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Series & Trilogias Literarias
Rafe Shawl precisa de uma esposa. Para herdar a empresa do seu pai ele tem que se casar, e no momento que ele esbarra em Ellis Johnson, derramando um copo cheio de café em cima dela, ele sabe que ela é a mulher perfeita para o trabalho.
Coberta de café, Ellis sabe que não há nenhuma maneira que ela vá conseguir o emprego ao qual ela estava prestes a ser entrevistada. Mas o cara que tinha acabado de fazer o dano está oferecendo pagar-lhe 1 milhão de dólares apenas para ela tomar café com ele. Ela não pode recusar, especialmente quando ela percebe que sua oferta é legítima, um café e então se tornar sua esposa.
Ellis não vê nenhuma outra alternativa para sua vida, então ela concorda em ser sua esposa e ajudá-lo a reconquistar a empresa do seu pai. Cinco anos, isso é tudo o que ela tem que fazer. Cinco anos fingindo estar apaixonada por ele.
Mas cinco anos nunca será suficiente quando ela realmente cair de amor por ele.
Mas o que vai acontecer quando ela descobrir que ele mentiu para ela? Não só ela tem que dar-lhe cinco anos, mas ele também precisa que ela lhe dê um herdeiro...
Capítulo Um
Ellis Johnson realmente precisava chegar a esta entrevista de emprego. Ela tinha sido demitida do seu último trabalho a algumas semanas, e não suportava outro segundo sem ter uma renda. Empresas estavam em tempos de crise, então havia mais concorrência agora do que antes. Muitas vezes não conseguiu o emprego porque sendo ‘gordinha’ sempre havia uma mulher esbelta e bonita que passava sua frente.
Ela não se importava com isso na maior parte do tempo. Ela era bonita, mas a maioria das pessoas só via suas curvas de tamanho grande e muitas vezes não davam outro olhar para ela.
Apressando-se para o outro lado da rua, ela fez tudo que pôde para evitar bater em outras pessoas, porque ela odiava a discussão acalorada que muitas vezes vinha com isso.
—Eu preciso desse emprego. — Ela murmurava para si.
Ela estava cansada de estar parada. Desde que ela saiu do seu último emprego, ela tinha ido a muitas entrevistas, mas nenhuma lhe rendeu nada.
—Não se atrase!
Ela tinha passado a manhã toda se preparando, passando a blusa branca para que não parecesse amassada e falando sozinha várias vezes, explicando suas qualificações e sorrindo. Seu conselheiro disse-lhe para sorrir. Aparentemente faz o rosto dela acender, e as pessoas ficam loucas por uma mulher com um lindo
sorriso. Ela tinha um sorriso bonito, mas ela não achava que ficaria com o emprego. Ainda assim, ela ia esperar para ver.
—Vamos lá, você pode fazer isso.
Ela aumentou o ritmo andando ao redor do canto do balcão quando ela de repente bateu em uma parede sólida, um homem, e ela sentiu, toda a frente da sua camisa muito branca estava molhada, e não só isso, estava muito quente.
Olhando para baixo, para a blusa dela, ela gritou. O branco tinha desaparecido, e tudo o que restou foi uma mancha, uma mancha marrom de café muito grande.
—Oh não, oh, meu Deus. Não, isso não pode estar acontecendo. — Ela sentiu as lágrimas encherem seus olhos, e ela só conseguia pensar sobre o quão ruim era essa situação.
—Merda, se você estivesse andando mais devagar e olhando para onde ia, isso não teria acontecido. — Falou uma voz masculina.
Voltando sua atenção para o dono dessa voz, ela foi atingida por quão bonito ele era. Cabelo curto e preto, chocantes olhos azuis e lábios firmes que pareciam estar sendo pressionados em uma carranca.
—Eu sou aquela que está errada? — Ela perguntou, puxando a camisa distante do seu corpo. Ainda estava quente e ela não queria se machucar. —Não posso acreditar nisso.
Ele agarrou os ombros dela e forçou-a a ficar na frente dele.
Quando ele segurou as bochechas dela, ela se afastou. —O
que está você fazendo? Ela perguntou, tentando sair do seu domínio.
—Uau, você é perfeita.
—Não me interessa o que você está pensa. Você simplesmente estragou tudo. Preciso ir a uma entrevista de emprego, e me diz... como exatamente eu posso fazer isso agora?
— Ela perguntou colocando suas mãos nos quadris.
Ela estava com tanta raiva, e foi uma luta não começar a chorar. Isso não estava indo no caminho que ela traçou. Ela tinha planejado tudo o que ia acontecer, e ter sua camisa encharcada de café definitivamente não estava nos planos.
Isto era, tipo, o maior desastre do seu dia até agora.
—Eu estava procurando por um milagre e agora você está aqui, de pé na minha frente.
Ellis olhou para ele, se perguntando se ele era louco.
Ele começou a andar em volta dela, e o estranho era que ela não se sentia ameaçada.
—Eu estava indo em direção a uma entrevista de emprego e eles são conhecidos por sua limpeza, e você acabou de...
Ele acenou uma mão na frente do rosto dela. —Não, você não precisa se preocupar com isso.
—Sobre o que você está falando agora? — A raiva foi crescendo dentro dela.
—Você é tão bonita. Certo, que tal irmos para um lugar mais reservado? Eu sei de um café que é fantástico, e acho que temos muito o que discutir.
—Nós não temos nada para discutir. Eu perdi um emprego por sua causa, e eu preciso trabalhar.
Ela se virou para ir embora, mas ele agarrou o braço dela.
—E se eu dissesse que tenho um trabalho para você, e não só isso, você nunca mais terá que trabalhar um só dia na sua vida?
—Eu não nasci ontem. Milagres não acontecem comigo, e eu não acredito em você.
—Vou te dar 1 milhão de dólares se você apenas aceitar tomar café comigo.
Isso a fez parar e olhar para ele. —Isso é ridículo. Você não pode me pagar isso.
Ele tirou seu telefone celular e começou a digitar, ela começou a tomar distância dele, mas ele a segurou. —Tudo o que você tem que fazer é me passar o número da sua conta e o dinheiro estará lá.
Ela balançou a cabeça. —Você é louco.
—Meu nome é Rafe Shawl. — Ele disse.
—Isso é suposto significar algo para mim? — Ela perguntou.
Ele riu. —Tão bonitinha. Eu sou filho do dono de uma das empresas mais ricas do mundo, e agora estou na maior batalha da minha vida.
Ela franze a testa. —Por que você diz isso?
—Porque durante o café eu quero saber como você se sentiria sobre ser minha esposa?
Por alguns segundos nenhum deles falou, mas em seguida Ellis começou a rir.
—Essa é boa. É sério, você espera que eu acredite nisso? Eu sou uma pessoa pobre. Eu tenho mais dívidas do que dinheiro, e você nunca vai conseguir nada de mim.
—Qual é o seu nome? — Ele perguntou.
—Ellis Johnson. — Ela se virou para sair, mas ele apanhou-a novamente e começou a mexeu em seu celular por alguns minutos
—Ellis Johnson, todas as suas dívidas estão quitadas. — Ele segurou seu celular novamente, e qualquer humor que ela tinha morreu quando ela pegou o telefone dele e rolou através da lista de contas e dívidas que ela tinha tentado organizar no fim de semana. Tudo desapareceu, estava tudo pago. Também tinha uma transferência para a conta dela de 1 milhão de dólares.
Puxando para fora seu próprio celular, ela rapidamente verificou, e lá estava, a chance de uma vida.
—Então, que tal o café? — Ele perguntou.
Como diabos ela poderia recusar?
***
Ellis era perfeita para o que Rafe tinha em mente. Ela não era feia, ela era bonita e não chamava muita atenção. A mulher perfeita que ele precisava para jogar como sua esposa. Para herdar o negócio da família ele teria que acalmar e encontrar uma esposa. Era tudo por causa da vontade do seu pai, e todo
mundo tinha-lhe dito que ele não conseguiria o que ele queria.
Que a empresa nunca pertenceria a ele.
Bem foda-se!
Essa era sua chance.
Ele viu quando ela pegou um assento na cabine privada, removendo a jaqueta e então a camisa. O café que ele tinha derramado acidentalmente nela passou para a camisa e para uma blusa mais justa que ela usava por baixo, e ela soltou um suspiro.
Ela empurrou alguns cabelos para fora do rosto e chamou a garçonete. Ele não a impediu quando ela ofereceu dinheiro por uma das camisas que tinham para venda no local. Ela desculpou-se e foi se trocar.
Quando ela voltou poucos minutos depois, o seu cabelo castanho já não estava preso na parte posterior do seu pescoço em um coque, ele caía ao seu redor, emoldurando seu rosto. O
comprimento era longo, grosso, e por alguns segundos ele ficou paralisado pelo frescor de suas feições.
Ela não era como as mulheres que ele estava acostumado.
Modelos e atrizes eram as mulheres que costumavam ter sua atenção. Esta mulher não era nada disso, e ainda assim ela o cativou. Ela jogou seu cabelo fora de seus ombros e por muito tempo olhou para todos os lugares menos para ele.
Finalmente, após o que pareceu como uma vida inteira, ela olhou para ele, e o olhar castanho dela estava nervoso e inseguro.
—O que você precisa? — Ela perguntou.
—Aqui está o negócio. Meu pai morreu há alguns anos atrás e em seu testamento ele fez algumas condições para eu me tornar
dono da sua empresa. Uma dessas condições era esperar dois anos e aprender sobre cada parte da infraestrutura da empresa.
Então eu teria que parar com as festas e as mulheres, e eu fiz isso. Agora, preciso de uma esposa, uma boa mulher. E você é perfeita.
—Você não me conhece. — Ela disse.
—Não preciso conhecê-la. Eu vou lhe pagar por isso. Tudo que eu preciso é cinco anos do seu tempo. — Ele disse.
Ele já tinha tudo planejado. Uma viagem para Las Vegas, comprar-lhe o guarda-roupa perfeito e tudo estaria no seu devido lugar. Só de pensar no choque nos rostos dos diretores, junto com o rosto de sua mãe, encheu-o de alegria. Ele tinha pago a ela o milhão de dólares por uma conta que não estava sequer registrada em seu nome. A mãe dele poderia investigar, mas seria sempre um beco sem saída. Não, seria suspeito sobre como ela conseguiu o dinheiro. A menos que Ellis concordasse e ele removesse o dinheiro e lhe desse um cartão de crédito em seu nome. Era isso. Ele sempre encontrava uma maneira de conseguir o que queria.
