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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


CALOR DOS BOMBEIROS / Carol Lyne
CALOR DOS BOMBEIROS / Carol Lyne

 

 

                                                                                                                                   

 

 

 

 

 

Apesar da diferença de dezoito anos, Sammy Lee quer que seu novo chefe, assistente dos Bombeiros, Leo Burkowski. Viver e trabalhar vários dias por semana lado a lado na estação de bombeiros está fazendo Lee perder o controle. Quando Leo pede sua ajuda com um projeto especial, Sammy não aguenta mais e faz a sua jogada.

Embora Sammy esteja jogando para valer, Leo se recusa a pensar na relação, como algo mais do que um caso passageiro. A idade foi um problema no passado, e apesar de Leo se sentir atraído pelo jovem, ele aprendeu da forma mais difícil a segurar seu coração.

Será que o calor gerado entre os dois homens será o suficiente para derreter Leo, ou Sammy irá desistir em uma chama de decepção?

 

 

 

 

                               Capítulo Um

 

Leo Burkowski levantou a barra de pesos de seu lugar e começou a fazer sua série de cinqüenta. Ele estava entrando na zona[1], quando Sammy Lee entrou na sala.

“Esta quase começando ‘Pirate’s Cove’.” Sammy lhe informou.

“Está bem. Tenho outras coisas em mente hoje. Vá em frente”. Leo respondeu. Esperando que Sammy deixasse por isso mesmo.

“Quer que grave?”

“Não, não se preocupe.” Leo continuou seu exercício, sem olhar Sammy.

“Bom, então tudo bem. Penso que posso praticar durante o jantar.”

Leo ouviu a dor em sua voz, mas não admitiu. “Claro.”

Sammy saiu da pequena sala de pesos e Leo descansou os pesos na barra. Pegou a toalha e se secou o rosto e o pescoço.

A princípio, desfrutava passar tempo com Sammy. Ao jovem gostava de paquerar e era agradável saber que o bonito homem se sentia atraído por ele. Durante o inverno as coisas começaram a sair de controle. Sammy começou a ser muito óbvio, e Leo começou a sentir-se mais tentado.

Leo apoiou seus antebraços em seus joelhos e olhou para fora pela janela. A mais recente tempestade de neve rapidamente se derreteu com o inesperado calor de março. Segundo George, isso era incomum em Cattle Valley que normalmente não tinha essas temperaturas até abril. Leo esperava que fosse a ultima neve da temporada, mas sabia que não podia confiar nisso.

Ele nasceu e cresceu em Milwaukee, Leo estava acostumado à neve, mas isso não significa que gostasse. Gostava mais do ar livre, caminhar pela cidade, nadar e correr que geralmente era sua paixão, mas com seu joelho machucado, essa atividade em particular já não era uma opção.

Leo distraidamente esfregou as pequenas cicatrizes em seu joelho. Sim, lesou-se atendendo uma chamada e não tinha podido trabalhar por muito tempo. Se não tivesse estado fora do trabalho, seu companheiro Randy não teria a oportunidade de enredar-se com o jovem paramédico da estação.

Leo grunhiu ao lembrar e ficou em pé. Pensar em Randy sempre o deixava de mau humor. Caminhou para a esteira e a programou a um ritmo lento. A infidelidade de Randy era a principal razão de que se recusasse a aceitar a atração que sentia por Sammy. Tinha visto de primeira mão, como era foder um jovenzinho. Leo nunca que se deu conta do quão velho ele e Randy eram até que ele viu Randy caminhar junto ao jovenzinho de vinte e três anos. O contraste em seus corpos era suficiente para que Randy se visse como um fantasma.

Seu celular começou a tocar, tirando a atenção de Leo de seu exercício e de sua libido. Desligou a esteira e cruzou o quarto para pegar o celular.

“Olá?”

“Hei.” Neil cumprimentou.

Leo sorriu. Ele estava trabalhando com Neil Peters como conselheiro da dor. Neil se recusou a falar com um psicólogo sobre seus sentimentos pela morte de seu namorado Gavin, e como Leo tinha um pouco de treinamento, ofereceu-se a ajudar o jovem a superá-lo. Havia muitas pessoas em Cattle Valley ainda tentando superar a tragédias das arquibancadas do ano passado. Leo não tinha nada especial com Neil. Eles geralmente apenas montavam ao redor do rancho ‘EZ Does-It’ e conversavam. Leo pensava que além de tudo, Neil necessitava um amigo.

“Estive pensando se você gostaria de sair e montar esta tarde?” Neil disse.

“Não posso, estou de volta ao trabalho, mas pode ser amanhã à tarde.”

“Bom, parece bom. Levo as cervejas.”

Leo sorriu. Desde que Neil completou vinte e um anos, poucas vezes perdia uma oportunidade para beber cerveja. “Nada dessa merda light.”

Neil riu. “Vou me lembrar.”

“Vemos-nos então” Leo disse, antes de desligar.

Pegou a toalha e a pendurou no ombro. Talvez devesse fazer que Sammy se interessasse em Neil. Sammy estava mais perto da idade de Neil que dos quarenta e oito anos de Leo.

Leo sacudiu a cabeça e girou os olhos. Precisava deixar de preocupar-se com Sammy. Se tentasse empurrar o jovem para alguém, isso apenas poderia trazer problemas à estação. Vivendo e trabalhando juntos poderia ser um inferno se ele estivesse zangado.

 

“O jantar está pronto.” Leo gritou.

Sammy entrou na cozinha e sentou-se. “Cheira bem.”

Leo olhou para a porta. “Onde está Zac?”

“Terry esteve aqui e levou Zac para comer tacos no O’Brien’S.”

Leo olhou a grande panela de espaguete. “Acho que vou levar as sobras para comer amanhã em casa.”

Leo colocou o pão de alho e o queijo na mesa e se sentou frente à Sammy. Não invejava o jantar de Zac com Terry, mas isso significava que estaria sozinho com Sammy, e isso não era boa idéia. Talvez se pudesse levar Sammy, enquanto comia a uma conversa casual. “Então, que aconteceu em ‘Pirate’s Cove’?”

Sammy levantou o rosto, enquanto comia a massa. “OH, hoje foi um bom capítulo. Allison ficou com Jesse de novo, apenas que esta vez, lhe disse que não estava interessado.”

Sammy piscou um olho a Leo. “Claro que ele não lhe disse por que não estava interessado. Nem quer dizer que Allison não levou a notícia muito bem. Ela saiu do restaurante e imediatamente foi ver Colt, claro que Colt não estava sozinho.”

Leo levantou as sobrancelhas surpreso. “Quer dizer....?”

Sammy riu. “Sim. Dex estava lá.”

“Ela os viu?” Leo perguntou, com o garfo com espaguete equilibrado para sua boca.

“Não.” Sammy sacudiu a cabeça. “Mas Colt tentou de lhe dar uma carona, e eu penso que ela suspeita de algo.”

Leo assobiou. “Penso que devia vê-la depois de tudo.”

Sammy partiu um pão de alho e levou um pedaço à boca. “Disse-lhe isso.”

Leo riu. Apesar de não querer uma relação íntima com Sammy, realmente desfrutava da companhia do jovem, Sammy parecia estar sempre de bom humor. Leo sempre estava sorrindo quando estava no mesmo ambiente que Sammy. “Na próxima vez grave o capítulo para mim” Leo murmurou.

Sammy se encolheu de ombros terminou seu pão. “Ou pode se sentar no sofá a vê-lo comigo.”

Leo retirou seu prato. “Sim, acho que posso.”

 

Leo chegou ao lugar favorito de Neil. “Esta paisagem nunca me cansa.”

Neil desmontou e amarrou seu cavalo, Footloose, em uma árvore próxima. Leo continuou sentado acima de Buddy um pouco mais, antes de desmontar. Sentia suas pernas moles depois do rodeio. Não estava acostumado a estar no lombo de um cavalo, como Neil. Claro que a idade poderia ter algo haver, também.

“Está bem?” Neil lhe perguntou, desamarrando um isopor do lado da sela.

“Sim, ultimamente me sinto mais velho.” Leo respondeu. Deixou Buddy ao lado de Footloose, antes de unir-se a Neil em sua ‘Rocha do Pensar’ como chamava Neil.

Neil sorriu. “É tão velho como se sente.”

Leo não pôde evitar rir. Isso era o tipo de coisas que alguém de vinte e um anos podia dizer. “Então já deveria estar preparado para o asilo.”

Neil deu uma cerveja a Leo. “Então, porque se sente tão velho?”

“Não sei. Hei. Achei que falaríamos de você?” Leo lhe perguntou, tentando mudar a atenção para Neil.

“Nós sempre falamos de mim.”

“Isso é porque eu sou aborrecido.” Leo brincou. Não gostava de falar de si mesmo. Que poderia dizer? Passou dezoito anos com o mesmo homem, apenas para descobrir que Randy nunca considerou uma relação monogâmica.

Neil suspirou e descansou suas costas na lisa rocha. “Sabe o difícil que é se abrir a um homem e se dar conta de que quase não o conhece.”

Leo tomou um gole de cerveja. “Está bem. Tenho quarenta e oito anos, nasci em Milwaukee. Tenho dois irmãos mais novos e um mais velho. Minha mãe morreu de câncer faz seis anos, meu pai morreu, quando estava com vinte anos. Ah! Eu tinha um cão chamado Pork Chop quando era menino.”

Neil cobriu os olhos do sol da tarde. “Isso é genial, mas ainda não me diz por que se sente velho.”

“Sim.” disse. Tenho quarenta e oito anos. Não razão é suficiente?”

“Não. Além desse joelho fodido, está em melhor forma que muitos homens da metade de sua idade, assim eu acho que deve haver algo mais.”

Leo deu um brincalhão golpe no braço de Neil. Neil imediatamente ficou em pé colocando-se atrás da segurança da rocha, antes que Leo tivesse retirado inclusive seu braço. Merda. “Sinto muito. Esqueça-o.”

Com o rosto vermelho Neil retornou da rocha. “Não é sua culpa. Odeio fazer isso.”

“Já me contou de sua infância e de seu reflexo natural.” Neil não tinha entrado em detalhes, mas deixou muito claro que tinha crescido em um lar abusivo, sem pai e um montão de ‘tios’ como sua mamãe estava acostumada a chamá-los.

“Talvez, mas não vivi dessa forma nos últimos cinco anos. Acreditei que tinha superado.” Neil esvaziou sua cerveja e pegou outra.

Leo inclinou sua cabeça para trás e fechou os olhos. Era muito bom o calor do sol em seu rosto. Se ele concentrava-se podia sentir até a primavera. “Acredito que há algumas coisas que não se supera.”

“É? Está falando por experiência própria?”

Leo suspirou. Odiava abrir sua alma para que fosse inspecionada, mas Neil tinha razão. Realmente não ia continuar falando de seus escuros segredos sem obter nada em troca. “Faz um pouco mais de um ano, encontrei a meu companheiro, fodendo um jovem de dezoito anos.”

“Merda. Sinto muito.”

“Obrigado, mas é ainda pior. Evidentemente Randy tinha atração pelos jovenzinhos. Inteirei-me de que vinha fodendo jovenzinhos a maior parte de nossa relação. Eu só fui o imbecil que não viu as pistas.”

Neil lhe olhou aos olhos. “Então me diga, bateu nele, quando se inteirou?”

“Não. Renuncie a meu trabalho, mudei com meu irmão mais novo e fiquei deprimido durante sete meses, antes de assumir este trabalho e vir para Cattle Valley.” Leo amassou a lata em sua mão e pegou outra.

“Isso fede.” Neil comentou.

“Sim.” Leo aceitou.

“Então é por isso que se sente velho?”

Que pensaria Neil dele, se soubesse de sua atração involuntária por um homem dezoito anos mais novo? Mas Sammy não era qualquer homem, ele era o homem mais formoso que Leo já tinha visto, com olhos castanhos escuros que pareciam quase negros e longos cílios que invejaria qualquer mulher. Aaah! E Leo não podia deixar passar aquelas covinhas que mostrava toda vez que Sammy lhe dava de presente um sorriso. “Em parte, penso que seja por isso.”

“Em parte?” Neil perguntou.

Leo se girou de lado. A dura superfície da rocha encaixou nas costelas, mas isso foi reclinar-se na fodida rocha. “Ultimamente tenho fortes sentimentos por Sammy.”

Neil sorriu. “Assim, que você gosta?”

Leo sacudiu a cabeça. “Eu gostar ou não, não é o problema. É muito jovem para mim.”

O rosto de Neil ficou vermelho de novo. Em um piscar de olhos, o normalmente tranqüilo e triste homem se zangou. “Que diabos acontece aos homens mais velhos? Pensam que os jovens são estúpidos ou algo assim.”

Leo se endireitou e levantou as mãos em sinal de rendição. “Eu não disse isso…” começou, mas Neil o interrompeu.

“Quero dizer, se ambos são adultos, e ambos querem isso, qual é o problema? Porque o que quero não importa? Porque têm que me proteger, apenas porque são mais velhos? Sei o que quero. Maldição!”

Leo piscou várias vezes. Nunca em todos esses meses que partilharam, tinha visto Neil subir às paredes. Era mais que óbvio que Neil estava zangado e estava transferindo sua própria ira contra a situação de Leo. Talvez esse fosse a informação mais verdadeira que obtinha do jovem.

“Sei que não está falando de mim, assim de quem é? Quer alguém mais velho?” Leo perguntou.

Neil pegou sua cerveja e a terminou. “Não importa foi há muito tempo, antes de vir a Cattle Valley. Apenas estava tentando que entendesse que penso de seu amparo a Sammy. Eu assumo que o cara pode cuidar de si mesmo.”

Leo se levantou da rocha e se aproximou da beira do penhasco, olhando para o ‘EZ Does-It’. “Talvez esteja me protegendo. Independentemente se me envolvo com Sammy isso não é seguro. Além disso, trabalhamos juntos.”

Leo olhou sobre seu ombro. “Sinto muito, se te incomodei.”

Neil moveu a mão afastando a desculpa. “Tema sensível. Não se preocupe com isso.”

Depois de outro olhar ao panorama vendo a neve derreter-se, Leo voltou à rocha. Odiava pressionar Neil, mas algumas coisas eram dolorosamente óbvias. “Continua apaixonado pelo homem mais velho de seu passado.” Leo declarou. “Acredito que ajudaria que falasse sobre isso?”

“Não.”

Leo odiava insistir. Era óbvio que embora Neil chegasse a bons términos com suas emoções, ou se encerrasse em duelo por Gavin, ainda não lidou com seu passado. Leo olhou Neil. O jovem encerrava em si mesmo de toda discussão.

Com um suspirou, Leo subiu à rocha. A investigação do passado de Neil poderia esperar para outro dia. “Dê-me outra dessas cervejas.”

“Necessito que vá à reunião da prefeitura por mim na quarta-feira.” George informou a Leo, quando estavam trocando de turno.

“Por quê?” Leo perguntou.

George sorriu. “Vou a Las Vegas. Trick vai receber dois prêmios. Com Carol a apenas um mês do parto, nós realmente não queremos que voe, vamos esta noite, assim a estação fica atendida e só ficará sem ninguém durante a reunião, ninguém tem que mudar seu horário.”

Leo girou seus olhos e assentiu. “Certo. Se divirta em Las Vegas, enquanto eu tento me manter acordado nessa longa e aborrecida reunião.”

George riu. “Nunca esteve em uma reunião com Nate. As reuniões poucas vezes são aborrecidas. Especialmente, quando o tema envolve ao departamento do Xerife. Não há nada mais quente que ver Nate e Ryan nisso. Acho que há um pouco de jogo sexual nisso, porque as reuniões geralmente são breves.”

“É bom sabê-lo.” Leo bateu as costas de George. “Deseje sorte ao Trick por mim.”

“Sim.” George pegou sua garrafa térmica de café e saiu do pequeno escritório.

Leo se sentou ante a mesa e começou a revisar as chamadas das últimas vinte e quatro horas, antes de dirigir-se a sala principal. Como sempre, Sammy estava esparramado no sofá. Leo tentou não notar o brilho nos formosos olhos do homem, quando o viu. A diferença dos turnos típicos de quarta-feira, nos fins de semana a estação tinha contratado uma equipe de paramédicos.

Leo se sentou em uma das poltronas reclináveis e cumprimentou com um movimento de cabeça, Zac e o mais recente paramédico Jakob Cox. “Algo bom?”

“Não.” Jakob respondeu. “Eu trouxe o novo filme de ação de Ryan Reynolds, se alguém estiver interessado.”

Todos os olhos na sala se abriram ante a menção do “sexy” sonho úmido. Não havia nada que fazer a respeito de Ryan Reynolds que causou em Leo, e aparentemente em todos os homens da sala, todos tinham uma ereção ao pensar nele.

“Vou pegar pipocas.” Sammy disse saltando do sofá.

“Vou dizer a Terry que se apresse, antes que comece.” Zac disse deixando a sala.

Com Jakob colocando o DVD, ficou Leo para trazer as bebidas. Dirigiu-se à cozinha. Sammy estava inclinado com as mãos apoiadas no balcão olhando a janela do forno de microondas. Leo não pôde evitar notar o musculoso traseiro encerrado na calça do uniforme. “Pensa que chá seja bom para todos?”

Sammy levantou o olhar um momento apanhando o olhar de Leo. Sorriu e piscou um olho. “Parece-me bom.”

Leo separou o olhar e abriu o gabinete tirou a caixa de saquinhos de chá e a chaleira para ferver a água. Deixou a chaleira de água para ferver e escolheu não olhar o jovem. Isso só iria encorajá-lo.

O microondas apitou e Sammy tirou o saco de pipocas e colocou outro saco.

Pressionando-se o mais perto possível de Leo, Sammy depositou em uma tigela, as pipocas quentes. “Você quer algumas? Estão quentes.”

Leo apertou seus dentes, notando a maneira como sentia o corpo de Sammy contra o seu. Sacudiu a cabeça e continuou olhando a água. “Não obrigado. Vou esperar o filme começar.”

Sammy suspirou e deixou a tigela no balcão. “Porque faz isso?”

Leo olhou Sammy, antes de rapidamente afastar o olhar. “O que quer dizer?”

“Negar que me quer, tanto como eu te quero.”

“Não faço nada disso.” Leo respirou fundo e se girou para olhar uma vez mais Sammy. Agora que as cartas estavam sobre a mesa, sabia que o jovem não ia deixar passar. “Trabalhamos juntos e é muito jovem para mim.”

Sammy colocou sua mão no centro do peito de Leo. Apesar do algodão de sua camiseta azul escuro, Leo pôde sentir o calor da mão que o tocava. Olhando Leo, Sammy moveu sua mão e roçou um dos mamilos de Leo.

“Até se você me fodesse aqui e agora contra o balcão, isso não afetaria a maneira como faço meu trabalho. Assim deixe dessa desculpa. Aqui não há regras, a respeito de que os trabalhadores não possam se envolver. Verifique.” Os dedos de Sammy beliscavam ligeiramente o mamilo de Leo sobre a camiseta.

Leo fechou os olhos. Deveria afastar Sammy, mas não podia fazê-lo, não ainda. Para um homem acostumado a ser tocado por outro, o último ano tinha sido difícil. Uma parte dele. A parte de seu pênis queria entrar nesse corpo, demandava-o, mas sua mente não podia permitir. Abrindo os olhos, Leo retirou a mão de Sammy. “Não posso.”

Sammy deu um passo atrás e sorriu. “Ao final, fará isso.”

“Não espere que isso aconteça.” Leo argumentou.

 

Com a tigela de pipocas apoiado em seu abdômen, Sammy olhava o filme e a Leo ao mesmo tempo. Perguntava-se se a óbvia ereção apanhada nas calças de Leo, se devia a seu interlúdio na cozinha, ou a Ryan Reynolds.

Sammy levou outro punho de pipocas à boca. Apesar de gostar em pensar que se devia a ele, deu-se conta de que sem importar o porquê, ver o objeto de suas fantasias em toda sua dura glória era suficiente no momento.

Leo poderia protestar pela óbvia atração entre os dois, mas definitivamente estava ali, era evidente. Sammy tentou ajustar sua óbvia ereção, quando ouviu alguém tossir. Levantou a vista e viu Leo que estava colocando um punhado de pipocas em sua boca.

Sammy sorriu e o fez de novo, tomando seu tempo para esfregar seu palpitante eixo. Leo tossiu de novo, apenas que esta vez parecia como estivesse se afogando. Quando olhou para Leo tinha o rosto vermelho, Sammy saltou do sofá, esparramando todas as pipocas no chão, chegou até Leo e bateu nas musculosas costas várias vezes.

“Está bem?” Sammy perguntou.

Leo pegou seu copo chá. “Estou bem, apenas foi pelo lado errado.”

Sammy viu que Jakob e Zac já tinham retornado sua atenção ao filme. Sammy deslizou sua mão pelo braço da cadeira de Leo até o copo que Leo estava usando para ajudar a cobrir seu semi-duro pênis.

Sammy intencionalmente passou o dorso de sua mão pelo duro eixo, retirou o copo e o levou a mesa. Leo inalou profundo e olhou Sammy.

“Deveria ter mais cuidado, ou talvez precisasse ser resgatado em sua própria estação de bombeiros” Sabendo que tinha sido suficiente por um dia, Sammy retornou o olhar à confusão no piso e ao redor do sofá, sacudiu a cabeça e foi à cozinha pegar uma vassoura e uma pá.

Pôde ter feito uma confusão no piso, mas esperava que suas ações estivessem presentes na mente de Leo, durante o resto do turno.

 

 

                                 Capítulo Dois

 

Uma porta abrindo-se de repente captou a atenção de Sammy. Olhou para a porta de sua posição em frente do caminhão de bombeiros e viu a expressão de Leo. Sammy tinha ainda o pote da cera na mão e esperava que Leo não o visse. Não tinha lembrança de ter visto essa expressão azeda antes em Leo, mas a última coisa que queria era que fosse dirigia a ele.

“Sammy!” Leo gritou.

Merda. Sammy respirou fundo e saiu de seu lugar escondido. “Sim?”

“Tenho um problema e necessito sua ajuda.”

