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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


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Luke Roberts foi para a pequena cidade pacata de Kilgore, Texas, com um único objetivo: Esquecer. Ele queria esquecer o porquê de ter ido embora. Esquecer aqueles olhos verde-esmeralda que assombravam os seus sonhos. E esquecer o que sentiu, ao ter o seu coração arrancado do peito por uma mulher que não gostava do fato dele ter uma criança. Era algo que ele estava fazendo muito bem, também. Até Reese ultrapassar todas as suas defesas, e fazê-lo sentir novamente.
Reese Doherty estava apenas tentando fazer o melhor para a sua menininha. Então, ela se mudou para a pequena cidade próspera, a quase uma hora de onde ela cresceu, para ser a enfermeira da escola das crianças de Kilgore. E foi aí que ela o conheceu. O oficial da SWAT que mudaria sua vida para sempre. O homem sexy que gostava de dirigir rápido, e viver a vida como ela deve ser vivida. Ele a deixava louca, e tornou-se alguém essencial para a sua vida.
Mas Luke era um herói. Um homem acostumado a arriscar sua vida, para tornar o mundo um lugar mais seguro. Algo que Reese teve que decidir se ela poderia lidar ou não. De preferência antes dela e sua filha ficarem muito apegadas.
Justamente quando ela está pronta para dar-lhe todo o seu coração, seu mundo sofre uma enorme reviravolta, e tudo o que ela pensou que conhecia, não era o que parecia.
Porém Luke não era um desistente. Droga, longe disso, e ele ia provar a ela que estaria lá quando a poeira assentasse. Queira ela ou não.

 

 

 


 

 

 


Capítulo 1

Alto, loiro, tatuado, sexy e um pai dedicado.

Eu acho que vou precisar de algumas calcinhas novas agora.

- Pensamentos secretos de Reese.


Reese


“Sra. Doherty, Katerina Roberts precisa de você no playground. O professor diz que ela está tendo dificuldade para respirar,” disse a Sra. Shoe, da recepção, através do meu interfone.

Eu olhei para o alto-falante, mesmo que ela não pudesse me ver, e balancei a cabeça quando disse “Obrigada, Sra. Shoe. Eu vou atendê-la.”

Eu sou a enfermeira da escola Kilgore Elementary School.

Nas três semanas em que eu estive aqui, descobri que haviam três coisas principais que faziam com que as crianças viessem à enfermaria. A primeira eram arranhões ou cortes de algum tipo. A segunda eram os problemas estomacais, e a terceira eram as crianças com dificuldade para respirar.

Os casos que envolviam dificuldade para respirar eram os mais assustadores.

Eu descobri que algumas crianças na escola tinham asma, o que foi um choque para mim.

Portanto eu conhecia várias crianças que vinham regularmente antes do intervalo, ou depois, para adquirir a bombinha para o seu inalador.

Katerina Roberts não me era familiar.

“Sra. Dane, você se importaria de pegar o registro de Katerina Roberts para mim, para ver se ela tem alguma alergia ou algum medicamento que ela possa tomar se for necessário?” Perguntei a Laura.

Laura Dane era uma AEC, ou uma auxiliar de enfermagem certificada. Ela tinha sido uma salva-vidas, desde que eu tinha começado aqui há dois meses. A Sra. Redden, a enfermeira que eu estava substituindo, estava atualmente no almoço, ela deveria voltar a qualquer momento para eu sair para o meu.

No futuro, quando eu assumisse totalmente, eu almoçaria durante as minhas pausas, porque a escola não poderia ficar sem uma enfermeira. Mas, por agora, até eu terminar de me inteirar do funcionamento da escola com a Sra. Redden, eu posso sair se ela estiver aqui.

Colocando-me de pé, saí do meu escritório, passando pela sala que continha as mesas de exame, e fui para o corredor.

Eu sempre me surpreendida com as paredes vermelhas brilhantes e o pavimento em mosaico preto.

Kilgore leva as cores da escola muito a sério.

Ao longo das paredes, nos azulejos mais afastados, foram pintados pés vermelhos, que mostravam aos alunos aonde eles poderiam andar quando passassem pelos corredores.

Era sempre divertido vê-los andando em fila indiana, especialmente os que eram rebeldes e faziam a sua própria trajetória.

Já que eu mesma não costumo seguir a trajetória pré-determinada, e eu sempre simpatizei com esses alunos.

Minha filha, Rowen, era da mesma maneira.

Eu costumava deixar meus pais loucos durante os meus anos escolares, o que era sempre divertido relembrar agora. Naquela época, não era tão engraçado.

Acenei para a Sra. Shoe, que caminhava lentamente pelo corredor. Ela assentiu com a cabeça antes de desaparecer na secretária da escola.

Pouco antes de eu virar a esquina que me levaria pelo corredor para a entrada do playground, ouvi uma criancinha com dificuldade para respirar.

Eu acelerei, correndo, muito preocupada agora.

Certamente eles não teriam a deixado andar sozinha, certo? Uma criança com problemas respiratórios?

Mas quando eu dobrei a esquina, vi a menina ajoelhada, sozinha, com as mãos plantadas na frente do corpo.

Posição típica de uma pessoa que estava sofrendo para respirar.

“Querida,” eu disse correndo para frente. “Querida, olhe para mim. Katerina?”

A menina olhou para cima.

Seus belos olhos azuis da cor do céu estavam com medo.

Seus lábios estavam ligeiramente roxos, e eu sabia que ela estava em estado de choque.

“Kat, eu posso chamá-la de Kat?” Em seu aceno, me abaixei e a peguei no colo.

Ela era uma coisinha pequena, muito menor do que a maioria das crianças nessa escola. Ela deve ser uma aluna da primeira série, e o mais provável é fosse uma das mais novas da sala.

“Você pode me dizer o que está acontecendo? Aconteceu alguma coisa no playground?” Perguntei ao começar a correr em direção ao escritório.

“A-a-belha”. Ela engasgou buscando o ar.

Meu coração gelou.

Choque anafilático.

“Querida, você é alérgica a abelhas?” Perguntei.

Senti seu aceno contra a minha bochecha, onde sua cabeça descansava. “S-s-sim.”

O 'S' saiu em um chiado quando eu cheguei a entrada da enfermaria.

Em seguida, a tosse começou quando eu a deitei na mesa de exame.

Laura se aproximou correndo, segurando o pequeno estojo que continha o medicamento individual de cada criança e disse: “Ela é alérgica a abelhas, amendoim e frutos do mar.”

Eu já tinha decidido que o que ela tinha estava relacionado com uma picada de abelha, mas tendo a confirmação, fiquei confortável em usar a epiferina injetável que vi em seu estojo de plástico. Alcancei o recipiente, peguei a epiferina e li o rótulo de prescrição confirmando que era para a criança correta. Verifiquei a dose, comparando-a com receita médica de Katerina e chequei a data de validade do medicamento.

Abri a embalagem, tirei a tampa de segurança, e então prontamente a injetei em sua coxa.

O clique foi ensurdecedor quando a agulha penetrou na pele.

Eu contei lentamente até dez e vi como, de imediato, Katerina começou a respirar.

Seus lábios, que eu tinha notado que estavam completamente roxos, começaram a voltar à cor normal, e os olhos de Katerina se abriram.

As lágrimas começaram a correr pelo seu rosto, e ela se lançou em meus braços.

Eu a peguei sem esforço, e a aconcheguei no meu peito segurando seu corpo, que tremia com o choro.

“Está tudo bem, baby. Está tudo bem,” eu sussurrei suavemente.

“Os médicos estão a menos de três minutos de acesso, mas tenho certeza de que seu pai vai trazê-los aqui,” disse a Sra. Redden, me assustando.

Eu não tinha percebido que ela estava aqui.

“Por que o pai vai trazer médicos?” Perguntei.

Eu sabia que os pais seriam chamados, mas não antes dos médicos, que estavam há pouco mais de dois quilômetros de distância.

“Seu pai é da força policial de Kilgore. Luke Roberts,” Laura disse melancolicamente.

Devo conhecê-lo ou algo assim?

“Eu quero o meu papai”, Katerina gemeu baixinho contra o meu pescoço.

“Eu sei, querida. Ele está a caminho”, eu disse suavemente. Em seguida, voltando-me para Laura, eu disse: “Vá esperar os médicos para que eles não sejam impedidos de entrar.”

A escola era nova, e com o novo edifício foram implantadas novas normas de segurança.

Por exemplo, a recepção era o primeiro lugar que o público tinha que passar para entrar na escola.

Ela tinha uma parede de janelas de vidro que eram à prova de balas, e todos os visitantes tinham que ser anunciados pelo atendente do escritório.

As portas podem ser abertas pelo lado de dentro, mas mantinha o público em geral afastado até que fosse autorizada a entrada.

O que definitivamente deu-nos alguma paz de espírito, quando se trata de proteger as crianças.

E era melhor ainda para mim, já que a minha filha também estuda aqui.

Eu me senti confortável em mandá-la para a escola, sabendo que cada coisa possível estava sendo feita para mantê-la segura.

A batida forte na porta do escritório chamou a minha atenção, olhei para o lado e encontrei um homem grande, loiro em uma camisa do KPD (Departamento de Polícia de Kilgore) SWAT com uma grande arma, batendo nas portas de vidro, enquanto Laura correu para abri-la para ele.

“Certifique-se de que é ele antes de deixá-lo entrar,” Sra. Redden censurou Laura gentilmente.

Eu concordei. O homem era grande. Nós não teríamos a menor chance se ele conseguisse entrar e não fosse o pai da criança.

“Posso ver sua identidade ou crachá?” Laura perguntou através do vidro.

Ele olhou para ela, mas mostrou seu distintivo, o que pareceu acalmar Laura.

Virando a chave e abrindo a porta, ela deu um passo para trás rapidamente e se colocou de lado, o que foi sábio, senão teria sido atropelada.

Ele entrou rapidamente, seus olhos sobre a menina agora dormindo em meus braços.

“Ela está bem?” Ele perguntou em um profundo rosnado.

Eu balancei a cabeça. “Tivemos que usar a epiferina. Ela está bem, apesar de tudo. Sua frequência cardíaca está um pouco rápida, mas ela está respirando normalmente. Seus lábios não estão mais roxos. Ela foi picada por uma abelha no playground.”

Eu vi o grande homem visivelmente enfraquecer quando ele finalmente chegou ao meu lado.

Ele levantou seu braço grande, cheio de cicatrizes e tatuado, e descansou a sua enorme mão sobre a cabeça da pequena menina, passando seus dedos através do seu cabelo loiro escuro.

Foi muito doce, e eu já poderia dizer que ele era um pai maravilhoso.

Seus olhos se levantaram quando ele me pegou olhando para eles, e algo duro e inflexível disparou, bloqueando suas emoções de mim.

Eu pisquei surpresa. Isso era muito habilidoso.

Deve ser uma coisa de policial.

Inclinando-me para frente, eu deixei a cabeça da menina apoiada no meu ombro e a estendi em direção a ele. O pai entendeu instantaneamente, estendendo os braços e pegando a criança de mim.

Ele olhou as minhas luvas do Capitão América e sacudiu a cabeça. Um pequeno sorriso levantou um lado do seu lábio superior.

“Luke!” A voz de uma mulher chamou na entrada.

Virei-me para ver uma bela loira entrar pela porta da frente. Uma paramédica.

Outra mulher ruiva a seguiu, empurrando uma maca.

Seu rosto mostrou alívio imediato, quando viu a mulher abraçando o homem e da criança.

Esposa.

Tinha que ser.

“O que está acontecendo, ela está bem?” A mulher perguntou preocupada.

Expliquei, cortando as palavras de Luke. “Ela foi picada por uma abelha no playground. Um pouco mais de sete minutos atrás,” eu disse olhando para o meu relógio. “Nós fizemos uso da epiferina nela. Apliquei na coxa esquerda.”

Enquanto eu explicava o que tinha acontecido, e como ela se comportou antes e depois da medicação, a mulher olhou para a outra de cabelo vermelho, que começou a tomar as notas sobre uma prancheta, escrevendo o que eu estava dizendo.

A loira me observava com um olhar que mostrava a sua preocupação com a menininha.

Quando todos eles saíram juntos, cinco minutos mais tarde, eu assisti quando o grande homem subiu na parte de trás da ambulância, e a ruiva fechou as portas por trás do casal.

Meu coração parou com o pensamento de como eu gostaria de ter algo assim, então eu impiedosamente deixei esse pensamento de lado.

O amor era a porra de uma piada.

Eu deveria saber. Eu tinha me apaixonado antes. E também tive esse amor arruinado e manchado para sempre pelo o meu ex.

Não, sem mais amor para Reese Doherty.

Ou assim eu continuava a dizer para mim mesma.


Capítulo 2


Papais. Sempre melhores do que um super-herói.

- Katy


Luke


Eu entrei na escola no dia seguinte, segurando a pequena mão de Katerina.

“Papai, não se esqueça de que você tem que me buscar hoje”, Katy me informou feliz.

Revirei os olhos. Esta foi a quarta vez que ela repetiu essa fala nos vinte minutos que levamos para chegar à escola.

“Eu sei querida. Eu fui o único a lhe dizer isso, lembra?” Eu perguntei quando abri a primeira porta que dava acesso para a escola.

“Sim, papai. Mas você se esqueceu da última vez”, ela me repreendeu.

Eu bufei.

Por esquecer, significava eu estar cinco minutos atrasado para pegá-la, o que era de se esperar quando eu tive que parar um carro que estava indo a mais de cinquenta quilômetros por hora acima do limite de velocidade. Em uma área escolar. Fazendo ultrapassagens perigosas. E falando em um telefone celular.

“Sim, baby. Eu estarei aqui,” eu disse novamente.

Caminhei com Katy para sua classe, parei na porta de sua sala e me agachei dando-lhe um beijo na testa antes de abraça-la.

Deus, ontem tinha sido terrível.

Eu tinha recebido à ligação enquanto eu estava no trabalho, e não poderia chegar aqui rápido o suficiente.

Ela tinha tido reações como essa antes, que era por isso que ela tinha a epiferina em primeiro lugar, mas eu sempre tinha estado com ela quando tinha acontecido.

Ao vê-la andar para a classe e colocar a bolsa sob sua carteira, eu senti uma pontada no meu coração ao perceber que eu poderia tê-la perdido.

Jesus.

Coloquei-me de pé, me virei e fiz meu caminho de volta pelo corredor, propositadamente não caminhando sobre os passos vermelhos, já que cada criança no lugar não iria se desviar do caminho.

Meu próximo destino era a enfermaria para dar a enfermeira outra epiferina.

Apenas por precaução.

A sala era iluminada e alegre. Imagens de uma Minnie, do Pooh e do Leitão doentes foram pintadas na parede com um médico Tigrão cuidando deles.

No canto da sala havia duas macas para crianças, e no lado oposto tinha um escritório de vidro fechado, onde a enfermeira, a mesma de ontem, estava sentada atrás de uma grande mesa de mogno.

Ela era muito mais bonita do que eu me lembrava.

Embora, minha mente não estivesse centrada na mulher ontem, como agora.

Qual era mesmo o nome que ela tinha dito?

Ela me viu logo que entrei pela porta, mas estava com seu telefone no ouvido enquanto falava rapidamente.

Normalmente, eu teria esperado fora do escritório, mas eu estava com pressa, tinha que começar a trabalhar em menos de meia hora, e terminar o relatório que tinha que entregar do treinamento que fizemos ontem.

Andando estendi a nova epiferina para ela, que sorriu balançando a cabeça.

“Mãe, eu posso ligar para você de volta após o seu tratamento? Eu tenho alguém no meu escritório”, a mulher disse com urgência.

Depois de mais alguns acenos, ela murmurou, “Te amo. Ligue-me se precisar de mim.”

Quando ela desligou, sorriu para mim. “Eu sinto muito. Minha mãe está em sua última rodada de quimioterapia, e eu queria desejar a ela boa sorte.”

Situação difícil.

Eu não tinha conhecido ninguém, pessoalmente, que tivesse câncer, mas pelo que eu tinha observado nos meus trinta e cinco anos, esta era uma doença difícil de se livrar.

“Sem problemas”, murmurei hipnotizado por seus olhos verde-esmeralda.

Eles me fizeram recordar a minha ex-namorada, o que não era uma coisa boa.

Lembrei-me de como aqueles olhos ficaram irritados quando escolhi a minha filha e não ela. Por que ela ficou surpresa quando eu comuniquei a minha decisão, estava além da minha compreensão.

Eu tinha uma leve suspeita de que seus pais tinham muito a ver com isso.

Quando eu conheci Lydia Mooney, ela estava almoçando com a minha mãe e pai.

Nós começamos a namorar logo após esse dia, e eu passei os meus segundo e terceiro ano do Ensino Médio com ela.

Então nós brigamos porque eu tinha me juntado aos Fuzileiros navais, e ela não queria essa vida.

E nós rompemos.

Alguns anos mais tarde, eu e Lydia voltamos a nos relacionar, mas Katy, meu bebê resultado de uma única noite com uma mulher, tornou-se um ponto de discórdia entre nós.

Embora a gente não tivesse voltado oficialmente, não era também um não definitivo.

Quando eu descobri que eu tinha uma filha, eu saí dos Fuzileiros Navais, e retomei a minha relação com Lydia. No início, eu pensei que era porque a nossa relação era tão nova, mas depois comecei a ver que Lydia nunca quis estar na mesma sala que Katy. Tampouco queria abraçá-la.

Depois de confrontar Lydia sobre suas ações, ela admitiu que não queria ficar comigo se eu estava disposto a cuidar da criança de outra mulher. Uma criança que eu tão descuidadamente tinha feito, antes de retomarmos a nossa relação. Eu não estava disposto a escolhê-la sobre a minha filha, então finalmente me separei, e ela se mudou.

“Isso é para mim?” Perguntou Reese, apontando para a medicação.

Eu pisquei surpreso com os meus pensamentos do passado somente por ver os olhos da mulher.

Verde era só uma maldita cor. Não determina o comportamento de uma pessoa.

Eu balancei a cabeça e entreguei o medicamento a ela. “Sim. Eu não quero que ela fique sem, caso ela precise de novo.”

Ela assentiu com a cabeça e se levantou, caminhando até alguns papéis em uma pilha sobre o balcão atrás dela. Avançando, ela pegou uma folha da pilha superior e entregou para mim. “Este é apenas o procedimento padrão: quando devo lhe dar e qual dose se ela tiver algum problema. Embora eu já saiba as razões, e sei como usá-lo, a escola precisa de um registro a título de prevenção.”

Eu balancei a cabeça e comecei a preencher o formulário, enquanto ela se manteve ocupada pela sala, abrindo uma caixa que eu vi que estava cheia do papel que cobria as mesas de exame.

Ao clicar e fechar a caneta, eu me ergui e entreguei a ela.

Hoje ela estava usando seu cabelo solto.

Era grosso e brilhante, lembrando-me das mulheres do comercial de shampoo que sacudiam seus cabelos em movimentos lentos e exagerados.

Eu não tinha percebido que as pessoas na vida real, na verdade, tinham o cabelo assim.

É lindo, apesar de tudo.

Longo e castanho com reflexos avermelhados, que me lembrava do sol brilhando na superfície de um lago ao se pôr.

Hoje, ela estava vestindo um uniforme dos Transformers1, o que me fez querer rir.

O que é isso? Será que esta mulher tem uma obsessão por super-heróis?

Cansado de tê-la de costas para mim, eu andei para o seu lado e coloquei a ficha sobre o balcão antes de dizer: “Onde está a Sra. Redden?”

Eu não queria soar duro ou acusador, mas foi isso o que aconteceu.

“Ela está se aposentando. Ela tem passado mais tempo no escritório com sua irmã, como esta tarde. Se você precisa dela, eu posso ir chamá-la para você”, ela ofereceu, não soando ofendida, com a minha pergunta dura.

No entanto a sua postura corporal que era aberta no início, se fechou, e atuando como um policial durante os últimos quinze anos, eu sabia quando recuar. Então eu fiz.

“Não, querida. Eu não estou precisando dela. Eu só estava me perguntando onde ela estava. Eu tenho que ir, apesar de tudo. Eu tenho um monte de papelada para resolver antes dessa tarde, quando voltar à escola,” eu disse indo em direção à porta, sem entender por que ela estava me afetando tanto.

“Tenha um bom dia”, ela disse suavemente.

Virei-me e acenei para ela, saindo logo em seguida.

Eu tinha feito quase todo o caminho até as portas da frente quando voltei para trás e olhei em direção ao escritório dela.

Encontrei-a de pé ao lado do balcão ainda, mas a cabeça estava pendurada no que parecia ser uma postura de derrota. “Sra. Doherty?” Perguntei.

Ela olhou para cima rapidamente, sua mão indo para o peito. “Sim?”

“Obrigado por salvar a minha menina.”

Com isso eu saí, indo direto para o departamento.

***

Papéis bateram na minha mesa e eu suspirei, inclinando-me para trás em minha cadeira para estudar o idiota que fez isso.

“Que porra é essa?” Perguntei.

O belo loiro, James para ser mais específico, sorriu de maneira impertinente. “Peguei os documentos no correio hoje. São todos seus.”

Eu suspirei e esfreguei a minha testa, doente e cansado da porra de toda a papelada que eu tinha feito ultimamente. Era quase sufocante.

Se eu soubesse que ser promovido a assistente da chefia me daria tanto trabalho, teria dito ao comissário que ele poderia enfiar a promoção no rabo dele.

Seria originalmente apenas por um curto período de tempo, mas a situação mudou rapidamente quando o antigo assistente da chefia, Briscoe Coolidge, sofreu um duro golpe ao descobrir uma esclerose múltipla. Ele não teve outra opção a não ser se aposentar.

E sendo o mais experiente, eu era o ‘homem ideal’ para o trabalho, por assim dizer.

Não que eu tenha concordado, mas fazer o que?

Agora eu passava os dias fazendo a porra da papelada imbecil, patrulhando quando não estava acorrentado a minha mesa, e ao mesmo tempo cumprindo o dever como o capitão da equipe SWAT.

E ainda, tentando passar algum tempo com a minha filha.

Tentando é a palavra correta, porque as demandas do meu trabalho me deixavam com pouco tempo livre, já que éramos apenas oito funcionários em tempo integral.

“Você poderia apenas ter ligado e me contado os resultados do seu exame físico”, eu disse cansado.

Ele balançou a cabeça e se sentou na cadeira em frente à minha mesa. “Com certeza eu poderia, mas então eu não poderia testemunhar a expressão em seu rosto quando eu lhe disser que você está convidado para uma festa e sua irmã faz questão da sua presença. Será em três semanas a partir deste sábado.”

Eu fiz uma careta. “Então por que você está me dizendo isso, e não a minha irmã?”

“Eu fui dar um beijo na minha esposa e vi sua irmã lá. Quando ela me disse que ia passar por aqui, eu me ofereci para fazer isso no lugar dela”, ele sorriu jovialmente.

Idiota.

Minha irmã, Baylee, era casada com um homem que eu tinha certeza que era um assassino.

Sebastian Mackenzie.

Eu não podia provar, mas, no fundo, eu sabia que era verdade.

No entanto, Sebastian esteve protegendo minha irmã, Shiloh, e o próprio homem em pé na minha frente, que tinha se casado com Shiloh.

Isso não significava que eu estava completamente indulgente.

Eu sou um policial.

Eu tinha servido oito anos nos fuzileiros navais como um MP2.

Quando minha filha tinha nascido, saí imediatamente dos fuzileiros e encontrei um emprego na minha cidade natal como um ajudante do xerife.

Quando terminei com Lydia, eu me mudei para o Texas para estar perto da minha irmã, e me juntei ao Departamento de Polícia de Kilgore.

Fazia seis anos desde que me mudei para cá, e não poderia me imaginar fazendo outra coisa.

Bem... talvez menos papelada, mas indiferente disso, eu amo meu trabalho.

“Que bondade a sua”, eu disse secamente.

Ele sorriu sem arrependimento. “Sem problema, chefe.”

Virei-me e empurrei seus documentos na pilha de ‘mais tarde, porra’.

Não foi rotulado nem nada, mas todo mundo sabia disso, pois sempre me ouviam dizendo algo sobre como: “Coloque-o lá, eu vou chegar a ele em algum momento mais tarde, porra.”

Isso soou exatamente como algo que eu queria fazer.

“O que está na agenda para esta semana?” Perguntou James, esticando as pernas na sua frente, batendo na minha mesa em um padrão rítmico com o pé.

Suspirando, eu finalmente abaixei a caneta, que tinha estado em minhas mãos por mais de quatro horas, e olhei para ele.

“Nós temos que ir para as escolas amanhã”, eu disse, não que ele já não soubesse disso. “E ter uma conversa sobre ‘segurança escolar’, em todos os campi de Kilgore. O superintendente diz que quer estar preparado depois do incidente na semana passada.”

O ‘incidente’ que eu estava falando foi um homem idoso, com demência, que tentou participar do recreio de uma escola. Ele tinha pensado que tinha onze anos de novo, e tentou bravamente entrar na escola, mas um professor tinha chamado a polícia, e o campus havia sido interditado.

Quando a gente chegou lá, eu entendi completamente o que tinha alarmado o professor. Vamos apenas dizer que o homem não tinha envelhecido muito bem, e que era verdade o que eles disseram sobre suas bolas caírem com a idade.

“Quem se inscreveu para ir?” Perguntou James.

“Nico recusou. Downy tem que estar no tribunal amanhã. Mas o resto de nós vai,” eu disse.

Não era nenhuma surpresa para mim, que Nico havia se recusado ir.

Ele era definitivamente o solitário do grupo.

Um homem muito tranquilo e descontraído. Que tinha um coração de aço e uma vontade de ferro.

Nada o chocava.

Nico era exatamente o oposto do Downy, meu melhor amigo.

Downy era falador, amigável, e aberto a maior parte do tempo. Ele podia falar com qualquer um, em qualquer lugar. Ele tinha um dom e não o desperdiçava.

Ele começou a treinar para se tornar um negociador de reféns, depois do meu pedido, porque ele era muito bom nisso. Tinha a habilidade para fazer qualquer um conversar.

“Nico teria assustado todo mundo de qualquer maneira, com sua aparência diabólica e brilho nos olhos que poderiam fazer até mesmo as bolas de uma mulher murchar,” James brincou enquanto se levantava, estalando os dedos e me fazendo estremecer.

“Já saindo?” Perguntei.

Eu tentei soar triste com a ideia, mas soei esperançoso, fazendo James rir.

“Sim cara. Eu tenho que ir trabalhar um pouco na garagem hoje. Eu comprei uma motocicleta nova. Você deve experimentá-la”, James ofereceu.

Ele sempre oferecia.

Eu só não era uma pessoa de motocicletas, gostava mais de carros grandes.

Prefiro um motor que ronca tão alto que seus tímpanos ameacem explodir. E gosto da sensação de um motor ruidoso vibrando o carro inteiro ao meu redor e da sensação do deslocamento do câmbio debaixo da minha mão, enquanto coloco o carro para dar tudo o que tem.

Atualmente, eu estava trabalhando em um GTO velho.

Ele precisava de um monte de trabalho, mas faço só no meu tempo livre, apenas para o meu divertimento.

Acabei de retirar o motor na semana passada, e estou planejado colocar outro nesta semana. Vai ser malditamente doce.

“Eu não quero experimentar. Gosto da pele que cobre meus ossos, muito obrigado,” eu disse. “Agora dê o fora para que eu possa terminar essa merda e ir para casa.”

Ele se despediu, usando seu dedo médio, antes de se virar para sair. “Vá com calma”, disse ele enquanto saía.

“Irei,” afirmei com a cabeça, e em seguida fechei a porta atrás dele.

Retornando aos meus papéis, dei um suspiro alto, antes de voltar ao trabalho. Uma coisa ficou na minha mente toda à tarde, apesar de tudo.

Reese Doherty no seu uniforme de super-heróis estúpidos.

 

 

 

Capítulo 3


Sou só eu, ou Frozen3 é tão ruim na 299ª vez, quanto na 33ª vez?

-Pensamentos secretos de Reese


Reese


“Rowen Diane Doherty, se você não calçar os seus sapatos, eu vou tomar essa boneca estúpida de princesa de você e arrancar as pernas dela,” eu disse soltando fumaça.

Ok, talvez isso soou duro, mas era hora de irmos. Há dez minutos.

Rowen era uma terrorista de cinco anos, que tinha um complexo de princesas.

Porque ela tem esse complexo de princesa, eu não sabia, mas ela tinha. E eu não gostava nem um pouco.

“Papai está vindo me buscar este fim de semana?” Rowen perguntou enquanto andava lentamente para o seu quarto.

Cerrei os olhos bem fechados, em uma tentativa não perder a paciência.

Eu estava fazendo um trabalho muito bom nisso.

Mas então ela mencionou o doador de esperma, e todos os agradáveis pensamentos pacíficos que eu estava tentando manter na minha cabeça malditamente fugiram de mim.

O pai de Rowen era um idiota. Ele não dá a mínima para a filha, a menos que eu estivesse ameaçando recorrer a pensão alimentícia. Em seguida, ele apareceria em sua vida, comprando coisas, e agindo como se ele gostasse dela.

Apenas o suficiente, para mostrar ao juiz que ele 'ajudava', e então iriam embora novamente, até a próxima vez que eu tentasse conseguir mais dinheiro. E por mais dinheiro, eu quis dizer nenhum dinheiro em tudo. O homem nunca pagou nada de pensão alimentícia. O que torna tudo pior é que ele trabalha no ramo de petróleo e faz um bom dinheiro.

Este era um processo que fazemos a cada seis meses ou ano, desde que eu tive Rowen, e eu tenho certeza, que nós vamos continuar nisto pelos próximos treze anos até que ela complete dezoito.

Weston Bryant era um sedutor.

Ele era sedutor, e poderia tirar as calças de qualquer mulher no país. Foi o que fez comigo.

Ele foi o meu primeiro.

Eu tinha 24 anos de idade, uma menina inexperiente, incapaz de ver o mal em alguém.

E não tinha percebido onde eu estava me metendo, quando aceitei um encontro com Weston.

Mas sabia o resultado, entretanto.

Minha filha.

Embora esta fosse a melhor coisa que já tinha acontecido comigo, eu não hesitaria em dizer que tê-la não tinha sido nada fácil.

Eu estava no meio da escola de enfermagem na época, e graças a Deus o parto aconteceu nas férias de verão, ou eu não teria me formado.

Os últimos cinco anos haviam sido um desafio, mas eu tinha uma coisa muito boa de resultado, e ela continuava me fazendo levantar todas as manhãs. Mantendo um sorriso no meu rosto e de pé quando tudo que eu queria fazer, era tirar um único maldito cochilo!

“Não bebê. Papai não está vindo este fim de semana. Mas se você for boa e calçar os seus sapatos, eu vou levá-la para assistir o novo filme que está com vontade de ver”, eu a subornei.

Ela saiu de seu quarto olhando para mim. “Promessa?”

Eu balancei a cabeça. “Absolutamente.”

Ela me deu aquele olhar. Aquele que faz você se sentir como uma mãe de merda.

Aquele em que ela sabe que você provavelmente está mentindo, mas vai ficar esperançosa de qualquer maneira.

Eu vou para o inferno.

***

No dia seguinte, eu me vi no cinema em uma sala cheia de crianças gritando animadas para ver o filme mais recente da Disney.

Eu não era uma fã de filmes de animação.

Eu também não era uma fã de teatros.

Mas eu faria qualquer coisa por minha filha, mesmo sentar-me em um cinema com crianças que não fechavam a boca.

Será que esses pais não sabem como dizer aos filhos para ficarem quietos?

Certamente eles não iriam deixá-los fazer isso ao longo de todo o filme, certo?

Mas quando trinta minutos se passaram e o casal em frente a nós continuou a deixar seus filhos lutar e correr ao redor de todo o cinema maldito, eu estava prestes a perder a paciência.

Eu não tinha percebido que alguém poderia ser tão rude.

Eu tinha preparado na minha cabeça algo para dizer, quando um homem grande, duas fileiras na frente de nós, ficou em pé e andou pelo corredor.

Ele andou calmamente; eu pensei que ele estava apenas indo ao banheiro, mas ele parou na fila que os pais estavam sentados jogando em seus telefones.

Com som e tudo.

“Com licença”, uma voz familiar retumbou.

O policial.

Qual era o nome dele? Luke?

Sim, isso mesmo. Luke Roberts.

Ele deve estar vendo o filme com sua filha, afinal porque diabos mais um homem como ele estaria assistindo a um filme da Disney?

“Senhor, senhora. Ou vocês peçam para seus filhos se comportarem, ou eu vou ter que pedir para vocês saírem”, Luke disse suavemente.

Eu queria me levantar e aplaudir. Seria rude?

Rowen nem percebeu. Estava do meu outro lado olhando extasiada o robô gordo na tela, não se preocupando nem um pouco com as crianças, ou com o homem.

Virando meu rosto para longe da minha filha, eu assisti o pai idiota se levantar, estufando seu peito.

O homem era grande, tenho que concordar. Mas ele não era do mesmo porte de Luke.

Os dois eram como noite e dia.

Onde Luke era malhado, o homem era apenas largo. Onde Luke era intimidante e autoritário, o homem parecia mais como um idiota que usava seu tamanho para conseguir abrir caminho.

Uma parte particularmente brilhante no filme iluminou o cinema, mostrando-me a diversão de Luke com a demonstração e tentativa de intimidação do homem.

Quando ele se levantou e ficou cara a cara com Luke, eu me virei completamente no meu lugar para ter a visão completa, jogando animada uma pipoca na boca.

Agora, isso era o que eu estava falando. Eu era um tipo garota de ação. Não gosto de filmes, onde não havia nada explodindo e que não há caras sem camisa.

Mesmo sabendo que a cena em minha frente não seria muito mais do que algumas vozes se elevando, era melhor que nada.

“Escute aqui, rapaz. Eu espero que você saiba que eu paguei pelos meus ingressos, assim como o resto dessas pessoas. Eu quero me sentar aqui e apreciar o filme”, o homem gritou.

“Você quer apreciar o filme? Que tal você dizer a eles”, ele apontou para as crianças. “Para se sentarem?”

As duas crianças pugilistas do homem, deslizaram entre o assento e as pernas de Luke.

Em seguida, Luke perdeu a paciência. “Sentem-se.”

Eles obedeceram instantaneamente, sentando-se e olhando para o filme com queixos trêmulos.

Era como se aquelas crianças estivessem ouvindo pela primeira uma repreensão, e provavelmente era a verdade.

A mãe ficou indignada, mas ao ver olhar de Luke rapidamente se sentou.

O que me fez rir silenciosamente, fazendo os olhos de Luke se voltarem para mim.

Seu olhar me mostrou, que ele não estava se divertindo tanto quanto eu, mas ele piscou para mim, os olhos passando rapidamente por Rowen sentada ao meu lado, antes dele se voltar para o homem na sua frente.

Que estava absolutamente lívido.

“Eu vou chamar a polícia para você”, o homem rosnou.

Os lábios de Luke inclinaram para cima em um sorriso lento. “Vá em frente, faça meu dia.”

Acontece que o homem não teve que fazer, porque no momento seguinte, o filme foi interrompido, as luzes ligadas, e dois policiais vieram caminhando pelo corredor principal do cinema.

Eles estavam com uniformes.

Só não o uniforme preto padrão, com escrita amarela que a maioria dos policiais usavam. Estes homens usavam calças do tipo cargo preta e camisa também preta com KPD escrito nelas em grandes letras amarelas.

Grandes cintos com armas estavam amarrados nas cinturas. Eles tinham também um walkie-talkie preso ao cinto, com um fio ligado a um dispositivo de mão que se prendia aos seus ombros.

Seus emblemas, desgastados em torno de seus pescoços, eram grandes, dourados e brilhantes.

O mais alto dos dois tinha cabelos vermelhos.

Grande e musculoso.

Aposto que ele poderia usar um kilt muito bem. Eu poderia imaginá-lo perfeitamente, tocando uma gaita de fole e seu kilt flutuando acima e revelando sua bunda musculosa.

Ele tinha barba, assim como o outro homem. Deve ser uma coisa comum entre eles, porque agora que eu pensei sobre isso, Luke também tem.

O outro homem era latino-americano. Ele alto, com cerca de um metro e oitenta ou algo assim. Seus olhos eram escuros, passando pelo cinema de uma maneira rápida e eficiente que só alguém experiente fazia.

Eu já o tinha visto antes, quando eu fui no clube de motociclistas do namorado da minha irmã, The Dixie Wardens, todos esses homens marcavam presença em um lugar da mesma maneira.

A maioria deles já foram militares, e alguns eram policiais. Havia apenas uma certa aura sobre eles, que gritava para todos 'Policial!'

Passaram por minha fila, ambos olhando para mim, antes de desviarem completamente os olhos para a cena em frente de nós.

“Bem, a polícia está aqui,” Luke falou. “E agora?”

Agora o homem tinha a atenção de todo o cinema, em vez de das quatro fileiras em volta apenas, e você poderia dizer que ele estava perdendo a energia.

Ele sabia que estava errado.

“É hora de ir, mulher. Nós vamos receber o nosso dinheiro de volta desta merda. Malditos”, o homem rosnou, agarrando o braço de sua esposa e a forçando a ficar de pé.

As crianças os seguiram, deslizando para fora do cinema tão rapidamente quanto eles conseguiram.

“Downy, os siga para se certificar de que eles realmente saíram sem causar mais problemas”, Luke suspirou.

Eu pisquei surpresa.

“Que idiota. Ele arruinou o meu filme”, Rowen exclamou, chamando a atenção de Luke e o outro oficial.

Meus olhos se fecharam, e meu rosto aqueceu. “Droga Tru, vou chutar o seu traseiro.”

Eu disse suavemente, mas quando abri os olhos, percebi que os dois homens tinham me ouvido falar, de alguma forma.

O que, eles têm super audição?

Luke sorriu.

O outro oficial não o fez.

Parecia que ele tinha uma carranca permanente no rosto.

“Nico, você se importaria de pedir-lhes para reiniciar o filme em seu caminho para fora? De preferência a cerca de quinze minutos atrás. Nós perdemos algumas partes”, Luke disse, não me poupando outra piscadela ou olhar.

O oficial, Nico, concordou com a cabeça e começou a sair.

Luke voltou para seu assento na minha frente, e beijou a cabeça de uma criança que estava sentada ao lado dele. O meu palpite, é que era Katerina, mas eu não podia vê-la sobre a borda do assento, então eu não poderia confirmar a minha suspeita.

Quando as luzes se escureceram novamente, e o filme começou a retroceder, eu suspirei.

Esse tinha que ser o filme mais chato de todos os tempos.

Pelo lado positivo, porém, Rowen estava animada.

Com uma tranquilidade, que eu nunca tinha visto antes em um cinema, o filme foi reproduzido.

E por duas horas, eu assisti a forma escura de Luke na minha frente, o tempo todo o admirando, e me sentindo cada vez mais atraída por ele.

Ele era apenas um homem, embora.

Certo?


Capítulo 4


Você tem o direito de permanecer em silêncio. Qualquer coisa que você diga ou faça, provavelmente vai ser colocada no YouTube antes que você pague a fiança.

-Fato da vida


Luke


“Eu preciso que você coloque as mãos sobre o capô do carro. Lentamente,” eu pedi ao homem que eu tinha acabado de parar por excesso de velocidade.

“Foda-se, seu maldito porco. Você pode ir se foder”, o velho gritou.

No entanto, ele não resistiu, o que foi bom. Eu não quero ter que machucá-lo.

Eu o tinha parado a princípio porque ele estava nu. Agora eu estava o levando por que ele se encaixava na descrição de um desaparecimento de um velho homem que havia fugido da Casa de Saúde, de Oakland, na noite passada.

Eu tinha parado a minha viatura no sinal vermelho da Stone Road 259 quando eu olhei para o carro ao meu lado. O que eu tinha conseguido ver um era um saco.

Belisquei a ponta do meu nariz, esperei a luz ficar verde, e logo em seguida saí.

O homem tinha sido agradável no início, mas eu percebi que ele deveria ter algum tipo de perda de memória de curto prazo, porque a próxima coisa que eu soube, era que ele estava correndo pela rua nu.

O que chamou a atenção de Downy que estava em um carro da polícia.

Então, eu soube exatamente o que ia acontecer, no momento em que percebi quem estava chegando.

Ele ajudou?

Não.

Ele ficou assistindo tudo e rindo?

Sim, até cansar.

Ele parou o tráfego?

Porra, não. Em vez disso, ele riu e olhou os motoristas passarem, enquanto eu iniciava uma perseguição no ritmo de uma tartaruga, descendo a maldita estrada principal em Kilgore.

Eu tinha certeza, que eu ia ser o alvo de todas as piadas em um futuro próximo, também.

Mas foi tudo uma boa diversão.

Se eu visse qualquer outra pessoa na minha posição, eu teria feito o mesmo.

Policiais eram bons nisso.

Temos um sentido doente de humor torcido. Com toda a honestidade, o riso era utilizado como um calmante, por isso, se o departamento risse da minha dor, então que seja!

“Saiba que se você fosse um vegetal, seria um cabbitch4!” O velho gritou.

Eu abri um sorriso quando eu o levei para o carro, uma das minhas mãos em torno de seu braço esquelético.

“Esse é o problema com fuzileiros. Malditos idiotas. Saiba que eu poderia correr mais que você. Ei, por que estou nu? Você roubou minhas calças?” Ele me olhou especulativamente.

Esse foi o momento que Downy começou a rir, tratando de se afastar de mim, quando eu coloquei minha mão sobre a cabeça do homem e o abaixei no carro de Roscoe.

Roscoe ainda era um novato, então era divertido dar-lhe coisas ruins, porque todos nós sabíamos que ele não iria reclamar.

Ele faria isso eventualmente, mas agora, ele ainda estava tentando duro não ofender as pessoas, e fazer um bom trabalho.

Felizmente o outro oficial tinha colocado uma toalha no assento, para que ele não esfregasse as bolas dele no banco.

A maioria dos policiais não senta lá, mas era o princípio da questão.

“Leve-o para o hospital. Eles serão capazes de chamar a família dele lá”, eu instruí Roscoe.

Roscoe assentiu.

Fechando a porta, voltei-me para os três oficiais que haviam se aproximado no momento em que eu cheguei, agindo como se estivessem ocupados enquanto eu apreendia o velho.

“Tudo bem, rapazes. Acabou o show”, eu disse lentamente, provocando risadas na multidão que tinha se formado.

Havia muitos sorrisos quando todos eles entraram em seus carros, exceto Downy.

“Você quer ir tomar café da manhã?” Ele perguntou, olhando para o relógio.

Toda essa excitação, e era apenas sete da manhã.

“Certo. Prometi a Katy que eu ia pegar alguns biscoitos na padaria na esquina,” eu disse, indicando a nova loja que tinha acabado de abrir. “Vamos lá?”

Ele olhou para ela com ceticismo. “Parece um lugar de maricas. Eu estava pensando em um prato de ovos com pedaços de bacon da The Back Porch”.

“Isso é bom. Eu posso ir na padaria primeiro e depois eu vou encontrá-lo lá,” eu ofereci.

Ele olhou. “Acho que nunca vou saber se lá é bom, se não ir.”

Eu balancei a cabeça.

Eu não era um grande fã de padarias, qualquer uma.

No entanto, eu faria qualquer coisa por minha menina. Tipo ir ver um filme maldito sobre princesas. Em seguida, permanecer para uma rodada dupla, só porque ela queria.

Embora, eu acho que não foi de todo ruim.

Eu pude ver uma certa enfermeira da escola.

O que ela estaria usando hoje? Haviam mais roupas temáticas de super-heróis? Seu cabelo estaria solto ou preso?

“Nos encontramos lá”, Downy disse, interrompendo meus pensamentos.

Concordei e entrei no meu carro antes de chamar a expedição. “Despacho, esta é a Unidade 6. Indo 10-19.”

?”10-4, Despacho confirmado.

Eu encontrei um lugar na fileira da frente do estacionamento, puxando a minha viatura mais à frente, para permitir Downy estacionar atrás de mim.

Quando eu pisei fora do SUV, eu olhei para o Dodge Charger vermelho cereja 1970 em ótimas condições, estacionado na parte de trás do local.

Eu o tinha visto, assim que eu virei a esquina, notando-o há várias quadras de distância.

Meus pés me levaram a contragosto para o carro, e eu andei em torno dele, verificando a pintura, as linhas afiadas. O corpo magnífico. O interior.

Por mais que parecesse que estava inspecionando um veículo suspeito, eu não estava. Estava admirando.

A coisa era doce, e minha curiosidade chegou ao ponto máximo, quando Downy e eu entramos uns vinte minutos depois.

“Você sabe que você acabou de desperdiçar dez de nossos preciosos minutos de café da manhã, olhando para um carro, certo?” Downy perguntou secamente.

Eu balancei a cabeça, sem responder.

Downy era um homem de camionete. Ele gostava de seus veículos grandes, por isso, se o problema surgisse de repente, ele poderia sair de qualquer situação. Principalmente, atropelando tudo como o diabo.

Já eu, gosto de ser capaz de superar meus problemas.

“Sim, meu garoto”, eu respondi.

A minha curiosidade, que tinha aumentado em um passo alarmante, morreu no momento em que entrei pela porta atrás de Downy e a vi.

Faziam anos desde que eu tinha visto Lydia, mas ela ainda parecia exatamente a mesma. Cabelo preto comprido, olhos verdes esmeralda, quadris fantásticos, lábios exuberantes, cílios longos, um sorriso assassino.

No entanto, não despertou nada em mim.

Em vez da mulher, que eu tinha anteriormente usado todas as minhas habilidades para conquistar, eu só vi Lydia. A cadela que havia se recusado a ficar comigo, porque não queria que a minha filha vivesse com a gente.

Ela queria seus próprios filhos, não um que não estava relacionado a ela pelo sangue.

Ah, e tinha o pequeno detalhe que ela ainda vivia do dinheiro do pai, e não queria desistir disso.

Virando meu rosto para longe dela, dei uma olhada pelo local como eu costumava fazer.

A mulher atualmente sentada em uma mesa ao lado da porta, no entanto, despertou algo em mim.

Ela estava vestida com um uniforme do Hulk com os punhos enormes, que me deu vontade de rir.

Então eu fiz.

Ela olhou para cima a tempo de ver os meus lábios se torcerem em um sorriso, e seu rosto corou lindamente.

Vendo como havia apenas um carro no estacionamento, eu sabia imediatamente a quem pertencia.

Eu só não achei que ela fosse do tipo.

“Você sabe o que eu gosto. Você vai comprar de qualquer maneira. Você me deve. Ah, e não esqueça os cookies,” eu disse, tentando o meu melhor, para evitar a mulher que estava olhando para mim, com desejo em seus olhos.

Como se ela tivesse passado fome por toda a vida e tinha visto a sua salvação no momento em que entrei pela porta.

Caminhei lentamente para Reese, parando ao lado de sua mesa.

“Se importa se eu me sentar com você?”, Perguntei.

Ela balançou a cabeça. “Não. Eu não vou ficar por muito tempo.”

Eu balancei a cabeça e me sentei. “Nós também não. Eu tenho cerca de vinte minutos até que eu tenha que voltar a patrulhar.”

Ela fez uma careta. “Voltar? Quanto tempo você tem estado em patrulha?”

Eu olhei para o meu relógio, 07h20.

“Cerca de quatro horas, agora. Eu fui chamado, uma vez que um oficial teve que voltar para casa por causa de uma infecção de estômago”, eu respondi.

Ela fez uma cara de nojo, me fazendo sorrir.

Ela assentiu com a cabeça. “O que você faz com Katerina quando isso acontece?”

“Minha irmã mora aqui agora. Na maioria das vezes eu só deixo Katy com ela. Eu costumava deixa-la com um amigo”, expliquei.

Por que eu estava sendo tão aberto com ela, eu não sabia.

Eu não era do tipo falador.

Mas havia algo sobre ela, que acabou fazendo com que fosse fácil falar na frente dela.

“Eu gostaria de ter isso. Minha irmã está há uma hora de distância. Embora seja por isso, que me mudei para cá. Assim, minhas horas seriam melhores”, disse ela, se abrindo para mim.

“Como está sua mãe?”, Perguntei.

Ela me olhou como se eu tivesse crescido uma segunda cabeça.

“Como você sabia que havia algo errado com a minha mãe?” Ela perguntou, desconfiada.

Eu sorri.

“Você me disse no outro dia, quando eu fui levar a medicação de Katy, lembra?” Eu disse com uma sobrancelha levantada.

Ela fez uma careta. “Eu sinto muito. Sou péssima de memória. Eu nem me lembro do que comi no jantar na noite passada.”

Eu ri. Eu sou da mesma maneira.

Downy pegou uma xícara de café, e dois sanduíches de presunto e queijo e passou por baixo do meu cotovelo, antes de puxar uma cadeira e se sentar.

Ele olhou para trás e para frente entre nós dois, uma pequena carranca virando o canto de sua boca.

“O quê?” Perguntei.

Ele apontou para o balcão com a cabeça. “A senhora no balcão. Ela diz que gostaria de falar com você antes de sair. E ela me cobrou o preço total, mas o seu foi de graça. Que porra é essa?”

Eu fiz uma careta. “Antiga namorada.”

Reconhecimento brilhou nos seus olhos, quando ele deu uma olhada no balcão novamente.

Os olhos de Lydia estavam cheios de saudade, quando ela olhou para a mesa que ocupávamos.

Virei-me antes que eu pudesse fazer contato visual.

O pensamento de falar com ela não parecia atraente. Na verdade, nada poderia parecer menos atraente do que isso.

Como arrancar todos os cabelos que rodeiam os meus mamilos.

“Essa é a cadela que terminou com você porque você tinha uma filha?” Downy exclamou bem alto.

Eu balancei a cabeça. “A primeira e única.”

“Ela é uma cadela”, disse Reese sob sua respiração.

Eu balancei a cabeça. “Sim.”

Os olhos de Downy finalmente voltaram para Reese e ele estendeu a mão.

Ela pegou e apertou duas vezes antes de deixá-lo ir.

“Oi,” ela disse timidamente.

Ele sorriu. “Downy.”

Ela sorriu mais para ele e disse “Reese.”

Ele se recuperou rapidamente, então se virou para mim continuando a conversa de onde parou.

“Eu pensei que ela vivia em Wyoming,” Downy perguntou, trazendo seu sanduíche à boca e dando uma grande mordida.

Eu balancei a cabeça. “Eu também.”

Comemos em silêncio. Downy comeu três rolos de canela. Reese terminou seus beignets.

Eu comi meu sanduíche.

“Tudo bem, cavalheiros,” Reese disse quando ela se levantou e limpou sua camisa, tirando o açúcar em pó que cobria seu abdômen. “Foi um café da manhã maravilhoso. Devemos fazer isso de novo. Apesar de não aqui, porque eu acho que não é tão atraente como eu pensei que fosse. Tenham um bom dia.”

