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Series & Trilogias Literarias
Ele era meu melhor amigo.
Até que se tornou meu inimigo.
Tudo no período de uma noite.
Bang, Bang, Bang, Bang.
O fogo rápido de tiros se tornou a trilha sonora da minha vida.
Esta é a Máfia. Linhas estão borradas. As escolhas não são pretas e brancas.
E a vida que você pensou que conhecia era... Uma grande mentira.
Ele estava morto.
E eu não queria que sua vida fosse em vão, então tentei fazer algo de mim.
Eu tentei e falhei.
Agora ele está de volta. Vivo. E quer alguma coisa...
Eu.
Ninguém nunca disse que a máfia jogava de modo justo.
Bem vindo à família.
PRÓLOGO
Amy
"Ax?" Eu bati na janela de seu quarto e esperei.
Nada.
O medo gerou pânico quando bati mais forte pela segunda vez. O som de vidro quebrando atrás da casa fez minhas mãos suarem. Eu ainda podia ouvir meus pais brigando. Era sempre a mesma coisa com eles; meu pai queria ser mais do que apenas um associado. Ser um homem feito era o seu sonho. Tornar-se um homem feito para a família De Lange. Uma das piores famílias da máfia americana. Eles não jogam pelas regras mais e meu pai queria ser uma parte de seu jogo, com regras ou sem regras.
Bati com mais força.
"Ax, por favor, é Amy."
Os gritos ficaram mais altos. Lutei contra a vontade de tapar os ouvidos enquanto olhei de volta para a casa.
Esgueirando ainda mais nas sombras, passei meus braços em volta de mim e estremeci. Eu odiava Chicago. Assim que fizesse dezoito anos eu estava indo embora. Eu queria me sentir quente; apenas uma vez na minha vida, eu queria ser calorosa. O frio do medo e da morte me cercou, me sufocou desde o nascimento até agora. Eu tinha dezessete anos.
Eu só tinha mais um ano, mais um ano e estaria fugindo. Ax disse que ia me ajudar, embora não tivesse certeza do que poderia fazer, já que ele não era nada, apenas um mecânico.
Com os dentes batendo, eu bati uma última vez e orei para que ele estivesse casa. Eu já tinha tentado seu celular, mas a minha chamada tinha ido direto para a caixa postal.
Finalmente, vi uma sombra em movimento na janela.
E então eu vi seu rosto.
Era sempre assim, desde a primeira vez com Ax. Ele tinha maçãs do rosto definidas, uma mandíbula forte, lábios cheios bons para beijar, mas não é como se eu soubesse; eu era sua amiga, nada mais. Ele era bonito. Como o príncipe de um livro de histórias. Eu sempre pensava nele como meu próprio príncipe pessoal e ele sempre ria dizendo que príncipes nas histórias nunca trabalhavam em carros e tinham graxa no seu rosto.
"Amy?" Ele abriu a janela; seu corpo sem camisa roubou meu fôlego quando seus músculos flexionaram para empurrar a última parte da janela para cima. "O que está errado? Você está bem? Por que diabos você tem uma contusão em seu rosto?"
"Muitas perguntas." Forcei um sorriso aguado. "Posso ficar aqui esta noite?"
Ele suspirou, seus ombros caindo de tristeza, culpa, pena? Quem sabia?
"Amy, isso tem que parar, por que você apenas não se muda pra cá?"
"Certo." Eu ri. "Mova-se com o inimigo na porta ao lado."
Ele revirou os olhos. "Só porque eu sou relacionado com a família Abandonato não me faz um inimigo. Eu não estou no negócio, você sabe disso."
"Ajude aqui?" Eu levantei meus braços.
Rindo, ele se aproximou da borda e me arrastou para o quarto dele. Seu peito quente era tudo que eu necessitava; ele era tudo que eu precisava.
"A mesma luta?" Ele me colocou para baixo em meus pés.
Lutei contra a vontade de me jogar em seus braços, para me deitar e dizer que eu tropecei. Só de estar em seus braços me fazia esquecer a dor na minha bochecha... E a que acompanha a dor no meu coração, devido ao fato de que meu pai tinha me batido... Novamente.
Ax firmou meus ombros com as mãos, em seguida, suavemente roçou as pontas dos dedos sobre meu rosto quando estendeu a mão e tocou a contusão.
"Eu vou matá-lo."
"Com uma chave?" Eu provoquei afastando-me, apesar de que era exatamente o oposto do que procurava.
"Ames..." Ax xingou e correu os dedos pelo cabelo castanho escuro bagunçado. "Bater não é... Ok. Nunca é bom para um homem te tocar de forma violenta. Eu não me importo se você gritou na cara dele, não me importo se você chutou o lixo dele ou puxou uma maldita arma sobre ele, nunca é bom para um pai tocar sua filha de outra forma que não seja uma expressão de puro amor e devoção."
"Agradáveis palavras..." Mordi o lábio para me impedir de irromper em lágrimas. "Elas soam bem... um pouco bonitas demais para alguém como eu."
"Amy." Ax segurou meu queixo com a mão. "Você merece mais do que passar as noites rastejando para a casa de um perdedor só porque tem que escapar de seu pai."
Eu me afastei. "Você não é um perdedor."
"Eu não sou exatamente um vencedor também." Seus lábios se torceram em um sorriso, "Mas eu estou feliz que iria obter seu voto para rei do baile se eu fosse indicado."
Revirei os olhos. "Como está o trabalho?"
"É um trabalho". Disse ele em tom sério. Algo brilhou em seus olhos antes que desviasse o olhar e apontou para a cama. "Direita ou esquerda?"
"Meio?"
Revirando os olhos, ele perguntou de novo, "Direita ou esquerda?"
"Meio."
"Eu posso fazer isso a noite toda, Ames."
"Engraçado, eu também." Cruzei os braços e sorri.
Ele começou a rir. "Tudo bem, você pode ter o meio, e eu vou tentar não cair no chão, mas sem promessas."
Mudei-me para a cama. "Se eu ouvir um barulho alto, eu prometo não gritar."
"Certo, serão somente as minhas mãos agitadas quando bater minha cabeça no criado-mudo, não é grande coisa." Ele piscou e puxou o cobertor de volta. "Precisa de algo para dormir?"
"Uh, sim." Eu olhei para os meus jeans e t-shirt branca puxando-a conscientemente sobre o meu estômago. Meu pai sempre gritou comigo por vestir roupas de vadia, mas não foi por falta de tentar usar roupas normais. Não tínhamos dinheiro e eu não tinha exatamente os fundos para fazer compras. Como poderia ser minha culpa se eu tive um surto de crescimento?
Eu esperava que Ax não percebesse o rubor no meu rosto. Eu tinha vergonha de que não poderia mesmo me dar ao luxo de ir para o Walmart.
Fiquei ainda mais envergonhada que meu pai me culpava por sua incapacidade de parar de jogar.
"Ele ainda não é um homem feito?" Ax perguntou uma vez que estávamos deitados na cama.
"Não." Eu envolvi meu braço em torno de seu peito, minha posição habitual quando passava a noite. "E não era como se as coisas fossem melhorar, mesmo que ele fosse, mas você não deve saber de nada disso. Não é como se a máfia sorrisse sobre as pessoas que conhecem o seu negócio."
Ele bufou, seu corpo ficou tenso. "Certo."
"Ax, quero dizer isso. Eu não posso te perder."
"Eu sou um mecânico, dificilmente seria uma ameaça." Ele beijou o topo da minha cabeça. "Agora tente dormir."
Fechei os olhos e respirei relaxando quando um tiro alto tocou meus ouvidos, me sacudindo acordada.
"Fique para baixo." Ax me empurrou contra a cama, seu corpo pairando sobre o meu. Seu rosto inteiro mudou de calma para raiva naquele instante. Seus músculos flexionados quando ele enfiou a mão na mesa de cabeceira e tirou uma .45.
"Ax?" Eu sussurrei. "Por que você tem uma arma?"
"Shh." Ele segurou a arma para os lábios. "Eu preciso que você fique quieta."
Eu balancei a cabeça, as lágrimas já formando poças nos meus olhos.
Outro tiro soou e, em seguida, a porta do quarto se abriu. Era seu irmão mais velho, Sergio.
"Hora de ir, disfarce descoberto."
A porta se fechou quando ele saiu tão rapidamente como havia aparecido.
Olhei para Ax.
Ele olhou de volta.
Mais tiros.
Mais explosões de luz. O medo percorreu meu corpo enquanto eu olhava para Ax ainda mais forte, chocada demais para fazer alguma coisa. Seu olhar era calmo... Recolhido.
E, em seguida, Sergio estava de volta ao quarto, batendo a porta atrás dele.
"Então nós temos que ir para o plano B. Eles estão chateados que estamos vigiando-os. Nós temos de ir agora!"
Xingando, Ax voou para longe de mim, pegou outra arma para fora de sua mesa de cabeceira e começou a atirar coisas em uma mochila.
"Ela vem com a gente". ele latiu.
"Ela é uma De Lange," Sergio cuspiu. "Ela com certeza não está vindo com a gente."
"Ela não é como eles", argumentou Ax. "Ele bate nela. Ela precisa vir."
O som de vozes masculinas gritando tinha-me correndo para os braços de Ax. Ele beijou minha testa quando eu fui afastada de seus braços.
"Não!" Disse Sergio com voz severa.
"Sim!" Ax me puxou de volta. "Nós não estamos deixando-a. Ela fica, eu fico."
A porta do quarto se abriu e parecia que tudo aconteceu em câmera lenta quando um homem segurava uma arma e apontou-a para Ax.
Bang! O tiro ecoou.
Ax tropeçou. "Leve-a Sergio. Proteja-a. Eu vou te cobrir. Basta levá-la."
Com uma maldição Sergio empurrou-me para fora da janela, em seguida, se jogou.
"Ax!" Eu gritei, mas Sergio cobriu minha boca.
Assim quando outro estrondo soou, iluminando o quarto uma vez escuro.
Sergio tirou seu celular. "Pick up no The Spot, graças a Nixon... Devo-lhe uma."
"E sobre Ax?" Eu tentei lutar contra Sergio.
"Ele está morto, ou vai estar." Sergio me empurrou para baixo no beco, mantendo-nos nas sombras. "E a culpa é sua. Nunca se esqueça, a culpa é sua pela morte do meu irmão. Mas o que eu deveria esperar da linhagem De Lange? Você nasceu para matar... nasceu para morrer."
Meu mundo despedaçou naquele dia.
Eu perdi meu melhor amigo.
Eu perdi meu coração. O meu escudo. Minha alma.
E enterrei-o junto com seu corpo. O menino que não tinha sido quem disse que era, o menino que tinha me protegido da minha própria família.
O menino que levou dois tiros por mim e pagou com sua vida.
Bang, Bang virou a nova trilha sonora da minha vida.
Bem-vindo à Máfia.
CAPÍTULO UM
Cinco anos mais tarde, Chicago
Axton
Havia apenas uma razão para ele me ligar. Uma razão e uma única razão, a não ser que ele tenha perdido a sua maldita mente.
No minuto em que ele a enviou para longe de mim, ele selou seu destino.
"Você está morto para mim!" Gritei, socando-o no rosto uma e outra vez até que o sangue estivesse em ambos os meus dedos e seu rosto. Mas Sergio não fez nada, simplesmente aceitou cada soco como se merecesse. Nós dois sabíamos o que ele fez. Afinal, ele tinha enviado minha melhor amiga para longe e tornado impossível para mim para chegar até ela sem colocá-la em mais perigo do que já estava.
"Eu a amo." Minha voz estava rouca. "Eu a amo!"
Sergio limpou o sangue de seu lábio e soltou um suspiro pesado. "E eu te amo."
Eu balancei a cabeça, não confiando em minha voz.
"Era você ou ela," disse ele lentamente. "Meu irmão ou uma menina que mal conheço. A De Lange... alguém que nunca fui capaz de confiar, de uma família que iria vender a própria alma a Satanás apenas para chegar à frente nesta vida. Eu fiz a chamada por que você era fraco demais para fazer."
"Eu era fraco, porque quase morri protegendo-a!" gritei.
"Certo." Sergio assentiu. "E agora é a minha vez de protegê-lo."
"Eu nunca..." Minha voz tremeu. "Nunca o perdoarei por isso."
"Eu não esperei que você me perdoasse."
"Estamos feitos."
"Eu sei."
Nenhum de nós se moveu. Era o fim da nossa fraternidade, o fim da nossa família. Nossa mãe estava morta, nosso pai na prisão... O que deixava apenas eu e Sergio... Irmãos de sangue sedentos pela máfia mais poderosa dos EUA.
Afastados.
Por causa de uma mulher.
"Vá se esconder", Sergio latiu lançando-me o meu passaporte. "Sua autossuficiência. Eu vou fazer isso acontecer. Só peço uma coisa."
Minha cabeça estalou. "Você acha que está em condições de pedir um favor?"
"Você ainda é meu sangue." Com seus dentes cerrados, soltou uma maldição, próximo de um rosnando. "Um dia seus serviços serão solicitados. Quando o chefe precisar de você, você vai correr ou vai morrer em seu sono."
"Isso é uma ameaça?"
"Absolutamente."
Fiz uma careta. "Então vamos apenas rezar para a família não precisar da minha ajuda em breve, sim?"
"Sim."
"Adeus irmão."
"Adeus, Ax."
Meu corpo sacudiu quando os portões da mansão foram abertos.
Cinco anos e meus serviços tinham sido finalmente solicitados.
O meu número... Anunciado.
Minha identidade não era mais um segredo.
Puxei o Mercedes elegante para uma parada em frente às escadas enormes que conduziam a casa e bati a mão contra o volante. As memórias de Amy tornava quase impossível respirar, segurar a emoção. Eu não tinha mantido esse fim da promessa para o meu irmão. Eu a tinha verificado... E cada vez que eu fiz, ele descobriu e me ameaçou novamente. Mesmo assim eu fiz, porque tinha que saber que ela estava a salvo. Mas nos últimos dois anos eu não tinha visto ou ouvido nada. Então, quando Sergio chamou e disse que eu era necessário, não hesitei. Se ela estava em Chicago, eu estava indo para encontrá-la.
Abri a porta, sai e fechei-a atrás de mim, em seguida, caminhei lentamente até as escadas. A porta da casa foi aberta, fazendo um rangido. Sergio ficou ali parado, usando uma camiseta branca e jeans embutidos.
Ele sempre projetava poder... Enganava com a postura de quem estava se fodendo, mas com atitude. Seu longo cabelo escuro estava puxado para trás em um rabo de cavalo longe de seu rosto fazendo sua mandíbula nítida... Como um alvo pronto para o meu punho.
"Como foi a viagem?" Ele perguntou suavemente. Seu sotaque quase irreconhecível desde a última vez que eu o tinha visto. Nós dois trabalhamos duro para nos livrar dos nossos sotaques, aparentemente, alguns mais do que outros.
"Chata."
Ele sorriu. "Bem, depois de hoje, eu tenho certeza que essa palavra será sempre gravada no seu vocabulário."
"Sim, e por que isso?"
Ele sorriu. "É bom ter você de volta irmão."
Eu bufei e olhei para baixo lambendo meus lábios. "Estou de volta por causa da família."
"Não," Sergio suspirou. "Você está de volta por causa dela."
"Que seja." Tentei empurrar passando por ele, mas ele agarrou meu braço e sacudiu a cabeça ligeiramente.
"Não aqui." Ele fechou a porta atrás dele. "Nós não vamos discutir isso aqui."
Duas horas mais tarde e encontrei-me querendo ficar tão bêbado que não conseguia ver direito.
"Não!" Eu lati, autoconsciente, puxando as pontas do meu cabelo com a mão direita. "Eu não estou fazendo isso."
"Você vai." Sergio sentou-se ao meu lado. "Olha, eu sei que foi ruim, mas os De Langes ter um novo líder, uma mulher... acredite em mim quando digo que ela é assustadora como o inferno, mas ela está relacionada a nós agora... casada com Chase, braço direito do chefe. Eu tive que sair do esconderijo. É hora de você sair também."
"Não." Eu apertei minha mandíbula até que a irritação diminuiu. "Além disso, o que eu ganharia aparecendo?"
"Seu irmão."
"Meu irmão está morto para mim... ele mandou minha melhor amiga para um orfanato quando ela tinha uma família... eu," cuspi. "Tente novamente."
Sergio amaldiçoou, o seu Rolex tirando minha atenção do uísque, à luz bruxuleante fora dele.
"O dinheiro."
"Eu tenho dinheiro mais do que suficiente."
"A família."
"Nosso pai está na prisão, meu primo mais próximo morreu naquela noite, e mesmo que eu tenha certeza de Nixon se levantaria por nós, ele só fez as pazes com a família que tentou nos destruir."
"Ela é uma De Lange," Sergio sussurrou. "Você sabe que faria qualquer coisa por ela, independentemente da sua lamentável linhagem."
Eu amaldiçoei e joguei para trás o resto da bebida; queimou todo o caminho até minha garganta. Eu tinha sonhado com ela todas as noites. Quando pensava que estava morrendo eu liguei para ela. Quando descobri que estava realmente vivo, eu tinha procurado por ela.
E quando eu descobri que falar com ela iria colocá-la em mais perigo...
Fiquei longe.
Mesmo quando sua família adotiva foi menos do que gentil com ela.
Fiquei longe.
Quando eu vi mais contusões.
Fiquei longe.
Mas sempre observava de uma distância... Eu assisti, e morri um pouco cada vez que alguém foi cruel e eu era incapaz de salvá-la. Risível, quando o homem que destruiu tudo em sua preciosa vida queria ser o herói. Quando ela completou dezoito anos e deixou Chicago, eu perdi a noção dela. Nos últimos quatro anos eu tinha construído um muro em volta do meu coração... Convenci-me de que, como meu irmão, ela estava morta também. Foi melhor assim. Mais fácil. Pelo menos é isso que eu disse a mim mesmo quando meu coração doía malditamente por pensar o contrário.
Agarrei o vidro com a minha mão, bati-o para baixo em cima da mesa e comecei a me levantar.
Mãos fortes agarraram meus ombros me batendo de volta para baixo em minha cadeira.
Sergio olhou por cima da minha cabeça e fez uma careta enquanto empalidecia simultaneamente. "Campisi..."
"Sergio." A voz suave disse atrás de mim.
Campisi. Eu sabia quem era. Você teria que estar morto para não saber quem era o novo jovem Cappo.
Ele tinha cerca de vinte e seis anos, matou o próprio pai, assumiu a família Campisi e deixou um rastro de mortos em seu caminho. Mas não foi o medo que me manteve pregado na cadeira, foi mais uma curiosidade mórbida.
Quando ele assumiu a cadeira à minha frente e pediu uma cerveja eu quase ri.
Ele era jovem.
Estupidamente jovem.
E enorme, não vamos esquecer enorme. Eu não era um cara pequeno, por qualquer meio, mas ele poderia me dar a sério uma corrida para o meu dinheiro. Com frios olhos azuis e um nariz que parecia que tinha sido quebrado, pelo menos uma dúzia de vezes, eu sabia que ele não era o tipo de cara mau que eu queria ao meu lado.
Infelizmente, também era o melhor amigo de Nixon, o chefe da família Abandonato, a minha família. Ajudou que ele era casado com a irmã de Nixon.
O drama de suas vidas não era algo que eu queria ser parte.
Eu queria liberdade.
Mas a liberdade... Sempre vinha com um custo.
E eu tinha acabado de sair desse tipo de pagamento.
"Você vai sair do esconderijo." Campisi falou suavemente. "Ou eu vou te matar. Estas são as suas escolhas."
Fiquei em silêncio por um minuto... Observando sua expressão, embora ele não parecesse irritado, apenas suavemente divertindo-se com a minha hesitação. "E se eu escolher a bala?"
"Então eu diria que você é um Abandonato." Ele me deu um sorriso.
O barman colocou a cerveja na frente de Campisi. Ele tomou um gole por alguns minutos, em seguida, virou-se para mim.
"Saia e eu vou te dar um prêmio." Sua voz era um maldito insulto. Eu queria dar um soco em seus dentes.
"Encontrei um na minha caixa de biscoitos Jack, esta manhã." Dei de ombros. "Um Pequeno ioiô estúpido que não fala merda. Sinto muito, mas eu acho que vou passar."
Sergio gemeu em suas mãos.
Revirei os olhos.
E Campisi se levantou, segurando meus ombros com as mãos, cavando os dedos na pele.
"Você sai do esconderijo. Você trabalha para sua família. Você trabalha em paz com os De Langes e eu vou te dar mais do que um ioiô."
"Ah, é?" Eu sabia que era apenas uma questão de tempo antes que estivesse preso, antes de meu passado voltasse para me assombrar. "O que é isso?"
"Amy." Campisi disse tão baixo que quase não ouvi. "Eu sei onde ela está, e seu primeiro trabalho... para provar o seu valor, lealdade e tudo em torno da emoção por ter sido oferecido uma posição dentro da Família?" Ele riu. "Você tem de ir buscá-la."
Engoli em seco e olhei fixamente para o copo ainda na minha mão direita. "Onde ela está?"
"Se eu te disser, é isso. Esse é o seu acordo, Ax."
"Eu odeio essa vida."
"Mas você a ama." Campisi balançou a cabeça lentamente. "E porque seu pai, também conhecido como merda inútil, está à espreita, é melhor esperar que você chegue até ela antes que ele faça."
"Por quê?"
Campisi pegou um rastro de condensação com um dedo e esfregou-a com o polegar. "Ela tem algo que ele quer." Ele disse como se estivéssemos discutindo o jogo da última noite. "Algo que Nixon quer, algo que eu quero... algo que todos nós queremos... e eu duvido que ele vai deixá-la viver quando encontrá-la. Ele perdeu sua maldita mente, e o trapaceiro se recusa a se comunicar a qualquer um de nós. Ele é louco e tem uma arma... mas com certeza..." Campisi me deu um tapa no rosto duas vezes. "Você pode ficar sempre na clandestinidade, longe do mundo, enquanto ela luta para sobreviver. Boa ideia."
Eu levanto do meu assento e tento dar um soco na cara dele. Sergio agarra meu braço na hora certa. Campisi sorriu.
"Eu adoro quando negócios nos colocam para fora, não é?" Inclinou a cabeça no sentido de Sergio e foi lentamente valsando para fora do maldito bar como se fosse rei.
E a parte doente?
Para todos nós?
Para as cinco famílias?
Ele era pior.
CAPÍTULO DOIS
Amy
Eu odiei isso. Eu odiava cada segundo. Mas não sei o que mais eu poderia fazer. Eu tinha acabado de ser demitida do meu emprego de garçonete por chegar tarde demais muitas vezes, mas era porque estava lutando para terminar a faculdade. Não era como se eu estivesse alta, vendendo drogas ou qualquer coisa.
Não. Eu só estava associada com a máfia.
Não é o tipo de boa coisa.
A família que todo mundo odiava.
Minha mãe morreu pouco depois do incidente naquela noite, e meu pai desapareceu. O Sistema Foster de Cuidados deixou-me voltar para a minha casa para pegar algumas coisas. Peguei tanto quanto podia. E depois eles me mandaram de casa para outra casa, e outra casa.
E cada vez que eles descobriam qual era o meu nome eu era enviada para outra casa.
Minha mala quebrou após a terceira casa, então tudo foi transferido para dois grandes sacos pretos de lixo. Até hoje eu não poderia tirar o lixo sem obter dores de estômago severas.
A última família foi a mais bonita. Mas até então eu só tinha mais um mês no sistema. Sergio tinha chamado algumas vezes e me disse que, embora ele estivesse escondido, eu poderia ficar em uma de suas casas, mas a última coisa que eu queria fazer era depender de alguém que me culpava pela morte de seu irmão. Então no minuto que me formei, eu parti para fora de Chicago e me dirigi para o sul. Mesmo que trabalhar como garçonete para pagar a faculdade parecia mais divertido do que ficar em um lugar que era preenchido com memórias dele, de sua vida, da sua morte.
Finalmente, eu tinha encontrado o meu calor.
O sol sempre fazia bem contra o meu rosto. Eu sempre pude contar com ele para levantar todos os dias. E cada dia eu sabia que iria olhar para mim; seus raios cairiam contra a minha pele e sabia que era apenas outro dia que me foi dada a oportunidade de fazer algo por mim. Algo que deixaria Ax orgulhoso.
Engoli o nó na minha garganta.
Ele não ficaria orgulhoso agora.
Ele estaria revoltado. Mas eu tinha esgotado todas as opções restantes. O emprego de garçonete mal tinha me mantido à tona e eu precisava de dinheiro, rápido.
O sinal de néon brilhou na minha linha de visão. Agarrei a minha bolsa barata, de couro falso, apertada contra meu ombro e estremeci quando o meu mundo desmoronou ao meu redor.
Contratamos dançarinas! Ao lado tinha outro letreiro. Topless! Tiros de gelatina um dólar depois das 11h!
Cada palavra era como um soco no estômago. Lentamente, eu forcei um pé para seguir o outro até que chegasse à porta escurecida. Com os dedos trêmulos eu apertei a maçaneta e empurrei.
Música inebriante baixa tocando no fundo, mas o lugar estava vazio de clientes. O homem atrás do bar estava limpando os copos e assistindo algo na frente dele. Virei-me para seguir o seu olhar quando três mulheres começaram a dançar em sincronização no palco. Eu deveria ter me virado e corrido, mas ele me viu.
"Posso ajudar?"
"Hum..." Estava na ponta da minha língua dizer não, mas quando eu fiz contato com o que pensava ser uma parede, mãos fortes agarraram os lados de meus braços.
"O que temos aqui?"
Me virei e engasguei. O homem era feio como o pecado. Uma longa cicatriz corria de sua sobrancelha por todo o caminho em meu rosto, a carne foi puxada apertada, mas no ângulo errado fazendo seu rosto parecer uma colcha incompatível.
"Eu, uh, vi o anúncio." Apontei para a porta, com cuidado para evitar os olhos de seu rosto assustador. "Para dançarinas."
"Você tem alguma experiência?", Ele perguntou em voz rouca enquanto piscava para o barman. Calor invadiu meu rosto. Eu estava tão envergonhada, tão envergonhada. Lágrimas ameaçando cair.
"Não, mas eu aprendo rápido." digo finalmente, nossos olhares se encontrando novamente.
O sorriso do homem voltou com fome. "Eu aposto que você faz, bonita."
"Você sabe..." Eu dei uma meia risada corajosa e comecei a contorná-lo. "... talvez eu esteja errada, talvez eu deva sair, você sabe, sim, é uma boa ideia eu vou..."
"Três centenas de dólares". Ele sussurrou, sua mão se mudou para o meu braço.
Eu parei.
"Minhas meninas fazem trezentos em uma noite, em uma noite ruim, quinhentos se for boa. Nós somos um dos únicos clubes com topless que oferece bebida barata."
Ótimo, então eu teria bêbados baratos olhando para mim, juntamente com a perda de minha moral.
"Então?" Ele inclinou a cabeça. "O que você diz?"
Fechei os olhos, me desculpando brevemente com minha mãe, com Axton a todos em minha vida que acreditaram em mim e me disseram que eu ia fazer algo de mim um dia.
Acenei dando adeus a linha reta: uma estudante que só queria ver a vitória, e quando abro meus olhos eu aperto as mãos com o diabo e sussurro: "Quando eu começo?"
A pessoa vai fazer qualquer coisa para sobreviver...
CAPÍTULO TRÊS
Amy
Três horas de ‘treinamento’ e eu estava pronta para minha estreia. O treinamento consistia de meninas me ensinando todas as coisas que eu deveria ter cuidado ao dançar. Nunca deixe um homem puxá-la em um canto escuro, a menos que ele pague. Sem sexo, a menos que ele pague. Não tocar, a menos que ele pague. Quando eu disse a elas que pensava que seria apenas dança, elas riram de mim.
Aparentemente, o dinheiro realmente falava mais alto e as meninas estavam dispostas a fazer qualquer coisa para fazer mais do mesmo. Eu fiquei surpresa ao descobrir que algumas delas eram muito bem de vida, fazendo mais do que o que alguém iria fazer começando a trabalhar em tempo integral com uma formação, mas isso não me fazia sentir melhor.
Era o que eu estava fazendo.
Dançar, basicamente nua, na frente das pessoas e ganhar dinheiro por isso. Ganhar dinheiro com o meu corpo magro e mal alimentado.
Eu estava em forma, só porque fui forçada a andar por toda parte.
Eu estava bronzeada, porque caminhar significava que eu estava ao ar livre o tempo todo.
E eu era magra porque aveia e miojo eram as únicas duas coisas que eu tinha no meu apartamento neste momento.
