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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


CONSEQUENCES / Aleatha Romig
CONSEQUENCES / Aleatha Romig

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Toda ação tem consequências.
Acordando em um quarto desconhecido em uma luxuosa mansão, Claire Nichols fica apavorada ao descobrir que um encontro casual a levou para as mãos cruéis de seu sequestrador, Anthony Rawlings. Claire não entende por que ela está lá, mas ele foi muito claro, ela é agora a sua aquisição e cada ação tem consequências.
Aprenda as regras para sobreviver.
Enfrentando circunstâncias incompreensíveis, Claire precisa aprender a sobreviver à sua nova realidade, cada aspecto de sua vida depende do magnata alto, de olhos escuros, que é um verdadeiro mestre do engano. Impulsionado por demônios desconhecidos, ele não tem tolerância para imperfeição, em qualquer aspecto de sua vida, incluindo sua recente aquisição. Anthony pode parecer para o mundo como um belo, empresário benevolente, mas na realidade, Claire sabe em primeira mão que ele é um captor controlador e ameaçador, com regras muito estritas: faça como é dito, o fracasso público não é uma opção, e as aparências são de extrema importância.
Cativar o captor.
Para encaixar as peças do quebra-cabeça, Claire deve seguir suas regras. Será que seu plano irá funcionar ou Anthony se tornará encantado pela beleza, resistênciae determinação de Claire, mudando o jogo para sempre? Se isso acontecer, qualquer um deles vai sobreviver às consequências?
Não é o mais forte da espécie que sobrevive,não o mais inteligente que sobrevive.
É o que é o mais adaptável a mudanças.
- Charles Darwin

 

 

 

 

