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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


BRAÇO CARINHOSO / Carol Lynne
BRAÇO CARINHOSO / Carol Lynne

 

 

                                                                                                                                   

 

 

 

 

 

Asa Montgomery é um homem difícil de compreender. Ele tem milhões de dólares no banco, uma multidão de homens disputando um lugar em sua cama, e ainda se sente miserável.

Quando uma tragédia o deixa quebrado e danificado, Asa depressa descobre quem seus amigos verdadeiros. Deixado apenas com o seu pessoal da casa para recuperar sua saúde, Asa percebe que quer mais que um homem bonito homem para enfeitar seu quarto.

Mario Benta foi enganado por um homem rico no passado. Eles podem dizer que você é o único para eles, mas o que eles realmente querem dizer é você é o único até que algo mais jovem e mais sensual apareça.

Apesar da atração crescente de Mario por Asa, ele será maldito se permitir que o braço doce do homem o prenda.

Quando Asa propõe a Maria mudar sua opinião, ele vai descobrir que precisa mais que dinheiro para ganhar o coração do ex-caça do Exército.

 

 

 

                                                  

                                  Capítulo Um

 

Mario Benta estava limpando o suor, depois de se exercitar na bicicleta, quando Rio chegou do longo horário de almoço. O sorriso na cara do grande homem dizia tudo.

“Almoço produtivo, não é assim?” Mario perguntou.

Rio lhe piscou um olho. “Muito produtivo, obrigado.”

Mario colocou a toalha em seu ombro e se aproximou do balcão de sucos. “Nate continua falando com o arquiteto que está desenhando a nova arena?”

Rio terminou de servir seu copo com suco de maçã, antes de falar. “Sim. O grande problema agora é onde obter o dinheiro para pagar por isso. Nate insiste em usar seu próprio dinheiro, mas Ryan e eu tentamos fazê-lo entender que seu dinheiro está sendo mais bem utilizado ajudando no albergue de DC.”

“Depois de toda a atenção que Cattle Valley recebeu com o maldito artigo, penso que pode encontrar algumas corporações ou a alguém.” Mario não era investidor, mas até ele sabia que a arena custaria milhões. A única pessoa na cidade com dinheiro era Asa e ele não se ofereceu a abrir a carteira até agora e não parecia que fosse abrir.

Mario pegou a toalha de seu ombro e a jogou na cesta da lavanderia. Pensar em Asa tinha a habilidade de irritá-lo e deprimi-lo ao mesmo tempo. “Acho que vou ao Deb’s comer alguma coisa.”

“Bom.” Rio respondeu enchendo de novo seu copo com suco.

Mario quase estava na porta, quando o telefone soou. Deteve-se e se girou para Rio.

“Espera.” Rio sorriu e lhe deu o telefone. “É Asa.”

Mario negou. “Diga-lhe que saí para o almoço.”

Sem esperar, Mario deixou The Gym e subiu na sua velha caminhonete. Girou a chave e rezou para que a maldita coisa funcionasse. Sabia que já era tempo de vender à velha garota, mas estava com a Lola por treze anos e não podia suportar ficar sem ela.

Depois de vários intentos, Lola retornou à vida soltando fumaça preta. Riu sacudindo a cabeça, perguntando-se se haveria ativistas do meio ambiente acampando no parque da frente.

Pegou a rua e se dirigiu ao restaurante. Por duas semanas ele vinha recebendo ligações de Asa. A primeira vez estava em sua casa, quando levantou o telefone e viu o nome do homem no identificador de chamadas, ele quase teve um ataque.

Admitindo-o, ele estava excitado a princípio, mas esse sentimento logo se transformou em ira. Durante os dois dias que seguiram a tragédia ele esteve na sala de espera do hospital, esperando que Asa pedisse para vê-lo. Embora a cada momento perguntava se podia ver seu amigo, as pessoas que estavam a serviço de Asa lhe diziam que ele não queria nenhuma visita.

A dor e a ira foram diminuindo, quando Mario deixou que a secretária tomasse a mensagem. Depois de escutar, apagou. Que merda acontecia com esse homem? Primeiro se recusou a vê-lo e agora tem a coragem de oferecer um fodido salário para que lhe ajude em sua reabilitação. Com todo seu dinheiro, Mario sabia que Asa poderia contratar em tempo integral o melhor terapeuta que quisesse, para lhe ajudar em sua reabilitação.

O que mais doía em Mario era saber que ele teria ajudado gratuitamente Asa se ele apenas tivesse perguntado por ele no hospital, em vez de tratá-lo como uma peste nos dias depois da tragédia. Agora o homem não podia pagar o suficiente para que o perdoasse.

Seu celular começou a tocar, quando chegou ao estacionamento frente ao restaurante. Pegou o telefone e olhou a tela.

“Hei.” ele respondeu.

“Eu não sei o que acontece entre você e Asa, mas me disse que te dissesse, que te pagava o dobro. De que diabos está falando?”

“Porra.” Mario respirou profundo. “Vou lhe dar minha resposta pessoalmente.”

“Não diga nada do que possa se arrepender mais tarde. Sei que te machucou, mas ele estava passando por momentos difíceis.” Rio respondeu.

“Até mais tarde.” Mario desligou e se dirigiu à monstruosa casa de Asa.

Como se atreve esse filho de cadela tentar mudar minha decisão com mais dinheiro. Mario golpeou com o punho o volante. Pela maneira como se sentia, Asa deveria sentir-se afortunado, se apenas lhe recriminasse severamente, porque o que queria na realidade era golpear o idiota na cara.

Chegou a absurdamente adornada porta de segurança e pressionou a campainha.

“Sim.” uma voz feminina e desconhecida respondeu.

“Sou Mario Benta e estou aqui para ver Asa.” Mario ladrou.

“Um momento.”

Mario puxou a pele da pequena área sob seu lábio inferior, algo que fazia freqüentemente quando se sentia estressado. Vários segundos depois as grandes grades de ferro se abriram para o interior.

Bastardo pretensioso. Mario conduziu pelo caminho e estacionou em frente do pórtico frente à casa de pedra. Mario subiu os degraus, antes até de que tivesse oportunidade de mudar de opinião, a porta se abriu e uma mulher idosa lhe indicou que entrasse.

“Por favor, me siga.” disse a mulher.

“Obrigado, senhora.”

Mario tentou de não olhar ao redor aos elevados tetos e grandes lareiras. Não devia se impressionar com nada na propriedade de Asa, de maneira nenhuma. A mulher que Mario assumiu que era a governanta o guiou para um grande quarto de vidro na parte detrás da casa.

“Seu convidado, senhor.” ela anunciou.

“Obrigado, Senhora Guttenberg.”

Com suas mãos fechadas em um punho, Mario viu pela primeira vez Asa desde o horrível dia. Estava surpreso de ver o sempre impecavelmente e arrumado homem, tão desarrumado. Não ao menos parecia que Asa tinha renunciado a barbear-se, mas Mario supunha que tinha perdido peso. Quem está cuidando deste homem?

“Vejo que recebeu minha mensagem.” Asa cumprimentou com um zombador sorriso.

A expressão facial levou de novo Mario ao lado zangado. “Vim para te dizer que coloque sua inflada oferta no cú, que não trabalharei para você nem pelo triplo do salário.”

Asa se surpreendeu com a resposta de Mario, mas evidentemente tinha muito orgulho para argumentar o ponto. “Tudo bem. Não o incomodarei novamente.”

Asa voltou sua atenção para olhar fora pela enorme janela que ia do piso ao teto. Mario estudou ao objeto de suas muitas fantasias com mais dor que qualquer outra coisa. Onde estavam todos seus seguidores? Quase perguntou, mas pensou melhor e deu meia volta para ir.

“Se mudar de opinião…” Asa começou a dizer.

“Não vou.” Mario nem esperou à Senhora Guttenberg para que lhe mostrasse a saída. Saiu da casa, subiu em sua caminhonete e deixou a mansão em uma nuvem de fumaça negra.

Não tinha certeza se estava mais zangado consigo mesmo ou com Asa. O maldito tipo tinha ferido seus sentimentos em mais de uma ocasião, Mario ainda se sentia machucado por ele. O popular milionário não se via menos que uma merda, mas Mario tinha o pressentimento de que Asa se sentia assim também.

Mario dirigiu a caminhonete para The Gym, não estava de humor para comer. Enquanto conduzia sua coragem começou a desaparecer lentamente. Apesar de tudo ele sabia que continuava tendo fortes sentimentos pelo rico bastardo. Se ao menos eu não quisesse aquele traseiro.

“Senhor, tem um telefonema.” a senhora Guttenberg anunciou, entregando o telefone a Asa.

“Quem é?” perguntou, esperando secretamente que Mario tivesse mudado de opinião.

“É sua irmã.” ela respondeu.

Asa girou os olhos. Ninguém de sua família, desde acidente tinha ligado para perguntar por sua saúde, apenas o buscavam quando necessitavam de mais dinheiro.

“Hei June.” a cumprimentou.

“Como está, Asa?” a mulher de trinta e quatro anos, mãe de cinco filhos, perguntou.

“Recuperando-me. Como quer que esteja?”

Houve uma curta pausa, antes que sua irmã falasse. “Bom, isto não é realmente para mim. Dean completa dezesseis anos no próximo mês e necessita ajuda para comprar um carro.”

“Ele necessita ajuda ou quer que eu lhe compre um carro?” perguntou já sabendo a resposta.

“Bom, não é que não possa ter trabalho, sem um carro. Ele considerou procurar trabalho depois e te pagar se você insistir.”

“Que aconteceu com os dias em que caminhava pela vizinhança oferecendo cortar o jardim para ganhar dinheiro? É o que eu fiz.”

“Sim, nós todos sabemos bastante bem o que você fez a si mesmo, Asa. Nós apenas pensamos que como comprou um para Allan e a Julie, então…”.

Asa soltou uma exagerada respiração. Estava cansado de que nunca deixassem de lhe pedir. “Vou falar uma coisa. Diga a Dean que se conseguir ganhar quinhentos dólares da maneira tradicional, eu lhe compro o carro.”

“Fala sério?”

“Essa é a oferta, é pegar ou largar.”

Depois de outra pausa. “Direi a Dean.”

“Bem. Avise-me sobre o que ele decidir.” Asa empregou a perna direita, mais segura sobre o travesseiro. “Há algo mais?”

“Não.”

“Falaremos depois irmã.” Asa desligou, e deixou o telefone na mesa junto a ele. Sentia-se como um grande idiota por recusar-se a comprar algo a seu sobrinho, que não faria um rombo em seu bolso, mas talvez fosse bom para o menino.

Seus pais tinham trabalhado duro para dar casa e comida a seus quatro filhos. Asa sabia que sua determinação para obter o êxito, estava em aprender o valor de um dólar. Essa era uma lição que tinham que aprender a nova geração dos Montgomery.

“Desculpe-me senhor. Gostaria de comer aqui ou na sala de jantar?”

Asa sorriu. Não importava quantas vezes havia dito a Stella que lhe chamasse de Asa, ela ainda insistia nas formalidades que ela sentia que devia ter em sua posição. “Não tenho fome, obrigado.”

Ouviu esse tão familiar clique que ela fazia quando estava em desacordo com algo. “Talvez, dentro de uma hora mude de opinião.”

“Bom.”

Stella retornou ao que fora que estivesse fazendo e Asa se afundou em sua cadeira. Colocou suas mãos sobre seu peito e estudou a paisagem uma vez mais. Tinha passado muito tempo, desde que estava no porão aonde virtualmente cresceu. Em uma casa de três quartos para sete pessoas, ele era um homem estranho que estava relegado em um rincão do inacabado porão da casa de sua família no Kansas.

Asa riu. Pouco sabia sua família de que se encerrou para desenhar seu primeiro programa de software. Sempre foi um desses estranhos meninos que nunca pareciam se encaixar. Aos seis anos, começou a desmontar coisas para ver como funcionavam. Aos oito ele podia as montar de novo, e aos nove as fazia funcionar novamente.

Asa suspirou e aos vinte e seis era um milionário com pais mortos e um montão de parentes atrás de seu dinheiro. Os irmãos e primos que se referia a ele como ‘o habitante do porão’ enquanto crescia, repentinamente esperavam seu apoio.

O que realmente lhe zangava foi o fato de que ele permitiu. Estava tão faminto de estar rodeado de sua família que permitiu que o espremessem durante anos. Depois do acidente que foi que viu a verdadeira família.

Sacudindo a cabeça, Asa se repreendeu, pelo momento de auto-compaixão. Merecia tudo e sabia. Estava tão cego pela adulação de todos, que perdeu de vista o que realmente importava. Começou a ver claramente, depois da primeira semana que seus supostos amigos lhe ligaram dizendo que estavam aborrecidos. Eles até se atreveram a lhe perguntar se poderia enviá-los a um cruzeiro pela Europa durante sua reabilitação.

Asa sabia que era ingênuo, mas tinha certeza de que não era estúpido. Ele os enviou ao cruzeiro que tinham pedido, mas não lhes disse que os retornaria. Que bem tinha feito? Tinha certeza que eles pegaram outro pobre tipo, procurando amigos nos lugares equivocados.

Estava ali sentado aos quarenta e três anos, um homem velho e sozinho. A casa que tinha levado a vida inteira para construir já não lhe dava felicidade.

Asa pensou em Mario. Deus, o homem era formoso. Ele o quis desde que o viu pela primeira vez. Rapidamente se deu conta que Mario estava fora de seu alcance.

Não porque Mario era quente, mas sim porque parecia não se importar com o dinheiro de Asa. Para muita gente isso era considerado um extra, mas para Asa era o único que poderia dar uma oportunidade com o Mario. Sem a influência do dinheiro, Asa era um homem de meia idade, medianamente arrumado, perdendo os cabelos.

Sabia que oferecer contrato ao Mario, poderia lhe explodir na cara. Também sabia que foi a necessidade de vê-lo com um pouco de coragem, o que o impulsiono a fazer tão extrema oferta.

Depois de dar-se conta de que seus supostos amigos não o eram de tudo, tinha a esperança de ter feito alguns amigos em Cattle Valley que poderiam estar com ele. Mas em doze semanas da tragédia, Mario nunca se incomodou em lhe perguntar sobre sua saúde. Nate tinha ido ocasionalmente, mas Asa sentia que era mais por culpa que por outra coisa.

“Diabos, talvez devesse vender tudo e me mudar a uma ilha deserta. Ao menos teria uma boa desculpa para sentir-me sozinho.”

Quando Mario retornou ao trabalho, estava bastante confuso e provocou Rio na primeira oportunidade que teve.

“O que te acontece?” Rio perguntou, sentando-se no sofá do escritório.

“Esteve com Asa ultimamente?”

“Não, mas sei que Nate o viu duas vezes, por quê?”

Mario pôs seus pés na mesa do café, e colocou suas mãos atrás da cabeça. “Ele não está com uma aparência boa.”

“Com certeza levará um tempo para que volte ao que era antes.”

“Não, não é isso. Ele não está como era antes.” Mario sabia que o que dizia não tinha sentido. “Está bem, você sabe que frequentemente ele parecia como alguém que possuía tudo? Bom, acredito que ele não toma banho há semanas. Sei que não se barbeou.”

“Tem razão, não parece ser o mesmo.”

“Eu sei, e agora estou preocupado.”

“É por isso que queria falar comigo?”

Mario assentiu. “Quero dizer quantas vezes se pode desprezar alguém, antes que se de conta?”

“Outra vez o do hospital, quando ele o desprezou?”

“Todo o tempo. Como no festival, quando estávamos sentados na sombra. Ele nos viu lá, mas nem se incomodou em aproximar-se e dizer olá”.

Rio riu. “Não me lembro de você ter se movido para ir lhe dizer olá.”

“Que está dizendo?”

Rio se encolheu de ombros. “Apenas que os dois dançaram ao redor um do outro por muito tempo. Se o quiser, agora é o momento de demonstrar”. Rio lhe piscou um olho. “Não vai ser nada fácil correr para se afastar, com as duas pernas quebradas.”

“Se ele me quer, então porque foi tão mau, de não me deixar vê-lo no hospital?”

“Não sei, perguntou a ele?”

Mario bufou. “Parece que estou tão desesperado.”

Rio deu uma cotovelada brincalhona em Mario. “Parece-me que ambos estão infelizes. Porque não se dá a oportunidade? O que pode acontecer de ruim?”

Mario começou a contar os argumentos com os dedos. “Veria-me como um tolo, e quebraria meu coração.” Mario olhou Rio. “Ele é meu único. Vejo-me fazendo sexo com ele.”

“Merda. Não é tudo sobre o drama da doce decoração de novo.” Rio suspirou.

“Hei. Eu não sou uma doce decoração. Eu nunca fui esse tipo de pessoa.” Mario se mordeu o lábio, embora Rio fosse seu melhor amigo, nunca tinha falado de seus segredos familiares com ninguém.

Podia sentir os olhos de Rio postos nele. Rio era muito diplomático para perguntar, mas Mario sabia que precisava explicar-se ou preparar-se para receber esse olhar vinte vezes ao dia.

“Não é um grande problema, realmente. Minha mãe era uma mulher formosa, ela se encontrou com um homem rico, ele a levava às grandes festas da cidade... blah, blah, blah. Quando ela lhe disse que estava grávida de mim, ele lhe deu uma grande quantidade de dinheiro e disse que se afastasse.”

“Porra. Isso é uma merda. Ao menos se dignou a te conhecer?”

Mario riu. “Não sei nem quem era. Seu nome não aparece na minha certidão de nascimento.” Mario se encolheu de ombros. “Adaptei-me e estou bem. Não preciso conhecer alguém que fez algo assim a ela.”

“Mas agora está pintando Asa com as mesmas tintas. Talvez ele não seja como todos eles. Eu nunca tive essa impressão dele.”

Isso tocou a alma de Mario. Que estive fazendo?

Recebeu outra cotovelada. “Apenas dê um descanso ao homem?”

Mario sentiu como se a bola estivesse em seu canto. Previsivelmente ele sempre tinha mantido fora. “Porque fodidos tentou de me pagar.”

“Então é por isso?” Rio perguntou. Ele tinha um diabólico sorriso estampado na cara, tentando esclarecer seu ponto de vista.

“Tentou me contratar me pagando o dobro do salário, como chama isso?” Mario argumentou.

“Uhh… Um trabalho?”

Mario abriu a boca para argumentar, mas rapidamente a fechou. Se fosse honesto consigo mesmo, não era a oferta de trabalho o que tinha ferido. Trabalhou com Asa durante um ano, levando o homem a sua melhor forma. Não era trabalhar para Asa o que lhe incomodava. Era sentir-se como um garanhão contratado, em vez de um amigo.

Uns suaves toques na porta chamaram a atenção de ambos os homens.

“Sim?” Rio gritou.

A porta se abriu e Pam entrou com um lindo sorriso. “Peguei os dois jogando, não é assim?”

Mario riu e ficou de pé. Desde a tragédia, Pam tinha decidido que precisava ficar em melhor forma. “Não, apenas descansando entre os horários dos aborrecidos clientes.”

Pam riu e lhe deu um falso golpe. “Apenas espera até que eu calce as luvas de box, então vou te mostrar o quanto aborrecida sou.”

Sacudindo a cabeça, Mario seguiu Pam fora do escritório. Uma coisa que tinha notado desde os eventos há seis semanas, era que definitivamente havia duas reações ante a tragédia. Algumas pessoas como Pam usou a tragédia para reavaliar sua vida. Eles estavam determinados a desfrutar ao máximo cada dia. Outros pareciam continuar em estado de choque. Para alguns lidar com a morte de um ser querido não tinha sido fácil, para outros era o aviso de sua própria mortalidade.

Mario ainda não sabia a que grupo pertencia. Talvez se deixasse o passado atrás, ele pudesse se ajudar a lidar com o presente. Diabos! Se tivesse uma oportunidade em seu futuro.

Enquanto treinava boxe com Pam, seus pensamentos retornavam a Asa. Mario se perguntava se Asa estava na segunda categoria de sobreviventes. Embora a recuperação de suas fraturas estivesse indo bem, ele sabia que seu espírito não estava.

Recordou o sentimento de desesperança que o invadiu quando ouviu que Asa foi levado ao hospital pelo helicóptero. Esse sentimento seguia dentro dele, apesar da coragem sofrida com suas palavras. Talvez fosse tempo de fazer uma oferta de paz.

 

 

                                                      Capítulo Dois

 

Com o DVD em pausa, Mario levantou o telefone e discou o numero de Asa. Tinha brigado consigo mesmo todo o dia até que finalmente tomou uma decisão.

Levou um susto quando foi Asa quem respondeu o telefone, esperava a voz da governanta.

“Olá?”

“Sou eu, Mario.” disse.

Passou um momento de silêncio antes que Asa falasse de novo. “Mudou de opinião?”

“Sim e não. Eu vou te ajudar em tudo que estiver ao meu alcance, apenas durante duas horas às noites, mas em troca você me ajuda.”

De novo uma pausa. “Em que?”

“Ajudando Nate a conseguir doações para a nova arena.” Poderia não querer que um amigo lhe pagasse, mas não ia deixar fácil a Asa. Como um dos homens mais ricos do país, Asa tinha conexões que facilitariam arrecadar recursos.

“Isso é tudo?”

“Sim. Você pode guardar o salário.”

“Por quê?”

“Porque eu não trabalho para você. Eu ajudo a um amigo, mas não quero ser seu empregado.”

“O que quer dizer que é livre para ir a qualquer momento.” Asa concluiu.

“Não seja um menino Ace, de qualquer maneira posso me afastar. Isto significa muito mais, e sei que ambos sabemos.”

Asa riu. “Ninguém me chamou Ace desde que fiz meu primeiro milhão.”

Mario sorriu. “Bom, Asa é o grande tolo bilionário. Ace é meu amigo com o que estava acostumado a trabalhar.”

