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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


CHARLIE FOXTROT - P. 2
CHARLIE FOXTROT - P. 2

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblio VT 

 

 

 CHARLIE FOXTROT / Parte II

 

Series & Trilogias Literarias

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO 16


Um relacionamento é feito para duas pessoas. Só que algumas vadias não sabem contar.

- Fato da vida.


FOSTER


"Você quer ir comer alguma coisa?" Ela perguntou-me quarenta e cinco minutos depois, enquanto vestia uma camisa.

Eu olhava para o relógio, sentindo-me extremamente cansado.

Não do sexo, mas apenas cansado de um modo em geral.

Mas eu me sentia melhor do que estive em meses.

Gemendo, me forcei a levantar e sentei-me na beira da cama.

A primeira coisa que fiz foi esfregar um pouco de loção na pele ao redor da minha cicatriz.

Tinha que me se certificar de fazer isso, ou a pele se degradaria. Ou assim me informaram.

Agora tinha uma bolha, mas eu sabia que isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde.

"Aqui," Blake disse, entregando-me a manga que segurava o pino na minha perna.

"Obrigado," agradeci, deslizando-a cuidadosamente para evitar bolhas de ar. "Onde você quer ir comer?"

Enquanto continuei me vestindo, observei cuidadosamente.

Ela usava meia-calça em cores vermelha e branca, uma saia de brim azul e uma camisa azul brilhante que dizia: Um peixe, Dois peixes, Peixe Vermelho, Peixe Azul15 nela.

Então começou a trançar seu cabelo.

"O que você está vestindo?" Perguntei.

Havia diversão na minha voz, que não consegui esconder, e ela jogou um sorriso por cima do ombro para mim.

"É oficialmente o dia Dr. Seuss16," ela me respondeu.

"Você está autorizada a usar isso para trabalhar?" Insisti.

Ela assentiu com a cabeça. "Não foi ideia minha vestir assim. Mas vou fazê-lo. Não tenho nenhum problema em parecer idiota. Só se você tiver um problema em sair para comer comigo assim."

Dei de ombros e vesti as calças que tinha usado na noite anterior.

Em seguida, calcei meu sapato.

"Você acha que perguntar se poderia comprar apenas um calçado, eles concordariam?" Ela questionou, fazendo-me olhar para cima.

"Duvido muito, para ser honesto."

"Bem, então procure saber se você pode comprá-los pela metade do preço... desde que, você sabe, não vai usar o outro sapato," ela ofereceu.

Eu pisquei. "Acho que posso lidar com o pagamento pelo par de calçados."

Ela encolheu os ombros. "Aposto que dão um desconto militar."

Dei a ela um olhar aguçado. "Eu posso lidar com isso. E como nós começamos a falar de sapatos, de qualquer maneira? Quando devemos sair para que eu a leve ao trabalho?"

Ela virou-se, surpresa evidente em seu rosto. "Por que eu preciso de você para me levar para o trabalho?"

Eu balancei minha cabeça. "Alguém invadiu a sua casa, e houve um tiroteio direcionado diretamente sobre ela. Sinto muito, mas você vai ter que lidar comigo levando-a para trabalhar a menos que você queira que eu comece a usar de força."

Ela levantou as mãos em falso horror.

"Ooooo!" Ela cantou sarcasticamente.

Levantei-me em um saldo da cama, pegando-a em torno dos quadris antes mesmo dela sair pela porta do quarto.

"Eeek!" Ela gritou quando a peguei e a joguei por cima do meu ombro.

Ela riu sem fôlego.

"Coloque-me no chão, seu grande imbecil!"

"Sim, senhora!"

Então atirei-a através do quarto, saboreando o grito que saiu de sua boca antes que ela atingisse a cama.

"Você está tão morto," ela declarou alguns minutos mais tarde depois que saí do banheiro.

"Você ainda não está pronta," falei, caminhando até o armário e retirei meu colete Kevlar.

Virei-me e vi que ela me olhava enquanto eu colocava o meu colete, seus olhos estudando meus movimentos enquanto eu o encaixava, procurando assentá-lo confortavelmente.

"O do meu pai é preto," ela disse.

Concordei com a cabeça. "Meu departamento me forneceu um também. Mas eu gosto muito desse."

"Por quê? Parece meio puído, para ser honesta," disse ela, apoiando o corpo sobre os cotovelos, deixando seus pés pendurados para fora da cama.

Apontei para a assinatura no canto inferior direito do meu colete.

"Eu tenho esse a cerca de três anos. Foi meu último ano como um SEAL17", expliquei. "Essa é a assinatura do meu irmão. Fiz o mesmo para ele. Parece estúpido," dei de ombros. "Mas sou um homem supersticioso. Eu uso o que sei que vai funcionar."

"Você não confia nos que recebemos do departamento de polícia?" Ela perguntou, levantando-se em minha direção.

Ela realmente parecia ridícula, mas muito quente, também.

"Sim, confio. Simplesmente não é meu." Hesitei antes de me sentar na cama novamente. "Tem certeza que você tem permissão para trabalhar assim?"

Ela sorriu. "Acho que nós vamos ver."


***


Blake


Pulei da camionete, caindo de pé com um ligeiro desequilíbrio.

Meus pés faziam barulho no cascalho quando me virei para fechar a porta.

Foster estava ainda contornando o carro quando dei de frente com a primeira pessoa que viu o que eu estava vestindo.

"Eu não deveria estar usando isso," murmurei para mim mesma.

"O que você disse?" Foster perguntou quando me encontrou do outro lado da camionete.

Eu não disse nada quando me virei para encarar o homem caminhando em nossa direção.

Se é que ele poderia ser chamado de homem.

"Ei," disse David. "Estou contente em saber que você está bem."

Dei de ombros e me virei para entrar no prédio, mais do que pronta para ficar longe do homem estúpido na minha frente.

O que estava em minhas costas, no entanto, era uma história diferente.

Eu poderia ficar em seus braços o dia inteiro.

Ele também fez muito bem em me impedir de querer socar o nariz de David. Principalmente me distraindo, e ele o fez até chegarmos ao topo da escada.

Eu não percebi que ele me seguia tão de perto, porque no momento em que minha mão tocou a maçaneta da porta, ela subitamente desapareceu.

Então, como em um filme da Disney na vida real, ele me pegou em seus braços e beijou-me estupidamente.

Eu como uma puta, gemi, inclinando-me para ele e enfiando meus braços ao redor do seu pescoço.

Meus dedos enterraram no pouco no cabelo que ele tinha, e a sensação de sua arma cutucando o meu quadril não fez nada para diminuir a minha libido, que estava furiosamente em grande velocidade depois da noite passada.

"Tenha um bom turno," disse ele sem fôlego. "Vejo você quando sair. Não saia para o almoço."

Com isso, ele me soltou, caminhou até a porta, e me conduziu para dentro.

Atordoada, eu entrei, não surpresa de encontrar toda a estação em ooohh e aaahh com a exibição.

"Esse é o nosso garoto, Crush!" Alguém gritou do fundo da estação.

Foster não olhou para ninguém, como era o seu jeito.

Eu, por outro lado, disse oi para, pelo menos, quinze pessoas antes de finalmente conseguir chegar nos escritórios da operação.

"Isso foi um show!" Pauline cantarolou no momento em que entrei.

Eu balancei minha cabeça.

"Como você viu?" Perguntei.

"Comecem a trabalhar, senhoras," disse a voz de um homem irritado da porta.

Resisti à vontade de arregalar meus olhos como Pauline e caí na minha cadeira colocando meu fone de ouvido.

"Tudo bem, senhoras! Vamos fazer deste um bom dia!" Nosso chefe, Bradley, disse.

Eu não me sentia confortável ainda quando se tratava de Bradley.

Ele era um homem esperto, e um policial.

Ou tinha sido antes que ele tivesse se machucado.

Agora ele fazia um trabalho sentado atrás de uma mesa porque sua perna não lhe permitiria fazer as atividades diárias de uma vida normal que a maioria das mulheres e homens faziam sem perceber.

Ele era agressivo, e pensava que era melhor do que os outros.

Ele era a mesma coisa que nós. Operadores.

Meu telefone tocou e esqueci tudo sobre Bradley.

Eu não pensaria nele até muito mais tarde.

No final do meu turno, para ser exata.


***

"Unidade 4 respondendo a uma 10-46," a voz de Foster veio através do rádio.

Eu tremi. Jesus, o homem era sexy. Até sua voz soava sexy.

Eu estava na sétima hora e meia do meu turno de oito horas, e estava tão pronta para estar na casa de Foster que não era nem mesmo engraçado. A falta de sono na noite passada estava realmente me atingindo. Eu mataria por um cochilo agora.

E também estava ansiosa para fazer outras coisas também.

Mais trinta minutos. Mais trinta minutos.

Continuei cantando as palavras para mim mesma, rezando para que conseguisse ficar acordada.

Estive exausta a noite toda, e esta foi a primeira vez que realmente prestei atenção a voz de Foster através do rádio o tempo inteiro.

"10-4, unidade 4," eu disse, mantendo a linha aberta, enquanto esperei que ele ajudasse o motorista do carro parado.

10-46, eu aprendi, era quando um motorista estava preso em um carro quebrado. Ou quando o carro tinha sido abandonado.

Passaram-se alguns minutos, enquanto isso verifiquei minhas unhas, me perguntando se deveria fazer uma manicure antes do fim de semana.

Eu concordei em participar com Foster de uma festa que seu irmão estava fazendo para o terceiro aniversário de sua filha.

Eu tinha que eles não se importariam como as minhas unhas se pareciam, mas...

Um som confuso e abafado ecoou abruptamente através do meu fone de ouvido, e eu levantei os meus olhos, olhando fixamente para o meu monitor.

Eu não tinha certeza do que estava ouvindo.

Parecia quase como um...

Bang. Bang. Bang.

Os tiros não soaram como pensei que soariam, mas eram claramente tiros, no entanto.

"Unidade 4, 10-101?" Eu quase gritei.

Eu podia ver Pauline pela na minha visão periférica, mas ela ficou lá, esperando por minha ação.

Ecoou o barulho de mais luta e ouvi a respiração difícil de alguém antes da voz tensa de Foster dizer, "Preciso de ajuda."

"Pauline, ele precisa de apoio," falei com urgência, antes que meus dedos começassem a correr sobre o teclado, colocando informações, despachando unidades, e alertando aqueles que precisavam saber.

Meu coração, no entanto, estava batendo loucamente.

Meu estômago estava agitado, senti a umidade atingindo meu rosto, e percebi que eu estava chorando.

Não deixei isso me impedir de fazer o meu trabalho, no entanto.

A luta continuou a soar, e depois mais um tiro ecoou.

Então, nada.

Absolutamente nada.

Eu estava tão assustada que Foster estivesse morto, que, quando sua voz voltou no rádio, eu visivelmente murchei em meu lugar.

"Unidade 4, 10-106," Foster rosnou sem fôlego. "Vou precisar de uma ambulância para o homem que apenas tentou atirar no meu rosto."

Solicitei a envio da ambulância, alertando outros oficiais, e então prontamente vomitei.

Corri para a lata de lixo do outro lado da sala, mal fazendo isso a tempo, antes e perder o meu almoço.

Jesus Cristo, o homem tinha me assustado completamente.

Voltei ao meu lugar, olhos vidrados, e desmoronei nele.

Minha cabeça bateu na mesa, e comecei a chorar silenciosamente.

"Faça uma pausa, Rhodes," Bradley ordenou. "E bom trabalho."

Eu o ignorei, voltando para o jogo de Paciência que eu estava jogando antes da chamada chegar, mas não consegui me concentrar.

Eu perdi.

Seriamente.

Minha mente era uma mistura de emoções enquanto esperava que o relógio desse oito.

Assim que ouvi que Foster estava de volta na estação, dei a Pauline um aceno e saltei da minha cadeira, esquecendo completamente que ainda estava conectada ao fone de ouvido.

Ele arrancou de minha cabeça quando atingiu o limite do seu comprimento, e bateu contra a mesa ao se soltar.

Eu não parei, embora.

Em vez disso, continuei correndo, passando pelas celas, seguindo direto para a entrada da frente.

Eu o vi lá, conversando com seu irmão, e não parei para pensar.

Apenas me lancei em seus braços, segurando-me firmemente.

Ele deu um passo para trás, o SUV em suas costas impedindo-o de ir mais longe, e eu o abracei com força.

Depois que eu o beijei, comecei a repreendê-lo.

"Você me assustou completamente!" Gritei bem alto em seu rosto.

Ele sorriu fracamente. "Sim, eu vejo isso. Parece ser uma tendência hoje à noite," ele disse enquanto olhava por cima do meu ombro para o irmão.

Suas mãos estavam descansando na minha bunda, me segurando, então me virei e olhei para Miller.

Ele estava olhando para seu irmão com alívio, amor e um pouco de aborrecimento.

Ele beijou minha testa, em seguida, deixou-me deslizar para baixo me colocando de pé, antes de falar, "Você se importa de ficar aqui com Miller enquanto vou falar com o chefe?"

Olhei para ele com desconfiança, mas mesmo assim concordei, "Claro."

"Vou terminar rapidamente. Só preciso lhe passar um relatório sobre o que aconteceu, e depois iremos, ok?" Ele confirmou.

Concordei com a cabeça novamente, e ele desapareceu para dentro do prédio.

"Então..." Eu disse, olhando para seu irmão quando a porta se fechou atrás de Foster. "O que você acha que realmente aconteceu?"

Ele piscou para mim. "Essa é a pergunta de vinte e três mil dólares."


***

Foster

"Ele estava esperando por mim," falei para o chefe. "Eu sei disso como sei que meu sobrenome é Spurlock."

O chefe suspirou e recostou-se em sua cadeira, esfregando os olhos com as mãos. "Diga-me por que você acha isso. Do que recolhi dos policiais que o interrogaram, você o assustou... ou assim ele diz."

Eu balancei minha cabeça.

"Passei por essa mesma rua mais de dez vezes esta noite. Você me disse para prestar atenção na festa que suspeitávamos que aconteceria ali, e assim continuei fazendo rotas diferentes, praticamente contornando em um oito," expliquei. "Vi aquele homem na primeira rua e não pensei muito sobre isso. Em seguida, ele estava na próxima rua que passei. Após a quinta vez que o vi, finalmente parei."

Ele balançou a cabeça, fazendo sinal com a mão para eu continuar.

"Eu realmente não o vi até que fui até o carro. Ele estava deitado no banco de trás, completamente vestido. Quando pedi para ele sair, ele fez, tranquilamente. Então, quando me encaminhei à viatura com sua licença e registro, ele se mexeu. Se eu não tivesse me virado para fazer-lhe uma pergunta sobre a sua licença, ele teria me baleado na parte de trás da cabeça."

"Jesus, que confusão dos diabos," Chefe Rhodes disse cansado.

Eu balancei a cabeça. "Um Charlie Foxtrot18, de fato."

"Bem, você vai ficar feliz em saber que a unidade de impressão digital móvel tem uma digital correspondente a dele. De várias ocorrência, na verdade. Uma das quais sendo a que encontramos no arrombamento da casa de Blake algumas semanas atrás," disse o chefe.

Meus dentes cerraram, e de repente não me senti tão mal por ter atirado na barriga dele três vezes com a sua própria arma.

"Ele disse alguma coisa?" Perguntei com força.

O chefe balançou a cabeça uma vez. "Nada. Eu tenho Greer sobre ele, no entanto. Se ele descobrir algo me avisará."

Esfreguei meu peito, sentindo uma contusão já se formando no local onde a bala havia acertado no meu colete Kevlar.

"O que é isso no seu ... pé?" O chefe perguntou quando se levantou.

Olhei para o meu pé e fiz uma careta.

"Acho que é pele," respondi. "Ele caiu sobre ela."

A expressão do Chefe azedou. "Isso é apenas... nojento."

Ele me entregou um lenço desinfetante que tirou do pote que mantinha no canto de sua mesa.

“Limpe isso. Posso te dizer por experiência própria que Blake vomita com a visão de sangue," disse ele.

Abaixei-me e esfreguei o sangue e pedaços de... coisas, da minha prótese. Em seguida, joguei a toalha no lixo ao lado da mesa do chefe.

Enxugando minhas mãos com um pouco de desinfetante, levantei-me e olhei para ele.

"Isso tudo tem a ver com ela, não é?" Perguntei afirmando.

Ele deu de ombros. "Melhor palpite, sim. Só não sei o que ela fez para justificar tudo isso. Mas não significa que não vou descobrir, no entanto."

Concordei com a cabeça.

"Bem, ela não vai sair da minha vista, isso é certo."

Quando comecei a sair do escritório do chefe ouvi ele dizendo, "Nunca duvidei que faria. Apenas certifique-se de deixar clara suas intenções para Shank antes de se envolver muito com ela."

Isso era algo que eu realmente, realmente não queria fazer.

Não que eu não planejasse ter Blake como minha, porque eu planejava. Mas porque não queria falar com aquele homem até que tivesse toda esta situação resolvida.

Eu iria falar com ele de qualquer maneira? Sim.

Será que eu gostaria disso? Foda-se, não.

CAPÍTULO 17


Quem acendeu o fusível em seu tampão?

-Camiseta


FOSTER


Abri a porta do meu apartamento, sem me surpreender de modo algum por ver o pai de Blake na minha frente.

Blake tinha adormecido no sofá durante o filme que insisti para assistirmos, e estava dormindo por mais de uma hora.

Não querendo acordá-la, porque eu sabia exatamente onde esta conversa iria, agarrei a minha arma da mesa de centro, empurrei-a na parte de trás da minha calça, e encontrei-o no corredor.

Ele observou os meus movimentos com os olhos de um oficial treinado.

Alguém que também tinha feito isso tantas vezes que poderia antecipar os movimentos de outro oficial antes mesmo de ser feito.

Seus olhos, porém, pararam sobre o corpo de sua filha deitada no sofá e depois ele me encarou, de repente furioso.

Fechei a porta rapidamente antes que ele pudesse começar a exigir respostas, e inclinei-me contra a parede esperando ele começar.

"Por que ela estava chorando?" Lou exigiu.

Suspirei.

Então, comecei a lhe contar sobre a minha noite, e depois aquilo que o chefe havia me dito quando conversamos.

"Foda-se," disse ele, virando-se e andando de um lado para o outro no corredor. "Não encontrei merda nenhuma. Puxei cada maldito informante que tenho, mas não consegui nada para mostrar. Vou ter que cavar mais fundo."

Eu não duvido que o homem tinha informantes. E também esperava que ele tivesse um monte do submundo do crime nos bolsos traseiros19.

Você não se mantém como um policial durante o tempo que ele ficou sem conhecer alguns criminosos que você poderia chamar se precisasse deles.

"Tenho alguns especialistas em computador que estão trabalhando no caso com um amigo meu. E também o presidente do clube do meu irmão empenhado nisso até o fim," eu disse.

"Silas Mackenzie?" Ele perguntou surpreso.

Acenei com a cabeça, não me surpreendendo que ele conhecia os homens associados com o meu irmão. Eu tinha certeza de que ele tinha um arquivo de trinta centímetros de espessura de mim e minha família.

"Como... não importa. Tenho certeza que não quero saber,” eu disse, balançando a cabeça. "Ele era... é da CIA, acho. Eu realmente não fui capaz de descobrir exatamente o que ele é. E não sei se ele já saiu. O que sei é que ele está puxando tudo o que sabe sobre Bryson Bullard, o homem que tentou atirar em mim esta noite."

Shank então resolveu jogar.

Pegou seu telefone e discou um número, não olhando para mim quando começou a falar baixo no aparelho.

Não consegui entender muito da conversa, mas do que ouvi, eu sabia definitivamente que quem estava do lado oposto da linha não estava agindo exatamente como um oficial da lei.

"Não me importo com o que você tem que fazer seu estúpido filho da puta. Ou você o faz falar, ou eu vou, e você realmente não vai gostar," ele sussurrou antes de desligar.

Minhas sobrancelhas levantaram quando ele se virou e olhou fixamente para mim.

"O que você acabou de fazer?" Perguntei curioso.

Ele sorriu.

"Um pai tem um dever para com sua filha. Se ela está machucada, eu estou machucado. E não vou falhar nisso. Será sobre o meu cadáver que ela terá que suportar outro dia como o de dois dias atrás. Ela estaria morta agora, se não fosse por seus amigos," ele rosnou. "Agora, você faz o seu trabalho protegendo a minha garota, e eu vou fazer o meu."

Com esse comentário enigmático, ele se virou e começou a descer o corredor.

Seus ombros largos e fortes contraíram com a tensão enquanto ele ia.

"Lou?" Eu chamei e ele parou.

Congelando, ele se virou lentamente.

"Não," disse ele. "Você não a conhece por tempo suficiente ainda."

Eu sorri. "Você percebe que isso não vai me impedir, certo? Que planejo fazer isso tendo sua permissão ou não. Eu só queria que você soubesse minhas intenções. Eu tinha planejado esperar até que tudo isso tivesse acabado, mas mudei de ideia."

***

Levantei Blake em meus braços, levando-a sem esforço para o quarto.

Ela não se mexeu quando eu a deitei na cama, e joguei as cobertas sobre ela.

Ela fez o mais bonito pequeno gemido enquanto se aconchegava mais profundamente na cama, e levou todo o meu esforço para não a virar e começar a fodê-la antes mesmo que ela acordasse.

Em vez disso, saí do quarto comecei minha rotina noturna de aparar a barba, lavar as mãos e rosto, passar algum desodorante e remover a prótese antes de ir para a cama.

Entrei sob as cobertas e deslizei para o meio, muito consciente do meu membro perdido quando puxei Blake nos meus braços.

Ela enrolou as pernas em volta da minha perna, e se aconchegou profundamente em meu peito antes de dar outro suspiro bonito, caindo de volta no sono.

Eu estava quase dormindo quando o pager20 na minha cabeceira disparou, alertando-me para uma chamada da SWAT.

"Filho da puta," eu suspirei.


CAPÍTULO 18


Quando o perfume em seu travesseiro tem que ser suficiente.

- Esposa do turno da noite


FOSTER


"Você é a bomba," eu disse a Alice enquanto a deixava entrar na sala de estar.

Alice era uma amiga policial que vivia no andar de baixo.

Tive sorte para caralho que ela estava em casa, caso contrário eu teria ficado rasgado por deixar Blake sozinha.

Especialmente com a tempestade de merda que estava rodando em cima dela recentemente.

"De nada, Foster. Eu só queria que você tivesse me chamado para outra coisa que não fosse cuidar da sua mulher,” disse a voz sensual atrás de mim.

Eu estremeci.

Sim, nós já dormimos juntos antes.

Tinha sido conveniente, mas nenhum de nós procurava nada além de um bom momento.

Algo que nós tivemos, e deixamos logo depois.

"Faça o que fizer, não a irrite. Seu tio é o chefe. Confie em mim, você não quer nenhum tipo de problema com ela," ordenei, jogando-lhe um olhar por cima do ombro.

Ela me lançou um olhar que mostrava claramente o quanto estava assustada.

"E faça o que fizer, não diga a ela que dormimos juntos. Quero que ela fique onde está, o que vai contra totalmente com o propósito de ter você aqui se você irritá-la e a fizer sair," expliquei, pegando minhas chaves da mesa.

"Que seja," disse Alice.

Eu estremeci.

Alice, embora fosse uma policial, era também uma mulher.

Ela tinha hormônios e alterações de humor assim como o resto da população feminina.

Ela também estava irritada que eu não a tinha chamado há um tempo.

Ela era uma profissional, no entanto, e gostava do seu trabalho.

Também a via como uma amiga com quem poderia contar, e foi por isso que eu estava confiando a ela uma das coisas mais importantes da minha vida.

Algo que me assustou. Especialmente porque fazia um curto período de tempo que nos conhecemos.

"Obrigado, Alice," eu disse. "Fique à vontade."

Parei, porém, me voltando. "Exceto meu quarto. Não vá lá a menos que você precise.”

Ela me deu as costas, e eu saí com um sorriso no rosto.

Quando cheguei à estação, no entanto, eu não estava sorrindo.

"O que quer dizer com medo de altura?" Disse Luke, gritando. "Você era um maldito SEAL!"

"Ei, cara, segura a sua merda," eu disse quando entramos no Rita.

Rita era na verdade um caminhão blindado. Algo que foi feito para suportar uma tonelada de violência e continuar rodando.

Eu não tinha certeza de quem começou a chamar o caminhão de Rita, mas pegou, e não parecia que mudaria.

"Eu disse que ficava nervoso com alturas. Nunca falei nada sobre estar com medo dela. Eu ainda vou fazer o meu trabalho," rosnei. "E qual é o seu problema esta noite?"

Luke fez uma careta. "Reese começou a pegar turnos no andar da cardiologia do hospital. Esse andar é longe do telhado onde iremos. Eu não gosto dela lá, mas ela está presa."

Isso explicou tudo.

Imensamente.

Eu também estaria preocupado, se estivesse no lugar dele.

Infelizmente, porém, o homem que estávamos indo retirar do hospital estava no telhado.

O que significava que o homem não seria capaz de sair do telhado sem um crachá o autorizando a voltar para dentro.

A viagem foi gasta falando sobre o esquema do hospital, o que íamos fazer, e se utilizaríamos força letal se necessário.

Quando entrei no hospital atrás de Luke, parei abruptamente quando um par familiar de ombros e olhos de aço encontraram os meus, antes que desaparecesse em um corredor.

"Que porra é essa?" Perguntei assustado.

Por que Lou está aqui?

E se ele estava aqui, por que estava saindo quando havia claramente uma situação de refém acontecendo lá em cima?

Ele não poderia mentir para mim e me dizer que não sabia.

Aquele homem sabia de tudo antes que outras pessoas tivessem tempo para denunciar.

No entanto, não tive tempo analisando o fato porque ouvimos o homem que tinha tentado me matar começar a gritar.

Nós não poderíamos dizer o que ele estava falando, embora. Tudo soou como um monte de jargão a partir desse ponto no térreo.

Ele estava realmente gritando, também.

Segui Luke, não poupando a Lou outro pensamento enquanto passávamos pela segurança, indo direto para as escadas.

O elevador havia sido temporariamente desligado, as únicas pessoas que poderiam utilizá-lo éramos nós, o grupo médico se precisasse dele em caso de emergência, e os bombeiros.

Ninguém iria entrar ou sair sem o nosso conhecimento.

"Tudo bem, rapazes," Luke disse enquanto subíamos o último lance de escadas. "Fiquem seguros e atentos."

Algo que Luke diz cada vez que entramos em uma situação como a que estávamos prestes a adentrar.

Nico bateu na porta com a bota, e imediatamente passou por ela, caindo de joelhos para permitir a Michael, que estava atrás dele, um tiro certeiro.

No entanto, foi em vão.

Bryson Bullard nem sequer virou para olhar em nossa direção quando saímos.

"Você não pode fazer isso, meu velho! Estou protegido!" Bullard gritou.

Em vez disso, seus olhos estavam focados no edifício do outro lado da rua, em uma determinada janela, em particular.

"James, o que ele está olhando?" Perguntei.

James era o atirador da equipe SWAT, e um homem muito bom no seu trabalho.

No entanto, Bullard não estava olhando para James, pois James estava em um canto do edifício diagonal ao que Bullard atualmente estava gritando.

"Vocês não vão me levar vivo!" Bryson Bullard gritou, voltando-se para nós. "Esse cara fodido louco pode..."

De repente, ele se concentrou em algum lugar atrás de nós, e começou a gritar. "Estou tão morto. Desculpe!"

"Você acha que ele está usando?" Nico me perguntou.

Dei de ombros, apontando a arma para o homem.

Ele estava com um enorme tanque de oxigênio preso ao peito. A fita adesiva enrolada em torno de seu meio, segurando o tanque no lugar, e ele olhava os arredores do telhado como um homem possuído.

"Eu não vou te dizer!" Ele gritou, saliva pulverizando em um raio de três pés na frente dele.

Nenhum de nós se moveu, permanecemos apoiados contra o lado do edifício, enquanto o homem gritava na borda do telhado do hospital.

Eu sabia que, se não tivéssemos cuidado com o local onde colocaríamos nossas balas, o homem iria explodir se elas acertassem o tanque.

"Se não fizermos alguma coisa, ele vai pular, e, em seguida, o que faremos?" Bennett, que estava do meu outro lado, grunhiu.

Nós não tivemos chance de responder.

"Sua filha é um fodido pedaço quente, e eu sinto muito que nunca vou ter a chance de foder ela corretamente! Apenas lembre-se que vou levar o nome do homem que planeja matá-la comigo para o túmulo! Você nunca vai conseguir...” Bullard gritou enquanto levantava uma arma.

Embora não tenha sido apontada para nós, todos ficamos tensos.

BOOM!

O telhado explodiu.

Ou pelo menos parecia que tinha.

O que era mais provável era que o homem na nossa frente tivesse explodido.

Fragmentos e pedaços... nojento... de carne, sangue, e matéria, explodiram em torno de nós quando o corpo de Bullard foi soprado em pedacinhos.

"O que... o.... porra" Michael suspirou. "Nunca vi nada assim. E fui um maldito fuzileiro naval por anos."

Eu bufei.

Ninguém realmente sabia o que Michael tinha feito antes dele vir para Kilgore.

Sabíamos que ele tinha uma mãe e um pai, e que ele esteve na Marinha.

O que nós não sabíamos era porque ele era do jeito que era.

Por que ele não namorava. E por que ele desaparecia a cada cinco dias... para algum lugar.

O que eu sabia porém, era que podia sempre contar com ele, não importa o quê.

Ele sempre protegeria toda a equipe com sua vida, e pouca coisa o impressionava.

Agora, porém, ele estava além de impressionado.

Como eu estava.

Junto com cada homem na equipe.

"O que aconteceu?" Downy gritou freneticamente através do fone de ouvido.

Downy era o nosso negociador. Ele estava com o megafone abaixo junto com o Chefe.

O que significava que ele tinha perdido o show.

"Acho que tem no meu cabelo," Bennett sussurrou profundamente enojado.

Eu nem queria pensar em coisas no meu cabelo. Por agora eu simplesmente vou ignorar.

Não era a primeira vez, e certamente não seria a última.

"Quem atirou?" Luke gritou.

Luke estava chateado.

E eu acho que ele tinha o direito de estar.

No entanto, tanto quanto eu sabia, nenhum de nós tinha atirado.

"Negativo."

"Eu não."

"Não."

"Nada."

"Não fui eu."

O último foi James. Sua confusão era tão evidente em seu tom quanto no nosso.

Luke grunhiu frustrado enquanto caminhava para o telhado.

"Bem, tem que ser um de vocês!" Ele rosnou.

Comecei a ejetar os cartuchos da minha espingarda, assim como os outros.

"Tudo contabilizado, chefe," eu falei, entregando-lhe os meus cartuchos.

Seus olhos se estreitaram para mim, mas depois se alargaram.

"Bem, se não foram vocês... quem diabos fez isso?" Ele finalmente perguntou.

Novamente com a pergunta de trinta e nove mil dólares.

Havia apenas uma possibilidade, embora.

Se não foi a gente, então tinha que ser outra pessoa.

E esse alguém nunca nos tocou.

Houve apenas um tiro, e que foi destinado a Bullard.


***

Blake


Acordei e estiquei os braços para o alto sobre a minha cabeça, rolando enquanto isso.

Senti-me maravilhosa.

Eu consegui dormir mais do que o suficiente na noite passada, o sono que me foi negado nas últimas semanas.

E eu poderia agradecer Foster por isso.

Quando ele sugeriu assistir a um filme, eu fiquei meio cautelosa.

Eu não era uma grande fã de horror, mas descobri que isso não importava.

Eu dormi nos primeiros trinta minutos, perdendo todas as partes assustadoras.

A primeira coisa que notei quando o sono abandonou o meu cérebro foi que Foster tinha ido embora, e tinha sido por algum tempo.

Seu lado da cama estava frio.

O que me fez pensar... por quê?

Ele estava tão cansado quanto eu na noite passada, e prometeu que iria me acordar quando fosse sair para sua corrida matinal.

O que pude perceber, porém, pelo sol que atravessava as janelas que não era mais manhã.

Já estava indo para a tarde.

Levantando-me, entrei no banheiro para meu ritual matinal antes de ir para a sala de estar à procura de Foster.

Quem encontrei em vez disso foi qualquer um, menos Foster.

Havia uma mulher na sala de estar de Foster.

Uma mulher bonita.

"Quem é você?" Perguntei a loira bonita no sofá de Foster.

A mulher olhou para cima e sorriu.

Embora isso tenha saído mais doloroso do que qualquer coisa.

Seus olhos observaram meu estado ofegante, bem como a camisa de Foster, antes que se desviassem.

"Alice. Sou a vizinha de Foster. Também trabalho com ele na força. Foster foi chamado no meio da noite para uma situação da SWAT", explicou ela. "Ele não queria te acordar."

Rangi os dentes com a leve sugestão de repugnância que suas palavras carregaram quando ela disse a última parte.

"Há quanto tempo ele saiu?" Perguntei.

"Seis horas," ela disse.

Decidi que talvez eu não me incomodaria mais em conversar com ela.

Virando-me, caminhei de volta para o quarto e coloquei um short preto.

Um que era de Foster.

Fiquei feliz em vesti-lo, pois queria jogar um pote ou dois, enquanto esperava.

Eu tinha quase certeza que ele não se importaria, também.

Depois de cuidar desse pequeno detalhe, voltei para a sala e comecei a reunir minhas coisas.

Desde que planejava fazer hoje um grande vaso, cortei um pedaço maior de argila com o meu fio, em vez do pequeno que usei com Foster da outra vez.

Nós duas ficamos em silêncio enquanto eu reunia as coisas que precisaria.

Eu estava plenamente consciente de que ela me avaliava, embora não tenha se preocupado em tirar os olhos de sua revista.

Quando sentei-me, ela finalmente se dignou a falar comigo novamente.

"Então, você é uma despachante?" Ela perguntou ofensivamente.

Olhei para ela bruscamente, não gostando do tom que usou para dizer despachante.

Ela poderia muito bem ter me chamado de lixo.

"Claro," respondi.

"Como é que nunca vi você?" Perguntou Alice, sem se preocupar em tirar os olhos de sua revista.

Era uma das Armas e Munição de Foster que ficava em sua mesa de cabeceira.

Lembrei-me claramente porque tinha uma arma rosa na capa, e uma matéria em destaque perguntando se estava tudo bem fazer armas parecerem ‘bonitas.’

Eu realmente queria ler esse artigo, mas a deixei na mesa de cabeceira para ler quando tivesse uma chance.

E eu sabia que Foster já leu pois, tivemos um pequeno debate sobre se as armas deveriam ser feitas para parecer assim.

O argumento principal foram as crianças.

Como elas, se a arma fosse deixada ao alcance, seriam mais tentadas por uma arma que era bonita, em vez de uma que era simplesmente preta.

Na verdade, discuti com ele sobre isso, e tinha a intenção de ler o artigo, mas ele bateu o pé que iriamos assistir a um filme, então eu a deixei no quarto.

O que significava que ela deve ter ido no quarto.

E me viu nua.

Que porra é essa?

Em vez de pensar sobre isso, coloquei um pouco de água nas mãos, e pressionei o pedal com o pé para fazer a roda girar.

Então comecei a pressionar os dedos na argila, movendo-os para cima e formando a base do vaso.

"Então, o que você acha dele?" Alice disse algum tempo depois.

Eu comecei a trabalhar o vaso até cerca de nove centímetros de altura quando ela falou, e acidentalmente pressionei com mais força do que pretendia, fazendo-o inclinar-se ligeiramente para um lado.

Suspirando, consertei antes de me levantar e começar a pressionar a parte de dentro. "O que penso sobre quem?"

"Foster," ela respondeu rapidamente, finalmente olhando para mim.

Algo que peguei com o canto do meu olho.

Não olhei para ela, no entanto, totalmente focada no meu vaso, que nem me importei o suficiente para olhar para cima.

"Eu o amo," eu disse simplesmente.

Era verdade. Eu o amava.

Algo que não me assustou como eu pensava que iria.

Quando deixei David, fiz uma festa para celebrar a nossa separação.

Uma festa onde fiquei bêbada, e em seguida desmaiei no quarto de hotel que aluguei.

Mas foi divertido.

No entanto, fiz uma promessa a mim mesma naquela noite de que nunca me deixaria desmoronar por um cara novamente.

Uma promessa que quebrei no primeiro dia que conheci Foster Lager Spurlock.

Uma promessa que eu estava feliz em quebrar.

Eu sabia no fundo do meu coração que Foster era um bom homem.

Quando ele expressou seu desgosto sobre o comportamento de David, eu senti alívio.

Alívio absoluto que ainda havia bons homens neste mundo que não estavam comprometidos.

"Você o ama?" Ela perguntou lentamente. "Você só o conhece há um mês."

Eu a ignorei, pensando que seria melhor não chamar a atenção para o fato de que ela estava me atingindo.

"Ele não é o cara do tipo para o amor. Ele é ‘foda e vá para casa’, esse tipo de cara," disse ela, virando-se para mim agora.

Ela estava vestindo shorts curtos, que marcavam sua vagina, e uma regata justa que tinha algum tipo de símbolo da polícia sobre ela.

Como a mulher se tornou uma policial?

Ela era a epítome da loira burra. O que não dizia muita coisa, pois eu também era loira.

Como uma mulher como ela se tornou uma policial?

Eu tinha ouvido que o teste de aptidão do DPK era um dos mais difíceis de passar no Estado do Texas.

Será que ela teve que chupar o pau de alguém para passar?

"Sabe, quando ele me ligou na noite passada, tive quase certeza de que ele estava me chamando para vir até o seu apartamento por uma razão completamente diferente," disse ela maliciosamente.

A insinuação nesse comentário fez-me afastar da mesa para que eu pudesse colocar os pensamentos em ordem.

Assim que soltei o pé da roda, o giro do vaso diminuiu lentamente, antes de parar completamente.

Assim que tive certeza de que iria ficar onde eu queria, virei diretamente para a mulher, mãos enlameadas e tudo, e parei até que fiquei frente a frente com ela.

Ela levantou quando me viu chegando em sua direção, deixando cair rapidamente a revista sobre a mesa e erguendo seus ombros.

"Então me diga," eu disse, olhando para ela. "Qual é o seu problema?"

Ela se moveu para frente, aproximando o rosto no meu antes de me cutucar no peito.

"Ele é meu," ela grunhiu. "Estive esperando ele voltar. Dei-lhe tempo por causa da sua deficiência. Ele era tão bom, que valia a pena esperar."

Franzi as sobrancelhas para ela. "Ele não é deficiente. E se ele quisesse estar com você, ele estaria. Seu pau não foi afetado, e sim sua perna. E Foster não faz as coisas pela metade. Se ele quisesse você novamente, ele teria ido a você. O que significa apenas uma coisa. Ele não quer você."

Ouvi a fechadura da porta clicar para abrir, e o barulho dos passos de Foster entrando na sala.

Eu me virei e falei com ele?

Não.

Fiquei olhando para Alice, que também mantinha os olhos em mim.

"Estou deixando você saber agora que não vou desistir," ela sussurrou baixinho antes de recuar, pegar seu telefone e as chaves da mesa de centro, e caminhar ao redor da sala, como se ela não tivesse nenhuma preocupação no mundo.

Quando me virei, fiquei chocada ao ver que Foster estava saindo para o corredor com ela, em vez de vir até mim.

Apenas... o que?

Enquanto eu olhava a porta se fechar atrás dele, virei e voltei para a minha roda, molhando minhas mãos, mais uma vez, e terminando o meu vaso.

Além de alguns problemas, como a marca de unha no topo, e a borda mais espessa de um lado da abertura, estava muito bom.

Considerando todas as coisas.

Porém, assim que terminei, saí da roda, não estava mais com vontade de jogar potes.

Não era normalmente a maneira que jogo, de qualquer forma.

Após dez minutos ainda sem o retorno de Foster, fui para a pia, lavei as mãos, em seguida, entrei no chuveiro.

Fiz questão de trancar a porta, para o caso dele tentar entrar.

Ele não o fez.

Quando saí, me sequei rapidamente e entrei em seu quarto, surpresa ao vê-lo sentado na borda da cama, observando a porta do banheiro.

Ele olhou para mim.

"O que há de errado?" Ele perguntou.

Olhei para ele enquanto caminhava para a minha mala no canto.

Vestindo a calcinha por baixo da toalha, eu disse "Errado? O que deu a você impressão?"

Meu tom de sarcasmo estava em plena explosão.

E ele percebeu.

Suas sobrancelhas se ergueram. "O que isso deveria significar? Alice disse que não havia nada de errado.”

Eu bufei. "Isso é valioso."

Colocando meu sutiã, vesti depois um short curto que estava além de indecente, e uma camiseta que dizia, ‘Eu amo os rapazes do campo.'

Antes que eu terminasse de puxar a blusa para baixo, porém, Foster se aproximou.

"Diga-me," ele rosnou, os olhos quentes com ira.

"Não quero falar com uma garota sobre o quão bom você é na cama. Isto não é uma Kumba-porra-ya21. Sou uma mulher real de sangue e osso. Eu não gosto de compartilhar, e já provei o fato ao me divorciar do meu ex-marido, que, aparentemente, não teve nenhum problema com o compartilhamento. Talvez você deva pensar nisso da próxima vez antes de chamar alguma antiga paixão para cuidar de mim," resmunguei para Foster. "Uma que, posso dizer, ainda quer te foder."

Fiquei surpresa com a quantidade de veneno que fui capaz de verter naquele pequeno discurso. O que aparentemente surpreendeu Foster, também.

"Ela disse... o quê?" Ele perguntou incrédulo, não se afastando de mim.

"Você me ouviu, porra."

Ele piscou, empurrando seu corpo em direção ao meu, até que minhas costas estavam pressionadas contra a parede.

"Eu sei que você está chateada, mas não sei qual é o seu problema. O que ela disse não tem nada a ver comigo. Tem a ver com ela," ele retrucou. "Talvez você devesse parar de pensar que todo homem é como aquele pedaço de merda com quem você se casou."

Olhei para ele.

"Saia de cima de mim," solucei.

Ele deu um passo para trás, dando-me o espaço que pedi.

Irracionalmente desapontada por ele ter se afastado de mim, dando-me o espaço que solicitei, passei por ele e fui para o banheiro.

"Apenas me deixe em paz," eu disse enquanto batia a porta.

"Você ainda quer ir à festa comigo?" Foster rosnou através da porta.

Abrindo a porta, olhei para ele, deixando-o saber exatamente o que eu queria fazer com sua cabeça, decepá-la apenas com os meus olhos, e acenei confirmando.

"Sim, quero ir à festa com você," rosnei.

Então bati a porta novamente.

Ou tentei.

Ele a pegou antes que pudesse se fechar, abrindo-a a força.

O que, por sua vez, me forçou para trás.

Eu ainda estava louca.

Ele ainda estava louco por eu estar com raiva dele.

O que significa que, quando sua boca caiu sobre a minha, o nosso beijo era um beijo irritado.

Também não foi um beijo suave.

Estava quente, duro e pesado.

Ele beliscou meu lábio com força, afastando-se apenas tempo suficiente para segurar o meu short, arrancar o botão do buraco, e puxar com força pelas minhas pernas.

Ouvi o som de um rasgão, surpresa quando senti uma agitação entre as minhas pernas com a força que ele estava usando.

Sem qualquer preliminar, ele me virou, e me empurrou para baixo asperamente sobre o balcão do banheiro.

Minha camiseta e sutiã ficaram imediatamente encharcados pela água deixada sobre a bancada da minha rotina matinal, deixando minha blusa branca transparente.

Meus mamilos endureceram quando olhei para cima, vendo-o abrir bruscamente o seu próprio zíper, os olhos fixos em mim pelo espelho.

Ele não perdeu tempo rasgando um preservativo fora de sua carteira e esticando-o por cima de seu comprimento.

No momento em que o final do preservativo cobriu tudo o que poderia cobrir, eu estava praticamente ofegando em necessidade.

Nenhum de nós disse uma palavra quando ele alinhou o seu pau enorme com a minha buceta e bateu dentro.

Ele me encheu completamente em um impulso poderoso, batendo na entrada do meu ventre com tanta força que quase gozei com a surpresa.

Quando fazia sexo no passado, era normalmente lento e sensual.

Desta vez, porém, falava de necessidade, desejo e raiva.

Foda-se, pensei quando ele começou a se mover. Ele parece fodidamente divino tomando cada centímetro de mim.

Senti o calor correndo para o meu núcleo, reunindo agradavelmente na minha barriga, esperando o momento certo para transbordar.

Um impulso particularmente duro fez meus olhos, que eu não tinha percebido que fechei, abrirem em surpresa.

Olhei para ele, observando seus músculos flexionarem enquanto ele me tomava cada vez mais rápido.

Então, quando ele pegou o meu olhar, moveu a mão do meu quadril, e passou o polegar sobre minha entrada de trás.

Aquele lugar proibido com o qual eu só sonhava no conforto do meu quarto escuro.

Engasguei, meu cú franzindo em resposta, enquanto eu empurrava para trás contra ele ainda mais duro.

Ele não disse isso, mas a promessa estava lá.

Seria algum dia. Talvez não hoje. Ou amanhã. Mas um dia ele reivindicaria todos os buracos que me pertenciam. E eu permitirei.

Com essa promessa em meus olhos, ele pressionou mais forte, inserindo o polegar na entrada proibida.

E eu detonei.

Explodi fodidamente em pedacinhos.

Meu cú apertou seu polegar, causando arrepios eróticos que dispararam através do meu corpo.

Seu sorriso triunfante foi a última coisa que vi quando a minha visão escureceu.

Ou meus olhos fecharam, ou eu tinha perdido a capacidade de ver, porque quando finalmente consegui enxergar novamente, Foster tinha puxado para fora de mim e retirado o preservativo de seu comprimento.

Ele estava trabalhando-o lentamente.

Seu punho grande movendo-se sobre o comprimento duro de seu pênis.

Ele parecia muito irritado.

E quando ele se abaixou e levantou a calça sobre sua ereção furiosa, abotoando-a, eu sabia que isso não tinha acabado.

Nós teríamos isso novamente mais tarde.

Ele saiu sem olhar para trás, mas, mais uma vez, a promessa estava lá.

E eu nunca saberia quando isso estaria chegando.


CAPÍTULO 19


Quer irritar uma mulher? Apenas abra sua boca. Isso geralmente funciona.

- Palavras de sabedoria


BLAKE


Eu ainda estava brava quatro horas depois, enquanto nós dirigíamos para Benton, Louisiana.

Tão brava, na verdade, que eu não tinha dito uma palavra a Foster em todo esse tempo.

Eu normalmente não era alguém que dava o tratamento do silêncio, mas eu tinha certeza de que se dissesse uma palavra para ele agora, provavelmente me transformaria em minha mãe, e não queria que ele testemunhasse isso.

Afinal eu ainda queria que ele me amasse.

Não que ele dissesse essas palavras para mim.

Eu era uma mulher adorável. Como não me amar?

Eu brincava com um pedaço desgastado do meu short jeans que ia até o alto das minhas coxas.

A posição sentada mostrava mais das minhas pernas do que deveria.

O short era curto, e pensei em trocar, mas parecia incomodar Foster que eu vestisse algo tão revelador.

Não é como se estivesse mostrando minhas nádegas ou qualquer coisa assim, mas se me curvasse, ficaria visível.

Ele não disse uma palavra, que eram dois pontos a seu favor. Especialmente pela forma como ele me deixou lá, contra o balcão, depois que terminou comigo.

Percebi que ele não perdeu a ereção durante todo o caminho, no entanto.

O que secretamente me fazia feliz por ele estar sofrendo.

Olhei em choque completo para o clube The Dixie Warden MC.

Foster sequer esperou por mim.

Ele saiu do caminhão e começou a andar para dentro sem nem mesmo esperar para ver se eu o tinha seguido.

O que me irritou.

Realmente, me irritou muito.

Então, o que eu fiz?

Absolutamente nada.

Puxei o banco para trás, agarrei o casaco com forro de lã do DPK de Foster, coloquei sobre mim antes de fechar os olhos e ir para o sono do foda-se.

Foda-se ele e sua festa.

***

FOSTER


"Onde está Blake?" Viddy me perguntou.

Viddy era a minha cunhada.

Ela se casou com Trance há alguns anos e tiveram dois filhos lindos.

Uma menina e um menino.

Ambos que estavam atualmente se jogando aos meus pés. Ou ao meu pé. Os dois estavam realmente interessados na minha nova prótese.

"Não tenho ideia. Por aqui em algum lugar, acho," respondi, fazendo um esforço superficial para localizá-la.

Eu não estava preocupado que ela seria machucada pelos homens aqui.

A festa em que estávamos tinha uma tonelada de segurança, principalmente policiais fora de serviço, fuzileiros navais, RANGERS, SEALS, e muitos, muitos outros.

O clube também estava fechado por uma cerca de arame farpado de três metros de altura, e você tinha que ter um código para entrar.

E como esta era uma das festas da ‘família’, ninguém que não fosse das famílias, estavam aqui, o que significava que não havia nenhuma prostituta do clube ou penetras.

"Você não sabe?" Viddy perguntou em confusão. "Você não a trouxe aqui?"

Balancei minha cabeça. "Não. Quando a deixei, ela estava me dando o tratamento do silêncio."

Também fiquei surpreso com a minha falta de controle, que tinha sido a razão principal que a deixei tão abruptamente.

Não me orgulho da forma como acabei de tratá-la.

Na verdade, eu estava simplesmente envergonhado de mim mesmo pela forma que agi.

"Trance!" Viddy chamou.

Trance, que estava no bar falando com Kettle, um dos seus companheiros de Dixie Wardens, virou a cabeça para olhar para a esposa.

"O quê?" Ele chamou em voz alta sobre a multidão.

"Seu irmão é um idiota!" Ela gritou.

Balancei a cabeça, exasperado. "Você não sabe disso."

Ela virou seu olhar para mim quando disse, "Sim, sei."

"Nós já sabemos que ele é um idiota!" Trance berrou.

Miller, que se aproximou de nós e pegou o filho de Trance, Ford, em seus braços, começou a rir. "Isso é verdade. Nós já sabíamos que ele era um idiota."

Viddy voltou seu olhar para mim. "Vá encontrá-la. Traga-a para mim."

Suspirei, desembaraçando meu pé de um sobrinho muito animado para ver meu ‘estranho pé robô’, e saí para encontrar a minha dando-me-o-tratamento-do-silêncio mulher.

A mulher que não consegui encontrar em qualquer lugar do caralho.

Algo que descobri depois de vinte minutos procurando-a.

Foi aí que comecei a pirar.

Ela não teria tentado sair, certo?

O portão abre automaticamente a partir do interior.

Se ela quisesse, poderia ter saído com incrível facilidade.

Correndo para a minha camionete, pulei para dentro e bati a porta.

"Nós já estamos indo embora?" Blake perguntou, cansada.

Quase tive um ataque cardíaco.

Grande SEAL que eu era.

"Droga!" Gemi. "Você me assustou."

"Desculpe," ela sussurrou cansada. "Sinto muito."

Fechei os olhos e estiquei o braço para passar a mão sobre os cabelos compridos. "Desculpe por quê? Você não fez nada de errado."

"Tirei um cochilo, e superei minha irritação. Nunca quis te comparar a David. Sei que você nunca será como ele. É apenas difícil parar minha boca em alguns momentos," ela sussurrou.

Agora eu me senti horrível.

"Você não tem nada por que se desculpar, Blake. Isso tudo foi culpa minha. Nunca deveria ter deixado você com ela," expliquei. "Sem mencionar que agi como uma criança quando você disse o que tinha a dizer. Você só falou a verdade. Simplesmente não gosto de ouvir que estou errado," terminei.

Ela inclinou a cabeça e beijou meu pulso antes de me perguntar algo que fez meu coração parar no meu peito, e depois começar a bater em dobro.

"Você sabe que te amo certo?"

Fechei os olhos e senti a alegria daquelas palavras explodirem através de mim.

"Sim, eu imaginava que sim."

"Só isso?" Ela perguntou, rindo.

Suspirei e coloquei as mãos debaixo dela, então prontamente a puxei no meu peito.

Ela montou minhas pernas antes de sentar no meu colo, trazendo junto meu casaco que estava usando de cobertor.

Ela o envolveu ao redor de nós, passando seus braços sobre o meu pescoço e puxando meu rosto para o dela, me beijando.

"E para responder à sua pergunta," eu disse, inclinando-me para frente. "Eu também te amo."

"Fodidamente bom," ela suspirou, e depois me beijou novamente.

Meu pau, que já não estava muito feliz comigo, começou a enfurecer-se de novo.

Dez vezes pior agora do que antes.

Cada batida do meu pulso correspondia ao latejar de necessidade em minhas calças.

Algo que ela sentiu, fazendo-a sorrir.

"Você me quer, não é?" Ela exalou.

Apertei sua bunda para impedi-la de girar os quadris como eu sabia que ela queria.

"Sim. Eu sempre quero você. É como uma doença no meu cérebro. Uma doença que me faz pensar apenas em você e em sua buceta quente e suculenta," falei com franqueza.

Ela riu e moveu as mãos para o meu cinto antes de começar a abri-lo, logo seguindo para minhas calças.

Então sua mão pequena e quente pegou o meu pau, bombeando-o enquanto olhava em meus olhos.

"Você vai gozar dessa vez?" Ela perguntou com um sorriso.

Belisquei o seu traseiro.

"Sim," hesitei. "Coloque-me dentro de você."

Ajudando-a a baixar seu short indecentemente curto e a calcinha, ela pairou sobre a cabeça do meu pau antes de lentamente cair sobre mim.

"Oh, sim," ela gemeu quando eu a enchi completamente.

Sua bunda descansou em minhas coxas enquanto ela rodava seus quadris, permitindo-me escorregar incrivelmente ainda mais para dentro dela.

"Jesus," sussurrei, jogando a cabeça para trás enquanto a incentivava a se mover com as minhas mãos.

Ela entendeu o recado, bombeando seus quadris para cima e para baixo no meu pau, cada vez mais rápido.

A luz de segurança que estava acima da minha camionete acendeu, mas ignorei.

Sua buceta quente me segurou cativo, enquanto ela se movia, empurrando para frente e para trás, até que eu estava pronto para explodir.

"Você tem que sair. Não tenho um preservativo," implorei.

Ela parou completamente, e apertei meus olhos bem fechados enquanto desejava que minha liberação voltasse para minhas bolas.

Mas então sua própria liberação estourou livre dela.

Seus músculos apertaram meu pau sensibilizado, persuadindo-o a dar-lhe o que ele procurava.

Eu não consegui parar.

Ele estourou livre de mim direto em seu calor à espera.

Impulsos quentes e fortes jorraram dentro dela, banhando seu ventre disposto com minha essência.

"Maldição," eu disse, fechando meus olhos.

Meus braços apertaram em volta da cintura dela, e o meu abdômen contraiu.

"Oops," disse ela sorrindo, pedindo desculpas.

Eu sorri e puxei-a para frente. "Controle de natalidade na próxima semana, por favor. Acho que não posso mais fazer isso usando preservativos."

Ela assentiu com a cabeça contra o meu rosto, os lábios se movendo para cima e para baixo no meu.

"Agora... o que eu faço com a bagunça?"


***

Ela não estava usando calcinha.

Aquele short fodidamente curto, e ela não tinha nada por baixo dele.

Sem me surpreender, meu pau estava tão duro agora como estava quando estive dentro dela no meu carro.

Oh, ele esteve para baixo por um momento, mas quando ela sentou sua bunda no meu colo, assim que entramos, ficou furioso e pronto para ir novamente.

"O que você faz Blake?" Perguntou Viddy. "Tenho que dizer, não ouvi muito sobre você. Foster tem os lábios muito fechados."

Blake me jogou um olhar por cima do ombro. "Você tem vergonha de mim?"

Eu sabia que ela estava me provocando, os outros, no entanto, não.

Estávamos em uma mesa com meus dois irmãos e suas esposas, bem como alguns outros membros da Dixie Wardens.

"Sou uma despachante do DPK," ela respondeu, inclinando-se para frente para tomar um gole de cerveja.

"Então, você conversa com Foster em seu turno?" Perguntou Viddy.

Blake sacudiu a cabeça. "Sim e não. Na maioria das vezes eu só despacho chamadas para eles através do computador. Há momentos, no entanto, que eles chamam em algo que estão fazendo e falo com eles. Mas 'falar' não é o que realmente fazemos. Nós não estamos autorizados a fazer isso pelo rádio."

Viddy assentiu. "Então, você poderia estar na linha com ele em situações perigosas?"

Blake se fechou, e dei-lhe um aperto reconfortante.

"Sim, já passei por essa experiência. Não é algo que gostaria de repetir. Nunca," ela suspirou. "Mas amo meu trabalho, e continuarei fazendo isso."

"O seu ex não é policial?" Perguntou Mercy.

Ela assentiu com a cabeça para Mercy. "Sim, ele é."

Ela sorriu para mim com simpatia. "Miller me disse sobre ele. Eu sinto muito."

Ela encolheu os ombros. "Não é um grande negócio. É algo que aprendi a conviver. Além disso, se David não tivesse me traído, eu nunca o deixaria, e não estaria com Foster agora."

Empurrando seu cabelo por cima do ombro, corri meu nariz ao longo da parte de trás do seu pescoço, fazendo-a rir.

Antes que outra pergunta pudesse ser jogada em Blake, Sebastian parou na nossa mesa.

"Há uma pequena nota agradável ao lado de seu carro," disse Sebastian, me assustando.

Sebastian era o vice-presidente da The Dixie Wardens MC e um bombeiro no Corpo de Bombeiros de Benton.

Portanto, uma 'pequena nota agradável’ provavelmente não era uma ‘pequena nota agradável’, e sim uma nota ameaçadora. Algo que ele não queria que Blake soubesse.

"Levante-se e deixe-me ir com Sebastian," eu disse, acariciando sua coxa.

Ela levantou-se e meus olhos se concentraram em suas nádegas nuas antes de me levantar.

Merda.

Felizmente, ela se sentou de volta na cadeira, depois se moveu um pouco mais para frente, ficando sobre a saliência do bar, escondendo tudo para que eu não pudesse mais ver nada impertinente.

"Já volto," eu disse beijando sua testa.

Ela assentiu com a cabeça, mas continuou a conversar com Mercy e Viddy enquanto andei para fora atrás de Sebastian.

Não me surpreendeu encontrar Miller e Trance às minhas costas momentos antes de sair.

Eles eram protetores.

"O que a nota diz?" Perguntei enquanto caminhávamos.

Sebastian não disse uma palavra, apenas continuou andando até que chegamos à porta do lado do passageiro da minha camionete.

"Como isso aconteceu?" Perguntei em um tom enganosamente calmo.

Por dentro, no entanto, eu estava em chamas.

Minha mente rodando com o pensamento de que eu estava errado.

No início eu pensava que Blake estava segura. No entanto, aqui estava eu vendo a prova de que estava errado.

"Não sei, mas você pode apostar que vou descobrir," Sebastian prometeu.

"Você tem sorte de estar com a prostituta. Você não sabe que é ilegal foder em público?" Miller leu.

Cerrei os dentes.

"Como você não o viu fazer isso?" Perguntou Miller, caminhando ao redor do carro.

"Isso é.... isso é porra?" Trace perguntou, retirando a lanterna do bolso de trás e iluminado o pedaço de papel.

"Fodido filho da puta," rosnei.

Drooggaaa!

"Ele enfiou a porra da nota na minha porta com sua própria porra?" Gritei, meus braços acenando freneticamente. "Puxe suas malditas fitas."

Sebastian grunhiu e nós o seguimos, mas ele parou na entrada do clube, falando humildemente com o prospecto. "Coloque essa nota em um saco Ziplock da cozinha. Use luvas. Em seguida, lave o caminhão. Sim?"

O prospecto assentiu. "Sim."

Vinte minutos mais tarde encontramo-nos revendo as fitas.

"Esse é o irmão de Manny," disse Trance, olhando mais de perto.

"O irmão de Manny?" Perguntei.

Trance assentiu. "Sim. Ele é irmão de um membro. Um prospecto agora."

"Vá busca-lo," disse Sebastian.

Trance saiu, e voltou um minuto depois com um Manny muito confuso.

"O que está acontecendo?" Perguntou Manny.

"Seu irmão. Onde ele está?" Perguntou Sebastian.

"Ele disse que foi chamado para o trabalho," explicou Manny.

"Onde ele trabalha?"

Foi quando ele balançou o meu mundo.

"Departamento de Polícia de Kilgore."

Minha mente se apagou, e eu soube imediatamente o que tinha que fazer.

"Qual é nome dele?" Perguntei.

Manny piscou. "Quentin Ortiz."

Fechei os olhos, furioso que eu conhecia o filho da puta.

Ele trabalhava com evidências.

"Quem você está chamando?" Trance perguntou quando me virei para retirar o meu telefone do meu bolso.

Eu só usei apenas uma palavra.

"Shank."

"E o que ele vai fazer?" Perguntou Trance.

Eu sorri sem humor. "Encontrá-lo."


CAPÍTULO 20


Fodaconchego22 - um tipo de preliminar que começa com afagos, mas se transforma em sexo depois que a parte de aconchegar acaba.

-Palavra do dia


Blake


Eu sabia, assim que Foster desapareceu que algo estava errado.

E também sabia no momento em que ele retornou que algo estava seriamente errado.

Em seguida, ele desapareceu em um escritório, e não tinha saído desde então.

"Que festa é essa," murmurei, vendo que apenas as mulheres ficaram.

Os homens desapareceram devagar, deixando apenas as mulheres.

"Isso acontece às vezes. Eles são todos intrometidos," Viddy explicou. "Eles não aceitam ficar de fora da ação."

A mulher que conheci, chamada Baylee, riu.

Baylee era, aparentemente, a irmã de Luke, e esposa daquele homem que chamou Foster para o lado de fora.

Ela era muito bonita e tinha uma grande personalidade.

Eu podia ver por que alguém seria atraído por ela.

Inferno. Eu estava atraída por ela.

Apenas de uma forma amigável, é claro.

"Bem, acho que deveria me acostumar com isso, hein? Ainda fico meio assustada quando ele pega uma chamada da SWAT, no entanto. Meu pai também é um policial. No entanto, ele nunca é chamado como Foster é," expliquei.

"Quem é seu pai?" Perguntou Baylee. "Eu na verdade trabalho para o Corpo de Bombeiros de Kilgore. Só me pergunto se já não o vi por aí."

Sorri para ela. "Ele é um policial estadual. Seu nome é Lou Rhodes."

Ela me olhou estranhamente. "Foi ele quem salvou aquele bebezinho de ser sequestrado há dois anos?"

Eu sorri com carinho da memória. "Sim, é ele. O bebê tem três anos agora, e a coisa mais doce que já vi. Ele realmente vive na mesma rua do meu pai."

"O que aconteceu?" Perguntou Mercy.

Debrucei-me na minha cadeira e contei os eventos que levaram ao sequestro.

"Os pais eram jovens. Talvez dezesseis e dezessete anos, no máximo," eu disse, tomando um gole da minha cerveja antes de continuar. "Eles estavam brincando com a criança no balanço quando houve uma comoção no estacionamento. Um garoto correu para rua na frente de um carro, e o carro virou, batendo no banheiro que foi montado para as crianças. De qualquer forma, enquanto os pais correram para ver o que estava acontecendo, um homem saiu por trás do escorregador levando a criança quando eles não estavam olhando, fugindo com ele para o bosque.”

Todas assentiram, cativados com a história do meu pai.

"Seu pai era o homem que estava caminhando?" Baylee perguntou.

Concordei com a cabeça.

"Sim, ele estava nas terra do meu tio, a cerca de dezesseis quilômetros de lá. Ele caminhava ao longo do riacho, quando ouviu um bebê chorando e decidiu seguir o som," expliquei. "Ele encontrou o homem tentando enterrar o garoto vivo. Bateu na cabeça do homem com um galho de árvore e resgatou a criança. Eles mais tarde descobriram que não tinha sido a primeira vez que o homem fez algo assim. Aparentemente, foi o seu quinto. E lá era onde ele enterrava as crianças que sequestrava."

A boca de Baylee abriu em surpresa. "Não me lembro de ouvir nada sobre essa parte."

Dei de ombros. "Não foi algo que eles compartilharam com ninguém, exceto os pais dos falecidos. Foi em propriedade militar. Algo que meu pai recebeu uma multa por invadir. E mais tarde recebeu um agradecimento do seu departamento.”

"Uau!" Viddy exclamou. "Isso é incrível. Que alívio ter um fim para aqueles pais também."

Acenei com a cabeça. "Ele ficou muito abalado com isso. Acho que ele demorou uns dois anos para superar disso."

Assim, quando Viddy estava prestes a responder, ela soltou um grito e pulou da cadeira. "Merda, Kosher. Você me assustou."

Surpresa, olhei para ela por alguns segundos antes de me abaixar para olhar debaixo da mesa.

Foi quando vi um focinho de um cão muito grande.

"Oh, ele é muito bonito," sussurrei, puxando uma batata frita do meu prato e oferecendo ao cão um pouco de comida.

"Não o alimente. Ele vai ficar gordo," disse uma voz masculina divertida na minha frente.

Trance.

Deus, seus olhos!

Eles eram lindos. Um azul e um verde.

Ele era bonito, é claro, mas seus olhos eram o que fazia toda a diferença.

Eu podia ver por que ele foi nomeado de Trance pelo MC. Algo que Foster me disse durante as várias conversas que tivemos sobre a sua família.

"Não sei o que você está falando," desconversei, esgueirando a Kosher outra batata.

Ele lambeu a batata da minha mão, então engoliu por inteiro.

"Uh huh," ele concordou. "Eu posso ver isso."

Sorri sem arrependimento para ele. "Onde está Foster?"

Ele apontou para uma sala fora do bar. "Surgiu uma coisa. Fui enviado aqui para levar as mulheres para casa por um tempo. Você pode conhecer os filhotes."

"Filhotes?" Mercy e eu suspiramos, ao mesmo tempo.

Nós tínhamos feito surpreendentemente bem não insinuando sobre querer saber o que estava acontecendo. Seria uma batalha perdida. Algo que nós duas sabíamos que não iriamos ganhar, simplesmente pelo fato de que se Trance quisesse que nós soubéssemos, ele teria nos dito. Em vez disso, ele de forma limpa camuflou sobre os dois homens terem ‘algo a fazer', e nos disse o que iríamos fazer. E eu tinha certeza de que ele não aceitaria um não como resposta.

Suspirando, eu disse: "Vou com você com uma condição.”

Ele levantou a sobrancelha para mim. "E qual é?"

Sorri.

***


"Eu quero o branco," Mercy disse de sua posição no chão ao meu lado.

Oakley, filha de Trance, pegou o branco e entregou-o a Mercy. "Este é o favorito do papai. Você não pode ficar com ele. Você pode tê-lo, no entanto."

Ela apontou para o outro. O que o filho de Trance, Ford, estava atualmente torturando... Quero dizer segurando.

"Seu marido não vai deixar você ter outro,” Trance disse lentamente de seu lugar no sofá.

Ele estava coçando a cabeça de Tequila.

Tequila era a mãe da ninhada enorme. Ela também era um oficial K-9 treinada, mas Trance nunca tinha a usado em campo.

Kosher era o pai da ninhada, e surpreendentemente protetor com todos eles.

"Por quanto tempo eles precisam ficar com Tequila antes que estejam prontos para serem desmamados?" Mercy perguntou, ignorando totalmente o comentário de Trance.

"Eles estão prontos há uma semana e meia atrás, mas Viddy aqui parece pensar que estamos mantendo todos eles, o que definitivamente não estamos," disse ele, dirigindo o comentário à sua esposa, que estava sentada na cadeira ao lado do marido.

Viddy lhe lançou um olhar. "Não é que eu queira mantê-los, é só que quero que eles tenham casas realmente boas. Casas que eu possa visitar sempre que quiser, e assim verificá-los. Certificar-me de que eles estão felizes.”

Eu entendi isso.

Embora soubesse da morte do oficial K-9 aposentado um ano ou dois atrás, nunca o conectei a ninguém que conhecia até que Viddy o mencionou ao chegar à sua casa.

"Então eu posso entregá-los aos meus irmãos, fazê-los pagar, e você estará feliz?" Trance perguntou esperançosamente.

Ela considerou por um momento, e quando não encontrou nenhum problema com isso, respondeu simplesmente. "Sim."

Ele pulou da cadeira. "Vendido!"

Viddy riu enquanto eu olhava para o filhote no meu colo.

Eu estava atualmente com o bruto do grupo.

Trance e Viddy disseram que Ford tinha começado a chamá-lo de Morris, e eu tive que rir.

"Tenho um pássaro chamado Boris. Eles seriam melhores amigos," murmurei, acariciando o belo filhote de cachorro preto e marrom no meu colo.

Ele era seriamente a coisa mais adorável que já vi.

"Você tem um pássaro?" Trance perguntou com desgosto. "Eles não são grosseiros?"

Balancei minha cabeça. "Surpreendentemente, não. Ele é irritante, no entanto."

"Ele diz, ‘Explode dinamite’23 quando nós fodemos," Foster disse lentamente da porta.

Engasguei, cobrindo as orelhas da criança mais próxima, que por acaso era Ford. "Cuidado com a sua boca!"

Ele sorriu. "Tenho certeza que ele ouviu pior."

Trance bufou, sem dizer uma palavra. Viddy, porém, olhou para seu cunhado.

Sorrindo tortuosamente para Foster, ela virou seu sorriso maligno para mim. "Então Blake... você sabia que Foster odeia ouvir o som de lixa de unhas? E ele tem cócegas nos pés? Oh, ele tem medo de altura, embora não gosta de admitir. Ou... mmmmppph."

Foster cobriu a boca dela. "Lembre-se, minha querida. Sei coisas sobre você também. Tenho certeza que Trance adoraria saber o que você tem para ele."

"Você não faria isso," ela o olhou furiosa.

Ele sorriu maliciosamente. "Experimente."

Ela abriu a boca para, o que acho, para explodir com ele, mas a fechou com um estalo. "Respondendo sua pergunta anterior, Blake. Sim, você pode ficar com o cão."

"Não, ela não pode," Foster tentou.

"Por que não?" Perguntei.

Ele fez uma careta. "Porque o apartamento não permite animais de estimação."

Eu poderia dizer que ele estava mentindo.

"Na verdade, Downy ficou com Mocha lá por meses antes de se mudar. Tenho certeza de que eles não vão se importar," Miller disse, voltando da cozinha com uma cerveja para cada um dos irmãos.

Foster socou Miller no braço, fazendo-o balançar para trás e rir.

Sorri, apreciando a forma como os irmãos provocavam um ao outro.

Nunca tive nada parecido.

Meus pais tiveram outro filho alguns anos depois que nasci, mas ele nasceu morto. Algo que deixou eles tão arrasados que nunca mais tentaram novamente.

Olhei para o cachorrinho em meus braços. "Você quer vir para casa comigo, Morris?"

"Não! Seu nome não é mais Morris! É Molder!" Ford gritou em voz alta.

Pisquei. "Então, está tudo bem se eu levar Molder para casa comigo?" Perguntei ao garotinho.

Ele me estudou por um momento. "Sim, eu acho."

Viddy riu, dando um tapa no braço do seu marido. "Isso é totalmente você."

Ele deu de ombros. "Pelo menos isso é uma coisa um pouco boa. Ele tem o seu temperamento, no entanto."

Viddy sorriu largamente para o marido. "Isso é verdade."

"Trance, mamãe lhe disse que está chegando em duas semanas?" Miller perguntou, sentando-se no chão ao lado de sua esposa.

Trance sacudiu a cabeça. "Não. Por quê?"

Foster sentou-se no sofá diretamente atrás de mim, e me puxou, até que encostei em suas pernas.

"Ela disse que tem uma notícia e que queria nos dizer sobre isso pessoalmente," disse Foster, coçando a cabeça de Molder.

"Tem certeza de que quer um cão?" Foster sussurrou, interrompendo a conversa que eu estava ouvindo.

Concordei com a cabeça. "Sempre quis ter um cachorro. Ele é bonito, também."

Ele suspirou e puxou meu cabelo para trás até que eu olhasse para ele.

"Você sabe que eles cagam e mijam, e todas essas coisas divertidas, certo?" Ele perguntou.

Acenei concordando. "Sim. Vou perguntar ao Tio Darren se posso levá-lo para trabalhar comigo, e mantê-lo em seu escritório."

Ele bufou. "Sim, tenho certeza que isso vai acabar bem."


***

Mais tarde naquela noite


"Não. Nada de cães na estação," tio Darren declarou em voz alta através do telefone.

Eu sorri. "Downy tem um cão."

"O cão de Downy é um cão policial treinado. O seu ainda não tem o controle de sua bexiga. Não. Isso não vai acontecer," ele confirmou.

"Ele está vindo comigo. Vou comprar-lhe uma caixa e tudo," declarei com firmeza.

Foi à vez de meu tio rir. "Você não é especial. Não permito cães de ninguém lá. Por que deveria permitir o seu?"

Eu sorri, sabendo que o ganhei. "Porque sou a sua única sobrinha e você me ama?"

Ele suspirou. "A primeira reclamação que tiver sobre ele, ele irá embora. Entendeu?"

Desliguei uma mulher feliz.

"Você é tão ruim," disse Foster da cama.

Ele estava deitado de costas, com as mãos apoiando a cabeça enquanto assistia o noticiário das dez horas na TV em frente a ele.

Levei um Molder recém banhado ao banheiro e o fechei lá.

Ele se deitou sobre o tapete de banho, praticamente desabando com um suspiro.

"Sim, sim eu sou," concordei enquanto rastejava sobre a cama.

Não parei sobre o que vim a chamar de ‘meu lado’ embora. Em vez disso, fui para o lado de Foster, sentando em seu colo. Acomodando minhas pernas de cada lado das suas.

"Diga-me o que está acontecendo," perguntei, sabendo que já esperei tempo suficiente.

Ele suspirou e desligou a TV com o controle antes de jogá-lo na mesa de cabeceira ao lado dele.

Suas mãos se estabeleceram em cada lado dos meus quadris enquanto olhava nos meus olhos.

Deus, ele era tão bonito.

Seu cabelo loiro normalmente encaracolado estava mais liso agora, provavelmente porque ele passara muito tempo correndo os dedos através dele. Algo que ele fazia quando ficava preocupado ou nervoso.

"Achamos que encontramos o homem responsável por atirar contra a sua casa," ele falou finalmente.

Pisquei. "Como?"

Ele apertou meus quadris levemente enquanto repeti.

Seus olhos estavam duros, mas sua voz foi mais suave.

"Havia uma nota na porta da minha camionete," ele explicou. "Nós puxamos a gravação das câmeras de fora, e o encontramos. Ele é o irmão de um dos homens da The Dixie Wardens. Um membro novo que se transferiu para cá da unidade do Alabama," explicou.

"Certo," eu disse. "Então, você já o encontrou?"

Ele negou. "Não. Mas tenho alguém sobre ele. Assim que o encontrar, vai nos avisar."

Estudei seu rosto. Notando a leve torção do seu nariz, e a maneira como ele apertava e soltava os dentes, enquanto esperava o que eu diria em seguida.

"Eu deveria estar preocupada?" Perguntei.

Ele fechou os olhos. "Gostaria de dizer que não. No entanto, não vou lhe dar falsas esperanças. Você precisa estar vigilante e certificar-se de nunca está sozinha. Mas isso também não quer dizer que eu não possa mantê-la segura. O que eu farei. Tudo bem?"

Concordei. "Tudo bem."

Eu sabia que ele faria, também. Com a sua vida.


CAPÍTULO 21


Os pais são protetores para a vida. Até o final.

-Palavras de sabedoria


FOSTER


"O que você quer dizer com não o encontrou ainda?" Perguntei.

Eu provavelmente estava louco pra caralho por gritar com Lou ‘Shank’ Rhodes, mas não conseguia me conter.

"Ele está se escondendo. Não foi à sua casa em quatro dias, e não foi trabalhar também," Lou grunhiu.

Eu sabia que não era mais fácil para ele, mas paciência tem um limite.

"Silas está buscando o seu nome através de qualquer banco de dados que ele tem acesso. Gabe não encontrou uma maldita coisa sobre ele além do seu registro de serviço exemplar," resmunguei em frustação.

Aparentemente Quentin Ortiz teve sorte pra caralho. Ele conseguiu escapar de cada lugar que tínhamos sido capazes de localizá-lo nos últimos quatro dias.

Seu irmão estava disposto a ajudar, e nos forneceu todos os endereços conhecidos que poderíamos o encontrar, praticamente jogando seu irmão aos lobos.

Aparentemente, Manny e Quentin não se davam muito bem, e isso foi provado.

Beep.

"Ahh, espera, Lou. Manny está me chamando," falei.

"Basta me ligar de volta," disse ele antes de desligar.

Revirei os olhos e mudei de linha.

"Alô?" Respondi.

"Ele tem uma mulher... ou tinha uma mulher," disse ele. "Lembrei-me dela na noite passada. Ele costumava falar sobre visitá-la o tempo todo antes de se machucar e ficar em dificuldades. Seu nome é algo como Cherry... ou Mary ou alguma coisa assim."

Estremeci. "Você sabe onde ela mora?"

"Pelo que me lembro, era na Fifth Street. Estou dirigindo nessa direção agora."

"Bom," eu disse. "Vou encontrá-lo na esquina da Exxon."

"Entendido. Vejo você em vinte."

Retornando com minha viatura, dirigi-me à Exxon, que estava a menos de cinco minutos da minha localização.

Manny apareceu nos vinte como ele disse que iria, parando em direção oposta ao meu carro para que pudéssemos conversar através da janela.

"Vou apontá-lo para você, se eu puder," disse ele.

Acenei com a cabeça, e o segui.

Não demorou muito para ele encontrá-lo.

Na verdade, foi na quarta casa que passamos.

Ele parou, encostou e saiu.

Eu fiz o mesmo, encontrando-o no meio da calçada, nós dois olhando para a simples casa amarela.

Não era nada especial, realmente.

Apenas uma simples casa térrea no centro histórico de Kilgore.

Cara para alugar e mais cara para possuir.

"É essa?" Perguntei.

Ele assentiu. "É essa."

Balançando a cabeça, peguei meu telefone e fiz uma ligação.

"Preciso que você dê uma olhada em alguma coisa para mim,” eu disse a Gabe.

"Manda," ele disse, os dedos clicando em um computador.

"O endereço é Fifth Street 623. Você pode me dizer quem era o morador de lá? Provavelmente se mudou no ano passado, porque os vizinhos acham que a mulher saiu por volta dessa época," expliquei.

O teclado continuou a clicar enquanto esperava impacientemente pelos resultados.

Então fiquei atordoado.

"Berri Aleo foi à inquilina mais recente."

Filho. Da. Puta.


***

SHANK


"Você está me dizendo que aquele pau idiota do ex dela fez isso?" Perguntei com cuidado para esclarecimento.

Minha mão se apertando quando Foster começou a explicar.

"A casa onde Manny costumava ser visto foi alugada pela última vez por Berri Aleo. A nova noiva de David. A mesma com quem ele traiu Blake," Foster esclareceu.

Apertei os olhos bem fechados, enojado além do limite que alguém que tinha prometido amar e proteger a minha filha, minha menina, tinha tão pouco respeito por ela que poderia fazer algo parecido com isto.

Pode ter sido apenas por associação, mas foi por causa dele que tudo aconteceu.

"O que mais seu homem encontrou?" Perguntei, levantando-me para recolher minhas coisas que iria precisar.

"O endereço mais recente listado como vivendo um David Dewitt. Também tem um apartamento alugado na South Tenth Street," ele respondeu. "Estou indo para lá agora."

"Não, você não está. Você não precisa ter nada a ver com isso. Recue." Pedi.

"Você não pode me mandar fazer nada," Foster argumentou.

Eu sorri. Observe-me.

Desligando, a próxima chamada foi feita para o meu irmão.

"Alô?" Darren respondeu no quarto toque.

"Preciso que você chame a equipe da SWAT. Agora."


CAPÍTULO 22


Meu coração sangra quando penso em perder o homem com o qual eu comparei todos os meus potenciais maridos.

-Blake


FOSTER


Eu estava lívido.

Shank me fez ser convocado para uma reunião de merda, e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso. Não se quisesse manter o meu trabalho.

Chefe Rhodes tinha sido cuidadoso ao me avisar antes de desligar, depois de ter me ligado pessoalmente.

Entrei no escritório do chefe, nervoso por estar aqui enquanto deveria estar em outro lugar.

"O que está acontecendo?" Perguntei sombriamente.

O chefe olhou para cima, e recostou-se na cadeira do computador.

"O que você fez para irritá-lo?"

Sacudi minha cabeça. "Nem uma coisa maldita da porra. Encontrei uma pista sobre Quentin Ortiz. Ele me disse para ficar longe. E teve a certeza de que eu ficasse."

"Ele o quê?" Ele perguntou, curvando-se sobre sua cadeira e levantando-se.

Acenei a cabeça. "Sim, eu o encontrei. Ou posso ter. Ele está hospedado em um apartamento de propriedade estúpida com quem David Dewitt se casará."

O chefe grunhiu em frustração.

"Pegue a equipe e vá. Agora," o chefe ordenou.

Segui suas instruções, indo para a sala de guerra, encontrando todos os homens preparados e prontos para ir.

"Que diabos está acontecendo?" Luke perguntou frustrado. "John diz que não houve chamada."

Então, a voz do despachante, uma que trabalhava com Blake, veio em nossos rádios. "Código 11. Repito, código 11. South Tenth Street 5211. Vizinhos relatam tiros disparados e um policial na cena sendo arrastado pela porta da frente."

Movemo-nos como um.

Peguei minhas roupas no caminho, me trocando na parte traseira de Rita antes de chegarmos à cena.

Enquanto fazia isso, dei-lhes um resumo do que tinha encontrado até agora.

"Então, você não tem ideia do que vamos fazer, não é?" Perguntou Bennett.

Acenei com a cabeça. "Não. Nem uma única ideia."

"John," Luke disse em seu rádio. "Diga-me o que você tem."

John era o nosso homem do computador.

Ele poderia realizar malditamente quase tudo com um computador, desde que não estivesse protegido pelas normas legais. E foi por isso que eu não havia levado a ele o que Gabe estava fazendo por mim.

Ele poderia ter facilmente encontrado as informações também, mas eu não queria trazer ninguém para dentro dessa situação e fazer isso azedar. Algo que eu esperava que seria o resultado deste dia se não fossemos cuidadosos.

***

SHANK


"Você vai morrer," eu sorri.

Eu sabia que estava prestes a morrer, mas me sentir melhor sabendo que ele estaria indo para baixo comigo.

Carma é uma cadela, filha da puta.

Mas não conseguia superar o fato de que tinha feito algo tão monumentalmente estúpido.

Na minha cabeça eu era o durão que todo mundo pensava que eu fosse, mas na realidade eu era um homem chateado tentando proteger sua filha. Um homem que sabia fazer melhor do que entrar em uma situação instável, sem qualquer planejamento prévio.

Eu tinha fodido tudo. E agora minha filha sempre pensaria que isso era culpa dela. E foi por isso que fiz a próxima coisa estúpida.

Liguei para o 911 no meu celular. Fazendo exatamente o que a pequena cabeça de merda queria que eu fizesse.

Eu queria ter certeza de que o bastardo pagasse. Ele precisava cair, e eu teria certeza de que ele iria, nem que isso fosse à última coisa que eu fizesse.


***

FOSTER


"A chamada do 911 veio um minuto atrás como você disse," John confirmou. "Consegui para que Pauline atendesse a chamada. Blake sabe que é seu pai, no entanto. Ele diz que foi tomado como refém e o homem está o obrigando a fazer a chamada."

Engoli a bílis que se formou na minha garganta enquanto pensava nela tendo que ouvir seu pai chamando.

Maldição, eu era tão estúpido. Nunca em um milhão de anos eu teria pensado que Lou iria sair precipitadamente como fez, caso contrário nunca teria dito a ele.

Nunca.

Acabei de matar o pai da minha futura esposa, e não havia uma maldita coisa que pudesse fazer sobre isso.

"Você já tem a planta do apartamento?" Luke perguntou a John.

"Estão a caminho do seu computador agora. A metade inferior do edifício está em construção. Então você não terá que se preocupar com o elevador. Apenas um conjunto de escadas, e dois apartamentos no segundo andar. Ele está na primeira porta. A segunda porta está ocupada, mas o inquilino não está lá. A polícia tem uma faixa delimitada,” explicou John.

"10-4," Luke confirmou. "Estamos a caminho."

Subimos as escadas, dois de cada vez, olhos treinados na frente e atrás de nós.

Luke e eu estávamos no topo, Miller e Michael atrás de nós, em seguida, Bennett e Nico.

"James," Luke disse quando chegamos no topo. "Você tem alguma visão?"

"Negativo," James respondeu imediatamente. "As cortinas estão fechadas. Para não mencionar que o vidro está coberto com algo fosco. Não tenho nada."

"Porra," Luke suspirou. "Tudo bem rapazes. Vamos nos mover."

Luke sinalizou com as mãos, então deixei minha espingarda sobre meu ombro, a alça de travamento da arma aproximadamente sobre o meio das minhas costas.

Então peguei o que era considerado a ‘aldrava’ da porta e empurrei-a para abrir.

Ela abriu como um graveto arrancado do galho.

Caí para baixo, permitindo aos meus colegas oficiais que me cobrissem, e foi aí que começou o tiroteio.

Meu mundo explodiu, e a última coisa que vi antes da 'névoa vermelha' foi o sangue de Lou pulverizando toda a parede branca.

Exceto que quando a poeira baixou, e a arma que estava salpicando a parede acima da minha cabeça com balas finalmente parou, percebi que não havia qualquer ‘humano’ atirando em nós. Quem esteve aqui tinha escapado. A única coisa que restava era um AK-47 equipada para disparar assim que a tração na porta fosse liberada.

Algo que eu mesmo tinha feito quando destravei a aldrava da porta.

Tudo isso foi por nada.

Corri para dentro, espingarda no meu rosto apontando para o buraco no chão. Provavelmente por onde Quentin Ortiz fugiu.

Caindo de joelhos ao lado de Lou, coloquei meu ouvido ao lado de sua boca.

Não precisava ver suas feridas para saber que era sério.

Foi além de sério.

O AK-47 quase rasgou Lou ao meio, pois ele foi colocado na frente da arma.

Ele tinha caído para o lado no último segundo, mas não ajudou. Não o suficiente, pelo menos.

Ele estava ainda, com pelo menos oito balas alojadas em sua barriga.

"A nova esposa," Lou resmungou. "É para onde ele está indo. A nova esposa."

Abaixei minha testa em direção a Lou. "Você vai ficar bem."

Ele riu, mas começou a tossir antes mesmo que conseguisse expelir o ar para fora completamente. "Não minta. Apenas cuide dela. Prometa."

Fui empurrado para o lado pelos médicos, sem saber quando eles chegaram, mas feliz que a cena tinha sido liberada e que foi muito rápido.

"Eu vou, Lou. Eu vou. Agora deixe que eles cuidem de você,” eu disse, ficando de pé.

Ele olhou para mim. Diretamente através de mim, na verdade.

"Vou fazer isso até que possa dizer adeus a ela. Não irei antes disso,” ele resmungou.

À medida que o levaram para fora da sala, fiz uma promessa.

Ninguém jamais saberia que Lou ‘Shank’ Rhodes não estava realmente no turno naquele dia. Tudo que eles saberiam era que ele morreu como um herói, e eu teria certeza disso.


***

BLAKE


Caí de joelhos, a força rapidamente abandonando as minhas pernas, enquanto os últimos vinte minutos apenas se repetiam uma vez atrás da outra na minha cabeça. Eu tinha feito tudo o que podia? O que deveria fazer agora? Será que a minha mãe sabe? Será que ela se importaria?

Eu havia acabado de ouvir o meu pai, o homem que admirei a minha vida inteira, fazendo sua própria chamada para o 911.

Eu, felizmente, não fui aquela que pegou a chamada.

Tinha sido Pauline.

Mas ouvi a chamada sendo passada, no entanto.

Essa também era uma chamada de um oficial em perigo; o que significava que, enquanto Pauline atendia a chamada, liguei para o reforço e dei-lhes informações em tempo real.

A porta da expedição se abriu, e meu tio, parecendo despenteado, lançou-se apressado para dentro.

Ele me viu lá, de joelhos, e imediatamente caiu no chão ao meu lado, me pegando em seus braços.

"Vai ficar tudo bem, querida," ele sussurrou. "Vamos. Podemos chegar ao hospital em dez minutos."

"Mas Pauline ficará sozinha," chorei.

Ele balançou a cabeça, me levantando junto com ele. "Não se preocupe com ela. Ela tem a situação sob controle. Ela pode lidar com isso por dez minutos até que o reforço chegue."

Concordei, sem saber o que dizer.

Pauline olhou para mim enquanto eu passava, ainda na linha com quem ela estava falando pelos últimos dez minutos.

Eu não sabia, e realmente não me importava. Meu pai foi baleado e estava a caminho do hospital.

Eu sabia apesar de tudo.

Sabia bem lá no fundo que ele não iria sobreviver.

Seria um pequeno milagre se nós chegássemos e ele estivesse vivo.

Mas acho que milagres acontecem, porque no momento que passei correndo pelas portas do hospital atrás do tio Darren, e direto para à sala de Trauma, ele ainda estava vivo.

Mas ele não parecia bem.

Absolutamente.

"Papai," murmurei, olhando para ele.

O quarto em torno dele estava uma bagunça.

Enfermeiras escorregavam no sangue do meu pai que estava derramando do seu peito a um ritmo alarmante; os médicos tentando estancar o fluxo com pouco sucesso.

Meu pai olhava diretamente para mim.

Sua mão, coberta de sangue velho e novo, estendeu-se para mim.

Um dedo solitário torto, e um soluço prendeu na minha garganta.

Fui até ele.

Eu não tinha escolha.

Eu nunca, nunca, lhe dei o que ele queria.

"Ei!" Uma voz forte e irritada falou. "Tire-a aqui."

Ignorei o comando, me esquivando de outra enfermeira, que deslizou e caiu de bunda no sangue aos seus pés.

Não tirei os olhos do meu pai ir, apesar de tudo.

"Querida," ele murmurou.

Sangue escorreu da sua boca, e ele tossiu.

Meus olhos começaram a lacrimejar, e as lágrimas que estive segurando por força de vontade, finalmente transbordaram.

"Papai," implorei, apoiando meu rosto em sua cabeça. "Não me deixe. Por favor, não me deixe."

Eu não estava mais com vinte e quatro anos. Eu era a menina do meu pai. Sua única menina. A mesma menina que costumava rastejar na sua cama e se aconchegar ao seu lado.

A mesma garotinha que costumava ir atirar com ele nos fins de semana, em algum tempo de pai e filha.

A menina que pediu ao seu pai para acompanhá-la ao seu baile de formatura porque o namorado, na época, tinha adoecido com um vírus estomacal.

A menina que deveria ter seu casamento de conto de fadas... Com o pai andando com ela até o altar.

A respiração em meus pulmões falharam quando o ouvi ofegar, então a vida que havia ali começou a diminuir.

"Dê-me mais um abraço, garotinha. Eu a amo..." Em seguida, ele se foi.

"Não," chorei. "Por favor. Salve-o!"

Gritei estridente, e devastada.

Tudo o que eu sentia naquele momento saiu nas minhas palavras, e sabia que não estava sendo racional. Ninguém poderia sobreviver ao que ele passou.

"Hora da morte 02:02," disse uma voz masculina triste acima de mim.

"Papai," sussurrei. "Deus. Por favor, não vá. Por favor."

Minha voz estava rouca no momento em que senti braços surgirem em torno de mim.

Então me virei e vi Foster, vestido inteiramente em seu uniforme da SWAT, até mesmo o capuz ainda parcialmente cobrindo o seu rosto bonito, de pé atrás de mim.

Seus olhos, no entanto. Esses estavam assombrados. Devastados. Destruídos.

"Foster," chorei suavemente. "Ele se foi."

"Eu sei menina. Eu sei,” disse ele.

"Você quer doar seus órgãos?" Uma voz feminina e corajosa perguntou diante de mim.

Olhei para os olhos de uma mulher pequena, com cabelo preto escuro acinzentado.

Acenei com a cabeça, sabendo que era exatamente o que ele queria. "Sim."

Em seguida, eles o levaram embora, e eu o perdi.

Eu nunca mais o ouviria me chamar de bebê.

Nunca mais.

Nunca.

Para sempre.


CAPÍTULO 23


Dizem que o tempo cura todas as feridas... bem esses filhos da puta podem chupar. O tempo não cura nada. Apenas Jack Daniels24 cura.

-Nota para si mesmo


O funeral do oficial Louis 'Shank' Rhodes


Três dias depois


Blake


Eu estava com uma rosa em minha mão, e arranquei as pétalas, uma a uma, enquanto ouvia meu tio Darren discursar sobre a diferença que o meu pai fez em sua vida.

Foi um discurso.

Realmente bom.

Mas eu sabia que se prestasse atenção, se realmente me envolvesse no discurso como os outros ao meu redor estavam fazendo, eu iria desmoronar.

Eu cairia de joelhos e começaria a lamentar como uma criança.

E sabia que não poderia fazer isso.

Não na frente de tantas pessoas.

Oh, eles entenderiam, mas nunca me perdoaria.

Eu só tinha que ser forte. Só teria que passar pelas próximas três horas, e então poderia ir para casa. Poderia me aconchegar nos braços de Foster, e chorar até dormir como fiz nas últimas duas noites.

O nó estúpido, que esteve ali por dias, começou a aumentar quando meu tio desceu as escadas e foi direto para o caixão de meu pai.

O caixão era muito bonito. Mas você não podia ver muito dele devido à bandeira americana que o cobria.

Uma grande imagem do meu pai na última foto que ele tirou. Estava em pé atrás do caixão com uma enorme faixa das medalhas que ele tinha conquistado ao longo de sua carreira, pendurados no canto da armação.

Suspirei.

Tentava duramente conter o grito de dor que sentia surgindo em mim.

"Baby," Foster disse, me puxando para seu lado.

Então minhas lágrimas explodiram, e chorei na frente de milhares de pessoas.

Quebrar era uma palavra muito pequena para descrever esse momento.

Foi como se tivesse desmoronado.

Mas, então, a coisa mais engraçada aconteceu.

Em vez de Tears in Heaven25 começar, como eu havia escolhido, I Shot The Sherriff26 explodiu através dos alto-falantes em vez disso.

Ergui minha cabeça, e olhei em volta, assustada.

Finalmente, encontrei a fonte do estrago.

Foi a expressão no rosto do atendente que fez a minha risada escapar.

Isso era tão parecido com o meu pai, controlando as coisas até no céu.

Levantei-me, e caminhei direto para o atendente que estava freneticamente tentando mudar a música.

Foi intervenção divina, no entanto.

Na minha opinião, isso não mudaria em breve.

Colocando minha mão sobre a do homem que estava furiosamente clicando no enorme X na parte superior da tela, acalmei seus dedos e disse, "Está tudo bem. Gosto mais dessa música."

Ele olhou para mim, observando meus olhos, depois relutantemente retirou a mão.

Pegando o mouse, diminuí o volume em vez de tirar a música completamente, em seguida, fiz meu caminho para o pódio.

Uma nova força tomando conta do meu corpo.

Quando passei pelo caixão de meu pai, corri meus dedos ao longo do comprimento, sorrindo tristemente.

Diante de sua foto, pressionei um beijo em meus dedos, em seguida, coloquei-a na bochecha do meu pai antes de subir as escadas.

O funeral estava acontecendo no estádio local.

Não havia literalmente nenhum lugar grande o suficiente que coubesse as pessoas que eram esperadas para aparecer.

E elas vieram.

Cada arquibancada, assento fixo e parte superior estava tomada.

Inferno, havia até mesmo alguns na faixa de pedestres, que corria para a rua.

Observei as pessoas.

Rostos familiares e alguns não.

Saltei a minha mãe.

Ela estava não muito atrás, ao lado de sua irmã.

Ela estava toda de preto, como se não tivesse entregado ao meu pai os papéis do divórcio apenas três dias antes dele morrer.

Ele me escolheu quando ela o fez escolher, e ela seguiu com sua promessa de divórcio. Ela tinha ido tão longe que fez tudo on-line, tendo os documentos sendo enviados para o meu pai enquanto ele estava no trabalho.

Eu não falei com ela desde então.

Saltando sobre a forma carrancuda da minha mãe, finalmente foquei em Foster.

Tio Darren e tia Missy do outro lado dele. Um espaço entre eles onde estive sentada apenas alguns momentos antes.

"Eu não iria me levantar e vir aqui falar," falei à multidão, os olhos percorrendo os muitos rostos tristes. "Na verdade, antes da música começar, eu tinha certeza que morreria de tristeza."

Eu não ia mentir. Ainda doía. Machuca tão forte que era difícil respirar... mas sabia que iria sobreviver.

Só para ele, eu seria forte e diria o que estava em meu coração para fazê-lo orgulhoso de mim de onde ele estava me olhando.

Eu chutaria traseiros, e o faria orgulhoso.

"Há poucos dias atrás, fui entrevistada pelo jornal local," ofeguei. "Eu realmente, realmente não queria falar com o repórter, mas sentia que a história de meu pai precisava ser lembrada. Que ele merecia ser lembrado."

Olhei para o pódio e disse-lhes o que me recusei a dizer para a repórter.

"Ela me perguntou qual era a minha lembrança favorita do meu pai, e eu não pude escolher uma," solucei. "Eu estava mentindo, no entanto. Eu tinha uma. Todo mundo tem uma. Mas uma em particular, mudou o curso da minha vida. E isso só aconteceu há algumas semanas. A última vez que pude passar com ele antes que ele fosse baleado e morto naquele tiroteio.”


***


FOSTER


Segurei o olhar de Blake esperando o que ela diria em seguida. E eu sabia antes que as palavras saíssem de sua boca que elas iriam me derrubar.

Iriam arrancar meu coração e pisar nele.

E eu estava certo.

Mas foi um tipo bom de dor, porém.

"Nós saímos, estávamos bebendo uma cerveja quando ele me disse que minha mãe resolveu deixá-lo," ela disse suavemente.

O microfone pegou sua dor, entretanto, e irradiou-a através de todo o estádio para que todos ouvissem.

"Perguntei-lhe qual era o ponto do amor se o divórcio era possível depois de estar com alguém por trinta e tantos anos," disse ela, enxugando uma lágrima solitária. "Então sua resposta para mim foi, que eu deveria tirar minha cabeça da minha bunda."

Ela começou a rir em meio às lágrimas, e eu não queria nada mais do que ir lá e puxá-la para meus braços.

Mas a deixei lá para contar a história que eu sabia que ela precisava tirar de seu peito.

"Após um momento de silêncio, chocada, repreendi meu pai por sua linguagem, e ele foi direto comigo." Ela sorriu, um canto do lábio levantando mais do que o outro. "Ele disse, 'Blake Boston Rhodes. Eu não criei nenhuma idiota. Você tem um homem que é um durão filho da puta. Ainda mais forte do que eu. Quer saber por quê? Porque vi o jeito que ele olhou para você.’"

Ela aprofundou sua voz, chegando mesmo a colocar um pequeno sotaque em suas conotações.

"Após mais um momento de silêncio, chocado da minha parte, perguntei o que ele queria dizer. E sua resposta foi, "Querida, não é preciso ser um cientista de foguetes. Sua mãe e eu nos divertimos muito. Nós vivemos, nós amamos, mas o que tínhamos não era puro como o que você e esse menino têm. O que você tem resistirá ao desafio do tempo. Ele moveria fodidas montanhas por você. Tudo que você tem a fazer é deixá-lo entrar. Diga-lhe o que você quer. E quando ele vier e pedir sua mão em casamento, o que bem sei que ele vai fazer, vou dizer-lhe que não. Então ele virá e a levará de mim de qualquer maneira. Isso... Isso aí é o que me diz que ele quer você. Ele não se importa que a mulher que ele ama é a filha de Shank Rhodes. Ele se importa que você esteja feliz, e você é você. É com isso que ele se importa. Então, quando ele lhe pedir para ser sua, você será a garota inteligente que sei que você é, e lhe dirá ‘porra’ sim.’”