Capítulo Um
O desvanecer na consciência acontece lentamente, como o derretimento do gelo. A água ainda está presente. Isso só muda de forma. A mente de Claire não poderia processar
a totalidade de suas circunstâncias. Ela sabia que estava despertando. Ela sentiu o calor de lençóis macios e um edredom grosso contra sua pele, mas se sentia mal.
Onde ela estava?
De repente, o gelo estava líquido, e suas veias se encheram com o fluido de condensação fria. Seus batimentos cardíacos se intensificaram enquanto o pobre músculo
tentava bombear a solução viscosa. A picada em suas pálpebras inchadas trouxe de volta as memórias de sua chegada a este lugar. Ela se esforçou para ouvir, mas não
escutou nada. O único som que pôde registrar foi o incessante toque dentro de seus ouvidos. Mais com curiosidade do que coragem, ela cautelosamente abriu os olhos.
Olhando ao redor do quarto, ela descobriu que estava de fato sozinha. Um alívio momentâneo fez seu peito se contrair e um suspiro escapar de seus lábios.
Sob outras circunstancias, ela poderia aproveitar a suavidade incrível dos lençóis de seda ou a grandiosidade da cama King-size. Hoje, porém, apesar do casulo morno,
seu corpo tremia enquanto a névoa que estava em sua mente se dissipava. As memórias da última noite começam a surgir através das profundezas de seu inconsciente.
Talvez fosse um pesadelo. Ela tentou convencer a si mesma de que isso não é real.
Mas se isso não é real, como é que ela chegou aqui? E onde é aqui?
Janelas enormes cobertas por cortinas douradas permitiam o suficiente de luz solar para ajustar os olhos. Pela primeira vez desde sua chegada, ela realmente olhou
ao redor. Ela viu as quatro colunas esculpidas da cama, elas eram refinadas. Olhando para o outro lado, o quarto era exatamente assim. Era o quarto mais sedutor,
enorme e luxuoso do que qualquer outro que ela já tinha visto. Este quarto se parecia com o céu, mas ela sabia que isto era o inferno.
Mais uma vez, ela ouviu - nada. Os únicos sons são os das memórias em sua mente. Ela se ouviu gritar até que sua garganta estivesse em carne viva, bateu na porta
até que seus punhos doessem. Ninguém ouviu, ou se ouviu não se importava. Este belo quarto era sua prisão.
Lentamente, ela tentou se sentar. O ato em si causava desconforto, mais evidencias de que a noite passada foi real. Mexendo-se lentamente, ela conseguiu ver mais
de sua cela, uma sala de estar com uma cadeira de pelúcia, complementada com um sofá, uma pequena lareira cercada por ladrilhos de mármore e uma mesa aconchegante
para dois com um vaso de cristal e flores frescas. A intimidade da mesa fez o estômago de Claire se agitar. A bile se infiltrou em sua garganta com um gosto desprezível.
Ela tentou desesperadamente engolir.
Visivelmente não havia cômodas ou outros móveis normalmente associados a um quarto. No entanto, ela se lembrava vagamente de lhe ser dito que esse seria seu novo
quarto. Olhando em volta do perímetro da sala, ela viu uma bela madeira talhada branca, estantes embutidas, prateleiras e três portas. A mais distante de sua cama
parecia sólida, firme, e sem ferimentos mesmo após as batidas que ela tinha dedicado na noite anterior. Não havia nenhuma razão para acreditar que ela seria aberta.
A única coisa que Claire sabia com alguma certeza era que haviam trancado a sua última e única via de liberdade. Ela precisava encontrar uma saída por aquela porta.
Fechando seus olhos, ela lembrou os eventos da última noite. As memórias começam a fluir a partir de seus momentos de inconsciência, seu objetivo era detê-lo. Ela
falhou, vendo-o por trás de suas pálpebras.
Anthony Rawlings era tão diferente da pessoa que ela conheceu a menos de uma semana atrás - o homem alto e bonito, com cabelo castanho e os olhos mais escuros que
ela já tinha visto. Ele tinha sido educado, gentil e cavalheiro. Ontem à noite, porém, nenhumas dessas palavras poderiam ser usadas para descrevê-lo. Dizer que ele
era cruel, não explicava o modo que ela sofreu. Pode se dizer que ele era exigente, agressivo, abusivo, controlador, mas acima de tudo, áspero.
Mexendo-se um pouco, ela percebeu que até o menor dos movimentos faziam seus músculos doerem. Suas coxas pulsavam. Seu corpo estava dolorido e sua boca inchada e
machucada. Lembrou-se do seu cheiro, seu gosto e o som da sua voz. Esses pensamentos causaram uma revolta profunda no seu estômago. Naquele momento, as imagens dele
fizeram seu coração acelerar, não em antecipação, mas em medo. Isto era uma loucura. Coisas como essa aconteciam em programas policiais ou em filmes, não na vida
real e não com pessoas como ela.
Ela tentou censurar suas memórias, no momento em que ele finalmente saiu do quarto. Lágrimas escorriam de seus olhos inchados assim como as visões se repetindo em
sua mente. Ela deitou a cabeça no travesseiro macio, permitindo-se ao luxo de mais horas de sono, o que era uma fuga de sua realidade.
Na hora em que acordou, Claire sabia que não podia adiar a procura de outras portas, ela precisava encontrar aquela que a levava ao banheiro. O magnifico tapete
envolveu seus pés enquanto saia da cama. Mas apesar do tapete macio, o peso de seu corpo fez suas pernas gritarem de dor. Infelizmente, ela se lembrou de gritar
mais uma vez. Seu monólogo interno se pronunciou com perguntas sem resposta: Como é que isso aconteceu? Como eu cheguei aqui? Porque eu estou aqui? E o mais importante,
como eu saio?
As três portas que ela tinha contado anteriormente estavam dispostas, duas perto da cama e uma na sala de estar. Claire sabia que estas portas eram sua passagem
para a liberdade. Ela enrolou o lençol em torno de seu corpo dolorido e lentamente se aproximou da grande barreira maciça de madeira sólida. A maçaneta parecia uma
alavanca. Ansiedade fez sua mão tremer, ela lentamente chegou ao metal frio. Se ele se movesse, será que ela fugiria envolta em apenas um lençol? Claro que sim!
A excitação logo se transformou em decepção enquanto a maçaneta manteve-se perfeitamente imóvel. Ela nem sequer se mexia como muitas portas trancadas faziam. A barreira
impenetrável e sólida estava inflexível. Apesar do resultado esperado, o desapontamento fez a dor no corpo de Claire se intensificar. Virando-se, ela visualizou
sua cela. Uma das outras duas portas tinham melhor chance de realizar seu objetivo desejado. Ela abriu a primeira porta e foi revelado um armário do tamanho de um
quarto. Poderia mais precisamente ser considerado um closet com gavetas embutidas, sapateiras, estantes, e prateleiras suspensas. Surpreendentemente, as estantes
e prateleiras estavam cheias. Essas roupas pareciam sair diretamente de uma sessão de fotos de uma revista, não algo que Claire usaria ou teria para si. Ela usava
roupas antigas ou de departamento. Essas roupas pertenciam a alguém que era rico ou famoso. Quem era essa pessoa? Claire se perguntava por que ela estava no quarto
dessa pessoa e por que ela se lembrava de ser dito que era dela.
Abrindo a porta ao lado, Claire encontrou seu destino. Ela entrou em um banheiro como aqueles que ela tinha visto na televisão, grande e muito branco. A frieza do
azulejo bateu na sola de seus pés descalços. Mármore branco, porcelana branca, detalhes em prata e um vidro a cercava. Se não fosse pelas toalhas roxas, o banheiro
seria desprovido de cor. Havia uma grande banheira, um chuveiro que parecia um espetáculo. A pia estava próxima de uma penteadeira com um grande espelho iluminado
nos lados.
Ela se virou para se ver no espelho. A imagem que viu assustou Claire enquanto ela estudou o seu reflexo. Seu cabelo castanho enrolado emoldurava um rosto desconhecido.
Havia hematomas ao redor dos seus lábios que podia combinar com a cor das toalhas, sua têmpora esquerda estava vermelha e inchada. Lentamente, largando o lençol,
a evidência visual de dor que ela experimentou poderia ser vista como hematomas vermelhos e roxos sobre seu corpo e nas extremidades. A visão recomeçou suas lágrimas.
Com uma determinação de aço, ela agarrou a maçaneta de outra porta e encontrou seu destino.
Havia um roupão branco de veludo pendurado perto do chuveiro. Girando os botões para ajustar a água, Claire decidiu que um banho iria fazê-la se sentir melhor. Água
quente fumegante bateu em sua pele quando ela entrou no chuveiro espaçoso. A sensação de formigamento de mil agulhas perfurando seus ombros enquanto a água quente
fluiu sobre seus músculos agredidos. Era uma sensação de prazer e dor. Ela permitiu que a água continuasse seu ataque, e enquanto o tempo passava à temperatura se
manteve elevada, seus músculos relaxaram. O doce aroma floral do xampu e sabonete substituíram os odores da noite passada. A sensação renovada de força preencheu
sua determinação. De alguma forma ela iria sobreviver a este pesadelo.
Claire desenvolveu um plano enquanto usava a luxuosa toalha lavanda para secar seu corpo machucado. Ela iria falar com Anthony, iria explicar que isso foi um erro.
Eles poderiam seguir caminhos diferentes, sem perguntas e sem acusações. O roupão esquentou, proporcionando uma sensação de falsa segurança.
A mulher no espelho parecia melhor. No entanto, seu cabelo escuro agora caia desordenadamente em um emaranhado molhado. Sem pensar, Claire começou a abrir gavetas
e armários. Assim como o closet, o banheiro estava totalmente abastecido. Na frente dela, ela viu milhares de dólares em marcas de cosméticos. Ela encontrou tudo,
desde cuidados com a pele ao delineador. É claro, havia também uma série de produtos para o cabelo. Ela estava vestindo o roupão de outra pessoa, dormindo em sua
cama, e tomando banho em seu banheiro. Usar a escova de cabelo só adicionava mais um ítem em sua lista de invasões. Claire não tinha muitas opções.
No armário de remédios, ela encontrou uma escova de dentes ainda na embalagem. Claire não podia resistir. A ducha, sabonete, xampu, e agora creme dental a ajudaram
a se sentir menos suja.
Quando Claire abriu a porta para o quarto, ela ficou surpresa ao encontrar uma bandeja de comida a esperando na mesa de jantar. Antes desse momento, ela ignorou
a dor da fome. Deus sabe que os pensamentos da noite anterior fizeram seu estômago se revirar. No entanto, o aroma do prato coberto a intrigava. Ela levantou a tampa
para descobrir ovos mexidos fumegantes, torradas, e um lado com frutas frescas. Na bandeja, ela também notou um copo de suco de laranja, um de água, e uma garrafa
de café.
Com o estômago cheio, corpo relaxado do chuveiro, e nenhum caminho imediato para a liberdade, Claire decidiu que queria dormir mais. Foi então que ela percebeu que
a cama não tinha apenas sido feita, mas os lençóis também tinham sido trocados. No quarto, parecia que o horror da última noite nunca aconteceu. Seu corpo lhe disse
o contrário. Ela puxou as cobertas, subiu entre os lençóis de cetim suave, inalou o aroma fresco e limpo, e fechou seus olhos. Não era a fuga que ela queria, mas
era um desvio temporário.
A batida na porta, perto da área de estar acordou Claire. Ela tinha estado em algum lugar em um sonho distante. A batida e o ambiente desconhecido a deixou temporariamente
desorientada. Quanto tempo ela tinha dormido? A luz solar, embora não tão brilhante, continuou a infiltrar-se a partir da borda das cortinas. As repetidas batidas
trouxeram suas emoções e pensamentos de forma dramática para o presente. O medo tomou conta de seu ser enquanto ela considerava o que estava do outro lado da porta.
Sim, ela era uma adulta de 26 anos. No entanto, naquele momento, Claire decidiu se comportar como qualquer criança de cinco anos faria, e fingir que estava dormindo.
Deitada ainda na cama, ela ouviu a porta se abrir.
Timidamente abrindo seus olhos, ela viu enquanto uma mulher entrou em silêncio no quarto. Dada a perspectiva de Claire, era difícil dizer, mas a mulher parecia mais
alta que ela por alguns centímetros, com o cabelo sal-e-pimenta1. Claire presumiu que ela tinha a idade de sua mãe. Assim quando a mulher se aproximou, Claire decidiu
falar. — Desculpe-me se eu estiver no seu quarto.
— Não, Srta. Claire, esta é a sua suíte, não minha. Eu estou aqui para ajudá-la a se preparar para o jantar. Meu nome é Catherine.
Claire lentamente se sentou espantada. O que inferno significava se preparar para o jantar? Ela estava presa em uma suíte luxuosa, coberta de hematomas, e essa pessoa
estava aqui para ajudá-la a se preparar para o jantar. — Eu não estou tentando parecer ingrata. Mas o que quer dizer ‘pronta para o jantar’?
— O Sr. Rawlings estará aqui precisamente ás 19h00 para jantar. Ele espera que você esteja pronta e vestida adequadamente. Presumi que você pode precisar de alguma
ajuda.
Primeiro, Claire não podia envolver sua mente em torno de todo o cenário. Ele queria que ela se vestisse para o jantar. Quem diabos ele pensava que era? — Escute,
se você quer me ajudar, me deixe sair daqui. — Claire fez o seu melhor para manter a sua voz estável, mas o medo de ver Anthony e a possiblidade de fuga, fez isso
quase impossível.
— Srta. Claire, isto não depende de mim. Estou aqui para ajudá-la como eu puder. — não faz nenhum sentindo. No entanto, no desespero da situação, por alguma razão,
Claire acreditava nessa senhora. Catherine continuou, — Nós só temos uma hora. Talvez possamos começar com o seu cabelo?
Sem temer a aparência de Claire ou mesmo a circunstância de sua presença, a calma de Catherine aliviou Claire. Ela balançou a cabeça e suspirou. Lembrando-se da
sua determinação no chuveiro, ela falou com uma autoridade convincente. — Catherine, obrigada por se oferecer para ajudar, mas eu não planejo me vestir para o jantar.
Na verdade, eu acredito que isto tenha sido um erro. Eu vou estar partindo daqui em breve. — enquanto Claire explicava o mal entendido, Catherine entrou e saiu do
closet com um vestido de cocktail azul e sapatos combinando. — Oh, eu não sei de quem são essas roupas.
— Por que, senhorita? Elas são suas. Agora nós realmente devemos nos apressar. E mesmo que você não planeje comer, você não precisa usar roupas? — Claire notou que
seu padrão de expressão parecia formal. Ela não conseguia descobrir a origem. Definitivamente não era o sotaque da Georgia que ela aprendeu a apreciar e tentou desesperadamente
não copiar.
Catherine delicadamente tomou a mão de Claire e a levou ao banheiro. Claire obedientemente se sentou na penteadeira enquanto Catherine começou a escovar suavemente
seus cabelos, ela decidiu que não iria protestar com Catherine. Em vez disso, ela iria poupar sua energia para enfrentar Anthony.
— Há cosméticos na gaveta a sua frente. Talvez você possa começar a aplicar um pouco enquanto eu faço o seu cabelo. — depois acrescentou. — Você é muito bonita sem
eles, mas depois de dormir a maior parte do dia, eu acredito que eles vão fazê-la se sentir melhor.
Claire olhou para o espelho. Vendo seus olhos, têmpora, e os lábios, ela começou a chorar. Não era o choro de antes, mas sim uma onda de lágrimas silenciosas que
fluíam por sua bochecha.
— Agora, senhorita, isto não irá ajudar a sua situação. Sr. Rawlings aprecia a pontualidade. Chorar só irá fazer com que sua maquiagem borre.
Ela começou a explicar a Catherine o motivo de seu desespero: — Eu não quero enfrentá-lo. — mas depois da primeira frase, ela hesitou. Claire não sabia nada sobre
essa mulher. Ela obviamente trabalhava para Anthony. Por que ela iria confiar nela? Então Claire olhou para o reflexo, não em si mesma, mas para a mulher atrás dela.
Seus olhos eram da cor do aço, cinza e macio. Sua expressão não era de dever ou piedade, mas de alguma forma Claire sentiu compaixão. Pode ter sido uma ilusão, mas
por alguma razão, as palavras continuaram a fluir, — Depois de ontem a noite, eu me sinto tão... suja. Você não sabe o que ele fez. O que ele me fez fazer. Estou
muito envergonhada. — suas palavram vieram acompanhadas de lágrimas, e seu nariz começou a escorrer.
A voz de Catherine não tinha nenhum julgamento para Claire ou para Anthony, ao invés disso, havia um meio de compreensão, como se isso fosse possível através do
que Claire passou. — Eu conheço o Sr. Rawlings por um longo tempo. Aconteceu alguma coisa na noite passada que ele não queria que acontecesse?
Claire balançou a cabeça negativamente. — Tudo que aconteceu, ele queria que acontecesse.
— Então não há necessidade de você estar envergonhada. Sinta-se constrangida quando você faz algo que ele não quer. Ou seja, quando você não quer enfrentar o Sr.
Rawlings.
Catherine foi até o armário, tirou uma toalha e a molhou na pia. Ela a entregou para Claire, que complacente limpou o rosto e começou a aplicar a maquiagem. Não
demorou muito até que elas ficassem satisfeitas com os resultados. As contusões foram muito bem escondidas sob uma cobertura de base e pó. O batom fez o inchaço
menos perceptível. Quando Catherine entrou no banheiro com o vestido, Claire percebeu que ela estava nua sob o roupão.
— Umm, eu não tenho nenhuma lingerie.
— Sim, senhorita. Você não se lembra das regras do Sr. Rawlings? — sem esperar uma resposta, Catherine continuou, — Sem há roupas íntimas, nunca. — Claire lutou
contra a névoa da noite passada. Ela não conseguia entender por que as lembranças eram tão confusas. No entanto, em algum lugar tinha uma vaga lembrança de tal conversa,
ou, mais precisamente, uma ordem. Mas, mais uma vez, isto entrou no mundo do ridículo. Quem ele pensava que era para poder fazer tais exigências e que iria ser seguido?
Catherine ajudou Claire com o vestido para não estragar seu cabelo e maquiagem. Claire jurou para si mesma que este fiasco iria acabar. Eu não sei como ou quando,
mas vou sair daqui, ficar longe dele, e ir para um lugar onde as mulheres usam roupas íntimas.
Catherine sorriu com aprovação para Claire quando ela entrou na frente do espelho. — Sr. Rawlings vai ficar satisfeito. Agora tenho que ir. Ele estará aqui em breve.
— a lembrança de sua chegada iminente sugou parte da determinação do comportamento de Claire, assim como o ar de seus pulmões. Catherine o conhecia. Talvez se ela
ficasse ele seria... Claire não sabia como terminar esse pensamento. Ele seria bom? A deixaria ir embora? Parecia mais seguro em torno dessa mulher.
— Talvez você possa ficar aqui depois de sua chegada? — Catherine não respondeu, mas o seu olhar de satisfação brevemente alterado para tristeza. Instantaneamente
Claire soube que a saída de Catherine estava além de seu controle. Claire estaria cara-a-cara com seu medo, o homem que abusou e a dominou na noite anterior. Ela
também sabia que ele era o seu único meio para escapar. Por apenas isso, ela iria enfrentá-lo — Obrigada novamente por sua ajuda. Eu realmente duvido que vou estar
aqui amanhã. Ele e eu vamos discutir isso durante o jantar.
Catherine assentiu. Foi um reconhecimento da declaração de Claire, não uma afirmação de seu comunicado. Em seguida, ela saiu do banheiro. Claire ouviu um barulho
fraco, quando ela saiu da suíte. Lembrava-lhe de um ruído feito por um carro.
Ainda no banheiro, sua frequência cardíaca aumentou quando ouviu o baralho fraco novamente. Ele não bateu. Ele simplesmente abriu a porta e entrou. Claire o imaginou
observando a suíte vazia. Se ela ficasse no banheiro, será que ele, eventualmente, viria atrás dela? Ou talvez ele iria embora. Ele esperou em silêncio no quarto.
Demorou um minuto ou dois. Mas, lentamente, Claire abriu a porta do banheiro e entrou na suíte.
Determinada a bater de frente com ele em seu próprio jogo mental, ela usou toda sua força para reprimir os seus medos que gritavam para sair. As primeiras coisas
que ela viu quando entrou na suíte foram seus olhos, seus olhos negros escuros. Pareciam vazios ou buracos negros. Seus lábios se moviam. Ele estava falando, mas
Claire só podia ouvir as lembranças da noite passada. Ela caminhou até a estante de livros na extremidade da suíte, fingindo força.
A falsa determinação se derreteu quando ela se virou para ver seus olhos olhando para ela. Em seguida, quase que instantaneamente, ele estava ali, bem na frente
dela. Sua proximidade fazendo com que seu estômago se retorcesse, provando a bile desagradável que teve mais cedo.
Ele agarrou seu queixo, puxando seus olhos e rosto para o vazio escuro. Sua voz forte era profunda, lenta e autoritária — Vamos tentar mais uma vez. — não era uma
pergunta, mas uma afirmação. — É comum que uma pessoa responda a saudação da outra. Eu disse boa noite.
Os joelhos de Claire ficaram fracos com o seu toque. Ela queria gritar, correr, mas ele não deixaria. Se ela não podia ser forte, ela poderia, pelo menos, evitar
um desmaio. — Sinto muito. Eu não acredito que estou me sentindo muito bem. — ainda segurando o seu queixo, ele tinha que sentir seu corpo tremer.
Ele repetiu, — Boa noite, Claire. — desta vez, foi mais longo. Seus olhos eram tão frios. Claire não conseguia distinguir o que diziam, só que a profundidade de
sua escuridão parecia infinita.
— Boa noite, Anthony. — ela iria dizer para si mesma que ela parecia forte, mas não o fez. Naquele momento, a porta se abriu novamente, e um jovem empurrando um
carrinho trouxe-lhes sua refeição. Claire começou a caminhar em direção a mesa, mas a mão de Anthony pegou seu braço a impedindo. Ela olhou de volta para ele, para
aqueles olhos. Ele chegou com a outra mão para levantar seu vestido e colocar a mão em suas nádegas. O choque do seu toque rapidamente se transformou em raiva. Seus
olhos verdes brilharam com fogo, e seu pescoço ficou rígido. — Que diabos...? — seu impulso foi atacar, mas a mão que segurava seu braço reforçou seu domínio, fazendo-a
esquecer suas palavras.
— Eu vejo que você consegue cumprir pelo menos uma regra. Vamos comer? — seu aperto afrouxou enquanto sua voz tentou um tom razoável. Anthony se afastou da cadeira
de Claire na mesa íntima. Ela olhou para a mesa, e seus pensamentos resumiram a cena. Tudo parece tão bom e é como um teatro.
A comida cheirava maravilhosamente, mas o estômago de Claire não permitiria que ela comesse. Ela conseguiu algumas mordidas. No entanto, foi difícil de engolir.
Sua ansiedade fez sua boca seca como algodão. Todas suas tentativas de falar sobre se retirar se mostravam inúteis. Em vez disso, sentou-se educadamente, brincava
com a comida e fingindo que prestava atenção.
Houve uma tentativa de conversa. Olhando para o jantar, Claire sentia que faltava algo além do senso comum. O jovem derramou água nas taças, mas para tornar o teatro
completo, deveria haver um vinho ou champanhe. Era quase como se ele lesse sua mente quando Anthony comentou, — Eu não gosto de beber álcool. Inibi os sentidos.
— ela pensou imediatamente em como seria bom ter um porco de Jack Daniels agora.
Anthony apreciava seu desconforto. — Você não gosta da comida?
— Eu gosto, eu acho que não estou com fome esta noite.
— Ouvi dizer que você só tomou o café da manhã hoje. Eu sugiro que você coma. Você vai precisar da sua força. — ele sorriu enquanto dava uma mordida. Seus olhos
não sorriram. Ela usou cada grama de energia para permanecer sentada e não correr, embora a porta estivesse fechada, e ela ouviu o som fraco no momento em que o
garçom saiu.
Se ela tivesse corrido, poderia ter evitado as próximas horas, as mais terríveis de sua vida. Aparentemente, a noite anterior foi apenas um prelúdio. Uma vez que
quando Anthony terminou de comer, ele se levantou e pegou a mão de Claire. Seu tremor aumentou enquanto se levantava. Ele sorriu e a segurou com o braço estendido.
— Você que escolheu o vestido para esta noite?
— Não, foi Catherine. — ela permaneceu firme e desafiadora mesmo sabendo que ela não seria considerada em seus planos.
— Sim, ela me conhece bem. Agora o tire. — sem fala doce, sem beijos, nada, apenas uma demanda para remover o vestido. Ela não se mexeu. Olhou primeiro para ele
e depois para o chão.
Respirando fundo e voltando os olhos para o seu olhar, ela disse: — Eu acho que nós precisamos conversar sobre isso... — ele esperou que ela obedecesse a suas ordens.
Quando parecia que ela tinha outros planos, ele redirecionou a conversa. Em um movimento brusco, o vestido caiu dos seus ombros quando ele rasgou o tecido luxuoso
de seu corpo. Claire ficou em estado de choque, encontrando-se vestindo apenas sapatos de salto alto.
— Aparentemente, você não se lembra de todas as regras. A regra número um é fazer o que lhe é dito.
O tremor se intensificou enquanto lágrimas oscilaram em suas pálpebras pintadas. Nenhuma palavra saiu de sua boca. O que estava bem. Anthony tinha outros planos
para a sua boca. Ele a empurrou para baixo, dirigindo-a para se ajoelhar, e abriu o zíper de suas calças. Ela notou imediatamente que ele seguia suas próprias regras,
sem roupas íntimas. Ele não falou, mas se movimentava rudemente. No começo, ela pensou que iria sufocar. Ela tentou lutar, se afastar, mas ele entrelaçou os dedos
em seus cabelos e a controlou da forma como queria. A partir daí, a noite continuou até cerca de uma hora da manhã.
Quando Anthony finalmente saiu do quarto, Claire jogou os cobertores para trás, agarrou o roupão e correu para a porta. Sua mão agarrou a maçaneta cinza suave e
a puxou com toda a força. Ela não se moveu. Ela fechou as mãos e bateu novamente. Sua mão latejava, mas ninguém respondeu. A única resposta foi um silêncio assustador.
Claire pegou alguma coisa, qualquer coisa. Encontrando o vaso de flores, ela o jogou contra a parede. O cristal quebrou, inundando a parede e tapete com cacos de
cristal e água. As flores, incapazes de beber, foram espalhadas no chão, deixadas para murchar e morrer. Claire caiu no chão, lágrimas fluindo. Sucumbindo ao cansaço
e desespero, ela adormeceu.
Na manhã seguinte. Anthony entrou na suíte. O som do sinal sonoro e da abertura da porta assustou Claire. Ela levantou para encontrar seus olhar e seus olhos se
encontraram. Ele examinou a suíte: a lâmpada derrubada ao lado da cama, um lenço amarrado a uma das colunas da cama, e o vaso quebrado perto de seus pés. Ele sorriu.
— Bom dia, Claire.
— Bom dia, Anthony, — ela disse com mais determinação do que tinha sido capaz de reunir ontem à noite. — Eu quero que você saiba que eu decidi ir para casa. Eu vou
sair daqui hoje.
— Você não gosta das suas acomodações? — os olhos negros de Anthony brilharam enquanto seu sorriso se alargou. — Eu não acredito que você sair tão cedo. Temos um
acordo juridicamente vinculativo. — ele retirou um guardanapo de bar do bolso de seu terno. — Datado e assinado por nós dois.
Claire olhou espantada enquanto sua mente começou a girar. Toda esta situação era tão idiota que não poderia ser real. Quem em sã consciência pensou que um guardanapo
de bar era um de acordo legal? E mesmo que fosse, o que era uma pequena hipótese, ela nunca deu o direito de abusar, humilhar, ou condenar uma pessoa à escravidão.
Estupefata, ela o olhou sem palavras.
Anthony continuou, — Talvez você não sem lembre. Você concordou em trabalhar para mim, fazer o que eu julgue conveniente ou agradável, em troca de eu pagar todas
as suas dívidas.
A cabeça de Claire latejava. Ela lembrou algo sobre um guardanapo, talvez uma oferta de emprego, mas estava confusa. Além disso, ela ficaria em dívida e trabalharia
em turnos duplos ou triplos no bar antes de concordar com isso!
— Aparentemente, você esteve ocupada nos últimos 26 anos. Com a educação, aluguel, cartões de crédito e um carro, você conseguiu acumular cerca de 215 mil dólares
americanos em dívidas. Este acordo foi datado em 15 de março, e como qualquer acordo legalmente vinculativo, você ou eu tínhamos três dias para a recessão. Hoje
é 20 de Março. Atualmente, eu te possuo até que sua dívida seja paga. Fim de discussão.
Em desespero, seu tremor retornou, e ela encontrou sua voz. — Não é o fim dessa discussão. Isso é ridículo. Um acordo não lhe dá o direito de me estuprar! Eu estou
indo embora.
Ela olhou para a porta do corredor, a apenas a alguns metros de distância e, milagrosamente, deixada aberta. Sem aviso, a mão de Anthony se conectou com sua bochecha
esquerda e a mandou na outra direção pelo chão. Ele caminhou lentamente até onde ela estava. Ele não se preocupou em se curvar, apenas olhou pra ela do alto, e repetiu,
— Talvez com o tempo, a sua memória vai melhorar. Isso parece ser um problema. Deixe-me lembrá-la de novo, a regra número um é você vai fazer o que lhe é dito. Se
eu disse que a discussão acabou, acabou. — pegando o guardanapo e o colocando no bolso do terno, ele continuou, — E neste acordo está escrito que tudo o que é agradável
para mim, é considerado consensual, não estupro.
Ainda elevando-se sobre ela, ele ajeitou o paletó e ajeitou a gravata. — Eu decidi que seria melhor se você não deixasse sua suíte por um tempo. Não se preocupe.
Temos tempo de sobra, $215.000 no valor de tempo. — com isso, ele se virou para sair da suíte, o som do cristal quebrado sob seus sapatos Gucci. Seu controlado,
tom imponente aterrorizando Claire mais do que suas palavras. Ele falou com tanta autoridade que a deixou incapaz de se mover ou falar.
— Eu vou dizer ao pessoal que você pode ter seu café da manhã, depois que estes cacos forem limpos. — ele desapareceu por trás da grande porta branca.
Claire ouviu o sinal sonoro e o bloqueio, e só assim se permitiu alcançar e tocar o seu rosto ardendo. O silêncio total voltou, e ela olhou para a bagunça diante
dela. Em um pequeno protesto insignificante, ela se ouviu dizer, — Eu prefiro morrer de fome a ter que limpar isso.
Com lágrimas nos olhos, e ao som de soluções, um pouco mais tarde, encontrou-se rastejando no chão, pegando pedaços de cristal. Ela tinha pegado a maior parte dos
pedaços até que notou o sangue em seu roupão. Após uma investigação, Claire percebeu que se tratava de um corte em sua mão. Ela tentou, sem sucesso, retirar o pedaço
de cristal de sua palma, a indefinição de sua visão tornou a tarefa difícil. De repente, o sinal sonoro muito familiar a fez se virar para a porta, com medo do retorno
de Anthony.
Catherine entrou, olhou ao redor, e balançou a cabeça — Srta. Claire, me deixe limpar. Você vai acabar se cortando.
— Eu acredito que eu já fiz. — Claire estendeu a mão. Muito suavemente, Catherine a levou para o banheiro e retirou o cristal. Ela, então, limpou e enfaixou sua
mão. Quando elas voltaram para a suíte, as provas da noite anterior tinham ido embora. A suíte estava limpa, sem lâmpadas derrubadas, sem lenços, e o vaso quebrado
tinha ido embora. Por cima da mesa estava uma bandeja de comida.
Claire caminhou até a mesa e obedientemente comeu seu café da manhã, sozinha. Uma sensação esmagadora de desespero a encheu. Ela estava presa. Ela estava sozinha.
E ela não sabia o que fazer. Ela decidiu tomar um banho, e, esperançosamente, ela iria pensar em algo.
A confiança dos inocentes é a mais útil
ferramenta dos mentirosos.
– Stephen King
Capítulo Dois
Cinco dias antes...
O dia cheio de reuniões serviu ao seu propósito. Primeiro, ele se reuniu com o diretor da emissora, em seguida, horas intermináveis com a equipe de vendas ouvindo
relatórios orçamentais seguidos de propostas. Na verdade, essas reuniões não costumam justificar a presença do CEO na empresa sede. A julgar pela forma como os executivos
da WKPZ caíram sobre si mesmos para justificar todos os gastos e aumentarem cada proposta, eles demonstraram que pelo menos tiveram o bom senso de reconhecer esta
visita como extraordinária. Verdade seja dita, Anthony Rawlings não dá a mínima para uma estação de televisão de dois bits. Ela já serviu o seu propósito. Se fechasse
amanhã, ele não perderia o sono por isso. No entanto, as reuniões lhe mostraram que a estação é rentável. E, dado o estado atual da economia, rentável é bom. Quando
ele voltasse ao escritório principal, ele deveria atribuir uma equipe para investigar uma venda iminente. Não seria ótimo se ele pudesse colher os benefícios pessoais
e monetários a partir desta adquirida estação?
Após a conclusão das reuniões, ele concordou em um passeio social com o novo diretor de pessoal da estação e seu assistente. Se eles sabiam alguma coisa sobre ele,
iriam perceber que estavam completamente errados. Sua aceitação do convite veio com uma condição: eles deveriam ir para o Red Wing. Ele tinha ouvido que eles tinham
os melhores tomates verdes fritos em Atlanta, Georgia.
Felizmente, os dois sócios tinham famílias que estavam aguardando o seu retorno. Depois de beber uma cerveja no Red Wing e consumir uma parte do aperitivo de tomates
verdes fritos, Sr. Rawlings insistiu que eles tirassem uma licença e passassem um tempo com seus entes queridos. Ele agradeceu-lhes pela devoção a WKPZ e ouviu atentamente
os seus planos pessoais. No entanto, se ele fosse questionado sobre a reunião, ele não seria capaz de lembrar uma palavra do que disseram. Sua atenção estava voltada
para a garçonete de olhos verdes e cabelos castanhos. Ela estava programada para começar seu turno às quatro horas, e ele sabia que ela estaria aqui. Assim que os
seus sócios saíram, ele enviou uma mensagem ao seu motorista e informou que estaria no Red Wing até tarde. Em seguida, ele casualmente se sentou em um banco vazio,
que ficava no final do bar, perto da parede. Reduzindo assim a probabilidade de alguém puxar conversa em 50 por cento. Ele queria 100 por cento, mas porra, você
não pode ter tudo. O único objeto de sua conversa e atenção seria a jovem sorridente do outro lado do suave balcão brilhante.
— Hey, bonitão, você precisa de mais uma cerveja?
Anthony ergueu os olhos para olhar em seus olhos cor de esmeralda. Ele tinha um rosto bonito e sabia após anos de prática exatamente como usar isso. No entanto,
neste momento, seu sorriso era verdadeiro. Ela foi finalmente falar com ele. Tinha sido uma longa estrada solitária, mas o destino finalmente estava ao seu favor.
— Obrigado, eu preciso.
Avaliando o conteúdo restante do copo, ela perguntou — Um dos nossos trigos especiais?
— Bem, sim a La bière Blanche. — ela sorriu docemente e correu para lhe encher outro copo. Quando ela voltou com o líquido âmbar, ela removeu eficientemente o vazio
e o substituiu com o copo cheio e um guardanapo da Red Wing. — Eu gostaria de começar uma guia.
— Isso seria ótimo. Se eu pudesse ter o seu cartão de crédito, vou fazer agora mesmo.
Com isso, Anthony abriu o seu terno Armani e tirou a carteira do bolso interno. Ele tinha tantas coisas que queria dizer, mas ele tinha a noite toda. Seu turno não
terminaria até às dez, e ele planejava passar a noite sentado bem ali. Lhe entregando o seu cartão de crédito Visa Platinum, ele observou enquanto ela lia seu nome.
— Obrigada, Sr Rawlings. Voltarei com isso para você em um minuto. — seu sorriso ou expressão nunca vacilaram. Ela virou-se em direção à caixa registradora. E Anthony
sentou na cadeira com um breve momento de satisfação. Ela não sabia quem ele era. Isso era perfeito.
Durando as próximas horas, Anthony observou como Claire conversou e flertou com cliente após cliente. Suas atenções foram simpáticas e atenciosas, mas nunca pessoalmente
aberto. Alguns dos clientes foram cumprimentados pelo nome enquanto eles encontraram o caminho para algum lugar vazio. Muitos sabiam o nome dela antes que ela pudesse
se apresentar. Anthony assumiu que eram regulares. Tanto homens quanto mulheres pareciam prazerosos por tê-la lhes servindo
Ela se moveu sem parar, limpando copos e pratos vazios, substituindo-os com mais do mesmo ou verificando a necessidade de pagamentos. Ela limpou o balcão de madeira
brilhante do bar e sorriu quando um comentário merecia uma resposta. Depois de tanto tempo a observá-la de longe, com ela estando tão perto, lhe deu mais pressa
do que garantir um negócio multimilionário. Talvez pelo fato de que ele soubesse o que estava por vir.
Depois de cuidar do bar dentro e fora novamente por anos, Claire Nichols sabia ler as pessoas. Mais importante, ela realmente gostava das pequenas peculiaridades
que as tornaram reais. Por exemplo, ver o Sr. Bonito tomando sua La bière Blanche. Ele esteve olhando para ela pelas últimas horas como um leão avaliando sua presa.
Ela jugou que ele era, pelo menos, dez anos mais velho que ela, mas escondia sua idade bem atrás daquele sorriso perfeito, cabelo ondulado escuro e marrom incrível,
olhos quase negros. Claire sorriu um sorriso secreto. Ela esteve olhando para ele também.
— A que horas você sai? — a voz dele ressoou forte e rouca através do barulho do bar, clientes e música.
— Agora, Anthony, não é assim que você disse que se chama? — o tom conversador de trabalho de Claire continha um pequeno sotaque sulista, o tipo de sotaque que você
pega de estar próximo, no entanto. Suas raízes em Indiana com uma mãe que ensinou Inglês não permitiria que ela arrastasse muito aquelas sílabas, a não ser de propósito.
Sorrindo um sorriso diabólico e piscando aqueles olhos sensuais, ele encontrou seu olhar. — Sim, isto é correto. E se bem me lembro, o seu nome é Claire.
— E mesmo que eu me sinta lisonjeada, eu não costumo ver meus clientes fora deste estabelecimento.
— Tudo bem, a que horas você sai? Talvez possamos sentar em uma dessas mesas aqui... neste estabelecimento... e conversar? Eu gostaria de saber mais sobre você.
Droga. Ele era mais suave falando do que qualquer um dos clientes regulares que se sentam nessas cadeiras. E agora que a gravata de seda estava no bolso de seu terno
Armani e o botão de cima da camisa de seda foi desfeito, ele no estilo de negócios casual era incrivelmente sexy.
— Agora me diga o que traz você para Atlanta. Você não é daqui, é? — disse Claire, encostando-se no bar.
— A negócios, e não, mas acho que eu sou o único que queria fazer perguntas. — seu tom continha um alto nível de diversão e ao mesmo tempo era focado e controlado.
A intuição de Claire disse a ela que ele estava acostumado a conseguir o que queria. Algo a fez se perguntar se era isso o que fazia ter sucesso nos negócios, por
que sua aparência definitivamente refletia sucesso, e se isso se transcendia na sua vida pessoal.
Claire ouviu e viu os olhos de Anthony brilharem. Ele era alto. Agora que o casaco tinha sido retirado, ela poderia dizer que ele era musculoso, com um peito largo
e cintura firme. Mais importante ainda, a mão esquerda tinha o quarto vazio. Claire definitivamente não iria lá. Contra seu melhor julgamento, ela decidiu que queria
responder a essas perguntas.
— Tudo bem. — ela sorriu encantadoramente. — Mas eu estou de pé por trás desse bar durante seis horas seguidas. Não posso prometer que serei a melhor companhia.
— Então eu tomo isso como um sim? Mas você vai me contar o horário? Ou eu ainda estou esperando por essa resposta? — ela se viu absorvida pelos seus olhos.
— Ei, querida, que tal nos dar algum serviço aqui em baixo? — a atenção de Claire de repente foi puxada para fora do porão daqueles olhos incríveis. O idiota abaixo
do bar precisava de mais Jack e Coca-Cola. Ela começou a se afastar. Anthony pegou a mão dela, que estava descansando no bar, a poucos centímetros da sua. Seu toque
era quente e fez sua pele formigar. Ele não perguntou novamente, mas sua expressão fez.
— Às dez, eu saio ás dez. — ela tirou a mão de debaixo da dele, balançou a cabeça, e caminhou pelo bar, sorrindo para si mesma. Precisava descobrir o que o idiota
queria.
O assento de vinil vermelho escuro da cabine semicircular situada na extremidade da pista de dança tentava em vão imitar os estofamentos caros. Música encheu o ar,
muito alta e muito rápida. Na mente de Anthony, era o incentivo perfeito para eles se sentarem perto, a fim de ouvir um ao outro. Ele também tinha uma garrafa da
melhor Cabernet Sauvignon do Red Wing. Olhando para o relógio pela centésima vez, ele observou o pulso, e viu que eram 22h30. Foi então que ele viu Claire atravessando
a pista de dança vazia em direção a sua cabine.
Esta era definitivamente uma noite para comportamentos fora do normal. Não só geralmente Anthony Rawlings não confraternizava com parceiros regionais, ele também
nunca esperou por ninguém. Em qualquer outra circunstância, ele teria se levantado e ido embora às 22h05. Seus amigos, sócios e funcionários, todos sabiam da sua
obsessão com pontualidade. Mas hoje foi diferente. Enquanto Claire se sentou dentro da cabine, ela sorriu, um sorriso cansado e pediu desculpas pelo atraso. Houve
um problema com a caixa registradora, mas havia sido resolvido, estava tudo bem agora.
Ele gentilmente tocou a mão dela. Momentaneamente, ele ficou paralisado pelo contraste de sua mão grande com a pequena dela. — Eu estava começando a me perguntar
se você estava me dando o bolo. — seu sorriso relativamente leve. — Mas desde que eu poderia vê-la em todo o salão, eu esperava que eu talvez pudesse ter uma chance
de uma conversa amigável — a exalação e os arrebitados lábios de Claire lhe disse que ela estava aliviada. Era porque ele a estava esperando ou simplesmente que
o seu turno tinha acabado? — Talvez pudéssemos tomar um copo de vinho e você pode desfrutar sentada ao invés de em pé.
— Eu acredito que isso seria muito bom. — Anthony serviu o vinho e percebeu que a expressão de Claire relaxava. A transformação que ocorreu diante dele era da bartender
para a verdadeira Claire Nichols. Ele viu quando ela pegou o copo, colocou os lábios na borda, fechou os olhos e saboreou o líquido vermelho grosso na língua. Anthony
lutou contra a vontade de pensar muito sobre suas ações.
— Então, o que uma garota elegante como você está fazendo servindo idiotas como nós? — a profunda voz de Anthony reorientou a atenção de Claire. Seus olhos brilhavam
com luzes cor de esmeralda quando ela se virou para encará-lo.
— Por que, Anthony, eu acredito que sua declaração autodepreciativa foi um elogio para mim de alguma forma? — o sotaque sulista se manteve longe, que era de sua
cadência Indiana. Ele apenas arqueou as sobrancelhas, esperando pacientemente por uma reposta. Claire balançou a cabeça e caiu em seu encanto. — Eu sou uma meteorologista
fora de ação. Meu canal de notícias foi comprado cerca de um ano atrás. Em sua infinita sabedoria, eles decidiram que eu não era mais necessária, de modo que isso,
— ela disse enquanto deslizava a mão livre aberta acima da mesa — É a minha nova vida glamuorosa. Sem críticas. Isso paga os meus empréstimos estudantis, bem como
vários outras contas.
Seu riso era profundo e sem julgamento. — Você não gostaria de estar fazendo a coisa do tempo ao invés disso?
— Claro, mas, honestamente, isso não é tão ruim. Tenho alguns grandes amigos aqui. Há sempre algo acontecendo, e eu conheço pessoa agradáveis como você. — Claire
tomou outro gole de vinho e se inclinou um pouco mais perto. — Então essa é minha história em poucas palavras. Senhor, é a sua vez. Você disse que está aqui a negócios.
Que tipo de negócios você faz?
— Estou realmente envolvido em muitas empresas. Eu vim para Atlanta para uma aquisição, e alguns colegas me convenceram a vir aqui ao seu estimado estabelecimento
para experimentar os mundialmente famosos tomates fritos.
— Oh, ele fizeram. Você comeu?
Anthony assentiu. — Sim, eu comi.
A risada de Claire fez com que ela olhasse para baixo em seu copo — Você gostou deles?
Ele igualmente olhou para o copo. — Não, eu não acredito que estou destinado à cozinha georgiana. — a risada de Claire o fez olhar para cima. — Por que você está
rindo?
— Por que eu acho que eles são terríveis! Toda vez que alguém pede, eu quero sussurrar: ‘Não, não faça isso,’ é só que eles são assim...
— Pegajosos? — os dois disseram juntos e riram. A conversa prosseguia sem esforço. Ela perguntou sobre a sua aquisição. Será que sua viagem foi bem sucedida? Anthony
estava honestamente surpreso com sua profundidade e conhecimento. Era uma pena que o seu canal de notícias não a tinha mantido. Ela merecia muito mais do que cuidar
de um bar. Claro, isso foi o que ele disse a ela. Eles discutiram suas oportunidades de carreira. Desde que Anthony estava envolvido em vários empreendimentos, ele
ofereceu a possibilidade de ajudá-la a encontrar um emprego mais rentável. Claire agradeceu sua oferta, mas duvidou de sua capacidade ou vontade de realmente ajudá-la.
— Você, sabe, o seu destino pode ser tão simples quanto uma oferta e uma assinatura. — ele canalizou cada negócio que ele já fez, o que era mais do que ele podia
contar ou recordar. Colocando um guardanapo na mesa, ele chamou sua atenção para o logotipo — Imagine se, em vez das letras dizendo ‘Red Wing’ aqui se pudesse ler
‘Weather Channel.’
A garrafa de Carbernet Sauvignon estava quase vazia. Claire fechou os olhos e fez o que Anthony disse, ela imaginou. Suspirando de forma audível, ela disse, — Isso
seria maravilhoso. Seria a oferta que toda meteorologista sonha.
Fechando um acordo, ele disse, — Bem, Claire, se este guardanapo fosse o contrato — ele pegou uma caneta no bolso e escreveu no topo do guardanapo “Contrato de trabalho”
— Você estaria disposta a assinar? Será que você realmente daria tudo por essa oferta de trabalho?
Ela não pestanejou — Em um piscar de olhos! — tirando a caneta da mão de Anthony ela assinou ‘Claire Nichols’ ao lado do logotipo do bar.
Cerca de meia-noite, Claire agradeceu Anthony pela encantadora companhia e explicou que ela estava muito cansada de seu longo dia e precisava ir para casa. — Eu
vou estar na cidade por mais alguns dias. Talvez eu possa chamá-la para jantar? Não é apropriado oferecer a uma dama álcool e não alimentá-la.
— Obrigada. Sinto-me honrada, mas eu acredito que vou recusar a oferta deste incrível cavalheiro e continuar com minha existência glamorosa. Temo que a Weather Channel
não irá entrar em contato comigo a qualquer momento em breve.
Apesar de sua recusa o surpreender, ele não deixou transparecer. A longo prazo, isso não teria importância, mas ele iria jogar com sua inocência. — Eu realmente
entendo, um homem perigoso de fora da cidade tentando saber seus segredos e se oferece para ajudá-la com seus objetivos. Você é inteligente por manter a distância.
— embora seu sorriso sinistro tenha descrevido tudo sobre ele, ele assumiu que ela iria detectar a fachada.
— Uma garota nunca é cuidadosa demais. Na verdade, sinto-me honrada, e eu não acho que você parece ser tão perigoso. — ela começou a sair da cabine, mas ele pegou
a mão dela. Seus olhos se encontraram, e ele inclinou a cabeça para beijar o dorso da sua mão.
— Foi maravilhoso conhecê-la, Claire Nicholls. — com um sorriso, ela puxou sua mão e deslizou lentamente da cabine. No minuto seguinte, ele estava sozinho. Ele pegou
a caneta, assinou seu nome e escreveu a data no mesmo guardanapo. Ele cuidadosamente dobrou-o e o colocou no bolso do paletó. Então ele pegou seu celular e mandou
uma mensagem ao motorista: BUSQUE-ME AGORA. Ele sempre usava palavras completas. Linguagem de texto era uma piada. Fechando os olhos, ele pensou, Sim, a minha aquisição
vai muito bem. Obrigado por perguntar.
Ao olhar para trás por um tempo é
preciso renovar os olhos, para
restaurá-los, de modo a torná-los
mais adequados para a sua
função primordial de olhar - para frente.
– Margaret Fairless Barber - The Roadmender
Capítulo Três
Ela contemplou a sua situação enquanto comia. Ela não levou a discussão do guardanapo a sério. Anthony provavelmente esperava por isso. Ela não se preparou para
se mudar de seu apartamento em Atlanta ou nem mesmo considerou a possibilidade. Sua lembrança de um documento legalmente respaldado deles foi uma completa surpresa.
A intuição de Claire lhe disse que não era legal, mas que recurso ela tinha para lutar presa nesse quarto? Ela procurou de cima a baixo por um telefone, computador
ou qualquer forma de pedir ajuda - nada.
Ela, realmente, achou que iria sair deste pesadelo torcido. No entanto, não era um pesadelo, alucinação ou qualquer outra coisa. Era a sua realidade, e sua mente
procurou uma maneira de sobreviver e escapar.
Claire adorou o mingau de aveia quente, frutas, bacon, café perfeitamente feito, e suco. E devorou cada grama, mesmo vendo que havia duas vezes mais café na garrafa.
Ontem ela quase não comeu. Ela estava agradecida que morrer de fome não fazia parte do plano dele.
De pé para ir ao chuveiro, ela se moveu com cuidado, experimentando as mesmas dores do dia anterior, exceto que se intensificou. Claire não tinha certeza se ela
queria se ver nos espelhos. Enquanto ela cautelosamente entrou no generoso banheiro e lentamente se aproximou da penteadeira. O reflexo que a olhava de volta era
assustador. Seu cabelo estava bagunçado, uma confusão e seu rosto ostentava vários tons de vermelho e azul. A pior imagem tinha que ser seus lábios, parecendo como
se tivessem recebido injeções de Botox. Desta vez, não houve lágrimas. Em vez disso, ela olhou e considerou.
Vovó Nichols disse a ela mais de uma vez que ela era uma jovem mulher excepcionalmente forte. Na mente de Claire, a avó sempre foi forte. O trabalho do vovô na aplicação
da lei o levou para longe de casa, e vovó nunca reclamou. Em vez disso, foi o coração da família - sempre lá para todos e muitas vezes dando conselhos como: ‘Não
são as circunstâncias que fazem da pessoa um sucesso. É como a pessoa responde a essas circunstâncias’. Vovó acreditava que cada situação poderia ser melhor pela
atitude certa. Claire deixou cair o robe. Olhando para a visão no espelho, ela acreditava que a avó nunca imaginou uma situação como esta.
Depois do banho, Claire decidiu não se vestir apropriadamente, como a expectativa de Anthony. Se ele fosse andar em sua suíte, iria encontrá-la em jeans, camisetas
e meias. Além disso, não haveria qualquer maquiagem ou cabelo arrumado. Pode ser um pequeno ato de rebeldia, mas Claire não tinha muitas opções para ser rebelde,
e todos os ossos de seu corpo lhe disseram para lutar. Ela até tentou lutar durante as últimas duas noites, mas isso não funcionou bem.
Entrando no grande closet, Claire percebeu que ela não tinha realmente apreciado tudo o que tinha para oferecer. Primeiro, ela começou a procurar por roupas íntimas,
mas lembrou-se que não existia em nenhuma das gavetas. Então, Claire procurou por jeans. Haviam vários pares, em diferentes tons de azul e diferentes estilos. Vestir
calça jeans não deve quebrar todas as regras; se fosse assim, elas não estariam lá. As marcas que ela leu nas etiquetas ela só tinha visto em lojas como Saks, Hudson,
J Brand e MIH. Ela nunca em sua vida tinha usado jeans como estes. Eles eram macios, incrivelmente confortáveis e se encaixavam perfeitamente.
Agora ela queria uma camiseta. Sentindo um arrepio enquanto ela tirava o roupão, ela decidiu que um suéter seria melhor. As opções eram inúmeras e elegantes. Ela
decidiu por um suéter felpudo rosa de cashmere Dona Karan. Antes de colocá-lo, ela procurou um sutiã. Aparentemente, sutiãs eram contra as regras também, porque
ela não poderia encontrar um. No entanto, ela encontrou uma gaveta cheia de várias camisolas coloridas; ela escolheu uma rosa.
Procurar nas gavetas e armários do closet era como um caça ao tesouro. Ainda vasculhando por meias, ela encontrou várias gavetas de lingerie. Os robes preto e vermelho
de seda em vários comprimentos lembravam um desfile de moda da Victoria Secret. Por fim, ela encontrou meias. Claire não podia compreender que todas essas roupas
luxuosas e extravagantes pertenciam a ela. Na verdade, ela não as queria.
Levada pela curiosidade, ela leu as etiquetas dos vestidos de noite: Aidan Mattox, Armani, Donna Karan, e Emilio Pucci. Esses vestidos poderiam pagar o seu aluguel
em Atlanta, durante seis meses. Fugazmente, ela se perguntou sobre o vestido da noite passada. Sua marca permaneceria um mistério. Ele desapareceu quando o quarto
foi arrumado.
Em seguida, ela inspecionou os sapatos: sapatos escarpã, sandálias, botas e saltos altos - todos com dez centímetros ou mais. As marcas eram igualmente caras como
as dos vestidos: Prada, Calvin Klein, Dior, Kate Spade e Yves Saint Lauren. Nunca realmente um sapato do seu gosto, Claire normalmente usava calçados casuais, crocs
e tênis - raramente saltos e nunca tão altos. Naturalmente, cada par era do seu tamanho.
Sua mente voltou para a escola. Dez anos atrás, ela teria feito qualquer coisa por um armário equipado como aquele em que ela estava. Naquela época, sua irmã a ajudou
a se encaixar apesar da modesta renda de seus pais. Emily a levou a diversas lojas de liquidação e compras de fim de estoque. Funcionou. Ela fazia parte da multidão,
vestindo as roupas certas, sapatos e carregando a bolsa certa Quando ela se virou lentamente e pegou todas as roupas, ela desejou que não tivesse o armário ou qualquer
uma das memórias.
Ela ouviu o sinal sonoro e a porta da suíte abriu. Seu coração disparou. Quem estava aqui? E por quando tempo ela tinha estado no closet? Entrando na suíte, ela
viu o almoço ser entregue pelo mesmo jovem que lhe trouxe o jantar na noite anterior. Claire não tinha notado na noite passada, mas ele parecia latino. Ela lhe preguntou
sobre a comida. Ele sorriu e lhe disse, — Eu trago o almoço Srta. Claire. — ela perguntou sobre Catherine, se ela estaria chegando. Ele respondeu — Eu trago o almoço
Srta. Claire. — parecia sem sentido fazer outras perguntas. Claire então sorriu e o agradeceu pelo almoço.
Cada reposta e sorriso que o jovem ofereceu foram desacompanhados de contato com os olhos. Claire pensou sobre o seu trabalho, trazendo-lhe comida. Obviamente, com
a falta de maquiagem, ele podia ver suas contusões. Inferno, ele abriu uma porta trancada para trazer comida. O que ele achava dela, da situação? A ideia de ver
sua situação do ponto de vista de outra pessoa apertava seu peito. A tristeza se intensificou ao perceber que mais uma vez ela estava completamente sozinha. Em vez
de ir para a mesa, Claire se sentou no sofá e colocou os braços em volta dos joelhos. Olhando fixamente para a lareira, ela até pensou em ligá-la. O tempo passou
sem ela perceber. Ela não se lembrava de dormir. Sua posição não mudou. O silêncio insuportável e isolamento se combinavam para criar uma espécie de tempo-e-espaço
contínuo. Depois de três horas, ela se mexeu no sofá. Foi então que ela percebeu que a comida permanecia na mesa, intocada.
O brilho sutil por trás das cortinas lembrou Claire que ela não tinha olhado para fora das janelas, uma vez que ela acordou na manhã de ontem. Ela verificou por
um meio de fuga na primeira noite, e tudo estava trancado. Mas, então, já estava escuro, e ela não conseguia ver além de seu próprio reflexo.
Das várias cortinas douradas, a maior cobria uma parte da parede perto da área de estar. Claire foi para lá, à procura de algo para puxar as cortinas, movê-las e
revelar o segredo do outro lado. Após minutos de busca, Claire encontrou um interruptor. Ela levantou o interruptor. As cortinas se abriram e revelaram altas portas
francesas que conduziam a uma varanda.
Na sua histeria na outra noite, ela não percebeu que se tratava de portas e não janelas. Ela definitivamente não viu a varanda. Sua mente correu com possibilidades:
talvez a partir da varanda, ela poderia descer. Infelizmente não, as portas francesas foram fechadas e trancadas. A chave estava longe de ser encontrada. E Claire
tinha uma boa ideia de quem estava com ela.
A visão além das portas revelou um massivo campo desabitado, por quilômetros apenas árvores – milhares e milhares de árvores - em um terreno muito plano. Uma vez
que ela parou de ver a magnitude do terreno despovoado, ela percebeu que as árvores não eram verdes, e a terra não era vermelha. Quando ela e Anthony fizeram seu
acordo contratual, eles estavam em um bar, o Red Wing, em Atlanta.
O que ela viu através das portas trancadas da varanda não se parecia com a Geórgia. Ela ansiava por sua casa em Atlanta. Mesmo que ela não fosse de lá, sua carreira
a tinha levado para a WKPZ, uma afiliada local de Atlanta. Essa jornada começou com a especialização em meteorologia na Universidade de Valparaiso, em Indiana. Sendo
nascida e criada em Fishers, foda de Indianapolis, era esperado estudar em Indiana. Seus sonhos quase terminaram quando ambos seus pais morreram tragicamente durante
seu primeiro ano. Milagrosamente, ela recebeu uma bolsa de estudos. Isto, com seus empréstimos estudantis e o seu trabalho como bartender, lhe permitiu continuar
com os estudos. Após a formatura, seu caminho a levou a um estágio não remunerado de um ano em Nova York. Sendo uma meteorologista, ela devia ter percebido o quanto
odiaria o tempo em Albany. No entanto, foi poder viver com sua irmã e cunhado que a fizeram a oferta fácil de aceitar. Recentemente casados, Emily e John estavam
muito dispostos a ajudar Claire de qualquer maneira que pudessem. Emily dava aulas em uma escola e John começou a trabalhar em uma estimada empresa de advocacia
em Albany. Desde que os dois eram namorados na escola, Claire sabia que John iria fazer uma grande parte em sua vida. Viver com eles foi fácil. Em retrospecto, talvez
não para os recém-casados; mas para Claire, eles eram sua única família.
Quando a oferta da WKPZ veio no final de seu estágio, Claire voluntariamente seguiu caminho para Atlanta. Ela imaginou que precisava de um tempo sozinha, além disso,
o clima estava melhor em Atlanta e o trabalho era tudo o que ela rezou para ter. À medida que os anos passaram, ela aprendeu mais e mais sobre o negócio, ganhou
respeito, notoriedade e uma renda crescente. O gerente da estação disse a ela mais de uma vez que sua vontade em apreender e trabalho fizeram dela uma estrela em
ascensão.
O caminho atingiu um obstáculo em abril de 2009, quando a WKPZ foi comprada por uma grande rede corporativa. Claire não foi à única pessoa a perder o emprego. Na
verdade, mais da metade dos veteranos e a maioria dos estagiários e assistentes foram dispensados. Até então, ela tinha empréstimos estudantis, um apartamento financiado,
carro e um cartão de crédito. Honestamente, o cartão de crédito e o trabalho como bartender mantiveram a comida na mesa enquanto ela procurava um novo emprego. Ela
pensou em deixar Atlanta. Mas ela gostava da cidade, do clima e das pessoas.
Em Atlanta, ela poderia depender do céu azul anil e da terra vermelha enferrujada. A vista de sua janela era preta e branca, como uma fotografia antiga. O chão,
árvores e grama eram incolores. O céu coberto de nuvens pairava baixo e sem fim. A palavra que veio à cabeça foi ‘frio’. Ela poderia estar em Indiana, Michigan,
ou em qualquer lugar do Centro-Oeste. Pareciam todos iguais. Ela odiava o inverno, a escuridão e a ausência de cor. Agora, ela estava olhando para isso através das
janelas de sua prisão.
Claire se perguntou se ela deveria ter aberto as cortinas. Sua descoberta fez sua situação mais horrenda. Se ela não estava em Atlanta, onde ela estava? E como ela
chegou aqui? Ela olhou para o interruptor estúpido e considerou fechar o mundo exterior sombrio. Isto não estava a ajudando a sua situação. Claire decidiu que o
interruptor não iria ajudar em sua situação ou o empregado que não falava inglês, as roupas caras ou o ambiente de luxo. Ela estava sendo mantida prisioneira por
um homem louco que de alguma forma acreditava que ela agora era sua propriedade. Sua localização, o ambiente luxuoso, as roupas extravagantes - nada disso importava.
Ela poderia estar em uma cela de blocos de concreto. Ela ainda seria uma prisioneira e estas coisas estúpidas não a ajudariam.
Enquanto as horas dos dias se passaram, Claire não tinha nada para fazer além de pensar. Ela pensou principalmente em fugir, fantasiando sobre atravessar o grande
cenário arborizado fora de sua janela. Em sua fantasia, a salvação vinha através das árvores. Mas ela não podia sair da suíte, muito menos ir para as árvores. Depois
de alguns dias, em um momento de desespero, Claire pegou umas das cadeiras da mesa e tentou quebrar os vidros das portas francesas. A maldita cadeira ricocheteou
no vidro. Ela procurou na suíte por algo pesado. A coisa mais próxima a isso era um livro grosso. Mesmo ataques repetidos, não surtiram nenhum efeito sobre as janelas.
As horas e os dias que ela passou sozinha a fizeram ansiar pela confusão e agitação do Red Wing. Ela se perguntou sobre os frequentares e seus colegas de trabalho.
Não teve ninguém relatando o seu desaparecimento? Esses pensamentos geralmente resultavam em lágrimas e dor de cabeça. Em uma tentativa de autopreservação e sanidade,
ela começou a pensar sobre o passado. Havia algo no passado que a levou a isso?
Gostando de ciências e do tempo, meteorologia parecia uma escolha natural. Ela amava o desconhecido. Quando era adolescente, ela experimentou seu primeiro tornado.
O poder e a imprevisibilidade da tempestade a fascinavam. Era hilariante assistir frentes frias e quentes se colidirem. Gostava de saber mais sobre isso e os por
quês. Os computadores podiam ajudar a prever o tempo. Mas é uma parte tão pequena. Por que algumas frentes frias paravam e criavam inundações, quando dias antes
foram previstos apenas uma polegada de chuva? Como pode um dia quente e ensolarado, de repente virar tempestade? Ela queria entender melhor, para controlar os resultados
de alguma forma, tentar minimizar as suas forças destrutivas. Mas agora uma licenciatura em meteorologia era inútil.
Perto do fim de março...
Ele tinha estado no apartamento em várias ocasiões. Felizmente, esta seria a sua última visita. Olhando para o relógio TAG Heuer, ele sabia que o caminhão de mudanças
estaria lá em 30 minutos. Ele caminhou lentamente ao redor dos quartos pequenos. No quarto dela, ele avaliou o que restou de seus pertences. Todo o resto, as roupas
e utensílios domésticos, haviam sido colocados em caixas etiquetadas para a doação. A cama foi retirada. Somente o colchão e quadro permaneceram no quarto.
Anthony refletiu sobre os itens em cima da cômoda. Havia porta-retratos indicando uma ligação sentimental. Ele conhecia a maioria dos rostos. Alguns tinham visto
pessoalmente. Outros ele conheceu através das informações necessárias. Havia uma foto de seus avós em um desses porta-retratos baratos. Depois havia uma foto antiga
de Claire e sua irmã Emily ao lado de seus pais tirada em frente à ponte Golden Gate. Se ele tivesse que adivinhar, diria que Claire estava prestes a fazer doze
ou treze anos. Havia um close de Claire e Emily no casamento de Emily. Ele reconheceu a ocasião mesmo que Emily não estivesse usando grinalda. Relembrou aquele dia.
Estava quente e úmido, mesmo para Indiana. A última foto era uma das mais recentes e Emily e John estavam sentados em um sofá.
Também sobre a cômoda havia algumas caixas de joias. As coisas baratas tinham sido incluídas nas caixas de doação. Essas joias, no entanto, eram refinadas. O colar
de pérolas em ouro branco era o mesmo que ela usava na foto do casamento de Emily. Havia também um par de brincos de diamantes. Anthony avaliou os diamantes, com
as mãos enluvadas, decidiu colocá-los na caixa de doação. Os malditos brincos não poderiam ter nem metade do peso de um quilate. Ele sorriu. Se quisesse dar a Claire
brincos de diamante, eles com certeza seriam maiores do que isso.
Caminhando em direção à sala de estar, ele olhou para o banheiro, completamente vazio, a maioria das coisas tinha sido jogadas no lixo. Ninguém queria um banheiro
utilizado. A sala de estar estava supreendentemente sem vida, contrastando com o modo que já esteve meses atrás, quando ele entrou no apartamento para instalar as
câmeras de segurança. A pequena sala o surpreendeu. Ela tinha armários grandes e no entanto, era aconchegante, se isso era possível. Talvez fosse as fotos, plantas,
ou o eclético mobiliário, ele realmente não sabia. Mas, combinava com ela.
Agora o quarto era essencial. Ele olhou para o relógio: tinha mais dezessete minutos. Pegou o notebook e o encaixotou. Olhando para o quarto, decidiu guardar todas
as fotos e o colar de pérolas. Ele os colocou no caixa com o notebook.
Lembrar do computador tinha sido inestimável. Através disso, ele conseguiu acessar sua agenda, e-mail e várias outras contas. Ele encontrou todos os compromissos
agendados e via e-mail cancelou todos. Ele também enviou um e-mail para o chefe, amigos do Facebook e a irmã. Todos eles receberam uma mensagem semelhante descrendo
uma incrível oportunidade de emprego e como ela ficaria inacessível por um tempo, mas que gostaria de voltar em breve, logo que decidisse o seu futuro. Por meio
do notebook, sua conta bancária, cartão de crédito, empréstimos estudantil, serviços públicos e a conta do telefone celular foram todas checadas. Os saldos agora
estavam zerados. Depois de pagar cada pendência, encerrou todas as contas. O dinheiro em sua conta bancária era difícil de ser rastreado, mas se alguém investigasse,
saberia que foi um pagamento da WKPZ. Anthony esperava que ninguém investigasse isso mais afundo, mas se acontecesse, não haveria suspeitas. Claro, a WKPZ não tinha
registro de operações semelhantes, mas a probabilidade de alguém investigar exaustivamente era quase nula. O fato de que o dinheiro tinha sido depositado em sua
poupança e conta corrente quatro dias antes do seu desaparecimento criava uma ilusão. Sorrindo, ele se lembrou de quando esteve com ela no Red Wing, sabendo que
tinha uma divida de 200 mil dólares. Anthony sabia que ela tinha checado suas contas no fim de semana. Naquela época, ela teria se sentado e tentado organizar as
despesas. Um dia depois de fazer isto, o dinheiro tinha aparecido eletronicamente.
Os pagamentos das dívidas e as mensagens de e-mail semelhantes faziam seu desaparecimento parecer planejado. Se ele pudesse bater nas próprias costas, Anthony teria
dado um tapinha pelo plano, afinal ele merecia!
O gerente da Red Wing foi o mais difícil de acalmar. Depois do e-mail, ele imediatamente começou a ligar e mandar mensagens de texto. Felizmente, Anthony tinha levado
seu Blackberry com ele de volta para Iowa. Claire respondeu em tom de desculpa para o gerente via texto. Ela estava tão triste por deixá-lo com tanta pressa, mas
você tem que responder quando a oportunidade bate. Anthony tinha certeza que, se ela voltasse a Atlanta, Red Wing não a contrataria novamente.
Mantendo seu laptop, ele pode verificar seus e-mails e os saldos das contas. Ele também seria capaz de enviar periodicamente e-mails ou postar um status no Facebook
para manter os curiosos de exagerar. Mesmo que o computador estaria em Iowa, o endereço de web e URL não mudaria. Ninguém saberia o ponto de origem.
O Blackberry de Claire teve um infeliz acidente. Muitos celulares contêm rastreadores GPS. Anthony não estava disposto a correr esse risco. Um texto em massa foi
enviado explicando que Claire teria um novo número em breve e que ela entraria em contato com todo mundo o mais rápido possível. E então, depois de remover o cartão
SIM, Anthony passou com seu carro alugado em cima do telefone. Ele não sobreviveu. Seu estojo também continha o hardware final do seu equipamento de vigilância.
Ele definitivamente não queria algum pintor estúpido fuçando através de uma de suas câmeras.
Seis meses de filmagens ensinou-lhe muito sobre Claire Nichols. Ela saía tarde e gostava de dormir no final da manhã. Ela gostava de cozinhar e assar, mas fazia
isto raramente. Não tinha namorados ou visitantes do sexo masculino em seu apartamento, o que fez Anthony feliz. Ela gostava de falar ao telefone e conversar com
as pessoas no computador. Ela raramente assistia televisão com exceção de um show chamado Grey’s Anatomy e outra que passava no mesmo canal. Ela gostava de se exercitar,
às vezes com alguma amiga ao lado. Raramente ela ficava no apartamento. Ela saía com amigos com frequência. Muitas vezes, ela voltava para casa em um estado não
tão sóbrio, mas, novamente, sempre sozinha. Durante a época de Natal, ela colocava as decorações e até mesmo uma árvore. A melhor parte da vigilância foi o acesso
aos seus horários e senhas. O uso do computador teria sido mais difícil sem essas senhas. Oh, ele poderia ter feito isso, mas isso era mais fácil.
Anthony ouviu uma batida na porta. Ele tirou as luvas, as colocou no bolso, e abriu a porta. — Olá, você é John Vandersol? — o homem musculoso tinha manchas em sua
camisa e rosto encharcado de suor.
— Sim, sou eu. Você é o carregador? Entre. — Anthony decidiu que mesmo que ele não parecesse em nada com o cunhado de Claire, a sua presença em seu apartamento fazia
mais sentido do que qualquer outro homem. As pessoas raramente lembravam rostos de qualquer maneira.
Ele assinou o contrato e pagou o homem em dinheiro, com uma gorjeta de $200. Ele explicou que sua cunhada mudou-se para outra cidade para um trabalho e queria todas
as suas coisas levadas ao refúgio local para doação. O carregador não estava interessado na história e Anthony não empurrou. Ele deu informações suficientes para
fazer a transição plausível e não muito para fazê-la soar artificial. Pena que Claire não teria que apresentar impostos. Ela poderia receber um inferno de uma dedução
de suas doações. Não levou muitos homens para esvaziar o apartamento.
Seu carro foi vendido por um preço incrivelmente baixo. Na verdade, não tinha sido suficiente para pagar o empréstimo, mas o objetivo era livrar-se dele. Forjar
a sua assinatura no documento não foi difícil. Ele usou a sua assinatura no guardanapo como um padrão. O comprador sortudo não fez perguntas.
Acariciando o estojo que continha os únicos resquícios da vida anterior de Claire, Anthony limpou a maçaneta da porta com suas luvas, trancou a porta do apartamento
vazio e colocou as chaves em um envelope. O complexo tinha sido avisado por e-mail sobre a súbita mudança de Claire, bem como o reembolso por quebra de contrato.
O envelope foi depositado em uma abertura na porta do escritório. Entrando no veículo alugado, ele ligou para seu motorista, — Pegue-me no Condomínio Econômico,
dez minutos.
Anthony não gostava de fazer todas essas coisas ele mesmo. Em outras circunstâncias, ele iria contratar alguém para encaixotar os itens ou esperar pelos carregadores.
Isto, no entanto, não eram circunstâncias normais. Ele não podia arriscar que outros soubessem o seu plano. Ele não podia confiar nem no seu melhor amigo e chefe
de sua equipe legal. Isso tudo era muito particular.
Eric, o motorista de Anthony, tinha alguma pista sobre as coisas acontecendo em Atlanta. Ele tinha mais de uma pista. Ele ajudou no transporte de Claire de volta
para Iowa. Mas sua lealdade era constante, como acontece com o resto do seu pessoal doméstico.
Suspirando, enquanto estacionava o discreto Toyota Camry cinza no estacionamento da locadora, ele deu graças a Deus que isso estava feito. Agora, era trocar-se para
seu tipo de roupa, voltar para sua vida real, se preparar para suas reuniões agendadas no exterior e decidir o futuro de Claire. Ele abriu um sorriso secreto - a
aquisição foi concluída.
Através do humor, você pode suavizar
alguns dos piores golpes móveis vida oferece.
E uma vez que você encontrar o riso,
não dê anúncio importa quão dolorosa situação pode ser,
você pode sobreviver.
- Bill Crosby
Capítulo Quatro
Várias vezes por dia, ela pensava em seu encontro casual com Anthony Rawlings. Ela acreditava que seu nome soava familiar, mas ainda não sabe o porquê. Deus, ela
gostaria de colocar seu nome no Google e ver o que saia; talvez louco abusivo Homem ou um Maluco com um complexo de Supremacia?
Um dia, enquanto atendia o bar, eles começaram a conversar e não sobre qualquer coisa que Claire podia se lembrar, apenas conversa. Ele era atencioso e encantador.
Seus olhos a hipnotizavam, mas não com medo, como fizeram agora, mais de um puxão. Sua política era não ver os clientes socialmente. No entanto, por alguma razão,
quando ele a convidou para uma pequena cabine após seu turno, ela aceitou. Em retrospectiva, Claire acreditava que ela estava segura, ainda estando no Red Wid. Uma
vez lá, eles conversaram e beberam um pouco de vinho. Em algum momento, ele tinha um guardanapo e falou sobre ajudá-la a conseguir um emprego. Era algo sobre Weather
Channel - definitivamente não era isso. Lembrou-se de assinar um guardanapo, mas ele não. Parecia inofensivo. Ela não conseguia se lembrar o que estava escrito no
guardanapo. Eles não discutiram isso novamente enquanto eles compartilhavam mais algumas taças de cabernet sauvignon. Depois disso, ela foi para casa sozinha.
No dia seguinte, ela dormiu, comprara mantimentos, que agora apodrecem em sua geladeira e trabalhara no turno final. Se soubesse que era seu último dia de liberdade,
ela teria gasto ele de uma forma mais produtiva: visitar amigos, desfrutar de uma multidão no shopping, ou ligar para a irmã. Claire perguntou se Anthony tinha voltado
para o bar naquele dia. Ela achava que não, mas lembrou-se da ligação dele.
17 de março cerca de uma semana atrás...
A mudança de Claire terminou às seis, o que foi bom. Ela queria sair antes que a multidão de férias batesse no Red Wing. A cerveja verde ansiosamente aguardava os
patronos irlandeses, que no dia de St. Patrick vinham todos.
No dia anterior, quando Anthony Rawlings ligou para o Red Wing, Claire ficou chocada. Ela realmente não esperava ouvi-lo novamente. O convite veio quando os lugares
no bar estavam começando a encher. Seu chefe não gostava de chamadas pessoais nos horários lentos do dia, muito menos nos de pico. — Olá, aqui é Claire. Posso te
ajudar?
— Boa noite, Claire. — seu coração pulou uma batida, reconhecendo de imediato a voz rouca profunda que acompanhava o homem de olhos escuros e cabelos escuros.
— Anthony?
Primeiro, uma risada, então, — Estou impressionado. Você tem uma memória maravilhosa para vozes.
Bem, sim, quando acompanham pessoas como você. — Obrigada, eu falo com as pessoas para uma vida. Estou surpresa que você ligou. Esqueceu alguma coisa ou deixou algo?
— Bem, sim e não. — o gerente caminhou em direção a ela. Ela cobriu o telefone e sussurrou: — Cliente de ontem à procura de alguma coisa. — ele virou-se e caminhou
até a cozinha.
— Ok, se você me deixar saber o que é, eu posso procurar em volta e te ligar de volta. Primeiro deixe-me ver o seu número.
— Oh, você definitivamente tem o meu número. Primeiro, eu acho que você deveria saber o que eu deixei. — Claire esperou impacientemente. Ele parecia misterioso,
mas havia pessoas à espera. Finalmente, ele disse: — Você, Claire...
As faces coradas. — Como?
— Eu estive pensando sobre você e ficaria honrado se você concordasse em me acompanhar para jantar.
A mente de Claire se mexia. Ela tentou pensar, mas o bar foi enchendo de patronos todos olhando para ela procurando por serviço. Anthony estava esperando por ela
para responder. Ontem à noite, ele estava tão bonito e charmoso. A perspectiva de alguém como ele, mais velho e bem-sucedido, tendo o tempo para ligar para ela depois
de algumas horas de conversa era lisonjeiro. Ela trabalhou para soar resistente. — Eu sinto muito, eu trabalho até fechar. É muito tarde para o jantar.
— Alguém chamada Cristal que atendeu ao telefone disse mais cedo que você trabalha o primeiro turno amanhã. Ou você vai me ligar de novo e me mandar para casa com
o coração partido?
Claire suspirou. Isto era fora de sua zona de conforto, mas, novamente, ela não quer ser responsável pelo envio de um pobre bem sucedido empresário lindo para casa
com o coração partido. — Eu vou sair amanhã às seis, mas se você se lembra da noite passada, não é sempre pontual. Eu poderia estar pronta até sete, se não for tarde
demais para você?
Seu tom era mais leve e mais rápido. — Maravilhoso. Devo buscá-la na Red Wing ou no seu apartamento?
Oh Deus, ela não estava pronta para ele saber onde ela morava. — Eu posso encontrar você —
Ele a cortou. — Tenho certeza de que você pode, mas deixe-me pegar você em grande estilo. Vejo você às sete na Red Wing, e nós estamos indo para Chez Czar. Até amanhã,
Claire. — o telefone desligou.
Para os próximos sessenta e setenta minutos, a enxurrada de pedidos e clientes que necessitam de pacificação mantinha sua mente a partir de registrar integralmente
suas ações. Ela aceitou o convite para um dos melhores locais para jantar em Atlanta com alguém que mal conhecia. Ela quebrou a regra ‘não sair com um cliente’ e
‘não sair no mesmo carro’ em uma regra de primeiro encontro. Mas talvez o primeiro encontro foi no estande na Red Wing. Então isso vai ser oficialmente o segundo
encontro, que é totalmente aceitável. Oh meu Deus, o que ela usaria?
Às seis e quinze, ela cronometrou oficialmente seu registo equilibrado. Na parte de trás do bar, havia um pequeno vestiário onde os trabalhadores do sexo feminino
mantinham suas bolsas, casacos e roupas extras. Claire sabia que sua camiseta Red Wing e jeans não faria jus ao Chez Czar. Além disso, a última vez que ela viu Anthony,
ele estava usando um terno muito agradável.
Abrindo seu armário, ela tirou um vestido preto. Ela não tinha tido muito tempo esta manhã, mas depois de depilar as pernas, ela decidiu correr para Greenbriar Mall
e ver se Macy tinha algo em sua faixa de preço. Descobriu que não havia nada de graça, mas encontrou um vestido preto simples em promoção. Era menor do que ela normalmente
usava, mas se encaixa e ela não teve tempo de ser exigente. Depois de uma corrida rápida através de Burlington, um par de sandálias de salto alto preto simples foi
comprado. Ela tinha uma meia camisola de algodão preto que complementou o vestido bem e seria perfeito para uma noite fria de primavera.
Depois de trocar suas roupas e encher sua camiseta e calça jeans de volta para o armário, ela se olhou no espelho. Ela imediatamente se sentiu boba. Isto não era
ela. Ela usava de jeans, camisetas e tênis.
Algum, delineador, rímel e gloss, acompanhados por uma escova rápida através de seu cabelo era tão bom quanto isso iria ficar. A julgar pelos gritos de ambos os
lados do bar, quando ela entrou na frente da Red Wing, ela fez tudo certo. — Olha isso, coisa quente. Aonde você vai toda arrumada? — o gerente de Claire tinha uma
variedade de vozes em seu repertório. Esta foi a sua de paquera.
Sentindo-se brincalhona, ela decidiu jogar de volta para ele e responder no belo sotaque sulista, — Por que, senhor? — as sílabas arrastadas — Eu não sei o que você
quer dizer. — ele ergueu as sobrancelhas e olhou. — Bem, graciosa bondade, eu tenho um pequeno encontro com um cara estranhamente obscuro e alto.
Poucos minutos depois, Claire viu um preto brilhante Porsche estacionar até a frente do bar. — Vejo vocês mais tarde. Não espere. — os colegas de trabalho por trás
do bar fizeram um pouco de barulho e gritaram. Claire sorriu enquanto as vozes desapareceram nos sons da noite, do outro lado da porta.
Anthony saiu do lado do motorista. Imediatamente, ela estava contente que ela decidiu encontrar um vestido. O tom claro do terno Armani dele estava perfeitamente
adaptado. Sua saudação foi educada quando ele mais uma vez beijou-lhe a mão e a acompanhou para a porta do passageiro. O simples ato parecia elegante.
Sendo um autêntico restaurante italiano de quatro estrelas no centro de Atlanta, todos sabiam que Chez Czar tinha a reputação de ser um lugar difícil de conseguir
reservas. No entanto, a anfitriã imediatamente os guiou para um dos seus melhores lugares.
Quando o garçom chegou com os menus, Anthony pediu imediatamente para a sua melhor garrafa de Batasiolo Barolo. Após o garçom partir, Claire começou a olhar para
o menu. Ela não pôde deixar de notar que não havia preços. O que isso significa? Quando ela olhou para cima de trás da pasta com capa de couro grande, Anthony estava
olhando para ela, e não ao seu menu. Mais uma vez, Claire sentiu o rosto corar.
— Você já sabe o que você quer? — ela perguntou.
— Eu acredito que eu sim. — ele estendeu a mão para o seu menu. Claire soltou, embora ela não tivesse tido a chance de realmente ver suas escolhas. A coisa toda
‘sem preço’ a tinha abafado um pouco. — E eu não posso vê-la por trás desse grande menu. — Claire sorriu. Ela nunca tinha conhecido um homem como Anthony. Ela sentia
como se tivesse toda a sua atenção, e foi bom, mas inquietante. Quando o garçom voltou com o vinho, ele derramou uma pequena quantidade em um copo. Anthony provou
o líquido e respondeu: — Ah, sim. — o garçom serviu duas taças.
Claire perguntou se isso era o que as pessoas falavam de um navio de cruzeiro com um serviço incrível. Só Deus sabe que ninguém foi tratado assim no Red Wing ou
Applebee para esse assunto. Antes que ela percebesse o que aconteceu, Anthony pedia o jantar. — Bem, obrigada. — seu tom de voz era hesitante.
— Você não gosta de salada Caesar e camarão linguine? — ele perguntou, espantado.
— Oh, eu gosto. Eu nunca tive ninguém fazendo meu pedido sem me perguntar a minha preferência. — Claire pensou consigo mesma, Mas então novamente, eu nunca conheci
ninguém como você.
As pontas de seus lábios se moviam para cima, e seus olhos brilhavam. — Se você não gosta de sua comida, nós certamente podemos enviá-lo de volta para buscar outra
coisa.
Ela gostava da comida. Assim que o linguine chegou à mesa e o aroma de alho e manteiga penetrou seus sentidos, ela sabia que o sabor seria ainda melhor. Quando o
camarão tocou sua língua, ela saboreou o sabor temperado. Anthony foi incrivelmente charmoso e educado. Depois do jantar, enquanto esperavam o manobrista, ele gentilmente
colocou seu braço ao redor da cintura dela. Ele era muito mais alto do que ela percebeu no Red Wing. Inclinando-se para baixo de sua orelha, ele sussurrou, — Posso
te beijar?
Sentindo a sensação incontrolável de seu olhar, Claire apenas assentiu. Quando seus lábios se tocaram, eles eram macios e cheios. Momentaneamente, ela sentiu o resto
do mundo desaparecer. Ele terminou cedo demais. Quando ele se afastou do contato, Anthony sorriu e Claire sentiu as bochechas corarem. Uma vez que eles estavam de
volta no carro, ele perguntou, — Você está pronta para voltar para a Red Wing ou devo levá-la para sua casa? — Claire pensou em suas opções. Ele ofereceu-lhe uma
terceira alternativa. — Ou você gostaria de se juntar a mim na minha suíte, talvez por um pouco mais de vinho, ou poderíamos chamar o serviço de quarto para a sobremesa?
Sorrindo, ela respondeu, — Eu gosto de sobremesa.
O hall de entrada do hotel era requintado com pisos de mármore, grandes lustres brilhantes e enormes arranjos florais. Claire tentou não olhar ao redor. Ela nunca
tinha entrado num estabelecimento exclusivo. Sua suíte no Ritz Carlton era grande como um apartamento e uma vez lá dentro, ele permaneceu suave e sensual. Seus olhos
eram profundos. Deram-lhe a sensação de chocolate, escuro e derretido. Embora ela não o conhecesse muito bem, ela concordou em romance e prazeres sexuais. Ele era
romântico e atencioso. Havia algo nele que a fez quebrar todas as suas próprias regras.
Foi depois da meia-noite, quando Claire levantou a cabeça para encontrar agora o leite com chocolate olhos de Anthony. — Eu realmente preciso voltar para minha casa.
— Claire tinha apreciado os lençóis macios. — Eu não quero incomodá-lo, eu posso pegar um táxi lá embaixo. — ela começou a se afastar, quando ele gentilmente estendeu
a mão para ela.
— Se eu prometo a você um passeio na parte da manhã, você consideraria mais uma sobremesa? — a expressão de Anthony, bem como outra de suas características informou
a Claire que ele queria que ela escolhesse a sobremesa. Ela sabia que não estava programado para estar no trabalho em tudo no dia seguinte.
— Eu não quero atrapalhar sua programação. Estou certa de que você está ocupado.
— Eu prometo, isso não é uma interrupção. E talvez depois de mais sobremesa, poderíamos ter outra taça de vinho. Há ainda um pouco na garrafa de serviço de quarto.
— a última vez que ela olhou para o relógio era 01:15h. Mesmo naquele momento, Claire não percebeu a consequência de seu acordo no guardanapo.
Quando Claire deitou no sofá recordando os acontecimentos que levaram a este lugar e esta situação, ela não conseguia se lembrar de viajar. Lembrou-se de um carro,
mas não conseguia se lembrar de qualquer outra parte da casa. Ela não conseguia se lembrar de todas as outras lembranças de Atlanta. Naquela época, 01:15h era sua
última lembrança consciente de sua vida.
A partir das outras janelas perto da cama, ela podia ver apenas árvores. Ela deve estar no final da habitação, porque ela não podia ver mais da casa. Suas janelas
estavam longe do chão. Mesmo que se abrissem, ela iria quebrar alguma coisa daquela altura. Dia após dia, o céu se iluminava em tons de cinza e depois escurecia
muito cedo. Manter o controle dos dias tornou-se difícil.
Querendo saber onde ela estava, Claire disse a si mesma que quando Catherine voltasse, ela iria perguntar sobre sua localização. Catherine não veio, o homem jovem
que não fala inglês sim. Dia após dia, ninguém veio falar com ela. A comida veio e o quarto foi arrumado. Roupas foram milagrosamente lavadas e voltaram para seu
armário ou gavetas, mas nenhuma pessoa jamais foi vista. Ela estava sozinha. O isolamento era um inferno. Não pode deixar marcas físicas, mas era uma forma mais
limpa de abuso de Anthony.
Claire nunca foi de assistir muito a TV e a TV em sua suíte não tinha muitos canais. No entanto, ela verificava as notícias todas as manhãs para saber que dia era.
Eles haviam começado a misturar. Em 02 de abril, ela finalmente ouviu uma batida repetida na porta.
Os últimos 13 dias não foram uma perda total. Depois de dois ou três, Claire percebeu que o canal do tempo falaria do clima local. A primeira vez que ela se sentava
para assistir, ela estava atordoada. O locutor da meia-noite, Shelby, se graduou em Valparaiso um ano antes dela. Claire assistia incrédula. Como poderia Shelby
estar no Weather Channel e ela ser mantida prisioneira em uma casa em Iowa? O clima local veio de Iowa City, Iowa.
Ela descobriu que suas janelas davam para o sudeste. O sol brilhou em algum dos 13 dias de sua reclusão. As horas de sol se estenderam por minutos a cada dia, mas
ainda parecia frio. Com as janelas com isolamento e lareira acolhedora, o conhecimento da temperatura para Claire era mantido por Shelby e seu canal de tempo.
Como um meio de fuga, Claire virou-se para a leitura. As estantes embutidas estavam cheias de best-sellers atuais. Havia séries e livros individuais. Ela gostava
de ler quando ela era uma criança, mas a vida tinha se tornado muito ocupado. Isso não parece ser um problema por mais tempo.
Ela também descobriu uma pequena geladeira que sempre foi abastecida com água e frutas. Ninguém nunca perguntou o que ela queria comer. Realmente ela não estava
com fome, considerando que ela não fazia nada para abrir o apetite. Tomou banho, vestiu-se e se enfeitou um pouco. A rebelião parecia sem sentido, sem ninguém para
se rebelar contra. Um sinal de progresso, as contusões desapareceram de vermelho, ao azul, a púrpura, a verde, amarelo e agora muito indistinto.
A batida veio novamente. Alimentos em geral entravam após a primeira batida, essa pessoa estava esperando por um convite. Ela não achava que era Anthony, ele não
batia. Poderia ser Catherine? Lentamente, Claire se aproximou da porta.
— Sim? Quem está aí? — a antecipação de realmente ouvir uma voz responder a ela foi estimulante.
Decepção para uma alma nobre
é o que a água fria é metal incandescente.
Ele fortalece, os ânimos, intensifica, mas nunca destrói.
- Desconhecido
Capítulo Cinco
— Sra. Claire, eu posso entrar?
O coração de Claire saltou. A mulher que mal conhecia era a única pessoa que Claire orou cada um dos últimos 13 dias para que viesse a ela. Animada para usar sua
voz de novo, ela disse, — Sim, Catherine, por favor, entre. — não era como se Claire pudesse abrir a porta do seu lado.
Claire ouviu o sinal sonoro. Catherine abriu a porta e sorriu tristemente para Claire. Claire queria abraçá-la, mas algo nos olhos de Catherine disse, ‘Não, agora
não. Eu não fui capaz de chegar aqui antes’. Era como se ela tivesse falado isso, mas seus lábios não se moveram.
— Sra. Claire, você parece... bem descansada. Eu tenho uma mensagem para você. — Claire assentiu, antecipando a mensagem de Anthony. — Sr. Rawlings estará vindo
para vê-la esta noite. Ele chegará tarde na cidade. Ele disse espera-lo entre as nove e dez.
Claire olhou para o relógio ao lado da cama. Era apenas 14:35 — Certo. — ela não sabia o que fazer. Ela não podia recusar exatamente a entrada dele. Ele não pedia,
apenas proclamava. — Vamos jantar?
— Você vai jantar sozinha. Ele estará aqui muito tarde para o jantar. — Catherine olhou como se quisesse dizer mais, mas sabia que era melhor não. Talvez um dia
Claire seria assim, soubesse melhor. Então, novamente, esperava que ela estivesse fora daqui antes disso.
— Catherine, você poderia, por favor, me ajudar a me preparar?
— Não, senhorita. Sinto muito, mas seu traje e apresentação devem ser feitos por você mesma. — Catherine se virou para sair da suíte.
— Por favor, espere. Catherine, não pode fazer o favor de ficar e conversar comigo, mesmo por pouco tempo? Afinal de contas, temos cinco horas antes do Sr. Rawlings
chegar.
— Eu tenho que ir, mas eu posso dizer que você está linda. Eu gosto do seu rosto... bem, ah... limpo. — Catherine sorriu, um sorriso verdadeiro e terno e saiu da
suíte.
De alguma forma, Claire sabia que era um jogo mental. Ele estava testando para ver como ela iria se vestir, olhar e agir. Ele também estava testando para determinar
se sua mera presença causava mal-estar. Ela decidiu que este exame era uma oportunidade de responder às suas circunstâncias em vez de reagir. Ele tomaria seu corpo.
Essa realidade foi feita dolorosamente clara. No entanto, ela não iria deixá-lo ter a sua mente. Ele queria que ela passasse as próximas cinco horas sozinha temendo
sua chegada, cheio de temor e tremor. Ela não lhe daria a satisfação.
Ela teve cinco horas para provar que ela estava no controle de sua vida, se não a ele, então, pelo menos para si mesma. Ela entrou em seu armário e, como um general
selecionando seus soldados, percorreu as prateleiras e prateleiras selecionando a roupa que iria reforçar a sua autoconfiança. Ela achou um vestido preto com uma
longa saia esvoaçante. A ideia de estar perto dele em um vestido a enojou, mas ela gostou da ousadia.
Com cada flash de rímel ou zip do vestido de cetim preto fluindo, reviu sua decisão. Escapar deste quarto não é possível. A única maneira de sair daqui é ceder a
qualquer coisa que ele exige e encontrar outra saída. Olhando-se no espelho, Claire ajeitou o pescoço, endireitou os ombros e confirmou a sua missão. Fisicamente
a luta tinha sido contraproducente, ele só parecia intensificar a resolução de Anthony. Ela precisava ceder, temporariamente à suas demandas, a fim de acessar um
meio de êxodo. Completando seu penteado, ela dissecou seu plano. Parecia rendição, mas seu intestino disse a ela que renunciar a ele com uma cara séria e experimentar
os efeitos de sua verbalização teve mais controle do que os apelos, as acusações, e luta de duas semanas anteriores.
Eram oito e quarenta e cinco quando Claire afivelou as sandálias Jimmy Choo. Sentia-se confiante de que ela parecia à parte. Ela só precisava fingir isso também.
Às nove e meia, seus nervos estavam causando estragos com seu estômago. Maldito seja! Esse era e o seu plano. Ela não lhe daria a satisfação. Ela estendeu a mão
para seu romance atual ao lado da cama e foi até a cadeira estofada e sentou-se. Ela começou a ler, mas as palavras não faziam sentido. Seu peito batia enquanto
seu coração batia rápido demais, e sua boca tinha gosto de algodão. Levantando-se, ela pegou uma garrafa de água. As palmas das mãos suadas, fazendo abrir a tampa
uma tarefa difícil. A água ajudou a boca seca até atingir o estômago. Temendo precisar correr para o banheiro, ela se lembrou de respirar respirações profundas.
Seus nervos começaram a acalmar. As chamas do fogo aqueceram-na enquanto ela tentou se concentrar nas palavras de seu livro.
Às nove e cinquenta e oito, precedido pelo sinal sonoro, sua porta da suíte foi aberta. Anthony entrou como naquele dia, não há duas semanas. Vestido com um terno
cinza de seda trespassado escuro, ele parecia mais pesado do que ela se lembrava; talvez não pesado, maciço, de peito largo. Ela não tinha certeza de sua altura,
mas era cerca de 1,93m, todo um doze centímetros mais alto do que ela. Sua idade se mostrava em linhas finas ao redor dos olhos escuros, estimando-se, Claire imaginou,
trinta e tantos anos.
— Boa noite, Claire.
O calor da lareira ajudou a afastar o tremor. Claire se levantou e acenou com a cabeça. — Boa noite, Anthony. — tomando o comando, ela continuou, — Vamos nos sentar?
Anthony se sentou no sofá, inclinou-se para trás e desabotoou o paletó. Claire se sentou na beirada da cadeira e olhou diretamente em seus olhos. Ela não iria demonstrar
medo, embora aqueles olhos escuros fossem as coisas mais assustadoras que já tinha visto.
— Você acha que você está pronta para continuar com o nosso acordo? Ou você precisa de mais algum tempo sozinha para considerar a situação?
— Depois de consultar meu advogado, eu sinto que eu não tenho escolha a não ser continuar com o nosso acordo.
Os olhos de Anthony escureceram com a menção de uma consulta. — Claire, eu sei que você está brincando. Mas você realmente acha que é uma boa ideia? Considerando
as suas circunstâncias?
Mantendo seu sorriso intacto, disse ela, — Eu tive muito tempo para pensar, jovialidade tem me sustentado.
— Eu devo dizer que sua atitude me impressiona. Vou precisar deliberar sobre essa nova personalidade.
Os dois ficaram em silêncio enquanto a lareira zumbia no fundo. Claire usava cada grama de controle para parecer calma enquanto Anthony ponderava. Ele permaneceu
sentado no encosto do sofá, mas sua mandíbula parecia apertar enquanto seus olhos a devoravam, olhando e a tomando. Ela desejou que ela pudesse ler seus olhos. Então,
de repente eles pegaram os dela. — Diga-me o que você aprendeu durante o seu tempo de reflexão.
— Eu aprendi que eu tenho muitas roupas, roupas muito agradáveis, posso acrescentar. Tenho uma varanda que eu não posso acessar porque a porta está trancada. Eu
tenho uma pequena geladeira e micro-ondas. Mas, honestamente, o micro-ondas parece desnecessário como também tenho comida trazida para mim três vezes por dia.
— Tudo isso é muito bom, — disse Anthony com uma pitada de sarcasmo. — Mas o que você descobriu sobre a sua situação? Você nem sabe onde você está? — sua expressão
era confiante, como se só ele tivesse as respostas para suas perguntas.
Claire contemplou sua resposta. Ela deveria ser honesta e dizer a ele que ela viu que estava em Iowa City pelo Weather Channel? E se isso resultasse na perda de
emissoras de TV, ela não poderia saber que dia era. Então, novamente, se ela mentisse e dissesse que não sabia e ele a pegasse em uma mentira, o que aconteceria?
Com a manutenção de um ar de confiança, ela disse, — Eu estou em Iowa, ou pelo menos em algum lugar perto de Iowa City.
Agarrando o braço do sofá com a mão direita, Claire viu seus músculos tensos. — E você aprendeu isso de quem? — cada palavra tornou-se mais exagerada quando ele
falou.
— Aprendi com o Weather Channel, canal oito. O clima local para esta área vem de Iowa City, Iowa. — Claire continuou a soar tão alegre quanto possível.
O corpo de Anthony relaxou, e ele balançou a cabeça em aprovação. — Muito bem, isso vai me poupar de dizer essa informação. — Claire queria perguntar como ela chegou
lá. — Por uma questão de clareza, uma vez que parecia ser um problema no passado, você está ciente de que o seu endividamento para mim só pode ser pago por mim?
Claire engoliu. Isto é o que ela esperava e sorrindo, ela assentiu com a cabeça que sim.
Sua voz forte e autoritária. — Eu prefiro a confirmação verbal.
— Estou ciente de que você é o único que pode decidir quando a minha dívida está paga na totalidade. — mesmo Claire ficou surpresa com a sua voz calma. Ela fez uma
oração silenciosa para que ele não notasse suas mãos fechadas em punhos com as unhas mordendo suas próprias mãos. Se ela se concentrou, ela conseguia, se lembrou
de como relaxar suas mãos. Mas, neste momento, sua concentração era necessária em outro lugar.
— Você também está ciente de que suas funções exigem que você esteja disponível para mim quando, onde e como eu exijo? — seus olhos nunca vacilaram nos dela, mas
sua linguagem corporal parecia relaxado, arrogante. Ele era um homem disposto a empurrar Claire para a beira. Era como assistir a um jogo de pôquer, empurrando as
probabilidades. Haveria um retorno? Ou será que alguém fechou os olhos?
— Estou ciente.
— Você está ciente de que você deve sempre obedecer às minhas regras? — os olhos de Anthony a penetraram.
— Estou ciente de que devo fazer como me foi dito. — as palavras doem a garganta, mas parecia facilmente falado. Ela não ia deixá-lo confundi-la. E, caramba, ela
não precisava das peles em suas palmas de qualquer maneira. Seu sorriso se manteve firme e destemido.
Anthony permaneceu em silêncio por um longo período de tempo, observando Claire. Finalmente, ele falou. — Muito bem. — ele se levantou. Claire esperava algum tipo
de ordem. Em vez disso, ele caminhou em direção à porta.
— Espere. — ela proclamou. Ele se virou para olhar para ela. Sua expressão mostrou espanto com seu comando. Ela imediatamente percebeu que suas palavras ultrapassaram
os seus limites, mas ela não podia continuar trancada sozinha na suíte. Seu tom de voz se suavizou. — Eu sinto muito, mas eu posso deixar esta suíte?
— Enquanto estivermos certos sobre os termos do nosso acordo, e você seguir as regras e as ordens dadas, eu não vejo nenhum problema com você vagando pela casa.
— ele estendeu a mão para a maçaneta da porta. — É bastante grande. Eu vou estar trabalhando em casa amanhã. Seus serviços serão utilizados em seguida, esteja preparada
para a minha chamada. Quando eu tiver uma chance, vou dar-lhe um tour da casa e definir suas limitações. Eu acho que o melhor é que você não vagueie hoje. Eu não
quero que você se perca. — ele começou a sair. Ela ouviu o sinal sonoro quando ele alcançou a maçaneta.
— Anthony? Eu não tenho nenhum... dever hoje à noite? — sua voz começou a falhar. Ela soou menos como a mulher forte, alegre, que ela tentou desesperadamente fingir
e mais como uma criança.
— Tenho recentemente chegado de uma série de reuniões na Europa e estou bastante cansado. Fico feliz em saber que temos uma compreensão mútua. Boa noite, Claire.
— Boa noite, Anthony. — ele fechou a porta. Ela ouviu o sinal sonoro e o bloqueio.
Seus pensamentos giravam. Ele tem estado na Europa! Eu tenho estado trancada aqui, enquanto ele estava em outro continente! Ok, foco, a porta será aberta amanhã.
Eu tive uma conversa, a primeira em quase duas semanas. Ele não disse nada sobre a minha aparência. Todo esse trabalho e nenhuma palavra. Talvez elogios não sejam
seu estilo, apenas uma crítica. Tudo bem, porque amanhã eu estou deixando esta suíte. E deixando a suíte é um passo mais perto de ir para casa!
Rolar e virar, Claire tinha muita energia para dormir. Não foi só seu corpo, sua mente girava com a emoção de sua libertação iminente. Durante os últimos 13 dias,
ela teve cada necessidade atendida, exceto sua necessidade de estar com as pessoas. Ela não conseguia se lembrar de uma vez em sua vida que não incluísse interação.
Era algo que tinha como certo, até agora. O isolamento era insuportável. Enquanto isso estava acontecendo, ela não se permitiria pensar sobre isso, mas agora que
o fim estava próximo, a antecipação estava montada.
Ela se deitou na cama e ponderou sobre Anthony Rawlings. Que tipo de homem era ele? Ele, obviamente, gostava de controle, o controle completo. O que ele quis dizer
quando disse, ‘Esteja preparada para o meu chamado?’ Será que isso significa que ela devesse estar acordada bem cedo à espera de alguém para vir e levá-la? Ele não
deu a ela um tempo. Ela olhou para o relógio: 5h33. Ela deveria se levantar agora? E se ela adormecesse e não estivesse pronto quando ele chamasse? Ela poderia acabar
trancada em sua suíte por mais 13 dias? Ela não podia aceitar isso. Claire precisava de companhia.
Sua mente escorregou de volta para a faculdade e recordou quando vivia na casa da irmandade cercado por meninas. Ela muitas vezes ansiava por algum tempo sozinha,
longe do drama. Sempre houve problemas entre irmãs, com namorados, classes ou pais. Ela desejava um lugar próprio e tempo sozinha. Outra das palavras da avó vieram
à mente: ‘Cuidado com o que desejas.’ Ela adoraria ter essa camaradagem e até mesmo o drama novamente.
Às 06h00, ela desistiu, saiu da cama e foi ao banheiro para se preparar para o que quer que fosse o dia. Ela passou quase duas semanas fazendo a mesma coisa. Agora
ela se preparava para se aventurar no desconhecido. É tanto assustador quanto animação para ela. Era como a imprevisibilidade do clima.
Seu café da manhã esperava na mesa quando ela saiu do banheiro. Seu cabelo em um rabo de cavalo baixo, casual, mas elegante e com sua maquiagem feita, ela decidiu
se vestir antes de comer e entrou no armário. Entrando no mar de material, Claire perguntou se cada equipamento seria tão difícil escolher e se cada ação fosse um
teste? Decisão tomada, ela vestiu calça jeans escura e uma blusa. Entrando em sua suíte, pronta para o café, ela se deparou de repente com os sapatos dela e soltou
um grito abafado de surpresa.
Perdida em seus pensamentos, a presença dele a pegou desprevenida. Ela não o tinha ouvido entrar. Droga. Será que ele não poderia aprender a bater? O olhar de surpresa
e choque no rosto de Claire acompanhada pelo lançamento de seus sapatos o fez sorrir. Ele a surpreendeu. Ela sabia que o fazia feliz. — Bom dia, Claire.
— Bom dia, Anthony, eu não ouvi você entrar. — ela pegou os sapatos e recuperou a compostura.
— Você está pronta para o seu passeio? — ele olhou para seu café da manhã não consumido. — Será que você pretende comer primeiro? Eu tenho uma web conferência em
45 minutos.
— O que é uma web conferência? — de repente, ela pensou que não deveria ter perguntado, ou deveria? Ela só não sabia o que fazer ou dizer. Ela sabia que era apenas
bom ter alguém para conversar, mesmo ele.
— É como se fosse uma chamada em conferência entre muitas pessoas diferentes, mas em vez de ser no telefone, é através da Internet.
Ela não podia acreditar o quão casual e amigável ele falou. Ele até parecia mais relaxado, vestindo calça e camisa, mas sem gravata ou paletó. Ele se lembrou do
Anthony que encontrou em Atlanta. — Sem problema. Eu realmente não estou com fome. Estou mais animada para começar a turnê. — ela colocou seus sapatos e bebeu um
pouco de café.
Ele começou por explicar a forma da casa, uma seção principal que abrigava a sala de jantar, sala de estar formal, sala de estar, cozinha e a grande entrada. O Hall
de entrada continha a escadaria principal. Duas grandes asas projetadas para fora da seção principal. As escadas também estavam no final de cada uma daquelas asas.
A equipe tinha acesso a um elevador para o transporte de utensílios e itens maiores para o segundo e nível inferior.
Ele continuou a explicar que a suíte de Claire estava localizada no segundo andar da ala sudeste quando saíram da suíte. Claire olhou lentamente pela grande extensão
do corredor em muitas outras portas. Ela não tinha ouvido ninguém ou qualquer coisa em toda a sua estadia. Anthony moveu cinco passos à frente antes de se lembrar
de caminhar. A sensação de sair da suíte era assustadora, como deixar a segurança de um ninho.
Ela rapidamente fez o seu melhor para andar no seu ritmo rápido. Às vezes, ele não dizia uma palavra, apenas ficava ali. Outras vezes, ele falava longamente sobre
esta obra de arte ou algo antigo.
Ao longo do passeio, ele lhe mostrou uma biblioteca decorada com belos trabalhos de cereja e prateleiras forradas de livros que ocupava dois andares e continha uma
parede de trás com uma escada deslizante como você vê nos filmes. Ela poderia se perder lá dentro por dias. Ela olhou em volta para um computador. Todas as bibliotecas
não tinham computadores? — Há um computador aqui, alguma maneira de encontrar livros?
— Eu acho que seria melhor se você não tivesse acesso a computadores, Internet ou telefones. — a declaração de Anthony não foi uma resposta à pergunta de Claire,
era uma proclamação.
A turnê de sua casa magnífica mostrava tantos tesouros que Claire momentaneamente esqueceu por que estava ali. A declaração dele trouxe a razão correndo de volta.
Ela sabia que todas as formas de comunicação estavam ausentes da sua suíte, mas assumiu que do lado de fora haveria Wi-Fi gratuito. Mesmo que ela não tivesse visto
seu Blackberry por mais de duas semanas, ela esperava que ela fosse mais uma vez ligada ao mundo real. Ele olhou para ela com seus olhos escuros enquanto ele falava.
Ela fez o seu melhor para manter o seu olhar, engoliu em seco e assentiu com a cabeça em resposta.
Em seguida, ele a levou para uma sala de exercícios no nível mais baixo, completo com todos os tipos de equipamentos de peso, bem como uma esteira, elíptico e stepper.
Anexado à sala de exercícios estava uma piscina. Apesar de não ser enorme, era grande o suficiente para nadar. Quando ela viu a piscina, as deslumbrantes peças de
mosaico que cobriam as paredes e piso, as janelas que permitiram a luz solar penetrar, e sentindo o cheiro do cloro familiar, ela soltou um suspiro. — Você gosta
de nadar? — ele perguntou.
— Ah, sim. Isso é incrível. — os olhos de Claire brilharam.
— Você terá maiôs amanhã. — suas palavras a surpreendeu; ela não tinha pedido. No entanto, ele estava oferecendo e ela gostava de nadar.
— Obrigada.
A sala de jantar formal era requintada. A meda era para dez, mas o espaço parecia como se pudesse assentar pelo menos três vezes mais. As madeiras trabalhadas acentuavam
as paredes em amarelo claro e incluía acabamentos esculpidos à mão, moldagem e armários embutidos. O teto foi dividido em seções separadas por guarnição de madeira,
cada seção embelezada com desenhos diferentes e algum tipo de descamação de ouro que criava um brilho à luz do sol. Os armários eram o que Claire acreditava ser
de cristal muito luxuoso e chinês. A altura do teto permitiu que as janelas e portas francesas fossem ser mais altas do que a maioria, pelo menos 3.50m e adornada
por cortinas requintados. — Vamos comer aqui quando eu decidir. Se eu não estou em casa, você vai comer na sua suíte.
No fim do corredor oeste, ao largo da seção principal estava um conjunto de grandes portas duplas. — Este é o meu escritório. Seus serviços serão necessários aqui
em dia que eu trabalho em casa, como hoje. Meu escritório é estritamente proibido sem a minha permissão. Está claro? — Claire assentiu. Anthony se virou para olhá-la,
estando muito perto. — Claire, eu quero respostas verbais às minhas perguntas. Não me faça dizer isso de novo.
— Entendo. Seu escritório está fora dos limites a menos que você me diga para estar lá. — seus olhos flutuaram para os dele, esforçando-se para manter contato com
os olhos. Eles não tinham terminado o resto da parte oeste quando Anthony olhou para o relógio.
— Tenho negócios que devo fazer. São sete e vinte e cinco. Eu quero você de volta no meu escritório às dez e meia. Você tem dívida para pagar. — ele obviamente apreciava
o desconforto que suas declarações produziam nela. — Você acha que você pode encontrar o seu caminho de volta para sua suíte?
— Sim, eu posso. Mas eu tenho que ir? — ela disse a ele como ela gostaria de voltar à biblioteca e olhar ao redor. Ela prometeu que ela estaria de volta as 10h30.
Ele hesitou, mas concordou com relutância. — Nós não discutimos todas as regras relacionadas à casa. Neste ponto, não sai. A permissão para sair será condicionada
à sua capacidade de seguir as regras de dentro da casa.
— Eu entendo e eu vou estar de volta s 10h30. — cheia de alegria, Claire caminhou pelo corredor de mármore em direção à biblioteca. A sensação de seus sapatos no
chão de mármore, o som de seus passos e a frieza do salão vazio emocionou seus sentidos. Para ser tão privado de qualquer coisa, exceto as mesmas quatro paredes,
não importa o quão bonito e ser livre para vaguear era êxtase. Ela tinha três horas para passar na biblioteca.
Coleção de livros de Anthony era incrível. Ele tinha clássicos, ‘Conto de Duas Cidades’, ‘Orgulho e Preconceito’, ‘Grandes Esperanças’, ‘Moby Dick’ e literalmente
centenas mais. Havia livros de recursos, enciclopédias, dicionários e livros de tradução de idiomas. Ela encontrou biografias e memórias, ficção científica, romance
e fantasia. Assim quando ela entrou em outra seção deu de cara com Anthony. Mais uma vez, ela pulou, mas desta vez ele não estava sorrindo.
A mente de Claire girou, eu não posso estar atrasada, eu estive observando o relógio ali. O relógio marcava 10h37. Como havia perdido a hora.
— Oh, Anthony, eu sinto muito. Eu estava envolvida em tudo o que você tem —
A mão dele bateu em sua bochecha. Ela não caiu, mas vacilou o equilíbrio. Ele, então a puxou para ele. Sua mão quente na parte de trás do pescoço dela, entrelaçadas
em seu cabelo, fazendo seu rosto inclinar para cima até que tudo o que podia ver eram seus olhos penetrantes.
— Instruções simples, que é o que eu te dei. Talvez você não esteja pronta o bastante para deixar sua suíte ainda. — ele afrouxou o aperto em seu cabelo.
— Não, por favor, não diga isso. Posso seguir as instruções, eu posso. — Claire não queria implorar, mas ela não podia suportar a ideia de ficar trancada em sua
suíte mais um dia.
— Me siga para o meu escritório, agora.
Cada um de seus passos igualava a três de Claire, ela praticamente correu para se manter. Quando chegaram as portas duplas do seu escritório, ele abriu um e a empurrou
para dentro. Ela só tinha visto as suas portas do escritório, mas agora ela olhou ao redor do interior. Como tudo mais na mansão que era luxuoso e substancial. As
paredes foram revestidas com mais dos impressionantes painéis de cereja, guarnição decorativa e ornamentado por estantes. Havia uma mesa de mogno muito impressionante,
um sofá de couro, cadeiras e uma mesa de conferência. Sua mesa continha muitas telas de computador, bem como uma grande tela na parede que pode ser um ou dividido
em várias telas. Atualmente, ele foi subdividido e cada tela continha informações. As luzes no telefone indicaram que continha várias linhas.
Ele se virou e trancou a porta. O coração de Claire bateu em seu peito, o rosto corou e ela podia se sentir começar a tremer. Estando sozinha na vastidão do seu
escritório, ela assistiu Anthony enquanto contemplava seu próximo movimento. Sua expressão de raiva, incluindo os olhos completamente negros que testemunhou em sua
suíte, duas semanas antes. Depois de um longo silêncio, ele falou com um tom uniformemente plano.
— Então você diz que pode seguir as instruções, vamos ver. — o debate foi longo. Foi o resultado que assustou Claire. Algumas horas atrás, ele tinha sido outra pessoa.
Agora, o homem que estava diante dela era o mesmo que abusou dela tão violentamente nas duas primeiras noites de sua estadia. Seu sorriso não era brincalhão, era
implacável. — Vamos começar com você tirar a roupa.
Fazendo o seu melhor para ser obediente, Claire fez como lhe foi dito e tirou a roupa, começando com os sapatos e terminando com o suéter. Em seguida, ele disse
a ela para se deitar no tapete, de cara e manter os olhos para baixo. Ela fez e sentiu o áspero tapete de pelúcia contra sua pele. A vulnerabilidade da posição a
alarmou, fazendo-a tremer mais. Ela não podia ver ou ouvir seus movimentos. Esforçando-se para ouvir, ela finalmente ouviu seu cinto enquanto passava cada presilha.
O primeiro chicote bateu de forma tão inesperada que a fez gritar de agonia e choque. Ela moveu a mão à boca, mordeu, e recusou-se a gritar mais.
Quando ela não respondeu, ele virou, estava em cima dela, e tirou a gravata e calças. Ele não disse uma palavra, mas observou por sua reação. Talvez ela estivesse
em choque. Fosse o que fosse, Claire não foi capaz de responder. Ela observou, sabendo que tudo o que ele escolheu fazer seria ruim. As mãos dele abriam à força
as pernas dela enquanto ela observava, desprendida como se estivesse em outra dimensão. A cena que viu foi brutal e dominador. Pela graça de Deus, ela sentiu tudo
como se não estivesse presente. Ela viu suas ações e ouviu suas demandas. Ela estava presente, viu sua expressão, sentiu seu corpo, cheiro de sua pele e provou sua
vergonha. No entanto, ela estava de alguma forma individual, não existente. No momento em que ele terminou, seu corpo exibira várias queimaduras do tapete e seu
cabelo estava embaraçado e opaco do mesmo tapete exuberante.
Anthony Rawlings insensivelmente levantou-se e vestiu-se. Ele parou por um momento, de pé acima dela, e então silenciosamente caminhou até o banheiro em anexo. Lá,
ele penteou os cabelos e substituiu a gravata que tinha removido. Enquanto isso, Claire sentou-se no meio da sala involuntariamente tremendo, segurando suas roupas,
e, silenciosamente, chorando, sem saber o que fazer.
Voltando ao escritório, ele olhou para ela com desdém, com um tom liso e frio. — Você pode ir para a sua suíte, se limpar e se preparar para me demonstrar de novo
a sua capacidade de seguir as instruções.
Claire começou a recolher suas roupas e vestido quando ele acrescentou: — Não deixe sua suíte até que eu decida. Seu passe para vaguear está revogada. — a mente
dela estava além da compreensão, pensar era mais do que podia suportar. Lembrou-se de um acordo com ela para a autopreservação, concedendo às demandas. No entanto,
neste momento no tempo, Claire não sabia ou entendia o que ela estava fazendo, concordando, ou sendo forçada a fazer. Ela estava perdida e provavelmente sofrendo
de choque. Ela só se lembrava das ordens dele para voltar para sua suíte e limpar.
Deixando seu escritório, ela virou-se para a grande escadaria. Além das escadas através do magnífico hall de entrada com o pé direito alto, Claire viu as portas
duplas que levavam para o exterior. Eram altas e ornamentadas. Sem pensar, ela caminhou em direção a elas, talvez ela devesse ter corrido, mas ninguém estava por
perto. A casa estava vazia, como um museu. Ela podia ouvir seu coração bater em seus ouvidos enquanto se aproximava da maçaneta perguntando se ele iria abrir. Ela
não iria aprender. De repente, ela ouviu o som dos sapatos no chão de mármore do corredor. Os passos não pareciam apressados, mas determinado e foram se aproximando.
Claire rapidamente se virou e começou a subida para o segundo andar. Ela não olhou para trás para baixo. Ela não queria ver a pessoa que produziu os passos, especialmente
se essa pessoa iria encontrar o seu olhar com um olhar de olhos negros. Em vez disso, ela caminhou em direção a sua suíte.
No momento em que ela fechou a porta, seu monólogo interno estava em pleno vapor. Ele me bateu com o cinto! Meu Deus! O homem é louco. Eu tenho que achar um jeito
de sair daqui!
Naquele momento, ela não procurou uma fuga. Em vez disso, ela tomou banho, refez seu cabelo, sua maquiagem e trocou de roupa. Enquanto ela se limpava até ela pensou
em fugir. Surgiram dúvidas. Para onde iria? Como ela iria chegar lá? Quão distante a civilização estava? E quais eram as suas chances de sucesso? E o mais importante,
se ela não conseguiu o que ele faria?
Seu almoço chegou. Mesmo ela tendo comigo somente um pouco do seu café da manhã, ela sentou-se calmamente no sofá, leu um livro, olhou para o espaço e esperou para
obter instruções. A sensação de desamparo se estabeleceu em seu peito como nada que ela já tinha conhecido.
Sobre quatro horas e meia, o sinal sonoro soou, a porta se abriu, e ela acatou obedientemente. O comportamento dele, menos malicioso do que antes, parecia simplesmente
insensível. A paciência da manhã e do tour foram embora. Anthony tinha uma meta para suas ações. Claire tinha que entender quem estava no controle. Ela tinha feito
isso com ela, ele disse para si mesma. Ela precisava fazer o que lhe foi dito. Mas ela fez? Não. Ele a fez dizer: — Não, eu não fiz o que me foi dito. E comportamentos
têm consequências. Poderia ela se lembrar disso? — Sim, eu entendo que comportamentos têm consequências.
Naquela noite, eles não se vestiram adequadamente para o jantar na suíte de Claire. Anthony decidiu que ele queria que ela usasse uma lingerie. O jantar foi comido
enquanto usava um roupão de seda preto.
Toda vez que ela pensava que tinha acabado e que ele ia embora, ele se reagrupava. Talvez um copo de água ou verificasse as mensagens em seu iPhone, em seguida,
ele retomava. A violência terminou, mas o domínio continuou. Claire queria gritar. Mas ela não o fez. Quanto mais ela obedeceu, menos cruéis suas instruções era.
Depois da meia-noite, Anthony deixou sua suíte. Ele não disse se a porta seria desbloqueada na parte da manhã e ela não conseguia se lembrar se ela ouviu o sinal
sonoro familiar. Ela queria dar uma olhada, mas seu corpo mal se movia. Em vez disso, ela fechou os olhos e dormiu.
Seres humanos, mudando as atitudes interiores da sua mentes,
podem mudar os aspectos exteriores de suas vidas.
- William James
Capítulo seis
Seus olhos não se abriram, até que ouviu a porta e seu café da manhã chegar. Geralmente vinha depois que ela acordava. Olhando para o relógio, viu que era 10h30,
o máximo que tinha dormido desde a sua chegada inicial. A jovem se desculpou com a comida. — Sinto muito, senhora Claire. Eu sei que você ainda estava dormindo,
mas o Sr. Rawlings gostaria que você estivesse e em seu escritório ao meio-dia. Catherine disse que você precisa comer. — ela entregou a Claire seu roupão enquanto
saía da cama.
— Sr. Rawlings está trabalhando em casa hoje de novo? — a cabeça de Claire latejava e o corpo doía. Era muito tarde para o café, e talvez as atividades de ontem
estavam afetando ela.
— Senhorita, hoje é domingo. Mr. Rawlings normalmente está em casa aos domingos. — a jovem deixou a suíte. Claire fez uma nota mental: Cuidado com os domingos.
Timidamente, Claire se aproximou dos espelhos no banheiro. Baixando o manto suave, ela viu as listras vermelhas longas nas costas e novas contusões. Ela não chorou.
Ela cozeu de raiva. É claro que isso era dirigido em direção a ele, mas também para si mesma. Ela queria que esse pesadelo chegasse ao fim, mas não conseguia descobrir
a solução. Desamparo não era uma emoção que Claire estava acostumada a sentir e ela não gostou. Sua única solução era manter-se firme até que surgisse uma oportunidade.
As 11h57, Claire bateu na porta do escritório de Anthony. A porta se abriu e ele olhou para cima de sua mesa. — Boa tarde, Claire.
Sorrindo com respeito, ela disse: — Bom dia, Anthony, eu acredito que ainda é de manhã. — ela olhou para os olhos dele e perguntou quem ele seria hoje.
Claire entrou em seu escritório e se apresentou diante de sua mesa, no mesmo lugar que 24 horas antes tinha sido a cena aterrorizante de sua raiva e dominação. Ela
estava com as costas retas, queixo erguido e sorriso estampado nos lábios. A blusa que ela escolheu e sua maquiagem cobriam os sinais visíveis de acontecimentos
do dia anterior. Anthony sentou-se calmamente e a estudou. O silêncio a incomodava. Ela rezou para que ele não pudesse ouvir seu coração bater muito rápido ou perceber
suas palmas das mãos molhadas. Há muito tempo, ela aprendeu que silêncios constrangedores era uma técnica de entrevista. Ela não seria a única a quebrar o silêncio.
Finalmente, — Eu acredito que você está correta, por mais dois minutos. — os olhos de Anthony pareciam mais leves. Claire respirou mais fácil e sorriu. Estava na
hora.
— O almoço vai chegar aqui em poucos minutos. Eu pensei em discutir algumas das falhas que o nosso negócio tem encontrado. — ele se levantou e foi até Claire. Ela
manteve-se firme, o pescoço reto e observou enquanto ele circulava a grande mesa. Ele parou a poucos centímetros de distância. Ela podia sentir o cheiro de seu perfume
e foi necessário inclinar o pescoço para cima para ver seu rosto. Ele não falou, mas indicou com um gesto para de deslocar para a mesa de conferência, onde ele puxou
uma cadeira para ela se sentar; ela fez. Ele sentou-se à cabeceira da mesa com Claire à sua direita. A sala ficou em silêncio enquanto Claire pensou como seus comportamentos
cavalheirescos eram tal farsa.
— Falhas? Não sei do que você está se referindo.
Antes de responder, ele sentou-se e contemplou Claire Nichols. Seus olhos continham um fogo intenso, e ela possuía mais ousadia do que a metade dos presidentes de
suas muitas empresas. Depois do que ele a fez passar, ele não podia deixar de ser surpreendido. — Eu não tinha certeza de que você viria aqui hoje.
— Eu não sabia que tinha uma escolha. Acredito que os meus deveres de trabalho incluem fazer como me foi dito.
— Isso é correto. Talvez você possa ser treinada. — ele escolheu suas palavras com cuidado.
A boca de Claire se contraiu, mas ela ficou firme. Ficar chateada só iria fazê-la perder o controle e dar isso a ele. Ele pode levar isso, mas por Deus, ela não
estava dando. — Eu estou tentando o meu melhor. Agora falhas?
Uma batida veio quando a porta se abriu e o almoço chegou. Sentaram-se em silêncio enquanto a moça colocou a comida na frente deles e perguntou ao Sr. Rawlings se
era necessário algo mais. Ele informou que estavam atualmente bem. Ela se retirou da sala e fechou a porta atrás dela.
— Falhas, sim. Passei 215 mil dólares para um negócio. Eu faço acordos que serão lucrativos para mim. Eu esperava um melhor retorno para o meu dinheiro que eu tenho
experimentado nas últimas três semanas.
Se isso era para chocar Claire, isso não aconteceu. Ela casualmente pegou o garfo, comeu um pedaço de brócolis e respondeu: — Eu acredito que ontem você aumentou
com sucesso o seu retorno. — e esfaqueou outro pedaço de brócolis, ela acrescentou: — Além disso, não foi você que decidiu que a sua realização de negócios seria
trancada por quase duas semanas? — ela comeu mais brócolis. Parte dela temia retaliação, mas a outra parte acreditava que ele apreciou a bravata.
— Isso é verdadeiro. Estou considerando a possibilidade de que valeu a pena, depois do que eu estou presenciando. — ele viu a expressão dela enquanto falava. — E
não temos prazo para a conclusão do nosso acordo contratual.
Claire não sabia se deveria ficar feliz que ele parecia impressionado e ela achava que um cronograma estimado seria bom, mas ela não mencionou isso. Em vez disso,
ela disse: — Então, aparentemente, as falhas foram resolvidas.
Claire sentiu que pareceu respeitosa o suficiente para evitar o confronto, mas impertinente o suficiente para demonstrar resiliência. Ela viu o brilho castanho claro
em torno da íris dele, de alguma forma, sabendo que ele não iria explodir. Ela iria aprender a lê-lo. Eles continuaram a comer.
Claire deixou Anthony fazer mais do que falar. Ele discutiu mais das regras da casa. Ela podia vagar pela casa. No entanto, na expectativa de mais falhas, ela não
estava autorizada a ir para fora ou pensar em sair do imóvel. O escritório dele e o corredor de sua suíte estavam fora dos limites. A agenda seria dela a maior parte
do dia, a menos que o contrário fosse indicado por ele ou Catherine. Ele não trabalha em casa muitas vezes, mas quando estiver, ela seria obrigada a estar perto
e disponível em todos os momentos. Em dias ele estaria no escritório dele a única exigência seria a de que Claire estivesse de volta em sua suíte as 17h00 para receber
as instruções da noite. Ele era um homem muito ocupado e não estaria em casa todas as noites para jantar com ela. No entanto, nas noites que tinha a intenção de
estar em casa, ela receberia instruções por tempo de jantar, roupa, e outros planos que ele possa ter. Se ele estivesse na cidade, ela iria receber instruções quanto
às suas intenções em relação a visitar sua suíte e o tempo estimado de sua chegada. Ela verbalmente respondeu a todas as suas regras.
A jovem com a comida voltou para limpar os pratos e trouxe uma garrafa de café com duas xícaras. A dor de cabeça de Claire foi melhorando com comida, mas o café
seria útil. Anthony disse a ela que ele e Sra. Claire tomariam café na varanda de sol. Ela agradeceu e saiu com o café. Claire não se lembrava de uma varanda de
sol da turnê.
Ela caminhou ao lado de Anthony quando saíram do escritório. Localizado na parte de trás da seção principal, através dos arcos atrás das grandes escadas e passando
pela sala de estar, eles desceram em uma sala feita totalmente de vidro. Claire sentiu uma fraqueza quando seus olhos se adaptaram à luz do sol e ela inalou o ar
fresco da primavera. O quarto foi decorado com móveis de vime brilhantemente almofadada, bem como plantas tropicais. Anthony se sentou em um sofá e Claire em uma
cadeira. Os lados da sala eram abertos para permitir uma boa brisa fresca. Sua compostura falsa desapareceu quando a sensação do ar fresco da primavera soprava seu
cabelo e ela escutou os sons fracos da natureza.
Quando ela era criança, seu pai, um policial em Indianápolis, sabia o quanto Claire adorava o ar livre. Cada primavera, ele a levava a um dos muitos parques estaduais.
Eles passavam o fim de semana juntos fazendo caminhadas, pescando, conversando e andando. Seu avô, seu pai, tinha sido do FBI. Estava enraizado neles serem cautelosos.
Pelos fins de semana, ele deixava Claire acreditar que ela tinha o controle sobre os seus planos e a direção de suas aventuras. Lembrando suas atividades, ela sorriu,
sabendo que ele fez a maior parte da direção e toda a proteção. O aroma do ar fresco da primavera trouxe as lembranças daquelas aventuras subindo de volta à consciência
de Claire.
Apenas para o lado da varanda de sol ela viu uma grande piscina. A água estava coberta com uma grande lona, móveis estavam ausentes e fontes eram inoperantes. Embora
não na época, ele definitivamente tinha potencial para um lugar maravilhoso para Claire passar o tempo uma vez o clima esquentasse.
Quando eles se sentaram e tomaram um gole de café quente com uma brisa fresca, Anthony informou a Claire que ele estaria ausente por três dias em uma viagem de negócios.
Em seus negócios viajar era uma parte importante de seu trabalho. Ele iria sair no final da tarde, os encontros foram programados para começar muito cedo pela manhã.
Ele planejava estar em casa quarta à noite. Ela seria informada se os seus planos mudassem. — Anthony, o que você faz?
— Você realmente não sabe quem eu sou?
Ferir o ego dele a assustava, mas errar na honestidade sempre foi melhor. — Eu sinto muito se eu deveria, mas eu não sei. Pensei a princípio que seu nome soava familiar,
Anthony Rawlings, mas tenho tentado por mais de duas semanas e eu admito que eu não sei.
Ele recostou-se no sofá e ofereceu uma breve sinopse de si mesmo. Ele chamou a si mesmo de um empresário que construiu sua fortuna a partir do nada. O início e a
maior parte do seu sucesso veio com a Internet, ele e um amigo criaram um dos primeiros motores de busca da Internet. Mais tarde, ele comprou a parte de seu amigo
da empresa, diversificou suas participações e fez muito bem.
Claire riu. — Você fez sua fortuna, porque isso, — olhando ao redor da extensão de sua mansão, — É mais do que fazer muito bem com a Internet? E a única tecnologia
em sua casa está em seu escritório?
— Talvez eu queira a minha casa para ser um oásis de minha vida empresarial.
Claire ponderou por um momento. — Entendo. Meu avô e meu pai estavam ambos na aplicação da lei. Eles viram as coisas que as pessoas nunca devem ter que ver. Às vezes
meu avô ficava fora por meses em um fazendo trabalho secreto. Na verdade, eu lembro de uma história de quando eu era jovem, onde ele tinha ido embora há cerca de
dois anos. Meu pai estava em casa todas as noites. Mas de qualquer maneira, meu pai não queria que o lar fosse qualquer coisa como trabalho. Eu não conseguia nem
assistir COPS2 na TV. Acho que era como você estava dizendo, um oásis.
Anthony passou a perguntar sobre a família de Claire. Ela disse que seus avós faleceram antes que ela se formasse no colegial. Seus pais morreram tragicamente em
um acidente de carro durante seu primeiro ano de faculdade. Ela tinha uma irmã e um cunhado no Estado de Nova York. Fugazmente ela se perguntou quando ela iria falar
com Emily novamente. Com a brisa e o som dos pássaros, Claire casualmente continuou a falar. Ela perguntou a Anthony sobre sua família. Assim que a pergunta saiu
de seus lábios, ela viu seus olhos escurecerem. Ela calmamente acrescentou: — Mas se você não quer dizer nada, eu não preciso saber.
Talvez fosse sua rápida observação ou a percepção de que ela pudesse lê-lo, mas seus olhos se iluminaram. — Meus pais também morreram. Foi um acidente quando eu
tinha vinte e quatro anos. Eu não tenho irmãos e meus avós também se foram. — a serenidade voltou, pois ambos ofereceram um ao outro simpatias sinceras em sua perda.
O café de Claire tinha ido embora e ela não sabia mais o que dizer ou discutir. Ela podia ver Anthony a observando quando ela olhou para a área da piscina. Além
da piscina estava o quintal. O canto podia ser visto a partir de seu quarto, mas não na piscina ou varanda. Passando pelo quintal havia árvores. A partir da segunda
história, que ela sabia que ia durar para sempre, mas a partir desta observação eles criaram um véu cinza ao redor do quintal. Logo pequenas partes verdes iriam
transformar o véu sombrio em uma cortina colorida. Claire realmente gostava primavera.
Anthony se desculpou e disse que ele precisava se preparar para sua viagem. Ela era bem-vinda para ficar na varanda ou em outros lugares da casa. Ele olhou para
ela antes de sair. Ele sorriu o que parecia ser um sorriso real. — Estou satisfeito que as falhas foram resolvidas. Tenho planos para o nosso acordo.
O sorriso parecia certo, a parte tácita de sua declaração fez Claire tremer. Depois que ele saiu, ela olhou para o braço e viu os pelos arrepiados em seu braço.
Ela disse a si mesma que a causa era a brisa.
Claire voltou para sua suíte imaginando voar livremente da qual não sentia a necessidade. Além disso, ela estava cansada. Dormir tarde pode fazer isso com uma pessoa.
No entanto, seu intestino lhe disse que as falhas de ontem eram mais propensas à causa de sua fadiga. Sentia o corpo duro e ela pensou em um longo banho agradável
na banheira quando ela entrou em seu quarto.
Na cama, colocada para fora para que ela pudesse ver cada um, estavam vários trajes de banho de uma peça, como ela usava na aula de natação na escola e biquínis
que seria perfeito para o sol. Ela gostava dos estilos, mas queria saber se eles se encaixavam. É claro que eles iriam, tudo não tinha encaixado? Ela teve que se
perguntar como uma promessa feita na manhã de sábado poderia ser tão rapidamente cumprida em um domingo, aparentemente longe de qualquer lugar. Ele disse a ela que
ela teria biquínis amanhã. Aparentemente, ele é um homem de palavra. Isso lhe rendeu um na coluna positiva. A coluna negativa tinha mais contagens do que Claire
poderia contar.
Espreitando para fora sob a cobertura branca estava um presente embrulhado. Era uma pequena caixa embrulhada em papel branco com uma fita de folha de ouro. Claire
sempre gostou de presentes, mas ela não se sentiu bem sobre isso. O que isso significa? Foi por causa de como ele tinha sido ou por causa de como ele seria? Ela
pegou e decidiu que não queria saber. Ela colocou o presente no canto da cama e entrou no banheiro, cansada e mergulhou na banheira.
Após o banho, ela escolheu o mesmo manto suave que ela usava antes. Ele estava quente. Com alguns chinelos, ela estaria confortável até que se deitasse. Ela penteou
o cabelo molhado e não passou maquiagem. Era apenas 17h30, mas ela estava exausta.
Ele disse que iria vir vê-la antes de sair. Ela esperava encontrá-lo em sua suíte. Se ela abrisse a porta e ele não estivesse lá, ela iria se decepcionar? Só porque
ela queria que ele fosse embora, então vê-lo mais uma vez seria um meio para esse fim. Ao abrir a porta, ela não estava desapontada e a presença dele não a assustou.
Ele estava sentado à mesa com o presente na mão. — Você não abriu o seu presente.
— Eu sabia que era de seu e que você poderia querer me ver abri-lo, — ela mentiu.
Ele colocou o presente em cima da mesa e caminhou em direção a ela. Apesar de sua altura dominando seu pequeno corpo, ela se manteve firme e olhou para ele quando
seus corpos se tocaram. Ele a puxou para perto e a segurou lá com seus braços fortes e sólidos. Seus olhos cor de esmeralda pareceram cansados enquanto ele examinava
seu rosto. Seus olhos marrons de chocolate ao leite cintilaram suavemente, enquanto sua fragrância almiscarada oprimia seus sentidos. Ela não tinha medo, apenas
estava cansada. Ela rezou silenciosamente: — Querido Deus, se ele quer que eu faça alguma coisa, eu espero que seja em breve.
Em um rápido movimento suave ele a levantou e a levou para a cama. Embora tivesse uma viagem para fazer, ele não parecia apressado. Em vez disso, ele a deitou na
cama e desamarrou o roupão. Claire não se moveu quando ele se levantou e olhou para seu corpo, completamente nua, rosada do banho quente e com cheiro de pérolas
de banho. Ela não disse nada, nem ele. Não havia instruções, sem insultos e sem regras. Ele começou a tocá-la levemente, passou a mão sobre o peito, na barriga e
para baixo e sobre os ossos do quadril. Ela podia sentir o desejo carnal que ele era incapaz de controlar.
Ele acariciou sua pele suave com as pontas dos dedos. Depois, ele acariciou seu corpo com os lábios. Usando sua boca, ele começou em seu pescoço, sua clavícula,
a carne de seus seios, onde ele abaixou e atraiu seus mamilos com a língua. Ela não queria responder. Ela não queria se incomodar com seu toque. Ela continuou dizendo
a si mesma: ‘Este é o homem que me machuca’. Sua mente ouviu, mas seu corpo se agitou no fundo e incontrolavelmente seus mamilos endureceram quando suas costas arquearam,
empurrando seus seios para os lábios dele. A boca dele atormentou sua pele. As cortinas estavam abertas, a luz ambiente. Ela sentou-se para a frente quando ele tirou
suavemente o roupão.
Anthony suspirou.
Claire congelou, sem saber por que ele fez um som e se virou para ver seu rosto. Suas feições estavam mais suaves e mais preocupadas do que ela tinha testemunhado.
Ele não disse uma palavra, mas acariciou seu pescoço e nas costas, com a boca. Suas ações eram sensuais, cuidadosas e sensíveis.
Lentamente, ele se juntou a ela na cama, e só depois de garantir que ela estava úmida e pronta, ele entrou em seu corpo. Ele tinha estado lá antes, mas isso era
diferente. Os únicos sons da boca dele eram ruídos incompreensíveis que fizeram o seu significado claro. Logo ela respondeu com a mesma língua. Desta vez não foi
só ele que experimentou satisfação, Claire também.
Depois que ambos estavam satisfeitos, ela repousou sobre os lençóis de cetim e observou enquanto ele caminhava para a mesa completamente nu e úmido de suor. Seus
músculos definidos pelo esforço, ele pegou o presente. Ela levantou a cabeça do travesseiro, seu longo cabelo castanho úmido caindo em ondas em torno de seu rosto.
Seus lábios um sorriso fraco quando ele entregou a ela. Ele observava quando ela tirou a embalagem da caixa de veludo preto que segurava um relógio de pulso Swarovski.
Ela sorriu.
— Ele foi criado como uma maneira de evitar falhas no futuro, — disse ele em voz baixa.
— Obrigada. Eu realmente gostaria de evitar isso.
Ela entregou-lhe a caixa e abaixou a cabeça no travesseiro. Completamente sem energia, ela fechou os olhos e sentiu o calor suave quando Anthony levantou as cobertas
sobre seu corpo. Ela ainda podia sentir seu cheiro almiscarado quando ela caiu na inconsciência. Ela não acordou até segunda-feira.
Nesse tempo entre o sono e o despertar, Claire perguntou se ontem à noite tinha sido real. Como poderia ser real se sábado tinha disso também? Anthony Rawlings poderia
realmente ser dois homens tão diferentes? À medida que o nevoeiro começou a clarear, ela percebeu que quem quer que ele fosse, se foi para os próximos dois dias
e meio. Essa compreensão deu a ela uma vitalidade renovada. Ela não sabia o que ela faria com suas 65 horas de liberdade, mas ela sabia que iria encontrar algo.
Seu café da manhã estava na mesa quando ela saiu do banheiro e as cortinas foram abertas. O céu irradiava um tom muito claro de azul e parecia haver nuvens se formando
no horizonte. Era primavera em Iowa. O tempo pode ser imprevisível.
Após o café da manhã, ela decidiu tentar a piscina. Ela nadou em voltas por 40 minutos e descansou na banheira de hidromassagem. Era maravilhoso empurrar seus músculos
além do seu limite. Além de seus deveres, ela tinha feito nada para exercer em quase três semanas. Surpreendentemente, a falta de atividade física não pareceu causar
ganho de peso. Ela não tem como medir isso, mas ela poderia dizer por seu espelho e com suas roupas novas. Se qualquer coisa, diria que ela perdeu peso. Ela se deitou
e fechou os olhos em meio ao zumbido borbulhante da banheira e percebeu que era sua dieta. Em três semanas, ela não tinha tido qualquer tipo de álcool, nem mesmo
um copo de vinho. Ela também não tinha consumido nenhuma sobremesa, nenhum um cookie, brownie, ou até mesmo um pedaço de chocolate escuro. Agora que a realização
bateu nela, ela ansiava por chocolate.
As 65 horas passaram sem evento. Ela cuidadosamente investigou a casa. Ela era luxuosa, grande e tinha muitas comodidades. No entanto, quanto mais ela explorava,
mais ela percebeu que ainda era uma prisão. Ela não podia sair. Ela não podia ir lá fora. Pode ser maior e mais grandiosa do que a sua suíte, mas ainda tinha paredes.
Ela fez um esforço para conhecer os nomes da equipe. A jovem que traz comida é Cindy. O jovem que não fala muito inglês é Carlos. O motorista de Anthony é Eric.
Havia outros que limpavam, cozinhavam, lavavam roupa e arrumavam a propriedade, mas Claire raramente os vê, de modo que ela não teve a oportunidade de aprender os
seus nomes. No entanto, sempre que passava um ou os encontrava em um corredor, eles balançavam com a cabeça em reconhecimento, — Sra. Claire.
Na quarta-feira antes de Anthony estar programado para retornar, Claire observava da varanda o sol com nuvens chuvosas que se formavam no oeste. Isso teria a emocionado
no mês anterior. Assistir tempestades se formarem, pessoalmente ou na tela do radar, a enchia de emoção. Ao as nuvens escuras se aproximarem, ela começou a ouvir
o estrondo de um trovão distante. Ela podia sentir a queda distinta da pressão. Claire sabia que Iowa, como Indiana, tinha a sua quota de tornados. Apesar da queda
de pressão, seus instintos lhe disseram que isto ia ser apenas uma boa tempestade de primavera à moda antiga, do tipo que é alta e violenta, mas costuma soprar mais
com poucos danos. Hipnotizada, ela assistiu e ouviu. Ela não tinha estado muito ocupada para ver e ouvir o tempo? Agora que ela tinha o tempo, ela só ficou ali parada.
Catherine finalmente quebrou o feitiço, — Sra. Claire, por favor, entre. Precisamos fechar as janelas. Você vai se molhar.
Claire entrou e foi para a sua suíte. O uivo do vento eletrificou suas emoções. Ela sabia que ele voltaria hoje. Ela o odiava com cada pedacinho de seu ser. Detestava
seu comportamento paternalista, sua atitude insensível e, sobretudo, sua mentalidade abusiva. E ela odiava ficar sozinha. Ela gostava muito de Catherine, mas ela
tratava Claire como uma convidada ou uma superior. Claire ansiava por alguém para conversar, para rir e estar apenas perto. Com todo o seu coração e alma, ela não
queria que essa pessoa fosse Anthony Rawlings. Então, quando as 17h00 chegaram e Claire esperou a notícia de sua chegada, ela deveria ter ficado satisfeita com o
relatório de Catherine, — Sr. Rawlings está atrasado um dia, devido às frentes de tempestade. O piloto não vai voar a oeste de Chicago, devido aos bancos de nuvens
altas. Ele vai estar em casa amanhã à noite para jantar com você e nesse momento, você vai saber mais amanhã.
Claire agradeceu Catherine pela informação, comeu seu jantar, leu um pouco e foi para a cama.
Depois que Anthony voltou, a programação que ele discutiu estava em pleno funcionamento. Ela estava em sua suíte às 17h00 em cada noite para aprender os planos dele.
As coisas eram muito ocupadas com seu trabalho e muitas noites ele não a visitava. Às vezes, eles comiam em sua suíte e às vezes na sala de jantar. Às vezes, ele
a chamava para seus deveres, outras vezes ele dizia que tinha trabalho a fazer. Os dias se transformaram em semanas e as semanas em outro mês.
O aspecto positivo era que não tinha havido mais nenhuma falha. Isso não quer dizer que Claire experimentou nada como a tarde em sua suíte. Pelo contrário, cada
tarefa a cumprir o seu acordo contratual era sobre ele. No entanto, ela se sentia contente em evitar as falhas imprevisíveis.
Em algum momento durante o início de maio, depois de Anthony terminar com Claire, ele preferiu ficar na cama dela. Ela percebeu isso depois que ela adormeceu e acordou
no meio da noite com o som de sua respiração, constante e rítmica. A consciência de sua presença a assustava. Será que ele tem outros planos? Ela deveria estar fazendo
alguma coisa? Ela estava com muito medo de acordá-lo e perguntar. Em vez disso, ela silenciosamente se moveu lentamente para a borda do seu lado da cama e caiu de
costas para dormir. Quando acordou pela manhã, ele se foi.
Em 12 de maio, um domingo, Catherine informou a Claire que ela e Sr. Rawlings estariam comendo no pátio dos fundos. A temperatura tinha aumentado constantemente
e o quintal estava vibrante, com cores, tons intensos de verdes, vermelhos rubi das árvores red bud3 e branco puro das árvores de corniso4. Anthony empregava jardineiros
que haviam estado ocupados plantando milhares de flores anuais nos jardins, belas panelas de barro e fluindo de cestos. A piscina foi recentemente inaugurada, com
fontes sempre fluindo. À noite, eles produziram um show de luzes coloridas que mudavam a água clara para cor de rosa para azul para verde para vermelho e de volta
para clara.
Claire se lembrava do dia, porque quando se sentaram para comer, Anthony perguntou se ela tinha nadado na piscina ao ar livre que tinha sido aquecida. Depois de
tanto tempo seguindo suas regras e de estar prender sua bravata por dentro, ela começou a chorar. Sua reação, obviamente, o surpreendeu. Em meio a lágrimas abafadas
Claire respondeu: — Esta é a primeira vez que eu vim aqui em dois meses. Eu não achei que eu tinha permissão para ir lá fora.
Como se não esperasse sua resposta emocional, ele rapidamente se recuperou. — Sim, isso é correto. Eu sei exatamente quanto tempo tem sido desde que você tem estado
fora. — a voz dele retomou o tom autoritário que ela desprezava. — E eu estou feliz em ver que você ainda se lembra de quem está no controle de seu acesso a privilégios
adicionais.
Claire assentiu com a cabeça levemente para indicar sim, que ela entendeu. Anthony limpou a garganta. Ela olhou em seus olhos tentando piscar as lágrimas para longe.
— Sim, eu entendo. Mas eu realmente amo estar aqui fora.
— Certamente você é inteligente o suficiente para descobrir isso, — Anthony brincou.
Confusa e chateada com a perda de sua igualdade falsamente percebida, ela disse: — Eu não tenho certeza do que você quer dizer.
— Claire, eu sou um homem importante. Tenho centenas de milhares de pessoas em centenas de empresas que dependem de mim para sua subsistência. Eu equilibro muito
no meu prato. Ser observador aos seus desejos e caprichos não está na minha lista de prioridades. Se você quer ir para fora, pergunte.
A simplicidade assustou e a realidade fez mal. Ela era uma adulta e ela estava pedindo permissão para ir lá fora. Sua memória parecia nebulosa, mas ela não conseguia
se lembrar de fazer isso desde que ela tinha talvez dez ou onze anos. Foi um dos testes dele. Ela iria se render à sua autoridade ou ela iria recusar e passar o
verão lá dentro? Se ela se rendesse, era realmente submissão ou era a sua maneira de controlar a situação? O debate interno continuou por um tempo curto.
— Anthony, eu posso sair da casa e ir para fora?
— Você pode sair. Não deixe a propriedade sem mim ou a minha permissão. — o tom dele continuou, mas a única preocupação de Claire era seu significado, — Lembre-se
de estar disponível para mim sempre que eu estiver aqui. Portanto, não passeie na propriedade se eu estiver presente. E você deve estar em sua suíte as 17h00 a cada
noite para obter instruções. Você pode seguir estas regras?
— Ah, sim, eu posso. — pode ainda ser uma prisão, mas tinha apenas multiplicado de tamanho.
Ganância por falta de uma palavra melhor é boa.
Ganância em todas as suas formas –
ganância por vida, por dinheiro, por amor, por conhecimento -
tem marcado uma onda de elevação da humanidade.
- Gordon Gekko, Wallstreet
Capítulo sete
A nuvem de fumaça levitando perto do teto falso criava uma névoa, fazendo as luzes fluorescentes parecerem fracas dentro do pequeno escritório. Nathaniel apertou
os dentes ao analisar os números. Desde que assumiu a empresa pública, os números mostraram lucros. As ações continuaram a crescer e relatórios da indústria eram
favoráveis. Rawls Corporação estava no preto. E considerando o atual clima econômico da década de setenta, o que era bom. O problema é que Nathaniel Rawls não queria
o bom. Ele não se contenta com o preto. Ele quer mais, muito mais. O som do forno soprando ar quente criava um zumbido hipnótico. Ele se inclinou para trás, deu
uma longa tragada em seu cigarro, e esfregou as têmporas. Como ele poderia fazer os valores da coluna de lucro se multiplicar? Inferno, os outros estão fazendo.
Ele queria também.
Socando o botão preto na caixa pequena, disse ele, — Connie, traga Samuel aqui agora.
A voz crepitante respondeu imediatamente: — Sim, senhor, Sr. Rawls.
Samuel entrou no pequeno escritório inalando a nuvem suspensa. A visão de seu pai debruçado sobre os livros e planilhas significava apenas uma coisa: ele estava
para o discurso ‘Nós podemos fazer melhor’. — Sim, Pai, você queria me ver?
— Você viu os últimos números?
— Sim. As vendas para os grandes distribuidores estão até 18 por cento.
— Isso é mixaria. Têxteis não pode fazer merda nos Estados Unidos. Temos de rever a ideia de operações de movimentação de país. No México, nós podemos produzir a
mesma mercadoria com menos de um quarto do que custa aqui. Inferno, os sindicatos aqui em Jersey estão nos custando uma fortuna.
Samuel aprendeu há muito tempo para pacificar seu pai que era melhor deixa-lo queimar algumas calorias e as coisas iriam resolver. — Nós vimos isso. O problema é
a demissão de centenas de trabalhadores que têm sido leais ao longo dos anos. Além disso, como eu disse, estamos no preto.
Nathaniel soprou uma nuvem de fumaça em direção ao seu filho. — Decidi contratar Jared Clawson como CFO, diretor financeiro. O homem tem algumas ideias inovadoras.
— Ele não apenas deixou New England Energia em meio a denúncias de atividades ilegais?
— Nada foi provado. Além disso, tenho visto os números. Quando Clawson foi ajudar com as finanças no NE Energia, seus lucros estavam transbordando. Desde a sua partida,
eles estavam indo bem. — Samuel permaneceu em silêncio. — O homem é um gênio maldito. Nós nos encontramos algumas vezes. Ele acredita que Rawls tem potencial e tem
algumas grandes ideias.
Samuel sabia que sua opinião não importa. Se a mente de Nathaniel estava feita, Jared Clawson estava vindo a bordo. A única coisa que podia fazer era observar e
fazer o seu melhor para parar qualquer coisa ilegal antes de iniciar. — Os contratos com Huntington House estão em seus estágios finais. Eles têm planos para uma
nova linha de roupas. O potencial de receita é enorme. Eles têm distribuidores de cima a baixo da Costa Leste.
— Mixaria de merda.
Uma atitude mental positiva forte criará mais
milagres do que qualquer droga milagrosa.
- Patricia Neal
Capítulo oito
A sobrevivência nos dois últimos meses foi facilitada por uma técnica chamada por Claire de compartimentalização. Ela não conseguia descobrir a totalidade de sua
situação, mas ela poderia lidar com uma parte de cada vez. O lapso colossal em juízo que a trouxe a esta circunstância; o tratamento, a punição ou consequência que
ele sentia que tinha o direito ou a capacidade de realizar; os deveres que ele podia lhe dizer o que fazer, e o fato de que ela obedeceu todos foram demais. Ela
teve que separá-los e lidar com eles em pequenos pedaços gerenciáveis. Alguns dias isso era possível. Outros dias era mais difícil.
Seus treinos matinais agora incluíam natação e musculação. Exercício supostamente produzia endorfinas e endorfinas ajudam a elevar o humor. Isso lhe pareceu uma
boa ideia.
Antes que ela era permitida sair, Claire passava muitas tardes com um cobertor e um bom filme. O nível mais baixo da casa continha uma sala de cinema. Com a agenda
lotada de Anthony, ela se perguntou se ele já tinha usado. Considerou centenas, se não milhares, de filmes digitais. Claire adorava os clássicos, especialmente os
musicais. Ela poderia perder uma tarde inteira enrolada em uma grande poltrona macia vendo as pessoas felizes cantar e dançar. Era uma magnífica fuga da realidade.
Era perto do fim de maio e Claire se aproveitava de sua liberdade ao ar livre todas as vezes que podia descansando na piscina, andando nos jardins e lendo livros
no quintal. Agora ela queria explorar. As árvores guardavam a possibilidade de tanto vida vegetal como animal. Fazia alguns anos desde que ela estudou ciências da
Terra, mas ela acreditava que iria voltar. Anthony disse que sua casa tinha estado nesta terra durante catorze ou quinze anos. Claire acreditava que ninguém havia
estado na floresta durante anos. O potencial para a verdadeira vida selvagem imperturbável a excitava. Não que haveria ursos ou leões, mas veados, coelhos, pássaros
e roedores. Em sua atual situação, autopreservação a encorajou a encontrar a felicidade sempre que possível.
Três dias antes, ela pediu a Anthony botas. Agora ela estava amarrando-as e preparando-se para sua nova aventura. Inalando os cheiros doces da natureza, Claire contemplava
seu caminho quando Catherine veio correndo em sua direção. — Senhorita. Claire, eu estou tão feliz que eu não perdi você.
A tranquilidade de Claire de repente evaporou. — Não, parece que você me pegou. E eu prometo estar de volta antes das cinco.
— Sr. Claire, acabei de receber um telefonema do Sr. Rawlings. Ele tem um compromisso hoje à noite em Davenport. É um evento para levantar fundos no Teatro Alder
para o Quad City Symphony.
— Então ele não estará de volta hoje à noite? — disse ela, pensando que talvez pudesse ficar na floresta até depois das cinco.
— Não, senhorita, ele estará de volta.
— O que?
— Ele estará aqui às seis para buscá-la. Você vai acompanhá-lo para a sinfonia.
Claire olhou para Catherine, incrédula. Ela tinha acabado de ser autorizada a estar ao ar livre, e agora ela estava indo para Davenport para uma sinfonia. Dizer
‘Não, obrigada’ não parece ser uma opção. Sua mente girava. — Catherine, eu nunca estive em uma sinfonia antes. Você pode, por favor, me ajudar? — Claire orou para
que isto não fosse mais um teste sobre o vestido apropriado.
— É claro que eu vou, senhorita. Agora vamos para o seu quarto, e vamos começar.
Elas fizeram. Catherine foi direto para o armário e tirou um longo vestido de noite preto. Era simples, mas incrivelmente lindo. Claire tomou banho novamente. Catherine
ajudou-a com a maquiagem e cabelo, empilhando-o sobre a sua cabeça com cachos em cascata. Ela ainda tinha brincos requintados para Claire usar. Colocando-os em suas
orelhas furadas, pensou quanto tempo fazia desde que ela tinha usado joias e como era usar seu cabelo para cima.
Um acessório que surpreendeu Claire foi a bolsa. Ela não tinha ido a lugar algum ou precisava de uma bolsa, mas esta noite Catherine tinha uma para ela. Anthony
estaria em casa e pronto às seis. Aparentemente, a sinfonia começa as oito com um coquetel às sete. Catherine explicou que demorava uma hora de carro para Davenport,
e Eric seria motorista- na limusine.
Antes que ela se vestisse, ainda vestindo o roupão com seu cabelo feito e maquiagem perfeita, Claire se sentou na beirada da grande banheira de mármore e perguntou
a Catherine um conselho. O que o Sr. Rawlings espera dela esta noite? Como ela deve agir? Se ele tivesse regras por estar fora, ele não tinha dito a ela; e se Catherine
sabia, Claire realmente gostaria de ser informada.
Os olhos de Catherine brilharam com carinho e preocupação. Ela queria ajudar Claire. Ela faria qualquer coisa para fazer esta noite um sucesso tanto para Claire
e Sr. Rawlings. Catherine sentou-se ao lado de Claire e gentilmente pegou a mão dela. — Senhorita Claire, você está linda, ah sim. — seu sorriso tranquilizou Claire,
que acenou com a cabeça quando Catherine falou. — Sr. Rawlings é um empresário muito influente. Ele é um crente fervoroso na aparência. Se as coisas parecem certas
na superfície exterior, é raramente questionada. No entanto, as coisas podem ser grandes se elas pareçam ruins, é difícil mudar essa percepção. Portanto, Sra. Claire,
você é esperada para ser a companheira perfeita: Bonita, educada, contente e agradecida.
Claire pensou: Bem, perfeito... tudo bem, sem pressão.
Catherine continuou, — Um homem da posição do Sr. Rawlings é constantemente observado por outros. Alguns assistem para imitar, outros assistem para arruinar. É por
isso que ele exige que sua casa seja um lugar de quietude. Ele tem que fazer tanto para tantos, que ele precisa de um lugar para descanso e para reabastecer. É aí
que você tem sido tão boa para ele. — Claire olhou nos olhos de Catherine, ela foi sincera. Claire acreditava que Catherine tinha os melhores interesses pelo coração
do Sr. Rawlings. No entanto, ela tinha certeza de que Catherine não compreendia as maneiras que ele esperava ser ajudado. — Mas acima de tudo, o Sr. Rawlings exige
confidencialidade por parte de quem trabalha para ele ou está próximo a ele. — Claire ponderou esse pensamento. — Senhorita Claire, você já teve a rara oportunidade
de conhecer o Sr. Rawlings de uma forma que aa maioria não. A informação que você segura não deve ser compartilhada com ninguém. Ele te permitiu ver um lado mais
íntimo de si mesmo. O mundo do Sr. Rawlings é muito mais vigiado. Ele colocou a confiança em você e você deve saber que ele não confia plenamente em muitas pessoas.
Nunca discuta com Sr. Rawlings ou seu relacionamento com ninguém. — Catherine sorriu e apertou as mãos de Claire. — Eu sei que você vai ser maravilhosa, Sra. Claire.
Sr. Rawlings vai ter orgulho de tê-la em seus braços.
Por um momento, Claire sentou-se silenciosamente contemplando as palavras de Catherine: rara oportunidade? Confiança? Lado íntimo de si mesmo? Isso não era algo
que ela pediu. Com toda a honestidade, ela considerou a possibilidade de fugir da sinfonia. Será que Catherine esperava que ela se sentisse honrada? Ela principalmente
se sentia... bem, em conflito.
Catherine insistiu que Claire comesse um jantar antes de se vestir. O vestido de seda frisado com o corpete encaixou como se tivesse sido feito para Claire. Com
os sapatos de salto alto pretos Ralph Lauren, o comprimento do vestido era perfeito. A perolização era feita do material mais pesado do que Claire tinha previsto.
Observando-se no espelho, Claire virou um pouco e a saia se armou nessa direção. Foi o vestido mais deslumbrante que Claire já tinha visto, muito menos usado. Catherine
assistia Claire com um envoltório de seda preta leve e com bolsa combinando. Dentro da bolsa, ela colocou batom e pó. Haveria pessoas em todos os lugares, lembre-se
que as aparências são tudo.
— Sra. Claire, você está impressionante! — os olhos de Catherine brilharam em aprovação. Claire olhou-se novamente no espelho. Ela sentiu como se estivesse vendo
outra pessoa. Timidamente sorrindo para essa pessoa no espelho, Claire concordou que ela estava linda.
Às cinco horas e cinquenta, elas deixaram a suíte para a sala de estar. Em vez da rota habitual, Catherine fez Claire tomar o caminho mais longo, descendo as grandes
escadas. Quando chegaram ao topo das escadas, Catherine tossiu levemente. Ela olhou para Claire, mais alta do que ela em seus calcanhares, e deu-lhe um sorriso mais
tranquilizador. Catherine fez um gesto para Claire para descer a escada em primeiro lugar.
Esperando pela porta da frente, olhando mensagens em seu iPhone, estava Anthony. Ele emitia a confiança e o magnetismo animal. Seu smoking, obviamente, adaptado
especificamente para ele, parecia requintado, pois acentuava seus ombros largos. Não havia um pedaço de seu cabelo escuro fora do lugar penteados com gel e à perfeição.
Seu rosto estava liso como se tivesse recentemente raspado. Claire não podia ajudar, mas achou que ele parecia incrivelmente bonito. Seguindo o som da tosse de Catherine,
ele olhou para o alto da escada. De repente, o negócio que estava exigindo sua atenção parecia estar esquecido. Ele observava enquanto Claire graciosamente descia
a escadaria. Enquanto seus olhos viram todos os seus movimentos, ela se perguntou se deveria sorrir. Ela não tinha certeza de como ele reagiria. A expressão dele
emanava fervor. Claire queria sua aprovação. Ela disse a si mesma que ela não precisava disso. Ela estava feliz coo ela estava bonita, mas ela sabia que ela queria
isso.
Uma vez no fundo das escadas, ela passou para o lado de Anthony. Ele não falou no início, mas depois falou com Catherine, não com Claire, — Minha querida Catherine,
você se superou. Você é uma artista. — ele se inclinou para a cintura dela.
— Sr. Rawlings, um artista é tão bom quanto sua tela. Você está acompanhando uma tela bonita.
— Ou deveríamos dizer, ela me acompanha. — agora a Claire, — Temos de ir, Eric está esperando.
Se Claire estivesse preocupada com tópicos de conversa na viagem até Davenport, ela não precisava. Depois de ajudar Claire na parte de trás da limusine, Anthony
voltou a ser absorvido em seu iPhone e fazer uma multitarefa com o seu iPad.
Nos dias em que ele trabalhava em casa, Claire foi muitas vezes esperada para ficar em seu escritório no caso de que os seus serviços fossem solicitados. Ela ouviu
muitas chamadas, conferências e seminários via web. Portanto, ao ouvi-lo discutir algumas relações no telefone no caminho para a sinfonia parecia estranhamente confortável.
Claire queria agradecê-lo, dizer-lhe como ela estava animada para sair de casa e ver alguma coisa, qualquer coisa. No entanto, seu trabalho o ocupou durante todo
o passeio. Ela estava ocupada demais, olhando para fora da janela matizada, vendo diferentes pontos de vista e coisas diferentes. Mesmo a sensação de estar em um