“Obrigado. Estou duas semanas sem o gesso, mas estou com aparelhos até que fortaleça meus músculos novamente. Eu fui com Matt fazer terapia convencional, por duas horas, cada manhã, toda semana, mas não é suficiente.”

“Imagino que sua clavícula já sarou?”

“Sim. Eu estou usando um andador.”

“Bom. Nós podemos começar fortalecendo a parte superior de seu corpo. Notei que está um pouco mais suave. Não leve como uma brincadeira.” Mario rapidamente adicionou.

“De maneira nenhuma. Qualquer um que passe doze semanas na cama de um hospital e uma cadeira, tende a perder um pouco de massa muscular.”

“Eu não posso ir antes das sete da noite. Isto seria um problema?”

“Nenhum problema, apenas que a Senhora Guttenberg não estará aqui. Darei-te uma chave e o código da porta da frente e o sistema de alarme na manhã.”

Mario estava emocionado por Asa confiar nele para isso. “Obrigado.”

“Eu passo a maior do tempo no solário ou no escritório. Tenho certeza de que não terá problema de me encontrar em um desses quartos.”

Mario se deu conta que não tinha nem idéia de onde ficava o escritório de Asa naquela grande casa. “Faça-me um favor e me espere no solário, até que eu faça um tour pelo lugar.”

Asa riu. “Está bem.”

Sem ter certeza do que mais dizer, Mario se preparava para desligar. “Bom, acho que nos veremos amanhã pela tarde.”

“Esperarei ansiosamente.”

“Devo levar meu próprio equipamento?”

“Não há necessidade tenho um quarto muito bem equipado.”

“Bem, boa noite.”

“Boa noite Mario. Obrigado por isso.” Asa adicionou.

“Eu teria ido em segundos se apenas tivesse pedido.” logo que as palavras escaparam de sua boca, sabia que provavelmente não deveria as ter dito, mas era muito tarde.

Vários segundos depois Asa respondeu. “Eu devia ter me dado conta disso. Sinto muito.”

Mario disse novamente adeus e desligou. Foi então que se deu conta que seu pênis se endureceu em algum momento da conversa. Nenhum homem poderia negar-se o prazer de uma boa sessão de masturbação, ele abriu seus jeans e os baixou.

Retornando para assistir seu filme, ele cuspiu em sua mão e começou a acariciar-se lentamente, seus pensamentos foram ver Yul Brynner cantando a Asa. Começou a perguntar-se, e não era a primeira vez, o que sentiria estar enterrado até as bolas dentro de Asa. Seu pênis saltou em sua mão, desfrutando da imagem que gostava mais. Mario gemeu e deslizou sua perna no respaldo do sofá para abrir-se mais. Perguntava-se do que Asa gostaria, seria um amante suave ou desfrutaria de uma boa e dura fodida, a atividade favorita de Mario.

Com sua mão direita ocupada, Mario moveu a esquerda para baixo para manipular suas bolas. Embalou as duas pesadas bolas e começou a apertar. Sempre desfrutou de um pouco de dor no sexo, e auto induzido seria bom quando ele gozasse a qualquer momento.

A imagem da boca de Asa tomando a cabeça de seu pênis. Fez-lhe explodir pulverizando jorro atrás de jorro de sua semente sobre seu peito nu. Respirando ainda com dificuldade, ele passou seus dedos pela grossa capa e os chupou, limpando-se.

A principal razão que ele continuava vendo Erico por tanto tempo foi porque tinham sexo fantástico. Erico era igual a ele na cama, gostava de dar e receber um pouco de dor, e ambos desejavam isso.

Surpreendeu-se ao reconhecer que depois de todas as coisas que tinham feito juntos, eles fossem apenas amigos, e segundo como Mario o via, nunca viu amor em sua mente quando tinha sexo com o dono do restaurante. Eles eram simplesmente dois homens procurando sexo.

Foi quando ele começou a dar aulas particulares a Asa em artes marciais que mudou sua visão do sexo e o amor. Maldição. Repentinamente o sexo por sexo já não era o suficiente. Estava envergonhado consigo mesmo e com Erico até que finalmente chamou para terminar com seus encontros.

Mario havia notado a forma como Erico olhava Jay depois da tarde da tragédia. Mas o que Jay tinha vivido com seu ex-amante, e saber como estava Erico apaixonado, Mario rapidamente informou a seu velho amigo que Jay não queria envolvimento com alguém como ele. Não havia entrado em detalhes com Erico, mas sentiu que o homem tinha compreendido sua recomendação.

Após o clímax, Mario ficou com sono, finalmente, se levantou do sofá e foi para a cama, depois de desligar a TV. "The King and I" poderia esperar outra noite.

Depois de lavar o último copo do suco, Mario se virou para Smitty que era a nova contratação do The Gym.

“Hei, você poderia me cobrir algumas horas por um mês mais ou menos?” Mario perguntou. Tinha pensado durante o dia todo sobre o trabalho com Asa, e concluiu que a melhor solução era que o homem se exercitasse nas tardes.

“Claro.” o jovem respondeu.

“Pode começar às quatro e meia ou te complica com seu horário na escola?”

“Não. Quero dizer, não, eu posso sair da escola e chegar cedo aqui, a maioria de minhas aulas são pela manhã.”

“Bem. Pode começar amanhã”.

“Não há problema.”

“Obrigado.” Mario levantou sua bolsa e a deslizou ao ombro. Pressionou o botão de marcador rápido do celular, enquanto se dirigia a sua caminhonete.

“Olá?” Rio respondeu.

“Hei, sou eu. Incomodaria-te se Smitty fique em meu lugar por algumas horas, enquanto ajudo Asa?”

“Então decidiu ir atrás dele, huh?”

Mario girou os olhos. “Decidi ajudá-lo a ficar em pé novamente, se for o que está perguntando.”

“Não, isso realmente não foi o que perguntei, mas está bem.” Rio riu. “Enquanto trabalhe com ele.”

“Menino preparado.” Mario funcionou sua caminhonete. Com a sempre nuvem negra de fumaça presente, ele se dirigiu à casa de Asa.

Quando chegou à porta, pegou o controle de sua bolsa e pressionou o código de entrada. Esperou fora das portas de ferro até que se abriram, antes de continuar, sentiu seu estômago estranho, e por algum momento pensou que poderia estar doente.

Isso foi até que pegou as chaves que se deu conta que estava mau. Antecipação. Porra!

A última coisa que ele precisava era dar o poder a Asa sobre ele. Ele estava perdido se o homem visse Mario muito emocionado com seu recém acordo. Sabia que tinha que esconder suas emoções, ao menos por algum tempo.

Entrou na casa e imediatamente digitou o código de segurança do alarme, antes de entrar na casa.

Asa estava sentado na mesma cadeira do dia anterior, Mario rapidamente notou que estava recém barbeado e penteado.

“Parece muitíssimo melhor que a ultima vez que te vi.” Mario falou. Apertou a mão de Asa.

“Não diga a Stella, mas me sinto muitíssimo melhor.”

“Stella?” Mario olhou ao redor esperando ver sinais de outra mulher na casa.

“A senhora Guttenberg.” Asa cuidadosamente baixou suas pernas ao chão.

Mario podia ver o esforço na cara do homem, enquanto lutava por ficar em pé e caminhar.

“Pode me ajudar com isso?” Asa perguntou.

Mario pegou a andador e deixou na frente de Asa. “Está bem?” perguntou, vendo o suor na testa de Asa.

“Sim.” Asa respondeu em tom defensivo.

“Sinto muito.” ele murmurou.

Asa negou. “Sem problema. Apenas não estou acostumado a ser quase um maldito inválido. Ninguém dá conta do bom da mobilidade até que a perde.”

Asa deu vários passos com ajuda do andador. Mario vacilou um pouco e colocou sua mão no centro das costas para ajudá-lo a estabilizar-se. “Bom, sua mobilidade retornará a seu tempo.”

“Estou contando com isso.”

Mario podia sentir o calor de Asa na palma de sua mão e gritava por sentir mais. Asa o guiou a um quarto ao lado do solário e ligou a luz.

“Admito que não estive muito aqui.”

Mario ficou com a boca aberta, quando viu o ginásio perfeitamente equipado. “Tem tudo o que tem The Gym, porque diabos, fazia exercício fora, em lugar de fazê-lo aqui?”

Asa se girou e ligeiramente se cobriu de vermelho. “É mais divertido fazer exercício com alguém.”

“Certamente pode conseguir que um de seus amigos faça exercício contigo.”

Asa olhou para Mario. “Pensei que era para isso que vinha.”

Por alguma razão a declaração, encheu Mario de alegria. “Assim é.”

Decidindo começar lentamente, Mario pegou dois pequenos pesos de dois quilos, Asa se montou escarranchado em um dos bancos, com braçadeiras de pernas a cada lado.

“Esta bem, fortaleçamos seu peito.” Mario disse enquanto demonstrava a ação.

Embora Asa não parecesse ter dificuldade, Mario preferiu não mudar para o seguinte peso. “Bem.” ele comentou.

Asa girou os olhos. “Pode ser que não me veja bem, mas levantei pesos por anos.”

Mario sorriu. Pareceu-lhe ver o todo poderoso Asa deixar suas próprias inseguranças. Mario sentou-se no outro lado dos bancos, frente à Asa. “Antes de sua lesão, tinha uma excelente forma. Eu só estou tentando que a recupere.”

Asa continuava fazendo flexões com os braços. “Algumas vezes, não sei por que me incomodo, não importa a quantidade de exercício que eu faça, não consigo ficar como você.”

Reforçando seus braços nos bancos, Mario se inclinou para Asa. “Eu faço minha vida com meu corpo. Você o faz com sua mente. Não se faça de barato. Não pensa que eu preferiria ser tão inteligente como você? Nós todos queremos o que não nos vem naturalmente.”

Asa olhou fixamente nos olhos de Mario. Havia algo no olhar dos olhos verdes de Asa? Embora o não lhe dissesse nada, Mario podia dizer que apreciava a observação. Que diabos aconteceu com a auto-estima deste homem?

“Faça um pausa quando necessitar, não tem sentido ultrapassar na primeira noite.” Mario lhe recordou.

“Está bem.”

“Então que aconteceu com seus amigos que estavam contigo no festival?” Esperava não demonstrar muita curiosidade, mas não poderia chamar de amigos aqueles que deixaram Asa, quando ele mais necessitou.

“Eles se aborreceram e se foram a um cruzeiro.” Asa respondeu simplesmente.

“Porra. Eles não batem com a minha idéia de amigo.”

“Tem razão, eles não o são por isso disse que não se incomodassem em voltar.”

Mario se perguntava onde estaria ele sem o apoio de seus amigos. Não importava que apenas conhecesse Rio, Ryan e Nate há pouco tempo, mas eles foram sua linha com a vida, quando esteve lidando com a saúde cada vez mais frágil de sua mamãe.

“Acho que é tempo de fazer amigos sinceros.” ele estabeleceu.

Asa riu. “Sabe onde encontrar alguns?”

“Quer dizer além desse que está a sua frente?”

“Sim.” Asa deixou os pesos. “Eu nunca fui bom para fazer amigos. Eu não tenho certeza o que em mim afasta às pessoas, mas se não comprar presentes e dar dinheiro a minha família não teria a ninguém a meu redor.”

Sem pensar nas repercussões, Mario cobriu a mão de Asa com a sua. “Começa por te rodear de pessoas que não tem intenções ocultas.”

“Fácil para você dizer. Falsos amigos ou não, é mais fácil que estar sozinho todo o tempo.”

Mario esfregou o dorso da mão de Asa com seu polegar. Apesar de querer Asa para si mesmo, ele sabia que o homem necessitava mais. “Eu vou te mostrar como ser Ace o amigo em vez de Asa o bilionário. Terás tantos amigos que não saberá o que fazer com eles. Diabos, provavelmente estariam lhe empurrando ao outro lado novamente, mas ao menos serei capaz de te mostrar que lhe consideram simpático, sem ter que pagar por isso.”

Asa olhava a boca de Mario, quando lentamente foi para adiante. O pênis de Mario começou a se encher dentro de suas calças de exercício, ante o doce fôlego de Asa. Sentia-se que estava parado em uma beira. Deixava ir, ou mantinha o controle?

Asa levantou a mão de Mario e a levou a parte detrás de sua cabeça. “Beije-me.” Asa lhe pediu.

Com um suave gemido, Mario entrelaçou seus dedos no suave cabelo castanho escuro de Asa e fechou a distância entre eles. Ligeiramente passou sua língua pelos lábios de Asa, várias vezes antes de selar a formosa boca do homem com a sua.

Asa abriu a boca permitindo a entrada, Mario estava perdido. Quantas vezes, tinha sonhado em beijar a esse homem? Ele queria mais. Queria tudo o que Asa pudesse lhe dar, apenas que não queria mover-se muito rápido. Queria com Asa algo mais que duas semanas de quentes fodidas. Além disso, Asa não estava bastante bem, para o distintivo sexo de Mario.

Não obstante sua nova decisão, Mario se permitiu um erótico beijo. Ele varreu o interior da boca de Asa várias vezes, mais antes de separar-se. Asa, surpreso se inclinou para Mario, tentando seguir seus lábios.

“Os amigos não se beijam.” Mario recordou a Asa, antes de lhe dar outro ligeiro beijo.

Asa lambeu seus lábios. “E amigos com benefícios?”

Mario negou. “Não, entrei nesse caminho, e queria segui-lo contigo.”

Asa inclinou a cabeça para um lado. “O que quer dizer?”

Mario deslizou sua mão da parte detrás da cabeça de Asa até embalar suas bochechas. “Amigos com benefícios é a maneira fácil de dizer ‘Porra’ sem forte atração. Eu não posso isso, ao menos não contigo.”

Asa roço sua bochecha contra a palma da mão de Mario. “É a maneira que me diz que quer laços?”

“Sim, mas não estou preparado para isso, e estou assustado de te machucar se dermos o salto.”

Asa se sentou e enquadrou seus ombros em posição defensiva. “Quem disse que não estou preparado para isso? Você não tem idéia do tempo que esperei por alguém que se preocupe comigo e não por meu dinheiro?”

Mario retirou sua mão e suspirou. “Isto não é sobre seu desejo de algo real. Isto é a respeito de nós. Em lugar de saltar sozinho dentro de uma relação sexual, nós precisamos construir uma base firme. Se não quiser tomar o tempo para isso, isto nunca funcionará.”

Mario inclinou a cabeça e pegou a ereção pressionando contra a frente de suas calças. “Eu preciso saber que me quer, e não um corpo quente.”

Asa riu, surpreendendo Mario. “Se olhe, como pode alguém não te querer?”

Mario saltou dos bancos. Sabia que provavelmente Asa não quis dizer como soou, mas depois de anos de ser usado por sua aparência, Mario sentiu como se lhe tivessem dado uma bofetada. Ele levantou os pesos e os pôs em seu lugar.

“O que foi?” Asa perguntou.

“Nada. Acredito que é suficiente por uma noite. Pode retornar sozinho ao solário?”

“Merda. Digo algo que te zanga e vai. Ao menos tenha a cortesia de me dizer o que foi” Asa demandou.

Mario pegou sua bolsa e se dirigiu à porta. Olhou sobre seu ombro ao desconcertado Asa. “Quando estiver preparado para começar algo real, me avise. Caso contrário, pensarei que me quer como treinador e amigo, mas nada mais.”

Mario saiu do quarto com um peso no coração. Podia ouvir os protestos de Asa, enquanto se aproximava da porta principal. Deteve-se para restabelecer o alarme antes de sair.

Uma vez na caminhonete. Inclinou-se contra o volante e respirou com calma. Teria jogado fora qualquer oportunidade de ter algo com o teimoso homem?

O telefone celular no assento soou. Olhou a tela e viu o nome de Asa. “Merda.”

Pela terceira vez em duas horas, Asa discou o número de Mario. Deixou mensagens, mas nada. Se Mario pensava que Asa se renderia, não o conhecia muito bem. Não tinha conseguido chegar tão alto na vida desanimando-se facilmente.

Quando ligou e caiu no correio de voz, Asa se recostou na cama. “Sou eu. Escuta, eu não queria fazer isto por telefone, mas parece não tenho opção. Nunca nem em um milhão de anos, pensei ter uma oportunidade com alguém como você. Me perdoe se for algo paranóico, mas eu não sei porque alguém como você se entreteria com alguém como eu. Sei que não é por meu dinheiro, que até agora era a única razão. Sei que é diferente. É por isso que nunca pensei ter uma oportunidade com você.”

Sabia que já tinha atuado como um estúpido, mas ele percorreria todo o caminho. “Não posso deixar de pensar nesse beijo. Esse beijo foi diferente de qualquer que beijo que recebi. Meu cérebro está se torturando tentando imaginar o porque, e a única coisa que posso pensar é que você realmente beijou ao menino de uma pequena cidade de Kansas.”

Com um forte suspirou Asa continuou. “Eu quero explorar esse sentimento, por favor, não se afaste de mim pelas tolices que saíram de minha boca.”

Asa pressionou o botão de fim de chamada e deixou o telefone ao lado dele. Ainda tentando entender o que Mario havia dito. “Quando estiver preparado para algo real me chame.” Diabos, que pensava o homem que tinha estado fazendo durante as duas horas anteriores?

O som da porta de um carro fechando-se chamou sua atenção. Ele acabava de sentar quando soou o telefone. “Olá?” respondeu.

“Estou entrando.” Mario disse.

“Subindo as escadas na primeira porta à esquerda.”

“Encontrarei.” Mario disse, antes de terminar a chamada.

Asa engoliu o nó em sua garganta. Mario viria lhe gritar ou lhe dar outro beijo? Tirou os cobertores para preparar-se. Não podia sair da cama para enfrentá-lo, mas tinha certeza como o inferno que não queria ver-se como um inválido.

Olhou para baixo a seu corpo nu e pensou melhor que não encontre um homem nu, puxou as cobertas e se cobriu a virilha, enquanto ouvia Mario subir as escadas.

A primeira vista não lhe deu as respostas que necessitava. Com uma expressão determinada, Mario se dirigiu à cama e deixou cair à jaqueta de couro ao chão.

“Continua zangado?” Asa não pôde evitar perguntar.

Os escuros olhos de Mario percorriam o corpo de Asa. Sem dizer uma palavra, Mario tirou as botas e a camiseta, dando a Asa uma magnífica vista do bronzeado e esculpido peito escondido debaixo da roupa.

Igual a uma pantera saltando sobre sua presa, Mario se ajoelhou na cama e lentamente se dirigiu para Asa até estar cara a cara.

“Porque não posso estar longe de você?” Mario perguntou, segundos antes de beijar com força a boca a Asa.

Asa aceitou a oferta da língua de Mario com entusiasmo. Abriu as pernas tanto como pôde em antecipação. Gemeu dentro da boca de Mario enquanto passava suas mãos pelo pescoço do homem e as descia para seus escuros mamilos. Embalando os peitorais de Mario em suas mãos o apertou. Porra, queria tudo desse homem.

Mario quebrou o beijo e olhou aos olhos de Asa. “Um passo de cada vez, certo?”

Asa não tinha certeza como responder. Sabia que Mario queria levar as coisas lentamente, mas estava cansado de negar-se a si mesmo. “Depende de quantos passos podemos dar em um dia.”

Antes que Mario pudesse responder, Asa cobriu o grosso vulto do pênis de Mario em sua mão, massageando-o através das fodidas calças quentes de couro. “Eu não vou fingir que não te quero.”

Mario moveu seus quadris se pressionando lentamente contra a mão de Asa. “Bom, então eu não posso fingir que não tem definitivamente esse efeito em mim.”

“Então onde nos leva isso?” Asa perguntou enquanto baixava o zíper da calça de Mario.

Mario fechou os olhos e fechou a distância entre eles apanhando a mão de Asa entre seus corpos. Com sua cara enterrada no travesseiro ao lado da cabeça de Asa, grunhiu. “Não sei. Pela primeira vez em minha vida, não sei o que fazer com meus desejos.”

Asa acariciou com o nariz o lado do rosto de Mario. “Eu posso te dizer que não faça nada que não te faça sentir cômodo.”

Mario girou a cabeça e o beijou. “Essa é parte do problema. Sinto-me cômodo contigo, muito cômodo.”

“Porque é um problema?” Asa perguntou. Seus lábios roçavam Mario enquanto falava.

Mario se girou a um lado e levantou os braços sobre sua cara. “Quero que isto seja diferente.”

“E pensa que não seria se saltarmos ao sexo.” Asa conjeturou.

Com seus braços ainda sobre ele, Mario negou. “Não sei. Acredite-me, eu desejo fazê-lo.”

Sem ser capaz de girar-se comodamente de lado, Asa roçou o peito de Mario com o dorso de sua mão. “Onde cresceu?”

“Huh?” Mario perguntou descobrindo sua cara.

“Bom, se quiser que nos conheçamos melhor, terá que começar. Diga-me onde cresceu?”

Mario se girou de lado e apoiou sua cabeça em sua mão. “Realmente, eu cresci em um treinamento básico, mas vivi em Atlantic City até que fiquei maior.”

“Atlantic City? Quer dizer que há gente realmente crescendo lá?” Asa se deu conta logo que suas palavras saíram de sua boca. “Sinto muito. Não queria que soasse assim.”

Mario se inclinou e beijou a têmpora de Asa. “Eu sei, não se preocupe, minha vida não foi nada ordinária. Essa foi uma das razões pelas que me alistei na marinha, logo que me graduei.”

Asa continuou roçando sua mão contra o peito de Mario, tentando imaginar o formoso homem em uniforme. “E sua família? Continuam vivendo em Nova Jersey?”

“Só somos minha mamãe e eu, e sim, ela ainda vive, na casa onde cresci.” a mão livre de Mario começou a brincar com o cabelo do peito de Asa. “Como não me dei conta que era tão peludo?”

Asa tinha passado períodos de sua vida mantendo seu peito depilado com cera, mas devido há meses sem um parceiro, ele decidiu que não valia à pena. “Não te agrada?”

