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Series & Trilogias Literarias
Com os outros Lobos Solitários acasalados, Random encontra-se sem ter o que fazer. Felizmente, provocando o certinho, Cledwyn fornece-lhe divertimento amplo.
Cledwyn avalia o dever e a responsabilidade. E controle. Ele é ótimo em controle. A atitude casual de Random sobre a vida - e seu flerte irritante - coloca os dentes de Cledwyn na borda.
Exceto que o flerte de Random está provocando desejos que Cledwyn nunca esperava... ou experimentou.
Quando os velhos inimigos retornam e ameaçam seu Alfa, os dois Betas devem se unir para proteger sua matilha... e talvez encontrar um pouco de prazer ao longo do caminho.
Capítulo 1
Random parou na porta da cozinha e examinou a cena. Josiah estava sentado à mesa, livros de texto espalhados ao redor dele, um lápis bem mastigado apertado entre os dentes. Ah, a vida de um lobisomem estudante universitário. Cledwyn estava sentado no canto da mesa, bebendo café e lendo. E ignorando Random.
Ele deu uma risada silenciosa. Não por muito tempo.
Random entrou na sala e apoiou os cotovelos na mesa da cozinha ao lado do lobo mais novo.
— Então, Josiah, o que você vai fazer mais tarde? — ele murmurou, mantendo a voz baixa, sedutora.
— Ele está em patrulha. — anunciou Cledwyn.
Random não se incomodou em olhar na direção do Beta. Inclinou-se para perto de Josiah, balançando a cabeça para que ele encontrasse os olhos do garoto.
— Quer alguma companhia? Vou embora esta noite. Poderíamos...
— Ele tem companhia. — Cledwyn se levantou, sacudindo a mesa enquanto se movia e batia a borda nas coxas de Random. — Eu.
Random colocou as mãos sobre a mesa e empurrou-se para cima. Ele levantou o olhar e encontrou o sério olhar de Cledwyn.
— Ah, Wynnie, por que não tira a noite de folga? Você poderia ir ao bar e, eu não sei, talvez transar.
Cledwyn mal reagiu ao apelido zombador, mas o aperto nos cantos de seus olhos disse a Random que tinha atingido um nervo. Talvez seja o que ele precisa, pensou. Uma boa foda dura. Não que Random fosse voluntário.
O outro Beta não era seu tipo. Ele gostava de seus homens pequenos e bonitos. E temporário.
Cledwyn não estava indo a lugar nenhum assim, nervoso ao foder um pau. Fale sobre uma manhã estranha depois.
Cledwyn cruzou os braços sobre o peito.
— Ao contrário de alguns de nós, eu não elimino minhas responsabilidades para o prazer casual de foder qualquer coisa que se move.
Random arregalou os olhos em fingida indignação e olhou para Josiah.
— Eu acho que ele só me chamou de puta.
— Não. — Cledwyn sacudiu a cabeça. — Eu deixei bem claro que você é uma puta.
— Agora ele está deixando claro que eu sou estúpido.
Os lábios de Josiah se curvaram em um sorriso, mas inclinou a cabeça para esconder sua reação.
— Josiah, por que você não vai se preparar? Precisamos sair daqui, daqui a alguns minutos.
Josiah acenou com a cabeça, recolheu os livros e saiu pela porta, embora Random não pudesse deixar de notar o desejo nos olhos do garoto enquanto olhava para trás. Random piscou para lhe dizer sem ressentimentos.
O sorriso suave voltou ao rosto de Josiah. Random manteve seu próprio sorriso até que o lobo mais novo desapareceu na sala de estar.
Uma vez que ouviu os passos de Josiah na escada, inclinou o quadril contra a mesa, cruzou os braços sobre o peito e olhou furioso para Cledwyn. Eles estavam trabalhando juntos como Betas de Rowan há cerca de cinco meses. Os dois homens não estavam exatamente ligados, mas na maioria das vezes, eles conseguiam ficar fora do caminho um do outro.
Até Kia ter acasalado com Madge. Agora, ele era basicamente um homem que Random encontrava-se na companhia mais frequentemente. As interações ofereciam entretenimento, se nada mais.
— Por que você não deixa a criança se divertir, Wynnie?
O Beta devolveu o olhar de Random, seus olhos sérios, nenhuma gargalhada, nem mesmo um brilho em seu olhar.
— Eu estou bem com ele se divertindo, só não com você.
Random se endireitou e tentou esmagar o sorriso provocando seus lábios. Ele parecia totalmente um pai querendo manter seu filho jovem e impressionável longe de alguém como ele, mas Cledwyn não era o pai de Josiah. E Josiah não era tão jovem assim. Ele fez vinte poucos meses atrás. Isso o tornava legal para a maioria do que Random queria fazer com ele.
Ele afastou as mãos de seu lado.
— O que há de errado comigo? — perguntou, esperando que a inocência em sua voz não fosse excessiva.
Cledwyn franziu os lábios e olhou diretamente nos olhos de Random.
— Eu quero que Josiah entenda que ficar fodido não significa que ele tem que ser fodido.
Terminando o anúncio, Cledwyn virou-se e saiu da cozinha.
— Espertinho. — murmurou Random.
— Idiota.
— Agora isso é uma situação explosiva, se eu já vi uma. — Craigh, o companheiro do Alfa, disse vindo por trás Random. — Por que você faz isso? — Craigh caminhou e tomou o lugar que Cledwyn tinha desocupado.
— Faço o quê?
— Provocar Cledwyn e Josiah.
— Cledwyn tem um pau na bunda e precisa relaxar. — ele se inclinou contra a mesa. — E eu não estou brincando com Josiah. Você viu o garoto? — ele balançou a cabeça e sorriu. — Isso é uma bunda doce de se olhar. Eu sei que você está acasalado e tudo mais, mas apenas um homem morto poderia ignorar um traseiro assim.
— Eu o vi. Eu gosto do de Rowan, é melhor. — seus dedos enrolaram em suas palmas. — Agradável e firme. Perfeito para segurar.
Random acenou com a mão.
— Isso é mais do que eu precisava saber.
O lábio inferior de Craigh se curvou em um beicinho pensativo.
— O que eu estou dizendo é, tudo o que você queria era alguém bonito com uma bunda legal, há uma dúzia de caras no Distant Howl prontos para se dobrarem sobre qualquer superfície plana para você.
Random abriu a boca para protestar, mas Craigh não parou.
— E a emoção da perseguição nunca foi sua.
Random suspirou, sabendo que Craigh falava a verdade. Por que perseguir algo que não queria ser pego? Particularmente quando havia abundância de gostosos ansiosos para oferecer-se.
— Estou entediado. Com Kia se mudando com Madge e Rowan ficando todo domesticado com você — Craigh rosnou. Random nem sequer riu. Irritá-lo era um hobby perigoso. Rowan ficava puto quando alguém mexia com seu companheiro. — Eu não tenho ninguém com quem brincar. — ele bateu os cílios para o companheiro do Alfa. — A menos que você queira brincar comigo.
— Certo. E meu entretenimento seria assistir Rowan rasgar sua cabeça de seu corpo.
Random riu, sabendo que cada palavra continha a verdade brutal.
Craigh sacudiu a cabeça.
— Quando vocês três se mudaram para cá, eu me perguntava por que vocês se tornaram Lobos Solitários. Viver com todos vocês nos últimos seis meses me fez descobrir.
Random levantou as sobrancelhas.
— Vocês são todos idiotas.
Ele riu. Antes de Random poder lançar uma história para ilustrar o fato, a porta traseira da cozinha se abriu. Rowan entrou, o sangue escorrendo de sua testa.
Craigh saltou para a frente.
— Meu Deus. Você está bem, baby?
Rowan tentou tirar as mãos de seu amante, mas Craigh não era um lobo pequeno. Ele podia ser um Ômega, mas o cara superava os 1,80, quase tão grande quanto Rowan. Craigh esbofeteou os protestos de seu companheiro e o arrastou até a pia, pegando um pano e limpando o sangue.
— O que aconteceu? Alguém te atacou?
— Sim. — Rowan inclinou a cabeça para trás e deixou Craigh limpar suavemente as feridas. — Madge.
— Madge!? — Random e Craigh perguntaram ao mesmo tempo.
Rowan levantou a mão, parando o choque de Random.
— Ele está tendo um surto. Encontrou um baú de prata e levou-o para o telhado.
Kia e Rowan estavam trabalhando para quebrar o vício estranho de Madge para a prata. O metal em seu sangue atormentava o humano e envenenava o lobo, impedindo que o animal aparecesse. Kia acreditava que seu companheiro seria capaz de mudar uma vez que ele fosse expurgado da prata. Madge concordou com o conceito em teoria. Até ele ter um dia difícil. Então ele sempre parecia encontrar alguma pilha escondida de prata e brincar com ela.
— Então, como você ficou sangrento?
— Eu fui até lá para conversar com ele e ele jogou a caixa de lingotes de prata na minha cabeça.
— Ouch.
— Apenas fique feliz que Kia se livrou de todos os vasos com prata derretida ou você seria uma estátua de prata quente agora. — Random apontou.
Rowan e Craigh viraram-se como uma unidade e enfrentaram-no.
— O quê? Era prata derretida, certo? Entendeu? Estátua de prata quente?
— Você não está ajudando. — Craigh acenou, dispensando-o. — Saia.
Ele revirou os olhos e caminhou em direção à porta. Ele não tinha patrulha e ele não estava programado para trabalhar. Rowan estava sendo confortado por Craigh e parecia que Kia tinha desafios de Madge para lidar.
Random suspirou. Bem, nada para ele. Ele só teria que ir para o Distant Howl e encontrar alguém para foder.
Cledwyn olhou para Josiah, deitado no banco da frente do carro, com os pés para cima no tabuleiro, curvado de uma maneira que só os jovens e flexíveis conseguiam ficar. Mesmo tendo a habilidade de um lobisomem de curar, Cledwyn precisaria de um quiroprático1 para sair dessa posição.
— Você está bem? — perguntou Cledwyn quando Josiah não tinha falado desde que chegaram à beira das terras da matilha.
Sua matilha permanecia bastante isolada e contida, de modo que a ameaça de outros lobos permanecia mínima. Uma zona humana entre eles e a próxima matilha de lobos mais próxima tornava improvável que alguém desafiasse sua terra.
Os lobisomens, como a maioria dos predadores, queriam ampliar as terras existentes - não conquistar um lote distante para uma casa de férias.
Ainda assim, Rowan abordava a situação com cautela e Cledwyn apoiava a decisão. Ele sempre acreditou que o Alfa anterior tinha sido um pouco relaxado em segurança. E moral. E finanças. E nepotismo.
Rowan poderia ser um Lobo Solitário por natureza e um pouco idiota em pessoa, mas ele parecia considerar honestamente a matilha como sua primeira prioridade - embora seu companheiro ocasionalmente tomasse a posição número um, como se poderia esperar. Cledwyn se contorceu no assento ao pensar.
Ele nunca tinha estado em torno de homens abertamente gay antes, certamente não sob o antigo Alfa. Rowan e Craigh foram o primeiro casal gay que ele conheceu. Testemunhar seu relacionamento amoroso, se às vezes desagradável, tinha mudado sua opinião sobre homens gays.
Não que ele tivesse sido um fanático antes. Tinha sido algo além de sua existência. Agora, era uma experiência diária.
E às vezes uma curiosidade noturna, mas ele afastou esses pensamentos e concentrou-se no jovem ao lado dele.
Josiah suspirou e olhou pela janela.
— Você está bem? — Cledwyn perguntou novamente.
— Sim, tudo bem.
— Não me dê nenhum drama. O que há de errado?
— Nada. — Josiah cruzou os braços em um beicinho.
Cledwyn apertou os lábios e esperou. Conhecia Josiah por tempo suficiente - inferno, ele cuidava do garoto - para reconhecer quando empurrar e quando não.
Finalmente, o homem mais novo suspirou.
— Você não é meu pai, você sabe.
Uma pontada de culpa apunhalou a consciência de Cledwyn e ele acenou com a cabeça.
— Eu sei.
Mas o pai de Josiah não parecia prestar muita atenção ao garoto e alguém precisava estar atento a ele.
— Então por que você afugenta Random toda vez que ele fala comigo? Ele está apenas flertando.
— Ele não é alguém com quem você deveria se envolver.
— Rowan gosta dele o suficiente para fazer dele o seu Beta. — observou Josiah.
— Sim, mas confiar em alguém para proteger o seu companheiro e sua matilha, é diferente de encontrar alguém para... — Cledwyn parou, as palavras trancadas em sua garganta. Ele nunca havia discutido sexo com Josiah e não tinha certeza se queria agora. Mas ele faria. Se fosse preciso.
Josiah encheu o espaço em branco.
— Foder. Eu conheço a palavra. Eu uso a palavra. Frequentemente.
— Dizer isso e fazer isso são duas coisas diferentes. — Cledwyn ergueu a mão para impedir qualquer palavra que pudesse explodir da boca de Josiah. Ele realmente não queria discutir isso.
— Eu não quero saber o que você fez ou não fez... — ele pausou, percebendo que ele não deveria cortar aquelas linhas específicas de comunicação. — A menos que você queira conversar com alguém, é claro que estou aqui. Podemos conversar sobre isso, discutir. Você sabe, falar sobre isso, se você quer saber como algo funciona ou não funciona.
As bochechas de Cledwyn aqueceram.
Mesmo? Acabou de dizer a um jovem gay que lhe explicaria sexo gay? Ele encolheu os ombros, decidindo que se Josiah precisava de um confidente ou conselheiro, Cledwyn iria fornecer. Tinha que haver livros sobre o assunto em algum lugar.
Josiah riu.
— Tenho certeza de que as perguntas que tenho são sobre coisas que você não fez. — ele se sentou, seus pés caindo para o chão. Ele girou dentro dos limites do assento. — É isso? Você quer Random e é por isso que você continua a assustá-lo?
— O quê?! Não. Não é isso. Isso não é verdade.
— Tem certeza?
— O que você quer dizer com tem certeza? Claro que tenho certeza.
Josiah deu de ombros e voltou para o assento do passageiro.
— Isso faz sentido. Você e Random se agarram um no outro. Muito. Vocês parecem Rowan e Craigh, geralmente antes de me expulsarem da casa e me dizer que é hora de ir para casa.
— Quando Rowan e Craigh fazem isso, é tensão sexual. Quando Random e eu fazemos isso, é apenas tensão regular.
E irritação e aborrecimento. Maldição, esse homem ficava sob sua pele.
A borda das terras da matilha entrou em cena e Cledwyn puxou seu carro para uma clareira isolada. Dois lobos patrulhavam o limite das terras a cada noite - em forma humana ou de lobo, não importava. Josiah completaria vinte um em seis. Até então, ele estaria em patrulha com outro lobo.
Na maioria das vezes Cledwyn. Ele se sentia responsável pelo garoto. A mãe de Josiah era uma pequena coisa tímida e seu pai só notava Josiah quando ele queria ter discussões longas e sinceras com seu filho - geralmente depois que ele esteve bebendo.
Cledwyn sacudiu a cabeça ao pensar nisso. Ele tinha estado bêbado antes, mas era um esforço real para um lobisomem consumir álcool o bastante para ir de um leve zumbido para tropeçar de tão bêbado.
Josiah nunca falou sobre isso, mas todos na matilha sabiam. Seu pai não era violento. Apenas ausente.
Eles saíram do carro. Os dois homens inclinaram a cabeça para trás e cheiraram o ar. O orgulho subiu pelo peito de Cledwyn. Ele ensinara isso a Josiah. Amostra da área para quaisquer odores estranhos ou perigosos. O espaço cheirava a pinho e musgo e vegetação moribunda.
— Você está pronto? — Cledwyn perguntou, esticando suas costas e puxando sua camisa sobre sua cabeça e para longe.
Josiah olhou com os olhos arregalados por um momento e Cledwyn soube que não era a visão de seu peito nu que cativava o jovem. A ideia de mudar fora da lua cheia excitava Josiah.
Normalmente eles patrulhavam em forma humana, mas esta noite o lobo de Cledwyn e sua mente humana entraram em confronto - retomando a última hora. Ele precisava correr. Precisava de espaço e precisava de seu animal.
— Pronto para correr?
Josiah tirou sua roupa a e se transformou no lobo antes que Cledwyn ficasse nu. O lobo jovem dançou ao redor, ansioso para brincar, ansioso para assumir a sua forma natural.
Cledwyn riu, lembrando-se de como era ter aquela idade. Ser tão enérgico.
Rolando o pescoço para frente e para trás, Cledwyn deixou a tensão sair de seu corpo e permitiu que o lobo assumisse. Ele pousou de quatro, passando pela rápida e dolorosa mudança.
Josiah saltou em seu pescoço quando terminou sua transformação. O lobo de Cledwyn estalou, chamando o homem mais novo. Josiah recuou, mas não inclinou a cabeça. Ele aceitou a reprimenda sem mostrar nenhum sinal de submissão.
Cledwyn reconheceu o futuro Alfa. Ainda assim, o jovem lobo precisava de treinamento. Ele inclinou a cabeça para o lado, chamando Josiah para segui-lo.
Eles tinham milhas para cobrir esta noite e a mente do lobo não permitiria nenhum pedaço tedioso de informações necessárias. Não, o animal se concentrou no básico - caçar, foder e proteger.
Hoje à noite, eles se concentrariam na proteção, monitorando a fronteira das terras da matilha.
Cledwyn se concentraria em patrulhar e ensinar a Josiah como se tornar o Alfa que ele um dia seria.
A única coisa em que ele não pensaria era em Random e aquela boca sarcástica e irritante.
Capítulo 2
Random subiu os degraus da frente até Madge e a casinha de Kia. O sol da tarde brilhava através das árvores ao redor da cabana. Fazia mais de uma semana que Madge tinha jogado os lingotes de prata em Rowan. Random não tinha visto Kia em todo esse tempo.
Em parte porque Kia estava cuidando de seu companheiro, em parte porque eles tinham acabado trabalhando em turnos opostos no bar, o que significava que eles terminavam em turnos de patrulha diferentes também.
Ele soltou um grunhido suavemente, sabendo quem assumia toda a culpa por sua atual e sugadora agenda de trabalho.
Mas ele tinha o dia de folga e queria ver um dos outros Lobos Solitários - alguém que poderia entender a necessidade de subir na sua moto e dirigir por um tempo longo e duro que fazia sua bunda doer e suas bolas vibrarem até que você pensava que poderia gozar apenas ao ligar o motor.
Desde que Kia tinha se mudado com Madge, eles nivelaram a estrada da frente para que as pessoas pudessem dirigir até a cabana sem arruinar sua suspensão. Madge não gostava de visitantes antes de Kia. Random não sabia se Madge gostava que as pessoas parassem mais agora, mas Kia não era do tipo eremita. Ele insistiu que eles tornassem a estrada acessível.
Random tinha deixado sua motocicleta estacionada atrás do caminhão de Kia. O veículo de Madge estava na loja - ou foi o que Kia contou ao seu amante. Random sabia a verdade. Kia não queria que Madge escapasse, então ele tinha escondido o caminhão atrás da garagem de Rowan e disse ao lobo pequeno que seu motor precisava ser reconstruído.
Random levantou a mão para bater na porta. Um grito o deteve.
— Solte-me! — o grito vibrou pelas janelas e Random pensou por um momento que elas quebrariam.
O vidro permaneceu intacto, mas um grande rugido irrompeu, renovando o ruído nas vidraças. Que porra é essa? Ele reconhecia as vozes - se pudessem ser chamadas de vozes. Eram mais sons animais do que humanos.
Um gemido seguiu e instintos guerrearam dentro de Random. Parte exigiu que ele batesse na porta e impedisse Madge de se machucar. A outra parte - a borda áspera que ele havia desenvolvido desde que deixara sua matilha de nascimento - disselhe para se afastar do drama.
Exceto que, merda, ele não podia. Kia era seu amigo, mas maldição, se ele estava machucando ou forçando Madge, Random teria que intervir. Inferno, eu estou pensando como aquele Cledwyn irritadinho, ele disse a si mesmo.
O pensamento do nome de Cledwyn fez seu pênis ficar um pouco interessado.
Random suspirou. Foda-se, não. Não é meu estilo. Não é para mim. O cara tem uma bunda grande, mas ele também é um cuzão. Não.
Decidindo que o que acontecia além da porta tinha que ser melhor que seus pensamentos, Random bateu.
Vozes baixas murmuravam no fundo, um rosnando, o outro suplicando.
Quando os sons passaram pela porta, Random percebeu que Kia era o mendigando.
Segundos depois, a porta se abriu e Kia apareceu, parecendo desfigurado e um pouco selvagem.
— Hora ruim? — Random perguntou.
— Um pouco. — Kia respondeu, mas deu um passo para trás e permitiu que a porta se abrisse mais. Random entrou, seu lobo em alerta total. O quarto revelou pouca luz. Random ajudara Kia a consertar o buraco no telhado causado por alguns bandidos lançando fogos de artifício, mas a escuridão parecia mais poderosa do que a ausência de iluminação.
Cobertores grossos cobriam cada janela dando ao pequeno espaço um ar opressivo.
Uma vez que a porta se fechou atrás deles, Random se viu agradecido pela visão melhorada de seu lobo.
— O que está acontecendo, cara? — ele perguntou, baixando a voz em deferência à atmosfera tensa.
— Madge está tendo um dia ruim.
— Eu não estou tendo um dia ruim. — o pequeno irritadinho saiu furioso do quarto, os olhos brilhando vermelhos, os músculos contraídos. — Estou ocupado. Tenho ordens para preencher e você está fodendo o meu negócio.
— Você está barulhento com aquele forro de prata, amor.
— Você não pode me dizer o que fazer! — o grito do lobo pequeno entrou em erupção no ar, quase quebrando os tímpanos de Random. Kia nem sequer se encolheu. Claramente, o som brutal não lhe era desconhecido. Antes que o ruído se apagasse, os ombros de Madge se curvaram para frente. — Porra, estou cansado. Vou me deitar.
Ele se virou e voltou para o quarto.
— Mantenha a porta aberta. — Kia falou nas costas do outro homem.
Madge levantou a mão - talvez recusando Kia? - para indicar que ele tinha sido ouvido.
Random segurou as palavras de volta quando Kia viu seu companheiro entrar na outra sala e jogar seu corpo no alto colchão.
Quando os músculos de Madge relaxaram, parte da tensão se esvaziou de Kia. Alguma, mas não toda.
— É sempre assim? — Random perguntou, mantendo a voz baixa - tanto em tom quanto em volume.
— Há dias bons e dias ruins. — admitiu Kia. — Acho que finalmente encontrei o último pedaço de prata que ele tinha escondido. Desde então, piorou.
— Cara, isso é uma merda.
Kia assentiu e continuou olhando para o homem esticado na cama, os olhos abertos, não dormindo.
— Tem certeza de que isso vale a pena? — Random olhou pela porta aberta. Ele tinha fodido um monte de homens ao longo dos anos. Nenhum deles valia a pena a irritação de esquecer de fazer o café de manhã, e muito menos o drama dos balanços de humor mercurial que ele tinha testemunhado nos últimos minutos.
Kia girou lentamente até que enfrentou Random. Uma luz estranha brilhava nos olhos de seu amigo, algo que ele nunca tinha visto antes. Não era luxúria. Não era fome. Ainda assim, o brilho quase o cegou e ele desviou o olhar.
— Ele vale a pena.
— Ele está ficando pior. — Random apontou.
— Eu sei, mas é a prata. Agora que eu tirei, ele ficará melhor. — o brilho esperançoso no rosto de Kia realmente prejudicou o coração de Random.
— E se ele não quiser?
Kia respirou fundo, como se seus pulmões não pudessem relaxar para que ele pudesse aspirar bastante ar.
— Então vamos descobrir como trabalhar com o que temos.
— Talvez seja hora de cortar suas perdas.
A cabeça de Kia estalou para a direita e ele olhou para Random. Raiva e decepção brilhavam através desses olhos verdes.
— Você quer dizer apenas afastar-se dele? Ele é meu companheiro.
— Sim, mas... — Random não conseguiu encontrar as palavras. Não quando o mal irradiava de Kia.
— Ele é meu companheiro. — repetiu Kia.
Random assentiu com a cabeça, embora não entendesse a ênfase que Kia colocou na palavra. E claramente Kia reconheceu a falta de compreensão de Random.
— Algum dia você vai encontrar aquela pessoa que te faz forte o suficiente para ficar ao lado dele, mesmo quando a vida é uma droga.
A simpatia no olhar de Kia fez os nervos de Random ficarem à flor da pele.
— De alguma forma eu duvido. — ele piscou para iluminar o tom. — Quero dizer, é ótimo para você e espero que tudo dê certo, mas você me conhece. — ele estendeu as mãos para o lado. — Eu sou de todos, não de um só. Nenhum companheiro para mim.
Kia sorriu.
— Não diga isso. Quem teria pensado que eu iria encontrar um companheiro?
Certamente não eu, pensou Random, mas manteve as palavras para si mesmo.
— Inferno, eu tenho muitos twinks dispostos a se curvarem para me preocupar em procurar um companheiro. — Random riu embora o som ecoou oco em seu cérebro. Kia deu uma risadinha.
— Eu não estava procurando um companheiro quando eu encontrei Madge.
Como se seu nome despertasse a consciência do homem, um gemido baixo ondulou da sala distante. Esperando dor, os olhos de Random se arregalaram quando o barulho brilhou com a necessidade sexual, o som tão faminto que mesmo sabendo que não estava direcionado a ele, o pênis de Random se animou. Kia se endireitou em toda a altura, seu olhar se encaixou na porta aberta.
— Seu mau humor não dura muito, não é? — Random sussurrou. Kia balançou a cabeça e continuou olhando para seu companheiro.
Random resistiu ao desejo de olhar para baixo e ver se o pau de Kia estava duro. Seu próprio pênis ficou semiduro e ele estava muito seguro que Kia não gostaria.
— Uh, eu deveria ir verificar o meu companheiro. — disse Kia. A fome que ondulava através de suas palavras só fez piorar a necessidade de Random.
— Certo. Faça isso. Vou voltar para a casa do Alfa.
Random falou para uma sala quase vazia quando Kia se afastou antes que ele tivesse terminado de falar.
— Amor, você está bem?
— Preciso de você, Kia. — murmurou Madge, o apelo sensual e carente.
Random se virou e saiu correndo pela porta. Não era que ele nunca tinha ouvido Kia foder, ou até mesmo assistido. Inferno, eles tinham compartilhado amantes no passado. E o Distant Howl não era um lugar enorme. Para obter algo rápido, os três tinham muitas vezes fodido diretamente fora da porta de trás ou dentro da pequena sala de armazenamento.
Ainda assim, ouvir os dois parecia muito íntimo, muito privado.
E ele se preocupou com o pau de Kia. Com a maneira como o humor de Madge mudava, Deus me livre de que estivessem fodendo e o homenzinho voltasse a ficar maníaco. Random estremeceu ao pensar.
Ele pulou em sua motocicleta e acelerou na estrada, voltando para a casa do Alfa. Talvez ele fosse dar um longo passeio. Ele não precisava trabalhar esta noite. Ele queria o dia inteiro com nada para fazer.
Guiou sua moto de volta para as terras do bando.
O bando possuía um grande lote de terra a leste do rio e cerca de metade dos membros alugavam propriedades da matilha e viviam na terra. As casas alinhavam o arrasto principal com a casa do Alfa no fim mais próximo da floresta aberta.
Ele estacionou sua motocicleta na frente do lugar de Rowan e Craigh. Random vivia em um apartamento acima da garagem. Era pequeno, mas melhor do que estar constantemente sujeito aos gemidos de Rowan e aos pedidos de Craigh por mais. Os dois lobos haviam gostado um do outro por mais de um ano antes de se reunirem e eles pareciam estar compensando todas as oportunidades perdidas de foder durante os últimos seis meses.
Tem que ser um pouco demais.
Random suspirou. Que diabos há comigo? Estou criticando porque Rowan e Craigh fodem com frequência?
Preciso de um hobby, pensou enquanto subia da moto. Tricô. Eu poderia fazer tricô. Dirigiu-se para a escada que levava ao apartamento e parou. O carro de Josiah estava junto à casa do Alfa.
— Ou talvez eu já tenha um. — disse para si mesmo enquanto se virava e entrava na porta da cozinha. Durante o dia, Rowan mantinha a casa aberta. A maioria dos membros do bando batiam antes de entrar, mas Random tecnicamente vivia lá, então ele não se incomodou.
Atravessou a cozinha vazia e entrou na sala de jantar comum. Eles raramente usavam a sala de jantar para comer. A mesa estava contra a parede para dar mais espaço na sala. A área aberta parecia desocupada, exceto por um lobo jovem, enrolado no sofá, um enorme livro de texto aberto no colo, a cabeça inclinada para trás, a boca aberta e um leve ronco vindo de sua garganta.