carro, a deixava eufórica. Ela nunca tinha andado em uma limusine. O interior era requintado e ela podia sentir o cheiro dos assentos de couro macio.
Eles se aproximaram de Davenport quando o céu se encheu com uma mistura de rosa e roxo, como tintas vibrantes misturadas juntas. Logo começou a escurecer e as luzes
da cidade iluminavam o horizonte. Foi a mais esplêndida combinação de céu e o horizonte que já tinha visto.
Minutos antes de chegarem, Anthony deixou o seu negócio e se virou para Claire. — Será que Catherine preparou seu comportamento para a noite, assim como ela fez
com a sua aparência?
Claire pensou, Em algum lugar essa declaração é um elogio. Eu vou aceitar isso. — Ela me deu o conselho dela, mas eu me sentiria melhor se eu ouvisse o seu.
— Muito bem, quando chegarmos, provavelmente haverá fotógrafos. Não aja com surpresa ou como se estivesse chocada com a atenção. Basta piscar um sorriso bonito e
irradiar confiança. Fique ao meu lado em todos os momentos. Haverá repórteres que vão tentar conhecer a sua identidade. Eu tenho um publicitário que vai saber a
hora de liberar todas as informações necessárias. Isso não é com você. Vou fazer mais do que falar. No entanto, o senso comum terá de ser com você. Se falarem com
você, você terá que responder, mas não compartilhe informações privilegiadas. Você entende?
— Sim.
— Me pediram para participar deste evento por causa de uma doação que fiz ao Quad City Symphony e com o apoio da Fundação das Artes. Alguma vez você já foi a uma
sinfonia? — Claire disse que ela não tinha. Anthony continuou enquanto a limusine serpenteava e se arrastava ao longo de ruas estreitas. O tráfego estava mais devagar
agora. Claire pensou que isso significava que eles estavam se aproximando. — A sinfonia é uma noite agradável. Eu acredito que você vai apreciar a música. O condutor
é incrivelmente talentoso.
— Obrigada, Anthony, por me permitir te acompanhar esta noite.
— Eu admito que você aprendeu bem suas lições. Agora é hora de ver se você pode continuar a seguir as regras fora dos limites da minha terra.
— Eu farei o meu melhor.
Anthony levou suavemente o queixo de Claire e o virou em direção a ele, — Você terá sucesso. A falha em um ambiente público não é uma opção. — seus olhos se encontraram
um no outro.
— Sim, Anthony. Vou continuar a seguir suas regras. — o carro diminuiu a velocidade e parou.
Anthony sussurrou, — Espere por Eric, ele vai abrir a porta e vai ajudá-la a sair. Eu estarei bem atrás de você e nós vamos entrar no teatro juntos.
Catherine disse que haveria pessoas os observando e Anthony alertou para os fotógrafos, mas Claire não esperava o tratamento de tapete vermelho do Emmy. Havia câmeras
em todos os lugares e pessoas gritando perguntas.
Havia um meteorologista da WKPZ, Jennifer, cerca de dez anos mais velha do que Claire. Ela levou Claire sob sua asa e lhe ensinou tudo sobre como trabalhar para
uma estação de notícias. Jennifer estava preparando Claire para as câmeras antes da compra. A conselheira de estágio, Jennifer, deu-lhe a aparência e comportamento
que se provaram ser uteis. Ela disse a Claire, — Quando as câmeras ligam e sua imagem transcende nas salas de estar das pessoas, elas não se importam se o seu cão
acabou de morrer, se seu namorado te sacaneou, ou você ganhou na loteria. Elas se preocupam com o tempo. Assim, encontre uma máscara, mantenha ela polida, e quando
a luz vermelha acender, pareça orgulhosa. — isso funcionou para Jennifer. Ela manteve sua posição após a compra.
Eric abriu a porta. Claire balançou suavemente as pernas fora do carro e colocou a máscara. Foi a máscara de rosto bonito que tinha visto sorrindo de volta para
ela no espelho do banheiro mais cedo naquela noite. Seus movimentos prosseguiram normalmente e seu sorriso nunca diminuiu. Ela diligentemente seguiu o conselho de
todos.
Anthony saiu do carro, acenou com um sorriso bonito para a multidão, e gentilmente colocou a mão na parte de baixo das costas de Claire. Seu nervosismo mudou para
alegria à medida que avançavam por entre a multidão e para o teatro. Esperando no interior das portas, estava um homem que entusiasticamente saudou Sr. Rawlings
e os acompanhou até uma sala privada. Uma vez lá, os jornalistas foram embora, mas as pessoas restantes estavam igualmente ansiosas para falar com Anthony Rawlings.
Quando eles se misturaram, Anthony tomou duas taças de cristal de champanhe e entregou uma a Claire. Sua voz soava diferente, enquanto ele cumprimentava e foi cumprimentado
por pessoas. Ele graciosamente apresentou o sua companheira, Claire Nichols, para os indivíduos e casais que encontraram. Claire sorriu educadamente, apertaram as
mãos e manteve uma pequena conversa. Claire observava o homem que tinha vindo a conhecer, ele parecia tão diferente. Muitas pessoas queriam falar com ele e ele sabia
todos os seus nomes. Suas habilidades sociais a cativou.
Depois que as luzes piscaram, ele gentilmente tocou em seu cotovelo e a levou para os seus lugares. Eles atravessaram a cortina preta e Claire podia ver todo o teatro.
Anthony tinha a dirigido a um camarote acima e à direita do palco. Eles se sentaram e ela contemplou a vista magnífica, as paredes ornamentadas, multidões de pessoas
bem vestidas, e a bela cortina de veludo. Muito rapidamente o auditório escureceu e os holofotes subiram ao palco.
Uma mulher com um sotaque alemão começou a falar. — Antes de começar a apresentação desta noite, eu gostaria de agradecer a presença de todos. Gostaria de pedir
ao público para se juntar a nós no Quad City Symphony ao agradecer a um homem que fez o desempenho desta noite acontecer, bem como performances futuras, Sr. Anthony
Rawlings.
De repente, os holofotes brilharam diretamente sem seus assentos. A multidão irrompeu em aplausos e uma ovação de pé. Claire observou quando Anthony se levantou
e reconheceu a gratidão com um sorriso arrojado e um aceno. Ele se sentou e, com a luz ainda sobre eles, ele se inclinou e tomou a mão de Claire. Ela sorriu para
ele, seus olhos eram tão leves. Os holofotes desligaram e a sinfonia começou.
Eles quase não falaram durante toda a performance além de comentar sobre uma peça musical. Quando não está ocupado em aplaudir, a mão de Anthony suavemente segurava
a de Claire. Todo o show terminou cedo demais. As luzes se acenderam e eles se levantaram para ir. Sussurrando no ouvido dele, Claire agradeceu novamente. Tinha
sido mais do que ela poderia ter imaginado. Ele sorriu, e colocando delicadamente a mão no fundo das suas costas, a levou através da multidão para o vestíbulo. Uma
vez fora, Eric abriu a porta do carro à espera e Anthony observou Claire quando ela entrou na limusine.
O forte contraste das músicas da limusine deixou Claire pensando enquanto se afastavam do meio-fio. Sua mente girava com pensamentos, a noite tinha sido maravilhosa,
a música, o champanhe, as pessoas, o teatro, tudo. Eles estavam andando por alguns minutos quando ela percebeu que Anthony não tinha falado desde que entraram na
limusine. Sua frequência cardíaca aumentou quando contemplava a possibilidade de que ele estava chateado. Ela disse a si mesma que não podia ser. Ela fez tudo o
que todos lhe disseram para fazer. Ela manteve as aparências e o deixou fazer mais do que falar. Ela podia sentir os olhos dele sobre ela, mas estava com medo de
virar e encará-los. O toque em seus ouvidos a virou para o silêncio. Completamente desprovido de som, silêncio. Ela ajeitou a nova máscara e se virou. — Essa foi
uma magnífica noite, obrigada novamente.
— Você realmente acha isso?
Ela perguntou se ele estava perguntando sobre a sinfonia ou ela.
— Sim. A música foi executada lindamente e você estava certo sobre o condutor. — seu pulso acelerou, incapaz de tirar o suspense por mais tempo. — Eu fiz tudo certo?
— O que você acha?
Ela considerou a resposta dela e tudo o que ele disse a ela. — Eu acho que fiz bem. Eu escutei Catherine e você e fiz bem. — ela esperava que sua voz não expusesse
sua insegurança.
Anthony não respondeu, mas pegou a sua pasta de documentos. Claire assumiu que a conversa estava encerrada e que ele planejava retomar o trabalho. Ela decidiu que,
se a conversa acabou e ele não disse que ela não foi mal, ela deve ter conseguido. Ela exalou. De repente, ele se virou para ela e estendeu uma caixa de veludo preto
quadrado. — Eu acredito que você fez bem. — ela gostou do tom de sua voz, que soava como o homem no teatro. — Eu já te disse que toda ação tem uma consequência.
Isso pode ser negativo, como vimos, ou positivo. Eu acredito que você ganhou uma consequência positiva.
— Anthony, eu não preciso de um presente. Eu queria fazer você se sentir orgulhoso. Se consegui isso, então estou feliz e isso é o suficiente.
— É um presente, ou, pelo menos, eu creio que foi. No entanto, não é novo. — Anthony ainda segurava a caixa diante de Claire. Com as luzes iluminando a cabine, ela
podia ver seu sorriso, genuíno, não cruel ou sádico. — Sempre vai ser tão difícil para você abrir os presentes?
Ela pegou a caixa. — Você tem a minha curiosidade atingida ao pico. O que você está me dando que é velho?
Ela abriu a caixa de veludo articulada. O nó na garganta a fez engasgar, incapaz de falar. A corrente de ouro branco delicado com uma pérola em uma cruz de ouro
branco pendurado. A surpresa a subjugou. Ela só viu o colar por um milésimo de segundo antes que seus olhos se enchessem de lágrimas. Ela olhou para Anthony novamente,
as lágrimas escorrendo pelo rosto. — Como você fez? Onde você conseguiu isso? Foi da minha avó.
— Fui em seu apartamento em Atlanta, quando foi limpo. Achei que você pudesse querer. Você gostou?
Claire ouviu suas palavras. Seu apartamento tinha sido limpo. Onde estava o resto de suas coisas? Ela precisaria pensar sobre isso. Agora, ela se concentrou em colar
de sua avó. — Oh sim, eu gostei!
Ele perguntou se podia ajudá-la a colocá-lo. Ela acenou que sim, uma resposta verbal não foi necessária. Em seguida, ele pegou a caixa da mão dela e começou a remover
a placa de cetim. Claire observou sua ternura enquanto ele segurava a corrente fina e de fecho delicado. Ela se virou e ele envolveu o colar em volta do pescoço.
Pegando o pó com espelho de sua bolsa, ela viu como a pérola se movia para cima e para baixo com a batida de seu coração.
— Anthony, não há um colar que você poderia ter comprado que significa mais para mim do que isso. — as lágrimas estavam secas, mas ele viu quando seus olhos verde-esmeralda
brilharam.
— As pessoas que me conhecem bem, e são numeradas, me chamam de Tony. Você pode me chamar de Tony.
— Obrigada, Tony. Esta é a melhor noite da minha vida. Como posso te agradecer?
Tony apagou as luzes na cabine. A viagem ainda era mais de meia hora de distância, e a janela entre eles e Eric estava fechada. — Na verdade, tenho algumas ideias.
Minha fórmula para viver é bastante simples.
Eu levanto-me de manhã e eu vou para a cama à noite.
Nesse meio tempo, eu me ocupo do melhor eu posso.
- Cary Grant
Capítulo nove
O tempo continuou a aquecer. Claire agora podia tomar sol em seu novo biquíni. Cada vez que ela entrou pela porta para o deck da piscina, ela sentiu como se estivesse
entrando em um resort. Ela poderia comer em uma das mesas de guarda-chuva ou ler em uma espreguiçadeira ou nadar na água morna. O sol de Iowa resultou em um belo
bronzeado dourado. Seu cabelo, que sempre foi marrom, agora brilhava com reflexos dourados contrastantes à sombra castanha.
Parecia impossível, mas Claire realmente se sentia ocupada. Ela iria acordar, levantar, tomar banho e café da manhã. Então, se Tony estava fora da casa, as possibilidades
eram inúmeras. A piscina permanecia uma boa opção. No entanto, Claire preferia usar na parte da tarde. O que ela gostava além de qualquer coisa era explorar a floresta.
O terreno em torno propriedade de Anthony Rawlings percorria por quilômetros na maioria dos sentidos. Uma noite, ela perguntou se andar na floresta era permitido.
Tony explicou que ela provavelmente poderia caminhar por horas e não alcançar a linha de propriedade. Ele nunca se aventurou na floresta, mas havia sobrevoado em
um helicóptero para o levantamento da terra, determinando a melhor localização para a casa. Isso a fez se sentir melhor sobre a exploração. Ele não queria que ela
deixasse sua propriedade sem a permissão dele, mas ela podia passear e vaguear e ainda seguir as regras. O fato de que Tony não estivesse lá fora tornava mais atraente.
Claire queria aprender tudo sobre a terra, para fazer isso ela decidiu ir direções diferentes cada vez que ela se aventurava por entre as árvores. Ela descobriu
áreas que as árvores estavam tão densas que não havia vegetação rasteira e permaneceu fria, mesmo que as temperaturas de verão tivessem aumentado. Ela também encontrou
clareiras espontâneas geralmente com flores. Quanto mais cedo na manhã Claire entrasse na floresta, mais flores ela veria. Havia ipomeias azuis como o céu acima.
Após o calor do sol fizessem elas se fecharem, as margaridas brancas e flores amarelas iriam preencher o vazio e criar uma tela multicolorida. Com flores vinham
insetos. Claire observava as abelhas polinizadoras ocupadas e os múltiplos tipos de borboletas esvoaçando. Ela decidiu verificar a biblioteca de Tony para ver se
ele tinha um livro que iria ajudá-la a classificar as diferentes espécies.
Catherine esperava Claire de volta para o almoço todos os dias, então ela tentou não se aventurar mais de uma hora e meia em qualquer direção. Durante a sua vida
passada, ela fazia exercícios, por vezes, em uma academia, mas mais frequentemente em torno de seu bairro em Atlanta. Andar nas calçadas e através de um parque nas
proximidades ela media a distância pelo tempo. Uma milha levava 15 minutos. Ultimamente suas aventuras a levavam pelo caminho menos percorrido. Não era incomum para
ela passar por cima de árvores caídas ou até taludes íngremes. Devido a estes obstáculos, Claire estimou que uma milha levava mais perto de vinte minutos. Com esses
cálculos, ela viajou cerca de quatro milhas de distância da casa em cada aventura.
Certa manhã, aconteceu que ela pousou em cima de um covil de raposas. Inicialmente assustada, ela os observou à distância. Havia dois grandes e três pequenas raposas.
Os pequenos se aventuraram fora do antro, mas os maiores estavam sempre à vista. Isso lembrou Claire de acampar seu pai e a fez se sentir quente e sossegada.
Parecia que os pensamentos que ela tinha, mais recentemente, eram de sua infância e não a sua vida adulta pré-contratual. Talvez fosse uma coisa de compartimentalização.
Infância era passado. Não poderia ser mudado, só lembrado.
Sua vida antes de 15 de março era atualmente presente, ou deveria ser presente. Ela deveria estar em Atlanta, atendendo no bar do Red Wing e tentando desesperadamente
encontrar outro emprego em meteorologia. Ela deveria estar saindo com os amigos e bebendo tanto até a cabeça doer na manhã seguinte. Ela deveria estar falando com
sua irmã ao telefone ou em seu e-mail e aprendendo sobre ela e John.
Atualmente chegando ao final de junho, Emily estaria fora da escola para o verão. John era um associado ocupado em um escritório de advocacia. Antes de Claire desaparecer,
Emily tinha mencionado visitar Claire. — Você sabe que eu estou fora do trabalho no verão e John está ocupado. Eu poderia vir passar algum tempo com você em Atlanta.
— Nossa, isso seria ótimo, mas fica muito quente aqui no verão. E eu tenho que trabalhar, então você provavelmente ficaria aborrecida. —Claire agora se sentia mal
por ela não ter sido mais animadora.
Honestamente, ela temia que Emily desaprovasse o bar onde ela trabalhava ou outra coisa. Claire não queria ouvir seus conselhos. Agora, ela gostaria de ouvir seus
conselhos ou até mesmo sua voz. Claire suspirou e perguntou sobre Emily, se ela queria saber onde Claire estava? Se ela teria tentado entrar em contato com ela?
Logo ela percebeu que a cena arborizada na frente dela estava embaçada. As lágrimas estavam caindo sobre as pálpebras em sua bochecha. Claire decidiu evitar esses
pensamentos. Colocando-os em seus compartimentos para mais tarde. Infância trazia pensamentos bons e memórias mais seguras.
Tony explicou que a sua terra era praticamente em forma de torta. A frente da propriedade era onde estava a estrada, a casa, e depois a terra se espalhara a partir
daí. Claire tentou entender a disposição da propriedade, mas isso levava tempo. Felizmente, ela pensou, essa é a única coisa que eu tenho muito, porque há um monte
de terra para explorar. É claro que se seguiu com pensamentos do calendário misterioso. Quando a sua dívida seria quitada?
Em uma manhã fria, Claire se sentou em sua jaqueta à beira de uma bela clareira e observou a performance magnífica da vida selvagem. Primeiro ela viu veados correrem
pelo campo aberto. Com cada salto, suas caudas brancas pegavam o sol como sopros brancos brilhantes em pó. Quanto mais tempo ela permaneceu sentada, mais veados
ela viu. Eles se aproximaram lentamente da clareira, correndo e voltando mais uma vez na segurança das árvores. Não havia nenhuma ameaça para eles naquele momento,
mas o instinto disse-lhes que as árvores eram a segurança. Claire perguntou se ela tinha uma segurança. Ou talvez esta era uma lição de instinto?
Claire contemplou falar com Catherine sobre a embalagem de um almoço para que ela pudesse ficar na floresta mais tempo. Então ela decidiu que poderia ser algo para
fazer quando Tony estava fora da cidade. Ela não queria se perder e não voltar para a suíte as 17h00. Ela odiava as regras dele, mas segui-las fez sua vida mais
agradável.
Em dias que Tony ficava em, explorar não era uma opção. Ele exigia que ela ficasse perto no caso de seus serviços fossem necessários. Muitas vezes disseram a ela
para ficar em seu escritório, onde ela ficava lendo, sentada no sofá de couro macio, até que ele a chamasse. Havia dias em que ele nunca solicitava os seus serviços,
no entanto, ela perdia todo o dia em seu escritório. Claire sabia que era mais do jogo de poder contínuo. Ele controlava seu tempo, seu corpo e sua vida.
Para continuar seus dias ocupados, após o almoço, Claire tomava banho de sol à beira da piscina ou lia sobre o sol na varanda. Ela também tinha a biblioteca que
poderia cativá-la por horas. Se chovia, ela pode optar por um filme no cinema. Havia tantas coisas para fazer.
A adição de uma saída noturna ocasional com Tony foi a maior mudança para a agenda lotada de Claire. Tudo começou com a sinfonia.
Desde aquela época, ela o acompanhou a alguns outros eventos. Nenhum tão formal como a sinfonia, mas a caridade estava relacionada, diferentes instituições dotadas
de jantares ou festas ou beneficentes. Cada vez Tony falava para Catherine que Claire precisava estar pronta para um evento específico. Ela gostava de sair da propriedade,
mas um pedido ao invés de uma ordem seria bom. Aparentemente, o companheirismo de eventos agora tinha sido adicionado à sua descrição do trabalho. Claire acreditava
que ela tinha feito bem em cada saída e se sentia confiante enquanto Tony estava perto dela. Ele iria lidar com qualquer situação que viesse em sua direção.
Em um evento para homenagear os doadores da Universidade do Hospital Infantil de Iowa, Claire ficou obedientemente ao lado de Anthony enquanto ele falava com um
cavalheiro, a quem ela tinha sido introduzida. Outro homem começou a falar com ela. Tudo começou inocentemente, — Olá, Senhorita Nichols, eu não sei se você se lembra
de mim? Nós nos conhecemos há algumas semanas no Quad City Symphony. — seu volume foi baixo, para atraí-la para longe de Tony ou não ser ouvido por ele. Claire acreditava
que ela se lembrava dele. Ela tentou se lembrar de nomes, assim como Tony, mas ela só conseguia se lembrar de seu rosto. Ele, então, se apresentou, — Charles Jackson,
— e fizeram uma pequena conversa sobre a sinfonia. Ele começou a perguntar a ela sobre o local de sua casa, se ela vivia na região do Quad City? Chicago? O que a
trouxe a esta área? O tempo todo Claire permaneceu constante para Tony. Ela não queria interromper a conversa de Tony, mas seus instintos lhe disseram que isso não
era bom. Ela evitou respostas diretas com sucesso, mas ele persistiu além do politicamente correto. Ela decidiu que precisava deixar Tony envolvido antes que este
homem arrastasse algo que ela não quisesse divulgar.
Ela colocou a mão levemente no braço de Tony. No início, ele não respondeu, então ela apertou um pouco. Quando ele pediu licença de sua conversa, ele se virou para
Claire. Ela odiava o ter interrompido, mas ela usava a máscara e, educadamente, apontou para o cavalheiro.
— Anthony, este é Charles Jackson. — Anthony se virou para Charles e apertou sua mão. Charles pareceu desconfortável, mas não Tony. — Sr. Jackson tem sido incrivelmente
curioso. Achei que você pudesse ser capaz de ser útil para ele.
Claire ficou para trás a meio passo, ainda segurando o braço de Anthony, e se virou para o Sr. Jackson, que parecia cada vez mais pálido. — Sr. Jackson, eu sou muito
bom com nomes e rostos. Lembro-me de vê-lo na sinfonia. Eu não acredito que fomos apresentados. Não é minha prática conversar com os membros da imprensa. É a minha
política permitir que meu agente discuta tais assuntos. Eu recomendo que você fale com ele, não com a minha companheira.
A voz de Anthony foi uma que Claire reconheceu imediatamente, e não era sua foz social. Sr. Jackson não teve qualquer dificuldade em distinguir o tom ou o significado.
Ele se desculpou com Anthony e depois a Claire e fez o seu caminho para fora do evento. Claire se sentiu mal. Ela honestamente não sabia como ela teria lidado com
isso sem a sua ajuda. Tony colocou a mão em cima de Claire quando o Sr. Jackson foi embora.
— Tony, eu sinto muito ter interrompido a conversa. Eu me senti desconfortável.
Inclinando-se para sua orelha e apertando a mão dela, ele sussurrou, — Está bem. Você tomou a decisão certa. — ela suspirou de alívio.
Seu trabalho atual passou seu aniversário de terceiro mês. Ela ainda se sentia presa e odiava estar lá, mas ela não odiava todos os dias. Ela pensou em cada dia
como uma nova possibilidade, e como todos os outros no mundo, alguns dias eram melhores do que outros. Ela sabia que a diferença com sua vida com as outras era enorme.
Isso resumiu sua dependência a Anthony Rawlings. O tom da sua vida dependia totalmente e completamente sobre o estado de espírito dele.
Ele viajava alguns dias por semana a cada duas semanas. Enquanto ela estava isolada em sua suíte, ele tinha sido na Europa, o que aparentemente acontecia com alguma
regularidade. Estas liberdades momentâneas a perturbavam. Em vez de saboreá-las, ela se sentia sozinha. Haveria algumas noites que ele tinha obrigações comerciais
e não jantava com ela ou até mesmo vinha a suíte dela. Algumas das ideias dele para as suas necessidades não funcionavam bem, então ela acabava preferindo fica sozinha.
Junho chegou e passou. Desde que Claire escolheu não assistir televisão, ela não sabia que todo o país estava enfrentando uma onda de calor. Ela só sabia que o ar
exterior era pesado e em poucos minutos podia sentir o suor escorrendo entre os seios e as costas. Se uma brisa soprasse, ela parecia pegajosa e opressiva, não refrescante.
Mesmo estando na piscina, era desconfortável, mesmo que fosse de manhã ou de tarde.
Uma noite, Catherine disse a Claire que o Sr. Rawlings não estaria em casa até tarde. Claire não gostava de termos vagos como tarde. Normalmente ela iria esperar
em sua suíte para ver se ele viria para ela, mas o dia estava escaldante e sabia que tarde poderia não significar que ele viria em tudo. Com o pôr do sol, ela decidiu
dar um mergulho.
Andando ao redor da piscina, Claire percebeu que ela raramente se aventurava fora de sua suíte à noite. A casa parecia estranhamente quieta, como um museu após o
fechamento. A equipe principalmente se retirava para seus quartos e as luzes eram desligadas. Seus chinelos ecoaram enquanto ela pisava no chão de mármore na base
da escadaria. Após quatro meses, Claire não precisava de luzes, ela conhecia seu caminho através dos arcos e na sala de estar. Ela fez uma pausa nas janelas e olhou
para fora da piscina. A água mudava de cor de rosa ao verde, amarelo e roxo para o azul e de volta para rosa. As luzes do deck estavam desligadas, criando a ilusão
de um abismo colorido cercado pela escuridão completa. Ela considerou ligar as luzes do deck e decidiu que era melhor não.
Entrando no verão, a noite o ar parecia mais pesado. O contraste do ar condicionado lembrou por que ela ficava dentro de casa o dia todo. Olhando para o céu, ela
sabia que ela tomou a decisão certa sobre as luzes. No céu brilhava com um milhão de estrelas. A água envolveu seu corpo quando ela desceu os degraus e ela rapidamente
se submergiu. Depois de nadar algumas voltas, ela flutuou de costas, olhando o céu e pensando em constelações. De repente, Claire congelou.
Profundamente no pensamento e apreciando as estrelas, ela percebeu que Tony estava na beira da piscina. Ele tinha estado falando, mas seus ouvidos estavam submersos
e ela não podia ouvi-lo. Vendo sua silhueta das luzes da fonte a assustou. Ela levantou a cabeça para fora da água para limpar as orelhas e começou a pisar a água.
— Tony, você me assustou. Catherine disse que você não estaria em casa até tarde. — ela não podia ver seus olhos. Ela esperou que ele respondesse. Ele ficou em silêncio
por um momento, pensou em falar. Enquanto ela debatia, ele caminhou até uma cadeira escondida na escuridão. Quando voltou, ela só podia ver sua silhueta, mas sabia
que ele estava agora nu.
Ainda sem falar, Tony mergulhou na piscina. Ele nadou até Claire e passou os braços em volta dela. Em poucos segundos, o maiô de Claire desapareceu. Suas ações eram
rápidas e ásperas. Suas bocas unidas enquanto suas línguas freneticamente procuravam uma a outra. Ele mexeu seus lábios até a nuca de seu pescoço e todos os lugares
no meio.
A profundidade da piscina permitia que Tony a tocasse, mas não Claire. Ela enrolou as pernas em torno de seu torso, o que lhe permitiu apoiá-la. Ele continuou a
acariciar seu pescoço, levantando seu corpo de modo que os seios flexíveis encontrassem seus lábios. Seus beijos se tornaram beliscões e ele mordeu suavemente as
pontas de seus mamilos duros. Claire gemeu de prazer.
Seus movimentos apressados fizeram a pequena barba dele arranhar a pele macia dela. No entanto, a dor de sua barba foi rapidamente esquecida quando o prazer de seu
toque encheu sua consciência. Sua boca atormentou e suas mãos exploraram. As costas de Claire arquearam quando ela apertou os seios em direção a sua boca e colocou
os dedos em seu cabelo molhado. No silêncio da noite, seus gemidos ecoavam enquanto seu corpo se convulsionou. Embora a noite estivesse quente, os braços e pernas
de Claire estavam cheios de arrepios.
Tony acabou levando Claire para fora da piscina, em uma espreguiçadeira. Ele retomou sua exploração, mas não com as mãos. Eles ainda não tinha falado. A mente de
Claire oscilou entre o consciente de que ele não parecia chateado. Suas ações diminuíram, tornando-se mais deliberadas e sensuais, causando sensações profundas dentro
dela. Ela se agarrou a seus ombros enormes e aceitou tudo o que ele ofereceu.
O calor carnal foi intensificado pela umidade da noite, que instigou a transpiração. Claire podia sentir o gosto de seus lábios e a língua dele seduziu seu pescoço.
O suor salgado misturado com cloro criava uma poção incrível. Quando ele terminou, ambos estavam úmidos, mais um do outro do que da piscina.
Ofegantes, ficaram deitados, ouvindo as cigarras e grilos. Por fim, com um sorriso, Tony falou, — Boa noite, Claire. — seus olhos eram suaves como o chocolate de
leite. — Eu não fiquei feliz quando você não estava em sua suíte. — Claire começou a falar, mas Tony colocou o dedo de leve nos lábios. — Mas a sua ideia de um mergulho
nessa noite quente era muito melhor do que eu tinha planejado.
Claire sorriu. Eles se mudaram de volta para a água para se refrescar, mas descobriu que, mesmo na água, eles tinham problemas em ficarem frios.
Mais tarde naquela noite na suíte de Claire, Tony levantou a situação no Hospital da Universidade de Evento de Iowa Children. Ele disse a ela que não tinha sido
um teste planejado. No entanto, se tivesse sido, ela teria passado. Ele acreditava que ela poderia ser confiada com mais responsabilidades e independência. Portanto,
em sua mesa estava uma carteira que continha sua motorista e um cartão de crédito novo. O cartão estava em sua conta e era para o uso dela quando ele não estava
por perto.
— O que quer dizer quando você não estiver por perto? — sua voz não escondeu seu medo. Tony sorriu sob a trepidação dela.
— Você só vai sair da propriedade sem mim com Eric e com a minha permissão. Mas vou precisar viajar para a Europa por pelo menos uma semana no próximo mês. Você
se comportou bem, — ele sorriu e passou a mão sobre sua coxa nua e nádegas, — Muito bem. E você seguiu as instruções muito melhor do que eu teria te dado o crédito
alguns meses atrás. — suas mãos agora percorriam e os olhos de Claire fecharam quando seu corpo respondeu. A voz de Tony era tanto magistral como brincalhão, — Por
uma questão de fato, eu acredito que agora você faria o que eu digo.
Abrindo os olhos, ela olhou para ele e respondeu, — Eu o faria. — sua voz ansiava e seu corpo sem pensar obedeceu, respondendo ao seu toque.
— Acho que devemos continuar a testar essa teoria. — ele disse com um sorriso diabólico. — Mas, primeiro, eu acredito que você ganhou a habilidade de fazer algumas
compras para si mesma.
O primeiro pensamento de Claire era que ela não queria ficar sozinha. E se alguém como o Sr. Jackson se aproximasse? Mas, novamente, não é isso que ela queria desde
que chegou, estar fora, longe, sozinha para sempre? Ela precisa guardar esses pensamentos. Compartimentar e pensar sobre eles amanhã.
Tony estava testando sua teoria. Ela precisava ouvir cada palavra que ele disse. As diretrizes para este teste foram se provando lúdicas e emocionantes. Claire sabia
que ela poderia passar.
A vida não é o que deveria ser. É o que é.
A maneira como você lida com isso é o que faz a diferença.
- Virginia Satir
Capítulo dez
Em pé no corrimão da sua varanda, Claire olhou para a cena à sua frente. Os raios de luar iluminavam o quintal e o topo das árvores, mudando os objetos familiares
a cores desconhecidas. Sob o seu brilho, as árvores pareciam pretas e a grama prata a. A multidão de estrelas brilhavam enquanto ouvia os sons de coiotes à distância.
Este ruído preocupava. Ela pensou sobre os pequenos animais na floresta e esperava pela sua segurança.
O ar úmido fez com que ela suasse mesmo que ela não estava fora por muito tempo. Ela podia sentir seu cabelo grudar em seu pescoço e gotículas rolarem pelas costas.
Claire tinha recebido a palavra que o Sr. Rawlings não estaria em casa até depois das dez, e ela iria jantar sozinha. Esta foi a terceira noite consecutiva. Ontem
à noite, ele não tinha vindo para sua suíte em tudo. Na noite anterior, ele só tinha vindo por alguns minutos para aparar a grama. Aparentemente, as coisas têm sido
extremamente ocupadas.
O relógio marcava 11h00 quando ela retirou-se para a varanda. Ela não o tinha visto ou recebido uma mensagem e queria fazer alguma coisa, qualquer coisa. A paciência
não era uma virtude que possuía em sua antiga vida. Agora quando ela olhou para o campo, ela sabia que estava perdendo o pouco que recentemente tinha sido forçado
a adquirir. Ela estava pensando em como até mesmo o ar cheirava quente quando a porta atrás dela se abriu. — Oh, oi, Tony, você me assustou.
— Eu pensei que talvez eu tivesse de procurar por você novamente. Então eu notei as cortinas.
— Eu não sabia se você estava vindo hoje à noite.
Ele disse para ela voltar para dentro. Ela obedeceu. E ele fechou a porta. — Você não recebeu minha mensagem?
— Eu recebi. É apenas mais tarde que o normal. — ao vê-lo à luz, ela percebeu que ele parecia cansado e pensou como ele raramente aparecia nada mais que o ideal.
As coisas devem realmente ser duras com o trabalho. Ela queria falar com ele sobre isso, mas, no passado, ele não fez ou não tentou explicar as coisas.
— Eu vim para que você saiba que eu preciso voar para Nova York amanhã. Eu tenho um negócio que, aparentemente, vai desmoronar se não me envolver pessoalmente.
— Quanto tempo você vai ficar fora?
— Droga, Claire, eu não sei ao certo. — ele disse a ela para vir até ele, e ela o fez. Ele segurou-a tão perto que ela precisava olhar para cima para ver seus olhos.
Ele baixou o rosto em seu cabelo. Com a cabeça em seu peito, ela o ouviu suspirar. — Esta tem sido um negócio fodido. Esteve encalhado há anos. O tempo só me custou
milhões com pesquisa e análise. Agora parece que tudo vai cair.
Claire não sabia nada sobre o negócio. Ela sabia que isso era mais do que ele tinha revelado a ela de uma vez. Ela queria ajudar, fazê-lo se sentir melhor. Ela não
queria fazer nada porque ele era dono dela, mas porque ela queria. Tão aterrorizante quanto Anthony Rawlings pode ser quando ele é forte e controlador, ela não gostava
de vê-lo tão manso e desgastado. — Tony, não há nada que eu possa fazer?
Ele a moveu para ver seu rosto. — Você está me perguntando isso? Eu não acho que já aconteceu antes.
Ela recostou-se em seu peito. — Eu quero ajudar a te relaxar antes deste grande encontro. — ela ficou na ponta dos pés e beijou sua bochecha e pescoço enquanto suas
mãos desabotoaram o cinto e calça. Ela puxou sua mão e o levou para a cama, onde ele se sentou. Claire se ajoelhou na frente dele, e suas mãos seguraram o rosto
dela enquanto ela se movia em direção a ele.
Toda a noite Claire esteve no controle. Ela fez o que queria, o que ela acreditava que iria ajudá-lo. Seu ritmo foi lento e mais completo. Tony tende a mover-se
rapidamente, áspero e duro. Claire se mexeu de forma constante, em voz baixa, e completamente. Ele disse a ela exatamente o que ele queria e como ele queria por
mais de três meses. Ela sabia o que ele gostava. A parte mais surpreendente para Claire foi que ele permitiu. Às vezes ele a agarrava e empurrava mais profundo e
mais duro. Em seguida, ele permitiria que Claire assumisse novamente.
Deitados juntos na cama de Claire, Tony a surpreendeu novamente. — Obrigado. — ele rolou para encará-la. — Obrigado por dar a si mesma. Você me mantem totalmente
surpreso.
Ambos estavam quase dormindo quando Tony anunciou: — Você está vindo comigo para Nova York amanhã. Você pode usar esse novo cartão de crédito novamente, enquanto
eu estiver nas minhas reuniões. E depois de hoje, eu posso precisar mais disso, dependendo de como as reuniões vão. — Claire tinha um milhão de perguntas, mas permaneceu
em silêncio enquanto Tony continuou: — Não, eu vou precisar mais disto, não importa como as reuniões vão. — eles adormeceram.
Às sete da manhã, eles embarcaram em avião privado de Tony. Catherine acordou Claire perto das cinco. Desde que ela e Tony adormeceram depois da meia-noite, cinco
era muito cedo. Tony não estava mais em sua suíte. Ela tomou banho enquanto Catherine embalou sua bagagem. Teria sido um momento em que Claire teria ficado horrorizada
tendo alguém arrumando seus pertences para uma viagem, mas hoje isso a tranquilizou. Catherine parecia saber exatamente o que Claire precisava e quando ela precisava.
Permitindo a Catherine cuidar de suas necessidades tornou-se uma segunda natureza.
Calças amarelas de Claire e uma blusa branca foram pedidas. Ela obedientemente colocou. A bagagem dela estava lotada. Ela tinha uma bolsa nova Prada contendo sua
carteira, ID e cartão de crédito, bem como cosméticos e outros itens necessários. Carlos chegou a sua suíte para buscar seus pertences e levar até o carro que o
esperava.
Antes de saírem da suíte de Claire, Catherine informou que ela iria ficar com o Sr. Rawlings em seu apartamento em Manhattan. E, embora ela pudesse estar cansada
esta manhã, não deixou isso aparecer, ela tinha que manter as aparências. Sr. Rawlings estaria fora para trabalhar assim que chegasse à cidade, ela seria, então,
capaz de descansar no apartamento. Claire acenou em compreensão.
Enquanto Eric os levou para o aeroporto local privado, Tony falou mais diretamente e com menos compaixão do que na noite anterior. — Você vai estar na minha casa
enquanto eu estou trabalhando hoje. Eric vai deixá-la lá depois que ele levar os meus associados e eu ao nosso encontro. — Claire sorriu e disse que estava bem.
Ela não tinha escolha. Ela sabia disso, e assim o fez. — Ao chegar ao aeroporto, vamos ser recebidos por Brent Simmons, o chefe da minha equipe legal; Sharon Michaels,
seu associado; e David Field, um dos meus negociadores fortes. Eles vão se juntar a nós no voo para Nova York. Vou te apresentar. Brent já está ciente sobre você.
Uma vez que embarcarmos no meu jato, você vai se sentar longe de nós, enquanto nós começamos nossos preparativos.
Claire disse que entendia. — Tony, eu não quero ficar no caminho. Estou aqui porque você quer que eu esteja.
— Sim. — ele estava olhando para o seu iPhone, que tinha acabado de tocar. — Isso é verdade. Esta é a minha escolha, e eu quero você aqui. Acredito que sua presença
vai me beneficiar. — ele ficou concentrado em suas mensagens de texto.
Beneficiá-lo? Por que não podia simplesmente dizer — Eu quero você aqui? — seu estômago estava amarrado em nós enquanto ela se perguntava o que Brent Simmons sabia
sobre ela. Será que ele sabia o que ela fez? Será que ele pensa que ela é uma companheira ou uma empregada ou pior? À medida que andava no banco de trás do Mercedes
Benz, Claire decidiu este era hora de uma máscara. Encontrá-la através de toda a apreensão que surgiu em sua mente foi difícil, mas ela fez e a colocou.
Ela não sabia o que esperar de um jato particular. Ele parecia menor do lado de fora do que o previsto. Uma vez que subiu os degraus, ela foi agradavelmente surpreendida
com o interior espaçoso. A sua esquerda estava a porta da cabine e para a direita estava um espaço aberto com uma mesa e quatro cadeiras. Para além estava um sofá
ao longo de uma parede de frente para três cadeiras reclináveis ao longo do outro. Tudo foi assegurado e contido com os cintos de segurança, como seria de esperar
em um avião. As cadeiras e algumas das paredes foram luxuosamente cobertas com couro branco e acentuadas com guarnição de madeira. Havia espaço adicional atrás da
parede. Claire adivinhou que ele continha um banheiro, talvez mais.
Tony apresentou Claire para seus associados e fez sinal para ela se sentar no sofá perto da parede. Todo mundo foi educado e amigável. Ela foi até o sofá como lhe
foi dito. Tony, Sr. Simmons, Sr. Michaels e o Sr. Campos sentaram ao redor da mesa oval. Eric se juntou a eles no avião depois de carregar a sua bagagem em um compartimento
abaixo. Surpreendentemente, ele sentou-se no assento do copiloto. Seus talentos de repente a impressionou. Ele, obviamente, é o motorista mais versátil do mundo.
Claire assistiu e ouviu quando Tony e os outros discutiam o acordo iminente. Ela sinceramente não se importava com o negócio para além do seu impacto sobre Tony.
Ela gostava de vê-lo trabalhar, sua experiência, sua inteligência e seu controle. Ele respeitava o conhecimento e a sabedoria de seus associados, fez a eles perguntas,
e ouviu atentamente as suas respostas e opiniões. Com isso dito, Claire sabia que, quando chegasse a hora de decisões, a única opinião que importava seria dele.
Depois que eles estavam no ar e a discussão à mesa tornou-se mundana, Claire pensou em cochilar e se lembrou do conselho de Catherine. Para ficar acordada, ela olhou
em sua bolsa, outra caça ao tesouro. Primeiro ela abriu a carteira. Olhando para ela, estava a sua carteira de motorista Georgia. Ela leu o cartão de identificação
e viu seu endereço de Atlanta. Compartimentar. Sua imagem não se parecia com ela. A foto foi tirada há dois anos e seu rosto tinha mudado, emagreceu, estava bronzeada
e apenas mudou. A sua altura, 1,62 m, era a mesma; seu peso, 56, estava mais perto de real. Isso não tinha sido o caso há quatro meses. O peso listado era preciso
quando ela tinha dezesseis anos e como todo mundo, aumentou nos últimos anos. No entanto, agora parecia bem e não erroneamente alta. Claire viu o cartão de platina
American Express com Claire Nichols em relevo na parte frontal.
Quando Tony deu a Claire o cartão, ela não queria usá-lo. Ela agradeceu a confiança e fé e tentou explicar que não havia nada que ela precisava. Ela tinha todas
as roupas que ela poderia vestir. Ela realmente tinha muitas que nunca tinha usado. Alimentos vinham para ela três vezes por dia e tinha um teto sobre sua cabeça.
Ela não tinha nenhum interesse em joias, o colar de sua avó era tudo o que ela queria. Ela gostava de ler, mas até agora a biblioteca continha mais do que ela poderia
esperar para ler.
Tony não aceitara nenhuma de suas desculpas. Ele disse a ela para pedir a ele quando ela quis ir às compras. Ela não pediu. Depois de uma semana, ele aparentemente
desistiu. Uma noite, durante o jantar, ele proclamou, — Eric vai leva-la em Davenport amanhã para fazer compras. — Claire de repente começou a se sentir mal. Ela
não falo nada, só ficou olhando, — Claire, você me ouviu? — ele sabia que ela ouviu, ele queria a confirmação verbal.
— Sim, Tony, eu ouvi. Eu pensei que nós discutimos isso e decidi que não tinha necessidade de comprar de nada.
— Eu tenho certeza que nós discutimos e eu disse que você está indo amanhã.
— Mas você não precisa de Eric amanhã?
Seus olhos escureceram como seu tom de voz diminuiu, — Você está discutindo? Você era uma mulher confiante quando te conheci. Você aprendeu bem suas lições. Você
precisa sair do mundo. E para o registro, essa conversa acabou. A menos que você sita que seria benéfico discutir?
Claire queria reclamar e explicar que ela se preocupava com os Charles Jacksons5 do mundo. Mas ela cometeu esse erro antes. Ela engoliu em seco. — Quanto tempo Eric
precisa de mim para estar pronta?
A viagem para Davenport foi enervante. Eric pegou Claire em uma BMW preta. Ela se sentou no banco de trás e se sentia estranha sem Tony. Já longe da casa, ela disse
a si mesma que ele estava certo. Ela tinha sido uma mulher confiante e, além disso, um dia ela iria embora daqui. Ela também sabia a verdade. Este era um teste para
determinar se ela poderia ser confiável sozinha. E ela aprendeu com falhas anteriores que a melhor maneira de passar por um teste é não evitar isso. Tony deixou
claro: evitar esta não era uma opção.
Eric a levou para o River Walk Shoppes, com boutiques mais sofisticadas no Quad Cities. Ela entrou em cada loja e levou o seu tempo olhando ao redor. No início,
seus sentidos estavam em alerta máximo, com medo de toda a gente que se aproximava dela. Ela logo percebeu que ninguém prestava muita atenção a ela. Os funcionários
foram atenciosos e ela mostrou tudo e qualquer coisa que ela quisesse. As pessoas não procuram essas lojas se elas não poderiam comprar.
Claire não viu jornalistas. Ninguém olhou ou perguntou. Até o momento em que ela saiu para a rua para um pequeno café, ela se sentia melhor sobre seu passeio, e
até bebeu café sentada em uma mesa do lado de fora. Ela tomou um gole da bebida aromática rica e observou as pessoas enquanto corriam pelas calçadas.
Ela sentia falta de estar perto de pessoas. No entanto, a ideia de falar com alguém a assustava. E se ela dissesse algo errado?
No momento em que Eric voltou para buscá-la, ela encontrou alguns livros sobre borboletas e algumas roupas casuais para os dias cheios de eventos ocupados. Não era
muito, mas ela fez o que tinha sido dito para fazer e honestamente gostou.
Tony pareceu desapontado por ela não ter comprado mais, mas também com prazer que ela fez como ele instruiu. Em seguida, ele esperava que ela lhe desse um show de
moda de seus achados e sugeriu que da próxima vez ela comprasse alguns itens que ele gostaria também. Isso significava modas com muito menos material.
Uma vez que o jato pousou, os cinco entraram em uma limusine. Os quatro continuaram a discutir o encontro iminente. Claire sentou-se em silêncio escutando, tentando
passar despercebida. Eram nove e vinte e seu encontro era às dez. Eric estava no banco do passageiro ao lado do motorista. Agora eles estavam no auge do engarrafamento
da cidade Nova York. O carro andava em movimentos curtos.
Claire experimentou este tráfego da parte de trás de um táxi quando ela vivia com Emily e John e sabia que poderia isso poderia causar estragos em horários. Tony
não parecia preocupado. Seu carro parou ao seu destino com minutos de sobra. Os quatro sócios saíram e passaram através das grandes portas de vidro. Claire se viu
sozinha em uma grande limusine. Ela não sabia para onde estava indo ou quanto tempo ela ficaria lá. Sua vida não estava mais em suas mãos, e ela estava de alguma
forma chegando a um acordo com isso.
O apartamento dele não era como qualquer apartamento que ela tinha visto antes. A dona de casa cumprimentou-a na porta. — Senhorita. Claire, bem-vinda. Meu nome
é Jan. Deixe-me te mostrar o quarto de Sr. Rawlings. Vamos colocar seus pertences lá e mostrar o lugar. — Claire agradeceu a Jan e a seguiu. O apartamento tinha
dois andares e a porta de entrada tinha uma escada, que atingia um patamar no segundo andar. Continha uma enorme sala de estar com lareira, sala de jantar, cozinha
e escritório no primeiro nível. Claire chamou de primeiro nível, mas na realidade estava a setenta e seis andares do chão. A sala de estar e de jantar tinha janelas
do chão ao teto que davam para a cidade e para a água. Ela tinha passado muitos dias e noites em Nova York, mas nunca tinha visto uma vista como esta.
O quarto de Tony era grande e decorado com cores escuras masculinas. Uma grande cama alta com uma cabeceira de couro e móveis de couro complementavam e enchiam o
quarto. Jan guardou a mala de Claire e dois outros membros da equipe ajudaram com o resto de sua bagagem. Uma vez que as coisas foram arrumadas, Jan, perguntou a
Claire se ela gostaria de almoçar ou se ela preferia descansar. Claire decidiu que uma pequena soneca antes do almoço seria bom.
Tony chegou ao apartamento por volta das sete horas. Ele não estava sozinho. Brent Simmons estava com ele. Eles chegaram a conversar sobre algo que aconteceu durante
o dia. A conversa continuou na sala de jantar, onde abriram pastas, laptops, e retomaram seu debate. Jan perguntou ao Sr. Rawlings se ele gostaria de jantar e ele
disse a ela para apenas trazer algo que eles poderiam comer durante o trabalho. Claire esperava para uma noite sob as luzes de Nova York. Ela se acomodou para uma
noite com seu livro, usando uma camisola de seda preta e caiu no sono antes de Tony voltar para o quarto.
Ele saiu antes que ela acordasse. Se o seu lado da cama não estivesse desfeita, ela não saberia que ele tinha estado lá. Na parte da manhã, ela encontrou uma nota
ao lado da cama:
Eric está disponível para você durante todo o dia. Tenha um bom dia na cidade. Volto as 18h00.
Não me decepcione.
E havia dinheiro com uma nota separada:
Apenas uma gorjeta, lembre-se das aparências!
Ok, ela pensou. Eu estou presa em Nova York. Eu poderia muito bem me divertir.
Depois do banho, Jan a serviu um maravilhoso café da manhã e prometeu que ela seria notificada assim que Eric voltasse para buscar Sr. Rawlings em seu escritório.
Por volta das dez, Claire sentou-se na parte de trás de uma limusine enquanto Eric a levou a alguma terapia de compras. Ela decidiu se Tony queria tanto fazer compras,
este definitivamente era o lugar para fazer isso. Ela sempre gostou de fazer compras em Nova York, mas isso seria uma experiência nova. A vastidão da cidade, juntamente
com a quantidade de pessoas deu Claire a sensação de anonimato. A sensação que ela não tinha em Davenport. Ninguém sequer a notaria aqui. Ela podia fazer o que quisesse.
— Para Fifth Avenue e Fifty-first Street, por favor. — Eric não hesitou. Claire decidiu que ela poderia manter-se ocupada com Versace, Prada, Bendel, e Louis Vuitton,
pelo menos, quatro ou cinco horas. Eric deu a Claire um cartão com seu número de telefone celular e explicou que ela não precisava se preocupar em carregar as compras.
Ele iria pegar tudo o que ela comprou. Ele a deixou perto em East Fifty e Madison primeiro e prometeu buscá-la perto do Plaza Hotel. Nessa altura, ele ficaria feliz
em levá-la para seu próximo destino.
Quando Claire saiu do carro com as sandálias de salto alto batendo no concreto e seu vestido de verão chiffon soprando levemente na brisa, ela se sentia como uma
modelo fazendo uma sessão de revista. Não parecia real. Ela continuou dizendo a si mesma, ‘Assuma o papel’. O calor do verão irradiava em ondas fora do pavimento,
e os sons da cidade acordada enquanto ela lutava contra as multidões de pessoas ao longo da calçada.
Primeiro ela entrou em Versace. A fachada de pedra calcária ornamentada com as grandes portas de vidro, e uma quantidade ilimitada de dinheiro na bolsa dela deu
a ela uma descarga de adrenalina. Foi a sensação estranha de que ela poderia comprar qualquer coisa e tudo o que ela queria. Ela fez o seu melhor para fingir a imagem
de alguém acostumada a gastar. Não demorou muito para que ela acreditasse nisso tanto quanto os associados da loja.
Ela tentou muito duramente não notar os preços enquanto ela escolhia possibilidades de vestidos. Ela gostou de um vestido de algodão pique e um vestido de corpete
com bainha recolhidas. Eles acentuaram sua figura. Quando ela se olhou no espelho, julgava a sua imagem se Tony gostaria disso? Ela decidiu que ele iria gostar.
De acordo com o vendedor, ela também precisava de sapatos. Quando tudo foi dito e feito, e ela pagou por suas duas compras e ela quase perdeu a compostura. O vendedor
sorriu e disse, — Isso vai ser 3657 dólares. Gostaria de colocar isso em uma conta existente?
Claire trabalhou diligentemente para manter a máscara intacta apesar de sua frequência cardíaca ter aumentado dramaticamente. — Não, eu vou pagar por isso agora
e meu motorista estará de volta para buscá-lo. Me deixe te dar o seu número e ele vai trabalhar nos detalhes. — ela entregou ao vendedor o American Express.
— Obrigada, minha senhora, eu vou ser feliz em cuidar disso para você. — ela tocou a transação. Este tipo de vendedor definitivamente precisava de uma dica, aparências.
A próxima parada de Claire foi em Cartier. Ela estava determinada a voltar para o apartamento com itens para mostrar a Tony. Ela decidiu por um agradável par de
óculos que era apenas US$ 500. Ela pensou sobre os óculos de sol de US$10 que usou em todos os quatro anos de faculdade. Ela então continuou com mais compras. As
multidões de pessoas falando, as caixas registradoras tocando, o cheiro do escape dos carros e as multidões, os pontos turísticos de edifícios altos, enquanto olhava
para o céu, tudo isso trabalhou para construir o sentimento de euforia.
Ao longo de uma hora, Claire estava exausta. Ela tinha comprado alguns vestidos, sapatos, alguns novos itens de lingerie e óculos de sol. Ela gastou com sucesso
mais de US $5.000. Isso realmente parecia ridículo para ela, mas ela estava determinada a fazer Tony orgulhoso. Ela não queria comprar mais. Ela parou na Trump Tower,
menos de duas quadras de seu destino para almoçar. Ela tinha estado lá antes e se lembrou da Trump Café. O povo e a beleza do vidro lhe chamou a atenção quando ela
entrou no Atrium, mas sua mente estava focada em alimentos.
Nos últimos quatro meses, ela não tinha feito uma decisão sobre o alimento. Agora ela salivava com a ideia de pedir o que quisesse. Havia até mesmo sobremesas. Ela
levou alguns minutos vagando sobre as prateleiras, tantas opções. O aroma do churrasco a levou a pensar em hambúrgueres no verão. Ela quase podia saborear as comidas
quando ela inalou seus deliciosos aromas. Ela silenciosamente debatida suas opções.
Claire encontrou uma mesa perto da janela e comeu sua salada de espinafre, chá gelado e iogurte. Foi a sua escolha, uma alimentação saudável fez mais sentido. Ela
comeu e assistiu. New York sempre foi divertido, e ainda hoje, sozinha, ela achou divertido. Ela olhou para o relógio, uma e quarenta. Ela terminou seu almoço e
caminhou em direção à Plaza Hotel. Tony não estaria esperando. Mas ela não queria que Eric dissesse que estava atrasada.
Quando Eric parou o carro no meio-fio, Claire estava pronta para entrar. No entanto, ela esperou por Eric estacionar, sair, e abrir a porta. Ela aprendeu fazer a
sua parte também. Uma vez de volta à estrada, ele perguntou qual era o próximo destino. — Eu acredito que eu estou cansada e gostaria de voltar para o apartamento.
Oh, você pegou as minhas compras? — sim, elas estavam no porta-malas. Ele tinha mandado alguém pegá-las e levado até o quarto do Sr. Rawlings imediatamente ao chegar
no apartamento.
Claire sentou, fechou os olhos, e se deixou ser levada de volta para Tony. Não foi até que ela estava quase de volta ao apartamento que lhe ocorreu que Emily e John
estão apenas três horas fora da cidade. Ela poderia chegar lá de trem. Se ela fizesse Eric deixá-la perto de uma estação, ela poderia chegar a sua casa e estar de
volta até o final do dia. Ela costumava pegar o trem o tempo todo. Ninguém jamais saberia. Ela não poderia fazer isso hoje, mas excitação foi produzida quando ela
começou a trabalhar os detalhes em sua cabeça para amanhã.
Ela dormia profundamente em sua cama quando ele entrou no quarto. Era cerca de três e meia da tarde. — Nós fizemos isso! A transação está completa.
Claire acordou de sua soneca e tentou se concentrar em suas palavras. — Isso é ótimo. Estou feliz por você.
— Vamos comemorar! — Tony exclamou e Claire começou a sair da cama. — Onde você está indo? — o tom da pergunta dele acompanhada por seu olhar instigava um frio evidenciado
por arrepios nos braços de Claire.
— Eu pensei que você queria comemorar. Eu preciso me vestir.
Sua voz com menos celebração, mais ameaçadora: — Sim, você vai, mas primeiro você precisa se despir enquanto nós celebramos aqui. — Tony tirou a paletó Brooks Brothers
e gravata de seda, deixando-os cair no chão, e desabotoou a camisa. Claire estava dormindo em um par de shorts e uma camisa. Ela fez o que ele ofereceu e tirou o
short e depois a camisa.
Seus instintos lhe disseram que o vigor e a energia adquirida de seus negócios bem sucedidos seria desencadeada aqui e agora. Ela estava agradecida que ela tinha
dormido. Apreensiva, Claire observava enquanto ele caminhava em sua direção, suas roupas se foram. Seu peito era grande, definido, e coberto com cabelo escuro. O
abdômen dele era, obviamente, o resultado de se manter em forma. Seus quadris eram estreitos, e sua cintura tinha um rastro de luz de cabelo levando a que Claire
podia ver claramente que ele estava pronto para comemorar. Ela não precisava ajudá-lo, ele estava no comando. Embora ela estivesse dormindo, algo sobre seu comportamento
a assustou e ela estava totalmente acordada enquanto seu corpo tremia.
Tony empurrou seu corpo contra o dela. Em movimento rápido e áspero, ele a puxou contra ele. Ela provou café quando seus lábios fortes envolviam o dela. Ela tentou
retardar os movimentos. Com a expectativa de ser levantada em cima da cama, ela ficou surpresa quando ele a empurrou, fazendo com que seu rosto sentisse a maciez
do edredom. Ela não esperava isso em suas ações e ele não a tinha preparado. Seus dedos agarraram a colcha, formando punhos quando ela sufocou o impulso de gritar.
Ele continuou a dominar, não mostrando nenhuma mansidão. Anthony Rawlings tinha controle total.
Quando ele terminou, ele a instruiu a ajoelhar-se. Ele segurou a cabeça e ditou seus movimentos até que ele estava pronto novamente. Desta vez, ele levou mais tempo,
mais posições, e mais possibilidades. Seu tom autoritário tinha retomado com instruções e orientações. Eventualmente, ele a levou para o chuveiro. Eles precisavam
se preparar para sair. O sabão, os vários esguichos do chuveiro, ele continuou. Finalmente, ele terminou.
Ele então pegou shampoo e começou a lavar os cabelos de Claire. Depois de devastar seu corpo, ele tocou em seu cabelo como se fosse cetim. De repente, seus movimentos
foram suaves e gentis. Ela respondeu de forma adequada, mas não pôde deixar de pensar o quanto ela o desprezava. Um dia, ela queria ajudá-lo, estar com ele, o próximo
ele a tratava como uma prostituta. Ele fez seu coração doer, mas ela parou as lágrimas. Ele já teve demais. Ela não estava dando a ele os demais.
Naquela noite, vestida em um vestido preto elegante sem alças com saltos pretos, Claire foi escoltada por Tony até Daniel, um dos poucos restaurantes de quatro estrelas
em Manhattan. Localizado no Upper East Side, é conhecido pelo seu ambiente elegante e deliciosa cozinha francesa. No caminho, Tony lembrou Claire sobre suas regras:
faça como lhe foi dito, mantenha as aparências e lembre da severidade da punição para o fracasso público. Talvez ele pudesse sentir sua imensa vontade de fugir e
sentiu a necessidade de reiterar as consequências se ela tentasse.
Quando chegaram ao Daniel, foram para o salão, onde Tony ordenou cocktails. Beberam bebidas enquanto Tony falou sobre seu incrível resgate deste negócio sensacional.
Claire sentiu como se estivesse passando a noite com dois homens diferentes. Ele poderia castigá-la num minuto e ser refinado e charmoso no próximo. Ao falar sobre
o seu negócio, ele disse que não gostava de falar de dinheiro, mas hoje ele fez mais do que a maioria das pessoas fazem em uma vida inteira, citando, — Inferno,
mais do que a maioria das famílias fazem em suas vidas.
O anfitrião informou que a mesa estava pronta e eles se mudaram para a sala de jantar. Mais uma vez, Tony ordenou a sua refeição. A atenção de Claire estava completamente
centrada nele. Ele exigia isso, manter as aparências. Ela descobriu que Tony falava francês. Desde que ela não sabia, ela não sabia o que ele disse para o garçom.
Quando a garrafa de vinho chegou, depois de beber cocktails, Claire ficou surpresa. — Esta é uma ocasião especial, — disse Tony. O garçom serviu uma pequena quantidade
de vinho em um copo e ofereceu a ele. Ele aprovou, e dois copos foram derramados.
Se o prelúdio não tivesse sido tão tempestuoso, o jantar teria sido mais agradável. Claire lembrou de Tony dizendo que ele não aprovava o álcool porque diminui os
sentidos. Atualmente sentindo a dor no corpo, ela saudou os efeitos decrescentes. Claro, ela não mostrou seu desconforto com o retorno do Anthony Rawlings que ela
tinha conhecido. Ela obedeceu as regras e manteve-se a companheira perfeita.
No caminho de volta para o apartamento, Eric os levou ao redor de Manhattan para apreciar as luzes, pontos turísticos, e sons. Nova York era realmente espetacular.
Fazia tanto tempo que Claire tinha experimentado tantas pessoas e tanta energia. Se Tony não estivesse passando a mão por sua coxa, isso teria sido mais agradável.
Tony decidiu que iria voltar a Iowa pela manhã. Quando estavam prestes a cair no sono, ele perguntou sobre o shopping. Seu corpo estava exausto, com a cabeça girando
a partir do álcool, ela disse que foi bom e que ela poderia, por favor, mostrar a eles as compras na parte da manhã? Ambos adormeceram.
Vamos tirar o coração do sofrimento se
os meios de inspiração e de sobrevivência.
Sir Winston Churchill
Capítulo onze
Seu alarme soou, e o Sr. Rawlings chamou pelo carro. Ele estaria pronto para levá-los ao aeroporto às 6h00 e Claire sabia que ela preferia estar de volta em sua
suíte, acordar às oito, malhar, comer, e estar em sua própria programação. Quando ela trabalhou na WKPZ, ela precisava acordar antes das três, todas as manhãs. Mas
naquela época, ela ia para a cama mais cedo e, mais importante, sozinha.
Um pouco depois das cinco, ela entrou com sono no chuveiro. Virando o rosto para o jato quente, ela tentou desesperadamente reanimar seus sentidos e as maçantes
dores em seu corpo. A água começou o processo, mas o verdadeiro despertar veio quando ouviu a porta de vidro deslizando e viu Tony entrar no box cheio de vapor.
Sua única expectativa era ficar limpa. No entanto, o ato, a partilha deste espaço pessoal não sexualmente, era mais íntimo do que Claire previa ou desejava.
Uma vez no avião, ela perguntou sobre seus associados. Tony explicou que o Sr. Simmons e o Sr. Field ficaram para trás para concluir os contratos e Sr. Michaels
tinha saído em outro jato da empresa ontem. Durante as duas hora se meia de voo, foi só os dois na cabine. Tony estava ocupado lendo a tela de seu computador enquanto
Claire observava as nuvens sob o avião e contemplava a viagem, decepcionante e curta. Ela pensou sobre sua oportunidade perdida de entrar em contato com Emily e
John. Ela não tinha falado com ninguém de seu passado por quase quatro meses. Alguém perguntou o que aconteceu com ela? Eles estavam preocupados que ela tinha sumido
da terra? Mas então ela pensou em Tony. Ele a levou para fora e apresentou-a ao mundo. Ela não podia ser uma pessoa desaparecida ou a polícia teria se envolvido.
Ela não tinha certeza de como essa coisa de publicidade funcionava. Talvez Emily soubesse que ela foi vista com o Sr. Anthony Rawlings. Claire se repreendeu. Ela
se preocupava mais em não decepcionar Tony do que pensar entrar em contato com a irmã.
De repente, Tony quebrou o silêncio. — Agora me fale sobre sua viagem de compras. — o homem dominador da noite anterior tinha ido embora. Seu tom era amigável e
curioso.
Claire fez o seu melhor para responder com o tom e inflexão adequada. — Foi incrível. Nova York é uma cidade tão movimentada. Eu não estava preocupada com as pessoas,
ou devo dizer jornalistas, se aproximando de mim.
— Isso a preocupa?
— Sim. Depois da cena na festa beneficente, estou apavorada que alguém vai se aproximar de mim. Eu sei o quanto a aparência e privacidade significam para você.
Satisfeito, Tony sorriu presunçosamente. — Muito bem, isso é interessante. Vá em frente, o que você comprou?
— Bem, primeiro eu fui para Versace e encontrei um par de vestidos e sapatos. Eu acho que você vai gostar deles. Eu fiz meu caminho ao longo da Quinta Avenida e
comprei uns óculos escuros. Oh, eles estão aqui na minha bolsa. — ela os puxou e os coloco. Tony sorriu e os removeu de seus olhos verdes. Ele gostava de seus olhos
e não queriam eles cobertos. Claire continuou conversando, — Eu também encontrei algumas lingeries, — conseguindo sorrir timidamente, — Que eu acredito que você
vai gostar.
Seus olhos eram suaves, totalmente focados e sua expressão era divertida. — Parece que você fez bem. Você se importa de me dizer o quanto você gastou?
Os olhos de Claire se jogaram no chão. Ela sabia que cinco mil era nada para Tony, mas teria sido um mês de salário para os pais dela. Duas roupas, sapatos, óculos
de sol, e algumas sedas e rendas parecia pouca coisa para muito dinheiro. Tony levantou suavemente o queixo para retomar o contato visual. Seus olhos brilharam quando
ela abriu um sorriso e falou. — Cerca de cinco mil.
Sua reação a surpreendeu. Ele riu. Ela esperou para ver se ele era um riso que levava a outra coisa, mas não, era apenas uma risada. Finalmente, ele respondeu: —
Bom trabalho, Claire. Você pode pegar o jeito disso ainda. Estou ansioso para o meu desfile de moda particular esta noite quando eu voltar para a casa.
Incomodava a Claire que ele podia tratá-la de forma tão humilhante no quarto ou onde quer que ele escolhesse e, em seguida, se virar e agir como se nada tivesse
acontecido. Ela precisava trabalhar em compartimentar o sexo fora do resto de sua vida. Isso era mais difícil do que parecia.
Assim que chegaram de volta a Iowa, eles entraram no carro de Tony e Eric os levou de volta para a casa. Tony precisava pegar algumas coisas antes de ir para o escritório
em Iowa City. Ele estaria saindo amanhã para 10 dias na Europa e tinha algumas pontas soltas que exigiam sua atenção imediata.
Depois que o carro entrou pelos portões da propriedade, eles levaram o carro pela longa e sinuosa estrada e se aproximou da mansão. Claire normalmente via a casa
na parte de trás. Ela raramente deixava a propriedade, mas quando o fazia, era geralmente à noite. Agora vê-lo à luz do dia, a bela combinação de pedra do rio, calcário
e tijolos combinada com a arquitetura de estilo românico deu-lhe uma nova apreciação. Tony tinha dito que ele tinha construído a casa cerca de 15 anos atrás, mas
parecia mais velha. Não parecia desatualizada ou antiquada. Era como se tivesse sido projetada em um momento anterior. Claire não poderia deixar de perguntar: —
Tony, você disse que construiu esta casa cerca de 15 anos atrás?
— Sim, — ele respondeu quando Eric deu a volta no carro da frente. — Por que você pergunta?
— Eu não estou acostumada a ver de frente. É linda! — ele agradeceu. Ela continuou: — Mas parece mais velha do que 15 anos para mim, o estilo, eu quero dizer.
— Eu a modelei ao estilo da casa da minha família a partir de quando eu era criança.
Claire sabia que ele perdeu seus pais e não queria agitar as más lembranças, mas a curiosidade levou a melhor sobre ela. — Eu pensei que você construiu sua fortuna
a partir do nada. Como seus pais tinham uma casa como esta? — eles estavam saindo do carro.
— Não foi dos meus pais, mas do meu avô. Meu pai era fraco. No entanto, a casa do meu avô e dinheiro foram todos perdidos mais de 25 anos atrás. Meu avô confiou
nas pessoas erradas.
Isso parecia ser uma riqueza de informações. Ela não tinha certeza do que isso significava. Catherine disse a ela que o Sr. Rawlings não permitiu que muitas pessoas
chegassem perto. Tinha certeza de que essa história familiar tinha algo a ver com isso. Enquanto caminhavam para o seu escritório, ela tentou por um pouco mais de
informação. — É realmente incrível. Será que você usou o padrão no interior também?
— Principalmente. Eu mesmo encontrei e comprei algumas das obras de arte originais e antiguidades. No entanto, eu queria a minha casa equipada com todas as conveniências
modernas e equipamentos de segurança. Cada centímetro desta casa está sob vigilância constante. Eu não vou cometer o mesmo erro meu avô fez. — Claire considerou
o que ele estava dizendo, ele quis dizer cada centímetro do perímetro. Ele pararia qualquer um de entrar que não deveria estar lá. — Você nunca se perguntou como
a equipe sabe exatamente quando entrar no seu quarto? — Tony estava agora atrás de sua mesa, perfurando alguns botões em seu computador e vasculhando papéis.
Os joelhos de Claire pareciam fracos, e ela pensou que ela precisasse se sentar. — Você quer dizer que minha suíte está sob vigilância? Tipo com câmeras?
Tony olhou para cima dos papéis e encontrou os olhos de Claire. Ele viu a repugnância e, lentamente, sorriu. Suas palavras desaceleraram, acrescentando malícia:
— Sim, é claro. Todos os vídeos são gravados e salvos. — Claire sentou-se na cadeira mais próxima. Foi de repente, fazendo o máximo para diminuir seu desconforto
recém-descoberto. — Talvez pudéssemos ver juntos, criticar e trabalhar nas revisões.
Ela detestava sua existência. — Tony, por favor, me diga que você está brincando, algum tipo de piada de mau gosto.
Seu sorriso vil deu faísca para seus olhos escurecidos. — Mas, minha querida Claire, eu não estou. Agora, o pessoal não tem acesso à vista de sua cama, só eu tenho
isso. Mas eles têm vista para a área de estar e as portas que dão para seu closet e banheiro. É assim que eles têm sido capazes de ir e vir sem que você o veja.
— Mas porquê? Por que você faria isso? Por que você iria guardar isso?
Tony salvou seus documentos necessários em uma unidade usb e se levantou para deixar seu escritório, — Porque eu posso. Posso assistir e decidir o que eu gosto e
o que eu acredito que pode ser melhorado. Você vai entender depois de ter a chance de ver. Talvez esta noite, mas agora eu preciso ir. — ele começou a andar em direção
as portas do salão. Claire não achava que suas pernas poderiam suportar seu peso, então ela ficou sentada. O pensamento dele os observando, de sua observação com
ela, tudo a fez fisicamente doente. Ela acreditava seriamente que ela não seria capaz de controlar a revolta que estava ocorrendo em seu estômago. Tony reiterou,
— Está na hora de sair do meu escritório. — ele viu como ela ficou imóvel e impiedosamente acrescentou, — E no caso de você estar se perguntando, sim, isso também
está sob vigilância, com exceção de minha mesa. Mas eu tenho uma excelente vista sobre o sofá e esta área aberta. — Ele sorriu maldosamente e gesticulou para a definição
de um dos seus piores pesadelos. Algo que ela se afastou. Agora ela sabia que ele tinha isso em vídeo e assistia! — Claire, eu preciso ir. Saia da cadeira, agora.
Ela estava distraída, pensando apenas em manter seu café da manhã no lugar. Ela tentou desesperadamente manter todos os outros pensamentos de sua mente enquanto
caminhava para fora do escritório. Antes que ela percebesse, ela estava de volta em sua suíte. Sua cabeça girava. Ela queria cair no sofá e parar os pensamentos
que bombardeavam sua mente, mas ele podia vê-la. Havia algum lugar que ele não poderia vê-la?
Naquela noite, eles jantaram no pátio dos fundos, foi à sombra e o ar da noite estava quente. O quintal parecia a imagem perfeita. Mesmo com a recente onda de calor
que tinha sido acompanhada por uma seca, o gramado estava exuberante e verde graças às maravilhas de um sistema de aspersão e equipe de solo. Ele estava fazendo
o que ela desprezava, falando sobre sua viagem à Europa, o tempo em Nova York, tudo, exceto as câmeras e vídeos. Claire não conseguia entender como ele poderia se
comportar de uma maneira, dizer uma coisa, e então agir como se nunca tivesse acontecido. Ela, no entanto, estava tendo dificuldade para pensar em qualquer outra
coisa. Seu apetite se foi, ela mal comia algo de seu jantar.
Uma vez que eles terminaram o jantar, Tony levou Claire para o cinema. Era o seu refúgio, um lugar para escapar, assistir, cantar e dançar. Hoje à noite Tony não
tinha a intenção de assistir a um musical. Ele programou o sistema de vídeo e entrou um código de acesso. De repente, a tela estava cheia de datas e locais, como
‘05 maio de 2010, S.E suíte’. Ele tinha a capacidade de se deslocar para diferentes datas e locais diferentes. Não era apenas o quarto dela. Havia locais como garagens,
cozinha, hall de entrada, escadas, teatro, piscina, S.E 2 hall, S.E. 1 piso salão, etc.
De uma forma humilhante de tortura, ele escolheu 20 de Março de 2010, S.E Suite, e depois programou o tempo. Ele rolou para cima e o tempo diminuiu, 9, 8, 7. Ele
voltou a aproximadamente 8h00. Ele teclou enter, e então na tela do cinema, maior que a vida, estava a suíte de Claire. Ela usava uma túnica branca e estava enroscada
no chão, perto da porta de entrada. Claire não precisava prestar atenção, ela sabia muito bem o que iria acontecer. Ela também sabia que a Claire na tela estava
coberta de hematomas, seu cabelo estava uma bagunça, e ela podia ver a bagunça no quarto. Agora, ela ouviu um bipe e a porta se abriu. A Claire da tela pulou, também
ouvindo o som e Tony entrar. — Bom dia, Claire. — a Claire da tela olhou para Tony. — Bom dia, Anthony. Eu quero que você saiba, eu decidi ir para casa. Eu estarei
saindo daqui hoje. — o Tony da tela então falou, seus olhos negros brilhando. Ele estava sorrindo, — Você não gosta de suas acomodações? — seu sorriso se alargou.
— Eu não acredito que você vai sair tão cedo. Temos um acordo juridicamente vinculativo. — a verdadeira Claire observou o Tony na tela pegar um guardanapo do bar
do bolso do terno e continuou, — Datada e assinada por nós dois.
Claire não queria ver mais. — Por favor, Tony. Eu não quero ver isso. — ela cobriu os olhos. Tony removeu fisicamente as mãos de seus olhos.
— Eu prometi assistir isso. Eu disse que você vai assistir. E você vai. — o vídeo tinha progredido em tempo real. Claire olhou para cima a tempo de ouvir sua própria
voz, obviamente, contendo alarme. — Não é o fim da discussão. Isso é ridículo. Um acordo não te dá o direito de me estuprar! Eu estou indo embora. — sabendo o que
estava por vir, Claire fechou os olhos quando ouviu o contato das mãos do Tony da tela na bochecha esquerda de Claire. Inconscientemente, seus próprios dedos derivaram
em direção a bochecha esquerda. Abrindo os olhos, viu-se voar pelo chão e Tony de pé encima de Claire. Ela fechou os olhos novamente, ouvindo a voz na tela com o
tom cruel, — Talvez com o tempo a sua memória vá melhorar. Parece ser um problema. Deixe-me lembrá-la de novo, a regra número um é que você vai fazer o que lhe é
dito. Se eu disser que um debate é longo, é longo, e este acordo por escrito diz que tudo o que é agradável para mim, significa consensual, não estupro. — a verdadeira
Claire ainda tinha os olhos fechados. Ela sabia que o Tony na tela estava arrumando sua jaqueta. Podia ouvi-lo continuar com uma voz autoritária preocupante, — Eu
decidi que seria melhor se você não saísse de sua suíte por um tempo. Não se preocupe, nós temos muito tempo, 215 mil dólares americanos no valor de tempo — ela
abriu os olhos novamente para ver o Tony da tela andar pelo cristal quebrado e falar novamente em um tom que fez a verdadeira Claire se arrepiar, — Eu vou dizer
ao pessoal que você pode ter o seu café da manhã após tudo isso estiver limpo. — o Tony na tela saiu do quarto de Claire.
— Por favor, pare o vídeo, — gritou Claire. Ela não podia ajudar. — Por favor, eu não posso assistir mais.
Saboreando o sofrimento de Claire, Tony disse, — Oh, há tantos vídeos, podemos assistir por horas. — Ele bateu em algumas teclas e voltou para o menu. — Por exemplo,
— a leitura de tela, 19 de março de 2010, — Como você acha que a sua suíte entrou nessa condição? Estou certo de que poderia descobrir.
— Por favor! — ela implorou. Sua cabeça doía e seu estômago se contorceu em nós. Ela não podia suportar isso. Ela tentou desesperadamente fazê-lo parar. — Por favor,
você está indo embora amanhã. Você não gostaria de passar esta noite fazendo filmes em vez de assistir? — seus olhos estavam vermelhos e inchados e seu nariz estava
escorrendo de tanto chorar.
Tony sorriu para seu desespero. Seu tom pingava com crueldade, — Mas talvez devêssemos observar um pouco mais, saber onde você precisa melhorar.
— Eu farei qualquer coisa que você disser, tudo o que você quer que eu faça de diferente, me diz. Só por favor, não me faça assistir. — Claire estava agora no chão
de joelhos na frente de Tony, chorando. Ela odiava que ela tinha que mendigar, mas isso arruinou toda a sua compartimentalização. Como ela podia manter essas lembranças
terríveis escondidas, se ele a fazia assisti-las?
Seus olhos escuros perfuraram sua alma e sua voz era gelada. — Você vai fazer o que eu digo, mesmo que seja para assistir. Mas... — ele hesitou para dar ênfase.
— Eu não quero passar minha última noite por mais de uma semana aqui com você nesta condição. — ele se levantou, fazendo-a cair de volta para o chão. — Eu estarei
em sua suíte em poucos minutos. — Claire se levantou. Ele continuou, — Vá e prepare-se. Lave o rosto! Você se parece com o inferno, e, sobre o vestuário... Estou
pensando em uma nova lingerie.
Ela começou a sair do cinema quando Tony agarrou seu braço. Ela parou, olhou nos olhos, e ouviu a sua voz de aço, — Claire, o que você diria?
Ela olhou para ele, o fogo em seus olhos úmidos. Eles ficaram em silêncio por um momento, enquanto a mente confusa de Claire girou. Ela não conseguia entender o
que ele queria. Quando ele bateu nela, ela queria gritar. Levou toda a vontade que ela tinha para não atacar. Em vez disso, ela conseguiu, — Obrigada, Tony.
Soltando seu aperto, ele respondeu, — Você pode demonstrar sua gratidão quando eu chegar lá em cima.
Claire continuou parada, com medo de se mover. Sua mente estava uma bagunça, sem saber o que fazer ou dizer, tudo o que podia fazer era orar para que ela nunca visse
outro desses vídeos. Como se sentisse seu espanto, Tony permaneceu no controle de seu movimento, — Você pode ir para a sua suíte agora.
Foi depois do nascer do sol, quando Claire sentiu Tony sair de sua cama. Ela ouviu quando ele pegou suas roupas e sabia que ele estava se vestindo. Em seguida, o
ouviu abrir uma gaveta e tirou algo dele. Ela abriu os olhos e sob a luz fraca, ela o viu escrever uma nota. Quando ele se virou para olhar para ela, ela fechou
os olhos e fingiu dormir. Fazendo o seu melhor para manter-se respirando firme, ela se lembrou de que ele não voltaria antes de uma semana. Neste momento no tempo,
detestava tudo sobre Anthony Rawlings.
Luxúria e cobiça são mais crédulos do que inocência.
- Mason Cooley
Capítulo doze
Nathaniel não se importava com o trajeto entre Nova York e Nova Jersey, especialmente quando ele pelas ruas sinuosas em direção a sua casa. Cada vez que a bela combinação
de pedra do rio, calcário e tijolo vinha à tona, ele se lembrou momentaneamente do apartamento de dois quartos que ele dividia com sua mulher. Para um jovem soldado
recentemente chegado em casa após lutar contra os japoneses, era amplo. Ser um soldado era o único atributo que a família de Sharron tinha visto nele. Essa foi a
única razão que eles permitiram que sua filha se casasse com Nathaniel Rawls.
Hoje, quando ele entrou na entrada de mármore, ele desejou que seu todo poderoso pai pudesse ver sua filha agora. Ah, sim, Nathaniel Rawls fez algo fora de si. E
agora com as ideias de Clawson, havia muito mais a ser feito. Se o sogro ainda estivesse vivo, ele ficaria feliz em esfregar isso.
— Boa noite, Nathaniel. — a saudação de Sharron veio do arco da sala de estar. Ela tinha uísque a sua espera. Jantar será precisamente às sete. Todo mundo sabia
disso. Talvez tenha sido a formação militar, mas pontualidade nunca foi questionada. — Como foi seu dia?
— Está melhor agora. — ele pegou o copo que ela entregou para ele e beijou o rosto de sua esposa. O brilho dos olhos de sua esposa se iluminava pela lareira adicionada
à tranquilidade do local. A casa de um homem é seu castelo e Nathaniel amava o castelo que sua rainha era capaz de desfrutar.
Olhe bem para a natureza,
e então você vai entender tudo melhor.
Albert Einstein
Capítulo treze
Claire esperou cerca de 10 minutos após ouvir a porta de sua suíte fechar. Durante esse tempo, ela ficou imóvel, quase sem respirar, e fingiu dormir. Ela não queria
enfrentá-lo, falar com ele, ou até mesmo vê-lo. Apesar de parecer estar dormindo tranquilamente, a sua mente era um turbilhão de perguntas: Quanto tempo até que
eu tenha certeza que ele não vai voltar? Será que ele pode me ver? Será que ele está assistindo? Oh Deus! O que ele escreveu?
Finalmente, a curiosidade tomou conta dela. Ela saiu da cama e começou a caminhar para a mesa pra ler a sua nota. De repente, o pensamento a atingiu como um golpe
físico. Lembrou-se das câmeras e da equipe. Ela pegou o roupão no chão perto da cama e o colocou, sentando na mesa onde ele havia deixado a sua nota.
Acredito que temos um sucesso de público em nossas mãos. É difícil dizer, até que se possa rever as imagens. Retornando a uma semana a partir de Quarta-feira. Eric
está disponível se você quiser visitar os Quad Cities6. Eu confio que tudo que lhe foi passado ontem à noite te lembrou das minhas regras. Não me decepcione.
Nunca em sua vida ela tinha lembrado de ser tão dominada pela emoção. Sua aversão estava completamente e totalmente dirigida em direção a um homem, Anthony Rawlings.
Ela o odiava, suas manobras sádicas, e lembranças desagradáveis. Ela pegou a nota, a amassou em uma bola, e jogou-a contra a parede. A bagunça tinha sido significantemente
menor do que daquela vez com o vazo de flores.
Sua mente tentou desesperadamente apagar as lembranças. Ela queria colocá-las pra fora, em algum lugar que ela nunca iria encontrá-las. Pense em outra coisa, ela
disse a si mesma, mas era muito difícil. Ela voltou para a cama que cheirava a loção pós-barba. Virando o travesseiro, o lado frio cheirava fresco. Que, com a percepção
de que ele não voltaria até uma semana a partir de quarta-feira, deu-lhe uma sensação de paz. Ela tentou se concentrar. Que dia é hoje? Domingo. Ela sentiu os músculos
relaxam. É domingo, seu dia para estar em casa... mas ele se foi. Ela fechou os olhos enquanto as lágrimas começaram a cair sobre o travesseiro. Ela se afastou para
outro lugar.
— Sra. Claire? Sra. Claire, você deve acordar.
Claire tentou se concentrar. Ela tinha estado em algum lugar em um sonho. Agora ouvindo a voz de Catherine, ela se virou e a viu de pé na beira da cama.
— Catherine, o que você está fazendo aqui?
— Sra. Claire, já são 13h00. Você precisa acordar e comer. Você já perdeu o café da manhã e perderá o almoço. Estou preocupada com você.
Abrindo os olhos lhe causou dor. Os sentia inchados. No entanto, Claire podia ver a expressão preocupada de Catherine e ouvir isso em seu tom.
A partir do momento em que ele havia saído do quarto e ela leu a nota, ela estava chorando, mesmo durante o sono. Seu corpo doía, doía a cabeça e o coração também.
Ela se sentiu mais sozinha e isolada do que nunca.
— Obrigada, Catherine, por sua preocupação. Mas eu acredito que vou ficar na cama hoje. Eu não estou me sentindo bem. — ela tentou parecer forte, mas quando as palavras
saíram, ela sentiu as lagrimas ameaçando caírem. Elas ardiam em seus olhos já inchados. Claire queria se concentrar em Catherine, mas sua mente não parava de pensar
nele e no que ele tinha feito. Ela não queria que Catherine a visse nestas condições. Claire escondeu o rosto em seu travesseiro, fazendo suas palavras soarem abafadas.
— Por favor, me deixe em paz.
Catherine não deixou, porém. Em vez disso, ela se sentou na beirada da cama de Claire e ternamente acariciou seus cabelos, enquanto esta tremia com soluços. Catherine
permaneceu em silêncio e confortou-a até que os soluços diminuíram e Claire prendeu a respiração.
— Senhorita Claire, você vai se sentir melhor se você tomar banho e comer. Por favor, me deixe ajudá-la. — a preocupação e o carinho de Catherine a fizeram lembrar
de sua mãe e sua avó. No entanto, ela sabia que se elas estivessem aqui, estariam dizendo-lhe para correr, não tomar banho.
Claire não queria comer, tomar banho, ou mesmo sair da cama. A única coisa que ela queria fazer era estar fora da casa. Naquele momento, ela não se importava se
era para um passeio ou para ser levada pela morte, ela só queria sair. O sentimento de impotência se fazia pesado em seu peito. Ela tinha tentado sobreviver a esta
provação. Ela até se convenceu de que ela poderia lidar com tudo o que ele enviou em seu caminho. Mas esta nova situação era demais. Ele quebrou seu espírito. Desde
março, ela tentava mantê-lo, apesar da perda de seu corpo. Ontem, ele levou isso também. Ela se virou para olhar Catherine nos olhos.
— Como você tem sido capaz de trabalhar com ele todo esse tempo?
Catherine parou de acariciar o cabelo de Claire e gentilmente pegou a mão dela. — Sr. Rawlings é um bom homem, Sra. Claire. Ele realmente é.
Claire balançou a cabeça. As lágrimas e os soluços retornando.
— Não! Não, ele não é. Eu nunca conheci um tão mau, sádico e cruel.
Ela fechou os olhos, sentindo o cheiro das lágrimas, o barulho em sua cabeça, e gosto de seu nariz escorrendo. Catherine entregou a Claire um lenço.
— Sr. Rawlings esconde seus sentimentos com certos comportamentos. Ele tem medo de enfrentar suas próprias emoções, e ele usa essa personalidade escura como um escudo.
Ele não é realmente assim. Eu o conheço há muito tempo.
Suas palavras saíram entre gemidos. — Catherine, eu não posso. Eu não posso me levantar. Eu não posso enfrentar a equipe. Todos eles sabem. Todos eles me viram,
viram... Eu simplesmente não posso.
— Não, Sra. Claire. Só eu tenho acesso para ver o interior do seu quarto.
Claire puxou a mão de Catherine e rolou de seu olhar. Catherine estendeu a mão para tocar levemente seu ombro. — Eu só uso esse acesso caso seja necessário chamar
a equipe para verificar sua segurança.
Claire permanecia quieta e afastada de Catherine. — E agora eu estou preocupada com você, Sra. Claire, por favor, deixe-me ajudá-la. Está um dia bonito lá fora.
Claire não se moveu. — Gostaria que trouxesse seu almoço ou prefere comer lá embaixo?
Claire balançou a cabeça negativamente. — Eu não quero almoçar. Obrigada pela sua preocupação, mas eu também estou... muito... — ela virou-se para enfrentar Catherine.
— Eu não sei como estou. Eu nem sei mais quem eu sou.
— Sra. Claire, você é uma mulher forte bonita. Isso é o que o Sr. Rawlings acha tão atraente. Ele se surpreendeu por sua força e resistência.
— Isso não é verdade. Ele odeia a força de qualquer um, menos a dele mesmo. Ele tem que ter controle total. — Claire repetiu cenas do passado que fez seu corpo tremer.
— Senhorita, você está parcialmente certa, Sr. Rawlings não quer deixar ninguém ter qualquer poder sobre ele. Portanto, se ele admite que tem sentimentos por você.
Te dando o controle, isso o deixa assustado.
Claire realmente não achava que qualquer coisa assustasse Anthony Rawlings. — Eu não quero saber de seus sentimentos. Eu quero sair. Eu quero ir para Atlanta e esquecer
que eu já estive aqui. Eu prometo que não vou revelar nenhum de seus segredos. Eu só quero ir para casa. — as lágrimas corriam com o aumento da intensidade e sua
próxima pergunta foi quase inaudível. — Você acha que ele nunca vai me deixar ir?
Catherine olhou em seus olhos. — Sr. Rawlings é um homem de palavra. Se ele disse que vai libertá-la quando sua dívida for paga, então ele vai. — a pergunta óbvia
era quando seria isso? — Agora, depois do banho, você gostaria que trouxesse seu almoço aqui ou prefere descer lá embaixo?
Claire começou a sair da cama, enquanto Catherine a ajudava com seu manto. — Eu vou tomar banho, mas não estou com muita fome.
— Está um dia ensolarado, o sol vai fazer você se sentir melhor. Eu vou trazer o seu almoço para a beira da piscina. — Catherine foi para a porta e parou. — A menos
que você precise da minha ajuda?
— Obrigada, eu vou ficar bem. Eu seguirei até a piscina daqui a pouco. — Claire caminhou lentamente até o banheiro. Ela ligou o chuveiro o mais quente possível,
formando uma cascata, e deixou o fluxo atingir seu rosto e pele. Isso não impediu a cabeça de dor, mas ela lavou o cheiro dele. À medida que o vapor se reunia e
sua pele ficava vermelha, ela permaneceu sentada no banco, o jato da água caindo em seus cabelos, e as lágrimas voltaram.
Ela não tinha certeza de quanto tempo ela permaneceu nessa posição, mas a temperatura da água começou a esfriar quando ela voltou à realidade. Enquanto se secava
notou novas contusões, os dois ossos do quadril e antebraço esquerdo estavam vermelhos e sensíveis ao toque, e quando passava protetor solar ela descobriu um pouco
mais sobre suas pernas. Momentaneamente, ela considerou a necessidade de camuflar as contusões, enquanto estivesse na piscina, então ela percebeu, por quê? Talvez
a equipe não tivesse acesso aos vídeos do quarto dela, mas o que dizer da piscina, do escritório e qualquer outro lugar que ele escolheu exigir os seus serviços?
Ela penteou o cabelo molhado, colocou um biquíni, uma saída praia, sandálias de dedo, e encontrou seus novos óculos de sol. Seus olhos pareciam assustadores no espelho.
Os óculos de sol com certeza pareciam ajudar. No seu caminho para a piscina, ela parou na biblioteca e pegou uma revista antiga, People7. Alguma leitura esperava
que pudesse ajudar a sua mente dispersar.
Assim que ela saiu da casa, Claire percebeu que Catherine estava certa sobre o tempo, pouca umidade e com sol brilhante. Quando chegou à piscina, Cindy trouxe uma
bandeja com seu almoço: um sanduíche de peru, uma salada de frutas frescas, e um chá gelado. Ela perguntou se Claire precisava de algo mais.
— Não, Cindy, eu estou bem. Obrigada pelo almoço. — o som da derrota foi pesado em sua voz. A visão da comida a fez mal. Ela lembrou do jantar, e da sala de jantar
de Tony, e as suas regras, instruções e vigilância por vídeo. Ela começou a empurrar a bandeja para fora da mesa, mas parou. Alguém teria de limpar, o que parecia
desnecessário. Ela pegou o copo de chá gelado e caminhou em direção a uma espreguiçadeira. Lembrando das cenas naquela espreguiçadeira, ela escolheu outra.
O sol era maravilhoso em sua pele e o chá estava refrescante. A cabeça ainda doía e os olhos também. De repente, ela desejou que tivesse pedido para Cindy um remédio
dor de cabeça. Folheando a revista, ela olhou para fotos de celebridades. Todos sorriram, bonitos e felizes. Ela leu um artigo sobre uma menina que foi salva por
seu doce cachorro.
Em seguida, as últimas fofocas, quem estava com quem e quem era o culpado da separação de alguém. Foi então que ela viu a foto. Em uma seção chamada ‘Star Tracks’,
que era ela! A foto mostrava ela e Tony sentados no camarote na sinfonia, ela sorria para ele e ele segurava a mão dela. Ele continha o título: Quem é a beleza misteriosa?
A legenda dizia:
"Anthony Rawlings, quarenta e cinco anos, bacharel, o mega milionário e sexy em brasa tem sido visto em inúmeros eventos no último mês com esta linda mulher. Fontes
dizem que o nome dela é Claire Nichols, mas quem é ela? A agente de Mr. Rawlings não quis comentar sobre as especulações de que poderia haver alguém especial em
sua vida. "
Claire olhou para a foto em descrença. Tony tinha quarenta e cinco anos, realmente? E quem se importaria que ela estivesse na sinfonia? Bem diferente dela, já que
era a primeira vez que foi autorizada a sair de casa em dois meses. Será que Emily viu isso? E sobre seus amigos em Atlanta? A revista estúpida era para tomar sua
mente fora de tudo, não torná-la pública. Claire virou a página, mas tinha acabado. Ele estava datado de 14 de junho. Hoje é domingo, mas qual era a data? É agosto,
08 de agosto e Tony não retornará até o 18. Quando pensou nisso dessa forma, parecia até mais. Ela sorriu, jogou a revista no chão, e fechou os olhos. O relógio
da casa da piscina marcava 15h15 quando Catherine acordou novamente.
— Eu trouxe uma coisa especial, Sra. Claire. — Claire abriu os olhos para ver Catherine segurando um copo contendo algo que parecia uma vitamina. — É minha receita
secreta, banana, morango e iogurte.
Claire apreciava a persistência de Catarine e tomou a bebida. Tinha um gosto doce e refrescante quando ela engoliu. Os ingredientes nutricionais deram a seu corpo
o sustento de que precisava. Enquanto ela bebia, Catherine puxou uma cadeira e conversou. Claire sabia que estava sendo vigiada. Esta não era um vigia depravada.
Era um ato de compaixão e preocupação. Catherine não falou sobre nada do que aconteceu, ela só falou. Claire gostava do som da sua voz. Depois que ela terminou,
Catherine saiu com o copo.
Claire fechou os olhos e reconheceu uma nova sensação de vazio e alívio. Quatro meses de desespero tinham sido lavados fora de seu sistema depois de muitas lágrimas.
Ela se lembrou de sua avó dizendo que às vezes tudo o que precisamos era de um bom choro. Para o efeito, a avó iria ler um livro triste ou assistir a um filme triste.
Claire decidiu que ela tinha visto o filme triste.
O sol ainda brilhava no alto, mas começou a se mover em direção à frente da casa, lançando sombras sobre a piscina e deck. Claire decidiu voltar lá para cima, mas
percebeu que ela não tinha privacidade em sua suíte.
Naquele momento, ela notou as árvores. Sua mente trabalhava lentamente, ela tinha passado por uma provação nos últimos vinte e quatro horas. Ela continuou olhando
para as folhas verdes e floresta densa vendo sua liberdade. Não liberdade para Atlanta ou completamente longe dele, mas a liberdade de câmeras, instruções, regras
e liberdade para relaxar. A realização trouxe energia a Claire como nada tinha o dia todo. Amanhã ela estava indo para a floresta.
Segunda de manhã Claire acordou com um sobressalto. Ela estava sonhando, mas ela não conseguia se lembrar sobre o que. Ela só sabia que seu coração corria, ela recupera
o fôlego, e ela sentiu como se estivesse sufocando. Quando sua mente clareou e ela olhou ao redor suíte, ela viu a realidade. Ela estava sozinha, a noite tinha sido
pacífica, e hoje seria um novo dia. Ela rapidamente tomou banho e vestiu-se para a sua exploração. Quando ela saiu do closet, porque ela jurou nunca mais se despir
em seu quarto principal novamente, a porta estava se abrindo.
— Espere, por favor, — ela gritou para a porta.
— Sinto muito, senhorita, eu deveria ter sido mais rápida.
— Oh não, Cindy, está bem. Eu só preciso de um favor.
— Qualquer coisa, senhorita. O que posso fazer por você? — Claire explicou Cindy que ela planejava uma viagem de um dia para o bosque, precisava de um almoço embalado
e algumas garrafas de água. Cindy ouviu atentamente e prometeu ajudar.
Claire sentou-se para seu café da manhã. Não demoraria muito para o apetite de Claire desaparecer, apenas alguns pensamentos sobre a realidade. Então, ela optou
por não fazer isso... ela iria levá-los para o compartimento, não importa o que ele tomasse. Em vez disso, ela pensou sobre sua aventura iminente. Ela pensou em
botas e repelente de insetos enquanto comia.
Houve uma batida na porta. Claire disse para a pessoa entrar.
— Sra. Claire, você poderia, por favor, me explicar o que Cindy está pedindo? — ela disse a Catherine sobre seus planos para explorar, como ela não queria voltar
para o almoço, e ela sabia que Catherine não queria que ela pulasse uma refeição. Por isso, ela precisaria de um almoço e algumas garrafas de água. Catherine parecia
apreensiva. — Eu sinto muito, senhorita, mas se você não voltar?
Apesar disso soar uma maravilhosa, Claire ficou surpresa com a preocupação de Catherine. — Catherine, eu não tenho planos para isso. Primeiro, eu não faria isso
com você. Eu só posso imaginar a reação do Sr. Rawlings se eu não voltar. E, segundo, a reação dele. Eu posso dizer sinceramente que se eu fugisse, sei que estaria
olhando por cima do meu ombro para o resto da minha vida, — o que, ela não disse de forma audível, ela acreditava no fundo de sua alma que isso não duraria muito.
— Eu só quero explorar e estar fora, longe de tudo. Sr. Rawlings me deu permissão para ir para a floresta. Eu tenho feito isso antes. Eu só quero estar fora por
mais tempo, sem me preocupar com o toque de recolher. Além disso, nós sabemos que essa conversa está sendo gravada. Eu prometo voltar. Se eu não fizer isso, ele
vai ver que era eu quem mentiu, você só acreditou em mim. Mas eu prometo que vou estar de volta.
Havia um brilho nos olhos verdes de Claire. Os mesmos olhos que ontem estavam vermelhos, inchados e sem vida. Catherine disse que Claire teria seu almoço e água
embalados em poucos minutos, mas pediu pra ela estar de volta às seis para o jantar. Claire prometeu que o faria. Assim que Catherine saiu do quarto, Claire foi
para a penteadeira e encontrou seu olhar no espelho. Ela não queria decepcioná-la.
Naquela manhã, Claire abandonou sua estratégia de dissecar as madeiras. Lembrou-se da grande clareira com as flores e seguiu nessa direção. No passado, ela só foi
tão longe até a clareira, hoje ela planejava ir além disso.
Ela encontrou a clareira exatamente onde ela sabia que estaria. O calor do verão transformou a grama verde em palha longa e marrom, somente as ervas daninhas eram
verdes. Claire não se importava, as ervas daninhas tinham flores muito coloridas. Ao contrário das flores de Tony, que haviam sido abandonadas em seu quintal, jardins
ou vasos de barro, estas flores cresciam livres por onde quisessem. Além disso, as ervas daninhas eram sobreviventes. Quando tudo ao redor morreu, e as elas se mantiveram.
Sim, Claire gostava de ervas daninhas. Ela olhou para o relógio. Ela chegou a clareira por volta das dez horas da manhã.
Quando ela saiu da casa havia um frio leve, então ela trouxe uma camiseta. Com as temperaturas em constante aumento, agora seu único propósito era se sentar. Ela
se sentou no meio da clareira e a estudou. Uma leve brisa soprou o cabelo dela e fez com que as folhas das árvores farfalhassem. Apesar de ter sido apenas o início
de agosto, devido à secura recente, as folhas estavam começando a mudar.
Isso a incomodava. Ela se mudou, ou foi trazida para Iowa, em março. Naquele tempo, as folhas não tinham se formado e agora eles estavam começando a mudar. O tempo
deslizou para longe dela e ela não conseguia segurar. Isso a fez pensar em uma novela que sua mãe costumava assistir. A abertura dizia algo como, ‘Areias através
da ampulheta...’
Ela deitou a cabeça no chão duro e olhou para o céu aberto. Havia algumas nuvens brancas e macias. O céu brilhava azul e claro. Quanto mais tempo ela ficou imóvel,
mais ela se misturava com o ambiente. Primeiro ela notou as borboletas que esvoaçavam logo acima da grama. Então ela viu os esquilos. Alguém poderia correr ao redor
de uma árvore, o próximo o seguia até a árvore, perseguindo e sendo perseguido. Eventualmente, ela se sentou, abriu uma de suas garrafas de água, continuou sentada
enquanto contemplava.
Depois ela saiu por entre as árvores, deixando os limites do quintal da casa de Tony, Claire acreditava que ela tinha escapado do alcance de sua segurança de alto
nível. Parecia ser libertada de uma prisão. Até o ar cheirava doce quando ela inalou e relaxou. Ela sorriu para a ironia, definitivamente, sentindo-se mais segura,
sem segurança.
Ela não olhou para o relógio, desfrutando de sua liberdade. Depois de muito pensar, ela decidiu ir para o noroeste. Não havia nenhuma razão para ir nessa direção,
mais de um anseio, mas era unicamente dela, então ela fez isso. Ela andou e andou. Perto da terra, ela experimentou uma frieza que vinha apenas da sombra das árvores
muito altas. Quando ela olhou para cima, as árvores a lembraram de um caleidoscópio. O céu azul irradiava além do desenho em constante mudança de folhas. Como ela
não tinha verificado o momento em que ela deixou a clareira, ela não sabia quanto tempo ela tinha andado quando chegou à costa.
O lago não era grande, mas, tão pouco, não era pequeno. Ela podia ver o outro lado, a uma distância. Nada além da natureza cercava a água em todas as direções. Olhando
para baixo quando ela se aproximou da praia, suas botas estavam sobre milhares de pequenas pedras lisas. De repente, ela se perguntou se ela poderia pular. Lembrando
da infância, ela sabia que precisava de ser suave. Levou três tentativas, mas ela fez isso. Ele saltou quatro vezes, cada batida vinha um pouco mais fundo, criando
um anel ligeiramente maior em cima da água. Os anéis cresceram, até que desapareceram nas ondas do lago. Pela primeira vez em dias ela sentia que tinha fome.
Catherine nunca decepcionava quando se tratava de comida. Claire encontrou um sanduíche de peru ou frango, então descobriu frutas em um copo pequeno selado, e algumas
cenouras. Ela se sentou na beira da água, cortou um pouco de seu pão e o jogou na água. As migalhas flutuavam, subindo e descendo com a água. De repente, cada migalha
ficou cercada por quatro ou cinco peixinhos. Eles pularam e mordiscaram. Depois de comeram todo o pão, Claire cortou um pouco mais e os alimentou de novo. Desta
vez, mais peixinhos vieram para a festa.
Os sons do lago lhe trouxeram paz. Claire fechou os olhos e se perdeu no ritmo. Pequenas ondas se desmanchavam na terra, swoosh, swoosh, swoosh. A brisa farfalhava
as folhas das árvores reverberando suavemente. O sol moveu-se firmemente em direção ao outro lado do lago. Claire sabia que os seus novos óculos de sol eram um acessório
inteligente para sua aventura. Não era apenas o sol, mas seu reflexo vindo da água. Ele brilhava como prismas de luz e a cor dançava fora das ondas. Ela pode sentar
e observar por horas. Ocasionalmente, havia respingos e Claire via os anéis reveladores deixarem para trás a partir de um peixe que saltava para fora do lago só
para voltar para baixo.
Pouco antes de Claire decidir verificar o relógio, ela viu, a cerca de cem metros abaixo do morro, uma corça e um cervo. Eles cautelosamente se aproximaram da margem
do lago. A corça manteve um olhar atento sobre os arredores, enquanto o cervo estava concentrado em beber a água clara e fresca. Ela não queria se mover ou perturbá-los,
mas o sol continuou a inclinar-se em direção ao oeste.
Com seu coração pesou, ela olhou para o relógio. Eram quatro e meia. Levou 45 minutos para chegar em casa, mas ela em compensação não sabia quanto tempo demoraria
para chegar à clareira a partir do lago. Tony não estaria em casa, mas Catherine tinha sido tão gentil e solidária. Ela não queria decepcioná-la também.
Lentamente, ela se levantou, sem ter ideia de quanto tempo ela estava sentada na praia. Seus músculos doíam. Perguntou-se se a causa poderia ser de estar sentada
sobre as pedras lisas ou se era as atividades de sexta-feira e sábado à noite. Quando essas lembranças entraram em sua mente, ela sentiu o nó no estômago. Mais de
oito dias. Ela sabia, sem dúvida, este seria o lugar onde eles seriam gastos.
A sobrevivência não é tanto sobre o corpo,
mas sim sobre o triunfo do espírito humano.
- Danita Vance
Capítulo catorze
Quarta-feira chegou mais cedo do que Claire esperava. Desde a descoberta do seu lago oásis, ela passava o dia todo lá e voltava para a casa pela seis cada noite,
como prometido. Verdadeiramente, a primeira noite tinha sido perto. Mesmo sabendo que percorreria um caminho que levava 45 minutos de ida e volta, mas ainda assim
o fez.
No decorrer da semana, Claire teve mais suprimentos: um cobertor para descansar, um livro, e seu almoço com água para beber. Ela até começou a usar o seu traje de
banho sob o short para que ela pudesse tomar banho de sol no lago. Isso fez com que ela se sentisse como uma rebelde. O maiô era muito parecido com roupas íntimas.
Quando ela entrou no caminho que se aproxima do lago, ela começou a reconhecer as imagens, sons, e também os cheiros. Era um aroma fresco e limpo que penetrou profundamente
em seus pulmões. À medida que os dias passavam, ela se embriagou na serenidade deste refúgio secreto e sua força e determinação retornada. Quando Tony partiu para
a Europa, ela se sentiu tão baixa quanto se sentia desde a sua chegada, na verdade, em sua vida. Ela queria sair. Ela estaria disposta a morrer para atingir esse
objetivo se apenas um meio se apresentasse.
Agora, ela estava contente que ele não estava. Quando ele voltasse, ele seria a mesma, mas ela seria diferente. Ele a machucou, não apenas fisicamente, mas também
emocionalmente em seu interior. Ele a havia humilhado e parecia se divertir com esta rotina desde que chegou. Fazendo-a ver-se nessas situações era uma agonia. Anteriormente,
ela tentou arrumar as memórias para criar uma separação entre sua vida cotidiana e seus deveres diários. Até certo ponto, ela tem sido bem-sucedida. Esta compartimentação
tinha facilitado sua sobrevivência. Seus vídeos terríveis que documentavam suas instruções de tratamento e impiedosos brutais a expos a si mesma. Isso a quebrou.
O lago, a natureza, o sol e liberdade a rejuvenescia. Sentia-se como o homem dos seis milhão de dólares: mais forte, mais rápida e melhor. Ela iria ganhar o sustento
e força a partir das memórias das ondas de cristal brilhando e piscando na luz do sol. Ele poderia dizer, e fazer qualquer coisa, em qualquer lugar e sua mente estaria
ouvindo as folhas farfalhando, os pássaros cantando e as ondas batendo na costa. Ela sabia que não ia ser fácil, mas também sabia a rotina. Não iria ceder quando
ele tivesse que viajar e ela esperava que ele fosse embora, e ficasse muito longe por longos períodos de tempo. Ela viveria para essas partidas até que o momento
viesse quando a sua dívida estivesse paga e que ela poderia sair.
Claire perguntou a Catherine, mas ela não tinha ouvido falar do momento de sua chegada. Isto não a surpreendeu. Fazia parte do seu jogo, um teste. Ele queria saber
se ela tinha lido sua nota, se ela estaria preparada para seu retorno. Ela também sabia que no dia de sua chegada, ela não deveria sair por motivos óbvios. Ela planejava
estar pronta quando ele chegasse e ela estava.
Claire almoçava em sua suíte e se sentou no sofá, lendo um livro, um romance policial, exceto que era engraçado, o quinto de uma série. Ela não sabia ao certo quantos
eram, mas ela gostava de lê-los. Ela cuidadosamente escolheu seu traje: uma calça branca, um top preto e branco que acentuava suas curvas, e sandálias pretas com
um salto mais baixo. Seu cabelo tinha crescido bastante e ficado mais longo desde março. Ela os tinha em suas costas, com as pontas enroladas. Sua maquiagem estava
impecável. Se ele não aparecesse até mais tarde, ela tinha outra roupa para depois. Ela planejava encontrá-lo de frente. A mulher infeliz e miserável que ele deixou
foi embora.
A porta se abriu sem aviso prévio. O coração de Claire pulou uma batida, mas ela controlou sua respiração e permaneceu assim quando ela ergueu os olhos do livro.
Ele entrou e cumprimentou-a, — Boa tarde, Claire.
Lentamente, ela colocou o marcador em seu livro, colocando-o no canto da mesa, e se levantou. Seu sorriso irradiava tão agradável quanto a recepção que conseguiu
reunir. Sua máscara era um misto de emoções. — Boa tarde, Anthony. — seus olhos se encontraram. — É bom ter você em casa. Como foi a viagem?
Ela não andou em direção a ele, mas permaneceu onde estava, alta e desafiadora. Ele se aproximou dela, sem tocá-la, ainda de pé perto e vendo a reação dela. Ela
manteve-se firme, sorrindo, à espera de sua resposta. Pedir uma resposta verbal à sua pergunta não era uma boa ideia, então ela permaneceu em silêncio e se recusou
a deixar o contato visual.
— Minha viagem foi longa. Estou satisfeito com a sua saudação. Será que isso significa que seu acesso de raiva de antes da minha viagem chegou ao fim? — seu corpo
estava apenas alguns centímetros do dela, ela podia sentir o cheiro de seu perfume e temia que se inalasse mais profundamente, seu peito iria tocar o dele.
— Sim, eu acredito que acabou. Peço desculpas por meu comportamento. Foi infantil e desnecessário.
Ele sorriu, perguntando se ela estava sendo sincera ou interpretando. Seu tom de voz e palavras mostravam que ele tentava analisar sua motivação. — Pelo que me lembro,
uma boa parte do seu comportamento estava longe de ser infantil. — ele fez uma pausa, sem reação. — Mas se a minha memória não me falha, tem sido uma longa viagem.
Eu sei como poderíamos descobrir isso. — outra pausa, nenhuma reação. — Ou rever?
Claire não reagiu. Ela não mordeu a isca. Em vez disso, ela respondeu: — Você está certo, sou uma adulta. Eu ficaria feliz em fazer tudo o que você me dissesse para
fazer de novo. Eu acredito que eu tenho uma dívida para pagar, o meu objetivo é fazer com que isso aconteça o mais rápido possível, que é o meio para esse fim.
Ele a puxou contra ele e olhou em seus olhos. Ele viu um fogo que tinha sido regado com lágrimas, há dez dias. Ela sorriu, disse todas as coisas certas, mas seus
olhos negavam. Ele abaixou-se e beijou-a. Ele começou devagar, mas logo se tornou duro e contundente. Ela hesitou por apenas uma fração de segundo e, em seguida,
respondeu com a mesma força. Ela não recuou. Ele não tinha intenção que seu reencontro seguisse essa direção. Ele esperava que fosse diferente.
Cerca de seis e meia, ele usou seu telefone celular para ligar para a cozinha e pedir que trouxessem o jantar até sua suíte. O voo tinha sido longo. Às nove e meia,
ele estava dormindo em sua cama.
Ela sentou-se e o observou. Ela ainda o odiava, mas Claire sentiu que tinha ganho esta batalha. Ela ficou forte e acalmou a fúria em sua abordagem. Ela cedeu sem
incidência. Isso o fez menos agressivo. O resultado final seria semelhante, não importa o modo, mas desta forma que aconteceu, sem violência e sem nenhuma repetição
do que tinha acontecido. Pelo menos pra ela isso foi uma vitória. Ela leu o livro dela por algumas horas antes de se juntar a ele no sono.
Na manhã seguinte, quando acordou, ele tinha ido. Ela sabia que a programação tediosa de seus deveres diários haviam retornado. Ela não se lamentou. Em vez disso,
ela se dirigiu para a sala de ginástica, depois voltou para sua suíte e tomou banho, em seguida, café da manhã e soube da localização de Tony. Hoje ele estava no
escritório, não em casa. Ela suspirou de alívio. Isso significava que ela tinha até as cinco para fazer o que quisesse. Já as dez, viajar para o lago era uma viagem
de três horas e meia. Ela teria de se levantar mais cedo nos dias que ela queria ir para lá. Talvez fosse algo que ela fizesse nos dias que ele estava fora da cidade.
Ela perderia seu lago, mas Claire era determinada e ela não ia correr o risco de perder seu pedaço do paraíso. Esperaria até que um tempo melhor viesse. Claro, isso
não significa que ela não poderia ir para a floresta para uma caminhada. Então ela fez. Ainda parecia libertador ficar longe das câmeras.
Naquela tarde, ela passou na piscina. Ela voltou para a sua suíte e tomou banho, pronta para receber suas instruções. Catherine trouxe a palavra; Sr. Rawlings estaria
em casa e iria jantar na sala de jantar às sete. Claire não precisa da ajuda de Catherine com roupas adequadas, sala de jantar significava formal. Ela sabia como
seguir as regras.
Às seis e quarenta e cinco, Claire desceu para a sala de estar e esperou pelo jantar. Um pouco depois das sete, Tony se juntou a ela. — Boa noite, Claire.
— Boa noite, Anthony. — eles caminharam até a sala de jantar.
— Eu fui para a sua suíte esperando encontrar você lá.
— Peço desculpas. Me foi dito que o jantar seria na sala de jantar às sete, eu não queria chegar atrasada. — ela enfatizou sua obediência às suas regras. Tony puxou
uma cadeira para Claire, ela se sentou. Ela não pôde deixar de notar seus olhos, negros como a noite. Ela sabia que seu atrevimento teve um efeito sobre ele e que
ela precisava ser cautelosa. Ela estava andando em uma linha tênue com o perigo.
— Sua pontualidade é devidamente anotada. Parece que minha ausência a ajudou a se lembrar de quem está no comando e quais as direções que deve seguir.
— Sim, sua ausência foi vantajosa em muitos aspectos. — ela colocou o guardanapo no colo. Os olhos de Tony eram penetrantes. Depois de um silêncio prolongado, Claire
decidiu aliviar o clima. — Eu acredito que isso me ajudou a reconhecer que eu lhe devo muito, não apenas o dinheiro para pagar minha dívida, mas a confiança que
você depositou em mim. — ele estava escutando. — A confiança que depositou em mim com suas crenças íntimas. — ela parou e esperou. Ele não fez nenhum comentário.
— Eu não vou trair essa confiança.
Cindy e Carlos entraram na sala de jantar, colocando os pratos com os alimentos, água e chá. Claire e Tony permaneceram em silêncio até que a equipe saiu da sala
de jantar.
— Claire, se você está sendo honesta comigo, então você nunca deixa de me surpreender. Se, no entanto, você estiver jogando comigo, saiba que você vai se arrepender.
— seus olhos eram intensos. Ele queria fazê-la confessar seu esquema.
— Tony, o que eu ganharia, jogando com você? Estou ciente de que meu presente, meu futuro, e minha liberdade estão em suas mãos. Sinto muito por meu comportamento
antes de você sair. — ela tinha que ter certeza que parecesse sincera.
Tony pareceu satisfeito. Ele não disse a ela que estava tudo bem, ao invés disso, ele mudou de assunto e eles comeram. Depois do jantar, eles foram para os jardins
para passear. Foi lá que ele perguntou sobre suas caminhadas na mata. Até onde ela anda? Para onde ela ia? Quanto tempo ela ficava fora? Claire não queria contar
a ele sobre o lago, mas tinha medo de mentir. Ele podia ver na vigilância de vídeo em que deixou o quintal as uma e não retornou até as duas.
Ela disse a ele sobre as múltiplas clareiras, insetos, flores e animais. Então ela lhe contou sobre o lago. Ele pareceu surpreso. Ele tinha visto o lago em seus
sobrevoos, mas isso tinha que ser seis ou sete quilômetros da casa. De repente, ela se preocupou. — Está ainda em sua terra?
Ele apreciou a sua preocupação, mas sim, ela tinha ficado em sua terra. Enquanto eles conversavam com os olhos iluminados. Ele enfiou a mão no bolso e tirou uma
caixa de veludo preto. — Achei isso para você na Itália. Eu pensei que eles fariam um bom conjunto para o seu colar.
Claire abriu a caixa. Dentro ela descobriu um par de brincos de pérola. As grandes pérolas cor creme quase idênticos em tamanho e cor a essa que no colar de sua
avó foram compensados por círculos de ouro branco. Eram belos, mas não o mesmo. Claire tentou entender o seu significado. — Seu colar é uma cruz, que é um X em seu
lado. Agora, seus brincos são de O. X e O. — ele sorriu.
Não era como se de repente ela gostasse dele, ela não gostava. No entanto, ela apreciava o pensamento que ele colocou em seu presente. Foi um gesto doce e inesperado.
— Obrigada, Tony. Isso foi muito gentil de sua parte, pensar em mim durante a sua viagem ocupada.
Eles fizeram isso através da tempestade. Esquecer não era uma opção, mas eles pareciam chegar a um entendimento. Tony sabia que ele estava no controle. Ele não precisa
provar isso. Claire sabia que ela estava no controle de suas ações, ela pode optar por lutar ou reclamar, mas seu plano era de auto preservação, até que ela estivesse
livre. Esta tinha sido uma boa tempestade à moda antiga, forte e violenta, mas nenhum dano real.
Os dias se passaram e se transformaram em semanas. Era o fim de agosto e Claire permaneceu constante. A única mudança foi o local de trabalho de Tony. Antes de partir
para a Europa, ele ofereceu a Eric para usar. Desde seu retorno, ele não tinha mencionado sua saída da propriedade. Ela não tinha estado fora da propriedade desde
Nova York, e isso foi há um mês. Na verdade, ela não sentia falta das cidades, ela sentia falta do lago. Ela continuou orando para que ele fosse chamado para longe
por alguns dias, isso não aconteceu.
Uma coisa que não acontecia desde o retorno de Tony era sua ameaça de ver o vídeo. Outra coisa era que ele não tinha mencionado os vídeos. Era como se eles já não
existissem. Claire sabia que não era verdade, mas a ilusão ajudou a esquecer.
Os domingos geralmente envolviam ficar em casa, em seu escritório, sua suíte, na piscina, em qualquer lugar que permitia relaxar. Tony muitas vezes precisava ler
ou conversar com Brent Simmons sobre algo, mas ele programava os domingos para o seu tempo para fazer o que quisesse. Era domingo, vinte e nove de agosto, quando
Claire decidiu pedir a Tony por um favor. Ele disse a ela antes, que se ela quisesse alguma coisa, ela precisava perguntar. Eles descansavam na piscina, curtindo
os últimos dias da temporada. — Tony, eu tenho um favor para te pedir.
Ele estava deitado em uma espreguiçadeira, com o cabelo escuro ondulando suavemente, secado pelo sol, relaxando depois de um encontro recente na piscina. Ele usava
sua sunga, que mostrava seu corpo bronzeado, definido e firme. Seus olhos estavam escondidos atrás de óculos de sol, ele não se mexeu, mas respondeu, — Vá em frente.
— Gostaria de ligar para a minha irmã.
Ele se sentou lentamente, tirou os óculos de sol, e disparou seus olhos penetrantes sua direção. — Acredito que isto tem sido discutido e você sabe qual a minha
decisão. Eu determinei que é melhor que você não tenha contato com sua família. — parecia uma declaração final. Ela persistiu.
— Eu me lembro de você dizendo isso. No entanto, muito tempo se passou. Eu não vou dizer nada a ela que você não quer que eu diga. — ela podia ver Tony ficando irritado,
mas decidiu adicionar mais informações, — O aniversário dela é no dia 31.
Ele respirou fundo, suspirou, e se deitou. Claire esperava, mas ele não respondeu. Ela colocou a cabeça para trás na cadeira e contemplou como retornar o assunto
sem desrespeitar sua resposta ou a falta dela.
Tony fechou os olhos contra a luz do sol. Ele pensou sobre as fotos emolduradas escondidas em sua suíte, nos do apartamento de Claire. Ele perguntou quanto tempo
levaria para ela pedir para entrar em contato com sua família. Demorou cinco meses. Sem dúvida, se o meio estava disponível, ela teria tentado mais cedo.
Se a sua família consistia de agricultores pobres de Indiana, a ligação não seria muito um risco. Na verdade, Tony não estava preocupado com a irmã. Mas sim por
seu irmão, John Vandersol, um advogado talentoso que era uma ameaça em potencial. De origens humildes, utilizando a sua inteligência e intuição, ele havia se tornado
um sócio em um escritório de advocacia de alto nível em Albany, Nova York. Esta era uma empresa que raramente contratavas alguém fora das escolas de Ivy League.
O homem estava até mesmo sob consideração inicial para a parceria. Tony não se sentia confortável com Claire ter contato com ele.
Na medida em que Tony estava preocupado, os últimos cinco meses tinham tomado voltas inesperadamente favoráveis. O comportamento de Claire foi uma agradável surpresa,
muito melhor do que ele tinha previsto, enquanto o planejamento continuava. Sinceramente, enquanto a quisesse mantê-la e usá-la para si mesmo, ele não tinha a certeza
que iria funcionar. Plano B sempre foi e, supostamente, era ainda uma opção. Mas agora que ela tinha sido vista com ele em público, seria difícil manter-se completamente
isolada. Ele não queria que a adição de Emily, e, especialmente, John Vandersol, perturbasse sua equação perfeita.
Tony contemplava e uma onda de fúria varreu sua consciência. Ele percebeu que ela estava questionando-o, argumentando sua decisão. Não só ela estava discutindo,
ele estava pensando em seu pedido. Foi as fotos malditas nos quadros estúpidos. Uma pequena parte dele se importava que ele tivesse tomado tudo isso longe dela.
Isso não o incomodava há cinco meses. Isso tinha sido realmente um golpe, mas agora... Inferno, era apenas uma ligação. Talvez se pudesse controlar o conteúdo dessa
ligação. Assegurando-se, é claro, que ele pudesse controlar o conteúdo, ele a controlaria. Ele poderia controlar uma chamada telefônica. Tony decidiu que primeiro
ele iria ver o quanto ela queria fazer esta chamada. Ele iria ficar para trás e observar, ver até onde Claire iria empurrar, observando sua determinação em face
de muitas adversidades, como ela tentaria manipulá-lo. Sim, não é mentira que a coragem o excitava. Finalmente, ele disse, — Eu vou pensar sobre isso.
Ele não trouxe o assunto novamente no domingo. Segunda-feira chegou e se foi, eles passaram um tempo juntos, mas ele não trouxe o seu pedido. Terça-feira foi o aniversário
de Emily. Ele podia sentir a impaciência de Claire. Seu autocontrole desde domingo foi impressionante. Ele se perguntou se ela iria simplesmente abandonar a ideia
se ele não lembrasse.
Claire não tinha certeza se Tony pensou que evitando o assunto, ela iria esquecer o aniversário de sua própria irmã, mas ela não o fez. Ela tinha sido boa e não
o tinha empurrado. Ela pensou que talvez ele estivesse ocupado e se esqueceu. Decidida a esperar pelo jantar, se ele não mencionasse isso, ela o faria.
Eles comeram no pátio de trás com uma leve brisa soprando seu cabelo. As noites foram ficando cada vez mais frias e Claire se arrependeu de não trazer uma blusa
ou jaqueta leve para jantar. Quando eles tinham acabado de comer, Tony começou a se recolher, Claire mordeu o lábio e falou. — Tony, hoje é o aniversário de Emily.
— ela criou uma ilusão de igualdade em sua mente e não queria implorar.
Ele se sentou novamente e inclinou-se para Claire, sua voz lenta e deliberada. — Então, você decidiu que este é um assunto que vale a pena arriscar uma advertência?
Acredito que a minha última resposta tenha sido que eu pensaria sobre isso.
Claire engoliu em seco, mantendo a cabeça erguida, e olhou diretamente em seus olhos escuros. — Sim, sinto que falar com Emily em seu aniversário vale a pena e que
eu mereço prosseguir o assunto. — Tony não falou, mas atentamente observava. Ela esperou por sua resposta. Finalmente, ela falou de novo, — Tony, você permite que
eu ligue para a minha irmã no aniversário dela?
— Eu tenho o número do telefone dela em meu escritório. Você pode ligar para ela de lá. — o coração de Claire pulou e seus olhos brilharam. Ela começou a se levantar,
mas ele indicou para que ela se sentasse. — Você vai falar com ela em um telefone viva-voz, comigo presente. Antes de ligar, vamos discutir as limitações de sua
discussão. — ela odiava seu tom, o que ele usava quando ele sentia a necessidade de mostrar a sua autoridade, mas suas palavras foram dizendo que ela poderia falar
com Emily. O resto não importa.
Claire assentiu com a cabeça, quando Anthony falou. — Entendo. Obrigada, Tony.
Andando pelo corredor de mármore em direção ao escritório de Tony, Claire pensou em sua irmã. Elas não se falavam há mais de cinco meses. Ela lutou contra a vontade
de passar por ele e correr pelo corredor e pegar o seu telefone. Uma vez em seu escritório, Tony a instruiu a se sentar perto de sua mesa. Ela podia ver o telefone,
a antecipação era uma agonia. Primeiro, ele proclamou as diretrizes que devem ser seguidas: não diga a Emily ou John que você tem estado vivendo na casa de Tony,
só que ela vivia e trabalhava em Iowa, perto das cidades do quadrilátero. Claire deveria manter a conversa focada em Emily, evitar a discussão dela. Se pressionada,
ela podia admitir acompanhá-lo para vários eventos. Mas isso não era para ser iniciado por Claire. Se o motivo de ficar juntos surgisse, Claire diria uma resposta
evasiva. Quanto menor a conversa, melhor chance dela não cometer um erro. Para enfatizar sua obediência, ele acrescentou:
— Desobedecer essas regras não é uma opção, a consequência não será agradável. — ele então perguntou se ela tinha alguma dúvida, se tinha entendido suas regras e
se estava pronta para ligar.
— Eu não tenho dúvidas, Tony. Eu prometo que entendi as regras, e, oh, sim, eu estou pronta.
Ele tirou um pedaço de papel a partir da gaveta de cima da escrivaninha e ligou para o telefone. Então, como só acontece com ele, ele acrescentou, — Há um bloqueio
nesta linha. Meu número não aparecerá no identificador de chamadas dela. — ele apertou o botão do alto-falante e Claire podia ouvir a linha de Emily tocar.
A linha tocou e tocou. Em seguida, ela ouviu a voz de John, mas não foi realmente ele, era o seu correio de voz. Seu coração se afundou. Ela olhou para Tony, — Posso
deixar uma mensagem? — ele acenou com a cabeça que sim. John ainda estava falando sobre o correio de voz.
— Posso dizer a ela que irei tentar ligar de novo? — a gravação buzinou. Finalmente, Tony acenou que sim.
Mantendo seu tom mais leve possível, considerando a decepção de chegar a seu correio de voz, ela disse — Oi Emily e John, é Claire. Eu queria ligar e desejar um
feliz aniversário a Emily. Me desculpe, eu senti falta de vocês. Eu espero que você esteja tendo um grande dia. As coisas estão muito ocupadas, mas eu vou tentar
ligar novamente. Feliz aniversário! — Tony apertou o botão de desligar. Claire não queria parar de falar. Ela abaixou a cabeça e sentiu as lágrimas encherem os olhos.
Decidida a aceitar o resultado, ela olhou nos olhos de Tony. — Obrigada por me permitir fazer essa chamada. Você precisa de mim agora ou posso ir para o meu quarto?
— Você pode ir. — abatida, ela levantou-se para sair. — Eu irei me juntar a você mais tarde. Eu tenho algum trabalho para completar primeiro. — Claire verbalmente
reconheceu seus planos e continuou a caminhar em direção as grandes portas duplas. Quando ela alcançou a maçaneta, ele continuou, seu tom autoritário inicial, agora
mais maduro. — Claire, Nova York é uma hora mais tarde do que Iowa. Talvez eles saíram para jantar e ver um filme. Você pode tentar novamente mais tarde.
— Obrigada. — ela não se virou de volta. Ela não queria que ele visse as lágrimas caindo pelo seu rosto. A decepção foi impressionante. No entanto, ela apreciou
a oferta de outra chance.
Cerca de nove horas em Iowa, eles voltaram ao seu escritório para tentar de novo. Para agilizar o processo, Claire olhou para Tony e proclamou lembrar as regras
e que não falharia. O telefone começou a tocar no alto falante. Ele só tocou uma vez, quando uma voz feminina do outro lado respondeu, — Claire, é você?
O coração de Claire disparou, — Sim, Emily, sou eu. Feliz aniversário, irmã!
A voz de Emily não tinha mudado. Claire podia ouvir a emoção do reencontro que vinha através do alto-falante. — Obrigada. Ouvir de você é o melhor presente de aniversário
que eu poderia receber. Onde você está? Você está bem? Por que você não nos ligou?
Claire olhou do telefone para Tony e depois de volta para o telefone. Os olhos de Tony aumentaram. — Ei, mais devagar. Eu tenho um novo emprego que me mantém muito
ocupada, mas eu não podia deixar de falar com você em seu dia especial. Como vai você? Como está John? Como está o escritório de advocacia dele? — ela tinha feito
isso. Ela conseguiu fazer com que Emily falasse sobre eles.
Emily disse que ela estava bem. A escola tinha começado recentemente, e ela pensou que isso ia ser bom. John estava bem, apenas muito ocupado. O escritório de advocacia
estava bem, ele é um associado agora e quanto mais horas faturava, melhor chance que ele tinha de fazer parceria. Claire poderia ter falado com ela por horas. Elas
tinham tanto a dizer. Em vez disso, Claire pediu desculpas e disse que ela precisava desligar. Ela a amava e por favor, dê a John um beijo. Emily disse que iria,
mas que John estava lá e gostaria de falar com ela. Claire olhou para Tony. Seus olhos escureceram e ele balançou a cabeça negativamente. Claire disse que ela gostaria,
mas em outra hora, ela realmente precisava ir. — Tenha um grande aniversário. Tchau. — Tony apertou o botão de encerramento.
Claire olhou para o telefone por mais tempo. Este foi um daqueles momentos. Ela poderia estar triste que a conversa foi curta ou ela poderia escolher estar feliz
que tinha havido uma conversa. Ela decidiu escolher o B.
Se levantando, ela olhou para cima para ver Tony recostado na cadeira. Ele olhou para ela quando ele soltou o cinto. Ela percebeu que, em sua mente, ele tinha mostrado
uma bondade, agora ele esperava gratidão, retribuição por igual.
Se a vida fosse previsível deixaria de ser vida,
e se tornaria sem sabor.
Eleanor Roosevelt
Capítulo quinze
— Fomos convidados para um churrasco do Dia do Trabalho amanhã.
Sentada na varanda de sol, lendo seu novo romance, e aproveitando a tarde de domingo, o anúncio ocasional de Tony surpreendeu Claire. A suave brisa quente e o leve
cheiro de grama cortada deu lugar a uma onda de ansiedade e descrença. — Nós? Quem iria me convidar?
— Courtney, esposa de Brent Simmons, — disse Tony enquanto relaxava no sofá com seu laptop sobre as pernas estendidas. Seus olhos castanhos claros olharam para Claire
quando ela o questionou.
— Por quê? O que ela sabe sobre mim?
— Bem, Brent te conheceu quando eu a trouxe para Nova York, e Courtney sabe que eu tenho sido visto com a mesma mulher em várias ocasiões. Uma vez que eles são,
provavelmente, os meus amigos mais próximos, ela quer conhecê-la e convidou ambos para o churrasco de amanhã.
Apesar de sua súbita onda de ansiedade em conhecer seus mais amigos próximos, Claire sabia que seu destino não estava em suas mãos. — Nós estamos indo?
— Sim. Irá começa ao meio-dia, e vamos sair daqui por volta das onze e meia.
— Eu acho que parece divertido. — seu tom era hesitante. Ela perguntou o que esses amigos pensavam dela, se eles se conheciam bem o suficiente para saber a verdade
sobre ela. Se não o fizessem, como ela deve agir? Seu estômago começou a atar com preocupações não respondidas. — Por favor, deixe-me saber se há instruções diferentes
para um churrasco íntimo em vez de um evento público.
Tony colocou o laptop sobre a mesa e contemplou a pergunta honesta de Claire. Suas palavras soaram instrutivas, mas seu tom não era autorizado, apenas uma questão
de fato como eles se entreolharam. A brisa de verão tarde fizeram os fios de seu cabelo castanho dourado longo flutuarem em torno de seu belo rosto. Seus olhos verdes
viram como sua expressão refletia seu sincero interesse em seu conselho.
— Você fez muito bem em eventos públicos, este será diferente. Eu acredito que haverá quatro ou cinco casais presentes. Você conheceu Brent. E sua esposa Courtney.
Eles têm dois filhos que estão crescidos e moram longe. A parceira de Brent Thomas Miller vai estar lá. Sua esposa é Beverly. Ela é proprietária de uma empresa de
design de renome em Bettendorf. Brent é alguns anos mais velho que eu. Thomas e Beverly estão mais perto de minha idade, eles não têm filhos. Outro convidado será
Elijah Summer e sua companheira de longa data, Maryann. Elijah é outro cliente de Brent e Tom. Ele fez uma fortuna no negócio do entretenimento. Ele gosta de contar
histórias sobre alguns de seus clientes mais famosos. Pessoalmente, eu acredito que ele gosta de se ouvir falar, — Tony fez uma pausa e sorriu, — Muito mais do que
eu gostaria de ouvi-lo falar. E o último casal será Timothy Bronson e sua esposa, Sue. Tim é um vice presidente júnior em meu escritório local. Ele é jovem, mas
provou-se digno. Perguntei a Brent se poderia convidá-lo, pra fazê-lo sentir-se envolvido.
Essa foi toda a informação útil, Claire tentou desesperadamente se lembrar de nomes: Brent e Courtney, Thomas e Beverly, Elijah e Sue, não, Elijah e Maryann, Timóteo
e Sue. Mas isso realmente não respondia à sua pergunta. Claire pensou que eram esposas e companheiros de longa data, o que faz dela o que? — Tony, o que eu sua?
— Você é um boato. — talvez fosse o ambiente calmo da varanda e do sol ou seu entendimento recente, qualquer que seja o motivo, Tony falou pensativo. Ele explicou
que tinha passado toda a sua vida sendo profissional, cumprindo metas e agendas pré-programadas. Ele tinha estado em relacionamentos, mas a maioria foram muito curtos.
Ele acreditava firmemente nas aparências e não estava disposto a arriscar a percepção que as pessoas têm dele com uma mulher. Claire pensou em suas palavras e sua
honestidade, e certa ou errada, acreditou nele.
— Você me disse que você não iria trair a minha confiança.
— Eu disse, e eu ainda quero dizer isso.
— Eu acredito que você sabe o que poderia acontecer se você fizesse. — sentindo a sensação de formigamento que acompanhava calafrios ao longo de seus braços e pernas,
Claire acreditava que ela sabia, mas ela não confirmou isso verbalmente. Ela permitiu que Tony continuasse falando. — E, portanto, eu lhe permiti tornar-se parte
da minha vida. — ela pensou que ele honestamente disse isso como um elogio e ela devia se sentir lisonjeada; no entanto, a sensação sentida foi mais como uma ameaça.
Ela estava preocupada com sua libertação. Este cenário tranquilo, não era o momento nem o lugar para expressar suas preocupações. Em vez disso, ela decidiu colocá-lo
fora e lidar com ele mais tarde. — Uma vez que você foi vista comigo em vários eventos e eu raramente sou visto com a mesma mulher ao longo do tempo, você é um boato.
Houve inúmeras especulações sobre você. Todo mundo, quer saber quem você é e o que você é para mim.
Claire admitiu para si mesma que ela também gostaria de saber a resposta a essas perguntas. — Eu vi a foto em uma revista, People, que estava em sua biblioteca.
Ele disse que sua imagem havia aparecido em várias publicações. Seu publicitário mantinha informações limitadas ao básico: o nome dela e que ela morava em Atlanta.
As pessoas neste churrasco faziam parte de seu círculo íntimo e não trairiam a sua confiança. Além de Elijah Summer, seus empregados dependiam de Tony. Elijah era
uma pessoa mais pública, mas ele respeitava Tony e não iria comprometer a sua relação mútua.
Ela tentou mais uma vez, — E eu sou...
— Persistente. — seus olhos eram de chocolate ao leite com uma expressão satisfeita. Ele falou enquanto se mudava do sofá para a varanda ao sol. — Bem, eu diria
que mais que uma conhecida. —ajoelhado em frente a ela e espalhando suavemente seus joelhos, ele moveu a mão sob a barra da saia. Seus olhos se encontraram quando
os lados de sua boca viraram para cima em um sorriso diabólico. — Digamos companheira?
Se isso era uma pergunta, ela não respondeu. Suas atenções estiveram voltadas para suas ações. Seu toque, eventualmente, dirigiu-se da cadeira para o tapete. As
janelas e portas estavam abertas e eles estavam expostos ao mundo. Era a sua casa, ele não se importava. Seus movimentos eram calmos como seu tom. A equipe não retornaria
até que ele tivesse ordenado.
Na noite de domingo, a moça do Canal do Tempo disse que uma frente fria passaria por Iowa. Claire acordou e abriu as cortinas das janelas para encontrar uma leve
mudança no céu claro. Ela deu um passo para sua varanda, olhou para as árvores, e cheirou o ar fresco de outono. O concreto frio sob seus pés descalços e os arrepios
nos braços e pernas confirmaram a diminuição da temperatura. Envolvendo seus braços e seu roupão de cashmere grosso em torno dela, ela entretinha memórias fugazes
de outonos passados. Ela sempre amou verões, mas outonos eram muito especiais, com churrascos e jogos de futebol. Hoje, a mudança de estação a entristecia, outro
lembrete do tempo se passando.
Enquanto estava no chuveiro, ela pensou sobre o churrasco iminente. Era uma situação nova, um novo teste e a deixou mais ansiosa. Ela não tinha recebido uma resposta
direta à sua pergunta, então Claire decidiu abordar as pessoas como quando ela foi informada como abordar Emily. Ela iria tentar virar a conversa para longe dela
e divulgar o mínimo de informação possível. Respostas evasivas seriam melhores. Houve um tempo em que ela amava festas, se reunir com as pessoas, rir, conversar
e compartilhar. Agora ela estava petrificada de dizer ou fazer algo errado.
Saindo do banheiro, Claire descobriu suas roupas colocadas sobre a cama. Às vezes isso a perturbava, outras vezes, como hoje, era reconfortante e uma decisão a menos
pra errar. Ela fez o seu cabelo, maquiagem e vestido. As dez e meia ela estava pronta, uma hora antes de estarem saindo.
A varanda tinha duas cadeiras. Ela sentou-se melancolicamente e observou as árvores através dos olhos óculos de sol. O sol brilhante causou um rápido aumento na
temperatura. As árvores sussurravam na brisa suave. Tons vibrantes de amarelo e laranja estavam começando a surgir a partir da tela verde. Sua mente vagou pela floresta
até o seu lago. Ela não tinha voltado desde a volta de Tony. Isto quer dizer, fisicamente. Em sua mente ela estava sentada na beira do rio, olhando os peixinhos
ou ouvindo a água a bater ritmicamente na costa. Por uma questão de fato, ela estava sentada na praia em sua mente quando Tony se materializou atrás dela. — Oh,
bom dia, Tony, eu não ouvi você entrar. — ele se sentou na outra cadeira.
— Bom dia, onde você estava?
— Eu estava aqui. Eu não tenho nenhum lugar para ir.
— Você parecia estar refletindo, pensativa.
— Eu estava pensando sobre as árvores, — sendo parcialmente honesta. — As folhas irão estão mudando.
Era como se ele nunca as tivesse olhado, mas o fez. — Eu acho que estão. Isso acontece. — ele não se preocupava com as questões que ele não poderia influenciar.
— Você está pronta para o nosso passeio? — ela disse que estava e passaram a descer as grandes escadas. — Eu tenho um carro na frente, podemos ir.
Quando Tony abriu a porta, viu um pequeno Lexus SC 10 conversível, mas não Eric. Tony abriu a porta do passageiro e ela entrou. Deu a volta para o banco do motorista.
Ela não pôde deixar de sorrir para ele. Ele usava jeans que acentuava sua cintura, uma camisa de botão branco que mostrava seu peito, seus poderosos ombros bronzeados
e seu cabelo estava perfeito. Quando ela viu o perfil dele, viu o ‘vermelho quente sexy’ que a revista People mencionava. Ele olhou para ela quando ele ligou o carro,
seu sorriso parecia diferente. — O quê?
— Acho que esqueci que você dirige, sem Eric eu quero dizer.
Tony sorriu. — Gosto de dirigir. É apenas mais vantajoso ser conduzido, assim posso realizar meu trabalho enquanto isso. — o conversível parecia libertador com o
vento e ar revigorando seus sentidos. Felizmente, Claire decidiu usar o cabelo em uma trança lateral. Ela deitou a cabeça no encosto e viu a estrada e por sua vez,
o vibrante azul safira do céu e as cores do outono feitas para vistas perfeitas enquanto Tony dirigia as estradas estreitas. O aroma de outono estava no ar. Claire
inalou o aroma de abóboras e folhas que encheram seu subconsciente de memorias.
O carro foi parando ao longo de uma rua lateral tranquila. Tony tocou suavemente a trança de Claire. — Boa escolha de estilo. — ele sorriu. — Eu sou necessário em
Chicago por um par de dias na próxima semana. — ele continuou a brincar com o fim de sua trança. Claire pensou em seu lago. — Eu te inscrevi em um SPA muito exclusivo
perto do meu apartamento. — sua atenção voltou-se para ele e suas palavras. — Seu cabelo precisa de um corte e você pode ter uma manicure, pedicure, massagem de
corpo inteiro, sauna, tudo o que desejar.
Ela começou a responder, — Obrigada, mas não, obrigada. — ele a parou e continuou,
— Eu só espero que não tenha que ser cancelada.
Confusa, Claire perguntou, — Por que precisaria ser cancelada? — quando as palavras escaparam de seus lábios, ela perguntou por que ela se importava, ela realmente
não queria ir a um SPA. Ela queria um tempo sozinha para ir ao lago.
Sua mão se moveu de sua trança, gentilmente tirou os óculos de sol, e ergueu o queixo, mantendo os olhos para ele. Ela viu quando a escuridão se aprofundou. — Se
hoje não for como eu acredito que deveria, uma massagem pode não ser possível. Nós não queremos que sua aparência seja questionada. — não houve nenhuma ambiguidade
em sua declaração. Claire recebeu seu significado alto e claro. De repente, ela sentiu um calafrio.
Mantendo o contado visual forçado, Claire respondeu, — Tony, eu compreendo plenamente a importância das aparências. Eu não vou comprometer você.
Ele entregou a ela os óculos de sol, moveu suas mãos de volta para o volante, e colocou o carro em marcha. — Espero que estejamos claros, fracasso público não é
uma opção. — Claire assegurou a ele que eles estavam entendidos.
A casa dos Simmons era grande, provavelmente cerca de um quarto do tamanho da casa de Tony, mas grande para os padrões normais, com uma boa dose de terra. O Lexus
moveu lentamente pelos portões e até o estacionamento quando Tony virou-se para ver Claire. Ela teve sua máscara segura e parecia linda e contente, os ingredientes
para o companheira perfeita. Ele exalou enquanto seus olhos estavam silenciados.
Eles estacionaram em um círculo de tijolos em frente da casa ao lado de muitos automóveis igualmente agradáveis. A porta da frente se abriu quando Tony abria a porta
de Claire. Ele gentilmente colocou seu braço ao redor dela e a levou para a entrada. Claire lembrou de Brent, mas Courtney não era o que ela imaginou. Ela parecia
mais jovem do que uma mulher com dois filhos adultos. Courtney era magra, com cabelo curto e castanho, olhos azuis suaves, e um sorriso agradável e envolvente. Instantaneamente,
Claire gostou dela. Brent podia dever a sua vida a Tony, mas Courtney, obviamente, parecia muito confortável em torno de ambos.
Courtney imediatamente abraçou Claire. — Você deve ser Claire. Estou tão animada por finalmente conhecê-la. Minha querida, você é mais bonita do que as fotos! —
Claire se sentiu sobrecarregada. Ela se apresentou e chamou Courtney Simmons de Sra. Quando ela olhou para Tony, ele já estava em conversa com Brent.
— Oh Deus, me chame de Courtney. Vamos deixar aqueles dois e seus negócios fora do caminho, então podemos ter um pouco de diversão e eu vou levá-la ao redor e apresentá-la
para as outras pessoas. — Tony não parecia se opor, por isso, Claire se permitiu ser conduzida para fora.
A casa era impressionante, mas ainda caseira, não era o gosto de Tony. Crianças brincavam dentre os andares, familiares riam e cada quarto continha memórias preciosas.
Courtney andou com Claire através de sua casa em direção à cozinha. Era projetada com aparelhos muito modernos de aço inoxidável escovado, bancadas em granito e
armários altos acentuados com azulejos complexos. Luminárias douradas estavam penduradas em intervalos apropriados, e não para iluminar, mas para ambientar. A cozinha
não era apenas funcional, mas também era concebida como a peça central da casa. O fogão estava localizado em uma grande ilha que continha um bar envolvente com seis
bancos altos. Fora da cozinha, Claire podia ver uma grande família em uma varanda tomando sol no quintal.
Claire não podia ver além da varanda, mas ela notou a sala de repente cheia de convidados. Ela não podia deixar de sentir olhos sobre ela, apreciando e avaliando.
Ela manteve a máscara no lugar. Ela não esperava que tivesse que enfrentar essas pessoas sem Tony.
Courtney não saiu do lado de Claire quando ela apresentou-a aos outros. Primeiro ela conheceu Tom e Bev. Claire fez o seu melhor para ser educada e social. — É tão
bom te conhecer. Eu acredito que Tony me disse que ele e Brent são parceiros, — disse olhando para Tom.
Eles continuaram com uma conversa educada. Claire perguntou a Bev sobre seu negócio de design. Anos como garçonete tinha ensinado a Claire a arte da conversa fiada.
Em seguida, foram Sue e Tim. — Tim, tenho ouvido coisas maravilhosas sobre você. — Claire observou enquanto o sorriso de Sue se arregalava e a expressão de Tim se
suavizava. Ela poderia dizer que ele parecia estressado. Trabalhar para Tony poderia fazer isso com uma pessoa e algum reforço positivo ajudaria.
Depois foi a vez Eli e Maryann. Não demorou muito para Claire entender o que Tony quis dizer com Tony E Elijah curtindo suas próprias histórias. Por fim, Courtney
introduziu Claire para o casal com Eli e Maryann, Chance e Bonnie. Claire não estava preparada para este casal. Ela se perguntou se Tony sabia que eles estavam lá.
Courtney explicou que o acaso era um associado de Eli que estava na cidade para uma visita, então é claro que eles eram bem-vindos para se juntar a eles. Chance
parecia bom o suficiente, mas Bonnie não fez segredo de sua avaliação de Claire.
Courtney ofereceu a Claire uma bebida. Solicitando água, Courtney agradeceu, mas sugeriu a Claire considerar algo um pouco mais divertido e eles tinham algumas sangrias
fantásticas. Só então Tony e Brent se juntaram a eles na cozinha. Tony parecia tão relaxado vestindo jeans e segurando uma cerveja, isso quase fez Claire soltar
uma risada. As aparências eram tudo.
Brent fez sua própria forma de fazer churrasco, e os homens se juntaram a ele no pátio. As mulheres se reuniram ao redor da ilha enquanto Courtney se ocupava com
os acompanhamentos. Elas todas se ofereceram para ajudar, mas ela não quis ouvi-las, confessando que não tinha preparado nada. Seu cozinheiro fez tudo isso ontem
e agora ela estava apenas colocando-os em pratos apropriados. A conversa rapidamente foi para cozinhar. Algumas gostavam, outras não. Será que Claire gosta de cozinhar?
Ela disse a elas que sim. Será que Tony gosta dela cozinhando? Ela riu e disse que não tinha preparado muitas refeições para ele. Ela deixou de fora a parte sobre
ela não cozinhar em mais de cinco meses, porque ela foi mantida refém.
Parecia que Bonnie tentou perguntar a Claire perguntas mais específicas, mas Courtney fez um trabalho fantástico de mudar a conversa. Claire tinha, aparentemente,
feito uma amiga rápida de Sue elogiando o marido. Sue correu em socorro de Courtney, ajudando Claire evitar as perguntas invasivas.
Sue parecia ter a idade de Claire, em meados de vinte anos ou menos. Ela era muito bonita, loira e bronzeada. Foi bom falar com uma mulher que era de sua idade.
Enquanto os homens cozinhavam, Claire descobriu que Sue tinha um diploma em arte e trabalhou um tempo no museu de arte em Davenport. Tim não sentia que Sue precisava
trabalhar. Financeiramente, ela não tinha. No entanto, Tim trabalhava longas horas e ela precisava de algo para fazer com o seu tempo. Depois que ela mencionou as
longas horas, Sue imediatamente acrescentou, — Mas ele tem o prazer de fazer isso. — demorou um pouco, mas Claire percebeu que esta informação adicional era porque
Claire era a companheira do chefe.
O jantar estava fabuloso. Claire não tinha comido uma comida normal em cinco meses, tudo era sempre saudável. Ela queria devorar o prato inteiro de hambúrgueres.
Ela, no entanto, escolheu o frango grelhado ou Tony fez por ela. Ela conseguiu alguns dos pratos caseiros de Courtney e saboreou cada refeição.
A conversa permaneceu em coisas aleatórias. Bonnie não só questionou Claire em qualquer chance de que ela pudesse, ela também se aproximou de Tony. Quando eles foram
apresentados, pelo menos ela teve o bom senso en lidar com Tony como o Sr. Rawlings. Bonnie não era tão astuta. Claro, Tony disse a Chance que em reuniões de amigos
ele poderia chamá-lo de Anthony.
Tony estava certo sobre seu círculo íntimo. Mesmo Eli estava irritado com a curiosidade de Bonnie. Claire não tinha necessidade de mentir ou enganar. Bonnie continuamente
se viu cortada antes que Claire tivesse a chance de responder.
Depois que comeram, os homens se retiraram para um nível inferior. Claire iria aprender depois que lá continha um belo bar artesanal, mesa de sinuca e televisão
grande. As mulheres tomaram uma garrafa de vinho e se sentaram na varanda. A luz do sol com o ar frio dava uma sensação maravilhosa. Ficar sentada com outras cinco
mulheres conversando parecia como uma performance, irreal. A conversa decorreu de livros para filmes sensuais para estrelas de cinema. Este era o lugar onde Maryann
compartilhou algumas colheradas dentro em alguns dos clientes de Eli. Sexy estrelas levavam a sexo. Claire educadamente se desculpou e perguntou a Courtney sobre
o banheiro feminino.
Ela estava a caminho de volta para a varanda quando ela ouviu Maryann e Bonnie em uma sala fora do salão principal. — Bonnie, qual é o seu problema? Você está me
envergonhando com sua persistência sobre Claire e Tony.
— Eu sou uma pessoa curiosa. Eu quero saber o que o resto do mundo quer saber. Por que ele, Anthony Rawlings, está interessado nela? Ela é uma ninguém.
— Francamente, Bonnie, não é da sua conta. E não é seu problema. Tony é um homem privado. E, tanto quanto ela não é ninguém, eu não acho que você tenha que perguntar
nada. Tony deve pensar que ela é alguém. Se ele a quer em sua vida, bom para ele.
— Claro que não! Bom para ela, — exclamou Bonnie. — O cara é lindo de morrer e tem dinheiro para queimar. Ele quase não tira os olhos dela. Você acha que ela pagou
por aquela roupa que ela está vestindo? A blusa sozinha é uns US$500. Ela o está dominando. Veja quão jovem e magra ela é, por que ela...
— Pare com isso. Pare com isso agora ou vamos dizer a Courtney que precisamos sair. Vou dizer a Eli o que você fez e você e Chance vão sair. Talvez você possa começar
a procura de emprego para Chance. —Maryann controlando a situação fez Claire sorrir. Bonnie disse a Maryann que ela iria parar. Claire as deixou prosseguir para
a varanda e esperou alguns minutos antes de se juntar ao grupo. Uma vez lá, ela sorriu para Maryann, mas não olhou para Bonnie.
Os homens e mulheres reuniram-se para uma conversa, sobremesa, e bebidas. Claire dispensou sobremesa e sentou-se com o braço de Tony ao redor de seus ombros. Brent
teve uma fogueira construída em seu pátio. A noite fria de outono, torresmo ao fogo, calor e aroma distinto criou uma atmosfera agradável. Por volta das seis e meia
Tony sussurrou para Claire que eles deveriam sair. Todo mundo parecia genuinamente triste, incluindo Claire. Tinha sido um dia bom, melhor do que o previsto.
Quando disseram adeus, Sue entregou a Claire um pedaço de papel. Com surpresa, Claire abriu. Era um número de telefone. — Me ligue, nós podemos fazer o almoço. —
Claire sorriu e disse que iria tentar.
Eles foram para o carro e foram embora. Talvez eles tinham dirigido uma milha, talvez duas, quando Tony parou o carro no lado da estrada e estendeu a mão. Ele não
falou, mas ela sabia o que ele queria. Ela colocou o telefone de Sue na palma da mão. — Tony — com a mesma mão que segurava o pequeno pedaço de papel branco, ele
praticamente cobriu a boca dela.
— Não agora. Vamos discutir isso quando chegarmos em casa.
Ele soltou seu rosto e retomou a condução.
Nenhuma palavra mais foi proferida durante a sua viagem para casa. O monólogo interno de Claire, no entanto, rugia: isso é ridículo. Sue estava sendo amigável. Eu
não tinha ideia de que Sue faria uma coisa dessas. Qual é o problema? Por que ele tem de reagir tão rápido e com tanta violência como um tornado maldito!
Tony puxou o carro para a porta da frente. Ele não abriu a porta de Claire. Em vez disso, ele disse a ela para ir para sua suíte, ele iria para lá mais tarde. Ele
tinha coisas para fazer, como cancelar um compromisso de SPA. Seu tom foi curto e com os olhos escuros. Ela queria correr. Em vez disso, ela saiu do carro e caminhou
corajosamente para a casa, através das grandes portas, até a grande escadaria, e pelo corredor sudeste para sua suíte. Assim que ela fechou a porta, ela sentiu seu
coração disparar e seu monólogo interno continuou: este foi um dia tão bonito. Eu encontrei amigos de Tony e eles eram bons. Eu queria dizer a ele sobre o que eu
ouvi. Eu queria dizer a ele o quão grande momento eu tive.
Claire sabia o que Anthony estava fazendo. Começando no carro, ele tinha observado, cismado e analisado demais toda a situação. Ela sabia que ele não iria deixá-la
explicar. Oh Deus! Ela queria se deitar, gritar e chorar. Mas ela também sabia que ele poderia estar assistindo agora e ela se recusou a lhe dar a satisfação, se
recusou a deixá-lo saber como estava preocupada com suas decisões. Na verdade, ela estava preocupada, aterrorizada com o possível retorno de sua outra personalidade.
Há duas coisas que uma pessoa nunca deve
se enfurecer, pelo que eles podem ajudar,
e pelo que eles não podem.
- Plato
Capítulo dezesseis
Ela se sentou à mesa, escrevendo. Tony não podia ver o que estava escrevendo. As câmeras não têm capacidade de zoom suficiente. Sua linguagem corporal não parecia
nervosa. Ela mostrou uma pose orgulhosa e desafiadora. Ele viu enquanto ela escrevia, sentada em linha reta, com o pescoço alto e orgulhoso. O único indício de mal-estar
seria a forma em que seus pés se remexia sob sua cadeira.
A partir de suas telas do escritório, ele poderia acessar diferentes pontos de vista do ambiente. De um outro ponto de vista, ela estava mais longe, e ele podia
ver sua cama no fundo. Claro, havia uma câmera de que mantinha a cama no centro, mas a mesa não era visível a distância.
Tentando contemplar as suas opções, e as consequências de suas ações, Tony fechou os olhos e reviu o dia. Quando ele entrou em sua suíte, esta manhã, ele viu a ansiedade,
mas encontrou a calma. E aquele sorriso quando eles entraram no carro. Deus! O sorriso dela era tão real que derreteu-lhe. Seus olhos cor de esmeralda poderiam brilhar
e reluzir. É claro que ele não via muito de seu verdadeiro sorriso. Ele viu hoje, e vê-la com seus amigos, ela era perfeita.
Disse a si mesmo a razão que ele tinha dificuldade em manter os olhos dela era estritamente porque ele precisava monitorar seu comportamento. Não tinha nada a ver
com o quão bonita ela estava. Agora, enquanto observava as telas, ele perguntou o que ela estava pensando. Será que ela estava pensando sobre ele, sobre seu futuro?
Era tudo dele. Ela sabia disso. Ele sabia disso. O poder não lhe dava a satisfação que já tinha
Droga, por que diabos Sue deu a ela seu número de telefone? O que elas falaram quando ele não estava lá? Sua cabeça estava cheia de perguntas não respondidas e cenários
plausíveis. Ela queria deixá-lo? Por que não teria? Será que ela iniciou um plano? Por que ela não iria seguir suas regras?
Seu monólogo interno momentaneamente o levou a perder o foco das telas. Agora, quando ele examinou, ela tinha ido. Ele examinou os outros pontos de vista, até que
ele notou a porta aberta para a varanda. Ele só podia ver a parte de trás de sua cabeça. Ele realmente precisava de uma outra câmera instalada.
Mais de uma hora havia se passado desde que voltaram para casa. Fazendo Claire esperar por ele era parte de seu plano. Mas olhando para ela, parecia que ela controlava
seus nervos melhor do que ele. Talvez ele precisasse de ar fresco também. Não, ele precisava tomar uma decisão. Era seu mantra. Ela conhecia as regras. Não importa
se você faz algo 99 por cento certo, perfeição é necessária. O fato é que ela deve ter quebrado suas regras. Ele precisava tomar uma decisão. Comportamentos têm
consequências e as consequências podem ser desagradáveis. Tony disse a si mesmo que tinha avisado a ela, ela não quis ouvir.
Ela inspirou e expirou, e o ar do campo enchendo seus pulmões com frio, uma força refrescante. Claire pensou nas pessoas que encontrou, que conversou e riu. Foi
fantástico. A amabilidade de Courtney e os sorrisos excepcionalmente amáveis de Tony aliviaram a ansiedade inicial. Ela sabia que era uma farsa. Mas foi divertido,
sair em torno de pessoas. Em seguida, o número de telefone veio. Ele confundiu que algo tão incrivelmente simples poderia causar tais repercussões ridículas.
Ela pensou em Tony. Ele iria entrar em sua suíte em breve, naturalmente sem bater. E ele teria algum veredicto a respeito de sua insubordinação. O fato de que ela
não estava insubordinando, não alteraria a sua decisão. Ela se perguntava se ele lidava com questões de negócios desta forma também, sem entrada. Com sua mente lutando,
ela perguntou a si mesma, eu tenho alguma opção?
Suas emoções selvagens provocaram uma descarga de adrenalina, escondendo sua consciência no ar fresco da noite. Sua decisão iminente a aterrorizava. Gratificada
por seus sorrisos hoje e seu físico em jeans, ela se sentiu excitava. Como poderia o corpo dela desafiar sua mente de forma tão severa? Claire acreditava que seu
corpo era o verdadeiro criminoso da insubordinação!
Pensando em Bonnie fez Claire rir da ironia. Ela pensou que Claire queria garantir seu futuro. A realidade não poderia estar mais longe da verdade. No entanto, naquele
momento, ela tinha vontade de explicar que não honra nenhuma em estar associada com Anthony Rawlings. Irracional era melhor descrição em seus pensamentos. Talvez
se ela pudesse obter seu corpo e mente para trabalhar juntos, ela poderia conceber algum tipo de plano. O som da porta fechando na suíte trouxe seus pensamentos
para o presente.
Tony não falou, mas seus olhos o fizeram, reconhecendo Claire na varanda e chamando-a para entrar. Ela fez. Determinada a continuar o ato falso de força, ela andou
a poucos centímetros dele e manteve sua posição. Ele não a cumprimentou, em vez disso, ergueu seu queixo. Seus olhos pareciam tão frios quanto sua mão. Claire sabia,
sem dúvida que isso não iria ser bom. — O que discutimos pouco antes de chegarmos aos Simmons?
Seus olhos brilharam com fogo, mas suas palavras soaram respeitosas. — Eu disse que eu não iria decepciona-lo e não o fiz.
— As ações têm consequências, eu já te disse isso. Por que é tão difícil para você entender?
— Tony, não é. Se — ele a parou, porém não com um toque suave de seus dedos em seus lábios, mas com um tapa em sua bochecha esquerda. Claire parou de falar, os olhos
úmidos, mas ela se recusou a desviar o olhar ou recuar.
— As ações têm consequências. Estive pensando um pouco sobre uma punição apropriada.
Claire decidiu que ela não tinha nada a perder. Havia uma punição vindo, então ela podia muito bem levar a sua sorte. — Tony, por favor, me deixe falar. Eu sei que
sua decisão está tomada, mas me permita falar. — impressionado com a sua força, ele balançou a cabeça e disse-lhe para fazê-lo rápido. — Eu estava nervosa sobre
ir para este churrasco hoje, mas eu tive um tempo maravilhoso. Courtney foi a anfitriã perfeita e muito charmosa. Todo mundo foi bom para mim. Eu realmente não sabia
o que esperar. — ela tentou apressar. — Bem, todos, exceto Bonnie. A propósito, eu ouvi Bonnie e Maryann falando pelas costas. Isso me inclui. E Sue, bem Sue é solitária.
Ela me disse que Tim trabalha longas horas, ela mencionou o que ele gosta, mas é só. Em algum momento, ela me pediu meu número. Eu não tenho um, como você sabe.
Mas eu achei que soava estúpido, todo mundo tem um telefone celular, então eu disse que eu não o tinha comigo e eu não sabia o meu número. Eu nunca pedi. Então,
eu estou supondo que é por isso que ela me deu o número dela. Eu realmente não sabia que ela iria fazer isso. Se eu soubesse, eu teria feito isso bem na sua frente?
Tony não tinha parado ela, então ela decidiu continuar. — Quando Courtney me apresentou a Tim e Sue, eu disse a Tim que eu tinha ouvido coisas boas sobre ele de
você. Eu posso apenas imaginar que isso fez Sue e eu amigas instantaneamente. As mulheres gostam de ouvir coisas boas sobre seus maridos. Eu teria te dito isso se
eu tivesse conseguido o número sem que você soubesse. Eu não tenho nenhuma maneira de fazer uma ligação. E se eu simplesmente não aceitasse, pareceria rude. Eu sei
como você se sente com as aparências. — ela não sabia mais o que dizer, mas pelo menos ela disse de sua forma. — Eu realmente fiz bem hoje, isto é apenas um mal-entendido,
e seus amigos são muito agradáveis.
Ela se levantou e manteve contato com os olhos. Tony continuou falando como se as palavras não tivessem sido ditas. — Eu decidi que você pode escolher. Talvez você
gostaria de conhecer as suas escolhas?
O coração de Claire afundou. Ela abaixou-se em uma cadeira à mesa e olhou para longe. Nada do que ela disse importava. Ele não tinha ouvido uma palavra. — Tony,
você tomou sua decisão, eu não me importo. — derrota encheu sua voz. Ela olhou para a mesa, onde em um pedaço de papel estava uma lista de pontos positivos de seu
dia.
— A primeira opção é um tempo de duas semanas em sua suíte. — o quê? Isso nunca passou pela sua mente. Não havia nenhuma maneira, ela não podia aceitar isso. Ela
olhou para ele.
Tony a olhava. Ela se levantou e o encarou cara a cara. Deus, sua força o cativou. — Então eu escolho o número dois. — a voz de Claire parecia resistente. Ele não
respondeu. O silêncio cresceu. Ele a queria. Ele queria dizer a ela que estava arrependido, ele exagerou, mas isso não era ele. Ele não podia.
— Muito bem, se dispa.