O Conselho de administração e sua mãe pensaram que ele era um desperdício de tempo e espaço, mas até agora, ele tinha provado que estavam errados. E no último par de anos ele percebeu que gostava de fazer isso. Seu pai sempre lhe disse para viver a vida que ele queria. E ele tinha feito isso, mas o pai dele também tinha pedido que ele não permitisse que sua empresa fosse deixada para sua mãe ou para os diretores.
Rafe agora fez de sua missão sacanear as pessoas que tinham tentado empurrar seu pai fora de sua própria empresa.
—Você quer cinco anos da minha vida.
Devo dizer-lhe que preciso de um herdeiro também?
Ela já estava desconfiada agora, ela não parecia convencida do que ele estava lhe propondo. E se ele disser que precisa de uma mulher e uma criança, ela pode se assustar e sair correndo.
—Sim, cinco anos. — Ele resolveu deixar de fora o pequeno detalhe de que necessitariam fazer sexo para ter um filho. Na verdade, ele esperava que eles pudessem ter um bom casamento.
Ele era otimista.
—Você vai ter o que quiser. Eu tenho uma casa muito boa, vários apartamentos e casas de campo em todo o mundo.
—Não preciso que me diga tudo isso. — Ela levanta as mãos, e nenhum deles diz qualquer coisa até que a garçonete traz café para eles. Ele também tinha encomendado um bolinho para acompanhar suas bebidas, um de maçã e um de canela. Ela suspirou. —Isso é totalmente louco. Você está convidando uma estranha para entrar na sua vida.
—Olha, estou desesperado, e a julgar pela forma que você ficou louca quando eu derramei café em você, você claramente precisa de dinheiro.
—Não, eu preciso de um emprego. Eu gosto de trabalhar.
—Então trabalhe para mim. Trabalhe sendo minha esposa.
— Ele não via problema nisso.
—Isso é loucura. — Ela tomou um gole de café e sentou. —
Você pode ter qualquer mulher. — As bochechas dela ficaram aquecidas.
—Obrigado pelo elogio. — Ele piscou para ela e amou o jeito que a pele dela ficou vermelha. Ele não costumava estar em torno
de mulheres que coram com uma simples conversa, mas aqui estava ela.
—Estou apenas constatando um fato.
—Não quero uma mulher qualquer. Estou à procura de um certo tipo de mulher, e você é o ideal.
Ela evitou o seu olhar. —Não quero saber que tipo de mulher você está procurando. Sei que não vou gostar da resposta.
—Estou procurando o tipo de mulher que seja fiel.
Ellis esfregou seu templo. —Eu estou ficando com dor de cabeça.
—Olha, esta é uma oportunidade única na vida. Pode tornar cada um dos seus sonhos realidade. Tudo que preciso é cinco anos da sua vida e que você diga 'Aceito' quando chegar a hora.
Ele bateu os dedos na mesa, esperando para ver o que ela diria. Ela não tinha tocado no muffin, então ele pegou, tirou a embalagem de papel e entregou a ela.
Ela tirou pedacinhos e os comeu.
—Nós teríamos que fazer alguma coisa? — Ela perguntou, movendo sua mão entre eles.
—Quer dizer sexo?
—Sim.
Não imediatamente, mas eu meio que necessito de uma criança.
Não apresse isso, Rafe.
Leve-a lentamente.
Ele tinha cinco anos para engravidá-la e fazê-la se apaixonar por ele. —Não, não precisamos. Você vai apenas desempenhar o papel, o que significa que você vai ter que aceitar meu toque em
eventos públicos, segurar minha mão e sorrir algumas vezes quando necessário.
—Eu sei como ser cortês.
—Então seja agora. Ajude um cara.
Capítulo Dois
Duas semanas mais tarde
Ellis não podia acreditar o quão rápido os ricos realmente trabalham. Dentro de duas semanas ela tinha ido de indigente para esposa de um bilionário. O processo tinha sido...
entorpecente. Ela realmente não se lembrava de uma única coisa além do casamento. Voar de primeira classe para Las Vegas e caminhar até o altar para Rafe tinha sido... estranho.
Assim que voltaram para a casa dele, seu apartamento foi devolvido. Seu aluguel foi pago e a vida dela mudou completamente. Ela tinha seu próprio quarto em sua casa de campo e também o quarto de hóspedes em sua cobertura. Em apenas um dia sendo a esposa dele, ela tinha ganhado um guarda-roupa novinho em folha, jóias, uma transformação em um salão de beleza e claro, um curso intensivo para saber absolutamente tudo sobre ele, desde coisas importantes até sua cor favorita. Ela teria que jogar de adolescente apaixonada no corpo de uma mulher adulta.
Girando o anel no dedo dela, ela olhou através de seu escritório. Isso era uma outra parte do negócio. Ela tinha que estar em todos os lugares com ele. Se ele fosse para
compromissos, ela iria com ele e aguardaria na sala de espera. No trabalho, ela se sentava em seu escritório e lia um arquivo que ele lhe entregava, ou qualquer outra coisa que ele desse para ela ler. Na verdade, ela estava vivendo a vida dele, sendo seu brinquedo. Isso é o que era a vida dela.
—Você está bem? — Rafe perguntou, tirando-a fora de seus pensamentos.
—Sim. — Ela olhou sobre ele para encontrá-lo olhando para ela.
—Vou a uma reunião com o Conselho em uma hora.
—Ok.
—Quero que venha comigo. Eu gostaria de apresentá-la.
Ela assentiu com a cabeça.
—Isso vai exigir algum tocar. — Ele disse.
Eles não tinham compartilhado uma cama, nem um selinho nos lábios, nem no casamento deles, ou seja, eles não tinham compartilhado nada.
Ele se levantou e andou até ela, pedindo para ela levantar também.
—Qual é a minha cor favorita? — Ele perguntou.
—Você não tem uma cor favorita. — Ela estudou as folhas de perguntas e respostas, e tinha achado incrivelmente chato, mas não estava prestes a dizer-lhe isso.
—Bom, me abrace.
Ela estremeceu e lentamente envolveu seus braços ao redor de seus ombros, mantendo-se o mais longe possível. Ele acariciou seu braço e olhou para ela com um grande sorriso no rosto.
—Já te magoei de alguma forma? — Ele perguntou.
—Não.
—Então você acha que pode ao menos fingir que gosta de mim e não me tratar como um cara que vai abusar de você?
Ela revirou os olhos e jogou os braços ao redor dele. —Oh, Rafe, o que vou fazer com você? — Ela riu da sua situação. Não importa o que ela leu sobre ele, eles eram completos estranhos.
Ele descansou a mão contra a cabeça dela e ela suspirou dramaticamente. —Não acha que você está se preocupando com isso um pouco demais? Você tem uma esposa.
—Bem, parte da condição é que a minha mulher precisa me amar. — Ele disse.
—Oh.
—Sim, e se a minha mulher ficar completamente dura como uma tábua ao me abraçar ou deixar parecer que ela prefere ver tinta secar do que me tocar, não vão acreditar em mim.
—Por que não encontra uma mulher e a faz cair no amor com você? — Ela perguntou. Seu plano era ridículo, e ela não sabia se poderia seguir com ele.
—Então você prefere que eu consiga uma mulher para apaixonar-se por mim sabendo que há uma chance que eu nunca iria cair no amor com ela e fazer o resto das nossas vidas miseráveis.
Ela estremeceu. —Bem, colocando assim, isso não soa tão bem.
—Estou sendo aberto e honesto com você, Ellis. Estou tentando ser, e você não está me ajudando....
—Desculpa, eu acho que eu não minto muito bem.
Ele envolveu o braço em volta da cintura dela e puxou-a perto. —Dei tempo a você, tentando te ajudar a se ajustar a tudo isso.
—Você já pensou que eles podem não acreditar em você de qualquer forma? Já estamos de acordo que você é bonito e eu não sou. Você poderia ter qualquer modelo, qualquer uma.
—Eles não pensam assim. Eu preciso de uma boa esposa.
Uma mulher que mostra que já cresci.
Ela revirou os olhos. —Eu acho que seu plano está fadado ao fracasso. Eu não sou uma mulher muito boa.
—Isso é porque você não quer ser. Você só está vendo os defeitos. — Ele mergulhou para baixo para que a cabeça dela fosse para trás, como se estivessem dançando. Ela segurou suas mãos por instinto e olhou ao redor do escritório. Ele puxou sua atenção e disse. —Teremos um pouco de diversão enquanto estamos juntos. — Ele os mudou de posição lentamente, as mãos dele indo para diferentes partes do seu corpo. Ele tocou a bunda dela. E instintivamente ela agarrou a mão dele e puxou. —Veja, um casal faria isso?
—Faria o quê?
—Você tem que me deixar tocar sua bunda. — Ele parou, descansando sua própria bunda contra a borda da sua mesa.
—Você está falando bobagem.
—As pessoas recém-casadas que se amam não se cansam um do outro. Estão sempre se tocando. — Ele puxou-a mais perto.
Revirando os olhos, ela ficou entre as pernas abertas dele. —
Agora, vou tocar sua bunda.
—Sério?
—Sim, realmente.
Suas mãos descansaram na bunda dela e ela revirou os olhos novamente, lutando contra a tentação de tirar as mãos dele dali.
Levantando uma sobrancelha, ela olhou para ele.
—Você tem que ter um sorriso em seus lábios. Vamos lá, Ellis. Me ajude, por favor. Meu pai não queria que esta empresa caísse nas mãos desses imbecis ou da minha mãe. Eu acho que de uma maneira estranha, ele ainda a amava e esperava não ter que descobrir o que ela estava fazendo. Ele não queria realmente saber a verdade.
Quando ele começou a falar assim, mostrando a prova dos desejos de seu pai, a sua carta final que detalhava todos os problemas que ele viu dentro de sua própria empresa, e também o medo do que aconteceria com ela se Rafe não a ganhasse, ela finalmente cedeu. Implorar não parecia ficar bem nele.
Finalmente descansando as mãos sobre os seus ombros, ela inclinou a cabeça para o lado e ofereceu-lhe o seu melhor sorriso.
Ela ouviu ele suspirar?
Sim, então ele apertou a bunda dela.
***
Santo Inferno!
Aquele sorriso.
Rafe a observava enquanto os dentes dela se afundaram nos lábios, e todo o seu rosto parecia mudar. Havia um brilho que simplesmente tirou seu fôlego. Ela não tinha quaisquer linhas de
expressão ou preocupação quando ela sorriu para ele. Ele não resistiu e apertou sua grande bunda.
