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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


DOCE TENTAÇÃO / Maya Banks
DOCE TENTAÇÃO / Maya Banks

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

DOCE TENTAÇÃO

 

Angelina Moyano via de longe enquanto Micah Hudson ficava sobre as duas lápides no pequeno cemitério. Estudou-o por trás de uma grande árvore de carvalho, com as mãos pequenas segurando a casca áspera. Era sempre assim. Ao amanhecer, vinha honrar a memória deles. Assim como fazia todos os anos.

Os raios do sol mal se espreitavam ao longo do horizonte, mas a umidade da Flórida já estava grossa e pesada, cada respiração era uma luta contra o calor sufocante. Olhou sobre o ombro, amaldiçoando sua paranóia de que estava sendo seguida, mas não podia se dar ao luxo de arriscar. Não vendo nada, ela voltou sua atenção para Micah.

Ele ajoelhou-se no túmulo de Hannah e cuidadosamente pousou uma única rosa amarela, sua preferida, logo abaixo da laje de mármore que marcava a sua morte. Beijou o polegar e o cume do seu dedo indicador, em seguida, colocou a mão sobre a terra plana.

Angelina prendeu a respiração. Era diferente este ano. Antes sempre ficava lá olhando tão assombrado, os olhos cheios de tristeza e arrependimento. Este ano... Este ano, parecia estar dizendo adeus.

Seus olhos encheram de lágrimas quando ele virou ao túmulo de David e extraiu um rosário simples do bolso. Beijou as contas e, em seguida, colocou-os na lápide de seu irmão.

A tristeza formou um nó em sua garganta. Ela sentia falta deles também. Sentia falta de Micah, mas ele estava tão perdido para ela como David e Hannah. Talvez agora ele estivesse pronto. Pronto para deixar ir. Já tinha lamentado por bastante tempo. Ela também já lamentou o suficiente.

Ele se levantou, enfiando as mãos nos bolsos. Por um longo momento, simplesmente ficou ali enquanto a luz do amanhecer crescia um pouco mais brilhante.

Calor inundou o local onde Micah estava e Angelina tomou isso como um sinal de que era hora de ir.

“Eu amo você,” ela sussurrou, deixando o vento levar suas palavras para longe.

Quando ele finalmente se virou e caminhou de volta para o caminhão, ela esperou apenas o tempo suficiente para que não pudesse ser vista, antes que disparasse de volta para seu carro. Ela teria que se apressar se quisesse chegar a Twilight antes dele.

Era aonde ele sempre ia depois que prestava sua homenagem a sua ex mulher e David, seu melhor amigo. Somente Angelina compreendia a necessidade que o dirigia. Só ela entendia sua dor, conhecia seus demônios particulares. Iria ajudá-lo, porque não podia fazer mais nada.

Ela o amava há muito tempo. Talvez agora ele pudesse finalmente amá-la de volta.

Tomou o caminho mais curto para o clube e parou na parte detrás do estacionamento, dez minutos, mais tarde. Apesar de o clube operar vinte e quatro horas por dia, nesta hora da manhã era geralmente vazio, e sabia que era uma das razões de Micah sempre escolher este momento para vir.

Agarrando a bolsa, correu para dentro da entrada de funcionários e conferiu com Rose, que se encarregava da porta da frente.

“Estou aqui, Rose. Me dê um minuto para trocar de roupa. Se ele chegar aqui, coloque-o em um quarto.”

“Ei, querida. Vejo-o subindo agora, então vá para trás para que ele não a veja.”

“Obrigado, Mama Rose.” Jogou um beijo para a mulher mais velha e correu para o quarto de vestir.

Ela não se vestiria com extravagancia. Nenhum couro, nenhuma bota de salto alto. Não, apenas a máscara que protegia sua identidade, estava com calça jeans preta e uma camisa de manga comprida preta. Seus cabelos longos e escuros estavam presos em uma trança, e enfiados para baixo de sua camisa. Ela estava tão indefinivel, quando terminou.

O último item era a máscara de couro que cobria do pescoço para cima. Apenas seus olhos eram visíveis, e se misturavam com o couro escuro, escuro, quase preto.

David a teria matado se estivesse vivo. Ele e Hannah ficariam horrorizados que a pequena irmã de David, era para todos os efeitos práticos, a filha substituta de uma mulher que possuia um dos clubes de bondage mais bem sucedidos de Miami.

Micah olharia para ela com aqueles olhos escuros e perguntaria que merda uma menina como ela estava fazendo em um lugar como este.

E tudo era por causa dele.

Uma batida suave na porta a teve virando enquanto Mama Rose enfiava a cabeça para dentro.

“Ele está pronto para você.”

Angelina assentiu e saiu pela porta e caminhou corredor abaixo para um dos quartos de açoites. Quando entrou, prendeu a respiração com tanta força que o peito doeu.

Sua reação para ele nunca esmaecia. A visão de um poderoso homem de pé, orgulhoso, no meio do quarto, nu da cintura para cima, com as mãos acima dele, amarrado a um separador . Ele era absolutamente magnífico.

Em outro homem, sua pose poderia parecer de submissão. Fraco. Só que ela o conhecia melhor.

Sob a superfície aparentemente tranquila, havia um homem que fervilhava de emoções. Escuro e fervendo. E ela chamaria isto para a superfície.

Sua cabeça levantou-se quando ouviu os passos dela. Havia uma vulnerabilidade em seus olhos que ela não tinha visto no passado. Como se a emoção que borbulhava estivesse muito mais próxima da superfície. Antes mantinha tudo enterrado, só liberando-a com sua dor.

Nem todo mundo iria entender suas necessidades. Mas ela entendia. Ah, como entendia. Iria libertá-lo. Daria a ele o que precisava.

“Eu preciso... Não vá fácil,” disse ele em voz baixa.

Ela acenou com a aceitação do seu pedido. Entendia a sua necessidade para este tipo de dor. Eram mais parecidos do que ele jamais saberia.

Desenrolou o chicote e deixou a ponta cair no chão quando circulou por trás dele. Tanta beleza. Suas costas eram largas, cintura magra e estreita. Os músculos estavam tensos e agrupados entre as omoplatas como se tivesse preparado para o ataque.

Quanto tempo ela havia praticado, incansavelmente aperfeiçoando seu método, de modo que nunca fosse desapontá-lo. Ele estava seguro em suas mãos.

A primeira chicotada aterrissou contra a pele com um estalo ensurdecedor. Ele empurrou, mas logo se endireitou e ficou imóvel, esperando a próxima. Ela lançou o pulso novamente, exercendo apenas a quantidade certa de força, e colocou uma faixa em frente idêntica à primeira.

Obrigou-se a relaxar, para não permitir que a emoção jorrasse em borbulhas. Calma e metodicamente, ela estalou de volta com o chicote, vendo como ele pulou e curvou sob o chicote.

O suor reluzia em suas costas, o cabelo úmido, caia em cachos avançando sobre seu pescoço.

Ainda assim, ela continuou, sentindo que ele precisava de mais. Listrou um lado depois o outro, trabalhando num caminho até à cintura.

Quando fez seu caminho de volta para cima, o sangue das costas brilhava na luz baixa. Finalmente.

Libertação. Levemente, como um beijo de amante, ela sussurrou o chicote nos ombros até que eles estavam escorregadios com o sangue.

Foi como fazer um corte em uma ferida supurada. O alívio era profundo, quando a pressão — e dor — escapou do caldeirão fervendo. Suas mãos fecharam em suas contenções, flexionando os pulsos quando ele levantou a cabeça, olhando para cima como se estivesse buscando redenção.

Com cada golpe, ela derramou-lhe seu amor. Teria parecido estranho para alguém que não entendia. Uma saída inaceitável para muitos. Mas este era o seu caminho.

Ela aceitava, como aceitava ele.

Um suspiro escapou-lhe, o único som que ele fez o tempo todo. Seus ombros encolheram, e ela soube que era o suficiente. Deixou cair o chicote e caminhou ao redor para encará-lo.

Seus olhos estavam fechados, mas seu rosto estava listrado com lágrimas. Seus próprios olhos nublaram com umidade. Ele nunca havia chorado por eles. Nem no funeral. Nem nos túmulos. Nem depois, quando tinha ido a sua casa. E então ele simplesmente desapareceu, lidando com como sempre fez em sua vida. Sozinho.

Ela sofria por não poder segurá-lo, e lhe dizer que estava tudo bem, que Hannah e David o amavam também.

Que ela o amava. Que não precisava ficar mais sozinho.

Em vez disso, ela adiantou-se e cobriu o rosto com amor em suas mãos. Deu um beijo na testa e sussurrou em voz rouca, que ele nunca reconheceria: “Vaya en paz.”

Vai em paz.

Quando se afastou, ele olhou para ela com olhos vidrados, desfocados. Outra lágrima deslizou por sua bochecha, marcando uma trilha em seu rosto.

“Obrigado,” disse ele numa voz rouca.

Ela simplesmente assentiu com a cabeça, sabendo que mesmo se ousasse, não teria sido capaz de falar com o nó em sua garganta. Ela beijou o eixo do chicote e colocou-o cuidadosamente em seus pés.

Saiu da sala com as pernas trêmulas, sabendo que Mama Rose esperava para livrar Micah e atendê-lo no que fosse necessário. Também sabia que ele ia recusar as atenções da mulher mais velha e estaria indo em poucos minutos.

Ela tirou sua máscara, pela última vez. Era tudo o que podia fazer para não correr de volta pelo corredor e jogar seus braços ao redor dele, implorando para levá-la junto. Deixando-o ir incutido em sua dor feroz. Porque desta vez ele não voltaria. Com essa constatação, sabia que era agora ou nunca para ela. Tinha dado a Micah o tempo que precisava para se curar. Agora, era a vez de ir até ele. Mostrar-lhe que estava tudo bem amar novamente.

Ele não voltaria para Miami, mas não havia nada que a impedisse de ir a Houston. Tinha que ir. Não podia ficar aqui. Não era seguro, e Micah era tudo que tinha para onde correr.

 

HOUSTON, TEXAS

Ele não a viu imediatamente. Sua visão por ela foi obscurecida pela típica mistura eclética das aventuras do sexo. Atividade normal num sábado à noite na A Casa. A sala comum, onde as pessoas se reuniam para jogar e agir sobre as suas fantasias estava tão viva com os sons e cheiros do sexo.

Micah Hudson passeou mais para dentro da sala, o olhar observando a mistura erótica de carne.

Atingiu-lhe — quando parou para olhar uma mulher bonita tendo prazer com outra mulher igualmente bonita — ele estava entediado. Inquieto. Até mesmo cauteloso.

Sua concentração deixou o par, quando ouviu a batida inconfundível de pele contra pele e um som ofegante de prazer que se levantou e zumbiu em torno de suas orelhas. Acenando para ele.

Onde?

Então a viu. Pequena, curvilinea e marcante. Seu corpo nu brilhava na luz suave, a pele marrom, suave e cremosa, insinuando uma herança hispânica. Seu cabelo caia em uma cascata sobre os ombros, separado abaixo da espinha pelo deslizar de um chicote quando encontrou sua carne novamente.

Ele não podia ver seu rosto, e de repente queria muito. Seus olhos estavam fechados em êxtase, o rosto suave e quente, com prazer?

Suas nádegas arredondadas agitavam um pouco quando o seu corpo balançava no aperto do chicote. Seus pés se moviam, arqueando e, então, abaixavam como se estivesse preparando. Era muito mais como uma dança, seu ritmo inebriante e erótico.

Acima de sua cabeça, as mãos estavam flexionadas e apertadas contra a corda que segurava seus pulsos cativos. Sua pele ondulava sobre as omoplatas quando imergia fazendo um buraco pequeno. Então relaxava novamente, e seu gemido baixo zumbia novamente para ele.

Linda. Ela era fodidamente bonita.

Desejo sussurrou em suas veias, ganhando força, se movendo mais rápido, surgindo por sua virilha. Seu pau apertou dolorosamente, e se mexeu para aliviar a tensão desconfortável.

Não sendo mais capaz de ficar observando de longe, caminhou para frente, trabalhando o seu caminho através da multidão. Ficou perto das pessoas assistindo o açoitamento. Circulou para que pudesse ver seu perfil.

Decepção atravessou em seu peito quando viu a meia máscara cobrindo seus olhos.

Seu olhar viajou sobre os lábios, deliciosos, carnudos, perfeitamente curvados e pintados com batom. Separaram novamente quando outro sensual suspiro escapou de sua garganta.

Ele já não podia ouvir a batida de couro ou a conversa em torno dele. Os sons dos outros ocupantes cairam por terra e tudo o que podia ouvir era ela.

Seus seios, elevados e firmes, menores do que normalmente gostava, balançavam quando recebia outro golpe. Os mamilos, marrons, mais escuros que a pele dela, eretos e enrugados, com aparência suave... Que gosto tinham? Como se sentiriam em sua boca? Entre os dedos?

Seus dedos enrolaram. Ele podia sentir o peso leve dos globos em suas mãos, tão certo como se estivesse na frente dela, medindo o seu tamanho com as mãos.

Ela tinha uma forma perfeita de ampulheta, seus quadris ligeiramente maiores que sua cintura, barriga plana, chamando atenção para os cachos suaves entre as coxas. Eram escuros, como a queda de cabelo derramando sobre os ombros, e protegendo sua feminilidade, não revelando nada do que estava por baixo.

Mas poderia imaginar. Ah, sim, podia sentir seu calor úmido, quando ele separasse as dobras tenras e mergulhasse para além dos cachos sedosos. Golpearia um dedo acima de seu clitóris e depois trilharia mais baixo ao seu centro, apunhalando dentro, sentindo o fecho de sua boceta chupar mais fundo.

Jesus. O suor escorria da testa, e seu pau inchou e ficou tenso contra o seu zíper.

E ela fez isso por ele? Não era como se não visse mulheres na A Casa o tempo todo. Era o mistério? Foi a sua beleza que o prendeu? Ou talvez fosse o jeito que arqueava e inclinava seu corpo, buscando o beijo do chicote mesmo quando recuava para longe.

Ela estava dentro disso de uma maneira grande. Profunda. Seus olhos estavam fechados, mas tinha certeza que eram escuros como o resto dela. Aqueles lábios suntuosos enrugados, se separando, abrindo e fechando. Fazia os mais deliciosos barulhos, despertando, e ele não era o único afetado.

Outros homens observavam, paralisados pela mesma visão que Micah tinha. Luxuria brilhava em seus olhos.

Eles a queriam, assim como ele.

Oh, sim, assim como ele.

Começou a avançar novamente, sua concentração toda sobre ela, sobre o homem que a fazia se contorcer sob o chicote.

Cole olhou para cima quando Micah se aproximou, e fez uma pausa, chicote erguido no ar. Então, como se sentisse a sua abordagem, a mulher virou a cabeça e abriu os olhos.

Calor líquido explodiu em seu corpo. Seus olhos eram tão expressivos, tão brilhantes com paixão, e ela não desviou o olhar quando os seus olhares colidiram. Poderia se afogar nessas piscinas escuras.

Seus lábios tremeram, e por um momento ele sentiu a profunda vulnerabilidade, um fato que o fez de repente ferozmente possessivo.

Não, não conseguia desviar o olhar mais do que podia, e esperou pelo o que procurava.

Aceitação.

Sua pequena língua rosa sacudiu para fora, lambendo acima dos lábios, de repente, em um movimento súbito, quase nervoso, e então ela acenou com a cabeça, disparando a necessidade em seus olhos.

Cole estendeu a mão para tocar seu ombro, e Micah fez de tudo para não reagir violentamente. Não queria Cole — ou qualquer outra pessoa — tocando-a. Era sua por este momento.

“Você tem certeza?” Cole disse em voz baixa, para que só ela e Micah pudessem ouvir.

Os olhos piscaram, e ela se virou rapidamente para olhar Cole. Novamente concordou, e seus olhos brilharam quando fixou a sua atenção em Micah.

Aqueles lábios. Deus, que lábios. Estava morrendo de vontade de prová-los, e de repente ele sabia que tinha que fazer.

Mesmo quando pegou o chicote que Cole estendia, adiantou-se, seus movimentos eram bruscos e urgentes.

Colocou a mão no queixo, deslizou os dedos sobre a suavidade do seu rosto, em seguida, inclinou sobre os lábios dela e tomou-os avidamente.

Ele engoliu seu suspiro. Seu gosto explodiu em sua língua enquanto explorava sobre sua boca, dentro, acariciando profundamente. Doce. Quente. Suave como uma mulher devia provar.

Sua língua encontrou a dele, tomando o gosto dele corajosamente em troca. Quente e úmida, eles duelaram, nenhum recuou. Uma corrente elétrica correu pela espinha acima, ricocheteando na base de seu crânio, chiando mais terminações nervosas, como um relâmpago.

Sedento por ar arrancou-se afastando, sua respiração veio rapidamente, inchando suas calças. Olhou para ele com admiração balançando contra os laços, que seguravam suas mãos.

Deu um passo para trás e circulou devagar até que olhou para a coluna fina de sua coluna vertebral.

“Dance para mim.”

O chicote desenrolou e depois tornou-se vivo, subindo e pousando com um estalo. Um brilho rosa em sua pele, e seu gemido erótico pairava doce e excitante.

A sala em silêncio, seus gritos suaves ficaram mais altos, mais frequentes. Gemidos. Suspiros. Uma mulher à beira do clímax.

Cativou-o. Hipnotizado pela visão de sua reação ao seu chicote, seu toque, seu comando, ela o excitava em um nível primitivo. Tocava em lugares que não sentira calor em um longo tempo.

Ele não entendia isso, mas se agarrou a isso como um homem faminto.

O chicote envergava e batia, silvando e aterrissando, crescendo vergões em sua pele. Ela levantou-se na ponta dos pés, esticando seu corpo mesmo quando arqueava as costas, esperando, querendo outro açoite.

Os músculos nos braços delgados ondulavam, e seus dedos alargavam para fora, esticando e enrolando em seus punhos de novo. Mais rápido, ela se mexia ao mesmo tempo em que os golpes, dançando um ritmo erótico. Correndo para a libertação. Micah observava fascinado enquanto trabalhava em um frenesi aquecido.

A última chicotada caiu com um grito de êxtase doce dentro dela. O som era primitivo e belo, e incutiu uma dor no estômago, que se estendeu por suas bolas. Ele estava dolorosamente ereto, o pênis saliente contra o zíper de sua calça jeans. Queria nada mais do que empurrar suas calças para baixo e enterrar seu pênis entre as bochechas da bunda dela. Queria sua bunda, sua boceta, a boca. Queria aquela mulher.

Não sendo mais capaz de manter-se de tocá-la, correu os dedos sobre os vergões finos cruzando suas costas. Ela gemia baixinho, inclinando-se para a sua carícia. Ele alisou as palmas por cima de suas costas e em seguida, por seus braços e abaixo ao seu lado.

Querendo olhar em seus olhos, vê-la novamente, caminhou em volta dela, deixando o rastro de sua mão sobre a pele até os dedos repousarem sobre sua barriga e estava em cima dela.

“Olhe para mim,” disse ele com voz rouca.

Ergueu a mão ao queixo, inclinou para que seu olhar encontrar o seu.

“Você é tão bonita.”

Seus lábios curvaram para cima em um sorriso trêmulo, e traçou a plenitude do seu lábio inferior com o polegar.

Baixou a cabeça para ela, suas bocas se tocando. Fez uma pausa, levando-o mais lento dessa vez, querendo saborear sua doçura.

“Quero você. Quero tanto que está me matando.”

Sua voz era rouca e necessitada, mas ele não se importava. Só sabia que se não tivesse essa mulher, ficaria louco.

Desatou suas mãos, e quando estavam livres, ela hesitou, dobrando os joelhos. Pegou-a colando ao seu corpo, seu corpo derretendo contra o seu. Sentia-se tão bem, e seu zíper estava tentando marcar uma tatuagem permanente no seu pênis.

Querendo sentir a seda de seu cabelo, arrastou a sua mão através dela, curtindo a sensação de correr por entre os dedos.

“Você vem para casa comigo?” Ele murmurou.

Seus lábios estavam a apenas alguns centímetros dos dela. Sua respiração soprou em seu rosto, e ele inalou.

Olhou para ele, o desejo aquecido em seus olhos.

Ele enfiou um longo fio de seu cabelo atrás da orelha e seu dedo polegar para tirar a máscara.

Queria vê-la, queria saber mais sobre esta mulher que estava determinado a possuir esta noite.

Ela soltou um protesto afiado e levantou as mãos para agarrar a sua, o tempo todo balançando a cabeça em negação muda. Tentou desviar, mas a máscara deslizou, ficando em seu cabelo.

Um som estrangulado irrompeu de sua garganta e ela rapidamente se afastou, mas não antes, de ver seu rosto.

Choque bateu esvaziando suas bolas.

Ele ia ficar doente.

Angel. Irmã de David.

Querido Deus, o que ele tinha feito?

Ela olhou para ele, congelada, com os olhos arregalados e quase assustada. A bela mulher nua em pé a frente dele foi rapidamente substituída por imagens de Angelina aos dezesseis anos.

Inocente, com um deslumbrante sorriso de flerte, do tipo que uma criança usava quando achava que o mundo seria dela em uma bandeja de prata. Ele não pôde imaginar uma imagem sua mais velha. Ela estava presa como aquela garota de dezesseis anos de idade. Quantos anos tinha agora de qualquer maneira?

Irmã de David. Maldição.

Furia rapidamente substituíu sua descrença absoluta.

“Angelina, que porra é essa?”

 

Micah agarrou os ombros de Angelina e a puxou para perto dele tentando protegê-la da visão dos outros, mas isso era quase impossível com uma sala cheia de pessoas e ela revelendo sua bunda, nua.

Ele virou sua cabeça ao redor, procurando alguma coisa — qualquer coisa — para cobri-la.

“Maldição, onde estão suas roupas?”

“Micah pare,” protestou ela.

O choque de ouvi-la falar momentaneamente o deteve. A fala acentuada lembrava muito a David. Sua voz era mais rouca do que quando era mais jovem. Mais sexy. Foda!

Ele balançou a cabeça e recomeçou sua busca, seu olhar fixou sobre um lençol descartado de uma das camas. Daria.

Arrastando-a com ele, caminhou até arrancar o lençol do chão. Colocou sobre os ombros e, em seguida envolveu por completo ao seu redor, segurando as pontas enquanto olhava para uma rota de fuga.

“Micah, pare! O que você está fazendo?”

Havia uma centelha de raiva em seus olhos castanhos, mas ignorou isso. Poderia estar chateada tudo o que queria, mas estava levando-a fora daqui.

Agora que ela estava pelo menos coberta, ele a carregava ao longo da extremidade da sala em direção à porta. Entraram no corredor que levava à escada, e ele continuava a arrasta-la escada abaixo e no corredor que conduzia à entrada principal.

“Onde você está me levando?” Perguntou ela.

Existia confiança em seu tom de voz, e isso o irritou mais do que encontrá-la aqui. Tinha acabado de açoita-la, visto-a nua, desejado mais... A tocado. Pelo amor de Deus. Isso nunca deveria ter acontecido. Odiava a si mesmo, mas estava furioso com ela. Não deveria estar aqui. Não deveria nem conhecer lugares como este.

“Fora daqui,” disse rispidamente. “Nem mais uma palavra até que eu te leve para casa. Juro Angelina, não sei o que diabos você pensou que estava fazendo, mas acaba aqui, agora.”

Um dos homens de segurança forte de Damon ficou na frente da porta e cruzou os braços sobre o peito musculoso, enquanto olhava agressivamente em Micah.

“Porra, Mav, saia do caminho,” Micah jurou.

“Micah, o que diabos você está fazendo?”

Micah se virou para ver seu bom amigo e dono da A Casa, Damon Roche, caminhando pelo corredor de seu escritório. Ele suspirou, irritado com a interrupção. Manteve um aperto firme no braço de Angelina enquanto esperava por Damon dizer o seu discurso.

“Bem?” Damon perguntou quando parou a poucos metros de distância. Seus olhos estavam apertados, a expressão de Damon era de aborrecimento clássico, mas não disse mais nada. Simplesmente alfinetou a Micah com um olhar expectante e esperou.

“Bem, foda o quê?”

Damon fez um movimento em direção a Angelina, e Micah puxou de volta. O lençol deslizou sobre seus ombros, mas ela segurou as pontas firmemente em torno de seus seios. Seu cabelo estava puxado para baixo e caía de um lado, e Micah pôde ver as marcas — suas marcas — em suas costas, e o nó foi crescendo em seu intestino.

Ele puxou o lençol para cima, cobrindo a extensão nua de sua pele como se isso fosse de alguma forma apagar o que tinha acontecido minutos atrás.

“Você quer me dizer o que diabos você está fazendo?” Damon perguntou “Jesus Cristo, Micah, você perdeu sua mente? Solte-a. Agora.”

Micah fez uma careta ao desafio na voz de Damon. Mav deu um passo à frente e estendeu a mão para Angelina. Não importava que Damon e Mav estivessem obviamente tentando proteger Angelina.

“Maldição, ninguém a toca.”

Mav olhou para Damon em busca de orientação, e Damon levantou a mão para parar o segurança.

“Você não pode vir aqui, pegar um dos membros do meu clube — inferno, você não pode puxar essa merda aqui com qualquer um, membro ou não — e arrastá-la para fora daqui contra a sua vontade. O que estará vindo depois, Micah?”

 

Micah olhou para Angelina e perguntou por que infernos ela estava tão quieta. Não tinha dito muito mais do que algumas palavras. Ele não conseguia sequer invocar culpa sobre a noção de que ela não estava disposta. Com certeza não tinha sido relutante quando tinha dado a ele o convite sensual com aqueles profundos olhos castanhos. Cristo. A tinha chicoteado. Ele queria vomitar.

“Esta é uma questão privada entre mim e Angelina,” disse Micah.

“Não vou deixar você sair daqui com ela,” Damon disse calmamente.

Angelina colocou a mão no braço de Damon. Parecia pequena e delicada, em comparação, a todas que Micah conseguia, pensar que aquelas mãos tinham sido amarradas enquanto marcava o seu corpo nu.

“Está tudo bem, Damon,” disse ela em voz baixa.

Ela tremia do aperto de Micah, e ele soltou seu agarre. Seu olhar caiu sobre o braço para se certificar de que não havia marcas de seus dedos. Havia feito estragos suficientes para uma noite.

Agora, somente queria tirá-la desse lugar tão rápido quanto fosse humanamente possível.

“Você conhece o Micah, Angelina?” Damon perguntou, sua expressão cética. “Você não tem que ir com ele, sendo seu amigo ou não. Minha primeira responsabilidade é com os meus membros aqui. Não permito que qualquer mulher seja maltratada como Micah fez você.”

“Membro?” Micah mordeu. “Porra, está me dizendo que Angelina é um membro?”

Esperava à sua confirmação, mas ela não quis olhar para ele. Estava olhando para Damon, em sua tranquila expressão.

“Eu o conheço,” disse ela simplesmente. “Não vai me machucar. Está com raiva porque não entende.”

“Entende?” Sua cabeça ia explodir. “Entendo que estou tirando você, inferno, fora deste lugar, e sob nenhuma circunstância colocara os pés aqui novamente.” Ele olhou para Damon quando disse o último. “E espero que você veja isso.”

“O que está acontecendo aqui?” Damon perguntou. “Isto não é normal de você, Micah. Não vou deixar ninguém sair daqui, até que um de vocês me forneça uma explicação aceitável.”

“Ela é irmã de David!”

Os olhos de Damon cintilaram com compreensão.

“Entendo.”

Micah fez um som de nojo.

“Não, você não entende. Cristo, Damon, você está admitindo adolescentes aqui, agora?”

Angelina virou para ele, uma sobrancelha fina arqueada rastejando para cima.

“Tenho vinte e três anos de idade, Micah. Dificilmente uma adolescente. Claro que não preciso de uma babá, embora você pareça interessado em se inscrever para o trabalho.”

Ele olhou de volta para ela em descrença. Confusão içava em sua mente como uma serra elétrica.

Vinte e três? Como tinha chegado a partir de dezesseis a uma mulher de vinte e três?

Realmente tinha se passado tanto tempo? Como ele poderia ter perdido tantos anos?

“Pelo menos deixe-a vestir o seu vestido,” Damon disse calmamente. “Não há necessidade de levá-la para fora como isto. Vou pedir a Maverick buscar suas roupas.” Então, olhou para Angelina. “Você quer sair com ele, Angelina? Estarei mais do que feliz em fornecê-la uma carona para casa. Posso pedir para um dos meus homens levar o seu carro.”

“Ela está saindo comigo,” Micah rosnou. “Agora, se nós pudessemos dispensar o bate-papo, gostaria de estar no nosso caminho.”

Damon fez um gesto para Maverick subir e recuperar as roupas dela e em seguida, pegou a mão de Angelina.

“Você pode se trocar lá,” disse ele, apontando para um dos quartos a poucos metros de distância.

Ela olhou esperançosamente para Micah e depois deixou cair seu olhar incisivamente para a mão em seu braço. A contragosto, a largou.

Quando Damon abriu a porta, Maverick apareceu segurando as roupas de Angelina. Agarrando o lençol em torno dela com uma mão, pegou a calça jeans, camisa e sapatos e desapareceu dentro do quarto.

Damon imediatamente se fixou em Micah.

“Não me importo quais são os seus problemas no futuro, nunca deixe algo como isso acontecer de novo.”

Micah moeu seus lábios juntos tentando conter seu temperamento sob controle.

“Estou supondo que não tinha ideia de quem era Angelina quando a admitiu como membro.”

A sobrancelha de Damon subiu.

“Há algumas coisas que você precisa se lembrar, Micah. Este é o meu clube. Você não checa meus membros. Você não toma as decisões. E com certeza não tira proveito da sua participação aqui. Angelina é uma adulta. Foi avaliada, assim como qualquer outra pessoa que solicita admissão aqui.”

“Você sabia quem ela era, não é?”

Damon suspirou.

“Claro que não, Micah. Como diabos iria? Você só me disse detalhes superficiais da sua amizade com David e a relação única que você e David compartilhavam com Hannah. Nem tenho certeza se alguma vez me contou o sobrenome de David, então, como diabos iria associar uma linda jovem chamada Angelina Moyano com o seu passado?”

Micah suspirou.

“Você está certo. Desculpe-me, homem.”

Arrastou uma mão pelo cabelo e sacudiu a cabeça em descrença. Ainda estava se recuperando do choque da noite toda.

Damon olhou com ceticismo para ele.

“Posso confiar em você para levá-la para casa ou preciso cuidar disso?”

Micah fez uma careta.

“Quando o inferno fui uma ameaça para uma mulher? Está vindo comigo, porque ela e eu temos um inferno de coisas para discutir. Ou seja, o que ela está fazendo aqui em Houston, porque não veio para mim até agora, e que diabos está fazendo aqui permitindo que os homens a vejam nua, para tocá-la e marcá-la.”

Ele sacudiu a cabeça novamente furioso demais para continuar.

“Porra, Damon. Fui a pessoa que a açoitou. A desejei a partir do momento que entrei naquela sala. Beijei-a, toquei nela e depois, a marquei. Pedi para que viesse a casa comigo, porque queria fodê-la. E então a maldita máscara caiu e estava olhando para a irmãzinha de David. David iria rolar em seu túmulo se tivesse alguma ideia do que fiz.”

A boca de Damon se contorceu em simpatia.

“Tente se lembrar que ela não é a adolescente que aparece em sua mente. Ela é uma mulher agora. Uma mulher estonteante que, obviamente, reconhesse sua sexualidade.”

Micah fez um som estrangulado que ficou preso em sua garganta. Era tudo o que podia fazer para não infantilmente tapar os ouvidos e os olhos.

“Foda-me.”

Damon riu, em seguida, bateu a mão no ombro de Micah.

A porta se abriu e Angelina entrou no corredor, os olhos enrugados e desconfiados quando olhou de volta para Micah. Tão linda quanto estava nua, parecia tão bonita completamente vestida. Seus jeans ficava abaixo da cintura, abraçando cada curva em todo o caminho. Usava uma camisa simples sem mangas, que mostrava uma dica do contorno de seus mamilos e apertava na cintura fina como uma luva.

“Então, onde está me levando?” Perguntou ela.

A pergunta foi inocente, mas ainda havia reservas suficientes em sua expressão que ele sabia que estava inquieta.

Trabalhou para retirar sua carranca, mas finalmente desistiu. Ela precisava saber o quão estúpida tinha sido por ter vindo aqui, e não estava de bom humor para amenizar as penas que pode ter desmanchado.

Agarrou a mão dela, irritado com a forma como os dedos ligeiramente ondularam com confiança em torno dele.

“Vou te levar para casa. Minha casa. Você e eu vamos ter uma longa conversa.”

 

Angelina olhou para Micah quando parou no estacionamento do complexo de apartamentos. Claro que não teria ocorrido a ele levá-la para onde estava hospedada. Queria gritar com ela em seu território.

Teve que suprimir um sorriso quando ele se virou para ela, sua carranca continuava em vigor. Não era como se não tivesse esperado uma feroz resistência. Ele era Micah afinal de contas, e seria necessário mais de uma noite para fazê-lo ve-la como nada além da pequena irmã de David.

“Em casa,” falou quando abriu a porta.

Angelina agarrou a maçaneta e pulou fora do caminhão, antes que ele pudesse chegar perto para pegá-la. Encontrou seu olhar de maneira uniforme, e sua carranca aprofundou quando apertou seu cotovelo e a guiou em direção ao prédio.

Na porta, ele se atrapalhou com as chaves, abriu e a empurrou para dentro. Acendeu as luzes, e ela piscou quando olhou ao redor.

O lugar parecia tão estéril e pouco convidativo, como se ninguém morasse ali. Lembrou-a de seu quarto de hotel, onde morava com uma mala e nunca sendo uma casa para si mesma.

Não era o Micah que estava acostumada. Ela tinha passado muitas horas felizes em sua casa, de David e Hannah. Mas, então, Hannah tinha feito acontecer isso.

Sua boca curvou, e molhou em uma tentativa de remover a infelicidade que surgia quando pensava em David e Hannah.

Micah deixou cair às chaves na mesa de café, em seguida, girou em torno dela para satisfazer seu olhar.

“Agora, suponho que você me diga o que diabos está acontecendo aqui, Angel.”

Ela sorriu por ter usado o apelido que lhe dera. As borboletas dançavam em seu estômago, até que ficou com uma sensação de náusea.

Quanto ia dizer-lhe? O que deveria dizer?

Estou correndo, Micah. Para você. Preciso de você. Eu te amo. Estou com medo. Eu te amo. Quero que você me ame também.

Nenhuma parecia uma boa ideia. Parecia desesperada e não no controle, e a última coisa que queria fazer era encontrar o rosto de Micah com alguma desvantagem.

“Por que você está tão zangado?” Ela perguntou, em um esforço para difundir um pouco da tensão explosiva.

A mandíbula dele contraiu, desconfiado.

“Certo, deixe-me começar com o básico aqui.” Largou a mão de seu cotovelo e começou a contar nos dedos. “Um deles, o que diabos você estava fazendo na A Casa? Dois, por que não divulgou de imediato sua identidade quando chegou? Três, o que estás fazendo em Houston? Quatro, por que você não me disse que estava na cidade? Cinco, a coincidência de você aparecer no mesmo clube que eu frequento é impressionante. Não acredito por um momento que não sabia que ia me ver, o que me traz de volta ao número um.”

“Uau. Somente uau, Micah.”

Ela tremia de raiva. Seus dedos enrolaram em punhos na cintura quando machucaram e uma sensação velha de traição atravessou-a de novo.

Não era mais capaz de manter contato visual com ele, virou-se bruscamente, o peito arfante. Estava sendo mais difícil do que pensara. Queria lançar-se para ele, perguntar por que a tinha deixado.

Ele a virou novamente, segurando em seu queixo e forçou-a a olhar para ele.

“Isso não pode ser uma surpresa para você, Angel. Como achava que eu iria reagir? Não olhe para mim com aqueles olhos feridos e se fazendo de vítima aqui.”

Ela tentou se afastar, mas a segurou firme.

“Diga-me uma coisa, Micah. Se a máscara tivesse permanecido, teria me levado para casa e teria feito sexo comigo?” Ela estava provocando. “Você me queria. Não pode negar isso.”

Seus olhos brilhavam com uma mistura de calor e raiva, como se ele lembrasse muito bem da sua reação.

Foram interrompidos por uma batida na porta. Micah fez uma careta e depois atirou-lhe um olhar de advertência.

“Não se mexa.”

Encolheu os ombros e assistiu ele sair. Um suspiro escapou, e seus ombros caíram para baixo. Porra, nada disto tinha sido da maneira como tinha planejado. Não tinha a intenção que descobrisse sua identidade do jeito que tinha. Talvez toda a ideia houvesse sido estúpida, mas queria fazer-lhe ver a mulher, antes que revelasse sua identidade.

Um momento depois, voltou, tilintando as chaves na mão. Jogou na mesa de café ao lado dele.

“Damon trouxe seu carro aqui.”

Ela assentiu com a cabeça.

Olhou para ela por um longo momento, e então encurtou a distância entre eles. Seus dedos arrastaram ao longo de suas costas e puxou a camisa.

“Você está bem?” Ele perguntou. “Machuquei você?”

Ela prendeu a respiração quando a palma da mão encontrou seu corpo nu e acalmou ao longo dos vergões que ainda aqueciam suas costas.

“Não, você não me machucou,” disse ela com voz rouca.

Sua mão acalmou nas costas, e ele desceu às pressas sua camisa. Havia muita tensão emanando dele. Era grosso e denso o controle entre eles.

Ela se virou e sem lhe dar qualquer aviso jogou-se nos braços dele, abraçando-o apertado.

Ele enrijeceu ainda mais, mas não a afastou.

“Senti tanta falta de você,” ela engasgou.

“Inferno,” ele murmurou enquanto passava os braços ao redor dela.

“Por que partiu?”

Falou antes que pudesse segurar. Descansou a testa no ombro dele pensando em quanto ferrou este reencontro inteiro.

Segurou os ombros e delicadamente puxou para longe dele.

“Ouça-me, querida. Você e eu temos um inferno a discutir. Quero que se sente e fale comigo, certo?”

Ela permitiu que ele a ajudasse a sentar no sofá.

“Está com fome? Sede?”

Ela balançou a cabeça.

Ele foi para uma poltrona em diagonal com o sofá e afundou-se com um suspiro pesado. Seus cabelos indisciplinados pendiam abaixo das orelhas, e arrastou uma mão pelos cachos levemente até puxa-los longe de seu rosto. O diamante em sua orelha esquerda brilhava à luz, um brinco que ela lhe dera no Natal. Será que ele ainda se lembrava desse fato?

“Eu não poderia ficar, Angel. Você de todas as pessoas deveria saber disso.”

“Não, eu não sei. Ou talvez saiba e ainda estou com raiva,” admitiu ela. “Eu não tinha ninguém, Micah. Você, David e Hannah eram minha única família. Eles morreram, e você me deixou. Pode tentar entender como isso me fez sentir? Estava sozinha, assustada como a morte, e meu mundo tinha sido virado de cabeça para baixo.”

“Você tinha a Força,” Micah disse grosseiramente. “Eles nunca virariam as costas para a família. Teriam feito qualquer coisa que você precisasse.”

A raiva aqueceu suas veias, e seu pulso zumbia ferozmente.

“Eles teriam? Todos pensaram que David te traia, que estava saindo com sua esposa quando tiveram o acidente. Não estavam fazendo fila para me oferecer nada. Para eles, eu era a irmã do policial que traiu outro policial, e não podia dizer-lhes qualquer coisa diferente. Não podia dizer a verdade sobre o que Hannah era para vocês dois, porque então eu teria traido você.”

Ele a olhou, seus olhos opacos com remorso.

“Deus, Angel, me desculpe. Não vou mentir. Eu nem estava pensando em você ou como deveria parecer quando David e Hannah morreram juntos. Tinha que ir ou ficaria louco. Não podia ficar lá, depois de perder a ambos. Nunca pensei...” Ele fechou os olhos. “... Nunca quis magoar você, Angel. Você é a irmã de David, deveria ter tomado conta de você, a protegido. Como você—?” Sua voz falhou. “Como você fez isso? O que você fez?”

Ela suspirou.

“Não tinha a intenção de fazer um festival dessa culpa, Micah. O que está feito está feito. Sobrevivi. Fiquei com raiva e magoada, talvez mais do que pensava. Vê-lo novamente trouxe tudo de volta. Desculpe-me. Não devia ter desabafado desse jeito.”

Ela se levantou, esfregando as mãos pelas pernas da calça.

“Eu deveria partir. É tarde demais.”

Ele levantou-se abruptamente, os olhos faiscando perigosamente.

“Nós não terminamos, Angel. Não por um longo tempo. Você ainda não me disse o que estava fazendo aqui, porque estava na Casa, e que inferno estava fazendo nua na frente de todas aquelas malditas pessoas.”

Ela sorriu levemente, enquanto observava o deslizamento da tensão voltar ao seu rosto. Apesar do fato de que ele havia abdicado de qualquer responsabilidade em relação a ela, parecia repentinamente tomado pelo desejo de protegê-la de todos os grandes lobos ruins lá fora. Só que ele era o maior lobo, o pior, e ela não queria ser protegida dele.

“Acho que é melhor nós não discutirmos isso,” disse ela em um tom uniforme.

Sua boca abriu e, em seguida, seus lábios apertaram juntos de raiva.

“Você não consegue decidir o que fazer e não quer discutir. Você não vai a lugar nenhum, até me dar algumas respostas, bonequinha.”

Ele estremecia de forma positiva quando ficava autoritário. Sempre gostou disso nele, seu alfa tomando a atitude de fazer tudo. Gostava do poder que fluia dele, tinha sido atraída por isso, desde antes de entender exatamente o que a atraia para ele.

Parte dela queria consentir, oferecer a sua submissão e se entregar à sua guarda, só ela sabia melhor o que ele queria dela. Ah, sabia que queria sua obediência, mas queria a obediência de uma criança, não da mulher que ela era. Somente via a irmã adolescente de seu melhor amigo — um amigo que ele compartilhava a mulher com quem se casou

“Estou bem ciente de que você é um homem habituado a fazer as coisas ao seu modo. Mas desta vez, tenho medo que esteja destinado para a decepção. Você não gostaria da minha resposta de qualquer jeito, então é melhor terminar hoje à noite de uma forma positiva.”

Olhou para ela em descrença absoluta. Quando ela começou a se mover em direção à porta, ele entrou na sua frente, seus olhos estreitados em fendas.

“Oh inferno não, não, menina Angel. Este não é o jeito que as coisas irão trabalhar. Você tem um monte para explicar.”

“Não respondo a você, Micah,” ela disse calma. “Você não quer nada de mim. Não está pronto para oferecer-me qualquer coisa. Quando isso mudar, iremos conversar.”

Ela viu a sua surpresa quando pegou as chaves e caminhou para a porta.

“Angel, porra!”

Ela abriu a porta e correu para a noite, ignorando o seu comando para trazer seu traseiro para dentro. Não parou até que chegou ao carro, e se recusou a olhar para cima, sabendo que veria Micah de pé lá.

Portas fechadas, ligou o motor, e estava partindo do estacionamento, enquanto Micah batia em sua janela. Com uma rápida olhada em sua direção para se certificar de que não o iria atropelar, acelerou fora da vaga, o deixando de pé lá, na escuridão olhando para ela.

 

Angelina entrou em seu quarto de hotel e jogou as chaves em cima da cama. O interior estava escuro e sombrio, com apenas uma lâmpada acesa para oferecer a iluminação. Certamente não era a melhor das acomodações, mas este seria o último lugar que alguém iria procurá-la. Pelo menos assim esperava.

Arrastava-se para o banheiro abrindo a água quente sobre a pia. Um chuveiro seria bem melhor, mas não queria apagar o toque de Micah ou aliviar o calor que ainda estava presente, desde o seu açoite.

Lavou o rosto, escovou os cabelos e os puxou para trás em um rabo de cavalo. Uma olhada no espelho demonstrou que parecia cansada. Olhos opacos, sem vida.

Tirou suas roupas, deixando-as no chão do banheiro, e caminhou nua para trás, onde a mala estava deitada na cama. Empurrou-a, sem se incomodar de puxar uma camisa. A cama estava chamando o nome dela, e não perderia tempo respondendo.

Estava deitada sobre a barriga, deixando o ar-condicionado acalmando sobre as costas.

Sonhadoramente, fechou os olhos e reviveu aqueles momentos antes de Micah descobrir quem ela era, quando por um momento esteve ao seu comando.

Ele a queria, queria desesperadamente. Tinha visto a luxúria em seus olhos, sentiu o tremor de suas mãos em sua carne. O poder apenas contido, que ela sentiu fervendo dentro dele, tinha sido como uma droga para ela. Viciante, sedutor. Intoxicante.

Sempre soube que seria assim com Micah, e parecia que tinha passado a maior parte de sua vida esperando e desejando. Entreteve-se com fantasias vívidas dele a capturando, forçando-a a sua vontade. Sua possessão.

Estremeceu, apertando sua barriga enquanto lembrava cada som que ele havia feito, sua respiração, suas palavras. Seus lábios nos dela, o seu gosto. Como ele saboreava.

Desejo não cobria a magnitude de seus sentimentos. Precisava dele como nunca precisou de mais ninguém. David e Hannah eram seus familiares. David era seu irmão, e Hannah foi tanto uma irmã para ela quanto poderia ser. Mas Micah? Desde o início, tinha separado Micah em uma categoria totalmente diferente. Uma proibida para ela, mas não menos tentadora.

Se trouxesse David e Hannh de volta, deveria desistir de qualquer esperança de ter Micah.

Micah tinha amado Hannah profundamente, e tanto quanto Angelina amava Micah, mas deveria insistir que ele olhasse para fora, se isso significasse ter sua família novamente.

Mas eles se foram. Ela e Micah remanesceram. Ela o conhecia como ninguém. Conhecia seus segredos, seus desejos, o homem por trás da fachada descontraída. Poderia dar a ele o que precisava, mas ele teria que decidir se era o que queria?

“Não há garantias na vida, bebê Angel,” ela sussurrou, sorrindo tristemente enquanto as palavras de David flutuavam em seus lábios.

Um som na janela a fez congelar. Então riu e enterrou o rosto no travesseiro. Que idiota, estava nervosa. Estava no quarto andar de um hotel desprezivel.

Quem estaria na sua janela? Homem-Aranha?

Ela tinha que deixar de espreitar nas sombras e olhar por sobre o ombro a cada passo. Certo, talvez continuar a olhar por cima do ombro fosse uma boa ideia. Não podia se dar ao luxo de ser muito descuidada, mesmo sabendo que tinha coberto seu caminho, muito bem. Não tinha vivido em casa de policiais durante anos sem aprender sobre discrição e fuga.

Não havia nenhuma razão para ninguém saber que ela estava aqui. Abandonou seu carro, comprou outro com nome falso, pagando em dinheiro, e ninguém em Houston além de Damon Roche e Micah Hudson sabia qual era seu nome verdadeiro.

Amanhã começaria a procurar emprego. Graças à sua herança hispânica, poderia se passar por uma imigrante ilegal e conseguir um emprego que pagasse sem carteira assinada. Tinha recursos escondidos, mas não podia se dar ao luxo de usá-los a menos que fosse absolutamente necessário.

E se Deus quisesse, não seria necessário. Poderia começar uma nova vida aqui. Nada de importante foi deixado para ela em Miami. Micah nunca precisaria saber sobre seus problemas. Não queria que fosse para ela por qualquer outro motivo que não o de querer-la.

 

Angelina acordou com um forte senso de propósito. Vestiu-se e foi para fora do hotel cedo, antes do sol rastejar acima do horizonte. Determinada a conseguir a sua situação de trabalho resolvida, assim que possível, procurou nos cafés a uma curta distância do hotel, e no terceiro ela conseguiu um emprego como garçonete. O gerente ofereceu para deixá-la trabalhar pelas gorjetas, poderia pegar o que ganhasse na casa em dinheiro a cada noite.

Não era o ideal, mas poderia ser muito pior. Ela era simpática e extrovertida, e não tinha medo de trabalho duro. Depois de organizar seu horário, voltou para o hotel e discou o número de Damon Roche na Casa. Um de seus funcionários, disse que ele não estava, mas era esperado dentro de uma hora. Desligou e pegou suas chaves. No momento em que chegasse lá, não teria que esperar muito tempo.

Ela levou o seu tempo, parando em um drive-thru para o café da manhã. Subia o caminho sinuoso pavimentado até a Casa, uma hora já tinha se passado. Esperava que Damon tivesse chegado.

Queria alisar todas as penas eriçadas e descobrir onde pisava.

Apesar de sua investigação superficial na vida de Micah, em Houston, ter revelado a sua adesão na Casa, ela não tinha percebido que ele e Damon eram amigos. Seria sortuda se fosse permitida a voltar novamente. Micah provavelmente já tinha gritado com Damon, além de sua explosão na noite anterior.

Estacionou próximo à entrada, observando que havia apenas dois outros carros no parque de estacionamento designado, um dos quais era um lindo BMW. Damon? Ela esperava que sim.

Saiu e caminhou até a porta para tocar a campainha. Dentro de poucos segundos, a porta abriu, e foi recebida por um senhor com cara simples, que olhava curiosamente para ela.

“Estou aqui para ver Damon Roche,” disse.

“Você tem um compromisso marcado?”

Ela piscou.

“Hum, bem, não. Liguei mais cedo e foi dito que ele estaria aqui. Pode dizer-lhe que Angelina Moyano gostaria de falar com ele?”

Ele gesticulou para que entrasse, e o seguiu para uma sala de estar luxuosa.

“Vou ver se o Sr. Roche está disponível para receber você,” ele disse educadamente.

Ela assentiu com a cabeça e afundou-se no sofá de couro suntuoso. Estudou a sala enquanto esperava, vendo a decoração de bom gosto. Tudo sobre a Casa falava de requinte e elegância. Não importava o que acontecia nas portas fechadas, havia um ar distinto de classe. Era difícil se sentir barato ou de mau gosto em tal lugar, e talvez esse fosse o ponto.

“Angelina,” disse Damon quando atravessou a porta. Parou na frente dela, sua expressão inquisitiva. “Você queria falar comigo?”

Ela se levantou para lhe cumprimentar, a faísca aquecia a autoridade em sua voz. Esse era também um homem bem acostumado a estar no comando.

“Sim, por favor,” disse ela, tentando esconder a incerteza em sua voz.

Ele segurou a mão para tocá-la no braço.

“Venha ao meu escritório. Gostaria de café ou suco?”

Balançou a cabeça e seguiu pelo corredor para um escritório espaçoso que predominava a masculinidade crua.

“Sente-se,” disse ele enquanto caminhava em torno da mesa para a cadeira. Sentou-se e recostou, estudando-a com seus profundos olhos castanhos. Uma faixa de ouro circulava seu dedo anelar, surpreendendo-a. Ora, não tinha certeza, mas a ideia que ele tinha uma esposa parecia estranha. Será que ela sabia da sua posse de um lugar onde o sexo era tão comum quanto beber água?

“Angelina O que posso fazer por você?”

Ela fez uma careta, torcendo a boca num sorriso triste.

“Queria saber se minha adesão ainda é válida.”

Seus dedos formavam um triângulo, as pontas se unindo para apoiar contra o lábio inferior, enquanto ele continuava a olhar calmamente para ela.

“Existe alguma razão que não devia estar?”

“Não vamos fingir que não é amigo de Micah e todos aqueles códigos de meninos e tudo mais. Testemunhei a cumplicidade dos rapazes no mundo quando o meu irmão e Micah estavam na força policial.”

“Sim, nós somos amigos.”

“Você está chateado que escondi que o conhecia durante o meu processo de adesão?”

Damon suspirou.

“O que você está realmente perguntando, Angelina? Quer saber se Micah exigiu que a impedisse de entrar nas instalações. Um, ele não tem o direito de exigir nada, apesar de sermos amigos. Dois, não ouvi uma palavra dele desde a noite passada. “

“Então sou bem-vinda aqui?”

Damon assentiu.

Ela começou a relaxar, mas algo em sua expressão a deteve.

“Posso perguntar uma coisa, Angelina? É estritamente pessoal, e não deve se sentir obrigada a responder. Não vai afetar em nada aqui. Mas como disse, Micah e eu somos amigos. Ele me contou sobre David e Hannah.”

Seus olhos arregalaram de surpresa.

“Sim, eu sei,” ele disse calmamente. “Porque você está aqui? Nunca vi Micah fora de controle, e à noite você conseguiu fazê-lo completamente. Não posso julgar, mas acho que foi intencional de sua parte.”

Lentamente, ela balançou a cabeça.

Seus olhos estreitaram furiosamente.

“Que jogo você está jogando? Eu não quero que ele se machuque.”

“Nem eu,” ela disse uniformemente. “Sou a última pessoa que o machucaria.”

Uma sobrancelha subiu e a compreensão disparou em seus olhos.

“Tem certeza que você sabe o que está fazendo?”

Ela levantou as palmas das mãos para cima.

“Essa é a pergunta de um milhão de dólares,” ela murmurou. “Eu posso dar a Micah o que precisa. O compreendo melhor do que ninguém.”

“Mas ele sabe disso?” ele perguntou suavemente.

Seus lábios apertaram.

“Ele não me vê. Não me conhece. Mas vai. Ele irá.”

Damon a estudou outro momento.

“Você está bem, Angelina? Existe alguma coisa que precise? Está aqui em Houston, permanentemente ou estará voltando para Miami?”

“Estou bem,” disse ela calmamente. “E não há nada em Miami para mim. Tudo o que quero e preciso, está aqui.”

“Entendo. Então, desejo tudo de bom, e pediria que, se houver algo que você precise, venha para mim. Micah pode ser difícil, como tenho certeza que você bem sabe. Você tem uma tarefa difícil pela frente. Não quero vê-la — ou ele — machudos.”

Ela segurava o seu sorriso, disposta a não deixar cair, levantou-se. Não tinha permitido que qualquer dúvida a fizesse rastejar, e por Deus que não faria isso agora.

“Obrigada,” disse ela com sinceridade. “É sempre bom saber que existem pessoas com quem posso contar. Pode nunca ter o suficiente delas.”

 

Micah penetrou na Malone e Filhos Security e grunhiu em aviso para Connor quando passava no corredor. Normalmente andaria relaxado até o escritório de Faith, onde todos se reuniam para o café da manhã, mas hoje não era companhia ajustada para uma víbora, muito menos para as pessoas que ele se importava.

Uma vez em seu escritório, fechou a porta e foi para o outro lado de frente da janela.

Parou para olhar pensativo, a sua mente prestes a explodir.

Onde diabos ela estava? Onde vivia? E por que inferno tinha apenas deixado-a sair de seu apartamento? De todas as cenas estúpidas que tinha lembrado, esta era a pior de todas.

Ela o derrubou com tanta força de bunda que não tinha perguntado até mesmo as informações mais básicas. Como, onde ela estava hospedada. Será que estava aqui de visita? Será que estava pensando em se mudar? Whoa. E depois havia o fato de que apareceu como um furacão para ele.

Certo, talvez não tivesse vindo exatamente para ele. Tecnicamente ele fez os movimentos, mas tinha a maldita certeza que ela não tinha feito nada para impedi-lo. E era o que estava queimando um buraco em sua cabeça, esta manhã.

Por quê?

Ele não tinha confundido sua resposta. Tinha se entregado a ele tão docemente como qualquer mulher jamais teve. Ela tinha sido calma e suave sob seu toque. Tinha tomado tudo o que ele tinha dado e lhe teria dado mais. Muito mais.

Vê-la foi uma surpresa grande, o suficiente. Ao vê-la nua, com suas marcas no corpo, tinha sido um grande fodido momento.

Cansado passou a mão pelo cabelo e fechou os olhos. Não dormiu — como poderia? Angelina estava aqui. Com ela havia trazido de volta muitas memórias que ele tinha deixado para trás propositadamente, em Miami. Mesmo que voltasse a cada ano, toda vez que ele deixou tudo para trás e não trazia nenhuma de suas bagagens de volta para Houston. Gostava desse jeito. Foi como lidou com tudo isso.

Só que agora o seu passado estava encarando-o diretamente no rosto em forma de um desafio que não tinha noção. O que ela queria dele?

A ideia de ela estar em Houston — jovem e sozinha — queimou um buraco em seu intestino. David sempre foi extremamente protetor com ela. Eles perderam seus pais quando Angelina era uma criança e David tinha acabado de sair da escola. David tinha sido mãe, irmão e pai para ela, e depois Hannah sendo a mais velha, tinha tomado o papel da figura materna, embora apenas cinco anos separassem a idade das meninas.

Meninas. Inferno. Angelina não era nenhuma menina agora. Somente desejava que não tivesse conhecimento em primeira mão desse fato.

Franziu o cenho. David e Hannah tinham tomado uma posição quase paternal por Angelina. Bem, talvez não tanto como pais, mas a viam como uma irmã mais nova. Como ele a via? Tinha ficado chocado de ter visto a irmã de David. Nua. Marcado-a. Beijado-a. Mas nunca olhou para ela como sua irmã.

Jovem, muito bonita. Sim. Jovem demais para ele. Naquele tempo. Dezesseis para seus vinte e oito anos.

Mas agora tinha vinte e três e a diferença de idade não parecia tão grande.

“Jesus Cristo, você está realmente tentando racionalizar isso?”

Agora estava falando sozinho. Ótimo.

Vamos às coisas importantes primeiro. Tinha que deixar de lado a dissecação do que tinha acontecido. Precisava esquecer o que tinha acontecido e focar em detalhes importantes. Como onde ela estava e se precisava de ajuda.

Sua porta abriu, e se virou para ver Nathan Tucker enfiando a cabeça dentro.

“Ei, Pop está aqui e está pronto para começar a reunião da manhã. Você vem?”

Nathan olhou curiosamente para ele, e Micah não o culpava. Normalmente Micah era o primeiro a passar na sala de Faith, oferecendo um beijo, senão um pouco de café e, de preferência o primeiro donut.

Ele deu um aceno curto. “Estou indo.”

Nathan recuou, mas deixou a porta aberta. Pensando que poderia muito bem acabar com isso, Micah seguiu para o escritório de Faith.

Não perdeu os olhares curiosos jogados em sua direção enquanto entrava e tomava uma posição contra a parede ao lado da mesa de Faith.

“Bom dia,” disse Faith com um sorriso.

Ele suavizou, apesar de seu humor melancólico, e voltou a sorrir.

“Bon dia, boneca.”

Embora seu olhar fosse de curiosidade, ela não disse nada. Ele atirou-lhe um olhar de gratidão.

“Bom, se estamos todos aqui agora, podemos colocar o pé na estrada?” A voz rouca de Pop saiu na sala de uma maneira tranquila, e olhava incisivamente para Micah enquanto falava.

Micah ouviu sem entusiasmo a divisão de tarefas e deveres. Estava muito ocupado pensando sobre Angelina e como inferno estava indo encontrá-la. Quão estúpido foi da parte dele deixá-la ir sem saber nada sobre sua situação?

Ele quase levantou os dedos e estalou quando lhe ocorreu que Damon poderia saber. Claro que sim. Ela tinha sido submetida a uma triagem rigorosa antes que fosse aceita à Casa.

“Não vamos pertubá-lo,” Pop disse secamente.

Micah piscou e virou sua atenção para o homem mais velho. Connor, Nathan Gray estavam todos olhando para ele com curiosidade. O olhar de Faith era mais simpático, enquanto os olhos de Pop estavam repletos de diversão.

“Fim de noite, meu filho?” Pop perguntou.

Micah resmungou.

“Não. Sim. Mais ou menos.”

“Bem, inferno, decida-se. De preferência no caminho para o trabalho.” Pop empurrou uma fatura em direção a Micah. “Você está por conta própria hoje e parece que isso é provavelmente uma boa coisa. Não parece estar muito sociável, se você me perguntar.”

Micah mordeu de volta as obscenidades que queria espalhar ao mundo e pegou o papel. Deu uma olhada em direção a Faith e uma rápida, aos outros.

No corredor, Nathan recuou até Micah alcançar ele.

“Ei, cara, tudo bem com você?”

“Sim. Bem.”

Nathan encolheu os ombros, e os dois saíram do prédio para o estacionamento.

“Quer que vá junto com você?” Nathan ofereceu. “Terminei o meu trabalho, por isso estou livre esta manhã.”

Micah fez uma pausa em seu caminhão.

“Agradeço a oferta, mas como disse Pop, não sou uma companhia decente.”

Olhou para a nota fiscal. A instalação era simples. Não levaria, mais que duas horas, e Nathan, ainda teria tempo para gastar o resto do dia com sua namorada, Julie se quisesse.

“Ei, você me faria um favor e pegaria este trabalho? Há algo que preciso fazer.”

As sobrancelhas de Nathan subiram em surpresa.

“Uh, bem, tudo bem. Eu posso fazer isso.”

“Obrigado. Eu não pediria, mas é importante.”

Nathan tomou o pedaço de papel que Micah estendeu na direção dele e hesitou.

“Tudo bem com você?”

“Sim. Bem. Só uma coisa que tenho que cuidar.”

Nathan balançou a cabeça, dobrou a folha e se dirigiu para seu caminhão.

Micah subiu em seu próprio caminhão. Era bom ter amigos.

Bons amigos que fariam qualquer coisa por você e não faziam perguntas. Tinha tido esse tipo de amizade com David, e tinha a sorte de encontrá-lo novamente com o pessoal que trabalhava na Malone e Filhos.

Enquanto dirigia para fora do estacionamento, teclou o número privado de Damon na discagem rápida.

“Onde está você?” Ele perguntou sem rodeios quando Damon respondeu.

“Estou indo para o meu escritório no centro,” Damon respondeu. “Há algo de errado?”

“Vou te encontrar lá em meia hora,” disse Micah fechando o telefone. Costurou pelo tráfego do meio da manhã, estacionando no centro da cidade de arranha céus, vinte e cinco minutos mais tarde. No passeio de elevador para o piso superior, batia o pé, impaciente. É claro que Damon teria o melhor de tudo.

Melhor escritório, melhor vista, mobiliário caro. E provavelmente estaria esperando com algum álcool refinado, com as sombrancelhas levantadas ironicamente.

Micah ignorou o secretário de Damon e se dirigiu ao escritório de Damon. Deu uma batida educada, mas não esperou por uma resposta.

Damon não se aborreceu com a intromissão, entretanto como Micah havia predito, havia um copo cheio de alguma coisa âmbar esperando na beira da mesa polida. Micah sentou, mas não agarrou a bebida.

Damon o inspecionou calmamente e esperou. Micah não estava acostumado a essa incerteza, em adivinhar as suas decisões. Para o conhecimento absoluto, que ele regiamente ia foder com tudo.

“Cristo,” Micah murmurou. “Estou fodido, Damon.”

Ainda assim, Damon esperou, apenas respondendo com o levantar de uma sobrancelha.

“Preciso de alguma informação que tenha sobre Angelina.”

“Acho que você sabe que não posso fazer isso.”

“Deixe-me reformular. Não preciso de informações pessoais. Preciso saber onde posso encontrá-la. É importante. Não gosto da ideia de ela estar sozinha em Houston, ficando só Deus sabe onde. Deixei-a sair da minha casa ontem à noite, e agora não sei onde encontrá-la. Não sei se ela está bem, se precisa de alguma coisa.”

“Ela parecia bem, esta manhã, quando a vi,” disse Damon.

Micah avançou.

“Onde você a viu?”

“Ela veio me ver na Casa cedo.”

“Para que inferno ela estava vendo você?”

Damon apenas olhou para trás, sua expressão ilegível.

Micah amaldiçoou novamente.

“Certo, então você não vai me dizer isso. Pelo menos diga-me onde posso encontrá-la. Porra, Damon, estou preocupado com ela. Somente preciso ter certeza que está bem cuidada. Devo muito a David.”

“Interessante é que você sente que deve a David, mas não a Angelina.”

“Porra não brinque de psicólogo comigo, cara. Me irrita.”

“Só porque tenho um ponto válido,”

Damon disse em um tom divertido.

“Olha, ela é a pequena irmã de David. Hannah cuidou dela.”

“E você?” Damon perguntou.

“Ela era irmã de David,” disse ele como se isso explicasse tudo. E não era?

Damon riu.

“Em outras palavras, você nunca a viu, e agora de repente você vê.”

“Não, o inferno que eu não a vejo,” ele respondeu ferozmente.

Era uma mentira, e ambos sabiam disso. Micah fechou os olhos e balançou a cabeça.

“Como ela sabia, Damon? Como inferno sabia que eu iria responder a ela contida e nua, pedindo pelo beijo do chicote?”

“Diria que sabe muito mais sobre você do que você sobre ela.”

“Não me diga,” ele murmurou. “Diga-me onde posso encontrá-la, Damon. Você com certeza não iria deixar-me sair com algo, se fosse Serena em causa.”

Damon fez uma careta, e Micah sabia que teve grande sucesso.

“Inferno,” murmurou Damon.

“Diga-me,” Micah persistiu.

Damon suspirou e abriu seu laptop.

“Só posso dar-lhe o que ela colocou em seu formulário. Não pergunte qualquer outra coisa. Não vou dar.”

Micah encolheu os ombros. Quanto a encontrasse, ela poderia muito bem dizer-lhe o resto.

Depois de alguns momentos de clicar, Damon levantou a cabeça.

“Ela está hospedado no Motel Starlight. Nenhum endereço fornecido.”

“Nunca ouvi falar,” disse Micah com uma carranca, quando se levantou. “Obrigado, porém. Vou chamar 411 para obter o endereço no meu caminho.”

“Ei, Micah,” Damon disse quando Micah estava quase à porta.

Micah fez uma pausa e virou-se.

“Vá com calma. Não vá com dois barris em chamas, certo?”

Micah deu uma risada seca.

“Sim, eu vou tentar.”

 

Somente quando pensou que não poderia ficar mais chateado, Micah puxou para o estacionamento do Motel Starlight e olhou com desgosto no degradado edifício de quatro andares. Tinha pensado que as instruções eram falsas quando entrou na área decadente de aparência perigosa. Ou pelo menos esperava que fossem.

Bateu a porta do caminhão e saiu em direção ao escritório do motel, anotando mais de uma vidraça quebrada nas janelas dos quartos. Que diabos ela pensa que estava fazendo ficando em um lugar como este?

O atendente do balcão deu-lhe um olhar aborrecido quando Micah entrou.

“Angelina Moyano,” Micah disse laconicamente. “Em que quarto?”

O balconista não piscou ou tentou se mover de sua posição saindo de sua cadeira.

“Não tem ninguém aqui com esse nome.”

“Como diabos você sabe?” Micah resmungou. “Você nem sequer olhou.”

O balconista levantou um copo de papel e cuspiu um fluxo de tabaco para isso. “O hotel não está cheio. Saberia se tivesse alguém com esse nome registrado aqui.”

Micah segurou seu temperamento sob controle. Muito pouco.

“Mulher curvilinea, hispânica. Cabelos longos, escuros. Muito bonita. Olhos castanhos. Dsta altura.” Estendeu a mão e indicou uma altura que chegava ao seu ombro.

“Quarto 417.”

Micah não conseguia decidir se ficava contente que o punk houvesse oferecido as informações tão facilmente, ou alcançasse o outro lado do balcão, puxando-o pela camisa e batendo o inferno fora dele.

Mas desde que Angelina não ficaria nem mais um minuto neste lixão, não iria se preocupar com o perigo potencial que ela enfrentava.

Não surpreendentemente, havia uma placa de fora de serviço no elevador. Murmurando sob sua respiração, subiu quatro lances de escadas. Finalmente, à porta de Angelina, parou e olhou para a armação frágil. Um bom vento forte a derrubaria.

Bateu e esperou, enfiando as mãos nos bolsos da calça jeans. Vários segundos se passaram. Não podia acusá-la por não responder, na verdade, se ela cegamente atendesse a porta, teria curtido o seu traseiro.

Avançou e bateu novamente.

“Angelina, abra a porta,” ele chamou.

Relaxou quando ouviu o ferrolho sacudir. A porta abriu, e foi atingido com um par de olhos escuros olhando para fora da fenda de duas polegadas.

“Micah?”

“Angel Sim, sou eu.”

Alivio brilhou nos olhos dela quando abriu a porta mais escancarada.

“O que está fazendo aqui? Como sabia onde me encontrar?”

Ele empurrou entrando na sala minúscula.

“Não se faça de surpreendida. Sabia que a encontraria depois de seu ato de desaparecimento na noite passada.”

Ela fechou a porta e se virou para encará-lo.

“Certamente. Entre.”

Contra sua vontade, ele deixou seu olhar vagar abaixo em seu corpo. Dane-se tudo para o inferno, quando ela tinha desenvolvido um corpo tão assassino? Ele balançou a cabeça e focou em outro lugar. Em qualquer lugar, menos sobre ela.

“Que diabos você está fazendo aqui?” Perguntou ele. “Esse lugar não é adequado nem para ratos, pelo amor de Deus.”

Encolheu os ombros, um movimento pequeno e delicado, que chamou a atenção para a coluna fina do pescoço dela.

“Era o que podia pagar.”

“Arrume suas coisas. Nós vamos sair daqui.”

Quando não se mexeu para dar cumprimento à sua ordem, ele foi para a cama onde a mala estava aberta, como as coisas em montinhos ao lado. Ele jogou tudo na mala, em seguida, olhou em volta para ver se havia alguma coisa que tinha perdido.

Angelina estava observando através de sobrancelhas estreitadas, com os braços cruzados sobre o peito.

“Não que não goste de ter um trabalhador mecânico fazendo as coisas por mim, mas se importaria de me dizer o que diabos está fazendo?”

“Acho que é óbvio. Levando-a para fora daqui.”

Ela baixou os braços e deu um passo em direção a ele, que o teve apressadamente apoiando.

Deus, ele estava agindo como um maricas de primeira, mas se ela o tocasse, não poderia ser responsável pelo que aconteceria.

Sua pele arrepiou na consciência aguda, e a fome, cru e volátil, subiu dentro do seu intestino. Por um momento a viu como estava na noite anterior. Nua, sua pele brilhando, os cabelos como a seda deslizando sobre as costas.

Cristo, ele iria precisar alvejar seus olhos para se livrar dessa imagem.

“Eu o vi duas vezes nas últimas vinte e quatro horas e cada vez parece mais determinado a deslocar-me. Porque isso, Micah?”

Ele bufou.

“Essa é uma pergunta idiota. Você estava num lugar dedicado a atos sexuais em público. Como não vou ter nada a dizer sobre isso? E agora está em algum motel decadente-indigente. Teve sorte de não ter sido estuprada ou morta, ou ambas as coisas.”

“Entendo. E qual é a solução proposta, me mandar de volta para Miami?”

Esse pensamento lhe ocorreu, e certamente teria sugerido, se já soubesse por que estava aqui em primeiro lugar.

“Por que você está aqui?” Perguntou sentando na cama.

Ela ergueu um ombro e desviou o olhar, os olhos cintilando de emoção.

“Não sobrou nada para mim, em Miami. Pensei que Houston fosse uma boa mudança. Não conheço ninguém em qualquer outro lugar. Parecia lógico o suficiente vir aqui.”