Ela não hesitou, obedecendo a seu comando. Ela começou a desabotoar a blusa, um botão de cada vez. Então ela deslizou para fora da calça, ela não discutiu ou reclamou,
e manteve contato com os olhos o tempo todo. Excitação de Tony estava se tornando difícil de esconder. O corpo dela tremia um pouco e seu comportamento de antes
se dissolveu.
— Claire, venha aqui. — ela fez. Ele segurou os ombros e olhou em seus olhos verdes. — Maldita seja, Claire. — ele puxou para mais perto. — Eu faço as decisões rápidas
com base nas provas que eu vejo. As aparências são importantes. Eu achava que tinha algo planejado com Sue, algo que eu não tinha aprovado. Eu estava errado. O seu
discurso, — ele ergueu o queixo, suavemente desta vez quando seu tom de voz suavizou, — Foi muito corajoso. — ele viu a expressão dela. — Isso me ajudou a ver que
eu tinha chegado à conclusão errada.
Ele encostou a cabeça em seu cabelo. Claire exalou na revelação inesperada: Anthony Rawlings estava se desculpando. Ela ficou parada enquanto ele a cercou com seus
braços, seus tremores cessaram e ela deixou cair o rosto contra seu peito, inalando o cheiro de fumaça em sua camisa. Ela sentiu sua ereção contra seus quadris e
a tensão começou a construir dentro de suas profundezas. O tom de Tony, era agora maduro, — Até o momento que Sue te entregar o papal, eu te observei e fiquei extremamente
orgulhoso de você. Você foi incrível. Courtney me disse isso cerca de dez vezes. — Claire levantou os olhos para ver sua expressão, sorrindo combinando com seu tom.
Claire sorriu e sentiu seu corpo relaxar contra o seu. — Não é algo que eu gostaria de nos fazer.
O alívio de seu pedido de desculpas a afligiu. Seu corpo continuou com o seu desprezo pela razão. Ela queria que ele a levasse e não hesitou. — Seja o que for, sim.
— Seu cabelo, tem cheiro de fumaça. Eu gostaria que se banhasse. — Claire pegou a mão de Tony e o levou para o banheiro. Ele a seguiu. Uma vez lá, ela o ajudou a
se despir, e ele começou a desfazer a trança. Sob o jato quente do chuveiro, ele molhou seu cabelo, acrescentou shampoo, e gentilmente massageou. — Seu cabelo é
lindo, mas ele realmente precisa de um corte. E o tempo está ficando mais frio, talvez por isso precise de brilho. Eu acredito que você vai desfrutar do SPA. Ele
tem uma grande reputação.
Ela se virou para encará-lo. — Você não cancelou?
Sorrindo com ternura, ele disse, — Não, eu estava esperando que algo fosse mudar minha mente.
Depois de trabalhar o creme enxaguar seu cabelo, ele pegou o gel de banho e começou a ensaboar as costas de Claire. Envolvendo seus braços ao redor dela, ele ensaboou
seus seios e barriga. Finalmente, ele não podia controlar-se por mais tempo. Claire não o queria. Seu toque suave causou uma dor profunda dentro dela. Ele a virou
e a levantou. Ela enrolou as pernas em volta dele e sua boca animadamente mordiscou seus seios. Sua língua criava sensações intensas, uma vez que atormentava os
mamilos duros redondos. Ela agarrou seus ombros largos e deixou seus dedos percorrem o cabelo molhado quando seus fortes braços e tronco puseram seu corpo contra
a parede do chuveiro. Ela ansiava por ele. Ele a tentava com os dedos até que o auto controle estava fora de seu alcance. Ele a encheu completamente. Convulsões
estrondosas ultrapassaram o corpo dela. Ela esperava suas ações, mas o seu cumprimento disso a fez arquear para trás e sons escaparam de seus lábios. Seus corpos
se moviam como um só, não por causa de instruções ou exigências. Em vez disso, a causa era erótica, instinto físico carnal. Com o tempo, a paixão ardente do banheiro
passou para a cama. Ele usou seus desejos, mas ele fez questão de que Claire usasse também.
Em algum momento durante a noite, Tony perguntou a Claire o que ela ouviu. Ela disse a ele. Na primeira, ela não quis dizer nada sobre ela em busca de um homem que
a banque, mas por que esconder isso agora? Tony riu.
Ele estava feliz em aprender sobre Maryann e que Courtney e Sue foram tão úteis durante todo o dia. Ela disse a Tony o quanto ela gostava de vê-lo em jeans. Definitivamente
sexy, ela disse a ele. Ele disse que a preferia sem jeans ou qualquer outra coisa. E então começaram tudo de novo.
A data marcada de Claire no SPA seria na quarta-feira seguinte. Inicialmente, ela não queria ir, mas agora ela pensou em Chicago e no apartamento de Tony. — Quantos
apartamentos você tem?
— Tal quantos eu precise. Eu não gosto muito de hotéis. — ambos adormeceram.
Tony acordou antes de seu alarme. Ao ouvir a respiração suave e delicada de Claire, a viu enrolada em uma bola do outro lado da cama, coberta apenas por um lençol.
Com a luz pálida da lua persistente, ele notou que seu cabelo castanho se espalhava ao redor do travesseiro, úmido e ondulado, seu corpo delicado, macio e flexível.
Ele levantou cuidadosamente os cobertores e a cobriu. Enquanto a observava, o calor do cobertor lhe permitiu relaxar inconscientemente e resultou em um sono mais
profundo.
Este não era o seu plano. As coisas tinham estado andando durante muito tempo e agora estavam causando estragos. Era para ser fácil. Seu único propósito era o prazer
físico, liberação de energia e prazer pessoal. Ele tinha a observado por tanto tempo. Disse a si mesmo que ele merecia isso. Mas de alguma forma, agora, estando
no trabalho, em uma reunião, em um avião, em qualquer lugar, sem avisar, ele recordava algo que ela tinha dito ou feito e um sorriso vinha aos seus lábios. Tony
notava olhares estranhos de Brent, um sinal visível de que seus pensamentos estavam se revelando.
Isso era errado. Tony não queria ter sentimentos. O sexo era ótimo. Era bom para ela, dominá-la e controlá-la. Não era bom querer estar com ela, agradá-la e amá-la.
No entanto, cada um de seus sentidos desejava Claire. Observando-a dormir, ele queria ver seus olhos verde-esmeralda que cintilavam quando ela estava chateada com
ele, o pescoço que se esticava com desafio, mesmo quando suas palavras mostravam suas exigências, e seu corpo se enchia a cada pensamento despertado. Ele queria
tocar sua pele, quente, macia, porém firme, e seu cabelo longo e sedoso. Ele queria sentir o gosto dela. Ele queria sentir o cheiro dela quando ele chegava em casa,
limpo e fresco, com seu perfume escolhido; e o aroma dela depois do sexo, quente e úmido, e exausto. E ele queria ouvi-la. Neste momento, ele ouviu sua respiração
fraca, mas ele também gostava de ouvi-la falar sem fim. Ele sabia que ela ansiava por companheirismo e camaradagem. Ele também sabia que ele era atualmente sua única
escolha. Ele tentou desesperadamente parecer desinteressado, mas sua voz o encheu de um intenso desejo de que ele nunca tinha experimentado. Esse desejo tinha um
componente sexual, mas também continha um desejo de cumprir seus anseios. Tony nunca antes considerou a satisfação dos desejos de outra pessoa. Toda a sua vida adulta
tinha sido sobre seus desejos, metas, ambições e necessidades.
Enquanto sua mente ponderava esses dilemas, ele pensava nela a poucos metros de distância. Ele a queria novamente. Ele sabia que poderia acordá-la e ela faria suas
demandas. Deitado com a cabeça no travesseiro, ele se lembrou do sexo que eles experimentaram e se perguntou quando isso aconteceu? Ele não queria mais dominar,
mas sim satisfazer. Esta situação era completamente não planejada. Sua vida inteira, negócios, tudo foi calculado, como isso pode acontecer?
Ele não tinha percebido até que ele se ouviu pedir desculpar. Quando ele entrou em sua suíte, ele sabia o que ele ia dizer. Não foi o que ele disse. Anthony Rawlings
poderia contar em uma mão as pessoas a quem ele se desculpou. Agora essa mulher, um pedaço de seu plano, estava nessa lista.
Nos Simmons, ela se apresentou além de sua expectativa. Então sua reação quase estragou tudo. A força de Claire, se levantando sobre ele, explicando a situação,
e depois não reclamando e ainda cumprindo sua punição, o tocou. Mas quando ela estava aliviada por sua compreensão, em vez de se perturbar por sua reação, ela o
derreteu.
Refletindo, ele repreendeu a si mesmo. Ele deveria ter ficado indiferente, dominante, e no comando. As palavras de seu passado ecoaram em sua memória, ‘Só os fracos
se desculpam’. Ele reconsiderou acordá-la, cumprindo as qualidades dominantes indiferentes que provariam que ele não era fraco. Então ele viu sua expressão pacífica
e pensou nela se dando mais e mais. Calmamente, ele saiu da cama, vestiu as calças e deixou sua suíte. Entrando no corredor, ele decidiu trabalhar fora.
Há algo de perverso sobre mais do que o suficiente.
Quando temos mais, nunca é o suficiente.
Há sempre algo lá fora, apenas fora do alcance.
Quanto mais se adquiri, mais fugaz se torna o suficiente.
-Desconhecido
Capítulo dezessete
Clawson tentou mais uma vez. — É muito fácil. Tecidos fizeram a ele uma fortuna, você pode plantar e investir para crescer muito mais. Isto é 1977, o dinheiro real
não está na criação. Está em possuir e vender. Veja esses números? — ele entregou a Nathaniel os relatórios. — Você tem o capital, não só nas margens de lucro, mas
também em planos de aposentadoria garantidos. Esse dinheiro está apenas guardado ali, esperando para os funcionários ficarem velho. Inferno, muitos deles não serão
elegíveis para a aposentadoria por mais vinte anos. Use esse dinheiro, invista. Cultive-o. Agora, está só apodrecendo nessas contas.
Samuel ficou quieto enquanto pôde. Os olhos escuros de seu pai estavam começando a piscar cifrões. — Clawson, o problema com o seu plano é que os nossos colaboradores
possuem esse dinheiro, não nós. Eles nos confiaram a manter esse dinheiro para eles, para que esteja disponível quando se aposentarem. E é um interesse crescente.
— Com todo o respeito, Sr. Rawls, você viu as taxas de juros? Seus funcionários terão o dinheiro deles, porque você não vai perder. Você está o dinheiro crescendo.
Então, quando o dia chegar, eles vão ter a sua aposentadoria e Rawls Corp terá lucros adicionais. — Clawson falou com Samuel, mas quem o escutou foi Nathaniel.
E então Natanael disse, — Jesus, Samuel, você já olhou para esses relatórios? Onde estão os números sobre Hong Kong Industrials? Desde a mudança do comércio, já
se passaram setenta e três anos, é muito fácil mudar essas opções. — Clawson entregou a Nathaniel os relatórios. — Nós estabelecemos o nosso preço de exercício.
Se o preço das ações começar a se mover para fora da opção prestes a expirar, vamos definir o capital.
Clawson sorriu. O velho estava finalmente conseguindo. — Você tem o capital para fazer isso.
Samuel lançou um relatório sobre a mesa. — Não é o nosso capital.
Olhando primeiro para as pilhas de repente desorganizadas de papéis, em seguida, para o seu filho, os olhos escuros de Nathaniel escureceram. — O inferno que não
é. Esta é a minha empresa maldita. Eu a construí a partir do nada. Você acha que os funcionários que você está tão preocupado, teriam seus malditos empregos, se
eu não tivesse trabalhado pra caramba trinta anos atrás?
Quem vai dizer se um momento feliz de amor ou
a alegria de respirar ou andar em uma manhã
brilhante e cheirando o ar fresco não vale a pena todo
o sofrimento e esforço que a vida implica.
- Erich Fromm
Capítulo dezoito
Uma semana depois, eles voaram para Chicago. Tony se concentrou em seu trabalho e laptop, enquanto Claire sentou-se calmamente e pensou sobre a cidade. Havia sido
um refúgio frequente durante seus dias de faculdade. Valparaiso é apenas uma hora e vinte minutos de distancia. Ela e suas irmãs da fraternidade passavam as tardes
e noites apreciando a cidade. Elas iam às compras, jantavam, ou iam ao teatro. Elas sabiam o melhor caminho para as ofertas
Claire lembrou-se com alegria de quando andavam de trem ao redor da cidade. Às vezes, elas iam com os caras para um jogo de beisebol, geralmente os Cubs. Ela gostava
de assistir as pessoas no Wrigley Field. Não é realmente uma fã de beisebol, mas ela gostava era das noites quentes com o grupo de amigos, desfrutando dos cachorros-quentes
e as cervejas. Todos se empilhavam no veículo de alguém para viajar. Realmente não ficava melhor que isso. Eles eram conhecidos até mesmo por faltar aulas por todo
um dia na Wrigley. Claire as justificou como pesquisa acadêmica, sua principal meteorologia baseada em baseball ao ar livre, tudo fez sentido.
Amigos zoavam do beisebol. Para Claire, os rapazes, eram todos de uma mesma fraternidade, como irmãos. Depois de um breve romance em seu primeiro ano, ela decidiu
concentra-se na escola, em vez do amor. De repente, Claire percebeu que as suas lembranças a deixava triste. Ela se perguntou onde esses amigos estavam hoje em dia.
Ela se tornou tão ocupada se concentrando em sua carreira. E perdeu o contato com a maioria deles. Talvez se tivessem ficado conectados, eles teriam notado o seu
desaparecimento em março passado.
À medida que o jato se aproximava do aeroporto privado, Claire viu no horizonte o azul do lago. Disse para si mesma, coloque a tristeza de lado. Ela devia se concentrar
nos grandes momentos em Chicago. Mas, ela se perguntou ao caminhar para a minivan, se ela sabia dos momentos de diversão que estavam pela frente. Agora que deixou
o jato particular e entrou no banco de trás da limusine alugada, o que estava reservado?
Eric, o motorista da limusine seguia em direção ao lago, era sete e meia da manhã. Claire podia ver os edifícios, sentir o cheiro do escapamento, o balanço do carro
na estrada, quando ele virou para o norte em Lake Shore Drive. Sentia-se mais em casa, como não se sentia a meses. Tomada de emoção, ela queria falar sobre tudo
que se passou: McCormick Place, Soldier Field e Grant Park. Quando eles se aproximaram do Parque Millennium, ela pensou sobre os shows que iriam acontecer durante
todo o verão.
Ela não disse nada. Tony ficou ocupado no telefone celular. Ele estava em uma conversa com alguém desde que desembarcou. Sua voz soava amigável, mas ela podia ver
sua linguagem corporal. Contava outra história. Ouvir Claire dar um passeio em Chicago não ajudaria na sua disposição. Ela também temia que ele não aprovasse o seu
nível de conforto com Chicago. Originalmente ela não queria se juntar a ele nesta viagem, agora ela não podia esperar para desfrutar da cidade.
A limusine estacionou em frente ao Edifício Reliance e Tony reuniu sua pasta, laptop e celular. Eric deu a volta e abriu a porta. Ainda falando em seu telefone,
Tony acenou para Claire e saiu. Ela se encontrou numa situação familiar, indo com o motorista para um destino completamente desconhecido.
Antes de chegarem, Tony informou que ela poderia descansar em seu apartamento. Ele não havia mencionado o local ou quando ele voltaria. Ela respirou fundo e esperou
enquanto Eric movia o carro pelas ruas lotadas. Em pouco tempo a limusine estava caminhando em direção à porta de entrada da Torre Trump.
Eric baixou a janela que separava os dois compartimentos e deu a Claire as primeiras informações sobre o seu destino. — Senhorita, Claire, o apartamento de Mr. Rawlings
é no octogésimo nono andar da Trump Tower. O Segurança tem seu nome e irá permitir-lhe o acesso. Quando você entrar pelas portas principais, ande para a esquerda.
Você verá uma mesa da segurança. Eles vão ajudá-la a chegar ao apartamento. Vou estacionar o carro e trazer suas malas e do Sr. Rawlings assim que eu puder. O pessoal
do apartamento estará disponível para ajudá-la assim que você chegar ao octogésimo nono andar. Você tem alguma pergunta senhorita?
— Não, obrigada, Eric. Eu vou ficar bem. — então ela esperou enquanto ele parou o carro e deu a volta para abrir a porta. Tendo cinco horas de sono, Claire se sentia
como um rato colocado em um labirinto. Ela seria capaz de encontrar o queijo?
A brisa fresca do lago atingiu suas pernas quando ela saiu do carro e direcionou para a Torre Trump. Ela pensou em sua aparência, blusa, saia, saltos sofisticados
e cabelo puxado para cima e para trás. Ela não se parecia com a menina da faculdade que costumava percorrer essas ruas com seus amigos. As portas foram abertas e
o mensageiro assentiu quando ela passava. Parecia que ela pertencia a uma limusine. O guarda no balcão de segurança não a questionou enquanto ela falava com confiança,
— Olá, eu sou Claire Nichols. Por favor, mostra-me o apartamento de Sr. Rawlings.
— Sim, Nichols, estamos esperando por você. Esperamos que o seu voo tenha sido agradável. Por favor, siga-me. — o guarda tentou o seu melhor para tornar a conversa
normal, mas a mente de Claire voltou para seis anos atrás.
Uma vez que o elevador chegou ao octogésimo nono andar, Claire inclinou ao guarda, agradeceu, e entrou para a porta aberta do apartamento. Imediatamente, um encantador
cavalheiro cumprimentou-a: — Olá, Sra. Claire, meu nome é Charles. Estou muito satisfeito em conhecê-la. — ele mostrou a ela o quarto do Sr. Rawlings. Será que ela
estaria interessada em um café da manhã, café ou qualquer outra coisa?
O quarto de Tony lembrava o seu apartamento em Nova York, mais tons masculinos. As cortinas estavam fechadas e Claire perguntou a Charles se pode abri-los. O quarto
era escuro e triste e ela sabia que do outro lado das sombras o sol brilhava. A visão quando as cortinas abriram lhe tirou o fôlego. As janelas davam para o norte
em direção ao lago. Muito acima na parte alta da cidade, ela poderia ir para a janela e olhar para os edifícios. Apenas um pouco para a esquerda, ela podia ver Navy
Pier e barcos no lago. A bela vista hipnotizava e ela adorava Chicago, e lá estava ela a oitenta e nove andares acima.
— Sra. Nichols, você vai ficar ou sair?
Puxada de seu transe, ela sabia que seu desejo e a realidade eram diferentes. Ela e Tony não haviam discutido suas atividades. — Eu acredito que eu vou ficar aqui,
por agora, e eu gostaria de um pouco de café, por favor.
Charles voltou com café e suas bagagens. Se ela estivesse de volta em Iowa, ela poderia estar a caminho do lago. Em vez disso, ela foi sequestrada para o apartamento
de Tony. Ela deitou-se na sua grande cama luxuosa e fria, se cobriu com cobertores e adormeceu. Quando acordou, o relógio marcava meio dia e meio. Tony estafaria
de volta lá pelas cinco. Se ela pudesse entrar em contato com ele e descobrir seus planos. Em vez disso, ela investigou o apartamento dele.
Não é de surpreender que fosse magnífico e aparentemente era todo o piso octogésimo nono. Como em seu apartamento em Nova York, havia janelas em toda extensão do
chão ao teto e em toda a habitação. Ela encontrou um escritório que continha computadores e telefones, sem dúvida igual ao escritório de Tony em Chicago. Ela abriu
a porta do escritório, olhou em volta, e fechou-a. Sob nenhuma circunstância ela estava permitida a entrar em seu escritório sem ele estar casa. Não havia nenhuma
razão para acreditar que as regras seriam diferentes aqui.
Ocorreu a Claire que talvez Eric fosse capaz de entrar em contato com Tony e descobrir suas expectativas. Charles informou que Eric estava com o Sr. Rawlings. Ele
não sabia quando planejava voltar.
Charles serviu o almoço. O almoço tinha uma impressionante semelhança com seus almoços de todos os dias em Iowa. Claire sabia que havia vários restaurantes com comidas
deliciosas apenas há uma curta distância. Seu apetite se foi, e ela se acomodou no sofá na sala de estar com um livro. Entre a vista deslumbrante e o anseio inegável
para com a cidade, ela teve dificuldade de concentração. Finalmente, às quatro e meia, Charles informou-lhe que o Sr. Rawlings havia ligado. Eles tinham reservas
para um jantar as seis e bilhetes para o teatro, a oito e meia uma exibição de Wicked8.
Quando se preparava para a noite, Claire abriu a mala de roupas e pegou um vestido taupe sem alças da Nicole Miller com lantejoulas. Ela nunca tinha visto o vestido
antes, mas é claro que se encaixaria perfeitamente. Os sapatos Gucci e bolsa combinando completou o look. Tinha até uma pequena jaqueta com lantejoulas combinando,
perfeita para uma noite de outono. Ela arrumou os cabelos no topo da cabeça, com grandes cachos em espiral pendurados em seu pescoço.
Quando ela completou os últimos retoques com a maquiagem, Tony entrou no quarto, cumprimentou Claire, e foi para o banheiro adjacente para um banho rápido. Ela sorriu.
Seu tom soou auto, como se as outras pessoas estivessem perto, e seus olhos eram de chocolate ao leite. Ele saiu do banho de barba feita, cabelo molhado, e uma toalha
em volta da cintura. O aroma de loção pós-barba encheu o quarto.
Ao vê-lo, ela momentaneamente pensou em uma conversa que ela estava tendo com ela mesma ultimamente. Geralmente tem início com pensamentos sobre eles, pensamentos
agradáveis. Em seguida, ela iria pensar sobre como ele a fazia se sentir ou o quanto ela gostava de vê-lo feliz. Seria então, voltada para questionamentos, algo
como: Você está completamente louca ou apenas instável. Ela não sabia como ela poderia estar sentindo dessa maneira sobre ele. Afinal, ele a raptou. Ele a machucou,
mas quando ele era bom...Claire tentou se lembrar, havia uma música ou algo que disse: quando ele é bom, ele é tão bom e isso se resume.
Ela ponderou sobre as muitas faces intrigantes deste enigma enquanto o olhava no espelho. Primeiro, olhando para ele enquanto ele tirava a toalha, seu pulso acelerou
e ela se esqueceu de se arrumar. Ninguém podia negar seu físico incrivelmente bonito. Inferno, ele era lindo. Apesar da diferença de idade, quase vinte anos, ela
observou os músculos definidos, ombros largos e abdômen firme. Momentaneamente, ela fantasiava sobre a sensação de sua pele contra a dela. Em segundo lugar, ele
era, sem dúvida, um empresário extremamente bem sucedido que desejava manter sua vida privada. Em terceiro lugar, ele totalmente e completamente acreditava em aparências.
Em quarto lugar, ele tinha um apetite sexual insaciável. Nesse cenário, Claire tinha chegado a um acordo com suas diferentes abordagens, em qualquer lugar de ternura
à dominação. No entanto, o lado de Tony que mais incomodou Claire foi sua imprevisibilidade. Seu temperamento podia mudar sem aviso prévio, fazendo um tornado de
Indiana parecer dócil.
Devido a sua posição, o seu desejo de privacidade, as aparições eram compreensíveis. Foi a rapidez com a qual ele poderia ir de sereno a furioso por causa dela.
No entanto, enquanto Claire observou-o vestindo, cheirou seu perfume, e ouvindo-o falar, seu corpo formigava com antecipação. Ela olhou para frente, pronta para
estar em seus braços, e aproveitar a noite de Chicago.
As reservas para o jantar foram para Sixteen, um restaurante fino no décimo sexto andar da Torre Trump. Sua mesa tinha uma vista incrível da Wrigley Clock Tower.
Tony ordenou seus vinhos, aperitivos e refeições. A reputação de cozinha excelente se provou verdadeira, tudo tinha um sabor delicioso. Eles conversaram durante
a refeição, principalmente sobre Chicago e suas muitas possibilidades. Claire não se queixara de passar o dia no apartamento, mas ela mencionou que, após o spa,
ela gostaria de fazer algumas compras. Afinal, não era Tony que manteve incentivando-a a fazer compras?
Depois do jantar, Tony sugeriu ir a pé, era curta a distância da Trump Tower para Cadillac Palace Theater. Ele tinha estado fora o dia todo e Claire pensou que sua
ideia era fantástica. Sentindo a brisa quente da cidade, andando de braços dados para baixo na South Street em meio à multidão de pessoas, deu-lhe uma onda de anonimato.
Eles conversaram e riram como se a noite desaparecesse, sentindo os sons do tráfego, a sensação da multidão, e visões dos prédios transformando-se em monumentos
de arquitetura quando as luzes eram acesas.
Claire poderia ter caminhado para sempre. Mesmo a sensação de seus sapatos batendo no chão duro a encantou, mas sua jornada terminou cedo demais. Ao entrar no teatro,
ela viu o show acima de suas cabeças. Ela tinha sido um fã do ‘Mágico de Oz’ e imediatamente se tornou animada em assistir o desempenho de Wicked.
Claro, eles estavam sentados em assentos de primeira classe. Claire se lembrou dela no teatro nos anos anteriores, sentada em algum lugar perto do topo da varanda.
Eventualmente, eles tiveram uma excelente vista do palco e da orquestra. Para as próximas horas, Claire foi perdida na peça: a atuação, a dança e o canto. Quando
Elphaba cantou ‘Defying Gravity’9, Claire estava absolutamente fascinada, sua vida desapareceu no palco. De vez em quando ela notara que Tony olhava para ela, e
não o show. Ela optou por ignorar seus olhares e aproveitar o show. Ela acreditava que seu comportamento era adequado e sabia sem dúvida que se não fosse, ele iria
deixá-la saber.
Depois do show, eles caminharam de volta para Trump Tower. Tony falou que a hora marcada de Claire prevista para nove horas da manhã. Ela faria uma massagem facial,
e ele tinha marcado para cortar o cabelo, mas se ela queria mais, ela só precisava falar com eles e eles fariam. Tudo seria feito no apartamento de Tony. Sua única
preocupação seria a generosa gorjeta, e ele lhe daria todo o dinheiro que ela precisava. O spa era no prédio e Charles estaria disponível para ajudá-la a encontrá-lo.
Eles fornecem o almoço, se os serviços demorassem e provavelmente o faria.
A cama de Tony a noite não estava fria como havia sido no início do dia. Claire acreditava que o seu negócio em Chicago devia estar indo bem. Naquela noite, ele
foi generoso, receptivo, sensual e erótico. Talvez ele quisesse se desculpar por seu julgamento rápido da semana anterior. Seja qual for o motivo, Claire amou o
resultado!
No passado, durante as noites, Tony ficou na cama de Claire, mas eles dormiam em lados oposto. Finalmente esta noite se deu de forma diferente. Ele adormeceu com
o rosto de Claire em seu peito, o braço em torno do ombro nu, e seu braço sobre seu abdômen apertado. Ela podia sentir seu calor e como o seu cabelo no peito lhe
fazia cócegas no nariz, a cabeça subia e descia com cada uma de suas respirações, e o som do seu batimento cardíaco em seu ouvido. Ela inalou seu perfume inebriante
e caiu em um sono profundo e tranquilo.
Na manhã seguinte, ela acordou sozinha. Devido às pesadas cortinas, o quarto estava escuro, o que torna difícil para Claire julgar o tempo. O relógio marcava 07h10.
Ela não tinha ouvido Tony sair da cama, o chuveiro ou se vestindo, e não tinha ideia a quanto tempo ele tinha saído. Colocou um roupão, e decidiu tomar café. Em
casa, ele teria levado para ela imediatamente ao acordar. Ela pensou - não, esperou - que talvez este quarto não tivesse a mesma vigilância de qualidade como seu
quarto de Iowa. Na sala de jantar, Charles serviu café e a informou que o Sr. Rawlings saiu fazia 30 minutos para ir ao seu escritório em Chicago.
Bebendo o rico líquido preto, a mente de Claire se lembrou dos prazeres da noite passada. Não apenas o sexo, o que foi ótimo, foi as lembranças de sua voz e expressões.
Alegremente caminhando de volta para o quarto, Claire disse a Charles que ela iria esperar para se vestir depois só café da manhã.
De volta ao quarto de Tony, ela encontrou uma nota sua:
Tenha a certeza que não esquecer que a sua hora está marcada para as 9h00, não se atrase. Eu pretendo estar de volta no apartamento por volta das 18h00; Você mencionou
que queria ir compras ontem à noite no jantar, eu deixei o seu cartão de crédito e identidade. E também dinheiro suficiente para eventualidades. Após seu dia no
Spa, Charles irá ajudá-la com as compras e transporte. Não se esqueça das minhas regras.
Ele nunca começava suas notas com uma saudação ou assinava. Claire olhou para o envelope sob a nota. Continha sua identidade e cartão de crédito, bem como mais de
US$ 1.000 em diferentes notas.
Claire pensou que era desnecessário que Tony mantivesse sua identidade e cartão de crédito. Não é como se ela tivesse a oportunidade de usar isso sempre que quisesse.
E a quantidade de dinheiro parecia excessiva até que ela viu uma pequena nota em uma das contas:
US$100 para a estilista ajudar você.
Claire decidiu que era útil, ela não teria considerado isso. Talvez alguma instrução seja útil.
Ela chegou ao spa 10 minutos mais cedo. Eles as cumprimentaram e a levaram para uma das salas de tratamento. Em vez de música, o ar estava impregnado com sons da
natureza e do aroma de velas perfumadas. Iluminação indireta ajudava a completar a atmosfera relaxante. Para começar seu dia de mimos, a direcionaram a uma grande
banheira de hidromassagem. Uma vez submersa, o assistente adicionou uma mistura especial de óleos e pôs, com base nas respostas de Claire, alguns perfumes de sua
preferência. Depois da banheira, Claire foi levada para a mesa de massagem, onde lhe pediu para se deitar com o rosto submerso em um buraco. De repente, cercada
por uma onda de lembranças desagradáveis, ela fez o seu melhor para controlar suas emoções e se deitar. O massagista começou com ombros de Claire e comentou sobre
a rigidez de seus músculos. Não demorou muito para que a combinação de óleos de banho, ambiente e magia das mãos do massagista aliviasse a tensão. No final da massagem,
todos os músculos do corpo de Claire pareciam soltos e relaxados.
Em seguida, ela foi para o salão de cabeleireiro. Aparentemente, ao fazer as reservas de Claire, um procedimento em destaque havia sido solicitado. Nunca em toda
a sua vida tinha pintado o cabelo. A apreensão trouxe de volta um pouco de tensão para os ombros. No entanto, ela sabia que Tony tinha sido o único a planejar seu
tratamento, por isso a ideia de mudar era mais inquietante. Enquanto a tinta estava em seu cabelo, ela teve um tratamento facial que trazia o rejuvenescimento da
pele. Depois de lavado e condicionado seu cabelo, o estilista começou a cortar.
Quando a cadeira de Claire girou, ela olhou para seus cabelos aloirados que agora continha um caramelo generoso e luz loira em destaque. Tudo misturado lindamente,
e o comprimento não tinha realmente mudado. O resultado parecia saudável, em forma, impressionante, e diferente.
Em seguida, eles ofereceram a Claire um cardápio. Ela entusiasticamente pediu seu próprio almoço, decidiu sobre um prato com variedade de sushi e uma salada. Claire
decidiu que Tony não deveria gostar de sushi. Ela não tinha comido qualquer um em meses. Tinha um gosto maravilhoso. Após o almoço, que ela escolheu, ela foi para
manicure e pedicure, enquanto o maquiador completou a maquiagem. Claire ansiava para passear lá fora, mas ela estava realmente curtindo o mimo. Sorrindo, ela lembrou
o entusiasmo de Tony sobre a sua experiência de spa.
Era quase duas horas quando a recepcionista trouxe para Claire o telefone. — Senhorita. Nichols, você tem uma ligação. — no começo, ela só olhou. Além de Emily que
tinha conversado a mais de uma semana, Claire não tinha falado em um telefone por quase seis meses. Ela acreditou imediatamente que este seria um teste.
Olhando para as suas mãos, ela disse, — Obrigada, você poderia perguntar quem é?
A recepcionista perguntou e continuou, — Sr. Rawlings gostaria de falar com você.
Claire pegou cuidadosamente o telefone. — Olá, Tony?
— Muito bom, Claire. — ela sorriu. — Eu estou no meio do caminho para o aeroporto. Eu preciso fazer uma viagem de emergência para Nova York. — a voz de Tony soou
informativo, mas preocupado.
— Tudo certo. Será que vou ir também?
— Não, Eric estará de volta em Chicago esta noite para acompanhá-la para casa. Basta continuar seus planos e estar de volta para o apartamento por volta das seis.
Charles vai estar com você assim que ele chegar ao aeroporto.
Claire queria perguntar sobre as compras. Sentia-se bonita e não queria passar a tarde no apartamento. Ele disse para continuar seus planos. Ela escolheu acreditar
que isso incluía as compras. Se ela não perguntasse, ela poderia alegar ignorância quando questionada.
— Ok, eu vou. — ela não queria dizer nada inapropriado com as pessoas ouvindo. — Sabe quando você vai voltar?
— Não, com certeza. Acredito que no sábado. Eu preciso ir, estamos no aeroporto.
— Vejo você depois. Tenha uma boa viagem.
— Claire, — ele fez uma pausa. — Não me decepcione.
— Eu não vou, Tony. Te vejo no sábado. — o telefone desligou. Claire entregou o telefone de volta a um dos funcionários e inspecionou as unhas, segurar o telefone
não tinha causado qualquer dano. Os dedos das mãos e pés brilhavam com vermelho brilhante, e sua maquiagem foi habilmente aplicada. Claire ficou em frente do espelho.
Ela desejou com toda a sua força que Tony pudesse vê-la agora, ela se sentia deslumbrante.
Havia um total de seis assistentes que trabalhavam diretamente com Claire. Ela foi até a recepção, assinando o comprovante de cobrança e deu o dinheiro para a recepcionista,
com um adicional de cinquenta para ela. Claire sorriu e a agradeceu por ela trazer o telefone.
De volta ao apartamento, Claire trocou de roupa, querendo sair e desfrutar das lojas antes que ela precisasse voltar às seis. Olhando para fora das janelas ela poderia
dizer que o dia estava quente. As ondas no lago também lhe disseram que havia uma brisa forte. Mas, claro, é por isso que eles chamam de cidade dos ventos!
Ela tinha um pouco mais de três horas para fazer compras e ela queria fazer valer cada minuto! De repente, o tempo foi para seis anos atrás. Ela precisava fazer
compras rapidamente, a fim de voltar para a aula. A maior diferença entre aquela época e agora era a sua meta de, em vez de pechinchar, ela olhava para as compras
que iriam agradar a Tony.
Charles ofereceu a Claire um motorista, mas ela queria andar. A movimentada cidade e o clima quente criou uma atmosfera emocionante. Ela desejava estar lá fora e
em sua própria programação. Cartier foi sua primeira parada. Ela encontrou outro par de óculos de sol. Eles eram como os de Nova York, exceto o preto, o que seria
melhor para o inverno. Apesar de que era o seu pensamento, ela se perguntou se estaria com Tony durante todo o inverno. Guardou esse pensamento. Agora, seu plano
era aproveitar esta tarde e algumas compras, o resto iria se resolver.
Sua familiaridade com a Magnificent Mile se mostrou vantajosa para o seu objetivo. Ela não tinha Eric para pegar os pacotes, de modo que ela não comprou nada muito
volumoso. No entanto, ela conseguiu algumas sacolas menores de Saks, Anne Fontaine, Armani e Louis Vuitton. Claire se aproximou da Torre Trump e seu relógio disse
que tinha 30 minutos sobrando. Ela parou no café, para um café mocho. Em Iowa, ela principalmente bebia café puro, de alta qualidade e incrivelmente delicioso. Esta
tarde, ela estava vivendo e decidiu que um pouco de chocolate iria cair bem.
Sentada à mesa cercada por seus pacotes e bebendo seu café mocho, a mente de Claire vagou. Sua vida parecia ter tomado um rumo. As últimas semanas foram muito melhores
do que os meses anteriores, muito melhor do que ela poderia ter previsto. Ela tinha falado com Emily, mesmo que apenas por alguns minutos. Ela pensou sobre as regras:
viva-voz, limitações e da brevidade da chamada. Levou uma magnitude de pensamento para se concentrar no aspecto positivo da conversa. No entanto, ela falou com a
irmã e isso a fazia feliz. Em seguida, houve o churrasco, menos o lamentável mal-entendido, foi um sucesso. Tony a apresentou a seus amigos e eles foram bons com
ela. O encontro com Tony na noite anterior foi romântico: o jantar, andar a pé, o jogo e as atividades até que adormeceu. Agora ela estava sentada em Chicago, um
destino que ela amava.
Sorrindo, ela tomou um gole de café mocho e pensou nele. Odiava-o por um momento, depois deixou que mudassem seu cabelo de cor, porque ele pediu. Quanto mais pensava
sobre isso, talvez permitir não fosse a palavra adequada. Realmente, ela tem uma opção? Como ele poderia machucá-la em um dia e, em seguida, fazê-la se sentir assim?
Seu debate interno continuou.
Enquanto ela pensava nele, o sentimento de luxúria afastou os velhos sentimentos de medo. Lembrando-se da sensação de seu toque, o som de sua voz, e o sabor de sua
pele, ela queria acreditar que isso era uma melhora significativa. Ela se perguntava como podia ter esses sentimentos, como ela poderia desfrutar de sua presença,
e até mesmo estar ansiosa para estar com ele. Tinha lido sobre a síndrome de Estocolmo10, talvez era isso. Ela sabia que não fazia sentido, mas ela não podia negar
o jeito que ela estava começando a sentir. Preocupada com seus pensamentos, ela não percebeu uma mulher se aproximando até que ela ficou bem acima dela. — Claire,
Claire Nichols é realmente você?
Claire olhou incrédula, ao perceber que alguém realmente se dirigiu a ela. Ela reconheceu Meredith Banks, uma irmã da irmandade11 de Valparaiso. Fazia sentido, Valparaiso
estava por perto.
— Olá, Meredith, como você está? — sua voz refletia seu entusiasmo genuíno e surpresa ao ver alguém de seu passado. Tinham percorriam estas ruas juntas em outra
vida.
— Puxa, eu estou bem. Como você está? Está maravilhosa. Eu não ouvi de você em anos! — Meredith olhou para a outra cadeira. —Você se importa se eu me juntar a você
por alguns minutos?
Apreensiva, Claire olhou para o relógio. Ela precisava estar lá em cima as seis horas, e era cinco e quarenta. Ela considerou as aparências. Seria rude não permitir
que ela se sentasse. Claire fez um gesto com a mão. — Sim, por favor.
As duas falaram sobre o que as levram a Chicago. Meredith observou, olhando para as sacolas em torno da cadeira de Claire, ela estava, obviamente, fazendo algumas
compras. Ela ainda observou que eram de compras mais sofisticadas do que elas faziam na faculdade. Claire riu, dizendo que estas lojas estavam com grandes promoções.
Não podia deixar de pensar em Bonnie medindo o valor de sua roupa, pensando se Meredith estava fazendo o mesmo. Meredith perguntou se ela viu algum show, enquanto
estava na cidade. Claire disse que ela viu ‘Wicked’ e gostou muito. Será que Claire mostrou o divertimento que eles tiveram em assistir os shows? Meredith disse
que ela estava na cidade a trabalho. Onde Claire trabalha? Ela parecia saber que Claire tinha estado em Atlanta. Claire se perguntou se elas tinham se falado enquanto
ela estava lá, elas deveriam ter. Meredith morava no Oeste nos dias de hoje, na Califórnia. Será que Claire estaria fazendo errado dessa forma? Onde ela estava vivendo?
Claire fez o seu melhor para ser evasiva, mas simpática. Esta era sua irmã de irmandade, amigável, não um paparazzi. Finalmente, Meredith começou a falar sobre seu
marido. Ela se casou com Jerry da fraternidade do seu grupo. Será que Claire sabia disso? Não, ela não sabia. Há quanto tempo eles estão casados? E Anne e Shaun
estavam noivos! Se Claire desse a Meredith o endereço dela, ela tinha certeza de que Anne gostaria de convidá-la. Meredith perguntou se Claire era casada. Será que
ela estava saindo com alguém? Ela não tinha ouvido boatos?
Essa palavra soava como um alarme para Claire. Boatos. Não era essa a palavra que Tony havia usado para descrevê-la, um boato? Claire riu de novo. — Oh, Meredith,
não aprendemos anos atrás, você nunca deve confiar em boatos.
Verificando o relógio novamente, cinco para seis. — Foi muito bom vê-la, mas eu realmente preciso ir. Devemos nós ver algum dia.
Claire tentou não ser rude, mas ela não queria falar mais. Ela foi diretamente ao balcão de segurança, onde o guarda a reconheceu e a ajudou com suas malas, quando
iam para os elevadores residenciais.
Às oito horas, Claire se sentou no jato de Tony sozinha e voou de volta para Iowa. Eric era o copiloto, ela teve a cabine inteira para si mesma. Ela tentou não pensar
em sua conversa com Meredith. Ela decidiu que esquecer era melhor, ela iria pensar sobre isso outra hora. Ela decidiu pensar na quinta-feira e na sexta-feira com
Tony fora da cidade. Sorrindo, ela disse a si mesma, eu estou indo para o meu lago!
Experiência: é o mais brutal dos professores.
Mas você aprende, meu Deus, você aprende.
- C. S. Lewis
Capítulo dezenove
Claire acordou na manhã de quinta-feira ao som estranho de chuva. Com a secura do verão, ela questionou o tamborilar em primeiro lugar. Mas, com sua mente limpa,
o barulho fazia sentido. Indo diretamente para a janela, ela viu as gotas na janela, nuvens cinzentas e poças no chão. Ela estava tão animada sobre o lago, mas não
queria caminhar cinco milhas em direção da chuva e lama. A decepção a dominou. Como poderia chover no dia que ela queria sol? Com Tony fora, o dia se arrastou indefinidamente.
Sexta-feira, ela estava deitada na cama e não ouviu o som de chuva. Forçando seus ouvidos, ela só ouviu o silêncio. Timidamente, olhou pela janela, Claire viu o
céu azul claro como cristal. Era como se a chuva lavasse a poeira e secura do verão. Tudo parecia fresco e limpo. O sol da manhã brilhava brilhante nas folhas úmidas.
Vestindo seu manto, saiu para a varanda e imediatamente percebeu a queda da temperatura. Tremendo, ela colocou os braços em volta de si e olhou para fora sobre as
madeiras policromáticas. A fragrância revigorante de outono penetrou profundamente em seus pulmões. Estaria barrenta, mas ela não se importava. Ela usaria um par
de sapatos velhos e ia fazer o seu caminho para o seu lago.
Arrumando-se naquela manhã, o seu reflexo pegou-a de surpresa. O novo cabelo mais leve fez o seu tom de pele ficar mais claro e seus olhos um tom verde mais profundo.
Não era como se de repente ela se parecesse com Marilyn Monroe, mas no seu reflexo, ela parecia mais loira do que nunca. Claire não tinha certeza o que pensar sobre
o seu novo visual, mas ela sabia que Tony não estaria de volta até amanhã. Então, ela o puxou para trás em um rabo de cavalo.
Enquanto se vestia, Claire percebeu que ela não possuía quaisquer sapatos velhos. Tudo era novo, ou pelo menos parecia novo. As roupas que estavam no armário dela
há quase seis meses agora eram muito grandes. Se ela comprasse ou não, seu guarda-roupa nunca diminuía. Atualmente, blusas e casacos multiplicavam-se enquanto ela
dormia. Felizmente, seus pés não estavam mudando de tamanho, de modo que as botas que ela tinha solicitado meses atrás estavam à espera e pronta. Ela decidiu que
teria apenar que limpa-los quando ela chegasse em casa.
Catherine não aprovava o plano de Claire. O chão estaria enlameado e escorregadio. E se ela caísse e torcesse alguma coisa? Claire prometeu que seria seguro. Ela
disse para Catherine que tinha sido um longo tempo desde que ela tinha vindo para floresta. Ela queria ficar o máximo de tempo possível. Claire disse que ela voltaria,
ela simplesmente não sabia quando. Catherine prometeu o jantar após sua chegada, não importa o quão tarde. Ela também forneceu a Claire um almoço completo com garrafas
de água e uma garrafa térmica de café quente. Já passava das dez quando ela saiu para quintal.
Fazia quase um mês, mas Claire sabia cada caminho para encontrar lago. Era quase meio-dia quando chegou a seu destino. A costa parecia exatamente como ela se lembrava,
só que agora as árvores ao redor do lago estavam coloridas com ricos tons de vermelhos, amarelos e laranjas. Verde era definitivamente a minoria. Certas variedades
de árvores estavam completamente nuas, sem folhas. De repente, ela se perguntou o que fez algumas árvores perderem suas folhas mais cedo do que outras. Ela tinha
alguma pesquisa para fazer.
O cheiro de outono encheu o ar, abundante, pungente, fresco e picante. Depois com o vento e a chuva de ontem, o ar estava parado, as folhas restantes não farfalhavam,
e o lago estava calmo. A água parecia um espelho gigante. As árvores coloridas do litoral refletiam na água. Claire desejou ter uma câmera. A beleza simplista fazia
um cartão de imagem perfeita.
Os sons da natureza estavam por toda parte: as abelhas amarelas zumbiam sob o sol de outono, os pássaros cantavam, e roedores silvestres corriam por entre as folhas
caídas. Ela observou quando os patos nadavam no lago bonito e suave, deixando rastros de sua trilha. Alguns flutuavam perto da costa, ocasionalmente mergulhando
a cabeça sob a água, enchendo seus estômagos para o seu voo rumo ao sul. Setembro estava quase na metade, ela iria para o sul também se pudesse. Esperemos que ela
estivesse indo para Atlanta em breve.
Quando Claire se vestiu, ela colocou um jeans, uma camiseta de treino e um casaco. Agora que o sol brilhava alto e forte, o calor lhe permitiu retirar o casaco.
No final da tarde ela ainda tirou suas botas, arregaçou as calças de brim, e entrou na água. Parte dela entendeu a possibilidade dela voltar para o lago antes do
inverno vir. Ela queria experimentar tanto dele quanto podia. É claro que ela esperava que sua dívida fosse paga em breve. Mas na realidade, ela reconheceu que seus
deveres agora incluíam viagens. Se ela era esperada para acompanhar Tony para fora da cidade, ela não estaria em casa para explorar.
A água fria fez seus pés formigarem. Ela observou os dedos dos pés pintados brilhantemente quando ela pisou no chão e os dedos dos pés esmagaram a terra debaixo
d'água. Quando ela parou, os peixinhos invadiram, investigando as unhas vermelhas brilhantes. Alguns até mordiscaram os dedos dos pés, e fez cócegas.
Claire comeu seu almoço no meio da tarde, mas seu estômago lhe disse que ela precisava jantar em breve. Ela pegou o café na garrafa térmica, não estava mais quente,
ela fingiu que era um frappuccino sem gelo. Isso ajudou a preencher o vazio até chegar à promessa de jantar de Catherine.
As horas do dia foram diminuindo e antes que ela percebesse, o céu começou a ficar vermelho. Olhando para o relógio, era depois das sete; ela se perguntou aonde
o dia tinha ido quando a mais bela cena se desenrolava diante de seus olhos. Sentada na margem, ela observava o céu quando o sol caiu sobre o lago. Ela não podia
levantar e voltar para a casa quando esse encantador cartão postal se transformava em uma explosão impressionante de vermelho. O sol fez com que as poucas nuvens
mudassem do branco ao cinza e para rosa, e depois para um vermelho vibrante. A luz batia sobre as folhas, alterando sua cor. A cena continuou a intensificar em seu
brilho. A beleza continuou a crescer. Claire se sentou pacientemente e observou com uma nova sensação de contentamento.
Depois que o sol chegou à linha da árvore na extremidade do lago, a escuridão rapidamente estendeu sobre a terra. Claire se lembrou de Catherine, ela estaria preocupada.
A ideia de andar de volta na floresta escura deveria lhe assustar, mas isso não acontecia. Ela sabia o caminho de volta. À luz do dia, ela levava uma hora e 45 minutos
para chegar a casa ou uma hora para chegar à clareira.
Quando ela entrou na clareira, a iluminação da lua lhe permitiu ver o relógio, oito e meia. Ela não estava fazendo um mau momento, mas seria quase nove e meia quando
ela chegasse em casa. O ar tinha esfriado, mas ainda estava fresco e limpo, ela respirou e saiu o mais rápido que podia. Direção não era o problema, era a segurança.
O terreno não só tinha membros e raízes como obstáculos, mas a chuva tinha deixado áreas lamacentas que a fizeram escorregar. Uma vez seu pé esquerdo deslizou, deixando
seu joelho com lama.
Quando ela entrou no quintal com os olhos focados em seu relógio, eram nove trinta e cinco. A última etapa de sua viagem levou mais tempo do que o normal. Seu estômago
roncou para jantar, mas a sua primeira prioridade era retirar as botas enlameadas, jeans, e tomar uma ducha ou um bom banho. Ela deixou as botas na varanda.
O piso acarpetado do corredor sudeste era macio sob seus pés em comparação com as botas. Ele também acalmou os seus passos. Quando ela abriu a porta de sua suíte,
seus pensamentos corriam entre a remoção de seus jeans cheios de lama e um banho quente. Embora o quarto estivesse escuro, andar foi fácil. Ela até pensou em deixar
a luz desligada. Então se lembrou de Catherine. Acender a luz iria deixá-la saber que ela tinha retornado. Quando ela estendeu a mão para o interruptor de luz, ela
percebeu uma presença. Antes que ela pudesse falar, um braço desceu sobre seu pescoço e sua cabeça se virou bruscamente para cima, seu rabo de cavalo foi puxado
para trás. Tudo aconteceu tão rápido que ela engasgou.
Sua voz forte na escuridão era inconfundível: — Onde diabos você estava?
Ela tentou responder, mas o braço em volta do pescoço dela restringia a entrada de ar. Ela não conseguia respirar, muito menos falar. Ele a soltou momentaneamente
enquanto ele girou em torno dela. Agora ela o encarava. Suas mãos agarraram seus ombros com uma força que nunca experimentou. Seu hálito quente atingiu seu rosto
com cada palavra. — Eu te fiz uma pergunta. Onde diabos você estava?
Ela tossiu na entrada repentina de oxigênio e tentou responder,
— Tony, eu não achava que você estava voltando para casa até amanhã.
Isso não foi uma resposta para sua pergunta. Embora as luzes ainda estivessem apagadas, seus olhos se adaptaram rapidamente com o luar que entrava pelas janelas
bloqueadas. Com a luz diminuída, distinguir cor era difícil, mas Claire não tinha necessidade de ver a cor de seus olhos. Ele soltou o aperto em seu ombro com a
mão direita e a golpeou. Sua mão esquerda caiu de lado. Ele apoiou sua mão para confrontá-la novamente.
— Eu te fiz uma pergunta duas vezes. Eu não vou perguntar de novo. — e sua mão foi contato com seu rosto de novo, mais forte desta vez.
— Tony, por favor, pare. — ela ofegou com seu rosto e bochecha ardendo. — Eu estava caminhando na floresta.
Ele soltou os ombros, empurrando-a para o sofá. Ele a seguiu e pairava sobre o corpo dela enquanto ela estava deitada sobre as almofadas. — Você espera que eu acredite
que você estava na floresta até esta hora da noite?
Ela tentou se explicar, — Eu estava na floresta. O sol estava se pondo. Era tão bonito. — suas palavras vieram em suspiros.
Por fim, ele gritou, — Cale a boca! Você estava lá fora, porque você sabia que eu estava chegando em casa e você não queria me enfrentar depois do que fez.
A mente de Claire girou. Ela não sabia o que tinha feito. — Eu não sei o que dizer. Você me disse que estava voltando para casa no sábado, ainda é sexta-feira. Eu
não fiz nada.
Tony bateu nela de novo e a chamou de mentirosa. Em seguida, ele foi até o interruptor de luz e ligou. Claire o observava. Seu paletó tinha ido embora e sua camisa
e calça parecia enrugadas. Seu peito visivelmente expandido e contraído trabalhava em respirações e seus olhos estavam não somente negros, mas violentos. No passado,
ele tinha ficado chateado, mas no controle. Hoje à noite o seu autocontrole foi substituído por raiva. Ela sabia que ele tinha passado por algum limiar invisível.
Claire não sabia o porquê, mas a razão a assustou pra caramba. Ele caminhou até a mesa de jantar e pegou alguns papéis.
— Então me diga, me diga como isso é um equívoco. — ele balançou as páginas em sua mão, enquanto suas palavras vieram juntas. — Eu pulei as conclusões da última
vez. Me diga como eu estou fazendo isso agora.
Claire temia falar, mas ela fez. — Tony, eu sinto muito. Eu realmente não sei o que você está falando. — ele jogou as páginas para ela, elas se espalharam no chão
perto de seus pés. Quando ele não se moveu, ela se abaixou para pegá-las. Sua visão agora embaçada pelas lágrimas, ela tentou desesperadamente piscar e se concentrar
nas páginas.
Elas foram tirados a partir da Internet. As duas últimas páginas continham fotos: fotos dos dois na sinfonia, em algum evento que ela não podia distinguir, em Nova
York, e andando na rua em Chicago, de braços dados. Em seguida, havia fotos de Claire, na faculdade, com os amigos e uma dela e Meredith sentada em uma mesa conversando.
A respiração em seu peito, de repente se dissipou. Seus olhos focados nas palavras, — A misteriosa mulher na vida de Anthony Rawlings concorda com uma Entrevista.
Os olhos de Claire se arregalaram e imediatamente cheios de uma enxurrada de lágrimas. Ela não podia acreditar no que lia. Meu Deus! Ela não ia aceita dar uma entrevista.
Ela não faria isso!
— Tony, oh meu Deus, eu não concordei com uma entrevista.
— Então você está me dizendo que a imagem de você falando com essa mulher é uma invenção gráfica e isso é um equívoco colossal? — ele apontou para a foto enquanto
olhava para Claire. Sua proximidade a enchia de pavor. Era um bate papo com Meredith, mas não foi uma entrevista.
— Essa sou eu, mas- — as mãos dele saíram para fora do sofá e foram contra a parede. — Eu não estava dando uma entrevista. — ela bateu na parede com força suficiente
para a imagem a cair. Seu aperto feriu seus braços, ela podia provar o sal das lágrimas, e os ouvidos reverberaram com sua voz potente e vários tapas repetidos.
Seu rosto desceu sobre o dela. — Então o que diabos você está fazendo? — ele a balançou novamente. — Claire, eu coloquei minha confiança em você! Você me disse que
eu poderia confiar em você e eu acreditei em você. Eu te enviei para um dia de spa. É assim que você me agradece? Quebrando todas as minhas regras, fracassando em
público? — ele a deixou cair no chão como uma boneca de pano.
Claire correu para pegar os papéis. Ela queria saber o que dizia o artigo. — O que é isso?
— É um lançamento exclusivo Internet de uma próxima história. Será publicado simultaneamente na People e Rolling Stone. — ele pairava sobre ela e, em seguida, virou-se
abruptamente. Ele foi até a estante, pegou um livro e o jogou na lareira. Ele tentou ganhar o controle de sua raiva e de si mesmo. — Shelly, minha assessora achou
hoje e imediatamente enviou uma cópia para mim. Eu voei para casa o mais rápido que pude. — ela perguntou quanto tempo ele estava esperando e bebendo cerveja em
sua suíte. Ela tentou desesperadamente ler.
Bem, você acha que sabe sobre Anthony Rawlings, quarenta e cinco, milionário por si próprio? Ou talvez você gostaria de conhecê-lo? Para você pode ser tarde demais.
Desde Maio de 2010, Anthony foi visto na cidade com a mesma mulher misteriosa. Até agora não sabemos muito sobre a mulher especial de Anthony. Isso até que ela concordou
em se sentar com a velha amiga e escritora freelance Meredith Banks. A mulher de Anthony na vida de Rawlings é Claire Nichols, vinte e seis. Ela é originalmente
de Fishers, Indiana, nos arredores de Indianapolis.
Claire se formou no Valparaiso University, Indiana em 2006. Ela tem bacharel em meteorologia. Senhorita Nichols e Meredith foram da mesma irmandade. Acredita-se
que por amizade Claire finalmente concordou em se sentar, conversar e discutir o relacionamento dela com um dos maiores solteiros do mundo.
Claire olhou para cima a partir da página em sua mão. Tony se sentou no sofá e assistiu a reação dela quando ela se sentou no chão e começou ler. Todo o seu corpo
tremia com náuseas que brotou em seu estômago vazio.
— Tony, eu fui para a escola com Meredith, ela veio até mim no outro dia e começou a falar. Eu não sabia que ela era uma repórter. Eu não estava dando uma entrevista.
Eu não disse nada sobre você. Seu nome nunca foi mencionado!
Ele não falou. Em vez disso, ele apontou para as páginas e ela continuou a ler.
Anthony Rawlings sempre é visto capturando uma mulher merecedora. Ele sai como mulheres como a supermodelo Cynthia Simmons e a artista Julia Owens. No entanto, nenhuma
de suas relações anteriores duraram. Isso é, até agora, agora Rawlings e Nichols têm sido visto juntos. Estes dois foram vistos juntos em uma tarde de Maio (ver
imagem) no Quad City Symphony, não longe da grande arborizada propriedade de Anthony Rawlings. E desde esse tempo, eles têm sido vistos por curioso espectadores
em vários eventos de caridade, grandes eventos nas cidades de nova Iorque (ver imagem) e Chicago (ver imagem).
A pergunta que todas as solteiras estão perguntando: Por que Claire?
O que tem essa mulher para um homem como Anthony Rawlings?
Talvez ele veja a juventude dela, beleza ou estilo. Obviamente, desde a faculdade até os dias de hoje, ela encontrou seu talento!
Enquanto Claire nem confirmou nem negou que ela e Anthony Rawlings estão envolvidos, ela não negou a sua vida em Iowa. Poderia ser talvez o mesmo endereço do Sr.
Rawlings?
Os registros sociais indicam que Senhorita Nichols tem apenas um emprego como uma garçonete desde quando perdeu seu emprego em 2009 na WKPZ em Atlanta, Georgia.
WKPZ foi comprada por TTT-TV, resultando no desemprego de muitos funcionários. No entanto, apesar da perda desse emprego, a Senhorita Nichols foi vista fazendo compras
em Chicago em lojas tais como Saks na quinta avenida, Anne Fontaine, Cartier, Giorgio Armani, e Louis Vuitton. Rola boatos também que a Senhorita Nichols passou
a melhor parte do dia desfrutando de todo o conforto que o dinheiro poderia comprar em um dos mais exclusivos Spas em Chicago.
Claire passou seus dias em Chicago (ver imagem) com muitos homens diferentes da Valparaiso University.
Agora ela parece que está desfrutando o melhor da vida com apenas um homem. (ver imagem). Os dois andando de braços dados indo ao teatro. Os artistas ficarão felizes
em saber que Claire e Anthony gostaram do desempenho de ‘Wicked’.
A última prova confirma que seu envolvimento veio quando Senhorita Claire Nichols foi introduzida ao octogésimo nono andar de Trump Tower, a privada habitação de
ninguém menos do que Sr. Anthony Rawlings.
Emily Vandersol, vinte e nove, irmã e única parente viva de Nichols foi questionada sobre seu conhecimento sobre o relacionamento de Claire e Anthony. Sra Vandersol
informou que ela falou recentemente com Claire e ela não mencionou qualquer relacionamento com Anthony Rawlings durante a sua conversa.
Desculpe senhoras, parece que a Senhorita Claire Nichols está segurando Anthony Rawlings. O que ela tem a dizer sobre este homem reservado? Nós estamos ansiosamente
esperando para saber.
Autoria: Meredith Banks.
Claire segurou os papéis, embora ela terminasse o artigo. Ela procurava desesperadamente de algo a dizer, alguma explicação. Finalmente, ela colocou as páginas no
chão, mas ela não olhou para cima. Ela sabia que não havia nada a dizer. O artigo não revelou qualquer informação, embora o título sensacional aludisse que seria.
Tony sabia, voou todo o caminho para casa. Ele, obviamente, leu várias vezes o artigo.
Era ela na foto. Ela estava conversando com Meredith. Não era o que parecia, mas em sua cabeça, ela sabia o que ele pensava, ela podia ouvir sua voz. Agora ela podia
ouvi-lo se levantando e andando em direção a ela.
— As aparências, Claire, quantas vezes eu te disse? Aparências dizem tudo. Há uma foto aqui de você com ela, a autora. Não importa se o que ela escreve é preciso,
é crível, porque ela é vista falando com você. — ele não estava gritando, ele recuperou algum controle, mas a aura de sua raiva permaneceu. Claire não queria olhar
em seus olhos negros, embora ela pudesse senti-los olhando para ela.
— Levante-se. — ela sabia que deveria, mas ela não se moveu. Ela não podia, seu corpo estava paralisado de medo. Ela não tinha nenhuma defesa e ela tinha desobedecido
suas regras. Seu volume aumentou, — Claire, levante-se!
As lágrimas escorriam pelo nariz. — Por favor, Tony, — soluçou. — Eu sinto muito. — ele a levantou pelo braço. Ela se sentiu desamparada.
Sua voz exalava ira. — A todo momento que eu cheguei em casa, eu estava rezando para que de alguma forma isto fosse outro mal-entendido. Você não faria isso depois
da confiança que coloquei em você. Mas eu sabia que se não fosse um mal-entendido, tinha que haver uma consequência. Tinha que haver uma punição para este flagrante
desrespeito a mais fundamental das regras.
Ela viu sua mão se mover e, instintivamente, desviou para evitar mais um golpe. A falta de seu rosto o enfureceu, seu controle se foi, ele balançou novamente. Sua
mão pegou seu colar de pérolas. A corrente fina provou nenhuma resistência para a raiva e o poder de Tony. O colar de pérola voou como uma corrente quebrada e deslizou
do pescoço de Claire. O próximo impacto a colocou de volta no chão. Desta vez, ela sentiu o gosto de sangue.
Ela não sabia se era do nariz ou do lábio, ela começou a checar para encontrar a fonte. Sua voz continuou: — E eu acredito que algum tempo longe das pessoas, algum
tempo só vai ajudá-la com quem falar ou não;
Ela tentou se virar e se torcer. Ela implorou para que ele parasse. Ele continuou a machucá-la e ela estava arrependida, tentou gritar, mas não podia fugir. Ela
tentou proteger o rosto, o corpo dela. O tempo não estava se movendo. Ela se perguntava quanto tempo isso estava acontecendo. Poderia ter sido apenas alguns segundos,
talvez horas, Claire não sabia.
De repente, foi jogada para trás por um golpe contundente, sua voz parecia escorregar para longe. Seu corpo gritava em agonia do abuso, ainda houve um início súbito
de dor intensa. Ela tentou se levantar, para falar, mas ela não podia. Em seguida, o silêncio cresceu em tudo - Tony, o quarto, lágrimas, medo e dor - tudo se desvaneceu
na escuridão.
Aprecie as pequenas coisas da vida,
pois um dia você pode olhar para trás
e perceber que eram as grandes coisas.
-Autor anônimo
Capítulo vinte
Ela não conseguia se lembrar de por que ela estava com medo, só que ela estava com muito medo e sozinha. Em seguida, com o tempo, o escuro e o frio que a envolvia
começou a se desintegrar. Ela podia ouvir a música e sentir o calor. Mantendo os olhos fechados, continuou no escuro, mas a música familiar ficou mais alta e mais
reconfortante. Bette Midler cantou ‘Wind beneath My Wings’. Sua mãe adorava essa música. Ela iria para ficar perto do rádio e cantar cada palavra. Minha mãe costumava
dizer: — Não é sobre o som da sua voz, mas a felicidade que te faz cantar.
— Shirley, você sabe onde está minha carteira? — Jordan chamou pelo corredor.
— Mãe, Claire, levou a minha torta de frango. — a voz de Emily soou diferente, tão jovem. Claire abriu os olhos. Ela podia ver a cena, como um filme, exceto que
ela estava ali e não lá. Ela também viu a sua mãe, pai e irmã. Claire se assistia, mas Claire se viu mais jovem, talvez com cinco ou seis anos de idade. Sua pequena
casa era caótica e cheia de afeto.
Ela viu quando a mãe dela fez para Emily outra torta de fruta, repreendendo Claire, e lhe deu um beijo carinhoso no topo de sua cabeça. Seu pai entrou na cozinha
vestido com seu uniforme de polícia. Ela não podia acreditar o quão jovem pareciam, com o quente e cheio de amor que ela sentia vendo esta cena de sua infância.
Papai caminhava atrás da mamãe e colocou os braços ao redor dela com ternura. Ela notou que Emily e Claire jogavam uma na outra o café da manhã. Eles não manchavam
a devoção e adoração que Claire já viu entre seus pais. Mamãe riu quando o pai beijou seu pescoço, e ela lhe entregou a carteira do balcão da cozinha. Ele sussurrou
em seu ouvido, Claire se esforçou para ouvir: — O que eu faria sem você?
— Bem, você não ia ter chance nenhuma. Estou pensando em ficar por aqui para sempre. — eles olharam um para o outro, as duas meninas na mesa começaram a distraí-los
com os seus risos, brigas, e de repente o copo de suco de laranja foi derramado sobre a mesa. Emily e pouco a pouco Claire ficaram em silêncio, nada se podia ouvir
das duas.
Claire ouviu a voz de seu pai, — Garotas, vejam o que acontece quando vocês se mexem. — sua voz não estava com raiva. Ele limpou o suco com uma toalha de papel e
minha mãe ajudou com um pano molhado. — Tentem serem cuidadosas, suas bobas. — ele beijou suas testas quando ele se virou para sair, tomou o tempo para abraçar a
mãe delas.
A cena começou a se desvanecer. Claire não queria deixar a sensação de calor quando ela deu uma última olhada nas irmãs comendo seu cereal e rindo. O suco derramado
foi esquecido. Então a escuridão... frio...
— Sra. Claire, Sra. Claire, você pode me ouvir? — a voz familiar fervilhava com preocupação. O calor que sentia de sua infância tinha ido embora. Ela não queria
ouvir essa voz. Ela queria voltar. Claire queria dormir mais, mais tranquilidade...
— Vamos, Claire, o filme começa em meia hora, — a voz da avó veio do fundo das escadas. Claire abriu os olhos. Ela se perguntou onde ela estava. A casa de seu avô.
Ela deveria estar dormindo lá. Agora ela se perguntava se Emily estava lá também.
Podia se ver, não mais uma criança, mas uma adolescente desajeitada. Vovó chamou ao subir as escadas de novo, — Claire, sua irmã disse que ela ia pegar você e sua
amiga, depressa. — a expressão da vovó refletia preocupação. A verdadeira Claire perguntou se a Claire adolescente iria ver a preocupação da avó.
Claire pisou descendo as escadas. — Tudo bem, eu estou pronta. Liguei para Amy, ela não pode ir agora. E eu não quero ver ‘Vida de Inseto’, com Emily. John vai estar
lá. Ele vai pensar que é estúpido.
— Vamos ligar para Emily Vovô e dizer a ela que você e eu vamos ao cinema.
Enquanto ela a observava, ela orou para que sua colega aceitasse a oferta da avó. Ela também perguntou a idade dela, provavelmente catorze ou quinze anos. Então
se lembrou de que o vovô morreu quando ela tinha quatorze anos, por isso, se ele estava indo para ver os filmes, ela devia estar com treze ou quatorze anos. Claire
adolescente fez uma careta para a sugestão de sua avó.
— Para onde vamos? — os olhos verdes do vovô brilharam e sua voz ressoou jovialmente quando ele se juntou a elas no outro quarto. O coração de Claire doía ver seus
avós, mas, ao mesmo tempo se encheu de carinho.
— Ver os filmes, — Vovó disse, sorrindo para o avô. Seus avós estavam tendo uma conversa inteira através de seus olhos brilhantes e expressões faciais.
A jovem Claire não percebeu, muito egocêntrica. Vovô colocou o braço em torno de Claire. — Ótimo, eu tenho tentado fazer com que sua avó assista o novo ‘Máquina
Mortífera’. Você sabe que eu amo um drama policial.
Vovó sorriu para ele. — Ah, não, isso é horrível. Claire preferiria ver ‘Para Sempre Cinderela’ — eles estavam fazendo isso, puxando Claire fora de seu medo. Ela
não estava se mexendo por vontade própria, mas eles estavam fazendo isso.
— Oh não, vovó, eu não quer ver ‘Para Sempre Cinderela’, é uma história de Cinderela... Estúpida. — a contragosto sorrindo para vovô, ela disse: —Eu quero ver a
bunda de Mel Gibson!
Seus avós sorriram um para o outro e continuaram a farsa amorosa. — Eu não acho que Shirley e Jordan vão aprovar, — Vovó disse enquanto pegava o jornal. — Me deixe
ver os horários do filme ‘Para Sempre Cinderela’.
Claire adolescente olhou por cima do ombro da avó. — Vovô, ‘Máquina Mortífera’ começa em 20 minutos. Se nos apressarmos, podemos vê-lo. — seu mau humor já tinha
sido esquecido, ela acreditava que tinha feito seu caminho, cheia de calor, enquanto se observava ser cuidadosamente manipulada.
Vovó surpreendeu Claire. — Ei, eu vou também. Eu não quero perder a bunda do Mel.
Vovó piscou para vovô. A cena começou a desaparecer. A última coisa que viu foi os três indo para fora da porta para ver o filme.
Claire perguntou por que ela não tinha lembrado disso antes. Então ela percebeu que não era incomum. Ela foi criada por uma família incrível com o amor incondicional
e consideração.
Em algum lugar ao longo do caminho, Claire se esqueceu de como era sentir isso, o calor que fazia todo mundo se sentir feliz. A escuridão voltou à tranquilidade
combinada com uma sensação de serenidade e calor.
Aos poucos, a escuridão se intensificou e o calor se derreteu. Na fria escuridão ela podia ouvir vozes novamente. Ela esperou.
— Claire, fale comigo. Abra os olhos. — não era um comando. A voz desesperada de Tony estava implorando. Ela não queria abrir os olhos. Ela queria sentir o calor,
para poder dormir.
— Sra. Nichols, Nichols. — a voz era desconhecida e profunda, não estava falando mais com ela, mas com outra pessoa. — Vamos começar com a alimentação intravenosa,
se ela não recuperar a consciência em breve. O medicamento para mantê-la inconsciente deve estar fora do seu sistema. Ela está respondendo a alguns comandos, mas
não podemos ter certeza de sua condição até que ela acorde totalmente. Às vezes, o corpo vai fazer isso por conta própria, se desligar para curar e evitar a dor.
— havia vozes e, em seguida, ela ouviu o estranho falar novamente. — A dor parece ter diminuído com a medicação. Isso deve ajudá-la a acordar. — Claire não queria
ouvi-los mais, ou saber com quem estavam falando. Ela só queria dormir, ficar morna, e voltar para suas memórias.
— Levante-se, dorminhoca. Você tem um quarto só para você. — Claire ouviu a própria voz. Ele parecia feliz e brincalhona. No entanto, ela não podia ver a si mesma
ou com quem ela falava.
— Mas eu gosto deste quarto, é melhor. Eu gosto desta cama, é a melhor, — a outra voz brincou e riu.
— Realmente, uma cama de beliche? Isso é o que você gosta? — os dois riram.
— Enquanto você está aqui. — Claire podia ver os dois, um grande monte debaixo das cobertas, rindo e brincando. Quando as cobertas se moveram, ela reconheceu a si
mesma e Simon, Simon Johnson. Ela não tinha pensado nele em anos. Ela guardou na memória. Com os cabelos desgrenhados, eles pareciam muito jovens para tais atividades.
Este era o seu quarto de dormitório quando eram calouros.
— Claire, eu quero me casar com você.
— Sim, certo. — ela não acreditou nele. Seus planos não incluíam casamento. O jovem Simon, que seja quis dizer cada palavra que ele disse. Agora, enquanto Claire
o observava, ela perguntou: e se?
— Não agora. Podemos esperar até estramos na escola ou podemos fugir hoje. Eu não estou ocupado, e você? — ele fingiu ser brincalhão, mas seu tom tinha mais do que
um toque de sinceridade.
— Me dê um tempo, ok? — Claire mordiscou a orelha dele. — Eu acho que meu pai pode ficar chateado se eu decidir jogar fora um ano de escola para me casar durante
o segundo semestre.
— Eu quero me casar com você, não parar os seus sonhos... Ainda podemos terminar a escola e você pode ser uma meteorologista famosa. — Simon não ficou chateado,
ele sorriu ternamente e continuou. — Uma meteorologista famosa chamada Johnson. — ele brincou de mordiscar sua orelha e a deixou tomar um rumo na sua. Ficaram naquela
pequena cama de beliche e conversaram por horas. Claire ficou assistindo as lembranças inundarem sua consciência. Eles compartilharam tanto de si, seus sonhos, ambições,
problemas, fracassos, esperanças e realizações. Nada poderia parar a admiração mútua e carinho de seu primeiro amor.
Eles saíram da cama vestindo moletom e camisolas da Universidade de Valparaiso. Claire colocou seu cabelo em um rabo de cavalo. Olhando para ela agora, ela se repreendeu.
Ela precisava de um banho, um pouco de maquiagem, e definitivamente um rímel. Simon não percebeu. Elogios vieram entre abraços e beijos. Ele pensou que ela estava
linda e adorava cada palavra. Ambos estavam completamente apaixonados. Eles discutiram o almoço em lugares mais finos perto do campus, Taco Bell, McDonalds, Pizza
Hut, ou Wendy. Com um beijo de amor quente, decidiram mutualmente que seria Taco Bell. Sem pretensão, sem regras, apenas calor e um eterno desejo de estarem juntos.
Quando deixaram o dormitório, Claire olhou para a bagunça: roupas no chão, cama desarrumada, uma caixa de pizza ao lado da lata de lixo e ela viu o conforto da casa.
A cena desapareceu, ficando preta, o sentimento de amor permaneceu. Depois de assistir, tudo o que ela conseguia pensar era: por favor, não desapareça. Eu quero
manter este pensamento. Mas aconteceu. Ele desapareceu.
Lentamente, ele evaporou e sumiu na escuridão fria. Claire sentiu tanto frio. Ela queria um cobertor, algo, qualquer coisa com calor... Por favor. Ela iria implorar
se necessário. O frio era assim... frio!
— Claire, o médico disse que você pode ser capaz de nos ouvir quando falamos. Catherine e eu estamos falando com você por dias a mais de uma semana. Ele diz que
você vai acordar quando a sua dor diminuir e quando você estiver pronta. Por favor, esteja pronta em breve. Essa porcaria de líquido que eles estão colocando em
seu braço pode ter nutrientes, mas você está se perdendo. Catherine fez a cozinheira preparar todos os alimentos que você gosta todos os dias para o caso de você
acordar e querer algo. — a voz de Tony soou perto. Ela podia sentir a sua angústia e preocupação. Ela tinha que saber, se eu abrir meus olhos, ele vai estar lá.
Ele disse mais de uma semana? Eu tenho ficado dormindo por mais de uma semana? Como isso aconteceu? Por que um médico está aqui? Claire não conseguia lembrar os
porquês ou como, tudo o que ela conseguia se lembrar eram de seus pais, seus avós, sua irmã, e Simon. Essas lembranças encheram-na de esperança e promessa, e Tony
parecia que ele precisava dela. Ela sabia que precisava ir para Tony. Ela não queria fazê-lo esperar mais. Mas ela se sentiu tão cansada e fraca. Talvez um pouco
mais de descanso antes de ela abrir os olhos. Alguém deve ter colocado cobertores sobre ela, porque ela se sentia mais quente.
Junto com o calor, Claire podia sentir a rigidez de seu vestido, que era verde espuma do mar. Ela estava olhando para si mesma no espelho enquanto Emily a observava.
Elas estavam em um grande camarim.
— Eu amo isso! — Emily observou Claire de todos os lados. — É perfeito para o meu casamento.
— Sério, Em, você quer que eu use verde? — o tom de Claire parecia brincadeira, mas ela quis dizer isso. Ela não se lembrava de gostar do vestido, mas é claro que
ela iria usá-lo se é isso que Emily queria.
— Sim. Com seus olhos, é impressionante. — Claire observava as duas irmãs e voltou a ser autocrítica. o que ela via parecia muito pesado e seu cabelo era muito grosso
e espesso. Emily estava vendo outra coisa enquanto ela brincava com o cabelo de Claire, torcendo e falando: — Com o cabelo para cima e alguns brincos com formato
de bola. Eu sei que você pode usar um colar da vovó. Ela tem um de pérola. E eu vou usar o colar de pérolas da mamãe. Eles vão parecer grandes, e isso será o meu
algo velho. Você quase vai estar tão bonita quanto eu.
A menção do colar da vovó desencadeou algo triste. No entanto, Claire não conseguia se lembrar por que a tristeza veio. Ela não conseguia se lembrar...
Emily, sendo três anos mais velha do que Claire, era a noiva. Mas ela que tinha as responsabilidades da mãe da noiva. Sua mãe devia estar lá, mas ela não estava.
As meninas só tinham uma a outra. Era o casamento de Emily, mas ela incentivou Claire.
— Sim, como desejar. Eu só quero que você saiba que John secretamente me ama! Nós queríamos te dizer, mas você sabe? — Claire sorriu para sua irmã e seus olhos verdes
brilharam.
— Querida, não há segredo sobre isso. Ele te ama, você é a irmã mais nova dele.
— Sim, eu sei. Eu tenho que espantar o cara com uma vara. Ok, eu vou usar verde. Mas para o meu casamento, eu estarei achando o mais berrante vestido rosa chiclete
que você já viu. — as duas irmãs riram. Emily ajudou Claire a sair do vestido e elas continuaram suas compras. Elas tinham tantas coisas para fazer antes do casamento.
Juntas, elas fariam tudo.
Assim como as meninas com o suco, elas estavam lá uma para a outra. Depois que seus pais morreram, elas só tinham uma a outra. John compreendia. Ele nunca tentou
vir entre elas. Mesmo quando Claire foi morar com eles mais tarde quando recém-casados, eles a acolheram.
Resumidamente, Claire podia ver a casa deles, em Troy, Nova York. Não é muito grande, pode ser descrita como um aglomerado. Vendo-a novamente de longe encheu Claire
com carinho e cordialidade. John trabalhava longas horas e Emily tinha suas responsabilidades de ensino. Mas eles ainda conseguiram fazer Claire se sentir bem-vinda.
De repente, ela se perguntou se ela já tinha agradecido. Ela não conseguia se lembrar...
As cenas desapareceram mais rápido agora. O calor e a força havia se evaporado. A escuridão voltou e a puxou. Claire instintivamente queria fugir da escuridão. A
serenidade transformada em frieza. Ela abriu os olhos e viu a escuridão fria olhando para ela. Ela suspirou e fechou os olhos, mas então ela podia ouvir as vozes
de novo, vindo de varias direções. — Claire, você está acordada?
— Senhorita Claire, por favor, volte para nós.
Tony falou rapidamente: — Ela abriu os olhos. Eu vi, apenas um segundo atrás. — ela podia sentir a mão dele sobre a dela. — Você pode me ouvir? — ele continuou falando
com Catherine, — Vá buscar o médico. Ele vai trazer comida que está na cozinha. Deixe-o saber que ela está finalmente acordando. — e com um tom diferente, um de
desespero e carinho, ele disse, — Claire, por favor, abra seus olhos.
Você sabe o que acontece com Scar Tissue?
É a parte mais forte da pele.
- Michael R. Mantell
Capítulo vinte e um
Claire estava respirando, seu peito estava apertado, e havia uma dor profunda em seu lado direito. Ela tentou se lembrar. Como é que ela ficou assim? Sentia-se tão
fraca. Ela tentou mover a mão para tocar em Tony, mesmo a tentativa a deixava exausta.
Havia uma sensação estranha com seu braço esquerdo. Ela virou a cabeça para ver o porquê seu braço esquerdo estava estranho. Tudo ficou borrado e fora de foco. A
luz do quarto era tão intensa que ela não podia ver. Tony notou que seus olhos estavam estrábicos, imediatamente se levantou do lado de sua cama, e fechou as cortinas.
Ele voltou e pegou sua mão. — Está muito claro aqui. Fechei as cortinas para você. Está melhor?
Claire tentou responder; ela não podia falar. Sua boca estava muito seca. Ela moveu a cabeça levemente, indicando Sim, assim é melhor. O movimento de sua cabeça
a fez ficar tonta. A incapacidade de falar a assustava. Seus olhos ficaram úmidos. Fechando-os, uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
— Não tem problema, você não precisa falar. — o tom de Tony era gentil e amoroso. — Por favor, abra seus olhos novamente. Foi tão bom ver seus belos olhos de esmeralda.
— ele continuou segurando delicadamente sua mão. Claire abriu os olhos e olhou para a agulha colada na curva do seu braço esquerdo. Como se estivesse lendo sua mente,
ele explicou: — É assim que você tem comido por quase duas semanas. E tem algum remédio para dor também, tentando torná-la mais confortável.
Claire começou a se lembrar: ela estava na floresta, voltou para casa, e Tony... A memória fizeram seus olhos aumentarem, ficando cada vez mais amplos. Ela olhou
para Tony. Seus olhos se encheram de pânico. Ela lembrou.
A voz de Tony continuou suave e reconfortante. — Você consegue se lembrar do que aconteceu? Você teve um acidente. — Claire tentou dizer: ‘Não, você que fez isso’,
mas ela não podia. Pode ter sido a secura de sua língua ou o horror das imagens, mas ela só olhava para ele enquanto ele continuava. — Você teve um acidente na floresta.
Quando nós encontramos você, seus jeans e botas estavam enlameados, e você teve ferimentos múltiplos. Você caiu? Você escorregou? Será que alguém ou alguma coisa
te machucou lá fora? Procuramos pela floresta. Nada foi encontrado. Claire, estávamos tão preocupados com você.
A rigidez no pescoço foi se transformando em algo doloroso, e com as tonturas foi ficando difícil. Ela podia ouvir Catherine. Alguém estava com ela. Era o médico?
Quem quer que fosse, ele estava bem na frente dela; um homem mais velho com uma voz muito agradável encorajador profundo.
— Sra. Nichols, eu sou o Dr. Leonard. Eu estive cuidando de você desde que o Sr. Rawlings a encontrou na floresta. Você pode falar comigo?
Claire levantou a mão direita para a garganta. Ela estava cansada para fazer qualquer movimento.
— Catherine, você poderia trazer um pouco de água para Nichols? — Catherine correu para o líquido. Claire observava enquanto Catherine voltou com um copo e um canudo.
Ela entregou ao médico, que colocou o canudo nos lábios de Claire. — Beba devagar, o seu estômago está vazio há um tempo. — Claire começou a saborear. A água estava
fria e refrescante. Ela continuou bebendo. O médico conversou com Tony. Claire continuou a beber. Ela podia sentir o líquido revigorante lubrificar a garganta. Enquanto
bebia, ela só podia ouvir um zumbido dentro de sua cabeça. Os lábios do médico se mexeram assim como o de Tony, mas o único som era o zumbido. Ele tirou a palha
de seus lábios. O zumbido cessou.
— Por favor, estava tão bom, — Claire disse. O quartoficou em silêncio. Todos se voltaram para ela.
— Claire, graças a Deus. Como você se sente? — Tony inclinou sobre ela. Ela percebeu que ela não estava em sua cama, era uma cama de hospital. Isso fazia sentido.
Ela perguntou como a colocaram lá. Mas ela não estava em um quarto de hospital, estava em sua suíte.
— Eu me sinto... Eu me sinto... cansada... E um pouco tonta — sua voz tremeu fracamente com a incerteza e dor.
Dr. Leonard perguntou para Tony e Catherine se podia examinar Claire sozinha. Catherine concordou e começou a sair, mas Tony quis ficar, dizendo que Claire não se
importaria de ele estar lá. Claire começou a dizer que estava tudo bem, que Tony podia ficar. Dr. Leonard continuou, — Sr. Rawlings, eu percebo que foi você que
me contratou. No entanto, como um médico, eu preciso ver e falar com Sra. Nichols sozinho. Você será bem-vindo de volta logo que estivermos acabados. — Tony apenas
olhou para o Dr. Leonard. O médico continuou, — Mr. Rawlings, ela não está relacionada com você. Devemos ter um pouco de privacidade.
Claire observava e pensava como Tony iria lidar com isso. É a sua batalha. Mas ele não iria lutar. — Sinto muito. Você está certo. É exatamente isso que tem sido
desde que ela tem estado acordada. Eu não quero deixá-la. — em pé, ele continuou, — Mas eu vou. Eu estarei do lado de fora da porta. Por favor, me chame quando tiver
terminado. — então ele se inclinou, beijou Claire em sua testa, e saiu do quarto.
O médico falou suavemente enquanto ele ajudou Claire a remover a camisola e os tubos. Claire estupidamente pensou que o hálito do médico cheirava a café, e ela gostava
de café. Ele empurrou de lado e perguntou se doía. Ele tocou seu rosto, sua testa, perguntando se qualquer um doía? Ele examinou a cabeça, tocando-lhe o crânio,
frente e verso, e perto do pescoço. Em seguida, ele se concentrou em seus braços e pernas. Por fim, ele a tocou mais a trás, empurrando mais em uns pontos mais duros.
Claire podia ver os restos dos hematomas em seus braços, pernas e barriga. Ela podia senti-los em outro lugar. Suas costas e barriga doeram muito com a pressão do
médico, e seu rosto estava latejando. Olhando para as pernas cobertas de marcas marrons e amarelas, ela se perguntou se seu rosto parecia tão ruim quanto as pernas.
Depois que ele terminou com o exame, e sim, sem dúvida, ele a ajudou a colocar a camisola de volta.
— Sra. Nichols, eu preciso que você seja completamente honesta comigo, entendeu? — Claire disse que sim, mas ela estava ficando muito cansada. — Por favor, me diga
o que você se lembra da noite de seu acidente.
— Dr. Leonard, estou muita cansada e minhas memórias são nebulosas. — enquanto ela falava, a cabeça continuou a zumbir. Sua garganta estava seca. Com essa combinação
era difícil de falar.
— Está tudo bem. Me deixe melhorar sua cama. — ele apertou o botão para reclinar a cama e continuou a perguntar: — Agora, por favor, o que você lembra?
A fadiga oprimiu Claire. Abruptamente, seu estômago se revoltou contra a água. Inicialmente enjoada, ela soube imediatamente que ela iria vomitar. — Doutor, eu vou
vomitar.
Ela se sentou. Ele pegou uma bacia e a água que bebeu voltou a subir. Dr. Leonard explicou que era normal, seu estômago estava vazio por muito tempo. O vômito levou
a tremer, e de repente a cabeça e costelas latejavam. A dor intensa a fez chorar.
— Sra. Nichols, seu medicamento para dor começou a se desgastar. Eu vou pegar um pouco mais, mas eu quero que você esteja pensando direito. Por favor, me diga o
que aconteceu. — ele era persistente.
Claire s sentiu fraca com a falha de seu corpo. Ela queria comida, mas seu estômago não conseguia sequer reter a água. O médico queria saber o que tinha acontecido
e ela sabia. Quando ela fechou os olhos e sentiu a dor em seu corpo, ela viu Tony. Ela viu sua raiva, sua fúria, sua relutância em deixá-la explicar. Lembrou-se
de cada minuto aterrorizante até que apagou. Foi o que aconteceu há duas semanas, mas ela ainda sentia a agonia.
A fraqueza combinada com o estômago inquieto disse que não ia acabar tão cedo. Ela queria voltar para suas visões. Mas o médico esperava a resposta à sua pergunta.
Ele deu-lhe um pouco mais de água, mas a instruiu a apenas lavar e cuspir para a bacia. Ele ajudou a secura da sua boca ir embora. Sua boca estava úmida novamente.
Ela podia falar.
— Eu fui para um passeio na floresta, eu gosto de lá. Choveu no dia anterior e o chão estava escorregadio em alguns pontos. Eu conheço a floresta bem, mas quando
eu saí estava escuro. Eu assisti o pôr do sol. Lembro-me que estava vermelho e bonito. — ela deitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos. Suavemente, as lágrimas
escorriam pelo seu rosto. Dr. Leonard foi determinado, ele pediu que ela continuasse. Ela o fez, mas com os olhos fechados. — Então estava escuro quando eu voltei
para casa. Lembro-me de chegar à clareira, que é de cerca de 45 minutos a partir daqui. O sol... Quero dizer, lua, estava brilhante. Tentei voltar. Catherine tinha
um jantar esperando por mim. — suas pálpebras estavam pesadas e sua palavra desacelerou e ficou arrastada. Ela nunca se sentiu tão incrivelmente cansada, tudo o
que ela queria fazer era dormir. Por favor, Deus, ela rezou, me deixe dormir.
— Sra. Nichols, você não se lembra da volta para casa? — Dr. Leonard falou baixinho.
— Eu não me lembro. — sua decisão foi tomada. Dizer a verdade não faria nenhum bem. Na verdade, seria uma violação direta das normas do Tony. Ela não foi autorizada
a tratar de assuntos particulares. Ela tinha aprendido bem a lição. Como as suas costelas, cabeça e estômago doía, a lição foi reforçada. — Lembro-me de escorregar
na lama. Havia raízes e galhos. Estava muito escuro sob as árvores. Depois disso, eu simplesmente não sei.
— Por favor, saiba que qualquer coisa que você declare para mim é dito em confiança. Eu sou moldado por completo em sigilo médico-paciente, — ele falou baixinho.
Apesar de seu esgotamento físico, a mente de Claire era astuta. Ela sabia que cada palavra que pronunciou foi gravada e possivelmente ouvida enquanto eles falavam.
— Doutor, eu não sei o que você está me pedindo ou o que você está insinuando, mas eu não consigo lembrar o que aconteceu naquela noite. Talvez eu tenha batido minha
cabeça. — seus olhos estavam abertos e cheios de lágrimas. Sentia-se tão cansada. — Por favor, eu posso descansar? — seus olhos se fecharam e ela podia se sentir
escapar.
Claire abriu os olhos para ver Catherine segurando um copo de seu famoso iogurte batido com banana e morango. Ela disse à mulher com carinho que ela estava com medo
de beber e vomitar, como fez com a água. Catherine explicou que o médico tinha colocado um remédio em sua intravenosa. Isso iria ajudar com a dor e com o estômago.
Claire pegou o botão para se elevar, mas antes que pudesse chegar a ele, Tony fez. Sua presença a fez tremer involuntariamente. Seus olhos não estavam chocolate
escuro, ao invés disso, eles estavam derretidos. Ele gentilmente tocou seu rosto. — Você precisa ouvir Catherine. Por favor, tente beber a vitamina. Você precisa
ficar melhor, e para fazer isso, você precisa comer. — ela olhou para ele e perguntou se ele sabia sobre a sua recente conversa confidencial. Ele continuou a implorar,
— Por favor, Claire.
Ela bebeu um pouco da vitamina, em seguida, ela fechou os olhos e adormeceu.
A próxima vez que ela acordou, sua suíte estava cheia de flores. Elas estavam lindas e o aroma permeava mesmo em seus sonhos. Ao longo das próximas semanas, elas
estavam constantemente sendo substituídas. Era como se elas nunca murchassem. Elas eram feitas para fazê-la se sentir melhor, mas a lembrou da casa funerária, após
a morte de seus pais.
Ela até recebeu bons cartões e flores dos Simmonses, Millers, e Bronsons. Aparentemente, a secretária de Tony, Patrícia, havia chamado Sue para se desculpar. Claire
tinha estado tão ocupada recentemente, e com o acidente, ela não tinha sido capaz de ligar. Mas quando ela se sentisse melhor, teria essa chance. Ela fez Claire
se sentir muito melhor, mesmo sabendo que ela quase morreu, as aparências foram mantidas.
Claire foi se recuperado lentamente e gradualmente. Dr. Leonard continuou a tratá-la, chegando até a propriedade todos os dias durante a primeira semana e depois
que ela acordou. Depois disso, as visitas aumentaram de forma constante. Ele nunca questionou sua memória novamente. Ele a incentiva a se recuperar. Ele a incitava
para comer, andar e ir para fora. Ele não foi o único a empurrar. Catherine também estava empurrando. Ela insistia para Claire comer, tomar banho e fazer seu cabelo
e maquiagem.
A provocação parecia necessária. Claire poderia ter ficado deitada na cama o dia todo se eles deixassem. A única motivação que possuía era voltar para as visões
que tinha experimentado durante sua inconsciência. Infelizmente, elas não reapareceram em qualquer um dos seus sonhos.
Não era que ela se sentisse triste, ela não se sentia assim. Ela não estava com medo, e com a medicação suficiente, ela não sentia dor. Exatamente, ela não sentia
nada. Consciente ou inconscientemente, ela colocava tudo no inconsciente. Nada restava. A cada solicitação, ela obedeceu. Ela comeu. Ela caminhou com dificuldade
no início. Seus músculos perdido o tônus em apenas duas semanas. E seu peso caiu para algo que ela nunca se lembrava. Tomou banho, primeiro com a assistência e depois
por conta própria. Ela cedeu aos apelos de Catherine sobre o cabelo e maquiagem. No entanto, cada atividade a deixava cansada. Portanto, o sono se tornou uma fuga
natural e isso foi aceito.
A única pessoa que não pressionava Claire era Tony. Ele estava, no entanto, todo o dia onipresente. Catherine disse a Claire que ele não tinha deixado de ficar ao
seu lado enquanto ela estava inconsciente. Agora ele foi trabalhar, mas voltava todas as noites. Ele passou a maior parte de seu tempo na suíte de Claire, às vezes
com o seu laptop, lendo um livro, conversando, sempre disposto a ouvir, e cada noite dormindo em seu quarto. Enquanto Claire ficava na cama do hospital, ele dormia
em uma cadeira que tinha sido levada para o quarto dela. Uma vez que ela fez a transição para a sua grande cama, ele perguntou se podia dormir com ela.
Claire disse que sim, mas... Tony disse que só queria dormir perto dela. Dr. Leonard não tinha dado o sinal verde em todas as suas atividades normais. Ela sofreu
uma concussão que foi atribuída à sua inconsciência e dores de cabeça. No entanto, foram-lhe as costelas quebradas que causou o problema. Claire não podia mentir
em determinadas maneiras. Seu próprio peso causava dor intensa. Ela sabia que o peso de Tony seria uma agonia. Ela não ia supor que ela tinha uma escolha sobre o
seu local de dormir. Ela realmente não se importava desde que ela pudesse dormir. Ele não reclamou.
Cada etapa - ela saia da cama sozinha, caminhar para o banheiro sozinha, caminhar para a sala de jantar, ou ir para a um dos lugares como o quintal – era recebido
com um presente. Algumas tarefas eram simples: um livro, uma revista ou um cachecol – aparentemente na moda nesta temporada. Mas outros, como o seu primeiro jantar
na sala de jantar, foram extravagantes. A sala de jantar já havia garantido um novo colar, com três diamantes em tamanhos crescentes para representar o passado,
presente e futuro. Todo o peso do quilate tinha facilmente mais de três quilos. Era notável, mas Claire perdeu o colar de sua avó. Tinha sido uma vítima do acidente.
Ela reparou que a doação de presentes trazia prazer a Tony, então ela aceitava. Mas a jornada: passado, presente e futuro não se pareciam bem com isso. Ela sabia
que, mesmo em seu estado frágil, ela não queria nenhum desses períodos de tempo representados. A joia era tão excessiva que Claire começou a pensar nela como traje.
Isso a fez aceitar mais fácil. Ela tentou agir feliz com os presentes e a atenção. No entanto, ela se sentia como se seus olhos tinham sido desprovidos de emoção.
Não havia nada dentro dela.
Catherine sabia que Claire gostava de estar lá fora, e incentivou Tony a levá-la para o quintal. A cena não ajudava seu estado de espírito. O céu azul raramente
brilhava e o verde da primavera e o verão tinham se dissipado. As folhas se foram, as árvores estavam nuas, e do lado de fora estava cinza. Agora, tudo o que restava
era a foto preta e branca da paisagem que Claire viu quando ela chegou antes.
Um dia, enquanto caminhava do perímetro do quintal vestindo casacos quentes, ela perguntou a Tony, — Você tem alguma ideia de quando a minha dívida será paga? —
a pergunta o pegou desprevenido. Ela viu os olhos variar de intensidade, para finalmente se fixar em castanho claro.
— Minha querida Claire, a última vez que esteve em seus próprios pés, sozinha, foi apenas por um dia, veja o que aconteceu. Eu acho que você precisa de mim. Eu não
quero que você tenha mais acidentes. — e então ele acrescentou: — E você? — Claire sabia, sem dúvida, ela não queria mais acidentes.
Eles não discutem sobre o acidente. Eles discutiam sobre viagens. A ideia de deixar a propriedade era assustador para Claire. Sentia-se confiante de que ela poderia
evitar acidentes se ela ficasse onde estava. Tony disse a ela que, quando ela se sentisse melhor, ele gostaria de tê-la junto com ele enquanto ele viajava. Ele falou
sobre Chicago, Nova York, Phoenix, San Francisco, e destinos no exterior. Claire perguntou se ela precisava de um passaporte, se eles voassem em um jato particular.
Tony disse que teria Brent trabalhando nisso para conseguir um a ela.
Em um sábado, em meados de novembro, dois meses após o acidente, Claire foi tecnicamente pronunciada bem fisicamente. Ela se tornou mais forte com o tempo. Seus
hematomas haviam desaparecido, as costelas totalmente curadas, sua dor de cabeça menos frequente, e ela podia comer, embora ela não tivesse apetite. Dr. Leonard
visitou a fazenda no dia anterior e liberou de seus cuidados.
Tony decidiu que eles deveriam sair de carro. Claire não tinha deixado à propriedade ou mesmo a casa, desde o início de setembro. A ideia de entrar no carro causou
um trauma explosivo e inesperado. Naquela manhã, ela obedientemente vestiu as roupas que foram estabelecidas para ela, o que aconteceram todos os dias desde que
ela estava bem o suficiente para se vestir. O sol brilhou e a temperatura estava excepcionalmente quente. Ela antecipou para ir lá fora, mas quando Tony anunciou
que ele tinha o Lexus na frente casa, Claire entrou em pânico. Sua reação foi rápida e imprevisível. Ela começou a chorar e tremer. Ela não quer ir.
Pela primeira vez desde o acidente, Tony a empurrou. Ele não pediu, ele declarou que eles estavam indo para um carro. Foi a melhor coisa que podia fazer. Ela precisava
sair, mas Claire não conseguia pensar direito. Sentou-se nos degraus da frente e se recusou a se levantar. Finalmente, Tony pegou o braço dela. Ela reagiu com mais
violência do que ela já agiu desde a sua chegada. Seu corpo inteiro estava cheio de angústia. Tremendo, ela começou a gritar: — Eu me lembro de tudo! Eu sei a verdade!
Por favor, não me toque! — seu corpo tremia. — Te odeio! Me deixe em paz! — ele olhou para ela com descrença. Ela olhou para ele com vingança.
Seus gritos fizeram com que Catherine e Cindy viessem correndo. No momento em que elas chegaram, as palavras de Claire eram ininteligíveis, sobrepostas por soluços
e gemidos. Ela se sentou nos degraus, tremendo e segurando os joelhos. Eventualmente, seus soluços diminuíram em lágrimas fluíram livremente. Ela não falou quando
Catherine a ajudou com cuidado a se levantar e calmamente a levou até o carro.
Eles começaram a andar em silêncio. Tony não fazia nada ou dizia qualquer coisa. Ele dirigiu e deixou Claire quieta. Fazia dois meses desde o acidente. Ela não chorou
ou disse uma palavra, e de repente tudo entrou em erupção.
Dr. Leonard tinha dado a sua autorização. Tony tinha sido paciente. Claire sabia o que ele queria dela e ela estava petrificada de estar com ele novamente. Ele os
levou para um prado. Ela nunca tinha estado lá antes, ou mesmo visto. Era muito isolado. O choro de Claire diminuiu. Tony ternamente a ajudou a sair do carro, e
ao mesmo tempo segurando a mão dela, ele finalmente ofereceu suas desculpas. — Claire, eu sinto muito.
Ela olhou para os seus olhos, eles estavam castanho claro. — Você está arrependido? Esta triste pelo o que você fez?
Seu tom era arrependido e sincero. — Eu sinto muito por seu acidente. — ela não respondeu e desviou o olhar de seus olhos. Ele continuou: — Sim, eu admito que o
que aconteceu na noite de seu acidente fui eu. Eu admito que perdi o controle, algo que não costuma acontecer. Eu admito que eu me sinto terrível, e Catherine me
fez sentir pior. Eu admito que eu estava além de furioso com você e o artigo de Meredith Banks. Eu não estava pensando direito. — seus olhos estavam ficando mais
escuros. — Eu confiei em você. Eu acreditei que você não iria trair minha confiança e depois... E eu faria qualquer coisa para ter essa noite de volta e não fazer
o que fiz.
Eles estavam no carro, mas não se tocaram. A brisa agitava delicadamente a grama alta, soprando as mechas de cabelo para o seu rosto, e encheu seus pulmões com o
cheiro do inverno iminente. Claire viu sua expressão enquanto ele falava. Fazia tanto tempo que não tinha sentido nada. De repente, ela lutou contra a rápida mistura
de emoções que se mexeu dentro dela.
Tony observou quando seus olhos, que tinham sido maçantes e mortos, continham uma pequena faísca. — Tony, eu me lembro. Eu me lembro de o que estava fazendo e dizendo.
Eu me lembro de você dizendo que eu teria que ficar sozinha por um tempo para pensar sobre quem falar e com quem não falar. — Tony acenou com a cabeça. Ele disse
isso. Os olhos de Claire se encheram de lágrimas e seu peito se encheu de medo, mas ela tinha que saber. — Será que ainda tem mais?
Ele estendeu a mão para agarrar seus ombros. Ele pretendia ser gentil, mas Claire recuou, tropeçou e caiu no chão. Seus olhos estavam suaves, mas lembrava da fúria.
Ela não sabia o que pensar ou sentir. Não sentir era muito mais fácil. Confusão, apreensão, raiva e medo todos apareciam em seus olhos. Ele a seguiu até o chão.
— Claire, por favor, pare. — ele se ajoelhou ao lado dela. — Não, isso não está vindo. Eu não acho que você precisa de mais lembretes sobre como se comportar, não
é? — ela disse que não, ela não precisava. — Claire, eu posso tocar em você, por favor?
Ela começou a tremer novamente. Soluço ressoou em seu peito. Sua voz ainda era suave, mas firme. — Você sabe que eu não preciso de sua permissão para tocá-la. Eu
não preciso de sua permissão para fazer qualquer coisa. — os olhos de Claire se fecharam. Ela tentou engolir os soluços. Ela assentiu com a cabeça que sim. Ela sabia
muito bem que a permissão dela não era necessária. — Mas eu gostaria de ter. Por favor, posso ter o seu consentimento?
Ela se preparou e abriu os olhos. Ela olhou para ele e em seus olhos castanhos. Ela fechou os olhos novamente e disse: — Tudo bem.
Ele foi para ao seu lado, sentando no chão frio e duro, e suavemente colocou seu braço ao redor dela. Ele podia sentir a tensão. Ele gentilmente se abaixou e beijou
seus lábios com ternura, escovando levemente seus lábios nos dela. Ela não recuou. Ele podia cheirar seu cabelo que fundia na brisa. Ele se lembrou de flores. —
Eu já te disse o quanto eu gosto das cores de seu cabelo? — ela balançou a cabeça negativamente. Ele levemente acariciou seus cabelos. — Eu acho que você é incrível.
Você é tão forte e resistente. Eu não mereço seu perdão pelo que eu fiz, mas você merece me ouvir pedir. — ela não queria olhar para ele. Suas emoções eram muito
cruas. Ela queria poder perdoar.
Ele não a tocou, em vez disso ele se mudou para frente dela para que eles se olhassem olhos nos olhos. — Claire, eu sinto muito que eu te machuquei. — ela sentiu
as lágrimas enquanto tentava manter o contato visual. Ele gentilmente pegou suas mãos. — Eu peço que um dia você possa considerar me perdoar. — ele beijou as mãos.
Quando ela olhou em seus olhos, ela viu a tristeza e o remorso. O turbilhão de emoções que havia, tanta violência que tinha se irrompido, já se encontrava em seu
peito. Ela queria que a tristeza fosse embora. Ele tinha sido tão paciente. Ele estava sendo tão carinhoso. Ela não iria perdoá-lo, mas ela começou a responder aos
seus avanços. Tudo começou com o beijo, ele a beijou e ela começou a beijá-lo. Então, ela sentiu suas mãos, quando ele acariciou seus braços e ombros. Tony se encheu
de emoção, mas ele não se apressou ou pressionou. Ele ficou compassivo e carinhoso.
— Tony, estou com medo.
— Eu prometo que vou ser gentil. — por alguma razão, ela acreditou nele.
— Por favor, podemos ir para casa para uma boa cama macia? — ele calmamente se levantou e ajudou Claire a se levantar. Ela pegou a mão que ele ofereceu. Eles caminharam
de volta para o carro, desta vez ela entrou voluntariamente.
Quando eles dirigiram até a casa, Claire se inclinou. — Eu realmente quero isso. Mas por favor, seja gentil. — ele estacionou o carro, deu a volta até a porta e
a ajudou-a sair do carro. Subiram de mãos dadas em frente, onde horas antes ela havia sido histérica. Quando ele abriu a porta, ele pegou Claire em seus braços,
e em vez de ir até sua suíte, a levou para o seu quarto. Enquanto ele a abraçou, ela fechou os olhos e friccionou seu pescoço. O aroma de sua pele e colônia a intoxicava.
Ela nunca, em todo o tempo que ela esteve lá, esteve em seu quarto. Era grande, quase real. As paredes estavam cobertas com painéis de cerejeira e ornamentadas em
carpintaria. Uma parede foi coberta com uma tela grande enquadrada como uma imagem, como a de seu escritório. Sua cama era enorme, alta e maior do que uma king-size
normal. Havia escada para chegar a altura do colchão.
Ele gentilmente a colocou em sua cama. Ela viu quando ele tirou lentamente os sapatos. Então ele desabotoou e carinhosamente tirou o casaco, blusa e calça jeans.
Ele tirou suas próprias roupas enquanto ela observa todos os seus movimentos. Ele era lindo, e seus movimentos eram lentos e sensuais. Ele a beijou suavemente, fazendo-a
deitar-se. Ela olhou para o belo teto ornamentado. Ela sentiu seus lábios se moverem para baixo de seu corpo. Ficaram no pescoço, no peito, parando para lamber e
chupar o mamilo. As costas de Claire se arquearam e ela apertou os seios para Tony. Ele continuou a tocar seu corpo quente, o gosto de sua pele, e inalando o cheiro
dela.
Ela não tinha percebido isso antes desse momento, mas depois de experimentar orgasmos diariamente, sentindo o vazio dos últimos dois meses a tinham deixado desejosa.
Seu corpo estava agora vivo, em alerta máximo, e cada nervo foi ligado. Ele acariciou seus seios e delicadamente torceu seus mamilos. Ela gemeu em êxtase. Ele parou.
— Eu machuquei você? Sinto muito. Você quer que eu pare?
Ela implorou: — Não, Deus não. Por favor, não pare.
Ele permitiu que seus lábios se deslocassem para seus seios, seu estômago plano e sobre os quadris salientes. Ele carinhosamente abriu as pernas e beijou suas coxas.
Ela temia que ela fosse explodir antes que ele chegasse ao seu destino. Em seguida, a língua carinhosamente despertou seus desejos. Ele satisfez todas as necessidades
que ela tinha e que ela mesma tinha esquecido. Ele se moveu lentamente e deliberadamente, sensual e romântico, compassivo e amoroso.
Ele tinha sido paciente e cheio de remorsos. Agora é a sua vez de experimentar uma consequência favorável. Seu prazer veio por satisfazê-la. Suas ações levaram tudo
embora. E agora suas ações trouxe tudo de volta e muito mais.
Nada é mais comum na terra do que
para enganar e ser enganado.
-Johann G. Seume
Capítulo vinte e dois
O cinzeiro transbordou com pontas de cigarro. Samuel Rawls e Jared Clawson sentaram-se, enquanto Nathaniel Rawls seguia o ritmo. A grande mesa de conferências mal
polida era visível por conta baixo da magnitude de papéis. Os trabalhadores não trabalhavam a partir do escritório de Nova Jersey acima da fábrica de tecidos, como
fizeram há cinco anos. Em vez disso, a vista da mesa de conferência ou grande mesa de mogno é agora a de Cedar Street, no coração do distrito financeiro de Manhattan.
— A empresa Rawls está subindo de cinco a oito pontos após a negociação pesada. Os rumores que circularam hoje sobre o relatório trimestral ajudou com esse aumento,
— disse Clawson quando ele se inclinou para trás na cadeira de couro confortável, ajustando o paletó.
A música de Nathaniel tocava em torno do grande escritório enquanto espiava a NYSE12 e estava circulando na mesa para ver as grandes telas de computador que transmitiam
a maioria de informações. Exalando uma grande nuvem cinza, ele fez a pergunta que estava pesadamente na mente dele e Samuel: — Mas o que acontece quando se descobre
que os rumores e a realidade são diferentes?
— Merda no ventilador. — Clawson sorriu. — Então, não conte a ninguém.
Samuel coçou sua cabeça latejante. — O que quer dizer com não conte a ninguém? O relatório de lucros trimestrais será lançado amanhã. Os investidores vão descobrir
que o nosso capital é baixo. Essa última série de investimento foi dizimado em milhão.
— Os números são coisas engraçadas. Eu tenho uma cópia aqui de um relatório alternativo. Os números são todos legítimos, mas a informação é escrita com um ponto
de vista mais positivo. — Clawson distribuiu o relatório. A sala estava cheia de silêncio desconfortável enquanto os dois homens da Rawls liam o novo relatório.
— Onde está o relatório original? — Nathaniel gritou. Imediatamente, Clawson puxou as páginas solicitadas da mesa desordenada. O Rawls mais velho levou os dois relatórios
e sentou-se pesadamente em sua mesa. Página por página, ele comparou os dados. Samuel e Clawson observava enquanto a ponta dos lábios de Nathaniel se mexia do sul
para o norte. O telefone tocou, quebrando o silêncio. Em vez de responder, Nathaniel apertou o botão do interfone. — Connie, eu disse sem ligação!
A voz da caixa falou em tom de desculpa: — Eu sinto muito, Sr. Rawls. É a sua linha pessoal. Eu vou cuidar disso. — imediatamente, o toque parou.
A visão do sorriso de Nathaniel teve efeitos diferentes. Clawson retomou sua posição e inclinou-se para trás e acendeu outro cigarro. Samuel se inclinou para frente
e segurou a cabeça entre as mãos. Confrontando seu pai na frente de Clawson não era uma boa ideia, mas tinha que ser feito. Toda essa maldita coisa estava ficando
fora de controle.
É difícil saber em que momento começa o amor;
é menos difícil saber que já começou.
-Henry Wadsworth Longfellow
Capítulo vinte e três
Sua cabeça descansava em seu braço enquanto ouvia a respiração dela e a assisti-a dormir. A discussão em sua cabeça tinha durado horas. Sentindo seu calor, inalando
o cheiro dela, e querendo saborear seus lábios... A voz do amor prevalecia.
Claire flutuava naquele lugar antes da consciência, tendo dificuldade em distinguir a realidade da fantasia, sem saber o que ela estava sentindo. A epifania veio
na realização, estava... sentindo. Fazia tanto tempo que não sentia nada. Ela estava se sentindo quente, bem, segura. Sua mente tentou convencê-la que era um sonho,
mas lembrou-se de se sentir assim antes de adormecer. Ela questionou a si mesma, isso é verdade? Sua pele macia rolou sobre os lençóis de seda, sentiu irradiando
calor. Hesitante, ela abriu os olhos lentamente. Bem na sua frente, perto o suficiente para tocar, estava o peito largo de Tony. Mais uma vez, as perguntas. Ele
está realmente aqui? Ele geralmente sai de sua cama antes dela acordar. Por que ele ainda estava aqui? Então, quando Claire rolou para trás e viu o belo teto ornamentado,
ela se perguntou: Onde eu estou? Este não é o meu quarto.
Com um tom estridente e rico, ele a cumprimentou: — Bom dia, Claire. — seu sorriso revelou o vencedor de seu monólogo interno; adoração e amor mostraram-se completamente.
Ele se inclinou para beijar sua cabeça.
— Bom dia, o que você ainda está fazendo na cama? — o quarto estava muito escuro. — Ou é cedo? Está tão escuro. — os olhos dele a observavam.
— Estava assistindo você dormir. — ele deslizou o braço sob suas costas, colocando a cabeça em seu ombro. Seu aroma foi emocionante. Seu ombro forte e duro faziam
um travesseiro perfeito com o braço suavemente cercado pelo seu corpo quente.
— Por que você faria isso? Preciso de um banho e, provavelmente, estou horrível. — ela escondeu o rosto em seu peito, permitindo que seus cabelos escondessem suas
bochechas. Ela respirou fundo.
Ele pegou o queixo e virou o rosto dela para o dele, beijando suavemente seus lábios. — Tenho assistido você, porque você é tão bonita. Seu rosto é perfeito. — Claire
tentou desviar o olhar de seus olhos. Eles eram leves, honestos e reais. A candura a fez desconfortável. — Por favor, não desvie o olhar. Eu vejo você agora e penso
sobre como o seu rosto parecia, o quanto eu fiz para você. Eu não vou continuar trazendo com isso, mas eu quero que você saiba o quanto eu me arrependo. E o quão
incrível eu acho que você é. Você passou por tanta coisa. Eu não quero que nada assim aconteça novamente.
Ela não conseguia parar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Ela queria esconder o rosto, mas ele segurou-lhe o queixo com firmeza. — Tony, estou feliz em saber
que você está arrependido. Lamento muito. — ele soltou o queixo dela, mas ela continuou a observá-lo enquanto falava. — Eu sinto muito sobre Meredith. Eu realmente
não disse nada a ela. Ela se aproximou e me reconheceu. Como diz o artigo, nós éramos irmãs da fraternidade. Eu nunca suspeitei que ela fosse uma repórter. Ela perguntou
se poderia se juntar a mim. Eu não queria, eu pensei sobre suas regras, mas depois pensei sobre aparências e eu decidi que dizer a ela não, porque seria rude. Sinto
que tomei a decisão errada.
Ele rolou de costas. A pele de seu peito pressionava contra seus seios nus. Olhando para o seu rosto, ela viu seus olhos escurecerem apenas ligeiramente. Suas feições
pareciam os de um modelo, maçãs do rosto proeminentes e linha da mandíbula forte. Seu olhar passou por uma eternidade antes que ele finalmente falou. — Eu não posso
prometer que nunca vou ficar chateado. Eu provavelmente posso prometer que vou. No entanto, eu prometo que farei o meu melhor para não machucá-la assim novamente.
Mas eu preciso de algo de você.
Ela assumiu que envolvia gratificação e ela não se importava. — O que você quer que eu faça?
— Eu quero que você me faça uma promessa. — Claire ergueu as sobrancelhas, como se instigasse ele para continuar. — A promessa de que você vai fazer o seu melhor
para seguir as minhas regras, que você vai fazer o seu melhor para ter que nunca te machuque novamente.
— Tony, eu prometo que farei o meu melhor para fazer você se sentir orgulhoso. E eu aceito suas desculpas. Você não precisa mais pedir desculpas.
Olhando para a sua expressão, ela leu uma mistura de emoções: gratidão, adoração e alívio. — Eu já te disse o quão incrível você é? Eu vi você e Dr. Leonard cinquenta
vezes. Você estava com tanta dor. Deus, até mesmo a água a deixou doente. No entanto, você era perfeita e me fez tão orgulhoso. Eu ouvia suas respostas mais e mais.
Eu entendo sua preocupação. Nossa história não se sustenta. Eu estava tão preocupado com você, deitada no chão e eu não podia fazê-la a acordar. Eu tive que solicitar
ajuda médica. Eu estava chateado com o que eu pensei que você tinha feito. Quanto mais tempo eu esperava por você chegar em casa naquela noite, mais eu me sentia
traído, perdi o controle. — Claire viu tal honestidade em seus olhos. Era como uma janela que expôs sua alma, que ela não achava que ele tinha permitido que muitas
pessoas vissem. — Quando você parou de se mover, percebi o que aconteceu e fiquei mais chateado com o que eu tinha feito. De repente, pedir ajuda era mais importante
do que as aparências. — ele gentilmente alisou o cabelo. — Você teve a chance de contar a alguém sobre mim e o que eu fiz. Eu merecia isso e muito mais. Mas não,
até mesmo na sua condição você foi perfeita.
Ele baixou o rosto em sua clavícula. Ela podia sentir a barba áspera em sua pele. — Eu não mereço seu perdão, mas... — olhando novamente em seus olhos cor de esmeralda,
— Obrigado por dar a mim.
Ele começou a beijá-la. Seu corpo respondeu, mas sua mente pensou sobre as câmeras de vigilância. Ela sabia que elas estavam lá. Esquece. Ela tinha muita coisa para
arrumar. Ela precisava de espaços maiores.
Ela podia sentir a sua dureza em sua perna. Ele beijou seu caminho até o pescoço e para sua clavícula, os seios pressionados para cima na expectativa de sua boca.
Seus mamilos endurecidos quando os lábios dele levemente escovaram suas pontas. Ela tentou suprimir seus desejos aquecidos. Era a sua vez de pedir um favor. — Tony,
enquanto nós estamos pedindo coisas, posso ter uma coisa de você?
— Eu tenho uma coisa para você agora, — disse ele entre beijos e avançando seu caminho por seu corpo, movendo suavemente as pernas dela.
— E eu quero isso. — Claire sorriu quando ela levantou a cabeça para pegar seus olhos. — Mas, primeiro, eu posso ter uma promessa? — Tony subiu, beijou-lhe os lábios,
e perguntou o que ela queria que ele prometesse. — Você estava certo, não havia dor. Mas o que me perseguiu durante dois meses era a ameaça de que você me trancasse
na minha suíte. Por favor, não use a minha honestidade contra mim. Eu não quero ser trancada sozinha novamente. Era insuportável. Eu sei que você não tem que fazer,
mas eu estou pedindo para você... Por favor, me prometa que você nunca vai fazer isso comigo de novo.
— Claire, eu prometo que não vou trancá-la em sua suíte novamente. E se cada um de nós cumprimos com as nossas promessas, mantê-las, será mais fácil.
— Obrigada, — ela suspirou, sua promessa removeu um peso tremendo. Seu corpo ansiava. — Agora o que você disse sobre ter alguma coisa para mim? — ele olhou para
o seu sorriso. Era real, estendendo-se até seus brilhantes olhos verdes e isso era para ele. Ele sorriu de volta, um pouco mais travesso dessa vez.
O café da manhã foi servido na suíte de Tony. Eles comeram com os cabelos molhados enquanto estavam envoltos em vestes brancas macias e grossas. O apetite de Claire
voltou como uma vingança. Ela comeu ovos, bacon de peru, torradas e frutas. Ela até pensou em batatas fritas. Ela decidiu que talvez ela devesse dizer a Catherine
que gostava de batatas fritas.
A voz de Tony tomou a atenção de Claire longe de sua comida. — Eu tenho uma confissão. Eu acho que sou um exemplo de minha própria regra. — Claire disse a ele que
não sabia o que ele queria dizer. Ele explicou que, embora ele esteja emocionado com o resultado da caminhada de ontem, esse não tinha sido o seu objetivo.
Claire sorriu e respondeu: — Bem, aparências, — ela olhou para o seu cabelo molhado e vestes, — Diria de forma diferente. — Ela usou seu dedo para esfregar de cima
a baixo em sua perna. — Estou feliz com o resultado também. Mas qual era seu objetivo?
Ele disse que era simplesmente para fazer com que ela saísse da propriedade para ir a algum lugar. Ele queria levá-la para longe antes que eles precisassem ir a
algum lugar. Claire refletiu sobre as últimas vinte e quatro horas. Ok, ele fez isso também. — Por quê? Quando precisaremos ir a algum lugar? E onde precisamos ir?
— Se continuar assim, vamos nos atrasar. — a voz de Tony não parecia preocupado. Ele olhou para o relógio ao lado da cama, onze e dezessete. — Bem, nós devemos estar
em Brent e Courtney para o jantar às três e meia da tarde.
Claire fez um pouco de matemática em sua cabeça, eles tinham quatro horas. — Eu realmente prefiro ficar aqui, mas eu suspeito que eu não tenha escolha. Quantas pessoas
vão estar lá?
Tony confirmou que ela estava correta. Eles estavam indo e que seriam apenas quatro deles. Courtney tinha falado para Tony para trazer Clair desde o início de outubro.
Eles mandaram flores e cartões, eles devem ter conhecimento do seu acidente. Claire gostava de Courtney, Tony obviamente confiava neles. Ela poderia fazer isso.
Enquanto pensava sobre os Simmonses e voltava para o café da manhã, o dedo do pé foi interrompido em sua exploração e levantou. Ela seguiu a sensação e encontrou
Tony no chão, segurando seu pé. Ele lentamente colocou o dedo em sua boca e começou a chupar.
Ele observou a reação dela quando seu cérebro esqueceu do café da manhã e jantar iminente. O ligeiro suspiro que escapou de seus lábios o fez sorrir. Ela imediatamente
sentia a sensação em seu dedo do pé inflamar e pulsar em outro lugar. Seus lábios se moviam de seu dedo do pé para pé, tornozelo e perna. Ele abriu o roupão e a
puxou para si. O corpo de Claire vibrou em antecipação. Muito cedo, os lábios talentosos e língua deram-lhe emoções inimagináveis.
Encontrando o caminho de volta para sua cama, Tony apoiou-se acima de seu corpo magro, florescendo. Com uma voz rouca, ele perguntou, — Claire, o que você quer?
— ela olhou em seus olhos novamente, ainda tão leves e reais. Ele nunca perguntou o que ela queria. Ele beijou seu pescoço, suas costas arquearam e apertaram contra
ele. — Eu quero ouvi-la, sem forçar, sem sentidos. O que você quer? — seus desejos eram claros e estava esfregando em toda sua coxa.
— Eu quero você.
Isso não era suficiente, Tony queria ouvir mais. — Me diga o que você quer. Eu preciso saber que você quer isso tanto quanto eu.
— Oh Deus, Tony, eu quero você. Eu quero você dentro de mim. — o corpo dela estava à beira da explosão. — Por favor. Por favor, me tome. — ela fechou os olhos quando
ele fez o que ela pediu. Agarrando seus ombros, ela queria cada pedacinho dele, cada centímetro, e agora que ele estava lá, ela perdeu o controle. Seu corpo respondeu
a todos os seus movimentos; sem consciência, apenas desejo carnal. Mais de uma vez ele provocou convulsões surpreendentes. Não havia dúvida que isto foi consensual.
Claire estava recebendo o que ela pediu e queria.
Tony os levou para os Simmonses. Desta vez, eles foram com o Mercedes. Era sempre um grande passeio na parte de trás quando Eric dirigia, mas era ainda melhor a
partir do assento do passageiro, suave e silencioso. Tony sintonizou na rádio por satélite em uma estação de música clássica. O carro quente, música suave, e o bom
passeio quase fez Claire cochilar. Sua energia não estava em seu nível pré-acidente, e seus olhos começaram a se fechar. Catherine disse a ela uma vez para não forçar
o cansaço, mas ela não estava atuando. Tony havia notado. — Está tudo certo. Por que você não vai ao banco de trás e eu vou acordá-la quando chegarmos? — ela fez.
Eles tiveram um bom tempo com Brent e Courtney. Courtney disse a Claire mil vezes que ela precisava ganhar algum peso. O acidente infeliz na floresta tinha deixado
ela muito magra, mas ela rapidamente acrescentou que ela ainda estava linda. Após o delicioso jantar, se retiraram para o nível mais baixo, os Vikings e os Packers
estavam jogando. Aparentemente, Brent e Tony eram fãs dos Vikings. Claire perguntou como ela não sabia disso.
Enquanto assistiam ao jogo e discutiram com a televisão, Claire e Courtney conversavam. Foi bom falar com alguém. Courtney fez Claire se sentir quente e segura.
Ela não se intrometeu, mas queria saber sobre o acidente e recuperação de Claire. Aparentemente, Brent tinha dito a ela quão chateado Tony estava. Ele não podia
acreditar que algo assim poderia acontecer em sua terra. Será que ele nunca descobriu se alguém tinha estado na floresta?
O jogo de futebol não saiu como os homens queriam. Todos bebiam vinho tinto e jogavam cartas. Claire não tinha jogado um jogo em muito tempo. Foi realmente agradável.
Eles saíram da casa dos Simmonses depois das onze. Courtney abraçou Claire: — Prometa comer. — Claire assentiu. — Estamos tão felizes que você esteja se sentindo
melhor.
No caminho para casa, Tony elogiou Claire por tudo que ela fez e disse. Ele também informou que ele precisava estar em Nova York na semana seguinte. Cabia a ela
se ela se juntasse a ele. No entanto, ela percebeu que quinta-feira da próxima semana era de Ação de Graças. Ele não podia prometer que estaria de volta. Ele poderia
ter de ficar até sexta-feira. Ele gostaria que ela se juntasse a ele a essa altura. Claire sabia que a terapia intensa dos últimos dois dias tinha ajudado a revitalizá-la.
— Eu posso precisar de cochilos, mas eu quero ir.
Durante a semana, entre os Simmonses e Nova York, Claire tinha feito progressos em sua recuperação. Era como se um véu negro tivesse sido levantado. Durante semanas,
até meses, o mundo inteiro estava cinza. A liberação de emoções reprimidas e a promessa de Tony retirou o véu. As árvores ainda estavam sem folhas e grama ainda
não tinha cor, mas o mundo estava novamente vivo.
Em vez de dormir para obter energia, Claire começou a se mover. Primeiro, ela andava pela casa, então nadou na piscina e no ofurô. Ela até se aventurou na sala de
TV e obrigou-se a assistir a um filme. Era um musical, ‘Hairspray’ com John Travolta. Ela sorriu. Foi a sua primeira viagem para a sala de tv desde que Tony tinha
levado ela lá.
Na segunda-feira, voaram para Nova York, ela viu o céu escurecer enquanto se dirigiam para o leste. Eric os levou diretamente para o apartamento de Tony, e Jan esperou
sua chegada com jantar. Do ponto de vista espetacular do septuagésimo sexto andar, a cidade vibrantemente brilhava com luzes e atividade. Eles comeram na sala de
jantar e viram os carros pequenos dirigindo nas ruas pouco movimentadas muito abaixo.
Naquela noite, exausta da viagem, eles se estabeleceram na cama de Tony e ele entregou uma caixa de veludo preto para Claire. Seus ombros caíram. — Tony, por favor,
pare. Sem mais caixas pretas de veludo. Tenho muitas joias. Eu amo tudo isso, mas eu não preciso disso. Eu me sinto mal sobre você gastar todo esse dinheiro comigo.
— Bem, em primeiro lugar, se você não notou, dinheiro não é um problema. E qual o ponto positivo em ter dinheiro se não comprar as coisas que eu quero? Além disso,
este é um presente especial. — Claire ergueu as sobrancelhas.
Ele continuou: — De alguma forma, com tudo o que aconteceu nos últimos dois meses, fiz um terrível engano. — Claire temia que ele estivesse falando sobre o acidente
novamente. — Eu percebi isso quando eu estava com a sua identidade e cartão de crédito.
Agora ela sabia o que ele queria dizer. Ele tinha perdido seu aniversário. — Está tudo bem. Recebi muitos presentes ultimamente. — ela tentou dar a caixa de volta
para ele.
— Não, — ele declarou com firmeza. — Não está tudo bem. Você fez aniversário, seu vigésimo sétimo, em 17 de outubro — ele ainda firmemente e carinhosamente segurou
suas mãos com a caixa em si, enquanto seu tom era suave. — Os outros presentes foram por causa de suas realizações. — e a sua culpa, Claire queria acrescentar. —
Este é para o seu aniversário. — ela olhou desesperadamente para a caixa. Ele continuou: — Ok, eu sou um pão-duro. — e com um sorriso brincalhão, — Estou te dando
a mesma coisa de novo.
Olhando para a caixa, Claire ponderou as possibilidades de seu presente. Os olhos dela se arregalaram. Ela levantou a tampa de veludo para revelar o colar de sua
avó. Parecia perfeito, absolutamente nenhuma evidência do acidente que ele tinha sofrido. Ela sorriu para Tony, fechou a caixa, e o colocou no criado mudo.
Lançando-se perto dele, descansando a cabeça em seu peito, seus olhos verdes brilhavam com a umidade. — Eu acho que você está fazendo um grande trabalho de me seduzir
para se sentir melhor. Às vezes me pergunto como eu cheguei aqui. — o cansaço fez sua cabeça cair. Ela fechou os olhos, a umidade escapando enquanto as lágrimas
caiam no peito de Tony. Seus escudos estavam abaixados e máscara se foi. — Eu sei que estou aqui por causa da minha dívida. Às vezes eu me sinto assim, mas outras
vezes você me faz sentir especial. — ela se aninhou em seu lado quente. Sua palavra desacelerou, sua fadiga foi predominante. — Eu não sei mais se você está me usando
ou se você se importa comigo. Eu sei o que eu espero.
Ele a ouvia. Suas palavras corriam juntas, mas ela continuou, — Eu quero que você saiba que não começou dessa forma, mas, Tony, eu estou disposta a fazer o que você
pedir, não por causa da minha dívida, mas porque eu quero que você seja feliz. — ela não podia dar a ele presentes em caixas de veludo preto. Ela só podia dar-se.
Ele beijou o cabelo dela, saboreando o cheiro dela misturado com o cabelo e perfume. Ele segurou seu corpo mole contra o seu. — Obrigado por me fazer feliz. — acariciando
seu ombro sedoso, ele a queria, toda ela.
— Obrigada por concertar o meu colar também. — ela adormeceu com a cabeça em seu peito, sua respiração rítmica e regular.
— Deus me ajude, eu me importo com você. — gentilmente abraçando-a contra seu peito, ele carinhosamente moveu seu cabelo longe de seu rosto angelical. Ao vê-la dormir,
tranquila e confiante, seus pensamentos de acordá-la para os seus desejos foram rapidamente substituídos. Ele a abraçou, fechou os olhos, e se juntou a ela no sono.
Amor consola como a luz do sol depois da chuva.
- William Shakespeare
Capítulo vinte e quatro
Terça-feira fervilhava de atividades. Tony saiu mais cedo para as reuniões. Eric, o motorista, levou Claire para um compromisso no SPA para um tratamento. Durante
dois meses desde sua última consulta, ela mal se aventurara fora. Ela precisava de sol e manter seu cabelo loiro. O sol não ia acontecer, mas o cabelo podia.
Claire concordou em fazer cabelo e manicure, mas se recusou a outros serviços. A ideia de ter uma massagem, alguém a tocando, a deixava muito desconfortável. Depois
Eric a levou de volta para o apartamento, onde ela descansou até que Tony voltou à noite. Ele disse a ela que tinha planos para a noite seguinte. Ele também perguntou
se ela foi às compras. Ela não tinha ido. Sua cabeça doía, e estava muito cansada. As respostas não o agradaram, mas ele não reclamou ou discutiu.
Quarta-feira no final da tarde, Claire se preparava para os seus planos. Ela não sabia o que eram ou para onde estava indo, apenas que deveria estar pronta às cinco
horas. Na noite anterior, Tony olhou no armário para inspecionar as roupas que Catherine tinha embalado. Depois de apenas uma breve análise, Tony anunciou que nada
do que ela tinha trazido servia para seus planos. Ele queria que ela vestisse algo especial, algo que ela escolhesse, e tudo novo.
Levou a maior parte do dia. Ela saiu do apartamento no início da manhã e visitou Manhattan, Soho, e o Upper East Side. Todo seu trabalho valeu a pena, ela tinha
feito isso. Na verdade, ela tinha escolhido a sua roupa nova e mais algumas coisas. Devido ao acidente, seu corpo estava mais magro e ela decidiu comprar algumas
calças novas, jeans e blusas. Ela se recusou a sequer calcular o total de suas despesas. Tony saberia com um clique do seu computador, mas ela não queria saber.
Ele gostava dela gastando dinheiro. Com Eric disponível para receber seus pacotes, foi ficando mais fácil fazer compras.
Seu novo traje consistia de um vestido de um ombro só de crepe de seda preto com uma sobreposição de mangas compridas de uma pequena boutique elegante no Soho. As
peças da Valentino eram uma combinação perfeita de Nordstrom, e a bolsa de ombro e um longo casaco de lã da Kate Spade veio do Saks. Devido à temperatura fria de
novembro, o vendedor recomendado meias. Quando eles a mostraram a enorme bota de cano alto, ela sabia que tinha com sucesso seguido as regras de Tony e cobria as
pernas ao mesmo tempo. Dos itens extras que encontrou, seu favorito era um capuz cashmere, rosa empoeirado e incrivelmente suave. Seria perfeito para aconchegar-se
em casa com um livro em um dia frio de inverno.
Algo sobre o pensamento de que casa significa a casa de Tony deixo Claire perplexa. Ela decidiu que era o que era. Como ele tinha notado, suas ações em Chicago resultaram
em consequências e precisava disso para impedi-la de ter mais acidentes. Não foi motivo de debate. Ela também sabia que as coisas poderiam ser consideravelmente
piores do que aconchegar com um livro junto à lareira em sua suíte em seu moletom com capuz caxemira e alguns confortáveis jeans. Ela fez o seu melhor para se acostumar
a isso. Ficar perto do fogo, com um livro e de moletom com capuz seria muito mais agradável.
Tony entrou no quarto, ela usava um robe de seda preto e trabalhava em seu cabelo. Ela sabia que durante a sua recuperação, ele apenas visitava seus escritórios
distritais via Internet. Ele enviou Timóteo para fazer algumas das suas ordens, mas a sua presença teve mais influência. Algumas coisas precisam ser tratadas em
pessoa. Se seu humor era qualquer indicação, os negócios estavam indo bem.
Ele veio por trás dela e beijou seu pescoço, acendendo um fogo imediato dentro de sua alma. Seu dia ocupado permitia apenas uma soneca, mas seu beijo provocou-lhe
e a deixou alerta. Seu cabelo estava preso e ela estava os enrolando nas pontas.
— Boa noite, Claire. Eu vejo que você foi bem sucedida com seus esforços comerciais hoje? — felizmente ela informou a ele que ela tinha feito muito bem, até mesmo
encontrou alguns itens extras. Seu sorriso mostrou a sua aprovação. — Eu não posso esperar para ver o conjunto de hoje à noite.
Ele foi até o closet para se preparar para o seu banho. Completamente nu e pronto para entrar na água fumegante, ele fez uma pausa para acariciar a pele de Claire.
Chegando ao seu redor, ele trabalhou as mãos sob seu manto frágil. — Você acha que se juntar a mim no chuveiro seria prejudicial para o seu cabelo e maquiagem? —ele
acariciou seu pescoço.
Ela podia sentir seu perfume inebriante. A pequena barba de seu queixo disparou arrepios em seus braços e pernas. — Eu acho que sim. — sua voz ressoou de forma pouco
convincente.
— Então, talvez devêssemos planejar para outra hora? — suas mãos não condiziam com suas palavras.
— Ou... Poderíamos adiar seus planos? — os olhos de Claire estavam fechados, a cabeça inclinada contra o peito dele, e as mãos massageavam seus braços fortes. Ela
se virou para encará-lo. Ele estava visivelmente feliz por estar perto dela.
Sua voz grave e baixa, ele disse, — Oh Deus, eu quero, mas não temos tempo de sobra para isso. Hoje à noite eu tenho planos especiais para você. — ele gentilmente
se afastou dela. — E até agora você parece incrível. Eu acredito que eu gosto da sua roupa agora melhor do que aquela que você comprou.
Claire deu um sorriso modesto acompanhado por bochechas coradas. Ele tinha tirado o manto. — É novembro. Eu acredito que pode ficar frio enquanto nós caminhamos
pelas ruas de Nova York, — sua voz refletia a jovialidade de Tony.
— Talvez, mas se eu tiver alguma coisa a ver com isso, o frio não é o que você estaria sentindo. — ele saiu para o chuveiro. Surpreendia-lhe como ele poderia virar
uma chave que imediatamente enviava seu corpo inteiro em caos. Ela se concentrou na respiração, substituiu o seu manto, e voltou para o seu cabelo. Sua mente, no
entanto, estava no quarto ao lado, pensando na ducha de vapor de Tony e espuma de sabão escorregadio.
Claire usava as meias e se vestia quando Tony entrou novamente no quarto. Seu olhar permanecia sobre ela. — Eu acho que você está deslumbrante. — sua expressão não
estava em completo acordo. Ele se aproximou dela e levantou a bainha de seu vestido, apenas o suficiente para expor a roupa íntima. Seu sorriso se ampliou. — Meu!
Qual será o próximo? Muito bom. — ele beijou levemente seus lábios. Claire sorriu. Ele era tão previsível; bem, às vezes.
No momento em que chegaram às portas da frente do prédio, Eric tinha a quente limusine pronta. Uma vez na parte de trás do carro, Claire perguntou a Tony sobre seus
planos. Ele só relevou que a primeira parada era um jantar. O ar fresco da noite fria formou cristais nas janelas da limusine, fazendo com que as luzes da cidade
brilhassem. Elas pareciam piscar ritmicamente com intensidade, imitando o barulho de música vindo dos alto-falantes da cabine.
Não demorou muito, considerando o tráfego, para chegar ao seu destino, o Crown Plaza Hotel, na Broadway, no coração do bairro dos teatros de Nova York. Uma vez dentro,
Tony dirigiu Claire para Brasserier 1605, um belo restaurante movimentado com clientes. A anfitriã imediatamente conduziu-os a uma mesa romântica com uma vista deslumbrante
do Time Square. O garçom parecia saber seu calendário melhor do que Claire, ele forneceu o serviço excepcionalmente eficiente. Tony pediu uma garrafa de vinho, aprovou
e o garçom serviu duas taças.
Como aperitivo, vieram deliciosos mariscos grelhados, e salmão do Atlântico ao vinagrete como seu prato principal. Claire pensou que tudo tinha um sabor delicioso.
Junto com outros órgãos sensoriais recentemente despertados, ela teve uma valorização recente para a alimentação. Ela gostou do aroma quando o prato apareceu na
frente dela, o sabor em sua língua, e a textura enquanto mastigava. Tony observava alegremente enquanto se deleitava em cada mordida de seus frutos do mar.
Seu humor divertia Claire. Parecia diferente, de uma forma positiva. Ele falou excessivamente, mas não sobre nada em particular. Ela perguntou quando eles estavam
voltando para Iowa, e ele disse que não precisava ter algumas reuniões na sexta-feira. Assim, eles poderiam sair na sexta à noite ou esperar até sábado. Claire se
sentia mal por não estar com Catherine no dia de Ação de Graças. Ela gostaria de estar com John e Emily, mas sabia que não devia perguntar. Catherine tinha se tornado
sua família mais próxima. Ela esperava que Catherine tivesse alguém para visitar no feriado.
Ele não quis dar indícios sobre o seu próximo destino. Estando no Theater District, Claire percebeu que estavam a caminho de uma apresentação. Sorrindo, ele se recusou
a dizer-lhe de que era.
Depois do jantar, o chofer, Eric, seguia para o Teatro Broadhurst. O título na marquise lia-se ‘O Mercador de Veneza’, com Al Pacino. Claire sabia que era uma das
passagens mais quentes da cidade. Eles, é claro, tinham lugares surpreendentes. Ela nunca tinha sido um fã de Shakespeare, mas ela ficou completamente absorta. No
momento em que terminou, ela ria e chorava. As performances de todo o elenco foram fascinante, levando-a para outro mundo por duas horas e completamente drenando-a
com gamas de emoções arrebatadoras. Ela estava pronta para voltar para o apartamento.
Eric esperou por eles enquanto eles deixaram o teatro. Não surpreendentemente, Tony não perguntou a Claire se ela queria voltar ou sair. Ela assumiu que iriam para
o apartamento, por isso, quando Eric foi em outra direção, ela ficou surpresa. Eles se dirigiram para o norte para Quinquagésima-nona rua e Eric estacionou na Sétima
Avenida. Eles estavam no Central Park.
O ar fresco frio a despertou quando eles se mudaram da limusine quente ao esperar a carruagem puxada por cavalos. O cavaleiro estava preparado para o tempo com cobertores,
e Eric forneceu-lhes luvas e cachecóis. Eles se aconchegaram juntos sob os cobertores de mãos dadas enluvadas e observou o belo parque com luzes que revestia os
caminhos e iluminava algumas das árvores. A carruagem era puxada por grandes oito cavalos. O barulho constante criou ritmicamente uma cadência para o diálogo. Seus
narizes e bochechas se avermelharam no ar fresco enquanto se abraçavam, conversavam e o ambiente era incrivelmente romântico.
Tony segurou delicadamente a mão enluvada de Claire e falou honestamente com amor, — Claire, você sabe que eu já namorei muitas mulheres. — ele disse que tinham
sido somente algumas. — Houve mulheres que queriam me namorar exclusivamente pelo o meu dinheiro, e eu admito que aproveitei disso no passado. — sua honestidade
tinha toda sua atenção. — Você sabe que eu sou uma pessoa privada. Verdadeiramente há poucas pessoas que viram o meu verdadeiro eu. Há todos os tipos de razões psicológicas
pelas quais eu sou do jeito que sou. Elas provavelmente resultam de traumas de infância e início da vida. Mas o passado é esse e os motivos não importam. O que importa
é que ao contrário de muitos dos meus colegas de trabalho ou conhecidos, você se encontrou com o meu verdadeiro eu. — esse pensamento a fez se sentir um pouco desconfortável.
— Há lados que eu preciso dominar. Honestamente, eu nunca me preocupei em tentar, mas eu faço agora. E eu acredito que é possível.
Então, enquanto ele carinhosamente segurava sua mão e olhava em seus olhos, ele perguntou: — Claire, na outra noite você me perguntou se eu me importava com você.
Honestamente, com nosso acordo inicial, eu nunca quis. Mas, sem dúvida, eu faço. Você se importa comigo? Você gosta de estar comigo?
Claire considerou sua resposta. Honestidade é a melhor política, não importa a consequência. — Tony, eu me importo com você. Eu quero que você seja feliz, e eu faria
qualquer coisa para ajudar para que isso aconteça. E em uma noite como esta, ou até mesmo uma noite tranquila em casa, eu gosto de estar com você. Mais do que gosto.
— ela sorriu e seus olhos de esmeralda brilharam no ar frio. — Mas, honestamente, há horas que não. Há momentos em que eu quero você longe de mim, ou vice-versa.
— ela manteve contato com os olhos e ela viu sua reação.
Ele sorriu, beijou-a longa e duramente. Ela o beijou de volta. — Você é a mulher mais incrível. Tenho vice-presidentes, presidentes e conselheiros de câmaras que
nunca me conheceram como você. Nenhum deles teria a coragem de responder a essa pergunta tão honesta como você acabou de fazer. — ela suspirou. — É a sua força e
determinação que me enfureceu. Essa força e resistência também fizeram me apaixonar por você.
Talvez não devesse ter sido um choque, mas foi. Ele disse que a amava. Ele teve sua atenção completa e ainda seu monólogo interno quase abafou sua voz: Amor, realmente?
Ele apenas disse que ele me ama? Eu o amo?
— Claire, eu experimentei a vida sem você enquanto você estava doente. Eu não quero fazer isso de novo. Mas eu quero que você faça sua própria decisão. Hoje eu gostaria
de te apresentar duas opções: a sua liberdade, você pode sair esta noite e sua dívida é paga; ou... — ele tirou um anel solitário de diamante do bolso do paletó,
— Você poderia concordar em se casar e passar o resto de sua vida comigo, não por obrigação ou por causa de um acordo contratual, mas porque você quer estar comigo.
Seu coração batia rapidamente e seus pulmões momentaneamente se esqueceram de respirar. Ela olhou para Tony e para o anel. Com apenas a iluminação dos postes que
ela pudesse ver o solitário de diamante brilhante. Ele era cercado por uma borda de delicada com diamantes adicionais na banda de platina. Ela nunca tinha visto
nada tão bonito, e Tony estava oferecendo a ela.
Sua mente não conseguia parar de girar. Ela sabia que deveria responder, falar, dizer algo, mas as palavras lhe faltaram. Ele continuou: — Você me disse ontem sem
mais caixas pretas, então eu tirei da caixa. — ele sorriu. — Podemos ver se ele se encaixa?
Claire acenou que sim, e estendeu a mão esquerda. Tony sorriu para ela enquanto tirava a luva difusa e colocou o anel em seu dedo anular. De repente, estava feliz
que ela tinha concordado com uma manicure. — Ele parece se encaixar. — Tony olhou em seus olhos cor de esmeralda. — A questão parece estar ainda sem resposta. Você
quer mantê-lo e ficar comigo? Será que você poderia ser Claire Rawlings?
Ela pesava suas possibilidades. Ele poderia ser o homem mais romântico do mundo. Ele era incrivelmente generoso com seu dinheiro, dando a ela tudo o que ela precisava
e outras coisas. Ele era o amante mais incrível. Ela nunca em sua vida experimentou elevações sensuais que ela tinha com ele. Ele era a única pessoa que ela poderia
falar com liberdade. Ele sabia tudo sobre ela, porque ele sabia de suas informações privadas. Mas era a palavra que a assombrava. Mas ele poderia ser obscuro, mal,
cruel, controlador e sádico. Ele foi a razão dessas informações privadas. — Eu... Estou tão surpresa. Você está me perguntando seriamente se eu quero me casar com
você?
Ele sorriu. — Sim, toda esta noite tem levado a esta proposta. Eu vi você comigo, em público e privado, com os meus amigos mais próximos, e eu quero você lá sempre.
Eu te amo.
Mais uma vez, o debate interno: Amor? Ele continua usando essa palavra. Amor, eu amo ele? Eu acho que amo. Quando isso aconteceu? Oh meu Deus, Claire precisava pensar
sobre isso. Tudo aconteceu muito rapidamente, ela precisava absorver. — Por favor, me deixe pensar. Eu te prometo uma resposta em breve.
Ele esperou pacientemente. O carro se movia constantemente através do ar fresco frio. Ela viu a sua respiração quando ela olhou para o lado e para Tony. Ela pensou
sobre a sua paciência enquanto ela se curava de seus ferimentos, sobre ele arriscando a exposição pública com o Dr. Leonard, sobre como ele a fazia se sentir quando
o via entrar em seu quarto. Sua contemplação levou um tempo. Eles se sentaram na carruagem. Ela descansou a cabeça em seu ombro e pensou. Ele não disse uma palavra,
ele não empurrou. Ele segurava a mão dela.
Ela poderia decidir sair, e fazer o que? Voltar para Atlanta. Será que ela ainda teria um apartamento? Ele esperou. Havia um lado dele que a assustava, mas a ideia
de viver sem ele a assustava mais. Ela precisava dele. Ela disse isso a ele. Mais importante, ela o amava, ela realmente amava. Às vezes, durante os últimos oito
meses, ele havia se tornado tudo a ela. Ela não podia imaginar a vida sem ele. Finalmente, ela respondeu:
— Deus me ajude, sim. Tony, eu vou me casar com você. Eu também te amo. — ele passou os braços em torno dela e a beijou com ternura. Ela deitou a cabeça no seu ombro
enquanto a carruagem continuou através do parque. Claire olhou novamente para a mão esquerda.
— Se você não gostar do anel, podemos procurar outros. É da Tiffany. Podemos ir sexta-feira e trocá-lo.
— Oh não! Eu amo o anel. Além disso, você escolheu. É requintado. Estou tão surpresa. — ela pensou em alguma coisa. — Será que Catherine sabe que você estava planejando
isso?
Tony disse que ela suspeitava, mas não tinha contado a ninguém. Ele não sabia a resposta dela. — Eu nunca entro em uma reunião que eu não sei o resultado. Estou
sempre preparado para qualquer situação. Hoje à noite eu não tinha certeza. Você perguntou sobre a sua dívida sendo paga há alguns meses. Eu pensei que talvez você
fosse tomar essa opção. — ele se inclinou para beijar seu cabelo. — Eu não posso te dizer o quanto estou feliz que você não falou. Eu sei que Catherine vai adorar.
Quando o carro chegou a Sétima Avenida, Eric estava com a limusine quente e esperando. Tony ajudou Claire a descer da carruagem e a levou até o carro, ele disse
a Eric, — Eu, e minha noiva já estamos prontos para voltar para o apartamento.
— Sim, senhor. Parabéns, Sr. Rawlings, e para você também, Sra. Claire.
Naquela noite, depois de um pouco da vida amorosa mais maravilhosa que Claire já experimentou, ela começou a considerar o fato de que ela estava se casando e isso
significava um casamento. — Eu não sei como planejar um casamento com alguém como você.
— Alguém como eu?
— Você sabe o que eu quero dizer. Este não é o seu cotidiano ou como casamento estilo no Indiana. Você é Anthony Rawlings. Nós não podemos sair para jantar sem fotógrafos.
Um casamento será um evento nacional espectador.
Ele riu. — Minha querida, isso é o que os coordenadores de casamento e planejadores fazem. Vamos contratar os melhores. Eles vão ajudar em tudo. — Isso a fez se
sentir melhor. Ela se perguntou se o casamento fosse uma catástrofe, isso não iria ser um fracasso público? — A propósito, como você se sente sobre um casamento
de Natal?
Sua mente entrou na ultrapassagem. — Natal? Tipo em quatro semanas a partir de sexta-feira?
— Eu não posso esperar mais do que isso para você ser minha esposa, Sra. Anthony Rawlings.
Ela sabia por experiência que sua mente estava tomada. Com um mal-estar profundo na boca do estômago, ela disse: — Eu sinto que você deve contratar o melhor coordenador
do casamento do mundo e planejador.
Claire tentou dormir, mas o pânico de planejar um casamento em quatro semanas a fez sufocar. Ela se deitou ao lado de seu noivo e tentou fazer sentido de tudo. Talvez
ela precisasse de compartimentalizar, uma coisa de cada vez: casamento, recepção, vestido, e dama de honra. — Eu gostaria que Emily fosse minha dama de honra.
Ele estava quase dormindo. — Podemos discutir isso amanhã. Boa noite.
— Boa noite!
Este é a melhor forma de ação de graças:
A gratidão que brota do amor.
- William C. Skeath
Capítulo vinte e cinco
Eles conversaram no início da manhã sobre o casamento. Por isso, na quinta de manhã, Claire dormiu profundamente até depois das nove. Percebendo que estava sozinha
na cama grande, ela focou seu olhar na mão esquerda. No quarto dedo estava um anel de noivado espetacular. Sorrindo, ela se maravilhou com a realidade; que não era
um sonho. Ela estava realmente se casando com Anthony Rawlings.
Até ontem à noite, Claire não se permitiu pensar em Tony em termos de emoções e palavras carinhosas. Ela sabia que estava tendo sentimentos, mas ela não se deixaria
mais detalhes. No entanto, quando ele disse que a amava, isso abriu uma comporta. Ela pensou sobre seus sentimentos e como ela sentia falta dele quando ele viajava.
Como ela gostava de ter ele por perto para conversar. Em como ele podia fazê-la se sentir especial, e como ela pensava nele quando estavam separados. Ela percebeu,
para sua própria surpresa, que ela realmente o amava! Ela não conseguia conter o sorriso; esta revelação foi tão surpreendente!
Claire se envolveu com uma túnica longa e grossa e desceu as escadas para a sala de jantar. Quando ela se aproximou, o rico aroma pungente de café fresco encheu
seus pulmões e trouxe seus sentidos para a vida. Jan tinha café quente para Claire. Tony não estava lá.
— Sr. Rawlings está em seu escritório, Sra. Claire. E se me permite? Parabéns.
— Obrigada, Jan sinto muito que você tenha que trabalhar no dia de Ação de Graças, — Claire se desculpou enquanto Jan lhe serviu café.
— Está tudo bem, senhora. Estou ansiosa para ter os convidados desta tarde para o jantar. Nós raramente entretemos aqui.
— Convidados? Sinto muito. Se o Sr. Rawlings mencionou convidados, com a emoção do nosso noivado, eu esqueci. Você se lembra se ele estará se juntando a nós para
o jantar de Ação de Graças?
— Sinto muito. Eu não acredito que ele me disse nomes. Eu sei que haverá dois, e eles estão programados para chegar à uma e meia.
Jan convenceu Claire para comer um bolinho Inglês e toranja. Depois do almoço, Claire foi ao escritório de Tony. Podia ouvi-lo falando atrás da porta fechada. Ela
podia ser sua noiva, mas interrompê-lo sem ser convidada em seu escritório não parecia ser uma boa ideia. Talvez algumas regras fossem mudar, mas ela decidiu que
iria escolher quais. Ela voltou para seu quarto, tomou banho e pensou em como ela estava feliz que ela tinha comprado roupas novas. Se ela precisasse ser a companheira
perfeita para alguns colegas de trabalho, sentia-se melhor em roupas bem ajustadas. Ela decidiu usar um par de calças de lã preta e um suéter rosa que veio da Neiman
Marcus. As botas negras tinham saltos altos, assim Tony não pareceria tão alto. Sonhadora, ela pensou confusa e em ser a nova Sra. Rawlings - moletom com capuz iria
ensiná-la a manter as aparências. Na verdade, ser Claire Nichols havia lhe ensinado isso.
Enquanto ela ajeitava o cabelo, ela ficou maravilhada com o novo tom ainda mais leve. O ruivo se mostrou suficiente para serem consideradas luzes claras, mas ela
tinha definitivamente um cabelo loiro agora. Embora Catherine tenha embalado muitas peças das novas joias de Claire, ela queria usar o colar de sua avó e os brincos
que Tony trouxe da Europa. Ela balançou a cabeça; isso parecia há muito tempo. Uma vez que ela estava completamente vestida, ela relaxou na cama e deixou sua mente
vagar.
Pensou “Eu vou me casar com Tony. Eu vou me casar com Tony em quatro semanas. Eu preciso de um vestido de noiva. Preciso ligar para Emily. Havia convidados que chegariam
para o jantar. Talvez depois do jantar eu possa abordar o assunto sobre ela com Tony. Onde vamos casar? Quem convidar?” De repente, um belo destino para o casamento
parecia ser uma boa ideia se casar em qualquer lugar.
Em seguida, sua mente foi do casamento à Ação de Graças. Ela mal podia acreditar que realmente era Ação de Graças. Ela chegou à casa de Tony em 20 de março. Agora
ela estaria comendo jantar de Ação de Graças com ele e alguns associados e planejando seu casamento. Ela imaginou se afogando em molho de chocolate, isso era bom
demais!
Como um meio de escapar, ela deixou sua mente flutuar para Ação de Graças na infância. Elas sempre foram para a casa de seus avós, onde Vovó fazia todos os alimentos
tradicionais. Lembrou-se de ajudar sua avó e mãe a colocar as tortas parar assar. No dia de Ação de Graças, geralmente tiveram abóbora, maçã e torta noz às vezes,
e sempre muita comida. Mesmo quando ela vivia com Emily e John, ela assava tortas e ajudava Emily com a culinária. Parte dela queria ir até a cozinha e oferecer
ajuda. Mas ela sabia que não seria apropriado.
Ela estava em algum lugar no fundo de suas lembranças quando Tony entrou no quarto. Ele usava calça e uma camisa engomada de gola alta, que parecia maravilhosa esticada
em seus ombros largos e peito. Usava ternos com tanta frequência. Claire gostava de vê-lo em algo diferente de um paletó e gravata. Ele sorriu e se juntou a ela.
— Bom dia, minha noiva. — ele beijou seus lábios. — Como você está se sentindo hoje?
Claire se apoiou. — Bom dia, meu noivo, eu me sinto bem. Eu estava pensando na Ação de Graças, quando eu era jovem. Será que você comia todos os alimentos tradicionais
de Ação de Graças, quando você era jovem?
Ele se sentou ao lado dela na beira da cama. — Claire, não fale sobre o passado. Temos um futuro à nossa frente, vamos olhar para frente.
— Me desculpe, eu estava apenas relembrando. — ela tocou em seu braço. — Tony? Quem vem para o jantar?
— Primeiro, me deixe te dizer... — sua voz estava cheia de emoção, — Eu estive ao telefone durante toda a manhã. Patricia vai entrar em contato com Shelly, e uma
publicação sobre o nosso noivado será lançado amanhã. Além disso, você tem um compromisso amanhã em uma boutique de noiva muito exclusivo em Manhattan para um vestido
de noiva. Eles estão esperando por você, a futura senhora Anthony Rawlings. Eles querem atender todas as suas necessidades. — ele beijou os lábios e continuou a
manter seu olhar com os seus olhos castanho chocolate. — Eu quero que você tenha o vestido dos seus sonhos. Patricia também vai escolher um planejador do casamento
e coordenador para se encontrar conosco, quando voltar a Iowa. Desde que o Natal é em um sábado, o casamento será em 18 de Dezembro, que também é um sábado. Eu espero
que você não se importe, mas com o casamento apenas a três semanas de distância, decidi fazê-lo na propriedade. Então não temos que nos preocupar com a reserva em
algum lugar, e a segurança já está definida. Nós só precisamos decidir quantos convidados e em qual local na propriedade realizar a cerimônia e recepção. Eu falei
com Catherine. Ela está feliz, e me disse para te dizer isso.
Claire sentiu inundada pela sobrecarga de informação! Ela deitou a cabeça no travesseiro. — Talvez isso tudo esteja acontecendo muito rápido. — Tony não disse nada,
mas seu sorriso ficou subjugado. — Não é que eu não quero casar com você, eu quero. Mas três semanas, isso parece muito apressado.
Ele a pegou nos braços. — Eu prometo a você, o dinheiro pode fazer qualquer coisa acontecer. Não se preocupe com isso. Vamos casar em 18 de dezembro, e vai ser incrível.
— Só me preocupo em desapontá-lo.
— Claire, este é o seu casamento. Eu quero que você seja feliz. Eu não quero que você exagere. Apenas desfrute de todas as coisas que o seu dinheiro pode comprar
e veja o casamento tomar forma. Vai ser espetacular.
— Meu dinheiro não pode nos comprar um chiclete.
Ele riu e a beijou. — Minha querida, em três semanas e dois dias você vai ser capaz de comprar uma fábrica de chiclete, se quiser. Eu quero que você compartilhe
tudo o que tenho. Você terá tudo o que o mundo tem para oferecer.
Claire lutou com o significado de suas palavras. — Tony, eu não quero seu dinheiro. Eu não fiz nada para merecer parte de sua fortuna. Estou feliz em compartilhar
o seu nome, eu não preciso de mais nada.
— Meu amor, você tem feito mais do que você jamais saberá. E eu tenho certeza que você vai fazer mais. — ele se inclinou para beijá-la, e suas mãos estavam ocupadas
com os botões da calça.
— Não temos convidados chegando?
— Eles não são esperados até 13h30. Tenho certeza de que temos bastante tempo pra gastar antes disso. — ele tirou as calças e começou a tirar a camisa. Ele montou
as pernas enquanto ela tirava a camisola e desabotoava suas calças. Seu sorriso era sedutor e seu peito se mexia com seus sopros de antecipação. Claire podia sentir
seu perfume e sabia que, se ele se abaixasse, ela iria saborear o perfume em seu pescoço.
— Mas, Tony — ele colocou o dedo nos lábios.
— Shhh, eu tenho coisas melhores para fazer a estes belos lábios do que falar.
Eles deixaram o quarto juntos pouco antes de 13h30, e Tony falou. — Tenho certeza de que você percebe, mas eu vou dizer isso para o bem do esclarecimento. Só porque
estamos envolvidos, divulgar informações privadas ainda é proibido.
Claire olhou para os olhos e perguntou o que ele achava que ela possivelmente diria para seus associados. — Eu prometo que eu sei disso. — eles continuaram com as
escadas da frente, onde vozes abafadas podiam ser ouvidas da sala de estar. — Agora, quem eu vou conhecer? — quando ela perguntou, a voz entrou em seus ouvidos e
com os olhos umedecidos, e ela olhou para Tony por confirmação. — São realmente eles?
Ele gentilmente segurou seus ombros: — Sim, eu os convidei para surpreendê-la na Ação de Graças, mas agora você tem mais novidades para compartilhar.
— Posso dizer a eles sobre o nosso noivado?
Ele sorriu. — Claro, você não disse que queria que Emily ficasse com você? — ela queria descer as escadas ou gritar, mas o aperto dele em sua mão a impedia. — Claire,
siga as minhas regras.
— Eu vou.
Quando as solas dos seus sapatos tocaram no chão de mármore, John e Emily se viraram em direção a eles. Eles estavam apreciando a vista das janelas da sala de estar.
Sua família parecia como Claire se lembrava: John alto, de cabelo loiro escuro e olhos azuis brincalhões, e Emily com o cabelo castanho dos Nichols e atrevida com
brilhantes olhos verdes de Claire. Claire correu para Emily e a abraçou.
— Eu não sabia que você estava vindo. É uma surpresa maravilhosa. Oh, Emily, é tão bom ver você! — e então ela abraçou John. — E, John! Oh, me deixe te apresentar
Anthony.
Emily disse a Claire que era bom vê-la também. No entanto, ela e John fizeram contato visual, partilhando uma expressão de preocupação. Claire parecia tão diferente.
Eles seguiram educadamente quando Claire fez as apresentações. — Anthony, esta é minha irmã Emily. E, Emily, este é o meu noivo, Anthony Rawlings. — Emily e Tony
apertaram as mãos. Anthony transbordava charme.
— Muito prazer em conhecê-lo, Sr. Rawlings. — o cérebro dela fazia sentido das palavras de Claire. Ela olhou para a irmã sem acreditar. — Você acabou de dizer noivo?
Claire continuou com as apresentações: — E, Anthony, este é o marido de Emily, meu cunhado, John Vandersol. John, por favor, conheça o meu noivo, Anthony Rawlings.
— os dois homens apertaram as mãos e trocaram saudações.
Gracioso como sempre, Tony disse: — Por favor, estamos prestes a nos tornar da família. Me chame de Anthony.
Claire sorriu e todos se sentaram para conversar antes do jantar. Jan entrou na sala para oferecer alguns canapés e bebidas. Claire mostrou a Emily seu anel de noivado
e contou a eles sobre a sua proposta romântica no Central Park. John e Emily estavam sem palavras, talvez em estado de choque. Tony foi muito atencioso, segurando
a mão dela, colocando a mão em seu ombro ou coxa. Claire divagava cautelosa para não divulgar qualquer informação pessoal.
Durante o jantar de Ação de Graças, Claire soube que Emily tinha tentado chegar a Tony em torno de seu aniversário. Ela não sabia mais o que fazer. Ela não tinha
nenhuma maneira de chegar a Claire, e ela viu fotos dos dois juntos em revistas. Aparentemente, não é fácil conseguir números ou e-mails de Anthony Rawlings. Apenas
recentemente um e-mail finalmente chegou a ele, e ele tinha ligado. Foi durante uma conversa por telefone, cerca de uma semana atrás que Anthony os convidou para
o jantar.
Claire pediu desculpas por seu comportamento imprudente. Ela deveria ter feito um trabalho melhor de entrar em contato. A vida tinha sido um turbilhão desde que
ela começou a trabalhar com Tony. O importante era que eles estavam juntos agora. Ela perguntou se eles estavam indo para casa hoje à noite ou ficariam na cidade.
John disse que decidiu passar algum tempo na cidade, afinal era uma viagem de três horas para casa.
Tony então surpreendeu Claire novamente. — Bem, Emily, Claire tem uma reserva amanhã em uma boutique de noiva em Manhattan. Tenho certeza de que ela adoraria ter
você para se juntar a ela para procurar vestidos de noiva.
Claire tentou não olhar para ele. Ela olhou para Emily. — Sim, eu adoraria que você se juntasse a mim, se vocês dois não têm planos.
Emily olhou para John. — É claro que eu gostaria de ajudá-la.
— Emily, eu também gostaria que você fosse minha dama de honra. Você poderia, por favor, ficar comigo no nosso casamento?
— Você me quer? É claro que eu vou.
Emily soou entusiasmada, mas cautelosa. — Mas você disse que o casamento será dia 18 de dezembro?
— Sim, será. Essa é mais uma razão para encontrar alguns vestidos em breve. — Claire sorriu para a irmã. — Esperamos que eles tenham alguns vestidos de dama de honra
rosa brilhante. — Emily riu.
De sua visão periférica, Claire podia ver a expressão fugaz de Tony de descrença. Ela se virou para seu noivo e sorriu. — Tony, é uma piada de longa data. Emily
me fez usar um vestido verde em seu casamento. Desde que rosa é minha cor favorita, corre o risco de tê-la usando um vestido rosa chiclete com paetês se eu pudesse
encontram quando eu me casasse. — ele exalou e sorriu, aliviado que ela não estava falando sério.
Assim que terminaram de comer, Tony convidou John para a sala de estar para o jogo de futebol das quatro horas. Ele perguntou as senhoras se elas gostariam de se
juntar a eles, mas Emily disse que ela preferia conversar com a irmã. Tony beijou Claire antes de sair da sala. Parecia muito doce, mas Claire viu a advertência
em seus olhos.
Jan serviu café a senhoras e limpou a mesa. Claire e Emily se sentaram à mesa, bebendo café. Uma vez que elas estavam sozinhas, Claire sabia que seria difícil se