Engoli o resto do meu café em um gole e a segui para fora, deixando a minha comida, metade do sanduíche sobre o prato.

Ela não percebeu que eu estava seguindo-a até que abriu a porta do carro e me viu diretamente atrás dela. O que a levou a gritar.

“Você é excepcionalmente desatenta”, eu disse, franzindo a testa ligeiramente.

Ela inclinou a cabeça. “Eu nunca tive um motivo para ser tão observadora. O pior problema que eu tenho é o pai da minha filha que se recusa a pagar pensão alimentícia. Por que eu precisaria me preocupar em prestar atenção ao que está atrás de mim, em plena luz do dia?”

Ela me pegou. Mas nunca é demais ser cauteloso.

“Verdade. Mas a maioria das pessoas não sabe que o perigo existe. Só é preciso um balanço dos quadris do bonito sexo feminino para seduzir alguns homens. Não é por isso que eu vim aqui, porém. Eu queria saber quem fez o trabalho de pintura em seu carro”, expliquei.

“Bem”, ela piscou. “Meu pai, eu acho. Eu tenho este carro desde o meu aniversário de dezesseis anos.”

Eu balancei a cabeça, perguntando o que diabos estava acontecendo na cabeça do pai, para dar a sua filha um carro como este. Se eu o conhecesse, teria matado o filho da puta.

“Você pode pedir pra ele me ligar? Eu estou procurando alguém para pintar o meu, mas eu não quero levá-lo para qualquer um. Eu apreciaria sua ajuda,” eu continuei.

Ela piscou e encolheu os ombros. “Certo.”

Em seguida, ela entrou no carro.

Uma vez que ela fechou a porta, fiquei lá esperando que ela percebesse que eu estava segurando meu cartão estendido em sua direção, mas ela nunca o fez.

Em vez disso, ela ligou o carro com um grunhido e minha pele começou a formigar.

Puta merda foi excitante ver uma mulher entrar em um carro assim.


E quando ela rolou a janela para baixo e rugiu para fora do estacionamento, ultrapassando um grande caminhão de diesel, eu nem sequer repensei a minha próxima decisão.

Era um negócio feito.

Ela ia ser a minha.

Eu só tenho que convencê-la disso.

“Sua ex está chorando”, Downy disse enquanto caminhava para o meu lado, nós dois assistindo Reese enquanto ela entrava no tráfego.

“Ela está quebrando cerca de dezoito leis agora”, eu disse para Downy, colocando o cartão de volta no meu bolso.

“Sim, mas ela parece malditamente gostosa fazendo isso. Então vou deixá-la só com uma advertência”, Downy sorriu antes de andar para a sua viatura e sair do estacionamento.

“Eu também”, murmurei para ninguém.

Meus olhos pegaram um movimento na entrada da frente da padaria, mas recusei a reconhecê-la.

Eu não tenho nada a dizer para Lídia. E realmente não queria ouvir qualquer coisa que ela tenha a dizer.

Nada poderia reparar o dano causado, então qual era o ponto?

Além disso, eu tinha um novo desejo agora.

E ela estava atualmente no topo da minha lista de coisas a fazer.


Capítulo 5


Irmãs são como coxas gordas. Elas ficam juntas.

-Frase de Camiseta.


Reese

“Pequena Reese. Você vai me fazer um favor?” Minha irmã pediu por telefone.

Suspirei.

“Certo. O que você quer?” Perguntei, distraidamente folheando minha revista, enquanto esperava minhas unhas secarem.

Haviam se passado dois dias, e eu estava relaxando depois de uma longa semana.

Ela tinha sido agitada, isso era certo.

E eu não conseguia tirar da minha cabeça o grande homem loiro.

Ele e seus olhos. Os que mudavam de cor.

Na luz mais escura, assemelham-se mais como um mel castanho-claro com as áureas interiores assumindo uma tonalidade esverdeada.

Na luz, mudavam, passando de um castanho claro para um verde pálido.

Eles eram hipnotizantes.

E então, tinha a barba.

Era sexy como o inferno, e eu queria afundar minhas mãos nela enquanto eu montava nele.

“Reese!” Minha irmã gritou.

Assustei-me, deixando de lado, o meu devaneio sobre o oficial quente.

“O quê?” Perguntei, inspecionando minhas unhas a procura de falhas.

“Você pode pegar o bolo e as decorações na próxima semana?” Ela perguntou.

Eu balancei a cabeça. “Certo. Mas você sabe que vai ter que me lembrar. Eu não posso anotar agora, porque meus dedos estão molhados. Eu pintei minhas unhas cor de rosa com pontos pretos”.

“Eu posso fazer isso. Você deveria ter vindo para irmos juntas a manicure”, ela suspirou. “Agora vou ter que ir sozinha.”

Revirei os olhos. “Você sabe, comiseração não soa bem em você. Ela faz você parecer gorda.”

Ela riu. “A gordura tem um som?”

“Eu tenho certeza que tem”, expliquei. “Eu só não sei colocá-la em palavras.”

Ela bufou. “Tanto faz. Amanhã lhe envio uma mensagem. Estou indo para a cama, há um certo bombeiro que está me deixando excitada.”

“La-la-la-la!” Eu disse e desliguei.

Nojento.

Ela sabia que eu odiava falar sobre sua vida sexual. No entanto, fazia isso de qualquer maneira.

Ela era uma merda.

Tru gostava de me chamar de hipócrita, mas realmente, o que diabos estava errado em não querer discutir a sua vida sexual na frente da sua irmã mais nova?

Está certo. Nada.

No entanto, ela sempre ficava fora de si, quando eu me recusava a contar sobre minha vida sexual.

Não que houvesse muito de uma vida sexual.

Eu só tinha tido relações sexuais com um homem. Não que eu não tivesse tentado ter mais.

No ano passado eu tentei ter um caso de uma noite só.

Obviamente, não tinha ido muito bem, e eu agora me recuso a sequer pensar em ter qualquer tipo de sexo antes de ter pelo menos o sobrenome do homem e conhecer alguns de seus gostos e desgostos.

Principalmente, por exemplo, se ele só gostava de fazer sexo anal.

Claro, eu tinha contemplado o ato antes, mas tenho certeza que não foderia com alguém que eu não tinha amor e confiança.

Eu terminei naquela noite bem vestida e maquiada e com nada para mostrar a ele. No entanto, eu tinha aprendido uma valiosa lição.

Não seja uma vagabunda.

Era tão simples.

E eu tinha quebrado essa regra, quando eu tinha escolhido tentar voltar a ter sexo, por assim dizer.

Luzes intermitentes brilharam fora da minha janela, logo a minha frente. Coloquei a revista na mesa de café, e espreitei através das cortinas da sala.

Meus olhos se arregalaram com a visão de três carros de polícia na frente da minha casa.

Dei um suspiro de alívio quando percebi que eles estavam prendendo alguém em uma grande caminhonete vermelha, e não indo em direção a uma das casas.

Eu tinha escolhido este bairro com cuidado.

Eu queria o que era melhor para a minha menina. Um lugar onde ela pudesse brincar lá fora sem que eu me preocupasse que ela fosse atropelada por alguém. O corretor de imóveis tinha me assegurado que este bairro era seguro para as crianças brincarem. Havia um playground comunitário na próxima rua, e um grande lago com patos em uma rua depois dessa.

O que tinha me conquistado, porém, foi o fato de que as calçadas eram todas planas, assim como as ruas.

Antes, eu não tinha um lugar onde Rowen poderia andar de bicicleta. Agora, eu tenho.

Eu tinha um gramado onde ela podia jogar. Um quintal que eu poderia colocar um balanço e uma banheira de hidromassagem para os dias que mamãe precisasse de um pouco de tempo para relaxar.

Tal como agora.

Eu assisti até que levaram uma jovem mulher da caminhonete vermelha para um dos carros da polícia.

As luzes escureceram os rostos de todos os envolvidos, e decidi que agora seria um bom momento para entrar na jacuzzi.

Checando se as unhas estavam secas, eu andei para o meu quarto e comecei a despir as minhas roupas.

Eu coloquei um biquíni, me certificando que meus peitos estavam totalmente cobertos, então saí do meu quarto e peguei uma toalha que estava no sofá. Deixando a porta deslizante de vidro aberta, fui para o meu pátio e abri a tampa da jacuzzi.

Em seguida, puxei totalmente até que ela descansou do lado de fora da banheira.

Eu tinha acabado de ficar submersa até o pescoço quando uma comoção me deixou curiosa novamente.

Grata que era uma noite leve de setembro, eu saí sem pegar a minha toalha, e caminhei até o pátio lateral onde minha grande cerca viva fechava o quintal do jardim da frente e me dava privacidade.

Quando desfiz a trava e abri o portão saindo para o lado de fora, arregalei os olhos quando vi um homem, que estava em pé na parte de trás da caminhonete, fugiu vindo diretamente para o meu quintal.

Ele não usou o portão, embora. Em vez disso, começou a escalar a cerca, não percebendo que a entrada estava aberta.

Quando chegou ao topo, eu de alguma forma encontrei o rodo de metal que eu estava usando naquela tarde e o peguei, balançando-o em um arco sobre a minha cabeça e lancei. Ele atingiu o homem assim que ele jogou as duas pernas sobre a cerca.

Ele oscilou na beirada, antes de cair para frente, batendo no chão com um baque alto. Estremeci em compaixão, deixando cair o rodo de metal e corri para verificar o homem com preocupação. Mas antes de alcançá-lo, um grande corpo masculino me atingiu com força.

Eu caí de costas com um baque severo.

Minha respiração me deixou, quando um homem grande vestido de preto montou na minha barriga, me segurando para baixo apenas com o poder de suas pernas. Meus olhos deviam estar parecendo que iriam saltar da órbita, quando eu finalmente recuperei o meu fôlego. Uma luz forte brilhou em meu rosto, e ouvi o homem em cima de mim assobiar. Engoli em seco o ar, fechando os olhos com força para bloquear a luz ofuscante.

“Merda”, disse uma voz muito familiar. “Eu sinto muito. Eu não sabia que era você.”

“Eu tenho o criminoso”, outra voz disse, então eu ouvi o som de um corpo sendo arrastado pela grama.

“Está tudo bem,” eu ofegava. “Mas seria incrível se você pudesse tirar essa luz ofuscante dos meus olhos.”

A luz foi removida dos meus olhos rapidamente, em seguida, colocada no chão ao nosso lado. O corpo, no entanto, não se mexeu.

Luke ainda montava em mim, mas meus braços que tinham sido fixados acima da minha cabeça estavam agora livres, e eu os movi para descansar sobre as coxas poderosamente musculosas.

Seus olhos estavam em meu peito. Meu peito molhado. Meu peito exposto e molhado.

Engoli em seco e o cobri, acidentalmente encostando a mão em uma grande ereção no processo.

O assobio aconteceu de novo, e de repente eu estava livre.

Puxando mais meu biquíni para cobrir meu seio, fiquei em pé sem o auxílio da mão que ele me ofereceu, e olhei em volta em silêncio espantada.

“Que diabos aconteceu?” Perguntei novamente.

“Desculpa. Nós tínhamos dois viciados tentando fazer uma transação de drogas cerca de dois quilômetros abaixo, na estrada. Recebemos uma denúncia de que eles estavam naquela casa, a duas portas de você. Eles estavam no processo de sair, quando nos viu. Eu não achei que ele ia correr. Você teve sorte que ele não fez nada para feri-la,” Luke resmungou, não se preocupando em esconder o ajuste do seu pênis com a mão.

Corei e me virei, caminhando para o pátio para pegar a minha toalha. Eu pensei ter ouvido um suspiro quando eu me cobri com ela, mas eu poderia estar enganada.

“Tudo bem, realmente. Você só me assustou, é tudo”, eu disse enquanto entrava na casa. Eu precisava verificar Rowen depois de toda a comoção que tinha acontecido.

Luke me seguiu, não perguntando se ele poderia entrar. Tomou a iniciativa e me seguiu sem um convite.

“Lugar bonito”, disse ele, olhando ao redor.

Eu balancei a cabeça. “Eu também penso assim. Embora, eu não comprei, só estou alugando no momento, para ver se eu gosto do lugar.”

Ele balançou a cabeça, parando na cozinha quando eu continuei pelo corredor. “Eu estarei de volta em alguns segundos.”

Rowen estava dormindo quando eu fui ver como ela estava.

A menina consegue dormir com qualquer barulho. A menos que houvesse um silêncio total causado pela falta de energia. Nesse caso, ela estaria bem acordada.

Fiz uma parada no meu quarto para colocar um par de calças e uma camiseta de alças. Sorte que eu tinha acabado de lavar minhas roupas, caso contrário, eu teria que vestir as que estavam um pouco mais apertadas e gastas.

Eu estava usando muito as mesmas roupas, desde que me formei na faculdade, recusando-me a comprar mais, porque eu tinha ganhado um pouco de peso e eu sabia disso.

Eu odiava ir às compras, quando eu sabia que não me encaixava mais no que costumava chamar de roupa pré-Rowen. Eu encontrei Luke na minha porta da frente, conversando com Downy e um homem loiro que eu nunca tinha visto antes. Balançando a cabeça, eu fui para a cozinha e comecei a fazer café. O cheiro da bebida os trouxe para dentro, e eu sorri para Downy antes de olhar para o loiro, com curiosidade.

Ele era alto como Luke, mas mais magro. Quase como se ele corresse muito, mantendo seus músculos finos e aparados, comparado com a pura brutalidade de Luke.

Este novo cara, se encaixava melhor no meu histórico de namoro, esse homem não se parecia em nada com Luke.

Meus olhos se desviaram em direção a parte inferior do corpo de Luke.

Ele estava usando calças táticas pretas com um grande cinto ao redor de sua cintura. O cinto continha sua arma, um par de algemas brilhante cor prata, um bastão, lanterna, rádio, spray spray de pimenta, e algumas outras coisas que eu estava incrivelmente curiosa.

Eu teria que perguntar a ele, em algum momento o que eram. Talvez quando eu pudesse tirar minha mente do fato de que ele ainda tinha uma ereção.

Que parecia estar crescendo.

Meus olhos saltaram e subiram para seu rosto.

Ele estava me olhando atentamente, observando-me checá-lo.

Meu rosto corou, e eu me ocupei pegando xicaras de café, imaginando como minha noite de sexta tinha se tranformado de relaxante para entreter três policiais.

“Reese”, disse Luke, chamando minha atenção de volta para ele. “Este é James Allen. Ele é um outro oficial do KPD e um membro da equipe da SWAT.”

Meus olhos se mudaram de Luke para o homem novo, James, e eu sorri. “Prazer em conhecê-lo.”

Ele assentiu. “Você tomou aquele golpe como uma campeã. Eu recebi um desses durante o treinamento. Estou surpreso que você ainda consegue respirar.”

Eu ri. “Eu e minha irmã costumávamos lutar assim o tempo todo. Eu não posso dizer que eu estou acostumada ao tamanho de alguém como Luke me derrubando, mas pelo menos eu sei como cair certo? Foi definitivamente uma experiência de humildade. Ele estava me falando outro dia, que eu nunca saberia o que estava lá fora, e que eu deveria ser mais observadora.”

Luke riu às minhas custas, e eu mostrei a língua para ele, o que só fez com que ele risse mais. O que provocou as sobrancelhas erguidas de seus colegas oficiais. Ele riu até que eu empurrei uma xícara de café preto em sua direção, e eu assisti o pescoço de Luke trabalhar quando ele tomou um gole cuidadoso.

Por que sua mandíbula é tão sexy e atraente para mim?

Então eu pego outra xícara de café para mim, e olhei a que eu tinha dado a ele, e queria cair na gargalhada. Era a minha favorita, e surpreendentemente, a que eu tinha ganhado da minha irmã no Natal.

Era simples, de cerâmica branca com letras pretas em negrito escrito: ‘Eu gosto de foder '.

Perguntei-me, secretamente, se isso era verdade.

Ele era um homem muito atraente, e eu aposto que era um animal no quarto.

Isso foi até quando os outros dois começaram a prestar atenção ao copo. Mas antes que eles pudessem começar a provocá-lo sobre o assunto, o silêncio foi rompido pelos seus rádios.

Todos os três saíram de uma só vez, se movendo rapidamente.

“Temos que ir, Reese. Obrigado pelo café.” Ele disse antes de correr para fora da porta, tão rapidamente como chegou.

Bem, merda.

Colocando os cafés na pia, eu voltei para a minha banheira de hidromassagem.

Eu não consigo tirar o rosto de Luke, nem a sua ereção, dos meus pensamentos por um longo, longo tempo.


Capítulo 6


Não, senhora. Você não pode sentir meu bastão.

-Luke a uma criminosa


Luke


“Você matou o meu marido!” A mulher gritou do lado da estrada.

Um jovem oficial da patrulha, chamado Wednesday Carmine, segurou a jovem pelos ombros, tentando duro mantê-la longe de mim.

Downy interviu, segurando a mulher pela cintura e levou-a para o lado oposto da cena do crime, colocando-a em sua viatura.

Dei-lhe um aceno agradecido, e voltei minha atenção para o chefe que estava olhando para a cena sem pestanejar. Fechei os olhos, bile subindo pela minha garganta.

“Diga-me o que aconteceu”, o chefe ordenou suavemente.

O chefe parecia cansado, e eu não posso culpá-lo. Ele tinha sido chamado, apenas algumas depois de sair de um plantão. Nós todos estamos fazendo algumas horas extras ultimamente, visto que somos poucos em cada departamento.

Então minha mente voltou para a cena do crime. A porra da cena horrível.

Eu tinha matado ele, mas como diabos eu deveria saber que era uma maldita arma falsa?

“Eu não sou uma porra de leitor de mente ou tenho premonições. Eu não podia saber que a arma que ele estava segurando em suas mãos era de plástico! Tudo o que eu vi foi a arma preta apontada para meu rosto e eu reagi,” eu expliquei, muito mais calmo do que me sentia.

“A arma?” Perguntou o chefe.

Eu balancei a cabeça, apontando para a arma que ainda estava deitada ao lado do corpo do homem.

“Eu disse a ele para soltá-la. Porra, eu disse a ele!” Eu falei em tom de angústia.

O chefe levantou a mão em um gesto calmante. “Eu sei. Agora, me diga o que aconteceu desde o início.”

Levantei minhas mãos, esfregando minha cabeça com os dedos cansados. “Cheguei no local com Downy. Nós recebemos uma chamada de um vizinho, que um homem tinha uma arma apontada para sua esposa no jardim da frente. Quando chegamos aqui, ele realmente tinha uma arma,” Eu suspirei. “Downy e eu pedimos para soltar a arma. Quando ele se recusou, a mulher correu e entrou em sua frente. Quando ele a empurrou, e virou a arma contra nós, eu disparei.”

O chefe murmurou “Porra”, o realmente não me fez sentir melhor. Nós dois sabíamos que isto estava prestes a se tornar uma tempestade de merda, de grandes proporções.

E duas horas mais tarde, quando eu estava em uma reunião discutindo o caso, eu não estava nada melhor.

“Oficial Roberts,” A cadela do IA (Assuntos Internos) perguntou. “Você pode nos dizer por que não usou o seu atirador de choque?” Eu suprimi o meu rosnado de frustração.

“Eu sou um oficial da lei. Eu fui um oficial por seis anos, no Departamento de Polícia de Kilgore por cinco deles. Eu fui um fuzileiro naval durante nove anos. Eu estive na mira de uma arma, mais vezes do que posso contar. E em nenhum desses momentos, eu pensei em puxar uma arma de choque. Primeiro, quando eu tenho uma arma apontada para mim, eu não sei se a arma dele é de choque; então eu não estaria me tornando seu alvo. Em segundo lugar, a arma de choque faz os músculos se contraírem. Se eu atiro com a arma de choque e seu dedo está no gatilho, há uma possibilidade muito alta de que ele vai atirar, antes que eu possa levá-lo para baixo”, expliquei com os dentes cerrados.

A mulher se mostrava como uma verdadeira cadela.

Eu nunca a tinha visto antes, e eu não queria vê-la nunca mais.

Eu duvidava que ela já tinha alguma vez estado em campo como um oficial da lei. Qualquer oficial experiente, não teria se incomodado em fazer uma pergunta estúpida como esta.

Eu realmente queria ir para casa, porra.

Eu tive uma noite terrível, e a última coisa que eu queria fazer era sentar-me em uma reunião com um IA, o chefe de polícia, o chefe dos bombeiros, os dois socorristas, Downy, e eu.

“E por que você não atirou na perna ou no braço? Certamente você poderia ter feito algo assim, qualquer coisa melhor do que o que você fez”, perguntou a IA.

Com meus punhos cerrados, eu vi Downy estremecer. Ele conhecia o meu temperamento tão bem como qualquer um, e esta cadela estava me dando nos nervos.

“Alguma vez você já disparou uma arma antes, Sra. Dion?” Perguntei calmamente.

Ela assentiu com a cabeça. “Sim, já.”

Ela parecia ofendida como se eu tivesse pedido para transar com ela.

“Quando você está treinando em um alvo, existem pernas no alvo?” Perguntei.

Ela piscou, pensando nisso. “Não.”

Eu balancei a cabeça. “Certo. Bem, a razão é, porque quando você está em uma situação em que você está atirando em uma pessoa viva, muito provavelmente devido a uma situação volátil, você aponta para a maior parte do corpo. Isso é, o centro do alvo. A razão é que eu poderia vir a perder. Digamos que ao atirar na perna, a única coisa que poderia acontecer seria ele sentir dor e assim ainda poderia atirar em mim de qualquer maneira. Que era o que eu estava tentando evitar.”

Sra. Dion balançou a cabeça com a minha explicação. “Ok, bem, isso é tudo o que tenho para você por agora. Você pode ir. Vocês também,” ela disse, apontando para Downy, bem como os primeiros a responder a chamada, Tai Stoker e Drew Dillon, ambos bombeiros do Corpo de Bombeiros de Kilgore.

“Não vá agora, Roberts. Eu quero falar com você”, o chefe ordenou, cansado.

Eu balancei a cabeça, saindo com Dillon e Tai, e quase não consegui controlar a vontade de bater à porta como uma criança temperamental.

Quase.

Eu mal cheguei no corredor, antes de acertar a lixeira de metal que estava no meio, chutando-a com tanta força, que o lixo voou como confete.

A equipe no bull pen5 virou-se para testemunhar o ato, a surpresa evidente em todos os seus rostos.

Foi um espetáculo para ser visto, me fazendo passar por louco.

Eu não era de perder a calma na frente dos outros, por isso, se isso estava acontecendo em uma sala cheia dos meus colegas e pessoas que eu respeitava, era por algo grande, e eles sabiam disso.

“Eu amei a parte em que ela me perguntou, por que eu não tirei o corpo da rua mais rápido”, disse Tai, boquiaberto.

Eu tinha gostado disso, também.

No Texas, paramédicos não são autorizados a declarar a morte de uma pessoa. Eles têm que esperar o Juiz de Paz chegar e fazer a declaração.

Paramédicos, embora capazes, supostamente não podem pronunciar a morte.

Eles poderiam dizer que o paciente teve lesões incompatíveis com a vida, mas eles não poderiam fazer o pronunciamento real.

Drew bufou. “Minha parte favorita, foi quando ela perguntou, por que não havia nenhum EMS6 no local. Quantas vezes temos o chefe perfurando em nossas cabeças sobre ‘segurança do local do crime’? Pelo menos em todos os turnos.”

Eles também não ficariam na cena, se não fosse necessário. Eles não podiam fazer nada. Não se quisessem defender a integridade da cena do crime.

Downy concordou com voz forte, mas o deixei, não querendo estar perto de ninguém naquele momento. Eu sabia que estava prestes a ser colocado em licença administrativa por investigação pendente. Eu também sabia, que teria uma consulta com o psiquiatra da polícia.

Seria, pelo menos, uma licença paga.

Quando Drew e Dillon saíram pelas portas da frente da estação, Downy me seguiu para meu escritório, e sentou-se na cadeira em frente à minha mesa.

Ele não disse nada, e eu estava grato.

Uma hora mais tarde, eu estava pingando meu último 'i' sobre o relatório, quando eu percebi que tinham se passado quase trinta minutos do horário de saída da escola.

“Porra!” Eu disse, levantando-me e contornando a mesa. “Eu esqueci Katerina.”

Downy concordou com a cabeça. “Eu vou dizer ao chefe que você está indo.”

“Obrigado”, eu disse às pressas, praticamente correndo para fora da porta.

Por que não tinham ligado?

A minha pergunta foi respondida minutos depois, quando parei em frente à escola, no estacionamento da entrada, e encontrei minha menina, brincando de amarelinha com uma menina de cabelo marrom, que parecia exatamente como sua mãe, no playground infantil isolado.

Reese estava sentada no banco do parque infantil, observando as duas com um pequeno sorriso em seu rosto.


Um pouco da minha ansiedade ao longo do dia, parecia dissipar com a visão das duas meninas inocentes. Sua visão da vida. Como um simples jogo de amarelinha as faz tão felizes.

Caminhei lentamente até a cerca de arame, parando um pouco ao lado do banco de Reese e apoiei os cotovelos contra a barra de metal. Segurando o elo com as duas mãos.

“Obrigado”, eu disse.

Eu parecia cansado, até mesmo para mim.

Ela me sorriu por cima do ombro, seu cabelo bonito, ondulado, caindo sobre o ombro e escovando a parte de trás do banco.

“Ela é boa com Rowen. Rowen é um pouco pequena, mas Katerina lida com ela perfeitamente”, Reese disse.

Eu balancei a cabeça. “Katy se dá bem com todo mundo. Tem uma grande variedade de crianças com as quais brinca. Meus amigos todos têm filhos de idades variadas. Quantos anos tem Rowen?

“Cinco. Ela começou o jardim de infância neste ano”, disse ela, rindo de Rowen quando ela perdeu dois quadrados, pulando completamente na sua missão para passar o jogo tão rápido quanto Katy podia.

Eu encontrei-me sorrindo, também.

“Minha irmã tem um menino de seis anos de idade, e uma menina de três anos. Alguns amigos meus tem de cinco anos de idade. Ela é uma garota sociável”, eu disse, balançando a cabeça. “Eu não tenho nenhuma ideia de onde ela recebeu isso, porque eu não sou.”

Ela sorriu para mim. “Eu posso dizer. Mas você fez bem educando ela. Ela tem maneiras impecáveis.”

Eu levantei minhas sobrancelhas. “Sim droga. Eu não toleraria qualquer coisa menos dela.”

Ela se levantou e veio para ficar por cima do muro.

Hoje ela estava usando um uniforme do Homem-Aranha.

“Você tem uma coisa com os super-heróis?” Perguntei.

Ela colocou as mãos nos bolsos e olhou para a sua roupa. “Sim tipo isto. Eu costumava trabalhar na cardiologia no Hospital de Christus Shreveport. Eles nos permitiam usar o que queríamos, e eu geralmente me sentia atraída por estes, melhorava o clima. O lugar era muito tenso.”

Tenho certeza que era. Não soava como um local divertido para mim.

Então ela fez algo inesperado.

Virando-se totalmente para mim, ela olhou nos meus olhos e colocou as mãos ao redor das minhas, tanto quanto o elo da cerca permitia.

“Você está bem?” Ela sussurrou.

Pestanejei, surpreso com a emoção que estava brotando no meu peito.

Suas mãos aqueceram as minhas.

Eu não tinha percebido que elas estavam frias. Que eu estava frio.

Seus olhos estavam cheios de dor.

Por mim.

Ela tinha ouvido falar sobre o meu dia.

“Eu estou bem”, eu disse asperamente.

Ela me deu um olhar irônico.

“Eu ficarei bem. Como você está?” Perguntei.

Ela olhou para mim, estudando meu rosto com seus olhos verdes. Ela foi excepcionalmente observadora.

Ela também foi impressionante, e naquele momento, eu queria beijá-la mais do que eu quis qualquer coisa.

Muito.

O que foi interrompido, quando minha filha deslizou entre a cerca e Reese, olhando para mim com uma carranca tortuosa em seu rosto.

“Você se esqueceu de mim”, ela rosnou.

Levou tudo que eu tinha para não cair na gargalhada.

“Não bebê. Eu nunca me esqueço de você”, eu disse a ela, mesmo que fosse uma pequena mentira.

Ela levantou uma sobrancelha para mim, exatamente como minha própria mãe ainda fazia, e fungou.

“Você é tão cheio de si.”

Reese caiu na gargalhada, seu rosto era pura alegria, o que me deu forças para me libertar do pesadelo de repetir o evento do dia, uma vez atrás da outra pela minha mente. Vendo o corpo do homem quando a bala atravessou seu peito. Ao vê-lo cair sem vida no chão em um baque forte.

Foi o seu riso que me tirou do meu pesadelo que se repetia na minha cabeça, rasgando meus pensamentos como um parasita indesejável.

Foi quando eu realmente soube que eu não seria capaz de ficar longe dela.

Ela seria minha.

Em breve.


Capítulo 7


Ter uma irmã é como ter um melhor amigo que você não pode se livrar.

Independentemente do que você faça, ela ainda estará lá.

-Verdades da vida

 

Reese


“Sim, vagabunda eu peguei o maldito bolo. E as decorações. O que você quer agora?” Eu perguntei desconfiada.

Ouvi a risada sombria de Tru. “Você não gostaria de saber?”

“Eu não teria perguntado, se eu não quisesse saber, cadela,” falei com sarcasmo, enquanto entrava com o carro na garagem.

Então meus olhos se arregalaram, quando eu olhei no banco de trás para Rowen. Que, por sorte, estava dormindo.

Eu tentava realmente com muito custo, não amaldiçoar na frente da minha filha, mas minha irmã traz à tona o pior em mim.

Em vez de lhe responder, eu abri a garagem do meu pai com o meu controle, e entrei antes da minha mãe perceber, desliguei o carro e fechei a porta da garagem antes de sair.

Deixando Rowen dormindo, eu andei para dentro e encontrei a minha irmã falando com o meu pai na cozinha.

Meu pai me viu logo que eu entrei pela porta.

Tru, no entanto, não o fez.

Meu pai sempre foi usado nas nossas travessuras. Uma com trinta e outra com vinte e oito anos, e ele ainda agia exatamente da mesma maneira de vinte anos atrás, quando tínhamos dez e oito anos.

Eu segurei o meu dedo nos meus lábios, e a boca do meu pai se contraiu, sabendo exatamente o que eu estava indo fazer.

Ele virou o rosto para esconder seu sorriso, antes de eu fazer todo o caminho até a minha irmã, agarrando sua cintura e gritando o mais alto que pude.

Tru gritou, virou-se e deu um soco. Mas eu tinha antecipado seu movimento, recuando apenas a tempo do seu punho voar passando próximo ao meu rosto.

“Sua cadela!” Tru gritou, vindo para mim.

Eu fui para o outro lado da ilha para evitar que ela me machucasse.

“Prepare-se para morrer”, exclamou minha irmã.

Eu sorri para ela. “Continue a sonhar, Tru-Tru.”

Ela virou-se para contornar, e meu pai finalmente interrompeu. “Meninas.”

Só isso foi necessário. Nós duas paramos de circular o balcão, sabendo que quando meu pai falava, significava algo.

Frank Doherty não era de levar desaforo para casa, até mesmo de suas filhas. Papai era o chefe dos bombeiros do Shreveport Fire Department, e tinha estado lá nos últimos trinta e cinco anos.

Ele e nossa mãe se conheceram, quando meu pai estava investigando um incêndio. Minha mãe trabalhava na patrulha oficial, que tinha respondido primeiro a cena, e de lá foi história.

Eles tinham um amor que eu sempre iria me basear, em todos os meus futuros relacionamentos. Meu pai nos ensinou como uma mulher deveria ser tratada, e esperava nada menos dos nossos maridos. Meus pais tinham um tipo de conexão que resistiu ao teste do tempo, dois filhos, dois trabalhos extremamente exigentes, onde eles tiveram que colocar suas vidas em risco e lidar com doenças.

Acho que foi por isso que eu não conseguia encontrar ninguém.

O padrão era muito alto.

Eu tinha quebrado esse padrão uma vez, quando eu conheci o pai de Rowen, e eu nunca faria isso novamente. E tinha aprendido a porra da lição.

E eu tinha as cicatrizes para provar isso.

“Então, quando Cabe vai trazer a mãe do bar?” Perguntei, pronta para tirar minha mente fora das coisas deprimentes.

“Em menos de uma hora agora, vamos começar a cozinhar,” Tru instruiu.

“Limpem depois,” meu pai especificou quando ele deixou o cômodo.

Tru e eu olhamos uma para a outra, por uns bons cinco segundos antes de começarmos a rir.

Ok, certo.

***

Eu tentei bravamente não olhar.

Eu realmente tentei.

Mas Jesus Cristo. Eu nunca tinha visto ele em roupas normais antes, e puta merda o homem poderia preencher um par de jeans!

Ele até tinha uma bunda.

Ele usava um boné preto do Pittsburg Steelers, e uma camiseta vermelha que parecia incrivelmente macia. Eu só queria caminhar até ele e esfregar meu rosto ao longo de seu peito, embora isso seria assustador.

O que mais me surpreendeu foi que ele estava usando tênis.

Eu acho que eu pensei que ele seria um homem de botas, mas ele usava aqueles tênis Under armour preto e cinza. Eu queria um desses.

Ele estava inclinado para trás, encostado no bar com os pés cruzados na sua frente.

A cerveja estava pendurada em dois dedos, e ele estava falando com alguém que eu nunca tinha visto antes. Provavelmente outro Dixie Warden se o colete era uma identificação.

Este era alguém novo; aparentemente ele tinha chegado de licença da Marinha, e trouxe uns poucos amigos com ele para casa. Eu tinha ouvido falar através de várias pessoas que ele só estaria aqui por uma semana ou algo assim, e seu nome era Sterling.

Ele era muito foda de se olhar, no entanto.

Minha irmã não o tinha percebido ainda, pois estava com os olhos em seu namorado, Grayson.

Um namorado que tinha estado dando-lhe olhares quentes, durante toda a noite e eu estava me contorcendo em meu assento.

“Jesus Cristo”, eu disse, me abanando quando eu peguei o olhar de Grayson para a minha irmã. “O que está acontecendo com ele?”

Minha irmã sorriu. “Eu disse a ele que o amava no caminho até aqui.”

Olhei para minha irmã com surpresa. “Sério? Não é tipo cedo para isso?”

Ela balançou a cabeça. “Não. É verdade.”

Eu acreditei nela. Ela tinha mudado muito depois que o conheceu, e eu poderia dizer que a coisa era real.

Era apenas uma questão de tempo, antes dele pedi-la em casamento.

Olhando em volta procurando Rowen, encontrei-a em uma mesa sentada com a minha mãe na parte do restaurante do Halligans e Handcuffs.

“Quem é o gato no bar?” Ouvi uma das policiais do sexo feminino que trabalhavam com a minha mãe perguntar.

“Qual?” Perguntou minha mãe, olhando por cima da cabeça de Rowen.

Meu coração ficou feliz em ver a minha mãe se esforçar o suficiente para segurar Rowen. Um monte de vezes no ano passado, quando ela estava lutando contra o câncer, ela tinha estado incapaz de segurar Rowen. Fraca demais para sequer levantar a cabeça, em alguns dias.

Quase me matou ter que deixá-la e ir para Kilgore, há alguns meses atrás, mas eu não tinha outra escolha se eu queria continuar a viver. Minha mãe tinha sido sempre aquela que estava disponível a cuidar de Rowen nos dias em que eu trabalhava.

Quando ela ficou doente, eu tinha que contar muito com a minha irmã, e ela tinha chegado a ficar tão doente que eu faltava muito no meu serviço porque não havia ninguém para ficar com ela.

Após perder quatro dias de trabalho, eu decidi começar a procurar um emprego que ficasse a poucas horas, e encontrei o emprego em Kilgore.

Na maioria das vezes, como agora, eu conseguia sair do trabalho a tempo de pegar Rowen no colégio, e não tinha a constante preocupação de quem poderia buscá-la na escola mais cedo porque estava doente e nem precisava mais me preocupar em quem cuidaria dela nas férias escolares.

“Luke Roberts. Esse é o irmão de Baylee”, disse minha mãe.

Minha mãe conhecia todo mundo.

“A esposa de Sebastian?” Perguntou a mulher.

Procurei em minha memória pelo nome, finalmente, lembrando que Sebastian era o VP do MC. O pai de Sebastian era o presidente do clube, e um homem assustador. Minha irmã não achava que ele era de todo assustador, mas eu com certeza achava.

Havia apenas algo sobre o homem que me dava uma vibração ‘recuem, eu sou um filho da puta perigoso’.

Embora, Luke emitisse essa vibração, também. Apenas uma versão ligeiramente alterada da mesma. Mais como uma do tipo ‘Recuem, eu sou um filho da puta perigoso, mas se precisar de mim, eu estarei aqui’.

E o colega de trabalho de Luke, Nico nem tanto. Eu seria mais propensa a fugir dele, em vez de ir em direção a ele.

“Ei bebê. Você precisa de alguma coisa? Eu vou ao banheiro,” minha mãe disse para Rowen, que declarou imediatamente que ela precisava fazer xixi.

Em vez de caminhar em direção a elas, observei minha mãe e minha filha caminharem de mãos dadas para o banheiro, ambas balançando as mãos, sem nenhuma preocupação no mundo.

“Peguei esse olhar”, ouvi atrás de mim.

Eu tremi um pouco, esperando que ele não tivesse pegado. Quando me virei, porém, eu sabia que ele tinha. E seu sorriso era arrogante, dizendo que ele sabia exatamente o que ele fazia para mim.

“Como você sabe do meu olhar quando eu estava de costas para você?” Perguntei, desconfiada.

Ele levantou o dedo e apontou para o espelho em cima de mim, fazendo-me suspirar. “Aposto que você é uma daquelas pessoas que sabe tudo, não é?”

“Minha irmã diz que eu jogo de advogado do diabo apenas para ver a merda acontecer e dar risada”, ele riu.

Eu torci o meu nariz para ele. “Isso não me choca, para ser sincera.”

Ele piscou para mim.

“Eu não sabia dessa conexão até que a vi. Mas o último nome faz sentido agora. E você vindo de Shreveport. Eu não sabia que você era a filha de Frank Doherty. Ele deu um monte de conferências na minha educação continuada para a certificação de incêndio”, explicou.

Revirei os olhos. “Meu pai é bem conhecido na Ark-La-Tex7. Ele costumava cobrir os incêndios em Marshal antes de eu nascer. Ele manteve os contatos, no entanto.”

“Você se importa de me dizer o que você faz? Já me disseram que você é da SWAT, mas eu vi você prender um homem e uma mulher no outro dia, e, em seguida, você sabe o que, há dois dias. Nem um daqueles eram SWAT, pelo que eu vi na ocasião,” eu disse.

Ele não fez comentários sobre o lembrete de atirar em alguém, dois dias antes. E eu me senti como uma merda imediatamente depois de levantar a situação. Ele não vacilou em responder a minha pergunta, porém, o que era bom. Talvez não estava incomodado como no outro dia. Assim espero, de qualquer maneira.

Ele sentou-se na banqueta mais próxima de nós e tomou um gole de sua cerveja antes de responder.

“Deveres regulares como um oficial de patrulha. No dia-a-dia, eu faço o que qualquer outro oficial que você vê no carro da polícia faz. Eu escrevo relatórios. Eu respondo a qualquer coisa como qualquer outro. No entanto, na rara ocasião que é necessária nós atuamos na SWAT. Alguns de nós ficamos de folga. Alguns de nós trabalhamos. Todos nós respondemos à estação, e vestimos nossos equipamentos da SWAT. De lá, respondemos ao chamado”, ele explicou.

“Eu nunca soube”, murmurei, sentando-me na cadeira ao lado dele. Ele deu de ombros. Em seu processo de subir as mangas mostrando seus músculos, pequenas faíscas começaram a disparar ao longo do meu braço. Em seguida, sua coxa se moveu, encostando todo comprimento em mim, e seu braço se moveu para a parte de trás da minha cadeira. Minha libido começou a correr desenfreada, e os meus pensamentos deixaram de se interessar na conversa, e começaram a avançar no sentido da necessidade. Pura necessidade crua.

Oh cara. Eu precisava sair daqui, antes que eu fizesse algo estúpido como foder com esse homem.

“Bem”, eu disse, levantando-me bruscamente. “Ouvi minha irmã chamando meu nome.” Ele notou a mentira e eu peguei seu sorriso, quando eu olhei por cima do meu ombro. A expressão dele me disse que estava permitindo que eu corresse. E que eventualmente ele iria me pegar. Então nós dois estaríamos ferrados.

Literalmente.

***

Uma hora depois

“Que diabos está acontecendo?” Eu gritei assim que saí do banheiro. “Onde está a minha irmã?”

Tentei seguir a multidão, mas dois grandes braços rodearam a minha cintura e me puxaram de volta, me segurando forte.

Eu estava confusa.

Eu estava indo para o banheiro com a minha irmã, mas ela parou, e eu tinha continuado.

Quando eu voltei seguindo em direção ao bar à procura de Tru, eu não consegui encontrá-la. Depois de largar Rowen com o meu pai, que tinha se oferecido para levá-la para casa com ele, perguntei a Grayson se ele a tinha visto.

As coisas aconteceram de repente. Todo mundo começou a se mover de uma vez. O lugar praticamente explodiu em atividade, e eu fiquei me perguntando o que diabos estava se passando.

Eu tentei seguir a minha mãe e Grayson pra fora, perguntando o que diabos estava acontecendo, mas esses braços tinham me parado.

Eu sabia a quem pertenciam.

Isso não ajudou a diminuir minha ansiedade.

“Deixe-me ir. O que está acontecendo?” Perguntei, tentando me soltar, mas sem sucesso.

Luke manteve um controle apertado de ferro na minha cintura, e ele não estava me deixando ir. O que era bom, porque quando ouvi os tiros vindo de fora, minhas pernas ficaram fracas, e Luke amaldiçoou, me puxando de volta até que eu estava atrás dele. Seu corpo grande tinha dupla finalidade, me manter protegida de qualquer ameaça e também me sustentar.

Eu não tinha certeza se ele sabia que estava me segurando, mas estava.

“O que está acontecendo?” Eu sussurrei ferozmente.

Minhas mãos encontraram o caminho sob a sua camisa e de alguma forma eu me vi segurando o seu cinto, a mão descansando ao lado de uma arma que ele tinha na parte baixa das costas. Ele não endureceu, apenas se inclinou ainda mais para mim, à medida que observava a multidão em pânico. Uma cliente excessivamente frenética correu em direção ao bar, tentando sair pela cozinha, quando Silas entrou na frente dela, agarrou-a pelo rosto, e falou algo em voz baixa.

A mulher imediatamente congelou, e depois ficou mole com alívio.

Quando Silas a deixou ir, ela caminhou lentamente até as mesas onde eu a tinha visto em algum momento dessa noite, e se sentou.

No entanto, minha mente foi rapidamente recapturada pela minha mãe que veio com um olhar extremamente irritado. Quando eu tentei ir até ela, Luke me empurrou para trás novamente, efetivamente prendendo-me no lugar.

“Dê a ela algum tempo, querida. Algo está acontecendo, e ela precisa se preocupar com o que aconteceu, e não com sua filha,” Luke me acalmou. Deixei minha cabeça cair contra suas costas. Seu braço caiu e ele bateu no lado de fora da minha coxa, como se ele quisesse me acalmar.

E isso me tranquilizou, então fechei os olhos, tentando ordenar meus pensamentos. Vinte minutos depois e ao ver que minha irmã estava bem, eu não queria nada mais do que ir para casa e esquecer tudo o que havia acontecido na última meia hora.

O policial psicopata que estava obcecado por ela, tinha tentado matá-la na frente de todos, não dando a mínima para o bar que estava cheio de policiais.

Felizmente, sua melhor amiga tinha vindo ajudar, e conseguiu o distrair tempo suficiente para Grayson chegar lá e a salvar.

Obrigado Deus, por eu ter enviado a minha filha para casa com meu pai.

Isso teria sido um pesadelo.

Na realidade, era um dos meus maiores medos, não ser capaz de proteger a minha filha.

O que deve ser a primeira preocupação de quaisquer pais.

“Isto não é realmente como eu imaginei minha primeira noite de folga em meses,” Luke rugiu.

Eu suspirei. “Não foi como eu esperava a minha, também. Pelo menos eu não tenho que trabalhar de manhã. Eu posso ver que essa será uma noite realmente longa.”

Ele se virou, chegando mais próximo e piscou. “Posso terminar de ocupar o restante dela com você.” Corei, sentindo a linha dura de seu corpo, agora que eu estava mais consciente. E os meus pensamentos voltaram para onde estavam antes. Calor e necessidade.

Então, enquanto minhas inibições estavam nubladas, ele me beijou.

E eu nunca tinha sentido nada mais emocionante na minha vida.

“Hum, não. Melhor não. Mas agradeço de qualquer maneira.”


Capítulo 8


Há cadelas, e então há a cadela. Essas são duas coisas diferentes. Confie em mim.

-Verdades da vida.


Reese

Homens eram uma merda.

Eu bati no saco de pancadas com o punho fechado, balançando-o uns dez centímetros para frente.

Quando voltou para trás, eu bati novamente, e novamente.

“Estúpidos.” Soco. “Malditos”. Soco. “Homens.” Soco.

Eu me mantive lá até meus braços ficarem como um macarrão cozido, e não conseguirem se levantar mais ao meu comando.

Foi quando eu comecei a bater com os joelhos e dar pontapés, repetindo o processo com ambas as pernas, mais de uma vez, até que senti o oxigênio entrando e saindo dos meus pulmões como um motor a vapor.

O suor escorria pelo meu rosto e olhos, queimando.

Passando meu braço ao longo do meu olho, eu limpei o suor e decidi que não estava cansada o suficiente.

Não havia nenhuma maneira que eu seria capaz de dormir esta noite se eu ainda fosse capaz de andar.

Não depois do dia que eu tive.

Meu ex estúpido.

Ele com certeza sabia como arruinar a minha vida.

Ele tinha feito isso inúmeras vezes.

A conversa de hoje não foi diferente.

***

Três horas mais cedo

Ele apareceu sem aviso prévio, é claro, em seu fim de semana designado, e bateu na minha porta da frente. Eu não tinha dito a ele onde estávamos morando. Ele tinha mudado o seu número, e eu não tinha como entrar em contato com ele.

Assim, ou ele entrou em contato com a minha família ou teve que molhar algumas mãos para obter a informação do meu novo endereço.

Minha aposta era na última.

Weston Bryant era um ator de proporções épicas. Caso contrário, ele nunca teria chegado em minhas calças.

“Podemos conversar?” Ele perguntou, sem sequer se preocupar em perguntar onde Rowen estava. Eu balancei a cabeça e saí, deslizando em direção ao lado de fora da porta, para que assim ele não pudesse ver dentro.

Eu nunca permiti Weston dentro da nossa casa.

Nossa casa era um lugar feliz, e eu não queria seu mau cheiro dentro dela. Mesmo que fosse apenas mental.

“Claro.” Eu disse cautelosamente. “E aí?”

“Eu estou entrando com o pedido da guarda conjunta de Rowen”, disse ele, sem preâmbulos. Pisquei para ele estupidamente por alguns segundos antes que eu conseguisse falar novamente.

“O que quer dizer que você está pedindo a guarda?” Perguntei em voz baixa.

Ele fez uma careta para mim. “Isso significa que eu estou cansado de ter que informar a seus advogados quanto dinheiro eu ganho. Eles estão realmente conseguindo me fazer pagar neste momento, todas as contas que devo. Eles estão segurando meu dinheiro. Eu não posso viver sem dinheiro. E minha esposa quer conhecer a criança.”

Meu queixo caiu.

“Você é casado?” Engoli em seco.

Ele olhou para mim, ofendido com a minha reação ao pensamento dele encontrar alguém.

“Sim.” Ele retrucou. “Há quatro meses. Nós temos até mesmo um bebê a caminho.”

Isso fez meu coração doer. Não só por Rowen, mas para a criança inocente que ter um idiota como pai. Espero que a mãe seja mais confiável do que Weston, mas é óbvio que ela não é inteligente. Caso contrário ela não teria se casado com ele.

“Mas Weston, eu não apresentei qualquer queixa, nem os meus advogados. Eu nunca disse uma palavra. Esta é a primeira vez que eu ouço sobre segurarem o seu salário”, eu disse, nervosa.

Se ele entrou com pedido de custódia, ele poderia ganhar.

Ele era casado e tinha uma família. Eu não tinha.

E ele era encantador, onde eu não era nada.

“Bem, você com certeza fez alguma coisa, porque eles estão tomando meus cheques. Está arruinando minha vida”, ele gritou.

Eu me afastei dele, surpresa com a explosão. Todas as vezes que eu tinha estado em torno de meu ex, eu nunca o ouvi levantar a voz. Ele não precisa. Ele era um orador doce. Sua língua de prata pegou tudo o que ele queria.

E Weston gritando era uma visão intimidante.

Weston era alto. Quase um metro e noventa de altura. Embora ele não seja musculoso como Luke, ele não era um desleixado.

Então, ver ele gritando desse jeito para mim como estava fazendo agora, me deixou nervosa, como qualquer mulher inteligente faria.

“Sinto muito, Weston. Eu não sei o que dizer. Eu não apresentei essas acusações. Mas você mesmo decidiu que não gostaria que Rowen ficasse com você. É por isso que você só fica com ela de dia, e não durante a noite, lembra? Se você entrou com o pedido de custódia, você vai ter metade do tempo,” eu tentei argumentar.

Ele fez uma careta. “Bem, a partir de hoje, eu vou levá-la comigo todo fim de semana quando me for permitido. Vamos lidar com o resto quando isso acontecer. Onde está Rowen?”

Cada célula do meu corpo gritou comigo para não deixá-la ir, mas havia uma ordem judicial que dizia que Weston pode ficar com Rowen um final de semana a cada quinze dias, e uma tarde de quarta-feira. Se ele queria ela levá-la, eu não tinha recurso legal para mantê-la. A não ser que Weston perdesse os seus direitos.

E após ter pesquisado o inferno sobre ele, uma advogado amigo meu me disse que seu tentasse mantê-la longe de seu pai, eu estaria desrespeitando uma ordem do tribunal, o que não seria bom se Weston começasse a fazer o que ele tinha acabado de ameaçar.

***

O que me levou a agora, horas mais tarde, tentando trabalhar para fora toda a minha raiva.

Essa foi a única maneira de começar a fazer minha mente desligar.

Eu tinha um milhão de coisas passando pela minha cabeça, e eu desejei que não fosse um fim de semana de feriado. Caso contrário, eu seria capaz de ligar e falar com um advogado amanhã, em vez de somente daqui a quatro dias a partir de hoje.

Retirando as luvas das minhas mãos, eu joguei ao lado do saco de pancadas e passei pela porta da garagem, e depois para fora do portão.