Tossi, rindo com o resto das pessoas no estádio, quando ela contou o que o pai tinha dito.

Lembrei-me, no entanto, do que ele disse, apenas um dia depois, quando lhe perguntei.

"Sim. Mil vezes sim. Porque sei que você vai tratá-la como merece. Mas você diga a ela que eu disse que não, porque ela precisa saber que estou lá para protegê-la, se ela precisar. E saiba que sempre estarei observando você, mesmo se estiver morto e enterrado. E vou encontrar uma maneira de chutar sua bunda do outro lado da sepultura, rapaz. Foda-se e você verá."

"Então ele me deu um abraço e me trouxe outra cerveja, onde nós começamos a ficar bêbados e celebrar que ele era um ‘homem livre,’ como ele gostava de chamá-lo," ela riu. "Nunca fiquei bêbada na minha vida, mas naquela noite, por ele, eu fiz isso."

Então, como se estivéssemos em um filme maldito, o pager de cada membro da equipe SWAT começou a disparar.

Os olhos lacrimejantes de Blake focaram no meu rosto, e ela sorriu, o primeiro sorriso sincero que eu tinha visto nela em dias.

"E é isso, rapazes, é para isso que meu pai vivia. A emoção da perseguição, a sensação de pegar o cara mau. Não percam tempo. Saiam daqui e fiquem seguros," ela ordenou calmamente.

Como se estivesse em transe, levantei-me e, na frente de milhares de pessoas, soprei-lhe um beijo. Um que ela pegou e colocou sobre seu coração.

Te amo, murmurei.

Ela piscou e murmurou de volta, eu também te amo.


***


"Você já contou a ela?" Miller perguntou.

Levantei meus olhos da minha posição sentado nos degraus da varanda da casa do chefe e balancei a cabeça. "Não há nada para contar."

Tomei um gole da minha cerveja, que se transformou em mais de um quando pensei sobre quão injusto eu estava sendo.

Blake merecia saber de tudo, mas não conseguia encontrar coragem para contar a ela.

"Há algo para contar. Ela precisa saber. Merda como esta," Miller balançou a cabeça. "Acaba saindo. Em algum momento. Alguém vai escorregar, e ela vai descobrir a sua participação nisso tudo. Ela vai saber que você foi o único que..." Levantei a mão para parar o discurso de Miller.

"Eu sei," suspirei, esfregando meus olhos o melhor que pude com uma garrafa de cerveja na mão. "Eu fodidamente sei."

"Ele não tem que me dizer nada. Eu já sei tudo," uma voz suave, cheia de dor falou do lado oposto da grade.

Por trás das nossas costas.

Ela veio para a parte de trás da casa, provavelmente procurando um tempo sozinha, mas tinha entrado no meio da minha festa de piedade.

Miller me deu um tapa nas costas enquanto passava, voltando para dentro, onde estava sendo realizada uma recepção em homenagem a Lou.

Virei-me, colocando as duas mãos sobre a grade da varanda, a garrafa de cerveja pendurada por um dedo em torno da borda.

"O que ele lhe disse?" Perguntei em voz baixa.

Ela estava deslumbrante em preto.

Apenas desejei que não tivesse que vê-la neste vestido tão cedo no nosso relacionamento. Ela disse que só o usava para funerais e isso quebrou meu coração.

Seu cabelo loiro estava metade para cima, metade para baixo, descendo em cascata pelas costas.

Seus olhos estavam margeados com preto carvão, e sua máscara, bem como a sombra dos olhos, era a mais pesada já tinha visto.

Ela parecia tão bem agora quanto estava quando saímos de casa hoje cedo pela manhã.

"Tudo," ela sussurrou, olhando para as centenas de carros alinhados na rua de seu tio. "Ele contou-me tudo... e não o culpo. De modo nenhum."

Fechei os olhos, aliviado.

Realmente muito grato por ela entender, quando poderia facilmente apenas ter ido embora com suas opiniões.

"Isso é bom," sussurrei.

Ela virou-se para mim, com os olhos tristes, e sorriu. "Eu amo você, Foster."

Então, andou até a grade e se inclinou por cima, oferecendo seus lábios para mim.

"Agora me dê um beijo antes de ir lidar com a minha mãe."

Obedeci, inclinando-me para lhe dar um beijo.

Seus lábios com sabor salgado, como se todo o sal, de suas lágrimas houvessem se reunido lá para eu provar.

"Eu também te amo."


CAPÍTULO 24


Às vezes, a melhor parte do meu trabalho é que fazer a cadeira girar.

-E-Cartão


Blake


"Quem estava ao telefone?" Perguntei, caindo no sofá ao lado dele.

Eu tinha acabado de lavar minhas mãos da minha mais recente tentativa de jogar um pote. Foi a quarta vez que estraguei um, esta semana.

Minha mente estava em coisas diferentes, e me peguei olhando para o espaço por longos períodos de tempo, pensando em tudo o que havia acontecido na última semana.

"Um... ninguém. O Chefe convocou uma reunião. Quer que eu chegue lá em uma hora," ele falou, tirando a camisa. "Vou tomar um banho rápido."

Segui atrás dele, percebendo que ele me escondia alguma coisa no momento que não me olhou nos olhos.

"O que ele quer falar?" Perguntei, seguindo-o até o banheiro.

Ele estava tirando as calças quando entrei, e meus olhos foram imediatamente capturados pela mais nova tatuagem em sua lateral.

Era uma flor solitária.

Uma rosa vermelha, para ser exata.

Ela tomava todo o seu lado esquerdo. Ele a tinha feito na segunda noite depois que meu pai morreu, dizendo que a flor o fez lembra de mim. Levando ele a perceber que tinha algo bonito em sua vida, e que precisava manter a cabeça no lugar, mesmo quando tudo o que queria era encontrar os responsáveis por matar meu pai.

Pensei que o sentimento era muito bonito, e eu gostava de olhar para a tatuagem; especialmente quando sabia que ele tinha feito por minha causa.

"Algumas coisas da SWAT," respondeu ele, antes de começar a retirar sua prótese.

Eu o vi fazer isso tantas vezes, que agora era apenas rotina, mesmo que todo o processo ainda me atraía.

Ele simplesmente me surpreendeu muito com sua capacidade de adaptação. Ele agia como se não houvesse nada de errado em sua vida, mesmo vivendo com um deficiência que teria debilitado muitos homens.

Aproximei-me dele até que me encaixei entre suas pernas abertas, então passei meus braços em torno de sua cabeça e puxei-o para mim.

Ele apoiou a cabeça em meus seios e suspirou, a tensão em seus ombros relaxando no momento em que coloquei minhas mãos sobre ele.

"Você não tem que me dizer Foster. Mas não minta, tubo bem?" Pedi suavemente, inclinando a cabeça para que pudesse ver seus olhos.

Ele me olhou. "Sim, senhora."

Ele se inclinou e colocou um beijo suave, de boca aberta em minha clavícula, arrepiando minha coluna, direto para os meus mamilos.

"Eu ainda acho que você precisa de tempo," ele murmurou contra a pele do meu pescoço.

Isso era algo que ele esteve dizendo nos últimos dias quando tentei levá-lo a fazer amor comigo. Ele ia longe o suficiente até que eu ficasse satisfeita, mas nem um milímetro além disso.

Hoje, porém, não terminaria assim. Ele precisava da liberação, tanto quanto eu.

Agarrei seu cabelo, puxando-o para trás até que eu pudesse ver seus olhos claramente.

"O que eu preciso," sussurrei, correndo os lábios do seu pescoço até o pomo de adão. "É me distrair. Algo que você faz muito, muito bem."

Ele rosnou, e senti a vibração, que começou em meus lábios seguindo até o meu clitóris.

"Você não sabe o que está pedindo," ele falou, segurando meus quadris com tanta força que estava ao ponto de doer.

Eu sorri baixinho antes de raspar meus dentes ao longo do seu pescoço.

"Sei exatamente o que estou pedindo."

Com isso, ele me puxou para frente e me beijou furiosamente.

Sua boca duelou com a minha enquanto seus dedos encontraram o caminho para o cós da minha calça.

Eu ainda colocava um jeans... ou qualquer coisa que se parecesse apresentável para vestir em público, desde que meu pai tinha morrido.

Eu me sentia menos do que sexy.

No entanto, agora, me senti como a porra de uma rainha.

Foster devorou minha boca, em seguida, passou a correr sua barba ao longo da pele macia do meu pescoço.

Cócegas e outras sensações me inundaram, tudo ao mesmo tempo.

Agarrei um punhado do seu cabelo quando ele começou a me abaixar para o piso frio do chão do banheiro.

"Eeek!" Gritei, levantando minha bunda nua quando ela encostou na cerâmica fria.

Ele sorriu enquanto terminava de puxar minha calça pelas minhas pernas, e então estabeleceu seu corpo nu entre as minhas coxas espalhadas.

Sua boca encontrou o meu pescoço novamente, viajando por toda a extensão da minha camiseta até que encontrou a pele nua de minha barriga, alisando sua boca sobre ela languidamente.

"Quero plantar meu bebê aqui," ele sussurrou bruscamente. "Quero tanto vê-la engordando com o meu filho que chega a doer.”

Sorri enquanto ele deslizava a boca por minha barriga até que parou na parte inferior do peito esquerdo.

“Vou ver o que posso fazer sobre isso," respirei ofegante quando sua língua encontrou o meu mamilo.

Ele não o sugou, no entanto.

Apertou. Mordeu. Puxou.

Fez tudo, exceto sugá-lo. Principalmente porque ele sabia o que brincar com meus mamilos me fazia, e se ele começasse a chupar, então perderia a minha capacidade de me concentrar.

Algo que ele gostava de fazer apenas quando eu estava na beira do orgasmo.

"Por favor," implorei levantando os quadris, pedindo-lhe para me dar o que eu queria tão desesperadamente.

Ele sorriu, levantando-se de joelhos para empurrar sua cueca boxer para baixo em suas coxas.

Minha boca salivou ao ver seu pênis. Como sempre fez.

Ele realmente tinha um pênis perfeito. A cabeça grossa e corada, seguida por um eixo exuberante. Eu queria adorá-lo em meus sonhos, de tão bom que era.

Nunca pensei que pênis poderiam ser bonitos, mas Foster era apenas isso.

Comecei a inclinar-me para frente e capturar a beleza na minha boca, mas ele parou meu movimento com a palma da mão na minha barriga.

"Pare," ele ordenou. "Quero olhar para você."

Não sei o que viu.

Eu sei o que eu vi, no entanto.

Minha camiseta tinha sido empurrada sobre os meus seios, revelando apenas meus mamilos rosados ao seu olhar. E minha bunda nua pressionada contra o chão frio, me deixava completamente certa que destoava bastante do mosaico marrom escuro.

Em seguida, havia o meu cabelo.

Para cima em um coque bagunçado que não tinha sido escovado por um dia ou dois, estava realmente um desastre.

No entanto, Foster nunca se queixou. Ele achava que eu era linda. Algo que ele fez questão de mencionar pelo menos uma vez por dia. Às vezes até mais.

E isso, mais do que qualquer outra coisa, foi o que mais me impressionou. Ver a luxúria em seus olhos era um completo renascimento, depois desses dias.

Minha mão passeou por minha barriga até embaixo, chegando no meu clitóris, quando comecei a rodeá-lo com um dedo solitário, esperando estimulá-lo a agir com o movimento.

Mas ele não se mexeu. Apenas me observava mover cada vez mais rápido.

Foi só quando minha outra mão foi para o meu mamilo, e meus olhos começaram a se fechar que ele empurrou em mim, então percebi o início de um orgasmo me impulsionando violentamente.

A surpresa foi tão grande que gozei duro e rápido.

O orgasmo que esteve pairando sobre mim chegando com tanta força que gritei até que me tornei ofegante.

Ele rosnou, estocando vigorosamente enquanto me conduzia através do meu orgasmo.

Não demorou muito até que ele gozasse também. Derramando-se em mim em jorros longos e ásperos.

"Uhhh," ele gemeu plantando-se profundamente e congelando.

Passei meus braços em volta do seu pescoço e minhas pernas por sobre sua bunda antes de puxá-lo para mim.

Ele caiu se apoiando nos antebraços acima de mim e sorriu para meus olhos sonolentos e saciados.

"Hora da soneca?" Ele sorriu.

Concordei com a cabeça.

"Sim, só tenho que encontrar a energia para chegar lá."

No final, tomamos banho juntos, e ele me levou para a cama.

Pensei que nós dois tínhamos adormecido, mas quando acordei uma hora mais tarde, o seu lado da cama estava vazio, e percebi que esteve assim por algum tempo.


***


"Você vai me deixar entrar lá," rosnei para meu tio.

Eu realmente não estava com paciência para isso.

Depois que Foster saiu de casa de forma tão abrupta uma hora antes, eu soube que algo estava acontecendo.

Meu tio suspirou e abriu mais a porta, permitindo que eu entrasse na sala de interrogatório.

"Oficial, a minha cliente não fez nada de errado. Ela está em uma condição delicada, e gostaria de ir para casa, ficar em sua cama, onde ela deveria estar até que esteja em um estágio mais avançado em sua gravidez," disse o advogado viscoso quando passei pela porta.

Foster, que estava em pé no canto, com os olhos colados no interrogatório, endureceu quando percebeu que eu estava lá.

"Blake..." ele começou, mas parou quando levantei a minha mão, parando a sua conversa mansa.

Se o bastardo pensou que poderia me foder, me deixar saciada na cama, eu o perdoaria por sair sem me avisar, estava muito enganado.

Principalmente na forma do tratamento silencioso.

"O que aconteceu até agora?" Perguntei ao meu tio.

Meus braços estavam atualmente envolvidos em torno de Molder, que tinha, é claro, me acompanhado até a estação de polícia com um Downy risonho.

O homem pensou que muito engraçado eu 'não obedecer Foster.’ Palavras dele, não minhas.

Só olhei e me recusei a falar com ele também.

Achei que era a coisa mais linda do mundo quando Molder começou a incomodar Mocha, parceira K-9 de Downy.

"Sinto muito, cara," Downy disse, quebrando o silêncio. "Eu tentei."

"Uh-huh. Ela tem 61kg para os seus 135 kg. Tenho certeza que você tentou muito," Foster argumentou.

Downy deu de ombros e sentou-se ao lado dos outros membros da equipe da SWAT.

Por que eles estavam TODOS lá, eu não sabia. Algo que penso que Foster deveria ter me contado. Especialmente desde que pensei que ficou acordado que ele não me deixaria fora do circuito mais.

Independentemente disso, porém, eu estava aqui agora, e iria ficar até que tivesse algumas respostas. Respostas que um certo alguém não estava me dando.

"Você pode me dizer por que você tem um apartamento em seu nome quando esteve aqui com David por um tempo bem longo?” Perguntou o detetive.

"Usamos o apartamento como depósito. Tivemos que juntar as nossas coisas em um só lugar, e descobrimos que é mais barato continuar pagando o aluguel, desde que o contratado já está assinado,” disse David, explicando perfeitamente.

"Na verdade, eu olhei por esse lado também," disse o detetive. "Imaginei que essa poderia ter sido a razão. O contrato de arrendamento do apartamento terminou a dois meses. O custo de 'alugar' o apartamento era de quatrocentos e trinta e dois dólares por mês, mas nenhum dos dois teve esse dinheiro saindo de suas contas. Nem retiraram qualquer valor, por isso, se esse for o caso, como vocês pagaram? "

"Uh-oh, spaghetti-o27!" Downy brincou, estalando os dedos em rápida sucessão. "O'Keefe pegou você, cadela!"

Olhei para ele, e o homem louco estava comendo pipoca.

De onde ele tirou isso, eu não sabia.

Provavelmente nunca saberia.

Homem tolo.

"Detetive," o advogado viscoso falou preguiçosamente. "Você não pode provar nada. É tudo circunstancial.”

Detetive O'Keefe sorriu.

"Então você não sabia que Quentin Ortiz estava hospedado em sua casa?" Detetive O'Keefe esclareceu.

David finalmente se levantou. "Ouça, O'Keefe. Nós dois temos álibis para aquela noite. Você não encontrou nada..."

"Quando foi a última vez que você viu Quentin Ortiz?" O detetive falou sobre David, dirigindo o pergunta a Berri.

Ofeguei, cobrindo minha boca com o olhar furioso assumindo as características geralmente muito amáveis de David.

Os braços de Foster me envolveram por trás, e ele descansou a cabeça no topo da minha.

Ele não disse uma palavra, e nem eu fiz.

Chegaremos a isso mais tarde. Por enquanto, eu estaria deixando isso passar.

"Ela já disse que não sabia de nada!" David gritou.

Com isso, o detetive O'Keefe finalmente deu toda a sua atenção ao homem.

"Escuta aqui, Dewitt. Já tive tudo o que consegui tirar de sua boca. Que tal você sair daqui e me deixar falar com a sua mulher, sozinha," disse o detetive O'Keefe.

Não foi o que ele disse, mas como ele disse.

"Alguém vá tirá-lo de lá. Traga-o aqui e o deixe ver o que acontece a seguir," Foster disse de repente.


CAPÍTULO 25


Uma fêmea te ama verdadeiramente você vai ficar com você até o fim. Sua mãe, isto é, não eu. Porque eu, certamente não estarei lidando com sua merda mais.

-Blake Para Foster


FOSTER


"Tire suas mãos de cima de mim," David sibilou, puxando seu braço rudemente da mão de Luke.

Luke empurrou-o para baixo em um banco na frente, o que significa que ele não viu que eu estava na parte de trás.

David rosnou algo ininteligível para Luke, e Luke respondeu com algo igualmente baixo. "Sente-se e cale a boca. Estamos tentando ajudar um companheiro de merda. Feche a porra da boca e assista."

Pisquei surpreso com a veemência em sua voz.

O corpo de David caiu, e fiquei pasmo com o quão derrotado ele parecia.

Uau, ele realmente se importava com ela!

Tive minhas dúvidas, mas isto provou ser algo que eu nunca esperava.

Quero dizer, como você poderia se preocupar com alguém que estava claramente mentindo?

Cada um de nós podia ver isso. Ele estava tão profundamente envolvido que não conseguia enxergar?

"Tudo bem, Sra. Aleo,” Detetive O'Keefe sentou-se. "Nós sabemos que você está envolvida. É apenas uma questão de tempo até que a coisa toda seja revelada. Que tal você ir em frente e nos informar o que está acontecendo."

"Você está mentindo," ela sibilou. "Você não tem nada sobre mim."

O'Keefe sorriu. Um sorriso malvado. Um que ele deve usar apenas em interrogatório de suspeitos.

"Seu ex-marido, Emmett Aleo, foi um homem muito útil," disse o detetive O’Keefe, recostando-se na cadeira.

Sua postura falava de facilidade e triunfo.

Ele a tinha e ele sabia disso.

"Se você não está prendendo minha cliente, vamos embora," disse o advogado, ficando de pé abruptamente.

O'Keefe também se levantou.

Em seguida, ele puxou alguns papéis do bolso de trás.

"Seu marido foi muito útil, na verdade," disse ele, oferecendo ao advogado a pilha de papéis.

O advogado pegou, em seguida sua cabeça pendeu. "Foda-se."

Bem, isso não parecia postura de um advogado.

Os braços de Foster ao meu redor me apertaram com força antes de me soltar, para ele se aproximar da janela, ficando ao lado dela novamente.

David olhou para trás, e tive que cobrir a boca para segurar a risada que ameaçava irromper da minha garganta.

"Aposto que ele recebe uma confissão dela em três minutos," Downy disse, jogando um pedaço de pipoca em sua boca.

"Dois."

"Cinco."

"Sete."

"Um."

Esse último comentário foi feito por Nico, o que levou David a se virar e ver quem, exatamente, estava na sala com ele.

Dei-lhe um pequeno aceno quando seus olhos pousaram em mim, fazendo-o me encarar e virar-se tão abruptamente que a cadeira balançou.

O advogado colocou os papéis sobre a mesa na frente de Berri, e ela olhou para eles a contragosto.

Em seguida, seus olhos se arregalaram.

"O que dizem os jornais?" Perguntei a ninguém em particular.

"Sabe o que isso significa Sra. Aleo?" Perguntou o detetive.

"Apenas espere por isso," disse Bennett. "Vai ser lindo."

Suspirei, mas mesmo assim 'esperei por isso'.

Berri se recusou a dizer qualquer coisa.

"Esses são os papéis do divórcio," disse o detetive O'Keefe.

David bufou, mas depois congelou com as palavras seguintes do detetive.

"Os papéis do divórcio de Quentin Ortiz." O'Keefe continuou. "Diga-me, Sra. Aleo. Por que ninguém sabia que você estava casada com Quentin Ortiz na semana passada quando visitamos você? Talvez porque ninguém deveria saber? Seu noivo sabe, não é?”

"Acho que, já que você não vai ajudar, você pode me dizer se entendi alguma coisa errada. Como eu disse, o seu ex-marido foi muito útil," disse O'Keefe descaradamente. "Sr. Ortiz e você são vigaristas. Se casam com pessoas separadamente, tiram tudo que eles tem, e passam para o próximo. Mas vocês continuam casados um com o outro enquanto fazem isso, e foi onde vocês fizeram besteira."

Os olhos de Berri ficaram loucos enquanto procurava um meio de fugir.

No entanto, não havia um. O'Keefe a tinha e todos nós sabíamos disso.

"A defesa de seu marido negociou por fora, jogando-a sob o ônibus28 em troca de uma pena menor," O'Keefe disse. "Ele foi inflexível, porém, que você estragou tudo, e por sua vez, o ferrou. Veja, você não deveria ter engravidado. Algo que você fez com David Dewitt. E ele ficou louco, mas você o convenceu que isto poderia trabalhar em seu favor. Que você poderia obter mais dinheiro. Exceto algo... ou alguém, que aborreceu você. E você voltou para o seu ex-marido, Quentin Ortiz, e pediu-lhe para fazer algo para você. "

Ela finalmente quebrou.

"Fui e o encontrei. Eu queria o que era meu por direito. Sou a única tendo um bebê. Ela não está. Então por que eu não poderia tê-lo?" Berri gritou.

"Como você sabia que ele faria isso?" Perguntou O'Keefe, cruzando os braços casualmente sobre o peito.

"O jornal. Com a sua pequena história 'Nós somos heróis também’ que ela concedeu ao jornal no dia seguinte ao que aconteceu. Eu não tinha percebido que ele estava fazendo esse tipo de coisa. Quando os deixo, não tenho mais contato."

"E desta vez?" Perguntou O'Keefe.

"Aquela puta estúpida da ex do David. Ela se recusou a me dar a herança que era minha por direito," ela rosnou.

"Tudo isso por causa da porra de um berço?" Eu meio que gritei. "David, seu estúpido filho da puta!"

Tentei me lançar sobre ele, mas fui impedida por Foster, meu tio e Downy.

Sua bacia de pipoca voando do seu colo enquanto ele me agarrava pela cintura antes que eu pudesse chegar a David.

Assim que ele me pegou pela cintura, praticamente me jogou através do ar para Foster, que, em seguida, me pegou e apertou os braços de aço firmemente em torno de mim.

"Está tudo bem, querida," ele sussurrou. "Ele também se sente horrível. Olhe para ele."

Relutantemente, eu fiz, e não gostei do que vi.

Ele parecia horrorizado.

Ele parecia quebrado. No entanto, eu não me importava. Nem um pouco.

Eu tinha perdido meu pai, meu melhor amigo, tudo porque David não pode manter seu pau estúpido em suas calças.

"Vou para casa," sussurrei.

"Vou com você," Foster disse, começando a me soltar, mas balancei a cabeça.

"Não," eu o detive antes que começasse a me seguir. "Downy pode me levar. Na verdade, vou ver o vovô. Vamos passar algum tempo juntos. Você pode vir me buscar quando terminar."

Com isso, comecei a sair da sala, parando quando os meus pés tocaram a bacia de pipoca.

Por um capricho, me abaixei e atirei a bacia na cabeça de David, fazendo-o ricochetear antes de cair no chão.

Sorrir entredentes para ele.

Ele olhou para os seus pés, evitando contato com os olhos, o que só serviu para me deixar ainda mais furiosa.

"Covarde," murmurei enquanto saía da sala, caminhando rapidamente pelo corredor.

"Devagar, Blake. Estou cheio. Você não quer que eu vomite a minha pipoca, não é?" Downy brincou enquanto me alcançava.

Joguei-lhe um olhar por cima do ombro, que falou tudo o que estava sentindo, e ele sorriu.

O filho da puta sorriu.

"Você é horrível. Não sei como a sua mulher te suporta," suspirei, saindo pela porta dos fundos direto para a camionete de Downy.

"Memphis me ama. Ela suporta qualquer coisa, contanto que eu esteja feliz," Downy riu.

"Tanto faz. Apenas me leve para a casa do meu avô," pedi emburrada.

"E o seu cachorro?" Ele perguntou.

Dei de ombros. "Foster pode pegar Molder. Agora vamos."

"Sim, senhora," disse ele com um sorriso na voz. "Qualquer coisa para você."

Tudo correu tranquilo... isto é, até que chegarmos à casa de meu pai.

A primeira coisa que me fez perceber que havia algo estava errado foi o fato da porta da garagem não estar aberta.

Normalmente nesta hora do dia meu avô estaria trabalhando no seu carro que ficava na garagem.

No entanto, a garagem não estava aberta, e as cortinas estavam fechadas.

Inferno, até mesmo as cortinas blackout estavam cerradas.

"Algo está errado," sussurrei quando Downy estacionou a camionete na calçada.

"O quê?" Ele perguntou, colocando a camionete em marcha à ré e saindo da entrada.

Ele pulou quatro casas e parou na frente da casa da Sra. Peseta.

"Não sei. Mas geralmente há alguma atividade. Meu avô se levanta às seis horas. E não fecha as cortinas até que esteja pronto para ir para a cama. Ou há algo de errado com ele, ou... Eu não sei... alguma coisa.”

Downy pegou o telefone e fez uma chamada.

"Preciso de reforços na Sheffield 222. Venha na prioridade dois. Estacione ao lado da minha camionete, um Chevy branco," Downy disse em seu rádio.

Assim como Foster, ele falou isso em alteração. Deve ser coisa de policial.

Esperei e esperei um pouco mais Downy sair e checar, mas ele nunca o fez.

Ele apenas assistiu e ouviu.

"Você não vai sair e dar uma olhada?" Perguntei finalmente.

Ele olhou para mim. "Ainda não. Vou esperar até que tenha alguém com você antes de ir. Não deixarei você sozinha."

"Mas..."

Ele parou o meu próximo argumento com apenas um olhar.

"Não vai acontecer."

Meu ouvido doía quando olhei atrás de mim, querendo saber se meu avô estava bem.

Deus, por favor, que ele fique bem. Não posso perdê-lo também.


CAPÍTULO 26


Sei que é difícil admitir que você está errado, mas eu posso sobreviver sem sexo oral ... você pode?

-Blake Para Foster


FOSTER


Miller e Nico seguiam comigo, enquanto Luke, Michael e Bennett vinham logo atrás.

"Fale-me sobre o layout da casa," Luke perguntou através do rádio.

Nós tínhamos mudado para um canal confidencial, assim eu me sentia seguro falando tudo o que sabia.

"Três quartos. Uma grande sala de estar e cozinha aberta. Lavanderia que leva para a garagem. Varanda dos fundos. Dois banheiros. Um ao lado da sala de estar, e um no piso superior,” informei. "O quarto do avô é o do fundo à direita. Ele tem uma entrada para o exterior por uma porta de vidro deslizante."

Terminei a última frase quando acabamos de fazer a volta que nos levaria até a camionete de Downy.

Seguimos pelo caminho contrário, assim não teríamos que passar na frente da casa, e não chamaríamos qualquer atenção indevida para nós.

Quando saímos, agarrei a bolsa de Downy do banco de trás e joguei-a em sua direção. A qual ele prontamente pegou e começou a vestir-se com seu equipamento.

"Você ouviu tudo isso, Downy?" Luke perguntou enquanto caminhávamos.

Ele acenou, virando-se para responder ao seu melhor amigo e chefe. "10-4."

"O Detetive O'Keefe está ali," falei apontando o carro para Blake. "Fique com ele, e não o deixe, não importa o que você ouça. Compreendeu?"

Ela assentiu com a cabeça, os olhos cheios de lágrimas. "Entendi."

Pisquei para ela, puxei o capuz sobre o rosto, e comecei a atravessar o quintal atrás de Luke.

"Espere!" Ela gritou, me fazendo parar.

Virei-me num instante e olhei para ela.

Ela correu até mim, deu-me um beijo rápido nos lábios... bem, o melhor que podia com uma máscara cobrindo meu rosto, e começou a correr de volta para O'Keefe, que estava saindo de seu carro.

"Fique seguro!" Ela ordenou por cima do ombro.

"Fique seguro garotão!" Downy zombou, imitando a voz de Blake tão bem que olhei para ele com surpresa.

Ele riu e puxou sua própria máscara para baixo enquanto seguíamos em direção a casa.

"Tudo certo," disse Luke. "Downy você leva a sua equipe pelos fundos. O quarto do avô. Meu time irá tomar a frente."

Fui com Luke, desde que eu estava em sua equipe, e cobri suas costas à medida que nos movíamos rapidamente nos degraus da frente.

A primeira coisa que vi foi a porta da frente aberta.

Minha barriga gelou enquanto Luke a abria um pouco mais.

A porta se abriu no misterioso silêncio da sala, sem fazer um único som.

Foi quando vi o sangue.

E muito sangue.

Luke foi o primeiro a entrar, caindo sobre um joelho no segundo que passou pela porta.

Nico saiu na frente, limpando o quarto, seguido logo por mim, cuidando das suas costas.

"Limpo."

"Limpo."

Luke e Downy disseram ao mesmo tempo, permitindo que ambos se movessem.

Meus olhos foram atraídos para a trilha de sangue, uma mancha que se estendia da porta da frente para a cozinha, e em seguida, ainda mais para a garagem.

Sinalizei para Luke, que rapidamente concordou, permitindo-me liderar o caminho para a garagem.

Eu nunca soube o que me chocou mais.

O fato de que, o homem que pensei que tinha o seu sangue derramado no chão da sala estava realmente em pé batendo duramente em Quentin Ortiz, ou o fato de que Ortiz estava sentado em um banquinho, amarrado com fita adesiva, sendo espancado e tendo seu sangue negro espalhado por um homem com 89 anos de idade.

"Puta merda," suspirei, abaixando minha arma assim que verifiquei o local.

"Ei!" Vovô Rhodes cantou. "Peguei esse garotinho aqui invadindo minha casa. Só estou me divertindo um pouco com ele."

A voz do velho soou frágil ao dizer isso, mas seus movimentos enquanto continuava a bater em Ortiz não eram nada fracos.

"Ummm," disse Luke. "Claro."

Olhei para baixo, observando a poça d’agua debaixo do banquinho onde Ortiz estava preso, em seguida, não pude evitar a pequena risada que borbulhou em minha garganta.

"Eu só... eu só... o que diabos está acontecendo?" Downy perguntou espantado, assim como nós com aquilo que ele estava vendo.

Eu bufei. "Agora você pode ver porque dei uma multa ao bode velho? Ele é fodidamente louco... e durão como seu filho."

O velho riu. "Onde você acha que aquele menino aprendeu suas habilidades, seu touro estúpido?"

Ele fez essa pergunta enquanto dava um murro no estômago, seguido por um soco rápido na mandíbula.

"Hum, Sr. Rhodes, você se importa se o tirássemos de suas mãos?" Downy finalmente perguntou.

"Oh! Certo! Apenas deixe-me," ele acertou dois últimos socos. Um na virilha, e um direto no pomo de Adão do homem. "Tudo bem, tudo acabado, meus meninos."

Ele deu um passo para trás, pegou a bengala que estava inclinada contra o projeto de Mustang e mancou lentamente para fora da sala.

Nós o observamos partir, atordoados e em silêncio, perguntando-nos se tínhamos visto o que nós pensamos que tínhamos visto.

"Você... eu sou... filho da puta. Quero ser ele quando crescer,” Michael respirou.

Sorri então, tão feliz que o velho filho da puta estava bem que mal conseguia ver direito.

"Aqui é o oficial Spurlock, número de distintivo 654," falei em meu microfone. "A cena está limpa. Vamos precisar de uma ambulância.”


***

"Olhe para suas pobres mãos!" Blake gritou para seu avô pela quinta vez.

Tivemos o avô Rhodes liberado pela equipe médica, então o levamos de volta à sua casa... embora Blake se recusou a deixá-lo em casa sozinho.

"Ouça menina. Estou bem. Tenho oitenta e nove, e não vinte. Sei cuidar de mim. Entre no seu carro e vá para casa. Agora," o bode velho grunhiu, praticamente empurrando sua neta porta à fora, em seguida, batendo-a no eu rosto.

O bloqueio deslizou na fechadura e o sinal sonoro do alarme soou rapidamente após isso. Seguido pelos lentos passos arrastados dele se afastando.

"Eu... o que diabos?" Blake suspirou, balançando a cabeça, virando-se e pisando forte em direção a minha camionete. "O que você está esperando, o Natal?"

Ela jogou aquela singela declaração por cima do ombro, fazendo-me querer rir.

Consegui me segurar, no entanto, seguindo-a até a camionete, observando o balançar da sua bunda enquanto a seguia.

Ela estava no banco do passageiro com a porta fechada antes mesmo que eu chegasse até ela, rosnei em frustração antes de entrar no lado do motorista e ligar a camionete.

"Ele vai ficar bem," falei suavemente.

Ela bufou. "Sei disso. O bode velho é muito persistente para morrer. Eu o amo, mas às vezes ele é tão teimoso e cabeça-dura."

Joguei-lhe um olhar, e reprimi a vontade de rir mais uma vez. "E você não é?"

Ela balançou a cabeça com veemência. "Absolutamente não. Sou fodidamente perfeita."

Dirigi os três quarteirões até o prédio do apartamento e estacionei em um lugar na frente da entrada, desligando o motor no momento que estava próximo a calçada.

"Você sabe..." ela hesitou, olhando para mim. "Não há mais razão para que eu fique com você. Estou segura agora. Você pegou os caras maus. Você provavelmente poderia me levar para casa... se você quiser."

Ignorei sua declaração idiota, e em vez disso saí, batendo a porta atrás de mim.

Já estava a meio caminho dos degraus do meu apartamento quando seu grunhido indignado de frustração me seguiu até as escadas.

"Você é um teimoso..." ela subiu os degraus, bufando todo o caminho. "Exasperante, estúpido, irritante... você apenas bateu a porta no meu rosto!"

Tive que rir quando ela abriu a porta.

"Bem-vindo, bem-vindo," o pássaro cantou. "Molder, seu cabeça de pinto."

Eu mencionei que seu pássaro era irritante?

E um dedo-duro?

Eu tinha entrado no quarto depois de colocar o cão para fora, e estava na cama removendo a prótese quando ela finalmente entrou, Molder em seus braços.

Ela olhou para mim quando deixou a besta no banheiro e fechou a porta atrás dele.

"Você sabe qual é o seu problema?" Ela perguntou, arrancando a camisa de seu corpo.

Seus peitos saltaram em seu sutiã com a força, e meus olhos imediatamente se concentraram neles.

"Hmm?" Perguntei, lambendo meus lábios com a visão.

Jesus, controle-se, Spurlock! Mantenha a cabeça no jogo!

"Qual é o meu problema?" Perguntei.

Ela estreitou os olhos para mim quando finalmente me dei ao trabalho de olhar para cima.

"Seu problema," disse ela, descendo o jeans pelos quadris. "É que você nunca me leva a sério. Digo-lhe algo, e isso entra por um ouvido e sai pelo outro. Isso é algo que terei que lidar pelo resto da minha vida? Porque, acho que não consigo lidar mais com homens mudos."

Meu coração parou, e depois começou a bater em dobro.

"Você quer passar o resto da sua vida comigo?" Perguntei, esclarecendo.

"Lá vai você sendo idiota de novo," ela retrucou, puxando o sutiã sobre sua cabeça e jogando-o no chão.

Seus seios saltaram, e o dia... a luta ... tudo, voou pela maldita janela.

Tudo o que sabia era que eu a estava levando.

Agora mesmo porra.

Inclinei-me para frente, passei as mãos em torno da sua cintura, e praticamente rasguei sua calcinha.

Então, inclinei-me para trás na cama, puxei-a até que ela estava montada no meu rosto, e comecei a festa em sua vagina.

Instantaneamente, ela estava molhada para mim. Tão molhada que ela estava praticamente derramando sua essência em minha boca.

"Mmmm," rosnei contra seus lábios inferiores.

Eu podia sentir minha barba ficar molhada com sua excitação, e sacudi meu queixo para cavar minha língua profundamente dentro dela.

"Oh, meu Deus," ela exalou, suas coxas apertando minha cabeça enquanto eu a comia.

Suas mãos foram para o meu cabelo, quando ela começou a balançar no meu rosto, trabalhando em um ritmo que a faria rapidamente alcançar seu orgasmo.

Antes que ela pudesse ir muito longe, porém, mudei rapidamente nossas posições, jogando-a de costas sobre a cama e puxando-a para baixo em um movimento rápido.

Bruscamente puxei meu pau para fora da cueca, alinhei-a com sua entrada, e empurrei dentro dela.

Comecei a me mover, achando o fato de estar de pé sobre uma perna a menor das minhas preocupações, quando sua boceta me levou até o punho.

A forma como sua buceta rodeava meu pau era como uma mágica. Vagina mágica que realmente tinha todo o poder no mundo.

Algo que poderia me deixar de joelhos facilmente se eu deixasse. E garoto, eu deixei.

"Foster," ela sussurrou, empurrando seus quadris para cima.

Não querendo que ela tivesse qualquer influência ou controle da situação, me movi até que apenas metade de suas costas estava na cama, e o resto apoiado na parte superior do meu corpo.

Porém, não consegui me equilibrar, e caí para trás.

Blake soltou um pequeno grito caindo junto comigo da cama, nós dois pousando no chão em um monte.

Meu pau, no entanto, estava seguro.

"Da próxima vez, não tire essa coisa se você planeja fazer tudo o que quer comigo, certo?" Ela perguntou, se enroscando em mim até que estava montando meus quadris.

Segurei meu pau pela base e apontei em linha reta para cima, gemendo incoerentemente quando ela afundou. Sua buceta mágica se apoderando de mim mais uma vez.

"Sim, senhora," consegui dizer, obrigando-a a se mover mais rápido, colocando minhas duas mãos em seus quadris.

Ela riu, mas obedeceu ao meu pedido, montando-me rápido e duro.

O orgasmo que senti pressionando minhas bolas mais cedo começando a ferver mais uma vez.

"Brinque com você mesma," ordenei, observando enquanto ela fazia.

Sua mão foi para baixo, tocando a base do meu pau enquanto ela se movia, reunindo sua excitação.

Em seguida, ela arrastou os dedos até o clitóris, e começou a fazer círculos frenéticos e rápidos.

"Sim," ela falou, jogando a cabeça para trás.

Apertei os olhos com força, os músculos em minha barriga tencionando quando ela começou a se contrair em torno mim.

Então ela soltou um grito estrangulado e desceu sua buceta em mim. Com força.

"Oh, droga. Sua buceta. Ugh," rosnei, curvando-me até ficar sentado.

Ela riu sem fôlego quando comecei a bater ela sobre mim, a respiração falhando em nós dois quando finalmente gozei, cortando o nosso suprimento de ar, quando bati minha boca sobre a dela.

Meu gozo saltou do meu pau em uma velocidade alarmante, jorrando em sua buceta apertada com tanta força que pensei que tinha arrancado minha espinha junto.

Depois que os nossos movimentos se tornaram menos frenéticos, ela soltou sua boca da minha, e me olhou nos olhos enquanto dizia, "Vê? Idiota."

Inclinei-me para frente e mordi seus lábios com os dentes.

"Sim, sim," eu disse, batendo no traseiro dela, apertando-a com força. "No entanto, não vejo você reclamando."

Ela me olhou furiosa. "Ainda. Você não me vê reclamando, ainda.”


CAPÍTULO 27


O mamífero mais mortal do planeta é uma mulher silenciosa, sorrindo.

-Nota para si mesmo


Blake


Um mês depois


"O que é isso?" Perguntei a Foster com um sorriso.

Ele empurrou a caixa para perto de mim até que ela tocou a ponta dos meus joelhos. "Basta abri-la."

Estreitei meus olhos para ele, depois olhei a sala, vendo a família dele ao redor, e sorri.

Era um sorriso genuíno.

Nenhum dos falsos que estive tentando passar como reais.

Tudo estava acabado.

As pessoas envolvidas no tiroteio do meu pai foram capturadas, e eu estava livre para viver minha vida.

Embora não me sentisse necessariamente livre ainda, porque não se passou um dia que eu não quis contar algo ao meu pai.

"Basta abrir. Prometo que você vai gostar," disse ele, exasperado.

Agarrando a faca que ele estava segurando para mim, cortei a fita ao meio e lentamente abri a caixa.

O que quer que estivesse nela foi embrulhado em papel de seda rosa quente, tornando impossível ver o que estava dentro.

De pé, inclinei-me sobre a caixa enorme e desembrulhei o papel.

A primeira coisa que vi foi o emblema do Texas State Trooper29 na frente do tecido azul.

Olhando para Foster bruscamente, afundei a mão na caixa e tirei o que parecia ser um cobertor.

Puxei, porém, pela borda, e o tecido começou a desdobrar-se, revelando a beleza interior.

"Ohh," suspirei, as lágrimas imediatamente inundando meus olhos quando terminei de tirar. "Oh, meu Deus, Foster."

Virando-me para ele com lágrimas nos olhos, me joguei em cima dele.

"É lindo," declarei em voz alta através do meu choro.

A mãe de Foster tomou o tecido das minhas mãos e segurou uma das extremidade para Miller.

"Aqui, querido. Segure assim para que ela possa ver.”

Virei-me com um soluço preso na garganta. "Oh, Foster."

Era uma colcha de grandes proporções.

King size, provavelmente, e foi feita de camisetas. Todas elas do meu pai.

Uniformes, suas camisas favoritas, mesmo o que parecia ser pedaços de seu colete à prova de balas.

"Oh," eu chorei. "Deus, é tão bonito."

Posso ter sido um pouco emocional, mas foi o melhor presente que já recebi.

Caminhei para frente, arrastando minha mão pelo quadrado costurado diretamente no meio.

Era o uniforme do meu pai. Aquele que vi nele todos dos dias por toda a minha vida.

O remendo acima do coração declarando-o um Texas State Trooper era absolutamente impressionante.

Depois, havia a camiseta que compramos no Sea World quando eu tinha quinze anos, e um golfinho o pulverizou com a boca cheia de água.

Ou a de Destin, Flórida, onde o fiz comprar uma camiseta pintada com uma tartaruga.

Essa tinha sido uma das minhas favoritas.

Meu pai sempre foi um cara muito divertido. Não se importando com o pensavam dele. Ele só se preocupava se sua filha estava feliz.

Então cheguei à última.

A que ele vestia quando o vi pela última vez.

Era uma camiseta simples preta desbotada, mas que significava o mundo para mim.

Chorei no ombro do meu pai, ele me abraçou e disse que me amava.

Isso ficaria para sempre em minhas memórias. Especialmente agora que Foster tinha me dado uma linda lembrança dele.

Virei-me, mas ele não estava onde esperei que estivesse.

Em vez disso, estava no chão, de joelhos.

Ele estava com uma pequena caixa de veludo na mão, e estava olhando para mim com olhos emocionados.

Ele ainda não tinha retirado seu uniforme, suas roupas ainda estavam manchadas de sujeira e detritos do que, eu poderia assumir, fosse de uma briga, mas nunca teria coragem de perguntar por que sinceramente não queria saber.

Contanto que ele voltasse para casa, à noite, eu não perguntaria. Era melhor não saber.

Se ele quisesse falar sobre isso, era uma história diferente.

Eu sempre escutava. Por ele, eu faria qualquer coisa.

"Meus olhos estão aqui em cima, querida," Foster brincou, puxando meus olhos do chão para seu rosto.

Sorri. "Sim, eu sei. Estava aqui debatendo se queria saber ou não o que você fez para ficar tão sujo."

Ele piscou. "Um mal-entendido."

"O que você tem aí?" Perguntei, com um sorriso enorme no rosto.

Ele a abriu, e minha respiração ficou presa.

"É rosa!" Eu disse, rindo.

Ele sorriu. "Sim, eu sei. Procurei por aqui e por ali, e acho que acertei.”

Eu estava praticamente pulando em meus pés neste momento, tão feliz que mal podia conter o grito de excitação.

"Bem?" Perguntei, quando ele demorou muito para fazer a pergunta.

"Não me apresse, mulher. Estou tentando te pedir para casar comigo. Só tenho que descobrir o que estava planejando dizer,” retrucou.

"Sim!" Eu disse exuberantemente. "Sim! Vamos fazer isso agora!"

Ele franziu o cenho para mim. "Eu tinha tudo planejado."

Fechei a boca, os olhos arregalados enquanto esperava que ele continuasse.

Ele suspirou e ficou de pé. "Não há nenhuma razão para fazer isso agora. Coloque-o."

Agarrei a caixa das mãos dele, pegando o anel rosa brilhante.

Não era o anel de noivado normal, mas o homem me conhecia como a palma da sua mão.

Ele sabia que eu não gostava de joias. Então ele escolheu me dar algo que sabia que eu gostaria.

Mostrei a ele algumas coisas de brincadeira quando vi em um site, mas ele tinha levado a sério, e lembrava cada palavra que falei.

"Você se lembrou," sussurrei, encaixando o anel de borracha no meu dedo. "Ele se encaixa perfeitamente."

Ele piscou. "Eu escuto... às vezes."

"Isso não é feito para halterofilistas ou algo assim?" Mercy perguntou enquanto se aproximava de nós para olhar o anel.

Estendi minha mão para ela. "Sim é. Mas é mais para uma pessoa ativa. Posso não ser tão ativa quanto costumava ser, mas seria perfeito se eu decidisse ser a versão feminina de Arnold Schwarzenegger."

Foster engasgou com a cerveja que tinha acabado de colocar na boca. "Você não vai se tornar a versão feminina dele. Vou te deixar se você fizer. Não há nenhuma maneira disso acontecer! Eu estava apenas provocando! Nunca conseguiria dormir com alguém assim. Eu ficaria com muito medo de você aparecer com um pau maior do que meu."

A mãe de Foster levantou a mão para tentar contornar a situação, mas mudou de alvo com a próxima coisa que saiu da boca de Miller, batendo diretamente na sua cabeça.

"Isso não seria difícil de acontecer," Miller riu enquanto se desviava do golpe.

Foster pisou com sua lâmina nos dedos do pé de Miller, fazendo-o gritar. "Droga! Eu sabia que quando você fez isso no outro dia não foi um acidente! Essa coisa de pé dói!”

Sloan me envolveu em seus braços. "Bem-vinda à família, querida!"

Eu a abracei de volta. "Obrigada."

"Ainda não a ouvi dizer sim. Você já ouviu um sim, pai?" Miller perguntou em voz alta.

Foster olhou, e eu sorri.

"Ainda não ouvi um sim definitivo," Micah confirmou.

Sorri e caminhei até Foster, jogando meus braços ao redor de seus ombros. "Você precisa mesmo ouvir um sim? Direi a você se você quiser."

Ele envolveu os braços em torno da minha cintura, me puxando, até que encostei meu peito no seu tórax. "Acho que o que você quer é o meu corpo."

Meu rosto ficou profundamente vermelho, e eu o belisquei no ombro. "Cale-se!"

Ele sorriu maliciosamente e me girou em um círculo. "Agora," disse ele. "O que você está fazendo para mim no jantar, mulher?"

Eu estava prestes a responder quando o telefone tocou.

Foster me interrompeu para atender e voltei a admirar a colcha que ele tinha me dado.

Era realmente incrível.

E eu a amaria para sempre.

"Umm, com certeza. Espere um momento," disse Foster estranhamente, fazendo com que eu olhasse para cima. "É para você."

Ele segurou o telefone para mim, com cautela, eu o peguei.

"Alô?" Respondi.

"Umm, oi. É.... você não me conhece. Mas sei quem é. E gostaria de conhecê-la pessoalmente," disse a voz hesitante de uma mulher em um tom baixo.

Capitulo 28


Tome uma profunda respiração,

Está em casa agora...

- Copo de Café


Foster


Andei atrás de Blake, hesitante em deixar isso acontecer.

Eu sabia que era tudo muito inocente, mas não queria que ela ficasse assustada.

Depois de fazer uma pequena pesquisa, descobri o que a mulher ao telefone queria, e se eu estava certo, ia fazer Blake chorar. E eu odiava vê-la chorar!

Mas eu sabia que ela iria querer fazê-lo, pelo menos a longo prazo. Então, não disse o que e com quem ela estaria se encontrando.

"Você acha que são eles?" Blake sussurrou ao meu lado.

Segui a direção que ela apontava, onde uma jovem muito bonita e um garotinho brincavam no canto.

"Ela disse que se sentaria no canto e que estaria vestida de vermelho. Acho que é ela. O garotinho que disse que viria com ela está lá também."

“É ela, querida. Vá até lá e fale com ela,” insisti, dando-lhe um leve empurrão nas costas.

Ela me olhou com os olhos arregalados, mas, no entanto, começou a caminhar em direção à mesa.

Selene Reynolds nos viu quando estávamos há três mesas de distância.

Seu sorriso deslumbrante nos mostrou o quão feliz ela estava por termos vindo.

"Blake... Blake Rhodes?" Selene perguntou esperançosamente.

Blake assentiu com a cabeça.

"Sim, sou eu. Muito prazer!" Ela disse educadamente, oferecendo a mão para Selene.

Selene sorriu. "E este... este é o seu namorado de quem me falou?"

Blake sorriu lindamente para mim, me deslumbrando com seu brilho. "Na verdade," ela disse. "Há dois dias, ele é meu noivo."

Selene sorriu.

"Isso é maravilhoso! Parabéns! Senta, senta,” Ela exigiu.

Sentamos nas cadeiras em frente ela e seu filho, nos acomodando até ficarmos à vontade.

O que significava Blake debaixo do meu ombro, e sua mão descansando na minha coxa.

Nos tocando do ombro ao joelho, como gostamos de fazer.

Conversamos por um tempo, mas não demorou muito para eu perceber que Blake estava ficando ansiosa. Extremamente.

Ela nunca foi boa em esperar.

E agora, com o pé batendo em cima do meu, eu sabia que ela estava perto de seu limite.

"Selene," eu disse, interrompendo a sua pergunta sobre o que queríamos comer. "Se você não se importa, pode dizer a Blake porque ligou? Não sei quanto tempo mais ela pode conter a sua curiosidade."

Blake me lançou um olhar acusador, mas Selene apenas concordou com a cabeça.

Voltando seu olhar para Blake, ela começou a falar.

"Acho que você realmente não percebe o que você fez por mim," Selene sussurrou, olhando para o filho com todo o seu amor nos olhos. "Mas eu tinha que lhe dizer. Precisava lhe agradecer."

"Obrigada, por quê?" Blake perguntou confusa.

Apertei meu braço em volta de seus ombros quando Selene continuou.

"Alguns meses atrás liguei para o 911 porque meu filho estava tendo uma convulsão. E você logo enviou os médicos para nós. Você conversou comigo, acalmou-me o suficiente para que eu mantivesse minha mente sob controle,” ela sussurrou.

Blake olhou para o garotinho e sorriu. "Lembro-me disso. Sempre me perguntava como ele estaria.”

Ela assentiu. "Bem, ele realmente não estava bem. Ele nasceu com uma doença onde seus rins não funcionavam direito. Nos últimos anos, usamos todos os tipos de medicamentos em uma tentativa em vão de ajudá-lo, mas um tempo depois ele teve uma recaída, e de repente estava com insuficiência renal. Ele foi colocado em uma lista de espera de doadores, mas nunca pensamos que ficaria tão ruim... mas ele ficou."

A mulher sorriu para o filho quando ele a interrompeu, segurando sua página para ela ver.

"É lindo, querido. Tão bonito Holden. Você desenha mais um, por favor?" Selene disse ao filho.

Holden assentiu com a cabeça e obedientemente começou a trabalhar na sua nova criação.

Selene esperou um momento, olhando para seu filho com tanto amor que fez meu coração doer.

Finalmente, ela tirou os olhos do filho, voltando a olhar para nós, antes de se concentrar em Blake novamente.

"Então, há mais ou menos um mês atrás, recebi um telefonema no meio da noite." Uma lágrima solitária escorregou pela bochecha de Selene. "Eles disseram," sua voz falhou. "Disseram que tinham um doador para Holden, e que eu precisava levá-lo ao hospital dentro de uma hora."

Ela respirou fundo antes de continuar.

A mão de Blake apertou a minha.

Meu palpite era que ela sabia o que estava vindo, e se preparando para ouvir.

"Cheguei com ele lá em vinte minutos. Corri até o balcão, praticamente o empurrei para a enfermeira e lhe pedi para se apressar,” ela fungou. "Não foi até muito, muito mais tarde... cerca de quatro horas com Holden em cirurgia, que ouvi como ele veio a receber o rim."

Seus olhos se fecharam, e em suas palavras praticamente se podia ouvir a sua dor quando ela disse, "Foi de um policial que esteve em um tiroteio. Ele tinha sido o único a dar ao meu bebê outra chance na vida.”

A respiração de Blake falhou quando ela começou a chorar, e a puxei para o meu peito, beijando sua têmpora enquanto ela chorava.

Mas eram lágrimas de felicidade. Isso eu podia dizer.

“Ele está... ele está vivo por causa do meu pai?" Blake sussurrou.

Selene assentiu com a cabeça. "Sim. Sim ele está. E saudável mais uma vez. Algo que apenas sonhei.”


* * *


"Acha que minha mãe iria querer saber disso?" Blake me perguntou calmamente quando estávamos dirigindo para casa uma hora mais tarde.

Olhei de relance para ela, e peguei sua mão antes de responder.

"Acho que ela gostaria. Sim, acho que você deveria dizer a ela."

A mãe de Blake era um ponto de discórdia entre nós.

Blake realmente não queria muito contato com a mãe desde que ela tratou Lou tão mal antes de morrer, mas senti que ela tinha sofrido o bastante.

Ninguém saberia se eles teriam sido capazes de resolver isso, porque o destino interveio e mudou o rumo de suas vidas.

"Tudo bem," ela concordou. "Vou ligar para ela amanhã."

"Bom," disse, olhando para ela novamente tentando avaliar seu humor antes de passar para o próximo tópico. "Você ouviu falar de David?"

Ela piscou e se virou para mim, a luz vermelha do semáforo formando sombras avermelhadas no seu rosto.

"Não," ela disse apertando o nariz. "O que tem sobre ele?"

Virei-me para frente quando a luz ficou verde e acelerei através do cruzamento.

"Ele está deixando o emprego, em duas semanas a partir de segunda. Arrumou um trabalho no norte, ou em algum lugar assim,” informei-a.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos; por tanto tempo, na verdade, que achei que ela não ia dizer nada. Mas ela me surpreendeu.

"Nunca mais vou gostar dele novamente... mas isso não significa que quero que ele tenha uma vida horrível." Percebi ela sacudindo a cabeça pelo canto do meu olho. "Mas estou feliz com sua partida. Ele tem muitos fantasmas nesta cidade."

Concordei.

"Então... amanhã quero começar a procurar casas," eu disse, lançando lhe um olhar.

Ela fez uma careta. "Nós temos uma casa. A minha."

Suspirei. "Sua casa funciona por agora, mas quero mais espaço. Quero ter bebês e construir fortes em árvores. E seu quintal é do tamanho de um selo postal. Você não gostaria que Molder tivesse um quintal maior para brincar?"

Sabia que isso funcionaria. Ela amava o infernal Molder. Mesmo que ele tenha comido minhas botas... e as paredes.

"Tudo bem," ela disse quase teimosamente. "Mas quero um forno."

Bufei. "Como se eu não fosse concordar com isso. Acho que quando você está coberta de lama, é muito atraente e sedutora."

Ela colocou a língua para fora. "Já disse que sim."

"Foi isso o que pensei." Ela resmungou com o meu comentário.

Felizmente tínhamos acabado de chegar à sua casa, onde estávamos ficamos agora.

Caso contrário teria que suportar o tratamento do silêncio. Novamente.

Não que ela fosse muito boa nisso.

Assim que entramos na casa, ela foi direto para o quarto onde havia deixado Molder, e imediatamente o deixou sair para fazer xixi.

Então o alimentei, tranquei as portas e caminhei de volta para nosso quarto.

Tirei a camisa e comecei a sentar-me para retirar minha prótese, quando meus olhos viram Blake no espelho.

Virei meu corpo completamente para ter certeza se o que via era real, e ofeguei em horror.

"Por favor, pelo amor de tudo que é sagrado, me diga você não está usando meu barbeador," perguntei a ela com rigidez.

Ela tirou os olhos da sua vagina que estava raspando e sorriu. "É sim. O seu é muito melhor do que o meu."

Pisquei surpreso, espantado que ela me respondeu com sinceridade.

"Você sabe que é minha lâmina... e ainda assim você continua a usá-la," esclareci.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim."

Nenhum remorso na mulher.

"Você percebe," eu disse, ficando em pé para entrar no chuveiro. "Que essa lâmina toca meu rosto, certo?"

"Mmmm hmm," ela concordou, voltando ao barbear.

"Você já usou antes?" Perguntei-me lentamente.

Ela assentiu com a cabeça. "Toda vez que faço depilação."

Minha boca abriu em choque. Choque absoluto que esta mulher... esta louca, exasperante mulher, usava minha lâmina. A mesma que passo no rosto todas as manhã quando aparo a barba para trabalhar.

"E você percebe que essa coisa toca meu rosto... certo?" Perguntei pela segunda vez.

Ela assentiu novamente sem se preocupar em responder.

Inclinei-me para trás e liguei o chuveiro, me assustando com o grito assustador dela, que poderia perfurar um tímpano.

"O que foi isso?" Ela balbuciou, enquanto a água gelada do chuveiro caía sobre ela.

Seus mamilos endureceram, e mais uma vez, como sempre, meus olhos se concentraram naqueles pequenos botões.

"Fique longe de mim, seu sapo excitado," ela sibilou quando percebeu onde meu olhar estava fixado.

"E se eu não ficar?" Provoquei, permanecendo sentado com minha prótese no balcão ao meu lado.

Ela saiu, deixando o chuveiro ligado, enrolando a toalha no peito, cobrindo tudo o que eu amava, em um movimento fluido.

"Oh," ela brincou, saindo. "Tenho certeza que vou encontrar um jeito de fugir de você."

Cautelosamente, olhei ao redor, tentando descobrir o que ela faria comigo desta vez, mas não consegui encontrar nada de errado.

Descendo do balcão, fiquei de pé, foi então que percebi que minha muleta, bem como minha bengala, não estavam onde as deixei na noite anterior.

"Ei querida," falei atrás dela. "Você viu minha muleta?"

Ela riu.

A cadela riu.

"Oh, você quer dizer estas?" Ela perguntou, apontando com a cabeça.

Então levantou as mãos, mostrando-me a muleta e a bengala, bem como minha prótese.

Olhei para ela. "Me devolva, sua louca.”

Ela deu uma risadinha. "E o que eu ganho se obedecer, óh senhor e mestre?"

Comecei a saltar em direção a ela, fazendo com se afastasse e começasse a rir novamente.

Cheguei até a porta e a vi deitada na cama, enxugando as lágrimas.

"Do que está rindo, sua ladrazinha?" Perguntei, pulando mais um pouco.

No momento em que toquei na cama, ela começou a se levantar, mas peguei seu tornozelo e a puxei para trás.

"Eeeek!" Ela gritou. "Deixe-me ir."

Prendendo-a na cama, falei, "Não. Agora me diga do que está rindo."

Ela soltou mais algumas risadinhas, antes de finalmente responder, "Seu pau."

Pressionei minha ereção em seu quadril, deixando-a sentir a dureza dele.

Algo que era um constante ponto de discórdia entre meu pau e eu.

Tudo o que a mulher tinha que fazer às vezes era caminhar pelo quarto, e ele já estava pronto para saltar sobre ela.

"Meu pau te faz rir?" Perguntei.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim, você veio pulando até aqui e só consegui ficar focada na maneira como seu pau balançou para cima e para baixo."

Belisquei a bunda dela e a virei de bruços. Então, pressionei a ponta do meu pau contra sua entrada comecei a deslizar para dentro.

"Então... quem está rindo agora?"

Ela parou de rir. "Eu não. Absolutamente, 100%, que eu não," ela disse, levantando a bunda dela de encontro a mim e escorreguei mais para dentro.

"Penso que não."


Epílogo


Divirta-se. Esteja a salvo. Venha para casa.

-Chaveiro


Blake

6 meses depois


"Vamos, não tenho o dia todo," vovô resmungou, fazendo o possível para não sorrir.

Balancei minha saia mais uma vez, fazendo um círculo ao redor e fiz uma careta.

Eu parecia uma baleia encalhada.

Aos cinco meses de gravidez, não havia muita coisa que uma garota poderia fazer para esconder o fato.

E não fui abençoada com uma daquelas barrigas pequenas, também.

E sim com uma grande. Uma que não conseguia esconder de maneira alguma.

"Você está grávida. Sim. Você não precisa ficar olhando para ela." Vovô acrescenta para piorar.

Mostrei minha língua para ele e, finalmente caminhei para a porta que dava para a capela.

"Pronto, Freddy," brinquei com ele.

Ele estreitou os olhos para mim, me parando antes que eu abrisse a porta.

"Você sabe que o seu pai sempre teve muito orgulho de você, certo?" Ele perguntou, tocando meu rosto com as pontas de seus dedos.

Sorri para ele, colocando minha mão sobre a dele.

"Sim, vovô. Eu sei,” sussurrei, uma lágrima solitária ameaçando derramar.

Ele inclinou-se para frente e beijou meu nariz antes de voltar para a porta e a abrir.

A porta bateu contra o lado da parede, anunciando efetivamente nossa entrada, assim como a música que começou a soar em toda a igreja.

Em vez de esperar a música chegar ao ponto certo, ele começou a me puxar pelo corredor tão rápido quanto seus joelhos artríticos permitiam.

"Você sabe, certo, que terá que passar o resto de sua vida com ele?" Vovô perguntou quando estávamos na metade do caminho até o altar.

Eu sorri. "Sim, eu sei disso."

Passei por Pauline e lhe dei um pequeno aceno antes de ser, mais uma vez, puxada por ele.

"Vamos, não retarde os passos. Seu homem está esperando," ele insistiu.

Olhei para os olhos divertidos de Foster, tão feliz, que mal continha o desejo de correr pelo corredor em direção a ele.

“Vá em frente, você sabe que quer," meu avô disse, dando-me um leve empurrão.

Parei e o puxei para perto de mim. Em seguida, dei-lhe um forte beijo estalado na bochecha. "Obrigada, vovô."

Ele corou. "Vamos logo com isso. Se você não se apressar estará dando à luz na frente de toda esta cidade esquecida por Deus."

Sorri, em seguida, comecei a correr em direção ao homem que fez meus sonhos se tornarem realidade.

Seu “eu” super protetor, é claro, começou a se assustar que eu estava correndo quando deveria tomar cuidado em qualquer coisa que estivesse fazendo.

E correr, definitivamente não era cauteloso o suficiente.

Mas gostei de ver o pânico em seus olhos quando me lancei para ele.

Eu não tinha dúvida que ele me pegaria.

Algo que ele fez sem esforço.

Mesmo tendo que ir mais longe para amortecer o impacto, curvando os ombros para permitir mais espaço para a minha barriga.

Ele me girou uma vez antes de nos virar, comigo em seus braços, para ficarmos de frente ao padre.

Um padre, que gostou da demonstração de afeto, tanto quanto o resto do plateia.

"Então... posso ver que estamos todos animados por estarmos aqui," ele riu.

Assenti com entusiasmo.

"Tudo bem," ele acenou com a cabeça. "Foi-me dito que eu teria que ler este texto antes de começar. Então aqui vai.”

"Minha filha e ao homem que segura seu coração, entreguei esta nota ao seu tio para o caso de algo acontecer comigo.

Ele deveria entregar ao pregador no dia em que você se casasse. Suponho apenas que ele seguiu as instruções, porque se você está ouvindo esta nota lida em voz alta, isso significa que já não sou mais deste mundo. E Darren sempre foi um idiota que se recusou a seguir ordens.”

A multidão riu, e com meus olhos, agora molhados, virei-me para meu tio Darren.

Ele sorriu para mim com carinho, acenando com a cabeça, encorajando-me a ouvir.

"O dia em que você nasceu foi o dia mais feliz da minha vida. Nunca pensei que teria algo tão precioso que foi feito por mim. Claro, tinha a mão de sua mãe, também. No entanto, eu sabia que, no momento em que você nasceu, você seria minha menina. Eu te ensinaria tudo o que você precisaria saber para ter sucesso na vida. Moldá-la-ia para ser uma pessoa perfeita que iria fazer algum homem extremamente feliz um dia.”

“E eu fiz. E sei que o homem que está seu lado está extremamente feliz. Na verdade, se ele tem qualquer cérebro em sua cabeça, está agradecendo ao bom Deus o que lhe foi dado."

Os braços de Foster me apertaram com força. "Ele tem razão. Estou fodidamente extasiado por ter você. E sempre estarei."

"A partir desse dia, você será para sempre desse homem. Haverá dias em que vocês lutarão. Dias em que vocês não poderão suportar a visão um do outro. No entanto, vocês esquecerão, porque vocês se amam. Vocês terão uma briga, e a próxima coisa que você sabe, é que estarão cozinhando o jantar juntos e nenhum de vocês vai se lembrar porquê estavam brigando a vinte minutos atrás.

Uma palavra de conselho ao meu genro, ela vai trazer coisas que aconteceram um ano e meio atrás, em uma briga sobre o que você quer para o jantar. Isso vai acontecer. Confie em mim. Blake é uma merda quando está de mau humor. Mas fique com ela. Ela vale a pena."

Eu sorri, enxugando as lágrimas dos meus olhos, grata por ter usado um rímel impermeável.

"Para minha Blake, espero que você perceba o quanto você significou para mim. Quanto lamento não estar aí para levá-la até o altar. Para te entregar ao homem que sei que cuidará de você pelo o resto de sua vida.

Você é a batida do meu coração, e estou tão orgulhoso de você.

Eu te amo com todo o meu coração, e sempre estarei cuidando de você.

Papai."

Eu soluçava muito quando virei meu rosto no peito de Foster, lamentando mais uma vez pelo homem que perdi, com todo meu coração.

"O padre disse 'merda’," Foster disse em meu cabelo.

Sorri em seu peito antes de inclinar-me para trás e olhar para o homem com quem estava prestes a me casar.

Eu sabia uma coisa com certeza, que eu era uma mulher feliz.

Estava me casando com o homem dos meus sonhos. Estava grávida de seu bebê. Tínhamos uma casa que era bonita, e nós dois tínhamos empregos que amávamos.

Não havia mais nada que eu poderia pedir.


*****


6 meses depois


FOSTER


Entrei no quarto, cansado como o inferno depois de um turno que durou de oito horas para doze.

Eu estava me dirigindo para uma chamada quando o Pager que era forçado a levar em qualquer lugar para convocação da SWAT apitou.

Agora, depois de uma chamada de negociação de reféns que durou quatro horas, eu estava finalmente em casa com a minha família.

Eu não tinha certeza se elas estariam acordadas ou não. A agenda de Beckham ainda era bastante irregular.

Aos dois meses de idade, ela ainda acordava a cada três ou quatro horas como para comer... e isso se ela resolvesse dormir depois

Encontrei minhas duas meninas assistindo TV.

Bem ... Beckham estava em seu balanço, enquanto olhava para a TV.

Blake estava deitada de costas no sofá, o braço levantado sobre a cabeça enquanto dormia.

Ela estava linda, mesmo que ainda estivesse usando as roupas de ontem, e ostentando um mancha branca gigante no peito do que assumir ser baba.

Beckham balbuciou enquanto eu caminhava até ela.

Desligando o botão para parar o balanço, peguei-a e a embalei em meu peito.

Ela cheirava a loção de bebê. A da garrafa roxa que deveria ajudá-la a dormir. No entanto aqui estava a menina, a 01:35 da manhã. Ainda bem acordada enquanto sua mãe dormia no sofá.

Não que eu culpasse Blake.

Ela fazia um excelente trabalho cuidando de Beckham.

Pior ainda, ela voltou a trabalhar esta semana e estava exausta. E foi por isso que percebi a baba vazando pelo canto da sua boca.

Beckham e eu fomos para o quarto dela, onde eu a troquei, li uma história, e a deitei na sua cama.

Ela só ia para sua cama quando eu estava lá para colocá-la nela.

Era a garotinha do papai com certeza.

Ligando o abajur que projetava estrelas no teto do quarto enquanto girava, desliguei a luz e fechei a porta silenciosamente.

Então voltei para a minha outra menina, encontrando-a na mesma posição.

Sorrindo, comecei a tirar minhas coisas, primeiro a arma, depois o distintivo e por último o colete de Kevlar.

Depois minhas botas, calças e a camisa.

Tudo foi empilhado no chão, mas deixei lá para pegar mais tarde.

Meu próximo passo foi me curvar e pegar Blake em meus braços.

Ela estava apenas um pouco mais pesada do que antes, mas para mim, ela ainda era perfeita.

Se posso falar alguma coisa, ela era ainda mais sexy agora, um pouco mais cheinha na bunda e nas coxas.

Seus seios eram maiores, também.

Excepcionalmente.

Isso graças à amamentação. Que era algo muito sério para mim, mas eu nunca admitiria isso.

"Ei," Blake disse sonolenta, virando o rosto no meu peito para beijá-lo. "Senti sua falta."

Sorri enquanto caminhava para o quarto, suspirando quando vi que a cama estava cheia de roupas dobradas.

"Também senti sua falta. Coloquei Beckham na cama," falei a ela antes que tivesse a chance de fazer a pergunta que podia ver em seus olhos.

Colocando-a do meu lado, fui para o lado oposto e fiz uma grande pilha com as roupas, pegando-as em meus braços antes de depositá-las sobre a cômoda.

Aquelas que iríamos arrumar mais tarde, também.

"Como foi o trabalho?" Ela perguntou baixinho quando me sentei na cama e comecei a tirar a minha prótese.

Olhei para ela e vi que tinha se virado para mim, com os olhos pesados de sono.

“Longa. O homem responsável pela chamada que recebemos segurou a mulher refém com uma arma BB. Passamos quatro horas lá porque não havia nenhuma maneira de entrar sem colocar a mulher em perigo. Em seguida, descobrirmos que a arma que tinha sido temida toda a noite era falsa, foi um grande golpe. Desnecessário dizer que não estávamos felizes. Nico perdeu seu jantar de aniversário," falei, colocando tudo no chão antes de cair na cama ao lado dela.

Blake se mexeu no momento em que deitei na cama, se enroscando em meu corpo.

“Fico feliz em saber que foi uma chamada estúpida, se é que foi uma chamada. São os maus que fazem meu coração assustado", ela sussurrou, a voz pesada de sono.

"Sinto muito," eu disse honestamente. "Não queria preocupá-la."

Ela bateu na minha barriga levemente duas vezes em resposta antes de adormecer em mim mais uma vez.

E mais uma vez, fiquei me sentindo tão cheio que mal podia suportar. Cheio de amor por minha esposa. Por minha filha. Por tudo.

Não havia uma única coisa que eu mudaria.

Nada.


*****


3 anos depois


BLAKE


"Mãe," uma voz insistente disse urgentemente. "Eu tenho que fazer xixi!"

Suspirei, fechando os olhos enquanto rezava para que minha filha esquecesse que ela tinha que fazer xixi apenas por mais três minutos enquanto esperávamos que Foster chegasse.

Hoje era o aniversário de trinta e quatro anos de Foster, e eu tinha planejado uma festa incrível.

Neste momento, estávamos esperando que meu tio trouxesse Foster com ele.

Minha filha, no entanto, pensava diferente.

"Vou fazer xixi no tapete do papai, e você sabe como ele não gosta disso," Beckham me repreendeu.

Risadas de outros homens e mulheres na sala me cercaram na escuridão, e tive que reprimir a vontade de rir com o ridículo de tudo.

"Tudo bem," eu disse, pegando a mão de Beckham na minha própria.

"Se você não for ao banheiro, irei bater na sua pequena bunda."

Um risadinha soou no sala, tenho certeza que de alguém achando engraçado o que falei. A ironia de tudo isso era surpreendente.

Foster era a pior pessoa do mundo quando se tratava de castigar, e geralmente era eu que fazia tudo... o que não acontecia com tanta frequência.

Eu odiava quando Beckham chorava, ela tinha o coração mais suave e sensível do mundo. Era difícil para qualquer um repreendê-la, muito menos bater.

"Mamãe," ela disse suavemente. "Eu não consigo ver."

Suspirei e comecei a procurar meu telefone, mas Luke, que estava sentado ao meu lado, abriu o isqueiro e ligou.

Que foi seguido pelo resto dos homens na sala, incluindo o meu avô.

"Obrigada," murmurei.

"Não tem problema, meu bem," disse vovô.

Sorri interiormente, puxando Beckham atrás de mim enquanto caminhávamos para o banheiro, onde era inevitável que perderíamos a entrada de Foster.

"Tudo bem, querida. Apresse-se para não perder o papai," falei apressadamente.

Ela me deu um olhar que dizia claramente ‘não me apresse.’

O mesmo olhar que seu pai usava com bastante frequência.

"Vire-se," disse ela.

Suspirando, sabendo que ela nunca faria se eu não virasse, fiz isso.

Finalmente ela fez, e estava puxando as calças para cima quando decidiu que talvez ela não tivesse terminado completamente.

Bati minha cabeça na porta com um baque suave, sabendo que não faríamos isso a tempo de surpreender Foster.

"Estou fazendo cocô!" Ela cantou, como sempre fazia.

Minha cabeça bateu na porta novamente com uma batida suave.

"Mamãe, você não pode dizer que você é gorda na parte de trás."

Batida.

"E você tem algo colado na sua bunda."

Batida.

"Ele ainda está aí."

Batida.

"Mamãe."

Coloquei minha mão para trás e procurei, imediatamente encontrando o adesivo que disse a Beckham para não brincar, preso na bochecha da minha bunda.

Tirando-o fora, atirei-o nas imediações do lixo, e dei outra cabeçada na porta com um pouco mais de força.

Eu realmente não deveria estar surpresa. Beckham tinha um jeito de fazer as coisas mais simples, muitas vezes difíceis, desafiadoras e demoradas.

Ela era como seu pai, depois de tudo.

“Já acabei," Beckham anunciou em voz alta.

Deu descarga, lavou as mãos, secou-as na toalha pendurada ao lado da pia, e veio para o meu lado. Segurando minha mão, ela disse, "Podemos voltar lá agora."

“Você percebe, que o seu pai provavelmente já está aqui?" Perguntei a minha pequena mini-eu.

Ela franziu o nariz, como se a ideia de que uma festa começaria sem ela, era um conceito estranho que não conseguia entender.

Suspirando, abri a porta.

Extremamente desapontada por encontrar Foster parado lá.

Seu braço encostado na porta acima da cabeça, olhos voltados para mim.

Eu sorri. "Olá."

"Papai! Eu fiz cocô! "Beckham anunciou em voz alta, como só uma criança de três anos poderia fazer.

"Eu ouvi!" Ele riu, parecendo jovial.

Quando saímos do banheiro, ele se inclinou, pegando Beckham em seus braços.

Fiquei espantada, mais uma vez, pela semelhança entre os dois.

Era inevitável Beckham ter cabelo loiro, pois tanto eu como Foster temos.

Mas os cachos ... ela pegou todos do pai dela.

Eles eram pequenos e perfeitos, assim como os dele. E não ficavam arrepiados quando estavam sob o ar úmido do Texas.

Os olhos eram iguais aos meus, no entanto.

"Obrigado," disse Foster, tirando minha atenção do rosto de Beckham para o dele.

Sorri, depois dei de ombros. "Isso é a vida."

Ele sorriu, estendendo a mão para mim.

Apoiei-me em seu braço enquanto caminhávamos, enterrando meu rosto em seu peito musculoso, inalando a mistura de algodão quente e aroma fresco em suas roupas.

"Você não é gorda de qualquer lado," ele disse, me fazendo rir. "E ninguém viu o adesivo em sua bunda. Prometo."

Eu sorri, levantando minha cabeça para que eu pudesse olhar em seus olhos. "Eu te amo, Foster, meu doce amor."

Ele bufou e me guiou de volta para a sala onde a festa estava agora em pleno andamento.

Nossa família toda estava lá.

E era grande.

Toda a família de Foster, assim como a minha. Depois, as famílias dos homens da equipe SWAT de Foster, bem como alguns de seus amigos de sua época na Marinha.

Nossa casa estava cheia de pessoas que amavam Foster.

"Papai, mamãe disse que Louis tem seis semanas de idade hoje," disse Beckham a Foster quando voltávamos à festa.

Os olhos de Foster se iluminaram, e ele se virou para mim com um sorriso. "Sério, hoje? Não percebi que ele fazia seis semanas de vida hoje."

Corei sob o olhar quente de Foster.

Hoje faziam exatamente seis semanas que tive o nosso filho, Louis.

Louis era o oposto de Beckham.

Onde Beckham nasceu em uma cesariana, Louis nasceu de parto natural.

Onde Beckham teve cólica e não queria nada comigo se Foster estivesse por perto, Louis era o garotinho da mamãe.

"Então, dá o presente de aniversário do papai, mamãe?" Foster sussurrou em meu ouvido.

Um sorriso dividiu meu rosto enquanto eu olhava para ele com todo o amor e adoração que sentia por ele refletindo em meus olhos. "Se é isso que você quer, vou dar a você."

Antes que ele pudesse responder, um latido do andar de cima o fez suspirar e entregar Beckham para mim.

"Vou busca-lo," disse ele.

Assenti, levando Beckham para os avós, Micah e Sloan.

“Vocês se importam em ficar um pouco com ela enquanto vou buscar comida?" Perguntei.

Micah foi logo pegando a neta. "Claro. Assim, Beckham pode me mostrar como trabalhar em meu telefone novo. Soa bem, abóbora?"

Revirei os olhos.

Eles estragavam meus filhos.

A razão pela qual ele teve que comprar um novo telefone foi porque tinha dado o seu antigo para Beckham.

Tentei recusar, mas eles insistiram e eu, é claro, não consegui tirar o telefone de Beckham quando ela claramente queria tanto isso.

Tanto faz.

Ela o perderia dentro de um mês de qualquer maneira.

No caminho para a cozinha, passei por Luke, que estava ocupado alimentando Boris com um biscoito.

"Cuidado com os dedos," eu disse, rindo.

Ele bufou. "Aprendi a lição da primeira vez, confie em mim."

Certamente ele aprendeu.

Quase todos fizeram.

Nunca falhava quando eles enfiavam os dedos na gaiola para tocar Boris, e ele se virava e os bicava. Então ele ria, o pequeno bastardo.

Tivemos que trazer uma nova gaiola, que ficasse mais alta para que nenhum dedinho pudesse ficar acidentalmente presos nas barras.

Eu gostava de Boris, mas Deus o ajude se ele machucar um dos bebês de Foster.

"Oh!" Eu disse quando entrei na cozinha. "Obrigada garotas!"

Mercy, Reese, Geórgia, Memphis, e Viddy estavam todas na cozinha arrumando a comida quando cheguei. Fazendo a mesma coisa que fui lá para fazer.

"Nós achamos que você não se importaria com ajuda. As lagostas estão prontas, também. Sua tia resolveu isso antes de ir para a festa," Memphis disse, apontando para as lagostas cozidas dispostas ao longo de todo o balcão.

"Woo!" Eu disse, batendo palmas. "Odeio fazer isso! No entanto, Foster pede por elas todos os anos em seu aniversário, e não consigo descobrir o porquê."

"Porque gosto do jeito que você reclama quando você as cozinha," Foster disse, beijando minha nuca.

Virei-me e sorri para ele. "Você é horrível, você sabe disso?"

Ele piscou.

"Onde está Louis?" Perguntei, percebendo que ele não estava com meu filho que Molder se recusou a deixar sozinho.

Na verdade, Louis e Beckham teriam sempre a proteção de Molder.

Ele amava as crianças, e os tratava como se fossem seus próprios filhotes.

Ele nos avisava quando eles estavam acordados. Deixava-nos saber quando estavam doentes.

"Senhoras," disse Foster, agarrando minha mão e me puxando para o escritório que foi construído fora da cozinha. "Se vocês nos derem licença por alguns minutos."

Assustada, olhei para trás, para os rostos conhecidos.

"Foster!" Reclamei. "O que você está fazendo?"

Ele fechou a porta e trancou-a atrás de si antes de desabotoar as calças, enquanto me empurrava para o sofá no meio da sala.

Ele sorriu quando minhas pernas encontraram o encosto do sofá, e depois soltou uma risada com o meu olhar frenético para ele.

"O que há de errado, querida?" Ele brincou.

Balancei minha cabeça. "Nós não estamos fazendo isso aqui. Não com tantas pessoas em nossa casa."

Ele sorriu. "Ah, sim?"

Quando ele beijou a base do meu pescoço, e fez cócegas com sua barba ao longo da pele sensível, perdi a capacidade de usar palavras complexas.

"Sim," ofeguei, quando ele começou a chupar o lóbulo da minha orelha.

"Não vejo você dizendo não," ele observou, quando começou a levantar minha blusa e o sutiã sobre a minha cabeça.

"Mmmm," eu disse, pensamentos concentrados em como me sentia com suas mãos correndo sobre meus seios.

Ele riu baixinho. "Então você me quer? Aqui? Agora?"

"Mmmm," falei novamente quando ele puxou um mamilo em sua boca e começou a chupar levemente.

Ofeguei, os quadris empurrando em resposta.

"Foda-me," ordenei.

Sua resposta foi me virar, levantar a minha saia, e dobrar-me sobre o sofá.

Com seu pênis alinhado na minha entrada, ele empurrou para dentro com um rosnado baixo.

"Foi o que pensei."

 

 

 

 

 

 

 

 

EM BREVE


Kill Shot


3 de setembro de 2015


Capítulo 1

Irmãos e irmãs podem lutar como se se odiássem, mas eles terão sempre um ao outro. Para ver seu rosto se você disse algo sobre um na audiência do outro.

–Anote

Bennett


"Não posso acreditar que aquele estúpido marcou meu rosto!" Murmuro, me olhando no espelho da sala de exame.

"Seu rosto era muito bonito. Você precisa superar isso,” minha irmã disse, distraidamente, sem sequer se preocupar em olhar para cima da sua revista. Virei-me e olhei para a garota maluca.

"Por que está aqui? Como soube que eu estava aqui tão rápido?" Perguntei com aborrecimento.

Adorava minha irmã mais velha e tudo, mas ela realmente era uma cabeça de merda.

Nós lutamos como cães e gatos, mesmo agora, com os dois bem acima da idade de dezoito anos.

Payton tinha quase trinta e dois, e eu acabei de fazer vinte e cinco. E eu ainda não podia contar o número de vezes que temos atritos a cada semana.

Uma coisa que irrita os nossos pais e Max, marido de Payton, bastante.

Então, novamente, nos divertiamos que não gostassem, provavelmente por que fazemos isso muitas vezes.

"Ei, que tal não fazer isso agora?" Falou Nico, sempre a voz da razão.

Nico era o que eu chamaria de meu melhor amigo, mesmo que às vezes era um pouco retraído.

Ele estava na equipe da SWAT comigo, a razão pela qual eu tinha me juntado a equipe. Estava na equipe por três anos e eu gostava, na maioria das vezes.

Hoje, no entanto, não era um daqueles dias. Hoje foi uma merda total que gostaria de esquecer se possível.

Agora eu tinha arranhões que começavam abaixo da minha orelha e desciam até meu pescoço e clavícula.

"Você provavelmente vai ter raiva, e eles vão ter que colocá-lo como o cão sujo que você é," minha irmã disse amavelmente.

Joguei a compressa sangrenta que estava usando, para conter o fluxo de sangue escorrendo dos cortes para ela, que caiu no meio de seus seios.

"Bennett, seu safado, desgraçado!" Ela sussurrou. Eu maldosamente sorri para ela.

"O que você estava dizendo?"

Ela me mostrou o dedo, pegou o pano pela parte mais limpa entre os dedos e atirou-o para a lixeira.

Só que ela perdeu e ele caiu no pé da enfermeira que tinha acabado de entrar pela porta.

"Hmm," disse a enfermeira, levantando o pé dela e chutando-o em direção ao lixo. "Boa tentativa, pelo menos."

Olhei, mas não disse nada.

A mulher era bonita. O cabelo era castanho ondulado longo e estava preso em um rabo de cavalo alto na cabeça. As mechas loiras no cabelo, assim como a maquiagem e as jóias, praticamente gritavam 'alta manutenção.'

"Qual de vocês é Bennett Alvarez?" Ela perguntou, analisando o local.

Realmente era difícil de saber, eu tinha certeza. Havia cinco pessoas enfiadas no quarto minúsculo, e eu era o único em pé.

Eu estava bastante certo de que ela dificilmente descobriria quem era deveria cuidar, especialmente por que a parte riscada do meu rosto não estava visívil a ela.

“Seria eu," falei, chamando a atenção dela e de toda a força de seu olhar.

Senti como se ela pudesse ver através de mim. Era quase como se ela tivesse me deixado nu nos dez segundos que demorou me olhando.

Então ela ofereceu a mão para mim enquanto caminhava mais perto. "Meu nome é Jane Lennox. Vou costurar você hoje,” ela se apresentou.

Tomei sua mãozinha na minha e balancei duas vezes, para cima e para baixo, antes de soltá-la como se tivesse me queimado. Choque elétrico passou por minha mão no momento em que nossa pele tocou e nossos olhos se arregalaram.

"Você é uma médica?" Perguntei.

Ela balançou a cabeça. "Não, sou um PA, ou médica assistente. Está tudo bem?"

Concordei com a cabeça. "Sim."

Ela tinha idade suficiente para ser o que era? Ela parecia ter vinte e dois no máximo. Essa merda não leva muito tempo para ser concluída?

Ela acenou com a cabeça e então apontou para a cama com a mão.

"Sente-se e deixe-me ver o que está acontecendo." Minha irmã não se preocupou em se mover, por isso, sentei-me sobre ela.

"Puta que pariu Bennett, seu gordo filho da puta," ela rosnou, empurrando minhas costas com os joelhos tentando se libertar.

Os olhos do Lennox estreitaram em Payton. "Se você saísse da cama, então ele não sentaria em você."

Payton estreitou os olhos em Lennox, mas, no entanto, afastou-se da cama e foi para o marido.

Max puxou-a para o colo e prontamente cobriu sua boca com a mão quando ela fez um movimento de dizer alguma coisa.

Quando voltei a olhar para a coisa doce na minha frente, fiquei surpreso ao vê- estudando minhas mãos, e não o meu rosto.

Olhei para baixo, surpreso que ela tinha visto isso antes dos sangrentos arranhões no meu rosto.

"Seus dedos podem precisar de um tratamento dermatológico, mas fora isso, eles ficarão bem. Abra e feche a mão para mim,” ela pediu, colocando sua mãozinha na minha.

"Bom, aperta." Fiquei incerto se ela queria que realmente apertasse ou mostrar-lhe que podia. Apenas mostrei que podia para que eu não esmagasse as mãos dela. Ela parecia uma chorona.

"Excelente, não vejo nada que de errado. Seu rosto, porém, provavelmente vai precisar de alguns pontos. Assim que as enfermeiras os limparem, virei e darei uma olhada, tudo bem?" Ela perguntou, me olhando nos olhos.

Concordei, tentando descobrir o que havia de tão diferente nela. Tão intrigante.

Ela não me deu muito tempo para olhar, no entanto. Saiu do quarto sem olhar para trás, e a sala ficou em silêncio por um minuto enquanto todos processavam o que estavam pensando.

“Você também acha que ela se parece com àquela garota do House?" Payton sussurrou para o marido.

House, o programa de TV.

Payton era obcecada com esse show e o ator principal do show, House.

Eu gostava e tudo, mas eu estava mais para programas de ação. Não aqueles que me obrigavam a pensar na verdade. Quando eu assistia TV, era para relaxar, não para tentar descobrir quem matou quem, ou o que tinha acontecido.

"Tão certo como a porra. Estranhamente,” Max respondeu em sua voz grave.

"Qual é o nome dela mesmo?" Payton perguntou.

"Olivia Wilde," disse Michael, não se preocupando em olhar para cima de seu telefone.

"Por que estão aqui?" Perguntei, olhando ao redor.

Antes que pudessem responder, uma enfermeira mais velha entrou, tagarelando sobre a necessidade de me limpar para 'Nox'.

Nox. Era um apelido estranho. Não importa, embora. Pareceu-lhe caber. Ela era baixa. Provavelmente a mesma altura de Payton, que não tinha sequer 1,52m.

Era um nome corajoso, para uma pequena mulher duende.

"Tudo bem, meu rapaz. Isto vai doer um pouco. Tente não se mexer, no entanto,” a enfermeira instruía.


***

Lennox

"Puta que pariu! Isso não é uma picada. Queima como um filho da puta!" O grande homem na sala três rugiu.

Cobri minha boca e corajosamente tentei não rir. Eu não conseguiria, no entanto, se os olhares que estava recebendo dos médicos e enfermeiros fosse qualquer coisa perto.

"Tsk-tsk, fazendo o cara da SWAT gritar assim, Lennox,” Paxton, o outro PA e meu melhor amigo brincou.

Mantive minhas mãos. "Não fui eu que o feri!"

“Não, mas foi você que pediu a Donna para entrar lá. Você sabe como ela é com homens grandes. Sempre os trata mal porque lembram seu ex-marido,” disse Paxton, levantando a sobrancelha para mim.

Mostrei minha língua para ele.

"Sim, acho que fiz isso, não foi?" Eu ri assumidamente.

"Ei, você ouviu porque ele está aqui?" Melissa, uma enfermeira, falou.

Neguei com a cabeça. "Não, por quê?" Melissa era mulher que sabia tudo. Era casada com um bombeiro que estava no corpo de bombeiros local. Ela sabia muita coisa que acontecia antes da maioria.

"Uma louca tentou assaltar a lanchonete que eles estavam tendo sua reunião semanal da SWAT. Bennett, aquele homem ali, tentou impedi-la. Exceto que ela fez merda, então ele a pegou e tentou algemá-la,” explicou Melissa.

Minhas sobrancelhas levantaram.

“Que tipo de idiota iria assaltar um restaurante e não olhar para ver quem estava dentro primeiro?"

"Um estúpido," disse Melissa, gesticulando em direção a dois quartos que estavam sendo guardados por dois policiais uniformizados.

"Oh, ela está aqui?" Sussurrei interessada.

Melissa acenou com a cabeça. "Sim."

"Ela é minha," disse, levantando-me, agarrando a cadeira e me movimentando em torno das enfermeiras.

"Não é não. Ela é minha!" Paxton disse, mas eu já estava indo para o quarto antes que ele pudesse me parar.

Passando os dois oficiais com um aceno de cabeça, entrei no quarto.

A mulher que foi algemada à cama não ficou ferida.

Era mais do que óbvio. Porque se ela estivesse machucada ela não estaria dormindo profundamente.

Ela estaria sofrendo. O que ela definitivamente não estava.

“Sra. Bonillo?" Anunciei em voz alta, assustando a mulher.

Os olhos dela, que tinha enormes círculos pretos sob eles, aumentaram em raiva e então imediatamente esmaeceram, fingindo dor.

"Oh, minhas costas!" Ela chorou em voz alta.

Ignorei o falso choro, folheei o gráfico e balancei minha cabeça com o que eu vi. Passageira frequente de analgésicos. Verifiquei, surpreendente.

"Você pode me dizer como essa dor é, Sra. Bonillo?" Perguntei-lhe, indo para o balcão e inclinando minha bunda contra ele.

Ela pensou sobre isso por um momento, provavelmente tentando descobrir a melhor maneira de dizer e que iria puxar minha simpatia.

"Hum, pontadas no alto das costas," ela mentiu.

"Uh," eu disse, rabiscando corações sobre as notas da página no quadro. "E é constante ou intermitente?"

“Constante. Vai embora, mas volta. Por pouco tempo, nunca vai embora", disse ela, colocando um pequeno gemido em sua voz.

Assenti com a cabeça e rabisquei, 'Não sei o que significa intermitente', nas notas.

"Tudo bem", concordei. "Bem, Sra. Bonillo, lamento ter que dizer isto, mas você vai ter que entrar em contato com o PCP, seu fornecedor de cuidados de saúde primários e explicar-lhe esta dor nas costas. Infelizmente, a lesão que está proclamando ter não indica uma necessidade de remédios. Dou-lhe uma dose de Tylenol, no entanto."

"Tylenol? Você está brincando comigo? Tylenol não vai tirar a dor que sinto!" Ela gritou, curvando-se para fora da cama tentando me chutar.

Pulei fora do caminho dela, movendo-me para o lado da sala e vendo-a sofrer com as algemas que estavam anexadas no corrimão de metal.

"Sra. Bonillo, você vai precisa se acalmar, ou você vai se machucar," falei de modo tranquilizante.

Que não fez nada para acalmá-la e só serviu para aumentar seu aborrecimento comigo.

Então, com uma grande força, ela puxou tanto que o colchão inteiro e a maca em que estava deitada, capotaram deixando-a no chão como um saco de batatas.

"Ahhhhh!" Ela gritou, quando os policiais entraram pela porta.

"Senhora"? O primeiro oficial disse.

"Você se acalmará e nos permitir levantá-la?" Mas, de repente, a mulher e seu volume maciço estava livre, e ela começou a enlouquecer pra caralho.

Ambas as algemas estavam fora de suas mãos, essas parecendo muito deformadas, e ela estava batendo em qualquer um que estivesse próximo dela.

"Charlie Brown"! Gritei alto recuando. Para bater em uma parede dura de músculo. Girando ao redor, olhei, e subindo um pouco mais, cheguei nos mesmos olhos castanhos que me deram arrepios mais cedo.

"Seria melhor você esperar lá fora," o homem, Bennett, murmurou baixinho passando por mim e entrando na briga.

Então havia um maldito muro de homens! E não eram pequenos homens esses.

O quarto não me parecia pequeno quando a mulher avançou em mim, mas depois que apareceu a equipe da SWAT, de repente me senti minúscula.

De onde tinham vindo todos eles? Sei que só tinha visto dois homens da equipe da SWAT no quarto com Bennett. Agora, havia pelo menos seis deles, mas não consegui uma contagem total, porque me encontrei do lado de fora do quarto olhando um Paxton chocado.

"Hum," disse ele, olhando para os homens doces.

É isso o que eles eram. Doces homens. Tão sexy cada um deles.

Mesmo Bennett, com o rosto arranhado era sexy.

“Vocês nunca me apanharão viva!" Sra. Bonillo gritou. "Quero o meu advogado!"

O grito alto foi ouvido sobre os grunhidos de exaustão e o som de corpos em cima de corpos.

"O que deu no PCP"? Paxton perguntou curiosamente.

Olhei para o gráfico, que estava segurando e fiz uma careta.

"Positivo para heroína." Foda-se. Estive tão ocupada olhando para o histórico da mulher que não tinha me incomodado de olhar para os testes de sangue atuais.

“Algemem a puta!" Uma alta demanda masculina soou na parte inferior da pilha.

A mulher literalmente tinha sete homens em cima dela e ainda estava lutando!

Melissa veio parar ao meu lado e apreciou o show por alguns momentos antes de estender um frasco de vidro transparente e uma seringa.

"Toma," ela disse distraidamente um pouco depois. Ela ofereceu as coisas nas mãos dela, mas sempre com os olhos na cena.

Tirarando-lhe das mãos, verifico a data e a droga, retiro a medicação e então começo a entrar no quarto.

"Muito bem, rapazes," eu disse com autoridade. "Alguém me dê alguma bunda."

A camisa do de cima tinha se soltado, descobrindo uma cintura muito musculosa coberta de tatuagens.

Ainda não era o tipo de bunda que eu estava procurando.

"Você pode ter meu rabo a qualquer momento," soou uma voz tensa da parte inferior da pilha novamente.

Eu ri. "Sim, vou aceitar essa oferta... mais tarde."

Então contornei o amontoado, fiquei de joelhos próxima ao rosto de um homem com um chapéu preto e comecei a empurrar os corpos para o lado até que consegui uma parte do corpo da mulher. Sorte minha, a primeira coisa que vi foi a coxa, que funcionava muito bem para mim.

"Saúde," declarei, em seguida, furei-a com a agulha. Então ela começou a pular igual batata quente, fazendo com que os homens sobre ela se mexessem também.

Com um pensamento rápido e memória muscular treinada, coloquei a tampa de segurança da agulha e atirei-a para o canto do quarto, na hora certa.

A cabeça que estava quase entre as minhas pernas oficialmente se tornou familiarizada com minhas partes íntimas, e saí voando do topo do monte.

Soltei uma risada durante o voo quando aterrisei, rolando até que eu estava em minha bunda perto da porta.

Paxton estava rindo quando me colocou de pé.

"Jesus, você acha coisas estranhas divertidas," Paxton revirou os olhos.

Pisquei para ele... E vi as últimas lutas da mulher quando o Narcan que tinha lhe injetado... Começou a trabalhar. Então ela lutou até... Desistir.

Ela estava tão imóvel, aliás, que os homens em cima dela não confiaram.

Eu no entanto, sim. "Já podem se levantar," gritei alto. "Ela apagou."

"Como você sabe?" Um deles perguntou cautelosamente.

“Porque eu a derrubei com Narcan. Ela está sóbria como uma filha da pu... Hum, freira, alterei.

Cautelosamente, saíram, um a um, até que todos estavam olhando para a mulher no chão.

“Por que são sempre aqueles mais fortes que sempre lutam? Jesus, a todo momento!" O que parecia ser o mais velho do grupo rosnou, puxando sua camisa para baixo e colocando-a de volta dentro das calças.

"Porque eles são idiotas sem consideração, chefe. Sempre pronto para te pegar,” uma cabeça vermelha, brincou enquanto ele, também, arrumava a camisa.

Bennett, porém, era o que mantinha os olhos em mim, parado, me observando como se eu fosse uma lunática, maluca.

“Você percebe que é muito pequena e tem um quarto do tamanho dessa mulher, certo?" Bennett falou, gesticulando com um dedo para a mulher deitada no chão.

Olhei para trás, verificando para ver se ele estava falando com a pessoa nas minhas costas, no entanto, não vi ninguém lá.

"Você está gritando comigo?" Perguntei inocentemente.

Ele estreitou os olhos. “Sim, Mizz Jane, claro que estou. Isso foi incrivelmente estúpido."

Pisquei, surpresa que ele tivesse realmente dito que sim.

Que raiva!

Eu era uma mulher crescida! Se eu quisesse arrastar com os homens, com certeza poderia! Eu posso fazer tudo que um homem pode fazer... Dentro da razão.

"Sim, que seja," eu disse, girando para sair da sala. “Ela é toda sua, Paxton. Sr. Alvarez, vamos te costurar, então pode ir para casa.”

Não esperei ele seguir-me, em vez disso, fui para a estação de enfermagem e descartei a seringa que eu tinha acabado de dar na mulher burra que provavelmente ia estar extremamente dolorida pela manhã.

"Acho que você deixou o grande homem preocupado," Melissa riu levemente quando passou por mim.

“Sim, eu entendo. Sua responsabilidade, não sou eu. Esse é meu trabalho,” suspirei.

Estive lá, fiz isso. Eu tive um namorado controlador. E meu ex, no departamento de preocupação se assemelhava a um Bennett Alvarez.

