Biblio VT 

Series & Trilogias Literarias

Eu comecei um pouco tarde ao me inscrever para a faculdade e agora todos os dormitórios estavam preenchidos. Então, eu olhei no local mais lógico para procurar um lugar, o jornal. Depois de encontrar um apartamento com um cara que era supostamente um lutador de MMA e apenas a uma curta distância da faculdade, eu enviei o pagamento do aluguel do primeiro mês.
Ele parecia legal no telefone, mas quando eu apareci e bati na sua porta, eu aprendi que quebrei sua regra número um, não interrompa seus "negócios". Será que vou ser capaz de ignorar o cara mais popular no campus constantemente me chocando ou vou ceder e descobrir que ele é algo mais?

1

Braxton

Eu estava deitado na minha cama com essa garota chamada Claire. Não foi difícil levá-la até lá. Ela era um tipo fácil, como a maioria das meninas, depois que me encontravam. Ela não tinha uma aparência muito ruim, também. Eu nunca tive problemas para conseguir as gostosas, desde que comecei a lutar e a desenvolver o meu corpo, mas hoje eu estava tão excitado. Os únicos requisitos que estabeleci na minha cabeça era que ela tinha que ter mais de dezoito anos e menos de quarenta. E tinha que ter todas as partes femininas perfeitas.

Eu ainda não a tinha despido totalmente, mas até agora ela atendeu os dois primeiros requisitos. Conforme nos beijávamos, eu tirei sua camisa e desabotoei o sutiã. Eu estava manejando seu jeans, para que eu pudesse ter certeza de que ela cumpria a exigência número três. Ela colocou as mãos no meu rosto como se fôssemos namorados.

Decidi que já tinha o suficiente.

Ambos sabíamos o que era isso, um simples bombear e despejar e ela iria embora. Tirei sua mão direita do meu rosto e coloquei na frente da minha calça. Ela começou a esfregar o inchaço e eu pude sentir o resto do sangue da minha cabeça correndo lá para baixo, fazendo com que pulsasse. Ainda estávamos nos beijando quando desabotoei minha calça, dando espaço para colocar a mão dela dentro da minha calça jeans. Mais uma vez ela precisou de mim para guiá-la. Ela deve ter mentido sobre "como experiente era".

Oh bem, eu estava disposto a mostrar-lhe as amarras.

—Oh sim, muito bom, - eu disse, elogiando-a por, finalmente, estar pele sobre pele.

Ela acariciou e malditamente me senti bem. Ela continuou a explorar minha boca com a dela e sua língua molhada fora de controle. Eu mudei minha mão abaixo, no topo de sua calça jeans apertada e estava prestes a atingir a preciosa quando a campainha tocou.

Merda!

Claire congelou, como se alguém tivesse entrado na sala.

—O que você está fazendo? - Eu perguntei. —Não pare.

—Ah, você não quer atender?

Eu empurrei meu pau duro contra seu quadril e disse:

—Será que pareço como se quisesse atender a porta?

Ela ri e envolve sua mão firmemente em torno dele novamente. Meus olhos estavam rolando para trás em minha cabeça enquanto ela bombeava para cima e para baixo... E, então, a porra da campainha toca de novo.

—Você tem certeza que não precisa atender? - Ela questiona, levantando suas finas sobrancelhas.

—Merda! Sim, acho que é melhor. - Eu gemo, levantando-me da cama.

Ela tira a mão das minhas calças enquanto me levantei. Eu queria socar a parede. Ser interrompido quando estava prestes a selar o acordo me deixou puto.

Alguém iria pagar por isso.

—Espere aí. - Eu disse a ela enquanto me ajeitava. —Eu já volto.

Ela não disse que faria, mas também não se moveu para sair da cama. Talvez eu ainda esteja com sorte. Corri pelo corredor em direção à porta, pensando que era melhor ser importante.

2

Emmi

Eu estava lá na porta esperando que alguém estivesse em casa. Eu tive uma oportunidade e enviei-lhe os primeiros quatrocentos dólares do aluguel, pelo correio. Quando eu disse a minha mãe que eu tinha feito isso, ela ficou um pouco assustada. Certo, ela ficou muito assustada. Mamãe não confia em ninguém, especialmente em homens.

Eu falei com esse cara por e-mail e por telefone, depois que eu encontrei a lista do apartamento por insistência da minha mãe. Eu acho que ele parecia honesto o suficiente. Eu realmente precisava de um lugar para ficar. Eu estava atrasada na faculdade e o semestre já havia começado. Morava a 160 km daqui, então, eu precisava de um lugar. Os dormitórios estavam completamente cheio.

Ninguém estava respondendo... ainda. Levantei a mão para tocar a campainha novamente, e foi aí que a porta, de repente, abriu.

O cara mais bonito que eu já vi estava me olhando com puro desgosto enquanto disse:

—O que é?

—Oi, - eu disse, um pouco tímida.

Estou certa de que minha boca estava aberta, depois de arregalar meus olhos. Ele estava usando uma camiseta de mangas curtas e seus bíceps esticavam o material sobre eles. Seu cabelo loiro escuro estava um pouco despenteado e seus olhos verdes escuros estavam me enviando um brilho furioso. Definitivamente sexy, mas sua aura não estava me enviando bons sinais.

—Eu sou Emmi, sua nova companheira de quarto, - eu falei, estendendo a mão.

—Foda, ótima hora Emmi. Certo, deixe-me lhe dizer algo e escute bem. A regra número um nesta casa é que você só estará autorizada a viver aqui até a próxima vez que você quebrar a regra número um, - disse ele em uma voz profunda, ignorando a minha mão.

Eu não sabia do que diabos ele estava falando. Ele não me disse qual era a regra número um. Ele ainda estava olhando para mim com aqueles olhos verdes escuros como se esperasse que eu dissesse alguma coisa.

—Eu sinto Muito. Qual é a regra número um? - Perguntei, depois de um breve silêncio constrangedor.

—Não empata uma foda, nunca. Eu estava prestes a me dar bem...

—Braxton?

Havia uma garota loira vindo pelo corredor em nossa direção. Ela estava abotoando a blusa e arrumando a saia, escondendo seu corpo com aparência de modelo. Então, ele era um mulherengo.

Ótimo.

Ela parou, beijou-o na bochecha e disse:

—Eu tenho que ir. Me ligue, ok?

Braxton não respondeu, ele ainda estava me dando um olhar mortal. Quando a garota passou por ele e depois por mim, ele se afastou e me deixou entrar. Ele bateu a porta atrás de mim. Estava, obviamente, chateado.

Como diabos eu deveria saber que ele andava por aí fazendo sexo no meio da tarde de uma sexta-feira, quando outras pessoas estão na escola ou no trabalho? Ele se esqueceu de colocar no anúncio que era um playboy. Não querendo começar este arranjo com uma discussão, eu respirei fundo.

—Eu realmente sinto muito... Eu te interrompi. Pensei que você estivesse ciente de que eu viria hoje. - Me forcei a dizer.

Eu ainda estava perto da porta quando ele se aproximou de mim, bem no meu espaço pessoal de menos de um metro. Então, inesperadamente jogou seu braço musculoso ao meu redor, fazendo-me ir contra a seu peito a mostra, que cheirava inacreditavelmente delicioso.

Me senti bem, demais.

—Você pode me compensar, - ele disse divertido.

—Como? - Eu perguntei, mais por curiosidade do que por um desejo de ajudar.

—Você pode terminar o que ela começou, - ele disse, realmente me olhando de cima a baixo como se pudesse ver através de minhas roupas.

Eu não esperava que essa fosse a resposta. Eu ri, em voz alta. Ele era louco ou estúpido.

—Eu não me importo se eu quebrei vinte regras; você e eu não faremos sexo.

Eu me soltei, mas ele realmente tentou colocar seu braço em volta de mim, novamente.

—Você ia adorar.

Eu fiz uma espécie de giro e desta vez deixei seu braço pendurado no ar. Se eu não estivesse tão satisfeita comigo mesmo, ficaria envergonhada por ele.

—Bem, minha regra número um é que eu não durmo com meus companheiros de quarto. Nunca. Onde é o meu quarto?

Ele sorriu maliciosamente. Acho que ele estava tentando recuperar parte da dignidade que tinha perdido. Espero que não seja porque ele percebeu que eu fiquei de boca aberta, no momento em que eu o vi.

—Por ali - disse ele, apontando para o corredor.

Eu o segui, mas longe o suficiente, para que eu pudesse virar e correr se eu precisasse. Abriu a primeira porta à direita. Eu passei por ele e entrei no quarto. O quarto era totalmente mobiliado com uma cama, penteadeira e mesa de cabeceira. Era suficientemente grande, que poderia ser uma sala de jantar. Ele era realmente bom.

—Obrigada, - eu disse a ele com cautela, não querendo quebrar qualquer outra regra que eu não conhecesse.

Então ele se posicionou na porta, em uma pose que certamente eu deveria achar irresistível. Ele era bonito, mas ele estava tentando muito chamar a minha atenção.

—Estou no corredor, se você precisar de mim.

Ele viu a porta se fechando e deu um passo para trás. Isso foi bom. Porque eu odiaria ter sangue jorrado por toda a porta do meu novo quarto.

Eu joguei minhas malas no chão e caí, exausta, na cama. Era uma cama boa, um quarto agradável, um bom apartamento em um bom bairro. Pensei sobre o cara sexy no corredor e, então, me perguntei onde diabos eu havia me metido.

3

Braxton

A frustração sexual estava me matando. Minha "companheira de quarto" tinha chegado na sexta-feira pela manhã e desde que ela espantou Claire, eu não tive nenhuma sorte em conseguir outra. Era fim de semana do Dia do Trabalho, talvez fosse por isso.

Eu estava mentindo para mim mesmo.

Meus treinos eram principalmente fora da cidade, e meu treinador trabalhou duramente comigo na sexta-feira à tarde, então, tudo o que eu queria fazer era desmaiar quando cheguei em casa. Sábado Emmi passou a maior parte do tempo em seu quarto ou no banheiro e quando ela saia, era como uma pequena víbora pronta para atacar sempre que eu chegava perto dela.

Eu, acidentalmente, rocei contra sua bunda quando passamos no corredor naquela manhã e ela agiu como se eu a tivesse molestado. O hall é estreito e eu disse que não foi culpa minha. Eu poderia ter deixado a minha mão demorar um pouco mais do que era socialmente aceitável, mas sei que as meninas iriam pagar para ter a minha mão na sua bunda. Não neste final de semana... mas geralmente.

Eu planejei sair sábado à noite, mas por alguma razão decidi ficar em casa e contrariar minha companheira de quarto um pouco mais. Realmente pensei que se eu passasse tempo suficiente com ela, ela iria ceder. Eu tinha usado uma camiseta branca que deixavam meus bíceps musculosos sexys e eu estava mesmo bem. Ela continuou a andar em círculos largos em torno de mim sempre que estávamos no mesmo ambiente.

Realmente teria sido engraçado, se eu não estivesse tão malditamente excitado. Era difícil apenas não agarrá-la e beijá-la à força. Eu conseguia ficar duro só de pensar nisso. Porém não era ela, qualquer fêmea teria esse efeito. Não me interpretem mal, ela é uma morena bonita. Ela tem aquela carinha de bebê, menina certinha, com grandes olhos castanhos e cílios longos. Tenho certeza que ela aprendeu a dar pancada no momento em que ela fez três anos. Ela também tem um corpo sexy, curvas em todos os lugares certos, mas ela teria seriamente que mudar essa atitude antes de realmente eu sair com ela.

Eu só precisava transar com alguém. Assim que isso acontecesse, eu seria capaz de andar em círculos ao redor dela e mal notar que ela é uma garota.

Domingo de manhã fiquei na cama um pouco mais do que deveria, assim quando eu finalmente me levantei, tive que me apressar e eu não fui silencioso. Deixei minha nova colega de quarto trancada em seu quarto e fui até minha caminhonete, para ir ao ginásio. Todo o tempo em que eu estava dirigindo, fiquei pensando que ela provavelmente estava acordada, apenas esperando que eu saísse, antes dela se levantar.

Ela acha que sou um pervertido e ela está certa. Bem, com certeza isso não ia me impedir de levá-la para a cama. Além da má atitude, ela parece um pouco tímida. Ela provavelmente é virgem, e como gosto disso. É um pensamento agradável. Eu raramente vou em direção a uma dessas.

O que de pior aconteceria se eu chegasse nela? Ela ficaria chateada e eu teria que procurar um novo companheiro de quarto? Eu moro tão perto do campus, que realmente jamais seria algo difícil de achar. Olhei a hora e pisei no acelerador. Minha caminhonete grande e vermelha, de quatro rodas Dodge, disparou velozmente. Enquanto eu corria em direção ao ginásio esperando que Sam não notasse que eu estava atrasado, comecei a pensar que provavelmente eu seria um grande imã dos policiais da cidade.

—Ei, Sam, - eu disse enquanto entrava pela porta da frente do ginásio.

Ele estava, naturalmente, na frente, esperando por mim. Meu treinador não é apenas um cara grande, ele é enorme. Pense no Incrível Hulk, e depois pense como ele ficaria depois que tomou esteroides por alguns anos. Sam era um caminhão Mack. E também estava chateado por eu estar atrasado. Eu podia ver em seu rosto.

—Braxton - disse ele, olhando para o relógio. —Que bom que você tenha se fodido.

—Desculpe, cara. Eu tenho uma nova companheira de quarto desde de sexta-feira... comecei a instalá-la e tudo isso, você sabe.

Sam tinha uns trinta e cinco anos. Em seu apogeu ganhou todas as competições do estado de Mr. Strongerman, e quando ele ainda era jovem, ele foi um pugilista por um tempo. Com cerca de vinte e cinco anos, depois de ter levado uma pancada, o médico lhe disse que, se tivesse mais uma concussão, seu cérebro provavelmente não passaria de um monte de mingau. Tenho certeza que o médico havia dito de maneira mais profissional, mas essa foi a história que Sam contou. Sam disse que tentou levar em consideração a luta de qualquer maneira, mas desde que ele estivesse fazendo isso em um ambiente legal, lutando MMA profissional, e seu médico deveria assinar uma autorização. Ele não fez isso, então, Sam conseguiu um emprego no ginásio local como treinador pessoal. Ele e seu cunhado investiram em um antigo armazém fora da cidade e começaram seu próprio "clube de luta subterrâneo". Ele ainda faz o treinamento, explorando o ginásio para caras como eu, que ele pode moldar e ganhar uma carga de dinheiro para o seu clube.

—Eu continuo dizendo a você, Braxton... garotas e lutas não se misturam. Você tem que manter a cabeça no jogo ou você vai acabar recebendo um nocaute.

—Essa garota é minha colega de quarto, só isso.

Sam ergueu uma sobrancelha o máximo que conseguia, com a cara de lua grande que ele tinha.