Desde que ela tinha vindo viver com ele, ele encontrou um enorme fascínio pela bunda dela. Na verdade, ele gostava bastante de suas curvas, especialmente quando ela usava as roupas novas que realmente realçavam a curvatura do seu estômago, quadris e bunda, sem mencionar sua cintura fina. Ela tinha o corpo em forma de ampulheta, e ele adorava isso.
Ele estava querendo colocar as mãos em seu corpo por algum tempo, e conseguiu agora. Ele sabia que ela não confiava nele.
Não que ele a culpasse. Ele estava tentando enganar toda a diretoria, mas isso tudo era por uma boa causa.
E agora esse sorriso.
Foda-se.
O pau dele estava duro como uma maldita pedra. Ele queria dobrá-la sobre a mesa e mostrar-lhe exatamente o quanto ele queria fazê-la sua esposa após aquele sorriso terno.
—Veja, isso não é tão ruim, é? — Ele perguntou.
—Não, acho que não.
Ele se inclinou para frente, e ela para trás.
—O que você está fazendo?
—Vou te beijar.
Ela rapidamente virou a cabeça e ele beijou sua bochecha. —
Não temos que beijar em público.
Afundando os dedos no comprimento luxuoso do cabelo dela, ele puxou sua cabeça e bateu com seus lábios nos dela, silenciando qualquer possível protesto. Passando sua língua em seus lábios, ele lançou um pequeno gemido quando ela engasgou,
e ele mergulhou dentro, tirando vantagem do momento.
Fechando os olhos, ele apreciou cada segundo dos seus lábios nos dela e não queria que aquilo acabasse.
Com a outra mão em concha ele pegou a bunda dela e puxou-a para frente. As mãos dela subiram de seus ombros para o seu pescoço e provocou os fios na parte de trás da sua nuca.
Sentindo seu corpo curvilíneo contra ele, tudo o que ele queria fazer era livrar os dois de suas roupas e finalmente senti-la nua.
Eles não tinham consumado o casamento, mas ele queria.
Ela não sabia da outra cláusula do testamento, da necessidade de terem uma criança, mas ele tinha esperança de conquistá-la, em seguida tê-la em sua cama e por misericórdia pelo resto de suas vidas.
O som do intercomunicador obrigou-os a se separar, e ele amaldiçoou a maldita máquina. A secretária dele alertou que a reunião estava esperando por ele.
Ele suspirou. —Você está pronta para isso?
Os lábios dela estavam ligeiramente inchados. —Sim.
—Eles vão ser maus.
—Você já fez o discurso sobre eles serem os lobos e eu o cordeiro, ou algo assim.
—Não se esqueça de uma coisa. Eu vou estar lá com você.
—Ok, você quer que eu finja durante a reunião que sou totalmente, completamente apaixonada por você. Eu disse que vou tentar.
Ele pegou na sua mão e juntos eles deixaram a sala.
Antes da morte do seu pai ele não tinha sido um bom partido, ele teve uma nova mulher em sua cama todas as noites, às vezes duas ou três ao mesmo tempo. De manhã ele as chutava para fora e elas saíam resmungando sobre seu tratamento rude.
Ele nunca deu a mínima para nada nem ninguém. Tudo o que importava era a próxima festa que ele compareceria, as mulheres que ele comeria, e como gastaria o dinheiro da sua conta bancária.
Ele tinha nascido rico, e sabia que ele tomaria o lugar do seu pai quando fosse a hora.
Quando seu pai ficou doente, Rafe tinha começado uma reavaliação da sua vida. A vadiagem e as festas tinham que parar. Seu pai tinha implorado a ele para segurar o que por direito era dele, e ele também tinha visto os esquemas da sua mãe nas costas do seu pai. Ela o abandonou durante seu tempo de necessidade. Desde o início, a Sra. Shawl tinha sido descrita como uma puta interesseira. Por anos ela enganou a todos, até o pai dele. Mas no momento em que ele ficou doente, ela forçou seu caminho para a empresa, e agora Rafe iria honrar seu pai, o que era dele, e não ia desistir sem lutar.
Ele segurou na mão de Ellis quando ambos entraram na sala de reuniões. A mesa já estava cheia, eram em sua maioria homens, havia apenas duas mulheres, sendo sua mãe uma delas.
De pé na porta, com Ellis fora da linha de visão de todos, ele pensou em seu pai e em tudo o que ele tinha conseguido.
Vendo os presunçosos sorrisos em seus rostos, ele retribuiu com seu próprio sorriso sarcástico, e em seguida revelou a mulher que estava atrás dele. A mulher dele.
—Eu sinto muito que tenha deixado todos esperando, mas agora que estamos todos aqui posso apresentá-los a uma senhora muito especial. — Ele colocou uma mão no quadril dela e nem precisou puxá-la. Porque Ellis inclinou-se em direção a ele por vontade própria, e mais uma vez ele foi atingido pelo incrível sorriso dela. —Esta é uma mulher que tem um título que nenhuma outra teve ou terá na minha vida. Esta é Ellis. Minha mulher.
Houve um suspiro ao redor da mesa.
Ellis colocou uma mão no seu peito e descansou a cabeça contra seu ombro.
—Isto é um ultraje. — Disse sua mãe em pé.
—Como nós nunca ouvimos falar sobre ela antes? — Um dos conselheiros perguntou.
—Foi como um conto de fadas. — Disse Ellis. —Menos a parte do café derramado, eu acho.
—Houve uma conversa. Não vamos esquecer isso.
—E depois um encontro em outro lugar. — Ellis suspirou. —
E antes que nós soubéssemos onde íamos, estávamos casados. —
Ela estendeu a mão para eles para mostrar não só o seu anel de noivado, mas também o anel que seu pai tinha lhe dado. O anel que pertencia a uma verdadeira Sra. Shawl e não a uma puta interesseira.
Ele olhou para sua mãe.
Que o jogo começe, sua puta!
Capítulo Três
Ellis só conseguia pensar que jamais esteve na presença de pessoas tão horríveis em toda sua vida. O Conselho tinha sido brutal, disparando várias perguntas de uma vez. Eles tinham exigido saber tudo, e apenas o braço de Rafe perto dela tinha lhe dado forças para ser capaz de desempenhar o seu papel. Na verdade, ver todos esses homens, a ganância em seus olhares, fez seu papel ser muito mais fácil de jogar, porque ela passou a querer que Rafe ganhe.
Quando sua mãe falou, ele tinha batido na sua coxa, deixando-a saber exatamente quem era a mulher. Ele contou a ela quem a mulher era e o que ela faria, que ela não mostraria qualquer instinto materno. E assim foi, tudo o que ela mostrou foi sua raiva pelo fato de que a empresa estava sendo levada para longe dela.
Depois de uma constante argumentação, perguntas e ameaças, Rafe ordenou que trouxessem uma cadeira para ela, para que ela se sentasse ao seu lado.
Ela tinha feito exatamente como ele disse, tomou um lugar e viu como cada homem e mulher olhava para ela. E assim a reunião seguiu, sempre com questões destinadas a desafiar Rafe.
***
Esfregando o creme em sua pele, ela olhou para o próprio reflexo e pensou sobre o homem no outro quarto.
Ela não queria que ele falhasse. Após ver aquelas pessoas manipuladoras, ela tinha decidido certificar-se de que ele conseguiria a empresa. Cinco anos não são nada, contanto que não levem a empresa de Rafe. Ela vestiu um pijama e fez seu caminho para fora do quarto, para ver se a comida já estava esperando por ela. Chegando a sala tomou um assento no sofá grande, pegou a comida e assistiu seu marido enquanto ele falava no telefone.
Usando os pauzinhos disponíveis, ela puxou o macarrão para cima, esperando por ele para jantar.
Depois que se passou quase uma vida inteira, ele finalmente desligou.
—Está tudo bem?
—Sim. Eles estão fazendo algumas escavações sobre nós. —
Ele pegou um assento ao lado dela.
—Eles não encontrarão nada. A única coisa que poderão fazer é se perguntar o que você vê em mim.
—Eu não dou a mínima para o que eles pensam. — Ele pegou uma das caixas, abriu e comeu.
—Fomos bem hoje, eu acho.
—Sim, nós fomos.
—Peço desculpas pelo que vou falar, mas sua mãe é uma puta. — Ela disse.
Ele começou a rir, inclinando-se para ela. —Você foi bem.
Mais que bem. Você foi extraordinária.
—Se não estivesse desfrutando tanto da comida, eu conversaria mais sobre isso. — Em vez disso, ela ofereceu-lhe uma piscadela. —Sempre será assim?
—Tenho medo de que vá ser assim toda semana. Mas fique tranquila, eu vou mantê-la ao meu lado.
—Isso era o que eu ia te perguntar. É realmente necessário que eu esteja lá o tempo todo? Ninguém mantém sua esposa ao lado o tempo todo.
—Eu sei, mas eu também não quero deixar qualquer margem para dúvidas. Nós nos conhecemos a pouco tempo, então eu estou tentando criar aquele ar de amor que os recém-casados tem. Também não quero que você fique sozinha. Minha mãe pode ser uma vadia muito manipuladora.
—Ok, tudo bem.
—Foi meu pai quem sugeriu isso. — Disse Rafe.
—Seu pai sugeriu que você mantivesse sua mulher ao seu lado em todos os momentos? — Ela perguntou.
—Sim. Ele disse que é a única maneira de saber que ela não vai pular para a etapa de dar o fora em você.
Ela viu a tristeza em seus olhos. —Você sente saudades, não é?
—Eu desperdicei muito tempo porque eu pensei que ele poderia estar vivo para sempre. E adivinha? Ele morreu.
—Sinto muito.
—Sim, eu só queria ter percebido isso a algum tempo atrás, sabe?
—Eu entendo. Eu realmente entendo. Porém você não pode se sentir culpado pelo que aconteceu. É impossível mudar o passado. — Ela estendeu a mão para pegar a dele.
—Não consigo parar de pensar sobre o que eu teria sido capaz de fazer se estivesse mais presente. Se a mãe não tivesse apenas o empurrado para o lado quando ele ficou muito doente. É
só... me deixa frustrado ver que ela sempre foi exatamente o que as pessoas alegaram sobre ela. Uma puta interesseira.
Ela largou sua comida e o abraçou firmemente.
Ele a abraça forte em resposta, e ela apoia a cabeça contra ele. —Podemos fazer isso, Rafe.