Mario respondeu, passando sua língua através do grosso pêlo negro e cinza ao redor dos mamilos de Asa. Asa não pôde evitar gemer, quando os dentes de Asa apanharam seu duro mamilo.

“Levo isso como um não.” Asa disse a Mario. “Ao menos não até que siga o pêlo negro.” brincou.

Mario liberou o mamilo de Asa e sorriu. “Nunca imagine que o pêlo negro fosse sexy.”

Asa soprou “Nunca me hão dito sexy em minha vida, nem sequer quando estava em minha primeira vez.”

A mão de Mario desceu do peito de Asa deslizando-se sob a coberta. Grunhiu quando a mão de Mario pegou o pêlo ao redor do pênis.

“Eu o encontro incrivelmente sexy.” Mario lhe informou, enquanto envolvia em sua mão a ereção de Asa.

Asa apertou os olhos. “Uhhh, se quer esperar. Será melhor que não faça isso.”

Mario riu. “Quis dizer isto?” ele perguntou, enquanto bombeava o eixo de Asa várias vezes.

A respiração de Asa estava presa em seu peito. “Sim, isso.”

Mario liberou o agarre. “Está bem.”

Asa ia protestar, quando viu Mario sair da cama e despir-se. “Que está fazendo?”

Gloriosamente nu Mario retornou à cama e se montou escarranchado nos quadris de Asa. Lentamente baixou seu suave peito depilado contra Asa. “Posso não ser capaz de te foder, mas tenho certeza que nos divertiremos juntos.”

Asa estava surpreso da cômoda posição. Embora Mario não estivesse aplicando pressão em suas pernas Asa podia sentir o duro eixo da ereção de seu novo amante pressionando-se contra o seu.

Mario deu a Asa outro quente beijo e começou a mover-se. Merda. Asa sabia que ele ia explodir a qualquer momento. Empurrou sua língua pela boca de Mario e embalou em suas mãos a formosa bunda do homem.

Não podia acreditar que as coisas tivessem chegado a esse extremo. Apenas umas horas antes, Asa pensava que não tinha nenhuma oportunidade com o homem em cima dele, mas aqui estava. Com o pênis de Mario pressionando o seu. Asa liberou o primeiro jorro de sêmen entre eles. “OH, Porra.” ele gemeu. Sentia como se suas bolas fossem entrar dentro dele com a força do clímax. Acima dele Mario ficou tenso, empurrou a cabeça para trás, quando sua própria semente se mesclou com a de Asa. Asa moveu suas mãos para a pequena cintura de Mario, tentando recuperar a respiração. “Necessitamos…” Asa ofegou.

“Sim.” Mario ofegou também.

Um momento antes que Mario finalmente se levantasse disse. “Trarei uma toalha.”

Asa viu o musculoso traseiro de Mario desaparecer no banheiro. Não podia deixar de perguntar-se como seria depois do momento de paixão. Não se preocupou muito tempo. Mario retornou com uma toalha úmida e um misterioso sorriso em sua cara.

“Que?” Asa perguntou.

Mario negou, e começou a limpar o sêmen seco da virilha e o peito de Asa. Não era fácil limpar entre o pêlo púbico, mas parecia que Mario tinha infinita paciência. Mario deixou a toalha no piso e puxou a coberta para eles. Asa ainda não podia descobrir o porquê do tolo sorriso na cara de seu amante. “Que?” perguntou-lhe novamente.

“Eu gosto da cadeira que tem em sua ducha.”

Asa pensou a respeito da cadeira que a enfermeira havia lhe trazido. “Isso me permite tomar banho de chuveirinho. O que é o divertido?”

Mario se aconchegou e beijou a têmpora de Asa. “Porque penso que há melhores usos para isso.”

Asa estava confuso até que imaginou a cadeira. Era uma simples cadeira de assento sanitário. OH. Asa sentiu que seus olhos foram saltar de sua cabeça. O assento da cadeira tinha uma fossa que podia ser usado como sanitário se lhe adicionava uma cesta plástica. “Eu não tenho certeza exatamente do que tem em mente, mas eu não urinarei, nem evacuarei nessa coisa.” Asa esclareceu.

Mario começou a rir tão forte que lhe saíram lágrimas. “Não se preocupe bebê, tampouco eu.”

Asa estava mais confuso. “Então como planeja usar essa coisa?”

Mario pôs um dedo nos lábios de Asa para silenciá-lo. “Dorme. Já haverá tempo para jogar, quando estiver melhor.”

Jogar? Nunca tinha tido um amante que soubesse de jogos sexuais. Asa se perguntava se desfrutaria jogar. Ficou dormindo abraçando a Mario com um sorriso em sua cara.

 

 

                                           Capítulo Três

 

Mario despertou com o ruído do aspirador de pó, rapidamente saiu da cama.

“Tem pressa?” Asa perguntou.

Mario chegou à porta e passou a chave. “Apenas não quero assustar a Senhora Guttenberg com nossa nudez.” Caminhou devagar de retornou à cama, agradado de que Asa tivesse retirado os cobertores e mostrado sua ereção matinal.

“Isso é para mim?” Mario perguntou, acariciando sua própria ereção.

“Para ninguém mais.”

Mario se lambeu os lábios, enquanto via o duro pênis entre o ninho de grosso pêlo. “Sempre dorme nu?”

“Sempre.” Asa respondeu, levantando um dedo para Mario.

Antes que Mario pudesse sentar-se ao lado de Asa, o homem procurou na gaveta do lado da cama e pegou um envelope.

“Que é isso?” Mario estava envergonhado de que imediatamente pensou que Asa lhe estaria dando dinheiro pelos serviços prestados.

“Abre-o.”

Com terror, Mario abriu o envelope e olhou o interior. Era o relatório do exame de sangue que lhe fizeram no hospital. Deixando cair o papel ao chão, Mario beijou o homem.

“Acredito que isso prova que está limpo.”

“Não é que esteja dizendo que temos que fazê-lo, mas se nas próximas semanas querer mais, pensei que merecia sabê-lo.” Asa explicou.

“Está brincando?” Mario riu descendo pelo corpo de Asa até o nível do formoso pênis que já tinha contemplado antes. “Eu quero tanto chupar seu pênis que mal posso esperar mais.” Lambeu toda a longitude do eixo de Asa, provando o pré-sêmen que se deslizava pela coroa. “Espero que se sinta da mesma forma.”

Asa passou seus dedos através do cabelo de Mario. “Sim.”

Mario podia dizer que Asa queria dizer algo mais, mas se deteve. “O que?”

“Eu necessito que saiba algo sobre mim.” Asa começou.

Mario podia dizer pela debilidade que mostrava que era algo com o que Asa não se sentia cômodo. O assumir que essa era outra parte do grande investidor. Decidindo que a mamada podia esperar, Mario acomodou sua cabeça no travesseiro ao lado de Asa. “Diga-me.”

Asa girou sua cabeça o suficiente para não ver os olhos de Mario. “Sou muito mais velho que você, mas posso apostar que tem mais experiência. Acho que tenho medo de te decepcionar.”

“Está brincando? Com todos esses tipos sexys ao seu redor, quer dizer que você… não sabe…?”

Asa se limpou a garganta. “Raramente alguém vem a minha cama, a menos claro que queira algo. Então não se preocupavam com a atuação e se estendo o cheque.”

Mario ficou com o coração quebrado ante a declaração. Quem diabos eram esses idiotas que puderam aproveitar-se da solidão de Asa dessa cruel maneira? Montou-se escarranchado no torso de Asa e sustentou o homem para que não pudesse evitar olhá-lo. “A única coisa que eu quero de você é a você. Entende isso?”

Asa assentiu.

“No que diz respeito a me agradar, posso te dizer que já o tem feito, não se preocupe por isso.”

Mario podia dizer que Asa não estava convencido. Normalmente não se abria a seus amantes depois de um curto período, mas Asa era uma exceção a regra. “Eu fodi a um montão de meninos e tenho feito um montão de coisas, mas eu nunca amei, estamos no mesmo barco. Acredite-me. Quero te agradar tanto como você quer agradar a mim.”

“Um passo de cada vez, certo” Asa sorriu.

“Exatamente.”

Chegando tarde ao trabalho, Mario parou na padaria. Ele sabia que não era bom comer algo doce e passar todo o dia fazendo exercício, mas ao menos queimaria calorias.

“Hei Kyle.” disse chegando ao balcão. “Tem algo bom hoje?”

Essa era uma brincadeira comum entre eles, e Kyle riu. “Hei você. Tenho uns velhos sapatos de couro na parte detrás que posso lustrar.”

Mario se esfregou o queixo. “Não. Eu realmente não estou de humor para sapatos. Que tal meia dúzia desses pasteizinhos de creme, e chocolate tamanho grande.”

Kyle assobiou. “Alguém foi beijado na bunda esta manhã.”

“Sim, por isso estou atrasado.” Se inclinou sobre o balcão e descansou o queixo em suas mãos. Enquanto Kyle cuidadosamente acomodava os pasteizinhos em uma caixa. O homem se via maravilhoso, tinha passado ao menos um ano desde que ele deixou a cadeira de rodas, embora Kyle ainda se movesse lentamente e usasse a cadeira de rodas de vez em quando, ele estava de pé à maior parte do tempo. Mario imaginou o muito que Gill tinha ajudado para obter isso. Sendo um ex-atleta não devia ser fácil. Kyle continuava trabalhando e Mario olhou ao redor da padaria. “Como está com seu novo inquilino?”

“Ethan? Está bem. É tranqüilo.”

Mario olhou para cima ao apartamento. “Que azar do cara mudar-se à cidade justo antes da tragédia.”

Kyle deixou a caixa no balcão. “Que quer dizer com isso?”

Mario se encolheu de ombros. “Ele não teve a oportunidade de conhecer a real Cattle Valley, antes de tudo isso acontecesse.”

“Talvez não, mas penso que ele viu a melhor parte das pessoas que vivem aqui.”

Mario pensou em quão residentes tinham ajudado a seus vizinhos durante a tragédia. “Sim, tem razão.”

“Falando nisso… Como está Asa?”

“Se curando, ele teve sorte. Os doutores pensam que ele vai ficar bem, apenas com uma ligeira claudicação, mas se treinar o suficiente pode eliminar isso.”

Kyle rodeou o balcão e pegou o dinheiro de Mario. “Seja paciente com ele. É difícil os músculos voltarem a trabalhar como antes depois de um tempo sem uso. Você apenas recorda lhe dar muita massagem.”

“Posso fazer isso.”

Kyle sorriu. “É muito bom que vocês dois estejam bem.”

Surpreso ante a declaração, Mario abriu amplamente os olhos. “Tenho os sentimentos tão transparentes?”

“Ao menos para as pessoas que te conhece. Desde a tragédia esteve tão deprimido como um homem pode estar. Pensei que Asa tinha te feito. Embora perguntei a Nate.”

Mario girou os olhos. Nate era conhecido por repartir as boas notícias, quando lhe perguntavam. “Eu ainda não sei por que Asa se recusou a ver-me no hospital, mas estou tentando deixar isso para trás.” Mario se encolheu de ombros. “Ao menos nós estamos tentando que funcione.”

“Bem. Acontece que Asa, ama meus rolinhos de canela.”

Mario riu. “Quem não. Mas penso que posso levar alguns no fim de semana.”

Kyle olhou para a janela da frente. “É possível que haja uma tormenta nestes dias. Talvez devesse levar também um pouco de pimenta.”

Mario sorriu ao pensar em passar o fim de semana com Asa. Outubro era muito cedo para tormentas, mas estranhas coisas acontecem. Se ele ia estar encerrado seria melhor estar com Asa.

“Boa idéia. Pode me preparar uma quantidade para sexta-feira à tarde?” A última coisa que quero é deixar Asa na cama no sábado de manhã para ir à cidade.

“Claro.” Kyle escreveu o pedido. “Algo mais?”

Mario pensou a respeito da quantidade de peso que tinha perdida Asa. “É muito cedo para torta de nozes?”

“Não. Tenho tudo há três semanas. Apenas que ninguém tinha pedido.”

Mario piscou um olho. “Não tinha tido humor para companhia, mas espero que as coisas mudem.”

Antes que Mario chegasse à porta, Nate entrou.

“Hei.” Nate cumprimentou. “Ouvi que está ajudando a Asa.”

Mario assentiu. “Acabo de começar.” Olhou o relógio no balcão. “Se eu não for com estes pasteizinhos, Rio vai me mandar à casinha do cachorro.”

Nate levantou a tampa da caixa e olhou o interior. Enrugo o nariz e deixou a tampa em seu lugar “Não estou de humor para isso.”

“Uff, sinto se ficou decepcionado.”

“Carol ligou, retorna à cidade para o dia de Ação de Graças.”

“Que bom.”

“E George quer que verifique se Leo se instalou bem na casa.”

Mario se encolheu de ombros. “Acho que não o vi muito. Nós tomamos duas cervejas em seu alpendre, mas isso foi antes que o tempo estivesse frio.”

Nate assentiu.

Mario sorriu e sacudiu a cabeça. “Não tem que me tirar fofocas, Nate, estou bem.”

Com um suspirou de resignação, Nate riu. “Velhos hábitos, é tudo.”

Balançando a caixa em uma mão, Mario abriu a porta. “Vemo-nos depois.”

“Claro.” Nate se dirigiu ao balcão.

Apesar do que ambos tinham prometido, Nate tinha mudado na tragédia. Ele ria consigo mesmo, enquanto se aproximava do The Gym. Era como ver um menino converter-se em homem frente a seus olhos. Sabia que Nate não apreciaria a comparação, mas Mario sabia que seu amigo tinha crescido nos dias de Cattle Valley.

Estacionou em seu lugar habitual, pôs a bolsa de The Gym em seu ombro, antes de pegar a caixa de guloseimas do assento. Entrando em seu trabalho, ele viu Rio. Deixou a caixa no balcão, antes de dirigir-se aos vestiários a trocar-se.

“Alto aí.”

Enquadrando os ombros, Mario se girou de cara a seu chefe. “Trouxe pasteizinhos.”

Rio cruzou os braços. “A única desculpa aceitável é que as coisas entre você e Asa estão funcionando.”

Mario sorriu. “Porque pensa que cheguei tarde?”

Rindo, Rio levantou Mario do chão e o balançou.

“Uff, Chefe, se soubesse que se emocionaria tanto, nem me preocuparia em me deter na padaria.”

Rio soltou Mario e foi ao balcão. “De que tipo?”

“Grandes de creme e chocolate.” Mario riu ao ver a pressa de Rio por chegar à caixa.

“Está perdoado.” Rio disse dando uma mordida no pastel.

“Sim. Não pensei que fosse tão fácil.” Mario pegou um dos grandes pasteizinhos e se serviu de suco de laranja.

“Shhh, não deixe os outros saberem. Tenho reputação de menino mau.”

Mario sacudiu a cabeça. A única pessoa na cidade que pensava que Rio era um menino mau era quem não o conhecia.

Na sexta-feira à noite, chegou à primeira nevasca da temporada. Mario levava duas coisas enquanto se dirigia à casa de Asa. A caixa de rolinhos de canela que estava ao lado dele no assento.

Embora o que não podia esperar, era o papel que tinha no bolso de sua jaqueta, estava deixando realmente excitado o pênis de Mario que se endureceu de pensar no fim de semana. Estava ansioso por sentir os lábios de Asa envolvendo seu pênis.

Enquanto conduzia fora da cidade, se alegrava de levar também roupa para o fim de semana. Uma vez que entrasse na casa de Asa, ele não precisava tirar a cabeça à porta até na segunda-feira de manhã. Um fim de semana inteiro para amar e conhecer homem era a melhor maneira de passar o tempo.

Deixou sua velha caminhonete no pórtico e colocou a bolsa no ombro, antes de pegar a caixa de rolinhos de canela.

Entrando na casa, Mario restabeleceu o alarme, antes de dirigir-se à cozinha. “Querido, estou em casa.”

Mario ouviu Asa rir. Esse som era doce música para seus ouvidos. Duvidava que seu amante tivesse rido um pouco nos anos anteriores.

Depois de deixar a caixa de rolinhos no balcão da cozinha, foi procurar Asa. Encontrou-o em seu lugar habitual no solário. Dias antes Asa pediu a Mario para trazer suas coisas de seu escritório ao quarto com três paredes de vidro. Desde então, Asa tinha começado a trabalhar novamente, o que ajudou a lhe levantar o estado de ânimo ainda mais.

Mario tinha descoberto que Asa crescia com os desafios. Não só em seus negócios, mas também com a terapia. Embora ainda faltassem meses para uma recuperação completa, ele recuperava força dia a dia.

“Como foi o seu dia?” Asa perguntou tirando a mão do teclado do computador e tomando a de Mario.

“Tudo bem. Longo. Quando começou a nevar já queria estar aqui com você.” Mario se inclinou e lhe deu um profundo beijo. Seu pênis se endureceu, quando a mão de Asa viajava de suas costas a seu traseiro.

Mario quebrou o beijo e se endireitou, notando que a mão de Asa continuava em seu traseiro. “Sente-se brincalhão?”

Asa sorriu. “Sempre que está por aqui eu não posso pensar em outra coisa, e algumas vezes mesmo não estando.”

“É? E que faz quando não estou por perto?” Mario se acomodou contra o canto da mesa.

“Sento-me aqui em minha cadeira olho pela janela e imagino que está embaixo da mesa me chupando”. Enquanto falava, Asa passava suas mãos pelas coxas de Mario do joelho até a virilha.

“E o que está fazendo, enquanto imagina esse pequeno cenário?”

“Eu abaixo minhas calças de algodão, pegou meu pênis na mão e imagino que é sua boca.”

Mario sabia que realizaria algumas das fantasias de Asa durante aquele fim de semana. “A senhora Guttenberg te apanhou, enquanto se masturbava?”

“Não. Graças a Deus. Eu não conseguiria lhe olhar na cara se o fizesse. Embora deva admitir que uma parte minha gostasse da emoção de ser apanhado.” As mãos de Asa começaram a massagear a ereção de Mario através da calça de couro. “Maldição. Tem idéia do sexy que é isso?”

“Sei que pensa que são sexy, é a roupa especifica que uso em casa, eu chego do trabalho e troco de roupa. Trouxe vários para que pudéssemos desfrutar do fim de semana.”

Asa lambeu os lábios. “Sexy como estes?”

Mario se encolheu de ombros. “Não sei, você será o juiz disso.”

A atenção de Asa estava enfocada no vulto atrás da braguilha de Mario. Mario pegou o papel que estava ansioso por mostrar a seu amante. “Recolhi isto antes de vir aqui.”

Asa olhou para o Mario. “Sim? O que é?”

“Algo que nos diz que podemos comer algo mais que pimenta e rolinhos de canela este fim de semana.”

As sobrancelhas de Asa se elevaram. “Sério? Como puderam ter os resultados tão rápido?”

Mario via Asa abrindo suas calças de couro. “Acredito que os doutores da clínica sabem a importância de resultados de laboratórios rápidos.”

Asa parecia fascinado baixando o zíper das calças de Mario. “Minha nossa.”

Mario sorriu. “Outro pequeno presente para você.”

Asa passou a mão pela correia da bolsa de couro que Mario vestia. “Isto não é nada pequeno.”

O elogio fez com que o pênis de Mario saltasse salpicando uma pequena quantidade de pré-sêmen na bolsa de couro que o cobria. Asa grunhiu roçando sua boca e sua bochecha pelo duro eixo.

Com suas pernas esticadas Mario sabia que seu amante não estava cômodo nessa posição. “Porque não vamos ao sofá?”

Asa o olhou e sorriu. “Porque estou com medo que se me mover, você vai se cobrir.”

Mario tirou a camiseta e a jaqueta juntas. “Você gostaria que continuasse?”

Asa se recostou em sua cadeira e cruzou seus braços sobre seu peito. “Por favor, continue.”

Mario levantou um pé e o apoiou na cadeira entre as pernas de Asa. “Ajuda-me?”

Asa agilmente moveu seus dedos tirando o laço às negras botas de Mario, antes de tirar Mario retirou o pé e deu o outro pé a seu amante. De pé Mario se girou e lentamente abaixou as calças de couro, dando a Asa uma primeira vista de seu traseiro nu.

Endireitou-se e se girou para Asa sorrindo. “Siga-me.”

“Aonde quiser.” Apesar de Asa dissesse entre respirações, Mario o ouviu forte e claro.

Mario pôs o andador frente a seu amante e lhe ajudou a ficar em pé. Quando Asa ficou pronto, Mario lentamente se moveu para o elegante sofá do quarto. A disposição era absolutamente perfeita.

Enquanto Asa se acomodava no sofá, Mario foi para a lareira e adicionou vários lenhos a mais. A sala estava maravilhosamente construída. Para uma sala repleta de janelas, a sala era surpreendentemente cálida. Decidiu que seria bom começar lentamente a despir seu amante.

“Talvez devêssemos ficar nus todo o fim de semana.” Comentou, enquanto tirava a roupa íntima de Asa. Quando o pênis de Asa saltou livre, Mario não pôde evitar capturar a brilhante cabeça em sua boca.

“OH, merda.” Asa gemeu, passando seus dedos entre o cabelo de Mario.

Mario sorriu ao redor do grosso pênis em sua boca. Sim seria um divertido fim de semana.

O alarme no relógio de Mario despertou na segunda-feira pela manhã. Grunhiu e se girou para aconchegar-se no quente Asa.

“Já é segunda-feira?” Asa murmurou ainda meio adormecido.

Mario respondeu com um grunhido, enterrando a cabeça no pescoço de seu amante. Embora soubesse que a estrada para a casa de Asa estava coberta, ele não sabia como estariam o resto das estradas que levavam a cidade.

Embora gozou esse fim de semana mais que nunca, seu pênis já estava inchando ao inalar o doce aroma do sêmen de Asa em sua pele. Perguntava-se como seriam seus fins de semana, quando Asa estivesse o suficientemente curado para foder. Entre esfregadas e chupadas um ao outro, eles tinham conseguido usar o tempo para se conhecerem melhor.