—Eu conheço você, Braxton. Não existe uma garota que você não vai tentar foder.

—Nada, esta é do tipo meio nervosa. Ela não é realmente meu tipo. Vamos nos ocupar agora. O que vamos fazer hoje?

—Pernas - disse Sam.

Ele sabia que eu não falava a verdade; não havia uma mulher que não fosse do meu tipo, contanto que ela obedecesse às condições que eu havia estabelecido para Claire na sexta-feira. E, eu sabia que ele estava cheio de conversa, também, hoje não era dia de perna. Ele estava apenas tentando me punir porque ele está chateado. Dia de perna foi na terça-feira e eu sabia, porque eu odeio dia de perna. Dói, e eu ando de maneira esquisita por até dois dias.

Esqueça a posição missionária ou o estilo cachorrinho. Se eu não posso encontrar uma garota que está disposta a ficar por cima... bem, então, vamos apenas dizer que eu NÃO estou fazendo qualquer outro.

—Hoje é domingo, Sam.

—Eu sei que dia é.

—Então, o que há com o "dia da perna", de repente, num domingo, que é dia de Deus?

Ele revira os olhos.

—Podemos dizer uma oração antes de começar, se você quiser. Esta semana é sobre fazer tudo o que fazemos normalmente, apenas três vezes. As lutas serão em algumas semanas cara, e você não está pronto. Aqueles caras de Chicago e Nova York vão chutar sua bunda magricela pela cidade.

Eu não era de forma alguma magricelo. Com 1.88 e 102 kg de músculo sólido, eu era maior do que a maioria dos caras que eu conhecia... exceto Sam.

Eu sabia que uma discussão era inútil, então tudo o que eu respondi foi:

—Certo, mas eu pelo menos vou treinar hoje?

—Vou ver se Jack está por perto, depois de fazer a sua rotina de perna, - disse ele.

Jack era outro cara grande que ficava pelo ginásio. Eu teria que adicioná-lo a essa lista de caras que eram maiores do que eu. Muito maior. Ele não trabalha no ginásio como Sam, mas ele deveria, ele está aqui tempo suficiente. Ele ganha dinheiro ao lutar em torneios. Porém está velho e cansado, é pelo menos alguns anos mais velho do que Sam, e ele deixou seu abdômen ficar macio e suas pernas flácidas. Ele já não ganha muito, a menos que eles o coloquem contra um cara magro e, em seguida, só usa seu peso para prender o cara no chão. Ele está tentando entrar no MMA, mas ele é muito velho e fora de forma para isso. Sam pensa que ele está me preparando para isso, luta profissional de MMA. Só faço isso pelas mulheres e pelo dinheiro. Viver apanhando não é para ser a minha carreira, mas por enquanto isso funciona. A última coisa que eu quero fazer quando estiver com a idade deles, será ser massacrado por um cara que terá a idade que tenho agora. Isso seria uma merda. Eu tenho um cérebro que eu pretendo usar para me sustentar quando eu tiver a idade deles.

Depois de terminar a minha rotina de perna, fui para a parte de trás, onde estava o ringue de boxe. Jack e Sam estavam lá, falando sobre o torneio em que eu estava participando, que chegaria em algumas semanas.

—Agora, tenho sessenta e quatro caras. Eu encerrei as novas inscrições, a menos que alguém desista antes disso. - Sam dizia a Jack.

—Eita cara, sessenta e quatro com a taxa de inscrição de dois mil dólares? Você está ganhando uma bolada.

Muitas vezes me pergunto se ter o seu rosto e cabeça sendo golpeada por anos faz você perder a parte do seu cérebro que adiciona letra no final de suas palavras. Sam e Jack cortavam palavras e comiam “s”.

—Eu coloquei a maior parte dele em gastos gerais. - Sam estava dizendo a ele enquanto eu colocava meu equipamento. —Além disso, são apenas cento e vinte e seis mil dólares em dois mil por cara, porque eu renunciei a taxa do nosso menino Braxton.

—Por que diabos você não me disse que estava renunciando taxas? Eu teria entrado.

Sam riu.

—Não quero ofender, Jack. Esses caras são os melhores dos melhores, enquanto se trata de luta subterrânea. A maioria deles é melhor do que muitos dos lutadores profissionais de MMA. Eles simplesmente não podem entrar nas lutas legais por uma razão ou outra... como você sabe muito bem.

Jack parecia irritado, mas ele sabia mesmo que os sessenta e quatro lutadores subterrâneos não puderiam chutar sua bunda; Sam podia, então, ele desistiu. Eu estava um pouco hesitante em entrar no ringue com ele, agora. Obrigado, Sam.

—E aí garoto, está pronto? - Jack me perguntou.

Eu estava com todos os meus equipamentos, então eu não poderia cair fora e deixar de me divertir.

—Vamos fazer isso, - eu disse a ele, batendo meu punho cerrado na minha palma oposta.

Enquanto eu subia no ringue, Sam sussurrou:

—Derrube o gordo filha da puta no chão. Ele não será capaz de se recuperar.

Com um movimento rápido da mão, uma vez que estávamos ambos no ringue, Sam mandou lutarmos. Não importava com quem eu estava lutando - assim que a ação começou meu coração começou a bombear mais rápido e eu podia sentir essa explosão de adrenalina percorrendo minhas veias.

Jack saiu balançando como se quisesse arrancar minha cabeça. Comecei a saltar, esquivando do golpe. Eu estava reagindo a todos os socos de Jack com um baixar de cabeça veloz bem cronometrado. Eu esperei ele ficar cansado e sem fôlego e, em seguida, dei um no lado da cabeça dele. Ele a balançou como Golias quando golpeado pelos pequeninos punhos de David e se voltou para mim com uma joelhada. Ele conectou com a minha barriga e me jogou de volta para as cordas. Antes que eu pudesse me orientar ou respirar de volta, o grande filho da puta estava sobre mim. Eu estava de repente em uma pilha no chão, em uma enxurrada de membros contorcendo-se, dois dos quais já estavam trêmulos pelo exercício de perna do Sam. Se Jack me deixasse viver através disso, eu poderia fazer-lhe o mesmo, também.

Eu olhei para cima e Jack estava inclinado sobre mim, agora procurando me prender. Comecei a balançar descontroladamente, tentando acertar um soco na cabeça ou dois. Finalmente, consegui um cruzado e deixei-o tonto, suficiente para derrubá-lo. Era como derrubar uma árvore, mas ele bateu no chão com um estrondo e tenho certeza que as pessoas nas salas de fora devem ter corrido para se proteger do terremoto.

Eu pulei em sua barriga gorda antes que ele pudesse levantar e comecei a bater com uma sequência de socos agressivos em seu rosto. Ele continuou lutando para sentar-se e eu continuei batendo de volta para baixo. Foi rápido, mas para um observador a coisa toda pode ter parecido como cuidadosamente orquestrada. Eu estava em chamas. Eu não sabia quantos socos ele levou. Eu sei que foi um bom número, mas finalmente Golias caiu para trás uma última vez, impotente para levantar, novamente. Coloquei meu joelho em sua barriga macia e fiquei um pouco enojado quando senti que ela afundava. Então, eu coloquei meu antebraço em sua garganta. Coloquei pressão suficiente para mantê-lo no chão, mas não o suficiente para cortar seu suprimento de ar. Jack não bateu. Ele ficou ali como uma lesma.

Então, Sam anunciou como um empate.

Eu estava sorrindo quando me levantei.

Olhei para Sam, que gemeu:

—Isso foi um maldito desastre de uma briga.

Ele sempre foi animador assim. Ainda bem que eu não dependo de Sam para a minha autoestima. Pelo menos toda essa frustração sexual reprimida que eu venho sentido todo o fim de semana, parece ter sido canalizada através dos meus punhos.

—Vá para o chuveiro e vá para casa, - ele gritou. —Vejo você amanhã. Precisamos trabalhar em sua técnica de luta.

Eu comecei a dizer alguma coisa, eu não sei o quê. Talvez eu gostaria de salientar que eu havia deixado o cara gordo e grande de costas no meio do ringue, ou perguntar-lhe se o ginásio estaria mesmo aberto no Dia do Trabalho, mas Sam me parou levantando uma de suas grandes mãos carnudas.

—Eu não quero ouvir isso. Vejo você amanhã.

Eu mantive minha boca fechada, mas antes que eu saísse do ringue, caminhei e estendi minha mão para Jack. Eu queria ajudá-lo, mas ele só deu um rápido aperto na minha e virou-se, como se ele fosse tirar uma soneca. Esses velhos eram demais.

Eu tomei banho e fui para casa como Sam me disse. Dirigi um pouco mais lento para não abusar da sorte. Eu parei para comer um bife e batata frita. Meu corpo estava almejando a proteína e as batatas fritas eram um deleite que eu nem sempre me permitia.

Quando entrei pela porta de casa, pude ouvir a minha companheira de quarto ao telefone, na sala de estar. Ela não pareceu me ouvir entrar, então, fiquei perto da porta no corredor e escutei. Eu estava sendo intrometido e não me importava. Estava apenas tentando conhecê-la um pouco, já que ela não queria falar comigo. Estava começando a me surpreender. Eu não me preocupava em saber nada sobre uma garota há anos. No entanto, desta vez foi por motivo egoísta, para que eu pudesse levá-la para cama.

—Sim, isso parece bom. - Ela estava dizendo. —Clube Envy é aquele novo na 180 e Cedar, certo?

Ela estava falando sobre um novo clube que abriu recentemente. Isso pode ser interessante. Eu não me importaria de levá-la para a pista de dança e fazer um pequeno “esfregar e moer”.

Escutei com mais cuidado quando ela disse:

—Certo, então, você vem me pegar às nove? - Ela ficou quieta na sua extremidade antes de dizer: —Hum, não. Não vou levar o meu colega de quarto. - Outra pausa, ela riu e disse: —Você não me veria cama com ele assim rápido. Cale-se! Vou vê-la hoje à noite.

Eu sorrio para mim mesmo, com o pensamento de sua amiga empurrando-a para mim. Eu apreciei a ajuda. Decidi que se eu saísse naquela noite, seria melhor tirar uma soneca. Eu estava morto de cansaço, depois do meu treino pesado.

4

Emmi

Eu estou em minha nova casa exatamente há três dias e já havia recebido uma proposta sexual, senti-me despida com os olhos mais vezes do que eu poderia contar. Era um desperdício que Deus ou quem quer que distribuísse a beleza, desse tanto a este cara. Parece alguém famoso que teria ido mais longe para tornar o mundo um lugar melhor. Pelo menos o meu mundo.

Minha melhor amiga do colégio, Zoe, e algumas de suas amigas iam sair. Normalmente eu não iria para um clube em uma noite de domingo, mas amanhã era o Dia do Trabalho, então, eu não estaria começando minhas aulas na terça-feira. Zoe queria que eu viesse durante o verão como ela fez, então nós poderíamos estar na mesma irmandade, mas eu estava trabalhando em um acampamento para crianças especiais e não queria deixá-los bem no meio disto. Eu já havia obtido permissão especial do Reitor para começar uma semana atrasada, então, nesse tempo eu comecei a procurar um apartamento.

Eu ainda não tenho um carro, então estava procurando um lugar perto do campus, de preferência uma curta distância, então, eu não teria de gastar uma fortuna no transporte público. Quando vi o anúncio deste, e olhei no mapa, eu tinha ficado amarradona. Na verdade, eu estava animada até que um Braxton irritado abriu a porta.

Eu o ouvi voltar de onde quer que ele estivesse, quando eu estava ao telefone. Ele deve ter ido direto para seu quarto, e eu estava grata por isso. Evitá-lo nos últimos três dias foi um esforço de verdade, e fiquei fisicamente cansada disso. Esta noite, eu queria tomar banho sem qualquer intervenção perversa e depois sair e ter um bom tempo com a minha melhor amiga.

Enquanto eu estava no chuveiro e deixava a cascata de água quente deslizar pelas minhas costas, pensei no meu ex-namorado. Eu não sei por que, eu prometi a mim e a Zoe que eu não pensaria mais nele. Não era produtivo e isso só me fez sentir uma merda, novamente.

Meu pai de espírito livre, que minha mãe despreza, sairia dizendo: "É o que é", até o ponto de odiar esse ditado. Mas a verdade seja dita, é o que eu disse a mim mesma sobre a situação minha e Trent. Pensei que ele me amasse e eu sabia que o amava. Pensei que nos casaríamos um dia e teríamos bebês e cresceríamos juntos... até o momento em que o peguei me enganando.

Eu deveria estar trabalhando, mas não fui naquele dia, afinal eles não precisaram de mim. Eu estava tão feliz, porque sabia que seus pais estavam fora da cidade e pensei que Trent e eu pudéssemos passar a tarde juntos.

Eu quase enviei uma mensagem para ele, mas em vez disso decidi pegar uma pizza e surpreendê-lo. Gastei vinte dólares naquela estúpida pizza que nunca voltaria. Tentei fazer um grande negócio para diminuir a dor que senti. Nunca funcionou. Quando cheguei à casa de Trent, usei a chave extra para entrar. Saímos durante todo o ensino médio, então estive na sua casa centenas de vezes. Eu não o vi lá embaixo, então coloquei a pizza na sala de jantar e caminhei silenciosamente subindo as escadas. Ouvi ruídos vindo de seu quarto e, por um segundo, pensei que eu o pegaria se masturbando, o que para mim seria melhor do que ver o que aconteceu em seguida.

Foi muito pior.

A porta estava aberta e eu conseguia ver Trent, o amor da minha vida deitado de costas na cama, com uma garota nua de bunda gorda, saltando para cima e para baixo sobre ele. O medo instantaneamente encheu meu estômago. Eu tropecei para trás ao sair e bati em uma das imagens penduradas perto da escada. Trent saiu correndo de seu quarto nu, cobrindo-se. Quando ele viu que era eu, sabia que não havia nada que pudesse dizer para negar o que eu acabava de testemunhar. Assim que eu virei para descer as escadas e sair pela porta da frente, ele se virou e voltou para seu quarto, sem dúvida para terminar o que eu interrompi.

Eu fui para casa de Zoe no meu caminho para casa, mas ela estava fazendo compras com sua mãe. Quando cheguei à minha casa, as lágrimas fluíam livremente pelas minhas bochechas e quase destruí o carro novo da minha mãe duas vezes, porque eu realmente não conseguia ver nada.

Eu entrei pela porta da frente, e mesmo que, minha mãe achasse que eu estava no trabalho, a primeira coisa que ela disse foi:

—O que aquele filho de uma cadela fez?