Sammy levantou imediatamente a vista. Deixou o pano da cera na cadeira de madeira e se dirigiu para Leo. “Claro. Que posso fazer para te ajudar?”

Leo suspirou e passou seus dedos através de seu cabelo grisalho. “Cometi o engano de me oferecer de voluntário para organizar o jantar de chilli. O problema é que eu realmente não tenho nenhuma fodida idéia de como se faz isso.”

“Para quem é?” Sammy perguntou.

“Um centro juvenil. Asa aceitou doar o edifício, mas acredita que a cidade deve envolver-se mais e trabalhar para os móveis e a manutenção.”

“Parece que vale a pena a aventura. Que necessita que faça?”

“Tudo. Quero dizer, sei como fazer os chilli, mas quanto, aonde vou fazer e como os levarei, eu não tenho nem idéia.”

Sammy sorriu. Adorou que Leo lhe pedisse ajuda. Se o homem sabia ou não, estava dando um passo na direção certa. “Bom, acho que deveria fazer aqui e que deveria ser um tipo de concurso de cozinhar chilli. Dessa maneira se cobrirão os custos dos mantimentos.”

Leo assentiu. “Isso arruma o problema do chilli, mas Nate disse que deveria envolver também rolinhos de canela. Que merda é isso? Quem ouviu algo sobre comer rolinhos de canela com chilli?”

Apesar de Sammy só ter chegado a Cattle Valley há dois meses antes que Leo, ele sabia a resposta disso. “O Reverendo Sharp introduziu essa combinação. Eu a provei e me acredite é aditiva, especialmente se forem os rolinhos de canela de Kyle. Deveria falar com ele, ver se pode doar alguma quantidade.”

Leo lentamente mostrou um fácil sorriso. “Obrigado, farei isso.”

Sammy entrou em pânico. Parecia Leo podia continuar sozinho com seu projeto. “Claro se quiser posso falar com Kyle por você, e posso te ajudar no que necessite.”

Leo inclinou a cabeça para um lado, parecia estudar Sammy durante um momento, antes de assentir. “Isso seria uma grande ajuda. Obrigado.”

Leo se girou e se dirigiu para a sala da corporação. Sammy começou a segui-lo, mas se deteve. A última coisa que queria era assustar o objeto de sua atração.

“Certo, quando planejam fazê-lo?” Sammy perguntou.

Com uma mão na maçaneta da porta, Leo o olhou sobre seu ombro. “Acha que estará tudo preparado dentro de um mês?”

“Claro. Isso não deveria ser um problema. Não há muito que fazer nesta época do ano.”

“Genial.” Leo olhou seu relógio. “O que acha de assistirmos um filme?”

Impactado, Sammy limpou as mãos nas calças. “Uh… claro. Eu gostaria. Vou limpar estas coisas e logo entro.”

Sem outra palavra, Leo deixou a área. Sammy ficou em pé onde estava durante algum momento, antes de girar-se a limpar a lataria do caminhão da defesa.

Depois do que aconteceu na última vez. Eles veriam um filme na mesma sala, Sammy estava surpreso de tão logo Leo voluntariamente o oferecesse. Colocou o balde e os acessórios no armário, se lavou as mãos no lavabo do canto e entrou.

Leo estava em uma das poltronas reclináveis, com uma caderneta e uma caneta.

“Que está fazendo?” Sammy tentou parecer casual, enquanto revisava os DVD na gaveta debaixo da televisão.

Leo levantou a caderneta. “Apenas fazendo a lista de tudo o que se precisa fazer.”

Sammy tirou um DVD. “Viu crepúsculo?”

Leo negou. “Não tenho certeza de ter visto antes. Se quiser eu ponho, enquanto você faz as pipocas.”

O pênis de Sammy começou a inchar com o comentário. Atreveria-se a dizer a Leo que adorava? Não. Melhor manter a boca fechada. Não tinha sentido envolver o tipo, antes que o filme começasse.

“Claro.” Finalmente respondeu. “Necessita algo para tomar?”

“Sim. O que seja que haja na jarra.” Leo ficou em pé e pegou o filme.

Sammy quase suspirou, quando seus dedos se roçaram ao lhe dar o filme. Apenas os dois por ali, ia ser um inferno manter a vista no filme e longe das calças de Leo.

 

Leo tinha sugerido o filme, porque pensou que era a melhor maneira para falar com o Sammy de tudo o que aconteceu na tarde anterior, mas agora não estava tão certo. Tinha ouvido toda a histeria ao redor de ‘Crepúsculo’ e era uma das razões pelas que se recusou a sentar-se a vê-la. Agora que Edward estava na tela, Leo encontrava o menino incrivelmente atrativo.

“Que idade tem esse menino?” perguntou.

“Edward ou Robert Pattinson?” Sammy perguntou.

“O menino. O ator”. Leo esclareceu.

“Não tenho certeza, mas dever ter uns vinte. Era mais jovem, quando gravou o filme. Por quê?”

“Por nada. Apenas perguntei.” De jeito nenhum admitiria que se sentia atraído pelo menino.

Sammy riu. “Então, é fã da turma de Edward, que da turma de Jacob?”

Leo se girou para Sammy. “Quem?”

Sammy riu e deixou a tigela de pipocas na mesa. “Há dois tipos de fãs histéricas. A turma de Edward e a turma de Jacob.”

Leo sacudiu a cabeça e grunhiu. “Isso é estranho.”

Sammy encolheu os ombros. “Talvez, mas as pessoas são muito protetoras, em ambos os lados.”

Leo sorriu. “De que lado você está?”

“Em ‘Crepúsculo’, eu estou com Edward, mas em ‘Lua Nova’ estou com Jacob, definitivamente. Maldição, esse menino-homem inchou muito.”

Leo riu com o entusiasmo na voz de Sammy. Isso era algo incrivelmente sexy nesse homem todo o tempo. Talvez fosse a expressão de inocência. Claro, Leo sabia que Sammy não era nada inocente, isso era um contraste com as atrativas covinhas, e a aparência de Mario López.

“Leo?”

Não se tinha dado conta que estava olhando Sammy, até que seus pensamentos foram interrompidos. “Huh?”

Sammy ficou em pé e caminhou para ele. “Quer um refresco ou alguma outra coisa?”

Leo levantou seu copo vazio de chá gelado. “Claro. Obrigado.”

Tomando o copo, Sammy surpreendeu Leo inclinando-se e lhe dando um beijo na boca. Leo abriu a boca para protestar, quando sentiu a suave língua de Sammy contra a sua.

Leo não pôde evitar, mas chupou a língua dentro de sua boca. Estava quase puxando Sammy ao seu colo, quando se deu conta o que estava fazendo. Aparto-se e olhou Sammy.

“Esquece. Vou pegar minha própria bebida.” Leo ficou em pé e se dirigiu à cozinha. Que demônios?

Jogou o gelo do copo na pia, antes de abrir o congelador. Talvez devesse colocar a cabeça dentro. Melhor ainda, deveria colocar seu pênis dentro do frio interior. Ouviu Sammy entrar na cozinha, e saiu de seus luxuriosos pensamentos o suficiente para encher seu copo com gelo.

Sammy se pressionou a um lado de Leo. “Seja honesto. Sou eu, minha idade ou que trabalhemos juntos?”

Leo não pôde olhar Sammy. “Dois de três são suficientes para me manter a distância. É só que não posso lidar com isso. Já falamos disso. Além disso, sou seu chefe. Não seria certo.”

Sammy se meteu entre o refrigerador e Leo. Tinha sido sempre tão pequeno? Leo ia dar um passo para trás, mas decidiu pressionar-se contra ele.

As mãos de Sammy tocaram o peito de Leo. “Não é tão solitário? Não sou do tipo para sempre. Sou mais do tipo de viva o momento.”

Deus, Leo queria dar a esse corpo o que necessitava. Sammy tinha acertado na mosca. Não tinha absolutamente ilusões de um romance com Sammy pudesse ir além de uns rounds de sexo quente. Leo era suficientemente honesto consigo mesmo a respeito da longevidade de um romance com Sammy. Cedo ou tarde, talvez cedo, o jovem se desse conta que a diferença não era nem de longe algo sexy.

Porque razão não podia deter Sammy, quando começou a lhe beijar o pescoço? Leo colocou suas mãos sobre o refrigerador e fechou os olhos. Poderia ser tão incrivelmente sexy deixar-se levar.

As palavras estavam na ponta da língua, quando o alarme de emergência ativou, os dois homens se separaram imediatamente. Leo inclinou seu ouvido para o canto do quarto.

“Fomos avisados de um Ford Mustang negro fora do caminho na curva do Sayer. Os paramédicos já foram notificados.” Era a voz do departamento do xerife no alto-falante na parede.

Leo se separou, rompendo o contato com o magro e musculoso corpo de Sammy. “Eu conduzo.”

 

Quando chegaram de retorno à estação de bombeiros era mais de meia noite e Sammy estava esgotado. A vítima tinha lesões que não punha sua vida em perigo, mas tiveram que cortar e destruir p Mustang. Graças aos céus o homem estava de cinto de segurança.

“Precisamos colocar um grande letreiro nessa curva.” Leo grunhiu descendo.

“Sim. Quero dizer, a maioria dos habitantes na cidade sabe que deve ir devagar, mas os visitantes sempre têm problemas com essa curva fechada.” Sammy adicionou. O homem teve sorte em sair com apenas pequenos cortes e hematomas.

“Vou mencionar isso a Ryan ou a Nate.” Leo o guiou de caminho aos quartos.

Sammy bocejava e estirava seus braços e cabeça. “Faça isso. Vem?”

Leo assentiu. “Daqui a pouco, tenho que registrar o acidente.”

Sammy assentiu e se dirigiu à parte detrás do edifício. “Eu vou tomar um banho, antes de me deitar.”

“Eu apagarei as luzes, quando terminar.” Leo murmurou, caminhando para o escritório.

Sammy ficou nu ao caminho para a ducha. Odiava tirar o aroma de Leo de suas mãos e bochechas. Mas recordar a maneira como o homem se fechou, quando subiram ao caminhão de bombeiros o estava ultrapassando.

Sammy abriu a água. Estava tão perdido em seus pensamentos que não esperou que saísse a água quente, antes de meter-se sob o jorro.

Um grito encheu ar, quando o jorro de água fria golpeou seu pênis e bolas. “Merda!”

“Que aconteceu?” Leo chegou correndo do interior.

Sammy se girou timidamente para o formoso homem. “Sinto muito. A água fria me surpreendeu. Não quis preocupá-lo.”

O olhar de Leo lentamente percorreu o corpo nu de Sammy. Embora Sammy tivesse apenas um metro setenta e dois, pareceu que Leo nunca terminaria de revisá-lo completamente.

Apesar da água quente o pênis de Sammy ficou duro como uma rocha em um momento. Lambeu os lábios e segurou a respiração, perguntando-se se Leo se permitiria atuar sua mútua atração.

Leo se girou e começou a caminhar para sair do banheiro comunitário. Quando chegou a maçaneta da porta, colocou ambas as mãos na maçaneta e abaixou a cabeça. “Você me mata.”

“Não. Você está se matando. Eu fui honesto todo o tempo. Eu te quero. Quero sua língua em minha boca, suas mãos em minha pele e seu pênis em meu traseiro.” Sammy se perguntava se tinha ido muito longe, quando Leo deixou cair às mãos. Quando Sammy pensou que o homem ia deixá-lo, girou-se e se dirigiu para ele.

Com seus um metro noventa e dois Leo chegou até Sammy e o pressionou contra os azulejos da parede da ducha. Antes que Sammy pudesse dizer uma palavra, a boca de Leo fechou na sua. Sammy se abriu imediatamente a Leo e a sua exploradora língua, enquanto tentava lhe tirar o uniforme molhado.

“Pele.” Ofegou durante uma pausa do beijo.

Ou Leo não o ouviu ou não quis parar tempo suficiente para despir-se, em vez disso se deixou cair ao piso da ducha e puxou Sammy com ele.

“Pele” Sammy pediu de novo, envolvendo suas pernas ao redor dos quadris de Leo. A roupa molhada raspava contra seu pênis, mas Sammy queria sentir o pênis de Leo.

Leo continuou comendo a boca de Sammy, como um homem desesperado. A barba do rosto e do queixo de Leo raspava a pele ao redor da boca de Sammy. Ele aceitou tudo, aceitaria qualquer coisa que o homem acima dele quisesse lhe dar.

Leo grunhiu de novo, enquanto pressionava seu pênis contra o de Sammy.

“Porra!” Sammy gritou, disparando seu sêmen entre eles.

Leo mordiscou o queixo de Sammy, antes que seu corpo tremesse com seu clímax. Sammy desejou que a água não estivesse salpicando seus olhos. Queria estudar as linhas de expressão do rosto de Leo mais claramente, enquanto gozava em suas calças.

Sammy enterrou seu rosto no pescoço de Leo. Aproveitou a oportunidade, para dar vários pequenos beijos na molhada pele. Enquanto a água continuava caindo entre eles. Não tinha certeza quanto tempo ficaram deitados, mas logo a água começou a ficar fria. Sammy fechou os olhos, sabendo que quando a água estivesse fria seria o sinal do final de seu breve interlúdio.

Leo finalmente se moveu, quando o corpo de Sammy começou a tremer. “Sinto muito.” Leo se girou a um lado e ficou em pé, dando a mão a Sammy.

Sammy pegou a mão e ficou em pé. Não podia olhar nos olhos de Leo. A última coisa que queria era ver arrependimento. Embora não tivesse sido um momento terno, isso lhe mostrava muito, como reagiria Leo como amante.

Sammy lavou seu abdômen rapidamente, antes de fechar a água. Não se importou em ir pegar a toalha rapidamente, em vez disso esperou ver como reagiria Leo após ter perdido o controle.

Leo de novo o surpreendeu, ao pegar a toalha de Sammy de um dos ganchos. Secou o cabelo de Sammy e o peito, antes de colocá-la ao redor da cintura e agasalhá-lo.

“É bom que se vista ou possa ficar doente.” Leo murmurou saindo do quarto.

Sammy respirou fundo. Passou a mão pelo rosto, sentindo a pele irritada e sorriu. Se deixasse Leo pôr distância entre eles, nunca recuperaria o terreno.

Esperou um momento antes de sair do banheiro e entrar nos dormitórios. Com apenas um punhado de gente na equipe o quarto tinha apenas cinco camas individuais. Olhando para a cama de Leo, Sammy se surpreendeu de como o homem tinha conseguido despir-se e secar-se tão rápido.

Tirando a toalha Sammy retirou os cobertores e se meteu sob eles. Ficou deitado, um pouco antes de girar-se de lado e olhar o rosto de Leo. Talvez devesse manter sua boca fechada, mas tinha que saber.

“Arrependeu-se?” perguntou.

Levou um momento, antes de Leo responder. “Ainda não sei.”

Agora ou nunca. Sammy saiu da cama e se dirigiu a de Leo. Mesmo na escuridão ele podia sentir o olhar de Leo em cada um de seus movimentos. Sammy chegou ao lado da cama de Leo e esperou.

Finalmente Leo retirou os cobertores em convite. Sammy sorriu e aceitou. Pressionou seu corpo nu contra o de Leo e suspirou. “Apenas vou me deitar um pouco aqui, sei que não há espaço suficiente para dormir.”

Leo grunhiu em resposta, mas suas mãos esfregavam as costas de Sammy de acima a baixo. Antes de chegar às nádegas de Sammy.

Sammy ficaria contente se apenas o abraçasse, mas os lábios de Leo encontraram seu caminho à testa de Sammy. Suaves e gentis beijos cobriram seu rosto, enquanto Leo colocava suas pernas entre as pernas de Sammy.

Quando esses fantásticos lábios finalmente capturaram a boca de Sammy, ele estava perdido de novo. Suas línguas em um duelo, tentando provar um ao outro. A boca de Leo sabia tinha um sabor muito bom, Sammy se perguntava que sabor teria o resto dele.

O começou a beijar o caminhou do pescoço ao peito de Leo, mas Leo o puxou mais forte contra seu peito.

“Não sou um jovenzinho. Talvez esteja esgotado com uma vez.” Leo murmurou.

Sammy inclinou seu queixo para cima. Empurrá-lo nesse momento não era boa idéia. Finalmente mostraria a Leo o muito que podia desfrutar brincar e chupar um pênis flácido. Em vez de continuar beijando-o se apoiou contra ele. Sim. Esperarei que chegue esse momento.

 

Leo despertou na manhã seguinte surpreso de que Sammy continuasse em seus braços. A última coisa que recordava era ter ouvido como a respiração do jovem se acalmava quando adormeceu. Leo tinha certeza que a cama era muito pequena e que Sammy retornaria à sua em algum momento durante a noite.

Separou-se o suficiente para ver o rosto do homem adormecido. Os longos e negros cílios descansando nas maçãs altas do rosto pediam para ser beijadas, mas isso aonde conduziria Sammy. Tinha pensado muito sobre o que fazer.

Leo cuidadosamente deslizou seus braços fora do corpo de Sammy e saiu da cama. Voltou a olhar o formoso homem, enquanto se vestia para o dia. Um romance passageiro com Sammy definitivamente seria algo fácil de fazer. A pergunta que continuava fazendo-se era se seria suficiente. Com um ultimo olhar deixou a habitação e se dirigiu à cozinha para fazer uma garrafa de café. O próximo turno iria até as três, tinha outras oito horas com Sammy.

Depois que o café ficou pronto, saiu para recolher o jornal de Sheridan, quando ouviu um ruído, levantou a vista e se encontrou com a caminhonete do Mario chegando à entrada.

Mario baixou o vidro do passageiro e sorriu. “Como vai?”

“Bem.” Leo disse, caminhando para seu vizinho.

“Asa me disse que se ofereceu para arrecadar fundos.”

Leo assentiu. “Sim, mas Sammy já se ofereceu para me ajudar, assim não será tão ruim. “Será uma oportunidade para conhecer mais pessoas.”

“Isso é certo.” Mario adicionou.

“Sammy sugere um concurso de cozinha. Dessa maneira economizamos o dinheiro dos ingredientes. Acha que muitas pessoas se interessaram?”

“Acha que não? Sei de vários homens que acreditam que seus chilli são o melhor que já provaram. Colocarão uma faca na garganta, logo verá. Embora quem vai ter na linha de juizes.”

Leo perguntou. “Alguma sugestão?”

Mario coçou a mandíbula. “Pode perguntar a Erico, Jay e Deb, de qualquer maneira não acredito que seria justo que eles entrassem.”

“Bem. Três são suficientes?”

“Bom, você pode encontrar outros dois que amem Chilli e seria melhor que não estivessem interessados em entrar na competição.”

Leo não fazia idéia quem mais, talvez Sammy tivesse.

Mario esfregou suas mãos juntas. “Bom vou, tenho que aperfeiçoar minha receita. Isso será divertido.”

Mario olhou o relógio. “Melhor ir. Há muita gente que gosta fazer exercício, antes de ir trabalhar. Tolos, se fosse eu, continuaria entre as cobertas com Asa.”

Rindo, Leo bateu na caminhonete do Mario. “Tenha um bom dia.”

“Você, também.” Mario saiu, arrojando fumaça negra de sua caminhonete.

Leo tossiu e sacudiu a cabeça. Porque Mario se recusava a comprar uma nova caminhonete, ia além do que Leo entendia. Com o jornal sob o braço retornou à estação. Quando entrou na cozinha, foi saudado ao ver o torso nu de Sammy. Embora vestisse seus jeans, seu peito e pés estavam nus. Merda. Não estava preparado para enfrentar os eventos da noite anterior. Estava pesando suas opções, quando Sammy se dirigiu até ele e lhe deu um rápido beijo.

“Bom dia.” Sammy lhe deu uma xícara de café, antes de deixar a sua na mesa. “Cereal está bem?”

Leo assentiu. A situação estava começando a enlouquecê-lo. Era tão... doméstica. Sentou-se e tomou um gole de seu café. “A respeito de ontem à noite…”.

Sammy se girou, levantou as mãos interrompendo Leo. “Não tem que me falar disso. Sei que não está interessado em nada sério. Sei que tudo isto sobre a diferença de idade te enlouquece. Blá, blá, blá. Eu posso lidar com isso, enquanto não me deixe completamente.”

Sammy se girou, tirou o cereal, e as tigelas do armário. Os deixou na mesa, antes de ir pegar o leite e duas colheres.

Leo esperou até que Sammy se sentasse e deixasse de mover-se. “Eu não realizei este tipo de coisas em mais de vinte anos.”

“Foder?” Sammy perguntou.

Leo quase cuspiu seu café sobre a mesa. “Não. Casual.”

O rosto de Sammy ficou vermelho. “Sinto muito, acho que sabe onde esta minha mente.”

Leo sorriu. Pensar em foder Sammy era muito apetitoso. Apenas precisava estabelecer algumas regras. “Não quero fazê-lo quando estiverem outros na estação e preferiria manter as coisas no quarto.” De preferência com a luz apagada. Leo não gostava nada de pensar que Sammy visse o que os anos tinham feito a algumas partes de seu corpo. Poderia estar muito bem para um homem de quarenta e oito anos, mas havia certas partes em que a gravidade já tinha feito seu caminho de destruição. Apenas olhando as firmes bolas do saco de Sammy na noite anterior lhe dizia isso, apesar de haver muito de genética nisso.

Sammy entrecerrou os olhos. “E a respeito de quando não estivermos em turno?”

Merda. Leo não tinha pensado em ir mais à frente. “Uhhh, as regras da cama continuam, mas acho que poderíamos sair se for o que está perguntando.”

Sammy sorriu. “Sim, isso é o que estava perguntando. Estava tentando imaginar se você queria manter as coisas em segredo.”

Leo estava cheio de romances secretos com Randy e seus adolescentes. “Não. Eu não sou dos que mostram afeto em público. Bom, não me incomoda pegar à mão ou um beijo ocasional, mas esse é meu limite.”

Sammy serviu o cereal em sua tigela. “Porque faz que me sinta como se estivesse em uma entrevista de trabalho?”