Ainda não podia acreditar que havia dito a Asa, a respeito de sua mãe e seu problema com a bebida. Deixou Asa entender a notícia a seu ritmo, ele lhe ofereceu apoio sem condená-lo. Era mais a respeito de conhecer o verdadeiro Asa, que tinha aumentado seu amor por ele.

“Poderia telefonar e não ir?” Asa inclinou a cabeça o suficiente para deixar Mario chupar a suave pele de seu pescoço.

Mario estava muito ocupado chupando e deixando sua marca no pescoço de seu amante para responder. Não importava ter deixado suas mordidas de amor em Asa em lugares que outros não veriam. Asa sabia que estavam ali. Ambos sabiam, enquanto Mario fosse trabalhar. Deixando de torturar a suave pele. Mario se deslizou para o peito de Asa. Sorriu e negou com a cabeça ante os numerosos hematomas visíveis entre o pêlo negro e cinza. “Com certeza não quererá caminhar pela casa sem uma camisa.”

Asa sorriu. “A senhora Guttenberg enfartaria.” Asa passou seus dedos através do cabelo de Mario. “Nunca me senti tão satisfeito como agora.”

Mario olhou os olhos a Asa. Sentia-se da mesma maneira, mas era muito cedo para admitir todos seus sentimentos. Em vez disso começou a brincar. “Apenas espera até que esteja bem para envolver suas pernas em meu pescoço.”

Como cada vez que Mario falava diretamente, Asa se ruborizava.

“Porque acha que estou treinando tão duro?”

Mario cuspiu em sua mão e a colocou entre as pernas de Asa para o esquecido buraco de seu amante. “Tem alguns brinquedos?”

Asa se congelou. “Por quê?”

Isso envergonhava a Asa? “Você pode não ser capaz de suportar seu peso em suas pernas, mas acredito que podemos plenamente entrar no quarto e foder usando um vibrador ou um plugue.”

“Poderia fazer isso?”

“Claro que sim. Quanto tempo faz que esse buraco não é preenchido?” Mario introduziu o dedo indicador até o primeiro nódulo.

“Muito tempo. Nada em oito meses antes, nada depois do acidente.” Asa admitiu, vaiando quando Mario se empurrava dentro.

Mantendo seu dedo dentro Mario se sentou. “Então onde estão os pênis artificiais?”

Asa assentiu, assinalando para a mesa de noite. “Na gaveta debaixo, atrás, e na de acima está o lubrificante.”

Mario retirou sua mão dentre as pernas de Asa e foi ao outro lado da cama. Primeiro abriu a gaveta debaixo, encontrando um vibrador de bom tamanho, cor marrom. As grossas veias moldadas no silicone recordavam Mario de seu próprio pênis. Diabos como pensou nisso...

“Este é muito parecido com meu pênis da mesma cor e tudo.”

Viu Asa surpreso porque a cara estava vermelha brilhante. Essa era a razão para que Asa comprasse? Mario sabia que se pressionava muito em vez de admiti-lo, ia se sentir magoado, então deixou passar.

Com o vibrador em uma mão ele procurou o lubrificante e voltou a sua posição nos quadris de Asa. Deixou o vibrador a um lado e lubrificou dois dedos. O primeiro entrou facilmente, mas o segundo levou mais tempo. Com sua mão livre ele acariciava o pêlo do peito de Asa detendo-se para beliscar os chupões ao redor dos mamilos.

Asa gemeu, quando Mario começou a mover seus dedos dentro e fora de seu buraco.

“Isso é muito bom.”

Quando Mario sentiu que Asa estava suficientemente estirado, pegou o vibrador e aplicou mais lubrificante na ponta e o deslizou pelo eixo até a base. Mario posicionou a cabeça com forma de cogumelo na entrada de Asa e lentamente o empurrou dentro.

“Porra!” Asa gritou.

“Quer que seja mais lento?”

Asa negou. “Diabos, não.”

Com um pouco de trabalho Mario conseguiu introduzir o vibrador inteiro, deixando só espaço suficiente para segurar. Moveu o pênis artificial lentamente antes de tirá-lo.

Os ombros de Asa se moviam na cama de prazer. “Mais rápido”, ele pediu.

Mario fez o que ele pediu aumentando o ritmo de entradas e saídas do buraco de Asa. Usou sua mão livre para envolver seu próprio pênis, enquanto via Asa fazer o mesmo, seguindo o ritmo que Mario dava ao vibrador.

Podia sentir o suor começar a escorrer por sua testa, enquanto ele movia ambas as mãos o mais rápido que podia. “Vou gozar.” ele advertiu.

Asa assentiu e gritou, seu pênis fez erupção em jorros de grosso sêmen. Sabendo que estava no colo de Asa, Mario puxou seu pênis duas vezes mais antes de gozar, deixando-se cair a um lado da cama, pegou a toalha que eles tinham usado horas antes. Girou-se para Asa. “Que acontece?”

Com o braço sobre sua cara, Asa negou. “Não posso acreditar que tenha me deixado fazer isto. Embora me envergonhasse do muito que o desfrutei.”

Mario se acomodou ao lado de Asa e descansou sua cabeça em seu peito brincando com seus dedos sobre as gotas de sêmen seco. “Nunca deve se envergonhar por se sentir bem. Quando confia em seu par e ambos estão de acordo não há limite.”

Asa descobriu sua cara e olhou fixamente Mario. “Não tem idéia dos anos que escondi essa parte de mim.”

“Que quer dizer? Pensa que está errado agradar-se?” não podia imaginar como um homem tão seguro na sala de reuniões, fosse tão inseguro na cama. Seu fim de semana juntos tinha sido fantástico. Não tinha visto esse lado que estava mostrando depois da sessão com o vibrador.

Asa gemeu e girou a cabeça afastando-a. “Os vibradores são para loucos, gente que não pode conseguir sexo regular”.

“Merda. Os vibradores são para se agradar, estando sozinho ou com seu par.” Mario descansou sua cabeça no ombro de Asa. “Fazer o amor contigo de qualquer forma é uma beleza.”

Asa se girou e beijou a testa de Mario. “Está atrasado para o trabalho.”

Mario suspirou. “Não me importa. Não vou te deixar até que se dê conta de que o fizemos foi sexy e divertido e absolutamente nada de que envergonhar-se.”

Asa ficou tranqüilo uns momentos antes de começar a rir. “Você sabe esta conversa, seria mais agradável se não continuasse tendo o vibrador em meu buraco.”

 

 

                                 Capítulo Quatro

 

Mario manipulava os talheres. Porque há tantos garfos?

“Este lugar faz você se sentir incomodo?” Asa perguntou.

Mario ia negar, mas sabia que devia ser sincero com seu amante. “Sim. Mas é noite para celebrar. Que melhor lugar para isso em Cattle Valley que o ‘La Canoe’.”

Asa pegou a mão de Mario. “Sinto muito. Não pensei em seu passado com Erico quando o sugeri.”

“Erico?” Mario negou. “Meu desconforto não tem nada que ver com Erico. Claro nós... saímos, mas terminamos como amigos.”

“Falando do diabo.” Asa murmurou.

Mario viu Erico, fazendo a ronda, dando a cada cliente uns segundos de seu tempo. Mario sabia que era seu momento favorito. Ele apertou a mão de Asa. “Ele pode ter um impulsivo traseiro, mas é um menino agradável debaixo dessa dura crosta que o cobre.”

Asa negou e seus olhos ainda estavam no proprietário e chef do ‘La Canoe’. “Eu não sei nada a respeito de seu caráter. Acho que sua sexualidade aberta a qualquer um que queira passar um bom momento é o que sempre me incomodou.”

Embora Mario devesse saber que o comentário não era para incomodá-lo. Todos na cidade sabiam que os dois faziam as mesmas coisas. Asa pensava nele como uma rameira, ou seu amante pensava que ele tinha sido utilizado por Erico, porque nenhuma das duas era verdade.

Antes que pudesse esclarecer a Asa suas idéias, Erico chegou à mesa. “Mario! Surpreende-me te ver aqui. Pensei que odiava os jantares elegantes.”

Mario não estranhou a maneira como se olhavam Asa e Erico. Esperava que os dois homens tirassem suas armas em qualquer momento.

“Nós estamos celebrando, depois de semanas de duro trabalho, Asa está no seguinte passou de sua reabilitação.”

“Acho que deveria me surpreender de ver os dois juntos depois do que aconteceu, mas isso é bom, Felicitações.”

Apesar das palavras de Erico, Mario não tinha certeza da sinceridade de seu velho amigo. Tenho que recordar falar e terminar definitivamente com Erico. Mario roçou seu pé contra o de Asa. “Sim. Não necessita mais de braçadeiras.”

Erico olhava para a mesa.

“Eu ainda necessito de mais tempo.” Asa respondeu à pergunta não formulada.

“Bem, se alguém pode te pôr em forma é nosso Mario.” Erico lhe deu um forçado sorriso.

“Sim, meu Mario é um grande professor.”

Mario mordeu o lábio para não rir ante a reclamação de propriedade de Asa. Um olhar para Erico fez que desaparecesse sua alegria. Sim, havia definitivamente algo mau com Erico. “Você vai para casa no dia de Ação de Graças?”

Erico negou. “Não posso, perdi outro chef.”

Mario sabia o muito que a família significava para Erico. O apaixonado latino normalmente visitava sua família no dia de Ação de Graças e Páscoa. Talvez isso o deixasse aborrecido. “Porque apenas não fecha o lugar por dois dias?”

“Não, muita gente já esta fazendo reservas para o dia de Ação de Graças. Se não encontrar outro chef, não poderei ir para casa no Natal.”

“Boa sorte.” Se eles estivessem sozinhos, Mario poderia sugerir a Erico que mantivesse seu pênis em suas calças com o próximo Chef, mas a tensão entre Asa e seu amigo era já evidente.

Erico assentiu. “Bom, desfrutem de seu jantar.”

Mario viu que Erico parecia ter pressa para retornar à cozinha. Não tinha certeza se era pela falta do chef ou pela necessidade de esconder suas emoções. Voltou sua atenção para Asa. Repentinamente seu amante estava incomodo. “Por favor, não se preocupe por ele. O que nós tivemos foi há muito tempo.”

“Porque não me disse que odiava este lugar?”

Mario se encolheu de ombros. “Como te disse à tarde, isto não é a respeito de mim.”

“Aonde vai normalmente?”

“Depende de meu humor, algumas vezes vou até o Grizzly Bar, algumas vezes ao Debs, mas a maioria das vezes chego ao O’Brien’S. Sean e Jay começaram a ser bons amigos.”

“Jay, é esse jovem que parece garota, verdade?”

Mario se perguntava quantas vezes às pessoas tinham usado essas palavras para descrever Jay. Igual a Erico, Jay era muito mais do que aparentava. “Sim. Estou ansioso para lhe apresentar a uma das almas mais puras que já encontrei.”

“Não há melhor momento que o presente.”

“Huh?”

Asa pegou sua carteira e deixou umas notas na mesa. “Vamos daqui, e vamos ao O’Brien’S.”

Mario estava totalmente de acordo indo comer a O’Brien’S, mas lhe incomodou o dinheiro que Asa deixou na mesa. Pegou sua própria carteira, retornou o dinheiro a seu amante. “Eu convidei para sairmos. Eu pago por isso.”

Asa abriu a boca. Mario sabia que seu amante ia discutir o ponto, então o pegou pela mão. “Por favor.”

Asa finalmente assentiu e pegou seu andador. Mario ajudou Asa a estabilizar-se com uma mão na parte baixa das costas. Quando eles saíram, apontou para o carro que tinha levado a cidade. Mario admitiu para si mesmo que gostava de conduzir o impecável Jaguar, mas, igual ao ‘La Canoe’, o fazia sentir-se incomodo.

Ajudou seu amante a entrar no carro, antes de guardar o andador no porta malas. Segundo os médicos de Asa, ele não seria capaz de usar uma bengala até dentro mais ou menos de um mês. Mario sabia que Asa tomava as palavras dos médicos como um desafio. Igual a em seus negócios, Asa se esforçava até extenuar-se com objetivo de exceder as expectativas.

Mario entrou no carro e se girou a Asa para beijá-lo. “Acredito que minha caminhonete tem um melhor tamanho.”

Asa sorriu. “Apesar de ficar muito bem neste carro, preciso considerar comprar um carro que se ajuste melhor ao seu tamanho.”

“Ou, nós podemos começar a falar de sair em minha caminhonete quando você puder subir nela.” Parte dele sabia que o que dizia era uma prova, mas precisava saber como Asa dirigiria a óbvia diferença de classes.

“A caminhonete tem um banco como assento, verdade?” Asa surpreendeu Mario com a pergunta.

“Uh, sim.”

“Estou totalmente a favor dos assentos de banco. Já não fazem muitos desses. Posso me aproximar enquanto dirige e não estar separados por este maldito console.”

Boa resposta. Mario sorriu e se inclinou sobre o console para beijá-lo. “Lembre-se disso.”

“Então o que quis dizer Erico que se surpreendia de nos ver juntos depois do que aconteceu?” Asa perguntou.

Mario continuava com o carro parado pensando em se lhe dava a informação ou esperava que se esquentasse. “Ele falou do que aconteceu no hospital.” Se encolheu de ombros. As coisas estavam bem entre ele e Asa e odiava recordar maus momentos. “Não se preocupe por isso, já deixei para trás.”

“O que deixou para trás?”

“Que tenha recusado me ver depois da tragédia.”

“O que? Nem sequer soube que tinha ido.”

Mario deixou sair um bufo. “Eu fiz um diabo mais que ter ido, eu passei dois malditos dias na sala de espera, esperando que me chamasse.” As lembranças ainda lhe causavam dor de estômago.

Asa apertou a coxa de Mario. “Não sabia. Estava zangado, porque não tinha ido ver-me. Quem te disse que não queria te ver?”

Mario se encolheu de ombros novamente. “Um de seus lacaios.”

Asa colocou a mão em punho. “Isso me rasga mais que…”

Mario se deteve e beijou Asa. “Isso já não é problema, esses idiotas já se foram e nós estamos juntos.”

Ele conduziu para O’Brien’S. “A comida é muito melhor do que possa pensar, muito melhor de quando era Brewster’S. Jay fez muito bem seu trabalho, renovando o menu. Claro que a comida não é elegante, mas é bastante boa.”

“Que tão freqüentemente come fora? Porque fala como um perito.”

Mario se encolheu de ombros e estacionou o carro em um dos locais de O’Brien’S. “Antes que começasse a ir à Casa Montgomery todas as noites, comia fora quatro ou cinco noites por semana. A maioria das vezes só comprava a comida para levar.”

Começou a sair, mas Asa o deteve. “Era por isso que estava zangado quando te pedi ajuda com minha reabilitação.”

Mario sacudiu a cabeça. “Sim, mas eu realmente não quero aprofundar isso, é doloroso falar, não só em meu coração.”

“Sinto muito. Ambos não podemos evitar muita dor, ao menos…”

O rugido do estômago de Asa interrompeu o sentimental momento. Mario se inclinou sobre o console e deu a seu amante outro beijo. “Ambos fomos enganados. Agora é seguir adiante.”

Asa assentiu.

Sentindo-se melhor, Mario saiu do carro e foi pegar o andador de Asa. Quando chegou à porta do passageiro, Asa já tinha aberto a porta e estava de pé ao lado o carro, detendo-se na porta aberta.

Mario girou os olhos e negou. Ao menos horas depois de que o doutor lhe enviasse o desafiou, Asa já estava provando seus limites. Mario deixou a andador tão perto da porta como pôde e esperou que Asa se movesse para fechar a porta.

Eles quase tinham chegado à calçada quando o telefone de Asa começou a soar. Mario o conhecia o suficiente para deter-se. Asa poucas vezes deixava um telefonema sem responder. Em sua vida profissional, um telefonema não respondido poderia significar milhares de dólares. Mario tentou cobrir quanto pôde o brutal vento que golpeava Asa, enquanto seu amante respondia.

“Olá?”

Asa suspirou e girou os olhos. “Pode me ligar depois irmã? Estou justo na metade de algo.”

Mario começou a esfregar as costas de Asa tentando manter seus músculos quentes.

“Bem, sinto que ele queira uma resposta agora, vai ter que esperar que retorne a casa.”

Mario não pôde evitar notar a rudeza da voz de Asa. “Olhe, te ligo depois, fim do assunto.” Asa terminou a ligação e guardou o telefone em seu bolso.

“Tudo bem?” Mario perguntou.

“Sim. Conversamos quando sairmos deste maldito frio.” Asa pegou seu andador com ambas as mãos e lentamente se dirigiu para O’Brien’S.

Mario encontrou uma mesa e guardou o andador fora do caminho. Ethan caminhou para eles levando dois menus. “Desde quando trabalha aqui? Nate te despediu?”

Ethan riu. “Não. Só trabalho duas noites na semana. De todos os modos não há muito que fazer além de me sentar em meu apartamento.”

Mario rejeitou o menu, mas Asa pegou. “Traga-me uma cerveja gelada.”

Ethan assentiu e olhou para Asa.

“Um russo branco , por favor.” Asa pediu.

“Em seguida.”

Ethan os deixou e Asa abriu seu menu. “Que recomenda?”

“Os files são sempre de alta qualidade, mas penso que não seria ruim que provasse a massa que Jay serve é especial.”

“Parece bom.” Asa colocou o menu e o deixou a um lado. “Apenas vim duas vezes nas terças-feiras de taco, acho que nem sabia que outros dias havia comida.” Asa disse com um sorriso.

“Bom agora já sabe.” Mario entrelaçou seus dedos com os de Asa. “Então. O que você ia me contar sobre o telefonema?”

Asa grunhiu. “Era minha irmã. Meu sobrinho quer tentar modificar o acordo a que chegamos a alguns meses.”

“Que acordo?” Mario se acomodou em seu assento, quando chegou Ethan com as bebidas.

“Já decidiram?” Ethan perguntou.

“Nós queremos dois especiais.” Mario deu o menu de Asa a Ethan.

“Grande escolha. Os Ziti a três queijos está excepcional.”

Logo que Ethan se foi, a atenção de Mario retornou para Asa. “Sinto muito.”

Asa moveu a mão afastando a desculpa de Mario. “Um de meus sobrinhos quer que lhe compre um carro. Eu lhe disse que procurasse trabalho e economizasse quinhentos dólares, e eu lhe comprava um. Bom, ele nunca se incomodou em ganhar nada de dinheiro, e esta pressionando a minha irmã que cubra sua parte. Eu tratei que lhe dizer que esse não foi o acordo. Minha intenção é mostrar ao menino que precisa trabalhar pelas coisas, mas talvez esteja sendo muito duro. Todos sabem que o custo de um carro não faria um rombo em minha conta bancária.”

Mario pensou em sua mãe e seus custosos presentes de homens ricos e ele sabia onde tinha terminado. Não queria dizer a Asa o que fazer, era sua família antes de tudo, mas tampouco queria que se aproveitasse de Asa.

Ao fim Mario se decidiu falar com Asa sobre o que ele pensava, sem lhe dizer que fazer. “Minha mãe trabalhava de garçonete em um e outro cassino. Ela tinha um noivo que lhe deu de presente um Mercedes. Então por dois meses ela saía com o homem e conduzia com estilo. Um dia o homem se foi, parecia que todos o faziam, e minha mãe ficou procurando substituição. Eu recordo estar esperando ela vir me buscar na escola. Estava ficando tarde e imaginei que ela tinha se esquecido, então comecei a caminhar para a casa. E a encontrei ao lado do caminho chorando. Seu amado Mercedes tinha morrido e ela não tinha nem idéia do que tinha feito.”

Mario terminou sua cerveja e apontou pedindo outra. “Resultou que o carro necessitava de certos reparos, não era muito, mas eram centenas de dólares, mas Mamãe não tinha esse dinheiro e terminou vendendo o carro em troca de centavos, porque não tinha as poucas centenas de dólares que requeria a maldita reparação.”

Ethan deixou na mesa a nova cerveja. “Obrigado.”

Asa se limpou a garganta. “Sei que há uma lição nisto. Mas não poderia apenas dizer o que quer dizer.”

Mario se encolheu de ombros. “Apenas que um lindo carro não faz à pessoa melhor se eles não tiverem o dinheiro para mantê-lo que vão fazer. É a história do homem e o pescado. Se você comprar o carro a seu sobrinho, como ele o manterá? Pode estar esperando que você pague também por isso? Porque te garanto que se obtiver o carro, perde o incentivo para trabalhar.”

“Então. Que propõe que eu faça? Eu sei que dar dinheiro a minha família não é ajudá-la, mas tenho feito por muito tempo, como paro?”

Uma vez mais, Mario pensou em sua mãe. “Começa com seu sobrinho. Explique a sua irmã, que você pode comprar um bom carro usado que ele possa pagar a manutenção.”

“E que acontece se começa a argumentar que eu comprei carro novo aos outros meninos?”

Para ser um homem de negócios, Asa não parecia agir como um. “É seu dinheiro. Se você tiver um empregado que espera que lhe dê um aumento cada ano sem esforçar-se a fazer um bom trabalho, o daria?”

“Não.”

“Que se argumenta que sua decisão não é justa porque você deu aumento a fulano e beltrano?” Mario podia ver a luz iluminar os olhos de Asa.

“Eu não deixaria que um empregado argumentasse comigo e continuasse sendo meu empregado.”

“Exatamente. Se sua família não encontrar a maneira em que você possa ajudá-lo, será difícil. Minha mãe nunca aprendeu a economizar ou a cuidar de si mesma. Era fácil para ela obter dinheiro dos homens ricos, quando ela era jovem. Agora ela tem sessenta anos e é alcoólatra, tem que empenhar suas jóias todo mês para pagar os serviços e suas bebedeiras.”

Asa apertou a mão de Mario em simpatia, mas Mario não necessitava isso. Ele tinha chegado a entender a maneira de ser de sua mãe faz anos. “Tudo o que eu te digo é que aconteceria se repentinamente perdesse todo seu dinheiro? Eles seriam capazes de se cuidar sozinhos?”