Onde ele estava.

Apesar de ter deixado de dizer, com certeza ficou implícito.

“Você está em algum tipo de problema, Angel?” Ele perguntou suavemente.

Ela lhe deu um olhar assustado.

“Por que pergunta isso?”

“Parece ser uma pergunta lógica dada a sua súbita aparição e sua relutância em regressar a Miami.”

Olhou para ele.

“Você nunca mais voltou.”

Ele ignorou essa afirmação. Fazia parecer como se estivesse fugindo de seu passado.

Não estava, entretanto?

“Você pode ficar comigo até encontrar um lugar decente.”

Quase gemeu quando percebeu o que tinha dito. Então, não havia outra alternativa, nenhuma que lhe assegurasse o bem-estar de qualquer maneira, mas a ideia de que ela estaria sob o seu teto, compartilhando seu espaço, seria uma lembrança constante de ontem à noite... Ele estava fodido.

Ela franziu a testa um pouco quando o estudou.

“Você parece menos que entusiasmado com a ideia de ter-me em sua casa.”

“É claro que você vai ficar comigo. Não é como se não tivessemos vivido juntos antes,” disse ele com um meio sorriso.

Angelina tinha vivido com ele, David e Hannah por quase um ano até que se formou no colegial. A verdade era que não a tinha visto muito durante esse ano, ou talvez ele simplesmente não estivesse prestando atenção. Ela e Hannah tinham sido próximas, e David era extremamente protetor com ela. Com muitos guardiões, com certeza não precisava dele para esse tipo de trabalho.

Você não a via.

As palavras de Damon fluturam de volta para ele. Não, não a tinha visto antes, mas com certeza não estava sofrendo aquele problema agora.

Ela olhou para ele, zombando.

“Realmente acha que ficar com você é uma boa ideia, quando não tenho nenhuma intenção de manter as minhas mãos para mim?”

Ele fez um exame da situação, com certeza não tinha ouvido corretamente. Ela parecia fria como um pepino, sua postura descontraída e um brilho malicioso em seus olhos que aqueceu seus ossos.

Inferno, o que poderia dizer sobre isso?

Decidido a seguir com a opção B, que era ignorar — ele amava a opção B — terminou fechando o zíper de sua mala, em seguida, voltou-se para ela como se nunca tivesse dito uma palavra sobre suas mãos — ou não mantê-las para si mesma.

“Isso é tudo?”

Ela assentiu com a cabeça.

“Então, vamos sair do inferno fora daqui. Preciso de uma bebida.”

Ou talvez, do maldito bar inteiro.

 

Angelina estava contente de ver o último de seu hotel. A ideia de ficar com Micah a confortou muito mais do que gostaria de admitir, mas a verdade é que a fazia se sentir segura.

Sempre a fez se sentir segura.

Além disso, ela o veria muitas vezes, se estivesse com ele, e não teria que trabalhar tão duro naquela meta por mais tempo.

Agora não iria se preocupar com sua paranóia sobre estar sendo seguida de Miami. Não estaria sozinha.

Encostou-se no sofá na sala de Micah, e deixou escapar um pequeno suspiro de contentamento.

Micah olhou-a de sua cadeira apontando o controle remoto para a TV e mudou o canal pela trigésima vez na última meia hora.

“Por que você está parecendo tão feliz?”

Ela levantou uma sobrancelha em sua direção.

“Deu muito na cara? Somente estava pensando que é bom não estar sozinha.”

Por um momento, parecia que ia dizer algo, mas depois os lábios fecharam em uma linha firme. Finalmente, baixou a distância e virou a cabeça em sua direção.

“Você não está sozinha, Angel,” ele disse rispidamente. “Nós resolveremos isso aqui para você. Pode ficar comigo até que esteja em seus pés e então nós podemos encontrar um bom lugar para você viver. Já pensou sobre o que vai fazer?”

“Ah, tenho um emprego já,” disse ela, alegremente.

“Você tem?”

Ela teria pensado que ele ficaria mais entusiasmado, já que estava indo viver em seu apartamento. Olhou desconfiado nela, enquanto esperava por esclarecimentos.

“Consegui um emprego de garçonete perto do hotel. Claro que agora terei que dirigir.”

Micah estava balançando a cabeça antes que ela terminasse.

“Não. Não, não, mas o inferno não.”

“Desculpe-me?”

“Você me ouviu. Não estará indo trabalhar naquele bairro. Cristo, Angel, use a cabeça. Uma menina linda e jovem caminhando para o trabalho nessa área? Nem quero você dirigindo. Está apenas pedindo para ter problemas.”

Ela sorriu.

“Eu sou?”

Ele parecia completamente confuso.

“Você é o quê?”

“Linda.”

Micah jurou e fechou os olhos.

“Por que você luta contra sua atração por mim tão duramente?”

“Não estou atraído por você,” ele murmurou.

“Mentiroso,” ela zombou. “Você pode querer não me querer. Mas você quer.”

“Por que você está fazendo isso?” Perguntou ele.

“Não faça perguntas que não quer saber a resposta, Micah.”

Ele abriu a boca em seguida, agarrou-a fechada novamente. Parecia frustrado o suficiente para estrangulá-la.

“Você está certa. Isto não é algo que deveríamos estar discutindo.”

“Ah, mas gostaria de discutir isso,” ela persistiu. “Melhor ainda, adoraria dispensar nossa conversa completamente e deixar nossos corpos falarem por si só.”

“Você é incorrigível.” Descrença sombreava sua voz, e parecia quase desnorteado.

Ela sorriu.

“Não esqueça isso.”

“Você desviou-me de propósito,” acusou.

Ela lhe deu um olhar inocente.

“Não quero você tendo esse trabalho, Angel. Pode encontrar outro por aqui. Pode até levar algumas semanas. Sabe que vou te ajudar.”

“Não tenho dúvida disso,” ela disse calmamente. “Posso encontrar um emprego aqui, se vai fazer você se sentir melhor.”

Alivio brilhou em seu rosto austero.

Realmente estava preocupado.

“Vou começar a olhar amanhã, enquanto você está no trabalho.”

Ele olhou desapontado por um momento, e ela riu.

“Diga-me você não pensou que ia tomar conta de mim vinte e quatro horas por sete dias na semana.”

Olhou para ela e voltou para a TV.

“Acho que vou para a cama,” ela disse de onde estava.

Estendeu preguiçosamente, forçando a atenção de Micah de volta. Seu olhar era quente em sua pele. Caminhou até a cadeira e, antes que pudesse reagir, deslizou para o seu colo, balançando as pernas para o lado da cadeira. Ela colocou os braços em volta do pescoço e puxou-o para frente para encontrar seus lábios.

Ele era tão duro e inflexível como cimento. Sua língua esvoaçava para fora, brincando sobre os lábios fechados. O baque quase violento de seu pulso sinalizou que ele definitivamente não era imune a ela.

“Beije-me,” ela sussurrou. “Esqueça tudo, exceto o fato que existe somente você e eu. Beije-me.”

Com um gemido torturado, ele cedeu, abrindo a boca para tomar o controle do beijo. Ela derreteu contra ele com um profundo suspiro. Suas línguas se encontraram em uma corrida aquecida. Como o derreter do chocolate ao sol. Doce. Forte. Um pouco mais selvagem.

Seus dedos tocaram e torceram no cabelo em sua nuca, enquanto suas mãos repousavam em suas costas, os braços sobre o topo de suas coxas.

Ela queria que eles se movessem. Queria que a tocasse, que tomasse parte ativa para além de retornar seu beijo. Mas sabia que não seria, como soube o instante em que o momento tinha acabado.

Ele se afastou, sua respiração vindo em um áspero suspiro. Seus olhos eram selvagens, as pupilas dilatadas, fazendo com que seus olhos marrons parecessem preto.

“Não. Não,” ele disse. “Nós não podemos fazer isso, Angel.”

Silenciosamente, ela escorregou de seu colo, ficando de pé com as pernas tremendo. Não olharia para ele, se recusando a reconhecer o arrependimento que sabia que iria ver em seus olhos.

Nunca olhando para trás, caminhou em direção ao seu quarto, rígida, as mãos em punhos na cintura.

“Angel,” ele disse em uma voz rouca e necessitada.

Ela congelou e esperou, mas ele não chamou de volta. Seus ombros lentamente se inclinaram para baixo, continuando seu caminho para o quarto. Quando estava lá dentro, fechou a porta silenciosamente atrás dela.

Com uma risada seca, caiu em cima da cama. Provavelmente era a primeira mulher que Micah já tinha dito não. Era um bobalhão completo e absoluto quando se tratava de mulheres. Ele as amava, protegia e não se importava que soubessem disso.

Então, por que não podia vê-la? Por que não poderia amá-la, deseja-la, esquecendo o fato de que ela era irmã de David?

O que ela precisava era de uma marreta e depois ela poderia bater algum sentido na cabeça espessa.

Havia diferentes tipos de marretas, e ela teria de se contentar com o tipo metafórico. Micah não podia ve-la, não queria ve-la, mas não era cego nem imune a ela como mulher.

Ela tinha uma vantagem sobre a maioria das mulheres, porque sabia o que fazia. Agora só tinha que usar esse conhecimento para sua vantagem.

 

“Então, que bicho tem estado na sua bunda, ultimamente, Hudson?” Gray Montgomery perguntou.

Micah fez uma careta quando entregou o cardapio de volta para a garçonete. Ele e os outros caras do trabalho, Gray Montgomery, Nathan Tucker e Connor Malone, estavam sempre almoçando no Cattleman, só que normalmente não discutiam assuntos pessoais um com os outros.

“Você tem sido extraordinariamente mal humorado. Não tem feito sexo ultimamente?” Connor disse lentamente.

Nisso Nathan fez uma careta, uma vez que ainda estava um pouco sensivel com o fato de que sua atual namorada era a última mulher que Micah tinha transado.

“O mundo não gira em torno de quando eu fiz sexo,” Micah disse secamente.

Gray piscou.

“Não, pensei que era o marco padrão masculino para manter o tempo.”

Nathan riu.

“É, ou pelo menos é o que as mulheres gostariam que você acreditasse.”

“Disse a Faith que tinha uma dor de cabeça na noite passada,” disse Gray com uma cara séria. “Há tanta coisa que posso tomar. Ela é um animal!”

Micah vaiou com risos, relaxando agora que o foco ficou momentaneamente fora dele.

Connor gemeu e tapou os ouvidos.

“Isso não é legal, cara. Não é legal em tudo. Eu não preciso desse tipo de informação sobre minha irmã.”

“Sua irmã é quente,” Micah apontou.

Nathan fez uma careta.

“Vou ter que concordar com Connor. Vejo Faith como uma irmã mais nova e não quero imaginá-la como um animal na cama.”

Gray bufou.

“Não importa de qualquer jeito, porque se você respirar errado para outra mulher, Julie teria suas bolas.”

Todos riram quando Nathan virou rubro.

“O homem está acompletamente chicoteado,” Connor riu.

Nathan sorriu.

“Não tenho qualquer problema em admitir que ela me tem completamente envolvido em torno de seu dedo.”

“Há coisas piores do que ter o amor de uma mulher boa,” disse Micah sinceramente, enquanto Nathan e Gray concordavam.

Connor os estudou com curiosidade.

“Então é isso que está fazendo você dar piruetas? Uma mulher?”

Micah soltou um grunhido.

“Em uma maneira de falar, embora não seja o que você malditamente está pensando.”

“Ahh,” disse Gray.

Micah virou.

“A irmã de um velho amigo meu está na cidade, e tenho tido trabalho para tentar mantê-la longe de problemas.”

Gray fez uma careta.

“Dificuldade? Que tipo de problemas?”

O instinto policial de proteção de Gray o irritou.

“Ela é uma boa garota,” disse Micah com uma nota de defesa, mesmo para ele ouvir. “Esse é o problema. Ela é uma menina boa, sem ideia do que pode acontecer a uma boa menina em uma cidade grande e estranha.”

Connor fez uma careta.

“Então por que diabos ela está aqui e onde está seu irmão?”

“David morreu alguns anos atrás,” Micah disse calmamente.

Mesmo agora, depois de tanto tempo, machucava dizer em voz alta que David tinha morrido.

“Ele era a única família que Angelina tinha.”

“Então, você se sente obrigado a cuidar dela,” disse Connor.

Os outros concordaram em entendimento.

“Bem, sim,” disse Micah.

Nathan levantou uma sobrancelha.

“Não está indo bem?”

“Está indo muito bem. Ou será que assim que tivermos algumas regras esclarecidas.”

Gray engasgou com sua bebida e começou a tossir.

“Sim, boa sorte com isso,” chiou.

“Quantos anos ela tem mesmo?” Connor perguntou.

“Vinte e três anos,” Micah murmurou.

“Ela é quente?”

“Muito,” disse antes que pudesse pensar melhor. Então, resmungou. “Não, ela não é muito quente. E não quero você, nem mesmo tentando olhar em sua direção. Entendido?”

Connor ergueu as mãos em sinal de rendição.

“Tudo o que você diz, homem. Juro, vocês fazem o seu melhor para me manter longe de todas as coisas boas. Deveria estar namorando Julie. Não o cabeça dura aqui,” disse ele apontando o polegar na direção de Nathan.

Nathan bufou.

“Você não é homem o suficiente para ela.”

Connor fez uma careta.

“E suponho que você seja?”

“Ela está comigo, não está?” Nathan voltou presunçosamente.

Gray inclinou para frente, ignorando a disputa entre Connor e Nathan.

“Então você está gastando suas noites de babá no seu lugar ou o quê? E o que faz durante o dia? Não é como se você pudesse manter um olho nela o tempo todo.”

“Ela vai ficar comigo até que possamos encontrar-lhe um lugar decente. Ela está à procura de um emprego.”

Pela primeira vez ficaram completamente silenciosos enquanto olhavam para ele. Gray tossiu discretamente e Nathan fez um show de limpar a garganta. Os olhos de Connor brilharam com divertimento profano.

“Então você tem uma moça jovem e quente que vive com você, e está de mau humor?” Connor perguntou.

“Cale a boca,” Micah rosnou.

“Bolas azuis ,” disse Gray com um aceno sábio. “O nosso homem tem um caso de bolas azuis.”

“Foda-se,” disse Micah cruamente. “Fodam-se todos vocês.”

Eles riram muito, enquanto Micah apenas balançou a cabeça.

Gray apontou o dedo na direção de Micah.

“Guarde minhas palavras, Hudson. Sua bunda está a prêmio.”

 

Depois de uma tarde nervosa, Micah estava pronto para chegar em casa, abrir uma cerveja fria e ver televisão. Então se lembrou que não tinha comida em casa, enquanto não tinha nada contra pizza de dois dias atrás, não via que Angelina compartilhasse seu apreço por isso.

Parou na mercearia local, empilhando um monte de coisas que achava que ela gostaria de ter no carrinho e se dirigiu ao caixa. Meia hora depois, puxava em seu complexo de apartamentos e franziu a testa quando não viu a latinha de carro de Angelina, no ponto de estacionamento ao lado dele.

Talvez ainda estivesse buscando emprego.

Fez duas viagens para buscar os artigos da mercearia, e não foi até que começou a colocá-los fora que viu o pedaço de papel encostado ás latas.

Ele o pegou e desdobrou, seu olhar esquadrinhando a letra bonita.

 

Micah,

Fui até A Casa para jogar. Não espere por mim.

Amor, Angelina

 

Micah largou o papel e foi imediatamente atacado por uma dor de cabeça. Foda-se, madito pato. Que inferno ela pensa que estava fazendo? Além de dirigir para fora de sua maldita mente.

Beliscou a ponta do nariz entre dois dedos, fechando os olhos para amenizar a sensação de que alguém havia esfaqueado seu globo ocular.

Estava assombrado por imagens de Angelina, da primeira vez que a tinha visto na Casa.

Que inferno, iria encontrá-la fazendo neste momento?

Damon não estaria lá, então não poderia chamá-lo e exigir que a jogasse fora, ele não iria de qualquer jeito, mas pelo menos, poderia ter certeza de que Damon velaria por ela. Cole era um bom rapaz, mas porra, ele foi quem a açoitou a primeira noite. Que cara com bolas, perderia a oportunidade de curvar uma bela mulher à sua vontade?

Deixando as compras nos sacos, agarrou suas chaves e se dirigiu para a porta.

Ele e Angelina estavam indo definitivamente chegar a um entendimento. Logo após que sua mão aquecesse seu traseiro. E ia ser uma maldição, se a pirralha não iria gostar tanto.

Infelizmente para ele, seu pau levantou prestando atenção a ideia de te-la sobre o joelho. Sim, ela podia não gostar disso — ou talvez gostasse — mas ele maldição, com certeza gostaria.

O caminho para A Casa parecia interminável. Era quase completamente escuro quando puxou no estacionamento, e irritou o inferno fora dele ver o carro de Angelina em um dos pontos mais próximos à porta. A pequena megera tinha estado aqui por algum tempo.

Caminhou para dentro, e quando fez uma rápida verificação nos quartos do térreo, sabia que seu instinto dizia que a encontraria no andar de cima onde toda a ação ocorria. Somente esperava que não tivesse que invandir um dos quartos privados e arrastá-la para fora. Damon teria sua bunda em uma tipóia, e provavelmente estaria impedido de usufruir das instalações por toda a vida.

Quando chegou ao topo das escadas, foi direto para a sala comum. Abriu a porta e para seu alívio não viu Angelina como a estrela da atração novamente. Mas a questão era, onde exatamente ela estava.

Lá, no canto da sala, ele a viu. Toda a respiração o deixou em uma corrida dolorosa.

Era como se alguém socasse em cheio no diafragma.

Luxúria e raiva disputavam o ar por igual. Angelina. Nua, apenas as cordas intricadas que lhe envolvia a parte superior do corpo, acima e abaixo de seus seios para que os pequenos globos ficassem exibidos para a sua melhor vantagem. Os mamilos — exuberantes e eretos — marrons escuros, como veludo.

Estava ajoelhada, com os cabelos longos deslizando para frente sobre os ombros. Seus braços estavam presos atrás dela, espalhava os joelhos, uma pose de súplica completa.

Deus, como desejava responder ao seu apelo para a dominação.

Três homens a cercavam, suas mãos tocando-a, deslizando por seus cabelos, chegando o dedo aos seus mamilos. Então eles içaram aos pés dela e levantarm o queixo, inclinando os lábios para encontrar o seu.

Ele saqueou sua boca. Explorou até ofegar por ar. Ele não foi gentil com ela, fato que enfureceu Micah. Sua reação o deixou perplexo. Sabia que não seria gentil com ela, mas outro homem tratá-la tão bruscamente provocou uma fúria dentro dele.

Quando o homem se afastou de Angelina, seus lábios estavam inchados e machucados.

Seus olhos brilhavam, e Micah, viu a necessidade que não estava sendo cumprida. Ela olhava com fome.

Como uma mulher que procura, mas não encontra.

Os outros dois homens, abaixaram em seguida, os lábios fechados sobre os mamilos salientes.

Ela deu um pequeno grito que parecia satisfazê-los. Agiam como dois homens famintos.

A imagem era provocativa e erótica como o inferno.

Será que lhes permitiria foder com ela? É isso o que ela queria? Ser dominada e possuída por vários homens?

Parte dele queria nada mais do que assistir enquanto a levavam, mas outra parte ficou indignado que a irmã de David estivesse aqui, sendo possuida por homens estranhos.

Outra voz sussurrou profundo, escuro — e sensual, deslizando sedutoramente em suas veias.

Você a quer. Quer ser o dono dela. Está com ciúmes. Você está louco de ciúmes.

Angelina foi levantada pelos dois homens que haviam se amamentado em seus seios. Cada um deles pegou um braço preso sob a curva de um dos joelhos espalhando até que estava aberta e vulnerável ao outro homem.

Adrenalina bombeou como um trovão nas veias de Micah. Ele estava fascinado com a visão da carne exuberante, feminina, estendida, aberta à invasão. Estava excitada. Sua boceta estava molhada e inchada, e ele suava enquanto imaginava guiar seu pênis através de suas dobras e impiedosamente abrindo-a com seus impulsos.

Suas bolas doíam ferozmente. Seu pau estava incrivelmente duro e gritando por alivio.

Uma mão feminina caiu sobre seu braço e sobre o seu meio, serpenteando até a virilha.

Surpreso e irritado com a interrupção, se virou para ver uma mulher ao lado dele, seus olhos brilhando de luxúria.

“Deixe-me cuidar disto para você,” ela murmurou quando cobriu a protuberância entre as pernas. “Enquanto você a observa.”

Foi tentador empurrá-la de joelhos, enfiando seu pau em sua boca enquanto assistia a Angelina. Mas não queria nada o distraindo.

Gentilmente, empurrou-lhe a mão e voltou seu olhar para Angelina.

Enquanto os dois homens a mantinham aberta, o primeiro homem baixou a cabeça e levou a língua sobre sua pele inchada.

Sua barriga arqueou, e quase saiu das mãos dos dois homens. O primeiro homem a seguiu com sua boca, sua língua mergulhando profundamente, sugando e se banqueteando em sua boceta.

Micah estava no perigo de fazer algo que ele não tinha feito desde que era adolescente. Se ele se ia gozar em suas calças.

Que gosto ela teria? Era tão doce quanto parecia ou todo o calor picante como o mal que brilhava nos olhos dela?

Porque você não está colocando um fim a isso? Por que está prestes a se masturbar enquanto vê Angelina sendo fodida por uma multidão de homens com tesão?

O homem comendo sua buceta afastou-se, lambendo os lábios como um gato satisfeito. Enquanto os outros dois homens a detinham, pegando um vibrador de uma das mesas próximas. Rasgou o embrulho nele e que brilhava à luz obscena.

Voltou para Angelina deslizando entre suas coxas. Seus dedos longos sondaram em sua entrada, acariciando para cima e para baixo e para dentro, enterrando seu dedo.

Angelina choramingou resistindo até que ele deu um tapa afiado em seu clitóris. Antes que pudesse reagir, posicionou o vibrador e enfiou fundo.

Seu grito ecoou pela sala. O homem se afastou, deixando o pau falso enfiado até o cabo em sua boceta. Ele gesticulou para os outros dois homens abaixa-la.

Eles a forçaram ficar de joelhos, e cutucou suas coxas separadamente.

“Segure isto,” o homem ordenou-lhe quando cutucou a base do pênis com o pé.

Ela acenou com aceitação, os olhos arregalados e tão malditamente inocentes que matou Micah naquele mesmo local.

O homem agarrou um par de prendedores de mamilos, em seguida, beliscou um mamilo entre os dedos antes de colocar um grampo para o ponto de toque de veludo.

Angelina mordeu o lábio, e Micah quase acenou com a aprovação.

Ele engoliu rapidamente. Ela não era dele, e ainda estava aqui lançando-se como seu mestre, silenciosamente, oferecendo a aprovação quando ela se apresentava bem.

Mova-se. Vá até ela.

Seus pés estavam envoltos em cimento. Todo o sangue em seu corpo estava agrupado em sua virilha. Precisava tanto de alívio que estava louco.

Estava fascinado por sua beleza. Até o erotismo puro da cena jogava com ele.

Os grampos estavam agora presos, o homem se afastou e metodicamente desprendeu seu jeans.

Não se preocupou em removê-los, alcançou e puxou seu pênis. Com isso em uma mão, foi para frente novamente.

Deslizou a mão livre por cima da sua cabeça, seus dedos em seus cabelos enrolados. De modo aspero, forçou sua cabeça para trás e guiou seu pau em sua boca.

Os outros dois homens também libertaram seus pênis de suas calças, mas estavam ao lado, acariciando suas ereções com mãos impacientes.

Micah observou fascinado quando o primeiro homem alimentava seu pau fundo na boca de Angelina.

Os músculos do seu pescoço incharam quando o homem abriu caminho para frente. Ela fechou os olhos, ele puxou a cabeça dela.

“Olhe para mim,” ordenou.

Abriu os olhos e olhou suplicante para ele. Ele recuou, permitindo-lhe um sopro rápido antes de empurrar novamente. Suas bolas incharam contra seu queixo, e Micah podia ouvir o som da sucção que ela fazia.

Então, seu olhar o encontrou. Olhava além do homem enfiando em sua boca e conectada com Micah. Ele congelou, sem saber o que fazer.

Calma apareceu em seus olhos, como se ela se sentisse mais segura agora que sabia que ele estava aqui. Seu corpo inteiro relaxou, e ela deixou seu mestre temporário foder sua boca com abandono.

E foda se não o fez. Mais e mais ele forçou em sua boca com uma brutalidade que fez Micah estremecer, e ainda não fez nada para detê-lo.

Seu olhar nunca deixou Micah quando se entregou ao homem fodendo sua boca.

De repente, o homem em sua boca puxou seu pênis fora. Os três homens sacudiram freneticamente suas ereções com esforço. Sêmen bateu nos lábios, as bochechas, peitos, ombros e costas suadas. Correndo para baixo de seu corpo em quente, fluxo espesso.

Finalmente eles ordenharam o último do lançamento, se aproximando de modo que todos os pingos caiam sobre sua pele.

E ela ainda olhava para Micah, olhar escuro com confiança. Micah sentiu-se mal, e ainda estava tão incrivelmente excitado que estava dolorido.

Angelina foi puxada para os pés quando os homens limparam o sêmen de seu corpo, mas ela soltou alguma coisa para eles, e com um rápido olhar na direção de Micah, eles se afastaram.

Ela ficou parada, olhando para ele. Seus braços amarrados atrás das costas, o pênis ainda depositado em sua boceta.

“Você sabe que você me quer,” disse ela em uma voz calma e desejosa. “Diga-me, Micah, eles fizeram isso certo? Foram muito gentis? Você teria me chicoteado pela infração mais leve? Você quer que seja seu pênis na minha boca?”

“Venha a mim. Livre-me,” ela sussurrou. “Leve-me.”

Uma névoa quente de necessidade explodiu sobre ele. Fechou a distância entre eles, seu pulso batia tão forte em seus ouvidos que o ensurdecia.

Ele segurou seus ombros, a luxúria ultrapassando-o, governando-lhe, sussurrando para tomar o que era dele.

Com movimentos rápidos, girou-a em torno e jogou-a sobre o braço de um dos sofás. Quando chegou para abaixar o zíper da calça jeans com uma mão, puxou entre as pernas dela para puxar o vibrador da sua boceta.

Ele veio devagar, seus tecidos inchados relutantes em liberar o pênis falso. Saiu com um ligeiro ruído de sucção, brilhando com seus fluidos.

Jogou de lado, quando os dedos, finalmente, puxaram seu pênis fora da calça. Estava com ela em um instante, a montando por trás como um animal no cio.

Estendeu-a, posicionando-se e empurrando violentamente para dentro dela.

Prazer explodiu por meio dele, o alívio tão intenso que o deixou tonto. Ela o desequilibrou. Foi áspero, apunhalando, empurrando, buscando puni-la só porque o agradava fazê-lo.

Empurrou para frente, determinado que ela tomasse tudo dele. Seus dedos estavam curvados nos punhos no baixo de suas costas.

Seu corpo tremia com a força de suas estocadas, e ele agarrou seus quadris, puxando-a de volta ao encontro de cada um.

Muito cedo, apenas alguns segundos, corria sua liberação com a fúria de uma tempestade, por meio de suas bolas, até seu pênis. Fechou os olhos e mordeu o grito de triunfo, jorrando profundamente dentro de seu corpo.

Nunca tinha se sentido tão primitivo, tão certo, tão absolutamente satisfatório.

Suas pernas tremiam e ameaçavam esmorecer. Ele se inclinou em seu corpo, ofegante.

Lentamente, recuperou a consciência. Seu corpo quente e doce tremia abaixo dele, sua boceta suavemente contraia ao redor de seu pênis ainda duro.

Oh Deus. Oh Deus. O que ele fez?

Abusou dela, a tomou. Tinha gozado dentro dela, pelo amor de Deus. Sem preservativo. Foda-se.

Foda-se. Foda-se. Ele a estuprou.

Suas mãos tremeram incontrolavelmente, agarrou seus quadris e cuidadosamente se retirou, encolhendo-se na corrida quente do sêmen que pingava de sua boceta inchada.

“Oh Deus. Angel,” ele sussurrou. “Angel. Garota me desculpe. Oh meu Deus, eu sinto muito.”

Ele puxou as cordas que amarravam as mãos e, em seguida, virou-a delicadamente do sofá para que pudesse desanuviar o resto da corda.

Ele não podia — não iria — encontrar seus olhos. Estava com muito medo do que veria. Ele a usou.

Ele a machucou. Quis morrer.

Quando o último da corda caiu, apressadamente puxou suas calças e depois a puxou para seus braços. Seu coração batia contra seu corpo como um pequeno pássaro tentando voar pela primeira vez. Irregular. Um pouco mais frenético.

Alisou a mão sobre seu cabelo e deu um beijo no topo de sua cabeça.

“Sinto muito, Angel. Nunca quis te machucar. Estou tão arrependido. Está bem? Será que eu...” Engoliu em seco. “Eu fiz algum dano? Jesus, eu nem mesmo usei um preservativo. Talvez devesse levá-la ao hospital.”

Nenhuma palavra jamais o havia machucado mais, mas devia isso não deveria se afastar do que tinha feito. Ele merecia ter seu traseiro chutado e jogado na prisão.

Angelina mexeu em seus braços e se afastou para que pudesse olhar para ele. O que viu o quebrou. Confiança. Ainda brilhando nos olhos moles. Seus intestinos torciam em um enorme nó que ameaçava sufocá-lo.

“Você não me machucou,” disse ela suavemente. “Nunca tive um orgasmo tão bom na minha vida.”

Ela gozara? Ele se envergonhou em admitir que não tinha dado um minuto de pensamento para o seu prazer ou cuidado. Tinha sido uma fodida máquina irracional apenas procurando ganhar alívio de seu tormento.

Ela estendeu a mão para tocar seu rosto, seus dedos sobre sua bochecha, até que finalmente cobriu seu queixo.

“Você só fez o que lhe pedi para fazer, Micah. Como isto está errado?”

“Você é muito doce, muito generosa e muito ingênua,” ele rosnou. “Onde estão suas roupas?”

Ela apontou para uma cadeira a poucos metros de distância onde o seu jeans, roupa íntima, camisa e sapatos estavam.

Ele se separou, e depois voltou com tudo.

Gentilmente e, pacientemente, como sabia ser, ele vestiu-a, tomando cuidado para não esfregar as partes de seu corpo ferido. Toda vez que viu uma impressão digital, ou uma área vermelha, onde as cordas tinham cavado em sua pele, sentiu-se doente.

Finalmente, entregou-lhe os sapatos, e ela os calçou.

“Vamos para casa, Angel. Precisa de alguém para cuidar de você esta noite.”

Ela sorriu levemente.

“Eu amo o modo que isso soa vindo de você.”

 

Angelina mal teve tempo de estacionar seu carro antes que Micah abrisse a porta e pedisse para sair. Para sua surpresa total, ele a pegou em seus braços e começou a carregá-la em direção a porta de seu apartamento.

“Micah, eu posso andar,” disse com uma risada.

Ele a ignorou e continuou andando. Na verdade, não queria discutir o ponto, porque estava em seus braços, afinal, suspirou e se aconchegou em seu peito.

Esgotamento bateu, e seus membros estavam pesados e carregados. Ela queria dormir por cerca de doze horas, de preferência nos braços de Micah, mas não estava enganando-se sobre essa possibilidade.

Ele ficou horrorizado com o que aconteceu. A culpa em seus olhos fez seu intestino apertar. Para um cara que se orgulhava de seu controle de ferro, o que aconteceu não foi apenas uma presumida traição dela, mas também dele mesmo.

Ela não podia se sentir mal, no entanto. Nunca o alcançaria se ele permanecesse no controle.

E ela ainda tremia sobre a força bruta que exibiu quando a tinha levado.

Levado. Parecia um termo tão inofensivo para descrever isso. Ele a possuiu. Possuída. Tinha sido completamente e totalmente sua, em seu poder de fazer o que quisessse com ela.

Desejo e luxúria chiaram e queimaram baixo em seu abdômen, apesar de pensar que não pudesse ser despertada novamente.

Ela adorava o seu toque. Seu poder. A maneira como não tinha pedido. Ele simplesmente pegou o que considerava seu.

Estremeceu novamente quando ele deu uma cotovelada no seu caminho para o apartamento.

“Você está com frio?” Ele perguntou preocupado.

Ela balançou a cabeça.

“Não, só lembrando.”

Ele endureceu, e o olhar torturado voltou ao seu rosto. Ela começou a corrigir o seu engano de que era uma lembrança ruim para ela, mas ele colocou-a sobre o sofá e foi imediatamente sobre a remoção de seus sapatos.

“Estou indo começar um banho quente para você,” disse ele em voz baixa. “Vai fazer você se sentir melhor. Leve o seu tempo. Está com fome? Quer que eu te consiga alguma coisa para comer?”

Ela sorriu.

“Um chuveiro soa celestial, e não, eu não estou com fome.”

“Certo, já volto.”

Observou-o se distanciar, com o rosto vincado em linhas de preocupação. Com um suspiro, ela afundou contra o encosto do sofá e fechou os olhos. Sempre, sempre soube que sexo com Micah seria nada menos que incrível.

Ela almejou aquela extremidade mais escura, a linha tênue entre o certo e o errado. Ele era tudo que queria e queria ele como era. — escuro, sombrio, sem remorso — não como ele achava que deveria ser. Ela queria ser dele.

“Angel?”

Ela abriu os olhos para ver Micah em pé, sua preocupação, brilhando em seus olhos.

“Você tem certeza que está bem? Ainda posso levá-la ao hospital. Você está machucada em algum lugar?”

Rapaz, eles estavam indo ter uma longa conversa, quando ela saisse do chuveiro. Este complexo de culpa logo iria desgastar seus nervos.

Estendeu a mão para que ele pudesse ajudá-la, e rapidamente pegou sua mão e puxou-a gentilmente para uma posição ereta. Ignorando completamente a sua pergunta, ela foi em direção ao banheiro, sua necessidade de litros e litros de água quente superavam o seu desejo de chutar o traseiro de Micah.

Os espelhos do banheiro já estavam embaçados, e ela soltou um suspiro feliz quando entrou no chuveiro. Por um longo momento permaneceu sobre o jato, fechando os olhos aliviando a sensação das mãos de Micah sobre ela, seu pênis dentro dela e o orgasmo mais intenso de sua vida. Acendeu como um fogo de artifício no momento que ele empurrou para dentro dela. Começou a entrar e não parou até que tinha encontrado sua própria libertação rápida.

Percebendo que havia passado muito tempo no chuveiro e Micah estava, provavelmente, fazendo um buraco no tapete da sala, desligou a água e saiu para se secar. Tinha acabado de colocar a toalha enrolada em volta dela quando a porta se abriu e Micah enfiou a cabeça dentro.

Após uma rápida olhada, provavelmente para ver se ela estava decente, ele entrou no pequeno banheiro.

“Você demorou muito tempo. Queria ter certeza que estava tudo bem,” disse rispidamente.

Com um suspiro ela deixou a toalha cair de modo que ficou nua diante dele. Ele deu um passo apressado para trás, e ela quase revirou os olhos. Não era como se fosse saltar sobre ele.

“Eu estou bem, veja.”

Ela virou-se em um círculo para que ele pudesse ver o corpo dela por si mesmo.

Não conseguia controlar o tremor quando seus dedos escovaram através de uma contusão leve no quadril.

“Machuquei você,” ele disse, sua voz carregada de arrependimento.

“Me machuco fácil, Micah. Você não me machucou.”

Quando ela voltou-se totalmente, ele levou as mãos e virou-lhe os pulsos mais. Seu polegar esfregava através das linhas vermelhas deixadas pelas cordas, e sua expressão ficou tempestuosa.

“Eles amarraram muito apertado. Não havia necessidade para machucar. Eu deveria ter parado e colocado um fim a tudo isso.”

“Por que não fez?” ela perguntou, curiosa.

Ele engoliu em seco e desviou o olhar. Então pegou a toalha e cuidadosamente embrulhou-a em torno dela.

“Vá vestir algo. Pode pegar meu roupão, se quiser. Há muito que precisamos falar, e não pode esperar.”

Ela franziu o cenho pela urgência na voz dele e pegou o roupão pendurado no toalheiro.

“Vou estar na sala de estar. Tem certeza que não quer algo para comer?”

“Vá,” disse ela, enxotando-o com as mãos.

Ele afastou-se do banheiro, e Angelina deixou a toalha cair para colocar o roupão, balançando a cabeça o tempo todo. Secou seu cabelo completamente antes de pentear rapidamente para se livrar dos emaranhados.

Esfregando seu rosto, ela saiu do banheiro e voltou para a sala, onde Micah estava sentado no sofá, com os cotovelos sobre os joelhos, a cabeça abaixada.

Quando ele ouviu, olhou para cima, em seguida, se levantou.

“Sente-se”, insistiu ele.

Ela pulou no sofá, tomando cuidado para manter o roupao reunido em torno dela.

“Angel, acho que devemos levá-lo ao pronto-socorro.”

“Mas eu não estou ferida!”

“Eu não usei camisinha.”

“Sim, eu sei.”

Micah passou a mão pelo cabelo.

“Não. Há injeções que podem lhe dar? Você sabe, assim não engravidará? Ou, pelo menos, uma pílula que possa tomar?”

Ela se inclinou para frente, desejando que ele tivesse, pelo menos, sentado mais vez perto, menos desajeitado, estava tão tenso, que parecia que iria implodir a qualquer momento.

“Micah, venha sentar-se aqui. Por favor.”

Deu um tapinha no espaço ao lado dela, e ele hesitou antes de finalmente caminhar para se sentar onde fez um gesto.

“Entendo que você esteja se sentindo culpado. Penso que esta noite inteira não foi nada como você pensou que seria, nem queria. Mas está fazendo uma série de hipóteses e está tomando o crédito para os pecados que não cometeu.”

“Que inferno está querendo dizer?” murmurou ele.

“Estou no controle da natalidade. Não sou uma idiota. Não iria me arriscar assim. Também fiz questão de ter certeza que aqueles homens que eu estava jogando não iriam longe demais. Com ou sem preservativo.”

“Eu não lhe dei escolha,” disse ele dolorosamente.

Ela deu-lhe um olhar paciente.

“Pedi que você me desse. Empurrei você. Provoquei-o e tive exatamente a resposta que queria. Apesar do que pode pensar, não sou muito jovem. Sou responsável, ou a principal responsável,” acrescentou ela, com um ligeiro toque de seus lábios.

“Não é apenas sobre a gravidez. Não a protegi. Não me protegi,” acrescentou. ”Porra, Angel, nunca fiz sexo sem usar um preservativo, não na minha vida. Mesmo quando perdi minha virgindade há muito tempo atrás, eu usei uma proteção.”

“Entendo porque você está chateado. Estou segura. Vou entender se não quiser tomar minha palavra para isso. Posso fazer qualquer teste que você deseja. Tive sexo desprotegido uma vez. Era uma adolescente. Foi a minha primeira vez. Nós dois sabíamos melhor, porque Deus sabe que David tamborilou o conceito de sexo seguro na minha cabeça muitas vezes.” Ela sorriu tristemente. “Ele sempre foi muito mais que um pai para mim, do que o nosso verdadeiro pai sempre foi. Enfim, disse a ele o que aconteceu. Ficou desapontado, mas logo me levou ao médico para que eu pudesse obter uma receita para o controle da natalidade, e também me comprou preservativos suficientes para durar uma vida inteira e me disse que já não tinha uma desculpa para não carregá-las comigo a todo o momento.”

Micah sorriu.

“Esse era David. Sr. Preparado.”

“Sinto falta dele.”

“Sim, eu também.”

“Micah?”

“Sim, Angel.”

“Sobre esta noite.”

Micah estendeu a mão e apertou a mão dela.

“Estou mais arrependido por hoje à noite do que você jamais saberá. Cortaria meu braço direito antes que pudesse machucá-la. Precisamos chegar a um entendimento. Quero você aqui. Quero ajudá-la. Não quero você lá fora, sozinha. Mas preciso saber que você está segura, e prefiro que não vá a lugares como A Casa.”

Ela soltou a respiração, as bochechas soprando em frustração. Havia tanto na sua declaração, que ela quis negar, recusar, mas agora não era o momento. Não queria que ele se arrependesse, e certamente queria ter certeza que o que aconteceu esta noite acontecesse de novo. E novamente.

Tudo o que queria era enrolar em seus braços e descansar. Só por um momento enquanto sentia a sua força e a ternura que sabia que ele era capaz de dar. Sim, queria seu poder, seu controle, seu domínio, mas acima de tudo, o seu cuidado completo. Seu olhar. Seu amor.

“Segure-me,” ela sussurrou enquanto se inclinava em direção a ele. “Por favor?”

Ele hesitou, como se oscilasse à beira de indecisão. Ela não lhe deu a chance de negar. Fechou o seu espaço, abraçando contra seu peito e colocando os braços ao redor de sua cintura. Descansou a bochecha contra a sua clavícula e aninhou a cabeça um pouco abaixo do queixo.

Nada iria estragar esse momento para ela. Iria saborear cada segundo doce.

Cautelosamente os braços enrolaram em volta dela, e se inclinou para trás, levando-a com ele enquanto reclinava no encosto do sofá. Eles ficaram em silêncio enquanto distraidamente esfregava a palma para cima e para baixo de suas costas. O calor de seu toque queimava-a, mesmo através do material espesso do roupão.

“Não quero que se arrependa, Micah,” ela disse suavemente. “Não estou. Você não entende? Conheço você. Posso dar o que precisa.”

Seu corpo inteiro ficou duro. Por um longo momento estava sentado ali, a mão ainda em suas costas.

E quando finalmente falou, a absoluta certeza na voz dele a fez afundar em seu coração.

“Mas eu não posso dar o que você precisa, Angel.”

 

Angelina marchou para a cozinha em um shorts de pijama e uma camisa minúscula, bocejando largamente enquanto esfregava os olhos.

“Quer comer alguma coisa?” Micah perguntou. “Estou fazendo torradas e suco.”

Ela estava junto ao balcão e olhou em volta como se estivesse tendo uma dificuldade em conseguir seus pensamentos. A culpa o esmagou. Parecia cansada e vulnerável, e ele ainda não estava convencido de que não a tinha machucado. Era uma mulher pequena e ele não era um homem pequeno.

Seu intestino todo apertou quando lembrou a sua boceta o agarrando e se apossando dele. Tão apertado que teve que forçar sua entrada, empurrando contra a resistência natural do seu corpo.

Jesus, tinha que parar de pensar nela. Isso era uma loucura. Era a irmã de David.

Confiava nele, e usou sua imagem de uma forma imperdoável para saciar seu desejo quando qualquer uma das outras mulheres naquela sala teria estado mais do que disposta a tomar o que ele queria.

Mas ninguém havia disparado seus sentidos, tão docemente, a aparência inocente de Angelina, uma mulher que sabia tudo o que ele tinha tentado tão duramente esquecer.

Sua cabeça ergueu quando a campainha tocou. Mas que diabos? Eram seis da manhã.

“Vou atender,” Angelina disse quando começou a avançar.

“Não acho que—”

Mas ela já tinha desaparecido no corredor.

Angelina abriu a porta e espiou para dois homens de pé a poucos metros de distância.

Ambos eram altos. Um deles era solidamente musculoso e parecia intimidar com a cabeça careca e cavanhaque. Um aro de ouro pequeno pendia de sua orelha esquerda. Não era alguém que gostaria de encontrar em uma rua escura.

O outro homem era magro, mas não menos musculoso, e usava o cabelo loiro lamacento em estilo militar obrigatório. Ambos estavam em jeans desbotado e camisas casuais, e olharam para ela com curiosidade.

“Você deve ser a irmã de David,” o cara com o cabelo loiro disse.

“Uh, sim,” ela disse com cautela.

“O que vocês dois cabeça dura estão fazendo aqui a esta hora?” Micah rosnou atrás dela.

Ela empurrou ao redor apenas quando Micah puxou para trás e deu um passo em direção aos dois homens.

“Não vai nos apresentar?” Ela murmurou.

Micah fez uma careta.

“Pessoal, essa é Angelina Moyano. Angel estes são Connor Malone e Nathan Tucker.”

“E qual é qual?” Ela perguntou em diversão.

O careca sorriu, transformando suas covinhas em charme juvenil.

“Sou Nathan.” Ele apontou o dedo para o lado. “Este é Connor. Trabalhamos com Micah.”

“Isso não explica o que diabos vocês estão fazendo aqui,” disse Micah sombriamente.

“Ah, bem, você estava desaparecido até agora, então nós só estávamos verificando para ver se estava vindo,” disse Connor.

Micah jogou dois olhares assassinos, sugerindo que não tinha acreditado em uma palavra que disseram. Angelina limpou a garganta para disfarçar e riu.

“Bem, foi um prazer conhecer vocês dois, mas realmente preciso me vestir e ficar pronta para o trabalho.”

Ao que parecia Micah tinha esquecido tudo sobre os seus dois amigos.

“Você já encontrou um emprego?” Perguntou ele. “Onde? Fazendo o quê?”

“Num pequeno café a duas quadras daqui.”

“Garçonete? Por que inferno uma garçonete? Sei muito bem que David deve estar revirando no túmulo. Assegurou que fosse capaz de ir para a faculdade. Fez pós-graduação, não é?”

“Você saberia se você se preocupasse em estar lá,” disse ela levemente para disfarçar o flash rápido de ferida. “Você partiu rápido o suficiente depois que David e Hannah morreram.”

Imediatamente a face de Micah tornou-se um muro de pedra.

“Isso é, o suficiente.”

Ela olhou entre ele e as expressões confusas de seus amigos.

“Eles não sabem sobre Hannah?”

“Vejo vocês dois no trabalho,” disse Micah diretamente para Connor e Nathan antes que batesse a porta na cara deles.

Ela olhou para Micah.

“Não, não contou?”

“Não falo sobre Hannah,” ele disse em uma voz firme. “Nunca falei sobre David até que você chegou e tive que explicar quem era.”

Ela se virou e caminhou pelo corredor em direção ao seu quarto.

“Angel,” ele chamou.

Mas ela o ignorou e fechou a porta para cortar a conexão.

Afundou-se na cama, em seguida, caiu para trás para olhar o teto. Talvez ele não tivesse deixado Hannah ir depois de tudo. Ainda estava profundamente apaixonado por ela? É por isso que estava convencido de que não podia dar a Angelina o que ela precisava? Ainda estava de luto por sua esposa morta?

Quando ele foi a Miami pela última vez, pouco antes de Angelina vir para Houston, tinha estado segura de que ele ia deixar ir. Observara de uma distância, quando ele tinha visitado as sepulturas de David e Hannah e se perguntou por que ela não era suficientemente importante para ele ao menos ir verificar. Tinha havido uma finalidade às suas ações, e ela soube então que ele não estaria de volta. Foi o que a levou, finalmente, a atuar sobre os seus sentimentos de longa data por ele. Três anos era muito tempo para chorar um amor perdido.

“Oh, Micah,” ela sussurrou. “Você estava correndo de seu passado todo esse tempo? Já tentou esquecê-los? É por isso que me deixou? Sou a lembrança de tudo que você perdeu?”

Ela estava tão certa que Micah estava pronto para amar novamente, mas agora... Agora não tinha tanta certeza.

Emoção atou em seu estômago. E o medo. O medo de ficar sozinha novamente. Porque sabia, sem sombra de dúvida que não poderia ficar aqui.

Não podia fingir que tinha um relacionamento platônico com Micah. Não esconderia seus sentimentos, não que pudesse. Não depois de escondê-los por tanto tempo.

Pensou que a melhor abordagem seria ser direta, mas agora percebeu que o empurrou muito duro, muito rápido. Viu o olhar assombrado e triste em seu rosto quando disse o nome de Hannah. Nenhum homem olhava assim apenas com a mera menção do nome de alguém do passado, causando dor.

E não podia ficar, se não tivesse a chance de ganhar seu coração.

 

Micah não tinha planejado ir para o trabalho naquela manhã em tudo. Como poderia deixar Angelina depois do que ele fez? Ele já havia chamado Pop antes de Nathan e Connor, aparecerem todos curiosos sobre Angelina e querendo um vislumbre. Bastardos curiosos.

Tinha toda a intenção de passar a manhã com Angelina, por nenhuma outra razão além de estabelecer algumas regras básicas quanto ao seu relacionamento. Relacionamento. Jesus. Ele não tinha certeza do que eles tinham, mas a deixou sozinha para cuidar de si, mesmo depois que David morreu, dificilmente seria a base de um relacionamento.

Antes que pudesse fazer Nathan e Connor partirem, ou dizer-lhes que não estava indo ao trabalho, Angelina caiu em toda aquela baboseira sobre seu trabalho, em seguida, Hannah tinha sido mencionada e Angelina tinha fugido para o seu quarto.

Ele saiu, porque a ideia de permanecer em seu apartamento era suficiente para levá-lo a loucura. E assim, lá estava ele, dirigindo. Sem destino claro. Um pacote novinho de cigarro deitado no assento ao lado dele — já metade tendo sido consumido.

Tanta determinação em parar.

Seus pulmões se sentiriam uma merda depois, mas por agora inalar cada um, era o que estava guardando o pouco de sua sanidade intacta.

Diminuiu quando chegou à enorme casa de Damon, e por um longo momento, ficou sentado em seu caminhão, olhando para a calçada. Não tinha a intenção de acabar aqui, mas talvez soubesse que precisava limpar o ar com Damon. Queria que Damon ouvisse isso dele, e não obtê-lo de segunda mão de alguém que tinha visto tudo na Casa.

Depois de largar o cigarro fora de sua janela, puxou para a calçada e dirigiu até a casa. Damon podia até não estar em casa, embora gastasse muito do tempo de trabalho em casa, agora que ele e Serena estavam casados. Ela mudou seus escritórios para sua casa e continuou executando o seu negócio, Fantasy Incorporated, após o incentivo de Damon.

Micah gostava de Serena. Teve as suas dúvidas no início, se ela poderia ser o tipo de mulher que faria Damon feliz. Uma mulher submissa. Não apenas na cama, mas em todos os aspectos. Mas os dois estavam felizes, e embora Serena tivesse dúvidas no início de seu relacionamento, ela não tinha desistido, e tinha o maior respeito e carinho de Micah.

Além de David, Damon foi o mais próximo que Micah havia permitido a alguém. Ah, os caras no trabalho eram os seus camaradas. Não havia nenhuma dúvida sobre isso. Grandes amigos. Gostava de todos eles.

Mas nunca confiou algo de sua vida, antes de sua chegada em Houston. Só Damon sabia de seu relacionamento com Hannah, e que ele e David... Compartilhavam ela.

Antes de estar totalmente fora do caminhão, olhou para cima para ver Damon em pé na soleira da porta aberta da casa. Estava encostado na moldura da porta, observando Micah enquanto caminhava em direção a ele.

Quando estava a poucos metros de distância, Micah parou e enfiou as mãos nos bolsos das calças de brim.

“Preciso falar com você, Damon.”

Damon assentiu.

“Vamos entrar. Nós podemos ir para o terraço. Espero que você não se importe que Serena se junte a nós por um momento. Este é o nosso dia juntos, e não gosto de ficar longe dela.”

“Não quero interromper,” Micah começou.

Mas Damon ignorou e apenas fez um gesto para ele seguir. Micah suspirou. Damon era um bastardo suave. Surpreendia a Micah, da mesma forma como eles se davam tão bem. Nem gostava de mexer, e ambos estavam acostumados a fazer as coisas à sua maneira.

“Quer um café para ir com todos os cigarros que você fumou?” Damon perguntou à medida que pisava fora do terraço.

Micah fez uma careta.

“O cheiro está ruim, hein.”

Damon sorriu.

“Pensei que você ia parar? Ou foi na semana passada.”

“Foda-se,” Micah resmungou. “Não tinha fumado um cigarro em três semanas, até hoje, e antes tinha reduzido para um ou dois por dia no máximo.”

“Então, o que o levou a deixar seu pulmão preto hoje?”

Damon sentou-se e acenou para Micah fazer o mesmo. Micah afundou em uma das cadeiras do pátio e rapidamente fechou os olhos.

“Você já fez alguma coisa que sabia que em seus ossos era imperdoavelmente errado? Não apenas um erro, mas algo que ia contra cada um de seus princípios?”

A expressão de Damon era de pensativo.

“Não posso dizer que tenha.”

“Merda,” disse Micah friamente.

Houve uma breve hesitação.

“O que aconteceu?”

Micah lutou com o que dizer, como dizê-lo. E então percebeu que não havia maneira bastante simples para colocá-lo.

“Praticamente estuprei Angelina na Casa a noite passada.”

Para crédito de Damon, ele não reagiu. Não disse nada, nem mudou sua expressão.

Ele apenas esperou.

Micah comentou o episódio inteiro, a partir do momento que entrou para ver os três homens com Angelina, ele a jogando ao final no sofá e comendo-a. Sem preservativo.

“Você perdeu o controle.”

“Eu a estuprei.”

Damon balançou a cabeça.

“Mesmo Angelina desmentindo. Você mesmo disse. Ela queria o que aconteceu.”

“Não lhe dei uma escolha. Porra, Damon. O que fazemos é tudo sobre escolhas. Tomamos, tomamos um monte de uma mulher, mas é porque ela escolheu lhe dar. Eu sou exigente. Gosto de mulheres submissas. Completamente e totalmente submissa. Mas nunca, nunca perdi o controle assim. Nunca feri uma mulher.”

“Você tem falado com Angelina? Lhe contou tudo isso?” Damon perguntou.

Micah suspirou.

“É complicado. Tenho a sensação... Acho que ela quer mais de mim. O que quero dizer é que quer algo que não posso dar a ela. E não vou usá-la como um brinquedo sexual. Ela merece mais do que isso. Não entendo minha reação a ela. Já tive mulheres desde Hannah. Gostei de algumas. Mas com Angelina há algo que simplesmente não consigo explicar. Não é divertido, é descontraído com ela. Não é sensual, é casual. Não posso ficar perto dela e não querer levá-la mais. Tenho esses pensamentos escuros. E porra, Damon, ela é irmã de David. De todas as mulheres do mundo, ela está fora dos limites.”

“Por quê?”

Micah olhou para ele como se ele tivesse perdido o juízo.

“Que diabos você quer dizer, por quê? É auto explicativo. Inferno. Ela viveu comigo e com David e Hannah por um ano... Ela é da família.”

“Ela não é da família, Micah. Ela é irmã do seu melhor amigo. Grande diferença.”

“Não posso acreditar que está tão calmo sobre isso,” resmungou Micah. “Pelo amor de Deus, Damon, estuprei uma mulher em seu clube.”

“É por isso que você veio? Você me quer para puni-lo? Quer que o expulse e diga-lhe para nunca mais voltar? Diria que você está fazendo um bom trabalho de bater em si mesmo. Não precisa da minha ajuda.”

Micah soltou um som de frustração.

“Vá para casa e fale com Angelina, Micah. Acho que isso tem batido você para fora, mas o que fez não foi estupro. Ela estava disposta. Muito disposta, eu diria. Você vai ficar sentado e me dizer que nunca fodeu uma mulher quando estava amarrada e indefesa sob suas mãos?”

“Ah, talvez eu devesse voltar,” Serena sussurrou por trás deles.

Ambos os homens viraram para vê-la ali, a sua expressão insegura, como se tivesse medo de se intrometer. Micah suavizou sua expressão, não querendo deixá-la fora.

Ela olhou para baixo auto consciente em seu roupão de seda que caia no meio da panturrilha, e Micah sabia que era tudo o que estava usando. Seus pés estavam descalços, mas Damon sempre brincava com ela sobre seu amor por ter seus pés descalços.

Damon simplesmente estendeu a mão para ela, e caminhou até se ajoelhar ao lado dele. Deitou a cabeça no seu colo e esfregou seu rosto carinhosamente sobre sua coxa.

“Minha Serena, o que eu disse? Seus joelhos estão fracos.”

Ele puxou-a em seu colo e passou os braços possessivamente ao redor de sua cintura, deixando sua mão sobre a curva de seu quadril.

“Olá, Serena,” disse Micah com um sorriso.

Ela sorriu de volta.

“Estou interrompendo? Vocês dois pareciam tão sérios.”

Micah sentiu seu peito afundar um pouco. Ele amava essa mulher. Amava todas as mulheres que seus amigos tinham se enganchado.

“Damon estava chutando a minha bunda. Você provavelmente salvou o pouco que restava dela.”

Serena arqueou uma sobrancelha incrédula. Damon acariciou o pescoço dela, beliscando de leve na curva de seu ombro.

“Micah está tendo problemas com uma mulher,” disse Damon a título de explicação.

“Legal, Damon. Fodidamente legal. Desculpe, Serena.

Ela riu e acenou com a mão.

“Você está realmente com problemas com uma mulher? Nunca pensei ver o dia. Não, as mulheres geralmente se atiram em você em todas as direções?”

“É complicado, e apreciaria se você não contasse as meninas. Elas só diriam a Nathan e Gray, que usariam todas as oportunidades para fazer minha vida um inferno.”

Serena sorriu gentilmente. “Não vou dizer nada a Julie e a Faith. Elas te amam, você sabe. Elas ajudariam sem qualquer problema, mesmo se você nunca precisasse. Então, se você quiser falar...”

“Obrigado, doçura,” disse ele com afeto genuíno. “Amo todos vocês muito também. Mas isto é... isto é algo que vou ter que trabalhar comigo mesmo. Esperava... Esperava que, quando me mudei para cá, tivesse deixado meu passado para trás. Foi um erro, e estou pagando por isso, agora. Fiz algumas escolhas ruins e feri alguém no processo. Agora tenho que descobrir como fazer as pazes com ela.”

Serena estendeu a mão e tocou a dele.

“Se há algo que eu possa fazer para ajudar...”

Soprou-lhe um beijo mudo.

“Aprecio isso. Vocês dois.”

Ela franziu o nariz.

“Não prometi no entanto, não contar a Faith que você está fumando de novo.”

Micah fechou os olhos e gemeu.

“O que há com vocês? Pelo amor de Deus, não conte a Faith. Pelo menos Julie acenderá comigo de vez em quando, quando Nathan não está olhando. Mas Faith é como um touro maldito. Ralha, Resmunga, Importuna. Não sei como Gray a aguenta.”

“Micah, sobre a sua... mulher... Existe alguma coisa que possa fazer? Quero dizer, ela é nova aqui? Ouvi o suficiente das suas conversas para obter a impressão de que ela não era daqui e que era alguém que conheceu no passado. As meninas e eu poderiamos apresentar as coisas para ela, talvez sair e se divertir um pouco, diversão feminina.”

Tanto ele quanto Damon gemeram.

“Inferno, mulher, a última vez que todas saíram para a diversão feminina, terminaram quase desmaiadas no chão do Cattleman, e Nathan teve de me ligar e a Gray para buscar vocês.”

Micah suspirou. Ele queria ser capaz de confiar em Serena, mas ela estava perto de Faith e Julie, duas mulheres que ele tinha sido íntimo. Seria tão estranho quanto o inferno expor Angelina a elas e vice-versa.

”O que é isso?” Serena perguntou. “Você parece tão... despedaçado.”

Damon apertou a mão dela com carinho.

“Não o pressione amor.”

“Não, está tudo bem,” disse Micah. “É complicado. Juro que continuo dizendo isso, mas não há melhor maneira de explicar.”

Ele olhou para Serena, e engoliu.

“Angelina é, foi, a irmã do meu melhor amigo... Eu estava casado.” As palavras quase o estrangularam, mas pelo menos não teve de dizer o nome de Hannah.

Serena olhou para ele em choque.

“Casado? Por que ninguém sabe disso? Quero dizer por que é um segredo?”

“Damon sabe, e mais uma vez— complicado. David e eu... nós amavamos a mesma mulher. David era meu parceiro na policia. Nós dividiamos tudo. Incluindo a mulher com quem casei.”

A boca de Serena formou um O de surpresa.

“A coisa é, eu amo Faith e Julie, e você sabe que tive algo com as duas. Tive trios com eles. Casual. Divertimento. Sem sentido. Mas a última coisa que quero e que elas saibam ou suspeitem que o tempo todo eu estava fazendo amor com elas, eu estava fingindo que estava com outra mulher. Elas não merecem isso e nunca iria machucá-las dessa forma.”

Os lábios de Serena viraram em uma careta infeliz.

“Oh, Micah. Sinto muito. O que aconteceu?”

Micah se mexeu desconfortável com a ideia de derramar suas entranhas pela segunda vez que Hannah morreu. Um centavo e toda essa baboseira. Ele já havia ido tão longe, e Damon provavelmente iria dizer a ela mais tarde, de qualquer maneira.

“David e Hannah morreram em um acidente de carro.”

Lágrimas encheram os olhos de Serena.

“Que horrível você perder seu melhor amigo e a mulher que amava, ao mesmo tempo.”

“Todos pensavam que eles estavam me traindo,” disse Micah amargamente. “Que estavam saindo da cidade juntos. Nós não anunciamos o nosso relacionamento. Hannah casou comigo, mas David estava em igualdade na relação. Não tive a minha cabeça no trabalho, depois que morreram. Todos tinham pena de mim. Observando e falando nas minhas costas. Cometi um erro estúpido, fiquei ferido. Foi fácil para mim usar isso como desculpa qualquer e simplesmente ir embora. Só deixei Angelina, e, se Deus me ajude, eu nunca dei-lhe outro pensamento. Sou um bastardo egoísta e meus pecados não param por aí.”

”Mas ela está aqui agora,” Damon apontou. “Uma boa oportunidade para expiar os pecados, você não acha?”

“Teria sido se eu não tivesse os agravado,” disse Micah dolorosamente.

“Pare de ser tão duro consigo mesmo. Angelina parece-me uma mulher muito resistente, inteligente, que sabe exatamente o que quer e não tem medo de ir atrás.”

“Se eu soubesse o que ela queria,” disse Micah com um suspiro.

Damon levantou uma sobrancelha.

“Pensei que fosse óbvio, Micah. Claramente, ela quer você.”

 

Angelina evitou um cliente não olhando para onde ele estava indo, continuando a limpar à mesa com a bandeja que estava carregando. Seu primeiro dia não tinha sido uma moleza, de qualquer maneira, mas rapidamente pegou o ritmo, e seu treinador já a tinha soltado sozinha para servir sua própria pequena parcela de mesas.

Ela distribuia os pratos com um sorriso e voltava para a cozinha quando o gerente apontava para ela parar.

“Mesa seis é sua.”

Ela assentiu e virou-se naquela direção, em seguida, parou em seu caminho. Os amigos de Micah, Nathan e Connor estavam sentados à mesa com outro homem. Com os olhos neles, ela tirou seu bloco de pedidos para fora de seu avental e se aproximou da mesa.

Pelo menos eles não agiram surpresos ao vê-la.

“Deixe-me adivinhar. Vocês estavam apenas passando pela vizinhança.” Ela disse com voz arrastada.

Connor sorriu.

“Claro que não. Entramos em outros dois cafés, antes de encontrarmos o caminho certo.”

“Uh-huh. Alguma razão em especial ou vocês não se fartaram de um atrativo esta manhã?”

“Isso se deve a curiosidade,” disse Nathan. “Não é todo dia que temos a oportunidade de ver Micah torcendo as bolas ao vento. Queria ver a mulher responsável.”

O outro homem limpou a garganta.

“Desde que, esses idiotas não vão me apresentar, sou Gray Montgomery, cunhado de Connor.”

Ela estendeu a mão.

“Sou Angelina Moyano.”

“Nome muito bonito,” disse Gray quando pegou a mão dela em seu pulso firme.

“O que posso fazer por vocês?” Ela perguntou quando retirou a mão.

“Ah inferno, nós não viemos para comer,” disse Nathan.

“Fale por si mesmo,” Connor protestou. “Vou querer o especial com o molho. Ah, e me traga um cheeseburger, do grande, e algumas batatas fritas com isso, também.”

Angelina ficou boquiaberta com ele.

Gray apenas balançou a cabeça.

“Ele tem um buraco no estômago.”

Angelina deixou seu olhar vagar para baixo do corpo muito oportunamente de Connor. Onde quer que colocasse tudo isso, certamente não durava.

“Só café para mim,” acrescentou Gray.

“Vou tomar um chocolate batido,” disse Nathan.

“É para já.”

Ela se virou e parou em outras mesas em seu caminho para a cozinha, enchendo as bebidas antes de fazer o pedido sem fim de Connor. Ela balançou a cabeça quando inseriu as informações no sistema de pedidos. Como poderia comer tanto e ainda ser tão musculoso como era? Devia fazer um monte de exercícios, ou era uma daquelas pessoas repugnantes, abençoadas com genes realmente bons.

Em seguida, pegou suas bebidas e levou para a mesa.

“Então, você vai ficar aqui?” Connor perguntou casualmente. “Quero dizer, em Houston. Permanentemente. Ou está só de visita?”

“Sim.”

Todos olharam envergonhados quando ela não ofereceu nada de mais.

“Isso foi um sim, você vai ficar ou um sim, você está só de visita?” Nathan perguntou.

Ela sorriu. Eles eram bonitos, em uma espécie de maneira óbvia.

“Talvez vocês possam me ajudar com alguma coisa.”

Eles olharam para ela com curiosidade.

“Preciso de um lugar barato para ficar e, de preferência em algum lugar que não precise conhecer a minha história de vida.”

Gray fechou a cara para essa afirmação. Nathan franziu a testa e Connor somente a estudou com uma expressão inescrutável. Fizeram-na desconfortável, e naquele momento percebeu que tinha subestimado o seu encanto brincalhão.

“Você não deveria estar falando sobre isso com Micah?” Nathan perguntou com cuidado.

Ela torceu os lábios.

“Vamos apenas dizer que Micah e eu não olhamos do mesmo jeito para tudo.”

“É preciso ter cuidado,” advertiu Gray. “Há um monte de lugares que uma garota como você não tem de estar.”

Estava na ponta da língua lhe perguntar o que exatamente uma garota como ela era, mas deixou passar. Sabia o que ele estava tentando dizer.

“É por isso que lhes pedi ajuda,” disse ela pacientemente. “Vocês conhecem a cidade, certo? Vocês poderiam apontar para os lugares não tão grandes.” Ela olhou por cima do ombro. “Droga. Deixa pra lá, certo? Vou descobrir alguma coisa. Tenho que atender meus clientes.”

Ela deixou-os, sabendo que ainda estavam olhando para ela. Micah provavelmente saberia o que ela estava planejando antes de eles deixaram o café.

Quando o pedido de Connor estava pronto, ela equilibrou a bandeja e levou-a para a mesa. Colocou um monte de comida na frente de Connor, enquanto Nathan e Gray o olhavam, incrédulos.

“Mais alguma coisa?” Perguntou ela.

“Deus, espero que não,” resmungou Gray.

“Certo, bem, aqui está sua comanda. Basta pagar no caixa no seu caminho para fora,” disse ela, alegremente.

“Prazer em conhecê-lo, Gray.”

Ela começou a ir embora quando Connor pegou seu braço.

“Angelina, espera. Se você estiver falando a sério sobre procurar um lugar para ficar, há realmente um apartamento no complexo de Micah. Temos a sorte de morar lá, na verdade. Bem, Faith e Gray sairam, mas Nathan, Micah, e eu ainda vivemos lá.”

Ela balançou a cabeça.

“Oh, não poderia pagar por um apartamento lá.”

“Como você sabe?” Connor perguntou. “Não te disse quanto é o aluguel.”

“Eu sei,” disse ela com firmeza. “São muito bons para a minha faixa de preço. Preciso de algo na linha de uma eficiência. De preferência mobiliado, porque não tenho dinheiro para comprar mobília agora.”

Todos os três homens franziram a testa, e ela passou com impaciência, de repente, ansiosa para escapar do seu escrutínio. Pelo menos agora sabia por que Micah era amigo deles. Eles eram todos iguais. Arrogantes e muito masculinos.

“Conheço o proprietário do complexo,” Connor disse. “Vou conversar com ele e ver o que posso fazer.”

Nathan e Gray resmungaram, e ela franziu a testa, imaginando o que tinha sido privada e perdido da piada.

“Olha, aprecio isso, Connor, mas eu realmente não posso pagar esse tipo de apartamento, e, mesmo assim, Micah provavelmente não vai querer me ver vivendo perto dele de qualquer maneira.”

“Agora espere,” disse Gray. “Você não acha que ele gostaria de ter a certeza de sua segurança? Nenhum lugar melhor do que o próprio complexo.”

Ela sorriu um pouco triste.

“Micah ficará muito contente de me ver em volta dele.”

Nathan amaldiçoou baixinho, e Connor franziu a testa ainda mais duro.

“Que horas você sai?” Connor perguntou.

Assustada com a mudança abrupta de assunto, lhe lançou um olhar de questionamento.

“Duas.”

“Você veio dirigindo ou precisa de uma carona?”

“Uh, vim dirigindo.”

“Vou te encontrar no apartamento de Micah, duas e quinze.”

“Para quê?”

“Para mostrar o seu apartamento. Não está mobiliado, mas tenho certeza que podemos dar um jeito.”

Ela olhou para ele em completa perplexidade.

“Você quer dizer que possui o lugar ou algo assim?”

“Não exatamente,” respondeu Connor. “Meu pai sim.”

“Oh, não poderia deixar você fazer isso. Você nem mesmo me conhece.”

Ele colocou um dedo sobre os lábios firmes.

“Duas e quinze. Na casa de Micah. Você é de Micah. Isso é tudo que qualquer um de nós precisa saber. Tendemos a cuidar dos nossos por aqui.”

Gray sacudiu em acordo, e até mesmo Nathan tinha vestido um olhar feroz na sua resistência.

“Mas eu não sou nada de Micah,” ela protestou.

Seu anúncio foi recebido com um silêncio desconfortável.

“Ele corre sem parar?” Gray perguntou suavemente.

Deus, como o inferno tinha chegado a tal conversa com estranhos? E os amigos de Micah nisso. Não queria seus sentimentos cogitados em alguma conversa divertida masculina, mais tarde?

Ela segurou os lábios fechados, em rebeldia olhou para eles.

“Preciso ir agora.”

“Duas e quinze querida,” Connor disse gentilmente. “Não se atrase. Odeio ficar esperando.”

Nathan e Gray racharam de rir tanto que Nathan começou a chiar. Ela apenas olhou para eles na confusão.

“Ele nunca está na hora certa, de qualquer maneira,” explicou Nathan entre ataques de riso. “Se disse duas e quinze, esteja pronta em torno das três.”

Connor lhe lançou um olhar sujo.

“Eu não mantenho uma mulher esperando. Nunca. É mau para a minha vida sexual.”

Angelina deu uma risadinha. Podia ver porque eles irritavam tanto Micah, mas depois quando Micah não estava sendo tão malditamente sério ao redor dela, ele era o rei das travessuras. Queria ver e aproveitar esse lado mais leve com ele novamente. Obviamente, compartilhava com seus amigos, mas com ela, ele estava amarrado tão apertado como um elástico.

Connor virou-se para Angelina.

“Sério. Duas e quinze. Vou estar na hora esperada.” Ele levantou dois dedos. “Palavra de escoteiro.”

