Apesar do acidente que a seis anos atrás, o deixou numa cadeira de rodas Kyle Brynn ama sua casa. Com vinte e seis anos de idade, ele é um homem independente, apesar dos protestos de sua família. Porém, junto com sua independência veio à solidão. Não é culpa das pessoas que o vêem apenas como um homem em uma cadeira de rodas, é sua.
Darshawn (Gill) Gilling deixou o futebol profissional no auge de sua carreira sem explicações para a imprensa. Cattle Valley agora é sua casa, Gill tem muito prazer em administrar sua oficina e seu posto de gasolina. Sua vida é muito mais fácil desde que se assumiu para seus amigos e família. Ele só desejava ter alguém para apoía-lo. A maioria das pessoas da cidade tendiam a ficar um pouco alvoroçadas quando Gill estava presente, mas se ele quisesse fãs, ele teria ficado no futebol. O que ele realmente queria era a atenção do pequeno padeiro, que morava próximo a sua oficina.
Capítulo Um
De sua cadeira, Kyle viu quando Gill entrou na festa. Era a inauguração do novo salão da igreja. Ele sentiu aumentar as batidas do seu coração, quando estudou os dois metros e dez do atleta. Nunca antes um homem mexeu tanto com ele de dentro para fora, quanto Gill.
Ele travou uma dura batalha para se conformar com sua deficiência, mas ele achava que finalmente havia superado. Até que Gill entrou em sua padaria, pela primeira vez. De repente, ele queria algo mais do que voltar a andar novamente. Ele queria ser tocado e beijado. Inferno, quem ele estava enganando, ele queria ser fodido.
Antes do seu acidente de carro, ele tinha inúmeros encontros em sua cidade natal, Irvine na Califórnia. Agora, Kyle suspirou, ele nem sequer podia manter uma ereção por mais de alguns segundos de cada vez. Para não dizer nada sobre o “oh-assim-não-sexy” cateter externo, que ele tinha que usar na cama à noite.
Kyle não pode acreditar em seus olhos quando Gill começou a andar em linha reta em sua direção. Gill tinha ido à padaria várias vezes ultimamente. Ambos pareciam gostar de flertar, mas ele sabia que era o máximo que uma relação entre os dois chegaria.
—Feliz Natal. — Gill o cumprimentou, sua voz profunda vibrando no peito de Kyle.
—Feliz Natal. — Kyle sorriu.
Gill apontou para a cadeira dobrável ao lado dele.
—Se importa se eu me sentar?
—Não, não. — Kyle sentia as mãos começarem a suar onde descansavam, naturalmente, sobre as rodas cromadas de sua cadeira.
Ele assistiu com admiração enquanto o grande homem se sentava na cadeira. Apesar do tamanho, a cadeira parecia demasiado pequena para conter seu ocupante.
—Você parece estar bem. — comentou Gill.
Kyle olhou para suas calças cáqui e camisa de botão azul-marinho.
—Não, você apenas está habituado a me ver de avental.
—Bem, você fica bem de avental, também, mas eu estava falando mais no sentido do seu sorriso. Você parece feliz esta noite.
Kyle corou. Como ele poderia dizer a Gill que o sorriso era por causa dele?
—Obrigado.
Gill estendeu a mão grande e a passou sobre coxa de Kyle.
—Embora essa calça seja bonita, eu prefiro você de jeans.
Kyle não tinha certeza se estava tocado ou chocado? Há muito tempo ninguém colocava a mão em suas pernas inúteis. Sua surpresa deve ter se mostrado em seu rosto.
—Desculpe-me, você não gosta de ser tocado?
—Não é isso. — resmungou Kyle. —Eu não sei se alguém fez isso desde que eu saí de casa. A maioria das pessoas tenta fingirem que a metade inferior do meu corpo não existe. Eles nunca olham abaixo do meu rosto. — Kyle deu de ombros. Era difícil de explicar, para alguém que não estava em sua posição.
Gill tocou sua coxa novamente.
—Isso é uma vergonha. Todos precisam ser tocados ocasionalmente. — Gill deu a perna de Kyle um ligeiro aperto. —Você se importaria se eu te perguntasse uma coisa?
—Não, desde que você não se importe se eu me recusar a responder.
—Você pode sentir minha mão em você?
—Um pouco. — Kyle assentiu.
—Eu sinto a pressão, mas parece mais como se você estivesse me tocando com uma luva grossa ou algo assim. Isso faz sentido?
Gill sorriu.
—Faz sim. Assim, quanto mais pressão se aplica, maior é o estímulo para você?
A mão apertando firmemente a sua perna teve o efeito desejado.
—E agora? — Gill perguntou. —Eu não quero te machucar, mas eu quero que você entenda que eu não tenho medo de tocar em você.
Kyle sentiu o calor em seu rosto, quando o seu pênis realmente se contraiu debaixo do tecido de sua calça. Gill nunca entenderia o poder que tiveram essas palavras sobre ele.
—Eu o senti um pouco mais desta vez. — Kyle sussurrou.
Ele olhou para cima de sua perna para encontrar Gill olhando para seu colo. Merda, ele tinha visto a contração muscular?
—Então, você tem planos para o dia de Natal? — Gill perguntou finalmente.
Kyle engoliu em seco. Gill estava perguntando por curiosidade ou sua paquera estava prestes a dar o próximo passo? Ele não tinha certeza de qual alternativa o assustava mais. Por um lado, ele ansiava em sentir o abraço de um homem contra ele mais uma vez, mas por outro lado, ele não era o mesmo homem de antes.
—Kyle?
—Sim, desculpe. Eu tenho que passar as férias com minha família.
—Já é véspera de Natal? Quando você planeja ir? — Gill perguntou com uma risada.
Sua família havia perseguido ele nos últimos nove meses sobre ele ser re-avaliado. Os médicos pareciam pensar que ele tinha chances, de andar novamente. Até agora, ele tinha defendido a idéia de que isso não aconteceria, mas e se tivesse a chance de ter uma vida normal com Gill?
—Eu vou dirigir até Sheridan, de manhã e pegar um vôo de lá. É mais barato do que voar antes do Natal. A maioria das pessoas já viajou, então.
Gill sorriu e acenou com a cabeça.
—Onde é sua casa?
—Aqui em Cattle Valley, mas meus pais moram em Irvine. E quanto a você? Grandes planos?
—Não, eu fui para casa no Dia de Ação de Graças. Eu provavelmente vou passar o dia assistindo televisão.
—Ei, Gill, você pode vir aqui um minuto? — Hal gritou do outro lado da sala.
Gill olhou de Kyle para Hal e de volta para Kyle.
—Desculpe, eu não vou demorar. Você pode ficar por algum tempo?
—Sim. — respondeu Kyle quando sua perna foi esmagada de novo. Ele observou Gill atravessar a sala. O alarme em seu relógio disparou e Kyle suspirou, hora de visitar o banheiro. Ele virou a caminho dos banheiros, acenando para as pessoas enquanto ele passava. —O que você quer? — Gill perguntou a Hal. Ele não quis ser tão rude, mas Hal sabia que ele estava falando com Kyle.
Hal ergueu as mãos em rendição.
—Desculpe-me, amigo. Não quis tirá-lo de lá, mas o carro da Pam não quer pegar, e ela precisa levar as crianças para casa, está na hora deles dormirem.
Gill se virou para Kyle. Ele observou que o objeto de seu interesse estava indo para o banheiro.
—Ok, mas mantenha um olho nele. Eu não quero que Kyle vá embora, até eu voltar.
Hal riu.
— Está bem, Romeo. Devo ficar de guarda na porta do banheiro?
—Espertalhão. — murmurou Gill enquanto ele ia para o vestíbulo.
Tinha se passado trinta minutos, quando Gill voltou para a festa. Ele viu Kyle, no centro da sala. Parecia que ele estava pronto para ir embora. “Oh não, você não vai.”
Gill foi atrás de sua presa, feliz em ver a posição de Kyle na sala. Ele chegou e parou na frente de Kyle, bloqueando o seu caminho e apontou para cima.
Kyle olhou para cima, confuso e revirou os olhos.
—Visco. Você sabe qual é a tradição a respeito do visco, não é? — Gill perguntou e se abaixou em um joelho.
Com um gesto sutil, Kyle corou.
—Você se importaria se eu te beijasse? — Gill perguntou.
A resposta de Kyle foi se inclinar para ele. Olhando fixamente nos olhos de Kyle, Gill pressionou um beijo contra aqueles lábios tão macios.
—Uau. — Kyle sussurrou.
—Eu penso que nós podemos fazer melhor que isso. —A mão se mudou para a parte de trás do pescoço de Kyle, e Gill o beijou novamente. Desta vez, o beijo pegou fogo e Gill gemeu enquanto sentia o golpe da língua Kyle por toda sua boca.
Foi Kyle, que finalmente quebrou o beijo.
—Preciso ir. — disse ele, olhando para baixo em seu colo.
—Venha para casa comigo. — disse Gill, quase implorando.
Balançando a cabeça, Kyle se recusou a encontrar os seus olhos.
—Eu não posso.
Colocando as mãos sobre as pernas inúteis, Gill beijou a ponta do nariz de Kyle.
—É por causa disso?
A cabeça de Kyle subiu e seus olhos arregalados.
—Minhas pernas? Não. Eu só ... Eu tenho que ir. — Kyle apoiou sua cadeira de rodas para cima e manobrou rapidamente em torno de Gill, em direção à porta.
Gill coçou o queixo e assistiu Kyle rolar para longe dele.
—Que inferno foi isso? — Ele sussurrou.
Capítulo Dois
—Olá?
—Você viu que Kyle voltou para a cidade? — Hal perguntou
—O quê? Quando ele chegou? — Gill limpou as manchas de graxa das mãos. Ele entrou no escritório e olhou para a rua principal, onde estava a padaria.
—Algumas horas atrás. Eu fui buscar uma dúzia de donuts mais cedo e ele estava lá, em vez do Chuck.
—Obrigado por avisar. Acho que eu preciso de uma rosquinha. — Gill desligou e foi até a pia para lavar as mãos com sabão. Enquanto ele limpava as unhas curtas com uma escova, seu pensamento se voltou para a véspera de Natal. Tinha sido a quase cinco semanas atrás, mas ele ainda podia saborear a boca de Kyle se ele se concentrasse.
Colocando o sinal "fechado" na porta, Gill disparou para o outro lado da rua. Ele tinha tido muito tempo para pensar sobre o porquê de Kyle o deixar naquela noite. Ele determinou que fosse medo, ao invés de não-interesse o que levou Kyle a se distanciar.
Ele tinha passado muito tempo no computador, desde então, tentando descobrir tudo o que podia sobre paraplegia e alguns de seus efeitos colaterais. Gill balançou a cabeça, inferno, ele tinha até se juntado a um grupo sobre o assunto, na internet, na esperança de entender o que Kyle estava passando.
Um sorriso atravessou o seu rosto, enquanto ele se aproximava da padaria. Kyle, não o conhecia, se ele achava que Darshawn Gilling iria desistir tão facilmente. O sino antiquado sobre a porta anunciou sua chegada, quando ele empurrou a porta.
—Apenas um segundo. — Kyle gritou da parte traseira.
Em vez de fazer o que ele tinha pedido, Gill foi encontrar o seu homem. Ele não estava preparado para a visão de Kyle, que o cumprimentou. Pelo menos, dez quilos mais magros, o rosto de Kyle estava encovado e com olheiras.
—Gill. — A mão de Kyle foi para o seu peito. —Você me assustou.
—Desculpe. — Gill respondeu enquanto ele continuava a estudar Kyle. —Você perdeu peso.
—Um pouco, suponho. Existe algo em que eu possa ajudá-lo?
Os olhos de Gill se estreitaram.
—O que? Isso é tudo o que você tem a me dizer depois de desaparecer por cerca de cinco semanas, porra?
Se virando em torno da pia industrial, Kyle virou as costas para Gill.
—O que você quer de mim? Eu lhe disse quando o deixei que eu não poderia me envolver com você. Desculpe-me se feri seus sentimentos, mas eu não posso mudar isso.
Forçando-se a tomar várias respirações profundas, calmantes, Gill tentava se lembrar de tudo o que tinha aprendido.
—Então, é no namoro que você não esta interessado? Ou sou eu que não te interesso?
Ele viu como os ombros de Kyle subiam em um suspiro profundo e silencioso.
—Qual é o ponto de namorar? Eu estou melhor, deixando de lado essa parte da minha vida anterior.
Ah, seu pequeno homem estava no meio de uma crise de piedade. Caminhando ao redor da mesa de trabalho, Gill ficou na frente de Kyle novamente e cruzou os braços.
—Assim, a idéia de ser abraçado ou beijado novamente não interessa em nada para você?
—Isso mesmo. — disse Kyle com um aceno de cabeça.
—Não, me ouça primeiro. O namoro não tem que acabar só porque você não pode andar. Há uma abundância de homens lá fora, no seu estado, que passaram a levar uma vida normal. Inferno, alguns deles até mesmo tem filhos.
A sobrancelha de Kyle subiu.
—Eu não acho que ter filhos, foi meu objetivo algum dia.
—Uma pergunta. Você se sente atraído por mim?
—Não seja estúpido. Eu respiro não é? — Kyle olhou para o lado, disposto a fugir do olhar de Gill. —Atração não é o problema. É a minha incapacidade de ser capaz de fazer algo sobre isso.
—Mentiroso.
Quando Kyle começou a virar sua cadeira de rodas para longe dele, Gill colocou uma mão para pará-lo.
—Não fuja de mim.
—Ah, ha, ha, engraçado, Gill. — Kyle disse com um nível de desgosto em sua voz.
—Olha, vamos esquecer isso. Nós ainda podemos ser amigos, mas é tudo que eu tenho para te dar.
Se elevando sobre Kyle, Gill segurou seu rosto.
—Já são duas mentiras que você me disse. Agora eu quero que você me ouça. Não há nada que diga que nós dois não podemos sair e desfrutar da companhia um do outro.
—E depois? O que acontece no final do encontro? Você me dá um beijo e se arrasta com uma ereção para casa? Já pensou nisto, homem? Eu estou tentando o meu melhor para te salvar de uma vida que não é bonita ou sexy. Eu prefiro ter você longe de mim agora do que depois. Eu conheço minhas próprias limitações, tanto físicas como emocionais. Não vou começar a me importar com você só para que você me olhe com nojo quando eu mijar na cama pela primeira vez.
—Você não fará isso, se você usar um cateter externo durante a noite.
A cabeça de Kyle caiu para trás como se tivesse sido golpeado.
—Você esteve pesquisando sobre mim? Por quê? Eu sou o seu novo projeto de animal de estimação? Sai fora da minha padaria. — Kyle rolou-se para trás com tal velocidade, que sua cadeira de rodas bateu na batedeira industrial.
Gill correu para ajudar apenas para receber um soco no queixo. Porra, seu homem podia ser pequeno, mas ele tinha um inferno de um gancho de direita.
Ele balançou a cabeça e agarrou seu queixo.
—Pare ou eu vou começar a pensar que você não gosta muito de mim.
—Saia. — Kyle rosnou.
Decidindo que não conseguiria nada mais com Kyle em seu atual estado de espírito, Gill concordou.
—Vou embora, por agora, mas você pode estar certo de que eu não desisti. Você pode gritar comigo tudo o que você quiser sobre a pesquisa na internet, mas talvez, apenas talvez, você deva me dar uma chance. Eu sei que apesar de tudo que eu li, eu ainda quero você. Se você decidir que isso significa algo para você, me ligue.
Quatro dias depois, Gill estava a caminho para abrir a oficina e pisou no freio no meio da rua. O SUV do Xerife Ryan e outro carro de policia estavam parados em frente à padaria.
Estacionando o carro, ele atravessou a rua e bateu na porta. A padaria estava obviamente fechada, de modo que Ryan e seu detetive, definitivamente não estavam recebendo rosquinhas.
Rick Buchanon apareceu na porta e balançou a cabeça.
—Desculpe, Gill, hoje a padaria está fechada.
—Me deixe entrar ou saia da frente, enquanto eu quebro a porta. — Gill gritou através do vidro.
Ele viu como Rick ergueu um dedo e foi em direção ao fundo da loja. Ele estava de volta a tempo de parar o seu chute bem colocado na porta de Kyle.
Destrancando, ele abriu a porta.
—O xerife disse que podia entrar, mas você vai ter que esperar aqui até que ele venha, entendeu?
—Onde está o Kyle?
—Lá em cima com o Doutor Browning.
—Ryan. — Gill gritou. —É melhor você aparecer aqui antes que eu quebre esse lugar.
O xerife tatuado entrou na sala balançando a cabeça.
—Gill, você tem complexo de Deus ou é apenas um idiota? O que você acha que está fazendo, entrando em uma cena de crime e gritando ordens?
Inchando, Gill foi para cima de Ryan.
—O que aconteceu com Kyle?
—Nada, ele estava apenas um pouco chateado por isso chamou o Dr. Browning. Eu vou ligar lá em cima e ver se está tudo bem para você subir.
—O que aconteceu aqui? — Gill perguntou enquanto Ryan pegava seu telefone celular.
—Alguém tentou arrombar de novo. —Ryan segurou o telefone no ouvido e falou com o médico por um segundo.
—Ok, eu vou mandá-lo subir.
Até o momento em que Ryan se virou, Gill já estava a meio caminho para a escada. Ele subiu dois degraus de cada vez, não se incomodando em bater, quando chegou ao topo. Fechando a porta atrás de si, Gill ficou cara a cara com o Dr. Browning.
—Como ele está? — Gill perguntou. Seus olhos se lançando pelo curto corredor onde ele pensava estar o quarto.
—Ele estava um pouco abalado. Dei-lhe algo para ajudá-lo a descansar. — O médico deu de ombros. —Calculo que você planeja ficar até que ele acorde?
—Acertou.
—Bom, eu tenho que ir para a clínica. —O Dr. Browning entregou um cartão a Gill.
—Aqui estão os meus números, se ele acordar e precisar de algo. — O médico examinou minuciosamente Gill e esfregou uma mão na parte de trás do seu pescoço.
—Eu tive que colocar um de seus cateteres nele. Normalmente, durante o dia ele se lembra de ir regularmente ao banheiro, mas estando sedado...
—Eu vou cuidar dele. — Gill foi rápido para garantir ao homem. O médico lhe deu um aceno, antes de se dirigir para a porta.
Gill não perdeu tempo em ir para o quarto. Ajoelhado ao lado da cama de Kyle, Gill correu os dedos pelos seus cabelos louros escuro. Ele não podia deixar de notar a círculos escuros sob os cílios longos e bonitos. Com um leve toque, Gill passou de leve seu dedo sobre a pele delicada.
—Por que você não me deixa cuidar de você? — Ele sussurrou.
E foi nesse momento que ele entendeu. Ele precisava de Kyle, tanto quanto Kyle precisava dele. Ele se afastou do esporte profissional, porque ele estava cansado de mentir para si mesmo e a todos em torno dele sobre o que ele queria da vida. O que tinha de bom no dinheiro e ter seu rosto em um cartão, se no final do dia ele estivesse sozinho?
Ele tinha tido muitos encontros discretos, mas todos eles terminavam da mesma maneira. Seu parceiro sempre queria mais do que Gill era capaz de dar. Não era sua carreira, que tinha segurado ele, mas era isso que ele sempre tinha usado como desculpa. Não, o motivo era que ele nunca havia sentido emoções reais o suficiente para qualquer indivíduo, para capturar o seu interesse por muito tempo.
Kyle embora fosse diferente. Ele não precisava ter um encontro com o homem para saber a forma como ele já se sentia a seu respeito.
Seus olhos percorreram primeiro o homem e depois o quarto. A parede de dois quartos fora derrubada para criar um grande espaço. Além da mobília normal do quarto de Kyle, havia uma máquina de pesos e um outro equipamento de exercício, que Gill não estava familiarizado.
De pé, ele se aproximou ainda mais do equipamento para inspecioná-lo.
—É um Flexiciser. — Kyle disse com voz suave de sono. —Ele ajuda a me manter em forma, movendo minhas pernas.
—Legal. — disse Gill antes de voltar para o lado de Kyle. Se sentou cautelosamente na borda da cama ao lado de Kyle.
—Como está se sentindo?
—Estou bem. Apenas me sentindo estúpido. Não posso acreditar que eu agi de tal maneira, que Ryan teve que chamar Doutor Browning.
Gill estendeu a mão para correr os dedos pelo lado do rosto de Kyle.
—Não é estúpido. Alguém tentou assaltá-lo. Qualquer um ficaria um pouco assustado, especialmente alguém com problemas de mobilidade.
Kyle sorriu.
—É isso que eu tenho? Problemas de mobilidade?
—Que tal eu fazer uma proposta. Você deixa de ser um bundão e para de tirar sarro de tudo que eu digo e eu não o pego e o coloco em meus joelhos para uns tapas. — A voz de Gill era severa, mas ele arruinou o efeito, pondo fim a instrução com uma piscadela.
Procurando fugir, Kyle pegou o cobertor, porém Gill, ainda repousava os dedos ao lado de seu rosto.
—Por que você age como se importasse tanto?
—Porque eu me importo. — declarou Gill honestamente. —Eu sei que te fez sentir raiva, a pesquisa que eu fiz, mas eu queria entrar em um relacionamento com os olhos bem abertos.
As sobrancelhas Kyle subiram.
—Um relacionamento? Agora estamos ignorando a parte do namoro e indo direto para um relacionamento?
Gill encolheu os ombros, sentindo um pouco de vergonha.
—Eu já me preocupo com você. Faz sentido que se eu comece a pensar nisso, meus sentimentos somente irão se aprofundar.
—Eu não tenho controle do meu pênis e eu muito raramente ejaculo.
Bom, Kyle surpreendeu Gill por um segundo, com essa informação. Ainda assim, ele não estava perturbado.
—Isso é bastante normal para alguém com paraplegia. Mas há coisas que podemos tentar juntos, que podem ser muito agradáveis.
—Melhor do que sêmen? — Kyle balançou a cabeça em descrença. —Nada é melhor do que isso, bem, exceto talvez pegar uma boa onda.
Gill sorriu.
—Você era um menino surfista? — Ele rapidamente ficou sóbrio e se inclinou para colocar um casto beijo na boca de Kyle.
—Me dê a oportunidade de lhe mostrar quanto sentimento o seu corpo ainda tem. Diga que você vai sair comigo sexta-feira.
Um bocejo esticou a mandíbula de Kyle antes de ele acenar com a cabeça lentamente.
—Tudo bem. Você vai ficar aqui, até eu voltar a dormir?
—Eu vou ficar o dia todo se você precisar de mim.
—Posso pedir mais um favor?
—Qualquer coisa.
—Deite ao meu lado e me abrace. Tenho estado sozinho por muito tempo.
Sem dizer uma palavra, Gill tirou suas botas de trabalho e se deitou ao lado de Kyle. Em vez de tentar movê-lo, Gill se enrolou em torno do homem menor num abraço protetor. Ele beijou a bochecha de Kyle.
—Descanse um pouco. Você parece precisar.
Capítulo Três
Checando o espelho, Kyle mexeu em seu cabelo um pouco mais antes de virar os olhos.
Já chega.
Ele sabia que nunca havia agido assim em um encontro anterior, mas seus nervos estavam tirando o melhor dele. Enquanto os minutos passavam, as mãos de Kyle começaram a suar. Ele gostava demasiado, da companhia de Gill. Ele esperava não estar colocando a si mesmo num buraco.