Chorei o resto da noite em seu ombro e, em seguida, o resto do dia seguinte em Zoe. Ele ligou pelo menos vinte vezes, para me dizer que não significava nada e que era a mim que ele amava. Eu nunca liguei de volta e como não tínhamos aulas juntos na escola, foi fácil ignorá-lo durante o resto do semestre. Eu deixei a minha cidade natal com meu orgulho e uma promessa a mim mesma que eu não iria me deter nisso e me tornar uma mulher amarga, odiando os homens como minha mãe.

Eu deixei os pensamentos de Trent no chuveiro, enquanto secava o meu cabelo. Apliquei cuidadosamente minha maquiagem - eu não queria ser vista com um monte de garotas sexys e ser a única simples do grupo. Então, escolhi uma saia e blusa novas que minha mãe comprou para mim, logo antes de eu sair de casa. A saia era jeans e vinha logo abaixo das minhas coxas e a camisa era negra e transparente, sem mangas e abotoada na frente. Eu usava uma blusa de cor mais clara embaixo, e meu saltos pretos favoritos. Foi bom me vestir e saber que se eu for um sucesso nesta noite, será porque eu estava bem e não apenas porque eu era a única mulher disponível na casa. O pensamento veio à mente quando passei pela porta de Braxton.

Ainda estava fechada, e ele ficou quieto durante toda a noite. Achei estranho que, de acordo com Zoe, ele fosse o cara mais popular no campus e todo o fim de semana que eu estive aqui, ele não teve um único encontro... a não ser que você conte o que eu interrompi na sexta-feira. Tive que rir sobre isso.

Quando Zoe chegou lá eu estava pronta. Ela tentou enfiar a cabeça dentro para ver se conseguia vislumbrar meu luxurioso colega de quarto. Eu tive que empurrá-la de volta para fora na varanda da frente.

—Ele está no quarto dele, esperançosamente dormindo. Não o desperte - insisti.

Zoe riu.

—O que ele é, uma criança?

—Ele não age muito mais do que isso. Ele é ridículo - expliquei, revirando os olhos.

—Você não o acha atraente nem mesmo um pouco? - Ela perguntou depois que entramos em seu pequeno Honda Civic.

Zoe era minha melhor amiga. Eu não ia mentir para ela.

—Acho-o atraente... muito, até ele abrir a boca. Ele deve ser o homem mais arrogante que eu já conheci.

Zoe deu uma risadinha.

—Seria difícil não ser quando você parece tão bom e todas as garotas da escola querem você.

—Seja como for, - eu disse a ela.

Eu não queria mais falar sobre Braxton. Esta era a minha ruptura com ele esta noite.

—Então, quem está indo? - Perguntei, mudando de assunto.

Zoe começou a nomear um monte de nomes de meninas que eu não conhecia, mas ela mudou o assunto do meu companheiro de quarto. Era óbvio que o novo clube era um lugar popular, percebi quando chegamos lá. Tivemos de estacionar cerca de 800 metros até a estrada, porque tinha carros alinhados em ambos os lados para cima e para baixo ao longo da rua. Pouco antes de chegarmos ao final da fila fora da porta, ouvimos um longo apito.

Zoe se virou e gritou:

—Mike!

Um sujeito com tatuagem em ambos os braços, cabelos loiros platinados e jeans estava vindo em nossa direção. Zoe jogou seus braços ao redor do cara quando ele chegou perto e eles se abraçaram.

—Emmi este é meu amigo Mike. E Mike, esta é minha melhor amiga desde o jardim de infância.

—Oi Mike, - eu disse.

Eu estava me perguntando agora que eu o vi de perto, se ele tinha conseguido todas as tatuagens para encobrir o quão branco ele era. Esse cara deixava o Fantasminha Camarada com vergonha no departamento branco. Seus olhos eram de um azul pálido, quase incolor também. Ele era quase albino.

—Ei, Emmi. Prazer em conhecê-la, - disse ele.

—Mike e eu fizemos ciência política juntos durante o verão. Ele me copiou durante todo o semestre.

—Você é muito mentirosa. Confie em mim, primeiro se eu precisasse colar para passar, eu teria copiado do cara do outro lado. Qual era o nome dele, Lucas ou algo assim?

—Sim, eu acho que era Lucas, - ela confirmou. Então, voltando-se para mim, ela disse: —Seja gentil com esse cara. Algum dia ele vai ser um senador dos EUA.

Mike ficou conosco enquanto esperávamos na fila. Ele parecia ser um cara muito interessante e muito inteligente. Eu tinha que me perguntar, entretanto, se ele tinha aspirações de entrar na política, por que ele tinha seus braços totalmente tatuados. Eu ainda gostaria de ver alguém na CNN com muitas tatuagens, a menos que fosse uma imagem de um dos mais procurados do FBI.

O lugar estava lotado e eles estavam apenas deixando entrar grupos de dez, por isso demorou um pouco. Uma vez que finalmente entramos, Zoe encontrou suas amigas da irmandade. Ela já me havia dito quais eram as divertidas e quais eram os estereótipos esnobes da irmandade de mulheres, assim eu saberia com quem ser eu mesma e quem evitar. Não sou boa em ser falsa, o que nunca me levou a ser muito popular.

Eu sou apenas Emmi.

Gostava de cantar, dançar e atuar em peças escolares. Também sou uma fotógrafa amadora, então, eu acho que uma palavra que me descrevia geral seria "artística." Eu não me importo em fingir ser qualquer outra coisa, e eu não me importo se isso me faz popular ou não.

Mike saiu para encontrar os amigos que ele combinou de se encontrar aqui. O resto de nós teve sorte quando entramos, porque um grupo de rapazes estava desocupando uma grande cabine perto da pista de dança, então, nós realmente tínhamos um lugar para sentar. Eu não recomendaria a cabine, se você for um asmático. Oito meninas, oito perfumes diferentes, produtos de cabelo e loção para o corpo me fez sentir um pouco asmática. Eu sentei lá tempo suficiente para conhecer a todas e tomar uma bebida e, em seguida, tive que sair.

—Eu amo essa música. Zoe dance comigo.

Zoe e eu não éramos tímidas para dançar sem um cara como algumas garotas. Era uma das razões que nós éramos amigas por tanto tempo, Zoe era apenas Zoe e eu a amava por causa disso.

—Certo, vamos lá, - disse Zoe, sorrindo para suas amigas de irmandade antes de se levantar.

A pista de dança estava lotada, por isso, só encontramos um pequeno ponto perto da beirada. A música que estava tocando era principalmente pop e rap, por isso foi fácil de se mover. Era ruidoso também, mas isso não impediu Zoe. Ela falou sua ladainha de todas as coisas que ela queria nos inscrever e fazer, agora que eu estava aqui.

Ela parou de falar de repente e disse:

—Hum, olha quem está aqui.

Virei-me para seguir o seu olhar e lá estava ele... o meu pervertido companheiro de quarto. Todo o meu corpo tencionou.

—O que diabos ele está fazendo aqui?

—Talvez ele esteja procurando você. - respondeu Zoe.

Eu dei-lhe um olhar de insatisfação, mas ela apenas sorriu.

—Você deve apenas ir até ele. O que você tem a perder?

—Primeiro de tudo, eu poderia perder meu apartamento, se as coisas não derem certo. Além disso, você sabe que eu ainda estou assustada desde meu pequeno encontro com Tyler naquele dia. Esse cara tem “trapaceiro” estampado em sua testa. Porque no mundo eu iria querer trazer isso para mim?

—É perfeito, se você realmente pensar sobre isso, - disse ela com toda a seriedade.

—Do que você está falando? - Perguntei.

—Ele não é um tipo de relacionamentos. Ouvi dizer que ele não teve um relacionamento que durou mais de uma semana desde que ele esteve aqui e ele é um júnior. Um júnior! Você começa toda a diversão sem a preocupação. Pense como um homem para variar.

Ela ainda estava sorrindo, mas estava falando sério.

—Esqueça isso, - eu insisti. —E pare de ficar olhando para ele. Eu não quero dar motivo para ele pensar que estamos falando sobre ele.

—Oh, por favor, - ela respondeu. —Toda garota neste lugar está olhando para ele. Ele deve estar acostumado com isso.

Revirei os olhos para ela, eu estava desesperada. Entretanto, ela não tinha terminado ainda.

Uma nova canção estava começando e ela disse:

—Opa, você esperou muito tempo, ele encontrou alguém para dançar.

Foi como passar por um acidente de trem, você realmente não quer olhar, mas você não pode evitar. Olhei, e quando o fiz, ele estava olhando diretamente para mim. Ele estava dançando com uma garota com muito cabelo e pouco vestido. Seus seios estavam caindo por cima e sua bunda estava aparecendo, na parte de trás. Certo, eu estava sendo um pouco maliciosa. O vestido não era muito mais curto do que o meu, e ela realmente preenchia o dela melhor.

Eu disse-me para parar de olhar, mas em minha defesa Zoe tinha mudado de posição e aconteceu de eu estar em frente, nesse sentido. Por alguma razão, quando Braxton me viu olhando, ele pegou a garota pela cintura e começou a moer seus quadris contra ela. Ela parecia estar adorando. Eu, pessoalmente, achei que era um pouco demasiado vulgar, e minha expressão facial e rolar os olhos assumiu uma mente própria. Virei-me e dancei ao redor, de modo que Zoe e eu tínhamos mudado de lado, novamente, e eu não teria de assistir.

—Ele é nojento. - eu gritei.

Zoe riu e começou a dizer algo, mas, de repente, ela estava olhando por cima do meu ombro. E agora?

5

Braxton

Eu usava uma camisa polo Lacoste verde, que se ajustava confortavelmente o suficiente para que a preenchesse bem, mas que não parecesse que eu estivesse tentando muito. Eu coloquei o meu jeans Seven preto descolorido, que me disseram cerca de cem vezes que fica bem em minha bunda musculosa e eu só o usei umas três vezes. Quando entrei, eu pensei que estava tão malditamente lotado que provavelmente teria sorte de esbarrar em Emmi, mas a minha primeira olhada para a pista de dança e lá estava ela, dançando com uma menina loira bonita. Maldição, ela parecia bem em sua pequena saia preta. Até agora eu só a tinha visto de calças. Suas pernas pareciam tão bem como eu imaginei. A saia era curta, mas deixava o suficiente para a imaginação que ela não se parecia com uma prostituta.

Ela estava dançando e rindo e parecia super sexy. Eu queria ir lá e dizer olá, mas tenho a sensação de que ela realmente não nos via como amigos. Então, eu fiz a próxima melhor coisa. Eu vi Nina, uma garota que conheci em uma das minhas aulas e tive uma tarde quente, nus na piscina de seu pai. Eu não a chamei desde aquele dia, mas eu tenho a impressão de que Nina era o tipo de garota que não se importava.

Eu caminhei até ela e disse:

—Ei linda, você quer dançar?

Ela sorriu e pegou minha mão, me levando para a pista de dança. Assegurei-me que nós parássemos para que eu pudesse ter uma bela vista da parte traseira da Emmi e parecia delicioso. Eu podia ver a pequena amiga olhando para mim e eu sabia que elas estavam falando de mim. Sua amiga parecia que aprovava, se as coisas funcionassem, talvez eu poderia tê-la também.

Não muito tempo depois de sua amiga me notar, Emmi olhou por cima do ombro. Eu estava olhando diretamente para ela quando ela o fez, então, eu só dei um sorriso. Ela não parecia impressionada, mas, de repente, estava dançando no outro lado de sua amiga, para que pudesse olhar diretamente para mim.

Lambi meus lábios. Foi uma reação inconsciente enquanto eu olhava para seus bonitos, lábios vermelhos e pensei em beijá-los. Eu quase me esqueci sobre Nina até que ela pegou minha mão. Porém em vez de pegar a dela, eu coloquei minhas mãos em seu quadril e a puxei para mim. Comecei a moer meu quadril no dela no ritmo da música, o tempo todo olhando para Emmi.

Olhei para Nina. Ela estava sorrindo e moendo de volta. Pelo menos eu sabia que se eu não conseguir fazer Emmi concordar em dormir comigo esta noite, eu teria Nina como um plano B. Eu me perguntava se isso estava fazendo Emmi me querer, justo no momento em que ela revirou os olhos e fez uma cara que dizia:

—Consiga um quarto. - Então, ela virou as costas para mim.

Um dos amigos de Nina estava dançando ao lado de nós, então eu a entreguei e andei até onde Emmi e sua amiga estavam. Eu estava indo para, pelo menos, dançar com ela. Quando entrei por trás dela, os olhos de sua amiga arregalaram e Emmi se virou para ver o que ela estava olhando.

—Posso interromper? - Interrompi, tentando soar legal.

Eu pensei que iria me rechaçar, ela realmente vai ser um osso duro. Mas sua amiga, minha pequena ajudante que nunca havia conhecido, deu-lhe um pequeno empurrão e eu tive que agarrar Emmi, para evitar que caísse. Eu não estava apenas sendo depravado com ela, embora eu não tenha problemas morais em fazer isso. Ela se virou para a amiga, que já estava começando a deixar a pista de dança.

—Zoe, onde diabos você está indo? - Ela gritou.

Zoe sorriu e respondeu:

—Divirta-se, - quando ela deixou a pista de dança.

Emmi se virou para mim e eu simplesmente comecei a dançar. Eu estava esperando que ela fosse educada o suficiente para não me abandonar, parecendo um tolo dançando sozinho. Ela era. Ela começou a dançar também, e caramba, a garota sabia se mexer.

Dancei em volta dela para que eu pudesse traze-la contra mim. Ela estava de costas para mim e eu estava me movendo contra ela, mas assim que fiz isso ela parou de se mover e seu corpo todo se enrijeceu. Senti como se estivesse dançando com uma prancha de surf. Decidi que não ia funcionar e tive que me lembrar mais uma vez que ela não era como as outras. Eu ia ter que induzi-la para isso. De qualquer maneira isso tornaria o sexo muito melhor. Eu raramente tive que trabalhar por ele.

Manobrei de volta em torno dela e a deixei dançar. Decidi tentar falar com ela.

—O que você está fazendo aqui? - Perguntei, fazendo uma dança que parecia patética.

Ela levantou uma sobrancelha.

—Estou aqui com a minha amiga e algumas meninas de irmandade que ela pertence. O que você está fazendo aqui? - Ela gritou por cima da música alta.

—Eu já ouvi muito sobre este lugar. Apenas pensei em vir e ver como era.

Ela não pareceu ter acreditado em mim e me perguntei se ela sabia que escutei seu telefonema mais cedo.

—Então, o que você está achando da nossa pequena cidade, até agora? - Eu perguntei a ela, ainda tentando ter uma conversa.

—Ótima, - disse ela.

Uau, falei sobre sua conversa reprimida.

—O que você mais sente falta da sua cidade natal? - Perguntei a ela.

Esse foi o passe.

—O lago. Eu vivia no lago, praticamente todo o tempo. Quando eu estava feliz ou triste ou qualquer coisa, o lago sempre foi bom para a minha alma.

Uau, profundo.