Ela revirou os olhos. “Tudo bem. Não vou recusar a oferta. Depois da noite passada, tenho a sensação que Micah vai me chutar de qualquer jeito.”

Eles olharam para ela com um misto de descrença e questionamento, como se não conseguissem descobrir se ela estava ou não provocando, e estavam prestes a explodir para perguntar o que isso significava.

Antes que pudessem, dirigiu-se à mesa ao lado para encher mais as bebidas.

“O que você acha disso?” Nathan murmurou depois que ela tinha ido.

Connor olhou para ela por um longo tempo, e ela sorriu e serviu a outros clientes. “Não sei. Sei que Micah tem agido muito estranho, maldito. Não é normal dele ser tão... sério em torno de uma mulher. Ou tão irritado.”

“Estou mais curioso sobre a história dela,” disse Gray. “O que estava querendo com um apartamento onde ninguém verifica seus antecedentes?”

“Só você mesmo para pegar isso,” disse Nathan. “Acho que ela poderia estar em algum tipo de problemas? Talvez seja isso que está preocupando Micah?”

Connor franziu o cenho.

“Eu não sei... Ela parece tão inocente.”

Gray bufou.

“Alguns dos melhores criminosos são.”

“Oh, vamos lá,” Nathan zombou. “Criminosa minha bunda. Se essa menina é uma criminosa, sou fodidamente Martha Stewart .”

“Eu sabia que sair com Julie iria transformá-lo em um maricas de merda,” Connor disse com aversão.

“Quer ir para o estacionamento e ver este maricas chutar o seu traseiro magro?” Nathan desafiou.

“Meninos, rapazes,” disse Gray.

“Eu me pergunto por que Micah teria chutado ela para fora,” Connor disse, virando a conversa de volta ao assunto em questão. “Ou você acha que ela estava brincando sobre isso?”

“Acho que ela só estava brincando, na metade,” disse Nathan.

Gray assentiu.

“Você provavelmente deve ficar de fora, Connor. Micah não gostaria de você interferindo.”

Connor estudou Angelina, parecia cansada e triste por trás do sorriso brilhante.

Foda-se Micah. Micah podia ser um simplório quando se tratava de mulheres, mas por alguma razão, não estava tratando muito bem isso, e enquanto Connor gostava de provocar Micah sobre ser como um bobalhão, Connor não gostava de ver uma mulher desprotegida.

Verdade, não era nada da sua conta por que Micah tinha a cabeça no meio do seu traseiro, quando se tratava de Angelina, mas não quis dizer a Connor para fechar os olhos e deixar que ela alugasse um lugar onde poderia ser assaltada, estuprada ou morta.

Os caras gostavam de lhe dar um tempo difícil, porque era tão protetor de sua irmã Faith.

Bem que poderiam apenas dar-lhe a merda por tomar Angelina sob sua asa também. Porque ele tinha a maldita certeza que não iria dirigir uma jovem para fora da cidade desprotegida.

 

Angelina deixou o café à uma e cinquenta e cinco, deslizando em seu carro. Estava realmente uma temperatura decente para o início do outono, e abaixou a janela depois de ter inserido a chave.

Parou e olhou ao redor do interior, uma carranca puxou em suas sobrancelhas. Alguma coisa estava estranha. Olhou para o console e os diversos itens que tinha abrigado lá. Algumas canetas, um pacote de chicletes, um tubo de batom, fio dental, dois envelopes... Suas fotos tinham ido embora.

Vasculhou as coisas procurando as duas imagens dela e de David, que sempre mantinha em seu carro. Onde diabos poderiam ter ido?

Uma pontada de desconforto serpenteava até sua espinha dorsal. Se alguém tivesse entrado em seu carro?

Ela fechou os olhos, sacudiu a cabeça e depois se inclinou para trás contra o encosto de cabeça. Um riso triste escapou. Estava sendo ridícula. Ninguém entrou em seu carro. Havia sido trancado e não havia nenhum sinal de que alguém tivesse arrombado para entrar. Além disso, já não estava em Miami, e tinha sido cuidadosa. Não havia nenhuma razão para acreditar que poderia ter sido seguida para Houston, e além disso, por que alguém iria fazer o esforço?

As fotos deviam estar juntas com as outras coisas. Talvez em sua mala ou uma de suas bolsas. Sua carteira, talvez. Gostaria de encontrar tudo isso quando desempacotasse eventualmente.

Ligou o motor e revirou os ombros em um esforço para livrar-se da sensação de mau agouro. Assustar-se até a morte não estava no topo de sua lista de prioridades para o dia.

Encontrar um lugar para viver, no entanto.

No caminho para o apartamento de Micah, fez um balanço mental de suas finanças. Ainda tinha o dinheiro que havia guardado em sua conta bancária, mas seria uma idiota para acessá-lo agora. Talvez mais tarde, quando tivesse alguns contra cheques em seu bolso, poderia fazer uma viagem de fim de semana, em uma unidade de algum estado do Norte e retirar uma grande quantidade no banco vinte e quatro horas ou apenas organizar uma transferência bancária. Pesquisaria as suas opções quando chegasse a hora.

Por enquanto, tinha o dinheiro que ousou trazer com ela e o salário de hoje. Tão grande quanto seria ter um apartamento bom, seguro perto de Micah, ela duvidou que estivesse nos cartões.

O dinheiro não caia do céu, e ela duvidava que gente como Connor entendesse exatamente o que era ter apenas para o essencial.

Seu plano era convencer Micah que precisava dela, parecia muito tolo e mais do que um pouco ingênuo. Não era algo que pudesse acontecer durante a noite, e maldição, com certeza não poderia ser forçado a viver em estreita proximidade.

Se fosse para acontecer, ela teria que dar-lhe tempo.

Poucos minutos depois, parou em seu local de estacionamento e olhou para ver Connor em pé contra o seu caminhão à espera dela. Sinceramente não tinha certeza que ele estava falando sério.

Parecia sério agora, com a forma como estava caminhando em direção a seu carro. Qualquer brincadeira do almoço desapareceu e foi substituída por sobriedade.

Ela quase gemeu. No entanto, outro macho determinado a desempenhar o papel de irmão mais velho. Sim, ela apreciava, mas ninguém olhava para ela e via uma mulher de sangue quente, atraente?

Quando Micah realmente pode esquecer que ela era irmã de David, certamente não teve problema em cobiça-la. Pena que vinha a seus sentidos em uma base regular.

“Ei,” ela disse em saudação quando Connor aproximou-se.

“Ei, Angelina, você está pronta para ver o apartamento? Achei que o velho apartamento de Faith iria ser melhor, pois está situado entre o meu, o de Nathan e Micah. Nós meio que a colocamos lá de propósito, mas isso foi antes de Gray vir junto.”

Angelina levantou a cabeça.

“Todos vocês tem a estranha tendência superdesenvolvida de proteção quando se trata de mulheres?”

Ele piscou os olhos como se essa fosse a pergunta mais imbecil que já tinha ouvido.

“Bem, não, nem todas as mulheres. Apenas as que nos pertence.”

Ela balançou a cabeça para ele.

“Não pertenço a Micah, Connor. Ele não me reinvidicou. Sou apenas a irmã de David, e acredite, ele não deu um único pensamento sobre mim nos últimos anos.”

Connor deu de ombros.

“Só porque é um idiota não significa que o resto de nós seja. Você está aqui agora, e em virtude de seu relacionamento com Micah, seja lá o que pode ou não ser, você pertence a nós e olhamos para os nossos.”

Ela não conseguia conter o sorriso quando olhou para ele. Era bom ter... Pessoas.

Pessoas que ela poderia contar. Não tinha tanto tempo, e Deus, sentia falta de ter essa conexão. Amigos. Pessoas que por sua vez poderiam se preocupar.

“Ah, agora não vá chorar em mim.” Um olhar de pânico do sexo masculino cruzou seu rosto.

Ela piscou a umidade ameaçadora e impulsivamente estendeu a mão para apertar a dele.

“Obrigado.”

Ele sorriu e a acariciou suavemente no rosto.

“Você parecia precisar de um amigo. Acho que sou o voluntário.”

Pela primeira vez em muito tempo, ela se sentia mais leve e um pouco mais otimista.

“Agora vamos lá. Vamos ver o apartamento.”

 

“Serena, juro por Deus, se você não contar, vou te machucar.”

“Ow, ow! Pelo amor de Deus, Julie, diminua o peso dessas mãos,” gritou Serena. “Eu vou ter contusões.”

“Não olhe para mim pedindo simpatia,” disse Faith na outra mesa de massagem.

Serena olhou em cima para Faith, que inocentemente estudava as unhas enquanto Julie espancava as mãos em Serena.

“Não posso acreditar que cortei Damon no nosso dia juntos para vir aqui e ser abusada,” Serena fungou.

“O que você deveria ter feito era ter cortado em Damon para vir aqui e contar-nos a sujeira,” Julie disse enquanto amassava com força os ombros de Serena.

”Que sujeira?” Serena perguntou.

Faith gemeu.

“Vamos lá. O que acontece com Micah? O que está errado com seu traseiro? Ele não apareceu para trabalhar hoje. Totalmente não gosta dele. Em seguida, aparece em sua casa para conversar com Damon?”

Serena franziu a testa.

“Eu não posso dizer a vocês. Sério.”

As mãos de Julie pararam.

“O que quer dizer que não pode nos dizer? Somos nós. A quem mais você poderia dizer? Quer dizer, eu lhes conto tudo. E quero dizer tudo. Coisas que absolutamente não deveria. Como todos os detalhes sobre o meu trio supostamente anonimo que não era tão anonimo, afinal?”

“Sem contar todos os detalhes sobre minha vida sexual,” Faith murmurou. “Poderia ter permanecido inocente sobre seus olhos, se não fosse por isso.”

Serena e Julie cairam em risos.

“Sério, Serena, o que há de errado com Micah?” Faith perguntou. “Estou muito preocupada com ele.”

Serena viu a preocupação muito real nos olhos de Faith. Faith e Micah estavam certamente proximos, o que tornava tudo ainda mais estranho que Micah nunca tinha partilhado alguns dos detalhes de seu passado com ninguém aqui. Ela suspirou e rolou, alcançando o manto para se cobrir. Ela sentou-se e deixou as pernas penduradas ao lado da mesa, enquanto Julie e Faith a olhavam em expectativa.

“Realmente não posso. Quero dizer, ele falou em confiança para Damon.”

O repique de um telefone celular soou no ar. Faith saltou de sua mesa e pegou sua bolsa. Depois de alguns minutos atrapalhados, arrastou o telefone fora e colocou com pressa para seu ouvido.

“Olá? Oh oi, Connor, o que está acontecendo? Um bem, sim eu tenho algumas coisas que não levei para casa. Por que você pergunta? Claro, você pode tê-lo, mas você não acabou de comprar a sua 'cara' mobília para o seu apartamento? Certamente não pode estar interessado nas minhas coisas de garota.”

Serena e Julie riram.

Uma expressão de estupefação espalhou pelo rosto de Faith. Então a confusão foi seguida pela especulação. Julie olhou para Serena e sussurrou: “Isto tem de ser bom seja o que for. Ela parece que engoliu uma mosca lá.”

“Esta no prédio de armazenamento, no bloco mais abaixo do complexo. Gray tem a chave, e ele deve estar em casa. Bem como eu ia saber se pode ajudá-lo a pegar as coisas? Ligue para ele. Você está interrompendo uma coisa importante aqui, querido irmão. Uh huh, ok qualquer coisa. Vou falar com você mais tarde e não pense que não quero cada pequeno detalhe.”

Ela fechou o telefone olhou a Serena e Julie com um brilho estranho nos olhos.

“Bem, isso foi interessante.”

“Não diga. Nós estamos morrendo de curiosidade aqui,” Julie disse com uma voz arrastada.

“Ele queria saber se poderia ter alguns dos meus móveis antigos que está no armazenamento. Aparentemente, ele está mudando alguém no meu antigo apartamento. Ele parou e ficou conversando com ela por um minuto, e ele a chamou de doçura.”

A boca de Julie caiu.

“Doçura? Sr. Áspero chamou uma garota de doçura? Quero dizer, ele geralmente é tão puritano.”

“Oh, ele não é,” Faith bufou. “Ele pode estar falando sério, sim, mas ele brinca com a galera com o melhor deles, e tente ser a irmã dele.”

“Talvez ele esteja saindo com alguém?” Serena ofereceu. “Quero dizer, é um cara bonito. Digno de babar. Não deveria ser um choque ouvi-lo com outra mulher.”

Faith encolheu os ombros.

“Não, mas você tem que entender. Connor mantém a sua distância. Ele é um cara absolutamente informal, e de repente está mudando ela para o meu apartamento e pegando o mobiliário e material.”

“Gostaria de saber quem ela é,” Julie murmurou.

“Acho que ele a chamou de Angelina. Bem, quando ele não a estava chamando, de doçura.” Faith disse com uma risada.

A boca de Serena caiu. Ela tinha certeza que ela parecia um guppy ofegando por ar.

“O quê?” Julie perguntou antes que Serena pudesse recuperar a compostura.

“Merda,” sussurrou Serena. “Não acredito em coincidências. O nome da mulher de Micah é Angelina.”

“Whoa, volte a fita. Micah tem o quê?” Faith perguntou.

Serena suspirou.

“Inferno. Não deveria estar partilhando alguma desta porcaria com vocês. É profundamente pessoal para Micah.”

Julie ofegou.

“Algo é irônico, a única aqui que não dormiu com Micah é a única que tem as informações pessoais?”

Faith revirou os olhos, mas riu.

“Nós não estamos deixando você sair daqui até que nos diga tudo, Serena. Não é como se fossemos correr e contar ao mundo.”

Com um encolher de ombros resignado, Serena contou a conversa da manhã entre Damon e Micah. Quando terminou, os olhos de Faith estavam arregalados em choque.

“Uau, eu não tinha ideia,” Faith sussurrou. “Casado. Eu não posso, nem consigo ter a cabeça pensando nisso.”

“Certo, então o que essa garota está fazendo com Connor se está com Micah?” Julie perguntou com uma carranca.

“Pelo que recolhi, não há uma relação entre Micah e Angelina, porém, parece que Angelina quer uma,” disse Serena.

“Mais uma vez, então o que diabos ela está fazendo com Connor?” Julie insistiu.

“Talvez ele esteja apenas ajudando-a,” Faith salientou. “Isso certamente soa como ela poderia usá-lo.”

“E chamando-a de doçura o tempo todo, hein?” Julie disse disfarçadamente.

“Segure as garras, amiga,” advertiu Serena a Julie. “Micah é um garoto grande. Sinceramente duvido que Angelina esteja fazendo algum mal, e como disse Faith, diria que ela precisa de ajuda e amizade. Reuni a partir da conversa de Micah, que ele praticamente saiu e nunca mais olhou para trás. Isso deve ter sido difícil para ela.”

Uma luz brilhou nos olhos calculistas de Julie.

“Então, talvez devamos cair dentro e ver se há algo que possamos fazer.”

 

”Certo, doçura, tudo feito por agora.”

Angelina olhou incrédula no apartamento já mobilado. Não podia sequer começar a compreender que era dela. Tinha uma cama, móveis, até mesmo pratos.

Lágrimas juntaram nos olhos dela, e piscou rapidamente para longe.

“Não sei como lhe agradecer,” disse ela com voz rouca.

Connor sorriu.

“Você vai me agradecer se não chorar.”

“Geralmente os homens são conhecidos como seres inúteis em torno de lágrimas femininas,” disse Gray atraves do quarto.

Angelina riu. Floresceu uma dor no peito até que ameaçou esmagá-la. Era de admirar que Micah não tivesse voltado a Miami? Ele tinha uma vida aqui. Amigos maravilhosos.

“Ei, porque o olhar triste de repente?” Connor perguntou.

Ela olhou para cima e fez uma careta.

“Só pensando.”

“Sobre?”

“Que nunca consegui entender por que Micah não voltou para Miami,” disse ela baixinho. “Ele tem uma vida boa aqui. Amigos maravilhosos.”

“Você nos tem agora também,” Connor disse.

Ela olhou para ele, incrédulo.

“Só assim?”

Gray se aproximou e jogou um braço sobre os ombros.

“Não muito tempo atrás, eu era o estranho aqui. Este é um grupo grande de pessoas. Não trocaria por nada, mesmo quando são dores reais na minha bunda, e acredite, eles são.”

Connor virou para Gray.

“A única razão para eu te tolerar é porque levou uma bala pela minha irmã.”

Os olhos de Angelina se arregalaram, e Gray apenas balançou a cabeça.

”Então, você gostou?” Connor perguntou.

“Como isto? Amei! É mais do que ousei esperar. Só estava querendo algo que fosse meu. Não tinha que ser grande e lindo.”

“Bem, ele é seu enquanto quiser,” Connor disse com um sorriso fácil. “Devo avisá-la agora que Pop provavelmente virá te conhecer. Eu disse a ele tudo sobre você, é claro, mas ele é como uma galinha com seus pintinhos. Ele vai querer passar por aqui e cacarejar sobre você.”

“Só não se importe com sua arrogância,” alertou Gray. “Ele é todo empedrado e cheio de merda, mas no fundo é um gatinho completo e absoluto.”

“Ele soa maravilhoso,” Angelina disse com um suspiro. “Você tem sorte de ter um pai excelente,” disse a Connor.

“Seu pai não está vivo?” Connor perguntou.

“Não. Morreu quando eu era jovem. David sempre cuidou de mim.”

Connor trocou olhares rápidos com Gray, e ela apressou-se a mudar de assunto.

“Ei, vocês provavelmente devem cair fora daqui. Suas mulheres devem estar se perguntando onde vocês estão.”

Connor fez uma careta.

“Eu não sou casado.”

“Não, mas eu sou, e ela está certa. Faith deve estar se perguntando onde eu estou,” disse Gray.

“Obrigado mais uma vez,” disse Angelina comovidamente.

Impulsivamente, ela estendeu a mão e abraçou Gray.

“Micah tem sorte de ter todos vocês.”

Gray apertou novamente e alisou os cabelos carinhosamente quando se afastou.

“À medida que Connor continua tentando lhe dizer, você nos tem agora também, gostando ou não. Deixe-me saber se há algo que precise, certo?”

Ela sorriu e acenou com a cabeça.

“Alguém quer me dizer o que diabos está acontecendo?”

Todos se viraram para ver a carranca de Micah na porta, o olhar fixo em Angelina.

“Ei, cara, fica frio,” disse Gray em um tom fácil quando caminhou até a porta. “Estamos apenas ajudando Angelina se mudar para aqui.”

“Eu vejo.” Seu olhar nunca deixou Angelina, e ela sentiu a pele quente de volta sob a força de seu controle. “E quando você ia me dizer que estava se mudando?”

Ela suspirou.

“Preciso ir até a sua casa para pegar minha bolsa, se está tudo bem. Podemos falar sobre isso no caminho.”

“Você quer que eu fique por perto?” Connor perguntou com um olhar cauteloso na direção de Micah.

Assustada, ela balançou a cabeça. Fosse qual fosse o humor negro de Micah, ele certamente não iria machucá-la. Talvez descascar uma ou duas polegadas de pele dela fora, mas seria somente isso.

“Acabe com isso,” Micah rosnou em direção a Connor.

Connor ficou rígido e andou casualmente até onde Micah estava. “Você sabe que tenho aturado tudo sobre sua atitude rude,” ele disse suavemente. “Seja qual for seu problema, não atire isso em nós e com certeza não atire isso em Angelina.”

Micah fechou os olhos por um momento e depois olhou para Connor.

“Vou falar com você mais tarde, homem, certo? Só... Apenas deixe-me falar com Angelina.”

Connor olhou para trás novamente em Angelina e ela balançou a cabeça, encorajando-o a ir.

“Obrigado,” disse ela calmamente.

“Vou passar por aqui para ver você amanhã,” Connor prometeu quando ele e Gray se dirigiram para a porta.

Assim que a porta fechou, Micah encurtou a distância entre eles, os olhos tão sérios.

Estendeu a mão para enquadrar os ombros, os dedos tremendo um pouco contra sua pele.

“Angel, o que está acontecendo?”

Ela engoliu em seco e rezou para não perder a compostura. Tinha que lidar com isso diretamente.

“Esse apartamento meio que caiu no meu colo. Parecia perfeito. Sei que você não me quer em seu lugar, e não há nenhuma maneira que eu possa pagar isso sem a ajuda de Connor. Não poderia deixar passar. Ele e Gray deram-me algumas das coisas velhas da mulher de Gray e voilà, aqui estou eu, em minha casa.”

“Que tipo de ajuda é essa que Connor está lhe dando?” Micah perguntou obscuramente. “Como inferno você ficou enganchada em cima dele ou Gray? E por que merda não veio para mim sobre a mudança? Gostaria de tê-la ajudado, Angel. Se precisava de dinheiro ou móveis, seja qual fosse, podia ter vindo para mim.”

Ela se mexeu desconfortavelmente.

“Não planejei isso. Connor, Nathan e Gray almoçaram no café onde trabalhei hoje. Perguntei-lhes se sabiam de algum lugar que eu pudesse alugar. Connor disse que eu poderia ter este lugar. Foi uma boa oportunidade para deixar passar. Ele e Gray se ofereceram para mudar as coisas de Faith aqui. Não havia razão para não ir em frente e mudar-me.”

Ela ergueu o queixo e fitou-o diretamente nos olhos.

“É melhor assim. Você não vai tropeçar em mim, e pode voltar a fazer o que faz melhor. Evitando-me, evita o seu passado.”

Ele puxou sua respiração, a dor rápida piscando em seu rosto.

“Não consigo fazer nada além de machucar você, Angel.”

Ela estendeu a mão e tocou seu rosto.

“A culpa é minha. Invadi sua vida. Estava errada em esperar que as coisas fossem diferentes. Assumi que... depois de três anos... Acho que pensei que você poderia ter deixado tudo isso para trás agora.”

O seu pomo de Adão trabalhou para cima e para baixo.

“Não vou deixá-la neste momento. Se precisar de mim, se precisar de alguma coisa, promete que virá a mim de imediato.”

Ela assentiu com a cabeça.

Ele a puxou em seus braços, abraçando-a fortemente contra seu peito. Por um longo momento ficaram ali, descansando seu rosto no ombro dele.

“Tem certeza que isso é o que você quer?” Ele finalmente perguntou. “Você é bem vinda para ficar comigo durante o tempo que você precisar.”

Ela livrou-se de suas mãos e sorriu levemente.

“Acho que você e eu sabemos que não iria funcionar eu ficar com você. Não posso resistir a você, Micah, mais do que você parece não ser capaz de resistir a mim. Só não quero resistir a você, e você quer alguma coisa, precisa ceder à atração entre nós. Até que isso mude, não vejo que nós possamos possivelmente viver no mesmo apartamento.”

Seus olhos estavam assombrados, tão escuros e carregados de emoção.

“Eu não posso dar o que você quer, Angel. O que você precisa.”

“Como você sabe o que quero?” Ela desafiou. “Você nunca perguntou.”

Ele balançou a cabeça e afastou-se da parede, lentamente deslizando para trás em relação a eles.

“Vamos para minha casa e vou ajudar a tirar o resto de suas coisas para trazer aqui, a menos que prefira passar a noite na minha casa, até você se adaptar.”

“Não. Vou ficar aqui. Não faz sentido não ficar aqui.”

“Sinto muito,” disse ele em voz baixa, quase muda.

“Não,” disse ela com alegria forçada. “Vou sobreviver. Já fiz isso antes.”

Ele xingou baixinho e se encaminhou para a porta, deixando-a o seguindo atrás.

 

Angelina inspecionou seu trabalho manual e caiu no sofá com um suspiro cansado. Seus dias em seu apartamento tinham sido tranquilos, mas gratificantes. Tinha ido fazer compras em uma loja de economia local para algumas coisas essenciais, como roupa de cama, toalhas e panos. Depois foi a uma venda de garagem e, embora os itens fossem poucos, devido ao adiantado da hora, encontrou alguns itens e retornou para organizar tudo.

Agora, descobriria o que tinha para jantar em sua nova casa, agora que tinha mantimentos.

Como era uma refeição comemorativa, seria magra. Tinha uma escolha entre sopas enlatadas ou um sanduíche. Não havia razão para não fazer alarde com os dois.

Com um sorriso alegre, levantou e se dirigiu para a cozinha. Mal tirou as coisas para o sanduíche, a campainha tocou. Franzindo a testa, foi até a porta, subindo na ponta dos pés para ver o olho mágico. Havia apenas um punhado de pessoas que poderia ser, e ainda quando conseguiu uma boa olhada, não era nenhum deles.

Três mulheres estavam do lado de fora. Três mulheres muito bonitas. Talvez estivessem vendendo Avon? Elas pareciam bastante inofensivas, embora David e Micah tivessem martelado em sua cabeça que os criminosos não tinham um sinal de néon na testa com a publicidade do fato. Alguns dos mais hediondos eram de fato muito normais, pareciam pessoas comuns.

Elas provavelmente tinham errado o apartamento.

Ela abriu a porta, deixando a corrente entrelaçada.

“Posso ajudar?”

A mulher no meio, uma morena com um decote muito espetacular se inclinou para frente.

“Angelina?”

Elas não tinham errado o apartamento.

“Quem quer saber?” Angelina perguntou desconfiada.

David sempre tinha dito, quando em dúvida, vá para a ofensiva.

A loira escorregou à frente, um doce sorriso curvava nos lábios.

“Sou Faith Montgomery, esposa de Gray?”

Angelina relaxou. Fechou a porta, se atrapalhando com a corrente e, em seguida, reabriu a porta.

“Desculpe. É que não conheço ninguém aqui, e não estava esperando por você. Irmã de policial,” ela disse com um leve encolher de ombros.

Faith sorriu calorosamente para ela e depois olhou para o prato coberto que estava segurando. Foi então que Angelina viu as duas outras mulheres também traziam também materiais, incluindo um recipiente que parecia ser chá.

“Nós trouxemos o jantar. Espero que você não se preocupe conosco, nos intrometendo. Nós achamos que não teve tempo para fazer compras de supermercado ou qualquer coisa ainda,” disse Faith.

Lembrando de suas maneiras e que estava segurando a porta como uma tábua de salvação, Angelina voltou às pressas.

“Entrem, por favor. Perdoe minha grosseria. Eu só não esperava que... Você não deveria ter tido tantos problemas.”

A morena voluptuosa passou seguida por uma mulher mais alta, com longos cabelos negros e exóticos olhos azuis. Liso. Como um gato. Foi o primeiro pensamento que veio à mente de Angelina.

“Oh, não foi problema,” a morena disse. “Faith cozinhou tudo. Ela é a Miss Doméstica. Serena e eu estamos um pouco sem esperança nessa área.”

“Perdoe as nossas maneiras,” Angelina adivinhou que a mulher que devia ser Serena disse. “Nós nem sequer nos apresentamos. A mais alta e irritante é Julie Stanford.”

Angelina levantou uma sobrancelha, mas Julie não parecia ofendida com a apresentação. Seus olhos brilharam com divertimento e seus dentes brilharam como ela sorriu.

“Faith já se apresentou, o que me deixa. Sou Serena Roche.”

Os olhos de Angelina arregalaram.

“Você é a mulher de Damon?”

As expressões das outras mulheres viraram curiosas. Serena sorriu.

“Sim, eu sou. Não sabia que você o conhecia.”

Angelina corou, percebendo que abriu uma porta que preferia não ter aberto, especialmente na frente da mulher que acabou de conhecer.

“Aquele rubor me diz que ela tem,” Julie disse com voz arrastada. “Primeiro Connor, agora Damon. Em seguida, ela vai estar nos dizendo que pode estar ligada com Nathan.”

Angelina olhou-a com dificuldade, mas algum demônio levou-a a dizer de qualquer maneira.

“Nathan Tucker?”

Os olhos de Julie estreitaram.

“Você faz a volta para alguém que acaba de chegar à cidade.”

Angelina suspirou. Portanto, esta não era uma visita social ou um tipo de coisa simpática de bem vinda ao bairro. Era uma missão de inquérito.

“Pergunte o que você quer saber,” disse Angelina, cansada. “Nunca fui boa em qualquer fingimento / jogos maliciosos. Não tenho flertado, falado inadequadamente, olhado errado ou feito propostas sexuais a Connor, Nathan, Gray ou Damon. Os conheci através de Micah. Fim da história.”

Julie estudou-a com admiração relutante.

“Gosto de franqueza.”

Serena e Faith ambas bufaram.

Serena pisou entre Julie e Angelina e colocou uma mão no braço de Angelina.

“Ignore Julie. Ela fica irritada e possessiva quando se trata de Nathan. Está com fome? A comida que trouxe ainda está quente, e Gray faz o melhor chá. Poderíamos sentar e relaxar. Contrariamente ao que Julie pode pensar, nós não viemos interrogá-la.”

“Você vai me perdoar se não acreditar nisso,” Angelina disse quando acenou para a cozinha.

“Certo, bem, talvez os nossos motivos não sejam totalmente inocentes,” disse Faith quando pegou os pratos. Ela olhou ao redor. “Você não tem uma mesa ou cadeira ainda. Pensei que ainda tinha uma no armazenamento. Acho que podemos comer na sala.”

“Nós realmente viemos por causa de Micah,” Julie disse com um brilho nos olhos dela. “Não sabiamos que você estava tão bem familiarizado com o resto dos caras.”

Tanto quanto queria, Angelina não pôde controlar a lavagem de mágoa com a menção de Micah.

As mulheres ficaram em silêncio, e Faith serviu um copo de chá empurrando para Angelina.

Faith levantou a tampa do prato para revelar uma lasanha.

“Faith faz a mais incrivel lasanha,” Serena disse com um sinal.

“Tudo o que Faith cozinha é maravilhoso,” disse Julie.

Todas encheram seus pratos e se dirigiram para a sala. Julie se jogou no sofá, ao lado de Angelina, enquanto Faith e Serena sentavam de pernas cruzadas no chão na frente delas.

“Você pode também perguntar:” Angelina disse em resignação. “Posso quase ver as perguntas rolando em suas cabeças.”

“Qual é o negócio com você e Connor?” Julie perguntou sem rodeios.

Angelina olhou em confusão. Isso não era uma pergunta que esperava.

“Não tenho certeza se entendo.”

“Julie, fica fria,” Serena censurou. “Estamos curiosas, sim, mas não é da nossa conta.”

“Sim, e se você tiver uma oração para fazê-la falar, você provavelmente não deveria irritá-la,” Faith salientou.

Angelina deu uma gargalhada.

“Vocês são pessoas de verdade?”

Serena sorriu.

“Nós não somos realmente cadelas totalmente.”

“Fale por si mesmo,” Julie disse descaradamente.

Serena atirou-lhe um olhar sombrio.

“Enfim, como eu ia dizendo, nós estamos apenas muito curiosas sobre você.” Julie continuou. “Micah é especial para todas nós...”

A compreensão repentina veio a Angelina. Se não tivesse sido tão obviamente absurdo, ela teria rido. Mas o que queria fazer era chorar.

“Entendo,” Angelina disse enquanto abaixava seu prato de lado. “Vocês estão preocupadas que vou machucar Micah.” Ela teve que engolir a risada amarga. “Você acha que estou transando com ele e incentivando Connor ou um dos outros caras.”

Faith fez uma careta.

“Bem, quando você coloca dessa forma, soa muito mal.”

Não era como se Angelina não tivesse seu coração em linha. Quando se tratava de Micah, ela não tinha orgulho. E realmente por que deveria ter vergonha de deixá-lo fora? Não tinha feito nada de errado, a não ser lançar-se em um cara relutante, isso era um crime.

“Primeiro, não há nada acontecendo entre mim e Connor. Acabei de conhecer o homem poucos dias atrás, quando ele e Nathan vieram ao apartamento de Micah. Então, na hora do almoço Connor, Nathan e Gray foram ao café onde trabalho.”

“E eles dizem que as mulheres são curiosas,” Julie disse secamente. “Vou ter que dar a Nathan uma merda sobre isso.”

“Perguntei se eles sabiam de algum lugar barato para alugar. Eu não posso — não podia ficar com Micah. Connor me falou deste lugar e, em seguida, ele e Gray trouxeram as coisas para dentro.” Ela olhou para Faith. “Obrigada pela mobilia. Não posso te dizer o quanto aprecio isso.”

Faith sorriu.

“Foi um prazer ajudar.”

“Então é isso?” Julie perguntou, com um olhar confuso em sua cara. “Quero dizer Connor está chamando você de querida e a merda. Não é normal do homem ficar todo suave desse jeito.”

Angelina suspirou, sabendo que este conto só iria ser mais e mais humilhante para ela. Parte dela se perguntou por que não dizia para elas cuidarem da sua própria vida. A outra parte estava focada sobre a possibilidade de compreensão e amizade. Mesmo que essa fosse uma ideia ingênua.

“Se eu tivesse que adivinhar, Connor teve pena de mim,” disse ela com cuidado. “Eles todos sentiram pena de mim.”

As três mulheres trocaram olhares confusos.

“Por que eles sentem pena de você?” Serena perguntou gentilmente.

“Porque Micah não poderia ser mais evidente em seu desinteresse em mim. E, aparentemente, fui muito óbvia com o fato de que o queria.”

A boca de Faith formou um O, e Julie franziu a testa, simpatia e compreensão piscaram em seus olhos.

“O que há de errado com Micah?” Julie exigiu. “Você é linda.”

Angelina sorriu fracamente.

“Obrigado. Devo corrigir minha afirmação. Ele está atraído por mim. Existe muita química, mas ele não quer me querer. Está muito inflexível sobre isso. A coisa é, ainda está vivendo no passado. Há muito que vocês não sabem sobre ele antes de vir a Houston. Não tinha percebido o quanto se mantinha enterrado.”

As outras se entreolharam de novo, e Serena olhou decididamente culpada.

“Bem sabemos sobre seu passado. Agora, quero dizer. Não tínhamos antes.” Ela olhou tristemente para as outras. “Você vê? Eu nunca deveria ter deixado vocês tirarem essa informação fora de mim. Não era minha para compartilhar, e agora vai voltar tanto para Damon como Micah, eu sei.”

“Micah não vai ouvir isso de mim.” Angelina murmurou. “Nós não estamos exatamente falando muito.”

“Ele se sente muito culpado pelo que aconteceu,” disse Serena suavemente.

Angelina desejava que o chão pudesse se abrir e engoli-la.

“O que o faz se sentir culpado?” Julie exigiu. “É claro que você não nos contou tudo.”

Serena sacudiu a cabeça para Julie.

“Ele não deve se sentir culpado.” Angelina disse suavemente. “Tudo o que aconteceu foi a minha instigação. Conheço Micah. Muito melhor do que ele me conhece,” acrescentou ela, pensativa.

“Você sabe sobre o sua, hum, inclinação, então, hein,” Julie restringiu.

Angelina sorriu.

“Acredito que a questão aqui é como você sabe sobre isso.”

Julie teve a graça de ruborizar.

“Não há nada sobre Micah que eu não aceite,” disse Angelina. “Nós somos iguais, eu e ele, mas ele nunca vai ver isso, enquanto se recusar a me ver como algo mais do que a irmã de David.”

“Então você está desistindo?” Julie desafiou.

Serena e Faith atiraram olhares afiados, mas Julie fixou em frente.

“Acredite em mim quando digo que sei tudo sobre perseguir um homem, inconsciente e teimoso. Deus sabe que deveria ter desistido de Nathan eras atrás. O homem é tão grosso quanto um tijolo.”

Angelina não podia deixar de rir, quando imaginou o grande, durão impetuoso Nathan com a franca Julie. Ele provavelmente se encolhia de terror.

“Não estou desistindo de Micah,” disse Angelina. “É complicado. Só tenho que lhe dar espaço. Ele não deixou Hannah ir, e até que o faça, não há lugar para mim na equação. Isso supondo que ele pode nunca sentir nada por mim além de uma furiosa luxúria.”

“Luxúria é bom. Nada de errado com a luxúria,” disse Julie.

Serena riu.

“Cale-se, Julie.”

“Então o que você vai fazer?”

Faith perguntou.

“Esperar,” disse Angelina.

“Foda-se,” Julie disse rudemente. “Estou fazendo a minha missão de auto designação para fazer uma maldição, se você não se sentar em torno ansiando por sua bunda. Não é como se tivesse sido celibatário, enquanto lamenta a esposa morta.”

Faith fez uma careta.

“Porra, Julie, você poderia tentar ter um pouco de tato?”

Julie olhou com perplexidade.

“O quê? É a verdade. Além disso, um homem toma uma mulher que se senta totalmente garantido. Ela precisa sair, conhecer pessoas. Divertir-se. Não pode ser divertido se mudar para uma nova cidade onde a pessoa que deseja, deciciu ignorá-la.”

Os lábios de Angelina torceram em um sorriso triste.

“Você certamente tem um jeito com as palavras. Não admira que Nathan esteja tão louco.”

Serena e Faith deram uma gargalhada.

“Oh meu Deus, temos outra Julie em nossas mãos,” Faith exclamou.

Julie sorriu.

“Sabia que ia gostar dela.”

Serena revirou os olhos.

“Oh, por favor. Você estava pronta para riscar os olhos para fora quando achava que ela era mulher de Micah, e estava tendo uma coisa com Connor.”

“Sério?” Angelina perguntou com uma risada.

Julie deu um olhar de esguelha para Serena.

“Pois bem, no momento minha informação não foi atualizada. E agora precisamos discutir a sua vida social, o que significa que serei a única para salvá-la, porque estas duas ficaram velhas e chatas agora que se casaram.”

“Oh Senhor,” Faith gemeu. “Tenha medo, Angelina. Tenha muito medo.”

“O que estará fazendo a noite na próxima sexta-feira?” Julie perguntou.

“Acho que você sabe que não estarei fazendo nada,” Angelina disse secamente.

“Certo, bem, estou arrastando Nathan a este clube realmente grande para uma dança. Porque você não vai com a gente?”

A boca de Serena caiu aberta enquanto Faith parecia um cruzamento entre horrorizada e histericamente divertida.

“Você está levando Nathan onde?” Faith perguntou.

“Você me ouviu,” disse Julie.

“Pobre Nathan,” Serena murmurou. “O que ele fez com você para merecer isso? Você ainda pune aquele pobre menino?”

Julie soltou um hmmph quando olhou para Serena e Faith.

“É parte do nosso negócio. Um fim de semana ele escolhe o que fazer, e eu escolho o próximo. E se eu tive que enfrentar um rally de caminhões monstro, então ele pode malditamente agitar sua bunda comigo.”

Angelina cobriu a boca para evitar o riso, mas de qualquer jeito não conseguiu.

“Sei que acabei de conhecê-la, mas não posso vê-la em algum clube a menos que talvez fosse um bar de motoqueiros.”

Julie sorriu.

“Ele ficaria muito bem em uma Harley, não é?”

Angelina assentiu.

“Então você quer ir? Nathan não se importa muito em ele escoltar duas mulheres quentes ao redor.”

“Obrigado,” Angelina disse com um sorriso. “Adoraria ir. Gosto de dançar. Miami tem alguns clubes fantástico.”

“Certo, ótimo. Nós vamos buscá-la sexta-feira então. Basta não usar algo muito sexy. Não quero chutar o seu traseiro se Nathan começar a olhar fixamente.”

“Uh, Julie, isso não é meio estranho?” Faith perguntou. “Se o homem olhar fixamente, você deve chutar a bunda dele, não.”

“Oh, não se preocupe,” Julie disse docemente. “Eu não vou chutar seu traseiro até depois de ter removido suas bolas.”

 

Micah pensou que não vendo Angelina ou estando perto dela, de alguma forma sumiria a luxúria escaldante que se alastrou pelas suas veias. Estava errado. Se qualquer coisa, a queria ainda mais. Seu desejo era escuro e corria profundamente, na sua pior fantasia de coisas que desejava fazer com ela.

Seus amigos e colegas de trabalho o olhavam com desconfiança, aparentemente pesando em seu humor. Ele podia ver o julgamento em seus olhos, sabia que o condenavam por crimes cometidos.

Só Faith parecia tentar fazer um esforço para falar com ele, e sentia que ele recusava as suas tentativas, mas o que iria dizer a ela? Que sonhava em dominar completamente a irmã de seu melhor amigo ao ponto de amarra-lá a ele dia e noite, hidratando sua luxúria e desejos, e despertando a paixão latente em seus olhos escuros?

Ele tinha que parar de pensar nela. Como tinha sido capaz de desligar os pensamentos de Hannah e David, e ainda não podia bloquear um anjo sensual de sua mente? Ela assombrava seus sonhos e seus dias.

Mas com ela, vinham às memórias que não tinha interesse em reviver. Épocas felizes quando ele, David, Hannah e Angelina tinham sido uma família.

“Micah?”

A voz suave de Faith penetrou no seu pensamento sombrio. Ele olhou para cima de sua mesa para vê-la em pé na porta de seu escritório, uma xícara de café na mão.

“Ei, boneca, entre,” ele disse com o que esperava que fosse um sorriso acolhedor.

“Você perdeu a sessão da manhã café e rosquinhas, mas salvei-lhe um copo e o último donut.”

Ela colocou a xícara fumegante na frente dele, e ele cheirou apreciativo no aroma.

“Obrigado,” disse com sinceridade.

“Você é bem vindo,” ela disse e sorriu docemente para ele.

“Todo mundo pronto para me linchar?”

Ela riu.

“Ah, vamos lá. Eles são caras. Sua quantia de comentários e exclusivamente para algo sobre um pedaço de pau no seu traseiro e eles estão tomando as apostas sobre quanto tempo vai levá-lo para corrigir o problema.”

Ele bufou.

“É espantoso o quão rápido a merda fica ao redor.”

Ela hesitou por um momento, mordendo o lábio inferior como se estivesse decidindo se diria alguma coisa.

Ele suspirou.

“Basta dizer, boneca. Não vou morder sua cabeça.”

Ela sorriu levemente.

“Somos uma família. Você sabe disso, não é?”

Uma onda peculiar de inquietação rolou em seu estômago.

“Acho que estou tentando dizer é que estamos todos aqui para você. Não posso falar pelos caras, mas eu te amo muito, você sabe.”

Ambos riram com isso.

Micah estendeu a mão e tocou a mão dela.

“Eu também te amo, boneca. Você é uma das minhas pessoas favoritas.”

“Então você sabe que pode sempre falar comigo sobre tudo. Afinal, temos muito mais intimidade do que a maioria dos amigos.”

Ele riu abertamente no brilho diabólico em seus olhos. Embora, certamente, não tinha havido qualquer constrangimento residual após a sua tríade com Gray, não tiveram tempo de conversar sobre isso.

“Eu sei, eu sei,” disse ele. Então, hesitou. “Espero não me ter dito nada sobre o meu passado... sobre Hannah... ferindo seus sentimentos. Não é como se não confiar em você ou qualquer coisa. Nunca falei sobre isso com ninguém.”

“Entendo.” Ela inclinou a cabeça para o lado e olhou para ele com os olhos verdes. “Eu gosto dela, você sabe.”

“De quem?” Ele perguntou.

“Angelina.”

Aquela sensação de afundamento no estômago se intensificou.

“Acho que você já a conheceu,” disse ele secamente.

Ela estudou-o com uma pitada de confusão.

“Claro. Connor deu-lhe alguns dos meus móveis antigos. Serena, Julie e eu fomos à outra noite para levar jantar e ver se ela precisava de mais alguma coisa.”

Aconteceu apesar de seus melhores esforços. Seu passado e o presente estavam colidindo, e não havia absolutamente nada que pudesse fazer sobre isso.

Não queria Angelina para satisfazer seus amigos. Não queria que eles soubessem sobre Hannah, David ou qualquer parte de sua vida em Miami. Queria se ressentir de Angelina, mas não podia olhar além de sua própria culpa de estar zangado com ela.

“Ela é uma boa garota,” disse ele em resposta à afirmação de Faith.

Faith bufou, surpreendendo-o.

“Tenho a nítida impressão de que ela não é uma menina boa em tudo. Na verdade, estaria disposta a apostar que ela é muito, muito ruim.”

“Chega,” falou Micah. “Não quero discutir sobre Angelina.”

Faith levantou suas mãos.

“Desculpe.”

Ela voltou para a porta, mas quando chegou lá, parou e se virou para olhar para ele.

“Me diga uma coisa, Micah. Acha que porque perdeu alguém que amava, você nunca irá merecer outra chance de felicidade?”

Quando ele não respondeu, ela se virou e foi embora.

 

A semana de Angelina havia sido ocupada no café, e quando saia, ela passava o seu tempo decorando o apartamento com os itens de baixo custo, que pegava na loja de economia.

Graças a Hannah, Angelina tinha desenvolvido algumas noções de costura e estava à mão com o tecido. Infelizmente, Hannah tinha desistido de tentar ensinar qualquer habilidade culinária a Angelina.

O que era uma vergonha, porque Hannah era uma fantástica cozinheira. À noite em seu apartamento, Angelina ouvia os sons suaves da sua banda favorita cubana e sonhava estar deitada nos braços de Micah, fazendo amor com a batida da música.

Tinha que admitir que Julie estava certa sobre uma coisa. Ficar sentada ao redor adorando Micah iria fazê-la louca. Estava feliz por Julie tê-la convidado para sair com ela e Nathan hoje.

Excitação zumbia em seu sangue com a perspectiva de se vestir, ter uma boa aparência e passar a noite na pista de dança. Escovou o cabelo até brilhar e deslizar sobre os ombros em ondas suaves. Toda a maquiagem que usava era um delineador e um batom pálido com brilho.

Quanto à roupa, optou por calça jeans de cintura baixa e uma blusa que descobria uma estreita faixa de sua barriga. Satisfeita como parecia, foi à procura das sandálias que queria usar. Quando a campainha tocou, ela correu para atender e encontrou Nathan e Julie esperando por ela.

“Ei, garota,” Nathan disse com um sorriso. “Julie me diz que você está indo bem para testemunhar o meu tormento.”

Angelina riu.

“Não vai ser tão ruim, com certeza.”

“Você nunca me viu dançar.”

Ela seguia para fora do caminhão de Nathan e riu quando Nathan teve que içar a ela e Julie na cabine.

“Nós estamos nadando em testosterona,” Julie disse com um gemido.

“Pare de me dar a merda sobre meu caminhão,” disse Nathan com naturalidade.

Vinte minutos depois chegaram a um clube iluminado, e logo que abriram as portas do caminhão, a música tilintou sobre suas orelhas.

“Inferno, nem entrei ainda,” murmurou Nathan.

Julie pegou sua mão e começou a puxá-lo para a entrada.

“Pare de ser tão criança e vamos lá.”

Angelina deixou o ritmo invadir seu corpo antes de eles entrarem pela porta. Sua pele ondulava e rolava com seus movimentos.

“É tudo sangue latino,” ela gritou sobre a música quando Julie sorriu para ela.

“Divirta-se,” Julie falou. “Nathan e eu estaremos por perto.”

Seus quadris rolaram com os braços para cima, Angelina se infiltrou pela multidão. Muitos homens dançavam ao redor dela, e com ela, mas teve o cuidado de manter-se em movimento e não dar a ninguém a sua atenção por muito tempo.

Depois de seis canções consecutivas, estava respirando com dificuldade, mas não se sentia tão energizada ou viva há muito tempo. Um toque no ombro a fez girar, e viu o rosto de Julie rindo e Nathan resmungando.

“Vamos, Angelina, vamos dar um show a Nathan,” Julie gritou.

“Oh inferno,” disse Nathan quando recuou, Julie puxou para ela, fazendo uma dança sensual na frente de seu corpo. Angelina chegou por trás, até que ele tinha sido colocado entre elas.

“Eles estão todos ficando ciumentos e bastardos,” disse Nathan sobre o estrondo da música.

“Essa é a ideia,” Julie gritou de volta com um sorriso.

Enquanto Angelina e Julie balançavam e giravam no tempo da música, uma espécie de Nathan girava em intervalos e tentava fazer parecer que estava dançando. Angelina sorriu. Estava definitivamente apreciando a vista da segmentação de Julie. Seus olhos não a tinham deixado toda a noite.

Elas fizeram uma impressionante imagem, as duas mulheres subindo e descendo no corpo sexy de Nathan, em movimentos sensuais. Mais do que algumas pessoas pararam e olharam. Depois de ficar relaxado, Nathan entrou no espírito da coisa. Revezava envolvendo um braço em volta da cintura de cada mulher, ondulando seu corpo no ritmo delas.

Quando a música foi para a canção seguinte, Julie se inclinou.

“Vamos fazer uma pausa.”

Angelina seguiu-os até uma das mesas altas.

“Vocês mulheres querem uma bebida?” Nathan perguntou.

“Com certeza,” disse Julie.

Nathan levantou a mão ao movimento para a garçonete fazendo sua ronda.

“Pedido,” disse a elas quando a garçonete se aproximou. “O meu guia.” Angelina pediu um club soda, e não conseguia ouvir o que Julie gritou para a garçonete.

Nathan pediu uma cerveja, e esperaram.

Dentro de alguns minutos, a garçonete voltou com as bebidas, e Angelina tomou um gole de água enquanto dançava no lugar enquanto a música aumentava em torno deles.

Eles dançaram mais duas músicas e depois Julie gritou do outro lado da mesa.

“Quer ir de volta para fora?”

Angelina acenou.

“Vocês dois vão em frente. Ficarei bem aqui por um tempo.”

Julie arrastou Nathan rindo de volta à pista de dança e começou a envolver-se em torno dele. Eles eram tão bonitos juntos. Angelina melancolicamente observou a ternura nos olhos de Nathan — olhos que nunca deixavam Julie nem por um instante. Era óbvio que era louco por ela.

Ela tomou o resto de sua bebida e colocou o copo sobre a mesa. Após verificar que as bebidas de Nathan e Julie estavam vazias para que ninguém se metesse com eles, empurrou-as para o lado e começou a ir para o banheiro. Outros podiam se divertir com a sua paranóia, mas nunca poderia ser muito cuidadosa. David tinha certeza de bater isso em sua cabeça.

A sensação peculiar assaltou quando chegou à porta que conduzia aos banheiros.

Agarrou a moldura para firmar-se e levantou a outra mão para sua testa. Estava quente como o inferno com tantas pessoas ao redor, também.

Entrou em uma das cabines e franziu a testa como se sentisse fraca quando terminou de fazer suas necessidades. Tropeçou para fora da cabine, indo até a pia jogando água fria no rosto. Algo não se parecia bem. Estaria doente?

Cambaleou para fora do banheiro, com a intenção de voltar a Nathan e Julie. O salão fervilhava ao redor dela. Rostos, bocejavam e estiravam em máscaras fantasmagóricas. As luzes em cascata a cegaram, oprimindo, e a música pulsava tão alto em seus ouvidos que se segurou, em um esforço para fazer tudo ir embora.

Ela deu um passo e quase caiu. Oh Deus. Alguém a tinha drogado. Com cuidado, pois ela estava —não havia deixado sua bebida sozinha nem por um momento — alguém tinha deslizado alguma coisa dentro dele. Como? A garçonete? Ela tinha que encontrar Nathan e Julie.

Confusa e desorientada, olhava para a esquerda e direita. Oh Deus. E se quem a tivesse drogado estivesse lá fora? Esperando para atacar? Ela estava completamente indefesa. Não poderia lutar contra uma mosca agora.

Gesticule para a multidão. Faça uma cena. Faça bastante atenção para si mesmo.

As palavras de David surgiram em sua consciência. Alguém esbarrou nela, e ela entrou em pânico, empurrando para longe. Gritou com voz rouca e caiu de joelhos. Arrastou e empurrou-se para cima, lutando para permanecer consciente.

Onde estavam Julie e Nathan?

A sala era um borrão escuro e indo a cada minuto. Correu para uma volta difícil, ricocheteou e caiu novamente.

“Angelina?”

A voz explodiu em seu ouvido, e ficou fraca, com alívio. Mãos fortes a levantaram, e ela se apegou aos braços de Nathan com desespero ardente.

Os rostos preocupados de Nathan e Julie nadavam em sua vista. Seus joelhos dobraram novamente, e Nathan a pegou. Carregando-a nos braços apressadamente fez seu caminho para fora da pista de dança.

A sala passou por uma névoa indecifrável. Sua cabeça pendeu para trás, e estava mole e sem resistência contra seu peito.

E se tivesse sido outra pessoa? Outro homem? Ela teria estado impotente. Uma lágrima deslizou por sua bochecha.

Nathan estourou fora do clube para o ar fresco da noite. Parou em seu caminhão e olhou para ela com urgência.

“Angelina, você pode me ouvir? O que aconteceu? O que há de errado?”

“Alguém... Alguém me drogou,” ela falou arrastado.

Mais lágrimas cairam desamparadas por seu rosto. Então tudo ficou escuro.

 

Nathan encarou a forma inconsciente de Angelina em choque.

“Filho da puta! Julie, pegue as chaves do meu bolso. Você tem que dirigir. Leve-nos para o hospital.”

Julie se atrapalhou com seu jeans e arrancou as chaves. Abriu primeiro o lado do passageiro para que ele pudesse subir com Angelina, então correu ao redor do lado do condutor.

“Ela vai ficar bem?” Julie perguntou em voz preocupada quando puxou para fora do estacionamento.

Nathan alisou a mão no rosto de Angelina e seu pescoço, quase com medo que não fosse encontrar um pulso. Quando bateu firme e forte contra as pontas dos dedos, deu um suspiro de alívio.

“Esta poderia ter sido você, porra,” ele fervia. “Nunca mais, Julie. Você nunca irá em um lugar como aquele sem mim. Você entendeu?”

Foi uma prova de como ela estava com medo que não discutiu. Ela assentiu com a cabeça e não lhe deu nenhuma angústia sobre sua ordem.

“Ela vai ficar bem?” Julie perguntou novamente.

Ela foi para um canto muito rápido e derrapou na pista.

“Calma, querida,” Nathan disse em uma voz suave. “Ela vai ficar bem, eu acho. O pulso é forte. Não sei o que deram a ela.”

Julie estremeceu.

“Você acha que foi uma daquelas drogas de estupro? Deus, Nathan, e se ela não tivesse nos encontrado?”

“Shhh querida, não se torture. O importante é que ela manteve a inteligência e fez a coisa certa. Nós vamos cuidar dela.”

“Devemos chamar Micah,” Julie disse ansiosa. “Ele queria saber mesmo se estivesse a evitando.”

“É claro que ele quer saber. Ele está enganchado. Só não sabe ainda.”

Ela lhe lançou um olhar curioso.

“Mais ou menos como quando você manteve me ignorando?”

Ele fez um som baixo de diversão.

“Não houve nunca uma vez que não me tivesse enganchado.”

Ela sorriu, seu rosto inteiro se iluminou. Inferno. Será que ela ainda nutria dúvidas quanto à possibilidade ou não do sol se levantar aos seus pés?

“Quando isso acabar, você e eu vamos ter uma longa conversa,” disse ele. “Com você debaixo de mim. Lógico.”

Se fosse possível, o seu sorriso se tornou ainda mais brilhante. Então, seu olhar caiu para Angelina, e seus olhos esmaeceram.

“Quem poderia ter feito isso com ela, Nathan?”

“Não sei,” admitiu. “Micah vai ficar furioso.”

 

Micah entrou na sala de emergências, tão tenso que estava prestes a explodir. Parou na recepção e pronunciou duas palavras.

“Angelina Moyano.”

O rapaz olhou espantado, mas clicou em torno de seu computador.

“Ela ainda está aqui na sala de emergência. Há alguém com ela, no entanto. Você vai ter que esperar aqui fora.”

“O que diabos que vou,” ele murmurou.

Ele caminhou em direção à porta que levava às salas de exame, ignorando os gritos do funcionário para que ele parasse. Quase colidiu com uma enfermeira.

“Angelina Moyano?”

“Sala oito,” disse a enfermeira, enquanto continuava em seu caminho.

Micah correu pelo corredor e parou fora da sala. A porta estava entreaberta, e podia ver Nathan esparramado em uma das cadeiras.

Empurrou a porta, seu olhar em busca de Angelina. Ignorou Julie e Nathan e foi direto para a cama onde Angelina estava deitada.

Seus olhos estavam fechados, mas parecia qualquer coisa, mas em paz. Sua testa estava enrugada e uma carranca virava para baixo nos cantos da boca. Seus dedos agarravam o lençol fino, como se estivesse em busca de proteção. Ela parecia com medo e muito vulnerável.

Ele colocou a mão sobre a testa e os dedos delicadamente enriscaram através dos fios de cabelo caindo sobre o rosto. Acariciou delicadamente, tentando aliviar a tensão das linhas que franziam em sua pele.

Algo dentro dele explodiu. Escuro e primitivo. Possessividade rugia através de seu sistema como um comboio fora de controle.

Minha.

A palavra rolou em sua língua, pedindo liberação. Agitou o seu núcleo. Ela não era dele. Não podia ser dele, mas em algum nível, ele a reconhecia.

Sua.

Ninguém mais poderia tê-la.

Ele balançou a cabeça, arrastando-se da beira da loucura total. Estava perdendo a sua mente e o auto controle ao mesmo tempo.

Em vez disso se concentrou em sua frágil vulnerabilidade. Ela precisava dele agora.

“Estou aqui, Angel,” ele sussurrou. “Você está segura.”

Ele se inclinou para passar os lábios em sua testa. Ela emitiu um suspiro pequeno e pareceu relaxar, mas não acordou.

Micah virou-se para Nathan, seu intestino tão preso em nós que se sentia como vomitando.

“Quem drogou ela?” Perguntou grosseiramente.

“Não tenho ideia,” disse Nathan cansado. “Em um minuto ela estava bem. Julie e eu a deixamos para dançar, e a próxima coisa que sei e que ela está caindo aos meus pés.”

Micah jurou violentamente.

“O que o médico disse?”

“Eles estão fazendo o trabalho de laboratório. Saberemos mais quando os resultados sairem, mas pela aparência, ele disse que se parece com uma droga de estupro.”

“Filho da puta.”

Era tudo o que podia fazer para não jogar o punho através da parede. Ele se recompôs e olhou para Julie, que estava sentada do outro lado da cama de Angelina, o rosto pálido e enrugado de preocupação.

“Você boneca, está bem?” Micah perguntou gentilmente.

Ela deu um aceno curto, mas com os olhos cheios de lágrimas. E em Julie, as lágrimas não eram uma coisa boa.

Alarmado, Nathan agarrou-a para fora de sua cadeira e a colocou em seu colo.

“O que há de errado, querida?”

“É minha culpa,” Julie disse em um tom triste. “Falei para ela sair com a gente. Isso nunca teria acontecido se não a tivesse convidado.”

Nathan apertou os lábios em sua têmpora.

“Pare de falar como louca, Julie. Você fez uma coisa boa, chamando-a para vir conosco. Ela precisa de amigos agora.”

Suas palavras bateram direitamente no peito de Micah. Nathan estava muito certo sobre isso. Angelina estava sozinha em uma cidade nova, sem amigos, e Micah tinha má vontade, pois era muito de um maldito covarde para enfrentar seu passado.

“Você fez uma coisa muito boa, Julie,” Micah disse calmamente. “Concordo com Nathan. Ela precisa de amigos, e vocês são os melhores em absoluto.”

Julie sorriu trêmula para ele. A porta se abriu, e Faith e Gray empurraram dentro, seguidos de perto por Connor.

“Como ela está?” Faith perguntou ansiosamente.

“Ainda inconciente,” disse Julie.

“Se alguém perguntar, eu sou sua irmã,” disse Faith. “A única maneira que eles nos deixaram passar e se fossemos da família.”

Nathan e Micah olharam para ela como se tivesse perdido a cabeça. Julie riu abertamente, e Gray apenas olhou para o teto, os lábios contraindo desconfiado.

“Hum, Faith. Que lado da família exatamente Angelina se origina?” Julie perguntou com diversões mal oculta.

Faith esvaziou.

“Era tudo que consegui pensar em curto prazo. Não me provoque. Vou dizer que ela foi adotada como eu.”

Gray apertou seus ombros, enquanto Connor caminhava para o outro lado da cama de Angelina, uma carranca profunda em seu rosto.

“O que diabos aconteceu?” Perguntou ele.

Micah olhou para o seu amigo com os olhos apertados. Ele não queria Connor perto dela. Não queria que a tocasse. Seus dedos se enroscaram em punhos apertados quando Connor delicadamente tocou o rosto de Angelina.

“Droga de estupro,” Julie disse com uma voz cansada. “Alguém colocou em sua bebida.”

A porta se abriu novamente, e desta vez Damon e Serena apareceram. “Quantas pessoas malditas você ligou?” Nathan resmungou a Julie.

A sala estava ficando lotada. Tinham sorte se todos não fossem chutados para fora, e provavelmente na próxima vez que uma enfermeira fizesse sua passagem pela sala.

“Isso poderia ter acontecido com qualquer um de vocês,” disse Gray em voz baixa, seu olhar abrangendo Faith e depois passando para Julie e, finalmente Serena. “Estremeço só de pensar que poderia ter acontecido na última noite fora de meninas.”

Nathan empalideceu.

“O inferno, ele está certo. Entrei no Cattleman e vi vocês três deitadas de costas no chão, rindo como loucas. Qualquer um poderia ter drogado suas bebidas e vocês nunca teriam sabido.”

As garotas trocaram olhares inquietas. O rosto de Damon tinha desenhado uma nuvem de tempestade.

“Elas teriam proteção se um certo alguém não tivesse dispensado o motorista pela noite. Não vai acontecer de novo, minha Serena.”

”Merda,” Julie respirava. “Isto é sério e vai atrapalhar nosso divertimento.”

“Nós só queremos que vocês seam mais cuidadosa,” disse Gray diplomaticamente. “Não mais saindo sozinhas e ficando bêbadas. Pelo menos uma de vocês vai ter que ficar sóbria e olhar pelas outras.”

As garotas assentiram.

“Há quanto tempo ela esteve fora?” Serena murmurou quando se aproximou da cama. “Ela vai ficar bem?”

“O doutor diz que sim,” respondeu Nathan. “Ele quer vê-la. Esperar ela acordar e monitorá-la por um tempo.”

“Vocês não tem que ficar,” disse Micah, voltando-se para incluir toda a sala. “Vou ficar com ela. Vocês deveriam ir para casa e descansar um pouco.”

Ele olhou para Julie.

“Especialmente você, boneca.”

“Preferimos ficar até que ela acorde,” Faith disse teimosamente. “Ela não deveria estar aqui sozinha.”

“Ela não vai ficar sozinha,” disse Micah pacientemente. “Eu não vou sair do lado dela.”

“Ela deveria ter amigos ao seu redor,” Connor disse em voz baixa.

Micah virou-se para vê-lo ainda de pé na cabeceira de Angelina. Irritou-o que Connor estivesse julgando e irritou ainda mais que Connor estivesse certo. Micah não tinha sido uma fonte de apoio para Angelina. Nunca.

Mas tudo ia mudar a partir de agora.

Ele poderia começar por partilhar os seus amigos com ela. Era óbvio que todos eles se importavam com ela.

Sem dizer nada, puxou a cadeira restante e colocou ao lado da cama para que pudesse estar perto dela.

Para sua surpresa, ninguém saiu à noite toda. Em vários intervalos os enfermeiros fizeram ruídos sobre enxotar a todos, mas desistiram quando os homens rosnaram seu descontentamento.

Eles se revezavam cochilando. Julie ficou no colo de Nathan, e Gray tomou a vaga deixada, puxando Faith para baixo se sentando em suas coxas. Connor permaneceu de pé ao lado da cama de Angelina, com as costas encostadas na parede. Evidentemente, concedendo-se ao inevitável, uma das enfermeiras empurrou outra cadeira dentro do quarto abarrotado, e Damon a tomou, e como os outros fizeram com suas mulheres, puxou Serena em seu colo.

Gray teve o cuidado de chamar a polícia, mas até que Angelina acordasse, não poderia responder as perguntas, havia pouco que pudessem fazer. Micah sabia no fundo que as chances de pegar quem a drogara eram baixas.

Já estava bem na manhã seguinte, quando Angelina se mexeu e soltou um gemido baixo.

Micah pegou a cabeça de onde estava ao lado dela na cama e imediatamente colocou em sua mão.

“Angel?”

Os olhos dela vibraram e olhou de volta para ele, seu olhar desfocado.

“Micah?” ela sussurrou.

“Sim, Angel, sou eu. Como você está se sentindo?”

Ela engoliu, e depois lambeu os lábios.

“Água,” disse ela com voz rouca. Ele se virou, mas Connor já estava lá, empurrando um copo com um canudo para ele. Micah pegou e colocou cuidadosamente à boca dela.

“Beba de vagar. Não muito,” advertiu.

Ela chupou avidamente o líquido, e, em seguida, ele colocou o copo longe. Ela colocou a cabeça para trás e, de repente seus olhos arregalaram em alarme. Pânico correu em seu rosto.

“O que aconteceu comigo? Oh Deus, Micah, o que aconteceu? Eu não me lembro.”

O medo em sua voz o fez doer.

“Nada aconteceu, Angel. Você está segura. Juro que você está a salvo e ninguém tocou com você.”

Confusão atrapalhou suas feições. Ela olhou ao redor da sala, o seu olhar foi sobre os seus ocupantes. Reconhecimento brilhava nos olhos dela.

Então, ela descobriu Nathan e Julie, e o alívio inundou seu rosto.

“Tudo que lembro é que saí do banheiro. Não conseguia lembrar se tinha encontrado você,” ela engasgou.

Nathan se inclinou para frente, e Julie saiu de seu colo.

“Você me encontrou, Angelina. Você fez exatamente o que deveria ter feito. Ficou consciente o tempo suficiente para me dizer o que aconteceu, e Julie e eu a trouxemos aqui.”

Angelina puxou para pegar a mão de Julie.

“Obrigado.”

Julie apertou forte.

“Assustou-me até a morte, e não me assusto facilmente.”

Novamente Angelina olhou vagueando pela sala.

“O que vocês estão fazendo aqui?” ela perguntou, perplexa.

“Estávamos preocupados com você, querida,” disse Connor quando se inclinou para tirar um fio de cabelo de sua testa.

Micah ficou tenso com a ternura de seu amigo.

“Você pode nos contar o que aconteceu?” Gray perguntou. “Nós já notificamos a polícia, mas há pouco que podem fazer até que falem com você. Eles interrogam as pessoas do clube. Talvez alguém tivesse visto quem drogou a bebida. Deixou sozinha ou desviou o olhar em algum momento?”

Ela sacudiu a cabeça obstinadamente, lutando para se sentar na cama. Micah pegou seus ombros e ajudou-a ficar em uma posição sentada. Manobrou o seu caminho para a cama ao lado dela quando vacilou. Deslizou um braço ao redor dela para apoiá-la, e ela inclinou-se voluntariamente para o seu lado.

“Não, nunca faria isso. David e Micah disseram-me constantemente para não aceitar bebida de ninguém, não importava o quê. Pedi as minhas. Nunca deixar e voltar depois p isso. Nunca se distrair e desviar o olhar. Nunca deixei fora da minha vista,” disse ela ferozmente. “Bebi então fui ao banheiro. Comecei a sentir-me doente e imediatamente soube que tinha que voltar para Nathan e Julie. Enfiei-me para a multidão como sempre David disse. Estava com medo que quem tivesse me drogado estivesse lá fora à espera de sua oportunidade.”

O aperto de Micah ficou mais forte em torno de seus ombros, e resmungou baixinho. E se ela não tivesse estado com Nathan e Julie? Se estivesse sozinha, teria sido impotente e poderia ter sido estuprada ou morta, talvez ambos.

“Menina esperta,” Damon murmurou. “Você salvou-se com seu raciocínio rápido.”

“Foi, sim,” Micah rosnou. Ele pegou sua mão e apertou um beijo para a palma da mão. “Você fez bem, Angel. David estaria orgulhoso.”

Lágrimas encheram seus olhos quando ela olhou para ele.

“Merda,” Gray murmurou. “Isso significa que tanto a garçonete poderia tê-la drogado ou permitiu que outra pessoa fizesse.”

“Ou alguém no bar se distraiu enquanto ela estava pegando o resto das bebidas e colocou a droga enquanto ela não estava olhando,” disse Nathan.

“Como diabos alguém iria, mas a garçonete teria sabido que a bebida era dela? A menos que foi aleatória? O que não faz sentido para mim,” Connor disse.

“Essa é uma boa pergunta,” Micah murmurou.

“Eu só pedi club soda,” disse Angelina impotente. “Nunca bebo álcool.”

Todos os homens franziram a testa, e Damon, que havia permanecido bastante tranquilo com tudo, disse:

“Talvez tenha sido uma brincadeira destinada a um condutor designado potencial?”

“Mas por quê?” Faith explodiu. “Nada disso faz qualquer sentido.”

“Há predadores de todos os tipos por aí, bebê,” disse Gray. “É por isso que nós queremos que vocês tenham mais cuidado.”

Os dedos de Angelina tremiam na compreensão de Micah. Ele aumentou o aperto em sua mão e apertou tranquilizadoramente.

“Você está segura agora, Angel. Você me entende? Não vou deixar ninguém te machucar.”

Ela inclinou o queixo para que pudesse olhar para ele. Seu olhar contornou em seu rosto como se estivesse julgando a sua sinceridade. Não podia culpá-la por duvidar dele. Mas não lhe daria a chance de duvidar dele novamente.

Uma batida soou na porta, e um policial enfiou a cabeça na porta.

“Senhora Moyano? Sou o Oficial Daniels. Você sente-se bem em responder a algumas perguntas?”

 

Angelina acordou, a luz solar ultrapassava pelas frestas das cortinas na janela dela.

Ainda lenta, se virou para olhar o relógio. Dez da manhã. Fechou os olhos novamente e virou a cabeça para tocar de volta o travesseiro. Pelo menos estava em casa, na sua própria cama, mesmo que só tivesse sido por um tempo curto. Ainda assim, superou a sala de emergência.

Tinha sido inflexível de permanecer no seu lugar depois de ter sido liberada do hospital. Para sua surpresa, Micah tinha insistido em passar a noite em seu sofá. Quando lhe disse que não havia necessidade, fez uma careta e depois continuou como se não tivesse ouvido.

Enfiou a cabeça com uma repreensão a gritar, se ela precisava de alguma coisa, e depois desapareceu de seu quarto. Ela dormiu, sonhando estar em sua cama, em seus braços.

A polícia a interrogou e prometeu fazer o que podia, mas tinha visto o olhar que passou entre o Oficial Daniels e os outros. Seria quase impossível descobrir o que tinha acontecido a menos que a garçonete pudesse fornecer informações.

Ela engoliu, estremecendo no desconforto. Sua boca estava seca como se tivesse comido algodão, e a sede a levou sair da cama.

Percorreu a sala, curiosamente para saber se Micah ainda estava lá. Uma agulha de decepção picou quando não o viu. Quando chegou à cozinha, encheu um copo com água e tomou vários goles. Quando colocou de volta no balcão, notou o pedaço de papel deitado vários centímetros à distância.

 

Angel,

Voltei para o meu apartamento, mas vou estar de volta em pouco tempo para verificar você. Vou trazer-lhe algo para comer.

Micah

 

O calor subiu em seu corpo, e ela sorriu pelo conhecimento de que ele estaria voltando.