Não, obrigada. Não me importa quanto quente ele era!!

CAPÍTULO 16


Um relacionamento é feito para duas pessoas. Só que algumas vadias não sabem contar.

- Fato da vida.


FOSTER


"Você quer ir comer alguma coisa?" Ela perguntou-me quarenta e cinco minutos depois, enquanto vestia uma camisa.

Eu olhava para o relógio, sentindo-me extremamente cansado.

Não do sexo, mas apenas cansado de um modo em geral.

Mas eu me sentia melhor do que estive em meses.

Gemendo, me forcei a levantar e sentei-me na beira da cama.

A primeira coisa que fiz foi esfregar um pouco de loção na pele ao redor da minha cicatriz.

Tinha que me se certificar de fazer isso, ou a pele se degradaria. Ou assim me informaram.

Agora tinha uma bolha, mas eu sabia que isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde.

"Aqui," Blake disse, entregando-me a manga que segurava o pino na minha perna.

"Obrigado," agradeci, deslizando-a cuidadosamente para evitar bolhas de ar. "Onde você quer ir comer?"

Enquanto continuei me vestindo, observei cuidadosamente.

Ela usava meia-calça em cores vermelha e branca, uma saia de brim azul e uma camisa azul brilhante que dizia: Um peixe, Dois peixes, Peixe Vermelho, Peixe Azul15 nela.

Então começou a trançar seu cabelo.

"O que você está vestindo?" Perguntei.

Havia diversão na minha voz, que não consegui esconder, e ela jogou um sorriso por cima do ombro para mim.

"É oficialmente o dia Dr. Seuss16," ela me respondeu.

"Você está autorizada a usar isso para trabalhar?" Insisti.

Ela assentiu com a cabeça. "Não foi ideia minha vestir assim. Mas vou fazê-lo. Não tenho nenhum problema em parecer idiota. Só se você tiver um problema em sair para comer comigo assim."

Dei de ombros e vesti as calças que tinha usado na noite anterior.

Em seguida, calcei meu sapato.

"Você acha que perguntar se poderia comprar apenas um calçado, eles concordariam?" Ela questionou, fazendo-me olhar para cima.

"Duvido muito, para ser honesto."

"Bem, então procure saber se você pode comprá-los pela metade do preço... desde que, você sabe, não vai usar o outro sapato," ela ofereceu.

Eu pisquei. "Acho que posso lidar com o pagamento pelo par de calçados."

Ela encolheu os ombros. "Aposto que dão um desconto militar."

Dei a ela um olhar aguçado. "Eu posso lidar com isso. E como nós começamos a falar de sapatos, de qualquer maneira? Quando devemos sair para que eu a leve ao trabalho?"

Ela virou-se, surpresa evidente em seu rosto. "Por que eu preciso de você para me levar para o trabalho?"

Eu balancei minha cabeça. "Alguém invadiu a sua casa, e houve um tiroteio direcionado diretamente sobre ela. Sinto muito, mas você vai ter que lidar comigo levando-a para trabalhar a menos que você queira que eu comece a usar de força."

Ela levantou as mãos em falso horror.

"Ooooo!" Ela cantou sarcasticamente.

Levantei-me em um saldo da cama, pegando-a em torno dos quadris antes mesmo dela sair pela porta do quarto.

"Eeek!" Ela gritou quando a peguei e a joguei por cima do meu ombro.

Ela riu sem fôlego.

"Coloque-me no chão, seu grande imbecil!"

"Sim, senhora!"

Então atirei-a através do quarto, saboreando o grito que saiu de sua boca antes que ela atingisse a cama.

"Você está tão morto," ela declarou alguns minutos mais tarde depois que saí do banheiro.

"Você ainda não está pronta," falei, caminhando até o armário e retirei meu colete Kevlar.

Virei-me e vi que ela me olhava enquanto eu colocava o meu colete, seus olhos estudando meus movimentos enquanto eu o encaixava, procurando assentá-lo confortavelmente.

"O do meu pai é preto," ela disse.

Concordei com a cabeça. "Meu departamento me forneceu um também. Mas eu gosto muito desse."

"Por quê? Parece meio puído, para ser honesta," disse ela, apoiando o corpo sobre os cotovelos, deixando seus pés pendurados para fora da cama.

Apontei para a assinatura no canto inferior direito do meu colete.

"Eu tenho esse a cerca de três anos. Foi meu último ano como um SEAL17", expliquei. "Essa é a assinatura do meu irmão. Fiz o mesmo para ele. Parece estúpido," dei de ombros. "Mas sou um homem supersticioso. Eu uso o que sei que vai funcionar."

"Você não confia nos que recebemos do departamento de polícia?" Ela perguntou, levantando-se em minha direção.

Ela realmente parecia ridícula, mas muito quente, também.

"Sim, confio. Simplesmente não é meu." Hesitei antes de me sentar na cama novamente. "Tem certeza que você tem permissão para trabalhar assim?"

Ela sorriu. "Acho que nós vamos ver."


***


Blake


Pulei da camionete, caindo de pé com um ligeiro desequilíbrio.

Meus pés faziam barulho no cascalho quando me virei para fechar a porta.

Foster estava ainda contornando o carro quando dei de frente com a primeira pessoa que viu o que eu estava vestindo.

"Eu não deveria estar usando isso," murmurei para mim mesma.

"O que você disse?" Foster perguntou quando me encontrou do outro lado da camionete.

Eu não disse nada quando me virei para encarar o homem caminhando em nossa direção.

Se é que ele poderia ser chamado de homem.

"Ei," disse David. "Estou contente em saber que você está bem."

Dei de ombros e me virei para entrar no prédio, mais do que pronta para ficar longe do homem estúpido na minha frente.

O que estava em minhas costas, no entanto, era uma história diferente.

Eu poderia ficar em seus braços o dia inteiro.

Ele também fez muito bem em me impedir de querer socar o nariz de David. Principalmente me distraindo, e ele o fez até chegarmos ao topo da escada.

Eu não percebi que ele me seguia tão de perto, porque no momento em que minha mão tocou a maçaneta da porta, ela subitamente desapareceu.

Então, como em um filme da Disney na vida real, ele me pegou em seus braços e beijou-me estupidamente.

Eu como uma puta, gemi, inclinando-me para ele e enfiando meus braços ao redor do seu pescoço.

Meus dedos enterraram no pouco no cabelo que ele tinha, e a sensação de sua arma cutucando o meu quadril não fez nada para diminuir a minha libido, que estava furiosamente em grande velocidade depois da noite passada.

"Tenha um bom turno," disse ele sem fôlego. "Vejo você quando sair. Não saia para o almoço."

Com isso, ele me soltou, caminhou até a porta, e me conduziu para dentro.

Atordoada, eu entrei, não surpresa de encontrar toda a estação em ooohh e aaahh com a exibição.

"Esse é o nosso garoto, Crush!" Alguém gritou do fundo da estação.

Foster não olhou para ninguém, como era o seu jeito.

Eu, por outro lado, disse oi para, pelo menos, quinze pessoas antes de finalmente conseguir chegar nos escritórios da operação.

"Isso foi um show!" Pauline cantarolou no momento em que entrei.

Eu balancei minha cabeça.

"Como você viu?" Perguntei.

"Comecem a trabalhar, senhoras," disse a voz de um homem irritado da porta.

Resisti à vontade de arregalar meus olhos como Pauline e caí na minha cadeira colocando meu fone de ouvido.

"Tudo bem, senhoras! Vamos fazer deste um bom dia!" Nosso chefe, Bradley, disse.

Eu não me sentia confortável ainda quando se tratava de Bradley.

Ele era um homem esperto, e um policial.

Ou tinha sido antes que ele tivesse se machucado.

Agora ele fazia um trabalho sentado atrás de uma mesa porque sua perna não lhe permitiria fazer as atividades diárias de uma vida normal que a maioria das mulheres e homens faziam sem perceber.

Ele era agressivo, e pensava que era melhor do que os outros.

Ele era a mesma coisa que nós. Operadores.

Meu telefone tocou e esqueci tudo sobre Bradley.

Eu não pensaria nele até muito mais tarde.

No final do meu turno, para ser exata.


***

"Unidade 4 respondendo a uma 10-46," a voz de Foster veio através do rádio.

Eu tremi. Jesus, o homem era sexy. Até sua voz soava sexy.

Eu estava na sétima hora e meia do meu turno de oito horas, e estava tão pronta para estar na casa de Foster que não era nem mesmo engraçado. A falta de sono na noite passada estava realmente me atingindo. Eu mataria por um cochilo agora.

E também estava ansiosa para fazer outras coisas também.

Mais trinta minutos. Mais trinta minutos.

Continuei cantando as palavras para mim mesma, rezando para que conseguisse ficar acordada.

Estive exausta a noite toda, e esta foi a primeira vez que realmente prestei atenção a voz de Foster através do rádio o tempo inteiro.

"10-4, unidade 4," eu disse, mantendo a linha aberta, enquanto esperei que ele ajudasse o motorista do carro parado.

10-46, eu aprendi, era quando um motorista estava preso em um carro quebrado. Ou quando o carro tinha sido abandonado.

Passaram-se alguns minutos, enquanto isso verifiquei minhas unhas, me perguntando se deveria fazer uma manicure antes do fim de semana.

Eu concordei em participar com Foster de uma festa que seu irmão estava fazendo para o terceiro aniversário de sua filha.

Eu tinha que eles não se importariam como as minhas unhas se pareciam, mas...

Um som confuso e abafado ecoou abruptamente através do meu fone de ouvido, e eu levantei os meus olhos, olhando fixamente para o meu monitor.

Eu não tinha certeza do que estava ouvindo.

Parecia quase como um...

Bang. Bang. Bang.

Os tiros não soaram como pensei que soariam, mas eram claramente tiros, no entanto.

"Unidade 4, 10-101?" Eu quase gritei.

Eu podia ver Pauline pela na minha visão periférica, mas ela ficou lá, esperando por minha ação.

Ecoou o barulho de mais luta e ouvi a respiração difícil de alguém antes da voz tensa de Foster dizer, "Preciso de ajuda."

"Pauline, ele precisa de apoio," falei com urgência, antes que meus dedos começassem a correr sobre o teclado, colocando informações, despachando unidades, e alertando aqueles que precisavam saber.

Meu coração, no entanto, estava batendo loucamente.

Meu estômago estava agitado, senti a umidade atingindo meu rosto, e percebi que eu estava chorando.

Não deixei isso me impedir de fazer o meu trabalho, no entanto.

A luta continuou a soar, e depois mais um tiro ecoou.

Então, nada.

Absolutamente nada.

Eu estava tão assustada que Foster estivesse morto, que, quando sua voz voltou no rádio, eu visivelmente murchei em meu lugar.

"Unidade 4, 10-106," Foster rosnou sem fôlego. "Vou precisar de uma ambulância para o homem que apenas tentou atirar no meu rosto."

Solicitei a envio da ambulância, alertando outros oficiais, e então prontamente vomitei.

Corri para a lata de lixo do outro lado da sala, mal fazendo isso a tempo, antes e perder o meu almoço.

Jesus Cristo, o homem tinha me assustado completamente.

Voltei ao meu lugar, olhos vidrados, e desmoronei nele.

Minha cabeça bateu na mesa, e comecei a chorar silenciosamente.

"Faça uma pausa, Rhodes," Bradley ordenou. "E bom trabalho."

Eu o ignorei, voltando para o jogo de Paciência que eu estava jogando antes da chamada chegar, mas não consegui me concentrar.

Eu perdi.

Seriamente.

Minha mente era uma mistura de emoções enquanto esperava que o relógio desse oito.

Assim que ouvi que Foster estava de volta na estação, dei a Pauline um aceno e saltei da minha cadeira, esquecendo completamente que ainda estava conectada ao fone de ouvido.

Ele arrancou de minha cabeça quando atingiu o limite do seu comprimento, e bateu contra a mesa ao se soltar.

Eu não parei, embora.

Em vez disso, continuei correndo, passando pelas celas, seguindo direto para a entrada da frente.

Eu o vi lá, conversando com seu irmão, e não parei para pensar.

Apenas me lancei em seus braços, segurando-me firmemente.

Ele deu um passo para trás, o SUV em suas costas impedindo-o de ir mais longe, e eu o abracei com força.

Depois que eu o beijei, comecei a repreendê-lo.

"Você me assustou completamente!" Gritei bem alto em seu rosto.

Ele sorriu fracamente. "Sim, eu vejo isso. Parece ser uma tendência hoje à noite," ele disse enquanto olhava por cima do meu ombro para o irmão.

Suas mãos estavam descansando na minha bunda, me segurando, então me virei e olhei para Miller.

Ele estava olhando para seu irmão com alívio, amor e um pouco de aborrecimento.

Ele beijou minha testa, em seguida, deixou-me deslizar para baixo me colocando de pé, antes de falar, "Você se importa de ficar aqui com Miller enquanto vou falar com o chefe?"

Olhei para ele com desconfiança, mas mesmo assim concordei, "Claro."

"Vou terminar rapidamente. Só preciso lhe passar um relatório sobre o que aconteceu, e depois iremos, ok?" Ele confirmou.

Concordei com a cabeça novamente, e ele desapareceu para dentro do prédio.

"Então..." Eu disse, olhando para seu irmão quando a porta se fechou atrás de Foster. "O que você acha que realmente aconteceu?"

Ele piscou para mim. "Essa é a pergunta de vinte e três mil dólares."


***

Foster

"Ele estava esperando por mim," falei para o chefe. "Eu sei disso como sei que meu sobrenome é Spurlock."

O chefe suspirou e recostou-se em sua cadeira, esfregando os olhos com as mãos. "Diga-me por que você acha isso. Do que recolhi dos policiais que o interrogaram, você o assustou... ou assim ele diz."

Eu balancei minha cabeça.

"Passei por essa mesma rua mais de dez vezes esta noite. Você me disse para prestar atenção na festa que suspeitávamos que aconteceria ali, e assim continuei fazendo rotas diferentes, praticamente contornando em um oito," expliquei. "Vi aquele homem na primeira rua e não pensei muito sobre isso. Em seguida, ele estava na próxima rua que passei. Após a quinta vez que o vi, finalmente parei."

Ele balançou a cabeça, fazendo sinal com a mão para eu continuar.

"Eu realmente não o vi até que fui até o carro. Ele estava deitado no banco de trás, completamente vestido. Quando pedi para ele sair, ele fez, tranquilamente. Então, quando me encaminhei à viatura com sua licença e registro, ele se mexeu. Se eu não tivesse me virado para fazer-lhe uma pergunta sobre a sua licença, ele teria me baleado na parte de trás da cabeça."

"Jesus, que confusão dos diabos," Chefe Rhodes disse cansado.

Eu balancei a cabeça. "Um Charlie Foxtrot18, de fato."

"Bem, você vai ficar feliz em saber que a unidade de impressão digital móvel tem uma digital correspondente a dele. De várias ocorrência, na verdade. Uma das quais sendo a que encontramos no arrombamento da casa de Blake algumas semanas atrás," disse o chefe.

Meus dentes cerraram, e de repente não me senti tão mal por ter atirado na barriga dele três vezes com a sua própria arma.

"Ele disse alguma coisa?" Perguntei com força.

O chefe balançou a cabeça uma vez. "Nada. Eu tenho Greer sobre ele, no entanto. Se ele descobrir algo me avisará."

Esfreguei meu peito, sentindo uma contusão já se formando no local onde a bala havia acertado no meu colete Kevlar.

"O que é isso no seu ... pé?" O chefe perguntou quando se levantou.

Olhei para o meu pé e fiz uma careta.

"Acho que é pele," respondi. "Ele caiu sobre ela."

A expressão do Chefe azedou. "Isso é apenas... nojento."

Ele me entregou um lenço desinfetante que tirou do pote que mantinha no canto de sua mesa.

“Limpe isso. Posso te dizer por experiência própria que Blake vomita com a visão de sangue," disse ele.

Abaixei-me e esfreguei o sangue e pedaços de... coisas, da minha prótese. Em seguida, joguei a toalha no lixo ao lado da mesa do chefe.

Enxugando minhas mãos com um pouco de desinfetante, levantei-me e olhei para ele.

"Isso tudo tem a ver com ela, não é?" Perguntei afirmando.

Ele deu de ombros. "Melhor palpite, sim. Só não sei o que ela fez para justificar tudo isso. Mas não significa que não vou descobrir, no entanto."

Concordei com a cabeça.

"Bem, ela não vai sair da minha vista, isso é certo."

Quando comecei a sair do escritório do chefe ouvi ele dizendo, "Nunca duvidei que faria. Apenas certifique-se de deixar clara suas intenções para Shank antes de se envolver muito com ela."

Isso era algo que eu realmente, realmente não queria fazer.

Não que eu não planejasse ter Blake como minha, porque eu planejava. Mas porque não queria falar com aquele homem até que tivesse toda esta situação resolvida.

Eu iria falar com ele de qualquer maneira? Sim.

Será que eu gostaria disso? Foda-se, não.

CAPÍTULO 17


Quem acendeu o fusível em seu tampão?

-Camiseta


FOSTER


Abri a porta do meu apartamento, sem me surpreender de modo algum por ver o pai de Blake na minha frente.

Blake tinha adormecido no sofá durante o filme que insisti para assistirmos, e estava dormindo por mais de uma hora.

Não querendo acordá-la, porque eu sabia exatamente onde esta conversa iria, agarrei a minha arma da mesa de centro, empurrei-a na parte de trás da minha calça, e encontrei-o no corredor.

Ele observou os meus movimentos com os olhos de um oficial treinado.

Alguém que também tinha feito isso tantas vezes que poderia antecipar os movimentos de outro oficial antes mesmo de ser feito.

Seus olhos, porém, pararam sobre o corpo de sua filha deitada no sofá e depois ele me encarou, de repente furioso.

Fechei a porta rapidamente antes que ele pudesse começar a exigir respostas, e inclinei-me contra a parede esperando ele começar.

"Por que ela estava chorando?" Lou exigiu.

Suspirei.

Então, comecei a lhe contar sobre a minha noite, e depois aquilo que o chefe havia me dito quando conversamos.

"Foda-se," disse ele, virando-se e andando de um lado para o outro no corredor. "Não encontrei merda nenhuma. Puxei cada maldito informante que tenho, mas não consegui nada para mostrar. Vou ter que cavar mais fundo."

Eu não duvido que o homem tinha informantes. E também esperava que ele tivesse um monte do submundo do crime nos bolsos traseiros19.

Você não se mantém como um policial durante o tempo que ele ficou sem conhecer alguns criminosos que você poderia chamar se precisasse deles.

"Tenho alguns especialistas em computador que estão trabalhando no caso com um amigo meu. E também o presidente do clube do meu irmão empenhado nisso até o fim," eu disse.

"Silas Mackenzie?" Ele perguntou surpreso.

Acenei com a cabeça, não me surpreendendo que ele conhecia os homens associados com o meu irmão. Eu tinha certeza de que ele tinha um arquivo de trinta centímetros de espessura de mim e minha família.

"Como... não importa. Tenho certeza que não quero saber,” eu disse, balançando a cabeça. "Ele era... é da CIA, acho. Eu realmente não fui capaz de descobrir exatamente o que ele é. E não sei se ele já saiu. O que sei é que ele está puxando tudo o que sabe sobre Bryson Bullard, o homem que tentou atirar em mim esta noite."

Shank então resolveu jogar.

Pegou seu telefone e discou um número, não olhando para mim quando começou a falar baixo no aparelho.

Não consegui entender muito da conversa, mas do que ouvi, eu sabia definitivamente que quem estava do lado oposto da linha não estava agindo exatamente como um oficial da lei.

"Não me importo com o que você tem que fazer seu estúpido filho da puta. Ou você o faz falar, ou eu vou, e você realmente não vai gostar," ele sussurrou antes de desligar.

Minhas sobrancelhas levantaram quando ele se virou e olhou fixamente para mim.

"O que você acabou de fazer?" Perguntei curioso.

Ele sorriu.

"Um pai tem um dever para com sua filha. Se ela está machucada, eu estou machucado. E não vou falhar nisso. Será sobre o meu cadáver que ela terá que suportar outro dia como o de dois dias atrás. Ela estaria morta agora, se não fosse por seus amigos," ele rosnou. "Agora, você faz o seu trabalho protegendo a minha garota, e eu vou fazer o meu."

Com esse comentário enigmático, ele se virou e começou a descer o corredor.

Seus ombros largos e fortes contraíram com a tensão enquanto ele ia.

"Lou?" Eu chamei e ele parou.

Congelando, ele se virou lentamente.

"Não," disse ele. "Você não a conhece por tempo suficiente ainda."

Eu sorri. "Você percebe que isso não vai me impedir, certo? Que planejo fazer isso tendo sua permissão ou não. Eu só queria que você soubesse minhas intenções. Eu tinha planejado esperar até que tudo isso tivesse acabado, mas mudei de ideia."

***

Levantei Blake em meus braços, levando-a sem esforço para o quarto.

Ela não se mexeu quando eu a deitei na cama, e joguei as cobertas sobre ela.

Ela fez o mais bonito pequeno gemido enquanto se aconchegava mais profundamente na cama, e levou todo o meu esforço para não a virar e começar a fodê-la antes mesmo que ela acordasse.

Em vez disso, saí do quarto comecei minha rotina noturna de aparar a barba, lavar as mãos e rosto, passar algum desodorante e remover a prótese antes de ir para a cama.

Entrei sob as cobertas e deslizei para o meio, muito consciente do meu membro perdido quando puxei Blake nos meus braços.

Ela enrolou as pernas em volta da minha perna, e se aconchegou profundamente em meu peito antes de dar outro suspiro bonito, caindo de volta no sono.

Eu estava quase dormindo quando o pager20 na minha cabeceira disparou, alertando-me para uma chamada da SWAT.

"Filho da puta," eu suspirei.


CAPÍTULO 18


Quando o perfume em seu travesseiro tem que ser suficiente.

- Esposa do turno da noite


FOSTER


"Você é a bomba," eu disse a Alice enquanto a deixava entrar na sala de estar.

Alice era uma amiga policial que vivia no andar de baixo.

Tive sorte para caralho que ela estava em casa, caso contrário eu teria ficado rasgado por deixar Blake sozinha.

Especialmente com a tempestade de merda que estava rodando em cima dela recentemente.

"De nada, Foster. Eu só queria que você tivesse me chamado para outra coisa que não fosse cuidar da sua mulher,” disse a voz sensual atrás de mim.

Eu estremeci.

Sim, nós já dormimos juntos antes.

Tinha sido conveniente, mas nenhum de nós procurava nada além de um bom momento.

Algo que nós tivemos, e deixamos logo depois.

"Faça o que fizer, não a irrite. Seu tio é o chefe. Confie em mim, você não quer nenhum tipo de problema com ela," ordenei, jogando-lhe um olhar por cima do ombro.

Ela me lançou um olhar que mostrava claramente o quanto estava assustada.

"E faça o que fizer, não diga a ela que dormimos juntos. Quero que ela fique onde está, o que vai contra totalmente com o propósito de ter você aqui se você irritá-la e a fizer sair," expliquei, pegando minhas chaves da mesa.

"Que seja," disse Alice.

Eu estremeci.

Alice, embora fosse uma policial, era também uma mulher.

Ela tinha hormônios e alterações de humor assim como o resto da população feminina.

Ela também estava irritada que eu não a tinha chamado há um tempo.

Ela era uma profissional, no entanto, e gostava do seu trabalho.

Também a via como uma amiga com quem poderia contar, e foi por isso que eu estava confiando a ela uma das coisas mais importantes da minha vida.

Algo que me assustou. Especialmente porque fazia um curto período de tempo que nos conhecemos.

"Obrigado, Alice," eu disse. "Fique à vontade."

Parei, porém, me voltando. "Exceto meu quarto. Não vá lá a menos que você precise.”

Ela me deu as costas, e eu saí com um sorriso no rosto.

Quando cheguei à estação, no entanto, eu não estava sorrindo.

"O que quer dizer com medo de altura?" Disse Luke, gritando. "Você era um maldito SEAL!"

"Ei, cara, segura a sua merda," eu disse quando entramos no Rita.

Rita era na verdade um caminhão blindado. Algo que foi feito para suportar uma tonelada de violência e continuar rodando.

Eu não tinha certeza de quem começou a chamar o caminhão de Rita, mas pegou, e não parecia que mudaria.

"Eu disse que ficava nervoso com alturas. Nunca falei nada sobre estar com medo dela. Eu ainda vou fazer o meu trabalho," rosnei. "E qual é o seu problema esta noite?"

Luke fez uma careta. "Reese começou a pegar turnos no andar da cardiologia do hospital. Esse andar é longe do telhado onde iremos. Eu não gosto dela lá, mas ela está presa."

Isso explicou tudo.

Imensamente.

Eu também estaria preocupado, se estivesse no lugar dele.

Infelizmente, porém, o homem que estávamos indo retirar do hospital estava no telhado.

O que significava que o homem não seria capaz de sair do telhado sem um crachá o autorizando a voltar para dentro.

A viagem foi gasta falando sobre o esquema do hospital, o que íamos fazer, e se utilizaríamos força letal se necessário.

Quando entrei no hospital atrás de Luke, parei abruptamente quando um par familiar de ombros e olhos de aço encontraram os meus, antes que desaparecesse em um corredor.

"Que porra é essa?" Perguntei assustado.

Por que Lou está aqui?

E se ele estava aqui, por que estava saindo quando havia claramente uma situação de refém acontecendo lá em cima?

Ele não poderia mentir para mim e me dizer que não sabia.

Aquele homem sabia de tudo antes que outras pessoas tivessem tempo para denunciar.

No entanto, não tive tempo analisando o fato porque ouvimos o homem que tinha tentado me matar começar a gritar.

Nós não poderíamos dizer o que ele estava falando, embora. Tudo soou como um monte de jargão a partir desse ponto no térreo.

Ele estava realmente gritando, também.

Segui Luke, não poupando a Lou outro pensamento enquanto passávamos pela segurança, indo direto para as escadas.

O elevador havia sido temporariamente desligado, as únicas pessoas que poderiam utilizá-lo éramos nós, o grupo médico se precisasse dele em caso de emergência, e os bombeiros.

Ninguém iria entrar ou sair sem o nosso conhecimento.

"Tudo bem, rapazes," Luke disse enquanto subíamos o último lance de escadas. "Fiquem seguros e atentos."

Algo que Luke diz cada vez que entramos em uma situação como a que estávamos prestes a adentrar.

Nico bateu na porta com a bota, e imediatamente passou por ela, caindo de joelhos para permitir a Michael, que estava atrás dele, um tiro certeiro.

No entanto, foi em vão.

Bryson Bullard nem sequer virou para olhar em nossa direção quando saímos.

"Você não pode fazer isso, meu velho! Estou protegido!" Bullard gritou.

Em vez disso, seus olhos estavam focados no edifício do outro lado da rua, em uma determinada janela, em particular.

"James, o que ele está olhando?" Perguntei.

James era o atirador da equipe SWAT, e um homem muito bom no seu trabalho.

No entanto, Bullard não estava olhando para James, pois James estava em um canto do edifício diagonal ao que Bullard atualmente estava gritando.

"Vocês não vão me levar vivo!" Bryson Bullard gritou, voltando-se para nós. "Esse cara fodido louco pode..."

De repente, ele se concentrou em algum lugar atrás de nós, e começou a gritar. "Estou tão morto. Desculpe!"

"Você acha que ele está usando?" Nico me perguntou.

Dei de ombros, apontando a arma para o homem.

Ele estava com um enorme tanque de oxigênio preso ao peito. A fita adesiva enrolada em torno de seu meio, segurando o tanque no lugar, e ele olhava os arredores do telhado como um homem possuído.

"Eu não vou te dizer!" Ele gritou, saliva pulverizando em um raio de três pés na frente dele.

Nenhum de nós se moveu, permanecemos apoiados contra o lado do edifício, enquanto o homem gritava na borda do telhado do hospital.

Eu sabia que, se não tivéssemos cuidado com o local onde colocaríamos nossas balas, o homem iria explodir se elas acertassem o tanque.

"Se não fizermos alguma coisa, ele vai pular, e, em seguida, o que faremos?" Bennett, que estava do meu outro lado, grunhiu.

Nós não tivemos chance de responder.

"Sua filha é um fodido pedaço quente, e eu sinto muito que nunca vou ter a chance de foder ela corretamente! Apenas lembre-se que vou levar o nome do homem que planeja matá-la comigo para o túmulo! Você nunca vai conseguir...” Bullard gritou enquanto levantava uma arma.

Embora não tenha sido apontada para nós, todos ficamos tensos.

BOOM!

O telhado explodiu.

Ou pelo menos parecia que tinha.

O que era mais provável era que o homem na nossa frente tivesse explodido.

Fragmentos e pedaços... nojento... de carne, sangue, e matéria, explodiram em torno de nós quando o corpo de Bullard foi soprado em pedacinhos.

"O que... o.... porra" Michael suspirou. "Nunca vi nada assim. E fui um maldito fuzileiro naval por anos."

Eu bufei.

Ninguém realmente sabia o que Michael tinha feito antes dele vir para Kilgore.

Sabíamos que ele tinha uma mãe e um pai, e que ele esteve na Marinha.

O que nós não sabíamos era porque ele era do jeito que era.

Por que ele não namorava. E por que ele desaparecia a cada cinco dias... para algum lugar.

O que eu sabia porém, era que podia sempre contar com ele, não importa o quê.

Ele sempre protegeria toda a equipe com sua vida, e pouca coisa o impressionava.

Agora, porém, ele estava além de impressionado.

Como eu estava.

Junto com cada homem na equipe.

"O que aconteceu?" Downy gritou freneticamente através do fone de ouvido.

Downy era o nosso negociador. Ele estava com o megafone abaixo junto com o Chefe.

O que significava que ele tinha perdido o show.

"Acho que tem no meu cabelo," Bennett sussurrou profundamente enojado.

Eu nem queria pensar em coisas no meu cabelo. Por agora eu simplesmente vou ignorar.

Não era a primeira vez, e certamente não seria a última.

"Quem atirou?" Luke gritou.

Luke estava chateado.

E eu acho que ele tinha o direito de estar.

No entanto, tanto quanto eu sabia, nenhum de nós tinha atirado.

"Negativo."

"Eu não."

"Não."

"Nada."

"Não fui eu."

O último foi James. Sua confusão era tão evidente em seu tom quanto no nosso.

Luke grunhiu frustrado enquanto caminhava para o telhado.

"Bem, tem que ser um de vocês!" Ele rosnou.

Comecei a ejetar os cartuchos da minha espingarda, assim como os outros.

"Tudo contabilizado, chefe," eu falei, entregando-lhe os meus cartuchos.

Seus olhos se estreitaram para mim, mas depois se alargaram.

"Bem, se não foram vocês... quem diabos fez isso?" Ele finalmente perguntou.

Novamente com a pergunta de trinta e nove mil dólares.

Havia apenas uma possibilidade, embora.

Se não foi a gente, então tinha que ser outra pessoa.

E esse alguém nunca nos tocou.

Houve apenas um tiro, e que foi destinado a Bullard.


***

Blake


Acordei e estiquei os braços para o alto sobre a minha cabeça, rolando enquanto isso.

Senti-me maravilhosa.

Eu consegui dormir mais do que o suficiente na noite passada, o sono que me foi negado nas últimas semanas.

E eu poderia agradecer Foster por isso.

Quando ele sugeriu assistir a um filme, eu fiquei meio cautelosa.

Eu não era uma grande fã de horror, mas descobri que isso não importava.

Eu dormi nos primeiros trinta minutos, perdendo todas as partes assustadoras.

A primeira coisa que notei quando o sono abandonou o meu cérebro foi que Foster tinha ido embora, e tinha sido por algum tempo.

Seu lado da cama estava frio.

O que me fez pensar... por quê?

Ele estava tão cansado quanto eu na noite passada, e prometeu que iria me acordar quando fosse sair para sua corrida matinal.

O que pude perceber, porém, pelo sol que atravessava as janelas que não era mais manhã.

Já estava indo para a tarde.

Levantando-me, entrei no banheiro para meu ritual matinal antes de ir para a sala de estar à procura de Foster.

Quem encontrei em vez disso foi qualquer um, menos Foster.

Havia uma mulher na sala de estar de Foster.

Uma mulher bonita.

"Quem é você?" Perguntei a loira bonita no sofá de Foster.

A mulher olhou para cima e sorriu.

Embora isso tenha saído mais doloroso do que qualquer coisa.

Seus olhos observaram meu estado ofegante, bem como a camisa de Foster, antes que se desviassem.

"Alice. Sou a vizinha de Foster. Também trabalho com ele na força. Foster foi chamado no meio da noite para uma situação da SWAT", explicou ela. "Ele não queria te acordar."

Rangi os dentes com a leve sugestão de repugnância que suas palavras carregaram quando ela disse a última parte.

"Há quanto tempo ele saiu?" Perguntei.

"Seis horas," ela disse.

Decidi que talvez eu não me incomodaria mais em conversar com ela.

Virando-me, caminhei de volta para o quarto e coloquei um short preto.

Um que era de Foster.

Fiquei feliz em vesti-lo, pois queria jogar um pote ou dois, enquanto esperava.

Eu tinha quase certeza que ele não se importaria, também.

Depois de cuidar desse pequeno detalhe, voltei para a sala e comecei a reunir minhas coisas.

Desde que planejava fazer hoje um grande vaso, cortei um pedaço maior de argila com o meu fio, em vez do pequeno que usei com Foster da outra vez.

Nós duas ficamos em silêncio enquanto eu reunia as coisas que precisaria.

Eu estava plenamente consciente de que ela me avaliava, embora não tenha se preocupado em tirar os olhos de sua revista.

Quando sentei-me, ela finalmente se dignou a falar comigo novamente.

"Então, você é uma despachante?" Ela perguntou ofensivamente.

Olhei para ela bruscamente, não gostando do tom que usou para dizer despachante.

Ela poderia muito bem ter me chamado de lixo.

"Claro," respondi.

"Como é que nunca vi você?" Perguntou Alice, sem se preocupar em tirar os olhos de sua revista.

Era uma das Armas e Munição de Foster que ficava em sua mesa de cabeceira.

Lembrei-me claramente porque tinha uma arma rosa na capa, e uma matéria em destaque perguntando se estava tudo bem fazer armas parecerem ‘bonitas.’

Eu realmente queria ler esse artigo, mas a deixei na mesa de cabeceira para ler quando tivesse uma chance.

E eu sabia que Foster já leu pois, tivemos um pequeno debate sobre se as armas deveriam ser feitas para parecer assim.

O argumento principal foram as crianças.

Como elas, se a arma fosse deixada ao alcance, seriam mais tentadas por uma arma que era bonita, em vez de uma que era simplesmente preta.

Na verdade, discuti com ele sobre isso, e tinha a intenção de ler o artigo, mas ele bateu o pé que iriamos assistir a um filme, então eu a deixei no quarto.

O que significava que ela deve ter ido no quarto.

E me viu nua.

Que porra é essa?

Em vez de pensar sobre isso, coloquei um pouco de água nas mãos, e pressionei o pedal com o pé para fazer a roda girar.

Então comecei a pressionar os dedos na argila, movendo-os para cima e formando a base do vaso.

"Então, o que você acha dele?" Alice disse algum tempo depois.

Eu comecei a trabalhar o vaso até cerca de nove centímetros de altura quando ela falou, e acidentalmente pressionei com mais força do que pretendia, fazendo-o inclinar-se ligeiramente para um lado.

Suspirando, consertei antes de me levantar e começar a pressionar a parte de dentro. "O que penso sobre quem?"

"Foster," ela respondeu rapidamente, finalmente olhando para mim.

Algo que peguei com o canto do meu olho.

Não olhei para ela, no entanto, totalmente focada no meu vaso, que nem me importei o suficiente para olhar para cima.

"Eu o amo," eu disse simplesmente.

Era verdade. Eu o amava.

Algo que não me assustou como eu pensava que iria.

Quando deixei David, fiz uma festa para celebrar a nossa separação.

Uma festa onde fiquei bêbada, e em seguida desmaiei no quarto de hotel que aluguei.

Mas foi divertido.

No entanto, fiz uma promessa a mim mesma naquela noite de que nunca me deixaria desmoronar por um cara novamente.

Uma promessa que quebrei no primeiro dia que conheci Foster Lager Spurlock.

Uma promessa que eu estava feliz em quebrar.

Eu sabia no fundo do meu coração que Foster era um bom homem.

Quando ele expressou seu desgosto sobre o comportamento de David, eu senti alívio.

Alívio absoluto que ainda havia bons homens neste mundo que não estavam comprometidos.

"Você o ama?" Ela perguntou lentamente. "Você só o conhece há um mês."

Eu a ignorei, pensando que seria melhor não chamar a atenção para o fato de que ela estava me atingindo.

"Ele não é o cara do tipo para o amor. Ele é ‘foda e vá para casa’, esse tipo de cara," disse ela, virando-se para mim agora.

Ela estava vestindo shorts curtos, que marcavam sua vagina, e uma regata justa que tinha algum tipo de símbolo da polícia sobre ela.

Como a mulher se tornou uma policial?

Ela era a epítome da loira burra. O que não dizia muita coisa, pois eu também era loira.

Como uma mulher como ela se tornou uma policial?

Eu tinha ouvido que o teste de aptidão do DPK era um dos mais difíceis de passar no Estado do Texas.

Será que ela teve que chupar o pau de alguém para passar?

"Sabe, quando ele me ligou na noite passada, tive quase certeza de que ele estava me chamando para vir até o seu apartamento por uma razão completamente diferente," disse ela maliciosamente.

A insinuação nesse comentário fez-me afastar da mesa para que eu pudesse colocar os pensamentos em ordem.

Assim que soltei o pé da roda, o giro do vaso diminuiu lentamente, antes de parar completamente.

Assim que tive certeza de que iria ficar onde eu queria, virei diretamente para a mulher, mãos enlameadas e tudo, e parei até que fiquei frente a frente com ela.

Ela levantou quando me viu chegando em sua direção, deixando cair rapidamente a revista sobre a mesa e erguendo seus ombros.

"Então me diga," eu disse, olhando para ela. "Qual é o seu problema?"

Ela se moveu para frente, aproximando o rosto no meu antes de me cutucar no peito.

"Ele é meu," ela grunhiu. "Estive esperando ele voltar. Dei-lhe tempo por causa da sua deficiência. Ele era tão bom, que valia a pena esperar."

Franzi as sobrancelhas para ela. "Ele não é deficiente. E se ele quisesse estar com você, ele estaria. Seu pau não foi afetado, e sim sua perna. E Foster não faz as coisas pela metade. Se ele quisesse você novamente, ele teria ido a você. O que significa apenas uma coisa. Ele não quer você."

Ouvi a fechadura da porta clicar para abrir, e o barulho dos passos de Foster entrando na sala.

Eu me virei e falei com ele?

Não.

Fiquei olhando para Alice, que também mantinha os olhos em mim.

"Estou deixando você saber agora que não vou desistir," ela sussurrou baixinho antes de recuar, pegar seu telefone e as chaves da mesa de centro, e caminhar ao redor da sala, como se ela não tivesse nenhuma preocupação no mundo.

Quando me virei, fiquei chocada ao ver que Foster estava saindo para o corredor com ela, em vez de vir até mim.

Apenas... o que?

Enquanto eu olhava a porta se fechar atrás dele, virei e voltei para a minha roda, molhando minhas mãos, mais uma vez, e terminando o meu vaso.

Além de alguns problemas, como a marca de unha no topo, e a borda mais espessa de um lado da abertura, estava muito bom.

Considerando todas as coisas.

Porém, assim que terminei, saí da roda, não estava mais com vontade de jogar potes.

Não era normalmente a maneira que jogo, de qualquer forma.

Após dez minutos ainda sem o retorno de Foster, fui para a pia, lavei as mãos, em seguida, entrei no chuveiro.

Fiz questão de trancar a porta, para o caso dele tentar entrar.

Ele não o fez.

Quando saí, me sequei rapidamente e entrei em seu quarto, surpresa ao vê-lo sentado na borda da cama, observando a porta do banheiro.

Ele olhou para mim.

"O que há de errado?" Ele perguntou.

Olhei para ele enquanto caminhava para a minha mala no canto.

Vestindo a calcinha por baixo da toalha, eu disse "Errado? O que deu a você impressão?"

Meu tom de sarcasmo estava em plena explosão.

E ele percebeu.

Suas sobrancelhas se ergueram. "O que isso deveria significar? Alice disse que não havia nada de errado.”

Eu bufei. "Isso é valioso."

Colocando meu sutiã, vesti depois um short curto que estava além de indecente, e uma camiseta que dizia, ‘Eu amo os rapazes do campo.'

Antes que eu terminasse de puxar a blusa para baixo, porém, Foster se aproximou.

"Diga-me," ele rosnou, os olhos quentes com ira.

"Não quero falar com uma garota sobre o quão bom você é na cama. Isto não é uma Kumba-porra-ya21. Sou uma mulher real de sangue e osso. Eu não gosto de compartilhar, e já provei o fato ao me divorciar do meu ex-marido, que, aparentemente, não teve nenhum problema com o compartilhamento. Talvez você deva pensar nisso da próxima vez antes de chamar alguma antiga paixão para cuidar de mim," resmunguei para Foster. "Uma que, posso dizer, ainda quer te foder."

Fiquei surpresa com a quantidade de veneno que fui capaz de verter naquele pequeno discurso. O que aparentemente surpreendeu Foster, também.

"Ela disse... o quê?" Ele perguntou incrédulo, não se afastando de mim.

"Você me ouviu, porra."

Ele piscou, empurrando seu corpo em direção ao meu, até que minhas costas estavam pressionadas contra a parede.

"Eu sei que você está chateada, mas não sei qual é o seu problema. O que ela disse não tem nada a ver comigo. Tem a ver com ela," ele retrucou. "Talvez você devesse parar de pensar que todo homem é como aquele pedaço de merda com quem você se casou."

Olhei para ele.

"Saia de cima de mim," solucei.

Ele deu um passo para trás, dando-me o espaço que pedi.

Irracionalmente desapontada por ele ter se afastado de mim, dando-me o espaço que solicitei, passei por ele e fui para o banheiro.

"Apenas me deixe em paz," eu disse enquanto batia a porta.

"Você ainda quer ir à festa comigo?" Foster rosnou através da porta.

Abrindo a porta, olhei para ele, deixando-o saber exatamente o que eu queria fazer com sua cabeça, decepá-la apenas com os meus olhos, e acenei confirmando.

"Sim, quero ir à festa com você," rosnei.

Então bati a porta novamente.

Ou tentei.

Ele a pegou antes que pudesse se fechar, abrindo-a a força.

O que, por sua vez, me forçou para trás.

Eu ainda estava louca.

Ele ainda estava louco por eu estar com raiva dele.

O que significa que, quando sua boca caiu sobre a minha, o nosso beijo era um beijo irritado.

Também não foi um beijo suave.

Estava quente, duro e pesado.

Ele beliscou meu lábio com força, afastando-se apenas tempo suficiente para segurar o meu short, arrancar o botão do buraco, e puxar com força pelas minhas pernas.

Ouvi o som de um rasgão, surpresa quando senti uma agitação entre as minhas pernas com a força que ele estava usando.

Sem qualquer preliminar, ele me virou, e me empurrou para baixo asperamente sobre o balcão do banheiro.

Minha camiseta e sutiã ficaram imediatamente encharcados pela água deixada sobre a bancada da minha rotina matinal, deixando minha blusa branca transparente.

Meus mamilos endureceram quando olhei para cima, vendo-o abrir bruscamente o seu próprio zíper, os olhos fixos em mim pelo espelho.

Ele não perdeu tempo rasgando um preservativo fora de sua carteira e esticando-o por cima de seu comprimento.

No momento em que o final do preservativo cobriu tudo o que poderia cobrir, eu estava praticamente ofegando em necessidade.

Nenhum de nós disse uma palavra quando ele alinhou o seu pau enorme com a minha buceta e bateu dentro.

Ele me encheu completamente em um impulso poderoso, batendo na entrada do meu ventre com tanta força que quase gozei com a surpresa.

Quando fazia sexo no passado, era normalmente lento e sensual.

Desta vez, porém, falava de necessidade, desejo e raiva.

Foda-se, pensei quando ele começou a se mover. Ele parece fodidamente divino tomando cada centímetro de mim.

Senti o calor correndo para o meu núcleo, reunindo agradavelmente na minha barriga, esperando o momento certo para transbordar.

Um impulso particularmente duro fez meus olhos, que eu não tinha percebido que fechei, abrirem em surpresa.

Olhei para ele, observando seus músculos flexionarem enquanto ele me tomava cada vez mais rápido.

Então, quando ele pegou o meu olhar, moveu a mão do meu quadril, e passou o polegar sobre minha entrada de trás.

Aquele lugar proibido com o qual eu só sonhava no conforto do meu quarto escuro.

Engasguei, meu cú franzindo em resposta, enquanto eu empurrava para trás contra ele ainda mais duro.

Ele não disse isso, mas a promessa estava lá.

Seria algum dia. Talvez não hoje. Ou amanhã. Mas um dia ele reivindicaria todos os buracos que me pertenciam. E eu permitirei.

Com essa promessa em meus olhos, ele pressionou mais forte, inserindo o polegar na entrada proibida.

E eu detonei.

Explodi fodidamente em pedacinhos.

Meu cú apertou seu polegar, causando arrepios eróticos que dispararam através do meu corpo.

Seu sorriso triunfante foi a última coisa que vi quando a minha visão escureceu.

Ou meus olhos fecharam, ou eu tinha perdido a capacidade de ver, porque quando finalmente consegui enxergar novamente, Foster tinha puxado para fora de mim e retirado o preservativo de seu comprimento.

Ele estava trabalhando-o lentamente.

Seu punho grande movendo-se sobre o comprimento duro de seu pênis.

Ele parecia muito irritado.

E quando ele se abaixou e levantou a calça sobre sua ereção furiosa, abotoando-a, eu sabia que isso não tinha acabado.

Nós teríamos isso novamente mais tarde.

Ele saiu sem olhar para trás, mas, mais uma vez, a promessa estava lá.

E eu nunca saberia quando isso estaria chegando.


CAPÍTULO 19


Quer irritar uma mulher? Apenas abra sua boca. Isso geralmente funciona.

- Palavras de sabedoria


BLAKE


Eu ainda estava brava quatro horas depois, enquanto nós dirigíamos para Benton, Louisiana.

Tão brava, na verdade, que eu não tinha dito uma palavra a Foster em todo esse tempo.

Eu normalmente não era alguém que dava o tratamento do silêncio, mas eu tinha certeza de que se dissesse uma palavra para ele agora, provavelmente me transformaria em minha mãe, e não queria que ele testemunhasse isso.

Afinal eu ainda queria que ele me amasse.

Não que ele dissesse essas palavras para mim.

Eu era uma mulher adorável. Como não me amar?

Eu brincava com um pedaço desgastado do meu short jeans que ia até o alto das minhas coxas.

A posição sentada mostrava mais das minhas pernas do que deveria.

O short era curto, e pensei em trocar, mas parecia incomodar Foster que eu vestisse algo tão revelador.

Não é como se estivesse mostrando minhas nádegas ou qualquer coisa assim, mas se me curvasse, ficaria visível.

Ele não disse uma palavra, que eram dois pontos a seu favor. Especialmente pela forma como ele me deixou lá, contra o balcão, depois que terminou comigo.

Percebi que ele não perdeu a ereção durante todo o caminho, no entanto.

O que secretamente me fazia feliz por ele estar sofrendo.

Olhei em choque completo para o clube The Dixie Warden MC.

Foster sequer esperou por mim.

Ele saiu do caminhão e começou a andar para dentro sem nem mesmo esperar para ver se eu o tinha seguido.

O que me irritou.

Realmente, me irritou muito.

Então, o que eu fiz?

Absolutamente nada.

Puxei o banco para trás, agarrei o casaco com forro de lã do DPK de Foster, coloquei sobre mim antes de fechar os olhos e ir para o sono do foda-se.

Foda-se ele e sua festa.

***

FOSTER


"Onde está Blake?" Viddy me perguntou.

Viddy era a minha cunhada.

Ela se casou com Trance há alguns anos e tiveram dois filhos lindos.

Uma menina e um menino.

Ambos que estavam atualmente se jogando aos meus pés. Ou ao meu pé. Os dois estavam realmente interessados na minha nova prótese.

"Não tenho ideia. Por aqui em algum lugar, acho," respondi, fazendo um esforço superficial para localizá-la.

Eu não estava preocupado que ela seria machucada pelos homens aqui.

A festa em que estávamos tinha uma tonelada de segurança, principalmente policiais fora de serviço, fuzileiros navais, RANGERS, SEALS, e muitos, muitos outros.

O clube também estava fechado por uma cerca de arame farpado de três metros de altura, e você tinha que ter um código para entrar.

E como esta era uma das festas da ‘família’, ninguém que não fosse das famílias, estavam aqui, o que significava que não havia nenhuma prostituta do clube ou penetras.

"Você não sabe?" Viddy perguntou em confusão. "Você não a trouxe aqui?"

Balancei minha cabeça. "Não. Quando a deixei, ela estava me dando o tratamento do silêncio."

Também fiquei surpreso com a minha falta de controle, que tinha sido a razão principal que a deixei tão abruptamente.

Não me orgulho da forma como acabei de tratá-la.

Na verdade, eu estava simplesmente envergonhado de mim mesmo pela forma que agi.

"Trance!" Viddy chamou.

Trance, que estava no bar falando com Kettle, um dos seus companheiros de Dixie Wardens, virou a cabeça para olhar para a esposa.

"O quê?" Ele chamou em voz alta sobre a multidão.

"Seu irmão é um idiota!" Ela gritou.

Balancei a cabeça, exasperado. "Você não sabe disso."

Ela virou seu olhar para mim quando disse, "Sim, sei."

"Nós já sabemos que ele é um idiota!" Trance berrou.

Miller, que se aproximou de nós e pegou o filho de Trance, Ford, em seus braços, começou a rir. "Isso é verdade. Nós já sabíamos que ele era um idiota."

Viddy voltou seu olhar para mim. "Vá encontrá-la. Traga-a para mim."

Suspirei, desembaraçando meu pé de um sobrinho muito animado para ver meu ‘estranho pé robô’, e saí para encontrar a minha dando-me-o-tratamento-do-silêncio mulher.

A mulher que não consegui encontrar em qualquer lugar do caralho.

Algo que descobri depois de vinte minutos procurando-a.

Foi aí que comecei a pirar.

Ela não teria tentado sair, certo?

O portão abre automaticamente a partir do interior.

Se ela quisesse, poderia ter saído com incrível facilidade.

Correndo para a minha camionete, pulei para dentro e bati a porta.

"Nós já estamos indo embora?" Blake perguntou, cansada.

Quase tive um ataque cardíaco.

Grande SEAL que eu era.

"Droga!" Gemi. "Você me assustou."

"Desculpe," ela sussurrou cansada. "Sinto muito."

Fechei os olhos e estiquei o braço para passar a mão sobre os cabelos compridos. "Desculpe por quê? Você não fez nada de errado."

"Tirei um cochilo, e superei minha irritação. Nunca quis te comparar a David. Sei que você nunca será como ele. É apenas difícil parar minha boca em alguns momentos," ela sussurrou.

Agora eu me senti horrível.

"Você não tem nada por que se desculpar, Blake. Isso tudo foi culpa minha. Nunca deveria ter deixado você com ela," expliquei. "Sem mencionar que agi como uma criança quando você disse o que tinha a dizer. Você só falou a verdade. Simplesmente não gosto de ouvir que estou errado," terminei.

Ela inclinou a cabeça e beijou meu pulso antes de me perguntar algo que fez meu coração parar no meu peito, e depois começar a bater em dobro.

"Você sabe que te amo certo?"

Fechei os olhos e senti a alegria daquelas palavras explodirem através de mim.

"Sim, eu imaginava que sim."

"Só isso?" Ela perguntou, rindo.

Suspirei e coloquei as mãos debaixo dela, então prontamente a puxei no meu peito.

Ela montou minhas pernas antes de sentar no meu colo, trazendo junto meu casaco que estava usando de cobertor.

Ela o envolveu ao redor de nós, passando seus braços sobre o meu pescoço e puxando meu rosto para o dela, me beijando.

"E para responder à sua pergunta," eu disse, inclinando-me para frente. "Eu também te amo."

"Fodidamente bom," ela suspirou, e depois me beijou novamente.

Meu pau, que já não estava muito feliz comigo, começou a enfurecer-se de novo.

Dez vezes pior agora do que antes.

Cada batida do meu pulso correspondia ao latejar de necessidade em minhas calças.

Algo que ela sentiu, fazendo-a sorrir.

"Você me quer, não é?" Ela exalou.

Apertei sua bunda para impedi-la de girar os quadris como eu sabia que ela queria.

"Sim. Eu sempre quero você. É como uma doença no meu cérebro. Uma doença que me faz pensar apenas em você e em sua buceta quente e suculenta," falei com franqueza.

Ela riu e moveu as mãos para o meu cinto antes de começar a abri-lo, logo seguindo para minhas calças.

Então sua mão pequena e quente pegou o meu pau, bombeando-o enquanto olhava em meus olhos.

"Você vai gozar dessa vez?" Ela perguntou com um sorriso.

Belisquei o seu traseiro.

"Sim," hesitei. "Coloque-me dentro de você."

Ajudando-a a baixar seu short indecentemente curto e a calcinha, ela pairou sobre a cabeça do meu pau antes de lentamente cair sobre mim.

"Oh, sim," ela gemeu quando eu a enchi completamente.

Sua bunda descansou em minhas coxas enquanto ela rodava seus quadris, permitindo-me escorregar incrivelmente ainda mais para dentro dela.

"Jesus," sussurrei, jogando a cabeça para trás enquanto a incentivava a se mover com as minhas mãos.

Ela entendeu o recado, bombeando seus quadris para cima e para baixo no meu pau, cada vez mais rápido.

A luz de segurança que estava acima da minha camionete acendeu, mas ignorei.

Sua buceta quente me segurou cativo, enquanto ela se movia, empurrando para frente e para trás, até que eu estava pronto para explodir.

"Você tem que sair. Não tenho um preservativo," implorei.

Ela parou completamente, e apertei meus olhos bem fechados enquanto desejava que minha liberação voltasse para minhas bolas.

Mas então sua própria liberação estourou livre dela.

Seus músculos apertaram meu pau sensibilizado, persuadindo-o a dar-lhe o que ele procurava.

Eu não consegui parar.

Ele estourou livre de mim direto em seu calor à espera.

Impulsos quentes e fortes jorraram dentro dela, banhando seu ventre disposto com minha essência.

"Maldição," eu disse, fechando meus olhos.

Meus braços apertaram em volta da cintura dela, e o meu abdômen contraiu.

"Oops," disse ela sorrindo, pedindo desculpas.

Eu sorri e puxei-a para frente. "Controle de natalidade na próxima semana, por favor. Acho que não posso mais fazer isso usando preservativos."

Ela assentiu com a cabeça contra o meu rosto, os lábios se movendo para cima e para baixo no meu.

"Agora... o que eu faço com a bagunça?"


***

Ela não estava usando calcinha.

Aquele short fodidamente curto, e ela não tinha nada por baixo dele.

Sem me surpreender, meu pau estava tão duro agora como estava quando estive dentro dela no meu carro.

Oh, ele esteve para baixo por um momento, mas quando ela sentou sua bunda no meu colo, assim que entramos, ficou furioso e pronto para ir novamente.

"O que você faz Blake?" Perguntou Viddy. "Tenho que dizer, não ouvi muito sobre você. Foster tem os lábios muito fechados."

Blake me jogou um olhar por cima do ombro. "Você tem vergonha de mim?"

Eu sabia que ela estava me provocando, os outros, no entanto, não.

Estávamos em uma mesa com meus dois irmãos e suas esposas, bem como alguns outros membros da Dixie Wardens.

"Sou uma despachante do DPK," ela respondeu, inclinando-se para frente para tomar um gole de cerveja.

"Então, você conversa com Foster em seu turno?" Perguntou Viddy.

Blake sacudiu a cabeça. "Sim e não. Na maioria das vezes eu só despacho chamadas para eles através do computador. Há momentos, no entanto, que eles chamam em algo que estão fazendo e falo com eles. Mas 'falar' não é o que realmente fazemos. Nós não estamos autorizados a fazer isso pelo rádio."

Viddy assentiu. "Então, você poderia estar na linha com ele em situações perigosas?"

Blake se fechou, e dei-lhe um aperto reconfortante.

"Sim, já passei por essa experiência. Não é algo que gostaria de repetir. Nunca," ela suspirou. "Mas amo meu trabalho, e continuarei fazendo isso."

"O seu ex não é policial?" Perguntou Mercy.

Ela assentiu com a cabeça para Mercy. "Sim, ele é."

Ela sorriu para mim com simpatia. "Miller me disse sobre ele. Eu sinto muito."

Ela encolheu os ombros. "Não é um grande negócio. É algo que aprendi a conviver. Além disso, se David não tivesse me traído, eu nunca o deixaria, e não estaria com Foster agora."

Empurrando seu cabelo por cima do ombro, corri meu nariz ao longo da parte de trás do seu pescoço, fazendo-a rir.

Antes que outra pergunta pudesse ser jogada em Blake, Sebastian parou na nossa mesa.

"Há uma pequena nota agradável ao lado de seu carro," disse Sebastian, me assustando.

Sebastian era o vice-presidente da The Dixie Wardens MC e um bombeiro no Corpo de Bombeiros de Benton.

Portanto, uma 'pequena nota agradável’ provavelmente não era uma ‘pequena nota agradável’, e sim uma nota ameaçadora. Algo que ele não queria que Blake soubesse.

"Levante-se e deixe-me ir com Sebastian," eu disse, acariciando sua coxa.

Ela levantou-se e meus olhos se concentraram em suas nádegas nuas antes de me levantar.

Merda.

Felizmente, ela se sentou de volta na cadeira, depois se moveu um pouco mais para frente, ficando sobre a saliência do bar, escondendo tudo para que eu não pudesse mais ver nada impertinente.

"Já volto," eu disse beijando sua testa.

Ela assentiu com a cabeça, mas continuou a conversar com Mercy e Viddy enquanto andei para fora atrás de Sebastian.

Não me surpreendeu encontrar Miller e Trance às minhas costas momentos antes de sair.

Eles eram protetores.

"O que a nota diz?" Perguntei enquanto caminhávamos.

Sebastian não disse uma palavra, apenas continuou andando até que chegamos à porta do lado do passageiro da minha camionete.

"Como isso aconteceu?" Perguntei em um tom enganosamente calmo.

Por dentro, no entanto, eu estava em chamas.

Minha mente rodando com o pensamento de que eu estava errado.

No início eu pensava que Blake estava segura. No entanto, aqui estava eu vendo a prova de que estava errado.

"Não sei, mas você pode apostar que vou descobrir," Sebastian prometeu.

"Você tem sorte de estar com a prostituta. Você não sabe que é ilegal foder em público?" Miller leu.

Cerrei os dentes.

"Como você não o viu fazer isso?" Perguntou Miller, caminhando ao redor do carro.

"Isso é.... isso é porra?" Trace perguntou, retirando a lanterna do bolso de trás e iluminado o pedaço de papel.

"Fodido filho da puta," rosnei.

Drooggaaa!

"Ele enfiou a porra da nota na minha porta com sua própria porra?" Gritei, meus braços acenando freneticamente. "Puxe suas malditas fitas."

Sebastian grunhiu e nós o seguimos, mas ele parou na entrada do clube, falando humildemente com o prospecto. "Coloque essa nota em um saco Ziplock da cozinha. Use luvas. Em seguida, lave o caminhão. Sim?"

O prospecto assentiu. "Sim."

Vinte minutos mais tarde encontramo-nos revendo as fitas.

"Esse é o irmão de Manny," disse Trance, olhando mais de perto.

"O irmão de Manny?" Perguntei.

Trance assentiu. "Sim. Ele é irmão de um membro. Um prospecto agora."

"Vá busca-lo," disse Sebastian.

Trance saiu, e voltou um minuto depois com um Manny muito confuso.

"O que está acontecendo?" Perguntou Manny.

"Seu irmão. Onde ele está?" Perguntou Sebastian.

"Ele disse que foi chamado para o trabalho," explicou Manny.

"Onde ele trabalha?"

Foi quando ele balançou o meu mundo.

"Departamento de Polícia de Kilgore."

Minha mente se apagou, e eu soube imediatamente o que tinha que fazer.

"Qual é nome dele?" Perguntei.

Manny piscou. "Quentin Ortiz."

Fechei os olhos, furioso que eu conhecia o filho da puta.

Ele trabalhava com evidências.

"Quem você está chamando?" Trance perguntou quando me virei para retirar o meu telefone do meu bolso.

Eu só usei apenas uma palavra.

"Shank."

"E o que ele vai fazer?" Perguntou Trance.

Eu sorri sem humor. "Encontrá-lo."


CAPÍTULO 20


Fodaconchego22 - um tipo de preliminar que começa com afagos, mas se transforma em sexo depois que a parte de aconchegar acaba.

-Palavra do dia


Blake


Eu sabia, assim que Foster desapareceu que algo estava errado.

E também sabia no momento em que ele retornou que algo estava seriamente errado.

Em seguida, ele desapareceu em um escritório, e não tinha saído desde então.

"Que festa é essa," murmurei, vendo que apenas as mulheres ficaram.

Os homens desapareceram devagar, deixando apenas as mulheres.

"Isso acontece às vezes. Eles são todos intrometidos," Viddy explicou. "Eles não aceitam ficar de fora da ação."

A mulher que conheci, chamada Baylee, riu.

Baylee era, aparentemente, a irmã de Luke, e esposa daquele homem que chamou Foster para o lado de fora.

Ela era muito bonita e tinha uma grande personalidade.

Eu podia ver por que alguém seria atraído por ela.

Inferno. Eu estava atraída por ela.

Apenas de uma forma amigável, é claro.

"Bem, acho que deveria me acostumar com isso, hein? Ainda fico meio assustada quando ele pega uma chamada da SWAT, no entanto. Meu pai também é um policial. No entanto, ele nunca é chamado como Foster é," expliquei.

"Quem é seu pai?" Perguntou Baylee. "Eu na verdade trabalho para o Corpo de Bombeiros de Kilgore. Só me pergunto se já não o vi por aí."

Sorri para ela. "Ele é um policial estadual. Seu nome é Lou Rhodes."

Ela me olhou estranhamente. "Foi ele quem salvou aquele bebezinho de ser sequestrado há dois anos?"

Eu sorri com carinho da memória. "Sim, é ele. O bebê tem três anos agora, e a coisa mais doce que já vi. Ele realmente vive na mesma rua do meu pai."

"O que aconteceu?" Perguntou Mercy.

Debrucei-me na minha cadeira e contei os eventos que levaram ao sequestro.

"Os pais eram jovens. Talvez dezesseis e dezessete anos, no máximo," eu disse, tomando um gole da minha cerveja antes de continuar. "Eles estavam brincando com a criança no balanço quando houve uma comoção no estacionamento. Um garoto correu para rua na frente de um carro, e o carro virou, batendo no banheiro que foi montado para as crianças. De qualquer forma, enquanto os pais correram para ver o que estava acontecendo, um homem saiu por trás do escorregador levando a criança quando eles não estavam olhando, fugindo com ele para o bosque.”

Todas assentiram, cativados com a história do meu pai.

"Seu pai era o homem que estava caminhando?" Baylee perguntou.

Concordei com a cabeça.

"Sim, ele estava nas terra do meu tio, a cerca de dezesseis quilômetros de lá. Ele caminhava ao longo do riacho, quando ouviu um bebê chorando e decidiu seguir o som," expliquei. "Ele encontrou o homem tentando enterrar o garoto vivo. Bateu na cabeça do homem com um galho de árvore e resgatou a criança. Eles mais tarde descobriram que não tinha sido a primeira vez que o homem fez algo assim. Aparentemente, foi o seu quinto. E lá era onde ele enterrava as crianças que sequestrava."

A boca de Baylee abriu em surpresa. "Não me lembro de ouvir nada sobre essa parte."

Dei de ombros. "Não foi algo que eles compartilharam com ninguém, exceto os pais dos falecidos. Foi em propriedade militar. Algo que meu pai recebeu uma multa por invadir. E mais tarde recebeu um agradecimento do seu departamento.”

"Uau!" Viddy exclamou. "Isso é incrível. Que alívio ter um fim para aqueles pais também."

Acenei com a cabeça. "Ele ficou muito abalado com isso. Acho que ele demorou uns dois anos para superar disso."

Assim, quando Viddy estava prestes a responder, ela soltou um grito e pulou da cadeira. "Merda, Kosher. Você me assustou."

Surpresa, olhei para ela por alguns segundos antes de me abaixar para olhar debaixo da mesa.

Foi quando vi um focinho de um cão muito grande.

"Oh, ele é muito bonito," sussurrei, puxando uma batata frita do meu prato e oferecendo ao cão um pouco de comida.

"Não o alimente. Ele vai ficar gordo," disse uma voz masculina divertida na minha frente.

Trance.

Deus, seus olhos!

Eles eram lindos. Um azul e um verde.

Ele era bonito, é claro, mas seus olhos eram o que fazia toda a diferença.

Eu podia ver por que ele foi nomeado de Trance pelo MC. Algo que Foster me disse durante as várias conversas que tivemos sobre a sua família.

"Não sei o que você está falando," desconversei, esgueirando a Kosher outra batata.

Ele lambeu a batata da minha mão, então engoliu por inteiro.

"Uh huh," ele concordou. "Eu posso ver isso."

Sorri sem arrependimento para ele. "Onde está Foster?"

Ele apontou para uma sala fora do bar. "Surgiu uma coisa. Fui enviado aqui para levar as mulheres para casa por um tempo. Você pode conhecer os filhotes."

"Filhotes?" Mercy e eu suspiramos, ao mesmo tempo.

Nós tínhamos feito surpreendentemente bem não insinuando sobre querer saber o que estava acontecendo. Seria uma batalha perdida. Algo que nós duas sabíamos que não iriamos ganhar, simplesmente pelo fato de que se Trance quisesse que nós soubéssemos, ele teria nos dito. Em vez disso, ele de forma limpa camuflou sobre os dois homens terem ‘algo a fazer', e nos disse o que iríamos fazer. E eu tinha certeza de que ele não aceitaria um não como resposta.

Suspirando, eu disse: "Vou com você com uma condição.”

Ele levantou a sobrancelha para mim. "E qual é?"

Sorri.

***


"Eu quero o branco," Mercy disse de sua posição no chão ao meu lado.

Oakley, filha de Trance, pegou o branco e entregou-o a Mercy. "Este é o favorito do papai. Você não pode ficar com ele. Você pode tê-lo, no entanto."

Ela apontou para o outro. O que o filho de Trance, Ford, estava atualmente torturando... Quero dizer segurando.

"Seu marido não vai deixar você ter outro,” Trance disse lentamente de seu lugar no sofá.

Ele estava coçando a cabeça de Tequila.

Tequila era a mãe da ninhada enorme. Ela também era um oficial K-9 treinada, mas Trance nunca tinha a usado em campo.

Kosher era o pai da ninhada, e surpreendentemente protetor com todos eles.

"Por quanto tempo eles precisam ficar com Tequila antes que estejam prontos para serem desmamados?" Mercy perguntou, ignorando totalmente o comentário de Trance.

"Eles estão prontos há uma semana e meia atrás, mas Viddy aqui parece pensar que estamos mantendo todos eles, o que definitivamente não estamos," disse ele, dirigindo o comentário à sua esposa, que estava sentada na cadeira ao lado do marido.

Viddy lhe lançou um olhar. "Não é que eu queira mantê-los, é só que quero que eles tenham casas realmente boas. Casas que eu possa visitar sempre que quiser, e assim verificá-los. Certificar-me de que eles estão felizes.”

Eu entendi isso.

Embora soubesse da morte do oficial K-9 aposentado um ano ou dois atrás, nunca o conectei a ninguém que conhecia até que Viddy o mencionou ao chegar à sua casa.

"Então eu posso entregá-los aos meus irmãos, fazê-los pagar, e você estará feliz?" Trance perguntou esperançosamente.

Ela considerou por um momento, e quando não encontrou nenhum problema com isso, respondeu simplesmente. "Sim."

Ele pulou da cadeira. "Vendido!"

Viddy riu enquanto eu olhava para o filhote no meu colo.

Eu estava atualmente com o bruto do grupo.

Trance e Viddy disseram que Ford tinha começado a chamá-lo de Morris, e eu tive que rir.

"Tenho um pássaro chamado Boris. Eles seriam melhores amigos," murmurei, acariciando o belo filhote de cachorro preto e marrom no meu colo.

Ele era seriamente a coisa mais adorável que já vi.

"Você tem um pássaro?" Trance perguntou com desgosto. "Eles não são grosseiros?"

Balancei minha cabeça. "Surpreendentemente, não. Ele é irritante, no entanto."

"Ele diz, ‘Explode dinamite’23 quando nós fodemos," Foster disse lentamente da porta.

Engasguei, cobrindo as orelhas da criança mais próxima, que por acaso era Ford. "Cuidado com a sua boca!"

Ele sorriu. "Tenho certeza que ele ouviu pior."

Trance bufou, sem dizer uma palavra. Viddy, porém, olhou para seu cunhado.

Sorrindo tortuosamente para Foster, ela virou seu sorriso maligno para mim. "Então Blake... você sabia que Foster odeia ouvir o som de lixa de unhas? E ele tem cócegas nos pés? Oh, ele tem medo de altura, embora não gosta de admitir. Ou... mmmmppph."

Foster cobriu a boca dela. "Lembre-se, minha querida. Sei coisas sobre você também. Tenho certeza que Trance adoraria saber o que você tem para ele."

"Você não faria isso," ela o olhou furiosa.

Ele sorriu maliciosamente. "Experimente."

Ela abriu a boca para, o que acho, para explodir com ele, mas a fechou com um estalo. "Respondendo sua pergunta anterior, Blake. Sim, você pode ficar com o cão."

"Não, ela não pode," Foster tentou.

"Por que não?" Perguntei.

Ele fez uma careta. "Porque o apartamento não permite animais de estimação."

Eu poderia dizer que ele estava mentindo.

"Na verdade, Downy ficou com Mocha lá por meses antes de se mudar. Tenho certeza de que eles não vão se importar," Miller disse, voltando da cozinha com uma cerveja para cada um dos irmãos.

Foster socou Miller no braço, fazendo-o balançar para trás e rir.

Sorri, apreciando a forma como os irmãos provocavam um ao outro.

Nunca tive nada parecido.

Meus pais tiveram outro filho alguns anos depois que nasci, mas ele nasceu morto. Algo que deixou eles tão arrasados que nunca mais tentaram novamente.

Olhei para o cachorrinho em meus braços. "Você quer vir para casa comigo, Morris?"

"Não! Seu nome não é mais Morris! É Molder!" Ford gritou em voz alta.

Pisquei. "Então, está tudo bem se eu levar Molder para casa comigo?" Perguntei ao garotinho.

Ele me estudou por um momento. "Sim, eu acho."

Viddy riu, dando um tapa no braço do seu marido. "Isso é totalmente você."

Ele deu de ombros. "Pelo menos isso é uma coisa um pouco boa. Ele tem o seu temperamento, no entanto."

Viddy sorriu largamente para o marido. "Isso é verdade."

"Trance, mamãe lhe disse que está chegando em duas semanas?" Miller perguntou, sentando-se no chão ao lado de sua esposa.

Trance sacudiu a cabeça. "Não. Por quê?"

Foster sentou-se no sofá diretamente atrás de mim, e me puxou, até que encostei em suas pernas.

"Ela disse que tem uma notícia e que queria nos dizer sobre isso pessoalmente," disse Foster, coçando a cabeça de Molder.

"Tem certeza de que quer um cão?" Foster sussurrou, interrompendo a conversa que eu estava ouvindo.

Concordei com a cabeça. "Sempre quis ter um cachorro. Ele é bonito, também."

Ele suspirou e puxou meu cabelo para trás até que eu olhasse para ele.

"Você sabe que eles cagam e mijam, e todas essas coisas divertidas, certo?" Ele perguntou.

Acenei concordando. "Sim. Vou perguntar ao Tio Darren se posso levá-lo para trabalhar comigo, e mantê-lo em seu escritório."

Ele bufou. "Sim, tenho certeza que isso vai acabar bem."


***

Mais tarde naquela noite


"Não. Nada de cães na estação," tio Darren declarou em voz alta através do telefone.

Eu sorri. "Downy tem um cão."

"O cão de Downy é um cão policial treinado. O seu ainda não tem o controle de sua bexiga. Não. Isso não vai acontecer," ele confirmou.

"Ele está vindo comigo. Vou comprar-lhe uma caixa e tudo," declarei com firmeza.

Foi à vez de meu tio rir. "Você não é especial. Não permito cães de ninguém lá. Por que deveria permitir o seu?"

Eu sorri, sabendo que o ganhei. "Porque sou a sua única sobrinha e você me ama?"

Ele suspirou. "A primeira reclamação que tiver sobre ele, ele irá embora. Entendeu?"

Desliguei uma mulher feliz.

"Você é tão ruim," disse Foster da cama.

Ele estava deitado de costas, com as mãos apoiando a cabeça enquanto assistia o noticiário das dez horas na TV em frente a ele.

Levei um Molder recém banhado ao banheiro e o fechei lá.

Ele se deitou sobre o tapete de banho, praticamente desabando com um suspiro.

"Sim, sim eu sou," concordei enquanto rastejava sobre a cama.

Não parei sobre o que vim a chamar de ‘meu lado’ embora. Em vez disso, fui para o lado de Foster, sentando em seu colo. Acomodando minhas pernas de cada lado das suas.

"Diga-me o que está acontecendo," perguntei, sabendo que já esperei tempo suficiente.

Ele suspirou e desligou a TV com o controle antes de jogá-lo na mesa de cabeceira ao lado dele.

Suas mãos se estabeleceram em cada lado dos meus quadris enquanto olhava nos meus olhos.

Deus, ele era tão bonito.

Seu cabelo loiro normalmente encaracolado estava mais liso agora, provavelmente porque ele passara muito tempo correndo os dedos através dele. Algo que ele fazia quando ficava preocupado ou nervoso.

"Achamos que encontramos o homem responsável por atirar contra a sua casa," ele falou finalmente.

Pisquei. "Como?"

Ele apertou meus quadris levemente enquanto repeti.

Seus olhos estavam duros, mas sua voz foi mais suave.

"Havia uma nota na porta da minha camionete," ele explicou. "Nós puxamos a gravação das câmeras de fora, e o encontramos. Ele é o irmão de um dos homens da The Dixie Wardens. Um membro novo que se transferiu para cá da unidade do Alabama," explicou.

"Certo," eu disse. "Então, você já o encontrou?"

Ele negou. "Não. Mas tenho alguém sobre ele. Assim que o encontrar, vai nos avisar."

Estudei seu rosto. Notando a leve torção do seu nariz, e a maneira como ele apertava e soltava os dentes, enquanto esperava o que eu diria em seguida.

"Eu deveria estar preocupada?" Perguntei.

Ele fechou os olhos. "Gostaria de dizer que não. No entanto, não vou lhe dar falsas esperanças. Você precisa estar vigilante e certificar-se de nunca está sozinha. Mas isso também não quer dizer que eu não possa mantê-la segura. O que eu farei. Tudo bem?"

Concordei. "Tudo bem."

Eu sabia que ele faria, também. Com a sua vida.


CAPÍTULO 21


Os pais são protetores para a vida. Até o final.

-Palavras de sabedoria


FOSTER


"O que você quer dizer com não o encontrou ainda?" Perguntei.

Eu provavelmente estava louco pra caralho por gritar com Lou ‘Shank’ Rhodes, mas não conseguia me conter.

"Ele está se escondendo. Não foi à sua casa em quatro dias, e não foi trabalhar também," Lou grunhiu.

Eu sabia que não era mais fácil para ele, mas paciência tem um limite.

"Silas está buscando o seu nome através de qualquer banco de dados que ele tem acesso. Gabe não encontrou uma maldita coisa sobre ele além do seu registro de serviço exemplar," resmunguei em frustação.

Aparentemente Quentin Ortiz teve sorte pra caralho. Ele conseguiu escapar de cada lugar que tínhamos sido capazes de localizá-lo nos últimos quatro dias.

Seu irmão estava disposto a ajudar, e nos forneceu todos os endereços conhecidos que poderíamos o encontrar, praticamente jogando seu irmão aos lobos.

Aparentemente, Manny e Quentin não se davam muito bem, e isso foi provado.

Beep.

"Ahh, espera, Lou. Manny está me chamando," falei.

"Basta me ligar de volta," disse ele antes de desligar.

Revirei os olhos e mudei de linha.

"Alô?" Respondi.

"Ele tem uma mulher... ou tinha uma mulher," disse ele. "Lembrei-me dela na noite passada. Ele costumava falar sobre visitá-la o tempo todo antes de se machucar e ficar em dificuldades. Seu nome é algo como Cherry... ou Mary ou alguma coisa assim."

Estremeci. "Você sabe onde ela mora?"

"Pelo que me lembro, era na Fifth Street. Estou dirigindo nessa direção agora."

"Bom," eu disse. "Vou encontrá-lo na esquina da Exxon."

"Entendido. Vejo você em vinte."

Retornando com minha viatura, dirigi-me à Exxon, que estava a menos de cinco minutos da minha localização.

Manny apareceu nos vinte como ele disse que iria, parando em direção oposta ao meu carro para que pudéssemos conversar através da janela.

"Vou apontá-lo para você, se eu puder," disse ele.

Acenei com a cabeça, e o segui.

Não demorou muito para ele encontrá-lo.

Na verdade, foi na quarta casa que passamos.

Ele parou, encostou e saiu.

Eu fiz o mesmo, encontrando-o no meio da calçada, nós dois olhando para a simples casa amarela.

Não era nada especial, realmente.

Apenas uma simples casa térrea no centro histórico de Kilgore.

Cara para alugar e mais cara para possuir.

"É essa?" Perguntei.

Ele assentiu. "É essa."

Balançando a cabeça, peguei meu telefone e fiz uma ligação.

"Preciso que você dê uma olhada em alguma coisa para mim,” eu disse a Gabe.

"Manda," ele disse, os dedos clicando em um computador.

"O endereço é Fifth Street 623. Você pode me dizer quem era o morador de lá? Provavelmente se mudou no ano passado, porque os vizinhos acham que a mulher saiu por volta dessa época," expliquei.

O teclado continuou a clicar enquanto esperava impacientemente pelos resultados.

Então fiquei atordoado.

"Berri Aleo foi à inquilina mais recente."

Filho. Da. Puta.


***

SHANK


"Você está me dizendo que aquele pau idiota do ex dela fez isso?" Perguntei com cuidado para esclarecimento.

Minha mão se apertando quando Foster começou a explicar.

"A casa onde Manny costumava ser visto foi alugada pela última vez por Berri Aleo. A nova noiva de David. A mesma com quem ele traiu Blake," Foster esclareceu.

Apertei os olhos bem fechados, enojado além do limite que alguém que tinha prometido amar e proteger a minha filha, minha menina, tinha tão pouco respeito por ela que poderia fazer algo parecido com isto.

Pode ter sido apenas por associação, mas foi por causa dele que tudo aconteceu.

"O que mais seu homem encontrou?" Perguntei, levantando-me para recolher minhas coisas que iria precisar.

"O endereço mais recente listado como vivendo um David Dewitt. Também tem um apartamento alugado na South Tenth Street," ele respondeu. "Estou indo para lá agora."

"Não, você não está. Você não precisa ter nada a ver com isso. Recue." Pedi.

"Você não pode me mandar fazer nada," Foster argumentou.

Eu sorri. Observe-me.

Desligando, a próxima chamada foi feita para o meu irmão.

"Alô?" Darren respondeu no quarto toque.

"Preciso que você chame a equipe da SWAT. Agora."


CAPÍTULO 22


Meu coração sangra quando penso em perder o homem com o qual eu comparei todos os meus potenciais maridos.

-Blake


FOSTER


Eu estava lívido.

Shank me fez ser convocado para uma reunião de merda, e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso. Não se quisesse manter o meu trabalho.

Chefe Rhodes tinha sido cuidadoso ao me avisar antes de desligar, depois de ter me ligado pessoalmente.

Entrei no escritório do chefe, nervoso por estar aqui enquanto deveria estar em outro lugar.

"O que está acontecendo?" Perguntei sombriamente.

O chefe olhou para cima, e recostou-se na cadeira do computador.

"O que você fez para irritá-lo?"

Sacudi minha cabeça. "Nem uma coisa maldita da porra. Encontrei uma pista sobre Quentin Ortiz. Ele me disse para ficar longe. E teve a certeza de que eu ficasse."

"Ele o quê?" Ele perguntou, curvando-se sobre sua cadeira e levantando-se.

Acenei a cabeça. "Sim, eu o encontrei. Ou posso ter. Ele está hospedado em um apartamento de propriedade estúpida com quem David Dewitt se casará."

O chefe grunhiu em frustração.

"Pegue a equipe e vá. Agora," o chefe ordenou.

Segui suas instruções, indo para a sala de guerra, encontrando todos os homens preparados e prontos para ir.

"Que diabos está acontecendo?" Luke perguntou frustrado. "John diz que não houve chamada."

Então, a voz do despachante, uma que trabalhava com Blake, veio em nossos rádios. "Código 11. Repito, código 11. South Tenth Street 5211. Vizinhos relatam tiros disparados e um policial na cena sendo arrastado pela porta da frente."

Movemo-nos como um.

Peguei minhas roupas no caminho, me trocando na parte traseira de Rita antes de chegarmos à cena.

Enquanto fazia isso, dei-lhes um resumo do que tinha encontrado até agora.

"Então, você não tem ideia do que vamos fazer, não é?" Perguntou Bennett.

Acenei com a cabeça. "Não. Nem uma única ideia."

"John," Luke disse em seu rádio. "Diga-me o que você tem."

John era o nosso homem do computador.

Ele poderia realizar malditamente quase tudo com um computador, desde que não estivesse protegido pelas normas legais. E foi por isso que eu não havia levado a ele o que Gabe estava fazendo por mim.

Ele poderia ter facilmente encontrado as informações também, mas eu não queria trazer ninguém para dentro dessa situação e fazer isso azedar. Algo que eu esperava que seria o resultado deste dia se não fossemos cuidadosos.

***

SHANK


"Você vai morrer," eu sorri.

Eu sabia que estava prestes a morrer, mas me sentir melhor sabendo que ele estaria indo para baixo comigo.

Carma é uma cadela, filha da puta.

Mas não conseguia superar o fato de que tinha feito algo tão monumentalmente estúpido.

Na minha cabeça eu era o durão que todo mundo pensava que eu fosse, mas na realidade eu era um homem chateado tentando proteger sua filha. Um homem que sabia fazer melhor do que entrar em uma situação instável, sem qualquer planejamento prévio.

Eu tinha fodido tudo. E agora minha filha sempre pensaria que isso era culpa dela. E foi por isso que fiz a próxima coisa estúpida.

Liguei para o 911 no meu celular. Fazendo exatamente o que a pequena cabeça de merda queria que eu fizesse.

Eu queria ter certeza de que o bastardo pagasse. Ele precisava cair, e eu teria certeza de que ele iria, nem que isso fosse à última coisa que eu fizesse.


***

FOSTER


"A chamada do 911 veio um minuto atrás como você disse," John confirmou. "Consegui para que Pauline atendesse a chamada. Blake sabe que é seu pai, no entanto. Ele diz que foi tomado como refém e o homem está o obrigando a fazer a chamada."

Engoli a bílis que se formou na minha garganta enquanto pensava nela tendo que ouvir seu pai chamando.

Maldição, eu era tão estúpido. Nunca em um milhão de anos eu teria pensado que Lou iria sair precipitadamente como fez, caso contrário nunca teria dito a ele.

Nunca.

Acabei de matar o pai da minha futura esposa, e não havia uma maldita coisa que pudesse fazer sobre isso.

"Você já tem a planta do apartamento?" Luke perguntou a John.

"Estão a caminho do seu computador agora. A metade inferior do edifício está em construção. Então você não terá que se preocupar com o elevador. Apenas um conjunto de escadas, e dois apartamentos no segundo andar. Ele está na primeira porta. A segunda porta está ocupada, mas o inquilino não está lá. A polícia tem uma faixa delimitada,” explicou John.

"10-4," Luke confirmou. "Estamos a caminho."

Subimos as escadas, dois de cada vez, olhos treinados na frente e atrás de nós.

Luke e eu estávamos no topo, Miller e Michael atrás de nós, em seguida, Bennett e Nico.

"James," Luke disse quando chegamos no topo. "Você tem alguma visão?"

"Negativo," James respondeu imediatamente. "As cortinas estão fechadas. Para não mencionar que o vidro está coberto com algo fosco. Não tenho nada."

"Porra," Luke suspirou. "Tudo bem rapazes. Vamos nos mover."

Luke sinalizou com as mãos, então deixei minha espingarda sobre meu ombro, a alça de travamento da arma aproximadamente sobre o meio das minhas costas.

Então peguei o que era considerado a ‘aldrava’ da porta e empurrei-a para abrir.

Ela abriu como um graveto arrancado do galho.

Caí para baixo, permitindo aos meus colegas oficiais que me cobrissem, e foi aí que começou o tiroteio.

Meu mundo explodiu, e a última coisa que vi antes da 'névoa vermelha' foi o sangue de Lou pulverizando toda a parede branca.

Exceto que quando a poeira baixou, e a arma que estava salpicando a parede acima da minha cabeça com balas finalmente parou, percebi que não havia qualquer ‘humano’ atirando em nós. Quem esteve aqui tinha escapado. A única coisa que restava era um AK-47 equipada para disparar assim que a tração na porta fosse liberada.

Algo que eu mesmo tinha feito quando destravei a aldrava da porta.

Tudo isso foi por nada.

Corri para dentro, espingarda no meu rosto apontando para o buraco no chão. Provavelmente por onde Quentin Ortiz fugiu.

Caindo de joelhos ao lado de Lou, coloquei meu ouvido ao lado de sua boca.

Não precisava ver suas feridas para saber que era sério.

Foi além de sério.

O AK-47 quase rasgou Lou ao meio, pois ele foi colocado na frente da arma.

Ele tinha caído para o lado no último segundo, mas não ajudou. Não o suficiente, pelo menos.

Ele estava ainda, com pelo menos oito balas alojadas em sua barriga.

"A nova esposa," Lou resmungou. "É para onde ele está indo. A nova esposa."

Abaixei minha testa em direção a Lou. "Você vai ficar bem."

Ele riu, mas começou a tossir antes mesmo que conseguisse expelir o ar para fora completamente. "Não minta. Apenas cuide dela. Prometa."

Fui empurrado para o lado pelos médicos, sem saber quando eles chegaram, mas feliz que a cena tinha sido liberada e que foi muito rápido.

"Eu vou, Lou. Eu vou. Agora deixe que eles cuidem de você,” eu disse, ficando de pé.

Ele olhou para mim. Diretamente através de mim, na verdade.

"Vou fazer isso até que possa dizer adeus a ela. Não irei antes disso,” ele resmungou.

À medida que o levaram para fora da sala, fiz uma promessa.

Ninguém jamais saberia que Lou ‘Shank’ Rhodes não estava realmente no turno naquele dia. Tudo que eles saberiam era que ele morreu como um herói, e eu teria certeza disso.


***

BLAKE


Caí de joelhos, a força rapidamente abandonando as minhas pernas, enquanto os últimos vinte minutos apenas se repetiam uma vez atrás da outra na minha cabeça. Eu tinha feito tudo o que podia? O que deveria fazer agora? Será que a minha mãe sabe? Será que ela se importaria?

Eu havia acabado de ouvir o meu pai, o homem que admirei a minha vida inteira, fazendo sua própria chamada para o 911.

Eu, felizmente, não fui aquela que pegou a chamada.

Tinha sido Pauline.

Mas ouvi a chamada sendo passada, no entanto.

Essa também era uma chamada de um oficial em perigo; o que significava que, enquanto Pauline atendia a chamada, liguei para o reforço e dei-lhes informações em tempo real.

A porta da expedição se abriu, e meu tio, parecendo despenteado, lançou-se apressado para dentro.

Ele me viu lá, de joelhos, e imediatamente caiu no chão ao meu lado, me pegando em seus braços.

"Vai ficar tudo bem, querida," ele sussurrou. "Vamos. Podemos chegar ao hospital em dez minutos."

"Mas Pauline ficará sozinha," chorei.

Ele balançou a cabeça, me levantando junto com ele. "Não se preocupe com ela. Ela tem a situação sob controle. Ela pode lidar com isso por dez minutos até que o reforço chegue."

Concordei, sem saber o que dizer.

Pauline olhou para mim enquanto eu passava, ainda na linha com quem ela estava falando pelos últimos dez minutos.

Eu não sabia, e realmente não me importava. Meu pai foi baleado e estava a caminho do hospital.

Eu sabia apesar de tudo.

Sabia bem lá no fundo que ele não iria sobreviver.

Seria um pequeno milagre se nós chegássemos e ele estivesse vivo.

Mas acho que milagres acontecem, porque no momento que passei correndo pelas portas do hospital atrás do tio Darren, e direto para à sala de Trauma, ele ainda estava vivo.

Mas ele não parecia bem.

Absolutamente.

"Papai," murmurei, olhando para ele.

O quarto em torno dele estava uma bagunça.

Enfermeiras escorregavam no sangue do meu pai que estava derramando do seu peito a um ritmo alarmante; os médicos tentando estancar o fluxo com pouco sucesso.

Meu pai olhava diretamente para mim.

Sua mão, coberta de sangue velho e novo, estendeu-se para mim.

Um dedo solitário torto, e um soluço prendeu na minha garganta.

Fui até ele.

Eu não tinha escolha.

Eu nunca, nunca, lhe dei o que ele queria.

"Ei!" Uma voz forte e irritada falou. "Tire-a aqui."

Ignorei o comando, me esquivando de outra enfermeira, que deslizou e caiu de bunda no sangue aos seus pés.

Não tirei os olhos do meu pai ir, apesar de tudo.

"Querida," ele murmurou.

Sangue escorreu da sua boca, e ele tossiu.

Meus olhos começaram a lacrimejar, e as lágrimas que estive segurando por força de vontade, finalmente transbordaram.

"Papai," implorei, apoiando meu rosto em sua cabeça. "Não me deixe. Por favor, não me deixe."

Eu não estava mais com vinte e quatro anos. Eu era a menina do meu pai. Sua única menina. A mesma menina que costumava rastejar na sua cama e se aconchegar ao seu lado.

A mesma garotinha que costumava ir atirar com ele nos fins de semana, em algum tempo de pai e filha.

A menina que pediu ao seu pai para acompanhá-la ao seu baile de formatura porque o namorado, na época, tinha adoecido com um vírus estomacal.

A menina que deveria ter seu casamento de conto de fadas... Com o pai andando com ela até o altar.

A respiração em meus pulmões falharam quando o ouvi ofegar, então a vida que havia ali começou a diminuir.

"Dê-me mais um abraço, garotinha. Eu a amo..." Em seguida, ele se foi.

"Não," chorei. "Por favor. Salve-o!"

Gritei estridente, e devastada.

Tudo o que eu sentia naquele momento saiu nas minhas palavras, e sabia que não estava sendo racional. Ninguém poderia sobreviver ao que ele passou.

"Hora da morte 02:02," disse uma voz masculina triste acima de mim.

"Papai," sussurrei. "Deus. Por favor, não vá. Por favor."

Minha voz estava rouca no momento em que senti braços surgirem em torno de mim.

Então me virei e vi Foster, vestido inteiramente em seu uniforme da SWAT, até mesmo o capuz ainda parcialmente cobrindo o seu rosto bonito, de pé atrás de mim.

Seus olhos, no entanto. Esses estavam assombrados. Devastados. Destruídos.

"Foster," chorei suavemente. "Ele se foi."

"Eu sei menina. Eu sei,” disse ele.

"Você quer doar seus órgãos?" Uma voz feminina e corajosa perguntou diante de mim.

Olhei para os olhos de uma mulher pequena, com cabelo preto escuro acinzentado.

Acenei com a cabeça, sabendo que era exatamente o que ele queria. "Sim."

Em seguida, eles o levaram embora, e eu o perdi.

Eu nunca mais o ouviria me chamar de bebê.

Nunca mais.

Nunca.

Para sempre.


CAPÍTULO 23


Dizem que o tempo cura todas as feridas... bem esses filhos da puta podem chupar. O tempo não cura nada. Apenas Jack Daniels24 cura.

-Nota para si mesmo


O funeral do oficial Louis 'Shank' Rhodes


Três dias depois


Blake


Eu estava com uma rosa em minha mão, e arranquei as pétalas, uma a uma, enquanto ouvia meu tio Darren discursar sobre a diferença que o meu pai fez em sua vida.

Foi um discurso.

Realmente bom.

Mas eu sabia que se prestasse atenção, se realmente me envolvesse no discurso como os outros ao meu redor estavam fazendo, eu iria desmoronar.

Eu cairia de joelhos e começaria a lamentar como uma criança.

E sabia que não poderia fazer isso.

Não na frente de tantas pessoas.

Oh, eles entenderiam, mas nunca me perdoaria.

Eu só tinha que ser forte. Só teria que passar pelas próximas três horas, e então poderia ir para casa. Poderia me aconchegar nos braços de Foster, e chorar até dormir como fiz nas últimas duas noites.

O nó estúpido, que esteve ali por dias, começou a aumentar quando meu tio desceu as escadas e foi direto para o caixão de meu pai.

O caixão era muito bonito. Mas você não podia ver muito dele devido à bandeira americana que o cobria.

Uma grande imagem do meu pai na última foto que ele tirou. Estava em pé atrás do caixão com uma enorme faixa das medalhas que ele tinha conquistado ao longo de sua carreira, pendurados no canto da armação.

Suspirei.

Tentava duramente conter o grito de dor que sentia surgindo em mim.

"Baby," Foster disse, me puxando para seu lado.

Então minhas lágrimas explodiram, e chorei na frente de milhares de pessoas.

Quebrar era uma palavra muito pequena para descrever esse momento.

Foi como se tivesse desmoronado.

Mas, então, a coisa mais engraçada aconteceu.

Em vez de Tears in Heaven25 começar, como eu havia escolhido, I Shot The Sherriff26 explodiu através dos alto-falantes em vez disso.

Ergui minha cabeça, e olhei em volta, assustada.

Finalmente, encontrei a fonte do estrago.

Foi a expressão no rosto do atendente que fez a minha risada escapar.

Isso era tão parecido com o meu pai, controlando as coisas até no céu.

Levantei-me, e caminhei direto para o atendente que estava freneticamente tentando mudar a música.

Foi intervenção divina, no entanto.

Na minha opinião, isso não mudaria em breve.

Colocando minha mão sobre a do homem que estava furiosamente clicando no enorme X na parte superior da tela, acalmei seus dedos e disse, "Está tudo bem. Gosto mais dessa música."

Ele olhou para mim, observando meus olhos, depois relutantemente retirou a mão.

Pegando o mouse, diminuí o volume em vez de tirar a música completamente, em seguida, fiz meu caminho para o pódio.

Uma nova força tomando conta do meu corpo.

Quando passei pelo caixão de meu pai, corri meus dedos ao longo do comprimento, sorrindo tristemente.

Diante de sua foto, pressionei um beijo em meus dedos, em seguida, coloquei-a na bochecha do meu pai antes de subir as escadas.

O funeral estava acontecendo no estádio local.

Não havia literalmente nenhum lugar grande o suficiente que coubesse as pessoas que eram esperadas para aparecer.

E elas vieram.

Cada arquibancada, assento fixo e parte superior estava tomada.

Inferno, havia até mesmo alguns na faixa de pedestres, que corria para a rua.

Observei as pessoas.

Rostos familiares e alguns não.

Saltei a minha mãe.

Ela estava não muito atrás, ao lado de sua irmã.

Ela estava toda de preto, como se não tivesse entregado ao meu pai os papéis do divórcio apenas três dias antes dele morrer.

Ele me escolheu quando ela o fez escolher, e ela seguiu com sua promessa de divórcio. Ela tinha ido tão longe que fez tudo on-line, tendo os documentos sendo enviados para o meu pai enquanto ele estava no trabalho.

Eu não falei com ela desde então.

Saltando sobre a forma carrancuda da minha mãe, finalmente foquei em Foster.

Tio Darren e tia Missy do outro lado dele. Um espaço entre eles onde estive sentada apenas alguns momentos antes.

"Eu não iria me levantar e vir aqui falar," falei à multidão, os olhos percorrendo os muitos rostos tristes. "Na verdade, antes da música começar, eu tinha certeza que morreria de tristeza."

Eu não ia mentir. Ainda doía. Machuca tão forte que era difícil respirar... mas sabia que iria sobreviver.

Só para ele, eu seria forte e diria o que estava em meu coração para fazê-lo orgulhoso de mim de onde ele estava me olhando.

Eu chutaria traseiros, e o faria orgulhoso.

"Há poucos dias atrás, fui entrevistada pelo jornal local," ofeguei. "Eu realmente, realmente não queria falar com o repórter, mas sentia que a história de meu pai precisava ser lembrada. Que ele merecia ser lembrado."

Olhei para o pódio e disse-lhes o que me recusei a dizer para a repórter.

"Ela me perguntou qual era a minha lembrança favorita do meu pai, e eu não pude escolher uma," solucei. "Eu estava mentindo, no entanto. Eu tinha uma. Todo mundo tem uma. Mas uma em particular, mudou o curso da minha vida. E isso só aconteceu há algumas semanas. A última vez que pude passar com ele antes que ele fosse baleado e morto naquele tiroteio.”


***


FOSTER


Segurei o olhar de Blake esperando o que ela diria em seguida. E eu sabia antes que as palavras saíssem de sua boca que elas iriam me derrubar.

Iriam arrancar meu coração e pisar nele.

E eu estava certo.

Mas foi um tipo bom de dor, porém.

"Nós saímos, estávamos bebendo uma cerveja quando ele me disse que minha mãe resolveu deixá-lo," ela disse suavemente.

O microfone pegou sua dor, entretanto, e irradiou-a através de todo o estádio para que todos ouvissem.

"Perguntei-lhe qual era o ponto do amor se o divórcio era possível depois de estar com alguém por trinta e tantos anos," disse ela, enxugando uma lágrima solitária. "Então sua resposta para mim foi, que eu deveria tirar minha cabeça da minha bunda."

Ela começou a rir em meio às lágrimas, e eu não queria nada mais do que ir lá e puxá-la para meus braços.

Mas a deixei lá para contar a história que eu sabia que ela precisava tirar de seu peito.

"Após um momento de silêncio, chocada, repreendi meu pai por sua linguagem, e ele foi direto comigo." Ela sorriu, um canto do lábio levantando mais do que o outro. "Ele disse, 'Blake Boston Rhodes. Eu não criei nenhuma idiota. Você tem um homem que é um durão filho da puta. Ainda mais forte do que eu. Quer saber por quê? Porque vi o jeito que ele olhou para você.’"

Ela aprofundou sua voz, chegando mesmo a colocar um pequeno sotaque em suas conotações.

"Após mais um momento de silêncio, chocado da minha parte, perguntei o que ele queria dizer. E sua resposta foi, "Querida, não é preciso ser um cientista de foguetes. Sua mãe e eu nos divertimos muito. Nós vivemos, nós amamos, mas o que tínhamos não era puro como o que você e esse menino têm. O que você tem resistirá ao desafio do tempo. Ele moveria fodidas montanhas por você. Tudo que você tem a fazer é deixá-lo entrar. Diga-lhe o que você quer. E quando ele vier e pedir sua mão em casamento, o que bem sei que ele vai fazer, vou dizer-lhe que não. Então ele virá e a levará de mim de qualquer maneira. Isso... Isso aí é o que me diz que ele quer você. Ele não se importa que a mulher que ele ama é a filha de Shank Rhodes. Ele se importa que você esteja feliz, e você é você. É com isso que ele se importa. Então, quando ele lhe pedir para ser sua, você será a garota inteligente que sei que você é, e lhe dirá ‘porra’ sim.’”