—Eu preciso de você, Ellis. Eu sei que é pedir muito, e eu sei que você é realmente apenas uma estranha, e isso tudo pode não ser importante para você. Mas eu preciso de você.
Olhando para ele, ela suspirou e revirou os olhos. —Você tem a mim, Rafe. Uau, soou bem clichê. Que tal? — Ela perguntou, rindo.
Ele acariciou a bochecha dela. —Sabe, encontrá-la naquele dia foi pura sorte.
—Sim, para você. Não tanto para mim.
—Que tipo de trabalho você foi ver? — Ele perguntou.
—Para ser secretária no escritório de um advogado. Eles pagavam um bom dinheiro, e eu esperava que meu cérebro fosse mais atraente do que alguém que não sabia o que estava fazendo.
— Ela disse.
—O que você quer dizer?
—Eu fui dispensada do meu antigo emprego umas semanas antes, e cada entrevista que eu fui sempre houve uma loira
alegre ou uma morena magra que conseguia o emprego. Eu sei disso porque eu ia visitá-los um tempo depois, e tcharam... elas estavam contratadas. — Ela deu de ombros. —Eu começo a achar que de alguma forma encontra-lo naquele dia foi sorte para mim também.
—Eles deviam ser cegos para não ver você. — Ele acariciou a sua bochecha e ela mordeu o lábio, olhando dentro dos olhos dele.
Rafe era um homem bonito, mas ela também sabia que se não fosse por este arranjo, ele nem sequer olharia duas vezes para ela.
—Obrigada pela comida. Eu vou deitar e dormir um pouco.
— Relutantemente ela se afastou e fez o seu caminho em direção a seu quarto.
—Ellis. — Ele a chamou.
Ela parou e virou-se para ele.
—Obrigado por tudo isso.
—Você é bem-vindo. — Ela ofereceu-lhe um outro sorriso e se foi.
***
O tempo passou e a vida de Rafe não ficou mais fácil. Ele sabia que sua mãe havia contratado um investigador, como seu próprio pai tinha lhe dito que poderia acontecer. O que ele não gostava era que se o cara decidisse invadir a sua casa ou seu apartamento encontraria as evidências que sua mãe precisava.
—Preciso entrar no seu quarto. — Ele disse, abrindo a porta do quarto de Ellis. Ela estava sentada na cama lendo um livro.
—Por que isso?
—Minha mãe tem um homem nos investigando.
—E? — Ellis perguntou.
Ela estava tão sexy sentada na cama lendo um livro de romance erótico. Ele tinha visto de relance o homem seminu na capa do livro.
—E eu sei, como eu tenho meu próprio investigador, exatamente como eles trabalham. — Ele mudou-se para o seu guarda-roupa. —Eu sei que isso não era parte do acordo, mas o plano da minha mãe é tomar o lugar do meu pai, e eu não posso arriscar. — Ele pegou algumas roupas dela e fez o seu caminho em direção a seu próprio quarto, abrindo o armário grande e encontrando um espaço vazio para todas as coisas dela.
—Você não acha que isso está indo longe demais? — Ela perguntou parada em frente à sua porta. Ela usava um par de pijamas de coelho, que expunha seus seios. Ela parecia amá-los tanto que tinha solicitado vários conjuntos daquele.
Não que ele a culpava. Com os peitos e bunda que ela tinha, ele teria sido incapaz de resistir a ela com qualquer coisa que ela vestisse.
—Não. Isto não está indo muito longe. — Ele continuou fazendo a caminhada para o quarto dela e voltando. Em algum lugar entre a terceira e a quarta viagem, Ellis começou a ajudá-
lo, cantarolando uma música.
Eles estavam juntos agora por quase um mês, e o que ela não sabia era que eles iam ter que assistir um “Baile” na próxima semana. Um jogo estúpido de gente esnobe. O convite tinha aterrado na sua mesa na segunda-feira. Ele queria esperar a
melhor hora para lhe dizer, mas nunca houve um grande momento.
Uma vez que tudo do quarto dela tinha sido movido para o quarto dele, ambos pararam na parte inferior da cama, olhando para ela.
—Eu durmo deste lado. — Ela disse apontando para a esquerda.
—Eu durmo deste lado. — Ele apontou para a direita.
Eles subiram na cama e Rafe sentiu os nervos dela.
—Sabe, eu nunca dormi com um homem antes. — Ela disse.
Ele se virou na direção dela, descansando a cabeça na mão.
—Você é virgem?
—Não, claro que não. Quero dizer que eu nunca tive uma festa do pijama ou tive um homem na minha cama por mais tempo depois de... você sabe. Você ronca?
—Eu não tive nenhuma reclamação até hoje. — Ele disse.
Ela suspirou. —Todos os dias eu acho que esta situação não pode ficar mais assustadora ou estranha, mas ela fica. Eu estou dividindo a cama com meu marido de mentira e sou uma noiva comprada. Comprada, realmente comprada. Isso faz de mim uma puta?
—Você não é uma prostituta, Ellis. Para ser uma puta é preciso começar a aceitar dinheiro de homens para sexo.
—Eu sei o que isso significa, mas estou aceitando dinheiro para ser sua esposa.
Ele não resistiu a estender a mão e colocar na barriga dela.
Cada vez que ele olhava para ela, lembrava-se da outra cláusula no testamento do seu pai, mas ele ainda não havia dito nada.
—Não podemos concordar que você está ajudando um amigo?
— Ele perguntou.
—Sim, podemos. É isso que nós somos agora, Rafe? Amigos?
—Sim. — Ele acariciou a barriga dela. —Há uma coisa que eu tenho que te dizer.
Estava na ponta da sua língua contar a ela sobre o bebê, mas não conseguiu.
—Porque tenho medo de repente?
—Há um baile. — Ele disse, em vez de falar sobre o bebê.
—Uma baile?
—Sim. Eles fazem um baile de verão todos os anos, e é apenas uma maneira dos ricos passarem um tempo juntos, conversando e fazendo negócios.
—E?
—E nós vamos. — Ele disse. —Vai ser o nosso primeiro evento como marido e mulher.
—Uau. — Ela tomou várias respirações profundas. —Você sabe que eu gosto de uma vida simples, certo? Eu gosto de ler um livro, comer em casa, assistir a um filme. Como vocês conseguem fazer toda essa socialização?
—Pode ser divertido.
—De tudo que você já me disse, parece mais como um banquete de lobos.
Ele estremeceu. —Sim, é meio isso. Prometo que não vou sair do seu lado. — Ele mudou-se para perto e puxou-a em seus braços.
—Investigadores, testamentos, cavadores de ouro e agora um baile. Você vive uma novela.
Ele gostava que ela não parecesse impressionada. A bunda dela estava aninhada contra o pau dele e ele teve que continuar contando números em sua cabeça em uma tentativa de não ficar duro, ele estava lutando internamente. A sensação do corpo dela contra o dele, droga, era maravilhoso.
Quando ele a viu pela primeira vez, ele sabia que ela seria perfeita.
Ela não era extremamente bonita, mas ela tinha um brilho diferente. Havia uma bondade nos olhos dela, e claro, ela também estava desesperada. Uma mulher precisa de um herói para salvá-
la, e ele tinha sido o único a fazer isso.
—Você está bem, Rafe? — Ela perguntou.
—Sim. Mais do que bem. Por quê?
—Porque você perdeu seu pai e não confia em sua mãe. Você está sozinho no mundo, e seu pai morreu. Você chora por ele?
—Eu chorei, hoje não mais. — Ele tinha chorado apenas um dia, uma noite. Depois de muitos uísques ele permitiu que a perda do seu pai penetrasse em seu núcleo.
—Eu acho muito triste para você. Você não tem ninguém.
—Nem você tem. — Ele soube que seus pais haviam morrido há alguns anos atrás.
—Nós nunca fomos próximos. — Ela se aconchegou contra ele, e ele não resistiu e beijou o pescoço dela. O aroma de baunilha encheu seus sentidos, e o pau dele começou a endurecer.
Ele sentiu ela amolecer contra ele quando adormeceu.
—O que você está fazendo comigo? — Ele perguntou, mesmo ela estando adormecida.
Ele teve muitas mulheres em sua cama, mas nenhuma delas tinha feito ele se sentir desta forma. Ele não queria deixá-la sozinha, e ele estava começando a ver este casamento como algo mais do que um acordo. Ele não queria deixá-la ir.
Capítulo Quatro
Muitas pessoas estavam olhando, e Ellis sentiu seu estômago revirar quando falavam com ela ou a olhavam. Eles sabiam que ela era uma farsa? Rafe não a tinha deixado sozinha, e ela ficou ao seu lado ouvindo enquanto ele falava de negócios com três homens.
O vestido vermelho que ele tinha pedido para ela usar não tinha ajudado a escondê-la. Ele só a destacou mais, já que a maioria das mulheres usava vestidos azuis ou pretos. O cabelo dela estava preso em sua nuca com um grampo enorme em formato de flor. A maquiagem estava modesta, apenas “realçando sua beleza”. Disse uma mulher que a tinha ridicularizado.
Ainda assim, ela adorava ter o braço de Rafe ao seu redor.
No dia do escritório que ele tinha tocado sua bunda, ela se sentiu fora de si com as mãos dele sobre ela. Agora, ela apreciava o braço em seu quadril, na sua cintura ou na sua bunda.
Ela viu a mãe dele e tomou um gole do vinho que tinha sido dado a ela, certificando-se de não beber demais.
Os homens se afastaram e ofereceram-lhes um sorriso.
—Você está ótima. — Rafe disse, beijando sua cabeça e sussurrando as palavras para que só ela ouvisse.
—Realmente? Porque eu sinto como se todos estivessem me olhando e rindo. Como se pudessem ver através de tudo isso. —
Ela disse.
Ela voltou sua atenção para ele e ele viu a preocupação em seu olhar. —Não os deixes chegar até você. — Ele acariciou seu quadril. —Você é melhor do que isso. Você é minha esposa.
—Não pude deixar de me perguntar se há outras mulheres que queriam estar na minha posição esta noite.
—Sim, existem, e sim, existem também algumas ex, mas te garanto que você é a única que eu quero que esteja aqui.
Eles estavam juntos a mais de um mês. Um mês desde que ele tinha derramado café nela, um mês que tinham se casado e agora dormiam na mesma cama. E a coisa mais estranha de todas foi dividir a cama com ele. Um homem com quem ela nunca tinha tido sexo.
—Aí vem a minha mãe. Esteja avisada, ela tem garras. —
Sua mão fez a forma de uma.