Encostou-se ao balcão e cruzou os braços sobre o peito, quando um calafrio levantou em arrepios em sua pele. Sexta-feira girava em torno dela em pedaços. Não se lembrava de nada do tempo entre sua saída do banheiro e acordar na sala de emergência.

Embora tivesse tido a certeza de que nada havia acontecido com ela, um segmento de pânico ainda permanecia na periferia de sua mente. Engoliu o nó de medo de volta. Foi um acaso. Um ato de maldade aleatória. Tinha estado no lugar errado na hora errada, e alguns doentes tinham pensado que ela seria uma conquista fácil.

Sentiu uma satisfação cruel por ter frustrado quem diabos fosse.

Droga ainda viajava lentamente em suas veias, e teria esforço para ficar em pé. Um dia na cama, parecia o céu. Queria se deitar e esperar por Micah voltar.

Ela saiu da cozinha e olhou para o vestíbulo até a porta da frente. Viu outro pedaço de papel no chão e parou em suas trilha.

Alguém tinha escorregado um bilhete debaixo da porta. Provavelmente Micah.

Um pouco hesitante, ela caminhou para buscá-lo. Talvez alguma coisa tivesse acontecido, e ele não voltaria depois de tudo. Abriu a nota para ler o conteúdo e congelou.

Náuseas brotavam em seu estômago e explodiu em sua garganta. Ela balançou as pernas de repente fracas.

Oh Deus.

 

A próxima vez você não vai escapar de mim.

 

A nota caiu para o chão, e ela apertou seu estômago, em um esforço para evitar o impulso irresistível de vomitar.

Ele estava aqui. Em Houston. Como a tinha encontrado? Por que a encontrou?

Um angustiado gemido escapou de seus lábios duros. Queria gritar. Pânico assaltou e ela correu para a porta, verificando as fechaduras. Estavam fechados e se apoiou pesadamente contra a porta como se pudesse manter o mundo fora.

Oh Deus. O que iria fazer?

Era a mesma caligrafia. Conhecia bem. O doente tinha enviado cartas por um ano.

Ele a drogou. Seguiu-a para o clube, e a drogou, planejando levá-la em seguida. Estava tão perto dela que sabia onde ela morava... O medo a paralisou.

Ela olhou para o bilhete que tinha tocado. Estúpida. Era uma prova e colocou suas impressões digitais por toda parte. Mas como ia saber que ele a havia seguido aqui? Como poderia saber onde ela tinha ido?

Micah. Ela tinha que chegar a Micah. Mas não queria sair do seu apartamento. Ele tinha estado aqui. Mesmo em frente à sua porta. Ele poderia estar lá, esperando e observando.

Agora estava condenada a sua decisão de esperar para conseguir um telefone até que tivesse guardado dinheiro suficiente para o depósito. Não tinha maneira de chegar a qualquer um, sem sair do apartamento.

Aguardar. Ela só poderia esperar. Micah disse que estaria de volta. Mas e se ele fosse demorar demais?

Obrigando-se a se mover, tropeçou para a cozinha e pegou um grande saco plástico. Usando um par de pinças, cuidadosamente pegou a nota e deslizou para dentro do plástico.

Ela tinha que chegar ao apartamento de Micah. Era apenas uma simples caminhada pela calçada. O apartamento era ao lado. Trinta segundos. Uma arma. Ela seria estúpida para sair fora de sua porta, sem uma arma.

Abriu a gaveta onde as facas eram mantidas e selecionou a maior e mais afiada que poderia encontrar.

Sentindo-se um pouco melhor sobre suas chances de fazê-lo após um possível agressor, ela recolheu o saco, enfiou dentro da blusa e voltou para a porta.

Erguendo-se na ponta dos pés, olhou pelo olho mágico, mas tudo o que viu foi esmaecido pela luz solar e uma visão difusa do estacionamento. Seu coração bateu como uma britadeira, retirou a corrente e destrancou a fechadura. Abriu um pouco a porta e olhou para fora, piscando de súbito para o sol.

Respirou fundo, reunindo a coragem ao seu redor. Com uma contagem mental de três, saiu correndo do apartamento, os pés descalços batendo no cimento quente da passarela que a levaria para o local de Micah.

 

Micah olhou para o relógio novamente e tentou controlar a frustração latente em suas veias. Estava impaciente para voltar a Angelina — não queria que ela acordasse sozinha em seu apartamento — mas quando Gray ligou querendo vir para discutir sobre a droga de Angelina, Micah não queria a chance de que Angelina ouvisse e ficasse perturbada novamente. Então voltou para seu apartamento para esperar. Só que Gray não tinha aparecido sozinho.

Connor tinha vindo com ele, e apesar do fato de que considerava Connor um de seus melhores amigos, agora ele só queria Connor longe da situação de Angelina.

“Você e eu sabemos que tem um respeito saudável para o departamento. Inferno, metade deles são seus amigos, e foram em busca de Faith quando Samuels a raptou. Mas também sei como são explorados, mal pagos e falta de pessoal estão, e não há nenhuma maneira que vão dar o que aconteceu com Angelina mais mão de obra. Vão questionar a garçonete, e a menos que ela venha com algo para eles, vão passar para investigações mais exigentes.”

Micah rangeu os dentes na lógica fria de Gray. Micah tinha estado lá, como tinha Gray. Ambos sabiam como funcionava, mas isso não significa que gostasse. Queria encontrar o filho da puta que tinha feito isso para Angelina e pregá-lo na parede.

“Connor e eu vamos dar uma fuçada e ver se podemos chegar a algo. O clube tem câmeras de segurança. Talvez tenham alguma coisa. Polícia não vai ter tempo para percorrer todo esse lixo, mas nós o faremos.”

Micah virou-se para Connor, só para ver a mesma determinação sombria no rosto. Antes que pudesse pensar melhor, ele disse,

“Qual é o negócio com você e Angelina?”

Connor piscou surpreso e, em seguida, seus olhos ficaram frios. Quando ele não respondeu, Micah ficou mais chateado.

“Responde-me. O que há com toda essa besteira de doçura, e por que você se importa tanto assim com o que acontece com ela?”

Connor examinou-o com calma, mas seus olhos brilhavam de raiva.

“Talvez porque você não faz.”

“Isso é besteira!” Micah rugiu. “Ela é irmã de David. Claro que ligo para o que acontece com ela.”

“Calma,” Gray murmurou enquanto olhava desconfiado entre Micah e Connor.

“Você sabe, não sei mesmo o homem, mas eu estou realmente cansado de ouvir falar de David,” Connor disse sem rodeios. “Ele está morto. Angelina não. Ela é uma pessoa. Não apenas a irmã de David. Seu valor não é medido pelo seu relacionamento com seu melhor amigo. Você já fez seu grande serviço, e vai continuar fazendo isso toda vez que tentar vincular sua identidade com David.”

Através da névoa de cólera em torno de Micah como uma nuvem de tempestade, veio a verdade que Connor estava certo, e isso irritou mais do que se Connor tivesse sido tão claramente, e que precisava proteger Angelina dele.

“Filho da puta, odeio quando você está certo, porra,” Micah murmurou. “Você é um bastardo presunçoso, às vezes.”

Connor relaxou, e aliviou a tensão em torno de seus olhos e lábios.

“Cristo, mas ela me tem em nós,” disse Micah honestamente. “Eu digo que não sei o que ela quer de mim, mas o fato é, acho que sei, e isso assusta a merda fora de mim, não estou pronto—”

Ele parou, embaraçado quando a torrente de emoção esforçou-se para se libertar.

Connor enfiou as mãos nos bolsos e parecia ter pena de Micah debatendo-se.

“Olha cara, ela me lembra... Ela me lembra Faith.”

Gray sacudiu o olhar para Connor.

“O que você quer dizer com isso?”

”Quando Pop e eu fomos pegar Faith, após a última vez que sua mãe foi parar no hospital com uma overdose. Faith era uma bagunça. Parecia tão jovem e vulnerável. A gente só queria protegê-la. Angelina me lembra muito dela. Parece perdida... E olha, não estou tentando apertar os parafusos nem nada, mas você tem uma queda por ela. Ela precisa de ajuda. Precisa de pessoas que se preocupam com ela. Assim como Faith precisou.”

“Certo ou não, você está me irritando,” Micah rosnou.

Os lábios de Connor torceram em diversão.

“Ela é linda, Micah. Extremamente quente, e teria que estar faltando minhas bolas, pelo menos, para não ter uma fantasia quente quando olho para ela. Mas ela é sua se você reconhecer isso ou não, e nunca escalei território de um amigo. Não tenho pretensão de começar agora.”

“Ela não é... Porra,” Micah murmurou.

Gray e Connor apenas olharam para ele com uma mistura de diversão e simpatia.

“Olha, eu realmente preciso voltar mais—”

Micah foi interrompido quando a porta da frente se abriu. Todos os três homens se levantaram.

Para choque total de Micah, Angelina voava para a sala, os olhos selvagens de terror, medo descrito no rosto. Ela ainda estava vestindo a camiseta — que ele ajudou a colocar antes de dormir na cama — e estava descalça. Mas o que realmente chamou a atenção foi o fato de que ela segurava uma faca de cozinha afiada em sua mão direita. Seus dedos estavam enrolados tão apertados em torno do punho que os nós dos dedos estavam brancos.

“Que porra é essa?” Connor murmurou.

“Angelina, querida, solte a faca,” disse Gray com voz firme.

Inferno, ela nem sequer registrou que falavam com ela. Micah deu um passo a frente e depois, outro.

“Angel, menina,” ele disse em uma voz calma. “Qual é o problema, querida? Você teve um sonho ruim?”

Ela piscou e, em seguida com um grito deixou cair a faca e voou em seus braços. Ele a pegou contra ele, mas subiu por seu corpo em pressa para chegar perto dele. Seu coração batia freneticamente contra seu peito, e tremia e vibrava como um pássaro ferido.

Gray rapidamente recuperou a faca e levou para bem longe de Angelina.

“Angel, me diga o que está errado,” disse Micah quando passou a mão pelos cabelos longos.

“Ele estava aqui,” ela disse em uma voz abafada. “No meu apartamento.”

Ele puxou o rosto de seu pescoço para que pudesse ouvi-la melhor.

“Quem estava aqui?” Perguntou ele.

Ele, Connor e Gray todos olharam novamente quando a porta da frente bateu aberta. Nathan estava na porta de entrada para a sala, com o rosto desenhado em uma máscara de fúria.

“Nós temos um problema,” Nathan rosnou.

 

“Não agora, Nathan,” disse Micah. “Seja o que for, pode esperar.” Ele recuou em direção ao sofá, Angelina ainda envolvida em torno dele, como plástico.

“Não, não pode esperar,” Nathan argumentou. Colocou um pedaço de papel na frente dele, suas sobrancelhas erguidas em conjunto em uma linha com raiva. “Da próxima vez você não vai salvá-la”, leu em voz alta.

Angelina prendeu em Micah mais apertado, e estremeceu violentamente.

“Que diabos você está falando?” Micah exigiu. “Onde você conseguiu isso?”

“No pára-brisa do meu caminhão.”

Micah ficou confuso, então as palavras de Angelina voltaram para ele.

Ele estava aqui no meu apartamento.

Santa Merda. Não podia ser. Não poderia envolver o seu cérebro em torno das implicações.

Delicadamente, puxou Angelina longe de seu pescoço para que pudesse olhar nos olhos dela.

“O que assustou você, bebê? O que fez você correr aqui com essa faca? Alguém tentou te machucar?”

Sua voz baixa num nível perigoso. Ele tentou mantê-la assim para não assustá-la, mas estava vibrando com fúria.

Com as mãos tremendo, ela alcançou debaixo de sua camisa e retirou um saco plástico.

Havia um pedaço de papel dentro.

“Eu toquei isso. Me desculpe. Não estava pensando,” disse ela em voz baixa. “Estava esperando. Não estraguei nenhuma prova.”

Nathan olhou para a nota na mão e rosnou.

“Nem sequer pensei nisso. Pensei que era apenas um panfleto de publicidade.”

Gray levantou a mão.

“Certo, vamos devagar aqui para o resto de nós possa alcançar. O que diz a sua nota, Angelina?”

Micah gentilmente tomou o plástico dela e colocou-a no sofá ao lado deles.

“Ele disse Da próxima vez você não vai escapar,” ela sussurrou.

Quatro maldições distintas ecoaram pela sala.

“Santa Merda,” Nathan respirava. “O filho da puta tinha um alvo.”

“Como?” Connor exigiu. “Ela não esteve aqui tempo o suficiente para alguém ter se colocado nesse tipo de terreno.”

Os dedos de Angelina tornaram-se punhos apertados, esticando a pele fina sobre os nós dos dedos.

“Angel?” Micah perguntou gentilmente. “O que você está pensando?”

Ela estremeceu de novo, e era tudo o que podia fazer para não puxá-la de volta em seus braços. Mas precisava de respostas, se fosse mantê-la segura.

Ela olhou para ele, o medo e trepidação em seus olhos.

“Pensei que tinha escapado. Fui tão cuidadosa. Coloquei uma pista falsa. Abandonei meu carro e comprei outro com um nome falso. Não contei a ninguém para onde estava indo. Tive o cuidado de não deixar um rastro de papel de qualquer tipo. Não usei cartões de crédito, e sempre trabalhei por dinheiro, então não tinha que dar o meu número de seguro social. Não sei como ele me encontrou,” disse ela desamparada.

Todos olharam para ela com espanto. Micah abriu e rapidamente fechou a boca, porque o que tinha a dizer não era bonito. Gray sacudiu a cabeça, a testa de Connor enrugou em confusão. Só Nathan encontrou sua língua.

“Está tentando dizer que o filho da puta que drogou você a perseguiu antes que viesse aqui?”

“Estou perdido,” Connor murmurou.

“Você não é o único,” disse Micah. Seus olhos estreitaram quando olhou a palidez no rosto de Angelina. “Volte ao começo, desde o início. Não deixe nada de fora.”

Ela engoliu em seco e tentando mover-se fora de seu colo, mas pegou a cintura dela e puxou-a firmemente contra ele. Levantando o queixo, ele inclinou o rosto dela até que encontrasse seu olhar.

“Não estou te deixando mais uma vez, Angel. Agora diga-me tudo.”

Tanto é que foi refletido nos olhos dela. O medo misturado com alívio. Esperança e descrença. Percebeu que a coisa mais procurada era a confiança. Ela olhou para ele antes, com tal fé. Queria isso de novo, queria voltar ao tempo em que confiava nele e David para fazer tudo certo em seu mundo.

“Ele começou me enviando notas — coisas —um ano atrás,” disse ela em voz chorosa.

Exclamações atordoadas encontraram sua declaração de todos os lados. Toda a respiração deixou Micah em um chiado doloroso. Ele se forçou a permanecer em silêncio enquanto esperava por ela continuar.

“No início, era uma coisa inofensiva. Bonitinha, na verdade. Pensei que era apenas um admirador secreto. Alguém muito tímido para me confrontar. Enviando algumas notas. Flores. Chocolate e rosas no Dia dos Namorados.”

“Jesus!” Micah exclamou. “Diga-me você não comeu chocolate entregues por um estranho.”

Ela olhou ofendida.

“Claro que não. Não sou estúpida. Tudo parecia tão inofensivo. Irritante depois de um tempo, mas inofensivo.”

Ela respirou fundo.

“E então tudo muda. Era como se eu fizesse algo para fazê-lo ficar com raiva. O tom das notas mudou. No início elas não eram ameaças definitivas, mas me davam arrepios. Piorou a partir daí. Achei meus pneus cortados. Deixava mensagens para mim, não importando onde eu fosse. E então fez ameaças definitivas.”

“Por que diabos você não foi à polícia?” Micah exigiu. “Pelo amor de Deus, você é irmã de David.”

Ela olhou para ele com mágoa nos olhos dela.

“Eu fui.”

“E?”

Seus lábios apertaram.

“Quando lhes disse, não estavam exatamente fazendo fila para fazer qualquer coisa para a irmã de um homem que achavam que tinha te traido. Você não ficou em torno de mim, então por que deveriam? O único que me levou a sério foi Chad Devereaux.”

Uma mistura de raiva e tristeza bateu Micah no peito. Raiva de si mesmo e seu departamento. A tristeza que ela tinha sofrido em virtude de sua deserção.

“Chad fez o que pôde, mas não tínhamos muito com o que trabalhar. Olhou por mim por um tempo. Patrulhava regularmente por minha casa. As notas e os “presentes” pararam. Esperava que tinha se cansado de jogar o seu jogo, mas na realidade estava esperando e ficando mais irritado e mais desesperado. Invadiu a minha casa e destruiu tudo.”

Ela estremeceu, e Micah apertou seus braços sobre ela.

“Foi horrível. Havia tanta raiva por trás de suas ações. Sabia que se estivesse lá quando entrou, teria me matado. Não podia ficar lá por mais tempo. Arrumei tudo, vendi os meus bens e deixei a cidade, colocando uma falsa pista para o norte.

“Fiz todo o caminho para Chicago, porque queria parecer que mudei para lá. Abri uma conta bancária, fixei uma residência, e então comprei um carro com nome falso e vim aqui. Até o momento que fui para o hospital, não usei o meu nome verdadeiro, exceto com todos vocês. Mas ele já tinha me encontrado. De alguma forma ele me seguiu aqui,” ela sussurrou.

“No primeiro dia que fui trabalhar no café, quando fui embora, naquela tarde, percebi que estava faltando algumas fotos do meu carro. Sinceramente, pensei que tinha deixado nas minhas coisas que não tinha desembalado ou em algum lugar, mas agora não tenho tanta certeza. Poderia ter sido ele.”

Micah não conseguiu permanecer em silêncio.

“Por que inferno não me disse tudo isso antes?”

Um olhar de mágoa caiu sobre seu rosto.

“Teria ficado mais feliz em me ver? Pensei que tinha lidado com o problema. Pensei que o tinha deixado para trás. Não vim aqui porque queria que você resolvesse meus problemas, e acho que se você parasse de correr o tempo todo, saberia por que vim.”

Gray suavemente limpou a garganta e as cores trabalharam no rosto de Angelina quando virou em sua direção. Era como se ela tivesse esquecido que todos estavam ali. E o inferno, ele tinha.

“Angelina, você acabou de dizer que sempre tinha planejado vir aqui. Você não contou a ninguém?” Gray perguntou. “Pense bem sobre isso.”

Ela apertou os lábios em concentração e, lentamente, abanou a cabeça.

“Não havia ninguém para contar.”

Micah arrastou uma mão pelo cabelo e encontrou os olhares de seus amigos. A raiva era viva em seus olhos, e a mensagem clara. Eles consideravam Angelina uma deles, assim como fizeram com Faith, Serena e Julie. De jeito nenhum permitiriam que algum idiota maluco a machucasse.

“Sinto a necessidade de salientar que é perfeitamente possível que este não seja o mesmo cara de antes,” Connor disse.

Angelina abanou a cabeça.

“É ele. Reconheceria a caligrafia em qualquer lugar, e sempre usa esse mesmo papel. É de papelaria. Liso, mas a textura é diferente do papel comum.”

“Você tem todas as outras notas ou as entregou à polícia?” Micah perguntou.

“Não ia entregar minhas provas para eles, quando nunca me levaram a sério.”

“Você trouxe com você?”

“Estão debaixo da minha cama,” disse ela. “Você quer que as pegue?”

“Vou buscá-la,” disse Connor. “Fique parada onde está, bem segura.”

Micah acenou em acordo. Se fosse até ele — ia fazer questão de ter certeza que — ela não estava deixando o seu lado até que eles pegassem o desgraçado responsável por aterrorizá-la.

Quando Connor deixou o apartamento, Micah puxou Angelina para seu peito novamente e acariciou seus cabelos em um padrão calmante.

“Deveria voltar para casa,” disse Gray, inquieto. “Faith está sozinha.”

Nathan enrolou os punhos, uma mistura de raiva e medo expressaram em suas feições. “Julie está sozinha em casa, também. Se este assassino sabia o suficiente para fixar uma nota sobre o meu caminhão, ele vai saber sobre Julie, também.”

Angelina sentou-se, com os olhos tão tristes, tomando fôlego afastando Micah longe. “Sinto muito,” disse ela, virando-se para Gray e Nathan. “Nunca pensei em um milhão de anos que ele viria até aqui, ou não teria trazido ele a vocês, eu juro.”

Gray parou ao lado do sofá em seu caminho até a porta. Estendeu a mão e tocou brevemente seu rosto.

“Não tome a culpa que não é sua. Nossas meninas são duras. Nós apenas queremos ter certeza de que saibam o que está acontecendo para que possam ser cuidadosas.”

Ela assentiu com a cabeça miseravelmente, Nathan e Gray correram para a porta, deixando-a sozinha com Micah.

Agitada, mexeu-se nos braços de Micah. Empurrou e se soltou enquanto tentava se levantar, mas Micah a segurou firme.

“Angel,” ele disse em uma voz suave. “Pare de empurrar-me para longe. Eu já sinto você colocando as paredes e distanciando-se.”

“Apenas me deixe levantar. Preciso respirar,” ela implorou.

Relutantemente, deixou-a ir, e como havia previsto, ela colocou toda a sala entre eles, quando caminhou em um ritmo forte em linha reta para a frente da televisão.

Connor caminhou de volta, segurando uma caixa. Colocou-a sobre a mesa do café em frente de Micah, em seguida, tomou assento na cadeira ao lado do sofá.

Angelina não queria sequer olhar para Micah quando ele abriu a caixa. Ela se virou, tensa e preocupada, os braços em torno de forma protetora na figura esguia.

Ele tentou sintonizar, pensar e agir como um policial, mesmo que já tivessem passado vários anos.

Tentou olhar para a pilha de cartas objetivamente, mas enquanto lia, a raiva se apossava dele.

Como ela disse, começaram inocentemente, mas ainda achou assustador, desde o início. Então foi como se um interruptor tivesse sido invertido. Foram aparentemente de inofensivos para uma explosão de raiva e violência.

Um calafrio deslizou por sua espinha quando leu a inúmeras promessas e ameaças. Já não era o homem que tentava ser sutil. Descreveu com clareza gritante exatamente o que faria com ela, uma vez que a tivesse em suas mãos.

Jesus. Era um milagre ele não ter chegado a ela, antes de ter deixado Miami. Só por causa de sua inteligência pura e determinação não se deixou ser raptada do clube. Agradecia a Deus por Nathan.

“O que nós faremos?” Connor perguntou quando Micah colocou a última das notas de volta na caixa.

Micah soltou a respiração, em um esforço para controlar a lavagem de emoção que ameaçava ultrapassá-lo. Estava zangado — oh sim, estava chateado demais — mas também estava assustado.

Antes que pudesse responder ou mesmo pensar sobre o que inferno dizer, Angelina se virou, os olhos já não estavam refletindo o medo, mas havia determinação em profundidade e queimando em brasa.

“A única coisa lógica a fazer é partir,” ela disse uniformemente.

 

Nem Micah ou Connor tiveram qualquer simpatia por sua declaração. Ambos olharam apertado em seus rostos, e Micah ficou vermelho parecendo que estava prestes a entrar em erupção.

“Não seja estúpida,” ele rosnou.

Angelina suspirou.

“Fui estúpida por vir aqui, Micah. Pensei que estava sendo inteligente. Tinha um plano em prática. Fui meticulosa na execução. Esperava que pudesse vir aqui, começar uma nova vida e esquecer o passado. Isso foi estúpido. Partir não foi inteligente.”

Micah ficou boquiaberto, incrédulo com ela. Connor franziu a testa e levantou da cadeira.

“Acho que vou para a cozinha e deixá-lo a sós com isso.”

Micah esperou até que Connor tivesse deixado a sala e, em seguida, levantou-se do sofá, atravessou a sala e segurou-lhe os ombros com as mãos.

“Você não está nos deixando, Angel. Onde inferno você iria?”

“De volta a Chicago em primeiro lugar. Após isso? Em qualquer lugar que quisesse.”

Ele olhou para o teto, as bochechas soprando para fora com seu hálito.

Ela estendeu a mão e soltou as mãos de seus ombros, em seguida, afastou-se, ansiosa para colocar distância entre eles. Ele a irritou quando chegou tão perto.

“Pense nisso, Micah. Coloquei um monte de gente em perigo aqui. Seus amigos. Suas esposas e namoradas. Gosto de Faith, Serena e Julie. Elas não merecem ter este maluco à sua porta da frente. Estou aqui há apenas alguns dias. Apenas um pontinho no radar. Vou ser esquecida em uma semana e todos podem voltar com suas vidas. Faz sentido.”

Ele olhou incrédulo para ela.

“Você realmente acredita em toda essa merda que disse, não é?”

Seus olhos estreitaram e ela franziu a testa.

“Olha, não estou dando uma de mártir aqui, Micah. É estúpido a participação de todos vocês nisso. Não é o seu problema. Nunca foi. Não sou uma idiota. Cuidei de mim mesma por um longo tempo. Se ele me assusta? Claro que sim. Estava apavorada. Mas isso não significa que vou ser um alvo fácil para ele. Não sou uma vítima. Nunca serei. Mas não sou idiota. E não vou permitir que seus amigos se envolvam nisso.”

“Eles são seus amigos também,” disse Micah.

Ela balançou a cabeça e suspirou.

“Eles são leais a você, Micah. Amam você. Sentem certa responsabilidade comigo, por causa da minha associação com você.”

“Cabeça dura.”

“Não vamos discutir,” implorou ela. “Preciso de ajuda para organizar uma maneira de sair da cidade desapercebida. O mais cedo possível. Ele não esperaria que montasse um plano tão rápido. Se pudesse deixar esta noite, tomaria uma dianteira sobre ele, enquanto ainda está tão chateado por perder-me no clube.”

Micah fechou a distância entre eles de novo.

“Você não entendeu, não é? Você não está nos deixando, Angel. Não a resgatei uma vez. Isso não vai acontecer novamente.”

“Culpa é besteira,” ela retrucou. “Não preciso disso. Não quero isso.”

“Foda-se a culpa. A culpa não é o que estou sentindo agora. Estou tão chateado que não consigo ver direito. Você acha que estou pensando sobre David agora? Ou Hannah? Ou o fato de que partí quando você mais precisou de mim? Não. Estou pensando o que aconteceria se aquele bastardo colocasse as mãos em você. Estou pensando, maldição, em como vou mantê-la segura. Estou pensando em como posso mantê-la próxima e não assumir o comando sobre você.”

Sua barriga vibrou na consciência e um formigamento serpenteava o seu caminho até sua espinha dorsal. Ele parecia tão furioso, tão intenso. Então focou nela. Ela estremeceu quando um arrepiado varreu por seus braços, seus seios, os mamilos como pérolas em nós apertados.

“Você está tão certo, que sou uma marionete estúpida, que seria desmiolada por deixá-lo puxar minhas cordas, que ia ser alguma boneca de pano sem cérebro. Não admira que você não me queira, Micah. Não quero qualquer um, que pense dessa maneira.”

“Eu não acho isso,” ele rosnou.

Sua boca torceu.

“Sou capaz de fazer minhas próprias decisões. David não me criou para ser uma tola. Sei exatamente o que quero com você, e você ainda está tão determinado a ser nobre e me salvar de mim mesma. Pessoalmente, acho que é tudo besteira. Você não está poupando ninguém, apenas a si mesmo. Está com medo do jeito que faço você se sentir, porque não quer sentir nada. Certo, tudo bem, mas deixe de ser um covarde e pare de fingir que isto é tudo sobre mim e que não estou conseguindo. Seja homem e diga-me que não me quer, mas deixe de dar desculpas.”

Por um momento ela pensou que tinha empurrado longe demais. Ele se aproximou e ela recuou. Eles repetiram o processo até encontrar a parede e não havia outro lugar para ir.

Ele a apertou contra, fundindo seu corpo com o dela.

“Ah, eu quero você,” ele disse em uma voz rouca e áspera. “Quero tanto você que chego a ficar dolorido. Mas não posso dar o que você merece, Angel. Tudo o que posso oferecer é sexo. Porra. Não posso ser mais honesto do que isso. Você merece mais do que um homem — qualquer homem. Eu quero você. Não há dúvida. Mas não posso lhe dar tanto.”

“Se isso é tudo que você tem para dar, então é isso que vou tomar,” disse ela calmamente.

Micah rosnou e desviou o olhar.

“Porra, Angel. Diga-me não. Me mande embora. Diga-me que nunca mais quer me ver novamente. Encontre um homem que possa lhe dar tudo, corpo e alma. Diga-me não.”

Ela estendeu a mão para tocar seus lábios.

“Eu nunca vou te dizer não, Micah. Você acha que não te conheço, que não te entendo, que não posso lidar com o que você vai atirar em mim. Você está errado.”

Ele colocou as mãos em cada lado do pescoço, os polegares acariciando seu rosto, seus dedos apunhalando seu cabelo.

“Tenha certeza, Angel. Esteja muito certa de que é isto que você quer. Possuirei você. Não existirá nenhuma parte de você que não me pertencerá.”

Seu coração deu um pulo, e quase saiu do seu peito.

“Você não sabe, Micah? Sempre pertenci a você.”

Suas pupilas queimaram, e uma luz predatória brilhava em seus olhos escuros.

“Você não vai a lugar nenhum e quero dizer lugar nenhum sem mim, até que nós peguemos este bastardo,” disse ele.

“Não haverá mais conversa de você partindo. Você é minha, e protejo o que é meu.”

Ela engoliu em seco e balançou a cabeça, seus olhos nunca deixando os dele.

“Nós não podemos ficar aqui, mas até eu descobrir alguma coisa, você vai ficar comigo o tempo todo.”

“Tudo bem”, disse ela com voz rouca.

Houve triunfo selvagem em cada linha de seu rosto, o olhar de um predador que havia capturado sua presa. Ela podia não significar nada para ele em um nível emocional... Ainda, mas a queria, e a satisfação masculina pura cumprimentou sua conquista.

Ela lhe pertencia. Sua selvagem satisfação própria agarrou-a, disseminando-se rapidamente através de sua alma. Total e completamente a ele. Ela não se enganaria ao acreditar que seria para sempre.

Ele já havia definido um limite de tempo. Eles seriam obrigados a se aproximar até que seu perseguidor fosse preso, e estava tão disposto a aproveitar a situação quanto ela estava. Mas já estava decidida a ir embora quando tudo estivesse acabado.

Determinada a não insistir em coisas que ela não poderia mudar, optou por se concentrar no aqui e agora e o fato de que Micah era dela, mesmo que fosse somente por pouco tempo.

 

Angelina estava no canto da grande sala de reuniões na Malone e Filhos, onde havia mais pessoas enlatadas do que uma lata de sardinha. A agitação da atividade a desnorteava.

Esperava que Micah virasse as cartas para a polícia e, em seguida esperaria ver onde a investigação iria dar, mas isso?

Micah, Connor, Nathan e Gray estavam sentados em uma das mesas longas, cabeças inclinadas, em conversa com quatro policiais. Até Damon estava presente, embora estivesse ao lado, com as mãos nos bolsos das calças cara. Apesar de sua pose parecer aborrecida, seus olhos estavam sintonizados com todas as nuances da conversa em curso.

Pop Malone sentou-se à cabeceira da mesa, e de vez em quando entrava na conversa com sua voz rouca.

Havia três outros homens, não de uniforme, que Angelina só poderia supor que eram policiais fora de serviço ou simplesmente amigos do grupo.

Estavam passando as notas, usando luvas, discutindo e analisando o assediador como um inseto sob um microscópio.

Não era o trabalho da polícia algo novo para ela. Testemunhou David e Micah e outros policiais de Miami em profundidade nos seus casos. Em dado momento, Hannah estava fazendo o jantar para uma dúzia de policiais enquanto estavam discutindo sobre um caso particularmente difícil.

Mas Angelina nunca tinha sido o foco de nada disso. Perseguidores não tinham a mesma pontuação de estupradores e assassinos, e era dificíl de conseguir um mandato de prisão, uma vez que a identidade era conhecida, não havia muita coisa que poderia ser feito.

Ela se perguntou onde Faith, Julie e Serena estavam. Tão ferozmente protetores como todos os rapazes eram, não podia imaginar que elas tinham sido deixadas sozinhas em algum lugar.

Era como se ela tivesse sido esquecida na intensidade da reunião. Não gostou de ficar de pé na extremidade, não gostou da sensação de impotência que se apoderou dela. Não gostava da ideia de essas pessoas, amigos de Micah, seus amigos, se colocarem em risco por ela.

Foi só agora que ela percebeu o quanto tinha perdido da parte da camaradagem e lealdade absoluta da força policial que David pertencia. Até que eles se afastaram, por pensarem o pior de seu irmão.

“Você quer algo para beber, doçura?”

Ela piscou e olhou para cima para ver Connor em pé na frente dela. O olhar dela foi até a mesa, para ver que a reunião global tinha, aparentemente acabado e agora todo mundo se dividia em grupos menores, com as cabeças inclinadas na conversa.

“Adoraria ter algo com cafeína,” admitiu.

Ele enrolou a mão em torno de seu pescoço e apertou, massageando suavemente.

“Você parece cansada. Acabou de sair do hospital. Precisa estar descansando.”

“Não tenho certeza se vou descansar novamente,” disse ela com sinceridade.

“Nós vamos cuidar de você,” prometeu. “Micah não vai deixar este imbecil chegar até você.”

Ela queria acreditar, mas Micah era apenas um homem. Não era invencível. Se as intenções eram tudo o que tinha, então nada jamais iria magoá-la. Micah era feroz na sua intenção de protegê-la.

“Fique aqui. Vou te pegar uma Coca-Cola.”

Ela sorriu levemente. “Eu não vou a lugar nenhum.”

Se ficasse por mais tempo, iria entrar em colapso. Suas pernas pareciam emborrachadas, e seus joelhos tremiam. Como não havia uma cadeira livre na sala, simplesmente deslizou de volta para baixo da parede atrás dela até que sua bunda bateu no chão.

No instante seguinte, Micah se abaixou na frente dela, seu olhar preocupado procurando o dela.

“Ei, Angel, você está bem?” Ele perguntou suavemente.

Quando Connor chegou, Micah pegou a Coca-Cola e abriu, colocando em sua mão.

Ela bebeu com gratidão a ele. A adrenalina estava definitivamente fora de uso, e estava batendo duro.

“Qual é o plano?” Ela perguntou depois de tomar vários goles.

“Vou contar tudo mais tarde. Agora preciso te levar pra casa. Você está morta em seus pés.”

Estremeceu quando ele arrastou um dedo em seu rosto. Não importava quão cansada estivesse, seu corpo saltava para a vida, sempre que ele a tocava. Ele era um desejo, escuro e erótico, sobre o qual tinha absolutamente nenhum controle.

Suas narinas chamejaram, e suas feições apertaram. Ele sentiu isso também, essa intensa ligação que chiava entre eles. Agora ela podia ver que a guerra travou para ele também. Era tão fácil o ler. Ele a queria. Queria levá-la e possuí-la, mas também queria cuidar dela. Achava que estava muito fraca e cansada para o que ele queria.

Não sabia que ele era tudo que precisava?

“Leve-me para casa,” ela sussurrou.

Ele a levantou e segurou com segurança ao seu lado. Damon parou quando eles chegaram à porta.

“Tenho uma ideia,” disse ele em voz baixa.

“Estou ouvindo,” disse Micah.

“Você e Angelina devem ficar na Casa.”

Micah olhou Damon como se tivesse perdido a cabeça.

“Não estou enfiando-a em um clube de sexo de merda.”

“Isso mesmo,” disse Damon pacientemente. “É provavelmente o último lugar que este idiota iria olhar. Encubra suas pegadas, leve Angelina para a Casa. Tem todas as comodidades. Cozinha, banheiro. Você poderia escolher um dos quartos no andar de cima. Posso fechá-la ao público, desde que você precisa de um lugar para ficar. A segurança é impecável, mas estou aberto para que os seus homens façam qualquer atualização ou melhoras que você ache necessário.”

Micah coçou o queixo pensativo e depois olhou para Angelina. Ela podia sentir a tensão no seu corpo, enrolado como uma serpente.

“É uma boa ideia,” admitiu Micah. “Você tem segurança suficiente, ninguém conseguirá respirar no lugar e fugir com ela.”

Damon assentiu.

“Leve-a lá esta noite. Posso ter Serena lhe trazendo toda a roupa e as necessidades de amanhã. A cozinha está abastecida. Tenho uma equipe completa, então não precisa se preocupar com a cozinha ou limpeza.”

Micah balançou a cabeça.

“Eu não quero todo mundo. Se vou levar ela lá, vai ser só eu e ela.”

“Se é isso o que você prefere. Vou colocar meu pessoal em férias durante o tempo que for necessário.”

Micah colocou a mão no ombro de Damon.

“Obrigado. Aprecio isso.”

“Nós dois apreciamos,” disse Angelina.

Damon sorriu para ela, seus olhos castanhos quentes, com carinho.

“Considero Micah um amigo muito querido, mesmo que não me permita fazer essa reivindicação muito facilmente. Eu o considero um amigo, assim como você, Angelina. Se existe alguma coisa que você precise, só tem que chamar.”

“Vamos, Angel,” disse Micah suavemente quando ela cambaleou em seus pés. “Vamos pegar o que precisamos para hoje, e depois vamos ter cuidado com quaisquer potenciais seguidores em nosso caminho para a Casa.”

“Você realmente acha que ele está vigiando?” Ela perguntou com uma voz perturbada.

“Não vou mentir. É uma possibilidade. Ele certamente vigia ao complexo de apartamentos. Sabia exatamente quando estava sozinha, e sabia o suficiente sobre a associação de Nathan com você, e onde Nathan morava, para adverti-lo.”

Ela estremeceu e se escondeu próximo ao seu corpo. Ele apertou o ombro de modo confortador.

“Nós vamos pegá-lo, Angel. Você tem um monte de gente trabalhando neste caso.

Ela olhou para ele.

“Sei que você vai. Confio em você, Micah.”

“Deixe-me dizer aos outros o que estamos fazendo, e depois nós vamos sair daqui.”

Ela assentiu, e deixou-a rapidamente para ir falar com os outros.

“Você vai ficar bem?” Damon perguntou.

“Eu não sei,” disse com sinceridade. “Estou com medo. Mais agora do que estava em Miami. Lá era só comigo. Aqui existem mais pessoas envolvidas. Não quero que ninguém se machuque.”

“Você só se preocupa em estar segura. Deixe-nos preocupar com nós mesmos.”

“Onde estão Serena e as outras?” Perguntou ela.

Damon sorriu, seus dentes brilhantes brancos.

“Elas estão insatisfeitas comigo no momento, mas as tenho sequestradas em minha casa com um ranzinza guarda-costa que se apresenta como motorista.”

Ela teve que suprimir a vontade de rir.

“Estou contente que elas estão seguras.”

“Como disse, não se preocupe com elas ou nós. Cuidamos de nós mesmos. Nós vamos encontrar esse cara.”

Ele apontou por cima do ombro.

“Eles têm a força de trabalho. Tenho capital ilimitado. É uma boa combinação. Não será capaz de se esconder para sempre.”

Angelina fez uma careta.

“Me sinto como se eu já devesse a todos vocês.”

Damon deu de ombros.

“Não há nenhuma dívida. Não há preço que eu não iria pagar para manter as pessoas que amo, seguras. Serena é tudo para mim. Micah é um dos meus melhores amigos. E você é alguém que precisa de abrigo e amizade acima de tudo.”

Ela balançou a cabeça.

“Inacreditável. Nunca sonhei que pessoas como você existissem. Todos vocês.”

Ela acenou com a mão em um círculo desamparado. E honestamente perplexa que todas essas pessoas estavam dispostas a ir para a parede por ela.

“Você está pronta?” Micah perguntou quando parou ao lado dela novamente.

Ela assentiu com a cabeça.

Ele trouxe a palma da mão até os lábios e beijou-a levemente.

“Então vamos.”

 

Quando puxaram para dentro do estacionamento na Casa, já estava vazio. Luzes brilhavam no interior, um fato que ela ficou grata. Não achava que ficaria confortável em qualquer lugar escuro no momento.

Micah saiu e ela o seguiu. Sua mão foi para a sua volta, e sua pele dançava em reação, enquanto corria em direção à sua porta.

Ela estava andando em alta adrenalina induzida por estresse associado com a excitação intensa. Estava exausta e acelerada tudo ao mesmo tempo, e sabia que nunca iria descansar até que encontrasse um orgasmo. E ainda assim não poderia pedir. Não podia exigir. Ela era sua para comandar, e não o contrário.

Eles andaram para dentro, e Micah hesitou no corredor.

“Quer algo para comer ou beber?”

Ela assentiu com a cabeça e ele virou em direção à cozinha na extremidade da instalação. Estava quente e convidativo, como o resto da Casa. Era pardo, amarelo suave. Divertia-lhe que um lugar dedicado à decadência tivesse todos os confortos de um lar acolhedor.

Captou o olhar de Micah e tremeu sob a consciência flagrante que brilhava em seus olhos. Suas narinas chamejaram um pouco, e a tensão rolando através de seu corpo era tangível, com a respiração profunda.

Conhecia seu olhar calmamente, permitindo que cada milímetro de sua necessidade chegasse a toda a distância.

Colocou o copo de suco que tinha despejado para ela no balcão e deu um passo adiante, os olhos brilhantes.

“Vire-se,” ordenou.

Seus mamilos endureceram. Seu clitóris inchou e pulsou, e ela prendeu a respiração dolorosamente em sua garganta. Forçou a respirar fora quando lentamente virou-se, apresentando-lhe as costas.

Suas mãos fecharam sobre os ombros. Uma mão trabalhou, prendendo o cabelo depois de correr o véu pesado sobre seu ombro esquerdo, desnudando a curva de seu pescoço.

O hálito quente soprava sensualmente sobre a pele nua e, em seguida, os dentes beliscaram e rastejaram na coluna esbelta. Seus joelhos ameaçaram derreter quando ele levou sua língua até o lado de sua orelha e sobre o ponto de pulsação frenética, mas pegou firme e empurrou para frente para a mesa.

Urgência invadiu seus movimentos. Ele bateu-a na mesa, dobrou-a sobre seu estômago até encontrar a borda. Seus dedos pegaram desajeitadamente na calça, puxando, atingindo ao redor para soltá-la.

Quando puxou sua calça para baixo sobre a curva, a outra mão pressionou firmemente no centro de suas costas, segurando-a.

O ar frio soprou sobre sua bunda, levantando solavancos frios. Ele deixou o jeans na curva dos joelhos.

Uma das mãos ainda a segurava, mas a outra deixou, e ela ouviu o farfalhar de suas próprias calças.

Suas pernas esbarraram nas costas dela, e seu corpo pressionou no dela, duro e rápido. A parte traseira de sua mão roçou urgentemente contra suas nádegas enquanto posicionava seu pau.

Antes que pudesse respirar, estava sobre ela, nela, tão profundo que ela gritou em choque.

Ele se inclinou, seu corpo cobrindo o dela, seu quadril batendo contra a bunda dela, o estrondoso da batida ecoando intensamente sobre a cozinha. Após a agitação inicial, ele abrandou, retirando-se então bombeando para frente com ritmos metódicos, vigorosos. Cada vez que se retirava, ele fazia uma pausa até que ela deixou escapar um pequeno gemido e então se movia para frente, conduzindo a profundidade.

“Mãos no alto,” disse ele asperamente.

Ela colocou as mãos acima da cabeça, palmas para baixo sobre a superfície plana da mesa. Seu corpo inteiro balançava com a força de sua punhalada seguinte. Ela fechou os olhos. Estava perto. Tão perto de estourar e ele não tinha sequer a tocado intimamente.

Ele tinha apenas a intenção de seu prazer. Sendo tão egoísta e primitivo, e ela sabia que em um piscar entendia por que. Estava reforçando a sua afirmação anterior.

Tudo o que posso lhe oferecer é sexo.

Ela relaxou, dando-se a ele. Rendição. Aceitação. De jeito nenhum ele iria encontrar alguma resistência. O prazer tomou conta dela em ondas. Ele chegou à profundidade, seu pênis esticando-a, enchendo-a.

Seu corpo pressionando dominante sobre o dela, arqueando seus quadris em sua bunda. Sua mão emaranhada em seus cabelos, puxando enquanto se esforçava para ir ainda mais fundo.

Não, ele não estava preocupado com o prazer dela no momento. Ela podia sentir o tormento irradiando dele. Ele agia. Fazendo a única coisa que sabia fazer para tentar livrar-se da mesma necessidade viciosa que crivava nela. Só que ela sabia que nunca iria embora. Nunca morreria.

Seus dedos flexionaram e então enrolaram em pequenas bolas. Sua cabeça surgiu enquanto puxava incansavelmente em seu cabelo. Ela ofegou como seu orgasmo construíndo. A pressão foi dolorosamente feroz. Suas bolas bateram contra seu monte com cada estocada.

“Micah!”

“Minha.” Ele silvou.

Ela soltou um pequeno suspiro de dor enquanto puxava mais os cabelos, mas foi esquecido quando a tempestade se formou. O raio surgiu crescendo, reunindo em sua boceta, explodindo externamente e surgindo em sua barriga.

Assim que ela gritou novamente, ele saiu de sua boceta em espasmos. Ele puxou o cabelo dela, puxando-a da mesa.

“De joelhos”, ordenou.

Desajeitada, ela deslizou para baixo de seu corpo, seus músculos fracos de seu orgasmo. Ela se conteve, segurando em seus joelhos. Mesmo quando se acomodou, ele reforçou seu aperto na parte de trás do seu pescoço e inclinou a cabeça para cima.

Ele segurou sua ereção inchada com a mão livre e forçou seu caminho passando os lábios. Ela mal teve tempo para respirar um suspiro antes que ele a enchesse. Suas faces externas incharam, e ela se forçou a relaxar para que pudesse acomodá-lo plenamente.

Ele virou as costas assim ela estava em um ângulo. Ele foi com ela como se o ângulo ajudasse a entrada ser mais limpa. A posição permitiu-lhe ter o controle completo.

Ele retirou-se, fez uma pausa, então afundou de novo.

Quando ele se segurou lá, olhou para baixo, contraindo a mandíbula.

“A maioria dos homens normais tomariam cuidado com você agora,” disse ele asperamente. “Tratariam-na com luvas de pelica, como um pedaço de vidro frágil. Mas você não quer isso, minha Angel? Mesmo agora você está querendo mais. Você está me desafiando a pressioná-la.”

Ela olhou calmamente para ele, recusando-se a recuar ou se afastar. Precisava de ar, mas também confiava nele para não ir longe demais.

Ele recuou, seu pênis deslizando sobre sua língua. Uma pequena onda de líquido derramou em sua boca. Ele estava perto. Seu corpo todo tremia. Seus joelhos tremiam contra suas mãos, e ela agarrou-o mais duro.

“Ponha suas mãos em meus quadris.”

Ela levantou-se sobre os joelhos e empurrou o seu jeans mais para baixo até que suas mãos encontraram a carne nua. Seu pênis se projetava da calça, duro e grosso.

“Mantenha as suas mãos lá enquanto estou fodendo sua boca. Não se mova. Aguente firme.”

Mais uma vez a mão apertou no emaranhado de seus cabelos, e ele deu um arranco afiado para a posição do seu jeito que queria.

“Abra,” ordenou.

Ela deixou cair os lábios abertos e ele já estava lá, empurrando insistentemente. Puxou-a para frente para tomar o seu impulso, até que os pêlos grossos da virilha faziam cócegas em seu nariz. Levou cada onça de restrição que teve para não lutar. De certa forma, era o que ele queria que ela fizesse. Sabia disso.

Ele queria provar que era muito. Queria que dissesse para parar e ir embora. Ele não tinha ideia de quão forte era a sua convicção.

Um som de impaciência escapou em um rosnado. Ela abriu os olhos para olhar para ele. Havia uma selvageria que devia dar medo nela, mas sabia que não estava zangado com ela.

Não, não era auto dirigido. Odiava que a queria, tanto quanto ela o queria. Ele odiava que ela não ia dizer não. Odiava que iria tomar tudo o que ele desse e ainda imploraria por mais.

“Dane-se,” ele sibilou.

Ele jogou a cabeça para trás, fechando os olhos. Seus impulsos ficaram desesperados, quase brutais. Sua virilha bateu contra sua boca enquanto ela o engolia todo.

A mão segurando a nuca dela tornou-se delicada, quase acariciando. Suas bochechas incharam com o esforço de tomá-lo mais fundo em sua garganta. Então, agarrou o pescoço duro, forçando-a em seu pênis. Fluido encheu sua boca, quente e pegajoso. Ela engoliu em torno de seu pênis, e ele gemeu empurrando de forma irregular. Gozando e ela engolindo, a garganta trabalhando em torno da cabeça de seu pênis.

Recuou momentaneamente, agarrou a base de seu pênis e inclinou para a boca aberta.

Ele trabalhou a mão para frente e para trás ao longo do eixo mais grosso quando o sémen jorrava da ponta para a boca.

Ele continuou o golpe.

“Mantenha a boca aberta. É isso aí, Angel.”

Dois, mais três salpicos gentis caíram sobre sua língua e, em seguida, suas mãos soltaram. Lentamente, ele aliviou longe dela, e puxou sua calça jeans, trazendo de volta em seus quadris.

Ajoelhada ali, arfando para respirar enquanto engolia o último de sua libertação. Suas mãos caíram para cima de suas pernas e ela olhou para a calça jeans que estava presa no meio da coxa.

Olhou de volta até Micah, buscando permissão para levantar, para vestir-se.

Depois que ele endireitou-se, estendeu a mão, oferecendo as mãos para ela. Ela deslizou os dedos em suas mãos e lhe permitiu puxá-la a seus pés.

Gentilmente, puxou as calças jeans dela até que estavam em volta da cintura novamente. Ele fechou o zíper, vaguendo preguiçosamente o seu olhar sobre o rosto. Quando terminou, levantou o polegar para sua boca e esfregou a acima sobre o lábio inferior, capturando uma gota de seu esperma.

“Lamba isto,” ele disse roucamente.

Ela chupou lentamente na ponta, deslizando a língua sobre o dedo.

“Você me deixa louco, Angel.”

Ela riu, surpresa com a maneira que saiu rachado.

“O que você acha que você faz comigo?”

“Vá escolher o nosso quarto,” disse ele. “Dispa-se. Quero você nua na cama, quando eu chegar lá. Vou levar uma bandeja para que você possa comer antes de ir dormir.”

 

“Eu odeio isso,” resmungou Julie.

“Não gosto disso mais do que você,” disse Faith do seu assento no sofá.

Serena voltou de sua posição junto à janela.

“Quanto tempo eles vão demorar? Damon não respondeu ao seu celular e nós não temos ouvido deles há horas.”

“Eles provavelmente descobriram um plano para nos manter sob sete chaves para o próximo ano,” Julie disse sombriamente.

“Você deveria se afastar da janela, Sra. Roche,” disse Sam da porta. Serena suspirou e caminhou até o sofá para sentar-se perto de Faith.

Julie fez uma careta. O motorista de Damon tinha sido encarregado de ser babá das três para o dia. Que tipo de motorista era construído como um tanque?

O som da abertura da porta da frente tinha as três mulheres de pé. Damon entrou na sala, com Nathan e Gray em seus calcanhares.

“Como está Angelina?” Julie perguntou ansiosamente. As expressões dos homens eram tão sombrias que o medo afundou em torno de seu estômago.

“Ela está segura,” Damon respondeu. Enquanto falava, estendeu a mão para Serena, e ela foi até ele, derretendo em seu abraço. “Ela está com Micah.”

“Você está pronta para ir para casa?” Gray disse a Faith.

Ela concordou prontamente e pegou a mão estendida para ela.

“Nós vamos ficar em contato. Vocês todos façam o mesmo,” disse Gray enquanto se dirigiam para a porta.

Julie olhou para Nathan, que estava em silêncio ao seu lado. A intensidade em seu olhar a fez estremecer. Ele olhava de forma positiva... Assustador.

“Você tem uma escolha,” disse Nathan enquanto caminhou. “Minha casa ou a sua.”

Muito instável para pensar direito, ela simplesmente olhou para ele, sua testa franzida.

“Nós podemos ficar na sua casa ou na minha, mas você não ficará sozinha, então faça a sua escolha.”

Ela estendeu a mão para tocar o peito dele, buscando tranquilidade.

“Deveria ficar preocupada?”

Ele pegou seu pulso e, surpreendentemente, seus dedos tremiam contra sua pele. Levou a mão aos lábios e beijou-a delicadamente com o punho fechado.

“Não quero que você se preocupe, querida, porque vou cuidar de você. O que significa que não vai ficar sozinha. Ele nos viu, Julie. Tinha que ter nos visto naquela noite. Chegou a mim. Pode chegar até você.”

Ela engoliu em seco, nervosa.

“Podemos ficar onde você se sentir melhor.”

Ele relaxou. Esperou que ela fosse discutir? Iriam para um confronto? Claro, ela gostava de sua independência, mas não era idiota. Não ia sacrificar sua segurança acima de seu orgulho.

“Acho que devemos ficar em sua casa. Ele pode não saber onde você mora, mas com certeza sabe onde eu moro.”

“Certo,” ela disse suavemente.

“Vamos.”

Ele puxou levemente, tomando-a em seus braços. Por um momento a abraçou, e só a ascensão e queda irregular de seu peito contra o dela sinalizou sua inquietação. Beijou-a no topo de sua cabeça e alisou a mão em seus cabelos.

“Vamos para casa.”

Ela assentiu com a cabeça e seguiu em direção à porta.

Todo o caminho para seu apartamento, ela observou-o atentamente. Ele segurou sua mão, esfregando o polegar sobre os nós dos dedos de uma forma aparentemente tranquila. Ele estava mais apertado do que uma faixa de borracha, e ela não tinha certeza se era o perigo que ele achava que ela estava, ou se era algo totalmente diferente.

Paranóia penetrou em sua mente, apesar de seu melhor esforço para mantê-lo na baía Ele não vai despejá-la, idiota. Os homens não vão morar com você temporariamente se estão prontos para seguir em frente.

A menos, claro que fosse um homem com um sentido de responsabilidade superdesenvolvidos. Sem dúvida, Nathan e todos os seus camaradas eram extremamente protetores, quando se tratava de mulheres. Então, ele estava protegendo-a porque era uma mulher, ou porque era sua mulher?

Cale-se, Julie. Não estrague isso.

Quando chegaram ao apartamento dela, Nathan ficou para trás até que se certificou que os bichos papões não estavam preparados para pular fora de seu armário. Ela poderia tê-lo achado simpático e divertido se não estivesse tão nervosa.

Caminhou em torno de seu apartamento que ele estava confortável e em casa. Senhor sabia que ele tinha passado tempo suficiente lá, mesmo se nunca tivesse feito o salto para a convivência oficial. Ela franziu o cenho. Talvez devesse ter perguntado?

Acabe com isso. Ela era uma bagunça. Estava cansada e não ia analisar estupidamente os sentimentos femininos quando estava se sentindo particularmente hormonal. Alguém devia comercializar pílulas de estupidez. Eles iriam fazer uma maldita fortuna.

Nathan seguiu para seu quarto, e antes que ela pudesse ir ao banheiro para fazer suas coisas, a puxou para trás e segurou-a nos braços.

Sua boca caiu na dela. Roubou o fôlego e devorou seus lábios em um ávido e apaixonado beijo. Suas mãos se atrapalharam descuidadamente em suas roupas, rasgando-as sem cuidados.

“Tire as calças,” falou asperamente entre beijos.

Mesmo quando ela pulou em um pé para se livrar de suas calças, tirou freneticamente sua camisa.

Ele forçou suas mãos longe de seu jeans o tempo suficiente para levantar os braços acima da cabeça para que ele pudesse puxar a camisa. Então, quando ela virou, rasgou o sutiã dela, despedaçando as taças de renda.

Mesmo assim, o material não veio completamente fora, mas os seios derramaram livres e os cobriu mais ou menos em suas mãos.

Com um pé, ela chutou a calça longe, quando uma boca fechou sobre um mamilo.

Sua respiração escapou em um chiado quando o prazer explodiu em sua mente.

“Deus eu amo seus seios.”

“Amo como você ama meus seios,” ela disse ofegante.

Ela agarrou sua cabeça, segurando-o apertado.

“Você tem muitas roupas,” reclamou ela.

“Facilmente pode ser corrigido.”

Ele a pegou, a boca ainda sugando o mamilo, caminhando até a cama, onde terminou com ela sobre o colchão. Como ela estava lá, ele apareceu em cima dela, as mãos indo para a sua calça.

Deus, ela adorava quando ficava de frente para ela. Levantou-se sobre o cotovelo, olhando agradecida quando ele arrancou sua camisa. Seus músculos ondulavam enquanto se movia em seus braços. Seu peito curvou flexionado e seu tanquinho tremeu.

Finalmente saiu da calça, e estava parado na frente dela, sua ereção enorme, enérgica na mão. Seus olhos brilhavam com a promessa quando saltou em sua direção.

Ela engoliu em seco e foi para trás.

Ele apenas sorriu e se arrastou para a cama. Sua mão fechou em torno de seu tornozelo, e a puxou de volta para ele.

“Acredito que prometi que iamos ter uma conversa,” ele murmurou quando ela estava completamente embaixo dele. “Tenho certeza que disse que iria acontecer com você nua. Debaixo de mim.”

“Bem, aqui estou eu,” disse ela sem fôlego.

Ele colocou o rosto na palma da mão e acariciou sua pele, empurrando levemente seu cabelo atrás da orelha. Seu olhar intenso percorria o seu rosto como se estivesse procurando. Pelo quê?

“Você tem alguma ideia do que faz para mim?”

Antes que ela pudesse responder — e realmente, o que ela poderia dizer sobre isso? — Ele baixou a boca para a dela num beijo surpreendentemente tenro.

Calor alastrou sobre a pele, mas foi mais profundo, além de seu coração e em linha reta em sua alma.

“Eu te amo,” ela sussurrou contra seus lábios.

Ele afastou-se, ainda acariciando seu rosto com os dedos cuidadosos.

“Eu te amo,” disse ele a sério. “Você sabe disso, Julie? Você acredita nisso?”

Ele a beijou novamente, varrendo as palavras para longe antes que ela pudesse falar.

“Às vezes me pergunto se você não está esperando o outro sapato soltar. Como talvez você não ache que estou nisto a longo prazo.”

Ela deixou as mãos vaguearem nos braços, a espessa coluna de seu pescoço e depois descendo para o peito. Uma coisa que não iria fazer era mentir. Não para Nathan. Ele foi o único homem que a amou, e isso significava deixá-lo ver em linha reta em seu coração.

“Às vezes,” admitiu. “Não duvido de você, Nathan. Só estou com medo. Sei que pode ser difícil, e me preocupo que um dia você decida que eu não valho nada.”

Abriu-lhe as coxas com uma mão insistente e encontrou seu calor com seus dedos. Ela arqueou impotente para ele, sua boca abrindo em um gemido torturado.

Ele acariciou. Acariciando. Deslizando seus dedos mais profundo, e em seguida, facilitou até o clitóris, espalhando sua umidade sobre o pacote de nervos.

“Para uma mulher tão inteligente, às vezes você pode ser tão densa,” ele murmurou.

Seus olhos estreitaram quando ele acrescentou um terceiro dedo e acariciou as paredes da sua vagina.

“Ah inferno. Como é que eu vou discutir com você quando está fazendo isso?”

Ele encontrou os lábios dela novamente, silenciando-a com a boca. E então sua língua. Como o veludo áspero, sua língua acariciou a dela, quente, espalhando o seu gosto, e Deus, saboreava tão bom. Ele cheirava bem. Ele se sentiu bem.

“Acho que a ideia é que você não deve discutir.”

“Não discutir? Como isso nunca vai acontecer.”

Ele sorriu e retirou suas mãos. Ela mexeu em protesto, querendo de volta.

“Tenho algo melhor,” ele murmurou.

Jogou seu corpo, empurrando as coxas dela afastadas. Ele posicionou seu pênis em sua entrada e empurrou para dentro um pouquinho.

“Você é uma maldita provocação!”

Ele riu e avançou para frente, esticando-a. Colocou as pernas em torno dele e arqueou para cima, tentando fazê-lo deslizar mais profundo.

Finalmente, acomodou-o e impulsionou em todo o caminho com um empurrão forte.

Ela gritou. Não importava quantas vezes ele fez amor com ela, ainda sentia o choque da penetração até a ponta dos pés. Ele era grande e grosso e ela pulsava ao seu redor como mel quente. Só a fez ficar toda pegajosa, e ela amava e odiava por isso.

Ainda enterrado profundamente dentro dela, colocou os braços para baixo em ambos os lados da cabeça e alavancou a si mesmo o suficiente para que não a esmagasse. Ele olhou para ela, seus olhos verdes tão graves que por um momento ela ficou preocupada. Até que se lembrou que ele estava tão profundo dentro dela como poderia estar. Quem diabos rompia um relacionamento, enquanto eles estavam enterrados até as bolas?

“Nós precisamos conseguir algo em linha reta, Julie.”

”Inferno, não é tempo para conversar,” ela murmurou.

“Ah, acho que é um momento muito bom porque você não pode escapar de mim. Não pode correr. Não pode me evitar.”

Ele flexionou os quadris, e ela aumentou o aperto em seus ombros até as unhas cavarem em sua carne.

“Eu amo você, mulher. E devia saber disso.”

“Eu sei,” ela ofegou. “Agora me fode, por favor.”

“Não estou deixando você. Não quero mais ninguém. Você é tudo para mim, Julie. Tudo.”

Seus olhos arregalaram e ela ficou completamente quieta abaixo dele.

“O que você está dizendo, Nathan?”

Ele soltou uma série de maldições.

“Nada que já não te disse um milhão de vezes. Já lhe disse com palavras, com ações. Digo-te com o meu corpo cada maldita vez que estamos juntos, mas você é tão determinada apenas a ver o que quer ver. Quando vai colocar isto em sua cabeça, a menos que me chute para a calçada, então isso será para sempre?”

Ela sinceramente não conseguia formular uma resposta para isso. Sua boca estava aberta quando olhou nos olhos dele. Ele estava falando sério. Não havia nenhum indício de fraude em seu olhar. Apenas sério... Amor.

“Nunca estarei chutando-lhe para a calçada, idiota,” disse ela em voz baixa.

Retirou-se e, em seguida revirou os quadris para frente, provocando outro suspiro dela.

“Ótimo. Agora que nós temos isto fora do caminho, voto em falarmos de fazer o nosso relacionamento um pouco mais permanente.”

Medo, emoção, alegria e temor tudo apertou dentro dela. Mas ela ainda não estava prestes a fazer suposições. E não só isso, mas o que estava quase assumindo assustou-a.

“Quão permanente?” Ela perguntou com cautela.

Ele deslizou as mãos pelo corpo dela novamente, colocando em sua bunda quando puxou para cima. Agora em seus joelhos, ele dirigia inexoravelmente dentro dela, a força de suas estocadas fazendo os seios dela balançarem incontrolavelmente.

“Merda, eu adoro quando fazem isso,” ele murmurou enquanto baixava a boca para um esforço máximo.

Devorando seus seios, passando de um bico gordo para o outro. Não havia uma parte de seu corpo que não estivesse tocando. Seus quadris com as costas das coxas, e as bolas dele batendo o estalo em sua bunda. Montou duro, e quando estava irremediavelmente profundo, abaixou-se para ela, recolhendo-a carinhosamente nos braços.

“Muito permanente,” disse rispidamente. “Tão, permanente, que você nunca duvidará o quanto eu te amo e o quanto quero estar com você.”

“Acho que eu poderia ir com isso,” disse ela baixinho.

Ele fez uma pausa e olhou profundamente em seus olhos, e pela primeira vez ela viu vulnerabilidade que a fez perder o fôlego. Ele estava preocupado. Estava tão assustado quanto ela.

Sentindo-se abalada, alcançou seu rosto. Seus dedos alisaram sobre a testa, as bochechas e depois sobre a aspereza do seu cavanhaque.

“Quero o para sempre, Julie. Casamento. Você amarrada a mim, juridicamente, emocionalmente. Percorrendo o caminho inteiro comigo.”

Seu coração acelerou em pânico, mas ao mesmo tempo uma onda de pura alegria inundou-a da cabeça aos pés.

“Meu anel no seu dedo,” ele sussurrou enquanto varria os lábios em um beijo.

“Eu gosto de jóias,” murmurou ela.

“E eu gosto de você. Nua.”

Ela sorriu e colocou os braços ao redor de seu pescoço. Seguiu o exemplo com as pernas, enrolando-as ao redor de sua cintura.

“Ah caramba adoro quando você se envolve em torno de mim,” ele gemeu. “Você é tão quente e macia. Amo como se sente.”

“Amo o jeito que você me faz sentir,” disse ela a sério. “Você me faz sentir bonita, Nathan.”

Ele franziu a testa, as sobrancelhas reunidas até que parecia positivamente feroz.

“Você é linda. Você é linda. Juro por Deus que não posso respirar em torno de você às vezes.”

“Você tem que parar ou, juro por Deus, que vou chorar.”

“Ah inferno qualquer coisa, menos isso.”

Ele a puxou bem apertado, segurando-a de forma que nenhum espaço separasse dele. Carne contra carne, seus seios moldavam em seu peito, seu corpo curvado ao redor dele.

Seus quadris flexionaram, com o corpo arqueado quando empurrou dentro dela, mantendo um ritmo vagaroso.

O que ela disse era verdade. Ele a fazia se sentir tão bonita. Ninguém nunca tinha feito amor com ela como Nathan fazia. Claro, eles fizeram sexo quente, sujo, e ela adorou cada minuto, mas muitas vezes levavam as coisas tão lentamente, e a amava tão docemente que era tudo que ela podia fazer para não arrebentar.

Seu peito doía. Sua alma doía. Não poderia viver sem este homem. Ela não queria.

Basta saltar.

Dar o salto.

Voar.

E ela fez. Diretamente em seus braços. Apertou-a quando ela explodiu em um milhão de pedaços minúsculos. Amor e carinho inundaram-na. Ela disparou. Flutuava. Ele estava lá para pegá-la.

“Eu te amo,” disse ela entrecortada quando seu orgasmo estilhaçou por sua virilha.

Ele enterrou o rosto em seu pescoço, beijando a pele macia, logo abaixo da orelha.

“Ah querida, eu também te amo.    Pra caramba, bebê. Segure-se em mim. Estou gozando.”

Ela arqueou para cima, agarrando-o firmemente. Suas unhas cavando nas costas do jeito que ele gostava, e então deslizou as mãos até seu traseiro apertado e segurou enquanto ele bombeava no corpo dela.

Seus dentes afundaram na coluna de seu pescoço e um gemido agonizante queimou sobre sua pele.

Seu corpo inteiro ficou tenso sobre o dela, e seu calor inundou-a.

Desabou sobre ela, dirigindo-os ao colchão. Ela ficou lá, segurando-o, acariciando as costas para cima e para baixo. Ele não se mexeu de imediato e ela se contentou em ficar lá, com ele nos braços.

Ela beijou seu ombro muscular e, em seguida, passou a mão sobre sua cabeça calva.

“Fique,” ela implorou quando começou a afastar-se.

“Você não sabe, querida? Nunca estou indo a lugar algum.”

Ele beijou-a novamente e depois rolou para o lado, levando-a consigo. Ainda estava enterrado dentro dela, e seus membros estavam todos emaranhados como um louco nó.

“Eu te amo,” disse rispidamente. “Isso não vai mudar. Nunca.”

Ela sorriu contra seu peito e pela primeira vez não invejou o brilho das lágrimas que brotavam de seus olhos.

“Sabe, Tucker, eu acho que poderia acreditar em você.”

 

Micah equilibrou a bandeja e seguiu até as escadas para os quartos particulares. Mencionou o sono, mas sabia que não iria dormir até que tivesse Angelina novamente. Longe de estar saciado, todo o seu corpo doía de necessidade não satisfeita.

Quando abriu a primeira porta, a viu nua deitada no leito, os cabelos longos espalhados. Seus braços estavam cruzados, a cabeça apoiada em seus pulsos enquanto deitava sobre a barriga.

Ele endureceu novamente.

Olhou para cima quando ele entrou, mas não se mexeu. Simplesmente esperou.

Ele colocou a bandeja de lado, sabendo que iria manter os sanduíches.

Em questão de segundos, tirou seu jeans, e caminhou em direção à cama, olhando para a curva de sua bunda deliciosa. Iria tomá-la mais tarde, quando tivesse tempo para prepará-la. Por agora, queria tanto estar dentro dela que a necessidade o consumia.

Agarrou os tornozelos dela e puxou-a para a borda da cama. Quando o traseiro estava no nível de seu pênis, pegou em sua parte inferior levantando e espalhando, para descobrir sua boceta a segurando para o seu avanço.

Sem nenhum trabalho — nenhum preâmbulo empurrou dentro dela, deslizando profundamente em seu fecho de seda.

Caiu para frente, sua mão golpeando o colchão de cada lado do corpo dela. Não era hora para sexo lento, fácil. Isso viria mais tarde, quando algo da tensão tivesse ido embora. Era uma necessidade que disparou no fundo de seu sangue.

Não houve desespero em seus movimentos. Seus quadris bombeavam para frente em rápidos movimentos espasmódicos. Seus quadris batiam contra a bunda dela com finesse. Lembrava uma foda, bruta e rápida. E assim foi. Sem palavras, sem carícias suaves. O prazer chiava através de sua virilha e ia dolorosamente para seu pau.

Estava gozando rápido, e realmente não importava se gozava fez ou não.

Você é um canalha. Você não devia tocá-la.

Não importava que a tivesse avisado. Tinha sido brutalmente honesto com ela. Ela sabia o que esperar e aceitou isso. E ainda, a culpa comeu em seu intestino.

Ele bateu nela, a conduzindo mais duramente à medida que sentiu o flash de um orgasmo sobre ele. Mais... Um, dois, golpes rápidos, brutais e ele estava derramando-se dentro dela.

Quando afastou longe, seu sêmen espalhava sobre sua pele, e excitou ele tudo de novo.

Virou-se em desgosto, agarrando a bandeja. Transformou-se em um animal. Sempre, sempre colocou o prazer de uma mulher acima dos seus. Ele amava as mulheres e estimava-as, e ainda tratou Angelina com quase desprezo. Tudo porque afirmou se preocupar com ele.

Suas mãos tremiam quando colocou a bandeja sobre a cama. Angelina lentamente se levantou e caminhou até o banheiro. Quando voltou, nenhuma acusação refletia em seus olhos. Nenhuma animosidade. Ele poderia jurar que ainda brilhava afeto e confiança.

Arrastou-se para a cama e sentou com as pernas cruzadas ao lado dele. Ele lhe entregou um prato, mas não olhou para ela.

“Você tem o controle remoto?” Perguntou ela.

Estendeu a mão para o criado-mudo para pegar o controle remoto e entregou a ela.

Comeram em silêncio, a televisão encobrindo o embaraço. Ela comia o sanduíche e trocava os canais. Após o décimo terceiro canal, lançou-lhe um olhar para os lados.

“Pensei que eram os rapazes que faziam isso?”

Ela sorriu.