Tossi, rindo com o resto das pessoas no estádio, quando ela contou o que o pai tinha dito.

Lembrei-me, no entanto, do que ele disse, apenas um dia depois, quando lhe perguntei.

"Sim. Mil vezes sim. Porque sei que você vai tratá-la como merece. Mas você diga a ela que eu disse que não, porque ela precisa saber que estou lá para protegê-la, se ela precisar. E saiba que sempre estarei observando você, mesmo se estiver morto e enterrado. E vou encontrar uma maneira de chutar sua bunda do outro lado da sepultura, rapaz. Foda-se e você verá."

"Então ele me deu um abraço e me trouxe outra cerveja, onde nós começamos a ficar bêbados e celebrar que ele era um ‘homem livre,’ como ele gostava de chamá-lo," ela riu. "Nunca fiquei bêbada na minha vida, mas naquela noite, por ele, eu fiz isso."

Então, como se estivéssemos em um filme maldito, o pager de cada membro da equipe SWAT começou a disparar.

Os olhos lacrimejantes de Blake focaram no meu rosto, e ela sorriu, o primeiro sorriso sincero que eu tinha visto nela em dias.

"E é isso, rapazes, é para isso que meu pai vivia. A emoção da perseguição, a sensação de pegar o cara mau. Não percam tempo. Saiam daqui e fiquem seguros," ela ordenou calmamente.

Como se estivesse em transe, levantei-me e, na frente de milhares de pessoas, soprei-lhe um beijo. Um que ela pegou e colocou sobre seu coração.

Te amo, murmurei.

Ela piscou e murmurou de volta, eu também te amo.


***


"Você já contou a ela?" Miller perguntou.

Levantei meus olhos da minha posição sentado nos degraus da varanda da casa do chefe e balancei a cabeça. "Não há nada para contar."

Tomei um gole da minha cerveja, que se transformou em mais de um quando pensei sobre quão injusto eu estava sendo.

Blake merecia saber de tudo, mas não conseguia encontrar coragem para contar a ela.

"Há algo para contar. Ela precisa saber. Merda como esta," Miller balançou a cabeça. "Acaba saindo. Em algum momento. Alguém vai escorregar, e ela vai descobrir a sua participação nisso tudo. Ela vai saber que você foi o único que..." Levantei a mão para parar o discurso de Miller.

"Eu sei," suspirei, esfregando meus olhos o melhor que pude com uma garrafa de cerveja na mão. "Eu fodidamente sei."

"Ele não tem que me dizer nada. Eu já sei tudo," uma voz suave, cheia de dor falou do lado oposto da grade.

Por trás das nossas costas.

Ela veio para a parte de trás da casa, provavelmente procurando um tempo sozinha, mas tinha entrado no meio da minha festa de piedade.

Miller me deu um tapa nas costas enquanto passava, voltando para dentro, onde estava sendo realizada uma recepção em homenagem a Lou.

Virei-me, colocando as duas mãos sobre a grade da varanda, a garrafa de cerveja pendurada por um dedo em torno da borda.

"O que ele lhe disse?" Perguntei em voz baixa.

Ela estava deslumbrante em preto.

Apenas desejei que não tivesse que vê-la neste vestido tão cedo no nosso relacionamento. Ela disse que só o usava para funerais e isso quebrou meu coração.

Seu cabelo loiro estava metade para cima, metade para baixo, descendo em cascata pelas costas.

Seus olhos estavam margeados com preto carvão, e sua máscara, bem como a sombra dos olhos, era a mais pesada já tinha visto.

Ela parecia tão bem agora quanto estava quando saímos de casa hoje cedo pela manhã.

"Tudo," ela sussurrou, olhando para as centenas de carros alinhados na rua de seu tio. "Ele contou-me tudo... e não o culpo. De modo nenhum."

Fechei os olhos, aliviado.

Realmente muito grato por ela entender, quando poderia facilmente apenas ter ido embora com suas opiniões.

"Isso é bom," sussurrei.

Ela virou-se para mim, com os olhos tristes, e sorriu. "Eu amo você, Foster."

Então, andou até a grade e se inclinou por cima, oferecendo seus lábios para mim.

"Agora me dê um beijo antes de ir lidar com a minha mãe."

Obedeci, inclinando-me para lhe dar um beijo.

Seus lábios com sabor salgado, como se todo o sal, de suas lágrimas houvessem se reunido lá para eu provar.

"Eu também te amo."


CAPÍTULO 24


Às vezes, a melhor parte do meu trabalho é que fazer a cadeira girar.

-E-Cartão


Blake


"Quem estava ao telefone?" Perguntei, caindo no sofá ao lado dele.

Eu tinha acabado de lavar minhas mãos da minha mais recente tentativa de jogar um pote. Foi a quarta vez que estraguei um, esta semana.

Minha mente estava em coisas diferentes, e me peguei olhando para o espaço por longos períodos de tempo, pensando em tudo o que havia acontecido na última semana.

"Um... ninguém. O Chefe convocou uma reunião. Quer que eu chegue lá em uma hora," ele falou, tirando a camisa. "Vou tomar um banho rápido."

Segui atrás dele, percebendo que ele me escondia alguma coisa no momento que não me olhou nos olhos.

"O que ele quer falar?" Perguntei, seguindo-o até o banheiro.

Ele estava tirando as calças quando entrei, e meus olhos foram imediatamente capturados pela mais nova tatuagem em sua lateral.

Era uma flor solitária.

Uma rosa vermelha, para ser exata.

Ela tomava todo o seu lado esquerdo. Ele a tinha feito na segunda noite depois que meu pai morreu, dizendo que a flor o fez lembra de mim. Levando ele a perceber que tinha algo bonito em sua vida, e que precisava manter a cabeça no lugar, mesmo quando tudo o que queria era encontrar os responsáveis por matar meu pai.

Pensei que o sentimento era muito bonito, e eu gostava de olhar para a tatuagem; especialmente quando sabia que ele tinha feito por minha causa.

"Algumas coisas da SWAT," respondeu ele, antes de começar a retirar sua prótese.

Eu o vi fazer isso tantas vezes, que agora era apenas rotina, mesmo que todo o processo ainda me atraía.

Ele simplesmente me surpreendeu muito com sua capacidade de adaptação. Ele agia como se não houvesse nada de errado em sua vida, mesmo vivendo com um deficiência que teria debilitado muitos homens.

Aproximei-me dele até que me encaixei entre suas pernas abertas, então passei meus braços em torno de sua cabeça e puxei-o para mim.

Ele apoiou a cabeça em meus seios e suspirou, a tensão em seus ombros relaxando no momento em que coloquei minhas mãos sobre ele.

"Você não tem que me dizer Foster. Mas não minta, tubo bem?" Pedi suavemente, inclinando a cabeça para que pudesse ver seus olhos.

Ele me olhou. "Sim, senhora."

Ele se inclinou e colocou um beijo suave, de boca aberta em minha clavícula, arrepiando minha coluna, direto para os meus mamilos.

"Eu ainda acho que você precisa de tempo," ele murmurou contra a pele do meu pescoço.

Isso era algo que ele esteve dizendo nos últimos dias quando tentei levá-lo a fazer amor comigo. Ele ia longe o suficiente até que eu ficasse satisfeita, mas nem um milímetro além disso.

Hoje, porém, não terminaria assim. Ele precisava da liberação, tanto quanto eu.

Agarrei seu cabelo, puxando-o para trás até que eu pudesse ver seus olhos claramente.

"O que eu preciso," sussurrei, correndo os lábios do seu pescoço até o pomo de adão. "É me distrair. Algo que você faz muito, muito bem."

Ele rosnou, e senti a vibração, que começou em meus lábios seguindo até o meu clitóris.

"Você não sabe o que está pedindo," ele falou, segurando meus quadris com tanta força que estava ao ponto de doer.

Eu sorri baixinho antes de raspar meus dentes ao longo do seu pescoço.

"Sei exatamente o que estou pedindo."

Com isso, ele me puxou para frente e me beijou furiosamente.

Sua boca duelou com a minha enquanto seus dedos encontraram o caminho para o cós da minha calça.

Eu ainda colocava um jeans... ou qualquer coisa que se parecesse apresentável para vestir em público, desde que meu pai tinha morrido.

Eu me sentia menos do que sexy.

No entanto, agora, me senti como a porra de uma rainha.

Foster devorou minha boca, em seguida, passou a correr sua barba ao longo da pele macia do meu pescoço.

Cócegas e outras sensações me inundaram, tudo ao mesmo tempo.

Agarrei um punhado do seu cabelo quando ele começou a me abaixar para o piso frio do chão do banheiro.

"Eeek!" Gritei, levantando minha bunda nua quando ela encostou na cerâmica fria.

Ele sorriu enquanto terminava de puxar minha calça pelas minhas pernas, e então estabeleceu seu corpo nu entre as minhas coxas espalhadas.

Sua boca encontrou o meu pescoço novamente, viajando por toda a extensão da minha camiseta até que encontrou a pele nua de minha barriga, alisando sua boca sobre ela languidamente.

"Quero plantar meu bebê aqui," ele sussurrou bruscamente. "Quero tanto vê-la engordando com o meu filho que chega a doer.”

Sorri enquanto ele deslizava a boca por minha barriga até que parou na parte inferior do peito esquerdo.

“Vou ver o que posso fazer sobre isso," respirei ofegante quando sua língua encontrou o meu mamilo.

Ele não o sugou, no entanto.

Apertou. Mordeu. Puxou.

Fez tudo, exceto sugá-lo. Principalmente porque ele sabia o que brincar com meus mamilos me fazia, e se ele começasse a chupar, então perderia a minha capacidade de me concentrar.

Algo que ele gostava de fazer apenas quando eu estava na beira do orgasmo.

"Por favor," implorei levantando os quadris, pedindo-lhe para me dar o que eu queria tão desesperadamente.

Ele sorriu, levantando-se de joelhos para empurrar sua cueca boxer para baixo em suas coxas.

Minha boca salivou ao ver seu pênis. Como sempre fez.

Ele realmente tinha um pênis perfeito. A cabeça grossa e corada, seguida por um eixo exuberante. Eu queria adorá-lo em meus sonhos, de tão bom que era.

Nunca pensei que pênis poderiam ser bonitos, mas Foster era apenas isso.

Comecei a inclinar-me para frente e capturar a beleza na minha boca, mas ele parou meu movimento com a palma da mão na minha barriga.

"Pare," ele ordenou. "Quero olhar para você."

Não sei o que viu.

Eu sei o que eu vi, no entanto.

Minha camiseta tinha sido empurrada sobre os meus seios, revelando apenas meus mamilos rosados ao seu olhar. E minha bunda nua pressionada contra o chão frio, me deixava completamente certa que destoava bastante do mosaico marrom escuro.

Em seguida, havia o meu cabelo.

Para cima em um coque bagunçado que não tinha sido escovado por um dia ou dois, estava realmente um desastre.

No entanto, Foster nunca se queixou. Ele achava que eu era linda. Algo que ele fez questão de mencionar pelo menos uma vez por dia. Às vezes até mais.

E isso, mais do que qualquer outra coisa, foi o que mais me impressionou. Ver a luxúria em seus olhos era um completo renascimento, depois desses dias.

Minha mão passeou por minha barriga até embaixo, chegando no meu clitóris, quando comecei a rodeá-lo com um dedo solitário, esperando estimulá-lo a agir com o movimento.

Mas ele não se mexeu. Apenas me observava mover cada vez mais rápido.

Foi só quando minha outra mão foi para o meu mamilo, e meus olhos começaram a se fechar que ele empurrou em mim, então percebi o início de um orgasmo me impulsionando violentamente.

A surpresa foi tão grande que gozei duro e rápido.

O orgasmo que esteve pairando sobre mim chegando com tanta força que gritei até que me tornei ofegante.

Ele rosnou, estocando vigorosamente enquanto me conduzia através do meu orgasmo.

Não demorou muito até que ele gozasse também. Derramando-se em mim em jorros longos e ásperos.

"Uhhh," ele gemeu plantando-se profundamente e congelando.

Passei meus braços em volta do seu pescoço e minhas pernas por sobre sua bunda antes de puxá-lo para mim.

Ele caiu se apoiando nos antebraços acima de mim e sorriu para meus olhos sonolentos e saciados.

"Hora da soneca?" Ele sorriu.

Concordei com a cabeça.

"Sim, só tenho que encontrar a energia para chegar lá."

No final, tomamos banho juntos, e ele me levou para a cama.

Pensei que nós dois tínhamos adormecido, mas quando acordei uma hora mais tarde, o seu lado da cama estava vazio, e percebi que esteve assim por algum tempo.


***


"Você vai me deixar entrar lá," rosnei para meu tio.

Eu realmente não estava com paciência para isso.

Depois que Foster saiu de casa de forma tão abrupta uma hora antes, eu soube que algo estava acontecendo.

Meu tio suspirou e abriu mais a porta, permitindo que eu entrasse na sala de interrogatório.

"Oficial, a minha cliente não fez nada de errado. Ela está em uma condição delicada, e gostaria de ir para casa, ficar em sua cama, onde ela deveria estar até que esteja em um estágio mais avançado em sua gravidez," disse o advogado viscoso quando passei pela porta.

Foster, que estava em pé no canto, com os olhos colados no interrogatório, endureceu quando percebeu que eu estava lá.

"Blake..." ele começou, mas parou quando levantei a minha mão, parando a sua conversa mansa.

Se o bastardo pensou que poderia me foder, me deixar saciada na cama, eu o perdoaria por sair sem me avisar, estava muito enganado.

Principalmente na forma do tratamento silencioso.

"O que aconteceu até agora?" Perguntei ao meu tio.

Meus braços estavam atualmente envolvidos em torno de Molder, que tinha, é claro, me acompanhado até a estação de polícia com um Downy risonho.

O homem pensou que muito engraçado eu 'não obedecer Foster.’ Palavras dele, não minhas.

Só olhei e me recusei a falar com ele também.

Achei que era a coisa mais linda do mundo quando Molder começou a incomodar Mocha, parceira K-9 de Downy.

"Sinto muito, cara," Downy disse, quebrando o silêncio. "Eu tentei."

"Uh-huh. Ela tem 61kg para os seus 135 kg. Tenho certeza que você tentou muito," Foster argumentou.

Downy deu de ombros e sentou-se ao lado dos outros membros da equipe da SWAT.

Por que eles estavam TODOS lá, eu não sabia. Algo que penso que Foster deveria ter me contado. Especialmente desde que pensei que ficou acordado que ele não me deixaria fora do circuito mais.

Independentemente disso, porém, eu estava aqui agora, e iria ficar até que tivesse algumas respostas. Respostas que um certo alguém não estava me dando.

"Você pode me dizer por que você tem um apartamento em seu nome quando esteve aqui com David por um tempo bem longo?” Perguntou o detetive.

"Usamos o apartamento como depósito. Tivemos que juntar as nossas coisas em um só lugar, e descobrimos que é mais barato continuar pagando o aluguel, desde que o contratado já está assinado,” disse David, explicando perfeitamente.

"Na verdade, eu olhei por esse lado também," disse o detetive. "Imaginei que essa poderia ter sido a razão. O contrato de arrendamento do apartamento terminou a dois meses. O custo de 'alugar' o apartamento era de quatrocentos e trinta e dois dólares por mês, mas nenhum dos dois teve esse dinheiro saindo de suas contas. Nem retiraram qualquer valor, por isso, se esse for o caso, como vocês pagaram? "

"Uh-oh, spaghetti-o27!" Downy brincou, estalando os dedos em rápida sucessão. "O'Keefe pegou você, cadela!"

Olhei para ele, e o homem louco estava comendo pipoca.

De onde ele tirou isso, eu não sabia.

Provavelmente nunca saberia.

Homem tolo.

"Detetive," o advogado viscoso falou preguiçosamente. "Você não pode provar nada. É tudo circunstancial.”

Detetive O'Keefe sorriu.

"Então você não sabia que Quentin Ortiz estava hospedado em sua casa?" Detetive O'Keefe esclareceu.

David finalmente se levantou. "Ouça, O'Keefe. Nós dois temos álibis para aquela noite. Você não encontrou nada..."

"Quando foi a última vez que você viu Quentin Ortiz?" O detetive falou sobre David, dirigindo o pergunta a Berri.

Ofeguei, cobrindo minha boca com o olhar furioso assumindo as características geralmente muito amáveis de David.

Os braços de Foster me envolveram por trás, e ele descansou a cabeça no topo da minha.

Ele não disse uma palavra, e nem eu fiz.

Chegaremos a isso mais tarde. Por enquanto, eu estaria deixando isso passar.

"Ela já disse que não sabia de nada!" David gritou.

Com isso, o detetive O'Keefe finalmente deu toda a sua atenção ao homem.

"Escuta aqui, Dewitt. Já tive tudo o que consegui tirar de sua boca. Que tal você sair daqui e me deixar falar com a sua mulher, sozinha," disse o detetive O'Keefe.

Não foi o que ele disse, mas como ele disse.

"Alguém vá tirá-lo de lá. Traga-o aqui e o deixe ver o que acontece a seguir," Foster disse de repente.


CAPÍTULO 25


Uma fêmea te ama verdadeiramente você vai ficar com você até o fim. Sua mãe, isto é, não eu. Porque eu, certamente não estarei lidando com sua merda mais.

-Blake Para Foster


FOSTER


"Tire suas mãos de cima de mim," David sibilou, puxando seu braço rudemente da mão de Luke.

Luke empurrou-o para baixo em um banco na frente, o que significa que ele não viu que eu estava na parte de trás.

David rosnou algo ininteligível para Luke, e Luke respondeu com algo igualmente baixo. "Sente-se e cale a boca. Estamos tentando ajudar um companheiro de merda. Feche a porra da boca e assista."

Pisquei surpreso com a veemência em sua voz.

O corpo de David caiu, e fiquei pasmo com o quão derrotado ele parecia.

Uau, ele realmente se importava com ela!

Tive minhas dúvidas, mas isto provou ser algo que eu nunca esperava.

Quero dizer, como você poderia se preocupar com alguém que estava claramente mentindo?

Cada um de nós podia ver isso. Ele estava tão profundamente envolvido que não conseguia enxergar?

"Tudo bem, Sra. Aleo,” Detetive O'Keefe sentou-se. "Nós sabemos que você está envolvida. É apenas uma questão de tempo até que a coisa toda seja revelada. Que tal você ir em frente e nos informar o que está acontecendo."

"Você está mentindo," ela sibilou. "Você não tem nada sobre mim."

O'Keefe sorriu. Um sorriso malvado. Um que ele deve usar apenas em interrogatório de suspeitos.

"Seu ex-marido, Emmett Aleo, foi um homem muito útil," disse o detetive O’Keefe, recostando-se na cadeira.

Sua postura falava de facilidade e triunfo.

Ele a tinha e ele sabia disso.

"Se você não está prendendo minha cliente, vamos embora," disse o advogado, ficando de pé abruptamente.

O'Keefe também se levantou.

Em seguida, ele puxou alguns papéis do bolso de trás.

"Seu marido foi muito útil, na verdade," disse ele, oferecendo ao advogado a pilha de papéis.

O advogado pegou, em seguida sua cabeça pendeu. "Foda-se."

Bem, isso não parecia postura de um advogado.

Os braços de Foster ao meu redor me apertaram com força antes de me soltar, para ele se aproximar da janela, ficando ao lado dela novamente.

David olhou para trás, e tive que cobrir a boca para segurar a risada que ameaçava irromper da minha garganta.

"Aposto que ele recebe uma confissão dela em três minutos," Downy disse, jogando um pedaço de pipoca em sua boca.

"Dois."

"Cinco."

"Sete."

"Um."

Esse último comentário foi feito por Nico, o que levou David a se virar e ver quem, exatamente, estava na sala com ele.

Dei-lhe um pequeno aceno quando seus olhos pousaram em mim, fazendo-o me encarar e virar-se tão abruptamente que a cadeira balançou.

O advogado colocou os papéis sobre a mesa na frente de Berri, e ela olhou para eles a contragosto.

Em seguida, seus olhos se arregalaram.

"O que dizem os jornais?" Perguntei a ninguém em particular.

"Sabe o que isso significa Sra. Aleo?" Perguntou o detetive.

"Apenas espere por isso," disse Bennett. "Vai ser lindo."

Suspirei, mas mesmo assim 'esperei por isso'.

Berri se recusou a dizer qualquer coisa.

"Esses são os papéis do divórcio," disse o detetive O'Keefe.

David bufou, mas depois congelou com as palavras seguintes do detetive.

"Os papéis do divórcio de Quentin Ortiz." O'Keefe continuou. "Diga-me, Sra. Aleo. Por que ninguém sabia que você estava casada com Quentin Ortiz na semana passada quando visitamos você? Talvez porque ninguém deveria saber? Seu noivo sabe, não é?”

"Acho que, já que você não vai ajudar, você pode me dizer se entendi alguma coisa errada. Como eu disse, o seu ex-marido foi muito útil," disse O'Keefe descaradamente. "Sr. Ortiz e você são vigaristas. Se casam com pessoas separadamente, tiram tudo que eles tem, e passam para o próximo. Mas vocês continuam casados um com o outro enquanto fazem isso, e foi onde vocês fizeram besteira."

Os olhos de Berri ficaram loucos enquanto procurava um meio de fugir.

No entanto, não havia um. O'Keefe a tinha e todos nós sabíamos disso.

"A defesa de seu marido negociou por fora, jogando-a sob o ônibus28 em troca de uma pena menor," O'Keefe disse. "Ele foi inflexível, porém, que você estragou tudo, e por sua vez, o ferrou. Veja, você não deveria ter engravidado. Algo que você fez com David Dewitt. E ele ficou louco, mas você o convenceu que isto poderia trabalhar em seu favor. Que você poderia obter mais dinheiro. Exceto algo... ou alguém, que aborreceu você. E você voltou para o seu ex-marido, Quentin Ortiz, e pediu-lhe para fazer algo para você. "

Ela finalmente quebrou.

"Fui e o encontrei. Eu queria o que era meu por direito. Sou a única tendo um bebê. Ela não está. Então por que eu não poderia tê-lo?" Berri gritou.

"Como você sabia que ele faria isso?" Perguntou O'Keefe, cruzando os braços casualmente sobre o peito.

"O jornal. Com a sua pequena história 'Nós somos heróis também’ que ela concedeu ao jornal no dia seguinte ao que aconteceu. Eu não tinha percebido que ele estava fazendo esse tipo de coisa. Quando os deixo, não tenho mais contato."

"E desta vez?" Perguntou O'Keefe.

"Aquela puta estúpida da ex do David. Ela se recusou a me dar a herança que era minha por direito," ela rosnou.

"Tudo isso por causa da porra de um berço?" Eu meio que gritei. "David, seu estúpido filho da puta!"

Tentei me lançar sobre ele, mas fui impedida por Foster, meu tio e Downy.

Sua bacia de pipoca voando do seu colo enquanto ele me agarrava pela cintura antes que eu pudesse chegar a David.

Assim que ele me pegou pela cintura, praticamente me jogou através do ar para Foster, que, em seguida, me pegou e apertou os braços de aço firmemente em torno de mim.

"Está tudo bem, querida," ele sussurrou. "Ele também se sente horrível. Olhe para ele."

Relutantemente, eu fiz, e não gostei do que vi.

Ele parecia horrorizado.

Ele parecia quebrado. No entanto, eu não me importava. Nem um pouco.

Eu tinha perdido meu pai, meu melhor amigo, tudo porque David não pode manter seu pau estúpido em suas calças.

"Vou para casa," sussurrei.

"Vou com você," Foster disse, começando a me soltar, mas balancei a cabeça.

"Não," eu o detive antes que começasse a me seguir. "Downy pode me levar. Na verdade, vou ver o vovô. Vamos passar algum tempo juntos. Você pode vir me buscar quando terminar."

Com isso, comecei a sair da sala, parando quando os meus pés tocaram a bacia de pipoca.

Por um capricho, me abaixei e atirei a bacia na cabeça de David, fazendo-o ricochetear antes de cair no chão.

Sorrir entredentes para ele.

Ele olhou para os seus pés, evitando contato com os olhos, o que só serviu para me deixar ainda mais furiosa.

"Covarde," murmurei enquanto saía da sala, caminhando rapidamente pelo corredor.

"Devagar, Blake. Estou cheio. Você não quer que eu vomite a minha pipoca, não é?" Downy brincou enquanto me alcançava.

Joguei-lhe um olhar por cima do ombro, que falou tudo o que estava sentindo, e ele sorriu.

O filho da puta sorriu.

"Você é horrível. Não sei como a sua mulher te suporta," suspirei, saindo pela porta dos fundos direto para a camionete de Downy.

"Memphis me ama. Ela suporta qualquer coisa, contanto que eu esteja feliz," Downy riu.

"Tanto faz. Apenas me leve para a casa do meu avô," pedi emburrada.

"E o seu cachorro?" Ele perguntou.

Dei de ombros. "Foster pode pegar Molder. Agora vamos."

"Sim, senhora," disse ele com um sorriso na voz. "Qualquer coisa para você."

Tudo correu tranquilo... isto é, até que chegarmos à casa de meu pai.

A primeira coisa que me fez perceber que havia algo estava errado foi o fato da porta da garagem não estar aberta.

Normalmente nesta hora do dia meu avô estaria trabalhando no seu carro que ficava na garagem.

No entanto, a garagem não estava aberta, e as cortinas estavam fechadas.

Inferno, até mesmo as cortinas blackout estavam cerradas.

"Algo está errado," sussurrei quando Downy estacionou a camionete na calçada.

"O quê?" Ele perguntou, colocando a camionete em marcha à ré e saindo da entrada.

Ele pulou quatro casas e parou na frente da casa da Sra. Peseta.

"Não sei. Mas geralmente há alguma atividade. Meu avô se levanta às seis horas. E não fecha as cortinas até que esteja pronto para ir para a cama. Ou há algo de errado com ele, ou... Eu não sei... alguma coisa.”

Downy pegou o telefone e fez uma chamada.

"Preciso de reforços na Sheffield 222. Venha na prioridade dois. Estacione ao lado da minha camionete, um Chevy branco," Downy disse em seu rádio.

Assim como Foster, ele falou isso em alteração. Deve ser coisa de policial.

Esperei e esperei um pouco mais Downy sair e checar, mas ele nunca o fez.

Ele apenas assistiu e ouviu.

"Você não vai sair e dar uma olhada?" Perguntei finalmente.

Ele olhou para mim. "Ainda não. Vou esperar até que tenha alguém com você antes de ir. Não deixarei você sozinha."

"Mas..."

Ele parou o meu próximo argumento com apenas um olhar.

"Não vai acontecer."

Meu ouvido doía quando olhei atrás de mim, querendo saber se meu avô estava bem.

Deus, por favor, que ele fique bem. Não posso perdê-lo também.


CAPÍTULO 26


Sei que é difícil admitir que você está errado, mas eu posso sobreviver sem sexo oral ... você pode?

-Blake Para Foster


FOSTER


Miller e Nico seguiam comigo, enquanto Luke, Michael e Bennett vinham logo atrás.

"Fale-me sobre o layout da casa," Luke perguntou através do rádio.

Nós tínhamos mudado para um canal confidencial, assim eu me sentia seguro falando tudo o que sabia.

"Três quartos. Uma grande sala de estar e cozinha aberta. Lavanderia que leva para a garagem. Varanda dos fundos. Dois banheiros. Um ao lado da sala de estar, e um no piso superior,” informei. "O quarto do avô é o do fundo à direita. Ele tem uma entrada para o exterior por uma porta de vidro deslizante."

Terminei a última frase quando acabamos de fazer a volta que nos levaria até a camionete de Downy.

Seguimos pelo caminho contrário, assim não teríamos que passar na frente da casa, e não chamaríamos qualquer atenção indevida para nós.

Quando saímos, agarrei a bolsa de Downy do banco de trás e joguei-a em sua direção. A qual ele prontamente pegou e começou a vestir-se com seu equipamento.

"Você ouviu tudo isso, Downy?" Luke perguntou enquanto caminhávamos.

Ele acenou, virando-se para responder ao seu melhor amigo e chefe. "10-4."

"O Detetive O'Keefe está ali," falei apontando o carro para Blake. "Fique com ele, e não o deixe, não importa o que você ouça. Compreendeu?"

Ela assentiu com a cabeça, os olhos cheios de lágrimas. "Entendi."

Pisquei para ela, puxei o capuz sobre o rosto, e comecei a atravessar o quintal atrás de Luke.

"Espere!" Ela gritou, me fazendo parar.

Virei-me num instante e olhei para ela.

Ela correu até mim, deu-me um beijo rápido nos lábios... bem, o melhor que podia com uma máscara cobrindo meu rosto, e começou a correr de volta para O'Keefe, que estava saindo de seu carro.

"Fique seguro!" Ela ordenou por cima do ombro.

"Fique seguro garotão!" Downy zombou, imitando a voz de Blake tão bem que olhei para ele com surpresa.

Ele riu e puxou sua própria máscara para baixo enquanto seguíamos em direção a casa.

"Tudo certo," disse Luke. "Downy você leva a sua equipe pelos fundos. O quarto do avô. Meu time irá tomar a frente."

Fui com Luke, desde que eu estava em sua equipe, e cobri suas costas à medida que nos movíamos rapidamente nos degraus da frente.

A primeira coisa que vi foi a porta da frente aberta.

Minha barriga gelou enquanto Luke a abria um pouco mais.

A porta se abriu no misterioso silêncio da sala, sem fazer um único som.

Foi quando vi o sangue.

E muito sangue.

Luke foi o primeiro a entrar, caindo sobre um joelho no segundo que passou pela porta.

Nico saiu na frente, limpando o quarto, seguido logo por mim, cuidando das suas costas.

"Limpo."

"Limpo."

Luke e Downy disseram ao mesmo tempo, permitindo que ambos se movessem.

Meus olhos foram atraídos para a trilha de sangue, uma mancha que se estendia da porta da frente para a cozinha, e em seguida, ainda mais para a garagem.

Sinalizei para Luke, que rapidamente concordou, permitindo-me liderar o caminho para a garagem.

Eu nunca soube o que me chocou mais.

O fato de que, o homem que pensei que tinha o seu sangue derramado no chão da sala estava realmente em pé batendo duramente em Quentin Ortiz, ou o fato de que Ortiz estava sentado em um banquinho, amarrado com fita adesiva, sendo espancado e tendo seu sangue negro espalhado por um homem com 89 anos de idade.

"Puta merda," suspirei, abaixando minha arma assim que verifiquei o local.

"Ei!" Vovô Rhodes cantou. "Peguei esse garotinho aqui invadindo minha casa. Só estou me divertindo um pouco com ele."

A voz do velho soou frágil ao dizer isso, mas seus movimentos enquanto continuava a bater em Ortiz não eram nada fracos.

"Ummm," disse Luke. "Claro."

Olhei para baixo, observando a poça d’agua debaixo do banquinho onde Ortiz estava preso, em seguida, não pude evitar a pequena risada que borbulhou em minha garganta.

"Eu só... eu só... o que diabos está acontecendo?" Downy perguntou espantado, assim como nós com aquilo que ele estava vendo.

Eu bufei. "Agora você pode ver porque dei uma multa ao bode velho? Ele é fodidamente louco... e durão como seu filho."

O velho riu. "Onde você acha que aquele menino aprendeu suas habilidades, seu touro estúpido?"

Ele fez essa pergunta enquanto dava um murro no estômago, seguido por um soco rápido na mandíbula.

"Hum, Sr. Rhodes, você se importa se o tirássemos de suas mãos?" Downy finalmente perguntou.

"Oh! Certo! Apenas deixe-me," ele acertou dois últimos socos. Um na virilha, e um direto no pomo de Adão do homem. "Tudo bem, tudo acabado, meus meninos."

Ele deu um passo para trás, pegou a bengala que estava inclinada contra o projeto de Mustang e mancou lentamente para fora da sala.

Nós o observamos partir, atordoados e em silêncio, perguntando-nos se tínhamos visto o que nós pensamos que tínhamos visto.

"Você... eu sou... filho da puta. Quero ser ele quando crescer,” Michael respirou.

Sorri então, tão feliz que o velho filho da puta estava bem que mal conseguia ver direito.

"Aqui é o oficial Spurlock, número de distintivo 654," falei em meu microfone. "A cena está limpa. Vamos precisar de uma ambulância.”


***

"Olhe para suas pobres mãos!" Blake gritou para seu avô pela quinta vez.

Tivemos o avô Rhodes liberado pela equipe médica, então o levamos de volta à sua casa... embora Blake se recusou a deixá-lo em casa sozinho.

"Ouça menina. Estou bem. Tenho oitenta e nove, e não vinte. Sei cuidar de mim. Entre no seu carro e vá para casa. Agora," o bode velho grunhiu, praticamente empurrando sua neta porta à fora, em seguida, batendo-a no eu rosto.

O bloqueio deslizou na fechadura e o sinal sonoro do alarme soou rapidamente após isso. Seguido pelos lentos passos arrastados dele se afastando.

"Eu... o que diabos?" Blake suspirou, balançando a cabeça, virando-se e pisando forte em direção a minha camionete. "O que você está esperando, o Natal?"

Ela jogou aquela singela declaração por cima do ombro, fazendo-me querer rir.

Consegui me segurar, no entanto, seguindo-a até a camionete, observando o balançar da sua bunda enquanto a seguia.

Ela estava no banco do passageiro com a porta fechada antes mesmo que eu chegasse até ela, rosnei em frustração antes de entrar no lado do motorista e ligar a camionete.

"Ele vai ficar bem," falei suavemente.

Ela bufou. "Sei disso. O bode velho é muito persistente para morrer. Eu o amo, mas às vezes ele é tão teimoso e cabeça-dura."

Joguei-lhe um olhar, e reprimi a vontade de rir mais uma vez. "E você não é?"

Ela balançou a cabeça com veemência. "Absolutamente não. Sou fodidamente perfeita."

Dirigi os três quarteirões até o prédio do apartamento e estacionei em um lugar na frente da entrada, desligando o motor no momento que estava próximo a calçada.

"Você sabe..." ela hesitou, olhando para mim. "Não há mais razão para que eu fique com você. Estou segura agora. Você pegou os caras maus. Você provavelmente poderia me levar para casa... se você quiser."

Ignorei sua declaração idiota, e em vez disso saí, batendo a porta atrás de mim.

Já estava a meio caminho dos degraus do meu apartamento quando seu grunhido indignado de frustração me seguiu até as escadas.

"Você é um teimoso..." ela subiu os degraus, bufando todo o caminho. "Exasperante, estúpido, irritante... você apenas bateu a porta no meu rosto!"

Tive que rir quando ela abriu a porta.

"Bem-vindo, bem-vindo," o pássaro cantou. "Molder, seu cabeça de pinto."

Eu mencionei que seu pássaro era irritante?

E um dedo-duro?

Eu tinha entrado no quarto depois de colocar o cão para fora, e estava na cama removendo a prótese quando ela finalmente entrou, Molder em seus braços.

Ela olhou para mim quando deixou a besta no banheiro e fechou a porta atrás dele.

"Você sabe qual é o seu problema?" Ela perguntou, arrancando a camisa de seu corpo.

Seus peitos saltaram em seu sutiã com a força, e meus olhos imediatamente se concentraram neles.

"Hmm?" Perguntei, lambendo meus lábios com a visão.

Jesus, controle-se, Spurlock! Mantenha a cabeça no jogo!

"Qual é o meu problema?" Perguntei.

Ela estreitou os olhos para mim quando finalmente me dei ao trabalho de olhar para cima.

"Seu problema," disse ela, descendo o jeans pelos quadris. "É que você nunca me leva a sério. Digo-lhe algo, e isso entra por um ouvido e sai pelo outro. Isso é algo que terei que lidar pelo resto da minha vida? Porque, acho que não consigo lidar mais com homens mudos."

Meu coração parou, e depois começou a bater em dobro.

"Você quer passar o resto da sua vida comigo?" Perguntei, esclarecendo.

"Lá vai você sendo idiota de novo," ela retrucou, puxando o sutiã sobre sua cabeça e jogando-o no chão.

Seus seios saltaram, e o dia... a luta ... tudo, voou pela maldita janela.

Tudo o que sabia era que eu a estava levando.

Agora mesmo porra.

Inclinei-me para frente, passei as mãos em torno da sua cintura, e praticamente rasguei sua calcinha.

Então, inclinei-me para trás na cama, puxei-a até que ela estava montada no meu rosto, e comecei a festa em sua vagina.

Instantaneamente, ela estava molhada para mim. Tão molhada que ela estava praticamente derramando sua essência em minha boca.

"Mmmm," rosnei contra seus lábios inferiores.

Eu podia sentir minha barba ficar molhada com sua excitação, e sacudi meu queixo para cavar minha língua profundamente dentro dela.

"Oh, meu Deus," ela exalou, suas coxas apertando minha cabeça enquanto eu a comia.

Suas mãos foram para o meu cabelo, quando ela começou a balançar no meu rosto, trabalhando em um ritmo que a faria rapidamente alcançar seu orgasmo.

Antes que ela pudesse ir muito longe, porém, mudei rapidamente nossas posições, jogando-a de costas sobre a cama e puxando-a para baixo em um movimento rápido.

Bruscamente puxei meu pau para fora da cueca, alinhei-a com sua entrada, e empurrei dentro dela.

Comecei a me mover, achando o fato de estar de pé sobre uma perna a menor das minhas preocupações, quando sua boceta me levou até o punho.

A forma como sua buceta rodeava meu pau era como uma mágica. Vagina mágica que realmente tinha todo o poder no mundo.

Algo que poderia me deixar de joelhos facilmente se eu deixasse. E garoto, eu deixei.

"Foster," ela sussurrou, empurrando seus quadris para cima.

Não querendo que ela tivesse qualquer influência ou controle da situação, me movi até que apenas metade de suas costas estava na cama, e o resto apoiado na parte superior do meu corpo.

Porém, não consegui me equilibrar, e caí para trás.

Blake soltou um pequeno grito caindo junto comigo da cama, nós dois pousando no chão em um monte.

Meu pau, no entanto, estava seguro.

"Da próxima vez, não tire essa coisa se você planeja fazer tudo o que quer comigo, certo?" Ela perguntou, se enroscando em mim até que estava montando meus quadris.

Segurei meu pau pela base e apontei em linha reta para cima, gemendo incoerentemente quando ela afundou. Sua buceta mágica se apoderando de mim mais uma vez.

"Sim, senhora," consegui dizer, obrigando-a a se mover mais rápido, colocando minhas duas mãos em seus quadris.

Ela riu, mas obedeceu ao meu pedido, montando-me rápido e duro.

O orgasmo que senti pressionando minhas bolas mais cedo começando a ferver mais uma vez.

"Brinque com você mesma," ordenei, observando enquanto ela fazia.

Sua mão foi para baixo, tocando a base do meu pau enquanto ela se movia, reunindo sua excitação.

Em seguida, ela arrastou os dedos até o clitóris, e começou a fazer círculos frenéticos e rápidos.

"Sim," ela falou, jogando a cabeça para trás.

Apertei os olhos com força, os músculos em minha barriga tencionando quando ela começou a se contrair em torno mim.

Então ela soltou um grito estrangulado e desceu sua buceta em mim. Com força.

"Oh, droga. Sua buceta. Ugh," rosnei, curvando-me até ficar sentado.

Ela riu sem fôlego quando comecei a bater ela sobre mim, a respiração falhando em nós dois quando finalmente gozei, cortando o nosso suprimento de ar, quando bati minha boca sobre a dela.

Meu gozo saltou do meu pau em uma velocidade alarmante, jorrando em sua buceta apertada com tanta força que pensei que tinha arrancado minha espinha junto.

Depois que os nossos movimentos se tornaram menos frenéticos, ela soltou sua boca da minha, e me olhou nos olhos enquanto dizia, "Vê? Idiota."

Inclinei-me para frente e mordi seus lábios com os dentes.

"Sim, sim," eu disse, batendo no traseiro dela, apertando-a com força. "No entanto, não vejo você reclamando."

Ela me olhou furiosa. "Ainda. Você não me vê reclamando, ainda.”


CAPÍTULO 27


O mamífero mais mortal do planeta é uma mulher silenciosa, sorrindo.

-Nota para si mesmo


Blake


Um mês depois


"O que é isso?" Perguntei a Foster com um sorriso.

Ele empurrou a caixa para perto de mim até que ela tocou a ponta dos meus joelhos. "Basta abri-la."

Estreitei meus olhos para ele, depois olhei a sala, vendo a família dele ao redor, e sorri.

Era um sorriso genuíno.

Nenhum dos falsos que estive tentando passar como reais.

Tudo estava acabado.

As pessoas envolvidas no tiroteio do meu pai foram capturadas, e eu estava livre para viver minha vida.

Embora não me sentisse necessariamente livre ainda, porque não se passou um dia que eu não quis contar algo ao meu pai.

"Basta abrir. Prometo que você vai gostar," disse ele, exasperado.

Agarrando a faca que ele estava segurando para mim, cortei a fita ao meio e lentamente abri a caixa.

O que quer que estivesse nela foi embrulhado em papel de seda rosa quente, tornando impossível ver o que estava dentro.

De pé, inclinei-me sobre a caixa enorme e desembrulhei o papel.

A primeira coisa que vi foi o emblema do Texas State Trooper29 na frente do tecido azul.

Olhando para Foster bruscamente, afundei a mão na caixa e tirei o que parecia ser um cobertor.

Puxei, porém, pela borda, e o tecido começou a desdobrar-se, revelando a beleza interior.

"Ohh," suspirei, as lágrimas imediatamente inundando meus olhos quando terminei de tirar. "Oh, meu Deus, Foster."

Virando-me para ele com lágrimas nos olhos, me joguei em cima dele.

"É lindo," declarei em voz alta através do meu choro.

A mãe de Foster tomou o tecido das minhas mãos e segurou uma das extremidade para Miller.

"Aqui, querido. Segure assim para que ela possa ver.”

Virei-me com um soluço preso na garganta. "Oh, Foster."

Era uma colcha de grandes proporções.

King size, provavelmente, e foi feita de camisetas. Todas elas do meu pai.

Uniformes, suas camisas favoritas, mesmo o que parecia ser pedaços de seu colete à prova de balas.

"Oh," eu chorei. "Deus, é tão bonito."

Posso ter sido um pouco emocional, mas foi o melhor presente que já recebi.

Caminhei para frente, arrastando minha mão pelo quadrado costurado diretamente no meio.

Era o uniforme do meu pai. Aquele que vi nele todos dos dias por toda a minha vida.

O remendo acima do coração declarando-o um Texas State Trooper era absolutamente impressionante.

Depois, havia a camiseta que compramos no Sea World quando eu tinha quinze anos, e um golfinho o pulverizou com a boca cheia de água.

Ou a de Destin, Flórida, onde o fiz comprar uma camiseta pintada com uma tartaruga.

Essa tinha sido uma das minhas favoritas.

Meu pai sempre foi um cara muito divertido. Não se importando com o pensavam dele. Ele só se preocupava se sua filha estava feliz.

Então cheguei à última.

A que ele vestia quando o vi pela última vez.

Era uma camiseta simples preta desbotada, mas que significava o mundo para mim.

Chorei no ombro do meu pai, ele me abraçou e disse que me amava.

Isso ficaria para sempre em minhas memórias. Especialmente agora que Foster tinha me dado uma linda lembrança dele.

Virei-me, mas ele não estava onde esperei que estivesse.

Em vez disso, estava no chão, de joelhos.

Ele estava com uma pequena caixa de veludo na mão, e estava olhando para mim com olhos emocionados.

Ele ainda não tinha retirado seu uniforme, suas roupas ainda estavam manchadas de sujeira e detritos do que, eu poderia assumir, fosse de uma briga, mas nunca teria coragem de perguntar por que sinceramente não queria saber.

Contanto que ele voltasse para casa, à noite, eu não perguntaria. Era melhor não saber.

Se ele quisesse falar sobre isso, era uma história diferente.

Eu sempre escutava. Por ele, eu faria qualquer coisa.

"Meus olhos estão aqui em cima, querida," Foster brincou, puxando meus olhos do chão para seu rosto.

Sorri. "Sim, eu sei. Estava aqui debatendo se queria saber ou não o que você fez para ficar tão sujo."

Ele piscou. "Um mal-entendido."

"O que você tem aí?" Perguntei, com um sorriso enorme no rosto.

Ele a abriu, e minha respiração ficou presa.

"É rosa!" Eu disse, rindo.

Ele sorriu. "Sim, eu sei. Procurei por aqui e por ali, e acho que acertei.”

Eu estava praticamente pulando em meus pés neste momento, tão feliz que mal podia conter o grito de excitação.

"Bem?" Perguntei, quando ele demorou muito para fazer a pergunta.

"Não me apresse, mulher. Estou tentando te pedir para casar comigo. Só tenho que descobrir o que estava planejando dizer,” retrucou.

"Sim!" Eu disse exuberantemente. "Sim! Vamos fazer isso agora!"

Ele franziu o cenho para mim. "Eu tinha tudo planejado."

Fechei a boca, os olhos arregalados enquanto esperava que ele continuasse.

Ele suspirou e ficou de pé. "Não há nenhuma razão para fazer isso agora. Coloque-o."

Agarrei a caixa das mãos dele, pegando o anel rosa brilhante.

Não era o anel de noivado normal, mas o homem me conhecia como a palma da sua mão.

Ele sabia que eu não gostava de joias. Então ele escolheu me dar algo que sabia que eu gostaria.

Mostrei a ele algumas coisas de brincadeira quando vi em um site, mas ele tinha levado a sério, e lembrava cada palavra que falei.

"Você se lembrou," sussurrei, encaixando o anel de borracha no meu dedo. "Ele se encaixa perfeitamente."

Ele piscou. "Eu escuto... às vezes."

"Isso não é feito para halterofilistas ou algo assim?" Mercy perguntou enquanto se aproximava de nós para olhar o anel.

Estendi minha mão para ela. "Sim é. Mas é mais para uma pessoa ativa. Posso não ser tão ativa quanto costumava ser, mas seria perfeito se eu decidisse ser a versão feminina de Arnold Schwarzenegger."

Foster engasgou com a cerveja que tinha acabado de colocar na boca. "Você não vai se tornar a versão feminina dele. Vou te deixar se você fizer. Não há nenhuma maneira disso acontecer! Eu estava apenas provocando! Nunca conseguiria dormir com alguém assim. Eu ficaria com muito medo de você aparecer com um pau maior do que meu."

A mãe de Foster levantou a mão para tentar contornar a situação, mas mudou de alvo com a próxima coisa que saiu da boca de Miller, batendo diretamente na sua cabeça.

"Isso não seria difícil de acontecer," Miller riu enquanto se desviava do golpe.

Foster pisou com sua lâmina nos dedos do pé de Miller, fazendo-o gritar. "Droga! Eu sabia que quando você fez isso no outro dia não foi um acidente! Essa coisa de pé dói!”

Sloan me envolveu em seus braços. "Bem-vinda à família, querida!"

Eu a abracei de volta. "Obrigada."

"Ainda não a ouvi dizer sim. Você já ouviu um sim, pai?" Miller perguntou em voz alta.

Foster olhou, e eu sorri.

"Ainda não ouvi um sim definitivo," Micah confirmou.

Sorri e caminhei até Foster, jogando meus braços ao redor de seus ombros. "Você precisa mesmo ouvir um sim? Direi a você se você quiser."

Ele envolveu os braços em torno da minha cintura, me puxando, até que encostei meu peito no seu tórax. "Acho que o que você quer é o meu corpo."

Meu rosto ficou profundamente vermelho, e eu o belisquei no ombro. "Cale-se!"

Ele sorriu maliciosamente e me girou em um círculo. "Agora," disse ele. "O que você está fazendo para mim no jantar, mulher?"

Eu estava prestes a responder quando o telefone tocou.

Foster me interrompeu para atender e voltei a admirar a colcha que ele tinha me dado.

Era realmente incrível.

E eu a amaria para sempre.

"Umm, com certeza. Espere um momento," disse Foster estranhamente, fazendo com que eu olhasse para cima. "É para você."

Ele segurou o telefone para mim, com cautela, eu o peguei.

"Alô?" Respondi.

"Umm, oi. É.... você não me conhece. Mas sei quem é. E gostaria de conhecê-la pessoalmente," disse a voz hesitante de uma mulher em um tom baixo.

Capitulo 28


Tome uma profunda respiração,

Está em casa agora...

- Copo de Café


Foster


Andei atrás de Blake, hesitante em deixar isso acontecer.

Eu sabia que era tudo muito inocente, mas não queria que ela ficasse assustada.

Depois de fazer uma pequena pesquisa, descobri o que a mulher ao telefone queria, e se eu estava certo, ia fazer Blake chorar. E eu odiava vê-la chorar!

Mas eu sabia que ela iria querer fazê-lo, pelo menos a longo prazo. Então, não disse o que e com quem ela estaria se encontrando.

"Você acha que são eles?" Blake sussurrou ao meu lado.

Segui a direção que ela apontava, onde uma jovem muito bonita e um garotinho brincavam no canto.

"Ela disse que se sentaria no canto e que estaria vestida de vermelho. Acho que é ela. O garotinho que disse que viria com ela está lá também."

“É ela, querida. Vá até lá e fale com ela,” insisti, dando-lhe um leve empurrão nas costas.

Ela me olhou com os olhos arregalados, mas, no entanto, começou a caminhar em direção à mesa.

Selene Reynolds nos viu quando estávamos há três mesas de distância.

Seu sorriso deslumbrante nos mostrou o quão feliz ela estava por termos vindo.

"Blake... Blake Rhodes?" Selene perguntou esperançosamente.

Blake assentiu com a cabeça.

"Sim, sou eu. Muito prazer!" Ela disse educadamente, oferecendo a mão para Selene.

Selene sorriu. "E este... este é o seu namorado de quem me falou?"

Blake sorriu lindamente para mim, me deslumbrando com seu brilho. "Na verdade," ela disse. "Há dois dias, ele é meu noivo."

Selene sorriu.

"Isso é maravilhoso! Parabéns! Senta, senta,” Ela exigiu.

Sentamos nas cadeiras em frente ela e seu filho, nos acomodando até ficarmos à vontade.

O que significava Blake debaixo do meu ombro, e sua mão descansando na minha coxa.

Nos tocando do ombro ao joelho, como gostamos de fazer.

Conversamos por um tempo, mas não demorou muito para eu perceber que Blake estava ficando ansiosa. Extremamente.

Ela nunca foi boa em esperar.

E agora, com o pé batendo em cima do meu, eu sabia que ela estava perto de seu limite.

"Selene," eu disse, interrompendo a sua pergunta sobre o que queríamos comer. "Se você não se importa, pode dizer a Blake porque ligou? Não sei quanto tempo mais ela pode conter a sua curiosidade."

Blake me lançou um olhar acusador, mas Selene apenas concordou com a cabeça.

Voltando seu olhar para Blake, ela começou a falar.

"Acho que você realmente não percebe o que você fez por mim," Selene sussurrou, olhando para o filho com todo o seu amor nos olhos. "Mas eu tinha que lhe dizer. Precisava lhe agradecer."

"Obrigada, por quê?" Blake perguntou confusa.

Apertei meu braço em volta de seus ombros quando Selene continuou.

"Alguns meses atrás liguei para o 911 porque meu filho estava tendo uma convulsão. E você logo enviou os médicos para nós. Você conversou comigo, acalmou-me o suficiente para que eu mantivesse minha mente sob controle,” ela sussurrou.

Blake olhou para o garotinho e sorriu. "Lembro-me disso. Sempre me perguntava como ele estaria.”

Ela assentiu. "Bem, ele realmente não estava bem. Ele nasceu com uma doença onde seus rins não funcionavam direito. Nos últimos anos, usamos todos os tipos de medicamentos em uma tentativa em vão de ajudá-lo, mas um tempo depois ele teve uma recaída, e de repente estava com insuficiência renal. Ele foi colocado em uma lista de espera de doadores, mas nunca pensamos que ficaria tão ruim... mas ele ficou."

A mulher sorriu para o filho quando ele a interrompeu, segurando sua página para ela ver.

"É lindo, querido. Tão bonito Holden. Você desenha mais um, por favor?" Selene disse ao filho.

Holden assentiu com a cabeça e obedientemente começou a trabalhar na sua nova criação.

Selene esperou um momento, olhando para seu filho com tanto amor que fez meu coração doer.

Finalmente, ela tirou os olhos do filho, voltando a olhar para nós, antes de se concentrar em Blake novamente.

"Então, há mais ou menos um mês atrás, recebi um telefonema no meio da noite." Uma lágrima solitária escorregou pela bochecha de Selene. "Eles disseram," sua voz falhou. "Disseram que tinham um doador para Holden, e que eu precisava levá-lo ao hospital dentro de uma hora."

Ela respirou fundo antes de continuar.

A mão de Blake apertou a minha.

Meu palpite era que ela sabia o que estava vindo, e se preparando para ouvir.

"Cheguei com ele lá em vinte minutos. Corri até o balcão, praticamente o empurrei para a enfermeira e lhe pedi para se apressar,” ela fungou. "Não foi até muito, muito mais tarde... cerca de quatro horas com Holden em cirurgia, que ouvi como ele veio a receber o rim."

Seus olhos se fecharam, e em suas palavras praticamente se podia ouvir a sua dor quando ela disse, "Foi de um policial que esteve em um tiroteio. Ele tinha sido o único a dar ao meu bebê outra chance na vida.”

A respiração de Blake falhou quando ela começou a chorar, e a puxei para o meu peito, beijando sua têmpora enquanto ela chorava.

Mas eram lágrimas de felicidade. Isso eu podia dizer.

“Ele está... ele está vivo por causa do meu pai?" Blake sussurrou.

Selene assentiu com a cabeça. "Sim. Sim ele está. E saudável mais uma vez. Algo que apenas sonhei.”


* * *


"Acha que minha mãe iria querer saber disso?" Blake me perguntou calmamente quando estávamos dirigindo para casa uma hora mais tarde.

Olhei de relance para ela, e peguei sua mão antes de responder.

"Acho que ela gostaria. Sim, acho que você deveria dizer a ela."

A mãe de Blake era um ponto de discórdia entre nós.

Blake realmente não queria muito contato com a mãe desde que ela tratou Lou tão mal antes de morrer, mas senti que ela tinha sofrido o bastante.

Ninguém saberia se eles teriam sido capazes de resolver isso, porque o destino interveio e mudou o rumo de suas vidas.

"Tudo bem," ela concordou. "Vou ligar para ela amanhã."

"Bom," disse, olhando para ela novamente tentando avaliar seu humor antes de passar para o próximo tópico. "Você ouviu falar de David?"

Ela piscou e se virou para mim, a luz vermelha do semáforo formando sombras avermelhadas no seu rosto.

"Não," ela disse apertando o nariz. "O que tem sobre ele?"

Virei-me para frente quando a luz ficou verde e acelerei através do cruzamento.

"Ele está deixando o emprego, em duas semanas a partir de segunda. Arrumou um trabalho no norte, ou em algum lugar assim,” informei-a.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos; por tanto tempo, na verdade, que achei que ela não ia dizer nada. Mas ela me surpreendeu.

"Nunca mais vou gostar dele novamente... mas isso não significa que quero que ele tenha uma vida horrível." Percebi ela sacudindo a cabeça pelo canto do meu olho. "Mas estou feliz com sua partida. Ele tem muitos fantasmas nesta cidade."

Concordei.

"Então... amanhã quero começar a procurar casas," eu disse, lançando lhe um olhar.

Ela fez uma careta. "Nós temos uma casa. A minha."

Suspirei. "Sua casa funciona por agora, mas quero mais espaço. Quero ter bebês e construir fortes em árvores. E seu quintal é do tamanho de um selo postal. Você não gostaria que Molder tivesse um quintal maior para brincar?"

Sabia que isso funcionaria. Ela amava o infernal Molder. Mesmo que ele tenha comido minhas botas... e as paredes.

"Tudo bem," ela disse quase teimosamente. "Mas quero um forno."

Bufei. "Como se eu não fosse concordar com isso. Acho que quando você está coberta de lama, é muito atraente e sedutora."

Ela colocou a língua para fora. "Já disse que sim."

"Foi isso o que pensei." Ela resmungou com o meu comentário.

Felizmente tínhamos acabado de chegar à sua casa, onde estávamos ficamos agora.

Caso contrário teria que suportar o tratamento do silêncio. Novamente.

Não que ela fosse muito boa nisso.

Assim que entramos na casa, ela foi direto para o quarto onde havia deixado Molder, e imediatamente o deixou sair para fazer xixi.

Então o alimentei, tranquei as portas e caminhei de volta para nosso quarto.

Tirei a camisa e comecei a sentar-me para retirar minha prótese, quando meus olhos viram Blake no espelho.

Virei meu corpo completamente para ter certeza se o que via era real, e ofeguei em horror.

"Por favor, pelo amor de tudo que é sagrado, me diga você não está usando meu barbeador," perguntei a ela com rigidez.

Ela tirou os olhos da sua vagina que estava raspando e sorriu. "É sim. O seu é muito melhor do que o meu."

Pisquei surpreso, espantado que ela me respondeu com sinceridade.

"Você sabe que é minha lâmina... e ainda assim você continua a usá-la," esclareci.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim."

Nenhum remorso na mulher.

"Você percebe," eu disse, ficando em pé para entrar no chuveiro. "Que essa lâmina toca meu rosto, certo?"

"Mmmm hmm," ela concordou, voltando ao barbear.

"Você já usou antes?" Perguntei-me lentamente.

Ela assentiu com a cabeça. "Toda vez que faço depilação."

Minha boca abriu em choque. Choque absoluto que esta mulher... esta louca, exasperante mulher, usava minha lâmina. A mesma que passo no rosto todas as manhã quando aparo a barba para trabalhar.

"E você percebe que essa coisa toca meu rosto... certo?" Perguntei pela segunda vez.

Ela assentiu novamente sem se preocupar em responder.

Inclinei-me para trás e liguei o chuveiro, me assustando com o grito assustador dela, que poderia perfurar um tímpano.

"O que foi isso?" Ela balbuciou, enquanto a água gelada do chuveiro caía sobre ela.

Seus mamilos endureceram, e mais uma vez, como sempre, meus olhos se concentraram naqueles pequenos botões.

"Fique longe de mim, seu sapo excitado," ela sibilou quando percebeu onde meu olhar estava fixado.

"E se eu não ficar?" Provoquei, permanecendo sentado com minha prótese no balcão ao meu lado.

Ela saiu, deixando o chuveiro ligado, enrolando a toalha no peito, cobrindo tudo o que eu amava, em um movimento fluido.

"Oh," ela brincou, saindo. "Tenho certeza que vou encontrar um jeito de fugir de você."

Cautelosamente, olhei ao redor, tentando descobrir o que ela faria comigo desta vez, mas não consegui encontrar nada de errado.

Descendo do balcão, fiquei de pé, foi então que percebi que minha muleta, bem como minha bengala, não estavam onde as deixei na noite anterior.

"Ei querida," falei atrás dela. "Você viu minha muleta?"

Ela riu.

A cadela riu.

"Oh, você quer dizer estas?" Ela perguntou, apontando com a cabeça.

Então levantou as mãos, mostrando-me a muleta e a bengala, bem como minha prótese.

Olhei para ela. "Me devolva, sua louca.”

Ela deu uma risadinha. "E o que eu ganho se obedecer, óh senhor e mestre?"

Comecei a saltar em direção a ela, fazendo com se afastasse e começasse a rir novamente.

Cheguei até a porta e a vi deitada na cama, enxugando as lágrimas.

"Do que está rindo, sua ladrazinha?" Perguntei, pulando mais um pouco.

No momento em que toquei na cama, ela começou a se levantar, mas peguei seu tornozelo e a puxei para trás.

"Eeeek!" Ela gritou. "Deixe-me ir."

Prendendo-a na cama, falei, "Não. Agora me diga do que está rindo."

Ela soltou mais algumas risadinhas, antes de finalmente responder, "Seu pau."

Pressionei minha ereção em seu quadril, deixando-a sentir a dureza dele.

Algo que era um constante ponto de discórdia entre meu pau e eu.

Tudo o que a mulher tinha que fazer às vezes era caminhar pelo quarto, e ele já estava pronto para saltar sobre ela.

"Meu pau te faz rir?" Perguntei.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim, você veio pulando até aqui e só consegui ficar focada na maneira como seu pau balançou para cima e para baixo."

Belisquei a bunda dela e a virei de bruços. Então, pressionei a ponta do meu pau contra sua entrada comecei a deslizar para dentro.

"Então... quem está rindo agora?"

Ela parou de rir. "Eu não. Absolutamente, 100%, que eu não," ela disse, levantando a bunda dela de encontro a mim e escorreguei mais para dentro.

"Penso que não."


Epílogo


Divirta-se. Esteja a salvo. Venha para casa.

-Chaveiro


Blake

6 meses depois


"Vamos, não tenho o dia todo," vovô resmungou, fazendo o possível para não sorrir.

Balancei minha saia mais uma vez, fazendo um círculo ao redor e fiz uma careta.

Eu parecia uma baleia encalhada.

Aos cinco meses de gravidez, não havia muita coisa que uma garota poderia fazer para esconder o fato.

E não fui abençoada com uma daquelas barrigas pequenas, também.

E sim com uma grande. Uma que não conseguia esconder de maneira alguma.

"Você está grávida. Sim. Você não precisa ficar olhando para ela." Vovô acrescenta para piorar.

Mostrei minha língua para ele e, finalmente caminhei para a porta que dava para a capela.

"Pronto, Freddy," brinquei com ele.

Ele estreitou os olhos para mim, me parando antes que eu abrisse a porta.

"Você sabe que o seu pai sempre teve muito orgulho de você, certo?" Ele perguntou, tocando meu rosto com as pontas de seus dedos.

Sorri para ele, colocando minha mão sobre a dele.

"Sim, vovô. Eu sei,” sussurrei, uma lágrima solitária ameaçando derramar.

Ele inclinou-se para frente e beijou meu nariz antes de voltar para a porta e a abrir.

A porta bateu contra o lado da parede, anunciando efetivamente nossa entrada, assim como a música que começou a soar em toda a igreja.

Em vez de esperar a música chegar ao ponto certo, ele começou a me puxar pelo corredor tão rápido quanto seus joelhos artríticos permitiam.

"Você sabe, certo, que terá que passar o resto de sua vida com ele?" Vovô perguntou quando estávamos na metade do caminho até o altar.

Eu sorri. "Sim, eu sei disso."

Passei por Pauline e lhe dei um pequeno aceno antes de ser, mais uma vez, puxada por ele.

"Vamos, não retarde os passos. Seu homem está esperando," ele insistiu.

Olhei para os olhos divertidos de Foster, tão feliz, que mal continha o desejo de correr pelo corredor em direção a ele.

“Vá em frente, você sabe que quer," meu avô disse, dando-me um leve empurrão.

Parei e o puxei para perto de mim. Em seguida, dei-lhe um forte beijo estalado na bochecha. "Obrigada, vovô."

Ele corou. "Vamos logo com isso. Se você não se apressar estará dando à luz na frente de toda esta cidade esquecida por Deus."

Sorri, em seguida, comecei a correr em direção ao homem que fez meus sonhos se tornarem realidade.

Seu “eu” super protetor, é claro, começou a se assustar que eu estava correndo quando deveria tomar cuidado em qualquer coisa que estivesse fazendo.

E correr, definitivamente não era cauteloso o suficiente.

Mas gostei de ver o pânico em seus olhos quando me lancei para ele.

Eu não tinha dúvida que ele me pegaria.

Algo que ele fez sem esforço.

Mesmo tendo que ir mais longe para amortecer o impacto, curvando os ombros para permitir mais espaço para a minha barriga.

Ele me girou uma vez antes de nos virar, comigo em seus braços, para ficarmos de frente ao padre.

Um padre, que gostou da demonstração de afeto, tanto quanto o resto do plateia.

"Então... posso ver que estamos todos animados por estarmos aqui," ele riu.

Assenti com entusiasmo.

"Tudo bem," ele acenou com a cabeça. "Foi-me dito que eu teria que ler este texto antes de começar. Então aqui vai.”

"Minha filha e ao homem que segura seu coração, entreguei esta nota ao seu tio para o caso de algo acontecer comigo.

Ele deveria entregar ao pregador no dia em que você se casasse. Suponho apenas que ele seguiu as instruções, porque se você está ouvindo esta nota lida em voz alta, isso significa que já não sou mais deste mundo. E Darren sempre foi um idiota que se recusou a seguir ordens.”

A multidão riu, e com meus olhos, agora molhados, virei-me para meu tio Darren.

Ele sorriu para mim com carinho, acenando com a cabeça, encorajando-me a ouvir.

"O dia em que você nasceu foi o dia mais feliz da minha vida. Nunca pensei que teria algo tão precioso que foi feito por mim. Claro, tinha a mão de sua mãe, também. No entanto, eu sabia que, no momento em que você nasceu, você seria minha menina. Eu te ensinaria tudo o que você precisaria saber para ter sucesso na vida. Moldá-la-ia para ser uma pessoa perfeita que iria fazer algum homem extremamente feliz um dia.”

“E eu fiz. E sei que o homem que está seu lado está extremamente feliz. Na verdade, se ele tem qualquer cérebro em sua cabeça, está agradecendo ao bom Deus o que lhe foi dado."

Os braços de Foster me apertaram com força. "Ele tem razão. Estou fodidamente extasiado por ter você. E sempre estarei."

"A partir desse dia, você será para sempre desse homem. Haverá dias em que vocês lutarão. Dias em que vocês não poderão suportar a visão um do outro. No entanto, vocês esquecerão, porque vocês se amam. Vocês terão uma briga, e a próxima coisa que você sabe, é que estarão cozinhando o jantar juntos e nenhum de vocês vai se lembrar porquê estavam brigando a vinte minutos atrás.

Uma palavra de conselho ao meu genro, ela vai trazer coisas que aconteceram um ano e meio atrás, em uma briga sobre o que você quer para o jantar. Isso vai acontecer. Confie em mim. Blake é uma merda quando está de mau humor. Mas fique com ela. Ela vale a pena."

Eu sorri, enxugando as lágrimas dos meus olhos, grata por ter usado um rímel impermeável.

"Para minha Blake, espero que você perceba o quanto você significou para mim. Quanto lamento não estar aí para levá-la até o altar. Para te entregar ao homem que sei que cuidará de você pelo o resto de sua vida.

Você é a batida do meu coração, e estou tão orgulhoso de você.

Eu te amo com todo o meu coração, e sempre estarei cuidando de você.

Papai."

Eu soluçava muito quando virei meu rosto no peito de Foster, lamentando mais uma vez pelo homem que perdi, com todo meu coração.

"O padre disse 'merda’," Foster disse em meu cabelo.

Sorri em seu peito antes de inclinar-me para trás e olhar para o homem com quem estava prestes a me casar.

Eu sabia uma coisa com certeza, que eu era uma mulher feliz.

Estava me casando com o homem dos meus sonhos. Estava grávida de seu bebê. Tínhamos uma casa que era bonita, e nós dois tínhamos empregos que amávamos.

Não havia mais nada que eu poderia pedir.


*****


6 meses depois


FOSTER


Entrei no quarto, cansado como o inferno depois de um turno que durou de oito horas para doze.

Eu estava me dirigindo para uma chamada quando o Pager que era forçado a levar em qualquer lugar para convocação da SWAT apitou.

Agora, depois de uma chamada de negociação de reféns que durou quatro horas, eu estava finalmente em casa com a minha família.

Eu não tinha certeza se elas estariam acordadas ou não. A agenda de Beckham ainda era bastante irregular.

Aos dois meses de idade, ela ainda acordava a cada três ou quatro horas como para comer... e isso se ela resolvesse dormir depois

Encontrei minhas duas meninas assistindo TV.

Bem ... Beckham estava em seu balanço, enquanto olhava para a TV.

Blake estava deitada de costas no sofá, o braço levantado sobre a cabeça enquanto dormia.

Ela estava linda, mesmo que ainda estivesse usando as roupas de ontem, e ostentando um mancha branca gigante no peito do que assumir ser baba.

Beckham balbuciou enquanto eu caminhava até ela.

Desligando o botão para parar o balanço, peguei-a e a embalei em meu peito.

Ela cheirava a loção de bebê. A da garrafa roxa que deveria ajudá-la a dormir. No entanto aqui estava a menina, a 01:35 da manhã. Ainda bem acordada enquanto sua mãe dormia no sofá.

Não que eu culpasse Blake.

Ela fazia um excelente trabalho cuidando de Beckham.

Pior ainda, ela voltou a trabalhar esta semana e estava exausta. E foi por isso que percebi a baba vazando pelo canto da sua boca.

Beckham e eu fomos para o quarto dela, onde eu a troquei, li uma história, e a deitei na sua cama.

Ela só ia para sua cama quando eu estava lá para colocá-la nela.

Era a garotinha do papai com certeza.

Ligando o abajur que projetava estrelas no teto do quarto enquanto girava, desliguei a luz e fechei a porta silenciosamente.

Então voltei para a minha outra menina, encontrando-a na mesma posição.

Sorrindo, comecei a tirar minhas coisas, primeiro a arma, depois o distintivo e por último o colete de Kevlar.

Depois minhas botas, calças e a camisa.

Tudo foi empilhado no chão, mas deixei lá para pegar mais tarde.

Meu próximo passo foi me curvar e pegar Blake em meus braços.

Ela estava apenas um pouco mais pesada do que antes, mas para mim, ela ainda era perfeita.

Se posso falar alguma coisa, ela era ainda mais sexy agora, um pouco mais cheinha na bunda e nas coxas.

Seus seios eram maiores, também.

Excepcionalmente.

Isso graças à amamentação. Que era algo muito sério para mim, mas eu nunca admitiria isso.

"Ei," Blake disse sonolenta, virando o rosto no meu peito para beijá-lo. "Senti sua falta."

Sorri enquanto caminhava para o quarto, suspirando quando vi que a cama estava cheia de roupas dobradas.

"Também senti sua falta. Coloquei Beckham na cama," falei a ela antes que tivesse a chance de fazer a pergunta que podia ver em seus olhos.

Colocando-a do meu lado, fui para o lado oposto e fiz uma grande pilha com as roupas, pegando-as em meus braços antes de depositá-las sobre a cômoda.

Aquelas que iríamos arrumar mais tarde, também.

"Como foi o trabalho?" Ela perguntou baixinho quando me sentei na cama e comecei a tirar a minha prótese.

Olhei para ela e vi que tinha se virado para mim, com os olhos pesados de sono.

“Longa. O homem responsável pela chamada que recebemos segurou a mulher refém com uma arma BB. Passamos quatro horas lá porque não havia nenhuma maneira de entrar sem colocar a mulher em perigo. Em seguida, descobrirmos que a arma que tinha sido temida toda a noite era falsa, foi um grande golpe. Desnecessário dizer que não estávamos felizes. Nico perdeu seu jantar de aniversário," falei, colocando tudo no chão antes de cair na cama ao lado dela.

Blake se mexeu no momento em que deitei na cama, se enroscando em meu corpo.

“Fico feliz em saber que foi uma chamada estúpida, se é que foi uma chamada. São os maus que fazem meu coração assustado", ela sussurrou, a voz pesada de sono.

"Sinto muito," eu disse honestamente. "Não queria preocupá-la."

Ela bateu na minha barriga levemente duas vezes em resposta antes de adormecer em mim mais uma vez.

E mais uma vez, fiquei me sentindo tão cheio que mal podia suportar. Cheio de amor por minha esposa. Por minha filha. Por tudo.

Não havia uma única coisa que eu mudaria.

Nada.


*****


3 anos depois


BLAKE


"Mãe," uma voz insistente disse urgentemente. "Eu tenho que fazer xixi!"

Suspirei, fechando os olhos enquanto rezava para que minha filha esquecesse que ela tinha que fazer xixi apenas por mais três minutos enquanto esperávamos que Foster chegasse.

Hoje era o aniversário de trinta e quatro anos de Foster, e eu tinha planejado uma festa incrível.

Neste momento, estávamos esperando que meu tio trouxesse Foster com ele.

Minha filha, no entanto, pensava diferente.

"Vou fazer xixi no tapete do papai, e você sabe como ele não gosta disso," Beckham me repreendeu.

Risadas de outros homens e mulheres na sala me cercaram na escuridão, e tive que reprimir a vontade de rir com o ridículo de tudo.

"Tudo bem," eu disse, pegando a mão de Beckham na minha própria.

"Se você não for ao banheiro, irei bater na sua pequena bunda."

Um risadinha soou no sala, tenho certeza que de alguém achando engraçado o que falei. A ironia de tudo isso era surpreendente.

Foster era a pior pessoa do mundo quando se tratava de castigar, e geralmente era eu que fazia tudo... o que não acontecia com tanta frequência.

Eu odiava quando Beckham chorava, ela tinha o coração mais suave e sensível do mundo. Era difícil para qualquer um repreendê-la, muito menos bater.

"Mamãe," ela disse suavemente. "Eu não consigo ver."

Suspirei e comecei a procurar meu telefone, mas Luke, que estava sentado ao meu lado, abriu o isqueiro e ligou.

Que foi seguido pelo resto dos homens na sala, incluindo o meu avô.

"Obrigada," murmurei.

"Não tem problema, meu bem," disse vovô.

Sorri interiormente, puxando Beckham atrás de mim enquanto caminhávamos para o banheiro, onde era inevitável que perderíamos a entrada de Foster.

"Tudo bem, querida. Apresse-se para não perder o papai," falei apressadamente.

Ela me deu um olhar que dizia claramente ‘não me apresse.’

O mesmo olhar que seu pai usava com bastante frequência.

"Vire-se," disse ela.

Suspirando, sabendo que ela nunca faria se eu não virasse, fiz isso.

Finalmente ela fez, e estava puxando as calças para cima quando decidiu que talvez ela não tivesse terminado completamente.

Bati minha cabeça na porta com um baque suave, sabendo que não faríamos isso a tempo de surpreender Foster.

"Estou fazendo cocô!" Ela cantou, como sempre fazia.

Minha cabeça bateu na porta novamente com uma batida suave.

"Mamãe, você não pode dizer que você é gorda na parte de trás."

Batida.

"E você tem algo colado na sua bunda."

Batida.

"Ele ainda está aí."

Batida.

"Mamãe."

Coloquei minha mão para trás e procurei, imediatamente encontrando o adesivo que disse a Beckham para não brincar, preso na bochecha da minha bunda.

Tirando-o fora, atirei-o nas imediações do lixo, e dei outra cabeçada na porta com um pouco mais de força.

Eu realmente não deveria estar surpresa. Beckham tinha um jeito de fazer as coisas mais simples, muitas vezes difíceis, desafiadoras e demoradas.

Ela era como seu pai, depois de tudo.

“Já acabei," Beckham anunciou em voz alta.

Deu descarga, lavou as mãos, secou-as na toalha pendurada ao lado da pia, e veio para o meu lado. Segurando minha mão, ela disse, "Podemos voltar lá agora."

“Você percebe, que o seu pai provavelmente já está aqui?" Perguntei a minha pequena mini-eu.

Ela franziu o nariz, como se a ideia de que uma festa começaria sem ela, era um conceito estranho que não conseguia entender.

Suspirando, abri a porta.

Extremamente desapontada por encontrar Foster parado lá.

Seu braço encostado na porta acima da cabeça, olhos voltados para mim.

Eu sorri. "Olá."

"Papai! Eu fiz cocô! "Beckham anunciou em voz alta, como só uma criança de três anos poderia fazer.

"Eu ouvi!" Ele riu, parecendo jovial.

Quando saímos do banheiro, ele se inclinou, pegando Beckham em seus braços.

Fiquei espantada, mais uma vez, pela semelhança entre os dois.

Era inevitável Beckham ter cabelo loiro, pois tanto eu como Foster temos.

Mas os cachos ... ela pegou todos do pai dela.

Eles eram pequenos e perfeitos, assim como os dele. E não ficavam arrepiados quando estavam sob o ar úmido do Texas.

Os olhos eram iguais aos meus, no entanto.

"Obrigado," disse Foster, tirando minha atenção do rosto de Beckham para o dele.

Sorri, depois dei de ombros. "Isso é a vida."

Ele sorriu, estendendo a mão para mim.

Apoiei-me em seu braço enquanto caminhávamos, enterrando meu rosto em seu peito musculoso, inalando a mistura de algodão quente e aroma fresco em suas roupas.

"Você não é gorda de qualquer lado," ele disse, me fazendo rir. "E ninguém viu o adesivo em sua bunda. Prometo."

Eu sorri, levantando minha cabeça para que eu pudesse olhar em seus olhos. "Eu te amo, Foster, meu doce amor."

Ele bufou e me guiou de volta para a sala onde a festa estava agora em pleno andamento.

Nossa família toda estava lá.

E era grande.

Toda a família de Foster, assim como a minha. Depois, as famílias dos homens da equipe SWAT de Foster, bem como alguns de seus amigos de sua época na Marinha.

Nossa casa estava cheia de pessoas que amavam Foster.

"Papai, mamãe disse que Louis tem seis semanas de idade hoje," disse Beckham a Foster quando voltávamos à festa.

Os olhos de Foster se iluminaram, e ele se virou para mim com um sorriso. "Sério, hoje? Não percebi que ele fazia seis semanas de vida hoje."

Corei sob o olhar quente de Foster.

Hoje faziam exatamente seis semanas que tive o nosso filho, Louis.

Louis era o oposto de Beckham.

Onde Beckham nasceu em uma cesariana, Louis nasceu de parto natural.

Onde Beckham teve cólica e não queria nada comigo se Foster estivesse por perto, Louis era o garotinho da mamãe.

"Então, dá o presente de aniversário do papai, mamãe?" Foster sussurrou em meu ouvido.

Um sorriso dividiu meu rosto enquanto eu olhava para ele com todo o amor e adoração que sentia por ele refletindo em meus olhos. "Se é isso que você quer, vou dar a você."

Antes que ele pudesse responder, um latido do andar de cima o fez suspirar e entregar Beckham para mim.

"Vou busca-lo," disse ele.

Assenti, levando Beckham para os avós, Micah e Sloan.

“Vocês se importam em ficar um pouco com ela enquanto vou buscar comida?" Perguntei.

Micah foi logo pegando a neta. "Claro. Assim, Beckham pode me mostrar como trabalhar em meu telefone novo. Soa bem, abóbora?"

Revirei os olhos.

Eles estragavam meus filhos.

A razão pela qual ele teve que comprar um novo telefone foi porque tinha dado o seu antigo para Beckham.

Tentei recusar, mas eles insistiram e eu, é claro, não consegui tirar o telefone de Beckham quando ela claramente queria tanto isso.

Tanto faz.

Ela o perderia dentro de um mês de qualquer maneira.

No caminho para a cozinha, passei por Luke, que estava ocupado alimentando Boris com um biscoito.

"Cuidado com os dedos," eu disse, rindo.

Ele bufou. "Aprendi a lição da primeira vez, confie em mim."

Certamente ele aprendeu.

Quase todos fizeram.

Nunca falhava quando eles enfiavam os dedos na gaiola para tocar Boris, e ele se virava e os bicava. Então ele ria, o pequeno bastardo.

Tivemos que trazer uma nova gaiola, que ficasse mais alta para que nenhum dedinho pudesse ficar acidentalmente presos nas barras.

Eu gostava de Boris, mas Deus o ajude se ele machucar um dos bebês de Foster.

"Oh!" Eu disse quando entrei na cozinha. "Obrigada garotas!"

Mercy, Reese, Geórgia, Memphis, e Viddy estavam todas na cozinha arrumando a comida quando cheguei. Fazendo a mesma coisa que fui lá para fazer.

"Nós achamos que você não se importaria com ajuda. As lagostas estão prontas, também. Sua tia resolveu isso antes de ir para a festa," Memphis disse, apontando para as lagostas cozidas dispostas ao longo de todo o balcão.

"Woo!" Eu disse, batendo palmas. "Odeio fazer isso! No entanto, Foster pede por elas todos os anos em seu aniversário, e não consigo descobrir o porquê."

"Porque gosto do jeito que você reclama quando você as cozinha," Foster disse, beijando minha nuca.

Virei-me e sorri para ele. "Você é horrível, você sabe disso?"

Ele piscou.

"Onde está Louis?" Perguntei, percebendo que ele não estava com meu filho que Molder se recusou a deixar sozinho.

Na verdade, Louis e Beckham teriam sempre a proteção de Molder.

Ele amava as crianças, e os tratava como se fossem seus próprios filhotes.

Ele nos avisava quando eles estavam acordados. Deixava-nos saber quando estavam doentes.

"Senhoras," disse Foster, agarrando minha mão e me puxando para o escritório que foi construído fora da cozinha. "Se vocês nos derem licença por alguns minutos."

Assustada, olhei para trás, para os rostos conhecidos.

"Foster!" Reclamei. "O que você está fazendo?"

Ele fechou a porta e trancou-a atrás de si antes de desabotoar as calças, enquanto me empurrava para o sofá no meio da sala.

Ele sorriu quando minhas pernas encontraram o encosto do sofá, e depois soltou uma risada com o meu olhar frenético para ele.

"O que há de errado, querida?" Ele brincou.

Balancei minha cabeça. "Nós não estamos fazendo isso aqui. Não com tantas pessoas em nossa casa."

Ele sorriu. "Ah, sim?"

Quando ele beijou a base do meu pescoço, e fez cócegas com sua barba ao longo da pele sensível, perdi a capacidade de usar palavras complexas.

"Sim," ofeguei, quando ele começou a chupar o lóbulo da minha orelha.

"Não vejo você dizendo não," ele observou, quando começou a levantar minha blusa e o sutiã sobre a minha cabeça.

"Mmmm," eu disse, pensamentos concentrados em como me sentia com suas mãos correndo sobre meus seios.

Ele riu baixinho. "Então você me quer? Aqui? Agora?"

"Mmmm," falei novamente quando ele puxou um mamilo em sua boca e começou a chupar levemente.

Ofeguei, os quadris empurrando em resposta.

"Foda-me," ordenei.

Sua resposta foi me virar, levantar a minha saia, e dobrar-me sobre o sofá.

Com seu pênis alinhado na minha entrada, ele empurrou para dentro com um rosnado baixo.

"Foi o que pensei."

 

 

 

 

 

 

 

 

EM BREVE


Kill Shot


3 de setembro de 2015


Capítulo 1

Irmãos e irmãs podem lutar como se se odiássem, mas eles terão sempre um ao outro. Para ver seu rosto se você disse algo sobre um na audiência do outro.

–Anote

Bennett


"Não posso acreditar que aquele estúpido marcou meu rosto!" Murmuro, me olhando no espelho da sala de exame.

"Seu rosto era muito bonito. Você precisa superar isso,” minha irmã disse, distraidamente, sem sequer se preocupar em olhar para cima da sua revista. Virei-me e olhei para a garota maluca.

"Por que está aqui? Como soube que eu estava aqui tão rápido?" Perguntei com aborrecimento.

Adorava minha irmã mais velha e tudo, mas ela realmente era uma cabeça de merda.

Nós lutamos como cães e gatos, mesmo agora, com os dois bem acima da idade de dezoito anos.

Payton tinha quase trinta e dois, e eu acabei de fazer vinte e cinco. E eu ainda não podia contar o número de vezes que temos atritos a cada semana.

Uma coisa que irrita os nossos pais e Max, marido de Payton, bastante.

Então, novamente, nos divertiamos que não gostassem, provavelmente por que fazemos isso muitas vezes.

"Ei, que tal não fazer isso agora?" Falou Nico, sempre a voz da razão.

Nico era o que eu chamaria de meu melhor amigo, mesmo que às vezes era um pouco retraído.

Ele estava na equipe da SWAT comigo, a razão pela qual eu tinha me juntado a equipe. Estava na equipe por três anos e eu gostava, na maioria das vezes.

Hoje, no entanto, não era um daqueles dias. Hoje foi uma merda total que gostaria de esquecer se possível.

Agora eu tinha arranhões que começavam abaixo da minha orelha e desciam até meu pescoço e clavícula.

"Você provavelmente vai ter raiva, e eles vão ter que colocá-lo como o cão sujo que você é," minha irmã disse amavelmente.

Joguei a compressa sangrenta que estava usando, para conter o fluxo de sangue escorrendo dos cortes para ela, que caiu no meio de seus seios.

"Bennett, seu safado, desgraçado!" Ela sussurrou. Eu maldosamente sorri para ela.

"O que você estava dizendo?"

Ela me mostrou o dedo, pegou o pano pela parte mais limpa entre os dedos e atirou-o para a lixeira.

Só que ela perdeu e ele caiu no pé da enfermeira que tinha acabado de entrar pela porta.

"Hmm," disse a enfermeira, levantando o pé dela e chutando-o em direção ao lixo. "Boa tentativa, pelo menos."

Olhei, mas não disse nada.

A mulher era bonita. O cabelo era castanho ondulado longo e estava preso em um rabo de cavalo alto na cabeça. As mechas loiras no cabelo, assim como a maquiagem e as jóias, praticamente gritavam 'alta manutenção.'

"Qual de vocês é Bennett Alvarez?" Ela perguntou, analisando o local.

Realmente era difícil de saber, eu tinha certeza. Havia cinco pessoas enfiadas no quarto minúsculo, e eu era o único em pé.

Eu estava bastante certo de que ela dificilmente descobriria quem era deveria cuidar, especialmente por que a parte riscada do meu rosto não estava visívil a ela.

“Seria eu," falei, chamando a atenção dela e de toda a força de seu olhar.

Senti como se ela pudesse ver através de mim. Era quase como se ela tivesse me deixado nu nos dez segundos que demorou me olhando.

Então ela ofereceu a mão para mim enquanto caminhava mais perto. "Meu nome é Jane Lennox. Vou costurar você hoje,” ela se apresentou.

Tomei sua mãozinha na minha e balancei duas vezes, para cima e para baixo, antes de soltá-la como se tivesse me queimado. Choque elétrico passou por minha mão no momento em que nossa pele tocou e nossos olhos se arregalaram.

"Você é uma médica?" Perguntei.

Ela balançou a cabeça. "Não, sou um PA, ou médica assistente. Está tudo bem?"

Concordei com a cabeça. "Sim."

Ela tinha idade suficiente para ser o que era? Ela parecia ter vinte e dois no máximo. Essa merda não leva muito tempo para ser concluída?

Ela acenou com a cabeça e então apontou para a cama com a mão.

"Sente-se e deixe-me ver o que está acontecendo." Minha irmã não se preocupou em se mover, por isso, sentei-me sobre ela.

"Puta que pariu Bennett, seu gordo filho da puta," ela rosnou, empurrando minhas costas com os joelhos tentando se libertar.

Os olhos do Lennox estreitaram em Payton. "Se você saísse da cama, então ele não sentaria em você."

Payton estreitou os olhos em Lennox, mas, no entanto, afastou-se da cama e foi para o marido.

Max puxou-a para o colo e prontamente cobriu sua boca com a mão quando ela fez um movimento de dizer alguma coisa.

Quando voltei a olhar para a coisa doce na minha frente, fiquei surpreso ao vê- estudando minhas mãos, e não o meu rosto.

Olhei para baixo, surpreso que ela tinha visto isso antes dos sangrentos arranhões no meu rosto.

"Seus dedos podem precisar de um tratamento dermatológico, mas fora isso, eles ficarão bem. Abra e feche a mão para mim,” ela pediu, colocando sua mãozinha na minha.

"Bom, aperta." Fiquei incerto se ela queria que realmente apertasse ou mostrar-lhe que podia. Apenas mostrei que podia para que eu não esmagasse as mãos dela. Ela parecia uma chorona.

"Excelente, não vejo nada que de errado. Seu rosto, porém, provavelmente vai precisar de alguns pontos. Assim que as enfermeiras os limparem, virei e darei uma olhada, tudo bem?" Ela perguntou, me olhando nos olhos.

Concordei, tentando descobrir o que havia de tão diferente nela. Tão intrigante.

Ela não me deu muito tempo para olhar, no entanto. Saiu do quarto sem olhar para trás, e a sala ficou em silêncio por um minuto enquanto todos processavam o que estavam pensando.

“Você também acha que ela se parece com àquela garota do House?" Payton sussurrou para o marido.

House, o programa de TV.

Payton era obcecada com esse show e o ator principal do show, House.

Eu gostava e tudo, mas eu estava mais para programas de ação. Não aqueles que me obrigavam a pensar na verdade. Quando eu assistia TV, era para relaxar, não para tentar descobrir quem matou quem, ou o que tinha acontecido.

"Tão certo como a porra. Estranhamente,” Max respondeu em sua voz grave.

"Qual é o nome dela mesmo?" Payton perguntou.

"Olivia Wilde," disse Michael, não se preocupando em olhar para cima de seu telefone.

"Por que estão aqui?" Perguntei, olhando ao redor.

Antes que pudessem responder, uma enfermeira mais velha entrou, tagarelando sobre a necessidade de me limpar para 'Nox'.

Nox. Era um apelido estranho. Não importa, embora. Pareceu-lhe caber. Ela era baixa. Provavelmente a mesma altura de Payton, que não tinha sequer 1,52m.

Era um nome corajoso, para uma pequena mulher duende.

"Tudo bem, meu rapaz. Isto vai doer um pouco. Tente não se mexer, no entanto,” a enfermeira instruía.


***

Lennox

"Puta que pariu! Isso não é uma picada. Queima como um filho da puta!" O grande homem na sala três rugiu.

Cobri minha boca e corajosamente tentei não rir. Eu não conseguiria, no entanto, se os olhares que estava recebendo dos médicos e enfermeiros fosse qualquer coisa perto.

"Tsk-tsk, fazendo o cara da SWAT gritar assim, Lennox,” Paxton, o outro PA e meu melhor amigo brincou.

Mantive minhas mãos. "Não fui eu que o feri!"

“Não, mas foi você que pediu a Donna para entrar lá. Você sabe como ela é com homens grandes. Sempre os trata mal porque lembram seu ex-marido,” disse Paxton, levantando a sobrancelha para mim.

Mostrei minha língua para ele.

"Sim, acho que fiz isso, não foi?" Eu ri assumidamente.

"Ei, você ouviu porque ele está aqui?" Melissa, uma enfermeira, falou.

Neguei com a cabeça. "Não, por quê?" Melissa era mulher que sabia tudo. Era casada com um bombeiro que estava no corpo de bombeiros local. Ela sabia muita coisa que acontecia antes da maioria.

"Uma louca tentou assaltar a lanchonete que eles estavam tendo sua reunião semanal da SWAT. Bennett, aquele homem ali, tentou impedi-la. Exceto que ela fez merda, então ele a pegou e tentou algemá-la,” explicou Melissa.

Minhas sobrancelhas levantaram.

“Que tipo de idiota iria assaltar um restaurante e não olhar para ver quem estava dentro primeiro?"

"Um estúpido," disse Melissa, gesticulando em direção a dois quartos que estavam sendo guardados por dois policiais uniformizados.

"Oh, ela está aqui?" Sussurrei interessada.

Melissa acenou com a cabeça. "Sim."

"Ela é minha," disse, levantando-me, agarrando a cadeira e me movimentando em torno das enfermeiras.

"Não é não. Ela é minha!" Paxton disse, mas eu já estava indo para o quarto antes que ele pudesse me parar.

Passando os dois oficiais com um aceno de cabeça, entrei no quarto.

A mulher que foi algemada à cama não ficou ferida.

Era mais do que óbvio. Porque se ela estivesse machucada ela não estaria dormindo profundamente.

Ela estaria sofrendo. O que ela definitivamente não estava.

“Sra. Bonillo?" Anunciei em voz alta, assustando a mulher.

Os olhos dela, que tinha enormes círculos pretos sob eles, aumentaram em raiva e então imediatamente esmaeceram, fingindo dor.

"Oh, minhas costas!" Ela chorou em voz alta.

Ignorei o falso choro, folheei o gráfico e balancei minha cabeça com o que eu vi. Passageira frequente de analgésicos. Verifiquei, surpreendente.

"Você pode me dizer como essa dor é, Sra. Bonillo?" Perguntei-lhe, indo para o balcão e inclinando minha bunda contra ele.

Ela pensou sobre isso por um momento, provavelmente tentando descobrir a melhor maneira de dizer e que iria puxar minha simpatia.

"Hum, pontadas no alto das costas," ela mentiu.

"Uh," eu disse, rabiscando corações sobre as notas da página no quadro. "E é constante ou intermitente?"

“Constante. Vai embora, mas volta. Por pouco tempo, nunca vai embora", disse ela, colocando um pequeno gemido em sua voz.

Assenti com a cabeça e rabisquei, 'Não sei o que significa intermitente', nas notas.

"Tudo bem", concordei. "Bem, Sra. Bonillo, lamento ter que dizer isto, mas você vai ter que entrar em contato com o PCP, seu fornecedor de cuidados de saúde primários e explicar-lhe esta dor nas costas. Infelizmente, a lesão que está proclamando ter não indica uma necessidade de remédios. Dou-lhe uma dose de Tylenol, no entanto."

"Tylenol? Você está brincando comigo? Tylenol não vai tirar a dor que sinto!" Ela gritou, curvando-se para fora da cama tentando me chutar.

Pulei fora do caminho dela, movendo-me para o lado da sala e vendo-a sofrer com as algemas que estavam anexadas no corrimão de metal.

"Sra. Bonillo, você vai precisa se acalmar, ou você vai se machucar," falei de modo tranquilizante.

Que não fez nada para acalmá-la e só serviu para aumentar seu aborrecimento comigo.

Então, com uma grande força, ela puxou tanto que o colchão inteiro e a maca em que estava deitada, capotaram deixando-a no chão como um saco de batatas.

"Ahhhhh!" Ela gritou, quando os policiais entraram pela porta.

"Senhora"? O primeiro oficial disse.

"Você se acalmará e nos permitir levantá-la?" Mas, de repente, a mulher e seu volume maciço estava livre, e ela começou a enlouquecer pra caralho.

Ambas as algemas estavam fora de suas mãos, essas parecendo muito deformadas, e ela estava batendo em qualquer um que estivesse próximo dela.

"Charlie Brown"! Gritei alto recuando. Para bater em uma parede dura de músculo. Girando ao redor, olhei, e subindo um pouco mais, cheguei nos mesmos olhos castanhos que me deram arrepios mais cedo.

"Seria melhor você esperar lá fora," o homem, Bennett, murmurou baixinho passando por mim e entrando na briga.

Então havia um maldito muro de homens! E não eram pequenos homens esses.

O quarto não me parecia pequeno quando a mulher avançou em mim, mas depois que apareceu a equipe da SWAT, de repente me senti minúscula.

De onde tinham vindo todos eles? Sei que só tinha visto dois homens da equipe da SWAT no quarto com Bennett. Agora, havia pelo menos seis deles, mas não consegui uma contagem total, porque me encontrei do lado de fora do quarto olhando um Paxton chocado.

"Hum," disse ele, olhando para os homens doces.

É isso o que eles eram. Doces homens. Tão sexy cada um deles.

Mesmo Bennett, com o rosto arranhado era sexy.

“Vocês nunca me apanharão viva!" Sra. Bonillo gritou. "Quero o meu advogado!"

O grito alto foi ouvido sobre os grunhidos de exaustão e o som de corpos em cima de corpos.

"O que deu no PCP"? Paxton perguntou curiosamente.

Olhei para o gráfico, que estava segurando e fiz uma careta.

"Positivo para heroína." Foda-se. Estive tão ocupada olhando para o histórico da mulher que não tinha me incomodado de olhar para os testes de sangue atuais.

“Algemem a puta!" Uma alta demanda masculina soou na parte inferior da pilha.

A mulher literalmente tinha sete homens em cima dela e ainda estava lutando!

Melissa veio parar ao meu lado e apreciou o show por alguns momentos antes de estender um frasco de vidro transparente e uma seringa.

"Toma," ela disse distraidamente um pouco depois. Ela ofereceu as coisas nas mãos dela, mas sempre com os olhos na cena.

Tirarando-lhe das mãos, verifico a data e a droga, retiro a medicação e então começo a entrar no quarto.

"Muito bem, rapazes," eu disse com autoridade. "Alguém me dê alguma bunda."

A camisa do de cima tinha se soltado, descobrindo uma cintura muito musculosa coberta de tatuagens.

Ainda não era o tipo de bunda que eu estava procurando.

"Você pode ter meu rabo a qualquer momento," soou uma voz tensa da parte inferior da pilha novamente.

Eu ri. "Sim, vou aceitar essa oferta... mais tarde."

Então contornei o amontoado, fiquei de joelhos próxima ao rosto de um homem com um chapéu preto e comecei a empurrar os corpos para o lado até que consegui uma parte do corpo da mulher. Sorte minha, a primeira coisa que vi foi a coxa, que funcionava muito bem para mim.

"Saúde," declarei, em seguida, furei-a com a agulha. Então ela começou a pular igual batata quente, fazendo com que os homens sobre ela se mexessem também.

Com um pensamento rápido e memória muscular treinada, coloquei a tampa de segurança da agulha e atirei-a para o canto do quarto, na hora certa.

A cabeça que estava quase entre as minhas pernas oficialmente se tornou familiarizada com minhas partes íntimas, e saí voando do topo do monte.

Soltei uma risada durante o voo quando aterrisei, rolando até que eu estava em minha bunda perto da porta.

Paxton estava rindo quando me colocou de pé.

"Jesus, você acha coisas estranhas divertidas," Paxton revirou os olhos.

Pisquei para ele... E vi as últimas lutas da mulher quando o Narcan que tinha lhe injetado... Começou a trabalhar. Então ela lutou até... Desistir.

Ela estava tão imóvel, aliás, que os homens em cima dela não confiaram.

Eu no entanto, sim. "Já podem se levantar," gritei alto. "Ela apagou."

"Como você sabe?" Um deles perguntou cautelosamente.

“Porque eu a derrubei com Narcan. Ela está sóbria como uma filha da pu... Hum, freira, alterei.

Cautelosamente, saíram, um a um, até que todos estavam olhando para a mulher no chão.

“Por que são sempre aqueles mais fortes que sempre lutam? Jesus, a todo momento!" O que parecia ser o mais velho do grupo rosnou, puxando sua camisa para baixo e colocando-a de volta dentro das calças.

"Porque eles são idiotas sem consideração, chefe. Sempre pronto para te pegar,” uma cabeça vermelha, brincou enquanto ele, também, arrumava a camisa.

Bennett, porém, era o que mantinha os olhos em mim, parado, me observando como se eu fosse uma lunática, maluca.

“Você percebe que é muito pequena e tem um quarto do tamanho dessa mulher, certo?" Bennett falou, gesticulando com um dedo para a mulher deitada no chão.

Olhei para trás, verificando para ver se ele estava falando com a pessoa nas minhas costas, no entanto, não vi ninguém lá.

"Você está gritando comigo?" Perguntei inocentemente.

Ele estreitou os olhos. “Sim, Mizz Jane, claro que estou. Isso foi incrivelmente estúpido."

Pisquei, surpresa que ele tivesse realmente dito que sim.

Que raiva!

Eu era uma mulher crescida! Se eu quisesse arrastar com os homens, com certeza poderia! Eu posso fazer tudo que um homem pode fazer... Dentro da razão.

"Sim, que seja," eu disse, girando para sair da sala. “Ela é toda sua, Paxton. Sr. Alvarez, vamos te costurar, então pode ir para casa.”

Não esperei ele seguir-me, em vez disso, fui para a estação de enfermagem e descartei a seringa que eu tinha acabado de dar na mulher burra que provavelmente ia estar extremamente dolorida pela manhã.

"Acho que você deixou o grande homem preocupado," Melissa riu levemente quando passou por mim.

“Sim, eu entendo. Sua responsabilidade, não sou eu. Esse é meu trabalho,” suspirei.

Estive lá, fiz isso. Eu tive um namorado controlador. E meu ex, no departamento de preocupação se assemelhava a um Bennett Alvarez.

Não, obrigada. Não me importa quanto quente ele era!!