O último bolo de chocolate que eu tinha comido foi no meu décimo sexto aniversário. Engraçado, o meu vigésimo segundo aniversário tinha sido ontem.
O dia que eu tinha sido despedida.
No mesmo dia, eu finalmente desisti.
Sem bolo. Sem velas. Sem Axton. Fechei os olhos contra as memórias dolorosas.
"Qual é o seu desejo?" Axton sussurrou, segurando o bolo para que eu pudesse apagar a única vela que ele colocou lá. "Conte-me."
"Eu quero uma palmeira."
Ele riu. "Em Chicago?"
"Não bobo, na Flórida, ou Texas, ou Califórnia, só... em algum lugar quente. Eu quero uma palmeira no meu quintal."
Sua expressão se tornou séria. "E se eu não puder deixar você ir?"
Meu coração acelerou. "Então você vai ter que encontrar uma maneira de trazer o calor para mim..."
Ele se moveu uma polegada mais perto de mim, sua boca tão perto da minha. Eu quase podia sentir o gosto dele, então ele levantou o bolo e sussurrou: "Sopre!"
Foi bastante difícil respirar com força suficiente e muito menos soprar uma única vela, mas eu fiz isso.
Ele colocou o bolo para baixo e me puxou para um abraço. "Eu não vou deixar você ir. Então acho que é melhor eu pensar em uma maneira de mantê-la quente, né?"
"Deixe-me saber quando você tiver a resposta". Eu murmurei contra seu peito.
"Em seu aniversário de dezoito anos," prometeu. "Eu vou te dizer então... vou te dar algo."
"Eu espero."
Fui tão estúpida porque no meu aniversário de dezoito anos eu estava sentada fora da casa de acolhimento e esperei por ele.
Como se de repente ele tivesse voltado à vida e viesse me salvar.
Eu chorei por ele naquele dia.
Eu chorei por mim.
"Nova garota!" Alguém bateu na frente do meu rosto. "Hora de se vestir!"
Com um suspiro, eu levantei e a segui até um minúsculo quarto de vestir onde as meninas estavam se amontoando fazendo a maquiagem e colocando spray no cabelo como se isso importasse... o que não acontecia, quando todos os homens estavam ali apenas para ficarem bêbados e com tesão.
"Aqui." Ela jogou algo preto para mim e se mudou na frente de um espelho para afofar o cabelo dela.
Eu levanto a peça desprezível de tecido e quase engasgo. "O que é isso?"
"É um tipo de collant." Ela deu de ombros, ainda sem tirar os olhos do espelho. "Ele mal cobre as meninas, mas deixa os caras selvagens, porque ainda deixa um pouco para a imaginação. Você tem sorte que o gerente não mandou você ir lá fazer topless, todas tivemos que fazer quando começamos."
"Oh." Eu agarrei a malha mais apertada. "Então, onde posso mudar?"
As garotas pararam o que estavam fazendo, trocaram um olhar, e começaram a rir. Uma chamada Sherry piscou.
"Você não tem nada que não tenhamos visto antes, garota. Agora tira tudo."
Ficar nua.
Meu novo emprego.
Inspirei e lentamente comecei a fazer exatamente isso, minhas mãos tremendo o tempo todo.
CAPÍTULO QUATRO
Axton
Minhas mãos estavam suadas enquanto dirigia para o local que Sergio tinha me dado. Eu não tinha ficado nervoso durante anos.
Anos.
Eu tinha sido um fantasma, assim como meu irmão, não realmente existindo. Vivendo em um dos ranchos da grande família. Tínhamos mais dinheiro do que sabíamos o que fazer com ele, e eu estava mais do que feliz em me sentar lá e terminar o meu doutorado, mesmo que provavelmente nunca serei capaz de usá-lo, considerando todas as coisas. Meu último nome era como ser uma celebridade em Chicago ou um negociante da morte. Não era raro ver alguém pegar o meu cartão de crédito com as mãos trêmulas. Sim, um adolescente realmente se inclinou para mim no posto de gasolina e, em seguida, perguntou se era tudo verdade.
E eu queria dizer era: "Sim, deixe-me mostrar-lhe a minha arma."
Em vez disso eu lhe disse que não tinha ideia do que ele estava falando.
Eu só tinha ido para a prisão por alguns meses. Os federais não poderiam provar nada contra mim ou a maior parte da minha família.
Mas o meu pai? Eles tinham um monte de merda sobre ele e alguns outros sortudos. Então, enquanto eu estava em liberdade para viver a minha existência miserável, eles ainda apodreciam atrás das grades.
Eu tinha o meu irmão de volta agora e uma mansão vazia.
E armas, não vamos esquecer as armas, e outras armas e carros de luxo o suficiente para fazer um menino de dezesseis anos de merda mesmo.
Mas o que era a vida sem algum tipo de significado?
Eu tinha treinado desde a infância para ser parte da família. Para fazer o que era certo. Para proteger a família, o sangue. Mas no final o meu próprio sangue, em um acordo que tinha ido mal com os De Lange, tinha me traído. Meu pai estava tentando impressionar o chefe e acabou soprando nossas tampas para o inferno.
Bati no volante do Mercedes novamente.
Mais uma milha.
Alabama, de todos os lugares para Amy acabar, por que diabos ela tinha escolhido Florença, no Alabama?
Eu puxo para dentro do parque de estacionamento e verifico o endereço na minha navegação. Ele disse que eu estava à direita o local, mas Sergio tinha dito que ela era uma garçonete.
Eu verifiquei o endereço novamente.
Em um clube de strip?
Puto, tudo de novo para o meu irmão, eu saí do carro e bati a porta. A música me deixou doente. Eu nunca tinha sido um cara de clubes de strip, parecia barato... Como o tipo de coisa que os homens iam quando eles não estavam confiantes o suficiente para realmente pedir uma menina para transar, ou levá-la a um encontro agradável.
Desgostoso, abri a porta e fiz uma careta. O cheiro de fumaça encheu o ar, queimando minhas narinas.
O lugar estava lotado.
Eu procurei ansiosamente por Amy, tudo o que precisava fazer era agarrá-la, colocá-la no carro, se necessário, então acelerar fora do inferno. Eu precisava trazê-la de volta para onde ela pertencia, o direito do errado, e esperava não a assustar até a morte considerando que ela pensa que estou morto.
As luzes diminuíram quando algumas dançarinas saiam do palco.
Ainda sem Amy.
Eu comecei a fazer o meu caminho em direção a um segurança que estava parado do outro lado da sala mais próximo do palco, quando uma potente voz soou nos alto-falantes.
"Hoje temos um tratamento especial para vocês!" A voz feriu meus ouvidos.
Um grupo de rapazes universitários embriagados empurraram na frente de mim e correram para o palco com notas de dólar. Juro que meu dedo se contraiu na arma na parte de trás da minha calça. Mas eu abstive-me.
"Hey," eu disse em voz alta para o guarda de segurança. "Eu estou procurando por uma menina."
"Mantenha se movendo." Ele olhou.
Eu poderia matá-lo, eu sabia disso, ele provavelmente sabia disso, mas ele não se mexeu ou até mesmo fez contato, em vez disso sua cabeça estava inclinada para frente para que pudesse ver o palco.
"Ela é jovem", continuou a voz. "E tão inocente."
Mais vaias da multidão.
"Ela precisa de dinheiro para a faculdade! E quem somos nós para impedi-la de obter a sua educação?" Mais saudações. "Boas vindas Amy..."
Eu empurrei o guarda de segurança. Quando ele tentou me agarrar, eu virei no meu calcanhar e o acotovelei na garganta, possivelmente quebrei alguma coisa, me pergunte se me importava.
Corri pelo corredor e quase colidi com um homem segurando um microfone. "Ouviu sua puta, eu já estou anunciado você. Você tem que ir em frente."
"Não." Sua voz era fraca. "Eu pensei que poderia fazer isso, mas não posso. Eu não posso. Por favor, não me obrigue a fazer isto!"
Ele deu um tapa.
E eu bati.
Com uma maldição corri para ele, batendo seu corpo contra a parede; o microfone caiu fora de sua mão.
"Quem é você?" Ele cuspiu, lutando contra mim.
Com um sorriso, eu respondi, "O anjo da morte". E o nocauteei com um gancho de direita que quebrou alguns dentes no processo quando o sangue derramou de seu nariz e boca.
Quando me virei para ver se Amy estava bem, ela estava imóvel, com o rosto pálido. Ela oscilou para frente.
Eu a peguei pouco antes de bater no chão, levantando-a por cima do ombro, e andei tão rápido quanto podia para fora desse buraco do inferno.
Com minhas mãos tremendo de raiva, eu a coloquei no banco da frente, com cuidado para não olhar para o seu corpo enquanto gentilmente colocava suas pernas dentro do carro. Raiva bateu através de mim, nublando a minha visão. Minhas mãos tremiam tanto que me levou três tentativas para finalmente travar o cinto de segurança. Tentar mais uma vez teria me feito arrancar a maldita coisa do carro e dizer para o inferno com ele.
Eu não podia controlar a minha maldita mão, que estava tremendo, não conseguia controlar a raiva que mantive à distância por cinco anos. Raiva que Sergio tinha me forçado a fazer o impensável, raiva porque a minha família me disse que os De Langes nunca iriam descobrir. E, claro, havia também a raiva por saber que a culpa era minha que ela estava nesta posição em primeiro lugar.
Eu fechei a porta e então prontamente chutei o pneu até que meu pé doeu. Quando isso não me fez sentir melhor entrei no carro e liguei o motor. Seria um inferno de uma longa viagem de volta para Chicago, especialmente com a ameaça dos brutamontes vindo a qualquer momento, mas tínhamos algumas paradas para fazer em primeiro lugar. Eu não tinha ninguém para culpar além de mim, tinha sido minha ideia brilhante não pegar um avião. Pensei que iria me dar tempo para pensar sobre as coisas.
Mas a minha decisão de ‘me encontrar’ quase acabou em desastre. E se eu tivesse chegado cinco minutos depois? E se ela tivesse ido ao palco? E se ele batesse nela de novo?
Meus dedos estavam brancos quando agarrei o volante. Eu dirigi em direção a seu pequeno apartamento, o único outro endereço que Sergio tinha me dado, e estacionei em frente a ele.
Ela ainda não tinha acordado.
Quando eu sussurrei seu nome, ela não se moveu.
Em pânico, liguei para Sergio.
Quando ele não respondeu, eu relutantemente chamei o chefe, Nixon.
"O quê?" Ele gritou ao telefone. "Qual o problema?"
"Nada que eu não possa resolver," eu disse laconicamente. "Mas, ela desmaiou."
"Então a acorde."
"Ela não está acordando." Será que sussurrando o nome dela conta como tentando acordá-la?
Uma longa pausa, então: "Será que você a machucou? Eu juro que se você a machucar eu vou para..."
"Não!" Eu gritei. "Que diabos, Nixon! Eu sou seu primo! Eu não iria tocá-la." Não dessa forma.
Meus olhos percorriam seu corpo. Eu me odiava naquele momento, odiava que quando pensei sobre tocá-la, todo o meu núcleo aqueceu como se alguém tivesse tentado atear fogo em mim, mas esqueceu de apagar a chama. Ficou queimando, e queimando, e queimando. Eu fui consumido com a necessidade de tocá-la.
"Ax?"
"Desculpe." Eu nervosamente olhei em sua direção, flexionando a mão livre através do volante.
"Quanto tempo antes de eu levá-la ao hospital?"
"Ela provavelmente desmaiou de choque, homem. Dê-lhe tempo, certo? Tente acordá-la, tenha certeza que ela obtenha um pouco de comida e água. Se ela não está respirando, é quando você liga para o hospital. Se ela ficar azul ou se ela começar a dizer que vê pessoas mortas ou alguma merda assim. Mas até então, apenas cuide dela."
"Certo."
"Você pode lidar com isso, Ax. Isso é o que fazemos."
"Resgatar meninas?"
Nixon riu. Na verdade, ele riu muito. Minha boca caiu aberta em estado de choque. Sergio tinha dito coisas diferentes. O Nixon que eu me lembrava desde a infância era muito assombrado e também puto com o mundo para lembrar-se de sorrir.
"É um novo jogo, cara. Os novos jogadores. A máfia não é o que costumava ser, a família não é formada por caras mais velhos com algo a provar. Tudo o que resta de nós é... as crianças... O produto de uma educação de merda, e as mudanças que estão chegando."
"Aparentemente." eu disse sob a minha respiração.
"Eu ouvi isso."
"Eu vou ligar se precisar de alguma coisa."
"Ligue para Campisi, ele merece um pouco de interrupção na sua lua de mel."
"Ele está em sua lua de mel?"
"Eu prefiro não discutir sobre ele e minha irmã."
"Anotado."
"Quaisquer dificuldades, me envie um texto ou o chame. Quero dizer."
"Hum, obrigado."
"A qualquer momento."
Eu desliguei e olhei para o meu telefone por alguns segundos antes de ouvir Amy gemendo.
Lentamente, ela levantou as mãos ao rosto e esfregou os olhos. "Meu rosto dói."
Meu pulso acelerou, o tempo abrandou.
Ela virou para mim e suspirou novamente.
"É você." Lágrimas agrupadas em seus olhos. "Como?"
Meu coração batia forte enquanto as lágrimas derramam sobre suas bochechas, em cascata para baixo em sua perfeita pele lisa. Estendi a mão para tocá-la, mas ela bateu na minha mão.
"Como?" ela gritou, em seguida, empurrou contra o meu peito. Estendi a mão para ela, mas ela simplesmente continuou empurrando e lutando contra mim. "Eu não entendo!"
"Eu sei." Eu lambi meus lábios e agarrei-lhe os pulsos. "Eu também não, mas você simplesmente desmaiou. Você pode se acalmar um pouco? Eu preciso ter certeza de que você está bem e não posso fazer isso com você me batendo."
A força deixou o seu corpo e ela caiu em seu assento. Mais lágrimas caíram, e meu coração se partiu novamente quando ela enxugou as lágrimas. Em seguida, seus dedos tocaram a marca vermelha no rosto, e ela fez uma careta.
Eu fiz uma careta. "Como está o seu rosto?"
"Dói." Ela bufou. Eu estive malditamente perto de sentar em minhas mãos para me impedir de enxugar o resto de suas lágrimas. A contusão irritada implorava por um toque de amor, mas eu tinha um sentimento doentio que era a última coisa que ela poderia pensar quando meus dedos roçaram o local. "Muito ruim. Ele estava usando alguns anéis em sua mão."
"Eu vou matá-lo," disse suavemente. "mas me deixe pelo menos alimentá-la em primeiro lugar."
"Você está falando sério, não é?"
"Nunca brinco com a vida que eu levo," eu respondi honestamente. "E se continuar falando sobre ele, você não vai conseguir comida, porque eu vou estar muito chateado para esperar."
"Não." Ela engoliu em seco. "Não o mate, esse não é você."
"Mas você nunca soube quem eu era para começar," Eu disse com tristeza. "Você sabe?"
O rosto dela caiu enquanto o lábio inferior tremeu. Droga.
"Eu acho que não." Ela cruzou os braços sobre o peito, o que torna muito mais difícil não olhar, e eu olho para fora da janela.
"Então, eu fui demitida eu estou pensando que amanhã vou estar nas ruas. Obrigado por me salvar..." Ela estendeu a mão para a maçaneta da porta.
"Não tão rápido." Mudei a minha mão sobre a dela. "Estamos aqui apenas para pegar o que você precisa e, em seguida, vamos voltar."
Ela não se virou para me encarar; em vez disso todo seu corpo ficou rígido quando repetiu em um fôlego de voz "Voltar?"
"Para Chicago."
Sua cabeça caiu contra a janela. "E se eu quiser ficar?"
"Por que você iria querer ficar aqui quando eu já tenho uma casa para você lá? Com palmeiras e tudo."
"Você lembra."
"Eu nunca esqueci."
"Não é o mesmo, Ax." Seu corpo frágil parecia tão batido, tão cansado, tão derrotado. Eu odiava vê-la assim. Ela se virou e olhou para mim, seus olhos verdes piscando. "Não é o mesmo."
"Você está certa." Eu toquei sua face. "Desta vez você não estará com frio."
Os olhos dela se uniram em confusão.
Eu me inclinei para frente e toquei minha boca contra a dela.
"Porque eu vou ser o único mantê-la aquecida."
CAPÍTULO CINCO
Amy
Eu queria seus lábios mais do que queria a minha próxima respiração, mas quanto tempo antes que aqueles lábios fossem levados?
Quanto tempo antes que meu coração fosse arrancado do meu peito por uma segunda vez? Eu quase não sobrevivi em primeiro lugar. Eu sabia que não viveria uma segunda vez.
Com um empurrão me afastei e dei um tapa no seu rosto.
"Como você ousa!"
Ax xingou e bateu no volante.
"Eu sinto muito, eu sinto muito, eu não deveria ter assumido,"
"Assumido, o quê?" eu gritei. "Que eu não estaria completamente puta? Que eu não estaria quebrada!" Minha voz vacilou. "Totalmente destruída para sempre, porque eu estive de luto pela perda do meu melhor amigo por cinco malditos anos, apenas para descobrir que ele está muito vivo e, de repente, querendo jogar de cavaleiro branco?" Meu corpo começou a tremer. "Eu morri naquele dia!"
O rosto de Ax torceu de dor. "Amy, eu tinha que protegê-la... a todo o custo eu tinha que protegê-la."
"Sua proteção quebrou meu coração..." eu sussurrei.
Ele suspirou, passando as mãos pelo seu cabelo antes de responder.
"Ames, às vezes o que é o melhor para nós... é exatamente o que dói mais."
Recusei-me a olhar para ele. Em vez disso olhei para baixo, para as minhas pernas nuas, na roupa eu quase desfilei na frente de uma multidão de homens bêbados horríveis, a fim de ganhar dinheiro. Eu não era a mesma garota que ele tinha deixado. Eu fui danificada da pior maneira. Porque me salvando, Ax tinha tirado todos os fins da minha vida. Quando eu pensei que ele tinha morrido, meu único objetivo era viver, porque ele não tinha.
E agora? Agora a vergonha da minha situação era incapacitante.
Criada num orfanato.
Indesejada.
Mal amada.
E completa e totalmente sozinha. Abandonada, mesmo pelo meu melhor amigo.
"Cinco anos, Ax. E agora você vem para mim..." Eu lambi meus lábios. "Eu não sou vaidosa o suficiente para pensar que é porque você não pode encontrar alguém para aquecer sua cama à noite, e não estou confiante o suficiente para pensar que é porque você sentiu tanto a minha falta que você apenas não poderia ficar de fora. O que você quer?"
"Você."
"Tente novamente."
Ele praguejou e desviou o olhar. "Isto não tem que ser assim. Se eu soubesse que você estava nessa posição..."
"O quê?" Eu bufei, em seguida, mordi o lábio para não chorar. "Você teria conduzido até aqui mais rápido? Você teria me salvado antes? Mais pena de mim? Faça a sua escolha, Ax. Agora me diga a verdade. Não comece este relacionamento recém-descoberto com uma mentira."
Ele ficou em silêncio por um tempo, então sussurrou: "Você tem algo que eu preciso."
"Um cérebro?"
O sorriso de Ax quase me tirou o fôlego "Além disso."
Eu apertei os lábios e olhei para fora na janela no meu apartamento escuro e apertado.
"Eu tenho exatamente um urso de pelúcia da minha antiga vida, o que você me deu quando tinha seis anos. Eu tenho uma foto Polaroid, uma escova de dentes, roupa suficiente para passar uma semana e meia de vida, uma escova de cabelo, dois elásticos de cabelo. Você vê onde eu estou indo com isso..." Suspirei e corri minhas mãos pelo meu cabelo. "Não tenho nada que você precise, e muito menos quer. Acredite em mim."
Ax estudou o meu rosto, sua expressão se suavizou quando disse, quase em um sussurro, "Deixe-me ser quem decide isso."
Eu desviei o olhar.
"Não faça isso, Ames," ele murmurou. "Não me cale."
"Cinco anos, Ax." Eu olhei para frente. "Cinco anos em que minhas lágrimas eram a única coisa a me fazer companhia à noite. Eu acho que você perdeu o direito de me dizer o que fazer."
Ele xingou. A porta do carro foi aberta. Engoli em seco o ar tão úmido. "O que você está fazendo?"
"Saindo do carro." Ele deu de ombros e apontei para o edifício. "Indo para seu apartamento e embalando suas coisas. Vamos ficar em um hotel esta noite."
Eu bufei. "Meu apartamento não é bom o suficiente para você?"
"Não." Ele puxou uma arma de sua calça jeans, manuseou a trava de segurança, e estendeu-o na frente dele. "Eu simplesmente odeio ficar acordado no meio da noite com tiros soando, não é?"
"Sim." Engoli em seco, meus olhos ainda treinados sobre a arma.
"As armas não machucam as pessoas... as pessoas fazem." Ax disse suavemente. "Lembre-se disso."
"Eu faço." Eu conheci o seu olhar. "Porque no final, não foi uma arma que partiu meu coração... Foi você."
CAPÍTULO SEIS
Axton
Eu sempre me orgulhei de ser capaz de manter minhas emoções sob controle, especialmente quando se tratava de Amy. Eu acho que provei uma e outra vez quando tudo que eu queria fazer era beijá-la. Mas ela tinha dezessete anos, ou tinha tido dezessete anos, e eu sabia que seria errado beijar uma menina que me via como seu herói, quando eu não estava nem sendo honesto sobre quem eu era.
Era errado cobiçar uma menina... Especialmente quando você era o único que ia bater a merda fora do pai dela.
Era errado amar essa menina.
Era errado sentir algo por essa menina.
Era errado desejar a menina.
Porque todos esses sentimentos não me fariam nenhum bem. Para ela eu era o inimigo número um, e acho que todos esses os anos parte de mim sabia que se ela descobrisse que eu estava vivo, ou se ela descobrisse que eu tinha me mantido longe dela, o olhar que ela iria dar-me seria de completo desgosto, desconfiança e traição. E eu não podia levá-la. Eu quase não sobrevivi deixando-a pela primeira vez.
Tê-la me rejeitando, sabendo que eu estava vivo?
Isso me queimou.
Criou-se um fogo tão quente que eu não tinha certeza se jamais iria aliviar, atiçando as chamas. Ninguém além dela.
"Você vem?" Eu olhei para trás, tentando manter meu tom profissional quando na verdade meu instinto teria sido de puxá-la em meus braços e beijar suas lágrimas, jurar lealdade inabalável a ela somente depois de provar o meu valor, eliminando cada pessoa em sua vida que a tenha tratado menos do que a maneira que ela merecia ser tratada.
E eu tinha uma lista de uma milha de comprimento.
Pais adotivos.
Números de segurança social.
IDs.
Claro que sim, eu iria gostar de determinada atribuição, assustando a merda fora de pessoas que ousaram dizer que ela não era bonita a cada maldito dia. Sentindo a faca se alojar entre as costelas do proprietário do clube e sorrindo quando levasse sua vida polegada por polegada.
Porra, eu era a máfia totalmente.
Estava no meu sangue e, pela primeira vez eu conseguia me lembrar, a abracei, porque isso significava que poderia realmente fazer alguma coisa que me fizesse sentir melhor sobre o fato de que tudo o que ela disse era verdade.
Eu deveria ter feito alguma coisa depois que ela se mudasse.
O medo me segurou.
Rejeição me manteve trancado dentro de minha casa.
E amargura alimentou a dúvida.
"Sim." Ela oscilava sobre os saltos altos que eles colocaram nela e caminhou lentamente pela calçada para o apartamento. Ele estava em uma área de baixa renda da cidade. Cada um dos três edifícios eram duas histórias.
Eles tinham pintura descascada e suficientes gatos brancos de rua para levar qualquer um que fosse alérgico em uma crise grave.
Amy colocou a chave na fechadura, mas a porta estava empurrada.
"Merda." A agarrei o mais rápido que pude e a empurrei atrás de mim, em seguida, coloquei o dedo em meus lábios.
Ela assentiu com a cabeça rapidamente.
O apartamento estava escuro. Eu tive a arma na minha frente e estava pronto para levantar o inferno se alguma coisa piscasse em minha direção. A luz da porcaria da TV no canto era a única iluminação da pequena sala triste. Seu colchão colocado plano no chão, parecendo que tinha estado em uma briga de faca e perdido. Dois lençóis estavam rasgados em pedaços e todos os seus pertences foram jogados ao redor da sala. Roupas foram destruídas. Parecia que quem invadiu estava chateado que ela não estava aqui ou chateado que não encontrou nada.
Abri a porta do banheiro e quase fiquei doente quando um rato correu por meus pés e se escondeu atrás do vaso sanitário. O cheiro de mofo e bolor queimou minhas narinas. Rapidamente, eu fechei a porta e acendi as luzes do quarto. Elas piscaram duas vezes antes de cantarolar para a vida.
"A costa está livre, Ames."
Ela entrou e olhou, arregalando os olhos quando viu o estado de desordem, mas não a fez chorar. O que era tão errado. Quem não choraria quando cada posse que tinha foi jogada como merda?
Eu queria confortá-la.
Mas os dias de conforto estavam muito longe.
Ela não era mais uma garota, mas uma mulher, uma mulher em uma peça muito, muito sedutora de roupa que tanto me revoltou e me fez olhar. Eu me odiava, odiava a situação que tinha ajudado a criar e odiava que era provavelmente a razão pela qual ela não tinha mais lágrimas para derramar.
Eu tinha roubado todas elas.
Porque eu era um bastardo egoísta.
"Ames, são apenas coisas. Elas podem ser substituídas."
"Certo." Ela bufou e cruzou os braços. "Eu hum..." Ela ficou olhando para o chão, com os pés mudando enquanto as bochechas ficavam queimadas e mais vermelhas a cada minuto. "Eu não tenho malas, os sacos de lixo pretos têm estado comigo por alguns anos..."
Eu rapidamente examinei o quarto e percebi os dois sacos de lixo rasgados em pedaços no canto.
"Então," ela continuou. "Eu realmente não tenho um lugar para colocar nada, então novamente..." ela olhou para eles com olhos luminosos "provavelmente não é o fim do mundo, desde que não tenho muito, certo?" Seu sorriso era forçado. Meu coração torceu.
Minha respiração desacelerou.
"Ames." Dei um passo em direção a ela e coloquei a arma em cima da única mesa na sala. "Vamos. Basta pegar o que é mais importante e, em seguida, podemos pegar algumas coisas novas amanhã."
"Eu não tenho dinheiro para coisas novas."
"Eu tenho." Estendi a mão para ela.
Meus joelhos quase dobraram quando ela me encontrou no meio do caminho e agarrou a minha mão na dela, os dedos ligando como se nunca tivessem sido separados, meu corpo respondendo como se poderia não imaginar que era realidade em primeiro lugar.
Lentamente, ela deu um passo em minha direção, nossas mãos ainda estavam ligadas, mas ela não se apoiou em meu peito.
"Eu vou pagar de volta."
"Você não vai."
"Eu vou." Seus olhos brilharam quando ela puxou a mão.
Sorrindo inclinei e elevei seu o queixo em minha direção.
"Eu posso fazer isso durante toda a noite, querida."
"Eu também." Seus olhos brilharam para os meus lábios antes de piscar novamente.
Eu suprimi um gemido e soltei seu queixo.
"Pegue o que é mais importante e depois vamos para um hotel." Minha voz era mais rude do que o habitual, mas eu não poderia ajudá-la, ela me fez reagir. Tudo sobre ela tinha todo o meu corpo em nós.
Amy suspirou, colocando as mãos nos quadris em seguida, depois de um minuto de olhar ao redor da sala, ela foi para o colchão e levantou-o. Debaixo estava o bicho de pelúcia achatado que eu tinha dado a ela quando tinha seis anos. Era um carneirinho que costumava ser branco, mas agora tinha uma cor acinzentada. Ela segurou-o contra o peito, em seguida, tirou alguma outra coisa debaixo do colchão, uma foto Polaroid de nós jogando conversa fora, logo antes do incidente que mudou nossas vidas para sempre.
"Pronto." Ela se levantou.
Eu lutei muito para não perguntar a ela sobre a imagem, sobre o animal. "Duas coisas." Minha voz falhou.
"Tem certeza que não quer levar mais nada?"
"O quê?" Ela olhou ao redor da sala. "Minhas roupas foram trituradas. Vou pegar minhas coisas no banheiro e meus livros, se eles não estiverem destruídos também."
"Livros didáticos?" Eu repeti.
"Faculdade." ela retrucou. "É por isso que eu sou pobre, não é como se gastasse com drogas ou qualquer coisa. Cada centavo de dinheiro eu gasto em faculdade e livros didáticos."