“Não é possível evitar. Falta de atenção. Costumava irritar a merda em David. Hannah se retirava da sala quando começavamos a discutir.”

Pela primeira vez desde que Angelina tinha estourado em sua existência bem ordenada, ele não experimentou uma onda de dor, quando falou sobre David e Hannah.

“Ela nunca gostou de discutir. Era uma pacificadora nata.”

Angelina assentiu.

“E eu uma gitadora desde que nasci. Não tenho certeza onde consegui isto. David disse que nosso pai era muito parecido com Hannah. Quieto, reservado. Acho que David assemelhou-se a ele. Sempre foi tão estável. Ele costumava zombar de mim e dizer que tenho todos os genes latinos.”

Ela colocou o sanduíche para baixo e fixou seus olhos escuros macios nele.

“Você vê seus pais, Micah?”

Ele recuou e desviou o olhar. De que inferno tinha vindo isso? Quanto é que ela sabia sobre sua família, afinal? Nunca falava sobre eles. Tanto quanto estava preocupado, eles não existiam. Sua família era David e Hannah, e estavam mortos.

“Não,” disse ele brevemente.

“Por que não?” Ela questionou. “Tem sido um longo tempo. David disse que não os tinha visto, desde que você saiu de casa.”

“Então você tem a resposta para sua pergunta.”

Ela suspirou.

“Pensei que tinha ido vê-los depois que David e Hannah morreram.”

Ele se virou para ela, sua expressão era dura.

“Por que faria isso? Eles não são a minha família, Angel. Minha família morreu.”

Ela franziu o cenho, infelizmente.

“O que aconteceu com eles? Por que vocês se odeiam tanto?”

Sua risada rachou e soou bastante patético.

“Eu não os odeio. Odiar alguém significa que sente algo. Não penso neles. Doaram apenas o material genético para mim. Essa é a extensão do crédito que lhes dou em minha vida.”

“Uau,” ela suspirou.

“Não haverá nenhum momento Hallmark com eles. Pararam de existir no momento em que saí pela porta, quando tinha dezoito anos. Estou feliz com o arranjo, e realmente não dou a mínima se eles estão ou não.”

“O que eles fizeram?” Ela perguntou baixinho.

Ele balançou a cabeça.

“Isso foi anos atrás, Angel. Não faz sentido arrastar de volta. Simplesmente não importa mais.”

Ela voltou sua atenção para a televisão e continuou trocando de canais até que estava pronto para pegar o maldito controle remoto de sua mão e bater na cabeça dela com isso.

“Você terminou?” Ele murmurou quando pegou o prato.

“Hum hum.”

Ele recolheu os pratos e bandeja de baixo e caminhou para colocar tudo de volta para a cozinha. Quando voltou lá em cima, Angelina tinha se refugiado debaixo das cobertas, o controle remoto continuava firme em seu aperto.

Ele ficou de cueca ao lado da cama.

“Se você prometer não enfiar o joelho nas minhas bolas, vou largar a roupa interior também.”

Ela olhou para cima e riu.

“Tem problemas com as mulheres sendo muito ativas durante o sono?”

Ele grunhiu quando tirou a cueca e subiu na cama.

“Você tenta ficar com suas bolas rearranjadas no meio da noite. Não é uma bela maneira de acordar.”

Ela riu e rapidamente se escondeu em seu lado. Ela fez um som doce de contentamento e levantou o controle remoto para desligar a TV. Graças a Deus.

“Micah?”

“Hum.”

“Você, David e Hannah todos dormiam juntos? Quero dizer, na mesma cama?”

Ele fez uma pausa. Onde diabos tinha vindo isso?

“Angel, querida, você vivia conosco. Certamente deve saber a resposta para isso.”

“Nunca me aventurei em sua parte da casa. Nunca tive certeza quanto estava confortável com o meu conhecimento.”

Micah fez uma careta.

“Hannah nunca falou com você? Quer dizer, pensei que as mulheres falassem sobre quase tudo.”

“Hannah não era assim. Você sabe como ela era fechada.”

“Tinhamos dois quartos, mas mais frequentemente dividiamos o mesmo. Às vezes, se um de nós queria algum tempo privado com Hannah, ia para a outra cama no outro quarto pela noite.”

“Sempre pensei que o seu e relacionamento com David fosse muito especial. Você estava lá antes de Hannah, eu quero dizer com David.”

Micah assentiu.

“Encontrei David depois que eu saí de casa. Seu pai tinha acabado de morrer e ele estava cuidando de você.”

“Sim, eu me lembro”, disse ela baixinho.

“Conheci Hannah depois que saiu da academia. Desde que David e eu estávamos tão perto, todos nós, naturalmente, passamos muito tempo juntos. Suspeitava que tinham sentimentos um pelo outro, mas ambos foram muito honrosos para agir sobre isso. Eram ambos medrosos de me machucar.”

Ele sorriu para o súbito lampejo de memórias.

“É preciso um homem ser muito especial para fazer o que você fez.”

Ele deu de ombros.

“Pareceu-me natural. Nunca lhe dei qualquer pensamento. Nunca me ocorreu ter ciúmes. Se fosse qualquer outro homem, o teria matado, mas era David e sabia que David nunca faria nada para trair a nossa amizade.”

Ele não tinha percebido que estava acariciando seu braço. Estava aninhada em seus braços e os dedos vagavam acima e para baixo de sua pele enquanto lembrava os bons tempos. Foi bom ser capaz de pensar neles sem a enxurrada de tristeza que sempre vinha.

“Não estou tentando substituí-la,” Angelina sussurrou. “Sei o quanto você a amava.”

Micah puxou para perto e beijou o topo de sua cabeça.

“Eu sei, Angel. Eu sei.”

 

Angelina se mexeu e esticou contra o calor do corpo de Micah. O contentamento invadiu seus membros, e por um momento ficou lá, desfrutando do conforto de seus braços.

Recordando os acontecimentos da noite anterior e o fato que não teve um banho, foi para o banheiro. Deixou Micah dormindo, o outro braço jogado descuidadamente em seu travesseiro.

Momentos depois entrou no jato quente do chuveiro e fechou os olhos em puro êxtase. A água quente era a cura para tudo. Guerras poderiam ser evitadas se todos começassem o dia com um banho quente.

Ela estava ali, deixando a água fluir sobre seu rosto, lavando a preocupação, tensão, medo e desesperança. Era um novo dia.

Olhos ainda fechados, rosto virado para cima, alcançou às cegas para o frasco de shampoo. Uma mão agarrou seu pulso, e ela puxou a cabeça para trás e abriu os olhos.

Micah, nu, com gotículas de água escorrendo por seu peito, entrou no chuveiro com ela.

Ele baixou o braço suavemente de volta à sua cintura e pegou o shampoo.

Ele deu um passo atrás dela e espremeu o frasco na mão.

“Incline a cabeça para trás,” disse com voz rouca.

Ensaboou o shampoo em seus cabelos, trabalhando no couro cabeludo. Quando estava feito, seguiu em frente, obrigando-a a ficar debaixo do chuveiro novamente.

Com a água batendo, enxaguando o sabão de seu cabelo, subiu a perna direita para cima, esfregando seu joelho contra a parede do chuveiro.

Posicionou o pênis em sua vagina e impulsionou para frente. A força a mandou para a parede, suas mãos voaram para se segurar.

Ele agarrou a cintura dela e segurou-a firmemente quando seus quadris bateram contra a sua bunda.

O prazer alastrou por sua virilha. Sua boceta vibrava em resposta e segurou seu pênis enquanto ia mais fundo. Água batia mais rápida e furiosa. Parecia mais quente do que antes, e o vapor subiu com a respiração acelerada.

Era uma emboscada clara e simples. Uma transa rápida, dura e ela amou cada segundo disso.

Era cru, primitivo, um homem possuindo à sua mulher, sua posse. Foi um lembrete de que ela não tinha nenhum poder, exceto o que ele lhe dava. Ele tomou, ela deu, e se gloriava em sua oferta.

Presa entre a parede e seu corpo igualmente duro, ela tomou a punição de sua pélvis.

“Quero sua bunda, Angel,” grunhiu em seu ouvido. “Estou tentado a ver se pode me tomar agora, aqui, como está.”

Um tremor escorreu pelo seu corpo, e ela fechou os olhos enquanto se equilibrava precariamente na borda do orgasmo.

Seus movimentos acariciavam. Ele mordeu seu ombro, uma dentada rígida, e depois lambeu o local antes de beliscar de novo. Então, chupou forte, com a intenção de marcar como sua, um lembrete visível da sua presença. Como se ela pudesse esquecer.

Acariciou dentro e fora. Ela se contorcia indefesa contra ele, querendo mais, querendo mais duro,apenas uma empurrada além da borda.

“Diga-me o que quer,” ele ordenou contra seu ouvido.

Ele mordiscou sua orelha, em seguida, sugou-a entre os dentes.

“Diga-me, Angel. Você não gozará até me dizer.”

“Foda-me,” ela ofegou. “Faça doer. Duro, Micah. Por favor.”

Bateu nela, jogando-a sem piedade contra a parede. Sua bochecha bateu contra a superfície lisa aquecida pela água.

Mais um. Só mais uma vez.

Ele retirou-se, estendeu a mão e separou suas nádegas, empurrando-a para cima a fim de que estivesse aberta e vulnerável. Então, avançou nela novamente e ela caiu. Abaixo, rígido.

Prazer, descuidado, entorpecente rolou de novo e de novo, expandindo, até que ela estremeceu, segurando firme entre o mundo da dor e a doce sensação de infinito.

Ele puxou para fora, e ela registrou que ele ainda não havia gozado. Tentou cair de joelhos, prevendo que ele gostaria de gozar em sua boca, mas a pegou, segurando-a.

“Calma, Angel,” ele murmurou.

Quando estava certo que ela poderia ficar de pé, pegou o sabonete e uma toalha. Para sua surpresa, gentilmente ensaboou seu corpo, tomando cuidado extra em torno de sua boceta que ainda pulsava de seu orgasmo. Cada toque era uma agonia, e ele não se demorou.

Seguiu o caminho do pano com sua boca, lábios e língua aquecendo o caminho muito mais quente que a água. Beijou sua pele tão macia que seu coração doía. Quando poderia dizer que não se importava, que não queria se importar quando todas suas ações contradiziam suas palavras?

Mesmo quando tentou castigá-la, quando a empurrou, ela esperava com relutância, houve tal tormento em seus olhos em que sabia que não era o que ele queria fazer, mas o que achava dever fazer.

E agora cada toque, cada beijo seu, era um pedido de desculpas.

Ela fechou os olhos e deleitou-se no gentil cuidado que ele derramou sobre seu corpo.

Quando finalmente terminou, desligou a água. Balançava quando a deixou para sair, e colocou a mão em seu braço para firmá-la.

“Espere aqui enquanto pego uma toalha,” disse ele.

Um minuto depois retornou e estendeu a mão para ajudá-la a sair do chuveiro. Assim que saiu, envolveu-a na grande toalha.

Foi voluntariamente nos braços dele e enterrou a cabeça em seu peito, enquanto esfregava na sua pele.

Ele deslizou um dedo por baixo do seu queixo e inclinou a cabeça delicadamente até que olhou para ele.

Seus olhares fixaram, e ela viu tanto em seus olhos que sabia que ele não estava ciente. Ele tentou manter-se fechado, mas o que ela viu agora tomou seu fôlego. Deu-lhe esperança. Fez acreditar.

Sua boca baixou na dela em um beijo. Seus lábios fizeram sons suaves enquanto se moviam juntos. Quente, tão doce. Ninguém nunca a tinha beijado assim. Havia tanta emoção, tanto sentimento. Será que ele também sentia isso? Será que retrocederia?

Ele se afastou, sua respiração irregular, seus olhos brilhando com mais que simples luxúria.

Queria ela, naquele momento, Angelina sabia que ele percebeu que também precisava dela. Será que admitiria isso?

“Quer dar uma volta nesta manhã? Não faria mal sair um tempo. Poderiamos ir até à costa, enquanto tomamos cuidado e prestamos atenção ao nosso redor.”

“Isso seria fantástico. Não fui à praia desde que saí de Miami.”

“As praias não são tão boas aqui,” Micah advertiu.

“Não me importo. Ser capaz de respirar o ar salgado de novo, vai ser o céu.”

Ela voltou para os braços e apertou.

“Obrigado.”

Ele abraçou-a por trás e beijou o topo de sua cabeça.

“Vá se vestir e nós vamos partir. Preciso fazer algumas ligações e fazer que todos saibam para onde estamos indo. Quero manter alguém para ver se estamos seguindo.”

Ela prendeu a respiração.

“É seguro?”

“Não se preocupe. Vou estar armado e nós iremos ficar em lugares públicos em todos os momentos. Se formos seguidos, então saberemos que não estamos seguros aqui na Casa. Estou esperando que ele esteja ainda esperando por você aparecer em seu apartamento ou no seu trabalho. Se fizer um movimento lá, vamos pegá-lo.”

“Certo.”

Ele a beijou novamente.

“Agora vá se vestir para que possamos sair daqui.”

 

Micah e Angelina assistiram o sol, e respiraram profundamente o ar do mar. A brisa soprando na água enviando seu cabelo ondulado em uma onda atrás dela.

Ele não se moveu, não disse nada. Não queria que ela se movesse, porque estava contente de vê-la girar em direção ao sol como um gato que procurava o calor.

Ela era bonita. Por que nunca percebeu antes? Tinha sido casado, não estava morto. Sim, Hannah tinha sido a única mulher em que estava focado, mas isso não significava que não apreciava o resto do sexo oposto. Angelina nunca havia registrado em seu radar. Ela tinha sido a irmã de David. Família.

“É um dia tão bonito.”

Micah sorriu da expressão extasiada.

“Nada pode arruinar isso. Não vou permitir. Nós não vamos sequer pensar sobre o assediador imbecil. Concorda?”

Bem, certamente ele a incentivou a não pensar sobre o cara atrás dela. Preferia que ela relaxasse e se divertisse, mas isso não significa que não estaria gastando cada minuto do dia, olhando por cima dos ombros.

Mas ele sorriu e acenou com a cabeça, aproveitando seu entusiasmo. Aproximou e sentou ao lado dele, aconchegando ao seu lado, enquanto dava para o paredão. Ele passou os braços em volta dela e gostou da sensação de mulher, macia e quente contra ele. Abraçava as mulheres de seus amigos, mas isso era diferente. Houve mais do que carinho.

“Conte-me sobre Miami,” ele disse enquanto acariciava seus cabelos.

“O que você quer saber?”

“Você terminou a faculdade? Nunca me disse.”

“Eu fiz. Formei-me há um ano. É quando as notas começaram de fato. Tinha saído para comemorar a formatura e cheguei em casa a noite. Havia uma dúzia de rosas e uma doce nota de congratulações.”

Micah fez uma careta.

“Gostaria de saber se era alguém na universidade.”

”Pode ser. Eu não tive muitos encontros com rapazes na escola. Quer dizer, mantinha-me casual. Amigos, filmes, encontros em grupo, esse tipo de coisa, então duvido que alguém poderia ter começado com a ideia errada em mim.”

“Então o que você estudou? Antigamente sabia que você estava querendo ser uma artista. David estava menos do que entusiasmado.”

Ele sentiu o seu sorriso em seu peito.

“Deixei ele louco com minhas noções hippies, como ele chamava. Disse que eu era muito parecida com a nossa mãe, volúvel. Sempre foi tão sensível sobre ela. Estava receoso que eu fosse muito parecida com ela.”

“Ele nunca falou sobre ela. Apenas do seu pai,” disse Micah.

“Sim, eu sei.”

Ela parecia um pouco triste, e ele a apertou um pouco mais para ele.

“Ela não está morta, sabe.”

Micah ficou rígido de surpresa.

“Eu estava certo que David disse que ambos estavam mortos. Primeiro sua mãe, e depois seu pai, após David se formar no colegial.”

Ela suspirou contra ele.

“Minha mãe partiu quando eu era muito jovem. Não me lembro dela. Só vislumbres, sabe? E mesmo assim não tenho certeza se estou me lembrando dela. Poderia ser outra pessoa. David nunca a perdoou por quebrar o coração do meu pai. De acordo com David, ela era leviana e irresponsável. Uma artista sem outra ambição do que viajar para lugares da moda e pintar cenas clichês.”

“Ah, o que explica a aversão a você ser uma artista.”

Ela encolheu os ombros.

“Foi uma moda passageira. Quero dizer, quantas crianças do ensino médio sabem realmente o que querem ser no momento da formatura? Tomei estudos gerais em meu primeiro ano e, em seguida, declarei ser importante meu segundo ano.”

“E então? Atrevo-me a perguntar o que você cresceu para ser?” Ele brincou.

“Uma professora,” disse ela baixinho. “Mas tive que sair antes que eu pudesse ir trabalhar.”

“David sempre adorou crianças. Você compartilha isso com ele.”

Ela sorriu.

“Sempre vi David com toda uma casa cheia de crianças. Um em cada perna, uma em cada braço e pelo menos dois correndo atrás dele gritando: 'Papai' do alto de seus pulmões.”

Um nó se formou no seu estômago. Ele queria ter filhos também. Hannah teria sido a mãe perfeita.

Ele e David tinham trabalhado fora e Hannah ia ficar em casa com todas as crianças que teriam. Eles até tinham planos elaborados para aumentar à casa quando chegasse o momento.

“Sinto muito,” Angelina disse quando tocou o seu rosto.

“Eu não tive a intenção de trazer lembranças ruins. Às vezes esqueço o quanto você estava amarrado a ele e Hannah.”

Micah balançou a cabeça.

“Você deveria ser capaz de falar sobre o seu irmão sem se preocupar com o que vai fazer comigo. Ele era a sua família. Ele te amava.”

“Você já se perguntou por que eles e não nós?”

Sua testa franziu e ele olhou atentamente para ela.

“O que você quer dizer?”

“Não sei. Só quero saber por que algumas pessoas morrem quando o fazem. Por que não foi comigo? Eu não era casada. Sem conexões com ninguém. Teria sido mais fácil se fosse eu. David teria lamentado, mas teria a você e Hannah. Ou você quer saber por que não você, em vez de David? Ou eu sou a única louca que faz esses tipos de perguntas?”

“Acho que você pode se enlouquecer andando em círculos desse jeito. Quem sabe por que alguém morre? Nunca acreditei que tudo tem o seu tempo, é besteira. Acredito em má sorte e em decisões ainda piores. Vi bastante no meu tempo como policial para saber que as coisas raramente são tão aleatórias como aparecem. Há sempre uma série de eventos que levam a um momento em que tudo está perdido.”

“Você parece tão cínico,” disse ela tristemente. “Não posso dizer que o culpo. Perdi muito da minha crença no bom quando eles morreram. Foi uma tragédia sem sentido. Como você disse, más escolhas. Um motorista não estava prestando atenção e David e Hannah pagaram o preço. Nós pagamos o preço.”

“Que tal passar a coisas mais felizes,” disse Micah quando tocou seu nariz.

Ela sorriu, mas seu rosto ainda estava triste.

“Gostaria de poder voltar atrás e fazer as coisas diferentes, Angel,” disse ele em voz baixa. “Você não tem ideia do quanto desejo isso.”

Ela cobriu seu rosto com as duas mãos e o puxou para baixo em um beijo.

“Você está aqui agora. Isso é tudo que importa.”

“Então deixe-me perguntar uma coisa.”

“Manda,” disse ela enquanto ajeitou-se para enfrentar o mar novamente.

“Você já pensou em tentar encontrar sua mãe?”

Ela ficou imóvel.

“Não. Ela nos deixou. Deixou sua escolha muito clara. Ela não me queria ou a David. Por que iria querer ela agora?”

“Porque ela é sua única família,” disse ele gentilmente.

Ela olhou atentamente para ele.

“Assim como seus pais são sua única família.”

Ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

“Você fez seu ponto. Certo, ambos os pais estão fora de nosso limite. Não vou falar dos seus e vocês não me lembra dos meus.”

“Fechado,” ela murmurou.

Eles não conversavam, o som do mar a frente deles, o tráfego ao longe na avenida, o paredão por trás deles. Surpreendeu-o como queria apenas abraçá-la. Senti-la, ouvir sua respiração suave.

Eles ficaram até o sol cair abaixo do horizonte e o céu estava banhado em tons de rosa e dourado. Ela se moveu contra ele, e foi então que percebeu que ela tinha adormecido.

“Você está pronta para voltar para casa?” Ele perguntou suavemente

Quando ela olhou para ele com olhos sonolentos.

Ela sorriu e acenou com a cabeça.

“Obrigado por hoje, Micah. Foi bom ficar longe por um tempo, escapar da realidade por algumas horas.”

Incapaz de resistir à aparência suave e despenteada que se apresentava, ele a beijou nos lábios, o canto da boca, então sua mandíbula foi para baixo em seu pescoço. Acariciou seu ouvido e depois trabalhou seu caminho de volta em seu rosto e até os olhos. Pressionou o mais leve dos beijos a cada um dos olhos fechados e depois deu um brincalhão beijo no seu nariz.

“Venha, sol. Tempo para chegar em casa e ir para a cama.”

Ela se espreguiçou e levantou-se, tomando a mão, quando começou a ir para o caminhão.

 

”Teremos companhia hoje à noite,” disse Micah.

Angelina levantou os olhos do assento do sofá.

“Nós temos? Quem é?”

Micah sorriu. “É uma surpresa. Mas precisamos tê-la pronta.”

Sua sobrancelha subiu e sua pulsação saltou. Nas semanas, desde que se mudaram para a Casa, Micah os tinha mantido isolados. Eles caíram em um relacionamento confortável que se estendeu além do sexo e seu domínio completo sobre seu corpo. Ela se acostumou a estar com ele, tê-lo para si mesma, um entrave para o mundo exterior. Agora seu santuário estava sendo violado, mas encontrou-se animada e intrigada ao invés de ressentida com a intrusão.

Ele andou até ela e estendeu a mão para ajudá-la levantar. ”Primeiro uma ducha. Vou lavar o cabelo. Depois vou secar e escovar para você. Já disse o quanto amo o seu cabelo?”

Ela engoliu, seu nervosismo — não, antecipação — apertou sua garganta.

“Não há nenhuma razão para ter medo,” ele murmurou enquanto tocava o ponto de pulso em sua garganta.

“Eu não tenho medo,” disse ela com voz rouca.

“Bom.”

Puxou-a com ele até as escadas para o quarto. Logo que passou pela porta, começou a despi-la. Seus movimentos eram lentos e calculados. A tranquila precisão em que tocou excitando-a.

Ele foi extremamente gentil, quase como se estivesse realmente com medo de assustá-la. Isso a deixou perplexa, porque antes sempre foi rápido para exigir, impaciente e forte.

Este... este era um lado dele que não tinha visto, mas tinha sempre desejado. Viu quando estava com Hannah. Sabia que ele era capaz de cuidar e amar. Será que poderia estar melhorando em relação a ela?

A última da peça de roupa caiu no chão, e ele cobriu os ombros enquanto olhava para ela.

“Vá deitar na cama. Em seu estômago. Fique confortável.”

Estava curiosa, mas não questionou.

Ela se acomodou na cama e esfregou seu rosto no edredom macio. Alguns momentos depois, a cama imergiu e ele rastejou para cima, ao lado dela.

Colocou a mão na parte de trás do joelho e correu até a perna dela e sobre o inchado de suas nádegas. Parou lá e gentilmente amassou a carne macia.

Seus dedos imersos, e correu o polegar sobre a emenda de sua boceta, até seu clitóris. Brincou com ele durante um minuto e, em seguida, esfregou suavemente sobre suas dobras, empurrando para dentro, em seguida, retirando.

“Alguém já teve o seu traseiro, menina Angel?”

Ela engoliu em seco e balançou a cabeça.

“Não quero que sua primeira experiência seja com outro homem. Quero facilitar-lhe. Não quero te machucar. Muita coisa vai acontecer esta noite. Quero que você esteja preparada.”

Ela estremeceu com a promessa na sua voz.

Inclinou e beijou a bochecha de uma bunda, então mordiscou brincando. Seu polegar trabalhou acima de sua boceta, sobre a abertura apertada. Ela se encolheu e apertou reflexivamente.

“Relaxe”, ele murmurou.

Ela se forçou a ficar mole em suas mãos.

Beijou a outra face e deslizou sua boca até o baixo de suas costas. Todo o tempo, o polegar trabalhando a frente e para trás sobre seu ânus. Ele deslizou facilmente, mergulhando na abertura, e então percebeu que ele tinha usado lubrificante em seus dedos.

“Você tem uma bunda linda. Fiquei duro apenas assistindo você caminhar. Você pode hipnotizar um cara com aquele balanço sexy.”

Ela sorriu e permaneceu imóvel, relaxando também sob a sua doce sedução.

“Vou empurrá-la hoje à noite, menina Angel. Não acho que é qualquer coisa que você não consiga lidar. Você é muito parecida comigo. Mais do que alguém que conheça. Nós gostamos das mesmas coisas. Estamos nas mesmas torções. Agora quero ver o quão longe posso empurrá-la.”

Oh Deus. O frio percorreu pelas costas, e ele riu baixinho quando passou a língua acima de sua espinha.

“Você vai ser impotente hoje. Espero que me obedeça. Quero que confie em mim, mas ao mesmo tempo, se for muito, tudo que precisa fazer é dizer pare.”

“Confio em você, Micah.”

“Você é linda, Angel, e hoje estou indo para compartilhar essa beleza. Vou assistir outros homens possuirem sua beleza. Vou oferecer o que é meu porque é meu para dar.”

Ela soltou um pequeno gemido quando seu polegar pressionou mais profundamente, deixando escapar a resistência natural da abertura.

“Sou muito possessiva para permitir que outro homem possa ser o primeiro,” admitiu. “Não quero outra chance de um homem ferir ou assustar você.”

Ele beijou a área logo acima de onde o polegar sondava, e depois deslizou o polegar para a junta. Seus dedos enroscaram dentro do cobertor e formaram os punhos apertados na cabeça dela.

A cama imergiu novamente, e depois o corpo cobriu o seu, como um cobertor quente e reconfortante.

Seu joelho foi entre as coxas dela espalhando mais amplamente. Beijou um ombro e depois o outro. Suas mãos acariciaram os braços, deslizando sobre as costas e abaixo da cintura.

“Vamos aproveitar isto bem devagar, bebê. Relaxe e confie em mim. Pode doer, mas isso não vai durar muito tempo. Uma vez que eu estiver dentro, o pior já passou.”

Sua voz a acalmou e a embalou. Seu toque incitava um profundo anseio.

Sua mão apertou em suas nádegas e, em seguida, sentiu que ele posicionava a cabeça de seu pênis em sua abertura. Quando a ponta tocou a carne sensível, sua boceta arrepiou na reação.

Novamente ele a beijou novamente e em seguida seu pescoço.

“Relaxe,” ele sussurrou. “Quando eu começar a empurrar, quero que você empurre contra mim.”

Ela acenou com compreensão e se preparou para o que estava por vir.

“Não, querida, não fique tensa.”

Ele moveu sua mão até seus cabelos, alisando afastado de seu rosto. Acariciou suavemente e depois beijou sua orelha.

“Relaxe. Confie em mim. Não vou te machucar mais do que preciso.”

Respirando fundo, ela se forçou a ficar mole novamente.

Ele pressionou para dentro, e seus olhos abriram quando ela começou a estirar ao redor da cabeça de seu pênis.

“Empurre para fora. Encontro-me a meio caminho,” ele sussurrou em seu ouvido.

Ela empurrou. Ele empurrou. Estendeu, e sentiu o fogo. Prendeu a respiração e, em seguida, segurou-o, o coração batendo forte contra o colchão.

“Respire, menina Angel. Respire e tente relaxar. Estou quase lá. Não vai doer por muito tempo.”

Assim que expulsou o fôlego, ele deu um impulso firme e seu corpo cedeu. Ele deslizou em seu corpo, e ela gritou na barragem da sensação esmagadora.

Lutou, não conseguiu processar se era dor ou prazer, ou uma mistura inebriante de ambos.

“Shhh, bebê, está tudo certo.”

Ele beijou seu pescoço e, em seguida, seu ombro, e manteve-se completamente imóvel contra ela enquanto lhe dava tempo para se ajustar ao seu tamanho.

“Deus, você é grande,” lamentou.

Ele riu enquanto descansava contra ela.

“Ele só se sente assim porque você nunca tinha tido ninguém desta maneira.”

Ele retirou-se alguns centímetros e cuidadosamente empurrou para dentro novamente. Houve um alívio e se senti bem quando aliviou para fora, mas depois o fogo foi queimando quando empurrou para a frente novamente.

A diferença gritante a fez louca. A ternura doce a aqueceu por todo o caminho até seu coração. A dor nervosa acordou a fome escura profunda dentro dela, em lugares que só ele tinha despertado.

”Estou machucando você, bebê?”

“Não, sim, Deus, não sei,” ela ofegou.

Seus dentes rasparam em seu ombro, e então lambeu o local antes de beijá-la novamente. Ele levantou-se assim o seu peso estava quase completamente fora dela.

Colocou as mãos em ambos os lados de seu corpo e avançou, mais profundo do que antes.

A base de seu pênis grosso esticou impossível e suas bolas descansaram contra a sua boceta.

Deus, ele estava completamente imerso nela. Todo o caminho para as bolas. Ficou lá, permitindo-lhe mais tempo para se adaptar.

Então começou um movimento lento e fácil. Dentro. Fora. Teve o cuidado de não forçar demais, indo muito forte, ou rápido demais.

Ela precisava tocar a si mesma. Precisava dele para tocá-la. Estava desesperada pela estimulação do clitóris. Choramingou debaixo dele.

Ele parou imediatamente.

“Nããão, não pare. Toque-me. Micah, por favor, estou morrendo aqui.”

Ele puxou para fora, e ela se encolheu diante do choque.

“Levante em seus joelhos,” disse ele. “Vá até a borda da cama.”

Tremendo, ela se levantou, colocou as mãos no colchão e ficou de joelhos. Recuou até que sua mão parou.

“Toque-se,” ele disse roucamente. “Enquanto estou fodendo sua bunda.”

A crueza do seu comando inundou desejos através de seu corpo.

Inclinando-se, enfiou um braço debaixo dela e deslizou os dedos sobre a barriga e ao inferior de sua boceta. Circulou seu clitóris, uma vez mais ele se posicionou novamente.

Desta vez não foi tão devagar. Deslizou para frente, reabrindo-a com um empurrão.

Ela gritou tanto de prazer que explodiu através de sua virilha.

“Não vou durar,” disse ela desesperadamente. Já estava à beira do orgasmo.

“Você pode controlar isso”, Micah acalmou. “Quando você chegar perto, pare de tocar a si mesmo. Dê-se tempo para descer. Você pode vir comigo.”

“Não vá com calma, Micah. Preciso de você. Por favor. Preciso de você indo ruim.”

Em resposta ao seu apelo, ele segurou sua bunda e usou seus dedos nas partes das bochechas. O movimento esticou-a ainda mais apertada em torno de seu pênis e ambos gemeram.

“Prepare-se então, bebê. Vou montá-la duramente.”

Ela fechou os olhos e começou a acariciar-se novamente, quando ele bateu nela. Duro, rápido e profundo.

Ele começou a bater contra a bunda dela, suas estocadas empurrando seu corpo inteiro.

Doeu, queimou, foi magnífico.

Ela alcançou a dor, abraçou-o, revelou em sua escuridão.

“Não posso parar,” ela ofegou. “Estou indo para gozar.”

“Eu também, Angel menina. Venha comigo. Vamos juntos.”

Ele aumentou o ritmo até que estava batendo contra ela, duro e urgente.

Sua boca aberta, mas seu grito foi abafado pelo edredom. Seu corpo inteiro se curvou, contorceu, e ela gozou completamente. Espasmo em espasmo alastrou pelo seu ventre até que a tensão era mais do que poderia suportar.

Ela não conseguia mais senti-lo em seu frenesi. Suas mãos agarraram o traseiro, e ela sabia que estaria com suas impressões digitais por um longo tempo.

Então ele caiu para frente, derrubanco os dois na cama. Sua pelve tremia contra ela quando a inundou. Continuou bombeando contra ela, movimentos bruscos até que finalmente parou e sua respiração dura raspou contra seu ouvido.

“Acho que você me matou,” ele gemeu.

“Acho que essa é a minha fala,” ela ofegou.

Ele mexeu contra ela. “Não se mexa.”

“Como se eu pudesse,” ela murmurou.

Cuidadosamente ergueu o peso dela e se retirou. Semên quente escorregou no interior de sua perna.

Em vez de ir para uma toalha, ele simplesmente a pegou e levou para o banheiro. Ela aconchegou em seu peito, grata por não ter que fazer a sua caminhada. As pernas dela tinha a consistência de massa no momento. Ela teria sorte se não caisse de rosto durante o banho.

Não precisava ter me preocupado. Ele cuidou dela completamente, segurando-a contra ele enquanto lavava cada centímetro do seu corpo. Depois que tinha lavado e enxaguado seu cabelo, saiu e secou-a da cabeça aos pés.

“Vamos para o quarto. Vou terminar de secar o cabelo e então vou escová-lo para você.”

Ela sorriu e se inclinou para ele por um momento. Colocou os braços ao redor dele e o abraçou apertado.

Ele prometeu não dar a ela qualquer parte de si mesmo. Apenas sexo. Tudo o que podia lhe oferecer era sexo. Ele mentiu, e ela não tinha certeza de que ele tinha percebido isso ainda.

Micah teve seu tempo, primeiro secando o cabelo e depois penteando com cada vertente. Era infinitamente calmo, com as mãos através das mechas pesadas. De vez em quando, apertava os lábios para a curva de seu ombro ou a coluna de seu pescoço.

Quando terminou, deu um tapinha no traseiro dela.

“Você está dolorida, querida?”

Ela balançou a cabeça.

“Ótimo. Quero colocar um plug para que você esteja pronta para esta noite.”

Seu estômago vibrou em resposta, e ela engoliu rapidamente.

“Deite-se em seu estômago.”

Ela rolou para longe dele e estendeu como tinha feito antes. Ele saiu da cama, e ouviu-o remexendo em uma das gavetas. Voltou um momento depois e passou a mão pela bunda dela.

“Apenas relaxe, tal como fez anteriormente. Pode ser desconfortável no início.”

Ela prendeu a respiração, mas não manteve. Gel frio escorregou entre suas bochechas, e dedos cuidadosamente investiram, espalhando-o para dentro.

Sua mão a deixou e foi substituída pela ponta do plug. Grossa e de plástico, era duro e inflexível, mais rígido do que seu pênis tinha sido.

Sua abertura estirou e ela ficou tensa. Ele recuou, permitindo que a ponta recuasse. Acrescentou mais lubrificante e, em seguida, aliviou para frente novamente, esticando-a mais.

Após durante vários minutos de trabalho pacientemente o plug estava finalmente em seu lugar. Ela se encolheu a distância quando a base ampla afundou em sua bunda, mas ele colocou a mão em suas costas e esfregou suavemente.

“Tome uma respiração profunda. Está terminado.”

Ela estremeceu e ficou mole, fechando os olhos enquanto processava o bombardeio de sensações. Seu traseiro pulsava e tremia pelo plug. Nervosa e inquieta, que não podia ainda permanecer. Necessidade enrolava em sua virilha, e ela sofria para o lançamento.

“Vire,” ordenou em voz baixa.

Ela manobrou mais, tomando cuidado com o traseiro latejando.

“Abra suas pernas para mim, querida. Deixe-me ver sua boceta bonita.”

Ela separou as coxas e viu quando ele tomou posição ao lado dela. Seus olhos se encontraram. Seus narizes estavam apenas alguns centímetros de distância. Ela suspirou baixinho quando seus lábios tomaram posse dela. Sua mão deslizou por sua barriga a sua vagina. Ele esfregou os dedos sobre as dobras, mergulhando para dentro, para encontrar o clitóris.

Arqueou imediatamente pelo seu toque. Deus, ela estava tão perto do orgasmo e tudo o que ele fez foi colocar o plug. Com sua boca feita para o amor, ele encaminhou-a gentilmente ao orgasmo, engolindo o seu grito de prazer.

 

Angelina estava deitada no sofá da sala social principal, lá embaixo, enquanto Micah foi atender a porta. Organizou quase artisticamente. Foi posicionada no lado dela, seus longos cabelos sobre os seios, mas seus mamilos espiavam por entre os fios.

Ele não tinha dito a ela muito, apenas que alguns amigos estavam vindo para assistir ao jogo de futebol. Mas ela sabia o que iria acontecer. Vozes no corredor detiveram sua respiração chegando rápido e irregular. Um momento depois, Micah apareceu na porta seguido por três homens.

Santo inferno.

Ela tentou não olhar e, ao invés estudava a sua entrada debaixo cdos ílios.

Eles entraram, mas pararam completamente quando a viram. Olharam abertamente, seus olhos brilhando com apreciação. Quando seu olhar viajou de um para outro, ela reconheceu um dos homens. Cole. O homem que a flagelou na sua primeira noite que Micah tinha a visto na Casa. Os outros dois não conhecia, mas pareceu lembrar-se de vê-los em torno das instalações nas noites em que ela viria para jogar.

Micah andou até o sofá. Estendeu sua mão e emaranhou em seus cabelos, esfregando a cabeça. Então, arrastou a ponta dos dedos por cima do ombro para baixo e para o copo peito.

“Esta é Angelina. Ela pertence a mim. Está noite ela é para fazer o que quiser. Há condições, no entanto. Vocês vão mostrar respeito e cuidado para ela. Se eu disser para parar, vocês pararão. Se ela falar para parar, vocês pararão. Vão protegê-la usando preservativos. Isso é inegociável.”

“Ela é linda,” disse um dos homens com voz rouca.

“Sim, é ela,” Micah concordou. “Ela é nova para o sexo anal. Pediria que a tratasse com suavidade. Outra coisa, ela gosta de dor. Anseia por isso.”

Ele colocou um dedo sob o queixo e levantou até que olhou para ele.

”Angelina, estes são amigos. Cole, você conhece, eu acho. Perto dele é Rick. No final é Chris. Você vai obedecê-los como você me obedece. Você verá o seu prazer como faz a mim. Entendeu?”

Ela assentiu com a cabeça.

“Venha para mim,” disse ele.

Ela chegou a ficar ao lado dele, consciente dos olhares masculinos de toda a sala. Ela não era tímida, nem se envergonhava sobre seu corpo estar em exposição. O olhar aqueceu a pele dela, e gostou da apreciação que viu refletida de forma tão clara em seus olhos.

Eram homens bonitos. Rick era alto. Loiro, musculoso, com um lindo bronzeado. Ele não era GQ de boa aparência. Não era polido ou bonito. Parecia que trabalhava fora. Talvez construção. Com sua construção, era óbvio que ele fazia um monte de trabalho físico.

Chris era mais baixo e atarracado. A construção de um jogador de futebol. Tinha ombros largos, pernas como troncos de árvores e bíceps protuberantes. Se não era da musculação, então foi abençoado com genes extraordinário.

Cole. Calmo, observador Cole. Ela sempre o viu assistindo. Raramente participava, e somente em um nível superficial, como quando a açoitou. Mas nunca o viu fazendo sexo. Nunca o tinha visto sem roupas. Foi a última pessoa que teria esperado para estar aqui, mas ele a olhava agora com intensidade calma tal que ela estremeceu. Dos três homens, ele seria o único a empurrá-la mais.

Micah a levou para o meio da sala, apenas para o lado de onde os sofás e cadeiras foram posicionadas em frente à tela grande.

“Ajoelhe-se aqui,” disse ele.

Ela afundou-se graciosamente de joelhos e, em seguida, Micah virou-se para os outros.

“Pronto para o jogo?” Ele perguntou.

Eles acenaram e manifestaram a sua concordância, embora seus olhos nunca a deixaram quando se esparramaram nas cadeiras e no sofá.

Durante algum tempo, a ignoraram, mas ela chamou os olhares rápidos lançados a sua maneira. O jogo começou, e eles foram rápidos para começar jogando em torno de apostas ridículas e vadia sobre as chamadas ruim.

“Angel,” Micah chamou suavemente.

Ela levantou a cabeça até que seus olhares se encontraram. Havia orgulho e aprovação em seus olhos.

“Há cerveja no frigorífico. Traga para nós.”

Levantou-se cautelosamente, consciente da fricção do plug contra a sua carne macia. Uma vez na cozinha, abriu a geladeira e pegou um pacote de seis de cerveja gelada. Estava nervosa, porque agora estaria chegando perto deles, e sabia que em algum momento iriam querer tocá-la. Gostariam de fazer muito mais. Estava animada, mas também não queria decepcionar a Micah.

Voltou para a sala e parou na frente de Chris. Suas pupilas queimavam e seu olhar para baixo foi rastreado até os seios que balançavam na frente dele. Ele pegou uma das cervejas que ela lhe entregou e deixou os dedos permanecem sobre os dela.

“Obrigado,” disse ele em voz baixa.

Ela quase sorriu. Ele era bonito. Quase como se estivesse com medo de tocá-la.

Ela foi ao lado de Rick, e foi mais ousado. Colocou a mão na cintura e deslizou sobre a pele e até seu peito. Seu polegar roçou em seu mamilo, levando-o para uma ponta afiada.

“Leve a cerveja deles e volte para mim,” respondeu asperamente.

Ela concordou e mudou-se para Micah. Ele não tocou nela, mas não precisava. A acariciou com seu olhar. Tão quente e amoroso.

Por fim, ela ficou na frente de Cole. Seus olhos azuis fixaram nela e seu olhar era de fome.

Com muita fome. Arrepios percorreram sua pele enrugada e os mamilos se projetaram para fora.

“Foi dito para voltar a Rick,” ele disse.

Ela baixou a cabeça e caminhou rapidamente de volta para Rick. Para sua surpresa, já tinha as calças desfeitas, e seu pênis era enérgico em sua mão. Seus olhos se arregalaram. Ele era grosso, duro e muito grande.

Acariciou-lhe a mão para cima e para baixo, exercendo pressão sobre a cabeça a cada movimento.

“Ajoelhe-se diante de mim,” ordenou.

Estendeu seus joelhos e ela foi para o dela.

“Chupe isso.”

Seu cabelo caiu para frente quando se inclinou sobre ele. Chegou a segurar seu pau, mas ele empurrou a mão.

“Em minhas pernas. Mantenha-as lá.”

Ela se preparou em suas pernas. Enrolou a mão livre ao redor do pescoço e guiou-a até seu pênis enérgico. Pouco antes de seus lábios encontrarem a cabeça, ela hesitou. Em resposta, a puxou para baixo, forçando-a sobre sua ereção.

Ela fechou os olhos e deixou seguir seu caminho. Relaxou os músculos da garganta e levou-o profundamente. Ele gemeu e seus dedos se enroscaram em seu pescoço apertado.

Não saberia se ele queria que ela tomasse a iniciativa, ficou quieta e esperou. Sua mão ainda estava enrolada em torno da base de seu pênis, mas agora tirou-a e forçou-a para baixo até que suas bolas pressionaram contra seu queixo.

“Puta merda, ela é maravilhosa,” ele trincou fora.

Ele puxou a cabeça para cima, dando a ela uma chance de tomar um fôlego. Então a empurrou para baixo, levantando seus quadris para enchê-la.

“Porra, não vou durar muito tempo com uma boca como a sua,” ele ofegou. “Mantenha a boca aberta e não se mova.”

Ele começou a foder sua boca com rápidos, golpes cortantes. Ferindo a mão no cabelo dela e puxando mais e mais.

De repente, ele a puxou para longe e forçou mais baixo. Segurou seu pau novamente e moveu a mão livre do seu cabelo para segurar o queixo. Ele forçou a boca aberta e começou a acariciar seu pênis rapidamente.

Empurrou seus quadris para frente até que a cabeça de seu pênis estava a apenas alguns centímetros da boca aberta. O primeiro jato de esperma atingiu o interior de sua bochecha e salpicou sua língua.

“Não engula,” ele falou. “Segure tudo em sua boca.”

Continuou empurrando, mais sêmen encheu sua boca. Ele inclinou o queixo para cima e passou a mão até sua ereção, apertar e ordenha mais de sua libertação em sua boca.

Quando terminou, ele gentilmente acariciou o queixo com o polegar.

“Agora engula,” disse ele com voz rouca. “Engula tudo.”

Ela fez como ordenou e passou a língua nos lábios para remover a umidade a partir dos cantos de sua boca.

“Isso foi uma foda incrível, minha querida.”

Ela olhou para Micah, que estava assistindo ao jogo. Jogou-o arrefecer, e por algum motivo que despertou-lhe tudo o mais. Um olhar em outra direção, tinha os olhos arregalados de novo.

Chris teve seu pau para fora, acariciando a ereção rígida. Quando sua mão desceu, cobriu suas bolas e apertou antes acariciando para cima, rolando o prepúcio sobre a cabeça inchada.

“Aqui,” falou Chris. “Em frente a TV.”

Ela se empurrou, e Rick tocou a bochecha dela em um gesto terno quando ela se afastou. Levantou antes de Chris e em seguida, virou-se como tinha ordenado.

“Coloque as mãos sobre os joelhos e curve um pouco,” ele descascu.

Tremendo, ela se inclinou para frente e descansou as palmas das mãos no topo das suas coxas. Os dedos de Chris cuidadosamente puxou o plug. Ele veio livre e ela fechou os olhos quando um suave gemido escapou de seus lábios.

Ela ouviu o tilintar de uma embalagem de preservativo e, em seguida, Chris colocou a mão na cintura dela.

Ele a puxou para baixo, quase rudemente. Com uma mão para guiar o seu pênis, usou a outro para espalhar na posição. Logo sentiu a cutucada da ponta na entrada da boceta, ele a puxou com força.

Ela gritou quando o levou tão profundo que podia. Sua bunda batendo contra sua virilha.

“Jesus, ela é apertada,” ele respirou.

Colocou as duas mãos grandes ao redor da cintura e pegou-a antes de bater as costas para baixo em seu pênis. Ela fechou os olhos e arqueou o pescoço. Seus cabelos pendiam para baixo, deslizando sobre o peito.

Enterrou seu rosto no véu pesado começando a bombear dentro dela com força que a surpreendeu, apesar de suas observações sobre a sua construção.

Ele a estirou incrivelmente, ao ponto de dor. Era uma delícia. Era incrivelmente grosso, de longe, o mais grosso pau que já tentou levar. Cada vez forlava de volta para ela, sentia uma onda de dor, seguido pelo prazer, irritante e afiado.

Então pegou-a completamente para cima, o seu pau veio livre.

“Vire-se. Eu quero provar os seios.”

Com as pernas trêmulas, voltou-se e montou suas coxas enormes. Ela se espalhou até o momento em que tudo que ele tinha de fazer era segurar o pênis no lugar enquanto ela descia sobre ele novamente.

Desta vez, levantou seus quadris enquanto a puxava para baixo, e ela gritou quando deslizou mais profundo.

Ele sorriu, seus dentes brancos brilhando na frente dela.

“Você não pode tomar tudo de mim, bebê? Não muitas mulheres podem. Antes da noite acabar, você irá. Vai me levar em cada um de seus buracos.”

Ele inclinou-se e capturou um mamilo entre os dentes. Mordeu-lhe a carne, e até mesmo quando ela gemeu de dor, foi mais abrangente, querendo mais.

“Ah, é o inferno,” ele murmurou. “Estou indo fodidamente leva para casa você comigo.”

Ele colocou as duas mãos em seus cabelos e puxou, forçando sua cabeça para trás e os seios para frente. Chupou um e depois foi para o outro.

“Monte-me. Ponha suas mãos em meus ombros e monte-me.”

Ela enrolou os dedos em sua pele, segurando, as unhas cavando fundo. Ele não parecia se importar em tudo. Seus gemidos misturados com o choro dela. Ele mordeu, sugou e devastou seus mamilos. Ela o montou, levantando-se e batendo para baixo com a pressão construído mais alto.

Ele estava certo. Ela não podia tomar tudo dele, mas estava perto.

“Relaxe,” ele sussurrou. “Vamos, bebê. Mais um pouco e você me tem até as bolas.”

“Não posso,” ela ofegou. “Você é muito grande.”

Ele passou os braços em volta dela e, de repente, carregou-a com ele. Ela engasgou de surpresa pela sua força e do fato de que ainda estava enterrado no fundo da sua boceta.

Ele caiu de joelhos e caiu para frente, carregando-a consigo para o chão. Ele soltou dela enquanto lutava com a impaciência em sua calça. Assim que estava livre, foi sobre ela, espalhando amplamente.

Perto, tão perto. Sua testa estava cheia de rugas de tensão, e seu próprio orgasmo espreitava apenas fora do alcance.

Ele bateu nela, e ela gritou.

“Leve-me. Tudo de mim,” ele sibilou. “Leve-me.”

Ele martelava nela novamente, e ela sentiu dar a ele aqulea última polegada. Suas bolas batendo contra o seu traseiro, e ele deu um grito de satisfação.

O mundo ficou borrado ao redor dela. Não havia mais dor, apenas prazer, intenso entorpecente. O orgasmo caiu e continuou a bater enquanto cavalgava ela incansavelmente, dirigindo-a para o chão.

Ela foi lisa ao redor dele.

“Oh o inferno sim. Porra, ela levou tudo de mim.”

Seu corpo inteiro ficou tenso sobre ela. Fez um grande esforço como se estivesse tentando ir ainda mais fundo. Então caiu na testa em seu ombro e seu peito arfava incontrolavelmente.

Virou a boca para o pescoço dela e beijou-a gentilmente, uma contradição direta com a força que bateu nela.

”Isso foi incrível,” ele sussurrou.

Ela sorriu levemente. Se ela tivesse sido capaz de dizer qualquer coisa, teria concordado que tinha sido um abonita maldição de incrivel.

Lentamente, empurrou-se fora dela. Foi cauteloso quando se retirou para não machucá-la.

Estava inchada e apertou-lhe mais apertado do que tinha estado antes.

Para sua surpresa, Micah estava lá para buscá-la. Embalou nos braços e voltou para o sofá para se sentar. Ela se aconchegou nos braços dele enquanto ele acariciava e acariciou suas costas, braços e pernas.

Ele não disse nada. Apenas a abraçou enquanto assistiam o jogo, e de vez em quando dava um beijo em seu cabelo.

Depois de um tempo, ele sussurrou: “Descanse, menina Angel. Estamos todos com fome de você, e nós não vamos ser facilmente satisfeitos.”

 

Uma mão quente acariciou sua bochecha, e seus olhos se abriram para ver Cole de pé sobre ela. Seu pulso disparou e acelerou, e sua respiração ofegou. A mão de Micah ainda estava descansando possessivamente em seu quadril, mas os olhos de Cole lhe ordenaram.

“É o intervalo. Você está bem,” Cole disse em uma voz calma. Estendeu a mão, e ela deslizou os dedos em suas mãos. Micah ajudou a sair de seu colo, e ela levantou-se para ficar na frente de Cole.

Para sua surpresa, ele a puxou para ele, agarrou o queixo e beijou-a duro e profundo.

Ele engoliu seu suspiro de surpresa e moveu os lábios com força sobre a dela. No início, permaneceu imóvel, permitindo-lhe tomar, mas ele não estava satisfeito com a complacência.

Apertou seu aperto em sua mandíbula em uma demanda para a resposta.

Ela abriu ao seu avanço, e sua língua deslizou sensualmente sobre a dela, lambendo, tocando, explorando. Timidamente, ofereceu-lhe a língua, deslizando sobre o seu lábio inferior.

Um som baixo de aprovação de sua garganta rolou em sua boca. A pressão diminuiu em sua mandíbula, e seus dedos tocaram em todo o rosto para o pescoço dela. Ambas as mãos emaranhadas em seus cabelos, uma carícia suave, mas urgente, uma vez que devastou sua boca.

Quando finalmente se afastou, seus olhos brilhavam de paixão. Seus lábios estavam inchados e formigando da aspereza e da sensualidade de seus beijos.

Ela não tinha certeza de como reagir por um momento, e olhou de volta para Micah por algum tipo de leitura. Ele olhou fixamente para ela, desejo e aprovação refletiam em seus olhos escuros. Foi a aprovação que lhe deu a coragem de voltar para Cole.

Foi então que percebeu que tinha de fato questionado o comando de Cole. Ela baixou a cabeça, pensou melhor e, então, levantou o olhar para atender Cole e qualquer repreensão que pudesse oferecer.

Ele sorriu e estendeu a mão para tocar sua bochecha. “Tão expressivos,” ele murmurou. “Seus pensamentos são refletidos em sua expressão todos os dias.”

“Sinto muito.”

“Não se preocupe. Você é bonita de ver, e é um crédito para Micah que você olha para ele para pedir permissão. Você se lembra bem a quem pertence.”

Suas palavras a fez doer. Mais do que tudo ela queria pertencer a Micah. Não apenas numa base temporária para alguma fantasia sexual que jogavam. Ela queria para sempre.

“E agora você está triste,” Cole murmurou. “Porquê?”

Assustada, ela se concentrou em volta dele. Seus lábios tremeram, e ela pediu-lhe com os olhos para não praticá-la ainda mais.

O olhar dele amoleceu e então virou-se e puxou-a para o meio da sala, mais uma vez.

Havia um aparelho lá que eles tinham, obviamente, trazido enquanto ela dormia. Era muito parecido com o que tinha sido amarrada a primeira noite que foi açoitado, mas era menor. Muito mais curto.

Cole empurrou-a para os joelhos e apontou para frente debaixo da trave.

“Braços para cima,” ordenou.

Ela ergueu os punhos sobre a cabeça, e embrulhou as tiras de couro em torno deles, vinculando-os juntos e, finalmente, para o feixe. Ela foi forçada para cima, os joelhos somente roçando no chão, enquanto sua parte superior do corpo estava esticado.

Então Cole reuniu seus cabelos na mão e enfiou-o entre o pescoço e o braço levantado de modo que ficasse pendurado por cima do ombro e descendo a sua frente, deixando suas costas nuas.

Ela ouviu o estalo de couro, sabia que Cole estava trabalhando com o chicote na mão. Ele era bom. Muito bom. Sabia disso em primeira mão.

“Estou indo para marcá-la, Angelina. Não apenas listras vermelhas aqui e ali. Doerá. Vai ser bonito. Você pode me parar, mas não acho que você vai. Quero ver o quão longe posso te levar.”

Ela fechou os olhos e tremeu, seu estômago apertou na apreensão nervosa.

A primeira chicotada pegou desprevenida. Era como um maçarico nas costas. Perverda. Quente. Feroz.

Ela baixou a frente do corpo, buscando escapar da sensação de crueldade, mas quase tão rapidamente quanto o fez, outro chicote caiu e ela gritou.

Curiosamente, o som não foi duro. Não era feio. O que ela pensou que iria soar como agonia, saiu como um suspiro ofegante de prazer intenso.

Rick e Chris estavam reunidos à sua direita, absorto na tela antes delas. Um terço do chicote caiu e, desta vez o grito saiu truncado e sufocado. E então Micah estava a sua frente, colocando as mãos o rosto dela enquanto apertava seu pênis em sua boca. Ele bateu o queixo, um comando simples para ela se abrir para ele.

Ele havia passado os lábios e aprofundado em sua garganta, em um segundo. Segurou-a no local, uma prisioneira, pois não podia voltar atrás. O chicote aguardava lá. Não conseguia avançar, porque não poderia levá-lo mais profundamente. Ela era sua cativa. Seu prazer.

Micah fodeu sua boca duro, golpes profundos. Ele empurrava dentro e fora, como se estivesse fodendo sua boceta.

Outro chicote queimou em toda a sua carne, forçando-a sobre sua ereção. Micah pegou a cabeça e manteve-se profundamente, esfregando os quadris para frente quase em espasmos.

Eles caíram em um ritmo. Ele empurrou. Cole chicoteou. Ela fez um som abafado em torno do pau de Micah, e agarrou-a mais apertada até que estava fodendo com ela rápido e furioso.

“Porra,” Rick suspirou. “Isso é muito gostoso.”

“Como diabos ela está tomando?” Chris perguntou incrédulo.

Micah retirou-se, colocou a mão na testa para inclinar a cabeça para trás e, em seguida sémen quente espirrou em seu pescoço e deslizou para baixo de seu corpo e sobre os seios.

Ela chupou o ar pelo nariz quando respirava com a dor ardente que Cole tinha infligido. Não se atreveu a relaxar, pois sabia que outro viria.

Somente quando Chris empurrou seu modo adiante, o pênis enorme enérgico na mão, Cole administrou outro chicote queimando. Ela arqueou para frente assim Chris enfiou o pênis em sua boca.

Seus lábios estirados ao redor da cabeça, e suas bochechas buscaram ar para fora. Ela estava em um passeio áspero. Ele foi duro. Faltava-lhe a fineza de Micah, e era óbvio que ele era tão ligado que estava quase irracional em suas ações.

Ele fodeu a boca brutal, misturando seus gemidos com o tapa de couro e seu mudo grito de dor.

Surpreendentemente, o clitóris pulsava. Os seios estavam inchados, e seu corpo inteiro ficou dolorido tão apertado que ela sabia que teria um clímax em breve, e ninguém tinha tocado sua boceta.

“Leve-me,” disse Chris com voz rouca.

Ele inclinou a cabeça para cima, e levantou-se nas pontas dos pés para um ângulo para baixo. Ela engasgou e tossiu. Ele só fodeu mais.

O chicote caiu, rápido e furioso. Ela torceu o corpo ondulando. Chupou enquanto ele se alimentava em sua garganta. Ela queria gozar. Estava desesperada. Dançava, seu corpo pulando e se contorcendo. Descuidadada.

Quando Chris saiu fora de sua boca, ela gemeu em protesto. Seu sêmen revestiu a frente de seu corpo, assim como Micah tinha feito. Ele correu em jorros sobre sua pele, quente, suave, com evidência de sua paixão.

Rick angulou a partir do lado, a mão bombeando furiosamente em seu pênis. Chris ainda estava chegando quando o sêmen de Rick pousou em seu peito.

“Foda-se,” Rick ofegou. “Foda-se!”

Chris se afastou, e Rick inclinou-se como o último golpe de sêmen dançou sobre o mamilo e pingou no chão.

Ela não tinha mais força nos braços. Estava com as costas revestidas em fogo. A sua frente estava revestida sêmen quente e pegajoso.

“Sua bunda agora, Angelina,” Cole sussurrou próximo ao ouvido dela.

Sua cabeça caiu para o lado, e ela fechou os olhos enquanto tentava recuperar o fôlego. Ele tinha intenção de foder seu traseiro?

Ela teve sua resposta num momento posterior, quando um estalo alto ecoou pela sala. Ela empurrou para frente e gritou de dor quando a madeira em contato com o globo de sua bunda.

Santo inferno. Doeu.

Outro tiro e a madeira bateu contra a bochecha oposta. Queimando. Puro fogo. Era quase insuportável num primeiro momento, antes da estimulação florescer. Doce prazer assentou como um nevoeiro.

Um burburinho começou no ponto de contato e expandiu-se aquecendo, picando em um resplendor quente que invadia suas veias como uma droga. Ela processou lentamente a dor, mas o prazer tomou conta. Quente, doce. Eufórico.

Os golpes desembarcaram rígidos. Cada um foi entregue com uma mordida vigorosa. Ele alternava as bochechas e, ocasionalmente, parava e passava suavemente a palma de sua mão sobre a sua carne maltratada.

Seu toque era quase insuportável. É mais do que a madeira despertou sua pele hipersensível.

E então abaixou e beijou-lhe a carne em fogo brando.

Micah apareceu na frente dela, e ela mal podia focar como ele desamarrou-lhe os pulsos.

Ele ajudou-a a ficar de pé e, em seguida, puxou-a para a frente quando duas cordas caíram do teto.

Rapidamente prendeu-lhe os pulsos com as tiras de couro e então apontou para Rick, que apertou um botão na parede.

As cordas começaram a apertar como eles se retiraram em buracos rebaixados no teto. Seus braços esticados alto sobre a cabeça dela até que estava equilibrada na ponta dos pés.

Ela estremeceu quando Micah limpou um pano frio sobre os seios, a remoção do sêmen de sua pele. Com movimentos cuidadosos, limpou a barriga dela e depois se inclinou para pressionar seus lábios contra os dela antes de recuar para deixá-la sozinha novamente.

Cole passou por trás dela, o peito rente à sua dor nas costas. Ele chegou por baixo da perna direita e caminhou em um ângulo. Seu pênis tocou sua boceta e depois mudou-se acima à sua abertura anal.

Seus lábios encontraram a curva de seu pescoço em um delicado beijo quando empurrou contra sua bunda.

Ela resistiu no começo, enrijecendo o seu corpo inteiro. Ele mordiscou delicadamente no pescoço dela e, em seguida, sussurrou contra sua orelha.

“Relaxe, Angelina. Não vou te machucar, bebê. Deixe-me entrar”

Ele estava dolorosamente delicado onde antes com o chicote que ele tinha sido duro e brutal. Se ele tinha a punido antes, agora fazia amor com ela, suas mãos acariciando as curvas de seu corpo, deslizando sobre a barriga e até os seios.

Ele empurrou para cima, e reflexivamente ela ficou tensa de novo. Desta vez, a mão de Cole emaranhadas em seus cabelos, e puxou para baixo, seus lábios pressionados contra o escudo de seu ouvido.

“Não resista a mim.”

Antes que ela pudesse reconhecer seu comando, enfiou novamente, e desta vez conseguiu passar a sua resistência e mergulhou fundo.

Sua mão se moveu para baixo para ligar em seu pé novamente, e ergueu-o quando ele enfiou em sua bunda. Na frente dela, o jogo tinha começado de novo, e podia ouvir os outros, no sofá atrás dela.

Mas a atenção de Cole estava exclusivamente centrada nela. Seus dentes pastavam no pescoço, ombro e então virou o rosto para trás para que ele pudesse beijar o canto da boca.

Após o impulso inicial, na qual afirmava seu controle e sua demanda por sua aquiescência, suas estocadas acariciavam. Estava de costas aninhando em seu corpo, seus braços protetoramente ao seu redor. Seu pênis deslizou dentro e fora de seu corpo.

Lento. Tenro. Era estranho para ela que eles faziam amor dessa maneira. Anal era suposto ser excêntrico, arrojado, de alguma forma proibida, e ainda Cole fez parecer tão normal, uma demonstração de seu carinho e respeito por ela.

Ela balançou a cabeça, confusa com as sensações percorrendo seu corpo. Com um braço ainda sustentando a perna em um ângulo, ele colocou seu outro braço em volta da cintura e deslizou seus dedos para baixo para sua boceta.

Logo que tocou seu clitóris, ela prendeu a respiração e ficou tensa quando as explosões acentuadas de prazer atravessaram sua barriga listrada.

Mesmo assim, ele não tinha pressa. Acariciou dentro e fora de seu corpo com infinita paciência, cada movimento seu tão suave que seu estômago apertou e sua respiração ficou presa na garganta.

Estremeceu contra ele, seu orgasmo remexendo, construindo, como a brisa nas chamas.

“É isso,” ele murmurou. “Quero que você goze para mim, Angelina.”

Seu dedo enrolou em seu clitóris, pressionando e girando em apenas uma mistura certa para dirigi-la louca. Queria que ele gozasse também. Era importante, de repente lhe agradar da mesma forma que lhe agradava.

Ela torceu incansavelmente, seus mamilos agitando e ingurgitados. Ela subiu na ponta dos pés, os pés flexionando quando os braços esticados e puxados em cima dela.

Então ele começou a empurrar mais duro. Lento, mas firme, com mais força, como se soubesse que ela precisava de mais.

Seus dedos deslizaram mais baixo, em círculo ao redor de sua entrada. Ele mergulhou um dedo dentro e depois retirou, espalhando sua umidade sobre ela e de volta até seu clitóris.

“Deixe-me ouvir você,” ele sussurrou. “Não se segure.”

Ela soltou um grito suave que alongava e tornou-se mais alto quando seu dedo pegou velocidade.

Pressão. Então, muita tensão. Seu corpo inteiro estava curvado, tão apertado que ela pensou que poderia quebrar.

Ele estava batendo contra ela agora, mais e mais rápido, suas bolas batendo contra sua bunda.

Então ele deslizou mais para dentro, profundo, tão profundo. Ela suspirou e se desfez, e ele manteve-se lá quando balançou contra ela. Fez um grande esforço para frente, empurrando-se firmemente contra a sua carne disposta.

Seu choro ecoou pela sala e ela lutava para respirar quando o prazer ultrapassou-a, roubando-a da vista, do seu sentido de tempo e lugar.

Suas costas latejavam. Sua bunda doía. E ele ainda trabalhou dentro e fora, não tão suave, após a sua libertação.

“Você é linda,” disse Cole enquanto beijava seu ombro. “Já vi tantas belas mulheres na Casa. Você é a primeira com quem estive.”

Com essa declaração, ele retirou e afastou-se dela. Seus joelhos dobraram, mas novamente Micah estava lá para pegá-la. As cordas desceram do teto, e as dores nos braços dela aumentaram quando foi capaz de dobrá-los.

Ele a pegou em seus braços. Quando ele passou os sofás, ela olhou curiosamente para ele.

Ele sorriu e beijou sua testa. “Nós estamos indo para cima. Não acho que alguém tenha qualquer interesse no jogo mais.”

 

Cole andou à frente de Angelina e Micah para a sala comum e acendeu as luzes. Micah levou-a até um dos sofás e a abaixou. Ele tocou a bochecha dela e disse: “Cole e eu temos algumas instalações para fazer. Você pode entreter Chris e Rick até que tenhamos feito.”

Rick levantou-se para o lado e tirou suas roupas, logo que Micah se afastou.

Quando ele terminou, sentou-se na extremidade do sofá e pegou a mão de Angelina.

Com a outra mão, acariciava a dureza de seu pênis, puxou-a para seu colo. Quando ela estava perto, estendeu a mão e enrolou a mão em seu cabelo.

Puxou a cabeça para baixo para seu colo.

“Consiga ela em seus joelhos,” disse Chris. “Quero foder novamente, enquanto ela engole sua ereção.”

“Você ouviu,” Rick disse asperamente. “Em seus joelhos. Coloque essa bunda bonita no ar.”

Ela obedeceu à sua ordem e, em seguida abaixou a cabeça. Rick segurou a base de seu pênis, os dedos envolvidos em torno de suas bolas. Ele a empurrou para baixo com a outra mão, alimentou sua ereção em sua boca.

O sofá emergiu quando Chris ficou de joelhos atrás dela.

“Será que Cole esticou seu buraco o suficiente para mim?” Chris provocou suavemente.

Apesar da crueza de suas palavras, ele cuidadosamente a preparou, deslizando lubrificante em sua abertura. Ele trabalhou pacientemente, facilitando um dedo dentro e depois dois. Enquanto ela chupava o pau de Rick, Chris delicadamente fodeu sua bunda com os dedos, adicionando mais lubrificante quando estendeu sua abertura mais.

“Não vou mentir para você, querida. Isso vai se sentir como a primeira vez tudo de novo. Vai doer como o inferno quando começar a entrar, vou levá-lo fácil, mas não lute contra mim. Vai ser muito melhor para você se você não fizer.”

Rick acariciou a mão pelo cabelo dela, segurando-a de volta para que ele pudesse ver seu pau desaparecer em sua boca.

“Não lute contra ele,” Rick aconselhou com um sorriso. “Ele vai se divertir mais, e ele vai ficar mais áspero.”

Ela acenou com a aceitação, assim quando Chris empurrou a cabeça do pênis para sua abertura. Engoliu nervosamente, e Rick gemeu.

“Ah, merda, se sente bem.”

Ele ergueu os quadris a segurando firmemente no lugar.

“Diga-me como você quer isso,” disse Chris. “Eu posso ir bem devagar e demorar para estar dentro de você. Ou posso fazê-lo rápido. Micah disse que você gosta da dor. Você quer que faça doer?”

Oh Deus. Ela estava indo para gozar. Ela fechou os olhos e inalou pelo nariz.

Chris bateu na bunda, balançando-a contra Rick.

“Responda-me ou vou tomar a decisão,” disse ele bruscamente.

Rick lançou seu cabelo para que ela pudesse deslizar seu pau de sua boca.

“Faça isso rápido”, disse ela com voz rouca.

“Você quer que ela dure?” Ele perguntou. “Você me quer mal?”

Ela se virou para olhar por cima do ombro. “Eu não consigo fazer as escolhas,” disse ela calmamente.

“Eu pertenço a Micah. Deu-me a você por esta noite. Se eu desobedecê-lo, se eu te desafiar, se eu te disser não, então eu digo-lhe todas essas coisas. Irei desrespeitá-lo. E eu o amo mais que a vida.”

Chris se inclinou sobre ela, pegou o queixo entre os dedos e beijou-a. Ele correu a língua sobre a costura dos lábios e depois beijou suavemente mais uma vez.

“Micah é um sortudo filho da puta. Sou tão maldito de inveja dele agora é tudo que posso fazer para não acabar com o canalha.”

Ela sorriu e voltou-se para Rick, que cobrou uma mão em seu pescoço e puxou-a para sua própria boca. Seu beijo era carnal, quase brutal quando ele provou-a. Ele sugou o lábio inferior e então beliscou até que gosto de sangue apareceu.

“Chupe meu pau,” respondeu asperamente em sua boca. “Ele vai foder sua bunda até você me fazer gozar.”

Ele forçou sua volta para seu colo e guiou o seu comprimento passando nos lábios e indo profundo em sua garganta.

Chris afastou as bochechas da bunda dela e seu pênis montou à sua abertura. Ela não teve tempo de ficar tensa, preparar ou tomar um fôlego.

Ele bateu nela, derrubando para frente. Rick estava preparado. Ele colocou as duas mãos sobre a cabeça e segurou-a de modo que foi forçada todo o caminho em seu pênis.

Ela teria gritado de dor lançada através de seu ânus latejando, mas o pau de Rick estava enterrado tão profundamente que ela não conseguia nem respirar em torno dele.

“Tenho algumas notícias ruins, bebê,” Chris disse quando ela lutou para manter o controle. “Eu só estou a meio caminho dentro.”

Ela gemeu assim quando ele agarrou seus quadris e martelou a frente novamente.

Desta vez, ela rasgou a boca do pau de Rick e gritou quando as bolas de Chris vieram para descansar contra a abertura da boceta.

Oh Deus. Ela mexeu, lutou, sacudiu a cabeça, mesmo enquanto gemia no consumo de dor ardente.

Rick pegou um punhado de seus cabelos e puxou sua cabeça para baixo, forçando seu pênis para trás em sua boca.

“Ah, foda-se”, Chris gemeu enquanto ela empinava e lutava. “Não brigue comigo, bebê. Ah, merda.”

Suas mãos grandes círcularam sua cintura. Ele recuou e gritou quando sua ereção grossa ondulava em seus tecidos incrivelmente esticados.

Rick fez um som distorcido e ergueu os quadris para foder em sua boca aberta. Suas mãos estavam sobre sua cabeça, seus cabelos, seus dedos enrolados, puxando como ele bombeava duramente.

Chris bateu nela de novo, e ela foi à loucura.

“Puta merda,” disse Chris ofegante. “Segure-a, Rick. Cristo, isso é incrível.”