—Que tipo de coisas você fazia no lago?

—Minha amiga Zoe e eu nadávamos lá o tempo todo. Tínhamos uma grande corda que usamos para balançar além das rochas. O namorado da minha mãe tinha um barco, que usávamos para sair algumas vezes e pescar e, às vezes, eu apenas sentava na minha boia e lia todo o dia enquanto flutuava pela correnteza.

—Isso parece bom.

Não estava apenas dizendo, realmente soava agradável. Eu não ia a um lago há muito tempo. Havia um lugar que eu ia com alguns amigos para festejar algumas vezes quando cheguei aqui para ir à faculdade, porém, era cercado por árvores.

Era a propriedade do tio do meu amigo e ele disse que eu poderia ir a qualquer hora. Eu sempre achei que seria um ótimo lugar para uma garota, mas era sempre muito mais fácil apenas levá-las para o apartamento, ficar com alguém e, em seguida, levá-las para casa. Eu nunca quis levar uma lá, porque era muito trabalho... até agora. Eu estava preparado para ir até o final por Emmi. Olhei para ela e pensei ser um bom lugar para tomá-la nua.

A música terminou.

—Bem, obrigada pela dança, - ela falou, revelando um sorriso no canto direito da boca.

Ela se virou para ir embora e sua amiga Zoe vinha caminhando em nossa direção.

—Como vocês dois estão indo? - Perguntou Zoe. Antes de Emmi poder falar, eu pensei que eu iria tentar algo e ver se realmente Zoe estava do meu lado.

—Não tão bem. Sua amiga não concorda em sair comigo, - eu disse a ela, cruzando os braços para tentar vender a mentira.

Emmi se virou e me deu uma espécie de olhar "Que diabos?". Eu acho que ela estava prestes a dizer a Zoe que eu era um completo mentiroso e nunca tinha pedido a ela para sair, mas ela não teve a chance de dizer isso, porque a minha pequena ajudante falou primeiro.

—Ela adoraria sair com você. Ela me disse bem antes de você chegar até aqui.

Agora Emmi estava gaguejando e pedaços de palavras estavam saindo. Ela estava tão chocada que não conseguia formar uma frase inteira. Ela soltou um suspiro pesado fazendo meu sorriso crescer mais amplo. Eu estava vencendo a batalha.

—Impressionante, em casa mais tarde, vamos falar dos detalhes. Aproveite o resto de sua noite.

Em seguida, me afastei rapidamente, fazendo um punho virtual na minha cabeça. Obrigado, Zoe. Eu agradeço a sua ajuda, embora suspeite que Emmi deu a pobre garota uma mordida na bunda, logo que eu saí.

6

Emmi

Após a noite no clube, eu tinha passado a maior parte da semana quanto possível, evitando meu companheiro de quarto, quando Zoe me empurrou para sair com ele. Eu não conseguia entender como os dois pareciam estar agindo em conjunto me empurrando para ele. Depois que ele foi embora, parecendo todo satisfeito consigo mesmo, eu perguntei:

—O que diabos foi isso?

—Eu estava te ajudando. Eu sei como você é tímida, - disse ela com um sorriso, que me dizia estar satisfeita consigo mesma, também.

—Eu não quero sair com esse cara. Eu já lhe disse.

—Ah, vamos lá, Emmi. Agora estamos na faculdade. Relaxe um pouco. Trent é o único cara com quem você já esteve. Você precisa experimentar um pouco a vida.

—Eu realmente não sei se cabe a você decidir isso por mim, - rebati, enrugando o nariz.

—Claro que é. É para isso que as melhores amigas servem. - Argumentou.

Eu odiaria pensar como ela seria como uma inimiga.

Então, como eu estava dizendo, eu o evitei... a maior parte da semana. Na segunda-feira a irmandade de Zoe fez na casa um churrasco do Dia do Trabalho. Eu fui e fiquei por lá a maior parte do dia. Em seguida, na terça-feira, eu comecei minhas aulas e passei muito tempo na biblioteca. Algumas vezes, quando chegava em casa, ele estava fora e uma vez ele já estava dormindo quando. Estou percebendo que ele faz isso nos dias em que tem uma de suas duras sessões de treinamento. No entanto, ele finalmente me pegou na quinta-feira à noite, quando eu ia para a cozinha, fazer algo para comer.

—Ei, Emmi. O que está fazendo? - Ele disse, quando entrou na cozinha.

Eu estava mexendo uns ovos e fritando bacon, porque um burrito de café da manhã parecia bom. Também, porque era muito melhor que cereais. Eu realmente precisava ir às compras. Tudo o que Braxton tinha era uma porcaria de proteína.

—Nada, apenas fazendo o jantar.

—É o que parece e cheira bem. Tem o suficiente para dois?

Eu tentei não deixá-lo ver o rolar de meus olhos nesse momento.

—Claro, - eu respondi culpadamente, acrescentando mais dois ovos em minha mistura.

Ele sentou sobre uma cadeira da mesa enquanto eu cozinhava. Era provavelmente a minha imaginação, mas eu juro que eu pude sentir seus devastadores olhos verde olhando para mim o tempo todo. Quando finalmente ficou pronto, eu coloquei os burritos em um prato e coloquei na frente dele.

—Não se acostume com isso, - declarei, sentando-me numa cadeira em frente a ele.

Eu queria ter certeza que ele soubesse que eu não era uma daquelas garotas que iria cozinhar e limpar para ele, só porque era bonito. Ele não disse nada, apenas retornou um sorriso arrogante. Nós comemos, a maior parte, em silêncio. Eu estava agradecendo ao Senhor que ele parecia ter esquecido sobre o nosso "encontro". Isso é, até que ele reuniu o que eu pensava que fosse coragem para me perguntar, mas ele provavelmente apenas lembrou.

—Então, você está disponível na sexta ou sábado?

Tentei me fazer de boba.

—Disponível sexta ou sábado para quê?

—Para o nosso encontro. Que dia é melhor para você?

Eu realmente não achava que era uma boa ideia. Eu decidi que agora era um momento tão bom quanto qualquer outro para dizer isso a ele, caso contrário eu estaria em uma posição desconfortável.

—Você realmente acha que isso é uma boa ideia, Braxton? Quero dizer, nós somos companheiros de quarto. Não é cruzar uma linha ou quebrar uma de suas estupidas regras?

Ele levantou-se para lavar o prato e enquanto estava na pia, com suas musculosas costas perfeitas, ele respondeu:

—As linhas são desenhadas de modo a serem passadas por cima.

De repente, ele é um filósofo.

—Mas...

—Sexta-feira ou sábado? - Ele me interrompeu... novamente.

—Certo, sábado, - eu disse derrotada, suspirando ansiosamente.

—Ótimo! No caso de você estar pensando em me evitar novamente até então, estarei pronto para sair lá pelas sete.

—Eu não estou evitando você, - eu menti.

Eu não quero que ele tenha a satisfação de pensar que sabia o que eu estava pensando... mesmo se ele percebesse o rubor se espalhando por todo o meu rosto.

Um sorriso estampou em seu rosto. Droga, eu gostaria que ele não tivesse tão boa aparência.

—Certo, - ele disse, com ar satisfeito. —Eu te vejo às sete, no sábado... se eu não vê-la antes. Ah, e se vista casualmente. Use shorts ou algo assim.

Então, ele me deixou na mesa da cozinha, perguntando-me mais uma vez, onde eu me meti.

Eu o evitei, até a noite de sábado. Sexta-feira, depois que eu saí da aula me reuni com Zoe para jantar e depois fomos ao cinema. Eu fiquei na casa da irmandade com ela naquela noite e quando cheguei em casa sábado, ele não estava lá.

Passei a maior parte do dia fazendo trabalho no meu quarto, até que era hora de se arrumar para o “encontro”. Eu me perguntei onde ele iria me levar no meu "shorts", enquanto eu tomava banho e me vestia. Eu usava um short jeans cortado. Coloquei uma camiseta vermelha que dizia: "Viva a vida ao máximo". Eu decidi que poderia dar-lhe ideias de que eu era um espírito livre e, também, as palavras atraiam os olhos para os meus seios e eu percebi que ele não precisava do aviso adicional. Então, eu troquei para uma camiseta simples que dizia “Sortuda”. Não coloquei muita maquiagem, e alisei o meu cabelo com chapinha. Eu estava apresentável, mas não para deixa-lo assombrosamente impressionado. Eu estava pronta para acabar com isso, para que pudéssemos voltar a ser apenas colegas de quarto.

Era quase sete horas quando eu fui para a sala e encontrei Braxton esperando por mim. Ele também estava usando uma bermuda cortada, e caramba, se ele não tinha agradáveis pernas musculosas.

—Eu estou pronta, - eu disse.

Ele olhou para mim e soltou um assobio.

—Você... parece... beeeem, - ele falou suavemente, falando cada palavra mais devagar que o necessário.

Eu tenho vergonha de admitir que, depois de todo esse tempo tentando "basta parecer apresentável”, meio que gostava de ouvi-lo dizer que eu parecia bem. Eu esperava que não estivesse ficando vermelha.

—Sim, sim. Então, onde vamos? - Perguntei.

—É uma surpresa.

Enquanto caminhávamos para fora, eu percebi que nunca tinha o visto entrar em um carro. Eu nem sequer sei qual era o seu. Tenho que dizer que fiquei impressionada, mas não surpresa quando ele me levou para a camionete Dodge nova que estava no estacionamento. Claro que também era alta, então, tive que deixá-lo me ajudar a subir.

Tenho certeza que ele fez isso de propósito... apenas mais um motivo para tocar as garotas.

Eu deslizei no assento de couro de pelúcia enquanto ele fechava a porta e dava a volta para o seu lado. Será que ele tem pais ricos? Já que eu não tinha notado que ele trabalhava. Eu acho que isso não era justo. Eu trabalhei e guardei o meu dinheiro no último ano do ensino médio e, em seguida, durante todo o verão e agora eu tinha uma bolsa, também. Acho que ele pode ter feito o mesmo.

—Eu gosto da sua caminhonete, - Eu o elogiei enquanto ele entrava na caminhonete.

Ele sorriu e, em seguida, se transformou em um vendedor de carros quando ele disse, "É uma Dodge Ram 3500, modelo 2015. Tem um V8 e um Hemi 5,7 litros. Ele também tem 17.000 libras de classe V, um engate de reboque receptor e controles para tudo integrado no volante.

—Hum, - eu disse. Eu realmente não sei o que qualquer uma dessas coisas queria dizer. Eu apenas achei que era bonita. —Então, de novo, onde foi que você disse que nós íamos?

Ele sorriu novamente.

—Eu não disse. Apenas relaxe, vai demorar um pouco para chegar lá.

Ele usou seus controles "integrados" para aumentar a música enquanto eu me recostava no assento confortável e tentava pensar em lugares que ele poderia estar me levando. Eu posso ter pensado nisso durante a semana toda e nunca teria imaginado. Nós saímos da rodovia principal para uma longa estrada de pista única. Depois de alguns quilômetros, virou para uma estrada de cascalho. Ele dirigiu lentamente. Tenho certeza de que para evitar que sua linda caminhonete ficasse amassada. Então, quando nós paramos em uma pequena área de estacionamento, cercado por árvores, eu me endireitei e olhei pela janela. Nós estávamos em um lago e era muito belo. Fiquei chocada que ele estava realmente prestando atenção na outra noite, quando eu disse a ele que sentia muita falta do que tinha em casa.

—Aqui estamos, - ele falou.

Ele saltou da caminhonete, veio para o meu lado, e abriu a porta para mim. Então, me ajudou a descer, desnecessariamente me agarrando pela cintura. Eu ainda estava tão feliz com ele sobre o lago, que eu deixei passar.

Fiquei lá por um minuto, cativada pela tranquilidade do local. Não havia mais ninguém aqui, só nós. Ele havia deixado as luzes da pick-up acesas e eu podia ver as folhas das árvores apenas começando a mudar de cor e a forma como o lago estava suavemente ondulado quando os patos mergulhavam dentro e fora, com o seu jantar. Virei-me para dizer-lhe como era bom e eu percebi que ele estava tirando suas roupas. Ele já estava de boxer e estava tirando a camiseta.

—O que diabos você está fazendo? - Perguntei a ele, nervosamente observando a área para ver se alguém estava lá.

Ele agiu como se não tivesse me ouvido no início e, de repente, eu estava olhando para suas costas nuas e musculosas. Então, ele tirou sua boxer também, chutando-a na pilha de suas roupas. Agora eu podia ver cada polegada de seu traseiro esculpido. Meu coração estava ameaçando saltar para fora do meu peito. Ele pegou uma toalha de uma mochila, que tinha retirado da parte de trás do caminhão.

—Eu vou nadar. Você vem? - Ele perguntou, olhando por cima do ombro.

Eu fiquei em choque por alguns segundos, mas quando eu finalmente me recuperei, protegi os olhos.

—Não, eu não vou entrar naquele lago nua com você, - eu sussurrei em voz alta.

Ele riu.

—Faça o que desejar, sem trocadilhos.

Então, eu o ouvi se afastando e, segundos depois, salpicos de água. Descobri meus olhos e eu consegui ver sua cabeça flutuando no lago. Esse cara estava louco.

—Está quente! - Ele gritou. —Como a água do banho. Você não sabe o que está perdendo.

—Eu não vou entrar aí nua, - Eu resmunguei.

Eu teria realmente gostado de nadar, mas é claro que ele não pensou em me dizer para trazer a minha roupa de banho. Isso foi planejado intencionalmente para me ver nua.

—Então, basta entrar com seu sutiã e calcinha. Você está usando eles, né? - Ele riu.

—Claro que eu estou usando, - eu soltei.

Eu não acho que ele me ouviu. Ele estava nadando para longe e eu podia ver os músculos de seus braços flexionados e a ondulação com cada golpe que dava. Em seguida, mergulhava e como a sua metade inferior viria para cima, iria ter outro vislumbre de seus glúteos.

—Esta água está tão boa. Vamos, Emmi... você tem que experimentar isso.

Eu andei mais perto da beirada. Era tão bonito. Havia um pouco de flores silvestres amarelas e laranjas, que cresciam ao longo da margem do lago e para baixo, ao longo de uma pequena trilha, que passava pelas árvores. Aposto que era um lugar lindo para uma caminhada no início da manhã.

Quando cheguei perto o suficiente para que não tivesse que gritar. Eu disse:

—Você não se preocupa que alguém apareça enquanto você está... aí nu? Este é um lugar público, certo?

—Na verdade não.

Ele parou de nadar em volta e agora estava pisando na água, olhando para mim. Eu me senti estranha em ter uma conversa com ele, sabendo que ele estava completamente nu, embora eu não conseguisse ver nada.

—Esta propriedade pertence ao tio do meu amigo. Esta é realmente uma propriedade particular, mas ele me disse que eu poderia usá-la quando quisesse. Você deveria entrar, está ótima.

