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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


BECCA / Kali Hart
BECCA / Kali Hart

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Tenho uma queda por Becca Belmont desde a primeira vez que a vi.
Mas há muito tempo não deixo uma mulher se aproximar de mim.
Uma vez que a mãe de Luke nos abandonou, não quero que meu filho se machuque novamente.
Não posso arriscar que ele se apegue a outra mulher que vai embora.
Mas na noite em que acabo trancado no depósito da confeitaria com Becca, não consigo conter o que venho sentindo secretamente por ela há meses.
Não posso ter certeza do que o amanhecer trará, mas sei de uma coisa: Becca foi feita para ser minha.

 

 

Capítulo Um

É terça-feira.

O melhor dia da semana.

É o dia em que Soren e seu filho Luke param na confeitaria para comer um dos meus biscoitos.

— Seu namorado está aqui, — brinca minha irmã Eliza, me cutucando com o cotovelo.

Minha pulsação salta quando os vejo do lado de fora da porta de vidro. — Ele não é meu namorado, — eu sibilo baixinho, preocupada que o cliente que ela está ajudando possa ouvir. Mas a doce e idosa mulher parece alheia à nossa conversa.

— Você deveria fazer algo sobre isso, — Eliza diz com um aceno de cabeça enquanto Soren segura a porta aberta para seu filho. — Mais do que tentar impressionar o filho dele com seus biscoitos.

Cada uma das minhas irmãs e eu temos uma especialidade que trazemos para nossa confeitaria: cupcakes, donuts e até sorvete. A minha são os cookies. — Eu não sei do que você está falando, — eu digo segundos antes de meus olhos se conectarem com os de Soren. Meu corpo inteiro estremece de excitação.

Seu sorriso é perigoso.

A incineração de calcinhas é perigosa.

Todas as mulheres da cidade bajulam Soren Atkinson. Não é apenas sua aparência pecaminosamente gostosa - o homem poderia ser uma estrela de cinema com seu corpo de deus grego e sorriso assassino. É como ele age com seu filho que derrete a maioria de nossos corações em uma poça de gosma.

Luke, de oito anos, é o mundo inteiro de Soren. Ver os dois juntos é mais doce do que qualquer biscoito que eu tenha a oferecer no nosso caso. Mas me recuso a ser apenas mais uma mulher, tropeçando nos meus próprios pés, apenas por uma chance de chamar sua atenção e dizer olá.

— Oi Srta. Becca! — O rosto de Luke se ilumina no segundo que ele entra correndo pela porta e corre em direção ao balcão.

Eu deveria estar lá atrás preparando os cupcakes de amanhã, já que minha irmã Kaylee está de licençamaternidade. Mas eu não perderia minha terça-feira com Soren e seu filho por nada neste mundo. Já aceitei que vou trabalhar até tarde da noite para compensar. Não que eu tenha planos de estar em outro lugar. — Ei, Luke! Eu tenho um cookie novo para você experimentar hoje. Se você for corajoso o suficiente, é claro?

Sinto o olhar de Soren pousar em mim. Eu deixei meu próprio piscar até seus olhos castanhos brevemente. Atendimento ao cliente amigável. Pelo menos, essa é a mentira que conto a mim mesma toda terça-feira. Sua expressão ardente e aqueles olhos malditos têm meu pescoço ruborizado e minha calcinha encharcada. Essa reação acontece todas as semanas desde que ele começou a vir para Sprinkles on Top.

— Eu sou corajoso! — Luke declara. — Certo, pai?

— O garoto mais destemido que eu conheço.

A maneira como Soren diz isso, ele fala sério. Droga. Isso faz meu coração disparar e apertar os mamilos. Mais tarde, esta noite, vou deixar um banho de espuma, algumas velas e uma taça de vinho definir o clima para minhas fantasias Soren.

— Então, você não tem medo de monstros, certo?

Luke dá uma risadinha. — Não!

Eu sei que a pergunta é segura porque o garoto é obcecado por aqueles filmes de monstros da Pixar. Na verdade, ele é a inspiração por trás da minha criação. Toda semana ele chega com aquela mochila com tema de monstro quicando atrás dele. — Bom. Porque este é um cookie monstro.

— Um monstro? — A expressão de Luke muda de cética para animada no segundo que ele vê a bandeja na vitrine. — Legal!

— Monstro, hein? — Soren repete, um brilho malicioso dançando naqueles lindos olhos. Acho que fui pega. Estou superaquecendo e sei que não são os fornos. Apenas metade deles está ligada, já que estou na frente e não estou fazendo os cupcakes da minha irmã.

Eu me movo para trás da caixa, ciente do olhar ardente de Soren me seguindo. Tudo o que posso fazer é manter minhas mãos firmes enquanto levanto a bandeja para dar a Luke uma visão melhor. Minhas irmãs juram que o homem está interessado em mim, mas penso o contrário. Ele não namora desde que se mudou para a cidade há mais de um ano - pelo menos não que alguém saiba. Esta é uma cidade intrometida. Alguém saberia.

Acho que eles estão confundindo a simpatia de Soren com interesse. Eu sei disso.

Ele poderia ter qualquer mulher que ele quer, e não importa o que minhas irmãs me digam, ele está fora do meu alcance.

Claro, isso não me impediu de usar um vestido vermelho novo com bolinhas brancas que mostra as minhas meninas sem ser vulgar. Eu já o peguei roubando um olhar uma vez, e isso me faz ansiar por suas mãos em mim. Posso não ser o tipo dele, mas ele é um homem.

Soren se inclina na parte superior da vitrine, seu olhar caindo para o meu decote uma segunda vez antes de piscar até meus olhos. Eu sinto que ele está prestes a me perguntar algo. Alguma coisa importante. — Podemos ver aqueles biscoitos de monstro verde?

Escondo meu constrangimento atrás da vitrine, percebendo que Luke já escolheu seu favorito. Está vendo? Quero gritar com Eliza, que fica me olhando de sobrancelhas franzidas e piscadelas sugestivas.

— Você tem certeza que quer esses? — Eu pergunto a Luke, segurando em um guardanapo para ele avaliar. Já fiz cookies semelhantes antes,cheios de manteiga de amendoim e M&Ms. Mas nunca os fiz com cobertura verde e uma cara de monstro peculiar feita de desenhos de doces e cobertura.

— Uau! Pai, este é tão legal. Posso ficar com esse? Posso, por favor? — A aprovação entusiástica de Luke aquece meu coração. Algum dia, quando eu me estabelecer e tiver meus próprios filhos, espero que sejam como ele.