O telefone tocando tirou sua atenção do espelho, no momento em que sua mão chegava novamente ao seu cabelo. Balançando a cabeça, ele riu enquanto pegava o telefone na capa em sua cintura.
—Olá?
—Kyle? É sua mãe, como você está, querido?
—Oi, mãe. Eu estou bem. Como está todo mundo por aí?
—Estamos sentindo terrivelmente sua falta. Por que você não acaba com este absurdo e volta para casa, onde você pertence? Você sabe o que disseram os médicos. Com a terapia física intensa, você poderia ter a chance de andar novamente.
Kyle tomou uma profunda respiração. Era uma discussão em curso e estava ficando muito velha.
—Eu disse-lhe uma centena de vezes. Eu preciso da minha independência. Quando estou em casa, as pessoas se recusam a me olhar nos olhos. Em Cattle Valley, ninguém me conhece de antes do acidente. Os meus amigos não se fixam na minha paralisia. Gosto muito dessa maneira. Esta é a minha casa agora, mãe. Você tem que aceitar isso.
—Você e eu sabemos que isso nunca vai acontecer. Nós temos os recursos à nossa disposição para tentar fazer você andar novamente. Como eu posso simplesmente virar as costas para essa possibilidade? Tenho saudades do menino que você costumava ser.
—Mãe!
—Oh, acalme-se. Eu não estou falando sobre o filho que andava. Eu estou falando sobre o filho que não se importava de contar com a sua família.
—Eu era uma esponja. —Kyle balançou a cabeça. —Olhando para trás, eu não gosto do homem que eu era antes do acidente, e espero nunca voltar a ser tão egoísta.
—Kyle! — Agora era a vez de sua mãe soar chocada.
—Desculpe, mas eu sou um bom padeiro. Eu sempre tive uma paixão por isso, mas você e meu pai sempre disseram que estava abaixo de um Brynn. Aqui, eu não tenho que tentar fazer jus ao nome da família. Eu posso ser eu mesmo, e eu gosto do que eu sou.
—Nós vamos comprar-lhe a sua própria padaria, se você voltar para casa. Você poderia abrir um café chique. Eles estão por todos os lugares que você conhece. Então você poderia assar seus brownies e donuts, perto de casa e ainda ter acesso a terapia que você precisa.
A campainha o salvou de responder.
—Eu tenho que ir, mãe. Eu falo com você na próxima semana.
—Onde você tem que ir, o que é mais importante do que falar sobre o seu futuro?
—No momento, eu tenho um futuro encontro, aqui em Cattle Valley, um que não envolve gastar horas em um hospital todo dia.
—Um encontro? Kyle, eu não acho que isso seja uma boa idéia. Você sabe o que o médico lhe disse sobre a possibilidade de uma vida sexual.
—Ok, pare. Eu não estou prestes a discutir a minha vida pessoal com você, especialmente a minha vida sexual. Eu falo com você depois, mãe. — Kyle desligou e colocou o telefone sobre a cômoda. Se ele conhecia sua mãe, ela faria o se pai ligar de volta.
Indo para o elevador, Kyle pegou o casaco da parte de trás da cadeira. Empurrando o botão do inter-comunicador, ele cumprimentou Gill.
—Eu vou estar aí em um segundo.
Esperava que Gill fosse um homem paciente, porque o elevador, embora prático, demorava a descer.
Finalmente se locomovendo até a porta, ele a abriu. Talvez ele devesse dar a Gill uma chave. Isso iria salvá-lo de ter que descer o tempo todo. Kyle revirou os olhos para si mesmo. Aqui estava ele planejando muitas visitas de retorno e não tinham sequer começado o seu primeiro encontro.
—Hey. — disse ele abrindo a porta.
—Oi. — Gill respondeu. Ele se inclinou e deu um beijo rápido em Kyle.
—Você está pronto?
O telefone tocando lá em cima podia ser ouvido através dos tubos de aquecimento.
—Sim.
Gill o surpreendeu ao esperar ao lado da porta por Kyle. A maioria das pessoas se encarregou de tentar empurrar sua cadeira de rodas, sempre que o acompanhava. Kyle estava feliz que Gill soubesse que não seria bem recebido se tentasse.
—Você quer ir de van?
Gill parou ao seu lado.
—Será que vai ser incômodo para você ir no meu Explorer?
—Não, embora seja um pouco alto e você precise me dar uma ajuda para subir. —Sorrindo, Gill passou a mão para o lado do rosto de Kyle.
—Quer dizer que eu teria de colocar minhas mãos sobre você? Porra, que vergonha. — Ele piscou e liderou o caminho para o seu carro.
Gill ficou um pouco surpreso com a recepção de Eric quando eles chegaram ao restaurante. Ele os acompanhou pessoalmente a uma mesa no canto, com apenas uma cadeira.
Engraçado, Gill não se lembrava de ter dito quem estaria com ele, quando fez a reserva, mas ele devia saber. Era bom Kyle não ter que esperar a cadeira ser removida.
Seu rosto devia ter mostrado a sua perplexidade, porque Eric riu dessa forma sedutora que era só dele.
—Eu paro na padaria toda manhã para comer uma das tortas de limão de Kyle e para pegar as encomendas do dia. Eu tenho tentado seduzi-lo para juntar forças comigo aqui no restaurante. Nós poderíamos sempre usar um chef de pastelaria local.
Os olhos de Gill se estreitaram enquanto ele estudava o “oh-sou-homem-bom-latino.”
—Basta ter certeza de que é tudo que você tenta seduzir.
Eric sorriu e piscou para Kyle. Gill sabia que o rosnado escapando de sua garganta era audível, mas ele não se importava.
—Claro, Gill. Eu só estou interessado nos pães de Kyle... — Eric riu e se dirigiu para a cozinha.
Seu olhar deslizou para Kyle, que estava tentando esconder um sorriso atrás do seu copo de água.
—Será que ele fala assim com você muitas vezes?
—Eric? Qual é, Gill, é o Eric. Ele fala com todos dessa maneira. Ele não quer dizer nada com isso.
Gill não sabia se sentia feliz ou ofendido.
—Ele nunca falou comigo assim.
Kyle engasgou e tossiu.
—Eu não acho que você é o seu tipo.
—Viu. — Gill disse apontando para Kyle.
—Ele não faz isso para todos, apenas aqueles que são seu tipo. O que é "seu tipo", falando nisso?
—Os jovens, de pequeno porte. Eu não sei, vamos mudar de assunto.
Decidindo que seria uma boa idéia, Gill concordou e esticou-se em cima da mesa e pegou a mão de Kyle.
—Obrigado por ter vindo comigo.
— Eu que agradeço.
O garçom chegou para anotar o pedido e Gill relutantemente soltou as mãos de Kyle.
Ajudando Kyle a subir no Explorer, depois do jantar, Gill não o queria deixar ir. Enquanto ele se ajeitava no banco, ele se inclinou e o beijou. A língua de Kyle imediatamente correu ao longo da costura dos lábios de Gill. Encantado, Gill se abriu para a exploração de sua língua.
Segurando a parte traseira da cabeça Gill, Kyle gemeu enquanto ele tornava o beijo ainda mais profundo. Gill sentiu a forte pressão de seu pênis contra o seu zíper e relutantemente recuou.
— O que você acha de ir à minha casa e assistir a um filme?
Gill imediatamente viu o medo em face de Kyle.
—Ou nós poderíamos ir para a sua casa? — Ele não tinha pensado sobre os fornecimentos que Kyle poderia precisar por uma noite ou felizmente, para ficar durante a noite.
—Minha casa seria melhor, se você não se importa? Eu sei que não é tão grande como a sua casa ...
Gill silenciou Kyle com outro beijo.
Assim que eles chegaram, Kyle pediu licença e entrou no banheiro. Gill aproveitou a oportunidade para olhar ao redor do aconchegante apartamento. Na prateleira inferior da estante, notou um álbum de fotos empoeirado.
—Ei, Kyle? Você se importa se eu olhar as fotografias?
—Uh, não, vá em frente. — Kyle respondeu por trás da porta fechada.
Levando o álbum para o sofá, Gill tirou os sapatos e se recostou. A primeira seção de fotos era de Kyle crescendo.
—Pequeno e bonitinho. — comentou a si mesmo. Em poucos minutos ele se sentia como se tivesse testemunhado os primeiros dezoito anos de Kyle, inclusive a sua formatura no colégio. Seu pênis se animou na próxima seção. Gill passou o dedo sobre um Kyle se bronzeando na praia.
Várias fotos depois, Kyle estava cercado por um grande grupo de rapazes, todos eles com pranchas de surf. Gill sabia que essas imagens eram a razão do álbum parecer ter estado intocado por tanto tempo.
Enquanto ele continuou virando as páginas, ele chegou a vários artigos de jornal detalhando o acidente, que tinha ferido a medula espinhal de Kyle. Depois de ler alguns dos artigos mais curtos, parecia que a imprensa tinha carimbado o acidente, como sendo o de outro garoto mimado e rico fora de controle. Dado a aparência do jipe, Kyle tinha sido sortudo de só ter perdido o uso das pernas. O veículo parecia quase ter sido dividido em dois pelo poste de telefone em que ele bateu.
Ele ouviu a porta do banheiro se abrir e olhou para cima.
—Uau, belos destroços.
—Sim, isso é o que eles me dizem.
—Você não lembra? — Gill perguntou enquanto ele esperava Kyle deslizar para fora de sua cadeira e sentar ao lado dele no sofá.
—Eu não me lembro de nada. — disse Kyle olhando para o álbum por cima do ombro de Gill. —Não lembro porque eu estava dirigindo naquela noite, ou porque eu estava dirigindo alcoolizado. Tudo que eu lembro, é de acordar no hospital, doze dias após o acidente.
Gill fechou o álbum e o colocou sobre a mesa.
—Bem, que filme você quer assistir? Ou você prefere somente navegar nos canais até acharmos algo interessante?
—Não importa. — Kyle se inclinou e apontou para o controle remoto em cima da televisão.
—Você pode pegá-lo para mim?
Depois de recuperar o controle remoto, Gill o entregou a Kyle.
—Você escolhe. Prefiro muito mais me concentrar em você.
Gill viu as bochechas de Kyle ficarem vermelhas, enquanto ele ligava a televisão. Ele finalmente parou em um velho filme preto e branco, estrelado por Humphrey Bogart.
—Isto está bem? — Kyle perguntou.
—Ótimo. — Gill puxou a camisa de manga comprida de Kyle.
—Você se importa se eu me aproximar para que eu possa te abraçar?
Kyle mordeu o lábio e pareceu estudar o sofá por alguns momentos.
—Como? O sofá não é grande o suficiente.
Sem responder Gill tirou Kyle do sofá e depositou o homem muito menor no seu colo.
—O que você acha disso?
Kyle lhe deu um sorriso e um aceno antes se encostar em seu peito.
—Eu o levaria para o quarto, mas eu não tenho certeza que estou bem preparado para isso ainda.
Gill passou a mão livre pelas costas de Kyle.
— Está tudo bem, bebê, temos tempo de sobra para se sentir confortável um com o outro. — Sua mão automaticamente fez uma parada no doce traseiro de Kyle. Ele não pode parar de apertar a carne firme.
—Você pode sentir minha mão em você?
—Si ... — Kyle pigarreou. —Sim. — Kyle sussurrou contra os lábios Gill, uma fração de segundo antes de beijá-lo.
Empurrando a língua para o fundo da boca de Kyle, Gill passou a palma de sua mão sobre o peito de Kyle. Outro gemido de Kyle e Gill quebrou o beijo e apertou a cabeça de Kyle no ombro.
—Vamos ver o que Humphrey esta fazendo?
—Sim, tudo bem. — Kyle virou a cabeça ligeiramente para a televisão.
Eles tiveram uma noite agradável de filmes antigos e beijos roubados. Gill estaria mentindo se dissesse que não queria pegar Kyle e levá-lo para a cama, mas eles tinham tempo. O importante era fazer Kyle se sentir confortável em torno dele. Só então, Gill tentaria explorar o aspecto físico de seu novo relacionamento.
Capítulo Quatro
—Gill? Há alguém lá embaixo... — disse Kyle no telefone.
Saindo da cama, Gill agarrou seu jeans.
—Chame a polícia e, em seguida, se tranque no quarto. Estarei aí em cinco minutos.
—Já chamei. Eu só precisava de você. — admitiu Kyle.
— Logo estarei com você. Tranque a porta.
— Eu farei isso.
Colocando os pés em suas botas de trabalho, Gill desligou o telefone. Pegou seu casaco e chaves ao caminho da porta. Ele amaldiçoou a necessidade de raspar o pára-brisa antes de sair. Fodido inverno.
Gill limpou uma área grande o suficiente para ele ver a estrada, e acelerou ao descer a Bower Street até a Main. “Estou chegando, bebê", ele disse para si mesmo, enquanto ele freava na rua em frente à padaria e saltava para fora do seu Explorer.
—Pare aí mesmo, Gill. — o sub delegado Jenkins disse.
—Nós precisamos nos certificar de que o lugar está seguro antes de entrar.
Ele não ficou surpreso que Roy soubesse exatamente o motivo dele estar estava lá. Ele e Kyle tinham sido vistos juntos em torno da cidade durante a ultima semana. Oh, Senhor! Sabia que os comentários viajavam rapidamente em uma cidade pequena.
—Você pode me dizer se ele esta seguro agora?
Gill tinha trabalhado um fim de semana inteiro reforçando as portas e janelas da padaria, em um esforço para manter o seu homem seguro.
Roy deu um breve aceno e olhou em volta.
—Eu já olhei os fundos, ele ou ela não entrou dentro do prédio antes de se assustar com as sirenes.
— Droga. — Gill passou os olhos pela porta da frente.
—Eu disse a ele que eu deveria colocar grades nas janelas.
A raiva de Gill de repente se transferiu para Roy.
—Por que vocês não foram capazes de alcançá-lo? Há tantos crimes na cidade para vocês não serem capazes de proteger uma padaria?
—Calma. — Roy rosnou. —Nós não temos uma força policial grande o suficiente para tomar conta de todas as lojas. Apesar do que se pensa, existem outras pessoas na cidade que às vezes precisam de nossa ajuda.
—Qual é o problema? — Ryan perguntou, se aproximando pelas costas de Gill.
Gill se virou e enfrentou o xerife.
—O problema é que esta é a quarta vez que alguém tentou invadir a padaria.
Os olhos de Gill se estreitaram.
—Só que desta vez, eles conseguiram. O maldito escritório do xerife é a meio quarteirão de distância. Porque você não pôde pegar esse cara?
Ryan tomou fôlego e correu os dedos pelos longos cabelos negros.
—Eu sei que você está chateado. Inferno, eu estaria sentindo o mesmo, se as posições foram invertidas, mas eu não acho que nosso suspeito seja um típico assaltante.
—O que é que isso quer dizer?
Ryan olhou para cima e para baixo na rua.
—Você vê todas essas lojas? Nenhuma teve problemas. Por que um ladrão faria de uma padaria um alvo, quando a loja Wynfield é na porta ao lado e cheia de mercadorias caras?
Gill não gostava nada do que estava ouvindo.
—Então você acha que alguém esta perseguindo Kyle especificamente.
O pensamento de alguém colocando as mãos em seu amante deixava Gill vendo em vermelho.
—Posso subir?
—Sim. Nós estaremos aqui por um tempo, checando o parapeito da janela à procura de impressões digitais, o chamo quando terminarmos, para que você possa trancar a porta.
Gill balançou a cabeça.
—Eu não vou estar aqui. Eu estou tirando Kyle fora deste inferno de edifício.
Passou para Ryan uma chave que Kyle lhe tinha dado um par de dias atrás.
—Tranque quando você sair e eu passo pela delegacia, para recuperá-la mais tarde.
—Boa sorte, em convencer Kyle a sair. Nate tentou antes. Kyle parece determinado a proteger a sua casa.
—Vamos ver. Ele parecia bastante abalado ao telefone.
Gill acenou para Ryan e Roy antes de subir.
Olhando pela janela, Kyle viu quando Gill estacionou e atravessou a rua. Quando ele não subiu imediatamente, ele imaginou que a polícia o deteve.
Pelo menos ele estava aqui.
Kyle soltou um suspiro de alívio e estendeu a mão para seu agasalho. Fazia quase duas semanas desde que Gill tinha começado a sair com ele, tanto em casa como na cidade. Kyle não tinha vergonha de dizer que tinham sido as duas melhores semanas de sua vida.
Seus dias festejando empalideciam em comparação ao tempo gasto com Gill. A cada encontro, ele aprendia mais sobre o homem, inclusive a razão para ele ter abandonado o futebol profissional. Todos achavam que havia um grande escândalo atrás de sua decisão de sair, mas era simples. Gill não gostava de jogar para os profissionais. Ele gostava de jogar, mas não da política que vinha junto com o jogo. Quando ele acumulou dinheiro suficiente para realizar o seu sonho de abrir uma oficina, ele desistiu e se mudou para Cattle Valley. Era realmente muito simples, sem escândalo, sem prejuízo oculto. Gill era apenas um homem que queria que as coisas normais da vida.
Lutando com seu velho moletom cinza, Kyle reajustou seu cateter. Ele pensou apenas em tirar a maldita coisa, mas ele precisava esperar até receber um sinal claro de Gill.
—Bebê?
—Entre. — o coração de Kyle pulou ao som da profunda voz de Gill. Ele virou para a porta do quarto e a destrancou.
Assim que ele abriu a porta, Gill o tirou da cadeira de rodas e o puxou em seus braços. Como se ele não pesasse nada, Gill o levou para o sofá.
—Você está bem?
Kyle pensou por alguns segundos antes de responder. A resposta não foi fácil. Seu santuário tinha sido invadido, mas por outro lado, Gill tinha chegado.
—Estou melhor agora. — ele finalmente disse.
—Recolha algumas roupas e me deixe levá-lo para a minha casa.
Kyle olhou para o relógio e balançou a cabeça.
—Eu não posso. Tenho de começar a assar em duas horas.
—Eu não acho que alguém iria culpar você por ter um dia de folga depois do que aconteceu. — disse Gill, passando sua grande mão sobre as costas de Kyle.
—Eu me culparia. — ele respondeu de volta.
—Há pessoas que contam comigo para obter as suas encomendas feitas.
—Pessoas como o Eric. — Gill murmurou.
—Sim, entre outros.
—Então, chame Chuck. Ele cuidou da padaria durante as cinco semanas em que você esteve fora, com certeza ele pode geri-la por um dia ou dois.
—Eu apreciei o trabalho de Chuck, tentando cuidar deste lugar para mim, mas ele faz um inferno por qualquer coisa. Não, este lugar é minha responsabilidade. Talvez com o tempo eu procure um outro assistente, mas não será Chuck.
Eles tiveram alguns momentos, olhando nos olhos uns dos outros, nenhum deles querendo dar o braço a torcer, Gill deve ter visto a determinação de Kyle ao enfrentá-lo, porque ele finalmente suspirou e balançou a cabeça.
—Se importa se eu ficar até que eu tenha que abrir a oficina?
Kyle sorriu e passou a mão pelo peito nu de Gill embaixo da jaqueta.
—Você pode precisar correr para casa e pegar uma camisa antes de começar a trabalhar, embora seja um grande prazer olhar para você assim.
Um suave gemido escapou da garganta de Gill, enquanto o dedo de Kyle circulava um mamilo marrom escuro. O som satisfez Kyle mais do que ele poderia dizer. Os dois não tinham tido nenhum contato realmente físico, desde que eles começaram a namorar. Ele estava começando a pensar se Gill estava com ele, apenas como um projeto de caridade ou por realmente sentia desejo por ele.
Sua resposta estava ali, no olhar de pálpebras pesadas de Gill. Kyle teve uma chance de apertou o cerne duro entre o polegar e o indicador.
—É uma sensação boa, bebê. — Gill gemeu novamente e se recostou sobre o sofá. —Toque-me.
Os dedos de Kyle deslizaram sobre o peito liso de Gill, delineando cada mergulho dos esculpidos músculos abdominais.
—Você é tão lindo. — ele sussurrou enquanto se inclinava para lamber um dos eretos mamilos de Gill.
Gill enterrou os dedos no cabelo de Kyle e o segurou no lugar.
— Me morda
Sorrindo o homem ansioso, Kyle tomou o mamilo entre os dentes e o mordeu apenas o suficiente para fazer Gill gemer. Relaxando o queixo, Kyle colocou sua boca ao redor do mamilo sensível e o sugou duro.
As coxas de Gill se abriram ainda mais, e Kyle quase foi jogado ao chão antes de ser novamente capturado.
—Desculpe. — Gill se desculpou. —Você me fez esquecer.
O sentimento de total alegria encheu o coração de Kyle. Ele passou os braços por trás do pescoço Gill e empurrou sua língua por aqueles lábios lindos. Terminando o beijo, ele esfregou o nariz de Gill com o seu.
—Essa foi a melhor coisa que você poderia me dizer.
—Você sabe, nós não teríamos esse problema em minha casa. Minha sala tem um sofá bastante amplo para nós dois.
Ah, olha o seu Gill, tentando seduzi-lo para sair.
—Você pode me mostrar depois do trabalho. Eu ainda não conheço o interior de sua casa.
—Sim, realmente? Você vai vir e passar a noite comigo?
Whoa, ele não tinha dito que ia passar a noite. Ele estava prestes a dar uma resposta negativa a Gill, quando encontrou os suplicantes e grandes olhos castanhos. Depois de apenas duas semanas, Gill sabia que Kyle não podia dizer não para aqueles olhos. Ele riu e balançou a cabeça.
—Vou precisar levar várias coisas, para poder passar a noite em sua casa. Tem certeza que não seria mais fácil simplesmente ficar aqui?
—Sem ofensa, Kyle, mas eu vi sua cama. Inferno, eu tomei um cochilo nela, e vou ter de confessar, ela não serve.
—O quê? Minha cama não é boa o suficiente?
—Bem, não realmente. O colchão é confortável o suficiente. Mas ela não foi feita para um homem do meu tamanho. Coloque os dois juntos e eu sinto que irá parecer uma cama de solteiro.
—Minha cama não foi comprada para um grande e forte, ex-jogador de futebol em mente. Eu achava que sempre dormiria sozinho.
—Está vendo, até você admiti que não funciona para nós dois. Eu vou ajudá-lo a pegar suas coisas e as levar para o meu Explorer, antes de ir para o trabalho. Então no final do dia apenas fecho a oficina e venho buscá-lo.
— Esta tudo bem. Eu posso te encontrar na sua casa. Vou com a van, pois preciso estar de volta aqui as quatro horas da manhã.
—Vamos ver. — disse Gill com um bocejo.
—Por que você não vai se deitar e tem mais algumas horas de sono. Eu termino as duas, assim haverá tempo de sobra para que eu tirar um cochilo depois.
Gill envolveu os braços em torno de Kyle e o beijou, se demorando no beijo.
—Eu quero ver você assar. Além disso, preciso estar presente para protegê-lo do Eric quando ele vier pegar sua encomenda. Eu não confio naquele cara.
—Eric é inofensivo. Além disso, eu acho que você o intimida. Ele sabe que estamos namorando.
—Não parou ele no passado.
—Eu não acredito que ele já tenha encontrado alguém com o seu tamanho e força antes. Ele pode ser um jogador, mas ele não é estúpido.
—Bom, mas só para ter certeza, eu vou acompanhá-lo lá embaixo e dar-lhe o famoso olhar territorial.
Rindo, Kyle apertou o mamilo de Gill em retaliação.
—Só não mije nos cantos.