—Sim, eu sei. Você já disse isso.

Em vez disso sentei na grama. Eu não ia dar a esse cara a satisfação de saber que ele conseguiu me desnudar em nosso primeiro encontro ou encontro de mentira, para mim. Então, o quão estranho seria em casa, cada vez que eu o visse, sabendo que ele me viu nua?

Não, isso não vai acontecer.

—Ah, vamos lá, Emmi. Você já usou um biquíni de duas peças antes, certo? A maioria das pessoas mostram mais do que com calcinha e sutiã.

Ele tinha um ponto, mas, novamente, eu odiava deixando-o pensar que ele estava certo.

—Eu não quero que você veja a minha roupa de baixo.

Ele riu.

—Muito tarde. Fui colocar a roupa na máquina de secar no outro dia e ela estava cheia de algumas coisas agradáveis. Lotes de seda e rendas e cores muito brilhantes, - confessou.

Embaraçoso.

—Certo! Se você calar a boca, eu vou entrar. Mas só se você não olhar até que eu esteja totalmente dentro.

—Certo. Meus olhos estão fechados. Vem.

Ele estava com os olhos fechados, mas eu não confiava nele.

—Coloque sua mão sobre eles, também.

—Nossa, eu estou começando a me perguntar o que você está escondendo, - disse ele enquanto colocava a mão sobre os olhos fechados.

—Cale a boca, - respondi enquanto eu tirava minha camiseta e shorts.

Tirei meus sapatos, andei até a beirada e coloquei meu dedo do pé. Estava realmente quente. Comecei a entrar na água lentamente com meu sutiã de renda vermelha e roupa de baixo combinando, quando de repente eu o vi abrir um olho.

7

Braxton

Emmi gritou. Eu só queria dar uma olhadinha e ela estava completamente vestida com seu sutiã e calcinha, mais do que a maioria das meninas que vi em seus biquínis. Ela tinha um corpo perfeito. Na parte superior nada muito em excesso, mas apenas o suficiente para que eu conseguisse um punhado dela. Em seguida, havia a metade inferior dela. Hum... é tudo o que posso dizer sobre isso.

—Você mentiu! - Gritou ela enquanto correu à frente e desapareceu na água.

Ela caminhou na água até que o lago chegou ao pescoço.

—Foi um acidente, - menti novamente. —Eu tinha algo no meu olho.

Ela jogou água na minha cara e foi adiante. Me joguei para trás e, em seguida, comecei a persegui-la. Ela nadou para longe. Era óbvio que ela tinha nadado muito em sua vida, ela era extremamente rápida.

—Mantenha essa coisa longe de mim! - Ela gritou.

—A que "coisa" você está se referindo? - Eu rio.

Ela era engraçada, embora eu soubesse que não estava tentando ser. Ela não podia nem dizer o nome real da "coisa".

—Você sabe de que coisa estou falando. Aquela coisa que você não consegue manter em suas calças.

A lua brilhava em seu rosto bonito e eu acho que ela realmente corou. Parei por um minuto para admirá-la e, em seguida, a pequena raposa me espirrou novamente. Ela nadou mais longe, rindo. Desta vez, sorrateiramente, a alcancei e agarrei seu pé. Ela estava gritando e me chutando.

—Pare. Tenho cócegas.

Ela não devia ter admitido, isso só me estimulou. Usando a vantagem que tinha segurando seu pé, fui capaz alcançar até sua pequena barriga lisa. Ela se mexia como um peixe, inadvertidamente, roçando partes do meu corpo que estavam entusiasmadas com seu toque.

—Meu Deus! Aquela coisa! - Ela gritou.

Ela finalmente se contorceu libertando-se e se afastou, novamente. Ela encontrou um pequeno tronco que estava pendurado sobre o lago e agarrou-o. Eu estava realmente esperando que ela fosse subir e sentar-se nele - não há nada mais sexy do que uma garota bonita de calcinha molhada. Entretanto, ela não me deu essa emoção. Em vez disso, ela usou o poder para expulsar-me com os pés.

Quando tive a certeza de que nada mais sério iria acontecer além da brincadeira que estávamos empenhados, decidi que deveria mudar de assunto.

—Eu tenho uma luta daqui duas semanas. É uma grande, você deveria ir.

—Luta? Uh, eu não sei... Um par de rapazes socando um na cara do outro, simplesmente não funciona para mim.

—Eu sei que seria difícil ver alguém batendo no meu rosto bonito, mas isso não acontece muito. Eu sou rápido e sou resistente. Um ou dois socos e alguns chutes rápidos e eles estão, geralmente, com sua bunda debaixo de mim.

Ela riu.

—Sim, é por teu rosto lindo que estou preocupada, desde que eu sei o grande covarde que você é, - ela brincou. —Então, você tem permissão para chutar? Isso soa um pouco duro.

—Você nunca viu MMA ou uma luta de Ultimate Fighting?

—Eu assisti um pouco aqui ou ali em bares ou festas, quando eles estavam transmitindo. Elas parecem tão violentas. Porque você faz isso?

—Eu sou bom no que faço e eu ganho um monte de dinheiro, quando eu ganho. Você viu minha caminhonete? Foi comprada e paga com todo o dinheiro que ganhei no nosso campeonato estadual, no ano passado.

—Interessante, não seria menos doloroso conseguir um emprego real?

Eu ri. Seu humor era incrivelmente fofo. Droga, eu queria levá-la para minha cama.

—Eu admito, mas não seria tão divertido. Além disso, eu não teria esse corpo incrivelmente sexy se eu estivesse trabalhando em um posto de gasolina ou servindo mesas. - Agora, ela riu de algo que não era para ser engraçado. Ela não se explicou, também. Eu me considerei insultado, por um momento, mas ela devia estar brincando.

—Então... se eu decidir ir, o que devo esperar? - Ela perguntou, ainda agarrando o tronco.

—Este é um grande problema. Meu treinador tem sessenta e quatro rapazes que se inscreveram. Lutamos três rounds de exatamente cinco minutos, como eles fazem nos jogos reais de MMA. Há três juízes, e eles marcam cada rodada com dez pontos para o vencedor e o outro cara fica com nove ou menos, dependendo do quão bom ou mau ele foi. Você também pode obter pontos deduzidos por penalidades. Um cara pode ganhar o jogo com dez pontos dos juízes, mas, em seguida, na verdade, acaba perdendo quando suas penalidades são deduzidas. Ou você pode ganhar nocauteando o outro cara.

Ela nadou perto de mim. Meu encanto estava finalmente funcionando. Ela parou aproximadamente um metro de mim, fora do meu alcance.

—Então, em uma luta onde chutar é legal, porque recebem uma penalidade?

—Oh, existem muitas coisas. Você não pode segurar a grade ou suas roupas. Você não pode dar cabeçada. Por isso, meu rosto bonito agradece, - disse a ela com um sorriso. —Você não tem permissão para morder, cuspir ou arranhar o olho, e mais importante e notável de tudo, não são permitidos ataques na virilha de qualquer tipo. Os rapazes ficam seguros. Eu ainda uso um protetor, porém, apenas para ter certeza.

—Você realmente pensa em tudo, não é? - Ela me questionou.

Estendi a mão, e ela não estava esperando por isso. Puxei-a para a frente no meu peito e minha "coisa" roçou sua coxa. Ela reagiu como se tivesse sido mordida por uma cobra. Eu estava começando a me perguntar se ela era lésbica. Sua respiração acelerou fazendo os seios subir e descer de encontro a mim. Ela se afastou, me empurrando para trás antes de espirrar em mim novamente. Comecei a perseguição. Eu estava no auge dos meus hormônios. Eu teria que fazer alguns telefonemas depois que eu levasse Emmi para casa.

—Então o que você está fazendo na faculdade? - Perguntei, nadando perto o suficiente da beirada onde eu podia ficar, mas não revelar a minha metade inferior.

—Eu só estou me especializando em negócios por enquanto.

—Por quê? - Perguntei.

—Eu não estou certa do que eu quero ser quando crescer, - disse ela com um sorriso. —E você?

—Ciência da Computação.

—Uau! - foi só o que saiu.

Ela foi a primeira garota em três anos que eu disse isso. Eu costumo dizer negócios. Eu sei que soa estranho, mas eu fui do princípio ao fim do ensino médio com um pau, e o único que o tocava era eu. Eu era superinteligente, e admito, super-nerd.

Eu nem sequer percebi isso até que eu comecei a ler sobre o que eu poderia fazer para as meninas fazerem sexo comigo. Passei o verão inteiro entre meu último ano na escola e meu primeiro ano na faculdade mudando a minha imagem. Era mais do que apenas trabalhar o meu corpo e a maneira que eu me vestia. Foi uma abordagem totalmente nova com as meninas, sendo uma delas a teoria de que as meninas realmente não gostam de caras inteligentes. Elas gostam dos atletas cujos cérebros foram esmagados pelos capacetes de outros atletas. Assim, se uma menina me pergunta o que eu estou cursando eu sempre digo "negócios". Ele me faz soar na média, e até agora estava funcionando como um charme. Eu estou cursando o terceiro ano, já fui calouro e fiz o segundo ano pegando todas que eram atraídas por mim. Não tenho ideia por que eu simplesmente disse a essa garota que eu realmente queria foder que eu era basicamente o Sheldon do Big Bang Theory. Ótimo.

—Hum... - disse ela. —E então o que você vai fazer, quando ter o diploma de ciência da computação?

—Eu vou te dizer. Mas lembre-se da regra "não-empata foda"? Você não pode repetir nada do que é dito aqui a ninguém que eu possa querer dormir.

Ela sorriu e disse:

—Então, ninguém com uma vagina e seios?

Eu ri e disse:

—Basicamente, mas dentro de um determinado perfil demográfico, é claro.

—Certo, - ela disse, rindo. —Eu juro segredo.

—Eu quero ser um analista de sistemas. Eles trabalham com empresas fazendo software que é projetado para aumentar os seus lucros. Eles fazem um bom dinheiro.

—Surpreendente. Então você usa mais de uma de suas cabeças para pensar.

Espirrei agua nela e disse:

—Embora raramente. A cabeça de baixo é a que mais investe na maior parte do tempo. Você deveria conhecê-la.

Ela gritou e nadou em direção ao outro lado da costa.

—Feche os olhos e mantenha-os fechados até eu chegar atrás da picape. Vou me vestir, - falou.

—Mesmo? Eu já vi tudo.

—É o que você deseja! Feche seus olhos.

Eu fechei, mas não apertado. Vi sua bunda bonitinha balançar para frente e para trás, saindo fora da água e se dirigindo para a caminhonete.

—Há duas toalhas atrás, - gritei atrás dela.

Ela estendeu a mão, tirou as toalhas e envolveu uma em volta de si mesma. Até a hora que ela se virou, eu já estava fora.

—Nossa, - ela disse quando vi seus olhos olhando para baixo e em seguida, fechando. —Você não tem vergonha?

Eu sorri para ela, apoiei meus braços nas laterais e disse:

—O que há para se envergonhar?

Ela revirou os olhos, deu a volta por trás da caminhonete para se vestir.

—Você realmente não sabe o que está perdendo! - Eu disse a ela.

Ouvi-a dizer:

—Ah, eu acho que sei.

Realmente isso é tudo o que ela disse: “Oh, eu acho que eu sei." O que diabos isso significa?

8

Emmi

Cerca de uma semana depois que Braxton e eu fomos ao lago, a minha aula de biologia tinha uma viagem de campo para o zoológico. Eu sei, soa como algo que você faria na escola primária, mas não foi como "andar reto de mãos dadas e olhar para os animais", normal para esse tipo de passeio. Nós realmente começaríamos a ir atrás dos bastidores e falar com os treinadores. Gostaríamos de vê-los alimentar os animais, banhá-los, e ouvir sobre os seus habitats. Eu estava realmente animada pelo passeio. Quando eu era criança, meus pais me levavam no verão ao "Zookeeper", para fazer uma programação de um dia em nosso jardim zoológico local. O nosso era apenas um pequeno zoológico, mas eu tive muita informação de qualquer maneira.

Nos reunimos em frente a entrada do zoológico às seis da manhã, o que significava que eu tinha que estar de pé as quatro, a fim de me vestir, ficar pronta, e pegar o ônibus que ia me deixar lá na hora certa. Eu falei isso para Braxton na noite anterior. O único problema foi que quando eu voltei da biblioteca para casa, Braxton estava assistindo um filme na sala de estar.

Falando em distração.

—Ei, - eu disse suavemente.

Ele sorriu, fazendo aquela coisa em meu estômago que seu sorriso sempre fazia, mesmo quando eu tentava lutar contra isso.

—Ei, eu apenas comecei. Você quer assistir comigo?

Ele estava deitado no sofá, então eu sentei na cadeira em frente a ele e perguntei:

—O que é?

—Ajuste de Contas.

Enruguei meu nariz. Eu não tive a intenção, mas eu vi “Clube da Luta” há muito tempo e eu absolutamente odiei. Filmes de luta não eram meu negócio.

—Eu provavelmente vou tomar um banho e fazer algum trabalho da faculdade. Sem ofensas, mas eu realmente não aprecio filmes de luta.

—Eu não o estou estrelando, - disse ele com outro sorriso: —Então, não me ofendi. Embora não seja realmente um filme de luta. É uma comédia.

—Quais atores estão nele? - Perguntei.

—Robert De Niro e Sylvester Stallone.

—Eles são meio velhos para lutar.

Ambos deveriam ser mais velhos que meu pai.

Ele riu.

—Sim, às vezes os caras são mais velhos, embora não saibam. O filme é sobre eles saindo da aposentadoria para terminar uma competição antiga que nunca chegou a ter. É para ser engraçado. Veja comigo.

Ele deu um tapinha no sofá ao lado dele. Eu levantei uma sobrancelha. O que aconteceu com o Braxton arrogante que só queria chegar em minhas calças?

—Certo. Vou me trocar e já volto.

Quando eu estava saindo da sala, ele gritou atrás de mim.

—Troque para algo vermelho e minúsculo.

Aí estava ele de volta.

Eu nem sequer me manifestei. Tenho certeza de que era uma referência à minha calcinha vermelha da noite em que tinha ido nadar. Fui para o meu quarto e remexi minha gaveta, finalmente encontrando o que eu estava procurando. Era uma roupa de veludo vermelho, folgada, que eu usava para correr. Vesti, penteei meu cabelo e voltei para a sala de estar. Ele tinha sentado no sofá e quando me viu, ele riu.

—O quê? - Perguntei, estreitando os olhos. —É vermelho. Você quer um pouco de pipoca?

—Sim, - ele respondeu. —Eu estava esperando você oferecer.

Fui para a cozinha e coloquei um saco no micro-ondas.

Quando ele gritou:

—Sem muito sal.