A imagem de Soren, Luke e eu morando em uma casa com mais alguns filhos pisca em minha mente, aprofundando a onda que se recusa a desaparecer na presença de Soren. — Vou embalar isso, — digo, ansiosa por uma desculpa para me virar e esconder meu rosto.

— Você é a melhor, Becca, — diz Soren. A forma como meu nome soa em seus lábios faz com que meu corpo inteiro aqueça e formigue. Tenho a maior queda por Soren desde a primeira vez que o conheci. Posso até estar apaixonada por esse homem. Patético, eu sei.

— Aqui está. — Entrego a caixa para Soren, ofegante quando seus dedos tocam os meus. Não é justo como um único toque suave pode fazer meu pulso disparar. Talvez seja melhor assim. Para nunca compartilhar mais do que essas simples trocas de terça-feira. Eu poderia entrar em combustão espontânea se nós dois ficássemos nus juntos.

— Obrigado, Becca. — Ele não tem pressa em puxar a mão. Não até que Luke exija segurar seu prêmio. — Acho melhor resolvermos isso, — ele me diz, com um pedido de desculpas nos olhos. — Luke vai passar a noite na casa da vovó e já estamos um pouco atrasados.

— Te vejo na próxima terça-feira? — Meu sorriso se estende tanto que minhas bochechas doem.

— Conte com isso. — Ele pisca para mim da porta da frente, mas espero até que feche para liberar a respiração que prendi.

— Simpatia minha bunda, — murmura Eliza.

 

 

 

 


Capítulo Dois

Soren


Toda terça-feira é a mesma coisa desde que Luke e eu nos mudamos para a cidade. Depois do drama e da dor de cabeça que passamos com minha ex-noiva, esse pequeno pedaço de nossa rotina é revigorante e aterrador. Um biscoito por semana dá a ele - e a mim - algo pelo qual ansiar. Algo com que ele pode contar.

Luke passa a noite de terça-feira com minha mãe para se relacionar com a avó que ele mal conhece e para me dar um tempo. Entre as horas extenuantes consertando aviões monomotores e transportando Luke para a escola e as atividades, fico exausto.

Mas não trocaria nossa nova vida por nada no mundo.

Há mais de um ano, prometi ao meu filho que começaríamos de novo. Apenas nós dois; nenhuma mulher.

Foi a única razão pela qual não convidei Becca Belmont para um encontro.

Na placa de Pare para sair do bairro da minha mãe - ela se mudou para a cidade há alguns anos e prometeu que seríamos felizes começando de novo aqui - eu paro alguns segundos a mais do que o necessário. Se eu virar à direita, dirijo o curto caminho fora da cidade para minha cabana.

Se eu virar à esquerda, vou passar pela Sprinkles on Top.

Eu tenho uma paixão louca por Becca desde a primeira vez que a vi atrás do balcão. Sorriso maravilhoso, olhos azuis deslumbrantes e uma figura curvilínea que poderia causar um ataque cardíaco em um homem. Sua bondade é genuína e seus biscoitos são incríveis.

Em um conjunto diferente de circunstâncias, de preferência uma que não envolvesse minhaex causando estragos em nossa vida, Becca teria sido a mulher que eu iria escolher. Gostaria de ter me mudado para a cidade mais cedo e evitado esse último erro completamente. Se eu soubesse que Becca estava nesta cidade pitoresca perto das montanhas...

Viro à esquerda, apesar do meu bom senso.

Agora, a confeitaria está fechada. Passar por lá tão tarde não prova nada, exceto que sou um homem solitário e desesperado.

Eu me animo quando percebo uma luz dentro. Minha pulsação salta quando pego um flash de um vestido vermelho através da janela antes de desaparecer na cozinha.

Esse vestido quase me quebrou hoje. A visão dele em seu corpo incrível nublou meus sentidos. Quase a convidei para sair na frente de Luke.

Meu coração incha, lembrando como seus olhos se arregalaram de tanta empolgação com os biscoitos monstro. Eu deveria parar. Dizer a Becca o quanto eu aprecio o que ela faz por Luke. Porque eu sei que ela fez esses biscoitos especiais para meu filho.

Estou em uma vaga de estacionamento fora da confeitaria, deslizando minha caminhonete para estacionar, antes mesmo de perceber o que fiz.

A porta provavelmente está trancada.

Isso não me impede de sair da minha caminhonete. Não vejo Becca pelas janelas de vidro agora, mas um brilho emite da porta da cozinha. Ela está aqui sozinha? Apesar do meu coração acelerado, franzo a testa. Não gosto da ideia dela aqui, sozinha, tão tarde. E se alguém invadir?

Alcançando a porta da frente, fico surpreso ao encontrá-la destrancada.

— Becca? — Eu grito, me perguntando se talvez ela esteja dando algum tipo de festa particular de decoração de biscoitos nos fundos. Talvez seja por isso que ela não trancou a porta. Mas a ausência de carros do lado de fora sugere o contrário.

Entro todo o caminho quando ela não responde. O zumbido dos ventiladores e o alarme de uma hora do forno provavelmente abafam minha voz.

Ainda há tempo de mudar. É o último pensamento sensato que tenho antes de me aproximar do balcão e me inclinar sobre ele. — Becca, você ainda está aqui? — Eu chamo, pegando um borrão vermelho e várias dúzias de cupcakes enchendo o balcão. Não são cookies?

Becca aparece na porta, quase tropeçando nos pés ao parar. Seus olhos azuis se arregalam ao me ver, mas é o jeito que seus seios saltam naquele vestido maldito que me torna incapaz de falar. — Soren? Como é que entrou?

 

 

 

 

 

 

 


Capítulo Três

Becca


Meu coração bate forte no peito ao ver Soren dentro da confeitaria. Não é só porque jurei a mim mesma que tranquei a porta. É o maldito Soren Atkinson. Na confeitaria comigo. Sozinho. Muito sozinho.

— Desculpe parar sem avisar, — ele diz, aquele sorriso mortal puxando seus lábios. — Eu vi a luz.

— Onde está Luke? — De jeito nenhum o homem passou sem seu filho. Ele nunca fez isso antes durante o horário comercial. Por que ele iria agora?

— Eu o deixei ficar na casa da minha mãe. Tradição de terça à noite.

Demora mais alguns segundos, mas meus pés finalmente se lembram de como funcionam e eu saio do balcão em direção à porta da frente que não deve estar destrancada. Com certeza, está. Tiro as chaves do bolso, preparada para nos trancar antes de perceber o que estou fazendo. — Ah, é mesmo...

— Você sempre deixa sua porta destrancada? — Em vez de ir em direção à saída, Soren encosta o cotovelo no balcão. Este homem tinha que ser um modelo em alguma vida anterior.