Sentindo vergonha e olhei para baixo, quebrando o contato visual.
Quando ela voltou do banheiro, tinha tirado toda a maquiagem que tinham colocado nela no clube, seu rosto estava fresco, bonito e limpo. Seu cabelo estava puxado para trás em uma trança solta, pedaços caiam contra suas faces macias, ela era impressionante. Com um acesso de raiva, ela colocou as mãos nos quadris e olhou em volta da sala. Lentamente, chutou diferentes peças de vestuário rasgado. Seus joelhos estalaram quando ela se curvou e abaixou para pegar um suéter. Quando ela o ergueu viu que tinha um buraco gigante. Amy conseguiu dar um suspiro de frustração e, em seguida, olhou para mim, quando realmente olhou para mim.
Naquele momento, naquele apartamento ruim, eu caí no amor tudo de novo.
Mais de uma menina em uma trança.
Merda, eu estava fodido.
"Muito bem." Estendi a mão para ela. "Você está pronta?"
"Eu acho que só preciso encontrar algo para colocar sobre isso." Ela apontou para baixo e estremeceu quando colocou a mão sobre o estômago.
"Mas todas as roupas foram destruídas. Eu vou alimentá-la, agora você está pronta?"
Sorrindo, ela pegou minha mão e segurou-a firmemente "Você podia ouvir meu estômago por todo o caminho né?"
"E o seu coração", eu sussurrei, sabendo que ela não me ouviu, não me importando mesmo que por alguns segundos tivesse a chance de que ela fizesse. "Por que você colocou as coisas debaixo do colchão, Ames?"
Eu a levei para fora do apartamento e fechei a porta.
Ela estremeceu então envolvi meu braço em torno dela aliviado que ela não estava mais chorando ou gritando comigo por tocá-la.
"Era o lugar mais seguro que eu poderia pensar para colocar os meus bens mais valiosos. Eu sei que é, provavelmente, o primeiro lugar que as pessoas olhariam atrás do dinheiro, mas um olhar para o meu apartamento e você saberia que eu não estaria escondendo dinheiro se tivesse algum."
Meus olhos se estreitaram. "Uma imagem e um cordeiro?"
"Uma imagem e um cordeiro", ela repetiu. "A imagem de nós. Você levou para mim no meu décimo sétimo aniversário."
Eu balancei com a necessidade de beijá-la, para fazer a dor ir embora, talvez até um pouco de culpa. "E o cordeiro que te dei quando você era pequena?"
Ela encolheu os ombros. "Eu sou do tipo ligada a ele agora."
"Não é mesmo reconhecível, Ames."
Sorrindo, ela olhou para mim, seus grandes olhos castanhos fazendo uma ridiculamente boa impressão de Bambi. "Ele dormiu comigo todas as noites, me protegeu de monstros, e nunca reclamou uma vez."
"Eu duvido que uma pelúcia ou um ser humano iria reclamar se estiverem compartilhando sua cama." Eu arqueei as sobrancelhas e abri o carro, abrindo a porta para ela.
"Você fez." Ela inclinou a cabeça. "Toda noite."
"Exagero."
"Não penso assim."
Eu bufei e fechei a porta, em seguida fiz meu caminho para o lado do motorista. Depois que eu liguei o carro puxei a trança e sussurrei: "Bem, aqui está um pequeno segredo... às vezes, o que os caras dizem significam o oposto. Passar a noite com você era meu céu, e também foi meu inferno."
Suas bochechas se iluminam de vermelho. "Seu inferno?"
"Você era menor de idade", eu expliquei puxando para fora do estacionamento. "Foi o meu céu, porque você estava ao meu lado, porque eu sabia que você estava bem, porque apesar de eu saber que não podia ou não deveria beijá-la, isso não significava que não poderia prendê-la, não significava que não poderia sentir sua pele contra a minha ponta dos dedos. Sim, o meu céu e inferno, mas vale o inferno para chegar ao céu."
Seus olhos estavam arregalados; ela abriu a boca e fechou. Depois de alguns minutos de silêncio, ela disse:
"Eu não tenho dezessete anos mais."
"Eu estou bem ciente da sua idade", eu digo com voz rouca. "Só não me lembre ou eu vou tirar proveito desse fato."
"E se eu quiser que você queira?"
Eu gemi em voz alta. "Não diga coisas que sem significado, uma hora atrás você estava me batendo e gritando na minha cara."
"Certo." Ela lambeu os lábios. "Certo, desculpe, eu não sei por que eu disse isso."
Por que diabos eu me senti como se tivesse a rejeitado quando tudo o que eu estava fazendo era protegê-la? Droga Campisi. Eu não era o homem para o trabalho. O homem certo faria o seu trabalho sem desgastar seu coração; ele faria o seu dever, relatório de casa e lavaria as mãos dele.
Isso não ia acontecer comigo.
Ela era uma parte de mim novamente.
E eu não estava a deixando ir.
Eu só precisava dar-lhe tempo para perceber que eu não estava a abandonando, e não poderia fazer isso pressionando antes que ela estivesse pronta, mesmo se ela achasse que estava.
CAPÍTULO SETE
Amy
O choro ameaça novamente. Eu estava tão envergonhada que tinha estado a ponto de chorar por causa do que Axton disse.
O que estava errado comigo?
Ele tinha me encontrado em um clube de strip, em seguida me beijou, então me rejeitou mais uma vez, e eu estava perguntando por quê?
Quanto mais eu pensava nisso, mais fazia sentido. Cinco anos é um longo tempo e havia uma coisa que eu sabia sobre sua família ou a ‘família’ real que ele era uma parte? Eles eram cheios da nota. Como “O Riquinho”. Eles possuem vários jatos e podem alugar a Disneylândia um milhão de vezes e ainda acabar com a fome do mundo... Cheios da nota.
Não admira que ele não quisesse o meu dinheiro.
Mal tive orgulho na vida, mas o que eu tinha ainda exigia que lhe pagasse por qualquer coisa que ele me comprasse.
Perdida em pensamentos eu nem sequer percebi que tinha puxado até o hotel até que ele desligou o carro. "Você está ok?"
"Excelente." Eu menti. Eu não estava excelente. Eu estava voltando para Chicago, o último lugar que queria estar, e meu melhor amigo de repente estava vivo, o que devia me fazer feliz, mas tudo o que fiz foi me sentir tão terrivelmente rejeitada. Meu coração está tão mal que era difícil respirar. Ele tinha conexões, que podiam ter me encontrado, ele e Sergio mesmo se falavam?
Eu tinha que saber.
Isto estava me matando e eu tinha o direito de saber. Mesmo que soubesse a verdade já, eu tinha que ouvi-lo dizer isto.
"Ax, antes de ir para dentro..." Eu reconheci o seu olhar, embora não estava me sentindo muito valente. Ele inclinou a cabeça para o lado, seus olhos azuis de cristal me bebendo, engolindo a escuridão. "Por que você não me contou que estava vivo? Por que você não... chamou-me?"
"Ames..." Seu rosto contorcido de dor. "Não vamos falar sobre isso agora."
"Eu preciso saber."
"Droga, Amy." Ele empurrou as chaves da ignição. "Até o momento que eu estava fora do hospital, você tinha partido. Já estava em um orfanato. Sergio não iria me ajudar a encontrá-la... eu finalmente encontrei você e eu não podia... eu não poderia apenas andar até você e dizer ‘surpresa’! Meu pânico ajudou a arruinar a sua vida, o que fazer sobre isso? Quem apenas arruína a vida de alguém e, em seguida, pede perdão? Ou espera um maldito abraço? Eu não podia fazer isso com você. Eu não poderia colocá-la através da dor novamente. Convenci-me de que você estava bem porque eu estava com muito medo de acreditar no contrário."
"Ok."
"Só isso?" Ele gritou. "Você só vai dizer ok? Depois de te dizer que eu sou o pior tipo de ser humano no planeta?”
Dei de ombros.
"O que você quer que eu diga? Que isso dói? Porque dói sim. Isso é uma porcaria? Realmente é. Que eu entendo? Bem, não sei, nem mesmo um pouco, porque se as posições se invertessem eu teria gasto cada momento acordada te rastreando e quando encontrasse você, independentemente do que estava no passado, eu passaria o resto da minha vida tentando torná-lo melhor. Isso é amor... é amizade. O que você fez foi autosserviço, e não posso amar essa pessoa. A pessoa que você é agora? Eu não posso amá-lo, porque o Axton que eu conhecia era a pessoa mais altruísta que existe."
"Ames." Sua voz está engatada, como se ele estivesse à beira das lágrimas. "Eu gostaria que você pudesse ver como lamento o que sou."
Eu sorri tristemente. "Eu gostaria de poder também."
Um manobrista escolheu aquele momento terrível para caminhar até à porta e bater. Xingando, Ax abriu a porta e deu-lhe as chaves. "Tente não riscá-lo."
Saí do carro e esperei.
Os olhos do valet abriram.
"Hum, senhor... você não pode... quero dizer..." Ele balançou a cabeça. "Você não pode levar prostitutas para o hotel."
Ax congelou. Seu rosto foi de alguém que eu tinha reconhecido a um completo estranho quando ele se virou lentamente ao redor e agarrou o rapaz pelo pescoço. Com um impulso, ele empurrou-o de volta para o pilar de cimento e depois lhe deu um soco no estômago.
"Ela não é uma prostituta, seu bastardo."
"Desculpe-me pelo erro." O cara dobrou, sua respiração saindo em suspiros curtos. "Desculpe-me, eu sou assim, desculpe..."
"Desculpa?" Ax repetiu, em seguida, deu um soco no estômago novamente. "Não se desculpe comigo imbecil, você tem que se desculpar com ela."
Ele levantou o cara para cima pela camisa e o arrastou até a mim.
Chocada, eu só podia olhar como o cara tremia nos braços de Ax.
"Madame, eu sinto muito por meu erro, por favor me perdoe." Ax apertou o pescoço do rapaz. "Foi um horrível, engano." Sua voz saiu rouca quando Ax continuou colocando pressão sobre sua traqueia.
Ax acenou para mim.
"É, hum, está tudo bem." Eu disse em uma voz alegre para que o cara não nos denunciasse à polícia ou qualquer coisa. Isto não era como se estivéssemos em Chicago; eles iriam chamar a polícia aqui. Então, talvez os Abandonatos fossem famosos em todos os lugares, não era como se eu realmente me mantivesse a par das relações mafiosas.
"Lembre-se," Ax sussurrou para o cara. "Sem riscos."
O cara caiu no pavimento segurando o estômago quando Ax me conduziu para dentro do enorme prédio. Era o hotel mais caro da cidade, eu só sabia por que tinha tentado conseguir um emprego de bargirl, apenas para descobrir que eles só contratavam pessoas que tinham ido para a escola de bargirl real. Sim eu não me encaixava nesse perfil em tudo.
"Espere aqui." Ax fez sinal para eu sentar no sofá, enquanto ele ia para a recepção verificar.
Minutos depois ele voltou com um dos funcionários do hotel. Ax passou um braço possessivo ao redor meu ombro e me levou a um corredor escuro, onde um único elevador estava localizado.
"Apenas deixe-me saber se você não precisa de mais nada, Sr. Abandonato. Os únicos convidados que podem usar esta chave são aqueles que ficam no nível da cobertura." Ele entregou-lhe o cartão-chave, não fazendo contato visual comigo em tudo, e saiu para o corredor de mármore.
Eu estava demasiado ocupada observando como idiota que nem sequer notei o elevador se abrindo, até que quase tropecei enquanto Ax me puxava para dentro. Em uma lufada, dentro de segundos a porta se abre no piso superior, onde apenas duas portas estavam localizadas.
Ax bateu novamente o cartão e abriu uma das portas, recuando para que eu pudesse entrar no quarto primeiro.
Era enorme.
Não apenas ‘oh wow’, este é um grande quarto de hotel, mas era enorme, como seu próprio apartamento. Ele tinha uma cozinha de tamanho completo com bancadas em granito à direita, um longo corredor que levava ao que eu estou supondo ser vários quartos, e uma bela vista do rio.
"Agora," Ax coloca o cartão na mesa e pega o telefone "Nós alimentamos você."
Meu estômago roncou no comando.
"Vá tomar um banho." Ele acenou com a cabeça em direção ao corredor. "Vou pedir alguma comida, mas você provavelmente quer relaxar um pouco."
"Você vai ficar se intrometendo e acenando sua arma?" Perguntei. "Ou batendo mais em empregados do hotel?"
"Se você ficar vestida assim?" Ele me olhou lentamente para cima e para baixo. "Sim. Agora vá."
CAPÍTULO OITO
Axton
A batida da porta do banheiro deu alívio imediato. Músculos que eu nem sabia que estavam flexionados, relaxaram quando cai contra a bancada. Eu estava a menos da metade de um dia e já estava amarrado por isso, tão tenso que nem mesmo o álcool iria me derrubar.
Foram as roupas.
E a trança.
Talvez até mesmo as pernas.
Inferno... Quem era eu fantasiando? Era tudo.
Agarrei o meu celular na mão e dei um soco em um texto rápido para Nixon.
Eu: Seguro, no hotel, o quarto foi destruído.
Nixon: Você encontrou o negócio?
Eu: O que é ‘o negócio’?
Nixon: Você saberá quando vê-lo.
Eu: Confuso, mas obrigado.
Nixon: Apenas a traga para Chicago, isso é tudo que você precisa se preocupar.
Com uma careta defino o telefone para longe de mim e encosto no balcão, meio tentado a bater minha cabeça contra o granito só para ver se isso iria bater qualquer sentido em meu cérebro. Então, novamente, não era meu cérebro que tinha problemas, mas todas as outras células do meu corpo. Era como se eu tivesse perdido o controle completo sobre minhas mãos, meu maldito coração, minha respiração, tudo foi fixado sobre ela. Fazer o meu trabalho sem ficar emocionalmente ligado, quase impossível.
Roupas. Era necessário comprar-lhe algumas roupas, de preferência, uma gola alta e um par de calças de moletons, talvez um chapéu flexível, alguns óculos de sol.
Não que isso iria ajudar, mas sempre se pode esperar.
"Aaaaagh!" Um grito irrompeu do banheiro. Segurando minha arma corri pelo corredor e irrompi pela porta, a mão levantada, pronto para atirar em qualquer um que ousasse tocá-la.
Amy estava deitada na banheira gigante, bolhas em torno de seu corpo tornando-se impossível vê-la completamente nua, mas me dando a sugestão do era que eu estava perdendo.
"O que há de errado?" Eu abaixei a arma, a batida do meu coração finalmente voltando ao normal. "Eu pensei que alguém estava te atacando."
Amy ficou vermelha, o cor-de-rosa viajou do pescoço ao peito, onde meus olhos ficaram mais do que deveriam.
"Um sonho ruim." Ela balançou a cabeça, pedaços de cabelo molhado preso ao queixo e bochechas. Eu tive que morder meu lábio para não dizer a ela quão bonita ela estava e quanto eu queria beijá-la. "Eu estou... desculpe, não sabia o quanto eu estava cansada, eu me deitei e fechei os olhos e então..."
Com um suspiro eu desviei o olhar, não porque eu estava tentando ser educado, mas porque eu estava inclinado sobre meu próprio eixo, um estranho no meu próprio corpo, incapaz de realmente olhar para ela e falar ao mesmo tempo.
"Você quer que eu fique aqui?"
"Não!" Ela caiu para frente como se para me impedir de ficar. Água transbordou ao longo das bordas da banheira.
Bolhas se movendo em torno dela.
E eu olhava como um homem que nunca tinha visto água antes.
Uma bolha permaneceu perto de seu peito.
Olhei para baixo. Quis que ela se movesse para a direita, para a esquerda, ou para desaparecer completamente, e quando isso não funcionou eu discuti com ela na minha cabeça, alternando entre dizer a ela por que ela não deveria existir e por que deveria.
Sim, o meu discurso era bastante extenso, bem pesquisado, bem pensado. Eu teria provavelmente ganhado um prêmio. E esse prêmio teria sido pela estupidez, mas... Lá estava eu, ainda olhando, ainda argumentando, ainda me dizendo que estava tudo bem querer o que eu tinha desistido há muito tempo, o que eu não fiz nada para merecer.
"Ax?" Amy guinchou. "Algo está errado?"
Meu corpo respondeu da forma mais inapropriada, ficando vivo com o som de sua voz, como se ela tivesse acabado de se oferecer para me deixar lambê-la e empurrar a bolha maldita para longe.
"Uh, sim," eu rebati. "Desculpe, apenas, da próxima vez não grite a menos que algo esteja realmente errado, ou eu poderia ter atirado em você."
O romance estava claramente perdido em mim. De todas as coisas para dizer, eu poderia ter atirado em você provavelmente matou o momento mais do que qualquer coisa. Inferno, eu não ficaria surpreso se a bolha de repente, espontaneamente se dividisse em duas apenas para me envergonhar por ser tão burro.
"Desculpe," ela disse rapidamente. "Eu sinto Muito. Isso não vai acontecer novamente."
"Ok." Eu recuei, esquecendo que tinha fechado a porta atrás de mim e colidi com a maçaneta. Estremecendo, me virei, dei uma saudação, porque é isso que os homens da máfia fazem quando estão em um banheiro com uma menina nua, eles a saúdam, como um escoteiro idiota, e depois saí.
Uma vez que a porta se fechou atrás de mim eu quase virei à arma em mim mesmo.
O que diabos eu ia fazer o resto do tempo que estávamos juntos? E como eu ia manter as minhas mãos sem tocá-la quando a necessidade de estar perto dela era quase dolorosa?
"Ax?" ela chamou de dentro do banheiro.
Eu abri a porta. "Sim?"
"Obrigado... por ter vindo... apesar de ter sido um alarme falso."
"Eu sempre virei," eu prometo. "Eu juro."
"Vou manter isso em mente na próxima vez que eu quiser que você corra em minha direção gritando."
Um sorriso se espalhou pelo meu rosto e eu pisquei. "Apenas certifique-se que é o meu nome e não terá qualquer problema."
Apenas o pensamento dela gritando meu nome durante o prazer tinha meu corpo todo quente, minhas roupas com uma sensação apertada e meu dedo no gatilho pronto para largar a arma e correr para ela.
"Ok."
Eu fechei a porta novamente e amaldiçoei sob a minha respiração quando fiz o meu caminho para o quarto. Quando eu abri a porta queria amaldiçoar tudo de novo, talvez fazer uma birra, ou talvez jogar uma cadeira? Sim, jogar uma cadeira faria tudo melhor.
Uma cama king-size.
Voltei para o corredor.
Dois banheiros.
E um quarto.
A próxima sala era um escritório.
Perfeito.
O sofá e eu estávamos indo para chegar muito perto, porque não tinha nenhuma chance no inferno que eu poderia mentir porque eu sabia como era segurá-la em meus braços, e isso assombraria meus sonhos.
Agitando o pensamento da minha cabeça, eu tentei me concentrar em outra coisa, qualquer outra coisa. Comida. Eu necessitava alimentá-la. Rapidamente peguei o telefone e disquei para o serviço de quarto. Talvez se eu comesse fora o meu desejo isso trabalharia a meu favor, comer até que estivesse tão doente que não poderia fazer nada sobre a forma como me sentia sobre a menina na banheira e me levando a uma morte prematura.
No momento em que Amy acabou o banho eu estava pronto para atirar em minha mão apenas para que pudesse me distrair com um pouco de sangue e dor. Todo o banheiro cheirava como menina, e não uma menina barata. Não o tipo de garota que faz você querer tossir e arquejar porque há muito perfume.
Não, era sabonete. Sabonete do hotel. Mas eu juro que sua pele o tinha quimicamente alterado, tornando o cheiro melhor do que qualquer coisa que já tinha cheirado em toda a minha vida. Patético que ela provavelmente já estava fora como uma luz e cheirando a sopa do hotel, e eu estava no chuveiro tentando não deixar a minha excitação ficar tão fora de controle que tinha um problema permanente em me vestir, ou me cobrir, o suficiente para não parecer algum adolescente com tesão que acabou de descobrir que o seu lixo servia para isso.
Virei o jato de água do chuveiro, tanto quanto eu podia, a água quente bateu em minhas costas, e quanto mais eu ficava debaixo dela, pior meus pensamentos se tornavam.
Pensamentos sobre ela no banho.
A maldita bolha novamente. Eu juro que se houvesse um recipiente com a Sra. bolha eu provavelmente estaria a tateando.
Nixon estaria me fazendo um favor, atirando em mim quando voltasse para Chicago. Eu estava agindo mal como um homem, muito menos um homem que torturou pessoas por informação e jogava corpos no lago quando não estava satisfeito com o que eles diziam. Então, novamente, tinha sido anos atrás, eu realmente sei mais o que é ser este homem? Será que eu ainda quero ser ele? Aparentemente me esconder me fez uma pessoa macia.
Ridículo.
Xingando, desliguei a água e enrolei uma toalha na minha cintura, então caminhei até o quarto, esperando que as luzes estivessem desligadas, esperando que ela estivesse dormindo e esperando que eu pudesse me enfiar em um par de calções e apenas ser feito com todo o cenário doloroso.
Como eu não tinha sorte, todas as luzes estavam acesas. Amy estava deitada sobre a cama, o cabelo molhado beijando o travesseiro, a unha do polegar na boca e os lábios pressionados contra seu polegar de forma suave. Eu amaldiçoo sentindo meu pau se contorcer debaixo da minha toalha.
"Desculpe." Ela bocejou, esticando os braços acima da cabeça. Eu tinha dado a ela um par de minhas cuecas e uma t-shirt branca para dormir. Eles pareciam bem sobre ela, muito bem, melhor do que a roupa sensual que ela tinha antes.
Suprimindo um gemido eu sorrio para ela o mais educadamente que posso, o que provavelmente significava que parecia que estava pronto para rasgá-la ao meio com os dentes, e cheguei na minha mala para um par de boxers.
"De que lado?" Amy sussurrou atrás de mim. Os cabelos na minha nuca se arrepiaram quando eu fiquei em pânico sem saber o que responder.
Lentamente, eu me virei. "Eu uh..."
"Meio?" Ela piscou. "Ou a esquerda?"
Meu sorriso cresceu quando seus olhos se iluminaram com a brincadeira. Era a Amy que me eu lembrava, aquela que me deixou enxugar suas lágrimas, a que eu queria guardar para mim mesmo.
E se eu estivesse sendo completamente honesto, o rosto que via quando eu estava com outras mulheres, quando as beijava, dormia com elas, fazia alguma coisa com elas, sempre desejei que fosse ela.
E agora ela estava me perguntando qual lado da cama eu queria. A vida poderia ser tão cruel, balançando-a na minha frente como um prêmio maldito que eu nunca seria bom o suficiente para chegar e muito menos merecer.
"Meio," eu resmunguei. "Eu gosto do meio agora."
"Pedra, papel e tesoura por ele?" Ela inclinou a cabeça. Eu não poderia recusar esse beicinho, aqueles olhos. Droga nem um maldito tiroteio seria capaz de me distrair do seu rosto. Desde quando eu decidi mesmo compartilhar a cama?
Ela sorriu novamente.
Certo, desde que ela começou a manter minha sanidade cativa.
"Pronta?" Eu levantei minhas mãos.
Seus olhos examinaram meu abdômen e meu peito antes de ela levantar as mãos e dizer: "Pedra, papel, tesoura."
Nós dois batemos papel e fomos novamente. Eu não vou balançar a tesoura.
A próxima rodada, ela ganhou porque me traiu, mas o que quer, eu hesitei e ela usou isso para vantagem dela, cobrindo a minha pedra com seu papel.
"Ooh, rodada final." Eu provoquei.
"Pronto?" Ela mudou-se de joelhos para que estivesse tão perto de mim quanto ela poderia ficar sem cair da cama.
"Pronto." Eu andei em sua direção, tomando cuidado para não deixar a minha toalha cair, e estendi as mãos na minha frente.
"Papel." Eu.
"Pedra." Ela.
"Tesoura". Nós.
"Huh?" Ela apontou para a minha mão. "Que raio é aquilo?"
"Ah, certo." Eu tive meu dedo apontando para ela e cortado seu papel no meio. "É uma faca, eu sou da máfia. Nós não jogamos pelas regras."
Amy fez uma careta, as sobrancelhas bonitinhas ficaram juntas em frustração. "Você não pode apenas fazer as regras."
"Eu acredito que sim," me inclinei para frente. "Eu só fiz, agora você vai ser uma má perdedora ou vai deixar-me ter o meio?"
"Má perdedora."
"Você sempre foi justa," eu provoquei. "Vai começar a mudar minha opinião sobre você?"
"Tudo bem." Ela cruzou os braços e bufou "Mas eu vou pedir as pessoas quando eu voltar, se é isso algo que vocês fazem."
"Pessoas?" Eu repeti.
"Você sabe." Ela me dispensou. "A máfia."
Comecei a rir. "Oh nós temos toneladas de regras, códigos especiais, fodões, apertos de mão, sério, me leva cerca de dez minutos para até mesmo encontrar-me com alguém no bar, porque eu tenho que passar por tantos movimentos. Um deles envolve uma rotação, apenas no caso de você estar se perguntando."
Seus olhos se arregalaram e depois se estreitaram. "Você está mentindo."
Dei de ombros. "Sou querido pela máfia."
"Os sicilianos." Ela revirou os olhos. "Duplo X."
"Os sicilianos são mentirosos?"
Ela pegou um travesseiro e o segurou contra o peito. "Meu pai era."
"Seu pai é um pedaço de merda," eu cuspi. "Ele não merece o título de pai e quando vê-lo eu vou cortar fora as suas mãos por ter colocado um dedo em você."
Amy assobiou fora uma respiração.
"Desculpe." Eu olhei rapidamente para os meus pés, constrangido que tinha dito isso.
"É justo embora. Por que ele deveria merecer a honra de ter as mãos quando ele ainda não sabe como usá-las corretamente?"
"E você?"
"Eu o quê?"
"Usa as suas corretamente?"
Para carregar a minha arma e puxar o gatilho? Será que ela sequer percebe o que ela estava perguntando? A conotação por trás disso? A restrição absoluta que levou para eu não jogar a toalha no chão e fixar seus braços contra o colchão até que ela gritasse de prazer?
Com um sorriso ensaiado, que eu conhecia e fazia as meninas gaguejarem, só porque deixava Sergio chateado ou as brincadeiras acabam sempre que eu fazia isso, eu me empurrei para frente e inclinei a cabeça, aumentando o meu sorriso.
"Querida, eu uso todas as coisas corretamente... especialmente minhas mãos, quer ver?"
"Mesmo que eu disse que sim..." Os olhos de Amy se estreitaram novamente. "Você ainda seria covarde."
"Covarde? O que é isso?" Eu ri. "Jogamos papel, pedra, tesoura para dividirmos a cama e agora você está me chamando de covarde?"
"Tudo bem." Amy lambeu os lábios. "Então me toque... com as mãos."
Eu congelo.
Minhas mãos se apertam em meus lados, dispostas a seguir com o que ela pediu e puto que eu tenha que mantê-las lá para não perder todo o autocontrole e estragar tudo.
"Eu não posso."
"Por quê?"
"Não é certo."
"Por quê?"
"Droga, Amy." Eu me virei e coloquei minhas mãos em meus quadris. "Eu apenas não posso tocar em você e não fazer mais nada. Um toque é pior do que uma provocação, é como me dar uma migalha de pão depois de ter passado fome em uma a selva por semanas. Eu estou indo só para comer a coisa toda e fazer o que puder para conseguir mais."
Ela ficou em silêncio. Quando virei ela tinha um sorriso satisfeito no rosto, como se eu tivesse feito esta enorme confissão. Em pânico, refiz o que eu disse. Ela continuou sorrindo.
Carrancudo, perguntei: "O quê?"
"A honestidade..." Ela deu de ombros. "É melhor do que você estar mentindo para mim... mecânico a minha bunda."
"Eu trabalhei como mecânico..."
"Palavra chique para um homem feito."
Sim, ela me pegou ai.
"Nós devemos dormir, se estamos indo para começar o dia cedo amanhã, está bem?"
Balançando a cabeça, ela virou de lado, com cuidado para escorregar todo o caminho até o final da cama, e não disse outra palavra.
Eu rapidamente tirei minha toalha e coloquei minhas boxers, em seguida, apaguei as luzes. Deslizando minha arma debaixo do travesseiro, deslizei na cama e deitei no meio, só porque eu podia.
Infelizmente duas horas depois, em que deveria ter sido um sono morto, eu fui acordado pela mão de Amy, depois seu braço, depois a perna, uma vez que ela serpenteava em minha volta.