Estava escuro, e eu estava grata. Eu estava chorando, e eu não sabia como parar. Uma vez que meus pés bateram no pavimento da estrada ao lado da minha casa, eu comecei a correr, sem destino, realmente. Eu só sabia que isso estava prestes a se transformar em um desastre. Um enorme desastre de proporções épicas.

Não havia nenhuma maneira que eu poderia compartilhar a guarda com Weston. Eu não iria sobreviver. Sem falar que ela teria que ir a duas escolas diferentes em dois estados diferentes. Será que eles vão me fazer voltar para Shreveport se ele conseguir metade da custódia?

Será que ele terá que se mudar para cá?

Será que o juiz vai determinar que metade do ano ela ficará comigo, e na outra metade do ano com ele?

Isso soou horrível.

Eu nunca tinha ficado longe dela, por mais de um dia desde que ela nasceu há cinco anos.

Eu mantive o meu padrão, correndo duro, completamente fora, sentindo a queimadura esticar meus músculos.

De alguma forma, acabei na cidade, a quase quatro quilômetros da minha casa. Não diminuí o meu ritmo, correndo ao longo da calçada até que eu acabei em frente a um beco sem saída, ao lado do parque infantil que eu levava Rowen nos fins de semana.

Foi quando eu parei. Ou melhor, quando entrei em colapso.

Meus joelhos cansados deixaram-me saber que eu não tinha mais dezoito anos, e que fazer isso para o meu corpo não era uma coisa boa.

Sentei-me no banco do parque, dobrando-me para frente até descansar os meus cotovelos em meus joelhos, tentando recuperar o fôlego. Eu não poderia dizer se era porque eu estava cansada, ou porque eu estava chorando, de qualquer maneira, porém, eu estava fazendo isso alto. Eu não tinha percebido que não estava sozinha, até que ouvi o barulho do cascalho sob as solas dos pés de alguém.

Virei-me, ficando cara a cara com o homem que eu tinha visto durante o fiasco do filme no cinema algumas semanas atrás.

Nico, é como Luke o tinha chamado.


Ele não parecia menos feroz esta noite do que antes. Na verdade, ao sol do crepúsculo, ele parecia ainda mais intimidante, e eu decidi que o nome de Nico lhe convinha perfeitamente.

“Ei,” eu disse, enxugando minhas lágrimas.

Ele nunca tirou os olhos de mim. “Oi. Você está bem?

Eu balancei a cabeça, envergonhada que eu tinha chamado a atenção da polícia. “Sim. Tendo um dia difícil.” Eu estava preste a sair, e passar por ele, ou tentei. Seu braço disparou e me parou quando me virei em direção a cerca de arame.

“Onde você está indo?” Ele perguntou.

Sua mão estava quente contra a minha pele, e eu percebi que já estava ficando frio na última meia hora que o sol começou a se pôr.

“Casa?” Perguntei interrogativamente.

Ele fez uma careta para mim. “Eu te levo.”

Eu não sei porque eu fui com ele tão facilmente. Tudo que eu poderia dizer é que eu tinha tido um longo dia, e eu estava cansada de lutar contra isso. Para dizer a verdade, foi bom ter alguém para conversar que não se importava se eu chorei ou não. Minha família faria perguntas, e eu só não queria falar sobre isso. Ainda não, de qualquer maneira.

Ele inclinou a cabeça para a viatura, que estava estacionada na rua atrás de mim, e eu dei de ombros.

Minhas pernas amoleceram.

Exceto que quando eu entrei no carro com ele, ele não me levou para casa. Ele me levou para a delegacia.

“Esta não é a minha casa”, eu observei quando ele parou em uma porta na parte de trás que eu nunca tinha visto antes.

Ele me deu um olhar silencioso, mas não disse nada.

Em vez disso pulou do carro e apertou algumas teclas em um painel ao lado da porta.

Quando ele me deu um olhar, eu percebi que ele queria que eu o seguisse. Olhei para as minhas calças capri e camiseta sem mangas branca e preta que me declarava uma 'Beta Kappa8’ e encolhi os ombros.

Fiquei curiosa, porém, em saber para onde ele estava me levando.

E eu tive a minha resposta momentos depois, quando ele me levou por um labirinto de corredores, parando em uma porta que eu não consegui ver o nome, antes de ser rudemente empurrada para dentro. A porta bateu atrás de mim, e eu olhei em choque para Luke, cujas sobrancelhas levantaram acima de seus olhos em surpresa. “E-ei,” eu disse.


Capítulo 9


Berre, Grite, Belisque, Chute. Tudo isso é bom. Só não chore.

Se você chorar, então eu começo a ficar nervoso. E ninguém gosta quando eu fico nervoso.

- Luke para Reese


Luke


O rádio na minha mesa gritou, e eu ouvi a chamada, sobre uma mulher parecendo aflita em um parque.

Isso deve ser divertido.

Não.

No entanto, qualquer coisa seria melhor do que ficar sentado em minha bunda como eu estava fazendo agora.

“Estou além de cansado porra, de ouvir isso. Ou me deixe voltar, ou não. Mas faça algo. Estou cansado de estar no limbo,” eu cuspi com os dentes cerrados.

A oficial IA me olhou sério, por alguns longos momentos antes de começar a sair. Ela parou assim que abriu a porta, me olhando por cima do ombro.

“Eu não sou sua inimiga, Oficial Roberts. Estou aqui para me certificar de que tudo está bem. Você faria bem se você se lembrasse disso. Você foi reintegrado à ativa imediatamente”, ela disse formalmente, em seguida, saiu da sala. Eu fiquei boquiaberto olhando a porta fechada, surpreso que ela me restabeleceu tão rapidamente.

Eu tinha passado a última semana de trabalho em uma mesa, porra, e meus nervos estavam desgastados.

Eu odiava estar atrás de uma mesa. Eu sou uma pessoa de ação.

Embora ter tempo de pegar minha filha na escola ser muito bom, eu não ficaria confortável em cruzar os braços e não fazer nada o dia todo. Eu era de sair, o tipo de pessoa que todos os dias quer experimentar algo diferente.

Se eu aprendi alguma coisa nesta última semana, era que eu não queria ter o trabalho do chefe. Nem agora, nem nunca.

Eu estava seriamente tentado a dizer-lhe que não queria estar atuando mais de assistente da chefia. Mas eu sabia que se não fosse eu, não seria ninguém. E eu não iria deixar o chefe em uma situação assim.

Meu telefone fixo tocou, e eu estava prestes a atender quando a porta foi aberta, e me assustei quando Reese foi empurrada para dentro.

Eu vi o olhar de satisfação no rosto de Nico quando ele a colocou para dentro, e eu fiz uma nota mental para chutar sua bunda mais tarde.

Que porra é essa?

“Uhh”, disse Reese, olhando para mim, para o meu telefone, e depois de volta para mim. “Você não vai atender isso?”

Meus olhos não deixaram a parte inferior do seu corpo, um pouco hipnotizado por suas calças apertadas, e o que elas faziam para suas pernas.

A camiseta não era muito atraente, mas mostrava cada polegada de seu corpo sexy, cheio de curvas.

Ela parecia bem. Suada, mas bem. Então as lágrimas manchando o seu rosto e a vermelhidão que eu tinha confundido com um blush, finalmente penetraram no meu cérebro.

“Qual o problema?” Perguntei, de pé rapidamente.

Ela encolheu os ombros.

Será que sua filha está bem? Era sua mãe? Sua irmã?

Por que diabos eu estava tão preocupado?

Parecia que recebi um soco no estômago, ver seu rosto tão assombrado.

Eu andei até ela devagar, contornando a mesa enquanto ela encostava na porta. Seu cabelo estava em um rabo de cavalo baixo, na base do pescoço, pendurado sobre um ombro.

Quando cheguei à sua frente e agarrei a mão dela, ela assobiou de dor.

Olhando para baixo, vi que os nós dos dedos estavam ralados e sangrando.

“O que aconteceu?” Perguntei de novo, muito mais calmo do que eu me sentia. Sua cabeça pendeu por um instante, achei que ela não ia me responder. Então as próximas palavras fizeram meu sangue ferver.

“Meu ex quer a guarda de Rowen”, ela sussurrou baixinho.

Sua cabeça ainda estava pendurada, e eu imediatamente entendi suas lágrimas. Ela amava muito sua filha.

Eu não precisei nem de trinta segundos na sua presença e de sua filha para saber disso.

Inferno, eu mesmo vi isto na festa de recuperação de sua mãe. Uma festa que eu tinha sido forçado a comparecer porque minha irmã tinha considerado necessário.

Reese tinha mudado toda a sua vida para que Rowen pudesse ter uma vida melhor. Para que ela pudesse estar em casa a tempo de buscá-la na escola. Não teve uma vez que ouvi qualquer menção ao ex. Eu só tinha assumido que ele não estava por perto, mas aparentemente, ele estava.

“Olhe para mim”, eu disse.

Ela levantou o rosto, e meu coração começou a doer. “Você quer que eu o prenda?”

Ela começou a rir, o que era exatamente o que eu queria que acontecesse.

“Sim”, respondeu ela.

Eu balancei a cabeça e peguei a mão dela, puxando-a para o assento na frente de minha mesa.

“Eu tenho mais algumas coisas que eu preciso cuidar, então eu vou te levar para comer”, eu disse enquanto me sentava. “Conte-me tudo.”

***

“Podemos passar na minha casa por alguns minutos?” Perguntei quando saímos em direção ao meu SUV. “Eu preciso mudar de roupa. Eu fico desconfortável quando as pessoas me reconhecem porque eu os prendi. Pelo menos sem o uniforme não sou tão reconhecível.”

Ela assentiu com a cabeça. “Certo. Eu preciso me mudar também. Pelo menos a minha camiseta, de qualquer maneira.”

Olhei-a. “Você é do tamanho da minha irmã. Eu tenho algumas de suas camisas velhas em minha casa, se você estiver interessada. Ou podemos parar na sua casa. O que você quiser fazer.”

Ela parou na porta do lado do passageiro, e eu abri para ela.

Eu já estava indo meio que ajudá-la no carro quando eu percebi que tinha a mão na cabeça dela.

“Merda”, eu disse, tirando minha mão. “É hábito.”

Ela estava rindo baixinho quando fechei a porta atrás dela.

Balançando a cabeça, eu contornei o SUV e entrei.

O poderoso motor rugiu para a vida, e saí da minha vaga ao lado da do chefe. Eu acho que foi uma das vantagens de ser o assistente do chefe. Os lugares próximos a entrada no estacionamento.

Ninguém mais ousaria parar no meu lugar. Eles tinham tentado uma vez e eu removi o carro e o prendi no meu. O deixei preso para que eles não pudessem sair até que eles viessem a mim com um pedido de desculpas.

Tinha sido hilariante.

Claro, que eu não os deixei saber que eu achei engraçado, mas realmente tinha sido muito divertido.

“Vou usar uma das camisas da sua irmã”, respondeu ela, enquanto observava a cidade passar pela janela.

“Onde você gostaria de ir?” Eu perguntei, apoiando meu cotovelo no console, entre nós dois. Quando percebi que o seu braço que já estava lá, peguei a sua mão e apertei.

Ela segurou firme.

Sua mão parecia minúscula dentro da minha.

A sua era suave. A minha era áspera.

A dela magra e frágil. A minha, forte e resistente.

A sua se encaixava perfeitamente na minha, como se a minha fosse feita para segurar a dela.

Ela esfregou seu polegar para frente e para trás no meu próprio enquanto ela falava. “Eu não estou muito familiarizada com Kilgore, ainda. Eu fui apenas na padaria que eu encontrei com você e seu amigo. E um lugar chamado The Back Porch. Eu nem sequer saí da cidade ainda. Ouvi dizer que há um monte de lugares para comer em Longview e nos arredores.

Longview era cerca de trinta minutos de Kilgore.

Pelo tempo em que eu vivia na área, eu só tinha estado em Longview algumas vezes.

“Há um bom lugar na parte de baixo da cidade chamado Rotten Rooster9”, eu disse, provocando.

Ela riu. “Isso soa perfeito para o meu humor no momento. Vamos até ele.”

Balançando a cabeça, eu virei em direção à estrada, quando um carro na minha frente ultrapassou o sinal de parada, correndo na estrada, pelo menos, trinta quilômetros acima do limite de velocidade.

“Porra,” Eu suspirei e acendi minhas luzes. “Segure-se.”

Então eu acelerei, acendendo as luzes, ligando a sirene, indo na mesma direção que o carro em alta velocidade.

Em seguida, chamei a central no rádio.

“Expedição, esta é a Unidade 6. Eu estou no Stone Road indo para o leste na 349. Eu tenho uma 10-75”.

“10-4, Unidade 6”, respondeu.

Eu desliguei o rádio e coloquei as duas mãos no volante, alcançando o carro facilmente. Olhei para meu radar, observando que estávamos indo a oitenta e nove quilômetros por hora em um local onde a velocidade máxima permitida era sessenta.

Arrisquei um olhar para Reese e vi que ela sorria largamente.

“Você está gostando disso”, eu disse, balançando a cabeça.

Ela riu. “Sim!”

Ela estava praticamente pulando em seu assento de excitação.

Seguimos o carro por mais dois minutos antes que a pessoa que estava ao volante percebesse que estava sendo seguido.

Inclinei-me para trás, enfiei a mão na parte traseira do banco e puxei o colete, vestindo-o, deslizando-o em cima do meu ombro antes de prendê-lo para baixo apertado.

Reese ficou me olhando com os olhos arregalados enquanto eu saia do carro e me aproximei do lado da janela do passageiro.

A rua que estávamos era de duas pistas, de modo que era mais seguro, não só para mim, mas para o motorista me aproximar do lado do passageiro.

Chegando a janela, eu disse, “Licença e registro.”

A jovem olhou assustada.

Ela era jovem. Talvez dezesseis ou dezessete anos.

Quando ela chegou ao porta-luvas, meus olhos ficaram em suas mãos, atento a armas.

O trabalho de um oficial de polícia era difícil.

Uma colisão de trânsito, poderia ser fatal em questão de milésimos de segundos. É por isso que os policiais sempre têm uma má reputação por aplicar multas facilmente.

Nós estamos constantemente lá fora, colocando nossas vidas em risco. Eu tive uma arma apontada para mim, tantas vezes que eu não posso contá-las em todos os meus dedos. O que tem me deixado cansado.

Minha vida sempre vai ser colocada em primeiro lugar.

Sempre.

“Eu não tenho minha licença”, ela sussurrou, chorando agora.

Suspirei. “Quantos anos você tem?”

Ela fungou. “Quinze.”

Eu esfreguei minha testa com a mão.

“Ok, saia do carro,” eu pedi.

Ela começou a chorar mais alto, mas saiu do carro, fechando a porta atrás dela.

“Por que você estava correndo tanto?” Perguntei.

“Minha irmã me ligou há dez minutos chorando, dizendo que precisava de uma carona porque o namorado terminou com ela, enquanto estava em uma festa com ele. Meus pais estavam dormindo, e eu pensei que eu poderia chegar lá e voltar sem que eles percebessem”, explicou ela entre soluços.

Eu queria gemer.

“Qual é seu nome?” Perguntei.

“Macy, Macy Rubio,” ela me disse.

“Tudo bem, eu vou te levar sentada na parte de trás do carro-patrulha, e vamos encontrar a sua irmã. Então vamos para sua casa e acordar seus pais. Vou precisar de suas chaves para que eu possa levar seu carro,” eu disse.

Ela entregou as chaves e eu a acompanhei até a parte de trás do meu SUV, abrindo a porta e ajudando ela a entrar.

Eu entrei no carro dela e o levei mais para fora da estrada, ligando as luzes traseiras antes de sair.

Eu andei até minha porta e entrei, dando a Reese um sorriso de desculpas que ela devolveu.

“Para onde vamos?” Perguntei.

A menina tinha se acalmado um pouco, mas ela ainda estava fungando a todo segundo.

“A próxima estrada do lado de baixo. Última casa à direita”, disse ela.

Ficamos em silêncio, e quando nos aproximamos do local eu soube imediatamente qual casa era, devido à enorme quantidade de carros e pessoas em frente a ela.

“Como saberei quem é a sua irmã?”, Perguntei.

Então eu vi a bebida e muita fumaça em meio as inúmeras pessoas no gramado da frente, e suspirei, pegando meu rádio.

“Expedição, eu tenho um 10-15 em andamento. Estou em alerta aguardando reforço. Várias unidades”, eu disse, passando o endereço.

Eu gostaria de tentar ir sozinho, mas se eu tivesse pelo menos mais um comigo, eu seria um pouco mais contido.

A maioria conseguiria fugir, mas alguns poucos seriam pegos. Então aqueles que fossem presos entregariam os outros. Ninguém queria ir para baixo sozinho.

“Eles todos parecem menores de idade”, Reese murmurou, examinando a área.

Meus dedos bateram impacientemente no volante. “Sim. É por isso que eu chamei reforço. Isto não é bom. Muitas dessas crianças vão para casa e, possivelmente, matar alguém no processo.”

Eu mesmo não quero ficar preso aqui, quando todas as crianças começassem a correr.

E eles iriam.

Ela assentiu com a cabeça. “Houve um acidente não muito tempo atrás em uma volta para casa. Um garoto matou uma colegial que estava se formando na próxima semana. Foi horrível.”

“Eu ouvi sobre isso. Ele estava no segundo ano, certo?” Perguntei, mantendo meu olho no gramado.

“Essa é a minha irmã”, Macy sussurrou, apontando para uma jovem loira que saiu da casa no braço de um atleta.

Eu o reconheci como um jogador de futebol.

Eu trabalhei no jogo da faculdade na última sexta-feira, quando ele tinha jogado e eles venceram.

“Esse é o namorado dela?” Perguntei a ela.

Macy assentiu. “Trent Dawes. Ele é o quarterback do Kilgore College,” ela confirmou a minha suspeita.

Liguei meu SUV e saí, tentando colocar a maior distância possível da estrada. Então desci do carro.

“Trent Dawes?” Eu chamei.

O jovem jogador de futebol olhou para cima, quando ele abriu a porta de seu carro. Então, como eu sabia que seria, gritou, “Policiais!”

Não foi muito alto, mas bastava uma pessoa ouvir e começar a espalhar. E foi o que aconteceu.

As crianças começaram a correr em todas as direções. Alguns para seus carros. Outros para a floresta do outro lado da estrada.

Eles pareciam formigas que tiveram sua casa perturbada.

Era sempre cômico ver o caos. Felizmente, porém, os outros meninos de farda azul apareceram exatamente no momento do show.

E nós fizemos uma festa de arromba.


Capítulo 10


Homens geralmente concentram-se demais no decote da camisa para ver a loucura nos olhos.

-Lição de vida


Luke


“Os pais não pareciam muito felizes com suas filhas”, Reese sorriu enquanto caminhávamos de mãos dadas para o Whataburger.

Não, eles não estavam felizes. Na verdade, o pai tinha ficado absolutamente lívido.

O que era bom.

Os pais eram necessários para incutir o temor de Deus em seus filhos. Se mais pessoas fizessem isso, não haveria tantos idiotas fazendo seus espetáculos na face dessa terra.

O quarterback, por exemplo.

Ele tinha sido inflexível em dizer que ele não iria para a cadeia.

Eu só sorri, porque era mais do que evidente para mim que sim, pela erva que eu tinha encontrado no bolso dele.

Ele sabia que não era invencível, e que ser a estrela da faculdade não lhe daria um passe livre no mundo real.

“Não, eles não ficaram. Mas isso é bom. As crianças hoje em dia, não tem a mesma disciplina que tínhamos. Você não acreditaria quantos jovens eu prendo a cada semana e seus pais não dão uma merda para isso.”

“Eu tentei fugir, uma vez quando estava na escola e meu pai trancou a janela que eu usei para escapar”, disse Reese, sorrindo para a memória com carinho. “Ele me escreveu uma nota e colocou sobre a porta de trás, dizendo que ele tinha me deixado um cobertor na cadeira de balanço na varanda de trás, e que desejava que eu aproveitasse a minha noite fora. Foi terrível.”

Eu bufei. “Meu pai é um chefe de polícia do Wyoming. A última vez que escapei de casa, ele tinha deixado um dos seus meninos para me prender e me deixar na cela de bêbados a noite toda. Foi horrível, e eu cheirava a merda quando eu finalmente saí na manhã seguinte. E ele fez minha mãe me pegar, o que era ainda pior, porque eu odeio desapontar minha mãe.”

Ela riu disso, com certeza imaginando eu jovem, tendo que explicar o que tinha feito para a minha mãe.

“Minha irmã teve uma briga com meu pai quando era mais jovem. Foi terrível. Eles não conversavam, mas ficavam perguntando um pelo o outro. Ambos eram muito teimosos. Agora se você vê-los juntos, você não suspeitaria nunca que eles tiveram um problema e que se recusaram a falar um com o outro por ano”, Reese disse, tomando um gole de seu milk-shake.

Eu não suspeitaria disso. Eu tinha os visto juntos na festa na semana passada. Isso me mostrou que realmente eu não sabia tudo.

“Sua antiga paixão está do outro lado olhando para você como se fosse o seu urso de pelúcia desaparecido”, disse ela, mexendo com o canudo antes de puxá-lo para fora e envolver a língua em torno dele.

Meu pau endureceu, e de repente ficou difícil respirar sem ofegar.

“Como ela é?” Eu perguntei, tentando o meu melhor para me controlar quando ela lambeu o canudo antes de responder.

“Longos cabelos negros, olhos verdes. Dentes muito brancos. Peitos grandes”, ela murmurou, mergulhando o canudo de volta no copo. “Aquela da padaria.”

Observando o movimento avidamente, expliquei. “Essa é a minha ex-namorada, Lydia. Eu ainda não descobri por que ela está aqui. A última vez nos falamos foi há seis anos atrás.”

Suas sobrancelhas subiram. “Seis anos é muito tempo. Eu nunca ouvi os detalhes da sua separação, além do fato que ela não tinha gostado de você ter uma filha.”

Ela estava cavando, tentando não parecer muito interessada, quando eu sabia que ela estava. Dei de ombros. “Foi um rompimento médio, eu acho. Ela não queria filhos e eu tinha uma filha. Não é como se eu pudesse realmente me livrar da criança, eu tinha a obrigação de fazê-la feliz. Eu acho que realmente a surpreendeu quando eu escolhi Katerina, e não ela. Nós terminamos quando ela admitiu que não queria que eu assumisse minha filha, e eu me mudei para cá um mês depois.”

Sua boca abriu-se. “Você teve a criança antes de conhecê-la, obviamente. Quem diabos iria apenas se livrar de uma criança porque a nova namorada não queria filhos?”

Dei de ombros. “Não sei. Eu imagino que há mais nessa história. Seu pai era muito tenso, e não gostava de mim tendo uma filha fora do casamento. Presumo que Lydia me fez soar pior do que eu realmente era. Eu tinha um pressentimento durante todo o relacionamento que não daria certo. Eu dizia a mim mesmo que estava apenas passando o tempo com ela, embora. Essa foi a única razão pela qual mantive a relação por tanto tempo, quando eu sabia que não ia dar certo.”

Ela sentou-se na cadeira, com um sorriso no rosto. “Então você a usou para o sexo?”

Eu balancei minha cabeça. “Não. Não foi isso que eu disse.”

“Ah?” Ela perguntou. “Então o que você quer dizer?”

“Isso significa que eu estava me divertindo. Ela era uma diversão, uma que poderia ter se transformado em algo mais com o tempo, mas que acabou com qualquer perspectiva, quando ela me disse que não gostava da minha filha”, eu disse friamente.

Eu não teria dito isso tão friamente, se eu não tivesse visto Lydia se levantar no espelho acima da cabeça de Reese.

Apenas tê-la perto de mim, me deixava em alerta. Assim como tinha sido desde que eu a deixei. Eu a vi recuar e virar-se, como fez Reese, que me deu um olhar simpático.

“Você tem esse tique, logo acima seu olho”, disse ela, com um sorriso brincando no canto de seu lábio. “Eu acho que eu realmente gosto de você. Eu não achei que alguém poderia ser tão mau como eu.”

“Você já terminou, ou você vai continuar brincando com o canudo e a sua língua talentosa? Eu perguntei, exasperado.

Ela piscou.

“O que...”, ela perguntou, lambendo o canudo completamente antes de sugá-lo em sua boca. “Será que isto o incomoda?”

Ela estava brincando com fogo.

“Você sabe,” eu disse, levantando lentamente. “Eu tive uma semana infernal. Estou realmente por um fio e você está muito perto de apertar meu último botão.”

Ela ficou muda, e levantou deixando o milk-shake pela metade.

“É o botão de que?” Ela perguntou me olhando por sobre o ombro.

Eu reparei na bela visão de seu traseiro. As calças pretas apertadas que moldavam a sua bunda perfeita. Seu longo cabelo encostando no topo de sua bunda, apenas implorando que eu afundasse meus dedos neles. Poderia puxá-lo enquanto eu a pegava duro, por trás.

“Eu não sou um homem fácil.” Eu disse suavemente atrás dela. “Eu sou áspero. Eu tenho uma filha. Meu trabalho é exigente e eu não vou ser capaz de dedicar muito tempo a você.”

Ela arquejou. “Eu não sou uma mulher fácil. Eu sou emocional. Eu tenho bagagem. Sou barulhenta. A minha filha requer muito da minha atenção. E eu tenho TPM uma vez por mês.”

Em um movimento rápido, eu fixei-a contra a lateral.

Seu corpo ficou mole, e seus dedos foram para minha camisa, segurando-a em seus punhos. Minha boca caiu sobre a dela. Semanas de frustração sexual saindo pelo beijo.

Ela tinha gosto de sorvete de baunilha.

Macia e suave, e oh, tão doce.

“Você é tão sexy”, eu disse contra seus lábios. “Quando tiver você na minha cama, vou te deixar sem ar por uma semana.”

Ela sorriu, puxando o ar que eu tinha acabado de expirar antes de dizer: “Nós temos crianças. Você tem até as dez horas da manhã. Aceita?”

Eu me inclinei para frente. “Isso é tempo suficiente, por agora.”


Capítulo 11


Calças legais. Agora a retire para que eu possa te foder.

A menos que você não seja afeiçoada a elas, então eu vou cuidar delas para você.

-Luke


Reese


Nós não passamos da garagem de Luke.

Eu estava nervosa.

Ele iria perceber que eu não tinha feito sexo em anos?

Quando olhei para Luke, seu dedos apertando o volante, o grande volume de seu pênis por trás de suas calças pretas, eu comecei a entrar em pânico.

Foi por isso que nunca fui para dentro.

Ele deve ter percebido o meu pânico, quando ele entrou com sua viatura na garagem e desligou. Ele olhou para mim, pálpebras para baixo e me deu um sorriso de lobo, antes das suas mãos ir em direção de ambos os cintos de segurança os soltando e me arrastou através do console.

Fui, dobrando as pernas para cima até que eu montei nele, joelhos plantados em ambos os lados de seus quadris.

De um lado o cinto de segurança pressionando em meu joelho, no outro, a porta e sua arma. Mas o meu desconforto, de repente voou pela janela em um salto, quando os seus lábios quentes e molhados desceram sobre os meus.

Ele capturou meu lábio inferior entre os dentes, puxando levemente para baixo, contraindo para cima, ao mesmo tempo.

Meus olhos se cerraram com o calor de seu pênis esfregando contra o meu sexo, causando necessidade pelo meu corpo como uma corrente elétrica. Minha respiração acelerou. Minha frequência cardíaca aumentou. Meus mamilos entumeceram, e senti meu sexo molhar minha calcinha.

Quando ele chupou meu lábio, eu me mexi para frente e para trás, trabalhando meu núcleo ao longo de seu comprimento duro, esbarrando em seu cinto e arma em cada movimento para frente.

Suas mãos viajaram até meus lados, encontrando as aberturas da minha camiseta, nos cortes das mangas que eu tinha feito hoje mais cedo, apressadamente, pela manhã.

O tecido era irregular, cobrindo apenas minhas costelas inferiores e barriga.

Os polegares engancharam no meu sutiã esportivo, deslizando até o limite dos meus seios, cobertos agora apenas por um pedaço de tecido. Ele afastou o material, amontoando em torno de minhas axilas, e eu apreciei o gesto. Algo sobre ele não retirar minha camisa, fez a situação ficar mais atrevida, quente.

Seus olhos estavam focados em meus seios, enquanto meus mamilos ficavam mais salientes ainda, ficando em evidência contra a minha camiseta cinza.

“Tão, sexy,” ele gemeu, deixando os polegares viajarem por baixo da minha roupa e indo esfregar contra os meus mamilos. Engoli em seco, me concentrando no seu toque.

Ele sorriu, juntando os tecidos de cada lado e empurrando pelos meus braços, deixando meus seios ainda mais expostos. Ele parecia tenso com a necessidade enquanto estudava-os.

Então, lentamente, ele se inclinou para frente e deu uma lambida. Então ele soprou sobre ele, fazendo-os endurecer incrivelmente mais.

“Oh, Deus”, eu disse, sentindo que o ato foi como um choque para minha buceta.

Ele sorriu antes de repetir o processo no outro mamilo.

Minhas mãos começaram a lidar com o colete de Kevlar10.

Depois que eu o desabotoei e joguei descuidadamente no assoalho do lado do passageiro, eu abri a sua camisa que estava por cima de uma camiseta branca.

Ele ergueu os braços e curvou os ombros para fazer a remoção mais fácil, e eu estava contente.

O espaço confinado do carro estava prejudicando minha capacidade de manobra, aumentando a minha necessidade a cada toque dos nossos corpos.

Ele deixou minha camisa onde estava, presa no lugar entre os meus seios, quando ele se inclinou para frente e sugou um mamilo rosado na boca como um homem faminto.

Minhas mãos encontraram seu cabelo, e eu apertei meus dedos sobre ele, enquanto movia meus quadris contra seu pênis, rápido, cada vez mais rápido.

Sua mão livre beliscou meu outro mamilo, provocando uma pitada de dor misturada com o meu prazer.

“Oh, Deus”, eu gemi, sentindo uma sensação muito familiar começar através de mim. Percebendo meu movimento frenético, a boca deixou meu mamilo, mudando para o outro, sugando duro, enquanto a mão livre desceu por minha barriga.

Seus dedos ágeis deslizaram sob o cós, primeiro das minhas calças, depois então da minha calcinha.

Senti seus dedos entrarem totalmente, quando eles trabalharam seu caminho através das minhas dobras escorregadias, passando por meu clitóris e em linha reta para o interior da minha buceta.

Seus dedos ásperos e grandes trabalhando o meu canal vazio, era exatamente o que eu precisava para chegar na borda desse precipício.

Caí. Difícil.

Gemendo alto, eu joguei minha cabeça para trás e apertei os dedos dentro de mim com o meu orgasmo.

Sua boca no meu mamilo nunca parou, quando eu praticamente inundei seus dedos com a minha libertação.

Foi tão intenso, que eu não estava ciente do movimento de nossos corpos, até que eu senti minhas costas bateram em algo suave e inflexível. Meus sapatos foram os primeiros a sair, seguido por minhas meias, calça e calcinha. Ele deixou minha camisa onde estava, quando minhas pernas se abriram para o seu olhar quente.

Eu estava molhada e inchada, e a expressão em seu rosto, tinha me excitado quase ao ponto de outro orgasmo, não permitindo que eu me recuperasse do primeiro ainda.

Seus olhos estudaram o meu rosto, meu corpo estendido sobre o capô do seu carro. Notei rapidamente a lua em uma profunda meia-noite púrpura, que se estendia perfeita.

Em seguida, todos os pensamentos de estar sobre o capô do seu carro morreram, quando ele enfiou a mão no seu bolso de trás e tirou uma carteira.

Seus dedos procuraram dentro das profundidades, saindo com uma embalagem metálica, que ele manteve entre seus dentes, quando ele abriu o zíper de sua calça e manobrou seu comprimento grosso para fora da abertura.

Minha mente apagou quando avistei a beleza.

Grande e grosso, eu me perguntei brevemente se ele me machucaria ao entrar em mim, mas rapidamente descartei esse pensamento. Eu não me importava se ele me machucasse. Na verdade, eu meio que queria a dor.

Ele sorriu e rasgou o pacote, abrindo-o com os dentes, removendo o preservativo, colocando o látex sobre seu pau duro.

Meus olhos foram atraídos para suas bolas penduradas entre as pernas, enquanto ele se revestia com o preservativo. Com cada movimento, elas balançavam, e a minha boca encheu de água.

Então sua expressão que era de fome, se alterou, indo rapidamente para necessidade, quando ele tomou meus quadris e rolou meu corpo, até que eu estava deitada de bruços sobre o capô.

Minhas mãos foram para o espaço entre o para-brisa e o capô, agarrando-me firmemente, quando ele me posicionou mais para baixo no carro, antes de alinhar seu pau duro no meu núcleo.

Com um movimento rápido, ele enterrou profundamente dentro de mim.

Os acessórios presos no seu cinto encostaram-se à minha bunda, mas eu estava além, quando o sentimento de estar sendo preenchida além da capacidade tomou conta de mim.

“Jesus, você é terrivelmente apertada,” ele gemeu, puxando seu pênis e afundando de volta dentro de mim.

A única coisa que conseguiu foi um grunhido de admissão, quando seus quadris se chocaram contra o meu.

Não estando satisfeito com o ângulo, ele me moveu até que meus pés estavam firmemente plantados no chão.

Minhas mãos mal conseguiam me segurar, mas eu não me importava.

Com cada impulso de seu pênis, os testículos giravam e batiam em meu clitóris deliciosamente.

Meus quadris foram pressionados firmemente em seu carro, e eu pensava vagamente que iam ficar impressões do meu corpo contra a pintura.

Minha testa caiu para frente, enquanto suas mãos pressionaram em cada lado dos meus quadris para aumentar o aperto sobre mim. Em seguida, ele mudou seus movimentos. Indo de movimentos bruscos e rápidos a um lento circular, batendo em algum lugar proibido dentro de mim.

Umas de suas mãos se moveram do meu quadril, e em seguida emaranharam-se no meu cabelo, removendo o laço que estava prendendo-o e deixando a grande massa de cachos em queda livre. Então, ele enterrou sua mão gigantesca em um monte e puxou.

Minha cabeça arqueou quando ele colocou pressão sob o meu cabelo, me puxando para trás até que eu estava de pé, colada contra seu corpo.

O carro segurando meus quadris firmes, quando ele moeu seu pênis dentro de mim.

“Está gostoso para você?” Ele perguntou, retirando um pouco antes de pressionar novamente para dentro.

Eu soluçava enquanto dizia, “Sim.”

Seus lábios desceram na minha garganta exposta, sugando minha pele entre os lábios ligeiramente, me marcando, e de repente ele se retirou do meu corpo.

Eu o percebi se movimentando nas minhas costas, e em seguida sua boca desceu entre as minhas pernas.

Agarrei seus cabelos, puxando para trás com o impulso simultâneo de meus quadris para frente.

Ele riu de meus movimentos, e eu gritei de surpresa quando dois dedos de repente bateram dentro de mim, me surpreendendo com a forma que ele me preencheu em sua plenitude.

“Oh, Luke,” eu gemia, pressionando meu corpo contra o capô do carro, enquanto inclinava meus quadris, movendo-os da melhor maneira que podia, tentando alcançar o meu clímax, que eu percebia que estava bem ao meu alcance.

Ele riu contra o meu clitóris, em seguida, fechou os dedos em minha buceta, fazendo meus olhos apertarem firmemente, enquanto ele massageava meu ponto G.

Ele gemeu alto, chupando meu clitóris entre os dentes antes de morder suavemente.

Eu gritei, gozando duro, enquanto ele continuava trabalhando em mim. Minhas próprias mãos encontraram meus seios, apertando e massageando quando meu orgasmo rasgou através de mim.

Ele não deixou de me tocar em momento algum durante toda a minha liberação, só parando quando eu comecei a me afastar do seu toque. Então, como um louco, ele levantou-se rapidamente, me empurrou de costas até minha bunda ficar apoiada na borda do capô, e bateu dentro de mim, duro e áspero.

Suas bolas bateram contra mim com cada impulso de seus quadris, e eu engasguei com um renovado desejo me levando em rota de colisão com outro orgasmo.

Seu polegar encontrou meu clitóris, enquanto seus olhos focavam os meus. Ele observou as emoções passando através de mim, enquanto trabalhava meu clitóris com os dedos calejados, sacudindo-os habilmente com o lado de seu polegar.

Então ele se inclinou para frente

“Deixe-me ter o seu peito”, ele ordenou.

Eu coloquei um seio na mão e apontei o mamilo em linha reta em sua boca, que ele imediatamente sugou, alimentando-se vorazmente.

“Oh Deus”, eu disse sentindo que estava passando novamente do ponto que não dava mais para retornar.

Novamente, pelo terceiro momento em menos de vinte minutos, eu estava gozando.

Desta vez, porém, ele gozou junto comigo.

Com a minha buceta ao redor de seu pênis, eu podia senti-lo empurrando dentro de mim, disparando o seu líquido na ponta do preservativo.

Eu gritei em voz alta, perdendo a capacidade de manter o meu peito para cima, quando eu enterrei minhas mãos em seu cabelo.

Depois de algum tempo, meu orgasmo diminuiu, e meus membros caíram molemente contra o carro.

Nós dois ofegávamos quando ele se levantou, olhando nos meus olhos por longos momentos antes de sorrir.

“Essa era uma fantasia minha já há algum tempo, que você realizou agora”, admitiu ele maliciosamente.

Pisquei. “O que?”

Ele levantou-se totalmente e se retirou de mim, a sensação de vazio me deixando momentaneamente atordoada.

“Ter você em meu carro.” Ele indicou o carro onde eu estava inclinada. “Assim que eu vi seu carro na padaria, eu sabia que isso ia acontecer. Eu mesmo poli ele para que eu pudesse ver a marca do seu corpo sobre o capô. O ato em si, foi muito mais do que eu jamais imaginei. Estas memórias vão ser incríveis, porra.”

Seu sorriso me fez querer bater nele.

Jesus, o homem era incorrigível.

Suas mãos trabalharam com agilidade, quando ele puxou o preservativo para fora de seu pênis e o eliminou em uma grande lixeira no outro lado da garagem.

Sentei-me e pulei para baixo, virando-me para examinar os danos. O capô do carro estava coberto de suor e outras coisas. Coisas que precisavam ser limpas.

Espiei o pano de lustrar no canto, andei até, o peguei e comecei a limpar o capô, retirando as marcas com movimentos eficientes e rápidos.

“Eu acho que eu estava errado,” Luke falou lentamente atrás de mim.

“Errado sobre o quê?” Perguntei sem entender.

Ele inclinou a cabeça para frente. “Essa é a minha nova fantasia. Ver você lavar meu carro nua. Com bolhas de sabão sobre seus seios e suas pernas.”

Eu balancei minha cabeça.

“Você está louco,” eu provoquei.

Ele assentiu solenemente. “Provavelmente. Mas seria uma maneira bem divertida de foder.”

Eu ri.

“Louco, pra caralho,” eu confirmei com um aceno de cabeça.

Ele riu e colocou seu pau, que eu notei que ainda estava meio ereto, de volta em suas calças e fechou. Depois, caminhou para frente, pegou minha mão e me puxou para segui-lo através da garagem para a porta que dava para sua casa.

Eu não esperava um ambiente tão arrumado quando entrei em sua cozinha.

Acho que pensei que, por alguma razão, que um pai solteiro seria bagunceiro. No entanto, a cozinha era impecável.

“Sua cozinha é realmente limpa”, observei.

Ele fez uma careta. “Anos de cortesia e responsabilidade nos fuzileiros navais dos Estados Unidos.”

Seu sorriso era contagiante, e eu andei em direção a ele, passando os braços em torno de seu pescoço. Minha cabeça repousava sobre o seu peito, observando que ele ainda usava o distintivo em volta do pescoço.

“Você irá me tratar bem?” Perguntei.

Ele levantou meu queixo, fazendo-me olhar em seus olhos quando ele perguntou: “A questão é, você vai tratar-me bem?”

Eu balancei a cabeça da melhor forma que pude, com as mãos cobrindo cada lado do seu rosto.

“Vou tentar não ser uma cadela furiosa durante minha TPM todo mês,” eu confirmei.

Ele balançou a cabeça, um sorriso brincando no canto dos lábios. “E eu vou tentar não ignorá-la enquanto estou no trabalho.”

Belisquei seus lados, fazendo-o recuar.

“Então, eu vou precisar de algumas roupas”, eu disse, puxando meu sutiã de volta para baixo para cobrir os meus seios.

Ele piscou. “Eu tenho uma camisa com seu nome nela.”


Capítulo 12


Equipe de corrida de caracol. Sim de concha!

-Frase de camiseta


Reese


“Saiba que eu estou mantendo esta camisa,” eu disse enquanto olhava meu celular. Era a única coisa que eu tinha comigo, além das roupas do corpo e minha chave de casa.

Eu não sei o que eu estava esperando encontrar, quando comecei a examiná-lo. Ok, bem, eu fiz sabendo o que eu queria encontrar. Eu esperava que meu ex tivesse me ligado para dizer que tinha mudado de ideia sobre Rowen.

A única coisa que faz isso melhor era que eu sabia que Rowen amava o pai. Que ela ficaria feliz com a situação.

No entanto, seu amor foi comprado. Não era o verdadeiro amor que eu tinha por Rowen. O amor de Rowen por mim era altruísta. Ela me amaria mesmo que eu nunca comprasse-lhe nada.

Ela me ama, porque o nosso amor foi construído ao longo de intermináveis noites sem dormir. De mim balançando-a quando ela era um bebê. De afago e cuidados, assistindo quantidades ilimitadas de filmes de princesa. Ficar a noite toda com ela, quando estava com febre alta.

O amor de uma mãe por seu filho era incondicional.

“Vamos ver”, Luke disse enquanto ele me seguiu até a cozinha.

Olhei para a camiseta da Copa Manteiga de Amendoim que ele me entregou naquela manhã, e sorri. Isso era perfeito.

Sorri por cima do meu ombro para ele. “Sem discussão. É minha.”

“Você sabe,” Luke disse, deslizando por trás de mim, me beijando no pescoço onde sua camisa caiu em um ombro, “a camisa de um homem sobre o corpo nu de uma mulher é como levantar uma bandeira de conquista em uma fortaleza.”

Oh, eu diria que ele certamente conquistou tudo. Completamente.

Após a nossa primeira vez no carro, nós repetimos mais três vezes durante a noite.

Agora, poucos minutos depois da última vez no chuveiro, eu estava deliciosamente dolorida, em lugares que eu nem sabia que poderia ficar.

Eu também tinha certeza de que minha vagina nunca iria se recuperar dos golpes, que ela tinha tomado durante toda a noite.

“Eu concordaria. Você definitivamente conquistou o Monte Reese,” eu provoquei.

Ele riu contra o meu pescoço, me dando um beijo suave sobre ele, antes de sair e andar até o bule de café.

“Quer um pouco?” Ele perguntou, levantando o pote.

Eu balancei minha cabeça. “Eu não bebo café. Você tem algum chocolate quente?”

Ele balançou sua cabeça.

“Achocolatado?”

Ele balançou a cabeça novamente.

“Xarope de chocolate?” Eu tentei.

Ele balançou a cabeça novamente, sorrindo agora.

“Bem, o que diabos você tem?” Perguntei, exasperada.

Ele abriu a geladeira. “Cerveja. V-8 Juice. Shakes de proteína. E leite.”

Eu torci o nariz. “O que Katy bebe?”

Ele encolheu os ombros. “Água ou leite.”

Minha boca estava aberta. “Não tem suco, chá ou leite com chocolate?”

Ele balançou sua cabeça. “Eu não deixo que ela beba esse tipo de coisa. Ela costuma se alimentar de maneira muito saudável.”

Eu balancei minha cabeça. Uau.

“Então, você já lhe deu... rosquinhas ou bolinhos?” Perguntei.

Ele encolheu os ombros. “Ela não sabe que eles existem, assim não pedirá por elas. Eu não como assim, então ela também não deve.”

Eu queria chorar por ela. Que criança nunca tinha experimentado o mundo dos anéis de rosquinhas?

“Eu aposto que ela sabe o que são, mas sabe que você não vai comprá-los para ela. Ela provavelmente tem outras formas de consegui-los”, eu expliquei.

Quer dizer, não havia nenhuma maneira possível, que uma criança não saiba que existem rosquinhas. Ela certamente os viu em outros lugares. Por exemplo, outras crianças que eu conhecia comiam em seus almoços na escola. Quando arrumo o almoço de Rowen, ela nunca vai sem algo doce, sendo biscoitos, bolos ou snacks de frutas. Eu sei que não é saudável, mas vamos lá, uma criança tem que viver!

“Eu não estou dizendo que ela nunca foi exposta a ele. Eu estou dizendo que ela nunca comeu. Assim ela não sabe o que está perdendo”, ele esclareceu.

Eu bufei. O homem era um policial pelo amor de Deus! Ele não poderia ser tão ingênuo.

“Onde Katerina está agora?”

Ele olhou para mim, se perguntando em qual armadilha que eu estava tentando pegá-lo. “Na casa de uma amiga.”

“Vamos lá, vamos lá agora e ver o que ela está comendo. São oito da manhã. Aposto qualquer coisa no mundo, que ela come mal quando ela não está com você”, retruquei.

“Tudo bem”, disse ele, enchendo um copo de café para viagem. “Vamos.”

***

“Este é um lugar agradável”, eu disse, examinando a área.

“Sim”, ele disse enquanto estacionava em frente a um prédio comercial. “Eles fizeram um monte de reformas nele ao longo dos últimos cinco anos.”

Ele me levou a um lugar chamado Free.

Aparentemente, havia casas na parte de trás. Que eu nunca teria pensado sequer em olhar, assim não saberia que elas estavam lá.

Não havia identificação na frente, então se você não passar pela cerca grande com pelo menos três metros que circundava a propriedade com arame farpado no topo, não dava para ver.

Eu tomei um gole do meu chocolate quente, que comprei no Mcdonalds, e olhei em volta. “Preciso trocar o meu óleo. Este é um bom lugar para isso?”

Ele me deu um olhar de nível. “Traga-o para mim sempre que quiser. Eu vou fazer isso pra você.”

“Eu iria, mas você não me deixaria lhe pagar.” Eu falei.

Ele me deu um olhar de soslaio. “Oh, você me paga. Não precisa ser apenas em dinheiro.”

Eu bufei e saí.

Ele me disse que normalmente eles só iam até a casa de Max, assim ele não quis avisá-lo que estávamos chegando.

Nós simplesmente fomos até lá.

Ele estava muito sério sobre a aposta, e ele estava querendo provar que eu estava errada.

“Vamos”, disse ele, pegando a minha mão e me levando ao redor do prédio.

Fiquei surpresa ao ver uma longa linha do que parecia ser, uma dupla cerca que ia até o fundo da garagem.

Elas estavam todas construídas com tijolos marrons. No entanto, à distância, pude ver duas casas atrás delas, e outra no processo de construção.

“Por que eles vivem tão perto uns dos outros?” Eu meditei.

Luke estava andando rápido à minha frente e eu estava tendo que correr para acompanhá-lo.

Quando ele viu a minha corrida (ok, mais como uma caminhada rápida), ele diminuiu a velocidade, em seguida, respondeu.

“Eles estiveram juntos nos Rangers alguns anos atrás. Em seguida, um monte de merda aconteceu, e eles decidiram ficar onde estavam. James vive aqui, também. Aquela ali é a sua casa”, disse ele, indicando uma casa a distância.

Uma que eu não tinha visto até que ele apontou.

“Então, quem vive nesse lugar?” Perguntei.

Ele encolheu os ombros. “Eu acho que as três primeiras estão vazias. Somente as duas últimas estão sendo usadas.”

Onde eles conseguiram o dinheiro para viver assim?

Eu queria viver em um condomínio!

Embora os únicos que fariam parte seria a minha irmã, seu homem, e meus pais. O que não constitui necessariamente um condomínio.

Este lugar, porém, porra.

“Então eles são como você, durões?” Perguntei descaradamente.

Ele olhou para mim e piscou.

“Ninguém é tão durão quanto eu”, brincou.

“Oh,” uma voz falou lentamente na frente de nós. “Eu discordo.”

Eu pulei me assustando, voltando a tempo de ver um homem grande caminhando em nossa direção vindo do bosque.

Luke não se assustou, entretanto.

Só eu.

Luke estava obviamente prestando atenção quando eu não estava.

“Sam,” Luke cumprimentou, reconhecendo o outro homem.

Ele se aproximou com duas meninas logo atrás dele.

Elas estavam vestidas com camuflagem igual a ele, que tinha um grande rifle de caça pendurada no ombro.

Época de caça.

Imagine isso.

Será que ele caça invasores na sua terra, e deixa suas filhas ajudar a torturá-los?

Então eu sorri para mim mesma. Eu realmente me faço rir, às vezes.

As meninas eram muito bonitas.

Eu acho que elas estavam em torno da idade de Rowen, mais ou menos.

Elas eram a cara de seu pai, só que com os cabelos longos e loiros e olhos cor de avelã.

Elas me observavam com uma intensidade que tinha grandes possibilidades de me fazer desconfortável, eu só sabia que mais tarde, um homem ia ter suas bolas entregues a elas com aquele olhar.

A menor das duas, só agora, sorriu para mim. “É a mãe de Rowen?”

Eu balancei a cabeça. “Sim.”

“Eu sou Pru, esta é Piper. Phoebe está perdida”, disse Pru, a lindinha de cabelos encaracolados.

Pisquei, e olhei para o homem, preocupada.

Ele sorriu. “Nós estamos brincando de esconde-esconde.”

“Com uma arma?” Eu deixei escapar antes que pudesse pensar.

Ele encolheu os ombros. “Há merda na floresta, eu prefiro não correr riscos sem estar devidamente preparado.”

Inclinei a cabeça. “Como um elefante?”

Eu vi a cicatriz em seu olho, quando ele sorriu.

Ele assentiu. “Tanto faz. Estou preparado, de qualquer forma.”

Um movimento acima da cabeça do homem me chamou atenção, olhei para cima e vi Phoebe, descendo da árvore. A única coisa que tinha chamado a minha atenção, foi o forro interior verde brilhante de sua jaqueta.

“Então, você ficaria chateado se ela fosse se esconder em uma árvore?” Perguntei, meus olhos nunca indo em direção a árvore.

Sam sorriu. “Ela está lá agora? Eu nem sequer a vi.”

Eu balancei a cabeça, as sobrancelhas levantadas. “Sim. Como ela chegou até lá?”

Ele virou-se e examinou a árvore. “Escalando, eu acho. Ela está subindo em árvores desde que ela tinha nove meses de idade, e começou com a árvore de Natal. Agora, com quase quatro anos, ela pode subir em uma árvore mais rápido do que eu.”

Eu vi quando ele caminhou até a árvore, as duas meninas seguindo obedientemente atrás dele, enquanto falava com Phoebe em sua posição acima dele.

“Nos vemos mais tarde,” Luke falou para ele.