Random riu. O cara estava obviamente exausto. Entre manter-se com classes da faculdade, treinar como um dos Betas de Rowan e tentar aprender como ser o Alfa seguinte, os dias de Josiah eram cheios.
Random sabia que devia deixar o garoto dormir, mas não podia resistir a uma oportunidade como aquela. Ele foi até a mesinha ao lado da linha fixa - quem até tem uma dessas?, pensou Random - e pegou um marcador. Ele puxou a tampa e caminhou pelo quarto, mantendo seus passos leves, não querendo acordar o lobisomem adormecido.
Os sentidos do garoto eram bem afiados, então Random aproximou-se, tomando seu tempo, deixando o lobo reconhecê-lo como um companheiro de matilha, sabendo que ele estava seguro. Ele sorriu maliciosamente. Meio seguro.
Josiah mal se contorceu quando Random se inclinou sobre ele. Ele levantou o marcador decidindo, sim, um bigode seria perfeito. A ponta da caneta tocou levemente o lábio superior de Josiah.
— Que porra você está fazendo?
O cascalho na voz de Cledwyn sacudiu Random e Josiah enviando-os em direções opostas... e o marcador marcou a bochecha de Josiah. Josiah subiu balançando, perfurando Random no peito e empurrando-o para longe.
O golpe tomou a respiração de Random por um momento e ele aterrissou em suas costas, esparramado no outro sofá - olhando para um Cledwyn chateado.
— Que merda está acontecendo?
— Fica calmo, cara. — Random empurrou-se ereto e escovou seu cabelo fora de seus olhos. — Era só uma piada.
— Piada?! — ele entrou como se ele fosse socar Random. — Achei que você estaria ao lado de Josiah e...
— Que diabos?
O grito de Josiah cortou a acusação de Cledwyn. O garoto ergueu o telefone e olhou para a tela, examinando seu reflexo.
A risca negra no rosto do garoto fez Random rir.
— Cara, o que você fez? — seus dedos deslizaram em seu rosto.
— Você não quer saber como seria com um bigode? — ele perguntou. Josiah rosnou, mas parecia mais resignado do que chateado.
Maldição, o garoto poderia fazer um bom Alfa, afinal.
— Diga-me que não é marcador permanente.
Random levantou a caneta na mão.
— Que diversão seria se você pudesse lavá-lo?
— Você é um idiota. — Josiah bateu seu livro no sofá e pulou, perseguindo o banheiro.
Random sorriu enquanto Josiah se afastava. Não era exatamente o resultado que ele esperava, mas ainda era divertido. Ele encontrou o severo olhar de Cledwyn. Os lábios do homem se juntavam em uma linha fina e desaprovadora.
— Meu trabalho aqui está feito.
Random empurrou-se para fora das almofadas do sofá e caminhou em direção à porta. Como uma distração, não tinha sido ruim, mas tinha sido de curta duração.
Assim que saiu pela porta dos fundos, as lembranças de Madge e Kia assaltaram seus pensamentos. Kia sabia realmente em que estava se metendo? E então havia Craigh e Rowan. Um casal forte, mas maldição, ele não poderia imaginar ficar com alguém permanentemente. Ainda assim, eles pareciam muito felizes.
A ideia o deprimiu por algum motivo.
— Ei!
Random ignorou a forte chamada em suas costas. Ele tinha o suficiente acontecendo em seu cérebro agora.
Lidar com Sr. Tenso e Puritano nem sequer fazia parte de sua lista.
Ele continuou andando até que a mão de Cledwyn pousou em seu ombro e girou-o. Random sacudiu-se do aperto.
— Mãos fora, querido, a menos que você esteja indo para cima. — Random rosnou quando ele chicoteou ao redor. O rosnado pareceu bem quando deixou a garganta, uma liberação para alguma parte da tensão que amarrava seus músculos.
— Em seus sonhos, idiota.
— Não. — Random deu um passo à frente, invadindo o espaço pessoal de Cledwyn. — Você não é com quem eu sonho. Prefiro corpos magros e apertados. Cabelos escuros e olhos escuros inocentes. — ele sorriu, sabendo que descreveu Josiah à perfeição.
Cledwyn encheu seu peito e se inclinou para frente, fechando a pequena abertura entre eles.
— Estou lhe dizendo de novo. Fique. Longe. De. Josiah. Porra.
Random poderia praticamente ouvir a pontuação. Ele revirou os olhos e sacudiu a cabeça, dando um passo para trás. Ele não estava recuando, mas depois da semana que tinha tido, não precisava de outra luta.
— Você não tem nada a dizer.
— Ele vai ser Alfa em poucos anos.
Random manteve o rosto impassível. Ele sabia que Rowan havia escolhido Josiah como seu sucessor, mas ele não sabia que o resto do bando tinha o mesmo conhecimento. Além disso, o que importava? Ele tinha fodido sua parte justa de lobos alfa. A maioria deles se transformava em filhotes gananciosos quando começavam a ver seu pau.
— Sim, então?
— Ele não precisa de sua merda seguindo-o ao redor.
Random sabia que o seu sorriso o fazia parecer arrogante - disseram-lhe muitas vezes - mas ele sorriu.
— Não se preocupe. Eu terminarei com ele muito antes de ele assumir. — ele piscou. — E eu vou deixá-lo sorrindo.
Cledwyn rosnou e cada músculo em seu corpo tencionou. Ele deu um passo à frente, fechando novamente o espaço entre eles.
— Fique longe dele. — o outro Beta comandou.
— Não. — Random respondeu simplesmente. Cledwyn rosnou, mas não avançou. — Sabe qual é o seu problema? — perguntou Random.
— Sim. Você.
— Não, seu problema é que você não sabe como se divertir.
— Não, meu problema é trabalhar com você, alguém que não compreende o significado das palavras dever, honra e responsabilidade.
Random bateu sua mão dramaticamente em seu peito.
— Oh, que dor. Você não me aprova. — ele deixou cair o braço e deu de ombros. — Não estou preocupado, querido. Pessoas melhores disseram coisas piores sobre mim.
— Você é um idiota e eu não sei o que Rowan estava pensando quando ele te escolheu como um Beta. — Cledwyn sacudiu a cabeça. — Realmente me faz pensar sobre o julgamento do Alfa.
O ser humano e o lobo que compartilhavam a existência de Random reagiram ao comentário depreciativo sobre Rowan e o Alfa.
Random avançou e bateu os antebraços no peito de Cledwyn. O lobo grande tropeçou para trás dois passos, em seguida, retornou, reunindo-se com Random com poder correspondente.
— Recue, porra.
— De jeito nenhum. — Random estalou. — Eu te derrubaria e te faria implorar por sua mãe.
— Você sonha.
Random riu.
— Eu não me importo com o que você faz com sua mãe. Aposto que ela é ótima na cam...
Cledwyn não o deixou terminar a frase. Ele empurrou o braço esquerdo para trás e se virou para a frente.
Random viu o punho em direção ao queixo dele e agradeceu a Deus que seu lobo reagiu, porque o lado humano estava congelado.
Ele saltou para trás, mas não bastante rápido o suficiente. O golpe de relance pulsou através de sua mandíbula e vibrou em seu crânio. Random tropeçou para trás.
— Você nunca fale sobre minha mãe. — Cledwyn grunhiu quando ele deu um passo adiante, suas mãos fechadas em punhos.
— Oh, pobre bebê, eu falei mal sobre sua mamãe? — Random dançou fora do caminho. — Você é um filhinho da mamãe?
— Porra, você é o único que fala e não faz nada. — resmungou Cledwyn. — Eu poderia te derrubar em um piscar de olhos.
— Quer apostar? — Random empurrou para frente até que eles ficaram a centímetros de distância. A energia bateu em suas veias. Ele provavelmente tinha cruzado a linha ao falar sobre a mãe do homem, mas isso não o retardou.
— Sim. — Cledwyn respondeu.
Random deu um passo para trás, parecendo presunçoso. — Bem. Qual é a aposta?
Cledwyn segurou seu corpo firme, mantendo cada músculo sob controle enquanto lutava com a confusão.
— Você disse que apostaria. O que você tem para oferecer? — Random arrastou os olhos pelo corpo longo e forte do outro Beta. Ele lambeu os lábios quando seu olhar passou pela virilha de Cledwyn, tornando óbvio o que considerava o pagamento adequado.
Cledwyn rangeu os dentes de volta e resistiu ao desejo de proteger seu pênis dos olhos penetrantes de Random.
— Você é louco.
— Não. Você disse que apostaria. Vamos fazer isso.
— Apostar em quê?
— Uma luta. Se você ganhar... — Random sorriu, seus olhos perversos, perigosos. A visão enviou um aviso às bolas de Cledwyn. Foda-se, o homem pode ser assustador. — Se você ganhar... eu vou ficar longe de Josiah.
— Feito.
— Por um dia.
— Besteira. Para sempre.
Random riu e balançou a cabeça.
— Você viu aquele traseiro? De jeito nenhum eu estou desistindo da chance disso para sempre. Dois dias.
— Um mês. — respondeu Cledwyn.
— Uma semana... se você ganhar.
Cledwyn assentiu com a cabeça. — Vou aceitar a aposta.
O canto da boca de Random parou em um sorriso arrogante que fez os dentes Cledwyn doerem. — E se eu ganhar?
— O que você quer? — perguntou Cledwyn.
— Eu quero alguém para foder.
— Você não vai ter Josiah.
Random bufou.
— Oh, eu tenho certeza que posso ter Josiah, mas você está certo, você não tem o poder de dá-lo a mim. Eu serei um bom menino.
A promessa de Random deveria ter confortado Cledwyn, mas em vez disso fez o cabelo em seu traseiro se levantar.
Os olhos do Beta fizeram outra longa trilha para cima e para baixo do corpo de Cledwyn. Aquela língua perversa escapuliu e provou a borda do lábio de Random como se imaginasse um novo sabor.
— Mas como meu pau vai ficar sozinho, você tomará seu lugar.
Cledwyn respondeu com toda a atenção.
— O que você quer dizer?
— O que você acha que eu quero dizer? Se eu ganhar, eu vou te foder. Espalhar você em minha cama e enfiar meu pau em sua pequena bunda apertada.
Cledwyn se encolheu. Ser fodido por Random? Ser fodido por qualquer homem? Ele nunca tinha sequer considerado... até que ele começou a trabalhar para o Alfa e viu a relação entre ele e seu companheiro. Agora, a ideia invadia seus sonhos em uma base regular. Ele sacudiu a cabeça para impedir seus pensamentos de se dirigirem para aquele caminho perigoso.
Deixaria Josiah seguro. Era nisso que ele precisava se concentrar.
— Feito.
Os olhos de Random se arregalaram como se ele não esperasse que Cledwyn aceitasse. A surpresa durou apenas um momento. Random levantou as mãos de seu corpo e entrou na clareira atrás da casa do Alfa.
— Vamos fazer isso.
— Agora?
— Você tem algo melhor para fazer?
Cledwyn examinou o espaço aberto. Não. Ele não tinha nada para fazer. Porra, ele nem estava em patrulha. Normalmente, ele agendava-se oposto a Random, mas tinha ferrado esta noite.
Ele inspirou profundamente pelo seu nariz, acalmando seu lobo. — Não. Estou bem.
— Vamos.
Random curvou-se para baixo como um monge. O corpo de Cledwyn se encolheu em uma posição semelhante.
Eles circularam um ao outro por um minuto, as mãos estendendo, batendo e coçando o adversário. Eles estavam apenas brincando, sem tentar machucar o outro, pelo menos foi o que pareceu a Cledwyn.
Garras cobertas, ele dançou à esquerda. Random riu e seguiu para a direita.
O riso tencionou os músculos no pescoço de Cledwyn. Ele balançou o punho para fora, determinado a se conectar desta vez, algo para empurrar Random de pensar que isso era uma piada. Seus nódulos bateram na mandíbula de Random e a cabeça do homem estalou para trás.
Um grunhido saiu dos lábios de Random enquanto se endireitava. A ondulação frouxa de seus dedos apertou em um punho. Cledwyn ficou satisfeito. Pelo menos Random poderia levá-lo a sério agora. Ele pulou para frente e bateu em Cledwyn com a esquerda, depois a direita.
Cledwyn esquivou o primeiro golpe, mas moveu-se para o segundo. Seu cérebro vibrou com o poder do gole. Ele balançou a cabeça e retaliou. Seu soco bateu duro e Random grunhiu em resposta. A satisfação foi de curta duração.
— É tudo o que você tem? — Random inclinou-se. — Eu acho que você quer o meu pau em sua bunda.
Vermelho alcançou os olhos de Cledwyn e ele balançou para fora, a raiva o tornaria imprudente. Random subiu seu braço direito e perfurou-o duro nas costelas. Uma dor aguda se misturou com as pequenas contusões que floresciam em sua mandíbula. Sem dúvida, uma de suas costelas se partiu sob aquele último golpe.
Cledwyn uivou e perdeu a pista de onde ele se feriu ou que partes do corpo de Random ele bateu, mas ele deu tão bom quanto ele conseguiu.
Uma mão pesada pousou em seu ombro, girando-o e arrancando-o de Random. Ele levantou o punho, pronto para despachar qualquer um que ousasse interferir.
Seu cérebro não clicou, mas seu lobo reconheceu o animal poderoso antes dele e ele congelou.
— O que diabos está acontecendo? — a voz do Alfa Rowan soou pelo ar como uma espingarda.
— O fracote precisa ser colocado para baixo. — Random rosnou, avançando para a frente. O suor escorria de seu cabelo e seus olhos brilhavam vermelhos.
— Afaste-se, Alfa.
Cledwyn afastou-se da preensão do lobo grande. Ele se atirou em Random, mostrando os dentes, estalando perto da garganta do outro homem.
Dor alisou sua parte inferior das costas enquanto as garras de Random lhe arrancavam a pele. Seu grito rasgou o céu.
Empurrou o outro homem e tropeçou para trás.
Seu calcanhar pegou um nó na grama e ele caiu, batendo no chão com força, o impacto sacudindo sua espinha e chacoalhou em seu crânio.
Antes que ele pudesse se afastar, Random pousou em cima dele, a mão enrolada ao redor de sua garganta. A picada afiada de garras mordeu em sua pele, prendendo-o no lugar.
— Renda-se. — exigiu Random.
Cledwyn puxou seus lábios para trás, um rosnado pairando atrás de seus dentes.
— Foda-se.
Ele não achava que Random o mataria. Não com Rowan de pé sobre eles, pelo menos. O vermelho brilhou nos olhos de Random.
— Renda-se. — o comando veio de uma fonte diferente desta vez - Rowan. — E você, mexa-se!
O corpo de Random pareceu levitar. O Alfa empurrou Random de volta à terra a cerca de cinco metros de distância.
— Fique aí. — Rowan ordenou a Random, em seguida, pisou entre eles. Ele ofereceu sua mão para Cledwyn e empurrou-o para ficar de pé quando ele aceitou. O lobo assaltou a cabeça de Cledwyn. Ele deu um pequeno passo para Random. — Não. — a voz do Alfa parou o lobo, sufocando sua agressão. O humano se recusou a desistir tão rapidamente.
Rowan colocou seu corpo grande a meio caminho para Random. Seu olhar saltou de um homem para o outro.
— Lá dentro, vocês dois.
Rowan apontou para a porta da cozinha da casa do Alfa. O olhar penetrante de Rowan apanhou o olhar de Cledwyn. A vergonha o forçou a baixar os olhos. A presença de outros apenas desencadeou em sua consciência até momentos mais tarde. Porra, eles atraíram uma multidão.
— Movam-se. — Rowan ordenou, o som baixo, quase sub-vocal. Ou talvez a consciência de Cledwyn criasse as palavras para colocar a culpa ainda mais pesada.
Como crianças chamadas para o escritório do diretor, ambos abaixaram a cabeça e caminharam na direção que Rowan mandou, o Alfa seguindo um passo atrás, seu corpo entre os seus como se esperasse que eles começassem de novo.
Eles entraram, passando pela cozinha e entrando na sala de estar. Random imediatamente se moveu para o lado mais distante. Cledwyn parou na porta, dando ao outro Beta tanto espaço quanto possível. Rowan parou no centro da sala.
Mesmo com a atenção dividida entre os dois, Cledwyn sentiu o olhar de aço de seu Alfa.
— Agora, um de vocês quer me dizer por que dois de meus Betas estão batendo a merda um do outro no meu jardim? — ele olhou primeiro para Random, então virou-se para Cledwyn.
Instinto anulou cada traço humano e Cledwyn deixou cair o queixo, inclinando a cabeça para o lado e mostrando o pescoço ao lobo dominante.
Rowan acenou para o movimento simbólico.
— Eu não estou preocupado que você me desafie. Estou preocupado com o fato de que o resto do bando testemunhou os dois indo nisso como valentões de escola e eu quero saber por quê.
— Não foi nada. — disse Random.
Rowan se virou e olhou para seu amigo e Beta.
— Nada? Você tem sangue escorrendo de seu peito e você teve suas garras enterradas no pescoço de Cledwyn. Não me diga que não foi nada.
Random deu de ombros e tentou livrar-se da raiva de Rowan.
— Nós não estávamos realmente lutando.
Mentir para Rowan não incomodou sua consciência em tudo.
Ele estava mentindo para o mundo desde que ele tinha quatorze anos e percebeu que o menino da porta ao lado parecia muito bem nesses jeans apertados. Seu pai - e Alfa - tinha deixado muito claro o que eles pensavam de gays e “homos”, de modo que Random manteve a boca fechada... mesmo quando ele se esgueirava para o bosque com o adolescente fofinho e descobriu como o sexo deveria funcionar. Para ele, pelo menos.
Não, ele não se importava de mentir para o Alfa. Ele simplesmente não queria ser pego.
— Estávamos treinando. — disse Random, esperando que ele soasse razoável e calmo, como se quisesse esclarecer a situação. — Cledwyn me pediu para ajudá-lo com seu combate corpo-a-corpo. — ele deu outro dar de ombros e meio sorriso. — Você me conhece. Eu não faço as coisas na metade do caminho. Treinar não faz nenhum bem se alguém está controlando seus socos.
O lábio inferior de Rowan se curvou para fora como se ponderasse a ideia. Ele balançou a cabeça ligeiramente, depois virou cento e oitenta graus e focalizou em Cledwyn.
— Isso é verdade?
Random inclinou-se para a direita, espiando ao redor do ombro de Rowan, olhando, suplicando silenciosamente, exigindo, foda-se, o que quer que fosse, que Cledwyn dissesse sim.
Cledwyn endireitou sua espinha, os ombros para trás, como se ele enfrentasse um pelotão de fuzilamento, e disse:
— Não.
Idiota, Random murmurou no silêncio de seu cérebro.
— Então o que aconteceu? — Rowan perguntou, mantendo as costas para Random.
— Eu o levei em uma briga. Eu estava infeliz com a maneira como ele estava se aproximando de Josiah e queria que ele parasse.
— E você pensou que dar um soco nele ajudaria?
— Era...
Random empurrou mais para o lado, esperando que Cledwyn o visse. Ele sacudiu freneticamente a cabeça. Por favor, não conte a ele sobre a aposta. Por favor, não...
— Era uma aposta, Alfa.
Ele não precisava ver o rosto de Rowan para reconhecer a tensão que percorria seu corpo, prendendo todos os músculos do Alfa.
— Uma aposta? Vocês dois entraram no meu gramado e bateram a merda um para o outro, na frente da metade do bando que eu estou tentando estabilizar, por causa de uma aposta? — a voz de Rowan levantou-se, não chegando bem ao alcance do grito, mas o suficiente para que Random sentisse as palavras em suas bolas - que ele tinha certeza de que estava em perigo de perder neste ponto.
— Bem, Alfa, foi realmente sobre Josiah. — Cledwyn esclareceu.
Os ombros de Rowan voltaram. Uma sugestão de simpatia piscou através do peito de Random quando Cledwyn deu um passo para trás, recuando do olhar do Alfa.
— Eu não dou a mínima. Saiam da minha casa.
Cledwyn abriu a boca como se ele pudesse tentar outra explicação, mas Rowan cortou sua mão para o lado.
— Eu não quero ouvir uma palavra de nenhum de vocês. Vocês vão sair desta porta, parecendo amigáveis e calmos e se alguém perguntar, vocês vão dizer-lhes que vocês estavam treinando juntos. Eu duvido que alguém acredite nisso mais do que eu fiz, mas você vai ficar com a história.
Ele não formulou as palavras finais como uma pergunta, mas Cledwyn e Random concordaram.
— Vão! — Rowan ordenou.
Random suspirou. É por isso que odeio a besteira da hierarquia de matilha, murmurou silenciosamente em sua cabeça. Se ele e Rowan tivessem sido Lobos Solitários ainda, ele simplesmente teria dito ao outro homem para se foder. Mas o lobo dentro dele reconheceu Rowan como seu Alfa e não permitiria esse nível de desrespeito.
Ele suspirou e seguiu Cledwyn em direção à porta, parando com o outro lobo. Ele inspirou profundamente. Nenhum beliscão em seu peito. Bom. Todas as costelas estavam intactas. Cledwyn tinha dado alguns socos bons e Random tinha ouvido as costelas do outro homem racharem com um dos golpes.
Parte dele queria se desculpar - inferno, ele não tinha intenção de machucar o outro lobo - mas porra, se ele tivesse ido junto com a história de Random, eles não teriam dado as bundas ao Alfa.
Rowan não teria acreditado na história de treinamento, mas com uma força unificada, ele poderia ter aceitado isso - pelo menos na superfície. Porra, ele não teria tido uma escolha se Cledwyn tivesse acabado de reforçar com a mentira de Random. Mas o merda do Sr. Certinho não podia...
Entraram na varanda da frente e os passos de Cledwyn diminuíram. Random olhou ao redor do ombro do outro homem. Vários pequenos grupos de membros do bando permaneceram. Tentando não serem óbvio enquanto esperavam para ver o resultado da disciplina do Alfa.
Random reagiu primeiro, batendo a mão no ombro de Cledwyn.
— Ótimo treino, cara.
Cledwyn congelou. De onde Random estava, parecia que todos os músculos de seu corpo se agarravam, como um idiota que não queria ser fodido.
Mas, como a maioria dos traseiros que Random tinha fodido, depois de um momento, um longo batimento cardíaco, Cledwyn relaxou. Não totalmente. Random não duvidava que se ele realmente tivesse fodido a bunda de Cledwyn, ele ainda não teria sido capaz de relaxar o buraco apertado.
Ainda assim, era algo.
Cledwyn assentiu com a cabeça.
— Sim. Obrigado. Eu vou trabalhar nesses movimentos. — as palavras rígidas irromperam dos lábios de Cledwyn.
Porra, ele não estará na Broadway em breve, mas pode ser o suficiente para manter Rowan fora de nossas costas.
— Bom trabalho. — Random apertou seu aperto, um pouco duro demais, no ombro de Cledwyn, deixando as unhas morderem a pele, um lembrete para o outro lobo que ele o tinha tido, no chão. Pronto para render.
— Estou ansioso para nossas futuras sessões de treinamento. — Cledwyn anunciou, sua voz agradável e alta.
Somente Random ouviu o grunhido enquanto suas unhas cavavam na carne esticada.
— Excelente. — Random o arrastou para perto em um zombeteiro abraço de ligação masculina. — Não se esqueça. Você me deve sua bunda. — Random sussurrou contra a orelha de Cledwyn, as palavras tão suaves que nenhum dos outros lobos poderia ouvi-los.
— Foda-se.
— Vai ser seu traseiro sendo fodido. — Random puxou para trás. — Mais tarde. — ele gritou, trotando pelos degraus e se dirigindo a seu apartamento acima da garagem. Ele conversou com alguns dos membros do bando enquanto ele passeava, mantendo-se leve e amigável, aderindo firmemente à história deles “treinando.”
Com todos os sorrisos e risadas, ele subiu correndo as escadas até seu lugar, suspirando enquanto fechava a porta atrás ele.
Ele se encostou no painel de madeira e gemeu. Porra, Cledwyn tinha dado alguns bons golpes que Random sentiria amanhã.
E não da maneira sexy e divertida.
Capítulo 3
Cledwyn respirou fundo, forçando seus pulmões a se expandirem. Ouch. Porra. Dor disparou através de seu peito. Seu alto metabolismo curaria o dano rapidamente, mas não seria instantâneo. Ele sentiria as costelas rachadas até a manhã pelo menos.
Ele balançou a cabeça e afastou a preocupação.
Pela manhã, mais do que apenas minhas costelas vão doer, ele pensou.
Ele engoliu em seco para limpar o nó obstruindo sua garganta. Você concordou em fazer isso. Você consegue fazer isso. Você pode.
Ele levantou o punho e bateu três vezes na porta oca.
— Quem é? — uma voz soou falsamente cantada.
— Foda-se. Abra a porta.
Segundos depois a porta se abriu e o outro Beta encheu o espaço vazio. Ele parecia legal e resistente. E arrogante. Sim, a arrogância chegou até ele. Ela escorria dos poros do homem e Cledwyn lutou para resistir ao desejo de golpear Random.
Não. Ele entendia responsabilidade e compromisso e aceitou a aposta. Isso significava deixar Random fodê-lo.
Isso não significava que Cledwyn se permitiria ser humilhado. Ele estava cumprindo uma aposta. Ele iria erguer a cabeça, ser fodido e ir para casa. Simples.
Exceto que não era. A estranha curiosidade que atravessava seu cérebro advertiu que isso não seria nada simples. Pelo menos para ele.
Ele entrou no apartamento, com os lábios apertados, forçando o ar para dentro e para fora, respirações agudas pelo nariz. Você perdeu. Random vai te foder.
Ele inalou, seu corpo se rebelando com a ideia. Na maioria das vezes.
Eu não quero isso. Só estou aqui porque perdi a aposta. É a coisa mais honrosa a fazer.
Ele fez um giro lento na sala de estar, mantendo seus movimentos o mais casual possível, enquanto enfrentava Random.
— Onde você quer fazer isso? — ele perguntou, determinado a manter o controle da situação. Mesmo se ele acabasse com o pau de Random em sua bunda esta noite, ele continuaria no comando.
— Oh, querido, onde está o romance nisso? — ele inclinou a cabeça em direção à pequena cozinha. — Eu tenho vinho esfriando e alguns Marvin Gaye prontos para ir.
Cledwyn rangeu os dentes de volta, segurando o grunhido vicioso que ameaçava entrar em erupção.
— Você é um idiota. — disse ele. — Vamos fazer isso.
Ele caminhou em direção às duas portas fechadas no canto.
— Uma delas é o quarto, certo? Vamos.
— Mas, querido, eu quero conhecê-lo primeiro. — Random colocou sua mão no ombro de Cledwyn, retardando seu progresso. — Isso é mais do que apenas dois corpos batendo juntos na noite. Eu quero que este seja o começo de algo maior, algo mais profundo.
Cledwyn se virou lentamente e encarou Random. — Você. É. Um. Idiota.
O sorriso nos lábios de Random fez os dentes de Cledwyn doerem.
— Mas, querido...
— Corte a merda. Nós dois sabemos por que estamos aqui.
Random riu, o baixo som sedutor ondulando através das bolas de Cledwyn.
— Sim, nós dois sabemos por que estamos aqui. — Random caminhou para frente. Ele estendeu a mão e arrastou uma ponta do dedo no interior da coxa de Cledwyn, em torno da borda de sua virilha, flutuando para longe quando ele deslizou através das ondulações profundas de seu estômago. Mesmo através de suas roupas, o calor do toque de Random aqueceu sua carne.
Cledwyn endureceu seus abdominais por dois motivos: um, estar pronto para qualquer tipo de ataque, e dois, porra, ele não queria que Random pensasse que não estava em forma.
— Estamos aqui — murmurou Random. — Porque você perdeu. Agora, eu vou te foder. Penetrar nessa bunda doce até gritar por mais.
Cledwyn engoliu em seco. Sua mandíbula se apertou novamente enquanto lutava para não responder à burla de Random. Ele deveria ter sabido que o outro Beta faria uma piada dele.
Ele alcançou a parte de trás de sua cabeça, agarrou o colarinho de sua camiseta e puxou-a para cima e para fora. Dobrando o material leve, ele colocou a camisa em uma cadeira perto da porta enquanto ele expulsou seus sapatos e desfez zíper de sua calça jeans. Seu pau permaneceu quase sempre amolecido, graças a Deus. Ele não queria que Random pensasse que estava ansioso por isso.
Ele empurrou seus jeans e cuecas para os tornozelos. Um baixo grunhido irrompeu do outro lado da sala, mas Cledwyn se recusou a reconhecer o barulho. Afastou-se do jeans. O impulso de deixar o material amassado no chão batia na parte de trás de seu cérebro, mas ele não podia fazê-lo. Curvando-se novamente - e ouvindo outro som ininteligível de Random - ele pegou os jeans, dobrou-os ordenadamente e colocou-os em cima de sua camiseta.