Meu sono vai ser um inferno.
E assim quando eu estava me acostumando com os fogos chamuscando meu corpo, ela começou a ronronar em seu sono.
Com os olhos arregalados, eu olhava para o teto e repeti todas as diferentes razões que não poderia tirar proveito dela, todas as razões que não podia beijá-la.
Ela ronronou novamente.
Para o inferno com isso, todas as apostas estavam fora quando ela estivesse pronta... E eu ia estar lá, esperando.
Eu não poderia me importar menos se tinha buracos de bala no meu corpo; minha boca estava indo para ser a única a reclamar ela para sempre.
CAPÍTULO NOVE
Amy
Eu acordei no meio da noite para me encontrar, basicamente, grudada em Ax. Seu corpo musculoso quente era como um farol para o meu. Com o braço envolto possessivamente em torno de mim, eu fui capaz de olhar para ele, olhar para o belo homem que me salvou, o belo homem que tinha me abandonado.
Seus cílios eram tão longos que era impossível não notá-los. Eles eram negros e tinham uma ligeira curva no final. Sua mandíbula estava coberta de um pouco de barba escura. Eu tinha esquecido o quão escuro o seu cabelo era, ou como sempre senti como se fosse seda entre os meus dedos, e estava menor do que eu me lembrava que eram, mas era tão ondulado, brilhante... Até demais, considerando ser cabelo de um menino. Muito tentador para mim não querer chegar e passar os dedos por ele.
Mas sabia que se o acordasse ele logo estaria segurando a sua arma e apontaria para mim, ou ele usaria como um convite o que ambos sabíamos que eu não estava preparada. Eu o desejava, mas não queria me perder nele e, em seguida, sofrer a tortura absoluta de ter que dizer adeus uma vez que ele terminasse seu trabalho e me deixasse em Chicago.
Eu não tinha uma casa para onde voltar. Nenhum trabalho. Nada.
Onde mesmo eu estava indo viver?
Eu me afastei de seu corpo e mastiguei meu lábio com o pensamento. E não ajuda que a cama era tão suave e cara. Eu estava acostumada com o meu colchão de baixa qualidade, usado para me deitar no chão.
Finalmente, depois que eu não poderia voltar a dormir, peguei dois travesseiros e os joguei no chão ao meu lado, então puxei uma das mantas da cama.
Uma vez eu estava deitada no carpete, finalmente fui capaz de relaxar um pouco. A preocupação ainda me atormentando, mas pelo menos eu não estava embrulhada em Ax.
Eu tremi. O único problema era o chão que estava mais frio do que eu tinha percebido. Eu puxei o cobertor mais apertado em volta do meu corpo e fechei os olhos.
Dois segundos depois de terem se fechado, o pano farfalhou atrás de mim e o colchão mudou, e, em seguida, pegadas arrastaram através do tapete. O corpo quente de Ax se juntou ao meu; o edredom da cama caiu sobre a parte superior de ambos. Ele me puxou para o casulo de seu calor e beijou o topo da minha cabeça.
"Eu não poderia me importar menos sobre o meio, Ames... Eu só quero estar perto de você."
Lágrimas não derramadas picam em meus olhos quando os fechei, minha respiração irregular enquanto eu tentava evitar chorar contra seu peito.
"Durma." Ele beijou minha cabeça novamente. "Eu entendo você."
Acordei ao som de Ax gritando em seu telefone. Esfregando os olhos, bocejei e, em seguida, consegui encontrar meu caminho para fora da enorme quantidade de cobertores e pelo corredor.
Alimentos, mais do que eu já vi em toda a minha vida, estava sobre a mesa; café quente já estava servido para mim. Ax continuava gritando, mas apontou para o assento.
Não querendo discutir com alguém que era tão claramente contra as manhãs, eu fui para a mesa e lutei contra o impulso de bater palmas em emoção.
Torrada! Geleia! Linguiça! Bacon! Eu poderia seriamente morrer feliz naquele momento, e ainda tinha suco de laranja. Eu não apreciava essas coisas até que, de repente, não podia pagar por elas. Até o dia que eu fui até a loja e não podia comprar suco de laranja porque estava fora do meu orçamento.
Estendi a mão para o suco e agarrei o meu café com a outra.
"Mãos ágeis, hein?" Ax sentou na minha frente e jogou o celular em cima da mesa; ele desembarcou com um barulho.
"Quem era?" Pousei ambas as bebidas, em seguida, mordi um pedaço de torrada e reprimi um gemido quando a geleia de framboesa bateu em minha língua. Fechei os olhos em êxtase, lambendo meus lábios, em seguida, dei outra mordida. Tenho certeza que eu terminei todo o pedaço de torrada com os olhos fechados. Quando os abri novamente, a boca de Ax estava aberta, o rosto vermelho, e ele estava olhando para minha boca.
"Eu tenho algo no meu rosto?" Estendi a mão para o guardanapo e limpei meus lábios enquanto Ax beliscou a ponta de seu nariz e soltou um ruído lamentável que eu só poderia assumir que era irritação.
"Nah." Ele engoliu em seco, desviando o olhar. "Apenas apreciando o show."
"Show?"
"Coma alguma outra coisa."
Eu fiz uma careta. "Você é estranho."
"Mais torrada?" Ele ofereceu. "Geleia?"
"Eu acho..." Olhei ao redor da mesa enquanto ele tomou um gole de café. "Eu vou comer a linguiça."
Ax engasgou com seu café, em seguida, começou a bater no peito.
"Desculpe, entrou pela passagem errada." Ele passou as mãos sobre o rosto e amaldiçoou, em seguida, estendeu a mão para o café novamente. "E para responder a sua pergunta, era Sergio."
"Oh." Eu olhei para o meu prato, empurrando a salsicha ao redor com meu garfo. "Como ele está?"
"Irritadiço como a merda." Ax riu. "Mas ele é meu irmão, então eu realmente não posso matá-lo, mesmo que a ideia tenha méritos... às vezes."
Eu sorri. "Como quando?"
"Como quando ele te salvou, em seguida, te colocou em um orfanato." Ax falou tão baixo que quase não o ouvi. "Como quando ele manteve a minha melhor amiga de mim. Não estou culpando ele. Assumo total responsabilidade, mas vamos apenas dizer que ele tem sorte se ainda tem as duas pernas e uma língua."
"Ilustrativo". Eu coloquei a salsicha no garfo e a levei aos meus lábios. Ax se inclinou para frente, assistindo meu garfo como se ele fosse um gato e eu estava segurando seu único brinquedo. Eu me mudei na frente do meu rosto, seus olhos me seguiram, completamente cativados. Mordi lentamente na carne, deixando meus dentes afundarem. Seus olhos encapuzados enquanto me observava mastigar. Eu não tinha certeza se ele estava realmente cansado ou por algum motivo estava fascinado me vendo comer o café da manhã. Minha última mordida foi a mais suculenta, me fazendo limpar o meu queixo.
Ax levantou, os joelhos batendo contra a mesa.
"Eu uh, já volto." Ele caminhou pelo corredor como se estivessem perseguindo-o com uma faca e bateu a porta do banheiro.
Dei de ombros e terminei o meu café da manhã.
Quando Ax voltou dez minutos mais tarde, o seu rosto estava visivelmente relaxado, mas suas mãos estavam ainda firmemente apertadas ao seu lado. Ele estendeu a mão. Peguei-a e me levantei.
"Eu não vou perguntar de novo." Ele segurou meu rosto. "Eu não vou procurá-la, não vou pedir isso, vou tentar o meu máximo para não pensar sobre isso. Eu não vou te beijar até você me pedir... uma segunda vez."
"Uma segunda vez?"
Sua boca se chocou contra a minha, seus dedos empurrando meu queixo e mergulharam no meu cabelo, me puxando mais perto de seu calor. Engoli em seco quando sua língua entrou na minha boca. Eu podia sentir o gosto dele, eu queria mais. Abri meus braços ao redor de seu pescoço, ele grunhiu sua aprovação e, em seguida, soltou um gemido quando abri a boca mais larga, nossos dentes quase colidindo uns contra os outros.
Suas mãos se moveram pelas minhas costas, descansando apenas acima da minha bunda. Mexi um pouco, era todo o convite que ele precisava para empurrar para cima a camisa de algodão e tocar minha pele.
Eu sentia cada dedo enquanto passavam em meus quadris.
Seu beijo se tornou menos frenético enquanto chupava minha língua e me balançava para trás em meus calcanhares, criando alguma distância entre nossos corpos ardentes. Ax inclinou a cabeça, mordendo meu lábio inferior antes de morder para baixo e dando-lhe um pequeno puxão. Ele enviou um arrepio por todo o caminho até os dedos dos pés.
A boca de Ax era como veludo quente, cada vez que nossos lábios se tocaram parecia uma carícia, eu tremi quando ele aprofundou o beijo uma última vez, em seguida, puxou para trás.
Seu peito arfava. Seus olhos estavam dilatados, ele sussurrou perto da minha boca, "Isso ia ser o seu décimo oitavo presente de aniversário, para mantê-la aquecida, nos mantendo quentes, mostrando que eu não era apenas seu amigo, Ames. Eu queria ser muito mais... eu continuo querendo, mas você não confia em mim e eu não culpo você. Então é isso. Eu não vou te beijar de novo, eu não vou atacá-la com a minha boca, eu vou tentar não fantasiar sobre a forma como sua língua estava contra a minha, eu vou esperar. Até você me pedir, eu vou esperar."
"E se eu nunca lhe pedir?"
Ele sorriu e inclinou a cabeça, inclinando meu queixo com o polegar antes de beijar meu nariz.
"Depois desse beijo... você realmente acha que estou preocupado com isso?"
"Burro arrogante!" Eu digo sem fôlego empurrando longe de seu toque tentador.
"Isso soou quase como um convite," ele brincou. "Se você quiser que eu beije novamente, é só pedir."
"Não." Eu cruzei os braços sobre o peito e estremeci. "Você é... você."
"Sou sexy." Ele me olhou de cima a baixo. "É uma pena que você não pode andar por aí assim, em seguida, novamente, eu teria uma contagem muito alta de corpos, e estou tentando manter meu total abaixo de 100 antes de virar os trinta e então..."
Engoli em seco. "E qual é a sua contagem agora?"
"Em algum lugar entre a santa merda e eu perdi a conta." Ele piscou. "Acho que você terminou com a sua... salsicha?"
"O que há com você e as salsichas?"
Ele apenas sorriu e foi embora segurando as mãos no ar.
"Nós provavelmente devemos ir, temos algumas compras para fazer antes da viagem."
"Eu nunca fiz uma viajem tão longa." Disse, me sentindo subitamente em pânico. Será que eu tenho que entretê-lo? Contar histórias? Ah, não, eu tenho que cantar músicas?
Ax virou, "Uau, isso é um impulsionador da confiança. Eu falo sobre estar no carro com você sozinho por horas a fio e você fica pálida."
"Desculpe." Eu balancei a cabeça. "Não é que... Quero dizer, você não vai ficar entediado... dirigindo?"
"Claro que não." Ele sorriu, caminhou até o aparador e pegou sua arma. Ele enfiou no bolso de trás da calça jeans e se virou, lançando-me um sorriso. "Eu vou ter você perto de mim, segura. É tudo que eu preciso. Você poderia dormir o tempo todo e eu estaria contente só por saber que sou o único que vai mantê-la segura, retornando para casa, aonde você pertence."
"Eu não tenho casa." Cruzei os braços e tentei não entrar em pânico quando senti as paredes se fechando em torno de mim.
"Hey." Ax estava de repente na minha frente. "Eu sou sua casa. Nunca se esqueça disso."
CAPÍTULO DEZ
Axton
Amy estava vestindo uma das minhas camisetas brancas e um par de shorts de corrida que eu trouxe comigo no último minuto, pensando em frequentar o ginásio em meu tempo livre. Certo. Tempo livre a minha bunda. Cuidar dela é um completo trabalho a tempo integral, não que eu estivesse reclamando.
Eu não sabia nada a respeito de compras para meninas, mas tinha um gosto caro, e a pequena área da cidade não tinha muitas opções. Corri para o Walmart com Amy a reboque, peguei uma camiseta, alguns shorts de elástico de treino, algumas calcinhas, chinelos e achei que estava bom. Ela não reclamou em tudo e eu meio que esperava por isso. Eu só precisava vesti-la para que pudesse levá-la para um lugar melhor.
Embora quando eu mencionei isso, ela olhou para mim com os olhos horrorizados. "O que há de errado com as roupas que você acabou de me comprar?"
"Elas não são... você."
"Minhas roupas não são eu?" Ela repetiu em voz inexpressiva. "E você me conhece tão bem, por quê?"
"Eu sei sobre você," rebati. "E eu quero que você esteja em... cetim e seda... couro italiano... merda, eu não a conheço. Eu quero você em algo digno de você."
"Elas são apenas roupas." Ela encolheu os ombros.
"Elas estão tocando seu corpo. Nunca diga que são apenas roupas." Rosnei tomando a próxima saída como o navegador havia instruído. O shopping era suposto ser grande o suficiente para ter algumas lojas de departamento e algumas menores.
Quando eu puxei para dentro do parque de estacionamento, Amy cravou os olhos no edifício gigante.
"Tem certeza essas roupas não estão boas?"
Suspirei. "Você não pode usar as mesmas roupas todos os dias."
"Tudo bem." Ela abriu a porta do carro e saiu. Eu ainda estava tentando descobrir por que ela parecia tão chateada quando peguei a mão dela e agarrei-a. Ela não se afastou, mas seu corpo inteiro estava tenso.
Eu andei em Nordstrom, reconhecendo somente a loja porque tinha algumas das marcas que eu estava procurando, e fui até o diretório.
Os compradores particulares estavam no andar de cima, mas eu poderia vesti-la, certo? Quer dizer, eu era um cara, eu sabia o que parecia bom. Eu roubei um olhar para ela, certo, o estilo eu poderia fazer, mas quais seriam os seus tamanhos? Eu seria uma porcaria em encontrar os tamanhos; estaríamos presos lá por toda a vida.
"Mulheres são no terceiro andar." Amy apontou.
Eu balancei a cabeça e a puxei para a escada rolante, me recusando a deixar ir a sua mão enquanto íamos até o terceiro andar e começamos a andar.
Eu estava quente por toda parte. Eu poderia atirar em um homem a sangue frio, mas procurar por roupas bonitas com coisas brilhantes, me tinha pronto para vomitar e encontrar o bar mais próximo. Segurei a mão dela mais apertado.
"São as roupas que estão assustando você?" Amy sussurrou.
"Cale-se."
Rindo, ela ficou comigo no meio do corredor principal, arregalando os olhos quando olhou ao redor.
Onde diabos estavam as vendedoras?
Cada loja as tinha para ajudar a aliviar os clientes, ou caras com os olhos em pânico e a súbita necessidade de beber e afastar a dor do furto do cartão de crédito? Ah... Agradável, uma funcionária do sexo feminino se virou para nós e começou a andar. Graças a Deus alguém finalmente reconheceu o meu olhar de horror. Ela parou na nossa frente.
"Vocês precisam de ajuda?"
"Sim." Eu gritei malditamente perto do rosto da pobre criatura.
Ela tinha cerca de 1,52m e estava com os mais altos saltos vermelhos que eu já tinha visto. Seu rosto estava limpo de maquiagem, exceto para o batom vermelho brilhante.
Parecia que ela sabia o que estava fazendo, então eu fiz o que qualquer homem sensato faria. Eu empurrei Amy para ela e disse: "Você pode vesti-la?"
Os olhos da senhora estreitaram.
"Isso saiu errado," eu resmunguei. "Você pode ajudá-la a encontrar algumas roupas? Ela precisa de todo um guarda-roupa novo, sapatos, roupas de baixo." Eu tossi na minha mão e desviei o olhar.
Bar, bar, droga, onde havia um bar?
"Claro." A senhora apertou os lábios, provavelmente, tentando não rir histericamente com meu desespero, e apontou para Amy. "Por que não vamos experimentar? eu acho que posso encontrar algumas ótimas peças. Qual é o nosso orçamento, senhor?"
"Sem orçamento," Eu soltei. "Existe um lugar para obter uma bebida por aqui?" Eu puxei a minha camiseta, mas isso não aliviou o sentimento de sufocamento que tinha ao ficar sentado em uma loja de departamentos com uma arma na minha calça, literalmente...
"Na verdade," disse ela suavemente. "Ao virar a esquina há um bar agradável que a Nordstorm, especificamente, coloca à disposição para que os homens se sentem enquanto esperam suas mulheres fazer compras."
"Bom." Suspirei feliz, "Isso foi um golpe de mestre."
"Você deveria ver aquele lugar durante a venda de aniversário." Ela piscou. "Por que você não vai ter uma cerveja... ou três e eu vou quem sabe...?" Ela inclinou a cabeça. "Sinto muito qual é o seu nome, querida?"
"Amy." Ela engoliu em seco.
"Vou levar Amy e nós vamos buscá-lo, uma vez que tivermos acabado."
"Ótimo." Eu soltei a mão de Amy. "Você vai ficar bem?"
"São só compras, não os Jogos Vorazes". Amy sorriu. "Eu acho que vou ficar bem."
"Sim, bem..." Enfiei minhas mãos nos bolsos. "Mantenha o arco e flecha para o caso."
Com isso, eu andei em direção ao bar e pedi uma cerveja. Quando me sentei foi como voltar para casa. Homens estavam por toda parte, comendo, bebendo, verificando seus celulares, enviando mensagens de texto. Hmm... Foi realmente inteligente oferecer cerveja aos homens, assim suas mulheres poderiam comprar todo maldito dia. Sério, isso foi brilhante. Eu precisava enviar um texto a Sergio ou Nixon... Ou alguém.
De repente, me senti muito sozinho.
Quando você não poderia enviar textos para seu irmão, porque ainda está chateado com ele.
Quando você não pode enviar textos para seu chefe porque, tecnicamente, esteve cagando em cima dele durante os últimos cinco anos.
Eu gemi em minhas mãos, assim quando o meu celular tocou.
Eu soltei um "O quê?"
"Uau, você está em um super bom humor. Lembre-me de ligar para você todos os dias a fim de garantir que o sol ainda está brilhando." Era Tex Campisi.
"Desculpe, eu estou comprando."
"Tenho certeza de que não estava na descrição do trabalho."
"Sim." Eu tomei um gole de cerveja. "Mas ela não tinha merda nenhuma, Campisi."
"Tex." ele corrigiu suavemente.
"Excelente, Tex." Revirei os olhos. "Ela não tinha roupas, foram todas destruídas. Ela não tinha uma escova de dente, uma maldita escova de dente em seu nome. O que eu deveria fazer?"
"Faça suas compras," Tex disse suavemente. "Nixon vai pagar por isso."
Eu ri. "Eu acho que nós dois sabemos que eu não preciso do dinheiro de Nixon."
"Esnobes Abandonatos ricos." Sua risada se juntou a minha, mas ambos sabíamos que, desde que ele era o Cappo, ele era tão rico quanto eu. Inferno, ele poderia comprar um pequeno país.
"Sim, sim, então o que está acontecendo?"
"Apenas o check-in em um dos meus associados favoritos, me certificando de que você ainda está vivo e respirando, você sabe o que fazer."
"Você quer aferir o meu ritmo cardíaco também?"
"É essa a sua maneira de dizer batidas do seu coração? Porque eu tenho que te dizer... eu tenho os mesmos sentimentos... quando falamos."
Comecei a rir. "Você é um filho da puta assustador, mas divertido como o inferno."
"Eu sou charmoso, é o que a minha esposa diz."
"Você deveria dizer isso da próxima vez que você ver certo alguém."
"Eu fiz, ele ainda está chateado consigo mesmo, mas fazer o quê."
Revirei os olhos. "Algo mais?"
"Sim." Ele suspirou. "Temos que você... eu e Nixon... Chase, Mil, Phoenix, somos uma família. As coisas não são como costumavam ser. Somos uma equipe, todas as famílias são uma equipe, e você é uma parte dela, goste ou não. Então, se você precisar de alguma coisa, não somos apenas seus chefes, nós somos seus amigos e eu trato meus amigos com o maior respeito."
"Até que eles traiam você."
"Bem, sim, então eu simplesmente os mato."
"Estou contente que nós somos amigos, então." Tex riu alto.
"Divirta-se com as compras... não a deixe ficar muito louca, e se você ver algo suspeito, me avise. Estou enviando uma foto do seu pai, ele parece um pouco diferente. Se você vê-lo ou o outro homem que está na foto, atire. Não hesite, basta atirar."
"Entendi."
"Tchau."
Eu desliguei o telefone e olhei para ele enquanto um texto da imagem veio. Meu pai parecia o inferno, mas eu ainda o reconhecia. Seu cabelo estava desgrenhado como se ele não tomasse banho há anos e parecia como se tivesse dois de seus dentes nocauteados. Círculos pesados pareciam desenhados sob os olhos, seus pés-de-galinha eram profundos o suficiente para tomar um banho dentro. Sua boca se torcia em uma careta. O cara ao lado dele tinha aproximadamente a minha idade. E eu soube imediatamente que ele provavelmente era... Meu irmão. O cara era uns poucos anos mais jovem do que todos nós, e um pedaço total de trabalho. Eu não era um fã de matar crianças com idade inferior a vinte e um anos, mas sabia que provavelmente teria que matá-lo se ele aparecesse. O pensamento fez a cerveja azedar no meu estômago.
Eu pedi um pouco de água e, em seguida, um pouco de comida e esperei. Durante todo o tempo meditando sobre todas as coisas que Tex tinha dito. Amigos. Eu gostei daquilo. Eu gostei da ideia de que não era apenas um negócio, mas uma família... Mesmo que as cinco famílias raramente se davam bem, parecia que eles tinham finalmente conseguido uma trégua.
Eu só queria saber quanto tempo iria durar antes que tudo fosse à merda.
CAPÍTULO ONZE
Amy
"Então..." Ella, a senhora que tinha me considerado a sua cliente pessoal pelas últimas duas horas, puxou a última das roupas que eu tinha escolhido a partir da pilha. "Ele é gostoso."
Eu ri. "Sim, ele é bom com uma arma também."
Ela riu e me deu um sorriso atrevido. "Aposto que ele é."
Não estava brincando. Essa foi a parte divertida de andar por aí com um assassino treinado; ele parecia bastante inocente do lado de fora, mas eu sabia do que ele era capaz. Eu sabia do que todos esses caras eram capazes de fazer e ainda me dava arrepios quando pensava sobre isso. Como ele poderia me segurar durante toda a noite? Em seguida, usar essas mesmas mãos para sufocar a vida fora de alguém?
Eu sabia em primeira mão que um monte das pessoas que a máfia feria eram pessoas más, mas alguns eram bons, alguns simplesmente caiam em tempos ruins, alguns foram apenas pegos em uma situação ruim.
"Eu acho que nós temos o suficiente aqui, tem certeza de que você não precisa de mais sapatos?" Ella apontou para as quatro caixas de sapatos. Eu tinha escolhido um par de rasteirinhas brilhantes, algumas botas de couro preto, que vão até o tornozelo, um par de all star, e os saltos pontiagudos que ela disse que eu tinha que ter. Eu nunca tinha usado saltos, então não estava tão convencida, mas gostei da maneira como eles me fizeram sentir, então fui em frente com ela.
"Sim. Eu estou bem."
"Ótimo." Ela sorriu. "Eu vou buscar seu homem e podemos te trocar!"
A segui para fora do provador quando mais alguns empregados moveram-se rápidos por mim e começaram a arrumar todas as roupas. Eu não tinha olhado para as etiquetas de preço. Após o primeiro dizer quinhentos dólares por um par de calças de couro que eu sabia que nunca tinha visto ou precisado, eu decidi que não precisava saber.
Ax chegou alguns minutos depois. Ele parecia menos tenso do que antes, seus olhos franziram paro o lado quando me pegou na minha roupa nova. Ella disse que eu precisava usar uma delas para sair da loja, então ela arrancou as etiquetas e sumiu com a minha roupa do Walmart, certamente nunca iria vê-las novamente.
Eu estava com um jeans escuro slin, uma rasteirinha, uma camiseta branca que pendia do meu ombro e uma regata azul de tiras por baixo. Era simples, fácil e confortável. Mas Ax olhou para mim como se eu tivesse vestida em algum tipo de roupa masoquista e estava pronta para chicoteá-lo.
"Você está linda," ele finalmente sussurrou, em seguida, me beijou na testa. "Tudo pronto?" Ele aborda Ella.
"Claro." Ela lhe lançou um sorriso de vencedora ‘empregada do mês’. "Tentei pegar algumas peças que ela ficaria confortável, mas eu a convenci a escolher algumas saias e vestidos também." Ela lançou-me uma piscadela.
"Fantástico."
"Assim, o total d..." Suas sobrancelhas arqueadas. "É quatro mil, trinta e dois dólares e doze centavos."
Ax nem sequer piscou, só alcançou um cartão Amex preto brilhante que tinha algum tipo de soldado romano ou algo sobre ele. Tudo o que eu sabia era que quando ele entregou, Ella parecia que estava prestes a surtar.
Ela levantou o cartão mais perto de seu rosto e sorriu um sorriso largo quando eu quase me perguntei se o cartão era falso ou algo assim.
"Não pense que eu sou pouco profissional..." Ela bateu o cartão e o devolveu a Axton. "Mas não achei que estes realmente existiam."
Ax riu. "Bem, eu estou feliz que pude colocar a lenda urbana para descansar. Eles existem, mas são uma dor na bunda, um monte de taxas."
"Mas no final do dia, isso realmente importa quando você tem um único cartão assim?" Ela sacudiu a cabeça de novo, seu sorriso ainda firmemente no lugar.
"Não." Ele colocou o cartão de volta em sua carteira."Na verdade não."
"Tudo bem, só preciso de sua assinatura, Sr. Abandonato."
Ao ouvir seu sobrenome meu estômago se apertou.
Eu estava em uma loja cara, com um Abandonato.
E ele tinha acabado de pagar por um guarda-roupa inteiro para mim - com o que eu só poderia assumir ser dinheiro de sangue.
Eu ia ficar doente.
"Obrigado, Ella." Ele apontou para seu crachá. "Eu realmente apreciei a sua ajuda hoje."
"A qualquer hora." Ela entregou os quatro grandes sacos para Ax e depois me deu os dois sacos de roupa.
"Aprecie."
Engoli em seco quando os pesados sacos foram colocados em meus braços e tentei segurar as lágrimas. Eu deveria estar feliz. Que menina não estaria feliz agora? Mas eu me senti culpada, como se tivesse acabado de matar vinte pessoas para simplesmente parecer bonita..
Era injusto de minha parte colocar isso em Ax. Eu não tinha ideia de onde ele obteve o seu dinheiro. Tudo o que sabia era que o garoto que eu uma vez tinha amado se foi. O menino que eu amei parecia um mecânico; ele tinha graxa no rosto e trabalhava para salvar seu dinheiro apenas para que pudesse pedir comida chinesa nos fins de semana para nós.
Tinha sido tudo uma mentira?
Será que ele tem esse cartão preto brilhante o tempo todo?
"Ax?"
"Sim?" Ele virou-se para empurrar a porta com as costas enquanto caminhávamos para o lado de fora. "E aí?"
Eu respirei fundo. "Quando éramos mais jovens... E você trabalhava como mecânico... E você economizava o seu dinheiro para comprar comida Chinesa..."
Ax desviou os olhos, rangendo os dentes. "O que há sobre isso?"
"Será que você tinha dinheiro? Você fingia ser pobre?"
"Por quê?"
Irritação brilhou devido à sua tática de adiamento. "Apenas me diga."
Quando chegamos ao carro, ele abriu o porta-malas e começou a empilhar os sacos. Quando ele estava feito, estendeu a mão para os sacos de roupa, os colocou nas bolsas e fechou o porta-malas, então se inclinou contra ele seu corpo inteiro tenso.
"E se eu não quiser?"
"Então você está respondendo basicamente sem responder... Lembra? Você não quer começar com uma mentira."
"Eu sou um Abandonato." Ele suspirou. "Eu nasci com dinheiro, nasci com privilégios..."
Meu coração afundou.
"Mas eu não quis ser uma parte da família, andei longe deles. Eu não tinha nada. Meus pais cortaram eu e o Sergio. Quando nos mudamos para a casa ao lado. Você... Foi bom... por um tempo. Até que meu pai me pediu para fazer-lhe um favor... Ele disse que sua vida dependia disso. Lhe fiz um favor." Ax engoliu, sua mandíbula estava tensa. "Eu jogava e perdi."
"Que tipo de favor?"