Enquanto Kyle batia a massa na batedeira industrial, Gill limpava o vidro quebrado da janela. Ele tinha procurado o número de uma empresa de segurança e planejava ligar assim que eles abrissem. Kyle tinha finalmente cedido e concordado que ele poderia usar um sistema de segurança completo, com grades nas janelas traseiras.
—Mas eu terei que aprovar qualquer coisa, além disso, porém. — Kyle tinha exigido.
Quando Gill questionou Kyle sobre o porquê dele já não ter um sistema de alarme no local, Kyle riu.
—É uma padaria pelo amor de Deus. Eu não tenho nada de valor real que não seja o meu equipamento, e eu gostaria de ver alguém tentar arrastar qualquer um deles para fora daqui. Além disso, eu fecho as duas e levo todo o dinheiro para o banco durante o dia. O que fica aqui é apenas uma centena de dólares em notas pequenas para o troco dos clientes.
Enquanto levava a pá de vidro quebrado para o lixo do lado de fora, Gill tentava descobrir quem estaria atormentando Kyle. Obviamente, não era sobre dinheiro. Ryan estava certo sobre isso.
Voltando para dentro, Gill parou para ver Kyle salpicar açúcar sobre seus famosos rolos de canela.
— Você deve alguma desavença com alguém, desde que você se mudou para cá?
— O que? — Kyle perguntou sua cabeça subindo acima de sua tarefa.
Gill se aproximou e puxou um banquinho até a mesa de trabalho.
—Ryan pensa que a natureza dos ataques parece ser pessoal. Como você disse, você não tem nada de real valor aqui. Então, por que o único alvo tem sido você?
Kyle encolheu os ombros e tentou rir.
—Talvez alguém não goste da minha padaria.
Gill não pode segurar o que ele estava pensando.
—Ou talvez alguém que goste muito dela.
—Onde você quer chegar? — Kyle colocou a espátula para trás na travessa de açúcar.
—Talvez alguém que quer que você feche a padaria? Quem iria querer isso? Talvez um dono de restaurante, que quer que você vá trabalhar com ele?
—Pare com isso, Gill. Não vou começar a apontar o dedo para os meus amigos. Eric nunca iria se rebaixar a tanto. Você está com ciúme, e sem uma boa razão devo acrescentar.
—Então, quem?
—Eu não sei. Se eu soubesse, eu diria à polícia. — Kyle se inclinou e deu um beijo em Gill. —Olha, eu concordei com as grades e o sistema de alarme. Você não pode simplesmente estar feliz com isso?
—É um começo, mas não vou estar feliz, até que esse desgraçado seja apanhado.
Capítulo Cinco
—Ei, tem alguém aqui?
—Eu estou na parte de trás, Nate, entre.
Kyle puxou a pesada porta da máquina de lavar louça e a abriu.
—Ei, amigo. Ouvi dizer que teve mais problemas durante a noite.
Nate entrou e sentou no banco no final do balcão de trabalho.
—Sim. — ele apontou para a parte traseira do edifício. —Os caras estão aqui agora, arrumando a janela e colocando grades nela. —Kyle revirou os olhos. Ele ainda odiava ter colocado grades nas janelas.
—Faz sentido com todos os problemas que você teve recentemente.
—Isso é o que diz Gill. Eu tenho medo das pessoas em torno da cidade achem que eu não confio nelas. Havia um cara de Sheridan aqui mais cedo para falar com Gill sobre um sistema de alarme.
—Agora isso é a coisa mais inteligente que eu o ouvi dizer. Grades é uma coisa, mas eu não acho que ninguém iria culpar você por ter um sistema de segurança. Inferno você mora no andar de cima. Você tem mais do que o seu negócio, para proteger. — Nate balançou a cabeça.
—Você é muito independente para seu próprio bem, às vezes.
Kyle estreitou os olhos.
—Você foi falar com Gill, não é?
—Não. — disse Nate, demasiado depressa.
—Mentiroso.
Nate lhe deu um sorriso de menino.
—Ele ligou mais cedo. Ele está preocupado com você.
—Então, ele lhe pediu para vir me convencer a colocar um sistema de alarme.
Dando de ombros, Nate se levantou e caminhou para frente da padaria. Kyle ouviu a porta do mostruário se abrir e fechar momentos antes de Nate caminhar de volta com um éclair.
—Eu senti saudades. Talvez eu tenha minhas próprias preocupações. Mmm, demônios estes são bons. — disse Nate terminando a massa em três mordidas.
—Eu senti sua falta, também. Esta tudo bem com você? — Kyle viu o olhar nos olhos de Nate. —Sim, você pode comer outro éclair.
—Obrigado, cara. — Nate desapareceu momentaneamente antes de voltar com não um, mas dois doces.
Kyle revirou os olhos.
—Por que você não pesa duzentos quilos?
A testa de Nate se franziu em uma dança feliz, enquanto ele sorria em torno de um bocado de alimento.
—Meus homens me fazem perder peso em todas as oportunidades possíveis.
—Ok, é suficiente de falar de sua incrível vida sexual.
—Falando disto... e quanto ao sexo com Gill?
—Muito sutil.
Kyle riu. Claro que era uma das coisas que ele mais gostava sobre Nate. Seu amigo nunca filtrava seus comentários por causa da inabilidade de Kyle.
—Sim, e você ainda não respondeu. Eu suponho que você pode fazer sexo, certo? Quer dizer, você me disse que ainda sentia sua metade inferior.
Sentindo um rubor subindo pelo pescoço, Kyle assentiu.
—Eu tenho alguma sensação, mas não o suficiente para terminar.
—E você sabe? — Nate perguntou.
—Foda, Nate, você está tentando me envergonhar até a morte. Eu não posso gozar, ok? Eu tentei e nada acontece.
—Mas você não tentou com Gill? Por quê?
Kyle deu de ombros.
—Ele parece se contentar com carícias e beijos.
Nate balançou a cabeça e gemeu.
—Você dois realmente precisam conversar. Talvez ele não queira pressionar você. Já pensou nisso? Gill parece ser um homem viril. Tenho certeza de que ele foi forçado a ir para casa e bater uma depois de cada encontro.
Mordendo o lábio inferior, Kyle teve que admitir que nunca tivesse pensado nisso. Gill sempre pareceu tão sob controle.
—E se eu me mexo nisso e acabo o decepcionando? Eu realmente gosto de tê-lo em minha vida. Eu não tenho certeza que estou pronto para arriscar.
Nate colocou a mão no ombro de Kyle.
—Tenho a sensação de que vocês dois podem trabalhar com qualquer coisa enquanto vocês forem abertos e honestos um com o outro.
—Posso lhe dizer uma coisa que eu não disse a ninguém mais na cidade?
—Nem mesmo para o Gill?
—Especialmente ao Gill.
Kyle limpou um arranhão em cima da mesa de trabalho.
—Quando eu voltei para a Califórnia durante o Natal, eu fui reavaliado.
—E?
—Eu não sei se eu já lhe disse, mas a minha lesão medular está incompleta. Ela foi danificada, mas não cortada.
—E? — Nate solicitou novamente.
—Eles acham que eu posso aprender a andar de novo com terapia suficiente.
—Isso é fantástico. — Nate deu um tapa nas costas de Kyle.
—Então, quando você começa?
—Eu não vou fazer.
—O quê? Não seja idiota.
Kyle balançou a cabeça.
—Não é que eu não quero andar de novo. Eu só não quero fazer o que preciso para andar de novo.
—O que você quer dizer? Você tem medo de trabalho duro?
—Não, Cattle Valley não tem o que eu preciso. O que significa que eu teria que me mudar para Sheridan ou voltar para Irvine.
Kyle soltou um suspiro. Isto esteve presente em sua mente durante todos os dias desde que ele tinha conversado com os médicos.
—Pela primeira vez na minha vida, eu tenho uma coisa real. Primeiro foi a padaria, mas agora é Gill. Pode levar meses ou anos para me por de pé novamente. Gill esta aqui e agora. Quanto tempo você acha que ele iria esperar? Eu não posso arriscar.
Parecendo frustrado, Nate enterrou seus dedos em seu cabelo.
—Ok, deixe-me ver se entendi. Você está preocupado que a sua debilidade atrapalhe seu relacionamento com Gill. Mas, entretanto, você não vai fazer o que for preciso para que você possa andar de novo, porque Gill poderia esquecer-se de você? O que diabos é isso, Kyle.
—Sim, eu sei. Bem vindo ao meu fodido mundo.
Depois de uma curta sesta, Kyle decidiu ir para a oficina ao invés de esperar Gill vir buscá-lo. Era justo desde que Gill estava trabalhando desde o início do dia.
Chegando a porta da oficina, Kyle parou.
—O que é isto? — Ele olhou para a porta de novo e balançou a cabeça. Apertando o botão para deficientes, as portas se abriram automaticamente. Deslizando facilmente, através da larga entrada, Kyle foi em busca de Gill.
—Ei, tem alguém aqui?
Gill deslizou para fora de um carro.
—Ei, bebê.
—Qual a razão da nova porta? — Kyle perguntou, rodando para perto de Gill. —E por que você está se amassando embaixo desse carro em vez de colocá-lo no elevador hidráulico?
—Às vezes a maneira antiquada de se trabalhar em um carro é a mais fácil. Posso não ter tanto espaço para me movimentar, mas o meu pescoço não terá uma cãibra. Quanto a nova porta? Bem, meus olhos se abriram graças a você. Eu não tinha dado um pensamento para o quão difícil uma porta de vidro normal é para alguém vinculado a uma cadeira de rodas.
Gill deu uma piscada e um beijo rápido em Kyle.
—Além disso, eu esperava que o meu namorado viesse me visitar mais vezes, se eu fizesse o seu acesso mais fácil.
—Bem, obrigado. Eu aprecio isso. Mesmo que eu seja o único a usar cadeira de rodas em Cattle Valley.
Gill deu de ombros e foi até a pia para lavar as mãos.
—Eu posso estar pronto em cerca de vinte minutos. Eu só preciso fechar o caixa e trancar a oficina.
—Sem pressa. Eu estava esperando ver o seu trabalho. — Kyle foi até a pia. —Além disso, seu traseiro fica bem nos seus macacões. Um inferno de muito melhor do que o meu estava no Halloween.
Rindo, Gill olhou para trás e passou a mão sobre sua bunda.
—Sério? Você acha mesmo?
Um gemido escapou da boca de Kyle.
—Eu tenho certeza.
Tentando manter sua primeira conversa com Nate na mente, Kyle passou a mão sobre o traseiro de Gill.
—Lindo.
Os olhos de Gill se arregalaram enquanto ele rapidamente se afastava do toque de Kyle. Abatido, Kyle abaixou a mão e balançou a cabeça.
—Desculpe, eu não queria fazer você se sentir desconfortável.
Gill suspirou.
—Você fez, mas não pela razão que você imagina.
Ele se virou e Kyle teve o prazer de ver a enorme tenda que tinham aparecido na frente do macacão de Gill.
—Eu fiz isso? Apenas tocando em sua bunda?
Kyle estava espantado.
—Ultimamente, cada vez que você toca em mim, este é o resultado. Meus jeans ajudam a me segurar, mas eu só tenho um calção embaixo disto.
Sem pensar, Kyle se inclinou em sua cadeira e esfregou a ereção presa atrás do macacão cheio de graxa. Ele sentiu o comprimento e perímetros de Gill contra o seu rosto e gemeu. Se aproximando, ele começou a desabotoar o macacão.
—Posso provar você?
O pênis de Gill cresceu contra a bochecha de Kyle.
—Só um minuto. — Gill praticamente correu para o escritório.
Kyle piscou em surpresa com a súbita partida até que ele ouviu a fechadura da porta. Momentos depois, Gill voltou com um envelope na mão.
—Eu espero que você não pense que eu estava sendo presunçoso, mas eu fiz um exame. Ele entregou o envelope para Kyle. —Estou limpo, mas você merece ver por si mesmo.
Os olhos de Kyle se encheram de lágrimas não derramadas.
—Eu estava começando a pensar que você não queria realmente um relacionamento sexual comigo.
—O quê? Você está louco? Eu estava tentando lhe dar o tempo necessário para se sentir confortável em torno de mim. Eu quero que a nossa primeira vez seja especial, não atolada por dúvidas e preocupações.
Gill caiu de joelhos na frente do Kyle.
—Eu adoraria fazer amor com você. Mas neste momento, cuidar do seu coração é muito mais importante do que o meu pênis.
Gill correu as mãos sobre o peito de Kyle indo para baixo do seu torso até a sua virilha.
—Eu amo todo o seu corpo, bebê, ele todo. Eu acho que conheço os seus medos. Eu sei que você se preocupa com seus problemas de incontinência ocasional e pernas sendo mais finas do que costumavam ser, mas nenhuma dessas coisas importa para mim.
Kyle sentiu uma lagrima deslizar por sua bochecha. Gill não perdeu tempo em beijar a solitária lágrima.
—Eu te amo, Gill.
—Obrigado. Um homem não podia pedir mais.
Gill tirou um pano do bolso e esfregou o nariz e o queixo de Kyle.
—Você tem graxa em todo o seu rosto do meu macacão.
Kyle sorriu.
—Valeu à pena.
—Sim, valeu. Eu vou entrar e fechar o caixa. Eu farei os acertos mais tarde. Agora eu quero levar você para casa comigo.
—Eu mal posso esperar. Eu não posso esperar para ver o seu largo sofá.
—Eu acho que você vai desfrutar ainda mais a cama king size. — Gill disse com uma piscadela.
Capítulo Seis
Kyle sabia que ele estava demorando demais, mas os preparativos de limpeza que não podiam ser apressados. A última coisa que queria era um momento embaraçoso quando estivesse na cama com Gill, pela primeira vez. Era todo um novo território para ele, e Kyle não sabia bem o que esperar.
Nos velhos tempos, ele não teria se preocupado em lavar as mãos para não falar em todo o resto. Kyle gostava de pensar que com sua própria recém descoberta condição, ele poderia ser um amante mais atencioso. Ele sabia que Gill iria sacrificar muito para estar com ele, e a última coisa que queria era se tornar uma decepção.
Com seu corpo tão limpo, quanto possível, Kyle estremeceu e se olhou no espelho.
—Apenas relaxe. — disse ele ao seu reflexo. Respirando fundo, ele abriu a porta e foi para o quarto.
Gill estava deitado debaixo dos lençóis, expondo seu peito ao olhar faminto de Kyle. Ele se sentiu embaraçado por um momento, por ter posto apenas uma toalha no colo depois de seu banho, até ver o quente olhar no rosto de Gill. Com um movimento, Gill abriu os lençóis para recebê-lo.
—Está tudo bem? — Gill perguntou.
—Sim. Desculpe ter demorado tanto.
Parando sua cadeira, Kyle usou a força de seus braços para subir na cama. A parte mais difícil foi tentar ajustar a parte inferior do seu corpo na cama.
—Apenas se deite e eu cuido do resto. — disse Gill, lendo sua mente. Tirando a toalha, Kyle caiu para trás de encontro ao colchão.
—Estou nervoso. — admitiu.
Gill rolou para o lado dele e cobriu o corpo exposto de Kyle até a cintura.
—Não fique nervoso, querido. Eu só quero tocar em você. Não vou fazer qualquer coisa que o faça se sentir desconfortável, ok?
Kyle assentiu, tentando relaxar.
—Coloque seus braços sobre sua cabeça para que eu possa tirar o máximo proveito deste belo peito.
As palmas de Gill deslizaram sobre os músculos bem desenvolvidos de seu peito.
—Bonito.
—Uma vantagem de estar na cadeira de rodas. — Kyle gaguejou.
A sensação da mão de Gill desenhando círculos em torno de seus mamilos enviou um arrepio por todo seu corpo. Por que as mãos de Gill se sentiam muito melhor em sua pele, do que as suas mãos?
Kyle ficou ainda mais surpreso quando Gill enterrou o rosto em sua axila. Ele pulou um pouco quando sentiu seus dentes rasparem por toda a sua pele.
—Eu gosto do fato de você não ter pêlos aqui. — disse Gill, beliscando e beijando a área debaixo de seu braço.
Embaraçado, Kyle deu de ombros.
—É prático. Eu exerço uma grande quantidade de energia e por isso eu suo muito. Sem pêlos, eu economizo em desodorante.
Gill começou a rir.
—Você sabe o que é melhor para você, bebê.
Gill alisou a mão no peito sem pêlos de Kyle. Descendo, ele tocou a virilha de Kyle.
—Quanto você economiza em desodorante, sem estes pêlos?
Kyle sentiu seu rosto ficar vermelho.
—Acredite ou não, eu uso desodorante em spray aí em baixo. Quando você fica sentado o dia todo, a última coisa que você quer é uma virilha suada.
Gill tirou a mão da pele de Kyle e o olhou nos olhos.
—Eu nunca havia pensado nisso.
—Você nunca teve a necessidade de pensar nisto.
Concordando, Gill colocou sua boca no mamilo de Kyle. Oh foda. O prazer era inacreditável. O corpo de Kyle ansiava se impulsionar contra Gill.
—Tão bom. — ele gemeu alisando com as mãos a cabeça careca de Gill. A textura áspera dos pêlos de Gill adicionava mais prazer à Kyle e ele estava feliz de não ter pedido para ele se barbear. Ele tinha estado preocupado que a barba de Gill irritasse a sua pele, mas a sensação da barba em sua pele era agradável.
Querendo dar algo do prazer que estava recebendo de volta, Kyle correu as unhas pelas costas de Gill.
—Me deixe sentir você.
A boca de Gill estalou fora de seu mamilo.
—Você tem certeza? Porque eu estou muito bem assim.
—Tenho certeza de que eu quero olhar para esse grande pênis que você tem. Agora venha cá.
—Oh, veja ele todo mandão e pervertido.
Saindo debaixo dos lençóis, Gill se sentou sobre os joelhos.
—Como você me quer?
—De qualquer forma que eu possa tocá-lo, mas me deixe olhar primeiro.
Kyle admirou o pênis marrom escuro a sua frente. Maldição. Sua boca se encheu de água enquanto ele estendia a mão e envolvia o grosso perímetro de Gill.
—Fantástico.
Deu ao pênis de Gill, um par de golpes, sorrindo pelos rosnados que soaram no quarto.
—Fique perto do meu rosto. —Kyle disse, quando não pode mais resistir a tentação.
—Eu tenho uma idéia melhor. — disse Gill. Ele se virou e subiu por cima de Kyle na proverbial posição sessenta e nove.
Kyle de repente se sentiu desconfortável.
—Você tem certeza?
Uma mão se envolveu em torno do seu pênis.
—Sim. — Gill respondeu finalmente. —Você tem um bonito pênis, bebê.
—Sim, sobre isso ...
—Pare de se preocupar. Eu só quero te acariciar. Eu sei que você não tem tanto controle como você costumava ter. Se ficar excitado, e grande, tudo bem, se não, eu ainda vou acariciar você.
Kyle tomou uma profunda respiração.
—Tudo bem. — ele sussurrou.
Inferno, pelo menos ele tinha esvaziado a bexiga, enquanto estava no banheiro, por isso ele esperava não ter que se preocupar com isso.
Voltando sua atenção para o pênis excitado empurrando o seu queixo, Kyle envolveu sua mão em torno dele. Porra, Gill tinha grandes e pesadas bolas. Ele decidiu começar com elas antes de acariciar Gill mais abaixo.
Enquanto lambia a pele enrugada, inalava o cheiro almiscarado de Gill, antes de tomar uma das grandes bolas em sua boca.
A pressão em torno de seu próprio pênis aumentou, enquanto Gill gemia. Kyle desejava saber se o seu pênis estava excitado. Parecia que estava, ou pelo menos deveria estar, mas o seu corpo nem sempre refletia o que ele sentia.
Após lamber e chupar o saco de Gill, Kyle cutucou o seu quadril e riu. —Eu não consigo chegar ao seu pênis, sem ser sufocado por essas bolas. — brincou.
—Desculpe. — disse Gill e se aproximou da cabeceira da cama.
—Não há necessidade de se desculpar, eu apreciei bastante o tempo gasto com suas bolas.
Gill bateu na lateral da perna de Kyle.
—Você ficou mais solto de repente.
—Eu sei. — Kyle afirmou orgulhosamente. —Já era tempo para uma mudança. Acho que isso significa que estou me sentindo mais confortável.
Gill segurou seu pênis apertado e beliscou a pele da base.
—Bom, porque eu quero que você esteja completamente aberto para mim.
—Nesse caso, por que você não se volta e me deixa te sentir completamente.
Gill se virou e sentou ao lado de Kyle.
—Eu sinto muito, você não estava gostando?
—Não é isso. Eu só não posso dizer se estou excitado ou não, e eu estou perdendo muito tempo pensando nisso, e sem me concentrar em você.
Kyle passou a mão no comprimento sólido de Gill.
—E eu quero fazer justiça a este pênis.
—Ok, um por vez.
Gill se inclinou e beijou Kyle novamente. O beijo foi profundo e longo, com Gill brincando e mordendo a língua de Kyle.
—Eu amo a maneira que você beija.
—Mmm. — Kyle gemeu.
—Você pode ter todos os beijos que quiser a qualquer momento que você quiser.
—Vou me lembrar disso. — Gill riu.
— Me ajude a sentar contra a cabeceira da cama.
Com um aceno de cabeça, Gill pegou Kyle em seus braços e o ergueu sem esforço até uma posição sentada na cama. Depois de lhe dar mais um beijo, Gill se levantou e se aproximou de Kyle.
Tomando o grande pênis em seu punho, Kyle esfregou o rosto contra ele, antes de bombeá-lo com as mãos algumas vezes. Erguendo os olhos para Gill, ele lambeu o pênis da base à coroa, provocando um gemido em seu amante.
—O que?
—Mais. — Gill gemeu entre os dentes cerrados.
Tomando tudo o que podia em sua boca, Kyle sugou duro enquanto apertava fortemente a base.
—Kyle! — Gill gritou alto.
Sorrindo para si mesmo, Kyle subia e descia a boca pelo comprimento do pênis de Gill, fixando a mão no mesmo ritmo.
Os quadris de Gill começaram a pressionar o seu rosto, seu grande homem estava perdendo o controle e ele estava orgulhoso disto.
Logo, as mãos de Gill estavam enterradas em seu cabelo e ele empurrava todo o seu comprimento na boca de Kyle.
— Vou gozar. — ele uivou segundos antes da primeira onda grossa de sêmen atingir o fundo da garganta de Kyle.
Kyle não pode deixar de gemer, enquanto Gill esvaziava a sua semente, sussurrando palavras de amor e encorajamento.
Depois que Kyle tinha limpado Gill, Gill deslizou para se sentar no colo de Kyle. Os olhos de Gill se abriram com espanto, enquanto ele o tocava com seu traseiro.
—Bebê? Alguém ainda está excitado e não sou eu.
—Sério? — Kyle estava em êxtase.
As sobrancelhas de Gill subiram e desceram.
—Quer que eu monte em você?
Chocado, Kyle olhou para Gill.
—Eu pensei que você nunca ...
—Eu nunca fiz isso, mas eu faria com você.
Kyle sabia de conversas anteriores que Gill nunca havia permitido que alguém fosse dominante com ele. O fato de que ele estava disposto dar esse poder para Kyle o tornava ainda mais significativo.
Surpreendendo a si mesmo, Kyle balançou a cabeça.
—Eu não acho que vai durar o suficiente. Além disso, eu só queria apreciar o fato de ter acontecido. Talvez a gente pudesse apenas sentar e ficar olhando para ver quanto tempo ele fica assim?
Gill começou a rir e deu um beijo em Kyle. Ele se aconchegou ao seu lado e apoiou a cabeça no quadril Kyle.