esquivar da conversa. Emily estava cheia de perguntas. Como a sua irmã mais nova, uma meteorologista, em Atlanta, de repente, noiva de um dos homens mais ricos do
país? Como eles se conheceram? Onde é que ela está vivendo? Por que ela não tinha entrado em contato? Por que ela é tão fina? Por que seu cabelo estava loiro? Será
que ela realmente gosta de viver dessa maneira, sendo aguardada e com funcionários da casa fazendo tudo? Ela sempre gostou de cozinhar. Agora ela diz que não tem
cozinhado, por quê? Como é Anthony? Por que eles estavam se casando tão rápido? Ela está grávida? Ele não era muito mais velho do que ela? Será que ela o ama?
Claire fez o seu melhor para ser evasiva com algumas respostas e mais detalhada sobre outras. Acima de tudo, ela disse a Emily que ela o amava. Isso não começou
assim. Era estritamente uma relação de trabalho. Tony poderia ser um tipo de homem romântico, gentil e maravilhoso. Ela também disse a Emily que Tony era muito privado,
pedindo a ela para não falar nada sobre sua relação com os meios de comunicação ou qualquer outra pessoa. Claire não entendeu a princípio quão tenaz a mídia poderia
ser, mas quanto mais tempo ela esteve com Tony, mais evidente isso se tornava. Ela perguntou de novo, não para Tony, mas para ela, por favor, não compartilhar informações
privadas com os outros. Emily disse que entendia.
Emily estava muito feliz ao ouvir Claire parecer tão feliz e animada com Anthony e o casamento. No entanto, o que acontece com o seu peso, ela estava muito magra.
E o que dizer de meteorologia? Ela pretendia sempre trabalhar de novo em seu campo escolhido? Claire estava cansada de todas as perguntas. Respostas formuladas fazem
a cabeça doer. Ela queria ouvir sobre Emily e John.
Emily começou a contar histórias sobre John e do escritório de advocacia, e sobre sua classe e ensino. Ela falou sobre alguns de seus amigos em Troy e Albany que
Claire conhecia quando ela morava com eles. Ela também falou sobre alguns amigos em Indiana. Claire riu quando elas se lembraram de histórias da infância.
Os nomes eram de pessoas que Claire não tinha pensado em algum tempo. Sua mente vagou, pensando sobre a lista de convidados para o casamento. Ela se perguntou se
ela tinha alguém para convidar além de Emily e John. Ela pensou sobre os amigos da faculdade, o que a fez se lembrar de Meredith. Claire sabia que Meredith não tinha
a intenção de que sua entrevista tivesse consequências tão drásticas, mas mesmo assim, isso teve. Talvez os melhores amigos da faculdade não fossem convidados.
Eles se juntaram aos homens quando elas pensaram que o jogo estava chegando ao fim. No entanto, o jogo estava longe de terminar e estava ficando interessante. Os
dois homens pareciam estar torcendo pelo Saints. Claire perguntou se John e Tony se dariam bem. Ambos eram incrivelmente obstinados. Tony não estava acostumado a
ser nada menos do que o macho alfa. John parecia respeitar Tony; afinal de contas, ele era Anthony Rawlings.
Claire amava e respeitava John. Desde a morte de seu pai e seu avô, John era o homem de sua família, uma parte influente onipresente de sua vida. Agora vê-lo ali
ao lado de Tony, ela reconsiderou sua avaliação. Tony dominava em estrutura, provavelmente, dez centímetros mais alto e no comportamento era mais autoconfiante.
Ambos gritaram para a tela quando Saints recuperou a liderança com menos de dois minutos para terminar. Em seguida, a sala ficou em silêncio quando o jogo pareceu
que ia para prorrogação. O chutador Dallas perdeu o gol e os homens ao mesmo tempo se levantaram e aplaudiram. Vendo esses dois homens unidos em um objetivo comum,
Claire sentiu o peito inchar com prazer.
Depois do jogo, eles se sentaram na frente de um fogo quente e apreciaram a vista linda da cidade e deliciosa sobremesa. Quando Claire tomou um gole de café, renunciando
a sobremesa, Emily disse a Tony tudo sobre as tortas que Claire costumava fazer. Ela explicou quão boa cozinheira e padeira Claire era. Tony parecia muito interessado
nesta nova informação.
Eles discutiram os planos para o dia seguinte. Tony precisava trabalhar, e John gentilmente concordou em ficar no hotel e fazer algum trabalho também. Eric, seu
motorista, traria Claire para o hotel e pegaria Emily para leva-las a boutique de noiva. Emily se ofereceu para pegar um táxi, não era um problema, mas Claire e
Tony insistiram. Estava feito. Claire estaria no Hyatt Regency às nove da manhã para buscá-la. A hora estava marcada para as dez na loja.
Tony então perguntou se ele e Claire poderiam se juntar a eles para o jantar na sexta à noite. Eles planejavam voltar para Iowa no sábado de manhã. Claire agora
entendia porque Tony tinha sido tão vago sobre seus planos de viagem. John e Emily concordaram.
Antes de partirem, Emily abraçou Claire como se ela não quisesse deixá-la ir. — Eu senti tanto sua falta. Somos o que nos resta. Não vamos ficar sem contato de novo.
— seus olhos verdes brilhavam com sinceridade. Claire começou a chorar. Ela queria dizer tanta coisa, mas sabia que tinha que ser evasiva.
Antes que ela pudesse falar, Tony injetou, — Emily, temos um casamento em três semanas. Aposto que você vai estar cansada de ouvir Claire depois disso! — ele riu.
Todos riram. Tony ofereceu a eles que Eric os levassem de volta ao seu hotel. John recusou educadamente.
Depois Jan trouxe os casacos de John e Emily e eles saíram. Quando a porta se fechou, Claire se virou para Tony. — Obrigada! Muito obrigada. Isto foi absolutamente
a melhor Ação de Graças de sempre. Eu não posso acreditar que você me surpreendeu assim.
Ele sorriu, mas ela viu a mensagem em seus olhos. — Sua irmã é extremamente curiosa. — Claire concordou. Ela disse que sua cabeça doía de trabalhar tão diligentemente
em respostas. Beijando seu rosto, ele disse — Minha querida, você deve tomar uma aspirina e se retirar para o nosso quarto. Eu estarei lá em breve. Tenho algumas
questões prementes em meu escritório que eu tenho que atender.
Primeiro Claire foi até a cozinha para agradecer a Jan por seu trabalho duro. Ela realmente apreciou tudo o que ela fez para fazer o seu dia de Ação de Graças especial.
Jan parecia genuinamente emocionada e surpreendida pela valorização de Claire. Enquanto caminhava até as escadas, ela pensou sobre a propriedade e à supervisão das
câmeras, talvez o trabalho de Tony era rever algumas imagens de vídeo de sua conversa na sala de jantar. Ela disse a si mesma que estaria tudo bem, ela tinha seguido
todas as suas regras.
Uma memoria da sua infância com sua irmã
influenciam em suas ações no futuro.
- Autor desconhecido
Capítulo vinte e seis
Tony saiu de casa mais cedo para que Eric pudesse levar Claire e Emily para a boutique. No caminho para o hotel de Emily, ela contemplava seu noivo. No momento em
que ele veio para a cama na noite anterior, Claire estava dormindo. Ela vagamente se lembrava dele a beijando, apagando as luzes, e se sentindo aliviada. Talvez
ele não tivesse estado revendo a vigilância. Talvez ele estivesse realmente trabalhando mesmo na noite de Ação de Graças? Não importa, quando ele voltou para a cama,
ele não estava chateado. Naquela manhã, antes de sair, ele a abraçou com força e disse a ele para se divertir com sua irmã escolhendo seu vestido de casamento. Claire
queria acreditar que sua vida estava como parecia.
O tráfego para o hotel foi uma loucura. Até que ela viu a multidão de pessoas, ela tinha esquecido tudo sobre isso.
Na Black Friday13 as lojas de departamento estavam inundadas com hordas de compradores. Ela fez o seu destino para uma boutique privada com tudo o que mais atraente.
Os vendedores estariam totalmente dedicados a eles. Nada daquela corrida maluca que ela testemunhou a partir das janelas da limusine. Sorrindo fracamente, ela se
lembrou com carinho de compras Black Friday com sua mãe e Emily quando ela era jovem. Para economizar US$25, US$50, ou US$100, elas acordavam às três da manhã e
ficavam em várias filas. Parecia desagradável, mas as lembranças eram boas.
Eric se aproximou do Hyatt Regency alguns minutos antes das nove. Emily não estava esperando. — Senhorita, você gostaria que eu fosse para a recepção e perguntar
sobre a senhora Vandersol?
Claire pensou por um momento. — Não, nós vamos dar a ela alguns minutos, e então eu vou entrar. — Emily não tinha lido o memorando de pontualidade de Anthony Rawlings.
Uma das regras de Rawlings era pontualidade. Claire decidiu que ela merecia uma folga. Cinco minutos depois das nove, Emily surgiu a partir do átrio. Eric saiu rapidamente
do carro e abriu a porta. Emily entrou na limusine. Ela abraçou Claire de novo e olhou para os bancos de couro e todo seu esplendor.
— Sério que isso é como você anda em torno de Nova York? — disse Claire. — Sim e você não sente ostensiva? Talvez você ainda não tenha ouvido que nosso país está
em uma recessão econômica.
Eric se afastou do meio-fio, e eles entraram no tráfego. Não era o para e anda do tráfego que fizeram os músculos do pescoço de Claire apertar, mais o aparecimento
súbito de defensiva. — Emily, por favor, não me julgue ou julgue Tony. Eu quero que você seja parte de nosso casamento. Vamos nos divertir procurando vestidos.
Emily suspirou e se sentou no assento. — Claire, eu preciso. Eu realmente tenho. — Claire poderia dizer que havia ‘mais’ vindo.
— Mas John e eu nos sentamos por horas discutindo sobre você e Anthony.
Sentando reta, ela perguntou: — O que vocês dois decidiram?
— Decidimos que te amamos. Estamos tão felizes que Anthony nos convidou a entrar para te ver. Mas aqui está uma das nossas preocupações. — Claire ergueu as sobrancelhas,
Emily continuou: — Por que Anthony precisa de nos convidar? Por que você não pode?
A cabeça de Claire quase tocava o teto. Ela se sentou assim em linha reta e olhou Emily diretamente nos olhos. — Emily, isso é ridículo. Eu posso. Eu disse que as
coisas têm sido ocupadas. Com a agenda dele, nós estão por todo o lugar, como eu tenho certeza que você já leu nos jornais. Eu nem sabia até a semana passada que
Tony era necessário em Nova York. — e, em seguida, para esclarecer, ela acrescentou: — Ele não sabia até então. Ele é muito ocupado.
— Uh... Hmmm, por favor, sei que estamos apenas preocupados. Parece que você é uma pessoa diferente — a conversa parou, e Emily continuou: — Isso não é necessariamente
ruim, mas nos torna desconfortáveis — Emily olhou sua irmã.:. Polida, refinada, elegante e mundana. Não é a irmã mais nova que ela conhecia. — Tenho tentado aprender
sobre Anthony Rawlings. Tudo o que eu encontrei sobre ele no Google é relacionado a negócio. Ele tem uma impressionante reputação como um homem de negócios, mas
eu não consigo encontrar nada sobre ele pessoalmente.
— Emily, ele é um homem impressionante privado também. Mas devo enfatizar privado. Ele me pediu para acompanhá-lo em sua vida pessoal privada. Eu quero você e John
lá, mas você deve respeitar a importância de sua confidencialidade.
Elas se sentaram no trânsito parado. — Ok, nós podemos fazer isso. Mas me preocupo com você. Você não consegue ter uma vida também?
Claire sentiu o aumento da pressão arterial. Ela precisava defender a vida que ela tinha desprezado por meses. Era hora de utilizar a compartimentalização, trazer
as coisas boas. — Só porque eu não entrei em contato com você não significa que eu não tenho uma vida. Eu tenho. Eu tenho uma vida muito cheia e gratificante. Eu
moro em uma bela casa. Nós participamos de uma série de eventos e funções. Eu conheci amigos maravilhosos na área de Quad Cities. — ela examinou a reação de Emily.
— Eu não estou fazendo meteorologia atualmente, mas eu estou trabalhando com Tony. Como eu disse, ele é um homem muito ocupado, com uma agenda lotada. — ela não
precisa oferecer mais explicações.
O carro se movia novamente. — Você está vivendo com Anthony? E quanto tempo você tem vivido com ele?
Claire exalou; tanto quanto isso a matava, ela sabia que não poderia passar o dia assim. Era muito trabalho, e embora fosse cedo, sua cabeça latejava. — Ok. Emily,
eu sinto muito, isso não funcionou. — Claire de repente apertou o botão para abrir a janela para Eric. —Eric, temos uma mudança de planos. Você pode me deixar na
boutique, mas a Sra. Vandersol vai voltar para o Hyatt.
Emily olhou para Claire em descrença. Eric respondeu: — Sim, senhorita.
Claire fechou a janela. Ela se sentou no banco, não falou ou olhou para Emily. Ela deveria estar triste, mas a verdade é que ela estava furiosa. Ela também percebeu
que ela se comportou como Tony. Talvez ela estivesse sendo muito cautelosa sobre suas regras, mas ela sabia muito bem que os comportamentos tinham consequências.
Dada a escolha, ela escolheria ir para o lado de Tony.
— Claire, eu sinto muito. Você é obviamente uma mulher forte e independente. Eu penso em você como minha irmã mais nova, alguém que precisa de nós para cuidar dela.
Anthony Rawlings tem sorte de ter você em sua vida. Eu ainda não entendo como tudo aconteceu. Eu não me importo o quão maravilhoso ele é. Ele é o sortudo nesta relação.
Eu te amo e quero ser uma parte de seu casamento. Se for isso que você quer, vamos apoiá-la totalmente.
Claire ficou emocionada em parecer tanto como Tony. Sobrecarregada com uma sensação de alívio, ela estendeu a mão, abraçou Emily, e sorriu. — Que bom! Vamos deixar
isso para trás e se divertir procurando vestidos! — empurrando o botão novamente, ela disse: — Eric, ambas vamos para a boutique de noiva. — ela fechou a janela.
— Só mais uma coisa embora. — preocupação se mostrou nos olhos verdes de Emily. Claire suspirou, ela não queria ouvir mais nada.
— John está planejando falar com você hoje à noite sobre o seu acordo pré-nupcial.
— O quê? Eu não sei nada sobre isso, ele deve falar com Tony. —Claire pensou sobre esse cenário. — Pensando bem, não, diga a ele para não se preocupar com isso.
Eu confio totalmente em Tony, e eu sinceramente não poderia me importar menos sobre o seu dinheiro. Realmente não é um problema. Diga a John para esquecer isso.
— Emily disse que ela iria dizer a ele, mas não podia fazer nenhuma promessa. Afinal de contas ele era um advogado, e Claire era sua cunhada.
A entrada para a boutique tinha uma grande porta de três metros cercada por calcário. Acima da porta, havia um número de rua, mas não o nome visível da loja. Os
vestidos não ficavam expostos na vitrine ou anunciados, uma experiência diferente de quando elas tinham feito compras para o vestido de Emily. Claire sabia desde
sempre que para entrar na boutique, você precisava tocar a campainha. No entanto, quando estacionaram o carro e Eric abriu a porta para Claire e Emily, a porta da
boutique se abriu.
Uma mulher na casa dos cinquenta ou sessenta anos, vestida em elegantes trajes de negócios correu para recebê-las na calçada da modesta boutique. Ela se apresentou
como Sharon Springhill. Quando ela levou as mulheres para dentro da loja, ela emocionou-se, — Sra. Nichols, estávamos tão felizes de receber a ligação do Sr. Rawlings
ontem. Desde esse momento, temos trabalhado com afinco para criar uma coleção especialmente para você. Nós realmente esperamos que você, futura senhora de Anthony
Rawlings, encontre o vestido dos seus sonhos hoje.
Claire fez o seu melhor para atuar como a pessoa que ela se tornou. Olhando para Emily, ela podia sentir a sua inquietação e decidiu que aquela era uma oportunidade
para educar sua irmã. — Senhorita. SpringHill, estou muito animada de estar aqui hoje. Sr. Rawlings me disse sobre a reputação maravilhosa de sua boutique. Eu aprecio
que você tenha tomado um tempo para me ajudar pessoalmente neste fim de semana de férias. — Sra. Springhill agradeceu a Claire pelas amáveis palavras (Emily testemunhou
a facilidade de Claire com a situação). — Então, Sra. Springhill, esta é a minha irmã, senhora Vandersol. Ela será minha dama de honra. Talvez o Sr. Rawlings te
informou que nosso casamento será em 18 de dezembro. Tenho esperança de que você não só vai ser capaz de me ajudar com o meu vestido, mas também para a minha irmã.
— (Emily iria experimentar o tratamento que Claire insistia).
Emily foi imediatamente se reuniu com a sua própria comitiva de vendedores. Claire sorriu para a irmã quando seus olhos se encontraram. Emily balançou a cabeça,
não parecia real. Foi oferecido café às mulheres, água, chá e champanhe. Em seguida, elas foram escoltadas para assentos em frente de uma área aberta. Isso lembrou
Claire de uma pista de dança em um salão de recepção de hotel. Sra. Springhill explicou às senhoras que ela reuniu uma coleção especialmente para a senhora Rawlings.
Isso incluia muitos dos melhores designers de vestido de noiva: Vera Wang, Oscar de la Renta, Manuel Mota, Monique Lhuiller, Maggie Sultero, Winnie Couture, e Mieko,
bem como outros. — Por favor, sente-se e relaxe enquanto as modelos exibem os vestidos de casamento mais extravagantes e impressionantes que você já viu. Sinta-se
livre para fazer quaisquer pedidos. Se você escolher, você pode ver os vestidos de novo, e por favor, toque os tecidos magníficos.
— Sra. Nichols, uma vez que você restrinja a seleção, você pode experimentar aqueles vestidos. Nós, então, tomamos suas medidas para que o vestido dos seus sonhos
seja adaptado especificamente para você. Além disso, se você deseja um determinado vestido, mas gostaria que alguma coisa mudasse, o designer pode ser contatado
e todos os esforços serão feitos para acomodar o seu desejo.
— Depois dos vestidos de casamento, elas terão o prazer de repetir o processo para a senhora Vandersol. Existe alguma coisa que posso acompanha-las e deixa-las mais
confortáveis senhoras? — Claire disse a ela que estava bem e animada para ver os vestidos.
A decisão se mostrou incrivelmente difícil. A maioria dos vestidos era de alta costura. Na verdade, alguns eram um pouco estranhos, Claire e Emily trocaram olhares.
No entanto, a maioria era elegante. Havia vestidos glamorosos com contrastes ousados no volume, tecidos ricos, como rendas, organza, ou garça-real, e os melhores
acessórios. Alguns eram cobertos com rendas que foram amarrados com detalhes em pedras preciosas, dobras naturais, pregas, babados ou tule.
Havia vestidos de moda com materiais muito finos e leves e estilos de corte sereia. Estes eram feitos com tecidos leves como chiffon, chiffon plissado ou tule. Eles
acentuavam curvas, tinha detalhes impecáveis, como decotes assimétricos, apliques florais, plumas, ou ricos bordados de pedras preciosas.
Os vestidos de Oscar de la Renta e Monique Lhuiller foram criados em uma tentativa de recriar um mundo de sonhos e fantasia pura. Estes vestidos de noiva tinham
decotes tomara que caia lisonjeiras, aumentando meticulosamente a cintura, e saias com volume espetacular. Eles incluíram deslumbrantes vestidos armados e estilo
sereia, forrados com milhares de plumas, babados em cascata e aplicações mágicas. Claire pensou que isso deixaria Cinderela ou Belle orgulhosas.
As irmãs assistiram as modelos por duas horas e Claire criou uma pequena lista de mais de dez vestidos. Sentia-se sobrecarregada. Sra. Springhill sugeriu que Nichols
e Sra. Vandersol desfrutassem de um almoço leve, enquanto viam os dez vestidos novamente.
Ao almoçar salada de frango sobre uma cama de alface com um lado de frutas e chá gelado, Claire estreitou a corrida para quatro. Eles variaram significativamente.
O primeiro vestido tinha uma bela gola no pescoço com um corpete sereia e uma saia coberta de plumas finas. A saia se mexia para todas as direções por uma cauda
comprida. O próximo vestido, por Oscar de lá Renta, foi trabalhado a partir de chiffon na mais alta qualidade e uma saia de cetim fluindo com um corpete sereia que
era acentuada com enfeites manuais complexos e cristais brilhantes de Swarovski. O terceiro era sem alças, com uma cintura império, o forro feito com tule e uma
sobreposição cravada com apliques florais de rendas e pedras preciosas. E o quarto, por Vera Wang, era muito criativo, chiffon de seda leve suave e clássico projetado
para abraçar o corpete, com uma calda fluindo da saia de chiffon. O que fez este vestido diferente foi a sobreposição de renda bordada sobre o ombro que criou mangas
de renda e uma causa comprida. A decisão foi tomada, Claire iria tentar os quatro vestidos.
Primeiro, elas precisavam ver os vestidos de dama-de-honra. Emily era ligeiramente mais alta do que Claire, porém não tão magra como ela. Os vestidos que vieram
eram a maioria preto ou prata, mas Sra. Springhill prometeu qualquer cor que Claire desejasse. Claire sorriu. — Isso é maravilhoso, seremos capazes de usar rosa!
— Sra. Springhill não sabia que ela estava brincando. As senhoras riram.
Elas reduziram a um vestido de cetim Oscar de lá Renta com uma saia mais apertada, um vestido Valentino com uma sobreposição de rendas, e um vestido de Monique Lhuiller
que seria perfeito com a segunda escolha de Claire. Elas perceberam que Claire deveria escolher seu vestido de casamento primeiro e, em seguida, o vestido da dama
de honra seria escolhido para complementar.
Às duas e meia elas começaram a provar os vestidos. Quando Claire olhou para o relógio, ela teve um sentimento doentio que o processo estava demorando muito. Ela
temia que Tony fosse querer saber onde elas estavam. Ou talvez ele poderia pensar que elas tivessem em outro lugar? Ela iria deixá-lo saber quão demorado foi assim
que tivesse a chance.
Na esperança de evitar suspeitas, Claire decidiu verificar com Eric. Ela queria que ele soubesse que levaria um tempo antes que elas precisassem ser apanhadas. Ela
usou o telefone da loja para ligar. Emily ofereceu seu telefone desde que Claire deixou o dela no apartamento. Claire decidiu ligar do telefone da loja seria melhor.
O número da boutique iria aparecer no identificador de chamadas de Eric. Ela temia que, se ela ligasse para Eric do telefone de Emily, sua localização talvez seria
questionada. E se ela usasse o telefone de Emily, Tony poderia supor que ela haveria usado para outras chamadas. Incomodava-a que cada movimento precisasse ser examinado
para possíveis interpretações errôneas. Ela disse a si mesma que talvez não devesse, mas o fez, pois é melhor prevenir do que remediar.
— Olá, Eric, é Claire.
— Sim, Sra. Claire, você está pronta para ser pega?
— Não, é por isso que estou ligando. Isto tem sido um processo muito difícil. Eu suponho que nós vamos estar por aqui por uma hora ou talvez duas. Vou chamá-lo quando
estiver pronta.
— Sim, Sra. Claire, eu vou estar lá quando você estiver pronta.
Emily podia ouvir cada palavra sua. Ela queria perguntar a Eric se ele ligaria para Tony, para que ele soubesse que elas ainda estavam na boutique. No entanto, ela
pensou que isso faria Emily fazer mais perguntas, então ela apenas disse: — Obrigada, Eric.
Claire se viu em uma situação desconfortável em relação à medição de seu vestido. Ela tinha tantas coisas para pensar que o presente deslizou de sua mente. Claire
perguntou a Sra. Springhill quais roupas eram geralmente usadas com esses vestidos e disse que ela gostaria de comprar alguns agora para que o vestido se encaixasse
o melhor possível de como seria no dia de seu casamento. Aparentemente, isso não era um pedido incomum. Sra. Springhill trouxe a ela um modelador de corpo sem alças.
Uma vez que ela se vestiu, Claire permitiu que os vendedores tirassem suas medidas. Toda a conversa passou despercebida por Emily. Ela estava ocupada com atendentes
medindo e atendendo a todas as necessidades dela.
Claire provou cada vestido e entrou em uma grande sala de espelhos, onde ela estava em uma plataforma. Ela podia ver a si mesma em todas as direções. Mais do que
tudo, Claire queria a opinião de Tony. Ele disse uma vez que Catherine sabia o que ele gostava. Claire desejou que Catherine estivesse lá agora, mas ela não estava.
Em vez disso, ela tinha Emily, que repetidamente disse a ela quão bonita ela estava em cada vestido. Ela não estava ajudando.
Claire disse a si mesma repetidamente: Meu casamento vai acontecer em três semanas. Eu preciso tomar uma decisão. O serviço e as escolhas seriam fantásticas. O tempo
gasto com sua irmã foi maravilhoso. A tensão estava fazendo a cabeça dela latejar. Claire reduziu a lista para dois: o vestido de chiffon da Oscar de la Renta e
o vestido Vera Wang. Talvez tenha sido a questão de um casamento de dezembro, no Centro-Oeste, mas a ideia das mangas de renda sobre o vestido da Vera Wang era demais
para Claire.
Sra. Springfield sabia as medidas de Claire e prometeu que ela poderia produzir o vestido. Sempre tão educadamente, ela enfatizou a importância de uma decisão rápida.
Claire precisaria voltar para acessórios adicionais. Ela disse que seria bom, mas secretamente se perguntou se Tony antecipou isso.
Em seguida, elas precisavam escolher um vestido para Emily. Claire decidiu que ela realmente tinha gostado do vestido Valentino com a sobreposição de renda. Iria
complementar o vestido de noiva. Ela pegou amostras de cores e prometeu a Sra. Springhill decidir a cor até segunda-feira. Houve uma súbita percepção de que a cor
tinha múltiplas implicações. As decorações, as flores, e os convites geralmente tudo continham o mesmo esquema de cores. Até agora, ela não tinha pensado sobre isso.
Claire podia sentir as lágrimas iminentes. Havia tantas coisas para pensar.
Em quase quatro horas, Eric chegou para buscá-las a partir da boutique. Claire estava exausta e sobrecarregada. Ela não tinha passado tanto tempo fora e longe de
casa desde o acidente. Sua cabeça doía violentamente a ponto de a deixar nauseada e ela queria um cochilo. Fiel à sua nova persona, Claire não mostrou a Emily ou
a qualquer pessoa do jeito que ela sentia.
Emily tentou fingir que não percebeu quando Claire deu a equipe do boutique. Depois das modelos e assistentes sob medida, e, claro, Sra. Springfield, o total foi
de mais de US $1.000. Isso não incluía o custo de um vestido.
Uma vez no carro, Emily realmente expressou sua alegria em sua experiência de compra. Ela nunca tinha sido tratada assim antes. Foi incrível. Essas pessoas não poderiam
fazer o suficiente para elas. Ela olhou para Claire, — Você pode imaginar se alguma dessas garotas do colégio pudessem te ver agora? — Claire sorriu. Ela tinha pensado
nisso uma vez, mas isso não parecia importante mais.
— Realmente não é tão grandes coisa.
— Oh meu deus, Claire, você apenas derrubou a metade do meu pagamento lá!
— Realmente, Emily, por favor, não é tão importante. — a reação de Emily a incomodava.
— Você sabe Claire, as únicas pessoas que dizem que o dinheiro não é importante são as pessoas que têm isso. — então ela perguntou a Claire sobre seu vestido. —
Eu quero usar o vestido que você gosta. Mas vou ser honesta, com o voo para Iowa, ficando lá por não sei quanto tempo e outras despesas, não sei se podemos pagar
um vestido de lá. Notei que não havia marcas de preço. Isso não é um bom sinal.
O latejar em sua cabeça desviou a atenção de Claire. Ela olhou na geladeira da limusine por algo para beber e comer. — Emily, eu não quero que você se preocupe com
isso. Tony vai pagar pelos vestidos. Eu posso falar com ele sobre o seu voo para Iowa e um lugar para ficar.
Ela não queria, mas ela ofendeu Emily. — Obrigada, Claire, mas meu marido e eu podemos nos dar ao luxo de pagar por nós mesmos.
— Oh, por favor, Emily, eu não estou tentando te incomodar. Eu sei que você pode. Mas essas coisas surgiram sem aviso prévio. Você pode fazer o que quiser sobre
o voo e ficar, mas, por favor, deixe Tony cuidar do vestido. Ele disse que ele quer que eu tenha o meu casamento dos sonhos, então, por favor, deixe ele cuidar do
vestido. — então ela acrescentou com um sorriso fingido: — E como eu me lembro, você e John pagaram pelo meu vestido verde bonito há alguns anos.
Emily sorriu. — Você está certa, nós fizemos. Claro, era aproximadamente $150. Você gastou dez vezes mais que isso hoje. Eu só não estou acostumada a esta nova Claire.
Me dê algum tempo.
Claire entregou a Emily uma garrafa de água e ofereceu a ela alguns mirtilos quando ela orou silenciosamente, — Por favor, deixe que um pouco de comida e água ajude
a minha cabeça. — a água estava boa e refrescante. Então ela pensou sobre o café, a fragrância surpreendente, sabendo que iria fazê-la se sentir melhor. Ela decidiu
que iria pedir a Jan um café quando ela voltasse para o apartamento.
O tráfego fluiu muito melhor do que tinha no início da manhã. Antes de chegarem ao Hyatt, o telefone de Emily tocou. John perguntou quando ela estaria de volta.
Ela lhe disse que eles estavam perto e que tinha sido um longo dia. John lembrou que eles deveriam ter um jantar com Claire e Anthony, ela sabia todos os detalhes?
Emily disse que não, mas Claire prometeu ligar assim que ela voltasse para o apartamento.
Emily deu a Claire seu número de celular quando ela estava saindo da limusine. Ela disse a Claire que tinha sido um grande dia e voltaria para o jantar a noite.
Elas se abraçaram e Emily foi para o hotel. Quando Eric se afastou, Claire colocou a cabeça para trás no assento. Lágrimas escorreram de seus olhos quando eles se
fecharam. Sua cabeça latejava e ela se sentiu totalmente gasta. Em algum lugar entre o Hyatt e o prédio de apartamentos de Tony, Claire caiu em um sono profundo.
— Sra. Claire, chegamos o apartamento de Mr. Rawlings. — ela ouviu a voz de Eric. Claire abriu os olhos e estava imediatamente desorientada. Ela tentou se familiarizar
com os seus arredores, logo percebendo que ela estava na limusine do lado de fora do prédio de Tony. Eric segurou a porta aberta e o ar fresco de novembro ajudou
Claire a entrar em foco. Ela entrou no prédio e subiu para o septuagésimo sexto andar. Quando o elevador abriu, o rosto de Claire pareceu subitamente corado e sua
frequência cardíaca havia aumentado. Tony estava na porta esperando sua chegada.
Eu acho que eu descobri o segredo da vida -
você apenas se mantém ao redor até que
se acostumar com isso.
- Charles M. Shulz
Capítulo vinte e sete
Ver seu noivo do outro lado da sala deveria fazer seu coração disparar. Ver seu noivo em pé na porta fez isso com Claire. Em vez de se acelerar por amor, porém,
ela presumiu que era ansiedade. Quando ela entrou no prédio, seu relógio marcava 17h30. Seus pensamentos se agitaram lentamente através de sua cabeça dolorida. Obviamente,
ele tinha terminado o seu trabalho. Ela queria chegar em casa primeiro... Mas ela tinha Eric. Como ele chegou a casa?
— Boa noite, Claire. — sua expressão era indiferente, ela não poderia lê-lo.
Máscara no lugar. O cochilo ajudou a dor de cabeça, agora estava suavemente dolorido. — Boa noite, Tony. — ela estendeu a mão para beijá-lo. Ele se inclinou para
acomodar.
— Você parece abatida. Você achou um vestido? — ele a levou para o apartamento. Claire suspirou e tentou explicar a complexidade do dia. A boutique era maravilhosa,
muito maravilhosa, com uma seleção que foi muito grande. Ele a ajudou a tirar o casado, deu a Jan, e a acompanhou até as escadas para o quarto. No meio da escada,
ela se lembrou do café.
— Oh, só um minuto, Tony. Jan? — Claire parou e voltou a descer as escadas e chamou:
— Jan? — a empregada voltou para o hall de entrada.
— Sim, Sra. Claire
— Eu preciso de algo do meu bolso do casaco, por favor. — ainda segurando o casaco, Jan devolveu. Claire removeu um pequeno pedaço do papel a partir de um dos bolsos.
— Obrigada, você poderia trazer café lá em cima? — Jan respondeu afirmativamente e desapareceu com o casaco de Claire.
Claire começou a subir as escadas para Tony. Ele esperou pacientemente, em silêncio, olhando para ela. Ela lhe entregou o pedaço de papel. Ele o tomou, desdobrou
e perguntou: — O que é isso?
— É o número do celular de Emily. Ela me deu para que eu pudesse ligar para ela com detalhes de planos de hoje à noite. — a expressão de Tony não se alterou. Ele
dobrou o papel, colocou no bolso da calça, e continuou a acompanhar Claire pelas escadas. Ela não tinha certeza do que significava suas ações. No entanto, a falta
de resposta provavelmente significava o fim da conversa. — Eu sinto muito que eu estou tão atrasada. Eu não tinha ideia de que este seria um dia tão longo.
Tony disse que tudo valeu a pena se ela encontrou seu vestido de casamento. Ela lhe disse que tinha reduzido para dois. A boutique tiraram suas medidas, e tudo o
que era necessário era uma ligação para que eles soubessem sua decisão. No entanto, a Sra. Springhill enfatizou que ela deveria fazer isso em breve. Claire disse
a Tony que ela gostaria de receber a sua opinião. Ele disse que confiava no julgamento de Claire.
Ela se sentou na beirada da cama, expirou, e se deitou. A frieza do quarto combinado com a firmeza da cama ajudou Claire a tentar relaxar. Ela fechou os olhos e
esperou que o café ajudasse a cabeça.
— Eric me disse que você adormeceu após Emily sair do carro. — ele se sentou ao lado dela na cama, acariciando seus cabelos. Claire deu um suspiro de alívio. Ele
não parecia chateado. A tensão em sua cabeça começou a diminuir.
— Lamento se isso foi ruim, mas minha cabeça doía tanto que eu mal conseguia me concentrar em Emily.
— É claro que sim. Você estava sozinha e exausta. Eu disse que não quero que você exagere. Você não está 100 por cento curada ainda. — ele beijou a cabeça dela.
— Eu falei com seu cunhado e mudei nossas reservas para oito horas. Talvez você devesse continuar seu cochilo por um tempo. Não precisamos sair até sete e meia.
Claire pensou nisso. Ela tinha cerca de duas horas, mas decidiu que um banho seria mais benéfico. Ela já tirou uma soneca. Eles conversavam quando Jan bateu em sua
porta. Ela entrou no quarto e colocou uma garrafa de café, creme e duas canecas em uma mesa perto das janelas. Ela perguntou se eles precisavam de mais alguma coisa.
Sabendo que não, que ela saiu.
As cortinas abertas mostravam uma vista espetacular cheias de escuridão, mesmo que ainda não fosse seis da tarde. As luzes da cidade de Nova York brilhavam abaixo,
evidência de habitantes correndo de um lugar para outro. Claire segurou a caneca de café, inalou o aroma rico, e ficou em silêncio, hipnotizada pela visão. Nesta
época do ano, com mais curtos dias tristes, sempre era um momento difícil para ela. Ela amava luz do sol, isso a fazia feliz. Este ano, ela tinha perdido a maior
parte do sol de outono e agora a frieza do inverno estava rapidamente decrescente.
Para ela, o escuro era contrário à luz. Portanto, em vez de alegria, isso trouxe tristeza. É por isso que ela gostava de Atlanta. Ela foi até a janela, olhou para
um magnífico horizonte, tomou um gole de sua xícara de café quente, e pensou em sua tristeza. Isso a fez castigar a si mesma. Ela deveria estar feliz com seu casamento
e sua reunião com Emily. Mas o que ela realmente queria era estar de volta em Iowa. Ela não queria essa pressão de escolher um vestido e lidar com constantes perguntas
de Emily. Ela não queria voltar para o calor de Atlanta mais, mas para o calor de sua lareira e tranquilidade.
Ela viu Tony se aproximando no reflexo da janela. Ele ficou logo atrás dela, colocou os braços em volta da cintura, e ela descansou a cabeça contra seu peito. A
voz de Tony soou suave e carinhosa,
— O que você está pensando? Você parece muito distante.
— Eu não quero dizer. Você acharia que eu sou ingrata. — ela colocou a caneca sobre a mesa e se virou para encará-lo.
Tony levantou os olhos para ela. — Eu aprecio a honestidade acima de tudo. — ele não estava sendo autoritário, apenas sincero. Ele percebeu o quão cansado seus olhos
pareciam quando ele beijou levemente seus lábios. — E me deixei decidir o que eu acho.
Ela continuou a olhar em seus olhos. O marrom combinava com a cor de seu café iluminado pelo creme. Isso deu a ela força para ser honesta. — Eu quero ir para casa.
— a expressão dele mudou um pouco, dizendo a ela que ele não entendeu seu significado de casa. — Tony eu quero voltar para sua casa, quero voltar para Iowa. — ele
sorriu e a abraçou.
— Por que isso faria de você uma ingrata? — ela explicou que ela amou a sua surpresa, ver Emily e John a emocionou, mas as coisas mudaram. Emily fez tantas perguntas
e parecia tão desanimada com a vida de Claire que ela sentiu como se elas não estavam mais conectadas. Tony tinha puxado a cabeça de Claire contra seu peito e descansava
seu queixo lá. O bater do seu coração a encheu de segurança. Ela fechou os olhos e ouviu. A batida constante fez sua cabeça se sentir melhor. Ela não podia ver seu
rosto ou sorriso de satisfação.
Ela continuou, dizendo que se ela pudesse, ela iria cancelar os seus planos para o jantar de hoje à noite. Erguendo os olhos, ele disse: — Você sabe que não é uma
opção. Fizemos um compromisso e vamos honrá-lo. Mas estou feliz em saber que você quer estar em casa comigo, para a nossa casa. Estaremos lá amanhã. — Claire balançou
a cabeça e disse que sim, que ela entendia. Ela pegou sua xícara de café e foi para o banheiro para um banho.
Uma vez lá, ela percebeu a grande banheira. Não era como se ela não tivesse visto isso antes, tinha estava ali o tempo todo, mas parecia muito convidativo. Iniciando
a água morna, ela decidiu descobrir onde eles estariam indo. Quando ela abriu a porta para perguntar a Tony, ele estava sentado na cama, de costas para ela. Ele
estava com sua bolsa aberta, o conteúdo espalhado sobre a cama, procurando por algo. Talvez algo que Claire tivesse deixado lá dentro que não deveria estar. Talvez
uma evidência de ela estar em algum lugar com Emily ao invés da boutique nupcial, mas não havia nada. Ela pensou em dizer algo, confrontando-o sobre a privacidade
dela, mas em vez disso ela fechou a porta e agradeceu a Deus que ela tinha dado a ele o papel com o número do telefone.
Eric estacionou em frente ao restaurante no Upper East Side aproximadamente as sete e quarenta e cinco. Claire ficou muito satisfeita com os planos de Tony para
a noite. Primeiro, o pitoresco, casual restaurante de frutos estava longe do bulício das ruas movimentadas e não tão elegante quanto seus estabelecimentos de refeições
normais. Sua reserva foi transferida para as oito e embora o Hyatt não estivesse longe, Emily e John não estavam lá ainda. Em segundo lugar, ela aprovou a escolha
do vestuário de Tony, ambos usavam jeans. Quando saiu do quarto, Claire disse a Tony novamente o quanto ela gostava dele em jeans. Ele lembrou o quanto ele gostava
dela fora deles. Os olhos deles brilhavam.
Desde que a mesa deles não estava pronta, Tony e Claire foram para o bar para esperar. Na extremidade do bar estava um banco desocupado, Tony e Claire se dirigiram
a ele. Ela se sentou, enquanto ele ficou ao lado dela. Ele pediu uma cerveja designer e Claire um copo de Zinfandel. Ali sentados no bar, lembrou Claire da Red Wing.
Compartimentar. Sentia-se muito melhor do que antes. Talvez tenha sido o cochilo, o banho, o café, o entendimento de Tony sobre seu longo dia, ou apenas algum tempo
para relaxar longe de perguntas. Seja qual for a causa, o seu espírito se sentia revivendo e pronto para a noite. Eles conversaram sobre as diferentes garrafas de
licor que revestiam o bar. Claire lembrou um pouco do seu conhecimento como garçonete. Ela falou sobre a maioria dos licores a partir de um ponto na primeira pessoa,
aqueles que ela gostava, aqueles que não, e por quê. Divertia Tony que ela tinha provado tantos deles. Afinal, ela só legalmente bebeu durante seis anos. Claire
sorriu e repetiu a palavra legalmente. Eles estavam conversando e rindo quando John e Emily se aproximaram.
Dando continuidade a rodada usual de saudações e apertos de mão, Emily e John pediram bebidas, conversando sobre nada em particular, e logo a mesa deles estava pronta.
John, Emily, e Claire seguiram para a mesa, enquanto Tony ficou para trás para pagar a conta do bar.
Uma vez que a anfitriã os levou para a sua mesa, Claire pediu licença para ir ao banheiro feminino. Quando ela saiu do banheiro, passando por um corredor estreito,
ela se surpreendeu ao encontrar John esperando por ela. — Bem, oi. Você pensou que eu estava perdida? — Claire começou a passar por ele, pensando que eles estavam
indo de volta para a mesa, quando John a parou.
— Claire, eu realmente preciso falar com você sem Anthony presente.
Claire, de repente se sentiu desconfortável. — Não, John, você não tem.
Ele falou suave e rápido. — Sim, eu tenho. Me diga que vocês não assinaram um acordo pré-nupcial ainda.
— Eu não fiz.
— Bom, eu quero analisá-lo primeiro. Emily disse que você não acha que é necessário, e que eu deveria deixar isso pra lá, mas eu sou seu irmão. Eu te conheço desde
que você era uma garotinha. Deixe alguém que tem seus melhores interesses no coração se certificar que você esteja representada.
— Obrigada, John, eu acredito que Tony tem meus melhores interesses no coração. Eu não me importo com o dinheiro dele, eu confio nele, e eu... — Claire podia ver
a mudança na expressão de John. Oh Deus! Ela sabia pelo aperto no seu estômago que Tony estava atrás dela. Ela se virou e olhou diretamente para seu peito. Ele estava
bem atrás dela.
Continuando a sentença de Claire, Tony disse, — E eu acredito que essa conversa seria mais bem realizada em um ambiente privado. — a voz de Tony exalava desagrado.
Eles, no entanto, estavam no corredor de um restaurante público; portanto, ele não falou alto, nem foi rude ou agressivo. Claire olhou para cima para ver seu rosto,
imaginando o quanto ele tinha ouvido. Ela podia ver o desaparecimento marrom atrás da expansiva escuridão.
— Tony... — Claire começou a falar. Sua expressão fria a deteve.
— Devemos todos nós irmos para a nossa mesa? Eu acredito que a nossa garçonete gostaria de se apresentar. John, você e Emily são bem-vindos para se juntar a nós
no nosso carro. Teremos o maior prazer em levá-los de volta ao seu hotel após o jantar. De qualquer forma, se você escolher, você pode continuar sua consultoria
jurídica. — Claire orou para que ele não continuasse. Ela sabia, por experiência, que há algumas coisas que não vale a pena perseguir.
John olhou de Tony para Claire e de volta para Tony. Ele soou forte e desafiador. — Isso seria ótimo, Anthony. Agradeço a oferta. Ficaríamos contentes de nos juntarmos
a você. — ele então aliviou o tom. — Emily me diz que você tem um carro muito bom. — todos começaram a andar em direção à mesa.
— Obrigado, não é meu. Eu alugo carros na cidade. Muitos acidentes com todo esse tráfego... — e a conversa continuou benignamente para a mesa e durante todo o jantar.
Ela conhecia Tony e sabia que ele estava com raiva. Para um observador casual, ele parecia bem. Destacava-se na arte de manter as aparências. Ele conversou, ouviu,
riu, e observou. De vez em quando, os olhos dele e de Claire sem colidiam. Ela queria dizer a ele que sentia muito. Ela não pediu pela consultoria, mas é claro,
ela manteve sua máscara e não abordou o assunto. Emily não sabia sobre a conversa do corredor. Ela inocentemente conversou.
Até o final do jantar, Emily e Claire decidiram que Claire usaria o vestido Vera Wang. Ela gostou das mangas de renda, seria melhor para um casamento no inverno.
Elas também decidiram sobre o vestido de Emily. Tony tinha impresso todas as informações de contato para a boutique. Claire deu a Emily e disse que ela lamentava,
mas teria que voltar para a cidade mais uma ou duas vezes por acessórios. Emily disse que estava tudo bem.
John perguntou a eles que horas eram o voo deles de volta para Iowa e eles disseram que seria na parte da manhã. Claire olhou para Tony. Ela não queria dizer: —
Oh, nós podemos ir a qualquer momento. O jato é de Tony. — ele respondeu: — Planejamos sair mais cedo. Este casamento está acontecendo muito rápido. Nosso organizador
de casamento estará em casa amanhã às duas. Felizmente, ganhamos uma hora em nosso caminho de volta. — Claire suspirou, ele era bom. Ela também decidiu que ele realmente
tinha começado a relaxar ou ele poderia enganá-la também. Independentemente disso, ele pareceu muito confortável. Após seus aperitivos, saladas, e pratos principais,
todos eles tomaram café. Surpreendentemente, após o confronto desconfortável do corredor, o jantar correu bem.
Mais cedo, no apartamento, Claire compartilhara comentários de Emily em relação ao custo do casamento com Tony. Ele não disse muito mais do que reconhecer as suas
preocupações, mas, aparentemente, desenvolveu um plano. — John e Emily, eu quero agradecer a você por estar conosco neste dia de Ação de Graças. Significa muito
para Claire. Ela me contou sobre a perda de sua família, vocês dois são importantes para ela. — Claire ouviu atentamente, assim como os dois. — Eu posso ser impulsivo.
Devo admitir que depois de tantos anos de solteirice, esteja muito contente por ter encontrado a mulher que eu quero passar minha vida ao lado. — ele olhou para
Claire e sorriu. Ela sorriu de volta. — É por isso que Claire concordou com um casamento tão rápido. Isso pode ser difícil para aquelas pessoas que valorizamos.
Vocês podem ter tido planos para esse fim de semana, e eu duvido que vocês estejam planejando viajar para Iowa. — ele tinha a atenção de todos. — Por isso, eu ficaria
honrado se vocês me permitissem cuidar de seus planos de viagem para Iowa. Estou falando para Claire, mas eu acredito que ela gostaria que vocês ficassem lá alguns
dias antes da cerimônia. Nossa casa não é perto de hotéis. Por favor, saiba que vocês estão convidados a ficar com a gente. Temos espaço. — ele parecia galante e
magnânimo. Claire estendeu a mão por baixo da mesa e apertou. Ele apertou de volta e segurou a mão dela. Ela não sabia como John iria responder, mas estava extremamente
satisfeito com seu noivo. — E enquanto eu tenho a atenção de vocês, eu quero dar a Claire seu casamento dos sonhos. Por favor, permita-me cuidar de qualquer vestuário
e acessórios de casamento.
De primeira, Emily e John não disse nada. Claire sabia que isso estava matando John. Ele era um advogado bem-sucedido, mas eles tinham empréstimos de educação que
ainda estavam pagando. Eles tinham uma hipoteca, empréstimos de carro, provavelmente cartões de crédito. Tony tinha mais dinheiro do que poderia gastar em uma vida.
Ela rezou para que eles aceitassem.
Finalmente, John falou. — Anthony, muito obrigado. É difícil para mim aceitar sua generosidade.
Tony tinha mais um truque, — John, já ouvi histórias sobre Claire vivendo com vocês dois para um ano após a faculdade? — John disse que sim, ela morou com eles.
— Talvez vocês pudessem justificar isso como um pagamento de aluguel em atraso? — Tony estava sorrindo. Claire queria chorar. Em vez disso, ela sorriu para John
e Emily. Eles tinham que ver o quão maravilhoso Tony poderia ser.
John e Emily trocaram olhares. Finalmente, foi Emily que aceitou, — Obrigada. Você tem nossos números. Por favor, nos deixe saber os detalhes. — a conversa cessou.
Todos eles se levantaram para sair e Claire pensou sobre a fatura. Aparentemente, foi tomada e cuidada, sem ninguém perceber, um confronto a menos. Tony entrou em
contato com Eric e ele tinha o carro à espera lá fora. Claire esperava que a atitude polida do jantar continuasse no carro. As mulheres entraram primeiro, seguido
por John, que estava sentado perto de Emily, e Tony, que estava sentado perto de Claire.
Assim que Eric se afastou do meio-fio, John começou a falar. Sua voz era forte e direta, como se estivesse se dirigindo a um júri ou juiz.
— Anthony, me desculpe por empacar Claire no corredor. E, Claire, eu peço desculpas a você por fazer você se sentir desconfortável. — Emily olhou para John com horror
em seus olhos, completamente inconsciente. Claire suspirou e se recostou, pensando apenas, oh Deus, ele vai continuar com isso. Ela olhou para Tony. — Mas eu conheci
Claire desde que ela era uma menina pequena. Eu fiz o meu melhor para cuidar de Emily e Claire, especialmente desde a morte de seus pais. Eu a amo como uma irmã.
— ele sorriu para Claire, depois de volta para Tony com toda a seriedade. — Eu sou um advogado, e eu acredito que Claire merece representação legítima sobre as implicações
legais de seu casamento.
Claire não falou, Tony fez, — John, eu certamente aprecio o fato de que Claire tem alguém que se preocupa com seu bem-estar. Devo enfatizar o fato de que ela vai
ser minha esposa e eu vou cuidar dela. Posso te assegurar que temos toda uma equipe de advogados que irão representa-la em qualquer circunstância legal necessária.
John continuou implacável. — Com todo o respeito, sua equipe jurídica vai olhar seus interesses, como deveriam. Claire é obviamente apaixonada por você e confia
em suas decisões.
— Você está insinuando que você não confia em minhas decisões?
— Não, eu não estou querendo dizer isso. Estou dizendo que, como cunhado e advogado de Claire, eu deveria rever o acordo pré-nupcial antes de sua assinatura.
Claire não se sentia bem sobre essa discussão. Talvez ela pudesse ajudar. — Obrigada, John, por sua preocupação. Eu confio em Tony- —ela soube imediatamente que
ela não deveria ter falado. Ela parou.
Tony continuou, — Sua preocupação é admirável. E a sua persistência é louvável. Como advogado de Claire, não seu cunhado, vou te informar que não planejo ter um
acordo pré-nupcial. Quero que Claire tenha metade de tudo. Eu não planejo me divorciar dela, deixando-a, ou ela me deixando. Eu acredito que ela deveria ser minha
parceira em todos os sentidos com tudo. Ela vai ter a metade de tudo que possuo em 18 de dezembro.
John se sentou em silêncio e olhou para Tony. Ele não esperava essa informação. Finalmente, ele falou. — Você já consultou sua equipe de assessores jurídicos?
— Desculpe? Você está perguntando como advogado de Claire?
— Não, eu estou perguntando como o seu futuro cunhado. Conheço Claire. Eu sei que ela é uma mulher maravilhosa que está apaixonada. Mas, como um advogado, um homem
de sua riqueza não deve entrar em um negócio sem um contrato, e você não deve entrar em um casamento sem um acordo pré-nupcial.
Tony sorriu, achando graça. Diversão não implicava uma coisa boa. Claire rezava que tudo fosse uma invenção de sua imaginação, talvez ela estivesse dormindo novamente
e isto era um pesadelo. Emily se sentou em reverência, estupefata pelo debate verbal que transpirava diante dela. Tony decidiu que a conversa estava encerrada. —
John, obrigado por seu conselho. Obrigado por sua assessoria jurídica. O seu cuidado e preocupação com Claire está devidamente anotado e congratulado. Estou ansioso
para mais debates ao vivo com você no futuro. Posso fazer uma sugestão? — John disse que sim. No entanto, sua resposta foi inconsequente. A declaração formada como
uma questão era puramente retórica. Tony iria oferecer sua sugestão de qualquer maneira.
— Essas conversas devem e terá lugar em particular. — John concordou.
Ficaram em silêncio por um tempo. Finalmente, Emily quebrou o silêncio desconfortável e disse a Claire que ela iria sentir falta dela e não podia esperar até que
elas estivessem juntas novamente para o casamento. Então ela se virou para Tony. — Se ainda formos bem-vindo?
Sua boca sorriu. Claire não precisava olhar para saber que seus olhos não demonstravam o mesmo. — É claro que estamos ansiosos para a visita de vocês. — Quando o
carro chegou ao hotel deles, Eric abriu a porta e Tony saiu primeiro. Emily e John abraçaram Claire em seu caminho para fora. Emily disse a Claire para ligar mais,
e ambos apertaram as mãos de Tony quando entraram no hotel.
Tony voltou para Eric e fechou a porta. Tony colocou a cabeça para trás no assento. Claire achou que ainda não deveria falar. Ela queria dizer a ele o quão satisfeita
estava com o que ele tinha dito. Ela confiava em suas decisões e que ela não se importava com o dinheiro. No entanto, era óbvio que Tony não estava feliz. Ela optou
por permanecer em silêncio. Quando o carro se afastou, Tony apertou a mão de Claire e falou, seu tom não era nem quente nem brincalhão, — Eu acredito que é bom que
você tenha tirado um cochilo à tarde. — Eric os levou para o apartamento.
Resistência prolongada doma a escuridão.
- Lorde Byron
Capítulo vinte e oito
Durante os oito meses em que morou na propriedade de Tony, ela nunca viu visitantes, negócio ou pessoal. A casa permanecia ocupada com funcionários e colaboradores.
Pessoas que limpavam, cozinhavam, e cumprem outras responsabilidades enchiam a casa. O lugar muitas vezes se movimentava com jardineiros e trabalhadores de manutenção,
mas nunca convidados. Foi por isso que quando eles se aproximaram da casa, parecia estranho ver vários carros estacionados na olaria na escada principal.
No avião e novamente no carro, Claire recebeu o discurso de regras. Parecia incrivelmente redundante. Ela tinha ouvido centenas de vezes, literalmente. Ela sabia
as palavras de cor. Siga minhas regras: número um, faça o que é dito, não divulgue informações pessoais, as ações têm consequências, as aparências são de importância
vital, e o fracasso em público não é uma opção. Aparentemente, ser noiva de Tony não a livrava das regras. Por uma questão de fato, ele fez tudo isso mais crítico.
Shelly, assessora de imprensa de Tony, lançou a declaração preparada para a imprensa. Que simplesmente dizia,
Anthony Rawlings, empresário de renome mundial.
Empresário feliz anuncia seu noivado com Claire Nichols,
Originalmente de Indiana. Os dois planejam um casamento pra Dezembro.
Os detalhes não estão disponíveis neste momento.
O comunicado de imprensa divulgou noivado público. Ela agora era representada diretamente a ele. Mudar de ideia neste momento seria um fracasso público e inaceitável.
Ela não tinha planos de mudar de ideia.
No entanto, se ela precisasse de uma razão para mudar de ideia, ontem à noite teria sido isso. Aparentemente, a gentileza e carinho de Tony a pouco revelado, tinha
se evaporado durante a sua discussão com John. Claire disse a si mesma que era um revés momentâneo. A discussão perturbou Tony. O comportamento de John teve consequências.
Claire aceitou de bom grado as consequências do que seu cunhado em seu lugar. Ela sabia como devia se comportar, e até acreditava que ela estava ficando boa nisso.
A partir da experiência, ela acreditava que, com a manhã, o novo Tony carinhoso estaria de volta. Ela estava mais do que certa.
Quando eles entraram na sua casa, Catherine se encontrou com eles na porta. O sorriso dela sorriu de orelha a orelha, e ela os abraçou. Claire realmente a amava.
Ela era o coração da sua casa. Tony obviamente respeitava sua opinião e ela a dele. A aprovação de Catherine agradou Claire. Ela era provavelmente, a única importava
para ela além de Tony.
— Sra. Claire, estou tão feliz. Eu já sabia há muito tempo que você é exatamente o que o Sr. Rawlings precisa em sua vida. — ela sorriu para Claire quando Tony ouviu.
— Umm, eu sou o que alguém precisa? — seu tom de voz e rosto sorriam. Catherine o abraçou e disse a ele que muitas pessoas precisam dele. Em seguida, ela informou
que ele tinha convidados em seu escritório. Claire de repente pensou sobre suas restrições a respeito de seu escritório. Por que os outros estavam lá sem ele, mas
ela não poderia? Caminhando em direção a seu escritório em casa, ela debateu isto em sua mente. A resposta foi dolorosamente óbvia. Toda a gente no mundo tinha acesso
a telefones, computadores e Internet, exceto ela.
As portas duplas para o escritório de Tony estavam entreabertas. A mesa de conferência estava cheia de livros que se assemelham a álbuns de fotos e um computador
portátil aberto. Duas mulheres e um homem organizaram os materiais e conversavam uns com os outros. Tony levantou a mão em silêncio na porta e observou. Finalmente,
uma das mulheres olhou para cima e reconheceu Tony.
— Sr. Rawlings, Olá. Me deixe te apresentar o seu planejador e consultor de casamento.
Tony deu um passo em direção a ela. Ela era uma atraente, alta, morena com aparência profissional e parecia ter a mesma idade de Claire. Quando ela andou em direção
a Tony, ele se virou para Claire.
— Patricia, me deixe finalmente apresentá-la para a minha noiva, Claire Nichols. Claire, esta é a minha assistente número um, secretária, e minha mão direita, Patricia.
— sua introdução revelou sua admiração por suas habilidades.
Ambos estenderam suas mãos. Claire falou primeiro. — Eu ouvi tantas coisas maravilhosas sobre você. É muito bom finalmente conhecê-la.
A saudação de Patricia soou menos gregária. — Olá, Nichols, já ouvi falar de você. — Claire definitivamente detectou animosidade, mas optou por esperar e deixar
as fichas caírem. Patricia continuou com as apresentações. — Brad Clark e Monica Thompson, gostaria de apresentar o Sr. Anthony Rawlings e sua noiva, Claire Nichols.
Sr. Rawlings, Brad é o seu consultor de casamento, e Monica é o sua organizadora de casamentos. Eles são altamente recomendados e tem algumas ideias maravilhosas
para compartilhar.
Claire e Tony apertaram as mãos e disse como eles estavam felizes por encontrá-los. Tony olhou para o relógio, meio dia e meia. Eles deveriam chegar às duas. No
livro de Tony, isso tinham feito pontos de bônus. Claire, por outro lado, teve um almoço antecipado. Ela estava menos satisfeita, mas sorriu e prosseguiu com a reunião.
Brad e Monica mostraram a Tony e Claire a mesa de conferência de Tony.
Brad e Monica começaram por explicar quão honrados estavam por serem escolhidos para ajudar com o casamento deles. Em seguida, eles apresentaram uma apresentação
em Power Point muito informativo com infinitas opções disponíveis para o Sr. Rawlings e Nichols. Eles também exibiram fotos de seus trabalhos anteriores, exemplos
de decorações, bolos, recepções, e etc. Eles fizeram perguntas, tanto a Tony e a Claire. O que eles querem em seu casamento? Quantas pessoas eles planejam? Onde
na propriedade o casamento e a recepção serão realizadas? Qual seria a hora da cerimônia? Quais as cores que eles queriam? Que tipo de comida? Que tipo de música?
Enquanto as perguntas eram tediosas, Claire não pode deixar de notar os olhares de Patricia. Ela era excessivamente atenta ao Tony. - Sim, Sr. Rawlings. - Eu posso
conseguir isso para você, Sr. Rawlings. -Deixe-me cuidar disso, Sr. Rawlings. - Pela primeira vez desde as consequências de John e as múltiplas discussões sobre
regras, Claire estava feliz por ser a futura senhora Rawlings. Ele ainda se divertiu de como a malicia de outra mulher poderia reajustar sua atitude como uma adulta.
Claire se viu segurando o braço de Tony, olhando fotos de bolos e luzes e mesas e flores, e dizendo as coisas certas. Ele sorriu carinhosamente e ela irradiava felicidade.
Patricia ficava de lado tomando notas.
Tony então pediu a Claire para mostrar a Brad e Monica a área do nível principal de sua casa para que pudessem debater. Eles iriam voltar a eles na segunda-feira,
com possibilidades para a cerimônia e recepção. Enquanto caminhava com eles de sala em sala, ela viu a mansão em uma nova perspectiva. Aos seus olhos, era uma magnífica
exibição de arquitetura e uma casa requintada. Não havia sido isso para ela, tinha sido uma prisão. Tony se referiu como a casa deles, tanto hoje, quanto no dia
que passaram com John e Emily. Ela sorriu enquanto pensava, esta é a minha casa.
Tony e Claire prometeram conseguir uma lista de convidados muito em breve. Eles, com a ajuda de Brad e Monica, decidiram que sendo um casamento no Natal, vermelho,
verde e preto seriam as cores. A pergunta ainda permanecia se o vestido de Emily seria verde, vermelho ou preto. Haveria luzes de Natal, muitas luzes, a partir dos
portões até a casa. A casa teria uma decoração natalina muito chique. O número de convidados iria determinar a configuração do casamento e recepção. A música durante
o casamento seria fornecida por um quarteto em violinos e um harpista. Brad e Monica unirão alguns CDs demo e Tony e Claire puderiam escolher a música.
A recepção seria em casa ou talvez no quintal. Claire pensou que estaria frio. Brad prometeu uma tenda, decorada e aquecida. Ele até tinha fotos de recepções anteriores
com tenda. Com as decorações, mesas, e as pessoas, não parecia que era uma tenda, apenas uma sala de recepção. O próximo obstáculo era o bolo. Eles devem ter olhado
cinquenta diferentes fotos de bolos. Quanto a sabores, Tony disse que gostava do branco tradicional. Claire saiu do limbo e disse que gostava de chocolate. Ela esperava
para algumas provas. Monica sorriu e explicou que tinha outras opções, como cenoura, veludo vermelho, caramelo, chocolate framboesa, e muito mais. Claire se sentiu
mais uma vez dominada por muitas escolhas.
O próximo debate envolveu o cardápio para a recepção. Desde que Claire só tinha escolhido duas das suas refeições nos últimos oito meses, ela perguntou a Tony se
ela poderia fazer uma pausa e comer alguma coisa. Ela não se sentia bem, baixo açúcar no sangue. Ele beijou a bochecha dela e disse que ela deveria descansar. Ele
podia cuidar disso. Patricia acrescentou: — Eu estarei aqui para ajudar.
— Eu tenho certeza que você vai. — ela beijou Tony e foi para a cozinha para encontrar Catherine e almoçar. Eles estavam quase acabando por hoje. Brad e Monica voltariam
na segunda-feira à tarde, quando Tony voltasse para casa do trabalho. Nessa hora, os planos mais definitivos seriam feitos e outros finalizados. Foi divertido falar
de possibilidades, sem considerar as ramificações financeiras. Tony estava certo. O casamento será planejado e realizado em 18 de dezembro. Dinheiro poderia fazer
qualquer coisa acontecer.
A cozinha deles era mais industrial do que acolhedor. Ela não tinha comido lá antes, mas com as pessoas em todos os lugares parecia um local isolado e seguro. Sentada
em uma mesa pequena perto das janelas, Claire olhou para o quintal e garagem. Ela estava lá, comendo um sanduíche quando Tony encontrou.
— O que você acha sobre os planos? — sua voz soou clara e a trouxe de volta à realidade. Ela estava deixando sua mente vagar. Não tinha estado em qualquer lugar
em particular, apenas um lugar feliz. Ela estava pensando em luzes, árvores de Natal, seu vestido de casamento, Tony em um smoking, e uma sensação de calor. Lembrou-se
do calor de suas visões, enquanto ela estava doente, e seus pensamentos atuais foram dando-lhe a mesma sensação. É uma mudança agradável a realidade ser o seu lugar
quente.
Ela sorriu para Tony quando ele se aproximou. — Eu acho que eles são maravilhosos. Eu não posso acreditar que eles não estão pirando sobre o prazo.
— O que foi que eu disse?
Ela sorriu. — Nós não temos tempo suficiente para discutir todas as coisas que você me disse.
— Você parece feliz. — sorrindo, ele roubou a outra metade do seu sanduíche. — Eu quis dizer isso sobre o que o dinheiro pode fazer para ajudar o nosso casamento,
dá para fazer o que quiser. — ele deu uma mordida no sanduíche.
— Você disse que iria e obviamente faz. Eu ainda estou um pouco em choque. — Claire tomou um gole de água e acariciou o braço de Tony. Olhando em seus olhos castanhos,
ela disse: — É um bom estado de choque. — ele tomou água e começou a beijar seu pescoço. — Você percebe que você tomou meu sanduíche e agora a minha água?
Tony murmurou: — Eu acho que talvez você tenha pego algo meu.
Ele ficou de pé ao lado da cadeira. Ela colocou os braços em volta de sua cintura e olhou para seu rosto. — Eu fiz? O que eu peguei?
Ele se abaixou para beijá-la. Ela se levantou para encontrá-lo no meio do caminho. Seus lábios suavemente tocaram seus lábios e pescoço enquanto suas mãos ficam
enroladas em seu cabelo. — Creio que foi o meu coração. — o corpo de Claire esqueceu as demandas da noite anterior. Na verdade, ele começou a fazer exigências próprias.
Ele puxou seu cabelo com os dedos, fazendo com que seu rosto olhasse para cima. Ela pensou em perguntar sobre Patricia, era um pensamento fugaz. Houve um problema
mais premente. — Todo mundo ainda está aqui? — ela apertou de volta.
— Brad e Monica saíram, eles vão voltar na segunda-feira para nos dar mais informações. Podemos tomar decisões mais definitivas então. — ela beijou seu pescoço enquanto
ele falava. Sua voz revelou o efeito de seus beijos. — E Patricia está coletando nomes para a nossa lista de convidados. Ela ainda está no meu escritório. Eu disse
a ela que eu precisava verificar você para me certificar de que você estava se sentindo bem. — seus olhos cor de chocolate se escondiam atrás de suas pálpebras fechadas.
Claire não podia resistir. — Estou me sentindo muito bem, como você acha que eu estou sentindo? — ele murmurou quando ela falou entre beijos. — Então, me explica
por que eu não posso estar em seu escritório sozinha e ela pode?
Ele a puxou para perto. — Porque eu disse isso. — suas mãos acariciavam a pele macia debaixo de sua camisola.
— Eu odiava essa resposta quando se tratava dos meus pais, eu não acho que eu gosto delas em você também. — ela não estava discutindo ou reclamando. Pelo contrário,
ela estava concordando com tudo.
— Ok, que tal, porque você não precisa se preocupar essa cabecinha linda com qualquer coisa lá dentro? Os telefones, Internet, computadores... Tudo que você precisa
se preocupar é comigo.
— Ah, e eu me preocupo! Eu me preocupo com você constantemente. — ela esfregou o queixo e ouviu seu coração bater rapidamente em seu peito largo. — Então você não
preocupa com a linda cabeça de Patricia?
Sua voz soava rouca e distante. — Ela tem uma cabeça bonita? Eu não notei. — ele não poderia ter dito qualquer coisa que teria agradado a Claire mais naquele momento.
Ela sugeriu ir para o seu quarto ou o quarto dela, ele mencionou os atributos do chão da cozinha, quando Catherine fez um som de tosse alto.
— Me desculpe, Sr. Rawlings, Sra. Claire. O Senhor e a Sra. Simmons estão aqui para vê-los.
Claire olhou para Tony com desespero. — O que aconteceu com nunca ter visitantes? — ela sorriu e tentou arrumar seu cabelo e suéter. Tony de repente se afastou de
Catherine e olhou pela janela de trás, respirou fundo, e tentou ajustar sua aparência. Claire decidiu que ela deveria abordar Catherine, Tony estava tendo dificuldade
para falar. —Obrigada, Catherine. Você pode, por favor, dizer a eles que o Sr. Rawlings e eu vamos pra lá em poucos minutos? — Catherine disse que iria mostrar os
Simmonses a sala de estar. Claire foi para Tony e sussurrou em seu ouvido: — Desculpe.
Ele se virou para ela, com um sorriso, sua voz macia e brincalhona. — Você vai ter tempo para isso, mas me dê um minuto. — houve um tempo em que essas palavras teriam
a aterrorizado. Hoje não foi um deles, o planejamento do casamento, estar em casa, e as preliminares fantasiosas tinha definido o palco. O palco estava quente, como
suas visões.
— Estou ansiosa para essa promessa. — ela se inclinou contra um balcão e esperou que ele se contivesse. Ela tentou, mas não conseguia se lembrar de uma vez nos últimos
oito meses que ele tinha estado nesta situação. Sorrindo, ela achou isso divertido.
Eles caminharam de mãos dadas para a sala de estar. Quando chegaram, Brent e Courtney se levantaram para cumprimentá-los. Courtney correu para Claire e a abraçou.
Depois de Catherine, essa foi a melhor resposta que recebeu de alguém sobre seu noivado. Ela realmente se sentia como se estivesse sendo abraçada por uma amiga.
Claire não poderia deixar de se sentir feliz. Foi um verdadeiro prazer, que de repente parecia estar retornando. Ela gostou. Courtney puxou a mão esquerda de Claire,
olhou seu anel e a levou para um dos sofás. Ela queria saber tudo sobre Nova York, o pedido e tudo! Claire olhou para Tony. Ele e Brent estavam envolvidos em discussões
que os levaram longe das senhoras e para o escritório de Tony.
Ela se enrolou no sofá com os braços em volta dos joelhos, e conversou com sua amiga. Não era desconfortável ou difícil. Ela não se sentia ameaçada pelas perguntas
de Courtney ou a pressão para simular suas respostas. Ela não sentia a necessidade de minimizar a proposta extravagante de Tony. Ela estava feliz e aceita.
Catherine trouxe café, e Courtney ouvia enquanto Claire dizia a ela sobre Nova York. Desde as compras pelo vestido perfeito e sobre a noite fria no Central Park,
ela recontou o dia inteiro. Tudo era tão romântico! Ela não iria repetir a proposta dele, mas foi maravilhoso. Ela não podia acreditar que ele realmente a pediu
em casamento.
Courtney mal podia conter sua excitação. — Nós temos sido amigos de Tony por um longo tempo. Ambos, Brent e eu temos notado algo diferente com Tony recentemente.
A maneira como ele olha para você, nunca vimos esse olhar em seus olhos antes. É maravilhoso vê-lo apaixonado.
A simplicidade de conversar, rir e compartilhar encantou Claire. Em algum momento durante a conversa, ela pensou ter ouvido vozes, vozes altas vindo da direção do
escritório de Tony. Courtney ouviu isso também. Elas encolheram os ombros e continuaram com o seu bate-papo. Courtney disse a Claire que ela estaria disposta a ajudá-la
de alguma forma. Ela ficaria feliz em testar as provas de alimentos ou sobremesas, ouvir música, amarrar laços nas cadeiras, ajudar os endereços para os convites,
o que quer que Claire necessitasse. Ela estava oficialmente à sua disposição.
Os homens voltaram para a sala de estar. Não tão joviais quanto às senhoras; no entanto, eles agiram afáveis. Courtney finalmente perguntou: — Está tudo bem? — Tony
disse que estava e Brent concordou. As senhoras estavam se divertindo muito para deixar os homens mudar isso.
Courtney continuou a perguntar sobre o casamento. Seria realmente em três semanas? Eles gostaram do coordenador e planejador? Quando Tony não estava por perto, ela
queria dar pitado sobre o vestido da Claire. Então ela disse a Tony sobre sua oferta para ajudar Claire. Ela estava tão animada. Eles saíram cerca de duas horas
depois que eles chegaram.
Claire começou a subir para sua suíte quando se lembrou de Patricia. Ela tinha saído? Tony disse que ela tinha saído quando Brent chegou lá. Ela levou informações
para casa e ela traria uma lista de convidados para avaliar segunda-feira no escritório.
— Será que podemos comer na minha suíte? Foi um grande dia, e eu estou cansado. — durante o jantar, Tony disse a Claire que ele e Brent tinham trocado palavras durante
a tarde. Brent era o consultor jurídico de Tony e era seu melhor amigo, Claire ficou surpresa. O que aconteceu? Ele explicou que Brent o questionou do mesmo jeito
que o cunhado ela. Claire suspirou. — O acordo pré-nupcial de novo. — ele disse que sim, Brent também insistiu que eles tivessem um. Claire concordou. — Eu não me
atreveria a pensar em nada sobre seus pertences, mas se todo mundo acha que devemos ter um, vamos fazer isso.
Ela não percebeu que a conversa se tornou intensa, mas antes que ela pudesse piscar, ele se levantou da cadeira. Seu tom imediatamente estava duro e ele estava muito
perto. — Eu estou doente e cansado de todo mundo me dizendo o que fazer. Eu fiz a minha decisão. Isso é o que eu disse a Brent e estou dizendo a você também. Não
haverá um acordo pré-nupcial, e você sabe por quê?
Ela encontrou seus olhos com os dele. — Tony, por favor, você disse que não iria me machucar de novo. — ele soltou seus braços e caiu de volta para sua cadeira.
— E você prometeu não me dar motivo.
Ela pensou sobre a pergunta que ela ainda não havia respondido. Não responder poderia ser considerado um motivo. — Eu não sei por que não devemos ter um acordo pré-nupcial,
exceto por você não querer um.
— Isso é parte disso. — ele andava. Todo mundo questionando seu julgamento o fez se sentir desrespeitado. — A outra parte é, — ele se ajoelhou até Claire, seu rosto
mais uma vez muito perto dela, com os olhos preto brilhando e olhou nos olhos dela. Ela não desviou o olhar, — Eu sei que eu não vou deixá-la. E eu sei que você
não vai me deixar. — com sua voz lenta e malévola, ele perguntou: — Você vai?
Ela enfrentou um desses momentos: se deixar assustar com o seu tom, a proximidade, e permitir que a sua mudança súbita estragasse um dia que ela realmente gostou,
ou tentaria resolver a situação antes que ficasse fora de controle. Ela escolheu a segunda opção. Ela respondeu a pergunta com uma voz que parecia ao mesmo tempo
calma e composta. — Concordei em ser a senhora Anthony Rawlings há apenas três dias. Tem sido um turbilhão desde então, e meu casamento é daqui a três semanas. Nós
dois estamos sobrecarregados. Tony, eu nunca pensaria em deixar você.
Seus olhos ainda brilhavam, a negritude se intensificou. — Você tem alguma ideia das consequências, se você decidir me deixar?
Continuaram com o contato visual, — Eu prefiro pensar sobre as consequências de ficar com você e aprender o que é que te faz feliz, —ela sorriu, — E aprender o que
você quer de mim e quando você quer. — seus olhos marrons se iluminaram e piscaram. — Talvez você possa me dar algumas dicas? — ele estava se acalmando. Ela assistiu
para que a tensão e fúria abandonasse o rosto dele. Continuando com o tom sereno, mas agora brincalhão, ela acrescentou, — Por uma questão de fato, eu acho que você
estava me prometendo algo esta tarde na cozinha.
Funcionou. Ele se abrandou. Ela não fez o primeiro movimento, fazendo ele acreditar que ele estava no controle. Quando ele se levantou e não falou, ela pensou que
talvez ele estivesse saindo da sua suíte e essa conversa estava acabada. Mas ele não o fez. Em vez disso, ele a pegou da cadeira e a levou para a cama.
Ele não estava como antes e não era o seu novo eu mais suave. Ele estava em algum lugar no meio, mas mais perto do suave do que na noite anterior. Ela fez isso,
ela o acalmou. Sua resposta resultou na consequência que ela esperava. Claire iria entendê-lo. Entretanto, este foi um pequeno trovão, mas nenhuma tempestade.
Sem amigos, ninguém escolheria viver,
embora tivesse todos os outros bens.
- Aristóteles
Capítulo vinte e nove
As próximas duas semanas e meia voaram.
Em algum momento durante a sua primeira noite em casa, Claire acordou e ouviu a respiração de Tony em sua cama. As cortinas estavam abertas, e a luz da lua iluminava
em sua suíte. Ela olhou em volta e se aconchegou nas almofadas. Ela estava em sua suíte em sua casa, e não em Nova York. Em três semanas, tudo isso seria realmente
metade dela. O valor monetário não era a paixão dela. Foi o fato de que ele queria que pertencesse a ela. Ela possuía memórias que ela se recusava a pensar. Ela
também possuía uma promessa de um futuro. Quando se ela aninhou sob o edredom macio para baixo ao lado de seu noivo dormindo, ela sabia que iria segurar firme a
essa promessa.
Eles se reuniram com Brad e Monica na segunda-feira seguinte do dia de Ação de Graças. Claire sabia que eles estavam definindo as despesas, seja ela qual for. Tony
disse para Claire não se preocupar com isso. Suas ideias foram surpreendentes. O casamento terá lugar na grande entrada, com Claire descendo a escada, que seria
decorada com luzes e tapeçarias. A recepção seria no quintal, em uma grande tenda aquecida e acessível aos hóspedes da varanda que recebia sol. Haveria muitas árvores
de Natal e milhões de luzes claras. Haveria sempre-vivas e flores vermelhas. Emily se vestirá de preto e carregará um buquê vermelho. Haveria um bar e horas noturnas
livres pra ter uma refeição e se sentirem satisfeitos. O bolo era chique e decorado com flores reais. Os sabores incluíram chocolate fraco, framboesa e cenoura.
Claire estava especialmente animada com o quarteto de violinos da Quad City Symphony, o lugar em que ela e Tony foram pela primeira vez juntos.
Tony deu a eles a lista de convidados que Patricia tinha feito. Ele perguntou a Claire sobre os convidados dela mais e mais. Ela repetiu que ela só se preocupava
com Emily e John e os amigos próximos de Tony. Ela viu a dificuldade que Emily tinha com o novo estilo de vida de Claire. Ela temia que seus velhos amigos não se
sentissem confortáveis, e mencionou Meredith como um exemplo de por que seus amigos de antes não deveriam comparecer. Tony não podia argumentar sobre essa lógica.
A lista de convidados era composta das poucas pessoas que era ligadas à Tony, Tony e 150 de seus não tão próximos aliados políticos e empresariais. Pessoas, ele
explicou, deveriam ser convidas quando ele queria e achasse necessário.
Brad e Monica tinha um rascunho do convite de casamento:
Você está cordialmente convidado para a cerimonia privada de casamento de:
Sra. Claire Nichols e Sr. Anthony Rawlings.
A cerimónia terá lugar na fazenda de Iowa City do senhor e a Sra. Rawlings em dezoito de dezembro de 2010, precisamente às 17h30min.
Uma recepção com jantar e valsa seguirá imediatamente na propriedade.
Patricia se ofereceu para receber e compilar os convites pessoais. Tudo seria tratado no escritório Iowa City de Tony.
O quarteto de violinos começaria tocando às cinco horas, com a cerimônia às cinco e meia. Haveria estacionamento com manobrista e havia uma pessoa recolhendo casacos,
desde que casacos de inverno eram previstos. A recepção incluiria uma banda de jazz ao vivo e dança. Não haveria um DJ, mas haveria um MC para fazer anúncios e conversar
com os convidados. Cada convidado ou ‘par’ receberia uma cesta com presentes em apreciação à sua participação no casamento do Senhor e Sra. Rawlings. As cestas incluíam
uma garrafa de um bom vinho, dois copos de vinho de cristal, alguns chocolates finos embrulhados em papel vermelho e verde, e uma nota agradecendo a eles pela sua
participação.
Brad perguntou a Claire se seu pai estaria levando ela até o altar. Ela disse a ele que seu pai era falecido. Ele perguntou se ela tinha mais alguém para entregá-la
ou ela planejava descer as escadas e corredor sozinha. A questão levou Claire a pensar em John. Ela não pediu, ela apenas olhou para Tony.
Ele suspirou e respondeu a Brad, — Ela gostaria de ter seu cunhado a entregando. — mais tarde, Tony disse a Claire que ele gostou da ideia. Talvez, se John a levasse,
ele aceitaria que ela era sua esposa em primeiro lugar.
Tony, Brent, seu padrinho e John, todos precisam de smoking correspondentes. Tony gostava de Armani e disse que entraria em contato com os homens para fazerem os
smokings sobre medida. Não demorou e Tony e Brent chegaram a um entendimento mútuo sobre o acordo pré-nupcial. Tony concordou em não ter um. Brent concordou em aceitar
a decisão de Tony.
Uma vez que Tony e Claire aprovaram os desenhos e modelos que Brad e Monica criaram, o trabalho começou. Primeira coisa na terça-feira de manhã foram as equipes
de trabalhadores descendo sobre a propriedade. Havia caminhões com trabalhadores colocando luzes nas árvores, e eletricistas arrumando fios de ligação para assegurar
iluminação. A equipe de construção trabalhou no quintal construindo da grande tenda, com mais eletricistas para iluminação e aquecimento. Havia pessoas na casa colocando
decorações. Catherine estava preocupada com o grande número de pessoas. Ela garantia que todos sabiam que ela estava no comando da casa e todos responderam a ela.
Claire fez o seu melhor para ficar fora do caminho. Tony saiu todas as manhãs para o trabalho. Ele tinha um casamento em menos de três semanas e o desafio de cuidar
de uma indústria multibilionária que precisava da sua atenção. Ele ainda precisava fazer algumas viagens a lugares tão distantes como Dallas, Los Angeles e Nova
Inglaterra.
Claire também precisava fazer mais algumas viagens a Nova York para acessórios. Tony não tinha planejado isso. Foi a oferta de Courtney de ajudar de alguma forma,
que reduziu a sua ansiedade. Ele requereu que Claire fosse a única a ligar para Courtney e perguntar. Courtney parecia emocionada. Elas usariam o jato de Tony, desde
que ele não estava usando. Se ele precisasse viajar para lá, o jato das Indústricas Rawlings estaria disponível. Eric iria acompanhá-las.
Tony também permitiu que Claire entrasse em contato com Emily e John, após a reunião com Brad e Monica. Ela deixou Emily saber que seu vestido seria preto. Emily
parecia exultante ao saber que não era rosa. Claire também perguntou a John se ele iria fazer-lhe a honra de leva-la até o altar. Ele respondeu: — Claire, eu ficaria
honrado em acompanhá-la até o altar, mas sei que nunca vou desistir de você. — claro que Tony estava ouvindo enquanto ela falava e revirou os olhos negros para Claire.
Ela não deixou que sua voz vacilasse. Ela agradeceu a ele por sua dedicação constante. Claire também lembrou a Emily de entrar em contato com a loja sobre seus acessórios
e disse a eles que Tony ou sua secretária, Patrícia, iriam entrar em contato com eles sobre seus planos de viagem, bem como o smoking de John.
Tudo estava se encaixando.
Em sua primeira viagem a Nova York, Claire e Courtney saíram cedo de Iowa na quarta-feira de manhã, dia oito de dezembro. Com uma diferença de hora, demorou três
horas e meia para chegar a Nova York. Elas saíram às seis da manhã, que ambas as senhoras disseram que era muito cedo. Chegaram a tempo, antes das dez em East Coast
e foram diretamente para a boutique.
O vestido estava pronto e precisava de algumas alterações. Os sapatos de Claire eram brancos, modelo Mary-Jane, com saltos frisados de dez centímetros. Olharam maravilhadas
para o vestido. Quando Claire saiu do provador, Courtney gritou. Isso chocou Claire no começo, mas depois ela começou a rir. Courtney estava animada. Claire se divertia
muito com ela. Courtney estava além de impressionante, bonita, elegante assim como Claire. Ela prometeu que Tony estaria fascinado desde o momento em que a visse.
Depois da boutique, Courtney disse a Eric que elas estavam indo para o Tribunal Astor no St. Regis Hotel, uma das melhores lojas de chá de Nova York, para o almoço.
Ela também disse que ele não precisava se preocupar em ir buscá-las até depois das três. Elas tinham algumas compras para fazer. Claire tentou argumentar seu desconforto.
Ela não queria discutir, mas ela sabia que só tinha recebido permissão para ir ver seu vestido, não fazer compras. Courtney não iria discutir o assunto, Claire sentia
cada vez mais doente.
Quando chegaram à loja de chá, Courtney sentiu o desconforto de Claire. Ela não questionou Claire, ela apenas casualmente mencionou, — Tony e eu concordamos quando
falamos na outra noite que você precisa de um vestido novo para o ensaio do casamento. E esta tarde seria um ótimo momento para encontrar um. — Claire relaxou. Ela
desejou que ele tivesse dito alguma coisa, mas ele sabendo sobre isso a fez se sentir melhor.
Sem dizer tudo isso para Courtney, ela sorriu e disse: — Bem, tudo bem almoçar primeiro, e então encontrar o melhor vestido da cidade! — ela tinha comprado muitas
vezes com seu cartão de crédito, mas fazer compras com uma amiga e seu cartão de crédito era muito melhor. Courtney a ajudou a encontrar um vestido Valentino que
era uma mistura de lã e de algodão vermelho com um arco assimétrico. O pescoço em forma de V iria mostrar o seu colar e é claro que ela precisava de sapatos novos
para seu novo vestido. O sapato de couro de Salvatore Ferragamo era um complemento perfeito. Não só ele era deslumbrante, mas a cor também era perfeita para todo
o tema do Natal. Claire adorou estar com alguém que parecia confortável com as compras mais sofisticadas.
O ensaio seria na casa de Tony e Claire, mas Courtney insistiu que o jantar de ensaio seria nada casa dela e de Brent. Afinal de contas, era a responsabilidade dos
padrinhos do noivo, e eles eram os mais antigos amigos de Tony. Eles estariam honrados em sediar este evento especial. Claire agradeceu a gentileza, e disse que
ela iria falar com Tony e retornar a ela o mais breve possível.
Quando Claire voltou para casa naquela noite, ela ficou aliviada que ela tivesse chegado antes de Tony. Quando chegou sete horas e ele chegou para jantar, ela se
encontrava nervosa sobre as compras e sobre o almoço adicional. Ele não aliviou seu desconforto quando ele perguntou sobre o seu dia. Ela gostou do vestido? Oh,
ela gostou muito, e Courtney gostou muito. Elas vieram de volta para Iowa após a boutique?
Claire hesitou e olhou Tony. Sua expressão não revelou qualquer conhecimento de suas atividades. De repente, ela temia que Courtney tivesse dito a ela que estava
tudo bem só para acalmá-la. Ela colocou sua máscara, mordeu o lábio, e casualmente continuou: — Ah, não, não o fizemos. Courtney tinha previamente combinado com
você, — ela acrescentou, — em estender esse dia.
Enquanto Claire respondia, Tony olhou para o seu prato, em seguida, mudou apenas os olhos para Claire. — Desculpe?
Seu coração disparou. — Por que não me disse que tinha organizado para nós compras para o meu vestido de ensaio? — ele sorriu. Aparentemente, Courtney tinha barganhado
com ele, ele não pôde resistir.
Marcaram a visita final à boutique para sábado, 11 de dezembro, uma semana antes do casamento. Elas planejavam chegar à boutique as dez, fazendo uma prova final,
e retornariam as três para experimentar o vestido de novo com as alterações finais e trazê-lo para casa para Iowa. Esta viagem também tinha surpresas planejadas.
Na sexta-feira à noite, o iPhone de Tony tocou quando ele e Claire comiam o jantar. Ele atendeu e entregou a Claire o telefone. Era incomum para ela receber uma
ligação e, especialmente incomum ela falar em um telefone sem que fosse no viva-voz. — Olá? Aqui é Claire?
— Oi, é Cort. — Claire entendeu por que Tony lhe permitiu falar, ele confiava em Courtney. Sua voz confortava Claire. Courtney ligou para avisar a Claire que Sue,
Maryann, e Bev estavam se juntando a elas para Nova York amanhã. Uma vez que elas tiveram algum tempo de sobra entre os acessórios, as mulheres planejara levar Claire
para um chá de panela. Atordoada e assustada, Claire estava emocionada. Ela ainda não tinha considerado um chá de panela, afinal Tony poderia comprar qualquer coisa
que ela precisava, mas era parte da tradição do casamento. Ela disse a Courtney que parecia maravilhoso e perguntou se ela poderia esperar um minuto. Claire apertou
o botão mudo no telefone de Tony e olhou para ele do outro lado da mesa. Ele olhou para ela.
— Ela quer que Bev, MaryAnn e Sue se junte a nós amanhã. — ele arqueou as sobrancelhas, como se necessitando de mais informações. — Elas querem me levar para o almoço
para um chá de panela. — ela sorriu.
— E você quer fazer isso? — isso atormentava-a, fazendo-a pedir sua permissão. Ela sabia que Courtney estava esperando.
— Eu quero. — ele não falou. — Eu acho que seria bom ter um chá de panela. — ainda sem resposta. — Podemos ter o chá de panela? — ele sorriu e acenou com a cabeça.
Ela animadamente apertou o botão de mudo, — Courtney, eu acho que soa maravilhoso. Será que todas nós nos encontramos no aeroporto ou precisamos ser pegas? — quando
ela desligou, ela agradeceu Tony. Isto foi maravilhoso e inesperado. Ela lhe devolveu o telefone.
A viagem de avião foi feliz com a conversa do casamento e entusiasmo sobre o vestido de Claire. A alegria continuou quando ela saiu do provador quando todas as senhoras
tinham ficado loucas com o vestido, e como bela Claire estava. Poucas alterações eram necessárias para o vestido ser finalizado. Eric não estava disponível para
se juntar a elas em sua excursão, então eles foram de táxi. Claire gostava disso. Ter todas elas empilhadas em um táxi a lembrava de sua vida passada.
Ao meio-dia chegaram ao King Carriage House, um restaurante de estilo Inglês maravilhosamente pitoresco localizado em um tríplex no Upper East Side. Elas tinham
reservas e foram levadas para o segundo andar, onde as paredes foram pintadas de um tom profundo de vermelho e lustres que brilhavam. As mesas intimistas foram ricamente
arranjadas, muito femininas. Isso exalava chá de panela e só teria emocionado Claire, mas a verdadeira surpresa foi ver Emily sentada em sua mesa. Ela correu para
abraçá-la e perguntou como ela sabia. Ela explicou que a boa amiga de Claire, Courtney, planejou a coisa toda. Quando Claire abraçou Courtney, Courtney sussurrou
no ouvido de Claire, — Tony me deu o número dela. — Claire teve uma tarde maravilhosa!
Após o almoço, Emily acompanhou as meninas de volta para a boutique, onde foram buscar seus vestidos. Ela foi surpreendida por um presente de Claire, um par de sapatos
de cetim preto Jimmy Choo com um arco feito de joia. Eles eram perfeitos para o vestido e o casamento. No entanto, foi quando Claire saiu do provador, usando o vestido
de noiva mais uma vez, completamente finalizado e pronto, que todos, até mesmo Sra. Springhill, aplaudiram. Claire estava exultante com o resultado final. Sentia-se
tão bonita.
As cinco senhoras voaram de volta para Iowa com vestido de Claire, sapatos, roupas íntimas e o véu. Emily iria chegar na quarta-feira à noite. Foi uma grande tarde
e ela terminou com uma garrafa de champanhe e alguns lanches no avião para casa.
Quando Tony entrou na suíte naquela noite, ela surgiu e cercou o pescoço dele com os braços. — Você é horrível! — e ela o beijou com força.
Surpreso, ele respondeu: — Ok me lembre de ser horrível com mais frequência. O que eu fiz?
— Apenas ajudou para eu ter o melhor chá de panelas de sempre, que incluiu a minha irmã! — ele olhou para ela. Ela rapidamente respondeu: — Oh, não comece. Courtney
me disse que você foi a pessoa que deu o número da Emily. Você, que atuou como se não soubesse de nada sobre as outras se juntando a nós. Você é realmente podre.
E eu te amo mais a cada dia. — ela o beijou novamente. Ele sorriu e retribuiu o beijo.
Ele pediu para ver seu vestido. Ela lhe disse: — Não — ele expressou espanto com sua negação. — Você não pode vê-lo até o próximo sábado. — ele então queria ver
o que ela iria usar por baixo do vestido.
Claire sorriu. Eles estavam sozinhos em sua suíte. Sedutora, ela começou a desabotoar a blusa, um botão de cada vez. Tony não se importava com o prêmio de consolação,
em tudo.
Amai-vos um ao outro, mas não façais do
amor um grilhão.
Que haja, antes, um mar ondulante entre
as praias de vossa alma.
- Kahlil Gibran
Capítulo trinta
Emily chegou quarta-feira à noite antes do casamento. Tony enviou seu avião particular para buscá-la em Albany. Jonh, no entanto, estava envolvido em uma audiência
e não estaria disponível até sexta-feira. Ele pediu desculpas a Claire pela confusão, mas não conseguiu mudar a data do julgamento.
Claire decidiu que estaria tudo bem ter Emily só para ela. No entanto, ela estava preocupada com a reação de Emily sobre o avião particular enquanto estava sentada
na parte de trás de um dos carros do Tony no aeroporto esperando o jato chegar. O interior da BMW era quente e permeada com cheiro de couro. E era significativamente
melhor do que o frio de Iwoa do lado de fora das janelas.
Assim que a porta do jato se abriu e as escadas desceram, Claire saiu do carro, sentindo o ar fresco. Nevou nos últimos três dias, e tudo estava brilhantemente coberto
com um bonito e limpo cobertor branco. Claire usava jeans, uma jaqueta peluda, e botas de neve para se manter quente. Mantendo o couro de suas mãos enluvadas no
fundo dos seus bolsos, ela observava a tripulação limpar a pista e a calçada enquanto a neve continuava a cair.
Emily desceu a escadas e abraçou Claire. — Oi, mana, você está sozinha?
— Carlos me trouxe até aqui, mas Tony ainda está no trabalho. — elas entraram no carro quente, enquanto Carlos buscava as bagagens de Emily e as colocava no porta-malas.
Emily sorriu e falou, — Sabe, quando você e o Tony se ofereceram para organizar nossos planos de viagem, eu estava meio que esperando um bilhete na United14 ou algo
assim. — Claire não falou, ela esperou. — Mas eu não estou reclamando. Estou, no entanto, ansiosamente antecipando sua casa.
Claire podia sentir a honesta tentativa de aceitação de Emily.
Aliviada, Claire continuou animadamente. —Ótimo. Eu mal posso esperar para que você possa vê-la. Neste momento está muito ocupada e desordenada. Há centenas de trabalhadores
a preparando para a cerimônia. Mas podemos ficar longe de todas as pessoas e ter algum tempo para nós mesmas. Você já comeu? — eram sete e meia em Iowa, o céu estava
muito escuro, mas como a neve continuou a cair, fez com que parecesse mais brilhante. Emily disse que não havia comido ainda, apenas alguns lanches no avião. Claire
disse: — Bom, vamos comer quando chegar em casa.
A propriedade parecia imponente em qualquer dia. Na neve, parecia esplêndida. Com a adição de milhões de luzes brancas que revestiam o caminho pelo qual passavam
os carros, as árvores e arbustos ao redor da residência, era fabuloso. Claire estava contente com a visita de Emily. Ela nunca sonhou em pedir a Tony permissão para
que Emily e John ficassem. Portanto, o convite dele não foi apenas inesperado, mas notável. Claro, havia muitos quartos. Com Tony, quarto não era o problema - a
privacidade era.
Durante as duas últimas semanas, a privacidade foi um prêmio. Havia funcionários em todo o lugar. Quando você virava uma esquina no nível principal, você nunca sabia
ao certo quem poderia encontrar. Por este motivo, Tony e Claire passavam a maior parte do tempo escondidos na suíte dela. Tony ainda sentia que as pessoas estavam
mais próximas no primeiro andar do que em sua suíte ou escritório.
Enquanto o carro parava na calçada, Emily observou sem palavras a propriedade que estava à vista. A casa brilhava pelas decorações de Natal e do grande evento. Carlos
parou em frente da casa, onde um funcionário estava ocupado limpando a passagem para Srta. Claire e sua convidada. Claire tocou a sua mão e ela hesitou. Carlos desceu
do carro e deu a volta para abrir suas portas e depois abriu a porta da casa.
Uma vez dentro, Catherine as cumprimentou. Claire alegremente apresentou duas de suas pessoas favoritas. Emily sentiu uma relação excepcional entre Claire e Catherine.
Catherine as informou que a janta poderia estar pronta a qualquer momento. Sr. Rawling estava atrasado por causa do tempo. Ele poderia chegar em casa tarde e elas
poderiam comer sem a sua presença. Claire agradeceu Catherine e falou que ela iria mostrar para Emily seu quarto, deixa-la se refrescar e depois retornariam em 15
minutos.
Emily e Jonh ganharam um quarto no fim do corredor da suíte de Claire. Era um quarto com aquelas portas que Claire ficou surpresa em ver há muitos meses. Havia quartos
que raramente eram usados, e mantidos imaculados apenas no caso de alguém precisar. Era uma suíte de cerca da metade do tamanho da de Claire, com uma cama queen-size,
mobília de quarto, sofá e cadeira, pequena lareira a gás, banheiro anexado e closet. Havia grandes janelas que davam para o quintal. No entanto, tudo o que era visível
agora, era o topo de uma grande tenda.
Claire lhe mostrou o quarto e comunicou que Carlos traria sua bagagem a qualquer instante. Depois ela mostrou para Emily sua própria suíte. Era apenas algumas portas
de distância no mesmo corredor. Emily tentou ser educada, mas ela só conseguia dizer ‘isso é lindo’ tantas vezes. Ela perguntou de Tony. — Este é o seu quarto também?
— Não, ele tem se próprio quarto no primeiro andar. — Claire sorriu. — Mas ele faz visita.
Ela percebeu que Emily ficou surpresa que Claire e Tony não dividiam o mesmo quarto. Tony ganhou alguns pontos no caderno de Emily.
Elas comeram o jantar na sala de estar formal. Quando elas terminaram, Tony chegou. Ele se comportou o mais educado e gracioso que podia. Ele beijou Claire e abraçou
Emily, falou o quando ele ficou feliz de ela ter chegado bem, mesmo em decorrência do tempo. Felizmente, a neve estava programada para parar amanhã e a previsão
era de tempo limpo para o final de semana. Então ele se virou para Claire.
— Mas você conhece essas previsões do tempo, você nunca pode confiar nesses meteorologistas. — ela jogou de brincadeira nele um guardanapo e ele sorriu. Quando ele
sentou, Catherine trouxe seu jantar. As garotas beberam café enquanto ele comia.
Depois do jantar, Tony se ofereceu para fazer um tour pela casa. Secretamente, Claire estava encantada. Ela havia se preocupado com a magnitude do tour. Era muito
mais fácil adiar para Tony. Emily falou que adorou a casa deles e perguntou se havia mapas disponíveis no balcão de recepção dos hóspedes. Tony e Claire riram, e
disseram que a casa não era muito grande. Ela saberia seu caminho em algum momento.
Tony acrescentou, — No entanto, levou algumas semanas antes de Claire encontrar o seu caminho. Sua declaração pegou Claire de surpresa. No entanto, ele não reparou,
enquanto ele observava a reação de Emily. A óbvia falta de compreensão dela satisfez as perguntas não formuladas dele.
Com sua máscara de segurança, ela falou: — Bem, eu finalmente aprendi o segredo. Tudo está conectado com a casa principal, e se você precisar de algo, é só pedir.
— sua resposta recebeu um rápido sorriso divertido de seu noivo.
Emily se retirou após do tour, prometendo que seria mais divertida amanhã. No entanto, depois de um dia de trabalho, viagem, e a magnitude a cercando, ela estava
exausta. Claire a abraçou e falou para ela o quanto eles estavam felizes dela estar ali.
Não foi muito tempo depois que Claire se preparou para ir para cama que Tony se juntou a ela. Claire não pôde deixar de perguntar: — Explique aquele comentário,
por favor.
Tony riu. — Minha queria, eu só estava checando seus reflexos.
— Bem, você quase causou uma chicotada.
— Quem sabe há outros reflexos que nós podíamos investigar?
A audiência de John foi adiada até o meio dia na sexta-feira. Ele se ofereceu para fazer um voo comercial, mas o voo mais cedo para Iowa era depois das 22 horas.
Tony gentilmente forneceu um avião da empresa que lhe permitiu chegar na cidade de Iowa por volta das 15h30. Emily o preparou para a casa e suas amenidades. Ele
repetidamente expressou sua gratidão para Tony e Claire pelo o voo e disse a eles que a sua casa era impressionante.
Era uma colmeia de atividade, com pessoas em todos os lugares fazendo ajustes de última hora e se preparando para o evento. Eles até começaram a preparar a comida.
A tenda tinha sido transformada em uma pitoresca sala de banquetes.
Claire e Emily se preparavam para o ensaio e o jantar de ensaio. Tony aceitou o amigável convite de Courteney para jantar e concordou que o jantar poderia ser realizado
no Simmonses.
O ensaio estava marcado para começar às seis e meia, com o jantar às 20 horas. Isso era tarde, mas todo mundo tinha que chegar na casa de Rawlings após um longo
dia de trabalho. A lista íntima de convidados para o ensaio incluiu o ministro, músicos, Brad, Monica, Patricia e um convidado, o Vandersols, os Simmonses e seus
filhos, os Bronsons, Elias Summer e MaryAnn. Claro que estes convidados estariam no casamento amanhã, mas este privado encontro informal permitiria para eles uma
conversa amigável, mais relaxada do que seria possível no grande evento.
Todo mundo se reuniu no grande salão às seis e quinze. Este grupo de amigos respeitava a afeição de Tony por pontualidade. Claire esperou por Tony em sua suíte.
Ele queria fazer uma entrada com a sua noiva.
— Senhorita Nichols, você está deslumbrante esta noite.
Pouco antes de entrar na sala, ele sorriu e sussurrou: — Amanhã a esta hora você vai ser a Sra. Anthony Rawlings.
Ela beijou seu noivo e sorriu. — Eu mal posso esperar.
Houve uma breve discussão com o chefe da segurança sobre algumas questões para o casamento. Em uma tentativa de limitar fotos, todos os celulares, iPods, câmeras
e qualquer equipamento de gravação, visual ou de áudio, seriam confiscados na porta. Eles seriam devolvidos ao deixar a cerimônia. A única gravação do casamento
seria realizada pelo fotógrafo contratado e diretor de fotografia. Essas fotos seriam revistas por Shelly antes do lançamento. No entanto, como amigos íntimos de
Tony e Claire, o chefe de segurança pediu a eles para estar atento e notar qualquer gravação proibida, e notificar imediatamente o pessoal da segurança. Eles estariam
em todos os lugares. Claire sentiu como se estivesse atrás do palco em um show de rock.
O ministro levou alguns minutos para discutir sobre a importância do significado do casamento.
— Muitas pessoas se casam nos dias de hoje, sem a compreensão da eternidade. Quando dois indivíduos se unem aos olhos de Deus, os dois se tornam um. Eles são um
para eternidade.
Tony e Claire olharam um para o outro. Ela estava em êxtase. Como ela acabou no grande hall de entrada da propriedade de Anthony Rawlings, segurando sua mão, olhando
em seus olhos cor de chocolate, e ouvindo o ministro falar sobre o seu casamento? O ministro continuou:
— E depois de falar com Anthony e Claire, eu acredito que eles estão plenamente conscientes do compromisso que eles estão prestes a fazer, um compromisso com Deus,
com amigos e familiares, e um com o outro. Então, vocês, o grupo íntimo de amigos que Anthony e Claire escolheu para compartilhar o seu dia especial, por favor,
juntem-se a mim em uma oração. Peçamos a Deus para prover Anthony e Claire, não de uma forma monetária. Oremos para Deus proporcionar a eçes amor, compreensão e
paciência. Que Ele forneça a cada um deles qualidades necessárias para ter o que eles começarão amanhã e continuar isso para a eternidade. Vamos orar.
Claire fechou os olhos, Tony com ternura apertou a mão dela, e uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
Brad e Monica, em seguida, assumiram o controle. Disseram para Claire, John, e Emily irem lá em cima. Tony, Brent, e o ministro foram para o escritório de Tony.
O quarteto de violinos começou a tocar. Brad e Monica usavam fones de ouvido e microfones. Eles orientavam os participantes. Primeiro eles instruíram os homens a
saírem do escritório e irem para o fundo do grande salão. Uma plataforma elevada rodeada por árvores e luzes elegantes de Natal tinha sido construída em frente das
grandes janelas. As únicas decorações nas árvores, além das luzes brancas, eram profundos globos de cristal vermelhos. As janelas atrás da plataforma expunham árvores
cobertas de neve com mais luzes. O quarteto foi ligeiramente posicionado em um dos lados da plataforma, enquanto o harpista estava do outro. Uma vez que os homens
estavam no local, Emily foi direcionada para descer as escadas e fazer o seu caminho até o altar para a plataforma. Depois que ela chegou ao seu destino, o quarteto
concluiu e o harpista começou a tradicional marcha nupcial. Apesar de ter sido o ensaio, os amigos de Claire e Tony se levantaram e Brad acenou para Claire e John
descerem os degraus.
John ofereceu para Claire seu braço, beijou a sua bochecha, e começou a levá-la para descer as escadas. Antes de chegarem à primeira etapa, ele parou, inclinou-se
próximo e sussurrou:
— Claire, nós te amamos. Nós só queremos que você seja feliz. Me diga que ele é bom para você e que ele te faz feliz.
Com lágrimas nos olhos, ela disse:
— John, ele pode ser. Ele é.
Ele tentou sorrir e afagou a mão dela. Desceram as escadas e fizeram o seu caminho para a plataforma.
Depois de mais uma canção do quarteto de violinos e um verso do ministro, ele perguntou:
— Quem dá esta mulher para se casar?
John falou alto e claro:
— Com grande amor e respeito, sua irmã e eu concordamos em compartilhar esta magnífica mulher. — ele beijou a bochecha de Claire e gentilmente levantou a mão de
seu braço e a colocou na mão de Tony.
Merda, era a única palavra que veio à mente de Claire. Ela olhou para Tony. Ele estava olhando para ela, mas seu rosto não registrou as palavras de John. Ele aparentemente
tinha uma máscara também. Claire tinha certeza de que se ele fosse um personagem de desenho animado, haveria fumaça saindo de seus ouvidos. Ela murmurou:
— Eu sinto muito.
Ele apertou a mão dela suavemente e ambos sorriram. O ministro continuou falando.
Todos eles quatro foram juntos de limusines para a casa de Courtney e Brent. Claire disse para Emily que no final da manhã haveria uma massagista, manicure, maquiadora
e cabeleireiro, todos vindo para fazer milagres nelas. Catherine e Courtney estariam em sua suíte para ajudá-las com seus vestidos. Tony manteve aparências muito
mais eficientemente do que John. Ele permaneceu educado e amigável tanto para Emily quanto para John. Ele era amoroso e atencioso com Claire. Assim que eles chegaram
à casa dos Simmonses, ele era o noivo totalmente dedicado e o homem da hora. John foi amigável, mas quieto. Sua infelicidade deixou Claire inquieta. Ela privadamente
implorou para Emily fazer algo:
— Não o deixe arruinar o meu dia especial. — Emily prometeu tentar.
Courtney forneceu um maravilhoso e delicioso jantar italiano com salada de antipasto, pão e azeite, vinho tinto e massas. O clima e a atmosfera festiva encheu Claire
de esperança e alegria. Tim e Sue conversaram com Tony enquanto Claire se aproximou e os ouviu discutir o papel da Tim durante a lua de mel de Claire e Tony.
No início, ela ficou por educação a Tony. Mas, quando eles fizeram uma pausa, Claire tentou ser sorrateira.
— Agora, Tim, me diga outra vez quanto tempo você precisará estar no comando? — Tony riu e a puxou para perto. – Boa tentativa.
Virando-se para Tim. — Você é um dos poucos privilegiados que sabe onde estaremos, em caso de uma emergência. A maioria das pessoas, incluindo a minha nova linda
esposa, não sabe o nosso destino. Portanto, não deixe ela tentar tirar isso de você. — ele sorriu, — Ou você, Sue, se Tim compartilhou.
— Oh, você é tão mau. Como vou saber o que levar?
— Outro 10 para o esforço, Catherine tomou conta disso para você.
Claire sorriu para os Bronsons. Eles sorriram e colocaram seus dedos sobre seus lábios. Eles não iriam estragar a surpresa de Tony.
O jantar começou a acalmar por volta das 22h30min, momento em que os senhores anunciaram que era hora de comemorar a última noite de liberdade de Tony. Eles se dirigiram
para o andar de baixo para conhaque, charutos e para um pôquer sério. Tony deveria estar preparado para perder mais que sua liberdade. Ele estaria perdendo uma quantidade
excessiva de dinheiro durante o torneio deles.
— Senhoras, não esperem.
Foi MaryAnn quem disse que elas estariam fazendo sua própria comemoração com Claire, de volta à casa de Claire. Catherine tinha martinis as esperando na piscina
coberta e na banheira de hidromassagem. Seu motorista estava levando-as de volta para a propriedade. Tony e Claire deram um beijo de boa noite e foram informados
e que não poderiam se ver de novo até a cerimônia. Enquanto estavam pegando os seus casacos, Emily sussurrou para Claire, — Eu sinto muito. Eu estava errada. Você
realmente tem uma vida e amigos maravilhosos, — Claire abraçou a irmã.
Todas as mulheres voltaram para a fazenda, colocaram seus trajes de banho, e festejaram na banheira de hidromassagem. Claire decidiu que Courtney e MaryAnn eram
adolescentes em corpos adultos. Tony se preocupava tanto com as aparências, mas ver essas duas mulheres respeitáveis cantando e dançando em suas roupas de banho
fez Claire acreditar que soltar um pouco as amarras era aceitável. Só porque ela acreditava nisso, não quer dizer que ela se sentia confortável o bastante para fazer.
A razão de sua despedida de solteira ser em sua casa não estava perdida para ela. Ela não queria que Tony a visse dançar e cantar de forma inadequada quando ele
revia sua vigilância. Ela gostava de assistir e bebericar sua bebida.
Tarde da noite, o tema sexo veio à tona. Foi Emily que depois de consumir alguns muitos martinis perguntou a Claire, — Você está realmente bem em se casar com um
homem bem mais velho? E se ele não puder se manter? — Claire sorriu timidamente e disse que não achava que isso era um problema. Ela tentou desesperadamente mudar
de assunto.
Emily dormiu naquela noite na suíte de Claire. John voltou para a fazenda depois de ficar na casa dos Simmonses com os homens para as atividades da despedida de
solteiro.
Ele dormiu em sua suíte, pois Claire e Emily queriam algum tempo de irmãs. Era novamente como quando eram crianças. Elas riram até de madrugada.
Quase às onze, Catherine entrou na suíte e as acordou. Ela trouxe um monte de café e comida. Depois que cada uma tomou banho, o desfile de mimos começou.
A previsão foi correta. O céu estava brilhante como safira azul com neve incolor refletida cobrindo tudo. Os funcionários estavam diligentemente trabalhando para
limpar a unidade e vários espaços de estacionamento. A temperatura era fria, por volta de 3ºC negativos, mas o sol brilhou o dia todo. Claire não queria correr o
risco de ver Tony e ter má sorte. Portanto, ela não deixou a suíte até que era a sua hora de caminhar para o altar. Elas receberam uma massagem, manicure e tratamentos
faciais. Enquanto os esteticistas trabalhavam incansavelmente em seus cabelos, Catherine trouxe mais comida. Claire disse que ela estava muito animada para querer
comer. Catherine não quis ouvir. — Srta. Claire, eu não vou ser responsável por você desmaiar durante a cerimônia. Você deve comer.
Emily sorriu, feliz de que Claire tinha Catherine para cuidar dela. Às 16h30min, Catherine, Courtney, e Emily começaram a ajudar Claire a entrar em seu vestido.
Primeiro foi o longo tecido que forneceu a plenitude necessária para o vestido de cetim. O vestido, em seguida, passou por cima do tecido. O corpete foi montado
e alterado para o perfeito corpo magro e figura pequena de Claire. O vestido era sem alças.
No entanto, o acessório que tinha persuadido Claire a escolher o vestido foi a sobreposição de renda intrincada que criou transparentes mangas três quartos e uma
longa cauda. A renda do véu complementou a sobreposição. A esteticista criou um penteado arrebatador que fez o nicho perfeito para o véu ser anexado.
A sobreposição de renda criou um visual sem ombros que realmente não precisava de joias. No entanto, Emily trouxe um colar de pérolas que pertenceu a Shirley, mãe
de Emily e Claire. Ela o usou no casamento de seu pai, como tinha usado Emily quando se casou com John. Era o velho e o emprestado da tradição do casamento. Depois
que Claire se vestiu, a fotógrafa entrou em sua suíte para tirar algumas fotos especiais dela e de suas damas de honra. Ela usava uma liga azul e seu suposto vestido
era novo.
Antes da cerimônia, houve uma batida em sua porta. Courtney foi até a porta. — Tony, você está incrivelmente bonito, mas você não pode estar aqui.
O primeiro pensamento que passou pela cabeça de Claire era que Tony bateu. Ele nunca bateu em sua porta.
Ela ouviu sua voz e cada nervo de seu corpo se eletrificou, percebendo que ela realmente seria sua esposa. — Eu tenho um presente especial para Claire, que é seu
algo novo. Por favor, não se esqueça de dizer a ela que a caixa é de veludo azul de propósito.
Courtney olhou interrogativamente para Tony. — Ela vai entender, eu prometo. — Claire sorriu, pensando: Eu realmente amo ele!
De alguma forma, ele sabia que ela iria usar pérolas. Talvez ele esperasse o colar de sua avó; no entanto, ela abriu a caixa de veludo e belos brincos de pérola
estavam pendurados em grampos de platina coberto de pequenos diamantes brilhantes. As mulheres em sua suíte foram à loucura. O consenso foi que os brincos eram perfeitos
e assim era Tony. Naquele momento, Claire acreditava nisso também. Ela queria acreditar, com todo o seu coração. E o coração dela fez, mas foi a sua mente que se
prendeu a muitas lembranças, aquelas que tinham sido compartimentadas há muito tempo, mas não esquecidas.
Não foi por falta de tentativa.
Quando Brad bateu na porta de sua suíte, Catherine e Courtney a abraçaram e saíram em disparada para os seus lugares. Claire se olhou uma última vez no espelho de
corpo inteiro. Ela gostou do que viu, e rezou para que Tony também gostasse. Ela e Emily passaram pelo corredor para a escada principal. Ela podia ouvir a música
do quarteto.
Elas ouviram um estrondo de sussurros. De repente, ela pensou sobre os convidados. Quem eram eles? Ela realmente não conhecia nenhum deles. Ela ouviu nomes e alguns
ela reconheceu. Alguns eram figuras políticas, outros eram empresários que conhecera em jantares beneficentes, e alguns eram nomes que ela ouvia na mídia. Então
se lembrou de seus amigos, as pessoas que fizeram à noite passada ser incrivelmente memorável. Seus amigos eram as pessoas que apoiaram os dois, e não estavam presentes
só por causa de Anthony Rawlings. Eram os outros, os que ela não conhecia, que a assustaram. Sentia que todos a estavam julgando. Ela queria ser perfeita para aquelas
pessoas, então Tony ficaria orgulhoso. As múltiplas cápsulas de paracetamol estavam ajudando a manter a dor de cabeça no limite.
Brad ouviu a peça em seu ouvido, esperando o desvio na música. O zumbido de vozes desapareceu. Ela não podia ver os convidados ou os homens saindo do escritório
de Tony, mas Claire sabia que era o que estava acontecendo. Emily beijou John e Claire antes de descer as escadas. John pegou o braço de Claire, beijou sua bochecha,
e disse: — Eu não vou atrapalhar o seu dia. Você está maravilhosa, e eu quero que você saiba o quanto eu te amo. Você não é minha cunhada, você é minha irmã mais
nova. Por favor, lembre-se que você pode sempre contar com Emily e comigo.
Ele apertou a mão dela. — Só saiba que sempre será amada.
Claire beijou sua bochecha e lhe agradeceu. Brad deu a eles o sinal, e eles começaram a descer as escadas. Quando foi perguntado para John quem dá esta mulher para
se casar, ele respondeu: — Com grande amor e admiração, eu e sua irmã.
Os próximos 35 minutos passaram como se fossem um sonho. Claire viu rostos. Ela viu os sorrisos de seus novos amigos e de sua irmã, mas o que ela observava acima
de tudo era Anthony Rawlings. Quando chegou ao corredor e o viu, ele estava a observando e esperando.
Ele só tinha olhos para ela. Ele ficou incrivelmente bonito na frente dos convidados, mãos apoiadas casualmente em seus lados, ombros largos, impecável smoking Armani
feito sob medida, um sorriso satisfeito e olhos que, apesar de cercado de castanho, ainda absorviam luz.
De pé ao lado dele na frente de todos, sentiu-se atraída para a escuridão em busca de luz e calor. Seus olhos brilhavam, e ela se sentiu fraca. Internamente, ela
dizia: — Eu vou casar com ele. Ele vai casar comigo. Eu sou agora sua esposa. Ela sabia que agora o mundo iria a reconhecer. Ele era dono dela. Não havia nada que
ela pudesse fazer sobre isso. Ele deu a ela uma chance de escapar, e ela não aceitou. Ela tomou uma decisão, e essa decisão teria consequências. Agora o mundo assistia
e o fracasso público não era uma opção. O mundo estava vendo o casamento mais incrível que o dinheiro podia comprar, com uma feliz deslumbrante mulher se casando
com um homem bonito. Em contraste, de repente Claire viu um guardanapo com assinaturas. Ela sabia muito bem que aparências significava tudo.
Ela compartimentou a enxurrada de pensamentos e emoções que vieram em sua mente. Sorriu carinhosamente, respondeu o ministro obedientemente e se comportou de forma
adequada. O beijo no final da cerimônia foi romântico e ministro anunciou: — Sr. e Sra. Anthony Rawlings — foi recebido com muitos aplausos. Tudo parecia perfeito.
A recepção foi uma exposição igualmente perfeita. Brad e Monica tinham pensado em tudo, o ambiente era romântico, com impecáveis decorações. Claire e Tony obedientemente
cumprimentaram cada convidado e lhes agradeceram por participar de seu dia especial.
Ao longo de toda a noite, Tony foi maravilhoso. Ele disse a ela que lhe amava. Ele disse a ela como estava bonita, como estava honrado de tê-la como sua esposa,
e como ele não podia esperar para a recepção acabar para que pudesse mostrar a ela. Sob tudo isso, Claire continuou a ter um inquieto sentimento. Ela trabalhou diligentemente
para manter isso enterrado sob camadas de maquiagem, spray para cabelo, crinolina, tecidos, cetim, rendas, pérolas, e fingimento.
Todos se divertiram. Claire ainda viu John e Emily rindo com Tom e Bev. Uma vez que o primeiro prato foi servido, Brent se levantou, ergueu uma taça de champanhe,
e ofereceu um brinde aos recém-casados.
— Posso ter a sua atenção, senhoras e senhores? Quero aproveitar esta oportunidade para dar boas-vindas a Claire Rawlings ao nosso mundo. Claire, Tony tem sido meu
amigo, meu confidente, e meu chefe — a multidão riu — por um longo tempo. Eu tenho assistido ele ter sucesso nos negócios e não no amor — outra risada, — mas, recentemente,
Courtney e eu assistimos como Tony tem experimentado sucesso na área do amor. Claire, quando você está presente, o sorriso dele é mais brilhante e seus olhos têm
uma faísca. Talvez você não tenha notado, mas às vezes os olhos de Tony podem parecer escuros. Isso não é o caso quando ele está com você. Você é luz de seus olhos.
Você deu a Tony parte de sua vida que estava faltando. E quando olhamos ao redor, é óbvio que muito não estava faltando. — houve sorrisos e acordo de todos os lados.
— Agora, com você ao seu lado, eu acredito que o meu bom amigo é verdadeiramente um homem que tem tudo. Obrigado, Claire. Estamos muito felizes em recebê-la e estamos
ansiosos para um feliz para sempre para Tony Rawlings. — todos aplaudiram de pé, levantaram os seus copos e bateram palmas de acordo.
Depois de cortar o bolo e gentilmente alimentarem um ao outro com uma mordida, Claire chocolate e Tony branco, o condutor apresentou a banda de jazz. A música ressoou
amorosamente, ritmada e animada. As luzes da tenda diminuíram e pista de dança brilhava com um intenso brilho. Tony levou Claire para a pista de dança e andaram
de mãos dadas. Seus olhos, a sombra de chocolate derretido, viam a sua bela nova esposa. Ele a olhou com amor completo e adoração. De repente, suas dúvidas e medos
desapareceram. Ele tinha a capacidade mais surpreendente para dissolver o seu coração e alma. Galantemente ele tomou-lhe a mão, rodeou sua cintura fina com o seu
forte, poderoso, contudo, terno abraço. Seu corpo imediatamente moldou-se ao dele. Eles se movimentaram em sincronia. Ele se virou, e a girou em torno do chão. O
vestido de casamento balançava diante da menor inclinação. Eles só tinham dançado juntos algumas vezes, mas seus corpos haviam se movimentado juntos em várias ocasiões.
Ela se perdeu em seus olhos, e sem pensamento ou consciência, ele tinha total controle e domínio sobre todos os aspectos do seu ser e de cada movimento de seu corpo.
Com cada batida da música o coração de Claire acelerava. Os convidados cercaram a pista de dança para assistir a valsa dos recém-casados. Tony alto e moreno, Claire
pequena e branca, o contraste intensificou a beleza e sensualidade do momento. Não foi até a música atingir o seu final que Claire percebeu a multidão reunida. Até
aquele momento, seus brilhantes olhos verde-esmeralda só podiam ver seu marido. Ele gentilmente beijou sua noiva, e os convidados aplaudiram. Claire corou e sorriu.
A banda começou novamente e Tony encantadoramente se curvou e convidou Emily para dançar. John acenou para Emily e estendeu a mão para Claire. Sussurrando no ouvido
de Claire, John disse: — Você é bonita quando está amando.
Os quatro dançaram por alguns minutos até que o DJ chamou aos convidados para se juntar a eles. De repente, o chão explodiu com casais. Algum tempo depois das onze,
Claire e Tony, não mais em seus trajes de casamento, beijaram os seus amigos e família e disseram adeus aos outros. Eles saíram para começar a sua aventura de lua
de mel. Mais uma vez, Claire estava sendo liderada por Tony para um destino desconhecido.
Depois que seu voo atingiu a altitude do cruzeiro, Tony começou a seduzir sua esposa. Ele a acariciou, a beijou e a atormentou. Ele disse a ela em uma voz rouca
em tom sensual que a amava, o quão incrível ela tinha sido e era. Ele também disse a ela o que ela já sabia. — Sra. Rawlings, você é agora completamente minha. Você
pertence a mim.
O amanhã é um mistério. Ontem é história.
Viva hoje, é uma dádiva,
é por isso que eles chamam de ‘presente’
- Desconhecido
Capítulo trinta e um
Claire acordou com a sensação de que seu avião estava em uma pista de desaceleração. Ela estava sonhando enquanto seu corpo estava deitado sobre um sofá de couro,
enrolada em um casulo suave de um cobertor de luxo. O súbito aumento do rugido dos motores combinado com o grito de freios transportou-a ao presente. Ela não tinha
certeza a quanto tempo estava dormindo ou se eles atingiram o misterioso destino de sua lua de mel. Mas lembrou-se da emoção nos olhos de Tony quando ele falou sobre
a viagem romântica deles. De boa vontade, ela continuou a permitir ser levada para lugares desconhecidos.
Olhando para sua mão esquerda, ela viu o seu familiar anel de noivado agora com o seu novo companheiro. Sua aliança de casamento brilhava com embutidos diamantes
que combinavam com o círculo em torno do grande solitário. Eram verdadeiramente belos. Ponderando os últimos nove meses, assustava sua mente que ela estava usando
um conjunto tão incrível de anéis e, mais importante, o seu significado – ela era casada. Ela era casada com Anthony Rawlings.
Lentamente, ela se virou para ver o marido. Seus pés descalços estavam elevados enquanto ele descansava em uma cadeira reclinável. Olhando para ele, ela se maravilhou
com sua relaxada pose, um forte contraste com a forma como ele geralmente estava quando voavam. Sua atenção estava focada no laptop que descansava sobre suas pernas
compridas.
Suas bochechas e a pontas de seus lábios se moveram para cima quando ela notou seu jeans. Eram aqueles que ele tinha usado quando deixaram a recepção. Parecia que
eles estavam ambos usando o que o outro preferia - ele em seu jeans, e ela sem os dela. Ela se aconchegou no cobertor macio e fechou seus olhos.
Os motores cantarolavam enquanto ela sentia avião pousando em direção a sua parada. Claire lembrou as últimas vinte e quatro horas. Tony estava certo. Brad e Monica
criaram uma perfeita cerimônia e recepção. Lembrou-se da propriedade e decorações. Mesmo a neve havia obedecido como se tivesse sido requisitada para completar o
produto final. Ela pensou em seus amigos, sua família e nos convidados. Ela lembrou das palavras amáveis de Jonh e no brinde de boas-vindas de Bret. Sorrindo, ela
se lembrou de Tony, incrivelmente bonito em seu smoking e incessantemente elogiando ela e seu vestido. Cinderela no baile não poderia ter sentido mais especial.
Como o Príncipe Encantado, ele só tinha olhos para sua noiva. Essa admiração continuou no jato. Uma vez que a porta da cabine fechou e as luzes se apagaram, sua
devoção se transformou em uma paixão ardente.
De repente, ela percebeu a implicação do seu cobertor. Se eles tivessem chegado a seu destino, ela precisava se vestir rapidamente. — Estamos em nossa lua de mel?
Ele se virou de seu computador e sorriu. — Você não precisava acordar. Você estava tão bonita e pacífica.
Mantendo o cobertor envolto em torno dela, ela foi até ele e se ajoelhou ao lado de sua cadeira. — Eu acho que estava cansada. — os olhos de esmeralda dela brilharam
enquanto ela colocava seus braços na barriga exposta dele. Olhando em seus olhos cor de chocolate ao leite, sentindo seu calor, e inalando o seu cheiro, ela pensou
consigo mesma. Ele é realmente o meu marido.
Os olhos de Tony encontraram com os dela, eles escanearam através de seu cobertor. Sorrindo, ele disse: — Foi um dia agitado Sra. Rawlings. — o Sra. Rawlings fez
os olhos de Claire brilharem. Ele gentilmente beijou sua esposa e divertidamente tentou ver debaixo do cobertor.
— E uma noite memorável, Sr. Rawlings.
— Não acabou. Estamos apenas parando em LA para reabastecer. Nós temos muito mais que voar antes de chegarmos ao nosso destino.
Isso fez com que Claire pensasse. — Então, nós estamos indo para o Havaí?
— Você gostaria de ir para o Havaí? — Claire disse que sim, ela nunca tinha ido.
Ele gostava de fazê-la sofrer. — Bem, vamos ter que descobrir onde vamos acabar, não é? — ele a beijou novamente.
O avião estava parando. Eric e o piloto entraram na cabine e deram um olá para Sr. e Sra. Rawlings. Desculparam-se pela interrupção, e prometeram estar decolando
novamente em menos de trinta minutos. Tony disse que estava tudo bem, apenas que fizessem o que fosse necessário o mais rápido possível. Eles tinham uma lua de mel
para chegar. Os dois homens prometeram que iriam e abriram a porta da cabine. A rajada de ar fresco não era mais frio. Eles definitivamente não estavam em Iowa.
Tony colocou o laptop no chão e convidou Claire para sentar em seu colo. Ela subiu, descansando a cabeça em seu peito forte e ouviu a batida de seu coração enquanto
ele falava sobre Los Angeles. Suas mãos carinhosamente exploram sob seu cobertor, acariciando gentilmente sua pele macia. Ela alguma vez já esteve lá? Ela disse
que não, ela tinha ido para o norte da Califórnia, San Francisco, quando era jovem em férias com sua família.
Ela se lembrou de ir para Alcatraz. O pai dela, sendo um policial, pensou que era loucura. Mas ela não pensou isso. Ela lembrou que durante o tour ela realmente
foi para as celas. Havia vozes gravadas em áudio e sons de portas de celas fechando e ela não gostou de nada disso. Ele a abraçou.
— Eu prometo não planejar uma visita a Alcatraz em nosso futuro. Quantos anos você tinha quando você foi lá?
— Eu acho que tinha doze anos. — Claire olhou para seu rosto. — Por que você pergunta?
— Ah, eu só estava pensando. — Tony passou a contar a ela sobre a casa de Eli e MaryAnn em Los Angeles, na verdade, em Malibu. Ele disse que precisaria trazê-la
para uma de suas festas. Ele não gostava tanto do cenário de Hollywood, mas até mesmo ele tinha que admitir que Eli e MaryAnn podiam fazer uma festa incrível. Os
convidados de Eli normalmente incluíam pessoas que Claire tinha visto em filmes ou na TV. Eli poderia ser um idiota, mas ele era ótimo no que fazia, e havia multidões
de pessoas que matariam para participar de suas festas. Ele descreveu a casa de MaryAnn e Eli como uma maravilha arquitetônica situada na praia de Malibu, pendurada
num penhasco com vista para o Oceano Pacífico.
— Eu adoraria vê-la algum dia. Você fica com eles quando viaja para LA?
— Não, eu... Quero dizer, nós, — ele sorriu, — Nós temos um apartamento em Hollywood, não muito longe de Malibu.
Claire sorriu. — Talvez algum dia você poderia me dizer quantos apartamentos temos?
— Nós temos muitas residências. Vai levar algum tempo para se familiarizar com todas elas. — ela não poderia envolver sua mente em torno da ideia. Tinha lugares
em Iowa, Nova York, Chicago, Hollywood, e outros locais.
— Eles não são todos tão grandes como o de Nova York e Chicago. Eu passo mais tempo lá.
— Sim, bem você nunca viu meu apartamento em Atlanta. Tenho certeza de que comparando, eles são todos suntuosos. — Claire e Tony estavam conversando e rindo quando
a porta reabriu. Ela rapidamente fechou o cobertor quando o piloto anunciou que eles estavam prontos para sair.
Ela começou se levantar quando Tony a puxou para si. — Hum, você não acha que eu deveria estar em um cinto de segurança quando o avião decolar? — relutantemente,
ele a soltou, mas não antes de abrir seu cobertor e sorrir. Claire o beijou, se mudou para a outra cadeira, situando a si mesma, seu cobertor e afivelou o cinto
de segurança. Em poucos minutos eles estavam no ar e ela caiu em um sono profundo.
Ainda no ar, Claire acordou com Tony dormindo profundamente na poltrona vizinha. Encontrando suas pernas, ela cuidadosamente caminhou para a parte de trás da cabine,
que continha um pequeno chuveiro e vestiário. A 20 mil pés, a vista da janela continha apenas escuridão separadas por uma dispersão de estrelas diferenciando o céu
do mar. Ela encontrou uma nécessaire, sem dúvida, embalada por Catherine. Continha produtos para o cabelo e suprimentos de cosméticos, bem como uma lingerie preta
e uma blusa de verão com capris. Ela sorriu. A lingerie teria sido boa, mas Tony não parecia se importar com o cobertor.
Depois de um banho rápido e roupas frescas, ela se sentia mais alerta. Seu relógio marcava 08h20min, mas um olhar para fora da janela disse a ela que ainda estava
escuro onde quer que estivessem. Eles estavam viajando a mais de oito horas. Eles deveriam estar no Havaí em breve. Finalizando a maquiagem, ela sorriu pensando
no sol e nas praias. Ela não sabia quanto tempo ficariam no Havaí ou em que ilha. A ideia parecia maravilhosa e Tony gostava de surpreendê-la, mas ela melancolicamente
pensou em estar envolvida no planejamento.
Andando cambaleando de volta para a cabine, Claire encontrou Tony sentado à mesa com seu laptop e café. Ele se virou para vê-la entrar. — Bom dia, senhora Rawlings,
você está linda. Eu queria que você tivesse me acordado, eu poderia ter me juntado a você no chuveiro. — ele sorriu por cima de seu copo.
— Eu não acho que nós dois caberíamos. Além disso, você parecia muito tranquilo. — ela bebeu o líquido castanho avermelhado e permitiu que seu aroma forte reavivasse
seus sentidos.
Tony disse que iriam pousar em Honolulu, em uma hora. Seria apenas cerca de três horas da manhã, mas eles iriam desembarcar, encontrar algum café da manhã e caminhar
ao redor antes de continuar seu voo. —Continuar, nós não vamos ficar no Havaí? — ela parecia desapontada.
— Não, o Havaí é apenas uma parada para reabastecimento, mas teremos de visitar novamente em algum momento para que você possa passear. É um lugar encantador. —
seus olhos a provocaram. — Mas não é tão lindo como para onde estamos indo.
— E nós estamos indo para onde? — Claire perguntou, intrigada. Os olhos de Tony brilharam, o preto quase completamente ultrapassou o tom de chocolate macio. Ele
sorriu malicioso, não respondendo. — E quanto tempo até chegarmos lá?
— Sra. Rawlings, você está muito questionadora. E se eu te dissesse que não iríamos chegar ao nosso destino até amanhã?
Claire pensou nisso. Vinte e quatro horas a mais de voo? Ela percebeu que ele não estava falando de 24 horas. — Bem, Sr. Rawlings, eu diria que parece que estamos
cruzando a Linha Internacional de Data15. — ela sorriu satisfeita.
Ele olhou para ela com admiração, e dirigiu-se para Eric, que estava reabastecendo seus copos de café. — Minha esposa não é apenas bonita, ela também é incrivelmente
inteligente. — ele beijou a sua cabeça enquanto se levantava. — Eu acredito que irei me refrescar antes de começar a descida. — com isso ele desapareceu por trás
da parede na parte traseira da cabine.
Claire notou seu laptop aberto sobre a mesa. A tela estava, é claro, bloqueada. Uma rápida pesquisa no Google sobre a terra à oeste da Linha Internacional de Data
teria sido benéfica.
Ela só precisava confiar em sua memória. Mas, então, ela se perguntou se eles estavam no hemisfério norte ou indo para o sul? Suspirando, ela tomou um gole de seu
delicioso café. Ela teria que esperar, ela não tinha escolha.
Antes de saírem do avião, Tony disse para Claire para pegar sua bolsa de sua bagagem. Brincando, ela perguntou se ela precisava pagar pelo café da manhã. Não. Ela
precisava de seu passaporte. — Quando eu peguei um passaporte? — ele a lembrou que eles haviam, há muitos meses, discutido e Brent tinha arquivado a papelada necessária.
Aparentemente, tudo isso aconteceu enquanto ela estava se recuperando de seu acidente. Ela não conseguia se lembrar de nada, mas lá estava, a sua imagem, sua assinatura,
e seu nome, Claire Nichols. Tony prometeu que eles iriam pedir um novo com o seu nome verdadeiro, Rawlings, assim que eles voltassem, e uma nova carteira de identidade.
Ele sorriu. Seus novos cartões de crédito já haviam sido solicitados.
Havaí era anticlimático. Ela cheirou o ar úmido do mar enquanto desciam os degraus até a terra firme. A brisa tropical suave seduzia a sua pele. Mas eles não viram
outra coisa senão o interior do Aeroporto Internacional de Honolulu, enquanto eles procuravam por e encontraram um restaurante que servia café da manhã.
Depois de comerem, eles precisavam passar no balcão da TSA. Eric lidou com a inspeção do avião e malas, Tony e Claire precisavam mostrar seus passaportes. Quando
eles estavam com a agente TSA, ela perguntou o seu destino. Claire não sabia. Tony respondeu: — Fiji. Nadi, Fiji. — Claire lembrou que Fiji era um grupo de ilhas,
ela não tinha certeza de quantas, no Pacífico Sul. Enquanto caminhavam de volta para o avião, ela apertou sua mão e sorriu. Ele não estava satisfeito que sua surpresa
foi estragada, mas ela sabia para onde estavam indo e isso a deixava feliz. Eles tiveram mais de seis horas de voo.
Eles desembarcaram em Nadi, Fiji, às dez e meia na manhã de segunda-feira, 20 de dezembro, depois de voar mais de 18 horas. Enquanto seu o avião se aproximava de
Nadi, Claire observava pela janela, hipnotizada pela água azul-turquesa e praias de areia branca cintilante. Se Tony estava chateado com o agente TSA, ao testemunhar
a antecipação de Claire, ele voltou para sua própria excitação.
Uma vez que eles desembarcaram, Eric descarregou a sua bagagem em um pequeno avião com uma hélice e pontões. Ele lhes desejou uma lua de mel agradável e prometeu
que estaria esperando quando eles voltassem. Aparentemente, o seu destino final só poderia ser acessado por via aérea.
Tony e Claire em seguida, pegaram um voo de quarenta e cinco minutos para uma ilha privada. Sua altitude era baixa, o que lhes permitia aproveitar os pontos turísticos:
golfinhos nadando, belíssimas praias de areia branca isolada, palmeiras e vegetação de floresta tropical.
Fora das janelas abertas do avião, era um verdadeiro paraíso, um oásis longe do resto do mundo. Claire nunca tinha visto nada parecido e disse para Tony, mais de
uma vez, quão incrível tudo parecia. Seu deleite infantil o divertia. Eles desembarcaram em uma lagoa marinha com água cristalina forrada com areia branca.
Seus empregados pessoais estavam esperando na praia: dois chefs, camareira, recepcionista, e capitão do barco. Claire tinha se acostumado a ser servida, mas estes
indivíduos viviam para agradar Sr. e Sra. Rawlings.
A equipe reuniu suas bagagens enquanto eles caminhavam um caminho sinuoso para o seu bure, uma palavra fijiana para uma cabana de palha. A brisa tropical úmida soprava
o cabelo de Claire enquanto suas as sandálias afundavam na areia branca. Segurando a mão de seu marido, eles se aproximaram de sua habitação temporária.
Era a cabana de palha mais luxuosa que Claire já tinha visto. Situada em um penhasco acima da água, eles tinham uma vista deslumbrante do oceano. Primeiro eles entraram
em uma graciosa sala de estar com um teto de palha de catedral, bambu entrelaçado cobrindo as paredes e piso de mogno polido. Cada quarto de seu bure continha ventiladores
de teto, bem como a possibilidade de ar condicionado. Claire não conseguia entender por que alguém iria querer ar condicionado.
Havia enormes portas bi dobráveis que abriam para toda a fachada de decks privativos com vista para a água ou para a vegetação tropical. Cada deck continha móveis
de lounge para relaxar. O deck da frente ainda tinha uma piscina privada de borda infinita. Enquanto eles ficavam parados na sala e olhavam, parecia-se estender
para a lagoa e além abaixo do oceano. A equipe levou as suas bagagens para o quarto principal com uma cama king size.
Olhando em volta, Claire encontrou um banheiro luxuoso decorado que abria para um chuveiro privado ao ar livre de pedra de lava e uma generosa banheira de imersão
projetada para dois.
Felizmente, em torno do chuveiro, ao ar livre e da banheira, havia um exuberante e privado jardim tropical. Após o tour pela sua casa temporária, sua anfitriã, Naiade,
perguntou se eles estavam prontos para jantar. Claire estava faminta. Tony informou a Naiade que eles ficariam felizes em jantar no deck.
A única coisa que faltava no seu bure era a tecnologia, o que era tranquilo para Claire. Ela estava acostumada com a falta de conectividade. Tony, no entanto, ficou
aliviado quando soube que ele tinha acesso à Internet com o seu laptop. Ele explicou que precisava se manter em contato com Tim, Brent, e outros de seus negócios.
Ele lembrou a Claire que ela só precisava ficar em contato com ele. Sorrindo, ele prometeu ajudar.
Ela se apertou contra seu corpo e beijou seu pescoço.
— Eu acho que posso lidar com isso.
Tony sussurrou em seu ouvido:
— Cuidado, senhora Rawlings, podemos perder a nossa refeição.
Claire sorriu. — Eu acredito que nós temos tempo de sobra para isso. Agora, eu estou com fome!
Aparentemente, eles poderiam fazer sugestões aos seus chefs a qualquer momento. Tony e Claire decidiram que para os próximos 10 dias, frutos do mar seria o prato
principal escolhido. Ambos se divertiram experimentando os pratos nativos. Naiade disse a eles sobre algumas opções de atividades.
Eles tinham acesso ilimitado a um barco com um capitão privado e poderiam desfrutar de um passeio para observar a vida marinha, ir de uma ilha a outra ou mergulhar.
Uma barreira de recifes viva estava por perto. Eles também poderiam andar de caiaque ou fazer uma caminhada pela selva.
O deck de jantar tinha uma vista incrível para o oceano, com uma maravilhosa brisa do mar. Os chefs prepararam atum de barbatana amarela, frutas frescas, legumes
orgânicos e pão fresco cozido. Tudo cheirava e tinha um gosto delicioso.
Era o início da tarde no local, quando Claire terminou sua refeição e estava exausta. Ela tinha acabado de viajar mais de 18 horas, perdeu um dia todo cruzando uma
linha imaginária e se casado. Isso era o suficiente para cansar qualquer um. Tony recomendou que eles relaxassem na banheira ao ar livre que abria para o infinito
céu azul.
Nos próximos dez dias, eles iriam descobrir que era ainda mais atraente sob as estrelas e a lua. Tony podia ter sugerido a banheira como um lugar para relaxar, mas
Claire antecipou que ele tinha outros planos. A banheira de água morna, a suave brisa do mar, o som das ondas quebrando na praia e atmosfera romântica se combinaram
para ajudar a aumentar o nível de energia de Claire.
Tony entendeu que eles estavam viajando há muito tempo, mas para ele não foi cansativo, foi confinamento. Ele queria liberar um pouco dessa energia aprisionada.
Apreciando o cenário amoroso, Claire sabia que estaria desapontada com qualquer coisa menos.
Tony não decepcionou. Afundando na água quente, ele se sentou atrás dela enquanto ela descansava em seu peito. Ele começou massageando seus ombros, aliviando a tensão
da viagem. Enquanto suas mãos se moviam, Claire podia sentir a energia que pensava ter ido começar a construir dentro dela. Seus lábios encontraram a nuca dela e
arrepios se espalharam sobre seus braços e pernas. Entre beijos, ele sussurrou: — Obrigado por ser minha esposa. Eu te amo.
Ele a segurou em seus braços e acariciou a sua pele. Ela, por sua vez acariciou seus braços. Olhando para baixo, viu seus anéis brilhantes sob a água.
Quando suas mãos descobriram os seus seios, eles latejavam em antecipação, fazendo com que seus mamilos ficassem duros e necessitados. Suas mãos se moveram para
seu estômago e para baixo, fazendo com que a energia de Claire voltasse com tudo. Ela não conseguia se controlar e se virou para encará-lo. Suas bocas acaloradamente
mordiscavam um ao outro enquanto suas línguas se misturavam. Toda ação foi consensual. Claire queria tanto ele quanto ele a queria.
Enquanto a brisa agitava as orquídeas e vegetação circundante, ele a encheu com mais do que energia. Como na pista de dança em que eles se movimentaram juntos, seus
corpos se tornaram um como seus nomes. A exuberância de sua sensualidade levava Claire para além da revitalização para o êxtase.
Ele lhe fez perguntas, ela gostou do destino de sua lua de mel? Ela disse que sim, muito mesmo. Ela estava feliz com a forma que o seu casamento acabou? Ela estava.
Foi perfeito. Ela estava feliz por ser Sra Anthony Rawlings? Ela estava. Quão feliz? Quão satisfeita? Quão grata? Eventualmente, eles fizeram o seu caminho para
a cama king-size. Mesmo com a brisa do ventilador de teto e mar, ambos suavam com a umidade.
Antes de Tony se juntar a sua esposa para um descanso no meio do dia, ele a observou dormir. Ela estava exausta, já que ela tinha acabado de ir com ele para o outro
lado do céu. Depois de todo o sexo que tinham experimentado, era difícil de acreditar que poderia ficar melhor, mas ficou. Deitada na cama, ela emitia calor e o
cheiro mais surpreendente.
Ele gentilmente moveu o seu cabelo dos ombros úmidos e revelou seu pescoço sensual e belo rosto. Carinhosamente, ele beijou seus lábios, saboreando sua doçura. Mesmo
no sono, ele viu o seu sorriso.
Naquela noite, eles jantaram no deck à luz de tochas, com vista para um horizonte magnífico, e viram o sol se estabelecer no oceano. Os chefs criaram um incrível
prato de frutos do mar frescos, frutas orgânicas e vegetais, tudo das ilhas. Este prato incluía lagosta verde do Pacífico e snapper16 fresco. Eles também escolheram
seu vinho a partir de uma extensa lista.
Depois do jantar, eles passearam de mãos dadas ao longo da praia, sentindo a areia macia sob seus pés. Com o pôr do sol, a umidade diminuiu e a brisa criou a temperatura
perfeita. Sua única luz vinha da lua enquanto seus raios brilhavam fora da água. Outros tinham vindo nessa mesma praia e ficado no mesmo bure, mas eles sentiam como
se fossem os primeiros.
Os dias se mesclaram. Acordando ao som de pássaros tropicais e brisa do mar, eles iam para um dos decks, bebiam café e comiam o café da manhã. Em seguida, vestiam
seus trajes de banho, caminhavam na praia, e nadavam na lagoa. Ou talvez relaxassem perto da piscina ou dentro dela. Eles iam almoçar e, em seguida, retomavam a
sua ocupada programação de relaxamento. As manhãs e noites tinham brisa fresca, mas nos meios dos dias era úmido e tropical.
Eles discutiram as suas opções de atividades e decidiam juntos como passar os seus dias. Eles utilizaram o barco e o capitão em múltiplas ocasiões. Ele os levou
para mergulhar e eles aprenderam que em diferentes momentos do dia aparecem diferentes vidas aquáticas. Uma noite, ao pôr do sol, eles boiaram enquanto ao seu redor
golfinhos saltavam e brincavam. Se o capitão não os tivesse advertido, Claire podia ter tentado tocar em um. Eles pareciam tão mansos de perto. O capitão disse a
eles para ter cuidado, as aparências enganam. Isso pareceu um bom conselho.
Em algumas ocasiões, o capitão os levava para ilhotas desabitadas acessíveis somente por barco. Os chefs preparavam um completo almoço especial com frutas frescas
e vinho. E na praia completamente isolada, com um cobertor e sua cesta de piquenique, Tony e Claire iriam encontrar uma maneira de passar as horas antes de o capitão
voltar.
Claire olhou para todas as roupas que Catherine embalou. Ela literalmente passava os dias em roupões de banho, roupa de banho, cangas, e um vestido de verão para
jantar. Não havia necessidade de usar roupas ou qualquer ocasião para fazê-lo. Na verdade, eles passaram uma grande parte do seu tempo, sem qualquer roupa. As situações
normalmente não começavam dessa maneira: um mergulho na lagoa, banho de sol na praia, ou natação noturna na piscina; mas mais frequentemente do que não, se concluíam
desse jeito.
O sol trouxe de volta a pele bronzeada de verão de Claire. Ela tinha começado a diminuir com o início do outono. Seu acidente acelerou o processo, a deixando pálida.
Tony disse a ela que ela estava linda, a pele clara fazia seus olhos se destacarem, o verde-esmeralda ficava mais intenso. Vendo-se agora, ela acreditava que a pele
bronzeada com o cabelo loiro parecia mais saudável. Seus olhos ainda pareciam proeminentes. Se ela precisava ser loira, ela se gostava mais com um bronzeado. Ao
contrário de seu bronzeado durante o verão, este carecia de linhas.
Além da equipe, Tony e Claire não viram ninguém durante todos os dez dias de estadia. Eles estavam completamente isolados e afastados do mundo. O Natal chegou e
passou. Eles queriam um ao outro feliz, mas não havia pinheiros ou neve. Para Claire isso foi maravilhoso.
Ela preferia calor e sol a frio e neve a qualquer momento. Além disso, havia uma abundância de decorações em casa para o casamento. Tony se desculpou por não ter
um presente para ela na manhã de Natal. Ela disse a ele que a fazia feliz. Ele lhe dera muitos presentes; além disso, a lua de mel era o seu presente e ela adorou.
Ela repetidamente explicou que ela não se importava com as coisas monetárias. Quanto mais ela protestava, mais Tony apontava as vantagens. Ele queria que ela percebesse
que ela tinha tudo e a capacidade de obter qualquer outra coisa. O mundo era dela para pedir.
O clima tropical era bem conhecido por suas frutas, e os chefs tinham isso disponível em todos os momentos. Havia mamões, abacaxis, bananas, abacates, peras, mangas
e limões. Eles os preparavam em saladas, acompanhamentos, pratos principais, e constantemente eram disponíveis frescos. Juntos, eles aprenderam quão incrivelmente
uma fruta poderia ser sensual.
Tony provocava os lábios de Claire com o suco doce aromático de abacaxi ou mamão recém-cortado. Delicadamente, colocando-o em sua língua, ela fechava os lábios para
sugar o suco de seus dedos. Muitas vezes, quando a fragrância do fruto passava por seus lábios, os sucos escorriam para o queixo, onde Tony tentava retirar o néctar
açucarado com a língua. Às vezes, acidentalmente, ele deixava cair a fruta pegajosa e ela caía nos seios ou barriga de Claire. Depois, ele comia diretamente de sua
pele nua. O resultado era abafado e emocionante. O chuveiro ao ar livre foi um excelente ambiente cheio de vapor para lavar os úmidos líquidos doces. No entanto,
sempre começava uma nova aventura.
Em mais de uma ocasião, ele testou sua resistência. Seu incentivo sempre era gentil, carinhoso e sensual. Às vezes seus toques físicos causavam tais convulsões eróticas
que ela sentia que nunca iria experimentar aquilo novamente. Mas então ela experimentava. Claire contemplava o questionamento de Emily na noite antes de seu casamento.
Se ele era um insaciável aos quarenta e cinco anos, ela estremeceu ao pensar como ele teria sido aos vinte e cinco.
Ele mencionou em várias ocasiões que ele estava emocionado por ter Claire como sua esposa, mas com este título vinha responsabilidade. Ela tinha feito bem a maior
parte do tempo no passado. Agora era diferente. Ela não é mais um enigma, não é mais um rumor, ela era a senhora Anthony Rawlings. Suas ações, palavras e aparência
refletiriam diretamente sobre ele. Ele a amava e queria ela tão feliz quanto ela estava aqui no paraíso, mas o mundo real estava por vir. Ele queria que ela estivesse
preparada.
Durante dez dias de união completa, nenhuma possível ameaça do mundo exterior, nenhuma possibilidade de fracasso público, oportunidade para quebrar as regras e risco
de consequências negativas, Claire aproveitou o tom de chocolate dos olhos de Tony. Ela podia se dar e mantê-lo satisfeito. Ela encontrou um lugar de satisfação
com a sua situação e felicidade em suas decisões.
Às vezes, enquanto ela descansava, pensava sobre a proposta de Tony no Central Park. Ela teria sido mais feliz? Onde ela estaria? E a maior pergunta sem resposta,
será que ele realmente a teria deixado ir? Em seguida, ela abria os olhos e via um paraíso tropical, marido generoso e incrivelmente bonito, e reconhecia que suas
decisões a levaram a essa consequência. Ela poderia viver com isso.
Quinta-feira à tarde, 30 de dezembro, o Sr. e a Sra Rawlings retornaram para Eric no avião de Tony em Nadi. Desta vez, eles viajaram de volta no tempo, chegando
de volta na noite de quinta na cidade de Iwoa. Brilhando sob um manto de neve branca, a casa parecia magnificente quando eles se aproximaram. As decorações haviam
saído, mas as luzes da casa brilhavam na fachada de tijolos e na pedra do rio. Era magnífico e acolhedor. O paraíso tinha sido apenas isso, mas agora eles estavam
em casa.
Existe uma sabedoria da cabeça
e uma sabedoria do coração. - Charles Dicksens
Capítulo trinta e dois
Samuel acreditava que isto era uma farsa, a refeição noturna com todos os presentes, seus pais, esposa e filho. Sim, eles viviam na mesma casa, mas as refeições
formais pareciam um exagero. Ele se lembrou da série de TV Dallas, com Nathaniel reinante como onipotente patriarca.
Amanda olhou para o marido quando o jantar estava terminado. Samuel se inclinou e beijou carinhosamente o rosto de sua esposa.
— Eu preciso falar com meu pai por alguns minutos. Eu vou estar lá em cima por pouco tempo. — ela sorriu.
— Tudo certo. Eu estarei esperando. — mas seus olhos questionaram o marido.
— Eu não vou demorar. — em seguida, sussurrando. — Eu vou para você mais tarde, eu prometo.
Os olhos de Amanda sorriram enquanto olhava para o rosto de Samuel. Ela sabia das regras. Você não questiona nada na frente de Nathaniel. Lidar com o sogro valia
a pena, ela adorava seu marido.
— Anton e eu estaremos lá em cima.
Seu filho, em casa vindo do internato, olhava seus pais. — Eu estarei aí em um minuto, mãe. Eu preciso fazer uma coisa.
Amanda sorriu para seu marido e filho. Anton tinha crescido tanto durante o semestre passado. Apenas com quinze anos, ele já era um pé mais alto do que ela. E os
seus olhos poderiam brilhar, mas ela viu a escuridão de seu avô também. Mais do que qualquer coisa, ela queria manter essa escuridão longe.
— Tudo bem, talvez possamos assistir a um filme quando todos nós chegarmos às nossas suítes? Eu tenho alguns vídeos novos. — Amanda começou a subir as grandes escadas.
Samuel endireitou o pescoço e caminhou pelo corredor em direção ao escritório de seu pai. As portas duplas eram como uma barreira para o homem inflexível ali dentro.
Inalando profundamente, ele formou um punho. Respeitosamente, ele bateu nas grandes portas duplas. Ele ouviu as palavras de dentro.
— Entre.
Isso não estava indo bem. Seu pai sabia seu desagrado com a recente direção de Rawls Corp. Agora a recente inclinação positiva e a aceitação inesperada de acionistas
era demais. Essas ideias de Jared Clawson tinham que parar.
Uma ideia deu milhões para a Rawls. A próxima iria lhes custar milhões. Atualmente, o balanço estava em seu favor, mas os riscos e as possíveis repercussões jurídicas
não valiam os benefícios. Entrando no grande escritório, Samuel orou silenciosamente para ele ser capaz de fazer seu pai ver seu ponto de vista.
O homem atrás da mesa sentou ousado e desafiador.
— Eu me perguntei quanto tempo levaria para você me enfrentar.
— Eu não achava que precisávamos de uma audiência. — Samuel fechou as portas duplas, inconsciente de que elas estavam ligeiramente entreabertas.
—Sempre preocupado com a opinião dos outros. — Nathaniel sorriu.
— Obviamente, um traço que você recebeu de sua mãe. Eu não dou a mínima para o que os outros pensam.
— Talvez você devesse.
— Fale o que você quer.
— Você conhece os meus pensamentos. Você precisa se livrar de Jared Clawson. Você precisa parar com esses meios alternativos de ganho financeiro.
Nathaniel riu profundo e baixo. — Eu preciso?
— Pai, eu sinto muito, talvez precisar não é a melhor palavra. Você deve.
— Você sente muito? Você é um pedaço de merda fraco! — Nathaniel se levantou e caminhou em torno de sua grande mesa, de frente para o seu filho. — Você não aprendeu
nada? Não se desculpe! Desculpas são para covardes, elas fazem você parecer fraco.
Ousado, Samuel continuou com sua missão. — Esta situação está ficando fora de controle. — Nathaniel riu de novo.
— Fora de controle, como nós estamos fazendo milhões e milhões. E isso é ruim?
— Nós estávamos ganhando bem antes, e era por meios legais.
— Então, qual parte dessas verbas que você não gosta? Sua esposa está aproveitando o dinheiro e seu filho está aproveitando a melhor educação. Você, sua esposa,
seu filho nunca vão saber o que é ficar sem. Diga-me outra vez o que você não gosta.
— Eu acredito que eles teriam sido felizes com os nossos lucros de antes. Amanda e Anton não precisam de excesso. Nem eu. — Samuel viu o seu pai voltar para sua
cadeira de couro luxuosa.
— Nem a minha mãe.
Mudando de direção, Nathaniel abruptamente se virou e bateu na bochecha esquerda de seu filho.
— Você nunca me diga o que sua mãe quer. Você não tem nenhuma ideia do que ela passou. Vocês nunca viveram como nós fizemos. O dinheiro é bom para uma coisa, ele
compra o que você precisa, o que você quer. E por causa das minhas decisões, você e Anton nunca vão se preocupar com dinheiro. Nunca me diga o que fazer com o meu
negócio, e não peça desculpas. Eu te criei melhor que isso!
Ele sabia que não havia uma resposta para seu pai. Samuel se virou para ir embora.
— Onde você vai, rapaz?
— Eu vou lá em cima com a minha mulher. Você tem algum problema com isso?
— Você vai lá em cima, para o nível superior da minha casa. Não, eu não tenho um problema. Você tem?
— Não, pai, eu não tenho.
Samuel saiu do escritório e rapidamente viu o rosto de Anton. O adolescente havia presenciado toda a cena. Samuel esperava que quando eles entrassem na sua suíte,
eles pudessem falar sobre isso. O seu filho sabia que a discussão era bem-vinda.
Deus, conceda-me a serenidade para aceitar
as coisas que não posso mudar,
coragem para mudar as coisas que posso,
e a sabedoria para saber a diferença.
— Reinhold Niebuhr
Capítulo trinta e três
A vista através do para-brisa do novo Mercedes-Benz CLS-Class Coupe de Tony lembrou Claire de filmes espaciais. Os flocos de neve eram estrelas que passavam em grande
velocidade. A neve, vento e a temperatura congelante acentuava o fato de que eles não estavam mais no paraíso. Ela se estabeleceu no assento aquecido, esfregou as
suas mãos com luvas de couro e observou a neve cobrir o terreno.
Os reluzentes brilhos podiam ser bonitos se não fosse o vento e a acumulação. Tony não se importava. Ele estava gostando de seu novo carro, que tinha chegado na
propriedade enquanto eles estavam fora. Para o alívio de Claire, o carro lidava surpreendentemente bem com a neve.
Embora fosse quase oito horas da noite, ela sentiu como se estivesse finalmente acordando, o fuso horário era difícil de dirigir. Tanto ela quanto Tony dormiram
até tarde após a sua chegada de volta à realidade.
Agora, enquanto se dirigiam para Tom e Bev para a celebração da véspera de Ano Novo, ela pensou sobre o seu retorno.
Quando eles entraram na propriedade, o sorriso acolhedor de Catherine foi a melhor vista que Claire poderia imaginar. Elas imediatamente se abraçaram. A quietude
pacífica da mansão, desprovida de decorações e trabalhadores, era reconfortante. Ela e Tony comeram um leve jantar e caíram no sono.
Foi esta manhã, mais acordados, que discutiram a situação do quarto. Agora que eles estavam casados, eles deveriam mudar para um só quarto? Quando Tony perguntou
a opinião dela, um momento de referência, ela respondeu que gostava de manter dois quartos. A coisa mais importante é que eles dormissem juntos, o local era irrelevante.
Claire disse para ele que gostava de sua suíte. Verdade seja dita, ela gostava. Sim, ela sabia que a suíte tinha vigilância e memórias, mas também era o lugar onde
ela se sentia segura e em casa. Talvez ela tivesse chegado a um acordo com as gravações.
Ela se sentia... Bem, segura. Se Tony pudesse assistir cada movimento dela, ele não iria questionar suas ações. Ela também mencionou: — Além disso, minha suíte não
corresponde à sua em termos de tecnologia. A dele tinha a grande tela multifacetada e mais Deus sabe lá o que. — E você não seria capaz de acessar todos os seus
dados do mercado de ações a partir daqui.
Desde a sua grande tempestade no verão passado, Claire não tinha sido exigida ou solicitada a assistir a quaisquer mais vídeos, mas ela acreditava que Tony tinha.
Ela também acreditava que ele poderia acessar qualquer coisa que ele quisesse de seu escritório, quarto, sala de cinema, ou em qualquer outro lugar que ele escolhesse.
Isto não tinha sido confirmado, mas de alguma forma, ela suspeitava que fosse verdade.
Sua resposta foi porque mesmo agora enquanto dirigiam, Claire ainda estava ansiosa.
— Eu acho que soa razoável, eu não acredito que nós estaremos perdendo espaço no quarto a qualquer momento em breve. — Enquanto Claire observava, o tom da lua de
mel dos olhos de Tony foi ultrapassado pela escuridão. — No entanto, em relação à tecnologia que você mencionou, eu acredito que seria prudente manter as últimas
restrições envolvendo meu escritório e quarto. Eu não acho que você precisa de acesso sem supervisão a computadores, internet ou telefones.
— Tony, eu sou sua esposa. O que você acha que eu irei fazer?
— Eu acho que é o melhor evitar possíveis falhas, — ele ergueu o queixo dela, — Você concorda ou gostaria de discutir mais? — ele terminou a conversa.
Claire olhou fixamente em seus olhos, ajustou seus ombros e endireitou seu pescoço. — Eu concordo. Desculpe. Eu preciso tomar um banho.
Ele libertou o seu queixo e ela se afastou. Ela aprendeu meses atrás que ela não gostava de falhas, e buscar uma conversa fechada não era prudente. No entanto, todos
os ossos de seu corpo queriam perseguir isso. Ela realmente não se preocupava com a tecnologia. Ela não queria acessá-la. Claire queria ter a capacidade de acessá-la!
Dez horas depois, enquanto dirigiam para festa de Tom e Bev, ela contemplou a conversa encerrada. Agora que ela era a senhora Anthony Rawlings, isso não dava a ela
algum tipo de influência? Algumas regalias? Ela poderia revisitar o assunto sem medo de retaliação? Enquanto ela debatia isso internamente e assistia os flocos reluzentes
brilharem na iluminação dos feixes de luz da Mercedes, ela se perguntou se sua vida tinha mudado.
Ela era a Sra. Anthony Rawlings, mas realmente era diferente de ser Srta. Claire Nichols?
— Você concorda? — a pergunta de Tony puxou Claire de seus pensamentos.
— Sinto muito. Eu não ouvi a pergunta.
— Eu perguntei se você preferia a vista de Fiji a esse esplendor congelado de Iowa.
Claire riu. — Eu não acho que você precisa perguntar, não é?
— Provavelmente não, mas estou tentando fazer você falar.
— Eu estou falando.
— Sim, você está. Mas você realmente não tem falado desde esta manhã. Gostaria de discutir o assunto antes de chegarmos a Tom?
Claire pensou sobre a questão. Sim, ela queria retornar o assunto, mas que ela deveria? — Eu não sei. — seus pés estavam frios e as botas da moda não estavam ajudando.
Ela tentou coloca-las sob o sopro do aquecedor da Mercedes. — Se eu disser que sim, eu estou abrindo um assunto encerrado?
Tony apreciava o fato de sua esposa estar pensando nisso. — Sim, eu acho que você está. Vale a pena para você? — o interior do carro estava quente, mas ainda sim
Claire empurrou as suas mãos enluvadas mais profundamente nos bolsos de seu casaco de peles e considerou as implicações. Será que ela realmente se importava sobre
a tecnologia? Valia a pena prosseguir com essa discussão? Ela soube imediatamente que a resposta era não.
— Eu acho que a minha decisão é a de não reabrir a conversa. No entanto, eu quero que você saiba que não é a tecnologia que eu anseio. É a capacidade de acessá-la.