Seu rosto sombreado. "Um para você não voltar a partir." Ele amaldiçoou e bateu no carro com as palmas das mãos dele. Eu pulei. "Ele finalmente tinha sujeira em mim... depois que o problema... estava resolvido, eu acordei para encontrar os meus passaportes, cartões de crédito, dinheiro suficiente para viver em meu próprio... tudo. Eu tinha dezoito anos. Eu continuei trabalhando na oficina mecânica, mas ele possuía a minha alma nesse tempo, Ames. Ele me possuía e a usou contra mim, ele te usou contra mim."
Estendi a mão para seu braço. "Como?"
Ele se afastou. "Devemos pegar a estrada." Engolindo, ele se virou para mim, não fazendo contato. "Cada centavo que eu fiz como mecânico era para você Amy... você acha que eu estou gastando meu próprio dinheiro com você, mas é seu. Ele sempre foi seu. Eu investi para quando completasse dezoito anos. Eu investi em uma poupança como um presente, e é investido em algo... incrível. Talvez eu tenha te traído, mas meu objetivo era que você nunca tivesse que se preocupar com nada. É seu quando você completar vinte e quatro anos."
"O quê?" Minha voz tremeu. "O que você quer dizer?"
"Vamos para nossa viagem de carro." Ele bateu o carro novamente. "Entre."
"Mas..."
"Agora, Amy. Estou cansado de falar sobre isso."
Piscando as lágrimas, eu fui para o meu lado do carro e fechei a porta silenciosamente atrás de mim. Enquanto eu afivelava o cinto de segurança, tentei não pensar sobre a sua confissão. Ele tinha feito tanto por mim, mesmo quando eu não sabia. Ele estava cuidando de mim; em sua própria maneira distorcida, ele estava tomando conta de mim.
Com um suspiro, eu inclinei minha cabeça para trás contra o encosto de cabeça e fechei os olhos.
"Durma," Ax disse uma vez que ligou o carro. "Eu sei que tem sido dois dias ásperos para você. Durma por enquanto. Eu vou te acordar quando a hora de comer chegar."
"Ok." eu murmurei.
"Minha parte favorita do dia..." Seus dedos acariciaram minha bochecha. "Quando você fecha os olhos e está em paz."
"Eu estaria em paz se você não estivesse me tocando."
"Eu te deixo agitada?"
"Você causa borboletas na minha barriga."
Ele jogou seu olhar em cima de mim por várias batidas do coração e um sorriso brincou nos cantos de sua boca.
"Bom." O carro saiu do estacionamento, rugindo em uma velocidade rápida. "Eu espero pegar aquelas borboletas, cada uma do passado e então vou libertá-las de novo e de novo... até que você não possa levá-las mais e mesmo assim... Eu estou indo para persegui-las, vou pegar todas, vou libertá-las, e então eu vou repetir o processo."
"Você está falando em círculos." eu murmurei, as borboletas ficam mais selvagens a cada minuto.
"Durma, Ames."
"Ok."
CAPÍTULO DOZE
Axton
Três horas... Onde fiz nada além de tentar conduzir em linha reta, enquanto esgueirava olhares para o rosto pacífico dela.
Três horas em que eu pensei sobre a pergunta.
Três horas em que tentei pensar em uma mentira que iria protegê-la da verdade feia.
Três horas e eu finalmente decidi que tinha mentido o suficiente, ela precisava saber de tudo.
Antes de chegar a Chicago, ela precisava da verdade, era o mínimo que eu poderia fazer. Eu daria dinheiro, iria encontrar um lugar para ela viver, ter certeza que ela terminasse a escola. O inferno, se ela quisesse um de meus carros eu lhe daria as chaves, mas ela precisava saber que eu estava dirigindo de volta.
Às vezes eu me perguntava para o que estava dirigindo de volta.
A Cosa Nostra não era o que costumava ser. Eu sabia que isso significava que as gerações mais velhas estavam, provavelmente, prontas para começar uma guerra. Eu sabia, assim como Tex e Nixon, que você não pode apenas esperar as pessoas mudarem, mesmo se você agitar uma arma na frente de seus rostos. E os sicilianos? Eles odiavam mudanças.
"Droga." Corri meus dedos pelo meu cabelo e puxei nervosamente, eu ainda tinha alguns dias para prepará-la. Pensamentos selvagens correram pela minha cabeça. Devo lhe ensinar a atirar? Devo lhe dar uma arma? Devo colocar seguranças com ela para o resto de sua vida? Devo me permitir ser uma parte de sua existência mesmo sabendo muito bem que eu poderia acordar morto uma manhã, em uma poça de meu próprio sangue? Então, novamente, não seria realmente acordar morto, eu tinha acabado de ser morto.
"Ax?" Amy murmurou.
"Sim, querida." Minha voz estava rouca e, totalmente de forma absurda, ligada ao mesmo tempo, porque sua voz parecia sonolenta, relaxada e tão extremamente tentadora que estava levando toda a contenção que tinha no meu corpo para não encostar o carro.
Ela bocejou e se virou para mim, colocando seus pés debaixo dela. "O que você fez? O que causou para seu pai possuir você?"
Suspirei, lambendo meus lábios, então tive tempo para pensar sobre como eu estava indo para responder a ela. "Na verdade... não é um tipo de história para dormir, Ames."
"Não é realmente uma história para dormir, Ax."
Deixei escapar uma risada saudável. "Touché."
"Assim?"
"Então..." Eu expirei lentamente, o assobio do ar pelos meus lábios. "Ele disse que precisava de mim para verificar um dos meus primos. Ele estava com medo que algo tinha acontecido com ele porque perdeu contato. Joey era meu primo favorito, então nem sequer pensei nisso, eu só fui. Eu não tinha ideia do que estava entrando."
"O que aconteceu?"
"Era uma reunião." Eu suspirei, apertando o volante com mais força. "E não do tipo boa."
"As reuniões não são boas." Amy bocejou, puxando seus pés mais apertados debaixo dela. "Então o que aconteceu?"
Eu não quero ir para lá, mas lhe dizer a ajudará a compreender apenas uma fração do que tinha feito durante a tentativa de protegê-la da verdade... Então voltaria a viver um dos piores momentos da minha vida.
"Aqui está a coisa..." Eu resmunguei. "Quando você cresce em uma família como a minha, você ouve sobre pessoas matando tanto que raramente afeta de você. Pelo menos é o que você pensa." Eu bati a direção nervosamente com os dedos. "Você assume que só porque sua família é durona, você é fodão também. Eu cresci aprendendo a lutar com o melhor deles, como atirar, como usar uma faca. Eu sabia como proteger os outros, eu sabia como defender minha família, mas ninguém me preparou para esse momento em que você tem que ver alguém que você ama... morrer."
Amy ficou em silêncio.
"Joey tinha, aproximadamente, a minha idade, mandado para provar a si mesmo pelo meu pai. Ele tinha um objetivo. Se tornar um homem feito com a idade de dezoito anos. Ele estava louco por pensar que era possível... mas, infelizmente, ele tinha ouvido sobre como Nixon, o chefe da família, vinha executando a família, enquanto seu próprio pai se sentava ao fundo. Um mero garoto tinha, basicamente, assumido um dos nomes mais poderosos nos EUA. Os rumores se espalham como fogo de que uma nova limpeza estava vindo, uma nova geração de rapazes sem almas, dispostos a matar seus próprios pais, os seus próprios avós para assumir o controle. Eram apenas rumores, boatos espalhados a fim de manter a geração mais jovem a seguir Nixon e o resto de seus amigos. Mas eles não fizeram nada, eles acenderam um fogo sob a bunda de todos, fez as pessoas paranoicas, fez Joey achar que ele estava pronto para algo que acho que ele nunca seria capaz de estar preparado."
"Você está?" Amy sussurrou. "Pronto, eu quero dizer?"
"Sim." Eu assenti. "Embora eu desejasse que não estivesse. Eu desejava que minha vida não consistisse em contagem de corpos e sangue."
"Ele estava morto?"
"Não," eu botei pra fora. "Ele estava na reunião, mas seu plano era duplicar e atravessar o meu próprio pai. A família De Lange havia prometido empurrá-lo através das fileiras, dar-lhe o poder, tudo o que sempre tinha procurado. Tudo o que tinha que fazer... Era me matar."
"O quê?" Os pés de Amy caíram no chão quando ela se inclinou para frente e tocou no meu braço. "O que isso significa?"
"Era uma armadilha. A coisa toda. Meu pai tinha pessoas de ambos os lados, sabia que Joey estava se transformando em um rato, sabia que os De Langes me queriam, porque simplesmente aconteceu de ser? Estar em sexto lugar na fila para assumir a família? Assim, naturalmente, meu pai me enviou... sabendo muito bem que eu teria que matar para sobreviver. Essa é a coisa sobre a máfia, sentimentos não fazem parte, com família ou sem família. Meu pai estava me testando, ele estava me dando uma escolha. Morrer... ou seguir os seus passos. Meu maior erro foi não querer ser egoísta o suficiente para viver," Eu roubei um olhar para Amy. "Mas, sendo egoísta o suficiente para viver para você."
Lágrimas formaram em seus olhos.
Eu não conseguia olhar para ela por mais tempo. Olhei para a estrada, apertando o volante com mais força.
"Eu o matei. Um tiro na cabeça. Eu matei o meu primo favorito para que eu pudesse viver, para que pudesse vê-la um dia a mais. Eu vendi minha alma ao diabo para que pudesse acordar para o seu sorriso, e nunca perdoei a família De Lange, sua família e meu pai, por me colocar em uma posição tão difícil."
"Ax?" A mão de Amy encontrou a minha. Eu senti a pressão de sua mão, mas nenhum calor, nada... Eu estava entorpecido. Ela sempre me fez entorpecido, pensando sobre o que eu fiz para Joey.
Toda a minha vida culpei os De Langes, mas eu fui o bastardo que puxou o gatilho. De repente, contar a ela sobre o meu passado não pareceu ser a melhor escolha que eu poderia ter feito. Chateado comigo mesmo, chateado com a situação e ainda mais chateado que ela estava tentando me consolar por disparar na minha própria família a sangue frio, eu puxei minha mão e disse: "Não é um grande negócio."
Eu não podia tirar da minha cabeça a imagem do rosto de Joey.
"Ax?" perguntou ele levantando as mãos. "O que você está fazendo cara?"
"Você ou eu."
"Ax!" Joey gritou. "Nós vamos encontrar outra maneira."
"Não," Mario De Lange sussurrou. "Você realmente não vai. Faça a sua escolha."
Ele era um bastardo frio, o chefe De Lange. Eu queria apontar a arma em sua direção, quase fiz, até que Joey levantou a arma para o ar, agitando-a na minha direção.
"Eu te amo, cara". As lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Então era isso.
Eu sabia que Joey não faria um grande tiro, sabia que ele sempre hesitava antes de atirar, porque ele conta até três. Ele era uma criança. É por isso que ele nunca seria um homem feito. Eu tinha a mesma idade, mas não tinha essa hesitação enquanto segurava a arma e disparei um tiro.
Ele caiu no chão em uma pilha.
Mario ofereceu um sorriso escuro e sussurrou, "Bem-vindo a família."
Assim como meu próprio pai surgiu das sombras e bateu as mãos, uma vez, duas vezes. Com um suspiro, ele girou nos calcanhares e entregou a Mario um grande envelope de dinheiro e disse: "Foi muito bom fazer negócios com você."
"Considere-nos ainda." Mario assentiu. "Mas não por muito tempo... não com um Abandonato."
"Eu não esperava isso." Meu pai riu, batendo-lhe nas costas, como se estivéssemos em um churrasco de família. Como se o sangue do corpo do meu primo não estava criando uma trilha em direção ao meu pai.
Eu não disse nada.
Quando meu pai me ofereceu o primeiro sorriso que eu tinha visto em seu rosto desde que tinha três anos, não fiz nada.
"Olha." Meu pai apontou para o corpo de Joey. "Olhe o que você fez." Ele enfiou as mãos nos bolsos do paletó preto. "Parece que você não vai ser um mecânico toda a sua vida depois de tudo, manteremos contato. Vá para casa, coma, beba, eu vou ter os homens limpando. Afinal de contas, foi um acidente."
"Eu o matei." sussurrei com a voz rouca.
"Não. Você não fez." Ele deu de ombros. "Os De Langes fizeram, e se você sabe o que é bom, você vai ficar quieto."
Ele alimentou a guerra entre nossas famílias.
Mario era muito guloso por dinheiro para manter indo seus negócios escusos. Ele não tinha ideia do efeito cascata que teria sobre a nossa relação já tumultuada.
Mas eu fiz.
"Ax?" A mão de Amy mudou-se para o meu ombro. "Ax, volte, você está bem?"
Cerrando os dentes juntos, dei um aceno e continuei dirigindo. Condução eu poderia fazer. Linhas diretas, se mover para frente, acelerando devagar. Eu poderia fazer todas essas coisas.
Ela suspirou. "Estacione."
"Eu estou bem." A mentira foi fácil.
Ela gemeu e se inclinou para frente. "Eu vou vomitar."
Isso foi o suficiente. Eu rapidamente verifiquei meu espelho retrovisor e puxei para o lado da estrada; disparando cascalho e poeira em todas as direções. Eu coloquei o carro no parque e puxei meu cinto de segurança, pronto para ajudá-la a ir para fora do carro quando, de repente, ela se lançou sobre mim.
"O que..."
Seus lábios esmagaram os meus.
Eu não era estúpido.
Eu roubei aquele beijo.
Eu enlouqueci e a agarrei pelos ombros com as mãos tão apertadas que soltei um gemido diretamente em sua boca.
O cinto de segurança sumiu e então ela estava no meu colo, me ocupando, me empurrando contra o couro macio do assento.
Quando Amy puxou para trás, peito arfante, eu não podia desviar o olhar. O momento era bonito; ela era bonita.
"Acho que você não está doente?"
"Não." Ela sorriu. "Mas você me assustou."
"Eu estava dirigindo a cinquenta km/h em uma via de sessenta e cinco." Disse secamente.
"Não foi a sua forma de dirigir." Ela beijou minha boca novamente, mais suave, sua língua preguiçosamente dançando em meus lábios.
"A história... você saiu... por favor, não faça isso de novo, não comigo, Ax."
"Você me beijou."
"Vamos nos concentrar na tarefa." Amy agarrou meu pescoço com as mãos, em seguida deslizou para o meu rosto até que eu estava olhando diretamente para ela. "Você não vai fazer isso para mim. Nunca."
"Eu não vou," sussurrei. "Não vou deixá-la para fora nunca mais."
"Bom." Ela escovou um beijo em meus lábios, seu corpo relaxando em meus braços. "Obrigada."
"Eu acho que você tem que voltar... Eu sou o único em divida, não sou eu que deveria dizer obrigado?"
Seus olhos escureceram. "Eu ainda posso ter um pouco de medo de você, medo da Família, ok muito medo, mas o que você fez... quando tinha dezoito anos. Eu sei que você pensa sobre isso todos os dias... como poderia não pensar? Tirar a vida de alguém, alguém que você ama, só para ter ar suficiente para respirar enquanto roubou sua própria pulsação."
"Não está ajudando muito, Ames."
"Deixe-me terminar." Ela engoliu em seco, os olhos cheios de lágrimas. "Não foi egoísta. O que você fez."
Eu desviei o olhar.
"Ax." Ela segurou meu rosto em suas mãos novamente, suas unhas cavando em minhas bochechas. "O que você fez foi uma das coisas mais altruístas que uma pessoa poderia fazer. Você não apenas o matou, você perdeu a sua própria alma no processo, para salvar a minha."
Eu não queria os seus agradecimentos. Eu não queria sua maldita gratidão. O que eu queria era atirar em alguma coisa. Esquecer o quão vulnerável era a sensação de tê-la sentada no meu colo, me dizendo que não era o diabo quando eu sabia o que vi no espelho todos os dias.
"Agora me beije." ela ordenou.
"O quê?"
"Eu gaguejei?"
"Você quis dizer?"
Ela disparou de volta. "Beije-me." Ela mexeu no meu colo. "Deixe-me provar você... só desta vez... antes de voltar a Chicago, antes que... seja tarde. Você disse que tudo o que eu tinha que fazer era pedir."
Seus olhos estavam selvagens, assombrados, como se ela precisasse de garantia que eu não estava indo mandá-la para fora. Inferno. O querer me assustou, me aterrorizou. Eu nunca quis algo tão violentamente antes, tanto que consumia cada célula do meu corpo, exigindo que fizesse alguma coisa para obtê-lo.
"Chicago não muda nada." eu disse.
Ela sorriu tristemente. "É aí que você está errado, Ax." Suspirando, ela baixou a cabeça e suavemente tocou seu rosto ao meu. "Isso muda tudo."
Eu a beijei, duro. Talvez um pouco demasiado violento, muito agressivo. Ela mordeu o lábio e eu perdi todo o senso de consciência conforme meu corpo cedeu ao desejo desde que ela tinha dezesseis anos, desde que me tornei consciente dela como uma mulher.
Ela poderia me oferecer apenas migalhas para o resto da minha existência e eu sentiria como uma refeição.
Sua boca estava quente, sua língua lutou contra mim, lutou pelo domínio. Eu puxei-a contra meu corpo, desejando senti-la em torno de mim, realmente senti-la. Não com tantas malditas roupas trabalhando contra mim.
Ela se separou do meu beijo.
Meus lábios viajaram pelo seu pescoço.
Seu corpo arqueou quando a minha língua acariciou seu ombro nu.
"Pare Ax."
"Não."
"Pare."
Eu parei, meu corpo tremendo em resposta. Fechando os olhos com força, me puxei de volta. "Nós temos uma longa viagem pela frente."
"Sim." Ela beijou minha testa. "Nós temos."
Ela me parou.
A única razão pra ela parar foi porque ela não estava pensando em me dar o que eu estava muito disposto a dar, meu tudo.
Ajudei-a em seu assento e puxei o carro para fora do parque, minha voz estava rouca. "Eu não sou idiota."
"O quê?"
"Isso não foi um beijo de paixão mal contida, de desejo, do desejo..."
"Não?" Sua voz era fraca. "Então o que era?"
"Adeus." Meu corpo tremia novamente. "Você estava dizendo adeus."
Sua respiração engatou.
"Eu só gostaria de saber por quê."
"Não." Ela se inclinou contra a janela. "Você realmente não sabe."
CAPITULO TREZE
Amy
Não me lembrava dele ser tão perspicaz. Eu não era estúpida. E realmente não o tomaria por ser estúpido também. Eu sabia como as coisas funcionavam para um sobrevivente. Ele iria me entregar ao chefe, pensando que tudo ficaria bem.
E eu morreria.
Não há pontas soltas.
Eles não deixam pontas soltas.
Ax estava apenas fazendo o seu trabalho e, no final, eu não poderia culpá-lo por querer me salvar. Ele sempre teve um complexo de herói. Mas ele não se deu conta que me trazendo para as pessoas que eu estava fugindo, ele estaria me condenando no processo. Eu não tinha ideia do que queriam comigo.
Correção... Eu não tinha ideia, se o que pensei que eles queriam era o que realmente queriam.
E se eu estivesse certa, não estava me ajudando. Então, por que ficar mais ligada? Por que me permitir ter um conto de fadas com Ax... Quando em menos vinte e quatro horas, o homem que eu amava poderia muito bem ser o homem a puxar o gatilho? Doeria menos se houvesse apenas dois beijos, pelo menos é isso que eu disse a mim mesma.
Qualquer pessoa capaz de matar seu próprio primo me mataria. Ele não iria querer. Ele seria torturado, talvez tentasse virar a arma contra si mesmo e então eu teria que ser corajosa. Eu teria que seguir adiante. Porque não poderia deixá-lo se sacrificar para eu viver. Minha vida não valia a pena o suficiente, ela era dele.
"Ames..." A voz de Ax era baixa e grave... Muitas memórias foram anexadas a essa voz.
Memórias que deixam o meu corpo dolorido. Eu queria suas mãos em mim novamente. Eu queria sua boca em toda parte.
"Sim."
"Nada de ruim vai acontecer. Você sabe disso, certo?"
Que mundo delirante que ele vive? A máfia não mostra misericórdia.
"Certo."
"Ames."
"Apenas dirija." Forcei um sorriso. "Quanto tempo temos de qualquer maneira?"
Ele riu. "Uh, tente cerca de oito horas, e isso significa que chegaremos por volta das duas da manhã."
"Fantástico." eu resmunguei.
"Ei, pelo menos você não tem que se sentar ao lado de alguém no avião, enquanto eles puxam os sapatos."
"As pessoas fazem isso em aviões?"
"Não os que eu vou... então, novamente, tendo um jato particular para levar você teria sido um pouco... extravagante."
"Você acha?"
Seu sorriso era tóxico, tão bonito... Meu peito doía quando peguei a mão dele. Ele segurou-a firmemente, não havia hesitação.
Então, novamente, ele não era um homem de hesitação.
Se ele fosse... Ele estaria morto.
Oito horas. Eu tinha oito horas para segurar sua mão, para lembrar seu toque, para memorizar as linhas do rosto dele.
Minha vida costumava ser definida pelo som de tiros... E agora? Ela esta definida pela areia através da ampulheta. Eu estava impotente para detê-la conforme caia por entre meus dedos.
Mas hei, pelo menos, eu sabia que tinha tempo. Tempo para estar com ele. Tempo para ser feliz. Pela primeira vez em cinco anos eu estava feliz.
E tudo o que ele estava fazendo era apertar a minha mão.
Nós conversamos por horas sobre nada de importante. Ele perguntou se eu ainda gostava de comida chinesa, perguntei se ele ainda odiava. Nós rimos. Eu não chorei uma vez. E quando meus olhos estavam muito pesados para permanecer aberto, ele beijou a minha mão e me disse para dormir.
Eu não quero dormir.
Era um desperdício do tempo que eu tinha com ele. Então, eu tentei ficar acordada, mas depois que ele começou esfregar o meu braço em círculos lentos, me deixando embriagada com seu toque. Finalmente, eu sucumbi para dormir, minha cabeça em seu ombro. Minha respiração igualando à sua.
A vida naquele momento era perfeita.
CAPITULO QUATORZE
Axton
Incomodava-me que ela estava me afastando. Eu sabia que, em teoria, era porque ela estava com medo. Mas ela não tinha nada a temer. Será que ela pensa tão pouco de mim? Que eu a levarei para um tiroteio e em seguida, recuarei se as coisas forem para o inferno?
Eu fui até o grande portão e fiz uma careta. Eu odiava a nossa casa, a nossa prisão. Era enorme, uma mansão enorme, com três andares, mais de trinta quartos. Ridículo, quem precisava de tantos quartos? Eu e Sergio? Não é provável.
Então, novamente, temos duas outras pessoas que vivem com a gente. O patrão Nicolasi e a irmã de Campisi, apesar de eu não saber sobre esse divertido pequeno pedaço de informações até que fosse tarde demais.
A mulher tinha acabado de se mudar.
Como se não houvesse três caras que já vivem lá, tentando manter nossas coisas juntas.
Eu ainda não tinha tido o prazer de ficar uma noite nessa monstruosidade, graças ao meu trabalho. Eu não estava ansioso pela experiência.
O portão abriu. Eu dirigi e parei na frente.
Sergio estava encostado na parede.
Perguntei-me naquele momento, se era possível curar o abismo entre nós. Esta menina tinha definido o nosso relacionamento. Ela era o porquê nós dois tínhamos sido forçados a nos esconder... E mais uma vez nos puxou fora dele.
Phoenix De Lange estava ao lado dele.
Apenas outro homem que eu realmente não me importo de ver. Sempre.
Seu pai tinha morrido, deixando-o a cargo de uma das famílias mais poderosas, ao lado da minha, e Campisi. Parecia errado, alguém de tal linhagem contaminada assumir os Nicolasis. Então novamente, eles não eram exatamente bonequinhos fofinhos, talvez por isso fazia sentido.
Haveria apenas uma razão que ele estaria esperando por mim. Ele queria ver sua prima.A única que eu estive beijando e anseio.
Excelente.
Tomei a segurança da minha arma. Eu nunca disse que era estúpido.
Com entusiasmo contido, eu saí do carro e fiz o caminho até as duas figuras. Amy ficou dormindo no banco da frente.
"Então..." Sergio sorriu. "O retorno do filho pródigo, e um dia mais cedo?"
"Continue zombando." Ah meus dedos coçaram para socá-lo. "Esse sorriso parece estúpido em você, mas obrigado pelo elogio vazio."
"Droga." Phoenix revirou os olhos. "Vocês são piores do que Tex e Chase. Coloquem-se nas suas calças de meninas e parem de agir como idiotas. Isso é uma ordem."
"Você não é o nosso chefe." Eu zombei perto dessa verdade feliz.
"Ainda possuo uma arma." Ele me deu um tapa nas costas. "Como ela está?"
"Cansada." Meu corpo inteiro estava tenso. "Está apavorada."
"Por uma boa razão." Ele olhou para o carro. Estava escuro demais para ver o interior, depois de tudo realmente eram duas da manhã. Círculos pretos estavam alinhados sob seus olhos quando ele examinou o carro por alguns breves minutos.
Seu cabelo castanho tinha sido recentemente cortado mais curto perto do rosto, fazendo-o parecer mais jovem do que a última vez que eu o vi. Ele ainda parecia o inferno, apenas uma versão mais jovem dele. Ele tinha parecido o inferno quando se mudou uma semana atrás, e o corte de cabelo mais curto não o ajudou a parecer menos assombrado.
"Então..." Apertei os lábios. "Ela fica aqui, certo?"
"No seu quarto." Phoenix disse lentamente. "Traga-a para o seu quarto, proteja-a, verifique se ela está feliz. E se eu ouvir um grito, estou lhe atirando na coxa para lembrar o seu lugar."
"Meu lugar," eu disse com os dentes cerrados. "não está na sua família, Phoenix."
"É aí que você está errado." Seu sorriso era muito confiante... De quem sabia muito. "Então, muito, muito, errado."
Com um aceno de cabeça, ele me deu um tapa nas costas. "Mas é tarde demais para falar de negócios. Vamos para a cama... há sempre um amanhã."
"Há?" Eu bufei.
Ele fez uma pausa, seu olhar calculando. "Se eu disser não, você vai deixar? Vai roubá-la? Se esconder? Digamos que eu ameace matá-lo... Matá-lo por amá-la. Você deixaria?"
"Não," eu disse, um pouco chateado que ele iria mesmo pedir. "Nunca iria funcionar."
"Exatamente," ele retrucou. "Meu ponto, exatamente."
Ele voltou para a casa deixando-me mais confuso do que antes. Sergio estava olhando para o chão.
"Vai me dizer do que isso se trata?"
"Então, muito drama nas famílias agora... tanta testosterona, do tipo de engasga homem."
"Então, encontrem uma mulher."
"Hah." Ele olhou para o chão, o rosto tenso. "Eu fiz... ela não me quis."
Eu abri minha boca para dizer alguma coisa, qualquer coisa. Mas dizer algo provavelmente tornaria pior. Eu não poderia pedir desculpas, porque no final era melhor para ele se manter longe de Mo Abandonato. A mulher que ele tinha amado a maior parte de sua vida, adorado a distância, era agora a esposa do nosso líder. A mulher do Cappo. Sim, a vida raramente era justa em nossa linha de trabalho.
E é isso que me incomodou.
"Leve-a para cima," Sergio latiu. "Eu vou ver vocês dois em poucas horas, durma um pouco, você parece como o inferno."
"Eu pareço melhor do que Phoenix."
"Um cadáver parece melhor do Phoenix." Ele me dispensou e voltou para a casa. Com um suspiro eu fiz meu caminho de volta para o carro e abri a porta, puxando Amy em meus braços.
"Onde estamos?", ela sussurrou com a cabeça no meu peito.
"Casa." Eu beijei a testa. "Estamos em casa."
CAPITULO QUINZE
Amy
Eu estava tão quente e confortável que não queria abrir os olhos. Em vez disso, me aconcheguei de volta para o calor e soltei um suspiro feliz. Então, eu fiz isso de novo, tentando enterrar meu corpo.
"Faça isso de novo e vamos ter um problema". A voz rouca de Ax sussurrou em meu ouvido. "Então, novamente, eu sou um fã desse problema em particular, então sim, vá em frente, mova tudo o que quiser."
Envergonhada, eu congelei.
"Eu sei que você está acordada Amy."
Juro que meu coração bateu com tanta força contra o meu peito que todas as pessoas do Reino Unido podiam ouvir.
"Ames..." Os lábios de Ax encontraram meu ouvido. Engoli em seco quando ele lambeu e, em seguida, beijou uma trilha pelo meu pescoço. "Mmm... você tem um gosto bom."