—Você acha que, se observarmos por tempo suficiente ele vai fazer algum truque?
Kyle bufou.
—Você não faz idéia de que meu pênis ficando excitado já é um truque. Eu tenho o acariciado por horas antes, sem obter este resultado. — Passou a mão na parte superior da cabeça brilhante de Gill.
—Deve ter alguma coisa a ver com a companhia.
—Ou talvez seja porque você estava pondo pressão sobre si mesmo para obtê-lo?
—Talvez. — Kyle acordado.
—De qualquer forma, espero que seja uma ocorrência comum a partir de agora. —O que o médico falou sobre sua incapacidade de manter uma ereção? — Gill perguntou, correndo os dedos para cima e para baixo pelo comprimento do pênis de Kyle. —Que cada lesão medular incompleta é diferente. Ele disse que pode ser uma coisa mental, mas poderia muito bem ser uma condição física. Disseram-me para esquecer o sexo e me concentrar em voltar a andar.
Merda, o que fez ele falar isso?
— Voltar a andar? — Gill perguntou, se sentando.
Foda, foda, foda.
—Sim. Essa é uma das razões porque eu voltei para a Califórnia, em janeiro. Eu fui fazer o meu check-up e re-avaliação.
—E?
—Podemos falar sobre isso mais tarde? Eu estou desfrutando o fato de ter uma ereção, pela primeira vez em muito tempo.
—Não vou deixá-lo perder isso, mas eu o vou ajudar a apreciá-lo.
Gill imediatamente engolido o pênis de Kyle. Gill o estava mordendo suavemente, era óbvio que ele estava tentando lhe dar a pressão adicional necessária.
—Bom, muito bom. — Kyle murmurou, com a cabeça rolando para frente e para trás contra a cabeceira.
Os ruídos incentivaram Gill a aumentar o aperto em seu pênis. Os braços de Gill reposicionaram suas pernas enquanto ele o sondava com um dedo. Com um empurrão violento na parte superior do seu corpo, a cabeça de Kyle começou a nadar em êxtase.
Até o momento que ele voltou a si, Gill estava sentado frente a frente com ele. Kyle olhou para o pênis flácido agora.
—Desculpe.
Gill balançou a cabeça e o beijou, empurrando a língua dentro da boca de Kyle, o fazendo provar a sua própria semente. Terminado o beijo, ele olhou para Gill com espanto.
—Como?
—O poder do amor, eu acho.
—Foi demorado?
—Não, mas evidentemente foi o suficiente para fazer você se sentir bem, isso é tudo que importa para mim.
Gill reajustou Kyle e então ele estava deitado de costas. Mais uma vez, Lágrimas encheram os olhos e ele se sentiu fraco. Ele havia tido um orgasmo? Kyle olhou a boca de Gill. Ele esperava não ter de ficar sem essa boca mais.
—Você está bem? — Gill perguntou se aconchegando e beijando o pescoço de Kyle.
—Você está brincando? Eu me sinto maravilhoso. Posso mantê-lo para sempre?
Rindo, Gill o recompensou com outro beijo.
—Eu estou contando com isso.
Capítulo Sete
Gill entrou na delegacia, com duas dúzias de rosquinhas na mão.
—Oi, Pam, Ryan, está?
—Oi, Gill. Ele acabou de chegar. Deixe-me avisá-lo que você esta aqui.
Gill sorriu, ao ver o olhar de Pam para a caixa verde brilhante em suas mãos, enquanto falava com Ryan. Quando ela desligou, ele decidiu tirá-la de sua miséria.
—Estas são para vocês. Você tem um prato ou algo assim, para que eu possa levar algumas para o escritório de Ryan?
Pam levantou e foi até a mesa pequena no canto da sala. Ela encheu uma xícara de café e pegou um prato de papel, os entregando para Gill.
—Aqui está.
Gill empilhou meia dúzia de rosquinhas no prato e deu a Pam uma piscada enquanto empilhava o seu suborno para Ryan.
—Acredite ou não, eu não comi nenhuma dessas ainda.
Pam revirou os olhos.
—Sim, claro. Se você não prestar atenção a si mesmo, seus encontros com Kyle vão ter um efeito direto na sua cintura.
Olhando para baixo, Gill acariciou seu estômago que continuava plano.
—Morda sua língua, mulher.
Carregando o seu café e rosquinhas pelo corredor, ele entrou no escritório de Ryan.
—Bom dia.
—Rosquinhas? — Ryan disse, pulando da cadeira para pegar o prato de Gill. Depois de passar o prato debaixo do seu nariz, Ryan o colocou em sua mesa antes de falar com Gill novamente.
— Isto é uma tentativa de suborno?
—Não, mas se fosse, eu teria algumas respostas? — Gill se sentou na frente da mesa de Ryan.
—Eu diria que não, mas vejo que você me trouxe um rolo de canela, de modo que a resposta é talvez. — Ryan riu e pegou o doce.
—Ahh, isso sim é maneira de um policial viver. — ele disse desfrutando de sua primeira mordida.
— Kyle ainda faz o melhor rolo de canela que eu já provei.
A testa de Gill se levantou.
—Quando você parar de fazer amor com o doce, podemos voltar até o que está acontecendo com a Padaria Brins?
—Nós ainda não sabemos muito. Quem está por trás destas tentativas de arrombamento ou é burro ou ele é só persegue o Kyle. As três primeiras tentativas foram fracas, principalmente arranhões na porta para parecer que alguém tinha tentado entrar. A janela quebrada foi um aviso. O que podemos dizer, é que o cara nunca realmente tentou entrar no edifício. Portanto, a questão permanece, quem ele é, e por que está causando tantos problemas?
Mordendo uma rosquinha de chocolate, Gill balançou a cabeça.
—Nenhum indício. Vou falar com Kyle sobre isso e ver se ele se lembra de alguém.
—Traga outro rolo de canela, depois de falar com ele. — Ryan riu.
Quando chegou as seis horas e Kyle ainda não tinha chegado, Gill ligou para a padaria. Ele ficou surpreso quando a secretária eletrônica atendeu, ele deixou uma mensagem curta e foi procurá-lo.
Abrindo a porta, Gill entrou na padaria.
—Kyle?
—Gill? Droga, estou contente de ouvir sua voz. Eu pensei que iria ficar preso aqui para sempre.
Tentando seguir o som da voz de Kyle, Gill se dirigiu para a cozinha.
—Onde você está, bebê?
—Eu estou envergonhado de dizer. — Kyle respondeu de volta.
—Então você quer que eu vá embora, para que você possa salvar a si mesmo de passar vergonha?
—Estou no elevador. Ele está preso entre dois andares.
Rindo, Gill fez o seu caminho até o canto da cozinha e olhou para o homem.
— Há quanto tempo você esta preso aí?
Kyle não respondeu imediatamente.
—Kyle?
—A cerca de três horas que eu acho.
— O que? Eu vou tirá-lo daí bebê.
—Eu me molhei.
Gill sabia o que dizer para alguém com o orgulho de Kyle.
—Isso é perfeitamente compreensível. Deixe-me ver se consigo descobrir o problema.
—Você precisa de água ou algo assim?
—Não, só me tire daqui, por favor.
—Vou correr até o meu Explorer e pegar minha caixa de ferramentas. Eu volto logo.
—Ok.
Gill pode ouvir a depressão na voz de Kyle. Ele saiu correndo até o seu Explorer. Esperemos que ele fosse capaz de consertar o que havia de errado com o pequeno elevador.
Dentro de momentos Gill estava de volta, e levantou os olhos através da grade para Kyle.
— Você está bem?
—Sim. —Kyle murmurou.
Olhando em volta, Gill achou o pequeno motor.
—Você já teve problemas com isso?
—Não realmente. Ele fica mais lento o tempo todo, mas achei que era normal o desgaste.
—O motor parece queimado. Eu preciso levá-lo até a oficina para trabalhar nele.
Gill nem sabia se tinha as peças para consertá-lo.
—Bebê? O quanto chateado você ficaria se eu chamasse os bombeiros para vir ajudá-lo a sair daí?
Ele foi recebido pelo silêncio enquanto Kyle parecia pensar sobre isso.
— O que você acha de chamar Nate e Rio em vez disso?
—Sim. Você tem algo contra George Manning? — Gill tinha visto o chefe dos bombeiros em várias ocasiões e achava que ele era um homem muito simpático.
—Não realmente, mas quanto menos pessoas me virem nesta situação melhor. Nate e Rio manterão a boca fechada. Eu não conheço George bem o suficiente para dizer o mesmo sobre ele.
—Tudo bem. Eu vou ligar para Nate e Rio.
Enquanto Kyle era içado para fora do poço do pequeno elevador, Gill garantiu que ele fosse o primeiro a colocar as mãos sobre o seu homem. Ele explicou a contrariedade de Kyle ao Rio, Nate e Ryan para que eles estivessem preparados. A última coisa que Kyle precisava era de alguém que chamasse a atenção para as sua calça molhada.
Enquanto os outros três o puxavam, Gill deitou no chão e se abaixou para Kyle.
—Só um pouco mais.
Ele conseguiu pegar as mãos de Kyle e puxou com toda sua força. Saindo do buraco, Gill imediatamente embalou Kyle em seus braços e se levantou.
—Obrigado, rapazes. Eu posso levá-lo a partir daqui.
Enquanto Gill levava Kyle para o banheiro, Kyle falou por sobre seu ombro.
—Devo-lhes um mês de sobremesas.
—Agora sim, este é o tipo de pagamento que eu gosto de receber — Rio disse com uma risada.
Uma vez no banheiro, Gill fechou a porta e ligou o chuveiro. Colocando Kyle no banquinho, ele se ajoelhou para retirar seus sapatos e meias.
—Desculpe bebê, mas até que eu possa começar a trabalhar no elevador e tirar a sua cadeira de rodas, você tem que confiar em mim para ajudá-lo.
Gill notou o aceno curto de Kyle. Ele sabia que era a vergonha que estava afetando o humor de Kyle. Depois de jogar o tênis de Kyle no canto, Gill se levantou o suficiente para colocar um beijo nos lábios de seu amante.
—Por favor, não se envergonhe. Eu te amo. E tudo isso? — Gill fez sinal ao redor do banheiro. —Isso tudo é parte deste amor. Não me dá nojo e não me faz pensar de maneira diferente sobre você. Ficar preso por horas, dentro de um elevador poderia ter este efeito em qualquer pessoa.
—Eu me sinto como uma criança.
Gill tirou a camisa de Kyle.
—Engraçado, porque você com certeza não se parece com uma para mim.
Ele distribuiu beijos sobre o peito de Kyle, enquanto tirava a calça de moletom cinza escuro. Tirando sua própria roupa em seguida.
—O que você está fazendo? Há uma cadeira no chuveiro, eu posso me lavar. — disse Kyle de forma indignada.
—Eu sei, apenas estou preocupado com você. Não é possível, por favor, me perdoar, só desta vez?
Ele deu a Kyle o seu dramático olhar de filhote de cachorro perdido.
Kyle suspirou e estalou a língua.
—Tudo bem, mas deixe de usar esses grandes olhos marrons para obter o que você quer, isso não é justo.
Rindo, Gill pegou Kyle e entrou no chuveiro. Ele se sentou na cadeira especial, com Kyle em seu colo.
—Você lava as minhas costas e eu lavo a sua. — brincou.
Gemendo, Kyle alcançou o gel de banho e esguichou uma quantidade generosa em suas mãos antes de passá-lo para Gill. Ele começou a lavar o tórax e axilas de Gill.
—Eu amo a sensação de suas mãos em mim. — disse Gill colocando o gel de volta na prateleira. Ele retribuiu os toques de Kyle. Quando ele chegou na virilha de Kyle, ele aplicou um pouco mais de sabão em suas mãos.
—Eu vou te levantar enquanto eu lavo você.
Ele içou Kyle fora de seu colo com um braço enquanto rapidamente lavava o doce traseiro de Kyle. Quando ele sentiu que Kyle estava suficientemente limpo, Gill o colocou de volta em seu colo.
Depois eles cuidadosamente lavaram um ao outro, Gill desligou a água e pegou uma toalha. Esfregou o pano macio sobre a pele de Kyle e se perguntou se ele já tinha sido mais feliz. O que aconteceu com Kyle o tinha chateado, mas sentia que com este banho, eles tinham dado um enorme salto em seu relacionamento.
—Você está bem?
Gill perguntou enquanto ele terminava de fechar o pequeno motor.
—Estou bem. — Kyle bocejou.
—Estou quase terminando e então eu vou levá-lo de volta a sua casa, antes de fixar o elevador.
Kyle balançou a cabeça.
—É tarde. Por que você não deixa para colocá-lo na parte da manhã?
—Então como é que você descerá para a cozinha? Tudo bem. Não deve demorar muito e você terá a sua cadeira ao lado da cama quando acordar.
—Você vai ficar comigo?
—É claro que sim, embora, você ficaria ofendido se eu trouxesse a cama Queen Size do meu quarto de hospedes para a sua casa?
—Não, se você prometer dormir nela comigo.
—Fechado.
Gill colocou o motor queimado dentro de uma caixa de papelão e foi lavar suas mãos.
Até o momento em que ele tinha as mãos limpas e colocado a caixa em sua Explorer, Kyle estava dormindo, caído sobre a cadeira. Desligando as luzes principais, Gill tirou Kyle de sua cadeira e o levou para fora. Enquanto ele acomodava Kyle para a curta viagem de carro, ele começou a despertar.
—Shhh, volte a dormir.
Ele rodou metade de um quarteirão e estacionou em frente à padaria. Ele destrancou a porta da frente e se voltou para Kyle.
—Ok, você está em casa. — disse Gill, levantando Kyle do banco. Os braços de Kyle estavam imediatamente em volta do pescoço de Gill enquanto ele esfregava o rosto na curva do ombro e pescoço do grande homem.
Ele se encontrou espremendo Kyle um pouco mais apertado enquanto fazia o seu caminho até a escada com sua preciosa carga.
Depois de colocar Kyle na cama, ele rapidamente tirou a sua roupa. Sabendo que seu pequeno homem precisava se preparar para dormir, Gill entrou no banheiro e voltou com um dos cateteres de Kyle, preservativo e a cola que ajudaria a mantê-lo no lugar.
—Bebê? Você pode acordar o suficiente para colocar isso, ou você quer que eu faça?
Ele não se importava de fazê-lo, é claro, mas Kyle estaria mortificado pela manhã.
—Kyle?
Os olhos de Kyle lutaram para se abrir.
—Eu posso fazer isso.
Gill se agachou e deu um beijo em Kyle antes de lhe entregar os suprimentos necessários.
—Eu estou indo mexer no elevador. Eu estarei com você assim que eu puder.
—Tudo bem, — disse Kyle, mexendo com o cateter.
Gill olhou para Kyle, uma última vez antes de deixar o apartamento. O que teria acontecido se ele não tivesse vindo, quando o fez? Se Kyle fosse deixado preso no elevador até que alguém preocupado o suficiente viesse investigar? O pensamento disto o deixava frio até os ossos.
Capítulo Oito
O sino sobre a porta de entrada sinalizou alguém entrando. Kyle rapidamente secou as mãos e olhou para frente da loja.
—Eu já vou. — ele gritou.
—Sem pressa. — Nate gritou de volta.
—Eu estou apenas olhando para os seus bens.
Rindo, Kyle rodou para frente.
—É melhor você prestar atenção com o que diz, ou Gill estalará em você.
Nate ficou reto e bateu na lateral do nariz com o polegar.
—Que venha. — Ele riu e deu uma piscada para Kyle.
—Então, me diga o que aconteceu com o elevador. Gill nos mandou embora tão rápido, e eu não recebi uma explicação. Você realmente estava lá há mais de três horas?
—Sim. — Kyle revirou os olhos.
—Eu estava começando a descer até a garagem e a porcaria parou a meio caminho entre os andares.
Nate apontou para um brownie e Kyle sorriu, abrindo a vitrine.
—E por que você não estava com o seu telefone celular? Você sempre tem essa coisa com você.
Kyle entregou a Nate a decadente sobremesa.
—Essa é a mesma coisa que Gill perguntou.
Kyle se questionou se ele deveria confiar em Nate.
—Eu não disse a Gill a razão. Eu apenas lhe disse que eu tinha deixado no balcão de trabalho, mas a verdade é que eu deixei lá depois de uma briga enorme com meu pai.
A testa de Nate se enrugou enquanto ele lambia o doce de seus dedos.
—Por que você não disse ao Gill?
—Ele foi o tema da briga.
—Seus pais não o aprovam? Acredito que eles não sejam fãs de futebol. — Nate sorriu e colocou o último pedaço de brownie em sua boca.
—Não, eles não são fãs. Eles não querem me ver com ninguém, porque eles têm medo que isto vai me impedir de voltar para Irvine. Inferno, eles até já contrataram uma fisioterapeuta.
Kyle batia os dedos na vitrine.
—Eles não parecem se importar com o que eu quero.
—O que você quer? — Nate perguntou, apoiando os braços sobre o balcão.
—Gill. Ele está acima em meus sonhos. Após Gill, acho que andar, mas Gill vem em primeiro lugar. Se esta cidade tivesse um terapeuta decente, eu estaria ótimo, mas não posso manter um relacionamento de longa distância.
—Ele o esperaria, você sabe.
—Sim, eu acho que você está certo, mas sem ele o meu coração não estaria lá.
A porta se abriu e Wyn entrou.
—Quando a primavera vai chegar?
—Não rápido o suficiente. — respondeu Nate.
—Como você está camarada?
—Muito bem, obrigado. Tive a oportunidade de ver que você estava aqui ao lado e me perguntei se você me faria um favor?
—Claro, você sabe que sim.
—Eu sei que você sempre vai ao rancho EZ e queria saber se você levaria a encomenda especial do Sr. James?
—Encomenda especial?
Nate pareceu se animar com as palavras. Todos na cidade sabiam que Nate usava nada mais do que roupas finas.
—O que ele encomendou? Algo de Nova York?
Wyn estalou a língua e cruzou os braços.
—Duvido que o Sr. James teria uma pista sobre a moda de Nova York. Não, ele encomendou alguns novos jeans e camisas. Ele é o único na cidade que veste tamanho gigante Triple X.
Kyle tinha visto o breve beijo que Ezra havia dado a Wyn na véspera de Natal. Ele se questionou se era essa a razão para Wyn não querer se aventurar ao rancho.
—Eu posso levar a encomenda, Wyn, mas por que você não liga e pede para que ele venha buscar? Dessa forma, você poderia comer um ao outro com os olhos um pouco mais.
—Eu não vou fazer isso. Você vai levar as roupas ou não?
Nate colocou suas mãos em frente a ele.
—Eu vou, Jesus, você está arisco. Algo aconteceu entre vocês dois? Achei que vocês se acertariam com o tempo.
—Eu não quero falar sobre o Sr. James por muito tempo. Vou pegar as sacolas de roupas e você pode levá-las quando for embora.
Wyn começou a sair, mas Nate o deteve.
—Espere, eu vou com você.
Nate se voltou para Kyle.
—Você pode colocar em uma caixa um par daqueles brownies? Acho que meus rapazes gostariam de mordiscar um desses depois do jantar.
Nate alçou suas sobrancelhas em um jeito engraçado que ele tinha quando estava pensando em sexo.
—Feito. Dê-me dois minutos.
—Eu já volto.
Nate seguiu Wyn pela porta e Kyle começou a dobrar uma de suas brilhantes caixas verdes. Ele riu enquanto ele pensava em alguém se referindo a Ezra, como o Sr. James. Ooh, Wyn devia estar muito bravo com ele.
—Olá?
—Ei, Hal, é Gill. Eu queria saber se você poderia me fazer um favor.
—Claro, o que há?
Gill trocou o telefone para a sua outra orelha e entregou a George Manning seu troco. Enquanto o observava sair do posto, ele continuou.
—Preciso correr para Sheridan mais tarde para pegar uma coisa especial, para Kyle, e fiquei me perguntando se você poderia vir comigo. Eu... um... precisa de ajuda para escolher o presente do Dia dos Namorados.
—Deixe-me ver se entendi. Você precisa da minha ajuda? O que aconteceu com o homem que eu costumava conhecer? Ele nunca teria tomado o meu conselho sobre algo tão pessoal.
Gill revirou os olhos e suspirou.
—Se você não quiser ir, basta me dizer.
—Não fique irritado. É apenas uma mudança de ritmo agradável. Eu estava brincando.
—Então? — Gill perguntou. Ele estava começando a perder a paciência com seu melhor amigo.
—Que horas? Estou livre em torno das duas, mas muito ocupado até então.
—Duas está bem. O garoto Withers deveria estar aqui até lá para cuidar do caixa.
—Vou encontrá-lo na oficina então.
—Está ótimo, obrigado, Hal.
—Oh, você me deve, mas talvez eu possa encontrar algo para Casey, ao mesmo tempo.
Gill desligou o telefone e olhou para o flyer de propaganda no balcão. Ele esperava que ele não estivesse pulando no fogo prematuramente.
Ele pegou novamente o telefone e ligou para Kyle.
—Brynn. — disse Kyle respondendo.
—Ei, bebê.
—Oi. — Kyle disse com uma voz sedutora.
—Preciso correr para Sheridan esta tarde para ajudar Hal com algumas coisas. Pensei que talvez você poderia chamar Casey e ver se ele quer encontrá-lo no restaurante para o jantar? Hal e eu devemos estar de volta em torno das sete, poderíamos nos reunir com vocês lá.
—Sim, soa bem para mim. Eu vou ligar para Casey e te aviso.
—Amo você. — Gill sussurrou para o telefone enquanto um cliente entrava.
—Eu também te amo. Eu ligo quando eu souber de algo definitivo.
—Tudo bem, falo com você depois.
Gill desligou com o seu coração um pouco mais leve. Falar com Kyle sempre tinha esse efeito sobre ele.
—Por que estamos indo para outra cidade. E você não vai me dizer o que vamos comprar? — Hal perguntou, desligando o rádio.
Gill puxou o panfleto do bolso e o entregou a Hal. A neve estava começando a ficar mais pesada quanto mais perto chegavam de Sheridan.
—Anéis? Oh, amigo. Este é um grande passo, não é?
—Sim. — admitiu Gill, recusando-se a olhar para Hal. Ele sabia que seu amigo teria um grande sorriso no rosto.
—Então, estamos falando de uma cerimônia e tudo? —Hal socou Gill no braço.
Gill deu a Hal, um olhar “tipo-vou-chutar-seu-traseiro”.
—Por que diabos eu iria comprar um anel para Kyle se eu não planejasse pedir-lhe para se casar comigo?
Hal ergueu as mãos defensivamente.
—Apenas perguntando, homem.
Eles ficaram em silêncio por mais alguns minutos antes de Hal se voltar para Gill.
—Você vai ficar chateado se eu perguntar por que você está fazendo isso tão rápido? Quero dizer, vocês só começaram a namorar. Você está certo de que é ele?
Gill segurou o volante um pouco mais apertado.
—Sim, estou certo de que é ele. — Ele exalou e deu um gemido suave.
—Kyle tem a chance de andar novamente, mas ele precisa de terapia física intensiva. Ele nem pensa nisso, porque ele tem medo, que se ele sair da cidade, eu vou esquecer dele. Quero mostrar a ele que eu vou sempre estar aqui para ele.
—Wow.
—Sim.
—Bem, então, para Sheridan, homem, e depressa.
Eric cumprimentou Kyle com um beijo em ambas as faces.
—É bom ter você de volta.