O que eu não daria para saber tudo sobre ele e seu passado misterioso. — Becca?

— Achei que estava trancada, — digo, lembrando que ele me fez uma pergunta há dois minutos. Levanto as chaves em direção à porta novamente e as solto. Embora a ideia de trancar nós dois juntos em uma confeitaria seja tentadora, não tenho certeza se Soren gostaria de ser mantido como prisioneiro. — Você precisa de mais cookies? — Eu pergunto.

— Não, — ele responde com uma risada baixa e profunda que me atinge no centro. Droga, só trouxe uma muda de calcinha para o trabalho hoje. Eu não tenho outra. — Eu queria te dizer o quanto eu apreciei os cookiesde monstro. Eu sei que você os fez por Luke.

O calor sobe pelo meu pescoço e atinge minhas bochechas. Ele me pegou. — Tirei a ideia daquela mochila dele, — digo, esperando que ele não descubra quanto esforço e consideração dediquei à ideia. Isso pode ser cruzar uma linha invisível. — Ele gostou deles, então?

— O garoto ainda estava contando para minha mãe sobre seus cookies incríveis, depois do jantar quando eu saí.

Não consigo esconder o enorme sorriso que se espalha pelos meus lábios. É a forma mais elevada de elogio que um cliente pode me dar. Cada nova criação de cookies é especial para mim. Como liberar uma parte de mim no mundo para que todos possam julgar. — Fico feliz em ouvir isso, — eu digo.

Estou confusa por que Soren não saiu do balcão. — Eu odeio te apressar, — eu digo, entendendo essas palavras em toda sua extensão, — mas estou cobrindo Kaylee esta semana. Tenho algumas centenas de cupcakes que precisam de cobertura para a vitrine de amanhã.

Vagarosamente,Soren se empurra para fora do balcão. — Você se sentiria desconfortável se eu pedisse para ficar por um tempo?

Meu coração bate tão forte contra o meu peito que acho que pode saltar para fora. Estou excitada e... confusa. — Você é mais quebem-vindo para ficar, — eu digo, conseguindo acalmar alguns dos meus nervos. — Mas tenho que perguntar... por que você quer?

Soren encolhe os ombros largos. — A casa fica um pouco quieta sem Luke lá. Achei que seria bom ter companhia. E, honestamente, eu me sentiria melhor sabendo que você chegou em casa com segurança.

Essa última parte me faz sentir quente e pegajosa por dentro. Talvez Eliza esteja certa. — Estou prendendo você. Última chance de fugir.

Soren ri novamente. — Faça-me prisioneiro.

Eu me viro para que ele não veja aquele flash instantâneo no meu rosto. Oh, eu o faria sim. De qualquer forma que ele me deixasse. Em cima. Por baixo. Inclinada sobre o balcão. — Você não pode dizer às minhas irmãs que eu deixei você entrar na cozinha.

— Será nosso segredinho.

Eu sinto aquele olhar aquecido em meu corpo enquanto ele me segue até à cozinha. Essas calcinhas estão torradas. O que preciso fazer é colocar a cobertura nesses cupcakes. Ainda tenho mais de cem pela frente. Mas agora que tenho público, estou nervosa. Cupcakes - incluindo a decoração - são coisa de Kaylee. — Você quer me assistir a assassinar esses cupcakes ou quer me ver fazer algo em que sou boa?

Ele arqueia uma daquelas sobrancelhas lindas, tantas insinuações ali que quase solto minha pergunta.

— Como fazer um lote de biscoitos?

— Eu voto cookies. Mas só se eu puder lamber a batedeira.

A imagem dele trabalhando aquela língua me dá arrepios de prazer. Aposto que ele pode fazer coisas incríveis com ela. — Já que coloquei todos os ingredientes dos meus biscoitos de lado durante a noite... — digo, colocando os biscoitos nas bandejas para congelar mais tarde - quem precisa dormir? — ...vou precisar de ajuda para tirá-los de volta.

Soren me dá aquela piscadela perigosa. — Vou ganhar meu sustento. — Enquanto o levo de volta para o depósito, tento reprimir as fantasias de o beijar aqui. Eu sonhei com issomais de uma vez, desejando que uma terça-feira me desse apenas alguns minutos a sós com ele.

Eu mantenho a porta pesada aberta com um balde de glacê. — Vou precisar de um pouco de farinha, açúcar, sal, o de sempre. Mas os ingredientes especiais se escondem na prateleira de cima. — Aponto para uma prateleira que não consigo alcançar nem com a ponta dos dedos se esticar na ponta dos pés. Eu poderia usar o banquinho dobrado no canto, mas que graça teria isso quando tenho um metro e noventa ou mais de Soren para me ajudar?

— Este é um depósito e tanto, — diz ele. — Você não está planejando dormir aqui esta noite, está?

Eu sigo seu olhar para a cama atrás de mim. — Oh aquilo? Não. Colocamos isso aqui conformeKaylee avançou na gravidez, para que ela pudesse tirar cochilos revigorantes.

— Lembra-me de um bunker.

— Uma cama, o menor banheiro do mundo e todo o açúcar que você poderia desejar. Acho que daria para sobreviver a um apocalipse.

Soren ri, aquele sorriso perigoso iluminando seu rosto e revelando seus olhos escurecidos. — Você é mais engraçada do que eu pensava, — ele diz, seu tom todo elogioso. Estende a mão com facilidade e me entrega um saco de gotas de chocolate. — Acho que não consigo falar muito com você nas terças-feiras.

— São um pouco agitadas. — Esta pode ser a oportunidade que Eliza insiste em que estou desperdiçando. Aquela em que convido Soren para sair. Ou pelo menos por seu número de celular. Mas as palavras estão presas na minha garganta. Apesar da forma como o olhar intenso de Soren percorre meu corpo e sobe de volta, ainda estou com medo da rejeição.

De repente estou quente. Muito quente. Eu me afasto para trás, chocolate na mão. — Talvez devêssemos começar com esses cookies, — digo, com cuidado para evitar roçar seu braço com o meu. Por mais que deseje seu toque, tenho medo do que isso fará comigo.

— Precisa de mais alguma coisa? Sal, você disse? — Ele estica a mão por cima do meu ombro em direção à prateleira, me fazendo entrar em pânico.

Eu salto para trás. Meu calcanhar chuta o balde de glacê com força suficiente para empurrá-lo para fora da porta. Tropeço em meus próprios pés - literalmente - e minha bunda empurra a porta fechada. Merda.

— O que há de errado? — Soren pergunta, sem dúvida porque meus olhos estão mais arregalados do que meus biscoitos.

— Estamos trancados.