Tentei puxar longe de seus braços.
Sim, tentei e falhei, ele era muito forte e eu estava muito fraca. Eu queria estar exatamente onde estava. Segura. Sem medo.
"Onde nós estamos de novo?" Perguntei, tentando olhar ao redor do quarto mal iluminado sem me mover.
"Em minha casa." Ele disse suavemente, ainda beijando meu pescoço. "Meu quarto."
"É grande."
"Os Abandonatos não fazem coisas pequenas... de qualquer forma."
"Oh." Eu respirei.
Suas mãos se moveram para baixo da minha cintura, levantando lentamente a minha camisa. "Eu quero você."
"Não."
"Sim."
"Não."
"Ames... Eu posso fazer isso o dia inteiro. Eu só quero que você saiba, eu quero você agora. Eu vou querer mais tarde. Eu vou sonhar com você esta noite, e não vou parar até que você seja minha. Você pode lutar contra isso tanto quanto quiser. Tente fugir. Vou passar minha vida tentando encontrá-la. Tente me calar, eu só vou empurrar até que você não aguente mais. Eu não sei o que está acontecendo nessa linda cabecinha. Eu não sei por que você iria dizer adeus quando este é apenas o começo de nossas vidas juntos. Eu deixei você ir uma vez e serei amaldiçoado se fizer novamente."
O que eu poderia dizer? O que eu poderia dizer a todos? Para as palavras que eu desejava ouvir ao longo de cinco anos? Obrigada, mas não, obrigada? Eu estava presa oficialmente. Porque eu sabia, ele estava falando sério.
Sério.
Se eu corresse, seria apenas para colocá-lo em mais perigo.
Se eu ficar... Bem... Eu não tinha escolha, mas ficar e enfrentar o júri, o juiz e o carrasco.
Meu corpo ficou tenso.
"Eu te amo," Ax sussurrou em meu ouvido. "Eu vou sempre amar você."
"Não deveria dizer que você deve colocar minhas necessidades acima das suas próprias?" Perguntei em voz baixa. "O que acontece se eu quiser ir?"
"Você não sabe o que diabos você quer, Amy," ele disparou de volta. "E mesmo se você faz, eu não seria estúpido o suficiente para dar a você, pelo menos não quando você está no escuro, sem saber os fatos. Você tem medo do desconhecido, pare de tentar descobrir tudo e apenas confie em mim."
"Confiar?" Eu repeti. "Na máfia?"
"Sim."
"Você é insano."
"Ou simplesmente brilhante."
"Eu escolho insano."
"Escolha o que faz você dormir melhor à noite, mas saiba disso. Você é minha e vai levar muito mais do que ter medo de coisas para eu deixá-la ir."
"Você até mesmo dormiu na noite passada?" Rebati, me voltando para encará-lo. "Ou você apenas planejou o meu sequestro."
"Claro que eu dormi." Ele revirou os olhos. "E planejei. Eu sou um multitarefas."
Eu lutei muito duro para não sorrir em seu olhar ridiculamente presunçoso.
"Sorria." Ele beijou a minha boca com força. "Você sabe que quer."
"Como você sabe o que eu quero?" Coisa errada para perguntar.
Seus olhos escuros e ele puxou meu corpo contra seu corpo, seus lábios encontraram meu pescoço, provando meu pulso. "Isso aí, me diz, você quer isso tanto que mal consegue pensar direito."
"Trapaceiro."
"Quando quero alguma coisa..." Ele se afastou. "Absolutamente. Agora, tanto quanto eu gostaria de ficar na cama com você durante todo o dia, é hora de conhecer os caras."
"Caras," eu repeti, meu estômago fazendo cambalhotas. "Que caras?"
"Os caras... os homens..." Ele suspirou. "Os chefes."
O ar voltando de meus pulmões. "Eles vão ter armas?"
"Sim." Seus olhos se estreitaram. "Para a proteção, não porque eles estão indo para atirar em você."
"Mas eu sou uma De Lange."
"Então, Phoenix também é." Ele fez uma careta. "E agora ele é o proprietário de alguns vários milhões de dólares e empresas, várias contas no exterior, uma coleção de carros velhos, oh certo, e ele tem a orelha do Cappo. Seu último nome não significa nada mais."
"Como você pode ter tanta certeza?"
"Porque Nixon ainda permite a Phoenix andar sem mancar, o que só me diz tudo que eu preciso saber."
"Hã?"
"Não se preocupe com isso." Ele suspirou. "Escolha uma coisa confortável e me encontre lá embaixo em meia hora. Vou ter o café pronto."
"E o... os caras..."
"Vão estar aqui dentro de uma hora, então é melhor se apressar."
CAPITULO DEZESSEIS
Axton
Deixei-a na cama. Sozinha. Foi difícil. Eu queria ligar o foda-se e empurrá-la contra a parede mais próxima... Nua.
Sim, coisa errada de pensar quando fiz o meu caminho para baixo e para dentro da grande obscena sala de jantar, com janelas que revestem uma parede inteira.
Mais uma vez, não fazemos coisas pequenas.
O café da manhã já estava servido.
Phoenix estava bebendo café e colocando comida em seu prato, a comida sem graça, porque, aparentemente, ele não foi autorizado a gozar a vida mais, ou sal.
Bee, irmã de Campisi, estava do lado de Phoenix, inclinando-se em direção a ele, muito provavelmente colocando-o através do inferno se sua careta era qualquer indicação. Ela era um punhado, um punhado lindo que eu não queria contato. Nós tínhamos nos apresentado e era isso. Eu sabia o nome dela; ela sabia o meu. Feito.
Ela era a carga do Phoenix.
Sergio estava na cabeceira da mesa, lendo o jornal.
"Bom dia." Eu lati passeando na sala.
Bee abriu um grande sorriso.
Phoenix resmungou e fugiu para longe dela. Ela apenas o seguiu. Eu tinha metade de uma mente a sentir pena dele. Seus olhos estavam implorando quando encontraram os meus.
Bem.
"Ei Bee." Eu limpei minha garganta. "Eu ouvi que você faz algum expresso assassino?"
Ela sorriu. "Todos esses anos na Sicília."
"Pode me fazer um?" Eu pisquei. "Desculpe, tem apenas sido uma noite realmente longa e eu estive ausente do meu café."
"Claro!" Ela saltou para cima da cadeira e fez seu caminho para a cozinha. Quando eu soube que a distância era clara. Acenei meu dedo do meio para Phoenix.
"Não importa, você acabou de me salvar." Ele balançou a cabeça. "Obrigado, seriamente. Obrigado."
"Ela é apenas uma garota."
"Não." Ele riu sem humor. "Ela não é. Se ela fosse apenas uma garota, eu não estaria tentado a cair em minha própria faca."
"De Langes," Eu provocou. "Tão dramáticos."
Ele me deu o dedo do meio. Agradável.
"Os caras vão estar aqui em breve." Sergio pousou o jornal. Seu cabelo escuro estava puxado para trás em um rabo de cavalo apertado. Eu sempre me perguntei por que ele cresceu com isso, o fazia parecer... Uma menina. Tinha recursos também, pelo menos para mim ele tinha, o que diabos ele quer parecer? Um príncipe de conto de fadas?
Porque ele estava totalmente parecendo um príncipe encantado.
"O quê?" Ele apertou os olhos.
"Belo cabelo."
E mais dedos do meio.
Eu sorri e sentei, empilhando meu prato com alimentos, quando Amy fez seu caminho para a sala.
Ela limpou a garganta.
Eu quase caio fora da minha cadeira.
Por que ela tinha escolhido usar jeans skinny preto, saltos, e uma t-shirt malditamente apertada, eu não tinha ideia, mas maldição, ela parecia melhor do que o café da manhã.
Sergio cuspiu o seu café no jornal, enquanto Phoenix escondeu um sorriso e, em seguida, passou-me um sorriso.
Que diabos isso quer dizer?
"Amy," Sergio resmungou. "Tão bonita como sempre."
"Sergio", disse ela com os dentes cerrados. "Uma vez um mentiroso, sempre um mentiroso. Bom te ver."
Seu sorriso caiu enquanto os olhos se estreitaram. Bom trabalho, Ames, bela forma de cutucar o urso.
Phoenix, ainda sorrindo, olhou para Amy. "Hey prima."
"P-primo?" Suas sobrancelhas franzidas. "Você?"
"Eu sei, eu sei, eu pareço como o inferno, não pergunte por que, e não tente negar. Apenas me irrita mais. Sim, primos em primeiro grau, e não vi você desde que foi levada embora para fomentar os cuidados, embora."
Amy engoliu em seco e cruzou as mãos na frente dela. "Eu não me lembro de você."
"Sim, bem, isso faz dois de nós." Phoenix fez uma careta. "Eu era um cara diferente. Você está com fome?"
"Sim." Ela tocou em seu estômago. "Morrendo de fome, Ax não me alimentou uma única vez."
Eu atiro Amy um olhar. "Diga a eles que você está brincando antes que Phoenix me espete com uma faca."
Seu olhar era inocente.
"... Diga Ames"
"Eu posso fazer isso o dia todo, Ax..." seu sorriso cresceu.
Exalei e balancei a cabeça para Phoenix. "Eu a alimentei bem, juro."
"Claro que você fez..." Phoenix se recostou na cadeira. "Seus lábios parecem um pouco inchados, você não acha, Sergio?"
"Hmm." Sergio olhou para cima e deu de ombros. "Parece que Ax não pode manter suas mãos em si mesmo, mesmo quando você disse para fazer."
Estendi a mão para os ovos, ignorando sua insistência.
"Eu o beijei." Amy deixou escapar.
A colher caiu ruidosamente para fora da minha mão, como um súbito acesso de tosse de Phoenix e Sergio encheu a sala.
"Ele tentou me afastar..." Ela pegou uma xícara de café e levou-a aos lábios. "Mas vocês sabes, homens... fracos."
Phoenix começou a rir. Enquanto Sergio apenas voltou para o jornal.
Olhei para Phoenix para ver se ele me mataria, sério, mas tudo o que ele fez foi sacudir a cabeça e dizer."Eu vou apreciar tanto isso."
Seu sorriso caiu tão rápido como apareceu quando Bee entrou na sala com uma xícara de café expresso para mim. Quando seus olhos caíram sobre Amy, ela bateu palmas.
"Outra menina!"
"Eehhh..." Sergio disse secamente. "Vamos dar uma festa."
Bee olhou em sua direção, em seguida, mostrou a língua.
"Ignore-o," disse ela voltando-se para Amy. "Ele é simplesmente mal-humorado, porque ninguém vai dormir com ele."
Phoenix se engasgou com o café desta vez e eu gemi em minhas mãos.
"É como uma casa dos horrores," Phoenix disse em voz baixa. "Você foi avisado."
"Eles estão aqui." Sergio anunciou saltando em pé.
"Quem?" Perguntou Bee.
"Os caras."
"Os caras." repetiu Amy.
Phoenix esfregou as mãos. "Isso deve ser interessante..."
CAPITULO DEZESSETE
Amy
A janela mostrava a entrada e parte do jardim de rosas na frente da casa. Eu assisti com terror absoluto quatro carros aparecerem.
Um Range Rover preto.
Um Mercedes preto.
Um Ashton Martin vermelho.
Uma Ferrari preta.
Eu quase engoli toda minha língua. Caminhei lentamente em direção à janela, olhando com extasiado fascínio os carros estacionados.
Câmera lenta. Isso é o que eu estava experimentando pela primeira vez na minha vida. Eu esperei e esperei para os rapazes emergirem dos carros caros.
A porta para o Range Rover abriu.
Um cara com uma camiseta branca saiu. A primeira coisa que notei? As tatuagens que alinhavam em seus braços. A segunda coisa? As armas presas ao peito. Seu cabelo era escuro como breu, caindo a esmo em seu rosto. Ele tirou os óculos aviadores e olhou para a casa, em seguida, abriu um sorriso tão bonito que eu quase caí para trás, na mesa de café da manhã.
"Nixon," Ax sussurrou atrás de mim. "Meu chefe."
"Ele é..."
"Jovem," Ax terminou para mim. "Iniciado nas operações aos dezoito anos, é dono de toda a droga do mundo, atira primeiro, pergunta depois. Se é que alguma vez ele pergunta."
Eu balancei a cabeça.
A porta da Ferrari abriu e um cara semelhante saiu. Seu sorriso era enorme, assim como seus bíceps. Ele tinha tatuagens em seus braços também, mas usava uma camisa cinza de manga longa, empurrado para cima em seus antebraços. Seu cabelo estava mais curto do que os de Nixon, seu corpo um pouco mais magro, mas ele era... Mais agradável. Tente... Só.... Eu não tinha palavras.
"Chase Abandonato," Ax sussurrou. "O marido de,"
Uma mulher linda saiu do lado do motorista e bateu Chase no peito, em seguida, beijou-o em cheio na boca. Ela estava usando calças apertadas de couro, saltos pretos e uma camisa azul que pendia fora de seus ombros. Mais de Chase.
O quê?
"Mil De Lange." Desta vez Phoenix subiu ao nosso lado. "Minha irmã. E a mulher de Chase."
A porta do Ashton Martin abriu.
Um cara que eu só poderia descrever como um gigante saiu do carro e bateu a porta. Minha respiração engatou.
"Ele tem esse efeito nas mulheres." Ax riu baixinho no meu ouvido, enquanto me puxou de volta contra o seu corpo. "Esse... é Tex Campisi, o Cappo."
"Parece que ele poderia me quebrar ao meio." murmurei sob a minha respiração.
"Ele poderia," disse Ax, não tão tranquilizador. "Mas ele não vai. Ele atirou em seu pai no peito mais vezes do que o necessário, e ele é casado com a irmã de Nixon, Mo."
Quanto mais informações eles me alimentavam, mais apavorada eu ficava. O poder que irradiava daqueles caras do estacionamento maldito me tinha pronta para correr para fora.
Não mais. Por favor, que não tenha mais deles.
Em seguida, outra porta se abriu.
Um senhor idoso surgiu da Mercedes e endireitou o colar para seu terno, em seguida, estalou os dedos. Juntou-se aos homens e bateu Nixon na parte de trás duas vezes antes de sussurrar em sua orelha.
"Alfero", disse Ax atrás de mim. "O mais velho dos chefes, e mais respeitado desde a morte de Luca."
"Luca?" Perguntei.
"Nicolasi," Phoenix acrescentou. "Meu mentor, o cara que salvou a minha vida, a família que eu morreria para proteger. Ele morreu há um mês, as coisas têm sido... difíceis desde então."
Eu dei a ele o que esperava que fosse um olhar simpático. Ele simplesmente encontrou meu olhar com seus olhos frios, xingando baixinho e indo embora.
"Não se preocupe com ele," disse Ax em uma voz calma. "Ele ainda está lidando com essa merda."
Todas as figuras assustadoras fizeram o seu caminho para a casa. Por alguma razão eu me senti como se deveria me armar, pegar uma faca ou algo assim.
Ax pegou minha mão.
Segurei-o com tanta força que tinha medo que ia quebrar cada osso minúsculo em meus dedos.
A porta se abriu.
Risos soaram primeiro.
Suor fez minha mão pegajosa enquanto eu esperava por eles para entrar na sala. Eu esperei e esperei.
O riso ficou mais alto.
Comecei a orar.
E apertei a mão de Ax mais apertado.
Eu vi Nixon primeiro, e depois Tex.
O resto seguindo.
Todos os olhos estavam em mim. A sala ficou em silêncio como a morte. Eu deveria dizer alguma coisa?
Chorar?
"Então," Tex, o gigante, deu um passo em minha direção, ele deu um sorriso brilhante. "Nós finalmente nos encontramos."
Meus joelhos batiam um no outro.
"Merda, você não poderia assustar todos os hóspedes que temos?" Phoenix resmungou do outro lado da sala.
Tex revirou os olhos e continuou se aproximando. Como um leão faz a sua presa. Ele poderia me matar com o suas mãos.
Por que eu sinto que isso era exatamente o que ele ia fazer?
Ax soltou minha mão.
Traidor!
Tex agarrou a mão que Ax havia liberado e, em seguida, agarrou a outra. Sem hesitar, ele se debruçou para frente e beijou as minhas bochechas, em seguida, sussurrou em meu ouvido. "Bem-vinda a casa."
Eu desmaiei, mas os braços de Tex eram fortes o suficiente para matar, então sim, ele rapidamente me ajudou a sentar em uma cadeira.
"Que diabos, Tex!" Chase gritou.
Tex revirou os olhos e levantou a mão. "Dois beijos no rosto, imagine o que acontece quando beijo Mo na boca."
"É o quê?" Nixon perguntou em uma voz calma destacada. "Não, sério, Tex. Continue falando, eu estive louco para puxar um gatilho por dias."
"Sexo," disse Chase em voz útil. "É chamado de sexo, mantém o gatilho feliz-er... feliz."
Mil revirou os olhos e empurrou os caras. "Ignore-os... juro que nós estamos fora, pelo menos, três vezes por dia para passear e ele ainda fica nervoso."
"Meu pé foi apenas dez minutos." Tex sorriu. "Apenas dizendo."
"Esquisito, o meu foi de duas horas." Chase piscou em minha direção. "Ei Phoenix, pergunte o que nós fizemos. Pergunte, pergunte!"
"Huh?" Eu finalmente encontrei minha voz. "Vocês estão falando sobre o que eu acho que estão falando?"
"Como eu disse," Mil puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. "Ignore-os. Agora, como foi a sua viagem aqui para cima, sem intercorrências espero?"
"Er... sim." Eu balancei a cabeça, me encontrando. "Totalmente sem complicações."
"Nenhum corpo para contar?" Chase sacudiu a cabeça na direção de Ax. "Você perdeu o seu toque, homem?"
"Agrade-me e vamos ver." Disse Ax em um tom aborrecido.
"Não me tente. Roubei uma pena da cama de Tex."
"Eu tremo de medo."
"Caras!" Mil revirou os olhos. "Se você vão brigar, pelo menos, levem-na para a cozinha."
Ela piscou para mim, fazendo-me sentir... Relaxada.
"Então?" Perguntou Mil. "Algo mais?"
"Você é a chefe De Lange?" perguntei, em vez de dizer-lhe informações sobre mim e Ax.
Ela sorriu calorosamente. "Sim, tipo durona certo?"
"Você é uma garota."
"Eu penso que digo que aprecio isso para os homens em todos os lugares que eu vou." Chase interrompeu.
Phoenix geme do outro lado da sala.
"Você já ouviu falar do seu pai?" Mil se inclinou para frente. "Ou o seu irmão?"
"Não e não." Engoli nervosamente; depois de tudo o meu irmão estava morto, mas prováveis mortos não podiam falar. "Eu não tive qualquer contato com a minha família desde que me abandonaram cinco anos atrás."
"Bom. Isto tornará muito mais fácil." Mil se levantou e olhou para Tex. "Eu acho que é melhor ficar com o plano original."
"Certo." Ele pegou seu telefone celular e saiu da sala.
"Um plano?" Eu rangi.
"Plano." Mil sorriu. "Precisamos de algo para expulsá-los..."
"Espere." Ax levantou a mão. "Eu pensei que você disse que ela tinha algo que era necessário pra isso?"
"Ela tem." O sorriso de Mil era mortal. "Um piscar de olhos."
"Isso é o que eu temia." Murmurei.
"O inferno!" Ax rugiu. "Você não pode colocá-la na linha de fogo! Não depois que eu a tenho de volta."
Nixon mudou-se para o centro da sala. "Ela não vai se machucar."
"Como você sabe disso?" Ax cuspiu. "Existe algum tipo de garantia da máfia que ela não vai se roçar em uma bala?"
"Você quer que ela viva, certo?" Nixon disse suavemente. "Então precisamos tirar apenas as duas pessoas que a querem morta."
"Por quê?" Eu balancei minha cabeça. "Isso não faz sentido. Por que eles se importam se eu estou viva ou morta?"
Os olhos frios de Nixon encontraram os meus. Eu me contorci no lugar, desconfortável com o quanto ele viu ou o quanto ele sentiu quando olhou através de mim.
"De Lange começou um boato a um tempo atrás que ele te deixou com algo... precioso, algo que mudaria a família para sempre."
"Tudo o que ele me deixou foram machucados." eu sussurrei.
Ax mudou-se para o meu lado e colocou a mão no meu ombro.
"Era para deixar o seu pai insano, insano o suficiente para se atrapalhar e mostrar-se. Ao invés disso, ele passou a se esconder. Não foi até Mario De Lange morrer que o seu pai começou a ficar obcecado mais uma vez. Desesperado por dinheiro, considerando que nenhuma família iria trabalhar com ele, ele começou a procurar por você. E é aí que Ax entrou. Se soubéssemos que suas condições de vida eram..." Suas sobrancelhas levantadas. "Teríamos chegado mais cedo, mas certo alguém," Seu olhar encontrou o de Ax. "disse que você não queria fazer parte deste estilo de vida, portanto, a deixou sozinha até que já não era seguro."
"Irônico," eu sussurrei. "Quando você está mais segura com a máfia do que nas ruas?"
"Não é irônico." Nixon sorriu. "Você sabe mesmo como a máfia começou? Faltou um pouco de aula de história sobre nós? Foi por proteção... foi para... exatamente o que nós estamos lhe oferecendo."
"Mas eu preciso fazer a vocês um favor para obter a referida proteção."
"Certo." Nixon concordou. "Mas este favor... vai acabar antes mesmo de começar. Vamos por fim a seu pai e irmão."
"Meu irmão?" Eu repeti. "Ele está vivo?"
"Um pouco." Nixon se encolheu. "Um pouco de lavagem cerebral, pior para o desgaste, mas vivo."
"Ele tem dezenove anos," eu disse lentamente. "Um garoto, você não pode simplesmente matar uma criança."
"Na verdade," Tex disse voltando para a sala. "Nós podemos e iremos. É chamado de guerra, querida. Ele pode ser uma criança, mas ainda tem uma arma e eu acho que qualquer soldado irá dizer-lhe que guerra urbana é o tipo mais assustador de guerra. Dezenove anos de idade, com uma arma é imprevisível. Eu prefiro lidar com cinco homens em sequência, do que com um de dezenove anos de idade, que pensa que tem algo a provar."
Desviei o olhar de todos eles, mal sentindo a mão de Ax no meu ombro. Mil ainda estava sentada próxima a mim; todos ficaram em silêncio.
"Então..." Eu disse em uma voz oca. "O que eu tenho que fazer?"
"Isso," Phoenix saltou. "é a parte mais fácil."
Eu virei minha cabeça em sua direção. Por que um sorriso tão grande? Espera, por que todo mundo esta sorrindo?
Confusa, esperei por alguém para esclarecer por que entrar no tiroteio era algo para sorrir.
"Eu amo casamentos." O sorriso de Tex cresceu em proporções gigantescas, enquanto seus olhos deixaram os meus e vão para a pessoa de pé ao meu lado esquerdo. Ax...
"Perdão?" Disse Ax, com a voz embargada.
"Casamentos." Tex assentiu. "Muito mais divertido do que funerais."
"O funeral de Vin arrebentou." Chase apontou.
"É verdade, porque ele tinha noventa e ainda acarretou uma semiautomática em seu caminhão velho. Não é o ponto, no entanto, o ponto é, eu vou olhar para frente sobre isso."
Levantei-me e cruzei os braços, ainda aterrorizada, mas mais com raiva que eles estavam me esperando para ler suas mentes. "Do que você está falando?"
"Alianças. É como nós controlamos as linhagens." Nixon olhou entre mim e Ax. "Diga olá para seu noivo."
A mão de ferro caiu do meu ombro.
Eu tremia na cadeira.
Nixon esfregou as mãos.
"Você é uma De Lange." Ele olhou para Mil. "Sem ofensa."
"Não estou!" Ela levantou as mãos.
"A única coisa que seu pai sempre quis," Nixon inclinou a cabeça. "era ser um homem feito em uma família importante. Garantido, ele vai pegar o vento de você se casar em nossa família... garanto que vai tentar ir ao casamento e reivindicar o que é seu por direito, você. Assim garantindo que vou colocar um buraco de bala do tamanho de seu corpo antes de dizer ‘eu aceito’."
"E se você perder?"
Todo mundo começou a rir. Os olhos de Nixon se estreitaram quando deu dois passos em minha direção e sussurrou em um tom áspero: "Eu pareço como alguém que erra um tiro?"
"Não."
"Adicione ‘senhor’, ele fica todo animado." Tex assentiu encorajando enquanto Nixon rolou seus olhos.
"Não o chame de senhor," disse Ax do meu lado. "É como jogar gasolina em uma chama aberta."
Os olhos de Nixon estalaram para Ax. "Você não deveria ter comprado um anel?"
"Certo, perdoe-me por não está preparado... senhor."
Nixon bufa.
"Eu disse que ele fica todo animado." Tex riu.
"E se eu não quiser me casar?" Apertei minhas mãos, meu coração não tinha certeza se deve estar quebrando ou feliz. Ax era tudo que eu sempre quis... Mas eu o queria em meus termos. Eu queria que ele me quisesse e que me pedisse em casamento, que dissesse que me amava tanto que não podia viver sem mim. Não assim. Eu não queria ele desse jeito.
"Resistente." Chase deu de ombros. "Nós fazemos o que fazemos pela Família. A você não é permitido ter uma opinião, não quando coloca cada um de nós em perigo e não quando estamos fazendo o nosso trabalho malditamente bem para salvar sua vida. Entendeu?"
Uau. E Chase oficialmente ficou mais assustador do que Nixon.
"Ok." Eu abaixei minha cabeça. "Eu vou fazer isso."
"Veja Nixon?" Disse Chase em voz alta. "Você não precisa mesmo apontar uma arma para ela."
"Agora não, Chase." Ax pegou minha mão, mas eu me afastei dele. Ele sabia o tempo todo? Ele estava brincando comigo? Fazendo-me acreditar que iria me proteger? Proteger o meu coração?
Quando ele estava apenas pensando em quebrar tudo de novo?
CAPITULO DEZOITO
Axton
Os caras se foram.
No minuto em que eles saíram da casa eu estava sem palavras, passei por Phoenix, agarrei a arma de Sergio da mesa e fiz meu caminho para fora, para o campo da casa.
Eu disparei no primeiro alvo. Bang. Ele atingiu o ponto morto.
Eu disparei no segundo. Bang.
Eu não me sentia melhor.
Eu disparei novamente e novamente e novamente. Bang. Bang. Bang.
Eu disparei até que não tinha mais munição. Cara estúpido. Eu o deixei cair no chão e segui o exemplo, pendurei minha cabeça em minhas mãos enquanto ouvia a música das vacas no pasto. Nós vivemos longe da sociedade, longe da cidade. Quase se poderia acreditar que a nossa família era normal. Uma mansão normal, em um pedaço normal de terra com vacas normais.
Inferno, as vacas eram mesmo uma mentira.
Assassinos não mantinham vacas vivas. Certo?
"Hey." Sergio caiu ao meu lado na grama. "Você está bem?"
Eu grunhi em resposta.
"Há coisas piores."
"Sério?" Eu me virei e o nivelei com um olhar. "Esse é o seu conselho fraterno? Há coisas piores? Eu amo aquela garota! Eu fodidamente a amo!" Meu grito assustou as vacas mais próximas a nós, as fazendo rodar na direção oposta. "Eu a amo!"
"Você acha que eu não sei disso?" disse ele em voz baixa. "Você acha que eu não percebi a extensão do que você faria para salvá-la? Para fazer parte da sua vida?"
"Então por que diabos você diz isso?"
"Eles me ofereceram o trabalho." Sergio fez uma careta. "Aparentemente Nixon pensou que iria me animar depois de Mo se casar com Tex. Vá encontrar a menina perdida há muito tempo e se casar com ela, faça as coisas direito."
Meu coração deu um pulo e parou de bater enquanto eu lutava para respirar.
"Acho que ouviu o que eu disse."
Eu desviei o olhar.
Sergio continuou falando. "Eu disse que amor não correspondido não é realmente minha coisa... Mo não me ama... Amy nunca poderia me amar e, embora eu tenha certeza que todos na minha vida pensam que sou um bastardo insensível e frio, acho que mereço isso... amor. Eu mereço ter o olhar de uma menina para mim do jeito que Amy olha para você. A maneira que Mo olha para Tex. Eu mereço Ax. E você também. Como eu disse, há coisas piores."
"É por isso que você me puxou para fora do esconderijo? Para não se casar com ela?"
"Isso." Sergio sorriu. "Mas sabendo que eu não poderia simplesmente dizer, hey pela forma como salvei sua vida, resgate-a, corteje-a e depois case com ela para mantê-la viva. Você teria rido na minha cara, ou pior, disparado para fora e corrido."