“Luke. Reese. Foi bom encontra-los”, ele disse, levantando a mão por acima de sua cabeça.

Meu queixo caiu. “Como ele sabia meu nome?”

Sua risada deslizou pela minha pele como uma carícia sensual.

“Sam é um pouco paranoico quando se trata de seus filhos e sua esposa. Eu tenho um inferno de uma história para contar mais tarde de como nos conhecemos. Você ficará espantada”, brincou ele, finalmente parando no penúltimo duplex.

Batendo na porta, ele lançou um olhar arregalado para mim, quando surgiu por trás da porta um barulho parecido com uma manada de elefantes vindo em nossa direção. Por reflexo, dei um passo para trás, preocupada que a porta não suportasse o impulso dos pés minúsculos correndo a distância, mas todos eles pararam ao mesmo tempo.

“Quantas crianças que eles têm lá dentro?” Perguntei.

“Têm um dos seus filhos. Mais a minha. Possivelmente algumas outras crianças que vivem aqui. E a filha do irmão dela fica muito aqui também. Então não há realmente como dizer”, explicou ele, observando quando a maçaneta da porta girou e apareceu uma menina com cara confusa, o cabelo loiro sujo e nua em toda sua glória.

“Olá, Harleigh Belle. Onde está sua mãe?” Luke perguntou, aparentemente, não surpreendido pela nudez.

“Ela está limpando a cozinha. Fizemos bolos caseiros!” Harleigh Belle gritou. “E eu lambia os batedores de ovos. Mamãe diz que eu tive sorte que ela os desligou antes que eu os agarrasse. Papai está mudando suas calças porque...”

Seu discurso foi cortado por uma pequena mulher loira, com reflexos púrpura nos cabelos que veio atrás de Harleigh, cobrindo sua boca com a mão.

“Ei, Luke. Chegou cedo”, disse ela antes que seus olhos se voltassem para mim.

Então eu assisti com fascínio como seus olhos se iluminaram rapidamente com curiosidade. “Oi, eu sou Payton. Quem é você?”

Luke balançou a cabeça, mas antes que ele pudesse responder, Katerina passou em torno de Payton e chegou em seu pai.

“Papai!” Ela exclamou.

Luke a pegou no colo e a abraçou, sorrindo suavemente enquanto Katy colocou os braços ao redor do pescoço do pai.

Voltando-se para Payton, eu estendi minha mão e disse: “Eu sou Reese. É bom conhecê-la, Payton.”

Ela apertou minha mão rapidamente e deu um passo para trás, nos convidando a entrar. “Desculpe pela bagunça. Nós estamos fazendo bolos caseiros para o café da manhã.”

Eu sorri triunfante para Luke, em seguida, virei-me para examinar a sala. Surpreendentemente, ela não se parecia com um duplex no interior. Parecia uma casa normal. As paredes foram pintadas de bege, com uma grande cabeça de veado pendurada na parede, ao lado do retrato de um homem, uma mulher e uma criança pequena.

“Oh, ela era bem pequena!” Eu exclamei.

Payton foi até a foto e sorriu com carinho. “Sim, Harleigh nasceu prematura. Ela pesava dois quilos e quatrocentos gramas, eu estava de vinte e seis semanas.”

Minha boca se abriu em surpresa. “Você recebeu da clínica, uma daquelas fotos com a aliança de casamento na mão dela? Quando eu estava fazendo estágio em uma clínica durante a escola de enfermagem, tivemos um bebê que nasceu com vinte duas semanas de gestação, e tiramos uma foto com a aliança de casamento da mãe em torno de seu tornozelo.”

Ela assentiu com a cabeça e caminhou até algumas outras fotos sobre a lareira, uma das quais continha uma imagem de uma pequena mão apertando a aliança de casamento de seus pais.

A outra mostrava uma taça da Route 44.

“É adorável,” eu disse. “Quanto tempo ela esteve na UTI?”

“Setenta sete dias,” eu ouvi dizer atrás de mim.

Virei-me para ver um homem loiro, com uma cicatriz correndo pelo meio da testa, de pé atrás de mim e ao lado de Luke. Ele tinha um grande pastor alemão encostado em uma perna, e uma menina pendurada na outra.

Ele era um homem grande, também. Quase do tamanho de Luke, apenas um pouco mais baixo. Pergunto-me se alguma vez ele foi chamado de Harry Potter com essa cicatriz na testa e o olhar perverso. Será que ele me bateria na cabeça com o punho se eu dissesse isso?

Minha boca se contraiu, e seus olhos se estreitaram. Quase como se soubesse exatamente o que eu estava pensando.

Pressionei meus lábios para evitar as palavras de saírem.

Eu tinha uma séria falta de controle com as palavras, às vezes.

“Max, esta é Reese. Reese, este é Max,” Luke nos apresentou.

Eu andei para frente e estendi minha mão para ele. “É bom conhecê-lo, Harry.” Payton começou a rir, e Max estreitou os olhos para mim novamente.

Minha mão cobriu minha boca antes que ele pudesse voltar a pegá-la. “Eu sinto muito!”

Luke riu suavemente. “Reese.”

“Enfermeira Doherty é uma enfermeira na minha escola. Ela me deu uma injeção na perna, na escola há duas semanas,” Katy disse com orgulho. Todos os olhos se voltaram para mim e eu corei.

“Eu não lhe dei uma injeção na perna, por si só. Apliquei-lhe a epinefrina.”

Payton assentiu. “Eu nunca tive que fazer isso em meus anos como enfermeira. Nem uma única vez. Isso é muito impressionante.”

Payton apontou para o sofá que estava repleto de cobertores e bichos de pelúcia, e eu me sentei. “Eu não diria que eu não me apavorei. Eu nunca tinha feito isso também, e eu sou enfermeira por seis anos agora,” eu expus.

Ela assentiu com a cabeça. “Quando Harleigh, era um bebê eles achavam que ela era alérgica a gatos, mas descobrimos que ela tinha uma forma leve de asma após exames adicionais. Assustou a porra fora de nós quando a conversa de anafilaxia e epiferina surgiu.”

“Minha filha, Rowen, teve uma reação alérgica a alguns antibióticos quando ela tinha dois anos. Eu, sendo uma enfermeira e tudo, sabia o que estava acontecendo assim que olhei para ela. Isso não me fez lidar com isso mais facilmente, entretanto. Eu só sabia o que mais poderia dar errado se ela tivesse qualquer piora além da grande erupção cutânea que se espalhou por todo o corpo. Felizmente, só lhe deu urticária e parou por aí”, eu disse, inclinando-me para trás até que minha cabeça descansou contra o sofá.

Eu ouvi a porta da frente se fechar, vendo que os dois homens, assim como as crianças, não estavam mais na sala.

Quando olhei para trás, vi os olhos de Payton brilhando positivamente com excitação. “Então ... diga-me como vocês se encontraram. Ele é bom na cama?”

***

“Obrigada pela carona,” eu disse suavemente, de pé no degrau mais alto da minha varanda da frente.

Ele encolheu os ombros. “É o mínimo que eu poderia fazer, desde que você chamou atenção para os erros que estava cometendo.”

Eu ri. Payton e eu tínhamos saído quase uma hora depois dos homens, e Max teve a orelha cheia de Luke dizendo como bolo caseiro ‘não era um alimento adequado para o café da manhã’. Payton e eu gargalhamos sobre a surpresa de Luke por sua filha não comer comida saudável quando ele não estava por perto.

Na verdade, foi muito divertido ver como ele se surpreendeu quando ouviu Katy dizer-lhe sobre como era bom o bolo caseiro. E que tipo era o seu favorito, além de que gostava mais de Twinkies do que bolinhos Hostess.

“Oh, o prazer foi todo meu,” eu informei a ele.

Luke se inclinou para um beijo, roçando seus lábios nos meus duas vezes, antes que ouvimos o som de um carro a diesel parando na entrada da minha casa.

É claro que foi justamente quando Weston chegou.

Porra, tinha que ser.


Capítulo 13


Se você abrir seu coração para um homem, ele provavelmente vai tentar enfiar seu pau lá dentro também.

- Reese para Tru


Reese


Novembro- Uma semana antes do dia de Ação de Graças


“Alô?” Eu disse com raiva no telefone.

“O que há de errado?” Luke perguntou assim que eu atendi.

Suspirei. “Nada. Ouça, tenho que ir.” Luke ficou em silêncio com o que falei, e eu sabia que não diria mais nada a ele, apenas não estava pronta para falar sobre isso ainda.

Eu estava chateada.

Tão irritada, na verdade, que eu estava pronta para esmurrar alguma coisa.

Qualquer coisa.

Eu comecei meu dia doente. Como estive durante os últimos oito dias. Felizmente, eu estava quase curada.

Infelizmente, eu ainda não tinha energia para lidar com a merda das pessoas. Eu tive uma gripe no pior momento possível. Esta era a semana que eu normalmente começava a planejar a Ação de Graças, mas não conseguia fazer um único plano, quando mal poderia manter os olhos abertos.

Minha mãe ainda estava se recuperando do seu tratamento, assim eu seria a última pessoa que poderia estar próximo a ela nesse momento, com seu sistema imunológico comprometido. O que significava que fiquei sem a ajuda de ninguém. Mamãe, meu pai, ou minha irmã. Eu sofri sozinha, nenhum deles veio em meu auxílio, mesmo sabendo que eu estava doente.

Embora, esse era o modo de vida de uma mãe solteira, e eu estava acostumada com isso agora.

Então, é claro, qual seria o melhor momento para eu pegar uma gripe?

Dizer que eu não estava mais doente não era realmente verdade. Isso só queria dizer que eu já não tinha mais febre, mas continuava a ter o cansaço e a absoluta falta de vontade de me mover.

Fiquei contente de finalmente ser capaz de respirar normalmente de novo. Isso e dormir sem minha cabeça estar latejando.

E bônus! Rowen teve mais um dia de aula, assim no momento estava sozinha em casa. Então, alguém tinha batido na minha porta, e eu estupidamente me levantei para atender.

Meu dia tinha ficado ainda pior, quando eu atendi e encontrei Weston na varanda da frente. O homem responsável por fazer da minha vida um inferno nos últimos quatro meses.

Na primeira vez, ele só tinha sido Weston sendo ele mesmo.

Então sua esposa tinha entrado no cenário, e foi aí que minha vida tinha se transformado em uma merda impressionante.

Eu me encontrava em estado de graça, após a noite que passei com Luke. Então, a partir do momento que ele saiu, deixando-me para lidar com Weston sozinha, eu não tive nada além de problemas. Eu comecei a receber denúncias anônimas, cerca de uma semana mais tarde, feitas ao CPS11 sobre a minha filha ter hematomas nos braços e pernas, de onde eu supostamente tinha ‘batido’ nela com um cabo de vassoura.

As contusões tinham se transformado em queimaduras, onde eu tinha segurado as mãos dela sobre os queimadores no fogão, quando ela não quis me ouvir. Ou enfiei os seus pés em água quente.

Na semana seguinte, após o segundo relatório ao CPS, Weston e sua esposa, Anita, mudaram-se para Kilgore, ‘para estar mais perto de sua filha.’

Eu odiei Anita assim que eu a conheci.

Ela era tudo que eu não era, uma cadela.

Uma cadela maliciosa, que eu não queria em qualquer lugar perto da minha filha. E oh, meu Deus, ela jogava muito bem o cartão de gravidez. Quanto mais eu a conheci, mais constatei a quanto cruel e fraca ela é.

Eu sabia que ela era a pessoa por trás das alegações falsas na CPS.

Foi assim que eu conheci Shiloh. Shiloh era casada com um dos colegas oficiais de Luke, James.

Ela tinha me garantido que as falsas alegações estavam sendo investigadas, mas que ainda continuavam chegando.

Uma coisa boa que tinha acontecido com a mudança deles foi que Weston não entrou com o pedido da custódia definitiva de Rowen.

Ele estava feliz em ficar com ela somente nos finais de semana, e eu estava grata.

Eu não queria que a minha menina entrasse no meio de um jogo de cabo de guerra entre nós, especialmente quando ela finalmente está começando a ficar mais próxima de seu pai, como ela queria.

Outra coisa boa também que aconteceu foi que Luke e eu ficamos mais próximos.

Ele tinha sido a minha rocha ao longo destes últimos quatro meses.

O ombro que eu chorei, a cada vez que um novo relatório falso surgia, para não mencionar um grande sistema de apoio.

E Rowen o amava.

No entanto, agora, eu só queria deitar e descansar.

Então, como a dor na bunda de policial que ele era, ele ligou de volta.

“Alô?” Eu respondi.

“Reese,” ele disse calmamente.

Quase muito tranquilo.

“Só ... não por telefone. Vou te dizer. Prometo. Só não quero falar sobre isso pelo telefone”, eu disse, hesitante.

“Tudo bem, eu estarei aí em cinco minutos”, disse ele, e antes que eu pudesse dizer-lhe que não, ele tinha desligado, e eu fiquei com o som de um bip no meu ouvido para provar isso.

Porra.

Meus olhos se fecharam em exaustão, e a próxima coisa que eu percebi, foi eu sendo acordada por um corpo grande e quente deslizando na cama por trás de mim.

Sentir Luke era divino.

Eu estava me sentindo muito gelada, e seu corpo era como um aquecedor grande, não tão compacto, mas se encaixava nos contornos do meu corpo perfeitamente.

Como sempre, a qualquer hora que seu corpo estava perto do meu, especialmente pele a pele, o meu corpo respondia.

Ele não se importava que eu estava cansada.

“Você vai ficar doente”, eu murmurei, sonolenta.

Esse tinha sido meu argumento durante toda a semana para mantê-lo longe de mim.

No começo eu não tinha sequer lhe dito que estava doente. Eu me sentia debilitada até para falar ao telefone. A única força que eu encontrei nos últimos oito dias, foi para acordar Rowen e coloca-la no ônibus, alimentá-la no jantar, e levá-la para a cama.

Não foi até o quinto dia que Luke tinha aparecido na minha porta.

Ele tinha ficado com raiva, por que eu não estava retornando suas ligações, pensando que eu estava fugindo dele. Claro, que eu não estava, mas ele não sabia disso.

Quando ele me viu, porém, ele tinha compreendido.

Ele tinha me deixado sozinha, com relutância, me dando razão quando dizia que não queria que ele ficasse do mesmo jeito.

Agora, porém, o meu privilégio tinha acabado.

Ele riu, pressionando seu pênis duro contra a minha bunda.

“Não, não vou. Você não está respirando em mim”, ele brincou. “Não tem nenhum beijo envolvido. Eu não posso ficar doente por te comer. Eu vou ter você por trás. Eu não vou ter contato com sua respiração contagiosa.”

Eu queria rir, mas eu estava muito cansada. Não cansada o suficiente, entretanto, para não deixar ele me levar.

Isso era extraordinariamente bom. Na verdade, estava soando melhor e melhor a cada segundo.

“Fluido corporal é fluido corporal”, eu murmurei.

Seu pau duro foi libertado da cueca, de forma habilidosa por parte dele, e ele começou a movê-lo entre as minhas pernas, fazendo-me contorcer.

Nós não estivemos juntos por quase duas semanas.

Na primeira, foi porque ele estava ocupado com o trabalho. Então eu fiquei gripada e me recusei a tê-lo perto de mim, na intenção de manter ele e sua filha saudáveis.

O que nos levou a agora.

Nós estávamos tão excitados, que ele estava disposto a ter relações sexuais com uma mulher doente, e eu estava disposta a deixar.

A mão que estava descansando em minha cintura, me puxou mais perto dele até que eu descansei totalmente contra seu corpo grande.

Com movimentos lentos, ele moveu sua mão por minha barriga até que encontrou a borda da minha calcinha. Mergulhando os dedos debaixo da minha bunda, ele provocou a ponta da minha fenda enquanto movia o seu pênis entre as minhas pernas.

Ele estava tão perto de me tocar onde eu precisava, que eu comecei a me balançar com os seus movimentos, querendo mais o seu toque do que eu queria a minha próxima respiração.

“Por favor”, eu disse bruscamente.

Eu senti o seu sorriso contra o meu cabelo, quando ele finalmente permitiu que seus dedos deslizassem entre os lábios do meu sexo.

Minha mão desceu, deslizando entre as minhas pernas para que eu pudesse massagear a cabeça do seu pau, cada vez que ele movia seus quadris para frente.

Com o primeiro toque de meus dedos contra o seu comprimento, ele assobiou de prazer, surpreso.

“Deus”, ele gemeu. “Esta tem sido a semana mais difícil da minha vida desde que eu perdi minha virgindade aos dezesseis anos. Sabendo o que eu tenho, o que eu estou perdendo, foi o pior tipo de tortura.”

Eu sorri e rolei, tentando deslocá-lo, mas ele rolou comigo, pairando sobre mim com a mão ainda em minha calcinha.

Eu gemi em derrota. “Só uma vez eu poderia ficar por cima.”

Ele mordeu a parte de trás do meu pescoço, fazendo com que o meu sexo tremesse em antecipação.

Eu ficar por cima nunca foi bom para Luke. Ele gostava de estar no controle, e eu gostava de dar isso a ele. Isto aconteceu apenas em raras ocasiões, e era ainda mais raro nós terminarmos dessa maneira.

Seu dedo mexeu, encontrando seu caminho para a minha entrada, e eu apertei meus olhos bem fechados, quando um dedo lentamente penetrou meu núcleo.

Eu apertei seu dedo, tremendo em antecipação.

“Por favor,” eu gemi. “Eu preciso disso.”

Seus dentes passearam por minha garganta antes de morder suavemente, me dando apenas o menor indício de dor quando ele lentamente afundou o dedo dentro de mim.

“Jesus”, ele assobiou. “Você está tão molhada.”

Eu massageei meu clitóris na palma da sua mão, fazendo ele rosnar.

Com mais algumas investidas, ele começou a enrolar seu dedo em busca do meu G, se movendo na procura do conjunto de nervos escondidos que ele sempre encontrava com pouco ou nenhum esforço.

Eu não tinha sido capaz de encontrá-lo em trinta anos, e o homem, encontrava cada vez que queria. Meu núcleo começou a vazar lentamente com cada movimento do seu dedo.

Então, um dedo virou dois, depois três, depois quatro.

Eu gostava quando ele empurrava meus limites como agora. Eu estava sempre tão excitada, ele sabia exatamente o que eu precisava.

Quando ele levantou parcialmente, eu empurrei meus quadris para cima e puxei meus joelhos até minha bunda ficar bem em exibição, para o que eu sabia que ainda estava por vir.

“Você está pronta, Reese?” Ele perguntou.

Sua voz era como veludo contra a minha espinha, quando ele moveu suas mãos até a minha calcinha.

Então, lentamente, ele começou a removê-la, a trazendo para baixo até que chegaram a um descanso na curva de meus joelhos.

Eu resmunguei incoerentemente, enquanto ele arrastava sua língua até o interior de uma coxa, e para baixo na outra.

“Olha sua buceta,” ele meditou, passando a língua de volta até minha coxa novamente até que ela só roçou os lábios do meu sexo.

Frustrada, eu deixei minha mão esgueirar-se para baixo até que eu estava massageando meu clitóris, tão ligada que eu não me importei como eu consegui, contanto que eu fiz.

Ele agarrou minha mão e a apoiou na cama antes que eu pudesse conseguir terminar minha exploração.

“Ah, ah”, ele repreendeu, correndo o dedo da parte superior do meu períneo para baixo, afundando-o plenamente em mim.

Eu guinchei e empurrei para trás, montando o polegar dele enquanto ele segurava minha mão presa no colchão, enterrando-o tanto quanto eu poderia fazê-lo.

Como uma mulher possuída. Procurando apenas uma coisa.

No entanto, pouco antes que eu pudesse saltar do alto do penhasco, ele retirou o dedo, pois gostava de me deixar na borda, quando sentia a proximidade do meu orgasmo.

Então eu senti a cabeça de seu pênis contra a minha bunda, empurrando ligeiramente em meu cu, antes que ele freasse seu grande pau, apenas aproximando. Escovando os nós dos dedos ásperos contra o meu clitóris, eu engasguei quando ele lentamente forçou a coroa de seu pênis na minha entrada, e afundou de uma vez.

Minha respiração saiu ruidosamente da minha garganta, quando ele me puxou, suas mãos grandes recolhendo meu cabelo antes de se inclinar para frente sobre mim, e porra, colocando dentro e fora sem pressa.

A sensação de seu pau quente e duro, se movendo dentro de mim lentamente em deliciosos movimentos e alguns golpes curtos me colocaram na borda. Ele enfiava dentro e fora, puxando para fora completamente antes de afundar de volta, e estender a minha abertura cada vez mais.

Mordi meu travesseiro, segurando um grito quando seu punho puxou o meu cabelo, mantendo minha cabeça na sua posição, antes de correr pelas minhas costas e circular meu quadril.

Em seguida, ele encontrou o meu clitóris, quente, pulsante e saliente. Ele circulou a pele ao redor, sabendo exatamente o que eu mais gostava após os últimos quatro meses aprendendo. Ele sabia me levar ao topo em questão de segundos.

Milissegundos, na verdade.

O que aconteceu, momentos depois, com o movimento adicional de seus dedos, juntamente com o delicioso movimento de seu pênis dentro de mim, me levou finalmente ao precipício.

Eu gritei bem alto no travesseiro, quando meu sexo apertou seu pênis.

Minha mão desceu por conta própria para a suas bolas, quando ele acelerou seus impulsos.

Elas estavam baixas e balançando. Ele não se segurou por muito tempo. Depois de menos de um minuto empurrando sem parar, suas bolas apertaram e encolheram, pouco antes que eu senti a adrenalina de sua semente jorrando dentro de mim.

“Oh, Deus”, ele gemeu em meu pescoço, afundando os dentes de volta no meu ombro.

Eu gemia com ele, ainda nas últimas ondas do meu orgasmo quando ele bateu pela última vez dentro de mim. Duro.

Senti cada jato de seu gozo dentro das minhas paredes internas, e eu pulsava em torno de seu comprimento, mesmo após o orgasmo diminuir.

“Eu juro, isso fica cada vez melhor”, ele afirmou. Algo que ele estava dizendo a cada vez que estivemos juntos.

Eu balancei a cabeça, fechando os olhos enquanto ele se retirava de mim. Eu ainda não me mexi, mesmo quando eu senti a sua porra escorrer para fora do meu núcleo.

Eu estava muito cansada. Exausta e saciada.

E ele deve ter percebido, porque ele voltou para mim momentos depois de sair da cama e começou limpar a bagunça que havia feito.

Nós tínhamos decidido, após fazermos exames médicos, que abriríamos mão dos preservativos, por eu já estava no controle de natalidade.

Eu tinha começado a tomar desde que Rowen nasceu, assim achei que não havia necessidade continuar usando dois métodos de controle de natalidade, quando o que tanto queríamos era sentir um ao outro, pele na pele.

Era meio confuso, apesar de tudo. E eu ainda encontrava uma maneira de contornar as constantes lavagens de lençóis em nossos momentos de espontaneidade. O que acontecia muito frequentemente, pois nós dois tínhamos crianças jovens, que estavam sempre atentas.

Foram rapidinhas aqui e ali, em vez de noites longas e lentas. No entanto, estava funcionando para nós, a maneira que estávamos fazendo isso, e nenhum de nós tinha quaisquer queixas.

“Agora que temos isso fora do caminho”, disse ele caindo na cama. “Diga-me o que aconteceu para deixa-la tão irritada.”

Eu olhei para ele da minha posição, bunda ainda para cima.

“Isso fora do caminho?” Perguntei, levantando uma sobrancelha para ele.

Ele balançou a cabeça e sorriu para mim. “Sim. Fora do caminho.”

Segurei o travesseiro que eu tinha debaixo da minha cabeça, puxei para trás, e bati nele.

Ele riu, sacudindo a cama com sua exuberância.

Então eu o encarei, deitada em seu peito, quando ele passou um braço em volta do meu pescoço e me puxou para frente.

“Eu quero você como um bêbado precisa de uma dose de uísque. Eu gosto da queimadura, mas eu também preciso do maldito êxtase que você me dá. Eu não me senti tão bem em anos. Estar com você me faz feliz. Então, posso perguntar, é uma coisa ruim que eu queria transar com você?”

Belisquei seu mamilo. Em seguida, olhei para ele.

“Weston quer levar Rowen para a antiga casa de Anita no Arkansas para o dia de Ação de Graças. E eu tenho que deixá-la ir. A única parte boa é que eu vou pegá-la de volta no dia depois deste.”

Silêncio. Silêncio mortal.

Então ele tinha que ir e piorar o meu dia.

“Eu sei que é decepcionante, mas ele é o pai de Rowen”, Luke disse lentamente.

Eu rolei para longe dele e sentei-me, olhando para ele.

“Bem, o que diabos eu deveria fazer agora? Ela está comigo nos últimos cinco anos. Não é um feriado sem ela.”

Então ele teve que continuar sendo chato.

“Eu a convidaria para a Ação de Graças, mas minha mãe convidou Lídia, e não há nenhuma maneira dela ficar, se você for. E eu sei que você tem um problema com ela,” Luke disse enquanto se levantava e sentava à beira da minha cama.

Meu coração se apertou. Por que eles a convidaram? Recusei-me a perguntar, embora. Esse não era meu direito, ainda.

Luke e eu estamos muito no começo. Muito novo para eu tirar o cartão namorada ciumenta tão cedo no jogo.

“Eu realmente não tenho um problema com ela. Enquanto eu não vê-la. Ouvir sua voz ou seu nome, e possivelmente, sentir o cheiro dela. Eu vou ficar bem,” eu tentei, sabendo que era uma causa perdida.

Ele me deu um olhar divertido quando ele colocou a calça jeans por cima da sua bunda.

“E se eu pedir para ser convidada para sua Ação de Graças?” Perguntei.

Eu não tinha dito isso, tinha?

Isso me fez parecer desesperada. E Reese Francesca Doherty não está desesperada.

“Eu só queria que você soubesse que eu adoraria ter você lá, mas seria melhor se você não fosse,” ele disse lentamente.

Eu me deitei, puxando o edredom por cima da minha cabeça.

“Quando você tem que sair?” Perguntei.

Eu o ouvi rir baixinho. “Cinco minutos atrás.”

“Realmente valeu a pena vir até aqui para isso?” Perguntei. “Você poderia ter apenas esperado até que eu estivesse pronta para falar sobre o assunto.”

Senti ele inclinar-se sobre a cama, com os punhos plantados em ambos os lados do meu corpo.

“Oh, eu não diria que foi um desperdício do meu tempo. Estou saindo feliz. Eu vou falar com você esta noite, ok?”

Ele perguntou, dando-me um beijo na bochecha através do edredom. Eu me recusei a retirar do meu rosto.

Eu balancei a cabeça. “Sim, tudo bem.”

Ele suspirou. “Vai ficar tudo bem, baby. Rowen vai ficar bem. Você verá.”

Eu com certeza esperava que sim.


Capítulo 14


Seu rosto. Eu gosto dessa merda.

-Caneca de café


Reese


“Por que você não vem até aqui?” Minha irmã perguntou.

Olhei para o relógio ao lado da minha cama onde eu estava durante quatro horas e suspirei.

“OK. O que eu preciso levar?” Perguntei.

Era o Dia de Ação de Graças, e eu estava sozinha, o voo do meu pai tinha sido adiado devido a uma tempestade.

Algo que metade dos Estados Unidos vai ter que lidar neste momento. Aparentemente, aviões não podiam voar em tempestades de neve. Nem podiam pousar em uma pista coberta de gelo. Quem sabia?

O que contribuiu para eu não ter para onde ir, pela primeira vez na história.

E minha irmã estava tendo pena de mim.

“Só você mesmo. Certifique-se de tomar um banho e escovar os dentes, apesar de tudo. Eu não quero que você me envergonhe”, ela brincou.

Ela não tinha ideia de quão verdadeira essa afirmação realmente era.

“Ok”, eu disse. “Que horas eu preciso estar lá?”

“Eu vou agora. Eu quero beber”, disse ela. “Será só o pai de Grayson e nós. Pequeno e íntimo. E todos vocês poderão rir de mim na cozinha.”

Isso não era uma piada qualquer.

Minha irmã tinha tentado fazer o peru três anos atrás, e tinha terminado em um desastre.

“Obrigada, irmãzinha,” eu disse suavemente.

Sua voz suavizou. “Eu te amo.”

Meus olhos se fecharam, e eu mal contive um soluço. “Eu também te amo.”

***

“Ele realmente disse que você não poderia ir?” Minha irmã perguntou surpresa, enquanto mexia o que parecia ser molho de peru no fogão.

“Sim”, confirmei. “Ele disse que Lydia estava indo e que eu não deveria ir.”

“Ele está transando com ela”, disse o pai de Grayson, Booney, que só disse algo que estava em meus próprios pensamentos.

Quanto mais eu tentava esquecer o que Luke tinha dito, mais fácil se tornou para mim plantar a pequena semente da dúvida.

Afinal de contas, eu só tinha experiência com poucos relacionamentos. E com Weston, que tinha sido tão tóxico, era mais do que óbvio para mim que eu não tinha o bom senso quando se tratava de rapazes.

“Basta ficar bêbada, querida, e você vai esquecer”, Booney disse, oferecendo-me um copo de uísque.

Peguei o vidro, lembrando o que Luke tinha dito depois que fizemos amor pela última vez, comparando-me comum copo de uísque.

Então eu dei de ombros com a memória. “Vamos lá.”

A bebida desceu queimando, fervendo no meu estômago por alguns longos segundos, antes que se estabelecesse em um agradável e delicioso calor.

“Uau”, eu disse, tremendo com a sensação. “Isso é bom.”

Grayson entrou e me viu com o copo vazio na minha mão.

“Você sabe”, ele murmurou, rindo. “Eu consegui manter esse engarrafado por dez anos, e vocês dois vêm para um jantar de Ação de Graças, e estão abrindo e bebendo a metade, antes mesmo que eu percebesse.”

Eu pisquei para ele, pondo meu braço em volta dos ombros de Booney. “Você demorou, você perde.”

Ele olhou. “Foi um cochilo. Eu tenho permissão para tirar uma soneca. É ação de graças depois de tudo.”

“Sim”, eu disse, puxando outro copo do armário. “Você também tem permissão para beber.”

***

Luke


“Qual o problema, querido?” Minha mãe perguntou suavemente.

Sentei-me no meu banquinho, de costas para o balcão e assisti minha filha brincar com as crianças de Baylee.

Lydia estava na cadeira do outro lado da sala, sorrindo para as travessuras das crianças.

“Eu acho que eu fodi tudo”, eu disse.

Eu não estava com Reese, e isso estava apenas fazendo me sentir pior, sabendo que ela estava sozinha quando ela poderia estar comigo.

“Bem, não há nada de novo nisso. Mas o que é desta vez?” Ela perguntou, puxando as formas do forno e colocando no teclado quente ao lado do fogão.

“Lydia. Ela não deveria estar aqui”, murmurei baixinho.

As sobrancelhas da minha mãe estreitaram. “Por quê?”

Eu nunca disse a minha mãe por que Lydia e eu tínhamos terminado.

Apenas Baylee sabia, e ela compreendeu meu desejo de manter esse assunto quieto. Os pais de Lydia eram os melhores amigos dos meus pais. Não gostaria de atrapalhar a relação deles, quando eles eram tão próximos.

“Eu conheci alguém, cerca de quatro meses atrás. E eu me sinto como uma merda, porque eu sei que ela está passando a Ação de Graças sozinha e eu disse-lhe para não vir”, eu disse suavemente. “Eu sabia que Lydia estaria aqui e eu não queria tornar difícil para todos.”

“Você está vendo Lídia e alguma outra mulher?” Minha mãe suspirou.

Minha cabeça se virou, e eu falei rapidamente. “Não! Porque você pensaria isso?”

Na verdade, eu estava um pouco magoado.

Por que minha mãe acha isso? Quando eu tinha lhe dado a impressão que eu era esse tipo de homem?

"Você acabou de me dizer que você encontrou alguém. Você não acha que, se você encontrou alguém, você não teria uma namorada?” Perguntou minha mãe, apontando para Lydia.

“Luke não está vendo uma cadela. Ele está vendo uma bonita enfermeira da escola,” minha irmã falou amavelmente entrando na nossa conversa, como sempre fazia. “E ela tem um carro foda, papai adoraria ver isso.”

A boca de minha mãe caiu aberta. “Então por que eu convidei Lydia se você tem outra namorada?”

“Eu não sei, mãe. Por que você fez?” Baylee perguntou.

Meu pai, ficando curioso com o que Baylee disse, escolheu esse momento para pôr a bunda na conversa. “Que tipo de carro é?”

Revirei os olhos. “É um Charger 69. É uma doce maçã vermelha com 454. Soa malditamente doce.”

“Mas então por que os pais dela me disseram que vocês estavam juntos novamente?” Perguntou minha mãe.

Voltando-me para ela, eu respondi. “Foda-se, eu não sei. Eu nem sequer tenho falado com ela, desde que se mudou para cá.”

A boca de minha mãe ficou boquiaberta com espanto. “Bem, por que diabos você não me disse que tinha uma nova namorada? Quando eu vou conhecê-la?”

Dei de ombros. “Assim que você parar de convidar minha ex para jantar, eu suponho.”

Ela fez uma careta para mim.

“É conservado?” Meu pai perguntou.

Puxei meu telefone do bolso e mostrei a ele. “Sim. Não faz diferença embora. Aposto que poderia fazer sua própria corrida no próximo trimestre em Lone Star Speedway.”

Meu pai estava segurando o telefone próximo ao seu rosto, levantando os óculos para que ele pudesse estudar os detalhes e olhar a pintura quando ele tocou em suas mãos.

Entregou de volta para mim, eu olhei o identificador de chamadas e suspirei. “Roberts.”

“A casa de sua menina foi vandalizada. Nenhum sinal dela, no entanto,” a voz fria de Downy retumbou em minha orelha.

Eu congelei. “É muito ruim?”

Downy cantarolou por alguns segundos antes de dizer: “Não é ruim, por assim dizer. Mas ela não vai ser capaz de fechar a porta por um tempo. Já faz algumas horas que aconteceu, porém. Há todos os tipos de detritos e folhas em sua casa, levados pelo vento. Está fodidamente frio também. As portas estão abertas há um tempo.”

“Estou a caminho daí”, eu disse, e desliguei.

“Eu tenho que ir”, eu disse aos meus pais. “A casa de Reese foi vandalizada e eu não consegui falar com ela durante todo o dia.”

“Tudo bem, querido. Seja cuidadoso. Vou ficar cuidando de Katy, Baylee ficará comigo. Venha buscá-la quando estiver pronto”, disse minha mãe.

Eu balancei a cabeça e apertei a mão do meu pai, dei um aceno a Sebastian, sentado no chão com a crianças. Todo o tempo eu pensei sobre o quão estúpido eu fui por dizer-lhe para não vir.

Eu era um idiota.

***

No momento em que eu descobri onde ela estava, quatro horas depois, eu estava quente de raiva. Ela não estava atendendo ao telefone. Sua casa estava uma bagunça do caralho. O carro dela tinha sido destruído, e eu não podia encontrá-la em lugar nenhum.

Então eu tive que pegar o telefone e ligar para cada maldito membro da The Dixie Wardens, conseguir o número de Grayson, apenas para saber se a irmã de Reese estava com ela.

Ela estava.

E eu me encontrei parando na calçada, ainda fodidamente chateado.

Os 45 minutos de carro para a casa de Grayson, só serviram para fazer a minha raiva ferver.

Eu não sabia onde ela estava durante quatro longas horas malditas.

Quão malditamente difícil seria para ela enviar uma mensagem de texto e deixar o homem que está vendo, saber onde diabos está?

Eu saí do meu Dodge e bati na porta com um movimento firme do meu pulso.

Eu estava concentrado na minha missão, até que me vi parado na frente de Grayson e seu pai antes mesmo de entrar.

Ambos pareciam preocupados.

“Graças porra!” Booney gritou. “Eu não acho que eu poderia lidar com mais um segundo maldito dessa merda!”

Eu pisquei surpreso. “O que?”

“Sua menina não para de chorar e dizer como malditamente triste está de não ter ninguém para passar o dia com ela”, Grayson suspirou. “Chorando sobre como ela quer outro bebê e quer um homem para amá-la como seu pai ama sua mãe. Jesus, a menina provavelmente chorou mais lágrimas, do que você poderia encher uma piscina infantil porra.”

O pensamento de Reese passar a noite chorando, realmente me rasgou em pedaços. Especialmente desde que eu era a razão pela qual tinha acontecido. Ela não teria passado nada disso sozinha, se eu não estivesse pensando em mim mesmo.

Eu coloquei as duas mãos sobre minha cabeça em frustração. “Minha mãe porra, convidou minha ex. Eu não sabia o que mais fazer!”

Grayson balançou a cabeça como se eu fosse um idiota, e honestamente, eu provavelmente era. “Você a escolhe. Se você está transando com ela, você sempre a escolhe”. Ele disse lentamente, como se eu fosse compreendê-lo melhor se ele fizesse.

“Foda-se”, eu disse, subindo os três degraus que levavam até a varanda. “Não é por isso que vim, infelizmente. Eu bem que queria que fosse.”

Eu disse, olhando para dentro pela porta de vidro.

Reese e Tru estavam deitadas no chão, uma garrafa de vinho entre elas e copos de café, como se fossem taças de vinho.

Ambas de frente uma para a outra, falando, eu assumi.

“E por que é então?” Booney perguntou quando ele se encostou na grade de madeira que rodeava a varanda.

Eu virei de costas para a porta de vidro e olhei para o meu carro.

“A casa de Reese foi destruída essa noite. Não temos certeza sobre o que aconteceu. Um dos vizinhos que estava em casa, disse que isso aconteceu entre três e cinco horas da tarde. Seu sofá está todo cortado. Os armários da cozinha foram esvaziados. Tudo despejado para fora e esmagado. Até o quarto de Rowen foi destruído.”

As roupas foram todas rasgadas em pedaços. Seu carro foi totalmente riscado com algo que se assemelhava a uma chave de fenda. Foi ruim.

Grayson pressionou os lábios e apertou as mãos em punhos. “Bastardos malditos. Eu sabia que não deveria ter permitido Tru ir buscá-la. Se ela não tivesse ido, seu carro teria se salvado, pelo menos. O que é que ela vai fazer agora? Houve testemunhas?”

Eu balancei minha cabeça. “Nenhuma. O velho que ligou não estava na hora que aconteceu. Ele tinha um grande amor pelo carro de Reese. Disse que ele costumava ter um, exatamente igual, quando era mais jovem, é por isso que seus olhos sempre desviavam para ele. Ele fez isso, quando ele estava deixando a família entrar para jantar, viu e chamou a polícia.”

“Porra,” Grayson rosnou. “Não é possível fazer qualquer coisa, porque é o dia de Ação de Graças, e não há nenhuma maneira que eu vou sair nesta merda de Black Friday, nem estou deixando as duas irem. Ela pode ficar...”

“Ela vai ficar comigo”, eu interrompi.

Grayson balançou a cabeça. “Ela não vai querer ficar com você. Ela tem alguma fodida regra em sua cabeça agora, que diz que não vai viver com um homem até que ela esteja casada com ele. A única razão pela qual eu sei, é porque eu ouvi isso pelas últimas quatro horas.”

Bem, é isso que veremos.


Capítulo 15


Assim que este dia acabar, eu planejo ter um colapso nervoso. Sinta-se livre para me deixar malditamente sozinha, ou você vai ser puxado comigo. No lado positivo, haverá sorvete de creme, por isso não vai ser de todo ruim.

- Pensamentos secretos de Reese


Reese


“Eu não vou ficar com você. Não há nada que você possa dizer que vai me fazer mudar de ideia”, eu gritei, agitando as mãos no ar descontroladamente.

Eram quatro da manhã e eu ainda tinha que ir dormir.

Depois que eu estava sóbria, Luke tinha explicado o que estava acontecendo, e imediatamente me trouxe de volta à minha casa, para que eu pudesse ver o estrago.

“Rowen”, disse Luke.

Uma palavra, e eu sabia que não iria convencê-lo.

“Nós vamos ficar em quartos separados. E eu vou dormir no quanto da garagem,” eu falei.

Seus olhos se estreitaram. “Veremos.”

Suspirei e olhei ao redor da sala.

Foi horrível.

Tudo o que eu tinha trabalhado tão duro para adquirir ao longo dos últimos dez anos, foi embora. Minha cadeira onde eu balancei Rowen, quando ela era um bebê, por muitas noites de cólica, foi rasgada em pedaços.

A TV que eu tinha comprado somente a um ano, de última geração, quebrada em pedaços no chão.

Minhas fotos. Minhas roupas. Minha comida.

Tudo, arruinado.

Qualquer coisa que não foi jogado no chão, estava literalmente em pedaços, se fosse possível estar em pedaços.

A única coisa que eu tinha encontrado até agora, que ainda estava em inteira, era a cortina do chuveiro no banheiro.

Que era muito triste porque era literalmente a única coisa em todo o lugar que eu poderia me dar ao luxo de substituir.

“Eu usei toda a minha poupança, pagando meus empréstimos escolares para comprar móveis novos. E agora se foi. Cada pedacinho dela, e não tenho nada para substituí-los,” eu soluçava.

Eu não sabia que eu poderia me tornar tão ligada a objetos inanimados. No entanto, agora que tinha perdido tudo, percebi que eles tinham significado para mim. O que mais doía, porém, foram as roupas de bebê que eu tinha guardado. As roupas de Rowen que tinham tanto significado para mim, apenas ... se foram.

Esse foi o meu ponto de ruptura, por assim dizer.

Cobrindo os olhos com as mãos, comecei a chorar.

Grandes e feias lágrimas.

Os braços musculosos de Luke me envolveram, tão apertado, que o horror do que foi feito com a minha casa parecia distante.

“Vai ficar tudo bem, bonita. Agora, você pode ficar comigo até que coloque o seu lugar em ordem de novo, fazer o meu café da manhã e me trazer na cama. Lavar minhas meias. E tirar as balas da máquina de lavar”, ele brincou.

Uma risada sem graça escapou dos meus lábios, e eu inclinei minha cabeça para olhar em seus olhos azuis.

“Eu vou pescar balas da máquina de lavar roupa, e, possivelmente, preparar o café da manhã, mas só se você for um bom menino.”

Ele sorriu diabolicamente. “Eu posso ser um bom menino.”

A sua afirmação que seria um bom rapaz, não me afetou em nada. Eu estava imune as besteiras, que estavam vindo da sua boca. “Okay, certo.”

Ele sorriu. “Agora, vamos fechar este lugar e a levarei para conhecer meus pais.”

“Seus pais?” Eu gritei.

Ele assentiu. “Sim, eles estão muito interessados na garota com quem eu fodi tudo, não trazendo ao jantar de Ação de Graças por causa da minha ex, que devo acrescentar, ela mesma se convidou, mesmo depois de tudo que foi dito e feito. E você não tem que me dizer como estúpido que eu fui por não levá-la, porque eu já sei. Na verdade, eu comecei a chutar meu próprio traseiro, cerca de uma hora antes dos meus pais me mostrarem. O que, se você tivesse atendido o seu telefone, saberia.”

Dei de ombros. Honestamente, provavelmente foi melhor eu não ter ido. Eu não queria ser levada por pena.

Eu queria ser a primeira escolha e não havia nada de errado com isso.

“Então, onde vamos encontrar seus pais?”

***

“Eu não posso acreditar que sua mãe compra nesta merda”, eu disse, olhando com horror para o estacionamento do shopping.

“Mamãe e Baylee fazem isso todos os anos. Eu sempre fui o motorista delas ao longo do tempo”, disse ele, examinando o estacionamento.

“Em sua viatura?” Perguntei.

Ele encolheu os ombros. “Sim. Ou meu pai.”

Como?

“Isso não é ilegal?” Eu perguntei.

Meus olhos se arregalaram quando vi uma luta, acontecendo no meio do estacionamento.

Seu murmuro de, “Não”, foi abafado pelo gritos das seis mulheres que estavam prestes a se derrubarem, bem na frente do nosso carro.

“Você não vai parar isso?” Perguntei.

Os olhos dele foram para a luta, depois de volta para as portas. “Não.”

“Mas você é um policial. É suposto, você sabe, servir e proteger?” perguntei secamente.

Seu sorriso apareceu nos cantos de sua boca, e ele sacudiu a cabeça. “Este shopping tem segurança. Eu vou permitir que eles façam o seu trabalho. É para isso que eles são pagos, afinal de contas.”

Encontrando algo, ele andou com o carro e piscou suas luzes quatro vezes, que eu assumi que fosse para sua mãe.

No entanto, eu não poderia ter certeza, porque tudo o que fez foi iluminar a luta na nossa frente.

“Aquela garota arrancou um pedaço do cabelo da outra garota,” eu observei.

Ele não desviou o olhar, em vez disso concentrou em algo além da luta que eu não podia ver.

“Se elas puxarem uma arma, eu vou intervir”, ele murmurou.

Eu balancei minha cabeça. O homem era inabalável.

“Eu não posso acreditar que elas estão fazendo isso, na frente de um carro da polícia,” eu balancei a cabeça em surpresa.

Ele me deu um olhar de lado. “Algumas pessoas não dão a mínima para o preto e branco. Tudo o que significa para eles é ajuda quando necessário. Nada mais.”

Com esse lindo comentário de despedida, ele saiu do carro fechando a porta, caminhou para o meu lado antes de abrir a porta traseira e conduziu Baylee, e uma versão mais antiga dela para o banco de trás.

“Eu espero que você tenha limpado este assento antes de nos colocar sentadas nele”, Baylee murmurou, soando com nojo.

“Parece muito limpo,” Paige, a mãe de Luke, disse.

“Sim, isso é o que você pensaria à primeira vista. Eu estive em algumas ocasiões quando colocaram corpos nus dentro do carro. Em seguida, eles vomitaram em todos os lugares. Ou fizeram merda. Ou mijaram. Ou...” Baylee foi interrompida pelo grito indignado de sua mãe.

“É melhor que não fale nada do que eu acho que estava prestes a dizer sobre isso!” Paige declarou.

Luke sorriu e fechou a porta.

Fiquei virada para frente, sem jeito.

Em seguida, seus olhos se voltaram para mim quando ele caminhou ao redor do carro.

“Então”, disse Baylee. “Em uma escala de um a dez, sendo um o mínimo e dez o máximo, que me fará enfiar uma bota na bunda dele, quão irritada você está com o meu irmão?”

Eu sorri e virei de lado no meu lugar, para falar com ela através da grade. “Provavelmente um sete. Mas ele sabe falar doce, quando quer sair de situações difíceis.”

Paige sorriu. “O menino é exatamente como seu pai, de qualquer maneira. Seu pai tinha uma língua de prata quando eu o conheci, e não mudou muita coisa nos últimos trinta e dois anos.”

Em seguida, uma comoção na frente do nosso carro trouxe a nossa atenção de volta para o jogo de puxar o cabelo que tinha continuado enquanto estávamos falando.

É aí que encontramos Luke falando com as senhoras.

Embora eu não pudesse ouvir o que ele estava dizendo, eu sabia que não era bom.

“O que você acha que ele está dizendo?” Perguntou Paige

Eu me virei para olhar para ela, só para encontrá-la olhando diretamente para mim, me assustando.

“Provavelmente, que o cabelo de uma das meninas é falso, e ela precisa tirar seus shorts de dentro de sua vagina”, Baylee brincou.

Claro, meus olhos não conseguiram se conter. Eu tive que olhar. E a menina de fato, precisava puxar seus shorts fora de sua vagina.

“Estou bastante certa que essas palavras nunca saíram da boca do seu irmão,” eu a assegurei.

Baylee riu. “Oh, minha querida, você tem muito que aprender.”

E por alguma razão, eu acreditei nela.

***

“Eu não sou uma fã de torta de abóbora,” eu disse, olhando para a placa com desgosto.

Luke olhou para mim como se eu tivesse crescido outra cabeça. “O que?”

“Isso me lembra de comida para bebe”, fiz um gesto de vômito.

Ele olhou para mim por alguns segundos, antes de balançar a cabeça e devorar o pedaço que ele trouxe para mim. Em duas grandes mordidas, ele terminou e tomou um gole de cerveja.

“É a favorita do meu Luke. Você vai ter que aprender a fazer isso, se você está pensando em cozinhar para ele. Ele tem um inferno de um dente doce”, disse Paige, sorrindo com carinho para seu filho.

Oh homem nojento.

Eu tinha quase certeza, que ele teria que escovar os dentes antes que eu pudesse estar ao lado dele novamente. Inferno, quem eu estava enganando? Tudo que eu tinha que fazer era olhar para o homem e todo e qualquer desgosto se derreteria completamente.

“Onde seus pais acabaram ficando presos?” O pai de Luke, Travis, perguntou.

Virei-me para ele e sorri.

Eu gostava de Travis.

Ele era um homem grande, da mesma forma que Luke. Exceto que onde Luke tinha apenas músculos em sua barriga, a de Travis era pequena. Seu cabelo também já não era loiro, mas um cinza prateado que lhe dava uma aparência incrivelmente sexy.

Um barulho ecoou pela sala e a cabeça de Luke girou em direção a uma caixinha preta sobre o balcão da sala.

Ele suspirou e se levantou, andando até ela, pegou e leu rapidamente a mensagem, e em seguida, colocou o dispositivo em seu cinto antes de caminhar em nossa direção.

Ele beijou sua mãe na bochecha primeiro, bagunçou o cabelo de Baylee, e me deu um beijo suave nos lábios.

“Eu tenho que ir. Estarei de volta quando eu puder”, ele sussurrou contra meu cabelo.

Então, sem mais demora, ele desapareceu pela porta.

Eu o vi andando apressadamente até a viatura, ligou as luzes e correu para baixo na estrada.

“Isso era um Pager?” Perguntei no silencio que seguiu após sua saída.


Capítulo 16


Então você é um policial? Você faz alguma coisa com o bastão

além de bater nas pessoas com isso?

-Reese para Luke

Luke


“O que está acontecendo?” Perguntei, quando entrei no que chamamos de sala de comando.

Era apenas um espaço do lado de fora do meu escritório, que tinha dois computadores e dois televisores alinhados em uma parede. Bem como uma grande mesa em forma de L para permitir que os outros membros da SWAT conseguissem se sentar ver os computadores no meio da sala.

No centro de tudo isso estava John Atoms, o nosso especialista em informação e diretor de todas as coisas, que tinha mais cérebro do que músculos. Na verdade, ele estava na linha de gênio de acordo com o seu teste de QI.

Ele tinha sido um hacker na sua adolescência, mas tinha escolhido estar do lado da lei, quando sua irmã pequena tinha sido morta na frente dele, quando tinha dezessete anos.

Eu confiava no homem completamente.