 

 

 


Capítulo Quatro

Soren


— Trancadospor dentro? — Repito as palavras que Becca disse, certo de que alguma coisa me escapa.

— Sim. — Sua cabeça e seu sorriso caem. O desejo de envolvê-la em meus braços e tranquilizá-la de que tudo ficará bem me oprime.

O desejo dentro de mim de fazer essa mulher feliz a cada momento que eu puder pelo resto da minha vida está queimando dentro de mim. Não consigo entender de onde veio um sentimento tão poderoso, então nem tento.

— Soren, eu sinto muito. É uma daquelas portas de abrigos antiaéreos. Você só pode abri-la do lado de fora.

Coloco minha mão em seu ombro nu, meu olhar traidor caindo em seu decote. Estaremos presos juntos, com Becca naquele vestido quente de merda. Tenho sido capaz de resistir a ela por meses. Mas esta noite, eu posso ser um homem fraco. Tenho que nos tirar daqui. — Deixe-me tentar.

Ela sai do caminho, a frente de seus seios deslizando pelo meu peito. Meu pau se contorce no meu jeans, mas devido ao espaço estreito, acho que ela não percebe. — Não acho que haja uma maneira de abri-lo, — diz ela.

Puxo a alça com tanta força que temo quebrá-la. Está definitivamente trancada e, com seu design, também não há como retirá-la. — Está com seu telefone? — Eu pergunto, percebendo que deixei o meu no balcão ao lado dos cupcakes.

— Na cozinha. — O medo persiste em seus suaves olhos azuis, rasgando meu coração.

— Ei, não é grande coisa. Não sou o pior cara com quem você poderia ficar preso aqui, certo? — Lanço para ela o sorriso que a faz corar, na esperança de aliviar a tensão.

— Mas Luke...

— Fica com minha mãe a noite toda. Ela vai levá-lo para a escola pela manhã. Contanto que possamos sair daqui antes que eu tenha que buscá-lo à tarde, estou bem. — Dou alguns passos mais perto de Becca, indo devagar para ver se ela recua com a minha abordagem. A última coisa que quero fazer é assustá-la.

— Hannah chega às três, — explica ela.

Estranhamente, a decepção é o primeiro sentimento que me ocorre. Considerando que já são quase dez horas, cinco horas não parece tempo suficiente para passar com Becca. Eu deveria me sentir em pânico, porque cinco horas é demasiado tempo para eu entrar em apuros.

Incapaz de resistir ao desejo por mais tempo, eu a puxo suavemente em meus braços. Becca cai contra meu peito, sua cabeça enfiada embaixo do meu queixo. — Vamos ficar bem por algumas horas, — eu digo. — Eu prometo que não vou morder - a menos que você queira.

— Não me provoque, — ela diz com uma risada. — Eu posso aceitar isso.

Há semanas que suspeito que Becca pode ter uma queda por mim. Mas os biscoitosde monstro que ela fez para Luke hoje confirmou isso. Venho lutando contra meus sentimentos por ela há tanto tempo... seria tão terrível ceder?

— Quão resistente é essa cama? — Eu pergunto.

— Grande e confortável o suficiente para uma mãe grávida de nove meses.

Eu a pego pela mão e a conduzo por uma curta distância até à cama. — Vamos sentar. — O que realmente quero fazer é deitá-la na cama e puxar o vestido para cima. Deslizar meus dedos entre suas dobras molhadas e descobrir como ela é doce. Mas sou mais cavalheiro do que isso. — Você é daqui? — Eu pergunto, sentando ao lado dela. Nossas coxas se tocam, mas não me incomodo em tentar colocar distância entre nós.

Estou perdendo minha luta para resistir a ela a cada segundo que passa. Se não fosse pela promessa que fiz a Luke, não lutaria contra ela.

— Sim, minhas irmãs e eu. Chato, hein? — Becca molha os lábios com a língua, me deixando mais louco do que ela poderia imaginar.

— De modo nenhum. Eu gosto desta cidade. Tem coisas suficientes para ser interessante, mas também é silenciosa. Amigável.

— Onde você estava? — ela pergunta, os dedos mexendo na bainha do vestido. — Antes de se mudar para cá?

— Nova York. — A admissão tem um gosto amargo em meus lábios. Eu nem gosto da pessoa que eu era antes de me mudar para cá. Estava tão focado em ganhar dinheiro que quase me casei com a mulher errada. — Conte-me sobre seus cookies.

— Não estou revelando nenhuma receita secreta, — ela brinca.

Estou tão aliviado pela fácil mudança de assunto. — Quando começou a sua obsessão por cookies?

O canto de sua boca se curva com a minha descrição, mas eu apenas sorrio de volta.

— Tinha cinco anos, — diz ela, deixando escapar um suspiro feliz e recostando-se na parede. Eu me junto a ela, incapaz de manter meus olhos fora de seus seios. A maneira como eles se levantam quando ela endireita os ombros - é como se eles estivessem implorando para serem apertados. Se eu não sentar em minhas mãos, posso simplesmente agarrá-los. — Minha mãe,elafaleceu há vários anos, me ensinou a assá-los.

— Ela ensinou todas vocês? — Eu pergunto.

— Sim. Definitivamente, herdamos dela nosso amor pelos doces. — Ela se move contra a parede dura.

— Isso não pode ser confortável, Becca. — Eu levanto meu braço e a puxo contra meu peito. Droga, ela fica tão bem contra mim. Tento me convencer de que é apenas ter uma mulher em meus braços de novo que é assim, mas, na verdade, é ela.

— Cada uma de nós gravitava em torno de nossas próprias coisas. Mas os cookies é algo meu. Eu também fui um pouco maldosa sobre isso.

— Você maldosa? — Eu balancei minha cabeça. — Não consigo imaginar.

— Você não tentou ficar entre mim e minha cozinha. — Ela levanta os olhos azuis na minha direção, lambendo os lábios novamente. Tudo o que consigo pensar é em beijá-la. Prová-la. Devorar sua boca.

— Eu não ousaria. — São as últimas palavras que consigo dizer, porque Becca se levanta do meu peito e vira a cabeça em minha direção. Todos os sentimentos pelos quais lutei por semanas se precipitam, tornando impossível lutar contra isso por mais tempo.

Quando seus dedos macios tocam minha bochecha, eu me inclino para o beijo que ansiava.


Capítulo Cinco

Becca


Estou beijando Soren Atkinson.

Isso não pode ser real. Mas se for um sonho, é melhor ninguém me acordar. Não me importo se estarcaída na mesa de metal frio com glacê no cabelo.

Seus lábios maravilhosos se movem contra os meus da maneira perfeita que eu fantasiava que fariam. Este primeiro beijo é tudo que imaginei que poderia ser e muito mais. Muito. Mais.