Revirei os olhos novamente. Apesar dele continuamente me chatear, foi divertido sair com ele. Despejei em duas tigelas, salguei a minha e levei a sua para a sala de estar com o saleiro.

—Aqui, eu não queria exagerar, - eu disse a ele, entregando-lhe sua tigela.

Ele sorriu novamente e pegou a tigela rapidamente. Acho que ele fez isso porque sabia o que ele as vezes faz para mim. E sentei de novo na cadeira.

—Sabe eu me sentei aqui para que você possa sentar perto. Prometo manter minhas mãos comigo.

Dei-lhe um olhar que dizia: "Acho bom", e me sentei com ele. Foi só porque o ângulo da televisão era muito melhor de lá.

Ele apertou o play e começou o filme. Ele estava certo, era muito engraçado. Robert De Niro e Sylvester Stallone ambos fizeram um grande trabalho em zombar de si mesmos por estarem velhos. Ele manteve sua promessa e manteve as mãos para si mesmo e eu estava com uma espécie de orgulho dele por isso também. Tenho certeza que eu sou uma anomalia para ele. Eu não posso imaginar quantas mulheres da nossa idade que não estariam satisfeitas por ele tocá-las. Não é que eu não ache que ele me tocando seria ótimo; é só todas as complicações que levariam por causa disso. Eu me conheço, ficaria emocionalmente amarrada. Honestamente não queria isso agora de novo. Eu ainda estava me recuperando do que tinha acontecido com o Trent.

Eu também tive uma boa noção que companheiro de quarto ou não, Braxton estava sempre querendo apenas tem um bom tempo. Eu tinha certeza de que, quando ele conseguisse ficar comigo, iria passar para a próxima garota e eu estaria presa vivendo com um cara que eu estava emocionalmente ligada e ouvindo-o fazer sexo pelo corredor todas as noites com uma garota diferente. Parecia tudo muito complicado e desnecessário para mim.

Quando o filme acabou eu comecei a me levantar.

—Onde você vai? É cedo ainda. Eu tenho um outro filme.

Olhei para o relógio. Era quase dez, o que significava que eu tinha que estar de pé em seis horas.

—Eu tenho que levantar às quatro, - eu disse a ele. —Eu não sou exatamente uma pessoa da manhã e eu não quero dormir sem ouvir o meu alarme.

—Por que diabos você vai levantar às quatro? Você vai pescar? - Ele brincou com um sorriso largo.

—De jeito nenhum.

Eu disse a ele sobre minha aula de biologia "viagem de campo" e o fato de que eu teria que pegar o ônibus até a cidade, a fim de chegar a tempo.

—Vou levá-la, - disse ele simplesmente.

—Ah não, eu não pediria para você fazer isso.

Eu esperava que ele não achasse que eu estava jogando uma isca.

—Você não pediu, eu ofereci. Além disso, eu não me importo. Então você pode dormir uma hora extra, e ficar agora e assistir a outro filme comigo. É empate, - ele exclamou, piscando.

—Bem, se eu estou apenas ganhando uma hora, só podemos ver metade de um filme.

—Certo, - ele concordou. —Mas se nós vamos assistir apenas metade tem que ser um que eu já vi. Como O Lobo de Wall Street? - Disse.

Concordei, sem saber exatamente o que era. Foi intenso, sexualmente e eu não queria parecer uma puritana e sair no meio dele, então eu suportei com um rosto vermelho e um corpo que provavelmente iria quebrar um termômetro se você o colocasse na minha boca. Eu nunca percebi antes o quão difícil era assistir a um filme sexualmente carregado, com um cara sexy e não querer tocá-lo. Ele sentou-se com o rosto sério de maneira ousada. Estou presumindo que é porque ele já tinha visto tudo em primeira mão em algum momento de sua vida. Não é preciso dizer que fiquei aliviada quando a hora passou.

—Tem certeza de que não se importa de me levar pela manhã? Não é tarde demais para eu programar o meu alarme.

—Eu não me importo. Obrigado por assistir os filmes comigo.

Ele parecia genuinamente grato, o que me pareceu engraçado porque eu sei que ele poderia ter praticamente qualquer garota do campus assistindo o filme com ele a qualquer momento.

—Sim, sem problemas. Boa noite, Braxton.

—Noite, Emmi.

Eu deitei na minha cama por mais uma hora... ou duas pensando nele. Eu queria que seus olhos não fossem tão verdes, seus dentes tão brancos, ou seus músculos tão grandes. Eu gostaria de poder pensar em uma coisa de negativo a dizer sobre ele, exceto que ele é um mulherengo. A verdade é que todos os homens da sua idade sendo ou não, não me importaria. Eu finalmente caí no sono com uma visão dele molhado, com uma toalha enrolada na cintura, e a brilhante luz da lua em sua cabeça.

Acordei quando o alarme disparou. Parecia que eram poucos minutos mais tarde, em vez de horas. Eu não queria me levantar. Tive que me lembrar do quão divertida a viagem seria, e quando isso não funcionou, eu me lembrei que Braxton iria me levar. Eu odiava admitir, mas foi o que me tirou da cama.

Tomei banho e me vesti. Fiquei pensando se eu deveria ver se ele levantou. Se ele dormiu e não escutou o alarme ou não o programou, assim eu nunca iria pegar o ônibus certo e chegar a tempo. Eu ainda não era corajosa o suficiente para bater na porta de seu quarto, em vez disso, depois que eu fiquei pronta, fui para a cozinha, fazer um pouco de café.

Às cinco e meia ele saiu de seu quarto, vestido e pronto para ir. Maldito seja, ele sequer tem má aparência nas primeiras horas da manhã. Serviu-se de uma caneca de café e me deu uma olhada demorada como normalmente fazia. Vergonhosamente, eu tinha começado a prestar atenção no olhar satisfeito que ele tinha quando terminava.

—Pronto?

—Sim, - eu disse a ele. —Deixe-me pegar minha bolsa.

9

Braxton

Acho que finalmente eu a estava cansando. Ela fez aquela coisa com a roupa de corrida na noite anterior, mas eu apostaria o meu próximo prêmio da luta subterrânea que não demoraria muito antes de eu tê-la andando pelada pela casa. Eventualmente ela ficaria nua na minha cama. Eu tenho que ficar me lembrando de que esta é diferente e as minhas velhas táticas não iriam dar resultado.

Ela foi pegar a bolsa e eu fiquei observando aquela bunda arredondada e pequena no jeans apertado sair da cozinha. Eu costumava pensar que todas as garotas sabiam que estavam fazendo isso, e era como um jogo para elas. Embora, eu acho agora que eu comecei a conhecer Emmi um pouco melhor, que ela realmente não tinha ideia de como fodidamente ela aparenta gostosa.

Ela não pensa em sexo e eu comecei a achar que se vestir para ela era apenas isso... se vestir. Ela não estava conspirando com suas roupas para me excitar; era apenas um efeito colateral.

—Certo, eu estou pronta, - disse ela quando voltou.

Ela me seguiu até a minha caminhonete e eu abri a porta, segurando firmemente em sua mão enquanto ela subia. Eu gostaria de poder dizer que fiz isso porque era a coisa cavalheiresca a fazer, mas a verdade é que eu realmente queria dar outra olhada naquela bunda doce.

Descobri que ela fala muito na parte da manhã. Eu normalmente não gosto de conversa cedo. As manhãs são para dormir e sexo, tanto que eu estava aflito, mas era bonitinho o jeito que ela estava tão animada sobre seu pequeno passeio de campo. Eu não falei muito, eu só a ouvi falar.

Finalmente, ela disse:

—Eu sinto muito. Estou falando e falando, e você provavelmente não quer ouvir nada disso.

—Eu não me importo. Na verdade, parece que será divertido. Você me faz desejar que eu pudesse ir.

Ela riu.

—Sim, certo.

Acho que eu deveria estar feliz que eu a convenci que eu era o tipo esportista burro. Afinal de contas, não era nessa direção que eu estava indo? Por alguma razão, porém, a sua ideia de que eu não estaria interessado em algo acadêmico me pareceu errado.

—Então, como vocês vão fazer isso? O seu professor vai dividir em grupos ou o quê? - Perguntei.

Pareceu que ela achou ser uma pergunta estranha, mas respondeu.

—Sim. Nós vamos nos encontrar na frente e, em seguida, ele vai nos colocar em grupos de quatro.

—Então, ele não estará com você durante o dia todo? Ele vai estar lá antes para as instruções, apresentações, e conformes, certo?

—Sim... por quê? - perguntou ela, de repente suspeita.

Enquanto nós dirigimos para o parque que abrigava o zoológico Eu disse:

—Nenhuma razão. Eu só estou curioso.

Deixei-a no portão e disse-lhe para se divertir. Ela me agradeceu profusamente como se eu tivesse feito algo extraordinário por apenas ter lhe dado uma carona. Eu encontrei-me pensando o quão bonita ela era... outra vez. Observei-a caminhar até o portão onde havia um grupo de seus colegas e, em seguida, eu comecei a dirigir e estacionei. Peguei meu telefone e liguei para Greg. Ele era um bom amigo meu que trabalhava no zoológico como instrutor. Ele estava se formando em biologia marinha e tinha conseguido uma apresentação encantadora na nova exposição do leão marinho. Por favor, esteja no trabalho, Greg.

—Olá?

—Ei, cara, é Braxton. Como vai?

—Braxton? São seis da manhã cara. Estou no trabalho, não posso buscá-lo se você saiu e está na casa de alguma garota e ela não vai te levar para casa...

—Relaxa, - eu disse a ele.

Às vezes, minha reputação era um grande pé no saco.

—Preciso de um favor, mas não é isso.

—Certo, então o que é?

Eu podia ouvir a suspeita em sua voz excessivamente. Nada disso era bom para a minha autoestima.

—Não fique tão desconfiado.

—Bem, desde quando você me liga às seis da manhã? Para falar a verdade, desde quando você se levanta às seis da manhã?

—Certo, certo, - eu concordei para que ele se calasse. —Eu preciso entrar com esse grupo de estudantes que estão fazendo o passeio de instrução hoje.

—Merda, Braxton. Eu não tenho nada a ver com isso. Eu provavelmente nem sequer serei um dos que irá falar com eles.

—Vamos lá, cara. Eu não pediria se não fosse importante. Vou te dizer que, os campeonatos nacionais subterrâneos estão chegando em pouco mais de uma semana. Se você fizer isso por mim, você estará na primeira fila. Você, e quem você quiser levar.

—Merda, - Greg disse novamente. —Encontre-me no portão dos funcionários e garanta que ninguém te veja.

—Obrigado cara!

—Não me agradeça ainda. Eu posso fazer você entrar aqui, mas você ficar nesse grupo é outra história.

—O professor vai praticamente deixar eles sozinhos depois que fizerem a divisão. Tem uns sessenta alunos nesse grupo. Ele não vai notar mais um.

—Certo, mas se você for pego, você resolve. Ah, e eu ainda vou para a luta.

Eu tive que rir com isso. Meus amigos eram tão egoístas quanto eu. Às vezes isso funcionava a meu favor.

Eu o encontrei no portão e ele me deixou entrar. Ele me deu um boné e uma camiseta que os funcionários do jardim zoológico usavam. Eu sabia que Greg iria fazer o trabalho completo.

—Obrigado cara. Onde eles estão?

—Eles passaram pela casa dos répteis, para se dividirem em grupos.

Eu coloquei a camiseta e o boné apenas para que ninguém perguntasse por que um cara estranho estava vagando pelo zoológico antes que ele fosse oficialmente aberto. Eu tive que parabenizar Greg, foi uma ótima ideia. Agora eu parecia com ele e com os meus óculos de sol eu estava completamente discreto. Estendi minha mão e ele relutantemente bateu nos meus dedos. Sorri e ele saiu.

—No final desta semana eu vou pegar meu convite, - ele gritou atrás de mim.

Vi Emmi antes de sequer notar o resto do grupo. Ela estava ouvindo atentamente tudo o que o instrutor estava dizendo a eles. Ela parecia inteligente e isso me deixou excitado, tanto quanto seu corpo sexy fogoso.

Eu entrei no grupo e fiquei apenas um pouco atrás dela. Eu esperei até que ouvi o instrutor dizer a todos para formar grupos de quatro, e depois dei um passo atrás dela. Um cara com cabelo preto e óculos com lentes grossas deu um passo ao lado dela também. Eu queria dizer-lhe para desistir, mas eu podia ver que ele era o tipo de cara que já sabia que não tinha chance. Ele só queria estar perto dela. Ela ainda não tinha me notado quando um terceiro indivíduo entrou no nosso grupo. Esse cara não era um idiota, mas ele não era tudo aquilo. Vi Emmi sorrindo para ele e senti uma pontada de algo que eu não estava acostumado... ciúmes.

—Certo, todos têm grupo? - Perguntou o instrutor.

Foi quando ela virou para olhar para o seu grupo e me viu. No início, ela sorriu timidamente, realmente não me reconhecendo com meu boné e óculos. Mas quando ela começou a se virar, vi o reconhecimento. Ela se virou rapidamente para mim.

—O que você está fazendo aqui? - Ela perguntou em voz baixa.

Dei de ombros e sussurrei:

—Pareceu divertido.

Emmi olhou por cima, onde o professor estava distribuindo as tarefas. Então, ela se virou para mim.

—Você vai nos colocar em problemas.

—Se alguém se meter em encrenca, Emmi, será eu. Basta manter a calma e ir buscar a nossa tarefa.

Ela parecia frustrada, mas depois se virou para os outros dois caras.

—Por onde vocês preferem começar?

—Vamos pôr em pratica e aprender a casa dos répteis, - o cara idiota insistiu.

—Eu prefiro saber sobre os tigres, - o outro cara contraria.

Ele estava tentando parecer firme com ela. Acho que estava falhando.

—Certo, vou ver o que sobrou.

Enquanto ela foi, tirei minha camiseta e boné do jardim zoológico e, em seguida, eu me apresentei aos outros caras. O nome de cara idiota era Charles, claro.

—Eu não me lembro de você na aula.

—Estou na aula noturna do professor, - disse a ele. —Eu não consegui fazer na nossa data, então, ele me deixou vir nesta.

—Ah, - disse ele, aceitando.

Eu fiquei feliz, porque não sabia se o professor tinha uma aula à noite ou não. O nome do outro cara era Troy, e ele era o único que eu teria que observar. Eu conseguia sentir o cheiro da competição escorrendo de seus poros.

—Começamos com os répteis e trabalhamos a partir de lá, - disse Emmi andando até nós.

—Sim! - Chuck gritou com um sorriso animado.

Troy deu um passo ao lado de Emmi. Ele estava perto o suficiente e perto demais se você me perguntar.

—Certo. Vamos, - ele disse a ela.