—Obrigado. — disse Kyle, seguindo Eric à sua mesa reservada. Casey já estava sentado, bebendo um vinho branco.
—Oi, Casey.
—Ei, Kyle.
—Posso pegar-lhe algo para beber enquanto você está esperando? — Eric perguntou.
—Isso parece ser um vinho muito bom. Eu quero uma taça.
Eric assentiu com a cabeça e caminhou em direção ao bar. Depois que ele saiu, Casey sorriu.
—Por que é que Eric sempre faz questão de sair da cozinha para cumprimentá-lo? Ele geralmente reserva essa honra para os caras que ele esta afim?
Kyle descansou os braços sobre a mesa e se inclinou para frente.
—Shhh, não diga a ninguém, mas ele é afim das minhas sobremesas. Ele quer que eu feche a padaria e trabalhe aqui em tempo integral.
—Você fará isso? — Casey olhou chocado.
—Diabos, claro que não, eu amo a minha padaria.
Kyle percebeu o que ele disse e cobriu a boca enquanto o seu rosto se avermelhava.
—Desculpe, reverendo.
Casey riu.
—Não peça desculpas. Você se esqueceu de Hal? Ele tem a boca igual de um marinheiro, tanto dentro como fora da cama. — Agora foi a vez de Casey corar. —Desculpe, certo?
Kyle se inclinou ainda mais perto de Casey.
—Eu sei que você tem sexo.
Ambos estavam rindo, com o rosto vermelho, quando Eric voltou com seu vinho.
—Eu trouxe um pouco de pão de aperitivo, para vocês degustarem enquanto seu pedido fica pronto.
—Obrigado Eric.
Kyle disse, tomando um saudável gole de vinho. Oh, caramba, fazia muito tempo desde que ele tinha bebido álcool. Após o acidente, ele se sentiu tão culpado, que ficou longe das bebidas. Agora, oh, agora ele queria mais.
—Você poderia nos trazer mais uma garrafa de vinho? Hoje eu sinto a necessidade de comemorar.
A testa de Eric se elevou.
—Eu vou ter problemas com essa grande montanha que você chama de namorado?
Kyle balançou a cabeça.
—Eu não vou dirigir, então eu estarei bem.
Eric olhou para Casey por um momento.
—Eu vou trazê-lo.
Depois que ele saiu, Casey olhou para Kyle.
— O que está havendo?
—Nada
Disse Kyle, tomando outro grande gole de bebida.
—Eu percebi que estive me punindo por muitos anos por causa de um erro estúpido.
Kyle olhou para as pernas.
—Eu acho que já fui punido, o suficientemente.
Kyle não disse a Casey, que ele tinha acabado de ter outra grande briga com seu pai. Sua família estava implacável recentemente. Desde que ele tinha voltado para casa, ligavam pelo menos a cada dois dias para pedir-lhe para voltar e fazer terapia. Enquanto ele apreciava a sua dedicação, ele não podia evitar de se ressentir. Porque as pessoas estavam constantemente tentando melhorar ele? Ele gostava da pessoa que ele havia se tornado.
Até o momento em que Gill e Hal chegaram, Kyle estava risonho. Ele havia bebido a primeira garrafa e já estava na metade da segunda.
Gill se sentou e se inclinou para lhe dar um beijo. Kyle não pode deixar de notar o olhar que ele deu a Casey.
—Ei, bebê, você está bem?
— Com certeza. — disse Kyle um pouco engrolado.
Gill pegou a taça parcialmente vazia e olhou para Casey, mais uma vez.
—Ele ficou assim apenas com uma taça?
Casey balançou a cabeça.
—Essa é a segunda garrafa.
—Oh não se preocupe. — Kyle sorriu, se inclinando pesadamente sobre o ombro de Gill.
—Estou tendo um bom momento e não estou machucando ninguém. Eu acho que mereço.
Gill envolveu seu braço em torno da cintura de Kyle e lhe deu outro beijo.
—É claro que você merece. Eu apenas nunca o tinha visto beber. Você comeu alguma coisa?
Kyle passou a mão sobre o peito Gill. Era um peito bonito. Ele apertou os mamilos de Gill através de sua apertada camiseta.
—Não, eu estava guardando meu apetite para você.
Ele mordeu a orelha de Gill e apertou seu mamilo novamente.
Gill segurou as mãos de Kyle.
—Bebê, estamos em público. Podemos esperar para quando chegarmos em casa?
Kyle lançou seu pior olhar para Gill e cruzou os braços. Não era justo. Ele queria jogar agora. Por que todo mundo sempre se preocupava com coisas, como aparências? Os sentimentos não eram mais importantes?
—Tudo bem. — Disse ele, seu lábio inferior estendido.
Gill se inclinou e mordeu levemente seu lábio antes acalmá-lo com sua língua.
—Nós estaremos em casa em uma hora. Vamos pegar um pouco de comida, para que você não desmaie no caminho.
— Tanto faz. — Kyle murmurou. Seu bom humor terminado. Ele só queria uma noite de esquecimento.
Capítulo Nove
Uma vez que eles estavam seguramente abrigados no Explorer, Gill se inclinou e deu um beijo em Kyle. Ele ficou um pouco surpreso quando Kyle correspondeu. Ele podia dizer que ele havia ferido os sentimentos do seu homem mais cedo, mas com Casey e Hal na mesa, ele não se explicou no restaurante.
Puxando para trás, ele segurou o lado da cabeça de Kyle e olhou em seus olhos.
— Você não está chateado comigo?
—Não. — Kyle sorriu. —Você estava certo. Eu estava ficando um pouco fora de controle.
Gill passou a mão livre sobre o peito de Kyle, acariciando seus mamilos.
—Eu gostei do que você estava fazendo. Eu só não acho que era o lugar certo para isso.
—Sim? — Kyle sussurrou. Sua cabeça caiu para trás contra o assento, enquanto ele puxou a camisa sob as suas axilas, dando a Gill um melhor acesso.
Sem nunca deixar passar uma oportunidade de ter um pouco de seu homem, Gill se curvou e começou a lamber um dos enrugados mamilos. Logo as mordidas se tornaram mordidelas, que logo passaram a ter Gill sugando profundamente o peito de Kyle.
O gemido de Kyle quebrou o encanto e lembrou a Gill que eles estavam estacionados em frente a um movimentado restaurante. Seu pênis estava tão duro, que ele estava com dor.
—Vamos aproveitar e voltar para sua casa.
Esfregando seus mamilos sensíveis, Kyle assentiu.
—Você me faz sentir vontade de fazer coisas más.
—Nada é perverso entre duas pessoas que se amam. — Gill lembrou Kyle. Enquanto ele dirigia para fora do estacionamento e pelas duas quadras até a padaria.
Uma vez lá dentro, Kyle virou sua cadeira para enfrentar Gill.
—Nós estamos sozinhos.
Kyle começou a abrir os jeans de Gill.
—Você tem algo que eu morri de vontade para provar a noite toda.
Um gemido escapou da boca de Gill, enquanto Kyle envolvia a boca em torno do seu pênis.
—Droga. — ele gemeu. Ele quase chorou enquanto a língua talentosa de Kyle passava por todo o seu comprimento. Ficando cada vez mais excitado, Gill se preparou, colocando as mãos nos ombros de Kyle enquanto seus quadris começaram a empurrar suavemente.
Oh, oh foda, como se sentia bem. Ele observou o seu pênis deslizar dentro e fora da bonita boca de Kyle, o seu pequeno homem olhando para ele com aqueles lindos olhos azuis, aplicando sucção suficiente para sugar os miolos da sua cabeça. Gill gritou.
—Vou gozar. — Segundos depois, ele sentiu seu corpo mole, enquanto ele esvaziava sua semente na garganta de Kyle.
Quanto mais demorava o seu gozo, mais alto seus gritos se tornaram, ele rosnou e se segurou em Kyle. Merda, demasiado intenso para estar em pé, Gill pensou segundos antes de ele cair de joelhos na frente de Kyle. Se inclinando, Gill se provou na língua ávida de Kyle.
—Deus, eu não acho que alguma vez eu tenha gozado tão duro. Você está bem? — Perguntou, lambendo as gotas de sua essência ao redor da boca de Kyle. Ele riu enquanto o fazia.
—Você parece com o gato que comeu o creme de leite.
—Mmm, eu fiz. — disse Kyle, emaranhando a língua com Gill novamente.
—Vamos acima para que eu possa retribuir.
Os olhos de Kyle se alargaram. Ele só havia ejaculado um par de vezes desde que ele e Gill estavam juntos. Gill sabia exatamente o que estava passando pela mente de Kyle.
—Não se preocupe. Gosto de tocar e provar toda a pele do seu corpo delicioso, você gozando ou não.
Kyle lhe deu um leve aceno.
—Pelo menos eu posso obtê-lo com alguma regularidade ultimamente.
Gill empurrou a cadeira de rodas de Kyle para dentro do elevador e apertou o botão.
—Vou encontrá-lo lá em cima.
Enquanto Kyle começava a subir, Gill o ouviu rir.
—Eu quero que você faça amor comigo.
Gill quase engoliu a língua. Foda. Ele se virou e correu para a escada na frente da padaria. Até o momento em que o elevador finalmente parou, Gill já tinha tirado sua camisa e sapatos.
Ele segurou o olhar aquecido de Kyle com um dos seus.
—Você tem certeza de que você está pronto para isso?
Kyle assentiu, parecendo um pouco embaraçado.
—Eu tenho certeza. Porém eu preciso me preparar primeiro.
—Precisa de ajuda? — Gill perguntou, abrindo sua calça jeans e a empurrando abaixo por suas coxas.
—Um, eu acho que me sentiria mais confortável se eu fizesse isso sozinho. — Kyle murmurou.
—Ok, bebê. Eu farei tudo para deixá-lo confortável. Vou apenas esperar por você na cama.
Kyle desapareceu no banheiro, e Gill caminhou para o quarto. Ele olhou para a cama tentando descobrir a melhor maneira de fazer amor. Ele sabia que Kyle não era tão flexível como no passado, então ele sabia que suas opções podiam ser limitadas.
Decidindo que o melhor seria perguntar, Gill se voltou para o banheiro. Ele ouviu o chuveiro ligado então abriu uma fresta da porta.
—Ei, Kyle? Você acha que seria mais confortável para você ficar de lado ou sobre seu estômago?
Após alguns segundos, Kyle finalmente respondeu.
—Eu não tenho certeza. Eu não tentei chegar neste ponto. Vamos começar de lado.
—Ok, bebê. Eu vou obter algumas almofadas para colocar como apoio.
—Parece bom.
Andando nu pelo apartamento, Gill pegou as almofadas do sofá. Esperando não arruiná-las, mas se eles fizessem isso bem, valeria à pena. As jogando na cama, Gill se estendeu sobre a cama Queen Size que tinha trazido e esperou por Kyle. Era bobagem, ele sabia, mas ele estava tão nervoso como um noivo com sua noiva virgem. Ele sabia que a penetração anal não era nova para Kyle, mas isso tinha sido antes do acidente, antes dele. Esta seria a primeira vez deles e ele orou para Kyle ser capaz de sentir prazer suficiente para se divertir.
Ele ouviu a porta do banheiro ser aberta momentos antes de Kyle entrar pela porta.
— Pronto para mim, marinheiro?
Gill sorriu e acenou com o seu dedo para o homem nu.
—Traga seu doce traseiro até aqui e você verá.
—Aye, Aye. — Kyle saudou alegremente.
Uma vez que Kyle estava ao seu lado, Gill sentiu seus nervos se acalmarem. Ele percebeu que não importava qual a posição em que estavam, a sua união seria bonita porque era correta. Ele chegou mais perto de Kyle e se envolveu em torno do seu homem.
—Demônios, eu amo você.
Sorrindo, Kyle passou a mão sobre a cabeça careca de Gill.
—Isso significa tanto para mim, mais até do que para você. De fato, eu pensei que eu iria passar o resto da minha vida celibatário. Obrigado por me dar de volta, o que eu pensei que tinha perdido.
Gill lhe deu um beijo, empurrando a sua língua profundamente. Com um resmungo, ele subiu por cima de Kyle e começou a triturar seus pênis juntos.
—Você pode sentir isso? O quanto eu quero você?
Kyle estava sem fôlego, quando gaguejou sua resposta.
—S- Siimmm. — ele assobiou.
—Vou te amar como nenhum outro fez, bebê.
—Por favor. — Kyle gemeu.
Sabendo que ele poderia vir a qualquer momento, Gill relutantemente saiu de cima do homem menor.
—Deixe-me ajudá-lo a se virar.
Com muito pouco esforço, Gill colocou Kyle de lado. Ele levantou uma das pernas de Kyle e começou a empilhar almofadas contra os seus joelhos.
—Diga-me quando começar a ficar desconfortável.
—Estou bem.
Quando Gill viu saltar um músculo do ombro de Kyle, ele parou. Retirando a almofada que ele havia acabado de adicionar, ele tentou ajudar Kyle a salvar o seu orgulho.
—Eu não acho que precisamos de muitos. Se acomodando no outro lado da cama ele se aconchegou a Kyle.
Passando uma mão pelo quadril de Kyle, chegando ao seu pênis, Gill não pode deixar de gemer.
—Porque você não me disse que tinha brinquedos? Ele sentiu o plug anal embutido no traseiro de Kyle.
Kyle encolheu os ombros, parecendo embaraçado.
—Eu comprei um par de anos atrás, mas era muito difícil de usar e obter qualquer satisfação. — Kyle olhou por cima do ombro para Gill.
—Eu achei que você poderia utilizá-lo melhor.
Gill se inclinou e beliscou o ombro Kyle enquanto movia o plug dentro e fora do corpo apertado que ele tanto queria.
— O que você sente quando eu faço isto?
— É bom, quando você faz isso, mas eu estou esperando me sentir ainda melhor.
Puxando o plug do orifício esticado de Kyle, Gill o jogou para o chão e pegou o lubrificante e um preservativo. Mesmo que Kyle já estivesse pronto, Gill não queria correr nenhum risco. Ele rapidamente lubrificou seu pênis, usando o lubrificante em excesso no ânus de Kyle. Gill sorriu, mostrando seus dentes brancos. Enquanto testava a disponibilidade de Kyle.
—Oh, droga bebê. Você se sente incrível e eu ainda nem estou dentro de você.
—Bem, então pare de falar e se apresse. — Kyle choramingou.
Com um grunhido, Gill empurrou a cabeça de seu pênis para dentro do corpo quente de Kyle.
—Oh sim, eu estive sonhando com isso. — ele murmurou, lentamente, enterrando-se mais profundamente.
—Por que você não me falou antes? — Kyle ofegou.
Sem pressão. Gill trabalhou seu caminho para a raiz antes de parar para deixar Kyle se aclimatar ao seu tamanho. Sabendo que Kyle precisava de um estímulo ainda maior do que a maioria das pessoas, Gill começou a esfregar e puxar seus mamilos.
—Gill! — Kyle gritou, arrepios passando por seus braços e costas.
— Estou bem aqui. Você está pronto para mim?
—Oh Deus, sim.
Com um gemido, Gill puxou lentamente antes de deslizar novamente para dentro. Ele sentiu seus olhos rolarem para a parte traseira de sua cabeça no puro êxtase que sentia. Ele nunca havia se sentido assim no passado. Não importava o fato de que Kyle não pudesse se mover com ele, ele poderia dizer por seus gemidos, que ele não era o único a sentir o poder entre os dois.
Gill começou a se mover um pouco mais rápido, e muito mais. Ele queria que Kyle sentisse cada centímetro do seu pênis. Soltando os mamilos de Kyle, Gill pegou o bonito pênis entre as pernas do seu amante. Ele sorriu com a umidade que a sua mão encontrou.
—Olhe para você, bebê. Você vê o quanto o seu pênis me quer? — Gill começou a acariciar o pênis de Kyle, quando ele começou a bater mais duro dentro e fora do seu doce traseiro.
Olhando por cima do ombro de Kyle, Gill assistiu como o pênis de Kyle chorava por ele.
—Eu amo isto, eu amo você. — Ele moveu seus quadris tão duro e mais rápido quanto podia.
—Veja. Oh, isto é lindo. — Gill grunhiu quando o pênis de Kyle entrou em erupção, expelindo sêmen branco e grosso.
Os gritos de alegria de Kyle enviaram Gill para a conclusão, o derrubando sobre a borda no esquecimento. Ele viu a dança de luzes na frente de seus olhos. Ele tinha ouvido falar de tal fenômeno em livros, mas nunca tinha acontecido com Gill antes dessa noite. Bem, isso tinha sido até agora. Ele fechou os olhos e apreciou o show breve, mas intenso de luz.
—Wow.
Quando voltou a si, Gill removeu as almofadas, prendendo o pênis amolecido dentro do calor do corpo de Kyle. Ele lambeu e beijou seu pescoço amando o fato da respiração de Kyle estar desequilibrada.
Com um sorriso, Gill fechou os olhos, não querendo se separar de Kyle nem por um momento. O vinho e o amor tinham tomado seu pedágio em Kyle e Gill rapidamente o seguiu no sono.
Capítulo Dez
Kyle desligou o alarme e gemeu. Desde sua primeira vez, ele e Gill tinham feito sexo como coelhos até altas horas a cada noite. Tal cronograma era impossível para um padeiro, mesmo que o sexo fosse fora deste mundo.
—Fique na cama comigo, bebê. — Gill resmungou.
—Eu não posso. Os biscoitos têm de estar prontos para entregar antes de eu começar qualquer outra coisa. Volte a dormir. Eu ligo mais tarde e o acordo.
Gill lhe deu um sonolento beijo.
—Te amo.
Estas duas pequenas palavras sempre colocavam um sorriso no rosto de Kyle. Já não importava que eram duas horas da manhã.
—Amo você, também. Agora, vá dormir e eu vou sair daqui tão silenciosamente como eu posso.
Kyle ria enquanto ele se levantava para a sua cadeira. Ele não tinha sequer terminado a frase inteira antes de Gill voltar a ressonar.
Depois de se vestir, Kyle desceu pelo seu elevador. Ele estava prestes a ligar a luz na cozinha quando ouviu um arranhado na porta de trás. Seu ritmo cardíaco acelerou, enquanto ouvia o barulho incessante. Kyle olhou para trás até o poço do elevador. Ele deveria chamar Gill?
Era evidente que a pessoa do outro lado da porta não estava realmente tentando entrar, que diabos estava acontecendo? Ele virou para a porta no escuro. Ele percebeu que tinha sido uma merda de fracote até agora. Talvez ele fosse louco, mas de repente ele teve uma forte sensação de que a pessoa do outro lado da porta só estava interessada em assustá-lo. Ele sabia desde o início, que as invasões a padaria não tinha feito sentido. Obviamente, não havia nada de real valor para um assaltante.
Enquanto estava sentado na frente da porta, suas mãos começaram a suar. E se ele estivesse errado? Talvez o cara fosse apenas um ladrão muito ruim. Ele olhou para o bloco de chave de segurança montado na parede. Posicionando a cadeira para a direita, a mão de Kyle pairava sobre as teclas.
Tomando uma respiração profunda, um dedo a menos de uma polegada do botão de pânico, Kyle destrancou a porta e a abriu. Ele ficou chocado com o homem que estava do outro lado com uma chave de fenda na mão.
—Kevin?
Com os olhos espantados, o homem segurou a ferramenta na frente dele como uma arma.
—O que está fazendo aqui fora? Sei que eu não estava fazendo barulho suficiente para acordar vocês.
Com um suspiro, Kyle introduziu o número para desligar o alarme.
—Entre aqui. — ele rosnou para seu irmão mais novo.
Desgostoso, Kyle entrou ainda mais na cozinha. Ele ouviu a porta ser fechada. Foi quando tudo começou a fazer sentido.
—Papai o enviou para me assustar, e me fazer para voltar para casa, não foi?
—Não. — respondeu Kevin.
Kyle se virou para enfrentar Kevin.
—Então, por quê? Você tem alguma idéia do que você me fez passar esses últimos meses? A despesa? — Kyle acenou para a parte traseira do edifício. —Estou vivendo com grades nas janelas e um sistema de alarme por sua causa.
Kevin olhou para ele por vários momentos, antes de Kyle detectar lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
—Kevin? O que está acontecendo?
Eliminando os poucos passos que os separavam, Kevin caiu sobre os joelhos e escondeu o rosto no colo de Kyle.
—É tudo minha culpa. — Kevin finalmente engasgou.
—Sim, é. — Kyle não pode deixar de correr a mão pelos cabelos loiros do seu irmão.
Kevin balançou a cabeça.
—Não, eu não estou falando sobre as invasões. — Kevin escondeu o rosto.
—O acidente. A culpa foi minha.
A mão de Kyle parou.
—O que você está dizendo?
—Era para eu te levar para casa naquela noite. Eu sabia o quanto você estava bêbado, mas havia uma ruiva ...
Esfregando os olhos úmidos, Kyle balançou a cabeça.
—Eu não me lembro de nada daquela noite.
—Eu sei. — Kevin continuou.
—Pedi para me levar com você com o argumento de que você poderia beber tanto quanto você quisesse e eu o levaria para casa. — Kevin se ergueu, caminhando em direção aos misturadores, colocando distância entre eles.
—Eu quis mais do que tinha sido combinado, e você pagou o preço. Quando você acordou e não se lembrou de nada, eu não pude me forçar a dizê-lo. Fiquei tão envergonhado.
—Então, por que tudo isto, Kevin?
—Mamãe e papai não são os mesmos desde que você se mudou para cá. Eles andam em torno da casa como zumbis metade do tempo. — Kevin chutou a parte pesada do equipamento. —Eles mal acusam a minha existência. Acho que eles sabem que eu estava com você naquela noite. No início, eu só queria que você estivesse em casa para eles. Quando você veio para o Natal e nós descobrimos que você poderia andar de novo, pensei que era a minha chance de redenção. Só que você é um maldito teimoso. Eu não tive escolha a não ser segui-lo de volta a Cattle Valley.
Kyle realmente olhou para o seu irmão pela primeira vez em muito tempo. Ele tinha estado tão chateado com os seus pais, quando Kevin saiu da faculdade e conseguiu emprego em um posto de gasolina. De repente, ocorreu-lhe, Kevin tinha ficado deficiente também na noite de seu acidente. Porém Kyle seguiu com sua vida, e Kevin ainda estava atolado em um poço de culpa.
—Venha aqui.
Kyle enxugou os olhos antes de abrir os braços.
Parecendo confuso, Kevin caminhou lentamente na direção dele. Quando Kevin estava ao seu alcance, Kyle o puxou para baixo em um abraço.
Kevin estava hesitante no início, sua espinha rígida, as mãos apenas descansando em volta de Kyle.
—Eu amo você, irmãozinho.
Ao ouvir suas palavras, Kevin enterrou o rosto no pescoço de Kyle e o abraçou de volta.
—Eu sinto muito. Deus, eu desejo que eu pudesse reviver aquela noite. Você não tem idéia de quantas vezes eu tenho orado por isso.
—Shhh. — Kyle o acalmou.
—A verdade não afeta a maneira como eu me sinto por você. Nós não podemos voltar atrás e desfazer o passado, só não é possível. Eu compreendi isso, cerca de um ano após o acidente.
—Mas você podia andar... — Kevin suspirou, ainda choroso.
—Sim, provavelmente.
Kyle tomou Kevin pelo ombro e empurrou-o para trás o suficiente para olhar em seus olhos.
—Há um homem dormindo no andar de cima que eu amo mais do que conseguir andar. Eu sei que todo mundo acha que eu sou louco, mas Gill, junto com esta padaria, me mostrou o que eu posso fazer. Eu pesei os prós e contras de voltar a Irvine, acredite. Mas o que me custaria voltar a andar?