Os braços fortes de Soren me envolvem, me puxando com mais força contra ele. Eu passo a mão por seu cabelo, enrolando meus dedos contra sua nuca. Mais próximo. Eu o quero mais perto. Separo meus lábios, convidando sua língua para dançar com a minha. Sinto o gosto de glacê e isso me faz sorrir. — Esses cookies não foram apenas para Luke,não? — Murmuro contra seus lábios.

— Ele compartilhou. — Suas mãos quentes enrolam em volta do meu pescoço e deslizam sobre meus ombros. Meus seios anseiam ser tocados, apertados, acariciados por suas mãos grandes. — Becca, — diz ele, afastando-se dos meus lábios, mas descendo no meu pescoço.

— Sim?

— Tenho uma confissão.

Eu endureço, temendo que seja algo terrível. Como se ele ainda fosse casado. Ou gay. Mas nenhuma maneira no inferno que este homem é gay e manipula uma mulher deste jeito. — Puxe o band-aid? — Eu imploro enquanto seus lábios se movem em meu ombro.

— Você acha que é algo ruim?

— Não é?

Sua risada vibra contra minha pele sensível. — Só se você achar que é ruim.

Nossos olhares se encontram, revelando o desejo impregnado em seus olhos escurecidos. — O que é?

— Eu queria você há muito tempo, — diz ele, mantendo contato visual com cada palavra. Eliminando qualquer chance de que ele seja apenas um homem com tesão se aproveitando da mulher com quem ele está preso nas próximas horas. Este homem está dizendo a verdade. Eu apostaria minha receita de biscoitos monstro nisso.

— Você não é o único com uma confissão, — eu digo, embora minhas palavras saiam mais num arquejo.

— Oh sim? — Suas mãos quentes se movem para cima e para baixo em meus braços nus, afastando qualquer frio que o depósito tivesse para oferecer quando entramos pela primeira vez. Seu olhar mergulha, encontrando o meu diretamente. — Puxe o Band-Aid, — ele sussurra contra minha bochecha.

— Eu também tenho uma queda por você. — Não estou prestes a admitir que tudo começou no primeiro dia em que o vi. Isso soa um pouco... perseguidor. Mas é bom tirar isso do meu peito. Não importa o que traga amanhã, pelo menos minhas irmãs vão sair de minhas costas agora.

— Tem? — Uma mão desliza pelo meu braço e cai na minha perna.

— Não aja como se você não soubesse. — Tento revirar os olhos, mas maldito seja, seu toque está nublando meus sentidos.

— Eu tinha esperança disso, — ele admite.

Estou morrendo de vontade de saber o que o impediu de avançar, mas quando uma palma da mão bate no meu peito, decido guardar a perguntapara mais tarde. Agora, quero ser devastada pela minha paixão enquanto a oportunidade está aqui. Não ouso pensar no amanhã e no que pode mudar quando Hannah destrancar a porta.

Nossos lábios se encontram de novo, sensuais, mas famintos. A urgência aumenta enquanto ele espreme meu seio através do tecido incômodo. É um vestido lindo para mostrar as meninas, e rendeu a atenção que eu estava procurando de Soren, mas não tão bom para convidar mãos errantes para dentro. É muito apertado para isso.

Alcanço minhas costas e puxo o zíper para baixo.

— Meu Deus, Becca. — Ele coloca a mão dentro, massageando meus seios e provocando meu mamilo. Melhor coisa sobre este vestido: sem sutiã.

É tão bom ser acariciada. Meus olhos se fecham e me inclino para trás para dar a ele melhor acesso ao que ele quer.

— Alguma câmera aqui?

— Não. — Mesmo se houvesse, eu não permitiria que isso impedisse nada do que está para acontecer. Tenho a senha da filmagem de segurança memorizada. Eu poderia apagar o vídeo, se necessário - ou fazer uma cópia pessoal primeiro. Que pena.

— Bom. — Ele baixa as alças do vestido pelo ombro, expondo meus seios ao ar frio do depósito. Mas meus mamilos duros são todos de antecipação do que Soren fará com eles. — São tão lindos, Becca. — Com as duas mãos, ele amassa meus seios. Nossos lábios se reconectam, começando uma nova rodada de uma ainda mais quente sessão de amassos.

Eu nunca tive um homem me adorando assim antes. Adicione que é Soren, e estou tonta de prazer. Isso já é toda fantasia que eu tive em uma só. Mas ainda quero mais. Eu alcanço sua virilha, minha palma conectando com seu comprimento duro. Não há nada pequeno sobre este homem, incluindo o que ele está escondendo sob aqueles jeans.

— Becca, — ele rosna meu nome contra meus lábios enquanto meus dedos trabalham em seu zíper. — Você tem certeza sobre esta cama?

Eu mergulho minha mão dentro de sua calça jeans e encontro a abertura em sua boxer. — Acho que teremos que testar sua classificação de estabilidade.

— Isso é um desafio?

Apertando seu pau, eu digo: — Talvez seja.

— Então acho que preciso tirar você desse vestido. — Soren se levanta, puxando-me com ele.

O pânico toma conta de mim enquanto procuro o interruptor de luz. Mas antes que meus dedos possam alcançá-lo, Soren cobre meu pulso. — Deixe a luz acesa. Tenho esperado muito para ver você nua para perder um único momento.

A maneira como ele diz essas palavras, como um leão faminto prestes a devorar sua presa, afasta meu medo autoconsciente. Tenho curvas generosas que nem sempre são consideradas atraentes, mas o olhar de Soren me absorve enquanto deixo o vestido cair no chão. Eu fico diante dele em nada além de um par de calcinhas de seda.

— Porra, você é tão gostosa, Becca. Cada centímetro incrível de você.

Não questiono mais se estou apaixonada por esse homem.

Eu sei que estou.


Capítulo Seis

Soren


Becca está diante de mim, nua e exposta em sua calcinha preta. Estou impressionado com sua beleza e suas curvas. Reivindique-a. A voz sussurra em meu ouvido, quase uma ordem. Não para enterrar meu pau nela uma vez, mas para sempre.

Afasto o pensamento. Não consigo pensar além agora. Porque isso exige falar com meu filho e obter sua permissão primeiro. O que quer que aconteça neste depósito deve ser mantido como segredo de Luke. Mas vou abordar o assunto de namorar Becca com ele.

Por mais ansioso que esteja pelo que está para acontecer, já sei que uma vez nunca será o bastante.

— Se você não tirar suas roupas, eu farei isso por você, — Becca diz para mim, me puxando de volta para este momento.