“Não. Duvido que eles possam. Apenas que tenho muito. Não seria um pouco egoísta não dar às pessoas que amo algo do que tenho em abundância?”

“Não digo que não dê lindos presentes de vez em quando. Tudo o que estou dizendo é que se assegure de que eles possam cuidar de si mesmo sem esses presentes.”

Mario podia ver as rodas da máquina movendo-se na cabeça de Asa. Sabia que seu amante tinha muito em que pensar. Estava tão preocupado por Asa que não viu que Jay chegou colocando os dois pratos de ziti frente a eles. “Wow, deixaram-lhe sair da cozinha.”

Jay sorriu. “Escapei por um momento para te dizer olá.”

Mario se deslizou nos bancos. “Sente-se.”

Jay olhou Asa e voltou o olhar a Mario. “Tem certeza que ficará tudo bem?”

“Com certeza.” Asa respondeu por Mario. “Sou Asa Montgomery.” Asa estreitou a mão do tímido Jay.

“Jay De Luca.” Jay soltou a mão de Asa e se sentou ao lado de Mario. “Não parem de comer, eu só preciso descansar meus pés.”

Mario pegou um pouco de ziti com queijo com seu garfo e o levou a sua boca. “Mmm mmm mmm.”

Jay abaixou sua cabeça e suas bochechas se cobriram de um lindo rosa. “Alegra-me que você goste.”

Mario sabia que Jay tinha sido deslocado de sua casa de jovem e que esteve nas ruas antes de chegar ao albergue em DC. Não podia imaginar como o homem tinha aprendido a cozinhar tão bem. “Então, de quem recebeu isto?”

“Minha avó, ela sempre me dizia como fazer massa, antes mesmo que eu fosse alto suficiente para alcançar o balcão. Minha avó comprou uma escadinha para mim.”

Mario sentiu uma opressão em seu peito ante a pacífica expressão de Jay ao falar de sua avó. Não precisou perguntar se a avó ainda estava viva. Não a avó que se tinha dado o trabalho de ensinar uma criança a cozinhar, não teria permitido que o jogassem à rua devido a sua sexualidade.

“De onde é?” Asa perguntou.

“Cheguei aqui de Washington, DC.”

Mario notou que Jay não disse que era de DC, ele disse que chegou de DC. O homem realmente era um mistério. Não ajudava que Jay fosse incrivelmente tímido e que poucas vezes falasse com alguém, Mario pensou em que eles tinham começado a serem amigos, e ele poderia conhecer mais de perto esse homem.

Decidiu mudar o tema afastando do passado de Jay. “Vejo que trouxe Ethan para trabalhar aqui.”

Jay automaticamente revisou o salão até que descobriu Ethan. “Sim.”

Mario sorriu e golpeou Jay com seu ombro. “Está saindo com ele?”

Jay o olhou surpreso. “Não. Nós somos amigos. Ele precisa sair de seu apartamento. Quando está só começa a ser um pouco paranóico, e começa ouvir ruídos e coisas.” Jay se encolheu de ombros. “Eu lhe digo que provavelmente seja o ruído do forno na padaria, mas ele não me acredita.”

“E com quem está saindo?” Asa perguntou.

Mario não se lembrava de ter falado com Asa sobre o passado de Jay. Não culpava a seu amante por estar interrogando-o, ele se perguntava o mesmo, mas Mario sabia que era a maneira mais rápida para que Jay se encerrasse.

“Com ninguém.”

Hmmm, interessante. Mario podia dizer pela maneira em que quadrou os ombros ante a declaração que não era certo. Era óbvio que Jay não parecia dar-se conta da atração que ele causava em todos.

Ethan chegou à mesa. “Já há outros pedidos.”

“Bem.” Jay respondeu.

“Antes que vá vou te dizer que é a melhor massa que provei desde uma viagem a Itália que fiz a alguns anos. Se decidir trabalhar por sua própria conta, me avise.”

“Obrigado, mas sou feliz aqui. Erico já veio me acossar para que trabalhe com ele, mas Sean é realmente bom comigo.”

“Não deixe que Erico te convença, ele é um bastardo persistente, quando quer algo.” Mario notou um sutil tique na mandíbula de Jay quando deixou a mesa.

“Não se preocupe. Estou acostumado a lidar com gente como ele.” Jay ficou de pé e apoiou seus dedos sobre a mesa. “Muito prazer em te conhecer Asa.”

“O prazer foi meu.” Asa respondeu.

“Verei-te na terça-feira?” Jay perguntou a Mario.

“Claro estarei aqui, mas sempre está muito ocupado para conversar. Talvez me detenha algum dia para por o papo em dia.”

“Parece bom.” Jay deu a volta e voltou à cozinha.

“Tinha razão, é um menino encantador.”

Mario deu outra mordida em seu jantar. Talvez devesse ir até ao ‘La Canoe’ para falar com Erico a respeito de que se mantivesse afastado de Jay. “Ele é um bom menino que quero proteger, entende? Jay passou por muitas coisas apesar de sua idade e é tempo de que finalmente encontre paz e felicidade.”

 

 

                                                             Capítulo Cinco

 

“Homem isto é realmente estranho.” Mario não podia acreditar a quantidade de neve que estava caindo.

“E se parece que teremos quinze centímetros a mais antes que pare.” Rio disse, chegando ao lado de Mario que olhava pela janela.

Mario esperava que Asa tivesse chegado bem a sua casa. Embora tenha contratado um chofer temporário que o levasse a seu escritório, pensar que o carro de Asa pudesse ter caído em uma sarjeta lhe preocupava. “Acredito que vou telefonar para Asa.”

A grande mão de Rio despenteou o cabelo de Mario. “É lindo a maneira como se preocupa com ele. Mas me lembro que Asa sempre foi o tipo de homem que sabe se cuidar.”

Mario sabia a verdade. Asa podia ser muito capaz para dirigir sozinho o mundo empresarial, mas seu amante era incrivelmente inseguro quando era dirigir sua vida pessoal. “Em algumas coisas, mas felizmente ele me tem para o resto.”

Desculpo-se e se dirigiu ao escritório para ligar.

“Hei.” Asa respondeu.

“Hei. Apenas queria me assegurar que tivesse chegado bem a casa.”

“Mal. As estradas daqui à cidade estão horríveis. Sinto-me mal por enviar Max por essas estradas, mas a Senhora Guttenberg precisava ir a sua casa e eu não queria que ela dirigisse assim Max a levou.”

“Está sozinho?” A idéia não agradava a Mario.

“Sim e assim é como vou ficar, não quero que arrisque sua vida para ser minha babá. Estou bem.”

“E se eu prefiro ser seu fodida babá?”

“E se eu preferir não ter que ir depois a seu fodido funeral?” Asa lhe respondeu.

“Está bem o entendo, mas isso não ficará assim. Se tiver que comprar um maldito arado para pôr frente a minha caminhonete. Comprarei-o. Nem pensar que isto aconteça todo o maldito inverno. De fato talvez devesse planejar ficar comigo na cidade quando tiver previsão de tempestade.”

“Não te incomodaria?” Asa surpreendeu ao Mario pela pergunta.

“Porque diabos me incomodaria? Eu passei por sua casa cada maldita noite por quase dois meses.” Mario sabia que as inseguranças de Asa estavam aparecendo novamente.

“Está bem, isso pode ser genial. Eu nunca fiquei na casa de um amante antes.”

Mario sacudiu a cabeça, claro, Asa não ficou com ninguém porque eles estavam tentando conseguir dinheiro e presentes em troca de sexo. Diabos, a metade dos meninos provavelmente nem tinham uma fodida casa em primeiro lugar. “Logo que as estradas se limpem o suficiente para mim, irei por você.”

“Não antes que a neve pare e as estradas fiquem limpas.” Asa advertiu.

“Bem, mas não posso te prometer não acossar à cidade até que o faça.”

Asa riu. “Liga-me depois?”

“Claro. Se mantenha aquecido.”

“Farei isso. Adeus.”

Mario desligou e sorriu. Havia sido tão feliz? Sabia a resposta correta. Não. Apenas esperava não foder tudo agora que finalmente o tinha encontrado.

Depois do trabalho, Mario notou que o estacionamento do ’La Canoe’ estava quase vazio, e decidiu deter-se e ter uma conversa com Erico.

Acomodando a boina até seus ouvidos, tomou coragem para abrir a porta e sair à neve. Entrando no restaurante. A nova garçonete cumprimentou Mario. “Hei, Ellen, Erico está ocupado?”

Ela olhou ao redor do restaurante quase vazio. “Com certeza que não está ocupado cozinhando, mas ele tinha vários telefonemas para fazer, quer que diga que você está aqui?”

Mario assentiu e apontou para o balcão, “Vou tomar uma cerveja, enquanto espero.”

O único que estava no balcão felizmente era alguém que Mario conhecia. Sentou-se em uma cadeira ao lado do treinador de futebol e bateu em suas costas. “Como está, Kenny?”

“Estou bem, e você?”

“Eu estaria fantástico se não fosse o maldito clima.”

“Sim já ouvi isso. Porque pensa que estou aqui, em vez de estar no treinamento?” Kenny riu.

Mario e Kenny tinham trabalhado muitas vezes juntos, ele sabia de que Kenny estava apaixonado por seu professor. “Novidades com Eli?”

Kenny negou e tomou outro gole de cerveja. “Não. Ele continua me tratando como seu antigo estudante. Juro que o homem não supera.”

“Eli provavelmente nunca tinha lidado com uma situação similar. A maioria dos meninos cresce e vai embora da cidade.”

“Sim.” Kenny assentiu. “Deixar que um Trenton se levante como um gay.”

Mario sabia que Kenny não tinha boa relação com seus pais. Um dos primeiros ménages familiar que chegou a Cattle Valley, Jefferson, Lisa e Martín Trenton eles tinham muito amor entre si que pareceu não ficar muito para seu único filho. Como resultado Kenny foi tratado como um estorvo em sua própria casa, enquanto crescia.

“Porque não pergunta diretamente a Eli em vez de esperar que venha por você?”

Kenny negou. “Eu não sei lidar com a rejeição. Melhor amar de longe que ser rejeitado.”

Quanto tempo Mario tinha tido a mesma filosofia com respeito a Asa? “Amar de longe é uma merda. Eu sei por que eu tenho feito.”

Kenny sorriu. “Sim, mas eu ouvi na cidade que passou um tempo horrível com sua secreta obsessão.”

“Obsessão real agora.” Mario sorriu. “E tudo porque eu finalmente tive a coragem de dar o primeiro passo.”

“Terei que pensar nisso.”

“Hei!” Erico cumprimentou chegando atrás do balcão.

“Finalmente.” Mario brincou. “Não há quem sirva a um homem uma cerveja?”

“Mova seu traseiro e se sirva. Enviei Mark para casa mais cedo.” sem lhe perguntar que queria, Erico abriu a cerveja favorita de Mario e a deu.

“Se assegure se Kenny quer algo mais porque eu preciso falar contigo em particular.”

Erico assobiou. “Parece divertido.”

Kenny terminou sua cerveja e deixou duas notas no balcão. “Obrigado será melhor que volte para casa enquanto possa.”

“Adeus, companheiro.” Mario se despediu de Kenny. Girou-se para Erico. Em vez de fazer rodeio ele decidiu ser direto com ele. “Ouvi rumores de que está incomodando Jay para que trabalhe contigo.”

“Fodidos fofoqueiros.”

Mario soprou. “Sim, parece que ninguém escapa das intrigas nesta cidade.”

“Como é. E quer me advertir sobre isso?”

Mario descansou seus antebraços no balcão e se inclinou para frente. “Pensei em te dizer que mantenha seu pênis longe de Jay.”

“Porque vem aqui ao meu trabalho e me adverte de seu traseiro?”

“Porque te conheço, lembra? E sei o que acontecerá, sabe que fode todos os assistentes de chef que tem.”

Erico cruzou os braços. “Não todos, além disso, quem poderia me culpar? Estou aqui, quinze ou dezesseis fodidas horas ao dia.”

Mario sabia que o raciocínio de Erico era válido, mas também sabia os apetites sexuais de seu velho amante. “Jay não é homem para você.”

“Por quê? Pensa que meu grande pênis dividiria em dois seu pequeno traseiro?” Erico sorria enquanto falava, e Mario esteve perto de saltar o balcão e equilibrar-se sobre ele.

Sabia que isso era parte da defesa tática de Erico, acalmando-se rapidamente. Uma das razões que Mario sabia que nunca tinha havido nada entre os dois era porque Erico se recusava a reconhecer emoções.

Se Mario conhecia bem Erico poderia dizer que notou as mudanças de Erico depois da tragédia. Erico poderia ser um trapaceiro para a maioria das pessoas, mas Mario havia finalmente encontrado o segredo. Erico utilizava o sexo para manter-se perto das pessoas. Mario não sabia quem nem como tinham machucado ao seu ex-amante, mas definitivamente lhe tinham deixado cicatrizes.

“Ele é meu amigo, e te peço, por favor, que pare. Jay já sofreu muito, deixa-o em paz.”

Uma confundida expressão cruzou a cara de Erico, mas rapidamente se recuperou “Vou deixar de incomodá-lo para que trabalhe comigo. Isso é tudo o que posso prometer.”

Mario negou. “Não é suficiente. Quero que me prometa que não vai brincar com ele. Acredite-me ele não está ao seu alcance. Esse não seria um encontro justo.”

Erico não disse nada, mas Mario podia ver que seu ex estava pensando em cada palavra que havia dito. Supôs que era o máximo que ele conseguiria no momento. Pegou a carteira do bolso de sua jaqueta, mas Erico o deteve empurrando a carteira ao peito de Mario.

“Guarda seu dinheiro. Seria um dia muito triste se eu não puder pagar uma bebida a um velho amigo.”

Mario guardou a carteira em seu bolso. “Viu? É a primeira vez que refere a mim como um amigo.” Mario se inclinou ante o balcão a centímetros da formosa cara de Erico. “Vejo emoções aí dentro. Talvez em algum momento as deixe sair.”

Erico riu e se retirou. “Tira sua bunda daqui.”

Mario deixou o restaurante, sentindo um conflito. Embora soubesse que Erico não era o que Jay necessitava, talvez Jay fosse justo o que Erico necessitava.

Asa já tinha sua mala na porta, quando Mario chegou. Ele estava acostumando a ter Mario com ele todas as noites, e estava ficando louco em estar sozinho embora fosse por uma noite, abriu a porta e apontou para a mala. “Antes que pergunte, não estou me mudando apenas pensei que podia necessitar um pouco de roupa em sua casa se a tormenta durasse mais.”

Mario respondeu a Asa com um profundo beijo. “Pode trazer todo o maldito closet se quiser.”

“Não acredito que seja necessário, mas obrigado por oferecê-lo.”

Mario pegou sua mala. “Está preparado?”

“Sim apenas preciso pôr o alarme.” Asa esperou que Mario saísse antes de pôr o alarme e fechar a porta. “Finalmente irei ao seu lado enquanto dirige.”

“Sim, mas como estão as estradas, não é aconselhável nos divertirmos. Teremos que esperar um lindo dia para brincar com bob e o salame enquanto dirijo.”

Asa quase se afoga. Nunca tinha conhecido alguém que falasse tão cruamente como Mario e isso o confundia e o acendia tudo de uma vez. Com seu andador Asa lentamente chegou à caminhonete. Não havia dito a Mario, mas ele já estava praticando com a bengala. Apesar do que os doutores disseram, Asa sabia que ele finalmente deixaria o andador na próxima semana ou algo assim. Sentia-se um pouco envergonhado. “Poderia me mostrar quão forte é?”

Embora tentasse aliviar a situação, Asa se sentiu incomodo, quando Mario o levantou. Recebeu um gentil beijo quando o deixou no assento. “Obrigado.”

“Meu prazer.” Mario o beijou novamente. “Definitivamente meu prazer.”

Asa se deslizou ao centro do assento e colocou o cinto de segurança. Sabia que era arriscado com esse clima, mas realmente precisava sentir o cálido corpo de Mario ao seu lado. Divertido do quão rápido ficou viciado no calor e no aroma de seu amante. Passou a noite anterior com a cara enterrada no travesseiro de Mario parar tentar convencer seu cérebro que Mario dormia ao seu lado.

Quando Mario fechou a grade e se dirigiu à cidade, Asa pôs sua mão na coxa de seu amante. “Ficará aqui para o dia de Ação de Graças. Verdade”

Mario olhou Asa antes de retornar seu olhar ao caminho. “Estive discutindo com minha mãe a respeito disso por semanas. Por alguma razão ela meteu na cabeça que devemos ser uma família novamente. Não sei que está pensando. Nós nunca fomos uma família.”

Asa sabia que a mãe de Mario estava doente de cirrose hepática. “Talvez ela queira reparar algo antes que seja muito tarde”

Mario se encolheu de ombros. “Quem pode saber o que ela quer. Tudo o que sei é que será o primeiro dia de Ação de Graças que passo com você e isso é o que decidi fazer.”

Asa pensou em sua própria família, reunidos para a festa anual. Sabia que ele não era bem-vindo a unir-se como nos anos anteriores. Seguiu seus instintos, tomou coragem e cortou o dinheiro que lhes mandava há duas semanas. E desde essa vez nenhum de seus irmãos se incomodou em lhe telefonar.

Não queria que Mario se separasse de seu único familiar por causa dele. “Se não se incomodar eu poderia ir à Atlantic City contigo.”

Mario soltou uma mão do volante o suficiente para apertar a mão de Asa. “Obrigado bebê, mas eu não posso te obrigar a estar com minha mãe.”

“A menos que planeje se desfazer logo de mim, eu a conhecerei cedo ou tarde.” Asa beijou a bochecha de Mario. “Vamos, será divertido, nós podemos passar o dia com sua mãe e ver um ou dois show, jogar…”

“Vou pensar a respeito disso.” Mario finalmente disse, interrompendo Asa.

Eles transcorreram o resto do caminho em completo silêncio. Até que chegaram à cidade, que Asa se deu conta que não sabia onde vivia Mario. Surpreendeu-se quando chegaram a uma pequena casa amarela.

“Esse alpendre é fantástico.” Se perguntava se quando não estivesse tão frio poderia sentar-se nesse balanço com seu homem.

“Não é muito, mas é meu.” Mario disse abrindo a porta.

Enquanto Mario baixava o andador da carroceria da caminhonete, Asa pensava em todas as coisas que ele poderia dizer ante essa declaração, mas não as disse. Ele mantinha a esperança de que algum dia Mario pudesse entender que a Asa importava uma merda o que tinha ou não tinha Mario, ele queria o homem.

Mario abriu a porta do passageiro e ajudou Asa a descer. Asa podia dizer que Mario tomou cuidado especial em limpar a entrada e a calçada. E essa era outra das razões pelas que Asa amava a esse homem, Mario continuava fazendo coisas, mas sem esperar nada em troca.

“Cuidado com o degrau esta limpo, mas está liso.” Mario lhe advertiu.

Asa sabia que seu amante queria carregá-lo pelos degraus, mas até com pouca gente na vizinhança, não duvidava que alguém pudesse estar na janela ele não podia permitir que o vissem dessa maneira.

Quando Asa chegou à sala estava exausto. Ele tinha instalado um elevador temporário em sua casa para ajudá-lo com as escadas, não estava acostumado a subir. “Talvez devamos incluir degraus na terapia.”

“Talvez tenha razão.” Mario adicionou, enquanto tirava a neve das botas, antes de tirar ajudou a Asa com seu casaco deixando-o pendurado a um lado para que se secasse “Vou pendurá-lo, assim ajuda que se seque e também as botas.”

“Amo sua casa.” Apesar de que a casa de Asa fosse o sonho de qualquer um, a casa de Mario era diferente, se sentia lar. Ele podia definitivamente ver-se aconchegado na poltrona vendo a televisão, enquanto caía a tormenta lá fora.

Mario ajudou Asa com suas botas e as pôs frente à porta. “Você gostaria de se deitar?”

Asa esticou os braços e esperou que Mario chegasse até ele. “Isso depende de que tanto está preparado para se deitar? Senti saudades.”

Mario passou a ponta de sua língua pelos lábios de Asa, antes de puxá-lo em um beijo. Asa podia sentir o pênis de seu amante contra ele e gemeu. “Não me mostrou o quarto principal.”

Mario riu e apontou para o corredor. “Eu realmente não tenho o quarto principal, mas bem tenho um Amo no quarto. O banheiro está no corredor.”

O término de Amo lhe trouxe todas as loucas imagens, e Asa repentinamente se preocupou.

Sabia que Mario tinha sido gentil com ele durante sua recuperação, mas quando estavam brincando, ele podia sentir o poder em seu amante que morria por liberar. E se ele não fosse suficiente para satisfazê-lo?

Pegou o andador. “Me leve a sua guarida.”

“Parece como um maldito vampiro.” Mario disse rindo enquanto se dirigiam ao quarto.

Gostou da sala e o quarto estar decorados em tons creme, café e verde seco. Asa deixou o andador e começou a despir-se

“Tem um equilíbrio realmente impressionante.”

Asa tirou o suéter, antes de tirar a camiseta. “Estive praticando.”

“Não está se ultrapassando?” Mario perguntou, tirando os jeans.

Ver o corpo de Mario lhe tirava o fôlego. Que diabos via esse formoso homem nele? Asa estava tão nervoso que estava batalhando para tirar seus jeans, temendo cair. Os fortes braços de Mario o apanharam no último momento.

“Tranqüilo bebê.” Mario tirou os cobertores, enquanto com o outro braço sustentava a cintura de Asa.

Uma vez que Asa estava comodamente na cama, Mario se inclinou e o beijou novamente, a língua de seu amante prometia uma boa tarde. Mario quebrou o beijo e ficou de pé. “Vou trazer duas garrafas de água e uma toalha. Já volto.”