Kyle estendeu os braços e olhou em volta.
—Pode levar meses ou anos. Eu teria que vender a minha casa e meu negócio, e eu provavelmente perderia a coisa mais importante na minha vida. Gill tem sua vida aqui. Ele tem o seu próprio negócio. Ele não pode largar tudo e me seguir para a Califórnia. Andar não valerá a pena, se eu perder essas coisas, pelo menos para mim.
Kyle colocou as mãos em cada lado do rosto de Kevin.
—Gill é a única pessoa que não parece se importar que com o fato de que eu não posso andar. Isso não é um problema para ele. Você tem alguma idéia do bem que isso me faz? Ter esse tipo de amor incondicional? Eu não farei nada que me leve a perdê-lo, nunca, nem mesmo para voltar a andar.
Puxando Kevin de volta para outro abraço, Kyle sorriu. O que Kevin havia feito era errado, porém Kyle entendia.
—Eu acho que você precisa voltar para Irvine antes que Gill desça. Eu não estou certo de que ele o perdoaria, como eu fiz. A polícia não sabe quem é você e é melhor que permaneça assim.
Kevin concordou.
—Talvez eu pudesse mudar para cá, para Cattle Valley. Mamãe e papai não se importariam.
—Há um problema com isso, Kev. Você não é gay, e a maioria das mulheres em Cattle Valley são lésbicas. Você merece seguir em frente. Construir uma vida para si mesmo sem carregar a culpa do acidente.
—Talvez Sheridan. Então eu estaria perto o suficiente para vê-lo.
—Eles têm uma faculdade em Sheridan. Talvez você pudesse voltar para a escola?
Kevin encolheu os ombros.
—Talvez.
Ele esperava que Kevin curasse suas feridas, e pudesse ver o quão feliz Kyle estava com Gill.
—Volte para Irvine e faça os arranjos. Você pode ficar aqui até encontrar um lugar em Sheridan.
Kevin o abraçou mais apertado.
—Obrigado, irmão mais velho.
Até o momento em que Gill desceu as escadas, as encomendas estavam prontas e o estoque da manhã estava na vitrine e prateleiras de refrigeração.
—Uau, você esteve ocupado. — disse Gill quando Kyle terminou de atender um cliente.
—Você não sabe da missa a metade. — Kyle suspirou, passando a mão nas coxas de Gill. A reunião improvisada com Kevin o tinha deixado atrasado. Ele teve de trabalhar duas vezes mais rápido para obter tudo pronto e dentro programação. Gill se abaixou e lhe deu um beijo de língua.
—Feliz dia dos namorados.
—É o primeiro que eu passo com alguém que eu amo.
Ele olhou em volta dos cestos de biscoitos, envoltos em celofane.
—Está pronto para fazer as entregas?
—Sim, eu liguei para a oficina para ter certeza, garantindo que eu iria para lá se fosse preciso. Eu sou seu durante o tempo que for necessário.
Gill deu outro beijo em Kyle.
—Eu vou fechar a oficina mais cedo para que eu possa levá-lo para jantar fora antes da corrida. Eric prometeu reservar a melhor mesa da casa.
—Jantar mais cedo? Parece bom. Isso vai nos dar o resto da noite para nós mesmos.
—Esse é o plano. — Gill concordou. Ele caminhou até os cestos alinhados sobre a mesa.
—As pessoas realmente preferem estes ao invés de flores?
Kyle deu de ombros.
—Depende da pessoa. Acho que os homens gostam mais que as mulheres. — Kyle esfregou o estômago. —Nós somos animais carnívoros. É tudo sobre comida.
Rindo, Gill pegou a maior cesta, contendo no mínimo cinqüenta cookies. Sua testa se alçou enquanto ele lia o endereço de entrega.
—Ezra? Wyn está realmente se arriscando. Eu posso apenas imaginar a cena do Ezra recebendo essa cesta em seu rancho.
Engasgando com um gole de café, Kyle balançou a cabeça.
—Wyn não os encomendou.
—Sério? Ezra tem outro admirador? Ooh, me diga!
Kyle ainda não conseguia acreditar que ele tinha aceito a encomenda e concordado com o louco esquema.
—Foi Nate que encomendou. Leia o cartão.
Gill puxou o pequeno cartão verde pálido fora do envelope.
—Para James Ezra, obrigado por deixar a porta aberta. Eu o tenho observado, há um ano. Obrigado por tornar meu Dia dos Namorados ainda mais especial. Winfield Palmer.
Gill assobiou.
—Porra, ele ficará um pouco arisco com isso.
—Se funcionar, vai valer à pena.
—Será que o Sr. Esquema, pelo menos encomendou uma cesta para seus próprios homens? Eu odiaria entregar algo na delegacia e não ter algo para Ryan. Inferno, ele pode simplesmente atirar em mim.
Kyle riu e apontou para uma cesta muito menor.
—Ryan, receberá uma.
—E o Rio?
Rindo muito, Kyle balançou a cabeça.
—Não. Parece que o grande e malvado Rio prefere flores, lilases para ser exato.
—Uau, eu nunca teria imaginado isso — disse Gill com um sorriso.
—Eu não acredito que Rio queira que todos saibam disto.
Capítulo Onze
Desconfortável, Kyle finalmente tirou sua camiseta e suspirou. Esperando que ninguém pudesse ver seu colo, somente Gill, quem pensaria que teria uma ereção. Kyle sorriu. Gill podia provavelmente estar correto.
Não podia acreditar que Gill se ofereceu como voluntário para entregar as cestas. Eram quase onze horas, quando seu homem pôde finalmente chegar à estação.
Tomando as chaves de sua mesa, Kyle se dirigiu ao elevador, Sua bolsa de viagem estava em suas mãos sobre a cadeira. A história que Gill trouxe quando retornou ao deixar a cesta a Ezra, tinha-o deixado impactado. Evidentemente Ezra não se agradou da nota de Nate. De acordo com Gill, Ezra pegou a cesta e entrou em sua grande caminhonete quatro por quatro, e foi pela estrada levantando cascalho e pó. Pobre Wyn.
Baixando, Kyle apagou a luz da cozinha e foi à porta principal para esperar Gill. Gill estava atrasado, olhando o relógio pensou em lhe dar mais cinco minutos, antes de lhe chamar.
Logo que essa idéia cruzou sua mente, Kyle viu a Explorer entrar em frente do edifício. Quando abriu a porta notou um estranho olhar na cara de Gill.
—Que anda mal? — Kyle perguntou.
Gill lhe deu um profundo beijo.
—Nada.
Outro beijo e Kyle se esqueceu da pergunta. Gill o ajudou a entrar na Explorer antes de colocar a cadeira atrás. Uma vez que colocou seu cinto de segurança, Kyle passou sua mão pelo topo da cabeça do Gill.
—Você está especialmente brilhante hoje. Usou liquido de amortecedor? — Kyle sorriu.
Gill lhe deu sorriso envergonhado e encolheu os ombros.
—Somente queria parecer bem para você. E falando disso, vamos a nosso jantar de Dias dos Namorados.
—Bom te vê genial se isso te ajudar.
—Claro que ajuda. — Gill disse.
—Então me diz por que demorou se arrumando.
Gill o olhou e negou com um breve movimento de cabeça.
—Eu não sei, mas se olhar bem, eu estou quente. Eu pensei sobre nossas reservas. — Gill estacionou a Explorer.
Kyle passou sua mão sobre a coxa de Gill até seu pênis.
—Por pouco não volta à casa e faz amor comigo?
—Eu só não gosto de ver o Eric babando sobre você a noite toda.
Kyle tomou o pênis de Gill e lhe deu um suave apertão.
—Você é o único homem para o que tenho olhos. — Os cílios piscaram e Kyle sorriu. —Bastante suculento para mim. Agora, vamos comer? Este foi um dia longo como o inferno e quero minha sobremesa em minha casa.
—Quem pode discutir contra isso. — Gill disse inclinando-se para beijar ao Kyle. —Vamos.
Gill abriu a porta e se dirigiu ao restaurante. Kyle o via através do pára-brisa, virando os olhos. Isso era bonito. Isso significava que Gill tinha esquecido de novo que Kyle não podia segui-lo.
Quando Gill abriu a porta da La Canoa, ele se girou para dizer algo a Kyle e finalmente notou que não estava junto dele. Kyle viu quando Gill negou com a cabeça e correu de retorno ao Explorer. Abrindo a porta ao Kyle imediatamente começou a desculpar-se.
—Sinto muito. Eu esqueci.
—Sim, você fez, é maravilhoso. — Kyle esperou que Gill recuperasse sua cadeira da parte de atrás.
—Bem, entremos. — Gill disse quando levantou Kyle e o depositou em sua cadeira.
—Obrigado. Inclusive vou te deixar que empurre minha cadeira pela rampa.
Ao chegar a sua mesa foi uma experiência agradável para Gill. Ao parecia algo tinha mantido ocupado ao Eric na cozinha, ele não esteve presente para lançar suas garras sobre o Kyle.
—O que você acha? — Kyle perguntou vendo o menu.
—Oh, suponho que já sabe a resposta para essa pergunta. — Gill respondeu com uma piscada.
As bochechas do Kyle coraram de um bonito rosa.
—No menu.
Gill afastou sua cadeira e se inclinou na mesa.
—Carne. Um pedaço de carne com muito suco, não terei problemas para tragar isso. Também quero aspargos. Suas tenras pontas fazem cócegas minha língua quando entram em minha boca. — Gill se lambeu os lábios vendo os olhos do Kyle abrir-se ante a descrição.
—Maldição, Eu também quero isso. Exceto os aspargos, podem deixar o sabor de seu sêmen amargo.
—Deixemos os aspargos. Eu quero que você ame ao provar. — Gill estudou ao Kyle. —Você está duro?
Ele viu o pomo de Adão do Kyle, mover-se, quando engoliu saliva e assentiu.
—Bom. — Gill se acomodou em sua cadeira e cruzou seus braços. —Agora que nós estamos na mesma página, vamos ao diabo e sair daqui. — A caixa do anel estava queimando em seu bolso. Tinha estado nervoso todo o dia. Graças a Deus, Kyle tinha estado ocupado. Sabia que estava saltando vários passos em sua relação, mas queria que Kyle pudesse fazer o que necessitasse sem ter que preocupar-se. Não havia maneira de que visse outro homem, quando o tinha no amor de alguém como Kyle.
Olhou ao redor procurando os garçons e quase grunhiu quando viu um extremamente agitado Eric dirigir-se para eles.
—Segure seu chapéu. — ele murmurou.
—Kyle! — Eric disse docemente com sua suave voz de latino. —Sinto muito, não podre te dar as boas vindas. Eu tive problemas com meus chefs.
As mãos de Gill em punho, quando Eric lhe deu um beijo em ambas as bochechas. Depois que terminou a pequena saudação amorosa, Eric finalmente viu o Gill. —É bom ver você também, claro.
—Sim, é certo. — Gill murmurou. Porque Cattle Valley não abria um restaurante com a mesma comida que podia conseguir-se aqui? — Tamborilando seus dedos impacientemente na mesa, deveria desenhar ao Eric que não era bem-vindo.
—Bom, vou retornar à cozinha, eu não pude deixar de saudar meu cliente favorito.
—Obrigado, Eric. — Kyle disse e olhou para Gill.
Logo que o galã latino se foi, Kyle tomou a mão de Gill.
—Sinto muito.
Gill a apertou.
—Não é sua culpa ser malditamente sexy.
Gill o convenceu para irem a sua casa, quando finalmente deixaram La Canoa.
—Penso que no próximo ano, deveremos jantar ao Deb’s ou ao Brewster’s.
Rindo, Kyle golpeou o braço de Gill.
—Possivelmente no próximo ano, Eric tenha seu próprio homem.
—Não acredito. Ele gosta de manter vários homens para jogar.
—Ou somente não encontrou um adequado.
Gill virou seus olhos. Kyle era um incurável romântico em algumas ocasiões. Gill poderia apostar mil dólares que Eric quebraria um par de corações na cidade antes do próximo ano, diabos, antes do próximo mês.
Entrando na garagem, Gill esperou pelo Kyle para que notasse as mudanças que tinha feito.
—Uma rampa? — Kyle perguntou, abrindo amplamente a boca.
Deus é tão lindo.
—Pensei fazer algumas melhorias. Esperando que fique mais aqui.
Depois de recuperar a cadeira do Kyle e sua bolsa para a noite, ele abriu e assinalou a nova entrada.
—Pode ir. Eu tente fazer uma maior inclinação para que você pudesse ir e vir sozinho.
Kyle facilmente subiu pela rampa com um grande sorriso em seu rosto.
—Funciona muito bem. — Kyle entrou na cozinha, e olhou Gill. —Não tem idéia de como algo tão simples significa muito para alguém em uma cadeira de rodas.
—Espere, há mais. — Gill estava excitado a respeito das próximas melhorias. Mostrou ao Kyle seu antigo escritório. Diabos, nunca tinha usado esse grande espaço. A caminho do quarto novo, deu um passo atrás.
Kyle olhou ao redor do quarto e negou com a cabeça.
—Não sentirá saudades de seu antigo quarto?
—Como poderia, se a coisa mais importante em meu quarto é você. — Deu um rápido beijo em Kyle, e lhe deu sua bolsa. —Porque não te prepara para ir à cama? Tenho mais surpresas.
Gill foi à cozinha, abriu o refrigerador e retirou uma garrafa de champagne. Colocou em uma bandeja, com um balde prata de gelo em prata. Duas taças largas e uma tigela de morangos. Ao final tirou o anel de seu bolso, Gill olhou o anel platina. Havia pedido ao joalheiro que gravasse o nome em cada anel. Ele deixou o anel no fundo da tigela de morangos.
Excitado, Gill retornou ao quarto. Ouviu a água do chuveiro cair no banheiro. Esperando que Kyle pudesse sentir-se cômodo com o novo chuveiro que tinha colocado. Gill rapidamente ficou nu e subiu à cama, deixando a bandeja em um lado da grande cama tamanho King e esperou.
Lutando com uma tira de couro que tinha comprado para a ocasião, Kyle começou a suar.
—Em que diabos eu estava pensando? — Ele finalmente conseguiu desmontar a pequena parte de cetim vermelho e o acomodou, negando com a cabeça. A maldita coisa apenas continha seu pênis flácido. Que acontecerá quando sair da cadeira de rodas pela porta? Sabia o efeito que teria no Gill. Possivelmente era um dom estúpido.
—Muito tarde agora. — ele murmurou.
Com uma profunda respiração, ele abriu a porta para o novo quarto de Gill. O grande homem nu estava sobre os lençóis de seda brancos e imediatamente seu pênis ameaçou danificar a delicada lingerie.
—Uau. — ambos disseram ao mesmo tempo.
Kyle olhou Gill e começou a rir.
—Nós estamos sincronizados.
—Sim, bebê, nós estamos. Agora traz meu presente. — Gill disse, com sua mão envolvendo seu pênis.
Os olhos do Kyle estavam fixos na imagem do Gill masturbando-se sedutoramente. Da cama Gill se inclinava para ver o colo de Kyle.
—Isto é estúpido?
Os olhos de Gill finalmente encontraram com os seus.
—Você está louco? Essa é a mais malditamente sexy roupa intima que já vi.
—Bom admira-a rapidamente, porque meu pênis quer liberdade. — ele riu. —Foi tão difícil colocá-la que, provavelmente é a ultima vez que o faça.
Gill negou com a cabeça.
—Eu vou bater uma foto e colocá-lo sobre a cama.
—Tolo. — Kyle disse, sentindo-se ruborizar.
Em lugar de envolvê-lo, Gill colocou a bandeja entre eles.
—Vamos fazer um brinde. — Deu ao Kyle uma taça de champagne. —Para você. Obrigado por fazer o meu primeiro real dia dos namorados, tudo o que esperei que fosse.
—O mesmo. — Kyle adicionou antes de chocar sua taça contra a de Gill.
Eles estavam entre goles de champagne e os beijos. Kyle gostava do sabor do álcool na língua de Gill.
Alcançando a bandeja Gill retornou com a tigela de morangos, tomando um e colocando nos lábios de Kyle.
Dando uma pequena mordida, Kyle passou a doce fruta ao redor de sua boca e gemeu.
—Bom.
Sua respiração ofegou, quando Gill passou a metade da fria fruta ao redor de seu mamilo. Gill inclinou-se e lambeu o suco do mamilo de Kyle.
—OH, merda. — Kyle grunhiu, a tira de couro começou a lhe cortar a circulação.
Gill passou-lhe a tigela.
—Sua vez. Procura uma no fundo se quiser uma fruta mais doce.
Kyle entrecerrou os olhos, perguntando-se que tinha Gill escondia. Olhando a grande pele nua a frente dele, sorriu.
Sentindo algo duro e redondo, Kyle engoliu sua saliva. Merda, que é isto? Um saquinho de anéis e o olhou com os olhos bem abertos.
—Gill?
Gill ficou de joelhos, dirigindo-se para Kyle.
—Eu se que é muito nova nossa relação, mas eu sei que nunca amei a ninguém assim. Quer se casar comigo?
Estava assombrado. Casar? Merda, precisava pensar. Sabia o que sentia pelo Gill. Não havia maneira de que o pudesse encontrar alguém que o aceitasse e aceitasse sua incapacidade como Gill. Seus próprios pensamentos também eram profundos, como jamais os tinha tido. Podia facilmente ver-se com Gill depois de cinqüenta anos. Ambos em cadeira de rodas, então.
—Kyle?
—Sim. — ele disse abruptamente. —Eu me caso com você.
Tomando o anel de Kyle, Gill em vez de deslizar o anel por seu dedo, começou a rir.
—Aqui eu estou tratando de ser suave e romântico e nunca considerei que você tiraria o anel errado da tigela. — Gill levantou o enorme anel que era obviamente para seu próprio dedo. Depois de uma pequena busca, deslizou o anel correto no dedo de Kyle. —Esta melhor. — ele lambeu o doce suco do anel e do dedo de Kyle.
—Pode me fazer um grande favor? — Kyle pediu.
—Qualquer coisa que peça.
—Tire-me esta roupa, antes que me cause um dano permanente.
Capítulo Doze
Uma vez que tinha despido Kyle, Gill passou sua mão sobre o descoberto pênis.
—Meu pobre bebê. — ele disse, colocando sua boca aberta sobre a coroa da ereção de Kyle, beijando-a.
—Seu bebê necessita um pouco mais disso.
Gill riu e enroscou sua língua ao redor da cabeça, explorando a abertura da ponta.
—Mmm. — ele gemeu quando provou isto.
Roçando sua bochecha em um lado do pênis de Kyle, Gill olhou por cima de seus olhos ao Kyle.
—Diga-me que tipo de cerimônia você gostaria?
Kyle levantou as sobrancelhas.
—Quer falar disso agora?
Gill encolheu os ombros.
— Nós temos toda a noite para nos amar e nos tocar. Eu somente perguntei.
Passando sua mão por cima da calva cabeça de Gill, Kyle sorriu.
—É tão romântico. — suspirou. —Bom, suponho que eu gostaria de uma cerimônia no parque. Possivelmente. Em um dos mirantes. Eu convidaria a minha família e espero que sua família possa vir. Eu não quero muitas flores e coisas assim, estando rodeado de meus amigos e família é o suficiente para mim.
—E?
Kyle riu e virou seus olhos.
—E você, é claro. Achei que já tinha determinado.
Gill se perguntava como dizer o que realmente tinha em mente. Tinha dado voltas uma dúzia de vezes e ainda não sabia qual era a maneira perfeita de dizê-lo.
—Você gostaria de poder caminhar até o altar?
Kyle congelou.
—Que? — ele perguntou, sua voz ligeiramente áspera.
Merda.
Gill se sentou e embalou uma das bochechas de Kyle.
—Eu sei que não disse o correto. Pensava que podíamos planejar as bodas depois de sua volta de Irvine, depois de seu tratamento. Eu sinto, se fui presunçoso. Eu somente queria que soubesse que eu estaria aqui na sua volta.
Kyle se endireitou e procuro sua cadeira. Depois de acomodar-se no assento, ele se dirigiu ao banheiro.
—Kyle? — Gill saiu da cama.
Kyle levantou a mão, detendo a aproximação de Gill.
—Preciso ficar sozinho. — disse e fechou a porta do banheiro.
Gill andava de um lado para outro pelo quarto esperando Kyle. Quando finalmente a porta se abriu, ele se surpreendeu ao vê-lo totalmente vestido.
—Preciso que me leve a minha casa.
—Bebê. Por favor, não faça isto, me deixe explicar.
—Não quero falar disso. — Kyle grunhiu com as mandíbulas apertadas, quando saiu do banheiro e dirigiu sua cadeira para fora do quarto.
Arranhando-a o topo da cabeça, Gill observou Kyle deixar o quarto.
—Como diabos, pude causar este desastre com uma pergunta? — ele se perguntava.
Possivelmente poderia sair dessa e ser ouviu pelo caminho da padaria. Colocou suas calças esportivas e suas botas de trabalho. Quando chegou na garagem, Kyle já estava no assento. Gill tranqüilamente subiu sua cadeira atrás na Explorer.
—Por favor, fala comigo. — Gill lhe rogou quando saía da garagem. —Eu sinto se me comporte como um idiota. Por favor, somente me diga o que posso fazer para consertar.
—Nada. Nada que possa dizer me fará trocar de opinião.
Kyle alcançou Gill que momentaneamente se estremeceu ao toque. A emoção foi a mais curta de sua vida, quando sentiu a pressão do anel de platina.
—Não. Não quero que o devolva.
Kyle abriu a porta quando chegaram à padaria.
—Você não tem opção, eu não o quero mais.
Kyle quase não conseguiu chegar ao sanitário, quando vomitou. Tremia tanto que quase caiu dentro do sanitário. Depois de vomitar, começou a chorar. Lavou sua cara e entrou no quarto.
Uma vez ao lado da cama, Kyle se sentia completamente arrasado. Como podia ter sido tão ingênuo? Claro que um homem como Gill preferiria um homem que andasse. Segurando na cadeira de cromo da cadeira com todas suas forças, se dirigiu à cômoda.
Sem incomodar-se com a roupa, procurou o telefone. Esperando que Kevin não estivesse em um encontro.
—Olá?
— Kev, preciso de você.
Uns toques na janela do condutor o despertaram. Gill estava cara a cara com Eric. Repentinamente zangado sob o vidro da janela.
—Que diabos você quer?
Eric deu um passo atrás e levantou as mãos.
—Sinto muito. Eu somente queria te perguntar se sabia por que a padaria não está aberta?
Olhando seu relógio, Gill viu que eram quase oito da manhã.
—Acho que Kyle tomou a manhã de folga. — ele murmurou. Ele tinha as chaves em seu bolso, e não as tinha usado. A única coisa que o deteve foi pensar que poderia piorar as coisas.
—Você está bem? — Eric perguntou.
—Não. — Gill disse e olhou para a janela. Para o apartamento em cima da padaria, esperando um sinal de que Kyle estivesse bem.
Não estava certo do que desejava fazer, quando outros golpes na janela de sua caminhonete o fizeram saltar.
—Merda! — ele gritou e olhou para a janela. —Que diabos você quer agora?
Hal estava inclinado contra a porta do motorista, com seus braços cruzados.
—Irritável bastardo. Vamos tomar o café da manhã ao Deb’s.
Gill negou com a cabeça.
— Não sou boa companhia agora.