Perco minha camisa, jeans e boxer, chutando-os para o lado. Fico nu diante da mulher por quem eu poderia facilmente me apaixonar, se apenas eu me permitisse. Meu pau duro anseia por estar dentro dela. Para reclamá-la como minha.

Com dois passos, Becca está em meus braços novamente. Nossos lábios já conhecem o caminho um para o outro enquanto nossos corpos se pressionam juntos.

Sua pele macia contra mim é a melhor sensação do mundo. Eu deixo minhas mãos vagarem para cima e para baixo em seu corpo até que parem em sua calcinha. Estou tentado a tirá-la, mas pode ser divertido deixá-la por mais algum tempo.

Mergulho dentro dessa calcinha, deslizando meus dedos entre suas dobras molhadas. Ela está tão molhada. Observo minha mão contra sua boceta até ela choramingar. Mas não estou pronto para levá-la ao limite ainda. Puxo sua calcinha. — Deite-se para mim, baby.

A cama não é grande, mas é maior do que a maioria que já vi. Mais resistente também. Mas não quero testar seus limites com Beccadeitada de costas. Depois de lamber, teremos que descobrir outra posição.

— Soren... — Pânico pisca em seus olhos enquanto coloco suas pernas sobre meus ombros.

— O que é, baby?

— Eu... eu não... nunca tive um homem... não sou virgem, mas...

— Você nunca teve um homem lambendo você antes?

— Não.

— Bom. — O lado ciumento de mim está feliz pra caralho em saber que sou o primeiro homem a provar seus sucos doces. — Então deixe-me mostrar o que você está perdendo. — Eu desço em sua boceta, cobrindo-a com minha boca. Embora esteja com fome e ansioso, eu levo meu tempo com minha língua. Traçando as depressões e dobras com prazer.

— Oh, oh!

Finalmente, suas pernas tensas relaxam e Becca se recosta. — Apenas aproveite isso, baby. É tudo sobre você agora. — Embora comer essa doce boceta seja tanto para o meu prazer quanto para o dela. Porra, ela tem um gosto tão bom.

Quando seus quadris começam a resistir, eu puxo suas coxas contra meu ombro e aumento a intensidade da minha sucção. Minha língua tece seu caminho através de sua boceta como se tivesse recebido uma dose letal de cafeína.

— Soren... eu acho... eu acho... oh!

Os ruídos que ela faz quando goza são tão sexy. Eles vão atormentar meus sonhos por muitas noites. Seguro minha boca contra sua boceta, desejando que ela goze no meu rosto. Quando seu corpo finalmente pára, eu volto para respirar. — Como foi isso?

— Isso é o que eu estava perdendo? — Ela afasta as mechas rebeldes de cabelo vermelho que se soltaram de seu coque, um sorriso brilhante iluminando seu rosto. Que bom que deixamos as luzes acesas.

Quero dizer a ela que sou o único homem que vai colocar meus lábios em seu centro, mas não é justo para mim fazer essa afirmação. Ainda não. Mas sei que, uma vez dentro dela, não serei capaz de suportar a ideia de outro homem vindo atrás dela.

— Eu quero estar dentro de você, Becca.

— Eu quero isso também.

Empurrando a cama, alcanço minha mão para ajudá-la a se levantar. Eu a puxo em meus braços, beijando-a. Permitindo que ela se prove em meus lábios. Um beijo gentil se torna esfomeado. Meu pau latejante exige entrada.

— Eu vou pegar você por trás, — eu digo. — Tudo bem?

— Você pode me levar da maneira que quiser. — Aquela névoa de sonho e orgasmo preenche tanto suas palavras quanto seus olhos semicerrados. Foda-se, acho que estou apaixonado.

 

 

 

Capítulo Sete

Becca


Minhas pernas estão tremendo depois daquele orgasmo insano. Nunca deixei um homem me lamber lá em baixo antes, mas não consigo entender por quê. A sensação de sua língua provocando meu clitóris, seus lábios cobrindo minha boceta... e aquele orgasmo... o melhor de todos.

— Vire-se, Becca, — Soren diz. — Eu preciso estar dentro de você.

Eu não sou uma virgem. Já fiz sexo algumas vezes, mas nunca gostei. É uma das razões pelas quais me lancei neste negócio de confeitaria quando minhas irmãs e eu decidimos abrir Sprinkles on Top. Isso me deu uma desculpa para evitar namorar e fazer sexo ruim com caras de quem eu realmente não gosto.

Mas com Soren... eu não acho que seja possível fazer sexo ruim. Eu me afasto dele, procurando a melhor opção no espaço apertado. Um armário de madeira na altura do quadril oferece o melhor apoio para as mãos. Eu agarro os lados e mexo minha bunda em um convite para Soren. Ele dá um passo atrás de mim, deslizando seu pau enorme entreminhas pernas.

Estou apavorada que ele vá me dividir em duas. Mas existem maneiras piores de morrer...


Esqueço que estou com medo quando seu pau desliza entre minhas dobras sensíveis. Quando sua cabeça esfrega contra minha protuberância, eu gemo. — Oh, eu gosto disso.

— Espere, — ele promete.

Ele move seu pau para minha entrada e empurra para dentro. Eu fico na ponta dos pés, oferecendo acesso a ele. Mordo meu lábio inferior com o beliscão inicial de sua entrada, mas qualquer dor diminui para o prazer em segundos. Meu canal está tão molhado e pronto para ele. Minhas paredes se estendem até seu tamanho com algumas estocadas.

— Você está bem, Becca?

— Mais do que bem.

Ele balança para dentro e para fora de mim lentamente, enterrando-se o mais fundo que pode com cada golpe. — Becca, eu tenho uma confissão.

— Outra? — Meu tom de provocação sai mais ofegante.

— Se eu gozar dentro de você, você será minha. Só minha. Eu não posso te compartilhar.

Suas palavras fazem meu corpo inteiro formigar. — Promete?

É toda a permissão de que ele precisa para aumentar o ritmo de forma constante. As palavras se perdem na sobrecarga de prazer que se constrói. Eu quero desesperadamente que ele bata em mim, mas eu não o apresso. Independentemente do que ele diga, sei que o amanhã não foiprometido. Ele pode pensar de forma diferente sobre mim quando não estivermos presos sozinhos juntos.

Afasto os pensamentos, memorizando como é incrível ter Soren me preenchendo. Me completando.

— Goze dentro de mim, — eu imploro enquanto o ritmo fica mais faminto; até mesmo selvagem. Ele bate em mim com mais força com cada impulso até que grita e se acalma. Não há melhor sensação do que seu pau me enchendo assim. Parece que foi - muito além de uma paixão boba. Isso... isso é amor verdadeiro.

