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Series & Trilogias Literarias
Nico conheceu o amor da sua vida quando tinha dezessete anos.
Imediatamente, percebeu que a diferença de idade entre eles era muita, e era importante não fazer uma jogada sobre ela até que fosse legalmente aceito. Assim, ele se junta à Marinha dos Estados Unidos, matando o tempo até que possa voltar para casa e para ela mais uma vez.
Mas uma tragédia acontece enquanto Geórgia está sozinha e vulnerável, e sem nenhum outro recurso, vai embora, desaparecendo sem deixar vestígios.
Após meses de busca, ele a encontra, mas rapidamente percebe que ela precisa de um tempo para si mesma para trabalhar seus problemas por conta própria.
Assim, ele a deixa, sabendo que, se ela já tivesse sentido algo por ele, voltaria para casa, para ele.
Mas foi preciso anos para ela voltar, e naqueles anos, Nico muda também.
Ele viu demais. Fez demais. Perdeu demais.
Ele vive sua vida como um oficial da SWAT para KPD, atravessa os movimentos da vida cotidiana, mas apenas como meio homem. E nem mesmo a metade boa. Os militares dos EUA viram isso.
Quando os dois finalmente ficam juntos novamente, uma questão permanece. Será que ela vai amá-lo como o homem que ele é agora, ou irá deixá-lo por não ser o mesmo homem que costumava ser?
PRÓLOGO
Quero ter dinheiro suficiente para decidir por mim mesmo se o dinheiro resolve tudo.
Geórgia
Treze anos de idade
“Ei,” a voz de uma garota chamou na minha frente, levando-me a olhar para cima.
A menina latino-americana sorriu para mim, seguindo em frente.
Ela estava nos testes hoje comigo. Eu acho que o nome dela era Nikki, mas eu não estava cem por cento certa.
Meu cérebro ainda um pouco confuso por ter corrido duas milhas em um limite de tempo que eu nunca tive que fazer antes.
“Nikki, certo?” Eu perguntei para confirmação.
Eu quis que soasse um pouco legal, mas nada realmente soa legal quando você tem que lutar para respirar. Eu tinha pelo menos dito isso, porém.
As pobres garotas que não conseguiram fazê-lo tiveram que correr uma milha extra. Eu teria passado mal.
Ela assentiu com a cabeça, andando até mim com suas chuteiras de futebol em sua mão. “Sim. Você é George, certo?”
Eu bufei. “Na verdade, é Geórgia. Embora, eu tenha ouvido George antes, também.”
Ela caminhou ao meu lado através da porta do ginásio, rindo quando tivemos uma ampla visão de um cofrinho enquanto nós entrávamos.
Havia, aparentemente, um problema com a máquina de gelo, de acordo com a camisa do homem que dizia: ‘Nós sempre o manteremos fresco, mesmo quando você estiver quente.’ Abaixo disso indicava que ele trabalhava para a Freeze Me.
Clássico, pensei.
“Então, eu sei que isto pode parecer muito estranho, mas você quer ir assistir um jogo de futebol comigo?” Nikki perguntou enquanto entramos no vestiário feminino e paramos em nossas possíveis sacolas.
Nós não tínhamos armários realmente especificados, razão pela qual o espaço parecia como se trinta e cinco meninas tivessem explodido tudo sobre ele.
“Quando?”, perguntei hesitante.
Eu tinha que ir andando para casa. Se eu tivesse que fazer isso depois de um jogo de futebol, seria ainda mais tarde. Então meu pai provavelmente estaria muito, muito irritado.
Ela olhou para o relógio. “Oh, em cerca de quinze minutos, mais ou menos. É no campo de futebol que acabamos de sair.”
Eu pensei sobre isso por um momento.
Meus pais não estavam me esperando até mais tarde e, até agora, eu nunca tive um tempo livre para fazer qualquer coisa.
O gado precisava ser alimentado na hora certa.
Mas eu consegui o dia para mim mesma porque meu pai havia contratado uma mão extra para ajudar quando eu comecei o futebol. Eu implorei e implorei para jogar em uma equipe do clube, e ele finalmente cedeu.
Apesar de ter sido só porque minha mãe implorou até ele ceder.
Mamãe o convenceu de que isso iria ajudar com a minha matrícula da faculdade.
Eu, por outro lado, estava fazendo só por diversão. Se resultasse em uma bolsa escolar, ótimo. Se não, sem problemas. Eu iria me matar e sair dessa cidade, não importa o que acontecesse.
“Claro,” eu disse suavemente. “Eu acho que eu gostaria disso.”
Ela sorriu. “Então, onde você mora? Eu posso ver se o meu irmão lhe dá uma carona para casa.”
Nós duas agarramos nossas bolsas e estávamos caminhando para fora do estacionamento antes que eu respondesse.