“Um atirador em uma residência em Templeton. Vizinhos chamaram a polícia quando ouviram o que soou como um disparo de arma vindo da casa do vizinho. Disseram que a princípio acharam que não era nada sério, e pensaram que eram seus filhos brincando lá fora. Quando perceberam que não era, eles encontraram a porta da frente do vizinho coberta com buracos de bala”, disse John, mantendo os olhos no computador. “Eles chamaram a polícia, quando mais alguns tiros vieram de dentro da casa. A única pessoa que eles conhecem lá é um idoso.” Meus olhos foram para o mapa na tela, e meu coração disparou.

Esse era o vizinho que tinha chamado avisando sobre o roubo na casa de Reese, na noite anterior.

Sabendo que eu não iria conseguir fazer nada, com o pânico tomando conta de mim, eu duramente me contive e fiquei olhando impassível para os monitores.

“Há algum policial na cena?” Perguntei, entrando em modo de negócios.

“Sim”, John hesitou. “Foi ele quem disse que a SWAT seria necessária. Quem estava na casa percebeu o momento em que Atlas Stoddard parou em sua viatura.”

Atlas Stoddard era um dos policiais mais antigos e respeitados na força policial. Ele tinha cinquenta e um anos e poderia passar por trinta e cinco, com facilidade.

Eu confiava em sua opinião e instintos assim como quase todos os policiais.

Enquanto John estava falando, os outros membros da equipe começaram a chegar. Primeiro James, em seguida, Downy, depois Nico e Michael.

Finalmente, na retaguarda, estava Bennett Alvarez, o mais novo membro da equipe.

“Tudo bem, rapazes. Aqui está o que temos”, eu comecei, planejando o que íamos fazer.

“Qualquer dúvida?”

Todos eles balançaram a cabeça.

“Bom, vamos, mexam-se,” eu instruí.

***

“Vamos nos mover”, eu disse. “Guru, você está no modo de espera.”

John, ou 'Guru', tinha permanecido em nosso centro de operações.

Os meninos o chamaram de Guru, em uma noite após uma longa vigília de oito horas, e o nome pegou.

Embora nunca foi utilizado enquanto estávamos realizando uma invasão ou uma vigília.

John não gostava de ser chamado de qualquer coisa, apenas John.

Apesar de ser um membro bem treinado da equipe, ele nos servia melhor lá. O homem era bom demais para não utilizar esses talentos, entrava em sistemas de alarme residenciais ou câmeras de segurança, com pouco ou nenhum esforço.

Era o que ele tinha feito, alguns momentos depois que tínhamos saído, invadindo o sistema de segurança do velho, usando as imagens ao redor da casa e de dentro da sala de estar, como um guia. Ele transmitiu as informações para nós durante a última meia hora, e com o que ele nos disse, nós tínhamos decidido que era hora de entrar.

Era agora ou nunca.

“10-4”, disse John.

“Deixe-me saber quando você estiverem na posição”, eu disse para Downy, Michael e James.

Com um aceno de cabeça, eles circularam em torno da casa, enquanto Nico, Bennett e eu fomos pela frente.

A porta era muito fraca, e não resistiu, quando não ouvi nenhum som vindo de dentro do lugar.

“Vamos.”

A porta cedeu com facilidade risível, quando Nico a chutou com sua bota.

Um som semelhante pode ser ouvido do outro lado da casa, mas nosso foco principal era o que estava na nossa frente.

Nico abaixou, ficando em um joelho.

Minha arma estava levantada, apontada diretamente sobre o ombro dele.

Bennett estava nos dando cobertura apontando para o outro ombro.

Nada se movia.

Com um sinal da mão para prosseguir, Nico começou a andar, agachado.

Nós tínhamos feito muito isso. Tanto, que quase poderíamos antecipar o movimento do outro.

O primeiro cômodo que entramos era uma sala de jantar. A mesma sala que tinha sido utilizada recentemente para um jantar em família, que agora estava com os restos na lixeira.

Buracos de balas cobriam as paredes. O armário que continha bebidas no canto da sala foi quebrado, a porta ficando pendurada pelas dobradiças.

A mesa estava rachada ao meio, o vidro bonito que eu tinha visto ontem agora despedaçado.

“Sala ao lado limpa”, a voz de James chamou sobre a linha.

Apenas um sussurro, mas um som reconfortante.

“Sala de jantar limpa”, confirmei.

“Cozinha limpa”, a voz de Downy retumbou.

Meu coração estava batendo forte, como sempre fazia.
Adrenalina fazia a minha visão mais clara; minha audição nítida. O peso sólido da arma nas minhas mãos, a coronha encostada contra a minha bochecha, permitindo-me respirar mais fácil.

“Sala de estar limpa,” Michael confirma.

Seguimos para os outros dois cômodos em volta, quando as duas equipes se encontraram.

Uma série de sinais com as mãos eram mostradas, e Downy tomou ponto no primeiro quarto, enquanto eu tomava ponto no segundo.

Com um movimento rápido, eu me abaixei, varrendo a sala com um olhar profundo e rápido.

O quarto estava vazio, exceto por equipamentos de exercício.

“Limpo”, eu disse, sentindo Nico nas minhas costas.

Voltamos para nos juntar com a equipe de Downy quando uma explosão ensurdecedora sacudiu a casa.

Minha visão ficou manchada, e senti meus olhos perderem o foco por alguns segundos, mas minha arma ficou no lugar quando eu me obriguei a continuar me movendo ao redor da curva da porta.

James, Downy, e Michael estavam encolhidos no chão.

Nenhum deles tinha perdido suas armas, também. No entanto, toda a parede do limite oeste tinha ido embora.

“Limpo”, James ofegava.

Eu ouvi a risada engasgada de alguém atrás de mim, mas por alguma razão, meu senso de humor apenas não achou engraçado.
Ter os meus homens quase mortos, não despertou o meu lado engraçado como ele fez com os outros.

“Casa está limpa”, eu disse em meu microfone.

O resto do quarto principal foi uma perda completa, e a única coisa que poderia ajudar agora era uma equipe de cena do crime.

***

“O que ... Quem você acha que foi?” Perguntou o detetive Howell.

Porra, eu odiava o Detective Pierson Howell.

Tanto, que eu prefiro deixar que ratos comam meus globos oculares enquanto eu estivesse vivo, do que falar com o homem.

Ele era condescendente, sempre julgando e guardando um rancor porque eu tinha ocupado o cargo de assistente da chefia, quando ele tinha estado na polícia por mais tempo.

Ele fez com que eu percebesse isso, também.

Se eu não acabar sendo responsabilizado por isso, seria um milagre porra.

“O lugar estava vazio. O quarto principal explodiu, e nós acreditamos que foi acionado por um fio condutor quando entramos. No entanto, após a varredura, não encontramos ninguém lá,” eu disse lentamente, tentando controlar meu temperamento.

“Sei que você pensa que não havia ninguém lá, mas havia. O oficial que respondeu a chamada disse que havia”, Pierson disse maliciosamente.

Cruzei os braços sobre o peito, não tendo mais nada a dizer sobre o assunto.

Nós tínhamos feito o nosso trabalho. Não havia ninguém para salvar.

Esse foi o ponto crucial do mesmo, e não havia
qualquer outra coisa que poderia ser feita, além de prever o futuro.

Pierson era um homem em uma missão. Essa missão era ocupar o meu lugar.

“Oficial Downy, que tal nos contar a sua interpretação dos eventos”, Pierson ordenou.

Fiquei cansado dessa merda.

“Escute, Pierson. É o dia após o feriado, estamos todos cansados e eu estou pronto para ir. Você nos verá segunda-feira de manhã. Até então, isso é tudo o que temos,” eu informei a ele, levantando-me.

Todos os meus homens estavam bem, sabendo que com a minha admissão, a reunião não iria avançar ainda mais.

Inferno, eu sabia com certeza que James, Downy, e Michael devem ter se ferido, ainda que não tinham se queixados nenhuma vez.

Detective Pierson abriu a boca, mas o chefe levantou a mão pedindo silêncio.

“É o bastante, Detective Howell. Nós vamos continuar isto na segunda pela manhã. Até então, vocês tenham um bom fim de semana.”

Eu quase gemi de alívio. Eu realmente, realmente não queria entrar nisso com Pierson.

Eu queria ir para casa e rastejar na cama.

Nós saímos da sala cerca de vinte minutos depois.

“O que foi aquilo?” Perguntou Downy, uma mão em seu ombro enquanto ele massageava.

Dei de ombros. “A mesma merda de sempre. Ele faz isso toda vez que ele pode, você sabe.”

Ele assentiu. “Sim, mas você sabe alguma coisa.”

Olhei para ele e dei de ombros. “Eu quero todos vocês na minha casa de manhã. Tenham uma boa noite de descanso, e me encontrem lá em torno das dez. Vou fornecer donuts.”

Após ouvir a confirmação de todos os homens, eu entro na minha viatura e dirijo direto para casa.

Gostaria de saber quem estaria lá.

Eu sabia com certeza que Reese, Rowen, e Katy estariam lá. Eu só esperava que fossem somente elas. Eu não tinha energia para lidar com a minha irmã ou minha mãe.

Elas sempre se preocupavam e ficavam acordadas.

Hoje, porém, era diferente.

Pela primeira vez desde que Katy nasceu, eu não tinha que me preocupar com quem estava olhando ela.

Depois de uma conversa que eu tive, no início da semana com Reese, eu sabia que podia contar com ela para olhar Katy a partir de agora, se tivesse necessidade de sair rapidamente.

Foi apenas mais um bônus de ter Reese na minha casa. Saber que eu não precisava me preocupar com a minha filha dormindo em qualquer lugar, mas na cama dela, era um enorme alívio.

Parei na minha calçada vendo que o carro dos meus pais, bem como o de Sebastian, não estava lá.

Dei um suspiro de alívio, quando eu entrei em minha garagem.

Saindo bastante cansado da minha viatura, a primeira coisa a chamar minha atenção foi o meu carro, e só de me lembrar de tomar Reese sobre o capô, foi o suficiente para me deixar duro, mesmo depois de uma noite esgotante.

Meu pau não se importava que fosse quase três da manhã. Ele se animava sabendo que eu tinha uma mulher quente e disposta em algum lugar na minha casa. Uma que tinha sido mais do que receptiva no passado, me acolhendo na sua cama e permitindo que eu transasse com ela sem sentido.

Esse foi o único pensamento em minha mente, enquanto eu fechava a porta da garagem, e entrei na cozinha.

Não havia pratos na pia. Nenhuma confusão em lugar algum.

Isso foi obra da minha mãe. Ela não podia suportar uma cozinha bagunçada. Eu, não dava a mínima, mas o meu treinamento militar sempre entra em ação, e limpo eventualmente.

Tranquei as portas e verifiquei as janelas, andando pela casa escura, passando de janela em janela, certificando-me que elas estavam trancadas.

A porta da frente foi a última, porque eu queria confirmar se o alarme foi ligado. E estava.

Eu tinha acabado de me virar quando eu fiquei cego por uma luz.

Eu congelei e levantei minha mão. “Porra, Reese. Coloque a luz para baixo.”

Ao som da minha voz, Reese baixou a luz. “Eu sinto muito. Eu pensei que você iria me ligar antes de vir. Quando você não fez e eu ouvi alguém se movendo ao redor, eu saí para ver.”

“Então você pensou em me cegar se eu fosse um ladrão?” Perguntei, me aproximando dela.

Ela estava vestindo a camiseta que emprestei a ela na primeira vez que ficamos juntos.

A que tinha escrito nela ‘Copa Manteiga de Amendoim’ e ficava grande em Reese.

Ela praticamente parecia engolida pela camiseta, mas eu apreciaria mais se tirasse essa merda do que vê-la nela.

Eu não poderia dizer se ela estava usando calças ou não, mas eu descobri momentos depois, quando eu a puxei nos meus braços.

Minha mão arrastou para baixo sobre seu quadril descendo para sua coxa, onde a camiseta terminava. Depois subiu novamente, onde eu descobri rapidamente que ela estava usando calcinha, mas não shorts.

Ela encostou-se em mim, enrolou seus braços em volta do meu peito, me abraçando apertado.

“Eu estava com medo por você esta noite”, disse ela, correndo o nariz ao longo do meio do meu peito.

Apertei-lhe um pouco mais forte.

“Eu estou bem”, eu disse.

Ela olhou para mim, porém a única coisa que eu podia ver no escuro eram as luzes de fora brilhando em seus olhos.

O resto era uma silhueta, mas minha imaginação estava correndo solta.


Capítulo 17

 

Eu sei como carregar mais do que uma máquina de lavar louça.


-Xícara de café


Reese


Três horas mais cedo


“Tem certeza de que não se importa se formos embora?” Paige perguntou enquanto enrolava seu cachecol em volta do pescoço.

Eu balancei minha cabeça. “Não mesmo. Estou bem. Luke e eu já combinamos, que eu ficaria com Katy nas noites que ele fosse chamado. Está tudo bem, eu prometo.”

Minha garantia foi suficiente, e ela me deu um abraço caloroso e forte. “Tudo bem, nos veremos amanhã à tarde. Eu vou fazer torta de maçã só para você.”

Eu a abracei de volta. “Obrigada.”

Eu comecei realmente a conhecer Paige, Baylee, Sebastian e Travis ao longo das últimas horas.

Eu fiquei bastante preocupada com Luke quando ele saiu, mas eles tinham conseguido me manter distraída.

Eles só resolveram ir embora, quando nós recebemos um texto de Luke dizendo que estava tudo bem, e que ele estaria amarrado com a papelada um pouco mais.

“Deixe-a e vamos, mulher”, disse Travis, exasperado. “Estou cansado, e ainda tenho que dirigir uma hora de volta ao nosso hotel.”

“Vocês não teriam que ficar em um hotel se ficassem com um de nós,” Baylee murmurou enquanto recolhia a sua jaqueta.

“Sim, mas então eu não poderia ter relações sexuais com sua mãe por uma semana”, Travis disse com desdém.

Baylee fez um som de engasgos, e Sebastian passou o braço em torno do seu ombro com a sua mão livre dizendo, “Vamos.”

Segurei Blaise em meus braços enquanto andava com eles até a enorme caminhonete de Sebastian.

Eu não tentei colocá-la. Eu esperei até que ele pôs Johnny, em seguida, entreguei Blaise.

A caminhonete de Sebastian era grande, muito parecida com a de Luke. Eu não teria sido capaz de colocar ela lá dentro tão bem como
Sebastian conseguiu.

“Quando Rowen era pequena, não houve uma única vez que eu fui capaz de colocar ou tirar ela do carro sem acordá-la”, eu balancei a cabeça com espanto.

“Você apenas tem que ter o toque certo”, ele brincou fechando a porta silenciosamente.

Então ele bagunçou meu cabelo, bateu na bunda de sua esposa quando ela entrava no carro. Sua facilidade em entrar na camionete era humilhante. Por que os homens, tinham que ser muito mais hábeis em coisas desse tipo do que as mulheres, eu nunca saberia.

Acenei para eles assim que eles saíram da garagem, logo seguido por Travis e Paige.

O silêncio na casa de Luke era assustador. Eu não sabia o que fazer.

Rowen e Katy tinham sido colocadas na cama há mais de uma hora atrás. Paige tinha limpado a cozinha. Depois a sala de estar.

Então ela começou a cuidar das roupas de Luke.
Literalmente não havia nada para eu fazer, e eu não conseguia descobrir como controlar o volume da TV na sala de estar, nem no quarto de Luke.

Então eu fiz o que faço melhor.

Eu bisbilhotei.

Comecei no quarto de Luke, em seguida, fui para o seu escritório, seguindo depois para garagem.

Lá eu comecei a ter pensamentos maus quando vi o carro, e resolvi voltar para dentro, antes de começar a querer repetir as coisas pecaminosas que tínhamos feito em cima do capô em nossa primeira noite juntos.

Eu finalmente acabei na sua área de trabalho, que ocupava uma parte no seu escritório.

Isso foi onde eu encontrei um material particularmente interessante.

Bem, interessante se você tinha oito anos como Katy.

Eu não vi uma única coisa fascinante no computador, a não ser um site da revista de notícias local, fixado na parte superior da barra de pesquisa do Google.

Nenhum site pornô, ou fórum.

Foi um fracasso total.

Entrando na internet, encontrei um site que vendia roupas. Em seguida, comecei a comprar algumas para Rowen, Katy e para mim.

Eu tinha olhado no armário de Katy hoje e tinha ficado horrorizada com a total falta de coisas bonitas.

Suponho que isso é o que acontece quando você é criado por um pai solteiro que preferia sair e trabalhar do que ir ao shopping.

Eu estava pesquisando tentando encontrar algo que custasse menos de quinze dólares na seção de lingerie, quando me deparei com a roupa íntima mais bonita que eu já vi.

E eu não podia esperar para Luke me ver vestida nela.

Duzentos e cinquenta dólares depois, eu tinha roupas a caminho da casa de Luke, com a promessa de chegar daqui a dois dias a contar de segunda-feira, já que hoje era sábado.

Cansada de ficar navegando na internet, eu voltei para o quarto de Luke e me troquei, colocando uma camiseta e calcinha antes de buscar através de suas gavetas por algumas boxers. Foi quando eu descobri as meias.

Uma gaveta cheia de meias.

Todas em pares desiguais.

E foi assim que eu estava quase três horas da manhã em volta de meias, depois de tentar em vão juntar os pares certos para ir dormir.

Eu tinha meias ocupando cada pedacinho da cama de Luke, enquanto eu separava e depois emparelhava.

O que ele fazia, escolhia um par de cada todas as manhãs? Eu tinha acabado de corresponder meu quinquagésimo quarto par (verdade, era o quinquagésimo par), quando ouvi o som de botas na madeira.

O som era metódico e certo.

Olhei para o meu telefone para me certificar que Luke não tinha ligado, já que ele disse que faria quando ele estivesse em seu caminho para casa.

Algo que ele não tinha feito.

Luke era realmente bom sobre ligar. Ele sempre foi consistente, e me ligou cada vez que ele estava a caminho, ou saía do trabalho. Se ele disse que ia ligar, ele o faria.

O que me fez ter certeza que não era Luke lá embaixo.

Havia duas crianças em casa, de modo que essa foi a única coisa em minha mente, quando eu saí com a lanterna que estava no criado de Luke um minuto depois.

Estava um inferno escuro lá fora pois eu não acendi as luzes mais cedo. Eu praticamente me arrebentei tropeçando sobre várias coisas aleatórias no chão.

Sapatos aqui, saco de ginásio lá. Jaquetas no meio do corredor. My Little Pony no chão fora do quarto de Katy.

Era do meu interesse ter a lanterna.

No entanto, quando meus olhos encontraram alguém muito, muito maior do que uma criança de oito ou cinco anos; eu praticamente me apavorei.

Baixei a luz. “Eu sinto muito. Eu pensei que você iria me ligar antes de vir. Quando você não fez e eu ouvi alguém se movendo ao redor, eu saí para ver.”

“Então você pensou em me cegar se eu fosse um ladrão?” Ele perguntou, espreitando para a frente.

Ignorei sua pergunta.

Ele estava vestindo uma camiseta, calças pretas e um boné de beisebol preto virado para trás em sua cabeça, cobrindo seu belo cabelo loiro.

Isso foi quase tudo o que eu podia ver, embora. A casa de Luke estava muito escura uma vez que não tinha qualquer luz, exceto a de segurança solitária que ficava na garagem.

Sua mão se arrastou para baixo sobre o meu quadril descendo para minha coxa, onde a camiseta terminava. Depois subiu novamente, onde ele descobriu rapidamente que eu estava usando calcinha.

Aproximei-me mais dele e o abracei com força. Meus braços o apertando na altura do seu peito.

Eu não queria admitir o medo que eu tive por ele. As últimas três horas tinham sido uma tortura. Eu olhei para o relógio inúmeras vezes, me perguntando quando ele estaria em casa.

Era normal ficar fora por tanto tempo?

“Eu estava com medo por você esta noite”, eu disse, correndo meu nariz ao longo de seu peito.

Ele me apertou um pouco mais.

“Eu estou bem”, ele me assegurou.

Deixei escapar uma respiração aliviada e me virei em seus braços.

“Agora”, eu disse, indo em direção ao corredor. “Diga-me porque você tem tantas meias esquisitas!”

Sua risada aqueceu meu coração, enquanto ele veio atrás de mim obedientemente.

Ele pisou no My Little Pony no caminho, e sua maldição me fez sufocar uma risada, enquanto seguimos para seu quarto.

Fechando a porta, ele olhou as centenas de meias que cobriam cada centímetro da sua cama, em seguida, olhou para mim. “Eu não gosto de fazer lavanderia.”

Eu balancei a cabeça, quando uma risada tranquila escapou, então me inclinei e comecei a recolher as meias.

Eu percebi o meu erro no momento em que me abaixei e a camiseta que eu estava usando subiu, mostrando minha roupa íntima Joe Boxer.

Ele rosnou baixo em sua garganta, e eu ouvi o barulho da chave na porta de seu quarto.

Eu me levantei lentamente, com os braços cheios de meias, e me virei para encontrá-lo tirando sua camisa.

Então ele tirou as botas e as chutou para o lado, logo seguido por suas calças.

Engoli em seco quando a única coisa que restou foi um par de cuecas boxer cinza.

Ele era lindo.

Alto, com ombros largos e um firme tórax definido.

Cabelo loiro, olhos azuis bonitos.

Mãos grandes. Coxas fortes, abdômen incrivelmente definido.

E as tatuagens. Meu Deus, as tatuagens.

Ele, é claro, tinha o símbolo dos fuzileiros navais em seu braço; no entanto, em suas costas tinha um grande projeto tribal que se estendia de ombro a ombro. Sua frente estava livre de tatuagens, somente uma que ficava escondida pelo cós da calça. Era uma palavra em latim. Uma que ele não tinha me dito o significado, e eu não tinha tido a coragem de perguntar.

Agora, porém, estava em plena vista quando ele lentamente deixou sua cueca boxer cair no chão.

Ele saiu delas um pé de cada vez, e eu engoli em seco, olhando para sua ereção pulsante que balançava com seus movimentos. Ela parecia imponente e latejante. Veias saltaram em cada lado de seu comprimento, e a cabeça era de um vermelho rosado que mostrava a sua necessidade.

Lambi meus lábios, perdendo rapidamente o meu domínio sobre todas as meias que eu estava agarrado ao meu peito.

E quando ele começou a vir em minha direção, eu me sentei na cama às pressas. Desamparada, sem saber o que fazer.

Que imagem devia ser esta, eu deitada em sua cama com meias em volta de mim.

Meu cabelo estava esparramado no colchão, e minha camisa tinha subido até a minha cintura, expondo o meu piercing de umbigo para seu olhar.

Ele rosnou e se inclinou sobre mim, beijando minha barriga nua, mordiscando suavemente o piercing.

Em seguida, o queixo passeou em meu monte e eu comecei a me contorcer.

“Nós não podemos,” eu tentei.

Eu não sei porque eu estava lutando.

Eu não quero lutar com ele.

Foi apenas uma reação quando ele chegou a mim. Algo que me fez querer lutar com ele. Para ele me forçar.

O que ele fez. Gloriosamente.

“Pare”, eu tentei de novo, soltando as meias e tentando empurrar o seu rosto, quando ele levantou a parte inferior da minha camiseta até que meus seios surgiram livres.

Eu assobiei em uma respiração, quando ele beliscou a borda de um dos meus mamilos com os dentes, me fazendo gritar de surpresa. “Luke,” eu disse. “Vai ser muito alto. Nós não podemos.”

“Nós podemos”, ele confirmou.

Então ele me mostrou como.

Agarrando o lençol, ele puxou-o comigo para baixo, até que as minhas pernas estavam penduradas sobre a borda da cama.

Meias caíram no chão ao nosso redor, mas ele não se preocupou quando ele levantou a minha camiseta para cima.

Quando eu fui para levantar os braços, ele tirou primeiro um, depois o outro, até que ela foi deixada no meu pescoço somente.

Com movimentos hábeis e rápidos, ele enrolou a camiseta em um tipo de corda engenhosa.

Então ele sorriu e segurou-a contra os meus lábios, esperando, me olhando nos olhos, até que eu abri minha boca para recusar. Quando eu fiz isso, ele empurrou-o e disse: “Agora você pode fazer todo o barulho que quiser.”

Com um movimento rápido, ele arrancou minha calcinha do meu corpo, em seguida, abaixou-se para capturar um dos meus mamilos em sua boca.

Quando ele me tinha na posição que ele queria, ele pegou um travesseiro e colocou-o sob minha bunda, empurrando-o até uma altura de trabalho confortável para ele.

A cabeça de seu pau brincou com minhas dobras quando ele mudou para os seios, me provocando. Seduzindo-me.

Eu gemia, e a camiseta fez o seu trabalho, abafando tudo a tal ponto que o som saía quase irreconhecível.

Ele se inclinou para cima e sorriu, levando a mão para a minha buceta, trabalhando com os dedos as dobras do meu sexo. Quando ele sentiu minha umidade, o sorriso sumiu, e foi substituído por pura necessidade.

Agarrando seu pênis em um punho, ele correu a ponta para cima e para baixo no meu sexo, revestindo a cabeça com minha umidade.

Ele circulou ao redor do broto de meu clitóris, provocando pequenos choques de excitação em mim com cada rotação.

“Por favor,” eu soluçava.

Era incompreensível, mas ele sabia o que eu queria, porque no instante seguinte, seu membro estava na minha entrada, e, lentamente, me penetrando.

Meus olhos se fecharam, e meu pescoço arqueou enquanto ele me estendia quase até ao ponto de dor.

Foi perfeito. Malditamente divino.

Minhas mãos seguravam o lençol até que meus dedos ficaram brancos.

Seus olhos se nublaram quando ele lentamente se afundou profundamente até as bolas dentro de mim.

Olhei para baixo, vendo o cabelo castanho encaracolado de seu sexo pressionado contra a minha entrada raspada.

Minha buceta estava engolindo o pau dele, as bordas esticadas para acomodar o seu comprimento.

Ele circulou seus quadris, fazendo-me apertar com força em seu comprimento.

Ele gemeu, pressionando a palma da sua mão no meu estômago plano, quando minhas costas começaram a se arquear.

“Não se mova”, suplicou ele.

Isso só significava uma coisa.

Ele estava perto de perder seu suado controle.

E eu queria que ele perdesse.

Eu contraí meus músculos pélvicos, apertando seu pau dentro de mim, uma vez que ele não iria me deixar fazer nada mais.

Seus olhos se estreitaram, e sua respiração começou a sair ruidosamente.

“Pare”, ele ordenou.

Eu apertei de novo, pulsando os músculos.
Ele puxou e me senti vazia, mas não por muito tempo, porque ele voltou rapidamente e foi batendo dentro de mim com força.

Meus seios saltaram com o movimento vigoroso, os olhos bem fechados quando eu tentei o meu melhor para não gritar.

Porque, camiseta ou não, se ele continuasse assim, não importa o que estava na minha boca, eu estaria ficando barulhenta.
Seus músculos abdominais ficavam tensos e apertados com cada mergulho e retirada.

Seus grandes bíceps se tencionaram, quando ele levantou minha bunda para fora da cama, dando-lhe um melhor ângulo para afundar em mim.

Minhas pernas enroladas na sua cintura devem ter sido muito restritivas para ele, pois com um movimento rápido ele colocou cada perna para cima sobre os seus ombros, inclinando-se até que ficamos cara a cara.

Engoli em seco, mas o som foi abafado.

O que ele amou.

Vi o lampejo de emoção em seus olhos quando ele pegou na mordaça improvisada.

“Goza rápido”, ele ordenou.

Eu balancei a cabeça.

Eu queria. Realmente, realmente queria.

Minhas pernas foram empurradas para cima, em direção aos meus ouvidos, e minha respiração estava falhando, suspiros desesperados e afiados quando ele mergulhava dentro e fora de mim. Mas com o novo ângulo, eu não me importava muito com a respiração. Meu único foco era o orgasmo chegando. Eu podia sentir o prazer sendo construindo.

Seu pau duro fazendo sons altos, molhados, enquanto ele empurrava para dentro e fora de mim.

Ele começou pequeno, minúsculo, realmente. Mas foi se construindo lentamente até que o senti oscilando na borda, algo enorme que eu só sentia com Luke.

O que me fez explodir foi a mão dele segurando a carne da minha bunda, apertando com força, enquanto tentava com tudo o que tinha, segurar o seu próprio orgasmo.

Vendo no seu rosto a dor de segurar o gozo iminente, eu detonei. Quebrando-me em um milhão de pedaços minúsculos.

Minha mordaça fez o seu trabalho com a ajuda da boca de Luke.

Ele bateu uma última vez em mim e ficou lá enquanto nós dois explodimos em um orgasmo alucinante.

Eu podia sentir meu sexo escorregadio com a sua libertação, com os meus olhos bem fechados enquanto eu saboreava este novo sentimento.

Ele resmungou com cada jato que saía do seu pênis.

Depois se retirou de dentro de mim e olhou as últimas gotas remanescentes de sua libertação escorrendo dele para o meu núcleo superaquecido.

Ele pegou com a mão antes que pudesse cair na cama, trazendo-as com a mão e as esfregando nos lábios de meu sexo.

Ele olhou para cima, com os olhos piscando quando viu o estado do meu corpo pós-orgasmo.

“Toda vez porra”, ele rosnou sentando-se e ajoelhando no final da cama. “Fica cada vez melhor.”

Eu balancei a cabeça, sacudindo a mordaça da boca. “Isso é porque você está agindo como um homem das cavernas comigo e eu estou deixando.”

Ele encolheu os ombros. “Seja qual for a razão, eu gosto.” Eu olhei para seu pênis ainda duro e balancei a cabeça.

“Você não está velho demais, para conseguir mais do que uma vez por dia?”

Ele sorriu. “Eu não sei. Vamos para o chuveiro e descobrir.”

Eu era a porra de uma otária. E eu estava bastante certa que estaria ferida na parte da manhã.

Mais uma vez.


Capítulo 18

Meu pescoço. Minhas costas. Meu Netflix e meus lanches.
- Frase de Camiseta


Reese


“Que porra é essa?” Perguntou Luke, apontando para o casal se beijando na frente da padaria da sua ex.

Levei alguns instantes para perceber o que eu estava vendo, e quando o fiz, meu queixo caiu.

Ele tinha deixado Rowan ontem à noite. Ele ainda usava as mesmas roupas. Mas, a mulher que ele estava beijando não era sua esposa.

“Não!”

“Ei, é o papai! Pare!” Rowen gritou do banco traseiro.

Luke olhou para mim, perguntando o que fazer e eu balancei a cabeça. Não havia nenhuma maneira que eu estava indo lá.

“Continue dirigindo.”

“Mamãe!” Gritou Rowen.

Fechei os olhos. Eu odiava quando ela gritava. Especialmente quando se tratava de seu pai. Ele sempre tinha sido a única coisa que mais me afetou. A única coisa que eu não poderia lidar. Eu não poderia estar com o pai de Rowen, eu nunca seria capaz de preencher esse vazio.

A mão forte de Luke envolveu em torno de minha, possivelmente, observando os pensamentos passando por minha cabeça. Eu olhei para ele e ele sorriu para mim.

Respirando fundo, eu tentei o meu melhor para ignorar os gritos da minha filha de cinco anos de idade no banco traseiro.

No entanto, no momento em que cheguei em casa, eles não tinham diminuído e eu estava prestes a gritar.

No momento que chegamos na casa de Luke, ela tirou o cinto de segurança e partiu para o forte de Katy no quintal.

Quando eu fui tentar segui-la, Luke se recusou a soltar a minha mão.

“Você tolerando este comportamento só servirá para deixar ela mimada. Deixe-a trabalhar com isso por conta própria,” Luke falou.
Eu não teria ouvido ele se estivesse na minha casa, mas a casa dele estava no meio do nada, e não havia literalmente nenhum lugar para ela ir.

Puxando-me para seu lado, ele andou comigo. Um braço estava em volta dos meus ombros, e o outro segurando um saco com metade das rosquinhas da cidade.

“Eu não sabia que os policiais realmente comiam donuts,” eu provoquei, tentando tirar a cabeça da minha filha.
Ele me deu uma olhada. Humor misturado com uma pitada de aborrecimento. “Você percebe quantas piadas de donuts eu recebo em um dia?”

Eu segurei meu sorriso. “Não, quantas?”

“Não menos de quatro por dia. Eu nem sequer entro em uma loja de donuts, com meu uniforme mais. Está além do ridículo”, disse ele, segurando a porta aberta para mim.

Vozes altas de homens me assustaram assim que passei pelo batente da porta.

Fiquei surpresa ao encontrar a sala de estar cheia de homens grandes e musculosos, vestidos de várias formas diferentes.

Eu congelei com Luke nas minhas costas, surpresa ao ver sua casa cheia.

“Como eles entraram?” Eu disse, alarmada.

Sua mão grande apertou meu quadril. “Eles têm uma chave.” Pisquei, aturdida.

Eu teria que perguntar a ele por que quando eles saíssem. Eu não queria que todos eles me ouvissem perguntar, por que eles tinham permissão de entrar quando quisessem.

Eu sabia que ele tinha uma boa razão, mas a minha própria irmã sequer têm uma chave da minha casa. Por que todos eles têm a chave da casa de Luke?

Ele deve ter sentido minha hesitação, porque ele parou e se virou para mim, dando as costas para a sala e olhando para mim.

“O que está acontecendo?” Ele perguntou.

“Eu meio que pensei que eles, pelo menos, esperariam até que voltássemos. Eu teria limpado a casa ou algo assim. Eu acho que a minha calcinha e outras coisas estão no sofá”, eu sussurrei.

Ele bufou. “Querida, nós fazemos esse tipo de coisa, pelo menos, uma vez por semana, e na maioria das vezes é improvisada. Você apenas tem que ter a certeza de não deixar suas coisas em cima do sofá no futuro.”

“Por que eles estão aqui afinal?” Perguntei mais uma vez.

Ele revirou os olhos. “Porque nós precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem. Elaborar um plano de ação. Além disso, perdemos moral na reunião da equipe na semana passada. Este café da manhã tem uma dupla finalidade.”

Eu caí em exaustão. Seria difícil ter apenas um dia onde eu não teria que me preocupar com nada? “Ok”, era tudo que eu conseguia pensar para dizer.

Depois de um estudo rápido do meu rosto, ele tocou meu nariz com a ponta do seu dedo.

Então ele agarrou a minha mão e me levou para a única cadeira vazia na sala, que aconteceu de estar entre Downy e outro homem com o cabelo castanho e os olhos azuis mais bonitos que eu já vi.

Ele era tão alto e tão grande quanto os outros, mas havia algo nele que me fez sentir confortável sentada ao seu lado, mesmo sem nunca ter visto ele antes.

Ele usava uma camisa de manga comprida preta e calças cargo. Nenhum pedaço de pele aparecia em todo o seu corpo, exceto as mãos e o rosto. Mesmo os botões da camisa estavam todos fechados.

Sentei-me devagar, muito consciente de que todos os olhos na sala estavam em mim. Downy inclinou-se e retirou um bolinho do primeiro saco que abriu, empurrando metade em sua boca antes de sentar de volta no sofá.

O resto dos homens fizeram o mesmo, e eu percebi exatamente por que Luke tinha comprado tanto de tudo.

Estes homens podem comer.

Depois do quarto kolache e terceira rosquinha de Downy, eu não pude resistir.

“Como você não está gordo?” Eu soltei.

Seus olhos brilharam quando ele lambeu os dedos, limpando. Lentamente.

Meu rosto corou, e Luke, que tinha tomado um assento na lareira, rosnou. “Downy.”

Virei-me e vi ele olhando para Downy com um olhar de ‘Eu vou chutar o seu traseiro’.

“AC está realmente ligado em você,” o homem do meu outro lado disse.

Eu virei para ele com uma sobrancelha levantada. “Quem é AC?”

Ele acenou com a cabeça na direção de Luke.

“Assistente do Chefe é muito longo. Nós encurtamos para AC.”

Sério?

Luke era o assistente do chefe?

“O quê?” Ele perguntou, notando o meu choque.

Eu balancei minha cabeça. “Nada.”

“Essa palavra é perigosa”, disse o homem. “Eu aprendi com a minha primeira mulher, que nada significa alguma coisa. Mas você não tem que me dizer.”

“Este é Michael. Ou Santo,” Downy disse atrás de mim, inclinando a cabeça para o homem que tinha falado.

“Santo Michael?” Perguntei, confirmando se eu tinha ouvido direito.

Michael balançou a cabeça, exasperado. “Os meninos gostam de fazer-me parecer um com santo. Eu lhe garanto que não sou.”

A conotação sexual nessas duas palavras, foram o suficiente para eu tirar qualquer ilusão que ele era um santo.

Isso e o olhar que ele me deu.

O homem não era um santo. Longe disso.

“Mamãe?” Rowen chamou da porta.

Minha cabeça virou ao redor, e vi quando ela caminhou por entre a multidão de homens e rastejou no meu colo.

“Sim, querida?” Perguntei.

“Sinto muito, mamãe”, ela sussurrou.

Beijei seu nariz. “Eu sei, baby. Está tudo bem.”

“Ele disse que, enquanto eu estivesse com ele, nada vai te machucar.”

As mães sempre entendiam seus filhos. Mães conseguiam entender algo que outras pessoas só iriam compreender como rabiscos. E eu teria pensado que isso teria sido o caso agora, também.

Suas palavras foram truncadas, e distorcidas desde que ela ainda estava chorando um pouco.

No entanto, quando essas palavras saíram de sua boca, eu senti todo o ar ser sugado da sala, quando todos e cada homem em torno respiraram profundamente, congelando com as palavras da minha filha.

“O que você disse, baby?” Perguntei, querendo confirmar o que eu tinha ouvido.

“Papai e Nita brigam. A Nita não gosta de você”, disse Rowen, olhando para mim agora.

“E Anita disse essas coisas ruins?” Perguntei, tirando o cabelo dos seus olhos.

Ela balançou a cabeça. “Sim.”

Luke se moveu, chegando a ajoelhar-se atrás de Rowen. Sua grande palma colocada em suas costas, tocando-a de ombro a ombro, onde ele então começou a questioná-la como um suspeito. Uma criança de cinco anos suspeita, mas um suspeito, no entanto.

Eu não teria permitido se ela tivesse ficado assustada ou com medo, mas ela se mostrou feliz em responder a todas as perguntas de Luke. Bem como algumas dos outros também.

Nessa meia hora que Luke falou com ela, eu descobri tudo o que eu precisava saber sobre Anita e mais.

Um, ela gostava de dormir com outros homens. Muita informação!

Dois, ela estava com o 'pai', apenas porque ela ficou grávida. Novamente muita informação!

Três, ela tinha uma boca como de um caminhoneiro. Amaldiçoar era algo que Weston tinha jurado para mim que ele não faria na frente de Rowen. Obviamente essa mesma promessa não tinha sido estendida a sua esposa.

Quatro, Anita e seu pai eram barulhentos à noite. Eu não tinha mais necessidade de explicação do que isso.

Cinquenta e sete, Weston estava apaixonado por alguém que não era sua esposa.

Que não precisava de qualquer explicação depois de hoje, para qualquer um.

Não quando tínhamos acabado de vê-lo selado em um beijo com Lydia menos de uma hora antes.

Infelizmente, apenas uma coisa continuou trabalhando na minha mente.

Aquela mulher fodida pode acreditar que eu estaria falando com ela na próxima vez que a visse. E na segunda-feira de manhã, eu estaria preenchendo o pedido de custódia, custódia total, sem visitação.

Aquela malvada mulher não estava tocando mais o meu bebê.


Capítulo 19

Agite de verdade... Porque ninguém gosta de um agitador meia bunda.
- Cartão Hallmark


Luke


“Papai, esta luz está me incomodando”, Katy murmurou, sua pequena mão cobrindo os olhos enquanto ela manteve os olhos grudados na TV.

Suspirei e desliguei o telefone. Eu não queria ver isso. De novo não. Embora, parecesse que eu não tinha escolha.

“Meu pai não assiste Princesa Anna e Rainha Elsa comigo”, Rowen disse quando ela deitou a cabeça para baixo no meu peito.

Eu beijei o topo de sua cabeça. “Eu vou vê-lo sempre que quiser, querida.”

Ela bateu no meu peito e esfregou o nariz na minha camiseta, da mesma forma que sua mãe fazia, cada vez que eu a tinha em meus braços.

Eu estava cuidando das meninas, enquanto Reese comprava alguns presentes de Natal no último minuto antes do feriado.

Eu aprendi ao longo das últimas semanas que Reese era uma grande procrastinadora. Ela deixou todas as compras para hoje, um dia antes da véspera de Natal.

Ela tinha ido a pelo menos quatro horas atrás, e as meninas estavam inquietas. E era por isso que Downy e eu estávamos assistindo Frozen.

“Eu não posso acreditar que você me convenceu a assistir isso”, Downy murmurou sombriamente.

Eu ri. “Era o mínimo que eu poderia fazer.”

Ele levantou a mão segurando a cerveja, e apontou para a tela. “Aquela cadela vai morrer.”

Voltei minha atenção para o desenho e franzi a testa. “Por que você diz isso?”

Ele acenou com a cabeça para a Princesa Anna novamente. “Na vida real, quando o cara vai atrás da menina e propõe rápido, ele quer algo dela.”

Eu balancei minha cabeça. “Você é tão cínico.”

Ele me encarou firmemente. “Eu ganhei o direito de ser.”

Eu não contestei isso. Erámos todos cínicos em nossos próprios caminhos, alguns mais do que os outros.

Meu telefone tocou na mesa de centro ao meu lado, e eu respondi com os sons de Let It Go no fundo. “Alô?”

“Roberts. Eu preciso de você na estação. Agora. Traga Downy com você,” o chefe rosnou em minha orelha.

Sem olá, ou foda-se. Apenas negócios.

“Por que e por quanto tempo? Eu tenho duas crianças comigo,” eu disse, levantando-me e desalojando as duas meninas que estavam no meu colo.

Elas murmuraram seu descontentamento, mas seus olhos ficaram colados à TV, extasiadas.

“Basta chegar até aqui. Traga-as com você, você pode deixá-las em seu escritório. Não vai demorar muito tempo,” o chefe disse, então desligou, não me deixando perguntar mais nada.

“Porra”, eu suspirei, levantando os olhos para Downy. “O chefe quer falar com a gente.”

Ele fez uma careta e terminou sua cerveja. “Parece que eu não vou gostar do que ele tem a dizer.”

Eu tive um sentimento que eu não iria gostar, também.

***

“Você está falando merda”, eu disse, minha cabeça com uma dor súbita. O chefe sacudiu a cabeça. “Não, infelizmente não. Encontraram-no esta manhã, depois que os filhos perguntaram se eles poderiam entrar na casa, para remover os objetos de valor.”

Poooora.

Jesus, isto era exatamente o que precisávamos no momento. E eu sabia que essa operação tinha algo estranho.

Eu deveria saber que algo assim ia acontecer.

Cada porra de coisa que Pierson Howell trabalhou azedou.

E depois de semanas, eu ainda não tinha encontrado a conexão que eu sabia que estava lá.

O instinto me dizia que havia algo sobre aquela operação que conectava a Reese.

Eu não tinha descoberto o que seria, ainda. Mas eu faria.

“Então, como ele morreu? Foi na explosão?” Downy perguntou de sua posição através da mesa em frente a mim.

“A autópsia ainda não foi feita. Saberemos nas próximas vinte e quatro a quarenta e oito horas,” o chefe disse, levantando-se.

Nós também nos levantamos.

Nós não erámos estúpidos.

“Tente ser flexível com Pierson. Sei que ele é difícil de trabalhar, mas ele é bom em seu trabalho,” ele repreendeu.

Nós dois assentimos e saímos do escritório do chefe, sabendo muito bem que Pierson porra Howell estava prestes a se tornar uma dor em nossos traseiros.
Quando a porta se fechou atrás de nós, Downy olhou para certificar-se que o chefe não tivesse nos seguido, antes dele começar. “Eles vão nos culpar por foder aquela operação, então nós vamos ter que ouvir sobre como Pierson era o melhor homem para estar com a SWAT. Em seguida, ele vai ter seus comparsas do seu lado. Será como uma maldita telenovela.”

Eu concordei. “Sim.”

Nós tínhamos acabado de virar o corredor em direção ao meu escritório, quando ouvi a parte favorita de Katy começar a soar através da sala de conferências da estação.

Eu encontrei as duas meninas no meio de vários oficiais e funcionários da delegacia, todos eles assistindo Frozen como se eles nunca tinham visto isso antes. Homens e mulheres, com Rowen e Katy no meio deles, estiradas na mesa de conferência com seus cobertores e travesseiros.

“Isso não é algo que você vê todos os dias”, Downy murmurou, com um pequeno sorriso levantando o canto da sua boca.

Eu balancei a cabeça. “Não, tenho certeza que não.”

Rowdy, o oficial mais gordo e mais antigo, sentou-se no meio da sala, mastigando um donut enquanto ele observava Elsa transformar o grande monte de neve em um enorme castelo de gelo.

Em seguida, observei Nico, a última pessoa que eu jamais iria esperar ver assistir a um filme da Disney, encostado na parte de trás da parede, olhos grudados na TV.

Michael estava ao seu lado, e a cabeça de Bennett enfiou-se sobre a multidão de pé em toda a sala.

“Você acha que eles vão ficar chateados comigo quando eu tirar o filme?” Eu perguntei quando eu entrei na sala de conferência.

Downy deu de ombros. “Talvez. Basta deixá-lo aqui.”

Eu balancei minha cabeça. “Eu prefiro me matar do que não tê-lo, no caso de uma das duas querer assistir. Elas se sentam e colocam pra repetir no DVD. Tudo que tenho que fazer é ligar a TV agora.”

Downy sorriu e levantou o controle remoto, apontando-o para a tela e pressionado pare.

Gemidos e vaias encheram o ar, quando cada par de olhos na sala se virou para olhar para Downy, até mesmo minhas duas meninas.

“É hora de dormir”, Downy disse, apontando para as duas meninas. “E elas têm que ter o seu filme para antes de ir dormir.”

Isso pareceu consolar a maioria deles, mas eu tive que prometer que iria trazê-lo de volta no dia seguinte ao Natal, para que eles pudessem terminar de assistir, o que eu faria.

“Tudo bem, senhoras. É hora de ir para casa,” eu disse, reunindo bonecas, cobertores e copos.

Elas desceram obedientemente, cada uma agarrando uma mão enquanto caminhávamos para a minha camionete.

Elas se despediram e prometeram voltar, fazendo com que alguns dos policiais mais endurecidos na força, sorrissem.

“Vocês duas têm os meus homens em torno de seus dedos, não é?” Eu provoquei quando nós entramos no carro.

Rowen, a que eu estava ajudando em primeiro lugar, sorriu. “Mamãe diz que tudo o que tenho a fazer é sorrir e eu recebo o que eu quero.”
Eu não tinha nenhuma dúvida disso.

A volta para casa foi tranquila, as duas meninas adormeceram assim que entrei na estrada principal.

No momento em que entrei na garagem e desliguei o motor, as duas estavam roncando.

Fiz malabarismo para carregar as duas, em vez de apenas uma, foi muito difícil, mas consegui quando eu levei cada uma para o seu respectivo quarto, cobrindo-as, e fechando a porta.

Eu encontrei Reese no meu quarto novamente.

Gostei muito dela fazendo-se em casa.

Desta vez, ela estava embrulhando presentes no chão, com o telefone entre sua orelha e seu ombro.

“Não, ele não me convidou para o jantar de Natal ainda”, brincou ela, fazendo uma careta para mim.

Minha mãe. Mais uma vez. Tinham estado bastante íntimas ultimamente. Ah ... Não.

Eu balancei a cabeça e comecei tirar a minha camisa, sapatos, meias, calças e cueca, antes de ir para o chuveiro lavar o dia da minha pele.

Ela me seguiu, observando o meu progresso enquanto ela continuava a falar com a minha mãe, que era incrivelmente irritante as vezes.

“Eu estou convidada? Eu irei se tiver torta de maçã,” ela brincou.

“E abóbora!” Eu gritei pouco antes de ligar o chuveiro.
Ela me observou entrando, e eu a olhei me assistindo.

“Tudo bem, bem, eu vou vê-la no dia de Natal. Eu sei, obrigada por ligar. Certo. Até mais”, disse ela rapidamente.

Ela colocou o celular no balcão do banheiro antes de perguntar rapidamente, “Onde você estava?”

Não havia preocupação em seu tom, apenas curiosidade.
Eu rapidamente expliquei o que o chefe tinha me dito, e vi seu rosto assumir uma pitada de tristeza.

“Isso é terrível”, disse ela, com as mãos se contorcendo na bainha de sua camisa.

Eu balancei a cabeça. Isso era verdade.

“Mas eu não entendo por que eles tinham que chamá-lo para lhe dizer isso. Não poderia ser pelo telefone?” Ela perguntou.

Eu balancei minha cabeça. “O Chefe queria nos avisar que vai ter uma investigação sobre a operação, e saber se não poderíamos ter feito nada diferente. Eles estão à espera de um relatório da autópsia, para descobrir a causa da morte, antes de fazer qualquer coisa drástica.”

Suas sobrancelhas se levantaram, e seus olhos seguiram a minha mão quando eu peguei o sabonete, e comecei a passá-lo sobre meu corpo.
Comecei debaixo dos meus braços, e depois para o meu estômago, enquanto isso ela estava se contorcendo em cima do balcão.

Eu gostei do que vi, o que só a fez se contorcer ainda mais, quando eu ensaboei a minha dura ereção.

A espuma deixou minha mão escorregadia, reduzindo o atrito da palma áspera no meu pau sensível.

Ela lambeu os lábios quando ela cruzou e descruzou as pernas.

“Você joga sujo”, ela acusou.

Eu sorri. “Só sei jogar assim, baby.”


Capítulo 20


Isso é o que.
- Ela

Luke


Meus olhos se abriram revelando a tela azul que sinalizou o fim do filme. Frozen, pela terceira vez em um mesmo dia, não era divertido.

O que também não era diversão, foi acordar com uma batida na sua porta da frente na véspera de Natal, às dez horas da noite.

Eu saí sob a pilha de mulheres e crianças, que tinha feito do meu peito o seu travesseiro e caminhei até a porta, pegando antes a minha Glock da prateleira do armário de cima do corredor.

Ligando a luz, olhei pelo olho mágico.

Por alguma razão, eu não estava surpreso ao ver o Detetive Pierson Howell em pé na minha varanda da frente.

Irritado, eu abri a porta silenciosamente, e saí para os degraus de pedra, fechando a porta atrás de mim.

“Posso ajudá-lo?” Perguntei, levantando minha sobrancelha.

A rigidez da pedra sob meus pés era extremamente fria, penetrando em meus pés e causando arrepios por cima do meu corpo sem camisa.

Pierce olhou para mim com desprezo, por alguns longos segundos antes de seu rosto entrar no modo policial.

Eu ouvi meu celular tocando na parte de dentro e amaldiçoei, “Espere”.

Eu não o deixei entrar, fechando a porta antes mesmo que ele percebesse.