Asa centrou seu olhar na bunda de Mario, quando saía ao corredor. Via os músculos do traseiro de Mario que Asa rogava por tocar. Seu corpo tremia ao pensar em passar todo o dia na cama.

O quarto tinha algumas fotografias, mas Asa se deteve ver uma pequena fotografia de Mario de uns onze ou doze anos e uma mulher, talvez sua mãe. Asa fechou a mão em um punho ante a intensa tristeza nos olhos do menino. Apesar de serem os mesmos olhos café que ele amava tanto, viam-se totalmente diferentes.

Incapaz de dirigir a dor do menino mais tempo, Asa se enfocou na mulher no retrato. Mario tinha razão sua mãe era espantosa. O que surpreendeu a Asa era que uma loira platina com olhos verdes, não se parecia em nada com seu filho.

Mario retornou ao quarto com a toalha no ombro e duas garrafas grandes de água nas mãos. Notou a direção do olhar de Asa porque pegou a foto. “Grande contraste, huh?”

Asa assentiu e se girou a um lado levantando os cobertores, dando a bem-vinda a Mario. “Como se chama sua mãe?”

“Angela.” Mario respondeu, ainda estudando a fotografia. Ele a deixou na mesa junto com as duas garrafas de água e se deslizou ao lado de Asa. “Ela já não se vê assim.”

Asa colou seu corpo contra o de Mario. “Por causa da cirrose?”

Mario negou. “Por causa do alcoolismo.” Beijou a testa de Asa. “Não é fácil tê-la por perto. Tem certeza de querer conhecê-la?”

Asa assentiu. Precisava saber o porquê da tristeza nos olhos desse menino, se ele esperava entender completamente seu amante. “Tenho.”

Mario puxou Asa o suficiente para olhar em seus olhos. “Que tão bom é com um martelo?”

Surpresa Asa riu. “Por quê? Vais-me pôr a trabalhar?”

“Talvez. Ela sempre parece necessitar reparações quando apareço e é uma das razões pela que a visito uma vez ao ano.”

Era claro para Asa que Mario se deprimia ao falar de sua mãe. Decidiu que a faísca de luxúria naqueles olhos era muito melhor que a tristeza que ao falar de sua casa havia lhe trazido.

Asa passou sua mão pelo corpo de Mario e a deixou em sua virilha. Passou um de seus dedos pela área que tinha admirado antes. “Quer foder-me?”

Mario abriu os olhos amplamente. “Diabos, sim, mas esperava a que seus músculos estivessem fortes e flexíveis.”

Asa cuidadosamente envolveu suas pernas ao redor de Mario. “Vê? Não há dor.”

Embora essa declaração não fosse toda verdade, Asa sabia que ambos necessitavam a solidariedade que apenas fazer o amor podia dar. Os tensos músculos se devoraram a uma posição menos sacrificada.

Mario lambeu um dos hematomas que lhe tinha feito dias antes. “Dirá-me se começar a te doer, verdade? Porque eu posso esperar.”

Asa pegou a ereção de Mario em sua mão. “Claro que sim, ambos temos esperado, mas penso que meu corpo já pode cooperar o suficiente.”

Sem ver Mario alcançou a garrafa do lubrificante da gaveta da mesa de noite. “Posso parecer um estúpido se te disser que estou nervoso?”

“Porque está nervoso? Foda-me como fode a qualquer homem.”

Mario abriu o lubrificante e verteu em seus dedos. Antes de responder a pergunta de Asa, Mario deslizou o dedo do meio no buraco de Asa. “Foder é uma palavra operativa. Eu te disse a primeira vez que estivemos juntos, que eu nunca tinha feito o amor. Machucar-te não é opção quando estamos juntos.”

Enquanto falava, Mario pressionava a gemas de seu dedo contra o buraco de Asa até empurrá-lo no interior. “Uma boa e dura fodida sempre estará em meu passado, mas penso que a única emoção envolta era a luxúria.”

“Diz que não curte se não for duro?” Asa perguntou movendo seus quadris esperando outro dedo em seu interior. Mario beijou Asa enquanto adicionava outro dedo. Evidentemente, Mario tinha falado o suficiente. Seus beijos eram sem cuidado, usando lábios dentes e língua e grunhindo.

Quando Asa soube que estava suficientemente estirado pegou o lubrificante e verteu uma boa quantidade no pênis ainda em sua mão.

Mario rompeu o beijo e sorriu. “Está tentando me dizer algo?”

“Sim. Foda-me já.”

Mario retirou seus dedos e se sentou. Pegou quatro grandes travesseiros King e os colocou ao lado de Asa. “Penso que seria mais fácil se suas pernas não precisarem te sustentar.”

Asa concordou e se girou acima dos travesseiros aninhando seu pênis. “Melhor coloca a toalha entre meu pênis e sua cama ou vai terminar encharcada.”

Mario abriu as pernas de Asa e se colocou entre elas. “Que encharque. Não penso em um aroma melhor para ter toda a noite em minha cara que seu sêmen.”

Deus. Amava como Mario falava. Asa viu Mario sobre seu ombro. Ele tinha o pênis em sua mão lhe colocando mais lubrificante. “Agora.” Asa o apressou.

Sentiu o estoque da cabeça do pênis de Mario em seu buraco momentos antes que o grande monstro fosse empurrado ao interior. Asa repentinamente estava agradecido de ter continuado a brincar com o vibrador. Fez uma nota mental de aumentar o tamanho de seu brinquedo para que estivesse de acordo com o tamanho do pênis de seu amante.

Mario se empurrou lentamente até que esteve totalmente dentro. Asa podia sentir os pesados bagos de Mario contra ele e ofegava. Com um braço ao redor da cintura de Asa para ajudar-se, Mario começou a entrar e sair de seu buraco.

“Tão bom.” Mario murmurou.

Asa se sentia tão cheio pelo pênis que quase não podia lidar com isso, apenas assentiu. Mario estava tão apertado dentro dele que podia jurar que sentia cada veia deslizar-se contra suas paredes internas. Mas. OH Porra, ele queria mais.

Quando Mario aumentou a velocidade, Asa só podia imaginar como se sentiria quando seu amante gozasse dentro dele. Nunca tinha sido fodido com essa intensidade. Era óbvia a diferença ente Mario e os outros amantes de Asa desde o primeiro segundo. Asa tentou afastar os pensamentos dos outros amantes de seu passado que o tinham usado para conseguir o que queriam. Isso era claro para ele, realmente nunca havia fodido com eles, só era um brinquedo para poder gozar. O braço que o sustentava o rodeou e pegou a ereção de Asa, enquanto Mario golpeava sua próstata. “OH, merda.”

Sem advertência. Asa gozou, disparando sua semente na mão e no travesseiro de Mario. Seus olhos quase saltam de sua cabeça com a força do orgasmo. Sentia seus músculos apertando-se enquanto o clímax percorria todo seu corpo.

Mario começou a grunhir com cada impulso, ainda seu braço sustentava a Asa. “Vou gozar.”

Asa recebeu dois impulsos mais fortes, antes que o comprido eixo se enterrasse até o punho.

“Foooda.” Mario gritou quando gozou. Sem pressionar as pernas de Asa, Mario caiu nas costas de Asa se estremeceu sentindo o suor de Mario correr a um lado para o colchão. Suas pernas começaram a protestar pela posição, mas Mario se sentia muito bem dentro dele para dizer algo. Apenas uns minutos, mas Asa agarrava sua panturrilha esquerda “OH! Merda! Uma cãibra!” gritou.

Mario imediatamente voltou Asa sobre suas costas. “Onde, bebê?”

“Panturrilha esquerda.” Asa gritou.

As hábeis mãos de Mario começaram a massagear até que a cãibra desapareceu. “Obrigado.”

Mario continuou esfregando o dolorido músculo, por mais algum tempo, antes de pegar a toalha e começar a limpar Asa e a si mesmo. “Devia ter me dito que seus músculos estavam sentindo-se tensos antes de chegar a isto.”

“Eu sei, apenas que se sentia tão bem.”

Mario jogou a toalha ao piso e reacomodou os travesseiros, quando eles estiveram deitados um a lado do outro, Mario o beijou. “Sentiu-se bem para mim também, mas não valia a pena te machucar. É importante sermos honesto um com o outro.”

Asa acariciou com seu nariz o pescoço de Mario. “Prometo.”

 

 

                                       Capítulo Seis

 

Mario odiava admitir, mas se divertia viajar no jato particular de Asa. Além de poder foder seu amante, enquanto voavam cruzando o país. Mario desfrutaria não esperar por suas malas quando chegassem à Atlantic City.

Com a promessa de que eles teriam um carro alugado tão logo chegassem à cidade, para ir à casa de sua mãe. Mario esperava como o inferno que sua mãe não estivesse bêbada. Sabia que estava dando um grande passo em sua relação com Asa apesar de ser sua mãe, ela não era mais próxima a ele que o homem que tinha a seu lado.

Mario levou o jaguar alugado à rodovia em direção a casa em que cresceu. Apesar da vizinhança continuava vendo-se bem, as casas mostravam sua idade. Notou uma das persianas da janela da casa de sua mãe caída e apoiada contra o chão de vinil posto há anos.

Apertou o volante rezando uma vez mais para que sua mãe pudesse comportar-se. Quando lhe telefonou e lhe disse que iria com Asa sua mãe o interrogou.

Evidentemente pensar que seu filho dormisse com outro homem sob seu mesmo teto não estava bem. Isso foi até que soube exatamente quem era esse homem. Apesar de que Asa Montgomery não fosse exatamente um nome famoso, muitas pessoas tinham lido sobre ele em jornais e revistas, e a mãe de Mario era uma delas. Repentinamente ela recebeu Mario amorosamente, com os braços abertos.

Deixou o volante e beijou Asa. “Não esqueça. Prometeu me dizer se sentir-se incomodado para ir a um hotel…”

“Estarei bem.” Asa disse, interrompendo Mario. “Não se preocupe. Cresci em uma casa quase exatamente como esta.”

Mario negou. “Garanto que ninguém cresceu em uma casa como esta.”

Abriu o porta-malas para tirar as malas, mas se deteve. Seria melhor fazer a apresentação primeiro, antes de descer as malas, se sua mãe estivesse bêbada, de jeito nenhum submeteria Asa a isso.

Mario ouviu a porta do passageiro abrir-se e viu Asa sair do carro. Apesar de Asa já estar usando apenas uma bengala, Mario estava assustado de que o vôo, combinado com o sexo selvagem no avião tivessem esgotado seu amante. “Não quer o andador?”

Asa negou e sustentou sua cara bengala de mogno e cobre. “Não obrigado. Estou bem.”

Mario sorriu e rodeou o carro para dar em Asa outro rápido beijo. “Realmente está.”

Asa se ruborizou, o vermelho não só cobriu suas bochechas como também até suas orelhas. “Assegure-se de não dizer essas coisas frente a sua mãe.”

“Serei um bom menino, prometo.”

Asa pegou o copo de chá oferecido por Angela. “Obrigado.”

“É bem-vindo.”

Angela se sentou em uma cadeira de balanço e cruzou suas mãos em seu colo. Apesar do que se poderia dizer dela, de fato estava bebendo, mas não estava bêbada que era o que assustava Mario. Asa ainda estava impactado de ver a mulher de cinqüenta e oito anos. Mario tinha razão. Angela Benta não se parecia em nada à mulher da foto na casa de Mario. Era óbvio que os anos vividos com a garrafa não lhe tinham feito nenhum bem.

Não só a mulher tinha perdido peso, pesaria perto dos quarenta e cinco quilos, Asa juraria que ela estava mais perto dos setenta que dos sessenta.

“Então, meu filho parece estar bastante encantado contigo.”

Asa assentiu. “Espero que sim.”

Embora Asa tivesse assegurado a Mario que ele estaria bem enquanto ele ia à loja de ferragens, Angela estava começando a questioná-lo. Havia algo nos olhos injetados de sangue que o intranqüilizava.

“Ele nunca havia trazido um namorado a casa antes. Pensa que se envergonha de mim?”

Asa mordeu o interior de sua bochecha. Sabia a resposta à pergunta de Angela, mas decidiu mudar de assunto, procurou em sua mente o que dizer. “Mario me disse que você trabalhou nos grandes cassinos de Atlantic City. Deve ter sido uma vida excitante. Com certeza conheceu todo tipo de gente.”

A enrugada cara de Angela se iluminou. “OH sim. Eu era muito bonita na juventude. Embora eu apenas fosse uma garçonete, parecia que todos os homens ricos me amavam. Alguns casados, outros não. De qualquer maneira sabia que eles se iriam quando acabassem suas férias.” Ela encolheu seus ossudos ombros. “Assim é a vida em Atlantic City. A gente aprende a tomar vantagem de uma situação como essa.”

Asa não podia acreditar o orgulho na voz da mulher pelo que tinha feito. Decidiu saber um pouco mais sobre a infância de Mario para ver se suas suspeitas sobre o triste menino da fotografia eram certas. “Trabalhou de dia ou pelas tardes, enquanto Mario crescia?”

“De dia definitivamente, deixava todas minhas tardes livres.”

Asa sorriu. Talvez Angela não fosse tão má mãe como ele pensava. Tomou outro gole de chá e meio viu o programa que estava passando na televisão.

“Sabe estava acostumado a dizer ao Mario que ele teria que me cuidar quando eu fosse mais velha. Dizia-lhe que se continuava num bom trabalho para pagar meus remédios ele seria o filho perfeito. Acho que seria muito pedir que também pagasse a comida e os serviços. Só desejo que seja o suficiente para pagar meus medicamentos.”

Asa sabia que Mario lhe enviava tudo o que podia. Quando seu amante comentou o encontrou elogiável, mas ele não se deu conta nesse momento que a mãe de Mario vivia a custas dele. “Sei que lhe envia quanto pode.”

“Sim, tenho certeza que o faz. Embora com um namorado rico, ele pudesse economizar mais dinheiro que antes. Eu apenas espero que minha saúde possa esperar até que ele possa pagar os remédios.”

O cabelo do pescoço de Asa se arrepiou. Sabia exatamente aonde Angela queria chegar, mas também sabia como reagiria Mario se se inteirava. “Quanto necessita?”

“OH, não muito, realmente. Meus remédios não chegam a trezentos dólares ao mês, mas espero que ele seja capaz de me enviar perto dos quinhentos, eu sacrifiquei tanto por ele no passado. Espero que tenha valido a pena o muito que fiz por ele.”

Asa internamente suspirou. Poderia dar o dinheiro extra a Angela, mas seria utilizado em licor. Pensa. Pensa. “Eu poderia ajudá-la com duas condições.”

“E são?” Angela perguntou com uma expressão de completa inocência em sua anciã cara.

“Nunca mencione uma palavra ao Mario disto, e se manter sóbria até que voltemos.” Preocupava-se de estar fazendo uma má decisão. Pensava que Mario merecia ao menos uma festa com sua mãe sem álcool.

O grande sorriso de Angela rapidamente caiu. “Exatamente quanto tempo vão ficar?”

“Aqui?” Asa olhou o relógio. Sabia que tinham que ficar até o jantar de Ação de Graças ou Mario suspeitaria. “Outras vinte e duas horas, mas na cidade até na segunda-feira.”

Angela pareceu pensar em passar sem sua garrafa por vinte e duas horas. Ela finalmente assentiu. “Temos um trato.”

Mario olhava o teto de seu quarto de infância. Ainda não podia acreditar, mas sua mãe tinha permanecido sóbria. Pensava que Asa tinha algo que ver com isso. Agora seu amante estava sugerindo registrar-se em um hotel para passar o resto do fim de semana em um cassino.

“Ela te disse algo?” Mario sabia que não era incidental que Asa repentinamente mudasse de atitude.

Asa se girou sobre suas costas afastando-se de Mario. “Acredito que ela está passando tempo muito difícil tentando não beber porque estamos aqui. Apenas penso que não podemos forçar mais nossa sorte depois do jantar de Ação de Graças. Por quê? Não quer ir aos cassinos para jogar, enquanto estamos aqui?”

Mario sabia que muita gente deixaria a explicação aí. Estava de acordo com que sua mãe estava passando períodos difíceis sem a bebida, mas Mario não podia deixar de pensar que havia mais nisso. “Jura que ela não te disse nada mais?”

Asa suspirou e apoiou a cabeça em sua mão. “Ela me falou de coisas a respeito de sua juventude.”

“Os dias que ela fodia com qualquer homem com um dólar extra para gastar nela?” Mario perguntou.

“Sim, algo como isso. Embora me surpreendesse ouvir que trabalhava de dia para passar as noites contigo.”

Mario não pôde evitar rir. “Ela trabalhava de dia para poder ir aos cassinos de noite. Os homens tendem a perder dinheiro, quando estão quentes ou bêbados.”

Asa soprou. “E você?”

“E eu? Eu passei a maioria de minhas noites fechado no carro, em um ou outro estacionamento. Ela era bastante agradável se me deixava em algum lugar com suficiente luz para que pudesse fazer minha tarefa.”

Asa não disse nada por uns momentos. Finalmente se aconchegou ao lado de Mario. “Tenho uma confissão para fazer.”

Mario tinha a sensação de que havia mais do que Asa lhe havia dito. “Fala.”

“Bom, sua mãe me sugeriu que ela ia necessitar mais dinheiro, porque não era suficiente com o que lhe enviava para seus medicamentos. Eu lhe disse que sabia que lhe enviava tudo o que podia, então fizemos um trato.”

Mario sentiu a bílis subir a sua garganta. “Antes de tudo, eu não envio dinheiro a minha mãe. Eu pago seus serviços diretamente com as companhias e fiz um acordo com o supermercado desta rua pelos mantimentos, eles me ligam e eu autorizo a compra. Tentei fazer o mesmo com o medicamento, mas ela os vendia tão logo os tinha recolhido da farmácia, para comprar álcool. Então parei. Se me sinto como uma merda? Sim. Que mais eu poderia fazer?”

Asa o abraçou. “Sinto muito.”

“Agora preciso saber que tipo de trato fez com ela. Assumo que é a razão de que ela esteja sóbria?”

Asa assentiu. “Disse-lhe que lhe ajudaria se mantivesse sóbria enquanto estivéssemos aqui. Pensei que merecia uma festa que recordar com ela.”

“OH, Eu e as lembrança, me acredite.” Merda. Ele não podia acreditar que sua mãe mais uma vez tentou envergonhá-lo. “Levante-se, vamos embora.”

Asa se sentou. “Por favor, não se zangue comigo.”

Mario embalou a bochecha de Asa e o beijou. “Eu não estou zangado com você. Eu deveria saber e te advertir que ela sempre encontra uma maneira de explorar seus sentimentos.”

Ele começou a sair da cama, mas o pegou pelo braço. “Por favor, Mario. Deixa ao menos que passe o jantar de Ação de Graças. Nunca se sabe, quando será a ultima vez que a veja.”

Como podia fazer entender a Asa como se sentia? Ele tinha cuidado de sua mãe desde que teve idade suficiente para receber um salário, e estava cansado disso. Sabia que nunca tinha tratado a sua mãe como ela o tratou enquanto ele crescia, mas nesse momento Mario se deu conta que não a amava. Por anos fez exatamente as coisas que tinha reprovado que Asa fizesse. E era momento de pôr um basta nisso. “Não quero ficar aqui. Não há nada aqui para mim. O dia de Ação de Graças é para passarmos no lar com a pessoa que nos ama. Por favor. Podemos ir?”

Asa pegou o telefone do criado. “Disse ao piloto que podia ir a sua casa para passar a festa. Mas se telefonar agora, tenho certeza de que podemos encontrar um vôo comercial que nos leve a tempo a Cattle Valley para o jantar de Ação de Graças.”

“Bem , telefone e veja se podemos tomar o vôo pela manhã.” Asa assentiu e Mario ficou de pé e começou a vestir-se. Sabia que precisava retornar e falar com sua mãe, mas queria manter a Asa fora da linha de fogo antes que acontecesse.

“Está bem. Nós estaremos aí. Obrigado” Asa desligou o telefone e olhou o relógio, seu vôo sairia em menos de duas horas e Mario ainda não retornará. Asa se amaldiçoava pela centésima vez por havê-lo deixado ir sozinho.

Ouviu a chave cartão deslizar-se na porta de segurança, então a porta se abriu. Asa ficou de pé e viu um exausto Mario. Não perguntou a seu amante se estava bem, sabia que não estava em vez disso, Asa envolveu seus braços ao redor de Mario.

Sabia que Mario era uma relação real. A única pessoa que ele queria para passar sua vida inteira. “Amo-te.” ele murmurou.

Mario abraçou mais apertado Asa. “Não tem idéia do muito que precisava ouvir isso.”

“Direi-te isso toda hora de cada dia pelo resto de minha vida se te fizer feliz.”

Mario se separou o bastante para olhar Asa nos olhos. “Adoro te ouvir dizer isso, são seus sentimentos o que me faz feliz. Amo-te também.”

“Odeio te interromper, mas temos que ir ou perderemos o avião, e temos um lugar aonde ir depois de que cheguemos em casa.”

“Sim? Aonde vamos?” Mario perguntou levantando a mala de Asa.

“É uma surpresa.” Asa deu um rápido beijo em Mario antes de levantar a bengala e dirigir-se à porta. Podia dizer que Mario não se sentia bem de falar a respeito da visita que fez a sua mãe, Asa não ia perguntar.

“É oficial, estou-me suavizando.” Mario murmurou quando estiveram no avião.

Asa esfregou o estômago de Mario. “Não se sente suave por mim.”

Mario afastou a mão de Asa. “Isso não é divertido. Faz um mês teria me zangado se comprasse ingressos de primeira classe sem me perguntar, mas agora apenas me sento e o agradeço. Eu nunca notei a diferença de viajar assim.”

Asa riu e pegou seu copo de suco de laranja da aeromoça, enquanto Mario tomava seu café e agradecia à senhorita.