Ele ergueu o queixo e encontrou o olhar de Random - desafiando-o a dizer algo - antes de voltar sua atenção para a cama. Ele observou o lugar bagunçado. Os músculos de seus dedos se contraíram com o desejo de arrumar o espaço. Como alguém pode ir dormir em uma cama desfeita? Exceto que não estamos dormindo. Estamos fodendo. Ou eu estou sendo fodido. Não importa.
— Estou supondo que você tem lubrificante. — afirmou. O “casual” em sua voz soou deliberado até mesmo para seus próprios ouvidos.
Random sorriu maliciosamente.
— Em abundância.
Ele cruzou os braços sobre o peito e encostou o ombro contra a parede, os olhos azuis aço bruxuleando. Ele percorreu seu olhar por todo o corpo de Cledwyn.
Cledwyn se manteve imóvel, recusando-se a se encolher sob a observação do outro homem. Na verdade, o olhar de Random teve o efeito oposto de murchar. Seu pau encheu, desenhando a um ângulo semiduro. A borda da boca de Random puxou para a direita enquanto ele pausava em sua lenta leitura.
— Agradável.
Os ombros de Cledwyn se sacudiram para trás e sua coluna vertebral estalou além de reta.
— Não fique presunçoso. Isso não é por causa de você.
Talvez. Provavelmente. Esperançosamente. Ele não precisava da complicação de desejar o outro Beta, mesmo que apenas por uma noite.
Random encolheu os ombros e, se alguma coisa, o sorriso ficou maior.
— Inferno, bonito, o que quer que você pense. Se pensar em uma garota loira com grandes mamas faz seu pau duro, isso está bem para mim. — ele piscou. — Eu ainda consigo jogar com isso.
Os músculos na parte de trás do pescoço de Cledwyn tencionaram como se alguém tivesse apertando sua espinha.
— Idiota. — ele murmurou quando ele subiu na cama e espalhou-se. Ignorando os lençóis macios e de alta qualidade sob as palmas das mãos e os joelhos - você não está aqui para se divertir - ele inspirou outro longo suspiro pelo nariz e desejou que seus músculos relaxassem enquanto ele lentamente exalava pela boca.
— Ok.
Risos irromperam no quarto. Cledwyn deu a volta, deixando cair um quadril sobre o colchão, e olhou para o idiota Beta lobo, atualmente curvado, seus braços enrolados em torno de sua cintura como se seu estômago doesse de rir tanto.
— O quê? — perguntou Cledwyn.
— Você... você... — Random não parecia ter respiração suficiente para terminar a declaração. As risadas começaram de novo.
Cledwyn suspirou e esperou até que o divertido Random seguisse seu curso.
Finalmente, o outro homem endireitou-se, embora parecia necessário para ele usar a parede para se sustentar.
Cledwyn passou a língua pelos dentes dentro da boca, recusando-se a abrir os lábios e exigir uma resposta pela segunda vez.
— Desculpe. — Random disse, sua voz ainda ofegante. — Você tem toda essa coisa virgem exigente. A versão gay de “feche os olhos e pense na Inglaterra.”
A boca de Cledwyn se apertou nas bordas e seu queixo levantou mais um centímetro e maldição se seu nariz não inflasse. Random decidiu que agora não era o momento de dizer ao outro homem que ele parecia uma heroína ultrajada de um romance histórico.
— Você terminou? — Cledwyn exigiu.
— Oh, lindo, eu estou apenas começando. — Random disse, sabendo que as palavras e a caminhada furtiva até a borda da cama iriam irritar o outro lobo.
Ele colocou seu joelho no colchão e subiu, rastejando em direção a Cledwyn até que ele ou deixasse Random correr para ele ou colapsasse sobre a cama. Cledwyn se afastou, involuntariamente se estendeu. Os músculos ao longo de sua mandíbula se apertaram e ele olhou diretamente para o teto.
Random não conseguiu parar de rir.
— Relaxe, lindo. Vou certificar-me de que você goste.
O queixo de Cledwyn se contraiu mais uma vez.
Random esperou a explosão.
Mas em vez disso Cledwyn tomou uma inspiração longa, intencional, expandindo seu peito largo e grosso.
Por um longo momento, Random hesitou. Cledwyn exalou, obviamente obrigando seus músculos a soltarem. Os músculos deliciosos do peito cederam, mas a definição doce permaneceu. Droga.
Random preferia os pequenos e delicados twinks com quem passava a noite no Distant Howl. Ele gostava de ser capaz de controlá-los e comandá-los. Olhando para o corpo lindo esticado diante dele, Random achou que poderia estar perdendo. Força de repente tinha um apelo que ele nunca tinha considerado antes.
Os rebordos apertados do abdômen de Cledwyn chamaram os dedos de Random... e sua língua.
Oh sim. Definitivamente sua língua.
Random olhou para o seu suposto amante. Cledwyn olhou fixamente para o teto, sua mandíbula tensa como se ele tivesse cada pingo de tensão nesses poderosos músculos.
Sim, isso não vai funcionar, pensou. Ele não ia ter ninguém em sua cama suportando a provação.
Ele se inclinou e passou a língua pelo mamilo liso na frente dele, querendo alguma reação, alguma rachadura nesse controle. O cara provavelmente não tem terminações nervosas, Random murmurou dentro de sua própria cabeça.
Mas o pico ficou apertado, tenso, se estendendo para cima. Suas bochechas não conseguiram resistir a puxar para cima em um sorriso quando Random curvou-se e colocou uma longa e lenta lambida no nó agora tenso. Um gemido fraco, quase inaudível escorregou da garganta de Cledwyn.
O pênis de Random estremeceu com a ideia de que Cledwyn poderia querer isso. Ele dispensou o pensamento insano. Ele nunca iria querer isso. Exceto que, maldição, se o eixo de Cledwyn não estivesse pressionando contra o quadril de Random. Ele olhou para baixo e sim, o pau duro do cara estava esticado, não muito grosso, mas bonito.
Biologia. Baseado no intenso aperto da mandíbula do homem, ele tolerava o toque de Random como parte de uma aposta. Não por prazer.
Ainda assim, isso não significava que Random não conseguisse tirar um pouco de alegria. Afinal, era por isso que o outro lobo estava lá. Para satisfazer... a aposta.
Random focou no mamilo liso, lambendo, chupando, finalmente mordendo para baixo. Cledwyn ficou tenso e arqueou as costas, os poderosos músculos do corpo do Beta levantando Random.
— Merda, isso doeu. — resmungou Cledwyn.
— Chupe isso, garotão.
Ele mordeu de novo e recebeu outra combinação de suspiro.
— Você sonha.
Random sorriu para si mesmo, voltando sua atenção para o pico desacompanhado.
Um gemido silencioso escapou da boca de Cledwyn quando Random envolveu seus lábios em torno do outro mamilo sensível e sugou. Os calcanhares de Cledwyn deslizaram ao longo dos lençóis, torcendo os quadris como se seu corpo não pudesse decidir o que queria - escapar ou mais.
Random resistiu ao impulso de moer contra o quadril de Cledwyn. Seu amante por enquanto não estava pronto para isso, mas porra, seu pênis doía dentro de sua calça jeans, ansioso para bater no que com certeza seria um quente e apertado buraco. Outra coisa que Cledwyn não estava preparado.
Mas a tentação o perseguia. Cledwyn tinha que ser virgem, pelo menos com outros homens. Seria tão doce dirigir nele, ensiná-lo a gozar gritando com um pau duro e grosso batendo no seu traseiro. Foda-se. O eixo de Random endureceu ao pensar. Os dentes de seu zíper cavaram em sua pele deixando uma marca possivelmente permanente.
Random sacudiu os pensamentos perversos antes de continuar sua investigação do corpo fodidamente delicioso de Cledwyn. Ele lambeu e chupou, mordiscando o mamilo antes dele, em seguida, mudar de volta para o outro, dando a cada lado igual atenção tortuosa.
Cledwyn rolou os quadris para cima, desesperado por algum tipo de sensação em seu pênis. Random levantou a cabeça e olhou para o homem nu espalhado debaixo dele. A tensão enredava cada músculo naquele corpo forte e poderoso, mas mesmo a força não podia conter a necessidade frustrada.
Maldição, Random olhou para todos aqueles músculos. Disse a si mesmo que este não era o tipo de macho que ele normalmente usava, mas seus interesses passados pareciam versões submissas de Cledwyn.
Seu lobo grunhiu sua aprovação e Random grunhiu de volta. Você gosta de seus homens pequenos e submissos. Não irritado e grande e dominante na cama. Exceto que olhando para Cledwyn, ele não parecia dominante em tudo. Ele parecia tenso e nada satisfeito, mas não, ele permitiu que Random assumisse o controle.
Virgem. É porque ele é virgem.
O pensamento fez seu pulso saltar como o inferno, que não deveria. Não gostava de virgens. Se eles gostassem de ser fodidos, eles se tornavam apegados e irritantes.
Se não, a culpa cairia sobre ele e ele poderia facilmente imaginar Cledwyn dizendo ao resto do bando que Random era uma merda de uma foda.
Não que sua reputação não pudesse suportar o golpe.
Ele rolou, posicionando seus joelhos entre as coxas espalhadas de Cledwyn.
— Você está pronto para isso, lindo? — ele perguntou, guiando sua voz até a faixa baixa e sexy. Cledwyn piscou e prendeu a respiração. Eu posso fazer isso. Eu posso fazer isso.
Ele assentiu com a cabeça, inclinou a cabeça para o lado e agarrou os lençóis ao lado de seus quadris, segurando seu corpo no lugar.
Ou talvez fechar as mãos na posição o impedisse de estender a mão e agarrar o outro homem.
Ele se recusava a pensar assim. Estou aqui para cumprir a aposta. Isso é tudo. Eu não quero ser fodido por Random, mas eu concordei.
Nenhuma delas explicava sua ereção alongada e alta, batendo no estômago, implorando por qualquer tipo de atenção. Random nem sequer tinha tocado o pau de Cledwyn. Ele estava começando a acreditar que o outro homem iria fodê-lo sem qualquer contato com seu pau em tudo.
Posso mesmo gozar assim? Ele não achava que sim, exceto que tinha sido um tempo desde que ele se permitiu um orgasmo, então sim, talvez ele poderia.
Mas ele não queria. Eu só quero que isso acabe, disse a si mesmo e quase acreditou.
Random se arrastou para a frente, seus joelhos deslizaram por debaixo das coxas de Cledwyn, abrindo as pernas, afastando-o. Uma onda de vulnerabilidade que Cledwyn não esperava, passou por ele. Ele rangeu os dentes, deixando toda a tensão em seu corpo fluir em sua mandíbula, tentando manter seus outros músculos relaxados. Ele poderia fazer isso. Seu pênis claramente pensava que podia. Ele olhou para o eixo duro com puro desgosto.
Random deslizou os dedos para dentro das coxas de Cledwyn, uma carícia provocadora que enviou perigosos tremores para dentro de sua virilha. Porra, o homem tinha feito tudo, exceto tocar o pênis de Cledwyn. Droga.
Apesar da dor formando-se em sua mandíbula, ele se recusou a abrir os dentes. Deus sabia o que poderia sair fluindo. Como um apelo para Random acariciá-lo ou fazer um movimento de merda.
— Você está incrível, todo espalhado assim. Com fome de meu pau. — Random murmurou. Ele colocou um beijo no lado do joelho de Cledwyn e tomou todas as suas forças para não gemer.
Que diabos? Seus joelhos não eram zonas erógenas. Talvez a visão de Random, entre suas pernas, girasse sua manivela. Não. Pensamentos ruins. Tentou afastar o olhar, mas o quadro chamou sua atenção.
Porra, isso precisa acabar e logo, antes que eu me envergonhe.
— Random... — Cledwyn rosnou, esperando que a palavra ecoasse com advertência e não implorando.
Random sentou-se e examinou a cena, seus lábios apertando juntos quando ele considerou a situação.
— Sabe, eu prefiro você em suas mãos e joelhos.
Cledwyn sentiu seus olhos se alargarem.
— Sim definitivamente. Mãos e joelhos. — Random se arrastou para trás. — É mais fácil na primeira vez. — explicou. — É a primeira vez que você é fodido, certo?
Cledwyn manteve a boca fechada e assentiu.
— Pensei isso. Agora vire-se.
Cledwyn suspirou, feliz que o barulho saiu irritado e não excitado. Mesmo. Isso era melhor. Ele não teria que olhar para Random. E Random não seria capaz de ver suas reações. Sim, melhor.
Ele balançou a perna e voltou à sua posição original.
Só que seu pênis não tinha estado duro então. Random não tinha beijado, lambido e mordido seus mamilos até que as coisas malditas doessem e formigassem.
Cledwyn enrolou as mãos nos lençóis e abriu as pernas. A sensação de vulnerabilidade mudou, misturando-se com uma pitada de medo. Ele não podia ver Random a partir desta posição, não podia antecipar os movimentos do homem.
Os dedos fortes e quentes escorriam por suas costas e o murmúrio de baixa apreciação que ele ouvira várias vezes ronronava dos lábios de Random. O som realmente apagou parte do estresse de Cledwyn.
Ele fechou os olhos, permitindo que seus outros sentidos tomassem o controle. O borrão áspero dos jeans de Random provocou os cabelos nas costas de suas coxas. Ele lutou para manter as bochechas da sua bunda abertas, se preparando para quando Random empurrasse aquele pau espesso em seu buraco.
Não aconteceu. Random arrastou os dedos pela coluna de Cledwyn. O calor recuou.
— Você sabe, quero mudar de ideia novamente. Acho que quero você de costas.
Os olhos de Cledwyn se abriram e ele girou, caindo para um quadril e olhando para Random.
— Você está falando sério?
Os olhos de Random se arregalaram e ele deu de ombros.
— Posso ajudar se você é lindo de ambos os lados? Agora, vamos, bonito. Vire-se para que eu possa prepará-lo para o meu pau.
Cledwyn soltou outro suspiro e silenciosamente amaldiçoou seus pais por incutir responsabilidade em sua personalidade. Ele cumpriria a aposta. Era a coisa mais honrosa a fazer. Mas maldição, Random fazia da coisa uma dor na bunda.
Ele se virou e caiu de volta no colchão, olhando para o homem que deveria saber o que estava fazendo. Ele parecia estar hesitando.
Random recostou-se e examinou todo o corpo de Cledwyn.
— Não, definitivamente eu quero você do outro jeito.
— O quê?
— Sim, definitivamente, eu quero sua bunda pressionada contra mim quando eu estou fodendo você. — Random tocou seu quadril. — Vire-se.
— Você está brincando comigo.
— Não.
Confusão e raiva guerreavam dentro dele. Cledwyn conteve o rosnado que ameaçava sair e voltou a sua posição traseira anterior, mais fácil desta vez porque seu pau murchou quando sua frustração cresceu.
— Feliz? — ele rosnou sobre seu ombro.
— Chegando lá.
Random inclinou-se sobre ele e agarrou uma garrafa de lubrificante da mesa de cabeceira. Mas, novamente, ele não parecia estar com qualquer pressa.
— Você está pronto para isso, lindo? — ele perguntou, correndo sua mão pela coluna de Cledwyn, seus dedos tropeçando em cada vértebra.
— Sim. — ele respondeu quando Random esperou, como se ele realmente queria uma resposta.
— Você vai me deixar abri-lo e arar meu pau duro grande em seu pequeno buraco apertado?
A descrição formou imagens em seu cérebro e o pau de Cledwyn inchou de volta à dureza total e se contorceu com a ideia. Graças a Deus Random não podia vê-lo.
— Sim, maldito seja. — as palavras saíram mais um gemido do que rosnar mas ele deixou ir. Se ele se mexesse aleatoriamente...
— Ok. — e a mão aberta de Random bateu na bunda de Cledwyn. — Você está pronto.
Com esse pronunciamento, o lobo Beta saiu da cama e devolveu a garrafa à mesa de madeira.
— O que...?
— Você está pronto. Você pode ir.
— Mas você não... Nós não... — Cledwyn virou-se e sentou-se. Ele olhou para baixo. Seu pau permaneceu duro, ainda levantando para a ocasião. Ele colocou as mãos em seu colo. Random não parecia estar prestando muita atenção a ele de qualquer maneira. O homem estava ao lado da cômoda e enfiou um bracelete de couro ao redor de seu pulso. — A aposta... — Cledwyn deixou as palavras desaparecerem.
— Você ia me deixar te foder, certo? — Random olhou por cima do ombro dele.
— Claro.
— A dívida está paga.
— Mas você não me fodeu. — Cledwyn sentiu-se compelido a apontar, sua mente lenta para mudar das artes do prazer sensual para o que diabos?
— Você quer que eu faça? — Random se virou para encará-lo.
— O quê? Não, eu acho que não.
A boca de Random se curvou em um meio sorriso.
— Eu tenho uma dúzia de caras no Distant Howl que realmente querem o meu pau dentro deles. Eu não preciso foder alguém que não está interessado. — ele deu de ombros. — Você estava disposto. Isso é bom o suficiente para mim. E falando de caras que querem meu pau... — ele inclinou a cabeça na direção da porta. — Tenho um encontro.
Cledwyn ficou sentado por um momento mais, tentando compreender o que acabava de acontecer.
— Realmente, cara, você precisa se mexer. — Random alertou.
Cledwyn deslizou para fora da cama e apressou-se para as roupas que tinha despojado mais cedo. Random entrou na outra sala enquanto Cledwyn se vestia. Ele puxou suas cuecas e jeans, sua mente suspeitosamente em branco. Ao puxar a camisa sobre a cabeça, ele seguiu o outro homem para fora do quarto.
Random esperou na porta, sua jaqueta de couro na mão e uma careta impaciente nos lábios. Sentindo-se como se tivesse acabado de acordar de um coma de décadas, Cledwyn tropeçou pela porta da frente.
Random subiu logo atrás dele, forçando-o a descer os degraus.
— Divirta-se. — Random falou enquanto passava por Cledwyn. Em poucos segundos, Random subiu na sua moto e saiu, deixando Cledwyn parado no estacionamento. Sozinho.
— Maldito bastardo.
Random agarrou o guidão e riu para si mesmo. Isso era mau, pensou. Realmente mal. Mas divertido.
Ele só esperava que um dos “doze” caras que desejavam seu pau estivesse no Distant Howl esta noite porque depois de tocar o corpo sexy de Cledwyn, ele precisava de algum alívio.
Capítulo 4
— Maldito bastardo. — Cledwyn murmurou a maldição em seu copo de shot segundos antes de ele jogar para trás o Bourbon. O líquido ardente chamuscou o interior de sua garganta dando a Cledwyn um momento de pura sensação. Ele bateu o copo no balcão e acenou o barman. — Me traga outro.
Ele tinha que beber rápido se quisesse sentir os efeitos. Seu metabolismo de lobisomem queimava o álcool muito rápido para ficar bêbado por muito tempo, mas porra, ele precisava de algo.
Ele tinha feito isso. Ofereceu-se a Random e o bastardo o rejeitou. Brincou com ele, fodeu com a sua cabeça, e empurrou-o para fora da porta - quase literalmente.
Cledwyn tentou não se ofender. Random era uma puta conhecida. Ele montaria qualquer coisa com um pau. Exceto eu, obviamente.
— Babaca. — ele rosnou enquanto engolia o próximo shot. Ele estalou o copo para baixo e ergueu o queixo para o barman, um zumbido encantador finalmente flutuando através de suas veias.
— Você está um pouco fora da sua terra.
Cledwyn se virou para a voz arrogante, piscando para limpar sua visão turva. Maldição, os primeiros quatro shots de whisky tinham feito seu trabalho.
Ele espiou através da névoa.
— Phillip? O que você está fazendo aqui?
— Eu poderia perguntar a mesma coisa. Eu não estou autorizado nas terras da matilha, lembra?
Phillip havia sido banido há vários meses por tentar matar Rowan - ou mesmo tentar incitar Craigh a matar Rowan.
— Você não deveria estar no Distant Howl implorando para chupar o pau do seu Alfa?
Um grunhido que Cledwyn não esperava roncou de sua garganta. Ele não podia dizer se seu lobo não gostava do insulto ao seu Alfa ou do pensamento de Cledwyn chupando o pau de algum cara.
— Agora, Phillip, Cledwyn aqui pode não ser o chupão que todos nós pensamos, certo?
Bill - outro membro do bando e um idiota - abraçou o ombro de Cledwyn. Choque o manteve congelado por um momento muito tempo antes de empurrar o cara para longe.
Bill riu.
— Sim, Cledwyn entrou em um grande momento com o Lobo Solitário, Random. — Bill agarrou o queixo de Cledwyn, virou a cabeça para o lado, mostrando a Phillip os cortes em sua bochecha. — O babaca tem alguns bons golpes, mas você segurou bem a barra.
As palavras arrastaram para cima a memória da luta. E mais cedo à noite quando ele se ofereceu para Random e o imbecil provocou-o e afastou-o.
— Maldito bastardo. — ele disse novamente. Seus dedos se fecharam em punhos. Bill e Phillip riram.
— É melhor ter cuidado. — disse Phillip. — Pelo que ouvi, Random é um dos brinquedos favoritos de Rowan. Ele não vai gostar que você danifique esse rosto bonito.
— Oh, eu não acho que Cledwyn está muito preocupado com Rowan. — Bill bateu no ombro de Cledwyn. — Você deveria ter visto o Alfa hoje. Rowan parecia que tinha sido fodido.
O lado direito da boca de Phillip puxou para cima em um sorriso de consideração.
— Interessante. Por que não vem se juntar a nós? Vou comprar uma bebida para você. Qualquer um que esteja disposto a ir atrás de um dos meninos de Rowan é um amigo meu.
Cledwyn sacudiu a cabeça.
— Não, este é o meu último.
Ele deslizou os dedos em torno do copo de shot agora cheio.
— Aproveite.
Ele recebeu outro tapa nas costas, desta vez de Phillip. Cledwyn levantou sua bebida em reconhecimento, mas em vez de jogar o líquido âmbar para trás como os shots anteriores, ele tomou um gole e devolveu o copo para o bar.
Bill e Phillip? Saindo juntos. Isso não pode ser bom.
Ele deu um gole no seu último Bourbon e pediu um refrigerante. Ele abaixou a cabeça e usou o refrigerante para dar-lhe alguns minutos extras. Ele olhou no espelho. Phillip e Bill e um par de amigos mais vocais de Bill se aglomeraram ao redor de uma mesa, com a cabeça baixa. Poderiam parecer mais obviamente secretos?
Cledwyn fez o possível para não olhar. Eles foram muito longe e o cômodo também estava muito barulhento para ele ouvir. A visão desses caras juntos fez seus pelos se erguerem. Ele tomou um gole final e ficou de pé.
Ele ergueu o queixo em direção a Phillip enquanto passava. Phillip parecia ser o responsável. Claro, aquele tinha sido seu problema em primeiro lugar... seu desejo de ser Alfa.
Cledwyn pisou fora. O ar fresco soprou com uma brisa noturna. Ele tremeu, não pelo frio. Ele viveria nos trópicos se não fosse por toda a transformação em uma parte animal distorcer sua vida. Ele mudou de férias para o Havaí uma vez. Seu lobo não ficou satisfeito.
Ele subiu em seu caminhão e ligou o aquecedor, sua mente no estranho encontro de homens no bar. Ele dirigiu pela estrada, voltando para as terras da matilha.
Ele precisava dizer ao Alfa. Claro que sim.
Ele olhou para o espelho retrovisor. Um par de faróis cintilava à distância e aqueles pequenos cabelos que reconheciam o perigo antes que a mente de Cledwyn pudesse processá-lo, ficaram em alerta. Eles estavam seguindo ele? O plano de dirigir diretamente para a casa do Alfa mudou quando ele desacelerou, recuando cerca de cinco milhas por hora. O carro deveria alcançá-lo rapidamente. Exceto que não. Ele abrandou também.
Interessante.
Cledwyn acelerou e voltou para casa tentando não chamar a atenção para si mesmo. Ele estacionou debaixo da garagem e entrou. Nunca muito de um ator, ele lutou para não parecer muito casual quando ele entrou em sua casa.
Ele fechou a porta e esperou, segurando a respiração para ouvir melhor. O crepitar de pneus em cascalho passou por sua entrada, e continuou. Quem quer que o seguisse queria saber para onde ia, mas não parecia inclinado a se sentar e acompanhar seus movimentos durante toda a noite.
Ainda assim, Cledwyn não ia correr riscos.
Ele esperou perto da porta, esperando ouvir os sons do motor ou o bater de uma porta de carro se fechando. Nada.
— Claramente, você não é tão fascinante. — ele murmurou, o som mal acima de um sussurro.
Tomando um momento antes de seguir em frente com a sua noite, examinou a sala de estar e a cozinha fechada. A casa foi construída antes de “conceito aberto” se tornar uma coisa. Ele tinha comprado a casa de seus pais quando eles decidiram se mudar para o norte e se juntar a uma comunidade de lobisomens aposentados. Eles adoravam. A casa era grande demais para ele, mas estava em casa. Talvez algum dia ele tivesse filhotes próprios correndo ao redor.
O pensamento o fez sorrir. Deixou cair as chaves na tigela junto à porta e pendurou a jaqueta no armário do corredor. Ele odiava a desordem e coisas não guardadas.
— Como o lugar de Random. — ele rosnou quando a memória o inundou. O bastardo o estava provocando o tempo todo. Ele nunca planejou foder Cledwyn. Idiota.
Não que eu quisesse ser fodido, ele esclareceu sua própria mente. Mas maldição, agora a dívida foi deixada sem pagamento.
Sua consciência apontou que ele tentou fazer a coisa certa, mas Random se recusou.
— Se tivesse sido por dinheiro, eu teria exigido que ele pegasse. — ele percorreu a sala de estar, sua irritação fazendo cada passo bater no chão de madeira. — Mas eu realmente não podia exigir que ele me fodesse.
Ele tinha ido para o lugar de Random, disposto a se submeter, disposto a deixar o outro Beta fodê-lo, determinado a não gostar. E não tinha. Muito... mas principalmente porque Random o tinha provocado até que seu pau doesse e depois o deixou.
— Provocador de pau. — ele grunhiu para si mesmo.
Ele pensou em ligar a TV, mas sabia que acabaria zapeando os canais. Ele tinha certeza de que os rapazes do bar não estavam sentados na rua como um perseguidor em um filme de polícia, mas por que arriscar?
Cledwyn atravessou sua casa, apagando as luzes atrás dele. Ele passou por sua rotina noturna – limpar-se, rastejar na cama e acenar na luz da cabeceira para leitura.
Ele esperou alguns minutos extras. A advertência foi provavelmente exagerada, mas algo sobre a reunião de Phillip e Bill fez sua espinha endurecer.
Quando ele não aguentou mais, ele jogou para trás os cobertores e escorregou escada abaixo através da casa escurecida. O quintal permaneceu calmo quando entrou na varanda. Ele relaxou e deixou seu lobo subir à superfície. Sua metade animal o advertiria se algum perigo pairasse perto da borda da clareira.
Nu, ele entrou em seu quintal minúsculo. O ar frio correu sobre sua pele e estremeceu. Ainda mais razão para entrar em sua forma de lobo - o animal tolerava o frio melhor que seu lado humano. A temperatura o estimulava. Cledwyn correu para o perímetro de seu quintal, escorregando pelo caminho um pouco para desaparecer de qualquer olhar curioso antes que ele mudasse. No momento em que algum ser humano aparecesse nas proximidades, ele poderia explicar estar “pelado”. Ele não conseguiria explicar seu lobo. Não e sobreviver.
Uma vez que as árvores o protegiam, Cledwyn fechou os olhos e se transformou na forma de lobo.
Seus ossos quebraram e se reformaram em novos padrões. O processo familiar terminou rapidamente.
O animal avaliou seu ambiente, catalogando os aromas e sons, satisfazendo-se que o mundo ao seu redor estava temporariamente seguro. Ele trotou ao longo do caminho estreito, guiando seus passos em direção à casa do Alfa. A hora tardia não incomodaria o Alfa.
Cledwyn deixou o lobo levar, confiando nos sentidos e nos instintos do animal até que chegassem na casa do alfa. Mais uma vez, mudou-se na floresta e atravessou o gramado nu. Aproximou-se da porta dos fundos e levantou a mão para bater quando os sons chegaram até ele.
— Oh porra, por favor! Rowan, foda-se, por favor, deixe-me gozar. — o grito de Craigh flutuou da janela do andar de cima.
Um grunhido baixo retumbou em troca, as palavras abafadas como se o Alfa as falasse contra a pele de Craigh. A imagem bateu no cérebro de Cledwyn e afundou imediatamente em seu pênis. A maldita coisa saltou em resposta.