Ela deu uma risadinha e sufocou o som quando ela estava à sua frente.
—Vejo que você está trazendo essa farsa de casamento em todos os lugares. — Disse sua mãe.
—Olá, Sra. Shawl, é um prazer ver você aqui. — Ellis disse.
A outra mulher olhou para ela.
—O que você está fazendo, Rafe? Você levou este lixo para a sala de reuniões e agora insiste em fazer o mesmo no nosso círculo de amigos.
Ellis nem fingiu que não doeu. Ela tinha sido chamada de coisa pior que lixo, mas aqui tinham outras pessoas ouvindo, e ela sabia que eles tirariam sarro, foi difícil.
—Bem, eu poderia dizer que eu estou seguindo os passos do meu pai. Quero dizer, você era conhecida como a prostituta da
casa Shawl. Pelo menos minha esposa não se virou para quem ofereceu-lhe um relógio de ouro.
Ela ficou tensa com a indignação que viu no olhar da mãe dele.
—Como ousa falar comigo desse jeito? — Disse sua mãe.
—Como você ousa falar desse jeito com a minha esposa? Não ouse olhar para ela. Eu vi como você ficou olhando para ela toda a noite, espalhando boatos maldosos sobre ela. Ela é minha esposa mãe, e não há nada que você ou qualquer outra pessoa possa fazer para mudar isso.
Rafe se afastou da mulher e sem olhar para trás deixaram o lugar. Ela olhou para ele no momento em que entraram na limusine e o viu passar os dedos pelo seu cabelo.
—Você está bem? — Ela perguntou.
—Eu que deveria te perguntar isso.
—Ser chamada de lixo não é tão ruim assim. — Ela disse.
Ele apoiou a cabeça contra o assento e virou na direção dela.
Sua mão foi em concha para sua face, e seu polegar acariciou a pele dela. O leve toque era bem-vindo. Ela tinha começado a ansiar por seu toque e não queria que ele parasse nunca.
—Você não é lixo, Ellis.
—Já me chamaram de coisas piores do que isso. Fui chamada de gorda, feia, inútil, um desperdício de espaço, entre outras coisas. Sua mãe está apenas tentando irritar você.
Ele riu. —Acabei falando sobre as coisas dela. Sempre houve rumores sobre ela e sobre como ela traiu meu pai.
—Isto trará alguma complicação para você? — Ela perguntou.
—Ela vai tentar encontrar uma maneira de tomar o controle da empresa. Meu pai sempre teve cinquenta e cinco por cento das ações da companhia, e o resto era dividido entre os membros do Conselho. Minha mãe tem tentado comprar por fora as ações dos outros membros do Conselho, porque ela quer controle absoluto.
Nossas ações seriam divididas igualmente se eu não provasse que tenho uma família. O problema é que minha mãe não vê problemas em fazer de tudo para conseguir o que quer.
—Comprando ações?
—Ou chantageando outros membros. Hoje eu tenho cinquenta e dois por cento da empresa. Como herdeiro, sempre terei a maior parte sem precisar compartilhar, mas os outros quarenta e oito por cento é dividido entre os outros membros do Conselho e ela.
—Isso está me dando dor de cabeça. — Ela disse esfregando sua cabeça. —Eu sou terrível em matemática.
—Sim, isso é chato. Acredite, eu também odeio. — Ela engasgou quando a mão dele mudou do seu rosto para o seu pescoço. Ela adorava seu toque mais do que tudo. As noites que estavam juntos era seu tempo favorito, sentir seus braços em torno dela.
—Estou aqui para você, Rafe. — Ela colocou a mão dela contra o peito dele, esperando que ele recebesse algum conforto do toque dela.
***
Todo o tempo gasto com Ellis começou a encher a mente de Rafe com diferentes tipos de memórias, estava acontecendo exatamente o que seu pai uma vez falou. Claro, ele passou muito tempo trabalhando e estava ciente do investigador tentando encontrar um buraco na história do seu casamento. Mas ele quase não se lembrava disso, ele se lembrava de coisas que ela fazia, como quando Ellis sorria, como a vez que ela sugou uma calda do seu polegar ou até mesmo quando ela apenas sentou-se para escutá-lo. Eles construíram um mundo só deles.
Antes de seu pai morrer ele lhe falou sobre o amor e como era importante encontrá-lo. Rafe realmente não entendia e achava que a maioria das suas divagações eram apenas a dor de um moribundo. Um homem que tinha confiado na mulher errada e agora estava morrendo miseravelmente sozinho.
Porém uma noite, ele começou a entender o que o seu pai dizia. Ele estava jogando um jogo de cartas com Ellis e ficou distraído com a abertura de seu robe. O roupão de seda que ela usava revelou um pouco do seu corpo, e era tentador. Desde que eles estavam dividindo o quarto, o pau dele tinha ficado em um estado permanente de excitação. Ele ficava duro só de pensar em dividir a cama com ela. Segurá-la nos braços dele estava sendo a melhor parte do seu dia, mas na manhã seguinte ele sempre tinha que se certificar de que ele seria o primeiro a se levantar para que ela não visse o que fazia com ele.
Cada dia ficava mais difícil para ele fingir que não a queria.
Mesmo quando estava trabalhando se pegava a observando. Ela muitas vezes iria ler ou estudar um pouco de sua empresa. Ele adorava vê-la andar em direção a grande parede de livros que ele
manteve em seu escritório. Ela iria colocar uma mão no quadril, o que parecia apenas enfatizar suas curvas, fazendo com que ele quisesse ele próprio estar segurando-o.
—Você está bem aí? — Ela perguntou colocando sua carta no topo do monte.
—Estou bem.
—Você está muito pensativo.
—Estou apenas curioso.
—Sobre o quê? — Perguntou ela, tomando um gole de sua água. A língua dela espiou para fora e ele a observou lamber a gota.
—Tem um namorado esperando por você em casa? — Ele tinha estado tão focado em conseguir o que queria que nem sequer tinha dado um pensamento para suas vontades ou desejos.
Ela riu. —Não, claro que não. Você acha que me casaria com outro cara enquanto eu tinha alguém esperando por mim em casa?
—Você sai com alguém? — Ele perguntou.
—O que é isso tudo?
—Acho que estou tentando entendê-la.
—Vamos ver, o último cara com quem saí me disse que ele não suportava mais me tocar porque minhas curvas eram broxantes. Já tive dois namorados sérios, mas duraram cerca de seis meses cada. — Ela deu de ombros. —Quando te conheci, eu tinha passado por um período difícil.
—Foi sorte para você me encontrar.
—Se me lembro bem, você teve sorte de me encontrar. Até tenho a roupa para provar isso.
—A limpeza a seco não tirou a mancha de café da camisa?
—Não. Ainda há uma mancha marrom. Isso me assustou.
Onde você comprou o seu café? Porque ele gruda bem demais.
Ele riu quando eles terminaram seus cartões. Ele pegou-os, embaralhou novamente e começou a distribuir.
—Eu preciso de um pouco mais de água. — Ela se levantou e o cheiro dela encheu seus sentidos.
Incapaz de resistir, ele ficou de pé e fez o seu caminho em direção a cozinha. Ellis estava adicionando gelo a um copo quando ele entrou. Ela olhou para ele e sorriu, e foi essa simples ação que o incentivou para frente.
Ela deu um passo para trás quando ele avançou, até que sua bunda bateu no balcão da cozinha e ela não tinha mais para onde ir. Chegando perto, ele acariciou a bochecha dela, inclinando a sua cabeça para trás.
—O que está acontecendo? — Ela perguntou.
Ellis não parecia assustada, e ele não queria que ela ficasse.
—Eu só preciso saber. — Ele disse.
—O quê?
Atravessando o polegar no lábio dela, ele assistiu a língua espreitar para fora, como se ela não pudesse resistir a ter um pouco do gosto dele. A ação fez seu pau endurecer ainda mais.
Sem dizer mais nada ele bateu com seus lábios nela, segurando-a perto, não querendo a deixar ir. Ela lançou um pequeno gemido e jogou os braços em volta de seu pescoço, o puxando.
Com sua mão livre ele agarrou sua cintura e apertou seu pau contra o estômago dela. Ele doía com a necessidade de estar dentro dela.
Ellis ficou sob sua pele, e agora não havia nenhuma maneira de voltar atrás. Quando ele apertou a bunda dela, ela engasgou e ele aproveitou para saquear sua boca, engolindo o gemido dela.
Ele a queria, precisava dela.
Descendo a mão até seu cinto ele abriu o maldito robe e empurrou-o para o chão. A camisola só serviu para realçar sua beleza. Renda pura cobria os seios dela, e quando ele a puxou de volta, deu uma boa olhada naqueles montes pesados.
Ela estava parecendo a perfeição. Grandes mamilos duros implorando por sua boca. Beijando seu corpo do pescoço para baixo, ele cobriu um dos seus botões, sugando-o em sua boca através da renda do seu robe de seda. Ela engasgou, seus dedos segurando o cabelo na parte de trás do pescoço dele quando ele chupou duro antes de liberá-la. Soprando o ar em todo o seio ele mudou-se para o outro, oferecendo o mesmo tipo de atenção.
—Rafe. — Ela disse, sussurrando seu nome com um gemido.
—Eu quero você, Ellis. — Ele correu os dedos pelo seu corpo e colocou a mão em concha entre as pernas dela, sentindo seu calor contra a palma da mão. Ela estava tão molhada e tão pronta para ele.
Deslizando um dedo por baixo da calcinha dela, ele o esfregou sobre seu clitóris e viu como seus olhos dilataram e seus mamilos ficaram mais duros. Ela não podia mais negar sua necessidade por ele. —Você também me quer?
Capítulo Cinco
Ela também o queria?
Ellis não sabia o que dizer. Com as mãos de Rafe sobre ela, ela o queria com desespero. Algo tinha acontecido nas últimas semanas, depois da bola e antes de hoje. Ela tinha conseguido ver o homem sob o exterior gelado, e ela percebeu que ela era a única pessoa em quem ele confiava.
Ela não podia desistir dele, não agora.
—Sim, eu quero você. — Ela disse.
Em poucos segundos ele tirou seu robe de seda e puxou sua mão, levando-a de volta para o quarto. Ele a empurrou contra a parede, segurando suas mãos acima da cabeça enquanto ele tomava sua boca.
—Eu tenho pensado sobre você por muito tempo, Ellis.
Mantenha as mãos aqui em cima.
Ela acenou com a cabeça e ele recuou.