—Isso foi o que ouvi. Vamos, companheiro. Vamos por um pouco de comida e falamos sobre isso. Se você continuar sentado aqui por mais tempo, toda a cidade vai saber que tem problemas com seu homem.
Suspirando, Gill saiu da caminhonete.
— Eric te chamou. — disse enquanto caminhava para o Deb’s.
—Não, Ryan. Ao que parecer você chamou a atenção de um montão de gente na cidade. — Hal deu um pequeno golpe nas costas de Gill. —Não se preocupe, nós arrumaremos isto.
Gill negou com sua cabeça, e deslizou dentro de uma cabine.
—Não acredito, penso que realmente fodi tudo.
A mesa estava cheio de xícaras de café, e Hal esperou que a limpasse.
—Kyle não reagiu bem a sua proposta?
—Sim. Ele disse sim. — Gill tomou um gole de café, alegrando-se que o líquido quente queimasse sua língua.
—Mas não era isso o que você queria? — Hal perguntou.
— Sim, isso é exatamente o que eu queria, mas então eu tive que foder tudo.
Hal acenou para que continuasse, enquanto tomava outro gole de sua bebida.
—Perguntei-lhe se queria caminhar para o altar, e então lhe disse que podia ir para Irvine fazer o tratamento, sabendo que eu estaria aqui na sua volta.
Hal descansava seu queixo em seu punho.
—Possivelmente ficou chateado, porque queria que se oferecesse para acompanhá-lo?
Gill sentiu um pouco de alivio em seu peito.
—Se ele pensou isso, eu deixaria tudo e me mudaria para Califórnia, se for o que ele quer.
—Porque não fala com ele? Pergunte-lhe.
Saindo da cabine. Gill encolheu seus ombros dentro de seu casaco.
—Sinto te deixar no café da manhã. Obrigado pelo conselho. — Gill disse-lhe adeus com a mão e saiu do restaurante.
Kyle despertou com uns fortes golpes na porta.
—Que diabos? — Logo percebeu que as batidas eram na porta de seu apartamento e não na padaria e sabia quem era.
—Vai embora, Gill.
Os golpes continuaram. Kyle olhou sua cadeira, caída ao lado dele. Quase não podia abrir os olhos, estavam inchados de tanto chorar.
Com uma profunda respiração, ele se baixou no piso. Estava quase pegando a cadeira, quando Gill entrou no quarto.
—Kyle? — Gill correu e o levantou do piso. —O que aconteceu? Você caiu?
Kyle congelou ao sentir o abraço de Gill. Embora uma parte dele quisesse estar contra o forte peito e deixar que Gill lhe tirasse a dor, a outra parte sabia que não podia.
Gill o levou para cama e levantou a cadeira.
—Kyle, você caiu? — Gill perguntou de novo.
—Não, eu não caí. Empurrei a cadeira em um acesso de ira. — Olhou fixamente nos olhos de Gill, enquanto se sentava em sua cadeira. —O que faz aqui?
Gill se movia de um lado a outro.
—Eu fui um idiota. Eu deveria ter me oferecido a ir contigo para Irvine. Por favor, diga-me que me perdoa?
Apesar de tudo o que tinha acontecido, Gill seguia determinado em ver Kyle andando de novo. O que podia fazer frente à pressão de tantas pessoas que queriam fazer dele uma pessoa normal de novo? Kyle respirou profundo. Normal. Inclusive não sábia mais o que isso significava.
Ele tinha se sentido malditamente normal essas semanas. Era um estúpido. Deveria saber que Gill era igual aos outros.
—Vá embora, Gill.
—Espere, não, ouviu o que me pediu? Deixaria alguém na loja. Podemos alugar um pequeno apartamento ou algo assim. Eu estarei em cada passo de seu caminho.
—Eu não quero você aqui. Vai embora. — Kyle deu as costas para Gill, esperando que saísse.
—Por favor, Kyle. Não faça isto. Eu te amo. — Ouviu o som de lágrimas na voz de Gill. Bom, todos eles faziam este jogo.
Kyle não disse nada, somente negou com a cabeça. Depois de vários minutos, ouviu os passos de Gill saindo. Sentiu que fechava a porta do apartamento, assim como o caminho de sua alma.
Olhando ao redor do quarto, Kyle secou os olhos e determinou as atividades dos seguintes dias.
Capítulo Treze
—Olá?
—Kyle?
—Olá, Nate.
—É bom ouvir sua voz de novo, amigo. Como você está?
Kyle olhou ao redor de seu quarto de infância.
—Uma porcaria. Eu estive vivendo em durante o mês passado. Passo meus dias com dor e suando como um porco. Então, como você está?
—Wow. — Nate riu. —Está melhor?
—Eu sinto muito.
—Não há problema. Escuta, Kyle, Quero que saiba que falei com os médicos da clínica e contrataram um fisioterapeuta de período integral. Eu pensei que estaria interessado em retornar para Cattle Valley.
Kyle negou com sua cabeça. Se alguém poderia convencer ao Dr. Browning e ao Dr. Singer de contratar a esse fisioterapeuta, esse era Nate. Esse homem podia conseguir água no deserto.
— Você diz isso, porque sente saudades de mim ou de minhas bombas de creme?
—Por tudo isso, além de que realmente eu preciso que meu carro funcione bem e Gill é o único no estado em quem confiou.
Kyle sentiu uma punhalada de dor no peito.
—Eu não tenho mais controle sobre Gill. Por que não vai e pergunta a ele?
—Porque Gill não vê ninguém desde que você se foi, exceto ao Casey e Hal e eles não vão me dizer.
—O que quer dizer com “não vê a ninguém”? Onde ele está? — Kyle perguntou, vendo o jardineiro podar os arbustos.
—Em casa. Desde que ele passou na frente da padaria e viu a placa de “Vende-se”. Estou te dizendo, Kyle, o homem está acabado. Hal e Casey estão preocupados de que adoeça, mas eles não consegue tirá-lo desse estado.
—Se eu voltar para casa, o que posso fazer a respeito? Falta muito para que eu volte a caminhar, Nate.
—O que tem haver uma coisa com a outra?
—Nada e tudo. Eu cometi um estúpido engano de pensar que ele era diferente, o modo como via minhas pernas, mas a única coisa que me pediu depois de me propor matrimônio, é que fosse para Irvine para aprender a caminhar de novo.
Nate assobiou ao telefone.
— Eu posso ver como isso afetou a relação, mas acredito que você interpretou mal as coisas. Não acredito que alguém como Gill deixaria de estar apaixonado por você por causa de suas pernas.
—Esse não é o problema agora. — Kyle disse, piscando para afastar as lágrimas de seus olhos. Não podia chorar. Tinha chorado por muitos dias e não tinha conseguido nada com isso.
—Você ainda o ama?
—Claro.
—Então você é um idiota se o deixar.
—Oh, Obrigado.
—Se você ainda ama Gill, sobe seu traseiro no primeiro avião que conseguir e vem prá cá. Não somente Gill te necessita, mas toda a comunidade de Cattle Valley.
—Quando pensa que o novo terapeuta chegará?
—Na semana que vem. Ele vem de Tampa.
—Avise-me. — Kyle disse adeus e desligou. Perguntava se poderia chamar o Hal, possivelmente o Reverendo Sharp seria a melhor opção. Mesmo que nunca pudessem arrumar seus problemas, Kyle precisava saber se Gill estava bem.
Wyoming era malditamente frio nesta época do ano. Como tinha esquecido tão rapidamente? Sentia-se estranho em seu apartamento. Ele era um maldito afortunado, por ter um lugar para onde retornar. Aparentemente não havia um grande mercado para lojas e padarias equipadas para deficientes, em uma pequena cidade de Wyoming.
Isto estava bem para ele. Não podia esperar para por suas mãos suaves na massa. Infelizmente teria que esperar dois dias até que chegassem todos os suplementos que necessitava.
Enquanto isso, procuraria um pouco de roupa e sairia para introduzir-se na cidade de novo. Casey lhe prometeu que falaria com Hal sobre a possibilidade de visitar Gill. Quando falou com o Casey, faz uns dias, sobre a condição de Gill, não ouviu nada bom. De acordo com Casey, Gill estava quase entrando em depressão. Recusava-se a tomar banho por dias, e não se barbeou desde que Kyle se foi.
Sentindo-se culpado que o homem que amava se sentisse tão miserável, por lhe causar a ferida que fez com que o deixasse e isso bastava.
Decidindo ir ao supermercado, Kyle tomou o elevador. Quando começava a descer ouviu um ruído de motor.
—Não, não, por favor, não agora. — Kyle rogou à sucata desmantelada, cruzando os dedos. Kyle rezou todo o caminho da descida. Quando o elevador se deteve abaixo protestando, Kyle deu graças aos céus. Agora o que ia fazer? Não havia uma maldita maneira que se arriscaria com isso de novo. Recordou a última vez que quebrou e Gill veio a ajudá-lo. Tinha arrumado antes. Essa era a perfeita desculpa para vê-lo.
Saindo do pequeno elevador, Kyle esperou a que o motor esfriasse antes de desaparafusá-lo de sua caixa.
Dirigindo-se à casa de Gill, Kyle viu os degraus. Merda. Não tinha pensado como entrar. A rampa que Gill lhe tinha construído estava na garagem e não tinha maneira de entrar sem o controle remoto. Com um suspiro pegou o telefone celular e chamou Gill.
Finalmente depois do sexto toque, Gill responde.
— O que!
—Gill?
—Kyle? — Kyle podia ouvir a emoção na voz de Gill. Sua voz profunda estava inclusive até mais baixa e rouca, parecia que não a tinha usado muito ultimamente.
—Perguntava-me se poderia abrir a porta da garagem para que pudesse entrar?
—O que? Está aqui?
—Sim. Estou aqui na frente, mas não posso subir os degraus.
—Espere-me. — Gill desligou e Kyle esperou que a porta da garagem se abrisse. Em seu lugar, viu luz na varanda e Gill saindo da casa, Kyle deteve o fôlego. Casey estava certo. Gill estava uma merda. Tinha sido ele realmente que lhe tinha causado isso?
Gill caminhou para a caminhonete de Kyle e abriu a porta. Sem perguntar, deslizou Kyle para fora do assento do motorista e o levou para dentro da casa.
Kyle lhe acenou com a mão para a caminhonete, enquanto Gill fechava a porta.
—Minha cadeira.
Gill negou com a cabeça e sentou Kyle no sofá.
—Será mais difícil para você se afastar, se te deixar como está agora.
Kyle não sabia se sentia-se emocionado ou insultado. Olhava a aparência de Gill. O cabelo negro na cabeça de Gill estava apenas o bastante comprido para formar cachos, mas contudo não se viam desarrumados, e seu formoso rosto estava escondido com uma barba, e se viam as olheiras pela falta de sono.
—Você está bem? — Kyle perguntou.
Gill negou com a cabeça e caiu de joelhos, colocando sua cabeça no colo de Kyle, começou a chorar.
—Não. Não estive desde à noite em que você me deixou.
Afligido pelo descontrole emocional de Gill, Kyle pôs sua mão no topo da cabeça do grande homem.
—Você me machucou.
Gill olhou para cima.
—Por quê? É porque não me ofereci para ir à Califórnia com você, não é?
—Não.
—Então por quê? Estive espremendo meu cérebro, tratando de imaginar o que fiz de mau. Eu repeti essa noite uma vez e outra e outra vez e não sei.
O coração do Kyle se derretia ante os sinais de lágrimas de seu grande e forte amante.
— Eu… Eu pensei que você fosse diferente de todos. Eu pensei que para você a minha cadeira de rodas não era problema. Que me amava, não o que eu podia ou não podia fazer.
—Eu o faço. Eu te amo sem me importar. Como pode pensar que seja de outra maneira? — Gill perguntou. Honestamente estava confuso.
—Parecia que somente esperou que eu dissesse sim, e queria que eu fosse aprender a caminhar. Gill eu não sei se voltarei a andar de novo. Meu coração se quebrou quando me dei conta que era importante para você que eu andasse.
Gill começou a negar veemente com a cabeça.
—Não. Eu quero que você ande por você. Porque eu tenho fé em que obtenha tudo o que queira. Você pode honestamente me olhar nos olhos e me dizer que não se importaria de não voltar a andar de novo. Eu te respeito por todas as brigas com sua família sobre isso. Eu te ouvi no telefone várias vezes. Supus que dizia que não queria, porque tinha medo que eu encontrasse alguém quando fosse. O anel, as bodas, era para te provar que eu te amava o bastante para te dar o tempo que necessitasse. Isso era tudo. Não havia nenhum engano de minha parte.
Gill respirou profundo e secou a cara.
—Quando começamos a sair, você nem sequer sabia se seria capaz de ejacular, correto?
Kyle assentiu.
—E eu estive bem com isso, porque somente estando no mesmo lugar com você era o suficiente para mim. Mas então, nos surpreendemos quando você fez a erupção como um gêiser.
—Bom, mas como um conta gotas ao princípio. —Kyle recordou rapidamente ao Gill.
Gill negou com a cabeça.
—Para mim, isso foi como um gêiser. Esse foi nosso primeiro obstáculo superado que havia em seu caminho.
—Eu nunca teria conseguido sem você. — Kyle interrompeu de novo.
—Eu gosto de pensar assim, mas…
—Sem “mas”. Eu não teria conseguido sem sua dedicação inquebrável para fazer com que eu sentisse de novo.
Gill finalmente sorriu. Era a coisa mais bonita que Kyle tinha dito.
— Obrigado.
Inclinando-se Kyle beijou os doces lábios de Gill.
—Eu nunca deixe de te amar, sem importar o que fiz ou porque me afastei. Eu não podia abandonar meus sentimentos por você.
—Bom. — Gill se inclinou em seus joelhos, pôs sua mão na parte de atrás do pescoço de Kyle e o empurrou para frente ao encontro com seus lábios. —Beije-me apropriadamente, por favor.
Com um gemido, Kyle abriu seus lábios e explorou seu interior. Oh Deus, como sentia saudades disso. Os pequenos ruídos de Gill, enquanto provava sua língua. Como tinha podido imaginar que poderia viver sem isto?
Gill se afastou e passou a mão na barba.
—Vai ficar bem aqui enquanto me limpo? Quero te cortejar de novo e preciso de um pouco de higiene.
Rindo, Kyle beijou a ponta do nariz de Gill.
— Porque não me leva ao banheiro daqui de baixo e você pode usar o lá acima. Eu espero que ainda estejam as coisas que deixe aqui, porque ambos necessitamos de um pouco de limpeza.
Gill levou Kyle ao banheiro e o ajudou a despir-se, beijando cada centímetro de sua pele exposta.
— Eu vou trazer sua cadeira e não tem que me esperar que eu te leve para cama.
—Obrigado. Enquanto estive fora o motor do elevador quebrou de novo e essa era a desculpa que usei para vir.
—Você não necessita de desculpas para vir. E temos que jogar fora esse maldito motor ou compraremos um elevador melhor ou você vem viver comigo, mas que seja arrumado de novo é inaceitável.
—E você me daria meu próprio controle da garagem?
—Banhada em ouro se assim você quiser.
—Não, uma normal está bem para mim.
Gill deu outro profundo beijo no Kyle quando se separou, acariciou a pele ao redor dos lábios de Kyle.
—Estou te irritando, me deixe barbear-me, tenho planejado reconhecer cada centímetro de seu corpo.
—Acho muito justo.
Capítulo Quatorze
Gill paralisou a lado de Kyle.
— Isso foi…wow.
— Mmm hmm. — Kyle murmurou, ainda com seu traseiro no ar.
—Merda, Sinto bebê. — Gill disse e ajudou Kyle a descer da pilha de travesseiros. Gill acomodou Kyle de lado e se deitou ao lado dele, acomodando seu membro ainda um pouco ereto contra a abertura do traseiro de Kyle.
—Começo o tratamento em três dias.
Gill congelou. O que? Não. Kyle não pode me deixar outra vez.
—Posso ir contigo para Califórnia desta vez? Por favor. Eu não quero ficar sem ti aqui de novo.
Kyle tomou a mão de Gill e beijou sua palma.
— Nosso intrometido morador tem feito um milagre, Nate, convenceu aos médicos da clínica a contratar um fisioterapeuta. Nós trabalharemos no ginásio por enquanto. Suponho que Matt terá um lugar na clínica, mas ainda falta para que esteja tudo preparado.
—Já se encontrou com ele? — Gill desenhava círculos no estomago de Kyle enquanto falava.
—Não, não oficialmente, mas falei por telefone com ele várias vezes. Parece um tipo agradável, suponho que é jovem.
Gill não queria voltar a cair na fossa de onde tinha saído, assim perguntou com cuidado.
— Então... um... você vai continuar com seu tratamento?
—Sim. — Kyle disse e olhou sobre o ombro de Gill. —Embora eu não sei o que vou fazer com a cozinha e a padaria quando voltar a caminhar outra vez.
Gill se inclinou e beijou Kyle.
—Quando você voltar a caminhar outra vez, eu reconstruirei tudo novamente, pode ser que não seja bonito, mas será mais funcional.
Kyle levantando um imaginário fio de colchas.
— Hum... você se incomodaria se marcarmos a data para a cerimônia?
— Que? — Gill se sentou. —Você quer dizer quer se casar comigo?
—Claro. — Kyle lhe deu um golpe no peito de Gill. —Mas não necessito que me acompanhe quando for ao tratamento.
Deitando-se de novo, Gill envolveu seus braços ao redor de Kyle. Estava assustado de que Kyle seguisse pensando que preferiria um homem que andasse.
— Não me preocupa o que faça. Eu te quero andando ou não.
—Eu sei isso, agora. Mas eu gostaria de dançar com meu novo marido se isso fosse possível, e isso pode levar um tempo.
—Você pode tomar todo o tempo que necessitar. — Gill passou sua mão sobre o quadril de Kyle antes de baixá-la para seu pênis. —Está dolorido?
—Não, inclusive se estivesse, eu te quero de qualquer maneira.
Gill foi para os pés da cama e levantou vários travesseiros. Acomodando-se entre os joelhos de Kyle, grunhiu.
—Isto é muito lindo.
Deslizando-se para baixo, beijou o enrugado buraco de Kyle, deslizando sua língua no interior.
— Maldição, bebê, você é melhor que uma de suas sobremesas.
Introduzindo sua língua profundamente dentro de Kyle, Gill passava sua língua ao redor do anel de músculos. Afastou-se e provou o buraco com seus dedos.
—Uh... Kyle?
—Sim.
—Exatamente que tipo de tratamento estava fazendo na Califórnia?
—Regular e dolorosa, por quê?
—Aqui uma estranha pergunta. Você já pensou em prender minha língua em seu traseiro?
Kyle ficou quieto por um momento.
—Sempre. Eu desejo poder.
—Você pode, bebê.
—Hum?
Gill se inclinou para o lado, para olhar Kyle nos olhos.
— Você pensou em mover os músculos e eles se moveram. Diabos, quase prendeu minha língua. Isso é um bom sinal, correto?
Kyle estava assombrado.
—Sim.
—Não se esqueça de dizer ao Matt. — Gill pensou a respeito disso um segundo. — Espera um segundo. Não lhe diga tudo, somente que você mostrou um pouco de controle.
Rindo, Kyle assentiu com a cabeça.
—Sim, suponho que é melhor essa idéia.
Gill procurou o tubo de lubrificante e cobriu seu pênis.
— Vamos ver se você se sente bem.
—Eu sempre o faço. — Kyle gemeu quando Gill empurrou a coroa de músculos, através de seu primeiro anel de músculos.
—Deixe-me sentir se você se aperta ao redor de mim. — Gill disse, enquanto se empurrava lentamente.
Enquanto entrava lentamente, Gill torturava os pobres mamilos de Kyle.
—Eu gostaria de ver uns pequenos anéis neles algum dia. Você é muito sensível de qualquer maneira. Isso podia abrir sua mente.
—Uhhh. — Kyle grunhiu.
Usando seu braço Gill levantou uma perna de Kyle mais alto, lhe dando maior acesso. Sentiu o apertão em seu pênis e sorriu. Isso foi o que esperava. Possivelmente um dia Kyle poderia ser capaz de mover-se com ele, realmente foder no pênis de Gill.
Quanto mais pensava, mais duro empurrava dentro do traseiro de Kyle, que começou a balbuciar da linda maneira de sempre.
—Mais...bem profundo... Oh, assim. — Kyle gritou quando Gill golpeou sua glândula em um de seus impulsos.
—Segure seu pênis bebê. — Gill lhe pediu. Podia sentir seus testículos, apertando-se, preparando-se e queria lhe dar a seu homem a oportunidade de unir-se a essa sorte.
Quando Kyle grunhiu e gemeu, como uma fera selvagem, Gill apoiou suas costas enquanto golpeava rapidamente os quadris de Kyle, enterrando-se uma vez e outra vez.
— Sim, goze para mim.
—Gill. — Kyle gritou quando ambos chegaram a extremidade.
Seu grande corpo deu um salto repentino, soltando jorro atrás de jorro de sua semente, dentro do corpo de seu bebê. Gill sob a perna de Kyle e tirou os travesseiros, abraçando seu homem.
—Amo-te.
—Eu também, sempre.
Na manhã seguinte Kyle logo que tocou seu café da manhã. Uma nova culpa machucou seu estômago e sabia que não poderia descansar até que dissesse ao Gill sobre o intruso.
—O que está mal, bebê? Você não gosta como eu cozinho?
Era tão raro que os dois tomassem o café da manhã juntos, Kyle se sentia inclusive pior, por não ter apetite. Finalmente soltou seu garfo.
—Eu preciso te dizer algo.
Com o garfo cheio de ovos a meio caminho de sua boca, Gill parou.
—O que foi?
Kyle viu Gill comer sua comida e afastar seu prato. Perfeito, ele arruinou também o apetite de Gill.
—Eu sei quem tentava entrar na padaria. Embora, realmente não estivesse interessado em levar nada. Kevin só pensava em me assustar.
—Quem é Kevin? — Gill grunhiu, preparado para lutar com dragões, por Kyle.
—Meu irmão. — Kyle murmurou. —Eu o surpreendi na manhã do dia dos namorados. —Então, lhe explicou tudo sobre o intruso, a noite do acidente e a culpa que sentia Kevin. Quando terminou, fez uma pausa profunda esperando a reação de Gill.
—Ryan sabe disso?
—Não, e eu espero que nunca saiba. Kevin é um bom menino. Fez o que pensava que fosse necessário. Não quero que se meta em problemas por isso. Ele está planejando mudar-se para Sheridan, possivelmente retornar à universidade. E quer estar perto de mim.
—E sua família? O que dizem de eles estar perto de você?
—Infelizmente, eu penso que eles não se preocupam com Kevin. — As palavras lhe machucavam, mas sabia que era verdade. Sempre tinha sido o favorito, embora nunca mereceu essa honra.
Pobre Kevin sempre tinha ficado a sombra dos ganhos de Kyle, enquanto cresciam. Kyle foi nomeado Rei na escola preparatória e era um dos meninos mais populares na universidade de Pepperdine. Kevin era mais alto e forte que Kyle, e acabou se interessando pelo basquete, mas não prosseguiu, Kevin não tinha habilidades atléticas.
—Kevin é um bom irmão, e ainda é. — Kyle disse mais para si mesmo que para Gill.
Gill tomou a mão de Kyle sobre a mesa.
—Não direi nada e não tenho nada contra ele.
Toda a tensão se foi de seu corpo, uma vez que Kyle inclinou a cabeça.
— Obrigado.
Trabalhando no carro de Nate, Gill assobiava uma canção em sua cabeça.
—Bom, alguém está de ótimo humor. — Hal disse entrando na oficina.