 

 

 

 

Capítulo Oito

Soren


Com Becca em meus braços, meu mundo parece completo de uma maneira que não parecia há muito tempo. Inferno, talvez nunca tenha se sentido assim. Espero e oro para que Luke aceite essa ideia, porque não sei como viveria sem ela.

Pior, se Luke não concordar que eu esteja com Becca, talvez tenhamos que parar de ir ao Sprinkles on Top. Eu não sei se aguentaria ver a mulher que amo dia após dia, lembrando o quão incrível é estar dentro dela, e saber que não podemos ficar juntos.

O depósito foi ficando mais frio com o passar da noite, o que nos obrigou a nos vestir com relutância. Eu deixei minha camisa fora então Becca poderia usar isso como um cobertor.

— Você está confortável? — ela pergunta com um bocejo.

— Perfeito. — A cama é um pouco apertada, mas me dá todas as desculpas para segurá-la mais perto.

— Tem certeza disso?

Eu beijo sua testa. — Relaxe, baby.

— Soren?

— Sim?

— Por que você nunca me chamou para sair? — Quando não respondo imediatamente, ela acrescenta: — Você disse que tem uma queda por mim há algum tempo. Você sabia que eu era solteira. O que te impediu?

Bem, merda. Acho que a conversa precisa acontecer agora. — É Luke.

— Ele não gosta de mim?

— Você está de brincadeira? Você é seu novo super-herói depois daquele cookie monstro. — Suavemente, eu acaricio seu braço por baixoda minha camiseta. — Nós nos mudamos para cá depois de uma separação ruim. Luke ficou arrasado ao perder outra mulher em sua vida. Ele perdeu a mãe em um acidente de carro quando tinha quatro anos.

— Eu não sabia disso. Sinto muito, Soren.

Sua simpatia genuína aquece meu coração, derretendo o resto do gelo que eu mantive como escudo. — Eu prometi a Luke quando nos mudamos para cá que começaríamos uma nova vida, só nós dois. Sem mulheres.

— Ah, entendo. — A suavidade em seu tom torce meu coração.

Inalo profundamente, procurando as palavras certas para que ela saiba que este não foi um negócio único para mim. Eu quero fazer isso funcionar. Mas antes que eu tenha chance de dizer mais alguma coisa, a porta se abre.

— Uau! — Os olhos de Hannah Belmont crescem três vezes mais. — O que... sabe, não importa.

— Nós ficamos presos, — explica Becca, pulando fora da cama como se pegasse fogo. Ela sai correndo do depósito sem olhar para mim. Eu quero acreditar que ela só está com vergonha de sua irmã nos pegar de guarda baixa. Pelo meu relógio, ela está uma hora adiantada. Mas não explica o pavor que me invade.

— Você tem sorte de eu estar aqui, — Hannah diz a Becca como se eu não estivesse espreitando no depósito, colocando minha camisa de volta. — Você nem sequer conseguiu fazer a cobertura dos cupcakes.

— Difícil de fazer quando você está trancado em um depósito sem um telefone, — Becca dispara de volta.

Temendo que meu telefone pudesse conter mensagens de texto não respondidas ou ligações de minha mãe preocupada, sou forçado a me esgueirar para a cozinha para recuperá-lo. Enquanto o alcanço, a irmã de Becca aponta uma espátula para mim.

— O que você está fazendo aqui? — Ela muda seu olhar estreito para Becca. — Não permitimos que ninguém que não trabalhe aqui entre na cozinha. Regra da família.

— Ele está indo embora, — diz Becca. Virando a cabeça em minha direção, ela acrescenta: — Certo?

Parece errado deixar as coisas assim. Sem maiores explicações ou mesmo um adeus. Mas Becca já começou a cobrir cupcakes. — Vejo você mais tarde, Becca. — Eu fico, esperando que ela olhe para mim. Parece errado terminar nossa noite dessa maneira.

— A porta está destrancada, — Hannah acrescenta quando ela percebe que eu não me mexi.

— Certo. Boa noite, senhoritas.

 

 

 

 

 


Capítulo Nove

Becca


— Você ficou deprimida pela confeitaria por uma semana! — Eliza repreende. — Vai assustar todos os clientes.

— Haha. — Eu reviro os olhos exageradamente, mas ela não está errada. Esta foi a semana mais longa da minha vida e a primeira terça-feira que me lembro de temer. Não tenho ideia se Soren e Luke virão hoje. Talvez eles encontrem uma nova tradição de terça-feira. E se eles aparecerem... Solto um suspiro pesado.

— Estou vendo! — Eliza aponta para mim. — Você está fazendo isso de novo.

Descobrindo um pano amassado embaixo do balcão, eu o usopara limpar a parte de trás da vitrine. — Não estou.

Coloco minha língua para fora, me sentindo como se fôssemos crianças de novo. Mas sei que Eliza só está pressionando porque se importa.

— Você já falou com ele?

Depois que Hannah encontrou Soren e eu no depósito, todos abraços, braços e pernas emaranhados, foi difícil esconder do resto das minhas irmãs. Até Haylee sabe, e ela ainda está em casa. — O que eu diria? — Soren deixou bem claro que tem um pacto com o filho. Eu nunca pediria a ele para quebrá-lo para que pudéssemos ficar juntos. — Eu não quero interferir. Certamente você entendeu?

— Entendi. — Eliza tem uma filha de uma noite de baile acalorada do colégio. Ela não deixa um homem se aproximar há anos. E nunca perto o suficiente para conhecer Amelia. — Mas Luke gosta de você, Becca. Isso é diferente.

— É mesmo?

— Acho que você está prestes a descobrir. — Ela acena discretamente para a porta da frente.

Meu coração bate forte como se estivesse bêbado no meu peito ao ver Soren e Luke. Não tenho a mínima ideia de como devo agir, então faço o meu melhor para colar um sorriso e tratar esta terça-feira como qualquer outra que veio antes dela.

Exceto a sugestão da colônia de Soren no ar me lembra dele entre as minhas pernas, banqueteando-se com minha boceta. Seu sorriso, no entanto, não é tão forte hoje. Atrevo-me a dizer que é um pouco triste. Já tentei me convencer de que ele é um idiota e jogador, mas sei que não é. Ele simplesmente ama seu filho. Como uma garota pode culpá-lo por isso?

— Ei, Luke.

— Oi Srta. Becca! — Luke corre em direção ao balcão, apoiando os dois braços nele. — Tem algum cookie novo hoje?

— Eu tenho um novo. Chama-se gota de limão.

O rosto adorável de Luke se contorce da maneira que eu esperava. — Limão?