Movendo-me apressadamente para o meu telefone, eu respondi quando eu vi Rowen se mexer.

Seus olhos agitaram, mas se fecharam depois que ela reposicionou seu pequeno corpo.

“Alô?” Eu respondi calmamente.

A voz do chefe, em tom baixo, disse: “Ele foi assassinado. E ele tinha uma nota. Foi endereçada a sua mulher.”

Rangi os dentes e me afastei da pilha de meninas dormindo para a porta da frente. Com a minha mão descansando na maçaneta, eu perguntei, “Então é por isso Pierson está aqui?”

Ele suspirou. “Eu disse-lhe para ir para casa. Ele é frustrante, mas sim. Esse é provavelmente o motivo. A nota não era específica e também antiga. Disse que estava arrependido, que ele não poderia fazer mais do que aquilo que ele tinha feito. Quando o homem começou a disparar na sua porta, ele tentou se esconder. Aparentemente, porém, ele já tinha sido atingido por um ricochete. Sangrou por todo o lugar. Ele teve que remover todo o material que tinha lá dentro, pois tinha a intenção de ir embora. Na nota, ele detalhou exatamente o que estava lá dentro no caso dele não conseguir. Quase um milhão de dólares, algumas joias da família, e uma porrada de títulos que ele não conseguia se lembrar do número correto.”

Ouvi atentamente o relato hesitante do chefe. “Ele viu um vislumbre de uma pessoa pela janela do seu quarto. Ele disse que era realmente uma pessoa baixa, gorda. Quem quer que fosse, estava todo de preto, coberto da cabeça aos pés. Ele disse que foi com uma AK-47 que o suspeito atirou na casa. Ele afirma também que a pessoa certamente tinha experiência militar. A maneira como a pessoa agiu e se moveu, encaixaria com a forma profissional que os militares atuam. O resto ele descobriu através de um telefonema do suspeito quando ele esteve em seu quarto. Ele disse que ouviu seu nome sendo dito mais de uma vez, e que parecia com uma voz profunda de mulher, ou uma voz alta de homem.”

Uma batida soou na porta, impaciente e áspera. “Tudo bem, obrigado por ligar. Eu vou querer ler a nota na segunda-feira. Qualquer coisa que você queira que eu fale a Pierson?” Perguntei, recuando para a varanda.

“Não. Tenha um bom dia.” O chefe disse, então desligou.

“Desculpe-me por isso. Como posso ajudá-lo?” Perguntei a Pierson laconicamente.

Ele tinha os braços cruzados firmemente sobre seu peito, então olhou para mim por alguns longos momentos antes de responder.

“A autópsia para...” Eu levantei a mão, parando-o.

“Eu sei sobre a autópsia. O que você precisa?” Perguntei, impaciente.

Sua boca afinou. “Eu preciso fazer a Senhora Doherty algumas perguntas.”

Eu balancei minha cabeça. “Não é possível. Ela está dormindo, e é véspera de Natal. Você pode perguntar o que você precisa na segunda-feira.”

Eu ouvi a abertura da porta atrás de mim e amaldiçoei silenciosamente em minha cabeça.

Quando me virei, porém, não foi Reese. Era Rowen e ela estava chorando.

Abaixei-me, ficando de lado para que pudesse manter um olho sobre Pierson.

“O que está errado, doce ervilha?”

“Senti sua falta”, ela disse, jogando os braços em volta do meu pescoço.

Eu passei meus braços em torno de seu corpo pequeno, reunindo ela e seu cobertor e me pondo de pé antes de me voltar para Pierson. “Isso é tudo?”

Ele não respondeu, mordeu os lábios entre os dentes e desceu os degraus.

“Você está quente”, disse ela, se aconchegando no meu peito.
Eu ri e caminhei de volta para dentro, encontrando Reese acordada e indo em direção à porta.

Como uma mamãe urso que ela era.

Seu filhote tinha ido embora e ela soube quase imediatamente.

Quando ela me viu com Rowen ela visivelmente relaxou.

“Ela costumava fazer isso o tempo todo. Encontrei-a fora do nosso velho quintal uma noite, e assustou a merda fora de mim. Ela estava apenas brincando em seu balanço sem um cuidado no mundo, enquanto eu estava dentro, quase a ponto de chamar a polícia.” Ela balançou a cabeça.

Eu sorri. “Eu cuidei da sua bunda, agora.”

Ela sorriu. “Você faz.”

Eu não contei a ela sobre seu vizinho. Ainda não.
Eu não queria arruinar o Natal para ela, e eu precisava de mais alguns dias para pensar sobre isso, antes de começar a lhe explicar tudo.

Eu precisava pelo menos, ler a nota primeiro.

Eu sabia também que precisaria de outras coisas e algumas informações. Eu precisava de John Atoms para trabalhar sua magia.


Capítulo 21

Estou treinando para uma maratona. Uma maratona da Netflix.
- Frase de Camiseta

Reese

Luke e eu não temos brigado muito. Na verdade, só tivemos duas pequenas discussões, até hoje, depois que eu vim morar temporariamente em sua casa.

Digo temporariamente, porque minha casa já estava pronta, mas ele me disse que eu ainda não podia ir. E depois que eu soube sobre o meu vizinho, e ouvi sobre a carta que ele tinha escrito, eu sabia que seria de interesse meu e de Rowen ficar, mesmo que eu estivesse relutante em colocar ele e Katy em perigo.

Ele assegurou-me, porém, que ele poderia cuidar de nós. E eu confiava nele.

A primeira discussão que tivemos, foi sobre eu não ficar a noite toda com ele em sua cama.

A segunda tinha sido sobre Weston.

Ele me disse várias vezes que Weston ainda tinha uma 'coisa' comigo, e que eu era a única que Rowen ouviu ele falando, não sobre Lydia.

Depois de eu ter dado entrada ao processo para ter a custódia total de Rowen, Weston tinha ficado muito mais persistente, e tinha começado a implicar não só na minha relação e de Rowen, mas na minha e Luke também.

Eu lhe disse que ele estava inventando histórias na cabeça dele, que não havia maneira de Weston ainda estar interessado em mim.
Pelo menos o meu ex não era abertamente óbvio sobre isso, como era a dele.

“Você disse que ia pensar sobre isso,” ele rosnou, puxando a camisa sobre a cabeça e empurrando os braços com uma violência que demonstrava claramente sua falta de controle.

“Eu disse”, eu falei calmamente. “Mas só porque eu sabia que ia me ajudar. Eu não sabia que dizendo isso, eu estava declarando alguma coisa. Que eu ainda não acredito que fiz.”

Ele olhou para mim e afivelou o cinto de utilidades em seu lugar. Blindado na íntegra.

Perfeito.
“O que mais ele disse?” Ele perguntou cuidadosamente, cruzando os grandes braços volumosos em seu peito.

Weston havia me ligado naquela manhã, duas semanas depois do Natal, pedindo-me para falar com ele.

Foi uma semana depois, que o pedido de custódia total de Rowen sem visitação tinha sido concedido.

Eu balancei minha cabeça. “Não muito. Disse que ele precisava de ajuda com a esposa, só isso.”

Meus pensamentos se voltaram para mais cedo naquela manhã, quando Luke tinha me dito que ele tinha visto Weston e Lydia, sua ex, abraçando-se do lado de fora de sua loja novamente.

E as várias vezes, que tinha visto os dois comendo no mês passado, ou no cinema.

Nós os vimos juntos o tempo todo; o que, por si só, era estranho. Especialmente desde que Weston não estava sendo discreto sobre isso... Você sabe, uma vez que ele tinha uma psicótica como esposa.
Então no início, tinha sido uma surpresa. Mais como um 'Oh, wow. Isso é estranho.’ Agora, porém, estava à beira de ser um, ‘Que diabos está acontecendo?’

“Você acha que algo mais está acontecendo além do que eles estão deixando transparecer, não é?” Perguntei, lendo a expressão dele.

Ele encolheu os ombros. “Faz sentido. Quando foi a última vez que viu sua esposa?”

Eu pensei sobre isso por alguns momentos, depois dei de ombros. “Eu ouço ela o tempo todo no telefone, guinchando sobre isso e aquilo. Rowen não mencionou ela ultimamente, apesar de tudo.”

Ele assentiu. “Eu estava pensando a mesma coisa. Eu não ouvi Rowen dizer uma coisa sobre a ‘louca, escura senhora’ desde, pelo menos, três ou quatro semanas atrás.”

A ‘louca escura senhora' foi o que Rowen chamou a esposa de Weston. Principalmente porque Rowen disse, que ela tinha olheiras sob os olhos o tempo todo, e gritava como uma coruja.

“O que você está pensando?” Eu perguntei lentamente.

Seus olhos se levantaram para os meus. “Eu não tenho ideia. Eu vou ter que pensar sobre isso primeiro. Dê-me algum tempo.”

***

“É realmente estranho. Por que ele voltou agora?” Luke perguntou a Downy mais tarde naquela noite.

Downy sentou-se em um dos bancos na cozinha de Luke, que ficavam alinhados ao longo de todo o balcão.

Suas mãos grandes e cheias de cicatrizes tocando sem descanso contra a bancada, enquanto ouvia Luke falar.

Eles estavam debatendo, tentando encontrar soluções para alguns dos seus vários problemas.

A conversa foi tranquila até o momento que Luke trouxe à tona o meu encontro com Weston.

Suspirei exasperada. “Eu já lhe disse, foi por causa de Rowen. Ele queria estar mais perto dela.”

Downy sabiamente manteve sua boca fechada, mas ele estava realmente curtindo o show.

“Por que ele iria deixar um emprego que ele passou anos para conseguir e depois largar e se mudar exatamente um mês depois que você fez, se não fosse porque queria você? Porque com você morando lá ele poderia te ver quando ele quisesse, e ver também a filha quando quisesse, mesmo que não fosse frequentemente.” Luke disse, gesticulando com as mãos como ele sempre fazia. “Agora você se muda, e de repente ele pensa ‘eu vou estar lá para a minha filha agora’. Porque, se antes ele não queria nada com ela?”

Eu olhei para ele, voltando minha cabeça para fora da cozinha me certificando que as meninas ainda estavam assistindo TV, antes de me virar para ele novamente. “Eu não sei porra, ok?”

Ele não reagiu a minha explosão.

“Se foi realmente por causa da esposa, que ele começou a fazer um esforço trazendo Rowen para suas vidas, então por que eles não estão felizes? Por que eu continuo vendo Lydia e ele juntos por toda a cidade se eles são tão ‘felizes’?”

Essa foi uma boa maldita pergunta.

Eu joguei meus braços para cima. “Eu não sei! Por que você não vai até Lydia e pergunta? Finja que você quer voltar para ela, pergunte se ela sabe o que está acontecendo.”

Eu queria que ele fizesse isso, tanto quanto eu queria um martelo quebrando todos os meus dedos, mas eu não vi quaisquer outras opções. Não se ele queria respostas.

Ele balançou sua cabeça. “Eu já disse a ela mais de uma vez que eu não estava interessado. Na verdade, ela veio na delegacia há dois dias perguntando se eu tinha tempo para falar com ela. Eu disse que não. Vai parecer suspeito, se eu de repente mostrar um interesse por ela.”

“Bem, então, peça a ela para encontrá-lo quando eu for me encontrar com Weston. Dessa forma, você pode manter um olho em mim, e aproveita e diz a ela que você não está interessado. Talvez você descubra alguma coisa. Talvez não. Mas você vai estar lá se eu precisar de você.” Eu tentei.

Ele apenas me olhou.

“Ela tem um ponto,” Downy observou.

Luke jogou uma batata com casca em sua cabeça.
Downy apanhou com uma risada, lançando de volta para ele como um míssil.

“Apenas tente. Qual a pior coisa que poderia acontecer?” Ele perguntou.

Aparentemente, muito mais do que se esperava.

***

Luke


“Ouça”, eu disse, esfregando as mãos ao longo do meu cabelo. “Eu sei que você está chateada, mas você e eu não temos mais como ter um relacionamento. Eu não quero mais você. Eu nem gosto de você. Eu tenho uma nova mulher. Uma mulher que me faz feliz.”

Eu sabia que seria uma má ideia falar com ela. A conhecia muito bem. Pelo menos era em um lugar público.

“Eu costumava ser essa mulher”, ela sussurrou entrecortada.

Eu balancei minha cabeça. “Você nunca foi essa mulher.”

Ela levantou a cabeça, os olhos cheios de lágrimas. “Eles estão lá jantando juntos. Se ela te ama tanto, ela não estaria fazendo isso na sua frente.”

Virei a cabeça na direção de Reese e pisquei para ela. Ela não deveria estar apreciando seu jantar, porque o prato ainda estava cheio até a borda com lagosta.

Embora, eu sabia que ela não gostava de lagosta. O que me fez pensar por que ela tinha pedido isto em primeiro lugar.

“Pare,” eu pedi. “Você não tem nenhuma ideia, quando se trata de outra pessoa, você só pensa em si mesma. Mas até o momento, estou completamente tranquilo sobre isto. Assim que tal você levar suas lágrimas falsas, e seus sapatos de mil dólares, para alguém que vai gostar disso. Porque definitivamente não sou eu.”

Lydia se levantou e caminhou ao redor da mesa, olhando nos meus olhos.

Se eu soubesse o que ela tinha planejado a seguir, eu teria me movido. Na verdade, eu pensei que ela estava indo só para dizer adeus. As coisas que eu disse a ela não tinham sido boas. No entanto, elas tinham sido verdadeiras e eu quis dizer cada palavra.

“Então,” ela disse, inclinando-se sobre a mesa. “Você não fica afetado quando eu faço isso?”

Então ela me beijou.

Parecia errado. Tudo errado.

E o cheiro dela me fez querer vomitar.

Eu puxei minha cabeça para trás, mas não havia literalmente nenhum lugar para ir, uma vez que estávamos em uma cabine para duas pessoas, então eu tive que empurrá-la para longe de mim.
Suavemente, é claro, porque eu não seria visto 'agredindo' uma mulher. Eu sabia que Lydia era vingativa assim, e usaria qualquer vantagem que pudesse conseguir.

Limpei meus lábios de seu batom e olhei para ela. “Escute, Lydia. Essa foi a sua saída. Não tente fazer essa porra novamente. Obviamente, se você não cumprir, vou precisar fazer acusações de agressão sexual contra você. Então eu vou precisar ligar para seu pai, para lhe dizer que você está pendurada com lixo de novo,” rosnei.

Ela olhou para mim como se eu tivesse chutado seu filhote de cachorro.

“Você não faria isso”, ela gritou.

Logo em seguida, ouvi a voz de Reese, dizendo. “Oh, ele faria. Porém, acredito que não é com ele que você tem que se preocupar. Com toda honestidade, ele não pode realmente fazer muito, afinal ele é um oficial da polícia. Eu, por outro lado, sou apenas uma pobre alma, que não conhece nada de leis. Mas, posso usar como desculpa, que fiquei aflita quando vi você beijando o meu homem, e por isso chutei o seu traseiro, quando estiver sendo questionada mais tarde pela polícia sobre isso.

Eu não podia ver Reese, mas Downy podia.

Razão pela qual ele se moveu tão rapidamente, para interceptar o soco que Reese armou em direção ao rosto de Lydia.

Ele a pegou facilmente, girando Reese até a sua frente, pressionado suas costas em seu peito.

Infelizmente as minhas emoções começaram a tirar o melhor de mim.

Eu não era um cara ciumento. Normalmente não. No entanto, vendo o meu melhor amigo segurando a minha namorada como estava, não inspirou pensamentos agradáveis no meu cérebro.

Racionalmente, eu sabia que ele nunca faria nada. Éramos melhores amigos e Downy geralmente procura se relacionar com mulheres que são dóceis e mansas.

Coisa que Reese definitivamente não era.

Meu cérebro irracional não queria agir com objetividade. Ele só queria chutar traseiros. Eu também não me importei com o fato de que Downy estava de costas.

“Downy,” eu disse calmamente. “Tire suas mãos malditas da minha mulher.”

“Isso não é o que ela estava me dizendo momentos atrás. Ela me disse que estava feita com você. Que você estava namorando outra pessoa,” Weston falou se aproximando com raiva.

Eu queria cerrar os dentes.

Afinal tinha sido isso o que combinamos, para obter mais informações de ambas as partes.

Eu tinha uma leve suspeita, que havia mais nessa história do que parecia à primeira vista, quando se tratava de Weston.

Eu tinha visto Lydia e Weston em um encontro bem íntimo do lado de fora, na frente da loja de Lydia dois dias atrás, e eu tinha estado desconfiado de que algo não estava certo.

E, a fim de descobrir o que era, precisávamos fazê-los falar.

Que melhor maneira do que fazer parecer como se tivéssemos terminado?

Exceto que Lydia tinha puxado as cordas e Reese tinha se lançado imediatamente louca sobre ela.

Não que isso não me faz sentir excitado e tudo o mais, mas agora nós não teríamos outra oportunidade como essa.

Downy riu e passou a barba ao longo de seu cabelo, inalando o cheiro dela, e eu em um salto estava sobre ele.

Ficando de pé, cara a cara com Downy, lancei meus punhos no seu rosto. “Não, cabeça de pica-pau. Eu vou chutar a porra da sua bunda.”

Ele riu alto antes de a deixar ir me batendo duro na parte de trás. “Vamos comer, filho da puta. Eu estou com fome.”


***

Reese

“Eu não gosto quando ver você tocando homens estranhos”, ele rosnou contra o interior das minhas coxas horas mais tarde.

Eu estava em minhas mãos e joelhos, bunda no ar, enquanto ele devorava minha buceta por trás.

Sua respiração quente contra os lábios do meu sexo tinha me deixado com o dobro de antecipação.

“Por favor”, insisti, pressionando de volta contra ele.

Suas mãos fortes e grossas viajaram até minhas coxas.
Dedos do lado de fora, e os polegares no interior.

Quando ele entrou em contato com a umidade que se derramava em minha coxa, ele parou e reuniu em seus dedos.

Então, sem aviso, ele mergulhou os dois polegares na minha buceta.

Eu gritei, empurrando para trás e montando seus dedos.
Sua boca barbuda beijou o centro das minhas costas e depois subiu por minha espinha.

Quando chegou à parte de trás do meu pescoço, eu estava prestes a gozar.

Ele parou quando percebeu que eu estava à beira de um orgasmo, e removeu os polegares.

Eu ouvi o som distinto de sua boca, enquanto ele chupava a minha excitação dos seus dedos, e eu enterrei meu rosto no travesseiro, balançando meu corpo para trás em antecipação.

Ele não me desapontou.

Breves momentos depois, eu senti a cabeça grande, bulbosa de seu pau, quando ele a alinhou na entrada da minha buceta e começou deslizar por ela.

Ele foi lento, mas não menos emocionante.

Trabalhou lentamente para dentro de mim, empurrando todo o seu comprimento e depois parando, para em seguida, recuar novamente.

O ritmo, embora lento, era mais do que suficiente para que eu sentisse o meu orgasmo se aproximando, chegando livre a beira da explosão. Eu estava tão perto.

Minhas mãos se esgueiraram entre as minhas pernas procurando um impulso extra, mas ele percebeu e pegou primeiro um braço, depois o outro, segurando-os firmes na parte inferior das minhas costas.

“Não, esta noite você não vai”, repreendeu ele, enquanto continuava no ritmo lento.

Eu gemi em meu travesseiro de novo, apertando o meu núcleo nele.

Qualquer coisa para tentar fazê-lo ir mais rápido... ou mais forte.

Ele tinha uma vontade de ferro e um controle impecável, porque nunca alterou o ritmo.

Dentro, fora. Dentro, fora.

Devagar e sempre se vence a corrida, ele tinha dito inúmeras vezes antes.

A cabeça de seu pau beijou a minha entrada, quando ele puxou para fora, e eu me perdi por um tempo enquanto esperava o que ele faria em seguida.

“Luke,” eu gemi, empurrando de volta contra ele.

A cabeça de seu pau deslizou parcialmente para dentro e ele gemeu.

Eu o senti tenso atrás de mim, seu pênis parcialmente de fora, antes que ele desse um gemido de derrota e começasse realmente a me foder.

Meus quadris caíram na cama quando ele bateu dentro de mim.

Seus braços me seguraram firme pela cintura, parando qualquer movimento meu, então ele inclinou o corpo sobre mim, até que seu peito estava totalmente contra minhas costas.

Ar não parecia uma coisa tão vital neste momento, quando o meu orgasmo aconteceu.

Minha respiração deixou finalmente o meu peito, e eu podia ouvir a respiração entrecortada de Luke no meu ouvido, enquanto ele finalmente perdia totalmente o controle, caindo em uma espiral de prazer.

“Oh,” ele rosnou. “Leve tudo, baby.”

E eu fiz.

Tudo o que ele tinha para me dar e mais.


Capítulo 22

Eu pensei que era uma boa pessoa, até que eu comecei a sair com vocês cadelas. Agora eu ajo corretamente.
-Verdades da vida


Luke

“Você foi capaz de encontrar alguma coisa?” Perguntei a John me sentando ao lado dele.

Ele não olhou para cima enquanto falava. “Ainda não. Mas eu encontrei algumas pistas que estou seguindo. Eu terei mais para você, depois que passar através deste firewall. Isto está levando muito mais tempo do que eu esperava. Quem fez isso é talentoso.”

Suspirei. “Isso é bom, deixe-me saber quando você tiver algo.”

Ele me deu um olhar irritado. “Você me disse isso nas últimas três vezes que eu lhe disse que não tinha nada.”

Dei de ombros. “Eu sei.”

Bennett sentou-se com força no assento ao meu lado com um suspiro alto.

Dei-lhe uma olhada com a sobrancelha levantada. “O que?”

Sua mandíbula apertou. “Esse filho da puta, Pierson, me encurralou no maldito banheiro. O que exatamente ele quer que eu faça? Admitir que eu matei o velho?”

Eu balancei minha cabeça. “Eu espero que já tenham tomado conta dele, mas no caso dele não pegar a dica, apenas continue a dizer-lhe a verdade se ele perguntar. Não deixe que ele o tire de seu trabalho. Deixe-me saber se ele disser qualquer coisa inapropriada.”

Ele assentiu. “Entendi.”

Bennett era um homem grande, quase dois metros de altura.

Cinco anos atrás, eu nunca teria pensado que ele seria como é agora. Eu nunca teria imaginado. Ele tinha ganhado quase vinte quilos desde que era um adolescente, e aos vinte cinco anos, certamente poderia se passar por um homem muito mais velho. Especialmente com a enorme barba espessa que quase toda a equipe da SWAT ostentava.

Embora Bennett fosse o mais novo e mais jovem na equipe, ele estava longe de ser o menos experiente.

Ele tinha servido cinco anos na Marinha, e três como um SEAL antes de sair.

Esta tinha sido uma decisão difícil para ele, mas que ele fez, assim como a maioria de nós. Inferno, três dos homens que estavam em nossa equipe agora, deixou a vida militar porque tinham crianças à espera deles. James tinha feito isso por sua filha, assim como eu tinha feito pela minha. Esse era apenas um dos sacrifícios que você faz quando se torna um pai.

“Que horas o oficial K-9 vai chegar aqui?” Michael perguntou enquanto caía em um assento no lado oposto de Downy.

Olhei para o relógio no meu pulso, depois para a porta. “Por agora.”

O Departamento de Polícia de Kilgore teria um cão policial.

Eu tinha feito um pouco de pesquisa sobre o assunto ano passado, quando o cão tinha sido aprovado, e eu conheci um homem fora de Benton, Louisiana que era um oficial K-9. Ele também era membro do The Dixie Wardens MC, assim eu o vi várias vezes, depois que a minha irmã se casou com Sebastian.

Assim, após as minhas pesquisas, eu escolhi o Oficial Killian 'Trance' Spurlock não por causa da minha ligação com o homem, mas porque ele era o melhor no que fazia.

Hoje, ele estaria apenas fazendo algumas demonstrações para nos familiarizar com o cão.

Ele, em seguida, escolheria um de nós que tivesse mais afinidade com o cão, para se tornar o manipulador.

Falando do homem, Trance entrou com três cães de grande porte ao seu lado. Todos pastores alemães.

Um era preto puro, com uma máscara branca em torno de seu rosto, que demonstrava sua idade avançada. O segundo tinha o padrão de cores que se imagina ao ouvir 'pastor alemão’. Coloração marrom e preta. Grandes manchas pretas.

O último, porém, era a cadela que estaria vindo a trabalhar para nós; espero que, muito em breve.

Branca e bonita como a neve, a grande garota chamada Mocha, olhou a sala com os olhos afiados e uma interesse aguçado.

Eu levantei-me, e os olhos de cada cão se fecharam em mim, tendo-me como a principal ameaça ao seu mestre.

“Trance”, eu disse, aproximando-me lentamente com a minha mão.

Ele balançou a cabeça e pegou me cumprimentando. “Luke. Como você está?”

Dei de ombros. “A mesma merda de sempre.”

Ele sorriu, “Eu sei que isso é certo.”

Ele olhou para todos os outros homens e eu os apresentei.

“Trance”, eu disse, indicando Downy. “Este é Downy. Aquele é Michael, John, Bennett, Nico, e você conhece James.”

Ele acenou para cada um deles, apertando cada uma de suas mãos, antes de olhar para seus cães. “Este é Radar”, disse ele, indicando o cão mais velho à sua direita. “Ele está aposentado, mas eu o trago para que ele não se sinta totalmente inútil em casa. Este”, disse ele apontando para o marrom padrão. “É Kosher. Ele é atualmente o meu parceiro K-9. E esta”, disse ele apontando para o pastor alemão branco. “É Mocha. Será ela que ajudará a vocês caras. E, por favor, por amor a tudo que é sagrado, façam de tudo mas não digam a minha esposa que ela está tão perto de casa. Ela está chorando por dias, desde que eu disse a ela que alguém precisava dos serviços de Mocha.”

Os homens assentiram solenemente. Todos nós sabíamos como as mulheres ficavam ligadas com as coisas, e acontecia o mesmo na minha própria casa.

“Tudo bem”, Trance disse, esfregando as mãos. “Vamos começar.”

***

Duas horas depois


“Eu não posso acreditar que ela escolheu você, quando ela poderia ter escolhido qualquer um,” Michael zombou de Downy.

Downy sorriu e continuou acariciando o mais novo membro de sua família. “Sim, eu sou impressionante assim.”

“Tudo bem, rapazes. Ao trabalho. Trance, quando você...” Eu parei, quando Pierson Howell saiu das portas de trás, com um olhar em seu rosto, que teria esfolado a pele de homens menores.

Os meus homens, porém, não foram ainda afetados por seu comportamento, o que só enfureceu-o ainda mais.

“Seu maldito pedaço de merda de macaco!” Ele gritou, cuspe voando a partir dos cantos de sua boca.

Então, ele recebeu o aviso do chefe. Bom.

“Escute, Howell. Pegue suas coisas, volte para dentro e me encontre no meu escritório se você quiser discutir o assunto. Nós não estamos fazendo isso, no meio da porra da cidade,” eu disse calmamente.

Ele falou alterado. “Vai se foder. Você me custou o maior caso maldito da minha carreira.”

Eu certamente, não tinha. Sua atitude tinha.

Depois que ele decidiu ir à minha casa na noite antes do Natal contra as ordens do chefe, ele tinha conseguido um aviso. Um que não teve a minha mão. Em seguida, ele começou a assediar a minha equipe.

Indo até as suas casas. Conversando com suas esposas.

Quando ele encurralou Rowen no meu próprio maldito quintal a dois dias atrás, eu tinha dado um ultimato ao chefe.

Ou ele tirava Pierson do caso e colocava alguém que não iria perseguir seus colegas oficiais, ou eu iria embora.

Naturalmente, ele me escolheu.

“Pierson,” eu disse, tentando manter a calma.

No entanto quando ele se moveu, com a intenção de se lançar em mim, Radar estava na minha frente, antes mesmo que eu percebesse que ele tinha se movido, rosnando para o homem enfurecido.

Pierson congelou e olhou para Radar antes de apontar para mim sobre sua cabeça. “Você vai se arrepender. Você verá.”

Com isso, ele saiu, e uma parte de mim queria fazer ele comer essas palavras.

De preferência empurrando meu punho em seu rosto.
Idiota.

“Bem”, Trance disse, balançando a cabeça. “Eu posso ver que você tem amigos.”

Dei as costas para ele, fazendo-o rir.

“Eu estarei de volta no final da semana”, disse ele. “Meio-dia. Sexta-feira.”

Downy andou ao lado de Trance, e Michael e Nico me ladearam enquanto os observávamos entrar no carro.

“Ele vai fazer tudo o que puder para arruinar sua carreira”, Nico disse honestamente.

“Eu sei”, confirmei.

Michael me deu um tapa nas costas. “O que você vai fazer sobre isso?”

Eu balancei minha cabeça. “Eu não sei ainda.”

Mas eu com absoluta certeza teria que descobrir.


Capítulo 23

'Nunca diga nunca’ isto não está no meu vocabulário. Em vez disso eu uso 'Não me julgue, mas...'
- Pensamentos secretos de Reese

Reese

“Alô?” Eu respondi o telefone ao lado da minha mesa.

“Você tem acesso a uma TV?” Minha irmã perguntou freneticamente.

Será que ela ouviu sobre o bloqueio no campus?

Eu assegurei a ela, que era apenas um mal entendido apenas alguns momentos atrás. Então, por que ela estaria me ligando novamente, se estava tudo esclarecido?

Olhei para a pequena TV que a escola tinha instalado quando eu pedi algo para as crianças doentes assistirem até que seus pais viessem pegá-las, e me levantei. “Sim, por que?”

“Canal de notícias. Agora”, minha irmã deixou escapar.

Preocupação me apertou por dentro, fui até o controle remoto e liguei a TV.

Lentamente, a tela iluminou e eu mudei para o canal 7.

O que eu vi em seguida fez meu coração começar a bater forte, e minha respiração arquejar.

“O que está acontecendo?” Eu sussurrei freneticamente.

“Houve um tiroteio”, disse minha irmã. “Eles não tem mais informações. Mas foi na mesma rua que você mora.”

Olhei para os edifícios familiares, e meu sangue já frio se transformou em gelo, quando eu percebi que o local onde ocorreu o tiroteio era ao lado da delegacia de polícia.

Eu li a notícia ao fundo, e meus joelhos ficaram moles.

Um oficial morto, dois feridos no tiroteio que aconteceu fora do Departamento de Polícia de Kilgore.

“Meu Deus. Meu Deus. Oh, meu Deus“, repetia uma e outra vez.

A voz suave da minha irmã, não teve efeito sobre mim para controlar minhas emoções. Absolutamente nenhum.

Sem perceber, me encaminhei para a saída do edifício. Saí pela porta da frente, a Sra. Spire, recepcionista da entrada, protestou.

Eu sabia que se eu saísse por aquelas portas, eu não estaria voltando por um tempo. Não enquanto elas estivessem bloqueadas.

Eu continuei até que eu poderia olhar para baixo na rua.

Não havia nada lá.

A delegacia era próxima, descendo a rua da escola.

Mas não havia nada para ser visto.

Não havia uma enorme comoção. Sem luzes policiais. Sem nada.

Então eu comecei a andar.

E não me levou muito tempo, para perceber, por que eu não podia ver qualquer comoção acontecendo.

Todos os oficiais já estavam no estacionamento. O tiroteio aconteceu na delegacia, o que significava que os oficiais não tiveram que sair em seus carros.

Eles já estavam lá.

O mesmo aconteceu com o corpo de bombeiros.

O posto do corpo de bombeiros estava do outro lado da rua. Eles não teriam que mover os veículos.

Eles só tinham de correr pela rua.

Quando eu me aproximei, no entanto, consegui ver a fita amarela da polícia pendurada ao longo da rua.

Havia equipes de reportagem posicionadas por trás de grandes cavaletes, azuis.

Essa foi a hora em que eu comecei a correr, totalmente inconsciente do que eu estava fazendo, até que eu comecei a ficar com uma cãibra.

Isso não me impediu, no entanto.

Continuei correndo.

Minhas pernas fraquejaram.

Meus pulmões gritaram.

Meu coração ferido.

Meus olhos ardiam.

Eu fui pega por braços fortes antes de chegar muito perto.
Olhei para cima para ver um homem com olhos castanhos escuros.
Ele era mais velho, em torno dos cinquenta anos ou mais. Com os cabelos grisalhos. Um grande bigode ocupava metade do seu rosto.

Profundos olhos castanhos.

“Você não pode ir lá, querida,” o homem disse com firmeza.

Sua placa de identificação, dizia Stoddard, e lembrei-me de Luke falar com Downy há alguns dias atrás sobre ele. Stoddard era o homem que tinha estado no KPD por mais tempo. Ele tinha uma tonelada de experiência, de acordo com Downy, e foi o único policial em toda Kilgore, que não nunca perdeu uma vítima. Seja homem, mulher, ou criança.

Ele soltou as mãos do meu corpo e nos separamos. “Meu namorado... Seu nome é Luke Roberts... Ele está bem?”
Seus olhos se iluminaram com o reconhecimento ao ouvir o nome de Luke. Ele olhou para mim por alguns longos momentos. Por tanto tempo que eu pensei que ele ia me expulsar. Mas ele sacudiu a cabeça, com a boca apertada e disse: “Menina, eu não sei nada ainda, mas vamos descobrir, ok? Eu estou sozinho aqui. Não vá longe e fique ao meu lado.”

Stoddard agarrou meu pulso e começou a caminhar em direção ao prédio.

Minha respiração, que não tinha abrandado nem pouco ainda, começou a passar dentro e fora de meus pulmões com mais velocidade, quanto eu vi dezenas de policiais uniformizados em torno da estação.

A primeira pessoa que eu vi, foi Downy.

Ele estava como sempre, calças pretas e camisa polo preta com KPD bordado no bolso do peito esquerdo.

Exceto que a camisa não estava dobrada, na verdade, estava faltando metade dela. Uma longa faixa tinha sido rasgada.

Ele tinha o que parecia ser sangue seco em seu pescoço e mãos, e um corte fino escorrendo sangue na ponta do nariz.

Eu me separei de Stoddard, para sua irritação, e caminhei até Downy.

“Você tem um kit de primeiros socorros?” Perguntei rapidamente.

Se eu estivesse distraída, talvez eu não me preocupasse muito sobre Luke, se ele estava vivo ou morto.

Eu sabia que ele estava envolvido, embora. Não havia nenhuma maneira de um atirador atingir a delegacia de polícia e ele não responder. Ele não era o tipo de homem que fica para trás e deixa as coisas acontecerem.

Downy tinha me visto chegando, e encostou-se contra o carro enquanto eu caminhava até ele.

Stoddard resmungou algo sobre senhoras teimosas e disse “Ela é sua.”

Downy e Stoddard tiveram algum tipo de comunicação de homem acontecendo acima da minha cabeça, e Stoddard desapareceu na multidão.

Downy olhou para mim, os olhos em branco, e disse: “Se eu colocá-la em algum lugar, você ficará?”

Eu balancei a cabeça, fazendo-o soltar um suspiro longo e alto. “Porra.”

Quando ele começou a se afastar, peguei a sua mão, segurando-o e perguntei: “Ele está bem?”

Ele balançou a cabeça e apontou. Segui o dedo para encontrar Luke inclinando sobre alguém no chão.

As mãos de Luke estavam plantadas nos joelhos, e ele estava falando muito calmamente com alguém. Suavemente.

“Que diabos ela está fazendo aqui?” Eu falei indignada.


Lydia estava sentada sobre uma rocha decorativa junto ao pátio da delegacia. Suas mãos estavam cruzadas em torno de sua barriga e ela estava balançando para frente e para trás.

“Nenhum indício. Mas o tiroteio começou, assim que ela se aproximou de Luke. Estávamos afastados recebendo instruções de Trance, quando ouvimos os tiros sendo disparados”, Downy sacudiu a cabeça.

Foi quando notei na sombra de Downy, um grande cão branco do tamanho de um pequeno pônei. Ela era linda, mas eu senti que seria prudente não mexer com ela. Ela parecia um pouco abalada.

“Mais alguém ferido?” Perguntei em voz baixa.

Ele olhou para mim. Seus belos olhos tristes. “Trance perdeu um cão. Radar levou um tiro tentando protege-lo. Trance era o que estava mais próximo de Luke, e quando todos eles caíram, Radar cobriu o seu corpo. Ele não estaria aqui se não fosse pelo cão.”

Um grito borbulhou para fora da minha garganta, e eu comecei a chorar.

“Oh Deus. Não.”

Pobre Viddy, a esposa de Trance. Eu tinha me afeiçoado a todas as esposas dos The Dixie Wardens, e quebrava meu coração ouvir que seu cão tinha morrido neste tiroteio sem sentido. Especialmente um animal, que deu tanto ao longo de sua curta vida, salvando não só a vida de Trance inúmeras vezes, mas a de Viddy também.

“Quem fez isso? Será que o pegaram?” Perguntei.

Downy sacudiu a cabeça. “Não. Passou correndo em um carro. Ele deu uma rodada de tiros antes que fugisse. Eles encontraram o carro a quatro quadras daqui, vazio.”

Minha cabeça caiu por alguns poucos segundos antes de endireitar novamente meus ombros e olhar para Downy.

“Diga-me o que posso fazer.”

***

Duas horas mais tarde encontrei-me pegando as meninas de suas respectivas aulas.

Fui para casa e comecei o jantar, permitindo que as duas me ajudassem, tentando manter minha mente fora os acontecimentos do dia.

Depois de um jantar fácil de macarrão e almôndegas, lemos livros antes que eu colocasse cada uma delas em sua cama, grata que eu tinha a minha vida. Que elas tinham as delas. Que Luke estaria vindo para casa, para nós.

Uma vez que elas estavam na cama, encontrei-me de olho nas notícias, querendo saber sobre o que tinha acontecido durante o tiroteio.

Em seguida, eles fizeram um quadro especial sobre as realizações de Radar, e eu quebrei.

Chorei pela vida perdida. Chorei pelo os dois policiais que foram feridos, embora não fatalmente. Chorei por Luke ter que passar por isso. Por todas as esposas dos policiais, que têm que lidar com a possibilidade de perder seus entes queridos em uma base diária.

Como eu poderia lidar com isso?

Não era como se Luke fosse apenas um policial. Ele era um oficial da SWAT.

Ele voluntariamente entrava em situações perigosas, como a de hoje, sempre que a necessidade surgia para sua equipe.

Em seguida, o rosto de Lydia encheu a tela, e ela disse como era grata pela ação rápida do Departamento de Polícia de Kilgore que salvou sua vida.

“Eu só não sei se eu estaria viva agora, se não fosse o raciocínio rápido do Departamento de Polícia de Kilgore. Se eles não tivessem pensado tão rapidamente, eu poderia estar em um necrotério agora. Eles são meus heróis”, disse Lydia a Repórter.

Minha cabeça pendurou.

Era verdade. Se eles não estivessem lá, ela teria sido morta.

Se Luke não fosse mais um policial, quem estaria lá, quando alguém precisasse de ajuda?

Eu precisava parar de pensar em mim mesma, e pensar sobre algo maior.
Luke era um policial e um herói; eu precisava virar mulher e superar isso.

***

Luke

“Obrigado pela carona”, eu murmurei para Downy quando paramos na minha garagem.

Downy assentiu. “Sem problemas. Eu vou pegá-lo na segunda-feira. Pelo menos eu espero.”

Eu sabia o que ele queria dizer. Tinha havido muita emoção hoje. Eu estava malditamente arrasado.

Eu não quero ouvir o meu Pager tocar por um bom tempo.

Após Downy se afastar, eu fiquei fora por alguns minutos refletindo sobre o meu dia.

Eu quase tinha morrido hoje.

Um oficial K-9 tinha morrido. Claro, alguns diriam que ele era apenas um cão. Mas, para nós, ele era um dos nossos, e nós não aceitamos a morte de um de nós muito tranquilamente.

Eu também tinha visto dois dos meus colegas oficiais, irem para baixo.

Felizmente eles estavam todos bem, mas não tornou isso melhor.
Na verdade, estava longe de ficar bem, até que eu descobrisse o responsável pelo atentado.

Tivemos dezenas centenas de policiais, cobrindo vários quilômetros quadrados procurando o nosso suspeito... Deus ajude quem quer que fosse, quando ele for encontrado.

Ele vai precisar de toda e qualquer intervenção divina que puder receber.

“Luke”? A voz doce e sonolenta de Reese chamou da porta.

Eu não tinha percebido que ela a abriu.

Eu estive olhando diretamente para ela, e não tinha notado o movimento.
Balançando a cabeça para clarear as ideias, eu entrei e fechei a porta. Trancando-a. Em seguida enfrentei-a, tentando manter a compostura.

Se não o fizesse, eu poderia agir de algum modo ou dizer algo que eu me arrependeria depois.

“Luke?” Reese chamou novamente, colocando a mão no meu ombro.

Eu fiquei tenso, precisando de seu toque, mas sabendo que se eu permitisse que o meu corpo tomasse o dela enquanto eu estava neste estado, eu estaria longe de ser suave. Na verdade, estaria tão longe da suavidade que ela provavelmente ficaria com medo e eu não queria que ela tivesse medo de mim nunca.

Mas então ela cometeu um erro.

Ela começou a me despir.

Primeiro minha arma. Depois meu cinto.

Os músculos da minha barriga ficaram tensos, e minhas mãos se contraíram apoiadas contra a porta.

Controle, Roberts.

Obtenha algum controle porra!

Seus dedos suaves e ágeis retiraram a camisa de minhas calças, puxando-a para cima e sobre a minha cabeça, deixando-a pendurada em minhas mãos que ainda estavam plantadas contra a porta da frente.
Ela inclinou a cabeça contra meus ombros, correndo o nariz ao longo da pele das minhas costas, traçando a tatuagem tribal como ela gostava de fazer.

Em seguida, suas mãos escorregaram para baixo, passando por minha clavícula e terminando em meus ossos do quadril.

Meu estômago, já tenso, congelou.

Percebi tarde demais, que eu estava pendurado por um fio.

Quando seus lábios macios percorreram de um ombro ao outro, todo controle voou para fora da porra da janela.

Virando-me com um rosnado, eu levantei-a sob os braços, encostei contra a parede e bati minha boca sobre a dela.

O beijo foi áspero, duro e quente.

A força do meu beijo certamente causaria hematomas, mas eu não podia me importar.

Eu não tinha força de vontade.

Eu não tinha força para parar. Eu a queria. Eu precisava dela.

“Se você não quer isso”, eu consegui arquejar. “Você precisa ir para o seu quarto. Deixe-me agora.”

Ela circulou meus quadris com as pernas, agarrando meu pescoço com ambas as mãos. “Mesmo se eu quisesse sair... eu não iria”, disse ela, mordendo meu pescoço. “Eu não poderia. Você está me prendendo à parede.”

Eu mordi o seu lábio inferior, e o suguei com força.

Então, com a pouca energia que me restava, eu agarrei seus tornozelos e os soltei dos meus quadris. Afastando-me dela um doloroso e debilitante, centímetro de cada vez, parei até que nossos corpos tinham um passo de distância entre nós.

Apoiei meus punhos acima dela e abaixei minha cabeça.

Minha mandíbula estava apertada, e meu peito arfava.

“Vá”, eu disse asperamente.

Ela abaixou-se e passou por debaixo dos meus braços, andando em linha reta para fora da sala sem olhar para trás.

Suspirei e deixei cair os braços.

Levei uma mão para a minha virilha, e pressionei a minha ereção furiosa, apertando a cabeça do meu pau, desejando que ele ficasse para baixo.

Ele não o fez.

Nem um pouco.

Guiando-me pela luz no banheiro, eu andei para o meu quarto.
Meu pesado pau liderou o caminho, e quando entrei, apaguei a luz.

Fechei a porta, retirando o que restava da minha roupa antes de ir para a cama.

Minha mão encontrou uma perna quando comecei a rastejar sobre ela.

Ela convulsionou, e eu rosnei, puxando a perna para baixo até que o traseiro de Reese estava na borda da cama.

Minhas mãos viajaram até que encontraram o tecido macio de sua calcinha, então eu rapidamente rasguei-a do seu corpo.

Ela gritou de surpresa, reflexivamente tentando fechar as pernas, mas eu parei o movimento com ambas as mãos pressionado firmemente em suas coxas, mantendo-as abertas.

As calcinhas tinham ido embora com um som de rasgado, e minha cabeça desceu no momento seguinte.

Eu tranquei minha boca em seu clitóris em um fervor de fome. Correndo minha língua ao redor do broto apertado rapidamente endurecido, sacudindo-o para frente e para trás.

Ela balançou os quadris e as coxas tentando em vão fechar mais uma vez.

Minhas mãos agarraram suas coxas mais duramente, empurrando-as não só para baixo, mas um pouco mais abertas, expondo ainda mais dela para a minha boca faminta.

Eu a comi; lambendo, sugando, e esfregando.

“Deus”, ela engasgou freneticamente, suas mãos agarrando o meu cabelo em desespero.

Quando ela estava quase gozando, seus quadris balançando em desespero, levantei-me tão rápido que tive vertigens.

Então, no instante seguinte, eu entrei dentro dela.

Na sua buceta carente e quente, que abraçou meu pau como se ela fosse feita para mim.

O quarto estava totalmente no escuro, e a única coisa que eu podia sentir era seu corpo envolvido em torno de meu... Sua respiração no meu pescoço... O cheiro de seu perfume me envolvendo, balançando a porra do meu mundo.

Minha bunda apertava quando eu bombeava dentro dela, levando-a com tanta força que ela foi forçada na cama com a minha impetuosidade.

Ela aguentou, no entanto. Tomando cada um dos meus impulsos e me dando mais do seu.

Meu pau parecia que estava no céu.

A cabeça batendo contra o seu colo com cada impulso, estava fazendo minha cabeça girar.

Então... Ela me mordeu.

Seus dentes afiados afundaram em meu ombro quando sua vagina começou a vibrar em torno de meu pênis.

Em seguida, ela gritou. A única coisa abafando o som abrupto foi a minha carne.

Enfiei as mãos debaixo de seus ombros, agarrando no topo para me segurar quando eu comecei a bater nela com força. Não houve carinho em meus movimentos. Apenas dura e crua posse.

Ela engasgou quando eu torci meus quadris, e incrivelmente, ela começou a convulsionar em torno de mim mais uma vez.

Seus quentes, pequenos mamilos me cutucaram no peito, quando ela gozou novamente, e o movimento do seu corpo sensual contra o meu finalmente me empurrou sobre a borda.

Em cinco golpes bruscos, eu comecei a gozar, me derramando dentro dela.

Inclinei-me, apoiando meu peso sobre ela quando meu orgasmo diminuiu, mas eu não puxei para fora.

Eu estava muito contente onde eu estava, mais do que disposto a dormir em cima dela durante toda a noite.

Mas o riso macio, quando ela explicou que ‘não conseguia respirar’, me fez retirar meu membro, saindo de sua buceta bem aproveitada, rolando até que caí de costas ao seu lado.

“Puta merda”, eu disse sem fôlego.

Ela se enrolou em meu corpo, e eu envolvi meu braço em volta dela, puxando-a até que sua cabeça descansou sobre o meu coração.

“Seu coração está falando comigo”, ela sussurrou.

“O que ele está dizendo?” Eu joguei junto.

“Ele está dizendo que é hora de dormir. E que você deseja repetir isso todos os dias para o resto da eternidade” ela disse cansada.

Eu concordei.

“Ah, é?” Perguntei.

“Mmhmm”, ela confirmou.

Eu dei um beijo na sua testa e virei até que meu corpo estava enrolado em torno dela, usando o conforto de seu corpo para afastar meu dia fodido.

Ela não percebeu isso ainda, mas eu estava perigosamente perto de mantê-la. Por agora e sempre, eternamente.


Capítulo 24

Chore por dentro. Como um vencedor.
-Xícara de café

Reese

Fiquei sentada em silêncio no carro no caminho para o funeral.

A viagem foi silenciosa.

Luke não falou. Downy não falou. Nico e Michael não falaram nada.

Eles estavam todos impecáveis em suas vestes de gala do Departamento de Polícia de Kilgore.

Seus chapéus estavam no colo, com exceção de Luke, que estava no console entre nós.

Estávamos a menos de cinco minutos do nosso destino, de acordo com o nosso sistema de navegação, quando eu comecei a ver a longa fila de carros.

Meus olhos se arregalaram quando eu vi a grande quantidade de veículos, e ainda mais, quando Luke parou atrás do carro mais próximo e estacionou.

“O que...” Eu perguntei em confusão.

Luke olhou para mim, os olhos assombrados. “Nós não vamos encontrar uma vaga mais próxima. Quase todos os oficiais dentro da Ark-La-Tex, que não estão em serviço, estão aqui hoje. Para não falar quase de todos os membros das diferentes unidades do The Dixie Wardens.”

Eu pisquei e encolhi os ombros, antes de abrir minha porta. Seria uma caminhada desconfortável, mas eu não reclamaria. Felizmente, eu tinha escolhido as minhas sapatilhas em vez de saltos. Caso contrário, teria sido muito pior.

Comecei a andar, seguindo atrás de alguns outros policiais uniformizados. Luke e Michael caminharam ambos ao meu lado. O restante estava nas minhas costas.

Esta era a primeira vez que eu andava ao lado de Luke por semanas e não tinha pegado na sua mão. Ele ainda estava estranho, mas eu sabia que ele estava em seu pequeno mundo.

Ele tinha estado assim desde que ele chegou em casa na noite do tiroteio.

Agora, sete dias depois, ele ainda não estava agindo normalmente.

Honestamente, eu não poderia culpá-lo.

Radar tinha morrido protegendo-os, e tenho certeza que era muito peso em seus ombros.

Luke soube disfarçar bem com as meninas.

Ele agia como se nada o estivesse incomodando, que era o que qualquer homem do calibre de Luke faria.

Comigo, porém, ele não agia dessa forma. Ele estava tão distante, que houve momentos em que eu me perguntei se ele ainda me queria lá.

Eu sabia que não era certo, pensar em mim mesma em um momento como agora, mas eu não poderia agir diferente.

Eu era uma pessoa negativa quando se tratava de namorados.

Eu sempre esperei pelo melhor, mas planejava o pior.

Foi por isso que solicitei a instalação de um alarme na minha antiga casa, e eu planejava voltar a morar nela, nos próximos dias. Eu ainda tinha que dizer a Luke, e eu estava cagando de medo de ver sua reação.

Eu sabia que ele ficaria irritado, mas eu não queria viver em pecado. Isso não ensinava minha filha os valores que eu queria que ela aprendesse.

O mesmo acontecia com Katy, também.

Elas precisavam de estabilidade em sua vida, e eu não queria ser essa mulher.

A pessoa que se mudou e tornou-se uma conveniência. A pessoa que fazia o jantar e lavava a roupa. A pessoa que pegava as crianças e as olhava enquanto o seu ‘homem’ estava fazendo o seu trabalho.

Eu ainda de bom grado cuidaria de Katy, mas seria na minha casa e não na de Luke. Eu queria ser algo mais para Luke. Eu não queria ser uma conveniência.