CAPÍTULO 16


Um relacionamento é feito para duas pessoas. Só que algumas vadias não sabem contar.

- Fato da vida.


FOSTER


"Você quer ir comer alguma coisa?" Ela perguntou-me quarenta e cinco minutos depois, enquanto vestia uma camisa.

Eu olhava para o relógio, sentindo-me extremamente cansado.

Não do sexo, mas apenas cansado de um modo em geral.

Mas eu me sentia melhor do que estive em meses.

Gemendo, me forcei a levantar e sentei-me na beira da cama.

A primeira coisa que fiz foi esfregar um pouco de loção na pele ao redor da minha cicatriz.

Tinha que me se certificar de fazer isso, ou a pele se degradaria. Ou assim me informaram.

Agora tinha uma bolha, mas eu sabia que isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde.

"Aqui," Blake disse, entregando-me a manga que segurava o pino na minha perna.

"Obrigado," agradeci, deslizando-a cuidadosamente para evitar bolhas de ar. "Onde você quer ir comer?"

Enquanto continuei me vestindo, observei cuidadosamente.

Ela usava meia-calça em cores vermelha e branca, uma saia de brim azul e uma camisa azul brilhante que dizia: Um peixe, Dois peixes, Peixe Vermelho, Peixe Azul15 nela.

Então começou a trançar seu cabelo.

"O que você está vestindo?" Perguntei.

Havia diversão na minha voz, que não consegui esconder, e ela jogou um sorriso por cima do ombro para mim.

"É oficialmente o dia Dr. Seuss16," ela me respondeu.

"Você está autorizada a usar isso para trabalhar?" Insisti.

Ela assentiu com a cabeça. "Não foi ideia minha vestir assim. Mas vou fazê-lo. Não tenho nenhum problema em parecer idiota. Só se você tiver um problema em sair para comer comigo assim."

Dei de ombros e vesti as calças que tinha usado na noite anterior.

Em seguida, calcei meu sapato.

"Você acha que perguntar se poderia comprar apenas um calçado, eles concordariam?" Ela questionou, fazendo-me olhar para cima.

"Duvido muito, para ser honesto."

"Bem, então procure saber se você pode comprá-los pela metade do preço... desde que, você sabe, não vai usar o outro sapato," ela ofereceu.

Eu pisquei. "Acho que posso lidar com o pagamento pelo par de calçados."

Ela encolheu os ombros. "Aposto que dão um desconto militar."

Dei a ela um olhar aguçado. "Eu posso lidar com isso. E como nós começamos a falar de sapatos, de qualquer maneira? Quando devemos sair para que eu a leve ao trabalho?"

Ela virou-se, surpresa evidente em seu rosto. "Por que eu preciso de você para me levar para o trabalho?"

Eu balancei minha cabeça. "Alguém invadiu a sua casa, e houve um tiroteio direcionado diretamente sobre ela. Sinto muito, mas você vai ter que lidar comigo levando-a para trabalhar a menos que você queira que eu comece a usar de força."

Ela levantou as mãos em falso horror.

"Ooooo!" Ela cantou sarcasticamente.

Levantei-me em um saldo da cama, pegando-a em torno dos quadris antes mesmo dela sair pela porta do quarto.

"Eeek!" Ela gritou quando a peguei e a joguei por cima do meu ombro.

Ela riu sem fôlego.

"Coloque-me no chão, seu grande imbecil!"

"Sim, senhora!"

Então atirei-a através do quarto, saboreando o grito que saiu de sua boca antes que ela atingisse a cama.

"Você está tão morto," ela declarou alguns minutos mais tarde depois que saí do banheiro.

"Você ainda não está pronta," falei, caminhando até o armário e retirei meu colete Kevlar.

Virei-me e vi que ela me olhava enquanto eu colocava o meu colete, seus olhos estudando meus movimentos enquanto eu o encaixava, procurando assentá-lo confortavelmente.

"O do meu pai é preto," ela disse.

Concordei com a cabeça. "Meu departamento me forneceu um também. Mas eu gosto muito desse."

"Por quê? Parece meio puído, para ser honesta," disse ela, apoiando o corpo sobre os cotovelos, deixando seus pés pendurados para fora da cama.

Apontei para a assinatura no canto inferior direito do meu colete.

"Eu tenho esse a cerca de três anos. Foi meu último ano como um SEAL17", expliquei. "Essa é a assinatura do meu irmão. Fiz o mesmo para ele. Parece estúpido," dei de ombros. "Mas sou um homem supersticioso. Eu uso o que sei que vai funcionar."

"Você não confia nos que recebemos do departamento de polícia?" Ela perguntou, levantando-se em minha direção.

Ela realmente parecia ridícula, mas muito quente, também.

"Sim, confio. Simplesmente não é meu." Hesitei antes de me sentar na cama novamente. "Tem certeza que você tem permissão para trabalhar assim?"

Ela sorriu. "Acho que nós vamos ver."


***


Blake


Pulei da camionete, caindo de pé com um ligeiro desequilíbrio.

Meus pés faziam barulho no cascalho quando me virei para fechar a porta.

Foster estava ainda contornando o carro quando dei de frente com a primeira pessoa que viu o que eu estava vestindo.

"Eu não deveria estar usando isso," murmurei para mim mesma.

"O que você disse?" Foster perguntou quando me encontrou do outro lado da camionete.

Eu não disse nada quando me virei para encarar o homem caminhando em nossa direção.

Se é que ele poderia ser chamado de homem.

"Ei," disse David. "Estou contente em saber que você está bem."

Dei de ombros e me virei para entrar no prédio, mais do que pronta para ficar longe do homem estúpido na minha frente.

O que estava em minhas costas, no entanto, era uma história diferente.

Eu poderia ficar em seus braços o dia inteiro.

Ele também fez muito bem em me impedir de querer socar o nariz de David. Principalmente me distraindo, e ele o fez até chegarmos ao topo da escada.

Eu não percebi que ele me seguia tão de perto, porque no momento em que minha mão tocou a maçaneta da porta, ela subitamente desapareceu.

Então, como em um filme da Disney na vida real, ele me pegou em seus braços e beijou-me estupidamente.

Eu como uma puta, gemi, inclinando-me para ele e enfiando meus braços ao redor do seu pescoço.

Meus dedos enterraram no pouco no cabelo que ele tinha, e a sensação de sua arma cutucando o meu quadril não fez nada para diminuir a minha libido, que estava furiosamente em grande velocidade depois da noite passada.

"Tenha um bom turno," disse ele sem fôlego. "Vejo você quando sair. Não saia para o almoço."

Com isso, ele me soltou, caminhou até a porta, e me conduziu para dentro.

Atordoada, eu entrei, não surpresa de encontrar toda a estação em ooohh e aaahh com a exibição.

"Esse é o nosso garoto, Crush!" Alguém gritou do fundo da estação.

Foster não olhou para ninguém, como era o seu jeito.

Eu, por outro lado, disse oi para, pelo menos, quinze pessoas antes de finalmente conseguir chegar nos escritórios da operação.

"Isso foi um show!" Pauline cantarolou no momento em que entrei.

Eu balancei minha cabeça.

"Como você viu?" Perguntei.

"Comecem a trabalhar, senhoras," disse a voz de um homem irritado da porta.

Resisti à vontade de arregalar meus olhos como Pauline e caí na minha cadeira colocando meu fone de ouvido.

"Tudo bem, senhoras! Vamos fazer deste um bom dia!" Nosso chefe, Bradley, disse.

Eu não me sentia confortável ainda quando se tratava de Bradley.

Ele era um homem esperto, e um policial.

Ou tinha sido antes que ele tivesse se machucado.

Agora ele fazia um trabalho sentado atrás de uma mesa porque sua perna não lhe permitiria fazer as atividades diárias de uma vida normal que a maioria das mulheres e homens faziam sem perceber.

Ele era agressivo, e pensava que era melhor do que os outros.

Ele era a mesma coisa que nós. Operadores.

Meu telefone tocou e esqueci tudo sobre Bradley.

Eu não pensaria nele até muito mais tarde.

No final do meu turno, para ser exata.


***

"Unidade 4 respondendo a uma 10-46," a voz de Foster veio através do rádio.

Eu tremi. Jesus, o homem era sexy. Até sua voz soava sexy.

Eu estava na sétima hora e meia do meu turno de oito horas, e estava tão pronta para estar na casa de Foster que não era nem mesmo engraçado. A falta de sono na noite passada estava realmente me atingindo. Eu mataria por um cochilo agora.

E também estava ansiosa para fazer outras coisas também.

Mais trinta minutos. Mais trinta minutos.

Continuei cantando as palavras para mim mesma, rezando para que conseguisse ficar acordada.

Estive exausta a noite toda, e esta foi a primeira vez que realmente prestei atenção a voz de Foster através do rádio o tempo inteiro.

"10-4, unidade 4," eu disse, mantendo a linha aberta, enquanto esperei que ele ajudasse o motorista do carro parado.

10-46, eu aprendi, era quando um motorista estava preso em um carro quebrado. Ou quando o carro tinha sido abandonado.

Passaram-se alguns minutos, enquanto isso verifiquei minhas unhas, me perguntando se deveria fazer uma manicure antes do fim de semana.

Eu concordei em participar com Foster de uma festa que seu irmão estava fazendo para o terceiro aniversário de sua filha.

Eu tinha que eles não se importariam como as minhas unhas se pareciam, mas...

Um som confuso e abafado ecoou abruptamente através do meu fone de ouvido, e eu levantei os meus olhos, olhando fixamente para o meu monitor.

Eu não tinha certeza do que estava ouvindo.

Parecia quase como um...

Bang. Bang. Bang.

Os tiros não soaram como pensei que soariam, mas eram claramente tiros, no entanto.

"Unidade 4, 10-101?" Eu quase gritei.

Eu podia ver Pauline pela na minha visão periférica, mas ela ficou lá, esperando por minha ação.

Ecoou o barulho de mais luta e ouvi a respiração difícil de alguém antes da voz tensa de Foster dizer, "Preciso de ajuda."

"Pauline, ele precisa de apoio," falei com urgência, antes que meus dedos começassem a correr sobre o teclado, colocando informações, despachando unidades, e alertando aqueles que precisavam saber.

Meu coração, no entanto, estava batendo loucamente.

Meu estômago estava agitado, senti a umidade atingindo meu rosto, e percebi que eu estava chorando.

Não deixei isso me impedir de fazer o meu trabalho, no entanto.

A luta continuou a soar, e depois mais um tiro ecoou.

Então, nada.

Absolutamente nada.

Eu estava tão assustada que Foster estivesse morto, que, quando sua voz voltou no rádio, eu visivelmente murchei em meu lugar.

"Unidade 4, 10-106," Foster rosnou sem fôlego. "Vou precisar de uma ambulância para o homem que apenas tentou atirar no meu rosto."

Solicitei a envio da ambulância, alertando outros oficiais, e então prontamente vomitei.

Corri para a lata de lixo do outro lado da sala, mal fazendo isso a tempo, antes e perder o meu almoço.

Jesus Cristo, o homem tinha me assustado completamente.

Voltei ao meu lugar, olhos vidrados, e desmoronei nele.

Minha cabeça bateu na mesa, e comecei a chorar silenciosamente.

"Faça uma pausa, Rhodes," Bradley ordenou. "E bom trabalho."

Eu o ignorei, voltando para o jogo de Paciência que eu estava jogando antes da chamada chegar, mas não consegui me concentrar.

Eu perdi.

Seriamente.

Minha mente era uma mistura de emoções enquanto esperava que o relógio desse oito.

Assim que ouvi que Foster estava de volta na estação, dei a Pauline um aceno e saltei da minha cadeira, esquecendo completamente que ainda estava conectada ao fone de ouvido.

Ele arrancou de minha cabeça quando atingiu o limite do seu comprimento, e bateu contra a mesa ao se soltar.

Eu não parei, embora.

Em vez disso, continuei correndo, passando pelas celas, seguindo direto para a entrada da frente.

Eu o vi lá, conversando com seu irmão, e não parei para pensar.

Apenas me lancei em seus braços, segurando-me firmemente.

Ele deu um passo para trás, o SUV em suas costas impedindo-o de ir mais longe, e eu o abracei com força.

Depois que eu o beijei, comecei a repreendê-lo.

"Você me assustou completamente!" Gritei bem alto em seu rosto.

Ele sorriu fracamente. "Sim, eu vejo isso. Parece ser uma tendência hoje à noite," ele disse enquanto olhava por cima do meu ombro para o irmão.

Suas mãos estavam descansando na minha bunda, me segurando, então me virei e olhei para Miller.

Ele estava olhando para seu irmão com alívio, amor e um pouco de aborrecimento.

Ele beijou minha testa, em seguida, deixou-me deslizar para baixo me colocando de pé, antes de falar, "Você se importa de ficar aqui com Miller enquanto vou falar com o chefe?"

Olhei para ele com desconfiança, mas mesmo assim concordei, "Claro."

"Vou terminar rapidamente. Só preciso lhe passar um relatório sobre o que aconteceu, e depois iremos, ok?" Ele confirmou.

Concordei com a cabeça novamente, e ele desapareceu para dentro do prédio.

"Então..." Eu disse, olhando para seu irmão quando a porta se fechou atrás de Foster. "O que você acha que realmente aconteceu?"

Ele piscou para mim. "Essa é a pergunta de vinte e três mil dólares."


***

Foster

"Ele estava esperando por mim," falei para o chefe. "Eu sei disso como sei que meu sobrenome é Spurlock."

O chefe suspirou e recostou-se em sua cadeira, esfregando os olhos com as mãos. "Diga-me por que você acha isso. Do que recolhi dos policiais que o interrogaram, você o assustou... ou assim ele diz."

Eu balancei minha cabeça.

"Passei por essa mesma rua mais de dez vezes esta noite. Você me disse para prestar atenção na festa que suspeitávamos que aconteceria ali, e assim continuei fazendo rotas diferentes, praticamente contornando em um oito," expliquei. "Vi aquele homem na primeira rua e não pensei muito sobre isso. Em seguida, ele estava na próxima rua que passei. Após a quinta vez que o vi, finalmente parei."

Ele balançou a cabeça, fazendo sinal com a mão para eu continuar.

"Eu realmente não o vi até que fui até o carro. Ele estava deitado no banco de trás, completamente vestido. Quando pedi para ele sair, ele fez, tranquilamente. Então, quando me encaminhei à viatura com sua licença e registro, ele se mexeu. Se eu não tivesse me virado para fazer-lhe uma pergunta sobre a sua licença, ele teria me baleado na parte de trás da cabeça."

"Jesus, que confusão dos diabos," Chefe Rhodes disse cansado.

Eu balancei a cabeça. "Um Charlie Foxtrot18, de fato."

"Bem, você vai ficar feliz em saber que a unidade de impressão digital móvel tem uma digital correspondente a dele. De várias ocorrência, na verdade. Uma das quais sendo a que encontramos no arrombamento da casa de Blake algumas semanas atrás," disse o chefe.

Meus dentes cerraram, e de repente não me senti tão mal por ter atirado na barriga dele três vezes com a sua própria arma.

"Ele disse alguma coisa?" Perguntei com força.

O chefe balançou a cabeça uma vez. "Nada. Eu tenho Greer sobre ele, no entanto. Se ele descobrir algo me avisará."

Esfreguei meu peito, sentindo uma contusão já se formando no local onde a bala havia acertado no meu colete Kevlar.

"O que é isso no seu ... pé?" O chefe perguntou quando se levantou.

Olhei para o meu pé e fiz uma careta.

"Acho que é pele," respondi. "Ele caiu sobre ela."

A expressão do Chefe azedou. "Isso é apenas... nojento."

Ele me entregou um lenço desinfetante que tirou do pote que mantinha no canto de sua mesa.

“Limpe isso. Posso te dizer por experiência própria que Blake vomita com a visão de sangue," disse ele.

Abaixei-me e esfreguei o sangue e pedaços de... coisas, da minha prótese. Em seguida, joguei a toalha no lixo ao lado da mesa do chefe.

Enxugando minhas mãos com um pouco de desinfetante, levantei-me e olhei para ele.

"Isso tudo tem a ver com ela, não é?" Perguntei afirmando.

Ele deu de ombros. "Melhor palpite, sim. Só não sei o que ela fez para justificar tudo isso. Mas não significa que não vou descobrir, no entanto."

Concordei com a cabeça.

"Bem, ela não vai sair da minha vista, isso é certo."

Quando comecei a sair do escritório do chefe ouvi ele dizendo, "Nunca duvidei que faria. Apenas certifique-se de deixar clara suas intenções para Shank antes de se envolver muito com ela."

Isso era algo que eu realmente, realmente não queria fazer.

Não que eu não planejasse ter Blake como minha, porque eu planejava. Mas porque não queria falar com aquele homem até que tivesse toda esta situação resolvida.

Eu iria falar com ele de qualquer maneira? Sim.

Será que eu gostaria disso? Foda-se, não.

CAPÍTULO 17


Quem acendeu o fusível em seu tampão?

-Camiseta


FOSTER


Abri a porta do meu apartamento, sem me surpreender de modo algum por ver o pai de Blake na minha frente.

Blake tinha adormecido no sofá durante o filme que insisti para assistirmos, e estava dormindo por mais de uma hora.

Não querendo acordá-la, porque eu sabia exatamente onde esta conversa iria, agarrei a minha arma da mesa de centro, empurrei-a na parte de trás da minha calça, e encontrei-o no corredor.

Ele observou os meus movimentos com os olhos de um oficial treinado.

Alguém que também tinha feito isso tantas vezes que poderia antecipar os movimentos de outro oficial antes mesmo de ser feito.

Seus olhos, porém, pararam sobre o corpo de sua filha deitada no sofá e depois ele me encarou, de repente furioso.

Fechei a porta rapidamente antes que ele pudesse começar a exigir respostas, e inclinei-me contra a parede esperando ele começar.

"Por que ela estava chorando?" Lou exigiu.

Suspirei.

Então, comecei a lhe contar sobre a minha noite, e depois aquilo que o chefe havia me dito quando conversamos.

"Foda-se," disse ele, virando-se e andando de um lado para o outro no corredor. "Não encontrei merda nenhuma. Puxei cada maldito informante que tenho, mas não consegui nada para mostrar. Vou ter que cavar mais fundo."

Eu não duvido que o homem tinha informantes. E também esperava que ele tivesse um monte do submundo do crime nos bolsos traseiros19.

Você não se mantém como um policial durante o tempo que ele ficou sem conhecer alguns criminosos que você poderia chamar se precisasse deles.

"Tenho alguns especialistas em computador que estão trabalhando no caso com um amigo meu. E também o presidente do clube do meu irmão empenhado nisso até o fim," eu disse.

"Silas Mackenzie?" Ele perguntou surpreso.

Acenei com a cabeça, não me surpreendendo que ele conhecia os homens associados com o meu irmão. Eu tinha certeza de que ele tinha um arquivo de trinta centímetros de espessura de mim e minha família.

"Como... não importa. Tenho certeza que não quero saber,” eu disse, balançando a cabeça. "Ele era... é da CIA, acho. Eu realmente não fui capaz de descobrir exatamente o que ele é. E não sei se ele já saiu. O que sei é que ele está puxando tudo o que sabe sobre Bryson Bullard, o homem que tentou atirar em mim esta noite."

Shank então resolveu jogar.

Pegou seu telefone e discou um número, não olhando para mim quando começou a falar baixo no aparelho.

Não consegui entender muito da conversa, mas do que ouvi, eu sabia definitivamente que quem estava do lado oposto da linha não estava agindo exatamente como um oficial da lei.

"Não me importo com o que você tem que fazer seu estúpido filho da puta. Ou você o faz falar, ou eu vou, e você realmente não vai gostar," ele sussurrou antes de desligar.

Minhas sobrancelhas levantaram quando ele se virou e olhou fixamente para mim.

"O que você acabou de fazer?" Perguntei curioso.

Ele sorriu.

"Um pai tem um dever para com sua filha. Se ela está machucada, eu estou machucado. E não vou falhar nisso. Será sobre o meu cadáver que ela terá que suportar outro dia como o de dois dias atrás. Ela estaria morta agora, se não fosse por seus amigos," ele rosnou. "Agora, você faz o seu trabalho protegendo a minha garota, e eu vou fazer o meu."

Com esse comentário enigmático, ele se virou e começou a descer o corredor.

Seus ombros largos e fortes contraíram com a tensão enquanto ele ia.

"Lou?" Eu chamei e ele parou.

Congelando, ele se virou lentamente.

"Não," disse ele. "Você não a conhece por tempo suficiente ainda."

Eu sorri. "Você percebe que isso não vai me impedir, certo? Que planejo fazer isso tendo sua permissão ou não. Eu só queria que você soubesse minhas intenções. Eu tinha planejado esperar até que tudo isso tivesse acabado, mas mudei de ideia."

***

Levantei Blake em meus braços, levando-a sem esforço para o quarto.

Ela não se mexeu quando eu a deitei na cama, e joguei as cobertas sobre ela.

Ela fez o mais bonito pequeno gemido enquanto se aconchegava mais profundamente na cama, e levou todo o meu esforço para não a virar e começar a fodê-la antes mesmo que ela acordasse.

Em vez disso, saí do quarto comecei minha rotina noturna de aparar a barba, lavar as mãos e rosto, passar algum desodorante e remover a prótese antes de ir para a cama.

Entrei sob as cobertas e deslizei para o meio, muito consciente do meu membro perdido quando puxei Blake nos meus braços.

Ela enrolou as pernas em volta da minha perna, e se aconchegou profundamente em meu peito antes de dar outro suspiro bonito, caindo de volta no sono.

Eu estava quase dormindo quando o pager20 na minha cabeceira disparou, alertando-me para uma chamada da SWAT.

"Filho da puta," eu suspirei.


CAPÍTULO 18


Quando o perfume em seu travesseiro tem que ser suficiente.

- Esposa do turno da noite


FOSTER


"Você é a bomba," eu disse a Alice enquanto a deixava entrar na sala de estar.

Alice era uma amiga policial que vivia no andar de baixo.

Tive sorte para caralho que ela estava em casa, caso contrário eu teria ficado rasgado por deixar Blake sozinha.

Especialmente com a tempestade de merda que estava rodando em cima dela recentemente.

"De nada, Foster. Eu só queria que você tivesse me chamado para outra coisa que não fosse cuidar da sua mulher,” disse a voz sensual atrás de mim.

Eu estremeci.

Sim, nós já dormimos juntos antes.

Tinha sido conveniente, mas nenhum de nós procurava nada além de um bom momento.

Algo que nós tivemos, e deixamos logo depois.

"Faça o que fizer, não a irrite. Seu tio é o chefe. Confie em mim, você não quer nenhum tipo de problema com ela," ordenei, jogando-lhe um olhar por cima do ombro.

Ela me lançou um olhar que mostrava claramente o quanto estava assustada.

"E faça o que fizer, não diga a ela que dormimos juntos. Quero que ela fique onde está, o que vai contra totalmente com o propósito de ter você aqui se você irritá-la e a fizer sair," expliquei, pegando minhas chaves da mesa.

"Que seja," disse Alice.

Eu estremeci.

Alice, embora fosse uma policial, era também uma mulher.

Ela tinha hormônios e alterações de humor assim como o resto da população feminina.

Ela também estava irritada que eu não a tinha chamado há um tempo.

Ela era uma profissional, no entanto, e gostava do seu trabalho.

Também a via como uma amiga com quem poderia contar, e foi por isso que eu estava confiando a ela uma das coisas mais importantes da minha vida.

Algo que me assustou. Especialmente porque fazia um curto período de tempo que nos conhecemos.

"Obrigado, Alice," eu disse. "Fique à vontade."

Parei, porém, me voltando. "Exceto meu quarto. Não vá lá a menos que você precise.”

Ela me deu as costas, e eu saí com um sorriso no rosto.

Quando cheguei à estação, no entanto, eu não estava sorrindo.

"O que quer dizer com medo de altura?" Disse Luke, gritando. "Você era um maldito SEAL!"

"Ei, cara, segura a sua merda," eu disse quando entramos no Rita.

Rita era na verdade um caminhão blindado. Algo que foi feito para suportar uma tonelada de violência e continuar rodando.

Eu não tinha certeza de quem começou a chamar o caminhão de Rita, mas pegou, e não parecia que mudaria.

"Eu disse que ficava nervoso com alturas. Nunca falei nada sobre estar com medo dela. Eu ainda vou fazer o meu trabalho," rosnei. "E qual é o seu problema esta noite?"

Luke fez uma careta. "Reese começou a pegar turnos no andar da cardiologia do hospital. Esse andar é longe do telhado onde iremos. Eu não gosto dela lá, mas ela está presa."

Isso explicou tudo.

Imensamente.

Eu também estaria preocupado, se estivesse no lugar dele.

Infelizmente, porém, o homem que estávamos indo retirar do hospital estava no telhado.

O que significava que o homem não seria capaz de sair do telhado sem um crachá o autorizando a voltar para dentro.

A viagem foi gasta falando sobre o esquema do hospital, o que íamos fazer, e se utilizaríamos força letal se necessário.

Quando entrei no hospital atrás de Luke, parei abruptamente quando um par familiar de ombros e olhos de aço encontraram os meus, antes que desaparecesse em um corredor.

"Que porra é essa?" Perguntei assustado.

Por que Lou está aqui?

E se ele estava aqui, por que estava saindo quando havia claramente uma situação de refém acontecendo lá em cima?

Ele não poderia mentir para mim e me dizer que não sabia.

Aquele homem sabia de tudo antes que outras pessoas tivessem tempo para denunciar.

No entanto, não tive tempo analisando o fato porque ouvimos o homem que tinha tentado me matar começar a gritar.

Nós não poderíamos dizer o que ele estava falando, embora. Tudo soou como um monte de jargão a partir desse ponto no térreo.

Ele estava realmente gritando, também.

Segui Luke, não poupando a Lou outro pensamento enquanto passávamos pela segurança, indo direto para as escadas.

O elevador havia sido temporariamente desligado, as únicas pessoas que poderiam utilizá-lo éramos nós, o grupo médico se precisasse dele em caso de emergência, e os bombeiros.

Ninguém iria entrar ou sair sem o nosso conhecimento.

"Tudo bem, rapazes," Luke disse enquanto subíamos o último lance de escadas. "Fiquem seguros e atentos."

Algo que Luke diz cada vez que entramos em uma situação como a que estávamos prestes a adentrar.

Nico bateu na porta com a bota, e imediatamente passou por ela, caindo de joelhos para permitir a Michael, que estava atrás dele, um tiro certeiro.

No entanto, foi em vão.

Bryson Bullard nem sequer virou para olhar em nossa direção quando saímos.

"Você não pode fazer isso, meu velho! Estou protegido!" Bullard gritou.

Em vez disso, seus olhos estavam focados no edifício do outro lado da rua, em uma determinada janela, em particular.

"James, o que ele está olhando?" Perguntei.

James era o atirador da equipe SWAT, e um homem muito bom no seu trabalho.

No entanto, Bullard não estava olhando para James, pois James estava em um canto do edifício diagonal ao que Bullard atualmente estava gritando.

"Vocês não vão me levar vivo!" Bryson Bullard gritou, voltando-se para nós. "Esse cara fodido louco pode..."

De repente, ele se concentrou em algum lugar atrás de nós, e começou a gritar. "Estou tão morto. Desculpe!"

"Você acha que ele está usando?" Nico me perguntou.

Dei de ombros, apontando a arma para o homem.

Ele estava com um enorme tanque de oxigênio preso ao peito. A fita adesiva enrolada em torno de seu meio, segurando o tanque no lugar, e ele olhava os arredores do telhado como um homem possuído.

"Eu não vou te dizer!" Ele gritou, saliva pulverizando em um raio de três pés na frente dele.

Nenhum de nós se moveu, permanecemos apoiados contra o lado do edifício, enquanto o homem gritava na borda do telhado do hospital.

Eu sabia que, se não tivéssemos cuidado com o local onde colocaríamos nossas balas, o homem iria explodir se elas acertassem o tanque.

"Se não fizermos alguma coisa, ele vai pular, e, em seguida, o que faremos?" Bennett, que estava do meu outro lado, grunhiu.

Nós não tivemos chance de responder.

"Sua filha é um fodido pedaço quente, e eu sinto muito que nunca vou ter a chance de foder ela corretamente! Apenas lembre-se que vou levar o nome do homem que planeja matá-la comigo para o túmulo! Você nunca vai conseguir...” Bullard gritou enquanto levantava uma arma.

Embora não tenha sido apontada para nós, todos ficamos tensos.

BOOM!

O telhado explodiu.

Ou pelo menos parecia que tinha.

O que era mais provável era que o homem na nossa frente tivesse explodido.

Fragmentos e pedaços... nojento... de carne, sangue, e matéria, explodiram em torno de nós quando o corpo de Bullard foi soprado em pedacinhos.

"O que... o.... porra" Michael suspirou. "Nunca vi nada assim. E fui um maldito fuzileiro naval por anos."

Eu bufei.

Ninguém realmente sabia o que Michael tinha feito antes dele vir para Kilgore.

Sabíamos que ele tinha uma mãe e um pai, e que ele esteve na Marinha.

O que nós não sabíamos era porque ele era do jeito que era.

Por que ele não namorava. E por que ele desaparecia a cada cinco dias... para algum lugar.

O que eu sabia porém, era que podia sempre contar com ele, não importa o quê.

Ele sempre protegeria toda a equipe com sua vida, e pouca coisa o impressionava.

Agora, porém, ele estava além de impressionado.

Como eu estava.

Junto com cada homem na equipe.

"O que aconteceu?" Downy gritou freneticamente através do fone de ouvido.

Downy era o nosso negociador. Ele estava com o megafone abaixo junto com o Chefe.

O que significava que ele tinha perdido o show.

"Acho que tem no meu cabelo," Bennett sussurrou profundamente enojado.

Eu nem queria pensar em coisas no meu cabelo. Por agora eu simplesmente vou ignorar.

Não era a primeira vez, e certamente não seria a última.

"Quem atirou?" Luke gritou.

Luke estava chateado.

E eu acho que ele tinha o direito de estar.

No entanto, tanto quanto eu sabia, nenhum de nós tinha atirado.

"Negativo."

"Eu não."

"Não."

"Nada."

"Não fui eu."

O último foi James. Sua confusão era tão evidente em seu tom quanto no nosso.

Luke grunhiu frustrado enquanto caminhava para o telhado.

"Bem, tem que ser um de vocês!" Ele rosnou.

Comecei a ejetar os cartuchos da minha espingarda, assim como os outros.

"Tudo contabilizado, chefe," eu falei, entregando-lhe os meus cartuchos.

Seus olhos se estreitaram para mim, mas depois se alargaram.

"Bem, se não foram vocês... quem diabos fez isso?" Ele finalmente perguntou.

Novamente com a pergunta de trinta e nove mil dólares.

Havia apenas uma possibilidade, embora.

Se não foi a gente, então tinha que ser outra pessoa.

E esse alguém nunca nos tocou.

Houve apenas um tiro, e que foi destinado a Bullard.


***

Blake


Acordei e estiquei os braços para o alto sobre a minha cabeça, rolando enquanto isso.

Senti-me maravilhosa.

Eu consegui dormir mais do que o suficiente na noite passada, o sono que me foi negado nas últimas semanas.

E eu poderia agradecer Foster por isso.

Quando ele sugeriu assistir a um filme, eu fiquei meio cautelosa.

Eu não era uma grande fã de horror, mas descobri que isso não importava.

Eu dormi nos primeiros trinta minutos, perdendo todas as partes assustadoras.

A primeira coisa que notei quando o sono abandonou o meu cérebro foi que Foster tinha ido embora, e tinha sido por algum tempo.

Seu lado da cama estava frio.

O que me fez pensar... por quê?

Ele estava tão cansado quanto eu na noite passada, e prometeu que iria me acordar quando fosse sair para sua corrida matinal.

O que pude perceber, porém, pelo sol que atravessava as janelas que não era mais manhã.

Já estava indo para a tarde.

Levantando-me, entrei no banheiro para meu ritual matinal antes de ir para a sala de estar à procura de Foster.

Quem encontrei em vez disso foi qualquer um, menos Foster.

Havia uma mulher na sala de estar de Foster.

Uma mulher bonita.

"Quem é você?" Perguntei a loira bonita no sofá de Foster.

A mulher olhou para cima e sorriu.

Embora isso tenha saído mais doloroso do que qualquer coisa.

Seus olhos observaram meu estado ofegante, bem como a camisa de Foster, antes que se desviassem.

"Alice. Sou a vizinha de Foster. Também trabalho com ele na força. Foster foi chamado no meio da noite para uma situação da SWAT", explicou ela. "Ele não queria te acordar."

Rangi os dentes com a leve sugestão de repugnância que suas palavras carregaram quando ela disse a última parte.

"Há quanto tempo ele saiu?" Perguntei.

"Seis horas," ela disse.

Decidi que talvez eu não me incomodaria mais em conversar com ela.

Virando-me, caminhei de volta para o quarto e coloquei um short preto.

Um que era de Foster.

Fiquei feliz em vesti-lo, pois queria jogar um pote ou dois, enquanto esperava.

Eu tinha quase certeza que ele não se importaria, também.

Depois de cuidar desse pequeno detalhe, voltei para a sala e comecei a reunir minhas coisas.

Desde que planejava fazer hoje um grande vaso, cortei um pedaço maior de argila com o meu fio, em vez do pequeno que usei com Foster da outra vez.

Nós duas ficamos em silêncio enquanto eu reunia as coisas que precisaria.

Eu estava plenamente consciente de que ela me avaliava, embora não tenha se preocupado em tirar os olhos de sua revista.

Quando sentei-me, ela finalmente se dignou a falar comigo novamente.

"Então, você é uma despachante?" Ela perguntou ofensivamente.

Olhei para ela bruscamente, não gostando do tom que usou para dizer despachante.

Ela poderia muito bem ter me chamado de lixo.

"Claro," respondi.

"Como é que nunca vi você?" Perguntou Alice, sem se preocupar em tirar os olhos de sua revista.

Era uma das Armas e Munição de Foster que ficava em sua mesa de cabeceira.

Lembrei-me claramente porque tinha uma arma rosa na capa, e uma matéria em destaque perguntando se estava tudo bem fazer armas parecerem ‘bonitas.’

Eu realmente queria ler esse artigo, mas a deixei na mesa de cabeceira para ler quando tivesse uma chance.

E eu sabia que Foster já leu pois, tivemos um pequeno debate sobre se as armas deveriam ser feitas para parecer assim.

O argumento principal foram as crianças.

Como elas, se a arma fosse deixada ao alcance, seriam mais tentadas por uma arma que era bonita, em vez de uma que era simplesmente preta.

Na verdade, discuti com ele sobre isso, e tinha a intenção de ler o artigo, mas ele bateu o pé que iriamos assistir a um filme, então eu a deixei no quarto.

O que significava que ela deve ter ido no quarto.

E me viu nua.

Que porra é essa?

Em vez de pensar sobre isso, coloquei um pouco de água nas mãos, e pressionei o pedal com o pé para fazer a roda girar.

Então comecei a pressionar os dedos na argila, movendo-os para cima e formando a base do vaso.

"Então, o que você acha dele?" Alice disse algum tempo depois.

Eu comecei a trabalhar o vaso até cerca de nove centímetros de altura quando ela falou, e acidentalmente pressionei com mais força do que pretendia, fazendo-o inclinar-se ligeiramente para um lado.

Suspirando, consertei antes de me levantar e começar a pressionar a parte de dentro. "O que penso sobre quem?"

"Foster," ela respondeu rapidamente, finalmente olhando para mim.

Algo que peguei com o canto do meu olho.

Não olhei para ela, no entanto, totalmente focada no meu vaso, que nem me importei o suficiente para olhar para cima.

"Eu o amo," eu disse simplesmente.

Era verdade. Eu o amava.

Algo que não me assustou como eu pensava que iria.

Quando deixei David, fiz uma festa para celebrar a nossa separação.

Uma festa onde fiquei bêbada, e em seguida desmaiei no quarto de hotel que aluguei.

Mas foi divertido.

No entanto, fiz uma promessa a mim mesma naquela noite de que nunca me deixaria desmoronar por um cara novamente.

Uma promessa que quebrei no primeiro dia que conheci Foster Lager Spurlock.

Uma promessa que eu estava feliz em quebrar.

Eu sabia no fundo do meu coração que Foster era um bom homem.

Quando ele expressou seu desgosto sobre o comportamento de David, eu senti alívio.

Alívio absoluto que ainda havia bons homens neste mundo que não estavam comprometidos.

"Você o ama?" Ela perguntou lentamente. "Você só o conhece há um mês."

Eu a ignorei, pensando que seria melhor não chamar a atenção para o fato de que ela estava me atingindo.

"Ele não é o cara do tipo para o amor. Ele é ‘foda e vá para casa’, esse tipo de cara," disse ela, virando-se para mim agora.

Ela estava vestindo shorts curtos, que marcavam sua vagina, e uma regata justa que tinha algum tipo de símbolo da polícia sobre ela.

Como a mulher se tornou uma policial?

Ela era a epítome da loira burra. O que não dizia muita coisa, pois eu também era loira.

Como uma mulher como ela se tornou uma policial?

Eu tinha ouvido que o teste de aptidão do DPK era um dos mais difíceis de passar no Estado do Texas.

Será que ela teve que chupar o pau de alguém para passar?

"Sabe, quando ele me ligou na noite passada, tive quase certeza de que ele estava me chamando para vir até o seu apartamento por uma razão completamente diferente," disse ela maliciosamente.

A insinuação nesse comentário fez-me afastar da mesa para que eu pudesse colocar os pensamentos em ordem.

Assim que soltei o pé da roda, o giro do vaso diminuiu lentamente, antes de parar completamente.

Assim que tive certeza de que iria ficar onde eu queria, virei diretamente para a mulher, mãos enlameadas e tudo, e parei até que fiquei frente a frente com ela.

Ela levantou quando me viu chegando em sua direção, deixando cair rapidamente a revista sobre a mesa e erguendo seus ombros.

"Então me diga," eu disse, olhando para ela. "Qual é o seu problema?"

Ela se moveu para frente, aproximando o rosto no meu antes de me cutucar no peito.

"Ele é meu," ela grunhiu. "Estive esperando ele voltar. Dei-lhe tempo por causa da sua deficiência. Ele era tão bom, que valia a pena esperar."

Franzi as sobrancelhas para ela. "Ele não é deficiente. E se ele quisesse estar com você, ele estaria. Seu pau não foi afetado, e sim sua perna. E Foster não faz as coisas pela metade. Se ele quisesse você novamente, ele teria ido a você. O que significa apenas uma coisa. Ele não quer você."

Ouvi a fechadura da porta clicar para abrir, e o barulho dos passos de Foster entrando na sala.

Eu me virei e falei com ele?

Não.

Fiquei olhando para Alice, que também mantinha os olhos em mim.

"Estou deixando você saber agora que não vou desistir," ela sussurrou baixinho antes de recuar, pegar seu telefone e as chaves da mesa de centro, e caminhar ao redor da sala, como se ela não tivesse nenhuma preocupação no mundo.

Quando me virei, fiquei chocada ao ver que Foster estava saindo para o corredor com ela, em vez de vir até mim.

Apenas... o que?

Enquanto eu olhava a porta se fechar atrás dele, virei e voltei para a minha roda, molhando minhas mãos, mais uma vez, e terminando o meu vaso.

Além de alguns problemas, como a marca de unha no topo, e a borda mais espessa de um lado da abertura, estava muito bom.

Considerando todas as coisas.

Porém, assim que terminei, saí da roda, não estava mais com vontade de jogar potes.

Não era normalmente a maneira que jogo, de qualquer forma.

Após dez minutos ainda sem o retorno de Foster, fui para a pia, lavei as mãos, em seguida, entrei no chuveiro.

Fiz questão de trancar a porta, para o caso dele tentar entrar.

Ele não o fez.

Quando saí, me sequei rapidamente e entrei em seu quarto, surpresa ao vê-lo sentado na borda da cama, observando a porta do banheiro.

Ele olhou para mim.

"O que há de errado?" Ele perguntou.

Olhei para ele enquanto caminhava para a minha mala no canto.

Vestindo a calcinha por baixo da toalha, eu disse "Errado? O que deu a você impressão?"

Meu tom de sarcasmo estava em plena explosão.

E ele percebeu.

Suas sobrancelhas se ergueram. "O que isso deveria significar? Alice disse que não havia nada de errado.”

Eu bufei. "Isso é valioso."

Colocando meu sutiã, vesti depois um short curto que estava além de indecente, e uma camiseta que dizia, ‘Eu amo os rapazes do campo.'

Antes que eu terminasse de puxar a blusa para baixo, porém, Foster se aproximou.

"Diga-me," ele rosnou, os olhos quentes com ira.

"Não quero falar com uma garota sobre o quão bom você é na cama. Isto não é uma Kumba-porra-ya21. Sou uma mulher real de sangue e osso. Eu não gosto de compartilhar, e já provei o fato ao me divorciar do meu ex-marido, que, aparentemente, não teve nenhum problema com o compartilhamento. Talvez você deva pensar nisso da próxima vez antes de chamar alguma antiga paixão para cuidar de mim," resmunguei para Foster. "Uma que, posso dizer, ainda quer te foder."

Fiquei surpresa com a quantidade de veneno que fui capaz de verter naquele pequeno discurso. O que aparentemente surpreendeu Foster, também.

"Ela disse... o quê?" Ele perguntou incrédulo, não se afastando de mim.

"Você me ouviu, porra."

Ele piscou, empurrando seu corpo em direção ao meu, até que minhas costas estavam pressionadas contra a parede.

"Eu sei que você está chateada, mas não sei qual é o seu problema. O que ela disse não tem nada a ver comigo. Tem a ver com ela," ele retrucou. "Talvez você devesse parar de pensar que todo homem é como aquele pedaço de merda com quem você se casou."

Olhei para ele.

"Saia de cima de mim," solucei.

Ele deu um passo para trás, dando-me o espaço que pedi.

Irracionalmente desapontada por ele ter se afastado de mim, dando-me o espaço que solicitei, passei por ele e fui para o banheiro.

"Apenas me deixe em paz," eu disse enquanto batia a porta.

"Você ainda quer ir à festa comigo?" Foster rosnou através da porta.

Abrindo a porta, olhei para ele, deixando-o saber exatamente o que eu queria fazer com sua cabeça, decepá-la apenas com os meus olhos, e acenei confirmando.

"Sim, quero ir à festa com você," rosnei.

Então bati a porta novamente.

Ou tentei.

Ele a pegou antes que pudesse se fechar, abrindo-a a força.

O que, por sua vez, me forçou para trás.

Eu ainda estava louca.

Ele ainda estava louco por eu estar com raiva dele.

O que significa que, quando sua boca caiu sobre a minha, o nosso beijo era um beijo irritado.

Também não foi um beijo suave.

Estava quente, duro e pesado.

Ele beliscou meu lábio com força, afastando-se apenas tempo suficiente para segurar o meu short, arrancar o botão do buraco, e puxar com força pelas minhas pernas.

Ouvi o som de um rasgão, surpresa quando senti uma agitação entre as minhas pernas com a força que ele estava usando.

Sem qualquer preliminar, ele me virou, e me empurrou para baixo asperamente sobre o balcão do banheiro.

Minha camiseta e sutiã ficaram imediatamente encharcados pela água deixada sobre a bancada da minha rotina matinal, deixando minha blusa branca transparente.

Meus mamilos endureceram quando olhei para cima, vendo-o abrir bruscamente o seu próprio zíper, os olhos fixos em mim pelo espelho.

Ele não perdeu tempo rasgando um preservativo fora de sua carteira e esticando-o por cima de seu comprimento.

No momento em que o final do preservativo cobriu tudo o que poderia cobrir, eu estava praticamente ofegando em necessidade.

Nenhum de nós disse uma palavra quando ele alinhou o seu pau enorme com a minha buceta e bateu dentro.

Ele me encheu completamente em um impulso poderoso, batendo na entrada do meu ventre com tanta força que quase gozei com a surpresa.

Quando fazia sexo no passado, era normalmente lento e sensual.

Desta vez, porém, falava de necessidade, desejo e raiva.

Foda-se, pensei quando ele começou a se mover. Ele parece fodidamente divino tomando cada centímetro de mim.

Senti o calor correndo para o meu núcleo, reunindo agradavelmente na minha barriga, esperando o momento certo para transbordar.

Um impulso particularmente duro fez meus olhos, que eu não tinha percebido que fechei, abrirem em surpresa.

Olhei para ele, observando seus músculos flexionarem enquanto ele me tomava cada vez mais rápido.

Então, quando ele pegou o meu olhar, moveu a mão do meu quadril, e passou o polegar sobre minha entrada de trás.

Aquele lugar proibido com o qual eu só sonhava no conforto do meu quarto escuro.

Engasguei, meu cú franzindo em resposta, enquanto eu empurrava para trás contra ele ainda mais duro.

Ele não disse isso, mas a promessa estava lá.

Seria algum dia. Talvez não hoje. Ou amanhã. Mas um dia ele reivindicaria todos os buracos que me pertenciam. E eu permitirei.

Com essa promessa em meus olhos, ele pressionou mais forte, inserindo o polegar na entrada proibida.

E eu detonei.

Explodi fodidamente em pedacinhos.

Meu cú apertou seu polegar, causando arrepios eróticos que dispararam através do meu corpo.

Seu sorriso triunfante foi a última coisa que vi quando a minha visão escureceu.

Ou meus olhos fecharam, ou eu tinha perdido a capacidade de ver, porque quando finalmente consegui enxergar novamente, Foster tinha puxado para fora de mim e retirado o preservativo de seu comprimento.

Ele estava trabalhando-o lentamente.

Seu punho grande movendo-se sobre o comprimento duro de seu pênis.

Ele parecia muito irritado.

E quando ele se abaixou e levantou a calça sobre sua ereção furiosa, abotoando-a, eu sabia que isso não tinha acabado.

Nós teríamos isso novamente mais tarde.

Ele saiu sem olhar para trás, mas, mais uma vez, a promessa estava lá.

E eu nunca saberia quando isso estaria chegando.


CAPÍTULO 19


Quer irritar uma mulher? Apenas abra sua boca. Isso geralmente funciona.

- Palavras de sabedoria


BLAKE


Eu ainda estava brava quatro horas depois, enquanto nós dirigíamos para Benton, Louisiana.

Tão brava, na verdade, que eu não tinha dito uma palavra a Foster em todo esse tempo.

Eu normalmente não era alguém que dava o tratamento do silêncio, mas eu tinha certeza de que se dissesse uma palavra para ele agora, provavelmente me transformaria em minha mãe, e não queria que ele testemunhasse isso.

Afinal eu ainda queria que ele me amasse.

Não que ele dissesse essas palavras para mim.

Eu era uma mulher adorável. Como não me amar?

Eu brincava com um pedaço desgastado do meu short jeans que ia até o alto das minhas coxas.

A posição sentada mostrava mais das minhas pernas do que deveria.

O short era curto, e pensei em trocar, mas parecia incomodar Foster que eu vestisse algo tão revelador.

Não é como se estivesse mostrando minhas nádegas ou qualquer coisa assim, mas se me curvasse, ficaria visível.

Ele não disse uma palavra, que eram dois pontos a seu favor. Especialmente pela forma como ele me deixou lá, contra o balcão, depois que terminou comigo.

Percebi que ele não perdeu a ereção durante todo o caminho, no entanto.

O que secretamente me fazia feliz por ele estar sofrendo.

Olhei em choque completo para o clube The Dixie Warden MC.

Foster sequer esperou por mim.

Ele saiu do caminhão e começou a andar para dentro sem nem mesmo esperar para ver se eu o tinha seguido.

O que me irritou.

Realmente, me irritou muito.

Então, o que eu fiz?

Absolutamente nada.

Puxei o banco para trás, agarrei o casaco com forro de lã do DPK de Foster, coloquei sobre mim antes de fechar os olhos e ir para o sono do foda-se.

Foda-se ele e sua festa.

***

FOSTER


"Onde está Blake?" Viddy me perguntou.

Viddy era a minha cunhada.

Ela se casou com Trance há alguns anos e tiveram dois filhos lindos.

Uma menina e um menino.

Ambos que estavam atualmente se jogando aos meus pés. Ou ao meu pé. Os dois estavam realmente interessados na minha nova prótese.

"Não tenho ideia. Por aqui em algum lugar, acho," respondi, fazendo um esforço superficial para localizá-la.

Eu não estava preocupado que ela seria machucada pelos homens aqui.

A festa em que estávamos tinha uma tonelada de segurança, principalmente policiais fora de serviço, fuzileiros navais, RANGERS, SEALS, e muitos, muitos outros.

O clube também estava fechado por uma cerca de arame farpado de três metros de altura, e você tinha que ter um código para entrar.

E como esta era uma das festas da ‘família’, ninguém que não fosse das famílias, estavam aqui, o que significava que não havia nenhuma prostituta do clube ou penetras.

"Você não sabe?" Viddy perguntou em confusão. "Você não a trouxe aqui?"

Balancei minha cabeça. "Não. Quando a deixei, ela estava me dando o tratamento do silêncio."

Também fiquei surpreso com a minha falta de controle, que tinha sido a razão principal que a deixei tão abruptamente.

Não me orgulho da forma como acabei de tratá-la.

Na verdade, eu estava simplesmente envergonhado de mim mesmo pela forma que agi.

"Trance!" Viddy chamou.

Trance, que estava no bar falando com Kettle, um dos seus companheiros de Dixie Wardens, virou a cabeça para olhar para a esposa.

"O quê?" Ele chamou em voz alta sobre a multidão.

"Seu irmão é um idiota!" Ela gritou.

Balancei a cabeça, exasperado. "Você não sabe disso."

Ela virou seu olhar para mim quando disse, "Sim, sei."

"Nós já sabemos que ele é um idiota!" Trance berrou.

Miller, que se aproximou de nós e pegou o filho de Trance, Ford, em seus braços, começou a rir. "Isso é verdade. Nós já sabíamos que ele era um idiota."

Viddy voltou seu olhar para mim. "Vá encontrá-la. Traga-a para mim."

Suspirei, desembaraçando meu pé de um sobrinho muito animado para ver meu ‘estranho pé robô’, e saí para encontrar a minha dando-me-o-tratamento-do-silêncio mulher.

A mulher que não consegui encontrar em qualquer lugar do caralho.

Algo que descobri depois de vinte minutos procurando-a.

Foi aí que comecei a pirar.

Ela não teria tentado sair, certo?

O portão abre automaticamente a partir do interior.

Se ela quisesse, poderia ter saído com incrível facilidade.

Correndo para a minha camionete, pulei para dentro e bati a porta.

"Nós já estamos indo embora?" Blake perguntou, cansada.

Quase tive um ataque cardíaco.

Grande SEAL que eu era.

"Droga!" Gemi. "Você me assustou."

"Desculpe," ela sussurrou cansada. "Sinto muito."

Fechei os olhos e estiquei o braço para passar a mão sobre os cabelos compridos. "Desculpe por quê? Você não fez nada de errado."

"Tirei um cochilo, e superei minha irritação. Nunca quis te comparar a David. Sei que você nunca será como ele. É apenas difícil parar minha boca em alguns momentos," ela sussurrou.

Agora eu me senti horrível.

"Você não tem nada por que se desculpar, Blake. Isso tudo foi culpa minha. Nunca deveria ter deixado você com ela," expliquei. "Sem mencionar que agi como uma criança quando você disse o que tinha a dizer. Você só falou a verdade. Simplesmente não gosto de ouvir que estou errado," terminei.

Ela inclinou a cabeça e beijou meu pulso antes de me perguntar algo que fez meu coração parar no meu peito, e depois começar a bater em dobro.

"Você sabe que te amo certo?"

Fechei os olhos e senti a alegria daquelas palavras explodirem através de mim.

"Sim, eu imaginava que sim."

"Só isso?" Ela perguntou, rindo.

Suspirei e coloquei as mãos debaixo dela, então prontamente a puxei no meu peito.

Ela montou minhas pernas antes de sentar no meu colo, trazendo junto meu casaco que estava usando de cobertor.

Ela o envolveu ao redor de nós, passando seus braços sobre o meu pescoço e puxando meu rosto para o dela, me beijando.

"E para responder à sua pergunta," eu disse, inclinando-me para frente. "Eu também te amo."

"Fodidamente bom," ela suspirou, e depois me beijou novamente.

Meu pau, que já não estava muito feliz comigo, começou a enfurecer-se de novo.

Dez vezes pior agora do que antes.

Cada batida do meu pulso correspondia ao latejar de necessidade em minhas calças.

Algo que ela sentiu, fazendo-a sorrir.

"Você me quer, não é?" Ela exalou.

Apertei sua bunda para impedi-la de girar os quadris como eu sabia que ela queria.

"Sim. Eu sempre quero você. É como uma doença no meu cérebro. Uma doença que me faz pensar apenas em você e em sua buceta quente e suculenta," falei com franqueza.

Ela riu e moveu as mãos para o meu cinto antes de começar a abri-lo, logo seguindo para minhas calças.

Então sua mão pequena e quente pegou o meu pau, bombeando-o enquanto olhava em meus olhos.

"Você vai gozar dessa vez?" Ela perguntou com um sorriso.

Belisquei o seu traseiro.

"Sim," hesitei. "Coloque-me dentro de você."

Ajudando-a a baixar seu short indecentemente curto e a calcinha, ela pairou sobre a cabeça do meu pau antes de lentamente cair sobre mim.

"Oh, sim," ela gemeu quando eu a enchi completamente.

Sua bunda descansou em minhas coxas enquanto ela rodava seus quadris, permitindo-me escorregar incrivelmente ainda mais para dentro dela.

"Jesus," sussurrei, jogando a cabeça para trás enquanto a incentivava a se mover com as minhas mãos.

Ela entendeu o recado, bombeando seus quadris para cima e para baixo no meu pau, cada vez mais rápido.

A luz de segurança que estava acima da minha camionete acendeu, mas ignorei.

Sua buceta quente me segurou cativo, enquanto ela se movia, empurrando para frente e para trás, até que eu estava pronto para explodir.

"Você tem que sair. Não tenho um preservativo," implorei.

Ela parou completamente, e apertei meus olhos bem fechados enquanto desejava que minha liberação voltasse para minhas bolas.

Mas então sua própria liberação estourou livre dela.

Seus músculos apertaram meu pau sensibilizado, persuadindo-o a dar-lhe o que ele procurava.

Eu não consegui parar.

Ele estourou livre de mim direto em seu calor à espera.

Impulsos quentes e fortes jorraram dentro dela, banhando seu ventre disposto com minha essência.

"Maldição," eu disse, fechando meus olhos.

Meus braços apertaram em volta da cintura dela, e o meu abdômen contraiu.

"Oops," disse ela sorrindo, pedindo desculpas.

Eu sorri e puxei-a para frente. "Controle de natalidade na próxima semana, por favor. Acho que não posso mais fazer isso usando preservativos."

Ela assentiu com a cabeça contra o meu rosto, os lábios se movendo para cima e para baixo no meu.

"Agora... o que eu faço com a bagunça?"


***

Ela não estava usando calcinha.

Aquele short fodidamente curto, e ela não tinha nada por baixo dele.

Sem me surpreender, meu pau estava tão duro agora como estava quando estive dentro dela no meu carro.

Oh, ele esteve para baixo por um momento, mas quando ela sentou sua bunda no meu colo, assim que entramos, ficou furioso e pronto para ir novamente.

"O que você faz Blake?" Perguntou Viddy. "Tenho que dizer, não ouvi muito sobre você. Foster tem os lábios muito fechados."

Blake me jogou um olhar por cima do ombro. "Você tem vergonha de mim?"

Eu sabia que ela estava me provocando, os outros, no entanto, não.

Estávamos em uma mesa com meus dois irmãos e suas esposas, bem como alguns outros membros da Dixie Wardens.

"Sou uma despachante do DPK," ela respondeu, inclinando-se para frente para tomar um gole de cerveja.

"Então, você conversa com Foster em seu turno?" Perguntou Viddy.

Blake sacudiu a cabeça. "Sim e não. Na maioria das vezes eu só despacho chamadas para eles através do computador. Há momentos, no entanto, que eles chamam em algo que estão fazendo e falo com eles. Mas 'falar' não é o que realmente fazemos. Nós não estamos autorizados a fazer isso pelo rádio."

Viddy assentiu. "Então, você poderia estar na linha com ele em situações perigosas?"

Blake se fechou, e dei-lhe um aperto reconfortante.

"Sim, já passei por essa experiência. Não é algo que gostaria de repetir. Nunca," ela suspirou. "Mas amo meu trabalho, e continuarei fazendo isso."

"O seu ex não é policial?" Perguntou Mercy.

Ela assentiu com a cabeça para Mercy. "Sim, ele é."

Ela sorriu para mim com simpatia. "Miller me disse sobre ele. Eu sinto muito."

Ela encolheu os ombros. "Não é um grande negócio. É algo que aprendi a conviver. Além disso, se David não tivesse me traído, eu nunca o deixaria, e não estaria com Foster agora."

Empurrando seu cabelo por cima do ombro, corri meu nariz ao longo da parte de trás do seu pescoço, fazendo-a rir.

Antes que outra pergunta pudesse ser jogada em Blake, Sebastian parou na nossa mesa.

"Há uma pequena nota agradável ao lado de seu carro," disse Sebastian, me assustando.

Sebastian era o vice-presidente da The Dixie Wardens MC e um bombeiro no Corpo de Bombeiros de Benton.

Portanto, uma 'pequena nota agradável’ provavelmente não era uma ‘pequena nota agradável’, e sim uma nota ameaçadora. Algo que ele não queria que Blake soubesse.

"Levante-se e deixe-me ir com Sebastian," eu disse, acariciando sua coxa.

Ela levantou-se e meus olhos se concentraram em suas nádegas nuas antes de me levantar.

Merda.

Felizmente, ela se sentou de volta na cadeira, depois se moveu um pouco mais para frente, ficando sobre a saliência do bar, escondendo tudo para que eu não pudesse mais ver nada impertinente.

"Já volto," eu disse beijando sua testa.

Ela assentiu com a cabeça, mas continuou a conversar com Mercy e Viddy enquanto andei para fora atrás de Sebastian.

Não me surpreendeu encontrar Miller e Trance às minhas costas momentos antes de sair.

Eles eram protetores.

"O que a nota diz?" Perguntei enquanto caminhávamos.

Sebastian não disse uma palavra, apenas continuou andando até que chegamos à porta do lado do passageiro da minha camionete.

"Como isso aconteceu?" Perguntei em um tom enganosamente calmo.

Por dentro, no entanto, eu estava em chamas.

Minha mente rodando com o pensamento de que eu estava errado.

No início eu pensava que Blake estava segura. No entanto, aqui estava eu vendo a prova de que estava errado.

"Não sei, mas você pode apostar que vou descobrir," Sebastian prometeu.

"Você tem sorte de estar com a prostituta. Você não sabe que é ilegal foder em público?" Miller leu.

Cerrei os dentes.

"Como você não o viu fazer isso?" Perguntou Miller, caminhando ao redor do carro.

"Isso é.... isso é porra?" Trace perguntou, retirando a lanterna do bolso de trás e iluminado o pedaço de papel.

"Fodido filho da puta," rosnei.

Drooggaaa!

"Ele enfiou a porra da nota na minha porta com sua própria porra?" Gritei, meus braços acenando freneticamente. "Puxe suas malditas fitas."

Sebastian grunhiu e nós o seguimos, mas ele parou na entrada do clube, falando humildemente com o prospecto. "Coloque essa nota em um saco Ziplock da cozinha. Use luvas. Em seguida, lave o caminhão. Sim?"

O prospecto assentiu. "Sim."

Vinte minutos mais tarde encontramo-nos revendo as fitas.

"Esse é o irmão de Manny," disse Trance, olhando mais de perto.

"O irmão de Manny?" Perguntei.

Trance assentiu. "Sim. Ele é irmão de um membro. Um prospecto agora."

"Vá busca-lo," disse Sebastian.

Trance saiu, e voltou um minuto depois com um Manny muito confuso.

"O que está acontecendo?" Perguntou Manny.

"Seu irmão. Onde ele está?" Perguntou Sebastian.

"Ele disse que foi chamado para o trabalho," explicou Manny.

"Onde ele trabalha?"

Foi quando ele balançou o meu mundo.

"Departamento de Polícia de Kilgore."

Minha mente se apagou, e eu soube imediatamente o que tinha que fazer.

"Qual é nome dele?" Perguntei.

Manny piscou. "Quentin Ortiz."

Fechei os olhos, furioso que eu conhecia o filho da puta.

Ele trabalhava com evidências.

"Quem você está chamando?" Trance perguntou quando me virei para retirar o meu telefone do meu bolso.

Eu só usei apenas uma palavra.

"Shank."

"E o que ele vai fazer?" Perguntou Trance.

Eu sorri sem humor. "Encontrá-lo."


CAPÍTULO 20


Fodaconchego22 - um tipo de preliminar que começa com afagos, mas se transforma em sexo depois que a parte de aconchegar acaba.

-Palavra do dia


Blake


Eu sabia, assim que Foster desapareceu que algo estava errado.

E também sabia no momento em que ele retornou que algo estava seriamente errado.

Em seguida, ele desapareceu em um escritório, e não tinha saído desde então.

"Que festa é essa," murmurei, vendo que apenas as mulheres ficaram.

Os homens desapareceram devagar, deixando apenas as mulheres.

"Isso acontece às vezes. Eles são todos intrometidos," Viddy explicou. "Eles não aceitam ficar de fora da ação."

A mulher que conheci, chamada Baylee, riu.

Baylee era, aparentemente, a irmã de Luke, e esposa daquele homem que chamou Foster para o lado de fora.

Ela era muito bonita e tinha uma grande personalidade.

Eu podia ver por que alguém seria atraído por ela.

Inferno. Eu estava atraída por ela.

Apenas de uma forma amigável, é claro.

"Bem, acho que deveria me acostumar com isso, hein? Ainda fico meio assustada quando ele pega uma chamada da SWAT, no entanto. Meu pai também é um policial. No entanto, ele nunca é chamado como Foster é," expliquei.

"Quem é seu pai?" Perguntou Baylee. "Eu na verdade trabalho para o Corpo de Bombeiros de Kilgore. Só me pergunto se já não o vi por aí."

Sorri para ela. "Ele é um policial estadual. Seu nome é Lou Rhodes."

Ela me olhou estranhamente. "Foi ele quem salvou aquele bebezinho de ser sequestrado há dois anos?"

Eu sorri com carinho da memória. "Sim, é ele. O bebê tem três anos agora, e a coisa mais doce que já vi. Ele realmente vive na mesma rua do meu pai."

"O que aconteceu?" Perguntou Mercy.

Debrucei-me na minha cadeira e contei os eventos que levaram ao sequestro.

"Os pais eram jovens. Talvez dezesseis e dezessete anos, no máximo," eu disse, tomando um gole da minha cerveja antes de continuar. "Eles estavam brincando com a criança no balanço quando houve uma comoção no estacionamento. Um garoto correu para rua na frente de um carro, e o carro virou, batendo no banheiro que foi montado para as crianças. De qualquer forma, enquanto os pais correram para ver o que estava acontecendo, um homem saiu por trás do escorregador levando a criança quando eles não estavam olhando, fugindo com ele para o bosque.”

Todas assentiram, cativados com a história do meu pai.

"Seu pai era o homem que estava caminhando?" Baylee perguntou.

Concordei com a cabeça.

"Sim, ele estava nas terra do meu tio, a cerca de dezesseis quilômetros de lá. Ele caminhava ao longo do riacho, quando ouviu um bebê chorando e decidiu seguir o som," expliquei. "Ele encontrou o homem tentando enterrar o garoto vivo. Bateu na cabeça do homem com um galho de árvore e resgatou a criança. Eles mais tarde descobriram que não tinha sido a primeira vez que o homem fez algo assim. Aparentemente, foi o seu quinto. E lá era onde ele enterrava as crianças que sequestrava."

A boca de Baylee abriu em surpresa. "Não me lembro de ouvir nada sobre essa parte."

Dei de ombros. "Não foi algo que eles compartilharam com ninguém, exceto os pais dos falecidos. Foi em propriedade militar. Algo que meu pai recebeu uma multa por invadir. E mais tarde recebeu um agradecimento do seu departamento.”

"Uau!" Viddy exclamou. "Isso é incrível. Que alívio ter um fim para aqueles pais também."

Acenei com a cabeça. "Ele ficou muito abalado com isso. Acho que ele demorou uns dois anos para superar disso."

Assim, quando Viddy estava prestes a responder, ela soltou um grito e pulou da cadeira. "Merda, Kosher. Você me assustou."

Surpresa, olhei para ela por alguns segundos antes de me abaixar para olhar debaixo da mesa.

Foi quando vi um focinho de um cão muito grande.

"Oh, ele é muito bonito," sussurrei, puxando uma batata frita do meu prato e oferecendo ao cão um pouco de comida.

"Não o alimente. Ele vai ficar gordo," disse uma voz masculina divertida na minha frente.

Trance.

Deus, seus olhos!

Eles eram lindos. Um azul e um verde.

Ele era bonito, é claro, mas seus olhos eram o que fazia toda a diferença.

Eu podia ver por que ele foi nomeado de Trance pelo MC. Algo que Foster me disse durante as várias conversas que tivemos sobre a sua família.

"Não sei o que você está falando," desconversei, esgueirando a Kosher outra batata.

Ele lambeu a batata da minha mão, então engoliu por inteiro.

"Uh huh," ele concordou. "Eu posso ver isso."

Sorri sem arrependimento para ele. "Onde está Foster?"

Ele apontou para uma sala fora do bar. "Surgiu uma coisa. Fui enviado aqui para levar as mulheres para casa por um tempo. Você pode conhecer os filhotes."

"Filhotes?" Mercy e eu suspiramos, ao mesmo tempo.

Nós tínhamos feito surpreendentemente bem não insinuando sobre querer saber o que estava acontecendo. Seria uma batalha perdida. Algo que nós duas sabíamos que não iriamos ganhar, simplesmente pelo fato de que se Trance quisesse que nós soubéssemos, ele teria nos dito. Em vez disso, ele de forma limpa camuflou sobre os dois homens terem ‘algo a fazer', e nos disse o que iríamos fazer. E eu tinha certeza de que ele não aceitaria um não como resposta.

Suspirando, eu disse: "Vou com você com uma condição.”

Ele levantou a sobrancelha para mim. "E qual é?"

Sorri.

***


"Eu quero o branco," Mercy disse de sua posição no chão ao meu lado.

Oakley, filha de Trance, pegou o branco e entregou-o a Mercy. "Este é o favorito do papai. Você não pode ficar com ele. Você pode tê-lo, no entanto."

Ela apontou para o outro. O que o filho de Trance, Ford, estava atualmente torturando... Quero dizer segurando.

"Seu marido não vai deixar você ter outro,” Trance disse lentamente de seu lugar no sofá.

Ele estava coçando a cabeça de Tequila.

Tequila era a mãe da ninhada enorme. Ela também era um oficial K-9 treinada, mas Trance nunca tinha a usado em campo.

Kosher era o pai da ninhada, e surpreendentemente protetor com todos eles.

"Por quanto tempo eles precisam ficar com Tequila antes que estejam prontos para serem desmamados?" Mercy perguntou, ignorando totalmente o comentário de Trance.

"Eles estão prontos há uma semana e meia atrás, mas Viddy aqui parece pensar que estamos mantendo todos eles, o que definitivamente não estamos," disse ele, dirigindo o comentário à sua esposa, que estava sentada na cadeira ao lado do marido.

Viddy lhe lançou um olhar. "Não é que eu queira mantê-los, é só que quero que eles tenham casas realmente boas. Casas que eu possa visitar sempre que quiser, e assim verificá-los. Certificar-me de que eles estão felizes.”

Eu entendi isso.

Embora soubesse da morte do oficial K-9 aposentado um ano ou dois atrás, nunca o conectei a ninguém que conhecia até que Viddy o mencionou ao chegar à sua casa.

"Então eu posso entregá-los aos meus irmãos, fazê-los pagar, e você estará feliz?" Trance perguntou esperançosamente.

Ela considerou por um momento, e quando não encontrou nenhum problema com isso, respondeu simplesmente. "Sim."

Ele pulou da cadeira. "Vendido!"

Viddy riu enquanto eu olhava para o filhote no meu colo.

Eu estava atualmente com o bruto do grupo.

Trance e Viddy disseram que Ford tinha começado a chamá-lo de Morris, e eu tive que rir.

"Tenho um pássaro chamado Boris. Eles seriam melhores amigos," murmurei, acariciando o belo filhote de cachorro preto e marrom no meu colo.

Ele era seriamente a coisa mais adorável que já vi.

"Você tem um pássaro?" Trance perguntou com desgosto. "Eles não são grosseiros?"

Balancei minha cabeça. "Surpreendentemente, não. Ele é irritante, no entanto."

"Ele diz, ‘Explode dinamite’23 quando nós fodemos," Foster disse lentamente da porta.

Engasguei, cobrindo as orelhas da criança mais próxima, que por acaso era Ford. "Cuidado com a sua boca!"

Ele sorriu. "Tenho certeza que ele ouviu pior."

Trance bufou, sem dizer uma palavra. Viddy, porém, olhou para seu cunhado.

Sorrindo tortuosamente para Foster, ela virou seu sorriso maligno para mim. "Então Blake... você sabia que Foster odeia ouvir o som de lixa de unhas? E ele tem cócegas nos pés? Oh, ele tem medo de altura, embora não gosta de admitir. Ou... mmmmppph."

Foster cobriu a boca dela. "Lembre-se, minha querida. Sei coisas sobre você também. Tenho certeza que Trance adoraria saber o que você tem para ele."

"Você não faria isso," ela o olhou furiosa.

Ele sorriu maliciosamente. "Experimente."

Ela abriu a boca para, o que acho, para explodir com ele, mas a fechou com um estalo. "Respondendo sua pergunta anterior, Blake. Sim, você pode ficar com o cão."

"Não, ela não pode," Foster tentou.

"Por que não?" Perguntei.

Ele fez uma careta. "Porque o apartamento não permite animais de estimação."

Eu poderia dizer que ele estava mentindo.

"Na verdade, Downy ficou com Mocha lá por meses antes de se mudar. Tenho certeza de que eles não vão se importar," Miller disse, voltando da cozinha com uma cerveja para cada um dos irmãos.

Foster socou Miller no braço, fazendo-o balançar para trás e rir.

Sorri, apreciando a forma como os irmãos provocavam um ao outro.

Nunca tive nada parecido.

Meus pais tiveram outro filho alguns anos depois que nasci, mas ele nasceu morto. Algo que deixou eles tão arrasados que nunca mais tentaram novamente.

Olhei para o cachorrinho em meus braços. "Você quer vir para casa comigo, Morris?"

"Não! Seu nome não é mais Morris! É Molder!" Ford gritou em voz alta.

Pisquei. "Então, está tudo bem se eu levar Molder para casa comigo?" Perguntei ao garotinho.

Ele me estudou por um momento. "Sim, eu acho."

Viddy riu, dando um tapa no braço do seu marido. "Isso é totalmente você."

Ele deu de ombros. "Pelo menos isso é uma coisa um pouco boa. Ele tem o seu temperamento, no entanto."

Viddy sorriu largamente para o marido. "Isso é verdade."

"Trance, mamãe lhe disse que está chegando em duas semanas?" Miller perguntou, sentando-se no chão ao lado de sua esposa.

Trance sacudiu a cabeça. "Não. Por quê?"

Foster sentou-se no sofá diretamente atrás de mim, e me puxou, até que encostei em suas pernas.

"Ela disse que tem uma notícia e que queria nos dizer sobre isso pessoalmente," disse Foster, coçando a cabeça de Molder.

"Tem certeza de que quer um cão?" Foster sussurrou, interrompendo a conversa que eu estava ouvindo.

Concordei com a cabeça. "Sempre quis ter um cachorro. Ele é bonito, também."

Ele suspirou e puxou meu cabelo para trás até que eu olhasse para ele.

"Você sabe que eles cagam e mijam, e todas essas coisas divertidas, certo?" Ele perguntou.

Acenei concordando. "Sim. Vou perguntar ao Tio Darren se posso levá-lo para trabalhar comigo, e mantê-lo em seu escritório."

Ele bufou. "Sim, tenho certeza que isso vai acabar bem."


***

Mais tarde naquela noite


"Não. Nada de cães na estação," tio Darren declarou em voz alta através do telefone.

Eu sorri. "Downy tem um cão."

"O cão de Downy é um cão policial treinado. O seu ainda não tem o controle de sua bexiga. Não. Isso não vai acontecer," ele confirmou.

"Ele está vindo comigo. Vou comprar-lhe uma caixa e tudo," declarei com firmeza.

Foi à vez de meu tio rir. "Você não é especial. Não permito cães de ninguém lá. Por que deveria permitir o seu?"

Eu sorri, sabendo que o ganhei. "Porque sou a sua única sobrinha e você me ama?"

Ele suspirou. "A primeira reclamação que tiver sobre ele, ele irá embora. Entendeu?"

Desliguei uma mulher feliz.

"Você é tão ruim," disse Foster da cama.

Ele estava deitado de costas, com as mãos apoiando a cabeça enquanto assistia o noticiário das dez horas na TV em frente a ele.

Levei um Molder recém banhado ao banheiro e o fechei lá.

Ele se deitou sobre o tapete de banho, praticamente desabando com um suspiro.

"Sim, sim eu sou," concordei enquanto rastejava sobre a cama.

Não parei sobre o que vim a chamar de ‘meu lado’ embora. Em vez disso, fui para o lado de Foster, sentando em seu colo. Acomodando minhas pernas de cada lado das suas.

"Diga-me o que está acontecendo," perguntei, sabendo que já esperei tempo suficiente.

Ele suspirou e desligou a TV com o controle antes de jogá-lo na mesa de cabeceira ao lado dele.

Suas mãos se estabeleceram em cada lado dos meus quadris enquanto olhava nos meus olhos.

Deus, ele era tão bonito.

Seu cabelo loiro normalmente encaracolado estava mais liso agora, provavelmente porque ele passara muito tempo correndo os dedos através dele. Algo que ele fazia quando ficava preocupado ou nervoso.

"Achamos que encontramos o homem responsável por atirar contra a sua casa," ele falou finalmente.

Pisquei. "Como?"

Ele apertou meus quadris levemente enquanto repeti.

Seus olhos estavam duros, mas sua voz foi mais suave.

"Havia uma nota na porta da minha camionete," ele explicou. "Nós puxamos a gravação das câmeras de fora, e o encontramos. Ele é o irmão de um dos homens da The Dixie Wardens. Um membro novo que se transferiu para cá da unidade do Alabama," explicou.

"Certo," eu disse. "Então, você já o encontrou?"

Ele negou. "Não. Mas tenho alguém sobre ele. Assim que o encontrar, vai nos avisar."

Estudei seu rosto. Notando a leve torção do seu nariz, e a maneira como ele apertava e soltava os dentes, enquanto esperava o que eu diria em seguida.

"Eu deveria estar preocupada?" Perguntei.

Ele fechou os olhos. "Gostaria de dizer que não. No entanto, não vou lhe dar falsas esperanças. Você precisa estar vigilante e certificar-se de nunca está sozinha. Mas isso também não quer dizer que eu não possa mantê-la segura. O que eu farei. Tudo bem?"

Concordei. "Tudo bem."

Eu sabia que ele faria, também. Com a sua vida.


CAPÍTULO 21


Os pais são protetores para a vida. Até o final.

-Palavras de sabedoria


FOSTER


"O que você quer dizer com não o encontrou ainda?" Perguntei.

Eu provavelmente estava louco pra caralho por gritar com Lou ‘Shank’ Rhodes, mas não conseguia me conter.

"Ele está se escondendo. Não foi à sua casa em quatro dias, e não foi trabalhar também," Lou grunhiu.

Eu sabia que não era mais fácil para ele, mas paciência tem um limite.

"Silas está buscando o seu nome através de qualquer banco de dados que ele tem acesso. Gabe não encontrou uma maldita coisa sobre ele além do seu registro de serviço exemplar," resmunguei em frustação.

Aparentemente Quentin Ortiz teve sorte pra caralho. Ele conseguiu escapar de cada lugar que tínhamos sido capazes de localizá-lo nos últimos quatro dias.

Seu irmão estava disposto a ajudar, e nos forneceu todos os endereços conhecidos que poderíamos o encontrar, praticamente jogando seu irmão aos lobos.

Aparentemente, Manny e Quentin não se davam muito bem, e isso foi provado.

Beep.

"Ahh, espera, Lou. Manny está me chamando," falei.

"Basta me ligar de volta," disse ele antes de desligar.

Revirei os olhos e mudei de linha.

"Alô?" Respondi.

"Ele tem uma mulher... ou tinha uma mulher," disse ele. "Lembrei-me dela na noite passada. Ele costumava falar sobre visitá-la o tempo todo antes de se machucar e ficar em dificuldades. Seu nome é algo como Cherry... ou Mary ou alguma coisa assim."

Estremeci. "Você sabe onde ela mora?"

"Pelo que me lembro, era na Fifth Street. Estou dirigindo nessa direção agora."

"Bom," eu disse. "Vou encontrá-lo na esquina da Exxon."

"Entendido. Vejo você em vinte."

Retornando com minha viatura, dirigi-me à Exxon, que estava a menos de cinco minutos da minha localização.

Manny apareceu nos vinte como ele disse que iria, parando em direção oposta ao meu carro para que pudéssemos conversar através da janela.

"Vou apontá-lo para você, se eu puder," disse ele.

Acenei com a cabeça, e o segui.

Não demorou muito para ele encontrá-lo.

Na verdade, foi na quarta casa que passamos.

Ele parou, encostou e saiu.

Eu fiz o mesmo, encontrando-o no meio da calçada, nós dois olhando para a simples casa amarela.

Não era nada especial, realmente.

Apenas uma simples casa térrea no centro histórico de Kilgore.

Cara para alugar e mais cara para possuir.

"É essa?" Perguntei.

Ele assentiu. "É essa."

Balançando a cabeça, peguei meu telefone e fiz uma ligação.

"Preciso que você dê uma olhada em alguma coisa para mim,” eu disse a Gabe.

"Manda," ele disse, os dedos clicando em um computador.

"O endereço é Fifth Street 623. Você pode me dizer quem era o morador de lá? Provavelmente se mudou no ano passado, porque os vizinhos acham que a mulher saiu por volta dessa época," expliquei.

O teclado continuou a clicar enquanto esperava impacientemente pelos resultados.

Então fiquei atordoado.

"Berri Aleo foi à inquilina mais recente."

Filho. Da. Puta.


***

SHANK


"Você está me dizendo que aquele pau idiota do ex dela fez isso?" Perguntei com cuidado para esclarecimento.

Minha mão se apertando quando Foster começou a explicar.

"A casa onde Manny costumava ser visto foi alugada pela última vez por Berri Aleo. A nova noiva de David. A mesma com quem ele traiu Blake," Foster esclareceu.

Apertei os olhos bem fechados, enojado além do limite que alguém que tinha prometido amar e proteger a minha filha, minha menina, tinha tão pouco respeito por ela que poderia fazer algo parecido com isto.

Pode ter sido apenas por associação, mas foi por causa dele que tudo aconteceu.

"O que mais seu homem encontrou?" Perguntei, levantando-me para recolher minhas coisas que iria precisar.

"O endereço mais recente listado como vivendo um David Dewitt. Também tem um apartamento alugado na South Tenth Street," ele respondeu. "Estou indo para lá agora."

"Não, você não está. Você não precisa ter nada a ver com isso. Recue." Pedi.

"Você não pode me mandar fazer nada," Foster argumentou.

Eu sorri. Observe-me.

Desligando, a próxima chamada foi feita para o meu irmão.

"Alô?" Darren respondeu no quarto toque.

"Preciso que você chame a equipe da SWAT. Agora."


CAPÍTULO 22


Meu coração sangra quando penso em perder o homem com o qual eu comparei todos os meus potenciais maridos.

-Blake


FOSTER


Eu estava lívido.

Shank me fez ser convocado para uma reunião de merda, e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso. Não se quisesse manter o meu trabalho.

Chefe Rhodes tinha sido cuidadoso ao me avisar antes de desligar, depois de ter me ligado pessoalmente.

Entrei no escritório do chefe, nervoso por estar aqui enquanto deveria estar em outro lugar.

"O que está acontecendo?" Perguntei sombriamente.

O chefe olhou para cima, e recostou-se na cadeira do computador.

"O que você fez para irritá-lo?"

Sacudi minha cabeça. "Nem uma coisa maldita da porra. Encontrei uma pista sobre Quentin Ortiz. Ele me disse para ficar longe. E teve a certeza de que eu ficasse."

"Ele o quê?" Ele perguntou, curvando-se sobre sua cadeira e levantando-se.

Acenei a cabeça. "Sim, eu o encontrei. Ou posso ter. Ele está hospedado em um apartamento de propriedade estúpida com quem David Dewitt se casará."

O chefe grunhiu em frustração.

"Pegue a equipe e vá. Agora," o chefe ordenou.

Segui suas instruções, indo para a sala de guerra, encontrando todos os homens preparados e prontos para ir.

"Que diabos está acontecendo?" Luke perguntou frustrado. "John diz que não houve chamada."

Então, a voz do despachante, uma que trabalhava com Blake, veio em nossos rádios. "Código 11. Repito, código 11. South Tenth Street 5211. Vizinhos relatam tiros disparados e um policial na cena sendo arrastado pela porta da frente."

Movemo-nos como um.

Peguei minhas roupas no caminho, me trocando na parte traseira de Rita antes de chegarmos à cena.

Enquanto fazia isso, dei-lhes um resumo do que tinha encontrado até agora.

"Então, você não tem ideia do que vamos fazer, não é?" Perguntou Bennett.

Acenei com a cabeça. "Não. Nem uma única ideia."

"John," Luke disse em seu rádio. "Diga-me o que você tem."

John era o nosso homem do computador.

Ele poderia realizar malditamente quase tudo com um computador, desde que não estivesse protegido pelas normas legais. E foi por isso que eu não havia levado a ele o que Gabe estava fazendo por mim.

Ele poderia ter facilmente encontrado as informações também, mas eu não queria trazer ninguém para dentro dessa situação e fazer isso azedar. Algo que eu esperava que seria o resultado deste dia se não fossemos cuidadosos.

***

SHANK


"Você vai morrer," eu sorri.

Eu sabia que estava prestes a morrer, mas me sentir melhor sabendo que ele estaria indo para baixo comigo.

Carma é uma cadela, filha da puta.

Mas não conseguia superar o fato de que tinha feito algo tão monumentalmente estúpido.

Na minha cabeça eu era o durão que todo mundo pensava que eu fosse, mas na realidade eu era um homem chateado tentando proteger sua filha. Um homem que sabia fazer melhor do que entrar em uma situação instável, sem qualquer planejamento prévio.

Eu tinha fodido tudo. E agora minha filha sempre pensaria que isso era culpa dela. E foi por isso que fiz a próxima coisa estúpida.

Liguei para o 911 no meu celular. Fazendo exatamente o que a pequena cabeça de merda queria que eu fizesse.

Eu queria ter certeza de que o bastardo pagasse. Ele precisava cair, e eu teria certeza de que ele iria, nem que isso fosse à última coisa que eu fizesse.


***

FOSTER


"A chamada do 911 veio um minuto atrás como você disse," John confirmou. "Consegui para que Pauline atendesse a chamada. Blake sabe que é seu pai, no entanto. Ele diz que foi tomado como refém e o homem está o obrigando a fazer a chamada."

Engoli a bílis que se formou na minha garganta enquanto pensava nela tendo que ouvir seu pai chamando.

Maldição, eu era tão estúpido. Nunca em um milhão de anos eu teria pensado que Lou iria sair precipitadamente como fez, caso contrário nunca teria dito a ele.

Nunca.

Acabei de matar o pai da minha futura esposa, e não havia uma maldita coisa que pudesse fazer sobre isso.

"Você já tem a planta do apartamento?" Luke perguntou a John.

"Estão a caminho do seu computador agora. A metade inferior do edifício está em construção. Então você não terá que se preocupar com o elevador. Apenas um conjunto de escadas, e dois apartamentos no segundo andar. Ele está na primeira porta. A segunda porta está ocupada, mas o inquilino não está lá. A polícia tem uma faixa delimitada,” explicou John.

"10-4," Luke confirmou. "Estamos a caminho."

Subimos as escadas, dois de cada vez, olhos treinados na frente e atrás de nós.

Luke e eu estávamos no topo, Miller e Michael atrás de nós, em seguida, Bennett e Nico.

"James," Luke disse quando chegamos no topo. "Você tem alguma visão?"

"Negativo," James respondeu imediatamente. "As cortinas estão fechadas. Para não mencionar que o vidro está coberto com algo fosco. Não tenho nada."

"Porra," Luke suspirou. "Tudo bem rapazes. Vamos nos mover."

Luke sinalizou com as mãos, então deixei minha espingarda sobre meu ombro, a alça de travamento da arma aproximadamente sobre o meio das minhas costas.

Então peguei o que era considerado a ‘aldrava’ da porta e empurrei-a para abrir.

Ela abriu como um graveto arrancado do galho.

Caí para baixo, permitindo aos meus colegas oficiais que me cobrissem, e foi aí que começou o tiroteio.

Meu mundo explodiu, e a última coisa que vi antes da 'névoa vermelha' foi o sangue de Lou pulverizando toda a parede branca.

Exceto que quando a poeira baixou, e a arma que estava salpicando a parede acima da minha cabeça com balas finalmente parou, percebi que não havia qualquer ‘humano’ atirando em nós. Quem esteve aqui tinha escapado. A única coisa que restava era um AK-47 equipada para disparar assim que a tração na porta fosse liberada.

Algo que eu mesmo tinha feito quando destravei a aldrava da porta.

Tudo isso foi por nada.

Corri para dentro, espingarda no meu rosto apontando para o buraco no chão. Provavelmente por onde Quentin Ortiz fugiu.

Caindo de joelhos ao lado de Lou, coloquei meu ouvido ao lado de sua boca.

Não precisava ver suas feridas para saber que era sério.

Foi além de sério.

O AK-47 quase rasgou Lou ao meio, pois ele foi colocado na frente da arma.

Ele tinha caído para o lado no último segundo, mas não ajudou. Não o suficiente, pelo menos.

Ele estava ainda, com pelo menos oito balas alojadas em sua barriga.

"A nova esposa," Lou resmungou. "É para onde ele está indo. A nova esposa."

Abaixei minha testa em direção a Lou. "Você vai ficar bem."

Ele riu, mas começou a tossir antes mesmo que conseguisse expelir o ar para fora completamente. "Não minta. Apenas cuide dela. Prometa."

Fui empurrado para o lado pelos médicos, sem saber quando eles chegaram, mas feliz que a cena tinha sido liberada e que foi muito rápido.

"Eu vou, Lou. Eu vou. Agora deixe que eles cuidem de você,” eu disse, ficando de pé.

Ele olhou para mim. Diretamente através de mim, na verdade.

"Vou fazer isso até que possa dizer adeus a ela. Não irei antes disso,” ele resmungou.

À medida que o levaram para fora da sala, fiz uma promessa.

Ninguém jamais saberia que Lou ‘Shank’ Rhodes não estava realmente no turno naquele dia. Tudo que eles saberiam era que ele morreu como um herói, e eu teria certeza disso.


***

BLAKE


Caí de joelhos, a força rapidamente abandonando as minhas pernas, enquanto os últimos vinte minutos apenas se repetiam uma vez atrás da outra na minha cabeça. Eu tinha feito tudo o que podia? O que deveria fazer agora? Será que a minha mãe sabe? Será que ela se importaria?

Eu havia acabado de ouvir o meu pai, o homem que admirei a minha vida inteira, fazendo sua própria chamada para o 911.

Eu, felizmente, não fui aquela que pegou a chamada.

Tinha sido Pauline.

Mas ouvi a chamada sendo passada, no entanto.

Essa também era uma chamada de um oficial em perigo; o que significava que, enquanto Pauline atendia a chamada, liguei para o reforço e dei-lhes informações em tempo real.

A porta da expedição se abriu, e meu tio, parecendo despenteado, lançou-se apressado para dentro.

Ele me viu lá, de joelhos, e imediatamente caiu no chão ao meu lado, me pegando em seus braços.

"Vai ficar tudo bem, querida," ele sussurrou. "Vamos. Podemos chegar ao hospital em dez minutos."

"Mas Pauline ficará sozinha," chorei.

Ele balançou a cabeça, me levantando junto com ele. "Não se preocupe com ela. Ela tem a situação sob controle. Ela pode lidar com isso por dez minutos até que o reforço chegue."

Concordei, sem saber o que dizer.

Pauline olhou para mim enquanto eu passava, ainda na linha com quem ela estava falando pelos últimos dez minutos.

Eu não sabia, e realmente não me importava. Meu pai foi baleado e estava a caminho do hospital.

Eu sabia apesar de tudo.

Sabia bem lá no fundo que ele não iria sobreviver.

Seria um pequeno milagre se nós chegássemos e ele estivesse vivo.

Mas acho que milagres acontecem, porque no momento que passei correndo pelas portas do hospital atrás do tio Darren, e direto para à sala de Trauma, ele ainda estava vivo.

Mas ele não parecia bem.

Absolutamente.

"Papai," murmurei, olhando para ele.

O quarto em torno dele estava uma bagunça.

Enfermeiras escorregavam no sangue do meu pai que estava derramando do seu peito a um ritmo alarmante; os médicos tentando estancar o fluxo com pouco sucesso.

Meu pai olhava diretamente para mim.

Sua mão, coberta de sangue velho e novo, estendeu-se para mim.

Um dedo solitário torto, e um soluço prendeu na minha garganta.

Fui até ele.

Eu não tinha escolha.

Eu nunca, nunca, lhe dei o que ele queria.

"Ei!" Uma voz forte e irritada falou. "Tire-a aqui."

Ignorei o comando, me esquivando de outra enfermeira, que deslizou e caiu de bunda no sangue aos seus pés.

Não tirei os olhos do meu pai ir, apesar de tudo.

"Querida," ele murmurou.

Sangue escorreu da sua boca, e ele tossiu.

Meus olhos começaram a lacrimejar, e as lágrimas que estive segurando por força de vontade, finalmente transbordaram.

"Papai," implorei, apoiando meu rosto em sua cabeça. "Não me deixe. Por favor, não me deixe."

Eu não estava mais com vinte e quatro anos. Eu era a menina do meu pai. Sua única menina. A mesma menina que costumava rastejar na sua cama e se aconchegar ao seu lado.

A mesma garotinha que costumava ir atirar com ele nos fins de semana, em algum tempo de pai e filha.

A menina que pediu ao seu pai para acompanhá-la ao seu baile de formatura porque o namorado, na época, tinha adoecido com um vírus estomacal.

A menina que deveria ter seu casamento de conto de fadas... Com o pai andando com ela até o altar.

A respiração em meus pulmões falharam quando o ouvi ofegar, então a vida que havia ali começou a diminuir.

"Dê-me mais um abraço, garotinha. Eu a amo..." Em seguida, ele se foi.

"Não," chorei. "Por favor. Salve-o!"

Gritei estridente, e devastada.

Tudo o que eu sentia naquele momento saiu nas minhas palavras, e sabia que não estava sendo racional. Ninguém poderia sobreviver ao que ele passou.

"Hora da morte 02:02," disse uma voz masculina triste acima de mim.

"Papai," sussurrei. "Deus. Por favor, não vá. Por favor."

Minha voz estava rouca no momento em que senti braços surgirem em torno de mim.

Então me virei e vi Foster, vestido inteiramente em seu uniforme da SWAT, até mesmo o capuz ainda parcialmente cobrindo o seu rosto bonito, de pé atrás de mim.

Seus olhos, no entanto. Esses estavam assombrados. Devastados. Destruídos.

"Foster," chorei suavemente. "Ele se foi."

"Eu sei menina. Eu sei,” disse ele.

"Você quer doar seus órgãos?" Uma voz feminina e corajosa perguntou diante de mim.

Olhei para os olhos de uma mulher pequena, com cabelo preto escuro acinzentado.

Acenei com a cabeça, sabendo que era exatamente o que ele queria. "Sim."

Em seguida, eles o levaram embora, e eu o perdi.

Eu nunca mais o ouviria me chamar de bebê.

Nunca mais.

Nunca.

Para sempre.


CAPÍTULO 23


Dizem que o tempo cura todas as feridas... bem esses filhos da puta podem chupar. O tempo não cura nada. Apenas Jack Daniels24 cura.

-Nota para si mesmo


O funeral do oficial Louis 'Shank' Rhodes


Três dias depois


Blake


Eu estava com uma rosa em minha mão, e arranquei as pétalas, uma a uma, enquanto ouvia meu tio Darren discursar sobre a diferença que o meu pai fez em sua vida.

Foi um discurso.

Realmente bom.

Mas eu sabia que se prestasse atenção, se realmente me envolvesse no discurso como os outros ao meu redor estavam fazendo, eu iria desmoronar.

Eu cairia de joelhos e começaria a lamentar como uma criança.

E sabia que não poderia fazer isso.

Não na frente de tantas pessoas.

Oh, eles entenderiam, mas nunca me perdoaria.

Eu só tinha que ser forte. Só teria que passar pelas próximas três horas, e então poderia ir para casa. Poderia me aconchegar nos braços de Foster, e chorar até dormir como fiz nas últimas duas noites.

O nó estúpido, que esteve ali por dias, começou a aumentar quando meu tio desceu as escadas e foi direto para o caixão de meu pai.

O caixão era muito bonito. Mas você não podia ver muito dele devido à bandeira americana que o cobria.

Uma grande imagem do meu pai na última foto que ele tirou. Estava em pé atrás do caixão com uma enorme faixa das medalhas que ele tinha conquistado ao longo de sua carreira, pendurados no canto da armação.

Suspirei.

Tentava duramente conter o grito de dor que sentia surgindo em mim.

"Baby," Foster disse, me puxando para seu lado.

Então minhas lágrimas explodiram, e chorei na frente de milhares de pessoas.

Quebrar era uma palavra muito pequena para descrever esse momento.

Foi como se tivesse desmoronado.

Mas, então, a coisa mais engraçada aconteceu.

Em vez de Tears in Heaven25 começar, como eu havia escolhido, I Shot The Sherriff26 explodiu através dos alto-falantes em vez disso.

Ergui minha cabeça, e olhei em volta, assustada.

Finalmente, encontrei a fonte do estrago.

Foi a expressão no rosto do atendente que fez a minha risada escapar.

Isso era tão parecido com o meu pai, controlando as coisas até no céu.

Levantei-me, e caminhei direto para o atendente que estava freneticamente tentando mudar a música.

Foi intervenção divina, no entanto.

Na minha opinião, isso não mudaria em breve.

Colocando minha mão sobre a do homem que estava furiosamente clicando no enorme X na parte superior da tela, acalmei seus dedos e disse, "Está tudo bem. Gosto mais dessa música."

Ele olhou para mim, observando meus olhos, depois relutantemente retirou a mão.

Pegando o mouse, diminuí o volume em vez de tirar a música completamente, em seguida, fiz meu caminho para o pódio.

Uma nova força tomando conta do meu corpo.

Quando passei pelo caixão de meu pai, corri meus dedos ao longo do comprimento, sorrindo tristemente.

Diante de sua foto, pressionei um beijo em meus dedos, em seguida, coloquei-a na bochecha do meu pai antes de subir as escadas.

O funeral estava acontecendo no estádio local.

Não havia literalmente nenhum lugar grande o suficiente que coubesse as pessoas que eram esperadas para aparecer.

E elas vieram.

Cada arquibancada, assento fixo e parte superior estava tomada.

Inferno, havia até mesmo alguns na faixa de pedestres, que corria para a rua.

Observei as pessoas.

Rostos familiares e alguns não.

Saltei a minha mãe.

Ela estava não muito atrás, ao lado de sua irmã.

Ela estava toda de preto, como se não tivesse entregado ao meu pai os papéis do divórcio apenas três dias antes dele morrer.

Ele me escolheu quando ela o fez escolher, e ela seguiu com sua promessa de divórcio. Ela tinha ido tão longe que fez tudo on-line, tendo os documentos sendo enviados para o meu pai enquanto ele estava no trabalho.

Eu não falei com ela desde então.

Saltando sobre a forma carrancuda da minha mãe, finalmente foquei em Foster.

Tio Darren e tia Missy do outro lado dele. Um espaço entre eles onde estive sentada apenas alguns momentos antes.

"Eu não iria me levantar e vir aqui falar," falei à multidão, os olhos percorrendo os muitos rostos tristes. "Na verdade, antes da música começar, eu tinha certeza que morreria de tristeza."

Eu não ia mentir. Ainda doía. Machuca tão forte que era difícil respirar... mas sabia que iria sobreviver.

Só para ele, eu seria forte e diria o que estava em meu coração para fazê-lo orgulhoso de mim de onde ele estava me olhando.

Eu chutaria traseiros, e o faria orgulhoso.

"Há poucos dias atrás, fui entrevistada pelo jornal local," ofeguei. "Eu realmente, realmente não queria falar com o repórter, mas sentia que a história de meu pai precisava ser lembrada. Que ele merecia ser lembrado."

Olhei para o pódio e disse-lhes o que me recusei a dizer para a repórter.

"Ela me perguntou qual era a minha lembrança favorita do meu pai, e eu não pude escolher uma," solucei. "Eu estava mentindo, no entanto. Eu tinha uma. Todo mundo tem uma. Mas uma em particular, mudou o curso da minha vida. E isso só aconteceu há algumas semanas. A última vez que pude passar com ele antes que ele fosse baleado e morto naquele tiroteio.”


***


FOSTER


Segurei o olhar de Blake esperando o que ela diria em seguida. E eu sabia antes que as palavras saíssem de sua boca que elas iriam me derrubar.

Iriam arrancar meu coração e pisar nele.

E eu estava certo.

Mas foi um tipo bom de dor, porém.

"Nós saímos, estávamos bebendo uma cerveja quando ele me disse que minha mãe resolveu deixá-lo," ela disse suavemente.

O microfone pegou sua dor, entretanto, e irradiou-a através de todo o estádio para que todos ouvissem.

"Perguntei-lhe qual era o ponto do amor se o divórcio era possível depois de estar com alguém por trinta e tantos anos," disse ela, enxugando uma lágrima solitária. "Então sua resposta para mim foi, que eu deveria tirar minha cabeça da minha bunda."

Ela começou a rir em meio às lágrimas, e eu não queria nada mais do que ir lá e puxá-la para meus braços.

Mas a deixei lá para contar a história que eu sabia que ela precisava tirar de seu peito.

"Após um momento de silêncio, chocada, repreendi meu pai por sua linguagem, e ele foi direto comigo." Ela sorriu, um canto do lábio levantando mais do que o outro. "Ele disse, 'Blake Boston Rhodes. Eu não criei nenhuma idiota. Você tem um homem que é um durão filho da puta. Ainda mais forte do que eu. Quer saber por quê? Porque vi o jeito que ele olhou para você.’"

Ela aprofundou sua voz, chegando mesmo a colocar um pequeno sotaque em suas conotações.

"Após mais um momento de silêncio, chocado da minha parte, perguntei o que ele queria dizer. E sua resposta foi, "Querida, não é preciso ser um cientista de foguetes. Sua mãe e eu nos divertimos muito. Nós vivemos, nós amamos, mas o que tínhamos não era puro como o que você e esse menino têm. O que você tem resistirá ao desafio do tempo. Ele moveria fodidas montanhas por você. Tudo que você tem a fazer é deixá-lo entrar. Diga-lhe o que você quer. E quando ele vier e pedir sua mão em casamento, o que bem sei que ele vai fazer, vou dizer-lhe que não. Então ele virá e a levará de mim de qualquer maneira. Isso... Isso aí é o que me diz que ele quer você. Ele não se importa que a mulher que ele ama é a filha de Shank Rhodes. Ele se importa que você esteja feliz, e você é você. É com isso que ele se importa. Então, quando ele lhe pedir para ser sua, você será a garota inteligente que sei que você é, e lhe dirá ‘porra’ sim.’”