Um sorriso surge nos lábios de Soren, atraindo meu olhar para eles. Sinto falta de como eles se sentiam contra os meus. — Eu sei que não parece muito emocionante. Mas às vezes você tem que arriscar. Você não sabe se gosta de algo a menos que experimente, certo?

Luke pondera o que eu disse por alguns segundos. — OK. Mas se eu não gostar, posso escolher um diferente?

— Luke, — Soren repreende.

— Claro que pode. — Pego um biscoito de limão na vitrine e coloco em um guardanapo.

Conforme Lukequebra um e o estuda, atrevo-me a olhar para Soren. Muitas palavras não ditas perduram entre nós, mas agora não é a hora. Não com o filho por companhia. Quero pedir a ele que me ligue mais tarde e até considero a possibilidade de anotar meu número em um guardanapo.

— Uau, — Luke diz, sua expressão se transformando em alegria. — Isto é muito bom!

— Viu? — Pelo menos este menino pode aquecer meu coração frio hoje. Pequenas vitórias. — Às vezes, você só precisa se arriscar. — Pego mais dois biscoitos da vitrine e coloco em uma pequena caixa. — Isso é por minha conta hoje. Vocês, meninos, apreciem. — Pisco para Luke, mas estou muito intimidada para olhar para Soren novamente. Quanto mais cedo eles saírem, mais cedo poderei seguir em frente. Aceite que as terças-feiras serão tudo o que teremos.

— Obrigado, Srta. Becca!

— De nada.

— Vamos, Luke. — Soren põe o braço no ombro do filho e o leva em direção à porta.

Mas antes que eles cheguem lá, Luke para. — Pai, você prometeu.

— Você tem certeza, amigo?

— Eu gosto da Srta. Becca.

Eliza agarra meu braço com tanta força que seus dedos cortam minha circulação. — Meu Deus! — ela me diz em um grito sussurrante. — Isso é como um filme.

— O que você...

Soren gira de volta para o balcão, alcançando as minhas mãos. Seus olhos perfuram em mim até que eu olho para cima. — Eu nunca quis enganar você, Becca. O que compartilhamos... não era para ser uma vez. Eu queria que fosse muito mais do que isso. Mas eu não tinha certeza de como Luke se sentiria sobre eu namorar novamente.

Estou atordoada demais para encontrar palavras e apavorada por ter muitas esperanças. Mas dou a Soren toda a minha atenção, sabendo que ele não diria nada na frente de Luke que não pudesse dizer.

— Eu me apaixonei por você. — O olhar implorado e sincero em seus olhos me derrete. Eu efetivamente derreto em uma poça de gosma. Acho que Eliza também sente pelos sons que ela está fazendo. — Eu me apaixonei tão profundo - droga, eu amo você Becca Belmont. Eu acho que amo há muito tempo.

— Ela ama você também! — Eliza grita. Eu viro um olhar severo para ela.

— O quê? Você me disse que sim.

— Você está bem com isso? — Eu pergunto a Luke.

Ele acena com entusiasmo com uma mordida em seu biscoito.

— E se... — Eu olho para Soren, — e se isso não funcionar?

Soren pula sobre o balcão como se não estivesse no caminho dele e me puxa para seus braços. — Vai dar certo, Becca. Porque eu sei que você é a única para mim. Aquela que deveria ter encontrado há muito tempo.

Suas palavras me fazem sentir como se todo o meu corpo estivesse voando acima das nuvens. — OK.

— OK?

— Vamos fazer isso, então. Amo você, Soren. Estou totalmente dentro, se você estiver.

— Sempre. — Ele segura meu queixo, erguendo meus lábios em direção aos dele, dando um beijo repleto de promessa e amor. Quando nossos lábios se separam, ele sussurra em meu ouvido: — Estou sozinho em casa esta noite. A menos que você fique comigo.

 

 

 

 

 

 


Epílogo

Um ano e meio depois...

Becca


— É a sua vez, Eliza, — digo novamente de trás do balcão da Sprinkles on Top durante uma calmaria de clientes. Soren, Luke e nossa garotinha Amanda estarão aqui em breve. Mas não vou desistir até então.

— Estou feliz por você,Becca. Você se casou com um homem incrível que a trata como uma rainha. Ele ama sua família mais do que a própria vida. Mas esse conto de fadas... simplesmente não existe para mim. Aceitei isso há muito tempo.

— Por que não?

Ela solta um suspiro de frustração. — Você sabe porquê.

— O ensino médio foi há muito tempo. Amelia tem quase dez anos agora. Você também merece encontrar o amor. E não vou deixar de ser insistente sobre isso, não importa o quanto você ameace sabotar meus cookies.

— Você está perdendo seu tempo. Eu cansei de tudo isso. Acabou o amor. Não há mais meninos maus. Não há mais homens!

— Alguns deles dão orgasmos realmente bons. — Eu balanço minhas sobrancelhas para ela.

— Oh, sim, eles dão, — diz Kaylee, dando um tapinha no ombro de Eliza enquanto ela passa com uma bandeja cheia de cupcakes para a vitrine. — Espere até encontrar o certo. Você vai mudar de tom muito rápido.

Antes que Eliza possa objetar mais, os sinos tilintam na porta - nós os instalamos depois que Hannah descobriu que eu esqueci de trancar a confeitaria naquela noite eSoren e eu ficamos presos no depósito. Não sei por que me preocupo em usar calcinha nas terças-feiras. Todos elas sofrem o mesmo destino no segundo em que este homem passa pela porta e mostra aquele sorriso perigoso na minha direção.

— Tem um novo cookie hoje? — Luke pergunta, entusiasmado como sempre.

— Você sabe quetenho.

A irmã mais nova de Luke observa com fascinação do abraço protetor de Soren. Nunca admiti para nenhuma de minhas irmãs que minha filha foi feita em nosso depósito de confeitaria. De alguma forma, não acho que elas apreciariam esse fato engraçado do jeito que eu gosto.

— O que você acha? — Eu pergunto a Luke depois que ele dá uma mordida de teste.

— Tão bom!

Desamarro meu avental e o jogo no caixa. — Acho que você vai ficar sem descanso o resto do dia, — eu digo a Eliza com uma piscadela.

Eu me movo por baixo do braço estendido do meu marido e o deixo me puxar contra ele. — Olá, menina. — Esta é a primeira vez que Amanda se junta ao irmão na casa da vovó para uma noite de terça-feira. Estou dividida, mas estaria mentindo se dissesse que não estava ansiosa por uma noite sozinha com meu marido.

Soren beija minha testa. — Eu tenho planos para você esta noite, Sra. Atkinson, — ele diz baixo no meu ouvido. — Nenhum deles envolve dormir.

 

 

                                                    Kali Hart         

 

 

 

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