Luke se separou de nós e caminhou até um homem que usava um colete do Dixie Wardens MC, e eu olhei para baixo, muito ciente de como ele nunca me apresentou a ninguém. Cada vez que nos encontrávamos com alguém que Luke conhecia, ele nunca deixava a outra pessoa se apresentar. Sempre foi assim.

“Pensamentos sombrios”, disse Nico.

Eu pulei e olhei para o homem que tinha tomado o lugar de Luke ao meu lado e encolhi os ombros. “É de se esperar, não é.”

Ele não respondeu, apenas olhou para mim.

“Você não lhe disse que está se mudando de volta para sua casa ainda”?

Ele perguntou, virando-se para a rua em frente a nós.

Eu tremi com o tom grave e rouco de sua voz. Nico era além de delicioso.

Ele era alto, com cabelo marrom escuro e brilhante que foi domado pelo gel, deixando ele espetado no topo de sua cabeça. Seus olhos eram um marrom quente e profundo, que poderia se transformar em um tom frio num instante.

E seu sorriso era devastador.

Todos da equipe de Luke eram bonitos, mas Nico era o tipo de homem que realmente poderia fazer uma mulher pensar duas vezes.

Especialmente alguém como eu, que estava além de feliz com seu homem.

Eu nunca trairia Luke, mas Nico era simplesmente quente. Quando ele não estava sendo assustador.

“Não, eu não lhe disse ainda. Eu tinha planejado dizer a ele amanhã”, eu disse, sem me preocupar em perguntar como ele sabia.

Ele bufou, mas não disse nada. Bennett, no entanto, fez. “Você vai deixá-lo irritado”, Bennett falou.

Bennett me fazia lembrar de um grande urso de pelúcia. Não porque ele era suave ou qualquer coisa, mas porque era doce e pé no chão.

Eu me perguntava constantemente, o que o fez querer ser um membro da SWAT.

Ele não parecia o tipo.

Mas se ele estava na equipe de Luke, ele tinha que ser bom. Luke não aceitaria nada menos.

Dei de ombros, imperturbável. “Eu não vou viver em pecado na frente da minha filha.”

Michael e Downy, que tinham ficado em silêncio até agora, riram.

Eu olhei.

Downy levantou as mãos, e foi Michael quem falou. “Você quer um anel?”

Eu pensei sobre isso. Será que eu quero me casar? Esse era o motivo de estar fazendo isso?

Então eu pensei sobre todas as coisas que eu tinha feito na vida de Rowen. Como eu fazia o Natal especial, e como eu trabalhei duro nos feriados e aniversários para dar a ela o que ela merecia.

Não, eu estava fazendo isso por Rowen. Não por mim.

Claro, eu tinha pensado em me casar com Luke, mas eu não queria forçá-lo a isso.

Eu estava apaixonada por Luke, não havia nenhuma dúvida sobre isso, principalmente depois do tiroteio.

Eu fiquei como um zumbi por dois dias depois. Sentia que algo não estava bem no meu coração, e isso só se foi depois que eu conversei com a minha irmã sobre essa sensação e ela me iluminou com o que estava acontecendo com minhas emoções.

“Você está com medo. Você não quer que nada aconteça com ele, mas você não pode deixar de se preocupar. Isso é normal. Isto não se desvanece. No entanto, você aprende a viver com isso. Se estar na equipe SWAT é o que ele quer fazer, então você vai descobrir como lidar com tudo isso. Se você realmente o ama, pelo que ele é.”

Minha irmã era uma sujeita esperta.

Esse foi o dia em que decidi que eu precisava começar a pôr minha vida em ordem.

Começando com a mudança de volta para minha casa.

Eu queria um encontro com Luke. Eu queria conhecê-lo melhor. E isso não aconteceria se tudo o que nós fazíamos era foder e dormir.

“Não”, eu finalmente respondi. “Ainda não. Eu quero sair com ele em primeiro lugar.”

“Sair com quem?” Luke perguntou quando ele veio para nós.

Downy interveio por mim. “Eu tenho um encontro neste fim de semana. Com uma garota do banco.”

“A loira?” Perguntei, surpresa.

Ele balançou sua cabeça. “Não. A morena.”

Eu zombei dele. A morena era uma vagabunda. A loira parecia promissora, mas é claro, Downy preferia o fácil, em vez do digno. Essa era a sua maneira, eu tinha percebido.

Fácil e indiferente de suas atividades. Esse era o nosso Downy.

“O que foi esse olhar?” Perguntou Luke.

Dei de ombros. “Isto é nojento, é tudo.”

Eu tinha visto a morena flertar com quase todos os homens em sua fila, enquanto eu depositava um cheque semana passada.

Ela não se importava com Downy. Ela se preocupava com dinheiro, era o meu palpite.

E Downy tinha dinheiro, mesmo se ele agisse como se não tivesse.

Pelo o que eu tinha percebido, Downy tinha uma renda mensal considerável do seguro de vida de seu pai, que era um político.

Quando ele morreu, Downy recebeu quase um milhão de dólares de seu seguro, bem como um pouco de dinheiro de alguns imóveis que ele nem tinha conhecimento que existia.

Downy ficou surpreso, Luke explicou.

Aparentemente, eles tinham vivido de forma simples quando Downy estava crescendo, e tinha sido uma surpresa para ele descobrir que sua mãe tinha dinheiro todo esse tempo.

A caminhada provou ser longa, e no momento em que finalmente chegamos ao local onde estava sendo realizado o enterro, eu estava exausta.

Luke não disse uma palavra para mim, exceto 'sente-se', que ele murmurou quando chegamos à área de estar.

Por sorte, era com minha irmã, então eu não estava tão chateada com ele como eu queria estar.

Dei-lhe um beijo na bochecha quando eu sentei ao seu lado.

“Hey” eu sussurrei suavemente.

Ela abraçou-me de volta.

“Oi.”

Acenei para a minha mãe e meu pai, que estavam duas fileiras na frente de nós, e o rosto de minha mãe estava suave quando nos viu nos abraçando.
Eu soprei-lhe um beijo e estabeleci-me quando a cerimônia começou.
Os prêmios que Radar tinha recebido pelo seu tempo prestado para o Departamento de Polícia de Benton eram impressionantes. Ele foi um verdadeiro herói nesta pequena cidade, e sempre será.

“Há alguns anos atrás, quando eu fiz a decisão de me tornar um treinador de K-9, eu nunca pensei que eu estaria nesta posição. Eu acho que eu estava apenas brincando comigo mesmo, eu suponho. É difícil pensar sobre a morte, especialmente de alguém tão cheio de vida como Radar era. Você nunca pensaria que ele tinha onze anos.” Trance sacudiu a cabeça, depois sorriu. “Parece que eu vou acordar”, Trance resmungou. “E ele estará do lado de fora, e estarei esperando que ele volte a qualquer momento. Mas não voltará.”

“Quando comecei a treinar Radar, ele era um filhote de cachorro. Ele não tinha treinamento algum. Na época, eu tinha pensado que eu tinha tomado uma tarefa enorme, tentando treiná-lo. No entanto, a piada era sobre mim. Ele estava ansioso para aprender e também para agradar. Era eu que tinha que fazer todo o aprendizado. E aprender foi o que eu fiz. Eu aprendi que ele roncava. Eu aprendi que ele ficava muito animado quando me levantava de manhã, e se eu valorizava meus dedos, era melhor estar calçado. Eu aprendi que quando estava ferido, seu rabo abanana sacudindo a cem por minuto. Eu aprendi que ele era tão quente quanto uma manta de aquecimento, quando ele se estendia sobre mim durante a noite. E ele era pior do que as crianças, quando ele vinha roubar as cobertas. Eu também aprendi o que era amar alguém tanto que dói. Porque neste momento, dói tanto”, disse ele, pressionando a palma da mão sobre seu peito.

Trance olhou para baixo. “Minha esposa tirou cerca de dezoito milhões de imagens de Radar pulando no banho com nosso filho na semana passada. O que um cão de onze anos sabe sobre brincar com as bolhas como se ele fosse um filhote?”

Eu sorri calorosamente, pensando em nosso cão de infância que costumava fazer a mesma coisa.

“A vida de minha mulher estava em perigo alguns anos atrás, e Radar a salvou. Devo-lhe minha vida inteira por esse ato, porque se não fosse por ele, eu não teria Viddy. E eu não teria meus filhos. E para isso, eu vou sempre dever a ele. Espero que quando eu passar desta vida, que ele esteja lá esperando por mim. Quebra meu coração saber que ele não está mais aqui, mas eu sei que ele morreu fazendo o que amava. Servir e proteger. Todos sentirão falta dele, mas não mais que eu. Eu te amo, Radar; espere por mim.”

Eu sentia como se tivesse uma bola presa em minha garganta, e deitei minha cabeça no ombro de Luke.

Minha outra mão foi tomada por minha irmã, que estava sentada no meu outro lado.

Agarrei a mão dela com força, pois vimos Trance descer os degraus do palco e ter um assento ao lado de sua esposa chorando.

Ela se enrolou em seus braços, e meus olhos se fecharam, não querendo testemunhar sua devastação em forma de soluços. Parecia um momento muito íntimo, que deveria ser testemunhado por outros.

Os lábios de Luke tocaram a minha testa gentilmente, e meus olhos se abriram novamente.

Bastou isso, apenas um toque, e eu estava bem.

Meu cabelo deslocou do meu ombro, quando eu olhei para ele e ele sorriu. Ele não olhou para baixo, mas havia um pequeno sorriso no canto da boca, me reconhecendo.

Eu sentei-me ereta novamente, quando um por um, os oficiais de todo o Ark-La-Tex fizeram suas últimas despedidas.

Kosher levantou vigília na base do caixão do tamanho de um cachorro na frente da sala, um soldado protegendo o caído, até que ele fosse colocado para descansar.

Logo, foi a vez da nossa fileira, e nós seguimos o fluxo de pessoas.
Eu fiz uma oração silenciosa quando cheguei até o caixão, e também agradeci a Radar por seu sacrifício.

Se ele não tivesse feito o que ele fez, eu poderia não ter mais o homem que amo ao meu lado, e eu sempre serei grata a Radar pelo sacrifício que ele fez.


Capítulo 25

Faça todas as coisas com bondade, seus fodidos.

-Xícara de café


Luke


Meus olhos pousaram na bunda de Reese quando ela saiu de casa com as meninas, duas semanas depois.

Ela estava indo para a escola e levou as meninas quando saiu.

Ela iria dirigindo minha caminhonete, porque eu estava dando os retoques finais nos reparos do seu carro, antes de leva-lo para ser pintado no final do dia.

Eu estaria encontrando seu pai em menos de duas horas, por isso, logo que ela acenou e saiu da garagem, eu tranquei a porta da frente e me dirigi para a garagem.

Ela estava usando meu carro por duas semanas agora, para minha grande consternação. Ela não precisaria, se não tivesse voltado para sua casa.

Eu tentei falar com ela até meu semblante se tornar melancólico, mas ela não cedeu. Ela não queria sequer ouvir uma palavra do que eu tinha a dizer.

Embora passássemos a maioria das noites juntos, seja na sua casa ou na minha não era o suficiente. Eu a queria aqui comigo permanentemente. Isso era o mais chocante.

Normalmente eu não era tão carente quando se tratava de mulheres, mas Reese, realmente tinha um jeito nela que me levava para algum lugar profundo, escuro dentro de mim.

Meu celular vibrou no meu bolso e eu respondi antes de olhar para o identificador de chamadas.

Porque se eu tivesse, eu não teria respondido.

E eu teria morrido.

“Olá?” Eu respondi.

“Luke, não desligue”, Lydia pediu.

Havia uma certa quantidade de desespero em seu tom de voz que realmente me impediu de desligar.

Apertei meus olhos fechados. “O que você quer?”

“Eu preciso falar com você. No outro dia... Quando o cão morreu... Não foi aleatório. Foi feito para você.”

***


Reese


O plano funcionou perfeitamente.

Luke caiu direto na armadilha: anzol, linha e isca. Tudo que eu tinha que fazer agora era surpreendê-lo.

Parei sua camionete ao lado da estrada cerca de quinhentos metros de distância de sua casa antes de fechá-lo e sair.

Eu bati a porta e comecei a caminhar rapidamente para a sua casa.
Todos os tipos de cenários estavam passando pela minha cabeça, enquanto eu dobrava a esquina da entrada dele, pensando em como nós gastaríamos o nosso dia de folga. O que eu não tinha planejado era encontrar alguém lá quando eu cheguei.

Quero dizer, puxa, só tinha sido menos de trinta minutos desde que eu o tinha deixado!

Uma bola de preocupação começou a se enraizar em minha barriga e meus medos foram pressionados, quando eu andei até a porta da garagem aberta.

Eu parei do lado de fora, escutando.

“Ela precisa de mim. Você não. É bom ter uma mulher cujo pai não tenta me castrar em cada esquina”, disse Luke a alguém.

Esse alguém sendo Lydia.

“Ela não pode lhe dar o que você quer. Eu posso. E você sabe disso”, Lydia insistiu.

Eu ouvi alguma coisa aleatória atrás de mim, e eu me virei quando Weston dobrava a esquina da garagem, seus olhos em mim.
Eu o encontrei no meio do caminho, os olhos cheios de ódio.

“O que você está fazendo aqui?” Eu o enfrentei.

Ele me agarrou pelo braço e me puxou, até que nós estávamos de volta onde ele estava parado anteriormente.

Havia uma janela lá, e você podia ver Luke e Lydia falando, no mesmo lugar que eu tinha estado estando antes.

“Eu disse”, puxando meu braço. “O que você está fazendo aqui?”

“Salvando o seu rabo, se você calar a boca”, Weston estalou, levantando o dedo nos lábios.

Eu fechei a boca e olhei para ele, levantando os olhos para ele ir em frente.

“Minha esposa é uma maldita psicopata”, disse ele, sem preâmbulos.

Eu levantei minhas sobrancelhas para ele. “Diga-me algo que eu não sei.”

“Não”, ele disse, balançando a cabeça. “Eu quero dizer realmente; ela é a porra de uma psicopata.”

Cruzei os braços sobre o peito, e comecei a bater o pé.

Ele suspirou. “Ela descobriu que eu estava saindo com alguém, mas ela acha que é você; não Lydia. Ela é a pessoa que atirou em Luke no outro dia.”

Minha boca se abriu, e eu comecei a gritar. Só que eu acabei com a minha boca coberta pela mão de Weston.

“Shhh”, ele assobiou.

Mordi sua mão, e ele puxou-a com um rosnado. “Ouça, sua puta idiota, eu estou tentando salvar a porra da sua vida porra!”

Eu bufei. “Então vá as autoridades.”

Os punhos dele cerraram. “Eu sou a autoridade.”

Eu zombei. “Você está cheio de si.”

Em resposta, ele puxou algo do bolso. Uma carteira.
Ele abriu e me mostrou um crachá que dizia ATF12 sobre ele.

Eu não podia porra acreditar. “Você tem que estar brincando comigo.”

Ele balançou sua cabeça. “Eu não estou.”

Dei um passo para trás, até minhas costas bateram na parede de tijolos. “Eu não posso acreditar nisso. Quanto tempo você tem sido
da ATF?”

Ele cruzou os braços sobre o peito e deu de ombros. “Desde antes de te conhecer.”

Eu bati nele. Com força.

Seu rosto ficou vermelho com o golpe, e ele se virou para mim lentamente. “Isso é tudo que você terá.”

Eu queria bater no seu rosto.

Todo esse tempo!

“Eu simplesmente não posso acreditar. Todo esse tempo, eu pensei que você fosse um pai caloteiro, e você tem mentido para nós duas!” Eu disse, minha voz se elevando uma oitava.

Ele fez uma careta. “Eu não tinha muita escolha. Eu estava trabalhando disfarçado quando te conheci. Nada era certo no nosso relacionamento. Eu não tinha nenhum controle de como tudo aconteceu.”

Deixei minha cabeça cair para trás contra o tijolo. “Você é um idiota. Por que fingiu durante todo esse tempo? Por que não saiu e nunca mais voltou?”

Abri os olhos para encontrá-lo abrindo e fechando sua mandíbula. “Eu não tive escolha.”

Eu zombei. “Você sempre tem uma escolha.”

“Não, desta vez eu não tinha. Não, se eu valorizava a sua vida e de Rowen”, disse ele enigmaticamente.

“Que tal explicar para nós, o que você quer dizer com isso?, disse a voz seca de Luke atrás de nós.”

Olhei para ele, não sentindo nada. Eu estava dormente.

Durante toda a vida de Rowen, o homem na minha frente estava escondendo quem ele era.

Todo esse tempo.

“Diga-nos o que diabos está acontecendo, e vamos fazê-lo rápido. Não tenho muito tempo,” Luke estalou quando Weston continuou com seu silêncio.

Um olhou para o outro, sem palavras, aparentemente.

Meus olhos foram para o chão, enquanto eu rangia os sentes, tencionando e relaxando a mandíbula.

Meus olhos se voltaram para a pá que estava inclinada contra a parede da garagem de Luke. Imaginei que se eu batesse em suas cabeças com isso, talvez eles de repente encontrassem as suas línguas.

“Anita se tornou um pouco louca desde que ela descobriu que Weston estava vendo alguém na cidade,” Lydia falou, seu rosto ficando vermelho em agitação.

“Então, o que você está fazendo aqui?” Perguntou Luke, apertando a ponta do nariz com o polegar e o indicador.

Quando nenhum dos dois falou, Luke olhou para cima e fixou seu olhar em Lydia.

“Anita pensa que Weston está vendo Reese por trás das costas”, Lydia disse, quando Weston continuou mantendo a boca fechada.

Lydia, aparentemente, não poderia suportar o olhar penetrante. Eu tinha orgulho de dizer que eu podia. A maior parte do tempo.

Era intimidante ter toda a força da raiva de Luke dirigida a você.

Ele não era um homem pequeno, e ele tinha uma personalidade enorme cabendo em seu corpo. Ele tinha o poder de manter qualquer um fixo em seu olhar.

Ele seria um bom leão-de-chácara. Ninguém iria tentar foder com ele por perto.

“No início, foi porque a minha mãe falou desta 'majestosa', pequena cidade do Texas como se fosse o melhor lugar na terra. Ela falou sobre como a vida era mais calma aqui, mais pacífica. E eu precisava sair de lá. Meu pai estava me sufocando. Então me mudei para cá. Nunca foi por causa de você. Foi por mim”, ela disse suavemente.

“E como é que vocês dois acabaram juntos?” Luke perguntou.

“Rowen me pediu para ir a sua loja um dia. Ela disse que eles tinham realmente bons cookies. Isso é como nós nos conhecemos.” Ele apontou para Lydia.

Isso era minha culpa. Eu trouxe biscoitos para Rowen de lá em várias ocasiões, antes que eu percebesse que era o lugar da ex de Luke. Isso agora cessaria, pelo menos da minha parte.

“Por que estamos mesmo falando sobre tudo isso?” Luke questiona.

Eu fiz a mesma exata pergunta.

Por quê? Onde nós estamos em tudo isso?

Então, um pensamento me atingiu, e eu fiquei um pouco histérica.

“Então você permitiu que a nossa filha ficasse em torno de uma criminosa?” Eu esclareci.

A cabeça de Weston girou, olhando para mim com cautela. “Ela não é perigosa. Foda-se, eu sou mais responsável do que isso. Ela só tem uma ligação suspeita com a máfia.”

“A máfia?” Eu gritei. “A máfia, seu filho da puta?”

Weston fez uma careta, repensando sobre o que ele tinha dito. “Nunca foi provado que ela tem uma conexão. Na verdade, estávamos apenas vigiando ela, porque seu pai foi preso por lavagem de dinheiro. Eles nunca conseguiram provar que era dinheiro da máfia, que eles estavam lavando. Eu tenho estado ‘casado’ com ela por um ano agora, e não encontrei nada.”

Lancei-me sobre ele, minhas mãos indo em direção aos seus olhos em forma de garras.

Luke me pegou assim que minhas mãos estavam a centímetros de distância da face do homem estúpido.

“Shhh”, Luke me acalmou. “Isso não vai ajudar agora.”

“Talvez não,” eu disse, chutando para fora com o pé. “Mas isso me faria sentir uma porra de muito melhor.”

Eu chutei o quadril de Weston, e ele olhou para mim. “Cadela maluca.”

“Eu vou te mostrar a cadela maluca, você maldito pedaço de merda. Não posso acreditar que você colocou o nosso bebê em perigo”, eu rosnei, curvando-me no antebraço de Luke para chutar Weston novamente.

Weston, no entanto, fez a única coisa inteligente que ele tinha feito todos esses dias, que foi dar um passo atrás.

“Ela nunca sequer disse uma palavra má para mim, até que ela descobriu sobre o caso. Você acha que eu teria coragem de colocar a nossa filha nesse tipo de situação?” Ele se irritou.

Apertei os olhos para ele.

“Você é estúpido, se você acha que Anita não era uma ameaça para Rowen. Você está errado. Rowen me disse que sua esposa estava me ameaçando. Por que ela faria isso se ela não é perigosa?” Perguntei, irritada. “E você disse que foi ela que atirou em Radar!”

Ele suspirou. “A coisa toda se transformou em uma bagunça. Nós temos o que você chamaria de uma relação 'aberta'. Ela faz a sua própria coisa, e eu faço a minha. Nós ficamos juntos por causa da criança, apesar de tudo. A operação foi arquivada há seis meses, mas depois que eu descobri que ela estava grávida, então eu fiquei com ela.”

Seu olhar para mim dizia que, de alguma forma, a culpa era minha que ele tinha decidido ficar, mas eu não conseguia descobrir o porquê.

“Eu costumava usar você e Rowen como uma desculpa para sair e fazer outras operações durante esse tempo. Foi apenas cerca de duas semanas antes que você se mudasse para aqui, que ela ficou desconfiada. Eu a teria deixado então, mas em conversas com algumas fontes, descobrimos que o contador ainda estava no negócio e eles estavam usando ele como um meio para conseguir o que queriam. A única pessoa que eu via era minha filha, por isso não havia opção de deixá-la naquele momento. Nos mudamos para cá, e eu continuei fazendo o que eu estava fazendo.”

Eu queria arrancar meus cabelos. Que estúpido, idiota.

“Eu não vejo como nós fazemos parte dessa situação. Por que você buscou um relacionamento com a sua filha se você não a quer?” Luke rugiu.

Eu balancei a cabeça, querendo saber a resposta para isso, também.

“Ela pensava que eu tinha um bom relacionamento com Rowen. Eu tive que manter a atuação”, explicou.

“Com todo o 'pedido de custódia', também?” Perguntou Luke.

“Sim. Ela queria, e eu estava sendo pressionado porque meus chefes sentiam que havia uma pista”, ele respondeu.

Minhas mãos apertaram no músculo do antebraço de Luke, e ele deu um passo atrás, sabendo que eu estava perdendo o controle novamente.

Eu queria matá-lo.

“Então deixe-me ver se entendi, você conseguir as provas sobre as pessoas da máfia que você fala, é mais importante do que a segurança de nossa filha?” Eu esclareci.

Ele balançou sua cabeça. “Ela nunca esteve em perigo.”

“Isso não é bom o suficiente. Eu quero que você tire-a disso. Agora. Saia e não volte.”

“Não é tão simples assim. Anita nos viu sair para comer, e viu Lydia e Luke, ao mesmo tempo. Nós temos que manter o jogo um pouco mais”, Weston suspirou.

“Por quê?” Luke perguntou se alterando.

“Porque eu lhes pedi”, uma nova voz soou atrás de nós.


Capítulo 26

Era uma vez, vai se foder. Fim.

-Frase de Camiseta

Luke

Minha arma estava apontada para a cabeça do mais novo visitante que chegou.

O homem era velho. Com cerca de oitenta de idade. Alto e magro, mal preenchendo o terno que estava pendurado sobre os seus ossos.

Seus olhos, no entanto, eram afiados. Eles viram tudo, em um único relance, fixando-se em mim como a maior ameaça.

Que porra ele estava fazendo em minha propriedade?

“Quem é você?” Eu apontei, o se coração sendo o meu alvo.

Tiro perfeito para matar.

“Agente Especial Nathan Lawrence,” ele me disse, sem tirar os olhos longe de mim e minha arma.

“Por que não pode, qualquer um de vocês dois, lidar com isso como profissionais? Por que todo esse segredo e mentiras? É melhor alguém começar a falar,” eu rosnei.

A ameaça estava lá, e o agente especial Nathan Lawrence sabia disso.

Ele balançou a cabeça, reconhecendo-a.

Weston começou a se mover a partir do canto da minha visão, mas antes que pudesse se mexer, Reese puxou para cima a bolsa e apontou na direção de Weston.

Eu senti ela mover a mão para a bolsa no momento que eu levantei minha arma.

Eu não tinha dito a ela que não, de qualquer forma.

Eu aprendi que Reese era cheia de surpresas. Uma delas foi quando eu fui procurar suas chaves na bolsa, e encontrei uma arma escondida nela.

Eu perguntei a ela sobre isso, e ela admitiu que a mantinha escondida por quatro anos, falando da sua necessidade de proteção já que ela morava sozinha com Rowen todo esse tempo.

Então, na hora que eu senti ela deslizar a mão em sua bolsa, eu sabia onde sua mente estava indo.

Ela teria as minhas costas.

Weston congelou, “Você não faria isso.”

“Apenas fique aí e nunca vai ter que descobrir”, ela retrucou.

“Tudo isto não é necessário. Se vocês abaixarem suas armas, eu estarei mais do que feliz em explicar.” Agente Lawrence disse suavemente.

Eu olhei para ele. “Que tal nós chamarmos alguém para verificar sua identidade, e vamos a partir daí.”


***

Três horas mais tarde, encontramo-nos todos na delegacia, com a minha equipe nos rodeando.

Eu tinha Reese no meu colo porque ela decidiu ir atrás de Weston, nada menos do que três vezes já.

“Mais uma vez, desde o início,” o chefe perguntou secamente.

Agente Lawrence suspirou. “Dezoito meses atrás, nós tivemos uma denúncia que Alexei Artem estava lavando dinheiro para a máfia russa. Esperávamos que, quando o prendêssemos por algumas acusações de extorsão, ele iria entregar esse esquema em troca de uma sentença mais leve, mas o homem não disse uma palavra em todo o seu tempo preso. Na verdade, ele tem sido o prisioneiro modelo. A única pessoa a visitá-lo foi a filha. Até cerca de três meses atrás, nunca tivemos motivos para suspeitar que a filha fosse um mediador entre as duas facções.”

O chefe assentiu e virou a mão para o Agente Lawrence para continuar.

“Não esperávamos que Weston ficasse no trabalho por muito tempo, mas serviu aos nossos propósitos que continuasse com a farsa, por isso, fizemos. Sorte a nossa, que ele permaneceu no local, caso contrário, nós nunca conseguiríamos tê-lo de volta onde é necessário que ele esteja.” Agente Lawrence prendeu Weston com um olhar incrível, enquanto foi dizendo.

“Teria sido ótimo também, se tivesse se mantido em suas calças.”

Weston se mexeu desconfortavelmente na cadeira, e o chefe escolheu aquele momento para suspirar. “Então, o que você precisa que a KPD faça?”

“Nada realmente. Esteja ciente de que estamos no processo de obtenção de provas suficientes sobre Anita para prendê-la,” Lawrence falou.

“E nós ... o que você quer com a gente?” Perguntei, sabendo que ele tinha algo em mente.

“Nada... Só ficar longe um do outro. Agora que você conhece a história, só precisamos manter a mentira. Principalmente, Weston só precisa manter a cabeça no jogo, e não nas calças da Sra. Murphy”, Lawrence disse.

A cabeça de Weston caiu.

“Não”, eu disse instantaneamente.

Os olhos de todos foram para mim, mas eu não estava dando a mínima para isso.

“Alguém vai ter que cuidar de Reese e Rowen. Eu não estou deixando-as sozinhas e indefesas”, eu disse ferozmente.

A mão de Reese veio para descansar na minha bochecha, acariciando-a suavemente. “Está tudo bem, querido.”

Eu balancei minha cabeça. “Não, não está. Nem um pouco.”

Ela inclinou a cabeça contra o lado do meu pescoço, e eu mudei meu olhar para Lawrence, que eu poderia dizer, estava explodindo com o desejo de lançar as ordens.

O que ele fez momentos depois.

“Se você não fizer isso, não posso prometer nada. Na verdade, todo esse desastre funciona a nosso favor. A mudança de Anita é que fez com que Weston estivesse com sua 'ex' todo esse tempo. Ela é louca o suficiente, para tomar decisões estúpidas. Como o tiroteio que custou a vida do oficial K-9,” Agente Lawrence disse, sabendo que iria provocar uma reação em todos nós.

Ele fez.

Espetacularmente.

A sala explodiu de indignação e raiva.

Demorou longos momentos para ter a sala sob controle novamente, antes da pergunta do chefe ser ouvida.

“Por que ela não está aqui agora, então? Quase doze dos meus oficiais poderiam ter morrido. Dois dos quais, ainda estão no hospital por ferimentos de bala. Porque é que esta mulher não está aqui?”

A resposta, porém, foi o que gelou meu sangue. “Ela está desaparecida. Ela tem estado desde a noite em que ela matou o vizinho de Reese.”

***

Quebrou meu coração ver Reese chorando.

Puxei-a em meus braços mais tarde naquela noite, enquanto ela e eu estávamos nos despedindo.

Sua irmã estava com nossas filhas, e eu estava grato por isso. Não havia lugar melhor para elas, especialmente cercado por um bando de motociclistas protetores.

Motociclistas, protetores e chateados.

Justamente por isso, também.

Eu disse a Torren e meu cunhado, sobre o que tinha acontecido, então chamei pessoalmente Trance para deixá-lo saber sobre os últimos acontecimentos. Todos eles ficaram extremamente chateados.

Em seguida, houve o pai de Reese.

Vamos apenas dizer que aquela conversa tinha sido divertida. Não.

De todos os homens com quem eu tinha falado hoje, ele tinha sido o que ficou mais chateado.

Na verdade, todos estavam à beira de algo, que eu também sentia.

Fúria.

“Não chore, Reesey. Nós vamos resolver isso”, eu disse suavemente, pressionando meus lábios contra sua testa.

Ela assentiu com a cabeça, olhando para mim antes que se inclinasse e me beijasse suavemente na boca.

“Eu tinha planos para você hoje. Eu estou apenas chateada que nós não pudemos fazer qualquer um deles”, ela sussurrou baixinho.

Mudei-me para imobilizá-la contra a parede da minha garagem com o meu corpo, olhando profundamente em seus olhos.

“Que tipo de planos?” Perguntei, colocando o seu cabelo atrás de suas orelhas, para que eu pudesse ver seu rosto.

“Era uma coisa tipo meio idiota”, ela disse suavemente. “Mas eu queria levá-lo para o meu lugar favorito no mundo.”

Olhei em seus olhos, sabendo que este lugar significava muito para ela e disse: “Então me leve.”

Ela olhou esperançosa, muito esperançosa.

“Você não acha que vai ser visto?” Ela perguntou esperançosamente.

Dei de ombros. “Eu tenho um carro que não está completamente... Reformado. Ninguém vai reconhecê-lo. Nós podemos ir nele, se você não se importar, mas não é confortável.”

Ela sorriu para mim. “Perfeito.”

Eu balancei a cabeça e dei um passo para trás, agarrando-lhe a mão e levando-a para o fundo da minha garagem, descobrindo o próximo projeto paralelo que eu planejei para trabalhar. Ele estava velho e enferrujado. Mas o motor... O motor era uma obra de arte.

Ele corria como um pião, foi a primeira coisa que eu tinha notado nele dois anos atrás, quando eu o comprei.

O resto, porém, deixou muito a desejar.

“Wow”, ela respirou. “Isso é o que eu penso que é?”

Eu sorri. “Sim. É um GTO de 1967. O homem de quem eu o comprei mantinha em boas condições. Único proprietário. Ele me vendeu por um preço baixo, depois que eu o parei em uma batida de trânsito. Vendeu-o porquê não tinha uma placa de licença.”

Ela passou a mão sobre a pintura marrom enferrujada, como se ela pudesse imagina-lo no seu auge, com menos manchas de tinta na sua lataria e o interior desgastado.

Isso não era o que fazia este carro ser o que era, apesar de tudo.

Sua alma estava em seu motor. O puro e cru potencial deste carro era surpreendente, e minha garota sabia disso.

“Quer ir para um passeio?” Perguntei, levantando as sobrancelhas.

Ela assentiu com a cabeça, abriu a porta depois de algumas tentativas, puxando bruscamente e deslizou sobre o assento.

Quando ela tinha se sentado eu abri a outra porta.

‘Você vai querer se deitar. Pelo menos até que estejamos na estrada”, eu disse enquanto fechava a porta.

Ela sorriu e se estendeu em todo o assento, a cabeça apoiada no meu colo.

Com as mãos trêmulas, eu dei a partida no GTO.

Eu podia sentir o gemido que Reese deixou escapar quando o som do motor de 400 cavalos preencheu o ar em torno de nós.

Acelerei, dando força ao carro e ela riu, olhando para mim com tanta alegria, que eu não poderia deixar de fazê-lo novamente.

Pisei no pedal da embreagem, e deixei ele rastejar para a frente até que estávamos fora da garagem.

A porta da garagem fechou e eu caminhei lentamente pela calçada, até que estávamos na estrada de terra que levava à rodovia.

“Então”, eu disse. “Você quer ver o que posso fazer?”

Ela sorriu. “Por favor, Deus, sim!”

Eu esperei até que estávamos na estrada antes de deixá-lo solto.
Eu fui da primeira, para a segunda, e terceira rapidamente. Ele atirou-nos de volta para o banco, mas minhas mãos trabalharam bem quando eu finalmente consegui velocidade, estabelecendo-me à direita em 105 km/h.

Eu sempre quis colocar essa besta na estrada.

“O que você acha?” Eu gritei, olhando a estrada.

Sua mão levantou até que ela descansou no topo do meu pau endurecido. “Eu acho que você precisa me levar para o nosso destino rapidamente, caso contrário, estaremos estreando esse capô, também.”

Quarenta e cinco minutos mais tarde, estávamos entrando em um caminho longo que levava a um lago. “Onde nós estamos?”

Ela sorriu e apontou para uma garagem. “Esta é a casa do lago da minha mãe.”

Eu balancei a cabeça, lembrando que Reese mencionou o lugar para mim algumas vezes antes.

“É bom”, eu disse, quando nós paramos debaixo de uma árvore.
Quando eu desliguei o motor e soltei o cinto de segurança, de repente eu me encontrei em volta de uma mulher gostosa, cheia de tesão.
Ela bateu a boca sobre a minha, envolvendo os braços em volta do meu pescoço.

“Você tem alguma ideia”, ela suspirou contra meus lábios. “Como é excitante vê-lo dirigindo esse carro? Seus músculos se moveram em sincronia, com cada turno do motor. E a maneira como você é tão apaixonado por ele, me excita além da imaginação.”

Minhas mãos se moveram, uma indo para baixo, no meio da calça jeans de Reese, enquanto a outra se enrolava em seu cabelo.

A que estava em seu jeans viajou para baixo na fenda de sua bunda e enterrou em linha reta, no seu encharcado canal, efetivamente fazendo meu pau mais duro, do que jamais poderia imaginado.

“Então você está me dizendo que carro é másculo e te excita?” Eu esclareci, meus lábios pairando sobre os dela.

Ela assentiu com a cabeça, os olhos expressando tudo o que ela sentia com aquele olhar.

Eu sorri e me abaixei, até que eu estava deitado de costas com ela em cima de mim.

“Tire as calças”, eu exigi.

Ela arrastou-se para fazer o meu pedido, fazendo o seu melhor no pequeno espaço.

Ela conseguiu, e não demorou muito, antes dela me montar novamente.

Eu tinha tido tempo para tirar o meu pau para fora da calça, segurando-o pela base.

Ela alinhou a entrada de sua vagina com a cabeça grossa do meu pau e lentamente afundou, me engolindo como fogo quente.

“Porra”, eu gemi.

Ela sorriu e levantou até que apenas a ponta estava dentro, antes que afundasse novamente.

Minhas mãos apertaram seus quadris, tentando o meu melhor, para não assumir o controle como eu costumava fazer.

Eu sabia que ela gostava de estar por cima, mas meu controle sempre estava perdido quando se tratava dela, foi por isso que ela nunca ficou no comando por muito tempo.

“Você me preenche como um sonho”, ela suspirou, olhando para onde o meu pau a enchia.

Mordi meu lábio, levantando meus quadris, permitindo-me ver, quando meu pau saiu da sua buceta, brilhando com sua umidade.

Eu empurrei para cima lentamente, puxando-a para baixo em mim, assumindo o controle.

Ela sorriu, jogando a cabeça para trás enquanto ela deixou-me levá-la como eu queria.

Não foi rápido. Foi lento.

Eu estava fazendo amor com ela.

Mostrando-lhe como poderíamos ser. Como éramos.

“Você é tão bonita”, eu disse, parando totalmente encaixado dentro dela.

Ela inclinou a cabeça para baixo, olhando nos meus olhos, o cabelo caindo sobre os ombros e disse: “Eu amo você, Luke.”

Meus olhos se fecharam e eu me rendi, capturando sua boca com a minha.

Ela começou a circular seus quadris, não retirando, apenas se contorcendo em cima de mim.

Ela bateu em um local particularmente bom, dentro de si mesma, e ela mexeu os quadris para trás e para a frente, trabalhando esse ponto com o movimento de seus quadris, sozinha.

Seu suspiro roubou o meu fôlego, e vi seus olhos vidrados quando ela gozou. Seu canal apertado, espremendo o meu pau, pulsando lentamente, languidamente, com seu orgasmo.

Eu sorri em sua boca e deixei-me ir também.

Eu não tinha controle quando gozei para ela. Tudo o que consegui perceber, foi que ela tinha gozado de novo quando o meu orgasmo veio rugindo através de mim.

Desta vez, porém, foi um pulso mais lento, contínuo, a minha liberação escorrendo para ela. Meu estômago apertou com cada jato, que saiu do meu pau em sua buceta quente.

Rosnando baixo na minha garganta, eu a beijei, lento e constante. Minha língua tocou a dela, correndo por cima com um movimento lento, sensual.

Ela chupou, apertando as mãos no meu cabelo, quando o último resto de nossos orgasmos percorreu-nos.

Seus olhos se abriram, pegando os meus e ela sorriu.

“Eu também te amo”, eu sussurrei.

Ela fechou os olhos e uma lágrima solitária correu por sua bochecha.

“Eu não quero fazer isso”, ela sussurrou com tristeza. “Eu não quero deixá-lo. Estou tão feliz com você, e eu sei que vou ser uma cadela miserável sem você.”

Eu a abracei mais apertado. “Vai ficar tudo bem, você vai ver.”

Ela assentiu com a cabeça e colocou a cabeça no meu ombro. “Eu quero fazer isso pelo resto da noite.”

Eu ri. “Dentro de casa, de preferência. Eu fiquei com a marca do cinto na minha bunda.”

Ela riu suavemente contra meu ombro. “Eu não tinha percebido que curtia esse tipo de coisa, mas talvez eu posso ajudá-lo.”

Belisquei sua bunda, fazendo-a rir ainda mais.

Os músculos de sua buceta contraíram no meu pau, e eu comecei a balançá-la em cima de mim.

“Você é insaciável”, ela sussurrou, revirando os quadris.

“Só para você, Reese. Só para você”, eu concordei.


Capítulo 27

Desculpem o atraso, mas eu não queria vir.

-Xícara de café


Reese

Eu entrei no Taco Bell, perguntando-me o que eu estava fazendo ali. Eu tinha comido no Deli Jason menos de trinta minutos atrás. Eu não estava com fome.

Minha sombra de hoje, Nico, estava provavelmente soltando fumaça, porque eu tinha parado em outro restaurante, quando ele não queria ir nem para o primeiro. Algo que ele deixou-me saber. Alto e claro.

Eu odiava Tacos. Eu os odiava com paixão.

Só que eu não os odeio tanto, quando um determinado sexy policial estava envolvido.

Eu sabia que era Luke, no momento em que vi o SUV estacionado no mesmo local para o qual estava me dirigindo.

Ele sempre estacionava nas vagas do fundo. Ele também tinha um outro fator que o identificava. Ele tinha preso no para-brisa um adesivo que dizia ‘MANTENHA A CALMA, SOU UM OFICIAL DA POLÍCIA’, e eu acho que ele não tinha me notado ainda. Certamente não estaria ali ainda, se ele tivesse... Certo?

Fazia mais de duas semanas, desde a noite que tínhamos feito amor no seu GTO.

Duas semanas desde que ele tinha falado comigo. Duas demasiadamente longas semanas.

Eu estava à beira de perder o controle.

Eu não tinha percebido o quanto eu precisava de Luke até que ele não estava lá.

Por exemplo, eu não tinha percebido o quão grande Rowen tinha ficado nos meses que estávamos juntos. Eu não tive que carregá-la para a cama ou ao carro durante todo esse tempo, e, de repente, eu tive que fazer. E não era tão fácil quanto Luke fazia parecer.

Eu estava deixando minha irmã louca, e com razão. Eu tinha passado cada vez mais tempo com ela e seu marido nas últimas duas semanas, do que eu tive durante todo o seu casamento.

Eu estava restringindo seu espaço, e se fosse honesta, estava secretamente gostando.

A luz fraca do foyer me cegou temporariamente, mas quando os meus olhos se adaptaram, eles foram imediatamente chamados pelos verdes olhos do amor da minha vida.

Luke estava sentado sozinho na parte de trás da sala, ele tinha um jornal espalhado na frente dele, e sua cabeça estava descansando em seu punho erguido.

Ele tinha os óculos em cima da sua cabeça, e seus olhos focaram em mim como mira a laser.

Eu fui até o balcão e pedi rolos de canela e um Dr. Pepper.

Uma vez que me foram entregues, me sentei em uma mesa mais distante dele, mas tendo a certeza de encará-lo.

Arrepios dançaram pela minha espinha, quando eu senti seus olhos em mim, mas quando eu olhei para cima, ele desviou os seus.

Ele sorriu para o seu jornal, e eu tive que me concentrar em meus rolos de canela, em vez de me lançar através da sala para os braços do meu homem.

Eu era uma prostituta.

A pior coisa sobre isso tudo, porém, foi que Rowen sentia falta de Luke.

Ela deixou de vê-lo todos os dias.

Eu senti falta das nossas discussões diárias sobre a guerra no Iraque. A economia. O estado das coisas em nossa cidade pequena. O que aconteceria no próximo dia em nossos locais de trabalho. A conversa sobre como os nossos dias tinham sido.

Luke se levantou e caminhou até o balcão, pedindo ao homem alguma coisa.

O homem voltou com uma caixa cheia de embalagens de molho picante, e eu observei com curiosidade, enquanto ele olhava um por um, em toda a caixa, até encontrar o que queria.

Então, sem perder tempo, ele voltou para sua mesa e sentou-se, escrevendo algo sobre a parte externa, onde não havia qualquer impressão, com um marcador vermelho, que tinha tirado do bolso, e dobrou-o ao meio.

Então, ele reuniu o seu lixo, caminhando para a lixeira e jogou tudo dentro, menos a embalagem, que ainda estava em sua mão.

Eu vi quando ele passou por minha mesa, deixando cair o pacote de molho quente nela, antes de ir ao bebedouro para encher o copo vazio.

Meus olhos se deslocaram para olhar as suas costas, percebendo o pequeno pacote sobre a mesa.

Pisquei algumas vezes, certificando-me de que eu não estava imaginando coisas, em seguida eu o li.

“Quer se casar comigo?” Ele disse na embalagem.

Eu olhei para o pacote por alguns longos momentos, antes que eu olhasse para Luke.

Ele teve a intenção de fazer isso?

Quando olhei em seus olhos, eu tive a certeza. Ele sabia exatamente o que estava fazendo quando ele jogou o pacote sobre a mesa enquanto passava.

Agarrei o pacote com força em minha mão e o observei sair do restaurante com meu coração em minha garganta.

Meu Deus. Era real?

Eu tive a minha resposta alguns minutos mais tarde, quando eu abri o meu carro e encontrei uma caixa de veludo preta no meu painel.

Sentei-me, batendo a porta do meu carro com força, antes que eu a trancasse e olhei para a caixa.

Era pequena, mas havia tanto significado dentro dela, que eu estava com medo de abrir.

Se eu a abrisse, eu sabia o que teria nela, mas ainda provocou um suspiro de surpresa nos meus lábios, quando eu vi uma pedra grande.

Coloquei o anel no meu dedo, admirando o quão bem ele se encaixava.

Perfeitamente, é claro. Não esperaria nada menos de Luke. Ele era um deus e toda essa merda. Um deus no quarto e na maior parte do tempo.

Então, comecei a comemorar dentro do carro, gritando e pulando com um enorme sorriso no meu rosto.

Eu sabia que tinha público, Nico, mas eu não me importava.

Mas foi quando eu olhei para cima e vi Luke ainda lá, encostado na sua camionete que eu comecei a rir.

Ele assistiu todo o show!

Olhei para ele e não podia fazer nada além de rir.

Ele estava sorrindo, também.

Em seguida, seu rosto mudou de repente, passando de sorrindo e feliz para chocado.

Então, eu assisti em câmera lenta quando ele caiu lentamente de joelhos.

Suas mãos foram para o chão, mas elas se recusaram a apoiá-lo, e ele caiu sobre seu rosto.

Sua cabeça bateu no concreto, sobre a linha amarela que marcava o próximo lugar do estacionamento.

Eu gritei.

Medo subindo em minha garganta, eu tentava abri a porta desesperadamente.

No entanto, antes que eu pudesse sair do meu carro, Nico estava lá, me empurrando para dentro, até que ele sentou no local onde eu estava.

Quando eu fui para o outro lado, ele agarrou uma parte de meu cabelo, segurando forte.

“Ouça-me”, ele falou em um tom firme e baixo.

Algo em sua voz... Me fez parar e ouvi-lo.

Olhei desesperadamente em seus olhos, meu coração batendo a mil por hora.

“Você deve ir. Dirija diretamente para a delegacia. Repito, não pare. Quando você chegar lá, vá para o escritório de Luke e espere por mim ou alguém da equipe para buscá-la. Michael ficará com suas meninas. Não foda ao redor. Não vou conseguir ajudá-lo, se eu não tiver a certeza que você vai seguir as minhas ordens”, Nico disse insistentemente.

De alguma forma, eu sabia que ele não iria. Ele tinha feito uma promessa a Luke em manter segura. A promessa que eu sabia que ele não iria quebrar.

Eu balancei a cabeça, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, e ele se foi.

Acelerando, eu forcei meu bebê. E eu dirigi com firmeza.

Eu não olhei para trás. Eu sabia que se eu fizesse, eu ia voltar. E esta era a única maneira de salvar a vida de Luke.

Eu vi alguém me seguindo no caminho até lá, um policial, mas ele não estava tentando encostar em mim.

Especialmente quando ele me ultrapassou, movendo-se no tráfego rapidamente para longe de mim.

Provavelmente porque eu certamente não estava diminuindo.

Até o momento que eu parei na parte de trás da delegacia, e saí para fora do carro, meu seguidor já estava lá.

Pierson.

Eu não tinha percebido que era ele.

Minha surpresa deve ter transparecido no meu rosto, porque ele zombou.

“Eu posso não gostar de Luke, mas ele é um dos nossos”, ele retrucou. “Agora, entre antes desse trabalho todo não servir para nada. Tenho certeza de que o seu cérebro ficaria bem no concreto como o de Roberts.”

Firmei minha pernas, meio trêmulas, e corri com ele para a porta de trás.

Ele foi baleado na cabeça, foi isso que aconteceu?

Eu poderia dizer que eu parecia bem assustada, especialmente quando quase todos na delegacia, homens e mulheres, olharam para mim.

Embora não muitos, os que estavam lá tinham algum tipo de posto de comando.

O local estava bem movimentado, gritos pela sala, homens e mulheres falando furiosamente, com o chefe no meio de tudo isso, emitindo ordens aqui e ali.

Quando entrei, porém, todos eles só... Pararam.

Pena estava gravada em todas as suas faces.

Eles sabiam.

Ele estava morto?

“Por favor”, eu sussurrei com voz entrecortada. “Diga-me.”

O chefe sacudiu a cabeça. “Não sei, querida. Nós não sabemos.”

***

Luke


Oh, meu Deus, minha cabeça dói.

Ela estava doendo muito. Tão forte que quando eu abri meus olhos, eu fechei-os imediatamente.

A luz queimava através das minhas retinas, o que tornava ainda mais difícil respirar.

Passos soaram ao meu lado, e eu abri meus olhos novamente, desta vez com um pouco mais de sucesso.

Eu estava deitado no chão.

Sangue acumulado em torno de mim, mas eu ainda podia ver o que parecia ser uma linha amarela.

Eu estava em um estacionamento.

O sangue era meu?

Certamente explicaria a razão que a minha cabeça latejava.

Por que eu estava em um estacionamento?

Em seguida, um par de chinelos pretos delicados, do tipo que você via em uma bailarina, entrou no meu campo de visão.

Gemendo, eu comecei a me empurrar para cima, mas o chinelo delicado parou no meu ombro quando eu tinha conseguido levantar a cerca de um pé fora do chão e me chutou.

Rolei com o impulso do movimento vigoroso.

Minha cabeça rodou com a rapidez do movimento. Num momento eu estava pensando que eu tinha a náusea sob controle, e no seguinte eu estava vomitando.

Felizmente, eu consegui jogar tudo na calçada ao lado de mim e não aspirado para os pulmões. Não era como se eu precisasse de uma outra maneira de morrer. Eu tinha o suficiente no momento.

Foi a voz que eu reconheci primeiro.

Ela tinha um ligeiro sotaque russo, vibrando ao final de suas palavras.

Anita Bryant.

Por pura força de vontade, consegui segurar a terceira tentativa do meu estômago tentar esvaziar.

Mas só porque Anita estava apontando o cano, de um revólver .454 que era maior que ela, no meu rosto.

Afinal, um homem tinha que ter suas prioridades.

Engoli em seco, lambendo meus lábios rachados. “Por quê?”

“Eu não gosto de ser feita de tola. Já tive que cuidar dos outros dois. Agora é a sua vez, e então eu vou lidar com a ex vagabunda do meu marido. Em seguida, eles nunca vão me encontrar de novo”, Anita falou.

Eu pisquei, surpreso que ela tinha acabado de me dizer que tinha 'cuidado' de seu ex.

A única coisa que eu pensei quando ela disse que tinha 'cuidado' era que ela os matou.

Ela percebeu quem eu era?

Obviamente que ela deve ter feito. Quer dizer, eu estava com minha camisa do KPD SWAT. Eu estava ao lado do meu carro da polícia.

E o sangue que eu ainda podia sentir vazando, do que devia ser de um buraco na parte de trás da minha cabeça, significava que eu tinha sido baleado.