Deslizando-se fora do carro, Gill sorriu.
—Porque não estaria? Dormi com Kyle em meus braços, nas três ultimas noites, e seu tratamento começou faz uma hora.
Hal se recostou contra o negro Mercedes conversível e Gill negou com a cabeça.
—Você quer que me matem? Nate nota cada mancha desta beleza.
Virando seus olhos, Hal se afastou.
—Você já conheceu Matt Jeffries?
—Não, mas Kyle falou com ele várias vezes por telefone, por quê?
Hal encolheu seus ombros.
—Por nada.
Gill olhou fixamente seu amigo.
— O que foi? Você não pode dizer simplesmente “nada”.
— Eu passei pela igreja e ele estava lá. E...Oh, ele é quente.
—E? A maioria dos tipos de Cattle Valley são quentes. Isso não significa nada para mim, ou você está preocupado que Casey se apaixone por um membro da congregação? — Gill brincou.
—Diabos, não. Casey pensa que eu sou a coisa mas sexy que ele já viu.
—Não sabia que sua vista estava tão má. — Gill comentou de frente para ele.
—Idiota. Casey me ama. E não me preocupa que se perca.
—E pensa que eu sim? — Gill perguntou repentinamente se sentia-se ofendido por seu velho amigo.
—Não, não é isso o que quis dizer. Deus, Gill, relaxe. Eu somente imagine que poderia ser estranho para você, esse este menino tocar Kyle. Eu deveria ter ficado quieto, não se zangue por isso.
Gill assentiu, com um leve movimento de cabeça, fazendo Hal saber que o entendia.
—Vamos jantar juntos durante a semana? — Hal perguntou.
— Certamente. Eu vou falar com Kyle e te aviso.
— Sério, companheiro, não existe nada acontecendo, eu só queria me divertir.
—Sim, isso foi muito divertido. — Gill deu a Hal um meio sorriso. —Vai embora daqui e me deixe trabalhar. Prometi ao Nate ter seu carro pronto à tarde.
Uma hora depois, Gill olhou seu relógio. Não podia de deixar de pensar na semente que Hal plantou. Sabia que podia confiar em Kyle, mas não sabia nada de Matt. E se o “terapeuta quente” decidisse tomar vantagem de sua posição?
Tirando o telefone chamou Danny Withers para ver se podia cuidar do caixa.
—Olá. Você deve ser Kyle. — Um entusiasmado bronzeado estreitou sua mão.
—Onde está todo mundo? — Kyle brincou olhando para baixo de sua cadeira.
Matt riu e apontou para trás a uma das salas da academia.
—Rio está ocupando uma das salas.
Kyle suspirou. Estava tão nervoso em aproximar-se e pensar em trabalhar na frente de um grupo inteiro de atletas na academia.
—Obrigado. Isto tende a ser muito barulhento, quase todo o tempo.
Matt assentiu e deu a Kyle um simpático sorriso.
—Eu sei que pode ser doloroso, mas vou tratar de não te machucar muito. Nós precisamos que esses músculos se estiquem de novo.
Em sua cadeira de rodas Kyle cruzou a sala vendo toda a equipe.
—Eu tenho um Flexiciser em casa. Eu o uso ao menos vinte minutos por dia.
—Genial. Eu gostaria de vê-lo. Eu ouvi já ouvi falar do equipamento, mas ainda não o vi. Você poderia adicionar dez minutos a mais por dia. Possivelmente possa acelerar as coisas.
—Está bem.
Matt caminhou para a mesa de massagens.
—A primeira coisa que eu quero fazer é iniciar uma sessão de estimulação elétrica nas terminações nervosas. Se você pude subir à mesa eu coloco as almofadinhas. Então nós poderemos começar.
—Está bem. — Kyle subiu à mesa de sua cadeira. Sentou-se na beirada e esperou.
—Quer que eu sente ou deite.
Matt esfregou o queixo.
—Deitado, suponho, ao menos desta vez. Eu quero examinar o seu tom muscular, para determinar a série de exercícios. — Matt colocou o pequeno Kyle de lado. —Você tem um shorts sob suas calças?
—Sim. — Kyle sorriu.
—Depois de tirar suas calças, se deitou de costas e permitiu que Matt examinasse os músculos de suas pernas. Divertido, quando Matt passou suas mãos sobre a pele de Kyle, sentiu a pressão, mas não prazer. Gill o tocava ultimamente e já tinha uma ereção.
—Seu tom é muito bom para alguém que esteve em uma cadeira de rodas, durante vários anos. Alguns pacientes me dizem que eles fazem exercícios, mas eu posso dizer pelo seu tom muscular que mentem. Você não exagerou que está se exercitando. Pode se sentir orgulhoso. Muita gente gostaria de ter pernas como as suas estão agora.
—Eu... um... tem algo que gostaria de lhe dizer. —Deus, isto ia ser embaraçoso. —Outra noite, eu quis mover um músculo e o fiz.
Matt parou e estudou as pernas de Kyle, olhando.
—Sério? Isso é fantástico. Foi o pé?
Kyle mordeu seu lábio inferior e negou com a cabeça.
—Eu estava, uh, fazendo amor.
—Bom, isso reduz um pouco. Foi capaz de sustentar uma ereção?
—Sim. Eu melhorei desde que estou namorando Gill.
—Quer dizer ao Darshawn Gilling? — Matt perguntou assombrado. — Ouvi dizer que vive na cidade. Que é o proprietário do posto de gasolina e da oficina Gill’s, é ele?
—Sim. Nós vamos nos casar. — Kyle disse defensivamente.
Matt levantou suas mãos.
—Sinto muito, não queria que me ouvisse como um perseguidor de estrelas, mas eu cresci vendo-o jogar futebol. Não posso acreditar que vou ser capaz de me encontrar com ele.
Kyle se sentiu estúpido. Matt não estava tratando de lhe tirar seu homem. Somente era um fã, igual a quase todos os meninos da nação, em um momento ou outro.
—Está bem. Suponho que o monstro dos olhos verdes escapou.
Sorrindo, Matt negou com a cabeça.
— Não se preocupe, não estou caçando.
Levantando-se, Matt foi a um carrinho e abriu uma das gavetas. Retornou à mesa com um equipamento e começou a conectar eletrodos.
—Vai doer? — Kyle perguntou.
—Não deveria, pode se sentir estranho a primeira vez, mas será como se fossem seus impulsos. Seus músculos podem contrair-se, esteja preparado para isso.
Uma vez que teve tudo conectado, Matt o olhou nos olhos.
— Está preparado?
—Sim.
Matt virou-se para a pequena máquina a acendendo e Kyle recebeu seu primeiro impulso. Bem, sentia-se como se estivessem lhe golpeando com uma cinta na pele.
—Está tudo bem? — Matt perguntou.
—Sim.
—Então, me fale a respeito de Cattle Valley. Você sabe os melhores lugares para comer e essas coisas.
Kyle sorriu.
—Os melhores rolinhos de canela, você pode encontrar na padaria no Brynn’s, no centro.
—Nate já me encheu dessas sobremesas. Ele diz que a debilidade de Ryan são seus rolinhos de canela.
—Sim, é meu único poder real na cidade. —Kyle brincou.
— La canoa, é para encontros e essas coisas. Divertido, mas sempre tem que cuidar de seu encontro, porque o chef sempre está atrás de uma nova conquista. Se você quiser um bom café da manhã ou comida vá ao Deb’s, ela faz os especiais do dia. Para tomar cerveja depois do trabalho, Brewster’s. Eles geralmente servem petiscos, exceto em dias de futebol que têm um bufê.
Enquanto Matt escutava, apertava suavemente, as pernas de Kyle com suas mãos estudando as contrações musculares.
—O que acontece aqui? — A voz profunda de Gill repentinamente encheu o quarto.
Kyle olhou Matt.
—Hey. Eu estou fazendo minha primeira sessão do tratamento.
—É assim como você chama isto? — Gill perguntou, aproximando-se mais.
Olhando para Matt, Kyle sorriu.
— Não é um jogo sexual. Porque não se aproxima do Matt e vê por si mesmo. — Kyle sabia que teria que dar um ponto de vantagem a Gill, por que parecia que estava nu da cintura para abaixo.
Matt levantou as mãos e foi para o outro lado da mesa.
—Gill, este é Matt. Matt te apresento ao Darshawn Gilling. — Kyle olhou Gill com orgulho em sua cara. —Matt é um enorme fã seu.
—Sério? — Gill perguntou, estava assombrado.
—Bom, sim. — Matt disse. —Eu via seus jogos quando estava na escola preparatória.
—Possivelmente, você não é tão mau, depois de tudo. — Gill tratou de brincar. —Então, este é o tipo que te dará alguns problemas?
Matt olhou abaixo para Kyle e negou com a cabeça.
—Ele está em admirável forma apesar de sua história.
—Eu penso isso. — Gill adicionou. —Ele trabalha duro para isso.
Kyle podia ver que ambos titubeavam por algo que disse, decidiu lhes dar um descanso.
—Então, Matt, já tem onde morar?
—Não, agora estou ficando no apartamento que Sam e Isaac têm em cima da garagem. Espero encontrar uma pequena casa para a primavera.
—Boa sorte. — Gill disse. —Pode ser difícil, quando a gente chega em Cattle Valley, Embora estão sempre fazendo construções em algum lado. Possivelmente tenha sorte.
—Isso eu espero. — Matt murmurou para si mesmo.
—Se estiver desesperado, eu posso alugar meu apartamento em cima da padaria. — Kyle disse.
Gill virou a cabeça para Kyle.
—Sério? Decidiu morar comigo?
—É isso ou me arriscar com o maldito e imprevisível elevador. — Kyle lhe piscou um dos olhos.
Gill juntou suas mãos.
— Fantástico. — Aproximou-se de Kyle e lhe deu um beijo, deslizando a língua o mínimo. —Bom vou deixá-los, tenho que retornar ao trabalho. Verei-te quando terminar, bebê. — Gill estreitou a mão de Matt. “Prazer em conhecê-lo. Possivelmente possa nos acompanhar um dia da semana que vem, para jantar.
—Seria genial. — Matt respondeu.
Kyle olhou Gill afastar-se e voltou-se Matt.
— Sinto, por isto.
—Não há necessidade. Não é a primeira vez que eu lido com amantes ciumentos.
Capítulo quinze
Nate estava com o pessoal na barra de ferro, quando Kyle terminou sua sessão uns dias depois.
—Hey, eu troco uma bomba de creme por um copo de suco de uva.
Sorrindo, Nate olhou ao redor.
—Somente não diga ao chefe.
—Meus lábios estão selados.
Nate deu a volta no balcão e se sentou em uma das cadeiras altas, dando a Kyle sua bebida.
—Então como vai com o Matt?
—Genial. Eu chego tão dolorido todas as noites, que Gill tem que me dar uma massagem de corpo inteiro todas as noites, mas suponho que não lhe incomoda muito. —Kyle levantou seu copo e o levou a sua boca, tomando metade do conteúdo de um gole. —Então, Wyn te perdoou no fim, por enviar os biscoitos para Ezra? Eu não posso acreditar que tenha sido tão estúpido para fechar-se na loja, quando Ezra chegou.
Nate deu um exagerado tremor no corpo todo.
— Estou certo que me perdoou, mas não o vi depois de todo esse incidente. Seu pai morreu repentinamente. Ezra, por outro lado, quase me arranca a cabeça outro dia, quando eu entrava na loja.
Kyle sorriu.
— Finalmente acreditou em você? Acredito que me disse que quando tratou de acalmá-lo te chamou de mentiroso? — Kyle terminou seu suco e deu o copo vazio ao Nate.
—Eu acho que ele não acredita que o fiz, pensa que eu sei quem é o admirador secreto e estou ocultando.
—Oh. — Kyle virou os olhos. Olho ao redor da sala, antes de voltar-se ao Nate.
—O lugar está lotado ultimamente.
—Sim, todos os homens de negócios vêm durante sua hora de almoço.
—É? — Kyle assinalou para um homem de média idade que trabalha suas pernas, com pesos.
—Sim, Asa Montgomery. Ele não deixa de fazer exercícios, desde que nós contratamos ao Mario.
Kyle viu o rico homem da cidade com o novo treinador da academia.
—Estrada de dois caminhos?
Nate encolheu os ombros.
—Se for, Mario esconde muito bem. Esteve se enganchado com o Eric ultimamente.
—Eu espero que avisasse ao Mario a respeito de que Eric é um jogador. — ele disse, vendo como Mario ajudava a Pam Gleeson.
—Não há necessidade. Parece que eles já se conhecem há anos. Foi Eric quem o indicou para o trabalho.
—Hum. — Kyle murmurou. —Interessante.
—Mario diz que ele sozinho fode seu corpo, quando eu perguntei.
O telefone de Kyle começou a tocar, chamando a atenção da sala cheia de gente.
—Sinto muito, geralmente desligo quando entro. — Kyle olhou a tela. —Hey, você.
—Olá bebê. Como vai sua sessão?
—Bem. Eu estou tomando um suco e conversando com o Nate. O que aconteceu?
—Eu arrumei o elevador, mas não quero que o use quando chegar. Nós planejamos arrumar as malas mais tarde?
— Sim. Eu tenho que ir ao supermercado pegar umas caixas.
—Me chame quando chegar a sua casa e eu te subo pelas escadas.
—Obrigado, eu te amo.
—Eu te amo mais.
Kyle pendurou e deu um tapa no Nate no braço.
—Deixe de me olhar dessa forma.
—É lindo, não posso evitá-lo.
Empacotando todas suas coisas, Kyle olhou para Gill.
—Penso que Matt pode mudar-se para cá. Suponho que está tendo problemas onde está.
Gill estava sentado desmontando a máquina de pesos.
—Porque diz isso?
Kyle encolheu seus ombros.
—Somente por pequenas coisas. Eu penso que se sente atraído por um ou ambos de nossos médicos.
—Oh, isto é o melhor de tudo, no momento. — Gill ficou sobre suas mãos e joelhos e deu um beijo em Kyle.
—Isso não é algo bom. Matt é um bom menino. Sabe que Isaac e Sam sempre estiveram juntos. Mas não pode evitar de sentir-se atraído.
Gill se sentia confuso.
—E isso é errado?
Sorrindo, Kyle envolveu o pescoço de Gill em seus braços e o devorou com outro beijo.
— Não. Eu não estou falando a respeito de nós, somente do amor em geral.
—Amor? Quem diz que Matt está apaixonado? Possivelmente só quer saltar nos ossos do “lobo prateado”.
— Porém, quando está relaxado e fala a respeito disso... Bom, não se ouve como se fosse somente uma atração física.
—Matt é jovem. Tem muito tempo para encontrar seu próprio homem. — Gill roçou sua bochecha contra a braguilha de Kyle.
Quando Gill começou a baixar o zíper, Kyle pôs uma mão na cabeça de Gill.
—O que está fazendo?
—O que pensa que estou fazendo? — Gill liberou o duro pênis de Kyle.
—Tratando de me distrair, antes de terminar o trabalho. — Seus olhos reviraram com úmida língua de Gill.
—Tanto trabalho e nada de diversão fazem ao Gill um homem muito infeliz. — Gill deslizou a ereção de Kyle dentro de sua boca tão profundamente quanto pôde.
—Oh, não pode fazer isso. —Kyle murmurou, empurrando seus quadris.
O que? Empurrando seus quadris?
—Gill?
—Sim, bebê, eu senti isso. — Gill disse, saindo de seu pênis. —Isso foi involuntário?
—Não, sim, eu não sei. Eu pensava em mover meu corpo e se moveu. Tenho que chamar o Matt.
—Não neste segundo. — Gill negou com sua cabeça e engoliu uma vez mais o pênis de Kyle. Acariciando as bolas com uma mão e tratando de baixar os jeans de Kyle com a outra. Finalmente levantou Kyle de sua cadeira.
Trabalhando para lhe tirar as calças, Gill circulou o buraco de Kyle com seu dedo.
—Guardado. — Gill disse com a boca cheia com o pênis de Kyle.
—O que?
Gill liberou e olhou os olhos de Kyle.
—Guardado, o tubo de lubrificante?
Rindo, Kyle negou com a cabeça.
—Isso ainda está no mesmo lugar. Senti que algo assim poderia acontecer.
Gill abraçou ao Kyle, já que ambos estavam no chão. Uma vez que ambos se levantaram e colocou Kyle sobre o colchão, pegou seus jeans e o lubrificante.
— Vamos bebê, rápido e sujo.
—Sim. — Kyle gemeu, acariciando seu pênis enquanto observava a Gill aplicar o lubrificante em seu pênis.
—Você está mais flexível agora? Acredita que se colocar suas pernas sobre meus braços, vai te machucar?
—Oh, Deus, não se preocupe em me machucar, só me fode.
Gill enganchou as pernas em seus braços, até que Kyle estava totalmente exposto. Sentia seus músculos apertados e incômodos, mas esqueceria tudo uma vez que Gill estivesse dentro de.
—Você está bem?
—Sim, sim, por favor, necessito-te.
Kyle sentiu a larga cabeça de seu pênis entrar em seu buraco, e esqueceu de suas pernas, como imaginava. Enterrado até a raiz, Gill deu vários empurrões rápidos antes de fixar-se em um ritmo faminto.
Sentia seu corpo estirar-se e abrir-se a seu amor como nada neste mundo. Kyle sabia que se morresse agora seria um homem feliz, e poderia ter isto pelos próximos cinqüenta ou sessenta anos.
— Eu te amo. — ele disse.
Gill grunhiu e assentiu com sua cabeça. Kyle levantou a camiseta de Gill e passou sua mão pelo abdômen de “tanquinho” de seu homem sexy. Não era capaz de alcançá-lo o bastante, estando unido ao corpo de Gill por seu pênis.
—Sim, sinto-te dentro de mim.
Kyle sentiu seu estirado buraco com seus dedos, O corpo humano é assombroso. Suas ações pareceram acender até mais a Gill, que começou a falar sujo enquanto golpeava o buraco de Kyle.
—Eu amo foder seu traseiro. Isso é um fato para meu pênis.
Sim, era, pensou Kyle e envolveu seus dedos ao redor de seu próprio pênis. Apertava a sensível pele acima da coroa e sentiu seu eixo saltar de prazer. OH, diabos. Começou a masturbar-se mais rápido.
— Agora, Gill! — Kyle gritou uns segundos antes de sua mão ser coberta com o jorro de seu sêmen.
Nunca tinha sido capaz de explicar como se sentia ao recuperar uma capacidade tão básica, como gozar.
Gill arqueou suas costas e gritou, quando chego ao seu próprio clímax. Kyle via a cara de seu próprio amante contorcendo-se com desenfreado prazer. Isso que Gill fazia, Kyle seguia sem poder acreditar.
Liberando as pernas de Kyle, Gill se acomodou brandamente na beirada do colchão quase tocando o piso. Kyle devorou Gill ao lado dele na cama.
—Eu gosto dessa posição. — murmurou ao Gill contra sua têmpora.
—Mmm, humm. — Gill balbuciou quase dormido.
—Tomamos um cochilo antes de ir para sua casa?
— Mmm humm. — Gill conseguiu dizer, um segundo antes de começar a ouvir os primeiros roncos.
Abraçou a seu homem.
—Espero que as coisas nunca mudem. Assim, espero. — ele adicionou com um sorriso.
Epilogo
Três meses depois…
—Vamos seu cabelo está bom. — Kevin gritava a seu irmão.
—Deixe de me apressar, temos tempo. Somente se casa uma vez e quero olhar melhor. —Kyle disse, determinado que cada fio de cabelo estivesse no lugar correto.
—Eu estou com sua jaqueta, vamos.
Bufando, Kyle se afastou do espelho e dirigiu sua cadeira de rodas para porta. Estava ainda um pouco zangado de que sua família tivesse insistido que ficasse com eles, em lugar de passar a noite com Gill. Agora parecia um estúpido nervoso, ter Gill a seu redor sempre o acalmava.
Subindo a rampa em sua cadeira se dirigiu ao carro alugado de seu papai.
—Está pronto, filho?
—Mas do que pronto. — Kyle respondeu.
Gill estava recebendo os convidados que começavam a encher as cadeiras ao redor do mirante. Sua mamãe e sua irmã menor estavam na fila da frente, ambas se viam extremamente felizes. Elas tinham conhecido Kyle na noite anterior e imediatamente o adotaram. Quem poderia as culpar, Gill pensava. Kyle era encantador e Gill não podia estar mais apaixonado, como se sozinhos se bastassem.
Notou que Hal acenava que Kyle e sua família estavam chegando. Finalmente. Gill não queria nada mais do que ver Kyle. A noite anterior tinha sido um inferno. Era difícil de acreditar que depois de toda uma vida de solteiro, e somente três meses compartilhando a cama com Kyle, não pudesse dormir sozinho.
Gill revisou os bolsos de seu terno, assegurando-se que as passagens estivessem ali. Seu presente de bodas, Gill teria a seu homem sob o sol de Maui. Eles passariam dez dias deitados na praia enquanto tomavam suas bebidas com sombrinhas.
—Está pronto? — Hal disse em sua orelha, enquanto o último dos convidados tomava assento.
—Não tem nem idéia. — Gill sorriu e caminho para frente do corredor, acomodando-se para esperar pelo Kyle. Eles tinha decidido fazer as coisas um pouco diferente. Em lugar de esperá-lo no mirante, Gill e Kyle tinham decidido caminhar juntos pelo corredor.
Gill riu ao recordar da discussão de Kyle com sua mãe sobre a decoração da cadeira de rodas. Kyle tinha batido o pé, enquanto falava com sua mãe, lhe recordando uma vez mais, que não era uma maldita noiva que precisasse estar cheia de adornos.
O tratamento de Kyle ia muito bem, mas ainda necessitava da cadeira de rodas. Gill lhe tinha sugerido ao Kyle a opção de fazerem as bodas, até que pudesse caminhar, mas Kyle tinha negado a oferta. Argumentando que uma cadeira de rodas não ia arruinar seu dia.
Gill tomou seu lugar ao lado de Kyle e murmurou em sua orelha.
—Toda esta gente que está no casamento, está pronta para me pendurar em uma árvore se eu o tratar mal, de alguma forma.
—Você diz coisas muito doces. — Kyle disse, piscando seus largos cílios loiros.
Quando a música começou e o Reverendo Sharp tomou seu lugar no mirante, Kevin ficou de pé levantando-se e pegando o andador. Confuso, Gill olhou Kyle.
—O que acontece?
Kyle sorriu e tomou o andador de seu irmão.
—Seu presente de bodas. — Apoiando-se nas barras cromadas, Kyle lentamente ficou de pé.
Depois que Kevin retirou a cadeira, Kyle olhou para Gill.
—Posso fazer isso, mas sou muito lento.
—Não há problema. —Gill disse, abraçando protetoramente a cintura de Kyle. —Você está bem?
Kyle assentiu e deu seu primeiro passo. Gill segurava a respiração, enquanto eles continuavam cruzando o corredor. Ele ficou impressionado com a sua emoção que quase não podia deter as lagrimas, que alagavam seus olhos. Ele olhava ao redor a seus familiares e amigos. Esperava que não pensassem que era um fraco total. O que viu enquanto caminhava, era o mesmo assombro e emoção que brilhavam nos seus olhos. Kyle Brynn era um diabo de homem.
Quando chegaram ao mirante, os braços de Kyle estava tremendo.
—Precisa de sua cadeira? — Gill perguntou.
—Não, mas se começar a cair, você me sustenta.
—Sempre. — Gill disse com um nó em sua garganta.
Carol Lyne
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