“Sinto muito. Não estava tentando soar como um imbecil.” Leo esfregou as mãos no rosto. “Maldição. Disse-te que sou novo nisto. Apenas quero ser aberto com o que admito.”

Sammy ficou em pé rodeou a mesa e deu um rápido beijo em Leo. “Tem razão. Alegra-me que esclareça tudo. Oficialmente aceito seus termos. Embora eu descida roubar alguns beijos por aqui e fora do quarto.”

Leo puxou Sammy a seu colo. “Disse sexo no quarto. Enquanto estejamos sozinhos, pode me beijar tudo o que queira.”

“Bom nesse caso…” Sammy terminou a oração com um profundo beijo.

Leo gemeu e puxou ao homem mais perto. Sabia que se era a melhor coisa que tinha feito ou a pior, apenas o tempo diria.

 

 

                             Capítulo Três

 

Sammy não veria Leo até na sexta-feira à tarde, quando começaria seu turno. Eles tinham planejado estar juntos na quarta-feira depois do turno, mas George tinha decidido ficar um dia a mais em Las Vegas, assim Leo teve que cobri-lo.

Caminhando para o trabalho, Sammy sabia que seria uma tortura com todo o pessoal de fim de semana, não poderia tocar em Leo, durante as quarenta e oito horas seguintes. Era até pior, porque teria que trabalhar essas quarenta e oito horas, mas Leo estaria livre no sábado de noite.

Sammy cumprimentou Jakob, antes de dirigir-se à habitação. Viu seu velho amigo da escola primária, Zac pendurando a roupa para os três dias seguintes no closet.

“Hei.” Sammy cumprimentou.

Zac olhou sobre seu ombro. “Onde esteve ontem à noite? Você fez falta.”

“Merda. Esqueci completamente.” Sammy realmente não tinha esquecido o torneio de dardos no O’Brien’s, apenas não sentiu vontade de estar com seus amigos.

“Certo. Qual é o nome do cara?” Zac perguntou rindo.

“O que? Estava sozinho em casa vendo televisão e adormeci no sofá.”

Zac sorriu. “Se é você quem fala.”

“Então, ganhamos?” Sammy perguntou.

“Sim. Nós tivemos um bom substituto. O único no bar que sabia como jogar, mas que não estava em uma equipe, porque é o novo enfermeiro da clínica, Adam Sackston.”

“O cara com o cabelo castanho avermelhado?”

“Ele mesmo.”

“Como se saiu?” Sammy não tinha certeza se gostava da idéia de que o tivessem substituído, mas era sua maldita culpa.

“Bem. Perguntamos a ele se poderíamos chamá-lo, quando necessitássemos um jogador. Ficou encantado.”

Sammy terminou de deixar suas coisas em seu armário. “Legal.”

Saiu do quarto e se dirigiu à sala e viu os largos ombros de Leo apoiados contra o batente de seu escritório. “Você se importa se eu mudar o canal da televisão?”

Jakob olhou sobre o jornal e se encolheu de ombros. “Não.”

Sammy se acomodou no sofá e mudou para o canal onde estava passando ‘Pirate’s Cove’. Queria perguntar se Leo tinha visto os capítulos anteriores. As coisas estavam começando a ficar quentes entre o Colt e Dex, mas claro ninguém na cidade de ‘Pirate’s Cove’ sabia.

“Graças a Deus pelo cabo.” murmurou.

“Huh?” Jakob perguntou, levantando a vista do jornal uma vez mais.

Sammy apontou à televisão e repetiu o que disse. “Nunca me interessei pelas telenovelas até esta. É agradável ver traseiros de homens nus na televisão. Quando os mostram nesta novela é algo bom. Quero dizer, é agradável saber que estão fazendo, embora eles realmente não mostrem, sabe?”

Jakob entrecerrou os olhos não tinha nem idéia de que estava falando Sammy. “Que tipo de novela está vendo?”

Sammy ficou com a boca aberta. “Por favor, não me diga que nunca viu ‘Pirate’s Cove’ é a melhor novela gay. Bem, realmente é a única novela gay, mas sabe o que quero dizer.”

Jakob deu atenção à televisão. “Está me enganando?”

“Olhe e aprende meu novo amigo.” Sammy disse como em confidência, enquanto deixou o controle da televisão na mesa de café e se esticou.

 

Leo entrou na sala quando ouviu uma discussão entre Jakob e Sammy. Sorriu ante a veemência da voz de Sammy que tentava enumerar os méritos do personagem bissexual na série.

“Está fodidamente louco? Isso não mostra diversidade. Nenhum homem é tão inteligente como nós. Alguns realmente desfrutam das partes femininas.”

“Mas acho que você disse que era uma novela gay. Assim, qual é o ponto?” Jakob perguntou.

“Tentando que o novo menino se vicie na ‘Pirate’s Cove’?” Leo perguntou. Surpreendendo-o porquê automaticamente foi para o sofá.

“Você se importa?” perguntou assinalando os pés com meias três-quartos de Sammy.

Sammy abriu mais os olhos e dobrou os joelhos, movendo suas pernas o suficiente para que Leo se sentasse. “Jakob já é viciado. Não se engane. Não pode ver quinze minutos do programa e não ficar viciado. Está apenas tentando não ver-se como um imbecil, por me perguntar o que quer me perguntar.”

Leo riu. Podia ver ambos os lados da discussão, mas decidiu adicionar seus dois centavos na mescla. “Apesar de ser uma novela gay, ‘Pirate’s Cove’ se supõe que seja uma cidade normal com superpopulação de sexy e quentes homens gays.”

“Igual a Cattle Valley.”Jakob adicionou.

“Sim. Igual à Cattle Valley.”

Jakob assentiu e se girou para ver a novela.

Leo se recostou no sofá e viu como Allison mais uma vez apertava seus grandes seios contra Jesse. Bravo ao proprietário do restaurante, por não bater na mulher. A mão de Leo vagabundeava pela perna de Sammy. Levantou a calça do uniforme e esfregou um pequeno círculo contra a pele do tornozelo de Sammy.

Sammy pressionou seu pé contra a coxa de Leo captando sua atenção. Quando Leo olhou Sammy, o jovem sutilmente apontou para seu pênis. Leo sorriu ante a óbvia ereção apanhada atrás do zíper de Sammy. Leo sorriu desculpando-se e retirou sua mão justo quando o programa terminou.

“Hmph.” Jakob grunhiu e lançou o jornal à mesa. “Outra dessas cenas. Não estou certo de que veja essa novela.”

“Dê-lhe uma oportunidade. Não pode esperar entender toda a linha da história tão cedo.” Leo explicou.

Sacudindo a cabeça, Jakob se dirigiu à cozinha. “Vou fazer o jantar.”

Logo que estiveram sozinhos, Sammy se sentou e deu um profundo beijo em Leo. Embora soubesse que não deveria, Leo abriu a boca e aceitou a língua de Sammy.

Eles se apartaram e Leo sacudiu a cabeça. “Quer nos colocar em problemas?”

Sammy riu. “Se eu quisesse isso estaria agora montado escarranchado em seu colo.”

Leo decidiu que seria melhor apartar-se da tentação. Deu em Sammy outro rápido beijo, antes de ficar em pé. “Vou chamar os juizes do concurso do chilli.”

“Quer que vá falar com Kyle? Posso trazer algo para a sobremesa?” Sammy disse a Leo.

Leo girou os olhos. Sammy sabia que Leo não se permitia muitas coisas doces, mas um dos bolos de Kyle seria agradável. “De amêndoas e nozes?”

“Certo”. Sammy respondeu.

“Não esqueça levar seu rádio.” Leo lhe recordou.

“Claro.” Sammy se assegurou de levar o rádio, antes de sair do escritório.

Quando Sammy saiu pela porta Leo entrou na cozinha “Que vai ter para o jantar?”

Jakob adicionou cenouras na panela. “Sopa de vegetais, que tal? Geralmente a faço espessa, quase como um guisado.”

“Parece ótimo. Sammy foi buscar a sobremesa.” Leo abriu o refrigerador e tirou uma grande jarra. “Maldição. Odeio quando alguém toma o ultimo chá e não prepara mais.”

Jakob riu. “Acredito que precisa gritar com George por isso. Vi-o com um grande copo de chá esta tarde.”

“Justo minha sorte. Vê como realmente não posso gritar com o chefe.” Leo sorriu e deixou a jarra no balcão. “Posso usar a chama detrás?”

“Sim.”

Leo encheu uma chaleira com água e adicionou vários saquinhos de chá. Estava apoiado ao lado de Jakob, deixando a chaleira na chama, quando Zac entrou na cozinha.

“OH, sinto muito.” Zac disse.

Leo se apartou e se girou para a porta. Mas Zac já não estava. “Que foi isso?”

“Não faço idéia.” Jakob respondeu.

“Pode vigiar a água, enquanto faço alguns telefonemas?”

“Claro.”

Leo se dirigiu ao escritório. Tinha esperança que Asa, Erico e Jay fossem juizes, mas não tinha muita certeza de Deb. Porque tinha aberto sua grande boca e se ofereceu como voluntário? Isso não era o que queria ter em mente. Droga, Sammy. Desde a cena na ducha, Leo não tinha sido capaz de se concentrar em nada mais que o sabor e a sensação da pele do jovem.

Surpreendeu-se, quando a necessidade de tocar novamente a suave pele do jovem o ultrapassou. Que teria feito se os tivesse apanhado? Precisava esfriar-se, antes que ocorresse justamente isso.

 

Entrando na cidade, Sammy decidiu parar na farmácia. Desde que chegou a Cattle Valley, não tinha tido encontros e não tinha necessitado suplementos. “Boa tarde, Maggie.”

A amistosa farmacêutica lhe sorriu. “Como estão às coisas na estação?”

“Tranquilas, mas penso que é melhor que ocupadas.” Procurou as camisinhas pelos solitários corredores.

“Posso te ajudar em algo?” Maggie perguntou.

“Camisinhas?”

Maggie riu e apontou para a porta. “Frente à loja. Aqui é Cattle Valley. As camisinhas são nossas campeãs em vendas.”

Sammy riu. Nunca pensou quão aberto eram os residentes da pequena cidade com respeito a sua sexualidade. “Claro. Porque não pensei nisso?”

“Quer um pouco de lubrificante também, chegaram uns que esquentam seu pênis, enquanto fode.”

Sammy riu mais forte. “Acho que preciso provar.”

“Pegue um, tenho a sensação de quando os provar comprará mais.” Maggie terminou sua declaração lhe piscando um olho.

Maggie era a única pessoa que Sammy conhecia que embora falasse abertamente de sexo, ainda não se permitia falar pinto, pica ou pau[2].

Sammy se dirigiu à frente da loja bastante seguro de escolher a marca, o tipo e o tamanho da camisinha.

Pegou uma caixa de camisinhas na cor cereja e uma caixa grande de camisinhas rugosas. Deixando os produtos na cesta foi ver os lubrificantes.

“É esta a coisa que tem a fotografia como um vulcão em erupção?” gritou para a parte detrás da loja.

“Sim. Não me culpe se seu pênis derreter. Apenas vendo as coisas, não pratico.”

Uma imagem de lava fazendo erupção de um pênis lhe chegou à mente. Sammy decidiu levar um frasco pequeno, junto com um frasco grande da marca que costumava usar. Riu ao chegar ao balcão. Decidindo que não havia melhor lugar para que o pênis de Leo pegasse fogo alem da estação.

“É tudo?” Maggie perguntou.

“Sim. Retornarei em alguns dias.”

Maggie riu, quando levantou a grande caixa de camisinhas. “Vou ter que te chamar ‘Senhor Garanhão’ de agora em diante.”

Sammy não iria corrigi-lá. Ela não precisava saber que estava acostumado a brincar de passivo. Essa era muita informação para compartilhar com a amistosa farmacêutica. Depois de pagar saiu dando volta à esquerda para se dirigir à padaria várias lojas abaixo, entrou na Brynn’s Bakery. A essa hora do dia não havia muito. Os donuts da manhã já tinham desaparecido dos balcões e substituídos por todo tipo de sobremesas.

“Estarei aí daqui um segundo.” Kyle gritou dos fundos.

 

“Não se apresse. Estou no tempo da cidade.” Sammy disse rindo.

Desfrutava conhecer às pessoas da cidade. Em San Antonio as únicas pessoas que conhecia era a de sua própria vizinhança, mas aqui era diferente. Já se sentia membro da comunidade.

“Hei, Kyle Não vejo o bolo de nozes e amêndoas aqui. Tem algum aí atrás?”

Kyle saiu pelas portas giratórias, limpando as mãos. “Sinto muito não fiz hoje. Fiz um saboroso bolo Dixie.”

“É o que tem nozes e chocolate?”

“Esse mesmo. Ultimamente é um dos favoritos de Gill.”

“Bem, Me dê um desses e pão branco caseiro.” Enquanto Kyle acomodava o bolo em uma caixa, Sammy tratava de imaginar como abordar sobre os rolinhos de canela. Ao fim decidiu falar e esperar ter sorte.

“Leo está arrecadando recursos para o novo centro juvenil que a cidade quer abrir.”

“Isso é lindo da parte dele.” Kyle disse do outro lado do balcão.

“Sim. Está nervoso, mas não conte que lhe disse isso. De qualquer maneira está planejando um grande concurso de chilli. E necessitaremos rolinhos de canela e queria saber se poderia nos fazer algum desconto.”

Kyle deslizou o pão na sacola e começou a marcar a compra de Sammy. “Poderia vender pelo preço de custo. Não seria muito. Normalmente as doaria, mas o inverno foi duro com o negócio.”

“Sinto ouvir isso, mas entendo. Aprecio o que possa fazer por nós. Não sei quantos necessitaremos, mas quando o dia estiver perto teremos uma idéia aproximada.”

“Não se preocupe com isso. Abasteci de rolinhos de canela vários eventos da cidade e posso ter uma idéia da quantia que se necessita. Quando será o concurso?”

“Acho que Leo disse que o segundo sábado de Abril. Se não houver mudanças, ligo para te confirmar.”

“Tudo bem.”

Sammy pagou o bolo e o pão e guardou a carteira no bolso traseiro de sua calça. “Obrigado, Kyle.”

“Não há problema.”

Sammy caminhou para seu carro, deixou as coisas no assento traseiro, antes de sentar-se atrás do volante. Esperava que Leo ficasse agradado com sua tentativa com Kyle. Odiou ouvir que o negócio da padaria tinha caído.

Depois de verificar o espelho retrovisor, Sammy saiu do estacionamento e se dirigiu de retorno à estação. Duvidava que tivesse oportunidade de roubar alguns beijos a mais de Leo, mas com certeza tentaria.

 

Leo estava sentado frente à tigela cheia de gelo e garrafas de cerveja na mesa de café e olhou o relógio mais uma vez. Nunca tinha ficado ansioso por esperar alguém. Ouviu o carro chegar à entrada, ficou em pé e se dirigiu à porta para ver que Sammy subia os degraus do alpendre.

“Parece esgotado.” Leo remarcou, se desviando o suficiente para que Sammy entrasse na casa.

“Estou. Passamos a noite em uma chamada de problema domestico com o Spruce, e não pude dormir nada em todo o dia.” Sammy sorriu a Leo. “Mas é bom te ver.”

Leo ajudou Sammy a tirar sua jaqueta, antes de puxá-lo em seus braços. “É bom te ver também.”

Havia algo em Sammy que o fazia que se sentisse bem em seus braços, era estranho porque Randy media mais de um e oitenta. Leo não empurrou mais. Desfrutou sustentando seu homem um momento mais, antes de lhe dar um beijo na testa de Sammy.

“Fique cômodo, vou pegar pipocas.” Leo se dirigiu à cozinha.

“Trouxe dois filmes estão sobre a mesa de café.” Com tudo em seu lugar a única coisa que Leo precisava fazer era pressionar o botão do microondas. Aproximo-se do marco da porta e viu Sammy acomodar-se no sofá. Cada movimento que o homem fazia parecia cheio de graça.

O microondas terminou e Leo abriu a porta e tirou o saco de pipocas quentes. Depois de colocá-las em uma tigela, dirigiu-se à sala.

“Encontrou algo que te interessasse?” perguntou, deixando as pipocas na mesa.

“Quero ver este”. Sammy disse segurando uma comédia.

Leo pegou o filme da mão de Sammy e pôs no DVD antes de sentar-se com o outro homem. Com um pouco de frio ainda no ar, puxou Sammy a seu lado e o cobriu com a manta no respaldo do sofá.

Sammy se aconchegou no peito de Leo. Alcançou a tigela de pipocas e duas garrafas e cerveja, passando uma a Leo. “Não posso te dizer quantas vezes, eu desejei poder ver um filme assim com você.”

Leo beijou o topo da cabeça de Sammy e abriu ambas as garrafas. Não queria dizer muito, empurrar-se ao tipo de coisas que não sabia se estava preparado.

“É agradável.” Finalmente disse.

 

Quando terminou o filme, Leo cuidadosamente deixou a garrafa vazia na mesa de café, antes de retirar a tigela de pipocas de sua precária posição sobre o abdômen de Sammy. Apesar de ser apenas seis horas. Sammy estava profundamente adormecido. Leo odiava pensar em despertá-lo, mas em várias ocasiões durante o filme ouviu o estomago dele grunhir.

Leo saiu debaixo do homem adormecido, dirigiu-se ao quarto e pegou um travesseiro da cama e o colocou debaixo da cabeça de Sammy. Quando estava acomodando a manta Sammy abriu os olhos.

“Dormi?” Sammy murmurou.

Leo se inclinou e o beijou nos lábios que estava morrendo por querer prová-lo, durante essas duas horas. “Tudo bem. Vou preparar algo para o jantar. Continue dormindo.”

Sammy retirou a manta de seu corpo. “Posso te ajudar com o jantar.”

Leo pegou a mão de Sammy e se ajoelhou junto ao sofá. Seus lábios selaram os de Sammy, enquanto o formoso homem seguia com os olhos meio adormecidos. “Por mais que te queira acordado. A última coisa que quero é que se esgote, antes que possa te levar a cama.”

Os olhos de Sammy se abriram completamente com o comentário.

Estava fora do caráter de Leo ser tão audaz, mas já tinha evitado muito tempo. Fechou a distância entre suas bocas e passou a ponta da língua nos lábios de Sammy.

Com um gemido, Sammy capturou a língua de Leo com seus lábios e começou a chupar. O que começou como um beijo brincalhão rapidamente se converteu em uma dança erótica de dentes e línguas. O pênis de Leo se endureceu, enquanto estava pressionando-se contra o sofá. Queria Sammy, mais do que podia recordar querer a alguém.

Leo rapidamente calculou as horas que restavam do dia. Não era um superman, mas se fosse suficientemente frio poderia desfrutá-lo e ainda recuperar-se a tempo para enterrar seu pênis no traseiro de Sammy, antes que terminasse o dia.

Enquanto sua língua continuava o duelo com a de Sammy, Leo se acomodou entre as pernas do outro homem e passou sua mão sobre a escondida ereção. Quando Sammy levantou os quadris, o empurrou para baixo com a palma de sua mão, Leo sabia o que queria.

“Preciso te provar.” disse, quebrando o beijo.

Sammy assentiu. “Primeiro vamos ficar nus.”

A falta de autoconfiança lhe fez se chutar por não tirar a roupa. O quarto ainda estava muito iluminado pela luz do sol, muita luz para despir seu corpo frente a um jovem. Leo se sentou em seus calcanhares, ponderando se dizia a Sammy a razão pela qual não queria despir-se ainda com luz. Não tinha duvidas que o jovem tentasse persuadi-lo de que a idade não era problema.

Mas era sim um problema. A imagem de um velho Randy de cinqüenta anos, fodendo com jovens imediatamente lhe veio à mente. Randy estava em boa forma para sua idade, mas não havia maneira que seu corpo pudesse competir com a firme e pura pele de um jovem em seus vintes anos. Randy se via como um completo estúpido aos olhos de Leo.

“Espera depois, quando formos desfrutar completamente um do outro.” Leo abaixou o zíper das calças de Sammy e lentamente as abaixou. “Agora o que eu quero é pôr meus lábios ao seu redor”

“Mas eu também quero te provar.” Sammy respondeu.

Droga. Leo queria isso. Tomando uma decisão, Leo abaixou o zíper de seus jeans o suficiente para tirar seu pênis. Deixou o botão fechado. Com suas mãos nos quadris de Sammy o puxou no sofá para acomodar-se junto ao outro homem na típica posição sessenta e nove.

“Bom?” perguntou lavando a cabeça do pênis de Sammy com sua língua.

“Eu… uh… sim. Uau. Não tinha percebido de que era tão grande.”

“Só não chegue a minhas bolas ou se asfixiará.” Embora falasse de uma maneira brincalhona, Leo sabia que havia verdade atrás de suas palavras. Sempre tinha sido comprido e seu escroto pesado. Em sua juventude foi incrivelmente orgulhoso disso, mas com os anos notou as sutis mudanças em seu corpo. Randy os ressaltava.

Aarghh. Leo frustrado tentou de tirar a luxúria de Randy de sua mente. Tentava uma e outra vez de afastar as cruéis palavras que Randy disse, para justificar sua infidelidade. A última coisa que precisava era recordar as palavras que Randy utilizou para justificar sua preferencia em foder jovenzinhos em vez de seu par de anos.

Leo se obrigou a retornar sua atenção em Sammy. Começou a lamber e chupar a cabeça o pênis do outro homem, bom, desfrutando da atenção que recebia seu próprio pênis. Quando Sammy chupou o pênis de Leo até o fundo de sua garganta, Leo ficou impressionado.

Sem deixar o pênis de Sammy, Leo tentou ver entre os dois corpos. Sammy puxava ligeiramente o quadril de Leo, em uma silenciosa petição de mais. Leo deu à coroa de Sammy um brincalhão raspão com seus dentes, enquanto se empurrava para fora.

Sammy apoiou sua testa contra a virilha e Leo começou a empurrar-se, fodendo lentamente à boca do jovenzinho. “Avise-me quando for suficiente.”

Sammy grunhiu com o pênis ao redor de sua boca, e inclinou a cabeça para tomar até mais do pênis de Leo em sua garganta.