Tossi, rindo com o resto das pessoas no estádio, quando ela contou o que o pai tinha dito.

Lembrei-me, no entanto, do que ele disse, apenas um dia depois, quando lhe perguntei.

"Sim. Mil vezes sim. Porque sei que você vai tratá-la como merece. Mas você diga a ela que eu disse que não, porque ela precisa saber que estou lá para protegê-la, se ela precisar. E saiba que sempre estarei observando você, mesmo se estiver morto e enterrado. E vou encontrar uma maneira de chutar sua bunda do outro lado da sepultura, rapaz. Foda-se e você verá."

"Então ele me deu um abraço e me trouxe outra cerveja, onde nós começamos a ficar bêbados e celebrar que ele era um ‘homem livre,’ como ele gostava de chamá-lo," ela riu. "Nunca fiquei bêbada na minha vida, mas naquela noite, por ele, eu fiz isso."

Então, como se estivéssemos em um filme maldito, o pager de cada membro da equipe SWAT começou a disparar.

Os olhos lacrimejantes de Blake focaram no meu rosto, e ela sorriu, o primeiro sorriso sincero que eu tinha visto nela em dias.

"E é isso, rapazes, é para isso que meu pai vivia. A emoção da perseguição, a sensação de pegar o cara mau. Não percam tempo. Saiam daqui e fiquem seguros," ela ordenou calmamente.

Como se estivesse em transe, levantei-me e, na frente de milhares de pessoas, soprei-lhe um beijo. Um que ela pegou e colocou sobre seu coração.

Te amo, murmurei.

Ela piscou e murmurou de volta, eu também te amo.


***


"Você já contou a ela?" Miller perguntou.

Levantei meus olhos da minha posição sentado nos degraus da varanda da casa do chefe e balancei a cabeça. "Não há nada para contar."

Tomei um gole da minha cerveja, que se transformou em mais de um quando pensei sobre quão injusto eu estava sendo.

Blake merecia saber de tudo, mas não conseguia encontrar coragem para contar a ela.

"Há algo para contar. Ela precisa saber. Merda como esta," Miller balançou a cabeça. "Acaba saindo. Em algum momento. Alguém vai escorregar, e ela vai descobrir a sua participação nisso tudo. Ela vai saber que você foi o único que..." Levantei a mão para parar o discurso de Miller.

"Eu sei," suspirei, esfregando meus olhos o melhor que pude com uma garrafa de cerveja na mão. "Eu fodidamente sei."

"Ele não tem que me dizer nada. Eu já sei tudo," uma voz suave, cheia de dor falou do lado oposto da grade.

Por trás das nossas costas.

Ela veio para a parte de trás da casa, provavelmente procurando um tempo sozinha, mas tinha entrado no meio da minha festa de piedade.

Miller me deu um tapa nas costas enquanto passava, voltando para dentro, onde estava sendo realizada uma recepção em homenagem a Lou.

Virei-me, colocando as duas mãos sobre a grade da varanda, a garrafa de cerveja pendurada por um dedo em torno da borda.

"O que ele lhe disse?" Perguntei em voz baixa.

Ela estava deslumbrante em preto.

Apenas desejei que não tivesse que vê-la neste vestido tão cedo no nosso relacionamento. Ela disse que só o usava para funerais e isso quebrou meu coração.

Seu cabelo loiro estava metade para cima, metade para baixo, descendo em cascata pelas costas.

Seus olhos estavam margeados com preto carvão, e sua máscara, bem como a sombra dos olhos, era a mais pesada já tinha visto.

Ela parecia tão bem agora quanto estava quando saímos de casa hoje cedo pela manhã.

"Tudo," ela sussurrou, olhando para as centenas de carros alinhados na rua de seu tio. "Ele contou-me tudo... e não o culpo. De modo nenhum."

Fechei os olhos, aliviado.

Realmente muito grato por ela entender, quando poderia facilmente apenas ter ido embora com suas opiniões.

"Isso é bom," sussurrei.

Ela virou-se para mim, com os olhos tristes, e sorriu. "Eu amo você, Foster."

Então, andou até a grade e se inclinou por cima, oferecendo seus lábios para mim.

"Agora me dê um beijo antes de ir lidar com a minha mãe."

Obedeci, inclinando-me para lhe dar um beijo.

Seus lábios com sabor salgado, como se todo o sal, de suas lágrimas houvessem se reunido lá para eu provar.

"Eu também te amo."


CAPÍTULO 24


Às vezes, a melhor parte do meu trabalho é que fazer a cadeira girar.

-E-Cartão


Blake


"Quem estava ao telefone?" Perguntei, caindo no sofá ao lado dele.

Eu tinha acabado de lavar minhas mãos da minha mais recente tentativa de jogar um pote. Foi a quarta vez que estraguei um, esta semana.

Minha mente estava em coisas diferentes, e me peguei olhando para o espaço por longos períodos de tempo, pensando em tudo o que havia acontecido na última semana.

"Um... ninguém. O Chefe convocou uma reunião. Quer que eu chegue lá em uma hora," ele falou, tirando a camisa. "Vou tomar um banho rápido."

Segui atrás dele, percebendo que ele me escondia alguma coisa no momento que não me olhou nos olhos.

"O que ele quer falar?" Perguntei, seguindo-o até o banheiro.

Ele estava tirando as calças quando entrei, e meus olhos foram imediatamente capturados pela mais nova tatuagem em sua lateral.

Era uma flor solitária.

Uma rosa vermelha, para ser exata.

Ela tomava todo o seu lado esquerdo. Ele a tinha feito na segunda noite depois que meu pai morreu, dizendo que a flor o fez lembra de mim. Levando ele a perceber que tinha algo bonito em sua vida, e que precisava manter a cabeça no lugar, mesmo quando tudo o que queria era encontrar os responsáveis por matar meu pai.

Pensei que o sentimento era muito bonito, e eu gostava de olhar para a tatuagem; especialmente quando sabia que ele tinha feito por minha causa.

"Algumas coisas da SWAT," respondeu ele, antes de começar a retirar sua prótese.

Eu o vi fazer isso tantas vezes, que agora era apenas rotina, mesmo que todo o processo ainda me atraía.

Ele simplesmente me surpreendeu muito com sua capacidade de adaptação. Ele agia como se não houvesse nada de errado em sua vida, mesmo vivendo com um deficiência que teria debilitado muitos homens.

Aproximei-me dele até que me encaixei entre suas pernas abertas, então passei meus braços em torno de sua cabeça e puxei-o para mim.

Ele apoiou a cabeça em meus seios e suspirou, a tensão em seus ombros relaxando no momento em que coloquei minhas mãos sobre ele.

"Você não tem que me dizer Foster. Mas não minta, tubo bem?" Pedi suavemente, inclinando a cabeça para que pudesse ver seus olhos.

Ele me olhou. "Sim, senhora."

Ele se inclinou e colocou um beijo suave, de boca aberta em minha clavícula, arrepiando minha coluna, direto para os meus mamilos.

"Eu ainda acho que você precisa de tempo," ele murmurou contra a pele do meu pescoço.

Isso era algo que ele esteve dizendo nos últimos dias quando tentei levá-lo a fazer amor comigo. Ele ia longe o suficiente até que eu ficasse satisfeita, mas nem um milímetro além disso.

Hoje, porém, não terminaria assim. Ele precisava da liberação, tanto quanto eu.

Agarrei seu cabelo, puxando-o para trás até que eu pudesse ver seus olhos claramente.

"O que eu preciso," sussurrei, correndo os lábios do seu pescoço até o pomo de adão. "É me distrair. Algo que você faz muito, muito bem."

Ele rosnou, e senti a vibração, que começou em meus lábios seguindo até o meu clitóris.

"Você não sabe o que está pedindo," ele falou, segurando meus quadris com tanta força que estava ao ponto de doer.

Eu sorri baixinho antes de raspar meus dentes ao longo do seu pescoço.

"Sei exatamente o que estou pedindo."

Com isso, ele me puxou para frente e me beijou furiosamente.

Sua boca duelou com a minha enquanto seus dedos encontraram o caminho para o cós da minha calça.

Eu ainda colocava um jeans... ou qualquer coisa que se parecesse apresentável para vestir em público, desde que meu pai tinha morrido.

Eu me sentia menos do que sexy.

No entanto, agora, me senti como a porra de uma rainha.

Foster devorou minha boca, em seguida, passou a correr sua barba ao longo da pele macia do meu pescoço.

Cócegas e outras sensações me inundaram, tudo ao mesmo tempo.

Agarrei um punhado do seu cabelo quando ele começou a me abaixar para o piso frio do chão do banheiro.

"Eeek!" Gritei, levantando minha bunda nua quando ela encostou na cerâmica fria.

Ele sorriu enquanto terminava de puxar minha calça pelas minhas pernas, e então estabeleceu seu corpo nu entre as minhas coxas espalhadas.

Sua boca encontrou o meu pescoço novamente, viajando por toda a extensão da minha camiseta até que encontrou a pele nua de minha barriga, alisando sua boca sobre ela languidamente.

"Quero plantar meu bebê aqui," ele sussurrou bruscamente. "Quero tanto vê-la engordando com o meu filho que chega a doer.”

Sorri enquanto ele deslizava a boca por minha barriga até que parou na parte inferior do peito esquerdo.

“Vou ver o que posso fazer sobre isso," respirei ofegante quando sua língua encontrou o meu mamilo.

Ele não o sugou, no entanto.

Apertou. Mordeu. Puxou.

Fez tudo, exceto sugá-lo. Principalmente porque ele sabia o que brincar com meus mamilos me fazia, e se ele começasse a chupar, então perderia a minha capacidade de me concentrar.

Algo que ele gostava de fazer apenas quando eu estava na beira do orgasmo.

"Por favor," implorei levantando os quadris, pedindo-lhe para me dar o que eu queria tão desesperadamente.

Ele sorriu, levantando-se de joelhos para empurrar sua cueca boxer para baixo em suas coxas.

Minha boca salivou ao ver seu pênis. Como sempre fez.

Ele realmente tinha um pênis perfeito. A cabeça grossa e corada, seguida por um eixo exuberante. Eu queria adorá-lo em meus sonhos, de tão bom que era.

Nunca pensei que pênis poderiam ser bonitos, mas Foster era apenas isso.

Comecei a inclinar-me para frente e capturar a beleza na minha boca, mas ele parou meu movimento com a palma da mão na minha barriga.

"Pare," ele ordenou. "Quero olhar para você."

Não sei o que viu.

Eu sei o que eu vi, no entanto.

Minha camiseta tinha sido empurrada sobre os meus seios, revelando apenas meus mamilos rosados ao seu olhar. E minha bunda nua pressionada contra o chão frio, me deixava completamente certa que destoava bastante do mosaico marrom escuro.

Em seguida, havia o meu cabelo.

Para cima em um coque bagunçado que não tinha sido escovado por um dia ou dois, estava realmente um desastre.

No entanto, Foster nunca se queixou. Ele achava que eu era linda. Algo que ele fez questão de mencionar pelo menos uma vez por dia. Às vezes até mais.

E isso, mais do que qualquer outra coisa, foi o que mais me impressionou. Ver a luxúria em seus olhos era um completo renascimento, depois desses dias.

Minha mão passeou por minha barriga até embaixo, chegando no meu clitóris, quando comecei a rodeá-lo com um dedo solitário, esperando estimulá-lo a agir com o movimento.

Mas ele não se mexeu. Apenas me observava mover cada vez mais rápido.

Foi só quando minha outra mão foi para o meu mamilo, e meus olhos começaram a se fechar que ele empurrou em mim, então percebi o início de um orgasmo me impulsionando violentamente.

A surpresa foi tão grande que gozei duro e rápido.

O orgasmo que esteve pairando sobre mim chegando com tanta força que gritei até que me tornei ofegante.

Ele rosnou, estocando vigorosamente enquanto me conduzia através do meu orgasmo.

Não demorou muito até que ele gozasse também. Derramando-se em mim em jorros longos e ásperos.

"Uhhh," ele gemeu plantando-se profundamente e congelando.

Passei meus braços em volta do seu pescoço e minhas pernas por sobre sua bunda antes de puxá-lo para mim.

Ele caiu se apoiando nos antebraços acima de mim e sorriu para meus olhos sonolentos e saciados.

"Hora da soneca?" Ele sorriu.

Concordei com a cabeça.

"Sim, só tenho que encontrar a energia para chegar lá."

No final, tomamos banho juntos, e ele me levou para a cama.

Pensei que nós dois tínhamos adormecido, mas quando acordei uma hora mais tarde, o seu lado da cama estava vazio, e percebi que esteve assim por algum tempo.


***


"Você vai me deixar entrar lá," rosnei para meu tio.

Eu realmente não estava com paciência para isso.

Depois que Foster saiu de casa de forma tão abrupta uma hora antes, eu soube que algo estava acontecendo.

Meu tio suspirou e abriu mais a porta, permitindo que eu entrasse na sala de interrogatório.

"Oficial, a minha cliente não fez nada de errado. Ela está em uma condição delicada, e gostaria de ir para casa, ficar em sua cama, onde ela deveria estar até que esteja em um estágio mais avançado em sua gravidez," disse o advogado viscoso quando passei pela porta.

Foster, que estava em pé no canto, com os olhos colados no interrogatório, endureceu quando percebeu que eu estava lá.

"Blake..." ele começou, mas parou quando levantei a minha mão, parando a sua conversa mansa.

Se o bastardo pensou que poderia me foder, me deixar saciada na cama, eu o perdoaria por sair sem me avisar, estava muito enganado.

Principalmente na forma do tratamento silencioso.

"O que aconteceu até agora?" Perguntei ao meu tio.

Meus braços estavam atualmente envolvidos em torno de Molder, que tinha, é claro, me acompanhado até a estação de polícia com um Downy risonho.

O homem pensou que muito engraçado eu 'não obedecer Foster.’ Palavras dele, não minhas.

Só olhei e me recusei a falar com ele também.

Achei que era a coisa mais linda do mundo quando Molder começou a incomodar Mocha, parceira K-9 de Downy.

"Sinto muito, cara," Downy disse, quebrando o silêncio. "Eu tentei."

"Uh-huh. Ela tem 61kg para os seus 135 kg. Tenho certeza que você tentou muito," Foster argumentou.

Downy deu de ombros e sentou-se ao lado dos outros membros da equipe da SWAT.

Por que eles estavam TODOS lá, eu não sabia. Algo que penso que Foster deveria ter me contado. Especialmente desde que pensei que ficou acordado que ele não me deixaria fora do circuito mais.

Independentemente disso, porém, eu estava aqui agora, e iria ficar até que tivesse algumas respostas. Respostas que um certo alguém não estava me dando.

"Você pode me dizer por que você tem um apartamento em seu nome quando esteve aqui com David por um tempo bem longo?” Perguntou o detetive.

"Usamos o apartamento como depósito. Tivemos que juntar as nossas coisas em um só lugar, e descobrimos que é mais barato continuar pagando o aluguel, desde que o contratado já está assinado,” disse David, explicando perfeitamente.

"Na verdade, eu olhei por esse lado também," disse o detetive. "Imaginei que essa poderia ter sido a razão. O contrato de arrendamento do apartamento terminou a dois meses. O custo de 'alugar' o apartamento era de quatrocentos e trinta e dois dólares por mês, mas nenhum dos dois teve esse dinheiro saindo de suas contas. Nem retiraram qualquer valor, por isso, se esse for o caso, como vocês pagaram? "

"Uh-oh, spaghetti-o27!" Downy brincou, estalando os dedos em rápida sucessão. "O'Keefe pegou você, cadela!"

Olhei para ele, e o homem louco estava comendo pipoca.

De onde ele tirou isso, eu não sabia.

Provavelmente nunca saberia.

Homem tolo.

"Detetive," o advogado viscoso falou preguiçosamente. "Você não pode provar nada. É tudo circunstancial.”

Detetive O'Keefe sorriu.

"Então você não sabia que Quentin Ortiz estava hospedado em sua casa?" Detetive O'Keefe esclareceu.

David finalmente se levantou. "Ouça, O'Keefe. Nós dois temos álibis para aquela noite. Você não encontrou nada..."

"Quando foi a última vez que você viu Quentin Ortiz?" O detetive falou sobre David, dirigindo o pergunta a Berri.

Ofeguei, cobrindo minha boca com o olhar furioso assumindo as características geralmente muito amáveis de David.

Os braços de Foster me envolveram por trás, e ele descansou a cabeça no topo da minha.

Ele não disse uma palavra, e nem eu fiz.

Chegaremos a isso mais tarde. Por enquanto, eu estaria deixando isso passar.

"Ela já disse que não sabia de nada!" David gritou.

Com isso, o detetive O'Keefe finalmente deu toda a sua atenção ao homem.

"Escuta aqui, Dewitt. Já tive tudo o que consegui tirar de sua boca. Que tal você sair daqui e me deixar falar com a sua mulher, sozinha," disse o detetive O'Keefe.

Não foi o que ele disse, mas como ele disse.

"Alguém vá tirá-lo de lá. Traga-o aqui e o deixe ver o que acontece a seguir," Foster disse de repente.


CAPÍTULO 25


Uma fêmea te ama verdadeiramente você vai ficar com você até o fim. Sua mãe, isto é, não eu. Porque eu, certamente não estarei lidando com sua merda mais.

-Blake Para Foster


FOSTER


"Tire suas mãos de cima de mim," David sibilou, puxando seu braço rudemente da mão de Luke.

Luke empurrou-o para baixo em um banco na frente, o que significa que ele não viu que eu estava na parte de trás.

David rosnou algo ininteligível para Luke, e Luke respondeu com algo igualmente baixo. "Sente-se e cale a boca. Estamos tentando ajudar um companheiro de merda. Feche a porra da boca e assista."

Pisquei surpreso com a veemência em sua voz.

O corpo de David caiu, e fiquei pasmo com o quão derrotado ele parecia.

Uau, ele realmente se importava com ela!

Tive minhas dúvidas, mas isto provou ser algo que eu nunca esperava.

Quero dizer, como você poderia se preocupar com alguém que estava claramente mentindo?

Cada um de nós podia ver isso. Ele estava tão profundamente envolvido que não conseguia enxergar?

"Tudo bem, Sra. Aleo,” Detetive O'Keefe sentou-se. "Nós sabemos que você está envolvida. É apenas uma questão de tempo até que a coisa toda seja revelada. Que tal você ir em frente e nos informar o que está acontecendo."

"Você está mentindo," ela sibilou. "Você não tem nada sobre mim."

O'Keefe sorriu. Um sorriso malvado. Um que ele deve usar apenas em interrogatório de suspeitos.

"Seu ex-marido, Emmett Aleo, foi um homem muito útil," disse o detetive O’Keefe, recostando-se na cadeira.

Sua postura falava de facilidade e triunfo.

Ele a tinha e ele sabia disso.

"Se você não está prendendo minha cliente, vamos embora," disse o advogado, ficando de pé abruptamente.

O'Keefe também se levantou.

Em seguida, ele puxou alguns papéis do bolso de trás.

"Seu marido foi muito útil, na verdade," disse ele, oferecendo ao advogado a pilha de papéis.

O advogado pegou, em seguida sua cabeça pendeu. "Foda-se."

Bem, isso não parecia postura de um advogado.

Os braços de Foster ao meu redor me apertaram com força antes de me soltar, para ele se aproximar da janela, ficando ao lado dela novamente.

David olhou para trás, e tive que cobrir a boca para segurar a risada que ameaçava irromper da minha garganta.

"Aposto que ele recebe uma confissão dela em três minutos," Downy disse, jogando um pedaço de pipoca em sua boca.

"Dois."

"Cinco."

"Sete."

"Um."

Esse último comentário foi feito por Nico, o que levou David a se virar e ver quem, exatamente, estava na sala com ele.

Dei-lhe um pequeno aceno quando seus olhos pousaram em mim, fazendo-o me encarar e virar-se tão abruptamente que a cadeira balançou.

O advogado colocou os papéis sobre a mesa na frente de Berri, e ela olhou para eles a contragosto.

Em seguida, seus olhos se arregalaram.

"O que dizem os jornais?" Perguntei a ninguém em particular.

"Sabe o que isso significa Sra. Aleo?" Perguntou o detetive.

"Apenas espere por isso," disse Bennett. "Vai ser lindo."

Suspirei, mas mesmo assim 'esperei por isso'.

Berri se recusou a dizer qualquer coisa.

"Esses são os papéis do divórcio," disse o detetive O'Keefe.

David bufou, mas depois congelou com as palavras seguintes do detetive.

"Os papéis do divórcio de Quentin Ortiz." O'Keefe continuou. "Diga-me, Sra. Aleo. Por que ninguém sabia que você estava casada com Quentin Ortiz na semana passada quando visitamos você? Talvez porque ninguém deveria saber? Seu noivo sabe, não é?”

"Acho que, já que você não vai ajudar, você pode me dizer se entendi alguma coisa errada. Como eu disse, o seu ex-marido foi muito útil," disse O'Keefe descaradamente. "Sr. Ortiz e você são vigaristas. Se casam com pessoas separadamente, tiram tudo que eles tem, e passam para o próximo. Mas vocês continuam casados um com o outro enquanto fazem isso, e foi onde vocês fizeram besteira."

Os olhos de Berri ficaram loucos enquanto procurava um meio de fugir.

No entanto, não havia um. O'Keefe a tinha e todos nós sabíamos disso.

"A defesa de seu marido negociou por fora, jogando-a sob o ônibus28 em troca de uma pena menor," O'Keefe disse. "Ele foi inflexível, porém, que você estragou tudo, e por sua vez, o ferrou. Veja, você não deveria ter engravidado. Algo que você fez com David Dewitt. E ele ficou louco, mas você o convenceu que isto poderia trabalhar em seu favor. Que você poderia obter mais dinheiro. Exceto algo... ou alguém, que aborreceu você. E você voltou para o seu ex-marido, Quentin Ortiz, e pediu-lhe para fazer algo para você. "

Ela finalmente quebrou.

"Fui e o encontrei. Eu queria o que era meu por direito. Sou a única tendo um bebê. Ela não está. Então por que eu não poderia tê-lo?" Berri gritou.

"Como você sabia que ele faria isso?" Perguntou O'Keefe, cruzando os braços casualmente sobre o peito.

"O jornal. Com a sua pequena história 'Nós somos heróis também’ que ela concedeu ao jornal no dia seguinte ao que aconteceu. Eu não tinha percebido que ele estava fazendo esse tipo de coisa. Quando os deixo, não tenho mais contato."

"E desta vez?" Perguntou O'Keefe.

"Aquela puta estúpida da ex do David. Ela se recusou a me dar a herança que era minha por direito," ela rosnou.

"Tudo isso por causa da porra de um berço?" Eu meio que gritei. "David, seu estúpido filho da puta!"

Tentei me lançar sobre ele, mas fui impedida por Foster, meu tio e Downy.

Sua bacia de pipoca voando do seu colo enquanto ele me agarrava pela cintura antes que eu pudesse chegar a David.

Assim que ele me pegou pela cintura, praticamente me jogou através do ar para Foster, que, em seguida, me pegou e apertou os braços de aço firmemente em torno de mim.

"Está tudo bem, querida," ele sussurrou. "Ele também se sente horrível. Olhe para ele."

Relutantemente, eu fiz, e não gostei do que vi.

Ele parecia horrorizado.

Ele parecia quebrado. No entanto, eu não me importava. Nem um pouco.

Eu tinha perdido meu pai, meu melhor amigo, tudo porque David não pode manter seu pau estúpido em suas calças.

"Vou para casa," sussurrei.

"Vou com você," Foster disse, começando a me soltar, mas balancei a cabeça.

"Não," eu o detive antes que começasse a me seguir. "Downy pode me levar. Na verdade, vou ver o vovô. Vamos passar algum tempo juntos. Você pode vir me buscar quando terminar."

Com isso, comecei a sair da sala, parando quando os meus pés tocaram a bacia de pipoca.

Por um capricho, me abaixei e atirei a bacia na cabeça de David, fazendo-o ricochetear antes de cair no chão.

Sorrir entredentes para ele.

Ele olhou para os seus pés, evitando contato com os olhos, o que só serviu para me deixar ainda mais furiosa.

"Covarde," murmurei enquanto saía da sala, caminhando rapidamente pelo corredor.

"Devagar, Blake. Estou cheio. Você não quer que eu vomite a minha pipoca, não é?" Downy brincou enquanto me alcançava.

Joguei-lhe um olhar por cima do ombro, que falou tudo o que estava sentindo, e ele sorriu.

O filho da puta sorriu.

"Você é horrível. Não sei como a sua mulher te suporta," suspirei, saindo pela porta dos fundos direto para a camionete de Downy.

"Memphis me ama. Ela suporta qualquer coisa, contanto que eu esteja feliz," Downy riu.

"Tanto faz. Apenas me leve para a casa do meu avô," pedi emburrada.

"E o seu cachorro?" Ele perguntou.

Dei de ombros. "Foster pode pegar Molder. Agora vamos."

"Sim, senhora," disse ele com um sorriso na voz. "Qualquer coisa para você."

Tudo correu tranquilo... isto é, até que chegarmos à casa de meu pai.

A primeira coisa que me fez perceber que havia algo estava errado foi o fato da porta da garagem não estar aberta.

Normalmente nesta hora do dia meu avô estaria trabalhando no seu carro que ficava na garagem.

No entanto, a garagem não estava aberta, e as cortinas estavam fechadas.

Inferno, até mesmo as cortinas blackout estavam cerradas.

"Algo está errado," sussurrei quando Downy estacionou a camionete na calçada.

"O quê?" Ele perguntou, colocando a camionete em marcha à ré e saindo da entrada.

Ele pulou quatro casas e parou na frente da casa da Sra. Peseta.

"Não sei. Mas geralmente há alguma atividade. Meu avô se levanta às seis horas. E não fecha as cortinas até que esteja pronto para ir para a cama. Ou há algo de errado com ele, ou... Eu não sei... alguma coisa.”

Downy pegou o telefone e fez uma chamada.

"Preciso de reforços na Sheffield 222. Venha na prioridade dois. Estacione ao lado da minha camionete, um Chevy branco," Downy disse em seu rádio.

Assim como Foster, ele falou isso em alteração. Deve ser coisa de policial.

Esperei e esperei um pouco mais Downy sair e checar, mas ele nunca o fez.

Ele apenas assistiu e ouviu.

"Você não vai sair e dar uma olhada?" Perguntei finalmente.

Ele olhou para mim. "Ainda não. Vou esperar até que tenha alguém com você antes de ir. Não deixarei você sozinha."

"Mas..."

Ele parou o meu próximo argumento com apenas um olhar.

"Não vai acontecer."

Meu ouvido doía quando olhei atrás de mim, querendo saber se meu avô estava bem.

Deus, por favor, que ele fique bem. Não posso perdê-lo também.


CAPÍTULO 26


Sei que é difícil admitir que você está errado, mas eu posso sobreviver sem sexo oral ... você pode?

-Blake Para Foster


FOSTER


Miller e Nico seguiam comigo, enquanto Luke, Michael e Bennett vinham logo atrás.

"Fale-me sobre o layout da casa," Luke perguntou através do rádio.

Nós tínhamos mudado para um canal confidencial, assim eu me sentia seguro falando tudo o que sabia.

"Três quartos. Uma grande sala de estar e cozinha aberta. Lavanderia que leva para a garagem. Varanda dos fundos. Dois banheiros. Um ao lado da sala de estar, e um no piso superior,” informei. "O quarto do avô é o do fundo à direita. Ele tem uma entrada para o exterior por uma porta de vidro deslizante."

Terminei a última frase quando acabamos de fazer a volta que nos levaria até a camionete de Downy.

Seguimos pelo caminho contrário, assim não teríamos que passar na frente da casa, e não chamaríamos qualquer atenção indevida para nós.

Quando saímos, agarrei a bolsa de Downy do banco de trás e joguei-a em sua direção. A qual ele prontamente pegou e começou a vestir-se com seu equipamento.

"Você ouviu tudo isso, Downy?" Luke perguntou enquanto caminhávamos.

Ele acenou, virando-se para responder ao seu melhor amigo e chefe. "10-4."

"O Detetive O'Keefe está ali," falei apontando o carro para Blake. "Fique com ele, e não o deixe, não importa o que você ouça. Compreendeu?"

Ela assentiu com a cabeça, os olhos cheios de lágrimas. "Entendi."

Pisquei para ela, puxei o capuz sobre o rosto, e comecei a atravessar o quintal atrás de Luke.

"Espere!" Ela gritou, me fazendo parar.

Virei-me num instante e olhei para ela.

Ela correu até mim, deu-me um beijo rápido nos lábios... bem, o melhor que podia com uma máscara cobrindo meu rosto, e começou a correr de volta para O'Keefe, que estava saindo de seu carro.

"Fique seguro!" Ela ordenou por cima do ombro.

"Fique seguro garotão!" Downy zombou, imitando a voz de Blake tão bem que olhei para ele com surpresa.

Ele riu e puxou sua própria máscara para baixo enquanto seguíamos em direção a casa.

"Tudo certo," disse Luke. "Downy você leva a sua equipe pelos fundos. O quarto do avô. Meu time irá tomar a frente."

Fui com Luke, desde que eu estava em sua equipe, e cobri suas costas à medida que nos movíamos rapidamente nos degraus da frente.

A primeira coisa que vi foi a porta da frente aberta.

Minha barriga gelou enquanto Luke a abria um pouco mais.

A porta se abriu no misterioso silêncio da sala, sem fazer um único som.

Foi quando vi o sangue.

E muito sangue.

Luke foi o primeiro a entrar, caindo sobre um joelho no segundo que passou pela porta.

Nico saiu na frente, limpando o quarto, seguido logo por mim, cuidando das suas costas.

"Limpo."

"Limpo."

Luke e Downy disseram ao mesmo tempo, permitindo que ambos se movessem.

Meus olhos foram atraídos para a trilha de sangue, uma mancha que se estendia da porta da frente para a cozinha, e em seguida, ainda mais para a garagem.

Sinalizei para Luke, que rapidamente concordou, permitindo-me liderar o caminho para a garagem.

Eu nunca soube o que me chocou mais.

O fato de que, o homem que pensei que tinha o seu sangue derramado no chão da sala estava realmente em pé batendo duramente em Quentin Ortiz, ou o fato de que Ortiz estava sentado em um banquinho, amarrado com fita adesiva, sendo espancado e tendo seu sangue negro espalhado por um homem com 89 anos de idade.

"Puta merda," suspirei, abaixando minha arma assim que verifiquei o local.

"Ei!" Vovô Rhodes cantou. "Peguei esse garotinho aqui invadindo minha casa. Só estou me divertindo um pouco com ele."

A voz do velho soou frágil ao dizer isso, mas seus movimentos enquanto continuava a bater em Ortiz não eram nada fracos.

"Ummm," disse Luke. "Claro."

Olhei para baixo, observando a poça d’agua debaixo do banquinho onde Ortiz estava preso, em seguida, não pude evitar a pequena risada que borbulhou em minha garganta.

"Eu só... eu só... o que diabos está acontecendo?" Downy perguntou espantado, assim como nós com aquilo que ele estava vendo.

Eu bufei. "Agora você pode ver porque dei uma multa ao bode velho? Ele é fodidamente louco... e durão como seu filho."

O velho riu. "Onde você acha que aquele menino aprendeu suas habilidades, seu touro estúpido?"

Ele fez essa pergunta enquanto dava um murro no estômago, seguido por um soco rápido na mandíbula.

"Hum, Sr. Rhodes, você se importa se o tirássemos de suas mãos?" Downy finalmente perguntou.

"Oh! Certo! Apenas deixe-me," ele acertou dois últimos socos. Um na virilha, e um direto no pomo de Adão do homem. "Tudo bem, tudo acabado, meus meninos."

Ele deu um passo para trás, pegou a bengala que estava inclinada contra o projeto de Mustang e mancou lentamente para fora da sala.

Nós o observamos partir, atordoados e em silêncio, perguntando-nos se tínhamos visto o que nós pensamos que tínhamos visto.

"Você... eu sou... filho da puta. Quero ser ele quando crescer,” Michael respirou.

Sorri então, tão feliz que o velho filho da puta estava bem que mal conseguia ver direito.

"Aqui é o oficial Spurlock, número de distintivo 654," falei em meu microfone. "A cena está limpa. Vamos precisar de uma ambulância.”


***

"Olhe para suas pobres mãos!" Blake gritou para seu avô pela quinta vez.

Tivemos o avô Rhodes liberado pela equipe médica, então o levamos de volta à sua casa... embora Blake se recusou a deixá-lo em casa sozinho.

"Ouça menina. Estou bem. Tenho oitenta e nove, e não vinte. Sei cuidar de mim. Entre no seu carro e vá para casa. Agora," o bode velho grunhiu, praticamente empurrando sua neta porta à fora, em seguida, batendo-a no eu rosto.

O bloqueio deslizou na fechadura e o sinal sonoro do alarme soou rapidamente após isso. Seguido pelos lentos passos arrastados dele se afastando.

"Eu... o que diabos?" Blake suspirou, balançando a cabeça, virando-se e pisando forte em direção a minha camionete. "O que você está esperando, o Natal?"

Ela jogou aquela singela declaração por cima do ombro, fazendo-me querer rir.

Consegui me segurar, no entanto, seguindo-a até a camionete, observando o balançar da sua bunda enquanto a seguia.

Ela estava no banco do passageiro com a porta fechada antes mesmo que eu chegasse até ela, rosnei em frustração antes de entrar no lado do motorista e ligar a camionete.

"Ele vai ficar bem," falei suavemente.

Ela bufou. "Sei disso. O bode velho é muito persistente para morrer. Eu o amo, mas às vezes ele é tão teimoso e cabeça-dura."

Joguei-lhe um olhar, e reprimi a vontade de rir mais uma vez. "E você não é?"

Ela balançou a cabeça com veemência. "Absolutamente não. Sou fodidamente perfeita."

Dirigi os três quarteirões até o prédio do apartamento e estacionei em um lugar na frente da entrada, desligando o motor no momento que estava próximo a calçada.

"Você sabe..." ela hesitou, olhando para mim. "Não há mais razão para que eu fique com você. Estou segura agora. Você pegou os caras maus. Você provavelmente poderia me levar para casa... se você quiser."

Ignorei sua declaração idiota, e em vez disso saí, batendo a porta atrás de mim.

Já estava a meio caminho dos degraus do meu apartamento quando seu grunhido indignado de frustração me seguiu até as escadas.

"Você é um teimoso..." ela subiu os degraus, bufando todo o caminho. "Exasperante, estúpido, irritante... você apenas bateu a porta no meu rosto!"

Tive que rir quando ela abriu a porta.

"Bem-vindo, bem-vindo," o pássaro cantou. "Molder, seu cabeça de pinto."

Eu mencionei que seu pássaro era irritante?

E um dedo-duro?

Eu tinha entrado no quarto depois de colocar o cão para fora, e estava na cama removendo a prótese quando ela finalmente entrou, Molder em seus braços.

Ela olhou para mim quando deixou a besta no banheiro e fechou a porta atrás dele.

"Você sabe qual é o seu problema?" Ela perguntou, arrancando a camisa de seu corpo.

Seus peitos saltaram em seu sutiã com a força, e meus olhos imediatamente se concentraram neles.

"Hmm?" Perguntei, lambendo meus lábios com a visão.

Jesus, controle-se, Spurlock! Mantenha a cabeça no jogo!

"Qual é o meu problema?" Perguntei.

Ela estreitou os olhos para mim quando finalmente me dei ao trabalho de olhar para cima.

"Seu problema," disse ela, descendo o jeans pelos quadris. "É que você nunca me leva a sério. Digo-lhe algo, e isso entra por um ouvido e sai pelo outro. Isso é algo que terei que lidar pelo resto da minha vida? Porque, acho que não consigo lidar mais com homens mudos."

Meu coração parou, e depois começou a bater em dobro.

"Você quer passar o resto da sua vida comigo?" Perguntei, esclarecendo.

"Lá vai você sendo idiota de novo," ela retrucou, puxando o sutiã sobre sua cabeça e jogando-o no chão.

Seus seios saltaram, e o dia... a luta ... tudo, voou pela maldita janela.

Tudo o que sabia era que eu a estava levando.

Agora mesmo porra.

Inclinei-me para frente, passei as mãos em torno da sua cintura, e praticamente rasguei sua calcinha.

Então, inclinei-me para trás na cama, puxei-a até que ela estava montada no meu rosto, e comecei a festa em sua vagina.

Instantaneamente, ela estava molhada para mim. Tão molhada que ela estava praticamente derramando sua essência em minha boca.

"Mmmm," rosnei contra seus lábios inferiores.

Eu podia sentir minha barba ficar molhada com sua excitação, e sacudi meu queixo para cavar minha língua profundamente dentro dela.

"Oh, meu Deus," ela exalou, suas coxas apertando minha cabeça enquanto eu a comia.

Suas mãos foram para o meu cabelo, quando ela começou a balançar no meu rosto, trabalhando em um ritmo que a faria rapidamente alcançar seu orgasmo.

Antes que ela pudesse ir muito longe, porém, mudei rapidamente nossas posições, jogando-a de costas sobre a cama e puxando-a para baixo em um movimento rápido.

Bruscamente puxei meu pau para fora da cueca, alinhei-a com sua entrada, e empurrei dentro dela.

Comecei a me mover, achando o fato de estar de pé sobre uma perna a menor das minhas preocupações, quando sua boceta me levou até o punho.

A forma como sua buceta rodeava meu pau era como uma mágica. Vagina mágica que realmente tinha todo o poder no mundo.

Algo que poderia me deixar de joelhos facilmente se eu deixasse. E garoto, eu deixei.

"Foster," ela sussurrou, empurrando seus quadris para cima.

Não querendo que ela tivesse qualquer influência ou controle da situação, me movi até que apenas metade de suas costas estava na cama, e o resto apoiado na parte superior do meu corpo.

Porém, não consegui me equilibrar, e caí para trás.

Blake soltou um pequeno grito caindo junto comigo da cama, nós dois pousando no chão em um monte.

Meu pau, no entanto, estava seguro.

"Da próxima vez, não tire essa coisa se você planeja fazer tudo o que quer comigo, certo?" Ela perguntou, se enroscando em mim até que estava montando meus quadris.

Segurei meu pau pela base e apontei em linha reta para cima, gemendo incoerentemente quando ela afundou. Sua buceta mágica se apoderando de mim mais uma vez.

"Sim, senhora," consegui dizer, obrigando-a a se mover mais rápido, colocando minhas duas mãos em seus quadris.

Ela riu, mas obedeceu ao meu pedido, montando-me rápido e duro.

O orgasmo que senti pressionando minhas bolas mais cedo começando a ferver mais uma vez.

"Brinque com você mesma," ordenei, observando enquanto ela fazia.

Sua mão foi para baixo, tocando a base do meu pau enquanto ela se movia, reunindo sua excitação.

Em seguida, ela arrastou os dedos até o clitóris, e começou a fazer círculos frenéticos e rápidos.

"Sim," ela falou, jogando a cabeça para trás.

Apertei os olhos com força, os músculos em minha barriga tencionando quando ela começou a se contrair em torno mim.

Então ela soltou um grito estrangulado e desceu sua buceta em mim. Com força.

"Oh, droga. Sua buceta. Ugh," rosnei, curvando-me até ficar sentado.

Ela riu sem fôlego quando comecei a bater ela sobre mim, a respiração falhando em nós dois quando finalmente gozei, cortando o nosso suprimento de ar, quando bati minha boca sobre a dela.

Meu gozo saltou do meu pau em uma velocidade alarmante, jorrando em sua buceta apertada com tanta força que pensei que tinha arrancado minha espinha junto.

Depois que os nossos movimentos se tornaram menos frenéticos, ela soltou sua boca da minha, e me olhou nos olhos enquanto dizia, "Vê? Idiota."

Inclinei-me para frente e mordi seus lábios com os dentes.

"Sim, sim," eu disse, batendo no traseiro dela, apertando-a com força. "No entanto, não vejo você reclamando."

Ela me olhou furiosa. "Ainda. Você não me vê reclamando, ainda.”


CAPÍTULO 27


O mamífero mais mortal do planeta é uma mulher silenciosa, sorrindo.

-Nota para si mesmo


Blake


Um mês depois


"O que é isso?" Perguntei a Foster com um sorriso.

Ele empurrou a caixa para perto de mim até que ela tocou a ponta dos meus joelhos. "Basta abri-la."

Estreitei meus olhos para ele, depois olhei a sala, vendo a família dele ao redor, e sorri.

Era um sorriso genuíno.

Nenhum dos falsos que estive tentando passar como reais.

Tudo estava acabado.

As pessoas envolvidas no tiroteio do meu pai foram capturadas, e eu estava livre para viver minha vida.

Embora não me sentisse necessariamente livre ainda, porque não se passou um dia que eu não quis contar algo ao meu pai.

"Basta abrir. Prometo que você vai gostar," disse ele, exasperado.

Agarrando a faca que ele estava segurando para mim, cortei a fita ao meio e lentamente abri a caixa.

O que quer que estivesse nela foi embrulhado em papel de seda rosa quente, tornando impossível ver o que estava dentro.

De pé, inclinei-me sobre a caixa enorme e desembrulhei o papel.

A primeira coisa que vi foi o emblema do Texas State Trooper29 na frente do tecido azul.

Olhando para Foster bruscamente, afundei a mão na caixa e tirei o que parecia ser um cobertor.

Puxei, porém, pela borda, e o tecido começou a desdobrar-se, revelando a beleza interior.

"Ohh," suspirei, as lágrimas imediatamente inundando meus olhos quando terminei de tirar. "Oh, meu Deus, Foster."

Virando-me para ele com lágrimas nos olhos, me joguei em cima dele.

"É lindo," declarei em voz alta através do meu choro.

A mãe de Foster tomou o tecido das minhas mãos e segurou uma das extremidade para Miller.

"Aqui, querido. Segure assim para que ela possa ver.”

Virei-me com um soluço preso na garganta. "Oh, Foster."

Era uma colcha de grandes proporções.

King size, provavelmente, e foi feita de camisetas. Todas elas do meu pai.

Uniformes, suas camisas favoritas, mesmo o que parecia ser pedaços de seu colete à prova de balas.

"Oh," eu chorei. "Deus, é tão bonito."

Posso ter sido um pouco emocional, mas foi o melhor presente que já recebi.

Caminhei para frente, arrastando minha mão pelo quadrado costurado diretamente no meio.

Era o uniforme do meu pai. Aquele que vi nele todos dos dias por toda a minha vida.

O remendo acima do coração declarando-o um Texas State Trooper era absolutamente impressionante.

Depois, havia a camiseta que compramos no Sea World quando eu tinha quinze anos, e um golfinho o pulverizou com a boca cheia de água.

Ou a de Destin, Flórida, onde o fiz comprar uma camiseta pintada com uma tartaruga.

Essa tinha sido uma das minhas favoritas.

Meu pai sempre foi um cara muito divertido. Não se importando com o pensavam dele. Ele só se preocupava se sua filha estava feliz.

Então cheguei à última.

A que ele vestia quando o vi pela última vez.

Era uma camiseta simples preta desbotada, mas que significava o mundo para mim.

Chorei no ombro do meu pai, ele me abraçou e disse que me amava.

Isso ficaria para sempre em minhas memórias. Especialmente agora que Foster tinha me dado uma linda lembrança dele.

Virei-me, mas ele não estava onde esperei que estivesse.

Em vez disso, estava no chão, de joelhos.

Ele estava com uma pequena caixa de veludo na mão, e estava olhando para mim com olhos emocionados.

Ele ainda não tinha retirado seu uniforme, suas roupas ainda estavam manchadas de sujeira e detritos do que, eu poderia assumir, fosse de uma briga, mas nunca teria coragem de perguntar por que sinceramente não queria saber.

Contanto que ele voltasse para casa, à noite, eu não perguntaria. Era melhor não saber.

Se ele quisesse falar sobre isso, era uma história diferente.

Eu sempre escutava. Por ele, eu faria qualquer coisa.

"Meus olhos estão aqui em cima, querida," Foster brincou, puxando meus olhos do chão para seu rosto.

Sorri. "Sim, eu sei. Estava aqui debatendo se queria saber ou não o que você fez para ficar tão sujo."

Ele piscou. "Um mal-entendido."

"O que você tem aí?" Perguntei, com um sorriso enorme no rosto.

Ele a abriu, e minha respiração ficou presa.

"É rosa!" Eu disse, rindo.

Ele sorriu. "Sim, eu sei. Procurei por aqui e por ali, e acho que acertei.”

Eu estava praticamente pulando em meus pés neste momento, tão feliz que mal podia conter o grito de excitação.

"Bem?" Perguntei, quando ele demorou muito para fazer a pergunta.

"Não me apresse, mulher. Estou tentando te pedir para casar comigo. Só tenho que descobrir o que estava planejando dizer,” retrucou.

"Sim!" Eu disse exuberantemente. "Sim! Vamos fazer isso agora!"

Ele franziu o cenho para mim. "Eu tinha tudo planejado."

Fechei a boca, os olhos arregalados enquanto esperava que ele continuasse.

Ele suspirou e ficou de pé. "Não há nenhuma razão para fazer isso agora. Coloque-o."

Agarrei a caixa das mãos dele, pegando o anel rosa brilhante.

Não era o anel de noivado normal, mas o homem me conhecia como a palma da sua mão.

Ele sabia que eu não gostava de joias. Então ele escolheu me dar algo que sabia que eu gostaria.

Mostrei a ele algumas coisas de brincadeira quando vi em um site, mas ele tinha levado a sério, e lembrava cada palavra que falei.

"Você se lembrou," sussurrei, encaixando o anel de borracha no meu dedo. "Ele se encaixa perfeitamente."

Ele piscou. "Eu escuto... às vezes."

"Isso não é feito para halterofilistas ou algo assim?" Mercy perguntou enquanto se aproximava de nós para olhar o anel.

Estendi minha mão para ela. "Sim é. Mas é mais para uma pessoa ativa. Posso não ser tão ativa quanto costumava ser, mas seria perfeito se eu decidisse ser a versão feminina de Arnold Schwarzenegger."

Foster engasgou com a cerveja que tinha acabado de colocar na boca. "Você não vai se tornar a versão feminina dele. Vou te deixar se você fizer. Não há nenhuma maneira disso acontecer! Eu estava apenas provocando! Nunca conseguiria dormir com alguém assim. Eu ficaria com muito medo de você aparecer com um pau maior do que meu."

A mãe de Foster levantou a mão para tentar contornar a situação, mas mudou de alvo com a próxima coisa que saiu da boca de Miller, batendo diretamente na sua cabeça.

"Isso não seria difícil de acontecer," Miller riu enquanto se desviava do golpe.

Foster pisou com sua lâmina nos dedos do pé de Miller, fazendo-o gritar. "Droga! Eu sabia que quando você fez isso no outro dia não foi um acidente! Essa coisa de pé dói!”

Sloan me envolveu em seus braços. "Bem-vinda à família, querida!"

Eu a abracei de volta. "Obrigada."

"Ainda não a ouvi dizer sim. Você já ouviu um sim, pai?" Miller perguntou em voz alta.

Foster olhou, e eu sorri.

"Ainda não ouvi um sim definitivo," Micah confirmou.

Sorri e caminhei até Foster, jogando meus braços ao redor de seus ombros. "Você precisa mesmo ouvir um sim? Direi a você se você quiser."

Ele envolveu os braços em torno da minha cintura, me puxando, até que encostei meu peito no seu tórax. "Acho que o que você quer é o meu corpo."

Meu rosto ficou profundamente vermelho, e eu o belisquei no ombro. "Cale-se!"

Ele sorriu maliciosamente e me girou em um círculo. "Agora," disse ele. "O que você está fazendo para mim no jantar, mulher?"

Eu estava prestes a responder quando o telefone tocou.

Foster me interrompeu para atender e voltei a admirar a colcha que ele tinha me dado.

Era realmente incrível.

E eu a amaria para sempre.

"Umm, com certeza. Espere um momento," disse Foster estranhamente, fazendo com que eu olhasse para cima. "É para você."

Ele segurou o telefone para mim, com cautela, eu o peguei.

"Alô?" Respondi.

"Umm, oi. É.... você não me conhece. Mas sei quem é. E gostaria de conhecê-la pessoalmente," disse a voz hesitante de uma mulher em um tom baixo.

Capitulo 28


Tome uma profunda respiração,

Está em casa agora...

- Copo de Café


Foster


Andei atrás de Blake, hesitante em deixar isso acontecer.

Eu sabia que era tudo muito inocente, mas não queria que ela ficasse assustada.

Depois de fazer uma pequena pesquisa, descobri o que a mulher ao telefone queria, e se eu estava certo, ia fazer Blake chorar. E eu odiava vê-la chorar!

Mas eu sabia que ela iria querer fazê-lo, pelo menos a longo prazo. Então, não disse o que e com quem ela estaria se encontrando.

"Você acha que são eles?" Blake sussurrou ao meu lado.

Segui a direção que ela apontava, onde uma jovem muito bonita e um garotinho brincavam no canto.

"Ela disse que se sentaria no canto e que estaria vestida de vermelho. Acho que é ela. O garotinho que disse que viria com ela está lá também."

“É ela, querida. Vá até lá e fale com ela,” insisti, dando-lhe um leve empurrão nas costas.

Ela me olhou com os olhos arregalados, mas, no entanto, começou a caminhar em direção à mesa.

Selene Reynolds nos viu quando estávamos há três mesas de distância.

Seu sorriso deslumbrante nos mostrou o quão feliz ela estava por termos vindo.

"Blake... Blake Rhodes?" Selene perguntou esperançosamente.

Blake assentiu com a cabeça.

"Sim, sou eu. Muito prazer!" Ela disse educadamente, oferecendo a mão para Selene.

Selene sorriu. "E este... este é o seu namorado de quem me falou?"

Blake sorriu lindamente para mim, me deslumbrando com seu brilho. "Na verdade," ela disse. "Há dois dias, ele é meu noivo."

Selene sorriu.

"Isso é maravilhoso! Parabéns! Senta, senta,” Ela exigiu.

Sentamos nas cadeiras em frente ela e seu filho, nos acomodando até ficarmos à vontade.

O que significava Blake debaixo do meu ombro, e sua mão descansando na minha coxa.

Nos tocando do ombro ao joelho, como gostamos de fazer.

Conversamos por um tempo, mas não demorou muito para eu perceber que Blake estava ficando ansiosa. Extremamente.

Ela nunca foi boa em esperar.

E agora, com o pé batendo em cima do meu, eu sabia que ela estava perto de seu limite.

"Selene," eu disse, interrompendo a sua pergunta sobre o que queríamos comer. "Se você não se importa, pode dizer a Blake porque ligou? Não sei quanto tempo mais ela pode conter a sua curiosidade."

Blake me lançou um olhar acusador, mas Selene apenas concordou com a cabeça.

Voltando seu olhar para Blake, ela começou a falar.

"Acho que você realmente não percebe o que você fez por mim," Selene sussurrou, olhando para o filho com todo o seu amor nos olhos. "Mas eu tinha que lhe dizer. Precisava lhe agradecer."

"Obrigada, por quê?" Blake perguntou confusa.

Apertei meu braço em volta de seus ombros quando Selene continuou.

"Alguns meses atrás liguei para o 911 porque meu filho estava tendo uma convulsão. E você logo enviou os médicos para nós. Você conversou comigo, acalmou-me o suficiente para que eu mantivesse minha mente sob controle,” ela sussurrou.

Blake olhou para o garotinho e sorriu. "Lembro-me disso. Sempre me perguntava como ele estaria.”

Ela assentiu. "Bem, ele realmente não estava bem. Ele nasceu com uma doença onde seus rins não funcionavam direito. Nos últimos anos, usamos todos os tipos de medicamentos em uma tentativa em vão de ajudá-lo, mas um tempo depois ele teve uma recaída, e de repente estava com insuficiência renal. Ele foi colocado em uma lista de espera de doadores, mas nunca pensamos que ficaria tão ruim... mas ele ficou."

A mulher sorriu para o filho quando ele a interrompeu, segurando sua página para ela ver.

"É lindo, querido. Tão bonito Holden. Você desenha mais um, por favor?" Selene disse ao filho.

Holden assentiu com a cabeça e obedientemente começou a trabalhar na sua nova criação.

Selene esperou um momento, olhando para seu filho com tanto amor que fez meu coração doer.

Finalmente, ela tirou os olhos do filho, voltando a olhar para nós, antes de se concentrar em Blake novamente.

"Então, há mais ou menos um mês atrás, recebi um telefonema no meio da noite." Uma lágrima solitária escorregou pela bochecha de Selene. "Eles disseram," sua voz falhou. "Disseram que tinham um doador para Holden, e que eu precisava levá-lo ao hospital dentro de uma hora."

Ela respirou fundo antes de continuar.

A mão de Blake apertou a minha.

Meu palpite era que ela sabia o que estava vindo, e se preparando para ouvir.

"Cheguei com ele lá em vinte minutos. Corri até o balcão, praticamente o empurrei para a enfermeira e lhe pedi para se apressar,” ela fungou. "Não foi até muito, muito mais tarde... cerca de quatro horas com Holden em cirurgia, que ouvi como ele veio a receber o rim."

Seus olhos se fecharam, e em suas palavras praticamente se podia ouvir a sua dor quando ela disse, "Foi de um policial que esteve em um tiroteio. Ele tinha sido o único a dar ao meu bebê outra chance na vida.”

A respiração de Blake falhou quando ela começou a chorar, e a puxei para o meu peito, beijando sua têmpora enquanto ela chorava.

Mas eram lágrimas de felicidade. Isso eu podia dizer.

“Ele está... ele está vivo por causa do meu pai?" Blake sussurrou.

Selene assentiu com a cabeça. "Sim. Sim ele está. E saudável mais uma vez. Algo que apenas sonhei.”


* * *


"Acha que minha mãe iria querer saber disso?" Blake me perguntou calmamente quando estávamos dirigindo para casa uma hora mais tarde.

Olhei de relance para ela, e peguei sua mão antes de responder.

"Acho que ela gostaria. Sim, acho que você deveria dizer a ela."

A mãe de Blake era um ponto de discórdia entre nós.

Blake realmente não queria muito contato com a mãe desde que ela tratou Lou tão mal antes de morrer, mas senti que ela tinha sofrido o bastante.

Ninguém saberia se eles teriam sido capazes de resolver isso, porque o destino interveio e mudou o rumo de suas vidas.

"Tudo bem," ela concordou. "Vou ligar para ela amanhã."

"Bom," disse, olhando para ela novamente tentando avaliar seu humor antes de passar para o próximo tópico. "Você ouviu falar de David?"

Ela piscou e se virou para mim, a luz vermelha do semáforo formando sombras avermelhadas no seu rosto.

"Não," ela disse apertando o nariz. "O que tem sobre ele?"

Virei-me para frente quando a luz ficou verde e acelerei através do cruzamento.

"Ele está deixando o emprego, em duas semanas a partir de segunda. Arrumou um trabalho no norte, ou em algum lugar assim,” informei-a.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos; por tanto tempo, na verdade, que achei que ela não ia dizer nada. Mas ela me surpreendeu.

"Nunca mais vou gostar dele novamente... mas isso não significa que quero que ele tenha uma vida horrível." Percebi ela sacudindo a cabeça pelo canto do meu olho. "Mas estou feliz com sua partida. Ele tem muitos fantasmas nesta cidade."

Concordei.

"Então... amanhã quero começar a procurar casas," eu disse, lançando lhe um olhar.

Ela fez uma careta. "Nós temos uma casa. A minha."

Suspirei. "Sua casa funciona por agora, mas quero mais espaço. Quero ter bebês e construir fortes em árvores. E seu quintal é do tamanho de um selo postal. Você não gostaria que Molder tivesse um quintal maior para brincar?"

Sabia que isso funcionaria. Ela amava o infernal Molder. Mesmo que ele tenha comido minhas botas... e as paredes.

"Tudo bem," ela disse quase teimosamente. "Mas quero um forno."

Bufei. "Como se eu não fosse concordar com isso. Acho que quando você está coberta de lama, é muito atraente e sedutora."

Ela colocou a língua para fora. "Já disse que sim."

"Foi isso o que pensei." Ela resmungou com o meu comentário.

Felizmente tínhamos acabado de chegar à sua casa, onde estávamos ficamos agora.

Caso contrário teria que suportar o tratamento do silêncio. Novamente.

Não que ela fosse muito boa nisso.

Assim que entramos na casa, ela foi direto para o quarto onde havia deixado Molder, e imediatamente o deixou sair para fazer xixi.

Então o alimentei, tranquei as portas e caminhei de volta para nosso quarto.

Tirei a camisa e comecei a sentar-me para retirar minha prótese, quando meus olhos viram Blake no espelho.

Virei meu corpo completamente para ter certeza se o que via era real, e ofeguei em horror.

"Por favor, pelo amor de tudo que é sagrado, me diga você não está usando meu barbeador," perguntei a ela com rigidez.

Ela tirou os olhos da sua vagina que estava raspando e sorriu. "É sim. O seu é muito melhor do que o meu."

Pisquei surpreso, espantado que ela me respondeu com sinceridade.

"Você sabe que é minha lâmina... e ainda assim você continua a usá-la," esclareci.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim."

Nenhum remorso na mulher.

"Você percebe," eu disse, ficando em pé para entrar no chuveiro. "Que essa lâmina toca meu rosto, certo?"

"Mmmm hmm," ela concordou, voltando ao barbear.

"Você já usou antes?" Perguntei-me lentamente.

Ela assentiu com a cabeça. "Toda vez que faço depilação."

Minha boca abriu em choque. Choque absoluto que esta mulher... esta louca, exasperante mulher, usava minha lâmina. A mesma que passo no rosto todas as manhã quando aparo a barba para trabalhar.

"E você percebe que essa coisa toca meu rosto... certo?" Perguntei pela segunda vez.

Ela assentiu novamente sem se preocupar em responder.

Inclinei-me para trás e liguei o chuveiro, me assustando com o grito assustador dela, que poderia perfurar um tímpano.

"O que foi isso?" Ela balbuciou, enquanto a água gelada do chuveiro caía sobre ela.

Seus mamilos endureceram, e mais uma vez, como sempre, meus olhos se concentraram naqueles pequenos botões.

"Fique longe de mim, seu sapo excitado," ela sibilou quando percebeu onde meu olhar estava fixado.

"E se eu não ficar?" Provoquei, permanecendo sentado com minha prótese no balcão ao meu lado.

Ela saiu, deixando o chuveiro ligado, enrolando a toalha no peito, cobrindo tudo o que eu amava, em um movimento fluido.

"Oh," ela brincou, saindo. "Tenho certeza que vou encontrar um jeito de fugir de você."

Cautelosamente, olhei ao redor, tentando descobrir o que ela faria comigo desta vez, mas não consegui encontrar nada de errado.

Descendo do balcão, fiquei de pé, foi então que percebi que minha muleta, bem como minha bengala, não estavam onde as deixei na noite anterior.

"Ei querida," falei atrás dela. "Você viu minha muleta?"

Ela riu.

A cadela riu.

"Oh, você quer dizer estas?" Ela perguntou, apontando com a cabeça.

Então levantou as mãos, mostrando-me a muleta e a bengala, bem como minha prótese.

Olhei para ela. "Me devolva, sua louca.”

Ela deu uma risadinha. "E o que eu ganho se obedecer, óh senhor e mestre?"

Comecei a saltar em direção a ela, fazendo com se afastasse e começasse a rir novamente.

Cheguei até a porta e a vi deitada na cama, enxugando as lágrimas.

"Do que está rindo, sua ladrazinha?" Perguntei, pulando mais um pouco.

No momento em que toquei na cama, ela começou a se levantar, mas peguei seu tornozelo e a puxei para trás.

"Eeeek!" Ela gritou. "Deixe-me ir."

Prendendo-a na cama, falei, "Não. Agora me diga do que está rindo."

Ela soltou mais algumas risadinhas, antes de finalmente responder, "Seu pau."

Pressionei minha ereção em seu quadril, deixando-a sentir a dureza dele.

Algo que era um constante ponto de discórdia entre meu pau e eu.

Tudo o que a mulher tinha que fazer às vezes era caminhar pelo quarto, e ele já estava pronto para saltar sobre ela.

"Meu pau te faz rir?" Perguntei.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim, você veio pulando até aqui e só consegui ficar focada na maneira como seu pau balançou para cima e para baixo."

Belisquei a bunda dela e a virei de bruços. Então, pressionei a ponta do meu pau contra sua entrada comecei a deslizar para dentro.

"Então... quem está rindo agora?"

Ela parou de rir. "Eu não. Absolutamente, 100%, que eu não," ela disse, levantando a bunda dela de encontro a mim e escorreguei mais para dentro.

"Penso que não."


Epílogo


Divirta-se. Esteja a salvo. Venha para casa.

-Chaveiro


Blake

6 meses depois


"Vamos, não tenho o dia todo," vovô resmungou, fazendo o possível para não sorrir.

Balancei minha saia mais uma vez, fazendo um círculo ao redor e fiz uma careta.

Eu parecia uma baleia encalhada.

Aos cinco meses de gravidez, não havia muita coisa que uma garota poderia fazer para esconder o fato.

E não fui abençoada com uma daquelas barrigas pequenas, também.

E sim com uma grande. Uma que não conseguia esconder de maneira alguma.

"Você está grávida. Sim. Você não precisa ficar olhando para ela." Vovô acrescenta para piorar.

Mostrei minha língua para ele e, finalmente caminhei para a porta que dava para a capela.

"Pronto, Freddy," brinquei com ele.

Ele estreitou os olhos para mim, me parando antes que eu abrisse a porta.

"Você sabe que o seu pai sempre teve muito orgulho de você, certo?" Ele perguntou, tocando meu rosto com as pontas de seus dedos.

Sorri para ele, colocando minha mão sobre a dele.

"Sim, vovô. Eu sei,” sussurrei, uma lágrima solitária ameaçando derramar.

Ele inclinou-se para frente e beijou meu nariz antes de voltar para a porta e a abrir.

A porta bateu contra o lado da parede, anunciando efetivamente nossa entrada, assim como a música que começou a soar em toda a igreja.

Em vez de esperar a música chegar ao ponto certo, ele começou a me puxar pelo corredor tão rápido quanto seus joelhos artríticos permitiam.

"Você sabe, certo, que terá que passar o resto de sua vida com ele?" Vovô perguntou quando estávamos na metade do caminho até o altar.

Eu sorri. "Sim, eu sei disso."

Passei por Pauline e lhe dei um pequeno aceno antes de ser, mais uma vez, puxada por ele.

"Vamos, não retarde os passos. Seu homem está esperando," ele insistiu.

Olhei para os olhos divertidos de Foster, tão feliz, que mal continha o desejo de correr pelo corredor em direção a ele.

“Vá em frente, você sabe que quer," meu avô disse, dando-me um leve empurrão.

Parei e o puxei para perto de mim. Em seguida, dei-lhe um forte beijo estalado na bochecha. "Obrigada, vovô."

Ele corou. "Vamos logo com isso. Se você não se apressar estará dando à luz na frente de toda esta cidade esquecida por Deus."

Sorri, em seguida, comecei a correr em direção ao homem que fez meus sonhos se tornarem realidade.

Seu “eu” super protetor, é claro, começou a se assustar que eu estava correndo quando deveria tomar cuidado em qualquer coisa que estivesse fazendo.

E correr, definitivamente não era cauteloso o suficiente.

Mas gostei de ver o pânico em seus olhos quando me lancei para ele.

Eu não tinha dúvida que ele me pegaria.

Algo que ele fez sem esforço.

Mesmo tendo que ir mais longe para amortecer o impacto, curvando os ombros para permitir mais espaço para a minha barriga.

Ele me girou uma vez antes de nos virar, comigo em seus braços, para ficarmos de frente ao padre.

Um padre, que gostou da demonstração de afeto, tanto quanto o resto do plateia.

"Então... posso ver que estamos todos animados por estarmos aqui," ele riu.

Assenti com entusiasmo.

"Tudo bem," ele acenou com a cabeça. "Foi-me dito que eu teria que ler este texto antes de começar. Então aqui vai.”

"Minha filha e ao homem que segura seu coração, entreguei esta nota ao seu tio para o caso de algo acontecer comigo.

Ele deveria entregar ao pregador no dia em que você se casasse. Suponho apenas que ele seguiu as instruções, porque se você está ouvindo esta nota lida em voz alta, isso significa que já não sou mais deste mundo. E Darren sempre foi um idiota que se recusou a seguir ordens.”

A multidão riu, e com meus olhos, agora molhados, virei-me para meu tio Darren.

Ele sorriu para mim com carinho, acenando com a cabeça, encorajando-me a ouvir.

"O dia em que você nasceu foi o dia mais feliz da minha vida. Nunca pensei que teria algo tão precioso que foi feito por mim. Claro, tinha a mão de sua mãe, também. No entanto, eu sabia que, no momento em que você nasceu, você seria minha menina. Eu te ensinaria tudo o que você precisaria saber para ter sucesso na vida. Moldá-la-ia para ser uma pessoa perfeita que iria fazer algum homem extremamente feliz um dia.”

“E eu fiz. E sei que o homem que está seu lado está extremamente feliz. Na verdade, se ele tem qualquer cérebro em sua cabeça, está agradecendo ao bom Deus o que lhe foi dado."

Os braços de Foster me apertaram com força. "Ele tem razão. Estou fodidamente extasiado por ter você. E sempre estarei."

"A partir desse dia, você será para sempre desse homem. Haverá dias em que vocês lutarão. Dias em que vocês não poderão suportar a visão um do outro. No entanto, vocês esquecerão, porque vocês se amam. Vocês terão uma briga, e a próxima coisa que você sabe, é que estarão cozinhando o jantar juntos e nenhum de vocês vai se lembrar porquê estavam brigando a vinte minutos atrás.

Uma palavra de conselho ao meu genro, ela vai trazer coisas que aconteceram um ano e meio atrás, em uma briga sobre o que você quer para o jantar. Isso vai acontecer. Confie em mim. Blake é uma merda quando está de mau humor. Mas fique com ela. Ela vale a pena."

Eu sorri, enxugando as lágrimas dos meus olhos, grata por ter usado um rímel impermeável.

"Para minha Blake, espero que você perceba o quanto você significou para mim. Quanto lamento não estar aí para levá-la até o altar. Para te entregar ao homem que sei que cuidará de você pelo o resto de sua vida.

Você é a batida do meu coração, e estou tão orgulhoso de você.

Eu te amo com todo o meu coração, e sempre estarei cuidando de você.

Papai."

Eu soluçava muito quando virei meu rosto no peito de Foster, lamentando mais uma vez pelo homem que perdi, com todo meu coração.

"O padre disse 'merda’," Foster disse em meu cabelo.

Sorri em seu peito antes de inclinar-me para trás e olhar para o homem com quem estava prestes a me casar.

Eu sabia uma coisa com certeza, que eu era uma mulher feliz.

Estava me casando com o homem dos meus sonhos. Estava grávida de seu bebê. Tínhamos uma casa que era bonita, e nós dois tínhamos empregos que amávamos.

Não havia mais nada que eu poderia pedir.


*****


6 meses depois


FOSTER


Entrei no quarto, cansado como o inferno depois de um turno que durou de oito horas para doze.

Eu estava me dirigindo para uma chamada quando o Pager que era forçado a levar em qualquer lugar para convocação da SWAT apitou.

Agora, depois de uma chamada de negociação de reféns que durou quatro horas, eu estava finalmente em casa com a minha família.

Eu não tinha certeza se elas estariam acordadas ou não. A agenda de Beckham ainda era bastante irregular.

Aos dois meses de idade, ela ainda acordava a cada três ou quatro horas como para comer... e isso se ela resolvesse dormir depois

Encontrei minhas duas meninas assistindo TV.

Bem ... Beckham estava em seu balanço, enquanto olhava para a TV.

Blake estava deitada de costas no sofá, o braço levantado sobre a cabeça enquanto dormia.

Ela estava linda, mesmo que ainda estivesse usando as roupas de ontem, e ostentando um mancha branca gigante no peito do que assumir ser baba.

Beckham balbuciou enquanto eu caminhava até ela.

Desligando o botão para parar o balanço, peguei-a e a embalei em meu peito.

Ela cheirava a loção de bebê. A da garrafa roxa que deveria ajudá-la a dormir. No entanto aqui estava a menina, a 01:35 da manhã. Ainda bem acordada enquanto sua mãe dormia no sofá.

Não que eu culpasse Blake.

Ela fazia um excelente trabalho cuidando de Beckham.

Pior ainda, ela voltou a trabalhar esta semana e estava exausta. E foi por isso que percebi a baba vazando pelo canto da sua boca.

Beckham e eu fomos para o quarto dela, onde eu a troquei, li uma história, e a deitei na sua cama.

Ela só ia para sua cama quando eu estava lá para colocá-la nela.

Era a garotinha do papai com certeza.

Ligando o abajur que projetava estrelas no teto do quarto enquanto girava, desliguei a luz e fechei a porta silenciosamente.

Então voltei para a minha outra menina, encontrando-a na mesma posição.

Sorrindo, comecei a tirar minhas coisas, primeiro a arma, depois o distintivo e por último o colete de Kevlar.

Depois minhas botas, calças e a camisa.

Tudo foi empilhado no chão, mas deixei lá para pegar mais tarde.

Meu próximo passo foi me curvar e pegar Blake em meus braços.

Ela estava apenas um pouco mais pesada do que antes, mas para mim, ela ainda era perfeita.

Se posso falar alguma coisa, ela era ainda mais sexy agora, um pouco mais cheinha na bunda e nas coxas.

Seus seios eram maiores, também.

Excepcionalmente.

Isso graças à amamentação. Que era algo muito sério para mim, mas eu nunca admitiria isso.

"Ei," Blake disse sonolenta, virando o rosto no meu peito para beijá-lo. "Senti sua falta."

Sorri enquanto caminhava para o quarto, suspirando quando vi que a cama estava cheia de roupas dobradas.

"Também senti sua falta. Coloquei Beckham na cama," falei a ela antes que tivesse a chance de fazer a pergunta que podia ver em seus olhos.

Colocando-a do meu lado, fui para o lado oposto e fiz uma grande pilha com as roupas, pegando-as em meus braços antes de depositá-las sobre a cômoda.

Aquelas que iríamos arrumar mais tarde, também.

"Como foi o trabalho?" Ela perguntou baixinho quando me sentei na cama e comecei a tirar a minha prótese.

Olhei para ela e vi que tinha se virado para mim, com os olhos pesados de sono.

“Longa. O homem responsável pela chamada que recebemos segurou a mulher refém com uma arma BB. Passamos quatro horas lá porque não havia nenhuma maneira de entrar sem colocar a mulher em perigo. Em seguida, descobrirmos que a arma que tinha sido temida toda a noite era falsa, foi um grande golpe. Desnecessário dizer que não estávamos felizes. Nico perdeu seu jantar de aniversário," falei, colocando tudo no chão antes de cair na cama ao lado dela.

Blake se mexeu no momento em que deitei na cama, se enroscando em meu corpo.

“Fico feliz em saber que foi uma chamada estúpida, se é que foi uma chamada. São os maus que fazem meu coração assustado", ela sussurrou, a voz pesada de sono.

"Sinto muito," eu disse honestamente. "Não queria preocupá-la."

Ela bateu na minha barriga levemente duas vezes em resposta antes de adormecer em mim mais uma vez.

E mais uma vez, fiquei me sentindo tão cheio que mal podia suportar. Cheio de amor por minha esposa. Por minha filha. Por tudo.

Não havia uma única coisa que eu mudaria.

Nada.


*****


3 anos depois


BLAKE


"Mãe," uma voz insistente disse urgentemente. "Eu tenho que fazer xixi!"

Suspirei, fechando os olhos enquanto rezava para que minha filha esquecesse que ela tinha que fazer xixi apenas por mais três minutos enquanto esperávamos que Foster chegasse.

Hoje era o aniversário de trinta e quatro anos de Foster, e eu tinha planejado uma festa incrível.

Neste momento, estávamos esperando que meu tio trouxesse Foster com ele.

Minha filha, no entanto, pensava diferente.

"Vou fazer xixi no tapete do papai, e você sabe como ele não gosta disso," Beckham me repreendeu.

Risadas de outros homens e mulheres na sala me cercaram na escuridão, e tive que reprimir a vontade de rir com o ridículo de tudo.

"Tudo bem," eu disse, pegando a mão de Beckham na minha própria.

"Se você não for ao banheiro, irei bater na sua pequena bunda."

Um risadinha soou no sala, tenho certeza que de alguém achando engraçado o que falei. A ironia de tudo isso era surpreendente.

Foster era a pior pessoa do mundo quando se tratava de castigar, e geralmente era eu que fazia tudo... o que não acontecia com tanta frequência.

Eu odiava quando Beckham chorava, ela tinha o coração mais suave e sensível do mundo. Era difícil para qualquer um repreendê-la, muito menos bater.

"Mamãe," ela disse suavemente. "Eu não consigo ver."

Suspirei e comecei a procurar meu telefone, mas Luke, que estava sentado ao meu lado, abriu o isqueiro e ligou.

Que foi seguido pelo resto dos homens na sala, incluindo o meu avô.

"Obrigada," murmurei.

"Não tem problema, meu bem," disse vovô.

Sorri interiormente, puxando Beckham atrás de mim enquanto caminhávamos para o banheiro, onde era inevitável que perderíamos a entrada de Foster.

"Tudo bem, querida. Apresse-se para não perder o papai," falei apressadamente.

Ela me deu um olhar que dizia claramente ‘não me apresse.’

O mesmo olhar que seu pai usava com bastante frequência.

"Vire-se," disse ela.

Suspirando, sabendo que ela nunca faria se eu não virasse, fiz isso.

Finalmente ela fez, e estava puxando as calças para cima quando decidiu que talvez ela não tivesse terminado completamente.

Bati minha cabeça na porta com um baque suave, sabendo que não faríamos isso a tempo de surpreender Foster.

"Estou fazendo cocô!" Ela cantou, como sempre fazia.

Minha cabeça bateu na porta novamente com uma batida suave.

"Mamãe, você não pode dizer que você é gorda na parte de trás."

Batida.

"E você tem algo colado na sua bunda."

Batida.

"Ele ainda está aí."

Batida.

"Mamãe."

Coloquei minha mão para trás e procurei, imediatamente encontrando o adesivo que disse a Beckham para não brincar, preso na bochecha da minha bunda.

Tirando-o fora, atirei-o nas imediações do lixo, e dei outra cabeçada na porta com um pouco mais de força.

Eu realmente não deveria estar surpresa. Beckham tinha um jeito de fazer as coisas mais simples, muitas vezes difíceis, desafiadoras e demoradas.

Ela era como seu pai, depois de tudo.

“Já acabei," Beckham anunciou em voz alta.

Deu descarga, lavou as mãos, secou-as na toalha pendurada ao lado da pia, e veio para o meu lado. Segurando minha mão, ela disse, "Podemos voltar lá agora."

“Você percebe, que o seu pai provavelmente já está aqui?" Perguntei a minha pequena mini-eu.

Ela franziu o nariz, como se a ideia de que uma festa começaria sem ela, era um conceito estranho que não conseguia entender.

Suspirando, abri a porta.

Extremamente desapontada por encontrar Foster parado lá.

Seu braço encostado na porta acima da cabeça, olhos voltados para mim.

Eu sorri. "Olá."

"Papai! Eu fiz cocô! "Beckham anunciou em voz alta, como só uma criança de três anos poderia fazer.

"Eu ouvi!" Ele riu, parecendo jovial.

Quando saímos do banheiro, ele se inclinou, pegando Beckham em seus braços.

Fiquei espantada, mais uma vez, pela semelhança entre os dois.

Era inevitável Beckham ter cabelo loiro, pois tanto eu como Foster temos.

Mas os cachos ... ela pegou todos do pai dela.

Eles eram pequenos e perfeitos, assim como os dele. E não ficavam arrepiados quando estavam sob o ar úmido do Texas.

Os olhos eram iguais aos meus, no entanto.

"Obrigado," disse Foster, tirando minha atenção do rosto de Beckham para o dele.

Sorri, depois dei de ombros. "Isso é a vida."

Ele sorriu, estendendo a mão para mim.

Apoiei-me em seu braço enquanto caminhávamos, enterrando meu rosto em seu peito musculoso, inalando a mistura de algodão quente e aroma fresco em suas roupas.

"Você não é gorda de qualquer lado," ele disse, me fazendo rir. "E ninguém viu o adesivo em sua bunda. Prometo."

Eu sorri, levantando minha cabeça para que eu pudesse olhar em seus olhos. "Eu te amo, Foster, meu doce amor."

Ele bufou e me guiou de volta para a sala onde a festa estava agora em pleno andamento.

Nossa família toda estava lá.

E era grande.

Toda a família de Foster, assim como a minha. Depois, as famílias dos homens da equipe SWAT de Foster, bem como alguns de seus amigos de sua época na Marinha.

Nossa casa estava cheia de pessoas que amavam Foster.

"Papai, mamãe disse que Louis tem seis semanas de idade hoje," disse Beckham a Foster quando voltávamos à festa.

Os olhos de Foster se iluminaram, e ele se virou para mim com um sorriso. "Sério, hoje? Não percebi que ele fazia seis semanas de vida hoje."

Corei sob o olhar quente de Foster.

Hoje faziam exatamente seis semanas que tive o nosso filho, Louis.

Louis era o oposto de Beckham.

Onde Beckham nasceu em uma cesariana, Louis nasceu de parto natural.

Onde Beckham teve cólica e não queria nada comigo se Foster estivesse por perto, Louis era o garotinho da mamãe.

"Então, dá o presente de aniversário do papai, mamãe?" Foster sussurrou em meu ouvido.

Um sorriso dividiu meu rosto enquanto eu olhava para ele com todo o amor e adoração que sentia por ele refletindo em meus olhos. "Se é isso que você quer, vou dar a você."

Antes que ele pudesse responder, um latido do andar de cima o fez suspirar e entregar Beckham para mim.

"Vou busca-lo," disse ele.

Assenti, levando Beckham para os avós, Micah e Sloan.

“Vocês se importam em ficar um pouco com ela enquanto vou buscar comida?" Perguntei.

Micah foi logo pegando a neta. "Claro. Assim, Beckham pode me mostrar como trabalhar em meu telefone novo. Soa bem, abóbora?"

Revirei os olhos.

Eles estragavam meus filhos.

A razão pela qual ele teve que comprar um novo telefone foi porque tinha dado o seu antigo para Beckham.

Tentei recusar, mas eles insistiram e eu, é claro, não consegui tirar o telefone de Beckham quando ela claramente queria tanto isso.

Tanto faz.

Ela o perderia dentro de um mês de qualquer maneira.

No caminho para a cozinha, passei por Luke, que estava ocupado alimentando Boris com um biscoito.

"Cuidado com os dedos," eu disse, rindo.

Ele bufou. "Aprendi a lição da primeira vez, confie em mim."

Certamente ele aprendeu.

Quase todos fizeram.

Nunca falhava quando eles enfiavam os dedos na gaiola para tocar Boris, e ele se virava e os bicava. Então ele ria, o pequeno bastardo.

Tivemos que trazer uma nova gaiola, que ficasse mais alta para que nenhum dedinho pudesse ficar acidentalmente presos nas barras.

Eu gostava de Boris, mas Deus o ajude se ele machucar um dos bebês de Foster.

"Oh!" Eu disse quando entrei na cozinha. "Obrigada garotas!"

Mercy, Reese, Geórgia, Memphis, e Viddy estavam todas na cozinha arrumando a comida quando cheguei. Fazendo a mesma coisa que fui lá para fazer.

"Nós achamos que você não se importaria com ajuda. As lagostas estão prontas, também. Sua tia resolveu isso antes de ir para a festa," Memphis disse, apontando para as lagostas cozidas dispostas ao longo de todo o balcão.

"Woo!" Eu disse, batendo palmas. "Odeio fazer isso! No entanto, Foster pede por elas todos os anos em seu aniversário, e não consigo descobrir o porquê."

"Porque gosto do jeito que você reclama quando você as cozinha," Foster disse, beijando minha nuca.

Virei-me e sorri para ele. "Você é horrível, você sabe disso?"

Ele piscou.

"Onde está Louis?" Perguntei, percebendo que ele não estava com meu filho que Molder se recusou a deixar sozinho.

Na verdade, Louis e Beckham teriam sempre a proteção de Molder.

Ele amava as crianças, e os tratava como se fossem seus próprios filhotes.

Ele nos avisava quando eles estavam acordados. Deixava-nos saber quando estavam doentes.

"Senhoras," disse Foster, agarrando minha mão e me puxando para o escritório que foi construído fora da cozinha. "Se vocês nos derem licença por alguns minutos."

Assustada, olhei para trás, para os rostos conhecidos.

"Foster!" Reclamei. "O que você está fazendo?"

Ele fechou a porta e trancou-a atrás de si antes de desabotoar as calças, enquanto me empurrava para o sofá no meio da sala.

Ele sorriu quando minhas pernas encontraram o encosto do sofá, e depois soltou uma risada com o meu olhar frenético para ele.

"O que há de errado, querida?" Ele brincou.

Balancei minha cabeça. "Nós não estamos fazendo isso aqui. Não com tantas pessoas em nossa casa."

Ele sorriu. "Ah, sim?"

Quando ele beijou a base do meu pescoço, e fez cócegas com sua barba ao longo da pele sensível, perdi a capacidade de usar palavras complexas.

"Sim," ofeguei, quando ele começou a chupar o lóbulo da minha orelha.

"Não vejo você dizendo não," ele observou, quando começou a levantar minha blusa e o sutiã sobre a minha cabeça.

"Mmmm," eu disse, pensamentos concentrados em como me sentia com suas mãos correndo sobre meus seios.

Ele riu baixinho. "Então você me quer? Aqui? Agora?"

"Mmmm," falei novamente quando ele puxou um mamilo em sua boca e começou a chupar levemente.

Ofeguei, os quadris empurrando em resposta.

"Foda-me," ordenei.

Sua resposta foi me virar, levantar a minha saia, e dobrar-me sobre o sofá.

Com seu pênis alinhado na minha entrada, ele empurrou para dentro com um rosnado baixo.

"Foi o que pensei."

 

 

 

 

 

 

 

 

EM BREVE


Kill Shot


3 de setembro de 2015


Capítulo 1

Irmãos e irmãs podem lutar como se se odiássem, mas eles terão sempre um ao outro. Para ver seu rosto se você disse algo sobre um na audiência do outro.

–Anote

Bennett


"Não posso acreditar que aquele estúpido marcou meu rosto!" Murmuro, me olhando no espelho da sala de exame.

"Seu rosto era muito bonito. Você precisa superar isso,” minha irmã disse, distraidamente, sem sequer se preocupar em olhar para cima da sua revista. Virei-me e olhei para a garota maluca.

"Por que está aqui? Como soube que eu estava aqui tão rápido?" Perguntei com aborrecimento.

Adorava minha irmã mais velha e tudo, mas ela realmente era uma cabeça de merda.

Nós lutamos como cães e gatos, mesmo agora, com os dois bem acima da idade de dezoito anos.

Payton tinha quase trinta e dois, e eu acabei de fazer vinte e cinco. E eu ainda não podia contar o número de vezes que temos atritos a cada semana.

Uma coisa que irrita os nossos pais e Max, marido de Payton, bastante.

Então, novamente, nos divertiamos que não gostassem, provavelmente por que fazemos isso muitas vezes.

"Ei, que tal não fazer isso agora?" Falou Nico, sempre a voz da razão.

Nico era o que eu chamaria de meu melhor amigo, mesmo que às vezes era um pouco retraído.

Ele estava na equipe da SWAT comigo, a razão pela qual eu tinha me juntado a equipe. Estava na equipe por três anos e eu gostava, na maioria das vezes.

Hoje, no entanto, não era um daqueles dias. Hoje foi uma merda total que gostaria de esquecer se possível.

Agora eu tinha arranhões que começavam abaixo da minha orelha e desciam até meu pescoço e clavícula.

"Você provavelmente vai ter raiva, e eles vão ter que colocá-lo como o cão sujo que você é," minha irmã disse amavelmente.

Joguei a compressa sangrenta que estava usando, para conter o fluxo de sangue escorrendo dos cortes para ela, que caiu no meio de seus seios.

"Bennett, seu safado, desgraçado!" Ela sussurrou. Eu maldosamente sorri para ela.

"O que você estava dizendo?"

Ela me mostrou o dedo, pegou o pano pela parte mais limpa entre os dedos e atirou-o para a lixeira.

Só que ela perdeu e ele caiu no pé da enfermeira que tinha acabado de entrar pela porta.

"Hmm," disse a enfermeira, levantando o pé dela e chutando-o em direção ao lixo. "Boa tentativa, pelo menos."

Olhei, mas não disse nada.

A mulher era bonita. O cabelo era castanho ondulado longo e estava preso em um rabo de cavalo alto na cabeça. As mechas loiras no cabelo, assim como a maquiagem e as jóias, praticamente gritavam 'alta manutenção.'

"Qual de vocês é Bennett Alvarez?" Ela perguntou, analisando o local.

Realmente era difícil de saber, eu tinha certeza. Havia cinco pessoas enfiadas no quarto minúsculo, e eu era o único em pé.

Eu estava bastante certo de que ela dificilmente descobriria quem era deveria cuidar, especialmente por que a parte riscada do meu rosto não estava visívil a ela.

“Seria eu," falei, chamando a atenção dela e de toda a força de seu olhar.

Senti como se ela pudesse ver através de mim. Era quase como se ela tivesse me deixado nu nos dez segundos que demorou me olhando.

Então ela ofereceu a mão para mim enquanto caminhava mais perto. "Meu nome é Jane Lennox. Vou costurar você hoje,” ela se apresentou.

Tomei sua mãozinha na minha e balancei duas vezes, para cima e para baixo, antes de soltá-la como se tivesse me queimado. Choque elétrico passou por minha mão no momento em que nossa pele tocou e nossos olhos se arregalaram.

"Você é uma médica?" Perguntei.

Ela balançou a cabeça. "Não, sou um PA, ou médica assistente. Está tudo bem?"

Concordei com a cabeça. "Sim."

Ela tinha idade suficiente para ser o que era? Ela parecia ter vinte e dois no máximo. Essa merda não leva muito tempo para ser concluída?

Ela acenou com a cabeça e então apontou para a cama com a mão.

"Sente-se e deixe-me ver o que está acontecendo." Minha irmã não se preocupou em se mover, por isso, sentei-me sobre ela.

"Puta que pariu Bennett, seu gordo filho da puta," ela rosnou, empurrando minhas costas com os joelhos tentando se libertar.

Os olhos do Lennox estreitaram em Payton. "Se você saísse da cama, então ele não sentaria em você."

Payton estreitou os olhos em Lennox, mas, no entanto, afastou-se da cama e foi para o marido.

Max puxou-a para o colo e prontamente cobriu sua boca com a mão quando ela fez um movimento de dizer alguma coisa.

Quando voltei a olhar para a coisa doce na minha frente, fiquei surpreso ao vê- estudando minhas mãos, e não o meu rosto.

Olhei para baixo, surpreso que ela tinha visto isso antes dos sangrentos arranhões no meu rosto.

"Seus dedos podem precisar de um tratamento dermatológico, mas fora isso, eles ficarão bem. Abra e feche a mão para mim,” ela pediu, colocando sua mãozinha na minha.

"Bom, aperta." Fiquei incerto se ela queria que realmente apertasse ou mostrar-lhe que podia. Apenas mostrei que podia para que eu não esmagasse as mãos dela. Ela parecia uma chorona.

"Excelente, não vejo nada que de errado. Seu rosto, porém, provavelmente vai precisar de alguns pontos. Assim que as enfermeiras os limparem, virei e darei uma olhada, tudo bem?" Ela perguntou, me olhando nos olhos.

Concordei, tentando descobrir o que havia de tão diferente nela. Tão intrigante.

Ela não me deu muito tempo para olhar, no entanto. Saiu do quarto sem olhar para trás, e a sala ficou em silêncio por um minuto enquanto todos processavam o que estavam pensando.

“Você também acha que ela se parece com àquela garota do House?" Payton sussurrou para o marido.

House, o programa de TV.

Payton era obcecada com esse show e o ator principal do show, House.

Eu gostava e tudo, mas eu estava mais para programas de ação. Não aqueles que me obrigavam a pensar na verdade. Quando eu assistia TV, era para relaxar, não para tentar descobrir quem matou quem, ou o que tinha acontecido.

"Tão certo como a porra. Estranhamente,” Max respondeu em sua voz grave.

"Qual é o nome dela mesmo?" Payton perguntou.

"Olivia Wilde," disse Michael, não se preocupando em olhar para cima de seu telefone.

"Por que estão aqui?" Perguntei, olhando ao redor.

Antes que pudessem responder, uma enfermeira mais velha entrou, tagarelando sobre a necessidade de me limpar para 'Nox'.

Nox. Era um apelido estranho. Não importa, embora. Pareceu-lhe caber. Ela era baixa. Provavelmente a mesma altura de Payton, que não tinha sequer 1,52m.

Era um nome corajoso, para uma pequena mulher duende.

"Tudo bem, meu rapaz. Isto vai doer um pouco. Tente não se mexer, no entanto,” a enfermeira instruía.


***

Lennox

"Puta que pariu! Isso não é uma picada. Queima como um filho da puta!" O grande homem na sala três rugiu.

Cobri minha boca e corajosamente tentei não rir. Eu não conseguiria, no entanto, se os olhares que estava recebendo dos médicos e enfermeiros fosse qualquer coisa perto.

"Tsk-tsk, fazendo o cara da SWAT gritar assim, Lennox,” Paxton, o outro PA e meu melhor amigo brincou.

Mantive minhas mãos. "Não fui eu que o feri!"

“Não, mas foi você que pediu a Donna para entrar lá. Você sabe como ela é com homens grandes. Sempre os trata mal porque lembram seu ex-marido,” disse Paxton, levantando a sobrancelha para mim.

Mostrei minha língua para ele.

"Sim, acho que fiz isso, não foi?" Eu ri assumidamente.

"Ei, você ouviu porque ele está aqui?" Melissa, uma enfermeira, falou.

Neguei com a cabeça. "Não, por quê?" Melissa era mulher que sabia tudo. Era casada com um bombeiro que estava no corpo de bombeiros local. Ela sabia muita coisa que acontecia antes da maioria.

"Uma louca tentou assaltar a lanchonete que eles estavam tendo sua reunião semanal da SWAT. Bennett, aquele homem ali, tentou impedi-la. Exceto que ela fez merda, então ele a pegou e tentou algemá-la,” explicou Melissa.

Minhas sobrancelhas levantaram.

“Que tipo de idiota iria assaltar um restaurante e não olhar para ver quem estava dentro primeiro?"

"Um estúpido," disse Melissa, gesticulando em direção a dois quartos que estavam sendo guardados por dois policiais uniformizados.

"Oh, ela está aqui?" Sussurrei interessada.

Melissa acenou com a cabeça. "Sim."

"Ela é minha," disse, levantando-me, agarrando a cadeira e me movimentando em torno das enfermeiras.

"Não é não. Ela é minha!" Paxton disse, mas eu já estava indo para o quarto antes que ele pudesse me parar.

Passando os dois oficiais com um aceno de cabeça, entrei no quarto.

A mulher que foi algemada à cama não ficou ferida.

Era mais do que óbvio. Porque se ela estivesse machucada ela não estaria dormindo profundamente.

Ela estaria sofrendo. O que ela definitivamente não estava.

“Sra. Bonillo?" Anunciei em voz alta, assustando a mulher.

Os olhos dela, que tinha enormes círculos pretos sob eles, aumentaram em raiva e então imediatamente esmaeceram, fingindo dor.

"Oh, minhas costas!" Ela chorou em voz alta.

Ignorei o falso choro, folheei o gráfico e balancei minha cabeça com o que eu vi. Passageira frequente de analgésicos. Verifiquei, surpreendente.

"Você pode me dizer como essa dor é, Sra. Bonillo?" Perguntei-lhe, indo para o balcão e inclinando minha bunda contra ele.

Ela pensou sobre isso por um momento, provavelmente tentando descobrir a melhor maneira de dizer e que iria puxar minha simpatia.

"Hum, pontadas no alto das costas," ela mentiu.

"Uh," eu disse, rabiscando corações sobre as notas da página no quadro. "E é constante ou intermitente?"

“Constante. Vai embora, mas volta. Por pouco tempo, nunca vai embora", disse ela, colocando um pequeno gemido em sua voz.

Assenti com a cabeça e rabisquei, 'Não sei o que significa intermitente', nas notas.

"Tudo bem", concordei. "Bem, Sra. Bonillo, lamento ter que dizer isto, mas você vai ter que entrar em contato com o PCP, seu fornecedor de cuidados de saúde primários e explicar-lhe esta dor nas costas. Infelizmente, a lesão que está proclamando ter não indica uma necessidade de remédios. Dou-lhe uma dose de Tylenol, no entanto."

"Tylenol? Você está brincando comigo? Tylenol não vai tirar a dor que sinto!" Ela gritou, curvando-se para fora da cama tentando me chutar.

Pulei fora do caminho dela, movendo-me para o lado da sala e vendo-a sofrer com as algemas que estavam anexadas no corrimão de metal.

"Sra. Bonillo, você vai precisa se acalmar, ou você vai se machucar," falei de modo tranquilizante.

Que não fez nada para acalmá-la e só serviu para aumentar seu aborrecimento comigo.

Então, com uma grande força, ela puxou tanto que o colchão inteiro e a maca em que estava deitada, capotaram deixando-a no chão como um saco de batatas.

"Ahhhhh!" Ela gritou, quando os policiais entraram pela porta.

"Senhora"? O primeiro oficial disse.

"Você se acalmará e nos permitir levantá-la?" Mas, de repente, a mulher e seu volume maciço estava livre, e ela começou a enlouquecer pra caralho.

Ambas as algemas estavam fora de suas mãos, essas parecendo muito deformadas, e ela estava batendo em qualquer um que estivesse próximo dela.

"Charlie Brown"! Gritei alto recuando. Para bater em uma parede dura de músculo. Girando ao redor, olhei, e subindo um pouco mais, cheguei nos mesmos olhos castanhos que me deram arrepios mais cedo.

"Seria melhor você esperar lá fora," o homem, Bennett, murmurou baixinho passando por mim e entrando na briga.

Então havia um maldito muro de homens! E não eram pequenos homens esses.

O quarto não me parecia pequeno quando a mulher avançou em mim, mas depois que apareceu a equipe da SWAT, de repente me senti minúscula.

De onde tinham vindo todos eles? Sei que só tinha visto dois homens da equipe da SWAT no quarto com Bennett. Agora, havia pelo menos seis deles, mas não consegui uma contagem total, porque me encontrei do lado de fora do quarto olhando um Paxton chocado.

"Hum," disse ele, olhando para os homens doces.

É isso o que eles eram. Doces homens. Tão sexy cada um deles.

Mesmo Bennett, com o rosto arranhado era sexy.

“Vocês nunca me apanharão viva!" Sra. Bonillo gritou. "Quero o meu advogado!"

O grito alto foi ouvido sobre os grunhidos de exaustão e o som de corpos em cima de corpos.

"O que deu no PCP"? Paxton perguntou curiosamente.

Olhei para o gráfico, que estava segurando e fiz uma careta.

"Positivo para heroína." Foda-se. Estive tão ocupada olhando para o histórico da mulher que não tinha me incomodado de olhar para os testes de sangue atuais.

“Algemem a puta!" Uma alta demanda masculina soou na parte inferior da pilha.

A mulher literalmente tinha sete homens em cima dela e ainda estava lutando!

Melissa veio parar ao meu lado e apreciou o show por alguns momentos antes de estender um frasco de vidro transparente e uma seringa.

"Toma," ela disse distraidamente um pouco depois. Ela ofereceu as coisas nas mãos dela, mas sempre com os olhos na cena.

Tirarando-lhe das mãos, verifico a data e a droga, retiro a medicação e então começo a entrar no quarto.

"Muito bem, rapazes," eu disse com autoridade. "Alguém me dê alguma bunda."

A camisa do de cima tinha se soltado, descobrindo uma cintura muito musculosa coberta de tatuagens.

Ainda não era o tipo de bunda que eu estava procurando.

"Você pode ter meu rabo a qualquer momento," soou uma voz tensa da parte inferior da pilha novamente.

Eu ri. "Sim, vou aceitar essa oferta... mais tarde."

Então contornei o amontoado, fiquei de joelhos próxima ao rosto de um homem com um chapéu preto e comecei a empurrar os corpos para o lado até que consegui uma parte do corpo da mulher. Sorte minha, a primeira coisa que vi foi a coxa, que funcionava muito bem para mim.

"Saúde," declarei, em seguida, furei-a com a agulha. Então ela começou a pular igual batata quente, fazendo com que os homens sobre ela se mexessem também.

Com um pensamento rápido e memória muscular treinada, coloquei a tampa de segurança da agulha e atirei-a para o canto do quarto, na hora certa.

A cabeça que estava quase entre as minhas pernas oficialmente se tornou familiarizada com minhas partes íntimas, e saí voando do topo do monte.

Soltei uma risada durante o voo quando aterrisei, rolando até que eu estava em minha bunda perto da porta.

Paxton estava rindo quando me colocou de pé.

"Jesus, você acha coisas estranhas divertidas," Paxton revirou os olhos.

Pisquei para ele... E vi as últimas lutas da mulher quando o Narcan que tinha lhe injetado... Começou a trabalhar. Então ela lutou até... Desistir.

Ela estava tão imóvel, aliás, que os homens em cima dela não confiaram.

Eu no entanto, sim. "Já podem se levantar," gritei alto. "Ela apagou."

"Como você sabe?" Um deles perguntou cautelosamente.

“Porque eu a derrubei com Narcan. Ela está sóbria como uma filha da pu... Hum, freira, alterei.

Cautelosamente, saíram, um a um, até que todos estavam olhando para a mulher no chão.

“Por que são sempre aqueles mais fortes que sempre lutam? Jesus, a todo momento!" O que parecia ser o mais velho do grupo rosnou, puxando sua camisa para baixo e colocando-a de volta dentro das calças.

"Porque eles são idiotas sem consideração, chefe. Sempre pronto para te pegar,” uma cabeça vermelha, brincou enquanto ele, também, arrumava a camisa.

Bennett, porém, era o que mantinha os olhos em mim, parado, me observando como se eu fosse uma lunática, maluca.

“Você percebe que é muito pequena e tem um quarto do tamanho dessa mulher, certo?" Bennett falou, gesticulando com um dedo para a mulher deitada no chão.

Olhei para trás, verificando para ver se ele estava falando com a pessoa nas minhas costas, no entanto, não vi ninguém lá.

"Você está gritando comigo?" Perguntei inocentemente.

Ele estreitou os olhos. “Sim, Mizz Jane, claro que estou. Isso foi incrivelmente estúpido."

Pisquei, surpresa que ele tivesse realmente dito que sim.

Que raiva!

Eu era uma mulher crescida! Se eu quisesse arrastar com os homens, com certeza poderia! Eu posso fazer tudo que um homem pode fazer... Dentro da razão.

"Sim, que seja," eu disse, girando para sair da sala. “Ela é toda sua, Paxton. Sr. Alvarez, vamos te costurar, então pode ir para casa.”

Não esperei ele seguir-me, em vez disso, fui para a estação de enfermagem e descartei a seringa que eu tinha acabado de dar na mulher burra que provavelmente ia estar extremamente dolorida pela manhã.

"Acho que você deixou o grande homem preocupado," Melissa riu levemente quando passou por mim.

“Sim, eu entendo. Sua responsabilidade, não sou eu. Esse é meu trabalho,” suspirei.

Estive lá, fiz isso. Eu tive um namorado controlador. E meu ex, no departamento de preocupação se assemelhava a um Bennett Alvarez.

Não, obrigada. Não me importa quanto quente ele era!!

CAPÍTULO 16


Um relacionamento é feito para duas pessoas. Só que algumas vadias não sabem contar.