“Há duas coisas que precisa saber por mim.” Asa começou. “Eu não sei se quer saber isto, mas eu faço mais dinheiro do que a maioria das pessoas pensa…”

“Você faz mais dinheiro que muitos países.” Mario interrompeu.

“Está bem, tem razão. Apenas me deixe estabelecer meu ponto. De qualquer jeito eu trabalhei duro a maior parte de minha vida e não vou me desculpar por gastá-lo. Porque diabos vou viajar incomodo, se posso viajar assim?”

Mario levantou as mãos. “Hei. Não atire. Disse que eu gostava de viajar assim.”

Asa girou os olhos e bateu seu ombro com o Mario. “Digo que sempre sinto a necessidade de me desculpar por ter dinheiro quando estou perto de você.”

Mario sabia que ele era o único que fazia Asa se sentir assim. Seu passado lhe tinha ensinado a não confiar nas pessoas com dinheiro, mas sabia que Asa era diferente. Entrelaçou seus dedos com os de Asa. “Tento não te fazer sentir dessa maneira.”

Asa meio se girou no assento para olhar o rosto de Mario. “Não sei que aconteceu com você e sua mãe, mas posso pôr uma oferta na mesa?”

Mario sabia que a palavra oferta normalmente envolvia dinheiro. A discussão com sua mãe não foi nada bonita. Quando retornou a casa depois de deixar Asa instalado no hotel, sua mãe estava ébria. Não sabia por que isso ainda o surpreendia.

Um olhar à despenteada mulher e todas as velhas feridas vieram à superfície. Pela primeira vez em sua vida disse a sua mãe exatamente o que pensava dela.

“Eu não vou tomar seu dinheiro, Asa.”

“Não estou oferecendo meu dinheiro. Estou oferecendo pagar pela reabilitação de sua mãe se ambos estiverem de acordo.”

O primeiro instinto de Mario foi rejeitar, mas pensou em sua mãe e em como a deixou. Sabia que não tinha como reunir dinheiro suficiente para ajudar sua mãe em suas necessidades. Primeiro seria de afastá-la da garrafa, depois de mais de trinta anos isso não seria fácil. Se ela aceitasse ir a um programa de reabilitação seria malditamente caro.

Ele apertou a mão de Asa. Nunca tinha aceitado ajuda em sua vida, mas sempre havia uma primeira vez. “Se ela aceitar sua oferta, então eu também.”

Asa apoiou sua cabeça contra o ombro de Mario. “Obrigado.”

“Não, bebê, eu quem agradeço.”

O avião decolou e Mario viu pelo ar a cidade em que nasceu sabendo que provavelmente nunca a veria novamente. “Disse-lhe que a odiava.”

“Huh?” Asa perguntou, aproximando-se de Mario.

Girou-se para o homem que amava. “A minha mãe. Disse-lhe que a odiava. A notificação de me haver tido apenas para obter dinheiro de meu pai.”

“O que ela te disse?”

Mario se encolheu de ombros. “Nada. Nenhuma maldita palavra.”

Os olhos de Asa se encheram de lágrimas. “Sinto muito.”

“Sim, sei.”

“Poderia me fazer outro favor?”

Mario assentiu.

“Deixe-me tratar da reabilitação com sua mãe”

“Porque faria isso?”

“Porque penso que seria mais fácil para ambos que eu o diga. E porque te amo com todo meu coração e me recusou a deixar que essa mulher te machuque novamente.”

Esse gesto significava mais que todo dinheiro. Mario se deu conta que essa era a diferença entre Asa e os outros homens ricos que encontrou em sua vida. Asa era um bom homem que tinha dinheiro. Asa não deixou que sua riqueza definisse o tipo de pessoa que era.

Mario assentiu com um leve movimento de cabeça para Asa e mudou de assunto. “Chega desse papo depressivo, já pensou aonde vamos conseguir um peru, quando chegarmos em casa.”

“Não precisamos comprar, vamos passar o dia de Ação de Graças na casa de Rio, Ryan e Nate.”

“O que?”

Asa sorriu. “Você disse que o dia de Ação de Graças era para passar com as pessoas que te amam, bom, telefonei para Rio e lhe perguntei se tinha lugar para mais duas pessoas. Embora eles planejassem ter casa cheia, me disse que nós não tínhamos que avisar.”

Mario riu “Sim, isso parece como algo que ele diria.” Deu um discreto beijo em Asa. “Obrigado.”

 

 

                                    Capítulo Sete

 

Mario escutou suas mensagens quando o avião desceu.

“Hei, sou eu, Rio. Nós tivemos algumas mudanças de planos como provavelmente te dará conta ao olhar pela janela. De qualquer maneira não se preocupe. Mandei alguém recolhê-los. Nós os esperaremos aqui. Vemo-nos logo.”

“Rio envio alguém a nos recolher.” Mario informou a Asa. Guardou seu telefone no bolso e ajudou Asa a levantar-se. “Está bem?”

Asa assentiu e procuro a bengala no compartimento de acima. “Apenas um pouco entorpecido pela falta de exercício.”

Mario se apertou de um lado de seu amante e colocou a mão no quadril de Asa. Sabia que as pessoas tendiam a empurrar-se na saída. E a última coisa que eles precisavam era que batessem em Asa. Colocou-se entre os outros passageiros e Asa até que chegaram ao terminal.

“Uau.” Mario exclamou, olhando pela primeira vez pelas grandes janelas do aeroporto. A neve cobria a terra no dia anterior, mas evidentemente houve outra tempestade.

“Teremos sorte se foram capazes de limpar as estradas tão rápido.”

“Espero que todos estejam bem.” Mario colocou sua mão na parte baixa das costas de Asa, enquanto chegavam à área de bagagens.

Virando a esquina, Mario se deteve. “Santa merda. Pode ver o que trouxe o gato.”

Quade Madison os saudava. “Oi estranhos.”

Mario cumprimentou seu velho amigo com um abraço de urso. Deu um passo para trás e sacudiu a cabeça. “Você está muito bem. Evidentemente o sol e o surfe foram bons contigo.”

Quade sorriu. “Sou um homem apaixonado, que mais posso dizer”.

Mario golpeou o braço de Asa. “Já sei o que se sente.”

Asa estreitou a mão de Quade. “É muito bom vê-lo novamente, Prefeito.”

“Você, também, mas sou apenas Quade agora. Acredito que Nate leva muito bem o titulo.”

“Se o faz.” Asa adicionou.

O carrinho da bagagem chamou a atenção de Mario. “Vamos cara, pode nos ajudar com a bagagem.”

Enquanto eles esperavam a bagagem, Mario, não pode evitar perguntar sobre o aparecimento de Quade. “Então, o que faz aqui? Pensei que a temporada de Kai terminasse em meados de dezembro ou algo assim.”

“Assim é, mas distendeu um músculo no ultimo torneio. Ele está esperando sarar, mas terá que descansar até a próxima temporada.”

“Então decidiram deixar o sol pela neve?” Asa perguntou.

“Realmente essa foi idéia de Kai. Nós estávamos na Austrália quando ocorreu a tragédia. Acho que sabia o que me doía não estar aqui com minha gente. Então ontem como cansado do céu, me surpreendeu com os ingressos para Wyoming. Evidentemente ele esteve falando com Erico durante duas semanas para me surpreender.”

“Erico? Esse bastardo não me disse nenhuma palavra. Não admira que não fosse para casa para o dia de Ação de Graças. Se eu soubesse não tivesse ido à Atlantic City.” Mario sentiu a mão de Asa em suas costas seu amante lhe dava seu silencioso apoio.

“Bom, nós planejamos ficar um tempo, de qualquer maneira continuaremos nos vendo.”

“Quanto tempo vocês pensam ficar?” Mario perguntou recuperando a mala de Asa.

“Passaremos as festas. Guy me deu um preço especial em uma suíte no hotel.”

Mario deixou a mala de Asa no piso, antes de recuperar a sua. “Pronto, é tudo.”

Sem perguntar, Quade pegou a mala de Asa e se dirigiu fora do edifício. “Meu carro alugado esta lá.”

Mario se girou para Asa. “Há ainda muito gelo. Porque não nos esperas aqui e aproximamos o carro à frente.”

Asa pareceu estudar o pavimento por um momento antes de finalmente assentir. “Não quer deixar as malas comigo?”

Mario deu um rápido beijou em Asa. “Está bem. Porque não espera dentro, lá fora está muito frio”

Asa girou os olhos e entrou.

Mario sorriu para Quade. “Provavelmente reclamará disso depois.”

Quade riu. “Fala isso a mim. Kai sempre está gritando comigo como se fosse minha mãe.”

“Então… Qual é a verdadeira razão, para vocês estarem na cidade?” Mario sabia que por muito que amasse Cattle Valley, uma simples visita não durava seis semanas.

“Nós pensamos que era importante dar apoio aos nossos amigos.”

“E?”

Quade negou com a cabeça e suspirou. “E Nate me pediu que viesse a lhe ensinar mais sobre os negócios da Prefeitura. Eu não lhe disse a verdade ainda.”

“Qual é?” Mario colocava as malas no porta-malas do veículo de Quade.

“O mais importante que tem que aprender a pessoa que tem um posto de poder, é a não ser muito meticuloso com os diferentes departamentos.”

Mario riu. Sabia quão estressado estava Nate por levar a cidade. Nate lhe havia dito em mais de uma ocasião que o trabalho de Quade parecia fácil. Agora sabia por quê.

Quade ligou o veículo e olhou para Mario. “Esse relacionamento com Montgomery é sério?”

“Como um ataque cardíaco.” Mario respondeu “Ele é tudo o que eu podia pedir de um par, por quê? Há algo que não sei?”.

“Não. Apenas comprovava.”

Mario entrecerrou os olhos. Podia dizer que havia algo que Quade queria dizer. “Te conheço há vários anos Quade. E sei que há algo em sua mente, apenas fale.”

Quade saiu do estacionamento. “Estou preocupado com Erico.”

“Erico? Nós terminamos faz muito tempo e duvido que tenha razão de preocupar-se.”

Quade negou. “Não é isso. Ele não parece bem. Acredito que algo está acontecendo.”

“OH. Sei, penso que a tragédia realmente o impactou. Ele vai melhorar com o tempo.”

“Talvez, isso seja tudo, mas me preocupa que possa ser algo mais sério.”

Quade chegou à frente do Terminal e Mario saiu para ajudar Asa. Seu amante lhe deu um duro olhar, quando tentou levantá-lo até a caminhonete quatro por quatro. Mario sabia que era melhor não envergonhar Asa, e apenas colocou sua mão nas costas de Asa para estabilizá-lo quando o homem subiu à caminhonete.

Uma vez no cômodo assento, Asa sorriu. “Obrigado.” murmurou.

Mario lhe deu um rápido beijo. “Algo por ti, bebê.”

“Sustentarei isso.”

“Sei que pode.” Mario fechou a porta e voltou ao assento da frente do passageiro. “Vamos para casa.”

Depois que Quade os deixou na propriedade de Asa, Mario recuperou sua caminhonete e eles decidiram chegar à casa de Mario para tomarem um banho.

Asa abriu sua mala e tirou a roupa do interior. “Agora que o jantar vai ser no ‘La Canoe’ e não na casa de Rio, o que acha que devo vestir?”

Mario fez uma pausa no processo de tirar suas calças cáqui. “É o dia de Ação de Graças. Deve usar o que te faça sentir bem.”

A atenção de Asa se enfocou no crescente vulto apanhado nos pequenos bóxer negros. Antes de suas lesões Asa teria caído de joelhos frente a ele e adorado a ereção com ardor, mas agora as coisas mudaram. Ele se sentou na cama entre as malas. “Vêem aqui.”

Mario tirou as calças e parou entre as pernas abertas de Asa. “Vê algo que te interessa?”

“Sabe que sim.” Asa passou sua mão pela frente da cueca de Mario baixando o suficiente para descobrir o pacote escondido. Passou sua língua por toda a longitude das fortes veias, mantendo o contato visual com o homem que amava. Mario gemeu, quando Asa capturou a úmida cabeça em sua boca, tomando quanta longitude podia em sua garganta. “Porra, bebê.”

Asa se retirou o suficiente para chupar fortemente colorida coroa do pênis de seu amante. Desde que começou a sair com Mario, Asa tinha melhorado muito tomando a cabeça e seus esforços não passaram despercebidos.

Mario baixou o zíper das calças de Asa. Asa conseguiu levantar os quadris o suficiente para que Mario baixasse sua roupa sem soltar o pênis de sua boca.

Sem palavras, apontou a Mario que subisse um pé à cama. A nova posição permitiu a Asa passar um dedo entre as nádegas de Mario. Apesar de que Mario era estritamente ativo, Asa tinha descoberto que seu amante desfrutava do jogo anal em alguns momentos. O acerto era perfeito porque Asa preferia estar embaixo, mas gostava de dar agrado a Mario.

Mario grunhiu pegou a mão de Asa em sua boca, chupando dois dedos antes de retorná-los a seu traseiro. “Faça.” Mario pediu.

Quando Asa empurrou seu dedo do meio através do anel de músculos, a mão de Mario estava na parte detrás da cabeça de Asa e começou a impulsionar-se dentro e fora da boca de seu amante.

“Sim, isso é bom, bebê.”

Asa abriu sua garganta permitindo Mario foder sua boca, enquanto ele adicionava um segundo dedo. Enquanto ele entrava e saía do buraco de Mario, uma grande quantidade de pré- sêmen verteu em sua garganta. Ele golpeou a glândula, fazendo Mario perder o ritmo.

“Merda!” Mario gritou, quando fez erupção na garganta de Asa.

Asa se retirou o suficiente, para provar o pegajoso sêmen de Mario. Tinha jurado em mais de uma ocasião que podia morrer sendo um homem feliz com o sabor da semente de Mario.

A mão de Mario retornou à ereção de Asa segundos antes de cair de joelhos entre as pernas de Asa. Ele não perdeu tempo e tomou o pênis de Asa na boca levando-o a bordo.

Asa enterrou seus dedos no cabelo de Mario esvaziando suas bolas. Quando a ultima gota de sêmen deixou seu pênis, Asa estava pronto para uma sesta. Caiu na cama e fechou os olhos.

A língua de Mario percorria o corpo de Asa mantendo-o acordado. “Dormir.” Asa murmurou.

“Sinto muito bebê. Mas nos esperam.”

Asa grunhiu e abriu os olhos. Ao menos a grande janta seria no ‘La Canoe’, eles não esperavam ficar até ver o tradicional jogo de futebol da tarde. “Promete-me uma sesta depois da festa?”

Mario passou sua língua pelos lábios de Asa, antes de empurrá-la dentro. Asa devolveu o beijo chupando a língua que varria o interior de sua boca.

Mario quebrou o beijo e ficou de pé para ajudar Asa a levantar-se. “Vamos, quanto mais cedo comemos, mas cedo teremos a sesta.”

Pegou a mão de Mario permitindo a seu amante levantá-lo. “Pode vestir aquelas calças de couro negro que amo?”

“Hei, eu pensei que me amava sem calças.”

Asa sorriu e apertou o queixo de Mario. “Eu amo você. As calças apenas selaram o trato.”

“Hei, Leo, sente-se conosco.” Mario gritou ao bonito homem que Asa não conhecia.

Levando seu prato de comida, Leo se sentou à mesa de Asa. “Hei, não lembro de terem nos apresentado sou Leo Burkowski, o novo assistente chefe de bombeiros.”

Asa lhe apertou a mão. “Prazer em conhecê-lo, Leo. Sou Asa Montgomery.”

Leo sorriu. “Eu sei. Vi sua fotografia no jornal. É muito bom finalmente conhecê-lo.”

Mario mordeu seu pastel. “Leo alugou a casa ao lado da minha.”

Asa assentiu e provou o recheio. Ele começou a preocupar-se assim que chegaram ao primeiro degrau do ‘La Canoe’. Tinha vivido por muitos anos em Cattle Valley, mas não abraçava nem saudava as pessoas como Mario. Ele apenas conhecia um punhado de moradores. Deu-se conta que tinha permanecido afastado muito tempo. Enquanto a conversação na mesa continuava. Asa descobriu o quanto desejava construir o mesmo tipo de relações que Mario tinha. A facilidade com a que seu amante falava com todo mundo na sala fazia Asa se sentir um pouco ciumento. Quão fácil brincava com Leo era um perfeito exemplo disso. Embora em seu coração soubesse que Mario nunca o trairia, as inseguranças que sempre o tinham abraçado estavam subindo à superfície.

“Com licença.” Asa limpou a boca e ficou de pé.

Mario pôs sua mão na perna de Asa. “Quer que te traga alguma coisa?”

“Não. Já tive o bastante. Vou deixar isto.” Asa levantou seu prato com resto de comida, e o levou para o carrinho, jogou a comida em um saco de lixo e deixou o prato com os outros.

Olhando para a área do bar ele enxergou um homem sentado sozinho parecia tão solitário quanto ele se sentia. Sentou-se no tamborete ao lado de Erico. “Imaginei que estaria ocupado na cozinha.”

Erico o olhou e lentamente negou com a cabeça. “Estava, mas decidi tirar um descanso, onde está Mario?”

Asa apontou sobre seu ombro em direção ao restaurante. “Ainda está comendo.”

Erico olhou fixamente Asa. “Ele parece feliz. Isso é bom. Ele merece.”

“Sim, eu sei.” Asa adicionou. Notou o brilho do suor na pálida pele normalmente morena de Erico. “Está se sentido bem?”

“Sim. Acho que estou lutando com uma gripe ou algo assim.”

Asa se aproximou. “Hei, encontrou outro chef?”

Erico negou. “Não. Eu entrevistei alguns. Ninguém tem formação suficiente e eu não teria tempo livre.”

“Encontrará.”

“Sim.”

Erico se afastou do balcão. “Acho que é melhor que retorne.” Erico começou a caminhar e se deteve atrás de Asa. “Foi agradável falar com você.”

“Eu também gostei.”

Depois que Erico se foi, Asa tentou imaginar o que fazer.

“Hei, que está fazendo aqui sozinho?”

Asa olhou sobre seu ombro para encontrar-se com Rio justo atrás dele. “Necessitava um descanso.”

Rio se sentou na cadeira que Erico deixou alguns minutos antes. “O que acontece?”

“Nada, só é…” O moveu sua mão por volta da sala. “Dei-me conta que realmente não conheço ninguém aqui.”

“E como planeja trabalhá-lo? Conhecendo gente aqui?”

Asa deu um brincalhão golpe no ombro a Rio. “Não é que eu não queira conhecer gente, é só… diabos, não sei como. Eu sempre estive preocupado de que as pessoas se aproximasse de mim pelo meu dinheiro e não por mim. Acho que me encerrei em mim mesmo, eu apenas não tinha necessidade de ter toneladas de amigos. Além disso acredito que Mario tem suficientes para ambos. Eu não invejo isso, é a maneira como ele é, apenas não sei se é para mim. Isso tem sentido?”

“Muito sentido.” Rio golpeava com seu polegar o balcão. “Você pode amar alguém sem ser seu clone. Pegue minha relação por exemplo. Eu amo meus homens até a morte, mas eu tenho feito certas concessões. Ryan gosta de estar no comando, eu lhe deixo isso. Isso faz que ele se sinta seguro. Nate, bom Nate gosta de ser o centro da atenção, e eu asseguro que ele tenha os refletores apontados para ele.” Rio se encolheu de ombros. “Apenas uma pergunta. Mario quer que tenha amigos?”

“Não sei. Penso que ele quer que saia mais, que conheça pessoas. E uma parte de mim quer isso também, mas a outra parte é feliz, apenas passando o tempo com Mario.”

“Sim, mas não pode esperar passar cada minuto de cada dia com ele. Ambos finalmente necessitam um descanso. Que acontecerá se Mario decide fazer algo com um grupo de amigos? Pensa que seria capaz de deixá-lo em casa contigo? Isso é o importante, uma relação vai além do que vocês dois fazem em casa. Apenas porque vocês seja um casal não quer dizer que percam sua individualidade.”

Asa entendia mais do que Rio dizia. Talvez ele não precisasse ser uma criatura tão sociável como Mario, talvez fazendo um ou dois amigos fosse suficiente para ele. “Então como faço para fazer amigos?”

Rio se encolheu de ombros. “Começa por ser mais acessível seria minha primeira sugestão.”

“Que quer dizer com isso?”

“Quero dizer que não se sente sozinho em um balcão. Se misture. Se una a uma simples conversa. Pode que não faça amigos esta noite, mas pode começar a trabalhar.”

Asa ficou de pé e pegou sua bengala. “Acho que não há melhor momento que o presente, huh?”

Rio apertou o ombro de Asa. “Hei, se eu consegui você também pode.”

Mario estava pronto para ir procurar Asa quando enxergou seu amante cruzar o salão e parar para falar com Jay, que como sempre estava rodeado de crianças. Mario sorriu ao ver como Gracie começava a puxar a calça de Asa.

Evidentemente. Ao final conseguiu chamar a atenção de seu amante que se afastou o suficiente de Jay para escutá-la, um segundo depois a pequena menina estava nos braços de Asa. Mario se surpreendeu com a facilidade que Asa mostrava em lidar com a menina.

“Falaremos depois meninos.” disse ao grupo de homens na mesa. Dirigiu-se à mesa das crianças ao lado de Asa e beijou no pescoço de seu amante.

“Hei, está tentando roubar meu namorado?” perguntou a Gracie.

“Não. Apenas o quero emprestado.” Gracie declarou em um tom digno.

Mario riu. Era óbvio que Gracie estava rodeada de adultos. “Fala como seus papais.”

Asa se inclinou contra Mario. “Ela é uma coisa linda”.

Mario beliscou o nariz de Gracie. “Sim, eu senti o mesmo quando a conheci”

“Bom, meus papais dizem que uma mulher deve fingir que não sabe que é formosa, mas eles me dizem isso todo o tempo como pensa que não devo sabê-lo?”

Mario riu novamente. “Bom ponto.”

Gracie enxergou alguém que pensava que era divertido e desceu dos braços de Asa. “Hei.” ela chamou Ryan e se dirigiu para ele.