Ele começou a retirar as próprias roupas, que eram apenas uma camisa e um par de calças, nada demais. Vendo seu corpo entrar em vista, cada parte muscular dura, ela começou a ficar um pouco nervosa. A dureza dele contrastava com sua suavidade, mas no momento em que ela viu o pau dele e a forma como ele pressionou contra ela, não havia dúvidas em sua mente que ela o queria.
—Toque-me. — Ele disse.
Abaixando as mãos, ela as colocou contra o seu corpo, nem uma vez quebrando o contato visual, nem mesmo quando ele puxou-a mais perto com as mãos em seus quadris.
Calor a inundou, e a sua calcinha ficou encharcada quando seu pau pressionou contra o estômago dela. Na ponta dos pés ela puxou sua cabeça para baixo e obrigou-o a beijá-la. Ele a empurrou contra a parede, levantando uma de suas pernas para descansar sobre o quadril dele enquanto a sua outra mão se movia entre suas coxas, acariciando-a. Ela engasgou seu nome, precisando dele para fazê-la gozar.
Somente um toque e ela já estava perto demais. Ela não podia acreditar em quão molhada estava, mas a maneira que ele a acariciou a deixou louca.
—Foda-se, querida. Não vejo a hora de ter meu pau enterrado profundamente dentro de você. — Seu dedo esfregou toda sua entrada e então deslizou para dentro.
Ela chorou o nome dele, não querendo que ele parasse.
Rafe afastou-se, e ela gemeu quando ele se abaixou no chão, colocando a perna dela apoiada em seu ombro. A língua dele lambeu o clitóris dela, e ela lutou para ficar de pé. Olhando para ele, ela não podia acreditar que ele estava lambendo e chupando a sua boceta. A língua mudou-se entre as dobras, provocando o clitóris antes de mover-se para baixo para mergulhar dentro dela.
—Foda-se, baby, tão doce. — Ele espalhou os lábios da boceta dela e continuou a atormentá-la.
Ela não podia lutar com ele, nem que ela quisesse.
Ele estava dirigindo ela para mais perto e mais perto do orgasmo, até que finalmente ela atingiu o clímax.
O prazer foi intenso e diferente de tudo o que ela já havia sentido antes. Ele segurou-a no lugar enquanto dava beijos por todo seu corpo antes de finalmente ficar de pé.
Rafe assumiu a liderança, ajudando-a a se deitar na cama, e quando ele estava entre suas coxas, ela sabia que estava se apaixonando por ele. Não era somente pelo sexo. Não, seus sentimentos eram por um homem que já tinha perdido muita coisa e mesmo assim estava tentando honrar a memória do pai.
Ele tomou posse da sua boca, movendo a mão entre eles. Ela ofegou quando a ponta dele entrou nela.
Em um impulso duro, ele encheu-a até ao fim. Ele era longo e grosso, e tê-lo dentro dela trouxe uma mistura de prazer e dor.
—Você é tão perfeita. Como eu sempre imaginei que seria.
—Você me imaginou?
—Sim. Há tempos não consigo pensar em mais nada. — Ele tomou conta de suas mãos, fixando-as acima da cabeça. Tomando o controle, ele começou a deslizar dentro dela antes de puxar para fora e entrar de novo.
Com cada batida do seu pau, ela não conseguia conter o gemido que a empurrava sobre a borda, fazendo-a desesperada por mais orgasmos. E quando ele começou a fodê-la duro, tão duro que a cabeceira da cama batia contra a parede, o prazer levou-a mais perto de um segundo orgasmo.
—Você se sente tão bem! Tão boa, tão apertada, porra. E isso aqui é tudo meu. Diga-me, Ellis, a quem você pertence?
—Você. Eu pertenço a você.
Ela era sua noiva comprada, e de alguma forma ele também tinha tomado posse do seu coração. Ela olhava-o, sentindo o
orgasmo dela construindo quando ele encontrou o seu. O pau dele mergulhou profundamente quando ele veio, enchendo ela de sua libertação, cada pulso inundando sua boceta e prolongando o prazer dela própria.
Quando acabou, ele desabou contra ela e envolveu os braços ao seu redor. Ele não se mexeu, e após alguns segundos ela lutava para respirar.
Ele riu, mantendo seu pau dentro dela quando se moveu para dar-lhe espaço. As pernas dela ainda estavam embrulhadas em torno dele. Eles estavam encontrando conforto um no outro.
Ele colocou a mão em concha no rosto dela, acariciando com o polegar todo o lábio carnudo. Ela adorava quando ele fazia isso e não queria que ele parasse nunca.
—Não haverá mais ninguém. — Ele disse.
Ela sorriu. —Eu ainda não pensei nisso. Vou ter que ligar para os meus namorados e dizer que não estou mais disponível.
— Ela brincou com ele, descansando a mão dela contra a perna dele. —Isso mudará algo entre nós?
—Não, não. — Os dedos dele traçaram um caminho até o seu mamilo. Ele circulou e beliscou, fazendo-a gemer. —Mas posso te fazer trabalhar só um pouco mais duro. Diga-me, Ellis, alguma vez teve sexo no escritório?
Ela mordeu o lábio pensando em sua mesa muito grande, muito espaçosa, e como ela tinha imaginado que seria quando ela estivesse à sua mercê.
—Não, você vai ter que me ensinar.
—Será um prazer.
***
Rafe levantou a saia de Ellis, sabendo que ninguém iria interrompê-los. Ele que fechou e trancou a porta junto com um aviso para sua secretária de cancelar todas as suas reuniões. Ele tinha a intenção de lidar com as reuniões primeiro e então ter seu mau caminho com sua esposa. As reuniões começaram bem, mas logo ele perdeu a paciência.
Ele não queria esperar outro momento para estar dentro de sua mulher.
Só de pensar em estar dentro de Ellis seu pau latejava.
Rasgando a calcinha dela, ele a enfia no bolso com um sorriso. Ele adorava quando ela se chocava com suas atitudes.
Isso o emocionava.
E essa calcinha é o seu troféu.
Deslizando o dedo através de sua boceta, ele sorri, pressionando um beijo na curva na bunda dela.
—Você me quer, amor? — ele pergunta.
—Sim.
—Você está preocupada que alguém possa entrar? — Ele acariciava o clitóris dela, querendo desesperadamente estar dentro dela, mas se segurando.
—Eles entrariam?
—Ellis, você é minha mulher. Você carrega o meu nome. Eu não ousaria deixar ninguém entrar nesta sala e ver o que me pertence. — Sim, ela lhe pertence.
Ele não queria que ninguém soubesse o tipo de joia que tinha descoberto. Nas últimas semanas, era como se ele tivesse se tornado uma pessoa diferente. Ele sempre imaginou que iria mudar por sua esposa, mas Ellis havia o inspirado muito mais do que isso. Ele tinha caído por ela, e ele sabia que era perigoso.
E se ela não o amasse?
E se ela quisesse se divorciar em cinco anos?
Rafe não queria perdê-la, mas o risco estava lá, e ele não suportava isso. Não haveria nenhuma maneira que ele deixaria ela ficar com mais alguém, por direito ela lhe pertencia.
Puxando os dedos de sua boceta, ele empurrou seu pau e viu como sua boceta apertava a cabeça do pau dele. A sensação era de outro mundo, sentir seu calor apertado puxando ele para dentro, saber o que ela queria. Ele não se cansava dela. Ela era um vício que ele se recusava a se curar.
Segurando seus quadris, bateu cada polegada de seu pau dentro dela e parou por alguns momentos para saborear cada sensação, cada pulso de sua boceta.
Ele gemeu, acariciando os globos arredondados da bunda dela. Seus sons ecoaram fora de sua boca, enchendo a cabeça dele, e isso só serviu para excitá-lo mais.
Ele deslizou suas mãos acima de seu corpo, em concha nos seios dela, ele já tinha aberto a camisa dela, e agora derramou os seios arredondados fora do sutiã. Beliscando seus mamilos, ele cerrou os dentes quando sua boceta apertou em torno dele, respondendo a cada uma das suas chamadas.
—Você se sente tão bem. Sempre tão boa. — Ele sussurrou as palavras contra o pescoço dela, beijando-a.
Puxou-se fora de sua boceta e empurrou dentro dela, ao mesmo tempo provocando seus seios. Não foi o suficiente, e ele usou os seios dela como alavanca, voltando a puxar e a empurrar, para ver como o pau dele entrava e saía de sua boceta apertada.
Seu eixo ficou revestido com seu creme, e só de olhar para isso o fez gemer. Ele a tinha levado de manhã e se perguntava se seu esperma ainda estava lá. Ele não podia obter o bastante dela, ou tirar as mãos dela. Cada vez que ela estava perto ele tinha que senti-la.
Atingindo entre suas coxas, ele brincou com seu clitóris, sabendo que ela estava perto. Ele tinha começado a conhecer seu corpo e a saber exatamente o que ela amava, o que a levava em direção a borda.
Ele amava a maneira que sua boceta apertava seu eixo, quase como se ela soubesse que ele a amava.
Cada dia que passaram juntos, foi um dia especial.
—Rafe. — Ela disse, gemendo o nome dele.
Fechando os olhos, ele bateu dentro dela, sentindo cada ondulação de prazer quando ela veio no pau dele.
Somente quando ela tinha encontrado seu orgasmo ele começou a fodê-la mais forte. Ele era grato que a mesa foi fixada no chão, caso contrário ele não seria capaz de bater dentro dela e pegar o que era dele, e Ellis era dele.
Enchendo sua boceta uma última vez, ele derramou todo seu esperma dentro dela, segurando ela perto, não querendo deixá-la ir.
Eles estavam ambos ofegantes quando tudo acabou.
—O que você faz comigo? — ele perguntou.
Ela riu. —Foi você que me pediu para vir até você. Não sabia que você tinha planejado isso.
Ele beijou seu pescoço e lentamente saiu de sua boceta.
Ele olhou para ela e por um segundo congelou, observando quando seu esperma começou a derramar de sua boceta.
—O que foi? — ela perguntou.
—Nada. — Correndo os dedos através de sua fenda, ele empurrou seu esperma para dentro dela, e foi só nesse momento que ele pensou sobre a outra cláusula no testamento do seu pai.
Ele não usou preservativo em qualquer uma das vezes que esteve com ela, e tinha sido toda chance que ele tinha.
Ele deve dizer a ela agora?
Ele não queria estragar o seu tempo juntos, e nesse momento ele sabia que as coisas ficariam mal. Estar com ela não tinha sido sobre ela engravidar.