- Fato da vida.


FOSTER


"Você quer ir comer alguma coisa?" Ela perguntou-me quarenta e cinco minutos depois, enquanto vestia uma camisa.

Eu olhava para o relógio, sentindo-me extremamente cansado.

Não do sexo, mas apenas cansado de um modo em geral.

Mas eu me sentia melhor do que estive em meses.

Gemendo, me forcei a levantar e sentei-me na beira da cama.

A primeira coisa que fiz foi esfregar um pouco de loção na pele ao redor da minha cicatriz.

Tinha que me se certificar de fazer isso, ou a pele se degradaria. Ou assim me informaram.

Agora tinha uma bolha, mas eu sabia que isso aconteceria, mais cedo ou mais tarde.

"Aqui," Blake disse, entregando-me a manga que segurava o pino na minha perna.

"Obrigado," agradeci, deslizando-a cuidadosamente para evitar bolhas de ar. "Onde você quer ir comer?"

Enquanto continuei me vestindo, observei cuidadosamente.

Ela usava meia-calça em cores vermelha e branca, uma saia de brim azul e uma camisa azul brilhante que dizia: Um peixe, Dois peixes, Peixe Vermelho, Peixe Azul15 nela.

Então começou a trançar seu cabelo.

"O que você está vestindo?" Perguntei.

Havia diversão na minha voz, que não consegui esconder, e ela jogou um sorriso por cima do ombro para mim.

"É oficialmente o dia Dr. Seuss16," ela me respondeu.

"Você está autorizada a usar isso para trabalhar?" Insisti.

Ela assentiu com a cabeça. "Não foi ideia minha vestir assim. Mas vou fazê-lo. Não tenho nenhum problema em parecer idiota. Só se você tiver um problema em sair para comer comigo assim."

Dei de ombros e vesti as calças que tinha usado na noite anterior.

Em seguida, calcei meu sapato.

"Você acha que perguntar se poderia comprar apenas um calçado, eles concordariam?" Ela questionou, fazendo-me olhar para cima.

"Duvido muito, para ser honesto."

"Bem, então procure saber se você pode comprá-los pela metade do preço... desde que, você sabe, não vai usar o outro sapato," ela ofereceu.

Eu pisquei. "Acho que posso lidar com o pagamento pelo par de calçados."

Ela encolheu os ombros. "Aposto que dão um desconto militar."

Dei a ela um olhar aguçado. "Eu posso lidar com isso. E como nós começamos a falar de sapatos, de qualquer maneira? Quando devemos sair para que eu a leve ao trabalho?"

Ela virou-se, surpresa evidente em seu rosto. "Por que eu preciso de você para me levar para o trabalho?"

Eu balancei minha cabeça. "Alguém invadiu a sua casa, e houve um tiroteio direcionado diretamente sobre ela. Sinto muito, mas você vai ter que lidar comigo levando-a para trabalhar a menos que você queira que eu comece a usar de força."

Ela levantou as mãos em falso horror.

"Ooooo!" Ela cantou sarcasticamente.

Levantei-me em um saldo da cama, pegando-a em torno dos quadris antes mesmo dela sair pela porta do quarto.

"Eeek!" Ela gritou quando a peguei e a joguei por cima do meu ombro.

Ela riu sem fôlego.

"Coloque-me no chão, seu grande imbecil!"

"Sim, senhora!"

Então atirei-a através do quarto, saboreando o grito que saiu de sua boca antes que ela atingisse a cama.

"Você está tão morto," ela declarou alguns minutos mais tarde depois que saí do banheiro.

"Você ainda não está pronta," falei, caminhando até o armário e retirei meu colete Kevlar.

Virei-me e vi que ela me olhava enquanto eu colocava o meu colete, seus olhos estudando meus movimentos enquanto eu o encaixava, procurando assentá-lo confortavelmente.

"O do meu pai é preto," ela disse.

Concordei com a cabeça. "Meu departamento me forneceu um também. Mas eu gosto muito desse."

"Por quê? Parece meio puído, para ser honesta," disse ela, apoiando o corpo sobre os cotovelos, deixando seus pés pendurados para fora da cama.

Apontei para a assinatura no canto inferior direito do meu colete.

"Eu tenho esse a cerca de três anos. Foi meu último ano como um SEAL17", expliquei. "Essa é a assinatura do meu irmão. Fiz o mesmo para ele. Parece estúpido," dei de ombros. "Mas sou um homem supersticioso. Eu uso o que sei que vai funcionar."

"Você não confia nos que recebemos do departamento de polícia?" Ela perguntou, levantando-se em minha direção.

Ela realmente parecia ridícula, mas muito quente, também.

"Sim, confio. Simplesmente não é meu." Hesitei antes de me sentar na cama novamente. "Tem certeza que você tem permissão para trabalhar assim?"

Ela sorriu. "Acho que nós vamos ver."


***


Blake


Pulei da camionete, caindo de pé com um ligeiro desequilíbrio.

Meus pés faziam barulho no cascalho quando me virei para fechar a porta.

Foster estava ainda contornando o carro quando dei de frente com a primeira pessoa que viu o que eu estava vestindo.

"Eu não deveria estar usando isso," murmurei para mim mesma.

"O que você disse?" Foster perguntou quando me encontrou do outro lado da camionete.

Eu não disse nada quando me virei para encarar o homem caminhando em nossa direção.

Se é que ele poderia ser chamado de homem.

"Ei," disse David. "Estou contente em saber que você está bem."

Dei de ombros e me virei para entrar no prédio, mais do que pronta para ficar longe do homem estúpido na minha frente.

O que estava em minhas costas, no entanto, era uma história diferente.

Eu poderia ficar em seus braços o dia inteiro.

Ele também fez muito bem em me impedir de querer socar o nariz de David. Principalmente me distraindo, e ele o fez até chegarmos ao topo da escada.

Eu não percebi que ele me seguia tão de perto, porque no momento em que minha mão tocou a maçaneta da porta, ela subitamente desapareceu.

Então, como em um filme da Disney na vida real, ele me pegou em seus braços e beijou-me estupidamente.

Eu como uma puta, gemi, inclinando-me para ele e enfiando meus braços ao redor do seu pescoço.

Meus dedos enterraram no pouco no cabelo que ele tinha, e a sensação de sua arma cutucando o meu quadril não fez nada para diminuir a minha libido, que estava furiosamente em grande velocidade depois da noite passada.

"Tenha um bom turno," disse ele sem fôlego. "Vejo você quando sair. Não saia para o almoço."

Com isso, ele me soltou, caminhou até a porta, e me conduziu para dentro.

Atordoada, eu entrei, não surpresa de encontrar toda a estação em ooohh e aaahh com a exibição.

"Esse é o nosso garoto, Crush!" Alguém gritou do fundo da estação.

Foster não olhou para ninguém, como era o seu jeito.

Eu, por outro lado, disse oi para, pelo menos, quinze pessoas antes de finalmente conseguir chegar nos escritórios da operação.

"Isso foi um show!" Pauline cantarolou no momento em que entrei.

Eu balancei minha cabeça.

"Como você viu?" Perguntei.

"Comecem a trabalhar, senhoras," disse a voz de um homem irritado da porta.

Resisti à vontade de arregalar meus olhos como Pauline e caí na minha cadeira colocando meu fone de ouvido.

"Tudo bem, senhoras! Vamos fazer deste um bom dia!" Nosso chefe, Bradley, disse.

Eu não me sentia confortável ainda quando se tratava de Bradley.

Ele era um homem esperto, e um policial.

Ou tinha sido antes que ele tivesse se machucado.

Agora ele fazia um trabalho sentado atrás de uma mesa porque sua perna não lhe permitiria fazer as atividades diárias de uma vida normal que a maioria das mulheres e homens faziam sem perceber.

Ele era agressivo, e pensava que era melhor do que os outros.

Ele era a mesma coisa que nós. Operadores.

Meu telefone tocou e esqueci tudo sobre Bradley.

Eu não pensaria nele até muito mais tarde.

No final do meu turno, para ser exata.


***

"Unidade 4 respondendo a uma 10-46," a voz de Foster veio através do rádio.

Eu tremi. Jesus, o homem era sexy. Até sua voz soava sexy.

Eu estava na sétima hora e meia do meu turno de oito horas, e estava tão pronta para estar na casa de Foster que não era nem mesmo engraçado. A falta de sono na noite passada estava realmente me atingindo. Eu mataria por um cochilo agora.

E também estava ansiosa para fazer outras coisas também.

Mais trinta minutos. Mais trinta minutos.

Continuei cantando as palavras para mim mesma, rezando para que conseguisse ficar acordada.

Estive exausta a noite toda, e esta foi a primeira vez que realmente prestei atenção a voz de Foster através do rádio o tempo inteiro.

"10-4, unidade 4," eu disse, mantendo a linha aberta, enquanto esperei que ele ajudasse o motorista do carro parado.

10-46, eu aprendi, era quando um motorista estava preso em um carro quebrado. Ou quando o carro tinha sido abandonado.

Passaram-se alguns minutos, enquanto isso verifiquei minhas unhas, me perguntando se deveria fazer uma manicure antes do fim de semana.

Eu concordei em participar com Foster de uma festa que seu irmão estava fazendo para o terceiro aniversário de sua filha.

Eu tinha que eles não se importariam como as minhas unhas se pareciam, mas...

Um som confuso e abafado ecoou abruptamente através do meu fone de ouvido, e eu levantei os meus olhos, olhando fixamente para o meu monitor.

Eu não tinha certeza do que estava ouvindo.

Parecia quase como um...

Bang. Bang. Bang.

Os tiros não soaram como pensei que soariam, mas eram claramente tiros, no entanto.

"Unidade 4, 10-101?" Eu quase gritei.

Eu podia ver Pauline pela na minha visão periférica, mas ela ficou lá, esperando por minha ação.

Ecoou o barulho de mais luta e ouvi a respiração difícil de alguém antes da voz tensa de Foster dizer, "Preciso de ajuda."

"Pauline, ele precisa de apoio," falei com urgência, antes que meus dedos começassem a correr sobre o teclado, colocando informações, despachando unidades, e alertando aqueles que precisavam saber.

Meu coração, no entanto, estava batendo loucamente.

Meu estômago estava agitado, senti a umidade atingindo meu rosto, e percebi que eu estava chorando.

Não deixei isso me impedir de fazer o meu trabalho, no entanto.

A luta continuou a soar, e depois mais um tiro ecoou.

Então, nada.

Absolutamente nada.

Eu estava tão assustada que Foster estivesse morto, que, quando sua voz voltou no rádio, eu visivelmente murchei em meu lugar.

"Unidade 4, 10-106," Foster rosnou sem fôlego. "Vou precisar de uma ambulância para o homem que apenas tentou atirar no meu rosto."

Solicitei a envio da ambulância, alertando outros oficiais, e então prontamente vomitei.

Corri para a lata de lixo do outro lado da sala, mal fazendo isso a tempo, antes e perder o meu almoço.

Jesus Cristo, o homem tinha me assustado completamente.

Voltei ao meu lugar, olhos vidrados, e desmoronei nele.

Minha cabeça bateu na mesa, e comecei a chorar silenciosamente.

"Faça uma pausa, Rhodes," Bradley ordenou. "E bom trabalho."

Eu o ignorei, voltando para o jogo de Paciência que eu estava jogando antes da chamada chegar, mas não consegui me concentrar.

Eu perdi.

Seriamente.

Minha mente era uma mistura de emoções enquanto esperava que o relógio desse oito.

Assim que ouvi que Foster estava de volta na estação, dei a Pauline um aceno e saltei da minha cadeira, esquecendo completamente que ainda estava conectada ao fone de ouvido.

Ele arrancou de minha cabeça quando atingiu o limite do seu comprimento, e bateu contra a mesa ao se soltar.

Eu não parei, embora.

Em vez disso, continuei correndo, passando pelas celas, seguindo direto para a entrada da frente.

Eu o vi lá, conversando com seu irmão, e não parei para pensar.

Apenas me lancei em seus braços, segurando-me firmemente.

Ele deu um passo para trás, o SUV em suas costas impedindo-o de ir mais longe, e eu o abracei com força.

Depois que eu o beijei, comecei a repreendê-lo.

"Você me assustou completamente!" Gritei bem alto em seu rosto.

Ele sorriu fracamente. "Sim, eu vejo isso. Parece ser uma tendência hoje à noite," ele disse enquanto olhava por cima do meu ombro para o irmão.

Suas mãos estavam descansando na minha bunda, me segurando, então me virei e olhei para Miller.

Ele estava olhando para seu irmão com alívio, amor e um pouco de aborrecimento.

Ele beijou minha testa, em seguida, deixou-me deslizar para baixo me colocando de pé, antes de falar, "Você se importa de ficar aqui com Miller enquanto vou falar com o chefe?"

Olhei para ele com desconfiança, mas mesmo assim concordei, "Claro."

"Vou terminar rapidamente. Só preciso lhe passar um relatório sobre o que aconteceu, e depois iremos, ok?" Ele confirmou.

Concordei com a cabeça novamente, e ele desapareceu para dentro do prédio.

"Então..." Eu disse, olhando para seu irmão quando a porta se fechou atrás de Foster. "O que você acha que realmente aconteceu?"

Ele piscou para mim. "Essa é a pergunta de vinte e três mil dólares."


***

Foster

"Ele estava esperando por mim," falei para o chefe. "Eu sei disso como sei que meu sobrenome é Spurlock."

O chefe suspirou e recostou-se em sua cadeira, esfregando os olhos com as mãos. "Diga-me por que você acha isso. Do que recolhi dos policiais que o interrogaram, você o assustou... ou assim ele diz."

Eu balancei minha cabeça.

"Passei por essa mesma rua mais de dez vezes esta noite. Você me disse para prestar atenção na festa que suspeitávamos que aconteceria ali, e assim continuei fazendo rotas diferentes, praticamente contornando em um oito," expliquei. "Vi aquele homem na primeira rua e não pensei muito sobre isso. Em seguida, ele estava na próxima rua que passei. Após a quinta vez que o vi, finalmente parei."

Ele balançou a cabeça, fazendo sinal com a mão para eu continuar.

"Eu realmente não o vi até que fui até o carro. Ele estava deitado no banco de trás, completamente vestido. Quando pedi para ele sair, ele fez, tranquilamente. Então, quando me encaminhei à viatura com sua licença e registro, ele se mexeu. Se eu não tivesse me virado para fazer-lhe uma pergunta sobre a sua licença, ele teria me baleado na parte de trás da cabeça."

"Jesus, que confusão dos diabos," Chefe Rhodes disse cansado.

Eu balancei a cabeça. "Um Charlie Foxtrot18, de fato."

"Bem, você vai ficar feliz em saber que a unidade de impressão digital móvel tem uma digital correspondente a dele. De várias ocorrência, na verdade. Uma das quais sendo a que encontramos no arrombamento da casa de Blake algumas semanas atrás," disse o chefe.

Meus dentes cerraram, e de repente não me senti tão mal por ter atirado na barriga dele três vezes com a sua própria arma.

"Ele disse alguma coisa?" Perguntei com força.

O chefe balançou a cabeça uma vez. "Nada. Eu tenho Greer sobre ele, no entanto. Se ele descobrir algo me avisará."

Esfreguei meu peito, sentindo uma contusão já se formando no local onde a bala havia acertado no meu colete Kevlar.

"O que é isso no seu ... pé?" O chefe perguntou quando se levantou.

Olhei para o meu pé e fiz uma careta.

"Acho que é pele," respondi. "Ele caiu sobre ela."

A expressão do Chefe azedou. "Isso é apenas... nojento."

Ele me entregou um lenço desinfetante que tirou do pote que mantinha no canto de sua mesa.

“Limpe isso. Posso te dizer por experiência própria que Blake vomita com a visão de sangue," disse ele.

Abaixei-me e esfreguei o sangue e pedaços de... coisas, da minha prótese. Em seguida, joguei a toalha no lixo ao lado da mesa do chefe.

Enxugando minhas mãos com um pouco de desinfetante, levantei-me e olhei para ele.

"Isso tudo tem a ver com ela, não é?" Perguntei afirmando.

Ele deu de ombros. "Melhor palpite, sim. Só não sei o que ela fez para justificar tudo isso. Mas não significa que não vou descobrir, no entanto."

Concordei com a cabeça.

"Bem, ela não vai sair da minha vista, isso é certo."

Quando comecei a sair do escritório do chefe ouvi ele dizendo, "Nunca duvidei que faria. Apenas certifique-se de deixar clara suas intenções para Shank antes de se envolver muito com ela."

Isso era algo que eu realmente, realmente não queria fazer.

Não que eu não planejasse ter Blake como minha, porque eu planejava. Mas porque não queria falar com aquele homem até que tivesse toda esta situação resolvida.

Eu iria falar com ele de qualquer maneira? Sim.

Será que eu gostaria disso? Foda-se, não.

CAPÍTULO 17


Quem acendeu o fusível em seu tampão?

-Camiseta


FOSTER


Abri a porta do meu apartamento, sem me surpreender de modo algum por ver o pai de Blake na minha frente.

Blake tinha adormecido no sofá durante o filme que insisti para assistirmos, e estava dormindo por mais de uma hora.

Não querendo acordá-la, porque eu sabia exatamente onde esta conversa iria, agarrei a minha arma da mesa de centro, empurrei-a na parte de trás da minha calça, e encontrei-o no corredor.

Ele observou os meus movimentos com os olhos de um oficial treinado.

Alguém que também tinha feito isso tantas vezes que poderia antecipar os movimentos de outro oficial antes mesmo de ser feito.

Seus olhos, porém, pararam sobre o corpo de sua filha deitada no sofá e depois ele me encarou, de repente furioso.

Fechei a porta rapidamente antes que ele pudesse começar a exigir respostas, e inclinei-me contra a parede esperando ele começar.

"Por que ela estava chorando?" Lou exigiu.

Suspirei.

Então, comecei a lhe contar sobre a minha noite, e depois aquilo que o chefe havia me dito quando conversamos.

"Foda-se," disse ele, virando-se e andando de um lado para o outro no corredor. "Não encontrei merda nenhuma. Puxei cada maldito informante que tenho, mas não consegui nada para mostrar. Vou ter que cavar mais fundo."

Eu não duvido que o homem tinha informantes. E também esperava que ele tivesse um monte do submundo do crime nos bolsos traseiros19.

Você não se mantém como um policial durante o tempo que ele ficou sem conhecer alguns criminosos que você poderia chamar se precisasse deles.

"Tenho alguns especialistas em computador que estão trabalhando no caso com um amigo meu. E também o presidente do clube do meu irmão empenhado nisso até o fim," eu disse.

"Silas Mackenzie?" Ele perguntou surpreso.

Acenei com a cabeça, não me surpreendendo que ele conhecia os homens associados com o meu irmão. Eu tinha certeza de que ele tinha um arquivo de trinta centímetros de espessura de mim e minha família.

"Como... não importa. Tenho certeza que não quero saber,” eu disse, balançando a cabeça. "Ele era... é da CIA, acho. Eu realmente não fui capaz de descobrir exatamente o que ele é. E não sei se ele já saiu. O que sei é que ele está puxando tudo o que sabe sobre Bryson Bullard, o homem que tentou atirar em mim esta noite."

Shank então resolveu jogar.

Pegou seu telefone e discou um número, não olhando para mim quando começou a falar baixo no aparelho.

Não consegui entender muito da conversa, mas do que ouvi, eu sabia definitivamente que quem estava do lado oposto da linha não estava agindo exatamente como um oficial da lei.

"Não me importo com o que você tem que fazer seu estúpido filho da puta. Ou você o faz falar, ou eu vou, e você realmente não vai gostar," ele sussurrou antes de desligar.

Minhas sobrancelhas levantaram quando ele se virou e olhou fixamente para mim.

"O que você acabou de fazer?" Perguntei curioso.

Ele sorriu.

"Um pai tem um dever para com sua filha. Se ela está machucada, eu estou machucado. E não vou falhar nisso. Será sobre o meu cadáver que ela terá que suportar outro dia como o de dois dias atrás. Ela estaria morta agora, se não fosse por seus amigos," ele rosnou. "Agora, você faz o seu trabalho protegendo a minha garota, e eu vou fazer o meu."

Com esse comentário enigmático, ele se virou e começou a descer o corredor.

Seus ombros largos e fortes contraíram com a tensão enquanto ele ia.

"Lou?" Eu chamei e ele parou.

Congelando, ele se virou lentamente.

"Não," disse ele. "Você não a conhece por tempo suficiente ainda."

Eu sorri. "Você percebe que isso não vai me impedir, certo? Que planejo fazer isso tendo sua permissão ou não. Eu só queria que você soubesse minhas intenções. Eu tinha planejado esperar até que tudo isso tivesse acabado, mas mudei de ideia."

***

Levantei Blake em meus braços, levando-a sem esforço para o quarto.

Ela não se mexeu quando eu a deitei na cama, e joguei as cobertas sobre ela.

Ela fez o mais bonito pequeno gemido enquanto se aconchegava mais profundamente na cama, e levou todo o meu esforço para não a virar e começar a fodê-la antes mesmo que ela acordasse.

Em vez disso, saí do quarto comecei minha rotina noturna de aparar a barba, lavar as mãos e rosto, passar algum desodorante e remover a prótese antes de ir para a cama.

Entrei sob as cobertas e deslizei para o meio, muito consciente do meu membro perdido quando puxei Blake nos meus braços.

Ela enrolou as pernas em volta da minha perna, e se aconchegou profundamente em meu peito antes de dar outro suspiro bonito, caindo de volta no sono.

Eu estava quase dormindo quando o pager20 na minha cabeceira disparou, alertando-me para uma chamada da SWAT.

"Filho da puta," eu suspirei.


CAPÍTULO 18


Quando o perfume em seu travesseiro tem que ser suficiente.

- Esposa do turno da noite


FOSTER


"Você é a bomba," eu disse a Alice enquanto a deixava entrar na sala de estar.

Alice era uma amiga policial que vivia no andar de baixo.

Tive sorte para caralho que ela estava em casa, caso contrário eu teria ficado rasgado por deixar Blake sozinha.

Especialmente com a tempestade de merda que estava rodando em cima dela recentemente.

"De nada, Foster. Eu só queria que você tivesse me chamado para outra coisa que não fosse cuidar da sua mulher,” disse a voz sensual atrás de mim.

Eu estremeci.

Sim, nós já dormimos juntos antes.

Tinha sido conveniente, mas nenhum de nós procurava nada além de um bom momento.

Algo que nós tivemos, e deixamos logo depois.

"Faça o que fizer, não a irrite. Seu tio é o chefe. Confie em mim, você não quer nenhum tipo de problema com ela," ordenei, jogando-lhe um olhar por cima do ombro.

Ela me lançou um olhar que mostrava claramente o quanto estava assustada.

"E faça o que fizer, não diga a ela que dormimos juntos. Quero que ela fique onde está, o que vai contra totalmente com o propósito de ter você aqui se você irritá-la e a fizer sair," expliquei, pegando minhas chaves da mesa.

"Que seja," disse Alice.

Eu estremeci.

Alice, embora fosse uma policial, era também uma mulher.

Ela tinha hormônios e alterações de humor assim como o resto da população feminina.

Ela também estava irritada que eu não a tinha chamado há um tempo.

Ela era uma profissional, no entanto, e gostava do seu trabalho.

Também a via como uma amiga com quem poderia contar, e foi por isso que eu estava confiando a ela uma das coisas mais importantes da minha vida.

Algo que me assustou. Especialmente porque fazia um curto período de tempo que nos conhecemos.

"Obrigado, Alice," eu disse. "Fique à vontade."

Parei, porém, me voltando. "Exceto meu quarto. Não vá lá a menos que você precise.”

Ela me deu as costas, e eu saí com um sorriso no rosto.

Quando cheguei à estação, no entanto, eu não estava sorrindo.

"O que quer dizer com medo de altura?" Disse Luke, gritando. "Você era um maldito SEAL!"

"Ei, cara, segura a sua merda," eu disse quando entramos no Rita.

Rita era na verdade um caminhão blindado. Algo que foi feito para suportar uma tonelada de violência e continuar rodando.

Eu não tinha certeza de quem começou a chamar o caminhão de Rita, mas pegou, e não parecia que mudaria.

"Eu disse que ficava nervoso com alturas. Nunca falei nada sobre estar com medo dela. Eu ainda vou fazer o meu trabalho," rosnei. "E qual é o seu problema esta noite?"

Luke fez uma careta. "Reese começou a pegar turnos no andar da cardiologia do hospital. Esse andar é longe do telhado onde iremos. Eu não gosto dela lá, mas ela está presa."

Isso explicou tudo.

Imensamente.

Eu também estaria preocupado, se estivesse no lugar dele.

Infelizmente, porém, o homem que estávamos indo retirar do hospital estava no telhado.

O que significava que o homem não seria capaz de sair do telhado sem um crachá o autorizando a voltar para dentro.

A viagem foi gasta falando sobre o esquema do hospital, o que íamos fazer, e se utilizaríamos força letal se necessário.

Quando entrei no hospital atrás de Luke, parei abruptamente quando um par familiar de ombros e olhos de aço encontraram os meus, antes que desaparecesse em um corredor.

"Que porra é essa?" Perguntei assustado.

Por que Lou está aqui?

E se ele estava aqui, por que estava saindo quando havia claramente uma situação de refém acontecendo lá em cima?

Ele não poderia mentir para mim e me dizer que não sabia.

Aquele homem sabia de tudo antes que outras pessoas tivessem tempo para denunciar.

No entanto, não tive tempo analisando o fato porque ouvimos o homem que tinha tentado me matar começar a gritar.

Nós não poderíamos dizer o que ele estava falando, embora. Tudo soou como um monte de jargão a partir desse ponto no térreo.

Ele estava realmente gritando, também.

Segui Luke, não poupando a Lou outro pensamento enquanto passávamos pela segurança, indo direto para as escadas.

O elevador havia sido temporariamente desligado, as únicas pessoas que poderiam utilizá-lo éramos nós, o grupo médico se precisasse dele em caso de emergência, e os bombeiros.

Ninguém iria entrar ou sair sem o nosso conhecimento.

"Tudo bem, rapazes," Luke disse enquanto subíamos o último lance de escadas. "Fiquem seguros e atentos."

Algo que Luke diz cada vez que entramos em uma situação como a que estávamos prestes a adentrar.

Nico bateu na porta com a bota, e imediatamente passou por ela, caindo de joelhos para permitir a Michael, que estava atrás dele, um tiro certeiro.

No entanto, foi em vão.

Bryson Bullard nem sequer virou para olhar em nossa direção quando saímos.

"Você não pode fazer isso, meu velho! Estou protegido!" Bullard gritou.

Em vez disso, seus olhos estavam focados no edifício do outro lado da rua, em uma determinada janela, em particular.

"James, o que ele está olhando?" Perguntei.

James era o atirador da equipe SWAT, e um homem muito bom no seu trabalho.

No entanto, Bullard não estava olhando para James, pois James estava em um canto do edifício diagonal ao que Bullard atualmente estava gritando.

"Vocês não vão me levar vivo!" Bryson Bullard gritou, voltando-se para nós. "Esse cara fodido louco pode..."

De repente, ele se concentrou em algum lugar atrás de nós, e começou a gritar. "Estou tão morto. Desculpe!"

"Você acha que ele está usando?" Nico me perguntou.

Dei de ombros, apontando a arma para o homem.

Ele estava com um enorme tanque de oxigênio preso ao peito. A fita adesiva enrolada em torno de seu meio, segurando o tanque no lugar, e ele olhava os arredores do telhado como um homem possuído.

"Eu não vou te dizer!" Ele gritou, saliva pulverizando em um raio de três pés na frente dele.

Nenhum de nós se moveu, permanecemos apoiados contra o lado do edifício, enquanto o homem gritava na borda do telhado do hospital.

Eu sabia que, se não tivéssemos cuidado com o local onde colocaríamos nossas balas, o homem iria explodir se elas acertassem o tanque.

"Se não fizermos alguma coisa, ele vai pular, e, em seguida, o que faremos?" Bennett, que estava do meu outro lado, grunhiu.

Nós não tivemos chance de responder.

"Sua filha é um fodido pedaço quente, e eu sinto muito que nunca vou ter a chance de foder ela corretamente! Apenas lembre-se que vou levar o nome do homem que planeja matá-la comigo para o túmulo! Você nunca vai conseguir...” Bullard gritou enquanto levantava uma arma.

Embora não tenha sido apontada para nós, todos ficamos tensos.

BOOM!

O telhado explodiu.

Ou pelo menos parecia que tinha.

O que era mais provável era que o homem na nossa frente tivesse explodido.

Fragmentos e pedaços... nojento... de carne, sangue, e matéria, explodiram em torno de nós quando o corpo de Bullard foi soprado em pedacinhos.

"O que... o.... porra" Michael suspirou. "Nunca vi nada assim. E fui um maldito fuzileiro naval por anos."

Eu bufei.

Ninguém realmente sabia o que Michael tinha feito antes dele vir para Kilgore.

Sabíamos que ele tinha uma mãe e um pai, e que ele esteve na Marinha.

O que nós não sabíamos era porque ele era do jeito que era.

Por que ele não namorava. E por que ele desaparecia a cada cinco dias... para algum lugar.

O que eu sabia porém, era que podia sempre contar com ele, não importa o quê.

Ele sempre protegeria toda a equipe com sua vida, e pouca coisa o impressionava.

Agora, porém, ele estava além de impressionado.

Como eu estava.

Junto com cada homem na equipe.

"O que aconteceu?" Downy gritou freneticamente através do fone de ouvido.

Downy era o nosso negociador. Ele estava com o megafone abaixo junto com o Chefe.

O que significava que ele tinha perdido o show.

"Acho que tem no meu cabelo," Bennett sussurrou profundamente enojado.

Eu nem queria pensar em coisas no meu cabelo. Por agora eu simplesmente vou ignorar.

Não era a primeira vez, e certamente não seria a última.

"Quem atirou?" Luke gritou.

Luke estava chateado.

E eu acho que ele tinha o direito de estar.

No entanto, tanto quanto eu sabia, nenhum de nós tinha atirado.

"Negativo."

"Eu não."

"Não."

"Nada."

"Não fui eu."

O último foi James. Sua confusão era tão evidente em seu tom quanto no nosso.

Luke grunhiu frustrado enquanto caminhava para o telhado.

"Bem, tem que ser um de vocês!" Ele rosnou.

Comecei a ejetar os cartuchos da minha espingarda, assim como os outros.

"Tudo contabilizado, chefe," eu falei, entregando-lhe os meus cartuchos.

Seus olhos se estreitaram para mim, mas depois se alargaram.

"Bem, se não foram vocês... quem diabos fez isso?" Ele finalmente perguntou.

Novamente com a pergunta de trinta e nove mil dólares.

Havia apenas uma possibilidade, embora.

Se não foi a gente, então tinha que ser outra pessoa.

E esse alguém nunca nos tocou.

Houve apenas um tiro, e que foi destinado a Bullard.


***

Blake


Acordei e estiquei os braços para o alto sobre a minha cabeça, rolando enquanto isso.

Senti-me maravilhosa.

Eu consegui dormir mais do que o suficiente na noite passada, o sono que me foi negado nas últimas semanas.

E eu poderia agradecer Foster por isso.

Quando ele sugeriu assistir a um filme, eu fiquei meio cautelosa.

Eu não era uma grande fã de horror, mas descobri que isso não importava.

Eu dormi nos primeiros trinta minutos, perdendo todas as partes assustadoras.

A primeira coisa que notei quando o sono abandonou o meu cérebro foi que Foster tinha ido embora, e tinha sido por algum tempo.

Seu lado da cama estava frio.

O que me fez pensar... por quê?

Ele estava tão cansado quanto eu na noite passada, e prometeu que iria me acordar quando fosse sair para sua corrida matinal.

O que pude perceber, porém, pelo sol que atravessava as janelas que não era mais manhã.

Já estava indo para a tarde.

Levantando-me, entrei no banheiro para meu ritual matinal antes de ir para a sala de estar à procura de Foster.

Quem encontrei em vez disso foi qualquer um, menos Foster.

Havia uma mulher na sala de estar de Foster.

Uma mulher bonita.

"Quem é você?" Perguntei a loira bonita no sofá de Foster.

A mulher olhou para cima e sorriu.

Embora isso tenha saído mais doloroso do que qualquer coisa.

Seus olhos observaram meu estado ofegante, bem como a camisa de Foster, antes que se desviassem.

"Alice. Sou a vizinha de Foster. Também trabalho com ele na força. Foster foi chamado no meio da noite para uma situação da SWAT", explicou ela. "Ele não queria te acordar."

Rangi os dentes com a leve sugestão de repugnância que suas palavras carregaram quando ela disse a última parte.

"Há quanto tempo ele saiu?" Perguntei.

"Seis horas," ela disse.

Decidi que talvez eu não me incomodaria mais em conversar com ela.

Virando-me, caminhei de volta para o quarto e coloquei um short preto.

Um que era de Foster.

Fiquei feliz em vesti-lo, pois queria jogar um pote ou dois, enquanto esperava.

Eu tinha quase certeza que ele não se importaria, também.

Depois de cuidar desse pequeno detalhe, voltei para a sala e comecei a reunir minhas coisas.

Desde que planejava fazer hoje um grande vaso, cortei um pedaço maior de argila com o meu fio, em vez do pequeno que usei com Foster da outra vez.

Nós duas ficamos em silêncio enquanto eu reunia as coisas que precisaria.

Eu estava plenamente consciente de que ela me avaliava, embora não tenha se preocupado em tirar os olhos de sua revista.

Quando sentei-me, ela finalmente se dignou a falar comigo novamente.

"Então, você é uma despachante?" Ela perguntou ofensivamente.

Olhei para ela bruscamente, não gostando do tom que usou para dizer despachante.

Ela poderia muito bem ter me chamado de lixo.

"Claro," respondi.

"Como é que nunca vi você?" Perguntou Alice, sem se preocupar em tirar os olhos de sua revista.

Era uma das Armas e Munição de Foster que ficava em sua mesa de cabeceira.

Lembrei-me claramente porque tinha uma arma rosa na capa, e uma matéria em destaque perguntando se estava tudo bem fazer armas parecerem ‘bonitas.’

Eu realmente queria ler esse artigo, mas a deixei na mesa de cabeceira para ler quando tivesse uma chance.

E eu sabia que Foster já leu pois, tivemos um pequeno debate sobre se as armas deveriam ser feitas para parecer assim.

O argumento principal foram as crianças.

Como elas, se a arma fosse deixada ao alcance, seriam mais tentadas por uma arma que era bonita, em vez de uma que era simplesmente preta.

Na verdade, discuti com ele sobre isso, e tinha a intenção de ler o artigo, mas ele bateu o pé que iriamos assistir a um filme, então eu a deixei no quarto.

O que significava que ela deve ter ido no quarto.

E me viu nua.

Que porra é essa?

Em vez de pensar sobre isso, coloquei um pouco de água nas mãos, e pressionei o pedal com o pé para fazer a roda girar.

Então comecei a pressionar os dedos na argila, movendo-os para cima e formando a base do vaso.

"Então, o que você acha dele?" Alice disse algum tempo depois.

Eu comecei a trabalhar o vaso até cerca de nove centímetros de altura quando ela falou, e acidentalmente pressionei com mais força do que pretendia, fazendo-o inclinar-se ligeiramente para um lado.

Suspirando, consertei antes de me levantar e começar a pressionar a parte de dentro. "O que penso sobre quem?"

"Foster," ela respondeu rapidamente, finalmente olhando para mim.

Algo que peguei com o canto do meu olho.

Não olhei para ela, no entanto, totalmente focada no meu vaso, que nem me importei o suficiente para olhar para cima.

"Eu o amo," eu disse simplesmente.

Era verdade. Eu o amava.

Algo que não me assustou como eu pensava que iria.

Quando deixei David, fiz uma festa para celebrar a nossa separação.

Uma festa onde fiquei bêbada, e em seguida desmaiei no quarto de hotel que aluguei.

Mas foi divertido.

No entanto, fiz uma promessa a mim mesma naquela noite de que nunca me deixaria desmoronar por um cara novamente.

Uma promessa que quebrei no primeiro dia que conheci Foster Lager Spurlock.

Uma promessa que eu estava feliz em quebrar.

Eu sabia no fundo do meu coração que Foster era um bom homem.

Quando ele expressou seu desgosto sobre o comportamento de David, eu senti alívio.

Alívio absoluto que ainda havia bons homens neste mundo que não estavam comprometidos.

"Você o ama?" Ela perguntou lentamente. "Você só o conhece há um mês."

Eu a ignorei, pensando que seria melhor não chamar a atenção para o fato de que ela estava me atingindo.

"Ele não é o cara do tipo para o amor. Ele é ‘foda e vá para casa’, esse tipo de cara," disse ela, virando-se para mim agora.

Ela estava vestindo shorts curtos, que marcavam sua vagina, e uma regata justa que tinha algum tipo de símbolo da polícia sobre ela.

Como a mulher se tornou uma policial?

Ela era a epítome da loira burra. O que não dizia muita coisa, pois eu também era loira.

Como uma mulher como ela se tornou uma policial?

Eu tinha ouvido que o teste de aptidão do DPK era um dos mais difíceis de passar no Estado do Texas.

Será que ela teve que chupar o pau de alguém para passar?

"Sabe, quando ele me ligou na noite passada, tive quase certeza de que ele estava me chamando para vir até o seu apartamento por uma razão completamente diferente," disse ela maliciosamente.

A insinuação nesse comentário fez-me afastar da mesa para que eu pudesse colocar os pensamentos em ordem.

Assim que soltei o pé da roda, o giro do vaso diminuiu lentamente, antes de parar completamente.

Assim que tive certeza de que iria ficar onde eu queria, virei diretamente para a mulher, mãos enlameadas e tudo, e parei até que fiquei frente a frente com ela.

Ela levantou quando me viu chegando em sua direção, deixando cair rapidamente a revista sobre a mesa e erguendo seus ombros.

"Então me diga," eu disse, olhando para ela. "Qual é o seu problema?"

Ela se moveu para frente, aproximando o rosto no meu antes de me cutucar no peito.

"Ele é meu," ela grunhiu. "Estive esperando ele voltar. Dei-lhe tempo por causa da sua deficiência. Ele era tão bom, que valia a pena esperar."

Franzi as sobrancelhas para ela. "Ele não é deficiente. E se ele quisesse estar com você, ele estaria. Seu pau não foi afetado, e sim sua perna. E Foster não faz as coisas pela metade. Se ele quisesse você novamente, ele teria ido a você. O que significa apenas uma coisa. Ele não quer você."

Ouvi a fechadura da porta clicar para abrir, e o barulho dos passos de Foster entrando na sala.

Eu me virei e falei com ele?

Não.

Fiquei olhando para Alice, que também mantinha os olhos em mim.

"Estou deixando você saber agora que não vou desistir," ela sussurrou baixinho antes de recuar, pegar seu telefone e as chaves da mesa de centro, e caminhar ao redor da sala, como se ela não tivesse nenhuma preocupação no mundo.

Quando me virei, fiquei chocada ao ver que Foster estava saindo para o corredor com ela, em vez de vir até mim.

Apenas... o que?

Enquanto eu olhava a porta se fechar atrás dele, virei e voltei para a minha roda, molhando minhas mãos, mais uma vez, e terminando o meu vaso.

Além de alguns problemas, como a marca de unha no topo, e a borda mais espessa de um lado da abertura, estava muito bom.

Considerando todas as coisas.

Porém, assim que terminei, saí da roda, não estava mais com vontade de jogar potes.

Não era normalmente a maneira que jogo, de qualquer forma.

Após dez minutos ainda sem o retorno de Foster, fui para a pia, lavei as mãos, em seguida, entrei no chuveiro.

Fiz questão de trancar a porta, para o caso dele tentar entrar.

Ele não o fez.

Quando saí, me sequei rapidamente e entrei em seu quarto, surpresa ao vê-lo sentado na borda da cama, observando a porta do banheiro.

Ele olhou para mim.

"O que há de errado?" Ele perguntou.

Olhei para ele enquanto caminhava para a minha mala no canto.

Vestindo a calcinha por baixo da toalha, eu disse "Errado? O que deu a você impressão?"

Meu tom de sarcasmo estava em plena explosão.

E ele percebeu.

Suas sobrancelhas se ergueram. "O que isso deveria significar? Alice disse que não havia nada de errado.”

Eu bufei. "Isso é valioso."

Colocando meu sutiã, vesti depois um short curto que estava além de indecente, e uma camiseta que dizia, ‘Eu amo os rapazes do campo.'

Antes que eu terminasse de puxar a blusa para baixo, porém, Foster se aproximou.

"Diga-me," ele rosnou, os olhos quentes com ira.

"Não quero falar com uma garota sobre o quão bom você é na cama. Isto não é uma Kumba-porra-ya21. Sou uma mulher real de sangue e osso. Eu não gosto de compartilhar, e já provei o fato ao me divorciar do meu ex-marido, que, aparentemente, não teve nenhum problema com o compartilhamento. Talvez você deva pensar nisso da próxima vez antes de chamar alguma antiga paixão para cuidar de mim," resmunguei para Foster. "Uma que, posso dizer, ainda quer te foder."

Fiquei surpresa com a quantidade de veneno que fui capaz de verter naquele pequeno discurso. O que aparentemente surpreendeu Foster, também.

"Ela disse... o quê?" Ele perguntou incrédulo, não se afastando de mim.

"Você me ouviu, porra."

Ele piscou, empurrando seu corpo em direção ao meu, até que minhas costas estavam pressionadas contra a parede.

"Eu sei que você está chateada, mas não sei qual é o seu problema. O que ela disse não tem nada a ver comigo. Tem a ver com ela," ele retrucou. "Talvez você devesse parar de pensar que todo homem é como aquele pedaço de merda com quem você se casou."

Olhei para ele.

"Saia de cima de mim," solucei.

Ele deu um passo para trás, dando-me o espaço que pedi.

Irracionalmente desapontada por ele ter se afastado de mim, dando-me o espaço que solicitei, passei por ele e fui para o banheiro.

"Apenas me deixe em paz," eu disse enquanto batia a porta.

"Você ainda quer ir à festa comigo?" Foster rosnou através da porta.

Abrindo a porta, olhei para ele, deixando-o saber exatamente o que eu queria fazer com sua cabeça, decepá-la apenas com os meus olhos, e acenei confirmando.

"Sim, quero ir à festa com você," rosnei.

Então bati a porta novamente.

Ou tentei.

Ele a pegou antes que pudesse se fechar, abrindo-a a força.

O que, por sua vez, me forçou para trás.

Eu ainda estava louca.

Ele ainda estava louco por eu estar com raiva dele.

O que significa que, quando sua boca caiu sobre a minha, o nosso beijo era um beijo irritado.

Também não foi um beijo suave.

Estava quente, duro e pesado.

Ele beliscou meu lábio com força, afastando-se apenas tempo suficiente para segurar o meu short, arrancar o botão do buraco, e puxar com força pelas minhas pernas.

Ouvi o som de um rasgão, surpresa quando senti uma agitação entre as minhas pernas com a força que ele estava usando.

Sem qualquer preliminar, ele me virou, e me empurrou para baixo asperamente sobre o balcão do banheiro.

Minha camiseta e sutiã ficaram imediatamente encharcados pela água deixada sobre a bancada da minha rotina matinal, deixando minha blusa branca transparente.

Meus mamilos endureceram quando olhei para cima, vendo-o abrir bruscamente o seu próprio zíper, os olhos fixos em mim pelo espelho.

Ele não perdeu tempo rasgando um preservativo fora de sua carteira e esticando-o por cima de seu comprimento.

No momento em que o final do preservativo cobriu tudo o que poderia cobrir, eu estava praticamente ofegando em necessidade.

Nenhum de nós disse uma palavra quando ele alinhou o seu pau enorme com a minha buceta e bateu dentro.

Ele me encheu completamente em um impulso poderoso, batendo na entrada do meu ventre com tanta força que quase gozei com a surpresa.

Quando fazia sexo no passado, era normalmente lento e sensual.

Desta vez, porém, falava de necessidade, desejo e raiva.

Foda-se, pensei quando ele começou a se mover. Ele parece fodidamente divino tomando cada centímetro de mim.

Senti o calor correndo para o meu núcleo, reunindo agradavelmente na minha barriga, esperando o momento certo para transbordar.

Um impulso particularmente duro fez meus olhos, que eu não tinha percebido que fechei, abrirem em surpresa.

Olhei para ele, observando seus músculos flexionarem enquanto ele me tomava cada vez mais rápido.

Então, quando ele pegou o meu olhar, moveu a mão do meu quadril, e passou o polegar sobre minha entrada de trás.

Aquele lugar proibido com o qual eu só sonhava no conforto do meu quarto escuro.

Engasguei, meu cú franzindo em resposta, enquanto eu empurrava para trás contra ele ainda mais duro.

Ele não disse isso, mas a promessa estava lá.

Seria algum dia. Talvez não hoje. Ou amanhã. Mas um dia ele reivindicaria todos os buracos que me pertenciam. E eu permitirei.

Com essa promessa em meus olhos, ele pressionou mais forte, inserindo o polegar na entrada proibida.

E eu detonei.

Explodi fodidamente em pedacinhos.

Meu cú apertou seu polegar, causando arrepios eróticos que dispararam através do meu corpo.

Seu sorriso triunfante foi a última coisa que vi quando a minha visão escureceu.

Ou meus olhos fecharam, ou eu tinha perdido a capacidade de ver, porque quando finalmente consegui enxergar novamente, Foster tinha puxado para fora de mim e retirado o preservativo de seu comprimento.

Ele estava trabalhando-o lentamente.

Seu punho grande movendo-se sobre o comprimento duro de seu pênis.

Ele parecia muito irritado.

E quando ele se abaixou e levantou a calça sobre sua ereção furiosa, abotoando-a, eu sabia que isso não tinha acabado.

Nós teríamos isso novamente mais tarde.

Ele saiu sem olhar para trás, mas, mais uma vez, a promessa estava lá.

E eu nunca saberia quando isso estaria chegando.


CAPÍTULO 19


Quer irritar uma mulher? Apenas abra sua boca. Isso geralmente funciona.

- Palavras de sabedoria


BLAKE


Eu ainda estava brava quatro horas depois, enquanto nós dirigíamos para Benton, Louisiana.

Tão brava, na verdade, que eu não tinha dito uma palavra a Foster em todo esse tempo.

Eu normalmente não era alguém que dava o tratamento do silêncio, mas eu tinha certeza de que se dissesse uma palavra para ele agora, provavelmente me transformaria em minha mãe, e não queria que ele testemunhasse isso.

Afinal eu ainda queria que ele me amasse.

Não que ele dissesse essas palavras para mim.

Eu era uma mulher adorável. Como não me amar?

Eu brincava com um pedaço desgastado do meu short jeans que ia até o alto das minhas coxas.

A posição sentada mostrava mais das minhas pernas do que deveria.

O short era curto, e pensei em trocar, mas parecia incomodar Foster que eu vestisse algo tão revelador.

Não é como se estivesse mostrando minhas nádegas ou qualquer coisa assim, mas se me curvasse, ficaria visível.

Ele não disse uma palavra, que eram dois pontos a seu favor. Especialmente pela forma como ele me deixou lá, contra o balcão, depois que terminou comigo.

Percebi que ele não perdeu a ereção durante todo o caminho, no entanto.

O que secretamente me fazia feliz por ele estar sofrendo.

Olhei em choque completo para o clube The Dixie Warden MC.

Foster sequer esperou por mim.

Ele saiu do caminhão e começou a andar para dentro sem nem mesmo esperar para ver se eu o tinha seguido.

O que me irritou.

Realmente, me irritou muito.

Então, o que eu fiz?

Absolutamente nada.

Puxei o banco para trás, agarrei o casaco com forro de lã do DPK de Foster, coloquei sobre mim antes de fechar os olhos e ir para o sono do foda-se.

Foda-se ele e sua festa.

***

FOSTER


"Onde está Blake?" Viddy me perguntou.

Viddy era a minha cunhada.

Ela se casou com Trance há alguns anos e tiveram dois filhos lindos.

Uma menina e um menino.

Ambos que estavam atualmente se jogando aos meus pés. Ou ao meu pé. Os dois estavam realmente interessados na minha nova prótese.

"Não tenho ideia. Por aqui em algum lugar, acho," respondi, fazendo um esforço superficial para localizá-la.

Eu não estava preocupado que ela seria machucada pelos homens aqui.

A festa em que estávamos tinha uma tonelada de segurança, principalmente policiais fora de serviço, fuzileiros navais, RANGERS, SEALS, e muitos, muitos outros.

O clube também estava fechado por uma cerca de arame farpado de três metros de altura, e você tinha que ter um código para entrar.

E como esta era uma das festas da ‘família’, ninguém que não fosse das famílias, estavam aqui, o que significava que não havia nenhuma prostituta do clube ou penetras.

"Você não sabe?" Viddy perguntou em confusão. "Você não a trouxe aqui?"

Balancei minha cabeça. "Não. Quando a deixei, ela estava me dando o tratamento do silêncio."

Também fiquei surpreso com a minha falta de controle, que tinha sido a razão principal que a deixei tão abruptamente.

Não me orgulho da forma como acabei de tratá-la.

Na verdade, eu estava simplesmente envergonhado de mim mesmo pela forma que agi.

"Trance!" Viddy chamou.

Trance, que estava no bar falando com Kettle, um dos seus companheiros de Dixie Wardens, virou a cabeça para olhar para a esposa.

"O quê?" Ele chamou em voz alta sobre a multidão.

"Seu irmão é um idiota!" Ela gritou.

Balancei a cabeça, exasperado. "Você não sabe disso."

Ela virou seu olhar para mim quando disse, "Sim, sei."

"Nós já sabemos que ele é um idiota!" Trance berrou.

Miller, que se aproximou de nós e pegou o filho de Trance, Ford, em seus braços, começou a rir. "Isso é verdade. Nós já sabíamos que ele era um idiota."

Viddy voltou seu olhar para mim. "Vá encontrá-la. Traga-a para mim."

Suspirei, desembaraçando meu pé de um sobrinho muito animado para ver meu ‘estranho pé robô’, e saí para encontrar a minha dando-me-o-tratamento-do-silêncio mulher.

A mulher que não consegui encontrar em qualquer lugar do caralho.

Algo que descobri depois de vinte minutos procurando-a.

Foi aí que comecei a pirar.

Ela não teria tentado sair, certo?

O portão abre automaticamente a partir do interior.

Se ela quisesse, poderia ter saído com incrível facilidade.

Correndo para a minha camionete, pulei para dentro e bati a porta.

"Nós já estamos indo embora?" Blake perguntou, cansada.

Quase tive um ataque cardíaco.

Grande SEAL que eu era.

"Droga!" Gemi. "Você me assustou."

"Desculpe," ela sussurrou cansada. "Sinto muito."

Fechei os olhos e estiquei o braço para passar a mão sobre os cabelos compridos. "Desculpe por quê? Você não fez nada de errado."

"Tirei um cochilo, e superei minha irritação. Nunca quis te comparar a David. Sei que você nunca será como ele. É apenas difícil parar minha boca em alguns momentos," ela sussurrou.

Agora eu me senti horrível.

"Você não tem nada por que se desculpar, Blake. Isso tudo foi culpa minha. Nunca deveria ter deixado você com ela," expliquei. "Sem mencionar que agi como uma criança quando você disse o que tinha a dizer. Você só falou a verdade. Simplesmente não gosto de ouvir que estou errado," terminei.

Ela inclinou a cabeça e beijou meu pulso antes de me perguntar algo que fez meu coração parar no meu peito, e depois começar a bater em dobro.

"Você sabe que te amo certo?"

Fechei os olhos e senti a alegria daquelas palavras explodirem através de mim.

"Sim, eu imaginava que sim."

"Só isso?" Ela perguntou, rindo.

Suspirei e coloquei as mãos debaixo dela, então prontamente a puxei no meu peito.

Ela montou minhas pernas antes de sentar no meu colo, trazendo junto meu casaco que estava usando de cobertor.

Ela o envolveu ao redor de nós, passando seus braços sobre o meu pescoço e puxando meu rosto para o dela, me beijando.

"E para responder à sua pergunta," eu disse, inclinando-me para frente. "Eu também te amo."

"Fodidamente bom," ela suspirou, e depois me beijou novamente.

Meu pau, que já não estava muito feliz comigo, começou a enfurecer-se de novo.

Dez vezes pior agora do que antes.

Cada batida do meu pulso correspondia ao latejar de necessidade em minhas calças.

Algo que ela sentiu, fazendo-a sorrir.

"Você me quer, não é?" Ela exalou.

Apertei sua bunda para impedi-la de girar os quadris como eu sabia que ela queria.

"Sim. Eu sempre quero você. É como uma doença no meu cérebro. Uma doença que me faz pensar apenas em você e em sua buceta quente e suculenta," falei com franqueza.

Ela riu e moveu as mãos para o meu cinto antes de começar a abri-lo, logo seguindo para minhas calças.

Então sua mão pequena e quente pegou o meu pau, bombeando-o enquanto olhava em meus olhos.

"Você vai gozar dessa vez?" Ela perguntou com um sorriso.

Belisquei o seu traseiro.

"Sim," hesitei. "Coloque-me dentro de você."

Ajudando-a a baixar seu short indecentemente curto e a calcinha, ela pairou sobre a cabeça do meu pau antes de lentamente cair sobre mim.

"Oh, sim," ela gemeu quando eu a enchi completamente.

Sua bunda descansou em minhas coxas enquanto ela rodava seus quadris, permitindo-me escorregar incrivelmente ainda mais para dentro dela.

"Jesus," sussurrei, jogando a cabeça para trás enquanto a incentivava a se mover com as minhas mãos.

Ela entendeu o recado, bombeando seus quadris para cima e para baixo no meu pau, cada vez mais rápido.

A luz de segurança que estava acima da minha camionete acendeu, mas ignorei.

Sua buceta quente me segurou cativo, enquanto ela se movia, empurrando para frente e para trás, até que eu estava pronto para explodir.

"Você tem que sair. Não tenho um preservativo," implorei.

Ela parou completamente, e apertei meus olhos bem fechados enquanto desejava que minha liberação voltasse para minhas bolas.

Mas então sua própria liberação estourou livre dela.

Seus músculos apertaram meu pau sensibilizado, persuadindo-o a dar-lhe o que ele procurava.

Eu não consegui parar.

Ele estourou livre de mim direto em seu calor à espera.

Impulsos quentes e fortes jorraram dentro dela, banhando seu ventre disposto com minha essência.

"Maldição," eu disse, fechando meus olhos.

Meus braços apertaram em volta da cintura dela, e o meu abdômen contraiu.

"Oops," disse ela sorrindo, pedindo desculpas.

Eu sorri e puxei-a para frente. "Controle de natalidade na próxima semana, por favor. Acho que não posso mais fazer isso usando preservativos."

Ela assentiu com a cabeça contra o meu rosto, os lábios se movendo para cima e para baixo no meu.

"Agora... o que eu faço com a bagunça?"


***

Ela não estava usando calcinha.

Aquele short fodidamente curto, e ela não tinha nada por baixo dele.

Sem me surpreender, meu pau estava tão duro agora como estava quando estive dentro dela no meu carro.

Oh, ele esteve para baixo por um momento, mas quando ela sentou sua bunda no meu colo, assim que entramos, ficou furioso e pronto para ir novamente.

"O que você faz Blake?" Perguntou Viddy. "Tenho que dizer, não ouvi muito sobre você. Foster tem os lábios muito fechados."

Blake me jogou um olhar por cima do ombro. "Você tem vergonha de mim?"

Eu sabia que ela estava me provocando, os outros, no entanto, não.

Estávamos em uma mesa com meus dois irmãos e suas esposas, bem como alguns outros membros da Dixie Wardens.

"Sou uma despachante do DPK," ela respondeu, inclinando-se para frente para tomar um gole de cerveja.

"Então, você conversa com Foster em seu turno?" Perguntou Viddy.

Blake sacudiu a cabeça. "Sim e não. Na maioria das vezes eu só despacho chamadas para eles através do computador. Há momentos, no entanto, que eles chamam em algo que estão fazendo e falo com eles. Mas 'falar' não é o que realmente fazemos. Nós não estamos autorizados a fazer isso pelo rádio."

Viddy assentiu. "Então, você poderia estar na linha com ele em situações perigosas?"

Blake se fechou, e dei-lhe um aperto reconfortante.

"Sim, já passei por essa experiência. Não é algo que gostaria de repetir. Nunca," ela suspirou. "Mas amo meu trabalho, e continuarei fazendo isso."

"O seu ex não é policial?" Perguntou Mercy.

Ela assentiu com a cabeça para Mercy. "Sim, ele é."

Ela sorriu para mim com simpatia. "Miller me disse sobre ele. Eu sinto muito."

Ela encolheu os ombros. "Não é um grande negócio. É algo que aprendi a conviver. Além disso, se David não tivesse me traído, eu nunca o deixaria, e não estaria com Foster agora."

Empurrando seu cabelo por cima do ombro, corri meu nariz ao longo da parte de trás do seu pescoço, fazendo-a rir.

Antes que outra pergunta pudesse ser jogada em Blake, Sebastian parou na nossa mesa.

"Há uma pequena nota agradável ao lado de seu carro," disse Sebastian, me assustando.

Sebastian era o vice-presidente da The Dixie Wardens MC e um bombeiro no Corpo de Bombeiros de Benton.

Portanto, uma 'pequena nota agradável’ provavelmente não era uma ‘pequena nota agradável’, e sim uma nota ameaçadora. Algo que ele não queria que Blake soubesse.

"Levante-se e deixe-me ir com Sebastian," eu disse, acariciando sua coxa.

Ela levantou-se e meus olhos se concentraram em suas nádegas nuas antes de me levantar.

Merda.

Felizmente, ela se sentou de volta na cadeira, depois se moveu um pouco mais para frente, ficando sobre a saliência do bar, escondendo tudo para que eu não pudesse mais ver nada impertinente.

"Já volto," eu disse beijando sua testa.

Ela assentiu com a cabeça, mas continuou a conversar com Mercy e Viddy enquanto andei para fora atrás de Sebastian.

Não me surpreendeu encontrar Miller e Trance às minhas costas momentos antes de sair.

Eles eram protetores.

"O que a nota diz?" Perguntei enquanto caminhávamos.

Sebastian não disse uma palavra, apenas continuou andando até que chegamos à porta do lado do passageiro da minha camionete.

"Como isso aconteceu?" Perguntei em um tom enganosamente calmo.

Por dentro, no entanto, eu estava em chamas.

Minha mente rodando com o pensamento de que eu estava errado.

No início eu pensava que Blake estava segura. No entanto, aqui estava eu vendo a prova de que estava errado.

"Não sei, mas você pode apostar que vou descobrir," Sebastian prometeu.

"Você tem sorte de estar com a prostituta. Você não sabe que é ilegal foder em público?" Miller leu.

Cerrei os dentes.

"Como você não o viu fazer isso?" Perguntou Miller, caminhando ao redor do carro.

"Isso é.... isso é porra?" Trace perguntou, retirando a lanterna do bolso de trás e iluminado o pedaço de papel.

"Fodido filho da puta," rosnei.

Drooggaaa!

"Ele enfiou a porra da nota na minha porta com sua própria porra?" Gritei, meus braços acenando freneticamente. "Puxe suas malditas fitas."

Sebastian grunhiu e nós o seguimos, mas ele parou na entrada do clube, falando humildemente com o prospecto. "Coloque essa nota em um saco Ziplock da cozinha. Use luvas. Em seguida, lave o caminhão. Sim?"

O prospecto assentiu. "Sim."

Vinte minutos mais tarde encontramo-nos revendo as fitas.

"Esse é o irmão de Manny," disse Trance, olhando mais de perto.

"O irmão de Manny?" Perguntei.

Trance assentiu. "Sim. Ele é irmão de um membro. Um prospecto agora."

"Vá busca-lo," disse Sebastian.

Trance saiu, e voltou um minuto depois com um Manny muito confuso.

"O que está acontecendo?" Perguntou Manny.

"Seu irmão. Onde ele está?" Perguntou Sebastian.

"Ele disse que foi chamado para o trabalho," explicou Manny.

"Onde ele trabalha?"

Foi quando ele balançou o meu mundo.

"Departamento de Polícia de Kilgore."

Minha mente se apagou, e eu soube imediatamente o que tinha que fazer.

"Qual é nome dele?" Perguntei.

Manny piscou. "Quentin Ortiz."

Fechei os olhos, furioso que eu conhecia o filho da puta.

Ele trabalhava com evidências.

"Quem você está chamando?" Trance perguntou quando me virei para retirar o meu telefone do meu bolso.

Eu só usei apenas uma palavra.

"Shank."

"E o que ele vai fazer?" Perguntou Trance.

Eu sorri sem humor. "Encontrá-lo."


CAPÍTULO 20


Fodaconchego22 - um tipo de preliminar que começa com afagos, mas se transforma em sexo depois que a parte de aconchegar acaba.

-Palavra do dia


Blake


Eu sabia, assim que Foster desapareceu que algo estava errado.

E também sabia no momento em que ele retornou que algo estava seriamente errado.

Em seguida, ele desapareceu em um escritório, e não tinha saído desde então.

"Que festa é essa," murmurei, vendo que apenas as mulheres ficaram.

Os homens desapareceram devagar, deixando apenas as mulheres.

"Isso acontece às vezes. Eles são todos intrometidos," Viddy explicou. "Eles não aceitam ficar de fora da ação."

A mulher que conheci, chamada Baylee, riu.

Baylee era, aparentemente, a irmã de Luke, e esposa daquele homem que chamou Foster para o lado de fora.

Ela era muito bonita e tinha uma grande personalidade.

Eu podia ver por que alguém seria atraído por ela.

Inferno. Eu estava atraída por ela.

Apenas de uma forma amigável, é claro.

"Bem, acho que deveria me acostumar com isso, hein? Ainda fico meio assustada quando ele pega uma chamada da SWAT, no entanto. Meu pai também é um policial. No entanto, ele nunca é chamado como Foster é," expliquei.

"Quem é seu pai?" Perguntou Baylee. "Eu na verdade trabalho para o Corpo de Bombeiros de Kilgore. Só me pergunto se já não o vi por aí."

Sorri para ela. "Ele é um policial estadual. Seu nome é Lou Rhodes."

Ela me olhou estranhamente. "Foi ele quem salvou aquele bebezinho de ser sequestrado há dois anos?"

Eu sorri com carinho da memória. "Sim, é ele. O bebê tem três anos agora, e a coisa mais doce que já vi. Ele realmente vive na mesma rua do meu pai."

"O que aconteceu?" Perguntou Mercy.

Debrucei-me na minha cadeira e contei os eventos que levaram ao sequestro.

"Os pais eram jovens. Talvez dezesseis e dezessete anos, no máximo," eu disse, tomando um gole da minha cerveja antes de continuar. "Eles estavam brincando com a criança no balanço quando houve uma comoção no estacionamento. Um garoto correu para rua na frente de um carro, e o carro virou, batendo no banheiro que foi montado para as crianças. De qualquer forma, enquanto os pais correram para ver o que estava acontecendo, um homem saiu por trás do escorregador levando a criança quando eles não estavam olhando, fugindo com ele para o bosque.”

Todas assentiram, cativados com a história do meu pai.

"Seu pai era o homem que estava caminhando?" Baylee perguntou.

Concordei com a cabeça.

"Sim, ele estava nas terra do meu tio, a cerca de dezesseis quilômetros de lá. Ele caminhava ao longo do riacho, quando ouviu um bebê chorando e decidiu seguir o som," expliquei. "Ele encontrou o homem tentando enterrar o garoto vivo. Bateu na cabeça do homem com um galho de árvore e resgatou a criança. Eles mais tarde descobriram que não tinha sido a primeira vez que o homem fez algo assim. Aparentemente, foi o seu quinto. E lá era onde ele enterrava as crianças que sequestrava."

A boca de Baylee abriu em surpresa. "Não me lembro de ouvir nada sobre essa parte."

Dei de ombros. "Não foi algo que eles compartilharam com ninguém, exceto os pais dos falecidos. Foi em propriedade militar. Algo que meu pai recebeu uma multa por invadir. E mais tarde recebeu um agradecimento do seu departamento.”

"Uau!" Viddy exclamou. "Isso é incrível. Que alívio ter um fim para aqueles pais também."

Acenei com a cabeça. "Ele ficou muito abalado com isso. Acho que ele demorou uns dois anos para superar disso."

Assim, quando Viddy estava prestes a responder, ela soltou um grito e pulou da cadeira. "Merda, Kosher. Você me assustou."

Surpresa, olhei para ela por alguns segundos antes de me abaixar para olhar debaixo da mesa.

Foi quando vi um focinho de um cão muito grande.

"Oh, ele é muito bonito," sussurrei, puxando uma batata frita do meu prato e oferecendo ao cão um pouco de comida.

"Não o alimente. Ele vai ficar gordo," disse uma voz masculina divertida na minha frente.

Trance.

Deus, seus olhos!

Eles eram lindos. Um azul e um verde.

Ele era bonito, é claro, mas seus olhos eram o que fazia toda a diferença.

Eu podia ver por que ele foi nomeado de Trance pelo MC. Algo que Foster me disse durante as várias conversas que tivemos sobre a sua família.

"Não sei o que você está falando," desconversei, esgueirando a Kosher outra batata.

Ele lambeu a batata da minha mão, então engoliu por inteiro.

"Uh huh," ele concordou. "Eu posso ver isso."

Sorri sem arrependimento para ele. "Onde está Foster?"

Ele apontou para uma sala fora do bar. "Surgiu uma coisa. Fui enviado aqui para levar as mulheres para casa por um tempo. Você pode conhecer os filhotes."

"Filhotes?" Mercy e eu suspiramos, ao mesmo tempo.

Nós tínhamos feito surpreendentemente bem não insinuando sobre querer saber o que estava acontecendo. Seria uma batalha perdida. Algo que nós duas sabíamos que não iriamos ganhar, simplesmente pelo fato de que se Trance quisesse que nós soubéssemos, ele teria nos dito. Em vez disso, ele de forma limpa camuflou sobre os dois homens terem ‘algo a fazer', e nos disse o que iríamos fazer. E eu tinha certeza de que ele não aceitaria um não como resposta.

Suspirando, eu disse: "Vou com você com uma condição.”

Ele levantou a sobrancelha para mim. "E qual é?"

Sorri.

***


"Eu quero o branco," Mercy disse de sua posição no chão ao meu lado.

Oakley, filha de Trance, pegou o branco e entregou-o a Mercy. "Este é o favorito do papai. Você não pode ficar com ele. Você pode tê-lo, no entanto."

Ela apontou para o outro. O que o filho de Trance, Ford, estava atualmente torturando... Quero dizer segurando.

"Seu marido não vai deixar você ter outro,” Trance disse lentamente de seu lugar no sofá.

Ele estava coçando a cabeça de Tequila.

Tequila era a mãe da ninhada enorme. Ela também era um oficial K-9 treinada, mas Trance nunca tinha a usado em campo.

Kosher era o pai da ninhada, e surpreendentemente protetor com todos eles.

"Por quanto tempo eles precisam ficar com Tequila antes que estejam prontos para serem desmamados?" Mercy perguntou, ignorando totalmente o comentário de Trance.

"Eles estão prontos há uma semana e meia atrás, mas Viddy aqui parece pensar que estamos mantendo todos eles, o que definitivamente não estamos," disse ele, dirigindo o comentário à sua esposa, que estava sentada na cadeira ao lado do marido.

Viddy lhe lançou um olhar. "Não é que eu queira mantê-los, é só que quero que eles tenham casas realmente boas. Casas que eu possa visitar sempre que quiser, e assim verificá-los. Certificar-me de que eles estão felizes.”

Eu entendi isso.

Embora soubesse da morte do oficial K-9 aposentado um ano ou dois atrás, nunca o conectei a ninguém que conhecia até que Viddy o mencionou ao chegar à sua casa.

"Então eu posso entregá-los aos meus irmãos, fazê-los pagar, e você estará feliz?" Trance perguntou esperançosamente.

Ela considerou por um momento, e quando não encontrou nenhum problema com isso, respondeu simplesmente. "Sim."

Ele pulou da cadeira. "Vendido!"

Viddy riu enquanto eu olhava para o filhote no meu colo.

Eu estava atualmente com o bruto do grupo.

Trance e Viddy disseram que Ford tinha começado a chamá-lo de Morris, e eu tive que rir.

"Tenho um pássaro chamado Boris. Eles seriam melhores amigos," murmurei, acariciando o belo filhote de cachorro preto e marrom no meu colo.

Ele era seriamente a coisa mais adorável que já vi.

"Você tem um pássaro?" Trance perguntou com desgosto. "Eles não são grosseiros?"

Balancei minha cabeça. "Surpreendentemente, não. Ele é irritante, no entanto."

"Ele diz, ‘Explode dinamite’23 quando nós fodemos," Foster disse lentamente da porta.

Engasguei, cobrindo as orelhas da criança mais próxima, que por acaso era Ford. "Cuidado com a sua boca!"

Ele sorriu. "Tenho certeza que ele ouviu pior."

Trance bufou, sem dizer uma palavra. Viddy, porém, olhou para seu cunhado.

Sorrindo tortuosamente para Foster, ela virou seu sorriso maligno para mim. "Então Blake... você sabia que Foster odeia ouvir o som de lixa de unhas? E ele tem cócegas nos pés? Oh, ele tem medo de altura, embora não gosta de admitir. Ou... mmmmppph."

Foster cobriu a boca dela. "Lembre-se, minha querida. Sei coisas sobre você também. Tenho certeza que Trance adoraria saber o que você tem para ele."

"Você não faria isso," ela o olhou furiosa.

Ele sorriu maliciosamente. "Experimente."

Ela abriu a boca para, o que acho, para explodir com ele, mas a fechou com um estalo. "Respondendo sua pergunta anterior, Blake. Sim, você pode ficar com o cão."

"Não, ela não pode," Foster tentou.

"Por que não?" Perguntei.

Ele fez uma careta. "Porque o apartamento não permite animais de estimação."

Eu poderia dizer que ele estava mentindo.

"Na verdade, Downy ficou com Mocha lá por meses antes de se mudar. Tenho certeza de que eles não vão se importar," Miller disse, voltando da cozinha com uma cerveja para cada um dos irmãos.

Foster socou Miller no braço, fazendo-o balançar para trás e rir.

Sorri, apreciando a forma como os irmãos provocavam um ao outro.

Nunca tive nada parecido.

Meus pais tiveram outro filho alguns anos depois que nasci, mas ele nasceu morto. Algo que deixou eles tão arrasados que nunca mais tentaram novamente.

Olhei para o cachorrinho em meus braços. "Você quer vir para casa comigo, Morris?"

"Não! Seu nome não é mais Morris! É Molder!" Ford gritou em voz alta.

Pisquei. "Então, está tudo bem se eu levar Molder para casa comigo?" Perguntei ao garotinho.

Ele me estudou por um momento. "Sim, eu acho."

Viddy riu, dando um tapa no braço do seu marido. "Isso é totalmente você."

Ele deu de ombros. "Pelo menos isso é uma coisa um pouco boa. Ele tem o seu temperamento, no entanto."

Viddy sorriu largamente para o marido. "Isso é verdade."

"Trance, mamãe lhe disse que está chegando em duas semanas?" Miller perguntou, sentando-se no chão ao lado de sua esposa.

Trance sacudiu a cabeça. "Não. Por quê?"

Foster sentou-se no sofá diretamente atrás de mim, e me puxou, até que encostei em suas pernas.

"Ela disse que tem uma notícia e que queria nos dizer sobre isso pessoalmente," disse Foster, coçando a cabeça de Molder.

"Tem certeza de que quer um cão?" Foster sussurrou, interrompendo a conversa que eu estava ouvindo.

Concordei com a cabeça. "Sempre quis ter um cachorro. Ele é bonito, também."

Ele suspirou e puxou meu cabelo para trás até que eu olhasse para ele.

"Você sabe que eles cagam e mijam, e todas essas coisas divertidas, certo?" Ele perguntou.

Acenei concordando. "Sim. Vou perguntar ao Tio Darren se posso levá-lo para trabalhar comigo, e mantê-lo em seu escritório."

Ele bufou. "Sim, tenho certeza que isso vai acabar bem."


***

Mais tarde naquela noite


"Não. Nada de cães na estação," tio Darren declarou em voz alta através do telefone.

Eu sorri. "Downy tem um cão."

"O cão de Downy é um cão policial treinado. O seu ainda não tem o controle de sua bexiga. Não. Isso não vai acontecer," ele confirmou.

"Ele está vindo comigo. Vou comprar-lhe uma caixa e tudo," declarei com firmeza.

Foi à vez de meu tio rir. "Você não é especial. Não permito cães de ninguém lá. Por que deveria permitir o seu?"

Eu sorri, sabendo que o ganhei. "Porque sou a sua única sobrinha e você me ama?"

Ele suspirou. "A primeira reclamação que tiver sobre ele, ele irá embora. Entendeu?"

Desliguei uma mulher feliz.

"Você é tão ruim," disse Foster da cama.

Ele estava deitado de costas, com as mãos apoiando a cabeça enquanto assistia o noticiário das dez horas na TV em frente a ele.

Levei um Molder recém banhado ao banheiro e o fechei lá.

Ele se deitou sobre o tapete de banho, praticamente desabando com um suspiro.

"Sim, sim eu sou," concordei enquanto rastejava sobre a cama.

Não parei sobre o que vim a chamar de ‘meu lado’ embora. Em vez disso, fui para o lado de Foster, sentando em seu colo. Acomodando minhas pernas de cada lado das suas.

"Diga-me o que está acontecendo," perguntei, sabendo que já esperei tempo suficiente.

Ele suspirou e desligou a TV com o controle antes de jogá-lo na mesa de cabeceira ao lado dele.

Suas mãos se estabeleceram em cada lado dos meus quadris enquanto olhava nos meus olhos.

Deus, ele era tão bonito.

Seu cabelo loiro normalmente encaracolado estava mais liso agora, provavelmente porque ele passara muito tempo correndo os dedos através dele. Algo que ele fazia quando ficava preocupado ou nervoso.

"Achamos que encontramos o homem responsável por atirar contra a sua casa," ele falou finalmente.

Pisquei. "Como?"

Ele apertou meus quadris levemente enquanto repeti.

Seus olhos estavam duros, mas sua voz foi mais suave.

"Havia uma nota na porta da minha camionete," ele explicou. "Nós puxamos a gravação das câmeras de fora, e o encontramos. Ele é o irmão de um dos homens da The Dixie Wardens. Um membro novo que se transferiu para cá da unidade do Alabama," explicou.

"Certo," eu disse. "Então, você já o encontrou?"

Ele negou. "Não. Mas tenho alguém sobre ele. Assim que o encontrar, vai nos avisar."

Estudei seu rosto. Notando a leve torção do seu nariz, e a maneira como ele apertava e soltava os dentes, enquanto esperava o que eu diria em seguida.

"Eu deveria estar preocupada?" Perguntei.

Ele fechou os olhos. "Gostaria de dizer que não. No entanto, não vou lhe dar falsas esperanças. Você precisa estar vigilante e certificar-se de nunca está sozinha. Mas isso também não quer dizer que eu não possa mantê-la segura. O que eu farei. Tudo bem?"

Concordei. "Tudo bem."

Eu sabia que ele faria, também. Com a sua vida.


CAPÍTULO 21


Os pais são protetores para a vida. Até o final.

-Palavras de sabedoria


FOSTER


"O que você quer dizer com não o encontrou ainda?" Perguntei.

Eu provavelmente estava louco pra caralho por gritar com Lou ‘Shank’ Rhodes, mas não conseguia me conter.

"Ele está se escondendo. Não foi à sua casa em quatro dias, e não foi trabalhar também," Lou grunhiu.

Eu sabia que não era mais fácil para ele, mas paciência tem um limite.

"Silas está buscando o seu nome através de qualquer banco de dados que ele tem acesso. Gabe não encontrou uma maldita coisa sobre ele além do seu registro de serviço exemplar," resmunguei em frustação.

Aparentemente Quentin Ortiz teve sorte pra caralho. Ele conseguiu escapar de cada lugar que tínhamos sido capazes de localizá-lo nos últimos quatro dias.

Seu irmão estava disposto a ajudar, e nos forneceu todos os endereços conhecidos que poderíamos o encontrar, praticamente jogando seu irmão aos lobos.

Aparentemente, Manny e Quentin não se davam muito bem, e isso foi provado.

Beep.

"Ahh, espera, Lou. Manny está me chamando," falei.

"Basta me ligar de volta," disse ele antes de desligar.

Revirei os olhos e mudei de linha.

"Alô?" Respondi.

"Ele tem uma mulher... ou tinha uma mulher," disse ele. "Lembrei-me dela na noite passada. Ele costumava falar sobre visitá-la o tempo todo antes de se machucar e ficar em dificuldades. Seu nome é algo como Cherry... ou Mary ou alguma coisa assim."

Estremeci. "Você sabe onde ela mora?"

"Pelo que me lembro, era na Fifth Street. Estou dirigindo nessa direção agora."

"Bom," eu disse. "Vou encontrá-lo na esquina da Exxon."

"Entendido. Vejo você em vinte."

Retornando com minha viatura, dirigi-me à Exxon, que estava a menos de cinco minutos da minha localização.

Manny apareceu nos vinte como ele disse que iria, parando em direção oposta ao meu carro para que pudéssemos conversar através da janela.

"Vou apontá-lo para você, se eu puder," disse ele.

Acenei com a cabeça, e o segui.

Não demorou muito para ele encontrá-lo.

Na verdade, foi na quarta casa que passamos.

Ele parou, encostou e saiu.

Eu fiz o mesmo, encontrando-o no meio da calçada, nós dois olhando para a simples casa amarela.

Não era nada especial, realmente.

Apenas uma simples casa térrea no centro histórico de Kilgore.

Cara para alugar e mais cara para possuir.

"É essa?" Perguntei.

Ele assentiu. "É essa."

Balançando a cabeça, peguei meu telefone e fiz uma ligação.

"Preciso que você dê uma olhada em alguma coisa para mim,” eu disse a Gabe.

"Manda," ele disse, os dedos clicando em um computador.

"O endereço é Fifth Street 623. Você pode me dizer quem era o morador de lá? Provavelmente se mudou no ano passado, porque os vizinhos acham que a mulher saiu por volta dessa época," expliquei.

O teclado continuou a clicar enquanto esperava impacientemente pelos resultados.

Então fiquei atordoado.

"Berri Aleo foi à inquilina mais recente."

Filho. Da. Puta.


***

SHANK


"Você está me dizendo que aquele pau idiota do ex dela fez isso?" Perguntei com cuidado para esclarecimento.

Minha mão se apertando quando Foster começou a explicar.

"A casa onde Manny costumava ser visto foi alugada pela última vez por Berri Aleo. A nova noiva de David. A mesma com quem ele traiu Blake," Foster esclareceu.

Apertei os olhos bem fechados, enojado além do limite que alguém que tinha prometido amar e proteger a minha filha, minha menina, tinha tão pouco respeito por ela que poderia fazer algo parecido com isto.

Pode ter sido apenas por associação, mas foi por causa dele que tudo aconteceu.

"O que mais seu homem encontrou?" Perguntei, levantando-me para recolher minhas coisas que iria precisar.

"O endereço mais recente listado como vivendo um David Dewitt. Também tem um apartamento alugado na South Tenth Street," ele respondeu. "Estou indo para lá agora."

"Não, você não está. Você não precisa ter nada a ver com isso. Recue." Pedi.

"Você não pode me mandar fazer nada," Foster argumentou.

Eu sorri. Observe-me.

Desligando, a próxima chamada foi feita para o meu irmão.

"Alô?" Darren respondeu no quarto toque.

"Preciso que você chame a equipe da SWAT. Agora."


CAPÍTULO 22


Meu coração sangra quando penso em perder o homem com o qual eu comparei todos os meus potenciais maridos.

-Blake


FOSTER


Eu estava lívido.

Shank me fez ser convocado para uma reunião de merda, e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso. Não se quisesse manter o meu trabalho.

Chefe Rhodes tinha sido cuidadoso ao me avisar antes de desligar, depois de ter me ligado pessoalmente.

Entrei no escritório do chefe, nervoso por estar aqui enquanto deveria estar em outro lugar.

"O que está acontecendo?" Perguntei sombriamente.

O chefe olhou para cima, e recostou-se na cadeira do computador.

"O que você fez para irritá-lo?"

Sacudi minha cabeça. "Nem uma coisa maldita da porra. Encontrei uma pista sobre Quentin Ortiz. Ele me disse para ficar longe. E teve a certeza de que eu ficasse."

"Ele o quê?" Ele perguntou, curvando-se sobre sua cadeira e levantando-se.

Acenei a cabeça. "Sim, eu o encontrei. Ou posso ter. Ele está hospedado em um apartamento de propriedade estúpida com quem David Dewitt se casará."

O chefe grunhiu em frustração.

"Pegue a equipe e vá. Agora," o chefe ordenou.

Segui suas instruções, indo para a sala de guerra, encontrando todos os homens preparados e prontos para ir.

"Que diabos está acontecendo?" Luke perguntou frustrado. "John diz que não houve chamada."

Então, a voz do despachante, uma que trabalhava com Blake, veio em nossos rádios. "Código 11. Repito, código 11. South Tenth Street 5211. Vizinhos relatam tiros disparados e um policial na cena sendo arrastado pela porta da frente."

Movemo-nos como um.

Peguei minhas roupas no caminho, me trocando na parte traseira de Rita antes de chegarmos à cena.

Enquanto fazia isso, dei-lhes um resumo do que tinha encontrado até agora.

"Então, você não tem ideia do que vamos fazer, não é?" Perguntou Bennett.

Acenei com a cabeça. "Não. Nem uma única ideia."

"John," Luke disse em seu rádio. "Diga-me o que você tem."

John era o nosso homem do computador.

Ele poderia realizar malditamente quase tudo com um computador, desde que não estivesse protegido pelas normas legais. E foi por isso que eu não havia levado a ele o que Gabe estava fazendo por mim.

Ele poderia ter facilmente encontrado as informações também, mas eu não queria trazer ninguém para dentro dessa situação e fazer isso azedar. Algo que eu esperava que seria o resultado deste dia se não fossemos cuidadosos.

***

SHANK


"Você vai morrer," eu sorri.

Eu sabia que estava prestes a morrer, mas me sentir melhor sabendo que ele estaria indo para baixo comigo.

Carma é uma cadela, filha da puta.

Mas não conseguia superar o fato de que tinha feito algo tão monumentalmente estúpido.

Na minha cabeça eu era o durão que todo mundo pensava que eu fosse, mas na realidade eu era um homem chateado tentando proteger sua filha. Um homem que sabia fazer melhor do que entrar em uma situação instável, sem qualquer planejamento prévio.

Eu tinha fodido tudo. E agora minha filha sempre pensaria que isso era culpa dela. E foi por isso que fiz a próxima coisa estúpida.

Liguei para o 911 no meu celular. Fazendo exatamente o que a pequena cabeça de merda queria que eu fizesse.

Eu queria ter certeza de que o bastardo pagasse. Ele precisava cair, e eu teria certeza de que ele iria, nem que isso fosse à última coisa que eu fizesse.


***

FOSTER


"A chamada do 911 veio um minuto atrás como você disse," John confirmou. "Consegui para que Pauline atendesse a chamada. Blake sabe que é seu pai, no entanto. Ele diz que foi tomado como refém e o homem está o obrigando a fazer a chamada."

Engoli a bílis que se formou na minha garganta enquanto pensava nela tendo que ouvir seu pai chamando.

Maldição, eu era tão estúpido. Nunca em um milhão de anos eu teria pensado que Lou iria sair precipitadamente como fez, caso contrário nunca teria dito a ele.

Nunca.

Acabei de matar o pai da minha futura esposa, e não havia uma maldita coisa que pudesse fazer sobre isso.

"Você já tem a planta do apartamento?" Luke perguntou a John.

"Estão a caminho do seu computador agora. A metade inferior do edifício está em construção. Então você não terá que se preocupar com o elevador. Apenas um conjunto de escadas, e dois apartamentos no segundo andar. Ele está na primeira porta. A segunda porta está ocupada, mas o inquilino não está lá. A polícia tem uma faixa delimitada,” explicou John.

"10-4," Luke confirmou. "Estamos a caminho."

Subimos as escadas, dois de cada vez, olhos treinados na frente e atrás de nós.

Luke e eu estávamos no topo, Miller e Michael atrás de nós, em seguida, Bennett e Nico.

"James," Luke disse quando chegamos no topo. "Você tem alguma visão?"

"Negativo," James respondeu imediatamente. "As cortinas estão fechadas. Para não mencionar que o vidro está coberto com algo fosco. Não tenho nada."

"Porra," Luke suspirou. "Tudo bem rapazes. Vamos nos mover."

Luke sinalizou com as mãos, então deixei minha espingarda sobre meu ombro, a alça de travamento da arma aproximadamente sobre o meio das minhas costas.

Então peguei o que era considerado a ‘aldrava’ da porta e empurrei-a para abrir.

Ela abriu como um graveto arrancado do galho.

Caí para baixo, permitindo aos meus colegas oficiais que me cobrissem, e foi aí que começou o tiroteio.

Meu mundo explodiu, e a última coisa que vi antes da 'névoa vermelha' foi o sangue de Lou pulverizando toda a parede branca.

Exceto que quando a poeira baixou, e a arma que estava salpicando a parede acima da minha cabeça com balas finalmente parou, percebi que não havia qualquer ‘humano’ atirando em nós. Quem esteve aqui tinha escapado. A única coisa que restava era um AK-47 equipada para disparar assim que a tração na porta fosse liberada.

Algo que eu mesmo tinha feito quando destravei a aldrava da porta.

Tudo isso foi por nada.

Corri para dentro, espingarda no meu rosto apontando para o buraco no chão. Provavelmente por onde Quentin Ortiz fugiu.

Caindo de joelhos ao lado de Lou, coloquei meu ouvido ao lado de sua boca.

Não precisava ver suas feridas para saber que era sério.

Foi além de sério.

O AK-47 quase rasgou Lou ao meio, pois ele foi colocado na frente da arma.

Ele tinha caído para o lado no último segundo, mas não ajudou. Não o suficiente, pelo menos.

Ele estava ainda, com pelo menos oito balas alojadas em sua barriga.

"A nova esposa," Lou resmungou. "É para onde ele está indo. A nova esposa."

Abaixei minha testa em direção a Lou. "Você vai ficar bem."

Ele riu, mas começou a tossir antes mesmo que conseguisse expelir o ar para fora completamente. "Não minta. Apenas cuide dela. Prometa."

Fui empurrado para o lado pelos médicos, sem saber quando eles chegaram, mas feliz que a cena tinha sido liberada e que foi muito rápido.

"Eu vou, Lou. Eu vou. Agora deixe que eles cuidem de você,” eu disse, ficando de pé.

Ele olhou para mim. Diretamente através de mim, na verdade.

"Vou fazer isso até que possa dizer adeus a ela. Não irei antes disso,” ele resmungou.

À medida que o levaram para fora da sala, fiz uma promessa.

Ninguém jamais saberia que Lou ‘Shank’ Rhodes não estava realmente no turno naquele dia. Tudo que eles saberiam era que ele morreu como um herói, e eu teria certeza disso.


***

BLAKE


Caí de joelhos, a força rapidamente abandonando as minhas pernas, enquanto os últimos vinte minutos apenas se repetiam uma vez atrás da outra na minha cabeça. Eu tinha feito tudo o que podia? O que deveria fazer agora? Será que a minha mãe sabe? Será que ela se importaria?

Eu havia acabado de ouvir o meu pai, o homem que admirei a minha vida inteira, fazendo sua própria chamada para o 911.

Eu, felizmente, não fui aquela que pegou a chamada.

Tinha sido Pauline.

Mas ouvi a chamada sendo passada, no entanto.

Essa também era uma chamada de um oficial em perigo; o que significava que, enquanto Pauline atendia a chamada, liguei para o reforço e dei-lhes informações em tempo real.

A porta da expedição se abriu, e meu tio, parecendo despenteado, lançou-se apressado para dentro.

Ele me viu lá, de joelhos, e imediatamente caiu no chão ao meu lado, me pegando em seus braços.

"Vai ficar tudo bem, querida," ele sussurrou. "Vamos. Podemos chegar ao hospital em dez minutos."

"Mas Pauline ficará sozinha," chorei.

Ele balançou a cabeça, me levantando junto com ele. "Não se preocupe com ela. Ela tem a situação sob controle. Ela pode lidar com isso por dez minutos até que o reforço chegue."

Concordei, sem saber o que dizer.

Pauline olhou para mim enquanto eu passava, ainda na linha com quem ela estava falando pelos últimos dez minutos.

Eu não sabia, e realmente não me importava. Meu pai foi baleado e estava a caminho do hospital.

Eu sabia apesar de tudo.

Sabia bem lá no fundo que ele não iria sobreviver.

Seria um pequeno milagre se nós chegássemos e ele estivesse vivo.

Mas acho que milagres acontecem, porque no momento que passei correndo pelas portas do hospital atrás do tio Darren, e direto para à sala de Trauma, ele ainda estava vivo.

Mas ele não parecia bem.

Absolutamente.

"Papai," murmurei, olhando para ele.

O quarto em torno dele estava uma bagunça.

Enfermeiras escorregavam no sangue do meu pai que estava derramando do seu peito a um ritmo alarmante; os médicos tentando estancar o fluxo com pouco sucesso.

Meu pai olhava diretamente para mim.

Sua mão, coberta de sangue velho e novo, estendeu-se para mim.

Um dedo solitário torto, e um soluço prendeu na minha garganta.

Fui até ele.

Eu não tinha escolha.

Eu nunca, nunca, lhe dei o que ele queria.

"Ei!" Uma voz forte e irritada falou. "Tire-a aqui."

Ignorei o comando, me esquivando de outra enfermeira, que deslizou e caiu de bunda no sangue aos seus pés.

Não tirei os olhos do meu pai ir, apesar de tudo.

"Querida," ele murmurou.

Sangue escorreu da sua boca, e ele tossiu.

Meus olhos começaram a lacrimejar, e as lágrimas que estive segurando por força de vontade, finalmente transbordaram.

"Papai," implorei, apoiando meu rosto em sua cabeça. "Não me deixe. Por favor, não me deixe."

Eu não estava mais com vinte e quatro anos. Eu era a menina do meu pai. Sua única menina. A mesma menina que costumava rastejar na sua cama e se aconchegar ao seu lado.

A mesma garotinha que costumava ir atirar com ele nos fins de semana, em algum tempo de pai e filha.

A menina que pediu ao seu pai para acompanhá-la ao seu baile de formatura porque o namorado, na época, tinha adoecido com um vírus estomacal.

A menina que deveria ter seu casamento de conto de fadas... Com o pai andando com ela até o altar.

A respiração em meus pulmões falharam quando o ouvi ofegar, então a vida que havia ali começou a diminuir.

"Dê-me mais um abraço, garotinha. Eu a amo..." Em seguida, ele se foi.

"Não," chorei. "Por favor. Salve-o!"

Gritei estridente, e devastada.

Tudo o que eu sentia naquele momento saiu nas minhas palavras, e sabia que não estava sendo racional. Ninguém poderia sobreviver ao que ele passou.

"Hora da morte 02:02," disse uma voz masculina triste acima de mim.

"Papai," sussurrei. "Deus. Por favor, não vá. Por favor."

Minha voz estava rouca no momento em que senti braços surgirem em torno de mim.

Então me virei e vi Foster, vestido inteiramente em seu uniforme da SWAT, até mesmo o capuz ainda parcialmente cobrindo o seu rosto bonito, de pé atrás de mim.

Seus olhos, no entanto. Esses estavam assombrados. Devastados. Destruídos.

"Foster," chorei suavemente. "Ele se foi."

"Eu sei menina. Eu sei,” disse ele.

"Você quer doar seus órgãos?" Uma voz feminina e corajosa perguntou diante de mim.

Olhei para os olhos de uma mulher pequena, com cabelo preto escuro acinzentado.

Acenei com a cabeça, sabendo que era exatamente o que ele queria. "Sim."

Em seguida, eles o levaram embora, e eu o perdi.

Eu nunca mais o ouviria me chamar de bebê.

Nunca mais.

Nunca.

Para sempre.


CAPÍTULO 23


Dizem que o tempo cura todas as feridas... bem esses filhos da puta podem chupar. O tempo não cura nada. Apenas Jack Daniels24 cura.

-Nota para si mesmo


O funeral do oficial Louis 'Shank' Rhodes


Três dias depois


Blake


Eu estava com uma rosa em minha mão, e arranquei as pétalas, uma a uma, enquanto ouvia meu tio Darren discursar sobre a diferença que o meu pai fez em sua vida.

Foi um discurso.

Realmente bom.

Mas eu sabia que se prestasse atenção, se realmente me envolvesse no discurso como os outros ao meu redor estavam fazendo, eu iria desmoronar.

Eu cairia de joelhos e começaria a lamentar como uma criança.

E sabia que não poderia fazer isso.

Não na frente de tantas pessoas.

Oh, eles entenderiam, mas nunca me perdoaria.

Eu só tinha que ser forte. Só teria que passar pelas próximas três horas, e então poderia ir para casa. Poderia me aconchegar nos braços de Foster, e chorar até dormir como fiz nas últimas duas noites.

O nó estúpido, que esteve ali por dias, começou a aumentar quando meu tio desceu as escadas e foi direto para o caixão de meu pai.

O caixão era muito bonito. Mas você não podia ver muito dele devido à bandeira americana que o cobria.

Uma grande imagem do meu pai na última foto que ele tirou. Estava em pé atrás do caixão com uma enorme faixa das medalhas que ele tinha conquistado ao longo de sua carreira, pendurados no canto da armação.

Suspirei.

Tentava duramente conter o grito de dor que sentia surgindo em mim.

"Baby," Foster disse, me puxando para seu lado.

Então minhas lágrimas explodiram, e chorei na frente de milhares de pessoas.

Quebrar era uma palavra muito pequena para descrever esse momento.

Foi como se tivesse desmoronado.

Mas, então, a coisa mais engraçada aconteceu.

Em vez de Tears in Heaven25 começar, como eu havia escolhido, I Shot The Sherriff26 explodiu através dos alto-falantes em vez disso.

Ergui minha cabeça, e olhei em volta, assustada.

Finalmente, encontrei a fonte do estrago.

Foi a expressão no rosto do atendente que fez a minha risada escapar.

Isso era tão parecido com o meu pai, controlando as coisas até no céu.

Levantei-me, e caminhei direto para o atendente que estava freneticamente tentando mudar a música.

Foi intervenção divina, no entanto.

Na minha opinião, isso não mudaria em breve.

Colocando minha mão sobre a do homem que estava furiosamente clicando no enorme X na parte superior da tela, acalmei seus dedos e disse, "Está tudo bem. Gosto mais dessa música."

Ele olhou para mim, observando meus olhos, depois relutantemente retirou a mão.

Pegando o mouse, diminuí o volume em vez de tirar a música completamente, em seguida, fiz meu caminho para o pódio.

Uma nova força tomando conta do meu corpo.

Quando passei pelo caixão de meu pai, corri meus dedos ao longo do comprimento, sorrindo tristemente.

Diante de sua foto, pressionei um beijo em meus dedos, em seguida, coloquei-a na bochecha do meu pai antes de subir as escadas.

O funeral estava acontecendo no estádio local.

Não havia literalmente nenhum lugar grande o suficiente que coubesse as pessoas que eram esperadas para aparecer.

E elas vieram.

Cada arquibancada, assento fixo e parte superior estava tomada.

Inferno, havia até mesmo alguns na faixa de pedestres, que corria para a rua.

Observei as pessoas.

Rostos familiares e alguns não.

Saltei a minha mãe.

Ela estava não muito atrás, ao lado de sua irmã.

Ela estava toda de preto, como se não tivesse entregado ao meu pai os papéis do divórcio apenas três dias antes dele morrer.

Ele me escolheu quando ela o fez escolher, e ela seguiu com sua promessa de divórcio. Ela tinha ido tão longe que fez tudo on-line, tendo os documentos sendo enviados para o meu pai enquanto ele estava no trabalho.

Eu não falei com ela desde então.

Saltando sobre a forma carrancuda da minha mãe, finalmente foquei em Foster.

Tio Darren e tia Missy do outro lado dele. Um espaço entre eles onde estive sentada apenas alguns momentos antes.

"Eu não iria me levantar e vir aqui falar," falei à multidão, os olhos percorrendo os muitos rostos tristes. "Na verdade, antes da música começar, eu tinha certeza que morreria de tristeza."

Eu não ia mentir. Ainda doía. Machuca tão forte que era difícil respirar... mas sabia que iria sobreviver.

Só para ele, eu seria forte e diria o que estava em meu coração para fazê-lo orgulhoso de mim de onde ele estava me olhando.

Eu chutaria traseiros, e o faria orgulhoso.

"Há poucos dias atrás, fui entrevistada pelo jornal local," ofeguei. "Eu realmente, realmente não queria falar com o repórter, mas sentia que a história de meu pai precisava ser lembrada. Que ele merecia ser lembrado."

Olhei para o pódio e disse-lhes o que me recusei a dizer para a repórter.

"Ela me perguntou qual era a minha lembrança favorita do meu pai, e eu não pude escolher uma," solucei. "Eu estava mentindo, no entanto. Eu tinha uma. Todo mundo tem uma. Mas uma em particular, mudou o curso da minha vida. E isso só aconteceu há algumas semanas. A última vez que pude passar com ele antes que ele fosse baleado e morto naquele tiroteio.”


***


FOSTER


Segurei o olhar de Blake esperando o que ela diria em seguida. E eu sabia antes que as palavras saíssem de sua boca que elas iriam me derrubar.

Iriam arrancar meu coração e pisar nele.

E eu estava certo.

Mas foi um tipo bom de dor, porém.

"Nós saímos, estávamos bebendo uma cerveja quando ele me disse que minha mãe resolveu deixá-lo," ela disse suavemente.

O microfone pegou sua dor, entretanto, e irradiou-a através de todo o estádio para que todos ouvissem.

"Perguntei-lhe qual era o ponto do amor se o divórcio era possível depois de estar com alguém por trinta e tantos anos," disse ela, enxugando uma lágrima solitária. "Então sua resposta para mim foi, que eu deveria tirar minha cabeça da minha bunda."

Ela começou a rir em meio às lágrimas, e eu não queria nada mais do que ir lá e puxá-la para meus braços.

Mas a deixei lá para contar a história que eu sabia que ela precisava tirar de seu peito.

"Após um momento de silêncio, chocada, repreendi meu pai por sua linguagem, e ele foi direto comigo." Ela sorriu, um canto do lábio levantando mais do que o outro. "Ele disse, 'Blake Boston Rhodes. Eu não criei nenhuma idiota. Você tem um homem que é um durão filho da puta. Ainda mais forte do que eu. Quer saber por quê? Porque vi o jeito que ele olhou para você.’"

Ela aprofundou sua voz, chegando mesmo a colocar um pequeno sotaque em suas conotações.

"Após mais um momento de silêncio, chocado da minha parte, perguntei o que ele queria dizer. E sua resposta foi, "Querida, não é preciso ser um cientista de foguetes. Sua mãe e eu nos divertimos muito. Nós vivemos, nós amamos, mas o que tínhamos não era puro como o que você e esse menino têm. O que você tem resistirá ao desafio do tempo. Ele moveria fodidas montanhas por você. Tudo que você tem a fazer é deixá-lo entrar. Diga-lhe o que você quer. E quando ele vier e pedir sua mão em casamento, o que bem sei que ele vai fazer, vou dizer-lhe que não. Então ele virá e a levará de mim de qualquer maneira. Isso... Isso aí é o que me diz que ele quer você. Ele não se importa que a mulher que ele ama é a filha de Shank Rhodes. Ele se importa que você esteja feliz, e você é você. É com isso que ele se importa. Então, quando ele lhe pedir para ser sua, você será a garota inteligente que sei que você é, e lhe dirá ‘porra’ sim.’”