Cômodo com o ritmo de seus impulsos, Leo voltou sua atenção ao pênis de Sammy, banhando a bulbosa e escura coroa com sua língua. Uso uma mão para masturbar o eixo de Sammy, enquanto chupava, tentando fazer seu melhor esforço ao fazer três coisas de uma vez, e fazê-los bem.

Droga, estou fora de forma. Sentiu uns suaves dedos roçarem suas bolas e fechou os olhos. Apesar de sua óbvia vergonha seu escroto era extremamente sensível ao tato. Sentiu o pêlo de sua nuca e sua pele arrepiar-se.

Leo não queria, mas tirou a cabeça do pênis de sua boca. “Vou gozar se continuar fazendo isso.”

Sammy riu e a vibração chegou ao eixo de Leo.

“Assombroso, porra!” Pode apenas ver sua semente profundamente na garganta do outro homem. Todo seu corpo estava tremendo com o intenso clímax, enquanto esvaziava suas bolas.

Com sua mão ainda envolvendo o eixo de Sammy, Leo tentou limpar sua mente o suficiente para dar a seu novo amante o mesmo poderoso orgasmo. Apesar de que nunca tinha sido bom relaxando sua garganta, tentou tomar quanto pôde do eixo de Sammy em sua boca.

Sammy dobrou os joelhos e os descansou no sofá e se empurrou. Causando profundas náuseas em Leo, que se recuperou imediatamente. Isso foi bom porque no momento seguinte, sentiu o jorro do sêmen golpear a parte detrás de sua garganta. Tirou o suficiente para saborear a espessa e branca semente nas papilas gustativas de sua língua, a essência de Sammy era um pouco amarga.

Leo se girou no piso descansou sua bochecha na coxa de Sammy, antes de cuidadosamente acomodar seu pênis e subir o fechamento de seus jeans.

Sammy entrelaçou seus dedos no cabelo de Leo, enquanto liberava um grande bocejo. “Isso foi assombroso.”

Leo riu. “Tão assombroso que não consegue manter seus olhos abertos”

“Não posso evitar. Você chupou minha vida.”

“Não diga isso. Espero o segundo turno quando formos à cama.” Leo tinha pensado em dormir nu na cama com Sammy. A noite anterior foi a primeira vez desde que chegou à cidade que desejava ter estado de volta ao escritório, em vez de ter todo um dia livre em sua casa.

O estomago de Sammy grunhiu, tirando Sammy de seus pensamentos. Esfregou o plano abdômen. “Acho melhor ir preparar o jantar.”

Leo ficou em pé e olhou o satisfeito, mas adormecido jovem. “Descansa eu te acordarei, quando tudo estiver na mesa.”

“Acho que esta vez você está certo.” Sammy disse voltando a bocejar.

Leo sorriu e se girou para cozinha. Esfregou seu peito que começava a doer. Tinha passado muito tempo desde que alguém tomou seu pênis. Embora parte dele pudesse facilmente acostumar. Seria melhor que se lembrasse disso.

 

 

                           Capítulo Quatro

 

Sammy fechou os olhos e gemeu, “OH, meu Deus, este é o melhor frango frito que comi.”.

“Que bom que você gosta.” Leo disse, antes de pegar outro bocado.

Sammy não acreditava que Leo se preocupou tanto, enquanto ele dormia no sofá. Para que se sentisse... especial. No passado tinha sorte se seu amante assava uns hambúrgueres para ele. Isto ia além de uma fodido hambúrguer.

A diferença de idade parecia ser um grande problema para Leo, mas Sammy rapidamente descobriu que tinha tido encontros por anos com homens errados. Leo tomava cada passo de sua recente relação seriamente. Isso era uma refrescante mudança nos cenários anteriores de encontros aos que se acostumou.

“Então me diga que aconteceu na chamada do Spruce.” Leo perguntou. “Qual foi o problema?”

Sammy sacudiu a cabeça. “Fred Banks desapareceu, Gene ligou para ver se ele podia localizar.”

“Fred Banks? Acho que não o conheço”.

Depois de comer seu purê de batatas e tomar um gole de sua água Sammy respondeu. “Ele é um homem velho, não sai da casa sem seu par, Gene.” Sammy sacudiu a cabeça lentamente de um lado a outro. “Alzheimer. Acho que a doença está progredindo a um ritmo alarmante.”

“E o encontraram.”

“Sim. Ele estava no centro da cidade, tentando entrar na confeitaria. Recebemos uma chamada de Ethan de que alguém estava forçando a porta de seu estabelecimento.” Sammy deixou o garfo. “Toda a situação é deprimente. Gene estava tão preocupado que tememos que lhe desse um ataque de coração, assim ligamos a Zac para que o acompanhasse, enquanto procurávamos Fred.”

Leo assentiu. “É uma espantosa possibilidade que aconteça algo assim a alguém que ama ao final da vida. Existem possibilidades de que algo assim aconteça a um de nós.”

“Eu sei.” Sammy não estava seguro de explicar seus sentimentos. “Eles são um casal, não acredito que tenha visto alguém que tivesse tanto amor, acho que estiveram juntos durante cinqüenta e sete anos. Pode imaginar como foi difícil o começo disso. Como conseguiram continuar juntos, apesar de toda a merda que com certeza a sociedade lhes fez. E então acontece isto? Gene se recusa a internar Fred em um asilo. Diz que cuidará de Fred até o dia que um dos dois morra.”

Sammy não podia acreditá-lo, mas seus olhos se encheram de lágrimas. Realmente não conhecia os homens, mas o fato o tinha impactado. Secou a lágrima que escapou. “Sinto muito isto é muito emocionante.”

Leo embalou o rosto de Sammy, secando outra lágrima com seu polegar. “Não sinta. Faz este trabalho, porque lhe importa. Claro sempre há algumas chamadas que lhe afetam mais que outras. É natural.”

Sammy acariciou com seu nariz a mão de Leo, antes de beijar sua palma. “Obrigado.”

Leo finalmente retirou a mão e voltou a seu jantar. Sammy comia, enquanto olhava o formoso homem frente a ele. Não tinha certeza porque Leo estava tão preocupado pela diferença de idade. Desde o dia em que ele chegou e entrou na estação Sammy o quis.

No começo, claro foi pura atração física, mas com os meses mudaram esse sentimento. Continuava pensando que Leo era quente, não havia duvida nisso, mas à parte era uma pessoa genuína. Parecia não estar interessado em jogos, e Sammy apreciava isso. Era refrescante passar um tempo com alguém que realmente parecia escutar o que dizia. No passado em seus encontros, tudo o que queriam era saber era quem tirava as calças primeiro. Esses homens lhe ensinaram um montão de coisas, mas nenhum deles estava interessado em algo mais que uma relação física.

Sammy queria mais. Queria um amante que fosse também seu amigo e tinha a forte suspeita que ele possa encontrar ambas as coisas em Leo.

“Está bem?”

Sammy piscou e olhou seu prato. Repentinamente se deu conta de que estava apenas olhando sua comida. “Sinto muito. Estava pensando em ir à cama com você.”

Leo riu. “E essa idéia faz com que perca o apetite?”

“Muito divertido. Realmente, estava começando a me perguntar se deveria me despir e me oferecer como sobremesa.”

Leo olhou para a janela e voltou sua atenção para Sammy. “Isso justamente deveria acontecer. Não fiz sobremesa e sua sugestão é muito boa.”

Sammy sorriu e ficou em pé. “Vai pedir que eu limpe meu prato, antes da sobremesa?”

Leo separou sua cadeira e abriu seus braços. “Nem em sonhos faria isso.”

 

Menos uma pequena vela na mesa de noite o quarto estava às escuras, algo que Leo tinha insistido. A razão de sua petição era óbvia, mas Sammy tinha sonhado ver o corpo nu de Leo durante meses. Perguntava-se se realmente o veria.

Com Leo seguro sob os cobertores. Sammy começou a despir-se. Não se preocupava que Leo o visse nu, embora estivessem entre sombras. Leo já o havia visto nu na ducha, isto em nada se comparava a grande iluminação da estação.

“Quase perco o fôlego.” Leo murmurou.

Sammy levantou os cobertores e se deslizou sob as cobertas. Pressionando-se contra um lado de Leo, e imediatamente o beijou, enquanto brincava com a língua de Leo deixou que suas mãos percorressem o corpo do homem. Quando Sammy sentiu que o corpo de Leo ficar tenso rompeu o beijo. “Acontece algo errado?”

“Nada.”

“Isso é mentira e ambos sabemos. Porque se estica quando te toco?” Sammy perguntou. Se havia esqueletos no closet de Leo, ele precisava saber. A última coisa que queria era que Leo se sentisse incomodado.

Leo pegou a mão de Sammy e a passou sobre seu peito. “Pode sentir a diferença entre minha pele e a tua?”

Sammy assentiu. “Claro. Você tem todo esse pêlo varonil em seu peito e eu quase não tenho nada, a de ser minha herança asiática.”

“Não falava sobre pêlo. Minha pele não é a mesma. Quando eu te toco sinto sua pele como seda sob minhas mãos…”.

“OH! Obrigado.” Sammy replicou, interrompendo Leo. “Tenho certeza que qualquer cara gostaria de ouvir que tem pele de garota.”

Leo grunhiu em frustração e cobriu seu rosto. “Não é isso e sabe. Sou um velho se lembra?”

Sammy se sentou e olhou Leo. O que deveria ser uma noite romântica rapidamente estava se convertendo em sua primeira discussão. “Como posso esquecer, se você me recordar a cada oportunidade.”

Leo tirou os cobertores e saiu da cama.

“Aonde vai?” Sammy perguntou.

Leo chegou à porta e acendeu as luzes. Sammy piscou várias vezes ante a brilhante luz.

“Isto é o que quarenta e oito anos fazem ao corpo de um homem.” Leo disse com suas mãos em seus quadris.

Sammy ficou congelado e em silencio durante um momento. O cabelo grisalho do peito e pelo da virilha de Leo não fazia absolutamente nada para prejudicar o sexy homem frente a ele. Sammy lambeu os lábios e começou a olhar a pele pendurada das bolas. Eram maiores de qualquer uma que tivesse visto. “Porra.”

Leo abaixou o olhar para seu próprio corpo. “Entende agora, porque quero fazer amor contigo com a luz apagada?”

Ainda sentado em seus calcanhares, Sammy retirou suas mãos de seu colo e se girou de frente a Leo. Apontou sua palpitante ereção. “Porque você está com medo de me ver gozar?”

“Não seja ridículo. Compara seu corpo com o meu. Pode ver a diferença entre nós?”

Sammy esfregou a parte detrás de seu pescoço. Queria estabelecer o óbvio, mas imaginava que Leo não estava falando de seu tamanho ser maior, que o de Sammy. Isso tudo tinha algo que ver com a merda da idade. Sammy grunhiu e abaixou as pernas da cama.

“Não posso fazer uma maldita coisa a respeito da idade. Como não tenho controle a respeito de que minha pele seja mais escura que a sua. Isto é quem sou me pegue ou me deixe.”

Sammy apontou ao corpo de Leo, “Agora que finalmente te vi, posso honestamente dizer que você faz que me ponha fodidamente duro, é um sexy filho de cadela. Se isso não for suficiente para você ou não quer acreditar, esse é seu problema, não meu.”.

Sammy cruzou seus braços e esperou a que Leo arrumasse sua mente. Não podia apaixonar-se por Leo sem resolver esse problema.

Leo suspirou e apagou a luz. De novo dentro da segurança do quarto apenas iluminado pela vela. Sentou-se na beira da cama ao lado de Sammy e pegou sua mão.

“Meu corpo incomodava Randy. Dizia que por isso ele fodia a todos esses meninos.”

“Ele era um imbecil. Supere isso.”

“Pode ter sido um imbecil, mas me dei conta da verdade, em sua odiosa defesa.”

“Está enganado.” Sammy se montou escarranchado no colo de Leo. Envolveu seus braços ao redor do pescoço de Leo e apoiou sua testa contra a dele.

“Randy estava tentando justificar sua própria infidelidade te culpando. Poderia ser diferente se nossos interesses não fossem similares, mas são além da idade. A única real diferencia entre nós está aqui.” Sammy tocou a têmpora de Leo.

Leo olhou Sammy durante um momento, antes de beijá-lo.

Sammy se abriu ao beijo tentando fazer tudo o que pudesse para que a relação funcionasse. Não seria um caminho fácil, mas esperava ser capaz de ajudar Leo a recuperar sua autoconfiança.

Começou a mover sua bunda contra o duro eixo debaixo dele, esperando que fosse o certo. As mãos de Leo foram para o traseiro de Sammy, enquanto continuava o beijo que se tornava mais apaixonado.

Sammy empurrou seu traseiro esperando que Leo pudesse continuar. O primeiro rose do dedo de Leo contra seu enrugado buraco fez que Sammy grunhisse. “Mais.”

Leo envolveu seu braço na cintura de Sammy e lentamente o deslizou de retorno à cama. Logo que Sammy pegou o frasco de lubrificante, começou a rir.

“OH meu Deus, falou sobre isso com Maggie da farmácia?” Sammy perguntou, apontando o frasco de lubrificante vulcânico.

“Huh? Não. George me deu uma idéia a respeito dessas coisas. Por quê? Que Maggie te disse sobre isso?”

Sammy não podia imaginar a conversa entre Leo e George. “Não se preocupe por Maggie, porque diabos estava falando de lubrificantes com George? Contou sobre nós?”

“Não. George não tem nem idéia, e assim quero que continue. Ele apenas mencionou que pegou um desses frascos em Las Vegas e realmente funciona.”

Sammy pegou o lubrificante em sua mão e o abriu, antes que eles entrassem em outra discussão. A última coisa que queria nesse momento era discutir a respeito de porque Leo não queria que George soubesse que eles se estavam se vendo.

Leo verteu uma boa quantidade de lubrificante em seus dedos, antes de deixar o frasco. “Adiante.”

Leo se colocou entre suas pernas abertas de Sammy para ter melhor acesso ao seu buraco. Sammy segurou a respiração, não sabia o que esperar. A gema de três dedos começou a massagear a sensível pele ao redor de seu buraco. Antes que alguém se empurrasse lentamente ao interior.

O único calor que Sammy sentia era o de seu corpo estirando-se tentando acomodar o comprido dedo. Começou a mover-se, quando seu corpo lhe deu a bem-vinda à invasão. “Mais.”

Quando outro dedo facilmente entrou, seus olhos giraram. Seu corpo não só estava aceitando rapidamente os dedos de Leo como também queria cada grama logo que fosse possível. Com Leo ainda estirando-o, Sammy se inclinou e o beijou.

“Camisinhas?”

“Caixa nova.” Leo perguntou, movendo seus dedos dentro e fora do buraco de Sammy.

Sammy às cegas procurou ao redor até que chegou à caixa. Levantou-a e sorriu. “Sabia que era extra grande.”

Os dedos de Leo seguiam aplicando mais lubrificante nas paredes do interior do traseiro de Sammy. “OH, merda, posso sentir o calor.”

Leo deteve a mão. “Muito?”

Sammy sacudiu a cabeça. “Não, mas necessito sua experiência nisto.”

Pegou o lubrificante da cama e verteu uma quantidade na palma de sua mão. Envolveu o pênis de Leo entre seus dedos e começou a puxar. “Diga-me quando começar a trabalhar.”

Leo grunhiu. “Se continua fazendo isso, vou gozar antes até de poder entrar em você. Deixemos para outro momento, quando não esteja em posição de foder.”

Sammy abriu a camisinha com seus dentes lentamente o colocou no eixo de Leo. “Por favor, me diga que posso te montar agora?”

Leo assentiu e retirou seus dedos do buraco de Sammy. “Você gosta assim ou prefere que nos deitemos?”

Sammy não respondeu. Apoiou seus joelhos contra o colchão, Sammy se levantou do colo de Leo, passou sua mão pelas costas e conseguiu colocar o pênis de Leo em posição para empalar-se com seu breve amante. À larga cabeça do pênis de Leo levou um tempo para passar pelo anel exterior de músculos internos, mas o corpo de Sammy parecia estar faminto pela invasão.

Gemeu, enquanto lentamente descia por toda a longitude do pênis de Leo. Olhando Leo aos olhos Sammy mordeu o lábio inferior. “É maior do que imaginei.”

Leo riu. “Você é pequeno.”

Sammy se inclinou para frente e pressionou sua ereção contra o abdômen de Leo. “Não tão pequeno.”

Rindo, Leo sacudiu a cabeça e apertou o traseiro de Sammy. “Não estava falando sobre o tamanho de seu pênis e sabe.”

Depois de várias profundas respirações o corpo de Sammy se relaxou o suficiente para poder-se mover. Com uma mão enterrada no cabelo de Leo e a outra envolvendo seu próprio pênis, Sammy se inclinou e o beijou.

Começou a mover-se lentamente, enquanto ambos se acostumavam ao corpo um do outro. Sammy não sabia se era bom, mas estava começando a se viciar no pênis de Leo. “Deveria carregar uma etiqueta de advertência. Algo como, ‘A montada de sua vida, uma vez que a experimente não se conformará com menos. ’”.

“Pensa assim?”

Sammy notou que Leo se relaxou com o cumprimento. Depois dessa declaração, Leo aumentou a força e velocidade dos impulsos. Sammy estava surpreso como alguém com a experiência de Leo pudessem necessitar palavras de estimulo, tinha o pressentimento de que Randy realmente tinha prejudicado a autoconfiança de Leo.

“Deus, muito bom. OH, merda, sim. Aí, certo, golpeia de novo.” Sammy sabia que estava falando incoerências como um idiota, mas com cada palavra que dizia, Leo se movia mais e mais como uma máquina do sexo, Sammy sabia que estava dentro dele.

Em um movimento surpresa Leo ficou em pé ainda com Sammy empalado em seu pênis e se girou. Deitou as costas de Sammy contra o colchão e pegou os tornozelos de Sammy, abrindo-o o máximo possível, pensou que estaria fazendo uma divisão.

“Droga, Leo, poderia pedir o que deseja.”

“Não é necessário. Meu pênis está enterrado profundamente no que desejo.”

Sammy fechou os olhos e Leo começou a usar seu pênis como um aríete, tentou não apertar mais os dentes ou os perderia. Era o céu e o inferno ao mesmo tempo. Queria, não precisava gozar, mas sabia que quando o fizesse Leo o seguiria.

Suas mãos tentaram ganhar tempo. Com uma obstinada aos cobertores, enquanto a outra se enterrava no pêlo do peito de Leo. “Vai matar-me.”

Com o aumento do ritmo dos impulsos de Leo. Sammy sentiu as bolas de Leo golpear seu traseiro pela primeira vez. Isso foi mais delicioso do que podia imaginar.

“Sim, golpeia minha bunda.” gritou quando o primeiro jorro de sêmen saiu de seu pênis.

Como ele tinha pensado ao sinal da erupção de seu pênis, Sammy não sabia por que, mas um grito alto de Leo mostrou sua própria liberação. Sammy o puxou a seus braços, enquanto Leo saía de seu próprio clímax.

O primeiro pensamento enquanto estava deitado sob Leo, foi à estação. Como diabos, poderia ser capaz de controlar sua luxúria tendo Leo trabalhando com ele? Ao menos durante a semana sabia que seria capaz de ter algumas idéias do que o formoso homem podia dar, mas seria uma tortura ter que esperar até o fim de semana.

 

Depois da ronda matutina, Leo foi à cozinha a fazer o café da manhã, enquanto Sammy tomava banho. Não podia tirar o sorriso de seu rosto. Quantos anos haviam passado desde que tinha funcionado com o vigor da noite anterior?

Talvez se devesse a ter sexo com um homem jovem. Randy teria razão com respeito a suas muitas indulgências? Logo que o pensamento chegou a sua cabeça tentou afastá-lo. Apesar de que odiava admitir, sabia que o sexo tinha sido fantástico, e não era pela idade de Sammy, era por tudo o que Sammy era. Porra.

A última coisa que precisava era envolver-se emocionalmente. Igual aos jovenzinhos com os que Randy o enganava, Leo sabia que a novidade de foder com alguém mais velho não duraria com Sammy. Teria sorte se isso durasse dois meses de sexo fantástico, que mais poderia fazer. Melhor não esquecer isso, velho caduco.

O som de uns pés lhe apontou que Sammy chegou um momento, antes que sentisse um cálido corpo pressionando suas costas. Com ambos vestindo apenas cueca, Leo podia sentir as gotas de água que a toalha de Sammy tinha deixado.

“Estou fazendo pão e salsicha no molho.” Leo apertou o traseiro de Sammy com sua mão.

Sammy começou a beijar e lamber as costas e ombros de Leo. “Parece bom.”

Quando as mãos de Sammy começaram a baixar dentro do elástico da cueca de Leo, liberou o traseiro de Sammy e deteve a mão de seu amante. “Tenho que esperar um tempo, bebê.”

“Eu sei, apenas quero brincar contigo, enquanto termina de cozinhar.” Sammy respondeu, golpeando a mão de Leo e afastando-a.

Leo não tinha certeza de que Sammy lhe acreditasse que ele não podia gozar tão logo, ou se realmente queria apenas tocá-lo. Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu uma mão em seu pênis e outra em suas bolas.

Pudesse ficar duro ou não a atenção o fazia se sentir bem. Leo tentou em fazer seu melhor esforço em concentrar-se no molho que mesclava em uma panela, cuidando de não salpicar o liquido quente.

“O café da manhã esta pronto apenas preciso tirar o pão do forno.”

Com um suspirou de desaprovação, Sammy retirou suas mãos e deu um passo para trás. “Porei a mesa.”

Os dois trabalharam lado a lado em silencio servindo a comida.

Leo se sentou primeiro, enquanto Sammy servia os copos de suco de laranja e seu café da manhã. “Obrigado.” Leo disse, quando Sammy deixou o suco na frente a ele.

Em vez de sentar-se Sammy se ajoelhou e se meteu debaixo da mesa.

“Que está fazendo?” Leo perguntou.

A mão de Sammy reapareceu sob o elástico de sua cueca. “Não tem idéia das vezes que te vi na mesa, desejando estar embaixo te chupando o pênis?”