Tony sorriu. — Claire, seus talentos foram desperdiçados em meteorologia. Você teria sido uma maravilhosa empresária. Você acabou de dizer que não queria prosseguir
com o assunto, mas você conseguiu me esclarecer sobre a sua motivação. Estou, mais uma vez, impressionado.
Isso não ajudava a sua disposição. A neve estava caindo no para-brisa com velocidade suficiente para fazê-la sentir como se seus pensamentos estivessem voando no
espaço em alta velocidade. Seus lábios pressionaram firmemente em uma linha. Por fim, ela perguntou: — Que tipo de resposta que você esperava?
— Honesta, como sempre.
— Ok. Sério, quem é que eu deixei para contatar? Eu não entendo por que você sente que ainda as restrições são necessárias. Deus sabe que eu sei as regras.
Os ramos dos pinheiros caíam com centímetros de neve pesada acumulada. Mantendo o seu olhar para sua direita, Claire podia vê-los através da janela lateral. Eles
estavam se aproximando da casa dos Miller e o som de uma música suave encheu o ar. Tony não respondeu. Afinal, essa discussão estava fechada. O sentimento familiar
de impotência encheu o peito de Claire. Ela queria que a conversa terminasse. — Eu te amo. Eu vou fazer o que você quiser ou o que espera de mim. Admito que não
estou satisfeita com o seu veredicto, mas estou bem. Vamos passar a noite com os nossos amigos e saudar o Ano Novo. — pelo menos ela explicou seu ponto de vista.
Isso era algo.
A casa dos Miller era magnífica. Beverly tinha um gosto fantástico para a decoração. Era ultra moderna, mas incrivelmente convidativa. O estilo único era uma combinação
de pedra, tijolo e madeira, acentuado com vidro e cromo. Apesar das inúmeras janelas, a casa estava quente. Eles poderiam ver a neve e vento e ficarem confortáveis
dentro da casa. Talvez fosse o fogo na lareira ou o vinho em suas taças, mas o encontro irradiava calor.
Seus amigos comemoram felizes seu retorno. Eles queriam saber tudo sobre a lua de mel. Claire disse a eles que tinha sido maravilhosa. Tony literalmente tinha a
levado para o paraíso. Todo mundo disse para Tony e Claire o quão maravilhoso seu casamento estava. Eles eram um casal bonito. Sue mencionou quão bonitas suas fotos
estavam no comunicado da imprensa. Claire não tinha pensado sobre a cobertura da imprensa até aquele momento.
— Eu não vi as imagens divulgadas. Você tem cópias? — Bev disse que ela não tinha, mas ficaria feliz em pesquisá-las on-line. Olhando para o seu marido, ele não
falou, mas seus olhos o fizeram. Claire sabia que não deveria, mas ela concordou. — Obrigada, eu gostaria de vê-las.
Em vez de trazer um computador, Bev removeu um controle remoto de uma gaveta e o apontou para a grande televisão na parede. A contagem regressiva do Ano Novo da
Times Square mudou para uma página inicial de navegador. Bev introduziu ‘Anthony Rawlings’ na caixa de busca. Há nove meses, o procedimento teria parecido banal,
mas agora fascinava Claire. Ela teria gostado de ter tempo para ler a infinidade de páginas que apareceram como opções. Bev reduziu a pesquisa digitando - casamento.
Claire viu brevemente um artigo que acompanhava; mas em questão de segundos, Bev clicou, e as fotos apareceram na tela. Claire encarou. Lá eles estavam em suas vestimentas
de casamento. Havia três fotos diferentes: uma foto de rosto, uma de corpo inteiro e outra deles dançando. Todo mundo assistiu Claire quando ela se via na tela.
Ela olhou para Tony e para si mesma. Eles pareciam modelos.
Tony era alto, bonito e ilustre, cabelos escuros, olhos escuros e smoking contrastando drasticamente com Claire. Ela parecia pequena, loira e marcante. Seu cabelo
era tão claro que ela assumiu que alguns de seus antigos amigos poderiam não reconhecê-la. Ao lado de Tony, ela parecia pequena.
Tony estava certo sobre os seus olhos. Na foto de rosto, seus olhos verdes brilhavam intensamente. Ela tinha visto seu vestido no espelho. Mas, o vendo na tela da
televisão e olhando de longe, era obviamente atraente, elegante e espetacular. Ela sorriu. Tinha sido uma boa escolha.
Claire percebeu que todos na sala estavam olhando para ela, especialmente Tony. A maioria estava feliz aguardando sua resposta. Tony parecia menos do que satisfeito
com toda a situação, mas ela sabia que ele não diria nada lá. Seria uma questão melhor discutida em privado. Finalmente, Sue colocou a mão no joelho de Claire e
perguntou: — Então, o que você acha?
Claire riu. — Eu simplesmente não posso acreditar que o meu casamento é notícia. — todo mundo riu. O que ela esperava? Ela se casou com Tony, Anthony Rawlings. Claire
olhou para ele. Ele só tinha olhos para ela. Aqueles olhos foram escurecendo. Ousadamente, ela se levantou e caminhou para o marido. Se elevando por seus pés, ela
alcançou seu rosto e lhe deu um beijo. Ele obedeceu, curvando-se para permitir que seu rosto encontrasse os lábios dela. Dirigindo-se ao grupo, Claire calmamente
respondeu: — Eu acho que eu simplesmente esqueci quem ele é. Mas eu tenho uma vida inteira para lembrar. — ela o beijou novamente.
Eles brindaram o Ano Novo com champanhe. Brent, Tom e Tim especialmente desejaram a Tony um ano lucrativo. Se o ano dele fosse lucrativo, os deles seriam também.
Era depois de uma da manhã quando a festa acabou.
A frieza do couro transcendeu para as calças de Claire. Ela queria que o aquecedor aquecesse o assento, bem como rapidamente aquecia o interior do carro. O rugido
do degelo na quietude da noite disse a Claire que a pobre Mercedes estava tentando o seu melhor.
Tony raspou a neve das janelas e conversou com Brent e Tim enquanto eles faziam o mesmo. Tudo estava coberto com vários centímetros a mais de branco. Felizmente,
tinha parado de nevar. Distraidamente, Claire perguntou quantas vezes Tony precisava raspar suas próprias janelas. Ela sabia que estava tentando desviar seus pensamentos
da reprimenda que ela estava prestes a receber.
O marido dela permaneceu agradável e atencioso durante a festa, mas a sua expressão quando ele abriu a porta para ela, a deixou saber que este assunto não estava
encerrado. Claire ponderou aquele pensamento. Não era realmente o mesmo assunto? Então não deveria estar encerrado?
Cada vez que ela exalava, ela notava os cristais brancos fracos que se formavam no ar. Ela ajeitou a postura e os ombros, ela estava pronta. As janelas estavam limpas
e ela podia ouvir as vozes de Tony e Brent, a porta dele iria abrir a qualquer momento. Cada minuto passado, mudou seu comportamento de ansioso para indignado. Tudo
o que ela queria fazer era ver as fotos do seu casamento. Por que era tão importante assim? Por que era um negócio tão grande?
Afinal, era o seu casamento. O fato de as fotos estarem disponíveis on-line não devia importar.
Uma vez na estrada, os únicos sons eram os dos pneus na neve e o zumbido do aquecedor. Claire esperou. Depois de um silêncio significativo ,Tony falou. — Você se
lembra de que eu disse a você que eu recebi e-mails de Emily e ela gostaria que você ligasse?
— Sim, e você disse que eu poderia ligar para ela amanhã. — Claire sentiu um pânico súbito.
— Eu só estava pensando. Sua memória parece estar falhando.
— Ainda porro ligar para a minha irmã?
— Sim, eu mantenho a minha palavra.
Claire suspirou. Este foi um Tony mais indireto do que ela estava acostumada. Talvez esta fosse a vantagem de ser sua esposa. Ela estava procurando por esse privilégio.
— Obrigada. — ela olhou para o seu marido, os músculos de sua mandíbula definiram enquanto ele a apertava. Ele estava esperando por ela para abordar o assunto. Relutantemente
ela fez. — O que você achou das nossas fotos de casamento?
— Eu acho que você estava absolutamente deslumbrante e eu sou um homem de sorte. — essa não era a resposta que ela havia antecipado. Sim, ela estava irritada que
isto fosse uma grande coisa. No entanto, sua intuição lhe disse para se afastar.
— Eu sinto muito por incentivar Beverly. Minha curiosidade tirou o melhor de mim. — se desculpar parecia ser a melhor opção, mesmo que apenas soasse sincera.
— Não é apenas o que você fez. É o que você disse. — Claire não conseguia lembrar o que ela disse, então ela perguntou. — Você disse que esqueceu quem eu sou.
— Eu esqueço que casar com você é algo que vale a pena ser publicado, eu te amo por você. Eu esqueço que você é Anthony Rawlings. Para mim, você é Tony.
Seu aperto se intensificou no volante e ela podia sentir sua tensão. — Eu já te disse repetidas vezes que você deve se lembrar de quem eu sou. Se esquecer de quem
eu sou, você vai esquecer quem você é e o significado de seu comportamento. — era uma versão diferente do aparente discurso. Ele estava certo. Ele tinha dito repetidas
vezes. Ela ouviu e respondeu em todos os momentos apropriados. Pelo menos esta foi a versão resumida.
Tony voltou a trabalhar no dia primeiro. Ele o fez a partir de seu escritório em casa. Ele tinha um monte de coisas para fazer. Aparentemente, ele tinha tentado
se manter atualizado enquanto estava em Fiji, mas alguém o manteve distraído. Com ele trabalhando em seu escritório e ela livre para fazer o que quisesse dentro
da casa, Claire logo percebeu como o evento havia preenchido o mês passado. Ela foi subitamente dominada por um sentimento de solidão.
Claire chegou ao escritório de Tony antes do almoço para fazer sua ligação. Ela esperava a palestra sobre limitações. Surpreendentemente, ele não deu. Ele discou
o telefone, virou as costas e trabalhou em seus computadores, enquanto Claire esperava para falar. John atendeu. Ela rezou para que John não dissesse nada para perturbar
Tony. — Oi, John, é Claire, Emily está ai?
— Oi, Claire. Bem-vinda de volta aos Estados Unidos. Você está de volta, não é?
— Nós estamos, retornamos no dia 30. — ela estava enviando sinais mentais para colocar Emily no telefone!
— Então, era tão bonito como o artigo descrevia? — Tony se virou para Claire, ela precisava terminar com John e passar para Emily. Ela olhou para ele suplicante,
ela sabia.
— Eu não li o artigo. Mas foi incrível. Tony definitivamente me levou ao paraíso para nossa lua de mel. Ei, a Emily está ai?
— Oh, sim. Ela está aqui. É bom falar com você. Por favor, diga a Anthony que eu disse olá. — ela fez contato visual com ele, oi.
— Eu vou, obrigada, John. — ela ouviu Emily pegar o receptor. Aparentemente, eles não estavam usando o telefone no viva-voz.
— Oi, Claire, como está minha irmã da alta sociedade? — Claire sorriu. Emily estava tentando o seu melhor para aceitar a vida de Claire.
— Eu estou maravilhosa, feliz por estar em casa. Como você está? — Tony voltou para o seu trabalho. Emily explicou que ela e John estavam bem. Eles queriam agradecer
novamente a Claire e Anthony pelo transporte. Um jato das Indústrias Rawlings o levou de volta para Albany, no domingo após a cerimônia. Ela também os agradeceu
por permitirem que eles ficassem em sua casa, foi incrível! Ela perguntou a Claire mais sobre a lua de mel. Claire fez soar mágico, mas não muito. Tony educadamente
se manteve de costas para Claire durante a conversa. Ela sabia que ele estava ouvindo cada palavra, mas apreciou o gesto.
Depois de dez minutos, o relógio interno de Claire disse a ela que o tempo estava se esgotando. — Bem, com certeza foi bom ver vocês dois e falar com você...
Emily interrompeu, — Eu queria que você soubesse que ofereceram a John um emprego em uma empresa diferente. — isto chocou Claire. Ela não sabia que ele estava procurando
um emprego diferente. Emily disse que ele não estava. Foi uma surpresa para eles também. Claire perguntou se era em Albany. Não, era tanto em Nova York ou Chicago.
A empresa tinha escritórios em ambos os locais, bem como em outros lugares. Claire sabia que isso significava que Emily teria que deixar seu emprego de professora.
Emily disse que ela sabia disso. Eles estavam pesando os prós e contras. Financeiramente, se ele assumisse o cargo, ela não precisaria trabalhar. Era um tremendo
aumento no salário. Claire ficou feliz ao ouvir isso, mas ela sabia o quanto Emily amava ensinar. Claire também acrescentou o fato que em Chicago ela estaria muito
mais próxima dela e de Tony. Será que John estaria trabalhando com o mesmo tipo de lei? Emily disse que era corporativo internacional. Ele estudou isso. Mas nos
últimos quatro anos, ele tem praticado na maior parte das empresas nos Estados Unidos. Tony apontou para o relógio.
Claire disse a Emily ela estava interessada e que ela iria tentar ligar novamente para ver como as coisas estavam indo. Ela também disse que esperava que eles pensassem
e resolvessem. Não só decidissem pelo dinheiro. Emily disse que era fácil ela dizer isso. Claire entendeu, mas ela queria que eles fossem felizes em primeiro lugar.
Emily perguntou quando ela iria ouvir de Claire novamente. E se havia uma maneira melhor de entrar em contato com ela do que o e-mail privado de Tony? Claire disse
a ela que era o melhor jeito. Ela ainda estava tentando entender à coisa toda de Sra. Rawlings. Tantas pessoas tentando entrevistá-la e similares, bem, ela tinha
certeza de que Emily compreendia. O e-mail privado de Tony era melhor. Elas disseram uma a outra adeus e Tony apertou o botão de desligar.
Claire pensava sobre a ligação enquanto ela se levantava para sair de seu escritório. — Obrigada. Agradeço a oportunidade de falar com ela. — ela se virou para deixá-lo
trabalhar.
— Claire, espere um minuto. — seu primeiro pensamento foi que ele esperava algum tipo de gratidão. Ela se virou para ele com fogo nos olhos. Ele casualmente se inclinou
sobre a mesa. — Ela estava pescando.
Confusa, o fogo ainda tremulava. — Pescando o que? Informações sobre a nossa lua de mel? Honestamente, Tony, ela é minha irmã. Talvez ela esteja apenas interessada
em aprender sobre mim de mim, e não de uma revista.
Ele parecia impaciente. — Terminou?
— Sim. — ele disse para ela se sentar. Ela fez.
— Ela estava pescando para descobrir se você sabia sobre oferta de trabalho de John.
— Isso não faz sentido, como eu poderia saber... — ela olhou para Tony e seu batimento cardíaco aumentou. — Por quê? Por que você ofereceria a John um emprego? Eu
o conheço bem o suficiente para saber que você não gosta dele.
— Eu não gosto de sua força e determinação. Ele perseguiu o acordo pré-nupcial em minha limusine mesmo sabendo que eu não queria que ele fizesse. Ele ainda teve
a coragem de me oferecer conselhos. Então, durante o ensaio, ele ficou na minha frente e de nossos amigos e teve a audácia de não dar a sua mão.
— Eu sabia que você tinha se aborrecido. Nós nunca discutimos isso antes. — Tony assentiu. — Então, por favor, explique por que você iria oferecer a ele um emprego?
Tony sorriu diabolicamente. — Eu não. Tom fez. Ele entrou em contato com John, enquanto estávamos em nossa lua de mel. Eles tiveram duas reuniões em Nova Iorque.
John tem um currículo impressionante para alguém que estudou na Faculdade de Direito em Indiana.
— É uma dos melhores vinte e cinco faculdades de direito no país. — Claire imediatamente se arrependeu de defender John.
— Sim, obrigado, senhora Rawlings. Vou deixar que Tom saiba que ele pode entrar em contato com você, se uma torcida é necessária para o Sr. Vandersol.
Claire pediu desculpas e pediu a Tony para continuar. — Ele se formou com Magna Cum Laude17 pela Faculdade de Direito da Universidade de Indiana e foi contratado
por uma firma da costa leste que predominantemente contrata de dentro da Ivy League. Ele tem trabalhado muito duro, e depois de apenas quatro anos é um associado
na via expressa para uma consideração de parceria.
Claire não tinha certeza se foi Tony ou Tom, mas alguém tinha feito o dever de casa. — Tudo bem, ele tem um bom currículo, mas você acabou de dizer que não gosta
dele.
— Na verdade, senhora Rawlings, eu disse que não gosto de sua força e determinação, ou, mais precisamente, elas me enfurecem. — ele sorriu novamente. Este não era
diabólico, era mais travesso. Claire de repente experimentou déjà vu e sorriu de volta.
— Tony, John não sou eu. Ele não conhece você tão bem como eu.
— Isso é bom. Eu prefiro manter assim.
— Quero dizer, eu não quero que você fique chateado se ele recusar sua oferta. — Tony ergueu as sobrancelhas, indicando que ela continuasse. — John tem trabalhado
muito duro para conquistar o que ele tem na vida. Ele pode não aceitar a sua oferta se baseando em seu currículo, mas se baseando em uma relação familiar.
— Você o conhece melhor. Mas Tom fez a ele uma oferta muito impressionante. Os empréstimos estudantis, hipotecas e outras dívidas que você mencionou não seriam mais
um problema. Emily não precisaria trabalhar e eles poderiam viver em qualquer lugar que eles quisessem.
— Emily gosta do seu trabalho. Ela adora ensinar. Nossa mãe era professora até o dia em que ela morreu. Emily gosta de fazer o que ela faz. — Claire percebeu que
ela não estava facilitando a conversa. — Mas eu tenho certeza que a perda da dívida seria atraente. Emily sempre poderia encontrar outro emprego de professora. Ela
tem mais de seis anos de experiência. Eu só não quero que você fique desapontado se ele recusar.
— É interessante até onde algumas pessoas vão para reduzir sua dívida.
Claire preferiu ignorar o comentário. — Tom lhe deu um prazo? E qual foi o ponto de me deixar falar com Emily, mas não saber sobre o John?
— Tom pediu uma resposta até o final de janeiro e eu estava curioso. — desta vez, Claire ergueu as sobrancelhas. — Eu me perguntei se Emily chegaria a lhe perguntar
sobre o trabalho, e eu imaginava que se você soubesse disso, ela acharia que você me persuadiu a oferecer a ele. Ou, com mais precisão, me convenceu a convencer
Tom.
Claire pensou por um minuto. — Bem, eu posso honestamente dizer que nunca me ocorreu pedir tal coisa. E, obviamente, Emily não percebe que eu não tenho esse tipo
de influência sobre você.
Seu sorriso brilhou, mas mais inescrupuloso neste momento. — Ora, Sra. Rawlings, eu acredito que você tenha sido conhecida por ser bastante persuasiva.
A conversa esclarecedora foi feita. Claire tinha muito a considerar. Ela não se sentia bem sobre a probabilidade de John ser contratado pelas Indústrias Rawlings.
No entanto, ela foi honesta tanto com Emily como com Tony. Isso é tudo o que ela podia fazer. Honestidade é sempre a melhor política, certo?
Parte da felicidade da vida não consiste
em batalhas de combate, mas em evitá-las.
Uma retirada magistral é em si uma vitória.
— Norman Vincent Peale
Capítulo trinta e quatro
O novo ano começou e as rotinas do ano passado continuaram. Tony saiu de manhã para o trabalho. Claire ficou em casa nadando na piscina interior, se exercitando
no ginásio, lendo livros, assistindo filmes e esperando pelo seu retorno. Ela ainda contava com Catherine para informá-la a cada noite dos planos de Tony. Uma mudança
foi que, se ele estava na cidade, ele sempre vinha a sua suíte. Ela poderia até estar dormindo, mas ele dormia com ela.
Outra mudança foi a de que ele, pessoalmente, a informava de quaisquer eventos, encontros, ou atividades que eles participariam como um casal. Claire sentiu que
era uma melhora das informações de última hora de Catherine.
Juntos, eles participaram de dois eventos formais em janeiro. A Universidade de Iowa deu um banquete, precedido por coquetéis e canapés, para reconhecer doadores
de platina. Mr. Anthony Rawlings, é claro, era um deles. Eles também participaram de um angariador de fundos políticos para a procuradoria do distrito da cidade
de Iowa, onde um orador falou sobre o papel da indústria privada na recuperação financeira do país. Claire desempenhou bem sua parte. Ela se lembrou de todas as
regras de sua primeira aparição na sinfonia. Agora, como a esposa de Anthony Rawlings, ela não precisava ser a companheira perfeita - ela precisava ser a esposa
perfeita. Ela projetou a persona bem: bonita, educada, contente e agradecida.
Claire tinha sido uma recém-casada por mais de um mês. E a maior parte desse tempo foi gasto vagando ao redor de sua casa. A neve contínua e fria a restringiam de
ficar fora na floresta. Ela se perguntou sobre Courtney ou Sue. Quem sabe elas não queriam vê-la. Ela não tinha visto ou falado com ninguém desde Emily. Isso tinha
sido no dia primeiro de janeiro. As paredes de sua bela casa estavam fechando em cima dela.
Quando Tony trabalhava em casa, Claire se juntava a ele em seu escritório. Não era uma exigência; ela pensou nisso como uma fuga de sua rotina normal.
Ele trabalhava principalmente na cidade de Iowa, mas ele também saia da cidade algumas vezes. Ele disse que a queria com ele nessas viagens de negócios, mas as coisas
eram muito corridas. Não haveria tempo para atividades sociais e ela ficaria entediada. Ele decidiu que era melhor para ela ficar em casa.
Ela se sentia cada vez mais claustrofóbica e Tony parecia completamente inconsciente de sua situação. Claire decidiu que talvez essa estivesse qualificada como uma
daquelas situações ‘eu sou um homem muito ocupado. Se você quer algo, você precisa me perguntar’. Uma noite, depois de Tony voltar de uma curta estadia em Chicago
e os dois estavam deitados em sua suíte escura, Claire decidiu perguntar: — Eu gostaria de ir com você em sua próxima viagem de negócios.
— Eu disse a você, as coisas são corridas. Você ficaria entediada.
— Eu estou entediada agora. Eu mal fiquei fora de casa desde a nossa lua de mel. Eu estou ficando louca. — ela esperava alguma realização, um pedido de desculpas
por estar tão envolvido no negócio que ele tinha negligenciado a sua esposa, talvez algum pedido de perdão arrebatador.
Isso não foi o que ela recebeu. De repente ele se virou. Sentindo o seu rosto acima do dela, ela podia sentir sua respiração em seu rosto. — Sério? Você está entediada?
Na defensiva: — Eu estou.
— E você não pegou o final da conversa?
— Me desculpe, eu não peguei. Eu vou ficar fora do seu caminho e não precisamos ir para fora da cidade. Eu só quero sair dessa casa.
— Você recebeu muitos convites para passeios. — ele ficou a centímetros de seu rosto.
— O quê? Que tipo de convites? E por que eu não sei sobre eles?
Tony explicou. — Você não sabe sobre eles porque eu decidi não repassá-los para você. — Claire esperou enquanto ele continuava. — Durante a nossa preparação do casamento,
você estava extremamente ocupada, algumas vezes você não estava em casa quando eu chegava. Eu não gostei daquilo. — Além disso, no Ano Novo você pareceu ter problemas
de memória. Eu decidi que sair sozinha como Sra. Rawling era algo que você não estava preparada para fazer.
Claire podia sentir raiva crescendo em seu peito e medo que se ela falasse poderia provocar a fúria de seu marido, não dominá-la. Portanto, ela se concentrou em
manter os lábios pressionados enquanto ele continuava, — E eu gosto de saber que você está em casa, segura e longe de problemas. Eu tenho muitas coisas no meu prato.
Eu não preciso me preocupar com você tendo um acidente.
— De quem? — perguntou Claire assertivamente. Ela permaneceu em silêncio tanto quando ela pôde.
— Como? — Tony entendeu seu tom. Ele queria esclarecimentos sobre o seu significado.
— Os convites que recebi, de quem eles eram?
— Eu acredito que sua capacidade de compreender diminuiu com a sua memória. Eu disse que eu escolhi não encaminhá-los para você. Eu decidi que você vai ficar em
casa, segura. Boa noite. — Tony se deitou em seu travesseiro.
Ela ficou parada pelo que pareceram horas. A respiração dele desacelerou e tornou-se rítmica. Pela primeira vez desde que ele tinha a pedido em casamento, ela não
queria estar com ele. Claire decidiu que, uma vez que estavam em sua suíte, ela poderia ir para a dela. Ela esperou até ter certeza de que ele estava dormindo e
depois, gentilmente, levantou as cobertas. Procurando pelo seu roupão, ela ouviu sua voz estrondosa rasgar a escuridão. — O que você pensa que está fazendo?
— Estou ciente de que a conversação está terminada e que eu não tenho controle de minhas próprias atividades. Está tudo em suas mãos. Mas, neste momento, eu também
estou ciente que você não me considera uma esposa ou uma parceira. Estou indo para minha suíte para refletir sobre essas informações.
— Não, você não vai. — uma declaração conclusiva. Com quase dois metros de altura, a envergadura de Tony era imensa. Talvez se ela não estivesse amarrando seu roupão
e colocando os pés nos chinelos, ela poderia ter tido um melhor equilíbrio. Em menos de um segundo, ele agarrou seu braço e ela foi novamente deitada em sua cama.
O peso da parte superior do corpo dele a tinha presa ao colchão. Memórias das fotos de seu casamento lhe vieram à mente, ela se sentiu pequena e indefesa.
— Tony, lembre-se de sua promessa. — sua voz soou falsamente formidável.
— Que sempre foi condicionada à sua. — seu peito de repente se sentiu pesado, não a partir do peso de seu corpo, mas suas palavras. Ele continuou: — Você está certa.
— ela não falou, não tendo certeza de sua exatidão. — A conversa está acabada e eu estou no controle total de suas atividades, inclusive quando você vai dormir e
quais convites que você vai aceitar. — as lágrimas começaram a reunir em seus olhos. — No entanto, também está enganada. Eu não considero você uma esposa. Eu sei
que você é minha esposa. Você pertence a mim.
Seus antebraços empurraram contra seus ombros fazendo doer. Suas palavras não foram uma revelação, Claire sabia que ela era sua propriedade. Ele continuou movendo
seu rosto para mais perto. — Você vai ficar aqui esta noite. Você não está me deixando, minha cama ou minha presença. — as lágrimas fluíram. — Agora é hora de você
responder de forma apropriada. — o peso dele se moveu ligeiramente.
Claire lembrou vezes no passado, quando ela não tinha respondido com rapidez suficiente ou a seu gosto. Ela focou sua energia em manter seu corpo sem tremer. No
entanto, ela não conseguia se concentrar nisso e nas lágrimas, de modo que suas palavras se tornaram soluços abafados. Engolindo em seco, tentou fortalecer sua voz.
— Eu não vou deixar você. Mesmo se eu deixasse sua cama hoje à noite, teria sido apenas porque eu estou chateada, não porque eu quero que nosso casamento acabe.
— ela tomou uma respiração irregular, imaginado seus olhos escuros, e agradeceu a Deus que o quarto estava escuro demais para vê-los.
— Continue.
— Eu não vou deixar a sua cama. Eu concordei, no passado, eu concordo agora e para sempre me submeter à sua autoridade. Me desculpe se eu te dei motivo para quebrar
a sua promessa. — inalando, ela tentou desesperadamente acalmar o temperamento dele. — Se você lembrar, todo esse incidente começou porque eu perguntei se eu poderia
estar com você quando você for viajar. Eu não quero deixá-lo. Eu quero estar com você.
— Sua capacidade de responder adequadamente tem beneficiado você em várias ocasiões. — ele soltou os ombros e colocou a cabeça em seu travesseiro. Ela parou de fungar
e tentou regular a respiração. — Agora tire esse robe. — quando ela obedeceu, ele acrescentou, — Eu acredito que vamos experimentar algumas outras formas de resposta.
— ele rolou de volta para ela. — Mas você é minha parceira. Eu não quero que você faça qualquer coisa que você não queira. Por isso, talvez você prefira ir dormir?
Claire sabia que essa era uma daquelas ofertas que você não pode recusar que sua avó costumava falar. — Não, eu prefiro responder a você. — ela evitou com sucesso
o tremor e quase parou as lágrimas, mas o resultado final foi que a cabeça dela batia com a batida de seu coração. No momento, isso era muito rápido.
— Desta vez não vai ser verbal. — suas mãos agarraram sua pequena estrutura quando seu tom dominante reivindicou seu espírito. — Como você pode lembrar, essa conversa
acabou.
Claire fechou os olhos e balançou a cabeça. Ela fez o seu melhor para ignorar a dor de cabeça e responder ao seu marido.
Pouco antes de eles se acomodarem para dormir, Tony ofereceu mais informações. — Courtney e Sue têm ligado várias vezes, eu vou pensar sobre seus convites. Emily
ligou e enviou e-mail. John ligou, ele respeitosamente recusou a oferta de Tom. Eu acredito que Emily pode esperar. — o coração de Claire afundou.
Esta nova informação, sem dúvida, influenciou o temperamento de Tony. Ela queria acreditar que a oferta de Tony foi feita de boa fé com base nas credenciais de John.
Sua recusa não surpreendeu Claire, mas ela tinha certeza de que Tony o fez. Ele não costuma experimentar rejeição. Esta não foi a primeira vez que ela recebeu as
consequências das ações de John. O que mais preocupava Claire era seu relacionamento com sua irmã, ela iria ser autorizada a falar ou ver Emily?
Ela beijou Tony e soou o mais condescendente que conseguiu. — Obrigada, eu realmente gostaria de ver Courtney e Sue. — Claire queria se afastar dele, para o outro
lado da cama king-size ou, melhor ainda, para o andar de cima, mas em vez disso ela descansou a cabeça em seu peito. — E eu prometo que a minha memória vai ser melhor.
— Fico feliz em ouvir isso. — ele lentamente abraçou seu ombro enquanto sua voz se suavizou. — Eu preciso estar em Phoenix na próxima semana. Fui na década de setenta
lá. Talvez você possa se juntar a mim. — ela assentiu com a cabeça.
— Obrigada, isso seria bom. — eles adormeceram.
No dia seguinte, usando o iPhone de Tony, Claire tinha permissão para ligar tanto para Courtney quanto Sue. Ela não utilizou o viva-voz, e embora Tony estivesse
presente, não questionou o conteúdo. Ambas as senhoras queriam apanhar e ouvir tudo sobre vida de casada. Claire disse que ela adoraria, iria verificar seu calendário
e daria um retorno a elas. Ela também pediu desculpas por não retornar suas ligações antes, as coisas estavam muito ocupadas.
Muito mais cedo do que o normal, o som do alarme de Tony os acordou em 1º de Fevereiro. Seu voo para Phoenix estava saindo às sete. A viagem só foi planejada por
uma noite, mas Claire não se importava. Eles estavam saindo da propriedade e isso foi suficiente para impulsioná-la da cama para o chuveiro. Ela iria ficar em seu
apartamento enquanto Tony se reunia com os associados; se tudo corresse bem eles iriam jantar fora esta noite. Ele descreveu este apartamento como um dos seus menores.
Enquanto ela tomava banho, ela se perguntava o que pequeno realmente significava.
Vapor encheu o banheiro com uma névoa abafada. Ela segurou a luxuosa toalha lavanda em torno de seu corpo quando Tony entrou. — Nós não estamos indo para Phoenix.
— seus ombros caíram.
— Por quê? Eu fiz alguma coisa?
Tony abraçou seu corpo quente, o cabelo pingou sobre os ombros e no chão. — Não. Não podemos ir a qualquer lugar. Eric ligou. Nós deveríamos ter olhado pela janela.
— ele a levou para as portas francesas altas que levavam à sua varanda. Quando ele moveu as cortinas, ela só podia ver branco. Pelo menos trinta centímetros de neve
nova tinham caído no chão, árvores, parapeito da sacada, em todos os lugares. Com a adição dos 20 a 25 centímetros de neve velha, agora havia quase 60 centímetros!
E continuava a cair, acompanhada pelo vento. Mal vendo além da sacada, ela poderia supor que a nevasca transformou o seu quintal em um oceano de ondas brancas. Deus
sabia quão profunda a neve poderia ser em grandes nevascas. Claire se sentou na cama com grandes gotas deslizando por suas costas, desanimada. Ela suspirou.
Sentado a seu lado, Tony esfregou a perna. — Pense nisso como um dia de neve. Você não gostava deles quando você era criança?
— Sim, porque eu não queria ir para a escola, mas agora eu quero ir.
Ele abraçou seu ombro. — Você quer ir para a escola?
Exalando alto, ela disse, — Eu quero ir a qualquer lugar.
Tony levantou alguns dos seus cabelos. — Bem, eu tenho medo que você vai pegar uma pneumonia se você tentar ir a algum lugar. — ela deitou a cabeça para trás na
cama, apertou os lábios em uma linha apertada, e olhou para o teto. Se ela abrisse a boca, ela iria gritar. Ela estava presa!
Inclinando-se sobre ela, ele disse, — Que tal comemorar o nosso dia livre recém-descoberto? — ela sabia o que ele estava pensando e não queria comemorar. Dizer a
ele não era para ser sua opção. No entanto, isso não tinha sido testado e Claire não achava que ela estava emocionalmente forte o suficiente para o julgamento.
Triste, ela perguntou, — Como você quer comemorar?
Ainda debruçado sobre ela, ele disse, — Que tal você me levar para o seu lago?
— O quê? — os pensamentos de Claire giraram. O lago estaria congelado e estava a cerca de oito quilômetros de distância. Será que eles congelariam? Isto era fora,
fora da casa! — Você está falando sério? — seus olhos brilhavam enquanto ela tentava ler a expressão de seu marido.
— Se isto fizer aquela centelha voltar a seus olhos de esmeralda, estou falando sério. — ele beijou sua testa. — Temos botas, casacos e luvas, tudo o necessário
para esquiar. Foi uma das nossas opções de lua de mel. Então, vamos secá-la, nos alimentar, empacotar e encontrar este lago que eu ouvi tanto sobre.
— É cerca de oito quilômetros de distância. Você não precisa falar com as pessoas de Phoenix para que eles saibam o que aconteceu?
— Você está tentando me desanimar? Vou entrar em contato com o escritório de Phoenix. Podemos nos comunicar no final do dia. É ainda muito cedo lá. E eu sei que
eu sou mais velho, mas eu realmente acho que posso fazer oito quilômetros. — ele sorriu com seus olhos de chocolate ao leite. — Além disso, nós também temos esquis
de Cross-Country18. Você acha que pode nos levar até lá em esquis?
Em meio de uma nevasca do Centro-Oeste, Claire foi preenchida com mais calor e emoção que ela sentiu em algum momento. A discussão de uma semana atrás a tinha deixado
inquieta. Ela não gostou da forma como ele a tratava ou a maneira como ele a fazia se sentir, mas uma vez que estava acabado, ela hesitou em revisitar o assunto.
Agora, ele queria ir para seu lago. — Aposto que é mais bonito no verão, mas eu adoraria sair. Sei que puder encontrá-lo. — eles comeram o café da manhã e Catherine
fez garrafas térmicas de café. Ela repreendeu os dois para sequer pensar em ir para fora na neve. No entanto, com Tony ao seu lado, Claire sabia que não tinha importância.
Ela estava indo para o seu lago, um lugar que ela não tinha ido desde o acidente.
Vestiam-se em camadas, se envolvendo da cabeça aos pés, com pés e mãos aquecidos, e foram para fora da casa antes das oito. O vento diminuiu, mas a neve ainda caía.
Fazia muitos anos que Claire havia feito esqui Cross-Country. No entanto, os movimentos rapidamente retornaram, ao passo que os longos esquis delgados permitiram
a eles deslizar sobre os mais de cinquenta centímetros de neve. Primeiro, ela se preocupava com a navegação. Mas, com a maioria dos obstáculos ao nível do solo cobertos,
não foi difícil, e esquiar era muito mais rápido do que andar. Eles chegaram à clareira em menos de trinta minutos. Claire disse a Tony tudo sobre as flores, borboletas
e animais que estavam ali no calor do verão. Eles usavam óculos escuros para se proteger do brilho da neve, mas ela podia sentir a sua serenidade enquanto ouvia
suas histórias.
Eles chegaram à margem do lago aproximadamente quarenta minutos mais tarde. Claire não estava fria. Ela estava se divertindo com o ar fresco, exercício e paisagens.
Folhas verdes e águas azuis eram a sua preferência, mas a neve brilhante que cobria as sempre-vivas e terra era linda. O lago congelado, coberto com picos e vales
pela nevasca, lhe lembrou de um grande bolo plano com geada da baunilha. Sentia-se tão quente como se fosse agosto.
Tony estava completamente intrigado com a vista brilhando diante dele. Ele nunca tinha tido tempo para experimentar sua própria propriedade. Não era algo que ele
se preocupava com ou deu muita importância, até agora. Eles se levantaram e assistiram três veados, um macho com chifre de seis pontas e dois jovens sem galhada,
galopando a toda velocidade da esquerda para a direita através do lago. Tony e Claire observaram. Se os cervos podiam fazer isso, eles poderiam também.
Esquiar no lago foi fácil em comparação com a floresta: sem morros, vales ou árvores, somente espaço aberto. O vento e a neve haviam cessado. Eles estavam deslizando
sobre uma terra branca dos sonhos. Claire imaginou que isso é como seria esquiar nas nuvens. Quanto mais a oeste eles iam, mais do litoral podiam ver. Tudo parecia
virgem, completamente intocado.
Após a neve cessar, outros animais se aventuraram fora de suas casas quentes. Eles viram raposas e multidões de esquilos e pássaros. Tony disse que achava que todas
as aves iam para o sul durante o inverno. Primeiramente, Claire pensou que ele estava brincando, e então ela explicou que nem todas as aves migram. Ela disse a ele
que em Indiana, o cardeal é onipresente. Ela se lembrou de que estava animada de ter visto um no inverno, parecia tão vermelho e vibrante em contraste com o cinza
austero do inverno. Tony continuou a fazer perguntas e ouvir a sua esposa.
Era quase uma hora quando eles chegaram de volta à casa. Catherine estava feliz por voltar a vê-los. Ela tinha estado preocupada. Ela prometeu que enviaria o almoço,
mas primeiro queria que eles se aquecessem. Entrando na suíte de Tony, eles encontraram sua grande lareira crepitante com chamas e irradiando calor. Claire riu quando
Tony tirou o seu chapéu de esqui. Seu cabelo estava mais confuso do que ela já tinha visto e suas bochechas estavam rosadas e geladas. Sua frivolidade o divertia.
Ele se ofereceu para ajudar a remover seu equipamento de inverno. Não demorou muito para perceber que Fiji tinha sido o melhor destino de lua de mel. Atividades
de neve requeriam muita roupa.
Quando a comida chegou, Tony cobriu Claire com um cobertor de sua cama. Cindy trouxe seu almoço em um carrinho, Claire estava sobre o tapete em frente à lareira
com o edredom macio e Tony usava apenas um par de shorts de ginástica. Cindy começou a colocar os alimentos quentes e bebidas na mesa enquanto sorria para Claire.
Tony disse a Cindy que ela podia sair. Ela agradeceu e deixou o carrinho. Claire sorriu para o marido, peito nu, colocando o almoço na mesa. — Às vezes eu acho que
você é o homem mais incrível que eu já conheci.
Ele serviu duas xícaras de café e levou-as para a sua esposa. Juntando-se a ela sob o edredom, ele perguntou — E outras vezes?
Respondendo honestamente, ela disse: — Outras vezes, eu não gosto de você. — ele olhou para ela com espanto. Ela beijou os seus lábios. — Hoje é definitivamente
um dia de ‘eu gosto’. — ele sorriu e disse que estava feliz.
Enquanto almoçavam, Tony perguntou a ela sobre os ‘dias de não gostar’. Ela pensou em deixar para lá, mentir ou dizer a ele que estava brincando. Então, ela decidiu
ser sincera. — Eu te amo. Eu realmente amo. Às vezes eu sinto como se eu fosse a mulher mais sortuda do planeta, mas às vezes eu me sinto como uma criança de cinco
anos de idade. — ela esperou. Será que ele entendeu o que ela estava tentando dizer? Seus olhos não estavam escurecendo, ele estava ouvindo. — Eu sei que você talvez
não pense assim, mas eu realmente não tenho qualquer intenção de te prejudicar. Por que eu faria isso? Você me disse que seu avô confiou nas pessoas erradas. Sua
avó foi uma delas?
Tony parecia um pouco abalado com a menção de seu avô. — Não. Por que você pergunta?
— Porque eu vou assumir que ela amava a ele e ele a amava. Se não eles não teriam casado. — Tony assentiu. Ele entendeu para onde estava indo. — Eu percebo que há
pessoas que podem tentar machucar você ou sua empresa, mas eu não sou uma delas. — ela não tinha certeza de como ela poderia explicar seus sentimentos para ele.
Ela olhou diretamente em seus olhos. A menção de seu avô tinha minuciosamente os escurecido. — Eu não tenho um problema com você estar no controle de nossas vidas.
Eu confio em você. Eu só queria que você confiasse em mim, me ajudasse a sentir como uma mulher, em vez de uma criança ou de uma posse.
Ela estava feliz, mas essa conversa estava deixando-a triste. — Sinto muito. Estou arruinando este dia maravilhoso. — ela olhou para o almoço, a sopa estava ficando
fria. Fechando os olhos, ouviu a cadeira dele se mexendo. Claire não queria que ele visse as lágrimas que estavam escapando de suas pálpebras. Ela não olhou para
cima.
Anthony Rawlings pegou gentilmente a mão da sua esposa e ajudou-a a se levantar de sua cadeira, em seguida, delicadamente, levantou seu queixo, vendo as lágrimas.
— Claire, me parece que você se desculpa muito. — ela começou a dizer que sentia muito, mas riu de si mesma em vez disso. — Veja, veja esse sorriso que você tem.
Você não pode, mas eu posso. É bonito, mesmo com o seu cabelo uma bagunça, o que ele está. E o seu sorriso não para em seus lábios perfeitos, se estende para o suas
bochechas rosa queimadas pelo vento e, de forma mais dramática, se estende a seus olhos verde-esmeralda brilhantes. — ele estava curvado de modo que seu nariz estava
a milímetros do dela. — Peço desculpas por não fazer esse sorriso sair mais. — Claire podia sentir sua resolução derretendo como os seus joelhos enfraquecidos. Felizmente,
ela estava sendo apoiada pelos seus braços fortes. — Você está certa sobre tantas coisas. Ouvindo você falar hoje sobre as diferentes árvores, neve, uma tempestade
de neve, animais e pássaros, você sabe tantas coisas que eu nunca tentei aprender. E você me conhece melhor do que ninguém. Eu tentei manter o meu passado no passado.
Mas você conseguiu tirar bocados e pedaços que eu ofereci ao longo de um ano e os teceu juntos em alguma base psicológica para me compreender. Devo admitir, relutantemente,
que você está correta. — ela queria dizer algo, mas ele a beijou com ternura e continuou, — Você não intencionalmente me deu qualquer motivo para fazer qualquer
coisa além de confiar em você. E, no entanto, eu sei que nem sempre me comportei bem. Isto pode vir como um choque, mas tenho problemas com controle. — ela não pôde
deixar de sorrir. — Aí está esse sorriso.
Tony a levou para o sofá em frente à lareira. Vestindo um roupão macio, ela se sentou na frente dele e encostou a cabeça em sua camiseta cobrindo seu peito. Ambos
encararam o fogo. Ela podia ouvir seus batimentos cardíacos e o som de sua respiração. O fogo irradiava calor e sua pele o aroma de exercício, ela se sentia segura.
Mas, ao mesmo tempo, ela teve a sensação de viver em uma casa de vidro. A segurança poderia se espatifar em pedaços quebrados a qualquer segundo. Ele perguntou o
que ela estava pensando, ela respondeu. Ele não respondeu por um longo período, ela estava apreensiva em virar e ver em seus olhos. Finalmente, ele falou de novo.
— Talvez eu esteja com medo de perdê-la, com medo de que, se você realmente me conhecer, você não vai querer ficar comigo. — ela não tinha certeza. Mas, devido à
sua voz e respiração, ela se perguntou se ele estava tendo dificuldade em se recompor. Ela queria aliviar o desconforto, dizer a ele que estava tudo bem, que ele
não precisa dizer mais nada.
Ela não se virou. — Tony, eu tenho certeza que eu te conheço. Eu também tenho certeza que eu ainda estou aqui.
— Porque você ainda não teve a oportunidade de sair.
Seus braços estavam envolvidos com ternura ao redor dela. Ela os acariciou delicadamente com as mãos pequenas. — Não, não é por isso ou por causa dos presentes ou
as viagens ou o dinheiro, eu ainda estou aqui porque eu tenho um compromisso com você. Eu fiz isso no Central Park e novamente em nossa casa, porque eu te amo e
quero estar com você.
Ele a abraçou. — Sra. Rawlings, eu também te amo. E eu quero confiar mais em você e ser menos controlador. Mas o que eu não quero é te machucar como eu fiz. Se você
é mantida a uma distância segura do mundo, há menos chance de que aconteça alguma coisa que vai me fazer reagir como eu fiz antes.
— Eu costumava me sentir desse jeito, como eu queria ficar aqui e não correr o risco de perturbar você. Eu não quero incomodá-lo. Mas, Tony, isso não é uma vida.
Me ter em casa esperando por você porque eu não tenho escolha, e me ter casa esperando por você porque eu quero são duas coisas totalmente diferentes. — ela esperou,
mas ele não respondeu, então ela continuou. — Se você confia em mim, eu farei o meu melhor para seguir as suas regras. Eu vou discutir coisas com você antes de fazê-las.
Vou verificar com você antes de eu ir a qualquer lugar. Eu entendo a importância das aparências e o significado das consequências. Eu não quero incomodá-lo. Eu quero
a oportunidade de incomodá-lo. — Claire decidiu que esta conversa era mais fácil sem olhar em seus olhos. Ela podia imaginar pequenas íris negras com grandes fronteiras
de chocolate. No entanto, ela estava certa de sua imaginação e a realidade eram diferentes.
— Me diga o que você quer. Que liberdades que eu tomei que você gostaria de ter de volta?
Ela disse a si mesma, oh cara! Aqui está sua chance, responda de forma apropriada. — Gostaria de ter acesso aos meus próprios convites. Eu não vou aceitar ou recusar
sem falar com você, mas eu gostaria de saber que existem outras pessoas lá fora que se preocupam comigo. Eu gostaria de ser capaz de falar com a minha irmã, sem
ter medo de que você não vai me deixar ou ser perturbada na minha conversa. Gostaria que a capacidade de deixar a propriedade – apenas porque sim. E, novamente,
isso não aconteceria sem o seu consentimento, somente quero saber que eu posso. — ela ouviu a sua respiração, a única alteração ocorreu quando ela mencionou Emily.
— E eu gostaria que você fosse capaz de entrar em contato comigo diretamente sobre os nossos planos de noite, ao invés deles serem contados por Catherine todas as
noites, como está acontecendo. Eu me sinto juvenil. — ela fez o que podia, foi tão honesta quanto podia. Ela exalou e relaxou contra o peito firme. Ela não conseguia
pensar em mais nada para dizer, ela esperou.
A aventura ao ar livre foi estimulante, ar frio, neve brilhante e esforço muscular de esqui. O processo de aquecimento tinha sido notável, fogo crepitante, tapete
macio e sexo terno e gentil. O almoço foi quente: sopa, panini e café quente. Agora eles compartilharam, conversaram e foram totalmente honestos um com o outro.
O corpo de Claire derreteu contra o dele, ela se sentia esgotada. Ela esperou por sua resposta, sabendo que seu destino não estava em suas próprias mãos. Ela não
tinha escolha a não ser confiar nesse homem que ela embrulhou carinhosamente em seus braços. Fechando os olhos, ela ouviu seu coração, sua respiração e adormeceu.
Ninguém pode voltar atrás e começar um novo começo,
mas qualquer um pode começar hoje e fazer um novo final.
- Maria RobinsonCapítulo
Capítulo trinta e cinco
Vovó Nichols disse certa vez: — A única constante na vida é a mudança. — Claire orou para que essas mudanças fossem boas. Após o a conversa aconchegante, ela começou
a ver pequenos sinais que lhe deram esperança.
Na tarde de seu discurso, ela acordou no sofá de couro na suíte de Tony. Abraçando o edredom quente, ela olhou ao redor. A luz do dia estava diminuindo, mas ainda
acentuada pelo brilho do fogo crepitante que iluminava o quarto. Ela estava sozinha. No início, ela achou que seu marido estava no banho ou se trocando no quarto
adjacente, mas as portas abertas e o silêncio logo lhe disseram o contrário. Isso nunca tinha acontecido. Sua suíte tinha toda a tecnologia. Ela o tinha visto usá-la.
A tela grande enquadrada poderia acessar o mundo a um clique de um controle remoto.
Timidamente, Claire se levantou e caminhou até a escrivaninha dele. A gaveta superior esquerda continha a chave para a acessibilidade. Ela não quis apontar e clicar.
Ela precisava saber se ela podia. Uma discussão interna começou: Tony pode me ver? Ele nunca tinha falado sobre câmeras em sua suíte. Será que elas existem? Isso
é um teste? Uma armadilha? Ela se perguntou se isso iria aborrecê-lo. Claire decidiu que ela precisava saber, já que ela tinha essa oportunidade.
Sua mão tremia quando ela segurou o puxador da gaveta. E se a gaveta estivesse trancada ou o controle remoto não estivesse mais lá? Invocando toda a sua coragem
e força, ela puxou. Através da escuridão e na profundidade cavernosa, ela viu – notões preto e prata. O controle remoto estava lá, disponível para ela. Emoções a
varreram: alívio, ela estava recebendo a chance de que ela pediu. Felicidade, ele estava confiando nela. Tristeza, não podia tocá-lo. E o medo de que ele iria pegá-la.
Ela ouviu o som de passos, ou portas se abrindo. O único som era da lareira. Claire cuidadosamente fechou a gaveta, caminhou de volta para o sofá, e caiu sobre as
almofadas macias. As chamas tremulavam quando a cena se derreteu diante de seus olhos umedecidos. Ela puxou os joelhos em seu peito e viu as chamas à sua frente.
O medo e a tristeza empurravam o alívio e a felicidade à distância. Reunindo a felicidade que ela disse que estava sentindo, o que era uma coisa boa, tentou recuperar
a compostura antes de sair de sua suíte.
Cerca de uma semana depois, ela estava sentada em um banco alto com suas botas de salto alto Gucci oscilando em uma haste de madeira, ouvindo a voz de sua amiga,
mais uma evidência de progresso. Claire adorava a companhia de Courtney. Ela poderia falar o suficiente por ambas, fazendo com que Claire risse no processo. Hoje
ela estava falando sobre a Cruz Vermelha, o excelente trabalho que fez em resposta a desastres naturais e a ajuda aos cidadãos de Iowa e nos Estados Unidos. Ela
explicou os problemas financeiros enfrentados pela Cruz Vermelha com as doações diminuindo e as necessidades cada vez maiores. Courtney era a presidente de angariação
de fundos para o Quad City Chapter. Ela pediu a ajuda de Claire com seu comitê, acreditando que eles tinham uma vantagem de conhecer pessoas e empresas que foram
sobreviventes do resseção econômica. Eles poderiam usar essas conexões para ajudar a levantar dinheiro. Ela perguntou a Claire quais deles seriam mais rentáveis.
Elas discutiram os prós e os contras de um leilão, banquete, torneio esportivo, ou sorteio. Havia tantas possibilidades. Courtney queria ultrapassar a meta do ano
passado.
O pub onde elas estavam era eletrizante, com energia. Localizado no campus da Universidade de Iowa, suas mesas transbordavam principalmente com os estudantes indo
e vindo. O zumbido de vozes combinadas com o som de cadeiras móveis fez com que Claire movesse seus pés com entusiasmo. Ela não tinha ficado em torno de tanta gente
durante um longo tempo. Ela queria absorver toda a vitalidade. Claire disse a Courtney que tinha um diploma em meteorologia e tinha a ideia de ajudar uma instituição
de caridade dando-lhe informações que ajudassem a prevenir os estragos dos desastres naturais.
Courtney deu a ela uma pasta de informações. Nela continha um calendário com reuniões agendadas da comissão e uma lista de nomes dos membros da comissão, endereços
de e-mail e números de telefone. Enquanto Claire comia sua salada, ela examinou o conteúdo. Este voluntariado seria mais demorado do que ela tinha imaginado. Isso
era ótimo! É claro que ela sabia que seria necessário que tudo passasse por Tony. Mas como é que ele queria aparecer, se a senhora Anthony Rawlings não estava disposta
a ajudar instituições de caridade? Além disso, ele tinha permitido este passeio sabendo que Courtney queria a ajuda de Claire.
Courtney se levantou para pagar um pouco de café e Claire olhou ao redor do restaurante. Ela não podia acreditar em sua alegria em estar com uma amiga. Entre Courtney
e os arredores, ela sentiu como se seu peito fosse disparar. As pessoas nas outras mesas pareciam tão despreocupadas. Elas provavelmente tinham suas liberdades garantidas,
Claire sabia como era essa sensação. Respirando, ela pensou sobre seu marido. Ele estava tentando considerar seus pedidos. Ela sorriu ao se lembrar dele dizendo
a ela para ligar para Courtney.
Tudo parecia normal quando ele entrou em sua suíte e falou sobre o seu dia. Foi quando ele entrou no banheiro para um banho que suas palavras a surpreendeu. — Claire,
eu quase esqueci, Courtney gostaria que você ligasse para ela. Meu iPhone está na estante. Seu número se encontra na lista de endereços e está como Courtney S.,
pegue você mesma. — então ele se virou e fechou a porta. Claire olhou. Era realmente ele? As outras vezes que ela ligou para qualquer telefone, ele estava presente.
Ela se preocupou que talvez tivesse imaginado toda a cena.
Suas pernas tremiam enquanto ela caminhava em direção ao seu iPhone. Lentamente, ela o pegou e foi para a lista de endereços. Ela procurou até que viu Courtney S.
havia muitos nomes, ela continuou a rolar e viu Emily V., John V., e John V. casa. Ela rolou de volta para Courtney S. e bateu o ícone de ligação. A tela indicava
que a chamada estava em andamento. Não durou muito tempo e Claire acreditava que as mãos úmidas e os joelhos tremendo não poderiam ser detectados do outro lado a
linha. Mas estava animada, porque tinha feito uma ligação que levou a este almoço.
Quando Courtney voltou, ela colocou as canecas sobre a mesa. As saladas foram retiradas e a Cruz Vermelha tinha sido bastante discutida. Tinha sido divertido. Agora
elas estavam bebendo café e conversando antes de voltar para casa. Gentilmente, Courtney estendeu a mão e segurou a mão de Claire. De repente, Claire se sentia desconfortável.
Com facilidade, ela manteve o contato visual em situações difíceis, Claire desviou o olhar de sua amiga. Os olhos azuis de Courtney mostravam muita preocupação.
— Estou tão feliz que você concordou em me ajudar. — ela falou baixinho e devagar.
A inquietação de Claire a fez querer puxar a mão. Em vez disso, ela sorriu. — Eu estou feliz que eu possa ajudar você e os outros.
— Claire, você não precisa ser perfeita o tempo todo. Você não precisa dizer tudo perfeitamente, parecer perfeita e ser perfeita. A vida não é um teste que você
deve passar continuamente. — Claire olhou em silêncio para a amiga, com medo de sua voz pudesse quebrar. A energia do local tinha se evaporado. — Eu só quero que
você saiba que Brent e eu conhecemos Tony por um longo tempo... — Claire engoliu. Ela ouviu o esse discurso de todos que conheciam seu marido e o tinham intitulado
com um ‘grande homem de discurso’, geralmente acompanhado pelo ‘Ele trabalha tão duro’. — E ele pode ser um pomposo, condescendente, imbecil e controlador.
Os olhos de Claire se arregalaram e sua cabeça caiu. Ela não chorou. Ela riu, de repente e de forma incontrolável, beirando a histeria. Não foi bom para as aparências.
Aparentemente, seu riso era contagiante porque Courtney começou a rir também. As pessoas olhavam para elas. Fugazmente, Claire não se importava. Depois de alguns
momentos, ela recuperou a compostura o suficiente para perguntar, — Me desculpe? O que você acabou de dizer?
— Querida, você me ouviu. E eu tenho certeza que você sabe exatamente o que eu disse. — Courtney apertou a mão de Claire novamente. — Não me entenda mal, eu amo
o seu marido. Mas me deixe ser honesta, às vezes eu odeio ele também. — Claire assentiu. Ela compreendia completamente. — Está tudo bem. Mas não está nada bem você
se sentir sozinha. — Claire ouviu. — Seu marido te ama. Eu vejo em seus olhos quando ele olha para você. Eu nunca o vi olhar para outra mulher da maneira como ele
olha para você. Mas ele tem demônios, que eu nem sequer quero começar a entender. E ele tem sérios problemas com o controle. Ele às vezes deixa Brent louco.
— Courtney, eu acho que talvez não devêssemos ter essa conversa. — a inquietação de Claire voltou.
— Tony diria que não devemos ter esta conversa. O que você diz?
Claire não sabia o que dizer. Parte dela não queria ter a conversa que a incomodava. A outra parte dela queria conversar, se abrir, e se sentir ligada a alguém neste
mundo além de Tony. — Eu acho que talvez fosse melhor não falar sobre Tony.
— Tudo bem, Claire, eu respeito você. Eu te respeito por se casar com Tony e pela sua incapacidade de falar. — Claire tentou desesperadamente manter sua máscara.
— Eu tentei o meu melhor para deixá-la confortável. Eu quero que você se sinta relaxada comigo.
— Eu me sinto Courtney. Eu considero você minha amiga.
— Querida, eu sou sua amiga. Você é minha amiga. E Tony é um amigo querido também. Mas isso não significa que eu não me preocupo com você.
— Obrigada, mas você não precisa se preocupar comigo. Eu estou bem.
— Sim, eu reconheço bem. E às vezes quando você está com a gente, você está bem. Outras vezes, você só parece bem. — Claire não sabia o que dizer. — Deve ser difícil,
de repente, ser empurrada para o mundo de Tony. Ele dá muita importância para as aparências. Bem, talvez ele não tenha mencionado isso para você. — Courtney começou
a se levantar para ir embora.
Lágrimas começaram a escapar pelo rosto de Claire. Sua voz quase um sussurro audível, — Courtney, por favor, sente-se. — Courtney sentou. — Se Tony souber que estamos
tendo essa conversa, eu não seria capaz de almoçar com você de novo, e talvez isso pudesse afetar o trabalho de Brent. Eu sei que eles são melhores amigos, mas com
Tony eu não estou certa de que há limites. — Courtney era, pelo menos, 20 anos mais velha do que Claire, mas ela ouviu, reconhecendo a sinceridade de tom da mulher
mais jovem.
— Então, minhas intuições não são injustificadas. — Claire balançou a cabeça negativamente. Courtney falou baixinho. — Claire, você está bem?
— Courtney, eu acho que nós precisamos voltar para o seu SUV, estou desconfortável ter essa conversa e eu definitivamente estou desconfortável tê-la em um lugar
público.
Elas pararam, colocaram seus casacos quentes, pegaram suas bolsas, e caminharam até a SUV de Courtney. A pausa na conversa e o ar fresco deu tempo para Claire se
recompor. Alarmes soaram em sua cabeça. Se ela optasse por continuar esta discussão, ela estaria quebrando regras: número um, faça o que você disse que ia fazer.
Ele tinha dito em várias ocasiões a importância das aparências, não divulgar informações privadas. Esta foi a primeira vez sozinha da Sra. Anthony Rawlings. Ela
queria estar envolvida com a Cruz Vermelha e queria mais liberdade. Quebrar as regras não facilitaria esses objetivos. Elas caminharam até o carro em silêncio.
Sentada no banco do passageiro, Claire afivelou o cinto de segurança e endireitou sua postura. Ela sabia o que ela diria.
— Courtney, obrigada por seu apoio. Você está certa. Fui esmagada pela responsabilidade de me tornar a esposa de Tony. Ele tem me apoiado e tem sido compreensivo
e está me ajudando a reconhecer o significado e as obrigações que acompanham esse título. Tenho certeza que ele vai ficar feliz em saber que você está disposta a
me ajudar também.
Courtney entendia, Claire tinha acabado de terminar a conversa. Ela não queria forçar, apena deixar que Claire soubesse que ela estava lá. — Estou feliz que você
esteja se sentindo melhor sobre isso. Só sei que às vezes as mulheres captam coisas que os homens não conseguem, mesmo os homens mais observadores. Espero que isso
ajude você saber que eu sou muito perspicaz, e eu estou aqui para você sempre que você precisar de mim.
Claire lhe agradeceu novamente e lhe fez uma pergunta sobre a Cruz Vermelha.
Durante a condução, Courtney perguntou se eles tinham planos especiais para o aniversário do Tony neste fim de semana. Claire foi pega de surpresa. Ela não sabia
o que era o aniversário do marido. No entanto, ele não sabia quando era o aniversário dela também.
— Eu não acredito que nós temos. Tony parece ser muito discreto sobre aniversários.
Courtney declarou que estava resolvido, eles iriam fazer alguma coisa juntos. Ela falou a Claire sobre um bar em Rock Island com música ao vivo, boa comida e uma
atmosfera divertida. Courtney pensou que seria bom para todos eles. Claire prometeu discutir o assunto com Tony e deixá-la saber. Elas debateram o melhor dia, o
aniversário de Tony era no sábado. Entretanto sexta ou sábado iria funcionar para os Simmonses. Quando Claire saiu do carro, ela convidou Courtney para entrar, Courtney
recusou. Claire se inclinou abraçando-a. — Obrigada por tudo. — ela olhou diretamente para os cuidadosos olhos azuis de Courtney. — Eu estou ansiosa para ajudar
você do mesmo jeito que você está me ajudando. — ela pegou sua bolsa Prada e a pasta com as informações para a caridade.
Catherine lhe informou que o Sr. Rawlings estaria em casa para o jantar em sua suíte as sete. Suíte significava casual, mas Claire decidiu que queria fazer a noite
especial. Ela queria que ele soubesse o quão grata ela estava por essa pequena liberdade. Ela também sabia que ela tinha passado uma excelente oportunidade para
aborrecê-lo e tinha evitado. Ela não iria compartilhar essa informação, mas em sua mente, isso lhe deu mais um motivo para comemorar.
Tony foi agradavelmente surpreendido com apreço e entusiasmo de Claire. Quando ela lhe mostrou o calendário das reuniões da comissão, ele disse que seria uma decisão
semana-a-semana. As circunstâncias podem mudar. No entanto, ele não antecipa eventuais falhas. Ela também não.
Durante o jantar, ela mencionou que ela sabia um segredo sobre ele. Intrigado, ele disse: — Eu não sabia que tinha segredos de você.
Claire sorriu. — Eu soube que sábado é o seu aniversário.
Seus olhos escureceram e sua mandíbula apertou. — Eu achei que como eu perdi o seu dia especial, eu poderia perder o meu também.
— Bem, Courtney acha que todos nós devemos ir ao Rock Island Brew Company. — ele conhecia o lugar, ele já tinha estado lá. Ela esperou que ele concordasse com a
celebração. Por fim, ela perguntou, — Eu prometi a Courtney que eu voltaria a falar com ela sobre isso, você gostaria de ir sexta-feira ou sábado à noite? — sua
expressão agitada a incomodava. — Ou você prefere que eu diga a ela que vamos comemorar em nossa própria casa? — ela percebeu que este era um assunto que ele não
queria continuar.
— Vou pensar sobre isso e retorno a Courtney. — o debate foi encerrado e Claire não sabia seus planos.
Na noite seguinte, Claire estava sentada cercada por papéis quando Tony entrou em sua suíte. Vestida e pronta para o jantar, ela estava completamente absorvida pelas
informações financeiras da Cruz Vermelha de Iowa. Ele olhou para a bagunça e colocou dois grandes álbuns de fotos com capa de couro em cima de seus papéis. Claire
olhou para os álbuns e, em seguida, para o marido. — Boa noite, o que são estes?
Ele se inclinou para beijá-la e as pontas de seus lábios se moveram para cima. — Eles são as provas da noiva mais linda que eu já vi. — esquecendo rapidamente os
montes de papel, ela começou a olhar através dos álbuns. As únicas fotos que tinha visto eram as da véspera do Ano Novo.
O primeiro álbum começou com poses pré-casamento. A propriedade, os homens, as mulheres, tudo e todos estavam lindos. Em seguida, Claire e John, antes da caminhada
até o altar. Tony observava enquanto ela virava cada página, ela estava com medo de ficar muito tempo nas fotos de John e Emily, ela iria olhar para eles mais tarde.
As próximas foram uma série de Claire se aproximando de Tony enquanto ele esperava. Ela tinha que admitir que estava linda. Tony adicionou adjetivos: impressionante,
surpreendente, linda, e marcante. Ambos pareciam estar cheios de amor e adoração. Havia fotos de várias direções, algumas muito artísticas.
Sua comida chegou e eles ainda tinham um álbum completo para ver. Depois do jantar, eles passaram toda a noite no sofá em frente à lareira, vendo mais e mais fotos.
Eles falaram sobre as pessoas, as decorações, o casamento. Claire estava mais nervosa do que ela pensava, porque havia fotos ela não se lembrava que tinham sido
tiradas. Havia numerosas poses em fotos dos dois no grande salão e na base das escadas. Ela riu daquelas onde o fotógrafo se colocou a alguns passos, tentando fazê-la
mais alta. — Você sabe, se você tivesse se casado com uma dessas modelos que você namorava, eles não teriam de fazer isso.
Ele a beijou com ternura e olhou para ela com seus olhos de chocolate ao leite. — Eu não queria me casar com qualquer uma dessas mulheres. Eu nunca quis casar com
ninguém além de você. — ele poderia derreter o coração dela tão facilmente.
As próximas fotos eram da recepção. Ambos concordaram que os convidados pareciam se divertir. Então, haviam fotos deles dançando, Claire lembrou seu desejo avassalador
quando Tony se dirigiu ao redor da pista. — Eu adoro assistir quando seus olhos de esmeralda brilham enquanto você olha para essas fotos. — ela disse a ele o quanto
ela gostou de sua recepção, especialmente a dança. — Bem, isso não vai ser a mesma coisa, mas podemos tentar reviver aquela dança no sábado para o meu aniversário.
— Claire sorriu, eles comemorariam.
— Eu não sei como eu posso escolher as imagens que eu mais gosto.
— Então não escolha. Ficamos com todas. — ele colocou um braço ao redor dela e virando as páginas de volta, ele acrescentou, — Mas este de você na escada com seu
vestido todo em torno de você, eu vou querer. Quero ampliada sobre a grande lareira na sala de estar.
Claire franziu o nariz. — Isso é bobagem. Eu não quero me ver tão grande todos os dias. — Tony disse a ela que ele não se importava. Ele queria e ele o faria. Na
verdade, ele disse que iria contratar um artista para pintá-la. Claire apenas balançou a cabeça, impedir de fazer algo que ele queria era além de sua capacidade.
Em seguida, ela viu a foto da família dela, Tony e os Vandersols. — Tony, podemos mandar fazer cópias de algumas dessas para Emily e enviar para eles? — ela só disse
Emily de propósito, mas a eles deveria ter sido ela. Ele suspirou e concedeu. Ela sabia que deveria mudar de assunto, mas às vezes ela não conseguia se conter. —
Emily tentou entrar em contato comigo?
— Sim.
Claire não disse mais nada. Ele sabia o que ela queria. Se ela insistisse nisso, estaria discutindo ou debatendo. Se ele mudasse de ideia, ele iria deixá-la saber.
Além disso, eles estavam tendo uma noite agradável com as fotos do casamento, ela dirigiu a conversa de volta para o álbum. — Olhe essas imagens de MaryAnn e Eli,
eles são hilariantes. — a conversa sobre os Vandersol terminou.
Não confie demais na aparência.
- Virgil
Capítulo trinta e seis
O aniversário foi um sucesso. Tony e Brent brincaram que festas tarde da noite significaria que eles não deveriam dirigir pra casa, e sim era para todos juntos montarem
na limusine. O Brew Company estava vivo, com a música ressoando a partir de múltiplas camadas do grande edifício de estilo armazém.
O palco principal tinha uma apresentação do ‘Tribute to Jazz’. Courtney reservou uma mesa vip e disse ao restaurante que eles estavam comemorando um aniversário.
As pessoas no Brew Company não sabiam o nome dele, só que Tony era o convidado de honra. Claire, Courtney e Brent riram quando a cantora o reconheceu com uma versão
de ‘Hey Big Spender’ e o envolveu em seu boá de plumas. Assistindo a tolerância de Tony, Claire decidiu que ela poderia aprender muito com Courtney. Ele pareceu
aceitar coisas dela que Claire não se atreveria a tentar fazer.
Uma semana depois, Tony convidou Claire para ir para Chicago por duas noites. Mesmo que ela precisasse cancelar uma reunião do comitê, ela queria ir. Era ainda ideia
dela ir ao spa e aliviar suas raízes escuras. Brent e David Field, quem Claire tinha encontrado o que parecia ser uma vida atrás em sua primeira viagem a Nova York,
estavam com eles no voo para Chicago. Claire se sentou no sofá, enquanto os três homens discutiam suas reuniões iminentes. Para passar o tempo, ela olhou em sua
bolsa e ficou satisfeita com a sua nova carteira de identidade e cartão de crédito. Claire não se preocupava com o seu dinheiro, mas ir as compras era uma das poucas
vezes que Tony permitia que ela saísse sem hesitação.
A sua licença antiga de motorista tinha sido emitida na Georgia. Ela achou que seria interessante ver a diferença das carteiras de motoristas nos estados. No entanto,
as diferenças não paravam no Estado de emissão; a nova continha o nome dela, Claire Rawlings, e impresso na parte superior tinha a gravado ‘identificação válida’.
Sua carteira de motorista da Georgia havia tinha gravado ‘carteira de motorista válida’. Ela não tinha notado isso antes. Não era algo que ela deveria mostrar com
Brent e David presente, mas decidiu que valia a pena discutir quando estivessem sozinhos.
Claire passou a tarde no spa iluminando seu cabelo e fazendo manicure e pedicure. Quando ela chegou no apartamento, Charles informou a Sra Rawlings que o Sr. Rawlings
estaria retido até depois das nove. Ele poderia perfeitamente servir o seu jantar em uma hora mais apropriada; ela recusou. — Obrigada, Charles, eu vou esperar o
Sr. Rawlings.
Enquanto jantavam, Claire sentiu Tony realizando multitarefas. Ele estava comendo e conversando com ela, mas sua mente estava em outro lugar com Brent e David em
algum grande negócio. Ele falou sobre a próxima noite. Esperemos que eles sejam capazes de sair para jantar e, talvez, para um show. Tudo dependia de suas reuniões.
Claire disse que parecia um grande negócio, mas ela entendeu que o seu trabalho estava atrasado. Ela planejava passar o próximo dia fazendo compras e sabia que eles
estavam programados para ir para casa na quinta-feira.
Enquanto Claire contemplava a melhor maneira de trazer a sua pergunta, Tony fez isso por ela. — Você vai fazer compras amanhã? Viu o sua nova identidade e cartão
de crédito? Eles devem estar em sua carteira.
— Sim, eu vi. Eu queria saber por que a minha identidade não é uma carteira de motorista.
Tony momentaneamente parou de comer e olhou para Claire como se ela tivesse perguntado por que o céu é azul ou por que os pássaros voam? Parecia que a única palavra
faltando em sua próxima frase era Duh. — Porque você não dirige. — seu tom não era cruel, talvez frio.
Ela pensou cuidadosamente sobre sua resposta. — Eu não dirijo desde que eu estou com você, mas eu costumava a dirigir e me divertir.
— Agora você tem acesso a um motorista. Você não tinha isso antes, certo?
— Correto. No entanto, você tem um motorista, e você ainda dirige. Os Simmonses tem um motorista e Courtney dirige.
A irritação de Tony com esta conversa veio alta e clara, suas palavras eram planas com moderação. — Claire, esta é uma conversa ridícula. Ou você está com um motorista
ou você está comigo. Você não tem necessidade de dirigir.
— Tony, você está obviamente ocupado com o trabalho. Podemos discutir isso mais tarde.
Ao longo do ano passado, houve diversas ocasiões em que Tony propositadamente provocava Claire. Ele gostava de observar as reações dela.
Inicialmente, foi feito de forma maliciosa. Ele achava intrigante ver o quão longe ele poderia provocá-la. Ultimamente se tornou um jogo privado. Ele encontrou seu
autocontrole e uma resistência incrivelmente sexy. Ela demonstrou a abster-se de discutir, quando claramente sua linguagem corporal gritava pra ela lutar, isso era
estimulante.
Esta noite, Tony não estava jogando. Sua mente estava definida, Claire não estaria dirigindo. O fato de sequer terem discutido o assunto parecia absurdo. — Me deixe
ajudá-la, tem sido um longo dia e essa discussão é longa, e não precisa ser revista. — ela pensou em dizer: — Tudo bem, e eu estou indo para a cama. — no entanto,
antes que ela tivesse a chance, ele continuou, — Eu iria te oferecer a oportunidade de decidir por conta própria se vale a pena continuar, mas eu decidi não correr
esse risco. Não é?
Seu peito se expandiu e contraiu quando ela soltou um suspiro. Olhando para o marido, ela manteve os lábios e permaneceu em silêncio. Ele a viu enrijecer o pescoço
e piscar os olhos. Ele esperou.
Depois de um silêncio prolongado, confiante, ele continuou. — Agora me conte sobre o seu dia no spa.
Claire fez o seu melhor para fingir entusiasmo, e respondeu, — Foi muito bom. Eles sempre fazem um grande trabalho e me fazem me sentir especial. — ela pensou: ao
contrário de como estou me sentindo agora.
Uma parede de vidro estava estendida do teto ao chão atrás Tony. Através do céu noturno, Claire podia ver a cabeça e a cauda das luzes dos veículos em movimento
ao redor da cidade. Em algum lugar no fundo de sua alma, ela se perguntou, será que eu vou dirigir novamente?
A estadia em Chicago foi sem intercorrências. Ela fez compras sem acidentes proporcionando uma entrevista. Eles jantaram em uma churrascaria não muito longe da Torre
e foram para o Cadillac Palace Theater para assistir Les Miserables. Claire viu há muitos anos na parte mais alta de uma arena. Foi um de seus musicais ao vivo favoritos.
Um vencedor de Seven Tony Awards, ela não se importava de vê-lo novamente. Surpreendia a ela que eles poderiam obter esses assentos excepcionais. Na noite anterior,
Tony não sabia se íamos assistir ao show. ‘Les Miserables’ tinham sido vendidos por meses. Agora eles estavam sentados em um camarote vip apreciando um excelente
espetáculo. Aparentemente, os contatos de Tony foram bem sucedidos, porque eles e Brent foram capazes de voltar a Iowa como o planejado. David ficou para trás para
finalizar alguns contratos. Lendo seu livro, Claire observou Tony com Brent, sentindo a diferença de interação casual e amigável que eram acostumados. Vendo e os
ouvindo discutir questões de negócios, a fazia lembrar do comentário de Courtney, ‘Ele pode deixar Brent louco às vezes’. Ela não tinha visto isso antes, mas entendia
agora.
O repertório de personalidades de Tony incluiu uma força dominante avassaladora que, aparentemente, estava reservado para aqueles mais próximos a ele. Claire tinha
muita experiência pessoalmente com esta personalidade, mas nunca tinha tido a oportunidade de observá-lo. Hoje ela testemunhou a regra de manipulação de Tony sendo
desencadeada em outra pessoa. Não foi bonito. Ela entendeu como Brent podia transmitir coisas para Courtney, porque é isso que os casais de verdade fazem, e Courtney
poderia odiar e amar Tony, ao mesmo tempo.
Fingindo estar absorvida em seu livro, Claire não queria ser incluída na conversa ou impor a sua presença para deixar Brent desconfortável. Isso não parecia ter
efeito sobre Tony.
Na última semana de Fevereiro, Claire e Tony começaram a se preparar para uma entrevista com Vanity Fair Magazine. Shelly, assessora de imprensa de Tony, fez questão
de vir a sua casa e explicar a Claire que esta entrevista era importante para as relações públicas do Sr. Rawlings. Houve muitas especulações na mídia sobre os dois,
seu casamento rápido, e a falta de acordo pré-nupcial. Este seria o caminho para moldar e controlar a informação. Claire achou que era um gesto simpático. Sinceramente,
se Tony dissesse a ela para dar a entrevista, ela faria isso. O que surpreendeu Claire era a extensão de planejamento e preparação para isso.
Shelly acordou com Vanity Fair, à sua vontade de trabalhar abertamente. Deram a ela uma lista de perguntas. Ela excluiu, acrescentou, e ajustou até que ambas as
partes estavam satisfeitas. Em seguida, Tony e Claire foram apresentados as perguntas com tempo para trabalhar em suas respostas espontâneas. Em seguida, com a ajuda
de Shelly, eles praticavam e modificavam as suas respostas. Ela organizou para maquiadores, esteticistas e designers de roupas para ajudá-los antes da sessão de
fotos. Shelly prometeu estar presente em toda a sessão de entrevista e foto. Ela iria intervir e parar todas as perguntas não aprovadas. Isso era melhor do que o
Sr. ou Sra. Rawlings se recusando a responder a uma pergunta ou parecendo inflexíveis. O artigo, então, seria analisado e aprovado antes da publicação.
Claire achava a coisa toda hilária. Será que todas as pessoas passam por isso antes de uma entrevista? Houve um tempo em que lia entrevistas de celebridades e assumia
que era como isso se parecia. Ser a Sra. Rawlings continuava a lhe ensinar muito.
O dia da entrevista, finalmente, chegou. As pessoas que estavam lá para deixar Claire e Tony belos chegaram cedo, antes das sete e meia. Até o momento que Shelly
chegou, ambos pareciam modelos. Apenas mais um dia sentada em casa! Claire pensou quando olhou no espelho para a maquiagem profissional e estilo de cabelo.
Catherine ficou por conta da casa. Ela brilhava. Até mesmo o tempo recebeu o memorando da perfeição. Não percebendo que era final de fevereiro, o sol brilhava através
de um céu azul safira, e uma camada fresca de neve cobria o chão sujo cinza, adicionando brilho para fora da casa.
Anne Robinson, a repórter da Vanity Fair, chegou pontualmente às nove. Ela estava acompanhada por uma equipe de fotografia. Os Rawlingses foram levados para o diretor
de fotografia, Shaun Stivert. O roteiro começou com fotos primeiro, enquanto Claire e Tony pareciam frescos e belos. Em seguida, eles foram para a entrevista. Todo
o processo foi mais trabalhoso do que Claire imaginou.
Shelly foi fiel à sua palavra e onipresente. Ela não hesitou em dizer: — Não, eu acho que isso seria melhor, — ou, — Nós estamos para isso. Você sabe que não vai
ser discutido hoje. — Claire estudou bem suas palavras, ela sabia o que dizer e como dizer. Tony havia ensaiado também. Claire achou que parecia sincera e espontânea.
A equipe Vanity Fair finalmente saiu depois de uma da tarde com Shelly não muito atrás.
— Eu acho que foi tudo muito bem. Vou deixar vocês saberem assim que eu tiver uma cópia da entrevista aprovada. — uma vez que ela saiu, Claire adorou o silêncio
da casa novamente, sua cabeça martelava. As dores de cabeça não eram tão frequentes como eram logo após o acidente. No entanto, quando elas atacavam, poderiam ser
debilitantes. Dormir em um quarto muito escuro era o melhor remédio.
Claire acompanhou o marido ao seu escritório após a entrevista. Dirigir em Iowa City seria contra produtivo no final do dia, ele esperava poder fazer o máximo possível
de casa. O Sr. e a Sra. Rawlings sentaram em silêncio, enquanto Cindy trazia o almoço. Claire fechou os olhos e aproveitou a tranquilidade quando Cindy colocou a
comida na mesa comprida e brilhante. Após servir seu café, ela perguntou ao Sr. Rawlings se necessário algo mais.
— Não, você pode ir. — e então ele falou com Claire, — Como você acha que foi?
Ela abriu os olhos para se concentrar. — Eu realmente acho que correu tudo bem. Foi muito mais trabalhoso do que eu esperava. Eu mal posso esperar para ver o artigo
final.
— Shelly disse que deveríamos ter um projeto na próxima semana. É suposto ser a matéria de capa da publicação de abril, então não deve chegar as bancas tão cedo.
— Claire balançou a cabeça. Ela não podia acreditar que seu casamento teria gerado uma reportagem de capa para nada, muito menos na Vanity Fair. A comida e o café
ajudou a amenizar a dor de cabeça, mas ela suspeitava que tinha exagerado. Um cochilo era o remédio ideal. Assim que terminaram de comer, Tony caminhou em direção
a sua mesa.
— Você precisa de mim? Eu gostaria de ir lá em cima. A manhã foi muito desgastante, — Claire perguntou quando ela se levantou para sair.
Ele pegou uma pasta de documentos, entregou a ela. — Eu gostaria que você ficasse aqui, enquanto você olha para isto. — ela pegou a pasta foi até o sofá e sentou.
O conteúdo da pasta era um mistério. De repente, ela tinha visões de Tony com a entrevista a Meredith Banks. Às vezes, memórias compartimentadas iriam vazar.
Ela abriu a pasta para encontrar mais de uma pilha de polegada de papéis. Eles eram e-mails impressos. Sua mente se movia lentamente, exausta por todo processo de
entrevista e entorpecida pela sua dor de cabeça. Confusa, ela perguntou: — O que são esses papéis?
— Seus convites. — concedendo a ela uma outra liberdade, ele a observou enquanto ela lia. Ela olhou para o e-mail:
Para: Anthony Rawlings, anthrawl265@rawlingsind.com
Data: 25 de fevereiro, 2011
De: Courtney Simmons, courtsim768@rawlingsind.com
Assunto: Para Claire, anexo
Por favor, deixe Claire saber que a nossa reunião está marcada para próxima quarta-feira ao meio-dia, mas eu gostaria de me reunir com ela antes disso, para que
possamos debater. Precisamos ter o calendário de angariação de fundos estabelecido para a próxima reunião. Em anexo está um arquivo que precisa de revisão. Se um
de vocês puder me informar quando e qual seria a melhor data, eu apreciaria muito isso.
Courtney
O Papel preso no e-mail era um relatório de cinco páginas.
Claire não sabia o que dizer, finalmente ela conseguiu se expressar fracamente: — Obrigada. — ele não respondeu. Ele olhou e continuou a avaliar sua resposta. Ela
voltou para a pilha de papéis. O e-mail abaixo do de Courtney era de Emily. Ele também era datado de 25 de fevereiro de 2011. No entanto, havia uma série de correspondências.
25 de fevereiro de 2011
Oi, sou eu de novo. Eu percebo que Claire está ocupada com suas novas responsabilidades, mas eu gostaria de falar com ela. Normalmente estou em casa quase todas
as noites. Já se passaram quase dois meses. Enviei muitos e-mails e tentei várias vezes ligar. Obrigada,
Emily.
11 de fevereiro de 2011
Sra Rawlings é incapaz de responder ao seu pedido neste momento.
Patricia M.
09 de fevereiro de 2011
Olá, aqui é Emily Vandersol, novamente. Poderia, por favor informar a senhora Rawlings que sua irmã gostaria de falar com ela? Obrigada.
02 de fevereiro de 2011
Sra Rawlings é incapaz de responder ao seu pedido neste momento.
Patricia M.
01 de fevereiro de 2011
Olá, sou Emily Vandersol. Eu sou a irmã da senhora Rawlings. Eu não tenho certeza de quem está respondendo a estes e-mails. Tentei chegar a Mr. Rawlings sem sucesso.
Por favor, informe ao Sr. Rawlings ou Sra Rawlings que meu marido e eu gostaríamos de falar com eles. Nós ficaríamos felizes em saber quando eles planejam uma viagem
a Nova York, ou pelo menos um telefonema seria aceitável. Aguardo a sua resposta.
23 de janeiro de 2011
Sra Rawlings é incapaz de responder ao seu pedido neste momento.
Patricia M.
22 de janeiro de 2011
Olá, Anthony, você está recebendo meus e-mails? Eu sei que você tem conhecimento da decisão do John. Eu gostaria de falar com você e Claire. Precisamos ter certeza
que esta coisa de trabalho não afeta o nosso relacionamento familiar. Me deixe falar com você sobre John e suas ideias. Por favor, passe esta mensagem a Claire.
Eu estarei em casa todo fim de semana, ela pode ligar a qualquer momento.
Obrigada. Em.
17 de janeiro de 2011
Sra Rawlings é incapaz de responder ao seu pedido neste momento.
Patricia M.
15 de janeiro de 2011
Oi, Anthony e Claire, eu esperava que pudéssemos conversar, mas eu não tenho sido capaz de chegar até você. John estará reunido com Tom na segunda-feira. Seria bom
se eu pudesse falar com Claire e resolver algumas coisas antes da reunião de John. Eu espero que você verifique seus e-mails no fim de semana. Eu estarei esperando
uma chamada sua ou de Claire. Á propósito, eu vi algumas fotos de seu casamento no supermercado esta manhã. Vocês dois pareciam maravilhosos. Por favor, ligue.
04 de janeiro de 2011
Sra Rawlings é incapaz de responder ao seu pedido neste momento.
Patricia M.
03 de janeiro de 2011
Oi, Anthony, eu preciso falar com Claire novamente. Eu não tenho certeza se ela te disse, mas apresentei o trabalho que John ofereceu no outro dia. Eu estive pensando
sobre isso, e me senti culpada. Não era justo eu falar com ela sobre isso. Eu sei que todos vocês têm muita coisa acontecendo. John queria saber se ela tinha alguma
coisa a ver com a sua oferta. Eu poderia dizer que ela realmente não sabia nada sobre isso. Eu preciso dizer que sinto muito por colocá-la em uma posição difícil.
Eu aprecio o que você está oferecendo a John. Estou tentando ficar fora do seu processo de decisão. Mas eu gostaria de falar com a Claire um pouco mais, foi tão
bom vê-la durante o casamento. Por favor, peça para ela me ligar e diga a ela que eu a amo. As fotos de vocês dois na imprensa são surpreendentes. Obrigada mais
uma vez pelo transporte e a estadia em sua casa. Foi lindo.
Obrigada,
Emily
Esta história foi grampeada. Os olhos de Claire ficaram molhados do primeiro ao último e-mail de Emily. Ela olhou para Tony. Ele ainda não falou nada, olhando com
seus olhos escuros. Claire perguntou o que ela deveria fazer com esta informação. Talvez tenha sido sua cabeça, mas ela realmente não sabia o que responder, então
ela perguntou: — Obrigada por me dar meus e-mails, agora o que devo fazer já que tomei conhecimento?
— Me diga o que você quer fazer. — o tom duro.
Claire se levantou e se aproximou de sua mesa. — Eu quero ligar para ela. — ela podia ver a deliberação sobre o seu rosto. Ela não se lembrava de ser capaz de ler
sua expressão. A habilidade não era reconfortante. Claire tentou desesperadamente modular sua voz. — Eu vou fazer isso aqui, no viva-voz. Eu não me importo se você
ouça cada palavra e me diga o que dizer, eu só quero ligar para ela. — ele ainda não falou, mas a intensidade em seus olhos se multiplicavam. — Tony, eu vou poder
ligar pra ela?
— São quase três horas, o que seria quatro em Troy. Será que ela estaria em casa? — não foi uma resposta, mas não era uma negação.
Claire pensou nisso. A escola terminou às três e quinze, pelo menos costumava ser assim. — Sim, ela pode estar. — como se pensasse em voz alta, ela acrescentou:
— E como um bônus John não estará. — ele não respondeu a sua última declaração, ao invés disso, ele começou a falar sobre os seus e-mails. Ela estava sentada. Ele
explicou que a pasta incluía vários e-mails de pessoas que ela não conhecia. Desde o casamento, muitas pessoas têm tentado entrar em contato com ela por várias razões.
Patricia tinha respondido a todos, — Sra. Rawlings é incapaz de responder ao seu pedido neste momento.
— Sua preparação para a entrevista a Vanity Fair hoje me impressionou. Agradeço, também, que você fez pedidos há um mês e tem sido paciente. Eu acredito que você
merece ser recompensada. Por isso, a respeito de seus e-mails, de agora em diante, antes de Patricia respondê-los, você vai ter a oportunidade de revisá-los. Vamos
discutir. Juntos, vamos decidir respostas. É claro que terei a palavra final. No entanto, acredito que você ganhou voz.
Claire percebeu que Tony acreditava que ele a presenteou com uma liberdade. Ela não podia deixar de pensar que era um vislumbre do que ela está perdendo. As oportunidades
perdidas estariam agora estampadas em seu rosto. — Obrigada, eu entendo.
Ele se virou para os seus ecrãs de computador, e ela viu a parte de trás de sua cabeça ao que pareciam horas. Ele sabia o que ela queria. Ela fez seu pedido. Agora
ele a estava fazendo esperar. Como ela iria reagir? Ele lhe deu um sinal de sua aprovação. Será que ela aceitaria submissamente ou ela iria perseguir a ideia de
ligar para sua irmã? Claire fechou os olhos e tentou parar o barulho em seus ouvidos. Empoleirada na borda da cadeira perto de sua mesa, ela se recusou a ceder.
A pasta, que ele tinha dado a ela, estava fechada em seu colo. Ela não se preocupava com as pessoas que ela não conhecia, e sua cabeça doía demais para ler mais
e-mails. Ela esperou enquanto seus dedos voavam sobre o teclado, em silêncio e sem expressão enquanto ela se lembrava das palavras amáveis de Courtney, a vida não
é um teste que você deve passar continuamente. Claire distraidamente revirou os ombros e endireitou o pescoço. Se a única maneira dela ser capaz de ligar para Emily
fosse passar por este teste, então por Deus, ela não se moveria deste lugar. Finalmente, ele se virou para ela.
— Por que você não ligou até agora? — ele cuspiu sua pergunta com um tom agressivo.
Pensando em voz alta, ela disse, — Eu tenho estado muito ocupada. Eu posso dizer a ela sobre a Cruz Vermelha e a preparação para a entrevista.
O que se seguiu não foram sugestões e sim ordens. — Você vai se desculpar e explicar que você estava querendo ligar. Vendo seu e-mail recente te lembrou que você
não tinha feito. Suas razões soam válidas. Eu prefiro que você não discuta a situação de trabalho. Está certo. E, claro, sem ressentimentos. — as diretivas deviam
ter sido perturbadoras. Mas ela tinha jogado este jogo antes. Eles eram os meios para o seu objetivo.
— Sim, eu prometo.
Ele ligou para o telefone, colocou no viva-voz, e não se preocupou em se virar. O telefone tocou três vezes. As esperanças de Claire começaram a afundar quando finalmente
Emily atendeu.
— Oi, Emily, é Claire. — a voz de Emily se encheu de emoção. Claire parecia feliz e se desculpou. Elas falaram por cerca de dez minutos. Em algumas ocasiões, Tony
indicou que o assunto precisava ser alterado. Claire tentou manter a discussão para longe do trabalho, mas Emily estava determinada a discutir o assunto, explicando
que John estava atualmente muito perto de ser nomeado sócio. Ele não se sentia bem abandonar a empresa que tinha dado uma chance a ele quando ele se formou. Ele
trabalhou duro para chegar a sua posição e não se sentia bem trabalhando para a família. Mas ele estava muito honrado por Anthony considerar contratá-lo. Elas também
discutiram as aulas de Emily e ela perguntou sobre a entrevista, Claire contou tudo. Antes de se desligar, Claire prometeu ficar atenta em responder aos e-mails
de Emily.
Espantava Claire que um telefonema pudesse fazê-la tão feliz e ao mesmo tempo tão triste. Mantendo a voz animada durante a chamada, quase reduzida às lágrimas em
sua conclusão, sua energia foi totalmente esgotada. — Se estiver tudo bem pra você, eu vou levar a pasta pra cima pra poder olhar melhor. Podemos discutir os e-mails
depois do jantar.
— Isso é bom, você pode ir. — ele tinha trabalho a fazer.
Uma vez lá em cima, Claire decidiu tirar um cochilo em vez de olhar a pasta. Tinha sido um longo dia. O contraste entre a entrevista e sua realidade intensificou
a dor por trás de seus olhos e as náuseas. Ela tomou paracetamol, rastejou entre os lençóis frios e suaves, e permitiu que as lágrimas contidas do telefonema fluíssem.
O sono era um refúgio.
Não muito tempo depois que ela adormeceu, Tony a acordou. Queria agradecer a ela mais uma vez por seu desempenho durante a entrevista. Ele também acreditava que
ela queria agradecer a ele por tudo.
Isso é negado até mesmo a Deus:
o poder de desfazer o passado.
- Agathon
Capítulo trinta e sete
Em 15 de março, Tony trouxe em casa a cópia final e oficial da entrevista. Ela havia sido aprovada pela Shelly e estava programada para ser publicada no final de
Março, oficialmente na edição de Abril de 2011 da Vanity Fair:
Anthony Rawlings apresenta ao mundo o amor de sua vida, sua esposa Claire Rawlings - deixe os rumores cessarem e aprenda como ela mudou a vida dele.
Por: Anne Robinson
Fotos por: Shaun Stivert
Você não se casa com a pessoa com quem você quer viver, você se casa com a pessoa que você não pode viver sem.
- Autor desconhecido
Em um belo dia de neve no Centro-Oeste Sr. e Sra. Anthony Rawlings se sentaram com a Vanity Fair e abordaram as questões, boatos, e realidades da sua amizade, namoro,
noivado e casamento. O homem extremamente privado e sua bela noiva gentilmente abriram sua casa para os nossos fotógrafos e entrevistador. (Foto de Tony e Claire
vestidos com calça casual e elegante e suéteres, sentados em um lindo sofá em sua sala de estar.)
A casa de Anthony e Claire Rawlings é uma imponente propriedade de 6.000 hectares perto de Iowa City, Iowa. A maior parte do terreno é arborizada, desabitada e intocada.
Ativistas ficariam feliz em saber que é o lar de muitos animais da floresta indígena. Sua residência é uma casa espaçosa e elegante isolada dentro dos portões privados
deste campo. Foi construída pelo Sr. Rawlings a cerca de 16 anos atrás e se assemelha a uma mansão dos anos de 1940 em estilo românico. O exterior tem fachadas assimétricas
requintadas de pedra do rio, calcário e tijolo, acentuada por arcos perfeitos sobre janelas e entradas. As janelas ficam em paredes de alvenaria espessas e torres
arredondadas com telhados de estilo cônico. A casa principal é centrada em uma unidade de tijolo rodada. Projetada a partir da estrutura principal, estão as asas
de corredores adicionais e quartos. A partir da entrada você pode sentir que você entrou em um museu; no entanto, o calor e o amor irradiada por esses recém-casados
logo te ajudam a perceber que você entrou em uma casa de família, uma qualidade estados faltava ao Sr. Rawlings até recentemente.
Era o final de maio de 2010, quando Anthony Rawlings foi introduzido pela primeira vez na cidade de Davenport a então Claire Nichols. Eles participaram da Quad City
Symphony. Sr. Rawlings foi convidado a participar do evento por causa de uma generosa doação feita tanto para o Quad City Symphony e com o apoio da Fundação das
Artes. Mr. Rawlings tem sido conhecido por sua generosidade e busca de esforços filantrópicos. Ele é um crente firme nas artes, e continua a apoiar os esforços que
promovem atividades artísticas. Como uma celebridade local, o Sr. Rawlings foi visto frequentemente participando de eventos e em torno das cidades do quadrilátero
(assim como em cidades como Chicago, Nova York e Los Angeles). Ele tinha sido visto em várias ocasiões com diferentes mulheres, alguns com nomes de todos reconhecemos,
como Cynthia Simmons e Julia Owens. Na verdade, ao longo de seus 46 anos, ele tem sido visto com muitas mulheres bonitas. No entanto, era evidente para todos os
presentes naquela noite em maio, que esta era diferente. Muitos os espectadores relataram ‘olhares’ e ‘exploração de mão’ que não foram testemunhados antes. Ao discutir
o seu primeiro ‘encontro’, o público da Vanity Fair observou que a nova Sra. Rawlings não podia deixar de olhar para o marido com bochechas coradas e um sorriso
tímido. Ela afirmou que ela recordou a ovação que recebeu e quão bonito ela achou que ele parecia. Mas ela rapidamente acrescentou que, nesse momento, nenhum deles
estava à procura de um relacionamento ‘de longo prazo’. Anthony disse que ele se lembra de ver Claire quando ele a pegou para a sinfonia. Ele ainda lembrou de sua
roupa, um vestido preto com um corpete e que seu cabelo estava com cachos. (Anthony brincava suavemente com o cabelo de sua esposa enquanto ele descrevia o estilo).
Ele lembrou que estava foi impressionante e ele estava orgulhoso em acompanhá-la ao evento.
VF: E agora, senhoras, pergunte ao seu marido se ele se lembra o que estava vestindo nesse primeiro encontro! Eu tive que pensar que o Sr. Rawlings deve ter percebido
naquele momento que seu coração estava perdido. Eu queria saber como os dois chegaram a esse primeiro encontro. Como eles se conheceram?
Anthony contou a história de Claire em uma reunião em Atlanta, Georgia. Ela havia trabalhado em um estúdio de televisão local como assistente meteorologista. Devido
a uma recente compra da estação pela TTT-TV (de acordo com a agente de Sr. Rawlings este artigo é uma visão estritamente pessoal do Sr. Rawlings, há participações
das Rawlings Indústria a ser discutido), Claire estava trabalhando na Red Wing, um estabelecimento conhecido em Atlanta. Anthony só passou para se encontrar com
alguns colegas de trabalho lá uma noite, e depois que sua reunião estava terminada, ele começou a falar com a mais bela garçonete que ele já tinha visto. Ele disse
que um dos muitos atrativos de Nichols era que ela não o conhecia. Claire reiterou: — Eu realmente não sabia quem ele era, mesmo depois que ele me disse o seu nome.
Eu não assisto muita televisão ou leio revistas de negócios. — os dois recém-casados pareciam se perder nos olhos uns dos outros enquanto eles relembraram. — Eu
pensei que eu tinha ouvido o nome Anthony Rawlings antes, mas eu não tinha ideia do por que. — Anthony disse que o resto foi história. Ele sabia que precisava conhecê-la
e saber mais sobre ela.
VF: Foi ‘amor’ à primeira vista?
Eles sorriram um para o outro. Claire balançou a cabeça. — Provavelmente não, — e acrescentou, — Anthony é um homem privado e complicado. Você pode amar o papel
do embrulho, mas com é preciso algum tempo para descobrir o que está dentro dele. Eu não daria a minha vida para alguém sem saber o que está dentro do pacote.
— O que é o amor? Amor é quando uma pessoa conhece todos os seus segredos, seus mais profundos e obscuros, segredos mais terríveis do que ninguém no mundo sabe.
E, no entanto, no final, que uma pessoa não pensa menos de você.
Mas a senhora Rawlings acrescentou que ela viu o interior do pacote e amou mais do que o papel de embrulho.
Anthony, por outro lado, com a sua jornada ao de Romeo, disse: — Será que o meu coração teve amor até agora? Vou renegar isso. Porque eu nunca vi a verdadeira beleza
até esta noite. — Talvez eu tenha esperado muito tempo e sabia que quando eu a conheci que minha espera foi concluída.
VF: Sra. Rawlings, você pode compartilhar algumas de suas descobertas com os nossos leitores? O que você encontrou sob esse papel de presente incrível?
Corando ligeiramente com a pergunta, ela se recupera rapidamente. — Bem, ele não é exatamente como parece. — Anthony parecia estar interessado no que ela estava
prestes a revelar. Claire continuou: — Por exemplo, ele tem sido conhecido por realizar seminários via web e conferências web de casa, em uma camisa, gravata, paletó,
shorts de ginástica e tênis. — ala sorriu para o marido, que de brincadeira balançou a cabeça. Ele respondeu, — Ótimo. Agora vou ter que me levantar antes de cada
seminário via web para aliviar a curiosidade dos participantes. — ele abriu um largo sorriso. Quando perguntado se algo mais a surpreendeu sobre Anthony, depois
de alguma reflexão, ela respondeu que sim. — Ele é um fã dos Vikings. — ambos sorriram. Sendo original de Indiana, a Sra. Rawlings disse que ela não poderia imaginar
que ela se casaria com alguém que não fosse fã dos Colts. Anthony fez um comentário sobre times de futebol que jogam ao ar livre, e Claire foi rápida para citar
duas recentes viagens para o Super Bowl. Sua brincadeira lúdica foi agradável de observar.
VF: Vocês dois tiveram alguma discussão, desacordo ou brigas?
— Não! — eles responderam simultaneamente e riram. Anthony assumiu a liderança sobre esta questão. — Claro. Eu não posso imaginar passar tempo de qualidade com alguém
sempre concordando comigo. Isso não é o que eu quero na minha vida. Eu tenho uma multidão de pessoas ao meu redor, que concordam com todos os meus pensamentos. Claire
‘se elevou’ para mim de uma forma que os grandes empresários nunca fizeram. Sua força e determinação foram o que me fizeram cair de amor por ela. — carinhosamente
envolvendo o braço dela em volta dos ombros, ele acrescentou, — Além de sua beleza e inteligência. — depois de sorrir para Anthony, Claire acrescentou: — Me foi
dito que algumas dessas qualidades podem ser irritantes. — o repórter gostou do desprendimento do comentário de Anthony.
VF: Será que algum de vocês compartilharia a história do pedido de casamento?
Claire se voluntariou, — Oh, eu posso. Ele foi incrível. Primeiro foi o jantar em Manhattan. Ele me levou para o distrito dos teatros. Jantamos no Crown Plaza Hotel
e nossa mesa tinha uma vista da Time Square. Eu não tinha ideia de quais eram seus planos para a noite, ele gosta de surpresas. Depois do jantar, fomos ver ‘O Mercador
de Veneza’, com Al Pacino, fantástico por sinal. Depois disso, eu estava honestamente cansada e pronta para voltar para o meu hotel. Mas em vez disso, fomos para
o Central Park. — rindo, ela lembrou que estava muito frio naquela noite, a noite de Ação de Graças. Não tinha nevado, mas ela repetiu que estava muito frio. No
entanto, ele já tinha ido preparado com luvas e cobertores. Após cada frase, ela olhava em seus olhos. Mesmo este repórter viu o brilho nos seus olhos verdes enquanto
ela contava sobre o pedido. Claire passou a dizer que ela não esperava o pedido. Ela estava completamente chocada. Mas lá estava ele, em uma carruagem puxada por
cavalos no Central Park, sob as luzes, com um anel de diamante.
Vanity Fair irá adicionar que seu ‘anel de diamante’ foi realmente criado com exclusividade pela Tiffany & Co. com um diamante de 4.3 quilates cercado por um cordão
de pequenos diamantes cravejados delicadamente em platina. Como valor real não seria divulgado pelo Sr. Rawlings ou pela Tiffany & Co., de Nova York, onde ele disse
ter comprado as alianças, devido ao tamanho, clareza e corte único, estima-se acima de US $ 400.000.
VF: Você disse sim imediatamente? (Agora vamos, senhoras, pensar sobre o que você teria feito.)
Claire se sentou. — Não — nesta hora Anthony sorriu e colocou a mão sobre o joelho de sua esposa. Ele continua com a resposta: — Não, ela não o fez. Ela me fez esperar
o que pareceu ser uma eternidade. — mas inclinando-se para beijar a sua noiva, ele acrescentou: — Ela finalmente cedeu. E eu fiquei muito feliz. A pior coisa que
você pode fazer por amor é negá-lo; por isso, quando você encontrar aquela pessoa especial, não deixe que nada nem ninguém fique em seu caminho.
VF: Agora, algumas pessoas questionaram a rapidez de suas núpcias. O que você tem a dizer a essas críticas?
Anthony respondeu: — Eu acho que elas não poderiam ser tão apaixonadas. — Claire continuou, — Nós não queríamos esperar. Nós tínhamos feito a nossa decisão. Queríamos
a nossa família e amigos para compartilhar nossa felicidade.
VF: Os relatos pessoais foram extremamente corteses. Como vocês fizeram o casamento do século, em menos de um mês?
Sra Rawlings respondeu: — Com o melhor organizador de casamentos e coordenador do mundo! Eles foram surpreendentes. Nós nunca nos preocupamos com qualquer coisa.
De acordo com os comunicados de imprensa o casamento foi magnífico. A noiva estava linda em um vestido de Vera Wang requintado, supostamente de uma boutique de Manhattan.
O noivo estava deslumbrante em um smoking Armani. A propriedade foi impressionantemente decorada com um tema de Natal. Luzes e sempre-vivas estavam por toda parte,
com profundos detalhes em vermelho. A lista de convidados era limitada e exclusiva, mas foi dito que continha alguns indivíduos poderosos: empresários e políticos,
bem como amigos pessoais e familiares da noiva. Só a família do noivo é agora sua esposa. (Foto de Sr. e Sra. Rawlings em traje de casamento de pé na base do imponente
escadaria, decorações podem ser vistas por trás deles. Nota: várias fotos de casamento e decorações podem ser vistas em uma colagem de fotos no final do artigo.
)
VF: Abordando Claire Rawlings, como tem sido ficar exposta para os olhos do público? Parece que o estigma que acompanha a morte da princesa Diana começou a se desvanecer
e os repórteres estão mais uma vez buscando descaradamente celebridades.
Claire corou e olhou para Anthony. — Posso dizer que, primeiro, eu não me sinto como uma celebridade. Eu não fiz nada para merecer o status de celebridade. É por
isso que quando você fez a sua pergunta, a primeira coisa que eu conseguia pensar era que isso é tudo irreal. Ainda acho incrível que alguém ache minhas roupas,
meus hábitos de compras, ou o meu penteado interessante. É algo que estou aprendendo a lidar. Anthony tem sido excelente em armazenar as mídias, tanto quanto possível.
— Claire acrescentou, — Vocês podem ser esmagadores às vezes. — enfrentando os repórteres, ela continuou, —Pode haver uma pressão imensa, — sorrindo um sorriso encantador,
—Não de você. No entanto, se casar com este homem maravilhoso significa ter que me ver em revistas ocasionalmente, — ela se inclina em direção a sua proteção, —
Mais do que vale a pena. — Sr. Rawlings incluiu que ele queria protegê-la da exposição excessiva indesejada. Afinal, ele preferiu permanecer o mais privado possível.
Enquanto o casal andava de mãos dadas para compartilhar um passeio em sua casa, não era difícil imaginar que uma cerimônia esplendida de casamento poderia facilmente
ocorrer dentro destas paredes. O grande salão é de tirar o fôlego nesta tarde de fevereiro. A escada em caracol de dois andares subia para um andar que parecia se
estender por vários corredores. O teto, pelo menos, era alto e tinha um magnífico lustre que iluminava o hall de entrada. O piso de mármore se estende para trás
das escadas para uma sala forrada de janela. Estas áreas foram todas utilizadas durante a cerimônia. Além da sala de estar, que também contém uma magnífica lareira,
está uma varanda para o sol confortável que a senhora Rawlings dizia ser um de seus cômodos favoritos em sua casa. Ela gosta da leitura e muita luz solar. Mesmo
nos meses de inverno, se não estivesse muito frio, ela poderia aproveitar os raios do sol na varanda. No entanto, é no verão, com as janelas abertas e a brisa fresca
da sala é ideal. Não muito longe destes quartos requintados, há uma grande sala de jantar que os noivos pretendem utilizar regularmente. Sr. Rawlings comentou que
apenas estar com sua noiva era uma ocasião especial digna de um jantar formal.
Além da varanda solar, este repórter podia ver a extensão de seu jardim. Aparentemente, durante o casamento continha uma grande tenda que criou o salão para sua
recepção. Neste dia, estava coberto de neve intocada. O estaleiro está envolto por árvores. Atualmente, as árvores estão nuas e pode-se ver nas profundezas da floresta,
mas Anthony explicou que dentro de alguns meses as folhas verdes irão obstruir a vista para a floresta e o gramado aparecerá em um oásis. Ele também apontou o convés,
área de piscina e pátio. Ele se sente orgulhoso pela casa, que ele ajudou a projetar a partir de memórias e ideias de outras habitações. Ele acredita que o resultado
é excelente, e este repórter concorda plenamente.
Sr. Rawlings também mostrou a Vanity Fair seu escritório em casa. Como um empresário que começou sua fortuna com a Internet, parece apropriado que sua casa tinha
eletrônicos de alta tecnologia. Não só a sua mesa tinha várias telas de computador, mas atrás de sua mesa na parede tinha também uma colagem de telas perdendo apenas
para os que este repórter viu em estúdios de televisão. Seu escritório é decorado em um tom masculino de madeira e couro. Quando perguntado se ele muitas vezes trabalha
em casa, Anthony respondeu que ele sempre faz quando pode. Era uma desculpa para estar perto de Claire quando ela não estava fora de casa. (Foto de Sr. Rawlings
atrás de sua mesa imponente, trabalhando em seu computador com telas iluminadas por trás dele).
Sra. Rawlings aproveitou a oportunidade para dizer a Vanity Fair um pouco sobre seu esforço filantrópico recente. Quando trabalhava como meteorologista, Claire viu
os danos e a devastação que os desastres naturais podem causar sobre o nosso país. Ela nunca imaginou que ela estaria em uma posição onde ela poderia fazer a diferença
para as pessoas, mas agora ela faz. Claire começou recentemente a trabalhar com a Cruz Vermelha de Iowa, uma das maiores cidades Quad Cities, e dos Estados Unidos.
Ela está trabalhando diligentemente nos esforços para facilitar a angariação de fundos. A economia teve um efeito terrível sobre as reservas da Cruz Vermelha. Estas
são essenciais para que a organização seja capaz de prosseguir os seus esforços em uma base diária, e, especialmente, em caso de desastre. A triste realidade é que
a reserva está diminuindo. Com conexões de Anthony e sua compreensão de desastres e os recursos necessários, ela esperava ajudar a organização. A admiração de Anthony
para empreendimentos de sua esposa era evidente em sua expressão quando ela discutiu o trabalho que a Cruz Vermelha poderia fazer se fossem adequadamente financiados.
O passeio continua até o nível mais baixo da casa principal, onde existe uma grande e acolhedora sala de entretenimento/sala de recreação. Há uma mesa de bilhar,
mesa de jogos, sofás confortáveis e cadeiras, uma televisão de tela plana com quatro telas menores ao seu redor, e um belo bar de mogno artesanal com azulejos na
minicozinha atrás do bar. Ao lado desta sala está uma sala de cinema completa, com assentos confortáveis para seis pessoas, e uma tela grande o suficiente para vinte
e seis pessoas. A outra direção da sala de recreação leva a uma academia de ginástica, com cada peça de equipamento de exercício que você desejar ou precisar. Sr.
Rawlings explicou que ele gosta de treinar. Ele tinha essa necessidade de queimar energia depois de um dia de negócios, que geralmente ocorre enquanto fica sentado.
Vanity Fair notou que ele parecia em forma, assim como senhora Rawlings. Ela, no entanto, leva nossa equipe ao seu exercício favorito, piscina interna completa com
spa e sauna. Claire Rawlings disse que preferia a piscina ao ar livre, mas durante os meses mais frios, que são numerosos em Iowa, a piscina coberta foi uma alternativa
ideal.
De volta à sala de estar, Vanity Fair tenta mais uma vez saber mais sobre este casal deslumbrante.
(Foto do casal com casacos quentes em pé nos degraus da frente de sua casa e outro deles sentado no chão de frente a uma lareira grande de seis metros de altura.
Observe o retrato da Sra. Rawlings em seu vestido de casamento acima da lareira).
VF: Sra. Rawlings, como você se sente sobre a vida em Iowa depois de viver em Atlanta, Georgia?
Esfregando as mangas de seu suéter de cashmere macio, Claire respondeu: — Eu ficaria feliz em viver em qualquer lugar com Anthony. No entanto, se ele escolhesse
um lugar mais quente eu acho que eu ficaria bem também. — ambos sorriem. — Sério, — ela continuou, — Eu cresci em Indiana. Iowa não é muito diferente. O Centro-Oeste
é uma área bonita. Eu amo a luz do sol e calor, mas a mudança das estações e as novidades de cada primavera estão no meu sangue. Da minha curta experiência com Iowa,
eu acho que é um estado maravilhoso com pessoas maravilhosas.
VF: Dizia-se que você, Anthony, queria surpreender sua esposa com o seu destino de lua de mel. Isso é verdade?
Sorrindo com uma careta forçada, ele respondeu: — Sim, eu tentei surpreender Claire na nossa lua de mel. E eu quase consegui. — VF teve que perguntar: — Quase? —
Anthony olhou para sua esposa, ela continuou a história. — Ele teria conseguido se não fosse o agente TSA no Havaí. — Sra. Rawlings estava obviamente se divertindo
com a história. — Eu não estava nem um pouco chateada. Eu tinha procurado saber o destino por algum tempo. Ninguém iria trair a sua confiança, não importa o quanto
eu tentei. Então, depois de chegar em Oahu, Havaí, tudo que eu sabia era que tínhamos mais para voar e nós estávamos cruzando a Internacional Date Line. — Anthony
acrescentou: — Na verdade, ela descobriu isso a partir de uma sugestão, — e ele piscou para Claire. Ela continuou: — Então, quando o agente olhou para os nossos
passaportes e nos perguntou nosso destino, eu não fui capaz de responder. — Sorrindo, ela acrescentou: — Mas Anthony tinha que dizer. E foi então que eu soube que
nós estávamos indo para Fiji. — (Foto liberado pelos Rawlingses dos dois jantando em um deck iluminado por tochas com um magnífico pôr do sol e do mar na frente
deles).
VF: Sra. Rawlings, estava satisfeita com a escolha do destino de seu marido? Algumas mulheres querem ser mais envolvidas no planejamento.
— Isso pode ser verdade, mas o meu marido planejou 10 dias no paraíso. Foi incrível. Eu nunca tinha experimentado nada parecido. Era um oásis tropical. Sei que temos
fotos para a publicação para liberar, mas honestamente, fotos não podem fazer justiça. O clima, atmosfera, a cozinha, praia. Eu tenho certeza se pode comparar ao
paraíso.
VF: Então você não se importa de não ser envolvida no planejamento?
— Se todas as suas decisões forem tão incríveis como a nossa lua de mel, eu não me importo. — ele a beijou no rosto. — Eu aprendi que as pessoas vão esquecer o que
você disse, as pessoas vão esquecer o que você fez, mas as pessoas nunca esquecerão como você as fez sentir.
Anthony acrescentou: — Eu tive muitos anos de minha vida sozinho, fazendo minhas próprias decisões, e fazer tudo para meu benefício. Aprendi que as pessoas se lembram
mais como você os fez sentir. Eu tento trabalhar o meu negócio com isso em mente. Quando eu negocio com alguém, eles vão esquecer o que eu digo ou o que eu faço,
mas não vou esquecer como eu os fiz sentir. Será que eles se sentem importantes com o negócio? Sentem-se centrados para a transação? Eu queria que a nossa lua de
mel fosse especial porque iria me beneficiar. — seu sorriso travesso olhou para este repórter. — No entanto, eu queria que fosse especial para que Claire se sentisse
especial e sei como ela é importante para mim. — ele, sem dúvida, tinha toda sua atenção durante seu depoimento, e este repórter diria durante a sua estadia no paraíso.
Sr. Rawlings parece ter o dom de fazer com que todos se sintam especiais. Claire concordou que ele fez ela se sentir especial, uma vez que se conheceram.
VF: Vanity Fair gostaria de agradecer a vocês por ter disponibilizado tempo para nos permitir essa entrevista em sua casa. Agora, é verdade que você tem outras casas
além desta?
Anthony respondeu, — Devido às meus vários sites de negócios e agenda de viagens intensa que fazemos, nós possuímos alguns apartamentos aqui e ali. Isso torna a
viagem muito mais fácil. — (Inserir caixa de texto de propriedades imobiliárias de Sr. e Sra. Anthony Rawlings.)
VF: Sr. Rawlings, a sua resposta sobre ‘nós possuímos’ traz a VF um assunto mais controverso. Posso perguntar sobre o debate a respeito da falta de um acordo pré-nupcial
antes de seu casamento?
— Eu preferiria que não. No entanto, a única maneira de parar os rumores é enfrentá-los. Primeiro me deixe dizer que não houve debate. Não consideramos um acordo
pré-nupcial, muito menos um debate. — tomando a mão de sua esposa na sua, ele continuou: — Eu sou feliz por voltar a ter o mundo e conhecer minha esposa. Sra. Claire
Rawlings é uma mulher incrível. Ela não sabia quem eu era quando nos conhecemos. Ela me disse exatamente o que ela pensava de mim ou de minhas ações e nem sempre
de uma forma cortês. Ela não antecipou uma resposta ao pedido de casamento no frio, — ele sorriu para Claire, — naquela noite no Central Park. Eu confio nela implicitamente.
Eu trabalhei a minha vida inteira para construir um império de negócios. Não significa nada sem alguém com quem compartilhar. Eu senti que não era justo pedir a
ela para assinar algo que restrinja sua parceria comigo de qualquer maneira. Ela é minha mulher e eu sou seu marido. Pode ser cedo para dizer isso, mas acreditamos
na eternidade, na confiança e no amor. Um pedaço de papel não vai importar quando estivermos velhos e grisalhos. Decidimos juntos que o nosso compromisso com o outro
é mais forte que qualquer acordo legal. — Sra. Rawlings apertou a mão dele. — Como se diz em um filme, ela me completa.
VF: Obrigado novamente por um breve vislumbre de sua vida. Abaixo está uma citação que foi falada durante a sua cerimônia de casamento. Para os nossos leitores,
ele foi concebido como uma dupla declaração para ambos, a partir de cada um deles.
Eu te amo, não só pelo que você é, mas pelo que eu sou
quando estou com você. Eu te amo não só pelo que você faz
de si mesmo, mas pelo o que você está fazendo a mim.
Eu amo a parte de mim que você traz para fora.
- Roy Croft
(Colagem de fotografias no final inclui fotos da casa: Grande salão, sala de estar, biblioteca, escritório, sala de jantar, sala de recreação, sala de ginástica,
sala de cinema, piscina coberta. Também estão incluídas fotos do casamento: da cerimônia, recepção, com bolo, conversando com os convidados e dança. Há alguns de
Fiji, a ilha privada, onde o casal ficou, praia, piscina com borda infinita, deck para descanso e chuveiro ao ar livre.)
Claire lia a cópia e imaginava as fotos que seriam publicadas. Eles realmente pareciam perfeitos.
Três dias depois, no dia dezoito de março, Tony surpreendeu Claire com um fim de semana longo em Lake Tahoe. As belas montanhas nevadas cheias de pessoas esquiando,
os ruídos que vinham deles, e café quente para fugir do frio. A estância de esqui, literalmente era uma milha acima do nível do mar, tinha um ar fresco que penetrou
profundamente em seus pulmões. As montanhas forneciam aos esquiadores incríveis cem polegadas de neve recentemente caída. Os majestosos pinheiros cediam ao peso
da neve acumulada em seus galhos. Seu pequeno chalé privado tinha uma vista incrível, uma lareira quente e sem cozinheiro. Pela primeira vez em um ano, apesar dos
suprimentos limitados, Claire conseguiu mantê-los sem morrer de fome. Com a intensidade de exercícios, dentro e fora, ela estava contente que ele gostava dela cozinhando.
Um tempo atrás, ela tinha ouvido alguns conselhos. Comer é importante para manter a sua força.
Quente, nua e coberta com um cobertor macio, ela descansou a cabeça contra seu peito. Claire contemplava o significado deste fim de semana enquanto descansavam no
crepúsculo do seu amor e no brilho da lareira. Trezentos e sessenta e seis dias atrás, ela tinha sido uma pessoa diferente com uma vida diferente. Não que sua vida
agora seja ruim. Era só que a transição não tinha sido planejada, indesejada, e bem, brutal. Ela precisava ouvir a resposta de seu marido para a pergunta que ficou
na sua mente. — Tony, por que estamos aqui neste fim de semana?
Ambos assistiam as chamas crepitando, seus braços fortes cercaram seu corpo pequeno, e ele respirou fundo e respondeu: — Eu não quero você em casa em sua suíte neste
fim de semana. Eu queria você fora, respirando o ar fresco. — ele sentiu o elevar do seu peito, em seguida, caiu e ouviu os soluços suaves. Droga, o choro era o
que ele estava tentando evitar. Acariciando o rosto e seus cabelos, beijou sua cabeça. — Se isso não tivesse acontecido, não estaríamos aqui agora. Há uma razão
para tudo.
Ela ternamente virou para encará-lo e, em seguida, rolou de costas. Seu cabelo loiro se espalhou sobre o lençol como um halo. Ele olhou para seu rosto angelical.
Mesmo com a umidade, os olhos eram impressionantes. As lágrimas só os fizeram mais verdes à intensa luz do fogo. Tony quase não conseguia se segurar, ela era linda
e ele a queria. Seu peito nu empurrado contra seus seios delicados. Ele acariciou suas bochechas rosadas e os ombros macios quando ele olhou em seus olhos. — Eu
não sinto muito de estamos juntos, mas eu sinto muito quando penso... me lembro das coisas que eu ...
Claire o deteve. Balançando a cabeça, não, ela colocou a mão à sua boca. Ele parou de falar e beijou a mão dela, sugando suavemente as pontas dos dedos. — Por favor,
Tony. Não. Eu não quero lembrar ou pensar sobre isso. — sua voz soou incrivelmente estável, apesar das lágrimas que agora escorriam dos cantos de seus olhos. — Eu
não quero lembrar ou pensar sobre isso.
— Mas você deve saber –
— Tudo o que eu sei é que eu te amo hoje. Eu odiava você até então. É um contraste muito grande para a minha mente aceitar. Quero me concentrar no hoje.
— Eu te amo hoje também. Me diga o que eu posso fazer para ajudar. Claire, o que você quiser, você terá.
Ele não conseguia tirar suas lembranças. Isso era o que ela queria mais do que qualquer coisa. — Eu quero você. Eu quero que você me ame e me encha de boas lembranças,
até que eu não tenha mais espaço para as outras. — ela beijou o marido. — Tony, me encha por completo.
Claire não estava pensando. Seu corpo estava no controle; mais precisamente, fora de controle, se movendo em sincronia com o desejo. Ela temia o que tinha feito
no passado e não no presente. Em vez disso, ela entregou seu corpo e sua mente para o marido. Houve um tempo em que ela tentou manter seu controle, mas não mais.
Ele possuía os dois.
Seus lábios encontraram a pele macia e viu como seus olhos responderam. Ele queria ver a faísca brilhando. Resumidamente, ele pensava sobre o dizer, que o fim justifica
os meios. Se isso fosse verdade, então ele não estava arrependido. Em seus braços, por baixo de seu corpo, em resposta ao seu toque, estava a mulher que tinha visto
há muito tempo. Ele sugou seus mamilos duros, e ela gemeu profundamente, querendo – não - precisando dele. Naquele momento, naquele tempo, arrependimento não era
o que ele estava sentindo.
Nada melhora a memória mais do que tentar esquecer.
- Autor desconhecido
Capítulo trinta e oito
Estava acontecendo de novo. Os lençóis de cetim pingavam de suor enquanto Claire tinha a respiração ofegante. Tremendo, ela se concentrou em inspirar e expirar,
se convencendo de que ela podia fazer isso. Este foi apenas um sonho ou um pesadelo. Uma vez mais, ela nunca se lembrava das cenas, apenas a terrível sensação de
impotência. Ele sempre terminava quando ouviu o sinal sonoro e acordava. Era o mesmo bipe maldito que ouvira, desde quando ela chegou. Significava que sua suíte
estava trancada. Quando os sonhos começavam, ela poderia rolar, encontrar o marido dormindo, se enrolar ao lado dele e voltar a dormir. Agora com a respiração regulada,
ela sabia que não era possível. Como tantas vezes, ela precisava sair da cama e completar a sua nova rotina.
A respiração constante de alguns metros de distância disse a Claire que Tony estava dormindo pacificamente. Calmamente, ela levantou as cobertas e saiu para fora
da cama. Suas mãos tremiam quando ela amarrou o roupão e foi na ponta dos pés até a porta do corredor. — Isso é idiota, — ela sussurrou enquanto seus pés cruzavam
o tapete exuberante. No entanto, era essa a sua realidade. Ela sabia que o sono não seria possível sem a conclusão desta nova perfuração. Segurando a alavanca de
metal, ela puxou, e a porta abriu fácil. Ela fechou e foi para a varanda. Movendo as cortinas de lado, a porta francesa abriu sem hesitar. A rajada de ar fresco
encheu o quarto e seus pulmões. Ela caminhou através da abertura e fechou suavemente a porta atrás dela.
Seu corpo encharcado de suor apreciava a brisa fresca da noite. Em pé, ela inalou o ar da primavera e levantou o cabelo para secar o suor de seu pescoço. Não era
que ela queria lembrar os sentimentos de um ano atrás. Realmente, ela não queria. Quando ela saiu para um pátio, terraço, ou para o quintal e as memórias começaram
a surgir, ela poderia detê-los. Era de noite, enquanto ela dormia que a compartimentalização de seu enterro viria à tona. Em seguida, nos minutos ou horas que se
seguiam, ela iria tentar se acalmar do medo persistente. Foi o que ela tentou fazer, mantendo distância do terror de que a qualquer momento, sem aviso prévio, a
história poderia se repetir. A percepção doentia de que ela seria completamente impotente para detê-lo foi o que lhe roubou o sono.
O piso frio sob seus pés a trouxe de volta ao presente. Ela estremeceu, apertou mais o roupão de caxemira, e desejou que ela tivesse chinelos. Mas o tremor não foi
causado pelo frio. Ela sabia que era o sonho dela. Olhando para cima, notou o céu de veludo preto claro salpicado de estrelas. Distraidamente, ela pensou, É por
isso que a temperatura caiu.
Suspirando, ela caiu em uma cadeira. Este constatação não faria diferença novamente. Seu trabalho era o nome que ela carregava, a senhora Anthony Rawlings, meteorologia
tinha ido embora para sempre. Ela deixou a suíte em tal pânico que ela não olhou para o relógio. Realmente não importava, o sono estava fora de alcance. Puxando
as pernas contra o peito e se cobrindo com seu roupão, ela começou a sua sessão de terapia mental. O aumento da sua frequência cardíaca lhe dizia que esta noite
duraria horas em vez de minutos.
Sua autoterapia consistia em uma lista mental de razões que seus pesadelos eram ridículos e não tinham base para seus medos. Claire acredita que se ela pudesse convencer
seu consciente, seu subconsciente seria forçado a concordar. Quando ela permitiu que sua mente se voltasse para a primavera de um ano atrás, ela poderia raciocinar
que agora sua vida era significativamente diferente. Ela agora tinha mais liberdades do que ela tinha experimentado desde a sua chegada.
Tony manteve-se fiel à sua palavra sobre seus e-mails. Ele mesmo decidiu que ela precisava de seu próprio endereço, clarawl1084@rawlingsind.com. Isso tornou a impressão
mais fácil. Ele também estava correto sobre os inúmeros pedidos de entrevistas, dinheiro e endossos que recebia diariamente de pessoas que ela nunca conheceu. Tendo
Patricia ajudando responder a esses pedidos foi fácil. Ela também recebeu e-mails pessoais. E agora ela tinha uma voz nas respostas. No geral, quando perguntava
a Tony, ele concordava nos pedidos relativos a Courtney, Sue, Bev ou MaryAnn. Se ele tinha outros planos para o dia em questão, e isso ocorria muito, seus planos
seriam barrados. Mas o ato de pedir foi a parte fundamental de suas negociações. Se ela quisesse responder a alguém ou ir a algum lugar, como tinha dito há muitos
meses atrás, ela simplesmente precisava perguntar. Ela tinha se acostumado a este componente. Era um lembrete diário da autoridade de Tony.
Com relação a essa autoridade, não podia se afirmar que era assim há um ano. Ela argumentou que talvez fosse porque seu comportamento não garante esse tipo de implementação.
Não importa a causa, a vida era inegavelmente melhor.
Observando o luar nas árvores brotando, Claire se lembrou dos passeios que ela tinha recentemente apreciado. Eles haviam incluído almoços em Iowa City, reuniões
da Cruz Vermelha em Davenport, e compras em Chicago. Algumas semanas atrás, MaryAnn sugeriu passear um dia em Nova York, enquanto ela e Eli estariam lá para os negócios.
Tony revisou todos os e-mails antes de Claire e ela não esperava permissão para passar o dia em Nova York, mas ela pediu. Surpreendentemente, ele autorizou. Sorrindo
e sentindo seu pulso lento, ela se lembrou dele oferecendo um jato da companhia e voando para um belo dia de abril, em Nova York. Todas as mulheres tiveram momentos
maravilhosos e ela chegou em casa antes das sete. Ele chegou antes, mas ela estava em casa para o jantar. Ele não estava aborrecido.
Calmamente, ela ouviu a voz em sua cabeça e a brisa suave que soprou seu cabelo, a lembrou de uma recente liberdade inesperada. Secretamente cobiçando o seu cabelo
castanho que continuava tentando voltar, ela informou a Tony que ela precisava de uma hora no cabelereiro para manter o seu tom loiro. Ele disse que não tinha planos
durante a noite em um futuro próximo, de modo que ela deveria ir. Se ele tivesse o avião particular disponível, ela poderia usar, ele queria apenas que chagasse
em casa antes do jantar. Chocada, ela se lembrou dos pedidos, — Você está dizendo que eu posso ir sozinha?
— Minha querida Claire, há alguma razão que você não deva?
Ela assegurou aele que não havia. Ele ou Patricia arranjariam as coisas, e Claire foi para o aeroporto e embarcou em um jato da empresa sozinha. Ela desembarcou
em Chicago, tomou um táxi para o Trump Tower, onde passou o resto da manhã sendo mimada. Em seguida, ela almoçou, fez compras por algumas horas e voltou para casa.
Corando na noite fria, ela pensava estar de volta em sua suíte antes das seis enquanto ela fez o seu melhor para mostrar ao seu marido o significado de uma declaração
que havia feito meses antes: voltar para casa com uma mulher que quer estar em casa é melhor do que voltar para casa com uma mulher que tem de estar em casa. Ele
pegou muito rápido, o primeiro indício foi a faísca em seus olhos cor de esmeralda e a próxima pista envolveu um robe de cetim preto e um banho quente a espera.
Verdade seja dita, ela não conseguia se lembrar de ter comido o jantar durante a noite.
As pálpebras de Claire a lembrou que ela deveria estar dormindo. Deslizando para trás em sua suíte e sob os cobertores quentes, ela pensou sobre o homem deitado
ao lado dela. Ele continuou a ser um paradoxo. O homem que Claire conheceu pela primeira vez não tinha mostrado sua personalidade desde o acidente. Ela sabia que
ele ainda estava aqui, que o conhecimento por si só foi motivação para obedecer às suas regras. Ela tinha prometido muitas vezes que a promessa dele de manter a
personalidade longe dependia de sua capacidade de se comportar adequadamente. O estresse da realidade e imprevisibilidade pairava onipresente.
O homem que trabalhou a cortejá-la, convencê-la de que ela era importante, desejável, e adorada, ainda existia de forma silenciosa. Ele ainda estava atento, presente
e sempre sexy, mas ele estava ocupado com o trabalho e, muitas vezes preocupado. Isso era compreensível. Ele era um homem bem sucedido, com muitas fogueiras para
apagar.
Era a necessidade de supremacia total sobre todos os aspectos de sua vida que a fazia se sentir insuportavelmente sufocada. Claire teorizou que esta foi a causa
da asfixia que geralmente acompanhava seus pesadelos. Ele tinha empresas, empregos e meios de subsistência das pessoas em sua lista de responsabilidades. O fato
de que ele controlava suas idas, vindas, e-mails, o cabelo, e muitas vezes traje, parecia ridículo.
A tentativa de controlar o aumento da pressão arterial, a lembrou de que não importa o quê, ela o amava. Ele poderia enfurecê-la em algum momento, fazendo se sentir
menos do que humana. E no momento seguinte, ele podia fazê-la sentir que o mundo girava só porque ela era importante para ele. E essas duas emoções contraditórias
poderiam vir juntas e em qualquer ordem. Quando Claire relembrou, ela reconheceu que semelhante há um ano atrás, seu humor, liberdades e senso de autoestima, parecia
ter um denominador comum, Anthony Rawlings.
Quando ela entendeu, ele se virou direção a ela, envolveu-a em seus braços; e embora ainda dormindo, murmurou: — Meu amor, você está tão fria. Chegue mais perto.
— ela derreteu contra seu peito quente. Neste momento, ele a fazia se sentir segura e amada. Ela fechou os olhos e adormeceu.
Quando a primavera floresceu em verão, a sua maior fonte de discórdia continuou sendo sua família. Embora ela gostasse de ouvir sobre Emily, ver o seu nome em um
e-mail fazia seu estômago revirar. E quase sempre vinha acompanhado de olhos penetrantes escuros. Ela, às vezes, optava por Patricia responder ao invés dela mesma.
Havia dias que as circunstâncias da comunicação não valiam a pena o conflito. Dependendo das palavras de Emily, a determinação de Claire era maior ou menor. Suas
ligações com Emily sempre foram monitoradas. Era uma realidade que ela não contestou. Se o fizesse, isso resultaria em perda de toda a comunicação. Ele não precisava
explicitar isso para ela. Ela sabia que suas liberdades estavam vulneráveis a seus caprichos.
Desde a ligação após a entrevista, Claire falou com Emily a cada três ou quatro semanas. Ela recebia e-mail de Emily, pelo menos uma vez por semana. Depois de Claire
ter seu próprio endereço de e-mail, as escritas de Emily eram mais informativas. Claire escrevia e entregava sua resposta. Em seguida, era aprovada e enviada por
Patricia. Se Emily questionava a capacidade de Claire para fazer qualquer coisa, ela cultuaria suas liberdades enquanto Tony avaliava cada palavra.
Esse mesmo Tony foi o que surpreendeu Claire com o longo fim de semana em Lake Tahoe. E no fim de semana do Memorial Day, ele arranjou para uma escapadela de San
Francisco. Enquanto se encontraram com Eli e MaryAnn para jantar em uma discoteca exclusiva com uma vista gloriosa da baía e da ponte. No dia seguinte, depois de
um passeio romântico pela Highway One em um conversível alugado, eles passearam de mãos dadas na praia de Big Sur. A força e spray das ondas batendo nas pedras enormes
ao longo da costa do oceano surpreendeu Claire. Não era como o Golfo do México ou até mesmo as águas tranquilas de Fiji. Em vez disso, ele lembrou das cenas de praia
em filmes. Durante esses passeios, ele a fez sentir como uma estrela. No seu último dia em San Francisco, eles iam passear, mas Alcatraz não estava nos planos, nem
mesmo foi discutido.
Ele também tinha uma viagem de negócios de duas semanas à Europa, prevista para o final de julho. Desta vez, ele a queria com ele. Estranhamente, ele pediu a ela
para ajudar planejar a parte turística da viagem. Eles iriam visitar a Itália, Suíça e França. Ele tinha reuniões, mas prometeu um tempo livre para sua esposa. Claire
passou horas em sua biblioteca olhando livros sobre destinos, museus e pontos de interesse. A Internet teria sido mais fácil, mas ela encontrou fotos incríveis e
informações nos livros de recursos.
O trabalho com a Cruz Vermelha desacelerou. O seu calendário foi planejado e seu objetivo definido. Agora era uma questão de implementação. Courtney tinha outros
membros de seu comitê. Eles dividiram os eventos: Claire era presidente de um leilão previsto para outubro. Ela redigiu cartas pedindo doações, e Patricia os enviou
aos associados proeminentes doe Sr. Rawlings. Essas cartas solicitavam doações à senhora Anthony Rawlings. Tony já tinha trazido muitas respostas positivas para
casa. Claire garantiu um salão de festas em Bettendorf, onde o leilão seria realizado simultaneamente com um evento de degustação de vinhos. Ela ainda organizou
o buffet com os vinhos a serem servidos, acreditando que um pouco de vinho pudesse ajudar a aumentar os lances. Courtney parecia realmente satisfeita e grata pela
ajuda de Claire.
O calor do verão criava um clima que Claire gostava ainda mais. Contente, ela passou muitos de seus dias em casa, na piscina ou no seu lago. Quando o verão começou,
Tony hesitou em aprovar suas viagens para o lago. Ele tinha estado lá. Ele sabia o quão distante era da casa. E se um acidente de verdade acontecesse? No início,
ela cedeu a sua decisão, mas, em seguida, ela decidiu que valia a pena o esforço. Seu lago tinha sido seu refúgio. Determinada, um domingo no início de junho, ela
experimentou a liberdade de caminhar. Tony finalmente concordou, dizendo que devia estar louco, mas foi a lembrança de sua emoção durante a sua visita de fevereiro,
que o fez ceder.
Ela lhe pediu para se juntar a ela. Ele tinha outros planos para o dia, mas concordou. Eles trouxeram um cobertor, um piquenique embalado por Catherine e água. Quando
chegaram ao lago, Tony parecia entender por que ela amava o lugar. Não era nada como tinha sido em fevereiro. As cores do verão duramente contrastadas a brancura
de sua última visita. Apesar de não ser grande, o lago brilhava e cintilava com tons de azul criados pelo reflexo do céu safira. As árvores ao redor do lago estavam
exuberantes, cheias, e verde.
A floresta também estava mais cheia e mais verde, criando um labirinto que Tony esperava que Claire pudesse verdadeiramente navegar. Ele ouviu os sons da margem
do lago. Em 46 anos ele nunca parou para ouvir as ondas batendo na terra. A batida consistente, swoosh, swoosh, swoosh, combinado com a brisa suave das árvores o
acalmava de uma forma que não podia descrever. Ele colocou o cobertor na praia sob a sombra de uma árvore e convidou Claire a se juntar a ele. Ela desembrulhou o
almoço e eles ficaram em silêncio.
A princípio, Claire ficou preocupada, acreditando que ele poderia estar chateado com ela. Então ela parou de se preocupar e olhou para ele, realmente olhou para
seu rosto, ele estava tranquilo. Ela achou que veria um Anthony Rawlings, magnata multimilionário e empresário, um homem no controle completo de tudo e todos. Claire
esperava que talvez ela estivesse testemunhando um homem sublime vendo a si mesmo como parte de um quadro grande. Talvez pela primeira vez, ele não estava vendo
a si mesmo como o centro. Sem querer quebrar o feitiço, não deixou que nada o perturbasse.
Algum tempo depois, Claire tinha perdido a noção do tempo, Tony finalmente falou. — Isso é lindo. Isso tudo está em nossa propriedade e eu nunca tinha visto, não
gosto disso. — o sol brilhava como prismas de luz e cor dançava fora da água. Tendo tirado os sanduíches do cesto, Claire partiu um pedaço de pão e o jogou na água.
Tony riu quando peixinhos nadaram para devorar seu banquete recém-descoberto. Ela sorriu para o marido. Seu sorriso irradiava em seus olhos, ela podia sentir isso.
Seus olhos cor de chocolate olharam da água para ela. Ele se inclinou em direção a ela. — Obrigado.
— Pelo quê?
— Por me mostrar o que tenho perdido. Eu tenho sido tão objetivo, tão condutor de tudo que eu perdi muito. — ela se aproximou e ofereceu a ele um sanduíche. — Eu
realmente não estou com fome ainda, e você? — suas mãos estavam explorando sua clavícula, causando arrepios que subiam em seus braços.
— Eu acho que posso esperar.
As horas de luz quase atingiram o seu pico. O pôr do sol de verão estava próximo. Entre explorar o lago, a costa, animais selvagens, e um ao outro, eles se encontravam
ainda na praia quando o sol começou a se pôr. Estava tudo bem. Claire sabia que desta vez não haveria punição ou acidente quando ela chegasse em casa. Desta vez,
ela estava segura. Eles se sentaram e assistiram a bola de fogo quando apareceu um brilho cereja no céu, enfraquecendo lentamente atrás da linha das árvores na extremidade
do lago.
Há apenas um caminho para a felicidade e que é deixar de
se preocupar com coisas que estão além do poder de
nossa vontade.
- Epicteto
Capítulo trinta e nove
As aulas de Claire sobre as responsabilidades de ser Sra Anthony Rawlings continuou durante os meses de verão. Ela agora tinha a responsabilidade de entreter os
colegas de trabalho de Tony. Quando era solteiro, não se esperava essas reuniões. No entanto, agora com uma mulher ao seu lado, Shelly sentiu este toque pessoal
beneficiando Sr. Rawlings. ‘Eles’, eram apresentados em vários jantares. No dia quatro de julho, eles realizaram uma grande festa com churrasco e piscina para muitos
dos associados de Tony na propriedade em Iowa. Entre os convidados, aqueles que ela conheceu brevemente em seu casamento e alguns que ela nunca tinha visto. Tony
a apresentou a todos, e ela se lembrou de nomes e rostos muito bem. Sua descrição do trabalho se manteve a mesma que tinha sido há 14 meses antes: ser perfeita.
Para conseguir seu objetivo, ela precisava ser bonita, educada, contente e agradecida. Agora havia um outro requisito: ser uma anfitriã mais graciosa. Surpreendentemente,
Claire não achou essa nova função difícil. Para a maioria das pessoas, promover um jantar, churrasco ou festa na piscina exigiria planejamento, limpeza, buffet,
montar e recolher tudo. Para a senhora Rawlings, esse não era o caso. Tudo aconteceu sem sua contribuição. Convites foram distribuídos, confirmações de presença
feitas, refeições planejadas, casa ou apartamento limpo, comida preparada, mesas e decorações definidas, a comida servida, e milagrosamente tudo limpo no dia seguinte.
Ela precisava apenas de estar presente, sempre atenta a seus convidados, e mais importante ainda, atenta ao marido.
A primeira experiência de entretenimento ocorreu em seu apartamento em Nova York. Eles organizaram um jantar íntimo para dez pessoas. Os nervos de Claire estavam
agitados antes dos convidados chegarem. Talvez fosse a vitalidade da discussão de Tony sobre as aparências, a responsabilidade como sua esposa, e a inaceitabilidade
de fracasso público. No entanto, usando as roupas que ele escolheu, cabelo estilo como ele sugeriu, e parecendo o mais obediente que conseguia, a noite passou surpreendentemente
bem. Seu talento de lembrar nomes, rostos, fatos e intuição para saber quando não interromper a conversa de negócio e ainda entender quando parar ou continuar uma
pequena conversa, conseguindo assim fazer com que todos se sentissem confortáveis. Depois que os convidados saíram, Tony passou delicadamente o braço ao redor da
cintura dela e sussurrou em seu ouvido: — Você estava magnífica.
Isso fez toda a diferença. Daquele ponto em diante, quando soubesse de um encontro iminente, ela tinha apenas um objetivo: agradar ao marido. Em algumas ocasiões,
eles estariam em lados opostos da sala e ela olhava por cima, a partir de uma conversa para observar seus olhos. A presença de seus olhos arregalados fortalecia
sua determinação de realizar seu papel com perfeição. Raramente ela deixava espaços vazios. Nessas ocasiões, ela se desculpava de sua falha e tentava aprender o
quê tinha lhe desagradado. Uma vez descoberto, seria sua responsabilidade concertar o erro. Assumindo essa responsabilidade de senhora Anthony Rawlings, familiarizando
com muitos dos seus associados, a fez se sentir menos sozinha. Ela conheceu as pessoas com quem Tony tratava diariamente. Na realidade, ela podia ser um belo acessório,
mas ela acreditava que ela era também um trunfo importante para as suas relações públicas. O bônus era que ela continuou a surpreender Tony pela excelência em todo
o obstáculo que foi colocado à sua frente.
Uma semana antes, eles precisavam estar na França para as reuniões de Tony, ele informou a Claire que iriam passar algumas noites em Nova York antes de sua viagem.
Ele poderia trabalhar a partir do escritório de Nova York e assim diminuir seu tempo de viagem para Paris.
A pesquisa de Claire revelou muitos pontos turísticos que ela ansiosamente esperava ver na França. Eles chegariam em Paris, onde teria dois dias de reuniões. Ela
queria ver a Torre Eiffel, o Louvre, Muse'e d'Orsay, Catedral de Notre Dame e o Arco do Triunfo, entre outros lugares. Ela disse a Tony várias vezes o quão animada
ela estava envolvida no planejamento de suas atividades. Em seguida, ele prometeu a ela duas noites no sul da França, um dos seus destinos favoritos. Ele tinha planos
especiais para este lugar. Ela tinha lido sobre Cannes, a Riviera Francesa, e Mônaco, mas voluntariamente confiava em suas decisões.
Em seguida, eles seguiriam para a Itália. Suas reuniões, serão em Roma e Florença. Eles teriam a oportunidade de visitar museus e monumentos em ambas as cidades.
Seus dois pedidos foram o Vaticano e Galleria dell’ Accademia, o museu que abrigava David de Michelangelo. Tony garantiu que David não tinha nada que ela não tinha
visto antes.
Ele queria que ela visse a ilha da Sicília. A água, segundo ele, era linda. O azul rivalizava com Fiji. Ele sorriu maliciosamente e deixou saber que nudismo era
uma prática aceitável lá. Claire não gostou da ideia de nudismo com multidões de pessoas. Após um sorriso travesso, Tony concordou. Ele não queria os outros vendo
o que só ele teve o prazer de ver desde que ele a escolheu.
Seus últimos encontros foram na Suíça. Ele precisava estar em Genève e Interlaken. Ele explicou que, se a beleza e o esplendor das Montanhas Rochosas em Lake Tahoe
já a agradavam, ela iria se maravilhar com os Alpes suíços. Eles eram magníficos. Ele sabia que ela iria amar tudo que a natureza tinha a oferecer, na Suíça.
Quando Tony falou sobre a sua viagem, ele expressou seu desejo de passar mais tempo na Europa. — Eu quero te mostrar tantos lugares. Não temos nada planejando para
Veneza. Um passeio de gôndola é uma das aventuras mais românticas. E o que dizer de Londres, você não quer ver o Palácio de Buckingham? — Temos sempre de visitar
esses lugares. — enquanto falava sobre as cidades e locais, seus olhos dançaram com entusiasmo. Sua emoção de compartilhar algo com ela significava mais do que a
viagem em si.
A terça-feira antes da partida programada, eles se sentaram em sua suíte, com Claire vendo seus e-mails e Tony trabalhando em seu laptop. Ela só precisava discutir
os e-mails que ela sentia que mereciam uma resposta pessoal de qualquer forma. Ela leu um a um e finalmente chegou a um de Emily. O último tinha sido há uma semana
atrás. Este continha novas informações. Não era apenas o ‘eu quero ver você’.
Para: Claire Rawlings clarawl1084@rawlingsind.com
De: Emily Vandersol johnemvan@aol.com
Data: 19 de julho de 2011
Re: Oi
Oi, Claire, Como vai você e Anthony? Estamos indo muito bem. Eu estou em férias de verão, como você sabe. Seria ótimo ver minha irmãzinha, mas de qualquer forma,
sei como você está ocupada. Como estão as festas e jantares? Ainda me acostumando. Você sendo a anfitriã das festas! Nunca teria imaginado isso. De qualquer forma,
você não disse que vocês dois estavam saindo de férias? Eu ouvi alguma coisa na televisão sobre você estar em uma ilha privada. É sério? Você já foi? Eu nunca sei
no que acreditar. Mas eu queria que você soubesse que John e seu sócio tiveram uma grande vitória na Justiça recentemente. Eles causaram uma enorme impressão em
seus parceiros. Sem mencionar que ganharam algum dinheiro também. Fomos convidados para vários jantares e John teve ‘almoços’ com alguns dos parceiros recentemente.
Por isso estão aparecendo a todo momento pessoas interessadas e ele anda trabalhando duro. Gostaria de ouvir de você. Por favor, transmita a Anthony nosso amor.
Como está Iowa? Eu tenho algum tempo, talvez pudéssemos nos ver pessoalmente? Ou você está ocupada demais para sua irmã mais velha? (Eu estou tentando te deixar
com peso na consciência).
Te amo,
Em
Claire releu, suspirou, e escreveu no topo: — Patricia, por favor, responda, — depois foi para o próximo. Ela podia sentir os olhos de Tony penetrar sua consciência.
Ela não tinha necessidade de discutir o conteúdo, ela não estava pedindo nada. Erguendo o olhar, ela olhou em seus olhos e respondeu: — Eu não quero lidar com isso,
ok? Estou muito animada com a nossa viagem.
Ele deu de ombros. — Bem, isso é bom. Eu só achei que você poderia querer vê-la e John enquanto estamos em Nova York antes da nossa viagem. Me parece que poderíamos
ter um jantar de comemoração para o seu ilustre cunhado.
Claire olhou para Tony em descrença. — Você está sugerindo que os encontremos neste fim de semana antes de sairmos para a Europa? — ela viu sua reação. Não havia
nenhuma. Ele continuou a ler em seu laptop e fazer anotações em seu iPad. — Por favor, não brinca comigo.
Seu sorriso parecia verdadeiro. — Eu não estou brincando. Se isso vai fazer minha esposa feliz antes da nossa aventura europeia, posso sofrer com algumas horas com
o Sr. Maravilhoso.
Ela se levantou da mesa e foi até ele no sofá. — Sério? Por favor, posso ligar e ver se eles estão disponíveis?
Ele disse que podia, mas primeiro ele tinha algo que ele queria fazer. Ela estava usando um vestido rosa claro. Suas mãos começaram a vagar sob a bainha, até as
coxas, e para o seu destino desejado. O jantar e o telefonema teriam de esperar.
Eles chegaram em Nova York na quinta-feira à noite e planejavam sair no domingo para Paris. Tony achou que Claire quisesse fazer compras antes de sua viagem, mas
ela assegurou a ele que ela tinha feito muitas pesquisas e sabia que podia fazer isso em Paris, Itália e Suíça.
Tony riu. — Isso ainda me assusta. Sra. Rawlings, eu acredito que você está ficando muito boa nessa coisa de compras.
Eles marcaram de encontrar John e Emily na tarde de sábado em um restaurante em Newburgh, uma pequena cidade as margens no Rio Hudson, entre Nova York e Troy. Tony
disse que seu apartamento poderia se prestar a uma visita mais do que ele queria. Claire sabia que isso era difícil para ele e apreciava a sua honestidade. Além
disso, ela gostou da ideia de um ambiente público. Tony nunca iria fazer ou dizer qualquer coisa em um lugar público que prejudicaria sua imagem. Ela sabia que não
importa como o jantar progredia, ela iria colher as consequências, negativas ou positivas. No entanto, vendo Emily e John pela primeira vez desde seu casamento valeu
as consequências escolhidas por Tony. Ela poderia suportar a noite. Amanhã eles partiriam para a Europa.
Quando eles saíram do apartamento, Nova York estava sufocante. O ar entre os prédios altos não circulava, estava abafado, havia ruído e cheiro de automóveis. O sol
de julho penetrou em seus óculos de sol, fazendo-a olhar de soslaio atrás da penumbra do átrio. Ela gostava da cidade, mas agora ela se lembrava da tranquilidade
do campo em Iowa. Enquanto eles dirigiram uma hora e meia de carro, Claire estava grata pelas janelas escurecidas e ar condicionado da limusine.
Durante o passeio, Tony trabalhou em seu projeto mais recente, enquanto ela tentava ler. Ela arrumou muitos livros para a sua viagem. Entre voos, motoristas, e à
espera de Tony, ela previa uma quantidade significativa de tempo de inatividade. As palavras na página não faziam sentido. Ela leu e releu, mas seus pensamentos
estavam a quilômetros à frente do restaurante. Fazia sete meses que eles estavam juntos. Ela queria que o jantar corresse. No entanto, ela esmagadoramente temia
que não.
Tentando desesperadamente ignorar o aparecimento de outra dor de cabeça, ela antecipou problemas. E se John dissesse algo? E sobre o tema trabalho? E se Emily insistisse
em suas preocupações anteriores? Sua mente correu por estas situações. Se possível, ela considerou como ela poderia corrigi-los. Nem sempre funcionava, mas com um
plano de saída em mente, Claire se sentia melhor.
Eles andaram por uma hora de Newburgh quando Tony quebrou o silêncio. — Claire, por favor, pare.
Chocada, ela se virou para ele, — Parar o quê? Eu estou lendo.
— Não, você não está. Você está suspirando, remexendo e insistindo sobre coisas sobre as quais você não tem controle.
— Sinto muito. Eu só quero que dê tudo certo esta tarde.
— Você está planejando fazer ou dizer alguma coisa errada?
— Claro que não.
— Me deixe te dizer sobre este projeto que eu estou trabalhando.
Ela realmente não estava interessada, mas ele raramente se oferecia para compartilhar qualquer coisa. Ela fechou o livro. — Tudo bem.
— Estas são perspectivas sobre a empresa. Na verdade, uma empresa familiar, na Pensilvânia, que ao mesmo tempo emprega mais de setenta e cinco pessoas. Hoje, emprega
quarenta e seis. Eu não me importo sobre esta empresa ou os colaboradores, mas fico investido significativamente em sua principal concorrente. — Claire definitivamente
não via a conexão com o jantar, mas ela balançou a cabeça e respondeu: — Tudo bem.
— Quando fundada, o presidente original tomou decisões maravilhosas. Nos últimos cinco anos, as rédeas se passaram, e as decisões têm sido menos fortuitas. O presidente
está agora tentando vender a empresa, reconhecendo o clima econômico. Eles precisam de dinheiro para continuar, os bancos não estão emprestando dinheiro. Se não
venderem, as portas provavelmente vão fechar nos próximos dois anos. — ainda perdida, ela manteve contato com os olhos e balançou a cabeça, ele continuou. — Eu estou
considerando fazer uma oferta muito baixa. O benefício para mim é reduzir a competição. Se a minha proposta for aceita, as portas se fecham imediatamente. De acordo
com meus contadores, a empresa na qual eu já estou investindo está projetada para aumentar as vendas em mais de 18 por cento imediatamente após o encerramento dessa
empresa. Isso significa que eu colho os benefícios. Eles projetam que essa minha aventura na empresa recuperará os lucros em menos de dois anos. Os benefícios a
longo prazo serão cada vez mais gratificantes. O que você acha que os funcionários da Empresa Pensilvânia estão esperando acontecer?
— Eles querem a sua empresa como está ou querem que seja vendida para alguém que vai mantê-la funcionando.
Tony disse: — Bom, por quê?
— Porque assim que eles vão manter seus empregos.
— As pessoas com cargos mais baixos na fábrica, zeladores e secretários não tiveram qualquer papel nas decisões que agora vai ter consequências diretas sobre suas
vidas.
— Sim, mas eles têm famílias, dívidas e responsabilidades. — Claire pensou em decisões diárias de Tony e sobre o longo alcance do seu impacto. — E eu tenho certeza
que eles estão todos preocupados.
— Exatamente, exatamente como você está preocupada com esta tarde. O que as pessoas nesse cenário podem fazer para melhorar a sua situação?
Claire pensou nisso. — Nada. Isso não está em suas mãos. — a realidade a deixou triste. Não para ela, sua situação de repente parecia trivial perante aquelas quarenta
e seis pessoas.
— Correto novamente. Você tem feito tudo o que você pode fazer. — ele agora estava a falar sobre esta tarde. — Você fez muito mais do que jamais imaginou ser possível.
Continue a se comportar como você tem feito. Se Emily ou John fizerem ou disserem qualquer coisa, o problema é deles, não seu. — ela pensou sobre as palavras de
John no passado e como ela tinha vivido as consequências, assim como as pessoas estão prestes a arcar com suas também.
Tony começou a ler novamente, mas Claire tinha dúvidas. — Tony? — ele olhou para ela e ergueu as sobrancelhas. — Desculpe, mas eu tenho algumas perguntas. — ela
continuou. — Então você está dizendo que as ações das pessoas que não têm controle não têm consequências?
Ele fechou a tela de seu laptop. — Estamos falando de Pensilvânia ou aqui?
— Vamos começar com a Pensilvânia.
— Não. Suas ações podem ter um grande impacto. Depende muito do objetivo da pessoa que tem o controle. Vamos dizer que alguém com o capital decide que ele está interessado
nesta empresa. Mais do que provavelmente, eles vão querer visitar essa empresa pessoalmente, ou como eu fiz, enviar um emissário para investigar a empresa. Se esses
funcionários que estão trabalhando forem leais, e se esse investidor estiver interessado em manter as portas abertas, suas ações serão uma parte importante da equação
quando a decisão de manter ou não as portas abertas. Sua atitude pode realmente determinar se a sua empresa vai ou não permanecer aberta. Pelo contrário, se os funcionários
estão insatisfeitos e descontentes, os investidores interessados em manter a empresa vão fugir. — se perdendo momentaneamente em pensamento, Tony continuou. — Uma
das questões que afetam essas situações, é o conhecimento dos funcionários, e o empenho deles. É interessante como muitas pessoas vivem suas vidas completamente
inconscientes de decisões que se desenrolam à sua volta. — Claire ouviu enquanto Tony continuava. Se preocupava com estas quarenta e seis pessoas e suas famílias.
— Agora, se eles estão conscientes e são proativos, podem tentar recrutar investimento por conta própria. Eu tenho o controle acionário em empresa, financiada pelo
Rawlings Industries que ainda funcionam com investimentos feitos pelos empregados. Eles agora se beneficiam não apenas dos salários, mas também dos dividendos. Isso
cria um incentivo maravilhoso para o trabalho duro e dedicação.
Pensando em voz alta, ela disse: — Então, se eu decidir que estou cansada de comprar roupas e quiser comprar empresas, eu poderia ir para a Pensilvânia, oferecer
a eles um pouco mais do que sua oferta, e assim manter a empresa, assumindo os funcionários e seu trabalho leal, e manter as portas abertas. — ela sorriu enquanto
falava.
Sorrindo em troca, ele disse: — Bem, sim, senhora Rawlings, eu sei que você tem o capital. No entanto, se você usar o meu lance como uma linha de base, você vai
acabar presa por operações indevidas. Você não pode fazer uma oferta baseada na oferta de um concorrente, a menos que tenha sido tornada pública. A minha oferta
não é pública.
Com nada mais do que a preocupação em sua voz, ela perguntou: — Como você pode fazer um acordo sem considerar as pessoas que serão afetadas?
— Isso se chama negócio. É assim que temos o que temos e teremos muito mais. — ele não estava se vangloriando, apenas afirmando fatos. — Fechar o negócio é a minha
preocupação, as pessoas não são. Se a minha proposta for aceita, a presença deles não será mais necessária.
— Então, há momentos em que pessoas inocentes colhem as consequências de outras pessoas sem ter culpa. — Claire falou por experiência, mas agora vendo de uma perspectiva
diferente.
— Sim. Isso acontece o tempo todo.
— Tudo bem, me fale sobre a nossa situação. Você estava comparando os dois. Você estava dizendo que minhas ações não têm efeito sobre o resultado desta tarde, mas
como não me preocupar com isso?
— Não, eu não disse pra não se preocupar com isso. Suas ações já tiveram um grande efeito nesta tarde.
Claire viu seus olhos, castanhos e genuínos. Ela queria mais informações. — Por favor, Sr. Rawlings, me diga o que eu fiz para afetar esta tarde.
Ele suspirou. — Claire, por que estamos indo para Newburgh?
— Para ver Emily e John.
— Essa não é a resposta completa. — ele esperou.
— Vamos por minha causa?
— Claro, em momento nenhum esta seria a minha primeira escolha para uma atividade de sábado à tarde.
Ela sabia que não era. — Mas foi a sua sugestão. Nós não iríamos se você não tivesse permitido.
— Você está certa. Mas nós estamos indo, porque você quer. Estamos indo porque você aceitou pacientemente cada desafio, cada teste, e todas as provações que surgiram
em seu caminho. E para que fique registrado, nem todos foram obra minha, apenas um subproduto de ser a senhora Rawlings. Aparentemente, pode ser um papel difícil.
— ela sabia, e também sorriu. Ele continuou: — Você não conseguiu simplesmente, você conquistou.
Ela não sabia o que dizer. Ele a elogiava regularmente, mas nunca soube de sua sinceridade. Ele estendeu a mão e apertou a mão dela. — Você ultrapassou toda e qualquer
ideia preconcebida que eu tinha sobre você. A única limitação que foi colocada pra você, que eu reconheço que te causou angústia, é sua irmã. Realmente não tenho
maus sentimentos em relação a Emily. Ela pode ser excessivamente curiosa, mas vocês duas compartilham um vínculo. — ele olhou os olhos dela. — Eu disse meses atrás
que eu tentaria ser um marido melhor. Passei a maior parte da minha vida apenas preocupado comigo. Estou realmente tentando, mesmo que nem pareça.
Ela rezou para que seu sorriso irradiasse em seus olhos, mas ela podia sentir a umidade também. — Tony, eu te amo. Eu sei que você está tentando. Estou contente
com os passos que você está dando. Isso não significa que eu não espero por mais. Isso pode parecer ingratidão. Eu acho que você é incrível. É por isso que eu quero
que você, Emily, John e eu sejamos uma família. Eu quero que eles conheçam o homem notável com quem me casei. — ela o beijou e ele a beijou também. Ela ainda não
estava confiante no resultado de sua reunião de família, mas suas expectativas tinham melhorado, assim como o sentimento em sua cabeça e a dor diminuiu.
Quando eles chegaram, Emily e John já estavam sentados em uma mesa privada com uma vista maravilhosa do rio Hudson. Cumprimentaram-se com abraços e apertos de mão.
Tony viu os olhos de Claire brilharem quando ela falou com sua família. Tony era mais formal, refinado e educado. Para um observador sem saber quem ele era, poderia
até parecer cordial e amigável. Claire estava feliz que John e Emily pareciam desconhecer esse lado de Tony. Ele era um mestre em aparências e foi mesmo o primeiro
a estender a mão e felicitar John em suas realizações.
— Sentimos muito que você não tenha decidido se juntar a nós em Rawlings Industries. Acredito que, apesar do que disse a sua cunhada, isso teria sido de muito valia.
Claire sorriu e balançou a cabeça para John. — Eu não disse uma palavra. Eu estava tão chocada quanto você quando soube da oferta. Tony e Tom fizeram sua lição de
casa. Mas nós definitivamente respeitamos a sua decisão e estamos muito felizes com o seu sucesso.
John respeitosamente agradeceu a ambos. A oferta de trabalho foi um grande elogio e ele ficou honrado. Ele também aceitou os parabéns sobre o resultado de seu julgamento,
mas, quanto a parceria, nada foi definido até momento. Ele acrescentou: — O meu julgamento ainda está em aberto.