Tossi, rindo com o resto das pessoas no estádio, quando ela contou o que o pai tinha dito.

Lembrei-me, no entanto, do que ele disse, apenas um dia depois, quando lhe perguntei.

"Sim. Mil vezes sim. Porque sei que você vai tratá-la como merece. Mas você diga a ela que eu disse que não, porque ela precisa saber que estou lá para protegê-la, se ela precisar. E saiba que sempre estarei observando você, mesmo se estiver morto e enterrado. E vou encontrar uma maneira de chutar sua bunda do outro lado da sepultura, rapaz. Foda-se e você verá."

"Então ele me deu um abraço e me trouxe outra cerveja, onde nós começamos a ficar bêbados e celebrar que ele era um ‘homem livre,’ como ele gostava de chamá-lo," ela riu. "Nunca fiquei bêbada na minha vida, mas naquela noite, por ele, eu fiz isso."

Então, como se estivéssemos em um filme maldito, o pager de cada membro da equipe SWAT começou a disparar.

Os olhos lacrimejantes de Blake focaram no meu rosto, e ela sorriu, o primeiro sorriso sincero que eu tinha visto nela em dias.

"E é isso, rapazes, é para isso que meu pai vivia. A emoção da perseguição, a sensação de pegar o cara mau. Não percam tempo. Saiam daqui e fiquem seguros," ela ordenou calmamente.

Como se estivesse em transe, levantei-me e, na frente de milhares de pessoas, soprei-lhe um beijo. Um que ela pegou e colocou sobre seu coração.

Te amo, murmurei.

Ela piscou e murmurou de volta, eu também te amo.


***


"Você já contou a ela?" Miller perguntou.

Levantei meus olhos da minha posição sentado nos degraus da varanda da casa do chefe e balancei a cabeça. "Não há nada para contar."

Tomei um gole da minha cerveja, que se transformou em mais de um quando pensei sobre quão injusto eu estava sendo.

Blake merecia saber de tudo, mas não conseguia encontrar coragem para contar a ela.

"Há algo para contar. Ela precisa saber. Merda como esta," Miller balançou a cabeça. "Acaba saindo. Em algum momento. Alguém vai escorregar, e ela vai descobrir a sua participação nisso tudo. Ela vai saber que você foi o único que..." Levantei a mão para parar o discurso de Miller.

"Eu sei," suspirei, esfregando meus olhos o melhor que pude com uma garrafa de cerveja na mão. "Eu fodidamente sei."

"Ele não tem que me dizer nada. Eu já sei tudo," uma voz suave, cheia de dor falou do lado oposto da grade.

Por trás das nossas costas.

Ela veio para a parte de trás da casa, provavelmente procurando um tempo sozinha, mas tinha entrado no meio da minha festa de piedade.

Miller me deu um tapa nas costas enquanto passava, voltando para dentro, onde estava sendo realizada uma recepção em homenagem a Lou.

Virei-me, colocando as duas mãos sobre a grade da varanda, a garrafa de cerveja pendurada por um dedo em torno da borda.

"O que ele lhe disse?" Perguntei em voz baixa.

Ela estava deslumbrante em preto.

Apenas desejei que não tivesse que vê-la neste vestido tão cedo no nosso relacionamento. Ela disse que só o usava para funerais e isso quebrou meu coração.

Seu cabelo loiro estava metade para cima, metade para baixo, descendo em cascata pelas costas.

Seus olhos estavam margeados com preto carvão, e sua máscara, bem como a sombra dos olhos, era a mais pesada já tinha visto.

Ela parecia tão bem agora quanto estava quando saímos de casa hoje cedo pela manhã.

"Tudo," ela sussurrou, olhando para as centenas de carros alinhados na rua de seu tio. "Ele contou-me tudo... e não o culpo. De modo nenhum."

Fechei os olhos, aliviado.

Realmente muito grato por ela entender, quando poderia facilmente apenas ter ido embora com suas opiniões.

"Isso é bom," sussurrei.

Ela virou-se para mim, com os olhos tristes, e sorriu. "Eu amo você, Foster."

Então, andou até a grade e se inclinou por cima, oferecendo seus lábios para mim.

"Agora me dê um beijo antes de ir lidar com a minha mãe."

Obedeci, inclinando-me para lhe dar um beijo.

Seus lábios com sabor salgado, como se todo o sal, de suas lágrimas houvessem se reunido lá para eu provar.

"Eu também te amo."


CAPÍTULO 24


Às vezes, a melhor parte do meu trabalho é que fazer a cadeira girar.

-E-Cartão


Blake


"Quem estava ao telefone?" Perguntei, caindo no sofá ao lado dele.

Eu tinha acabado de lavar minhas mãos da minha mais recente tentativa de jogar um pote. Foi a quarta vez que estraguei um, esta semana.

Minha mente estava em coisas diferentes, e me peguei olhando para o espaço por longos períodos de tempo, pensando em tudo o que havia acontecido na última semana.

"Um... ninguém. O Chefe convocou uma reunião. Quer que eu chegue lá em uma hora," ele falou, tirando a camisa. "Vou tomar um banho rápido."

Segui atrás dele, percebendo que ele me escondia alguma coisa no momento que não me olhou nos olhos.

"O que ele quer falar?" Perguntei, seguindo-o até o banheiro.

Ele estava tirando as calças quando entrei, e meus olhos foram imediatamente capturados pela mais nova tatuagem em sua lateral.

Era uma flor solitária.

Uma rosa vermelha, para ser exata.

Ela tomava todo o seu lado esquerdo. Ele a tinha feito na segunda noite depois que meu pai morreu, dizendo que a flor o fez lembra de mim. Levando ele a perceber que tinha algo bonito em sua vida, e que precisava manter a cabeça no lugar, mesmo quando tudo o que queria era encontrar os responsáveis por matar meu pai.

Pensei que o sentimento era muito bonito, e eu gostava de olhar para a tatuagem; especialmente quando sabia que ele tinha feito por minha causa.

"Algumas coisas da SWAT," respondeu ele, antes de começar a retirar sua prótese.

Eu o vi fazer isso tantas vezes, que agora era apenas rotina, mesmo que todo o processo ainda me atraía.

Ele simplesmente me surpreendeu muito com sua capacidade de adaptação. Ele agia como se não houvesse nada de errado em sua vida, mesmo vivendo com um deficiência que teria debilitado muitos homens.

Aproximei-me dele até que me encaixei entre suas pernas abertas, então passei meus braços em torno de sua cabeça e puxei-o para mim.

Ele apoiou a cabeça em meus seios e suspirou, a tensão em seus ombros relaxando no momento em que coloquei minhas mãos sobre ele.

"Você não tem que me dizer Foster. Mas não minta, tubo bem?" Pedi suavemente, inclinando a cabeça para que pudesse ver seus olhos.

Ele me olhou. "Sim, senhora."

Ele se inclinou e colocou um beijo suave, de boca aberta em minha clavícula, arrepiando minha coluna, direto para os meus mamilos.

"Eu ainda acho que você precisa de tempo," ele murmurou contra a pele do meu pescoço.

Isso era algo que ele esteve dizendo nos últimos dias quando tentei levá-lo a fazer amor comigo. Ele ia longe o suficiente até que eu ficasse satisfeita, mas nem um milímetro além disso.

Hoje, porém, não terminaria assim. Ele precisava da liberação, tanto quanto eu.

Agarrei seu cabelo, puxando-o para trás até que eu pudesse ver seus olhos claramente.

"O que eu preciso," sussurrei, correndo os lábios do seu pescoço até o pomo de adão. "É me distrair. Algo que você faz muito, muito bem."

Ele rosnou, e senti a vibração, que começou em meus lábios seguindo até o meu clitóris.

"Você não sabe o que está pedindo," ele falou, segurando meus quadris com tanta força que estava ao ponto de doer.

Eu sorri baixinho antes de raspar meus dentes ao longo do seu pescoço.

"Sei exatamente o que estou pedindo."

Com isso, ele me puxou para frente e me beijou furiosamente.

Sua boca duelou com a minha enquanto seus dedos encontraram o caminho para o cós da minha calça.

Eu ainda colocava um jeans... ou qualquer coisa que se parecesse apresentável para vestir em público, desde que meu pai tinha morrido.

Eu me sentia menos do que sexy.

No entanto, agora, me senti como a porra de uma rainha.

Foster devorou minha boca, em seguida, passou a correr sua barba ao longo da pele macia do meu pescoço.

Cócegas e outras sensações me inundaram, tudo ao mesmo tempo.

Agarrei um punhado do seu cabelo quando ele começou a me abaixar para o piso frio do chão do banheiro.

"Eeek!" Gritei, levantando minha bunda nua quando ela encostou na cerâmica fria.

Ele sorriu enquanto terminava de puxar minha calça pelas minhas pernas, e então estabeleceu seu corpo nu entre as minhas coxas espalhadas.

Sua boca encontrou o meu pescoço novamente, viajando por toda a extensão da minha camiseta até que encontrou a pele nua de minha barriga, alisando sua boca sobre ela languidamente.

"Quero plantar meu bebê aqui," ele sussurrou bruscamente. "Quero tanto vê-la engordando com o meu filho que chega a doer.”

Sorri enquanto ele deslizava a boca por minha barriga até que parou na parte inferior do peito esquerdo.

“Vou ver o que posso fazer sobre isso," respirei ofegante quando sua língua encontrou o meu mamilo.

Ele não o sugou, no entanto.

Apertou. Mordeu. Puxou.

Fez tudo, exceto sugá-lo. Principalmente porque ele sabia o que brincar com meus mamilos me fazia, e se ele começasse a chupar, então perderia a minha capacidade de me concentrar.

Algo que ele gostava de fazer apenas quando eu estava na beira do orgasmo.

"Por favor," implorei levantando os quadris, pedindo-lhe para me dar o que eu queria tão desesperadamente.

Ele sorriu, levantando-se de joelhos para empurrar sua cueca boxer para baixo em suas coxas.

Minha boca salivou ao ver seu pênis. Como sempre fez.

Ele realmente tinha um pênis perfeito. A cabeça grossa e corada, seguida por um eixo exuberante. Eu queria adorá-lo em meus sonhos, de tão bom que era.

Nunca pensei que pênis poderiam ser bonitos, mas Foster era apenas isso.

Comecei a inclinar-me para frente e capturar a beleza na minha boca, mas ele parou meu movimento com a palma da mão na minha barriga.

"Pare," ele ordenou. "Quero olhar para você."

Não sei o que viu.

Eu sei o que eu vi, no entanto.

Minha camiseta tinha sido empurrada sobre os meus seios, revelando apenas meus mamilos rosados ao seu olhar. E minha bunda nua pressionada contra o chão frio, me deixava completamente certa que destoava bastante do mosaico marrom escuro.

Em seguida, havia o meu cabelo.

Para cima em um coque bagunçado que não tinha sido escovado por um dia ou dois, estava realmente um desastre.

No entanto, Foster nunca se queixou. Ele achava que eu era linda. Algo que ele fez questão de mencionar pelo menos uma vez por dia. Às vezes até mais.

E isso, mais do que qualquer outra coisa, foi o que mais me impressionou. Ver a luxúria em seus olhos era um completo renascimento, depois desses dias.

Minha mão passeou por minha barriga até embaixo, chegando no meu clitóris, quando comecei a rodeá-lo com um dedo solitário, esperando estimulá-lo a agir com o movimento.

Mas ele não se mexeu. Apenas me observava mover cada vez mais rápido.

Foi só quando minha outra mão foi para o meu mamilo, e meus olhos começaram a se fechar que ele empurrou em mim, então percebi o início de um orgasmo me impulsionando violentamente.

A surpresa foi tão grande que gozei duro e rápido.

O orgasmo que esteve pairando sobre mim chegando com tanta força que gritei até que me tornei ofegante.

Ele rosnou, estocando vigorosamente enquanto me conduzia através do meu orgasmo.

Não demorou muito até que ele gozasse também. Derramando-se em mim em jorros longos e ásperos.

"Uhhh," ele gemeu plantando-se profundamente e congelando.

Passei meus braços em volta do seu pescoço e minhas pernas por sobre sua bunda antes de puxá-lo para mim.

Ele caiu se apoiando nos antebraços acima de mim e sorriu para meus olhos sonolentos e saciados.

"Hora da soneca?" Ele sorriu.

Concordei com a cabeça.

"Sim, só tenho que encontrar a energia para chegar lá."

No final, tomamos banho juntos, e ele me levou para a cama.

Pensei que nós dois tínhamos adormecido, mas quando acordei uma hora mais tarde, o seu lado da cama estava vazio, e percebi que esteve assim por algum tempo.


***


"Você vai me deixar entrar lá," rosnei para meu tio.

Eu realmente não estava com paciência para isso.

Depois que Foster saiu de casa de forma tão abrupta uma hora antes, eu soube que algo estava acontecendo.

Meu tio suspirou e abriu mais a porta, permitindo que eu entrasse na sala de interrogatório.

"Oficial, a minha cliente não fez nada de errado. Ela está em uma condição delicada, e gostaria de ir para casa, ficar em sua cama, onde ela deveria estar até que esteja em um estágio mais avançado em sua gravidez," disse o advogado viscoso quando passei pela porta.

Foster, que estava em pé no canto, com os olhos colados no interrogatório, endureceu quando percebeu que eu estava lá.

"Blake..." ele começou, mas parou quando levantei a minha mão, parando a sua conversa mansa.

Se o bastardo pensou que poderia me foder, me deixar saciada na cama, eu o perdoaria por sair sem me avisar, estava muito enganado.

Principalmente na forma do tratamento silencioso.

"O que aconteceu até agora?" Perguntei ao meu tio.

Meus braços estavam atualmente envolvidos em torno de Molder, que tinha, é claro, me acompanhado até a estação de polícia com um Downy risonho.

O homem pensou que muito engraçado eu 'não obedecer Foster.’ Palavras dele, não minhas.

Só olhei e me recusei a falar com ele também.

Achei que era a coisa mais linda do mundo quando Molder começou a incomodar Mocha, parceira K-9 de Downy.

"Sinto muito, cara," Downy disse, quebrando o silêncio. "Eu tentei."

"Uh-huh. Ela tem 61kg para os seus 135 kg. Tenho certeza que você tentou muito," Foster argumentou.

Downy deu de ombros e sentou-se ao lado dos outros membros da equipe da SWAT.

Por que eles estavam TODOS lá, eu não sabia. Algo que penso que Foster deveria ter me contado. Especialmente desde que pensei que ficou acordado que ele não me deixaria fora do circuito mais.

Independentemente disso, porém, eu estava aqui agora, e iria ficar até que tivesse algumas respostas. Respostas que um certo alguém não estava me dando.

"Você pode me dizer por que você tem um apartamento em seu nome quando esteve aqui com David por um tempo bem longo?” Perguntou o detetive.

"Usamos o apartamento como depósito. Tivemos que juntar as nossas coisas em um só lugar, e descobrimos que é mais barato continuar pagando o aluguel, desde que o contratado já está assinado,” disse David, explicando perfeitamente.

"Na verdade, eu olhei por esse lado também," disse o detetive. "Imaginei que essa poderia ter sido a razão. O contrato de arrendamento do apartamento terminou a dois meses. O custo de 'alugar' o apartamento era de quatrocentos e trinta e dois dólares por mês, mas nenhum dos dois teve esse dinheiro saindo de suas contas. Nem retiraram qualquer valor, por isso, se esse for o caso, como vocês pagaram? "

"Uh-oh, spaghetti-o27!" Downy brincou, estalando os dedos em rápida sucessão. "O'Keefe pegou você, cadela!"

Olhei para ele, e o homem louco estava comendo pipoca.

De onde ele tirou isso, eu não sabia.

Provavelmente nunca saberia.

Homem tolo.

"Detetive," o advogado viscoso falou preguiçosamente. "Você não pode provar nada. É tudo circunstancial.”

Detetive O'Keefe sorriu.

"Então você não sabia que Quentin Ortiz estava hospedado em sua casa?" Detetive O'Keefe esclareceu.

David finalmente se levantou. "Ouça, O'Keefe. Nós dois temos álibis para aquela noite. Você não encontrou nada..."

"Quando foi a última vez que você viu Quentin Ortiz?" O detetive falou sobre David, dirigindo o pergunta a Berri.

Ofeguei, cobrindo minha boca com o olhar furioso assumindo as características geralmente muito amáveis de David.

Os braços de Foster me envolveram por trás, e ele descansou a cabeça no topo da minha.

Ele não disse uma palavra, e nem eu fiz.

Chegaremos a isso mais tarde. Por enquanto, eu estaria deixando isso passar.

"Ela já disse que não sabia de nada!" David gritou.

Com isso, o detetive O'Keefe finalmente deu toda a sua atenção ao homem.

"Escuta aqui, Dewitt. Já tive tudo o que consegui tirar de sua boca. Que tal você sair daqui e me deixar falar com a sua mulher, sozinha," disse o detetive O'Keefe.

Não foi o que ele disse, mas como ele disse.

"Alguém vá tirá-lo de lá. Traga-o aqui e o deixe ver o que acontece a seguir," Foster disse de repente.


CAPÍTULO 25


Uma fêmea te ama verdadeiramente você vai ficar com você até o fim. Sua mãe, isto é, não eu. Porque eu, certamente não estarei lidando com sua merda mais.

-Blake Para Foster


FOSTER


"Tire suas mãos de cima de mim," David sibilou, puxando seu braço rudemente da mão de Luke.

Luke empurrou-o para baixo em um banco na frente, o que significa que ele não viu que eu estava na parte de trás.

David rosnou algo ininteligível para Luke, e Luke respondeu com algo igualmente baixo. "Sente-se e cale a boca. Estamos tentando ajudar um companheiro de merda. Feche a porra da boca e assista."

Pisquei surpreso com a veemência em sua voz.

O corpo de David caiu, e fiquei pasmo com o quão derrotado ele parecia.

Uau, ele realmente se importava com ela!

Tive minhas dúvidas, mas isto provou ser algo que eu nunca esperava.

Quero dizer, como você poderia se preocupar com alguém que estava claramente mentindo?

Cada um de nós podia ver isso. Ele estava tão profundamente envolvido que não conseguia enxergar?

"Tudo bem, Sra. Aleo,” Detetive O'Keefe sentou-se. "Nós sabemos que você está envolvida. É apenas uma questão de tempo até que a coisa toda seja revelada. Que tal você ir em frente e nos informar o que está acontecendo."

"Você está mentindo," ela sibilou. "Você não tem nada sobre mim."

O'Keefe sorriu. Um sorriso malvado. Um que ele deve usar apenas em interrogatório de suspeitos.

"Seu ex-marido, Emmett Aleo, foi um homem muito útil," disse o detetive O’Keefe, recostando-se na cadeira.

Sua postura falava de facilidade e triunfo.

Ele a tinha e ele sabia disso.

"Se você não está prendendo minha cliente, vamos embora," disse o advogado, ficando de pé abruptamente.

O'Keefe também se levantou.

Em seguida, ele puxou alguns papéis do bolso de trás.

"Seu marido foi muito útil, na verdade," disse ele, oferecendo ao advogado a pilha de papéis.

O advogado pegou, em seguida sua cabeça pendeu. "Foda-se."

Bem, isso não parecia postura de um advogado.

Os braços de Foster ao meu redor me apertaram com força antes de me soltar, para ele se aproximar da janela, ficando ao lado dela novamente.

David olhou para trás, e tive que cobrir a boca para segurar a risada que ameaçava irromper da minha garganta.

"Aposto que ele recebe uma confissão dela em três minutos," Downy disse, jogando um pedaço de pipoca em sua boca.

"Dois."

"Cinco."

"Sete."

"Um."

Esse último comentário foi feito por Nico, o que levou David a se virar e ver quem, exatamente, estava na sala com ele.

Dei-lhe um pequeno aceno quando seus olhos pousaram em mim, fazendo-o me encarar e virar-se tão abruptamente que a cadeira balançou.

O advogado colocou os papéis sobre a mesa na frente de Berri, e ela olhou para eles a contragosto.

Em seguida, seus olhos se arregalaram.

"O que dizem os jornais?" Perguntei a ninguém em particular.

"Sabe o que isso significa Sra. Aleo?" Perguntou o detetive.

"Apenas espere por isso," disse Bennett. "Vai ser lindo."

Suspirei, mas mesmo assim 'esperei por isso'.

Berri se recusou a dizer qualquer coisa.

"Esses são os papéis do divórcio," disse o detetive O'Keefe.

David bufou, mas depois congelou com as palavras seguintes do detetive.

"Os papéis do divórcio de Quentin Ortiz." O'Keefe continuou. "Diga-me, Sra. Aleo. Por que ninguém sabia que você estava casada com Quentin Ortiz na semana passada quando visitamos você? Talvez porque ninguém deveria saber? Seu noivo sabe, não é?”

"Acho que, já que você não vai ajudar, você pode me dizer se entendi alguma coisa errada. Como eu disse, o seu ex-marido foi muito útil," disse O'Keefe descaradamente. "Sr. Ortiz e você são vigaristas. Se casam com pessoas separadamente, tiram tudo que eles tem, e passam para o próximo. Mas vocês continuam casados um com o outro enquanto fazem isso, e foi onde vocês fizeram besteira."

Os olhos de Berri ficaram loucos enquanto procurava um meio de fugir.

No entanto, não havia um. O'Keefe a tinha e todos nós sabíamos disso.

"A defesa de seu marido negociou por fora, jogando-a sob o ônibus28 em troca de uma pena menor," O'Keefe disse. "Ele foi inflexível, porém, que você estragou tudo, e por sua vez, o ferrou. Veja, você não deveria ter engravidado. Algo que você fez com David Dewitt. E ele ficou louco, mas você o convenceu que isto poderia trabalhar em seu favor. Que você poderia obter mais dinheiro. Exceto algo... ou alguém, que aborreceu você. E você voltou para o seu ex-marido, Quentin Ortiz, e pediu-lhe para fazer algo para você. "

Ela finalmente quebrou.

"Fui e o encontrei. Eu queria o que era meu por direito. Sou a única tendo um bebê. Ela não está. Então por que eu não poderia tê-lo?" Berri gritou.

"Como você sabia que ele faria isso?" Perguntou O'Keefe, cruzando os braços casualmente sobre o peito.

"O jornal. Com a sua pequena história 'Nós somos heróis também’ que ela concedeu ao jornal no dia seguinte ao que aconteceu. Eu não tinha percebido que ele estava fazendo esse tipo de coisa. Quando os deixo, não tenho mais contato."

"E desta vez?" Perguntou O'Keefe.

"Aquela puta estúpida da ex do David. Ela se recusou a me dar a herança que era minha por direito," ela rosnou.

"Tudo isso por causa da porra de um berço?" Eu meio que gritei. "David, seu estúpido filho da puta!"

Tentei me lançar sobre ele, mas fui impedida por Foster, meu tio e Downy.

Sua bacia de pipoca voando do seu colo enquanto ele me agarrava pela cintura antes que eu pudesse chegar a David.

Assim que ele me pegou pela cintura, praticamente me jogou através do ar para Foster, que, em seguida, me pegou e apertou os braços de aço firmemente em torno de mim.

"Está tudo bem, querida," ele sussurrou. "Ele também se sente horrível. Olhe para ele."

Relutantemente, eu fiz, e não gostei do que vi.

Ele parecia horrorizado.

Ele parecia quebrado. No entanto, eu não me importava. Nem um pouco.

Eu tinha perdido meu pai, meu melhor amigo, tudo porque David não pode manter seu pau estúpido em suas calças.

"Vou para casa," sussurrei.

"Vou com você," Foster disse, começando a me soltar, mas balancei a cabeça.

"Não," eu o detive antes que começasse a me seguir. "Downy pode me levar. Na verdade, vou ver o vovô. Vamos passar algum tempo juntos. Você pode vir me buscar quando terminar."

Com isso, comecei a sair da sala, parando quando os meus pés tocaram a bacia de pipoca.

Por um capricho, me abaixei e atirei a bacia na cabeça de David, fazendo-o ricochetear antes de cair no chão.

Sorrir entredentes para ele.

Ele olhou para os seus pés, evitando contato com os olhos, o que só serviu para me deixar ainda mais furiosa.

"Covarde," murmurei enquanto saía da sala, caminhando rapidamente pelo corredor.

"Devagar, Blake. Estou cheio. Você não quer que eu vomite a minha pipoca, não é?" Downy brincou enquanto me alcançava.

Joguei-lhe um olhar por cima do ombro, que falou tudo o que estava sentindo, e ele sorriu.

O filho da puta sorriu.

"Você é horrível. Não sei como a sua mulher te suporta," suspirei, saindo pela porta dos fundos direto para a camionete de Downy.

"Memphis me ama. Ela suporta qualquer coisa, contanto que eu esteja feliz," Downy riu.

"Tanto faz. Apenas me leve para a casa do meu avô," pedi emburrada.

"E o seu cachorro?" Ele perguntou.

Dei de ombros. "Foster pode pegar Molder. Agora vamos."

"Sim, senhora," disse ele com um sorriso na voz. "Qualquer coisa para você."

Tudo correu tranquilo... isto é, até que chegarmos à casa de meu pai.

A primeira coisa que me fez perceber que havia algo estava errado foi o fato da porta da garagem não estar aberta.

Normalmente nesta hora do dia meu avô estaria trabalhando no seu carro que ficava na garagem.

No entanto, a garagem não estava aberta, e as cortinas estavam fechadas.

Inferno, até mesmo as cortinas blackout estavam cerradas.

"Algo está errado," sussurrei quando Downy estacionou a camionete na calçada.

"O quê?" Ele perguntou, colocando a camionete em marcha à ré e saindo da entrada.

Ele pulou quatro casas e parou na frente da casa da Sra. Peseta.

"Não sei. Mas geralmente há alguma atividade. Meu avô se levanta às seis horas. E não fecha as cortinas até que esteja pronto para ir para a cama. Ou há algo de errado com ele, ou... Eu não sei... alguma coisa.”

Downy pegou o telefone e fez uma chamada.

"Preciso de reforços na Sheffield 222. Venha na prioridade dois. Estacione ao lado da minha camionete, um Chevy branco," Downy disse em seu rádio.

Assim como Foster, ele falou isso em alteração. Deve ser coisa de policial.

Esperei e esperei um pouco mais Downy sair e checar, mas ele nunca o fez.

Ele apenas assistiu e ouviu.

"Você não vai sair e dar uma olhada?" Perguntei finalmente.

Ele olhou para mim. "Ainda não. Vou esperar até que tenha alguém com você antes de ir. Não deixarei você sozinha."

"Mas..."

Ele parou o meu próximo argumento com apenas um olhar.

"Não vai acontecer."

Meu ouvido doía quando olhei atrás de mim, querendo saber se meu avô estava bem.

Deus, por favor, que ele fique bem. Não posso perdê-lo também.


CAPÍTULO 26


Sei que é difícil admitir que você está errado, mas eu posso sobreviver sem sexo oral ... você pode?

-Blake Para Foster


FOSTER


Miller e Nico seguiam comigo, enquanto Luke, Michael e Bennett vinham logo atrás.

"Fale-me sobre o layout da casa," Luke perguntou através do rádio.

Nós tínhamos mudado para um canal confidencial, assim eu me sentia seguro falando tudo o que sabia.

"Três quartos. Uma grande sala de estar e cozinha aberta. Lavanderia que leva para a garagem. Varanda dos fundos. Dois banheiros. Um ao lado da sala de estar, e um no piso superior,” informei. "O quarto do avô é o do fundo à direita. Ele tem uma entrada para o exterior por uma porta de vidro deslizante."

Terminei a última frase quando acabamos de fazer a volta que nos levaria até a camionete de Downy.

Seguimos pelo caminho contrário, assim não teríamos que passar na frente da casa, e não chamaríamos qualquer atenção indevida para nós.

Quando saímos, agarrei a bolsa de Downy do banco de trás e joguei-a em sua direção. A qual ele prontamente pegou e começou a vestir-se com seu equipamento.

"Você ouviu tudo isso, Downy?" Luke perguntou enquanto caminhávamos.

Ele acenou, virando-se para responder ao seu melhor amigo e chefe. "10-4."

"O Detetive O'Keefe está ali," falei apontando o carro para Blake. "Fique com ele, e não o deixe, não importa o que você ouça. Compreendeu?"

Ela assentiu com a cabeça, os olhos cheios de lágrimas. "Entendi."

Pisquei para ela, puxei o capuz sobre o rosto, e comecei a atravessar o quintal atrás de Luke.

"Espere!" Ela gritou, me fazendo parar.

Virei-me num instante e olhei para ela.

Ela correu até mim, deu-me um beijo rápido nos lábios... bem, o melhor que podia com uma máscara cobrindo meu rosto, e começou a correr de volta para O'Keefe, que estava saindo de seu carro.

"Fique seguro!" Ela ordenou por cima do ombro.

"Fique seguro garotão!" Downy zombou, imitando a voz de Blake tão bem que olhei para ele com surpresa.

Ele riu e puxou sua própria máscara para baixo enquanto seguíamos em direção a casa.

"Tudo certo," disse Luke. "Downy você leva a sua equipe pelos fundos. O quarto do avô. Meu time irá tomar a frente."

Fui com Luke, desde que eu estava em sua equipe, e cobri suas costas à medida que nos movíamos rapidamente nos degraus da frente.

A primeira coisa que vi foi a porta da frente aberta.

Minha barriga gelou enquanto Luke a abria um pouco mais.

A porta se abriu no misterioso silêncio da sala, sem fazer um único som.

Foi quando vi o sangue.

E muito sangue.

Luke foi o primeiro a entrar, caindo sobre um joelho no segundo que passou pela porta.

Nico saiu na frente, limpando o quarto, seguido logo por mim, cuidando das suas costas.

"Limpo."

"Limpo."

Luke e Downy disseram ao mesmo tempo, permitindo que ambos se movessem.

Meus olhos foram atraídos para a trilha de sangue, uma mancha que se estendia da porta da frente para a cozinha, e em seguida, ainda mais para a garagem.

Sinalizei para Luke, que rapidamente concordou, permitindo-me liderar o caminho para a garagem.

Eu nunca soube o que me chocou mais.

O fato de que, o homem que pensei que tinha o seu sangue derramado no chão da sala estava realmente em pé batendo duramente em Quentin Ortiz, ou o fato de que Ortiz estava sentado em um banquinho, amarrado com fita adesiva, sendo espancado e tendo seu sangue negro espalhado por um homem com 89 anos de idade.

"Puta merda," suspirei, abaixando minha arma assim que verifiquei o local.

"Ei!" Vovô Rhodes cantou. "Peguei esse garotinho aqui invadindo minha casa. Só estou me divertindo um pouco com ele."

A voz do velho soou frágil ao dizer isso, mas seus movimentos enquanto continuava a bater em Ortiz não eram nada fracos.

"Ummm," disse Luke. "Claro."

Olhei para baixo, observando a poça d’agua debaixo do banquinho onde Ortiz estava preso, em seguida, não pude evitar a pequena risada que borbulhou em minha garganta.

"Eu só... eu só... o que diabos está acontecendo?" Downy perguntou espantado, assim como nós com aquilo que ele estava vendo.

Eu bufei. "Agora você pode ver porque dei uma multa ao bode velho? Ele é fodidamente louco... e durão como seu filho."

O velho riu. "Onde você acha que aquele menino aprendeu suas habilidades, seu touro estúpido?"

Ele fez essa pergunta enquanto dava um murro no estômago, seguido por um soco rápido na mandíbula.

"Hum, Sr. Rhodes, você se importa se o tirássemos de suas mãos?" Downy finalmente perguntou.

"Oh! Certo! Apenas deixe-me," ele acertou dois últimos socos. Um na virilha, e um direto no pomo de Adão do homem. "Tudo bem, tudo acabado, meus meninos."

Ele deu um passo para trás, pegou a bengala que estava inclinada contra o projeto de Mustang e mancou lentamente para fora da sala.

Nós o observamos partir, atordoados e em silêncio, perguntando-nos se tínhamos visto o que nós pensamos que tínhamos visto.

"Você... eu sou... filho da puta. Quero ser ele quando crescer,” Michael respirou.

Sorri então, tão feliz que o velho filho da puta estava bem que mal conseguia ver direito.

"Aqui é o oficial Spurlock, número de distintivo 654," falei em meu microfone. "A cena está limpa. Vamos precisar de uma ambulância.”


***

"Olhe para suas pobres mãos!" Blake gritou para seu avô pela quinta vez.

Tivemos o avô Rhodes liberado pela equipe médica, então o levamos de volta à sua casa... embora Blake se recusou a deixá-lo em casa sozinho.

"Ouça menina. Estou bem. Tenho oitenta e nove, e não vinte. Sei cuidar de mim. Entre no seu carro e vá para casa. Agora," o bode velho grunhiu, praticamente empurrando sua neta porta à fora, em seguida, batendo-a no eu rosto.

O bloqueio deslizou na fechadura e o sinal sonoro do alarme soou rapidamente após isso. Seguido pelos lentos passos arrastados dele se afastando.

"Eu... o que diabos?" Blake suspirou, balançando a cabeça, virando-se e pisando forte em direção a minha camionete. "O que você está esperando, o Natal?"

Ela jogou aquela singela declaração por cima do ombro, fazendo-me querer rir.

Consegui me segurar, no entanto, seguindo-a até a camionete, observando o balançar da sua bunda enquanto a seguia.

Ela estava no banco do passageiro com a porta fechada antes mesmo que eu chegasse até ela, rosnei em frustração antes de entrar no lado do motorista e ligar a camionete.

"Ele vai ficar bem," falei suavemente.

Ela bufou. "Sei disso. O bode velho é muito persistente para morrer. Eu o amo, mas às vezes ele é tão teimoso e cabeça-dura."

Joguei-lhe um olhar, e reprimi a vontade de rir mais uma vez. "E você não é?"

Ela balançou a cabeça com veemência. "Absolutamente não. Sou fodidamente perfeita."

Dirigi os três quarteirões até o prédio do apartamento e estacionei em um lugar na frente da entrada, desligando o motor no momento que estava próximo a calçada.

"Você sabe..." ela hesitou, olhando para mim. "Não há mais razão para que eu fique com você. Estou segura agora. Você pegou os caras maus. Você provavelmente poderia me levar para casa... se você quiser."

Ignorei sua declaração idiota, e em vez disso saí, batendo a porta atrás de mim.

Já estava a meio caminho dos degraus do meu apartamento quando seu grunhido indignado de frustração me seguiu até as escadas.

"Você é um teimoso..." ela subiu os degraus, bufando todo o caminho. "Exasperante, estúpido, irritante... você apenas bateu a porta no meu rosto!"

Tive que rir quando ela abriu a porta.

"Bem-vindo, bem-vindo," o pássaro cantou. "Molder, seu cabeça de pinto."

Eu mencionei que seu pássaro era irritante?

E um dedo-duro?

Eu tinha entrado no quarto depois de colocar o cão para fora, e estava na cama removendo a prótese quando ela finalmente entrou, Molder em seus braços.

Ela olhou para mim quando deixou a besta no banheiro e fechou a porta atrás dele.

"Você sabe qual é o seu problema?" Ela perguntou, arrancando a camisa de seu corpo.

Seus peitos saltaram em seu sutiã com a força, e meus olhos imediatamente se concentraram neles.

"Hmm?" Perguntei, lambendo meus lábios com a visão.

Jesus, controle-se, Spurlock! Mantenha a cabeça no jogo!

"Qual é o meu problema?" Perguntei.

Ela estreitou os olhos para mim quando finalmente me dei ao trabalho de olhar para cima.

"Seu problema," disse ela, descendo o jeans pelos quadris. "É que você nunca me leva a sério. Digo-lhe algo, e isso entra por um ouvido e sai pelo outro. Isso é algo que terei que lidar pelo resto da minha vida? Porque, acho que não consigo lidar mais com homens mudos."

Meu coração parou, e depois começou a bater em dobro.

"Você quer passar o resto da sua vida comigo?" Perguntei, esclarecendo.

"Lá vai você sendo idiota de novo," ela retrucou, puxando o sutiã sobre sua cabeça e jogando-o no chão.

Seus seios saltaram, e o dia... a luta ... tudo, voou pela maldita janela.

Tudo o que sabia era que eu a estava levando.

Agora mesmo porra.

Inclinei-me para frente, passei as mãos em torno da sua cintura, e praticamente rasguei sua calcinha.

Então, inclinei-me para trás na cama, puxei-a até que ela estava montada no meu rosto, e comecei a festa em sua vagina.

Instantaneamente, ela estava molhada para mim. Tão molhada que ela estava praticamente derramando sua essência em minha boca.

"Mmmm," rosnei contra seus lábios inferiores.

Eu podia sentir minha barba ficar molhada com sua excitação, e sacudi meu queixo para cavar minha língua profundamente dentro dela.

"Oh, meu Deus," ela exalou, suas coxas apertando minha cabeça enquanto eu a comia.

Suas mãos foram para o meu cabelo, quando ela começou a balançar no meu rosto, trabalhando em um ritmo que a faria rapidamente alcançar seu orgasmo.

Antes que ela pudesse ir muito longe, porém, mudei rapidamente nossas posições, jogando-a de costas sobre a cama e puxando-a para baixo em um movimento rápido.

Bruscamente puxei meu pau para fora da cueca, alinhei-a com sua entrada, e empurrei dentro dela.

Comecei a me mover, achando o fato de estar de pé sobre uma perna a menor das minhas preocupações, quando sua boceta me levou até o punho.

A forma como sua buceta rodeava meu pau era como uma mágica. Vagina mágica que realmente tinha todo o poder no mundo.

Algo que poderia me deixar de joelhos facilmente se eu deixasse. E garoto, eu deixei.

"Foster," ela sussurrou, empurrando seus quadris para cima.

Não querendo que ela tivesse qualquer influência ou controle da situação, me movi até que apenas metade de suas costas estava na cama, e o resto apoiado na parte superior do meu corpo.

Porém, não consegui me equilibrar, e caí para trás.

Blake soltou um pequeno grito caindo junto comigo da cama, nós dois pousando no chão em um monte.

Meu pau, no entanto, estava seguro.

"Da próxima vez, não tire essa coisa se você planeja fazer tudo o que quer comigo, certo?" Ela perguntou, se enroscando em mim até que estava montando meus quadris.

Segurei meu pau pela base e apontei em linha reta para cima, gemendo incoerentemente quando ela afundou. Sua buceta mágica se apoderando de mim mais uma vez.

"Sim, senhora," consegui dizer, obrigando-a a se mover mais rápido, colocando minhas duas mãos em seus quadris.

Ela riu, mas obedeceu ao meu pedido, montando-me rápido e duro.

O orgasmo que senti pressionando minhas bolas mais cedo começando a ferver mais uma vez.

"Brinque com você mesma," ordenei, observando enquanto ela fazia.

Sua mão foi para baixo, tocando a base do meu pau enquanto ela se movia, reunindo sua excitação.

Em seguida, ela arrastou os dedos até o clitóris, e começou a fazer círculos frenéticos e rápidos.

"Sim," ela falou, jogando a cabeça para trás.

Apertei os olhos com força, os músculos em minha barriga tencionando quando ela começou a se contrair em torno mim.

Então ela soltou um grito estrangulado e desceu sua buceta em mim. Com força.

"Oh, droga. Sua buceta. Ugh," rosnei, curvando-me até ficar sentado.

Ela riu sem fôlego quando comecei a bater ela sobre mim, a respiração falhando em nós dois quando finalmente gozei, cortando o nosso suprimento de ar, quando bati minha boca sobre a dela.

Meu gozo saltou do meu pau em uma velocidade alarmante, jorrando em sua buceta apertada com tanta força que pensei que tinha arrancado minha espinha junto.

Depois que os nossos movimentos se tornaram menos frenéticos, ela soltou sua boca da minha, e me olhou nos olhos enquanto dizia, "Vê? Idiota."

Inclinei-me para frente e mordi seus lábios com os dentes.

"Sim, sim," eu disse, batendo no traseiro dela, apertando-a com força. "No entanto, não vejo você reclamando."

Ela me olhou furiosa. "Ainda. Você não me vê reclamando, ainda.”


CAPÍTULO 27


O mamífero mais mortal do planeta é uma mulher silenciosa, sorrindo.

-Nota para si mesmo


Blake


Um mês depois


"O que é isso?" Perguntei a Foster com um sorriso.

Ele empurrou a caixa para perto de mim até que ela tocou a ponta dos meus joelhos. "Basta abri-la."

Estreitei meus olhos para ele, depois olhei a sala, vendo a família dele ao redor, e sorri.

Era um sorriso genuíno.

Nenhum dos falsos que estive tentando passar como reais.

Tudo estava acabado.

As pessoas envolvidas no tiroteio do meu pai foram capturadas, e eu estava livre para viver minha vida.

Embora não me sentisse necessariamente livre ainda, porque não se passou um dia que eu não quis contar algo ao meu pai.

"Basta abrir. Prometo que você vai gostar," disse ele, exasperado.

Agarrando a faca que ele estava segurando para mim, cortei a fita ao meio e lentamente abri a caixa.

O que quer que estivesse nela foi embrulhado em papel de seda rosa quente, tornando impossível ver o que estava dentro.

De pé, inclinei-me sobre a caixa enorme e desembrulhei o papel.

A primeira coisa que vi foi o emblema do Texas State Trooper29 na frente do tecido azul.

Olhando para Foster bruscamente, afundei a mão na caixa e tirei o que parecia ser um cobertor.

Puxei, porém, pela borda, e o tecido começou a desdobrar-se, revelando a beleza interior.

"Ohh," suspirei, as lágrimas imediatamente inundando meus olhos quando terminei de tirar. "Oh, meu Deus, Foster."

Virando-me para ele com lágrimas nos olhos, me joguei em cima dele.

"É lindo," declarei em voz alta através do meu choro.

A mãe de Foster tomou o tecido das minhas mãos e segurou uma das extremidade para Miller.

"Aqui, querido. Segure assim para que ela possa ver.”

Virei-me com um soluço preso na garganta. "Oh, Foster."

Era uma colcha de grandes proporções.

King size, provavelmente, e foi feita de camisetas. Todas elas do meu pai.

Uniformes, suas camisas favoritas, mesmo o que parecia ser pedaços de seu colete à prova de balas.

"Oh," eu chorei. "Deus, é tão bonito."

Posso ter sido um pouco emocional, mas foi o melhor presente que já recebi.

Caminhei para frente, arrastando minha mão pelo quadrado costurado diretamente no meio.

Era o uniforme do meu pai. Aquele que vi nele todos dos dias por toda a minha vida.

O remendo acima do coração declarando-o um Texas State Trooper era absolutamente impressionante.

Depois, havia a camiseta que compramos no Sea World quando eu tinha quinze anos, e um golfinho o pulverizou com a boca cheia de água.

Ou a de Destin, Flórida, onde o fiz comprar uma camiseta pintada com uma tartaruga.

Essa tinha sido uma das minhas favoritas.

Meu pai sempre foi um cara muito divertido. Não se importando com o pensavam dele. Ele só se preocupava se sua filha estava feliz.

Então cheguei à última.

A que ele vestia quando o vi pela última vez.

Era uma camiseta simples preta desbotada, mas que significava o mundo para mim.

Chorei no ombro do meu pai, ele me abraçou e disse que me amava.

Isso ficaria para sempre em minhas memórias. Especialmente agora que Foster tinha me dado uma linda lembrança dele.

Virei-me, mas ele não estava onde esperei que estivesse.

Em vez disso, estava no chão, de joelhos.

Ele estava com uma pequena caixa de veludo na mão, e estava olhando para mim com olhos emocionados.

Ele ainda não tinha retirado seu uniforme, suas roupas ainda estavam manchadas de sujeira e detritos do que, eu poderia assumir, fosse de uma briga, mas nunca teria coragem de perguntar por que sinceramente não queria saber.

Contanto que ele voltasse para casa, à noite, eu não perguntaria. Era melhor não saber.

Se ele quisesse falar sobre isso, era uma história diferente.

Eu sempre escutava. Por ele, eu faria qualquer coisa.

"Meus olhos estão aqui em cima, querida," Foster brincou, puxando meus olhos do chão para seu rosto.

Sorri. "Sim, eu sei. Estava aqui debatendo se queria saber ou não o que você fez para ficar tão sujo."

Ele piscou. "Um mal-entendido."

"O que você tem aí?" Perguntei, com um sorriso enorme no rosto.

Ele a abriu, e minha respiração ficou presa.

"É rosa!" Eu disse, rindo.

Ele sorriu. "Sim, eu sei. Procurei por aqui e por ali, e acho que acertei.”

Eu estava praticamente pulando em meus pés neste momento, tão feliz que mal podia conter o grito de excitação.

"Bem?" Perguntei, quando ele demorou muito para fazer a pergunta.

"Não me apresse, mulher. Estou tentando te pedir para casar comigo. Só tenho que descobrir o que estava planejando dizer,” retrucou.

"Sim!" Eu disse exuberantemente. "Sim! Vamos fazer isso agora!"

Ele franziu o cenho para mim. "Eu tinha tudo planejado."

Fechei a boca, os olhos arregalados enquanto esperava que ele continuasse.

Ele suspirou e ficou de pé. "Não há nenhuma razão para fazer isso agora. Coloque-o."

Agarrei a caixa das mãos dele, pegando o anel rosa brilhante.

Não era o anel de noivado normal, mas o homem me conhecia como a palma da sua mão.

Ele sabia que eu não gostava de joias. Então ele escolheu me dar algo que sabia que eu gostaria.

Mostrei a ele algumas coisas de brincadeira quando vi em um site, mas ele tinha levado a sério, e lembrava cada palavra que falei.

"Você se lembrou," sussurrei, encaixando o anel de borracha no meu dedo. "Ele se encaixa perfeitamente."

Ele piscou. "Eu escuto... às vezes."

"Isso não é feito para halterofilistas ou algo assim?" Mercy perguntou enquanto se aproximava de nós para olhar o anel.

Estendi minha mão para ela. "Sim é. Mas é mais para uma pessoa ativa. Posso não ser tão ativa quanto costumava ser, mas seria perfeito se eu decidisse ser a versão feminina de Arnold Schwarzenegger."

Foster engasgou com a cerveja que tinha acabado de colocar na boca. "Você não vai se tornar a versão feminina dele. Vou te deixar se você fizer. Não há nenhuma maneira disso acontecer! Eu estava apenas provocando! Nunca conseguiria dormir com alguém assim. Eu ficaria com muito medo de você aparecer com um pau maior do que meu."

A mãe de Foster levantou a mão para tentar contornar a situação, mas mudou de alvo com a próxima coisa que saiu da boca de Miller, batendo diretamente na sua cabeça.

"Isso não seria difícil de acontecer," Miller riu enquanto se desviava do golpe.

Foster pisou com sua lâmina nos dedos do pé de Miller, fazendo-o gritar. "Droga! Eu sabia que quando você fez isso no outro dia não foi um acidente! Essa coisa de pé dói!”

Sloan me envolveu em seus braços. "Bem-vinda à família, querida!"

Eu a abracei de volta. "Obrigada."

"Ainda não a ouvi dizer sim. Você já ouviu um sim, pai?" Miller perguntou em voz alta.

Foster olhou, e eu sorri.

"Ainda não ouvi um sim definitivo," Micah confirmou.

Sorri e caminhei até Foster, jogando meus braços ao redor de seus ombros. "Você precisa mesmo ouvir um sim? Direi a você se você quiser."

Ele envolveu os braços em torno da minha cintura, me puxando, até que encostei meu peito no seu tórax. "Acho que o que você quer é o meu corpo."

Meu rosto ficou profundamente vermelho, e eu o belisquei no ombro. "Cale-se!"

Ele sorriu maliciosamente e me girou em um círculo. "Agora," disse ele. "O que você está fazendo para mim no jantar, mulher?"

Eu estava prestes a responder quando o telefone tocou.

Foster me interrompeu para atender e voltei a admirar a colcha que ele tinha me dado.

Era realmente incrível.

E eu a amaria para sempre.

"Umm, com certeza. Espere um momento," disse Foster estranhamente, fazendo com que eu olhasse para cima. "É para você."

Ele segurou o telefone para mim, com cautela, eu o peguei.

"Alô?" Respondi.

"Umm, oi. É.... você não me conhece. Mas sei quem é. E gostaria de conhecê-la pessoalmente," disse a voz hesitante de uma mulher em um tom baixo.

Capitulo 28


Tome uma profunda respiração,

Está em casa agora...

- Copo de Café


Foster


Andei atrás de Blake, hesitante em deixar isso acontecer.

Eu sabia que era tudo muito inocente, mas não queria que ela ficasse assustada.

Depois de fazer uma pequena pesquisa, descobri o que a mulher ao telefone queria, e se eu estava certo, ia fazer Blake chorar. E eu odiava vê-la chorar!

Mas eu sabia que ela iria querer fazê-lo, pelo menos a longo prazo. Então, não disse o que e com quem ela estaria se encontrando.

"Você acha que são eles?" Blake sussurrou ao meu lado.

Segui a direção que ela apontava, onde uma jovem muito bonita e um garotinho brincavam no canto.

"Ela disse que se sentaria no canto e que estaria vestida de vermelho. Acho que é ela. O garotinho que disse que viria com ela está lá também."

“É ela, querida. Vá até lá e fale com ela,” insisti, dando-lhe um leve empurrão nas costas.

Ela me olhou com os olhos arregalados, mas, no entanto, começou a caminhar em direção à mesa.

Selene Reynolds nos viu quando estávamos há três mesas de distância.

Seu sorriso deslumbrante nos mostrou o quão feliz ela estava por termos vindo.

"Blake... Blake Rhodes?" Selene perguntou esperançosamente.

Blake assentiu com a cabeça.

"Sim, sou eu. Muito prazer!" Ela disse educadamente, oferecendo a mão para Selene.

Selene sorriu. "E este... este é o seu namorado de quem me falou?"

Blake sorriu lindamente para mim, me deslumbrando com seu brilho. "Na verdade," ela disse. "Há dois dias, ele é meu noivo."

Selene sorriu.

"Isso é maravilhoso! Parabéns! Senta, senta,” Ela exigiu.

Sentamos nas cadeiras em frente ela e seu filho, nos acomodando até ficarmos à vontade.

O que significava Blake debaixo do meu ombro, e sua mão descansando na minha coxa.

Nos tocando do ombro ao joelho, como gostamos de fazer.

Conversamos por um tempo, mas não demorou muito para eu perceber que Blake estava ficando ansiosa. Extremamente.

Ela nunca foi boa em esperar.

E agora, com o pé batendo em cima do meu, eu sabia que ela estava perto de seu limite.

"Selene," eu disse, interrompendo a sua pergunta sobre o que queríamos comer. "Se você não se importa, pode dizer a Blake porque ligou? Não sei quanto tempo mais ela pode conter a sua curiosidade."

Blake me lançou um olhar acusador, mas Selene apenas concordou com a cabeça.

Voltando seu olhar para Blake, ela começou a falar.

"Acho que você realmente não percebe o que você fez por mim," Selene sussurrou, olhando para o filho com todo o seu amor nos olhos. "Mas eu tinha que lhe dizer. Precisava lhe agradecer."

"Obrigada, por quê?" Blake perguntou confusa.

Apertei meu braço em volta de seus ombros quando Selene continuou.

"Alguns meses atrás liguei para o 911 porque meu filho estava tendo uma convulsão. E você logo enviou os médicos para nós. Você conversou comigo, acalmou-me o suficiente para que eu mantivesse minha mente sob controle,” ela sussurrou.

Blake olhou para o garotinho e sorriu. "Lembro-me disso. Sempre me perguntava como ele estaria.”

Ela assentiu. "Bem, ele realmente não estava bem. Ele nasceu com uma doença onde seus rins não funcionavam direito. Nos últimos anos, usamos todos os tipos de medicamentos em uma tentativa em vão de ajudá-lo, mas um tempo depois ele teve uma recaída, e de repente estava com insuficiência renal. Ele foi colocado em uma lista de espera de doadores, mas nunca pensamos que ficaria tão ruim... mas ele ficou."

A mulher sorriu para o filho quando ele a interrompeu, segurando sua página para ela ver.

"É lindo, querido. Tão bonito Holden. Você desenha mais um, por favor?" Selene disse ao filho.

Holden assentiu com a cabeça e obedientemente começou a trabalhar na sua nova criação.

Selene esperou um momento, olhando para seu filho com tanto amor que fez meu coração doer.

Finalmente, ela tirou os olhos do filho, voltando a olhar para nós, antes de se concentrar em Blake novamente.

"Então, há mais ou menos um mês atrás, recebi um telefonema no meio da noite." Uma lágrima solitária escorregou pela bochecha de Selene. "Eles disseram," sua voz falhou. "Disseram que tinham um doador para Holden, e que eu precisava levá-lo ao hospital dentro de uma hora."

Ela respirou fundo antes de continuar.

A mão de Blake apertou a minha.

Meu palpite era que ela sabia o que estava vindo, e se preparando para ouvir.

"Cheguei com ele lá em vinte minutos. Corri até o balcão, praticamente o empurrei para a enfermeira e lhe pedi para se apressar,” ela fungou. "Não foi até muito, muito mais tarde... cerca de quatro horas com Holden em cirurgia, que ouvi como ele veio a receber o rim."

Seus olhos se fecharam, e em suas palavras praticamente se podia ouvir a sua dor quando ela disse, "Foi de um policial que esteve em um tiroteio. Ele tinha sido o único a dar ao meu bebê outra chance na vida.”

A respiração de Blake falhou quando ela começou a chorar, e a puxei para o meu peito, beijando sua têmpora enquanto ela chorava.

Mas eram lágrimas de felicidade. Isso eu podia dizer.

“Ele está... ele está vivo por causa do meu pai?" Blake sussurrou.

Selene assentiu com a cabeça. "Sim. Sim ele está. E saudável mais uma vez. Algo que apenas sonhei.”


* * *


"Acha que minha mãe iria querer saber disso?" Blake me perguntou calmamente quando estávamos dirigindo para casa uma hora mais tarde.

Olhei de relance para ela, e peguei sua mão antes de responder.

"Acho que ela gostaria. Sim, acho que você deveria dizer a ela."

A mãe de Blake era um ponto de discórdia entre nós.

Blake realmente não queria muito contato com a mãe desde que ela tratou Lou tão mal antes de morrer, mas senti que ela tinha sofrido o bastante.

Ninguém saberia se eles teriam sido capazes de resolver isso, porque o destino interveio e mudou o rumo de suas vidas.

"Tudo bem," ela concordou. "Vou ligar para ela amanhã."

"Bom," disse, olhando para ela novamente tentando avaliar seu humor antes de passar para o próximo tópico. "Você ouviu falar de David?"

Ela piscou e se virou para mim, a luz vermelha do semáforo formando sombras avermelhadas no seu rosto.

"Não," ela disse apertando o nariz. "O que tem sobre ele?"

Virei-me para frente quando a luz ficou verde e acelerei através do cruzamento.

"Ele está deixando o emprego, em duas semanas a partir de segunda. Arrumou um trabalho no norte, ou em algum lugar assim,” informei-a.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos; por tanto tempo, na verdade, que achei que ela não ia dizer nada. Mas ela me surpreendeu.

"Nunca mais vou gostar dele novamente... mas isso não significa que quero que ele tenha uma vida horrível." Percebi ela sacudindo a cabeça pelo canto do meu olho. "Mas estou feliz com sua partida. Ele tem muitos fantasmas nesta cidade."

Concordei.

"Então... amanhã quero começar a procurar casas," eu disse, lançando lhe um olhar.

Ela fez uma careta. "Nós temos uma casa. A minha."

Suspirei. "Sua casa funciona por agora, mas quero mais espaço. Quero ter bebês e construir fortes em árvores. E seu quintal é do tamanho de um selo postal. Você não gostaria que Molder tivesse um quintal maior para brincar?"

Sabia que isso funcionaria. Ela amava o infernal Molder. Mesmo que ele tenha comido minhas botas... e as paredes.

"Tudo bem," ela disse quase teimosamente. "Mas quero um forno."

Bufei. "Como se eu não fosse concordar com isso. Acho que quando você está coberta de lama, é muito atraente e sedutora."

Ela colocou a língua para fora. "Já disse que sim."

"Foi isso o que pensei." Ela resmungou com o meu comentário.

Felizmente tínhamos acabado de chegar à sua casa, onde estávamos ficamos agora.

Caso contrário teria que suportar o tratamento do silêncio. Novamente.

Não que ela fosse muito boa nisso.

Assim que entramos na casa, ela foi direto para o quarto onde havia deixado Molder, e imediatamente o deixou sair para fazer xixi.

Então o alimentei, tranquei as portas e caminhei de volta para nosso quarto.

Tirei a camisa e comecei a sentar-me para retirar minha prótese, quando meus olhos viram Blake no espelho.

Virei meu corpo completamente para ter certeza se o que via era real, e ofeguei em horror.

"Por favor, pelo amor de tudo que é sagrado, me diga você não está usando meu barbeador," perguntei a ela com rigidez.

Ela tirou os olhos da sua vagina que estava raspando e sorriu. "É sim. O seu é muito melhor do que o meu."

Pisquei surpreso, espantado que ela me respondeu com sinceridade.

"Você sabe que é minha lâmina... e ainda assim você continua a usá-la," esclareci.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim."

Nenhum remorso na mulher.

"Você percebe," eu disse, ficando em pé para entrar no chuveiro. "Que essa lâmina toca meu rosto, certo?"

"Mmmm hmm," ela concordou, voltando ao barbear.

"Você já usou antes?" Perguntei-me lentamente.

Ela assentiu com a cabeça. "Toda vez que faço depilação."

Minha boca abriu em choque. Choque absoluto que esta mulher... esta louca, exasperante mulher, usava minha lâmina. A mesma que passo no rosto todas as manhã quando aparo a barba para trabalhar.

"E você percebe que essa coisa toca meu rosto... certo?" Perguntei pela segunda vez.

Ela assentiu novamente sem se preocupar em responder.

Inclinei-me para trás e liguei o chuveiro, me assustando com o grito assustador dela, que poderia perfurar um tímpano.

"O que foi isso?" Ela balbuciou, enquanto a água gelada do chuveiro caía sobre ela.

Seus mamilos endureceram, e mais uma vez, como sempre, meus olhos se concentraram naqueles pequenos botões.

"Fique longe de mim, seu sapo excitado," ela sibilou quando percebeu onde meu olhar estava fixado.

"E se eu não ficar?" Provoquei, permanecendo sentado com minha prótese no balcão ao meu lado.

Ela saiu, deixando o chuveiro ligado, enrolando a toalha no peito, cobrindo tudo o que eu amava, em um movimento fluido.

"Oh," ela brincou, saindo. "Tenho certeza que vou encontrar um jeito de fugir de você."

Cautelosamente, olhei ao redor, tentando descobrir o que ela faria comigo desta vez, mas não consegui encontrar nada de errado.

Descendo do balcão, fiquei de pé, foi então que percebi que minha muleta, bem como minha bengala, não estavam onde as deixei na noite anterior.

"Ei querida," falei atrás dela. "Você viu minha muleta?"

Ela riu.

A cadela riu.

"Oh, você quer dizer estas?" Ela perguntou, apontando com a cabeça.

Então levantou as mãos, mostrando-me a muleta e a bengala, bem como minha prótese.

Olhei para ela. "Me devolva, sua louca.”

Ela deu uma risadinha. "E o que eu ganho se obedecer, óh senhor e mestre?"

Comecei a saltar em direção a ela, fazendo com se afastasse e começasse a rir novamente.

Cheguei até a porta e a vi deitada na cama, enxugando as lágrimas.

"Do que está rindo, sua ladrazinha?" Perguntei, pulando mais um pouco.

No momento em que toquei na cama, ela começou a se levantar, mas peguei seu tornozelo e a puxei para trás.

"Eeeek!" Ela gritou. "Deixe-me ir."

Prendendo-a na cama, falei, "Não. Agora me diga do que está rindo."

Ela soltou mais algumas risadinhas, antes de finalmente responder, "Seu pau."

Pressionei minha ereção em seu quadril, deixando-a sentir a dureza dele.

Algo que era um constante ponto de discórdia entre meu pau e eu.

Tudo o que a mulher tinha que fazer às vezes era caminhar pelo quarto, e ele já estava pronto para saltar sobre ela.

"Meu pau te faz rir?" Perguntei.

Ela assentiu com a cabeça. "Sim, você veio pulando até aqui e só consegui ficar focada na maneira como seu pau balançou para cima e para baixo."

Belisquei a bunda dela e a virei de bruços. Então, pressionei a ponta do meu pau contra sua entrada comecei a deslizar para dentro.

"Então... quem está rindo agora?"

Ela parou de rir. "Eu não. Absolutamente, 100%, que eu não," ela disse, levantando a bunda dela de encontro a mim e escorreguei mais para dentro.

"Penso que não."


Epílogo


Divirta-se. Esteja a salvo. Venha para casa.

-Chaveiro


Blake

6 meses depois


"Vamos, não tenho o dia todo," vovô resmungou, fazendo o possível para não sorrir.

Balancei minha saia mais uma vez, fazendo um círculo ao redor e fiz uma careta.

Eu parecia uma baleia encalhada.

Aos cinco meses de gravidez, não havia muita coisa que uma garota poderia fazer para esconder o fato.

E não fui abençoada com uma daquelas barrigas pequenas, também.

E sim com uma grande. Uma que não conseguia esconder de maneira alguma.

"Você está grávida. Sim. Você não precisa ficar olhando para ela." Vovô acrescenta para piorar.

Mostrei minha língua para ele e, finalmente caminhei para a porta que dava para a capela.

"Pronto, Freddy," brinquei com ele.

Ele estreitou os olhos para mim, me parando antes que eu abrisse a porta.

"Você sabe que o seu pai sempre teve muito orgulho de você, certo?" Ele perguntou, tocando meu rosto com as pontas de seus dedos.

Sorri para ele, colocando minha mão sobre a dele.

"Sim, vovô. Eu sei,” sussurrei, uma lágrima solitária ameaçando derramar.

Ele inclinou-se para frente e beijou meu nariz antes de voltar para a porta e a abrir.

A porta bateu contra o lado da parede, anunciando efetivamente nossa entrada, assim como a música que começou a soar em toda a igreja.

Em vez de esperar a música chegar ao ponto certo, ele começou a me puxar pelo corredor tão rápido quanto seus joelhos artríticos permitiam.

"Você sabe, certo, que terá que passar o resto de sua vida com ele?" Vovô perguntou quando estávamos na metade do caminho até o altar.

Eu sorri. "Sim, eu sei disso."

Passei por Pauline e lhe dei um pequeno aceno antes de ser, mais uma vez, puxada por ele.

"Vamos, não retarde os passos. Seu homem está esperando," ele insistiu.

Olhei para os olhos divertidos de Foster, tão feliz, que mal continha o desejo de correr pelo corredor em direção a ele.

“Vá em frente, você sabe que quer," meu avô disse, dando-me um leve empurrão.

Parei e o puxei para perto de mim. Em seguida, dei-lhe um forte beijo estalado na bochecha. "Obrigada, vovô."

Ele corou. "Vamos logo com isso. Se você não se apressar estará dando à luz na frente de toda esta cidade esquecida por Deus."

Sorri, em seguida, comecei a correr em direção ao homem que fez meus sonhos se tornarem realidade.

Seu “eu” super protetor, é claro, começou a se assustar que eu estava correndo quando deveria tomar cuidado em qualquer coisa que estivesse fazendo.

E correr, definitivamente não era cauteloso o suficiente.

Mas gostei de ver o pânico em seus olhos quando me lancei para ele.

Eu não tinha dúvida que ele me pegaria.

Algo que ele fez sem esforço.

Mesmo tendo que ir mais longe para amortecer o impacto, curvando os ombros para permitir mais espaço para a minha barriga.

Ele me girou uma vez antes de nos virar, comigo em seus braços, para ficarmos de frente ao padre.

Um padre, que gostou da demonstração de afeto, tanto quanto o resto do plateia.

"Então... posso ver que estamos todos animados por estarmos aqui," ele riu.

Assenti com entusiasmo.

"Tudo bem," ele acenou com a cabeça. "Foi-me dito que eu teria que ler este texto antes de começar. Então aqui vai.”

"Minha filha e ao homem que segura seu coração, entreguei esta nota ao seu tio para o caso de algo acontecer comigo.

Ele deveria entregar ao pregador no dia em que você se casasse. Suponho apenas que ele seguiu as instruções, porque se você está ouvindo esta nota lida em voz alta, isso significa que já não sou mais deste mundo. E Darren sempre foi um idiota que se recusou a seguir ordens.”

A multidão riu, e com meus olhos, agora molhados, virei-me para meu tio Darren.

Ele sorriu para mim com carinho, acenando com a cabeça, encorajando-me a ouvir.

"O dia em que você nasceu foi o dia mais feliz da minha vida. Nunca pensei que teria algo tão precioso que foi feito por mim. Claro, tinha a mão de sua mãe, também. No entanto, eu sabia que, no momento em que você nasceu, você seria minha menina. Eu te ensinaria tudo o que você precisaria saber para ter sucesso na vida. Moldá-la-ia para ser uma pessoa perfeita que iria fazer algum homem extremamente feliz um dia.”

“E eu fiz. E sei que o homem que está seu lado está extremamente feliz. Na verdade, se ele tem qualquer cérebro em sua cabeça, está agradecendo ao bom Deus o que lhe foi dado."

Os braços de Foster me apertaram com força. "Ele tem razão. Estou fodidamente extasiado por ter você. E sempre estarei."

"A partir desse dia, você será para sempre desse homem. Haverá dias em que vocês lutarão. Dias em que vocês não poderão suportar a visão um do outro. No entanto, vocês esquecerão, porque vocês se amam. Vocês terão uma briga, e a próxima coisa que você sabe, é que estarão cozinhando o jantar juntos e nenhum de vocês vai se lembrar porquê estavam brigando a vinte minutos atrás.

Uma palavra de conselho ao meu genro, ela vai trazer coisas que aconteceram um ano e meio atrás, em uma briga sobre o que você quer para o jantar. Isso vai acontecer. Confie em mim. Blake é uma merda quando está de mau humor. Mas fique com ela. Ela vale a pena."

Eu sorri, enxugando as lágrimas dos meus olhos, grata por ter usado um rímel impermeável.

"Para minha Blake, espero que você perceba o quanto você significou para mim. Quanto lamento não estar aí para levá-la até o altar. Para te entregar ao homem que sei que cuidará de você pelo o resto de sua vida.

Você é a batida do meu coração, e estou tão orgulhoso de você.

Eu te amo com todo o meu coração, e sempre estarei cuidando de você.

Papai."

Eu soluçava muito quando virei meu rosto no peito de Foster, lamentando mais uma vez pelo homem que perdi, com todo meu coração.

"O padre disse 'merda’," Foster disse em meu cabelo.

Sorri em seu peito antes de inclinar-me para trás e olhar para o homem com quem estava prestes a me casar.

Eu sabia uma coisa com certeza, que eu era uma mulher feliz.

Estava me casando com o homem dos meus sonhos. Estava grávida de seu bebê. Tínhamos uma casa que era bonita, e nós dois tínhamos empregos que amávamos.

Não havia mais nada que eu poderia pedir.


*****


6 meses depois


FOSTER


Entrei no quarto, cansado como o inferno depois de um turno que durou de oito horas para doze.

Eu estava me dirigindo para uma chamada quando o Pager que era forçado a levar em qualquer lugar para convocação da SWAT apitou.

Agora, depois de uma chamada de negociação de reféns que durou quatro horas, eu estava finalmente em casa com a minha família.

Eu não tinha certeza se elas estariam acordadas ou não. A agenda de Beckham ainda era bastante irregular.

Aos dois meses de idade, ela ainda acordava a cada três ou quatro horas como para comer... e isso se ela resolvesse dormir depois

Encontrei minhas duas meninas assistindo TV.

Bem ... Beckham estava em seu balanço, enquanto olhava para a TV.

Blake estava deitada de costas no sofá, o braço levantado sobre a cabeça enquanto dormia.

Ela estava linda, mesmo que ainda estivesse usando as roupas de ontem, e ostentando um mancha branca gigante no peito do que assumir ser baba.

Beckham balbuciou enquanto eu caminhava até ela.

Desligando o botão para parar o balanço, peguei-a e a embalei em meu peito.

Ela cheirava a loção de bebê. A da garrafa roxa que deveria ajudá-la a dormir. No entanto aqui estava a menina, a 01:35 da manhã. Ainda bem acordada enquanto sua mãe dormia no sofá.

Não que eu culpasse Blake.

Ela fazia um excelente trabalho cuidando de Beckham.

Pior ainda, ela voltou a trabalhar esta semana e estava exausta. E foi por isso que percebi a baba vazando pelo canto da sua boca.

Beckham e eu fomos para o quarto dela, onde eu a troquei, li uma história, e a deitei na sua cama.

Ela só ia para sua cama quando eu estava lá para colocá-la nela.

Era a garotinha do papai com certeza.

Ligando o abajur que projetava estrelas no teto do quarto enquanto girava, desliguei a luz e fechei a porta silenciosamente.

Então voltei para a minha outra menina, encontrando-a na mesma posição.

Sorrindo, comecei a tirar minhas coisas, primeiro a arma, depois o distintivo e por último o colete de Kevlar.

Depois minhas botas, calças e a camisa.

Tudo foi empilhado no chão, mas deixei lá para pegar mais tarde.

Meu próximo passo foi me curvar e pegar Blake em meus braços.

Ela estava apenas um pouco mais pesada do que antes, mas para mim, ela ainda era perfeita.

Se posso falar alguma coisa, ela era ainda mais sexy agora, um pouco mais cheinha na bunda e nas coxas.

Seus seios eram maiores, também.

Excepcionalmente.

Isso graças à amamentação. Que era algo muito sério para mim, mas eu nunca admitiria isso.

"Ei," Blake disse sonolenta, virando o rosto no meu peito para beijá-lo. "Senti sua falta."

Sorri enquanto caminhava para o quarto, suspirando quando vi que a cama estava cheia de roupas dobradas.

"Também senti sua falta. Coloquei Beckham na cama," falei a ela antes que tivesse a chance de fazer a pergunta que podia ver em seus olhos.

Colocando-a do meu lado, fui para o lado oposto e fiz uma grande pilha com as roupas, pegando-as em meus braços antes de depositá-las sobre a cômoda.

Aquelas que iríamos arrumar mais tarde, também.

"Como foi o trabalho?" Ela perguntou baixinho quando me sentei na cama e comecei a tirar a minha prótese.

Olhei para ela e vi que tinha se virado para mim, com os olhos pesados de sono.

“Longa. O homem responsável pela chamada que recebemos segurou a mulher refém com uma arma BB. Passamos quatro horas lá porque não havia nenhuma maneira de entrar sem colocar a mulher em perigo. Em seguida, descobrirmos que a arma que tinha sido temida toda a noite era falsa, foi um grande golpe. Desnecessário dizer que não estávamos felizes. Nico perdeu seu jantar de aniversário," falei, colocando tudo no chão antes de cair na cama ao lado dela.

Blake se mexeu no momento em que deitei na cama, se enroscando em meu corpo.

“Fico feliz em saber que foi uma chamada estúpida, se é que foi uma chamada. São os maus que fazem meu coração assustado", ela sussurrou, a voz pesada de sono.

"Sinto muito," eu disse honestamente. "Não queria preocupá-la."

Ela bateu na minha barriga levemente duas vezes em resposta antes de adormecer em mim mais uma vez.

E mais uma vez, fiquei me sentindo tão cheio que mal podia suportar. Cheio de amor por minha esposa. Por minha filha. Por tudo.

Não havia uma única coisa que eu mudaria.

Nada.


*****


3 anos depois


BLAKE


"Mãe," uma voz insistente disse urgentemente. "Eu tenho que fazer xixi!"

Suspirei, fechando os olhos enquanto rezava para que minha filha esquecesse que ela tinha que fazer xixi apenas por mais três minutos enquanto esperávamos que Foster chegasse.

Hoje era o aniversário de trinta e quatro anos de Foster, e eu tinha planejado uma festa incrível.

Neste momento, estávamos esperando que meu tio trouxesse Foster com ele.

Minha filha, no entanto, pensava diferente.

"Vou fazer xixi no tapete do papai, e você sabe como ele não gosta disso," Beckham me repreendeu.

Risadas de outros homens e mulheres na sala me cercaram na escuridão, e tive que reprimir a vontade de rir com o ridículo de tudo.

"Tudo bem," eu disse, pegando a mão de Beckham na minha própria.

"Se você não for ao banheiro, irei bater na sua pequena bunda."

Um risadinha soou no sala, tenho certeza que de alguém achando engraçado o que falei. A ironia de tudo isso era surpreendente.

Foster era a pior pessoa do mundo quando se tratava de castigar, e geralmente era eu que fazia tudo... o que não acontecia com tanta frequência.

Eu odiava quando Beckham chorava, ela tinha o coração mais suave e sensível do mundo. Era difícil para qualquer um repreendê-la, muito menos bater.

"Mamãe," ela disse suavemente. "Eu não consigo ver."

Suspirei e comecei a procurar meu telefone, mas Luke, que estava sentado ao meu lado, abriu o isqueiro e ligou.

Que foi seguido pelo resto dos homens na sala, incluindo o meu avô.

"Obrigada," murmurei.

"Não tem problema, meu bem," disse vovô.

Sorri interiormente, puxando Beckham atrás de mim enquanto caminhávamos para o banheiro, onde era inevitável que perderíamos a entrada de Foster.

"Tudo bem, querida. Apresse-se para não perder o papai," falei apressadamente.

Ela me deu um olhar que dizia claramente ‘não me apresse.’

O mesmo olhar que seu pai usava com bastante frequência.

"Vire-se," disse ela.

Suspirando, sabendo que ela nunca faria se eu não virasse, fiz isso.

Finalmente ela fez, e estava puxando as calças para cima quando decidiu que talvez ela não tivesse terminado completamente.

Bati minha cabeça na porta com um baque suave, sabendo que não faríamos isso a tempo de surpreender Foster.

"Estou fazendo cocô!" Ela cantou, como sempre fazia.

Minha cabeça bateu na porta novamente com uma batida suave.

"Mamãe, você não pode dizer que você é gorda na parte de trás."

Batida.

"E você tem algo colado na sua bunda."

Batida.

"Ele ainda está aí."

Batida.

"Mamãe."

Coloquei minha mão para trás e procurei, imediatamente encontrando o adesivo que disse a Beckham para não brincar, preso na bochecha da minha bunda.

Tirando-o fora, atirei-o nas imediações do lixo, e dei outra cabeçada na porta com um pouco mais de força.

Eu realmente não deveria estar surpresa. Beckham tinha um jeito de fazer as coisas mais simples, muitas vezes difíceis, desafiadoras e demoradas.

Ela era como seu pai, depois de tudo.

“Já acabei," Beckham anunciou em voz alta.

Deu descarga, lavou as mãos, secou-as na toalha pendurada ao lado da pia, e veio para o meu lado. Segurando minha mão, ela disse, "Podemos voltar lá agora."

“Você percebe, que o seu pai provavelmente já está aqui?" Perguntei a minha pequena mini-eu.

Ela franziu o nariz, como se a ideia de que uma festa começaria sem ela, era um conceito estranho que não conseguia entender.

Suspirando, abri a porta.

Extremamente desapontada por encontrar Foster parado lá.

Seu braço encostado na porta acima da cabeça, olhos voltados para mim.

Eu sorri. "Olá."

"Papai! Eu fiz cocô! "Beckham anunciou em voz alta, como só uma criança de três anos poderia fazer.

"Eu ouvi!" Ele riu, parecendo jovial.

Quando saímos do banheiro, ele se inclinou, pegando Beckham em seus braços.

Fiquei espantada, mais uma vez, pela semelhança entre os dois.

Era inevitável Beckham ter cabelo loiro, pois tanto eu como Foster temos.

Mas os cachos ... ela pegou todos do pai dela.

Eles eram pequenos e perfeitos, assim como os dele. E não ficavam arrepiados quando estavam sob o ar úmido do Texas.

Os olhos eram iguais aos meus, no entanto.

"Obrigado," disse Foster, tirando minha atenção do rosto de Beckham para o dele.

Sorri, depois dei de ombros. "Isso é a vida."

Ele sorriu, estendendo a mão para mim.

Apoiei-me em seu braço enquanto caminhávamos, enterrando meu rosto em seu peito musculoso, inalando a mistura de algodão quente e aroma fresco em suas roupas.

"Você não é gorda de qualquer lado," ele disse, me fazendo rir. "E ninguém viu o adesivo em sua bunda. Prometo."

Eu sorri, levantando minha cabeça para que eu pudesse olhar em seus olhos. "Eu te amo, Foster, meu doce amor."

Ele bufou e me guiou de volta para a sala onde a festa estava agora em pleno andamento.

Nossa família toda estava lá.

E era grande.

Toda a família de Foster, assim como a minha. Depois, as famílias dos homens da equipe SWAT de Foster, bem como alguns de seus amigos de sua época na Marinha.

Nossa casa estava cheia de pessoas que amavam Foster.

"Papai, mamãe disse que Louis tem seis semanas de idade hoje," disse Beckham a Foster quando voltávamos à festa.

Os olhos de Foster se iluminaram, e ele se virou para mim com um sorriso. "Sério, hoje? Não percebi que ele fazia seis semanas de vida hoje."

Corei sob o olhar quente de Foster.

Hoje faziam exatamente seis semanas que tive o nosso filho, Louis.

Louis era o oposto de Beckham.

Onde Beckham nasceu em uma cesariana, Louis nasceu de parto natural.

Onde Beckham teve cólica e não queria nada comigo se Foster estivesse por perto, Louis era o garotinho da mamãe.

"Então, dá o presente de aniversário do papai, mamãe?" Foster sussurrou em meu ouvido.

Um sorriso dividiu meu rosto enquanto eu olhava para ele com todo o amor e adoração que sentia por ele refletindo em meus olhos. "Se é isso que você quer, vou dar a você."

Antes que ele pudesse responder, um latido do andar de cima o fez suspirar e entregar Beckham para mim.

"Vou busca-lo," disse ele.

Assenti, levando Beckham para os avós, Micah e Sloan.

“Vocês se importam em ficar um pouco com ela enquanto vou buscar comida?" Perguntei.

Micah foi logo pegando a neta. "Claro. Assim, Beckham pode me mostrar como trabalhar em meu telefone novo. Soa bem, abóbora?"

Revirei os olhos.

Eles estragavam meus filhos.

A razão pela qual ele teve que comprar um novo telefone foi porque tinha dado o seu antigo para Beckham.

Tentei recusar, mas eles insistiram e eu, é claro, não consegui tirar o telefone de Beckham quando ela claramente queria tanto isso.

Tanto faz.

Ela o perderia dentro de um mês de qualquer maneira.

No caminho para a cozinha, passei por Luke, que estava ocupado alimentando Boris com um biscoito.

"Cuidado com os dedos," eu disse, rindo.

Ele bufou. "Aprendi a lição da primeira vez, confie em mim."

Certamente ele aprendeu.

Quase todos fizeram.

Nunca falhava quando eles enfiavam os dedos na gaiola para tocar Boris, e ele se virava e os bicava. Então ele ria, o pequeno bastardo.

Tivemos que trazer uma nova gaiola, que ficasse mais alta para que nenhum dedinho pudesse ficar acidentalmente presos nas barras.

Eu gostava de Boris, mas Deus o ajude se ele machucar um dos bebês de Foster.

"Oh!" Eu disse quando entrei na cozinha. "Obrigada garotas!"

Mercy, Reese, Geórgia, Memphis, e Viddy estavam todas na cozinha arrumando a comida quando cheguei. Fazendo a mesma coisa que fui lá para fazer.

"Nós achamos que você não se importaria com ajuda. As lagostas estão prontas, também. Sua tia resolveu isso antes de ir para a festa," Memphis disse, apontando para as lagostas cozidas dispostas ao longo de todo o balcão.

"Woo!" Eu disse, batendo palmas. "Odeio fazer isso! No entanto, Foster pede por elas todos os anos em seu aniversário, e não consigo descobrir o porquê."

"Porque gosto do jeito que você reclama quando você as cozinha," Foster disse, beijando minha nuca.

Virei-me e sorri para ele. "Você é horrível, você sabe disso?"

Ele piscou.

"Onde está Louis?" Perguntei, percebendo que ele não estava com meu filho que Molder se recusou a deixar sozinho.

Na verdade, Louis e Beckham teriam sempre a proteção de Molder.

Ele amava as crianças, e os tratava como se fossem seus próprios filhotes.

Ele nos avisava quando eles estavam acordados. Deixava-nos saber quando estavam doentes.

"Senhoras," disse Foster, agarrando minha mão e me puxando para o escritório que foi construído fora da cozinha. "Se vocês nos derem licença por alguns minutos."

Assustada, olhei para trás, para os rostos conhecidos.

"Foster!" Reclamei. "O que você está fazendo?"

Ele fechou a porta e trancou-a atrás de si antes de desabotoar as calças, enquanto me empurrava para o sofá no meio da sala.

Ele sorriu quando minhas pernas encontraram o encosto do sofá, e depois soltou uma risada com o meu olhar frenético para ele.

"O que há de errado, querida?" Ele brincou.

Balancei minha cabeça. "Nós não estamos fazendo isso aqui. Não com tantas pessoas em nossa casa."

Ele sorriu. "Ah, sim?"

Quando ele beijou a base do meu pescoço, e fez cócegas com sua barba ao longo da pele sensível, perdi a capacidade de usar palavras complexas.

"Sim," ofeguei, quando ele começou a chupar o lóbulo da minha orelha.

"Não vejo você dizendo não," ele observou, quando começou a levantar minha blusa e o sutiã sobre a minha cabeça.

"Mmmm," eu disse, pensamentos concentrados em como me sentia com suas mãos correndo sobre meus seios.

Ele riu baixinho. "Então você me quer? Aqui? Agora?"

"Mmmm," falei novamente quando ele puxou um mamilo em sua boca e começou a chupar levemente.

Ofeguei, os quadris empurrando em resposta.

"Foda-me," ordenei.

Sua resposta foi me virar, levantar a minha saia, e dobrar-me sobre o sofá.

Com seu pênis alinhado na minha entrada, ele empurrou para dentro com um rosnado baixo.

"Foi o que pensei."

 

 

 

 

 

 

 

 

EM BREVE


Kill Shot


3 de setembro de 2015


Capítulo 1

Irmãos e irmãs podem lutar como se se odiássem, mas eles terão sempre um ao outro. Para ver seu rosto se você disse algo sobre um na audiência do outro.

–Anote

Bennett


"Não posso acreditar que aquele estúpido marcou meu rosto!" Murmuro, me olhando no espelho da sala de exame.

"Seu rosto era muito bonito. Você precisa superar isso,” minha irmã disse, distraidamente, sem sequer se preocupar em olhar para cima da sua revista. Virei-me e olhei para a garota maluca.

"Por que está aqui? Como soube que eu estava aqui tão rápido?" Perguntei com aborrecimento.

Adorava minha irmã mais velha e tudo, mas ela realmente era uma cabeça de merda.

Nós lutamos como cães e gatos, mesmo agora, com os dois bem acima da idade de dezoito anos.

Payton tinha quase trinta e dois, e eu acabei de fazer vinte e cinco. E eu ainda não podia contar o número de vezes que temos atritos a cada semana.

Uma coisa que irrita os nossos pais e Max, marido de Payton, bastante.

Então, novamente, nos divertiamos que não gostassem, provavelmente por que fazemos isso muitas vezes.

"Ei, que tal não fazer isso agora?" Falou Nico, sempre a voz da razão.

Nico era o que eu chamaria de meu melhor amigo, mesmo que às vezes era um pouco retraído.

Ele estava na equipe da SWAT comigo, a razão pela qual eu tinha me juntado a equipe. Estava na equipe por três anos e eu gostava, na maioria das vezes.

Hoje, no entanto, não era um daqueles dias. Hoje foi uma merda total que gostaria de esquecer se possível.

Agora eu tinha arranhões que começavam abaixo da minha orelha e desciam até meu pescoço e clavícula.

"Você provavelmente vai ter raiva, e eles vão ter que colocá-lo como o cão sujo que você é," minha irmã disse amavelmente.

Joguei a compressa sangrenta que estava usando, para conter o fluxo de sangue escorrendo dos cortes para ela, que caiu no meio de seus seios.

"Bennett, seu safado, desgraçado!" Ela sussurrou. Eu maldosamente sorri para ela.

"O que você estava dizendo?"

Ela me mostrou o dedo, pegou o pano pela parte mais limpa entre os dedos e atirou-o para a lixeira.

Só que ela perdeu e ele caiu no pé da enfermeira que tinha acabado de entrar pela porta.

"Hmm," disse a enfermeira, levantando o pé dela e chutando-o em direção ao lixo. "Boa tentativa, pelo menos."

Olhei, mas não disse nada.

A mulher era bonita. O cabelo era castanho ondulado longo e estava preso em um rabo de cavalo alto na cabeça. As mechas loiras no cabelo, assim como a maquiagem e as jóias, praticamente gritavam 'alta manutenção.'

"Qual de vocês é Bennett Alvarez?" Ela perguntou, analisando o local.

Realmente era difícil de saber, eu tinha certeza. Havia cinco pessoas enfiadas no quarto minúsculo, e eu era o único em pé.

Eu estava bastante certo de que ela dificilmente descobriria quem era deveria cuidar, especialmente por que a parte riscada do meu rosto não estava visívil a ela.

“Seria eu," falei, chamando a atenção dela e de toda a força de seu olhar.

Senti como se ela pudesse ver através de mim. Era quase como se ela tivesse me deixado nu nos dez segundos que demorou me olhando.

Então ela ofereceu a mão para mim enquanto caminhava mais perto. "Meu nome é Jane Lennox. Vou costurar você hoje,” ela se apresentou.

Tomei sua mãozinha na minha e balancei duas vezes, para cima e para baixo, antes de soltá-la como se tivesse me queimado. Choque elétrico passou por minha mão no momento em que nossa pele tocou e nossos olhos se arregalaram.

"Você é uma médica?" Perguntei.

Ela balançou a cabeça. "Não, sou um PA, ou médica assistente. Está tudo bem?"

Concordei com a cabeça. "Sim."

Ela tinha idade suficiente para ser o que era? Ela parecia ter vinte e dois no máximo. Essa merda não leva muito tempo para ser concluída?

Ela acenou com a cabeça e então apontou para a cama com a mão.

"Sente-se e deixe-me ver o que está acontecendo." Minha irmã não se preocupou em se mover, por isso, sentei-me sobre ela.

"Puta que pariu Bennett, seu gordo filho da puta," ela rosnou, empurrando minhas costas com os joelhos tentando se libertar.

Os olhos do Lennox estreitaram em Payton. "Se você saísse da cama, então ele não sentaria em você."

Payton estreitou os olhos em Lennox, mas, no entanto, afastou-se da cama e foi para o marido.

Max puxou-a para o colo e prontamente cobriu sua boca com a mão quando ela fez um movimento de dizer alguma coisa.

Quando voltei a olhar para a coisa doce na minha frente, fiquei surpreso ao vê- estudando minhas mãos, e não o meu rosto.

Olhei para baixo, surpreso que ela tinha visto isso antes dos sangrentos arranhões no meu rosto.

"Seus dedos podem precisar de um tratamento dermatológico, mas fora isso, eles ficarão bem. Abra e feche a mão para mim,” ela pediu, colocando sua mãozinha na minha.

"Bom, aperta." Fiquei incerto se ela queria que realmente apertasse ou mostrar-lhe que podia. Apenas mostrei que podia para que eu não esmagasse as mãos dela. Ela parecia uma chorona.

"Excelente, não vejo nada que de errado. Seu rosto, porém, provavelmente vai precisar de alguns pontos. Assim que as enfermeiras os limparem, virei e darei uma olhada, tudo bem?" Ela perguntou, me olhando nos olhos.

Concordei, tentando descobrir o que havia de tão diferente nela. Tão intrigante.

Ela não me deu muito tempo para olhar, no entanto. Saiu do quarto sem olhar para trás, e a sala ficou em silêncio por um minuto enquanto todos processavam o que estavam pensando.

“Você também acha que ela se parece com àquela garota do House?" Payton sussurrou para o marido.

House, o programa de TV.

Payton era obcecada com esse show e o ator principal do show, House.

Eu gostava e tudo, mas eu estava mais para programas de ação. Não aqueles que me obrigavam a pensar na verdade. Quando eu assistia TV, era para relaxar, não para tentar descobrir quem matou quem, ou o que tinha acontecido.

"Tão certo como a porra. Estranhamente,” Max respondeu em sua voz grave.

"Qual é o nome dela mesmo?" Payton perguntou.

"Olivia Wilde," disse Michael, não se preocupando em olhar para cima de seu telefone.

"Por que estão aqui?" Perguntei, olhando ao redor.

Antes que pudessem responder, uma enfermeira mais velha entrou, tagarelando sobre a necessidade de me limpar para 'Nox'.

Nox. Era um apelido estranho. Não importa, embora. Pareceu-lhe caber. Ela era baixa. Provavelmente a mesma altura de Payton, que não tinha sequer 1,52m.

Era um nome corajoso, para uma pequena mulher duende.

"Tudo bem, meu rapaz. Isto vai doer um pouco. Tente não se mexer, no entanto,” a enfermeira instruía.


***

Lennox

"Puta que pariu! Isso não é uma picada. Queima como um filho da puta!" O grande homem na sala três rugiu.

Cobri minha boca e corajosamente tentei não rir. Eu não conseguiria, no entanto, se os olhares que estava recebendo dos médicos e enfermeiros fosse qualquer coisa perto.

"Tsk-tsk, fazendo o cara da SWAT gritar assim, Lennox,” Paxton, o outro PA e meu melhor amigo brincou.

Mantive minhas mãos. "Não fui eu que o feri!"

“Não, mas foi você que pediu a Donna para entrar lá. Você sabe como ela é com homens grandes. Sempre os trata mal porque lembram seu ex-marido,” disse Paxton, levantando a sobrancelha para mim.

Mostrei minha língua para ele.

"Sim, acho que fiz isso, não foi?" Eu ri assumidamente.

"Ei, você ouviu porque ele está aqui?" Melissa, uma enfermeira, falou.

Neguei com a cabeça. "Não, por quê?" Melissa era mulher que sabia tudo. Era casada com um bombeiro que estava no corpo de bombeiros local. Ela sabia muita coisa que acontecia antes da maioria.

"Uma louca tentou assaltar a lanchonete que eles estavam tendo sua reunião semanal da SWAT. Bennett, aquele homem ali, tentou impedi-la. Exceto que ela fez merda, então ele a pegou e tentou algemá-la,” explicou Melissa.

Minhas sobrancelhas levantaram.

“Que tipo de idiota iria assaltar um restaurante e não olhar para ver quem estava dentro primeiro?"

"Um estúpido," disse Melissa, gesticulando em direção a dois quartos que estavam sendo guardados por dois policiais uniformizados.

"Oh, ela está aqui?" Sussurrei interessada.

Melissa acenou com a cabeça. "Sim."

"Ela é minha," disse, levantando-me, agarrando a cadeira e me movimentando em torno das enfermeiras.

"Não é não. Ela é minha!" Paxton disse, mas eu já estava indo para o quarto antes que ele pudesse me parar.

Passando os dois oficiais com um aceno de cabeça, entrei no quarto.

A mulher que foi algemada à cama não ficou ferida.

Era mais do que óbvio. Porque se ela estivesse machucada ela não estaria dormindo profundamente.

Ela estaria sofrendo. O que ela definitivamente não estava.

“Sra. Bonillo?" Anunciei em voz alta, assustando a mulher.

Os olhos dela, que tinha enormes círculos pretos sob eles, aumentaram em raiva e então imediatamente esmaeceram, fingindo dor.

"Oh, minhas costas!" Ela chorou em voz alta.

Ignorei o falso choro, folheei o gráfico e balancei minha cabeça com o que eu vi. Passageira frequente de analgésicos. Verifiquei, surpreendente.

"Você pode me dizer como essa dor é, Sra. Bonillo?" Perguntei-lhe, indo para o balcão e inclinando minha bunda contra ele.

Ela pensou sobre isso por um momento, provavelmente tentando descobrir a melhor maneira de dizer e que iria puxar minha simpatia.

"Hum, pontadas no alto das costas," ela mentiu.

"Uh," eu disse, rabiscando corações sobre as notas da página no quadro. "E é constante ou intermitente?"

“Constante. Vai embora, mas volta. Por pouco tempo, nunca vai embora", disse ela, colocando um pequeno gemido em sua voz.

Assenti com a cabeça e rabisquei, 'Não sei o que significa intermitente', nas notas.

"Tudo bem", concordei. "Bem, Sra. Bonillo, lamento ter que dizer isto, mas você vai ter que entrar em contato com o PCP, seu fornecedor de cuidados de saúde primários e explicar-lhe esta dor nas costas. Infelizmente, a lesão que está proclamando ter não indica uma necessidade de remédios. Dou-lhe uma dose de Tylenol, no entanto."

"Tylenol? Você está brincando comigo? Tylenol não vai tirar a dor que sinto!" Ela gritou, curvando-se para fora da cama tentando me chutar.

Pulei fora do caminho dela, movendo-me para o lado da sala e vendo-a sofrer com as algemas que estavam anexadas no corrimão de metal.

"Sra. Bonillo, você vai precisa se acalmar, ou você vai se machucar," falei de modo tranquilizante.

Que não fez nada para acalmá-la e só serviu para aumentar seu aborrecimento comigo.

Então, com uma grande força, ela puxou tanto que o colchão inteiro e a maca em que estava deitada, capotaram deixando-a no chão como um saco de batatas.

"Ahhhhh!" Ela gritou, quando os policiais entraram pela porta.

"Senhora"? O primeiro oficial disse.

"Você se acalmará e nos permitir levantá-la?" Mas, de repente, a mulher e seu volume maciço estava livre, e ela começou a enlouquecer pra caralho.

Ambas as algemas estavam fora de suas mãos, essas parecendo muito deformadas, e ela estava batendo em qualquer um que estivesse próximo dela.

"Charlie Brown"! Gritei alto recuando. Para bater em uma parede dura de músculo. Girando ao redor, olhei, e subindo um pouco mais, cheguei nos mesmos olhos castanhos que me deram arrepios mais cedo.

"Seria melhor você esperar lá fora," o homem, Bennett, murmurou baixinho passando por mim e entrando na briga.

Então havia um maldito muro de homens! E não eram pequenos homens esses.

O quarto não me parecia pequeno quando a mulher avançou em mim, mas depois que apareceu a equipe da SWAT, de repente me senti minúscula.

De onde tinham vindo todos eles? Sei que só tinha visto dois homens da equipe da SWAT no quarto com Bennett. Agora, havia pelo menos seis deles, mas não consegui uma contagem total, porque me encontrei do lado de fora do quarto olhando um Paxton chocado.

"Hum," disse ele, olhando para os homens doces.

É isso o que eles eram. Doces homens. Tão sexy cada um deles.

Mesmo Bennett, com o rosto arranhado era sexy.

“Vocês nunca me apanharão viva!" Sra. Bonillo gritou. "Quero o meu advogado!"

O grito alto foi ouvido sobre os grunhidos de exaustão e o som de corpos em cima de corpos.

"O que deu no PCP"? Paxton perguntou curiosamente.

Olhei para o gráfico, que estava segurando e fiz uma careta.

"Positivo para heroína." Foda-se. Estive tão ocupada olhando para o histórico da mulher que não tinha me incomodado de olhar para os testes de sangue atuais.

“Algemem a puta!" Uma alta demanda masculina soou na parte inferior da pilha.

A mulher literalmente tinha sete homens em cima dela e ainda estava lutando!

Melissa veio parar ao meu lado e apreciou o show por alguns momentos antes de estender um frasco de vidro transparente e uma seringa.

"Toma," ela disse distraidamente um pouco depois. Ela ofereceu as coisas nas mãos dela, mas sempre com os olhos na cena.

Tirarando-lhe das mãos, verifico a data e a droga, retiro a medicação e então começo a entrar no quarto.

"Muito bem, rapazes," eu disse com autoridade. "Alguém me dê alguma bunda."

A camisa do de cima tinha se soltado, descobrindo uma cintura muito musculosa coberta de tatuagens.

Ainda não era o tipo de bunda que eu estava procurando.

"Você pode ter meu rabo a qualquer momento," soou uma voz tensa da parte inferior da pilha novamente.

Eu ri. "Sim, vou aceitar essa oferta... mais tarde."

Então contornei o amontoado, fiquei de joelhos próxima ao rosto de um homem com um chapéu preto e comecei a empurrar os corpos para o lado até que consegui uma parte do corpo da mulher. Sorte minha, a primeira coisa que vi foi a coxa, que funcionava muito bem para mim.

"Saúde," declarei, em seguida, furei-a com a agulha. Então ela começou a pular igual batata quente, fazendo com que os homens sobre ela se mexessem também.

Com um pensamento rápido e memória muscular treinada, coloquei a tampa de segurança da agulha e atirei-a para o canto do quarto, na hora certa.

A cabeça que estava quase entre as minhas pernas oficialmente se tornou familiarizada com minhas partes íntimas, e saí voando do topo do monte.

Soltei uma risada durante o voo quando aterrisei, rolando até que eu estava em minha bunda perto da porta.

Paxton estava rindo quando me colocou de pé.

"Jesus, você acha coisas estranhas divertidas," Paxton revirou os olhos.

Pisquei para ele... E vi as últimas lutas da mulher quando o Narcan que tinha lhe injetado... Começou a trabalhar. Então ela lutou até... Desistir.

Ela estava tão imóvel, aliás, que os homens em cima dela não confiaram.

Eu no entanto, sim. "Já podem se levantar," gritei alto. "Ela apagou."

"Como você sabe?" Um deles perguntou cautelosamente.

“Porque eu a derrubei com Narcan. Ela está sóbria como uma filha da pu... Hum, freira, alterei.

Cautelosamente, saíram, um a um, até que todos estavam olhando para a mulher no chão.

“Por que são sempre aqueles mais fortes que sempre lutam? Jesus, a todo momento!" O que parecia ser o mais velho do grupo rosnou, puxando sua camisa para baixo e colocando-a de volta dentro das calças.

"Porque eles são idiotas sem consideração, chefe. Sempre pronto para te pegar,” uma cabeça vermelha, brincou enquanto ele, também, arrumava a camisa.

Bennett, porém, era o que mantinha os olhos em mim, parado, me observando como se eu fosse uma lunática, maluca.

“Você percebe que é muito pequena e tem um quarto do tamanho dessa mulher, certo?" Bennett falou, gesticulando com um dedo para a mulher deitada no chão.

Olhei para trás, verificando para ver se ele estava falando com a pessoa nas minhas costas, no entanto, não vi ninguém lá.

"Você está gritando comigo?" Perguntei inocentemente.

Ele estreitou os olhos. “Sim, Mizz Jane, claro que estou. Isso foi incrivelmente estúpido."

Pisquei, surpresa que ele tivesse realmente dito que sim.

Que raiva!

Eu era uma mulher crescida! Se eu quisesse arrastar com os homens, com certeza poderia! Eu posso fazer tudo que um homem pode fazer... Dentro da razão.

"Sim, que seja," eu disse, girando para sair da sala. “Ela é toda sua, Paxton. Sr. Alvarez, vamos te costurar, então pode ir para casa.”

Não esperei ele seguir-me, em vez disso, fui para a estação de enfermagem e descartei a seringa que eu tinha acabado de dar na mulher burra que provavelmente ia estar extremamente dolorida pela manhã.

"Acho que você deixou o grande homem preocupado," Melissa riu levemente quando passou por mim.

“Sim, eu entendo. Sua responsabilidade, não sou eu. Esse é meu trabalho,” suspirei.

Estive lá, fiz isso. Eu tive um namorado controlador. E meu ex, no departamento de preocupação se assemelhava a um Bennett Alvarez.

Não, obrigada. Não me importa quanto quente ele era!!

 

 

                                                    Lani Lynn Vale         

 

 

 

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