Ele fodeu ela porque ele queria. Ele não conseguia manter suas malditas mãos longe dela, e ele sabia que ela sentia algo por ele.
Enxugando seu esperma com um lenço, ele abaixou a saia dela.
—E minha calcinha? — ela perguntou.
—Não devolverei. Eu quero uma recordação deste momento, e a única maneira que eu vou conseguir isto é mantendo-a para mim.
Ela riu, girando ao redor para que a bunda dela repousasse sobre a borda da mesa. —Você vai precisar lavá-la.
Ele a observava colocando as taças do sutiã sobre os seios e abotoando a camisa. Deslizando os dedos por baixo da saia dela,
ele o passou sobre o clitóris. —Ou talvez pudéssemos ir para o terceiro round.
No momento em que ele tocou sua boceta, ele sabia que ela concordaria com ele.
Capítulo Seis
Três meses mais tarde
Ellis não podia acreditar que ela estava casada há cerca de cinco meses agora. Cinco meses desde que ela conheceu Rafe e a mesma quantidade de tempo desde que ela tinha casado com ele.
Realmente foi tudo uma loucura. Sua vida tomou um rumo drástico, mas ao invés de sentir medo ela estava realmente feliz.
Ele a faz feliz, e a vida que tinham começado a construir era simplesmente fantástica.
O natal seria em apenas um mês e ela estava animada para ficar com ele. Eles tinham planos para fazer uma ceia de Natal e decorar uma árvore. Ele havia prometido tirar algum tempo muito necessário fora do escritório para ficar com ela.
Enquanto ele estava ocupado em uma chamada de telefone com algum investidor ou algo assim, ela saiu da sua sala, sorrindo para a secretária dele antes de fazer o seu caminho em direção ao banheiro.
Ela só tinha terminado de usar o banheiro e estava saindo da cabine quando ela viu sua mãe ali de pé, com os braços dobrados, encostada na pia. Esta mulher não gostava dela. Sempre que ela e Rafe iam para eventos sociais, a mulher deixava claro seu desgosto.
—Olá. — Ellis disse, oferecendo um sorriso.
—O que precisa para acabarmos com essa besteira de casamento?
Rafe já tinha avisado a ela que a mãe dele estava perdendo o controle da empresa, e a cada dia que a relação deles ficava mais forte, seu poder ficava enfraquecido.
—Nada. Esse casamento não é uma besteira.
Sua mãe bufou. —Sim, é.
—Você não entende.
—Conheço meu filho. Eu sei que ele é chegado em uma boceta disposta e um rosto bonito. Você não é o tipo dele, Ellis.
Na verdade, você está longe de ser o tipo dele. Ele geralmente gosta delas magras, loiras, e você sabe, lindas.
Ela se lembrou de como eles tinham feito amor no dia anterior. —Gostos mudam.
—Você sabe, você vai ter seu coração partido. Isto é o que os homens no poder fazem.
Ellis terminou de lavar as mãos e pegou algumas toalhas antes de dar a esta mulher a atenção que ela merecia. —Quem é você para me falar algo? Rafe não suporta nem chamar você de mãe. Sua reputação é horrível.
—Eu fiz o que precisava para sobreviver.
—E você não caiu pelo homem que casou?
—Não. Você vê, eu sei tudo que há para saber sobre esta empresa. Eu sei sobre as condições que seu pai impôs. Ele precisava de uma mulher e de um bebê para...
—O quê? Você disse algo sobre bebê. De que diabos você está falando?
—Eu sabia que meu filho seria uma grande decepção. Mesmo em uma idade jovem estava sempre interessado em tomar o caminho mais fácil. Então eu tive meu marido colocando uma cláusula em seu testamento. Você sabe, para certificar-se de que sua empresa não caísse em mãos erradas. Dentro de alguns anos Rafe precisava casar, mas o casamento tinha que durar no mínimo cinco anos e ele também teria que produzir um herdeiro, menino ou menina, isso não importava.
Ellis não podia acreditar no que ela estava ouvindo agora.
Ela e Rafe não tinham usando preservativos. Ele tinha sido o único a iniciar o sexo. Tudo fazia parte do seu plano para engravidá-la? Ela estava mesmo grávida?
—Tudo o que você tem a dizer é a verdade, que você e Rafe não são reais. Que este casamento não é real. Eu não vou fazer nada, e todo o resto desaparece.
Mesmo que ela ainda estivesse pensando nesse segredo que ele não contou a ela, ela não estava fora ou sem sentido. Rafe pode ter mentido para ela, mas isso não significava que ela queria que ele perdesse tudo o que lutou para conquistar.
—Nosso casamento é real. Pode acreditar no que você quiser.
Empurrando-se e passando pela mulher, ela saiu do banheiro com um pouco de rispidez.
Ela sorriu e assentiu com a cabeça para todos que falaram com ela, e quando chegou à porta do escritório de Rafe, ela ficou parada olhando para ele. Ele não estava mais no telefone, ele estava passando por um dos muitos relatórios na mesa dele.
Ele sempre foi um homem muito ocupado.
Ao entrar no escritório, ela fechou a porta e inclinou-se contra ela.
Finalmente, ele olhou para cima. —Olá, querida. Eu sinto muito sobre isso. Todo mundo parece querer minha atenção hoje.
—Diga-me sobre as cláusulas. — Ela disse.
Ele congelou no lugar. —O quê?
—Você sabe o que quero dizer. As cláusulas que você disse precisar para conseguir a empresa. Se casar... e o outro pequeno detalhe, Rafe? O que você não me contou.
—Ellis?
—Eu vi sua mãe. Você deveria saber que tinha um dedo dela nisso. Ela é a razão pela qual sua herança tem essas cláusulas anexadas. Ela convenceu seu pai que você não era o filho perfeito para assumir. Mesmo antes de você perceber, ela lutava para levar a companhia.
Ele se levantou e ela ficou na porta olhando para ele. Como ele não disse nada, ela continuou. —É por isso que você fez sexo comigo?
—Não, e nem pensei sobre o bebê até algum tempo atrás.
—Nenhuma vez você usou camisinha. — Ela esfregou sua testa. —Por que não me disse nada?
—Eu precisava de uma esposa, e já parecia embaraçoso o suficiente a forma como começamos isso. Eu não queria afastá-la.
Não fiz sexo com você para ter um filho, Ellis. Você tem que acreditar em mim.
—Por que você não me disse?
—Eu ia, mas eu estava preocupado em como você iria reagir.
E eu não queria te perder.
—Eu preciso pensar. Eu preciso... Eu preciso de algum tempo agora. — Ela estendeu a mão agarrando a bolsa dela.
Ela virou para sair, mas seu domínio sobre o braço dela a parou.
Rafe puxou-a perto e bateu nos lábios dela. —Não quero te perder. Eu te amo, Ellis.
Partiu seu coração afastar-se, mas ela precisava de tempo.
***
Assisti-la sair foi a coisa mais difícil que Rafe tinha feito. Ele ligou para o motorista para certificar-se de que ele iria cuidar dela. Deixá-la sozinha era a última coisa que ele queria fazer, mas ela precisava de tempo, e ele tinha que encontrar uma maneira de corrigir isso. Pressionando a mão contra a janela, ele amaldiçoou.
Ele sabia que deveria ter dito, mas eles estavam tão felizes que ele não queria colocar uma nuvem negra em cima deles. A última coisa que ele queria era que ela achasse que a única razão que ele a fodeu foi por causa de um bebê.
Não foi.
Ele tinha dormido com ela, ele transou com ela, ele fez amor com ela porque ele não se conteve. Ela tinha aquecido seu sangue, ele despertou para ela e não podia deixá-la ir. Sentir sua boceta em torno do seu pau à noite antes de dormir, era a melhor experiência em todo o mundo. Vê-la apreciar o pau dele, cada ondulação, cada sensação, o levou a fodê-la mais duro. Rafe queria que ela se apaixonasse por ele, e não que fugisse dele.
—Problemas no paraíso? — disse sua mãe, alertando-o para sua presença.
Ele se virou e a viu na porta. Ela parecia muito feliz, como se ela tivesse vencido uma grande batalha. —Eu tenho que dizer, Rafe, pensei que tivesse dito tudo a sua noiva comprada. —
Merda. —Você não disse tudo a ela.
Olhando para a mulher que ele desprezava mais do que tudo no mundo, ele esperou para ver se ela iria dizer outra coisa. E
quando ela não fez ele disse. —É isso? Isso é tudo o que você tem para me dizer?
Ele viu seu sorriso aumentando.
—Esta empresa é minha, Rafe.
—Errado. — Ele levantou uma pasta. —Eu tenho o maior número de ações. E eu fui capaz de descobrir seus esquemas.
Veja, papai estava ciente que você roubava dinheiro da empresa.
Ele nunca teve dados suficientes para provar isso, e eu duvido que ele quisesse ter esses dados, então ele nunca parecia bastante convencido. Você não só vendia os segredos comerciais da empresa, mas você também estava roubando a empresa. Eu tenho todas as provas neste arquivo. Enquanto você estava ocupada vendo se meu casamento era realmente real, eu tinha vários investigadores no seu caso, encontrando tudo o que eu precisava. Eu já falei com a diretoria, e acredito que a polícia está a caminho. Você quebrou várias leis, mãe.
Ele viu seu exterior gelado estilhaçar. Quando ela fez um giro para sair do escritório dele, a polícia já estava lá. Eles colocaram algemas em torno de seus pulsos, e quando passei por ela a ouvi dizer. —Ela nunca vai perdoar você.
—Provavelmente não, mas você vê, eu a amo e estou disposto a fazer de tudo para encontrá-la e provar o meu amor.
Ela balançou a cabeça. —Não, seu casamento foi uma farsa.
Desta vez ele balançou a cabeça. —Não, não era, mas deu-me tempo suficiente para encontrar o que eu precisava sobre você.
Ele ficou olhando eles levarem sua mãe, não sentindo um pingo de tristeza ou arrependimento.
Quando já não podia mais vê-la fez uma chamada para seu motorista e descobriu que sua esposa tinha ido a um parque local.
Ela estava sentada em um dos bancos assistindo as famílias que brincavam ali. Rafe tinha a localização, então agarrou seu casaco e saiu do escritório.
Seu trabalho por hoje estava encerrado.
O Conselho já estava ciente do que ele tinha a intenção de fazer hoje. O que ele não esperava era sua mãe colocar as garras em sua esposa.
***
Saindo do escritório, o ar gelado o atingiu em cheio, fazendo-o estremecer.