Que certamente teria chamado a atenção do restaurante que eu tinha acabado de sair.

Então me lembrei que Reese também estava no estacionamento comigo antes que eu tivesse desmaiado, e meu coração começou a bater com mais força.

“Nós não fizemos nada”, murmurei, tentando ganhar tempo.

Reese, eu sabia, não estava mais no estacionamento.

Caso contrário, ela não teria dito 'então', quando ela estava se referindo a cuidar da ex 'vagabunda'.

Nico, por outro lado, pode muito bem estar.

E quanto mais eu pensava nisso, mais certeza eu tinha que ele estava lá.

Quando eu disse a Nico o que fazer, se uma situação como esta surgisse, ele deveria enviar Reese para a delegacia, ligar para a equipe, proteger as nossas filhas, e depois me ajudar, se ele sentisse que era seguro.

Na verdade, cada membro da equipe tinha as mesmas instruções, e não teria importado quem estivesse aqui. Ele ia seguir as instruções.

Quando o agente especial Lawrence tinha oferecido a sua ajuda, eu tinha aceitado, mas eu não confio nele.

Eu não conhecia sua equipe, e sua equipe não me conhecia. Eu sabia que minha equipe faria tudo ao seu alcance para ajudar. O mesmo não poderia ser falado de Lawrence.

“Você fez. Eu não sou idiota e eu não sei por que Weston pensou que eu era tão estúpida. Eu estive na porra do Exército. Fui criada na máfia. Eu sei mais do que a maioria das pessoas; o que fez ele pensar que eu era estúpida? Bem”, ela riu sem humor. “Ele não está pensando muito mais. Ele e a garota que ele tentou passar como sendo sua namorada, estão alimentando os peixes no rio Sabine.”

Eu não podia acreditar que ela estava dizendo tudo isso no estacionamento. Eu posso estar na parte de trás, e escondido principalmente pela construção, mas esse não era um local privado.

Olhei para ela, tentando manter minha expressão neutra, para disfarçar minha cara 'você é louca, puta', e disse: “Reese e eu não fizemos nada. A única parte que combinamos nisso tudo, foi ficar longe um do outro. Nós não ajudamos Weston a fazer qualquer coisa.”

Um movimento a partir do canto do edifício chamou minha atenção, mas eu não ousava olhar.

A mulher era inteligente, eu daria isso a ela, mas ela também era imprevisível. Não havia como saber o que ela faria se ela encontrasse alguém em suas costas.

A cadela louca se inclinou, sua barriga enorme de grávida surgindo na frente dela, quando ela se abaixou em um joelho.

“Você quer saber o mais engraçado?” Ela perguntou. “Eu nem sequer o amo. Eu só fiquei com ele, porque era estável e não tinha qualquer ligação com a máfia. Eu tinha uma ideia estúpida de consertar as coisas, sair antes que eu perdesse minha vida fazendo algo estúpido para o meu pai. Fazer algo para este pequeno. Eu estava tão cansada de estar fazendo as vontades do papai. Em seguida, ele me tentou me arrumar com algum porra da família. E o estúpido me fodeu, eu pensei que eu ia, pelo menos, dar-lhe uma tentativa, mas meu pai não sabe quando parar.”

Minha mão coçava para pegar minha arma, mas eu sabia que não a alcançaria a tempo, se eu tentasse. Então eu fiquei parado, indo contra todos os sentidos enraizados no meu corpo, que me diziam para me mover.

“Você sabe, você pode dizer ao seu amigo lá, quando você vê-lo no inferno, que está arrependido por terminar a sua vida”, ela sorriu, pressionando o cano da arma na minha têmpora.

Meu coração acelerou, e com isso o pulsar da minha dor de cabeça aumentou, batendo em sintonia com o meu coração.

Eu sorri. “Não, eu não vou dizer nada a ele querida. Você estará indo para lá sozinha.”

Com isso, eu levantei minha perna e a coloquei no chão, e rolei para longe da mulher louca.

Dois tiros soaram, e uma dor lancinante ao longo da minha testa me teve rangendo os dentes.

Eu ainda estava vivo para sentir dor, no entanto.

Bônus!

Rolei para as minhas mãos e joelhos, olhei para cima e fiz uma varredura da área.

Apenas um dos meus olhos parecia estar funcionando, mas eu não deixei que me incomodasse.

Eu levantei-me rapidamente, olhando a mulher no chão, e vi Nico, que estava de pé sobre ela, sua arma ainda apontada na sua direção.

Nico tinha atirado no peito, no lado direito, porém não acertando seu coração, apenas a incapacitando.

Ela estava se contorcendo no chão de dor e sangue derramava a seu redor, espalhando e formando uma piscina cada vez maior. Meus olhos ficaram fascinados olhando, quando começou a descer na inclinação do estacionamento, misturando com a água dos pulverizadores que estavam atualmente em execução.

Nico caiu de joelhos ao lado da mulher, usando o que parecia ser sua camisa para estancar o fluxo de sangue.

Eu poderia ter dito a ele que seria inútil, que era provavelmente o orifício de saída em suas costas, que estava causando o sangramento, mas Nico precisava da falsa sensação de ter feito algo. Ele parecia instável, dilacerado por ser obrigado a fazer o que ele tinha feito. Eu me virei, e usei o microfone preso ao meu cinto para chamar uma ambulância.

O que foi desnecessário, pois no momento seguinte, tivemos quase todos os carros da força de polícia vindo até nós. Luzes e sirenes ligadas.

A ambulância viria uma vez que a área fosse declarada segura, o que provou não ser rápido o suficiente, porque a mulher no chão parou de se mexer e seu corpo ficou sem vida.

“Ambulância, agora!” Eu berrei.

Os policiais que estavam chegando na cena do crime olharam para mim com horror, mas minha voz sacudiu-os para fora, e eles rapidamente transmitiram a mensagem que era necessário uma ambulância.

Minha cabeça começou a rodar de novo, então eu me sentei no meio-fio e tentei duramente não desmaiar.

Minha cabeça caiu em minhas mãos, cotovelos apoiados nos joelhos, tendo um pequeno descanso.

Eu pisquei e levantei minha cabeça quando eu percebi que havia alguém na minha frente falando comigo.

Percebendo que era Tai, um médico do Corpo de Bombeiros de Kilgore, eu pisquei e tentei ficar acordado.

Eu balancei a cabeça quando ele perguntou se eu aguentaria andar por mim mesmo para a ambulância.

Isso foi tudo que eu tive a capacidade de fazer, caminhar para a ambulância e desmaiar na maca com o lençol branco.

A última coisa que eu pensei foi, 'Esse sangue nunca vai sair.’


Capítulo 28

Não faça nada meio estúpido. De qualquer forma, faça uma estupidez completa.

-Xícara de café


Reese


“Ele foi baleado duas vezes. Na cabeça”, eu disse, tentando esclarecer o que eu tinha acabado de ouvir de Nico.

Ele acenou com a cabeça. “Sim, uma vez na parte de trás da cabeça. A outra roçou a testa. Ambos são superficiais. Apesar de ter sangrado como um porco.”

Minha boca se abriu e fechou, com os olhos arregalados. Eu não sabia o que dizer.

“Ele está sendo costurado agora por um médico, e eles estão lhe fazendo uma transfusão de sangue, uma vez que ele perdeu muito. Eu só queria avisá-la que ele parece horrível, e não surte quando você vê-lo.”

Nico disse rigidamente.

Minhas sobrancelhas juntaram, e eu dei uma olhada a mais em Nico.
Ele estava com um pouco de sangue em si mesmo. Será que era tudo de Luke?

“Nico, você está bem?” Perguntei.

Ele olhou para mim por alguns breves momentos, emoções derramando através de seus olhos, antes que ele as substituísse por uma expressão em branco. “Bem. Por quê?”

Eu andei até o homem mais assustador que eu já conheci. Aquele que tinha me dado conforto na noite em que eu soube que o meu ex estava pedindo a guarda de Rowen. O único que me protegera. Aquele que tinha salvado a vida do meu futuro marido... E caminhei para seus braços.

Ele ficou tenso por alguns longos segundos, antes que ele passasse os braços em volta dos meus ombros, e enterrasse seu rosto no meu cabelo.

Segurei-o, sentindo sua agitação, e sabia que ele tinha feito algo terrível.

Algo verdadeiramente horrível que tinha rasgado ele por dentro.

Provavelmente, ele teve que escolher a vida de Luke sobre a de Anita. Uma mulher grávida pelo seu amigo. Uma decisão difícil em qualquer situação.

Senti seus braços me prendendo como aço, e funguei ruidosamente em seu ouvido, tão grata que ele tinha
tomado essa decisão que eu mal podia conter minha alegria.

“Vamos ver Luke, Nico. Eu não acho que eu posso fazer isso sozinha”, eu sussurrei.

Isso era verdade, também.

Eu estava mais assustada do que eu realmente mostrava. Como enfermeira, eu sabia todas as coisas horríveis que aconteciam, tendo testemunhando-as eu mesma várias vezes.

Eu sabia o quanto uma cabeça ferida sangrava, e eu estava com medo que fosse pior do que ele me disse.

Isso pareceu focá-lo, dando-lhe algo para fazer.

Ele me soltou, envolvendo sua mão ao redor da minha, e caminhou comigo pelo corredor em direção aos quartos da emergência.

Ele estava no último.

Eu sabia, porque toda a emergência estava completamente cheia de policiais e bombeiros.

Eles estavam por toda parte.

Não havia como dizer quantos estavam realmente no quarto com ele.

Todos os olhos se voltaram para nós quando dobramos o corredor.

Olhos que eu conhecia. Olhos que eu não conhecia.

Todos curiosos.

Nico me puxou para frente quando parei, e eu continuei.

Principalmente porque ele não tinha me dado uma escolha.

Caminhamos por entre a multidão, os policiais afastando-se o suficiente para nós passarmos.

Nico recebia tapas nas costas quando ele passava, e eu tinha as mãos confortadas.

Até o momento em que chegamos ao quarto de Luke, eu estava à beira das lágrimas pelo apoio.

E eu não conseguia ver Luke.

Os corpos grandes de Downy, Bennett, Michael e John bloqueavam-no de minha vista.

Mas o 'mexam-se' na voz profunda de Nico os fez se separarem, e eu finalmente vi Luke deitado na cama, com os olhos fechados. Um jovem médico inclinava-se sobre o seu lado esquerdo, costurando sua testa.

Metade do cabelo de Luke tinha ido embora, sendo raspado, restando apenas um pouco do lado direito da sua cabeça.

Sangue seco cobria seus ombros nus e braços. Ele estava em toda parte. Incorporado nos sulcos de seus dedos, nos vincos de seus braços.

Sua metade inferior estava coberta por um lençol, mas seus pés descalços estavam pendendo do lado de fora.

Soltando a mão de Nico, eu andei para frente e envolvi minhas mãos em torno de cada um de seus dedos do pé.

Seus dedos mexeram, e ele sorriu, abrindo os olhos enquanto me olhava.

“Você obedeceu”, ele retumbou, dando-me um pequeno sorriso de dor.

Eu balancei a cabeça. “Eu faço isso de vez em quando.”

Mesmo quando ele quase me atormenta.

Seus olhos olharam para a minha mão, e seu sorriso ficou um pouco maior. ”Ficou bem em você.”

Olhei para baixo em minha mão, para o anel que ele tinha me dado horas antes, e me parecia que tinha acontecido a vários, vários dias.

“Qualquer coisa fica bem em mim”, eu provoquei.

Ele deu uma risada suave e balançou a cabeça, gemendo, e o médico mandou que ele parasse de mexer.

“Se você não pode ficar parado, eu vou mandá-la para fora do quarto”, o médico murmurou.

Os olhos de Luke endureceram. “Você poderia tentar tirá-la de mim, doutor, mas então você ficaria com alguns membros faltando, e ela ainda continuaria aqui.”

O médico bufou. “Vocês policiais. Todos iguais. Ciumentos, machos alfa que não sabem o que é melhor para o seu próprio bem. Estou quase terminando aqui, se você ficar parado por mais dez minutos, vou terminar e você pode fazer o que quiser.”

O silêncio tornou-se pesado quando todos pensavam sobre o que ele queria dizer com isso.

”Não”, eu disse, apertando os dedos de Luke.

Ele riu baixinho e fechou os olhos novamente. “Ok, vamos esperar até que estejamos de volta em casa.”

“Sem querer interromper, AC, mas a sua filha quer saber quando voltarão para casa”, James falou lentamente da porta.

Virei-me e o encontrei sorrindo com um telefone no ouvido. “Ela e Rowen estão ficando impacientes, e algo sobre você prometendo-lhes Frozen e sorvetes foram mencionados, também.”

A tensão na sala quebrou.

“Ligue para Baylee e diga a ela o que está acontecendo, peça-lhe para ir buscá-las, e fale que eu vou pegar as meninas amanhã com Reese. Nós temos um monte de papelada e perguntas que precisam ser respondidas uma vez que eu estiver terminado aqui”, Luke suspirou.

Eu balancei minha cabeça.

O homem tinha perdido muito sangue, evitou a morte duas vezes com dois tiros na cabeça, e ele queria respostas.

Homens.

***

“Deus”, eu disse com tristeza, pensando em como Rowen perdeu o pai.

Horripilante não era o suficiente para descrever o que eu tinha acabado de ouvir.

“Qual foi o seu raciocínio? Eu não entendo por que ela fez tudo isso”, eu tremi.

Será que Rowen mesmo entenderia?

Agente Lawrence olhou para mim e depois virou os olhos de volta para Luke. “Ela deveria mesmo estar aqui?”

Eu queria chutá-lo, o que eu provavelmente teria feito, mas Luke passou pelo homem quando ele sentiu a minha perna tensa.

“Agredir um oficial, independentemente do motivo, é o suficiente para que você permaneça um tempo na prisão, docinho”, Luke sussurrou em meu ouvido.

Suspirei e relaxei. Ele estava certo. Isso não era o que precisávamos agora, mas eu não conseguia me conter.

Weston, embora não fosse o melhor do mundo, ainda era o pai de Rowen. Um homem que nunca seria capaz de andar com a filha até o altar.

“Ela fica”, Luke insistiu, mantendo o braço em volta da minha cintura.

Inclinei-me para ele, pressionando meu nariz contra seu pescoço.

“De que tipo de retaliação que estamos falando aqui?” Luke perguntou quando ninguém continuou.

O chefe, Luke, Nico e o Agente Lawrence tinham começado esta reunião a pouco mais de uma hora atrás, e tinha sido a hora mais intensa e horrível da minha vida.

Eu escutei como Weston e Lydia haviam sido torturados, supostamente pelos padrões da máfia russa, por quase um dia, antes que Anita finalmente os matasse. Então eu ouvi Luke quando ele contou o que tinha acontecido. Em seguida, novamente a partir do ponto de vista de Nico.

Eu me sentia mal do estômago antes da reunião, mas agora eu estava positivamente verde.

Eu me sentia horrível. Na verdade, eu não queria nada mais do que ir rastejando para a cama com Rowen e Katy, e ter os braços de Luke envolvidos em torno de nós, protegendo-nos deste mundo cruel.

“Só o tempo dirá, infelizmente. O bebê está vivo, na maior parte, devido a tentativa de Nico em manter Anita viva tempo suficiente, para os médicos chegarem. A morte de Anita nos dará alguma folga; mas, a partir de agora, devemos nos manter mais alertas.” Agente Lawrence sacudiu a cabeça.

Meus olhos se fecharam com o pensamento de qualquer tipo de retaliação depois de tudo.

E estava, entretanto, me iludindo.

Eu vivia em um mundo que era duro e cruel.

Nós com certeza precisamos estar vigilantes, e eu sabia que Luke estaria lá para nós. Sempre.


***

Mais tarde naquela noite


“Eu te amo, Luke”, eu suspirei, descansando minha cabeça em seu peito.

Ele beijou minha testa e arrastou as cobertas sobre nossos corpos nus.

Ele tinha acabado de deixar que eu, pela primeira vez, fizesse amor doce e lento com ele.

Eu estava totalmente no controle, e ele tomou-o como o homem que ele era.

Só assumindo no final, quando o meu orgasmo tinha esgotado todos os movimentos do meu corpo.

Eu ainda estava em cima dele, e ele ainda estava dentro de mim.
Seu pênis tinha ido para baixo, mas não completamente quando nós acalmamos nossa respiração.

“Eu também te amo”, ele sussurrou.

Virei a cabeça e beijei seu peito nu, depois deixei ela apoiada sobre o seu lado esquerdo, onde fiquei ouvindo a forte batida de seu coração.

“Seu coração está falando comigo”, eu provoquei.

Eu poderia sentir que ele estava sorrindo.

“E o que ele está dizendo?” Ele jogou junto.

“Ele está dizendo que você precisa tomar a sua medicação para dor,” eu brinquei.

Ele riu suavemente. “Sim senhora.”

Ele não se moveu, e eu também não.

“Ele também está dizendo que precisamos nos casar rapidamente. Porque eu não estou vivendo com você, até que nós tenhamos o mesmo sobrenome”, eu disse com toda a seriedade.

Ele suspirou. “Meu coração sabe e minha cabeça também. Nós vamos nos casar na próxima semana no cartório.”

Eu ri, correndo meu nariz ao longo de seus músculos peitorais. “Boa tentativa, menino grande. Mas eu quero tudo. Um enorme vestido fofo e muitas flores nos rodeando.”

Ele resmungou. “De alguma forma, eu sabia que você iria querer isso. Você não é fácil, isso é certo.”

Mordi suavemente o seu mamilo, e senti o salto do seu pau dentro de mim. “Nada que vale a pena lutar é sempre fácil.”

“Não, eu não posso dizer que é”, disse ele, começando a se mover lentamente dentro de mim novamente.


Epílogo

Amor, porque chocolate nem sempre é suficiente.

-Cartão do dia dos Namorados

Uma década de notas

Sentei-me na beira da cama, levantando o livro grande que Luke tinha me dado momentos antes.

Luke se sentou na cama ao meu lado, sorrindo, quando abri a primeira página.

Meus olhos lacrimejaram instantaneamente.

Ele as tinha salvo.

Cada uma delas.

Minhas mãos tremiam enquanto eu digitalizava página após página.


Meu futuro marido,

Eu não posso acreditar que eu vou me casar com você em menos de uma hora. Parece que foi ontem, quando eu conheci você na escola de Katy.

Eu sei que você é gostoso, mas quando olhei para você através da janela enquanto você estava brincando com Rowen e Katy alguns minutos atrás, eu achei-o lindo. Eu nunca me senti assim. Nunca sequer pensei que seria possível.

Eu só quero que você saiba o quão feliz você me faz, e eu vou tentar com todo o meu coração entender porque você nunca pega suas meias de onde quer que estejam, quando você as tira.

Reese, sua futura esposa.

*****

Minha futura esposa,

Sua bunda parecia boa nesse uniforme hospitalar. Eu gostei de como o escudo do Capitão América torneou sua parte traseira. Você deve agradecer ao fabricante dessas roupas, caso contrário eu nunca teria dado uma segunda olhada em você. (Brincadeira).

E sua filha, sua mini cópia, como eu poderia não amá-la desde que eu amo a sua mãe com todo o meu coração?

Obrigado por reunir as minhas meias. Só por isso, eu vou guardá-las na sua TPM, a cada mês, sem queixa.

Eu te amo, agora vêm caminhar até o altar para mim. Eu estou pronto para colocar um anel no seu dedo.

Luke, seu futuro marido (se você vier para mim).


Luke (Meu querido marido),


Vejo que você se esqueceu de levar o lixo para fora outra vez. Deixe-me lembrá-lo que eu estou de trinta semanas, devido a sua cria de Satanás.

Sinto muita dor na minha vagina ao andar mais de cinco passos. Escadas então NEM PENSAR! Quando você for o único carregando a desova, eu vou levar o lixo para fora pra você.

O casamento é dar e receber.

Sua linda, bonita, esposa grávida.

Reese.

****

Reese (transportadora de Satanás),

Me desculpe, eu me esqueci de levar o lixo para fora. Eu tenho uma anotação que o lixo era prioridade. Por favor, me perdoe. Vou tirá-lo agora. Pronto. Feito. Agora, o que mais você tem para reclamar? Eu te dei o meu pau na noite passada, o que mais se pode querer? Sem mencionar que eu trouxe para casa alguns picles.

Eu sou o melhor marido que existe!

Seu marido dedicado e sempre tão útil,

Luke.


Luke Roberts (Idiota),


Passei as últimas dezessete horas e meia, tentando empurrar para fora o seu bebê, e eu gostaria que você soubesse que minha vagina, nunca vai se parecer com a perfeição que era antes. Você terá que ser capaz de enfiar o seu pau no buraco negro sem fim que será a minha nova vagina. Espero que você saiba que tipo de sacrifício fiz, quando eu escolhi ter nosso bebê de parto normal.

Reese Roberts (a esposa do Idiota).

****

Futura mãe da desova do demónio,

Eu amo você e sua vagina larga.

Roberts (amante da mãe da desova demónio).


*****

Bastardo ingrato,

Eu fiz-lhe, um filho da puta de um jantar ontem à noite, depois de passar três horas com seus filhos, certificando-me, que eles tinham biscoitos o suficiente de Natal, para cada um levar para as suas festas da escola.

O mínimo que poderia ter feito era dizer obrigado.

Depois de passar horas na cozinha com seu filho, em meu seio metade do tempo, você nem sequer comeu?

Se você valoriza sua vida, eu sugiro que você leve o resto para o almoço.

Sua esposa privada de sono,

Reese.

****

Minha esposa perfeita,

Me desculpe, eu não comi (sua merda) de jantar na noite passada. Sanduíches não soavam bem (e por alguma razão, eu não acho que isso levou muito tempo para fazer). No entanto, tenho-os na minha mão, quando eu escrevo isto, para levar comigo para o trabalho. Por favor, perdoe os meus filhos por fazer você trabalhar tão duro.
Talvez da próxima vez, você deva ir até a loja e comprar os biscoitos em vez de assá-los (estão meio feios, e estão um pouco queimados na parte inferior).

Eu amo você, eu vou encontrá-la no Mario para o banquete da Polícia hoje à noite. Não se esqueça de pegar meu terno. Amor, seu marido (que vai comer seu sanduíche mesmo com o pão encharcado.)

****


Marido (o homem que foi dormir em vez de ter sexo comigo ontem à noite),

Me desculpe, eu bati em você esta manhã. Tenho certeza que você quebrou meu coração, quando você entrou e nem sequer me deu um abraço quando você se jogou na cama.

Eu sei que você não percebe isso, mas você não tem que usar meus peitos como um travesseiro. Eles são uma parte minha, e há momentos em que eu gosto de dormir no meu estômago. Por favor, tente o seu melhor para usar o seu próprio travesseiro a partir de agora, ok?

Sua esposa sonolenta (com quem você não teve sexo ontem à noite).

*****

Dei-lhe um sorriso trêmulo e coloquei minha cabeça no ombro de Luke.

“Você guardou”, eu fungava.

Ele passou o braço em volta dos meus ombros e me puxou para o seu peito.

Passei a mão sobre as páginas laminadas, como se fossem fios de vidro. Como se o mais ínfimo toque fosse quebrá-las em pedaços.

Essas notas, foram escritas a partir do coração, significava o mundo para mim. E significava muito mais ainda, saber que ele tinha guardado todas.

“Levou algum tempo para fazer. Eu tinha que encontrar a pessoa certa que eu confiasse, com as nossas notas lindas, antes que eu
pudesse entregá-las. Elas são preciosas para mim”, Luke rugiu.

Meus olhos se fecharam e eu aspirei o perfume de Luke.

Ele tinha estado no estaleiro, como fazia sempre aos domingos, se ele tinha o dia de folga, durante os últimos dez anos que estávamos juntos.

“Mãe, pai!” Katy gritou por trás da nossa porta fechada.

“Sim?” Luke respondeu, levantando-se para abrir a porta.

Katy entrou, os olhos cheios de lágrimas.

Katy tinha se tornado uma mulher muito bonita ao longo dos últimos dez anos.

Agora, aos dezoito anos e meio, ela estava na faculdade há quase quatro horas de distância.

Algo que Luke odiava.

No entanto, foi o que Katy queria, e isso foi o suficiente para convencê-lo a deixá-la fazer isso.

Olhei para o meu relógio, surpresa.

Doze horas.

“Katy... o que você está fazendo aqui?” Eu perguntei quando ela entrou no cômodo e caiu em meus braços.

Eu passei meus braços ao redor de seus ombros trementes, e olhei para Luke em desamparo.

Ele parecia rasgado.

Ele era um otário para lágrimas da maioria das mulheres; e para qualquer um das suas filhas, ele era um caso perdido.

“Qual o problema?” Perguntei, tirando o cabelo do seu rosto.

“Eu vim para casa mais cedo para visitar Luca, e ele estava com outra g-g-garota”, ela soluçou.

Oh céus.

A boca de Luke se apertou, e seus olhos ficaram duros antes que ele pisasse fora do quarto.

Luca era o filho de nossos amigos, Gabriel e Ember.

Nossos filhos se conheceram quando eram jovens e tinham crescido juntos.

Lentamente, ao longo do tempo, tinham se transformado de amigos para mais. Este mais, tinha se tornado um jovem amor.

Luca tinha escolhido ir para o exército, quando ele se formou mais cedo. Tinha sido uma decisão importante, por isso Katy tinha escolhido ir para uma faculdade tão longe. Ela tinha escolhido se formar, enquanto esperava por ele.

Katy era uma menina inteligente, mas toda menina fica um pouco estúpida em torno do amor de sua vida, eu mesma fiz quando estava na presença de Luke.

Uma batida suave na nossa porta, nos fez olhar para cima, a tempo de ver Rowen entrando.

Aos dezesseis anos, ela era uma força a ser reconhecida.

Ela era bonita, e tinha desenvolvido uma beleza jovem arrebatadora como sua irmã, para grande consternação de Luke.

“Mãe?” Rowen chamou, olhando para sua irmã com um olhar triste.

“Sim, querida?” Perguntei.

“O pai quer você”, Rowen sussurrou.

Eu balancei a cabeça e dei um beijo na testa de Katy. “Vai ficar tudo bem, Kit Kat. Você verá. Rowen, doçura”, eu disse, levantando-me. “Venha se sentar com Katy.”

Ela fez isso, sempre a minha boa menina, e as duas se abraçaram.

Saí do quarto, sem saber o que pensar.

Luca não era do tipo de trair.

Na verdade, ele era tão diferente disso, que eu fiquei chocada.

Quando saí para encontrar Luke na frente de Luca, suspirei.

Nosso filho, Derek, estava de pé com os braços cruzados, assistindo a briga.

Derek parecia o clone mais jovem de Luke.

Eles tinham os mesmos maneirismos, os mesmos olhares. A mesma cor do cabelo e dos olhos. Às vezes eu pensava que ele foi produzido somente pelo DNA de Luke. Embora eu soubesse que era impossível, era uma loucura para mim o quanto ele agia como seu pai.

Como agora, por exemplo.

Os músculos de Derek estavam cheios de tensão, e ele estava olhando para Luca como se ele estivesse pronto para lhe arrancar a cabeça.

“Sr. Roberts, eu juro por Deus, eu não estava fazendo nada com aquela mulher. Eu só a conheci hoje. Eu estava voltando para casa e ela estava caminhando pela estrada. Eu só lhe dei uma carona, porque ela parecia que estava prestes a cair”, explicou Luca.

Luca montava uma motocicleta como seu pai.
E isso significava que Luca, estava com aquela garota em sua garupa para lhe levar um passeio, que tenho certeza que foi quando Katy o tinha visto.

“Luke”, eu suspirei. “É hora de deixar Katy lutar suas próprias batalhas. Deixe-o entrar.”

Luke deu um longo olhar para Luca antes de ficar de lado.
Não o suficiente para Luca entrar sem escovar os ombros com Luke, porém.

Luca não vacilou quando ele passou primeiro por Luke e depois por Derek.

Ele sorriu quando se aproximou de mim. “Onde ela está?”

“Ela está no quarto, querido. Estou feliz que você está em casa. Você parece bem”, eu dei um tapinha em seu ombro.

Ele me deu o sorriso devastador de seu pai, e passou por mim depois de me dar um beijinho na bochecha.

Eu sorri quando me virei para encontrar Luke e Derek olhando para mim como se eu os tivesse traído.

“O quê?” Perguntei.

Eles não disseram nada, em vez disso entraram na cozinha e pegaram uma bebida.

Derek, é claro, não conseguiu ficar quieto, e teve que abrir sua boca grande.

“Você sabe, tem uma cama grande e larga naquele quarto...”

Eu peguei a mão de Luke antes que ele passasse por mim, e disparei a Derek um olhar duro. “O seu quarto, agora.”

Ele deu uma risada e passou por nós, “Sim senhora.”

Puxei Luke pelo braço até que estávamos na varanda da frente.
Então eu o empurrei para que se sentasse na rede. “Você está mal.”

Ele olhou para mim por uns cinco segundos antes de balançar a cabeça e suspirar. “Essa é a minha menina lá.”

Beijei-o na bochecha e me enrolei em seu colo. “Eu sei querido. Mas ela cresceu. Você vai ter que dar-lhe espaço para cometer seus próprios erros.”

Ele assentiu. “Eu sei. Mas eu não gosto quando eles se machucam.”

Eu balancei a cabeça contra seu peito.

Ele ainda, após todos estes anos, tinha um peito incrível.

Ele tinha quarenta e cinco agora, mas não era menos sexy do que no primeiro dia que eu o conheci.

Seu peito era definido agora, como tinha sido há dez anos.

“Nós os criamos direito, Luke. Confie neles”, eu sussurrei.

Ele passou os braços em volta do meu pescoço, me puxando para o seu peito.

“Eu tenho uma reunião em cerca de uma hora”, ele suspirou.

Luke tinha se tornado o chefe de polícia, dois anos atrás, quando o velho chefe havia se aposentado.

Ele era amado por todos. A polícia e a comunidade igualmente.
Ele tinha um monte de trabalho a fazer, no entanto, e eu raramente o via.

“Então... uma hora?” Perguntei com uma sobrancelha arqueada, levantando-me e caminhando para a garagem.

Eu andei rapidamente para a garagem e comecei a retirar a minha camisa enquanto caminhava.

Eu podia ouvir os passos rápidos de Luke quando ele finalmente decolou atrás de mim. Eu ri e comecei a soltar os botões da minha calça.

No momento em que Luke finalmente chegou na garagem, eu já estava nua e sentada sobre o capô de seu GTO, espalhando-me para o prazer da sua visualização.

O GTO tinha sido reformado nos últimos dez anos, agora ostentando um trabalho de pintura preta com listras vermelhas no centro.

A cavidade sobre o capô era o local perfeito para eu me agarrar, então eu a tinha encontrado.

A inalação afiada de Luke reverberou em toda o cômodo, assim como o seu desejo, e ele fechou e trancou a porta em movimentos bruscos.

Puxando as cortinas nas janelas, ele acendeu as luzes do teto e chegou até mim, retirando lentamente o seu comprimento duro para fora da frente da calça jeans surrada.

“Como é que você quer?” Ele perguntou, a necessidade evidente em sua voz.

Eu sorri. “Como quiser, com tanto que você me dê.”

E ele deu, ele fez.


Qual é o próximo?

Double Tap, a história de Nico.

Prólogo

Georgia

Treze anos de idade


“Hey”, a voz de uma menina chamou na minha frente, levando-me a olhar para cima.

A menina latino-americana sorriu para mim, andando para a frente.

Ela tinha estado nos testes hoje comigo. Eu pensei que o nome dela era Nikki, mas eu não estava cem por cento certa.

Meu cérebro ainda estava em um nevoeiro, por ter que correr três quilômetros em um limite de tempo que eu nunca tinha feito antes.

“Nikki, certo?” Eu perguntei para confirmação.

Eu quis fazer isso para soar um pouco mais frio, mas nada realmente soava legal quando você tinha que lutar para respirar. Eu tinha pelo menos feito isso, porém.

As pobres meninas que não fizeram, tiveram que correr um quilômetro a mais.

Eu teria desmoronado.

Ela assentiu com a cabeça, andando até mim com suas chuteiras de futebol em sua mão. ?Sim. Você é George, certo?

Eu bufei. “Na verdade, é Georgia. Embora, eu já tenha sido chamada de George antes, também.”

Ela caminhou ao meu lado passando pela porta do ginásio, rindo quando tivemos uma visão de um cofrinho de um homem ao entrarmos.

Havia, aparentemente, um problema com a máquina de gelo, de acordo com camisa do homem que dizia, ‘Nós sempre vamos mantê-lo fresco, mesmo quando está quente.' Abaixo dela tinha uma indicação de que ele trabalhava para o Frezze me.

Muita classe, eu pensei.

“Então, eu sei que isto pode parecer muito estranho, mas você quer ir assistir a um jogo de futebol comigo?” Nikki perguntou ao entrarmos no vestiário das meninas e paramos em nossas respectivas mochilas.

Nós não temos armários reais atribuídos; o local em si parecia que trinta e cinco meninas explodiram tudo acima dele.

“Quando? Perguntei hesitante.

Eu tinha que ir a pé para casa. Se eu tivesse de ir para casa depois de um jogo de futebol, seria muito tarde. Então meu pai provavelmente estaria muito, muito louco.

Ela olhou para o relógio. “Oh, cerca de quinze minutos mais ou menos. É no campo de futebol que acabamos de sair.”

Eu pensei sobre isso por um momento.

Meus pais não estavam me esperando até mais tarde e, até agora, eu nunca tive tempo livre para fazer qualquer coisa.

O gado gostava de ser alimentado no tempo.

Mas eu tinha tirado o dia para mim porque meu pai tinha contratado uma mão extra para ajudar, quando eu comecei o futebol. Eu implorei e implorei para começar em uma equipe do clube, e ele finalmente cedeu. Só porque minha mãe tinha lhe implorado até que ele cedeu.

Mãe o havia convencido de que isso iria ajudar com a minha matrícula da faculdade.

Eu, por outro lado, estava apenas fazendo isso por diversão. Se uma bolsa viesse disso, legal. Se não, não é grande coisa. Eu estava indo para rebentar minha bunda e sair dessa cidade, não importa o que acontecesse.

“Claro”, eu disse suavemente. “Eu acho que eu gostaria disso.”

Ela sorriu. “Então onde você mora? Eu posso ver se o meu irmão pode lhe dar uma carona para casa.”

Nós dois agarramos nossas bolsas e fomos andando para o estacionamento antes, que eu respondesse.

“Fora da 31 na County Road 3311”, eu respondi, hesitante.

Nós tínhamos acabado de nos mudar para lá e eu não estava cem por cento certa se era o endereço real ainda.

Eu peguei-a ofegando e me virei para vê-la olhando para mim como se eu tivesse crescido uma segunda cabeça. “Você vive no lugar da antiga piscina, não é?”

Eu balancei a cabeça. “Sim, nós nos mudamos no mês passado.”

“É onde eu vivo! Bem... Não lá exatamente, mas no seu caminho!” Ela sorriu.

Virei-me para ela. “Você está brincando comigo.”

Eu nunca tinha ido mais longe do que a nossa caixa de correio em todo o tempo que tinha estado lá. Eu literalmente nunca recebi qualquer tempo para mim. Tudo isso foi gasto fazendo tarefas de algum tipo. Embora eu tenha notado todos os tratores movendo-se na terra ao lado de nós, ontem mesmo, quando eu estava montando a linha da cerca.

Ela balançou a cabeça. “Não.”

“Isso é incrível”, eu murmurei enquanto eu caminhava por trás dos carros.

Meus olhos pousaram em uma camionete muito bonita. Era um velho Ford com um elevador nele.

Se eu pudesse ter um carro, esse seria o único que eu escolheria.

Nikki bufou.

“Sim, esta é a camionete do meu irmão”, disse ela quando ela viu meus olhos persistiram sobre a beleza. Ela agarrou minha mão e me levou para baixo do morro que levaria para o campo, e fiquei surpresa ao ver as arquibancadas dos dois lados cheias.

“Uau, eles estão participando de perto com as nossas eliminatórias, não estão?” Perguntei.

Nikki bufou. “Sim.”

“Quem está jogando?” Perguntei, quando nós caminhamos através das portas.

Nikki digitalizou as arquibancadas rapidamente procurando por um assento e falou. “Kilgore e Hallsville. Meu irmão joga para Kilgore.”

Os apitos começaram a soprar e ambas as equipes se espalharam para o lado de sua equipe de campo.

“Depressa”, disse ela, arrastando-me para a frente. Corri ou eu teria caído de cara no chão.

Eu estava na primeira fila da arquibancada e caminhando diretamente atrás Nikki quando o vi.

Alto, moreno e bonito.

Pernas longas e fortes. Mãos grandes e largas. Quadris estreitos. Queixo duro.

Seu cabelo estava preso firmemente ao seu couro cabeludo, e a camisa que ele usava cabia-lhe perfeitamente, ao contrário dos outros membros da equipe.

Eu vi quando com um movimento rápido, ele recuou com a bola por cima da cabeça, e jogou-o para o
árbitro que estava no meio do campo.

Meu queixo caiu com a enorme quantidade de força que ele foi capaz de colocar para o arremesso.

Ele tinha arremessado claro em todo o campo!

Eu só seria capaz de fazer um quarto disso. Em um bom dia. Com o vento soprando.

Ele impressionou-me ainda mais quando ele marcou apenas segundos depois de o árbitro soprar o apito sinalização para o jogo começar.

Sua celebração por marcar o gol me fez quebrar-me. Ele estava correndo em círculos com as mãos acima de sua cabeça, e eu queria rir em voz alta, mas consegui me controlar.

Ele estava andando de volta quando aconteceu.

Meu mundo mudou em seu eixo.

Nikki gritou: ?Sim, Nico!

Este Nico, o que eu tinha estado praticamente babando em cima desde que eu tinha estado aqui, olhou para a menina ao meu lado e sorriu.

Então seus olhos se voltaram para mim, e ele parou, piscando rapidamente, antes que um de seus companheiros de equipe pulasse
em suas costas e o fizesse se mover novamente.

Ele resmungou e começou a andar, mas seus olhos.

Oh, meu Deus, seus olhos.

Eles ficaram em mim todo o caminho.

E eu não podia fazer nada menos do que ficar conectado com ele.

“Quem é esse?” Perguntei, minha voz embargada um pouco quando eu disse isso.

Nikki bufou. “Esse seria o meu irmão.”

O irmão dela.

Merda.
Juro por Deus, que era a última coisa que eu precisava saber, era que aquele menino vivia a menos de quatro quilômetros de mim.

Jesus doce bebê.

No entanto, durante o intervalo, quando Nikki me arrastou para o campo, eu não podia deixar de perceber que eu tinha olhos em mim.

Virando-se para correr atrás de uma bola que tinha estado largada do lado do campo, eu parei quando a bola chegou a parar apenas do lado dos bancos do time da casa.

O que eu não esperava era o irmão de Nikki pegar a bola, assim que eu inclinei-me para pegá-la.

Eu não esperava ele para entregar a bola para mim e não deixar ir.

Eu não esperava me apaixonar completamente por ele.

Eu não acredito em amor à primeira vista.

Mas naquele momento, naquele momento que levou para que ele finalmente deixasse a bola ir, eu era um caso perdido.

***

Cinco anos depois

“Eu não quero ir, Nikki,” eu gemi.

“Venha por favor? Te amarei para sempre,” Nikki pediu.

Suspirei e levantei-me, deslizando meus pés nos chinelos que eu trouxe comigo de casa.

“Você me deve totalmente. Muito”, falo, enquanto saio de seu quarto e sigo no corredor.

Eu encontrei as escadas com facilidade, depois de ter estado aqui algumas vezes em meus cinco anos como a melhor amiga de Nikki.

Nós hospedamos na casa uma da outra às vezes. Hoje só passou a ser dia de Nikki, por isso, ficamos na dela. Seu irmão estava vindo de sua licença neste fim de semana, e Nikki queria passar algum
tempo com ele.

Não que ele tivesse feito algo mais do que dormir nas últimas vinte e quatro horas.

Quando eu cheguei na sexta à noite, ele estava dormindo no sofá.
Quando eu tinha acordado esta manhã, ele estava dormindo no chão ao lado do sofá.

E quando nós tínhamos jantado, ele se mudou para o quarto porque estávamos sendo muito barulhentas.

Agora era quase meia-noite, e eu esperava que ele ainda estivesse dormindo.

Não em pé na porta aberta da geladeira somente de cueca bebendo diretamente da caixa de leite.

“Isso é nojento”, eu disse enquanto entrava na cozinha.
Ele olhou para mim sobre a porta e piscou, bebendo profundamente antes de colocar a tampa de volta e empurrar a caixa de volta na porta do refrigerador.

“Eu estava com sede e não havia copos”, explicou ele sem convicção.

Eu olhei para ele. “Eu tenho certeza que existe um na máquina de lavar louça, se você desse uma olhada.”

Ele torceu o nariz e cruzou os braços sobre o peito musculoso.

Minha boca ficou seca, já que o gesto só serviu para trazer a atenção de seu rosto, onde eu tinha vindo a fazer um trabalho muito bom em ignorar sua quase nudez, com os músculos salientes de seus braços.

Ele me olhou, babando dignamente.

Nicolas, Nico para conhecidos, tinha vinte e três e eu dezoito anos.
Ele era o irmão mais velho de Nikki e até agora fora do meu alcance, e eu não poderia deixar de estar ligeiramente deprimida com isso.

Eu estive apaixonada por Nicolas Giuliani Pena por cinco anos, e era assim desde quando eu o vi pela primeira vez.

Ele não tinha ideia, é claro, porque eu era incrivelmente boa em esconder minhas emoções.

Eu tinha que ser com um pai como o meu. Caso contrário, eu estaria morta.

Bem, me encontraria pulverizada na verdade.

Meu pai gostava de me bater. Ele gostava de bater na minha mãe também.

Mas isso não era nem aqui nem lá.

O que estava aqui, era Nicolas e seu corpo sexy como o pecado.

“Sim, mas eu não consigo ver no escuro e eu deixei a luz apagada para que eu não te acordasse”, ele respondeu.

“Oh, Diabo, você é tão prestativo, às vezes”, eu provoquei enquanto enchia um copo de água. “Eu trouxe meu colchonete, então eu não estou no sofá hoje.”

Houve momentos em que eu não necessariamente ‘planejava’ ficar mais, e aqueles eram os dias que eu fiquei no sofá. Foi bom que ele não quis me acordar. O homem tinha consideração, eu lhe daria isso.

“Por que você me chamou de Diabo?” Ele riu, inclinando seus quadris estreitos contra o balcão.

O movimento acentuando seus músculos abdominais.

E por mais que tentasse, meus olhos escorregaram.

A luz da geladeira emitia um brilho suave que parecia fazer a pele marrom dourada de Nico brilhar. Ele fez os sulcos profundos do seu abdômen parecerem mais pronunciados. Ou pelo menos era o que eu estava achando.

“Quando você está jogando o futebol, é como se o diabo estivesse em seus calcanhares. Você deixa todo mundo para trás como corresse pela sua vida”, eu disse a ele honestamente.

Eu mencionei que Nico era uma estrela de futebol, também?

Ele poderia ter sido, mas ele decidiu ir para Marinha em vez disso, muito para a desaprovação de sua mãe.

Rosa Pena era um inferno de uma mulher, mas como qualquer mãe Latina, que amava seus filhos com uma proteção feroz que beirava a força do mar. Ela queria tudo para seus filhos, e isso não incluía juntar-se a marinha.

Eu andei até o balcão da cozinha e peguei um copo do armário.

E aconteceu de estar diretamente em frente de onde Nicolas estava de pé, então meu corpo roçou o seu quando eu me inclinei para cima e sobre ele.

Ele não se moveu, e eu não lhe perguntei como nossos corpos pareciam perto um do outro.

Arrepios começaram a perseguir a minha espinha quando senti sua pele superaquecida contra a minha.

Eu segurei um arrepio quando me afastei dele e comecei a encher o copo.

Uma vez preenchido, eu fechei a porta da geladeira, mergulhando a sala na escuridão. Então eu encostei-me no balcão ao lado dele, ombro a ombro.

“Você gosta da Marinha?” Eu perguntei no escuro.
Eu o senti respirar fundo ao meu lado.

“Está tudo bem, eu acho. Eu realmente não sei o que eu esperava... Não o que eu estou fazendo, isso é certo. Eu tenho conhecido alguns bons amigos, embora. Um deles, na verdade, vive razoavelmente perto de mim. Os outros vivem em Las Vegas. Dois irmãos, se você pode acreditar”, ele murmurou.

Ele não via como o som de sua voz enviava ondulações de arrepios por toda a minha pele.

Meu cotovelo bateu na câmera digital que eu tinha deixado no balcão mais cedo e eu sorri.

Eu estava querendo uma nova imagem dele por um tempo, mas ele nunca deixou-me tirar uma, algo sobre a segurança nacional e toda essa merda.

Minha câmera era o meu orgulho e alegria.

Eu tinha guardado dinheiro por quase dois anos para comprar essa menina má e eu tinha conseguido na semana passada.

Eu não poderia pensar em um sujeito melhor.

Virei o interruptor da câmera para a posição 'on' e me afastei do balcão.

Apontando-a para onde eu achava que seu rosto estaria, eu apertei o botão e um flash brilhante iluminou a cozinha.

Sorri quando vi a foto.

Foi uma boa dele, mais definitivamente muito escura.

“Você sabe”, Nico suspirou. “Você não pode postar a foto em qualquer lugar. Você pode tê-la, só não coloque-a em qualquer meio de comunicação social. Ou nada. Nunca. OK?”

A curiosidade levou o melhor de mim, e eu não pude deixar de perguntar em seguida. “Você não é como um assassino ou nada, não é?”

Ele riu. “Não. Eu não sou um homem de sucesso. Eu sou um SEAL, embora. E nós não podemos ter nossas fotos flutuando por toda a internet. Nossas vidas podem depender disso.”

UM SEAL?

Isso era novo para mim.

“Quando isso aconteceu?” Perguntei.

Colocando a câmera para baixo, eu inclinei-me contra o balcão novamente. Desta vez tocando-lhe do ombro até a coxa.

“Um ano ou mais atrás”, disse ele.

Eu praticamente podia senti-lo revirar os olhos.

“Então, quando você tem que voltar? Você praticamente perdeu seus dois primeiros dias no sofá”, eu brinquei.

Ele suspirou. “Eu... Tenho uma semana. Eu volto na sexta-feira.”

Eu me virei para olhar para ele. “Você está vindo para a nossa formatura?”

Ele enrolou um braço em volta dos meus ombros. “Sim.”

Eu tremi ao toque. Um toque que eu queria há muito tempo. Embora este não fosse completamente o toque que eu ansiava, que ele fizesse.
Coloquei minha cabeça em seu ombro, mantendo-me assim durante alguns momentos antes que ele se afastasse.

Só que não era para me deixar ir, mas para transformar-se então seu corpo estava na frente do meu, inclinando-se para mim, empurrando meus quadris para o balcão.

“Você é legal agora”, ele sussurrou.

Eu senti sua respiração em meus lábios.

Se eu me inclinasse mais perto... Eu seria capaz de tocar meus lábios nos dele.

Debrucei-me.

Nossas bocas tocaram brevemente, mas com a mesma rapidez, ele se foi.

E Nikki estava na cozinha, as luzes acesas brilhando.

“Água, mulher! Quão difícil é para pegar um pouco de água? Oh”, exclamou Nikki. “Nico, você está finalmente acordado!”

Nós dois piscámos para o timing impecável de Nikki de acender as luzes.

Então nós dois tivemos nossos primeiros bons olhares um para o outro.

Eu estava no meu usual de uma camiseta longa do meu irmão que chegava aos meus joelhos e um short bem curto, que poderia passar por calcinha, se eu estava sendo sincera.

Ele estava em um par de cuecas boxer. O tipo que deixou muito pouco para a imaginação.

Seu cabelo estava mais curto do que eu estava acostumada, rente a sua cabeça.

Ele tinha um par de Tag que estava pendurado entre os dois músculos de seus peitorais definidos, e sua suave pele cor café parecia linda. Apesar de ter uma nova cicatriz que corria o comprimento do seu braço.

“Bem, o meu relógio está um pouco para atrasado do que estou acostumado. Fiquei acordado toda a noite passada, mas eu
não tinha a energia para acordar com vocês esta manhã”, disse ele, explicando afastado o cansaço.

Nikki andou em seus braços e abraçou-o com força. “Se você pode controlá-lo, mama está fazendo seu chouriço e ovos de manhã. As crianças sentem sua falta.”

As ‘crianças’ eram as irmãs de Nikki e Nico. Havia seis deles no total, incluindo Nikki e Nico, na faixa etária 9-18.

Nikki era a segunda mais velha e uma das cinco meninas, semelhante ao que eu tinha com a minha própria família de irmãos.

É por isso que nós nos damos tão bem, porque ambas tínhamos irmãos protetores que não aceitavam que sua irmã mais nova tinha idade suficiente para um encontro.

“Eu vou tentar, irmã. Eu realmente vou”, prometeu.

Eu estava olhando para as minhas mãos, tentando segurá-las para não tremer pelo momento que quase tínhamos compartilhado.

“Se a Geórgia comer um pedaço de chouriço, eu vou prometer ficar”, declarou ele.

Eu fiz um som improvisado. Eu odiava chouriço. A forma espanhola de salsicha, que me fez querer vomitar todas as vezes que eu sentia o cheiro.

Nico, no entanto, adorava. Ele amava tanto que ele queria que eu adorasse, também. Exceto que cheirava como bunda e eu não queria ter nada a ver com isso.

Nikki riu quando ela pegou seu copo de água e saiu do cômodo, deixando nós dois olhando um para o outro.

Eu tinha planejado sair antes do café.

Eu tinha que ir ajudar os meus irmãos com o trabalho agrícola, porque eles não poderiam fazer tudo sozinhos.

“Eu não posso ficar. Eu tenho que sair daqui por volta das cinco. Nós estamos movendo o gado para uma pastagem diferente de manhã”, expliquei.

Eu já estava cansada. Seria um longo dia amanhã, mas eu passaria por isso. Eu só tinha mais quatro dias, então eu sairia para a Faculdade.

Eu poderia fazer mais quatro dias.

Nico sorriu para mim, um sorriso que aqueceu meus ossos. “Talvez um jantar de graduação antes de eu sair no sábado. Para celebrar.”

“Sexta-feira à tarde é o único dia que eu posso”, eu disse. “Os outros três dias eu vou estar marcando as vacas”, eu expliquei.

Ele assentiu. “Sexta-feira.”

Exceto, que na manhã seguinte, aconteceu algo que mudaria o curso da minha vida. Acabando com tudo o que eu pensei que minha vida poderia ser, até mesmo meus sonhos.

Nico sendo um deles.

O jantar nunca aconteceu..

 

 

                                                    Lani Lynn Vale         

 

 

 

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