Aproximando-se da orelha de Asa, Mario murmurou. “Suas pernas lhe sustentam bem?”

Asa girou a cabeça e beijou Mario. “Provavelmente eu deva descansar um momento.”

Mario puxou duas cadeiras entre Jay. “Vamos nos sentar.” Mario pegou a que estava entre Asa e Jay e se sentou.

“Como está?” perguntou a Jay.

“Bem.” respondeu Jay olhando seu colo.

Essa não era a primeira vez que Mario notava quão cômodo que Jay se sentia rodeado de crianças. De fato, parecia que Jay os preferia que aos adultos. E se perguntava por que será. Até onde sabia Jay não teve irmãos, talvez Jay simplesmente não quisesse falar deles.

“Erico deixou de te incomodar?”

“Como sabe?” o queixo de Jay ficou tenso. “Não lhe gritou?”

“Só tivemos uma pequena conversação.”

“Ele se zangou?”

Mario se perguntava por que parecia lhe importar a reação de Erico. “Zangar-se? Não.”

“Então o que?” Jay continuou perguntando.

Interessante Mario decidiu ser honesto com Jay, mas não na frente das crianças. “Tem um momento?”

Jay parecia surpreso, mas finalmente assentiu e deu Joey a Asa. “Se incomodaria?”

“Não.” Asa girou o pequeno menino a sua cara, “Nos faremos caras divertidas, enquanto retornam.”

Mario guiou Jay à entrada do restaurante. Notou Jay preocupado, quando perguntou. “Acontece algo ruim?”

Jay negou, seu comprido cabelo cobria seu rosto do olhar de Mario. Mario não podia deixar de pensar que Jay parecia um menino esperando ser castigado. “Hei.” disse-lhe, levantando o queixo de Jay. “Eu apenas quero falar longe das crianças.”

“Não está zangado?”

“Porque diabos estaria zangado?”

Jay se encolheu de ombros. “Porque Erico é seu amigo.”

“Sim, e você também.”

“Obrigado.”

Eles estavam se afastando do assunto, Mario não tinha certeza como abordá-lo. “Erico é um bom homem, apesar do que as pessoas pensam, apenas não acredito que seja o homem correto para você.”

Jay imediatamente começou a negar o que dizia de Erico, confirmando a suspeita de Mario. “Não estou interessado em Erico. Não estou interessado em ninguém.”

“Bem não quis te incomodar com o que disse.” ele começou a afastar-se, mas uma mão o deteve tomando-o do braço. Era estranho que Jay fizesse contato físico. Girou-se notando a tristeza nos enormes olhos café que o detinham.

“Eu menti.”

Mario assentiu, mas permaneceu com a boca fechada esperando que Jay pudesse confiar nele.

“Porque eu sempre me sinto atraído pelos tipos maus?”

“Não disse que Erico é mau.” odiava que a maioria das pessoas interpretasse Erico errado. Não podia culpá-los. Ele levou muito tempo para ver as reais cores de Erico, e seu amigo não dava nenhuma oportunidade de aproximar-se.

“Ele é forte.”

Mario pensou no tamanho de Erico. Embora ele fosse forte, Erico não era nem de perto tão musculoso como a maioria dos homens da cidade. “Acho.”

Jay assentiu. “Isso é o que pensei.”

Como podia viver com medo? Jay tinha sofrido mais que ninguém nas mãos de outra pessoa. Perguntava-se como podia ajudar o pequeno e aparentemente frágil homem. “Considerou aprender artes marciais? De fato as artes marciais podem ser perfeitas para você. Requer habilidade, em vez de tamanho e força.”

“Não tenho nenhuma das duas.” Jay suspirou. “Odeio isto. Estou cansado de ter novamente medo em um encontro. Ethan sempre esta perto, mas ele é mais como um irmão.” A cara de Jay se ruborizou. “Às vezes… é solitário.”

“Perfeitamente compreensível. E se fizermos uma tentativa? Você vem até a casa de Asa nas noites. Eu te treino e você me paga fazendo o jantar.”

Os grandes olhos castanhos de Jay se iluminaram. “Sério? Realmente pensa que posso aprender essas coisas?”

“Com certeza. Temos um trato?” Mario ofereceu sua mão.

Depois de uma breve pausa, Jay a apertou. Mario se surpreendeu quão frágeis eram os ossos da mão de Jay. Começou a repensar em sua promessa, mas decidiu ensinar Jay um pouco de autodefesa, que não lhe fizesse mal. Mario esperava contar com a confiança do Jay.

“Está bem. Um. O próximo domingo eu tenho livre, seria muito cedo?”

“Não. No domingo está bom. Se o clima estiver muito ruim nos veríamos no The Gym, para que não conduza à casa de Asa.”

A luz nos olhos do Jay se apagou. “Esqueci. Eu… uh… não tenho carro.”

Merda. Mario não tinha pensado nisso. “Não se preocupe. Nós encontraremos um jeito.”

“Acha que posso convidar Ethan? Sabe ele necessita treinamento também. E claro que ele pode te pagar.”

Mario também sabia do homem que perseguiu Ethan em DC. “Claro. Mas não mencione dinheiro. Imagina algo que possamos tratar.”

“Obrigado. Tudo bem se for lhe contar?”

“Claro.” Mario viu Jay afastar-se com um dinamismo em seus passos que ele não tinha visto antes. A situação do carro poderia ser um problema a menos que ele falasse com Rio, para que lhe deixasse usar as instalações The Gym para as aulas. “Bom, há apenas uma forma de saber.”

Encontrou Rio ajudando Erico a guardar comida, em potes individuais. “Tem um segundo?”

Rio levantou a vista e sorriu. “Não sei. Teria que deixar de empacotar”

“Não.” Erico disse, metendo-se na conversação.

“Necessito sua permissão para ensinar Jay e Ethan algumas técnicas de defesa pessoal, no The Gym depois de fechar.”

“Não deve haver nenhum problema, mas necessito verificar com Ryan, é ele que lida com o seguro. Deixe-me buscá-lo para perguntar. Sinta-se livre de continuar meu trabalho.”

Mario riu e começou adicionar o molho nos potes. “Sabia que encontraria uma maneira de sair do trabalho.”

“Há algo entre Jay e Ethan?” Erico perguntou.

“Não. Eles são amigos, mas ambos precisam aprender a defender-se.”

“Por quê?”

“Porque ambos têm medo todo o tempo.” Terminando com o molho de cranberry, Mario continuou enchendo.

“De que Jay tem medo?”

“De que abusem dele novamente. Não culpo o pobre menino depois do que lhe aconteceu.”

Como Erico não disse nada mais. Mario olhou para seu velho amigo, a mão que sustentava a faca estava tremendo. “Erico?”

“Quem fez isso?”

“Você não sabia?” Porra. Ele imaginou que Erico soubesse. A anterior conversa com Jay decidiu informar Erico do passado de Jay. “Ele foi deslocado de sua casa quando tinha quatorze anos. Finalmente chegou ao hotel que nossos amigos têm em DC aos quinze. Antes de chegar a Cattle Valley seu ex o perseguiu. Acho que era muito mau, o tinha enviado duas vezes ao hospital. Finalmente nossos amigos decidiram enviá-lo aqui.”

“Por isso me advertiu que me afastasse?”

Mario sabia que havia mais na pergunta. “Sim, sinto muito, acho que pensei que soubesse da história.”

Erico deixou a faca e olhou Mario nos olhos. “Pensa que eu o machucaria?”

“Não. Nem em um milhão de anos.” Pensou em falar com Erico a respeito da conversa que tinha tido com Jay. Não tinha sentido afastar Erico. Mario duvidava que Jay estivesse preparado para resistir ao bonito proprietário de restaurante. “Ele se assusta com qualquer um que seja grande.” Mario disse tentando explicar.

“Ele não se assusta de você ou Ryan, ou Rio.”

“Nós não somos homens solteiros. Acho que o que estou tentando de dizer é que Jay se assusta de ter encontros. Quero tentar lhe dar um pouco de autoconfiança com as aulas de defesa, se algum dia se encontre na mesma situação novamente.”

Erico assentiu. “Alegra-me que tenha me dito isso.” Erico limpou a garganta. “Se me desculpar, preciso verificar algo no escritório.”

Mario o viu ir, lutando com a necessidade de segui-lo. Quem era este novo Erico? Mario viu mais emoções nas últimas duas semanas que em todo o tempo em que se conheceram.

“Pode fazer.” Rio disse de retorno à mesa.

“Obrigado. Ia ser na casa de Asa, mas esqueci que nenhum dos dois tem carro que seja capaz de chegar com tempo ruim.”

Com a última comida nos potes, Mario pegou duas caixas e se despediu de Rio. “Até na segunda-feira, chefe.”

“Se ainda puder caminhar. Nate disse que tinha algo muito especial planejado para o resto do fim de semana.”

“Ooh, muito especial, huh”

Rio riu. “Sim. Um pouco de usos alternativos para a torta de abóbora.”

“Rezarei por você, cara.”

“Obrigado.”

Mario encontrou a Asa falando com Pete Nash, um dos novos delegados de Cattle Valley. “Está pronto?”

“Sim, prazer em conhecê-lo.” Asa disse a Pete.

“O prazer foi meu.”

Asa seguiu Mario à porta. “Espera! Leva um pouco de torta de abóbora”

Mario ficou com a boca aberta “Por favor, me diga que não falou com Nate”

Asa lhe deu um grande sorriso. “Não que tenha ouvido. Perguntei se levava torta de abóbora? Acredito que houve uma correria para a mesa das sobremesas.”

Mario levantou a tampa dos potes. “Duas peças. Quer ver o que faço com eles”

“Me leve para casa e me mostre.”

 

                                           Epilogo

 

“Não posso fazer isto.”

“Sim pode Angela.” Asa negou quando sua secretária entrou no escritório. Alice devidamente se retirou e fechou a porta. “Esteve cinco semanas sem beber. Continua seu caminho. Não desista agora. Não só por si mesma, mas também pelo seu sonho de arrumar as coisas com seu filho.”

Ouviu um soluço do outro lado da linha. “Não tem idéia de quão duro é.”

“Tem razão não tenho idéia. Por isso está no centro, fala com eles para que lhe ajudem a superá-lo. Se abra a eles. Deixe que lhe ajudem.”

“Mario perguntou sobre mim?”

Asa se recostou na cadeira e esfregou os olhos. Como ia dizer à mulher que estava trabalhando duro, que seu filho nem sequer tinha começado a perdoá-la? “Sinto muito, ele não esta pronto ainda. Mario tinha muita dor e ira em seu passado para lidar, isso levou uma vida construir, e não espera que desapareça em cinco semanas.”

“Então porque é tão agradável comigo?” ela perguntou.

“Porque eu amo seu filho mais que tudo no mundo. Mario merece uma mãe de verdade, e eu farei tudo o que esteja em meu poder para que a tenha.”

“Então o que eu ganharia?”

“Uma longa vida e um filho que se orgulhe de você?”

“Só que eu necessito um incentivo para terminar o tratamento, Asa.”

Asa sentiu uma opressão em seu peito. Finalmente começou a acreditar porque seu filho não acreditava que sua mãe pudesse manter-se sóbria. “Se viver e amar seu filho não é suficiente, eu não tenho nada mais para lhe dar.”

Sem esperar resposta, Asa desligou o telefone. Em seu coração sabia que o incentivo era o dinheiro, Angela poderia sair facilmente e estar bêbada antes do jantar. O dinheiro era a única coisa que à mãe de Mario se preocupava. Como ele ia dizer isso a seu amante?

Mario estava na metade do ‘The king and I’ quando Asa chegou. Seu amante parecia completamente esgotado. Mario pausou o filme e ficou de pé e deu um grande abraço de bem-vinda a Asa. “Teve um dia difícil?”

“Sim. Parece que até a noite de ano Novo não é sagrada para os jogadores.”

“Porque não toma uma ducha para que se sinta mais cômodo? Tenho uma grande noite de filmes e salgadinhos planejado.”

Asa bocejou, assentiu e se dirigiu ao quarto bagunçando tudo por onde passou.

Antes de ver Asa tão cansado, Mario tinha planejado falar com seu amante milionário a respeito de que recolhesse as coisas ele mesmo. Sabia que Asa estava acostumado que a senhora Guttenberg o seguisse todo o dia, mas ela não estava aqui, e Mario se recusava a limpar a desordem de um homem adulto.

Ouviu a água correr quando soou o telefone.

“Olá?”

“Senhor Benta?”

“Sim. Sou o senhor Mario Benta. Em que posso lhe ajudar?” Ele se sentou na poltrona e procurou o controle remoto.

“Sou Cathryn Malloy do Centro de tratamento Sea Side. Sinto lhe informar que sua mãe pediu para sair faz alguns momentos. Nós tentamos convencê-la a ficar, mas ela se recusou. Quando falamos com o senhor Montgomery lhe dissemos que admiti-la aqui era um ato voluntário nós não podemos obrigá-la a ficar.”

Mario fechou os olhos e beliscou a ponte do nariz. “Está bem, Senhora Malloy. Obrigado por me avisar.”

“Se houver algo no que possamos ajudá-lo, por favor, não vacile em nos chamar.”

“Obrigado novamente.” Mario desligou. Maldita seja! Ele jogou o telefone contra a parede que se quebrou em três pedaços. Como diria isso a Asa? Seu amante se via tão convencido…

“Merda!” ele gritou e chutou a mesa do café, saltando pedaços de madeira por todo o quarto.

“Que diabos acontece?” Asa perguntou, entrando na sala gotejando sobre o piso de madeira. “Pensei que alguém tinha entrado e estava te atacando.”

Mario sorriu ante a imagem de Asa, o sabão ainda cobria seu corpo, pequenas borbulhas se deslizavam por seu peludo peito. “E o que? Decidiu correr aqui e me defender, nu?”

Asa olhou para baixo e repentinamente se deu conta de sua própria nudez. “Merda.” Voltou ao chuveiro, cuidando sua perna direita mais que a esquerda.

Mario viu a porta do banheiro se fechar e suspirou. “Essa é a razão pela que te amo tanto Senhor Montgomery.”

Se livrando de sua roupa Mario caminhou para o banheiro, e abriu a porta da ducha. “Há lugar para mim?”

Asa levantou um dedo para Mario. “Apenas se prometer não ter outro acesso de raiva.”

“Bem, prometo.” Mario passou suas mãos pelo peludo peito de Asa. Seu amante coberto de pêlo era quente como o inferno.

“Sei que está bem, a pergunta é quão bem?”

Mario se moveu até que eles ficassem peito com peito, pegou o sabão e começou a lavar as costas de Asa dando particular atenção a bunda de seu amante. “Nunca te comi no chuveiro, acha que suas pernas estarão bem?”

Asa levantou a perna e a descanso no parapeito, abrindo-se para o toque de Mario. “Com certeza que está. Pensei a respeito disso cada dia que estive aqui.”

Mario introduziu um dedo ensaboado no buraco de Asa. “Você gosta?” perguntou, inserindo outro dedo quase imediatamente.

“Sabe fazê-lo.”

Quando inseriu dois dedos começou a por e tirar do buraco de Asa, e batendo no traseiro disse. “Gire-se e se segure na parede.”

Quando Asa fez o que lhe pediu, Mario reajustou o jorro da ducha. “Mmm mmm mmm.”

Ele nunca se cansava de entrar em seu amante. Mario ensaboou seu pênis e lentamente se empurro até o punho. “Maldição é quente, bebê.”

Asa grunhiu e começou a empurrar-se para frente e para trás no pênis de Mario.

Mario pegou Asa pelos quadris e começou a mover-se. O tamborilar da pele úmida quando sua virilha se encontrava com a bunda de Asa era ensurdecedora no pequeno banheiro. E era música para os ouvidos de Mario. “Pensa que suas pernas possam te sustentar para a fodida de sua vida?”

“Não se contenha comigo.” Asa grunhiu.

Mario saiu do buraco de Asa e aplicou mais sabão em seu pênis. Antes de entrar de repente. Descansou uma mão no quadril de Asa e a outra no ombro de seu amante que continuava inclinado contra a parede e começou a mover-se.

Enquanto se empurrava para o doce traseiro que envolvia seu pênis, Mario inclinou a cabeça para trás perdido na sensação do momento. Com cada empurrão ele deixava sair um grunhido que enchia o pequeno quarto com mais ruídos. Isso é o que ele sentia saudades. O muito que desfrutava fazer amor com Asa nada substituía o bom de uma dura fodida.

Inclinando-se para frente Mario deu uma mordida nos ombros de Asa. Asa gritou de prazer e isso era como um bálsamo para Mario. A dor e decepção de alguns minutos desapareceram quando seu amante gozou regando seu sêmen nos azulejos azul escuro.

As pernas de Asa tremeram, e Mario o sustentou com ambas as mãos. “Quase.” murmurou-lhe.

Com seu amante em seus braços, Mario se enterrou profundamente e fez erupção. “Amo-te.” murmurou ao ouvido de Asa enquanto gozava.

Envolto em um grosso roupão, Mario passou as pipocas para Asa, tirou o roupão e se meteu sob o cobertor.

“Quantas vezes viu esse filme?” Asa perguntou, pegando um punhado de pipocas com manteiga.

“Por quê? Tem algo contra Yul Brynner?”

“Não realmente. Quero dizer eu gosto ‘The king and I’ tanto como a pessoa que tenho a meu lado, mas ‘westworld’, sério?”

Mario se encolheu de ombros. “Era uma de minhas favoritas desde menino.”

Asa se aconchegou a seu lado. “Alguma vez o assistiu no cinema?”

“Não. Eu nunca pus um pé em um cinema até que sai de casa. Só tenho lembranças de dias realmente ruins em casa. Mãe bêbada chorando por um ou outro homem. Eu tinha uma pequena televisão preto e branco, em meu quarto. De qualquer maneira, esse dia em particular tinha uma maratona do Yul Brynner na televisão. E eu fiquei um dia inteiro vendo ‘The King and I, Westworld, The Ten Commandments e The Magnificent Seven. Acho que foi meu herói esse dia.”

Asa descansou a cabeça no ombro de Mario. “Você usa Yul como válvula de escape.”

Mario realmente nunca tinha pensado assim antes. “Sim. Acho que faço isso.”

“Falei com sua mãe hoje.”

“Falou?”

Asa assentiu. “Acredito que ela vai se pegar ao tratamento.”

“Ela não fará isso. Recebi um telefonema enquanto estava na ducha, era Cathryn. Era a causa de minha raiva.”

“Sinto muito.”

Mario tirou a tigela de pipocas do colo de Asa, e a deixou na mesa de café, abraçou Asa. “Não. Não é você que deve se lamentar. Eu sei quão difícil é lidar com ela. Zanguei-me com ela por te decepcionar.”

“Talvez algum dia ela esteja pronta para tentar novamente”

Mario sabia em seu coração que isso nunca aconteceria. Sua mãe ia terminar morrendo sozinha com uma garrafa na mão. A grande pergunta era aonde. “Apesar de sentir que ela está completamente fora de minha vida, não sei se consigo, quero dizer, não quero cuidar dela novamente, mas não seria capaz de viver se sei que ela está vivendo nas ruas.”

“Pensei em algo.” Asa admitiu.

“Sim? E o que é porque eu não posso lidar com isto todo mês, não é o dinheiro o problema, é falar com ela. Não penso que possa fazê-lo mais.”

“Estou completamente de acordo. Parece-me que se contratarmos a um contador para que cuide com ela de seus gastos. Penso em um lugar para viver e comida é tudo o que lhe daríamos. Se ela quiser licor ela deve encontrar um jeito de consegui-lo.”

“Quanto custaria um contador?” Mario não se lamentaria pelo dinheiro, mas com certeza que teria algo extra todo mês.

Asa se sentou e olhou os olhos de Mario. “Você realmente me ama?”

Mario soltou um grande suspirou. Porque tinham retornado as inseguranças de seu amante? “Você sabe que o amo. Te amo mais que tudo neste mundo, incluindo eu mesmo.”

Asa se montou escarranchado no colo de Mario. “Ama-me o suficiente para ficar comigo para sempre?”

Mario passou suas mãos pelo corpo nu de Asa e as deixou em seu traseiro. Apertou as nádegas de Asa e disse brandamente a Asa. “Conto com isso.”

“Bom. Então o dinheiro não é mais um problema entre nós. Eu posso sempre fazer mais do que você faz, mas depois de hoje, eu não quero ter mais do que você tem. Eu quero que vivamos juntos como um verdadeiro casal.”

“Não quero seu dinheiro, Asa.”

“Eu sei. É por isso que espero que reunamos nossos recursos e vivamos nossa vida sem nos preocupar com isso. Isso é o que aconteceria se nos casássemos, qual é a diferença?”

“A diferença é que muita gente assina acordos pré-nupcial antes do casamento.”

“E alguém provavelmente o faria, mas você não é qualquer pessoa.” Asa o beijou. “Você realmente ama a Ace, o habitante do porão, e não a Asa, o investidor.”

Ouvir Asa referir-se a si mesmo como o habitante do porão, fazia Mario se sentir incomodado. Sabia que seu amante usava esse término para desvalorizar-se. Mario suspeitava que os anos que se sentiu o estranho da família tinha causado sua baixa auto-estima. Sabia que o distanciamento com sua família ainda incomodava a Asa.

“Sabe que terá que lidar com sua família cedo ou tarde.”

Asa se encolheu de ombros. “Já fiz acertos provisórios. Seria cruel se não os fizesse. Mas com sua relação com sua mãe, algumas coisas é melhor não tratar diretamente com pessoas que tem capacidade de te machucar.”

Mario assentiu em acordo. “Não se preocupe por mim, bebê. Eu cortaria um braço antes de te machucar intencionalmente.”

“Sim.” Asa aceitou, usando uma das palavras favoritas de Mario. “E isso me faz o homem mais rico do mundo.”

 

                                                                                Carol Lyne 

 

 

                      

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