— Não, foda-se, não pare, não... — Craigh gritou, o ruído assustando vários pássaros das árvores próximas.
Cledwyn permaneceu ali por um longo momento, com a mão ainda elevada, preparando-se para bater. Péssima ideia. Não parece que os dois vão estar acabados em breve.
Ele empurrou seus ombros para trás e tentou erradicar os gritos de seu cérebro, mas maldição, o que Rowan estava fazendo com seu companheiro - Craigh estava gostando pra caralho. Vocalmente.
Cledwyn esperou mais alguns segundos, tentando dizer a si mesmo que precisava decidir o próximo movimento. Não era porque os ruídos que vagavam pela janela aberta faziam seu pênis ficar duro. E sua mente correr com possibilidades.
Porra, ele estava disposto a suportar Random fodendo-o, mas ele não teria gostado. Talvez. Não como Craigh. Então, novamente, ele nunca tinha ouvido um homem ser tão vocal durante o sexo. Não que você tenha alguma experiência com homens durante o sexo, Cledwyn apontou para si mesmo.
Ele suspirou e se virou. Vá para casa. Esqueça tudo o que ouviu aqui.
Ou melhor ainda, vá para casa, e reproduza todos os sons interessantes. Imagine que é Craigh.
Seu pênis desinflou. Craigh era um homem atraente, mas Cledwyn não fantasiava sobre fodê-lo. Talvez porque o medo de Rowan rasgando sua garganta apareceu nas imagens mentais. Sim, isso é um assassino de humor.
Cledwyn se dirigiu para o quintal quando a luz acima da garagem chamou sua atenção. Random.
Ainda acordado.
Ele podia ser um idiota - inferno, ele é um idiota - mas ele era leal a Rowan. Mudando de direção, Cledwyn caminhou em torno da frente do prédio e subiu o lance de escadas pela segunda vez esta noite. Exceto que, da última vez, ele não tinha andado nu.
Que diabos. Random o via nu durante as corridas de lua cheia e algumas horas antes. A visão não o tinha inspirado à luxúria enlouquecida. Não o tinha inspirado a qualquer tipo de luxúria. Cledwyn balançou a cabeça, limpando o pensamento. Você não quer foder Random lembra? Você odeia esse cara.
Segurando aquele lembrete em sua cabeça, ele bateu na porta.
Random relaxou de volta em seus travesseiros. Um cheiro estrangeiro invadiu seus lençóis. Seu cérebro levou um momento para reconhecê-lo como o de Cledwyn.
Bastardo tenso, Random sussurrou no silêncio de seu cérebro. Ele chamou a memória do lobo Beta em sua cama, primeiro ajoelhado, um verdadeiro mártir de suas convicções. Random sorriu e riu da reação de Cledwyn. Claro, o drama não tinha feito nada para impedir o pau de Random de ficar duro. O cara tem um pau no traseiro.
Mas é um traseiro bonito.
Seu pênis pulsou enquanto o resto da noite passava por sua mente. Cledwyn, esticado em sua cama, tentando tanto não gostar de ser tocado. Aqueles músculos grossos e sólidos espalhados para o prazer de Random. Perguntou-se se as marcas de seus dentes ainda persistiam no abdômen de Cledwyn.
Random deslizou a mão por baixo da cintura de suas cuecas boxer e envolveu seus dedos em torno de seu pau. A maldita coisa parecia determinada a ficar duro apenas para Cledwyn. Nenhum dos rapazes do Distant Howl causou tanto quanto uma contração.
Ele poderia ter fodido alguém. Ele tinha tido várias ofertas, mas todos pareciam muito bonitos, muito pequenos. Não fazia sentido. Ele gostava muito. Twinks eram o seu sabor preferido. Não essa noite. Hoje à noite seu pênis obviamente queria alguém grande e musculoso. Alguém que ele pudesse foder sem quebrar.
Cledwyn.
Certo. Como se o cara faria qualquer coisa mais do que suportar ter meu pau em sua bunda.
O pensamento não parecia afetar seu pau em tudo. A coisa ficou mais dura. Random deslizou sua mão para cima de todo o comprimento de seu eixo, ignorando suas preferências habituais e deixando a imagem de Cledwyn em sua cama encherem seu cérebro.
O homem grande torceu nos lençóis, lutando para escapar, mas não muito duro.
— Shhh, bonito, você está bem. Deixe-me entrar.
Random apertou sua mão em torno de seu pau quando ele imaginou empurrar no calor de Cledwyn. Ele ficaria tenso e rígido. Com fome.
Ele gemeu e bombeou seu eixo, tirando-o de seus shorts, deixando sua mão se mover livremente. Os gritos de Craigh ecoaram entre os dois andares. A mente de Random converteu os sons na voz de Cledwyn, exigindo ser fodido. Cledwyn - um Cledwyn verdadeiramente envolvido - nunca seria um amante passivo. Ele vai ser forte e resistente e...
Porra. Random empurrou, empurrando-se duro no traseiro apertado de Cledwyn, amando a maneira como o outro homem se movia, empurrando para trás, tentando pegar o pau de Random um pouco mais profundo. Random recuou e deu um empurrão para a frente. Cledwyn gritou enquanto arqueava as costas.
Sim, é isso. Esse é o lugar.
Random golpeou no traseiro do outro homem. Mais perto, mais perto. Os músculos de Cledwyn ficaram tensos quando ele gozou, derramando sobre seu estômago. O sutil apertar em torno do pau de Random empurrou-o sobre a borda e ele derramou o seu gozo no buraco apertado de Cledwyn, marcando-o com o cheiro de Random e...
Uma baixa batida na porta da frente tirou Random da fantasia. Ele olhou para a mão e os lençóis, cobertos de seu sêmen. Droga. Pegando um lenço da mesa-de-cabeceira, limpou a pele e passou rapidamente pela bagunça no colchão.
Irritação estava comprimida abaixo de sua coluna enquanto ele ficava de pé, arrancava suas cuecas e abriu a porta do quarto. Ele tinha um pouco agradável de resplendor indo para lá. Não tão bom quanto se ele tivesse realmente fodido Cledwyn, mas o devaneio sexy tinha sido muito bom.
Grunhindo um pouco, ele entrou na sala de estar e fechou a porta atrás dele.
Masturbar-se não o constrangeria, mas não havia necessidade de anunciar.
A batida repetiu suavemente como se a pessoa do outro lado não quisesse acordá-lo.
Ele olhou para o relógio. Quem diabos está na minha porta à meia-noite? Normalmente ele ainda estaria no bar, mas a falta de interesse de seu pau por qualquer um dos talentos o tinha mandado para casa mais cedo.
A curiosidade o aproximou da porta da frente. Seu lobo avançou. O animal reconheceu quem estava do outro lado da porta. Random cheirou o ar e um cheiro novo familiar encheu sua cabeça.
Cledwyn.
Seu pênis deu um pulsar fraco. Seu metabolismo lobisomem dava-lhe uma recuperação rápida, mas de alguma forma ele duvidou que Cledwyn veio visitar à meia-noite para ser fodido. Mas quem sabe?
Random abriu a porta, um sorriso arrogante nos lábios.
— Bem vin... maldição.
Cledwyn estava lá. Nu. Seu pau meio duro.
Talvez ele esteja aqui para ser fodido. Agradável.
— Eu só estava pensando em você. — Random disse. — E aqui está você, pronto para a ação.
A boca de Cledwyn se apertou em uma linha apertada.
— Não é por isso que estou aqui, idiota.
Random ergueu as sobrancelhas, esperando por uma explicação.
— Posso entrar? Está congelando aqui.
Ele revirou os olhos.
— Molenga. — Random deu um passo para trás e permitiu que o outro lobo adentrasse.
— Babaca. — murmurou Cledwyn em resposta.
Random riu.
— Bom saber que sacrificar-se em minha cama esta noite não o fez macio.
Ele olhou para baixo, zombando da piada de Cledwyn. Porra, o homem está realmente endurecendo mais? Talvez ser fodido não é uma ideia tão estranha depois de tudo.
O pensamento trouxe de volta sua fantasia. Seu olhar saltou para a porta do quarto, confirmando que ele a havia fechado.
Cledwyn seguiu o movimento.
— Porra, tem alguém aqui. — grunhiu Cledwyn.
Random encolheu os ombros.
— Eu lhe disse que eu tinha um encontro.
Ele não conseguiu parar de pisar no caminho entre Cledwyn e seu quarto.
A ação chamou a atenção do outro lobo.
— Porra, Random, se você tiver Josiah lá.
— Não, eu disse que não...
Ele não conseguiu terminar a frase. Cledwyn deu um passo em torno dele e em quatro longas passadas enfrentou o quarto de Random.
— Que diabos...?
Cledwyn empurrou a porta e entrou.
Random seguiu segundos atrás dele.
— Satisfeito? Quer verificar por baixo da cama? — desafiou.
— Não há ninguém aqui.
— Você é observador.
— Mas você... — ele cheirou o ar e piscou. — Você... — as bochechas de Cledwyn ficaram vermelhas e olhou ao redor como se seus olhos não pudessem encontrar um lugar seguro para olhar.
— O que você quer? — Random perguntou determinado a não achar o lobo corado atraente.
— O quê? — Cledwyn piscou novamente e olhou para cima. A confusão lavou-se através de seus olhos como se o choque de Random se masturbando tinha entupido seu cérebro.
— Estou assumindo que você não veio aqui para continuar de onde paramos. — pena. — Por que você está aqui?
— Oh, certo. Uh... — Cledwyn olhou ao redor mais uma vez como se pensasse que alguém tinha que estar escondido no quarto, mas a porta do armário estava aberta. Exceto pelo espaço debaixo da cama – que Random sabia que estava lotado por nada mais que quilos de poeira - o quarto permanecia vazio.
Cledwyn voltou para a sala e pareceu recuperar a compostura ao longo do caminho.
— Certo. Eu vim falar com o Alfa, mas ele estava, uh, ocupado.
Random sorriu.
— Sim. Eles estão “ocupados” frequentemente e não se calam sobre isso. O que é tão importante que você teve que passar por aqui no meio da noite?
— Depois que eu saí daqui, eu fui até o Bush Whacker.
Random resistiu ao impulso de rolar os olhos. Se Cledwyn queria olhar para as meninas com grandes mamas, ele não criticaria. Embora seu pênis murchasse em arrependimento.
— Então você passou a noite em um clube de strip desprezível, que não é um crime. Um pouco oferecido mas não algo que você necessita confessar ao alfa.
— Sim, você é uma ótima pessoa para comentar sobre ser uma vagabunda. Essa não é a questão. Eu vi Phillip e Bill ali. Juntos.
As orelhas de Random ergueram-se quando Cledwyn lhe contou sobre o encontro.
— Provavelmente não é nada. — disse Random quando Cledwyn terminou.
— Eu sei. Provavelmente não é nada.
— Mas é estranho.
— Isso foi o que eu pensei. Esquisito.
Random pensou sobre isso. Phillip e Bill. Nada de criminoso sobre os dois se encontrarem, mas ele não gostou da ideia. Então, novamente, ele não gostava de Phillip ou Bill. Isso podia ter algo a ver com isso.
— Devemos dizer ao Alfa?
Random olhou fixamente para Cledwyn. O outro Beta estava pedindo seu conselho. E ele não soou sarcástico sobre isso em tudo. Falando de estranho...
— Sim, mas não precisamos interrompê-los hoje à noite. Podemos falar com ele de manhã.
Cledwyn assentiu com a cabeça. — Sim, eu deveria ter esperado. Minha mente estava correndo, então pensei em contar a ele agora.
— Isso é porque você não foi fodido hoje à noite. Se você tivesse tido algum sexo, você teria dormido como um bebê.
— Deus, você é um idiota. O mundo inteiro não gira em torno do sexo e de foda.
— Claro que sim.
A mandíbula de Cledwyn apertou-se com tanta força que Random podia jurar que ouviu dentes racharem. Random não pôde deixar de pensar em quais palavras o lobo Beta restringia atrás desses lábios apertados.
— Se você quiser ficar, eu poderia foder você e confie em mim, quando eu terminar com você, você não vai pensar em nada exceto “maldição, isso foi bom”. Oh, e talvez, “porra, meu traseiro dói porque o espantoso pau de Random é tão grande”. Ou...
A porta da frente fechou-se com um golpe atrás de Cledwyn, sacudindo as janelas de Random.
Hmmm, não pareceu gostar de minhas ideias.
Ele riu para si mesmo. Com Kia vivendo com Madge, ter Cledwyn ao redor dava-lhe alguém com quem mexer.
O riso o sustentou até que a razão por trás da visita de Cledwyn voltou à sua mente. Bill e Phillip. Provavelmente nada. Definitivamente algo para contar a Rowan amanhã de manhã.
Capítulo 5
Exceto que, na manhã seguinte, Madge tentou incendiar sua casa. E no dia seguinte, o lobo louco desapareceu na floresta, deixando Kia, Rowan, Random e Josiah para procurá-lo.
Cledwyn e Craigh ficaram para trás, caso Madge voltasse sozinho.
O que ele fez eventualmente - falando sozinho e com os braços ensanguentados com arranhões de suas próprias garras. Kia estava fora de si.
— Ele está ficando pior. — Kia disse suavemente depois que o médico da matilha deu a Madge um sedativo do tamanho de um elefante para nocauteá-lo para a noite. — Eu não sei o que fazer.
O coração de Random doía por seu amigo, mas parte dele parecia um pouco presunçoso também. É por isso que você nunca se apega a ninguém que você fode. Complicações demais.
— Ele está passando por desintoxicação. — disse Craigh.
Perguntas cruzaram o rosto de Kia.
— Você tirou a prata.
— Ia matá-lo. — Kia protestou, olhando para o médico para confirmação. O médico concordou com a cabeça.
— Sim, mas ele tem trabalhado com prata há mais de dez anos, certo? Está em sua corrente sanguínea e agora se foi. Está mexendo com seu corpo e sua mente.
— Mas por que agora? — Rowan se apoiou contra o encosto do sofá. — Kia se livrou dos potes de prata há um mês.
— Você disse que Madge encontrou um cachê de prata na semana passada. Ele deixou cair a caixa em você, lembra? Talvez ele esteja fora de esconderijos e é isso.
Kia gemeu. — Então, os próximos dias vão ser um inferno.
— Podem ser semanas. — acrescentou o médico. O rosto de Kia caiu. — Demorou uma semana para você se recuperar dos arranhões de Madge.
— Droga.
— Não se preocupe. Nós vamos ajudar. — Rowan jurou. Random assentiu, como todos os outros na sala. Na semana seguinte, descobriram que tomavam turnos, alternadamente simpatizando e desejando assassinar Madge.
Cledwyn gemeu com a memória de suas últimas cinco horas. Madge estava tendo um dia ruim. As retiradas de prata estavam no auge, de acordo com o médico, e Cledwyn esperava que elas não ficassem piores. Não poderiam lidar com pior.
Alucinações perseguiam as horas de vigília e os pesadelos de Madge atormentavam seu sono. Cledwyn estava sentado com ele durante a transição, momentos em que ele estava preso dentro de seus sonhos aterrorizantes, mas seu corpo decidia acordar.
Para um cara pequeno, ele batia como um boxeador. E quando seu lobo acordou após anos de ser suprimido, o animal rejeitado queria estar livre. Cledwyn tinha as marcas de garra para provar isso.
O retorno de Kia para casa ajudou. Sua presença acalmou o Madge desesperado um pouco. Kia agradeceu a ele por dar-lhe uma pausa. Kia obviamente amava seu pequeno companheiro, mas a semana passada tinha sido exaustiva... para todos.
Cledwyn se ofereceu para ficar, sabendo que era a coisa responsável a fazer, mas ele não podia negar seu alívio quando o outro lobo Beta lhe disse para ir.
A fadiga física e mental pesava sobre Cledwyn quando retornou à casa do Alfa. Ele entrou na cozinha compartilhada a tempo de ver Josiah dar um passo rápido longe de Random.
Um grunhido baixo que Cledwyn não conseguiu controlar ruiu de sua garganta.
— Josiah, você não deveria ir para a aula? — formulada como uma pergunta, o comando trouxe uma mancha vermelha nas bochechas do lobo.
— Sim, eu tenho que ir.
Ele olhou para Random como se quisesse se desculpar, então girou e se dirigiu para a sala de estar.
Muito cansado para enfrentar o lobo irritante, Cledwyn o olhou furioso e girou, andando para fora a maneira que veio dentro.
No meio do quintal uma mão pesada pousou em seu ombro e girou-o ao redor.
— Que porra é essa? — perguntou Random.
— Eu disse para você ficar longe dele. — Cledwyn se aproximou. Cansado e com fome, não conseguia encontrar forças para se afastar do idiota que continuava a assombrar seus sonhos. A imagem de Random, com o peito nu, usando apenas um par de cuecas boxer azul escuro que abraçava sua bunda e virilha, parecia aparecer no cérebro de Cledwyn nos momentos mais impróprios.
Mas à noite, porra, suas fantasias misturavam-se com sonhos de Random nu, sussurrando aquelas palavras suaves e sexy que ele tinha usado para provocar Cledwyn, só que desta vez, ele quis dizer elas. E ele terminava o que tinha começado.
Irritado com a direção de seus pensamentos, ele olhou para Random.
— Um, eu não faço ideia do que você está falando. E dois, estávamos falando. Isso não é um crime, mesmo em seu mundo apertado, fodido e auto-justificado.
— Deixe-o em paz. Ele tem que terminar a escola e se preparar para se tornar Alfa. Ele não precisa de sua merda.
— Você é um idiota. Eu não fiz...
Cledwyn não sabia de onde vinha o impulso. Ele nunca esperou isso e reconheceu que sua mãe ficaria horrorizada, mas ele esticou o braço direito e bateu o punho no rosto chocado de Random. A cabeça do lobo Beta recuou. Em poucos segundos ele se recuperou e começou a balançar.
Cledwyn dançou para trás, evitando um tropeço total. Ele havia revisado sua luta anterior e analisado o estilo de luta de Random - agressivo e um pouco imprudente, mas, maldição, o cara era forte e até mesmo um golpe fazia sua mandíbula doer. A tensão das doze horas passadas - os humores e as lutas mercuriais de Madge - empurrou Cledwyn sobre a borda.
Ele conseguiu outro soco, desta vez batendo em Random no ombro. O outro lobo rosnou e pulou para Cledwyn, levando-os para o chão. Ele caiu na terra duramente e perdeu a pista de quem batia em quem. Seu mundo condensou-se a uma dor ardente. Suas costelas e rins doíam. Suas juntas sangraram de uma batida nos dentes de Random.
Gritos ecoaram a distância, mas sua mente mal processou os ruídos, muito concentrado em fazer Random se ferir, em libertar a agressão profundamente dentro dele.
Torcendo contra o chão, ele dirigiu o punho para cima e bateu no ar vazio. O impulso o lançou para frente, mesmo quando as mãos estranhas o agarraram pela cintura e puxaram-no para trás.
Chocado, ele limpou o suor de seus olhos e olhou ao redor. Seu alfa estava à cinco pés afastado, seus braços envolvidos em torno do peito de Random, prendendo o lobo Beta para trás. O cérebro de Cledwyn se aproximou e ele reconheceu que o companheiro do Alfa o segurava.
— O que há de errado com vocês dois? — Rowan exigiu.
Random grunhiu e seus olhos brilharam vermelhos enquanto olhava para Cledwyn. A visão acendeu o lobo de Cledwyn e ele rosnou em troca, seus músculos se contraindo, dirigindo-o para a criatura irritante.
O grande lobo Ômega atrás dele apertou seu aperto e empurrou-o para trás os poucos centímetros de progresso de avanço que ele tinha feito.
— Acalmem-se, vocês dois. — Rowan comandou. O brilho direcionado para ele por seu Alfa envergonhou seu lobo. Cledwyn baixou os olhos e forçou seu corpo a relaxar.
Mesmo com o olhar direcionado para baixo, ele olhou para cima para assistir Random. Demorou mais tempo - e um baque do Alfa - antes que o outro lobo se apresentasse. Ele baixou os olhos. A tensão saltou entre os quatro homens.
Finalmente, Random endireitou-se e afastou a posse do Alfa, mesmo que ele não se livrasse de sua raiva.
— Agora. O que diabos está acontecendo? — Rowan dirigiu a pergunta para Random. Cledwyn ficou tenso, esperando a verdade - ele deu um soco em Random. Ao invés, Random sacudiu a cabeça e desviou o olhar. Rowan voltou seu olhar inquisitivo para Cledwyn.
Ele engoliu em seco, se preparando para confessar. Os olhos de Random apertaram nos cantos, um aviso silencioso.
— Um mal-entendido.
— Um mal-entendido bastante violento e eu estou dizendo a ambos, estou cansado disso. Se vocês dois não conseguem encontrar uma maneira de trabalhar juntos, eu os separarei permanentemente.
Cledwyn assentiu e um momento depois Random fez o mesmo.
— Eu não vou pedir-lhe para apertar as mãos porque eu acho que as garras vão sair. Random... — Rowan apontou para o apartamento da garagem. — Você vai por esse caminho. Cledwyn, escolha outra direção.
Random revirou os olhos e murmurou algo sobre não ser uma criança enviada para seu quarto, mas ele foi para onde seu Alfa o dirigiu.
Cledwyn deixou passar Random, finalmente retomando o fato de que tinha atraído uma multidão. Suas bochechas queimaram, mortificação se instalando em seu intestino. Em que diabos ele estava pensando? Ele examinou as pessoas assistindo, embora não soubesse por quê. Penitência?
Seu olhar pousou em Bill, de pé, atrás de três pessoas, perto da borda da casa. Um sorriso afetado curvou seus lábios e ele acenou com a cabeça, quase como se enviando sua aprovação, antes de ele se virar e desapareceu pela entrada.
Os pequenos cabelos nas costas do pescoço de Cledwyn se ergueram e seu lobo saltou para o alerta total.
— Cledwyn. — o tom severo, agressivo de seu Alpha mal travou seus pensamentos.
— Quer me dizer do que se trata? Não posso ter dois de meus Betas lutando.
Cledwyn assentiu distraidamente e trotou em direção a seu caminhão, uma ideia se formando mesmo quando o Alfa chamou a ele na distância. Ele pulou no assento do motorista e foi para casa. Ele precisava estar em seu próprio espaço para poder pensar, planejar.
Cledwyn entrou no bar, intencionalmente sem olhar em volta, indo direto para o balcão e pedindo um uísque. Ele atirou para trás e acenou para outro. Depois do terceiro, sentou-se num banco e tomou um gole do quarto. Beber os três primeiros tão rapidamente fez sua cabeça girar, mas ele queria fazer uma impressão.
Momentos após o próximo uísque pousar na frente dele, ele sentiu um corpo ao lado dele. Aceitando suas habilidades limitadas de atuação, ele não tentou parecer mais bêbado do que estava. Sua cabeça girou o suficiente, não precisava fingir. Ele olhou por cima do ombro direito e encontrou o olhar bajulador de Phillip.
— Tomando um drinque, não é?
Cledwyn lutou contra o impulso de enrolar os olhos e revidar a resposta óbvia de “duh”. Afinal, ele queria atrair o homem. Ele acenou com a cabeça e jogou para trás o copo de shot. Ele diminuiu o número quatro, mas o quinto bateu duro. Ele precisava de sua inteligência.
— Longo dia. — ele murmurou.
— Por que você não vem sentar comigo? Vou comprar a próxima rodada.
Cledwyn olhou para seu copo vazio como se ele considerasse a ideia e depois deu de ombros.
— O que diabos. — ele disse, empurrando-se para ficar de pé. Ele balançou quando seu cérebro fez um loop. O lobo dentro dele rosnou à fraqueza humana. Phillip riu quando Cledwyn se estabilizou.
Bom. Só tenho que ficar à frente dele. Infelizmente, Phillip parecia completamente sóbrio e Cledwyn lutava com cinco shots. Ainda assim, seu alto metabolismo ajudava. Ele precisava manter-se longe do álcool um pouco para limpar sua mente. E não dizer nada estúpido, entretanto.
Ok, talvez isso não seja uma boa ideia.
Lentamente, acomodando-se para o redemoinho em sua cabeça, ele soltou o bar e deu um passo. Seu pé pegou a perna do banquinho e ele tropeçou para a frente.
— Ei, eu tenho você. — Phillip estendeu a mão e agarrou Cledwyn sob o braço, mantendo-o ereto.
O lobo farejou o macho ao lado dele e descobriu que ele não tinha cheiro. Fraco. Insignificante.
Random.
Sem saber que havia armazenado o cheiro em sua memória, o lobo chamou o aroma cheio de Random - o leve suor masculino enquanto eles lutavam, o perfume distintamente masculino quando o outro homem se movia sobre ele, provocando-o com a possibilidade de ser fodido. Seu pau começou a endurecer.
Mau momento. Não, não, não. Pensamentos não sexuais. Pense pensamentos não sexuais. Torta de maçã. Basebol. Mamãe. Sim. Isso fez isso.
— Você está bem? — Phillip perguntou, sua mão agora segurando o interior do braço de Cledwyn.
— Sim. Um pouco tonto.
— Vamos conseguir um lugar mais confortável.
O tom liso ralou em cada um dos nervos de Cledwyn e ele resistiu ao instinto de se afastar. O aperto de Phillip lhe enviou adagas na pele. O lobo de Cledwyn lutou pelo controle, precisando fugir da vil personalidade segurando-o.
Em vez disso, Cledwyn respirou fundo, memorizando o cheiro de Phillip, catalogando-o em seu cérebro.
Phillip sentou-se ao lado dele, apertou-se contra ele. — Então, o que posso lhe trazer?
— Uh, uísque. Puro.
Phillip acenou para uma das garçonetes. — Querida, nos traga um uísque duplo, e eu tomarei uma cerveja leve.
Cledwyn cravou as unhas nas palmas das mãos, esperando que a dor ajudasse a limpar seu cérebro confuso.
— Então, eu ouvi que você teve outra briga hoje.
Ele assentiu.
— Random. — ele não precisou fingir um rosnado ao nome.
Phillip deu uma risadinha. — Você realmente parece não se dar bem com ele.
— Ele é um idiota. — Cledwyn respondeu, capaz de colocar muita honestidade em sua resposta.
— Concordo. Deve ser uma dor trabalhar com ele. — Phillip colocou seu braço ao redor das costas de Cledwyn. — Vocês devem ter um momento difícil quando estão patrulhando juntos.
O alarme disparou algo na parte traseira de seu cérebro. Patrulhas. Horários. Confidencial. Ainda assim, ele precisava oferecer algo, algum tipo de detalhe.
— Nós não patrulhamos juntos. — suas palavras se arrastaram um pouco e ele se inclinou para Phillip. — Rowan nos mantém separados. Nós não jogamos bem juntos.
— Você joga legal com Rowan?
O uísque chegou. Cledwyn piscou para ele. O espaço entre suas orelhas girou. Ups. Ele tinha que começar a dar-se um pouco mais de tempo entre goles. A garçonete colocou o copo duplo na mesa à sua frente. Ele sorriu e piscou, mesmo quando pensou que ela parecia um pouco magra. Ela precisava de músculos.
Músculos grossos e fortes que poderiam segurá-lo e...
— Cledwyn?
A chamada de Phillip o empurrou para trás de uma borda muito perigosa. Sem pensar em Random segurando-o e fodendo-o. Exceto mesmo quando as palavras formadas em seu cérebro, as imagens rapidamente seguiram.
Ele balançou a cabeça e olhou para Phillip, sem ter de fingir sua confusão.
— O que?
— Você gosta de trabalhar para Rowan? Ele é uma espécie de idiota, não é?
O lobo dentro dele levantou-se. Ele não podia denunciar ou trair seu Alfa. O animal não o permitiria. O choque ajudou a limpar algum do excesso de álcool de seu sistema.
Ele encolheu os ombros.
Phillip riu e cutucou a bebida de Cledwyn em sua direção.
— Entendi. Não diga nada ruim sobre o Alfa. Eu aprecio esse tipo de lealdade. — Phillip tomou um gole de sua cerveja, incentivando Cledwyn com um brinde silencioso a lealdade. Ele levantou o copo e bebeu, segurando o copo nos lábios mais do que bebeu. — Eu era leal ao Alfa anterior assim. Mantive a boca fechada mesmo sendo um bastardo louco.
Ele suspirou dramaticamente.
— É por isso que eu encorajei Craigh a lutar com ele, você sabe. Pelo bem do bando. Às vezes você tem que fazer o que é certo, mesmo quando é impopular.
Ele fez a traição soar tão nobre, exceto que Rowan não era um Alfa ruim. Ele se transformou em um excelente líder para o seu bando. Um pouco áspero, mas justo.