Gostaria de saber quem o elegeu como presidente da classe, mas eu os segui. Caminhando atrás dela, me deu uma bela vista. Quando chegamos na casa dos répteis, eles nos permitiram entrar na parte de trás, por onde os funcionários entram. Havia um cara gordo mais velho e uma jovem loira sexy trabalhando.

O gordo disse:

—Bem-vindos. Eu sou Mike e esta é Selena. Nós somos tratadores de répteis e vocês estarão conosco por duas horas antes de ir para o próximo ponto. Neste momento estamos alimentando-os. Eu terei dois de vocês indo comigo e dois com a Selena.

Troy já estava ao lado de Emmi. Eu precisava pensar rápido ou ia acabar gastando as próximas duas horas com Chuck.

—Ei, Emmi, - eu disse, batendo em seu ombro. —Veja isso.

Ela se virou para mim e eu agarrei o braço dela. Nada muito dramático ou homem das cavernas, eu apenas lhe dei um empurrãozinho na minha direção. Havia uma jaula atrás de mim com tartarugas que tinham acabado de sair de seus ovos. Fingi que era o que eu queria mostrar a ela.

—Certo, você e você, venham comigo, - disse Mike para nós.

Eu ainda estava lado a lado com Emmi. Não fiquei nem um pouco chateado que iria olhar muito a barriga de Mike sobre seus shorts cáqui apertado pelas próximas duas horas. Era só eu e Emmi, estava longe de ficar preocupado. Ela me deu um olhar que eu não tinha certeza de como interpretar. Acho que era uma potencial bronca. Eu apenas sorri para ela, porém, acho que isso a irritou ainda mais. Eu também sorri para Troy quando Mike nos levou para longe. Ele, provavelmente, ficou chateado também.

Em primeiro lugar, Mike nos levou a um mini-tour. Foi realmente interessante ver as jaulas na parte de trás. Embora eu não ligasse para as serpentes. Quando chegou a hora de alimentá-la, nada menos que com ratos, eu não iria levantar a minha mão.

—Qual é o problema, cara durão? - Disse Emmi, zombando. —Você tem medo de uma pequena cobra?

Olhei para a caixa de vidro a nossa frente. Era uma jiboia, e não havia nada de “pequeno” nela.

—Não, mas esta é a sua viagem de campo. Eu quero que você tenha a experiência completa.

Valia a pena tentar, mas ela sorriu e revirou os olhos. Ela não estava caindo nessa. Ela estendeu a mão para a pequena gaiola de ratos que Mike estava segurando.

—Você passou por tantos problemas para estar aqui. Eu não quero que você perca isso.

O problema aqui era que eu odiava os ratos pior do que as cobras. Eu não acho que tenha algo a ver com ser corajoso ou não. Era apenas uma preferência pessoal, e eu pessoalmente preferia que os roedores e cobras escorregadias mantivessem distância.

—Vamos, Braxton, - Emmi disse. —Você não tem que tocá-las. Basta abrir a portinhola ali, - ela apontou para o habitat da cobra, — e abrir essa aqui, - disse ela, apontando para a porta da gaiola que ela segurava, —e segure-a próximo a ela. A cobra vai fazer o resto.

Eu involuntariamente estremeci com o pensamento. Droga! Aposto que Troy estava agora em algum lugar, deixando um dos bastardos pouco assustadores rastejarem em cima dele. Respirei fundo e usei dois dedos para tirar a jaula dela.

Mike veio e disse:

—Certo, eu vou deslizar para cima a janela do gabinete da cobra e você desliza ao mesmo tempo e os despeja.

Claro, Mike, fala como se fosse moleza. Eu tentei sorrir, mas eu acho que, provavelmente, mais parecia uma careta. Quando Mike deslizou ao seu lado e comecei a deslizar para cima o meu, ele provou que não era o rei da cronometragem. O meu foi antes do dele e meus ratos começaram a saltar para fora da gaiola. Deus me ajude, mas eu acho que posso ter gritado como uma garota. Virou uma névoa depois disso, por alguns minutos, mas Mike e Emmi estavam rindo, eu tenho certeza que de mim e, então, eu os vi fazendo coisas indescritíveis. Eles estavam pegando os ratos por suas longas e nojentas caudas e soltando-os na cova da serpente. Eu estava com medo de tal maneira que por um minuto eu iria passar mal.

Quando a provação acabou e todos os ratos foram apanhados e as gaiolas fechadas mais uma vez, Emmi finalmente parou de rir.

—Você está bem? Você parece um pouco pálido.

Eu dei um olhar e o dedo que eu costumo reservar apenas para amigos do sexo masculino e meninas que não quero seduzir. Ela jogou a cabeça para trás e riu, novamente.

Isto não era o que eu tinha planejado.

O restante dos répteis era muito menos repugnante e, depois de nossas duas horas, nós passamos para os tigres. Eu poderia dizer que este era o lugar onde Troy achava que ele provaria sua valentia. Imagine a minha alegria quando o treinador lhe deu o balde de carne para despejar e enquanto ele estava fazendo isso, o papai Bengala começou a vir em sua direção. Troy começou a tremer, largou o balde o mais rápido que pode e pela rapidez em que ele saiu de lá, ele tinha carne sobre todo seu Nike e manchas de suor sob suas axilas. Era uma coisa bonita de ver, depois do meu próprio embaraço.

Fomos de exposições para exposições, almoçando ao longo do caminho. Emmi parecia estar se divertindo, e foi divertido ver como ela interagia com as outras pessoas. Eu estava acostumado ser apenas eu e ela na casa, e eu estava geralmente dando-lhe razão de ficar na defensiva. Ela era muito agradável e engraçada. Eu acho que Troy e até mesmo Chuck podem ter exagerado ao rir de tudo o que ela dizia, mas eu também sabia exatamente o que eles estavam pensando, porque eu estava pensando isso, também. O que quer que me desse a chance de dormir com ela, valia a pena tentar.

A exposição do leão-marinho foi a última do dia. Chamei Greg de lado e disse a ele que daria convites para quatro pessoas, se ele pedisse ao seu treinador me fazer, de alguma forma, parecer bem aqui. Greg revirou os olhos, mas depois que ele recebeu uma olhada de Emmi, eu poderia dizer que ele entendeu.

Quando chegou a hora, o nosso treinador atribuído, um cara chamado Seth disse:

—Certo... Você. Venha aqui. - Ele me fez um sinal na beirada da grande piscina, onde os leões estavam nadando com os peixes coloridos.

Foi legal vê-los deste ângulo.

—Aqui", disse ele, entregando-me um balde de peixes. —Você pode assobiar?

—Sim, - eu disse a ele.

—Quando você estiver pronto, dê-lhes um assobio.

Eu segurei o balde em uma mão e coloquei dois dedos na minha boca, dando um assobio estridente. Em poucos segundos cabeças de leões marinhos foram subindo na minha frente e dois até pularam em cima da prancha, ao meu lado. Comecei jogando os peixes para eles, me certificando de que cada um tivesse pelo menos um, como Seth me disse. Foi tão legal que eu quase esqueci que Emmi estava me observando. Quando eu olhei, ela estava me dando um olhar que parecia ter amolecido um pouco. Eu acho que era apenas algo sobre um cara com um balde de peixe...

No caminho de volta para casa quando ela poderia estar me castigando pelo desastre do passeio, em vez disso, ela estava falando animadamente sobre o quão divertido tinha sido tudo. Ela tinha razão, tinha sido divertido. Eu amei como animado seu rosto ficou quando ela ficava alegre com alguma coisa ou como ela torcia seu pequeno nariz, quando estava pensando.

—Qual foi a sua parte favorita? - Ela me perguntou.

—Acho que foram os leões-marinhos, - eu disse a ela.

—Você meio que ainda cheira a peixe, - disse ela com um sorriso.

—E você cheira como um rato, - eu disse a ela. —Eu não posso acreditar que você os tocou. Eca!

Ela riu.

—Eu espero que nós nunca tenhamos problemas com ratos no apartamento. Acho que eu não poderia contar com você para ser o homem grande e forte a esvaziar a ratoeira.

O pensamento disso me deu arrepios, e eu não poderia sequer fingir que seria capaz de fazê-lo.

—Não, desculpe. Você vai ter que ter um par de bolas e assumir por si mesma.

Ela riu novamente.

—Os homens são tão idiotas. Eles dizem "ter um par", como se fizesse você resistente. Eu ouvi você gritar como uma menina hoje e você tem um par, certo?

Tomei essa oportunidade para dizer:

—Sim, eu tenho. Quando chegar em casa vou te mostrar, se quiser.

Ela revirou os olhos para mim mais uma vez, mas sorriu. Eu estava chegando mais perto...

10

Emmi

Nas duas últimas semanas tinha sido diferente entre Braxton e eu. Depois daquela noite no lago, as coisas pareciam mais relaxadas, enquanto ele não tentava tanto me levar para cama. Aquela noite foi muito divertida e eu realmente não esperava que fosse, por isso foi uma agradável surpresa. Seu relaxar um pouco sobre as insinuações sexuais também me fez mais confortável em fazer coisas, como assistir a um filme com ele naquela noite ou tirar sarro dele como naquele dia no zoológico. Eu senti como se estivesse finalmente o conhecendo, e ele não era realmente um cara tão ruim.

Fiquei chocada quando ele chegou com o estúpido boné e camiseta do zoológico naquele dia. Eu nunca poderia fazer algo parecido. Ele fez algum comentário grosseiro sobre ter bolas. Naquele dia, eu achei que talvez ele realmente tivesse, por ele ter ido comigo no passeio de campo da faculdade, eu não teria coragem. Eu não admitiria isso para ele, mas, na verdade, acabou por ser o melhor dia que eu tive em muito tempo. Eu pensei muito sobre isso e conclui que tinha sido muito divertido, porque era a primeira vez que eu realmente o vi com a guarda baixa. Ele começou tentando impressionar é claro, mas depois que você solta uma gaiola cheia de ratos em seus pés e grita como minha tia Sally, foi difícil manter a fachada. Ele também foi super fofo com os leões-marinhos. Eu poderia dizer que ele estava fascinado por eles, e foi divertido ver seu rosto se iluminar cada vez que um deles pegava o peixe de sua mão, ou o deixava acariciar na cabeça. Um deles até cheirou sua perna e agiu como se não quisesse que ele fosse.

Quando o treinador a chamou de Suzie, Braxton falou:

—Eu deveria saber que ela era do sexo feminino. Elas fazem isso para mim o tempo todo.

Foi um comentário típico Braxton, mas eu poderia dizer que ele estava realmente tocado por ela. Nosso relacionamento de companheiros de quarto foi lentamente mudando para o de amigos e eu gostei. Ele não tinha desistido de seus comentários pervertidos, mas, pelo menos, parecia mais bem-humorado sobre isso, como se estivesse realmente brincando.

Eu estava dizendo isso a Zoe no outro dia e ela riu e disse:

—Confie em mim, você concordou com ele que iria pular sobre ele... então, você vai.

—Bem, eu não concordei, de modo que nunca saberemos.

—Por que não, Emmi? Você o conhece melhor agora, ele é loucamente gostoso. Porque não passar uma noite em sua cama?

—Por que você não dorme com ele? - Perguntei. —Você fica toda excitada e incomodada cada vez que eu menciono o nome dele.

—Isso seria estranho, já que vocês dois já tiveram um encontro. Além disso, eu sou do tipo de ter um encontro com o Mike.

—Mike? - perguntei a ela.

—Sim, o cara que você conheceu no clube. Ele não é um cara gostoso como Braxton, mas ele é muito querido e muito inteligente. Caras espertos fazem isso em mim, você sabe disso.

Eu sabia disso. Quando estávamos na escola, Zoe não iria sequer pensar em sair com um cara que tinha QI baixo, ela preferia os inteligentes. Algo sobre um cérebro inteligente realmente a excitava. Pensei no que Braxton tinha me dito sobre ser um analista de informática. Não disse nada para Zoe, eu tinha prometido que não contaria a ninguém que ele era muito mais inteligente do que aparentava.

—Isso é ótimo... você vai na luta de Braxton comigo?

—Sim, eu espero que ele ainda esteja bonito quando ele terminar.

Eu também, mas eu não disse isso em voz alta.

Braxton estava saindo no início da tarde com sua mochila. Corri até ele quando eu vinha caminhando de uma loja.

—Oi, - ele disse. —Eu vou te ver lá hoje à noite, certo?

—Eu vou tentar, - disse a ele. —Não tenho certeza se Zoe pode me pegar ou não.

—Bem, se você pude ir, deixei o panfleto sobre a mesa. Não se esqueça de trazê-lo ou eles não vão deixar você entrar. Espero que você venha. - Ele disse piscando.

Já era certo que eu ia, mas não queria que ele soubesse. Eu sei, estranho. Eu estava com um tipo de paixão por ele e por alguma razão, não estava pronta que ele soubesse disso, ainda.

—Deseje-me sorte?

—Boa sorte. E Braxton... cuide desse rosto bonito, - eu disse a ele com um sorriso.

—Eu vou, e “meu negócio”, também.

Seu sorriso cresceu de pequeno a gigantesco.

—Você não tem jeito, - eu disse a ele.

—Eu sei, - ele respondeu.

Então, ele deu um passo e saiu pela porta.

Rapidamente corri para o meu quarto, para decidir o que vestir. Eu não tinha certeza do que as pessoas usavam nas lutas. Este estava sendo realizado em um antigo armazém fora da cidade, porém, estava calor lá fora, por isso optei pelo meu jeans Luck favorito e uma regata badalada que eu tinha comprado há dois verões, mas eu adorava. Era cor-de-rosa shock e tinha o famoso símbolo da cruz em preto na frente. Eu estava com um par de tênis Converse, porque eu não tinha certeza se o antigo armazém tinha um piso real ou se seria sujo. Eu não queria acabar com os pés sujos.

Zoe chegou e nós colocamos o endereço que Braxton tinha me dado em seu GPS. Era cerca de 40 minutos de carro, e o bairro que nos levou, também era definitivamente questionável. Eu comecei a ter visões de brigas de gangster e batidas policiais. Eu disse isso a Zoe e ela me disse que eu estava sendo levada pela minha imaginação desenfreada. Esperava que Braxton fosse me salvar, se algo terrível acontecesse.

Quando chegamos a entrada, tivemos que ficar em uma fila enorme de pessoas. Eles eram em sua maioria jovens como nós. Alguns deles pareciam mais velhos e com um pouco de rugas. Definitivamente, não era o tipo de lugar que Zoe ou eu estávamos acostumadas a ir.

Quando chegamos na porta, tivemos que dar aos dois homens enormes ali de pé os panfletos que Braxton deixou comigo. Esta luta era apenas com convite e se você não tivesse um panfleto... um original, não uma cópia, você não poderia entrar. Além disso, você tinha que pagar 25 dólares.