Leo sentiu seu rosto quente, enquanto levantava a bunda o suficiente para que Sammy pudesse lhe tirar a cueca. “Sabe as vezes que eu pensei o mesmo? Apenas que em minhas fantasias eu estava duro e gozando em sua garganta.”

A dura e fria superfície da cadeira de carvalho pressionou suas bolas, fazendo que Leo tremesse até que a madeira se esquentou. Sammy chupava seu pênis dentro de sua boca, antes de sair. “Acontece que amo ter um pênis flácido em minha boca e um pênis duro em meu traseiro. Porque desperdiçar a oportunidade?” Sammy disse entre lambidas no pênis de Leo.

Leo deixou cair sua cabeça para trás. “Encontrei o homem de meus sonhos.”

Logo que as palavras saíram de sua boca, Leo desejou não as ter dito. Merda. “Quero dizer… uhh…”

Sammy riu ante a declaração de Leo. “Sei o que quis dizer.”

Leo gemeu, quando a boca de Sammy lambia suas bolas. Estava totalmente fascinado quando Sammy começou a rir. Essa não era a risada normal que Leo conhecia. Colocou a mão sob a mesa e começou a cobrir suas bolas de quarenta e oito anos, enquanto a mão de Sammy envolvia sua ereção. Ereção?

“Acho que não é tão velho como pensava.”

 

 

                               Capítulo Cinco

 

Sammy estava malditamente perto de faltar ao trabalho na sexta-feira seguinte. Tinha passado toda noite exceto na quarta-feira com Leo, e as coisas não podiam estar melhor. Ao abrir a porta da estação, Sammy ouviu risadas vindas da sala da televisão e se dirigiu para lá.

Passar o fim de semana tentando manter as mãos longe de Leo ia ser o inferno, mas ao menos estaria em sua companhia. Não só era o eletrificante toque de Leo, era divertido estar com ele. Sammy nunca tinha compartilhado as pequenas coisas da vida. ‘Pirate’s Cove’ tinha sido sua paixão desde que deixou sua família há seis anos, e agora encontrava alguém que desfrutava tanto quanto ele.

Entrando na sala. Sammy cumprimentou os quatro homens com um movimento da mão. “Hei, Collin, fazia muito tempo que não te via.”

Collin Zeffer sorriu. “Estava hibernando na montanha com meu homem. Como passou o inverno, Texas?”

“Congelando minhas bolas, que pensa que estava fazendo?” brincou. “Onde está Zac?”

“Doente.” Collin respondeu. “Ligou-me ontem e me perguntou se podia cobri-lo.”

Estranho. Zac era um de seus melhores amigos desde a escola primária. Se realmente estivesse doente, ele ligaria para sua babá em San Antonio. Sammy suspeitou que ele tirou tempo livre para estar com Terry, assim não disse nada que pudesse meter seu amigo em problemas.

Girou-se para a televisão. “Vocês se importam, se eu mudar ao meu programa?”

Jakob se encolheu de ombros e lhe entregou o controle. Sammy mudou para ‘Pirate’s Cove’ e se sentou no canto do sofá.

“Droga, não tinha visto essa novela em meses.” Collin comentou.

“Sacrilégio!” Sammy afirmou.

“Sinto muito.” Collin riu. “É que não posso ter TV a cabo na montanha. E Abe pensa que comprar uma antena de satélite pode ser um desperdício.” Collin sorriu. “Tem idéias melhores de como passar o tempo.”

Sammy não precisou perguntar como passavam o tempo sem televisão. Não conhecia Collin há muito tempo, mas era óbvio quão apaixonado estava por seu companheiro, Abe. Hmmm, Sammy se perguntou se ele poderia deixar ‘Pirate’s Cove’ por Leo. O suor cobriu sua testa. Esperava nunca estar nessa posição, de qualquer maneira não planejava mudar-se para a montanha.

 

“Então, Nate falou sobre o plano de expansão?” Leo perguntou.

George se recostou em sua cadeira e assentiu. “Sim, tentei convencê-lo de que não, mas ele está decidido levá-lo ao conselho.”

Nate planeja liberar uma zona de terras na margem da cidade para novas casas, que com certeza iria ser um assunto ardente em Cattle Valley, durante as semanas seguintes.

“O que quero dizer, é que os correios estiveram recebendo várias correspondências de pessoas perguntando se existem lugares para moradias disponíveis. Mas eu não sei realmente que seja necessário” George sacudiu a cabeça. “Apenas não tenho certeza.”

“Sammy disse algo a respeito de que os negócios de Kyle estavam sofrendo. Como está a economia, as pessoas reconsideram cada compra que realizam. Estou de acordo com Nate se quisermos que esta cidade sobreviva, precisamos fazer o necessário para ajudar aos comerciantes locais.” Leo geralmente não se metia em política, mas finalmente sentia que Cattle Valley era seu lar. E essa cidade tinha muitas possibilidades para deixá-la cair ao precipício.

“Talvez. Ao menos esta falando com Hal Kuckleman para que seja o construtor. Hal não deixará que várias das casas pré-fabricadas cheguem à cidade.”

Leo assentiu, estando de acordo. “Com mais casas novas, terá que contratar mais bombeiros, Onde ficaram?”

“Certo, agora o plano da prefeitura é construir um segundo piso para dormitórios” George explicou.

Leo enrugou o nariz. “E teremos homens trabalhando de dia e de noite, Surpreende-me que não tenham encontrado uma solução melhor que isso.”

George riu. “Bom, tem razão nisso. Ficar no albergue do B&B[3], está fora de questão.”

“Quantas pessoas trabalharam na construção das casas?” Leo perguntou.

“Ao redor de quarenta, incluindo carpinteiros, bombeiros, eletricistas e trabalhadores em geral.”

“Pensarei nisso.” Leo ficou em pé. “Claro que não recebi a inscrição de Trick ao concurso do chilli.”

George riu e levantou as mãos. “De jeito nenhum nos envolveremos nisso. Carol dará a luz a qualquer dia. Temos as mãos cheias, tentando manter essa mulher feliz.”

“Por isso prefiro foder homens. Não há surpresas inesperadas.”

“Cale a boca, imbecil. Estamos emocionados pelo bebê.” George disse defensivamente.

“Bom para você.”

“Falando de foder, encontrei uma camisinha no balde de lixo do dormitório. Alguma idéia de como chegou lá?” George perguntou, com um diabólico sorriso no rosto.

“Que estava fazendo verificando o lixo?”

“Esvaziando-a. Está fodendo Sammy?”

Leo se sentiu como um veado deslumbrado. “Algum problema?”

George negou. “Não. Sabe minha política sobre encontros. Apenas se assegure que não interfira em suas obrigações.”

“Não interferirá.”

“Genial. Nesse caso estou feliz por você. Sammy é um grande cara.”

“Não diz nada a respeito de que é muito jovem para mim?” Leo perguntou.

“Porque diria? Ele não é tão jovem para não saber o que está fazendo. Tem trinta pelo amor de Deus.”

Leo se encolheu de ombros e se dirigiu à porta. “Talvez seja o único que pensa que dezoito anos sejam muita diferença.”

“Supere. Desfrutar ao homem não tem idade.”

Leo deixou o escritório e olhou ao redor. A mudança de turno já tinha ocorrido assim apenas ficavam Sammy e Collin na sala da televisão. “Onde está Jakob?”

Sammy olhou Leo e lhe sorriu. Leo recusou reconhecer a faísca das formosas covinhas naquele rosto.

“Disse que tinha que fazer uma ligação.” Collin respondeu, sem apartar o olhar da televisão.

“Necessito um voluntário para que me acompanhe em umas compras.” Leo comunicou.

Antes que Collin pudesse responder, Sammy se levantou do sofá e se dirigiu para ele. “Eu vou.”

“E seu programa?” Leo perguntou. Não pôde evitar o sorriso em seu rosto.

“Collin me contará quando eu voltar. Não é assim, Collin?”

“Claro, mas ainda estou tentando entender porque Jesse não diz ao seu gerente do restaurante que o quer.”

“Jesse pensa que seu negócio sofreria se as pessoas ficarem sabendo que é gay.” Sammy lhe explicou, vestindo a jaqueta.

“Assim prefere ser miserável? Que se foda.” Collin observou.

“Sim.” Sammy concordou.

Leo se deteve no escritório para pegar um dos rádios e se caminhou ao estacionamento. Em vez de pegar seu próprio veículo, abriu um dos veículos de Resgate de Emergências e se colocou atrás do volante. Antes que Sammy prendesse o cinto de segurança, Leo o puxou em um rápido e profundo beijo.

“Mmmm.” retirou sua língua da boca de Sammy e suspirou. “Necessitava isso.”

Sammy alcançou e apertou a frente da calça do uniforme de Leo. “Eu necessito isto, mas acho que terei que sonhar nos dias seguintes.”

Leo riu e funcionou o veículo. “Você e eu. Lógico que George já sabe. Encontrou uma camisinha na lata de lixo.”

“Ficou zangado?” Sammy perguntou.

“Não. Não se importa, enquanto não descuidemos de nosso trabalho.” Leo queria alcançar a mão de Sammy e retorná-la a seu pênis. Claro que queria várias coisas mais com Sammy, mas tinha que manter sua libido sob controle pelos dois dias seguintes.

“Lindo.”

 

Sammy casualmente esfregou seu pé na frente das calças de Leo, quando estavam no sofá vendo outro filme. Leo podia pretender tudo o que quisesse, mas quando Sammy esfregou seu eixo começou a ficar duro.

Finalmente Leo pegou o pé de Sammy e esfregou duro contra sua ereção antes de retirá-lo de seu colo. “Seja bom.” Leo murmurou.

Sammy sorriu e abriu suas pernas o suficiente para que Leo visse o que o malicioso jogo tinha causado em seu próprio pênis. Ficou em pé e ia perguntar a Leo se o acompanhava à cozinha ,quando o telefone de Leo começou a tocar.

Logo que Leo começou a falar Sammy podia dizer que não eram boas notícias. Terminou a ligação e ficou em pé.

“Distúrbio doméstico no 654 da grande avenida. A chamada sugeriu resgate pessoal.”

“Porque não queriam que se anunciasse no rádio?” Jakob perguntou.

Sammy sentiu como se alguém lhe tivesse golpeado, “É a casa do Zac.”

“Porra!” Jakob correu para a garagem.

Sammy sentiu uma reconfortante mão em suas costas e olhou para Leo. “Eu deveria saber que algo estava errado.”

“Não.” Leo se inclinou e beijo Sammy na boca. “O delegado Nash foi quem chamou. Não fez a chamada pelo rádio em caso de que alguém estivesse escutando a freqüência de emergências, mas sabia que queria estar lá.”

“Droga, certo.”

 

Em vez de pegar o caminhão, eles optaram pela ambulância e o veículo. O caminho foi uma tortura para Sammy. “Zac é um grande bebe quando está doente, devia saber que não estava. Devia ter lhe ligado e verificado.”

“É um homem adulto.”

Sammy assentiu. “Também é meu melhor amigo.”

Leo levou sua mão à coxa de Sammy. “Não tem certeza do que aconteceu assim solta a pistola.”

Leo se deteve atrás de uma das duas patrulhas com as luzes apagadas frente à casa de Zac. “Trate de se acalmar.”

“Claro.” Sammy disse, girando os olhos. Saiu do carro e correu para a porta principal. Enquanto chegava a uma das patrulhas, viu Terry no assento traseiro com a cabeça para baixo.

Sammy golpeou a janela lateral. “Que merda lhe fez?”

Quando Terry se recusou a responder, Sammy golpeou de novo.

“Necessita pontos.” Roy gritou do jardim a Jakob.

A solicitude retornou a atenção de Sammy a casa. Afastou-se de Terry e correu ao alpendre.

Roy Jenkins levantou as mãos para deter Sammy, enquanto abria a porta para Jakob e Collin. “Deixa que se encarreguem das lesões de Zac. Não põe em risco sua vida, mas perdeu sangue suficiente para manter-se em pé. Zac se recusa a apresentar queixa. Pensamos que poderia falar com ele e colocar um pouco de sentido comum.”

Leo chegou ao alpendre com Sammy. “Que aconteceu?”

Roy acomodou sua boina na cabeça, antes de apontou para a porta da casa próxima. “A vizinha diz que ela ouviu gritos durante vários dias. Esta noite pareceram mais fortes que os habituais. Quando ouviu vidros quebrando, ela nos chamou.”

Sammy tentou empurrar Roy. “Preciso vê-lo.”

“Tenho certeza que Collin e o novo menino se encarregassem dele em um minuto. Acha que possa lhe colocar um pouco de sentido comum?” Roy perguntou.

“Não sei, até que me deixe vê-lo.” Apesar de seu pequeno tamanho, Sammy enquadrou seus ombros e empurrou o braço de Roy que lhe impedia o acesso à porta.

“Deixa-o entrar.” Leo disse.

Roy se apartou e abriu a porta.

Sammy não podia entender a situação. Roy sempre tinha sido um dos mais agradáveis delegados da cidade, porque repentinamente se voltou um imbecil? Sammy entrou na sala e o primeiro que viu foi sangue, litros, e o vidro da mesa de café quebrado.

As largas costas de Jakob que atendia Zac impediam Sammy vê-lo. Com uma profunda respiração, Sammy caminhou para frente. Não podia dizer a extensão das lesões de Zac, mas Collin se via verde e com náuseas, sustentando um pacote de gazes contra o rosto do Zac, enquanto Jakob lhe colocava uma intravenosa.

“Chama Isaac.” Collin ordenou. “Vamos levá-lo a clínica.”

“Acha que é algo que Isaac possa atender ou o levamos a Sheridan.” Sammy sugeriu caindo de joelhos a lado de Zac.

“Isaac precisa primeiro deter a hemorragia.” Jakob gritou.

Sammy ficou com a boca aberta. Nunca tinha ouvido Jakob gritar. Fico congelado um momento.

“Eu telefono.” Leo disse atrás de Sammy.

Sammy olhou sobre seu ombro e viu Leo levar o telefone celular ao ouvido. Retornou sua atenção para Zac, Sammy colocou sua mão na coxa de seu amigo. “Está bem. Quer que fale com seu pai?”

“Não!” murmurou através do grosso pacote de gazes que Collin detinha, desejava que Zac estivesse limpo.

Apesar do que Roy queria, Sammy sabia que não era o momento de falar com Zac para que apresentasse queixas contra Terry.

“Vamos erguê-lo, enquanto Collin continua aplicando pressão na ferida.” Jakob ordenou indicando a maca.

Sammy ficou em pé e ajudou Jakob com as pernas de Zac, antes de levar a maca à porta principal. Quando passaram por Roy, Sammy assinalou para a patrulha. “Mantenha encerrado, até que Zac esteja em condição de pensar coerentemente.”

Roy assentiu. Com Leo ajudando levaram a maca pelas escadas do alpendre e o subiram à ambulância rodeada de vizinhos preocupados.

“Preciso ir com eles.” Sammy disse a Leo.

Leo assentiu. “Eu sei. Já chamei George. Disse que ia à ambulância. Eu retorno à estação, e me encarrego das coisas lá.”

Sammy apertou a mão de Leo, antes de subir no assento do passageiro da ambulância. Esfregou os olhos, incapaz de tirar da mente a imagem de Zac ensangüentado. Logo que Collin subiu ao volante, Sammy começou a questioná-lo.

“Que tão mal está realmente?”

Collin sacudiu a cabeça. Acendeu as luzes e a sirene e saiu à rua. “Não tenho certeza. Necessitará várias cirurgias plásticas.”

“Sabe o que aconteceu? Quero dizer, vi que a mesa de café estava quebrada. Empurro-o ou ele caiu?” Sammy perguntou.

“Ele não disse, mas teve sorte. Outro centímetro e o vidro teria talhado a artéria.”

As mãos de Sammy começaram a tremer. Perguntando-se quão perto esteve de perder seu melhor amigo.

 

Eram às quatro da manhã quando Leo ouviu que a ambulância retornava. Saiu da cama e vestiu suas calças e camiseta justa, quando George começou a mover-se. “Eles retornaram.”

George bocejou e se levantou. “Pode jogar minha roupa?”

“Se não fosse um fanático da limpeza a deixaria no chão ao lado da cama, igual ao resto de nós, e agora já estaria vestido.” Leo abriu o armário de George e tirou a bem dobrada roupa do dia anterior.

“Hei, não golpeie minhas bolas tão cedo na manhã.” George apanhou a roupa que Leo lhe lançou. “Vê, estarei aí em um segundo.”

Leo se dirigiu à garagem. Fez duas breves ligações ao celular de Sammy, mas não sabia muito.

“Onde está Sammy?” perguntou a Jakob.

“Não quis deixar o hospital. Zac se recusa a falar com alguém, mas Sammy quis ficar caso mude de opinião.”

“Qual é o veredito da condição do Zac?” Leo perguntou limpando olhos sonolentos.

Jakob sacudiu a cabeça e se dirigiu à sala. Leo girou sua atenção para Collin. “Que lhe aconteceu?”

“Está encarando tudo isto realmente mal, esteve perto de ultrapassá-lo, porque Zac se recusasse a vê-lo.” Collin abriu a caixa da ambulância e começou a preencher os formulários. “Zac tem alguns pontos na bochecha, mas tenho a sensação que suas lesões são um inferno, mais profundas que isso. Parecia desligado. Não sei o que aconteceu entre ele e Terry, mas disse a Ryan que ele não ia apresentar queixas, enquanto Terry nao saísse da merda de sua casa.”

“Quanto tempo eles estavam juntos?” Leo perguntou.

“Perto de um ano, acredito. Eles se juntaram pouco depois que Terry se mudou à cidade.”

George chegou à garagem. “Porque não vai para casa, Collin. Já chamei dois novos voluntários que deveram ajudar.”

Collin sacudiu a cabeça. “Vou aos dormitórios dormir duas horas de sono, estarei bem. Acredito que deveria oferecer o mesmo a Jakob. Com o humor que está, não acredito que vá ser de muita ajuda aqui.”

George se girou para Leo “Onde está Sammy?”

“Hospital.” Leo respondeu. Começava a preocupar-se com seu amante. “Acredito que vou ligar para saber como está?”

George assentiu e entrou na estação.

Leo abriu o celular e discou o numero de Sammy. Sammy respondeu no primeiro timbre.

“Hei.” Sammy respondeu.

“Como está?” Leo caminhou para fora procurando por privacidade.

“Bem. Talvez Zac me mate mais chamei seu pai, assim ele está a caminho. Não queria ser Terry, quando o senhor Alben estiver aqui. O conheço toda minha vida e ainda me assusta de morte.”

“Pensei em pegar duas horas e dirigir até lá para ver que esteja bem” Leo comentou.

“Sim. Não quero deixá-lo até que chegue Butch aqui. Pode lhes dizer?”

“Claro. Falarei com George a respeito de que ambos ficaram de noite livre. Disse que viriam dois voluntários, assim não deveria ser um grande problema.” Leo raspou o gelo com a ponta de sua bota. Havia uma ligeira capa de gelo nas estradas. Queria dizer a Sammy que sentia saudades, mas não queria ir mais à frente ainda, em vez disso perguntou a Sammy “Dormiu um pouco?”

“Não. Tentei, mas as cadeiras são péssimas. Obrigado por oferecer vir me acompanhar.” Sammy disse.

“É um prazer. Sei que é seu amigo, mas se cuide você também.”

“Farei isso.”

“Adeus, bebê.” Leo desligou o telefone e o guardou no bolso. Entrou para procurar George e o encontrou na cozinha fazendo uma garrafa de café. “Incomodaria-se se pego a tarde e a noite livre? Preciso ir pegar Sammy no hospital. E volto de noite. Não quero que Carol e Trick estejam muito cômodos sem você”

George deu um golpe no braço a Leo. “Não se preocupe por mim. Estarei bem aqui na noite. Trick está fora da cidade e Carol já está muito avançada em sua gravidez, ela inclusive não quer ver nenhum homem.”

Leo sorriu. Carol era uma mulher cheia de energia até quando sofresse por ter os tornozelos inchados, e do que tinha ouvido a respeito das viagens ao banheiro. Não podia imaginar como tinha sido durante os nove meses de gravidez. “Obrigado.”

 

Depois de perguntar pelo número do quarto de Zac na mesa da recepção, Leo se dirigiu ao elevador. Não sabia nada de Sammy desde sua conversa anterior, assim esperava não estar empurrando muito os limites de sua relação por chegar cedo.

Quando o elevador se abriu, Leo olhou ao redor do pequeno quarto de espera. Não viu Sammy, dirigiu-se ao quarto 316. A porta estava aberta, mostrando o interior. Sammy estava sentado em uma cadeira no canto, parecia perdido, enquanto um homem mais velho estava junto à cama do Zac. Leo sacudiu a cabeça. Butch Alben poderia ser o irmão mais velho de Ezra.

Sammy levantou a vista e sorriu. Ficou em pé, disse algo a Butch e a Zac e se dirigiu para Leo. “Hei.”

Leo abriu seus braços e puxou Sammy para seu peito. “Como está?”

“Bem. Disseram que sairá amanhã pela manhã, se não mostrar sinais de infecção.” Sammy olhou sobre seu ombro a Zac. “Não quer falar do acontecido. Aceitei não insistir para que me deixasse permanecer no quarto.”

Leo beijou a testa de Sammy. A ação apanhou a atenção de Butch, e o grande homem se aproximou.

“Este é o homem sobre qual falou?” Butch perguntou.

Sammy assentiu e se separou. “Butch, este é Leo.”

Butch olhou fixamente Leo de acima a abaixo “Que idade tem?”

“Por favor, não faça isso, Butch.” Sammy pediu.

Leo olhou o homem fixamente e respondeu. “Quarenta e oito.”

Butch girou a atenção para Sammy. “Sua família sabe a respeito disto?”

“A menos que meu amante tenha uma vagina, minha família não quer saber sobre nada.” Sammy estabeleceu como se fosse algo feito.

Butch assinalou ao corredor. “Porque seu Leo não me acompanha por alguns sanduíches à cafeteria?”