Chris agarrou seus quadris como ela bateu abaixo dele. Ela queria mais, mais. Mais dor, mais prazer. Precisava de libertação.

“Calma, querida. Não se machuque,” disse Chris, como ele mesmo impulsionou em seu corpo se contorcendo.

“Cale-se e foda-a,” Rick rosnou.

E eles fizeram. Suas mãos agarraram, de repente, menos tenras, menos paciente. Eles a mantiveram para baixo e no lugar em que a usou para seu próprio prazer.

Chris bombeava contra sua bunda, suas bolas batendo em sua boceta com cada impulso. Rick agarrou sua cabeça, seus dedos cavando em seu couro cabeludo quando arqueou mais e mais.

Sentia-se viva. Poderosa. Bonita. Ela estava os deixando tão loucos quanto eles estavam fazendo isso a ela. Seus sons de prazer e aprovação estimulavam seu próprio desejo, e tornou-se uma corrida para ver se ela poderia tirá-los antes que ela explodisse em seu próprio orgasmo.

A dor cedeu completamente, substituída por uma intensa e inabalável prazer. Ela gemeu e empurrou de volta contra Chris, querendo a borda traseira.

“Você quer mais duro, bebê?”

Em resposta, ela chupou Rick profundamente em sua boca.

“Ah, é o inferno, ela faz,” disse Rick. “Dê a ela, Chris. Porra, eu estou perto.”

Chris inclinou-se sobre suas costas, segurou seus ombros e começou a empurrar com força e profundamente. Não houve pausa, sem trégua. Seu corpo tremia com a força do seu corpo grande, e Rick segurou-a para baixo enquanto fodia profundamente em sua garganta.

Ela perdeu o senso da realidade. Flutuou, e por um momento, temia ter perdido a consciência.

Seu corpo estava tão tenso que sentia perto de quebrar. Esticada. Amarrada por fora. E, em seguida, Chris chegou perto, golpeando seu monte e deslizando seu dedo entre suas dobras. Logo que tocou seu clitóris, ela estourou como um balão inflavel.

Seu grito rouco foi abafado quando jorro após jorro de sêmen quente inundou a boca. Chris puxou contra ela e seu grito áspero enchia os ouvidos. Incrivelmente quando continuou tocando, suas estocadas cada vez mais suave, um orgasmo correu sobre ela, não tão intenso quanto o primeiro, mas afiado e rápido.

“Merda, ela gozou de novo,” Chris ofegou, enquanto ele subia ainda contra ela, seu pênis preso no fundo do seu traseiro.

Ela desabou sobre Rick, também passou a mover a cabeça enquanto seu pau escorregava de seus lábios.

Ele acariciava seus cabelos com ternura, e depois um pano alisou sobre seu rosto e seus lábios.

“Você quer algo para beber?” Rick perguntou com voz rouca. Ele quase parecia envergonhado.

Ela assentiu com a cabeça contra seu colo e ele deslizou por baixo dela para se levantar.

“Vou sair agora, bebê,” disse Chris, em um tom lamentável.

Ela estava muito fraca e tensa, e provavelmente era bom, porque até mesmo relaxada, sua retirada a feriu.

Rick voltou e se sentou no sofá ao lado dela. Estava deitada cruelmente sobre as almofadas, mas naquele momento, ela simplesmente não ligava. Ela queria Micah. Queria o seu conforto. Seu amor e seu cuidado.

“Aqui,” Rick disse que ele ergueu cuidadosamente para a posição sentada. Ele colocou o copo aos lábios e inclinou para que ela pudesse tomar um gole do líquido frio. “Eu queria sair. Não ia entrar em sua boca. Esse tipo de injustiça. Desculpe.”

Ela sorriu levemente e encostou a cabeça no encosto do sofá. “Seria só injustiça se você não gostasse.”

“Aproveitei? Inferno, foi uma foda incrível. Isto é o tipo de merda que caras fantasiam, mas sabem que não há nenhuma maneira no inferno que nunca vai acontecer. Você tem alguma irmã?”

Ela riu. “Não, desculpe. Acho que você vai ter que esperar que Micah o convide para o futebol de novo.”

“Futebol?” Chris perguntou quando se sentou ao lado dela. “Que futebol?”

“Vocês dois são bons para o meu ego,” disse ela.

Ela olhou para cima, buscando automaticamente Micah, e o viu de pé na sala com Cole. Ambos estavam olhando para ela. Como se tivessem assistido o tempo todo?

Quando seus olhares se encontraram, Micah começou a avançar, um brilho faminto em seus molhos. Seus mamilos automaticamente enrugaram, e Rick inclinou-se para chupar um em sua boca. Ela engasgou com a sensação, mas seus olhos nunca deixaram Micah.

“Cole está pronto para você,” disse ele enquanto se aproximou. Ela olhou para além dele, onde estava Cole, mas a expressão de Cole não deu uma pista.

Micah estendeu a mão, e ela aceitou sem hesitar.

 

Micah levou Angelina a uma estreita, mesa bem-acolchoada retangular onde Cole esperava. Chris e Rick vestiam suas calças e ficavam em uma curta distância.

Cole se aproximou e parou em frente dela, seu olhar a devorando. Seus olhos estavam tão sexy. Profundo, azul intenso, provocando com fogo tanto que ela sentia o calor de seus dedos.

Ele estendeu a mão ao copo de ambos os seios e apertou seus dedos indicadores sobre os mamilos tensos, acariciando os pontos duramente. Incapaz de resistir, ela sorrateiramente olhou de esguelha para Micah, mas ele se foi.

“Olhe para mim e só em mim,” Cole disse em uma voz severa.

“Sinto muito,” disse ela baixinho.

Ele tocou seu rosto e, em seguida, puxou-a para ele. Ele tocou seus lábios nos dela em um casto beijo.

“Venha,” disse ele.

Ele levantou-a e a colocou sobre a mesa, e foi então que viu acendendo velas Micah no lado oposto.

“Relaxe e se sinta confortável,” Cole pediu.

Ela se reclinou, estabelecendo-se contra o couro macio.

“Levante seus braços sobre sua cabeça.”

Mais uma vez ela fez o que lhe pediu.

Chris e Rick cada um tomou uma mão e envolveu os laços de couro macio ao redor de cada pulso até ela estava fortemente presa. Micah aproximou-se do final da mesa, esparramando as pernas e segurando seus tornozelos ao ferro de alças posicionadas nas laterais. Então colocou a mão na perna dela e caminhou até o comprimento da mesa, a mão deslizando sobre a pele.

Quando chegou ao seu peito, se abaixou e lambeu um mamilo. Sua língua deixou um rastro molhado em torno da carne enrugada. Chupou, mordiscava e brincava com um e depois o outro.

Ele estava em turnos extremamente gentil e firme, até que ela estava disposta a rastejar para fora da sua pele.

Com sons dos beijos em seu pescoço e em seguida nos lábios. Ele estava quente e doce contra sua língua, e provou do conforto. Do amor.

“Cole é bastante útil com cera,” Micah murmurou. “Normalmente, isso é algo que só confio em mim mesmo, mas ele é bom. Muito bom. Sei que você estará em boas mãos. Faça isso por mim, menina Angel. Quero ver enquanto ele cobre seu corpo em cera. Quero ver você se contorcer na mais doce das dores, suspirando quando o fogo se espalhar em toda a sua pele e ver seus olhos quando a dor se transforma em prazer.”

Ela engoliu em seco e assentiu, sem confiar em falar. Seu corpo todo pulsava. Ela estava ferida. Ela estava exausta, e ainda estimulação mexeu profundamente dentro. A promessa de outro grande orgasmo, a empurrou ainda mais do que antes.

“Não quero que você se preocupe,” Cole murmurou ao lado dela. “Estas velas têm menos pontos de chama de modo que a cera não é tão quente. Um pouco de dor pode ser extremamente prazerosa. Não correria o risco de causar-lhe dor extrema usando velas inseguras.”

Assim que ela reconheceu a sua declaração, a sala escureceu ao redor dela. Engasgou da surpresa quando uma venda cobriu os olhos.

“Não tenha medo, menina Angel. Vou estar aqui o tempo todo.”

A voz de Micah rompeu sua apreensão súbita, e ela trancou sua força, apoiada pelos ombros e um sorriso secreto acesso nos lábios. Ela não estava apenas fazendo isso por Micah.

“A antecipação é metade do prazer,” disse Cole. “Não sabendo quando a cera vai escorrer na sua pele vai aumentar a experiência.”

Cada músculo em seu corpo ficou tenso enquanto ela esperava.

Ofegante. Animado. Nervoso como o inferno.

Quase vertiginoso.

E ela esperou. E esperou.

Sua respiração se acalmou. Atenta para a sala ao seu redor, mas não havia um único som. Se a tivessem deixado? Aos poucos, relaxou, braços e pernas ficando moles.

Cera quente espirrou em seu braço. Apenas uma gota, mas parecia fogo líquido. Ela sussurrou em choque, mais surpresa do que dor verdadeira, e correu-lhe o pulso à vida.

Uma mão mergulhou entre suas pernas, dedilhando cima e para baixo de suas dobras, cuidadosamente a abrindo.

Micah. Ela conheceria o seu toque em qualquer lugar.

Com o polegar em contato com o clitóris, cera quente derramado sobre a barriga um pouco acima do umbigo. Ela ficou rígida, os dedos enrolos em punhos apertados em cima dela.

O toque de Micah acalmava a dor, e a dor desapareceu ao prazer afiado.

Outro espirro, mais quente neste momento. Ela gritou, e os dedos de Micah mergulharam dentro de sua abertura.

“Você faz uma tela bonita, Angelina,” Cole disse em uma voz rouca.

Antes que ela pudesse processar a barragem do calor e nervoso euforico, uma pista inteira de cera ardia acima da linha do vale entre seus seios.

“Ahh!”

Ela arqueou para cima, lutando contra suas amarras. Quente. Áspero. Fodendo incrível. Ela ofegou e sugou o ar como um peixe morrendo. Nunca antes tinha experimentado esta sensação entre a linha de muito longe e não suficiente.

Duas bocas fecharam em torno de seus mamilos, e ela deixou escapar um soluço baixo. As mãso de Micah por entre as pernas, o dedo circulando o clitóris com precisão preguiçosa, e agora quentes, molhadas bocas sugavam seus seios.

Ela choramingou, parte em êxtase, parte em protesto. Ela queria mais. Procurando a queimadura, a incrível sensação de sua pele queimar viva.

E então a chupada ritma terminou logo que tinha começado. Seus mamilos, agora molhadoa, enrugadoa e eriçados ao ar, de um dos ventiladores de teto soprava acalmando as pontas.

Cera pingou sobre um dos mamilos. Ela gritou, o estridente som para seus ouvidos. Oh Deus, era demais. Ela torceu, opondo-se, tentando escapar das amarras. Lágrimas queimavam seus olhos e piscou furiosamente, desejando que pudesse ver, desejando que soubesse quando esperar a próxima queda.

Ela gritou novamente quando o outro mamilo estava banhado em cera. O polegar de Micah a calando, e ela se confessou com uma voz quebrada para ele não parar. Parecia desesperada, mas não se importava. Ela precisava, oh, como ela precisava, ser libertada a partir deste tormento.

Desta vez, a cera derramada em seu umbigo, preenchendo o recuo raso. Ela gritou com voz rouca e recuou, enviando parte do líquido derramando para baixo de sua barriga.

E, em seguida, o ar frio soprava suavemente em sua pele. Ela não sabia quem fez isso, mas sua respiração sussurrada sobre a cera, o endurecimento dele.

Seu corpo inteiro estava vivo. Sua pele arrepiou, coceira e insatisfação. Sua venda foi arrancada, e ela piscou a umidade que ainda se reunia no canto dos olhos.

Cole olhava para ela, seus olhos escuros, quase a chocando. Ele apavorou e despertou tudo ao mesmo tempo. Então viu Micah de pé ao seu lado, e seu estômago atava em uma bola.

Sua expressão era feroz, seus olhos brilhando com uma vantagem perigosa. Ele olhou cada polegada como um predador a espreita. Suas narinas dilatadas e seus lábios estavam apertados juntos, como se estivesse segurando um aperto ténue no seu controle.

Havia querer, necessidada e aprovação em chamas definindo em seus olhos escuros. Seu olhar fixado em todo o seu corpo, e ela seguiu seu caminho para baixo, chocada ao ver o desenho intrincado de cera decorando a sua pele.

O que parecia ser um punhado aleatório de cera tinha sido realmente um projeto delicado com aparência de respingos de seu umbigo até seu peito.

Seus mamilos estavam cobertos, e gotículas circulavam os bicos. O umbigo estava completamente cheio agora com cera dura, e somente a partir do desvio padrão foi o salpico abaixo do ventre, onde ela se encolheu.

Parecia uma espécie exótica na loucura da passagem. Com quatro pares de olhos masculinos admirando seu corpo, nu de cera salpicada, sentia-se bonita, desejável. Ultra feminina e poderosa.

“E agora todos nós vamos ter você, menina Angel,” Micah disse, sua voz vibrando sobre ela em um rugido rouco.

Seu estômago pulou em sua garganta, e ela olhou para ele nervosamente.

Chris e Rick desamarraram as mãos e esfregou-os com cuidado até que a circulação foi restabelecida. Cole e Micah ajudou a sentar-se, e ela balançou as pernas para o lado da mesa. Micah se colocou entre as pernas e simplesmente a pegou, circundando as pernas de sua cintura enquanto a segurava diante.

Ele levou-a para um dos paletes confortável no canto do quarto e despejou sobre isso. Os quatro homens de pé sobre ela tirando suas roupas restantes. Sua boca ficou seca quando percebeu que estava para ser fodidamente.

Cole se ajoelhou sobre o primeiro palete. Moveu acima dela, arrastando-a embaixo dele e fundindo sua boca para a dela em uma corrida aquecida. Sua paciência parecia em um fim. Levou-a avidamente, com as mãos movendo-se para espalhar suas coxas quando ele mesmo bebeu profundamente de seus lábios.

Arqueando acima, ele próprio prendeu entre suas pernas e impulsionou para frente.

“Enrole suas pernas em volta de mim,” disse ele em sua boca.

Quando ela levantou as pernas, ele deslizou mais profundo, e ela engasgou. Ele não era suave e fácil. Fodeu duro, batendo seus quadris duramente contra sua bunda.

“Você se sente tão bem,” disse ele com voz rouca. “Tão apertada. Quente.”

Prendeu-a no chão, segurou-a em um local e empurrou várias vezes em sua boceta. Se ela tentou uma resposta, por qualquer movimento, ela foi encontrada com uma rápida lembrança de seu domínio. Então ficou ali, aceitando, oferecendo a sua apresentação, usou seu corpo para saciar seu desejo.

De repente, ele se retirou e rolou para longe, e tão logo, Rick foi sobre ela, espalhando-a quando posicionou seu pênis. Empurrou dentro dela, profundo, tão urgente e impaciente como Cole tinha sido.

Rick não disse nada. Fechou os olhos e seu rosto estava tenso em cima dela enquanto bombeava contra ela rápido, forte. Ele ofegava, e apertou sua mandíbula quando abrandou seus impulsos, mas com a diminuição da velocidade, ele se tornou mais forte. Então, como Cole, simplesmente rolou para longe.

As pernas dela ficaram mole, e ela estava lá, quando Chris tomou o lugar de Rick.

Ele reuniu as pernas, envoltas em torno de sua cintura e então se inclinou para baixo, pressionando o seu corpo ao dela. Ele parecia saber como estava cansada e cuidadosamente facilitou em sua boceta, parando em intervalos para dar-lhe tempo para se adaptar.

Quando estava totalmente encaixado, beijou-a na clavícula, hesitou por um momento e depois começou a empurrar. Nenhum deles tinha chegado ainda, então ela só poderia imaginar que este era o acúmulo de algo maior. Ela ficou lá nos braços de Chris, fechou os olhos e entregou-se à tensão crescente na barriga.

Ele gemeu, um som de lamentar que lhe disse que não queria parar, mas puxou aproximadamente, deixando-a como os outros fizeram.

Ela olhou para Micah, mas ele não estava lá. Não era ele a seguir? Cole voltou para ela e estendeu a paleta ao lado dela em suas costas. Ele estendeu a mão para ela e persuadiu para cima com as mãos delicadas.

“Escarranche-me, Angelina. Face longe de mim e coloque meu pau na sua bunda.”

Mesmo quando ela se levantou, Rick e Chris segurou as mãos dela para ajudá-la. Cada um levou um braço, ela passou por cima do corpo de Cole, e eles apoiaram enquanto passava de joelhos, abrangendo suas coxas.

Cole colocou a mão para o baixo de suas costas e segurou seu pênis com a outra mão para ajudar a guiá-la. Ela hesitou quando a ponta violou o anel apertado, mas ambos Rick e Chris pressionaram sobre seus ombros, dando-lhe nenhuma escolha, mas para tomar a ereção de Cole.

Seu corpo tremia, e seus músculos em molhos e rolou quando ajustou a posição.

Ele parecia maior desta forma. Estava esticada tanto apertada e não havia mais pressão. Pressão não podia escapar.

“Agora relaxe de volta,” murmurou Cole. “Eu tenho você. Vou te segurar. Basta relaxar e deitar-se contra mim.”

Ele inclinou-se quando ela reclinou, e sua volta encontrou seu peito. Ele estendeu a mão a deslizou as mãos por debaixo das pernas, e puxou para cima e espalhou-a. E então ela percebeu porquê.

Micah se colocou entre as pernas dela e Cole e ajoelhou-se sobre o palete. Finalmente Micah. Seu coração disparou e ela imediatamente relaxou, toda a tensão saindo dela.

Cole acariciou seu pescoço. “Você confia nele tão completamente,” disse ele em voz baixa.

Ela não respondeu. Ela não precisava. Ele estava certo.

As mãos de Micah deslizaram quente e reconfortante ao longo do topo de suas coxas. Moveu-se para mais perto, o seu pau cutucou sua boceta.

“Você já levou dois homens ao mesmo tempo, menina Angel?”

Ela engoliu em seco e balançou a cabeça.

“Vai ser apertado. Vamos encaixar. Vamos esticá-la, mas vai se sentir tão bem. Relaxe e deixe-nos fazer todo o trabalho. Tudo o que você tem a fazer é descansar e se divertir. Confiem em nós.”

Ela gemeu quando ele esticou um pouquinho. A cabeça do pênis descansando apenas dentro de sua entrada fez muito menor com a presença de Cole na bunda dela.

Com cuidado e paciência infinita, Micah trabalhou sua maneira, parando quando ela engasgou, avançando emquanto ela se contorcia com impaciência.

Então ele saltou para frente, forçando os últimos centímetros em sua boceta.

Ela resistiu e meneou incontrolavelmente. Levou ambos os homens para segurá-la, e acariciando e acalmando-a, com elogios, murmurando e encorajando. Ambos ainda quietos, permitindo-lhe tempo para se adaptar. Finalmente, ela se acalmou com suas palavras e carícias romperam o bombardeio de sensações a sua penetração dupla havia causado.

“Angel menina,” disse Micah amorosamente. Ele se inclinou para beijá-la mesmo enquanto Cole beijava a coluna delicada de seu pescoço. Então Micah começou a se mover, dentro e fora, lentamente no início, o seu pau arrastando os sensíveis, tecidos inchados.

Ela abraçou-o muito apertado por causa da pressão da penetração acrescentada de Cole.

E então, Cole começou a se mover. Em um ritmo com Micah. Dentro e fora. Cole empurrava seus quadris no lugar enquanto ele e Micah fodiam suas aberturas.

Esqueceu-se de Chris e Rick até que ajoelharam-se em ambos os lados dela, levantando os joelhos para que seus paus estivessem em conformidade com a boca.

Rick colocou um dedo em sua mandíbula e virou na direção dele, quando cutucou seu pênis até os lábios. Ela abriu e ele deslizou para dentro, profundo, rápido.

Mentalmente, ela verificou. Ela já não podia no processo de suas ações, a sensação de ser fodida por tantos homens ao mesmo tempo. Era nervoso, proibido e tão excitante que ela tremia descontroladamente. Se Rick não tivesse segurado sua cabeça, seu pau teria escorregado de sua boca. Em seguida, Chris puxou o cabelo dela, direcionando-a para si e seu pau esperando.

“Lamba isto,” disse ele, a tensão evidente em sua voz.

Ela estendeu a língua e permitiu que ele guiasse a cabeça sobre a língua, e, em seguida, novamente, uma vez que raspou sobre seu paladar.

Os dedos de Cole escavavam na cintura quando ergueu seus quadris, empurrando firmemente em sua bunda. Antes que ela virasse a cabeça para trás em Rick, ela fixou o olhar por um breve momento em Micah. O que ela viu em seus olhos a fez perder o fôlego. Possessão crua. Orgulho. E outra coisa. Algo que fez sua dor no peito e a pulsação dela viva. Ele se preocupava com ela.

Levantou as mãos e apertou-os contra Rick e coxas de Chris para se firmar enquanto Micah e Cole balançavam o corpo dela com a força de seus golpes. Incentivada pelo fato de que Rick e Chris não se opuseram, ela correu os dedos para agarrar seus pênis. Seus dedos se enroscaram em torno das bases e os dois homens soltaram sons duros de prazer.

Ela empurrou os pênis e acariciou, rolando sua mão para cima e para baixo sobre as ereções duras. Não esperando mais por sua solicitação. Ela alternava chupando seus paus, dando a cada um, igual atenção.

“Merda,” Rick murmurou. “Eu não vou durar.”

“Nem eu,” Chris sibilou.

Eles empurraram as mãos dela em punhos nos paus. Chris forçou a olhar para frente para que ela assistisse Micah entre as pernas. Prendeu-a lá enquanto ele e Rick golpeava freneticamente em suas ereções.

Sêmen quente lavou seu rosto e seios. Salpicava sobre o projeto de cera na pele dela e corria lentamente pelo vale dos seios.

Rick emaranhou as mãos nos cabelos dela e acariciou carinhosamente. Ele se afastou e depois correu um dedo delicado sobre a curva de sua mandíbula.

Cole relaxado seu aperto na cintura e arrastou seus dedos sobre a linha da cintura e ao redor dos seios. Seus polegares esfregando sobre os mamilos resvestidos de sêmen, e ele massageava o líquido em sua pele fora do perímetro da cera endurecida. Então, baixou as mãos para baixo sua linha média, esfregando a substância pegajosa em sua barriga.

Seus quadris arquearam, dirigindo-se mais em sua bunda. Micah avançou, empurrando mais apertado em sua boceta.

“Eu vou gozar, Angelina. Fique quieta. Deixe-me segurar você,” Cole sussurrou asperamente.

Ele balançou sua bunda para cima do chão, batendo o seu maior e mais profundo e forçando Micah mais fundo. Micah impulsionou forçando-a de volta para baixo para a ereção de Cole.

Ela permitiu-lhes o controle completo. Surpreendentemente, Chris e Rick cada um tomou uma de suas mãos e segurou, apoiando-a enquanto Cole batia em sua parte inferior.

Suas mãos serpenteavam os braços até que a abraçou por baixo dos ombros. As mãos de Cole circularam a cintura dela e saltou para cima uma última vez, seu grito ecoando nos ouvidos.

Ela olhou nos olhos de Micah, e ele olhou para trás, calmamente. Ainda não havia gozado, e agora ela percebeu que tinha sido sua intenção.

Com Cole acariciando seus quadris e barriga, Micah retirou-se cuidadosamente e se afastou. Chris e Rick levantaram os braços, ajudando-a a ficar livre do pau de Cole. Micah estava esperando para puxar contra seu corpo, e ele passou os braços ao redor dela, protegendo-a com sua força.

“Vocês são bem-vindos para ficar aqui,” disse Micah em voz baixa. “Eu vou levar Angelina ao nosso quarto e cuidar dela.”

Chris tocou o ombro dela e puxou-a cuidadosamente afastada de Micah. Quando ela olhou para ele, ele estruturou o rosto nas mãos e apertou os lábios na testa.

“Você é uma mulher incrível, Angelina. Obrigado por esta noite.”

Enquanto Chris se afastou, Rick moveu-se para frente e deslizou um dedo sob seu queixo, inclinando a sua boca para aceitar o lábio macio nos seus lábios.

“Descanse, querida. Você tomou quatro homens muito exigentes. Nunca vi nada parecido. Obrigado.”

Ela sorriu por sua fadiga e, em seguida, viu quando Cole fechou a distância entre eles. Em vez de beijá-la como os outros tinham feito, ele a puxou em seus braços e abraçou com força.

“Esta noite foi muito especial para mim, Angelina,” disse ele em sua voz calma e firme. “Mais do que você jamais vai saber, eu acho. Micah tem muita sorte de ter você.”

“Espero que ele pense assim,” ela sussurrou para que só ele pudesse ouvir.

Cole afastou-se e tocou seu rosto, num gesto breve e carinhoso.

“Descanse um pouco, certo? Você vai estar dolorida amanhã.”

Micah puxou de volta para os braços, e então ele simplesmente ergueu e caminhou até o corredor e até seu quarto.

Ele a levou para o banheiro e colocou no chão apenas o suficiente para espalhar uma toalha sobre o balcão. Então levantou-a para sentar-se na toalha para que a superfície não fosse fria em sua pele.

Ligou a água da banheira e acrescentou sabão cheiroso. É espuma e formou uma nuvem de bolhas quando o vapor se levantou da banheira.

“Pronta?”

Ficou na frente dela, suas mãos deslizando nos braços. Ele tocou seus cabelos, brincando com as costas como se não pudesse resistir tocá-la.

Ele ergueu novamente e passou por cima da borda da banheira, abaixando-a na água fervente. Em seguida, se estabeleceu atrás dela e puxou-a de volta contra o seu peito.

A água batia suavemente ao redor deles, e ela relaxou em seus braços, fechando os olhos quando a exaustão a atingiu.

“Acorde, dorminhoca,” disse Micah ternamente em seu ouvido. Ela se mexeu e fez uma careta quando a água espirrou sobre seu corpo. Onde inferno ela estava? Há quanto tempo dormia?

“Está tudo limpo e espero que relaxada e flexível agora. Hora de sair e ir para a cama.”

Cama, ela certamente poderia descer. Partes de seu corpo doíam, ela nem sabia que tinha. Ela se espreguiçou e arqueou o corpo dela. Micah tocou os seios, e foi então que percebeu que toda a cera havia desaparecido. Como inferno tinha dormido enquanto tirava a cera?

Micah se levantou e saiu. Ela observou na apreciação aberta enquanto a água escorria de seu corpo magro. Quando terminou, ele jogou a toalha de lado e puxou outra da prateleira.

Ele se abaixou para pegar a mão dela e puxou-a para uma posição ereta. Ela foi rapidamente envolvida no calor, quando passou a toalha em volta dela.

“Vamos para a cama, menina Angel. Eu quero te abraçar agora.”

Ainda enrolada na toalha, ela olhou para o quarto e olhou ansiosa para o exuberante lençol e travesseiros gordos.

Micah desembrulhou a toalha e esfregou seu cabelo antes de deixar cair a toalha no chão. Ela não precisava de qualquer persuasão. Rastejou até o colchão e logo desmoronou no meio da cama.

As luzes se apagaram, mergulhando o quarto na escuridão. Então, a cama emergiu quando Micah rastejou ao lado dela. Ela se virou, procurando por ele e seu calor. Rolou por baixo dele, seu corpo pressionado contra o dela.

Excitação agitava dentro nela, e a estimulação veio rápida. Não importava o quão cansada, esgotada estava, nunca se fartaria de Micah.

Ele abriu suas coxas e deslizou para dentro dela com um toque suave. Não havia um centímetro de sua carne não abrangida pela sua. Ele pairava protetoramente sobre ela, um escudo entre ela e o resto do mundo.

Seus músculos flexionaram enquanto movia seus quadris, para cima e para baixo. Ela ficou lá, esperando, deixando-o ditar o ritmo, fazendo amor com ela.

O calor invadiu suas veias. Doce, o prazer indescritível inundou sua mente, seu coração. Ele balançou contra ela, sua boca encontrando seu pescoço, orelha, ombro e, em seguida, sua mandíbula e, finalmente, a boca dela.

Suas línguas entrelaçaram e duelaram. Quente, úmida, incrivelmente doce. Ele levou-a devagar, seu pau deslizando para trás e para frente com tanta ternura. Ele colocou seu corpo ao lado dele, segurando-a firmemente enquanto seus quadris encontravam os dela.

O orgasmo rodou mais, como ondas calmas espalhando areia, aquecidas pelo sol. Não havia nada de assustador, cortantes ou esmagador sobre a ascensão de seu desejo. Isto não era sobre sexo bizarro, luxúria louca ou uma corrida até a conclusão. Era sobre ela e Micah. Duas pessoas fazendo amor. Ele cuidando dela. Ele mantendo uma promessa.

Puxou os braços em volta de seu pescoço e ergueu a boca para a dele. Ela ficou tensa em suas mãos e beijou-o duro, profundo, apaixonada, mesmo quando ela se desfez.

Mesmo em seu orgasmo, seus movimentos eram tenros e medidos. Ele deixou seu corpo, e em seguida, rolou para o lado, levando-a consigo. Saiu de sua boceta, mas a aconchegou contra seu peito enquanto a beijava na testa.

“Vá dormir, Angel. Fomos ásperos com você esta noite.”

Ela esfregou o rosto ao longo de seu ombro e suspirou de contentamento. Ela, então, fechou os olhos, e rendeu-se ao fecho de veludo de sua proteção.

 

Micah saiu do banho e enrolou uma toalha na cintura antes caminhar para o quarto. Angelina estava deitada de bruços, com o rosto enterrado em um dos travesseiros.

Ele sorriu e abanou a cabeça. Ela não era uma pessoa matutina. Tinha aprendido, no momento em que tinha sido hospedado juntos na Casa.

Vestia-se em silêncio para não acordá-la. Tinha vários telefonemas para fazer, e preferia não fazê-los na frente de Angelina.

O fato de que não tinha encontrado uma ligação única, no caso de Angelina frustrava o inferno fora dele. Não podia ajudar, mas achava que este idiota estava apenas esperando por eles para relaxar. Estava obviamente paciente. Ele foi atrás dela por um ano, e seguiu-a através de cinco estados.

Não eram as ações de um homem que desistiria só porque as coisas ficaram difíceis.

A vida de Micah estava em espera. A vida de Angelina estava em espera, e assim como todos os seus amigos.

Alguma coisa tinha que acontecer e acontecer em breve.

Mas quando isso acabasse, você perderia Angelina.

Ele olhou para trás Angelina dormindo na cama e depois saiu do quarto.

Havia dito a Angelina era temporário. Não queria ou precisa de outro relacionamento. E, no entanto eles povoavam neste arranjo com facilidade. Eram positivamente domésticos se você não contasse a torção sexual.

Se ele fosse honesto, e estava, admitiria que queria manter Angelina. Em seus próprios termos. Queria mantê-la em uma prateleira, longe do seu coração, mas próximo o suficiente para que pudesse levá-la sempre que quisesse. E isso fez dele o mais babaca egoísta vivo.

A melhor coisa que poderia fazer por ela seria deixá-la ir, para que pudesse ter uma vida decente.

Uma família. Bebês. Todas as coisas que sabia que ela queria.

Todas as coisas que você poderia ter.

Ele balançou a cabeça e continuou a descer as escadas. Seu celular tocou enquanto descia o degrau, e puxou do bolso.

“Hudson,” disse ele sem verificar quem era.

“Micah, temos um problema,” Damon disse severamente.

Micah não gostou do alarme ou da raiva na voz de Damon.

“Que foi, cara?”

“O bastardo ameaçou Serena.”

“O quê? Como diabos ele encontrou ela? Quando isso aconteceu?”

“Ela entrou em seu escritório esta manhã. Sam levou-a, caminhou com ela para dentro do prédio. Ela saiu sem chamar a Sam sabe que ela estava sozinha há cerca de dois minutos. Ela nunca o viu chegando. Ele entrou atrás dela, colocou a mão sobre a boca e disse: “Você não pode esconde-la de mim para sempre.”

“Filho da puta,” mordeu fora Micah. “Ela está bem? Ele a machucou?”

“Ela está abalada. Assustada até a morte, e chateada com ela, mas ela está bem. O cara fugiu logo que viu Sam vindo.”

“Será que Sam não deu uma olhada nele?”

“Não. Ele estava muito preocupado com o bem-estar de Serena. Até o momento que lhe disse o que tinha acontecido, o cara estava muito longe.”

“Foda-se,” Micah rosnou.

“Estamos na delegacia agora, mas achei que você ia querer saber.”

“Estou indo ai de qualquer forma,” disse Micah. “Vou vê-lo em alguns minutos.”

Ele desligou seu telefone, em seguida, virou a cabeça para trás até as escadas. Angelina ainda estava dormindo quando entrou no quarto. Odiava acordá-la. Parecia tão calma e tranquila. Não queria estragar isso com a notícia de seu perseguidor.

Ele tocou o ombro dela e seguiu a superfície lisa de sua pele com a curva do pescoço dela.

“Angel menina,” disse ele em voz baixa. “Acorde.”

Ela amassado até o nariz e franziu o cenho. “Vá embora.”

“Ei, acorde para mim. Preciso falar com você.”

No que seus olhos se abriram empurrou em um dos cotovelos.

“O que há de errado?”

“Ele se mostrou hoje.”

Detestava a forma como os olhos dela se arregalaram de medo. Sua mão voou para a garganta, e sua respiração acelerou.

“Será que o pegaram?”

“Infelizmente, não. Ameaçou Serena fora de seu escritório esta manhã.”

“Oh meu Deus! Ela está bem? Não a machucou, não é?”

“Shh, querida. Serena está bem. Assustada, mas ela está bem. Ele não a machucou-o. Estou indo para a delegacia agora.”

Ela jogou os lençois de lado. “Não vou ficar aqui sozinha.”

“Certo, mas leve o seu tempo. Vista-se e me encontre lá embaixo. Vai ficar bem, Angelina. Preciso que você acredite nisso.”

Seu olhar o encontrou. “Eu o trouxe aqui, Micah. E agora pessoas inocentes estão pagando o preço. Como é que deveria me sentir sobre isso?”

“Você é inocente nisto também, Angel. Você não merece isso. Nós vamos encontrá-lo.”

Ele soltou um beijo em seu cabelo e, em seguida, virou-se para ir. “Vu esperar por você lá fora.”

“Isso me deixa louca,” resmungou Serena. “Damon está fora de si. Não vou ser capaz de urinar fora pelo próximo ano.”

Ninguém riu. Angelina, Julie e Fatith estavam sentadas com Serena em uma das salas de reunião na delegacia, enquanto todos os homens faziam Deus sabe o que na sala ao lado.

“Sinto que isto tenha acontecido com você, Serena,” disse Angelina. “Nunca quis que ninguém se envolvesse Eu não devia ter—”

Julie segurou sua mão. “Não diga isso. Não diga que você não deveria ter vindo e toda essa merda, porque vou ter que te machucar se você fizer.”

Faith sorriu, mas ela se esticou e pegou a mão de Angelina na dela e apertou.

“Ela está certa. Não diga isso. É completamente errado de qualquer maneira. Fico feliz que você veio. Você é boa para Micah.”

Angelina suspirou.

“Ah, vamos lá, garota. Não pode ser tão ruim assim. Você está dormindo com o homem, várias semanas. Certamente, o sexo compõe por toda a febre na cama,” disse Julie.

“Sexo é bom. Grande. Sem queixas.”

“Enorme, mas lá dentro,” disse Serena.

“Sim, enorme,” Faith concordou. “O que está acontecendo, Angelina? Ele ainda está sendo um cabeçudo?”

Angelina passou a frente em sua cadeira e colocou as mãos em suas bochechas. “Vocês não precisam me ouvir lamentar. Estamos aqui por Serena. Vamos esquecer Micah.”

“Estamos esperando pelo, mas,” Julie disse com voz arrastada.

“Micah é ótimo,” disse Angelina melancolicamente. “Ele é suave, muito amoroso. Grande na cama. Amante muito generoso. Mas...”

“Ah, aqui vamos nós,” disse Serena.

“Ele ainda está segurando uma parte de si mesmo para trás. É quase como se estivesse fingindo brincar de casinha comigo e amando na teoria, mas ele só ama porque sabe que não é permanente.”

“Uau,” disse Julie. “Minha cabeça está girando após essa explicação. Muito profundo demais para o meu cérebro limitado.”

“Gostaria de saber o que quer dizer,” disse Faith inconformada. “Gray resistiu à primeira vista. Ele resistiu duramente. Só tinha de manter-me atrás dele.”

Julie balançou a cabeça em concordância. “Nathan foi um desgraçado de teimoso também. Meio que tivede dar em cima dele. Bem no início de qualquer maneira. Mas estou feliz que fiz, então definitivamente não deve desistir de Micah, se você o ama.”

“Estou receosa que seja a mesma dificuldade em meu relacionamento com Damon, e não posso te dizer como estou feliz que Damon não tivesse desistido de mim,” disse Serena baixinho. “Ele é a melhor coisa que já aconteceu comigo, e me encolho cada vez que penso da maneira que tentei afastá-lo.”

Os lábios de Angelina curvaram em um sorriso triste. “Em outras palavras, deveria calar a boca e parar de choramingar. Fazer o que seja preciso fazer.”

“Lamentar é bom. Todas choramingamos,” disse Julie. “É um tipo exigido quando temos homens cabeças duras.” Ela reforçou a sua declaração colocando o braço em volta de Angelina e apertando.

“Você tem um monte no seu prato, querida. Micah não vai a lugar nenhum. Ainda não. Tome isto um dia de cada vez e enfoque em ficar segura. Não me importo o que o homem diz ou não diz a você, ele é gaga sobre você. Provavelmente nem sabe, e provavelmente vai querer cortar a língua antes de admiti-lo. Você apenas tem que ser a maior pessoa e esperar por ele para puxar a cabeça para fora de seu traseiro.”

“Muito bom conselho,” disse Serena com um aceno. “Foi muito bonito, o mesmo conselho que ela e Faith me deram quando eu tinha coisas do caralho atrapalhando com Damon.”

Faith e Julie riram, e Angelina sorriu para as três.

“Você tem sorte de ter boas amigas, umas as outras,” disse Angelina.

“Sim, elas são extremamente sortudas por ter-me,” Julie disse, satisfeita.

“Bem pensado,” disse Faith estreitando os olhos. “Que ego enorme.”

“Nós somos suas amigas também, Angelina,” disse Serena, seus olhos azuis escuros. “Você não está mais sozinha. Não importa o que aconteça com Micah, nós seremos suas amigas. Certo?”

Julie e Faith assentiram em acordo. Angelina sorriu, mas não podia falar ao redor do nó na garganta.

“Por quanto tempo vamos ficar aqui?” Julie murmurou. “Estou ficando louca.”

“Chad enviou um fax com seus relatos a partir de Miami. Micah conversou com ele a caminho daqui. Dos outros, não sei de nada,” disse Angelina. “Eles estão nessa por horas. Ele é esperto. Não cometeu nenhum erro. Como eles podem pegá-lo se não comete erros?”

Faith sentou do outro lado de Angelina e colocou o braço sobre os ombros de Angelina, imprensando ela entre Faith e Julie.

“Gray disse, mais cedo ou mais tarde todos eles se fodem. Não há tal coisa como o crime perfeito ou o criminoso perfeito. Eventualmente eles ficam desesperados ou estúpidos, e acabam deslizando.”

“Espero que você esteja certa,” disse Angelina, cansada. “Odeio isso. Odeio isso para todos nós.”

“Oh, não sei. Sou do tipo que gosta da coisa, ter Nathan de guarda-costas vinte e quatro horas,” Julie disse com um sorriso agradecido. “Tem cumprido sua missão, para ter certeza que meu corpo está guardado em todos os momentos.”

Serena suspirou, exasperada. “Como se ele precisasse de uma desculpa? Vocês dois fodem como coelhos.”

“Porque, Serena. Estou chocada,” disse Julie em falso horror.

“O dia que algo chocar você é o dia que me tornarei freira,” Faith murmurou.

Angelina deu uma risadinha e, em seguida, todas elas romperam em gargalhadas.

A porta se abriu e Micah enfiou a cabeça dentro.

“Angel, você está pronta para cair fora daqui?”

Ela levantou e atravessou a sala para ficar na frente dele.

“O que está acontecendo, Micah? Ouviu a Chade? O que a polícia aqui tema a dizer?”

Ele colocou um dedo sobre os lábios e, em seguida, enfiou o cabelo atrás da orelha. “Podemos falar sobre isso no caminho para casa. Tem sido um longo dia. Todo mundo está cansado e frustrado.”

O rosto dela caiu. Obviamente não foi uma boa notícia.

Ele colocou um dedo sob o queixo, o pescoço inclinado para trás e baixou a boca para a dela. Seu beijo era doce e reconfortante, e a encheu de coragem.

“Nós vamos pegá-lo, Angel.”

Ele colocou uma mão no ombro dela e apertou e então olhou para além dela para as outras.

“Está tudo bem meninas? Precisam de algo?”

“Nossos maridos?” Faith, disse, exasperada.

Micah sorriu. “Descendo o corredor, agora, se estou ouvindo direito.”

Seu olhar permanecia em Serena. “Você boneca, tudo bem?”

Angelina virou-se para ver o sorriso de Serena em Micah.

“Estou bem. Realmente. Damon tomou o episódio como pessoal. Não vou ser capaz de sair de casa sem um batalão de seguranças, até esse cara ser pego.”

“Isso não é uma má ideia,” disse Micah sério.

Ele olhou de volta para Angelina. “Bebê, está pronta?”

 

“Chad foi capaz de lhe dar qualquer coisa para ir em frente?” Angelina perguntou enquanto se dirigiam para a Casa.

Ela acendeu as luzes do quarto e ficou na porta, quando Micah passou por ela.

“Passou fax sobre todas as suas notas a partir dos relatórios que apresentou em Miami. Está fazendo uma revisão nos registros do departamento. Vê se tem havido quaisquer outros relatórios de espreitadores na área de Miami que correspondam ao mesmo M. O. do seu sujeito. Está cavando para trás, cinco anos, por isso vai demorar algum tempo. Vai ligar para mim, logo que receba as informações.”

“E o que diz daqui?” Ela perguntou baixinho. “Nossos sujeitos estão apresentando qualquer coisa?”

“Eles rastrearam os passos de Serena, mas não encontraram nada. Esse cara é bom. Damon reforçou a segurança novamente, pois a polícia não pode se dar ao luxo de poupar o tipo de mão de obra necessária para monitorar todos os envolvidos.”

Micah jogou as chaves sobre a mesa de cabeceira e puxou Angelina em seus braços. Descansou o queixo no topo de sua cabeça e suspirou.

“Sei que é difícil para você, menina, Angel, mas vai acabar em breve. Ele vai escorregar. Vai ficar impaciente e então vamos pregar sua bunda na parede.”

Ela assentiu com a cabeça contra seu peito.

Micah puxou para fora e agarrou os ombros, o olhar intenso que deu para ela.

“Preciso de você para pensar, Angel. Sei que nós já passamos por isso, mas de estar faltando alguma coisa, em algum lugar. Quero que você comece do início. Quero uma lista das pessoas que você falou mesmo que ocasionalmente de volta com base em Miami. Alguém tinha de saber que você estava partindo. Onde você estava indo. Ele descobriu muito rapidamente.”

Angelina levou as mãos aos olhos e esfregou cansada. A pulsação dolorosa nas têmporas, e uma dor centrada na testa dela e puxou sua expressão mais apertada.

“Eu não sei,” disse ela desamparada. “Sei que nunca contei para ninguém quais eram meus planos. Nem Mama Rose. Secretamente fiz o meu plano e depois fui embora.”

Micah ficou rígido com a menção de Mama Rose e, em sua exaustão, ela tinha acabado de deixado escapar. Seu coração afundou quando viu o total choque e indignação refletido em suas características.

“Que diabos você sabe sobre Mama Rose?” Ele perguntou com uma voz suave e perigosa.

Afastou-se, os braços cruzados sobre o peito, os olhos brilhando de raiva.

“Foi você, não foi?” Perguntou ele, antes que ela pudesse responder. “Porra, Angelina, era você! Você estava lá a cada vez. Como diabos você sabia disso?”

Sua voz falhou pela sala como um tiro. Ele caminhou a frente, seu corpo todo eriçado. Raiva rolava dele em ondas. Havia tanta fúria em seus olhos.

“Você não tinha o direito. Nenhum direito!” Ele fervia.

“Micah, por favor,” implorou suavemente.

Se ela pudesse pegar de volta as palavras. Nunca tinha planejado que ele soubesse que tinha sido ela naquele clube de Miami, ao saber que tinha sido ela amorosamente beijando seu corpo nu com o chicote. Ela sabia que, em seguida, assim como agora, ele nunca iria querê-la considerando como uma fraqueza a ser revelado a ninguém. Era privado. Estava de luto. Tinha desnudado sua alma.

“Saia.”

Ele virou as costas e sua mão foi para o seu cabelo em agitação. “Não dou a mínima para onde você vai, mas fique bem longe de mim. Estou cansado de ser manipulado por você.”

Cada gota de sangue drenou de seu rosto. Ela o seguiu através do quarto e colocou a mão no braço dele, só querendo dar conforto, para se desculpar, de alguma forma fazer isso direito.

Encolheu-se embora e então se virou novamente. “Fora.” Ele jogou a mão em direção à porta para enfatizar seu pedido.

Virou os dedos dos pés, ela caminhou lentamente para fora do quarto, segurando a bolsa dela enquanto ia.

Em seguida se encontrava do lado de fora ao lado de seu carro, sem lembrar de ter descido as escadas. O ar frio de outono soprava as lágrimas em seu rosto e lhe causou tremor involuntariamente.

Ela se atrapalhou com a porta e entrou dentro do carro. Por um momento ficou lá, com as mãos no volante, a testa apoiada no dorso das mãos.

Saia.

Suas duras palavras ecoaram em sua mente, e ela estremeceu com a raiva, o ódio em sua voz.

Sabendo que tinha que ir embora antes que ela perdeu completamente a compostura, ligou o motor e dirigiu pelo caminho sinuosa. Puxou para a estrada e acelerou até a Casa desaparecer em seu espelho retrovisor.

Agarrou o volante como uma tábua de salvação. Onde ela poderia ir? A única coisa inteligente a fazer seria dirigir. Perder-se em outra cidade, onde esperaria que o maníaco não pudesse encontrá-la. Mas também sabia que não estava em condições de fazer isso esta noite.

Tinha que ser inteligente e não cometer erros que pudessem custar-lhe a vida. Deixou em aberto a questão, aonde ir agora.

Ele estava lá fora. Esperando. Tinha chegado a Serena com surpreendente facilidade. Angelina estava sozinha. Um alvo fácil.

Sua cabeça latejava e seu nariz parecia inchado para o dobro do seu tamanho normal, graças às lágrimas, estava lutando. Ficar sozinha em qualquer lugar seria suicídio e simplesmente estúpido. Talvez pudesse ir acampar na delegacia até a manhã.

Balançou a cabeça. Nathan estava hospedado com Julie, e ela não tinha ideia de onde Julie vivia.

Idem para Faith e Serena. Tendo apenas Connor. Ela se sentiria muito melhor em pedir-lhe ajuda do que uma das meninas. Já as colocou em perigo o suficiente. Por mais que odiasse a ideia de voltar para um lugar que sabia que o estpreitador conhecia, não tinha escolha.

Sua mente era um espaço em branco. Navegou num torpor. No momento em que puxou para o complexo de apartamentos, estava ferida tão apertada que pensou que poderia estourar. Estacionou ao lado do caminhão de Connor e olhou nervosamente ao redor. Não vendo ninguém, respirou fundo e saiu correndo do carro.

Correu até a passagem para a porta de Connor e bateu seu punho sobre a madeira. Sua outra mão foi para a campainha, e apertou o botão várias vezes. Tremia impacientemente enquanto esperava, olhou para os lados, procurando alguém à espreita nas sombras.

A porta se abriu e Connor estava lá de shorts, sem camisa e sem sapatos, uma escura carranca no rosto.

“O que—” Ele parou quando a viu.

Ele pegou o pulso dela e puxou para dentro do apartamento. Parou tempo suficiente para fechar e trancar a porta e então se virou para ela, segurando seus ombros.

“Você está bem? O que aconteceu? Onde inferno está Micah?”

Apesar do aperto firme seus dentes tinham mordido seu lábio inferior, lágrimas brotaram de seus olhos.

Connor a carregou para a sala e empurrou-a para baixo em um dos sofás de couro.

“Fale comigo, docinho,” ele disse em uma voz suave.

Alguma de sua calma invadiu-a, e tomou várias respirações firmes. Apesar de sua calma, percebeu que ele agarrou seu telefone celular como se estivesse pronto para fazer uma chamada no instante em que ela disse a ele o que estava errado.

“Nada aconteceu,” disse ela. “Micah está bem. Ele ficou bravo, mas ele está bem.”

Connor relaxou só um pouco, mas suas sobrancelhas juntaram-se em confusão. “Onde ele está? Por que inferno você está por si mesmo?”

Ela fechou os olhos. “Ele me disse para sair então eu o deixei. Se não estivesse tão cansada, teria somente dirigido. É o que deveria ter feito.”

A boca de Connor trabalhou acima e para baixo, e seu olho direito se contraiu. Ele levantou a mão à cabeça e correu sobre o seu cabelo. Finalmente, encontrou sua voz, apenas para cuspir uma sequência de palavrões.

“Que porra é essa? Ele lhe disse para sair quando algum idiota enlouquecido está perseguindo você?”

Seus lábios se viraram para baixo em uma careta triste. “Ele tinha um bom motivo.”

Por um minuto pensou que Connor ia explodir. Ele estava absolutamente furioso.

“Não há nenhuma razão pela qual deveria ter te jogado para fora. Não ligo para o que você fez, para irritá-lo.”

“Ele estava certo,” disse ela em voz baixa. “O manipulei, a cada vez, mas eu não quis dizer...” Ela fechou os olhos e inclinou a cabeça. “Eu nunca quis feri-lo.”

“Cristo,” Connor murmurou.

Moveu-se ao lado dela no sofá e puxou-a em seus braços.

“Ainda quero saber o que inferno você fez, e se isso supostamente justifica ele te jogar para fora para enfrentar algum lunático louco em seu próprio país? Porque não posso pensar em nenhuma razão maldita para justificar isso.”

“Não posso te dizer,” disse ela em seu peito. “Ele está bravo o suficiente pelo que eu sei.”

Connor puxou-a para longe e olhou ferozmente para ela. “Você não deve a ele uma maldita coisa agora. Agora não.”

O telefone celular de Connor tocou e arrancou seu olhar para a mesa de café, onde o colocou.

Ele fez uma careta. “É Micah.”

Ela se afastou e se abraçou protetoramente.

Connor sacudiu a cabeça e pegou o telefone.

“Que porra você quer?” Ele rosnou ao telefone.

“Você viu Angelina?”

Dizia tão alto que Angelina podia ouvir cada palavra. Ele parecia tão furioso.

“Sim, eu já a vi. Estou olhando para ela agora.”

“Segure-a até eu chegar ai.”

Connor puxou o telefone longe com surpresa. “O idiota desligou na minha cara.”

Ela assentiu com a cabeça miseravelmente, sabendo que a segunda rodada com Micah estava chegando.

Endureceu sua espinha dorsal. Alguns de seus choques derreteram, substituídas por sua própria raiva. De jeito nenhum ia pedir desculpas por amar alguém.

Micah rugiu no estacionamento do complexo de apartamentos e chicoteou no espaço ao lado do carro de Angelina. Sua ira sobre sua revelação tinha rapidamente fugido e foi substituído pelo medo angustiante no minuto que percebeu que ela havia deixado-o.

Ele queria sacudi-la até que seus dentes batessem e, em seguida, queria bater em sua bunda.

Colocou a arma no coldre de ombro e saiu do caminhão. Não tinha usado uma arma desde que saiu de Miami e mesmo assim ainda sentia como uma segunda natureza. Uma extensão de si mesmo. Algumas coisas nunca mudavam.

Correu para a porta de Connor e bateu forte. A porta se abriu imediatamente, e Connor ficou lá olhando para o mundo como se quisesse bater no traseiro de Micah.

Micah suspirou e passou por seu amigo. “Onde ela está?”

“Coloquei ela na cama. Provavelmente chorou até dormir.”

Micah fez uma careta. Discussão sobre o jogo sujo.

“Que porra você estava fazendo, Micah?” Connor perguntou com uma voz perigosamente baixa.

“Você perdeu sua mente maldita? Eu não dou a mínima para o que ela fez para te chatear. Você é um filho de uma cadela do caralho por jogá-la fora quando algum idiota está atrás dela.”

Micah contou mentalmente até dez. Não tinha nenhum desejo de entrar em uma briga com o maldito Connor sobre um mal-entendido. Sentou no sofá e esfregou as costas de seu pescoço.

O inferno, como tinha chegado a esse ponto? Há uma hora, tinha planejado uma noite de amor com Angelina. Agora tudo tinha ido para o inferno, e não tinha certeza de como corrigi-lo.

“Olha, cara, sou culpado de ficar chateado. Sou culpado de perder a paciência e sou culpado de ferir seus sentimentos, mas porra, eu não a chutei para fora da Casa. Disse a ela para ir para fora. Quis dizer do quarto. Estava chateado. Claro que sim. Ela tem o dom incrível de me deixar louco. Juro por Deus que ninguém mais pode me fazer reagir como ela. Mas nunca faria qualquer coisa para colocá-la em perigo.”

O canto da boca Connor levantou. “O que ela fez para te chatear tão ruim?”

Alivio dobrou para dentro. Angelina não tinha contado tudo a Connor. É claro que ela não iria. Era muito leal. Cabeça dura, corajosa e fiel até os seus ossos.

“Sem querer ofender, homem, mas isso é entre mim e Angelina.”

Connor deu de ombros. “Olha, não é nenhum segredo que me sinto protetor com Angelina, e quando apareceu na minha porta, foi difícil não ter vontade de chutar o seu traseiro. Você não têm ideia de quão perto chegou a perdê-la,” disse ele a sério. “Ela disse que só começou a dirigir e continuaria dirigindo, mas estava cansada e abalada e teve o bom senso de saber que precisava de um lugar seguro para ficar.”

Os joelhos de Micah ficaram fracos. Deus. Esfregou a testa e, em seguida, agarrou a ponta do nariz entre os dedos.

“Filha de uma cadela. Juro por Deus que vou bater em sua bunda,” ele murmurou.

Connor riu. “Pagaria um bom dinheiro para ver isso.”

“Ela não pode ficar aqui. Não é seguro.”

“Concordo. Ela está no meu quarto.”

A mandíbula de Micah se apertou. Era apenas o suficiente de um Neanderthal em pensar que ela estava aconchegada na cama de outro homem, mesmo o homem estando lá ou não.

“Relaxe, cara. Não tinha outro lugar para colocá-la.” Connor observou com astúcia através dos olhos estreitos. “Você tem sido ruim para ela.”

Micah abriu a boca em um rosnado. Mas depois agarrou fechada novamente. Não estava indo para engrandecer isso com uma resposta. Se ele fizesse, Connor estaria apenas convencido de que ele estava certo.

Manteve uma rédea curta sobre sua irritação, se levantou e foi para o quarto de Connor. Estava escuro, mas havia luz suficiente vindo da porta do banheiro aberta para que ele pudesse ver seu contorno.

Entrou, ligando a lâmpada ao lado da cama. Luz suave derramou sobre sua expressão.

Ela se encolheu e apertou os olhos, mas não acordou. Parecia... vulnerável. Seu intestino torceu em um nó gigante quando viu o vermelho em seus olhos. Connor estava certo.

Ela tinha estado chorando.

Xingou baixinho, baixinho e depois se inclinou para beijar sua bochecha.

“Menina Angel,” ele sussurrou. “Levante. Hora de ir para casa.”

Ela despertou, piscando sonolenta quando olhou para ele. Sabia o momento do reconhecimento pelos olhos, porque perdeu seu brilho. Seus lábios tremeram, e que Deus o ajudasse, se ela começasse a chorar novamente, ele seria um caso perdido.

Então fez a única coisa que sabia fazer. Beijou-a.

Pegou seu suspiro de surpresa e engoliu. Não lhe dando tempo para qualquer protesto, lambeu sobre os lábios e depois mergulhou para dentro. Quente e úmida como um doce maldito.

Ela arrancou e puxou para trás em cima da cama, os olhos como punhais afiados nele. Ela definitivamente não estava chorando.

“Vá para o inferno, Micah.”

Ela sibilou e cuspiu como um gato bravo. Um largo sorriso atacou seu rosto na imagem, o que só serviu para irritá-la mais.

“Você acha isso engraçado?”

Ele moldou as feições em uma expressão solene e considerou-a tão fervorosamente como podia.

“Não acho que correr pelas ruas de Houston, quando um louco está atrá de você engraçado.”

“Você me disse para sair,” acusou.

Micah suspirou. “Menina Angel, eu estava chateado. Queria que você saisse. Do quarto, e não da Casa! Precisava de alguns minutos para respirar, porque não queria rasgar uma tira da sua pele com o meu temperamento. Não me lembro de você sendo tão sensível antes.”

Ela se abriu para ele, incrédula, e, em seguida, antes que ele pudesse se defender, bateu-lhe com um travesseiro. Forte. “A culpa é minha porque sou sensível?”

Ele estendeu a mão para pegar o travesseiro antes que ela pudesse lançá-lo novamente. Agarrou seu pulso e segurou-a na frente e depois caiu na cama ao lado dela.

“Olha, Angel. Tenho um temperamento. Perdi. Você deixou cair uma bomba. Não reagi bem. Não posso me desculpar por reagir da maneira que sou, mas posso garantir que isso vai acontecer novamente. Você parece ter o dom de ficar sob a minha pele como ninguém.”

“Que raio de desculpa é essa?” ela exigiu.

Novamente ele suspirou. Estavam chegando a lugar nenhum e queria levá-la de volta para a Casa. Ignorando o pequeno punho batendo no peito, simplesmente pegou-a em seus braços e caminhou em direção à sala.

“Solte-me,” disse ela por trás dos dentes cerrados.

Micah acenou para Connor quando passou. “Abre a porta para mim?”

Os lábios de Connor foram torcidos em diversão, mas para seu crédito, não disse nada. Abriu a porta para eles e acenou para Angelina.

“Até logo, doçura.”

“Traidor!” Ela sibilou.

Micah despejou-a em seu caminhão e em seguida apontou o dedo para ela. “Você não se mova. Juro por Deus, Angelina, se tentar sair desse caminhão, vou curtir sua bunda como se não houvesse o amanhã, e, além disso, vou aproveitar.”

Ela olhou firmemente à frente quando ele bateu a porta. Correu em volta para o lado do motorista e deslizou ao seu lado.

Não querendo perder mais tempo à vista de todos, ligou o motor e puxou para fora do complexo.

“Não vou pedir desculpas,” disse ela com firmeza. “Sei que você está chateado, e talvez tenha o direito, mas recuso-me a pedir desculpa por me preocupar com você.”

Seu peito cedeu um pouco com a ferocidade de suas palavras.

“Porra, mas você sabe como tirar o vento fora das velas de alguém,” resmungou. “É dificil ficar chateado com você quando vem para mim assim.”

Ela franziu as sobrancelhas mais estraitas para ele.

“Não estou tão chateado com você sobre Mama Rose — mas não acho que nós não vamos falar sobre isso novamente. Estou mais por você sair sozinha. Porra, Angel, ele poderia ter chegado a você e não havia uma maldita coisa que eu pudesse ter feito sobre isso!”

“Você me disse para sair.”

“O inferno, digo-lhe um monte de coisas e você nunca parece pensar que me escuta. Por que inferno escolheria agora para se tornar toda obediente a mim?”

Seus lábios tremeram e ela olhou desconfiada por esconder o seu sorriso.

Ele estendeu a mão para pegar a mão dela. “Nunca tive a intenção de levá-la tão literalmente, mas você sabe o quê? Mesmo se tivesse falando a sério, você deveria ter me dito para ir ao inferno, exatamente como está me dizendo agora e deveria ter se fechado em outro quarto por três dias e retido o sexo se quisesse realmente me punir.”

Seus ombros tremeram. Arrastou a mão pelos cabelos longos e indisciplinados e olhou para ele com uma careta. “Então você está dizendo que eu exagerei.”

Ele deu de ombros. “Nós dois estavamos chateados. Só estou dizendo que deveria ter se mantido no chão. Você nunca teve esse problema antes.”

“Nunca me importei tanto assim com alguém antes.”

O peito apertou, a garganta fechou, e ele agarrou o volante ainda mais com força.

“Não se preocupe comigo, Anjo,” disse ele com voz rouca. “Guarde o seu amor para outra pessoa.”

“Não é assim que funciona,” disse ela calmamente.

Micah balançou a cabeça como se pudesse livrar-se suas palavras. Não queria isso. Não queria tornar-se emocionalmente envolvido, e não queria machucá-la. Tinha sido honesto com ela. Brutalmente assim dizendo. O sexo era tudo o que podia oferecer a ela. Sexo e sua dominação. Como o inferno era um substituto para o amor? Teve um amor uma vez, e sabia muito bem que o sexo era um substituto muito pobre.

Ainda estava fervendo por dentro, quando puxou para a Casa. Angelina começou a abrir a porta, mas a parou, agarrando seu pulso.

“Não tenha quaisquer ideias de correr e se esconder de mim agora, garota Angel. Chegou a hora de pagar pelo que fez.”

 

Angelina encarou com uma mistura de nervosismo e conscientização. Excitação inundou suas veias com a autoridade em sua voz, e ainda assim se sentiu compelida a discutir.

“Isso tudo foi culpa sua, Hudson. Não minha. Se alguém precisar de punição, é você.”

Ele não tinha nenhum gosto pela lembrança de estar debaixo de seu chicote. Seus olhos estreitaram perigosamente e esfregou o dedo sensualmente sobre o pulso em seu pulso.

“Quem falou em punição?” Ele disse suavemente. “Talvez eu goste de ver você se contorcendo sob o calor de um chicote, quando você recua para longe e depois pede mais com sua próxima respiração.”

Ela engoliu o calor que passou de sua barriga à garganta. Não havia como negar o seu efeito sobre ela. Já sentiu o toque do couro em sua pele. A dor e o prazer requintando tudo a sua volta.

“Porra, se queria puni-lo, trancar em um quarto e recusar sexo com você. Algo me diz que poderia sobreviver por mais tempo do que você,” disse ele na diversão.

Ela arrancou-lhe o pulso de sua mão e olhou para ele. Ele encontrou o olhar dela e disse em voz baixa, “Dentro, menina Angel. É hora de tomar o que é meu.”

Com as pernas tremendo, entrou na Casa, na frente de Micah. A rapidez com que tinha ido e virado para a ira e agora a dor de excitação. Ele levou a melhor e pior na sua, mas sempre soube que amá-lo não seria fácil.

Olhou por acaso sobre o ombro enquanto eles entravam, e a excitação brilhava em seus olhos, um arrepio desceu direto na espinha. Ele não seria fácil hoje à noite, e talvez uma parte dela desejava isso e toda sua paixão, sua necessidade. Queria que ele a levasse para além dos limites. É tanto medo a animou.

“Suba,” falou.

A caminhada parecia interminável, a cada etapa mais difícil do que a última. Todo o pavor dela, lambeu em antecipação sobre a pele como fogo em madeira seca.

Sua mão fechou em torno de seu braço quando estavam no topo da escada, e virou na direção da sala comum. Já estava escuro quando eles entraram, e viu as luzes, inundando a sala.

Parecia diferente, sem pessoas fazendo sexo. Parecia quase normal, exceto pelas peças diversas de mobiliário posicionadas ao redor da sala. Um banquinho de surra. Será que ele a usaria? Não, o que pretendia era além de uma simples palmada, tinha certeza.

Com certeza fez um gesto em direção ao seu feixe de onde tinha chicoteado ela naquela noite em primeiro lugar.

Ficou em silêncio, esperando o seu comando.

Seu olhar deslizou sobre ela, seus olhos brilhando com aprovação.

“Tire sua roupa, Angel. Devagar. Calças primeiro. Então a camisa. Deixe a sua roupa interior por enquanto.”

Ela se atrapalhou com o estalar de seus jeans. Apesar de sua tentativa de ser graciosa e sedutora, sabia que parecia desajeitada. Recordando seu ditar, retirou o jeans lentamente pelos quadris. Pegando uma perna, puxou seu pé e, em seguida fez com a outra. Sentia-se surpreendentemente vulnerável e ainda tinha de tirar a blusa.

Não havia muito na calcinha. Renda, macia e sedosa, com cordas finas sobre a curva de seus quadris conectando a um pequeno triângulo na junção de suas pernas.

O sutiã correspondia, uma simples renda para mostrar os seios pequenos para a sua melhor visão.

Mesmo sendo um homem que gostava de peitos, ela sabia que Micah não parecia decepcionado com seus bens.

Pacadas de frio espalharam por seu peito e barriga, quando jogou a camisa para o lado.

“Braços para cima,” ordenou.

Ela levantou os braços acima da cabeça, cada estiramento era como se tivesse um peso preso.

Ele puxou-lhe os pulsos e enrolou os laços de couro em torno deles, em seguida puxou apertado para verificar os laços com o feixe. Ela teve que ir até as pontas dos pés enquanto seu corpo esticava. Suas costas curvaram sob a pressão, empurrando os seios até que ameaçou derramar do sutiã.

Micah deu a volta, a mão deslizando sobre a barriga e até seu peito através do material do sutiã. Empurrou, rolando até o inchado de seu mamilo espreitar sobre a renda.

Electricidade chiava através de seu corpo quando roçou o polegar sobre os picos firmes. Uma vez, duas vezes e, novamente, até que enrugou e eriçou, como se estivessem implorando por mais.

Ele inclinou a cabeça escura contra o peito e beliscou fortemente na gema, prendendo entre os dentes. Mordeu duro e simultaneamente o prazer e a dor a empurraram para frente, arqueando desesperadamente para ele.

Ele caiu de joelhos na frente dela, suas grandes mãos deslizando por suas faces. Seus lábios descendo sobre o ventre tenso e acabou em um beijo, logo acima da faixa de renda de sua calcinha.

Não havia nenhuma maneira que ela jamais fosse capaz de explicar a outra pessoa como se sentia inclinando-se para seu controle. Era impotente diante dele, o corpo dele para fazer o que quiser dela. Gostava de infligir dor, gostava de exercer sua vontade, mas ela adorava receber tudo. Eram duas metades de um todo, tendo as mesmas paixões. Eles foram despertados pelas mesmas torções, as mesmas emoções escuras.

Ela queria mais. Ele era uma droga, e segurou-a no seu encalço. Sua roupa escorregou nas pernas, e gentilmente levantou cada pé, até que ela estava livre do material. Então, passou as mãos para trás até as pernas como se estivesse adorando-a com cada carícia. Não, não estava punindo. Micah não fez nada com raiva. Simplesmente queria vê-la vinculada antes dele exercer seu domínio sobre seu corpo. Seu prazer.

Dela. Eles estavam irremediavelmente entrelaçadas.

Levantou as pernas, apoiando-a enquanto ficava pendurada pelos laços de couro em torno de seus pulsos. Mesmo quando levantou, espalhou-a, descobrindo sua boceta para seu ávido olhar.

“Você tem a boceta mais bonita,” ele murmurou, a boca apenas a um sopro de distância de sua carne mais íntima. “Tão pequena e feminina. Gosto de ver meu pau abrindo-a, veja você esticou tão apertado em volta de mim que me pergunto se pode ter tudo de mim.”

Ele colocou as pernas sobre seus ombros, e colocou uma das mãos para as linhas suaves entre elas.

Correu um dedo por sua fenda e novamente para cima. No topo, mergulhou para dentro, encontrando o capuz de carne que abrigava seu clitóris. Traçou a borda, queimando-a para fora antes de finalmente tocar o botão de pulsar.

Ela fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, esticando as mãos em sua retenção. Então, sua boca a encontrou. Quente, úmida e urgente. A língua, lambendo mais para baixo da sua entrada e, em seguida, voltando novamente a girar em torno de seu clitóris.

Usando seus dedos, separou sua carne e começou a lamber, disparando a sua língua áspera por suas entranhas. Repetidamente lambeu, provocando e torturando.

Encontrou sua abertura e brincou com o aro. Circulando, com a língua estalando com o mais leve dos pincéis. Então se agarrou, chupando duro como se quisesse provar tudo o que tinha para oferecer.

Foi simplesmente demais. Ela explodiu em sua boca e ele nunca desistiu. Seu grito angustiado ecoou pela sala. Suas pernas tremiam e tremiam contra sua cabeça, e ele ainda não desistiu.

Devagar e carinhosamente, trabalhou seu orgasmo, lambendo e calmando sua carne pulsante. Quando finalmente se soltou, ela caiu como um balão furado.

Seu pulso disparou, e se levantou para o ar quando coletou um dos muitos açoites da parede. Isso não era um flogger sedoso querido para excitar mais do que trazer a dor.

Ele dobrou, em seguida, escovou o queixo, forçando-a a encontrar seu olhar.

“Você quer uma palavra segura, Angelina? Você quer ser capaz de parar?”

Ela balançou a cabeça. “Eu confio em você.”

“Então você é uma idiota,” ele falou para fora.

“Você vai saber quando parar,” disse ela com determinação, convicção brilhando em sua voz que pulsava. “Você saberá quando não aguentarei mais.”

Seus olhos brilharam, e sua boca desenhou em uma linha sombria. Com essas palavras ela cedeu o poder total e absoluto para ele. Era o único responsável por seu bem-estar.

“Assim seja.”

Ele caminhou silenciosamente atrás dela, e ela fechou os olhos, esperando a primeira chicotada. Era sempre a pior. Inesperada e chocante. Depois sabia o que esperar.

O chicote cortou o ar, e só o apito de um lâguido alertou uma fração de segundo antes do incêndio atravessar suas costas.

Segurou os lábios fechados contra o grito que ameaçava explodir. O calor varreu-lhe a carne, deixando uma dor afiada em seu rastro. Após a floração inicial da dor, o prazer floresceu e irradiou através de seu abdômen.

Seus mamilos apertaram e sua vagina pulsou em antecipação. Este foi doce. Sua corrida de açúcar para terminar todas às pressas. A dor, a elevava, uma coisa que nunca poderia ser explicada. Só experimentada.

A segunda chicotada veio mais forte, surpreendendo-a com sua intensidade. Engasgou e depois, encaminhou para a sensação, não querendo que desaparecesse.

Quando ele demorou demais para administrar o terceiro chicote, gemeu em seu desapontamento. Sua mão emaranhou em seus cabelos e puxou a cabeça para trás, pressionando os lábios contra sua têmpora.

“Estou no comando aqui, Angel. Não você. Chamo os disparos. Isto não é sobre prazer ou dor. É meu. Você é minha. Você apenas tem que estar aqui e tomar isto.”

Largou seu cabelo, então se afastou novamente. Ela engoliu rapidamente, tentando acabar com o aumento de expectativa que ameaçava.

Respire. Ela tinha que se lembrar de respirar.