O comentário de Tony agradou Claire. Ele inspirou o ar, permitindo a ela respirar mais fácil. Os quatro tiveram um jantar agradável. Claire falou com sua irmã e
seu cunhado sobre a sua próxima viagem à Europa.
Emily disse que ela havia passado um longo fim de semana em Fishers, Indiana, visitando alguns velhos amigos. Ela nomeou alguns e disse a Claire que todos eles mandaram
abraços. A menção de sua vida passada escureceu os olhos de Tony alguns tons. Claire não insistiu no assunto, apenas sorriu e balançou a cabeça de forma aceitável.
Emily também comentou sobre o cabelo de Claire, ela gosta assim loira? Claro, ele parecia muito bonito. Emily realmente disse que ela parecia impressionante, mas
de modo diferente. Alguns de seus velhos amigos perguntaram se era realmente ela nas fotos, o nome estava certo, mas ela simplesmente não tinha a mesma aparência.
Claire perguntou se isso significava que ela não era impressionante antes.
Claire perguntou se eles gostaram das fotos do casamento que ela enviou. Ambos disseram que gostaram muito. Emily ainda disse que ela tinha conseguido alguns novos
vestidos para usar com seus sapatos de casamento. Ela nunca teve sapatos como aqueles antes e planejou esquecer o valor sobre eles. Tony sorriu para Claire e comentou
sobre o quão bom seria se ela tentasse usar alguns de seus sapatos pela segunda vez. Todos riram. O clima era jovial. O jantar tinha um sabor delicioso, e recuperar
o atraso foi divertido.
No carro no caminho de volta para Manhattan, Claire disse a Tony, — Obrigada, eu estou contente como correu o jantar. É muito estresse para mim. Além disso, estou
muito animada sobre a nossa viagem!
Seus olhos se iluminaram novamente. Se naquela noite fosse necessário qualificar como um tipo de consequência, Claire chamaria isso de positivo. No dia seguinte,
eles voariam para o leste através do Atlântico.
Acredite que a vida vale a pena viver e sua crença
vai ajudar a criar o fato.
- William James
Capítulo quarenta
Em Paris, Tony reserva sua suíte – mais como um apartamento - na Second Arrondissement, localizado no coração de Paris. Muitas das principais atrações que Claire
queria visitar estava ha uma curta distância. Tony deu a ela total liberdade para percorrer a cidade, enquanto ele estava em suas reuniões. Primeiro, ela se preocupava
com a barreira da língua; afinal, ele falava francês como um nativo. No entanto, ao contrário dos rumores que tinha ouvido, enquanto ela tentava falar a sua língua,
os franceses foram educados e fluentes em Inglês.
Ela fez o seu melhor para frequentar as lojas ao longo da Rua de Faubourgs Saint Honoré, mas ela achou os estilos muito ousados para seu gosto. Depois que o negócio
dele tinha acabado, eles experimentaram Paris juntos. Eles fizeram passeios românticos ao longo do Sena e nos Jardins das Tulherias. Eles também jantaram em um incrível
restaurante. As diferenças culturais a fascinava. O jantar não começaria até 20h30.; mas antes disso, eles poderiam experimentar aperitivos (das 18h00 as 20h00),
onde cafés e bistrôs ofereceriam seus melhores cocktails ou vinho. A compreensão de Tony dos franceses não se limitou à sua língua. Ele também foi bem versado em
seus vinhos. Aparentemente, os franceses consideram que o vinho era um suplemento para cada refeição e lanche. Isso lembrou a Claire de sua faculdade.
Paris diz ser capital do romance, mas Claire gostaria de sugerir que a Côte d'Azur ou Riviera Francesa levariam o título. Localizado no canto sudeste da França,
na costa do Mediterrâneo, confundia a sua mente pensar que ela estava realmente lá no parque infantil para os ricos. Ela não sabia que Tony planejou esta parte de
sua viagem, sem as obrigações das empresas, nem reuniões, compromissos, ou outras coisas que necessitavam da atenção dele. Ele estava totalmente dedicado a ela.
A Riviera Francesa é um dos principais iatismo e área de cruzeiro. Sem o conhecimento de Claire, ele tinha reservado um iate de luxo completo com seu próprio capitão.
Seria o hotel deles por duas noites. Eles embarcaram no iate em Beau Lier-sur Mer, uma bonita resort.
Eles passaram as próximas 72 horas descansando nos decks, apreciando as cabines interiores e cruzeiro pela costa em direção a Itália. Algumas dos portos eles observavam
do deck, outros eles paravam e exploravam. O cruzeiro em um iate particular no Mediterrâneo foi incrível.
O porto favorito de Claire era Monaco. Toda a experiência parecia surreal. Sendo o segundo menor estado independente do mundo, toda a cidade tem menos de um quilômetro
quadrado. Eles foram capazes de andar pelas ruas íngremes e desfrutar de muitas atrações. Havia museus e palácios, bem como compras. Tony apreciava o entusiasmo
ousado de Claire para Monte Carlo. Claire acreditava que Le Musée Oceanográfico ou o palácio acima do mar foi um dos lugares mais bonitos que já tinha visto. Ela
não queria ir embora. No entanto, seu iate foi ancorado no porto Cênica e esperva para levá-los ao norte de Itália.
O último porto antes de a Itália foi Menton. Ele é apelidado de Pérola de França e é famoso por seus jardins. O zelo de Tony em compartilhar a natureza divertia
Claire. A pesquisa dele tinha dito que Jardin Serre de la Madone, muitas vezes conhecida como o Serre de la Madone (Morro da Madonna), é um jardim conhecido por
seu design e plantações raras. Não foi difícil para Claire mostrar o entusiasmo que Tony esperava. Do ponto de vista de Claire, seu entusiasmo sobre planejar algo
especial para seus interesses era melhor do que ver isso.
Em seguida, eles voaram para a Sicília para o fim de semana. Desembarcando em um pequeno aeroporto em Catania, Sicília, Tony alugou um Maserati Gran19. A versão
conversível permitiu a eles visitar o campo e ver tudo a partir do carro. A condução em torno Sicília e em torno de Iowa se mostrou dramaticamente diferente. Claire
aprendeu muito rapidamente que os limites de velocidade excedia aqueles encontrados nos Estados Unidos e não parecia ser fortemente reforçada. As estradas sinuosas
de uma pista sempre tinha alguém querendo ultrapassar. Tony adorava o desafio. Andando em torno da ilha com ele de carro naquele fim de semana, fez Claire se sentir
como se ela realmente colocasse sua vida em suas mãos, como nunca antes. O desejo de dirigir nunca passou pela cabeça dela em todo o fim de semana.
O hotel deles era em Taormina, localizado em um platô abaixo do Monte Tauro, no lado leste da Sicília, na costa do mar Jónico. A suíte descansava no alto de um penhasco
com uma vista esplêndida da costa através do vidro da varanda. É conhecida por seu antigo esplendor grego, o charme medieval, e vistas únicas sobre o Monte Etna.
Tony estava certo sobre a água. Os tons de azul e verde eram comparáveis às águas em Fiji.
Havia praias próximas que ofereciam o banho de sol que Tony mencionou. No entanto, Claire sugeriu que eles gastassem seu tempo vendo outras atrações. Eles passaram
horas andando pelas ruas medievais infinitamente sinuosas e pequenas passagens. Felizmente, a maioria eram inacessíveis por carro.
Eles descobriram jardim escondidos atrás de paredes de pedra e terraços com vista para a costa. O anfiteatro grego construído no século III a.C oferecia vistas deslumbrantes
do Monte Etna e do mar. A história e a idade do anfiteatro fez Claire falar sobre a jovem América.
Tony ouviu seu entusiasmo e viu a sua energia, enquanto segurava sua mão e caminhava através de quilômetros de história. O turismo era novo para ele. Ele viajou
para negócios, não por prazer. A presença de Claire fez tudo isso novo e divertido para ele também. Uma de suas metas para a sua viagem era fazê-la feliz. Outra
era a criação de boas lembranças.
As noites em Taormina foram encantadoras. Juntos, eles passeavam pelas ruas iluminadas e se entregavam a deliciosa culinária. Eles assistiam com admiração quando
a lava deixou um fluxo de vapor e luz em seu rastro, uma vez que corria ao longo encostas cobertas de neve do Monte Etna.
Tony hesitante concedeu-a o prazer de dirigir, eles dirigiram para o Monte Etna, onde caminharam. Claire ficou fascinada ao saber que os antigos gregos acreditavam
que a montanha era a casa para o monstro de um olho só, conhecido como Cyclops. Seu pai amava mitologia. Ele havia lido histórias de Ciclope a ela quando era criança.
Com o Monte Etna sendo um vulcão ativo, a altura do cume mudava com cada erupção. A lava criava e solidificava belas estruturas. Estas estruturas foram chamadas
de molduras e em Alcantara Gorge, Claire e Tony foram capazes de caminhar e tocar as molduras de basalto e colunas que foram se formando após milhares de anos de
muitas águas. Entraram no rio Alcântara e experimentaram a frieza da água proveniente da neve que cobria os cumes.
Na noite de domingo eles voaram para Florença, onde Tony teve mais reuniões. Não lendo qualquer um dos seus livros, Claire se manteve ocupada com museus e cafés.
Ao se sentar e desfrutar de um café situado em uma calçada, Claire percebeu os sinais que anunciam Wi-Fi gratuito. Ela viu pessoas com os seus computadores portáteis
e usando os computadores disponíveis na loja. Estas férias tinham sido permitidas mais liberdades pessoais do que tinha experimentado desde que chegou a Tony. Ele
não havia mencionado nenhuma restrição. No entanto, ele mencionou as restrições à Internet milhares vezes em casa. Claire decidiu que iria passar o tempo na Itália
vendo Itália. Ela podia acessar o mundo inteiro via web em Iowa e esperava que um dia isso fosse uma opção. Hoje, ela iria desfrutar de Florença.
Enquanto passeava na Galleria dell’ Accademia, o museu que abrigava David de Michelangelo, Claire perdeu a noção do tempo. O museu era grande e tinha uma magnitude
de exposições surpreendentes. A arte a fascinava. Ela demorou nas pinturas impressionistas e pensou sobre a arte de giz de Emily quando ela era criança. Ela nunca
teria imaginado se vagando por estes museus quando era mais jovem. A grandeza das exposições a fez esquecer tudo, exceto os tesouros que ela estava vendo e experimentando
em primeira mão.
Quando ela percebeu a hora, uma corrida imediata de pânico quase a derrubou. Eram quatro e meia e ela deveria estar de volta em sua suíte as cinco. Sua lembrança
das aulas de espanhol pouco fez para ajudá-la a navegar sobre as placas das ruas italianas. Ela caminhou até o museu, parando em outros no caminho. Os cafés e ruas
estreitas pareciam todas iguais. Normalmente, ela tinha um estranho senso de direção, mas vendo os minutos indo embora em seu relógio a fez perder todas as habilidades
de navegação que tinha anteriormente possuído. Ela praticamente correu nas ruas cheias de gente, tentando desesperadamente encontrar o caminho de volta ao seu hotel.
Às cinco e meia ela alcançou o Relais Santa Croce. Ao entrar no lobby requintado, ela fez o possível para recuperar a compostura. Com apenas vinte e quatro quartos,
a equipe se destacou no reconhecimento do nome e atenção. O porteiro imediatamente a saudou em seu Inglês quebrado, — Boa noite, Signora Rawlings, seu marido te
espera na sua suíte. Posso levar a sua bagagem?
O coração de Claire afundou. Ela sabia que as reuniões de Tony estava nas proximidades. Agora seus temores se concretizaram. Primeiro, ela disse ao porteiro que
não, obrigada. Então, ela decidiu talvez que ter alguém entrando na suíte com ela era uma boa ideia. Entregou a eles as poucas malas que carregava e passaram para
a suíte Rawlings. Ele a ajudou usando a chave para destrancar a porta. As portas duplas abriam para a área de estar, com lareira e janelas com vista para o centro
histórico de Florença. Tony não estava lá. O porteiro colocou as bolsas da Sra. Rawlings no sofá e agradeceu. Ela enfiou a mão na bolsa para uma gorjeta quando Tony
apareceu a partir do quarto. Sorriu galantemente para o porteiro, agradeceu, e entregou a ele uma gorjeta generosa de seu bolo de dinheiro. Agradecendo ao Sr. Rawlings,
o porteiro se inclinou e saiu.
O coração de Claire começou a bater em seus ouvidos enquanto ela e Tony ficaram em silêncio durante o que pareceu uma eternidade. Ela usou toda sua determinação
mantendo sua fachada com o porteiro. Ela não tinha testemunhado o outro Tony em um bom tempo. Ela trabalhou diligentemente dia e noite para mantê-lo afastado. Mas
agora ela estava atrasada, ela tinha quebrado a regra de pontualidade, e não havia necessidade de explicar. Sabia que seus motivos não teriam importância. Então
ela se levantou, alto e firme. Seus olhos não estavam cheios de fúria, eles se encheram de lágrimas. Ele apenas a observou e não disse nada. As pupilas de seus olhos
estavam tomadas, mas sua expressão não era tranquila. Claire esperou.
Tony a olhava. Ele estava preocupado, e se algo tivesse acontecido com ela. Ele não sabia nem por onde começar a procurar. Quando ele a ouviu chegar, a sensação
imediata foi de alívio, ela estava bem. Mas, então, ele a viu, sabia que ela estava a salvo, e alívio desapareceu diante ao desagrado. Não estava consciente, mas
sentia que isso aconteceria e ele não queria fazer isso. A expressão dela parecia tão assustada. No entanto, ela ficou tão forte e orgulhosa. Houve um tempo em que
ele teria que acabar com sua determinação, mas agora tudo o que ele queria era que ela se sentisse segura.
Finalmente, sem falar, Tony indicou que eles deveriam se sentar no sofá. Claire se sentou e esperou. Ele quebrou o silêncio. — Me diga o que você viu hoje que causou
seu atraso. — ele não gritou ou fez cara feia. O alívio levou à perda súbita do controle de Claire. Tony se aproximou dela e ela começou a tremer. Aconteceu involuntariamente.
— Claire, está tudo bem. — seu tom era de conforto quando ele a puxou para perto.
— Tony, eu sinto muito. Eu estava na Galleria dell’ Accademia, que estava incrível, quando me dei conta do tempo. Eu imediatamente saí do museu, mas eu não conseguia
entender os sinais e as ruas todas parecem iguais. — as palavras dela correram juntamente com pequenos soluços. — Eu sabia que o hotel estava a uma curta distância,
mas de repente eu não conseguia me lembrar da direção.
A princípio, ele não falou, ele a abraçou. Então ele disse, — É uma cidade estrangeira, erros acontecem. Eu estava preocupado que algo tivesse acontecido com você.
Eu não quero que você tenha um acidente. — sua voz era suave, mas suas palavras...
A discussão continuou até o quarto. Ela finalmente recuperou a compostura. Ele tentou o seu melhor para mostrar a ela que ela estava segura e amada. Ela mostrou
o alívio com a reação dele. Mais tarde, eles se embebeceram na grande banheira de mármore, se vestiram para um jantar romântico, e caminharam pelas ruas de Florença.
Embora as ruas estivessem cheias de pessoas, enquanto caminhavam de braços dados, parecia que era uma viagem privada. A cidade romântica, belas estruturas e a brisa
da noite morna eram combinadas para melhorar a noite.
Não demorou muito até que eles chegassem ao seu próximo destino, Roma. Tony tinha reuniões agendadas para um ou dois dias. Ficaram no Rome Cavalieri, Waldorf Astoria20,
em uma suíte de luxo, com uma vista magnífica da cidade. Eles podiam ver a cúpula da Basílica de São Pedro.
Claire ficou aliviada ao saber que seu atraso em Florença não causou a perda de seu passe livre. Ela ainda era permitida passear sem Tony. Ele, no entanto, a recordou
várias vezes para manter a noção do tempo. Ela planejava caminhar e andar de ônibus ao redor da cidade enquanto ele ia ao negócio. No dia seguinte, eles iriam visitar
a Cidade do Vaticano juntos. A história antiga que acompanhava tudo em Roma fascinava Claire. Ela visitou o Coliseu, o Fórum, e do Panteão. Ela gostou de beber um
café na Piazza Navona e observou quando casais jogaram moedas na Fontana di Trevi.
As atrações foram de tirar o fôlego, mas o medo arraigado que ela sentiu em Florença a afetava. Ela gostou muito de tudo, mas agora ela se sentia manchada. Ela não
queria se sentir assim, mas às vezes as memórias e emoções iriam se superar. Não querendo que Tony visse essa mudança, ela obedientemente colocou sua máscara e fez
o melhor que pôde. Os locais ainda eram incríveis e espetaculares.
No dia seguinte, na Cidade do Vaticano, eles caminharam de mãos dadas através do átrio da Basílica de São Pedro. Eles viram as grutas do Vaticano, do Tesouro de
São Pedro, Praça de São Pedro, e os jardins do Vaticano. Enquanto caminhavam pela estrada íngreme de volta ao hotel, Tony confessou: — Com todas essas minhas viagens,
eu raramente passeava. Hoje, quando você disse que queria passar o dia inteiro no Vaticano, eu pensei que você estava louca. Eu esperava estar com tédio em uma ou
duas horas. — Claire o observou enquanto ele falava. — Mas foi incrível. Eu só quero que você saiba que eu entendo como você pode perder a noção do tempo em Florença.
Eu entendo. — ela não falou, ela apertou a mão dele. Algo de seu passado veio à mente e ela sorriu. Ele disse uma vez que ela foi treinável, talvez ele também fosse.
Apenas leva mais tempo para ele.
O último país na jornada deles era Suíça. Tony teve reuniões, primeiro em Interlaken e depois em Genebra. Eles passaram uma noite em Interlaken. Os Alpes suíços
foram a epítome da natureza imaculada e pura. A pequena cidade de Interlaken é cercada por lagos de águas cristalinas, rios espumantes e cachoeiras. E as sempre
presentes cordilheira dos Alpes suíços Monch e Jungfrau21. Claire sentiu como se estivesse no meio de um cartão postal.
Enquanto Tony se reunia com investidores, Claire escolheu apreciar a paisagem relaxante e apreciar a atmosfera. Ela vagou pelas ruas, apreciando os cafés, e descansou
na beleza da paisagem tranquila. As duas semanas foram repletas de ação. Ela poderia passar o seu tempo da forma que escolhesse, as opções eram inúmeras. No entanto,
ela gostava de algum tempo de inatividade para refletir sobre tudo o que tinham visto e relaxar no esplendor natural.
Suas lembranças transbordavam com imagens e sons de cidades antigas. Ela podia fechar os olhos e se lembrar da arte e a arquitetura incrível. Inalando o doce aroma
de chocolate suíço enquanto tomava café, ela se lembrou da incrível culinária e vinhos deliciosos. Ela pensou em seu marido. Ele passou as duas semanas inteiras
livres e compreendida. Ela nunca antecipou as liberdades que ela tinha recebido. Sua pilha de livros não lidos permaneceu. Mesmo quando ela se atrasava, sua voz
e expressão eram mais de cuidado e preocupação do que de raiva. Os pensamentos dela se mudaram de sua voz e expressão a seu abraço forte, seguro. Fizeram amor em
cada parada. Ela se lembrou do iate com o balanço rítmico do mar. Sorrindo, ela pensou com intenção impura, sobre o desejo dele. Em muitas ocasiões era ela que iniciava
seus encontros carnais e quem respondia de forma adequada.
Claire lentamente percebeu que ele estava fazendo o que ela pediu, enchendo-a com boas lembranças. Ela terminou seu chocolate e sorriu satisfeita.
Sábado de manhã cedo eles embarcaram em um trem para Genève. Tony tinha mais uma reunião. Era a última obrigação dele na viagem. Depois de concluído, eles passaram
a última noite em Genève e voaram para casa de manhã. Claire não podia acreditar o quão rápido os 14 dias se passaram. As vistas que viram e as experiências que
tiveram foram mais do que ela poderia pensar. Sentia-se completamente exausta e ainda eufórica. A primeira vez que ela se lembrou de Tony viajar para a Europa, ele
ficou por oito dias. Claire lembrou que após a sua chegada em casa, ele disse que estava cansado. Ela entendeu.
Estando ausente de Iowa por mais de duas semanas, ela estava pronta para ir para casa. Seus destinos foram espetaculares. No entanto, Claire ansiava pela serenidade
de sua cama e suíte.
Antes de saírem para a sua última noite na Europa, Tony insistiu em leva-la para visitar boutiques famosas e lojas na Rue du Rhône. Claire disse a ele repetidamente
que ela não precisava de nada. Como se incapaz de ouvir ou compreender, ele a levou para uma loja exclusiva de joias. Ele queria que ela tivesse algo para se lembrar
da viagem, então ele comprou um relógio de diamantes. Ela se perguntou sobre um possível duplo sentido.
Depois de um voo de nove horas, eles chegaram em casa. Ela não se lembrava de estar mais cansada. O voo deles para Fiji foi maior, ainda que predominantemente descansassem
em Fiji ou pelo menos passaram mais tempo na horizontal. Ela sentiu que tinha literalmente passeado e caminhado nos últimos dezessete dias. O seu jantar em Nova
York parecia que tinha sido há muito atrás, ainda que ela soubesse que não foi.
Antes de irem para a cama, Tony trouxe a Claire uma grande pilha de e-mails de seu escritório em casa; ela optou por não olhar para eles. Ela faria isso amanhã.
Ambos desabaram em sua cama. Ela agradeceu a Tony repetidamente pela viagem de uma vida e as lembranças maravilhosas. Ela caiu em um sono sem sonhos, com a cabeça
apoiada em seu ombro, ouvindo sua respiração.
Ele estava exausto também enquanto abraçou o corpo suave e quente que se aninhava contra o seu. Ouvi-la agradeço a ele sobre as memórias o encheu de intensa satisfação.
Ele fechou os olhos, respirou o perfume de seus cabelos, e recordou a sua viagem memorável. Antes dele adormecer, Tony disse: — Eu pretendo ir para o escritório
amanhã.
— Então eu vou vê-lo amanhã à noite, eu pretendo dormir depois do seu alarme.
Tony sorriu.
Não é uma questão de o suficiente, amigo.
É um jogo de Soma Zero, alguém ganha, alguém perde.
Se o dinheiro não é perdido ou feito,
é simplesmente transferido, de uma percepção para outra.
Como mágica.
- Gordon Gekko
Capítulo quarenta e um
Anton ficou em silêncio do lado de fora da casa do escritório de seu avô. Mesmo que as grandes portas duplas fossem bem fechadas, ele podia ouvir as vozes de dentro.
Seu pai insistiu que Anton fosse excluído da conversa, que Anton estava preocupado, isso era ridículo. Algo grande estava acontecendo, e que tinha a ver com o seu
nome e a empresa que ele tinha dito que seria dele.
Samuel poderia protegê-lo da discussão e do conhecimento das relações comerciais, mas Anton não era estúpido. Ele podia ler um símbolo da NYSE. As ações Rawls Corp
haviam caído de 79,8 para 56,4 no encerramento do pregão. O comunicado da imprensa proclamava rumores de irregularidades dentro da corporação. Os quatro homens dentro
do escritório não estavam bebendo cerveja e jogando cartas, isso era muito sério. Parecia que tudo estava desabando em torno deles. Alguém abriu uma represa, e a
água não podia ser interrompida.
Dentro do escritório fechado com persianas cereja, Nathaniel questionou Clawson. — Você disse que ninguém jamais saberia. O que diabos aconteceu? De onde é que estas
acusações vêm?
— Sr. Rawls, eu não sei. Nós cobrimos nossas pistas por quase dez anos. Você fez uma fortuna sangrenta. Talvez os federais ficaram nervosos porque você estava fazendo
muito lucro.
— O que diabos é isso, muito lucro? — Nathaniel não podia se sentar. Ele andava em cada centímetro do tapete de pelúcia. — Eles investigaram Trump ou Gates? Não
estou nem perto desses homens.
— Não importa quem mais tem sido investigado. — Samuel tentou trazer os homens de volta para a tarefa em mãos. — O que importa é que temos que ter tudo organizado
e encarar a investigação de frente.
Clawson olhou por cima de seu assistente, Cole Mathews. Mathews estava ocupado organizando pilhas de papel e utilizando uma trituradora para reduzir a sobrecarga
de papel. Clawson se dirigiu para os homens Rawls. — Cole e eu estamos nos certificando de que não haja nenhuma evidência que possa ser ligada a qualquer das alegações.
— Você disse que ninguém iria saber. Por que Mathews está rasgando papéis? Não deveria haver qualquer coisa que precise ser triturado. — Nathaniel viu os olhos verdes
de Mathews brevemente encontrarem os dele. Ele parecia estar trabalhando tão rápido quanto o triturador permitia.
Cole Mathews entrou no seu círculo íntimo há cerca de dois anos atrás. Ele não falava muito, mas era um gênio em pesquisa. Diga a ele uma bolsa de valores ou uma
empresa, e bingo, ele terá mais informações privilegiadas do que se poderia acreditar humanamente possível. De repente, Nathaniel lamentou não ter Clawson e Mathews
assinando algum tipo de procuração, uma maneira de se distanciar deles.
Estes dois homens ajudaram a torná-lo mega-rico. Neste momento, se possível ele iria pendurá-los à forca para salvar a si mesmo e sua família. Inferno, Samuel nem
sequer olha em seus olhos. Brevemente, Nathaniel pensou sobre as recentes notícias, o ônibus espacial ‘Challenger’ que explodiu durante a decolagem. Isso foi uma
maldita vergonha. Apenas talvez esta notícia fosse ofuscar as infelizes alegações falsas em relação à Rawls Corp.
A súbita decepção de uma esperança
deixa uma cicatriz que o
último cumprimento dessa esperança
nunca a remove inteiramente.
- Thomas Hardy
Capítulo quarenta e dois
No dia após o seu retorno, Claire acordou tarde, saboreando a cama vazia. Depois de Cindy trazer seu café e comida, ela se sentou na varanda, comeu o café da manhã
e apreciou o dia de verão, realmente contente por estar em casa. Agosto em Iowa lembrava o de Indiana, e mesmo que a temperatura e a umidade continuavam a aumentar,
o clímax do verão se aproximava rapidamente. Em pouco tempo a tranquilidade diminuiria e a evidência do outono se materializaria.
Claire tinha planejado apreciar os dias restantes de verão. Ela pegou a pasta de e-mails e foi para a piscina. Sabendo que Tony tinha os lido antes de entregá-los
a ela, decidiu separar os e-mails que sentia que necessitavam de respostas e acelerar sua sessão de fim de tarde de pedidos. Dezoito dias de e-mails tomou um pouco
de tempo. Ela começou removendo os que ela não tinha a intenção de responder. Em seguida, ela releu os de conhecidos. O que eles queriam? Ela poderia ajudar de alguma
forma? Se não, eles entraram na pilha ‘Patricia, por favor, responda’. Se ela acreditava que era algo que ela poderia fazer, ela colocava em uma pilha para discutir
com Tony.
Em seguida, foi a pilha de amigos e familiares. Era consideravelmente menor. A maioria deles sabia que eles estavam fora do país. Eles queriam saber sobre a viagem
e marcar um encontro. Courtney queria almoçar assim que Claire estivesse recuperada de sua viagem. MaryAnn aparentemente enviou o e-mail para ambos, Tony e Claire.
Ela os convidou para uma festa de estreia de filme em sua casa em Malibu, em outubro. Claire verificou seu calendário. Será o fim de semana após o leilão da Cruz
Vermelha. Ela acrescentou àqueles à pilha ‘discutir com Tony’. As últimas páginas eram de Emily. Ela definitivamente preferia se sentar ao sol, beber chá gelado
na sua piscina em seu traje de banho e ler os e-mails de Emily do que fazer isso sob o olhar de Tony.
O primeiro foi uma nota sobre o encontro deles. Emily e John gostaram de vê-los e agradeceu a eles pelo jantar. Aparentemente, John falou com o garçom sobre pagar
a conta antes de sua chegada, mas de alguma forma ele nunca veio com ela à mesa. Isso causou um sorriso em Claire, ela não tinha notado. Emily desejou a eles um
bom tempo em sua viagem. Ela aguardava ansiosa para ouvir tudo sobre isso. O segundo e-mail veio uma semana depois. Começava com: — Eu sei que vocês ainda estão
na Europa, mas eu queria te dizer... — a empresa definiu a data arbitrária para o dia 1º de novembro. Nesse dia, haverá uma revisão da produção dos associados, horas
faturadas e as taxas cobradas. Ela estava otimista sobre os números finais de John. Ele passou trabalhando toda hora em que estava acordado. Mas ela disse cautelosamente
que se ele não fizesse o corte, não era o fim. Ele ainda poderia ser um associado e considerado para a parceria durante o próximo processo de revisão. Ela pediu
para que Claire ligasse quando chegasse em casa. O terceiro e-mail era datado de ontem. Ele começava: — Você está em casa? — ela fez várias perguntas sobre a viagem
e falou sobre seu ano letivo iminente. Aparentemente, a situação econômica do país estava afetando as finanças de sua escola assim como de outros lugares. Mesmo
que ela trabalhasse para um sistema escolar privado, houve cortes no orçamento que poderiam afetar sua sala de aula diretamente. Isto fez com que Claire perguntasse
a si mesmo se ela poderia usar um pouco de seu capital para fazer uma doação. Ela decidiu colocar estes na pilha de Tony. Ela queria ligar e talvez buscar a doação.
O almoço chegou à piscina. Acomodando-se na poltrona com o livro que levou na viagem, mas que nunca abriu, Claire estava cheia de conforto, paz e contentamento.
Ela estava em casa. Com o fuso horário estabelecido, ela logo e caiu em um sono profundo, dormiu durante a maior parte da tarde. Catherine a acordou às quatro horas
e ela foi para sua suíte para se preparar para Tony. Às cinco horas, Catherine lhe informou que eles iriam jantar no pátio de trás. A rotina de sua vida tinha voltado.
Agosto desapareceu em setembro e antes que ela percebesse, outubro bateu na porta. Claire e Courtney estavam muito ocupadas finalizando os seus esforços para o leilão.
As doações, instalações, fornecedores e distribuidores de vinho todos confirmados; a lista de convidados aprovada e convites enviados. Animada com o evento iminente,
Claire sentia que era sua introdução para o mundo da filantropia. Tony não só participou neste mundo, ele se destacou. Ela queria que Sra. Anthony Rawlings fosse
igualmente sinônimo de caridade como Sr. Anthony Rawlings. Foi a primeira vez que Claire informou a Tony que estariam participando de um evento. Ele sorriu e disse
que iria verificar o seu calendário.
Durante o leilão planejado, seus deveres de anfitriã não cessaram. Vários jantares ocorreram em vários locais. Eles também participaram de funções e eventos juntos.
Suas maiores decisões envolviam guarda-roupa e penteado, e muitas vezes essas escolhas foram feitas por ela. Isso fez da Cruz Vermelha ainda mais importante para
Claire. Ela sabia que tinha mais a oferecer.
Pouco tempo antes do leilão, Tony e Claire participaram de um fórum em Chicago, onde Tony foi o palestrante. Ele foi convidado para dar uma palestra sobre o sucesso.
O tema da conferência foi ‘Risco versos Falha no Mundo dos Negócios’. Ele nunca praticou seus discursos ou correu suas ideias para ela. Assim quando Claire se sentou
ao lado de seu marido na ponta mesa e ele se dirigiu ao público, suas palavras eram novas para ela também.
Quando ela o conheceu pela primeira vez, realmente o conheceu, ela não gostou do negócio de Tony. Ele era o único que costumava visitar sua suíte. Sempre vestido
profissionalmente, impessoal, metódico, individual e outros adjetivos que não eram como cortesia. Mas agora ela gostava de assistir e estar ao lado de Anthony Rawlings,
empresário estimado, enquanto ele brilhava em seu elemento. Ele irradiava uma aura que dizia ‘Eu sou bem sucedido’. Para alguns, pode ser percebida como presunção.
Claire provavelmente pensou dessa forma por um tempo, mas agora ela achava isso atraente. No passado, ela não gostava nem odiava sua confiança e autoridade enraizada,
mas agora ela podia olhar para ele de forma diferente. Era sexy. Vendo e ouvindo ele, compreendeu a importância de seu papel.
Muitas vezes, após o jantar e discurso, os organizadores queriam agendar um debate de perguntas e respostas. Estes eram informais com várias pessoas se aproximando
de Tony, fazendo-lhe perguntas. Muitos dos participantes eram jovens empresários à procura de conselhos. De acordo com Shelly, a participação de Tony era essencial
para as relações públicas. De acordo com Tony, sua participação era um inferno. Estava incluso no dever de Claire interromper educadamente os participantes para
que ele pudesse passar para a próxima pergunta e eventualmente ir embora.
Durante estas sessões de perguntas e respostas, várias pessoas se aproximavam de Tony. Claire tentou parecer atenciosa e discreta até que era hora dela interromper.
Ela não prestou atenção aos indivíduos. Eles se misturaram em sua mente. Durante esta conferência em particular, uma pergunta veio de um dos participantes que pegou
os dois desprevenidos. Um homem mais jovem que Tony, mais perto da idade de Claire, loiro e de olhos azuis, vestido com um terno caro, aproximou-se Tony.
— Olá, Sr. Rawlings, tenho o prazer de conhecê-lo. O seu discurso foi notável e inspirador. — Tony apertou sua mão e educadamente agradeceu, em seguida, o homem
loiro com grandes olhos azuis suaves continuou, um pouco timidamente, — Eu tenho um pedido incomum. Posso falar com sua esposa por alguns minutos?
Claire não tinha olhado para o homem até aquele momento. Ela estava olhando para a multidão. Suas palavras fizeram com que ela girasse primeiro para Tony, vendo
sua expressão de surpresa, e depois para o homem. Sua máscara foi destruída momentaneamente. Ela o reconheceu imediatamente, e de repente, se perguntou por que ela
não tinha reconhecido sua voz. O caos em sua cabeça estava amarrado a sua língua até que os olhos de Tony a trouxe de volta à realidade. Colocando a mão suavemente
no braço de Tony, ela falou hesitante, tentando desesperadamente por uma voz mais resistente.
— Oh meu Deus, Anthony, é Simon. — Tony viu como ela gaguejava através de apresentações. — Anthony, deixa eu te apresentar Simon Johnson. Simon e eu éramos estudantes
juntos em Valparaiso há milhões de anos atrás. — seu discurso fluiu muito rapidamente. — Simon, deixa eu te apresentar meu marido, Anthony Rawlings.
Os dois homens se entreolharam e apertaram a mão novamente. Tony foi educado. Claire viu seus olhos, como se um interruptor tivesse sido virado do claro para o escuro.
Virando-se para Claire, ele respondeu: — Eu acredito que essa é uma decisão da Sra. Rawlings.
Havia outras pessoas esperando para falar com Tony. Claire usou a justificativa da presença de Simon e pediu licença, permitindo Tony para falar com os outros. Ela
e Simon se afastaram. Enquanto caminhavam, Simon distraidamente colocou a mão na parte de baixo das costas dela; ela imediatamente se afastou de seu toque. Eles
se sentaram em uma mesa vazia.
Simon falou baixinho, — Claire, peço desculpas se eu te coloco em uma posição difícil. É só que eu queria falar com você há muito tempo.
— À tipo, oito anos? — até ela se surpreendeu com seu tom hostil.
— Este é o terceiro evento que eu já assisti onde você e Sr. Rawlings estiveram. Eu finalmente reuni coragem para falar com você.
Lembrando-se de uma reunião anterior, ela disse: — Primeiro, Simon, me diga que você não é um repórter ou que está falando comigo para uma publicação de qualquer
tipo.
Seus olhos azuis pareciam assustados, e em seguida, amolecidos. — Não, Claire, eu só quero falar com você. Deve ser difícil não saber em quem você pode confiar.
Ela respirou mais fácil. — É. Eu já cometi alguns erros que eu não pretendo repetir.
— É um erro que eu fiz dizendo que eu queria falar com você também.
Ela olhou para ele. Ele não tinha mudado desde o seu primeiro ano de faculdade. Mas, infelizmente ele tinha, ele era mais velho, mais maduro e mais confiante. Seu
cabelo loiro ainda precisava aparar e seus reluzentes olhos ainda estavam tão brilhantes. Ela não conseguia esquecer a paixão que ela tinha testemunhado naqueles
olhos.
— Eu tenho visto sua foto em tantos lugares recentemente. Eu senti que eu precisava falar com você pelo menos uma vez e explicar o que aconteceu durante o verão
de 2003.
Eles se conheceram em Valparaiso no seu primeiro ano de faculdade. O curso principal de Simon era programação de computadores enquanto o de Claire era meteorologia.
Vivendo no mesmo dormitório, eles correram um para o outro muitas vezes. Da mútua atração entre os dois floresceu uma jovem paixão e rapidamente um romance. Eles
foram o primeiro amor um do outro. As novas e desconhecidas emoções impressionaram ambos. Simon propôs à Claire diariamente. Ela tinha outros planos para sua vida,
planos de carreira e sucesso nacional que não incluíam um casamento. Durante o verão, eles visitaram as cidades de origem de cada um, conhecendo as famílias e fizeram
todas as coisas que jovens amantes fazem. A mãe de Claire comentou que os planos sempre podem ser modificados. Ela gostava de Simon. Seu segundo ano foi para incluir
a vida nas fraternidades da faculdade, festas, estudar e aproveitar o tempo juntos. Mas em algum momento entre ver a família e o retorno das aulas, Simon desapareceu.
Ele ligou algumas vezes, escreveu algumas cartas e desapareceu. Claire sabia que a faculdade tinha sido uma pressão financeira sobre a família dele. Foi por isso
que quando, de repente durante o verão, Simon recebeu uma oferta para um estágio dos sonhos, ele teve que aceitar. Uma oportunidade como essa era impensável para
um aluno do segundo ano. Seus talentos para computadores ultrapassavam muitos dos alunos mais velhos. O estágio era na Califórnia e ele não podia perder a oportunidade.
Era para ser apenas um semestre. Ela esperou que ele voltasse, ele não o fez. As correspondências se tornaram menos frequentes e, em seguida, inexistentes. Ela seguiu
em frente. Esquecer ele não era possível, mas estar separada dele fazia isso possível. Ao longo dos anos, os desafios da vida e rotinas encheram sua consciência
e apenas algumas vezes na inconsciência ele voltava.
— Isso não é necessário. Nós dois seguimos em frente com nossas vidas. — Claire começou a se levantar. — Mas foi bom te ver.
Ele tocou em sua mão suavemente. — Por favor, Claire, eu preciso te contar. — ela se sentou timidamente. — Você se lembra de que eu fui para a Califórnia? — ela
assentiu com a cabeça. — No começo era um estágio, mas depois eles me ofereceram um emprego. Não sei se você se lembra, mas era difícil para os meus pais pagar a
faculdade e a oferta era boa demais para deixar passar. Eu queria voltar e terminar a minha graduação, mas lá estava eu, 20 anos de idade, sendo oferecido meu emprego
dos sonhos.
Claire se lembrou da carta que ela recebeu dizendo que ele não iria voltar da Califórnia. Isso quebrou seu coração. Ela queria se juntar a ele, mas ele não pediu.
— Estou feliz que funcionou para você. Você continua vivendo na Califórnia?
— Sim, eu estou. E a empresa que fui trabalhar curiosamente é uma subsidiária das Indústrias Rawlings.
O coração de Claire começou a disparar. Se Tony souber, Simon perderá seu emprego. Ela viu a escuridão, ela queria protegê-lo. — Você ainda está lá?
— Não. — ela suspirou de alívio. — Eu estava com eles há mais de cinco anos, mas eu sai muito antes de você conhecer seu marido. Li o artigo na revista Vanity Fair.
— ela sorriu. — Eu tenho a minha própria empresa agora.
— Isso é ótimo, eu espero que você esteja feliz.
— Com o negócio, eu estou. Eu devia agradecer ao Sr. Rawlings. O começo que recebi de sua empresa fez um grande impacto. Hoje eu crio alguns dos jogos que as pessoas
jogam em seus telefones. Eu estou fazendo bem.
— Estou realmente feliz por você. Eu preciso voltar para Tony.
— Minha mãe tem se mantido atualizada sobre você, retransmitindo informações para mim. Ela gostava muito de você.
— Gostei da sua mãe também. Por favor, diga a ela que eu disse Olá e para não acreditar em tudo que lê. — os olhos de Claire estavam entristecidos com as memórias.
— Antes de ir, eu queria que você soubesse, mesmo agora com o meu sucesso, lamento não ter voltado para você. — Claire não falou nada, ela não podia. — Eu pensei
sobre isso constantemente. Mas o trabalho exigiu uma série de viagens. Eu estava na China quando seus pais morreram. Se eu estivesse nos EUA, eu teria ido lá para
você. Eu só tinha que te dizer. Eu não te deixei por causa de qualquer coisa que você fez ou disse. Claire, você permaneceu perfeita em minhas memórias. Eu gostaria
que as coisas tivessem sido diferentes. — ela sentiu uma onda de tristeza em pensar em como poderia ter sido. Mas Simon continuou, — Eu tenho seguido a sua carreira.
Eu sabia que você estava em Albany e, em seguida, em Atlanta. Me lembrei que você queria uma carreira e eu pensei que talvez depois que você tivesse alcançado o
sucesso, nós poderíamos tentar novamente. — Claire olhou para a mesa. Isso estava a deixando desconfortável. Ela precisava voltar para Tony. — Mas eu quero que você
saiba que eu estou feliz por você. E eu estou feliz que você está muito bem casada.
A crescente sensação de ansiedade fez ela se levantar. — Obrigada, Simon. Eu desejo que você continue a ter sucesso. Por favor, dê o meu melhor para sua família.
Eu devo voltar para o meu marido.
— Você tem o seu telefone aí? — a expressão de Claire ficou confusa. Simon sorriu. — Eu estou fazendo você ficar triste, o que não era minha intenção. Eu queria
te mostrar o meu último jogo, é divertido e eu espero que ele vá fazer você sorrir. Você se lembra de ficar a noite toda jogando videogames? — ela se lembrava, mas
parecia ser outra pessoa em outra vida. — Eu criei este jogo mais recente com alguém do meu passado em mente. Uma espécie de homenagem, eu acho.
— Eu não estou com a minha bolsa, ela está lá na mesa. — ela se repreendeu silenciosamente. Ele estava sendo tão aberto e honesto e ela estava mentindo sobre um
telefone!
Ele enfiou a mão no bolso, tirou um smartphone e começou a tocar na tela. — Aqui está, você pode baixá-lo por U$1,99. — sorrindo, acrescentou — O que eu acredito
que está dentro de sua faixa de preço. — Claire olhou para a tela. O objetivo do jogo parecia ser o de encontrar alguma coisa. Mas para alcançar este objetivo, você
tinha que vasculhar roupas, velhos pedaços de pizza, caixas de pizza, latas de refrigerante, etc. Ela sorriu e ele explicou: — Cada nível tem um novo item para descobrir.
É muito popular com o pessoal da faculdade e com os da pós também. Isso me fez milhões. — ela realmente sorriu para ele. Ele realmente fez esse tipo de dinheiro
com jogos. — Eu estou feliz que eu vi o seu sorriso. Claire, você é linda, mas eu sinto falta do cabelo castanho.
— Adeus, Simon. Boa sorte para você. — ela assentiu com a cabeça. Parecia que ele queria abraçá-la ou apertar as mãos, algum tipo de contato, mas ela se virou. Imediatamente,
ela fez contato visual com Tony. Ele estava assistindo. Ela retomou a sua posição ao lado do marido.
Reconhecendo seu retorno, ele mostrou seu sorriso encantador, acenou com a cabeça e a cumprimentou, — Sra. Rawlings.
Quando eles saíram para a calçada, as luzes brilhavam em Chicago no limpo ar da noite de setembro. A mão de Tony descansou suavemente nas costas de Claire. A temperatura
ainda estava quente, mas ela sentiu um arrepio. Eric abriu a porta da limusine e Tony ajudou sua mulher a entrar no carro.
Perdida em seus pensamentos, Claire observava enquanto as luzes da cidade passavam pelas janelas. Sua mente estava de volta à faculdade. As memórias do bagunçado
quarto de dormitório, a desordem e agora o jogo trouxe um sentimento quente. Ela estava feliz por Simon. Ele conseguiu realizar seus objetivos. Lembrou-se de suas
aspirações, não queria riqueza, mas a felicidade e família. Ela lembrou que ele queria ser capaz de ajudar seus pais. Ela não perguntou se ele era casado. Ela nem
tinha olhado para ver se ele estava usando um anel de casamento. Mas com toda a sua alma, ela esperava que ele fosse.
— Sra. Rawlings, — Tony estava se dirigindo a Claire. Ela se virou para encará-lo, ele estava desconfortavelmente perto. — Qual é o seu nome?
Confusa, ela apenas olhou para ele. Ele pegou o queixo dela e segurou-a de modo que eles estavam olhando um para o outro. — Seu nome, qual é o seu nome?
Irritada e alarmada, ela diss, — Tony, o que você está fazendo?
Ele não afrouxou seu aperto. — Eu estou fazendo uma pergunta, que você parece ser incapaz de responder.
Assombrada com seu comportamento, ela respondeu a sua pergunta — Meu nome é Claire. Claire Rawlings.
Lenta e deliberadamente, ele disse, — Me explique, Sra. Rawlings, como você pode estar sentada comigo, seu marido, usando os anéis que eu comprei, na limusine paga
por meu trabalho duro e pensando em outro homem.
Ele ainda segurava o queixo dela. — Tony, por favor, solte meu rosto. Você está me machucando.
Ele soltou o queixo dela. Sua mão deslizou por trás de seu pescoço, segurando firmemente a cabeça e os cabelos que caíam. Ele continuou — Eu preciso repetir cada
pergunta ou você acha que você pode ser capaz de responder a pelo menos uma pela primeira vez?
Piscando, seus olhos verdes expressavam alarme e enrijecendo seu pescoço, falou com determinação — Ver Simon me pegou desprevenida. Eu não tenho pensado ou ouvido
falar dele em oito anos. Você não acha que merece alguma reflexão?
O punho dele se apertou. — Não. Eu acredito que o passado é o passado. Está feito e agora é hora de se concentrar no presente. — o pescoço dela estava doendo. Ele
estava com a cabeça posicionada de modo que seus olhos faziam contato, brilhavam preto. Os dela não eram defensores, mas cheios de fúria. Ela não respondeu.
— No momento, eu acredito que você precisa se concentrar em me mostrar que a minha mulher está, em primeiro lugar e acima de tudo, preocupada em agradar seu marido.
Ele usou a outra mão para fechar a janela entre eles e Eric. Em seguida, ele abriu o zíper da calça de seu smoking. Chocada e rechaçada, Claire começou a protestar.
Ela logo foi falando que era impossível. Segurando seu pescoço, ele silenciosamente direcionou a cabeça dela, descansando a cabeça dele no banco e com seus dedos
entrelaçados em seu cabelo. Claire tentou se afastar com a mão dele. Tony agarrou-lhe a mão e torceu até ela voltar. Ele não liberou a pressão e o movimento na cabeça
dela até que ele tivesse terminado.
Enquanto caminhavam pelo saguão da Torre Trump, Claire fez o seu melhor para parecer composta. Tony colocou o braço em volta da cintura e ternamente sussurrou em
seu ouvido — Eu tenho mais maneiras que você pode demonstrar sua devoção, Sra. Rawlings. Vamos rever quando chegarmos ao nosso apartamento.
Os últimos 13 meses foram dissolvidos em nada. Ela não era Claire Rawlings, a esposa. Ela era Claire Nichols, tudo o que ele queria que ela fosse.
Qualquer idiota pode enfrentar uma crise,
o modo como lidamos.
É o que nos define.
- Anton Chekhov
Capítulo quarenta e três
O silêncio dentro da limusine foi palpável a cada quilômetro, enquanto Tony e Claire andavam de Bettendorf em direção a casa. O leilão tinha levantado extraoficialmente
mais da metade de uma rede de milhões de dólares. O custo do evento foi menos do que US$10.000, devido à aquisição inteligente de Claire de serviços e bens doados.
A ausência de ruído do caminho foi um forte contraste com o centro de convenções.
Antes de deixarem a sala de conferências, Courtney falou em êxtase sobre a capacidade da Claire. — Isso acabou tão bem! Eu simplesmente não posso acreditar nos números
finais. Querida, juntas, nós estamos indo para arrecadar dinheiro para cada organização oeste do Mississippi.
Embora ela se sentisse desconfortável sobre suas futuras atividades filantrópicas, Claire abraçou a amiga mostrando seu sorriso. — Oh Deus, isso nós teremos que
ver.
— Bem, aproveite este sucesso por um tempo, porque eu tenho planos! — o entusiasmo de Courtney era contagiante. Claire sorriu e acenou com a cabeça.
Sra. Rawlings tem auxiliado seus esforços nos deveres como anfitriã. Ela astutamente menciona o leilão, tanto para doações e possíveis participações, sempre que
pode. Ela achou interessante como os colegas de trabalho de Tony estavam dispostos a participar de um ou ambos quando foram abordados pessoalmente. O fato de que
eles estavam em sua casa, comendo sua comida, e recebendo a sua atenção, não atrapalhou seus esforços. O atual presidente da Cruz Vermelha das Grandes cidades metropolitanas
agradeceu a Sra. Rawlings e Sra. Simmons profusamente.
Muitos dos companheiros de Tony de fora da cidade participaram do evento. Claire não percebeu quando os convidou que isto teria tanto impacto adicional sobre os
moradores. Essas pessoas importantes precisavam de lugares para ficar e comida para comer enquanto estivessem em Bettendorf. De acordo com Courtney, a mídia estimou
que seu evento fosse colher mais de um quarto de uma colheita de milhões de dólares para os cidadãos. Claire não tinha visto a reportagem. Ela não gostava de televisão,
e qualquer outra forma de comunicação ainda era proibida.
Por uma questão de fato, uma vez em Chicago Symposium, Claire perdeu muitas de suas liberdades recém-descobertas. Ela ainda via os e-mails, mas só depois que as
respostas fossem enviadas. Não é mais uma liberdade, eles eram apenas uma ilustração flagrante do que agora era proibido. Durante os preparativos finais do leilão,
era inegável que Claire e Courtney precisariam se comunicar e ver uns aos outros. No entanto, o contato e sua interação com os outros tinham diminuído drasticamente.
Tony decidiu que Claire precisava de tempo para decidir o que era realmente importante para ela.
A noite em Chicago era uma reminiscência de seus primeiros encontros na propriedade. Tony era excessivamente dominador, controlador e exigente. Até mesmo mais que
os sádicos sexuais cruéis que haviam por ai. Uma vez de volta ao apartamento, Claire tentou argumentar com ele. — Por favor, pense sobre o que você está fazendo.
— era como se seus olhos negros não pudessem reconhecer sua voz. Ela suplicou: — Tony lembre-se de sua promessa. Eu sou sua esposa. Pense no que você está me pedindo
para fazer.
— Você é minha esposa. No entanto, eu não estou pedindo. — insensível, suas demandas continuaram.
Quando ela acordou na manhã seguinte, sentindo as dores também familiares de um ano antes, ela temia sua presença. Deitada em silêncio, ouvia a sua respiração. Aliviada,
ela ouviu o som de seu chuveiro no quarto ao lado. Lentamente, ela se sentou e pensou sobre suas opções. Até ver Simon, as coisas foram progredindo bem. Mesmo na
Itália, quando ela quebrou a regra, ele respondeu com bondade, não crueldade. Mas ao ouvir a água correndo, Claire debateu deixar ele, a cada, tudo. Ela não sabia
como. Onde ela poderia ir que ele não poderia encontrá-la?
Ela caiu para trás contra os travesseiros macios e se permitiu algumas lágrimas. Momentaneamente, ela teve dificuldade em preencher seus pulmões com uma quantidade
suficiente de ar, e lembrou seus pesadelos. Este não era um sonho, era a sua realidade. Ela não queria ver ou falar com ele. No entanto, ela reconheceu a impotência
que surgiu através de suas veias. Seu único caminho era através do homem no quarto ao lado. Lentamente, ela afastou os cobertores pelos ombros, e caminhou em direção
ao espelho. A determinação de aço que impulsionou seus pés não veio da coragem, mais de uma sensação de impotência necessária. O reflexo diante dela era pior, ele
tinha sido muito pior. No entanto, vendo as marcas vermelhas e azuis, fizeram seu estômago torcer. Ela pegou o roupão e cobriu as evidencias.
Minutos depois, ele entrou em seu quarto. O homem à sua frente parecia completamente ignorante aos acontecimentos da noite anterior. Ele casualmente beijou a bochecha
dela e disse: — O chuveiro é todo seu. — ela apenas olhou. Quem é ele? Ele sorriu. — Gostaria de ter ficado mais tempo se eu soubesse que você estava acordada. —
mais tarde naquela manhã, ele a ajudou a se preparar para deixar Chicago e gentilmente discutiram com brincadeiras diárias.
O incidente forçou Claire a reconhecer que ela se iludiu a acreditar que o outro Tony tinha ido embora. Ele não tinha ido embora. Na verdade, ele estava incrivelmente
perto da superfície. Naquela manhã, ela não tinha ideia com quem ela estava voando, ou mesmo com quem ela dividia uma casa. Toda noite ela iria esperar enquanto
seu estômago se contorcia em nós, querendo saber quem estava em pé através da porta.
Claire esperava que os acontecimentos recentes aumentassem a frequência dos seus pesadelos, surpreendentemente eles diminuíram. Sua teoria: sua consciência agora
compartilhava o estresse que apenas seu inconsciente havia suportado.
Após a repercussão, e com o passar do tempo, ela tentou falar com Tony sobre Simon. Ele não se importava ou não quis ouvir a sua perspectiva. Sua única noção permaneceu:
em um evento público, ela o tinha deixado de lado, seu marido, para passar o tempo com seu ex amante. Para Claire isto era uma observação ridícula. Sua interpretação
era mais como em um evento público, para permitir que Tony tivesse a capacidade de ter contato com seus fãs, ela acompanhou Simon e discutiu questões com ele por
um pequeno tempo. As interpretações diferentes não têm um terreno comum atualmente ou no futuro deles. O assunto foi encerrado.
Enquanto andavam pela casa dos Bettendorf, Claire perguntou o que Tony pensava sobre o leilão e que consequências ela iria suportar agora que sua presença não era
necessária em um local público. Não foi até que eles estavam quase em casa que Tony finalmente falou, tirando-a de seus pensamentos. — Parabéns.
— Obrigada.
— O leilão foi um sucesso total.
— Obrigada. Estou satisfeita. Courtney está feliz. Eu queria te fazer feliz também.
— E agora você não faz?
— Não, eu faço. — ela era sincera.
— Eu já disse antes. Você continuamente é surpreendente e me surpreende com suas habilidades. — e como um adendo: — Alguns mais do que outros.
Claire não reagiu, isso era o que ele queria. Em vez disso, ela se sentou desanimada e pensou sobre a data, oito de outubro e seus pensamentos foram em muitas direções
diferentes. Ela pensou sobre o leilão, alguém tinha oferecido US$70.000 para usar o avião e piloto de Tony por dois dias. Foi uma grande doação. Ele tinha pensado
nisso. Outras doações, como estadias em resorts, pacotes de entretenimento, bilhetes NBA, NFL e ajudou a superar sua meta.
Ela também lembrou que eles deveriam estar em Malibu na semana seguinte para a festa de Eli e Maryann. Ela estava olhando pra frente, uma vez que recebeu o convite.
Os Simmonses e os Millers todos iam. O filme era sobre suspense. Claire conhecia os atores, mas principalmente estava ansiosa para ver sua casa.
Outro pensamento era a sua família. O prazo de John estava a menos de um mês de distância. Ela não tinha falado com Emily desde antes de Simon. Tantas outras liberdades
tinham desaparecido. A ideia de falar com sua irmã, parecia absurda. Claire não tinha vontade nem força para seguir com tal pensamento.
Egoisticamente ela pensou sobre seu vigésimo oitavo aniversário que se aproxima e contemplou a verdade de sua vida. Ela entrou em sua limusine para ir para casa
com seu rico e belo marido. Divertida, ela decidiu que era a versão de Vanity Fair. Para a versão completa: ela estava isolada na limusine de Tony, ela teria gostado
de dirigir seu próprio carro, pra sua casa, sua prisão em várias ocasiões, com seu marido, que era belo e cruel, sádico, manipulador e controlador. Mesmo o sucesso
de Tony como um homem de negócios perdeu o brilho desde que conversou com Simon. Tony arruinou vidas, futuros e distribuiu consequências para ganhar dinheiro. Simon
tinha diversão e jogos. As pessoas gastavam menos de 2 dólares por um de seus jogos, mas com número suficiente de pessoas, isso era muito. A realidade a entristecia.
Ela não sabia ao certo, mas previu que quarenta e seis pessoas na Pensilvânia estavam sem emprego.
Sua vida não foi pior do que a de muitos outros. Pelo contrário, foi melhor em muitos aspectos. Ela percebeu que a injustiça era um problema generalizado, mas muitas
das mesmas questões permaneciam: como é que ela veio parar aqui? Como seus objetivos de vida foram tão radicalmente modificados? Enquanto ela tinha tempo para pensar
sobre isso, nada mais fazia sentido.
Em 14 de outubro, em um avião da empresa, Claire voava em todo o continente com os Simmonses, os Millers e Tony. Uma semana antes, ela teria considerado a possibilidade
em viajar para a Califórnia improvável. No entanto, ela passou a última semana em casa com o marido devotado. Cada noite o homem com quem se casou voltava para casa
a partir de seu escritório.
O estresse de sua imprevisibilidade a estava deixando louca. Desde o leilão, ele tinha sido atencioso, amoroso e carinhoso. Com o clima mais frio girando, os dias
mais curtos, e o estresse dos dois Tonys, Claire acreditava que ela estava balançando literalmente à beira da sanidade. Um vento forte era tudo o que seria necessário
para simplesmente derrubá-la. Iowa teve a sua quota de tempestades, ventos fortes, e tornados, todos eles foram imprevisíveis. O que de certa forma era irônico.
Courtney se manteve fiel à sua promessa observadora. Ela sabia que algo estava errado com Claire e Tony. Ela não sabia o quê. Claire pensou que quanto menos ela
soubesse, melhor. Tony não entendia a ligação delas. Claire tentou facilitar seu equívoco reclamando sobre Courtney, — Ela é divertida, mas ela fala muito... — foi
um truque que ela orou para que funcionasse. Ela realmente precisava de Courtney em sua vida.
Eles pousaram em Los Angeles na sexta-feira à noite. A festa foi na noite seguinte. Durante o voo, eles compartilharam o vinho, riram, e foram entretidos por histórias
antepassadas de Eli. Aparentemente, o céu é o limite em relação a comportamentos com a cena de Hollywood. Claire esperou ansiosamente para experimentá-la por si
mesma. Os Simmonses e Millers foram deixados em um hotel cinco estrelas. O Rawlings foram para seu apartamento.
A governanta encontrou com eles na porta, enquanto um motorista levou a bagagem deles para o quarto. Tony explicou que gostaria de um jantar o mais rápido possível.
Claire não estava com fome, sua cabeça doía. Ela só queria desfazer as malas e ir dormir.
Uma vez sozinhos, Tony assumiu sua persona alternativa. — Amanhã à noite estaremos em uma arena abertamente pública. Não foi há muito tempo que uma falha ocorreu
em um cenário como este. — ela não queria ouvir isso.
— Tony, por favor, não comece isso de novo. — o voo, a bebida e a cabeça dolorida contribuíram para a irritabilidade de Claire. Sua réplica insolente surpreendeu-o
momentaneamente. A recuperação não demorou muito. Enquanto ela carregava roupas para a cômoda, ele agarrou seu braço e a virou para encará-lo.
— Claire, eu não aprecio sua atitude irreverente. Haverá muito mais jornalistas presentes de uma só vez que você jamais tenha sido exposta.
Seu aperto a feriu. Ela olhou diretamente em seus olhos. — Te asseguro, a minha atitude não é irreverente. É só que você está cada vez mais repetitivo. Eu conheço
esse dircurso. — ela não teve chance de terminar a frase. Foi o primeiro tapa desde o incidente. Ela permaneceu de pé, mas temporariamente confusa, mais em descrença
do que dor.
Ele falou de novo, como se não tivesse acabado de quebrar sua promessa, e sua segurança. Sua casa de vidro agora estava em uma pilha de cacos. — Você tem uma responsabilidade
e eu espero que você se comporte adequadamente. — ele soltou o braço dela, caminhou até a mala e tirou botas de Claire. — A propósito, você gostaria de esclarecer
por que isto foi embalado?
Sua mente ainda rodava quando ele mudou de assunto. Ela estava tendo dificuldade em se manter. Recusando-se a chorar, ela suspirou e mordeu a isca. — Por que eu
tenho as minhas botas?
— Como uma surpresa para o seu aniversário, eu fiz reservas para domingo e segunda-feira à noite na suíte presidencial de um hotel muito exclusivo dentro de Yosemite.
Eu pensei que você iria desfrutar a montanhas de Nevada e Parque Nacional Sierra. Depois do ano passado, eu não queria perder a comemoração do seu aniversário. —
seu tom tornou-se severo. — No entanto, em vez de surpreendê-la, como esperado, a minha surpresa romântica para seu aniversario está em minas mãos.
Claire tentou pensar no que dizer, como em suas mãos? O que ele quis dizer?
— Se a sua memória não falar, se você puder se lembrar das minhas preocupações e regras, e se você puder obedecer a alguns pedidos que eu fizer, então seremos capazes
de manter os planos para o seu aniversário. Se, entretanto, você não for capaz de lidar com as suas responsabilidades, não terá escolha a não ser cancelar as reservas
e nos concentrar em maneiras de ajudar a facilitar a sua memória futuramente. — ele olhou para sua esposa quando ela afundou até a borda da cama. — Qual é a sua
escolha? Você quer ser minha parceira? Me diga o que você quer fazer, ir para Yosemite ou ir para casa e rever seu comportamento adequado? — isto era mais um tipo
de proposta que não se deve recusar do que uma pergunta.
Deus! Odiava essa mudança. Golpes no rosto, e em seguida planos de passeios românticos. Isso era um passo para frente e dois para trás e ela queria gritar. Sentada
na beira da cama, ela engoliu impedindo as lágrimas. Sua voz revelou sua angústia, mas ela tentou soar composta. — Eu nunca estive em Yosemite. Ouvi dizer que é
lindo. Isso soa como um aniversário maravilhoso.
Sem se abalar pelas lágrimas, ele estava esperando por uma resposta à sua pergunta. Vendo o olhar de seu marido, sentindo uma pontada muito familiar de pânico, Claire
percebeu que ela não tinha respondido a sua pergunta. — Eu gostaria de ir a Yosemite. Eu vou fazer o que você diz.
Ele se aproximou, pegou suas mãos e a ajudou a ficar de pé. Seus peitos tocaram quando ela olhou para os olhos ainda muito escuros. Ela não desviou o olhar. — Claire,
eu não quero quebrar minha promessa, mas correndo o risco de soar repetitivo, insuficiência pública não é uma opção.
— Entendo. Me desculpe por fazer você quebrar a sua promessa. Eu farei o melhor.
Naquela noite, enquanto estava deitado na cama ao lado de sua esposa dormindo, Tony se lembrou de uma cena de sua infância. Essa foi uma de muitas que moldaram suas
decisões.
Ouvindo o vozeirão de seu avô: — Rapaz, você não vai se juntar a nós no jantar esta noite. — surpreso, ele notou a ausência de seu lugar. Tony perguntou por quê.
Seu avô não falou, mas tirou uma carta do bolso de sua jaqueta. Tony pegou a carta e abriu a página. Eram suas notas do último semestre de aulas. Ele tinha levado
dezessete horas de crédito, uma carga muito completa para um calouro. Havia cinco de um e um B +, em cálculo. Isso parecia bom para ele. Ele ainda se lembrava de
não compreender o tom de seu avô. — Você pretende ter sucesso neste mundo, menino?
— Sim, pretendo senhor.
— Então, não deixe isso acontecer de novo, falha tem consequências. Talvez algum tempo sozinho comendo em sua suíte vai ajudar você a se lembrar de que a perfeição
é o requisito mínimo para o sucesso. — seu avô então desviou os olhos e tomou um gole de vinho.
— Nathaniel, talvez ele tenha feito. — os olhos escuros de seu avô parou o apelo de sua avó. Ela olhou para seu prato. O assunto foi encerrado. Tony olhou para seus
pais, eles também estavam olhando para baixo.
Ele se lembrou de sair da sala de jantar prometendo fazer ele se sentir orgulhoso, não foi fácil. Mas hoje ele acreditava que ele havia tomado às oportunidades e
as aproveitado. Se seu avô estivesse vivo, o que ele deve estar, Tony acreditava que ele ficaria orgulhoso.
Na manhã seguinte, Tony deixou o apartamento cedo para jogar golfe com os amigos. Durante a manhã, no chuveiro, Claire percebeu uma marca em seu braço direito. Enquanto
se secava, ela notou uma grande impressão roxa no braço. A preocupação de Claire não era que ela suportasse a ira de seu marido, era que a evidência física era visível.
Ela se sentiu aliviada ao descobrir que Catherine tinha embalado blusas com mangas. Ela raciocinou que, se a mancha roxa fosse vista, isso iria quebrar várias regras:
as aparências e informações privadas. O mais importante, Tony não ficaria feliz. Pensando no futuro, Claire olhou para o vestido de festa, sem mangas.
Uma vez que as senhoras estavam todas juntas, Claire colocou seu mais brilhante sorriso e perguntou: — Então prontas para um pouco de compras em Rodeo Drive? Eu
acho que um vestido novo para a festa é uma obrigação! — não demorou muito para convencer as outras para se juntar a ela em três blocos de compras mais famoso e
caro nos Estados Unidos.
Aparentemente, sua máscara não estava sem rachaduras. Courtney tentou em várias ocasiões isolando Claire para perguntar a ela o que estava acontecendo, ela disse
que sentiu algo errado. Claire abriu um grande sorriso e olhou para sua amiga no olho. — É apenas o material recém-casado. Nós dois somos novo nesta coisa de casamento.
Estamos trabalhando nisso. — sentindo a descrença de Courtney, Claire continuou: — Realmente, está tudo bem.
Tony mencionou que os talentos de compras de Claire tinham melhorado, ele estava certo. Ela encontrou dois vestidos que suas amigas adoraram, um da Armani e outro
Gucci. Naturalmente, elas precisariam de novos sapatos e bolsas. Ela levou dois, permitindo a Tony tomar a decisão final. Claire colocou os vestidos sobre a cama,
com seus sapatos e bolsas, e com entusiasmo perguntou a Tony o que ele queria que ela vestisse. Gostava de fazer compras com as amigas. A razão pela qual nunca foi
questionada. No entanto, a decisão seria difícil sem um desfile de moda. Tony escolheu o vestido transpassado azul escuro da Gucci de mangas compridas clássicas.
Ele gostava particularmente da facilidade com que ele podia desembrulha-los.
Os seis chegaram à festa para uma multidão de celebridades e imprensa. Claire ficou ao lado do marido enquanto eles conversavam com as pessoas que ela só tinha visto
na tela. Ela ficou surpresa como eles pareciam normais. Talvez alguns fossem grosseiros ou narcisistas, mas eram humildes e trataram Tony com respeito. Claire não
percebeu até ouvir as conversas deles que ele também via as fontes de entretenimento: estações de televisão, estações de notícias, e estúdios de cinema. Essa conexão
foi o impulso para sua amizade com Eli. Ela pensou que eles fizeram amigos improváveis. Agora fazia sentido.
Claire não tinha previsto a grandeza da casa de Eli e Maryann. A casa era bem projetada e decorada. Cada centímetro gritava Califórnia: espaços abertos, vistas deslumbrantes,
linhas limpas e riqueza. Sendo construída em um penhasco com uma vista espetacular sobre o oceano, Claire perguntou se eles já se preocuparam com terremotos. Ela
decidiu não perguntar.
Além de algumas excursões com Courtney ou MaryAnn, que estavam determinados a apresentá-la à Hollywood, Claire ficou obedientemente ao cotovelo de Tony. Ele amavelmente
a incluiu em suas conversas e a apresentou a todos. Anthony Rawlings e sua esposa, o quão bonitos eram, ainda recém-casados e inseparáveis, foi a conversa da festa.
Após um lanche de domingo com os seus amigos, Tony e Claire voaram para Fresno. Ele arranjou um carro alugado. Ela se perguntou quantas pessoas alugavam carros avaliados
em mais de US$100.000. Ele disse que não era como o Maserati Gran, mas gostava de dirigir o Corvette ZR122. O homem que entregou, alegou que poderia ir de 0 a 100
quilômetros em sete segundos. Claire disse,
— Sério, eu acredito nele. Nós não precisamos de teste.
Yosemite era tão bonita quanto ela tinha ouvido. As famosas montanhas de pedra, cachoeiras, lagos e sequoias gigantes a emocionaram. Seu amor pela natureza dominou
seu sentimento inquieto com o marido. Com exuberante cenário e seu temperamento amoroso, ela poderia esquecer sua outra personalidade. Ou, pelo menos, ela poderia
guarda lá e se concentrar neste Tony.
Em seu aniversário, depois de subir uma trilha íngreme até a base de Nevada Falls, Tony surpreendeu Claire com um piquenique que tinha escondido em uma mochila,
com cobertor e uma garrafa de vinho. Ela queria odiá-lo, seu comportamento e regras. Às vezes podia. Mas outras vezes ele podia ser tão romântico, sensível e carinhoso.
Depois de comer, ele entregou a ela uma caixa de veludo cor de vinho. — Feliz aniversário, Claire. — seu sorriso se mostrava diabólico, — Me lembrei, sem caixas
de veludo preto.
Ela balançou a cabeça, pensando: Caramba, ele é bom. Ela aceitou a caixa e abriu para descobrir um par de deslumbrantes brincos de diamantes. Ela tinha uma memória
fugaz de brincos há muito tempo. Seus pais lhe deram brincos de diamante para sua formatura do ensino médio. Eles não chegavam perto de ser tão grandes ou impressionantes.
Ela se perguntou onde eles estavam. — Obrigada, Tony, eles são incríveis. — suas palavras eram sinceras e agradecidas. Os diamantes brilhavam nos raios de sol. Eles
eram realmente os mais bonitos brincos de diamante que ela já vira. O único diamante mais bonito era o de sua mão esquerda.
Tony carinhosamente a beijou. — Feliz aniversário, amor. Fico feliz que está aqui. — assim como ela.
Na terça-feira à tarde no avião de Tony, Eric esperava por eles em Fresno. Chegaram à sua casa, na terça-feira à noite. A diferença no horário funcionava melhor
viajando para o oeste. Embora o relógio marcasse depois das dez, Claire decidiu tentar sua sorte. — Tony, eu tive um aniversário maravilhoso. Yosemite era linda
e meus brincos são impressionantes. — ela usava os brincos, o colar e seu novo relógio de diamantes da Europa. — Eu tenho mais um pedido de aniversário.
Ele a abraçou. — E isso seria?
Os últimos dias tinham sido bons. Ela momentaneamente hesitou, mas decidiu prosseguir. — Eu gostaria de falar com a minha irmã. — ela olhou em seus olhos, que cor
eles eram?
Ele suspirou. — Vamos para o escritório ligar antes que eu mude de ideia.
Ela se levantou na ponta dos pés e o beijou. — Obrigada. — ela mal conseguia conter sua excitação com a capacidade de poder ligar. O fato de ter de usar o viva-voz
era esperado. Quando Emily atendeu, ela parecia sonolenta. Claire pediu desculpas, disse que ela tinha acabado de chegar de fora da cidade, e queria ligar. Emily
se recuperou rapidamente. Elas conversaram por cerca de 15 minutos, antes de Claire perceber que seu tempo tinha expirado. Claire pediu desculpas por não ter ligado
antes. As coisas estavam tão ocupadas com o leilão. Ela disse a Emily sobre a festa de Hollywood e sobre a viagem de aniversário surpresa de Tony.
Emily agradeceu pela doação para o distrito escolar. Isso tinha sido feito anonimamente, mas ela achou que era deles. Ela também disse a Claire que ela estava preocupada
com John. Como o prazo se aproximava, ele passava muito tempo no escritório. Ele agora ainda estava lá e já tinha passado das onze. Ele provavelmente teria ido antes
que Emily acordasse pela manhã. Aparentemente, alguns auditores revisaram sua informação: suas horas trabalhadas, horas cobradas, taxas de recuperação etc. John
não tinha divulgado tudo para Emily, mas ela tinha um mau pressentimento. Algo que não estava bem. Ela prometeu manter Claire informada se ela tivesse a chance de
falar com ela. Claire disse que ela iria tentar. Ela disse adeus e Tony apertou o botão de desligar.
Abraçando o marido, ela sussurrou, — Tem sido um grande aniversário. Eu posso não estar tão cansada quanto eu pensava. — ambos os seus sorrisos eram genuínos.
A perspectiva é a coisa mais importante a ter na vida.
- Lauren Graham
Capítulo quarenta e quatro
Claire endireitou as três pilhas de papéis. Ela mais uma vez tinha uma voz em seus e-mails. Além da pilha para ‘Patricia, responder’ e ‘Pergunte a Tony’, às vezes
ela fazia uma pilha de ‘correspondência’, sua resposta escrita a correspondência de alguém, ou como hoje, uma mensagem não solicitada de envio de e-mail. Às vezes,
eles eram enviados como ela os escreveu; outras vezes eles faziam alterações. Era tudo parte do processo de deliberação e negociação. Hoje o e-mail não solicitado
foi para Emily. Ele tinha sido escrito e reescrito cerca de seis vezes. Passeando ao redor da suíte, ela se perguntou se ela o redigiu bem e, mais importante, se
Tony lhe permitiria enviar. O prazo de John era um de novembro; hoje era quatro, e ela ainda não tinha ouvido nada. Claire estava esperançosa de que a nota poderia
ser enviada; afinal, Tony foi quem sugeriu que ela ligasse. Ela, é claro, aproveitou a chance; mas ninguém atendeu. As duas últimas noites, ela continuou a tentar,
ainda sem resposta. Ela estava preocupada.
Com a sua revelação de que seu subconsciente e consciente estavam compartilhando as mesmas preocupações e seu tempo recentemente encontrado em torno da casa, Claire
praticava sessões de autoterapia continuamente. Talvez sua preocupação com John fosse um mecanismo de defesa, se preocupar com a outra pessoa para uma mudança. Principalmente
ela se preocupava com o homem com quem se casara. A persona amorosa estava de volta em muitas maneiras, cortesia, carinho e compaixão. Controle sempre foi um problema.
Ele espera obediência e submissão. Enquanto ela obedecia, nenhuma consequência ocorria. Ela passou horas intermináveis girando em um paradigma positivo. Se fosse
verdadeiramente positivo, girar levaria horas?
Tendo pouca coisa para fazer, ela se vestia para o jantar e lia um livro enquanto aguardava a chegada de Tony. Ele era esperado para estar em casa às sete, mas ele
a surpreendeu ao entrar em sua suíte cerca de cinco e meia. Ela sorriu, mas reconheceu imediatamente algo errado em sua expressão. Seu coração disparou, perguntando,
o que eu fiz?
Ele não falou, colocou alguns papéis no sofá e se ajoelhou diante dela. Os papéis a lembrou da entrevista de Meredith, mas ele não estava enfurecido. Afligido seria
uma melhor avaliação. — Tony, o que é? — ele estava tão abalado quanto ela já tinha visto. Ele abaixou a cabeça em seu colo. Erguendo o rosto, ela disse, — Sério,
você está me assustando. Qual é o problema?
— Cheguei em casa, logo que vi a nota de imprensa. Eu sabia que você iria querer saber. Você provavelmente não acredita em mim, mas eu sinto muito.
Claire olhou em seus olhos, sinceridade. Com as mãos trêmulas, ela estendeu a mão para os papéis. Ela não tinha ideia do que ela estava prestes a ler, mas não precisava
ser vidente para saber que era ruim.
Trágico acidente toma a vida do Jovem fenômeno de jogos Simon Johnson, 28 anos, de Palo Alto, Califórnia, faleceu na quarta-feira, 03 de novembro de 2011, depois
de um trágico acidente.
Claire colocou os papéis para baixo e correu para o banheiro. Ela estava doente de repente. Ela não tinha o visto em oito anos, não tinha pensado conscientemente
nele. Agora ele se foi.
Vômitos a levaram a tremer. Ela se virou para ver Tony em pé na porta, observando sua esposa. Ela caiu no chão sem saber o que ele diria ou faria a respeito de sua
resposta. Ele provavelmente acharia inapropriado. Ela não se importava, inesperadamente fraca demais para se defender. O azulejo frio do banheiro acalmou sua cabeça
latejando, ela chorou. Os olhos de Claire se fecharam enquanto ela se entregava a tudo o que estava vindo em sua direção.
Tony se ajoelhou, a ajudou, a levou de volta para a suíte, e gentilmente se deitou no sofá. Ele, então, se sentou com a cabeça dela em seu colo. Eles não falaram
por um longo tempo. Claire gritou. Ela chorou por Simon, não um amor perdido. Ela era casada com outra pessoa. Ela chorou por uma vida perdida, muito jovem. O artigo
dizia que ele tinha vinte e oito. Tinha vinte e oito anos. Isso era muito jovem para morrer.
Finalmente, ela conseguiu, — Como ele morreu?
— O artigo disse que seu avião caiu em uma área remota sobre as montanhas. — os soluços ressoaram. — As autoridades encontraram o local do acidente, sem sobreviventes.
Veio em meu feed de notícias e corri para casa.
Claire recuperou a compostura o suficiente para se sentar. — Ele era um amigo. Eu não estou chateada porque ele e eu estávamos envolvidos. Ele era muito jovem para
morrer.
Carinhosamente a abraçando, ele disse, — Eu realmente entendo. Eu exagerei antes. — ele gentilmente moveu seu cabelo longe de seu rosto. — Disse que ele estava noivo
recentemente. — essa notícia reiniciou as lágrimas de Claire. Ela queria que ele fosse casado e amado por alguém. Quando ela se acalmou, ele trouxe o papel e ela
leu o resto do comunicado à imprensa:
Funcionários encontraram o local da queda da aeronave pessoal de Sr. Johnson nas elevações superiores da gama Sierra Nevada Mountain. O plano de voo de Sr. Johnson
indicou que estava a caminho de casa para Palo Alto, após uma reunião com investidores na Área de Los Angeles. Sr. Simon Johnson, autofeito milionário, é mais conhecido
por suas criações de jogos. Seu início criativo ocorreu com Shedis-tics, uma subsidiária da Rawlings Industries no norte da Califórnia. Sr. Johnson começou a sua
própria empresa de jogos, Si-Jo, em 2005. Sr. Johnson, originalmente de Indiana, estava programado para casar com Sra. Amber McCoy de Palo Alto, Califórnia, em 21
de abril de 2012. Informações sobre os serviços ainda vão ser divulgadas pela família.
Claire colocou as páginas e deitou a cabeça no peito de Tony. Ele colocou seus braços em volta dela e ela caiu entre soluçando, chorando, e sonhando. Quando acordou,
sua cabeça latejava e seus olhos doíam inchados e macios. Tony ainda estava lá, segurando-a. Ela se levantou e foi ao banheiro, lavou o rosto, e voltou para fora.
— Eu acho que eu terminei. Obrigada por ser tão compreensivo.
Ele fez sinal para ela voltar para o sofá. Ela fez. Ele colocou o braço em volta dela. — Você sabia que ele trabalhava para uma das minhas empresas?
— Ele me disse isso em Chicago, dizendo o quão estranho o destino pode ser. Ele disse que queria agradecer você pelo grande começo.
— Você não me disse.
— Eu não tive a chance. — Tony não respondeu. O que ele poderia dizer?
No dia seguinte, Tony trabalhou em casa.
Claire descansou na varanda de sol, sentindo suas emoções oscilando entre triste e vazio. Apesar da recente queda na temperatura, o sol misericordioso fez o pórtico
confortável. As árvores estavam nuas e a grama retomou sua cor cinza congelada. Ela pensou em como toda a situação parecia irreal e se perguntou sobre Amber McCoy
e os pais de Simon. Ela não podia imaginar o que eles estavam passando.
Esperando que a luz do sol pudesse melhorar seu humor, ela estava deitada no sofá e contemplou a vida e a morte. A morte parecia calma e previsível. Ela não tinha
pensado dessa forma por mais de um ano. Tony a encontrou olhando para o espaço e falou com simpatia. —Há um memorial privado para Simon no domingo, em Madison, Indiana.
— Claire se virou para o marido. Sua maquiagem foi feita e seu cabelo arrumado, mas suas pálpebras estavam inchadas e seus olhos pareciam distantes.
— Certo. — ela pesava suas palavras. — Devemos enviar flores.
— Não, nós devemos participar.
Claire se sentou em linha reta. — Não! Não devemos. Tony, eu não fui a um funeral nenhuma vez desde que meus pais morreram. Eu não posso ir para o de Simon. — sus
olhos se encheram novamente com a umidade.
Pela segunda vez em dois dias, ele se ajoelhou diante de sua esposa. Seu tom de voz era incrivelmente doce e solidário. — Eu tenho o número dos pais dele. Eu realmente
acho que você deveria ligar. Eu não estou dizendo para você fazer, eu estou dizendo que seria uma boa ideia. O serviço é privado. Se eles convidam você ou nós, devemos
atender. — Claire estava balançando a cabeça negativamente. Falar sem chorar não era uma opção. Ele entregou a ela o número de telefone, a beijou delicadamente,
e voltou para o seu escritório.
Pode ter sido meia hora. Pode ter sido de três horas. O tempo havia perdido temporariamente o seu significado. Eventualmente, Claire bateu na porta de seu escritório.
Juntos, eles fizeram a ligação. A pessoa que atendeu hesitou antes de colocar a senhora Johnson na linha. — Este é um momento difícil. Posso perguntar quem está
ligando?
— Meu nome é Claire, Claire Rawlings. — ela se lembrou que Simon tinha uma irmã mais nova e se perguntou se essa era quem estava falando. A voz lhe pediu para aguardar.
Logo a mãe de Simon estava na linha. — Sra. Johnson, eu não tenho certeza se você se lembra de mim. — ela disse que lembrava e agradeceu a Claire por ligar. Claire
ofereceu suas condolências. Ellen Johnson convidou os dois para o serviço memorial. Claire tinha orado para que ela não convidasse.
Antes da conversa terminar, a Sra. Johnson acrescentou, — Simon e eu éramos muito próximos. Eu sei o quanto você significava para ele. Se possível, você e o Sr.
Rawlings poderiam chegar mais cedo?
Claire olhou para Tony, que ergueu as sobrancelhas e encolheu os ombros. — Se você gostaria, nós chegaremos.
— Obrigada. O serviço terá início às duas, mas a família está tendo uma visita privada ao meio-dia. Eu agradeceria se você e Sr. Rawlings pudessem chegar a uma.
— Claire disse que iriam e Tony desligou.
O vôo para Louisville, Kentucky estava quieto. Incrivelmente apoiador, Tony não trabalhou ou leu o seu laptop ou fez qualquer coisa que não era direcionado para
Claire. Acrescentou a seu desconforto. Um motorista os levou a partir de Louisville para Madison, uma pequena cidade pitoresca no rio Ohio. Foi a primeira vez que
Claire estava em Indiana em anos. A casa funerária parecia uma mansão colonial, de tijolo com grandes colunas brancas. Eles chegaram cedo e se sentaram no carro.
Todo o cenário era enervante. Claire sabia que ela estava se mexendo. Finalmente, Tony agarrou a mão dela e apertou. Claire suspirou e olhou para o marido. Surpreendida
pela sua sensibilidade considerando que este era Simon, ela vocalizou seus pensamentos, sem considerar as ramificações. — Por que está sendo tão solidário?
Talvez fazendo o mesmo, — Porque eu não era capaz de apoiá-la quando seus pais morreram.
Abalada pela sua resposta rápida, — O quê? Eu não entendi.
Ele segurou suas mãos. — Claire, você teve que ir através da morte dos seus pais sozinha. Emily teve John, mas você não teve ninguém. Você disse que não foi a um
funeral desde então. Eu não podia consolá-la naquela época, por favor, deixe-me fazer isso agora. — ela fez. Não porque ele queria que ela deixasse, mas porque ela
precisava que ele fizesse. Ela queria o sentimento de amor e apoio que ele descreveu. Ela derreteu em seus braços. Quando chegou a hora, eles caminharam para funerária
de mãos dadas.
Claire reconheceu imediatamente a Sra. Johnson, uma adorável mulher de cabelos loiros com grandes olhos azuis de Simon. Realisticamente ela não era muito mais velha
do que Tony. Claire tentou agir resolvida, mas suas emoções estavam muito frescas, muito perto da superfície. As duas mulheres se abraçaram e choraram. Ellen Johnson
então os dirigiu para uma sala privada, onde se juntaram ao pai de Simon, irmã, e uma outra mulher. Claire assumiu que a bonita morena esbelta, com os olhos castanhos
inchados era Amber.
Sendo extremamente resiliente, a Sra. Johnson pediu-lhes para se sentar e conversar. — Obrigada por terem vindo hoje, Sr. e Sra. Rawlings, eu sei que Simon ficaria
satisfeito.
Ambos o reconheceram com amabilidades. Claire acrescentou imediatamente, — Por favor, me chame de Claire.
— Claire, Simon me disse que falou com você há alguns meses. Pedi a você para vir aqui mais cedo porque eu queria que você soubesse como isso era importante para
ele. — ela segurou a mão de Claire. Claire assentiu quando a Sra. Johnson continuou. — Você não tinha como saber o quanto e por quanto tempo ele ansiava por você.
Houve um tempo em que ele acreditava que se ele te deixou sozinha até você alcançar sua carreira, você estaria pronta para vê-lo de novo. Mas vê-lo, falar com você,
saber que você não é o que eles dizem... bem, apenas sabendo que ainda é a Claire que me lembro, e mais importante que você esteja feliz. Ele foi finalmente capaz
de seguir em frente. — Claire ouviu, tanto com preocupação pela a mãe de Simon como por Tony. — Esta é Amber. Eles estavam recentemente noivos. — Claire e Tony ambos
disseram Olá a ela. — Simon amava muito Amber, mas ele teve que deixá-la ir. Eu quero que você saiba, você será sempre especial para a nossa família, porque nosso
filho a amou. — o peito de Claire soltou enquanto ela silenciosamente chorou. Tony a confortou. — Você não tinha como saber seus sentimentos, ele não os transmitiu.
Nunca pense que temos maus sentimentos em relação a você. Como alguém poderia ter alguma coisa contra alguém, quando eles nem sequer sabiam o que estava acontecendo?
— ela apertou as mãos de Claire. — Eu apenas pensei que você deveria saber a importância de sua breve conversa. Ele se afastou sabendo que você estava feliz no casamento,
ele sabia que poderia seguir em frente. Obrigada.
Claire tentou sorrir. — Estou grata que tivemos a oportunidade de conversar. — w, pela primeira vez, ela realmente estava.
Então a Sra. Johnson se dirigiu a Tony. — Sr. Rawlings, Deus é tão engraçado.
Tony respondeu, — Sinto muito, eu não entendi.
— Sr. Rawlings, se havia um homem que meu filho idealizou além de seu pai este era você. — os olhos de Tony refletiram a valorização que ela enviou ao seu caminho.
— Ele recebeu seu início ao seu trabalho dos sonhos em uma das suas empresas. Quando ele começou a trabalhar lá, você fez algumas visitas ao seu escritório. Você
provavelmente não se lembra, mas em uma ocasião, você falou com Simon sobre um de seus projetos, ele falou sobre isso durante meses. Ele queria ser como você. Agora
você e Claire tem um casamento feliz, eu só acho que Deus tem um senso de humor. — ela olhou amorosamente para ambos, os apresentou ao resto da família, e acrescentou,
— Por favor, sente-se perto da frente, isso significaria muito a Simon e isso significa muito para mim. — eles fizeram.
Durante todo o memorial, Tony segurou a mão de Claire. Mais tarde, quando ela tentou, não conseguia se lembrar do serviço. Entre as palavras da Sra. Johnson e as
memórias do funeral dos pais dela, sua energia passou a aparecer composto, lutando contra o latejar em sua cabeça, e não desmaiar.
No voo para casa, ela pensou nas palavras de Sra. Johnson, Simon aspirava a ser Tony. Ela pensou em sua avaliação de Tony: arruinar vidas com suas decisões de negócios.
Talvez houvesse mais para o seu marido. Se Simon aspirava a ser Tony, talvez houvesse alguma coisa lá para aspirar. Com a cabeça em seu colo, ela olhou para ele
e reconheceu a sua expressão: pensamentos em um milhão de lugares diferentes. Ela viu sua mandíbula forte que apertava e soltava, seus olhos castanhos escuros, testa
franzida, e cabelo perfeitamente penteado. Talvez ele ajudasse vidas também, a Sra. Johnson acredita que ele fez. Claire só precisava de uma perspectiva diferente.
Vovó Nichols disse: ‘Às vezes, você não pode ver a floresta para além das árvores’. Talvez ela estava muito perto. Ela o conhecia, intimamente sabia suas falhas,
talvez ele era um homem diferente. As vozes em sua cabeça debatiam. As pessoas pensavam em Tony como um tipo maravilhoso, generoso, empresário benevolente. Ela sabia
que ele poderia ser amoroso, sensível, sensual e luxuoso. Ela também sabia de um lado dele que não se encaixava nenhuma das descrições.
Ele distraidamente olhou para o espaço, acariciando seus cabelos loiros. Ela apreciou seus esforços ao longo dos últimos dias, ele estava tentando. Ela exalou profundamente
e fechou os olhos.
Tony lembrou da expressão dela durante o funeral, tanta dor esmagadora. Esse tipo de emoção era visível apenas com a perda de alguém que você ama muito. Claro, ela
perdeu dois alguéns. Ele se lembrou da igreja transbordando com as pessoas. Apesar de sua morte não ser no cumprimento do dever, o Diretor Jordon Nichols recebeu
honras policiais completas. Havia policiais uniformizados em todos os lugares. E, aparentemente, Shirley Nichols tinha muitos amigos e estudantes enlutados. Misturar-se
na multidão não foi difícil. Agora, enquanto ele acariciava seus cabelos sedosos, ele acreditava que seu plano deu uma guinada naquele dia. Originalmente, ele tinha
desenhos diferentes, mas olhando para ela ladeada por sua irmã, ele sabia que tinha que conhecê-la. Na verdade, lembrando que ele sabia antes, então, ele não queria
ninguém mais conhecendo ela.
O estágio foi um truque fácil para livrá-la de Simon. Assistindo a tristeza de Claire e sua família hoje, havia uma parte de Tony que odiava o que aconteceu. Mas
a culpa foi de Simon. Ele deveria ter deixado Claire sozinha, mas não. Suas ações em Chicago resultaram nas consequências hoje em Madison.
Ele viu seu rosto adormecido em sua perna. Naquele dia, há tantos anos, ela tinha estado sozinha. Hoje ele fez o que queria fazer, na época. Era ele, não Emily,
não John. Ela precisava dele. Esta não foi uma ocasião para sorrisos, mas sabendo que ela estava dormindo, ele sorriu.
Enquanto eles desembarcaram em Iowa, ele gentilmente acordou sua esposa. Era apenas cerca de seis da noite, mas o céu estava escuro e cuspindo neve. Eles correram
do avião para o carro quente em espera. Tony fez a Claire um pergunta, — Onde você gostaria de ir para o nosso aniversário?
— Algum lugar ensolarado e quente — o que ela realmente queria, não disse em voz alta: sozinha.
Qualquer um pode desistir,
isso é a coisa mais fácil do mundo a fazer.
Mas se manter,
quando todo mundo iria compreender
se você se desfizesse, essa é a verdadeira força.
- Desconhecido
Capítulo quarenta e cinco
Novembro oscila entre o outono e o inverno. Tecnicamente, o inverno só começa após o solstício de inverno. Mas quando se aproxima, os dias diminuem drasticamente
de comprimento, e a escuridão aumenta. Alguns dias em novembro incluem céus azuis brilhantes e nítidos, sol intenso. O contraste e as flutuações no tempo e vida
criaram as pressões imprevisíveis que definiram a existência de Claire. Ela ressaltou, quando Tony foi bom porque ela sabia que não podia durar. Ela se preocupou
quando ele era ruim, porque ela sabia o quão ruim ele poderia ser.
Durante o almoço privado das meninas, Courtney se aproximou novamente do assunto. Desde a conclusão do leilão, a frequência de seus encontros de almoço tinha diminuído.
Claire sentia falta delas desesperadamente. Portanto, seguindo o memorial de Simon, ela estava feliz por voltar a receber outro convite acompanhado pela ânsia de
Tony para ela aceitar. Ele disse, — Eu acho que você precisa de um pouco de diversão. — ela não podia estar mais de acordo.
Passaram a tarde em Bettendorf comendo, fazendo compras, andando e conversando. Courtney sabia sobre Simon. Ela sabia que um velho amigo de Claire se aproximou dela
em um dos eventos da palestra de Tony e que Tony não estava satisfeito. Ela não sabia toda a história. Ela também sabia sobre a morte repentina de Simon e apoio
notável de Tony. Courtney fez Claire rir, e isso era monumental para a saúde mental precária de Claire.
Courtney falou sobre as férias iminentes. Ela esperou ansiosamente por seus filhos voltarem para casa a partir de seus pontos de interesse e se prepararem para as
celebrações do feriado. Claire gostava das crianças dos Simmons, que não eram realmente crianças. Eles estavam em seus vinte um ,ainda na graduação, o outro começando
uma carreira como banqueiro de investimentos em St. Louis. Nenhum casado, mas seu filho Caleb tinha uma namorada firme. Courtney gostava dela e esperava que Caleb
fosse fazer o pedido em breve. Ela e Brent queriam ser avós. Parecia estranho que Claire fosse apenas dois anos mais velha do que Caleb, e Courtney era sua melhor
amiga.
Outro tema interessante para Courtney era sua viagem iminente. Tony finalmente reconheceu o trabalho duro de Brent e atribuiu a ele um bônus substancial de Natal.
Ele disse a Brent que antes das férias ele planejasse alguma boa surpresa para Courtney. Brent não queria arriscar a desaprovação de Courtney, então isso a incluiu
no planejamento desde o início. Eles estavam indo para Fiji, semelhante a lua de mel de Tony e Claire. Recusando-se a perder o Natal com seus filhos, eles não iriam
até depois do primeiro dia do ano. Courtney fez a Claire muitas perguntas. Seu entusiasmo era contagiante. Claire disse a Courtney tudo o que ela conseguia se lembrar.
Principalmente o destino igualava ao paraíso e que era para não se preocupar em embalar roupas demais, elas não parecem ficar no paraíso.
Courtney entendia as questões de privacidade de Claire. A maioria de suas discussões confidenciais ocorriam durante a caminhada ou a condução. Claire não podia correr
o risco de alguém ouvindo. — Querida, eu estou realmente preocupada com você. Eu sei que a perda de um amigo é difícil, mas parece que você está para baixo desde
antes da morte de Simon.
Claire nem sequer tentou agir bem. — Eu simplesmente não sei. Eu me sinto vazia e cansada o tempo todo.
— Se existe alguma coisa que posso fazer por você, — ela apertou a mão de Claire, — Eu vou fazer.
— Acho que tardes como estas são o melhor remédio. — Courtney concordou que riso ajudaria. Então, elas riram. Elas caminharam em lojas, leram cartões engraçados
e placas, e se divertiram.
Quando Claire voltou naquela noite, ela se sentia mais leve. Ela tentou com todas as forças continuar com essa sensação ao entrar em sua casa e sua suíte. O fato
de que Tony tentou ajudar não passou despercebido por Claire. Ele imediatamente mostrou a ela um e-mail de Emily, voluntariamente, — Ela quer que você ligue cedo
antes de John chegar em casa. Eu acho que você deve ligar antes do jantar.
Eles foram para o escritório de Tony e Claire tentou novamente. Ela estava tentando alcançá-la por quase duas semanas, desde o dia primeiro de novembro. Desta vez,
Emily respondeu ao primeiro toque. — Olá?
Tirando o telefone do viva-voz, — Oi, Emily, é Claire. Nós estivemos preocupados. Está tudo bem?
— Eu não penso assim. Te pedi para ligar cedo para que eu pudesse falar sem John aqui.
— Eu estava com Courtney hoje. Liguei assim que eu vi o seu e-mail. — isso era tudo verdade.
— Ele não está em casa ainda. Anthony está ai?
Claire hesitou, ela deveria mentir ou ser sincera? — Ele está. Você quer falar com ele?
— Eu não sei, talvez ele possa ajudar. — Tony olhou para Claire e levantou suas sobrancelhas em questão.
— Eu poderia colocar no viva-voz para que ele possa ouvir também. — Emily disse que seria uma boa ideia. Tony apertou um botão para criar uma mudança audível, e
disse olá. Emily disse olá. Eles podiam ouvir sua voz falhar. Claire perguntou a sua irmã, — Emily, o que está errado?
— Você sabe que o prazo para as decisões de parceria foi no primeiro? — Claire disse que ela sabia, Tony a reconheceu de forma audível também. — Bem, foi prorrogado.
Claire interrompeu, sempre otimista, — De modo que não é necessariamente ruim, eles ainda estão indecisos.
— Mas agora o auditor, a pessoa verificando todas as informações de contabilidade, está questionando John, muito. John foi convidado a verificar tudo. Ele está vasculhando
os registros antigos e passando horas e horas documentando e autenticando a sua obra anterior. — Claire e Tony estavam engajados em contato com os olhos preocupados.
Tony respondeu pela primeira vez. — Emily, tenho a certeza que é algum tipo de formalidade. John trabalha para uma empresa de grande prestígio, eles só querem cada
T cruzados e cada I pontilhado.
— Anthony, eu espero que você esteja certo. — eles podiam ouvir seus soluços. — Ele finge ser indiferente, mas posso dizer que não é o caso.
— Ele está provavelmente doente do procedimento de controle e estresse.
— Eu acredito que ele está ofendido. Claire, você conhece John. Ele nunca faria nada que não fosse completamente honesto e honrado. — ela debateu sobre a adição
do fã-clube de John.
Tony respondeu primeiro. — Fizemos a nossa pesquisa antes de oferecer a ele um emprego. Eu sei que ele é um dos advogados mais honestos e honrados em qualquer lugar.
— Claire digitalizou a expressão de seu marido. Ela só viu sinceridade.
— Eu concordo, Em. Vai ficar tudo bem. Deixe eles examinar os registros de John, não há nada de desonesto ou enganoso para descobrir.
— Obrigada, realmente, ambos de vocês. John não queria que eu dissesse. É por isso que eu não tenho atendido às suas ligações, mas eu realmente queria que você soubesse.
Claire sentiu o relógio de tempo interno correndo. — Emily, por favor, nos mantenha informados.
Tony interrompeu. — Se eu puder ser de alguma ajuda? Talvez possamos ficar juntos no dia de Ação de Graças mais uma vez este ano. — Claire observava o marido com
espanto enquanto ele falava. — Nós poderíamos nos encontrar em Nova York ou talvez mais perto de Troy se fosse mais fácil para vocês.
Emily agradeceu a ambos. Ela iria pensar sobre Ação de Graças. Ela apreciou a oferta de ajuda de Anthony, foi bom apenas falar com eles. — Eu prometo mantê-los atualizados.
É melhor eu ir em caso de John chegar em casa em breve. Obrigada. — eles desligaram.
Claire ficou chateada com Tony por quase dois meses. Ela o desprezava por sua reação em Chicago. Seu comportamento naquela noite a repelia. Detestava a forma como
ele a tratou na Califórnia. Em algum nível, ela ainda odiava o fato de que Simon o idolatrava. No entanto, ele já havia tentado em várias ocasiões fazer as pazes.
Apenas superficialmente, ela tinha aceitado seus argumentos. Esses reconhecimentos rasos eram principalmente uma forma de autopreservação, uma manobra para acalmá-lo.
Mas, naquele momento, quando ele desconectava da linha, ela esmagadoramente apreciava e valorizava o seu marido. A realização quase a imobilizou. Cada grama de seu
ser se opunha a ele, semelhante as extremidades de ímãs. Sua autoterapia de repente percebeu que toda sua energia tinha sido consumida continuamente lutando contra
a repulsa e se obrigando a estar perto dele. Não é à toa que ela estava tão esgotada. Mas, quando ele desligou o telefone, ela virou ímã; de repente, em vez de repulsa,
ela sentia atração. O alívio tomou conta dela, sua máscara evaporou, e sua expressão se tornou sincera. — Obrigada, Tony. — ela foi até ele e o abraçou.
Ele reconheceu a diferença em seu toque. Olhando para baixo em seus olhos verdes, ele disse, — Eu preciso continuar trabalhando. — ela não entendia, pensando que
ele estava dizendo que ele tinha trabalho a fazer. Ela se afastou para deixá-lo ter seu escritório. Ele gentilmente a puxou de volta para seus braços. Ela olhou
em seus olhos cor de chocolate. — Não, Claire, eu preciso continuar trabalhando para ser um homem que você tem orgulho de ser casada. — ela escondeu o rosto em seu
peito. Haveria rímel em seu terno muito caro. Ele ergueu o queixo. — Eu preciso trabalhar para ser o homem que a Sra. Johnson pensa que eu sou.
Mais tarde naquela noite eles riram, se afagaram, e conversaram. A interação deles não foi brincalhona durante meses. Claire estava tonta da liberação da tensão
e estresse. Pela primeira vez em muito tempo a cabeça não doía. Ela não estava preocupada com John, ele era extremamente honesto. Tudo se resolveria lá. A questão
iminente estava aqui. Inesperadamente, ela acreditava que também tinha sido resolvido. Realisticamente, a resolução não seria permanente, mas ela iria aproveitar
o indulto.
Emily os mandou e-mail na semana seguinte declinando o convite de Tony para o dia de Ação de Graças. Ela sinceramente apreciava sua oferta, mas John mal teve tempo
para comer. Ele trabalhava continuamente para finalizar o inquérito.
Tony viu a decepção de Claire e ofereceu uma viagem em qualquer lugar para o feriado. Claire decidiu que preferia ficar em casa e celebrar uma antiquada Ação de
Graças juntos. Ela queria cozinhar para ele um tradicional jantar de Ação de Graças. Ele parecia preocupado, mas concordou, contanto que ela lhe permitisse planejar
uma escapada para o seu aniversário e Natal. Ela concordou.
Dando toda a equipe o dia de folga, eles viveram durante o jantar de Ação de Graças e até mesmo sobreviveram à overdose de carboidratos. Claire cozinhou peru, recheio,
purê de batatas, molho, batata doce, rolos de levedura, torta de abóbora e legumes. Tony gentilmente comeu um pouco de tudo, dizendo que ele gostava de tudo. No
entanto, a quantidade exorbitante de calorias contidas na refeição excedeu em muito a sua dieta habitual. Ambos temiam que podiam explodir antes da torta de abóbora
com chantilly fosse servida.
Embora ela gostasse de cozinhar, Claire esquecia o quanto ela não gostava da limpeza. Tony a encorajou a deixar isso lá. A equipe cuidaria disso no dia seguinte.
Em algum lugar nos recessos de sua mente, ela podia ouvir sua mãe e avó, Deixar isso para outra pessoa era inaceitável. Ela disse a Tony para assistir futebol e
ela iria cuidar disso.
Para a surpresa de Claire, Sr. Anthony Rawlings se juntou a sua esposa na cozinha e esfregou panelas, talheres e o fogão. Ao vê-lo, Claire decidiu que ele era ainda
mais sexy lavando pratos do que ele ficava em calça jeans.
Depois da Ação de Graças, a casa explodiu com as decorações de Natal. Catherine disse a Claire que antes de sua presença, não tinha havido qualquer decoração. Ela
achou isso difícil de acreditar. Ela não pediu para eles, mas desfrutou deles. Não foi tão extremo como tinha sido para o casamento, mas era festivo. Eles entretiveram
amigos e alguns dos colegas de trabalho de Tony. Claire estava feliz em abrir a casa para os outros verem o seu encanto alegre.
No sábado, antes de seu aniversário, eles embarcaram no avião de Tony e voaram para o oeste. Desta vez, Havaí era o seu destino. Em sua viagem a Fiji, Tony prometeu
Claire a oportunidade de desfrutar das ilhas havaianas. Eles tinham dez dias. Remanescente de sua lua de mel, eles pararam em Los Angeles para reabastecer e continuaram
mais seis horas para a ilha de Oahu, o desembarque em Honolulu.
A diferença com esta viagem era que Claire sabia o fim de sua jornada. Ela entendeu isso, quando desembarcou em Honolulu que precisavam para embarcar em um voo inter-ilhas
para levá-los até a ilha de Lanai. Era um refúgio romântico, não tão isolado como a sua ilha particular em Fiji, mas uma ilha paradisíaca, no entanto. Tony tinha
perguntado o que ela queria e ela disse que era a luz do sol e calor. Ele entregou. Ela não disse a ele que queria ir sozinha, mas Lanai era tão isolada, como você
poderia ber, e ela estava feliz por ter seu marido com ela.
Desta vez, eles tinham uma suíte em um resort. Uma suíte requintadamente espetacular completa, com vista panorâmica para o Oceano Pacífico. A comodidade favorita
de Claire foi a grande varanda privada. Ela incluía um sofá-cama, mesa de jantar para dois, e espreguiçadeiras. Tony explicou que eles teriam a suíte para toda a
estadia, mas eles também passariam algumas noites em outras ilhas. Tony agora entendia que Claire gostava de passear, de modo que ele planejava excursões para Kauai,
Oahu e a Ilha Grande.
Espetaculares falésias, cânions, florestas tropicais e praias pitorescas de Kauai levaram dois dias e uma noite de exploração. Claire adorou estar em Lumahai Beach,
o lugar onde ‘South Pacific’ foi filmado. Em sua mente, ela podia ver Mary Martin cantando. Tony organizou excursões privadas no mar. Eles viram golfinhos-rotadores,
focas, tartarugas verdes, bem como as maravilhas naturais, caverna de teto aberto e Honopu Valley Arch.
No dia em que passaram na ilha de Oahu, chegaram cedo para um voo inter-ilhas, alugaram um carro, e Tony os levou ao redor da ilha. Eles reverentemente visitaram
Pearl Harbor, andando de mãos dadas e lendo placas e nomes. Tony os levou até Pali Highway através das árvores e vegetação densa da floresta até a cidade abaixo
desaparecia e eles se encontraram nas nuvens. Eles podiam ver os Cliffs Koolau23, litoral incrivelmente exuberante e os picos das montanhas tudo a partir do terraço
de pedra mil pés acima da costa de Oahu. A vista era espetacular.
Naquela noite, eles voltaram para Lanai para explorações mais privadas e sensuais. Nenhum deles se moveu rápido ou necessitado. Em vez disso, ambos foram detidos,
sensuais e amorosos. A brisa do mar e o som das ondas provou ser o mais poderoso afrodisíaco e a vida amorosa deles continuou e continuou.
Na Ilha Grande, apreciaram um passeio de helicóptero de duas horas do Volcano Park. Esta foi uma experiência pela primeira vez para os dois e eles descobriram o
processo de criação e destruição emocionante. Claire não poderia deixar de lembrar do vulcão do Monte Etna, na Sicília, também ativo. Em um ano, ela testemunhou
dois vulcões ativos em erupção violentamente, mas sem perigo. Algo lhe disse que ela estava empurrando a sua sorte.
O piloto explicou a eles que Pele, a deusa do vulcão que vive no vulcão, é muito imprevisível. Ele pode continuar em erupção por mais de cem anos ou poderia parar
amanhã. Claire assentiu com a cabeça, ela entendia a imprevisibilidade.
Após o passeio de helicóptero, eles passaram algumas horas caminhando pelas trilhas que os levaram diretamente em crateras vulcânicas, desertos e florestas escaldadas
e um petroglifo. Ela leu sobre eles, mas estar em um tubo vulcânico a deixou eufórica. Outra atividade em Big Island, Tony insistiu que para completar, eles deveriam
andar na Black Sand Beach24. Claire não achava que ela gostaria de areia preta, areia, afinal de contas, é suposto ser branca, mas era raro e magnífico. Tirando
os sapatos, Claire sentiu o calor da areia preta debaixo dos seus pés. Ela esperava que estivesse quente. Na verdade, ela tinha experimentado areia branca mais quente
na Flórida, outra conclusão imprevisível.
O dia de Natal foi gasto na sua suíte em Lanai. Claire foi preparada para o feriado deste ano. Ela tinha o presente de Tony, um requintado relógio suíço d. Freemont
Swiss que ela tinha comprado na Rodeo Drive, em outubro. Se ele tinha visto a conta, ele não tinha dito nada. Na manhã de Natal, ele agiu surpreso e encantado. Claire
sabia como ele apreciava pontualidade.
Também planejando o futuro, Tony tinha um presente para Claire. No entanto, o seu presente não era tão extravagante. Na verdade, ele era muito básico e a deixou
sem palavras. Colocou-o em uma caixa de veludo preto um pouco maior, do tipo que pode conter um colar. No começo, ela pensou que havia esquecido, mas seu sorriso
indicava um esquema. — Não é joia, então eu pensei que eu poderia usar uma caixa preta, mas se você não quiser... — ele começou a tirar a caixa de volta.
Sorrindo, ela disse, — Não, eu quero. — ela puxou a caixa para ela, sua curiosidade levando o melhor sobre ela. Ela levantou a tampa para revelar um telefone celular
básico de ligação e mensagens de texto apenas. Anteriormente, ela abriu as caixas de veludo para diamantes luxuosos e ouro, ela nunca pensou em um telefone celular
barato.
Observando seus olhos de esmeralda brilharem, Tony decidiu que a palestra de acompanhamento podia esperar. Claire sentia como se ela recebesse a marca de liberdades.
Foi um Natal maravilhoso. Naquela noite, deitada no sofá debaixo das estrelas, eles ouviram o som das ondas à distância. Totalmente relaxada, em conchinha contra
seu marido, a mente de Claire voltou para uma tarde de neve na suíte de Tony. Naquela tarde, ela fez os pedidos. Ela também fez um pedido à medida que se deitavam
em cima de um tapete em Lake Tahoe. Hoje à noite, ela percebeu que tinha sido tudo. Quando sua mente começou a escorregar no sono, ouviu Tony dizer, — Feliz Natal,
meu amor. — ela abraçou seus braços fortes. — O que você está pensando?
Claire virou o rosto na direção dele. — Eu estava pensando que eu tenho tudo, tudo que eu pedi. Obrigada. — ela beijou seus lábios. — Eu te amo. — e adormeceu.
Eles chegaram de volta a Iowa em 28 de dezembro. Neve cobria a propriedade e as decorações brilhavam. Tony teve uma reunião em Chicago, no vigésimo nono dia. Desgastada
de sua viagem, Claire decidiu ficar em casa. Ela disse a Tony que ela iria tentar apreciar o inverno no Centro-Oeste até que ele voltasse.
Às vezes são as pequenas decisões que
podem mudar sua vida para sempre.
- Keri Russell
Capítulo quarenta e seis
A palestra de Tony sobre seu presente veio na viagem de avião pra casa. Começou como instruções operacionais. Claire considerou esta fútil. Ela recebeu o seu primeiro
telefone celular no ensino médio e sabia como marcar um número, atender uma chamada, enviar uma mensagem de texto e receber uma. No entanto, a lição continha informações
úteis. Seu telefone estava ligado ao computador e iPhone dele. Se ela recebesse uma chamada ou texto, ele recebia uma notificação. Se ela enviasse um texto ou fizesse
uma chamada, ele recebia uma notificação. Ele até tinha um aplicativo que lhe permitia acessar a números de telefone e todo o conteúdo de mensagens de texto. Claire
disse a si mesma para compartimentar. Ela agora tinha um telefone celular.
Ele a instruiu a apenas responder as chamadas de números programados no seu telefone com um asterisco. Exemplos: *Tony celular, *Casa Privada, *Eric. Havia outros
números programados no seu telefone: celular de Emily, John V., Vandersol casa, Courtney S., MaryAnn F., etc. Eles podem deixar mensagens de voz ou textos. Juntos,
eles iriam ouvir ou ler e decidir as respostas. Claire obedientemente escutou e suspirou, pensando, Isso é ridículo!
— Você pediu para que eu fosse capaz de contatá-la diretamente. Isto irá realizar o que você pediu.
Ela apertou os lábios e pensou, Ele está certo. Eu pedi e ele fez. Quero mais! Decidida a aproveitar o espírito de Natal, ela empurrou, — Talvez eu possa, pelo menos,
mandar uma mensagem para Courtney e Sue de volta imediatamente. Quero dizer, afinal de contas, você não disse que você pode ler os textos em tempo real a partir
do seu iPhone? — seu marido fez fortuna com a Internet, ele tinha a tecnologia que lhe permitiria ver, ouvir e monitorar todos os seus movimentos. Ela sabia disso.
Ele contemplou a sua resposta. — Vamos começar com as minhas regras. Depois de um tempo, podemos revisá-las. — ela se submeteria. Ele não tinha fechado o assunto.
Foi uma pequena vitória ou uma derrota menor. De qualquer forma, não foi o fim da guerra.
Eles celebraram a véspera de Ano Novo em sua casa com os amigos: os Simmonses, seu filho Caleb e sua noiva Julia, Tim e Sue com seis meses de gravidez, e Tom e Beverly.
Todos eles tinham um tempo maravilhoso. Eles passaram a maior parte da noite no inferior, jogando cartas e sinuca, bebendo champanhe, conversando e rindo.
Courtney não conseguiu conter seu entusiasmo sobre o envolvimento de seu filho. Julia parecia esmagada pela sua sogra para o futuro excessivamente zeloso. Claire
não se conteve. Ela ofereceu a Julia alguns conselhos, — Sorria e ceda. Torna a vida muito mais fácil. — eles não tinham definido uma data ainda. Courtney disse
a Claire que ela pode ter mais responsabilidades de caridade este ano. Ela planejava ajudar Julia, tanto quanto possível com o casamento. Claire leu a expressão
de Julia e sussurrou em seu ouvido, — Eu prometo conversar com ela mais tarde.
Julia sorriu. — Obrigada.
O bebê de Tim e Sue nasceria no dia 20 de março. Todas as mulheres acariciaram sua barriga crescendo. Fez Claire pensar que eles nunca discutiram crianças. Cerca
de seis meses antes dela conhecer Tony, ela teve a implantação de controle de natalidade. Em retrospectiva, isso tinha sido fortuito. No entanto, considerando a
idade do Tony, talvez este fosse um assunto que deveriam discutir.
Juntos, todos saudaram o Ano Novo com entusiasmo. — Para um grande ano para todos e para Rawlings Industries. — todo mundo bateu os copos.
Claire e Tony ambos disseram os Simmonses quão fantástico Fiji será. Claire acrescentou: — Nós não podemos esperar para ouvir tudo sobre isso. — então ela sorriu.
— Bem, não tudo.
Courtney corou. Tony abraçou Claire, ela tinha falado a ele sobre o seu concelho sobre a mala e eles se beijaram. Sentindo-se deixado de fora, Brent olhou para Courtney.
Ela sorriu, — Eu vou explicar mais tarde. — isso os fez rir um pouco mais. O ano começou com um estrondo.
Apesar de Tony contatar Claire diretamente a cada noite, ela não se sentia como se tivesse ganho alguma liberdade em relação à comunicação. Emily tinha o número
dela e deixaria mensagens de texto e mensagens de voz. Claire poderia lê-los ou ouvi-los, mas ela não podia responder até que a entrada de Tony fosse adicionada.
Ela aprendeu que eliminar textos ou mensagens de voz era estritamente proibido, isso implicava esconder. Ela não perguntou, mas se perguntou por que. Se Tony tinha
acesso a todos os textos, por que ele precisa ver em seu telefone antes dela excluir?
Os Simmonses partiram para Fiji e Tony sentiu falta de Brent. Claire achou divertido. Ele nunca admitiria o pleno valor do Brent, mas sua ausência deixou Tony em
falta. Ela planejava compartilhar esse conhecimento secreto após o seu regresso.
Courtney pediu a Claire para preencher com suas múltiplas instituições de caridade durante a sua ausência. Sendo janeiro, o coração do inverno, Claire concordou
alegremente com as tarefas adicionais. Infelizmente, Claire concordou em ajudar Courtney sem antes conferir com Tony. — Eu concordo que são instituições de caridade
admiráveis. Eu não acho que você precisa sair tanto.
— É somente por duas semanas e eu disse que eu ajudaria.
— Você concordou sem discutir. Você se esqueceu de suas responsabilidades aqui? Eu certamente espero que você não esteja tendo problemas de memória novamente.
— Eu não esqueci e eu sinto muito. Eu só queria ajudar uma amiga. Eu prometo que nada vai deixar de ser feito aqui.
— Você está certa, porque você não vai. Ou você não acha que cuidar de seu marido é importante?
Claire sabia que seus apelos eram inúteis. — Tony, eu sinto muito.
Ela ligou para cada organização. — Eu realmente sinto muito que eu não serei capaz de participar da reunião. Parece que eu tenho outro compromisso em meu calendário.
Se você pudesse enviar por e-mail as informações, vou encaminhá-lo para a senhora Simmons. — essas chamadas foram feitas na função viva-voz de seu novo telefone
com o marido presente. De repente, sua agenda estava aberta aos caprichos de Tony.
Claire acreditava que essas consequências resultaram mais a partir da ausência de Brent do que de sua insubordinação. Tony nunca admitiria isso. Sua atração por
seu marido estava diminuindo. A experiência ensinou a ela que era um processo cíclico. Iria diminuir, então aumentaria. Ela encorajou-se a ser paciente até que aumentasse.
Janeiro deste ano teve menos neve do que o último, o que ajudou a disposição de Claire. Menos neve significava menos nuvens, mais sol. O ar de Iowa ainda registrava
abaixo de zero, mas a vista da suíte dela não era o de tundra branco congelado. O inverno, combinado com a sensação de que a imprevisibilidade iria previsivelmente
retornar, deu a ela a sensação de oscilar na cerca de antes. Continuando sua autoterapia pessoal, ela se lembrou de que Courtney estaria de volta em uma semana e
a primavera estava a apenas três meses de distância.
Admitidamente mais de uma tentativa de pacificar do que um ato de devoção, ela tentou desesperadamente aliviar as preocupações de Tony. Ela obedientemente esperava
por ele todas as noites, vestida adequadamente para a sua chegada, ouvia atentamente o seu dia e preocupações, discutia seus e-mails, textos, mensagens de voz, e
expressava seu afeto eterno. Ela mesmo escolheu não perseguir os e-mails e mensagens de texto de Emily. Isto é, até que ouviu um correio de voz recente. A angústia
na voz de sua irmã era enervante. Ela respeitosamente pediu a Tony se poderia ligar para ela.
Eles fizeram a partir do telefone de Claire. Ter seu telefone celular salvou a longa caminhada até o escritório. Eles tentaram por três vezes e não receberam uma
resposta. Tony voluntariamente concordou em tentar novamente mais tarde. Eles finalmente conseguiram falar com Emily e as ligações eram difíceis para Claire entender.
John tinha sido acusado de faturação fraudulenta. Os Vandersols estavam devastados.
Na manhã após a ligação, Claire abriu os olhos, percebendo que ela estava acordando na cama de Tony. O sentimento de desorientação dela veio mais da preocupação
com sua família do que dos ambientes escuros. Ela virou em direção a ele, mas ele se foi. O relógio marcava 07h03. Se ela corresse para a sala de jantar, poderia
pegá-lo antes de ele sair para o trabalho. Queria agradecer a ele mais uma vez a capacidade de falar com sua irmã durante este tempo difícil. Verdade seja dita,
ela esperava que sua gratidão fosse facilitar sua oportunidade de apoiar Emily no futuro. Ela vestiu o roupão e chinelos cashmere e caminhou até a sala de jantar.
O rico aroma do café a encontrou no meio do corredor. Tony estava na cabeceira da mesa bebendo café, o prato vazio e seu laptop aberto. Quando Claire entrou, ele
olhou para cima. — Bom dia, querida. Você está linda esta manhã.
Ela fez uma careta, — Eu acho que você precisa de um exame de vista, — e lhe deu um beijo. — Eu só queria pegá-lo antes de sair. — Claire se sentou à mesa e Catherine
serviu-lhe café. — Eu queria te dizer o quanto eu aprecio falar com Emily. Este é um momento muito difícil para eles. — ela acrescentou um pouco de creme, observando
o líquido marfim em redemoinho para o abismo negro. Então ela olhou em seus olhos, perguntando se eles eram da cor do café com ou sem o creme, e acrescentou, — E
eu queria que você soubesse que eu vou sentir sua falta. — ela sorriu para os olhos cheios de creme quando ela falou.
— Boas notícias, eu estou trabalhando em casa hoje. — o coração de Claire afundou, ela realmente queria um tempo sozinha para contemplar a coisa de John. No entanto,
seu sorriso nunca vacilou. —Então, você não vai precisar sentir minha falta.
— Isso é ótimo! Você tem um monte de trabalho?
— Uma conferência web e poucos telefonemas, mas não se preocupe, eu sei que sua programação é livre. Eu tenho algumas ideias para nós também. — esse sorriso e a
maneira como seus olhos brilhavam, fez Claire questionar suas ideias. Ela ficaria feliz quando Brent voltasse. Este Tony a deixava inquieta, detestando as duas personalidades.
Bebericando o café, ela disse, — Tudo bem, eu preciso malhar e tomar banho. Vim aqui com pressa para vê-lo.
— Quando você estiver vestida, venha ao meu escritório, — disse ele enquanto ele estava para sair. Ele fez uma pausa para tocar-lhe o ombro.
Obediente, ela respondeu, — Eu estarei lá assim que eu puder.
Ele beijou a bochecha dela. — Ou você pode visitar antes de você se vestir? — seu tom de repente brincalhão.
Ela tocou sua mão. — Se eu fizer isso, você pode não fazer seu trabalho. — ele relutantemente concordou e foi para o seu escritório. Ela sorriu para o seu traje:
camisa, gravata, calça de moletom NYU, meias e chinelos. Esse comentário da Vanity Fair tinha sido verdadeiro.
Os pensamentos de Claire vagaram enquanto tomava um gole de café, comeu seu café da manhã, e olhou para fora das janelas altas. Para janeiro, o céu estava um azul
safira surpreendentemente claro. De repente, ela desejava estar fora e ao sol. A situação de John teve seu coração partido. Talvez um pouco de ar fresco lhe desse
uma nova perspectiva e algumas ideias para ajudar a família. A bela cena fora da janela acenou para ela andar, vagar, ficar longe, mesmo que apenas por algumas horas.
A neve das últimas semanas foi derretida, mas hoje estava frio o suficiente para manter a terra firme. Talvez ela tivesse tempo para uma caminhada antes das ideias
de Tony. Talvez ela pudesse convencê-lo a andar também. Ele pode ter algumas ideias para ajudar John.
Pensando em sua caminhada, Claire terminou o banho e deixou seu banheiro considerando as roupas adequadas: calça jeans, uma camisola, botas de caminhada. Seus planos
não importavam. Ela viu que suas roupas foram colocadas para fora. Ela odiava isso. Esta assistência de traje ocorria sem previsibilidade desde o acidente dela.
Havia jeans mais finos do que ela teria escolhido, e um confortável suéter apertado azul com gola em V - não exatamente perfeito para caminhadas, mas com a adição
de um casaco e cachecol poderia funcionar.
Então ela notou suas joias em cima da penteadeira. Seu monólogo interior, Sério, é de manhã, quem precisa de diamantes na parte da manhã? Evitando um confronto desnecessário,
ela fez o que ela tinha sido lançada, vestida com as roupas e vestiu o colar jornada de diamante, brincos de diamantes, e relógio de diamantes. Seu novo relógio
da Suíça era bonito, mas se sentou em seu pulso como um lembrete constante de pontualidade. Ela tinha estado atrasada duas vezes. Ela não precisava de um relógio
para lembrá-la da apreciação de Tony. A primeira vez ele lhe ensinou uma lição que jamais esqueceria.
Felizmente, não havia sapatos estabelecidos. Ela poderia colocar as botas e esperar o melhor. Ela tinha certeza de que as ideias de Tony não incluíam sapatos, mas
a dela sim. Talvez ele pudesse encontrar suas botas também.
Eram quase dez quando ela chegou a seu escritório. Ela bateu na porta e esperou sua permissão para entrar. Ela não o ouviu, mas a porta se abriu e ela entrou, vendo-o
sentado atrás de sua mesa com uma camisa e gravata, parecendo tão profissional. Ela sorriu e calmamente se sentou no sofá de couro longe das webcams e esperou que
a conferência web terminasse.
Tinha algo a ver com uma empresa em Michigan que estava perdendo dinheiro. O governo local não estava disposto a dar mais isenções fiscais. Eles estavam indo para
fechá-lo ou mantê-lo aberto? A discussão girava em torno do potencial de lucros futuros. Provavelmente resultaria em mais pessoas desempregadas. Claire não queria
pensar nisso. Ela pegou uma revista e começou a passar através das páginas calmamente.
Dez e quarenta e cinco, ele finalmente terminou. Ela esperou por ele para concluir o que ele estava fazendo em seu computador. Uma vez que ele terminou, ouviu a
cadeira girar em direção a ela. — Ahh, azul, minha cor favorita, — disse ele enquanto olhava a camisola enquanto ela caminhava em direção a ele. — Você é linda em
qualquer cor. — sus olhos eram capazes de apreciar o que ele podia ver e o que ele não podia. — Ou em nenhuma cor. — e ele sorriu e estendeu a mão para colocar as
mãos em volta de sua cintura. — Eu tenho mais uma conferência web, às onze, depois duas chamadas telefônicas no almoço. Eu gostaria de você de volta depois disso.
— parecia um pedido, não foi.
— Está tão agradável lá fora. Eu gostaria de ir para uma caminhada enquanto você está trabalhando. — esse jeito de falar era uma parte intrincada de suas negociações.
— Não, as chamadas de telefone podem ser adiadas em função do resultado da próxima conferência web. Gostaria de você aqui se eu terminar antes. Podemos almoçar e
discutir as nossas possíveis atividades da tarde. — ele se virou para a tela de seu computador e lia enquanto ele falava.
Claire respirou fundo, se inclinou para o seu pescoço, e gentilmente beijou. Ela tinha sido boa, ele sabia que ela estava chateada com a sua família, e ela esperava
que ela pudesse apertar um pouco mais. — Bem, — exalando propositalmente em seu pescoço, — então eu posso simplesmente ir lá fora? O céu está tão claro e eu realmente
poderia usar um pouco de ar fresco.
Ele estava aparentemente imerso em seu computador, mas sua abordagem ganhou-lhe um sorriso sedutor. — Ok, só esteja de volta ao meio-dia. E você poderia me trazer
um café antes de ir? — Claire começou a perguntar onde Catherine ou outro membro da equipe foram, mas decidindo que isso poderia atrasar sua viagem para o quintal,
ela beijou seu pescoço. — Sim.
Na cozinha, ela encontrou o café ainda quente na panela. Ela acrescentou creme, levou de volta para seu escritório, e esperou. Agora era 10h57. Tony remexeu alguns
papéis e, simultaneamente, falou em seu iPhone. Olhando para ela, ele disse, — Diga a Eric que existem contratos no escritório de Iowa City. Eu preciso deles aqui
antes da uma hora. Ele precisa trazê-los imediatamente. — Claire pensou em como ele estava tentando mantê-la ocupada em casa. Ela realmente não se importava, mas
ela queria continuar sua caminhada. Ele via a pergunta em seus olhos. — E depois disso, vá para a sua caminhada, apenas esteja de volta ao meio-dia.
Ela sorriu e beijou sua bochecha. — Ok. Vou dizer a Eric e volto.
Ela se apressou para encontrar Eric. Claire perguntou a Catherine sobre o paradeiro de Eric e explicou que ela estaria no quintal se o Sr. Rawlings precisasse dela
antes do meio dia. Catherine dirigiu Claire ao apartamento de Eric ligado à garagem principal. Ela começou a voltar para as garagens, uma caminhada que raramente
dava. Ela não dirige, e quando ela ia a algum lugar, Eric ou Tony a pegava na porta da frente.
A passagem entre a casa principal e garagens era linda. As janelas, de ambos os lados continuaram por toda a extensão do corredor e era tão claros que parecia invisível.
Ela olhou para o céu e pensou em sua irmã e cunhado. Emily parecia tão perturbada ao telefone ontem à noite. O fato que Tony a lembrou de ligar foi um milagre. O
fato de que ela falou no telefone no viva-voz era esperado. Claire não podia acreditar que John estava realmente na cadeia. As acusações de desfalque e faturamento
do cliente fictício eram ridículas. John nunca colaria em um teste, muito menos faria qualquer uma dessas coisas. Isso foi o que fez John um advogado incrível, ele
era honesto além de honesto. Claire tentou tranquilizar Emily. Ela queria ir para ela e ajudar. No entanto, Tony nunca permitiria isso. Talvez ela pudesse enviar
o dinheiro para a defesa de John. Afinal, Tony não estava dizendo a ela o tempo todo o quanto de capital que ela possuía? Se o dinheiro não era bom para realizar
o que você quer, para que é bom?
Seus pensamentos mudaram rapidamente para os carros bonitos quando ela entrou nas garagens. Tony definitivamente gostava de seus carros. Claire sabia que eles tinham
vários novos desde a sua chegada. Era uma pena que ela não dirigia. Suspirando, ela pensou, tinha quase dois anos.
Luz filtrava por baixo da porta do apartamento, quando Claire bateu. Eric respondeu imediatamente. O que ela podia ver de seu apartamento parecia uma sala de estar
muito bem decorado, com uma área de jantar anexa. — Sim, senhora Rawlings, posso ajudá-la?
— Eric, o Sr. Rawlings disse que há alguns contratos em seu escritório de Iowa City que ele deve ter em uma hora. Se você for imediatamente, você estará de volta
no tempo. — enquanto Claire falou, Eric pegava o casaco e chapéu. Ele abriu um armário na parede que continha as chaves para todos os carros, tirou as chaves do
BMW e fechou o armário.
Apressadamente, Eric olhou para o relógio. — Minha senhora, diga ao Sr. Rawlings eu estarei de volta antes de 12h30. — ele entrou no carro.
— Eu vou, dirija com cuidado. — Claire imaginou que poderia esperar até que ela o visse ao meio-dia. Quando Eric saiu da garagem, Claire percebeu o gabinete de chave.
Ele não fechou corretamente, revelando as chaves para vários carros. De repente nervosa, Claire contemplou as chaves. Ela deveria fechar o gabinete. Então ela poderia
sair para o quintal para ar. Ou ela poderia ter um conjunto de chaves e dirigir para o máximo de ar que ela queria. Ela não estava pensando em ar por toda a vida,
apenas ar suficiente para respirar.
A decisão levou apenas alguns segundos, no entanto, pareceu uma eternidade. Ela estendeu a mão e agarrou o primeiro conjunto que ela tocou e tocou no alarme. As
luzes do Mercedes Benz brilharam. Em meio a imprevisibilidade, ela fez o seu melhor para ser estável e obediente. Esta impulsividade repentina a encheu de excitação
e medo. Antes que ela pudesse falar, sentou-se no carro, sentiu o aroma novo do carro, sentiu o volante de couro, e girou a chave.
Sua motivação era não deixar Tony para sempre. Era só que ela se sentia sufocada. O monitoramento constante, censura e controle era demais para seu senso de instabilidade
psicológica. E os diferentes Tonys adicionaram uma outra dimensão à sua asfixia. Uma breve trégua ou uma liberdade momentânea iria ajudá-la a sanidade. Além disso,
ela disse a ele um ano atrás, ela gostava de dirigir. Isso é tudo o que ela queria fazer, dirigir.
Não morda a isca do prazer,
até que você saiba que não há um gancho por baixo.
- Thomas Jefferson
Capítulo quarenta e sete
O painel em frente a ela mais parecia algo de um helicóptero, mostradores e luzes que vieram à vida. Ela tentou manter a calma. Dirigir não tinha mudado em 22 meses.
Ela só precisava colocar o carro em marcha e apertar o acelerador. Tremendo com a perspectiva da tarefa simplista, ela quase correu para a porta da garagem. No entanto,
ela se lembrou de apertar o botão, aguardar a porta para levantar, e se concentrar na respiração, inspirando e expirando lentamente. A porta se abriu, e com cautela,
ela passou pela calçada. Claire orou para que, se alguém visse o carro, eles iriam assumir que era Eric. Às portas, ela novamente apertou um botão, a que ela tinha
visto Eric empurrar muitas vezes. No início, eles pareceram hesitar, mas, em seguida, as portas se abriram.
Ela dirigiu em direção à I-80 e inalou. Era o ar mais doce que ela tinha cheirado em quase dois anos. O relógio no painel mostrava 11h16. Em 44 minutos, Tony a esperaria
em seu escritório. Ela argumentou que, talvez, a conferência web iria demorar, e ele não notaria a sua ausência. Ou talvez os telefonemas fossem começar, e ele estaria
preocupado. Ela sabia a verdade: Tony poderia fazer dez coisas ao mesmo tempo. Em doze e um segundo ele estaria irritado, 12h15 ele estaria furioso. Sentindo sua
frequência cardíaca se intensificar, ela se perguntava o que aconteceria quando eles se reunissem. Que tipo de punição que ele decidiria que era apropriada para
este comportamento? Sentindo as palmas das mãos molhadas deslizando sobre o volante de couro, ela optou por não permanecer sobre as possibilidades. A Mercedes já
estava indo para o leste na I-80. Sua mente procurou possíveis destinos. Courtney - não, ela está fora de cidade. Emily - não, é o primeiro lugar Tony iria verificar.
Utilizando suas habilidades de terapia, ela se convenceu que esta era uma pausa merecida. Ela também se instruiu saborear a sensação avassaladora de liberdade, um
sentimento que não conhecia em 22 meses. Lentamente, ela sentiu seus sentidos despertar: a paisagem parecia mais brilhante, os assentos de couro emitiam um aroma
mais forte, as rodas na calçada criavam um leve zumbido, e a vibração respondia a seu movimento da roda. Tudo a revigorava.
O traço brilhante indicado um tanque cheio de gás. Silenciosamente, ela agradeceu Eric, momentaneamente se preocupando que ele iria sofrer por causa de suas ações.
Concentrou-se no mundo majestoso fora das janelas, vendo o tráfego que consistia principalmente de semi caminhões. No início, isso fez Claire desconfortável, mas
a Mercedes poderia tecer e passar facilmente. Antes de se mudar com Tony, ela dirigia um Honda Accord. Era um bom carro, mas o Mercedes parecia como se dirigisse
uma nuvem. Em seguida, o relógio lhe chamou a atenção, 12h11. Ela começou a se perguntar o que estava acontecendo em casa, será que ele estaria procurando por ela
ou enviou alguém para procurar? Tudo que Claire podia fazer agora era dirigir e pensar. Ela o amava, mas a pressão constante a desgastava. Ela só precisava de uma
pausa.
Tomando o desvio em torno Davenport, ela decidiu ir para o sul em 74, longe de NYC. Às 15h30 ela passou por Peoria, Illinois. O vazio no estômago lembrou a ela que
ela não tinha parado desde que deixou a propriedade. Ela precisava desesperadamente de um banheiro e um pouco de comida. À distância, ela viu arcos dourados. Batatas
fritas parecia maravilhoso. Ela não tinha comido fast food em quase dois anos. Claire virou o volante e entrou no estacionamento do McDonald. Contemplando, ela percebeu
que não tinha dinheiro. Oh bem, o banheiro estava livre.
Se ela tinha planejado esta excursão, ela teria agarrado um casaco e sua bolsa. Mais do que provável, Tony tinha sua identidade e cartão de crédito, mas para manter
as aparências, ela geralmente tinha dinheiro em sua carteira. O aroma irresistível de batatas fritas permanecia em suas roupas quando ela voltou para dentro do carro.
Pensando sobre o dinheiro, ela viu seus anéis de casamento. É claro que ela usava centenas de milhares de dólares em joias. Ela só precisava vender algumas. Como
é que venderia umas joias? E onde?
Voltando na interestadual, Claire decidiu tomar a 155 Sul a 55. Essa não foi uma boa decisão, 155 tinha um tráfego lento. Quando ela finalmente chegou a 55, havia
as placas que diziam: Springfield e St. Louis. Fazia muito tempo desde que ela realmente fez decisões. Ela estava tonta com a independência ou, talvez, a fome.
O tempo passou. O sol começou a se desvanecer e o anoitecer surgiu no horizonte. A perda de luz solar produziu um efeito semelhante na mente de Claire. Sua tontura
dissolvida em realidade. Ela sabia, sem dúvida que ela precisava virar. Tony ficaria chateado e haveria um castigo, uma consequência para esta ação. Mas ela não
podia continuar. Primeiro, ela precisava de dinheiro. Em segundo lugar, o que a imprensa diria? Tony não ficaria feliz se sua saída se tornasse pública. Apreensão
preencheu cada grama de seu ser, enquanto observava um lugar para virar. Não havia outra saída duas milhas à frente de acordo com o sinal.
De repente, as perguntas giravam em sua mente. Existe gás suficiente para chegar em casa? O que Tony faria? Seja qual for a punição que ele escolheu, ela decidiu,
ela merecia. Ela tinha sido impulsiva e quebrou suas regras. A pequena pausa foi emocionante, mas era hora de enfrentar as consequências. Não havia outra escolha.
Se ela tivesse seu telefone celular, ela iria ligar e dizer a ele que ela estava a caminho de casa. Ela iria implorar seu perdão e suplicar pela estupidez impulsiva
temporária.
Perdida em pensamentos, ela não viu as luzes piscando até que eles estavam logo atrás dela. Uma vez que ela os percebeu, ela assumiu que iria passar. Ela não estava
em alta velocidade. Mas o carro da polícia não passou. Será que Tony os enviou atrás dela? Como é que eles a encontraram? Parando, ela se lembrou do GPS. Ela realmente
achava que ela poderia ir sem monitoramento? Ela pareceu casual quando o policial se aproximou da janela.
— Senhora, por favor me mostre a sua inscrição, comprovante de seguro, e carteira de motorista.
— Oficial, eu acredito que eu deixei minha bolsa em casa por engano. Posso te mostrar o registro e comprovante de seguro. — ela lhe entregou os documentos no porta-luvas.
— Minha senhora, o seu nome, por favor? — o policial perguntou ao ler o registo e seguro de cartão.
— O meu nome... meu nome é Claire, Claire Rawlings.
Entregando a ela de volta o registro e seguro de cartão, ele disse, — Minha senhora, eu preciso que você saia do carro.
Claire não queria. Ela queria chegar em casa, ela tinha tomado sua decisão. Ela sabia que precisava voltar em breve. — Policial, eu estava em alta velocidade?
— Senhora, saia do carro, agora. — o policial olhou para ela, mas murmurou em seu ombro.
— Policial, eu estou com pressa. Eu não tenho a minha bolsa, mas eu tenho este relógio. Talvez a sua esposa goste de um relógio de diamantes muito bom. — ela estava
desesperada para voltar a Iowa e Tony, mas não em um carro da polícia.
Recuperando sua arma do coldre, o policial repetiu sua demanda, — Sra. Rawlings, eu preciso que você saia do carro e mantenha as mãos onde eu possa vê-las. — segurando
a arma em uma das mãos, ele se inclinou para a porta. — Desbloqueie a sua porta. Vou abri-la. Me deixe ver suas mãos. — Claire não podia acreditar que isso estava
acontecendo. Ela só queria um momento de liberdade e esse policial estava a tratando como uma criminosa. Tony tinha a acusado de roubar o carro dele? Isso não pareceria
como Tony. Ele não gostaria do escândalo público.
Claire abriu a porta e jogou as pernas para fora. O oficial amigável agarrou seu pulso duramente e puxou, algemando os pulsos atrás das costas. Isso fez seus ombros
e pulsos doerem. — O que você está fazendo? Por que está fazendo isso? Eu não roubei esse carro, ele pertence ao meu marido. Eu tenho todo o direito de dirigi-lo!
— Senhora, eu tenho ordens para levá-la para a estação para interrogatório. — ele a acompanhou até o carro, conduzindo-a com as mãos.
— E sobre o carro do meu marido? Ele vai ficar muito chateado se alguma coisa acontecer com seu carro. — a voz de Claire parecia tão desesperada como ela se sentia.
— Outro policial está a caminho, ele vai conduzir o seu carro para a estação. Ele será mantido em embargado até que seja pego ou você esteja liberada. — ele ficava
ouvindo seu ombro. — O outro oficial estará aqui em poucos minutos.
— É melhor não sair até que ele chegue. Estou falando sério sobre o meu marido. Ele pode ficar muito chateado. Você não quer ser a pessoa que ele se apodera se alguma
coisa acontecer com seu carro. — ela não queria ser essa pessoa também. Sentada no banco de trás do carro patrulha, ela ouviu a porta bater e sentiu a sensação de
um balão que estourou. Liberdade era doce e se foi.
Quando eles pararam na 56ª delegacia de Illinois, ela assistiu a Mercedes passar em torno do edifício. Preocupar-se com o carro era bobagem. Mas ela não queria dar
a Tony mais munição para sua punição. O oficial dirigiu-a para a estação.
Vários policiais uniformizados e à paisana se encontraram com eles na porta. Ela foi então direcionada para um quartinho. O cheiro de café velho e transpiração encheu
seus sentidos. A única mobília era uma mesa de aço cinza com duas cadeiras de metal. Claire se sentou em uma das cadeiras frias quando o oficial retirou as algemas.
Esfregando os pulsos dela, ela olhou para ele e parecia convincente resiliente. — Senhor, eu sou a senhora Anthony Rawlings. Tenho certeza que você já ouviu falar
de meu marido ou, pelo menos, teve contato com uma de suas empresas. Eu recomendo que você me libere agora e eu não vou dizer a ele sobre este incidente.
Ele não respondeu e a deixou sozinha, onde ela esperava. Sentindo a torção dentro de seu estômago, ela sabia o que estava por vir. Tony estava provavelmente a caminho.
Voando, o traria aqui em menos de uma hora. A próxima vez que a porta se abrisse, ela iria ver seus olhos escuros. O único som dentro da sala pequena foi o bater
familiar dentro de sua cabeça. Enquanto esperava, ela pensou nas consequências que enfrentaria em casa. Ela quebrou a regra mais importante, muitas vezes, e agora
era público. Não havia nenhuma maneira que isto não estaria na notícia. Ela esperou. A porta se abriu. Uma policial feminina entrou. — Sra. Rawlings, você gostaria
de uma bebida, água ou refrigerante diet?
— Obrigada, eu gostaria de um pouco de água. — então ela esperou um pouco mais. A próxima vez que a porta abriu, ela olhou para a mesa. Tinha passado tempo suficiente,
isso tinha que ser Tony.
— Sra Rawlings, sou o sargento Miles e este, — apontando para o homem à sua esquerda, — é o agente do FBI Ferguson.
— Olá. Estou confusa, por que um agente do FBI está aqui?
— Nós gostaríamos de lhe fazer algumas perguntas sobre hoje. — Claire assentiu. — Minha senhora, você deve falar. Nossa conversa é gravada e movimentos não podem
ser ouvidos em uma fita de áudio. — Claire odiava gravações de áudio ou visual.
— Sim, por favor, vá em frente e me pergunte qualquer coisa. Eu estava dirigindo o carro do meu marido e esqueci minha carteira de motorista.
— Senhora, que horas saiu de sua residência de Iowa City? —o Agente Ferguson perguntou enquanto o Sargento Miles fazia anotações.
Claire perguntou se a gravação de áudio não foi completa. — Saí as 11h15. — Isso foi fácil, ela olhou para o relógio do painel.
— Você viu o seu marido antes de sair?
— Você quer dizer se eu perguntei ao meu marido se eu poderia ir embora? Não.
— Não, minha senhora, eu quis dizer o que eu disse. Você viu o seu marido antes de sair de sua residência?
— Sim, eu o vi pouco antes das onze. Ele estava em seu escritório prestes a iniciar uma conferência web.
— Uma conferência web? — perguntou o Sargento Miles.
— É uma conferência que é ao vivo na internet, você sabe, sobre a ‘web’. — os policiais continuaram a fazer perguntas sobre as horas e pessoas. Claire disse que
a equipe da casa estavam todos presentes, com exceção de seu motorista, Eric. Ele saiu antes dela, indo para o escritório do Sr. Rawlings para buscar alguns documentos
para o seu marido. Claire tinha contado a alguém que ela estava saindo de casa? Ela balançou a cabeça negativamente, em seguida, se lembrou e respondeu, — Não, —
por que ela dirigiu mais de cinco horas sem sua bolsa e não disse a ninguém para onde estava indo? Ela realmente não tinha uma boa resposta. Ela não podia dizer
a eles que não tinha acesso a sua própria identidade e ela não tinha permissão para sair sozinha. Se o fizesse, estaria quebrando as regras dele e quando Tony chegasse,
ele seria lívido. De repente, ela percebeu que ele provavelmente estava assistindo por trás de uma janela no momento. Ela sentiu seu estômago torcer.
Sua única escolha era a ignorância. — Eu não sei. O céu estava tão bonito e Iowa pode ficar tão cinza. Eu acho que eu só queria ir para algum lugar mais quente.
— Sra Rawlings, você deve saber que seu marido vai sobreviver. — o tom de Agente de Ferguson era plano.
Claire não entendia, sobreviver? Tipo como se ele fosse desmoronar porque ela o deixou? — Eu não tenho certeza do que você quer dizer. Por que ele não iria sobreviver?
— Sra. Rawlings, alguém tentou matar o seu marido hoje. Ele foi envenenado cerca de 11h15, esta manhã. — O Agente Ferguson respondeu enquanto o Sargento Miles observava
Claire.
Ela balançou a cabeça, tentando fazer sentido de suas palavras. Mas eles não faziam sentido. Tony estava bem quando ela saiu, como sempre. — Você está enganado.
Sr. Rawlings tinha uma conferência web as onze, onde ele estava falando com muitas pessoas de sua corporação. — seu discurso acelerou assim como seu ritmo cardíaco.
— Sim, ele era suposto estar. No entanto, após a conferência web começar, seus companheiros o testemunharam tomar uma bebida de uma caneca e de repente cair para
o seu lado. Muitos dos espectadores tentaram alcançá-lo via telefone celular, mas ele não se mexeu. Felizmente, um dos funcionários da casa ouviu os telefones tocando
e entrou no escritório. Eles foram capazes de levá-lo de helicóptero para um hospital em Iowa City. Os sinais vitais são bons, embora ele ainda tenha que recuperar
a consciência. Os médicos acreditam que ele vai fazer uma recuperação completa. Estou aqui representando o FBI porque esta é uma investigação de tentativa de homicídio,
que tem atravessado fronteiras estaduais. — o Agente Ferguson falou como se ele estivesse se dirigindo a um suspeito.
— Eu preciso chegar até ele imediatamente. — Claire levantou enquanto falava. Sargento Miles a dirigiu de volta para a cadeira. Ela estava pasma. — Eu sinto muito,
você está me acusando de ter assassinado o meu marido?
— Não, senhora. Seu marido não foi assassinado. Você está sendo questionada sobre uma investigação de tentativa de homicídio.
Ela ficou chocada. — Você está me acusando de machucá-lo? Você deve saber que ninguém machuca Anthony Rawlings. Se qualquer cois, foi ele que me machucou, inúmeras
vezes.
— Então você está afirmando autodefesa?
O pescoço de Claire ficou rígido e sua voz se tornou desafiadora. — Eu não estou afirmando nada. Eu não fiz nada que precise de reivindicação.
— Sra. Rawlings, você tem alguma ideia do que estava na caneca que seu marido bebeu? — ela sabia exatamente o que estava na caneca: café, feito por ela.
— Sim, agente. Eu diria que a caneca continha café. Pouco antes de sair, eu levei para ele uma xícara de café. — seu estômago era agora um emaranhado de nós.
— Você e seu marido não têm empregados domésticos que costumam preparar os alimentos e bebidas?
— Temos. Mas ele me pediu para levar o café. — Claire definitivamente não gostava de como isso estava acontecendo. — Eu acredito que eu preciso de um advogado.
— A senhora ainda não foi indiciada. No entanto, pedir representação é um direito seu. Esteja ciente de que se a equipe jurídica do seu marido enviasse alguém para
representá-la, seria um conflito de interesses. Você vai precisar para garantir o seu próprio advogado.
— Gostaria de ligar para John Vandersol, meu cunhado. — à medida que as palavras saíram de sua boca, ela se lembrou, — Não, espere. Eu não posso.
Outro policial entrou na sala e começou a falar com o Sargento Miles. Depois que os dois sussurraram, Miles falou. — Sra. Claire Rawlings, meu comandante me informou
que o advogado de acusação de Iowa City acredita que há indícios suficientes para mantê-la nesta instalação durante a noite e transportá-la de volta a Iowa City
no período da manhã. O promotor-chefe de Iowa acredita que ele terá um mandado oficial para a sua prisão assinado pelo juiz no momento em que você chegar.
Claire ouviu as palavras, mas não conseguia compreender o seu significado. Sua voz interna tentou reproduzir a vida: vestida com o que me foi dito, estava no escritório
de Tony na hora ele me disse para estar, e perguntei como uma criança de cinco anos de idade, se eu poderia ir lá fora. Esta manhã eu derramei a meu marido uma xícara
de café, o café que ele me pediu para trazer. Agora estou prestes a ser acusada de tentativa de assassinato?
Outro oficial dirigiu Claire para uma cela. Era pequena, limpa e tinha uma porta com cadeado. Ela não conseguia dormir. Estava preocupada com Tony. Não havia ninguém
em casa naquela manhã, exceto eles e o pessoal regular. Todo mundo tinha estado com Tony durante anos e ele implicitamente confiava neles. Nenhum deles iria machucá-lo.
Ela se preocupava, se ele recuperasse a consciência? O veneno estava no pote de café? Talvez fosse o creme de leite? Ela queria que eles tentassem encontrar o verdadeiro
criminoso antes que ele tentasse ferir Tony novamente. Claire sabia que quando ele recuperasse a consciência, ele iria dizer a eles que ela não fez, não poderia
fazer isso, e a levaria para casa.
Ninguém pode fazer você se sentir
inferior sem a sua permissão.
- Eleanor Roosevelt
Capítulo quarenta e oito
Ontem Claire dirigia em um luxuoso Mercedes Benz todo o caminho para St. Louis. A viagem de volta para Iowa City não era tão confortável. Ela estava na parte de
trás de um carro de polícia, usando algemas e acompanhada por um oficial uniformizado. As escadarias do tribunal do condado estavam cheias de repórteres e fotógrafos.
Ela tentou proteger o rosto. As pessoas estavam tirando fotos de todas as direções e gritando perguntas: — Por que você tentou matar o seu marido? Você fez isso
por dinheiro? Você achou que iria fugir disso? — a polícia a levou através da multidão e para dentro do prédio.
Ela ouviu suas palavras com descrença. Como poderiam fazer essas perguntas? Claire se preocupava com Emily. Primeiro John, agora ela, o que ela deveria estar passando?
Claire se tranquilizou, uma vez que Tony acordasse, ele iria cuidar de tudo.
O oficial levou Claire para outra sala com uma mesa. Marcus Evergreen entrou. Ela o reconheceu imediatamente. Ele tinha participado de seu casamento e ela acompanhou
Tony a uma de suas arrecadações de fundos. — Sra. Rawlings, eu sou Marcus Evergreen, procurador-chefe do condado de Johnson.
— Sim, Sr. Evergreen, eu acredito que nós nos conhecemos. — Claire estendeu a mão. Sr. Evergreen não a aceitou.
— Sim, eu acredito que nós nos conhecemos. Isto, no entanto, é uma situação diferente. Sra Rawlings, atualmente estou segurando um mandado de prisão recentemente
assinado pelo juiz Reynolds. Só para você saber, antes de chegar ao tribunal distrital para a sua acusação, você está sendo acusada de tentativa de assassinato ao
seu marido, Anthony Rawlings.
— Eu quero que você saiba que eu não faria uma coisa dessas. Eu não faria uma coisa dessas. Como Tony está? — quando Claire adicionou a última pergunta, os olhos
de Sr. Evergreen caíram para a mesa. O coração de Claire afundou. Oh meu Deus, ele está morto! Não, em seguida, ele teria dito ‘Assassinato’, e não ‘tentativa’.
— Ele está acordado e consciente. Ele deu um depoimento à polícia, mas não vai estar aqui hoje.
Claire ficou aliviada em saber que ele estava consciente, mas ela precisava que ele estivesse aqui. Ele iria ajudá-la e levá-la para casa. Ela queria explicar as
coisas para ele. Ele estaria chateado com sua saída. Haveria consequências, mas ele sabe que ela nunca iria tentar matá-lo.
— Estou muito feliz que ele esteja melhor. Você pode me dizer que prova há contra mim? — Claire não sabia como isso funcionava, mas ela pensou que ela precisava
descobrir.
— Será discutido com você e seu advogado após a acusação. — ele saiu da sala.
Com os pulsos mais uma vez em algemas, Claire foi levada ao tribunal. Ela observou o processo de longe, vendo tudo, mas não compreendendo como realidade. O Juiz
Reynolds falou, fazendo perguntas a Sr. Evergreen. Ele explicou que o Estado acreditava ter provas suficientes para provar além de qualquer dúvida razoável que a
senhora Claire Rawlings deliberadamente e maliciosamente tentou assassinar seu marido Anthony Rawlings, em um esforço para lucrar financeiramente. Além disso, a
senhora Rawlings fugiu da cena do crime e foi encontrada perto de St. Louis. Sra Rawlings teve acesso a um passaporte e capacidade financeira para fugir. Sr. Evergreen
pediu ao juiz para suspender pagamento de fiança.
Juiz Reynolds disse, — Sra. Rawlings, você entende que você está sendo acusada de um crime, tentativa de assassinato? E se for condenada, poderá ser condenada a
uma penitenciária federal por um período não superior a 162 meses?
— Sim, juiz, eu entendo. — isso não era verdade, ela não entendia.
— Você está ciente de que você tem o direito a um advogado? Se você não puder pagar um, pode ser nomeado um para você. Você também tem o direito a um julgamento
por um júri de seus pares. Você também é presumida inocente. É o ônus do estado provar a sua culpa. Você entende os seus direitos?
— Sim, juiz, eu entendo. — Claire manteve contato visual com o banco. Ela tinha muita prática em manter contato visual em situações difíceis.
— Sra. Rawlings, você tem um advogado?
— Não, juiz, eu não tenho. E eu não posso pagar um.
— O tribunal designará um para você após a acusação. — Juiz Reynolds analisou o arquivo diante dela. — Devido à publicidade e significado da vítima, estou criando
uma fiança de 5 milhões de dólares. Também estou programando uma conferência preliminar para 11 dias a partir de hoje, terça-feira, 01 de fevereiro. Próximo caso...
— seu martelo atingiu o banco, ecoando por todo o tribunal.
Um guarda escoltou Claire para uma cela. Ela se sentou na cela de dez por sete esperando por seu advogado. O isolamento deveria a ter deixado chateada, mas ela estava
muito confusa para se concentrar. Eles disseram que uma vez que seu advogado chegasse, sua fiança poderia ser postada e ela poderia sair. Claire sabia que isso não
ia acontecer. Ela não tinha dinheiro suficiente para um sanduíche no McDonald, muito menos 5 milhões de dólares para a fiança.
Foi depois das 15h00 que ela foi novamente levada para a sala pequena. Pouco tempo depois, a porta se abriu e um homem jovem, Paul Task, entrou, carregando uma pasta,
laptop, e vestindo um terno barato. O primeiro pensamento de Claire era que ele se parecia mais com um estudante do ensino médio do que um advogado. — Olá, Sra Rawlings,
eu sou seu advogado, Paul Task. Eu só quero que você saiba que eu estou muito honrado de trabalhar em seu caso. Sr. Rawlings tem sido uma inspiração para nós, em
Iowa City. Todo mundo tem muito respeito por ele. Por que você tentou matá-lo? Foi porque você não tem um acordo pré-nupcial? Quer dizer, para o dinheiro?
— Não! Eu não fiz isso. É um terrível mal-entendido. Eu sei que uma vez que meu marido estiver melhor, ele vai me ajudar. Ele sabe que eu não faria isso com ele.
— Sim, claro, senhora Rawlings.
Após o Sr. Task informar o tribunal que a senhora Rawlings não seria capaz de pagar fiança, ela foi oficialmente acusada de um crime. Levaram sua propriedade pessoal,
suas joias e roupas. Eles pegaram a foto dela, suas impressões digitais, e fizeram uma análise química em suas mãos. Uma policial feminina ofereceu a ela um macacão
de prisão, roupa interior e um sutiã. Claire aceitou tudo.
Para os próximos cinco dias, Claire esperou e respondeu de forma adequada seu advogado. Ela se encontrou diariamente com Paul Task e a sócia dele, Jane Allyson.
Eles fizeram perguntas e ela manteve sua inocência. Ela contou a eles repetidamente os acontecimentos da manhã em questão. Ela nunca quebrou as regras de Tony. Quando
ele veio para salvá-la, ela seria capaz de dizer a ele que ela manteve a sua confiança. Ela iria explicar para ele que ela foi embora. Mas ela decidiu voltar. Ela
não o tinha deixado, mas só deixou a propriedade por um tempo. Ela iria se desculpar, aceitar a punição, e a vida poderia continuar.
Ela perguntou quem envenenou Tony. Essa resposta poderia salvá-la de 162 meses de prisão. Infelizmente, as evidências apontam para Claire. Ela deu a Tony a caneca
de café em aproximadamente 11h00. Na frente quinze pessoas através de uma conferência web da Rawlings Industries, ele tomou uma bebida e de repente perdeu a consciência.
O vídeo de sua segurança em casa mostrou Claire derramando o café na cozinha e levando o café para seu escritório. A área de recepção não estava coberta por câmeras,
mas Claire foi vista caminhando longe da mesa sem a caneca.
Para fazer essa prova pior, não havia vídeo da garagem de Claire dizendo a Eric para ir para Iowa City para trazer a papelada do escritório do Sr. Rawlings. A secretária
de Anthony, Patricia, fornecia uma declaração juramentada de que ela não tinha os contratos de Sr. Rawlings, e, além disso, ela não tinha falado com ele naquela
manhã. Sendo a principal fonte de Tony, tendo Eric indo buscar a papelada, garantiria que o veneno teria tempo para trabalhar. A mesma câmera na garagem capturou
Claire tomando as chaves do Mercedes e correndo para o carro. A importância deste carro é que ele era o único carro na garagem registrado sob o nome de Claire Rawlings.
Claire ficou chocada. — Ele não pode ser registrado em meu nome. Eu não dirijo. — Paul mostrou a ela uma cópia do registo. O mesmo que ela entregou à polícia, mas
não tinha lido. De acordo com a concessionária, o Sr. Rawlings veio sozinho e pagou em dinheiro. Era presente de Natal para sua esposa e tinha menos de mil milhas.
Sua declaração sobre a carteira de motorista inválida também se mostrou equivocada. Aparentemente, ela tinha um ‘cartão de identificação’ com o nome Claire Rawlings,
mas a sua ‘carteira de motorista’ da Geórgia sob o nome de Claire Nichols ainda era válida. Paul não conseguia entender como Claire não saberia. Ela tentou se explicar,
— Tony fez tudo. — Paul não entendeu e disse a ela que um júri também teria dificuldade.
Iowa forneceu a Claire roupas para a conferência pré exame. O tribunal ordenou que conferência preliminar fosse em seis dias. Esta reunião iria definir o tom e a
direção para a conferência. Era geralmente com a presença dos advogados de acusação, os advogados de defesa, e a ré, Claire. No entanto, sem o conhecimento da ré,
a vítima pediu para fazer uma aparição. O juiz concordou. O objetivo desse encontro foi determinar se um julgamento poderia ser evitado e um acordo feito. A vítima
convenceu ao juiz que ele poderia ajudar a facilitar esse fim.
Sr. Evergreen e dois de seus associados se sentaram ao lado de Claire e sua equipe, Paul Task e sua conselheira Jane Allyson, em uma grande mesa coberta de documentos
e laptops. A conferência estava prestes a começar quando seu coração falhou uma batida. Ela o viu através da janela da porta. Ela viu seu perfil: forte, bonito e
inflexível. Ela viu quando ele falou com alguém no corredor, virou a maçaneta da porta e entrou.
Sr. Evergreen e Paul estavam falando, mas quando a porta abriu, todos ficaram em silêncio. A sala inteira se virou para reconhecer a entrada do Sr. Anthony Rawlings.
Sr. Evergreen se levantou. — Sr. Rawlings, eu pensei que nós discutimos isso e você não deveria participar desta conferência.
— Sr. Evergreen. — os dois homens apertaram as mãos. Claire involuntariamente tremia. Se ela soubesse que ele ia estar lá. —Agradeço a preocupação de todos com a
minha segurança. Vou repetir para você o que eu disse ao juiz Reynolds, eu não acredito que a minha mulher seja uma ameaça para o meu bem-estar. Eu acredito que
se nós pudermos ter alguns momentos a sós, podemos salvar os contribuintes de Iowa o custo de um longo julgamento e este tribunal algum tempo. Juiz Reynolds concordou
com o meu pedido. — o comando de Tony nesta situação era óbvio. Parecia que ele só pediu aos outros para sair da sala, mas na realidade isso tinha sido um comando.
Sr. Evergreen e sua equipe começaram a mover suas cadeiras e se levantar para sair. Paul e Jane sussurraram um ao outro quando Paul se levantou. Ele se inclinou
para Claire. — Vou confirmar que isto tenha sido aprovado pelo juiz Reynolds. — depois de falar com Tony, fazendo o seu melhor para parecer profissional, no entanto,
obviamente, intimidado por mera presença de Tony. — Sr. Rawlings, vou precisar confirmar que o juiz Reynolds, de fato, aprovou esta visita. Em situações como est—
a altura de Tony pairava sobre Paul quando ele interrompeu e deu a Paul um papel do bolso.
— Claro, Sr. Task, eu teria nada menos que o esperado. Aqui é a aprovação por escrito do bom juiz. — Paul pegou o papel e olhou seu conteúdo.
— Sra. Rawlings, isso parece estar em ordem. — os homens começaram a andar em direção à porta. Jane não se mexeu. Ela era o único membro de qualquer equipe observando
a reação física de Claire. Ela ficou olhando para suas anotações, para Claire e oara Tony. O silêncio se intensificou.
Finalmente, Jane se levantou e encontrou os olhos de Tony. — Sr. Rawlings.
— Srta. Allyson. — eles assentiram.
— Sr. Rawlings, isso é inesperado. Eu gostaria de falar com a nossa cliente, por alguns momentos e determinar o desejo dela em relação a esta reunião. Se você pudesse,
por favor, entrar no salão com o Sr. Evergreen e sua equipe, o Sr. Task e eu vamos discutir esta nova situação com a senhora Rawlings. — Tony começou a falar, mas
Jane continuou com convicção em seu tom. — E então, se a senhora Rawlings concordar com esta reunião, a comissão pode proceder de acordo com suas condições. — Claire
sentiu uma apreciação recente pela co-advogada.
Sr. Evergreen colocou a mão no braço de Tony e acenou com a cabeça. Tony olhou diretamente para Claire. Seus olhos escuros a tiraram o fôlego. Ela não tinha visto
aqueles olhos em quase uma semana. Eles a encheram de emoções intensas, tanto de amor e ódio. Ele lentamente concordou com um largo sorriso. Todo mundo saiu da sala,
deixando Paul, Jane e Claire sozinhos. Claire lembrou-se de respirar.
Paul começou, — Claire, você não tem que fazer isso. Mas se você não fizer isso, vai parecer que você não está interessada nos contribuintes. — ela não estava. —
Não é só isso. O fato de que ele está disposto a falar com você, a pessoa acusada de sua tentativa de homicídio, o faz parecer honroso e indulgente. Se você se recusa...