“Butch.” Sammy pôs sua mão no braço de Butch.

Leo não pôde deixar de ver a maneira como Sammy o olhava. Parecia que Sammy tentava protegê-lo, mas parecia que Butch tentava proteger Sammy.

“Posso fazer isso.” Leo finalmente aceitou o desafio de Butch.

Butch despenteou o cabelo de Sammy. “Fica com Zac. Não demoraremos.”

Sammy envolveu seus braços ao redor do pescoço de Leo, lhe dando um rápido beijo e murmurando ao ouvido. “Não deixe que te assuste, ele foi como um pai para mim durante anos.”

Para alguém que tinha admitido fazia poucas horas que se assustava de Butch Alben, Sammy seguia bem o jogo. Leo sorriu e seguiu Butch ao elevador. Com seu metro noventa e dois, sentia-se estranho olhar para cima para ver os olhos desse homem. Além da intimidante estatura, Butch era forte com um tijolo. Sim. Era como o irmão mais velho de Ezra.

Eles não falaram nada no caminho à cafeteria.

“Porque não tomamos uma xícara de café?” Butch sugeriu.

Leo pediu um sanduíche para ele e outro para Sammy, além de uma xícara de café preto. Pago sua compra e encontrou uma pequena mesa em um canto da cafeteria.

Enquanto esperava que Butch pagasse sua compra, tentou de animar-se. Era óbvio que Butch tinha um problema com a diferença de idade entre ele e Sammy. Diabos ele mesmo tinha um problema com isso.

Butch deixou seu sanduíche na mesa e sentou-se. Leo estava surpreso de que as cadeiras fossem tão fortes para sustentar o anormalmente grande corpo de Butch.

“Amo Sammy como se fosse meu filho.” Butch começou.

Leo assentiu. “Eu posso entender sua preocupação quanto à diferença de idade, mas precisa saber que Sammy e eu, já tivemos esta conversa. De fato foi nossa primeira discussão.”

Butch tomou um gole de seu café e apoiou os antebraços na mesa. “Que tanto sabe do passado de Sammy?”

Leo se encolheu de ombros. “Não muito, acredito. Estamos saindo há duas semanas.”

“Assim não sabe que esteve comprometido durante dois anos com uma mulher, por pressão de seus pais.”

Isso não era uma pergunta, assim Leo só sacudiu a cabeça. Não tinha certeza o que deveria fazer, assim decidiu deixar que Butch chegasse ao ponto, antes de questioná-lo.

“Sammy sempre foi gay. Zac sabia, eu sabia e seus pais sabiam. Mas isso não os deteve de pressionar o menino para que permitisse o compromisso. Duas semanas antes das bodas, Sammy finalmente ficou em pé e enfrentou seus pais e a Danielle. Depois disso eles não conversam mais com ele. Sentiu-se tão ferido que falei com Zac e correu para Cattle Valley.”

Butch se recostou em sua cadeira e tomou um gole de seu café. Quando pareceu que já não ia dizer mais, Leo finalmente falou.

“Fede o que os pais fazem a seus filhos, mas isso que tem que haver comigo?”

“Tem a mesma idade de Lee Han. Isso me faz perguntar-me se está tentando retornar com seu pai ou se quer substituí-lo com você.” Butch entrecerrou os olhos. “Os dois eram muito próximos antes que isso explodisse.”

“Não podem ter sido tão próximos, quando facilmente se lavou as mãos de seu filho. As razões de Sammy para estar comigo são dele. Eu não lhe escondi nada. Sabia minha idade, antes mesmo que lhe desse o primeiro beijo.” Leo estava acostumado a discutir consigo mesmo sobre a diferença de idade, mas seria um maldito se permitisse que Butch colocasse o nariz nisso.

“Tudo o que estou dizendo…” Butch começou.

Leo levantou a mão. “Sammy foi, mas feliz estas duas últimas semanas que todos os meses anteriores. Nunca pensei que pudesse ter o afeto desse homem, mas por alguma razão o tenho. E não vou deixar que ninguém me diga que o deixe, porque sou velho.”

Butch olhou fixamente Leo por um momento, antes de levantar um pouco os cantos da boca. “O senhor Lee é um homem rico e poderoso em San Antonio. Eu precisava ouvir que falasse de sua relação com Sammy com essa convicção em sua voz.”

“Assim não é muito aficionado ao pai de Sammy.” Leo conjeturou.

“Claro, não sou aficionado aos fanáticos intolerantes. Uma coisa é sua cultura ancestral. E outra muito diferente é dar as costas ao seu filho por causa de seu estilo diferente de vida. Eu soube, desde que eram pequenos que Sammy era como meu Zac, por isso lhe dava um lugar em minha casa, ele necessitava um lugar aonde pudesse sentir-se cômodo com o que era, inclusive embora não soubesse ainda.”

Leo terminou seu café e jogou o copo na lata de lixo. “Se já resolvemos nossos assuntos eu gostaria de levar Sammy a casa. Levou muito mau o que aconteceu. Culpa-se por não ter se dado conta, antes de ontem à noite.”

Butch ficou em pé e seguiu Leo. “Não acredito que alguém pudesse vê-lo, nem sequer Zac. Talvez seja a razão pelo que se recusa a falar disso.”

Leo e Butch retornaram ao quarto de Zac subindo as escadas. Sammy estava no canto mordendo-as unhas, um habito que Leo tinha notado antes. Dirigiu-se para o lado da cadeira de Sammy, deu-lhe seu sanduíche. Desembrulhou o seu e lhe deu uma mordida, escutando como Butch brincava com Zac a respeito de que ambos tinham comido comida do hospital.

Leo se inclinou e murmurou ao ouvido de Sammy. “Butch necessita um lugar onde ficar?”

Sammy se girou e roçou um lábio na bochecha de Leo. “Não. Falaremos depois.”

Depois de terminar-se seu sanduíche, Sammy ficou em pé e caminhou para um lado da cama do Zac. “Vamos, tem certeza de que não necessita nada?”

Com um lado de seu rosto coberto de gazes, Zac sacudiu a cabeça. Pegou a mão de Sammy “Estarei bem. Sei que gritei com você, porque chamou meu pai. Mas me alegra que o tenha feito.”

Sammy sorriu. “Sim. Imaginei.”

Depois de estreitar a mão de Zac, Sammy caminhou para Leo. “Estou pronto.”

Leo assentiu, caminhou para a cama de Zac, estreitou a mão de Butch. “Prazer em conhecê-lo.” Tocou a coxa de Zac. “Recupere-se logo e escute seu pai.”

Zac deu um assimétrico sorriso a Leo. “Os velhos caducos sempre se juntam.”

Leo sorriu, mas sentiu como um golpe em seu estomago. “Claro que o fazemos. Aprendemos as coisas da maneira difícil.”

Girando-se, Leo pegou a mão de Sammy e saíram do quarto. Ainda lhe doía o comentário e Sammy o sentiu, porque passou seu braço por sua cintura.

“Tem que retornar ao trabalho?” Sammy perguntou enquanto entravam em elevador.

“Não. Sou todo seu.”

Sammy bufou. “Como sei.”

 

 

                                   Capítulo Seis

 

Tão logo Sammy fechou o cinto de segurança adormeceu. Leo alternava entre olhar a estrada e olhar o formoso homem ao seu lado. Perguntava-se como seria ter o tipo de amizade que Zac e Sammy tinham. Não que Leo não tivesse tido amigos no passado, ele os teve apenas não duraram.

Apertou o volante. Leo não tinha certeza, se isso falava sobre o tipo de amigos que escolhia no passado ou sua capacidade em sustentar amizades.

Seus pensamentos se desviaram à conversa com Butch. Em algum momento durante a conversa, Leo se deu conta que não queria explicar as diferenças entre ele e Sammy. Havia um montão de coisas que poderiam fazer se a relação fracassasse. A idade era apenas uma delas.

Sammy já tinha lhe provado de muitas maneiras, que desfrutava do corpo de Leo. Algo que ainda era difícil para Leo acreditar. Olhou de novo seu adormecido amante. Inclusive admitir que sua nova relação tivesse possibilidades de ir mais à frente era um grande passo para ele. Quanto mais ele pensava, mais ele queria.

Em vez de levar Sammy a seu apartamento, Leo o levou a sua pequena casa alugada, ele cultivaria seu amor. Chegou à frente e desligou o motor. Girando a cabeça de um lado, olhou Sammy de novo.

Com um roce de sua mão na bochecha de Sammy, tentou despertar o belo adormecido. “Já chegamos.” disse em uma suave voz.

Sammy se estirou e abriu os olhos. “Foi rápido.”

Leo riu. “Posso te levar para dentro?”

Sammy olhou pelo pára-brisa, antes de girar-se com Leo. “Talvez devesse ir a minha casa para primeiro mudar de roupa.”

Leo se inclinou e beijou Sammy. “Realmente acho que não necessitará roupa para nada, mas podemos ir mais tarde.”

“Mas se formos agora. Não teremos que nos vestir depois para fazer isso.” Sammy replicou com um sorriso.

Leo assentiu e ligou o motor. “Certo.”

Saiu à rua e se dirigiu ao pequeno apartamento que Sammy chamava de seu lar.

“Então, que tão duro foi Butch contigo?” Sammy perguntou, colocando sua mão na coxa de Leo.

“Não muito mal. Acredito que está preocupado sobre minhas intenções contigo.”

“Que são?” Sammy perguntou com um grande sorriso no rosto.

“Honoráveis.” Leo respondeu.

Decidiu pôr as cartas sobre a mesa. Ele não tinha dado muitas esperanças de um futuro a Sammy e se deu conta de que era o momento de fazê-lo. “Desfruto estar contigo na cama e fora dela. Eu gostaria de ver para onde nos conduz isso.”

O sorriso de Sammy se transformou em um verdadeiro sorriso mostrando covinhas tão profundas que poderia introduzir o dedo neles. “Eu gosto disso.”

Leo soltou o fôlego, que não se deu conta de que tinha retido. “Bom.”

 

Sammy abriu os olhos e encontrou Leo no piso ao lado dele, entre as formas do concurso de cozinha. “Sinto muito.”

Leo levantou a cabeça. “Por quê?”

“Adormeci de novo em meio disto.” Sammy estirou seus braços sobre a cabeça e bocejou.

“Tecnicamente, estava embaixo de mim, mas não te desculpe por isso. Teve uma noite difícil.” Leo deixou a caneta e passou sua mão pelo cobertor com o que cobriu Sammy, quando adormeceu.

Sammy gemeu, quando Leo começou lentamente a passar sua mão por seu pênis. Para alguém que clamava que necessitava horas e horas entre ereções, Leo estava fazendo uma boa imitação de um adolescente faminto de sexo.

Baixou uma perna do sofá, dando a Leo mais espaço para brincar. Assinalou o montão de papéis na mesa de café. “Quantas inscrições têm?”

“Setenta e três. A cinqüenta dólares a entrada e com um prêmio em efetivo e um troféu ao ganhador, diria que estamos bem.”

“Não é pelo troféu, é por presumi-lo todo o ano.” Sammy passou seus dedos pelo cabelo de Leo. “Teremos lugar na estação?”

“Estava me perguntando isso. Não tinha idéia de que tivéssemos tantas inscrições e ainda faltam três dias de inscrição.” A mão de Leo se deslizou sob o pênis de Sammy a seu escroto.

Sammy gemeu, quando o dedo de Leo encontrou seu recente jodido buraco. “Parque.”

“Desculpe-me?” Leo sorriu inserindo outro dedo.

“Talvez devêssemos fazer no parque.” Sammy conseguiu falar, enquanto começava a montar os talentosos dedos de Leo.

“E se o clima não cooperar?”

“As pessoas entenderam se fizer um pouco de frio. Além disso, haveria uma desculpa para que todos provassem os chilli quentes que se servirá. Pergunte ao Nate. Tenho certeza de que dirá que está tudo bem.” Sammy soltou o cabelo de Leo e roçou todo seu caminho para o pênis de Leo. Apesar de que não estava totalmente duro, estava muito longe de estar flácido.

“Foda-me.” Pediu olhando aos olhos de Leo.

Leo se inclinou e o beijou. Sammy se abriu para a batalha de línguas que sabia que viria. Leo não o decepcionou, o beijo passou para apaixonado em questão de segundos. Sammy sorriu, quando sentiu a saliva correr de sua boca a um lado de seu rosto.

Leo se retirou e o limpou com sua mão livre. “Sinto muito.”

“Não sinta. Estou me afeiçoando a sua saliva. Agora… e foder?”

Leo mordiscou o lábio inferior de Sammy. “Eu estou gostando bastante.”

Leo alcançou o frasco de lubrificante vulcânico. Retirou os dedos o suficiente para molhá-los com o lubrificante, antes de retornar ao seu teatro de fantoches. “Estava sentado aqui enquanto dormia. Inclusive te cobri, porque não podia me concentrar nos papéis.”

Sabendo que ele não ia obter o pênis de seu amante, Sammy decidiu desfrutar do toque de seu amante. “Sobre que estava pensando?”

Leo rompeu o contato visual e descansou sua cabeça no peito de Sammy. “Necessito que me prometa que se alguém mais captar sua atenção, me dirá.”

Era óbvio que as ações de Randy tinham prejudicado a confiança de Leo, mas a última coisa que queria era ser pintado com a mesma tinta. Sammy embalou o queixo de Leo e o olhou aos olhos. “Estive aqui durante nove meses e o único que captou minha atenção foi você.”

“Obrigado. Parece que precisaremos conseguir uma das novas moradias que planejam construir. Apenas quero que sempre seja honesto comigo.”

Sammy girou os olhos e deu um golpe brincalhão na cabeça a Leo. “Porque acha que é impossível que me apaixone por você e apenas de você? Sério, Leo precisa tirar sua cabeça de seu umbigo e ver o que eu vejo. É incrivelmente sexy, fodes como em sonho, e é divertido no dia a dia. Porque diabos eu veria alguém mais se tiver você em minha vida? Randy era um fodido bastardo. Esquece-o.”

Leo ficou de joelhos e envolveu com sua mão livre o pênis de Sammy, antes de inclinar-se a lhe dar um profundo beijo na boca. As sensações ultrapassaram Sammy rapidamente. Entre os dedos em seu buraco, a pressão em seu pênis e a língua explorando sua boca, não tinha oportunidade.

Gritou o nome de Leo, enquanto suas línguas continuavam o duelo e disparou sua semente. Uma série de tremores percorreu seu corpo, com cada jorro de seu sêmen. Quando ficou drenado abriu os olhos e quebrou o beijo. “Nenhum homem pode, inclusive, falar que o queira mais do que eu te amo.”

 

Sammy abriu os olhos, quando Jakob entrou na estação uma semana depois. “Que diabos te aconteceu?”

Jakob se encolheu de ombros e tocou a pele macia do hematoma em seu olho. “Tive uma briga.”

Os pequenos cortes no punho direito de Jakob testemunhavam isso. “Com quem?”

“Não importa. Agora está feito.”

Era óbvio que Jakob não estava de humor para discutir isso, assim Sammy o deixou passar. “Incomodaria-te me ajudar a acomodar as mesas e as cadeiras no parque para o concurso de chilli de amanhã?”

“Não me incomodo, mas porque hoje? Terá que as secar amanhã. Porque não o faz amanhã?” Jakob perguntou, tomando seu usual lugar na poltrona reclinável.

“Porque tenho um milhão de coisas mais, para fazer amanhã. Apenas pensei em adiantar algo.” Sammy explicou.

Jakob sacudiu a cabeça. “Não se preocupe pelas mesas e as cadeiras, eu me encarrego pela manhã. Estará livre para o resto.”

“Obrigado.” Sammy disse, quando Leo entrou na sala sentando-se ao lado dele e lhe dando um beijo.

“Vá, vejo que há algo entre vocês.” Jakob comentou.

Sammy quebrou o beijo e olhou Jakob. “Sim, espero que não se incomode.”

Jakob sacudiu a cabeça e riu. “Se me incomodasse, não poderia viver nesta cidade.”

Quando Jakob retornou sua vista à televisão, Sammy perguntou a Leo com o olhar assinalando Jakob. Leo se encolheu de ombros e o abraçou.

Leo se inclinou e murmurou ao ouvido de Sammy “Estava pensando em voltar a falar com George, ele parece não ter problemas com que sejamos um casal no trabalho”.

“Bem.” Sammy disse, roçando seus lábios com os de Leo. Apoiou-se contra o homem do que se apaixonou seriamente, pretendendo ver a televisão. Seus pensamentos estavam em muitos lugares, perguntava-se sobre a repentina mudança de atitude de Leo.

 

Leo tinha passado tempo durante a ultima semana com Neil e com Butch, enquanto Sammy tentava levantar o animo de Zac. Perguntava-se a qual dos novos amigos de Leo deveria lhe agradecer pela nova atitude de seu amante.

Descansou uma mão na coxa de Leo perfeitamente contente com sua vida nesse momento. “OH. Os impressores vão trazer os pôsteres que vão doar. Penso que teremos que arrumar tempo para pendurá-los. Um no lugar do evento e um frente à prefeitura, a maioria dos moradores passam por ali.”

Leo beijou o topo da cabeça de Sammy. “Parece bem bebê. Obrigado por fazer isto.”

Sammy olhou aos olhos a Leo. “Desfruto te ajudar nisto. Conheci muitas pessoas desde que estou trabalhando nisto. E acredito que conseguiremos fazer muito dinheiro para as coisas que o novo centro necessita.”

Puxou a cabeça de Leo para outro profundo beijo. “Deveria estar orgulhoso de você mesmo.”

Leo se ruborizou com o comentário. “Não poderia tê-lo feito sem sua ajuda, mas obrigado”.

Jakob quebrou seu festim de amor, limpando a garganta. “Sinto interromper, mas quando Zac estará preparado para retornar ao trabalho?”

“Na próxima semana.” Leo respondeu.

“Deveria ir visita-lo, acredito que está um pouco louco com apenas seu pai de companhia. Ainda lhe dá vergonha sair da casa, mas estou tentando convencê-lo de que venha ao concurso de cozinha amanhã.” Sammy disse.

Odiava pela aparência de Zac na mesa, mas Jakob precisava estar preparado para o que veria. “É difícil, mas tenta não olhá-lo diretamente quando for vê-lo. Infelizmente, requererá várias cirurgias plásticas, antes que o lado direito de seu rosto se pareça com o que recordamos de Zac.”

Jakob entrecerrou os olhos e se levantou da cadeira. Dirigiu-se à habitação e lançou sua resposta sobre o ombro. “Não sou o tipo de pessoa que desfruta com a infelicidade de alguém.”

Sammy mordeu o lábio inferior, quando Jakob lhe respondeu. “Merda. Não fiz isto muito bem.”

Leo puxou Sammy a seu colo. “Não acredito que foi o que disse. Há algo com Jakob. Ele e Zac estavam começando a ser realmente bons amigos. Zac te disse por que Jakob não foi vê-lo?”

Sammy sacudiu a cabeça. “Disse que falou com ele uma vez, mas não foi ou me diria.”

Leo deu um golpe na bunda de Sammy. “Bem, penso que isso fica fora. Vamos fazer o jantar.”

Sammy se levantou do colo de Leo e lhe deu a mão para ajudá-lo a levantar-se. “Que vai fazer?”

“Somos apenas três, comprei filés. O clima esta agradável, podemos assá-los, assim porque não.”

Entrando na cozinha Sammy abriu a despensa e tirou uma sacola de batatas. “Cozidas, assadas, fritas ou purê?”

“Cozidas esta bem para mim.” Leo respondeu.

Girando-se, Sammy começou a cortar as batatas. “Posso te perguntar algo?”

“Claro.” Leo continuou mesclando os ingredientes, para marinar os filés.

“Que te aconteceu durante a ultima semana que te fez mudar de opinião sobre nós?”

Leo derramou a mescla sobre os filés e os levou ao refrigerador. Lavo as mãos e puxou Sammy a seus braços.

Sammy rapidamente deixou a faca na pia e correspondeu o abraço. Olhou Leo aos olhos e esperou.

“Dei-me conta da sorte que tenho em te ter em minha vida. E decidi que jovem ou não, é o homem com quem quero passar minha vida. Se algo acontecer e mudar isso, vou estar alterado, triste e talvez zangado, mas sei que não posso te afastar pelo que possa acontecer.”

“Assim tenho que agradecer a Butch por seu novo ponto de vista?” Sammy perguntou, com um grande sorriso no rosto.

“Não.” Leo se inclinou e lhe deu um rápido beijo. “Tem que agradecer isso a você mesmo.”

 

Ainda rindo, Leo gritou, “Uhh, Sammy Pode sair?”.

Caminhando à garagem, Sammy sorriu. “OH! Chegaram!”

Leo levantou um dos cartazes acima de sua cabeça para que Sammy o visse, conseguiu deixar de rir tempo suficiente para fazer a pergunta. “Você escolheu este slogan?”

Sammy estava muito entusiasmado. “Sim. Você não gosta? Pensei que chamaria a atenção das pessoas.”

“Ardentes línguas e Sticky Buns[4] pegajosos? Sim, certamente que chamará a atenção das pessoas, especialmente nesta cidade.”

Quando a expressão de Sammy ficou insegura, Leo o beijou. “É genial. Eu adorei.”

Sammy mostrou um exuberante sorriso. “Obrigado, me alegro por isso.”

“Quer me ajudar a colocá-lo?” Leo perguntou “Trouxe alguns postes.”

Leo deu os pôsteres a Sammy, antes de ir a sua caminhonete. “Qual é o plano para amanhã?”

“Bom devemos começar as dez, assim se não houver emergências, estaremos aqui às oito. Jakob se ofereceu para acomodar as mesas e cadeiras e mais pessoas se ofereceram em colocar as toalhas.”

Leo assentiu e fechou o cinto de segurança e se dirigiu à prefeitura da cidade. “Consegui que uma loja de Sheridan doasse grandes toldos, caso o clima não esteja favorável. A última coisa que quero é que os juizes estejam sentados sob a chuva e o frio. Assim precisamos ir ao parque e ajudar colocá-las.”