Seu corpo estremeceu, o couro cavou em seus pulsos quando reagiu à terceira chicotada.

Lágrimas inundaram os olhos, e ela respirava ofegante através de sua boca aberta. Oh Deus.

Vermelho. Tanto vermelho. Juntou em sua periferia e na sala girava em torno dela.

Quatro. Cinco. Seis. As chicotadas cairam, num som agudo. Torceu e se contorceu, mas ela suportou sem um único som.

Sete. Oito. Nove.

Um zumbido baixo adaptou-se em seus ouvidos e ela flutuou, não sentindo mais a pressão sobre os pulsos.

Ela foi envolvida pelo calor suave e confortante. Sorria, mesmo quando fechou os olhos em antecipação do próximo chicote.

Isso. Isto é o que ela desejava. A alta depois da dor. A borda e depois queda. Era sonhadora, suave, mais exótica do que qualquer outra coisa que nunca tinha experimentado.

Andou na frente e ela abriu os olhos. Ele estava nu, seu pênis duro e ereto. Bonito. Tão lindo. Seu corpo era esculpido e moldado como se alguém tivesse lhe amorosamente trabalhado à mão. Seu cabelo caía selvagem para os ombros, rebeldes.

Selvagem.

Ela o viu como uma alma gêmea, quando olhou em seus olhos. Será que ele poderia ver isso nela? Será que ele reconhecia?

O chicote veio e agitou toda a sua barriga, não tão duro como atingiu suas costas, mas o choque mandou vacilar fora. Antes que ela pudesse processar a sensação, ele capotou o pulso e o chicote picou em toda a sua mama direita, perigosamente próximo ao mamilo. Então em seu peito esquerdo.

Encontrou-se empurrando para frente, querendo o contato, os mamilos surgindo, apertado, querendo sentir o beijo do chicote.

Ele colocava vergões em um padrão distinto sobre o peito e abdômen, mas sempre faltando seus mamilos. Ofegou e sugou o ar pelo nariz. Precisava. Deus, como ela precisava.

O chicote ficou em silêncio, e no momento seguinte a dor foi excruciante e mais prazer indescritível a agrediu. Seus mamilos sentiram perfurados por agulhas quentes. Seus olhos abriram e ela olhou para baixo para ver uma pinça com pequenos dentes malignos, presos a cada mamilo duro, distendido.

Seu corpo todo queimava, um inferno que rastejou em toda a sua pele espancada. A excitação era selvagem dentro dela. Se não tivesse presa, teria tomado Micah antes que ele pudesse levá-la. Era uma necessidade tão forte que sentia que poderia morrer com ele.

Como se sentisse como ela estava próxima da sobrecarga absoluta, deixou cair o chicote, caminhou para frente e jogou as pernas sobre o seu antebraço, estando à sua altura máxima.

Ela se espalhou e envolvida impotente sobre ele, e não perdeu tempo em possuí-la.

Puxou-a para seu pau, mergulhando através de seus tecidos inchados como uma faca quente na manteiga. Envolveu-o, engoliu, saudou-o com cada partícula de seu ser.

Mais e mais os quadris bateram contra a sua bunda. Fodeu selvagemente, suas feições desenhadas apertadas em agonia. Ele era duro, brutal mesmo, e ainda queria mais.

Poder rolou pelo seu corpo grande e sangrou em cada impulso. Seu pênis agredia a ela, batendo sem piedade. Puxou para frente, mesmo quando ele pisou em cada impulso.

Seus braços puxaram e esticaram. Seus músculos queimaram. Sua carne foi abusada protestando a cada movimento seu.

Sem aviso, deixou suas pernas, seus pés batendo no chão. Tropeçou, com as mãos flexionadas como seus vínculos segurando-a na posição vertical.

Sua mão enrolada em torno de seu pênis ingurgitado, quase roxo a pele esticada tão apertado na cabeça. Arrancou, com o objetivo em seu corpo. Ele dirigiu a sua libertação em sua pele. Salpicando os seios e lançando entre eles até a barriga. Salpicou suas coxas e escorreu mais baixo.

Sua. A marcou de forma mais primitiva que podia. Ela adorou a sensação do seu calor líquido deslizando sobre sua pele. Sentia-se fortalecida. Sentia-se bonita. Sentiu como se pertencesse a ele.

Desamarrou suas mãos e ela caiu para baixo. Em vez de pegá-la, ele a deixou de joelhos e colocou a mão na testa para inclinar a cabeça para trás.

Com a outra mão guiou seu pênis ainda ereto em sua boca.

“Chupe-me,” disse ele com voz rouca.

Seu gosto explodiu em sua boca, e ela passou a língua ao longo de seu comprimento, limpando cada gota de líquido de sua pele. Ele balançou para trás e para frente, acariciando seu rosto com os dedos delicados.

Após alguns momentos, libertou e deixou cair a ereção amolecida. Não havia uma mancha em seu corpo que não palpitasse, e ela não conseguia controlar de estremecer quando ele ajudou-a a ficar de pé.

Tirou as pinças de seus mamilos, e ela gritou em agonia, com a sensação quente correndo de volta. Ele abaixou a cabeça e lambeu delicadamente em cada um até que a dor diminuiu para uma palpitação maçante. Então, levantou a cabeça novamente e beijou-a levemente sobre os lábios.

“Deixe-me conseguir um banho, menina Angel. Pode aproveitar enquanto pego o nosso jantar.”

A gentileza voltava a sua voz, e seus olhos brilhavam com... Ela engoliu, sem querer especular sobre o que ele poderia estar sentindo. Teria gostado de dizer amor, mas ele nunca fez qualquer pretensão de que fosse amor.

 

Angelina enrolou no sofá de couro em uma das salas de estar da Casa e olhou pela janela na paisagem exuberante. Estavam em uma colina, e o terreno era inclinado levemente para baixo até que encontrava a cerca de ferro que separava a propriedade da rodovia.

Seu corpo ainda pulsava, mas saboreava a sensação. Sentia-se totalmente bem esta manhã, como se tudo estivesse certo no mundo, que era um sentimento muito estúpido dado que havia alguém lá fora, olhando e esperando. Foi uma prova de como Micah fez senti-la, no entanto. Segura e querida. Protegida, e ele ainda não a tratava com suavidade. Não, ele se contentou em empurrá-la para perto do ponto de ruptura. Como sabia que não seria, no entanto, ele não tinha empurrado longe demais. Levou-a para a beira e delicadamente a puxou de volta.

Sua voz veio sobre o sistema de interfone. “Angelina, venha até aqui.”

Havia resistência no comando. Ele esperava que ela obedecesse. Tinha estado no escritório de Damon a maior parte da manhã para fazer telefonemas e receber atualizações.

Eles ainda não tinham falado sobre Mama Rose e sua reação ao descobrir que ela era a mulher por trás da máscara, que tinha açoitado a ele no clube de Miami. Talvez eles falariam agora?

Ela se levantou, seu estômago em nós. Ele tinha ficado tão irritado na noite anterior, mas então tinha ficado mais irritado porque ela o deixou.

Quando chegou ao escritório de Damon, a porta estava aberta e entrou. Micah estava sentado atrás da mesa, recostado na cadeira enquanto esperava por ela. Para sua surpresa, Cole estava sentado em uma das cadeiras perto da janela logo à direita da mesa. Quando ele tinha chegado? Micah deve tê-lo deixado entrar em quando ela estava em cima se vestindo.

Seu olhar derivou para a esquerda, e ela chegou a um fim abrupto. Sua boca caiu aberta quando encarou o equipamento apenas alguns metros de distância. Especialmente projetada. A madeira polida lhe dizia que as contenções eram novas, e os pelos que revestiam a mão e pescoço lhe disseram que tinha sido concebido com algum conforto em mente, mas santa merda. Ela não precisava de muita imaginação ativa para descobrir seus usos.

“Tire a sua roupa, Angel,” disse Micah.

Embora concordasse imediatamente com o seu comando em silêncio, os dedos balançavam nervosamente, enquanto puxava a calça jeans. A adrenalina subindo em suas veias, deixando-a excitada — e animada.

Ela fez uma pausa em sua calcinha e sutiã e olhou para ele pedindo orientação. Ele balançou a cabeça. “Tudo, menina Angel. Queremos vê-la nua.”

Seus olhos inclinaram para o lado para olhar Cole. Ele estava sentado em frente da sua cadeira, seu olhar magro e faminto.

Ela tirou a roupa e, em seguida, soltou o sutiã. Os copos caíram para frente, e ela lentamente puxou as alças para baixo dos braços e deixou cair o sutiã no chão.

“Vem aqui, Angelina,” disse Cole.

Ela rapidamente olhou para Micah, e ele acenou com permissão. Andou até onde Cole estava, enquanto se aproximava, ele se inclinou para trás e chegou a puxá-la entre suas coxas.

Sua mão deslizou sobre seu quadril e nas costas. Com força gentil, empurrou até que ela se inclinou para frente, o peito apenas uma polegada de sua boca. Seus lábios sempre tão suavemente sobre o bico do mamilo. Ele não puxou rígido ou mordeu. Sugou levemente, sua língua lambendo o ponto.

Ela ficou sem fôlego e colocou as mãos em seus ombros para se preparar quando ele continuou a alimentar suavemente em seu peito. Era lento e sensual e erótico como o inferno.

“Você tem um gosto tão bom,” ele murmurou enquanto se afastava para olhar em seus olhos. Então abaixou a cabeça mais uma vez, indo para o outro mamilo em sua boca. Rodou e beijou, trabalhou a carne macia entre os dentes, mas nunca exerceu qualquer pressão. Ela gemeu e arqueou para ele, pedindo mais.

O tapa na bunda dela afiado com a palma aberta a assustou.

Ela olhou em seus olhos para ver uma brilhante reprimenda em seus pálidos olhos azuis.

“O que você acha que vamos fazer com você hoje, Angelina?”

Engoliu em seco. “Tudo o que você gostar.”

Ele sorriu. “Boa resposta. Isso é muito verdadeiro. Micah está sendo muito generoso com você. Acho que ele sabe o quanto eu te desejo. Ele e eu temos muito em comum. Embora não seja da minha natureza compartilhar uma mulher — tendo a ser muito possessivo — ser permitido a foder a mulher de outro homem é muito gratificante. Muito, muito gratificante.”

Puxou-a para baixo em seu colo e cobriu seu rosto. Ele era uma contradição. Suas ações e palavras eram firmes, mas toda vez que a tocava, fez isso com cuidado primoroso.

“Você gosta quando ele assiste, Angelina?” Cole sussurrou. “Você é ativada quando lhe dá a outro homem, ou secretamente deseja que a mantesse somente para si?”

“Gosto de agradá-lo,” respondeu ela com uma voz igualmente macia. “Eu o entendo. Ele me entende. Nós não somos ameaçados um pelo outro.”

Ela se virou para olhar a Micah, buscando confirmação. Ele olhou para ela, um sorriso quente em seu rosto. Agora o desejo refletia em seus olhos, mas havia também o orgulho.

“Você vê como ele olha para você?” Cole perguntou. Sua voz baixa quando disse.

“Ele sabe quanto é sortudo mesmo que não vá admitir isso.”

Sua respiração ficou presa, apertando os pulmões. As mãos de Cole sobre o ventre suavizando, no arredondamento da curva de seus quadris e deslizando até a espinha à sua nuca. Agarrou a coluna magra e massageou antes de forçá-la à sua boca para um longo, beijo sem fôlego.

Então se levantou, carregando-a com ele. Por um momento, segurou-a nos braços, e então deixou-a deslizar para baixo de seu corpo até os pés encontrarem o chão.

“Vem,” ele falou caminhando para o equipamento.

Micah continuou a observar a partir da mesa, seu olhar a seguindo através da sala. Cole tirou a blusa e, em seguida, fez um gesto para ela entrar em seus joelhos.

Cautelosamente se abaixou para o chão e facilitou a cabeça pela abertura.

“As mãos também,” disse Cole.

Ela colocou seus pulsos nos recortes pequenos forrados com pele falsa. Era macio e não abrasivo contra sua pele. Por isso ela estava grata. Quem sabia quanto tempo estava destinada a ficar?

Ela engoliu em seco quando as ações fecharam em torno do seu pescoço e mãos. Ela estava bem e verdadeiramente presa, até que decidiu libertá-la.

“Agora que é uma vista bonita,” Micah rosnou.

“De fato,” Cole murmurou. “O que faria mais bonito é se a bunda estivesse em uma sombra agradável de vermelho.”

Micah se levantou e andou em volta da mesa. Ela olhou para cima para vê-lo tirando o cinto.

Oh Deus. Então, desapareceu de sua vista, enquanto Cole movimentava na frente dela. Estendeu a mão para a braguilha, soltando seu jeans e tirou seu pênis. Então se pôs de joelhos na frente dela.

“Calma, Angelina. Vou foder sua linda boca, enquanto ele marca a sua bunda.”

Ele colocou a mão na testa e empurrou para cima de modo que sua boca estava no ângulo que queria, então guiou seu pau passando pelos lábios.

“Você espera que eu seja gentil. Não vou ser. Não hoje.”

Ela fechou os olhos e se obrigou a dar-se totalmente à sua autoridade. Ela era deles. Seu brinquedo, para o prazer. Eles levariam o que queriam se ela desse ou não.

Um golpe forte estalou nas orelhas e fogo explodiu sobre sua bunda. Empurrou para frente, e Cole impulsionou duro para encontrá-la num avanço.

“Melhor que eu venha rápido,” disse Cole, reuniu seus cabelos na mão.

“Micah não vai parar com o cinto até que goze em toda a sua boca.”

Micah não foi fácil. Deus, não foi fácil. A batida do couro flexível em sua carne, enviando um zumbido crepitante aquecido sobre a bunda. Abriu a boca e permitiu Cole fodê-la, apagando, ajustando apenas na batida do cinto contra sua bunda.

Sabia o quão difícil empurrava. Ele sabia que ela não queria mais fácil. Ele, ao contrário dos outros, estava confortável com ela, conhecia os limites. Não tinha medo de testá-los. Ela pertencia a ele. Não precisava se preocupar em passar por cima da linha como Cole fez.

Ela torceu inquieta, arqueando, procurando o calor. Micah não foi gentil, mas também não foi Cole. Cole fodia em sua garganta com uma precisão implacável. Cronometrando cada estocada com o cinto metódico, Micah batia sobre sua bunda.

“Chupa-me, Angelina,” disse Cole duramente. “Use essa língua. Feche os lábios em torno de mim.”

Com um gemido, ela se forçou a voltar à consciência. Apertou sua boca em torno do pênis e chupou como quando empurrou profundamente. Quando ele parou, ela passou a língua em torno do cume queimado.

“Isso é melhor,” ele murmurou. “Isto é sobre nós, hoje, Angelina. Seu trabalho é ver o nosso prazer.”

“Faça com que ele venha, Angel,” disse Micah atrás dela. “Sua bunda vai ficar mais vermelha. Então vou fodê-la.”

Ela chupou o ar através das narinas quando a sua excitação aumentou. Suas palavras eram rudimentares, brutas, nada de amor ou carinho sobre eles, e ela adorou. Amou o poder que esles tinham de deixá-la louca.

“Oh sim,” disse Cole quando ela engoliu contra ele. “Foda, sim.”

Seus quadris bateram contra seu rosto. O estalo do couro tocou para fora. Rápido. Mais rápido.

Ambos trabalharam sobre ela a partir de extremidades opostas, um com seu pênis, o outro com o cinto.

Finalmente Cole bloquou contra seu corpo, segurando a cabeça com força quando ejaculou profundo na garganta. Calor inundou a sua língua, algumas escaparam e correram a partir do canto da boca. Engoliu o resto, sugando avidamente quando ele deu-lhe mais.

Antes que ele se retirasse, as mãos Micah abriram as bochechas da bunda dela, espalhando-as quando seu pau bateu impacientemente contra seu ânus. Em uma estocada forte, enterrou até as bolas em sua bunda.

Ela gritou ao redor do pau de Cole, e ele acariciou seu rosto com os dedos delicados, quase como se estivesse oferecendo conforto e apoio quando Micah impiedosamente abriu-a.

Micah tinha sido sempre tão gentil, quando a tinha tomado na bunda. Lento e sem pressa. Agora, a levou sem piedade, o seu pau dentro e fora de sua bunda com ritmo frenético, bombeando rápido.

Toque-me. Oh Deus, por favor, me toque.

Cole saiu, mas ficou perto, seus dedos acariciando seu rosto preguiçosamente enquanto Micah fodeu sua bunda. Não fez nenhum esforço para limpar a porra da sua boca, e podia sentir seu olhar sobre ela, olhando para a prova de sua posse.

Depois de um momento, segurou seu pau de novo. Estava semi-ereto e seus fluidos misturados com sua saliva brilhavam em sua pele.

“Deixe-o limpo,” ele ordenou com voz rouca quando limpou a ponta na boca.

Ela abriu para ele e cuidadosamente lambeu e chupou, cobrindo cada centímetro de seu pau. Empurrou lentamente, permitindo-se ficar enquanto ela lavava a cabeça espessa.

Então ele se afastou e levantou. Saiu de seu ponto de vista, mas ela sabia que vinha quando Micah a pegou.

Os dedos de Micah enrolaram em seus quadris. Deslizou suas mãos até a cintura e segurou firme quando bateu com o quadril contra sua bunda. Mais e mais. Foi um teste de resistência, porque tinha o poder de permanência incrível.

Ela fechou os olhos e esperou. Queria pedir-lhe para tocá-la. Só uma vez. Era tudo que precisava, mas não iria desapontá-lo na frente de Cole.

Seus movimentos se tornaram mais urgentes. Suas mãos apertaram ao redor e freneticamente bombeou para dentro dela. Então de repente ele arrancou.

“Espalhe-a,” Micah disse com voz rouca.

A mãos de Cole em concha na bunda e, para sua surpresa, espalhou suas bochechas, segurando-a aberta.

Micah gemeu baixo em sua garganta e, em seguida, sentiu o sêmen quente derramar em sua bunda. Salpicando em suas costas, escorregando na racha, mas a maioria foi dirigida diretamente em sua abertura.

Uau. Seu corpo todo tremia. Ela fechou os olhos para afastar o orgasmo iminente, mas estava completamente fora de seu controle. Assim que Micah enfiou de volta o pau molhado em sua bunda, selando o fluído para dentro, ela se desfez.

Seus joelhos tremiam e ela resistia quando a fodeu em golpes longos, profundos. terminações nervosas gritavam, e o prazer derramou doce e implacável em suas veias. A onda percorreu todo o corpo, até que o mundo borrou ao redor dela.

Sua cabeça caiu para frente, sua mandíbula apertou tão apertado os dentes doíam. Micah foi ainda contra ela, e sentiu a agitação de sua barriga quando ele se inclinou para ela. Ainda estava enterrado na bunda dela, e ali permaneceu um longo momento. Então a beijou de volta. Apenas um pincel suave. E ele se retirou.

“Você está com fome?” Micah perguntou a Cole numa voz casual.

“Eu poderia comer.”

O quê? Eles estavam falando de comida em um momento como este?

Seu corpo todo estava em modo de desligamento. Ela derramou sua pele pelo menos duas vezes já.

“Tenho pizza na geladeira.”

Suas vozes cresceram na cozinha, e ela percebeu que a deixaram. Porra escorria de seu queixo e penetrava no interior de sua coxa. Sua boceta latejava e pulsava de seu orgasmo.

Mas foi incapaz de se mover.

Com um suspiro resignado, fechou os olhos e esperou por seu retorno.

Ela sentiu a vibração dos passos antes que ouvisse entrar na sala. Sua cabeça subiu, e seus sentidos se tornaram vivo. Incrível que, tão logo Micah retornou, seu corpo respondeu. Fadiga tinha ido embora, e em seu lugar cantarolava excitação através de seu corpo.

Sem dizer uma palavra, sem aviso, um pau espesso deslizou em sua bunda. Ela engasgou de surpresa. Cole. Ele acariciou dentro e fora, silenciosamente, quase taciturno. Então simplesmente puxou para fora e se afastou.

Micah cuidadosamente removeu a contenção e a ajudou ficar de pé. Quando se virou, viu que eles estavam nus e extremamente excitado. Era tudo o que podia fazer para não estender a mão e acariciar a ereção de Micah.

Cole deitou no chão e esticou o corpo para fora. Já usava um preservativo, e sua ereção cortava acima de seu corpo, pesado e duro.

“Vem sentar no meu pau, querida. Quero a sua bunda.”

Micah acariciou a curva da bunda dela enquanto caminhava. Ficou entre os joelhos dobrados de Cole e ele fez sinal para ela se virar. Era uma réplica exata do que ele e Micah tinha feito na noite com Cole e os outros dois homens fizeram dela.

Ela facilitou para baixo, confiando nas mãos de Cole para guiá-la. Segurou a base de seu pênis com uma mão e sua cintura com a outra. Sua abertura queimou e esticou ao redor dele quando penetrou dentro.

Centímetro por centímetro, ele se arrastou para frente até a bunda encontrar sua pélvis.

“Relaxe. Assim como você fez na outra noite,” Cole murmurou. “Vou te segurar.”

Ela se reclinou em seu corpo, permitindo-lhe segurar. Como antes, ele enrolou suas mãos embaixo de suas pernas, então levantou e abriu, desnudando a sua boceta para Micah.

Micah se colocou entre as pernas, olhos vivos de luxúria selvagem. Ele enrolou em torno de um lado do joelho e agarrou seu pau com a outra.

“Sem piedade desta vez, menina Angel”, alertou.

Oh merda. Ela se encolheu e Cole emitiu um tapa afiado para o quadril. Micah posicionou-se à sua pequena abertura e avançou. Cole agarrou nas costas de suas pernas e sua respiração sibilou sobre suas orelhas.

“Merda,” ele disse ofegante. “Foda-se, esta apertada.”

Os dois paus, separados apenas pela fina membrana, esfregavam um sobre o outro. Nenhum homem parecia se importar. Micah ditou o ritmo, e foi difícil, áspera e rápido. Cole não fez nenhum movimento. Estava preso no fundo do seu traseiro, e Micah, forneceu o atrito.

Micah a tomou barbaramente. Ela nem sequer entendeu como ele poderia se mover com ela apertada tão forte em torno dele. Sua posse foi uma mistura de dor e prazer quase insuportável.

Arrancou, ondulando seus tecidos inchados. Ela gritou, mas não lhe deu qualquer tempo para processar a sensação. Passou por cima de seu corpo, abrangendo tanto ela quanto Cole quando ele abaixou a ereção forçando para a boca.

“Chupe,” ele disse com voz rouca.

Cole começou a se mover na bunda dela, Micah mergulhou em sua boca, deixando seu gosto em sua língua. Por vários segundos de duração, esfregou sobre a língua, que mergulhava profundamente em sua boca. Empurrou duro pela última vez e atingiu a traseira de sua garganta. Ficou lá, com as mãos emaranhadas em seus cabelos. Então, como tinha feito antes, arrancou e moveu para baixo de seu corpo novamente.

Puxou os joelhos afastados e dobrados enfiou seu pênis em sua vagina. Empurrou, mas desta vez só foi até uma parte do caminho de volta para dentro. Empurrando com mais força, avançou novamente, desta vez encontrando sua profundidade.

Ela gritou, indiferente de suas repercussões. Foi simplesmente demais para suportar. Seu corpo estilhaçou, rompeu em um milhão de pedacinhos. Eles se reuniram em uma bola apertado, tão apertado que ela tinha certeza que não aguentaria mais um segundo. Depois, com a força de um furacão, ela explodiu para fora, em pleno vôo.

Os homens rosnaram e seguraram firmemente quando lutou com eles. Foi negligente na sua libertação. O quarto estava turvo com onda após onda de prazer no mais intenso orgasmo de sua vida a agarrando e não deixando ir.

Ela emitiu um suspiro final e depois a cabeça voltou com ela perdendo a consciência.

Micah jogou a cabeça para trás e com um grito rouco subiu em seu fecho apertado, a sua libertação jorrando em seu corpo. Deus Todo-Poderoso, ela foi incrível. Nunca, nunca antes havia experimentado tanta pressa.

Suas mãos acariciaram nas pernas dela, e deixou cair a cabeça para frente novamente. Sua cabeça pendeu para o lado e descansou no ombro de Cole. Seus olhos estavam fechados, e levou um momento para Micah perceber que ela tinha desmaiado.

“Eu vou ser condenado,” ele murmurou.

Cole gemeu e se movimentou sob Angelina. Micah sentia a contração muscular e rapidamente retirou-se da boceta de Angelina.

“Nós a fodemos até ficar inconsciente,” disse Micah.

Cole acariciou a curva exposta do pescoço e beijou-a delicadamente, com os olhos brilhando de contentamento.

“Sim, eu notei. Meu ego aumentou consideravelmente.”

Micah riu e se abaixou para pegar Angelina. O pênis de Cole veio livre e Cole ficou deitado no chão, atirando o braço sobre os olhos.

“Acho que ela me matou, homem. Juro por Deus nunca tive uma mulher como essa na minha vida.”

Micah olhou para a mulher em seus braços. “Nem eu,” disse ele baixinho. “Nem eu.”

Angelina se mexeu, os olhos quase demasiados de pesado para abrir. Seu corpo era banhado em letargia, e quase decidiu que não valia a pena o esforço para acordar, mas depois sentiu Micah ao lado dela.

“Você está de volta,” disse ele suavemente quando a beijou nos lábios. Ela abriu os olhos para vê-lo deitado ao lado dela na cama. Estavam face a face e seu braço foi jogado possessivamente sobre seu quadril.

“Onde está aquele outro cara?” Ela perguntou sonolenta.

Micah riu. “Cole partiu. Enquanto não me importo de partilhar a minha mulher, em certas circunstâncias, ninguém mais é permitido no quarto. Este é o nosso lugar. Aqui você é minha. Só minha e não vou dividir você com ninguém.”

Ela estremeceu com a posse em sua voz. Aconchegou-se mais, derretendo em seu abraço. Aqui... aqui tudo estava certo. Perfeito. Nada poderia atrapalhar. O resto do mundo não existia. Ele estava certo. Este era o seu lugar. Seu refúgio contra a realidade.

Pegou sua mão e guiou-a para baixo lentamente de seu corpo, abaixo na junção de suas pernas.

“Toque-se,” ele disse roucamente. “Quero ver você gozar.”

Ela se esticava sonolenta, mas rolou de costas para que ele pudesse ver a mão dela como deslizou para os cachos entre suas pernas.

Já estava excitado, e ela sabia que não ia demorar muito. Seu clitóris doía, e estava molhada.

Micah levantou-se sobre um cotovelo para vê-la, seus olhos quentes enquanto seu olhar permanecia em seu corpo.

Deslizou os dedos pelas dobras, tocando a sua entrada. Correu um dedo ao redor do círculo e então voltou para o clitóris, acariciando com um dedo. Pressionou para dentro, encontrando apenas a quantidade certa de pressão.

Quase lá. Quase... Ela se preparou para o inchaço inevitável quando Micah agarrou seu pulso e puxou a mão. Seus olhos abriram, e ela não foi capaz de abafar o som do seu protesto.

Ele levou os dedos à boca e chupou cada um, lambendo-lhe a umidade das pontas. Então, beijou a palma da mão e lentamente levou a mão de volta para sua boceta.

Ele fez sinal para ela continuar, e voltou ansiosamente, querendo manter a vantagem sobre seu orgasmo.

Para sua frustração, teve que trabalhar novamente. Seus quadris rolaram impaciente, seus dedos trabalhavam freneticamente. Sua respiração se acelerou. Transpiração frisava na testa. Quase.

Quase. Ela estava pronta no precipício, olhando por cima, pronto para cair. Novamente, ele agarrou seu pulso, um brilho levemente divertido em seus olhos quando agarrou os dedos em uma bola apertada contra sua mão. Ele estava indo para deixá-la louca.

“Por favor,” ela sussurrou.

Seu olhar suavizou e deixou sua mão ir.

Seus dedos deslizaram por seu molhamento. Ela fechou os olhos, inclinou a cabeça para trás e revirou os quadris no ritmo com os dedos. Construindo, inchando, mais apertado.

Ela se esforçou para cima, contraindo enquanto seus dedos dançavam sobre seu clitóris. Estava distante ciente de Micah, na cama, mas sua única preocupação era que ele pudesse impedi-la de novo, então se apressou a ir adiante, determinada a não ser negado este tempo.

Ela rangeu os dentes juntos, e de repente Micah puxou para a borda da cama. Afastou a mão dela e foi para baixo, sugando o clitóris em sua boca. Sua língua lambendo várias vezes sobre o botão tremendo, e com a mesma rapidez, ela quebrou.

Ele rodou como um homem faminto, a boca trabalhando sobre seus tecidos que gritavam, trabalhando em um frenesi. Ela arqueou, a bunda dela saindo do colchão quando se forçou em sua língua.

Ele colocou a mão na sua bunda, levantando-a mais alto, ajudando-a enquanto devorava cada centímetro da sua boeta.

Ela tremia incontrolavelmente enquanto onda após onda de prazer intensas sopravam sobre ela como uma tempestade.

“Micah,” ela sussurrou.

Ele aliviou de volta para baixo na cama e, em seguida, puxou para a frente até que deslizou para fora da borda e em seus braços. Descansou a cabeça no ombro dele enquanto a segurava com força, seus braços em volta de seu corpo.

Ele beijou seu pescoço suave com um sussurro e acariciava seus cabelos com dedos gentis. Ela se mexeu e puxou um pouco para fora para que pudesse olhar para ele.

Ela o beijou, longo e persistente, apreciando a suavidade da sua boca, sua língua, como o veludo.

“Você saborea, como um homem deve provar,” disse ela com um suspiro.

Ele riu. “E como é o gosto do homem exatamente?”

“Forte. Como ele nunca permitiria a alguém me machucar.”

Ele inclinou e beijou-a novamente, duro e sem fôlego. “Leve isso para o banco, menina Angel.”

 

Angelina estudou Micah sobre seu copo de chá, sentados na cozinha comendo o almoço. Tão irritado como tinha sido na sua revelação, agora era como se estisse fingindo que nada aconteceu. Certamente afirmou seu domínio.

Ele e Cole tinham a fodido sem piedade de todas as maneiras imagináveis. Era isso que era tudo? Tentando apagar o fato de que por um breve momento estava sob seu controle, em sua misericórdia?

Ela entendia que a psique masculina era uma coisa frágil. Não demorava muito para machucar um ego.

E para um homem como Micah, que estava sempre no controle e gostava de mulheres em seus relacionamentos para serem completamente submissas, seria um ponto definido na ferida que algo que considerasse como uma fraqueza tinha vindo à luz.

Ela suspirou. Se ela pudesse fazê-lo ver que não o tornava fraco. Apenas humano.

“O que você está olhando, Angel?”

Ela piscou e focalizado para vê-lo olhando para ela. Hesitou por um momento e então respirou fundo.

“Você confia em mim, Micah?”

Seus olhos estreitaram. “Claro que confio em você. Que raio de pergunta é essa?”

“Quero que você prove,” ela disse suavemente. “Hoje à noite... é meu. Uma noite em que eu estou no controle.”

Ele balançou a cabeça. “Isso não foi o nosso acordo.”

“Pare de ser um covarde,” disse ela sem rodeios. “Certamente você é homem suficiente para conceder a uma mulher a sua fantasia.”

Ele levantou uma sobrancelha. “Apenas o que é, a sua fantasia, menina Angel?”

“Você só tem que vir, não é? Você concorda? Uma noite? Ou você está com medo?”

Seus olhos brilharam e os lábios apertaram. “Uma noite. Então, esse papo furado é longo. A menos, claro que você decidiu que não está funcionando para você, depois de tudo.”

Houve um desafio em sua voz, assim, quase um ultimato.

“Uma noite é tudo que preciso.”

Ela esperou.

Angelina ficou na sala comum da casa e esperou por Micah aparecer. Estava nervosa, sim, mas a antecipação apertava todas as terminações nervosas. Esta era sua chance de mostrar a Micah que confiar a si mesmo para outra pessoa não significava uma perda de controle. Então talvez entendesse por que ela tinha feito o que fez no Mama Rose.

Micah embaralhou em poucos segundos depois, empurrou as mãos nos bolsos, sua expressão bloqueada como uma pedra. Caminhou até ela e ficou olhando-a por um momento.

“Certo, estou aqui.”

“Dispa-se,” disse ela.

Seus lábios se curvaram num meio sorriso. “Você tem que saber que eu ia ficar nu para você a qualquer momento, menina Angel. Não há necessidade de ir ao extremo.”

Ela observou-o em silêncio, esperando para que cumprisse. Sem modéstia, rapidamente se despiu e jogou sua roupa de lado. Então se levantou para sua altura máxima, sua postura desafiadora.

Deus, ele era lindo. Todo do sexo masculino. Tão sólido. Forte.

“Lá,” disse ela apontando para um mais alto do que o feixe que tinha sido amarrada. “Braços para cima.”

Novamente ele cumpriu, a sua expressão quase de tédio. Mas então não iria mostrar antecipação. Não, isso faria com que fosse fraco e queria fazê-la direito.

Ela teve que usar uma cadeira para ficar da sua altura e prender os pulsos acima de sua cabeça. Quando foi feito, se afastou e fixou na imagem deste homem lindo, de repente vulnerável diante dela.

Ele ainda parecia perigoso. Merda, mais ainda perigoso, como se ela veio para fechar, ele ia atacar e devorar. Não estava feliz com a situação, no mínimo, mas estava mantendo sua palavra.

“Você é tão bonito,” ela sussurrou enquanto se aproximava. Estendeu a mão para tocar o peito e correu os dedos ao longo das linhas e contornos, até seu abdômen liso até que seus dedos emaranharam nos cabelos entre as pernas.

Ela encontrou seu pau, longo e em repouso. No momento em que tocou, veio vivo na palma da mão, contraindo-se e expandindo em tamanho.

Hipnotizada, acariciava e acariciava sobre seus quadris, nádegas em torno de seu peito e, em seguida, por cima do pequeno das costas para a vastidão de seus ombros. Aqui os músculos incharam firmemente enrolados e em resposta a seus braços sendo esticados sobre sua cabeça.

Incapaz de resistir, apertou os lábios para o centro de suas costas e os deixou descansar lá por um longo momento. Tremeu sob seus lábios apesar de seu esforço óbvio de permanecer inalterado.

Finalmente, afastou-se e pegou o chicote que ela tinha selecionado. Olhou para ele, segurando o couro em suas mãos.

“Você gosta de infligir dor. Sei que é um tesão para você. Mas você gosta de receber também. É uma fraqueza que eu goste da mesma dor, Micah? Sou fraca e patética por reconhecer os meus desejos?”

Ele balançou a cabeça. “Claro que não. Uma mulher que sabe o que quer, que é honesta consigo mesma e com seu parceiro, é uma mulher a desejar acima de tudo.”

“Então por que não aplica o mesmo a você?” Perguntou ela. “Por que você está com vergonha de admitir seus desejos? Por que acha que permitindo a mim ou qualquer outra pessoa para lhe dar o que quer faz de você um fraco?”

Ele fechou os olhos e virou a cabeça. Quando olhou para ela novamente, raiva e frustração estavam em seus olhos.

“Não é o mesmo, devo ser o único forte. Deveria cuidar de Hannah — Você.”

Não respondeu, ela o circulou, lembrando da última vez que teve o chicote nas mãos quando olhou para as costas bronzeadas. Lembrou-se de seu pedido macio para não ir fácil. Ele não sabia que era ela, mas precisava o que podia lhe dar. Agora, iria mostrar-lhe novamente.

Ela lançou-lhe o pulso, habilmente enviando o chicote sobre as costas. O baque foi alto, ecoando através do silêncio. Encolheu-se quando o vergão vermelho apareceu como uma barra diagonal em toda a sua carne.

“Diga-me como te agradar,” ela murmurou enquanto estava ao lado. “Você vê, Micah, você ainda pode estar no controle. Diga-me o que quer. O que você precisa.”

“Forte,” disse ele em um gemido. “Cubra minhas costas. Deixe a sua marca, Angel. Faz queimar.”

Ela moveu-se novamente e acrescentou uma faixa idêntica apenas dois centímetros mais baixo que a anterior. Suas mãos crispadas e estendidas acima dele. Os músculos de seus braços incharam e ondularam.

Trabalhou, deixando uma linha de vergões ordenadamente colocadas. Ela começou com intensidade e acrescentou uns como adicionais no chicote. Quando chegou a sua bunda, trabalhou para cima, cruzando as marcas anteriores até que todas as linhas foram cruzados, cada uma mais vermelha que a anterior.

“Forte,” ele sibilou.

Sua testa franziu em concentração, porque apesar de seu comando, não iria rasgar sua pele. gotículas de sangue jorraram, perolizando as linhas finas, mas ela segurou atrás. Nunca iria machucá-lo. Nunca iria longe demais.

Na época ela tinha coberto as costas em um intrincado desenho de marcas que cruzavam, estava ofegante, sua respiração vinha longa e difícil. O suor escorria de seu rosto, e abaixou a cabeça quando a exaustão se apoderou dele.

Ela largou o chicote e deu a volta para encará-lo. Sua cabeça estava abaixada, mas seus olhos brilhavam com a excitação, com emoção.

Seu olhar foi para sua virilha, e seu pau empurrou com impaciência para fora, duro e ereto. Caiu de joelhos e o pegou em suas mãos.

“Oh Deus, Angel,” ele sussurrou quando sua boca fechou em torno disso. “Não, querida. Estou muito grande, muito duro desse jeito. Você não pode me levar.”

Ah, sim, ele estava excitado, e estava determinada a pegar tudo o que tinha para dar e muito mais.

Ela relaxou todo o corpo, agarrou seus quadris e aliviou para frente até que tocou a traseira de sua garganta. Chupou o ar pelo nariz e, em seguida, forçou-o mais profundo, levando-o todo o caminho até as bolas.

Lutou contra o reflexo de vomitar e centrou a sua concentração em todo o seu prazer. Recuou, deixando-o deslizar sobre a língua até a cabeça delicadamente equilibrada lá.

Segurando-lhe apertado em sua mão, rodopiava sua língua em torno das bordas queimado, explorando as diferentes texturas. Áspero, liso, enrugado e sedoso.

Gemia baixinho quando o levou por todo o caminho novamente. Por um longo momento segurou-o lá, nas profundezas contra sua garganta, até que ela foi forçada a ceder e deslizar de novo.

Desta vez, quando agarrou-lhe na mão, puxou sua boca longe e inclinou seu pênis até que tivesse acesso à parte de baixo. Passou a língua ao longo da veia grossa, seguindo-o até seu saco enrugado.

Lambeu, beijou e mordiscou, deixando suas bolas rolar sobre a língua. Chupou um em sua boca, e ele deu um grito rouco. Ela cobriu-o, acariciou-o e fez amor a ele com a boca.

Um surto de minúsculos líquidos derramaram sobre a bochecha dela quando seu pau estava fora enquanto ela brincava com seu saco.

Sabendo que estava perto, ela balançou para trás sobre os calcanhares e guiou de volta para sua boca.

Levou-o duro e rápido, trabalhou com a mão, engolindo-o com a boca.

Apertou o controle e apertou o cerco em torno dele quando sugou. Um jorro quente atingiu a traseira de sua garganta. Depois outro e ainda continuava a chegar. Ela engoliu em seco e continuou chupando, levando-o profundamente, permitindo-lhe derramar-se em sua boca.

Quando o último derramou sobre a língua, ela aliviou, lambendo delicadamente para ele, sua mão suave agora ao invés de rígida. Cobriu as bolas dele e massageou quando finalmente permitiu que deslizasse do fecho dos seus lábios.

Ele foi gasto. Esgotado. Seu corpo inteiro tremeu e um brilho de suor pairava sobre sua pele. Correu para recuperar a cadeira, e depois subiu para desamarrar os pulsos. Ele cambaleou e deu um passo para trás, mas ela estava lá, colocando-se contra sua cintura e envolvendo o braço ao redor de seus ombros.

“Vem comigo,” disse ela calmamente. “Não acabei.”

“Espero que para o inferno você tenha,” disse ele com voz rouca. “Não aguento mais.”

Ela sorriu e guiou calmamente pelo corredor e para o quarto. Começou a ir para cama, mas ela o puxou na direção do banheiro.

Ele foi por vontade própria, e ela o deixou o suficiente para ligar o chuveiro. Quente e cheio de vapor do jeito que ele gostava.

Apesar de sua letargia, uma de suas sobrancelhas subiram quando ela começou a tirar suas roupas.

Ignorou-o e empurrou-o para o chuveiro.

O spray atingiu os dois, e ele gemia quando a água jorrou sobre suas costas marcadas. Por um momento se encostou na parede do chuveiro, a testa descansando em seu braço. Fechou os olhos e deixou a água cair sobre ele.

Ela pegou uma toalha e ensaboou bem com a barra de sabão. Então começou a lavá-lo. Espuma macia fez uma trilha pelo seu corpo, apenas para ser lavado, logo que aparecia. Ela carinhosamente tocou cada parte de sua pele. Cuidou de seus ferimentos, acariciou suas feridas e seguiu cada toque com um beijo.

O coração dela se encheu de amor por ele. Vendo-o vulnerável tinha a sacudido para o núcleo. Ele era tão forte e ainda tinha as necessidades assim como ela fazia. Quis dizer que ele não precisava sempre ser o mais forte. Poderia inclinar-se sobre ela quando precisasse.

Depois de lavar e enxaguar seus cabelos, desligou o chuveiro e começou a sair. Ele pegou o braço dela. “Mas e você, minha angel?”

Ela sorriu e abanou a cabeça. “Hoje foi tudo sobre você, Micah.”

Quando chegou para a toalha que segurava, ela novamente balançou a cabeça e começou a secar o corpo, tomando cuidado para não esfregar as suas costas de volta. Ela limpou todo o caminho até seus pés e de volta novamente. Então mandou-o sentar-se no assento do toalete para que pudesse secar o cabelo.

Através de tudo isso ele a olhava com uma expressão divertida, como se não conseguia descobrir o que pensava de tudo isso.

Jogando a toalha de lado, estendeu a mão para Micah. Por um minuto, olhou para ela e depois a mão, antes de finalmente deslizar sua mão sobre a dela e agarrar os dedos.

Ela o levou para o quarto e deitou na cama. Após a toalha enxugar os cabelos mais uma vez, para se livrar do molhado, ela se arrastou ao lado dele e puxou as cobertas sobre ambos. Seu calor estendeu a mão para ela e se aninhou, puxando-o em seus braços até que sua cabeça repousava sobre seus seios.

Neste momento, tudo estava certo em seu mundo. Nada poderia atrapalhar. Nada poderia estragar esse momento.

Eles ficaram lá em silêncio por um longo tempo. Pensou que ele tinha adormecido, quando ele moveu de costas e puxou-a até que foi embalada na dobra do braço.

“Conte-me sobre Mama Rose, Angel. Por que estava lá? Você não era nenhuma novata com o chicote.”

Seu peito arfou com um suspiro e colocou a palma da mão sobre o peito. “Estava lá por você, Micah. Somente você. Pratiquei porque nunca quis te machucar com a minha inexperiência. Trabalhei durante horas com Mama Rose e uma das outras meninas lá, mas você foi o único que sempre chicoteei. Você foi o único que estive lá.”

Engoliu em seco e ficou em silêncio por um longo momento. Esperou as perguntas, mas não vieram. Esperou a raiva ou indignação, mas ficou imóvel ao lado dela como se processando o que ela tinha divulgado.

“Uma vez por ano,” ela murmurou. “Foi a única vez que poderia vê-lo e estar com você. Queria estar perto de você, mas não estava pronto. Seu sofrimento era ainda tão profunda. Talvez não devesse ter feito isso, mas o pensamento de alguém dando-lhe a libertação da sua dor era mais do que eu podia suportar. Queria ser a única a cuidar de você.”

Um tremor trabalhou através de seu corpo e sentiu que ele inspirou profundamente.

“Isso era o que estava faltando em Hannah,” ele disse em uma voz baixa e triste.

Ela correu os dedos para baixo da linha média do peito e volta-se novamente, seus movimentos lentos e suaves. Não perguntou o que ele quis dizer. Apenas esperou que ele continuasse.

“Eu era sempre o mais forte. É o que eu queria. É o que ela queria. Tinha-me e a David para protegê-la, cuidar dela.”

“Mas nunca ninguém teve o cuidado de você,” disse ela baixinho.

“Não,” ele concordou. “Não acho que queria. Mas agora...”

Ela levantou a cabeça para olhar para ele, seus cabelos caindo sobre o peito, ainda úmida.

“Agora?” ela sussurrou.

“Você me faz querer. Faz querer coisas que nunca quis. Como isso é possível? A ideia de dividir-me tão profundamente com outra pessoa. De confiar para me ver...”

“Vulnerável”?

Ele balançou a cabeça, o seu pomo de Adão balançando enquanto engolia em seco.

“Estou muito vulnerável, Micah. Sempre com você. Só com você. É tão errado para que você possa ser vulnerável a alguém que se importa tanto com você?”

“Sim,” disse ele dolorosamente. “Não quero nunca dar a alguém qualquer tipo de poder para me destruir.”

Ela se inclinou para beijá-lo. Suas mãos agarraram seus ombros e a puxou mais perto, sua boca derretendo sobre a dela em uma corrida, quente e doce.

Foi ela quem tomou o controle do beijo. Tocou seu rosto, num gesto de amor, acariciando a sua língua invadindo, e calmando. Ela respirou profundamente, segurando o seu perfume, deixando fluir pelas narinas tremendo.

Embora ele não dizesse isso, não iria admitir, suas ações gritavam mais alto que a mais ousada das palavras. Ele se preocupava. Talvez em demasia. Talvez não o suficiente. Mas quando tocou, tudo o que ela sentiu foi a corrida mais requintada do amor. Encheu de esperança, fez doer o coração.

Ela girou, deslizando a perna sobre seu corpo, seus lábios nunca deslocando dele. Só quando montou sobre ele, a fez escapar.

Deslizou para trás até que seu pênis se projetava para cima, contra a sua barriga. Acariciou levemente, passando os dedos para cima e para baixo do comprimento duro. Então ela se levantou e colocou no lugar.

Lentamente, com reverência, se abaixou sobre sua ereção.

A respiração dura encheu o ar. Ela tremia. Ele balançou. Estendeu a mão para a cintura, segurando firme. Ela caiu para frente, apoiando as mãos contra o peito.

Quando estava sentada totalmente, traçou um caminho em seu peito com os dedos, tocando, amando. Tão suave, como se pudesse mostrar o valor de seu amor em apenas alguns momentos. Ela revirou os quadris, fazendo amor, doce lento para ele.

Através dos olhos de meio entreabertos, olhou para ela, um brilho que emana de seu fundo escuro. Sim, poderia dizer o que queria, ele poderia se esconder atrás de seus medos, mas seus olhos não mentiam.

Ela estendeu as suas mãos, puxou-os juntos ao longo de sua barriga e depois deslizou de seu corpo até que apertou-os sobre o seu coração.

“Eu te amo, Micah,” ela sussurrou. “Você não pode querer isso. Pode não precisar disso. Mas você sempre me teve. Não vem com qualquer corda ou expectativa. É dado livremente.”

Com um gemido agonizante, levantou-se, juntando-a nos braços. Ele enterrou o rosto em seu pescoço enquanto tremia sua libertação profundamente em seu corpo.

Ela colocou os braços ao redor dele e abraçou-o. Acalmou as mãos sobre sua pele e apenas segurou-o enquanto a segurava.

“Não me ame, Angel.”

Ela sorriu contra seu cabelo. “Isso é uma coisa que você não pode controlar, Micah.”

 

Micah sentou na beirada da cama assistindo-a dormir. Estava deitada esparramada por todo o colchão, os lençóis enrolados a seus pés. Seus cabelos espalhados em um véu desgrenhado por seu travesseiro, e parecia completamente em paz.

Quando tinha conseguido arrastar o passado de sua defesa? Ele quase bufou. Que defesa?

Não parecia estar preocupada com nada.

Ela o amava. É admirava e isso o assustava até a morte. Não queria que o amasse — merecia algo muito melhor do que ele — mas não ia mentir para si mesmo. O amor dela devolveu a vida a partes dele que tinha morrido com Hannah.

Uma dor iniciou abaixo no estômago quando pensou em Hannah. Tão jovem e bonita. Tão cheia de vida. Seu único conforto é que ela não tinha ido sozinha. David estava lá com ela, tinha ido com ela. E Micah tinha sido o único a ser deixado sozinho.

E você deixou Angelina sozinha.

O pensamento era um murro no estômago. Passou tanto tempo e alternadamente, de luto para estar zangado com Hannah, porque o deixou. E então ele fez a mesma coisa com Angelina. Hannah não tinha escolha, mas ele tinha.

Seu celular tocou, e chegou a agarrá-lo fora da mesa de cabeceira para que não fosse acordar Angelina. Afastou-se da cama quando abriu.

“Olá,” disse ele em voz baixa.

“Micah, é Chad. Olha, tenho algumas coisas que você precisa ver. Existe algum lugar onde possamos nos encontrar?”

Micah balançou a cabeça em confusão. “Onde está você?”

“Em um táxi. Voei de Bush há meia hora. Acho que achei nosso cara.”

A adrenalina subiu nas veias de Micah. “Você sabe quem é?”

“Sim, eu penso assim. Agora só temos de encontrá-lo. Trouxe todas as informações que poderia cavar em cima dele comigo. Será que podemos nos encontrar em algum lugar?”

“Sim, claro. Olhe, dê este endereço ao taxista. Mandá-o trazê-lo aqui.”

Micah retransmitiu o endereço para a Casa. “Muito obrigado, Chad. Te devo uma, amigo.”

“Não tem problema. David era meu amigo também. Olhei por Angelina o melhor que pude depois que ele morreu.”

“Sim, eu sei,” disse Micah calmamente.

Ele desligou e voltou para a cama onde Angelina estava encostada, com os olhos sonolentos e os cabelos caindo em ondas sobre os ombros.

“Quem era?” Ela disse com uma voz sonolenta.

“Chad. Está a caminho daqui. Acha que sabe quem é o nosso cara.”

Seus olhos arregalaram. “Isso é ótimo! Quer dizer, acho que é. Você será capaz de encontrá-lo?”

“Basta ter uma pista sobre sua identidade nos dará muito o que trabalhar. Podemos encontrá-lo em seguida. Aprender seus hábitos, suas idiossincrasias, descobrir se ele tem alguma ligação aqui. Se usou qualquer cartão de crédito. Sim, nós vamos pegá-lo, bebê. Não se preocupe.”

Ele se inclinou e beijou sua testa. “Você provavelmente deve se vestir. Estará aqui em meia hora.”

Levantou e caminhou em direção à porta. “Vou esperar por você lá embaixo. Desça quando estiver pronta.”

Ela assentiu e desceu as escadas para esperar Chad.

Angelina teve seu tempo de se vestir. Ela estava em um estado de espírito maduro hoje e suas roupas refletiam isso. Escolheu o jeans que mais gostava — mais confortável — e uma camiseta de algodão que havia sido lavada até que estava desbotada e macia. Não se preocuparia com sapatos, desceu as escadas.

Ouviu vozes na sala da frente, de modo que se aventurou até lá. Micah e Chad estavam sentados um diante ao outro e ambos olharam para cima quando ela entrou.

Micah ficou de pé, assim como Chad, e foi para ficar ao lado de Micah. Algo automático, e puxou-a para seu lado, um gesto que confortava.

“Oi, Chad,” ela disse suavemente.

Ele sorriu calorosamente para ela. “Ei, garota. Você está bem?”

Ela assentiu com a cabeça. “Micah disse que você o encontrou?”

“Sim, nós estávamos indo para isso.”

Chad puxou uma pasta e entregou-a a Micah. O que aconteceu depois foi um borrão. Um momento Micah estava abrindo a pasta, e no próximo Chad sacava sua pistola e atingia Micah na parte de trás da cabeça.

Micah foi para baixo, saindo sangue do ferimento na cabeça. Os joelhos de Angelina dobraram, e ela caiu ao lado de Micah, suas mãos indo até os ombros.

“Oh meu Deus, o que você está fazendo?” Gritou para Chad.

Chad apontou a arma para Micah, os olhos tão frio que ela estremeceu.

“Levante, Angelina. Faça isso agora.”

“O que está errado com você? Preciso chamar uma ambulância. Você está louco?”

A constatação foi lenta para chegar, mas quando fez, bateu nela como uma marreta. O olhar dela ligou para a pasta aberta deitada ao lado de Micah no chão. Viu folhas limpas de papel. Não havia nada lá. Foi tudo um truque.

Olhou horrorizada para Chad. Náuseas borbulhavam no estômago. “Foi você,” ela sussurrou. “Você é o espreitador que tem vindo a perseguir-me.”

“Não é perseguição. Nunca perseguiu você.”

“Que infermo você chama isso, então?” Ela cuspir. “Você fez a minha vida um inferno. Vivia em constante medo. Tive que arrumar as malas e fugir no meio da noite.”

“Você deveria ter vindo para mim,” disse ele calmamente. “Cuidei bem de você. Por pouco tempo se inclinou sobre mim. Você devia ter visto que eu era perfeito para você.”

Oh, Jesus doce. Ele era louco. Estava fora de sua mente que sempre amou, e agora Micah estava deitado no chão com um ferimento na cabeça.

“Saia do caminho, Angelina. Não quero atirar em você acidentalmente enquanto atiro nele.”

Terror soprava seu peito, fazendo parar de respirar. Ele estava totalmente sério. Não havia nenhuma emoção, nenhuma reação nos olhos. Calmamente mataria Micah sem pensar duas vezes. A menos que pudesse detê-lo.

Ela levantou-se, tomando cuidado para manter seu corpo entre Chad e Micah. Seus joelhos tremeram, as palmas das mãos estavam suadas, e não respirava direito, ia vomitar.

“Por favor, não o mate, Chad,” disse ela na sua voz mais suave. “Vou com você. Vou ser o que quiser que eu seja. Podemos ficar juntos. Não vou brigar com você. Mas não o mate.”

Seus olhos estreitaram suspeitosamente quando olhou para ela, mas a arma nunca abaixou. “Tenho que confiar em você? Depois que me traiu, dormindo com ele? Você estava enfurnada aqui agindo como seu brinquedo sexual por várias semanas.”

“Não sabia que era você. Deve ter percebido que tinha uma paixão por você. Porque acha que fui a você pedir ajudar? Mas você me ignorou. Me tratou como uma irmã mais nova. Como a irmã de David. O que deveria pensar?”

“Por que você se importa com o que lhe aconteça, então?”

Angelina olhou para Micah e orou que ele ainda estivesse vivo, que podia comprar-lhe tempo suficiente.

“Ele era o melhor amigo de David. E se matá-lo, vai para a prisão por assassinato. Como podemos estar juntos, então? Você vai me deixar apenas como Micah me deixou, como David e Hannah me deixaram. Estou cansada de ser deixada para trás, Chad. Se você cuidar de mim como diz querer, então não vai me deixar.”

Seus olhos brilharam e ele abaixou a arma. Ela prendeu a respiração quando a tensão atou a barriga dela. Então ele fez um gesto em direção à porta.

“Vamos.”

“Preciso das minhas coisas. Minhas roupas. Está tudo lá em cima.”

Suspeitas em seus olhos brilharam de novo, e seu lábio ondulou para cima em um rosnado.

“Esqueça isso. Vou dar o que você precisa. Por enquanto, estamos saindo daqui.”

Engoliu de volta o terror absoluto que crescia em sua garganta, deu um passo adiante e fez-se não olhar para trás, em Micah. Iria enfurecer Chad, e ela precisava dele calmo, se já esperava escapar dele.

Ele a pegou pelo braço de modo áspero, com a mão livre, manteve a arma apontada para seu lado enquanto caminhavam para fora da Casa.

Luz solar abordou a sua visão e ela estremeceu, piscando afastado o brilho. Tropeçou quando a puxou para frente. Como isso poderia ser um dia tão lindo totalmente quando seu mundo inteiro tinha ido ao inferno em questão de segundos?

“Entre,” ordenou.

Ela estava perto do carro, porta aberta e tudo dentro dela recusou-se a entrar neste veículo.

Como policial que era, colocou a mão na cabeça dela e a empurrou para dentro do carro como se fosse uma criminosa que estava prendendo.

A magnitude de sua situação bateu em seu cérebro com a força de um furacão. Estava sendo sequestrada por um policial maluco. Louco ou não, era um bom policial. Seria difícil de encontrar. Sabia como policiais pensavam.

Ela segurou os lábios fechados para conter o desesperado gemido que ameaçava escapar.

Pense, Angelina. Mantenha a calma.

Chad deslizou ao seu lado, e para seu alívio a arma foi para o coldre, pelo menos. Para sua decepção, ele bateu um alça de algema ao redor do pulso e começou a fechar a outra para a sua.

“Apenas no caso de você ter alguma ideia estúpida,” disse ele enquanto puxou o braço para frente para que pudesse ligar o motor.

“Onde estamos indo?” Ela perguntou com uma calma falsa.

Ele dirigia na estrada, ignorando a pergunta dela. Havia determinação doente em seu rosto, e ela sabia que ninguém iria encontrá-los. Se fosse sair dessa viva, ia ter que fazer isso sozinha.

Calma real desceu sobre ela. Sua mente parou de gritar. Seu intestino foi amarrado na preocupação com Micah, e ela começou a pensar. Realmente pense.

Imagens de David lhe ensinado a autodefesa no ginásio veio à sua mente. Ficou em cima dela, fazendo-a repetir o movimento até que estava ferida e exausta.

Você pode vencer qualquer um, se usar a cabeça. Inteligência sempre vence a força. Não importa quão pequeno você seja ou como é grande o cara, você pode encontrar uma maneira de ganhar, Angelina. Você apenas tem que vencê-lo.

Chad levou por diante, obedecendo todos os limites de velocidade. Foi cuidadoso para não chamar a atenção para eles. Fez todas as paradas correta. Na verdade, parecia decididamente casual, um braço sobre o volante de forma indiferente. Ele acreditava firmemente que era invencível. Tinha ganhado.

Ele tinha chegado a menina.

Ou assim ele pensa.

De alguma forma, de alguma maneira, ela escaparia. Ela só rezou para que fizesse o mais cedo possível, antes que tivesse de suportar o que ele tinha em mente fazer com ela.

 

Micah acordou e foi imediatamente atacado por uma onda de dor tão intensa que ele amordaçou, o que só fez a dor em sua cabeça mais maligna.

Ele tentou forçar a si mesmo, mas seus braços e pernas não cooperavam. Ao lado dele, seu celular estava caido no chão, e olhava curiosamente para isso quado vacilou para tirar de fora de sua visão, tão embaçado que tinha de piscar para tentar trazê-lo de volta ao foco.

Então tudo voltou, afiado, como um relâmpago. Conhecimento explodiu em sua cabeça e ofegou contra a dor.

Angelina. Chad. Oh Deus.

Ele foi um idiota. Confiou na pessoa errada e agora Angelina iria pagar o preço.

Fechou os olhos e engoliu, obrigando-se a concentrar, para sacudir a náusea e a dor. Limpou a cabeça, e seus dedos saíram vermelhos e pegajosos com seu sangue.

Com as mãos tremendo, agarrou seu telefone celular, palavrões quando os botões não funcionaram direito. Apertou o botão de discagem rápida para Connor, porque sabia que não podia navegar através da agenda eletrônica para outro número.

“Ei, cara,” disse Connor, e Micah estremeceu quando a voz parecia muito alta para quebrar o crânio mais uma vez.

“Chad Devereaux,” Micah disse asperamente. “Ele tem Angelina. Veio aqui. Foi ele o tempo todo.”

“Whoa, espere. Primeiro, você está bem? Você parece machucado. O que diabos aconteceu?”

“Venha aqui,” Micah falou. “Preciso de você chamando a todos. Encontre o que puder sobre ele.”

“Estou indo,” disse Connor e a linha ficou muda.

Micah largou o telefone e inclinou a cabeça para trás, fechando os olhos quando uma agonia de um tipo diferente o inundou.

Pedaços de conversa entre Angelina e Chad voltou para ele. Ele entravam e saiam de sua consciência, mas já tinha ouvido ela concorda em ir com Chad, para Chad não matá-lo.

O medo e a raiva cortou violentamente em seu peito. O medo por ela. Raiva por Chad.

Ela tinha se entregado a um homem que a atormentava há um ano — para salvar Micah.

Eu te amo, Micah. Você não pode querer isso. Você pode não precisar de mim. Mas você sempre me teve. Isso não vem com qualquer corda ou expectativa. É dado livremente.

Suas palavras, bateram-lhe como uma tonelada de tijolos. Ela o amava e tinha acabado de se sacrificar por ele.

Ele tinha tido tanto medo de amar novamente, abrir-se ao tipo de dor que vinha com a perda de alguém. Amou profundamente Hannah, o tipo de amor que pensava sentir só uma vez na vida. E a perdeu. Não queria o amor de Angelina. Não queria formar um vínculo emocional com ela. Tinha a perdido de qualquer maneira.

Cale a boca. Você não perdeu ainda. Vá buscá-la de volta.

Ele caiu perto do sofá e em seguida, tentou se levantar sobre o cotovelo, colocando os braços sobre as almofadas e alavancando. Demorou mais do que tinha gostado, e se sentia como um maldito covarde, mas finalmente conseguiu-sair do chão.

Estou indo, menina Angel. Não desista. Estou vindo para você. Angelina olhou cansada quando Chad puxou para ainda mais esburacada estrada do sertão.

Estavam dirigindo há muito tempo. Ela tentou manter-se, para perceber os sinais de trânsito, pontos turísticos, mas tudo o que sabia era que tinha conduzido ao norte de Houston, e ele a levou em um verdadeiro labirinto de rotas e trilhas sem marcas, estradas gastas. Por fim, tinha certeza. Ele não era um homem que deixava nada ao acaso.

A estrada se estreitou e os bosques em redor ficaram mais densos, até que estavam seguindo o que parecia ser uma pista de avião abandonada e velha. No final, eles chegaram a uma casa de madeira velha que parecia que a floresta tentou engoli-la.

Arbustos nodosos cresceram aos lados. Duas árvores estendeiam seus ramos maciços em cima do telhado, mergulhando abaixo como se tivessem perfurando um buraco através.

A casa parecia intimidante. Parecia isolado. Como se não tivesse sido habitado por anos.

“Como você encontrou este lugar?” Perguntou desesperadamente.

“Passei muito tempo procurando, apenas o ponto certo depois que você saiu de Miami. Sabia que você ia acabar em Houston, mais cedo ou mais tarde. Você era tão transparente. Como uma cadela no cio depois de Hudson. Apenas tive que esperar para você aparecer.”

Ela fechou os olhos. Todo esse trabalho por nada. Sua previsibilidade e seu amor por Micah tinha sido sua queda final.

“O que você vai fazer comigo?” Ela perguntou calmamente. Tão calma que podia, quando na verdade estava com medo de morrer. Ele escolheu o lugar perfeito. Quem poderia encontrá-los aqui? Quem iria ouvir seus gritos? Ou um tiro?

Ele ignorou a pergunta dela e abriu a porta. Não muito gentilmente, puxou fora do lugar, forçando-a ao seu lado. Ainda presos pelos punhos, ela não tinha escolha, apenas o seguir ou ter seu braço arrancado. Ela estremeceu quando seus pés descalços bateram no chão e imediatamente pegou pelo menos três adesivos.

Ele a agarrou pelo braço e empurrou para frente, para a varanda deformada e, em seguida, ao interior.

Não havia eletricidade, provavelmente a água não corria. A casa tinha sido abandonada por anos.

Uma vez lá dentro, ele se atrapalhou com os punhos e os removeu, mas pegou sua arma do coldre e manteve-a em posição.

“Não seja estúpida. Vou atirar em você antes de dar três passos. Você me fez uma promessa. Agora vamos ver se você se entrega.”

“O que você quer que eu entregue, Chad? Disse que viria. Eu fiz. Disse que não lutaria. Não tenho. Agora me diga. O que devo fazer? O que quer que eu faça? Você me trouxe aqui para me matar? Porque basta atirar-me, como fez com Micah?”

Ele enrolou a mão em torno de sua camisa e puxou-a para si. Segurou a arma para seu rosto com a outra mão, e soprou seu hálito quente em seu rosto como ele fervia.

“Não me empurre, Angelina. Já estou chateado com você. Você fodeu comigo por mais de um ano, brincando, fazendo promessas que não tinha intenção de cumprir. Você é minha, agora. Não tenho mais de paciência.”

Ela se abriu para ele. O imbecil louco honestamente acreditou que ela de alguma forma o levava em alguma perseguição alegre. Fez sua vida um inferno, a forçou a deixar Miami e passar muitas horas cansativas correndo. Ele a drogou, aterrorizou os seus amigos e agora havia machucado Micah e a raptado.

Queria bater a merda nele, mas se forçou a ficar calma. Não tinha a vantagem... ainda. Não importa o que levou, ela tinha que jogar espertamente e esperar por sua chance.

“Sinto muito.”

Ela quase engasgou a dizer as palavras e realmente o som saiu sincera. Mas pareciam ter o efeito que ela estava indo. Ele soltou seu poder sobre ela e afastou-a.

Circulou pela sala, iluminado por velas. Era óbvio que tinha passado um tempo aqui e tudo estava tão organizado. Foi esta sua tentativa de sedução? Náuseas subiu em sua garganta. Como poderia suportá-lo, tocando-a?

Ele voltou para ela um momento depois, uma caixa na mão. Empurrou-a para ela e para seu espanto era um teste de gravidez feito em casa.

“O que é isso?”

“Entre no banheiro e tome isto. Agora. Tenho que saber. Quero saber com o que estou lidando. Se você está vindo para mim com o bebê de outro homem.”

“Chad, isso é ridículo. Uso o controle de natalidade.”

Foi a coisa errada a dizer. Seu rosto escureceu em uma máscara selvagem em seu lembrete de que ela tinha tido relações sexuais com outro homem.

“Não acredito nisso. Não sou o idiota de Hudson. Seu bebê será meu. Assim como você é minha. Agora vá para o banheiro.”

Ela tropeçou quando a empurrou para frente. Deus, isso foi uma loucura. Mais louco foi a preocupação do que aconteceria se ela estivesse realmente grávida. Freneticamente, procurou na sua memória seu último período. Não conseguia pensar. Há quanto tempo ela estava aqui? Se tinha tomado todas as pílulas? Se tinha perdido alguma? Será que Chad examinaria, se ela estivesse grávida?

Ele estava na porta e acendeu duas velas em cima do balcão pequeno. Junto com o filete de sol do corredor, a luz era suficiente para ela ver.

“Você vai assistir?” Ela perguntou. “Não mereço um pouco de privacidade?”

“Não fale comigo sobre o que você merece,” ele sibilou. “Faça o teste de droga. Não vou deixar você fora da minha vista.”

Recusando-se a deixá-lo ver sua humilhação, se atrapalhou com seu jeans e deu o seu melhor para proteger as partes do corpo que podia. Ele puxou a caixa do balcão e abriu-a.

Empurrou o pacote para ela, e ela pegou, rezando que pudesse fazer xixi.

Depois de vários longos momentos, ela conseguiu o suficiente para cumprir as instruções de teste.

Quando ela colocou o teste em cima do balcão para que pudesse se limpar e obter-lhe as calças para cima, ele tomou, enrolando a mão ao redor do tubo de plástico.

“Leva cinco minutos,” ela murmurou.

“Vá para o outro quarto,” ele ordenou.

Entrou na frente dele, de volta para a sala. Apesar do calor da tarde, um frio sussurrou sobre sua pele. Estava com medo. Mais assustada do que alguma vez tinha sido em sua vida. Como você argumenta com alguém que claramente tinha perdido qualquer noção da realidade, se alguma vez teve?

“Por que você não apenas me diz?” Perguntou ela.

Parecia clichê, a coisa toda de tentar conseguir seu captor falasse, mas sua mente tinha desligado, e ela precisava de tempo para descobrir uma maneira de sair dessa bagunça.

“Dizer o quê?” ele vociferou.

“Seus sentimentos. Que você me queria. Nunca disse uma palavra. Confiei em você, Chad. Fui a você para pedir ajuda quando comecei a receber todas as notas assustadoras. Pensei que você se importava, mas era você o tempo todo.”

Parecia adiar por sua franqueza, como se fizesse um ponto muito válido e ele estava em uma perda a respeito de como responder.

Então seus olhos se estreitaram e raiva ferveu nele em ondas.

“Eu fui para David.”

“O quê? Chad, ele está morto há três anos.”

“Antes. Fui a ele antes. Muito tempo antes. Quando você tinha dezesseis anos. Eu lhe disse que queria você. Pedi a sua bênção. Disse-me que se alguma vez chegasse perto de você, ele me mataria com as próprias mãos.”

Suas mãos tremiam, e ela observava nervosamente enquanto os seus dedos apertaram a arma em resposta.

“Ele teve a coragem de agir como se eu fosse alguma merda, não bom o suficiente para você. Ele assustou-me. Completamente perdi a calma.”

“Eu tinha dezesseis anos,” disse ela suavemente. “Claro que ele pirou. O que você faria se um cara muito mais velho começasse a prestar atenção a sua irmã de dezesseis anos de idade?”

“Ele disse nunca,” rosnou o Chad. “Sempre te amei. Sempre. Esperei. Esperei até fazer vinte. Fiz a coisa certa. Em vez de ir para você, tentando escapar ao seu redor, eu me aproximei dele como um homem. Disse-lhe as minhas intenções. Disse a ele que te queria.”

Angelina prendeu a respiração. Estava bem e verdadeiramente obcecado. Ele se via como a vítima. Para ele não havia feito nada errado. Ele olhou para o teste na mão, e Angelina prendeu a respiração quando o jogou por toda a sala, estilhaçando na parede.

“Sua vagabunda! Você prostituta do caralho. Você fez isso de propósito. Você fez isso pensando que se ficasse grávida eu não iria querer você. Você não acha que eu sou bom o suficiente, não é?”

Oh Deus. Os joelhos dela dobraram e ela foi ao chão, segurando a barriga com os dois braços. Grávida. Lágrimas brotaram nos olhos dela. Ele nunca a deixaria viva. Ela nunca deixaria que ele a tocasse.

Isso tudo mudou. Ela não só tinha que se proteger, tinha que proteger seu bebê.

Ele se lançou para ela, agarrou seus cabelos e puxou dolorosamente. Cuspe bateu no rosto dela enquanto se enfurecia com ela.

“Vou me livrar dele. Assim como me livrei de David. Não vou deixar se safar dessa. Você é minha.”

Ela ficou fria. “O que você disse?”

Deixou cair o cabelo dela e indiretamente em toda a sua boca. O gosto de sangue explodiu na sua língua, e ela cambaleou longe, segurando seu lábio cortado.

Ela arrastou-se, fúria em suas veias como o ácido. Queimando. Comendo.

“Que inferno você fez para David?” ela sibilou.

“Eu me livrei dele e sua amante cadela. Tinha um inferno de muita coragem pensando que eu não era suficientemente bom para você quando ele era amigado com Micah e sua esposa. Vocês precisavam ser removidos dessa situação. Eles não eram um bom exemplo para você.”