Ele andou até o parque e viu o motorista dele encostado no carro, fumando um cigarro. No momento em que ele se aproximou o homem atirou o cigarro para baixo e o apagou.
—Desculpe senhor.
—Ela foi a qualquer outro lugar?
—Ela foi a uma farmácia.
—Obrigado. — Entrando no parque a viu sentada nos bancos. Com cada respiração ele via uma nuvem de fumaça no ar.
Fazendo o seu caminho pelo parque, ele sentou ao lado dela.
Ela olhou para ele, e ele viu as lágrimas nos olhos dela.
Ele tomou a mão dela, bloqueando os dedos juntos. Os dela estavam tão frios.
—Existe mesmo essa cláusula no testamento? — ela perguntou.
—Sim.
Quando ela levantou para afastar-se dele, ele segurou a mão dela ainda mais apertado. Ele se recusou a deixá-la ir.
—Rafe...
—Não, eu não vou deixar você ir. Você não sabe de todos os fatos, e eu imploro para não tomar a palavra da minha mãe como verdadeira.
—Como não? Nós íamos apenas nos casar, mas agora eu sei que você precisava de uma criança também. E depois nós transamos... — Ele sorriu quando ela olhou ao redor, abaixando a voz dela, então só ele podia ouvi-la. —E agora não sei se foi porque você quis ou se era seu jeito de conseguir o que queria.
—Eu quero que você jante comigo. — ele disse.
—Rafe...
—Eu não posso falar com você sobre tudo aqui. Sei que você está me odiando agora e provavelmente já pensou em um milhão de maneiras de me machucar, mas eu tenho algo a dizer. — Ele assistiu quando a mãe e o pai seguraram a mão de uma menina quando ela deslizou para baixo no escorregador e sentiu um aperto no peito. Ele queria ser pai, mas ele queria Ellis mais do
que qualquer outra coisa. —Você pode pelo menos me dar essa chance?
Por vários segundos ela não falou. Ela não fez nada, mas finalmente ela assentiu com a cabeça.
De pé, ele se manteve segurando a mão dela quando eles fizeram o seu caminho de volta para o carro.
Esta foi a primeira vez que ele se sentiu nervoso com alguma coisa. Um jantar com Ellis, e o resto da sua vida com ela estava em jogo.
Capítulo Sete
Sentada em uma cabine isolada e cercada pelo mundo de Rafe, Ellis se sentiu fora do lugar. Ela era a noiva comprada, a mulher que ele usou para conseguir o que queria enquanto ela tinha sido a tola que se apaixonou.
É por isso que dói tanto. Ela o amava, e o pensamento de ir embora só a fez querer chorar ainda mais. Talvez ela estivesse deixando tudo fora de proporção. Ela não conseguia mais nem pensar direito.
Limpando as lágrimas dos seus olhos, ela esperou enquanto Rafe pedia um pouco de comida. Uma vez que o garçom saiu, ele a encarou do outro lado da mesa e ela olhou para suas mãos.
—Por favor, Ellis, deixe-me te tocar.
Ela lambeu os lábios secos e apoiou a mão dentro da dele. Ele suspirou, e parecia ser de alívio. Até aqui tudo bem.
—Minha mãe foi presa.
Isso a fez olhar para ele.
—O quê?
—Ela estava não só roubando a empresa, ela também estava tentando vender nossos segredos para o concorrente, e em nosso mundo isso não é permitido.
—Oh. — Ela ficou chocada. —Eu perdi isso.
—Isso aconteceu depois que ela tentou nos separar, e eu sei que você só queria se levantar e ir embora. Sim, havia um herdeiro na cláusula de casamento, e não, não te contei porque
você já estava sobrecarregada pelo plano de cinco anos. — Ele suspirou e seu olhar continuou se movendo em direção a mão dela, então voltou para o seu rosto. —Ellis, isto era suposto para ser realmente fácil, mas não foi. — ele disse. —Você vê, eu tinha esse plano cuidadosamente pronto e organizado. Eu iria parar o estilo de vida de playboy, reconquistar a empresa do meu pai, casar com uma mulher e claro, ter um filho. Não queria realmente me envolver. A mulher era uma cláusula, a criança também, então eu me calei, você ainda não precisava saber.
Ela assentiu com a cabeça e olhou para baixo, para as mãos.
—Mas aí foi onde eu vacilei, eu não planejei direito. Você vê, Ellis, nunca quis cair no amor com você.
Isso a fez levantar a cabeça para ele. —O quê?
—Eu te amo, Ellis. Adoro estar perto de você. Quer dizer, eu não precisava ter você no escritório comigo todo o tempo. Você poderia ter ficado em casa, ou ter feito compras, ou ter feito tudo o que você queria fazer. Não precisava ficar lendo livros no escritório apenas para que eu pudesse olhar para cima e vê-la lá.
Eu gosto de olhar para você.
—Eu não sou bonita.
—Para mim, você é a mulher mais bonita do mundo. Eu senti isso durante muito tempo, e não quero desistir de você. Não quero estar casado com você porque alguém me disse que é preciso. Eu vou dar a empresa inteira só para te mostrar exatamente o quanto eu te amo.
Ela balançou a cabeça. —Não, não posso deixar você fazer isso.
—Mas você vê, eu prefiro ter você do que ter a empresa. Eu quero que você se apaixone por mim. Não me importo em engravidar você.
Ela olhou ao redor do restaurante para certificar-se de que ninguém estava perto demais. —Nós fizemos sexo sem camisinha.
—Eu estava muito impaciente para estar dentro de você para me preocupar com um preservativo. Eu sei que isso não foi certo.
Mas eu não queria nada entre nós. — Ele agarra a mão dela ainda mais forte. —Eu sei que tudo que eu disse agora vai encher você com dúvidas. Não culpo você por isso. Só quero que saiba que eu te amo. Que não me importo sobre a empresa, e que farei tudo o que você pedir para que eu possa te reconquistar.
Olhando nos olhos dele, ela viu a verdade brilhando de volta para ela. Seu objetivo era ganhar a empresa do seu pai para honrá-lo. E para ele dizer que estava disposto a desistir de sua empresa, ela sabia sem dúvida que ele a amava de verdade.
—Eu estive... erm... com muito medo porque pensei que seria só a esposa de um cara. — Ela morde o lábio e sorri. —Nem por um segundo achei que eu poderia me apaixonar por você, ou que poderíamos ter um longo futuro juntos.
Ele a olhou com os olhos arregalados. —Você me ama?
—Eu te amo mais que tudo. Isso me assusta... o quanto eu te amo. Eu nunca me senti assim por ninguém. Na verdade, pensei que estava enlouquecendo um pouco.
De repente ele se levantou, puxou-a para seus pés, colocou suas mãos em concha no rosto dela e a olhou nos olhos.
—Estamos em uma sala cheia de pessoas. — Ela disse.
—Não me interessa. Eles podem olhar a vontade, porque nada vai me impedir de fazer isso.
E então ele bateu com seus lábios nela e todo o resto desapareceu.
Envolvendo seus braços em volta do pescoço dele, ela fechou os olhos, sentindo seu calor. Ela tinha caído no amor com esse homem, e não tinha nada a ver com sua riqueza ou qualquer outra coisa. Era tudo sobre ele.
Lentamente ouviu os aplausos. Ela abriu os olhos e o viu sorrindo para ela. —Case comigo.
—Eu já sou casada com você, Rafe.
—Não, eu quero um casamento de verdade em uma igreja.
Quero você andando na minha direção toda vestida de branco e sorrindo para mim. Eu quero a coisa real, você merece a coisa real. Um novo começo para nós dois.
—Você me ama? — Ela perguntou.
—Sim, mais do que qualquer coisa no mundo.
—Então, Rafe, casarei com você pela segunda vez.
Ele beijou-a novamente, e ela não se importou que eles eram o centro das atenções.
Apenas algumas horas atrás o mundo dela tinha desmoronado, e agora era como se tudo tivesse voltado ao seu devido lugar.
Rafe a amava.
Ela o amava.
Nada mais estaria entre eles.
Epílogo
Seis anos mais tarde
—Então você ama a mamãe mais que tudo no mundo? —
Lucy perguntou.
Rafe riu. Envolvendo os braços em volta de sua filha e colocando um beijo na bochecha dela. —Sim, mais do que qualquer coisa no mundo.
—Até mais do que chocolate? — Drew, seu filho, perguntou.
—Sim, muito mais do que chocolate. — Ele abraçou seu filho e sorriu para sua esposa, que tinha a filha mais nova aninhada contra seu peito. Eles estavam sentados no jardim da sua casa de campo. E só de olhar para sua esposa e filhos, seu peito se enchia com tanto amor.
Eles superaram os danos potenciais que sua mãe poderia ter causado, e agora estavam mais fortes do que nunca.
—Mamãe, você é muito amada.
—Sim, muito querida. — Ela disse.
—Vão em frente, crianças. Vão e brinquem enquanto ajudo a mãe de vocês.
Os gêmeos correram e ele assistiu-os brincar no escorregador que ele tinha instalado há alguns anos.
Movendo-se por trás de sua esposa ele descansou contra uma árvore e puxou ela de volta contra ele.
—Estamos completando seis anos agora, querida. — ele disse, beijando o seu ombro.
—Sim, nós estamos.
O prazo do contrato foi de cinco anos, mas isso tinha sido antes de se apaixonarem. Depois que ele pediu sua mão uma segunda vez e enquanto organizavam o seu segundo casamento, eles descobriram que ela estava grávida de gêmeos. Seu casamento acabou tendo que ser apressado, mas foi perfeito.
Sempre que ele tinha a chance dizia a ela o quanto a amava.
O único problema em ter filhos foi ele ter que deixá-la em casa. E isso era mais do que ele poderia suportar.
Ele ficou arrasado no dia em que perdeu os gêmeos andando pela primeira vez, e neste mesmo dia decidiu montar um escritório em sua casa. Apenas quando era estritamente necessário ele ia até o escritório, assim havia espaço de sobra para assistir sua mulher e seus filhos crescerem.
—Eu te amo, Rafe. — Ela estendeu a mão, acariciando seu rosto.
Ele sorriu para ela e pressionou um beijo em seu pescoço.
—Você é a única mulher para mim, Ellis.
Sentaram-se juntos assistindo seus filhos, e ele soube ali que tinha conseguido muito mais do que o negócio do pai. Ele tinha conseguido a família que seu pai sempre quis, e essa era a melhor coisa do mundo.
Sam Crescent
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