Porém, o lugar estava lotado, então, devem ter sido entregues um monte de panfletos. Era tudo muito secreto e por debaixo dos panos. Isso me fez sentir um pouco decadente.

—É tão barulhento aqui, - disse Zoe, cobrindo as orelhas.

—Eu sei, é uma loucura. Pergunto-me se conseguiremos encontrar um lugar.

Havia cadeiras de metal dobráveis, mas parecia ter muito mais pessoas do que cadeiras. Nós fomos empurradas algumas vezes pela multidão, fazendo nosso caminho. Finalmente encontramos dois lugares vazios a cerca de três fileiras do ringue, que tinha a forma de um octógono com uma gaiola ao redor dele. Havia uma mesa no outro lado do octógono, onde eu acho que o locutor e os juízes ficavam. Havia três homens que rivalizavam os seguranças da porta em tamanho e um cara que parecia um DJ que era ladeado por ambos. Meu palpite é que ele era o locutor.

Depois que passou cerca de vinte minutos, o locutor disse a todos para encontrar um "lugar." Foi mais dez ou quinze minutos de caos e, em seguida, ele anunciou que o promotor do evento "Sam Killian" tinha algumas palavras a dizer.

Um cara mais velho, mas tão grande quanto o restante deles, pegou o microfone e disse:

—Obrigado a todos por terem vindo. Espero que vocês estejam prontos para uma noite de luta selvagem como nada do que vocês já viram antes. Tenho sessenta e quatro lutadores para vocês verem, hoje à noite. Eles vêm de todo lugar e são alguns dos mais duros filhos da puta que jamais viram, mesmo que você assista regularmente aos torneios de combate. Alguns dos meus caras fazem os chamados profissionais passar vergonha. O vencedor final leva o título de Campeão Subterrâneo de Luta e uma bolsa de sessenta e quatro mil dólares!

Um rugido alto se espalha por todo o ambiente.

—Cada partida será composta de três rounds de cinco minutos, a menos que alguém sinalize dando tapas de leve e saia. O vencedor dessa luta vai lutar com o vencedor da próxima e assim por diante. As penalizações do árbitro serão decisivas e estou certo de que todos conhecem meus amigos na porta que estão mais do que dispostos a ajudá-los a encontrar o caminho para fora, se for necessário. A primeira luta vai começar com o sino. Boa sorte a todos!

Mais alguns minutos se passaram e o locutor chamou os dois primeiros lutadores para o octógono. Eles eram rapazes jovens e bem reforçados como Braxton. Não usavam camisetas ou sapatos, e ambos usavam bermudas de aparência escorregadia. Suas mãos estavam protegidas e você poderia dizer que eles tinham um protetor bucal. Zoe se inclinou.

—É como um buffet.

Eu tive que rir. Às vezes, ela era tanto pervertida quanto Braxton.

Os dois rapazes se encontraram no meio do ringue com o árbitro e depois de alguns minutos conversando, o sino soou. Um rapaz foi à loucura com o som do sino. Lembrou-me de assistir a uma corrida de cavalos e como os cavalos dispararam no segundo que o portão estava aberto, exceto que esse cara estava literalmente socando como o inferno o rosto do outro cara. O cara que estava sendo atingido gritou de repente e pareceu perceber o que estava acontecendo e veio no outro cara como um selvagem. Ele estava dando socos e pontapés, mas eram desenfreados e não parecia estar acertando em lugar nenhum. Porém eu tive que aceitar, ele conseguiu levar soco na cara por cinco minutos e nunca perdeu o equilíbrio.

Quando o sino tocou novamente, ele foi para o canto com seu treinador, ou quem quer que o cara fosse e fez o seu melhor para hidrata-lo e cuidar do seu rosto. Eu estava novamente pensando sobre o rosto bonito de Braxton.

—Eu não sei se eu consigo ficar sentada e ver alguém fazer isso com o rosto de Braxton, - eu disse a Zoe.

—Você o ama...

—Cale-se! Não é amor. - eu disse a ela.

—Luxúria!

—Cale a boca! - Eu enfatizei.

Eu sei que não foi a melhor das respostas, mas eu podia sentir meu rosto corar muito e eu não queria dar-lhe mais munição para ela usar contra mim.

A luta começou de novo, e antes do final do segundo round, o cara que estava apanhando foi nocauteado. Foi meio triste. O locutor disse que ele veio do Canadá, e agora ele foi nocauteado na primeira rodada.

Tivemos que ver cerca de mais dez lutas antes que fosse finalmente a vez de Braxton. Eu podia sentir meu coração batendo no meu peito enquanto eu o vi sair. Ele parecia tão bom em seu short verde que, acredite ou não, combinava com seus olhos. Quando ele entrou no ringue, eu juro que cada menina do lugar, abaixo de trinta anos, estava gritando, aplaudindo e assobiando. Não era de admirar que ele fosse tão cheio de si mesmo já que ele recebia recepções por aí como esta. Embora eu estivesse feliz em vê-lo, eu não tinha certeza quanto tempo eu poderia aguentar ver isso. O cara grande, o promotor do show foi em seu canto com ele. Eu achei que era um bom sinal e disse a Zoe.

—Braxton ganha para aquele cara uma tonelada de dinheiro. Ele finalmente o tomou sob sua asa. Braxton foi o quarto há dois anos, e depois que Sam o levou, ele subiu para segundo no ano passado. Tenho certeza que ele está indo para o primeiro desta vez.

—Como você sabe tudo isso? - Perguntei.

—Eu sou curiosa, e eu faço perguntas, - disse ela com um sorriso. —Além disso, o seu namorado é o tema de muitas discussões femininas na fraternidade.

—Ele não é meu namorado, - eu disse, mas realmente não gosto do jeito que me fez sentir quando ela mencionou que toda a fraternidade fala sobre ele.

Acho que foi ciúme, e desde que eu só tinha saído em um minúsculo chamado de encontro com ele, eu me perguntei para onde isso iria.

Eu vi quando a campainha tocou e Braxton e seu adversário foram para o meio do ringue. Enquanto Braxton caminhava, eu o vi olhar ao redor do armazém e podia jurar que ele fez contato visual comigo. Seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso de satisfação. Eu posso ter imaginando, porque dentro de segundos, ele e o outro cara estavam trocando socos.

Braxton se esquivou de dois movimentos do outro lutador e depois acertou um soco rápido na cabeça do cara. O outro cara pareceu balançar rapidamente, se lançando para a frente e agarrando Braxton ao redor da cintura, empurrando-o de costas nas cordas. Braxton se contorceu para se soltar do outro cara e pareceu usar todo o seu corpo para empurrá-lo para trás. Então, ele flexionou os ombros e avançou, olhando confiante, pouco antes de receber dois golpes rápidos na cabeça, machucando. Ele não caiu, mas ele parecia desorientado enquanto o cara levantou o cotovelo e bateu na lateral da sua cabeça.

Estava me matando ver isto. Se eu tivesse trazido uma toalha branca comigo, teria atirado eu mesma. Porém, Braxton ainda estava de pé, depois de um movimento rápido de sua cabeça e esquivando-se de mais alguns golpes, ele se envolveu em uma troca concisa de socos com o outro cara. Fiquei tão aliviada quando os cinco minutos terminaram. Para mim, tinha parecido quinze. Eu não consigo imaginar quanto tempo até a campainha tocar.

Eu vi como Sam colocava gelo na sobrancelha de Braxton, que parecia estar cortada e inchada. Ele engoliu uma bebida energética e, em seguida, Sam limpou-o, espremendo a água da esponja e deixando descer por seu corpo firme. Eu pude ver com um olhar ao redor do armazém que a cena era sedutora para muitas das mulheres no ambiente.

Quando a campainha tocou para o segundo round, as táticas de Braxton mudaram. Ele agora tentava derrubar o outro cara. Estava evitando os golpes na cabeça, que tinha, sem dúvida, feito perder o primeiro round, mas foi pego no queixo por um gancho, que o levou a perder o equilíbrio. Porém, ele se recuperou e logo voltou com um pontapé no estômago de seu adversário, derrubando-o no chão. No entanto, o adversário reagiu rapidamente e agarrou as pernas de Braxton, logo que ele caiu no chão, puxando-o para baixo com ele. Agora, os dois estavam lutando dando ganchos, enquanto a multidão ficava de pé. Levantei-me também, porque eu não conseguia ver, mas o tempo todo discutindo comigo mesma, que eu não queria ver. Tudo o que eu podia ver agora eram braços musculosos e pernas se debatendo enquanto cada um deles procurava segurar o outro no chão.

Eu estava esperando mais uma vez, que os cinco minutos passassem e acabasse. O outro lutador agarrou o braço de Braxton e torceu-o para o lado, forçando-o na sua frente. Em seguida, o grande filho da puta estava sentado sobre ele, e se isso não fosse suficiente, ele imobilizou sua cabeça. Eu podia sentir meu coração na garganta e eu estava tão cheia de adrenalina, que quase conseguia ouvir o sangue que pulsava em minhas veias.

A multidão estava gritando, alguns deles para Braxton se levantar e outros estavam dizendo para ele desistir e bater para sair. Eu não sabia nada sobre luta subterrânea, mas tanto quanto eu queria que ele ficasse bem, eu também queria que ele ganhasse. Não porque fosse importante para mim, mas eu tenho um sentimento verdadeiro de que esta é uma luta importante, que ele realmente quer ganhar. De repente, eu me ouvi gritando junto com aqueles que queriam desesperadamente que ele se levantasse e lutasse. Zoe se inclinou perto do meu ouvido.

—Isto não é o que eu esperava. Todo mundo diz que ele deveria ser o único a vencer esta noite.

—Ele não está derrotado. - eu disse a ela. —Ele vai tirar esse filho da puta de cima dele e levantar!

11

Braxton

Eu não sei como diabos isso aconteceu. Eu estava de bruços no chão, com um cara chamado ‘Needle Nose’ sentado nas minhas costas e pressionando seu braço musculoso em minha traqueia, tentando me fazer bater para desistir. Isso não iria acontecer. Eu sabia que esse cara seria difícil. Sam tinha me avisado que não seria uma luta fácil, mas mesmo que tivesse os três rounds, eu tinha entrado nisso sem nenhuma dúvida de que eu iria sair por cima.

Isto era culpa de Emmi. Desde que eu entrei no octógono e a vi sentada ali com sua amiga loira, parecendo estar no topo do mundo com uma regata rosa e calça jeans rasgada, eu realmente não fui capaz de manter minha cabeça no ringue... eu deixei este punheteiro ganhar vantagem, enquanto eu sonhava com uma garota que eu quero levar para cama. Eu não vou deixar de ouvir de Sam quando isto estiver terminado.

Eu lutava para manter a minha cabeça para cima, onde o meu adversário tentava bater com ela no chão. Quando eu consegui, aconteceram duas coisas: Primeiro, o estrangulamento, o cara me apertou e me fez de repente sentir como se eu não pudesse respirar e segundo, vi o rosto de Emmi. Ela parecia triste ou angustiada, como se ela estivesse quase considerando correr aqui em cima e me ajudar. Algo sobre esse olhar, aqueles olhos escuros lindos me olhando como se eles realmente me vissem, não me importa, me fez querer tirar esse idiota das minhas costas, e rápido. Eu não sei como eu fiz isso, mas assim que eu o senti relaxar os músculos do braço para que eu pudesse respirar, senti uma super explosão de força humana.

Eu firmei meu corpo o suficiente para derrubá-lo de lado apenas o suficiente para usar meus braços e me empurrar para cima. Quando eu saí do chão, agarrei-o e lutamos, novamente por apenas alguns segundos antes de eu ser capaz de virá-lo e prendê-lo no chão. Eu queria que ele se rendesse antes da campainha. Eu senti um desejo irresistível de beijar uma bela morena, e eu queria fazê-lo agora. Mas o meu adversário teria que desistir em primeiro lugar.

Sufoquei-o com força, talvez um pouco demais, antes de aliviar a pressão. Eu fiz isso três vezes, o tempo todo com o meu joelho em suas costas, antes dele finalmente não aguentar mais e ele bateu se rendendo. O juiz intimou, eu solei e me levantei, a adrenalina agora correndo em minhas veias como Dale Earnhardt em uma pista de corrida.

Ele levantou meu braço quando o locutor dizia meu nome e "vencedor" repetidamente. A multidão estava selvagem, eles estavam gritando meu nome e as meninas foram realmente me alcançar através da gaiola, tentando me tocar. Eu podia sentir o suor frio escorrendo pelo meu corpo enquanto o juiz me girava em um ângulo de trezentos e sessenta graus, para que todos pudessem dar uma olhada no vencedor.

Quando ele me virou na direção certa, eu olhei para fora e vi Emmi. Ela estava torcendo também. Claro que eu não podia ouvi-la sobre o rugido da multidão, mas parecia que ela estava dizendo meu nome junto com o restante. Quando nossos olhares se encontraram, ela sorriu amplamente e me fez sinal de positivo com a mão.

Ela é tão malditamente bonita.

Bati meu peito com os punhos como King Kong. Eu não consegui me segurar, senti-me como um animal gigante no topo do edifício Empire State, de repente. Sam estava tentando falar comigo, mas eu não conseguia ouvi-lo. Tudo o que eu podia ouvir na minha cabeça era o rugido da multidão e tudo que eu podia ver na minha frente, era Emmi.

Saí do octógono e entrei no meio da multidão. Eu podia sentir as mãos no meu corpo encharcado de suor, mas eu só tinha uma coisa em mente. Eu caminhei rapidamente para onde Emmi estava.

Quando cheguei até ela envolvi meu braço ao redor da sua cintura, puxando-a contra mim e esmagando seus lábios com os meus. No início ela estava tensa, mas eu juro que ela se soltou, depois de alguns segundos. Eu finalmente soube o que a frase "negligente abandono" significava. Eu estava arriscando levar uma joelhada na virilha ou um tapa no rosto. Mas minha virilha estava protegida e meu rosto já estava machucado e sangrando. Acima de tudo, eu simplesmente não me importava, porque eu percebi, enquanto provava seus doces lábios, que eu nunca tinha trabalhado tanto por um beijo. Eu não sei se o conhecimento disso foi que fez com que os fogos de artifício explodissem na minha cabeça, ou se apenas provei que era bom pra caralho.

Quando eu relutantemente a deixei ir, ela estava olhando para mim com os olhos tão grandes como pires. Eu podia ver o choque e confusão em seu rosto. A multidão ainda estava em pé, gritando meu nome. Eu deveria me sentir mal que a peguei de surpresa assim, na frente de uma sala cheia de pessoas, mas não senti. Senti-me energizado, e vivo. Eu estava caminhando para lutar no topo com trinta e dois anos e eu simplesmente tive o beijo mais apaixonado da minha vida. o desejo de ceder?

                                                    Alycia Taylor         

                          Voltar a serie

O melhor da literatura para todos os gostos e idades