"Eu não corro."
"Não." Sergio inclinou a cabeça. "Você se esconde."
"Desculpe-me?" Eu empurrei para os meus pés; ele me seguiu. "Que diabos você quer dizer com isso?"
"Eu errei." Sergio deu de ombros. "Foi há muito tempo atrás, eu estava com medo, mas você usou um momento em nossas vidas para definir o resto do nosso relacionamento. Um momento definiu seu futuro e você apenas deixou. Você simplesmente... desistiu."
Olhei para a grama.
"Eu tinha medo que você faria a mesma coisa se lhe dissesse toda a verdade."
"Isso não era sua responsabilidade." eu resmunguei.
"Na verdade..." Sergio suspirou alto. "Sou seu irmão mais velho, tipo, meio que é sim. Passar pela vida... comer, mas não degustar o sabor dos alimentos. Acordar apenas para atravessar os acontecimentos do dia, isso não é vida. E isso é exatamente o que você estava fazendo. Caminhando com sua perda a cada dia, culpando a si mesmo a cada hora, me odiando a cada minuto."
Sergio se calou, em seguida, se virou, mas não antes de ter uma última palavra. "Eu te fiz um favor. Não me deixe para baixo."
"Você segue nas conversas estimulantes." Eu estremeci quando senti uma dor de cabeça chegando. "Mas, como um irmão... você não é tão horrível."
"A coisa mais bonita que alguém disse para mim." Ele riu e se afastou. Deixou-me sozinho com as vacas e uma arma inútil.
Eu não sabia o que dizer a Amy para corrigir as coisas. Eu disse que ia lutar por ela, mas como você luta contra a insegurança de alguém? Eu sabia que ela diria que eu tinha planejado tudo o tempo todo. A última coisa que eu queria fazer era fazê-la sentir-se presa, mas o casamento? Droga, isso soava bem. Qualquer coisa com ela soava bem.
Olhei de volta para a casa. Eu tinha que encontrá-la, beijá-la, fazê-la ficar.
CAPITULO DEZENOVE
Amy
"O que você está fazendo?" Phoenix sentou-se ao meu lado no grande sofá de couro branco. Peguei o controle remoto. Aparentemente, olhar para uma TV desligada não era legal naquela casa. Apertei o botão ‘Liga’ e olhei para trás para as minhas mãos.
"Futebol. Agradável. Qual é o seu time?"
"Huh?" Eu olhei para a tela. "Meu time?"
"Você ligou na ESPN, então com certeza é melhor ter um time de futebol."
"Uh..." Eu sacudi meu cérebro tentando pensar em uma equipe. "Blue Jays?"
"Baseball. Tente novamente."
"Bulls?"
"Basquete."
"Ants?"
Ele riu. Ele era realmente bonito quando sorria. Menos mal-assombrado e mais humano. "Agora você está apenas dizendo merda."
"Eu não assisto TV."
"Nenhum esporte? Então o que você fez para se entreter?"
Estávamos no jogo das vinte perguntas? Eu me contorci no lugar e dei de ombros.
"Resposta de primeiro grau total, o encolher de ombros. Sergio diz mais palavras para mim e eu tenho certeza que ele sonha todas as noites sobre qual seria a sensação de uma faca nas minhas costas, então, tente novamente, boneca."
"Boneca?"
"Eu sou uma alma velha." Ele olhou para o céu e fez uma careta. "Então... você lê livros?"
"Eu leio livros de textos."
"Como o dicionário?"
"Sim, eu gosto de grandes palavras."
"Isso foi uma piada?" Ele sorriu mais largo e estendeu a mão para mim, lentamente, inclinando meu queixo em direção a ele de modo que estávamos cara a cara. "Ela vai ficar melhor quando você a conhecer."
"Eu não sei o que você está falando."
"A dor." Ele não liberou meu queixo, não me permitindo desviar os olhos, só ficava falando em baixos tons suaves. "Um dia você vai acordar... e não vai ouvir seus pais gritando. Você não vai vacilar quando ouve um vidro quebrando. Você não vai parar quando alguém colocar o braço em torno de você." Ele largou meu queixo e colocou a mão no meu ombro. "Como eu disse, fica melhor. Essas pessoas, aqueles que estavam nesta sala agitando armas pra todos os lados? Eles são uma família real. É difícil às vezes, quando você vem da violência, entender a diferença entre proteção e violência. O que eles fazem é proteção. Eles não atiram porque é a primeira opção. Eles atiram, porque é a única opção. Entendeu?"
Eu balancei a cabeça, lentamente. Ainda um pouco confusa. "Mas vocês matam pessoas. Ax quase morreu por causa disso."
"Olha," Phoenix suspirou. "Eu não estou dizendo que somos perfeitos, Deus sabe, os De Langes estão seriamente condenados ao inferno, todos nós," Seu rosto sombreou. "Mas nós estamos tentando fazer o melhor aqui. Mil pegou a família e fez um inferno de um trabalho. O que aconteceu com Ax nunca deveria ter acontecido. O que aconteceu com você nunca deveria ter acontecido. Os inocentes..." Sua voz falhou. "... devem sempre ficar inocentes." Todo o seu rosto ficou apertado, sua mandíbula quebrada quando ele fechou e o abriu.
"O que aconteceu? Para você?" Phoenix desviou o olhar.
"Eu morri e renasci." Seus olhos encontraram os meus brevemente. "Qualquer outra parte da história é algo que eu nunca quero que você ouça da minha boca. Eu não quero ser a razão para que você esteja com medo de nós, e acredite em mim quando eu digo que a minha história... não é aquela que você deve ter que ouvir."
"E se eu quiser?"
"O futebol." Phoenix aumentou o volume, encerrando a conversa. "Uma coisa que você deve saber. Todos os homens gostam de futebol. Escolha uma equipe, vista as cores, cante o seu nome e certifique-se que não é a equipe de Ax, e assim ele vai ficar irritado."
"O que vai me irritar?" Disse Ax entrando na sala.
"Essa é a minha deixa." Phoenix falou. "Joguem bonito, crianças."
Ax revirou os olhos quando Phoenix passou por ele. Quando seu olhar encontrou o meu, eu imediatamente olhei para longe. O que eu deveria dizer? O que eu deveria fazer? Ou era ele? Era o seu trabalho começar a conversa?
Eu me preparei para um discurso, um muito longo discurso de Ax. Em vez disso, ele estendeu a mão e disse. "Venha passear comigo."
Com confiança cega, uma confiança cega que eu tinha desde que Ax tinha prometido ser meu melhor amigo para sempre, eu agarrei sua mão e não deixei ir. Ele me levou para fora e ao redor da parte de trás da casa.
Para um campo.
Nós estávamos olhando para um pasto.
"O que você vê?" Ele perguntou, sem soltar minha mão, mas correndo o dedo lentamente ao longo de minha pele, causando arrepios em erupção em toda a minha carne.
Engoli em seco e encontrei a minha voz.
"Vacas."
Ele balançou a cabeça e continuou acariciando minha mão. Lágrimas picando meus olhos enquanto eu tentava lutar contra todas as emoções dentro de mim. Meu mundo foi mudado, alterado. Foi de repente, tão estranho que não tinha certeza onde eu me encaixo mais. Antes eu estava tentando sobreviver, passar por mais um dia, tornar quem eu pensava que estava morto orgulhoso de mim.
E agora eu estava enfrentando cada sonho que já tive na cabeça. Mas a história não tinha exatamente seguido uma ordem natural, em seguida, novamente não havia nada de natural sobre a família Abandonato.
"O que você vê?" Eu finalmente pergunto, quebrando o silêncio entre nós.
"Qualquer coisa e tudo." Ax suspirou.
Olhei para ele com o canto do meu olho, sua mandíbula estava flexionada, mas seus olhos, eles pareciam... Relaxados, como se ele realmente estivesse olhando para algo ao longe, o que quer seja esse algo, trouxe a paz.
"Mas acima de tudo." Ele se virou para me encarar. "Eu te vejo."
"Em um campo?" Dei um passo para trás; ele deu um passo para frente. Não houve combate, então eu fiquei parada quando ele finalmente passou os braços em volta do meu corpo e me esmagou contra seu peito duro.
"Vejo você em toda parte," Ax sussurrou, a sua respiração fazendo cócegas no meu rosto. "Eu vejo você nos campos, no céu, no riso de um estranho. Eu vejo, mas acima de tudo, nos vejo, Ames. Eu nos vejo de mãos dadas daqui a um ano, daqui a vinte anos. Eu vivi toda a minha vida esperando... esperando o momento para estar com você. Você sempre foi o meu alguém, a pessoa por quem eu ia morrer, a pessoa para que eu tinha de viver, a pessoa que eu procurava. Sempre foi você. Assim, o casamento? Ele estava chegando. Combata-o o quanto quiser, mas não há nenhuma chance no inferno que eu vou deixar você ir. Sempre. Você corre, eu te persigo. Você chora. Eu te conforto. Você luta. Eu recebo cada soco. Tente com todas suas forças me afastar, tente Ames. Eu não culpo você, se você fizer, mas seria com certeza poupar um inferno de uma grande quantidade de energia se você só ceder."
"Você quer que eu ceda?" Meu coração estava batendo tão rápido que era difícil respirar. "Ceder a quê?"
Seu sorriso era de tirar o fôlego, todos os dentes brancos e lábios carnudos.
"A mim."
"Eu não gosto de perder."
"Eu penso nisso como mais de um ganha/ganha. Eu te amo para sempre e você apenas me ama de volta... Honestamente, mesmo se você não me amar de volta eu ainda não irei embora. Eu sou irritante assim. Fique Ames... fique comigo."
Minha visão ficou turva de lágrimas quando Ax se afastou de mim e caiu de joelhos. "Case comigo."
Eu não conseguia falar. Eu queria. Nada saiu da minha boca.
Ax enfiou a mão no bolso do casaco e tirou o meu cordeiro recheado, a pequena coisa feia que ele tinha me dado quando eu era pequena. O meu bem mais precioso.
"Um anel," ele mostrou o cordeiro. "Iria parecer barato ao lado de algo tão caro que você mantém." Sua voz falhou. "Deixe-me cuidar de você... Deixa eu te amar, Ames. Por favor... Eu não posso viver sem você. Eu não acho que sou capaz de viver por esse tipo de inferno de novo."
"Você está me pedindo em casamento com um bicho de pelúcia?" Eu ri enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto.
Ele lançou um olhar para o brinquedo, em seguida, encontrou meus olhos com um sorriso bobo. "Sim."
"Basta pedir." Eu soltei um cruzamento entre riso e soluço, em seguida, cai no chão, as nossas bocas colidiram, o cordeiro foi jogado para o lado, já não é tão importante como era antes, eu tinha a coisa real. O doador do meu presente favorito. Eu tinha Ax.
"Eu te amo tanto, Ames." Ele beijou minhas lágrimas, ele beijou minhas pálpebras, seus lábios quentes deslizaram sobre os meus, sua língua empurrou na minha boca. Ele aumentou a pressão do beijo transformando em urgência de paixão, desejo, tudo o que eu sempre quis na vida, do único homem que eu sempre fui capaz de querer.
"Eu também te amo," Eu disse contra seus lábios, não querendo me afastar, por medo de que ele iria desaparecer e que isso fosse um sonho, um estranho sonho estilo da máfia. "Com tudo o que tenho."
"Eu só quero que você me ame com alguma coisa. Eu nem sequer preciso de tudo Ames, mas eu vou ter simplesmente o mesmo."
CAPITULO VINTE
Axton
Decidimos planejar o casamento para esse fim de semana. O que deu aos caras tempo suficiente para espalhar a noticia e obter o resto das famílias prontas para o que Nixon ainda tentou nos convencer como um ‘grande negócio’.
Certo.
"Hey." Eu bati na porta de Amy e entrei.
Ela suspirou, e segurou a toalha, e era tudo o que ela estava usando, apertando em torno de seu corpo. "Por todos os meios, bata na porta."
"Obrigado." Eu sorri sugestivamente. "Não me deixe mantê-la de se vestir... Eu sou um homem paciente, posso esperar."
Suas sobrancelhas arquearam. "Algo que você precisa, Ax?"
Molhei meus lábios com a língua e permiti que meus olhos vaguem sobre a mercadoria. Quando ela respirava aceleradamente, apertei os lábios e enviei-lhe um beijo do ar. "Preciso, quero, desejo. Escolha qualquer um."
Ela tremeu quando murmurou com uma voz ofegante, "Eu vou chegar atrasada."
"Então se atrase." Me virei para a porta e virei a fechadura, depois me inclinei contra ela. "Tenho certeza que as meninas vão entender que você e eu precisarmos passar... mais detalhes."
"Detalhes?" Sua risada era profunda, sexy como o inferno. "Então é por isso que invadiu meu quarto, você quer passar mais detalhes?"
"Certo?" Inclinei a cabeça para ter uma visão melhor de suas pernas assassinas. "Pernas longas, toalha pequena... lembre-me de parar de comprar roupas pra você. Eu gosto de você assim."
"Ax." Suas bochechas floresceram com cor. Ela deu um passo para trás e olhou para longe. "Sério, você deveria ir."
Eu fiz meu caminho em direção a ela. Ela se afastou mais. Confuso, parei e segurei minhas mãos acima. "Fale comigo, o que é que te deixa toda corada e nervosa?"
"V-você." ela apertou a toalha mais apertada em torno de seu corpo. Inclinei a cabeça novamente, talvez se eu apenas cair de joelhos e implorar?
"Eu?"
Amy assentiu uma vez e depois ficou vermelha. "Eu, hum... não tenho experiência."
"Com casamentos?" Apertei os olhos em suspeita.
"Bem, sim, também, mas... com..." Ela engoliu em seco e corou ainda mais.
"Eu sei que sou brilhante, mas não sou um leitor de mentes."
Amy manteve uma mão sobre a toalha, os nós dos dedos ficando brancos, e em seguida, colocou a outra mão sobre o rosto.
"Eu sou virgem."
Eu soltei uma gargalhada de alívio.
"Fora." Ela apontou para a porta. "Esqueça que isso aconteceu, não importa, apenas, apenas vá." Lágrimas encheram seus olhos.
Eu não me movi. O sorriso caiu do meu rosto.
"É por isso que você está tão agitada?"
Uma única lágrima escorreu pelo seu rosto antes que ela pudesse detê-la.
"Ames, venha aqui."
"Não." Ela balançou a cabeça. "Eu vou me atrasar e..."
A segurei pelo cotovelo, batendo seu corpo no meu. "Olhe para mim."
Seus olhos estavam fixos no meu queixo.
"Nos olhos."
Lentamente, a cabeça levantada, seus olhos ainda estavam incertos.
"Eu vou levá-la de qualquer maneira que posso ter Amy, você sabe que... independentemente da sua experiência sexual, você é minha. Toda minha. Na verdade, eu acho que nós dois estamos com sorte que você é virgem, porque agora eu não vou ter que ir matar qualquer outro cara que ousou colocar as mãos em você. E não duvide, eu sei que os outros caras tiveram pensamentos semelhantes sobre suas mulheres e eu tenho certeza que Tex tentou seguir isso, umas três vezes, antes de Nixon pará-lo. Basta pensar, sua virgindade acabou de salvar uma vida."
O lábio de Amy mudou, mas ela mordeu-os.
"Ah, você estava sorrindo, baby? Vamos lá, um sorriso, só para mim."
Como num acesso de raiva, ela sorriu e meu mundo estava completo.
"Eu te amo." Toquei a minha testa na dela. "Você não precisa ter vergonha ou medo... Sou seu melhor amigo. Não um estranho. Vamos tão lento quanto você precisar, certo?"
Corar não era tão brilhante como quando ela balançou a cabeça, em seguida, me beijou suavemente na boca. Seu gosto era tão doce, eu não tinha certeza de que já tinha obtido o suficiente dela. Com um gemido eu me afastei.
"Certo, e se você realmente quer que eu mantenha a promessa de não deixar que você se atrase para o seu pequeno SPA, com hora marcada com as esposas, então você não deve me beijar assim."
Ela me beijou de novo, com mais força.
Gemi novamente, achatando as minhas mãos contra o peito, pronto para afastá-la e, em seguida, sua língua tocou a minha.
E à espera do que, de repente, parecia uma suja e horrível palavra. Quem inventou deve ser morto, juntamente com quem inventou toalhas ou roupas.
Seu corpo estava quente, ainda um pouco úmido do chuveiro. Eu deslizei minhas mãos por seus braços enquanto aprofundei o beijo.
Uma batida soou na porta.
"Vá embora." Eu quebrei nosso beijo tempo suficiente para dizer duas palavras, em seguida, mergulhei as mãos em seu cabelo, esmagando a minha boca contra a dela.
A batida ficou mais alta.
"Não estava brincando." eu gritei. Amy pegou minha camisa, me puxando de volta para ela. Unhas marcaram minha pele. Eu tremi e capotei em torno dela, empurrando-a contra a porta.
"Gente!" Era Phoenix. "As meninas estão todas lá embaixo esperando e todos nós sabemos o que acontece quando as esposas esperam."
Eu quebrei o beijo.
Amy deu uma risadinha.
Elas faziam a vida de Phoenix um inferno. Elas gostavam de importuná-lo, principalmente porque ele tinha sido como um cadáver nas últimas semanas e estavam tentando trazer de volta o seu bom humor. Fez exatamente o oposto, mas que seja.
"Ele está sofrendo." Amy deu um passo para trás.
"Bom, deixe-o sofrer." Rosnei estendendo a mão para seu braço, mas agarrando a toalha em seu lugar. Caiu no chão.
Meus olhos ficaram colados ao seu corpo.
Amy se arregalou com horror e depois de diversão quando se afastou de mim e foi para o closet, fechando a porta atrás dela.
Xingando, eu abri a porta do quarto, no momento que Phoenix levantou a mão para bater novamente. Eu empurrei contra seu peito.
"Pistolas ao amanhecer, idiota."
"Nixon pode me dar um segundo?"
"Não, você não recebe nenhum segundo. Eu te odeio tanto agora."
Phoenix sorriu. "Será que eu interrompi algo importante?"
"Você sabe muito bem." Eu o cutuquei no peito. "Só... espere, apenas espere, isso é tudo o que eu estou dizendo. Um dia uma menina vai bater em sua bunda e eu vou ser sua sombra maldita... interrompendo cada momento sagrado que você tem com ela até que você esteja pronto para puxar uma arma para mim."
"Não vai acontecer." Phoenix disse rapidamente, me batendo na parte de trás.
"Ele é gay". Disse Bee quando passou por nós.
Eu congelo.
Phoenix amaldiçoou. "Que diabos, Bee?"
"O quê?" Ela levantou os ombros inocentemente. "Eu me troquei na sua frente o tempo todo quando você estava me protegendo e você nem sequer piscou."
"Correção," disse ele com os dentes cerrados. "você poderia ter me avisado cada maldita vez, ao invés de apenas retirar as roupas e jogá-las em minha direção. Eu não sou sua empregada."
"Certo." Bee deu de ombros inocentemente. "E cada vez que joguei algo em seu rosto e você não reagiu, isso me fez querer fazer isso de novo, como um experimento."
"Ah, ciência, bom ouvir que você está estudando, sis." Tex estalou os dedos enquanto se aproximava. "Então, nós estamos falando sobre a escola?"
"Sim." A mandíbula de Phoenix apertada. "Escola."
Tex assentiu. "As meninas estão ficando impacientes. Amy está pronta?"
"Desculpe!" Amy veio correndo para fora, seu cabelo em um coque bagunçado.
As meninas estavam falando de cabelo, maquiagem, pedicure, a obra completa. Portanto, não é como se ela tivesse que ficar pronta - ela nunca pareceu tão bonita para mim.
"Bom." Tex puxou para um abraço. Eu mantive meu rosnado para mim mesmo. E Phoenix olhou para Bee.
"Vamos." eu anunciei, deixando todos irem à minha frente. Quando me virei para certificar que Phoenix e Bee estavam seguindo, ela estava tocando seu braço e o toque parecia que era uma agonia para o pobre rapaz, nada além de dor enquanto seus olhos se encolheram e ele se afastou. Bee franziu a testa e empurrou além de mim. Quando Phoenix chegou ao meu lado, eu sussurrei, "Você está bem?"
"Não. Não vou ficar bem até Tex levá-la fora de minhas mãos." Ele suspirou. "Até então... Eu penso nisso como eu recebendo minha justa recompensa."
"Pelo quê?"
Ele fez uma careta. "Ser um burro como na minha antiga vida. Se esta é a punição de Deus, ele está fazendo um trabalho muito bom em me lembrar de alterar os meus caminhos."
"Assim," Tossi. "Você não é realmente gay?"
"Não em qualquer coisa." Phoenix olhou para baixo. "Eu não mereço amor... e essa é a verdade, e não diga alguma patética desculpa para porque não posso sossegar. Eu simplesmente não mereço isso..."
Ele se afastou.
Claramente não percebeu que Bee olhava para ele a cada movimento.
CAPITULO VINTE E UM
Amy
"Você está linda." Mil me puxou para um abraço, enquanto Trace, a esposa de Nixon, e Mo, a esposa de Tex, mexeram com meu véu. Eu não tinha amigas, para que elas fossem damas de honra.
As esposas.
Embora, depois de ir ao spa com elas no dia anterior, eu tinha vindo a perceber que elas eram mais do que apenas as esposas. De alguma forma eu as tinha imaginado como o estilo da multidão Real Housewives, muito dinheiro e tempo livre demais em suas mãos. Fiquei surpresa ao descobrir que tanto Mo quanto Trace iriam de volta à faculdade para terminar os seus graus e realmente tiveram hobbies que não incluem em torno daqueles cartões pretos chamativos sem limite.
"Eu mataria por este vestido." Trace andou em torno e balançou a cabeça, um sorriso brilhante no lugar. "Sério... é lindo Amy."
O calor de um blush forte invadiu meu rosto. "Mil o escolheu."
"Mil." Trace assentiu. "Lembre-me de tê-la escolhendo um guarda-roupa inteiro para mim."
"Feito." Mil piscou e me ofereceu uma garrafa de água.
"Você está pronta para isso?" Disse Mo do meu outro lado.
As meninas estavam todas em vestidos de coquetel simples, pretos e sem alças, e saltos vermelhos. Eu queria algo elegante. É o meu casamento e depois de tudo que eu sabia, todas as meninas ficariam bonitas se nós fizéssemos um casamento.
Felizmente, Ax não poderia se importar menos; ele só queria se casar.
Ele ajudou, já que o dinheiro não era realmente um problema quando era necessário ter alguma coisa bem rápido, e não foi um obstáculo tentar encontrar um lugar e começar a ter tudo decorado.
A única coisa que eu não fui capaz de escolher foi o local. Nixon quis controlar a atmosfera, por isso, escolheu se casar em uma adega que ele possuía, fora da cidade.
Fez sentido.
"Eu estou pronta... acho que estou pronta." Eu olhei para o meu reflexo no espelho.
O vestido era elegante. Caia nos ombros, mas ainda tinha mangas de renda que percorreram todo o caminho até os meus pulsos. O corpete de rendas transparentes, exceto por uma pequena cobertura que atravessa os meus seios. Cetim branco reunido em volta da minha cintura, puxando em um nó em direção à parte de trás do vestido, em seguida, em um longo e pesado véu que tem cerca de dois metros de comprimento.
Como Trace disse, era um vestido assassino. Eu ia pedir para passar cada aniversário nele.
Ou talvez todos os dias.
"Ele está aqui," Nixon colocou a cabeça no quarto. "Então eu preciso de vocês para ficarem prontas."
"Agora?" Eu guinchei. "Mas no ponto de começar a cerimônia, você vai... matá-lo antes de dizer eu dizer ‘sim’?"
"Claro que não." O sorriso de Nixon era gelado. "Eu vou matá-lo antes de caminhar pelo corredor..."
"Reconfortante." Trace acenou para seu marido. "Bom trabalho, Nixon."
Com um rolar de olhos exagerado, ele fechou a porta enquanto eu tentava não hiperventilar.
O som de Mil carregando uma arma não estava ajudando.
Ou Mo puxando uma faca do seu sutiã.
Quando me virei para procurar por ajuda. ela estava ocupada carregando uma pistola.
"Vocês são todos loucos". Eu respirei.
"Eu prefiro ‘preparados’." Mil sorriu, em seguida, enfiou a arma de volta em sua pequena embreagem. "Não se preocupe, nós só queremos ter certeza de que você está protegida. Eu gostaria de pensar que tanto eu, quanto Trace, temos tiros surpreendentes, e Mo pode derrubar um cara para baixo com uma única lâmina. Não se preocupe, não vamos deixar ninguém estragar o seu dia."
"Certo." De repente eu senti que precisava de algum tipo de arma, mas apenas a ideia me fez sentir um pouco tonta.
Outra batida soou na porta. "Tudo pronto?" Tex enfiou a cabeça.
"Mas..."
"Não se preocupe," Tex abriu mais a porta e ofereceu seu braço. "Eu tenho-o coberto."
"Coberto?" Eu olhei ao redor. "Você quer dizer o meu pai?"
"Oh, ele teve que ir... um... ele só tinha que ir."
"Quem teve o tiro?" Mo cruzou os braços.
"O estúpido Chase," Tex resmungou. "Eu quase tive também e então Chase vai e decide ser um herói."
"Tão sexy." Mil riu.
Tex estreitou os olhos. "Ele não queria sangue no meu terno, em conta que eu sou importante."
"Apenas fique dizendo isso para si mesmo, garotão." Mo passou a Mil uma nota de vinte.
"Espere." Tex apontou. "O que é isso? Por que estão trocando dinheiro?"
"Oh merda, desculpe." Trace enfiou a mão na bolsa e tirou uma nota de vinte e entregou-a.
Tex parecia pronto para matar. "Explique."
"Nós fizemos uma aposta simples de ver qual dos maridos teria o tiro em primeiro lugar." Mil deu de ombros inocentemente. "Eu ganhei."
Mo cobriu a boca com as mãos e escondeu o riso, em seguida, se aproximou de seu marido e o beijou na bochecha. "Você tentou realmente, isso é tudo o que importa querido."
Tex resmungou algo em voz baixa, mas parecia momentaneamente satisfeito com o fato de que Mo o elogiou como se ele tivesse conquistado o mundo. Seu peito inchou um pouco, e então ele suavizou quando ela sussurrou algo em seu ouvido. Sua mão apertou a cintura dela.
"Casamento," Mil aplaudiu. "Vocês podem jogar mais tarde."
"Certo." Tex relutantemente deixar sua esposa ir e me ofereceu seu braço.
Olhei para ele.
Ele manteve seu braço para fora.
Olhei um pouco mais.
"Ok, então," Tex riu. "Estou andando com você até o altar, eu pensei que Ax disse a você."
"Você?" Eu soltei.
As meninas riram. Tex franziu a testa. "Por que não eu?"
"Você é o Cappo."
"Diga isso de novo." Ele piscou.
"Curve-se." Mo bateu no peito.
"Quero dizer..." calor inundou meu rosto. "Eu sou apenas uma De Lange, você não deveria estar me levando no corredor... não seria... errado?"
Tex pegou minha mão e apertou-a. "Você não é apenas uma De Lange, você é da família e nada me faria mais orgulhoso que levá-la pelo corredor na frente das famílias mais poderosas conhecidas da nossa espécie. Então, você vai me deixar levá-la?"
Não confiando em minha voz, eu balancei a cabeça e tomei-lhe o braço, sacudindo quando o som de música clássica invadiu meus ouvidos. As meninas correram por mim e depois, lentamente, fizeram o seu caminho para fora e para baixo do corredor. Ele foi decorado com velas brancas de todas as formas e tamanhos.
O sol estava se pondo, lançando um brilho rosado nas cadeiras brancas e nas pessoas sentadas neles.
A marcha nupcial começou.
Eu apertei o braço de Tex mais forte, mas ele não se mexeu. Curiosa, eu olhei para ele, pensando que talvez ele mudou de ideia. Em vez disso, ele se virou para mim e sussurrou no meu ouvido.
"O seu próprio pai é um desgraçado. Eu não estou dizendo que eu não sou nada, além de ruim... o que eu faço é feio... mas são momentos como este que tornam a vida bela. Eu prometo protegê-la até o dia da minha morte. Eu prometo que nossas famílias vão fazer tudo em seu poder para fazer o que for por você... Então, quando você andar por esse corredor e aceitar a mão do homem, saiba que levamos os votos junto com vocês. E se Ax te machucar mental, fisicamente, o inferno, se ele esquecer o seu aniversário, é só você me avisar."