— Falando de Craigh... — Phillip tomou outra lenta bebida de cerveja e afundou de volta para o estande, parecendo casual e relaxado. Se não fosse a centelha de algo - ódio? Arrogância? - em seus olhos, Cledwyn poderia ter acreditado na imagem. — Não o vejo há meses.
—Você foi banido. — ele se sentiu obrigado a apontar.
— Bem, sim, mas eu vi você. Craigh nunca sai das terras da matilha? Espero que Rowan não o mantenha confinado à casa. Quero dizer, eu odeio pensar em Craigh sentado sozinho naquela casa grande todas as noites enquanto Rowan trabalha no bar.
Cledwyn olhou para seu uísque, sem saber como responder.
— Sim, eu... — ele pegou a taça e levantou o copo para sua boca - só que ele perdeu e derramou o líquido âmbar na frente de sua camisa. — Merda.
Ele agarrou o material fino de t-shirt e puxou-o longe de seu peito. Ele piscou e sorriu para Phillip.
— Talvez eu tenha bebido demais. — sua cabeça girou, apoiando a verdade em suas palavras. Ele pairava perto de se meter em problemas.
— Não se preocupe com isso. — Phillip se sentou e colocou seu braço sobre as costas de Cledwyn, pressionando contra o lado de Cledwyn. — Vamos pegar outro para você. Você não vai a lugar algum em breve, vai?
— Não. Mas acho que devo ir enxaguar isso. — ele saiu da cabine, segurando a mesa por um momento para se estabilizar. — Eu volto já.
— Eu estarei esperando. — Phillip arrastou, o som quase sedutor.
Nenhuma parte de Cledwyn reagiu às palavras sedosas. Seu pênis permaneceu inerte e sua mente se afastou do conceito de Phillip tentando seduzi-lo. Phillip não era gay - Cledwyn conhecera o homem havia anos -, mas faria o que fosse necessário para conseguir o que queria... não importava quem se interpusesse em seu caminho.
Cledwyn assentiu e se dirigiu para o banheiro. Em vez de evitar os seres humanos ao seu redor, ele permitiu que seu corpo colidisse com alguns, desculpando-se ao passar pelo bar lotado.
Ele entrou no pequeno banheiro. Quando enxaguou a maior parte do uísque de sua camisa e secou-a, sua cabeça começou a clarear.
Se ele voltasse para a mesa, Phillip o colocaria com mais uísque. Mas Phillip vivia com o mesmo metabolismo rápido que Cledwyn fazia. Ele saberia se Cledwyn tentasse fingir estar bêbado. Porra, ele precisava de uma desculpa.
Tirando o telefone do bolso, ele enviou um texto rápido, olhou para o espelho e se preparou para os próximos minutos. Ele só tinha que mantê-lo tão real quanto possível, sem dar muito longe.
Voltou para o bar principal e olhou para a mesa. O olhar de Phillip imediatamente se agarrou ao dele. Cledwyn levantou o queixo em saudação e vagueou para trás.
— Melhor? — Phillip perguntou, acenando para o assento ao lado dele.
— Sim. Ainda cheiro como uma destilaria. Devo ir para casa.
— Mas já lhe ordenei outra bebida. — acenou para a garçonete que se dirigia à mesa. Outro uísque duplo no meio da bandeja. — Não deixe que isso vá para o lixo.
Cledwyn hesitou, mas sentou-se. A bebida fresca apareceu na mesa. Cledwyn se preparou e tomou um gole amigável do copo.
— Então, como está a multidão no Distant Howl estes dias? — Phillip brincou com sua garrafa de cerveja. — Sinto falta dos caras.
— Você parece ter uma configuração muito boa aqui.
— Não é ruim, mas eles não são lobos, você sabe?
Cledwyn assentiu, estranhamente simpático.
Phillip lançou uma história sobre crescer no bando, sendo amigo de Craigh. Sua tristeza por ser excessivamente zeloso em querer proteger a sua matilha. Ocasionalmente levantando sua cerveja como se incentivando Cledwyn a beber também.
A conversa de Phillip percorreu a maior parte da matilha, perguntando como os pais de Cledwyn estavam desfrutando a aposentadoria, como Josiah gostava de suas aulas e o que o futuro lhe reservava.
Cledwyn lambeu os lábios e olhou para a mesa. O grão de madeira entrou e saiu de foco. O movimento fez seu estômago fazer flip-flops aleatórios. Não, má ideia. Não vá lá. Concentre-se em suas palavras. Não dê muito longe.
— Eu realmente espero que Craigh entenda que eu queria o melhor para o bando, para proteger sua irmã do velho Alfa.
Cledwyn assentiu e tentou concentrar-se na conversa. Ele olhou para o copo e percebeu que estava vazio. Ele acelerou o seu caminho através de outro uísque duplo.
Antes que ele pudesse pedir uma garrafa de água, a garçonete colocou outro copo cheio na frente dele e se afastou.
— Então você estava dizendo sobre Craigh na casa quando Rowan está no bar? Deve ficar sozinho.
Cledwyn não se lembrava de ter dito isso. E ele não conseguia decidir qual seria a resposta correta? Dizer-lhe que Craigh nunca estava sozinho? Ou dizer-lhe que ele estava sozinho com frequência e usar o companheiro da matilha como isca para qualquer enredo - e Cledwyn estava convencido de que havia algum tipo de conspiração - Phillip planejara.
Rowan vai te matar se você fizer Craigh como isca.
A verdade queimava com um pouco do uísque.
— Está tudo bem. — disse Cledwyn. — Ele tem muitos amigos por perto.
— Ah, com certeza seria bom vê-lo. Sinto falta dele. Somos amigos desde o jardim de infância e...
— Aqui é onde você está saindo e me diz que o Random é muito desprezível? — a voz áspera de Josiah cortou a história sentimental de Phillip.
Cledwyn piscou e olhou para cima, sua surpresa real. Porra, o tempo passara depressa.
— Ei, Josiah, você conhece o Phillip né?
Josiah acenou com a cabeça, inclinando a cabeça para baixo em um breve reconhecimento, mas sem qualquer tipo de submissão no movimento.
— Você quer se juntar a nós para uma bebida?
Josiah apertou os olhos e abanou a cabeça.
— Eu não posso. Rowan estava procurando por você. Algo sobre uma luta esta tarde?
Cledwyn assentiu com a cabeça.
— Oops. — ele ofereceu um sorriso fraco para Phillip. — Melhor ir. O Alfa está chateado.
— Sim, eu entendi. Nós alcançamos a próxima vez. — Phillip estendeu a mão. — Se você vir Craigh, diga a ele que sinto falta dele, hein? — a sinceridade exagerada mais uma vez enviou o lobo de Cledwyn em alerta. As linhas borradas de seu cérebro humano mantinha o animal calmo, mas Cledwyn precisava de seus pensamentos claros.
— Farei.
Ele saiu do banco e se levantou, dando uma mão pesada no ombro de Josiah. O lobo mais novo se encolheu, mas continuou se movendo, ostensivamente ajudando Cledwyn a sair pela porta.
Eles subiram no carro de Josiah e fecharam as portas antes de falarem.
— Então, o que diabos foi isso? — Josiah perguntou enquanto se afastava. — Você nunca fica bêbado.
Ele parecia mais chateado do que Cledwyn antecipou. Um raio de clareza quebrou seus pensamentos nebulosos e lembrou-se de que o pai de Josiah bebia e depois gostava de falar com ele.
— E por que eu precisei dizer que o Alfa queria te ver?
Cledwyn não tinha sido específico em seu texto, apenas um apelo para Josiah vir buscá-lo em cerca de uma hora e dizer que Rowan precisava dele.
— Eu estava tentando obter alguma informação de Phillip.
— Então você não está realmente bêbado.
— Não, infelizmente, estou meio bêbado. Eu não conseguia descobrir uma maneira de não beber, mas acho que consegui o que eu precisava.
— Que informação? — Josiah perguntou, seu tom ainda frio.
Cledwyn sacudiu a cabeça. — Eu preciso falar com o Alfa primeiro.
— Isso é tão ruim?
— Poderia ser. — ele suspirou. — Obrigado por ter vindo me buscar. Eu precisava de uma desculpa.
Josiah acenou com a cabeça e continuou dirigindo.
— Onde você quer que eu te deixe?
— Na casa do Alfa. Espero que eu fique sóbrio aqui o bastante para avisá-lo.
Capítulo 6
Random passou as mãos pelo cabelo e olhou para a parede do quarto.
WTF2? Sério? Mas. Que. Porra.
Seu pênis se contorceu como se ansioso para fornecer a resposta à pergunta de Random.
Random caiu de volta em seu travesseiro e concentrou-se no teto. Legal, porém entediante e um teto. Sim, não estava ajudando.
Ele tinha ido para o Distant Howl, rastreou alguns gostosos e... fodidamente voltou para casa sozinho. Novamente. Seu pau doía, duro e moendo contra seu zíper como uma dançarina de pole dance. Porra, ele ia ter a marca permanente de dentes de zíper embutidos em sua pele se algo não acontecesse logo.
Claro, ele poderia descompactar, mas cada vez que ele alcançava a aba do zíper, a imagem de Cledwyn se encaixava em seu cérebro e fez seu pau ainda mais duro. Porra. Talvez ele pudesse entrar em um banho frio, jeans e tudo.
Cledwyn. Sério?
O cara é um idiota, ele disse a ele... que piada.
Não parecia importar. As lembranças daquela noite, mais de uma semana atrás, se demoraram. Cledwyn nu, estendido na cama. Pau duro, quase ansioso.
Random zombou. Ele sabia melhor. O pau de Cledwyn respondeu ao estímulo físico. Não a Random. Poderia ter sido qualquer um - macho ou fêmea - tocando o pau bonito do homem e ele teria obtido a mesma reação.
O lobo dentro da cabeça de Random - bastardo burro - soltou um uivo triste.
Random suspirou e resignou-se a uma noite desconfortável.
— Desculpe, amigo. — ele comiserou com seu lobo. — Você nem sempre consegue o que quer.
Os Rolling Stones irromperam em seu cérebro. Random chutou suas pernas da cama e subiu para ficar de pé.
De jeito nenhum ele ia dormir. Poderia também jogar algumas pedras.
Seu pé desembarcou diante da porta de seu quarto quando a batida soou na porta da frente. Ele congelou, em pânico por algum momento enlouquecido que alguém poderia ver onde seus pensamentos tinham estado.
O bater suave se repetiu e a tensão evaporou de seus músculos.
Rowan batia na porta. Craigh gritava enquanto batia. Kia só entrava. Quem diabos estaria na sua porta a essa hora?
Ele respirou fundo, só para exalar irritado, mas o cheiro que flutuava pela porta fez seu pênis saltar.
Droga. Ele estendeu a mão e puxou o denim grosso para longe, desejando que ele tivesse usado roupas íntimas hoje, para proteger seu pau, se nada mais.
Ele caminhou até a porta da frente, seu lobo estranhamente emocionado ao cheirar o outro lobo em seu território. O lado humano escolheu ficar irritado. Inferno, sua mandíbula e costelas ainda doía dos socos de Cledwyn. Ele abriu a porta, olhando para o lobisomem alto e santificado do outro lado.
— Ele não está aqui. — grunhiu Random. — Eu não passei a noite arrebatando seu precioso e pequeno futuro Alfa, então vá para casa.
— Não. — a mão de Cledwyn parou a porta que Random pretendia bater em seu rosto. — Eu preciso falar com você.
O nêmesis3 de Random balançou suavemente quando disse as palavras.
— Você está bêbado? — Random perguntou, incapaz de manter um tom de juízo de sua voz.
— Um pouco. — Cledwyn engoliu em seco. — Ou um pouco mais.
Random riu, mantendo o som perto de seu coração. Estabeleceu algo dentro dele saber que Cledwyn - o rei dos lobos Beta auto-justos - poderia mostrar essa fraqueza momentânea.
A piada de Random se animou novamente - com a ideia de um Cledwyn disposto, mas empurrou o impulso para o lado. Mesmo ele estava acima de se aproveitar de um lobo bêbado. Não importa o quão sexy ele aparecesse, ainda usando as roupas verdes profundas e marrons da floresta que tendiam a favorecer Cledwyn.
Foda-se, parece um elfo da floresta, pensou Random.
Um alto, musculoso, sexy elfo da floresta.
Ele balançou a cabeça, tentando limpar a imagem de Cledwyn, estendendo-se em sua cama, pegando o pau de Random, implorando por mais. Péssima ideia. Mas muita diversão.
Contra a porção lógica do cérebro de Random - que, vamos enfrentar, ele nunca tinha escutado no passado - ele abriu a porta e deu as boas-vindas ao outro Beta.
O cheiro estranho de outro lobo ofendeu seu nariz.
— Quem você esteve fodendo? — Random perguntou, incapaz de manter a acusação fora de sua voz. O lobo compartilhando seu cérebro se rebelou com a ideia de alguém foder seu companheiro.
Companheiro? A palavra sacudiu Random, mas os olhos arregalados de Cledwyn o fizeram voltar a realidade.
— O quê? Não. Não fodi. — ele zombou. — Não por muito tempo.
O lobo de Random não acreditava muito no anúncio humano. Ele se inclinou e fungou.
— Você cheira a lobo. — acusou Random. Seu lado humano gritou para deixar isso ir. Ele não tinha problemas em foder caras que espalhavam as bundas para os outros. Certamente, ele não deveria se preocupar com outros lobos que poderiam ter fodido Cledwyn.
Exceto que ele fez.
A imagem que surgiu através do cérebro de Random foi como um pico e ele empurrou Cledwyn de volta para a porta fechada, avançando até que ele pressionou o ombro contra o outro lobo.
— Como se estivesse tomando banho em perfume de outro lobo.
Os lábios de Cledwyn enrugaram-se em um risco confuso.
— Deve ser de Phillip.
O nome enviou Random para trás um passo. Seu estômago revirando em um lento, doente virar.
— Espere. Phillip. O ex-amigo de Craigh? O cara que tentou matar Rowan?
Cledwyn assentiu com a cabeça. — Sim, ele estava em cima de mim.
— Que porra você estava fazendo com ele? Se você é tão difícil, vou foder você.
Os olhos do lobo Beta se arregalaram e, em seguida, fecharam-se nas bordas.
— Mesmo? Você não me fodeu quando eu estava disposto, mas você vai me dar uma piada de merda se eu sou “tão difícil.”
Ele não conseguiu se parar de usar as citações do ar, mesmo sabendo que Random iria zombar dele por isso.
O que estou fazendo aqui? Cledwyn se perguntou. Deveria ter esperado até de manhã. O álcool tinha queimado durante o passeio, mas uma dica cantarolava ao longo das partes de seu cérebro, sem prejudicá-lo - suas reações ainda ultrapassavam um humano dez vezes - mas encorajando-o a fazer algo estúpido, como dizer-lhe que ter o outro lobo pressionado contra ele como ele tinha momentos atrás, tinha sido perfeito.
— Isso não é o que eu quis dizer. — Random rosnou. — Mas porra, o cara é um idiota. Tenha um pouco de respeito.
Cledwyn lutou para manter o choque fora de seu rosto. Random falando sobre respeito com seus amigos de foda.
— Tanto faz. Não é por isso que estou aqui.
— Por que você está aqui? — Random perguntou, cruzando os braços em seu peito.
— Depois da luta, eu voltei para Bush Whackers.
Ele pôde ver o Random preparando alguma resposta sarcástica e então observou quando a compreensão invadiu seus olhos.
— E?
— Temos sérios problemas.
— Mas na última vez você disse que não era nada.
— Não, da última vez eu disse que era estranho. Você concordou que provavelmente não era nada.
— Mas você não pensa assim agora? — Cledwyn sacudiu a cabeça. — O que eles disseram?
O corpo de Random ficou apertado, claramente em alerta total.
— Foi apenas Phillip esta noite, embora alguns de seus amigos pudessem ter pairado no fundo. Depois do quinto whisky, eu meio que perdi a trilha. Talvez seis.
— Seis uísques? Em uma noite?
— Em cerca de uma hora.
Maldição.
Cledwyn não pôde deixar de reconhecer a nota de admiração na maldição de Random. Seu cérebro sempre empurrou o fato de que ele tinha finalmente encontrado algo que Random gostava dele.
— Você quer ouvir sobre Phillip ou não? — ele fez o seu melhor para soar severo e pensou que ele conseguiu porque Random revirou os olhos e fez uma careta.
— Sim, o que eles estão planejando?
— Eu não sei, mas eles estão procurando informações. Ele me perguntou se Craigh está sozinho em casa à noite quando Rowan está no bar.
— Ele te perguntou isso?
— Não é claro, mas é o que Phillip queria saber. Ele queria saber se Josiah é controlável e ele parecia estar cavando para ver quando você, Rowan e Kia estão todos no Distant Howl.
— Porra.
Random começou a andar e Cledwyn supôs que ele tinha sido esquecido. Deu-lhe um momento para observar o outro Beta. Passos fortes e poderosos o levaram através da sala, jeans apertados se estendiam através de um traseiro musculoso perfeito.
Os dedos de Cledwyn enrolaram em sua palma enquanto imaginava agarrar aquele traseiro, puxando Random contra ele, e...
Ele afastou os olhos. Havia coisas mais importantes do que o quão bom o traseiro de Random parecia em jeans. Cledwyn percorreu a lembrança da noite. Partes da noite se chocaram em seus pensamentos, um pouco confusas, mas ele tinha certeza de que ele tinha mantido a compostura e não tinha jorrado fora qualquer coisa incriminatória.
— Temos que contar a Rowan.
— Ele está fora da cidade. — murmurou Random.
— O quê?!
— Com toda a porcaria em torno de Madge, ele e Craigh estavam meio afastados um do outro, assim Rowan decidiu que precisavam sair para a noite. Eles voltarão amanhã.
— Eu vou até lá.
Ele se virou, indo para a porta. Ele deveria sair antes de fazer algo estúpido, como oferecer sua bunda novamente. Seu pênis se contorceu com a possibilidade.
— Avise-me. Eu quero estar lá.
— Eu posso lidar com isso.
— Eu quero estar lá.
A raiva e irritação na voz de Random provocou uma resposta semelhante em Cledwyn e ele agarrou as emoções. Qualquer coisa era melhor do que cobiçar o outro homem. Toda essa conversa sobre sexo confundiu seu cérebro.
— Posso lidar com isso. — repetiu Cledwyn. — Eu não preciso que você segure minha mão.
Random se aproximou, invadindo novamente o espaço pessoal de Cledwyn. Seu lobo rosnou dentro de sua cabeça, mas não pareceu achar a aproximação de Random uma ameaça.
— Por que você está sendo tão idiota sobre isso? Você trouxe isso para mim...
— Porque Rowan não estava por perto.
— Você trouxe para mim. Eu estarei lá quando você contar o Alfa. Você vai esquecer essa merda de qualquer maneira.
— Que porra?
Desta vez, Cledwyn inclinou-se para perto. O cheiro sedutor do outro lobo - forte, macho e um pouco agressivo - espiralou através do peito de Cledwyn e afundou em suas bolas. Seu pau bateu contra o zíper de seu jeans, forçando as costuras.
— Mesmo se eu esquecer, como você vai ajudar? Você não estava lá.
— Não, mas você relatou para mim quando estava fresco em sua mente, então eu vou lembrar do que você me disse, mesmo se você esquecer quando você ficar sóbrio.
Parte de seu cérebro reconheceu que a situação era estúpida, mas o lobo dançava ao redor de sua cabeça, ansioso, com fome. Devia ter esperado antes de eu chegar, pensou para si mesmo, talvez pegarei um hambúrguer, embora soubesse que a fome que sentia não tinha nada a ver com comida.
— Eu sou um menino grande. Posso me reportar ao Alfa sem sua ajuda.
— Você é um idiota vestindo um terno de “bom cara” e eu estarei lá.
— Eu sou um idiota? Isso é brilhante. — a raiva elevou-se, aumentando sua voz até que ele gritou. — Você é o único perseguindo uma criança por nenhuma outra razão além de fodê-lo. E...
Seu discurso mal começou, as palavras se evaporaram quando Random agarrou-o pelos ombros e puxou-o para a frente, batendo os lábios contra os de Cledwyn, silenciando-o.
Cledwyn congelou por um momento, sua mente lentamente reconhecendo o fato que Random estava beijando-o.
Sua boca relaxou sob a pressão dos lábios de Random, aceitando, moldando o toque do outro homem.
Random estalou a cabeça para trás. A visão do outro homem lutando para recuperar o fôlego enviou uma onda de prazer na virilha de Cledwyn. Ele não era o único envolvido. Exceto que, ele não estava pronto para ceder a Random.
— Que diabos foi isso? — perguntou.
— Eu precisava te calar de alguma forma. — Random respondeu.
— O quê? Então você me trata como uma heroína em um romance?
Random sacudiu a cabeça enquanto ele estendia a mão e envolveu sua mão em volta do pescoço de Cledwyn, aproximando-o.
— Porra, você fala demais.
O beijo veio mais suave desta vez, menos punição, mais sedução. Chocado pela segunda vez em tantos minutos, Cledwyn não afastou o outro homem. Muitos sonhos, muitos pensamentos o provocaram com a possibilidade de Random.
Talvez eu odeie, pensou. Mas pelo menos eu vou saber.
Sua mente parecia disposta a aceitar a farsa de que ele estava deixando isso proceder como uma experiência. Seu pênis tinha outras ideias. Incapaz de parar a necessidade, Cledwyn arqueou seus quadris para a frente, incitando seu pau duro contra a virilha de Random. Ele recuou quase que instantaneamente. Ou ele tentou. As mãos de Random apertaram seu traseiro e o arrastaram para perto.
A dureza correspondente nos jeans de Random acalmou uma seção dos pensamentos mexidos de Cledwyn.
O outro lobo beliscou o lábio inferior de Cledwyn, a mordida muito dura para ser considerada prazerosa. Ele abriu a boca para agarrar Random, mas o homem aproveitou e dirigiu sua língua entre os lábios de Cledwyn.
O sabor inebriante inundou seus sentidos. Parte de sua mente, a mesma porção que conseguiu manter suas necessidades físicas firmemente sob controle, exigiu que ele não respondesse, exigiu que ele se mantivesse firme, resistindo à tentação que Random representava.
Mas o outro canto de seus pensamentos, aquele que notou como a bunda de Random ficava agradável em calça jeans apertada, gritou, “foda-se.”
— Foda-se. — Random sussurrou ecoando os pensamentos de Cledwyn. Antes de descobrir o que estava acontecendo, Random caiu de joelhos. Ele olhou para o outro homem, atordoado por como a realidade semelhante refletia sua fantasia.
— O que você está fazendo?
Random inclinou a cabeça e olhou para cima. A careta irritada em seu rosto não era um bom presságio para a chupada aparentemente iminente em seu futuro.
— O quê? Não é óbvio o suficiente? — Random revirou os olhos enquanto ele agarrava o zíper dos jeans de Cledwyn e abriu os botões. Ele deslizou as mãos para o traseiro de Cledwyn. Dedos fortes e quentes seguraram sua bunda, a borda áspera de calos acrescentando deliciosos pedaços de sensação ao seu toque. Ele não demorou. Ele empurrou as calças jeans e as cuecas para baixo de uma só vez, deixando-as cair nos tornozelos de Cledwyn assim que a gravidade tomou conta.
O ar frio correu sobre sua pele nua, mas não fez nada para murchar sua ereção, que surgiu como se a maldita coisa não pudesse esperar para saudar Random.
Cledwyn apertou a mandíbula e desviou o olhar, esperando que Random não pudesse ver seu rubor. Exceto que, não assistir só fez piorar. Ele não estava preparado para o longo quente lamber no comprimento de seu eixo.
— Agradável, bonito. — Random murmurou, cada sílaba uma carícia separada para seu pau. As sensações espiralaram através da pele de Cledwyn e se instalaram em suas bolas. As pontas de suas garras cutucaram e ele torceu seus dedos em suas palmas para parar de alcançar e arrastar Random para mais perto. Em vez disso, manteve-se firme, duradouro, saboreando os quase delicados movimentos da língua de Random, forçando seu corpo a se desmoronar e derreter em uma pilha mendicante de manteiga.
Mas, maldito seja, precisou de todas as suas forças.
Random não o sugou imediatamente como Cledwyn esperava. Ele lambeu e provou, como se quisesse conhecer cada centímetro, como se ele gostasse da sensação de ter um pau contra seus lábios.
Incapaz de resistir por mais tempo, ele olhou para baixo. Random parecia totalmente concentrado em sua tarefa, mergulhando profundamente para enterrar o nariz na base do pênis de Cledwyn.
Cledwyn teve um momento para assistir. A visão fez suas bolas se esticarem e ele lutou contra a vontade de gozar. Inferno, ele nem sequer entrou na boca de Random ainda. De jeito nenhum ele se permitiria gozar antes disso.
Como se Random percebesse seu olhar, ele olhou para cima e se afastou, não muito longe, sua mão ainda embalando o eixo de Cledwyn. A faísca brilhante e arrogante dos olhos azuis de Random deveria ter pressionado Cledwyn para se afastar, mas ele precisava saber o que aconteceria a seguir.
— Alguma vez um cara te chupou? — Random perguntou, lambendo a cabeça do pau de Cledwyn. Cledwyn piscou, a pergunta tirando-o de seu deslumbramento sensual. Random era todo de deixar os sentidos assumirem, mas maldito se ele deixasse Cledwyn imaginar alguém além de Random sugando seu pau, fodendo seu traseiro.
Cledwyn sacudiu a cabeça.
— Não se preocupe, bonito. Sua primeira vez será uma fantasia de masturbação para os próximos anos.
Ele quase riu quando os olhos de Cledwyn se arregalaram, mas ele manteve o som dentro. Ele queria que Cledwyn reconhecesse quem o fodia. Ele não queria irritá-lo e mandá-lo embora. Agora não.
Random zumbiu enquanto ele se inclinava para frente e enterrava seu nariz nos cabelos na base do pênis de Cledwyn. Quando ele tinha brincado com o homem antes, ele tinha brincado, mas não tinha realmente tocado, não tinha explorado do jeito que ele poderia agora.
Ele acariciou a estreita linha entre a coxa e a virilha, inalando o perfume sensual e almiscarado. Uma faísca provocou sua memória, dos cheiros que rodeavam Cledwyn quando ele chegou. Claramente, ele não tinha sido fodido por Phillip ou o perfume teria demorado. Bom.
Random rangeu seus dentes traseiros juntos e forçou-se a concentrar-se no presente. Ele não se importava com quem fodesse quem. Nunca. Exceto que não gostava do pensamento de outro lobo, inferno, outro humano, tocando Cledwyn.
Empurrando os pensamentos de lado, ele mergulhou a cabeça para baixo, lambendo ao longo da polegada inferior do pau de seu, em breve, amante. Seu lobo e seu pênis pareciam concordar, respondendo ao perfume único do homem. Murmurando sua aprovação, ele deslizou os lábios até o pau de Cledwyn.
O grande lobo se contorceu em seu aperto.
— Sensível, não é? — ele disse, incapaz de manter um tom de provocação fora de sua voz. Ele não podia evitar. Situações de estresse elevado traziam a sua tendência a zombar.
— Não gozo há muito tempo. — resmungou Cledwyn, torcendo os quadris, quase como se quisesse fugir.
Random ergueu a cabeça, olhando ao redor do pau espesso apresentado diante dele. Cledwyn não havia dito que não fazia sexo há muito tempo. Isso era uma coisa. Inferno, mesmo Random passava por períodos secos. Como a das últimas duas semanas.
Não, Cledwyn disse que não tinha gozado há muito tempo.
— Quanto tempo?
Cledwyn não o ouviu ou escolheu ignorar a pergunta de Random. Random adivinhou a opção número dois.
Ele sacudiu a língua para fora e lambeu a parte de baixo do pênis de Cledwyn, um golpe provocante antes de puxar para longe.
— Há quanto tempo você não goza? — perguntou ele, um pouco mais alto, um pouco mais de força.
Cledwyn suspirou, o som apertado e curto.
— Um par de meses, talvez, quatro.
Random sentou-se de volta em seus calcanhares e olhou para o homem, na maior parte nu, em sua sala de estar.
— Você não gozou em quatro meses?
Os músculos ao longo da mandíbula de Cledwyn se apertaram no que estava se tornando uma visão familiar. A tentativa de desafio provocou um rosnado do peito de Random. Ele teria uma resposta para isso.
— Não me faça pegar os grampos dos mamilos. — ele avisou, meio zombador, mas com certeza Cledwyn ficaria espantado com seus mamilos vermelhos e doloridos.
— Talvez seis.
— Seis meses?
Cledwyn fez uma careta e Random soube que tinha sido mais de seis meses.
— Por quê? — ele bateu no quadril de Cledwyn com a palma aberta para se certificar de que ele tinha toda a atenção de seu amante.
— Recuso-me a ser um escravo dos meus desejos físicos. — anunciou Cledwyn. O tom primal acompanhou uma leve elevação no queixo.