Lágrimas de raiva escorreram de suas bochechas. “Eles morreram em um acidente de carro.”

“Estúpida. Quem você acha que causou o acidente?”

Ela esqueceu toda a cautela. Sobre a preservação. Sobre a paciência e esperar o momento certo. Atacou-o e levou-a diretamente seu joelho nas bolas. Ele caiu de joelhos, a arma fez barulho pelo chão quando a deixou cair. Ambas as mãos foram para sua virilha e dobrou de dor.

Ela deu um soco e um soco no olho, e quando a cabeça recuou, ela apontou que diretamente na garganta.

Ele desceu duro, e ela não perdeu tempo trancando a porta. Agarrou o tornozelo e puxou. Ela bateu no chão com força suficiente para bater fora a respiração. Ele reviro, e ela veio para cima em de luta.

Ela desembarcou outro soco no rosto antes que ele agarrasse seus pulsos e puxou os braços acima da cabeça. De jeito nenhum. De maneira nenhuma ela cairia tão fácil.

Ela arqueou as costas e bateu com o joelho em sua virilha novamente. Ele conseguiu se esquivar desta vez, mas ela ainda bateu onde doeu.

“Puta! Maldita. Você prometeu não brigar comigo.”

“Idiota, acreditou em mim.”

Quando se inclinou para beijá-la, ela recuou e então bateu no nariz. O sangue jorrou como um gêiser, destroçando sua camisa. Ele soltou sua presa suficiente para que ela caisse livre, e rolou, socos e pontapés por tudo que conseguia acertar.

Ela chutava com seus pés, mas ele ganhou o seu também. Lançou-se e ela se esquivou, mas a segurou na cintura e ambos foram ao chão, tendo seu o peso sobre o dela.

O medo que seu bebê machucasse. Ela tinha que acabar com isso rápido ou ele mataria seu bebê.

Seja esperta. Use sua cabeça. Você pode bater no seu adversário, não importa quão grande ou dizer que ele é.

Ela relaxou e ficou completamente imóvel. Em sua surpresa, Chad afrouxou o aperto, e seus olhos se estreitaram em suspeita. Esperou até que ele pegou a camisa e, em seguida, enfiou os dedos nos olhos desprotegidos.

Ele urrou de dor e raiva. Ela empurrou com toda sua força e ele caiu fora. A arma. Estava caido a poucos metros de distância.

Ela mergulhou para isso, com as mãos sobre o cabo.

Chad pousou sobre ela, prendendo a respiração dela. Ela sentiu um pop em suas costelas e a dor explodiu através de seu peito. Eles lutavam, rolando enquanto ela segurava a pistola. Suas mãos agarraram a dela cruelmente, apertando até que ela pensou que seus ossos certamente quebrariam, mas ela não o deixou ir.

Eles lutaram pelo controle, os seus corpos pendurados rolando mais e mais. Ela estava lutando por sua vida e a de seu filho. Ela lutou por David e Hannah. E por todos que ela e Micah haviam perdido.

Uma forte explosão sacudiu seus ouvidos, e dor queimou através de seu ombro. Ela foi acertada a vários metros para trás e o fogo lambeu o braço, ardente, quente, insuportável. Deus a ajudasse, ele atirou nela.

Ele subiu em cima dela, abrangendo o seu corpo enquanto seu sangue fluia para o chão. Ela viu a intenção em seus olhos e sabia que a menos que encontrasse uma forma de sobreviver, seu rosto seria a última coisa que veria.

Sussurrando uma súplica a Deus, David e Hannah, que velasse por ela, então fez sua última aposta.

Talvez Chad achasse que ela estava perdida. Talvez não achava que ela era uma ameaça por mais tempo. Foi o seu erro. Ignorando a agonia de qualquer movimento de seu braço, ela puxou a pistola de seu coldre com as duas mãos. Antes que ele pudesse reagir, bateu com o cabo em seu rosto, quebrando o nariz, que já estava danificado de sua cabeçada.

Ele caiu para trás, caindo no chão com um baque. Ela ficou lá um segundo tempo, arfando para respirar. Estava com a cabeça leve e a sala girando loucamente ao seu redor. Dificuldade para respirar, lutou para levantar, só para ver Chade imóvel em frente a ela.

As algemas. Ela não podia perder a chance e ele acordasse. Não era possível ter outra chance depois que ela fez. Não seria capaz de segurá-lo novamente.

Prata reluzia à luz das velas, e viu as algemas do outro lado da sala, jogadas descuidadamente de lado quando libertou antes.

Ela se arrastou e agarrou, as mãos tremeram violentamente.

Basta algemá-lo ele não poderia fazer mais nada. Tinha que incapacitá-lo. Rapidamente algemou um pulso e depois rolou para que ele se deitasse de bruços. Puxou os braços ao redor e então fixou o outro pulso.

Corda. Ela viu a corda, quando entrou, mas aonde? Procurou pela sala freneticamente e depois lembrou que estava na varanda da frente. Esperando que fosse resistente e não estivesse podre e desgastada, cambaleou para obtê-la, ignorando o sangue que escorria de sua ferida de bala.

Chamando a força que não sabia que tinha, enrolou a corda em torno de seus tornozelos e, em seguida, puxou até as pernas dobradas para trás, e seu corpo foi preso, de barriga. Amarrou a corda firmemente nos punhos como podia, amarrando e prendendo novamente até que estava dobrado em um ângulo impossível, braços e pernas amarradas para trás dele.

Chaves. Onde ele colocou as chaves? Primeiro, coisas importantes. Tinha que parar o sangramento. Correu para a cozinha e remexeu as gavetas até que encontrou alguns panos velhos. O melhor que podia com uma das mãos, formou um curativo, mas o sangue imergia através deles.

Ela colocou a arma na cintura da calça jeans e saiu em busca das chaves. Frustração comeu quando ela deu em nada. Procurou os bolsos, a sala de estar, mesmo no banheiro. Não havia deixado no carro. Sabia muito. Um gemido subiu por toda a sala, e ela entrou em pânico. Puxou a arma e facilitou mais, apontando o cano para baixo, enquanto ele gemia de novo e tentou mover-se.

Raiva. Fúria em brasa desceu. Sua mão tremia e seu dedo enrolou ao redor do gatilho. Ela poderia matá-lo. Bem aqui, agora. Ninguém poderia culpá-la. Ninguém jamais saberia que não havia sido feito no calor da luta. Podia atirar nele e depois desamarrar e deixá-lo morrer. Merecia morrer como um animal baleado no intestino. Lenta e dolorosa. Fazendo-o sofrer. Basta fazer.

A voz sussurrou em seus ouvidos. Ela foi tentada, de certa forma tentada. Ele tinha levado tudo dela. De Micah. Tentou matar seu bebê. Ele não merecia viver.

Lágrimas encheram os olhos e enxugou-os, deixando o sangue pegajoso.

Ela abaixou a arma e se virou. Não. David lhe tinha ensinado a valorizar a vida. Nunca ia querer que ela matasse outro ser humano. Deixou a casa, tropeçando pelos degraus, a arma mais uma vez preso em seu jeans.

Telefone celular. Telefone celular de Chad. Ele tinha deixado no banco do carro.

Arrancou a porta aberta e olhou novamente para as chaves, embora ela tivesse visto trazê-los para dentro. Pegou o telefone e fechou a porta.

De dentro da casa, ouviu Chad maldiçoar e, em seguida, gritar com ela. Chamou-lhe um rosário de nomes e prometeu matá-la se colocasse as mãos sobre ela de novo.

Ela não precisava ficar ali, se virou e correu para baixo da estrada que havia dirigido.

 

Micah passeou pelo interior da sala de reuniões do Departamento de Policia de Houston. Estava prestes a sair de sua mente. Nathan, Gray e Connor até Damon estavam reunidos junto com vários detetives.

Eles haviam rastreado durante a vida inteira de Chad, seus movimentos monitorados por recibos de cartão de crédito, sabia onde ele tinha ficado em Houston, e quando tirou licença da Polícia de Miami.

Micah se culpou. O gosto amargo de culpa foi esmagadora. Como não poderia ter visto que o amigo era maluco? Inferno, eles trabalharam juntos por anos. Nada jamais o fez suspeitar que Chad estava fora de sua mente.

Ele tornou inteiramente demasiado fácil para Chad chegar a Angelina. Ele não conseguiu protegê-la, em seguida, exatamente como tinha falhado com ela agora.

Seu celular tocou e abriu o aparelho na mão. Congelou, enquanto olhava para o número no visor.

“É ele,” vociferou.

O silêncio caiu, e um dos detetives lhe fez sinal para a mesa.

“Coloque-o no altofalante,” disse voltado para Micah.

Micah apertou o botão e resmungou ao telefone. “Onde está ela, seu filho de uma cadela?”

Houve um momento de hesitação e então a voz de Angelina estremeceu por toda a sala.

“Micah?”

Medo explodiu sobre ele. Ele pegou o telefone, mesmo que ainda estivesse no altofalante.

Ele precisava de estar mais perto de sua voz.

“Angel? Angel, bebê. Estou aqui. Onde você está? Você está bem?” Sua respiração saiu em um baixo soluço, e ela parecia sem fôlego e com medo de sua mente.

“Não sei onde estou. Preciso de ajuda, mas não sei onde estou.”

O desespero na voz dela assustou até a morte.

“Certo, bebê, fique calma um minuto. Onde está Chad? Ele está aí?”

“Deixei ele na casa,” disse ela baixinho. “Eu o algemei e amarrei suas pernas e braços para que não pudesse vir atrás de mim.”

Atordoado com as expressões que conhecia. A boca do detetive caiu aberta. “Porra.”

Micah ignorou, seu foco apenas em Angelina. “Boa menina. Você se afastou dele. Agora me diga onde está para que eu possa ir buscá-la.”

Outro soluço caiu através do telefone. “Eu não sei. Tenho andado, mas não vejo nenhum sinal e vai ficar escuro em breve. Ele... ele atirou em mim.”

Todo o sangue drenou de seu rosto. Caiu em uma cadeira ainda segurando o telefone ao ouvido. Oh Deus.

“Como é ruim?” Ele perguntou, tentando manter a calma quando o seu coração estava pronto para bater o peito.

“Meu braço. Ou meu ombro. Não tenho certeza. Doi. Perdi muito sangue.”

Sua voz soou mais fraca.

“Angel, Angel, bebê, me escute. Quero que você encontre um lugar para sentar. Preciso de você para poupar a sua força para que possa nos ajudar a encontrá-la.”

Não havia barulho de vento, um gemido leve e depois o silêncio.

“Angel. Angel! Fique comigo. Preciso de você para ficar comigo,” suplicou ele.

“Quem é o provedor do celular?” O detetive chefe sussurrou em voz alta. “Nós podemos tentar travar sua localização. Preciso do número do celular.”

Micah levantou um dedo. Sua primeira prioridade era fazer Angelina se falr na linha.

“Angel, fale comigo.”

“Estou aqui”, disse ela baixinho.

“Vou precisar de apenas um segundo. Não vá a lugar nenhum. Promete.”

“Certo,” ela sussurrou.

Ele segurou o telefone longe e anotou o número para o detetive. ”A mantenha falando,” disse a Micah. “Mande-a nos dizer sobre sua localização como quando seja possível.”

“Angel, você sabe que direção ele tomou?”

“Norte,” disse ela após uma breve hesitação. “Tomou a Estrada 146. Depois que tomou de volta outras estradas. Estradas rurais, sujeira, só que não eram demarcadas. Ele me levou para uma casa abandonada no final de uma das estradas. As madeiras são grossas aqui.”

“Certo, Angel, não se preocupe. Nós estamos trabalhando nisso,” disse ele calmamente. “Você já parou o sangramento? Como é está ruim?”

“Estou grávida,” ela desabafou. “Ele me fez fazer um teste de gravidez.”

As lágrimas eram grossas em sua voz. “Ele estava tão furioso. Eu sabia que tinha que proteger o meu bebê.”

Micah colocou o telefone sobre a mesa e cobriu o rosto com as mãos.

Alguém colocou uma mão em seu ombro, mas ele não olhou para cima.

“Angelina, você pode me ouvir?” O detetive disse em voz alta.

“Eu ouço você,” disse ela, em apenas um sussurro.

“Meu nome é Detetive Sanchez. Estou aqui com Micah. Nós vamos encontrá-la. Preciso que você acredite nisso. Você e seu bebê vão ficar bem.”

“Eu posso pegar ter um helicóptero no ar,” disse Damon. “Dois, três, o que precisamos. Podemos utilizar a via última estrada conhecida como ponto de partida.”

“Não vou parar,” disse Sanchez. “Tenho Carol trabalhando na obtenção de uma localização pelo sinal do celular. Se nós podemos apenas ter uma torre perto, vai estreitar o campo de busca.”

“Micah?”

Micah levantou a cabeça. “Estou aqui, bebê. Aqui mesmo. Nós estamos indo por você.”

“Deveria continuar me movendo,” disse ela.

“Não!” Micah protestou. “Poupe sua força. Nós vamos por você.”

“Preciso ficar acordada. Me sinto tão sonolenta agora. Estou com frio. Tenho medo de fechar meus olhos.”

Oh Deus. Lágrimas e um nó formou na garganta de Micah. “Mantenha-se movendo então, menina Angel. Mas vá devagar. Não se machuque.”

O ruído do vento parou e a linha ficou estranhamente silenciosa.

“Angel?”

Silêncio saudou sua demanda.

“Angel? Porra!”

Ele olhou para baixo para ver a linha tinha sido desconectada. Ele apertou o botão para reconectar a chamada, mas foi direto para o correio de voz.

“Filho de uma cadela!”

“Nós vamos encontrá-la, Micah.”

Micah olhou para cima para ver Connor em pé sobre a mesa, apoiando as mãos na superfície quando se inclinou para frente.

Nathan, Gray e Damon estavam ao seu lado, suas expressões sombrias, mas obstinados.

“Nós podemos nos espalhar. Faz apenas algumas horas. Ele não poderia ter ido longe demais,” disse Gray.

“Vou notificar o departamento do xerife do Condado de Liberty e mandá-los para fora olhar,” Sanchez disse. Então ele olhou para Damon. “Quão rápido você pode obter os helicópteros no ar?”

Em resposta, Damon capotou seu celular aberto e começou a latir ordens e instruções.

Micah ficou de pé, segurando o telefone, o polegar pressionando o botão de ligar novamente. Connor pôs a mão para detê-lo quando ele ia sair da sala.

Micah encolheu. “Não,” ele mordeu para fora. “Não diga nada. É o meu filho e Angelina lá fora. Eu estou indo.”

“Vou dirigir,” disse Connor. “Você não está em condições.”

Antes que Micah pudesse protestar, Connor balançou a cabeça. “É preciso continuar a tentar recuperá-la no telefone. Eu vou dirigir.”

Micah balançou a cabeça, ignorando a britadeira indo em sua cabeça. “Vamos lá então.”

 

Micah oscilava dentro e fora da consciência. Sentia a cabeça como se alguém tivesse estalado como uma uva. Mas se forçou a permanecer o mais concentrado possível. Angelina estava lá fora. Ferida, assustada e sozinha.

“Faz horas,” disse Micah com voz rouca. “Por que inferno não a encontramos ainda? Por que não posso falar com ela ao telefone?”

Connor agarrou o volante quando virou para outra estrada de terra que levava a lugar nenhum.

“Continue tentando, cara. Deve haver sinal aqui. Se estamos nos movendo e ela está se movendo, mais cedo ou mais tarde vamos achá-la.”

“Se ela ainda está em movimento. Ela levou um tiro. Sabe Deus mais o quê.”

Micah passou a mão pelo cabelo, fazendo uma careta quando seus dedos passaram por cima da ferida atrás da orelha.

Onde ela estava?

Damon tinha três de seus helicópteros da companhia no ar, um médico e outros procurando em cada parte do chão. Estreitaram o raio de procura graças ao rastro de um telefonema de Angelina, mas existia ainda uma área larga para procurar.

Micah socou o botão de enviar novamente, mesmo examinando o caminho a seguir. Demorou um segundo para perceber que a chamada não tinha ido imediatamente para o correio de voz. Puxou o telefone à orelha, sua pulsação acelerada quando o ouviu tocar.

Vamos. Vamos. Responda. Vamos, bebê.

Parou de tocar, e ouviu distorção.

“Angelina!” ele gritou. “Você pode me ouvir? Você está aí?”

“Micah.”

Sua voz sussurrante macia, fina e cansada, se aproximou da linha. Ele quase chorou de alívio.

“Bebê, fale comigo. Você já tem noção de sua localização? Como você está fazendo?”

Forçou-se para reduzir as perguntas antes que ela subjugasse. Connor olhou de soslaio para Micah, suas mãos segurando o volante apertado.

“Estou cansada.”

“Eu sei, menina Angel. Eu sei. Assim que encontrar, prometo que você pode dormir por uma semana. Agora me fale sobre o que a rodeia.”

“Não é tão pesado agora,” disse ela. “Estou ao lado de um campo aberto, não há casas. Nenhum carro. Estou andando em círculos?”

Micah fechou os olhos e beliscou a ponta do nariz entre os dedos.

“Pergunte a ela sobre helicópteros,” disse Connor.

“Angel, você já ouviu qualquer helicópteros? Por perto?”

Houve uma hesitação.

“Pensei ter ouvido um a um tempo atrás, mas não parece perto.”

“Quero que você fique no telefone comigo, certo? Apenas continue falando e continue caminhando.”

“Micah, eu vejo um sinal lá na frente!”

Seu coração começou a martelar em dobro.

“Tome seu tempo. Não se apresse. Quando você chegar perto o suficiente para ver, me diga o que vê.”

Connor pegou o telefone, pronto para chamar Damon com as informações que pudesse retransmitir para os helicópteros e os outros no chão.

Micah podia ouvir sua respiração áspera soprando através do telefone. Ele tinha medo de perguntar a ela sobre o sangramento, e, tanto quanto queria, não se atreveu a trazer o bebê. Tinha um nó do tamanho de uma bola de futebol em seu intestino, desde que ela lançou a bomba sobre Chad forçando-a a fazer um teste de gravidez.

“Moss Hill. Ela diz Moss Hill”.

Micah virou-se para Connor, uma pergunta nos olhos. “Ela disse Moss Hill. Onde diabos é isso?”

Connor levantou um dedo, quando rapidamente passou a informação ao telefone que Angelina lhes tinha dado.

“Micah, há um carro vindo,” disse Angelina. “Eles vão me ver. Eles têm que me ver.”

“Não! Angel, fique fora da estrada.”

Ele ouviu a voz dela, leve como se tivesse puxado o telefone longe do ouvido dela. O som de um veículo, distante no início e depois mais alto, derramado através do telefone.

Enrolando a mão em torno do telefone celular e amaldiçoando longo e difícil.

Não foi abafada a conversa. Uma voz de homem e depois de Angelina, mas ele não conseguia entender o que estava sendo dito.

Finalmente Angelina voltou na linha.

“Micah?”

“Estou aqui, bebê. Fale comigo. Diga-me o que está acontecendo.”

“Esse homem disse que vai me ajudar.”

“Ponha-o na linha,” Micah exigiu.

“Hum, Olá?”

O homem parecia mais velho e preocupado.

“Meu nome é Micah Hudson. Estou à procura de Angelina, a mulher que parou para ajudar. Preciso de você para me dizer sua localização exata.”

“Ela está ferida, muito mau, senhor. Acho que deveria levá-la ao hospital. Existe uma grande quantidade de sangue.”

Micah soltou o fôlego para tentar amenizar a dor inchando na barriga.

“Não,” ele disse calmamente. “Diga-me onde você está. Temos helicópteros perto. Podemos levá-la ao hospital muito mais rápido e cada segundo conta. Coloque-a dentro de seu veículo e a mantenha aquecida até chegarmos ai.”

Angelina deitou do outro lado, na cabine estendida do caminhão, tremores apareceram mesmo com o aquecedor em ar quente. Ela não estava realmente fria. Longe disso — o homem que havia parado para ela estava fora do caminhão para fugir do calor, embora enfiasse a cabeça regularmente.

Ela pensou que provavelmente estava preocupado que ela ia morrer com ele.

Às vezes ela também estava preocupada com isso.

Ela acordava e dormia, mas não tinha certeza se era uma perda real da consciência, ou se simplesmente adormecia e acordava em diferentes intervalos.

A dor tinha anestesiado, e tudo o que sentiu era um frio atravessando profundamente nos ossos. Essa perda de dor a preocupava. Seu corpo devia estar gritando, mas parecia que tornou-se menos conscientes de seus ferimentos e seu entorno com cada minuto que passa.

Micah estava chegando para ela. Ela estaria bem.

Piscou contra as lágrimas repentinas e, em seguida, fechou os olhos enquanto as lágrimas caíram-lhe pelo rosto, aquecendo a sua pele fria. Micah tinha perdido muito por causa dela. Por causa da obsessão de um homem.

Olhando para trás, lá não parecia haver muita diferença entre a preocupação de Chad com ela e sua fixação no próprio Micah.

Sem dúvida, na mente doentia de Chad ele não era capaz de fazê-la mal, quer, e tudo o que fez, fez por amor.

Náuseas cozinhavam como ácido no estômago.

“Senhora? Você ainda está acordada?”

A voz preocupada do estranho penetrou na cabine.

“Há um helicóptero aterrissando. Acho que vem por você. Descendo essa coisa na estrada. Maldição, nunca vi uma coisa assim. Alguém está chegando para o outro lado também. Acho que o resgate finalmente chegou.”

Ela fechou os olhos e estremeceu de alívio, apesar do calor sufocante dentro do caminhão. Mais uma vez vagou. O que parecia apenas alguns segundos depois, ela ouviu a porta abrindo. Uma brisa arrepiou os cabelos e, em seguida, uma mão tocou seu rosto, alisando delicadamente sobre a pele.

Ela despertou, os olhos abertos esvoaçantes. A face de Micah estava perto dela, queimando brilhantemente de preocupação em seus olhos.

“Oi,” ele disse suavemente.

Ela tentou sorrir, mas só tomou muito esforço. Em vez disso, soltou e parou de lutar contra a escuridão que ameaçava. Micah estava aqui agora. Ele não ia deixar que nada acontecesse com ela.

Micah viu fechar os olhos e uma onda de pânico quase o aleijou. Enfiava os dedos em seu pescoço, procurando um pulso. Quando sentiu o leve tamborilar, quase se derreteu em esperança.

Ele se inclinou para fora do caminhão e acenou freneticamente para o médico sair do helicóptero. Quando olhou de volta para Angelina, verificou pela primeira vez o quão ruim que parecia.

Sua camisa estava banhada em sangue, embora a maioria parecia ter secado. Isso era uma coisa boa, certo? Sua boca estava inchada, e correu o polegar sobre o corte bruto. Bastardo havia batido nela. Duro.

Ele tentou puxar sua camisa longe de seu ombro para que pudesse ver a ferida, mas ficou preso em sua pele através do sangue seco, e a última coisa que ele queria era fazer com que começasse a sangrar novamente.

“O que temos?” o médico gritou atrás dele.

Micah moveu de volta para fora do caminho, embora ficasse apenas a um passo de distância.

“Ela me disse que ele atirou no ombro. Parece que a agrediu muito também.”

“Temos de tirá-la do caminhão e levá-la até o helicóptero,” disse o médico. “Preciso de equipamentos. Este não é o meu passeio habitual, mas o Sr. Roche precisava de mim tão rápido, que peguei minha bolsa e subiu a bordo.”

“Aprecio você ter vindo tão rápido,” disse Micah. “Vou ajudá-lo a levá-la ao helicóptero.”

“Vou pegar sob seus ombros e puxar. Você pegue os pés quando e certifique-se de não empurrar. Como não tenho certeza de que estamos lidando, não quero ter uma chance de agravar qualquer ferimentos que não conhecemos.”

Micah assentiu e, em seguida, engoliu. “Olha, você precisa saber... Ela está grávida.”

O médico fez uma careta. “Quão longe, você sabe?”

Micah calculou mentalmente as possibilidades. Tinha que ter sido a primeira vez. A noite na Casa quando ele tinha tudo, mas a estuprou. Ele queria vomitar. “Não é possível ser mais do que algumas semanas no máximo.”

“Certo, estarei certo de colocar no meu relatório para o hospital saber. Vamos tirá-la daqui.”

O médico pegou sob seus ombros e puxou-a suavemente para fora. Micah avançou e enfiou os braços sob seus joelhos, e os dois manobraram para fora do caminhão.

Connor estava presente vom o velho que tinha parado para Angelina e os dois estavam em sérias discussões.

“Há espaço para mim no helicóptero?” Micah gritou enquanto se aproximava dos que esperavam no helicóptero.

“Vai estar apertado, mas você deve se ajustar.”

“Deixe-me dizer ao meu amigo que vou junto. Não saia sem mim. Eu estarei de volta.”

O médico balançou a cabeça quando ele e Micah colocaram Angelina deitada de costas no chão do helicóptero. O médico pulou ao lado dela e pegou sua bolsa quando Micah virou-se para Connor.

Ele correu até onde Connor estava falando com o homem, tanto em silhueta no feixe dos faróis de Connor.

“Estou montando junto com ela,” disse a Connor. Então ele virou-se para o velho. “Não posso lhe agradecer o suficiente, senhor.”

O homem concordou e abaixou um pouco autoconsciente. “Não podia passar direto com aquela menina precisando de tanta ajuda. Espero que ela esteja bem.”

Micah estendeu a mão para apertar a do homem, então ele acenou para Connor e começou a sair.

“Hospital?” Connor perguntou.

“Eu nem tenho certeza. Ligue para Damon. Ele vai saber.”

“Certo, encontrarei você lá.”

Micah assentiu e correu de volta para o helicóptero. O piloto fez um gesto para entrar na frente. Relutantemente, Micah deixou os cuidados de Angelina com o médico e subiu a bordo.

Angelina acordou desorientada um instante. Branco. Tudo era branco e duro. Doia os olhos dela e rapidamente fechou novamente.

A segunda coisa que registrou foi o cheiro. E então a dor. Entorpecida, não totalmente, mas persistente, distante.

Alivio. Se ela estava dolorida, não poderia estar morta. Agora que estava certa de que estava viva, a dor poderia ir embora, muito obrigado.

Abriu a boca para pedir que a dor fosse embora, mas sua voz não cooperava. Ela tossiu. Grande erro. Um gemido escapou. Um lamentável gemido, mas pelo menos ela não tinha perdido todas as suas capacidades vocais.

“Angel? Bebê, você está acordada?”

Ela por acaso deu outra olhada, quebrando um olho aberto, e viu Micah sobre sua cama, com os olhos tão preocupados que queria tranquilizá-lo.

“Luz,” ela resmungou. “Machuca.”

“Desculpe,” disse.

Ela fechou os olhos novamente até que ele voltou, tocando seu rosto com a mão timidamente.

“Você pode abrir agora.”

Ela abriu os olhos e encontrou o escuro muito mais reconfortante. Seu contorno se tornou visível quando ele acendeu a luz do banheiro. Ela piscou para a explosão repentina, mas depois ele fechou a porta para que só brilhasse um brilho tênue completamente.

“Onde estou?” Ela perguntou com voz rouca quando voltou para a cama.

Ele sentou em uma cadeira perto da cabeça dela e tocava o rosto com uma mão suave.

“Você está no hospital. Não se lembra de nada? A tiveram na Sala de Emergência por um bom tempo. O ferimento a bala não foi tão grave que eles te moveram para o quarto. Você quebrou algumas costelas, porém, e querem te observar você por alguns dias.”

Ela lambeu os lábios secos. “O bebê?”

Ela não conseguia olhar para ele quando fez a pergunta. A gravidez foi um choque enorme para ela. Só podia imaginar o que a notícia lhe tinha feito.

Ele cutucou o queixo, ainda acariciando sua bochecha com um dedo.

“O bebê está bem agora. Eles fizeram o trabalho de laboratório para confirmar a gravidez, e disseram que seus níveis de HCG eram normais.”

Medo cortava o peito. “Agora?”

“Shh, Desculpa. Escolha ruim de palavras. Você está grávida. Eu só quis dizer que temos de tomar cuidado. Você passou por um inferno de um lote.”

Você ainda pode abortar.

Ela ouviu as palavras, tão certo como se ele tivesse as dito.

Caiu em seu travesseiro, dor batendo um pouco mais ferozmente através de seu ombro. Tomou uma respiração profunda e imediatamente se arrependeu. Incêndio inchou através de seu tórax. Lágrimas deslizavam pelo seu rosto enquanto ela ofegava.

Micah rosnou e puxou sua mão em seu rosto. “Deixe-me chamar a enfermeira. Ela pode dar-lhe algo para a dor.”

Apertou o botão de chamada, e quando não conseguiu uma resposta imediata, abruptamente se levantou e caminhou para fora da porta. Poucos minutos depois, retornou com uma enfermeira no reboque.

Angelina agradeceu estendendo seu braço bom com a veia de IV na mão para a enfermeira para lhe dar a injeção. Quando foi feito, a enfermeira afagou suavemente no braço.

“Tente descansar um pouco, querida. Volto para verificar mais tarde.”

“Tenho tantas perguntas,” Angelina murmurou quando a enfermeira tinha ido. “Tanta coisa para dizer.”

Micah se inclinou e beijou sua testa. Sua respiração gaguejou desigual sobre a pele como se seu controle estivesse por um fio fino.

“Vamos conversar mais tarde, menina Angel. Nós temos todo o tempo do mundo. Agora você precisa descansar e ficar melhor.”

“Fique comigo,” disse ela.

A droga funcionou através de suas veias, deixando em seu rastro doce alívio e letargia.

“Não vou a lugar nenhum.”

“Abraça-me?”

“Desejo que pudesse, bebê. Não quero te machucar.”

“Não vai doer. Há espaço. Posso mover um pouco.”

“Não! Não,” ele disse em uma voz mais suave. “Fique onde está. Vou conseguir.”

Ela prendeu a respiração quando acomodou-se devagar ao lado dela, mas não deveria ter se preocupado. Ele teve o cuidado de tal forma que ela se sentiu mal quando aconchegou perto.

Desajeitado, ele colocou seu braço sobre sua cintura, suas costelas inferiores feridas.

“Esta tudo bem?” ele perguntou.

Ela assentiu com a cabeça contra o peito dele e acariciou sua bochecha contra sua camisa. Não custa sonhar um pouco mais. Os sonhos eram um porto seguro contra a dor e sofrimento. Por enquanto apenas um pouco que ela pudesse escapar, porque quando acordasse, teria que deixar ir Micah.

 

Micah estava ao lado de Angelina, ouvindo-a respirar. Havia se aconhegado tão logo ele subiu na cama com ela, e não se atreveu a sair agora por medo de perturbá-la.

Além disso, ele gostava de segurá-la. Ele precisava segurá-la. Tinha chegado tão perto de perdê-la.

Com cuidado, moveu a mão dela para trás, deslizando sobre seus quadris e, em seguida, na baixa da barriga. Ele colocou a mão logo acima da sua pélvis, onde o bebê — o bebê — era abrigado.

Esse conhecimento o fez explodir. Seu bebê. A vida criada por ele e Angelina. Parte dele estava exuberante que o bebê tinha sido criado em um momento de luxúria cega, num momento em que perdeu o controle completo.

Teria um pouco da concepção acontecido quando ele carinhosamente fez amor com Angelina. Mas sua relação não era tenra. Não era fácil. Foi volátil. Ela deu e tomou. Mas isso ia acabar. A partir de agora.

Uma batida suave soou na porta, e endureceu. Em seguida, abriu e Connor enfiou a cabeça dentro

“Uh, eu posso voltar,” disse ele.

“Não, está tudo bem. Ela está dormindo. Basta manter baixo,” disse Micah.

Connor entrou, seguido por Nathan. Eles pararam ao pé da cama e olharam para Angelina dormindo nos braços de Micah.

“Como ela está fazendo?” Nathan perguntou.

“Ela acordou por apenas alguns minutos e a enfermeira deu-lhe medicação para dor. Está fora desde então. Doutor disse que o tiro foi apenas um ferimento na carne e ela vai ficar bem.”

“E o bebê?” Connor perguntou suavemente.

“De acordo com o trabalho de laboratório, tudo esta normal.”

“Ei, isso é ótimo, homem. Você vai me bater ou posso felicitá-lo?” Nathan perguntou.

Micah sorriu. “Não, não. Acho que vou ficar feliz com isso, uma vez que está tudo dito e feito, e sei com certeza que Angelina vai ficar bem. Ela é minha prioridade agora.”

“Eles acharam Devereaux,” Connor disse. “Assim como Angelina disse. Amarrado na casa abandonada que a levou. Ela trabalhou muito bem nele. Parecia uma merda.”

“Ótimo. Gostaria que ela o tivesse matado o filho de uma cadela,” Micah mordeu fora. “Era um idiota maldito por confiar nele. Levei direto à sua porta da frente. Inferno, praticamente embrulhei o presente e entreguei numa bandeja de prata.”

“Não se aflija, homem”, disse Nathan. “Ele não ia parar até que a tivesse. Ela cuidou de si mesma. Você deve estar orgulhoso por isso. Acho que vou tê-la ensinando a Julie uma coisa ou duas sobre auto defesa.”

Connor bufou. “Os homens já estão com medo de Julie.”

Nathan sorriu. “Isso é bom. Então não preciso me preocupar em bater suas bundas por ficar muito perto dela. Agora, posso levar uma existência pacífica.”

“Não se você mantê-la em espera muito tempo,” disse Connor.

Nathan sorriu. “Por uma questão de fato, vou pegar o anel amanhã.”

“Ei, isso é grande homem,” disse Micah sinceramente. “Julie é uma ótima garota. Você sabe que eu a amo até a morte.”

Ele não tinha visto Nathan tão feliz desde que tinha se ligado com Julie. Ele se lembrava de como tinha sido feliz com Hannah. Queria isso de novo. Queria que seu amigo tivesse isso. Bateu-lhe como uma tonelada de tijolos. Saudade. Inveja. Queria o que Angelina tinha tão docemente lhe oferecido. Seu amor. Sua confiança. E ele nunca mais queria deixá-la ir.

Queria algum tipo de garantia que nunca iria machucar de novo como se tivesse magoado quando Hannah morreu. Mas o que tinha experimentado nas horas seguintes do sequestro de Angelina foi um inferno como nenhum outro. Nunca houve qualquer esperança, quando soube da morte de Hannah.

Foi rápido, misericordioso. Passou o dia mais longo de sua vida sem saber se Angelina estava viva ou morta ou se iria vê-la novamente.

Agora que ele estava de volta, só queria mais um dia. Um de cada vez. Para fazer o melhor a cada dia.

“Você está bem, cara?” Connor perguntou.

“Tenho sido tão idiota.”

Ele apertou os lábios para a testa de Angelina e respirou o perfume de seus cabelos.

Quanto tinha a magoado com sua teimosia? Disse que pegaria o que ela tinha para oferecer, mas disse a ela em termos inequívocos, para não esperar absolutamente nada dele. Ele estremeceu com suas próprias palavras, jogou mais e mais em sua memória.

“Você finalmente figura tudo isso fora?” Nathan perguntou.

Micah virou-se para olhar para o seu amigo. “Figura o que fora?”

“O que o resto de nós soube a partir do dia que Angelina caminhou de volta para sua vida.”

“Eu não a amava, então,” Micah admitiu. “Ela me pegou de surpresa.”

“Elas não fazem sempre,” Nathan demorou. “Julie tocou alguns sinos? Mulher foi tão sutil quanto um trem de carga, mas ei, nós homens vivemos na estupidez, ou então é o que eu estou dizendo.”

Connor derrotou ele com um olhar. “Então o que você vai fazer sobre isso?”

“O que for preciso. Ela está grávida com o meu bebê. Mesmo que ela não estivesse, eu nunca a deixaria ir. Quero que sejamos uma família. Ela é minha segunda chance, que tentei jogar fora tantas vezes que é uma maravilha, ela nunca desistir de mim.”

“Nós não seríamos homens, se não fizemos as mulheres uma merda que não entendem,” disse Nathan. “

“É genético, uma ótima desculpa.”

Micah rachou um sorriso. Angelina agitou ao lado dele e ele olhou para baixo, com o dedo sobre os lábios. Mas tudo o que ela fez foi aconchegar um pouco mais perto de seu peito e dormir ainda mais.

Não se importando que ele tinha uma audiência, correu a ponta do seu dedo sobre a mandíbula e queixo.

“Nós estamos indo sair daqui,” disse Connor. “Nós só queríamos ver se Angelina estava bem. Deixe-nos saber se há alguma coisa que você precisa, certo?”

“Obrigado pela atualização. Estou feliz que eles encontraram o filho de uma cadela,” disse Micah. “Se você vê Sanchez, que ele saiba o quanto eu aprecio todos os seus esforços.”

“Acha que ele está planejando passar mais tarde para ver Angelina até falar com ela,” disse Nathan.

Micah assentiu e se aconchegou perto de Angelina mais uma vez. Seus dois amigos acenaram e foram para fora da porta, deixando-os sozinhos.

Ele olhou para trás para baixo em seu rosto, os cílios delicadamente descansando contra seu rosto, as manchas escuras sob os olhos, como hematomas.

Este... isso era o que parecia amor. Vulnerável, porém forte. Constante, inabalável.

Ela lutou o seu caminho de volta para ele, protegendo não só a si mesma, mas o feto dele. Ela se colocou entre ele e Chad, um fato que deitou baixo cada vez que ele se lembrou, desamparado no chão, enquanto ela salvava sua vida.

Ele estava absolutamente, completamente orgulhoso com sua lealdade. A magnitude da injustiça que ele colocou em cima dela foi suficiente para torná-lo doente. Ele a tratava como uma conquista sexual, um brinquedo para saciar seu desejo, enquanto continuava seu coração guardado e seguro.

Ela era linda por dentro e por fora. Era forte, resistente, e não podia imaginar ninguém melhor tendo seus filhos.

Deus, meus filhos.

Ele fechou os olhos e soprou seu hálito. O conhecimento que ela carregava seu filho tocou a sua mente. Nem mesmo com Hannah ele teria experimentado satisfação indescritível de tal forma de vida, que ele e uma mulher havia criado, era deles e apenas deles. Uma criança compartilhada entre ele e uma mulher que ele amava. Com Hannah, que a criança teria sido partilhada com David, sua, mas não sua. Foi um acordo que causou nenhum arrependimento, mas agora o conhecimento que tinha de compartilhar com outro homem foi uma revelação que abriu a porta a possessividade, ele nunca soube que ele poderia sentir isso.

Ele jamais poderia compartilhar Angelina e seu filho com outro homem. Ele ficou louco por sequer pensar nisso. Ela era sua e somente sua.

Ele se inclinou e sussurrou contra sua pele macia. “Eu nunca quero que passe outro dia, sem meu amor, menina Angel.”

 

“Detetive Sanchez está aqui para vê-lo. Sente-se bem para falar com ele?”

Angelina estava tranquilamente na cama, absorvendo a escuridão ao seu redor. O ombro e as costelas latejavam, mas tinha recusado qualquer medicação para dor, embora a enfermeira tinha lhe assegurado que não iria prejudicar a sua gravidez. Angelina não queria correr nenhum risco, no entanto.

Ela olhou para Micah, que estava sobre sua cama, a preocupação profundamente gravada nas linhas do rosto.

“Vou falar com ele,” disse ela baixinho, sabendo que não podia mais adiar o inevitável.

Durante dois dias, ela recusou todos os visitantes e ficou em seu quarto com apenas Micah para companhia, mas mesmo assim, ela tinha sido tristemente quieta e reservada, apenas respondendo perguntas diretas a partir de Micah e se recusando a discutir o que tinha acontecido.

Micah provavelmente pensou que ela estava ainda processando o susto que tinha recebido, mas na verdade estava a recolher-se. Preparando-se para o futuro, havia decidido. E temendo o momento em que ela tinha de dizer que a Micah que Chad tinha sido responsável pela morte de David e Hannah.

Micah a viu, indecisa, como se não soubesse o que dizer a ela, ou como dizê-lo. Ele hesitou um momento e depois estendeu a mão para a mão dela e apertou-a. Abriu a boca como se quisesse falar, mas, em seguida, fechou novamente. Então ele se virou e voltou para a porta.

Alguns momentos depois voltou com o Detetive Sanchez.

“Acenda a luz,” disse a Micah em voz baixa. Não havia razão para realizar a entrevista no escuro.

Ela virou o rosto e em seu travesseiro quando a sala explodiu em luz. Demorou um tempo considerável antes que pudesse focalizar sobre o detetive sem apertar os olhos.

“Obrigado por me ver, Senhorita Moyano,” Sanchez começou formalmente.

“Por favor, me chame de Angelina.”

Ele balançou a cabeça. “Angelina. Estou esperando que você possa responder a algumas perguntas para mim. Temos Devereaux sob custódia, mas ele não está dizendo nada. Alega legitima defesa. E logo que ele bateu a porta, não abriu a boca desde então.”

Angelina suspirou. “Vou responder suas perguntas para o melhor de minha capacidade.”

Durante uma hora, ela contou a sequência exata dos eventos, a partir do momento que Chad a levou da Casa para o momento em que o helicóptero a levou para o hospital. Não deixou nada de fora, nem mesmo a parte que ela estava sobre ele com o revólver querendo desesperadamente matá-lo.

Micah e Sanchez trocaram olhares na súbita tensão em sua voz. Ela ficou completamente dura, e lutou até agora, com o surto de raiva que a agrediu.

“Por que você queria matá-lo?” Sanchez perguntou gentilmente. “Existe algo mais?”

“Ele machucou você?” Micah interveio ferozmente. “Mais do que você já contou?”

Angelina olhou para longe. “Não. Eu disse tudo que ele fez.”

“Angelina olhe para mim,” disse Micah. “O que você não está nos dizendo?”

Ela levantou o olhar para atender Sanchez, e respirou fundo. Lágrimas encheram os olhos.

O detetive inclinou-se e tocou a mão dela.

“Ele matou David e Hannah.”

Micah ficou completamente em silêncio e testa enrugada Sanchez em confusão.

“O que você disse?” Micah perguntou com uma voz perigosamente calma.

Sanchez olhou para Micah e balançou a cabeça bruscamente. Em seguida, o detetive voltou-se para Angelina e sua expressão suavizou.

“Agora me diga o que você quer dizer. Quem é David e Hannah?”

Evitou o olhar de Micah e focou no detetive. “David era meu irmão e melhor amigo de Micah. Hannah era a esposa de Micah. Eles foram mortos em um acidente de carro, há três anos. Ou o que nós pensamos que foi um acidente.”

“E o que te faz dizer que Chad matou?”

“Ele confessou o crime. Foi por isso que fiquei tão furiosa e o ataquei na casa. Foi como cheguei longe dele.”

Um som indistinto de raiva veio da direção de Micah, e Sanchez ignorou. Olhou fixamente para Angelina. “Ele disse-te por quê? Será que ele lhe deu mais detalhes?”

Angelina fechou os olhos enquanto lágrimas quentes deslizavam pelo seu rosto. “Ele matou David por minha causa. Não acho que ele se importava com Hannah. Ele era obcecado por mim até então. Nunca soube. David nunca me disse que Chad tinha se aproximado dele sobre mim. Chad falou com ele quando eu tinha dezesseis anos, e, aparentemente, David o jogou fora. Chad disse que David falou que se o visse perto de mim ia matá-lo. Chad esperou e aproximou-se de David novamente quando eu tinha vinte anos. Aparentemente, David deve ter-lhe dito para cair fora de novo, e enviou Chad sobre a borda. Disse que causou o acidente que matou David e Hannah. Tudo porque ele viu David como uma barreira para ficar comigo.”

Micah levantou tão abruptamente, derrubando a cadeira. Sem uma única palavra, saiu da sala, deixando o balanço da porta aberta atrás dele.

Angelina voltou ao seu lado, enrolando em uma bola de tão apertado que pôde. Ela viu a raiva e o tormento nos olhos de Micah. A dor e a traição. Perdeu tudo por causa dela. Por causa da obsessão de um homem com ela.

Sanchez tocou seu braço em um gesto de conforto, mas ela recuou para longe.

“Por favor,” implorou. “Eu já lhe disse tudo. Basta ir embora. Eu quero ficar sozinha.”

Mais lágrimas derramaram pelo seu rosto e escondeu o rosto no travesseiro. Sacudiu os ombros, causando dor excruciante ao ferimento da bala. Dor forte esfaqueava em suas costelas, mas ignorou o desconforto físico.

Sinceramente não sabia se Sanchez havia saído ou não. Ignorou tudo, mas a dor incessante no peito.

Eu sinto muito, David.

Deus, não era justo. Um homem tinha lhe custado tudo. Pior, Micah, completamente inocente em tudo, tinha perdido as duas pessoas que mais amava. David e Hannah, tinham perdido suas vidas e seu futuro juntos. Ela curvou o corpo dela, ignorando a dor cortando o ombro e as costelas.

“Ei,” Connor disse baixinho ao lado de sua orelha. “Querida, o que está errado?”

Ela se virou, se jogou nos seus braços. Ele a pegou de mau jeito e foi forçado a sentar na cama ao lado dela para que pudesse aliviar sua volta nos travesseiros.

“Você vai se machucar. Você deve ter mais cuidado,” ele advertiu ainda que acariciava seus cabelos em um movimento suave. “Onde está o Micah? Sanchez saiu e disse que estavam chateados como o inferno.”

“Ele saiu,” disse ela, sua voz abafada pela camisa de Connor.

“Alguma razão em especial, por quê?” Connor perguntou suavemente.

“Oh, Connor, se eu não tivesse que lhe dizer. Eu não queria machucá-lo, mas ele tinha que descobrir.”

“Você não está fazendo o mínimo de sentido, querida, mas vou sentar aqui e ouvir, se você quiser falar.”

Apesar de sua promessa de não pedir qualquer medicação para dor, após dois dias de luta contra a dor, ela estava no final de seu limite.

“Estou dolorida,” ela resmungou para fora. “Pode-se chamar por medicações para dor? Vou te dizer tudo sobre ele e então talvez possa esquecer, por só um pouquinho.”

Micah caminhou cegamente pelos corredores do hospital, sem uma direção clara em mente. Precisava de ar. Precisava ficar sozinha, antes que ele perdesse completamente a compostura.

Lágrimas o cegaram, e endureceu o queixo, furioso com a sua exibição de emoção.

Onde inferno era a saída?

Ele virou a esquina e encontrou outro labirinto de corredores. Caminhou até o final, apenas para a porta da capela.

Pelo menos estaria tranquilo e talvez estivesse sozinho.

Entrou na pequena área de descanso e deslizou para o último banco em uma linha de quatro. Era coberto de silêncio, e mais importante, era o único ocupante.

Aa lágrimas represadas de longos anos, deslizaram pelo seu rosto. Sentou para a parte de trás do banco e inclinou para frente, enterrando o rosto em seus braços.

Por muito tempo tinha travado alguma emoção quando veio a Hannah. Ele sempre assumiu que ele foi a vítima de uma tragédia infeliz ao acaso. Viu-os o tempo todo quando era um policial. Muitas vezes tinha sido o único a dizer a um marido ou uma esposa, uma mãe ou um pai, que um ente querido se foi. E então tinha sido ele.

Nunca tinha imaginado que um ato de raiva havia sido responsável por tirar as pessoas que ele amava. E Deus, Hannah, completamente inocente. Uma vítima. Ela tinha estado no lugar errado na hora errada. Se não tivesse saído com David naquele dia, ainda estaria viva.

Furia soprou através de sua consciência, uma tempestade, sombria destrutiva. Aquele desgraçado tinha tomado David e Hannah dele, e ele tinha quase tomado Angelina.

Tantas vidas devastadas por causa da fixação doentia de Chad sobre Angelina. Angelina, que havia sido apenas uma adolescente, inocente. Não havia nenhuma maneira que ela deveria ter atraído as atenções de um homem com idade suficiente. Um homem que jurou cumprir a lei e proteger os inocentes.

Micah levantou a cabeça e olhou para a cruz simples que pendia no alto da parede oposta, com vista para os bancos. Era um gesto simbólico, mas deixou frio Micah.

“Por quê?” Ele perguntou com a voz trêmula.

A cruz borrada em sua visão, e fechou os olhos em um esforço para conter as lágrimas.

O peito dele estava pesado e doía pra caramba, a respiração era difícil.

Prometa-me, homem. Se alguma coisa acontecer comigo, prometa que vai tomar conta de Angelina. Ela é algo especial, Micah. Coração grande demais para seu próprio bem. Eu me preocupo, porque não vê a todos por quem eles são. Ela é muito ocupada olhando para o bem. Tentei convencê-la a adotar algum cinismo, mas a verdade da questão é, ela não seria a mesma menina se fizesse isso.

A conversa de muito tempo, que não se lembrava, até agora, flutuavam em sua mente com tal clareza que era como se David estivesse sentado ao lado dele no banco.

Não tinha dado qualquer pensamento sobre Angelina após os funerais. Ele fez um esforço superficial para apoiar Angelina em sua dor, mas estava muito envolvido em sua própria dor para fazer-lhe justiça algum. Ele deixou Miami no mesmo mês, logo que os assuntos de David tinham sido resolvidos e Angelina estava fornecida. Financeiramente. Ele maldito, não esperou para ter certeza de que ela tinha o apoio emocional que precisava.

Ele deveria ter estado lá, quando começou a receber as notas assustadoras. Deveria ter ido investigar. Deveria ter ido protegê-la. Ele nunca deveria ter a deixado cuidar de si mesma.

Eu falhei, homem. Sinto muito. Estou tão arrependido.

Ele fechou os olhos novamente.

Sinto muito, Hannah. Eu te amei tanto. Nós éramos felizes. Queria para sempre. Deveria ter visto isso. Deveria ter protegido melhor.

Uma imagem de rosto sorridente de Hannah vacilou em sua memória. Rindo, tão feliz. Então, gentil e amorosa. Sim, ele amava com tudo o que tinha.

Angelina merecia esse mesmo amor, com a mesma profundidade. Hannah tinha ido embora. Doeu dizer. Doía pensar nisso. Talvez a ferida nunca mais sumisse, mas Angelina entendia. Ela sempre compreendia.

Angelina estava aqui. Ela o amava. Ele a amava. Queria uma vida. Com ela. Queria uma família, eles construindo juntos. O amor, risos, sorrisos das crianças, o amor de Angelina. Ele queria isso.

Abaixou a cabeça e murmurou uma oração simples, que não tinha dito nenjuma vez que ele era um menino lutando para sobreviver em uma casa onde não havia amor ou compreensão.

Ele pediu perdão. Pediu paz para Hannah e David. Pediu paz para si e para Angelina. E pediu mais uma chance de fazer as coisas certas.

 

Angelina acordou numa sala escura, mais uma vez. Connor tinha ido embora e Micah estava caido em uma cadeira ao lado de sua cama. Estava dormindo e parecia desconfortável como o inferno.

Os restos da medicação ainda se escondiam em seu sistema, e ela gostou da pausa doce da dor. Precisava de força para as coisas que precisava dizer.

“Micah,” disse ela em voz baixa.

Ele despertou imediatamente e sentou-se para frente.

“Você está bem? Necessita de mais medicação contra dor? Eu queria que você não tivesse esperado tanto tempo para tomar na última vez. Se você precisar, você deve tomá-lo.”

“Estou bem. Preciso falar com você. Acenda a luz, por favor.”

Ele se levantou e foi para virar o interruptor na parede. Ambos estremeceram com a súbita explosão de luz. Ele parecia pálido, seu rosto cru e seus olhos assombrados.

Quando começou a se sentar na cama ao lado dela, ela balançou a cabeça e avisou-o fora com a mão.

“Por favor. Tenho muito a dizer, e não posso fazer isso se você está me tocando.”

Suas sobrancelhas franziram em confusão, mas sentou-se novamente na cadeira ao lado da cama.

“Preciso que você ouça tudo o que tenho a dizer e não interrompa. Isto é duro o suficiente e preciso apenas para tirá-lo.”

“Tudo bem,” disse ele calmamente.

“Depois que eu sair do hospital, vou voltar para Miami. Quando estiver capaz. Connor disse que eu poderia ficar na minha casa enquanto precisar.”

Micah avançou, com o rosto tempestuoso.

Antes que ele pudesse responder, ela balançou a cabeça. “Você prometeu.”

“Porra, Angel.”

Ele ficou furioso, mas ela estava determinada a dizer.

“Eu pensei muito, Micah. Olhei até o fundo da alma, e o que encontrei me deixou envergonhada.”

Micah arrastou uma mão pelo cabelo e puxou-a firmemente na base de seu crânio. Ele parecia que ia explodir, mas permaneceu em silêncio. Estava, provavelmente, matando-o.

”Estava tão determinada a mostrar o quão perfeito poderiamos estar juntos. Eu te amei. Pensei que era o suficiente. Acho que sou ingênua, pensei que pudesse fazer você me amar. Chad estava convencido de que ele e eu deveriamos ficar juntos. Ele estava obcecado, mas em sua mente, estava apenas fazendo o que ele achava que era certo. Pensou que poderia me fazer ver o quanto ele me amava, que de alguma forma poderia amá-lo de volta.”

Micah fez um som estrangulado. Seus olhos brilhavam de raiva, e ela percebeu que sabia onde ela estava indo com isto. Ergueu a mão, decidido a afastar seu toque.

“Estava tão errada quanto Chad,” disse ela calmamente. “Não tinha o direito de intervir em sua vida. Não tinha o direito de interferir na sua dor particular, quando você foi para a Mama Rose. Certamente não tinha o direito me infiltrar na sua vida aqui e inserir-me no seu grupo de amigos e lembrá-lo de tudo o que tinha tentado esquecer. Julguei-o, estava com raiva de você para querer esquecer, quando foi o seu direito de fazê-lo.”

Ela respirou fundo e mergulhou em frente.

“Quando era só que tinha que pensar, eu estava bem com a possibilidade da rejeição. Estava bem em colocar minha vida em espera e assumir os riscos. Jovem e no amor e tudo mais. A vida inteira pela frente. Nada a perder. Tudo isso mudou agora. Eu tenho um bebê para pensar. Não posso mais tomar decisões com base naquilo que me afeta. Tenho que fazê-lo com o meu filho em mente. Ele merece muito.”

“Então estou voltando para Miami. Tenho uma casa lá. Posso usar a minha licenciatura e ensinar. Tenho que fazer isso para nosso filho, Micah. Você não pode me dar, ou a ele o que mais precisamos, e não estou disposta a me contentar com menos. Não mais.”

“Você terminou?” Micah perguntou.

Seu corpo inteiro vibrou com raiva. Ela não foi até uma longa diatribe. Ele gritaria, faria exigências absurdas. Especialmente agora que ela estava grávida. Provavelmente, só porque ela estava grávida. Ele certamente nunca fez segredo de que não haveria mais, quando seu perseguidor tinha sido capturado.

“Acabei, Micah,” ela disse uniformemente. “Você me disse para esperar apenas sexo e nada mais. Esta foi uma situação temporária. Disse que ia ter o que você poderia dar, mas eu mudei minha mente. Essa é minha prerrogativa como se fosse sua a fazer as condições. Nunca vou tentar mantê-lo longe de seu filho, mas você precisa entender que não estou mais disposta a ser a única a fazer concessões.”

Como ela disse o último, o dedo encontrou o botão de chamada da enfermeira. Foi uma coisa covarde para fazer, mas ela estava pendurada pelo tênue fio. A dor, física e mental, percorria o peito e o nó na garganta.

“Se você tem alguma afeição por mim, Micah, por favor, não faça isso difícil. Estou cansada. Dolorida. Gostaria que você saisse.”

Micah olhou para ela, seus lábios apertados com tanta força que eram finas linhas brancas. A porta se abriu e a enfermeira se movimentou dentro, um olhar indagando sobre seu rosto.

“Você está pronta para a medicação de dor? Estou feliz que você mudou de ideia. A dor não é boa para você ou o bebê.”

Sem dizer uma palavra, Micah se levantou, e como tinha feito antes, saiu da sala sem olhar para trás.

Lágrimas nos olhos transbordavam de Angelina enquanto observava o balanço da porta fechar.

Confundida com a virada para o desconforto, a enfermeira colocou a mão fria na testa de Angelina. Ela limpou a mão no cabelo de Angelina em um gesto de conforto quando preparou a seringa para injetar na medicação para o IV.

“Você vai se sentir melhor em apenas alguns minutos,” a enfermeira acalmou.

Ela não iria se sentir melhor, mas tinha tomado a decisão certa. Micah ficou de fora do quarto de Angelina esperando a enfermeira sair do quarto. Ele respeitava os desejos de Angelina. Ele não tinha voltado para o quarto dela, e ele muito bem dada a sua abundância de tempo para pensar.

Bem, ele estava feito com tudo isso agora. Ah, entendeu porque ela tinha dito tudo o que fez. Não foi nada menos do que merecia, e de uma forma absurda, estava orgulhoso dela por fazer um carrinho para seu filho. Ela seria um inferno de uma mãe. Mas o inferno congelaria antes que ele a deixasse que fosse uma mãe solteira e cuidar de seu filho sozinha. E dever não tinha nada a ver com isso.

Ele passeou frente e para trás até que finalmente a porta se abriu e a enfermeira empurrou Angelina para o corredor. Ela visivelmente estremeceu quando o viu, mas não disse nada. Ela só esperou, seus olhos escuros parecendo tão comovente que o peito apertou.

“Obrigado,” disse Micah quando tomou as alças da cadeira de rodas. “Vou levá-la a partir daqui.”

A enfermeira entregou-lhe os documentos de Angelina da alta do hospital e, em seguida sorriu alegremente a Angelina quando Micah revirou a distância.

Ele a levou até o elevador e para frente, onde o caminhão esperava. Ela não disse nada, mas ele também não.

Ajudou a entrar no banco do passageiro, e após ter certeza de que ela estava sentada e com o cinto, andou ao lado do condutor e caiu dentro.

Ela olhava de soslaio para ele. Ele não tinha dito a ela que estava indo para buscá-la no hospital. Se tivesse, provavelmente ela não estaria lá quando ele chegasse.

“Onde estamos indo?” Ela perguntou com uma voz nervosa.

“O seu apartamento,” disse ele, em um esforço para dissipar sua apreensão.

Ela relaxou contra o banco e virou para olhar pela janela. Será que realmente achava que ele estava indo para deixá-la em seu apartamento e ir embora, enquanto se preparava para sair de sua vida?

Claro que ele não tinha dado nenhum motivo para pensar diferente. Isso mudaria com rapidez suficiente.

Ele puxou para dentro do estacionamento do apartamento em frente ao seu prédio e desligou o caminhão.

“Fique aí. É preciso ter calma,” disse ele enquanto abria a porta. Era um dia lindo de outono. Céu azul e sem poluição nebulosa que pairava sobre a cidade.

Belo dia, e toda a sua vida estava desmoronando. Parecia pertinente. Ele deu a volta e abriu a porta para Angelina. Abraçando seu braço para seu ombro ferido, ela meneou através do assento. Ele alcançou em cima e cuidadosamente a aliviou em seus braços assim, não chacoalharia suas costelas.

“Eu posso andar,” disse ela em uma respiração ofegante. Seu corpo tremia contra o dele, e tanto quanto ele queria mantê-la em seus braços, ele não quis forçar, muito em breve. Ainda não.

Ele a colocou no chão e esperou por ela para se equilibrar. Manteve sua mão no cotovelo dela para firmá-la, e caminhavam em direção a sua porta.

“Deixe-me pegar as chaves,” disse ele.

Ela entregou a ele, e por um momento, com a mão enrolada em torno dela. Parecia cansada. Frágil. Perdida. Queria puxá-la em seus braços e ir para a cama por uma semana. Apenas ele e ela. Sem mundo exterior. Sem se preocupar. Sem dor. Nenhum passado.

Ele se afastou e abriu a porta, empurrando aberto. Ela entrou na frente dele e quando entrou na sala, entrou em erupção do caos.

“Surpresa!”

As vozes ecoaram pela sala quando as pessoas pularam. Certo, as meninas pularam. Os caras ficaram lá olhando vagamente divertido quando Julie, Serena e Faith correram para cumprimentar Angelina.

Angelina deu um passo para trás, sua expressão de surpresa. Lágrimas brotaram em seus olhos e seu rosto ficou amassado. Com um som sufocado, ela se virou e correu para o quarto, fechando a porta atrás dela.

As meninas ficaram olhando perplexas pela saída abrupta de Angelina.

“Eu disse que isso não era uma boa ideia,” Connor murmurou enquanto andava ao lado de Faith.

“Ela simplesmente acabou de sair do hospital depois de uma experiência infernal. A última coisa que ela gostaria era uma festa de boas-vindas em casa, maldição.”

Micah suspirou enquanto olhava a sala. “Olha, gente. Realmente aprecio isso. Mais do que você pensam. Amo todos vocês. Sei que posso ser um idiota, e sei que tenho mantido alguma merda muito pesada sobre vocês. Não mereço sua amizade, mas sou muito grato por isso. Mas eu realmente aprecio isso se vocês poderiam me dar algum tempo aqui. Estou lutando por minha vida. Por uma mulher que é tudo para mim.”

“Sinto muito, Micah,” Faith disse em uma voz atingida. “Pensei que... Eu não sei o que pensava.”

Ela parecia tão angustiada que Micah imediatamente puxou para um abraço e beijou sua testa.

“Não se desculpe, boneca. Você tem um coração de ouro, a coisa é, Angelina necessita do seu tipo de amizade. Ela não está chateada com você. Ela está chateada comigo e com razão. Pensa que está voltando para Miami.”

“E você vai deixá-la?” Julie desafiou, os lábios dela transformados em uma careta feroz.

“Não, eu não vou,” ele disse calmamente.

“Bom,” disse Serena. “Ela ama você, você sabe.”

“Eu sei. Eu a amo muito. Só tenho que convencê-la desse fato.”

“Certo, então vamos sair daqui e deixá-los sozinhos para isso,” disse Connor, impaciente.

Nathan se empurrou para fora da parede e caminhou ao lado de Julie. “Connor teve uma ideia excelente. Por que você não me leva para casa e me convence de que você não pode viver sem mim.”

Julie bufou. “Como posso viver sem sua cabeça grande?”

Eles todos foram saindo passando por Micah, cada uma das meninas parando para lhe dar um abraço forte. Ele não merecia tanta lealdade, mas sentiu muito bom tê-lo. Isso o fez sentir-se bem, e que parte disso estendia a Angelina e não tinha nada a ver com ele. Ela os conquistou, não graças a nenhum esforço de sua parte para incluí-la em sua vida.

Depois de vê-los fora, fechou a porta e virou na direção do quarto que Angelina tinha desaparecido.

Se alguma vez houvesse um momento em que precisava de sabedoria, que precisava apenas das palavras certas para dizer, era agora. Esta era... isso era tudo.

Seu futuro, sua felicidade, sua chance de ter tudo de novo. Ele não podia foder com tudo isso.

Ele parou diante da porta, fechou os olhos e respirou fundo. Então ele lentamente abriu-a e entrou.

Ela estava sentada na cama, cabeça para baixo, e estava chorando. Ah inferno. Levou tudo que ele não tinha para ir lá e pegá-la em seus braços, mas estava determinado a ter esta conversa com ela, sem recorrer à manipulação física.

A química entre eles estava fora das paradas, e não era tipo que ele queria para decidir o seu futuro.

Ele queria o seu coração, e não apenas o seu corpo.

“Bebê Angel,” disse ele baixinho.

Ela olhou para cima e rapidamente esfregou os olhos com as costas da mão.

“Sinto muito. Eu fui tão rude.”

Ele balançou a cabeça quando atravessou o quarto para se sentar na ponta da cama. Havia uma distância respeitável entre eles, e não queria estar mais longe dela do que fosse necessário.

“Não, você não foi rude. Você só veio para casa do hospital. Você tem direito a estar assustada por meia dúzia de pessoas esperando por você em seu apartamento.”

“Não é isso,” ela disse calmamente. “Vou sentir falta deles. Eu realmente gosto deles.”

“E eu, Angel? Você vai sentir minha falta se voltar para Miami?”

Ela desviou o olhar.

“Olhe para mim, por favor,” disse ele. “É hora de você me dar uma chance de falar. Ouvi o que você tinha a dizer. Dei-lhe espaço. Agora é hora de você me ouvir.”

Ela ergueu o olhar para ele, os lábios trêmulos. “Certo.”

De repente, bateu o nervosismo, ele se levantou e começou a andar para trás e para frente na sua frente.

“Eu amei Hannah. Você sabe disso. David e eu a amavamos. Pensei em passar o resto da minha vida com ela. Esse sempre foi meu plano. Quando a perdi, uma parte de mim desligou. Tudo o que conseguia pensar era em ficar longe do lugar onde vinha em cada turno. Deixei Miami porque queria começar uma nova vida em um lugar onde ninguém sabia sobre mim e não seria confrontado com lembranças infelizes em uma base diária.”

“Eu entendo,” disse ela em voz baixa.

“Não pensei em você, Angel. Eu não digo isso para machucá-la. Para mim, você ainda era a irmã de dezesseis anos, do meu melhor amigo. Pensar em você queria dizer que tinha de pensar em David e queria meu passado enterrado.”

“Então você voltou para minha vida, só que não era um adolescente. Não era um estudante, nem era a irmã do meu melhor amigo. Você era uma linda mulher com uma sexualidade que coincidia com a minha. Mas você também era a personificação de tudo que queria esquecer.”

“Olhava para você e ficava dolorido. Queria você, mas também queria que você fosse embora. Não queria você em minha vida porque, não queria amar novamente. Não quera arriscar perder alguém que me importei. Era muito mais fácil abordar sexo em um modo casual, divertido. Nenhuma corda. Nenhum amor. Nenhum relacionamento. Eu não fui celibatário, nos três anos desde a morte de Hannah. Longe disso. Mas nunca doei uma parte de mim mesmo no processo. Até você.”

Uma lágrima escorregou pelo seu rosto quando ela olhou para ele.

“Você estava certa, Angel. Eu não queria te querer. Deus, lutei. Disse a mim mesmo todos os tipos de mentiras quando vinha para você. Disse a mim mesma que era apenas sexo. Disse que poderia deixá-la ir quando tudo estivesse acabado. Me ressenti por inserir tão completamente na minha vida, e então um dia percebi que não conseguia imaginar minha vida sem você.”

“Então, quando Chad tomou você, estava tão maldito assustado. Estava assustado, de te perder. Estava com medo que ele te machucasse. Estava assustado, que nunca conseguiria dizer o quanto eu te amo, porra. Estava assustado, de nunca conseguir te dizer o quanto estou triste por ter deixado você sozinha depois que David morreu e como estou arrependido por empurrar você para longe quando tudo que você fez foi me amar.”

Não era mais capaz de manter distância dela, ele se sentou na cama e virou-se para que o enfrentasse. Suas mãos cobriram as dela e as puxou para seu peito.

“Não quero viver sem você, Angel. Quero tudo. Quero você. Quero o nosso bebê. Quero que sejamos uma família. Quero que você me ame tanto quanto eu te amo, e quero passar o resto da minha vida provando que amo você.”

Um soluço escapou e mais lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ela não fez nenhum movimento para enxugá-las. Balançou quase violentamente e ele não poderia dizer se era que estava chateada ou de frio de verdade, mas a puxou para os braços dele de qualquer maneira.

Seus ombros tremeram quando a agarrou quase desesperadamente contra seu coração. Sua respiração terminou saindo curto o que o fez sentir tonto.

Ele beijou o cabelo dela mais e mais, e orou. Rezou para que lhe desse outra chance.

Sabendo que tinha mais e precisava dizer, cuidadosamente a puxou longe, e os seus olhos picaram quando ele viu como o rosto dela estava devastado.

“Sei que tenho muito a provar para você, Angel. Sei que você está pensando provavelmente um monte de coisas loucas agora. Como se estou dizendo tudo isso porque me sinto culpado sobre Chad. Ou se eu só estou dizendo isso por causa do bebê. Não posso convencê-la da minha sinceridade em uma hora ou em um dia, sequer. O que quero, o que preciso, é que você possa nos dar uma chance. Fique comigo aqui em Houston. Vamos levá-lo um dia de cada vez. Quero tudo, querida. Quero que você se case comigo. Quero que nós tenhamos lotes de bebês. Mas não vou pressioná-la. Quero que você fique comigo, porque realmente sabe que eu te amo, mais que a vida. Quando souber tudo isso quero que você se comprometa a estar comigo para sempre. Mas até então, só quero uma chance. Quero que você fique comigo para que possa cuidar de você e do nosso bebê. E um dia quero que você se casar comigo. Quando estiver pronta, e quando confiar em mim totalmente.”

“Oh, Micah,” disse ela em lágrimas com a voz embargada. “Eu te amo tanto. Tem certeza de que está pronto para isso? Tem certeza que quer que eu fique aqui?”

“Quero mais do que quero viver. Dê-nos essa possibilidade, Angel. Basta dizer sim, você vai ficar. Nós podemos trabalhar todo o resto no tempo.”

Ela entrou em seus braços, envolvendo-se docemente ao redor de seu corpo quando ele fechou os olhos para a alegria requintada de apenas poder segurá-la novamente.

“Eu te amo. Quero que isso funcione. Quero que trabalhemos nisso, mas quero que esteja certo, Micah.”

“Quero que nós dois tenhamos certeza,” disse solenemente quando puxou fora, o olhar indo abaixo nos olhos dela. “Não vou mudar meu pensamento, e com o tempo você vai saber disso, eu prometo. Até então, só me prometa que vai continuar me amando e levaremos um dia de cada vez.”

Ela sorriu, os olhos lacrimejantes e todo vermelho, o nariz inchado e os lábios dela devastados de sua mastigação nervosa sobre eles, e ela nunca pareceu tão bonita para ele do que agora.

“Certo,” ela sussurrou. “Eu vou ficar.” Ela olhou para baixo e alisou a mão sobre seu estômago. “Nós vamos ficar.”

Ele fechou os olhos, e por um momento, simplesmente não conseguia respirar em torno do nó de emoção brotando em sua garganta. Tentou falar, tentou dizer-lhe como maldito quanto a amava, mas não saía nada. Deus, ele a amava.

Colocou a mão sobre a dela em seu estômago. “Você está feliz com o bebê, Angel?”

Ela sorriu novamente. “Eu a amo já. Ela vai ser igual a mim e dirigir seu pai louco.”

“Deus me ajude.” Então ele sorriu, e se sentiu assim tão bom que queria chorar como uma menina maldita. “Você está tão certo que é uma filha.”

Ela encolheu os ombros. “Apenas um sentimento. Poderia ser um menino que vai ser a morte das mulheres apenas como seu pai.”

“Só quero ser a morte de uma mulher,” ele disse suavemente. “Pretendo amar sua mãe tão bem que ela nunca duvidará nem por um minuto o quanto ela significa para mim.”

“Podemos ir para a cama agora?” Ela perguntou quando se inclinou para trás em seus braços. “Você poderia me segurar por um tempo?”

Ele roçou os lábios sobre sua testa, em um gesto terno e acariciou-lhe os dedos pelo cabelo.

“Eu nunca pretendo deixá-la ir, menina Angel.”

 

                                                                                Maya Banks  

 

                      

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