Quando chegaram à prefeitura, Leo levou os postes no jardim da frente. Pegou o martelo da mão de Sammy. Depois de assegurar os postes e o pôster, Leo e Sammy deram um passo atrás.

Leo sacudiu a cabeça e envolveu um braço ao redor dos ombros de Sammy. “Ficou fantástico. Espero que várias pessoas da cidade venham ao parque, o centro necessita seu dinheiro.”

“Tenho o pressentimento de que manhã será um grande dia.”

Leo esperava que Sammy tivesse razão. Apesar de ser seu primeiro grande projeto em Cattle Valley, ele realmente estava desfrutando. Claro que havia muito estresse envolvido em conseguir reunir recursos em um evento de caridade, mas ter seu amante ajudando, aliviava a carga de trabalho.

Eles trabalhavam bem juntos. Leo esperava que fosse um bom sinal de que sua relação funcionaria.

 

 

                             Capítulo Sete

 

Com os rádios de emergências em sua cintura, Sammy e Leo saíram da estação e se dirigiram ao parque. Sammy não podia tirar o sorriso de seu rosto, embora tentasse.

Por alguma razão, Jakob havia decidido começar ao amanhecer a acomodar as cadeiras. Sammy não tinha questionado a razão de seu novo amigo. Tinha um forte pressentimento de que Jakob carregava certa quantidade de culpa pelas lesões de Zac. Zac era como seu irmão e Sammy sabia que ele não enganaria Terry, mas imaginava que Jakob estava envolvido. Era a única explicação que Sammy podia encontrar para que nenhum dos dois quisesse falar do que aconteceu.

A mão de Leo subiu da parte interna da coxa de Sammy para seu pênis. Separou as pernas e riu. Eles acabavam de ter uma mamada na ducha, quando Jakob se foi, mas Leo parecia estar de humor para brincar.

Normalmente, Sammy aproveitaria a oportunidade, mas estavam a duas quadras do parque. “Quer que esteja duro de novo?”

Leo sorriu. “Isso seria mau?”

“Que nada, mas pode ser incomodo ter uma ereção frente aos voluntários.”

Rindo, Leo passou sua mão pelo duro eixo de Sammy, antes de chegar ao estacionamento. “Bastante justo. Vou tentar manter minhas mãos em mim mesmo hoje.”

Sammy saiu do veículo de Atendimento de Emergência e se assegurou de que seu rádio estivesse ligado, antes de tirar a caixa de acessórios do assento traseiro. Uniu-se a Leo quem levava uma grande caixa. “Não disse que iria manter suas mãos em si mesmo todo o dia, ou só quando não caminha tentando de te ver oficial.”

Leo golpeou um lado do corpo de Sammy. “Lembro que a menos que Jakob vá dormir cedo esta noite, você e eu teremos que esperar até manhã.”

“Então teremos três benditos dias para estar na cama nos tocando e o que seja que queiramos fazer.” Sammy deu um dramático suspirou. “Espero resistir até então.”

“Tenho fé em você.” Leo disse, rindo.

“Lindos letreiros.” Neil disse aproximando-se deles.

“Obrigado.” Sammy respondeu. “Chegou cedo.”

Neil se encolheu de ombros. “Levantei cedo para conseguir terminar minhas tarefas. Ofereci-me como voluntário para ajudar Leo a montar as barracas.”

“Isso é lindo de sua parte.” Sammy disse ao jovenzinho.

Neil se esfregou seu estomago. “Tenho uma motivação extra. Leo disse que se necessitasse seria um Juiz substituto.”

Sammy olhou para Leo. “Substituto? Assim como se um dos juizes naufraga por comer chilli, você vai arriscar a vida de Neil”

Leo riu e deu um golpe no traseiro de Sammy. “Nós temos quatro juízes, pensei que se necessitávamos um quinto em caso de um empate.”

Sammy olhou Neil e deu uma cotovelada nas costelas de Leo. “É por isso que continuo com você. É inteligente.”

Eles seguiam rindo, quando chegaram ao mirante no centro do parque. Sammy deixou sua caixa em um degrau. “Pensei que daqui poderíamos verificar tudo e teríamos maior visibilidade.”

“Bem pensado. Não sou o único inteligente da família.”

Apesar de que disse em tom de brincadeira. O sentimento quase fez com que se o coração de Sammy parasse. Sentiu que seus olhos ardiam pela ameaça das lágrimas piscou para afastá-las. Deixar sair seu repentino estado emocional não era opção. Não estava seguro de que Leo se deu conta de sua declaração, assim que ele não tentou de ler, nada, além disso.

Sammy assinalou para a área. “Vou ver se Jakob necessita ajuda.”

Antes de ter oportunidade de afastar-se, Leo deixou sua caixa e abraçou e beijou Sammy. Quando se apartaram, Leo olhou Sammy. “Tudo bem?”

Sammy assentiu. “Sim. Vejo-te mais tarde.”

Leo olhou Sammy afastar-se. Deu-se conta do que havia dito, mas não havia tempo para revelações pessoais. Havia trabalho que fazer, e era importante fazê-lo bem. Juntou as mãos e se girou para o Neil. “Bem, marcaremos as barracas.”

Leo pegou um tubo de spray de uma caixa e umas folhas de papel. Enquanto caminhavam determinavam qual era o melhor lugar para as barracas, Leo tirou uma fita métrica de seu cinturão. “Bem, cada uma mede dois por dois. Dessa maneira poderemos colocar oito mesas.”

Neil assentiu e pegou sua fita e a estirou.

Leo não podia tirar da mente a expressão de Sammy, quando mencionou família. Porque disse isso?

“Leo?”

Leo sacudiu a cabeça e levantou a vista. “Sinto muito. Deixei-me levar por meus pensamentos.” Olhou a fita métrica. “Esses são dois.”

Marcou a grama com uma linha laranja, antes de mover-se a seguinte seção.

“Leo?” Neil perguntou de novo.

“Merda. Sinto muito.” Leo mediu outra marca.

“Que acontece?” Neil perguntou.

Leo sacudiu a cabeça, esperando que Neil o deixasse. “Nada.”

Neil soltou a fita e caminhou para ele. “Sei que não é certo. Que acontece entre você e Sammy?”

Leo esfregou a parte detrás de seu pescoço. “Tenho um montão de coisas em minha cabeça ultimamente e acredito que está começando a consumir minha mente.”

“Você gosta dele. Entende isso?”

Era estranho confiar seus mais profundos medos a alguém tão jovem, mas Neil tinha começado a ser um bom amigo, apesar da grande diferencia de idades. “Quanto mais eu gosto, mais me assusta.”

“Porque ele é jovem.” Essa não era uma pergunta. Neil sacudiu a cabeça, mostrando o mesmo desgosto no rosto que tinha visto semanas antes.

“Não é só isso. Acredito que estou usando como desculpa para me afastar dele, mas a diferença de idade é apenas um problema se dele um problema. Sammy não parece ter problemas de eu ser mais velho. Se alguém deveria ter um problema com a idade seria ele.”

“Então, que te assusta?” Neil perguntou.

Leo mordeu o interior de sua bochecha tentando pôr o dedo no real problema. “Penso se Sammy perceba que não sou suficientemente bom. Dei dezoito anos de minha vida a um homem e descobri que nunca fui suficientemente bom para ele. Porque Sammy seria diferente?”

“Porque Sammy é uma pessoa diferente desse imbecil, com quem ficou dezoito anos.” Neil inclinou sua cabeça a um lado Leo podia ver o desconforto no jovenzinho com esse tema. Talvez isso lhe golpeasse muito perto. Havia-lhe dito em várias ocasiões de seu amor, por um homem mais velho.

“Nem sempre pode escolher por quem se apaixona. Se pudesse, talvez teria a uma garota em meu braços, bem agora. Seguro como o inferno, não estaria vivendo em Cattle Valley. Mas o amor acontece. E talvez seja tão estranho, que deveríamos tomá-lo, quando temos a oportunidade.”

Viu que as lágrimas alagavam os olhos de Neil, Leo abraçou o homem. Leo estava apanhado entre ser um amigo e um conselheiro. Essa era a primeira real quebra de Neil em meses. “Por quem se apaixonou e se afastou?”

Neil enterrou o rosto no pescoço de Leo, sustentando-se como a linha da vida. “Meu tutor, Ben Waters.”

A revelação impactou a Leo. “Seu tutor? Algo assim como seu pai?”

Neil assentiu. “Sim. Ben teve a mesma reação que você, quando lhe disse que o amava.”

Falando a respeito de limites e faca de dois fios. Leo podia ver a profunda dor em Neil, mas também entendia a postura de Ben. “Se compartilham ou não compartilham sangue, à sociedade não gosta de pensar em uma relação de pai e filho.”

Neil se separou de Leo. “Assim não era entre nós. Ele vivia na porta ao lado. Quando as coisas em casa…” Neil secou os olhos. “Ben foi minha segurança, enquanto crescia. Tinha dezessete anos, quando minha mãe foi assassinada. Ben me levou com ele, e evitou que eu fosse para as casas de adoção. Pensei que era a situação perfeita, porque eu o amava desde que tinha quinze.”

Neil se girou e olhou para o lago. “Ben era um desses ex-militares, tudo como nos livros. Sabia que nunca aceitaria meu amor sendo menor de idade, assim esperei cumprir os dezoito para dizer-lhe.

Neil esfregou as mãos no rosto. “O maior engano de minha vida por ter sido honesto. Não pôde correr suficientemente rápido de mim. Tirou-me de sua casa no dia seguinte da graduação, com um maço de dinheiro.”

Olhou sobre seu ombro a Leo. “Corri direto para Cattle Valley. Não falei com ele após, porque o odeio.” Neil se encolheu de ombros. “Bom, amo-o e o odeio ao mesmo tempo. É assim como se sente com Randy?”

Leo sacudiu a cabeça e colocou sua mão no ombro de Neil. “Assim me senti logo quando terminamos, mas já não mais. O fato de que continua apaixonado por Bem, diz algo.”

“Pode dizer algo, mas aprendi que significa uma merda. Nunca esquecerei que me afastou dessa forma. Era a única pessoa que me tinha mostrado um pouco de amor e me jogou”

“Ben é gay?” Leo perguntou. A resposta podia dizer algo das motivações da ação do Ben.

“Sim. Era aberto com isso, ele não gostava de segredos. Dizia que estava cansado de escondê-lo, quando era um militar.”

Leo não pôde evitar sorrir.

“Acha que é divertido?” Neil perguntou, com o desgosto escrito em sua expressão.

“Não, mas agora entendo um pouco mais dos motivos de Ben.”

“Bom, então me explique”.

“Isso não me corresponde. Deveria falar com ele”. Leo disse.

“Ao diabo. Embora quisesse, duvido que continue vivendo em Rapid City. Sempre odiou viver lá.”

“Dakota do sul? Fica a menos de três horas daqui.”

Neil pegou as medidas do jardim e se afastou. “Três ou trezentos, não faz muita diferença. Talvez nunca volte a vê-lo. Terminamos? Ainda tenho que ir à cidade e comprar cervejas, antes que isto comece.”

Era mais que óbvio que Neil não queria falar mais de seu passado. Leo estirou a fita de metal e passou a ponta a Neil. “Sabe que não deve beber. sendo juiz.”

Neil bufou. “Sim? Não se pode desfrutar de chilli, sem uma cerveja gelada. Todo mundo sabe disso.”

Leo girou os olhos, e verificou seu esquema da localização das barracas mais uma vez. “Apenas me prometa não se embebedar.”

Neil riu e pressionou a fita contra o jardim. “Prometo não me embebedar, enquanto for juiz.”

 

“Grande dia.” Ryan comentou.

“Sim, é um dia fantástico.” Sammy terminou de colocar os acessórios da caixa e olhou a área. O sol e o calor não eram maus e a vinte graus.

“Parece que todo mundo desfrutou.” Sammy remarcou, procurando Leo entre a concorrência.

“Ele esta na tenda dos juízes.” Ryan disse rindo.

“Falando disso, onde estão seus parceiros?”

Ryan apontou para uma mesa de picnic. “Nate está com Carol. Disse-lhe que se não se detinha, ela o buscaria com um rolinho de canela acima de seu traseiro e evidentemente Nate não quis correr o risco. Acredita que vai entrar em trabalho de parto logo e ter o menino no meio do parque.”

“E Rio?”

“Demonstrando seu chilli à massa.” Ryan se inclinou para Sammy. “Não diga que lhe disse isso, mas ele não tem chance de ganhar. Os chilli de Rio são com sorte medíocre, mas como Nate e eu sempre os elogiamos, acredita que são tão bons para estar aqui.”

Sammy sorriu. Amava a relação que esses três homens tinham. Falando de homens. “Vou procurar Leo.”

Começou a dirigir-se ao mirante, mas se deteve ao ver Butch e Zac chegarem. Até onde Sammy sabia essa era a primeira vez que Zac saía de sua casa, desde que recebeu alta do hospital.

“Essa é uma surpresa.” Ryan comentou, detrás de Sammy.

“Sim, é.” Sammy continuou caminhando para eles.

Apesar de que Zac se deteve para falar com George, Butch continuou caminhando para Sammy. Era óbvio que o homem estava feliz.

“Como fez que saísse?” Sammy perguntou.

“Ele insistiu. Disse que teria que começar a sair desta maneira. Zac imaginou que entre tanta gente estaria bem.” Butch explicou.

“Ele está preparado? Quero dizer se as pessoas não dirão nada cruel, mas é da natureza humana ficar olhando fixamente o diferente.”

“Eu sei. E falei para ele, mas ambos sabemos que Zac tem a cabeça mais dura que um coco.” Butch passou sua mão por seu curto cabelo grisalho. “Não admitirá, mas acredito que esta procurando a maneira de castigar-se.”

“O que? Porque faria isso?”

“Talvez por algo que fez para que acontecesse o que aconteceu entre ele e Terry. Ainda não quer falar disso.”

Sammy se perguntou se poderia mencionar Jakob. Zac não era o único que estava se castigando. Jakob estava fazendo um maldito bom trabalho com isso, ultimamente.

“Vou cumprimentá-lo.” Sammy assinalou para as barracas. “Os Chilli estão lá. Sugiro que chegue com alguma bebida. Alguns deles têm muitos malditos temperos.”

“Cuida de sua boca. Não é muito velho para te lavar a boca com sabão.” Butch sorriu.

Sammy girou os olhos. “Se eu sou.”

“Não, não é, e nunca será aos meus olhos.” Butch se dirigiu ao jardim das cervejas que O’Brien’s tinha colocado e Sammy se dirigiu para Zac. Tinha visitado Zac, quase diariamente desde que saiu do hospital e ainda lhe resultava difícil ver seu rosto. Estava se recuperando, mas a ferida dentada nunca sairia, nem sequer com cirurgia plástica. Além disso, Zac não parecia com o homem que Sammy conheceu de toda sua vida.

“Hei.” Sammy deu a Zac um rápido abraço, interrompendo a conversa com George.

“Decidi que não podia me esconder mais, além disso, meu pai estava me fazendo ficar louco, espreitando a casa para ver se Terry apareceria a qualquer momento.”

George tocou o braço de Zac. “Vejo-te amanhã então?”

Zac assentiu “Estarei lá.”

Ambos viram George afastar-se, antes de iniciar a conversa. Era a primeira vez que realmente Zac tinha mencionado Terry desde a noite do ataque ou a briga, ou o que fosse que tivesse sido.

“Continua na cidade?” Sammy perguntou.

“Não acredito mais quem sabe. A última coisa que ouvi de Ryan que o vigiou, enquanto recolhia seus merdas da casa e as levou a sua caminhonete.”

“Acho que não está pronto para falar disso.”

“Não. O que aconteceu já aconteceu. Só desejo não ficar como Frankenstein por causa disso.”

Sammy ia corrigir Zac, mas ambos sabiam que não mentia. “Algumas sumiram e mais algumas se aceitar o conselho do doutor da cirurgia plástica.”

Zac sacudiu a cabeça e se dirigiu para o jardim das cervejas. “Já veremos. Melhor me acostumar a não ser o mais lindo dos dois.”

Sammy se perguntou o que Zac queria dizer com o comentário. Que teria feito seu amigo para acreditar que merecia isso? “Não seja criança. Eu sempre fui o mais lindo.”

 

Leo estava terminando de verificar os resultados, quando Sammy chegou à tenda. Era a primeira vez que o via, tinham passado horas desde o último beijo. Leo deixou a tabela com o clipe.

“Pode levá-la até lá.” disse a Elliott Simms.

Leo levou seu amante a um canto da loja e o abraçou. “Hoje senti saudades.”

Sammy envolveu seus braços ao redor do pescoço de Leo. “Sentiu? Quanto?”

Leo apertou mais forte a cintura de Leo e o levantou lhe dando um profundo beijo. Não se preocupava mais do que pudesse acontecer para terminar a relação com o formoso homem, em vez disso decidiu liberar-se e tomar cada grama do amor que Sammy lhe dava voluntariamente.

Quebrando o beijo, olhou os brilhantes olhos de Sammy. “Amo-te.”

Sammy abriu mais seus olhos que se encheram de umidade. “Sério?”

Leo assentiu e beijo seu amante de novo, colocando cada grama de si mesmo em cada varrida de sua língua.

Sammy foi o primeiro em separar-se. “Amo-te, também.”

“Sei que este não é realmente o momento nem o lugar para falar disto, mas não posso mais me agüentar.” Leo tentou explicar.

“Está bem. Pode me dizer isso de novo mais tarde, quando estivermos nus e deitados.”

Leo riu e beijou Sammy de novo. “Combinado.”

Deixou Sammy de novo em pé. “Apenas tenho que terminar de contar, e logo me acompanha ao mirante para anunciar o ganhador”

“Claro, mas já sei quem é o ganhador, já as provei.”

“Acredito que o ganhador pode te surpreender.” Leo disse.

“Não o fará.” Sammy sorriu.

Leo levantou a tabela e continuou contando com Sammy a seu lado. Olhou a multidão e subiu os degraus do mirante, pegou o microfone sem fio que tinham colocado lá para esse uso.

“Se todos se aproximarem, teremos o primeiro Rei ou Rainha do Chilli em Cattle Valley para ser coroado.”

Enquanto esperava que os moradores se aproximassem do mirante, Leo desligou o microfone e murmurou ao ouvido de Sammy. “Zac está aqui.”

Sammy assentiu. “Eu sei, já fale com ele.”

“Está bem?”

“Não, mas ainda não sei por quê.”

Leo beijou a testa de Sammy. “Apenas continue fazendo o que está fazendo.”

“Isso não me incomoda. Eu sempre apoiarei Zac.”

Sammy era leal e era uma das razões pelas que Leo se apaixonou. Ele podia confiar que seguiriam os seguintes trinta anos mais ou menos.

“Bem. Se todos estiverem prontos, serei direto agora e antes que comece a fazer o efeito do chilli e a área seja declarada perigo ambiental.”

A multidão riu. Leo levantou a coroa sobre sua cabeça. “Como sabem decidimos que apenas houvesse um ganhador oficial. Assim com isso em mente o primeiro Rei do Chilli em Cattle Valley é o... Reverendo Casey Sharp!”

Leo viu a expressão de afetado no rosto de Sammy. “Como soube?”

“Heloooooo? provei o chilli de Casey, óbvio.” Sammy respondeu, enquanto Casey subia os degraus.

Leo deu o microfone a Sammy e estreitou a mão de Casey, lhe entregando o pequeno cheque. “Parabéns.”

Casey pegou a coroa e a colocou na cabeça. Sammy deu o microfone ao reverendo.

“Terão que comprar outra coroa para o próximo ano, porque esta fica muito bem em mim para deixá-la. Eu gostaria de doar o dinheiro do prêmio à causa. Acreditem-me eu vou usar muito bem esta coroa.” Casey riu e procurou Hal entre a multidão. “Vê isto? Sou o Rei.”

“Isso faz de mim sua Rainha?” Hal perguntou, entre as risadas da multidão.

Casey riu ao microfone. “OH, isso é muito fácil.”

Depois de entregar o microfone e o cheque a Leo, Casey desceu os degraus aos braços de Hal.

Leo se dirigiu de novo à multidão. “Espero que todos tenham desfrutado do dia de hoje. Todo o dinheiro arrecadado ira ao centro juvenil, mas fiquem satisfeitos superamos a meta inicial.”

Com os gritos da multidão, Leo olhou de novo à multidão. “Uma nota pessoal, apenas quero aproveitar a oportunidade para dizer obrigado por me receberem com os braços abertos. Apesar de nada ser perfeito, Cattle Valley é o mais malditamente próximo que encontrei. Todos deveram estar orgulhosos de viver e apoiar a esta comunidade. Deus abençoe a todos e obrigado por virem hoje.”

Nate chegou a seu lado, antes que Leo desligasse o microfone. Estreitou a mão de Leo e pegou o microfone.

“Eu gostaria que todos vocês dessem um forte aplauso a Leo, Sammy e todos os voluntários por tudo o que fizeram no dia de hoje.”

Leo se emocionou com os aplausos dos moradores.

Nate olhou Leo e lhe deu um diabólico sorriso. “Espero te seduzir para que coordene o concurso de cozinha no próximo ano.”

Leo riu. “Deveria saber que tinha um motivo.”

“Eu? Porque, sou completamente inocente.” Nate disse, dando à multidão sua melhor expressão de inocente.

As risadas substituíram os aplausos. Apesar das tolices de Nate, Leo sabia que Cattle Valley não podia ter um melhor homem que os guiasse. Depois de todas as dores de cabeça que a cidade tinha tido, o engenho e dedicação de Nate continuavam atuando como um bálsamo para sarar os residentes.

Nate deixou o mirante e Leo se dirigiu para Sammy. “Vamos limpar esta confusão, antes de ir.”

 

Com um braço ao redor da cintura de Leo, Sammy fez seu melhor esforço por apoiar o pesado homem, era mais que óbvio que Leo estava completamente esgotado, mas Sammy sabia que o melhor era não dizer nada. Isso apenas seria um golpe contra a idade de seu amante. Sammy sabia que esse não era o caso. Leo tinha trabalhado duro, colocando as lojas e barracas dos juízes, sem mencionar desmontá-las. Era muita atividade para qualquer um.