— Então, você não se permitiu gozar porque você queria ver se você poderia fazer isso?
Um suspiro poderoso mais uma vez explodiu dos lábios de Cledwyn. Ele olhou para Random mas não perdeu uma polegada de sua postura rígida.
— Negar-se prazeres físicos faz você mais forte.
Random encontrou o olhar sério do outro homem e não pôde deixar de pensar o quão adorável ele ficaria amarrotado e... fodido. E ele precisava tornar a imagem uma realidade.
— Você quer dizer em vez de ser uma puta como eu. — Random enrolou seu lábio inferior para fora, esperando para parecer contemplativo. — Por outro lado, sendo um pouco de uma puta, eu fiquei muito bom nisso, então sua festa de êxtase... — ele riu de sua própria piada. — Vai ser fenomenal.
Não permitindo que Cledwyn protestasse, Random abriu os lábios e chupou o grosso eixo do homem em sua boca. O grito e impulso dos quadris de Cledwyn contou a Random tudo o que precisava saber. Ele teria sorrido se sua boca não estivesse cheia. Realmente cheia. Se o outro Beta conseguisse derrubar Random em suas costas - não era provável que suspeitasse que ele tivesse um garoto nas mãos - o seu rabo teria dores por dias.
Um sorriso ameaçou sair, mas a pesada haste enterrada em sua boca não permitiria. Random ignorou o impulso e apertou seus lábios, retrocedendo lentamente, sugando com força, arrastando o cérebro de Cledwyn através de suas bolas.
Ele tinha planejado uma chupada lenta e sexy para mostrar ao outro lobo o que ele estava perdendo, mas agora Random queria fazer Cledwyn gozar, queria fazer o homem explodir.
Ele empurrou-se mais alto em seus joelhos, procurando um ângulo melhor, e afundou de volta para baixo, chupando o pau de Cledwyn profundamente em sua boca.
Ele tinha chupado pênis suficientes em seus dias para ser capaz de tomar a maior parte do eixo de Cledwyn, mesmo deixando a cabeça escorregar na parte de trás de sua garganta. O pau largo de Cledwyn quase o sufocou, mas Random se recusou a entrar em pânico. Ele engoliu em seco, apertando a cabeça com um pouco de pressão antes de recuar.
Cledwyn gemeu e avançou, como se quisesse mais fundo, como se quisesse foder a boca de Random. Não. Random estaria fazendo a merda... mais tarde. Em breve.
Por agora? Ele permitiu que seu amante acreditasse que ele controlava a ação. Ele permitiu mais um impulso, então rosnou.
Suficiente.
Random agarrou os quadris de Cledwyn e o segurou no lugar, assumindo o controle, engolindo o pau do homem, profundamente em sua garganta.
Cledwyn gritou e brilhantes lampejos de dor caíram nos ombros de Random. Unhas. Garras.
Random zumbiu em torno do eixo espesso em sua boca e recuou, chupando longo e duro quando ele recuou. Ele não ficou longe por muito tempo. As múltiplas sensações do pau de Cledwyn eram muito tentadoras. Ele começou a balançar a cabeça, mantendo os golpes rasos, quase provocantes.
Ainda assim, tinha que admirar a contenção de Cledwyn. O homem não gozara por seis meses - ou mais. Random não podia acreditar que ele não tinha gozado ainda.
O pensamento fez com que ele quisesse levar seu amante pela borda, fazendo seus olhos revirarem quando ele gozasse.
Faça-o perder um pouco desse controle.
Mãos trancadas nos quadris de Cledwyn, sabendo que o homem não seria capaz de tomar muito mais, ele empurrou para a frente, dirigindo o pau de Cledwyn para a parte de trás de sua garganta, e tomando uma chupada longa e lenta. A cabeça grossa deslizou mais fundo, cortando seu ar. Random tomou cada impulso e mais, engolindo novamente, aumentando a pressão em torno da cabeça do eixo.
O grito de Cledwyn rebentou no teto quando seu pênis entrou em erupção, derramando seu gozo na garganta de Random.
Random recuou o suficiente para respirar fundo e realmente provar a porra fluindo através de sua língua. O sabor doce-salgado chocou-o. Não o que ele esperava, mas delicioso.
Os músculos das coxas de Cledwyn tremeram quando ele se preparou. Random cantarolou quando afastou o pau do homem, satisfeito por ter conseguido enfraquecer os joelhos de Cledwyn.
Ele se levantou lentamente, sussurrando beijos e mordidas sobre a pele tensa enquanto ele se levantava. Cledwyn se manteve no lugar, como se decidido a não perder um único toque. Finalmente, Random alcançou o pescoço de seu amante. Ele mordeu e beijou, então apertou seus lábios contra a orelha de Cledwyn.
— É a minha vez, bonito.
Capítulo 7
Cledwyn estremeceu, mas não pela razão óbvia. Seu pênis se contraiu como se a maldita coisa concordasse totalmente com a ideia. Ele prendeu a respiração, esperando que Random não notasse, mas porra, o homem via tudo. Ele enrolou os dedos em torno do eixo de Cledwyn e deu várias bombeadas lentas.
— Vai ficar duro para mim? — seus dentes fecharam no lóbulo da orelha de Cledwyn. A dor sacudiu através de seu corpo, mas de alguma forma se traduziu em um fraco prazer quando ela correu para sua virilha. — Vai gozar enquanto meu pau estiver enterrado em seu doce rabo?
A provocação em sua voz fez com que a mandíbula de Cledwyn apertasse e ele se virou, determinado a se afastar.
Foda-se se ele deixaria alguém zombar...
O jeans em torno de seus tornozelos pegou seu calcanhar e ele caiu. Sem nenhuma maneira de se pegar, ele se preparou para um impacto brutal.
Tão repentinamente quanto ele caiu, ele saltou de volta. Random enganchou a frente da camisa dele, puxou-o para cima... então inclinou-o para a outra direção. O grande lobo Beta levou seu ombro ao estômago de Cledwyn e o levantou. Cledwyn pendurou, seus olhos chocados olhando para a bunda de Random quando o homem se virou e começou a andar.
— O que você está fazendo? — Cledwyn rosnou.
Uma palma aberta bateu no seu traseiro. A cabeça de Cledwyn estalou ao redor, pelo menos tão longe quanto podia em uma posição tão inábil.
— Você tem que parar de fazer perguntas óbvias, bonito. Você arruinará sua reputação de ser inteligente.
Random empurrou a porta do quarto e subiu os dois degraus até a borda da cama. Como se Cledwyn não pesasse nada, Random deu de ombros e o virou, jogando-o sobre o colchão. Ainda aturdido pela posição mudando de seu mundo, ele piscou e olhou fixamente, não certo do que dizer. O que ele queria que acontecesse.
Em vez disso, ele se apoiou na cama enquanto Random tirava os sapatos, jeans e cuecas de Cledwyn, jogando-os sobre seu ombro como se não importasse onde eles caíram.
Atordoado por... bem, por tudo... Cledwyn olhava fixamente, imobilizado pela indecisão. Pela verdade. Se ele não queria isso, se ele não queria ser fodido, ele precisava partir agora.
Ele percebeu que Random tinha parado de se mover. O grande homem cruzou os braços e olhou para Cledwyn.
— Você está sóbrio?
Cledwyn assentiu.
— Tem certeza disso? Eu não fodo pessoas que não sabem o que estão fazendo.
— Eu estou sóbrio. — ele insistiu, porque ele estava, maldição. Ele queria que o Random simplesmente o tomasse, tomasse a decisão longe dele.
— Então, bonito, se você estiver hospedado, você precisa tirar a camisa agora. — Random esperou. Seus dedos agarraram a cintura de sua própria calça jeans e desfez o botão superior. Os olhos de Cledwyn se fixaram na visão, curiosos e ansiosos.
— Sério, a camisa. — Random apoiou suas mãos em seus quadris. — Eu não me despirei até que você esteja pronto. — aquele sorriso maldito reapareceu. — Eu não gostaria que você perdesse a grande revelação.
Cledwyn sentou-se na posição vertical. Ele tinha a abertura perfeita para se arrancar da cama, pegar suas roupas e voltar para casa. Inferno, ele nem precisava de suas roupas, já que ele iria mudar para correr para sua casa. Seu caminhão estava estacionado em Bush Whackers.
Só que ele gostava desses jeans e usaria qualquer desculpa para ficar. Ele estendeu a mão atrás dele e arrancou sua camisa, jogando-a na direção geral do resto de suas roupas. Ficou sentado ali por um momento, sem saber o que fazer.
— Fique confortável, bonito. — Random ergueu o queixo, como se quisesse dizer a Cledwyn para se deitar. Esperou até que Cledwyn seguisse a instrução.
Com um suspiro pesado, ele caiu de costas e ergueu as mãos. Você está feliz? ele perguntou com o gesto silencioso.
Random riu e balançou a cabeça, mas voltou seus dedos para seu zíper, descompactando e deslizando o jeans para baixo. Antecipação gritou através de cada um dos músculos de Cledwyn e ele lutou contra a vontade de se contorcer.
O eixo largo e comprido avançava como se quisesse se apresentar livremente. Cledwyn engoliu em seco e olhou fixamente. Droga. Aquilo era...
Random empurrou o jeans para baixo, se afastou e se exibiu. Ele ficou ali, orgulhoso, seu pau duro e grosso e.... nossa, aquela coisa estava indo para entrar nele. Cledwyn sabia que o pensamento deveria mandá-lo correndo, mas maldição se seu traseiro não se apertou antecipadamente.
Ele lambeu os lábios, tentando abafar sua boca seca.
— Você pode me provar mais tarde. — prometeu Random. — Hoje à noite eu quero sua bunda.
Cledwyn abriu a boca para protestar, para dizer a Random que tinha entendido mal, exceto que agora a ideia consumia seu cérebro e ele percebeu que queria provar Random, deslizar a língua ao longo daquele eixo pesado e sólido.
Ele gemeu e colocou o antebraço em seus olhos. O que está acontecendo comigo?
— Relaxe, bonito...
A metade esquerda da cama mergulhou sob o peso de Random. Esses dedos ásperos deslizaram para dentro da perna de Cledwyn, abrindo-o. O calor do corpo de Random provocou o dele enquanto o outro Beta se aproximava.
— Eu vou fazer você se sentir bem. — a voz de Random disparou uma sensação perversa de sensação através do núcleo de Cledwyn - ou talvez fosse a pincelada do pau de Random contra o dele.
A coluna de Cledwyn se arqueou, jogando a cabeça para trás, mostrando a garganta. Random tirou vantagem, curvando-se e raspando os dentes pela pele tensa. A dor estremeceu através de seu corpo e ele torceu, se contorcendo contra Random, querendo mais - carícias, dor, o que quer que seja. Ele só queria mais.
Random mordiscou seu pescoço novamente, desta vez mais provocante, tentador. Cledwyn inclinou a cabeça para o lado, gemendo enquanto Random aproveitava a oportunidade para morder e chupar, traçando uma marca. Teria desaparecido de manhã, mas ele amava a força da boca de Random.
Random empurrou para trás, e levou todo o controle de Cledwyn para não alcançá-lo e arrastá-lo para mais perto.
Em vez disso, Random se virou, esticou-se para a cabeceira.
Cledwyn se lembrou da última vez em que ele escondeu o lubrificante. Da última vez ele não usou. Desta vez, mataria Random se ele parasse agora.
Só que ele não achava que precisava se preocupar. Na outra noite, Random permanecia vestido e continuava falando, provocando. Desta vez, ele parecia intrigado.
Isso não mudou o fato de que toda vez que Random abria sua boca, Cledwyn queria bater nele, mas ele duvidava que o impulso mudaria em breve.
Quando Random voltou, Cledwyn sentiu um pouco mais de controle. Ou esperava que pelo menos ele estivesse no controle.
O brilho no olhar de Random advertiu Cledwyn que ele não estava fingindo como ele teria gostado, mas desde que ele manteve qualquer comentários para si mesmo, Cledwyn decidiu conviver com isso.
— Levante as pernas. — ordenou Random, sua voz ao mesmo tempo forte e sedutora. Ele se moveu com a extensão dos joelhos de Cledwyn, dando-lhe espaço. Seu corpo, dominado pela expectativa, congelou por um momento, então seus músculos se contraíram, obrigados a seguirem as ordens de seu amante. Random correu os dedos pelas costas das coxas de Cledwyn. Os fortes dígitos testaram os músculos de Cledwyn.
— Foda-se, você está construído. Você não vai quebrar se eu te foder duro, não é?
Random parecia satisfeito, o que não fazia sentido. De tudo que Cledwyn tinha ouvido, Random gostava de seus homens pequenos e furtivos. Cledwyn não se encaixava.
Incapaz de fazer sua boca trabalhar, Cledwyn sacudiu a cabeça.
— Isso é bom, bonito, porque eu não acho que vou ser capaz de ser lento e gentil, uma vez que eu entrar neste pequeno buraco apertado.
A grosseira conversa suja agiu como um punho em torno de seu pau. Cledwyn gemeu e lutou contra o desejo de gozar antes de Random até mesmo tocar sua entrada.
— Droga, você vai ser divertido.
Antes que pudesse processar o humor nas palavras de Random, um dedo frio e liso pressionou contra sua abertura. Ele tinha feito exames de próstata antes - mesmo os lobisomens precisavam de exames anuais - então ele reconhecia a sensação. Ainda assim, o pegou de surpresa e ele ficou tenso.
Random não avançou. A pressão constante contra o buraco de Cledwyn permaneceu no lugar, não dirigindo, mas implacável. Ele respirou fundo, deixando seu corpo ajustar-se à nova sensação. A penetração lenta deu-lhe tempo para conscientemente relaxar e aceitar o objeto estranho em seu canal.
— Porra, é isso.
A aprovação em suas palavras parecia mais forte do que qualquer toque e Cledwyn mudou de posição, erguendo os quadris, permitindo acesso total a Random.
— Ai está. Você pode levá-lo. Deixe-me ter essa bunda quente. — cada nervo no corpo de Cledwyn reagiu, esforçando-se para agradar o outro macho.
Random enfiou o dedo no traseiro de Cledwyn, rápido, superficial. A sugestão de uma picada na carne sensível fez-lhe estremecer, mas ele respirou através da dor menor. Random grunhiu como se tivesse visto a reação de Cledwyn, mas não considerou digna de parar.
Depois de alguns golpes mais, Random retirou seu toque. Não demorou muito. Em segundos, a pressão voltou e foi construída.
A queimadura atravessou o rabo de Cledwyn e se instalou na base de sua espinha. Ele cerrou os dentes, decidindo que não gostava da sensação, exceto que, oh, lá, talvez ele gostasse. Random enfiou o que Cledwyn acreditava ser, pelo menos, dois dedos fora de seu buraco. Inferno, se isso é apenas um dedo, não há nenhuma maneira que eu vou me esticar para pegar o pau de Random esta noite. Não há tempo suficiente. Eu nunca...
Mesmo quando sua mente correu através de rejeições lógicas das sensações que ocorriam em seu corpo, Random pareceu chegar dentro dele e tocar um nervo não reconhecido, enviando um pico de consciência em suas bolas.
— O quê...? — Cledwyn fechou os lábios, não querendo dar a Random a satisfação de ouvir seu choque.
A risadinha baixa do outro homem disselhe que seus esforços para esconder sua reação eram inúteis.
— Não se preocupe, bonito. Eu vou estar batendo esse doce ponto a noite toda, fazer você gozar apenas de ter meu pau batendo nessa bunda quente e apertada.
As palavras sexuais esbugalhadas aglomeraram o cérebro de Cledwyn, elevando sua necessidade. Ele pensou em suportar isso - experimentá-lo e seguir em frente - mas, porra, cada impulso dos dedos de Random enviou maravilhosas faíscas através de suas bolas, tentando-o com um novo orgasmo.
Seu pau endureceu, ansioso. A maldita coisa feliz de ser libertado da prisão auto-imposta que Cledwyn manteve-se nos últimos sete meses.
O primeiro orgasmo o tentou com o potencial de outro.
O firme empurrão e retorno em sua bunda formigou deliciosamente e a queimadura cedeu bastante. Cledwyn suspirou. Consigo lidar com isso.
A confiança durou momentos quando Random puxou a mão dele, deixando o ânus de Cledwyn vazio. Ele agarrou os lençóis abaixo de seus quadris, resistindo ao desejo de pegar Random e exigir que o outro lobo terminasse o que ele começou. Memórias da primeira noite, quando Random o provocou, provocou-o, em seguida, jogou-o fora assaltaram a mente de Cledwyn. Ele respirou fundo e estabilizou.
Estou bem. Eu não preciso disto. Eu certamente não quero isso.
Mesmo quando as palavras preenchiam seu cérebro nublado de sensações, uma penetração mais ampla deslizou em sua abertura.
Não o pau de Random. Droga, ele vai ser maior do que isso.
O suspiro de Cledwyn saiu mais como um grito do que ele teria gostado, mas uma vez que o som escapou para a atmosfera, não havia nada que ele poderia fazer sobre isso. Exceto corar. Sim, ele poderia definitivamente corar. Felizmente, Random parecia muito interessado na bunda de Cledwyn para estar interessado na cor de suas bochechas.
— Shhh, está tudo bem, bonito.
A voz suave subiu entre suas coxas e Cledwyn resistiu à necessidade de rosnar. Não estava tudo bem. Isso machucava. Um pouco. Queimava. Um pouco. Isto...
Random enfiou os dedos no buraco de Cledwyn, a penetração encontrando aquele lugar dentro dele.
Ele arqueou as costas e gritou. Foda-se, ok, ele poderia lidar com um pouco de queima para aquela sensação.
Ele se acomodou, seus olhos se abriram para olhar para o homem que o tocava profundamente. Ele esperava o riso, uma sugestão de zombaria. Em vez disso, o calor e a fome olharam para ele.
— Você vai ser capaz de me levar, não é? Porra, sim. — Random inclinou-se para a frente e mordeu o mamilo sensível de Cledwyn. O choque correu através de seu corpo, perversa, deliciosa dor e prazer misturaram até que ele não podia distinguir um do outro. Mesmo quando suas células cerebrais tentaram catalogar a sensação fluindo através de sua pele, os dedos de Random escaparam.
Cledwyn não conseguia conter o grito/gemido/súplica que escapava de sua garganta enquanto a consciência estrangeira de estar vazio abordava seus sentidos. Não fazia sentido. Ele nunca tinha sido fodido. Ele não tinha lembranças, apenas fantasias para seduzi-lo. Ainda sim a deliciosa queimadura em seu traseiro esfriou por um momento.
Random retornou, não seu pênis, mais dedos. Cledwyn gemeu, desejando o pau de Random dentro dele. O calor grosso abriu seu buraco muito mais longe, esticando-o, enchendo-o. Além da dor, além do prazer, outro choque brilhante subiu por sua espinha, arando na base de seu cérebro até que pensou que sua cabeça poderia explodir.
Cledwyn lutou, tentando escapar, sabendo que ele não queria. Ele bateu os dentes juntos, na esperança de esmagar o grito em construção na parte de trás de sua garganta.
— Droga, lindo. Eu não sabia que você era um rei de tamanho. — uma mão quente forte deslizou pela frente de seu corpo, dedos ásperos envolvendo seu eixo. — Tudo o que você tinha a fazer era me dizer e eu teria fodido essa bunda doce sem qualquer lubrificante, fazendo você se sentir cada centímetro de meu pau, deslizando em você, batendo neste pequeno buraco apertado até gritar, implorando para deixar você gozar.
O sádico acima dele pontilhou suas palavras com sólidos e constantes golpes de seus dedos - três dedos, se Cledwyn adivinhou corretamente - na bunda de Cledwyn, toda penetração deliciosa conduzindo-o um pouco mais fundo.
— Oh, porra, sim, querido. — Random murmurou. Seus lábios voltaram para o pênis de Cledwyn, a luz acariciada e provocante enquanto os dedos se afastavam, deixando Cledwyn vazio.
— Não! — ele não conseguia parar o grito ou o rolamento compulsivo de seus quadris, empurrando para baixo, tentando forçar o toque de Random dentro dele.
Uma súplica flutuou pelo ar, batendo seu cérebro em linha. Ele ficou tenso, preparando-se para o riso, a zombaria. Em vez disso, ele percebeu o som reverberando baixo e áspero - um rosnado do peito de Random.
O ruído aumentou quando Random se inclinou para frente, pegando os joelhos de Cledwyn nos cotovelos. Cledwyn gemeu, as sensações demais, muito perversas. Random o espalhou largamente. Claro que seu buraco tinha que estar aberto e obsceno, Cledwyn sentiu suas bochechas ficarem rosadas.
Antes que o embaraço pudesse alcançá-lo, a cabeça quente e larga do pau de Random perfurou a bunda de Cledwyn, um forte e firme empurrão para a frente.
Random não bateu nele, mas essa não foi uma penetração lenta e suave. O impulso inexorável encheu sua passagem, implacável até que cada centímetro do pau de Random o esticou.
O outro homem parou, enterrado profundamente dentro de Cledwyn. A fome brilhava em seus olhos enquanto ele olhava para baixo. O corpo de Cledwyn instintivamente queria afastar-se, mas as sensações selvagens que surgiam através de seu núcleo o mantinham no lugar.
— Fique quieto, lindo. Relaxe ao redor.
— Queima. — grunhiu Cledwyn. — Você é enorme.
— Você adora. — Random respondeu, sua voz misturando fome com riso. — Agora, vamos, querido. Vou me mexer.
Ele cerrou os dentes e assentiu.
— Não, bonito, não fique tenso. Deixe-me fazer você se sentir bem.
O tom reconfortante provocou os sentidos de Cledwyn, mesmo quando Random recuou. Sensações impróprias inundaram seu centro e ele prendeu a respiração, não certo se gostou ou não. Então Random empurrou de volta, dirigindo profundamente e forte.
Dessa vez, a cabeça do pau de Random tocou a glândula de Cledwyn, exatamente como ele havia prometido. Cledwyn não conseguiu conter seu grito mesmo enquanto arqueava as costas.
— Maldição, é isso. — Random arrastou suas pernas para cima, lutando para manter Cledwyn em posição. A queimadura voltou, mas o prazer compensou a dor.
Não teve tempo de se adaptar à sensação. Random perfurou nele novamente, mais duro, mais profundo, usando o corpo de Cledwyn como prometido.
Cledwyn grunhiu com o tratamento áspero mesmo quando seus nervos formigaram em uma mistura de prazer-dor perversa.
Random rosnou em troca, mas não diminuiu seus impulsos.
As pontas das garras de Cledwyn se estenderam para frente enquanto ele lutava para manter-se no lugar enquanto Random batia em seu traseiro.
— Babaca. — Random ladrou. — Você está fodidamente rasgando meus lençóis.
— Morda-me. — Cledwyn retornou, cavando suas garras mais profundas e batendo seus quadris para baixo, encontrando o impulso ascendente de Random. Sim. Era bom se mover, ser um participante.
— Guloso. — Random disse não cruelmente, embora a palavra saiu tensa.
— Apenas ajudando. Você parece estar ficando cansado antes que o trabalho esteja pronto.
— Babaca. — Random repetiu mesmo enquanto deslizava sua mão entre seus corpos e enrolava seus dedos em torno do pau de Cledwyn.
— Não.
Os olhos de Random se arregalaram e, pela primeira vez desde que entrou em Cledwyn, ele se acalmou.
— Você disse que me faria gozar só por foder minha bunda. — ele levantou seu queixo em desafio. — Eu quero ver você fazer isso.
Random soprou fora um riso. — Foda-se, eu deveria ter sabido que você seria um passivo insistente. Como você poderia ser qualquer outra coisa?
Random afastou os quadris para trás, lentamente puxando seu pau da passagem de Cledwyn. Cada único nervo iluminou-se na retirada quase gentil. Só que ele não saiu. Ele deixou a cabeça grossa enterrada no buraco de Cledwyn. Ele girou de um lado para outro, golpes superficiais como se ele desejasse o aperto do traseiro de Cledwyn ao redor de seu pênis.
Cledwyn manteve sua pose arrogante, inclinando a cabeça para trás ainda mais longe, desafiando Random a cumprir sua promessa. Embora ele pudesse admitir no silêncio de sua própria mente... ele doía com a necessidade de gozar. Mas nunca diria a Random isso. Nunca.
Talvez.
A fricção constante começou a queimar, mais dor do que prazer. Cledwyn se contorceu no abraço de seu amante.
— Por favor.
As palavras odiadas escaparam de seus lábios sem pensamento consciente. Seu orgulho fez uma careta com o apelo, mas seu lobo uivou sua aprovação.
Corpo trancado em sensação, Cledwyn apertou seu traseiro, tentando forçar o puxão de Random mais profundo dentro dele.
Random puxou para trás - todo o caminho de volta, arrastando seu pau para fora do buraco de Cledwyn. A respiração saiu de seu peito.
— Shhh, espera, lindo. — Random zumbiu quando ele se inclinou para a esquerda.
— O qu...?
— Preciso de um pouco mais de lubrificação, querido, então eu posso foder seu traseiro de verdade. Fazer você gozar.
As palavras caíram pela sala escura, esmagando o corpo de Cledwyn, amarrando-o à cama. Agora, ele vai foder minha bunda de verdade? Os músculos de Cledwyn se contraíram. Ele estava zombando de seu amante e agora parecia que ele iria pagar por isso... da maneira mais incrível.
Ele não teve que esperar muito. O calor retornou na forma de um pau duro e grosso. Apesar de sua bunda sendo esticada, cada nervo iluminou quando polegada após polegada deslizou nele.
— Vai gozar para mim, lindo?
— Faça-me. — desafiou Cledwyn com mais bravata do que realidade em sua voz, esperando que Random não percebesse.
O vermelho acendeu nos olhos de Random e um rosnado baixo roncou de sua garganta.
Ele puxou seu pau de volta, até que apenas a ponta permaneceu enterrada na bunda de Cledwyn. Ele parou por um breve segundo, depois bateu profundamente, a cabeça batendo na glândula de Cledwyn. Um choque perverso imediatamente seguiu outro. Rápidas bombeadas duras, repetidamente acertando sua próstata.
Seu pênis bem endurecido endureceu ainda mais. Ele inclinou a cabeça para trás e uivou. Porra, está acontecendo.
Random inclinou-se para a frente, espalhando as pernas de Cledwyn um pouco mais largas, e arou em seu buraco um pouco mais duro. A merda era selvagem e áspera e seu corpo não podia mais negar a pressão. Com um golpe profundo e duro, Cledwyn rosnou e gozou, derramando em seu estômago.
O ruído vicioso ecoou do peito de Random em troca, enquanto ele batia para frente uma vez, duas vezes mais antes de seu grito se juntar ao clamor de Cledwyn.
Cledwyn gemeu quando o calor encheu sua bunda. Random manteve-se imóvel, seu pau profundamente dentro de Cledwyn, seus olhos brilhando vermelhos enquanto ele olhava para seu amante.
Por um momento de fôlego, eles penduraram ali, congelados no espaço e na sensação.
Mas os batimentos cardíacos diminuíram e as costas de Cledwyn protestaram contra a posição curva. E ele percebeu que suas pernas permaneciam curvadas e esticadas em um ângulo que homens da sua idade não deveriam ser capazes de alcançar. Seu joelho se contraiu e Random se encolheu.
Devagar, o buraco de Cledwyn se fechou em torno do pau de Random, um pouco sensível demais para ser agradável.
Random desmoronou no colchão ao lado dele e expirou com força, como se ele tivesse roubado toda sua energia. Cledwyn não conseguiu deter seu próprio sorriso. Muito fácil para Random. Prazer em fazê-lo trabalhar para alguma coisa.
— Sabia que você seria uma porra de fundo insistente. — Random murmurou quando ele rolou e agarrou o cobertor amassado ao pé da cama. Ele arrastou o material para cima e sobre seu peito, cobrindo cerca de metade de Cledwyn no processo.
Claramente ele não tinha feito isso pelo conforto de Cledwyn. Random estendeu a mão e desligou a luz da cabeceira, mergulhando o quarto na maior parte escuro. Então relaxou na cama e dormiu. Imediatamente.
Cledwyn olhou para o teto, a porra de Random escorrendo de sua bunda dolorida, sua mente correndo. O instinto lhe disse para correr para a porta, mas ele não conseguia encontrar a energia para se mover. Ele levantou o cobertor, cobrindo os ombros.
O que eu fiz? Ou permiti ser feito para mim?
Ele esperou o pânico, mas nenhum chegou. Seu lobo parecia bastante contente. No passado, quando ele tivera o raro encontro de uma noite, seu lobo o afastou da cama antes que seu corpo se esfriasse do toque de seu amante.