Com um sorriso aguado lancei-me em seus braços e o abracei. "Obrigada."
"É claro," disse rispidamente. "Agora vamos levá-la para casar."
Os olhos de Ax nunca deixaram os meus. Ele era lindo. Eu sempre quis estar com ele e agora eu estava me casando com ele. Foi estranho, eu sempre tive medo do mesmo tipo de pessoas que estavam agora me oferecendo amor, vida e felicidade. Eu lutei contra um sorriso enquanto Nixon deu uma cotovelada em Chase e depois apontou para a sua camisa. Naturalmente uma mancha de sangue estava cutucando para fora no branco. Chase revirou os olhos e deu de ombros, como se quisesse dizer ‘o que um cara pode fazer’?
Eu não quero saber o que aconteceu com meu pai ou meu irmão. Sabia que Ax ia dizer quando fosse o momento certo, mas também sabia que eu precisava deixar meu passado ficar lá, no meu passado. Qualquer que seja o que meu pai havia planejado para mim teria levado a minha tortura e provável morte. Eu só podia esperar que, ao final, o meu irmão não tenha o mesmo destino.
Ax pegou minha mão, assim que o padre disse: "Quem dá esta mulher?"
Nixon, Frank, Mil e Phoenix deram passos decisivos no sentido de Tex e em uníssono, disseram. "Nós fazemos."
Não foi apenas o Cappo que me deu.
Os chefes das cinco famílias, cada chefe, me deram. Deram-me a sua aprovação, em frente a todos. Eu quase me perdi. E então Ax assentiu ligeiramente para a esquerda, eu me virei.
Meu irmão estava sentado na primeira fila.
Com meu pai.
Ambos estavam sangrando. Meu pai parecia irritado. Meu irmão tinha um sorriso no rosto e eu quase podia imaginar, a minha mãe no céu, finalmente estando em paz.
Eu era uma parte de uma família.
Eu era deles.
CAPITULO VINTE E DOIS
Axton
"Acho que você poderia pelo menos tentar esconder as manchas de sangue, Chase?" Eu tomei um gole de vinho e fiz uma careta para o maldito líquido seco perto que quase me estrangulou até a morte.
Chase olhou para sua camisa e encolheu os ombros. "Faz homens mortais tremerem de medo."
Nixon bateu em Chase na parte de trás da cabeça e sussurrou: "Veja-me tremer, oh durão."
Chase revirou os olhos. "Hilário."
Tex riu. "Eu pensei assim."
"O que está levando-as tanto maldito tempo?" O copo de vinho quase quebrou na minha mão. Chase, claramente sentindo o dano que eu estava prestes a invocar, puxou o vidro da minha mão e colocou na mesa. As meninas queriam corrigir a maquiagem de Amy após a cerimônia. Ela tinha estado fora da minha vista por cerca de cinco minutos, e eu estava indo ficar louco. Eu só... Queria tocá-la, minha esposa, e beijá-la.
"Acalme-se, jovem gafanhoto." As mãos de Tex se mudaram para os meus ombros. "Ela vai sair em breve."
"Não em breve o suficiente." eu murmurei.
Os caras compartilharam um olhar e começaram a rir. Sergio tinha estado estranhamente quieto, estando na esquina. Então, novamente, ele sempre foi tranquilo. Tinha uma tendência a assustar um cara, na verdade, sei que era apenas como ele era. Especulativo... Hesitante, pensativo. Assustador como o inferno quando precisava ser.
"Desculpe!" Trace correu para o quarto. "Ok, ela está pronta!"
"Pronta?" Eu repeti, e então quase engoli minha língua como Amy apareceu em um vestido totalmente diferente do que estava antes. Um vestido branco curto de coquetel, com uma volta completamente aberta. Laço, mangas longas abraçaram seus braços firmemente. O resto do vestido era tão apertado que tinha medo de que se eu a tocasse, o tecido iria rasgar; em seguida, novamente, foi provavelmente uma ideia muito boa. Melhor ideia que eu tive durante todo o dia. Fiz um gesto de me mover para agarrá-la, mas levei um tapa de Trace.
"Que diabos?"
"Deixe-a rodopiar." Trace ordenou.
Corando, Amy fez um pouco de giro, em seguida, fez uma pausa, com as costas de frente para mim. Eu já tinha visto que a parte traseira não existia, mas o que não tinha visto era a pequena tatuagem em sua parte inferior das costas.
A escrita estava em letra cursiva preta. Eu andei mais perto, coloquei as mãos nos quadris enquanto puxei-a para mim.
"Minha Família... Axton."
"Baby..." Eu balancei a cabeça girando-a em meus braços. "Quando você fez isso?"
"Há poucos dias." ela sussurrou. "Fiquei surpresa que você não percebeu isso ontem com todo o incidente da toalha."
Eu sorri, meus olhos treinados em sua boca. "Eu estava um pouco distraído por coisas... em cima."
Ela riu. "Aposto que você estava."
"É linda..." Minha voz estava rouca. "Você é linda."
"Eu só quero que você saiba..." Seus dedos se atrapalharam com os botões da minha camisa. "Que eu sou sua. Para sempre. Eu não vou embora. Você está certo, você é minha família, minha casa."
Eu baixei a minha boca na dela.
"Ahem," Tex disse rispidamente. "Obtenham um quarto."
"Como você se você pudesse falar alguma coisa." disse Chase com um tom sarcástico.
"Uau, Chase..." Phoenix disse sombriamente. "Vindo de você..."
Eu me afastei de Amy e olhei profundamente em seus olhos. Eu a queria, agora. Dane-se a recepção.
Eu não ia. Nem ela, ela simplesmente não sabe ainda.
"Meu, um..." Suas sobrancelhas se uniram. "Meu pai e meu irmão?"
"Seu presente de casamento." Enfiei um pedaço de seu cabelo escuro atrás da orelha. "Eu não acho que você quer um monte de sangue derramado em um dia tão especial... seria errado a morte tomar a nossa glória."
Ela engoliu em seco, desviando os olhos.
"E..." Eu puxei-a bruscamente contra mim. "Eu estou indo para deixar os meninos fazerem o que fazem melhor. Tex e Chase irão ameaçá-los dentro de uma polegada de suas vidas, e então..." Mudei meu peso entre meus pés. "Eles provavelmente vão conhecer seu criador, mais cedo ou mais tarde, considerando que eles têm uma tendência a não ouvir as nossas regras e tudo mais."
"Provavelmente..."
"Está feito." Tex interrompeu. "Nós vamos manter um olho sobre eles... eles estavam muito felizes em concordar com nossas condições após a nossa conversa inicial."
"Huh." Chase riu. "Como que o chamamos agora? Uma conversa?"
"Falando assim soa tão caipira." Tex riu.
"O que eu tenho?" Perguntou Amy. "O que ele queria? O que vocês queriam? Acho que ainda estou confusa."
Tex e eu compartilhamos um olhar antes de Tex finalmente se adiantar e estender o cordeirinho de pelúcia que eu tinha dado a ela quando tinha seis anos.
"Um bicho de pelúcia?" Amy olhou para a criatura lamentável. "Eu tinha um bicho de pelúcia?"
"Olha." Tex virou-o e puxou uma faca, rasgou gentilmente a parte do pé e, em seguida, tirou um pedaço de papel dobrado.
Amy engasgou. "O que é isso?"
"Sua mãe, antes de morrer, escondeu uma parte muito importante de informação... a localização de alguns dos nossos... menores associados estelares, juntamente com seus endereços. Seu pai estava planejando usá-lo como alavanca para finalmente ganhar uma posição dentro da família. Ela apenas escondeu-o antes que ele pudesse colocar as mãos nisto. Ela sabia que na hora que ele o pegasse, muitas pessoas morreriam."
"Bem," Eu cortei. "Ela meio que odiava seu pai."
"Ela morreu por causa disso."
"Sim," Tex disse lentamente, com os olhos nos meus antes de colocar a mão no ombro de Amy. "Mas o que ela sacrificou é o nosso ganho. Estes homens, vamos encontrá-los... e esperamos corrigir quaisquer pontas soltas."
"Então você vai matá-los?" perguntou ela.
Tex riu e acenou, colocando o pedaço de papel no bolso. "Eu disse matar?"
"Não, mas..."
"O dia do seu casamento, dia mais feliz da sua vida... Por que vocês não vão dançar ou algo assim? Há muito falar de morte hoje e, francamente, eu já bati a quota para o mês."
Revirei os olhos enquanto Amy perguntou: "Quantos?"
"Trinta e sete," Tex disse sem pestanejar. "Então, novamente em torno de dezoito deles eram minha própria família... Eu tinha que cortar o mal para abrir caminho para o novo e tudo isso."
"Ele está brincando." eu menti, enquanto Amy tremia em meus braços.
"Sim, meu nome do meio é Kidder." Tex piscou e se afastou de nós, enquanto eu continuava a chover beijo na bochecha dela.
"Hey." Eu beijei Amy novamente, puxando o queixo longe da forma se afastando de Tex. "Vamos sair daqui."
"Mas, e a recepção?"
"Deixe-a." Eu provei sua boca novamente. "Venha comigo." Minha língua alinhou o lábio inferior. "Agora."
"Ok."
Segurando sua mão e puxei-a para a porta.
"Mas e o bolo!" Trace gritou atrás de nós.
"Eu vou dar-lhe bolo." Nixon comentou.
"Que bonito, Nixon fez uma piada!" As gargalhadas de Chase foram a última coisa que ouvi enquanto puxava Amy para o meu Mercedes. Eu a empurrei contra a porta, em seguida, deslizei minha mão até sua coxa nua. Com um tremor jurei. "Você não está usando nada por baixo, está?"
"Não foi possível." Ela sorriu contra a minha boca. "Está muito apertado."
"Droga." Eu pressionei meu corpo contra o dela, amando a suavidade. "Eu não vou conseguir fazer isso no hotel."
"Você vai." Amy me empurrou e piscou, então a pequena provocadora abriu sua própria porta, malditamente se abaixou para tirar os sapatos altos, dando-me uma visão quase perfeita de seu traseiro e deslizou para o carro.
Em muito choque para fazer qualquer coisa, eu simplesmente olhei com fascinação enquanto ela afivelou o cinto de segurança.
Puxo uma faca e rasgo o cinto de segurança ao meio ou ajo como um ser humano normal e entro no carro?
Decisões.
"Ax?" Suas sobrancelhas levantadas.
"Sim?" Eu resmunguei.
"Nós vamos ficar ou vamos sair?"
"Vamos sair porra." Eu belisquei a ponta do meu nariz. "Desculpe estava distraído... vi a sua pele e..." Eu sacudi a cabeça e murmurei para mim. Sim, ia ser uma longa viagem pra burro ao hotel.
Eu envelheci dez anos durante esse passeio de carro, um ano para cada milha. Eu sempre fui o cara que poderia esconder os sentimentos. Fez-me ter uma boa vantagem para a família, pelo menos eu gostava de pensar assim. Eu não permiti que as coisas me distraissem. Eu não permiti que as coisas me afetassem. Fiquei como pedra.
Mas cada um tinha a sua criptonita.
E durante as próximas dez milhas para o hotel, eu encontrei a minha. No começo eu pensei que era a pele, talvez pele seja a minha coisa? Afinal sua pele era muito suave, tão palpável, a cor perfeita. Eu queria lamber todo o caminho de seu tornozelo ao seu osso do quadril e, em seguida, repetir o processo até a outra perna e gemi em protesto.
Mas então sua mão se moveu através de sua coxa e eu me distraí com os dedos. Certo, seus dedos.
Eles eram longos, femininos; as unhas eram ainda mais bonitas.
Quando parei no semáforo, eu abri a boca para dizer algo, seus olhos estavam em mim.
E as palavras morreram em minha garganta.
Então não era sua pele depois de tudo, ou os dedos. Eram seus olhos; tinha de ser, seus profundos olhos castanhos. Eles viam tudo, eles olharam para mim e não julgaram, não viam um assassino ou um monstro. Eles só me viam. Sua boca se curvou em um sorriso.
Droga!
Eu bati o acelerador quando o sinal ficou verde e tentei me agarrar fora dela.
No momento em que cheguei ao hotel, eu tinha perdido oficialmente a guerra na minha cabeça. Não era uma parte dela que me atiça, fez querer me perder nela, é simplesmente... Ela.
Toda ela.
Cada única parte de Amy e quem ela era.
Eu queria tudo.
E eu ia tirar tudo e dar tudo o que podia em troca. Meu coração, minha alma, tudo. Ele era dela, o inferno, sempre fora dela. Desde o início ela foi a única que eu queria, a que eu ia morrer, a que faria qualquer coisa para proteger, para salvar.
"Ax," Sua mão descansou contra o meu antebraço. "Você está bem?"
"Nunca estive melhor." Eu sorri puxado até o manobrista do hotel. "Você?"
O sorriso dela me atingiu como uma flecha no peito. "Eu vou estar melhor... em poucos minutos."
"Senhor?" Alguém bateu na minha janela. Com uma maldição eu virei e abri a porta dando ao cara uma carranca por me interromper enquanto estava cobiçando minha esposa e atirei-lhe as chaves.
Ele as pegou no ar. Eu olhei ainda mais duro. Ele ergueu as mãos como se dissesse ‘eu só trabalho aqui’.
Um mensageiro correu em nossa direção e agarrou as malas. Em momentos como este, eu estava grato pelo meu sobrenome.
"Abandonato," eu disse em voz alta para o carregador. "Suíte Penthouse."
Ele deixou cair as nossas malas, desculpou-se, pegou-as novamente com as mãos trêmulas e me deu um aceno de cabeça.
Quando nos aproximamos da recepção a recepcionista já tinha a minha chave pronta.
"Qualquer outra coisa, Sr. Abandonato?"
"Está tudo às minhas especificações?" inclinado minha cabeça.
Uma gota de suor rolou para o lado de seu rosto. "Sim senhor."
"Perfeito." Eu agarrei o cartão-chave e levei Amy para os elevadores.
"Sorrir não faria mal." Amy disse uma vez que estávamos subindo para a cobertura.
"Oh, isso dói." Eu apertei o botão de parada de emergência e empurrei-a contra a parede. "Faça melhor?"
O rosto de Amy irrompeu em um sorriso enquanto ela mordia o lábio inferior, me provocando. Eu peguei a isca e apertei as mãos contra a parede, depois usei as minhas pernas para espalhar as dela abertas, então o vestido iria subir o suficiente para levantá-la e ela enrolar as pernas em volta do meu corpo.
Nossas bocas se encontraram em um frenesi quase com raiva. Ela gemeu quando minhas mãos avançaram até as coxas, meus dedos cavando em sua carne quando eu puxei-a bruscamente contra mim.
Meus lábios deslizaram dos dela e arrastaram pelo pescoço. Quando as costas arquearam, eu a coloquei no chão e comecei a andar para os botões para que pudesse liberar a parada. O elevador se moveu com uma sacudida, nos fazendo tropeçar em conjunto contra a parede.
Nossas bocas nunca deixando a do outro.
Eu estava me afogando nela.
Muito bom o caminho a percorrer.
Amy enganchou o pé atrás de mim, deslizando seu corpo contra mim. O atrito foi tão grande que eu gemi e puxei para baixo a manga de seu vestido, enquanto ela freneticamente puxou a minha camisa.
O som de botões batendo no chão era a nossa música de elevador. Quando as portas começaram a se abrir, nós tropeçamos em uma corrida. Levei-a para a porta de nossa suíte, em seguida, empurrei-a contra ela enquanto deslizei o cartão sobre o sensor.
Com um clique, a porta se abriu. Tudo o que minha cabeça registrou foi que estávamos no quarto.
Finalmente no quarto.
Ainda segurando Amy em meus braços, andei para o que eu esperava que fosse o quarto. Nós estávamos polegadas dentro quando ouvimos uma batida na porta.
"Nossa bagagem." disse Amy contra os meus lábios.
"Eles vão deixá-las no corredor."
"Ax..."
Gemendo, eu beijei a boca mais duro, mais profundo. "Não."
"Ax."
A batida soou mais alta.
"É isso aí." Eu a coloquei sobre seus pés. "Eu estou pegando a minha arma."
"Ax seja agradável!" Amy chamou, o riso laçou sua voz.
Abri a porta com uma palavra áspera em meus lábios. O carregador carregava nossa bagagem em ambas as mãos, um sorriso aterrorizado colado no rosto.
"Deixe-as." Eu resmunguei, em seguida, lhe dei duzentos dólares. "Por favor."
"Uh..." Ele deixou cair a bagagem, assentiu com a cabeça e caminhou para trás em direção ao elevador. Eu não estava indo para matá-lo; em seguida, ele não sabia disso novamente.
Eu não estava em condições de ter uma conversa.
A porta se abriu suavemente atrás de mim.
Inclinei-me para as minhas mãos contra a porta, me preparando para Amy, porque é isso que eu tinha que fazer. Eu tinha que me preparar, preparar o meu corpo para o seu ataque, preparar minha mente para o que ela faz para mim.
Finalmente, depois de algumas respirações profundas, eu me virei para encontrá-la sentada à mesa.
A única com comida chinesa.
"Para mim?" ela sussurrou, suas mãos se deliciaram com os pauzinhos. "Você fez isso para mim?"
Lentamente, eu andei em direção a ela. "Achei que era a melhor maneira de começar o nosso casamento... da mesma maneira que nós começamos nossa amizade."
"Com muita comida chinesa?"
Lambi meus lábios com o gosto dela. "Parecia uma boa ideia na hora."
"Você odeia comida chinesa."
"Mas eu te amo."
As lágrimas encheram seus olhos. "Eu não posso acreditar nisso."
"Acreditar no quê?"
"Isto." Ela levantou as mãos para o quarto, em seguida, apontou para mim. "Você... nossa vida agora... Eu me sinto como se fosse acordar e tudo vai ser um sonho."
"Casada com a máfia? Um sonho?" Eu brinquei. "Nah, isso é realidade."
Ela começou a rir. "Ok, tudo bem, não era o meu sonho quando eu era uma menina."
"E como uma mulher?"
Ela levantou-se e caminhou em minha direção. "Como mulher, eu estou muito, muito curiosa sobre onde o meu mafioso esconde sua arma." Suas mãos se moveram para os meus lados, em seguida, dolorosamente na frente da minha camisa. "Hmm, aqui não."
"Não." Eu respirei.
Amy inclinou a cabeça e moveu as mãos nas minhas costas e depois para baixo na minha bunda. "Aqui não."
Cada músculo apertando com emoção, consciência enquanto suas mãos deslizavam em direção à frente das minhas calças e lentamente para fora da minha camisa de botão. Quando os nós dos dedos roçaram minha pele, os meus quadris empurraram como se eu tivesse sido chamuscado.
"Estou ficando mais quente?"
"Tão quente." Eu cerrei meus dentes enquanto seus dedos desfizeram o botão da minha calça e, em seguida, puxaram o material para baixo. Fechei os olhos, rezando por paciência quando o ar frio atingiu minha pele.
E então suas mãos estavam em mim de novo, pegando minha cueca. Sim isto não ia acabar bem, eu com minhas calças para baixo na frente de comida chinesa, enquanto ela procurava a minha arma.
Com uma risada rouca segurei seus pulsos e puxei-a contra mim. "Minha vez."
"O-o quê?"
"É justo..." Dei de ombros. "Você tira para procurar, eu tiro para revistá-la."
"É mesmo?" Ela olhou de soslaio.
"Sim." Eu belisquei seus lábios com os meus, em seguida, beijei-a suavemente. "Então, espalhe-as. Eu serei muito... completo."
"Eu aposto que você será."
"Fique parada."
"Sim, senhor."
"Eu gosto disso, senhor, agora eu sei por que Nixon gosta. Que meio melhor de obter um homem animado?"
"Não vamos convidar o chefe em nossas conversas em nossa noite de núpcias."
"Feito." Eu pisquei e sai da minha calça. Eu estava usando minha camisa aberta, e cueca boxer preta. Meu estado de nudez não deixou nada para a imaginação. Eu estava um pouco preocupado que fosse assustar Amy. Em vez disso, ela me observava com muita atenção.
"Gostando do que vê?" Eu arqueei as sobrancelhas.
"Eu não vejo muito..." Ela lambeu o lábio superior. "Ainda."
"Provocação."
"Você está me revistando, ou eu posso continuar?" Ela desafiou.
"Fique parada." Eu exalo em um tom impaciente, em seguida, começo a andar em um círculo lento em torno dela. Eu levantei a mão ao pescoço, empurrando seu cabelo para fora do caminho. Ela tremeu em resposta. "Hmm, eu acho que vou aproveitar esta revista... muito."
CAPITULO VINTE E TRÊS
Amy
Sua respiração estava quente no meu pescoço enquanto caminhava em um lento círculo em volta de mim e parou. O nariz dele fez cócegas de trás da minha cabeça enquanto empurrou meu cabelo para um lado, em seguida, passou as mãos ásperas sobre meus ombros, puxando meu vestido para baixo nos braços. Estava apertado o suficiente para que não caísse.
"Hmm." Ax desenhou círculos lentos com as pontas dos dedos para baixo do centro das minhas costas até que atingiu a área sensível onde eu tinha a minha tatuagem feita. "Eu gosto do meu nome em você."
Eu tremi.
"Talvez gostar não é uma palavra forte o suficiente," Seus dedos fizeram cócegas ao redor da carne e, em seguida, mudou-se de meus braços, puxando meu vestido um pouco mais. "Ames. Eu amo o meu nome no seu corpo."
Os dedos de Ax dançavam em meus braços e se mudaram para minha clavícula enquanto ele se movia de volta ao redor me encarando. "Eu vou precisar que você faça algo para mim."
Seus olhos estavam escuros, a boca molhada, como se ele tivesse passando a língua ao longo de seus lábios imaginando que fosse os meus em vez dos seus.
"O quê?" Um gemido ofegante me escapou, e seu sorriso sensual quase me derrubou.
Ele inclinou a cabeça e se inclinou, seus lábios molhados tocando no lado de fora da minha orelha. "Eu vou precisar que você se espalhe."
"O-o quê?"
"Para uma boa revista." Ele riu suavemente. "Eu quero estar aprofundado. Você é minha esposa... afinal de contas. Não quero que você esconda qualquer... arma."
Com um puxão ele chutou meus pés afastados. O tecido em torno de minhas coxas rasgando todo o caminho até meus quadris.
Ele se ajoelhou na minha frente. Todo muscular e graça elegante. Ele escorregou em meus calcanhares e, em seguida, passou a mãos para cima nas minhas panturrilhas, em seguida nas minhas coxas. Seus olhos brilhavam com calor, enquanto suas mãos finalmente pararam em meus quadris e em seguida, terminou rasgando o meu vestido todo o caminho até os lados do meu corpo.
O vestido caiu no chão ao lado de meus pés.
O olhar de Ax viajou de minhas pernas para cima... Ele balançou a cabeça.
"Não está bom o suficiente."
Eu tive a súbita vontade de cobrir o meu corpo nu.
"Procurando." Ele agarrou meus quadris com mais força. "Não é bom o suficiente." Ele deu um beijo em um quadril e depois no outro, em seguida, lentamente roçou meu corpo no dele enquanto falou. "Quarto. Agora."
"Agora?" Eu guinchei me sentindo insegura sobre o meu corpo, sobre ele, sobre o que estávamos prestes a fazer.
"Pare de pensar..." A boca de Ax encontrou a minha ternamente. "E me deixe te amar."
Eu balancei a cabeça. Era um pequeno aceno tímido, mas pode muito bem ter sido um sinal de ardência e uma reunião de vitalidade. Ele me levantou em seus braços e levou para o quarto.
Eu não tive tempo de registrar como era bonito, como quente me sentia em seus braços, porque em um instante, eu estava na cama.
E ele estava pairando sobre mim.
"Três tentativas."
"O quê?"
"Três tentativas." Ele subiu em cima de mim e empurrou o meu corpo para baixo. "Recebo três tentativas para fazê-la gritar de prazer... e se meu nome não atravessar seus lábios, eu não estou fazendo bom o suficiente."
"Três é quase desnecessário, Oh meu Deus, o que está fazendo?"
Ax deslizou pelo meu corpo, os lábios parando em meu umbigo.
"Ora, eu estou fazendo o meu melhor para fazer você gritar." Antes que eu pudesse impedi-lo, ele estava lambendo, torturando, beijando cada lugar que poderia encontrar. Seus dedos seguindo da boca, às vezes sua boca seguindo seus dedos. O tempo deixou de existir, eu parei de existir. Com um grito que eu caí da cama quando uma onda de felicidade me bateu.
"Droga, sem nome." Disse Ax, embora parecia abafado, eu estava oficialmente deixando de estar presente no quarto. Sua boca encontrou o meu pé. Eu quase o chutei. Ele riu; sua língua rodou a minha panturrilha.
"Não mais, eu não posso aguentar." Eu me ouvi dizendo.
"Você pode. Você vai." E então eu perdi o foco novamente com as mãos em concha nos meus seios, seus lábios provocavam meu pescoço. Eu perdi a capacidade de controlar meu próprio corpo; ele subia e descia com seu toque. "Ax!" sua boca cobriu o meu grito. E então ele estava me enchendo. A dor era pequena, em comparação com o que eu pensava que seria. Eu sempre pensei que a minha noite de núpcias seria mansa, desajeitada. Simples...
Esta experiência, a sensação de meu corpo em torno dele, foi tudo menos simples.
Eu estava em chamas.
"Duas se foram... eu recebo mais uma tentativa." Ele disse contra meus lábios, nossas línguas entrelaçadas enquanto ele se movia, lentamente, a pressão aumentando. Eu não tinha certeza se podia respirar e muito menos gritar.
Mudou-se de forma diferente.
E eu estava errada.
Eu poderia definitivamente gritar.
Então eu fiz.
Repetidamente.
"Eu não tenho certeza que ouvi o meu nome." Ax ofegante.
"Axton." Mente e corpo gastos, eu coloquei o rosto levemente. "Eu te amo, Axton."
"Eu também te amo." Ele me beijou quase violentamente e então lentamente se afastou e se deitou ao meu lado. "Eu acho que vou ter que procurá-lo novamente."
"Eu acho que vou ter que deixá-lo."
"Deixar-me?" Ele zombou. "implorar é mais parecido com isso."
"Cuidado, seu ego Abandonato está se mostrando."
"Admita... você não iria querer-me de outra maneira."
Virei-me, olhei para o belo rosto, mandíbula forte. O homem era lindo. "Você está certo... eu não o faria."
"Eu posso fazer isso a noite toda, Ames."
Comecei a rir. "Eu também. Mas eu quero comida chinesa em primeiro lugar."
"Eu quero você em primeiro lugar."
"Você me tinha."
"Eu quero você em segundo e terceiro também."
"Ax..." eu gemi. "Alimente-me."
"Tudo bem." Ele sacudiu-se da cama e estendeu a mão. "Mas para me concentrar em usar pauzinhos, estou enrolando-a em uma toalha."
"Ok."
"Mas primeiro temos chuveiro... para que eu possa... você sabe... explorar um pouco mais."
"Ok, Christopher Columbus, o que você disser."
"Morda sua língua, esse homem era um espanhol." Ele piscou. Peguei a mão dele e, pela primeira vez em cinco anos... senti-me em paz no que deveria ter sido um futuro cheio de guerra.
"Você manteve a imagem de nós." Ax sussurrou poucos minutos depois, interrompendo meus pensamentos.
"Por quê?"
Amy abaixou a cabeça em meu ombro.
"Não, nada disso... Eu quero saber."
Eu levantei minha cabeça para que pudesse ver seus olhos questionadores. "As coisas não importam para mim. Pessoas fazem. Você faz. Mesmo como uma criança eu de alguma forma sabia que a posse mais importante que eu teria seria o seu sorriso, a memória de você. Tudo sobre você era tão... perfeito. Você era a minha rocha. Eu sabia que se tivesse você, tivesse sua imagem, seu sorriso, que tudo ficaria bem."
Ax estremeceu. "E eu menti para você, te abandoei, eu..."
"Amou-me." Eu pressionei meus dedos contra sua boca. "Você me amou, e isso é tudo que eu sempre procurei."
"Eu faço." Ax suspirou e beijou minha testa. "Amo-te mais do que palavras podem realmente descrever."
"Eu sei." Meu coração estava cheio. Minha vida foi detida, alterada, por um homem feito, por um homem que em muitas histórias é o monstro, mas minha vida não era uma história. O que eu estava vivendo era real. E meu monstro, só assim passou a ser o meu herói. "Eu também te amo, Ax."
Rachel Van Dyken
O melhor da literatura para todos os gostos e idades