Claire ouviu, mas sua mente girava. Ela acreditava que Tony sabia que ela não faria isso. Talvez ele quisesse levá-la para casa, retirar as acusações, e esquecer
a coisa toda. Se ela saísse com ele hoje, ela estaria fora dessa cela. Ela estaria em casa!
Jane tocou no braço de Claire. Claire se virou para a expressão preocupada de sua advogada. — Claire, eu acho que cabe completamente a você. Tudo o que Paul disse
é verdade, mas nada disso importa. Você começou a tremer quando ele entrou na sala. Se você quiser, Paul e eu, — ela olhou para Paul, que não parecia tão forte como
Jane, — ou só eu, estaria disposta a ficar aqui com você.
Claire encontrou sua voz. — Isso não é o que ele disse. Ele quer falar comigo a sós.
— Claire, o que ele quer não é a questão. — sua voz era solidária e forte. — O que você quer?
— Eu quero que isso acabe. — ela olhou nos olhos de Jane. — Eu não fiz isso. — Jane não falou, mas ergueu as sobrancelhas. Claire endireitou as costas, endureceu
o pescoço e ergueu o queixo. — Eu quero falar com ele.
Paul disse que iria busca-lo. Jane se aproximou. — Você quer que eu fique? — Claire suspirou, ela manteve seus segredos, ela não tinha dito às pessoas o que ela
passou, e ela precisava que ele soubesse disso.
— Não, eu quero falar com ele a sós.
Jane sorriu e apertou o braço de Claire. — Vai dar tudo certo. Só saiba que você precisa discutir qualquer coisa com a gente antes de ser iniciada. Nós vamos estar
do lado de fora da porta. — disse a Claire e ela entendeu e, de repente pensou em sua aparência.
A advogada de Claire saiu quando Tony entrou. Eles acenaram para o outro. Tony fechou a porta e se virou para Claire. Ela viu quando ele sentou na mesa. Ele estava
bonito, em forma, e saudável. Alívio encheu sua alma, já que a tentativa de homicídio não lhe tinha causado danos.
— Tony, estou tão feliz que você esteja bem. — ela estendeu a mão sobre a mesa. Ele levou as mãos pequenas na dele. Claire continuou, — Você sabe que eu nunca faria
mal a você? — seus olhos apresentou a menor quantidade de marrom.
— Certamente parece que você fez. — ela balançou a cabeça e sentiu as lágrimas. Ele continuou, — Você me entregou o café, havia veneno no café.
— Você me disse para levar o café. Eu pensei sobre isso um milhão de vezes. Deve ter havido veneno no café já, ou no creme de leite. Eu simplesmente não sei. — ela
sentiu seu olhar enquanto ela continuava a falar, — Eu não sei quem faria isso. As únicas outras pessoas em casa eram o pessoal, o pessoal você empregou durante
anos. Mas deve estar na vigilância. Você tem câmeras na cozinha —
Ele interrompeu. — Todas as evidências apontam para você. Depois, há a maneira que você correu para o carro e foi embora.
Ela baixou os olhos, ela o desobedeceu. Ela sabia que não devia dirigir. — Eu sinto muito. — as lágrimas oscilaram em suas pálpebras inferiores. — Foi impulsivo.
Eu sabia que não devia levar um dos carros. Mas eu vi as chaves, eu não tinha tido a oportunidade em tanto tempo, o céu estava tão azul, e você tinha sido... bem,
a vida tinha sido imprevisível e eu senti como se estivesse sufocando. Eu só precisava de um indulto, uma pequena pausa. Mas, honestamente, Tony, eu estava prestes
a me virar para voltar para casa. Eu quero estar em casa. Eu quero estar com você.
Ele ergueu o queixo. — Claire, como estão suas acomodações? —as lágrimas deslizaram dos cílios e em suas bochechas. Ela não respondeu. Seus pensamentos estavam novamente
girando. Sua voz era tão baixa, que ninguém mais pode ouvir. — Consequências, aparências, eu pensei que você aprendeu suas lições melhor.
— Tony, por favor, me leve pra casa. Eu prometo que nunca vou decepcioná-lo novamente. Por favor, diga a eles que você sabe que eu não iria, não poderia fazer isso.
— seus olhos negros penetraram, mas ela empurrou, — Eu sei que haverá consequências e punição. Eu não me importo, contanto que você esteja bem. Eu só quero ir para
casa. Por favor. — mendigar não foi planejado, mas ela queria estar em casa. — Por favor, eles vão ouvir você.
Esperando sua expressão para conter a compaixão, ela ficou desapontada. — A coisa toda parece ser um acidente colossal. No entanto, tenho feito algumas pesquisas.
Parece que você pode alegar insanidade e receber tratamento em vez de prisão.
Ela surgiu a partir de sua cadeira e começou a andar. — O que você está dizendo? Eu não estou implorando insanidade. Isso significa culpada e louca. Não sou nenhum!
— ela se virou para olhar para ele. — E isso não foi um acidente. Eu não tentei te matar!
Ele se levantou e foi muito perto, olhando para ela. — Eu encontrei um hospital psiquiátrico que está disposto a aceitá-la. Eu vou pagar as despesas para que os
contribuintes não sejam responsáveis por sua falta de juízo.
— Estou aqui há mais de uma semana. Eu tenho sido questionada várias vezes. Eu não divulguei qualquer informação particular. Tenho seguido todas as regras. A única
coisa que eu fiz contra suas regras foi dirigir um carro. Isso é que é!
— Este fundamento vai evitar um julgamento. É compreensível. Você veio de uma família modesta. A vida que compartilhamos, as pressões e responsabilidades, com entretenimento,
caridades, e jornalistas, é compreensível. Você simplesmente não conseguia lidar com isso. — Claire se sentou, se sentindo cada vez mais doente. Tony caminhou até
ela, inclinando-se para manter contato com os olhos. — Eu deveria ter reconhecido os sinais. Talvez eu estivesse muito ocupado com o trabalho. Quando você cancelou
suas obrigações de caridade recentemente, eu deveria ter percebido como você se sentia sobrecarregada. — Claire ouviu enquanto ele falava. Era a sua expressão, um
sorriso, um que lembrou de um jantar de máscaras quase dois anos atrás, que falou mais alto que suas palavras. — Você queria sair, e em um momento de fraqueza -
não, em um momento de insanidade, você decidiu que a única saída era tentar me matar. — ela o viu. Este foi um discurso preparado. Meu Deus! — Eu estou apenas grato
que você tenha subestimado a quantidade de veneno necessária ou você poderia ter tido êxito.
A confusão na mente de Claire começou a se dissipar, o nevoeiro se dissipou, e ela podia ver Tony, sua expressão e significado quando ele falou. — E se você tivesse
conseguido, eu não estaria aqui para te ajudar agora. — de repente, ela percebeu que ele fez isso com ela. Era como os trabalhadores na Pensilvânia, ela já não importava.
Ele não precisava mais dela! Tony puxou uma cadeira para enfrentar Claire. —Você não está feliz que eu sou capaz de ajudá-la? — a confusão virou-se para entendimento.
Ele não iria ajudá-la. A realidade bateu nela, não um tapa físico duro, mas bem que poderia ter sido. Em vez de tristeza esmagadora, de dois anos de obediência e
submissão causou uma corrida avassaladora de hostilidade.
— E, Claire, eu ouvi dizer que os quartos do estabelecimento mental são maiores do que as celas na penitenciária federal. — seu sorriso se ampliou.
Ela ajeitou o pescoço e encontrou seus olhos. Já não fluindo lágrimas, em vez disso, seus olhos brilhavam de raiva. — Sim, Tony, eu estou tão grata. Você gostaria
que eu te mostrasse como eu sou grata? — sua falta de sinceridade e animosidade repentina veio alta e clara.
Tony se levantou, ajeitou o paletó. — Utilize o tempo que você tem que pensar sobre isso. Não faça outra pobre decisão impulsiva. Esta é a sua melhor oferta. — ele
bateu na porta. — Adeus, Claire.
Ela não respondeu. Os advogados reentraram na sala. Claire tinha nova determinação. Se ele estava planejando deixá-la, ela ia começar a falar. Sr. Evergreen falou.
— Sr. Task, se o seu cliente planeja alegar insanidade, a acusação terá avaliações psicológicas.
— Sr. Evergreen, eu não pretendo alegar insanidade. — todo mundo se virou para Claire, nos últimos cinco dias, ela mal tinha falado, mas ela continuou em um tom
determinado que nenhum deles tinha ouvido antes. — Posso te assegurar que eu não sou a pessoa que é insana, apesar de eu ter motivos. Eu sou inocente. Agora, se
você vai me desculpar novamente, eu preciso falar com o meu advogado.
Ela havia entrado este pré-exame disposta a se sentar passivamente e esperar por Tony resgatá-la. Virando-se para Jane, a única advogada disposta a enfrentar o marido,
ela disse, — Sra. Allyson, se pudéssemos adiar esse pré-exame, eu acredito que tenho alguma evidência para compartilhar com você e Sr. Task.
Nunca seja intimidado pelo silêncio.
Nunca se permita ser fazer uma vítima.
Aceite a definição de ninguém de sua vida. Defina-se.
- Harvey Fierstein
Capítulo quarenta e nove
Três dias era tudo o que tinham para se preparar para o novo pré exame. Claire passou horas com seus advogados descompartimentando tudo. Ela contou tudo o que ela
conseguia se lembrar dos últimos 22 meses. Tony não aprovaria. No entanto, ela foi brutalmente honesta, contando detalhes que ela tentou suprimir. Ela explicou o
contato inicial e contrato. Ela disse que pensou na data no medicamento de estupro, Rohypnol, foi usado para levá-la para Iowa, porque ela não conseguia se lembrar
de viajar de Atlanta. Esta recontagem poderia ter sido desmoralizante, mas de alguma forma se mostrou terapêutica, uma catarse.
Ela descreveu o respeitado, adorado empresário Anthony Rawlings como, vingativo, masoquista, cruel, um ser humano controlador. Ela realmente deixou sua casa em uma
pressa. Merecidamente, ela precisava conseguir uma pausa dele, suas regras, restrições e consequências. Se ele soubesse que ela deixou o imóvel sem a sua permissão,
ela teria sido punida. Ela explicou que as punições poderiam variar desde a verbal, mental, ao abuso físico. Em uma ocasião, cerca de seis meses depois que ela chegou
em sua propriedade, ele quase a matou. Ela falou sobre o isolamento que ele usou. Ela também falou sobre as façanhas sexuais, gravação de vídeo, controlar a natureza,
manipulação menta e dominadora e constante e de novo, de abuso físico.
Às vezes, eles paravam de tomar notas e apenas ouvir. Isso era muito maior do que qualquer coisa que eles esperavam. Juntos, Paul e Jane trabalharam para construir
um caso, e não de uma mulher tentando ganhar financeiramente com a morte de seu marido rico, mas de uma mulher abusada querendo apenas fugir da situação.
Paul acreditava que ela estava vivendo no inferno, mas havia pontos e eventos que ela teria de explicar. Ela afirmou que ela foi sequestrada, mas ela nunca tentou
pedir ajuda? Ela não vivia em uma mansão de milhões de dólares? Ela esperava que as pessoas acreditem que ela não tinha acesso a telefone, Internet, ou qualquer
coisa? Ela não se casou com este homem que ela descreveu como um monstro? Ela não aceitou presentes: roupas, dinheiro, joias, etc? Ela não o acompanhou em várias
viagens extravagantes? Ela não se sentou com um repórter da Vanity Fair e deu uma entrevista sobre o seu maravilhoso marido e sua incrível vida juntos?
Claire entendeu como as coisas pareciam. Ela sabia sobre as aparências. Mas ela sabia o que ela sofreu. Ela explicou que, mesmo depois as coisas ficaram melhores
com Tony, havia sempre a ameaça subjacente de abuso. As coisas melhoram após o abuso de quase-morte. Ele melhorou e ela acreditava que ela o amava. Mas sempre havia
regras e o lembrete de consequências para suas ações. Qualquer falha em ser perfeita pode resultar em punição. A verdade iria libertá-la e ela estava pronta para
contar toda a verdade ao mundo.
Sua equipe de advogados preparou uma breve preliminar. Ele informou a promotoria de sua estratégia de defesa. De nenhuma maneira com tudo incluído, ele enfatizou
a relação hostil entre o senhor e a senhora Rawlings. Salientou tendências agressivas, intimidação e controle do Sr. Rawlings. A única intenção da senhora Rawlings
no dia em questão era escapar da dura realidade de sua vida. Ela não planejou nem executou um plano para causar danos ao Sr. Rawlings.
O tempo para a reunião pré-exame remarcada chegou. Sr. Evergreen e sua equipe, assim quando Paul, Jane, e Claire foram novamente sentados em torno de uma grande
mesa. A única diferença notável nesta reunião foi o cabelo castanho de Claire. Entregando-se ao pedido de Claire, Jane lhe trouxe uma caixa de tintura de cabelo
castanha. Ela parecia mais jovem. A loira foi impressionante e bonita. Claire não se sentia nada disso.
Sr. Evergreen abordava Paul, — Como é que sua cliente pretende impugnar?
— Minha cliente não é culpada e os planos de impugnar como tal.
— Gostaria de fazer a sua cliente a algumas perguntas, para que ela saiba o que ela estará enfrentando no julgamento. Sr. Task, Sra. Allyson, você tem objeções a
este plano?
Paul começou, — Claire, isso não é uma má ideia, isso permite-nos compreender que a acusação está vindo com os seus encargos. Isso também permite que você experimente
a porção de perguntas do julgamento. As perguntas aqui não são solicitadas sob juramento. Você pode se recusar a responder. E as respostas não podem ser usadas contra
você no julgamento real.
— Tudo bem, por favor, pergunte. — a mente de Claire estava tomada. Ela era inocente e planejava dizer ao mundo a verdade sobre o que ela tinha sofrido. Tendo Marcus
Evergreen, um amigo de Tony, sentado à mesa era enervante. Afinal, Marcus assistiu seu casamento, Tony não aprovaria ela dizendo a ele certas coisas. Mas ela era
inocente, e se Tony não ia ajudá-la, a verdade faria.
Sr. Evergreen abriu seu laptop e começou seu interrogatório. —Primeiro, senhora Rawlings, como seu advogado informou, isto não está sob juramento e suas respostas
não podem ser usadas contra você no julgamento. Você também deve estar ciente de que minha equipe e eu lemos a breve preliminar do Sr. Task que discute a relação
entre você e seu marido, bem como suas alegações para o seu comportamento. Eu percebo que o Sr. Task e Sra. Allyson planejam usar suas alegações em sua defesa. Este
procedimento é um instantâneo de como eu e minha equipe planejam examinar isso. Você entendeu? — Claire assentiu. — Sra. Rawlings, por favor, responda todas as perguntas
verbalmente. — Claire disse que ela faria.
— Por favor, indique o seu nome.
— Claire Rawlings.
— Quanto tempo tem o nome dele?
— Anthony Rawlings e eu nos casamos no dia 18 de dezembro de 2010.
— Sra Rawlings, eu não perguntei quando se casou, mas por quanto tempo Claire Rawlings foi o seu nome. — Sr. Evergreen continuou com questões mundanas em relação
as datas e horários. Em seguida, as perguntas se voltaram para a sua vida antes de Sr. Rawlings. O que ela faz para viver? Onde ela morava? Como ela e Anthony Rawlings
se conheceram?
— Por que se mudou para a casa do Sr. Rawlings?
— Eu não me mudei para a casa dele, fui levada para a casa dele, — corrigiu Claire.
— Por que você foi levada para a casa dele?
— Sr. Rawlings e eu tínhamos um acordo de negócios.
— Que tipo de acordo que vocês tinham?
Claire hesitou. — Ele me contratou para ser sua assistente pessoal.
— E quanto ele pagou para ser sua assistente pessoal?
— Ele não chegou a me pagar. — Claire não tinha certeza de como explicar isso para que o Sr. Evergreen ou um júri entendesse.
— Você trabalhou de graça? Sim ou não?
— Não, na verdade ele pagou minhas dívidas.
Sr. Evergreen pareceu curioso. — Suas dívidas, ele pagou as suas dívidas. Ele te deu um carro e talvez um cartão de crédito?
— Sim.
— E você tem alguma ideia do valor total de suas dívidas?
Será que Claire sabe? É claro que ela sabia. Tony mencionou a quantia centenas de vezes durante o início de seu relacionamento. — Sim.
— Bem, senhora Rawlings, por favor, compartilhe. Qual foi o montante de dívida que o Sr. Rawlings pagou para você?
— Ele me disse que era 215 mil dólares.
— Nossa, U$215.000 dólares para ser sua assistente pessoal, era só isso? Ou havia outros benefícios? — benefícios, Claire não sabia o que ele queria dizer. Ele continuou,
—Sr. Rawlings forneceu habitação, vestuário ou alimentos?
— Sim, eu morava em sua casa. A minha comida era preparada e ele tinha roupa para mim.
— Agora, senhora Rawlings, eram essas roupas velhas ou ele te comprou roupas novas?
— Elas eram novas. Mas eu nunca pedi —
— Por favor, responda a pergunta. Assim, as roupas eram novas. Você viveu em sua mansão e ele pagou$215.000 dólares no valor da dívida. Me diga o que você fez como
assistente pessoal do Sr. Rawlings. Você atendia o telefone dele?
— Não. — ele continuou, Você respondeu seus e-mails? Não. Você coordenou sua agenda? Não. Você fez comida para ele? Não. Você fez bebidas para ele? Não.
— Sra. Rawlings, o que você fez?
Claire sentiu seu rosto corar. — Era para eu estar disponível sempre que ele me quisesse.
— Pode me explicar? O que quer dizer disponível sempre que ele quisesse? — Sr. Evergreen se inclinou para a mesa.
— Era para eu satisfazer seus desejos e necessidades sexuais. — Claire estava olhando para baixo.
— Você fez o seu trabalho?
— Eu não tive escolha. — Claire ainda estava olhando para a mesa.
— Sra. Rawlings, eu perguntei se você fez o seu trabalho. Sim ou não?
Claire olhou para o advogado de acusação em seus olhos. — Sim, eu fiz o que me foi dito.
— E se as minhas notas estão corretas, você e Anthony Rawlings casaram nove meses após você ter começado o seu trabalho, isso é correto?
— Sim, nós discutimos isso.
— Sim, nós fizemos. Estou apenas tentando entender. US$ 215.000,00 em habitação, alimentação e vestuário, por um período de nove meses, eu acho que o Sr. Rawlings
pagou cerca de US$1.000 por dia para o prazer sexual. Você deve ser uma grande foda!
Claire olhou para o Promotor. Jane e Paul explodiram, — Isso é desnecessário!
Sr. Evergreen pediu desculpas e continuou com seu interrogatório. Ele fez perguntas sobre o pedido de prisão de Claire. Em seguida, ele mostrou fotos dela com Anthony
em várias atividades: jantares, arrecadações de fundos e passeios. Claire pensou que ele tinha uma imagem de quase todas as vezes que ela estava fora de casa durante
os primeiros seis meses de sua prisão. — Você não entende. Eu só era permitida —
— Sra Rawlings, você terá a oportunidade de discutir suas razões para exagerar a verdade quando o seu advogado estiver interrogando você. Esta é a minha oportunidade.
Eu vou fazer as perguntas. — seu tom era condescendente. Ele continuou, perguntando sobre o suposto abuso físico. Será que ela tem algum declaração do médico? Teria
ela relatado o abuso? Ela disse a Sr. Rawlings que ela não gostou?
Isto tira Jane e Paul para fora de seus assentos. Claire se sentia mal. Sua cabeça latejava e seu açúcar no sangue parecia baixo. Ela se inclinou para Jane. — Podemos
parar para o almoço?
Enquanto Paul foi buscar sanduíches, Jane e Claire falaram em particular. Claire tinha dito todas as informações antes. Ela explicou como Tony era controlador, ela
não tinha sido autorizada a reclamar, ela não poderia deixar sua suíte por muito tempo, e ela nunca foi autorizada a deixar a propriedade sem a sua permissão, mesmo
depois que eles se casaram. Mas a forma como o Sr. Evergreen estava torcendo isso, parecia que ela era uma espécie de prostituta. Ele fez parecer que ela estava
atrás do dinheiro de Anthony desde o início. Jane lhe assegurou que a defesa tem a oportunidade de fazer mais perguntas após a acusação. Isso seria o seu tempo para
explicar as coisas para o júri.
Mesmo Jane estava preocupada com as imagens mostrando Claire e Anthony em público. Claire não se parecia com uma mulher que está sendo presa contra a vontade dela.
Jane tinha fotos em seu laptop enviadas pelo Sr. Evergreen durante o pré exame. Ela tirou uma foto dos dois em um restaurante chique de Manhattan. Claire se lembrou
daquela noite. Tony tinha completado um grande negócio e celebrou antes do jantar. Ela lembrou de odiá-lo naquela noite, mas a pessoa na foto não parecia que ela
o odiava. A Claire na imagem era a companheira perfeita, muito bem vestida, bonita, contente, e atenciosa. A percepção de que ela tinha aprendido suas lições muito
bem começou a fazer sua cabeça latejar.
Sentindo-se mais nutrida, eles retomaram o questionamento. —Sra. Rawlings, você afirmou que Anthony Rawlings era fisicamente e mentalmente abusivo, mas você decidiu
se casar com ele. Não é verdade?
— Sim.
— Agora pode nos dizer quem cuidou do casamento? E se foi bom?
— Tony pagou pelo casamento, ele contratou os planejadores do casamento, eles fizeram tudo e foi lindo. Você deve saber, você estava lá.
— Você tem alguma ideia do custo de seu casamento?
— Não.
— Bem, para sua informação chegou a mais de US$350.000. Seu vestido só foi mais de US$70.000. — Claire realmente não tinha ideia. — E esses números não incluem os
anéis ou a sua lua de mel. Sra. Rawlings, você pode nos dizer onde você passou sua lua de mel?
— Fomos para Fiji, para uma ilha privada.
— O custo desta lua de mel, senhora Rawlings, você sabe o custo?
— Não. Isso nunca foi discutido comigo. Eu não me importava com o dinheiro! — Claire de repente se sentiu cansada.
— Quando foi apreendida, você estava dirigindo um carro muito caro registrado em seu nome, usando várias peças de joias finas e roupas caras. Você ainda afirma que
você não se importa com dinheiro?
— Eu dirigi aquele carro porque eu encontrei as chaves. As roupas e joias eram tudo porque Tony me fez usá-las. Eu nem sequer escolhi minhas próprias roupas naquela
manhã.
Sr. Evergreen voltou para o seu laptop. — Agora, de volta para ao seu casamento. Você sabia que você e o Sr. Rawlings não tem um acordo pré-nupcial?
— Sim. Ele me disse que não precisava de um. Se eu jamais tentasse abandonar ele, não haveria consequências desagradáveis.
— Sra. Rawlings, estou fazendo as perguntas. Você sabia que seu cônsul jurídico queria que ele tivesse um acordo pré-nupcial?
— Sim, ele me disse, aquilo foi decisão exclusivamente dele.
— Será que você entende que, sem um acordo pré-nupcial, se você e Sr. Rawlings se divorciasse, você teria direito a metade de sua fortuna?
— Eu não tinha dado qualquer pensamento a isso.
— E eu suponho que você não tinha dado qualquer atenção ao fato de que se o Sr. Rawlings morresse, você seria a única herdeira de toda a sua fortuna.
— Honestamente, não.
Ele então mostrou a Claire uma imagem de um prédio de apartamentos em Atlanta. — Você reconhece este edifício?
— Sim.
— Eu diria que sim. É o apartamento em que morava antes de se mudar para a mansão do Sr. Rawlings. Quão grande era o seu apartamento?
Claire não tinha pensado nesse apartamento em quase dois anos. — Era um de um quarto com uma cozinha.
— Agora, senhora Rawlings, você reconhece esta residência? — era uma fotografia aérea da mansão. Ela mostrava as asas alastrando da casa, a piscina, a longa entrada,
os vários pátios, e as despesas maciças de terra ao redor de tudo.
— Sim.
— Sim, é a casa que você e o Sr. Rawlings compartilharam. Isso é correto?
Claire queria acabar com isso. — Sim, é.
— Sra Rawlings, quão grande é esta casa?
— Eu não sei. Quer dizer, em metros quadrados? — ela estava ficando irritada.
— Tudo bem, então. Quantos quartos? — Sr. Evergreen estava sorrindo.
Claire pensou nisso por um minuto. — Honestamente, eu não sei. Quer os quartos das equipes de funcionários contados também? Eu não sei.
— Então me deixe ver se entendi. Você tem sido mantida em cativeiro nesta casa há quase dois anos e você não sabe quantos quartos existem lá? Ou talvez você estivesse
curtindo a vida de luxo demais para se preocupar com tais coisas? — Sr. Evergreen bateu tela de seu computador. — Bem, vamos mudar de marcha. Você se reconhece nesta
foto? — Claire assentiu. — Você pode me dizer onde você está e o que você está fazendo?
— Estou no shopping, em Davenport.
— Você está no shopping. Mas eu pensei que você não tivesse dinheiro?
— Tony me deu um cartão de crédito.
— Isso foi antes ou depois de se casar?
— Eu acredito que essa imagem é de antes. Mas, falando sério, você não —
Sr. Evergreen interrompeu. — Sra. Rawlings, permita-me fazer as perguntas. Assim, o Sr. Rawlings te deu um cartão de crédito antes de se casarem. Quem pagou a conta?
— Ele.
— Quem está com você nesta viagem de compras?
— Eric, o motorista do Sr. Rawlings estava lá no carro.
— Então, se você fosse uma prisioneira, não teria sido esta uma excelente oportunidade para escapar? Afinal, você está sozinha em Davenport. Sra. Rawlings, você
tentou fugir?
— Não, eu estava com medo.
— Atenha-se a respostas sim e não. — Sr. Evergreen olhou para suas anotações na tela. — Você só podia usar seu cartão de crédito em Davenport?
— Não.
Sr. Evergreen mostrou mais algumas fotos: Claire, na Quinta Avenida, em Manhattan, as compras na Saks Fifth Avenue, em Chicago. — Sra. Rawlings, você usou o cartão
de crédito dele nessas ocasiões?
— Sim.
— Onde você está? — perguntou ele, apontando para uma foto.
— Estou em Manhattan.
— Então você está comprando em Manhattan. Que desumanidade esta prisão! Quanto você tinha para gastar, ou me deixe perguntar, você sabe o quanto você gastou nesta
viagem de compras em particular?
Claire fez. — Sim, eu gastei US$5.000. Mas me disseram que —
— Sra Rawlings, vamos continuar. Você teve um cartão de crédito, uma vez que estava casada?
— Sim.
— Você já teve a oportunidade de usá-lo?
— Sim.
Ele estava olhando diretamente para ela. — Essa coisa de dinheiro não era tão ruim agora, foi?
— Eu não quero o dinheiro. Eu não quero o dinheiro dele. Eu disse a Tony que eu não me importava com o dinheiro —
Mostrando a Claire um endereço e número de telefone e e-mail, — Senhora Rawlings, você reconhece este endereço de e-mail?
— Sim.
— É seu. Isso é correto?
— Sim, é, mas —
— Sra. Rawlings, cujo número de telefone celular é este?
— Meu.
— Sra. Rawlings, eu pensei que você disse que estava isolada, que não havia maneira de se comunicar. Me deixe ver, eu acredito que tenho fotos de você e seu marido,
no Havaí, Lake Tahoe, San Francisco, e sim, na Europa. Sra. Rawlings, você gostou do sul da França? — a cabeça de Claire latejava com intensidade crescente.
Sr. Evergreen entrou em um longo discurso sobre como uma garota do tempo desempregada no fundo da dívida correu a um solitário homem de negócios rico e sem herdeiros.
Este foi um empreendedor que não só fez sua fortuna através de muito trabalho, mas foi altamente considerado, devido aos seus esforços benevolentes. Ela, então,
ela o seduziu em emprega-la como uma prostituta e o atraiu para se casar com ela sem um acordo pré-nupcial. Dada a oportunidade perfeita, esta mulher espalhafatosa
coloca veneno no café do pobre marido desavisado dela. Se isso não bastasse, mandou seu motorista para longe em uma perseguição de ganso selvagem e foi embora. Isso
teria funcionado, só que com a tecnologia como era, quinze pessoas testemunharam o colapso e a ajuda chegou a tempo. A promotoria tinha muitas testemunhas de caráter
que testemunham o espírito generoso e o bom coração do Sr. Rawlings. Ninguém vai apoiar suas acusações caluniosas desse homem respeitável.
Claire tinha ouvido repetidas vezes que as aparências eram tudo? A pequena sala se tornou menor. A cabeça de Claire começou a doer, com o coração ferido. Ela viu
as imagens e as expressões de seus advogados. Ela ouviu as acusações de Marcus Evergreen e provou a bile azeda quando seu estômago revirou e se virou.
Nós não podemos mudar as nossas memórias,
mas podemos mudar seu significado
e o poder que elas têm sobre nós.
- David Seamands
Capítulo cinquenta
Ele olhou para a pintura na parede de blocos de concreto. Por que eles sempre usam esse verde pálido? Se era para parecer alegre, falhou. Anton continuou a observar
a parede, mesmo que ele tivesse ouvido a porta, sabia que o guarda e prisioneiro tinham entrado. Ele não podia suportar ver seu avô sendo conduzido.
Anton esperou, as mãos nos bolsos, até que ouviu a porta se fechar novamente. Virando-se, ele encontrou os olhos, os olhos desafiadores escuros. Se seu avô estava
vestindo um terno e se a mesa de metal era uma mesa de mogno, Nathaniel teria parecido como na memória de Anton. Sua expressão não mudou. Eles podem o ter colocado
nesta prisão maldita, mas com certeza não estavam mantendo sua mente aqui.
— Então, menino, você estudou a identidade dele? — Cole Mathews trabalhou lado a lado com Nathaniel Rawls por quase dois anos. O dia antes da prisão de Nathaniel,
ele não apareceu para o trabalho. Ele não ligou. Ele desapareceu. Quase um ano depois, a informação de que apenas iniciados saberia, ajudou a levar à condenação
do Sr. Rawls. A informação divulgada apenas foi que um agente do FBI havia sido incorporado para investigar as alegações federais. Claro que, para proteger sua identidade,
seu nome nunca foi divulgado. Mas esta foi a década de oitenta, e Anton Rawls sabia o seu caminho em torno de um computador melhor do que a maioria. Hacking é um
termo tão negativo para a pesquisa.
Anton colocou a pasta de papel pardo na frente de seu avô. — Sim, senhor. Eu encontrei o seu nome e informações pessoais suficiente para localizá-lo.
— Eu sabia que você não iria me decepcionar. — ele abriu a pasta e examinou o conteúdo. — Ele tem uma esposa e família. — ele passou mais alguns minutos lendo as
páginas. Então de repente, fechou a pasta, batendo a mão na mesa. — Esse filho da puta vai pagar! — sua cadeira bateu na parede enquanto ele levantava com força.
— Você está me ouvindo, rapaz?
— Sim, senhor, eu ouvi. — Anton observou quando seu avô andava em seu uniforme da prisão.
— Não só ele. Claro que não. Ele roubou o meu mundo. Ele levou a minha família para longe. Seus malditos filhos, seus filhos, seus filhos... todos eles vão enfrentar
as consequências de seus atos! Ele levou tudo. — os olhos de Nathaniel escureceram quando ele se aproximou de seu neto. — Você sabe o que?
— Não, senhor.
— Você não pode perder tudo até que você tenha tudo a perder. — mais estimulação. — Eu tinha tudo, e agora olhe para mim! Esse homem e sua família maldita vão pagar!
— ele se moveu muito perto de seu neto. — O dia que eu sair deste buraco, eles vão. Cada um deles vai se arrepender do dia em que ele decidiu me derrubar.
Anton notou a diferença no som de seus passos. Seus sapatos de sola dura fizeram um barulho distintamente diferente dos sapatos com sola de borracha de seu avô.
Eles guincharam. — Há mais, senhor. — Nathaniel se virou para as palavras de seu neto.
— O quê? O que mais você conseguiu?
— Ele teve ajuda. Ele trabalhou lado a lado com um oficial de valores mobiliários chamado Burke. Mathews alimentava Burke a informação. Se este oficial não tivesse
dirigido Mathews, ele não teria sido tão profundo na coleta de evidências. — Anton observava a sombra do rosto de seu avô crescendo em intensidade carmesim enquanto
ele falava.
— E seu pai? — a escuridão dos olhos de Nathaniel tirou o olhar de Anton para ele. Ele se sentiu compelido a manter contato visual e entregar o resto de sua informação.
— Ele testemunhou para o Estado. — o ritmo de Nathaniel continuou. — Foi feito à portas fechadas, mas não é segredo. A mídia o chama de herói em nossa família.
Nathaniel caiu de face vermelha e derrotada em sua cadeira. A percepção de que seu filho tinha se transformado em testemunha do Estado foi, obviamente, o que o afetou.
Seu tom de voz suavizou. — Rapaz, você vai sobreviver.
— Sim, senhor, eu irei.
— Estar aqui hoje, descobrir esta informação e mais importante, ter a coragem de trazê-lo para mim, são todas as evidências de seu futuro. Seu pai sempre foi uma
decepção, mas eu acredito que ele era melhor em uma coisa que eu. — Anton se sentou na cadeira de metal de frente para o avô. Havia sinceridade em seu tom de voz
e palavras, ele pediu para Nathaniel para ir adiante. — A opinião pública, eu nunca dei a mínima para o que os outros pensavam. Eu trabalhei duro e merecia todo
o dinheiro e posses. Eu queria mais. Isso nunca foi um segredo. Lembre-se disso, você pode querer todo o mundo maldito, mas nunca mostre isso. — Nathaniel olhou
para a câmera, no canto da sala. — Se eles sabem o que você quer, eles vão levar embora. Mantenha as aparências, rapaz. Se você fizer isso, você pode ter tudo que
você quer, o maldito mundo inteiro é seu.
A felicidade não depende de quaisquer
condições externas,
é governada pela nossa atitude mental.
- Dale Carnegie
Capítulo cinquenta e um
Claire tinha estado presa por mais de três meses, e tinha chegado a um acordo com o conhecimento de que não iria acabar em breve. A cela claustrofóbica e virtual
isolamento eram sua nova norma. Surpreendentemente, ela estava se adaptando. Foi difícil no começo, mas com o tempo, ela desenvolveu força e determinação.
Em 18 de abril de 2012, o tribunal ficou vazio, exceto pelo juiz, réu, e equipes jurídicas. Cada palavra ressoou em todo o salão cavernoso. Claire Nichols ficou
na frente do juiz do tribunal federal e com a ajuda de sua equipe legal, não contestou a acusação de tentativa de homicídio. Quando o juiz explicou as consequências
da alegação de Claire, ela ouviu, sentiu o bom acabamento da cadeira que ela usou para o apoio, viu os lábios do juiz e chorou em silêncio.
Esta alegação a salvou da indignidade de um julgamento com júri. Ela não admitia a culpa, não iria, mas não poderia contestar as acusações. Por isso, ela iria tomar
uma sentença menor, mas não poderia decidir mais tarde para recorrer. Ela evitaria Sr. Evergreen e suas perguntas. Ela iria escapar dos olhos penetrantes escuros
de Anthony Rawlings enquanto ela testemunhava. Ela não precisa explicar para o mundo inteiro como ela foi forçada a fazer as coisas e como as coisas eram tão diferentes
de como elas pareciam. Ela poderia simplesmente ir embora calmamente.
O tribunal da opinião pública não tinha ido bem também. O povo de Iowa e dos Estados Unidos todos a consideraram culpada. Eles a denominaram como uma interesseira.
Naturalmente, a maioria das informações não tinham saído. Mesmo o que compartilhou com os membros de ambas as equipes jurídicas, permaneceu privado. Anthony Rawlings
fez certeza.
O juiz federal a condenou a sete anos de prisão, menos tempo de serviço, para ser servido em uma penitenciária federal de segurança moderada. A gravidade do seu
crime exigia uma instalação de segurança moderada. Aparentemente, até mesmo o seu ex-marido depôs ao juiz, pedindo para uma instalação de segurança mínima, mais
uma evidência de seu caráter bom, benevolente.
O advogado em nome de Anthony Rawlings entrou com a papelada necessária para dissolver o casamento entre ele e Claire Nichols. É claro que não havia nenhuma competição.
Com algumas ligações, os documentos judiciais foram acelerados. O divórcio foi finalizado em 20 de março de 2012. Uma vez que não houve um acordo pré-nupcial, Claire
recebeu nenhuma compensação financeira para o casamento de quinze meses. Afinal, ela foi acusada de sua tentativa de assassinato. Por que ela iria receber qualquer
compensação financeira?
De acordo com os programas de televisão sujos que passavam na área comum da prisão, Sr. Rawlings não estava tendo nenhum problema em encontrar mulheres para ocupar
seu lugar. O mundo se reunira em torno dele e de sua situação infeliz. Até mesmo as ações das Rawlings Indústrias dispararam.
A pequena janela na porta da cela de Claire permitia que uma quantidade mínima de luz fluorescente penetrasse, fazendo as paredes monótona e incolores. Ligando sua
lâmpada de mesa, encheu a sala com uma sensação de calor. Sua cela na Instituição Correcional para Mulheres de Iowa era pequena e seria sua casa por pelo menos mais
quatro anos. Ela foi sentenciada a sete, mas elegível para liberdade condicional em quatro. Claire era boa em seguir regras.
Ela tinha uma cama dupla, cômoda, uma área de suspensão aberta, algumas prateleiras e uma mesa com uma cadeira. Não era muito, mas ela se sentiu contente. Ela tinha
experimentado mais e não tinha funcionado bem para ela. Com a mesmice diária reconfortante, ajudou Claire a sobreviver. Não houve surpresas, tudo era previsível.
Dia após dia, a mesma rotina: acordar, vestir e café da manhã, depois de volta para sua cela, sozinha, até o almoço. Almoço e, em seguida, um bloco de uma hora de
tempo livre, em um grande ginásio, a biblioteca da prisão, ou o parque. Claire amava o exterior. Ela ia lá sempre que o tempo permitia. Em seguida, de volta para
sua cela até o jantar. Após o jantar, havia uma hora comum opcional, se você ganhasse esse privilégio, por mais uma hora. Claire ganhou, mas optou pela cela. Companheirismo
necessitava da confiança na outra pessoa. A confiança de Claire não se estendia além de si mesma por mais tempo. Ela ficava em sua cela até que sua campainha tocava.
A campainha indicava que era hora de tomar banho; após o banho, de volta à sua cela, luzes apagadas às 11h00. Simples e previsível, Claire tinha sofrido imprevisibilidade
suficiente.
Ela passou o tempo livre lendo. Emily tentou enviar seus livros o mais rápido possível. Ter uma irmã e marido na cadeia era difícil para Emily. Ela foi convidada
a deixar seu emprego de professora em Troy. O sistema escolar privado precisava manter a sua reputação, e, aparentemente, alguns doadores estavam preocupados com
sua influência sobre as crianças. Ela voltou para Indiana para ambientes familiares e ensinou por um sistema de escola pública perto de Indianapolis. O dinheiro
não era bom, mas pelo menos ela poderia sobreviver.
Foi uma viagem de duas horas de Iowa City para Mitchellville. Que Brent Simmons deveria ter utilizado um motorista. Foram quatro horas que ele poderia ter trabalhado,
mas ele escolheu dirigir. Ele queria ficar sozinho e chegar a termos com a atribuição à frente dele. Claire Nichols precisava ser informada de uma possível ação
civil pendente. Brent sabia como diretor do conselho jurídico para Rawlings Industries que ele poderia ter enviado alguém. Ele queria mandar alguém. Sr. Rawlings
deixou claro que não era uma opção.
O sol de julho brilhava na calçada na frente. Momentaneamente, ele estava distraído com a ilusão do cintilante líquido à distância. Ele não queria enfrentar Claire,
vê-la na instituição correcional. Ele sabia que ela não pertencia àquele lugar, e ele não a tinha ajudado. Ela provavelmente se sentia abandonada. Ela estava. A
mente de Brent voltou a janeiro, para aquele telefonema terrível dizendo a ele e Courtney que alguém tentou matar Tony. Eles estavam planejando voltar de Fiji, em
três dias, é claro que eles voaram para casa imediatamente.
Quando encontraram Tony, ele ainda estava internado. Ele parecia e soava saudável, mas sua disposição não foi agradável quando ele informou que todas as evidências
apontavam para Claire. Courtney ficou devastada, ela discutiu com Tony. Depois que ela saiu do quarto, Tony informou a Brent que eles não eram autorizados a visitar
ou ajudar Claire depois do que ela fez. Isso não veio bem com Courtney. Ela foi assim mesmo. De alguma forma, Tony descobriu e Brent teve um inferno para pagar.
Brent não estava diretamente envolvido na ação criminosa. Na verdade, o estado de Iowa acusava Claire Rawlings de tentativa de homicídio, não Tony. Mas Brent estava
envolvido em um divórcio acelerado. Marcus Evergreen, procurador-chefe do Condado de Johnson, tinha informações necessárias para a petição de Brent. Era meados de
fevereiro, quando a secretária de Marcus utilizou um mensageiro para entregar um pen drive para Brent. Ela continha os documentos que precisava. Ele planejava deixá-lo
no escritório, mas no último minuto, decidiu levá-lo para casa para dar uma olhada nisso.
Courtney ia sair para jantar com amigos quando Brent puxou o pen drive em seu computador de casa. Havia apenas uma pasta: ‘Rawlings, Claire’. Ele abriu. Ela continha
vários arquivos. O que ele precisava era de ‘Rawlings vs. Rawlings’. Deve ter sido o único na unidade. Não era. A única intitulado ‘Estado de Iowa vs. Rawlings:
Preliminar Resumo – Task’ se sentou bem na frente dele. Era antiético e provavelmente ilegal, mas ele a abriu. Jovens advogados era faladores. A breve preliminar
de Paul Task tinha 147 páginas! Brent fez uma careta e balançou a cabeça para a inexperiência do advogado de Claire. Ele começou a fechar o arquivo quando ele se
concentrou nas palavras, de repente paralisado.
Duas horas e três doses diretas de Blue Label mais tarde, todo o documento foi lido. As descrições e detalhes da vida de Claire enquanto com Tony, foram nauseantes.
Afirmou-se mais de uma vez que este foi apenas um exemplo do tratamento que ela sofreu, havia mais. Como isso pode estar acontecendo e eles não sabiam? Ele entrou
em pânico, pensando que ele não deveria ter lido e deveria excluir.
No entanto, em vez de excluir, ele fez uma cópia eletrônica em uma unidade pessoal e imprimiu uma cópia. Em seguida, ele apagou a partir da unidade original. Se
questionado, ele negaria que ele tinha estado presente. Ele queria dar um soco em Tony, mas Brent sabia que ele nunca poderia deixar Tony saber que ele leu o resumo.
Planejamento manter isso para si mesmo, ele decidiu esconder a cópia em papel em seu cofre e colocar a unidade em uma caixa especial na gaveta de sua mesa. Antes
que ele tivesse a chance de seguir com esses planos, Courtney chegou em casa. Ela soube imediatamente que algo estava errado e assumiu que Tony era o responsável.
Talvez tenha sido o whisky combinado com impotência para Claire, mas Brent entregou a Courtney a cópia em papel. Em retrospectiva, foi um erro que quase lhe custou
o casamento de vinte e oito anos. Quando ela terminou de ler, ele fez duas perguntas simples: — Você acredita nisso? Você acha que ela está dizendo a verdade?
Courtney entrou em erupção! Ela acreditava em cada palavra e queria a cabeça de Tony em uma bandeja. Ela também queria que Brent deixasse o emprego, se mudasse para
longe de Iowa City, e o mais importante, ajudasse Claire. Oprimido, Brent explicou que nada disso era possível. — Não podemos.
— Por que não? Ela me disse na prisão ela não fez nada! Eu sabia que algo estava errado. Eu ficava perguntando. Por que eu não empurrei mais? Deus, ela disse que
ele a machucou na Califórnia. Ficamos com eles! Brent, pense em Claire, na idade dela. E se as coisas que você leu acontecesse com a nossa filha?
— Eu mataria o filho da puta! Mas não o fizeram. E ele não só é o meu chefe, ele é agora o chefe de Caleb. Você não acha que, à luz desta nova informação é coincidência
que ele ofereceu recentemente a Caleb um ótimo trabalho? Agora ele não apenas nos possui, mas também o nosso filho e futura nora.
— Esta é América, apenas saia!
— Courtney, eu não posso. Você não anda para longe de Tony. Pergunte a John Vandersol. — Brent não tinha a intenção de divulgar essa informação, só escapou. Courtney
se sentou atordoada. Serviu-se de outra taça de cabernet e releu o documento. No dia seguinte, enquanto Brent foi trabalhar, Courtney foi embora. Ele chegou em casa
com um bilhete: — Se alguém perguntar, eu estou cuidando da minha mãe doente. Não tente ligar ou se comunicar, eu não estarei disponível. — Brent tentou inúmeras
vezes.
Mais de uma semana depois, ela voltou. Brent se lembrava de se preocupar com o que ela diria. Ele esperava: — Você é fraco e eu estou farta, eu quero o divórcio.
Em vez disso, Courtney se desculpou. — Eu não estava lá para Claire e, aparentemente, não posso estar lá para ela agora. Eu posso estar aqui para você. Você não
deveria ter que enfrentar esse bastardo todos os dias, sem apoio. Eu te amo e vou apoiá-lo. Mas saiba disso: Eu quero sair daqui e ficar longe dele. Deste ponto
em diante, nós lentamente e discretamente moveremos nossos ativos longe das ações da Rawlings e trabalharemos para libertar a nossa família. Isso vai começar com
Caleb, antes que ele chegue muito profundo. Você concorda?
Brent fez que sim. Ele queria sair também. A primeira vez que Courtney precisava ver Tony cara a cara, Brent estava preocupado. Ela fez muito bem. Se ele conseguiu
reunir um sorriso falso e se Claire poderia fazê-lo, ela poderia também. Eles já estavam preparando o terreno para a mudança de Caleb para outro local de trabalho.
Quando Brent desceu do carro e entrou na instituição, se preocupava com Claire, como ela se parece? Será que ela foi capaz de sobreviver? Como? Ele odiava Tony e
condenava ele a cada passo ecoando pelos longos corredores de azulejos.
Um guarda o levou para um pequeno quartinho, iluminado com um brilho fluorescente, que continha uma mesa de aço e quatro cadeiras. Brent colocou sua pasta sobre
a mesa e esperou. Olhando ao redor, ele notou a câmera visível no canto. Ele lembrou da filmagem mencionada na breve preliminar e de sua conversa com Tony.
— Você quer que eu vá dizer a Srta. Nichols (Tony não gostava de ouvir o primeiro nome dela) que você está considerando uma ação civil contra ela, para quê?
— Calúnia e difamação de caráter.
— Por que, o que ela disse?
— Não importa. Você não precisa saber. Você só precisa fazer o seu trabalho. — a voz de Tony era plana e autoritária.
Na realidade, Brent estava pescando, Tony iria compartilhar partes da informação que Brent já sabia? Ele também se perguntou se Tony sabia que ele sabia, aparentemente
não. — Tony, há muitos membros da equipe de advogados que não têm sido tão envolvidos com a Srta. Nichols como eu. Talvez um deles pudesse informá-la do fato iminente?
— Não. Vai ser você. — seu tom era firme e os olhos intensos. — Você já notou as câmeras agradáveis nos quartos dos visitante? Essas fitas estão disponíveis por
um preço. Vou assumir que você não vai repassar informações a ela que não está relacionada com o processo. Como um lembrete, esta não será uma visita amigável. —
Brent disse que ele entendeu.
Claire estava lendo em sua cela naquela tarde de julho, quando a sua campainha soou. O som significava que ela precisava ir para a porta. Ela estaria recebendo alguma
coisa, geralmente um pacote. Desta vez, um guarda informou que ela tinha um visitante e sua presença era imediatamente exigida na área de visitante.
Claire só recebeu dois visitantes desde sua prisão. A primeira foi em Iowa antes que ela desse sua declaração, quando foi transferida para a penitenciária. Seguindo
um guarda, ela encontrou sua melhor amiga a espera. Courtney estava em Fiji durante a prisão de Claire e veio assim que eles voltaram. Visivelmente perturbada, quando
Claire foi escoltada por um guarda, Courtney pediu desculpas a Claire por não ser uma amiga melhor. Se tivesse prosseguido suas preocupações mais, talvez Claire
não teria sentido a necessidade de recorrer a tais medidas drásticas para ficar longe de Tony. Claire assegurou-lhe, — Eu não tentei matar Tony. Por favor, não acredite
em tudo que você ouve ou vê. Lembre-se da relação de Tony com as aparências. Muitas vezes, as coisas não são como parecem. — Courtney disse que entendia e tentava
ajudá-la, mas... Brent, o seu trabalho... Claire não teve notícias dela desde então. Honestamente, ela entendeu.
O único outro visitante desde sua prisão era Emily. Claire sabia que a viagem para Mitchellville, Iowa foi difícil para ela. Quando Emily tinha tempo para viajar,
ela iria visitar John em Nova York.
Agora Claire curiosamente seguia o guarda pelos corredores e através de múltiplas portas, cada bloqueio e desbloqueio fazendo o sinal sonoro eletrônico. Vestindo
sua roupa de prisão, ela entrou em uma sala para encontrar Brent Simmons. Fazia tanto tempo, que ela momentaneamente pensou que ela estava vendo um amigo visitar
um amigo. A expressão de Brent instantaneamente a fez mudar de ideia. Claire sentou onde o guarda indicou. O guarda então saiu do sala, deixando Brent e Claire sozinhos.
Ela sabia que isso eram negócios, mas ele era seu amigo. Ela não conseguia se conter. — Brent, como você está? Como está Courtney? Quando é o casamento de Caleb?
Com o rosto feito em pedra, Brent respondeu, — Sra. Nichols, fui instruído para informá-la de uma ação civil iminente em que você vai ter o nome de ré.
Criando uma persona igualmente profissional, Claire respondeu: — Tudo bem. Obrigada por me informar, posso perguntar os motivos para este fato?
— Meu cliente tem razão para acreditar que você tem falado calúnia contra ele. Esta difamação de seu personagem está sendo considerada uma manobra para prejudicar
a sua reputação pessoal e profissional. — Brent disse o que era necessário, com o comportamento necessário, mas seus pensamentos estavam em outro lugar. Claire parecia
diferente do que ele esperava. Não foi só o cabelo e as roupas, ela tinha confiança e força. Estas qualidades nunca tinham sido evidentes antes. Ele lembrou de vê-la
pela primeira vez no avião de Tony para Nova York. Ela parecia nervosa e insegura, ainda que tentava parecer o contrário. Agora, depois de quase seis meses, três
em uma penitenciária federal, Claire parecia forte e independente. Ele sabia que não era o lugar onde ela estava, mas onde ela não estava. Ela não tinha estado sob
o olhar dos olhos negros. Assim como os buracos negros reais que sugava a força, confiança e garantia de alguém próximo o suficiente para ser puxado em sua órbita.
Considerando cuidadosamente as palavras de Brent, Claire riu e respondeu, — Obrigada, Sr. Simmons. Estou muito preocupada que o seu cliente vai querer minhas alegações
tornadas públicas, como aconteceria em tal processo.
— Sra. Nichols, danos à reputação profissional do meu cliente pode resultar em uma perda de renda. A ação civil pública destina-se a subsidiar a perda de renda.
Sorrindo, ela disse, — E, claro, eu tenho o capital necessário para subsidiar a renda de seu cliente.
— É minha responsabilidade informar que tal fato é considerado e se arquivado, você poderia ser considerada responsável. — Brent se levantou para sair.
— Brent, por favor você pode falar comigo por um minuto? — o olhar derrotado dos seus olhos disse que não. Brent estava indo para os cinquenta, mas seu rosto parecia
muito mais velho. Havia linhas e círculos definidos sob os olhos tristes. Ele continuou a recolher seus pertences. — Sr. Simmons? — eles fizeram contato com os olhos.
— Sua esposa me disse uma vez que a vida não é um teste diário. Ela disse que a perfeição não é sempre necessária. Eu quero que você saiba que eu sei. Eu sei melhor
do que ninguém, hoje você acabou de passar por um teste. — ela viu a mudança em seus olhos, eles brilhavam com uma minúscula quantidade de umidade e ele nunca, tão
pouco acenou com a cabeça em concordância. Ele se dirigiu para a porta. — Mr. Simmons, mais duas coisas. — ele parou, ela parecia tão confiante. — Se o assunto vier
a ser debatido, congratulo-me com o fato. Ele vai me dar a oportunidade de fazer as minhas alegações de novo, talvez a um fórum mais amplo. — ele balançou a cabeça
com um sorriso. Ela estava certa. Tony nunca correria o risco dessa exposição. — E outra coisa, eu realmente amo e sinto falta da sua esposa. Se ela se importa,
por favor, diga a ela que eu realmente estou bem. Mais bem do que eu costumava estar.
— Obrigado, Sta. Nichols. Você foi notificada.
— Sim, Sr. Simmons, eu fui. Obrigada. — ele bateu na porta e o guarda abriu a porta. Ele foi embora. O guarda levou Claire de volta para sua cela. Andando pelos
corredores, através dos vários portões fechados, Claire não podia deixar de sentir pena de Brent. A prisão dele era mais um inferno do que a dela.
Cerca de três semanas depois, ela recebeu uma curta nota pelo correio. O endereço de retorno era uma caixa postal em Chicago, ela não reconheceu o nome. Mas a nota
encheu Claire com o amor e apoio. Não era muito, mas era algo. Para Claire, isso era muito!
Eu me importo. Estou feliz. Sinto muito. Eu sinto falta de você também, e eu espero ser capaz de fazer mais. Eu te amo! Cort
Claire manteve a nota e a lia diariamente. Com o tempo, mais notas chegaram. Sue e Tim tiveram um menino saudável. O casamento de Caleb e Julia será em junho de
2013, pequenos pedaços de informações sempre assinadas com amor.
Você tem que aceitar tudo o que vem e
a única coisa importante é que você a encontre
com coragem e com o melhor que você tem para dar.
- Eleanor Roosevelt
Capítulo cinquenta e dois
Quando o pacote chegou em outubro de 2012, Claire assumiu que era de Emily. Afinal, ele tinha seu endereço de retorno no rótulo. No entanto, quando ela abriu a caixa,
ela sabia o contrário. Continha revistas antigas, recortes de jornais ou recortes fotocopiados, e algumas fotografias. Tudo na caixa foi meticulosamente organizado
em ordem cronológica. O primeiro item foi uma nota, não assinada, mas não precisava ser.
Considere essas informações talvez o único ato de completa honestidade que eu já mostrei. Eu não precisava fazer isso, mas eu escolhi educá-la um pouco mais. Esperamos
que você vá entender que você era apenas uma peça do quebra-cabeça. Todos os comportamentos, bons ou maus, têm consequências, e até mesmo a verdade não pode lutar
com as aparências.
Como eu suponho que você tem bastante tempo disponível para você, leia tudo. Você verá que é esclarecedor. Em outra vida, em circunstâncias diferentes, poderia ter
sido diferente. Você me ensinou muito, eu acredito que você aprendeu algumas lições também.
OBS: Eu te disse uma vez que suas respostas adequadas beneficiariam você. A consequência não poderia ser melhorada, mas você teve um efeito positivo sobre as ações,
para que ambos deveríamos ser gratos. Eu sou.
Colocando a caixa no canto de sua cela, ela começou com o primeiro item. Datado de 1975, era uma cópia de um artigo de jornal velho que falava longamente sobre Rawls
Corporation, uma empresa privada especializada em têxteis. O proprietário, Nathaniel Rawls, da Rawls Corporation estava indo a público. Foi inaugurado na Bolsa de
Valores em cinquenta centavos por ação. No primeiro dia, ele subiu para oitenta e nove centavos por ação. Claire não entendeu o significado desta informação. Mas
Tony disse a ela para ler tudo, por isso que ela fez.
Quando ela viu o item seguinte, ela percebeu o significado. Era um artigo de revista da Newsweek, 1979. O que lhe chamou a atenção foi a imagem de uma casa, que
parecia muito com a de Tony. Na frente da casa, estava uma família. A legenda dizia, ‘Nathaniel Rawls, sua esposa Sharron, seu filho Samuel, sua nora Amanda e neto
Anton’.
O menino parecia ter doze a quatorze. Mesmo com essa idade, ela podia ver seus olhos escuros. O artigo expôs sobre o sucesso de Rawls Corporation. Um recente desdobramento
confirmou o que todos estavam dizendo, esta era uma empresa em ascensão. A família de Nathaniel tinha um estilo de vida luxuoso provocado por seu sucesso. A família
Rawls viviam o sonho americano – eles tinham tudo.
O artigo da revista Time de 1982 só tinha uma foto de Nathaniel e tinha o titulo, ‘Sucesso Continuo’. Ele citou uma série de importantes investidores informando
os atributos de Rawls, que foi se expandindo seus empreendimentos com sucesso contínuo, executado principalmente por Nathaniel, mas também por seu filho, Samuel.
Houve uma citação de Nathaniel sobre a preparação de seu neto para assumir um dia.
O seguinte foi Newsweek de 1986. Não era apenas uma história; era a capa. Em letras grandes, com uma imagem de um castelo de cartas, lia-se ‘A Casa de Rawls Cai’.
A história era curta, considerando que tinha sido uma reportagem de capa. A essência explicava que as ações da Rawls Corporation despencaram devido a denúncias de
irregularidades. A revista não poderia dizer muito devido a uma investigação federal em curso. Quando os investidores puxaram seu dinheiro, a empresa estava quebrando
perante os seus olhos. Havia muito mais informações no seguinte artigo da Newsweek, mas datada de 1987. Havia uma foto de Nathaniel Rawls vestindo uniforme da prisão,
intitulado ‘Nathaniel Rawls condenado’. Com base na evidência de uma investigação do FBI disfarçado ha dois anos e testemunho, Rawls foi condenado por múltiplas
acusações de informações privilegiadas, desvio de fundos, fixação de preços e fraude de títulos. Os bens da família estavam sendo vendidos em leilão para ajudar
a recuperar a perda do investidor. Atormentados, investidores foram citados. ‘Perdemos tudo, e é bom ver toda a família perder tudo’. Os Rawlses estavam vivendo
na vida alta, casas, férias e pertences. Agora eles não tinham nada.
Um clipe curto de jornal datado de 1989 indicou que Nathanial Rawls morreu aos sessenta e quatro. Rawls morreu depois de apenas 22 meses em uma instalação de segurança
mínima. A causa da morte foi um ataque cardíaco fulminante.
A campainha tocou. Claire não queria parar de ler. Ela pensou que ela deveria entender alguma revelação. Mas diferente que o nome de Tony tinha sido, Anton Rawls
antes de Anthony Rawlings, ela não tinha visto. Ela tinha que seguir as regras, então ela colocou os artigos para longe e desligou as luzes.
Sua jornada retomou na manhã seguinte após o café da manhã. As cópias dos documentos judiciais do estado de Nova York contra Nathaniel Rawls foram os seguintes itens
na caixa. Apesar de demorar, após o tempo, Claire percebeu algumas testemunhas-chave ajudando na condenação de Rawls: primeiro seu filho Samuel, que tinha virado
testemunha do Estado, seguido a partir de um agente do FBI disfarçado incorporado na corporação há dois anos, e, por último, investigador de valores mobiliários.
Acompanhando esses documentos, estava um relatório carimbado ‘Super Secreto. Ele leu os nomes inéditos dos indivíduos estratégicos: investigador de títulos Jonathon
Burkes e agente do FBI Sherman Nichols, o avô de Claire.
Embora quente em sua cela com temperatura controlada, Claire sentiu um calafrio repentino.
Um artigo de jornal, também datado de 1989: Samuel e Amanda Rawls encontrados mortos em seu bangalô alugado em Santa Monica, corpos descobertos por seu filho de
vinte e três anos de idade. Com base nas evidências da cena, parecia ser um caso de assassinato/suicídio. Claire pensou, Tony tinha mencionado morte que seus pais
foram em um acidente. Essa parece ser uma palavra abrangente.
NYU News, 1990: Anthony Rawlings com Jonas Smithers inicia uma corporação. Ao completar seus mestrados, entraram com a papelada necessária para começar a Company
Smithers Rawlings, a CSR. O artigo dizia que a CSR queria parte do bolo da Internet.
Artigo New York Times 1994: Anthony Rawlings compra o seu amigo e parceiro Jonas Smithers, por 4 milhões de dólares. CSR é agora Rawlings Industries. The New York
Times prevê que está a caminho de ser um gigante da Internet.
Newsweek, 1996: Rawlings Industries começa a diversificar. Anthony Rawlings, determinado a não ter todos os seus ovos na mesma cesta, entra no reino do entretenimento
e transporte.
Revista Time de 2003: Um dos homens mencionados como vice-campeão para o Homem do Ano, Anthony Rawlings. Esta designação veio principalmente por causa de sua dedicação
ao povo evidenciada pelo reconhecimento Rawlings Industries como uma das dez maiores empresas filantrópicas nos EUA. Sr. Rawlings é citado, ‘Eu pretendo passar a
minha vida e fortuna à procura de oportunidades para consertar a vida do meu avô. Cada pessoa é importante’.
Indianapolis Star and News, 2004: Obituário da Jordan e Shirley Nichols.
Claire sentiu mal quando ela leu o artigo que acompanhava com uma mentalidade diferente de quando ela era uma criança sofrendo. Isto falava sobre o infeliz acidente
que custou a vida deles, sobre o serviço de seu pai policial e honras policiais completas como homenagem e devoção de sua mãe para a sua família e ensino. O acidente
foi causado por estradas molhadas e folhas recém-caídas. As fotografias tiradas no túmulo foram cortadas para o obituário com palavras escritas na parte de trás
de cada uma. Uma de John abraçando Emily, John e Emily escritas no verso; e outra de Claire sentada sozinha, com Claire escrita no verso com a letra que ela reconheceu.
Palavras voltaram para ela, — Porque eu não era capaz de apoiá-la quando seus pais morreram... você teve que ir através da morte dos seus pais sozinha. Emily teve
John, mas você não teve ninguém. — cm um enjoo súbito, ela percebeu que ele tinha estado lá.
Valparaiso University Newsletter, 2005: Durante o tempo que Claire era estudante. A imagem mostrava Anthony segurando um cheque gigante de 5 milhões de dólares.
Sua doação para a universidade fez mais bolsas de estudo serem possíveis.
Mais uma vez, a campainha tocou. Claire teve que esperar para continuar esta jornada. Ela lentamente entendeu que seu encontro com Anthony Rawlings em março de 2010
foi predestinado.
Os próximos itens eram fotos mais reais, fotos do casamento de John e Emily. Alguns até ampliados em Claire, usando o vestido de dama de honra feio verde espuma
do mar. Emily e John pareciam tão jovens e felizes, 2005 e Claire estavam escrito na caligrafia familiar. Ela se perguntou, ele estava lá também?
Albany Post, 2006: Nomeações para um escritório de advocacia local. O segundo nome listado foi John Vandersol. O artigo discutia John tanto profissionalmente como
pessoalmente. Outro artigo de 2006, ‘Rawlings Industries continua a diversificar’, discutiu o contínuo sucesso de qualquer empreendimento que Anthony Rawlings colocava
em sua mente. Rawlings agora decidiu ampliar em televisão com a recente compra da TTT-TV.
Atlanta Daily Journal, 2009: TTT-TV adquire WKPZ. A aquisição resulta em várias demissões. Anthony Rawlings prometeu que a economia melhoraria assim como as oportunidades
de emprego. Ele foi dedicado ao emprego e preocupado com cada indivíduo que estava fora do trabalho. Todas essas pessoas que foram tão boas para ela, que a ajudaram
com seu sonho, todos perderam seus empregos por causa dela.
People Magazine, Agosto de 2010: O artigo que quase a matou. Ela não precisava ler isso, mas ela fez: ‘Perguntas Respondidas, a Mulher Misteriosa na Vida de Anthony
Rawlings Concorda com uma Entrevista’. Estes artigos foram se revelando mais e mais, deixando meras confirmações. 19 de dezembro de 2010: A sua foto de casamento,
um sorriso dela ao lado de um sorridente dele. Ela reconheceu a foto, mas o artigo desfavorável era novo para ela. Ele falava sobre o quão fantástico Anthony estava
e perguntou como um homem de negócios tão inteligente poderia ser tão ingênuo em se casar com esta mulher sem acordo pré-nupcial?
Vanity Fair, Abril de 2011: Anthony e seu rosto sorridente na capa. Isso bateu em Claire naquele momento. A mulher na foto nem parecia com ela. Ela era linda, loira,
sofisticada, elegante e muito fina. Até agora ela não tinha percebido a magnitude da transformação. Ela colocou uma foto dela do casamento de Emily ao lado da capa
da revista. Será que ela mudou ou foi mudada? E por que não tinha visto isso antes?
Novembro de 2011: Cópia do noticiário impresso que Tony trouxe para casa. ‘Trágico Acidente Reivindica a Vida de Jovem Fenômeno Gaming Simon Johnson’.
Albany Post, Janeiro de 2012: colunas da lista prisões: John Vandersol, 32, acusado de desfalque e encargos de cobranças fraudulentas de clientes. Acusação está
pendente.
Iowa City News, Janeiro de 2012: Manchete, Anthony Rawlings vivo depois de tentativa de homicídio por nova esposa. Não admira que tantos jornalistas tinham estado
nas escadarias do tribunal!
Iowa City News, Abril de 2012: Claire Nichols (formalmente Rawlings) evita julgamento, alegando não contestar a acusação do atentado de assassinato, acompanhado
por artigos mais desfavoráveis.
Iowa City News, Julho de 2012: Os esforços de Anthony Rawlings para salvar o dinheiro dos contribuintes de Iowa. A imagem, em preto e branco, mostrava um armazém
cheio de mesas alinhadas com mercadoria: joias, sapatos, bolsas, roupas, etc. O artigo explicava como Anthony Rawlings, desconfortável que os contribuintes de Iowa
foram responsáveis por despesas do pré-julgamento de sua ex-esposa, realizou um leilão de seus pertences. Ele arrecadou dinheiro suficiente para reembolsar o Estado
por seu advogado e custos judiciais. Houve até um adicional de 176 mil dólares sobrando, que foi doado para a Cruz Vermelha de Iowa. Sr. Rawlings explicou que esta
caridade permanece próxima a ele porque era a caridade predileta de Claire. A tira de jornal que foi grampeada por trás da primeira tinha outra imagem, um grande
plano de algumas das joias. A imagem não era grande, mas o centro do quadro estava uma caixa de veludo preto contendo um colar de ouro branco com uma grande pérola
centrada em uma cruz de ouro branco.
Quando Claire estava prestes a fechar a caixa, algo chamou sua atenção. Dobrada na parte inferior, estava um guardanapo. Ela o puxou e desdobrou. O guardanapo continha
letras vermelhas. Debaixo das palavras, de cada lado estavam assinaturas, Claire Nichols e Anthony Rawlings. Acima das letras vermelhas: Contrato de Emprego, e a
data, 15 de março de 2010. Ela virou o guardanapo, nada mais escrito. Não houve acordo, não há definição de deveres e nenhum evento de mudança de vida, apenas um
guardanapo com assinaturas.
A mente de Claire rodava com possibilidades: ela poderia ter essa informação e pedir um novo julgamento. Não, ela entrou em um testemunho de sem apelo e, por definição,
não poderia apelar. Ele sabia disso. Além disso, o sistema legal e o tribunal da opinião pública não tinha acreditado nela antes, não acreditaria nela agora.
Ela questionou por que ele iria compartilhar a informação. Obviamente, ele não a via como uma ameaça. Quando Claire reembalou a caixa, ela contemplou e encontrou
uma razão melhor. Tony passou anos - não, décadas - planejando sua vingança. Ele gostava de reconhecimento por suas realizações. Ele exigia gratidão por seus atos.
Não havia mais ninguém com quem pudesse partilhar o seu trabalho duro. Ela se perguntou que tipo de reconhecimento que esperava, talvez uma nota de ‘bem feito’?
Ela manteve algumas das fotos, colocou tudo de volta na caixa, e pediu permissão para levar a caixa para o incinerador. O guarda concordou e a acompanhou até o porão.
Enquanto caminhavam pelas passagens, pensamentos e ideias começaram a fluir através da mente de Claire. Ela acreditava que suas ações a mantinham viva. Ela também
sabia que a obediência precisava de mais força do que a retaliação. Hoje, com cada passo que ela tomava, ecoava sua força transformada em um enorme desejo de retaliação.
Ela viveu sua vida regida pelas palavras de sua avó e de sua mãe, que incentivava a verdade e o perdão. A verdade não a libertaria. Os pensamentos de vingança, não
só foram alimentados por suas consequências, mas as consequências de seus pais, John, Emily, Simon, seus amigos na WKPZ e até mesmo o colar de sua avó.
Abrindo o incinerador, ela sentiu o calor. Ela lembrou das chamas em sua suíte, a suíte de Tony e Lake Tahoe. Jogando a caixa nas chamas, ela assistiu o conteúdo
inflamar. A cintilação das chamas trouxe de volta as chamas de seu passado: amor, medo, desprezo, desejo, paixão, dor e tristeza. Enquanto o fogo consumia as memórias,
alimentava uma nova determinação. Dois anos e meio atrás, ela tinha uma meta – sobrevivência. Agora ela tinha uma nova: Sr. Anthony Rawlings vai aprender que suas
ações têm consequências. Claire contemplou suas ações. Ela tinha recebido a rara oportunidade de conhecê-lo. Com esse conhecimento, ela tinha quatro a sete anos
para planejar sua morte.
Ela se virou para o guarda. Imediatamente, ele notou algo diferente sobre a prisioneira. Foi o seu sorriso. Como ele poderia não notar? Estendia-se em seus olhos
cor de esmeralda.
Em três palavras eu posso resumir tudo
Que eu aprendi sobre a vida: ela sempre continua.
- Robert Frost
Depois
O outono de Massachusetts permaneceu mais frio do que o normal. Tremendo, Sophia entrou em seu estúdio de arte pensando sobre os acontecimentos das últimas semanas.
Primeiro, ela apresentou uma exposição em uma galeria de enorme sucesso. Os hóspedes e investidores de toda a Costa Leste estavam presentes. Seu sonho estava se
tornando realidade enquanto a notícia se espalhava sobre sua arte. Em seguida, no decorrer de um dia, todo o seu mundo desmoronou.
A ligação veio assim que ela saiu para o trabalho duas semanas antes. Ela quase não atendeu, mas decidiu pegar depois o quarto toques. A polícia de Nova Jersey ligava
para informá-la de que um Toyota Camry azul foi encontrado por motoristas passando. O acidente deve ter ocorrido durante a noite. Acredita-se que talvez seu pai
havia perdido o controle sobre as folhas molhadas, ou pode ter sido um problema de aceleração. Ela poderia solicitar exames. Ele ofereceu suas condolências. Ela
poderia viajar para Nova Jersey e identificar os corpos? Tanto sua mãe e seu pai foram mortos instantaneamente.
Ela tinha tantas responsabilidades, tantas atividades, que a próxima semana se passou em um borrão. Houve o planejamento do funeral e a venda da propriedade. Isso
levaria meses ou anos. Infelizmente, ela não tinha percebido a dívida que seus pais incorreram para ajudá-la com seu estúdio.
Agora, com um minuto para si mesma, ela não podia ficar em casa. Ela temia que ela não faria nada além de chorar. É por isso que, mesmo nesta tarde de sábado nublado,
Sophia decidiu vir para o estúdio. Colocando a bolsa no escritório, ela ouviu a campainha da porta da frente. Maldição, ela tinha a intenção para trancar isso. Não
que ela estivesse com medo. Esta era uma grande cidade. Ela só queria um pouco de tempo sozinha.
Quando ela entrou no estúdio, o homem no balcão parecia familiar. Talvez ele tivesse estado no evento da galeria, ou o tinha visto na TV? Ela não podia ter certeza,
mas seus olhos eram tão escuros e hipnotizantes. — Me desculpe, eu não vou abrir hoje. Eu apenas esqueci de trancar a porta, — disse Sophia enquanto ela se aproximava
do belo estranho.
— Tudo bem. Eu posso voltar. — o homem de olhos escuros disse, com um sorriso agradável. — É só que eu viajo muito e acabei estando na cidade. Um amigo meu me contou
sobre a sua galeria. Estava aqui uma semana ou mais atrás e comprei três peças. Estou muito interessado na natureza, e ele disse que você tem uma seleção maravilhosa.
Sophia suspirou e sorriu. — Você é um amigo de Jackson Wilson? — o sorriso do homem se arregalou quando ele acenou com a cabeça. Ela continuou, — Ele é um dos meus
maiores fãs.
— Eu não fico muito tempo. Tem certeza de que não poderia me dar uma turnê rápida? Á propósito, meu nome é Anthony, Anthony Rawlings.
Sophia estendeu a mão. — Onde estão meus modos? Sinto muito. Meu nome é Sophia, Sophia Burke. Eu ficaria feliz em dar-lhe uma turnê. — ela não conseguia parar de
olhar para aqueles olhos.
— Com uma condição, — disse Anthony, com os olhos brilhando, — Você me deixar te pagar um jantar e uma bebida depois da turnê.
Sophia tomou delicadamente o cotovelo do homem para levá-lo ao redor do estúdio. Depois de alguns minutos de desfrutar de seu charme, ela decidiu, por que não? Ela
tinha acabado de experimentar algumas semanas muito difíceis – que mal poderia um jantar e bebida fazer?

 

 

                                                   Aleatha Roming         

 

 

 

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