Hoje à noite, o maldito animal praticamente ronronou sua satisfação, curvando-se na mente de Cledwyn e cochilando, sutilmente encorajando Cledwyn a fazer o mesmo. Ele disse a si mesmo para acordar, mas a pressão lânguida em seus músculos combinados com um lobo saciado e ele desbotou.
Ele não sabia quanto tempo ele dormira, só que um peso quente, pesado empurrou contra sua cintura quando o sol apunhalou sua luz precoce em seus olhos. Ele piscou e virou a cabeça... e encontrou cara a cara com um Random adormecido.
Porra.
Cledwyn congelou. Seu coração bateu uma vez e outra vez antes de começar a respirar.
Que diabos você fez?
Ele não precisava de uma resposta. A dor em sua bunda lembrou-lhe exatamente o que tinha feito ontem à noite.
Droga.
Ele precisava se mover, precisava fazer xixi. Precisava ir embora antes que Random acordasse.
Arrancando os dedos de Random, ele lentamente levantou o braço do outro homem e colocou-o suavemente no espaço apertado entre eles. Ele se virou e saiu da cama, andando na ponta dos pés para pegar suas roupas.
Decidindo vestir-se na sala de estar - menos chance de despertar Random - Cledwyn agarrou a maçaneta da porta.
— Se você vai sair no meio da noite, você pode pelo menos fazer o café antes de partir. — a voz grave de Random bloqueou Cledwyn no lugar, comendo a culpa em seu coração. Exceto...
— Não é o meio da noite. O sol está para cima. — Cledwyn apontou, arrastando seus jeans. Ele não sabia para onde sua roupa interior desapareceu e não podia se preocupar com isso. A dor no seu interior tornou-se mais pronunciada quando ele torceu e puxou o jeans apertado pelas pernas.
— É muito fodidamente cedo e você ainda está escorregando sem um beijo de despedida, Wynnie. — Random disse as palavras, mas não se moveu, manteve seu rosto virado para longe de Cledwyn, enterrado no travesseiro. — Então, ligue a cafeteira quando você sair.
Toda a culpa evaporou assim que “Wynnie” saiu da boca do homem. Ele agarrou sua camisa e saiu pela porta, batendo-a atrás dele. Dirigiu-se para a porta da frente. Deixe o babaca fazer seu próprio café.
Exceto...
Droga. Eu realmente sou um idiota, ele pensou enquanto girava para a esquerda e entrava na alcova da cozinha. Ele puxou a jarra de café. Base frescas cobriam o filtro de papel e o reservatório estava cheio de água.
O homem deve gostar de seu café. Isso é algo que temos em comum.
Ele sacudiu a cabeça, ligou a cafeteira e caminhou em direção à porta, dizendo a si mesmo que não queria encontrar coisas que eles tinham em comum. Ele não queria encontrar coisas para gostar ou entender. A noite passada foi um evento único.
Ele permitiu que isso acontecesse porque ele queria saber se ele gostava da experiência. Ele tinha feito isso e a memória de seu orgasmo enfraquecia seus joelhos. Então sim, definitivamente gostei de ser fodido. Ele podia admitir isso para si mesmo.
Mas nada disso significava que ele tinha que ser fodido novamente. Ou, se o fizesse, Random não precisava ser o único a fazê-lo.
Seu lobo uivou. O som chocalhando o interior de seu crânio. Cledwyn suspirou e trotou os degraus. Precisava de tempo para pensar.
Isso não deveria ser um problema, pensou Cledwyn. Ele já havia montado o cronograma para colocar Random ao lado dele e Josiah. Não seria preciso muito para adicionar algumas mudanças extras para sua própria programação.
Seria perfeito. Em geral, ele só precisava de algum tempo longe de Random.
Capítulo 8
— Sério, você precisa ficar longe de mim. — Cledwyn rosnou. — Eu estou na porra de uma patrulha. Não tenho tempo para lidar com você.
Ele não tinha percebido o quão determinado Random poderia ser quando queria algo. E ele queria atormentar Cledwyn.
A risada de Random flutuou pelas árvores, seguindo-o, praticamente saltando pelo caminho.
— Você já reparou que começou a amaldiçoar muito mais desde que começamos a foder?
Cledwyn deu a volta. — Nós não começamos a foder. Foi uma vez. E está feito.
— Seu traseiro ainda está doendo?
— Não. — Cledwyn mordeu, embora a palavra mal escapasse de seus dentes cerrados.
— A alegria de ser um lobisomem, hein? Cura rápida. Significa que posso te foder outra vez esta noite sem qualquer...
— Você não estará me fodendo de novo. — Cledwyn deu um passo para frente e enfiou o dedo no peito de Random. — Nunca.
Ele girou e se esgueirou mais fundo na floresta ignorando a maneira como seu pênis pulsava contra sua calça jeans. Para baixo, rapaz. Exceto que, maldita seja a memória da outra noite. Random penetrando em sua bunda. Sensações malévolas, selvagens se agitando através de seu corpo. Inferno, ele não se lembrava de ter gozado tão duro. Nunca.
Não. Encontre alguém para fodê-lo se a ideia te atrair muito. Apenas não Random. Você trabalha com ele e ele é uma dor na bunda.
Do jeito mais delicioso.
Ele suspirou, tentando recuperar o controle sobre seus próprios pensamentos, mas os passos de Random no caminho atrás dele distraíram seus esforços.
— Vamos lá, lindo. — Random brincou, sua voz serpenteando através das árvores. — Eu posso fazer você gritar. Fazer o seu lindo pau derramar. Eu poderia...
— Cale a boca, porra. — disse Cledwyn. — Eu estou em patrulha.
Random assentiu e caminhou para frente. — Eu sei. Aborrecido, hein?
— Não até agora.
Novamente Random assentiu, mas não se afastou.
Ignorando o outro Beta, que realmente deveria estar no bar trabalhando ou pegando um jovem quente ou o que quer que ele fizesse lá, Cledwyn andava de um lado para o outro pela sua estação de guarda. Random esperou. Parado. Não seguindo. Apenas esperou.
Finalmente, Cledwyn suspirou. — O que você quer?
— Seu pau. Acho que deixei bem claro.
— Certo, você veio aqui, no meio da noite, para chupar meu pau.
— Oh, eu não estava planejando chupar seu pau. Não que eu seja contra a ideia. Eu gosto de um bom pau duro na minha boca na ocasião e o seu provavelmente faria.
Cledwyn zombou.
— Ou você poderia fazer. Eu deixarei cair minhas calças e você envolverá esses lábios bonitos em torno de meu pau. — ele arrastou suas pontas do dedo ao longo da mandíbula de Cledwyn. — Eu sou grosso mas você pode me levar, certo? Aquela bunda doce me agarrou tão bem.
— Estou trabalhando. — Cledwyn rosnou, mas seu traseiro apertou a memória de Random penetrando ele.
— E você é fodidamente sexy quando você faz isso. — as palavras de Random provocaram sua orelha e dentro de momentos, os músculos fortes e quentes dos braços de Random o rodeavam. — Eu tenho pensado em você por dias, com tesão pela memória de foder sua bunda. — a mão de Random deslizou abaixo do peito de Cledwyn, através de seu abdômen, ao topo de seu zíper. — Vamos, lindo. Você não quer saber o que é ter um pau deslizando entre esses seus belos lábios cheios?
— Eu... — os lábios de Cledwyn não podiam formar palavras. Sua mente entrou na fantasia, assim como Random descreveu. De joelhos, o pau de Random fodendo sua boca. Ele lambeu os lábios, a ideia uma imagem sólida em seu cérebro. Random sorriu como se o bastardo soubesse que tinha ganho.
Cledwyn se endireitou e sacudiu a cabeça. Droga. Estava em patrulha. Ele não ia se distrair. Ele...
Random sacudiu sua calça jeans e empurrou-os para baixo, mostrando seu pau, seu pau duro, grosso e corado. Cledwyn olhou fixamente, sua boca se abriu.
— É isso aí, lindo. — a mão de Random pousou em seu ombro. A suave pressão não foi suficiente para forçá-lo a ficar de joelhos, mas ele foi de qualquer maneira. — Me deixe entrar.
Ele deixou Random guiá-lo para a frente. Ele abriu a boca e lambeu a cabeça redonda, balançando a língua ao longo da parte de baixo antes de recolher a gota de pré-gozo decorando a ponta.
Random ofegou, o som calmo mal chegando às orelhas de Cledwyn.
Emocionado com o barulho feliz, ele queria mais. Ele permitiu que seus lábios se abrissem e chupou a cabeça em sua boca, tomando a ponta antes de puxar para trás. Fascinado pelas sensações, ele se abaixou, roçando seus lábios através da pele apertada e quente. Ele dispensou atenção no eixo completo, lambendo e beijando seu caminho de volta para a cabeça.
Não, ele nunca tinha dado uma boquete antes, mas ele tinha tido o suficiente para saber o que era bom. Ele tentou copiar o que outros lhe tinham feito. De jeito nenhum seria chamado de “expert”, mas a maneira como os quadris de Random balançavam para frente e para trás diziam que ele estava fazendo algo certo.
Perdido no prazer da carne de veludo contra seus lábios, ele se demorou, lambendo a grossa veia ao longo da parte inferior, explorando as novas sensações, novos desejos.
Mas Random não se contentou em deixá-lo explorar. A mão na parte de trás de sua cabeça, guiou sua cabeça e Random bateu a ponta de seu pênis contra os lábios de Cledwyn.
— Deixe-me entrar, lindo.
O pênis de Cledwyn estremeceu ao comando, apertando contra o zíper. Ele gemeu, amando a dor. Ele abriu a boca e o pau de Random entrou. O outro homem não foi fundo. Ele parecia estar ciente - graças a Deus - de que Cledwyn não podia aguentar muito. O pênis espesso de Random, que queimava tão deliciosamente em seu traseiro, esticou seus lábios.
— Não se preocupe. A visão de sua boca enrolada em torno de meu pau está me empurrando sobre a borda rapidamente. — Random riu. — Eu não vou esticar sua mandíbula por muito tempo.
Exceto que Random não parecia ter pressa. Ele agarrou o topo da cabeça de Cledwyn, segurando-o no lugar, e lentamente fodia seu pau na boca de Cledwyn. Ele não foi muito profundo, mas a cada poucos golpes ele bateu nas costas da garganta de Cledwyn como se estivesse ameaçando, prometendo mais.
Desejando mais do que apenas ser um buraco aberto, Cledwyn apertou seus lábios ao redor do eixo de Random e sugou cada vez que o homem recuava. Ele fechou os olhos e caiu na sensação. Na próxima vez, ele queria que Random estivesse na cama para que ele pudesse provar cada centímetro à vontade. Por enquanto, ele saboreou a experiência de sua boca ser fodida.
Random raspou as mãos pelo cabelo curto de Cledwyn, murmurando sua aprovação, chamando-o de “bonito”, dizendo a ele quão bom seus lábios agarravam seu pênis. Com fome de mais, querendo experimentar o calor do gozo de Random descendo por sua garganta, ele gemeu e chupou mais forte.
O grito de Random encheu o céu, mas o puro erro do som se chocou em seus pensamentos. O pau grosso deslizou de sua boca enquanto Random desabava no chão. Cledwyn estendeu a mão para pegá-lo, mas mesmo enquanto seus braços se estendiam para a frente, uma facada afiada perfurou seu quadril.
Ele olhou para baixo. O dardo vermelho revelou-se de sua carne. Foda-se, pensou enquanto desabava ao lado de Random.
Random enrugou o nariz quando acordou. Um cheiro desagradável penetrou a neblina em torno de seu cérebro. A irritação fez cócegas em seu peito e ele estendeu a mão para esfregar seu nariz irritado. Ou ele tentou alcançar.
Sua mão se recusou a se mover. Ele puxou novamente, mas uma queimadura fraca em torno de seu pulso diminuiu seus esforços. Ele piscou os olhos abertos e olhou para o seu lado. Sua mão estava lá... algemada a outra pessoa.
— O que...? — ele se contorceu na cadeira, sua mente finalmente acordando o suficiente para perceber a posição desajeitada de seu corpo e as dores em seus músculos e ossos. Nu e acorrentado a uma cadeira e a outro corpo.
Ele inclinou a cabeça para trás e bateu em uma superfície dura. Uma que gemeu.
Porra, ele reconheceu o barulho. Ele inspirou outra vez, seu cérebro voltando a funcionar, catalogando os aromas. Animal e sujeira. E Cledwyn.
Isso explica a quem você está algemado. Em outras circunstâncias, isso poderia ser divertido, ele pensou.
Ele olhou ao redor, o quarto desconhecido. Palha estava espalhada pelo chão de terra e alguns instrumentos agrícolas velhos estavam nas sombras. Olhou para a escuridão, procurando por ameaças humanas ou não-humanas.
Eles pareciam estar sozinhos. Nus. Em um celeiro. Ele não estava em um celeiro desde que ele era criança em algum programa de “ensinar as crianças da cidade sobre o país” que sua mãe contratou. Ele fungou novamente, pegando um novo perfume. Porra.
— Cledwyn. — Random bateu sua cabeça para trás novamente. Ter apenas uma parte do corpo capaz de se mover não lhe deixou muitas opções para gentilmente empurrar seu amante acordado. Ele tentou evitar uma batida do crânio ao crânio. Ele queria que Cledwyn acordasse, não acabasse com uma fratura.
— Cledwyn. — ele chamou novamente. O homem gemeu, mas não respondeu com qualquer tipo de coerência. — Acorda.
Ele saltou seu corpo para cima e para baixo, tentando puxar o homem acorrentado para ele.
Os elos metálicos se apertaram ao redor de seu peito, amarrando os braços ao seu lado. Algemas fecharam seus pulsos juntos e algo forte amarrou seus tornozelos às pernas da cadeira. As correntes em seus pés continham algum nível de prata nelas, queimando a pele de Random se ele se esforçava demais.
— Nós temos que sair daqui.
Cledwyn gemeu, mas não levantou a cabeça. Random rosnou e estalou a cabeça para trás, batendo na parte de trás da cabeça de Cledwyn com a sua.
— Ow, o que diabos?
Os músculos do braço esquerdo de Cledwyn se contraíram como se ele tentasse alcançar e esfregar a protuberância formando na parte de trás de sua cabeça.
— O que...?
— Acorde. Eles incendiaram o celeiro.
— Celeiro? O que estamos fazendo num celeiro? E por que estamos nus?
— Como diabos eu saberia? São seus amigos.
Cledwyn empurrou suas mãos amarradas, as algemas prateadas cavando na pele de Random toda vez que o outro lobo puxava.
— Estou supondo que você quer dizer Phillip e Bill.
— Você consegue pensar em alguém que nos amarrasse? — perguntou Random com os dentes cerrados. — Agora, pare de se contorcer.
— A prata está queimando meus pulsos.
— O meu também e você não está ajudando. — ele olhou para as pernas dele. — Vamos ver se podemos ficar de pé.
— Estamos acorrentados a uma cadeira. Nós dois.
— Sim, muito filme antigo. — Random murmurou. — Talvez possamos quebrar a cadeira.
— Como? — a pergunta deixou a boca de Cledwyn enquanto Random lançava seu corpo para o lado, sacudindo Cledwyn com ele. Eles caíram no chão duro, os ombros em primeiro lugar. Gritos gêmeos encheram o espaço vazio. Cledwyn rosnou e se contorceu, mas ele permaneceu preso à moldura de madeira às suas costas.
— Isso não ajudou, seu burro.
— Agora nós podemos chutar as pernas sem cair, cabeça de vento.
Batimentos baixos vibraram na parte inferior das pernas de Cledwyn e ele percebeu que Random estava chutando a cadeira. Ele juntou-se, batendo os calcanhares para trás, tentando enfraquecer as pernas de madeira sólidas. O ângulo deu-lhe pouca alavancagem, mas ele não podia desistir. Não com Random realmente fazendo um esforço. Ainda assim, ele não podia resistir a responder.
— Nós já caímos, idiota.
— Qual é a sua obsessão com idiotas? — Random grunhiu entre chutes. — Talvez porque você gostou do meu fodendo seu traseiro4?
— Em seus sonhos. — o aborrecimento deve ter lhe dado forças porque seu calcanhar conectou com a perna da cadeira e estalou-a fora. — Sim! — ele se contorceu, sacudindo o pé até que o pedaço de madeira escorregou das correntes de prata.
O fumo encheu a sala e o calor começou a inchar em uma parede.
— Eu tenho uma perna livre. — ele anunciou triunfante.
— Não vai nos ajudar muito. — Random grunhiu de volta, a palavra final se transformando em uma tosse.
Porra, eles precisavam sair. Fogo estalou em tábuas de madeira próximas. Ele dobrou seu joelho livre e plantou seu pé na outra perna da cadeira, esmagando o calcanhar no solo enquanto puxava com o outro pé. Pressão acumulou em seu joelho. Ele prendeu a respiração e puxou a perna acorrentada à cadeira. Algo tinha que dar ou ele deslocaria a junta antes que a madeira estalasse. Ele empurrou mais uma vez e a cadeira caiu.
— Sim! — livre para se mover, ele torceu as pernas para o lado. — Cuidado.
Com apenas essa advertência – seus pulmões encheram-se de fumaça - ele bateu o calcanhar contra a perna da cadeira ainda segurando Random. O poder criado pela adrenalina e raiva lhe deu força extra e a madeira quebrou em galhos.
— Foda-se, você me chutou. — Random grunhiu mas usou seu pé livre para liberar sua outra perna como Cledwyn tinha feito.
A fumaça obscurecia a sala, entupindo os olhos e os pulmões. As costas das cadeiras permaneceram espremidas entre elas.
— Nós temos que sair daqui. — Random sentou-se direito, arrastando Cledwyn com ele.
— Você pode pelo menos me avisar quando você for fazer merda assim?
— Você pode parar de choramingar para que possamos não morrer? — ele apertou suas costas contra Cledwyn. Fez exame de Cledwyn um momento para figurar o que a pressão intensa contra sua espinha significava.
Certo. Ficar de pé. Precisamos ficar de pé.
— Pronto? — a pergunta de Random saiu áspera e áspera.
Fumaça encheu seu peito e Cledwyn tossiu.
— Vamos no três. — sugeriu ele.
— Sim, isso funciona. Três!
Random empurrou contra as costas de Cledwyn, os restos das cadeiras espremendo entre suas omoplatas. Cledwyn não tinha escolha senão seguir ou arrastar Random para baixo com ele. Ele ajeitou os calcanhares na sujeira e empurrou para cima, a pressão os levou para cima até que ambos ficaram solidamente em seus pés.
Ligados, de costas para trás, pulsos ainda acorrentados juntos, eles não tentaram se separar, a necessidade de chegar ao ar fresco se tornando desesperada.
— Porta.
Ele pulou para frente, arrastando Random com ele. Eles tropeçaram para frente. A fumaça encheu a sala, ferindo os olhos de Cledwyn e entupindo seus pulmões. Eles bateram na porta de madeira, mas o peso firme segurou.
— Chute. — grunhiu Random. Eles se inclinaram para o lado e como uma unidade, chutaram para fora. A divisão entre as duas portas vacilou mas não quebrou. A porta deveria ter explodido com a força de ambos.
Mais fracos do que o normal, provavelmente com as drogas que tinham sido atingidos, eles voltaram pela segunda vez e chutaram. A porta se abriu segundos antes de seus pés conectarem com a madeira. Eles caíram para frente, o nada lançando-os para o ar livre e para o chão.
Um ruído de vozes os cercou, mesmo quando as mãos agarraram, arrastando-os para longe da fumaça e das chamas.
Cledwyn olhou para cima enquanto seus dedos do pé desenhavam um rastro pela terra. Chamas envolviam o celeiro.
Segundos mais tarde, o telhado desabou, desmoronando bem onde eles tinham estado sentados.
Ele caiu, respiração deixando-o apressadamente.
— Você está bem? — a voz familiar agarrou-o pela garganta. Ele abriu os olhos e olhou para cima, encontrando o olhar intenso de Rowan. — Você está bem? — repetiu o Alfa.
Cledwyn assentiu e tentou sentar-se. O pesado peso de Random o mantinha retorcido na terra.
— E Random? — ele perguntou.
— Ele está bem. — Rowan deu-lhe um tapinha no ombro. — Vamos tirar essas algemas.
A pressão apertou seus pulsos, brilhantes e ardentes. Uma batida de coração passou e a tensão desapareceu, as algemas caindo. A dor demorou-se. Ele não achava que a prata tivesse cortado sua pele, mas as queimaduras superficiais permaneceriam onde as correntes se tocavam.
As mãos os guiaram para cima e repetiram o processo do outro lado. As correntes que os mantinham juntos desapareceram. Seus músculos se sacudiram, instintivamente mudando para desfrutar da liberdade.
Uma pontada estranha vibrou em seu peito com a perda da presença de Random. Levou todas as forças para não se inclinar para trás e tocar o outro lobo. A ideia mandou sua coluna vertebral reta e ele rolou para longe.
— Fique abaixado.
— Eu estou bem.
Ele balançou a cabeça. O movimento fez estrelas girarem atrás de seus olhos, mas ele forçou as pernas a ficarem de pé. Ele precisava de distância. Deixar Random chegar muito perto dele foi como tinham chegado a esta situação.
As paredes do celeiro amassaram.
— Diga-me que não havia mais ninguém dentro.
Cledwyn e Random balançaram a cabeça. — Só nós.
A área ao redor da estrutura tinha sido limpa assim que a ameaça do fogo saltar à floresta parecia baixa. No fundo, alguém falava ao telefone, conversando com o corpo de bombeiros local. Um casal de membros do bando trabalhava como bombeiros.
— Estarão aqui assim que puderem, para se certificarem de que não se espalhará. — anunciou Craigh enquanto caminhava para o lado de Rowan.
— Vamos deixar esses dois limpos, ou pelo menos de pé. — ele acenou para Random e Cledwyn. — Tire essas correntes e algemas do caminho para que não tenhamos que explicar.
Cledwyn assentiu e se moveu para ajudar, mas a mão de Rowan o deteve.
— Josiah pode lidar com isso.
O jovem Beta se curvou e juntou as correntes soltas.
Rowan cruzou os braços e olhou para Cledwyn e Random.
— Como você nos encontrou? — Random perguntou antes que o Alfa pudesse fazer as perguntas visíveis em seus olhos tempestuosos.
— Josiah viu alguns caras levando seus corpos. Ele teve o senso de segui-los, então veio nos buscar.
O peito de Cledwyn inchou de orgulho. A criança tinha feito a coisa certa. Ele devia ter estado correndo em sua forma de lobo. Graças a Deus que ele os vira. Talvez pudesse identificar os homens que os agarraram. Ele concordava com Random. Phillip provavelmente estava atrás de seu sequestro, mas eles precisavam ter certeza antes de fazer qualquer coisa.
— Teríamos conseguido. — murmurou Random.
Rowan rosnou e o lobo Beta estremeceu. Rowan raramente entrava em modo Alfa completo, mas agora parecia ser um daqueles tempos.
— O que eu quero saber é...
O som das sirenes interrompeu as palavras de Rowan. Ele olhou em volta para verificar se algo óbvio se destacava que talvez precisasse ser explicado.
Cledwyn se contorceu um pouco.
Rowan escaneou seus corpos.
— Certo, nós lhes diremos que vocês dois são nudistas e estavam vagando pelos bosques quando viram o fogo. — ele deu de ombros. — Nós viemos quando você ligou.
— Onde eles esconderam seus telefones celulares? — Josiah perguntou com apenas o suficiente de sarcasmo para fazerem ambos, Random e Cledwyn, rosnarem. O jovem lobo riu e correu para o caminhão de Rowan, jogando os últimos pedaços de cadeira quebrada nas costas antes de se encostar casualmente contra a porta do passageiro e cruzar os braços sobre o peito.
Rowan olhou para os dois caminhões de bombeiros virando para a estrada de terra em frente ao celeiro.
— Não podemos fazer isso agora. — disse ele sob sua voz, embora Cledwyn não soubesse quem pensava que o ouviria por causa das sirenes. — Mas não se engane. Quando chegarmos em casa, quero saber o que está acontecendo.
Rowan andava de um lado para o outro pela sala de estar, sua mão direita raspando seu cabelo num padrão rítmico que Cledwyn não conseguia seguir. O Alfa virou-se e parou no meio do caminho.
— Então, você sabia que Phillip e Bill estavam conspirando, tentando me derrubar.
Cledwyn olhou para Random, o movimento instintivo. De alguma forma, ele e Random se tornaram parceiros nisso.
— Sim, mas...
— E você não se incomodou em me contar.
— Nós não achamos que era uma coisa tão grande. — disse Random. As sobrancelhas do Alfa subiram.
— O que ele quer dizer é que... — Cledwyn deu um passo à frente. —... nós não tínhamos certeza se havia alguma ameaça real.
— Certo. — Random pulou. — Nós não queríamos incomodá-lo até que nós soubéssemos com certeza que esses caras estavam fazendo algo além de merda por aí.
— Exatamente. As pessoas ficam irritadas com o Alfa o tempo todo. — explicou Cledwyn. Rowan estalou a cabeça e parecia furioso. Cledwyn baixou o olhar, sabendo melhor do que desafiar seu Alfa. — Nós queríamos ter certeza de que eles constituíam uma ameaça credível antes que nós trouxéssemos a preocupação para você.
Rowan fez uma meia volta e olhou para Cledwyn e Random.
— E no processo vocês se encontraram capturados e quase mortos pelos homens que não tinham certeza... — ele ergueu as mãos em citações de ar. —... que “eram uma ameaça”.
— Bem, sim, mas... — Random começou.
— Eu assumo a responsabilidade total. — Cledwyn empurrou para a frente, queixo para cima, peito para fora. — Eu estava em patrulha perto da fronteira norte. Eu deveria ter sido mais consciente do meu entorno. Quando o Beta Random apareceu, eu deixei-me distrair e...
— Oh, porra! — Random cruzou os braços e revirou os olhos. — Pare de ser um merda tão santo. Aconteceu. Não foi culpa de ninguém.
— Foi culpa de alguém. — Cledwyn girou e olhou para o outro lobo Beta. — Sua. Eu estava fazendo meu trabalho...
— Você estava parado no meio de uma floresta vazia.
— Obviamente não vazia o suficiente desde que aqueles bastardos agarraram nós dois. Se você não tivesse...
— Foda-se, você gostou de tudo...
— Silêncio! — o puro peso do poder do Alfa atingiu o peito de Cledwyn. Do gemido quebrado que saiu dos lábios de Random, a mesma pressão bateu nele. — Acabou.
Rowan estendeu as mãos para os lados e recuou.
— Eu acabei com vocês dois brigando. Vocês resolverão isso. A partir de agora, vocês vão passar cada hora acordados, juntos.
— Alfa...
Cledwyn não teve a chance de dizer mais uma palavra.
— Toda vez que vocês estiverem em patrulha, estarão emparelhados juntos. Cledwyn, você terá turnos no bar que combinam com os de Random. Foda-se, se um de vocês decidir assar biscoitos, o outro estará lá para misturar na batedeira. Eu não vou ter dois dos meus Betas mais fortes lutando um com o outro. — ele balançou a cabeça como se limpando um horrível pensamento de seu cérebro. — Era o castigo dos nossos pais. Vocês dois aprenderão a trabalhar juntos ou matarão um ao outro.
O centro do estômago de Cledwyn caiu. Horas com Random? Porra, foi isso que causou o problema da primeira vez.
— Mas Alfa, eu não acho que seja o melhor...
Rowan empurrou a mão para o lado, silenciando o protesto de Cledwyn.
— Sejam felizes por eu não fazer vocês viverem juntos. — Rowan rosnou. O Alfa puxou seus ombros para trás e olhou para seu círculo íntimo. — Se eu ouvir uma dica de discórdia entre vocês, eu vou lançá-los para fora Random levantou-se e cruzou os braços sobre o peito.
— Discórdia? Do que diabos está falando? Você engoliu um dicionário?
Um rugido baixo e poderoso ondulou pelo ar, puxando os músculos que revestiam a espinha de Cledwyn, todo o caminho até as bochechas de seu traseiro.
Ele estendeu a mão e agarrou o ombro de Random, sacudindo seu amante para trás, para fora da zona de perigo.
— Encontraremos uma maneira de trabalharmos juntos. — Cledwyn anunciou, ainda segurando o braço de Random.
— Veja que você faz. — o rosnado de Rowan atingiu as bolas de Cledwyn. O companheiro do Alfa sorriu como se a vibração inspirasse prazer em vez da potencial dor que Cledwyn sentia. — Josiah, você disse que viu os homens que os agarraram. Phillip ou Bill entre a multidão?
— Não. — ele balançou a cabeça. — Mas eles eram alguns dos amigos de Bill, um par dos caras que vieram com ele quando ele estava tentando tirar Madge da matilha.
Rowan respirou fundo e assentiu.