Quando entraram na sala de televisão, encontraram Jakob dormindo no sofá. Leo se separou e se dirigiu para ele, lhe tocando o braço. “Porque não vai à cama?”

Jakob abriu os olhos e negou. “Estou bem aqui, se me der um travesseiro e o cobertor.”

Sammy tinha o pressentimento de que Jakob estava tentando dar um pouco de privacidade. “Não tem que fazer isto.”

Jakob olhou Sammy. “Sim vou fazer. Não estou dormindo bem, não tem sentido que os mantenham acordados toda a noite. Estarei bem aqui.”

“Bem, mas se mudar de opinião, grite.” Leo se girou para Sammy, vou pegar uma garrafa de água quer uma?”

“Sim.”

Depois de que Leo deixou a sala, Sammy se sentou a seu lado no sofá. “Teve oportunidade de falar com o Zac hoje?”

Jakob afastou o olhar de Sammy. “Vi-o. Não parecia estar interessado em falar comigo, assim que o deixei sozinho.”

Sammy respirou fundo e se dirigiu ao quarto. Pegou o cobertor e o travesseiro de Jakob. Depois de cobrir Jakob e colocar o travesseiro debaixo de sua cabeça, Sammy olhou de novo ao homem. Jakob não estava dormindo, mas não tinha reconhecido a presença de Sammy, desde que voltou ao quarto.

“Boa noite.” Sammy murmurou.

“Boa noite.” Jakob finalmente respondeu.

Sammy se afastou com dor em seu coração. Perguntava-se quanto passaria até que finalmente Zac e Jakob falassem do que os fazia tão miseráveis.

Sammy escutou o ruído da água a escorrer e se dirigiu ao banheiro comunitário, despindo-se, quando entrou. Antes de unir-se a Leo, viu como a água corria pelo corpo de seu amante. Como no céu, Leo não estava consciente de seu formoso corpo?

“Vai se unir?” Leo perguntou.

“Isso depende. Tem acessórios com você?”

Leo assinalou para um pequeno suporte na parede. “Se esses são os acessórios que necessita, então sim.”

Sammy viu o frasco de lubrificante e o pacote prateado da camisinha. “Excelente.”

Depois de dar a Leo um rápido beijo, Sammy caiu de joelhos. Enterrou seu rosto contra o ninho úmido de pêlo ao redor do pênis de Leo e rodeou as coxas de Leo com seus braços. Perguntava-se se era muito cedo para falar do futuro.

Enquanto começava a lamber o duro pênis de Leo, pensava em fazer o amor com Leo sem nada entre eles. Chupou a coroa da ereção de Leo dentro de sua boca durante um momento, até que com um alto grunhido seu homem o levantou.

Sammy olhou Leo. “Seria ir muito se te pedir que façamos exames?”

Um momento depois, Leo fechou a água da ducha e pegou duas toalhas sem dizer uma palavra. Deu uma a Sammy, antes de secar seu próprio corpo.

“Isso te incomoda?” Sammy finalmente perguntou.

Leo sacudiu a cabeça. “Não, nada. Apenas que essa é uma conversa que não quero ter aqui.”

Confundido, Sammy terminou de secar-se. Nu pegou suas roupas e sapatos e seguiu Leo fora da ducha, para o quarto. Enquanto ele deixava suas coisas, Leo juntava duas camas.

“Falei com o George hoje a respeito de ter uma cama maior para nós.” Leo informou casualmente.

Impactado, Sammy fico com a boca aberta. “E que ele te disse?”

“Disse que não se importava, enquanto nós a comprássemos e outros não se opuseram. Claro que me recordou que foder em um quarto cheio de gente não seria boa idéia.” Leo terminou a explicação com um grande sorriso. “Como se fossemos.”

Sammy retirou os cobertores e subiu à cama. Assim realmente pensa que estaremos juntos depois de um mês?”

Leo apagou a luz e acendeu o abajur da mesa, antes de subir à cama com Sammy. “Claro que penso. Tem inclusive que perguntar. Pensei que estávamos na mesma página em nossa relação.”

Sammy se encolheu de ombros, repentinamente se sentiu estúpido. “Realmente não tínhamos falado disso, assim penso que não estava seguro em que página estava.”

Via-se que Leo estava inconformado. “Pensei que estávamos construindo uma relação permanente. Talvez até morarmos juntos.”

Sammy soltou um suspirou de alívio. Subiu escarranchado em Leo e enterrou sua língua na boca de seu amante, enquanto seu pênis se pressionava com a ereção de Leo. Quebrando o beijo, apoiou-se contra o peito de Leo e sorriu. “Apenas me diga que dia, empacoto minhas coisas e estou pronto.”

As mãos de Leo passavam pelas costas de Sammy e chegaram a seu traseiro levantando seus quadris. “Quero que seja bom e solido, e isso requer trabalho de cimentação.”

Sammy deixou as armas, ele sabia isso. Assentiu e pegou o frasco de lubrificante. “Concordo com isso.”

“Bem.” Leo retirou suas mãos de Sammy e pegou uma boa quantidade de lubrificante em seus dedos. Quando a gema do dedo de Leo começou a massagear a pele ao redor do buraco de Sammy se lambeu os lábios. “Agora, a respeito de sua outra pergunta.”

“De fazer os exames?” Sammy perguntou.

“Sim. Penso que sabe que o departamento realizou provas em janeiro em todos por questões do seguro.” Leo disse colocando um dedo dentro de Sammy.

Sammy assentiu. “Estou limpo.”

“Sei. Se George não tivesse problemas para renovar a apólice. Assim podemos dar o passo.”

“Então, porque usamos camisinhas todo este tempo?” Sammy perguntou.

“Porque fazê-lo ao natural cimenta a relação. Não podia fazê-lo até estar seguro que as coisas funcionariam entre nós.” Leo adicionou outro dedo no buraco de Sammy.

“Mas agora está bem, não é?” Sammy começou a mover seus quadris, montando a mão de Leo.

“Sim.”

“Pode me fazer um favor?” Sammy perguntou.

“O que queira.” Leo respondeu.

“Faça-me o amor. Nunca ninguém me fez realmente o amor.”

Leo se girou e fico acima de Sammy. “Está equivocado. Tenho feito o amor com você durante as duas ultimas semanas, talvez três se for totalmente honesto comigo.”

“Esteve apaixonado por mim durante três semanas?” Sammy perguntou. Tomando o lubrificante e lubrificando o pênis de Leo.

“Levou tempo reconhecê-lo, mas sim.” Leo pegou seu eixo e lentamente o empurrou a seu interior.

Uma vez que a dor inicial passou, Sammy abriu os olhos. “Eu me apaixonei por ti o dia que me disse que era viciado no Pirat’s Cove.”

Leo riu. “Assim tenho que dar graças a uma novela gay?”

“Penso que sim.” Sammy separou suas pernas mais, permitindo que Leo entrasse totalmente. Deu-lhe a bem-vinda ao grosso pênis com um gemido, enquanto mantinha o contato visual com o homem que amava. “Tão grande.”

Suas mãos acariciavam o pêlo do peito de Leo. Embalou os formosos e esculpidos peitorais e os apertou. “Quero um corpo como o teu. Ajudaria-me a fazer exercício?”

Leo olhou Sammy como se estivesse louco. “Seu corpo é perfeito dessa maneira.”

Terminando de falar, Leo começou com um ritmo lento, enquanto tomava a boca de Sammy em um beijo. Tudo no que Sammy podia pensar era no grosso pênis entrando e saindo de seu traseiro. O corpo de Leo tinha a maneira de fazer que um só toque o fizesse sentir que estava morrendo. A mão de Sammy foi ao ponto onde estava unido com Leo. Cada vez que Leo saía, Sammy deslizava seus dedos pelo pênis nu. A maneira como seu corpo se estirava para acomodar o pênis de Leo era assombrosa. “Sente diferente sem camisinha?”

“Diabos, sim. É fantástico, mas não vou durar. Não vai ser tão comprido, sem camisinha.” Leo deu um profundo beijo em Sammy. “Sente-se malditamente bem.”

Em seu coração, Sammy sabia que tinha encontrado o homem escolhido para amar para sempre. Leo quebrou o beijo e descansou sua bochecha contra o peito de Sammy, enquanto continuava empurrando-se dentro e fora. “Amo-te.” Leo murmurou, quando seu pênis entrava em Sammy. “Apenas espero permanecer na terra o suficiente para que entenda o quanto.”

A emoção levou Sammy à beira. Sua semente saltou quente entre seu corpo e o de Leo enquanto gritava. “Amo-te para sempre.”

Leo beijou Sammy, sem dúvida em um intento de silenciá-lo. Sammy não se importou. Abriu sua boca para a exploradora língua de Leo. Depois de um momento o corpo de Leo começou a tremer, enquanto se empurrava tão profundo no interior e gozava. Nu sem nada entre ele e Sammy se surpreendeu com a sensação de encher seu amante com seu sêmen.

Com o grande corpo de Leo acima dele Sammy começou a rir, quando sentiu a semente de Leo derramar-se de seu traseiro. “Cócegas.”

Leo abriu os olhos e olhou Sammy. “Huh?”

“Minha taça se encheu e está transbordando e me faz cócegas.” Sammy tentou explicar.

Leo riu e deu em Sammy um rápido beijo, antes de sair da cama. “Deveríamos tomar outra ducha, isso é o mau de liberar a pica.”

Sammy começou a rir. “OH, meu Deus, nunca tinha ouvido isso antes.”

Leo deu uma toalha a Sammy. “Então há muitas coisas que vou te ensinar.”

 

 

                               Capitulo Oito

 

Com as luzes e sirenes ligadas, Leo se dirigia tão rápido como pôde ao rancho ‘EZ Does-It’. Apenas cinco minutos depois de dormir abraçado com Sammy tinham recebido a chamada, de que alguém tinha recebido um traumatismo cerebral. Devido à severidade do acidente, tinham enviado um helicóptero ao lugar que o transladaria a Sheridan.

Ao seu lado Sammy pendurou o telefone e se esfregou os olhos.

“Aconteceu algo?” Leo perguntou.

Sammy assentiu, mas não respondeu durante um momento. “O gado da Ezra quebrou a cerca e saiu à estrada. Os vaqueiros foram atrás deles.”

A voz de Sammy se quebrou e Leo pressionou o volante até que seus nódulos ficaram brancos. Tinha uma sensação no estomago devido à vacilação de Sammy. A única coisa que ele odiava de seu trabalho de socorrista, em uma pequena cidade era que conhecia às pessoas que estavam envolvidas.

“Neil?” Leo perguntou, tragando saliva para baixar à bílis de sua garganta. Tentou concentrar-se na velocidade da ambulância frente a ele.

“Sim.” Sammy finalmente disse. “Estava sobre seu cavalo tentando retornar o gado, quando um caminhão saiu da estrada, o cavalo de Neil se assustou e o lançou.”

Sammy colocou sua mão na coxa de Leo. “Bateu a cabeça com uma rocha dos postes da estrada. Não recuperou a consciência.”

Leo lutou em lembrar-se que era um profissional. Se o helicóptero não tivesse chegado à cena quando eles chegassem, sabia que Jakob necessitaria toda a ajuda que pudesse. “Neil é muito jovem para isto. Merda!”

Leo golpeou com seu punho o tabuleiro. “Tem toda uma vida pela frente, maldição!”

“Ezra diz que ele não tem nenhum contato para casos de emergências. Alguma vez disse algo de sua família?”

Leo sacudiu a cabeça “Não tem família, mas tem a alguém, precisamos encontrá-lo logo que atendamos Neil.”

Eles chegaram atrás do veículo de xerife de Ryan desligaram as sirenes e deixaram as luzes. Esperando que as luzes ajudassem o helicóptero vê-los. Leo saiu do veículo de resgate e se dirigiu para a multidão para ajudar Jakob.

Ouviu as hélices descer. “Deixa a maca, eles usaram a deles.”

Leo passou entre os jeans e viu o corpo de Neil atirado em um ângulo estranho. “Ninguém o moveu. Certo?”

“Certo.” Jax respondeu, afastando os jeans do corpo inconsciente de Neil.

Leo gritou sobre seu ombro logo que viu que o helicóptero tinha aterrissado. “Sammy, traz os cortadores, para cortar a cerca para que eles possam passar.”

Leo viu Jakob eficientemente cortar a camisa de Neil e começar a colocar uma intravenosa. Segundos depois, os paramédicos de Sheridan chegaram com a maca.

Porque ele não estava devidamente treinado, Leo se separou e deixou que os profissionais fizessem seu trabalho. Encontrou Sammy entre a multidão e o puxou para ele. “Vou ao carro, fazer algumas ligações e ver se encontro o tutor de Neil.”

Sammy assentiu e deu um suave aperto de mão a Leo para apoiá-lo.

Leo voltou ao veículo e pegou uma folha de papel e uma caneta, antes de chamar a informações. Quando a operadora respondeu tentou falar o mais claro, que seus nervos lhe permitiram. “Rapid City, Dakota do sul.”

Pediu ao operador o numero de Ben Waters.

“Tenho um Benjamim Waters.” O operador disse.

“Sim, tente esse.”

“Por favor, espere.”

Esperou de novo que se conectasse automaticamente, tinha um custo extra mais nesse momento não lhe importava.

Leo segurou a respiração, enquanto soava o telefone.

“Olá?” Uma voz adormecida respondeu, obviamente estava dormido, eram três da manhã.

“Ben Waters?” Leo perguntou.

“Sim.”

Leo lambeu os lábios, enquanto saía de seu veículo. “Conhece Neil Peters?”

Depois de um momento de indecisão do outro lado da linha. “Sim. Aconteceu-lhe algo?”

“Som, senhor. Sou Leo Burkowski, Chefe assistente do departamento de bombeiros em Cattle Valley, Wyoming. Ele teve um acidente, senhor Waters. Neil bateu a cabeça em uma pedra de um poste. Estamos preparados para enviá-lo por ar ao Hospital Memorial em Sheridan.”

“Enviá-lo pelo ar? Ele está…”

Leo pôde ouvir o medo na voz do Ben. “Ele está vivo, mas está mau.”

“Estarei aí logo que possa.”

A linha se desligou e Leo imaginou que o homem tinha saltado da cama para rapidamente vestir-se. Igual a Leo tinha feito trinta minutos antes. Orou em silencio para ter feito o certo ao lhe falar. Se suas suspeitas fossem corretas, Ben Waters se interessava um inferno mais por Neil do que seu jovem amigo pensava.

 

Sammy deu a Leo uma xícara de café, antes de sentar-se a seu lado. “Alguma novidade?”

“Nada novo”. Leo murmurou.

Sammy descansou sua bochecha contra o ombro de Leo. Ambos tinham passado muito maldito tempo no hospital no último mês. Apesar do ruim das feridas de Zac, sabiam que sobreviveria. Os doutores ainda não tinham certeza sobre Neil, não tinha recuperado a consciência.

As portas do elevador se abriram e um apurado senhor mais velho saiu e entrou na sala de espera. Sammy notou os inchados olhos cinzas do senhor, era o homem que Leo esperava.

Leo imediatamente ficou em pé. “Ben?”

O homem se deteve e assentiu. “Você me chamou?”

“Sim, eu sou Leo.” Leo lhe estreitou a mão. “Sou amigo de Neil.”

“Como ele está?” Ben perguntou.

Leo assinalou para uma cadeira. “Sente-se.”

“Se não se incomoda prefiro ir ver Neil.”

“Não me incomoda em nada, mas eles agora não permitem.” Leo olhou seu relógio, “Espero que em dez minutos mais ou menos.”

Sammy tentou dar um reconfortante sorriso a Ben. “Não recuperou a consciência. O Doutor Flatts, o cirurgião de Neil fez uma craniotomia para descomprimir o crânio. Eles esperam que ao remover uma porção do crânio, possam aliviar um pouco a pressão no cérebro causada pelo edema.”

Ben apoiou seus cotovelos em seus joelhos e enterrou o rosto. “Eles deram um prognostico?”

“Não. Eles estão tentando que recupere a consciência.” Leo adicionou.

“Não têm idéia de quando pode ser?” Ben perguntou.

Leo negou.

“Como aconteceu?”

Enquanto Leo dizia a Ben como tinha sido a queda de Neil, Sammy não pôde evitar estudar o homem. Atrativo não lhe fazia justiça. Era incrivelmente sensual e… perigoso, o homem mais velho estava preocupado pela condição de Neil. Sammy perguntaria o que Leo que sabia desse homem.

Quando Leo terminou, Ben ficou em pé e começou a passear pela sala de espera. “Ele não deveria estar aqui em primeiro lugar.”

“O gado rompeu a cerca. É parte de seu trabalho.” Leo disse, defendendo Neil.

Ben deixou de passear e olhou Leo à cara. “Quero dizer aqui em Wyoming.”

“Pelo que ouvi, ele não tinha muita escolha, depois de que lhe pôs o dinheiro na mão e lhe fechou a porta!” Leo gritou.

Sammy abriu mais os olhos. Era a primeira vez que ouvia Leo levantar a voz. Viu a veia do pescoço começar a pulsar, quando sua ira cresceu.

Ben abriu a boca para dizer algo, mais a fechou de novo. “Tinha que fazê-lo.”

A expressão de Leo se suavizou. “Ele ainda te ama.”

Ben sacudiu a cabeça. “Disse-me que me odiava a ultima vez que o vi.”

“Uma parte dele ainda o odeia e outra não, você escolhe o que fazer a respeito.” Leo olhou o relógio de novo. “Eles talvez lhe deixem vê-lo, agora.”

Ben ficou em pé frente a Leo e lhe estreitou a mão. “Que bom que me ligou. Estava começando a me perguntar se o veria de novo. Não tinha idéia de que vivesse tão perto.”

Sammy viu o doutor Flatts na seção de enfermeiras. “Aquele homem é o doutor de Neil, deveria falar com ele antes de ver Neil.”

Ben assentiu e se dirigiu para o cirurgião, deixando Sammy e Leo a sós novamente.

Leo sentou-se ao lado da cadeira de Sammy e passou seu braço ao redor dele. “Não posso decidir se eu gosto do cara ou não.”

“Que é o que você não gosta? Obviamente está aborrecido pelo acidente de Neil. Isso não te diz algo.”

Leo ficou em pé e estirou seus braços sobre sua cabeça. “Quando Ben retorne em cinco minutos, acredito que devemos ir a casa, dormir e mudar de roupa. Tenho a sensação de que vou acampar aqui por dias.”

Sammy ficou em pé e abraçou Leo. “Nós acamparemos aqui.”

“Não tem que fazê-lo, eu sei que não é próximo de Neil como eu.”

“Não importa. Se é importante para você, é importante para mim. Estamos juntos a partir de agora.”

Leo esfregou círculos nas costas de Sammy, enquanto se abraçavam. Os braços de Leo o apertavam mais e mais. Sammy fechou os olhos tentando de passar sua força a seu amante.

“Preciso te falar um pouco de Randy e depois te prometo nunca mencioná-lo de novo.” Leo murmurou.

“Bem.” Sammy respondeu. Não sabia do que Leo ia dizer, mas pela maneira como mudou a respiração de seu amante isso era importante.

“Meu pai morreu de um ataque do coração, quando eu tinha vinte anos.”

“Sinto muito.” Sammy disse enterrando seu rosto contra a garganta de Leo.

“Tudo bem, isso foi faz muito tempo.” Leo respirou fundo, antes de continuar. “Fazia oito anos diagnosticaram câncer de mama em minha mamãe. Ela sempre foi uma mulher forte, e inclusive após cinco meses depois os doutores lhe disseram que não havia muito que fazer.”

Leo limpou a garganta. “As duas ultimas semanas de sua vida, eu estive ao lado de sua cama vendo-a ir-se, sabe onde estava Randy?”

Sammy sacudiu a cabeça, impactado com a pergunta.

“Eu tampouco. Nenhuma só vez foi à casa de minha mamãe para ver como estava, para ver se necessitava algo, para assegurar-se que tivesse comido. Merda. Não tinha ninguém apenas a ele, e ele estava sempre ocupado. Disse-me que estava trabalhando que estava tentando sustentar a família que eu tinha deixado, e eu acreditei. Depois que me inteire de sua infidelidade tive uma idéia mais clara e onde tinha estado essas duas semanas que o necessitei. Mais que tudo isso matou minha fé e meu amor.”

Sammy tentou secar suas lágrimas, sem se importar que estivesse chorando como um bebê. “Ele não te merecia.”

Leo olhou os olhos de Sammy. “Se oferecer voluntariamente a me acompanhar com Neil é algo… enorme. Diz mais a respeito de você, que as palavras que fala. Amo-te, Sammy. E não posso te agradecer o suficiente que dê a este velho uma oportunidade de viver.”

Sammy puxou Leo e lhe deu um profundo beijo. “Cada momento do dia daqui em diante será um prazer. Poderei ser mais jovem, mas sem seu amor, não é nada para mim. Amo-te, também.”

Alguém limpou a garganta junto a eles e Sammy se separou de Leo.

Ben estava em pé com um grande sorriso em seu rosto. “Despertou faz algum tempo, não me reconheceu, mas está acordado. O doutor Flatts diz que realmente é um bom sinal.”

Vendo a esperança na ainda assustada expressão de Ben fez que o coração de Sammy lhe doesse. Apertou a mão de Leo e olhou os olhos de seu amante. “Vamos dar ao Ben uma força.”

Leo se inclinou e beijou Sammy. “Essa é outra razão pela que te amo.”

“Sem importar as razões, estou feliz de me ame.”

 

 

[1] Entrar na zona, se refere quando se faz exercício suficiente para liberar endorfinas que dão uma sensação de prazer equiparado ao sexo.

[2] Nomes vulgares do pênis, penso que seria como franga ou verga. Mas como cada país tem sua linguagem o deixei como estava no original.

[3] Albergue que oferta cama e café da manhã.

[4] Sticky Buns, refere-se aos rolinhos de canela, mas Sticky também é pegajoso e Buns também é traseiro.

 

                                                                                Carol Lyne 

 

 

                      

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