seu assento. “Agora minha prioridade é sair quanto antes da cidade e de sua roupa.”

“Ooh, parece uma aventura,” Wyn disse e pôs sua mão na coxa de Ezra e subiu embalando seu pênis.

“OH isso pode ser,” Ezra assegurou, abrindo mais as pernas.

Saindo do estacionamento, ele conduziu sob o limite de velocidade permitida. Uma vez fora da cidade, Ezra tirou a caminhonete a um lado da estrada.

“Fora.” Assinalo para a roupa de Wyn enquanto baixava o zíper e baixava também a cueca, Wyn tirava os sapatos e meias três - quartos com os dedos dos pés. O olhou para Ezra. “A camisa fica?”

Ezra negou com a cabeça e desabotôo sua própria camisa. “Quero sentir seu duro e pequeno corpo contra o meu. Estive esperando isto o dia inteiro.”

Terminou de abrir camisa, mas a deixou pelo caso de que algum delegado da cidade passasse. Depois de tirar o resto de sua roupa, Wyn ficou de joelhos no assento. Ezra via o delicioso pênis oscilar para frente. Envolvendo suas mãos ao redor do quadril de seu amante Ezra puxou Wyn devorando esse formoso pênis. Os dedos de Wyn se enredaram no cabelo de Ezra que chupava mais profundo.

“OH, isso é lindo,” Wyn gemeu, a boca de Ezra entrava e saía de seu pênis, enquanto com suas mãos separava as nádegas e pressionava um dedo contra o buraco de Wyn.

“Sim,” Wyn disse empurrando-se para baixo contra o dedo de Ezra que entrava dentro dele.

Ezra não esperou muito e adicionou um segundo dedo, enquanto o provava o pré-sêmen de Wyn com sua língua. Tirando o pênis de Wyn, ele apontou para a caixa do console. “Deixe pegar o lubrificante, o necessito.”

Wyn pegou o pequeno tubo e verteu um pouco em sua mão. Depois de lubrificar o pênis de Ezra, Wyn uso o resto para estirar a si mesmo.

“Maldição, isso é quente,” Ezra grunhiu.

Puxou Wyn para seu colo e o apoiou no volante. “Assim é mais cômodo a descida e estar dentro de ti todo o caminho de volta a casa. E poderia estar tentado a fazer um desvio ou dois.” Sorriu e deu a Wyn um beijo, quando seu amante lentamente se empalava a si mesmo.

“Sim, isso,” Ezra disse uma vez que Wyn esteve totalmente sentado.

Pôs a caminhonete em marcha e girou à direita para o amolgado caminho da entrada da cidade. Enquanto Wyn saltava acima e abaixo em seu colo, Ezra tratou de fazer seu melhor esforço para levar a caminhonete pela estrada apesar dos buracos.

“Deveríamos ter feito isto antes,” Wyn ofegava montando-o sobre um particular emplastro no caminho.

“OH, Nunca poderei conduzir por aqui sem pensar em meu pênis em seu ânus.” Queria envolver com sua mão o pênis de Wyn que estava golpeando contra seu abdômen, mas o caminho não o permitia.

“Masturbe-se,” grunhiu, caindo em outro buraco. Olhou Wyn tomar seu pênis com uma mão e suas bolas com a outra.

Quando seu amante gozou orvalhando Ezra com sua semente, não pôde segurar mais. Freou repentinamente. Agarrou os quadris de Wyn, Ezra empurrou sua pélvis para cima contra o traseiro de Wyn e gozou. Seu pênis continuou liberando jorro atrás jorro de branco sêmen dentro de seu amante.

Quando estava ordenhado e seco, Ezra pegou a cabeça de Wyn e o beijou. Enquanto sua língua tinha um duelo com a de Wyn, se sentia totalmente repleto.

“Amo-te,” lhe disse entre beijos.

“Mmm hmm,” Wyn respondeu, chupando a língua de Ezra.

Uns pares de luzes apareceram adiante, e Ezra sustentou com uma mão a Wyn e com a outra ligou a caminhonete.

“Devo me mover?” Wyn perguntou.

“Não te atreva. Enquanto estejamos neste caminho vou estar duro outra vez quando chegarmos em casa.”

“Se for um delegado?” Wyn perguntou, inclinando sua cabeça contra o ombro nu de Ezra.

“Não se preocupe bebê. Tudo o que verão é uma caminhonete com vidros escuros parada a um lado da estrada.”

Quando as altas e brilhantes luzes passaram, Wyn pareceu derreter-se até mais e se apoio contra o peito nu de Ezra. Realmente não tinha duvida de que fosse quem fosse o carro que passou tinha visto as costas nuas de Wyn, mas, diabos, isso era Cattle Valley. As pessoas ao redor da cidade mostravam seu afeto abertamente, inclusive se eles eram uma variedade nua.

 

                                                                                Carol Lyne 

 

 

                      

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