— Ok, eu vou ligar para Kal e ver se há qualquer coisa que nós podemos fazer. — o Alfa deslocou seu olhar de volta para os dois Betas, recentemente tomados banho e vestidos em roupas emprestadas. Um barulho baixo saiu de sua garganta. Cledwyn engoliu em seco e apertou as mãos em punhos - não para lutar, mas para fortalecer os músculos, no caso de o poderoso lobo se aproximar dele.
— Chega por esta noite. — Craigh balançou entre Rowan e seus Betas. — Você pode lidar com eles amanhã. Preciso de você lá em cima.
O vermelho brilhou nos olhos do Alfa e por um momento todos os músculos de seu corpo pareciam se contrair.
Cledwyn ergueu o queixo e manteve-se firme no chão.
Craigh se inclinou e sussurrou algo no ouvido de Rowan. Cledwyn não podia ouvir as palavras, mas ouvir o que foi dito não era necessário para compreender o significado. Rowan continuou a encará-lo enquanto seu braço se enrolava ao redor da cintura de seu companheiro, puxando Craigh para perto.
Craigh apertou um rápido beijo na garganta de Rowan. Ele sorriu para Cledwyn e Random, então piscou quando agarrou a mão de Rowan e o arrastou para a escada.
— Tenha uma boa noite, meninos. — Craigh chamou, sua voz alta sobre o grunhido do Alfa.
A tensão desapareceu quando o par Alfa desapareceu no andar de cima. Como se a presença de Rowan o tivesse mantido em pé, Random desabou para frente, suas mãos pousando na parte de trás do sofá.
— Droga.
— Sim. — Cledwyn concordou suavemente.
Uma pequena risada ondulou pelo quarto. Cledwyn endureceu a espinha. Até Random se ergueu. Os dois olharam para Josiah.
— O que há de tão engraçado, garoto? — Random perguntou.
— Vocês dois. — ele sorriu. — Porque eu sei o que vocês estavam fazendo na floresta antes desses caras pegarem vocês.
Capítulo 9
— Do que você está falando? — Cledwyn perguntou, não querendo mentir, mas curioso ao quanto Josiah realmente tinha visto.
— Você deixou o Alfa pensar que estava lutando. Mas você não estava. A menos que ter um cara chupando seu pau é uma nova forma de batalha.
— É assim que você sabia onde estávamos. — Random soou mais impressionado do que chocado. — Você os seguiu.
— Havia muitos deles para mim e eles já tinham batido vocês dois.
— Bom trabalho. Você salvou...
— Espera. Você estava nos observando?
O centro do estômago de Cledwyn caiu. Josiah deu de ombros.
— Cara, você precisa de um passatempo melhor. — disse Random, sua voz pintada de riso.
— Eu sou um homem gay de vinte anos de idade com acesso monitorado à internet. Eu pego o que posso conseguir.
Random riu. Cledwyn olhou para ele, tentando fazer com que o outro homem se calasse.
— Bem, garoto, talvez possamos dar-lhe alguma experiência de primeira mão.
— Legal!
— Não. — Cledwyn sacudiu a cabeça. — Você não vai foder Josiah.
— Eu não estou dizendo que eu irei foder ele. Estou dizendo que nós dois podemos fodê-lo.
— Droga. — murmurou Josiah.
— Desculpe, garoto. — disse Cledwyn. Sem dúvida, Josiah queria a experiência, mas Cledwyn pensava nele como um irmãozinho.
— Por favooor. — o drama para a mendicidade de Random aliviou alguns dos nervos tensos de Cledwyn. Cledwyn revirou os olhos.
Josiah soltou um riso curto. — Eu acho que vou dar uma corrida.
O jovem lobo se virou e se moveu para a porta, parando por um momento, olhando ansiosamente para trás. Demorou alguns segundos para perceber que Josiah não estava apenas olhando para Random. Ele incluiu Cledwyn naquele olhar luxurioso.
Droga. Ele nunca agiria sobre o desejo, mas era bom ser admirado.
— Vai. — ordenou Random antes que Cledwyn pudesse falar. — Nós nos encontraremos amanhã.
Josiah suspirou.
— Oh, e fique de boca fechada. — chamou Random enquanto Josiah desaparecera além da porta. — Por agora. — acrescentou.
Josiah empurrou a cabeça para trás pela abertura.
— Eu não vou dizer nada. — ele sorriu e temor espiralou nos ossos de Cledwyn. — De que outra maneira eu vou usar isso como chantagem?
Ele se afastou.
— Droga. — murmurou Cledwyn.
— Ele vai ser um bom alfa. — disse Random. Cledwyn suspirou.
— Vamos lá. — Random agarrou o braço de Cledwyn e o puxou para a porta dos fundos. Os sons fracos - crescendo mais alto - de Craigh, aparentemente seduzindo seu companheiro para fora de seu mau-humor, instigavam os pés de Cledwyn tanto quanto a mão de Random. Ele seguiu o outro Beta, pela porta e subiu as escadas até o pequeno apartamento.
Assim que a porta se fechou, Cledwyn entrou no meio da sala. Cada lição que ele tinha aprendido, cada pingo de sabedoria que ele ganhou de seus pais - seus pais estáveis e razoáveis - disselhe para fazer uma ruptura com o outro lobo. Eles tinham tido apenas dois breves - bem, três, se contasse o tempo que ele se ofereceu para Random e foi rejeitado - encontros.
Não era amor. Era luxúria. Ele poderia superar a luxúria.
Inferno, ele não se permitiu gozar por sete meses. Recuar de Random não deveria ser difícil.
O pensamento se envolveu em seu cérebro - uma garoa doce sem substância.
Mesmo enquanto fixava sua determinação em afastar-se de Random e de cada tentação que ele representava, o outro lobo Beta estendeu a mão, agarrou a nuca de Cledwyn na mão e arrastou-o para perto. A pressão quente dos lábios de Random afundou a função cerebral de Cledwyn por um batimento cardíaco, o suficiente para ele responder, ansioso pelo sabor picante da língua de Random, dirigindo entre seus lábios, conquistando a boca de Cledwyn.
Seus pensamentos começaram a girar. Porra, ele queria atribuir a confusão às drogas que Phillip e seus amigos atiraram nele, mas ele percebeu que se ele era coerente o suficiente para usar a palavra “atributo”, seu cérebro não estava excessivamente prejudicado.
Sabendo que ele deveria se afastar, ele entrelaçou a língua com a de Random, oferecendo qualquer tipo de prazer que Random queria dele.
Random recuou lentamente, não se afastando, apenas vagando, seus dentes raspando a mandíbula de Cledwyn.
— Porra, bonito, eu nunca cheguei a gozar em sua boca. — ele murmurou enquanto beliscava a garganta de Cledwyn. Os músculos tensos picaram com cada pequena mordida. — Você quer isso, lindo? Meu gozo, derramando em sua garganta.
Um gemido que ele nunca imaginou que desafiaria seu controle, escapou. Porra, sim. A fraca lembrança do pré-sêmen de Random se desencadeou em seus pensamentos. Ele queria mais. Queria provar cada pedaço dele.
Random recuou, mais do que uma risada nos olhos. Um maldito show de comédia desnorteante.
A raiva borbulhou no peito de Cledwyn ao ser enganado, mas antes que o primeiro grunhido pudesse deixar sua garganta, Random sorriu, inclinou-se e o beijou.
— Foda-se, você é divertido quando está chateado. — disse o arrogante Beta. Ele deu um passo atrás e girou Cledwyn, colocando seu rosto contra a parede. O peito quente de Random pressionou contra suas costas, mesmo através das t-shirts finas que os dois usavam.
— Vou bater nessa bunda doce esta noite, lindo. Eu sei que você pode aguentar. Todos esses músculos, toda essa força. — ele correu as palmas das mãos para baixo do peito de Cledwyn, os dedos provocando os mamilos lisos com toques rápidos antes de abaixar e abrir o botão superior da calça de Cledwyn.
A mão de Random mergulhou para baixo, segurando a sua ereção.
— Porra, bonito, você já está duro. Apenas o pensamento do meu pau em sua bunda faz você pronto para gozar, hein?
Se houvesse alguma zombaria na voz de Random, Cledwyn disse a si mesmo que poderia ter resistido. Em vez disso, apenas a fome e a luxúria cintilavam através das palavras. As emoções perversas apagavam seus instintos de auto-proteção. Seu lobo parecia mais do que satisfeito em deixar o outro lobo levá-lo, ficar em cima dele. Seguro e protegido, seu animal pairou perto da borda de seu cérebro como se pegando traços superficiais do prazer de Cledwyn.
— Sim, é isso.
— Sem lubrificante. — Random disse enquanto empurrava Cledwyn para o quarto como se ele tivesse lido a mente do outro Beta. Sob a força da influência de Random e do tremor de suas próprias pernas, Cledwyn desmoronou na frente da cama, com os joelhos batendo no chão.
— Vou começar a escondê-lo em torno do apartamento para que eu possa fodê-lo em qualquer lugar.
Ele gemeu enquanto as imagens de Random fodendo seu traseiro em várias posições no pequeno apartamento ocupavam a maior parte de seu espaço cerebral. Ele apoiou seu pênis contra o lado do colchão, precisando de atrito.
— Não goze antes que eu entre em você. — o calor familiar do corpo de Random cobriu suas costas. — Ou você não vai ser fodido.
Cledwyn congelou, trancado no lugar pela ameaça.
Random riu suavemente quando ele se inclinou e se atrapalhou na gaveta de cabeceira, seu cotovelo escavando na coluna de Cledwyn.
Cledwyn rangeu os dentes de volta, resistindo ao desejo de estalar porque suspeitava... sim, o homem estava pegando o lubrificante e eles precisavam disso. Precisavam agora.
Desavergonhado e sabendo que ele se encolheria mais tarde, ele balançou a bunda, desesperado para fazer com que o pênis do outro homem estivesse dentro dele.
Outro golpe forte em sua bunda chocou-o até congelar.
— Fique quieto, lindo.
A picada da palma de Random queimou através de sua pele, afundando profundamente em seu núcleo. Ele balançou novamente.
Random riu dele.
— Eu tenho um pirralho em minhas mãos, não é? Você não terá outra até que eu esteja enterrado em seu buraco, batendo em seu traseiro doce.
Random obviamente sabia o que as descrições gráficas faziam com Cledwyn. Seu pau doía com a necessidade de gozar.
Antes que ele pudesse gritar uma exigência para continuar, um dedo quente e liso pressionou contra seu traseiro. Random não se demorou ou provocou do jeito que ele teve a primeira noite. Ele dirigiu um dígito em profundidade. Quando parecia que Cledwyn podia tomar um com pouca dor, acrescentou outro, e outro, avançando, não dando a Cledwyn a chance de alcançá-lo.
Mesmo enquanto se ajustava ao calor de três dedos grossos enchendo sua bunda, Random os substituiu com a cabeça de seu pau, muito mais espessa que os dedos. Um calor profundo e abafado ondulou pelo seu traseiro e se acomodou em suas bolas. Ele agarrou os lençóis.
Random deu a Cledwyn outra bofetada deliciosa, esta aterrissando em seu quadril, porque havia pouco espaço entre o rabo de Cledwyn e a virilha de Random.
Cledwyn baixou a cabeça entre os cotovelos e enrolou os dedos nas palmas das mãos, impedindo-se de cavar suas garras nos lençóis macios. Fechando os olhos, concentrou-se na sensação de ter seu traseiro cheio. A queimadura formigava de maneiras perversas. Ele gemeu e bateu os punhos contra o colchão, segurando seu corpo tão quieto quanto possível, enquanto Random o penetrava.
— Porra, você é tão quente e apertado, bonito. Eu vou gozar apenas por ter meu pau dentro de você.
— Não se atreva. — Cledwyn grunhiu sobre seu ombro. Porra, ele esperou tanto tempo. Ele não ia se contentar com um empurrão.
O riso de Random deveria ter irritado Cledwyn. Inferno o irritou, mesmo quando ele trabalhou até um golpe bom, Random empurrou seu pau o resto do caminho, tocando a próstata de Cledwyn no processo.
A dupla queimadura poderosa e a espinha brilhante dispararam contra seu cérebro de qualquer pensamento coerente. Um gemido ecoou pelo espaço. O barulho frenético veio dele, mas ele não podia se importar. O desespero e a necessidade afogaram qualquer sentimento de humilhação que ele pudesse experimentar mais tarde.
Ele bateu seu traseiro para trás, tentando obter Random um pouco mais profundo.
— Shhh, não se preocupe, querido. Eu entendi você. Eu vou fazer isso ser bom. — os dedos de Random cavaram nas coxas de Cledwyn, segurando-o no lugar, mantendo aquele espesso e brutal pênis alojado profundamente dentro dele. — Vou fazer você gozar em meu pau, vou ouvir você gritar meu nome.
Cledwyn quis responder, para mostrar que não estava completamente à mercê de Random. Ao encontrar sua voz, Random rolou os quadris para trás. O cabo pesado puxou quase para fora, a cabeça ainda trancada em sua entrada. Cada nervo em sua bunda formigou e ele cerrou, com medo de perder a conexão deliciosa.
— Calma, bonito. — Random mordeu seu ombro. A distração lhe deu uma chance de respirar. — É isso mesmo.
Dedos ásperos enrolaram ao redor de seu pênis, apertando, acariciando.
Muito perto da borda, Cledwyn deixar cair o rosto no colchão e uivou, lutando contra a frenética necessidade de gozar. O barulho vibrou a cama.
O gemido de Random seguiu segundos depois. O aperto no pau de Cledwyn caiu. Embora ele odiasse a perda do calor perverso, o impulso do pênis de Random dentro de seu traseiro acabou com qualquer preocupação.
Seus incisivos saíram de suas gengivas e ele mordeu, engolindo o grito seguinte alojado em sua garganta conforme Random empurrava nele, longos traços sólidos, de alguma forma tocando sua glândula com cada golpe.
As sacudidas afiadas do prazer acenderam sua espinha e concentraram a dor através de seu pênis. Aqueles dedos perigosos voltaram a seu pau, apertando na extremidade de seu muito duro pênis, seu corpo tencionou para cada faísca de sensação.
— Vamos, lindo. Goze para mim.
As palavras perfuraram seu cérebro e dispararam um flash através de suas bolas. Ele derramou o seu gozo nos lençóis.
Random gemeu e dirigiu-se ainda mais para ele, batendo os quadris de Cledwyn no colchão. Os impulsos descontrolados eram quase demais, mas porra, sentia-se bem. E gostava de saber que ele tinha empurrado Random para além de seus limites, além do controle que ele exibia para o mundo.
Dolorido, seu pênis drenado, ele balançou seus quadris para trás, forçando Random mais profundo. O outro homem gritou e a mão no eixo de Cledwyn desapareceu, reaparecendo em seu quadril, segurando-o com força suficiente para ferir.
— Foda-me como você disse. — Cledwyn zombou. — Mostre-me o que você tem.
Um rugido deixou a garganta de Random e sacudiu as janelas dentro de seus quadros. Os impulsos em sua bunda tornaram-se cada vez mais profundos. E mesmo que ele tivesse gozado, as batidas implacáveis contra sua próstata fizeram seu pau endurecer, como se a maldita coisa quisesse voltar para a festa.
Uma recuperação rápida até mesmo para um lobisomem.
A sensação tentadora tornou-se demais para Cledwyn ignorar. Ele manteve uma mão apoiada contra o colchão e colocou a outra em seu pau, envolvendo seus dedos em torno do eixo e apertando.
— Porra, bonito, você está duro de novo? — Random perguntou, sua voz à beira de sibilar.
— Quase. — ele bombeou para trás, encontrando o impulso descendente de Random. — Não pare. Ainda não. Quero... mais.
E inferno, ele fez. Seu pau inchou dentro de seu aperto e entre o bater constante em sua bunda... oh sim. Apenas um pouco... mais.
Random rugiu e uma dor quente perfurou o ombro de Cledwyn enquanto o outro o mordeu, segurando-o no lugar enquanto Random continuava a conduzir aquele pau grosso dentro dele.
O aperto em seus quadris se intensificou, com os finos puxões das garras de Random mordendo sua pele.
Cledwyn sabia que seu amante se retinha, lutava contra a necessidade de gozar... só para agradá-lo.
Ele aumentou seu aperto em torno de seu eixo quase sensível, implorando por um orgasmo, sabendo que Random iria continuar fodendo-o até que ele gozasse de novo.
A poderosa mordida em seu ombro desapareceu, mas a dor brilhante demorou.
— Vamos lá, lindo. — grunhiu Random, sua voz baixa e comandando. — Você queria meu pau nesta bunda apertada. Você queria que eu fodesse você até você gritar.
As palavras grosseiras pareciam ser o toque final que seu corpo exigia e ele gritou, de novo, a liberação quase dolorosa. Um batimento cardíaco mais tarde, Random impulsionou mais uma vez. Seu uivo sacudiu os vidros das janelas, gozo quente enchendo o traseiro de Cledwyn.
— Foda-se, você vai me matar. — Random desmoronou em cima de Cledwyn enviando os dois para a borda da cama, esmagando Cledwyn no colchão com um grunhido combinado.
— Bem. Da próxima vez que você gozar, será no fundo.
Random deu uma risadinha, mas o som não pareceu mau. Ele colocou um beijo no ombro de Cledwyn bem perto da marca da mordida, em seguida, tirou o seu pênis para fora. Sem palavras, ele pegou Cledwyn sob seus ombros e arrastou o homem para o centro do colchão, caindo ao lado dele.
Random suspirou como se aquele movimento final drenasse seu último pedaço de energia. — Você quer me montar, lindo? Nós podemos fazer isso.
Cledwyn ergueu a cabeça e olhou para seu amante. — Você está insinuando que eu nunca vou ser o topo?
— Você pode. Se você for um garoto muito bom. — Random apareceu e deu um rápido beijo nos lábios de Cledwyn. Ele caiu de volta para a cama. — Mas eu acho que você é um passivo completo. — ele fechou os olhos. — Eu nunca vi alguém que gostava de ser fodido tanto quanto você.
Cledwyn abriu a boca para protestar, mas Random se aproximou e se aconchegou no ombro de Cledwyn, escapando um suspiro suave.
— A maneira que você pode gozar apenas do meu pau dentro de você. E quão duro você goza quando eu estou te fodendo e acariciando seu pau. Droga. É fodidamente sexy. — Random murmurou, soando meio adormecido.
Cledwyn se manteve imóvel por um momento, seu processamento de cérebro abalado. Ele gostava de ser fodido.
Muito. Ele podia admitir isso no silêncio de sua própria mente. Mas isso não significava que ele nunca queria ser topo.
Ainda assim, eles poderiam lutar sobre isso mais tarde. Um pequeno riso saiu da sua garganta. Ele estava pensando em mais tarde. Claramente Random pensou que haveria mais vezes juntos.
Seus planos para evitar Random foram mortos no fogo do inferno quando Rowan decretou que eles trabalhassem juntos. Com os olhos de seu amante fechados, Cledwyn fez uma varredura lenta do corpo de Random. Não seria uma dificuldade ver mais de Random nu.
E o cara não era muito ruim quando eles estavam fodendo.
Fora da cama, seus traços irritantes se tornavam mais pronunciados. Cledwyn fechou os olhos e baixou a cabeça para o travesseiro.
Ele não sabia o que o amanhã poderia trazer, mas de alguma forma, envolveria Random. Isso ele sabia.
Cledwyn deixou seus olhos se abrirem, sabendo que algo não estava certo em seu mundo. Janelas viradas a leste.
Ele tinha janelas orientadas para o leste que o levavam para fora da cama quando o sol nascia. As janelas deste quarto ficavam para o oeste ou talvez para o norte. Definitivamente não leste.
Ele sentou-se, ignorando o pesado braço que cobria sua cintura e examinou a sala em busca de um relógio. Letras vermelhas cintilaram, dizendo que a hora aproximava-se das dez horas. Da manhã.
— Eu nunca durmo até tão tarde. — ele sussurrou para o silêncio do quarto.
— Provavelmente porque você nunca teve seu traseiro fodido até o esquecimento na noite anterior. — uma voz ao lado dele murmurou. As cobertas se puxaram para trás, revelando o rosto desapontado de Random. — O mínimo que você pode fazer é escorregar em silêncio.
Cledwyn zombou. — Sim. Eu não sou um de seus pequenos twinks do bar.
— Não. Eles fazem café antes de partir.
Algo sobre a borda afiada da voz de Random despertou uma profunda insegurança no peito de Cledwyn, mas antes de sucumbir ao pânico interno, sua mente voltou à noite anterior. Random, em cima dele, dirigindo seu pau no traseiro de Cledwyn, dizendo a ele como ele se sentia bem. Claro, essas palavras poderiam ter sido rosnadas para ninguém, exceto que o calor, a fome nos olhos de Random permanecia.
Assim como o seu aconchego sonolento no final, puxando Cledwyn para perto, acariciando seu nariz no pescoço de Cledwyn. Os suaves murmúrios de satisfação e prazer. Havia pistas de algo mais, mas Cledwyn deixou esses pensamentos irem.
— Sim. — Cledwyn assentiu com a cabeça em concordância. — Mas eles não voltam.
Os cobertores se moveram em um movimento superficial para cima e para baixo.
— Eles fariam se eu quisesse que eles voltassem. — Random disse, sua voz desafiante, até um pouco espertinha. O pensamento de Random foder qualquer um mais agarrou Cledwyn pelas bolas.
O canto de sua boca se transformou em um sorriso. Ele girou sobre seu quadril e deslizou para baixo sob os cobertores, até que ele enfrentou Random. Um meio sorriso se formou nos lábios do outro Beta.
— Quer um desempenho de repetição? — Random arrasou.
Cledwyn assentiu com a cabeça e se inclinou, enganchando o lábio inferior de seu amante entre os dentes, mordendo, tirando o lado dominante do lobo. Random agarrou o ombro de Cledwyn, puxando-o para perto.
Mas Cledwyn se afastou, jogando as cobertas para trás e saindo da cama.
— Mais tarde. Esta noite. Por enquanto... temos que ir ajudar as irmãs Johnson a tirar coisas do galpão.
— Divirta-se com isso. — Random puxou o cobertor sobre a cabeça e se aconchegou de volta para a cama.
— Levante sua bunda. — Cledwyn comandou. — Disse a Marissa que estaria na casa delas às dez e meia.
— Eu não vou parar você. Mas você poderia fazer um café antes de ir.
Cledwyn agarrou o lençol superior e puxou. Random claramente antecipou o movimento porque o cobertor não mudou. Cledwyn puxou com mais força e teve o poder do momento em seu lado.
Random rolou, nu e maldição, sim, Cledwyn admitiu. Lindo. — Você não ouviu Rowan ontem à noite? Estamos presos juntos. Onde eu for, você vai.
— Ou para onde eu vou, você vai. — respondeu Random. — E eu quero ficar na cama.
— Mas nós estamos nessa bagunça porque você estragou tudo, então você começa a acompanhar comigo hoje e eu me comprometi a ajudar as irmãs Johnson.
— Como você está me culpando por isso agora? — Random perguntou, embora ele saiu da cama e se dirigiu para o banheiro pequeno.
— Você veio para o meu posto deliberadamente para me distrair.
O som do mijo de Random ecoou pela porta aberta e lembrou a Cledwyn que ele precisava ir também.
O lavabo esvaziou e água caiu por alguns minutos. Random voltou para o quarto, nu e coçando o peito.
— E eu consegui distraí-lo, o que realmente significa que foi culpa sua.
— Tenho certeza de que se eu disser a Rowan que você veio lá para tentar mexer comigo, ele iria tomar meu lado. — ele tomou o lugar de Random no banheiro e fez o seu negócio.
— Mas então você teria que dizer a ele que você estava chupando meu pau quando esses caras nos agarraram.
Cledwyn suspirou.
— Vamos fazer um acordo. — ele lavou as mãos e voltou para a sala principal, procurando suas roupas. Ele puxou a calça jeans e pegou a camisa que Random tinha tirado dele na noite passada. Uma pequena lágrima estava rasgada no colarinho. Ele teria que costurar antes de devolvê-la a Craigh. — Vamos fazer disso. Ajude-me com o galpão Johnson e então faremos o que quiser.
Uma luz perversa brilhou nos olhos de Random.
— Perfeito.
Cledwyn gemeu e revirou os olhos.
— Você tem que fazer tudo sobre sexo? — ele perguntou, embora seu pênis saltasse ansioso e de acordo para qualquer coisa que Random sugerisse. — Vamos.
Ele abriu o caminho para fora da porta e desceu as escadas. Ele olhou ao redor enquanto batia no degrau inferior, não querendo ser visto deixando o apartamento de Random. Isso seria demais para explicar.
Ele foi ao redor da parte de trás do prédio e parou cara a cara com Craigh.
Os olhos do Ômega se arregalaram e, em seguida, ficaram ainda mais abertos quando Random virou o canto e quase caiu nas costas de Cledwyn.
— Uh, bom dia. — Cledwyn cumprimentou esperando que suas bochechas não brilhassem o vermelho brilhante que ele suspeitava. Ele empurrou seus ombros para trás e ficou em linha reta, quase em atenção.
Craigh hesitou por um momento. Apenas o suficiente. O sorriso diabólico curvando a boca de Craigh avisou a Cledwyn que o companheiro do Alfa notou o cheiro - eles cheiravam um ao outro - ou o fato de ele vestirem as mesmas roupas que a noite anterior.
— Vão trabalhar? — Craigh piscou. — Juntos.
Cledwyn endireitou sua coluna ainda mais se isso fosse possível. — Sim. Vamos ajudar as irmãs Johnson.
Craigh riu e olhou ao redor do ombro de Cledwyn.
— Você está fazendo uma boa ação?
Random bufou um suspiro.
— Ordens de Rowan, certo? Vou fazer com que ele... — um cotovelo atingiu a coluna de Cledwyn. — Sente-se no Distant Howl e cobice twinks hoje à noite.
Cledwyn revirou os olhos e sacudiu a cabeça.
—Nós temos que começar a ir. — ele disse. — Nós...
— Craigh, Kal está no vento. — a voz de Rowan o precedeu por segundos quando ele veio atrás de seu companheiro, seus olhos treinados em seu telefone. Ele se levantou bruscamente quando quase bateu em Craigh. Seus olhos se estreitaram quando ele escaneou a cena, um grunhido baixo roncando de seu peito.
Craigh virou-se para Rowan. — Quando ele volta?
— Deus sabe. Sempre que ele está trabalhando com o que quer que seja, ele precisa se exercitar. — Rowan ergueu o queixo em saudação. — Estamos conversando com Kal sobre a situação de Phillip/Bill. Perguntando a alguns membros do Conselho sobre se livrar deles antes de eu acabar despejando seus corpos em um pântano em algum lugar.
— Só você não consegue encontrar Kal. — explicou Craigh. — O Conselho não se importa com ele desaparecer?
— Eu duvido que eles saibam. — Rowan deu de ombros. — É algo que ele precisa fazer algumas vezes por ano. Este... — ele balançou a cabeça e não terminou, deixando as palavras se afastarem.
Craigh inclinou a cabeça e considerou seu companheiro. — Eu preciso ouvir a história sobre vocês dois.
Rowan fez uma careta.
— Sim, mas não agora.
Ele voltou sua atenção para Cledwyn e Random. Seu olhar fez uma varredura de corpo inteiro como se estivesse procurando juntas machucadas, roupas rasgadas. Qualquer sinal de dano.
Cledwyn ficou tenso, esperando o Alfa fazer algum comentário sobre seus dois Betas fodendo.
— O que vocês dois estão fazendo? — ele perguntou suspeitosamente.
— Nós vamos ajudar as irmãs Johnson a se mudarem.
Rowan resmungou e caminhou ao redor deles. — Tudo bem, mas é melhor eu não ouvir sobre qualquer luta de vocês dois. Eu vou chutar seus traseiros.
Enquanto passava, agarrou a mão de Craigh e puxou seu companheiro para longe. Craigh olhou por cima do ombro, os olhos brilhando de riso.
— Vamos. — Cledwyn saiu em direção a sua caminhonete. — Eu quero mudar de roupa.
— Eu estou bem com você ficando nu.
— Nós vamos ajudar as irmãs Johnson.
— Eu disse ok. — Random subiu no assento do passageiro. — Podemos estar um pouco atrasados.
Cledwyn suspirou quando ele ligou o motor, perguntando-se o que ele tinha começado a si mesmo, tendo algo com Random. O homem o frustrava e o provocava e o tentava.
Random trocou em seu assento, espalhando as pernas, colocando a mão entre as coxas, o pulso descansando contra o pênis, o movimento intencionalmente atraente.
O pau de Cledwyn saltou em resposta.
Ele torceu enquanto dirigia pela estrada, cavando em seu bolso traseiro e puxando seu telefone. Ele precisava ligar para as irmãs Johnson e dizer-lhes que estariam um pouco atrasados.
Tielle St. Clare
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