“Ao lado da 31, na Estrada Municipal 3311,” eu respondi hesitante.
Nós tínhamos acabado de nos mudar para lá e eu ainda não estava cem por cento certa do endereço.
Eu a ouvi ofegar e me virei para vê-la me olhando como se eu tivesse crescido uma segunda cabeça. “Você vive no antigo lugar da Piscina, não é?”
Eu acenei com cautela. “Sim, nós nos mudamos no mês passado.”
“É onde eu vivo! Bem... não lá, exatamente, mas descendo a estrada depois de você!” Ela sorriu.
Virei-me para ela. “Você está brincando comigo.”
Eu nunca fui mais longe do que a nossa caixa de correio em todo o tempo que tínhamos estado lá. Eu literalmente nunca tive qualquer tempo para mim mesma. Todo ele era gasto fazendo tarefas de algum tipo. Embora, ontem mesmo, eu tinha notado todos os tratores em movimento ao redor da terra ao nosso lado, quando eu estava montando a linha da cerca.
Ela balançou a cabeça. “Não.”
“Isso é incrível,” eu murmurei enquanto caminhava para a parte de trás dos carros.
Meus olhos pousaram em um carro muito bonito. Era um velho Ford com uma suspensão. Se eu pudesse ter um carro agora, esse seria o único que eu escolheria.
Nikki fungou.
“Sim, este é o carro do meu irmão”, disse ela quando viu meus olhos demorando sobre a beleza. Ela agarrou minha mão e me levou para baixo do morro que levaria até o campo, e eu fiquei surpresa ao ver as arquibancadas dos lados opostos já enchendo.
“Uau, eles estavam em cima da hora com as nossas eliminatórias, não foi?” Falei.
Nikki bufou. “Sim.”
“Quem está jogando?”, perguntei enquanto caminhávamos através dos portões.
Nikki examinou as arquibancadas procurando um assento, enquanto elas enchiam rapidamente e falou. “Kilgore e Hallsville. Meu irmão joga pelo Kilgore.”
Os apitos começaram a soar e ambas as equipes se espalharam para seu o lado do campo.
“Depressa,” disse ela, arrastando-me para a frente.
Corri ou eu teria caído com o rosto no chão. Nikki era forte.
Eu estava na primeira fila da arquibancada e caminhando diretamente atrás de Nikki quando o vi.
Alto, moreno e bonito.
Pernas longas e fortes. Mãos grandes e largas. Quadris estreitos. Queixo duro.
Seu cabelo estava preso firmemente ao seu couro cabeludo, e a camisa que ele usava cabia-lhe perfeitamente, ao contrário dos outros membros do time.
Eu vi como, com um movimento rápido, ele recuou com a bola por cima da cabeça, e jogou-a para o árbitro que estava no meio do campo.
Meu queixo caiu com a enorme quantidade de força que ele foi capaz de colocar no lançamento.
Ele claramente arremessou através de todo o campo.
Eu só tinha sido capaz de fazer um quarto disso. Em um bom dia. Com o vento soprando.
Ele me impressionou ainda mais quando ele marcou apenas segundos depois do árbitro ter soprado o apito, sinalizando o começo do jogo.
Sua maneira de celebrar depois de marcar me fez rir. Ele estava correndo em círculos com as mãos para cima, e eu queria gargalhar, mas consegui me controlar. Quase.
Ele estava andando de volta quando aconteceu.
Meu mundo deslocou em seu eixo.
Nikki gritou: “Sim, Nico!”
Este Nico, o único em que eu estava praticamente babando em cima desde que eu cheguei aqui, olhou para a garota ao meu lado e sorriu.
Então, seus olhos se voltaram para mim, e ele parou, piscando rapidamente, antes que um de seus companheiros de equipe saltasse em suas costas e o fizesse se mover novamente.
Ele resmungou e começou a andar, mas seus olhos.
Oh, meu Deus, seus olhos.
Eles ficaram em mim todo o caminho.
E eu não podia fazer nada menos do que ficar conectada com ele.
“Quem é ele?” Perguntei, minha voz um pouco embargada.
Nikki bufou. “Esse seria o meu irmão.”
O irmão dela.
Merda.
Juro por Deus, a última coisa que eu precisava saber, era que aquele menino morava a menos de quatro quilômetros de mim.
Doce Jesus bebê.
No entanto, durante o intervalo, quando Nikki me arrastou para o campo, eu não podia me livrar da sensação de que eu tinha olhos em mim.
Virando-me para correr atrás de uma bola que tinha sido chutada para a lateral do campo, eu parei quando ela se estabeleceu ao lado dos bancos do time da casa.
O que eu não esperava era o irmão de Nikki pegando a bola, logo quando eu me inclinava para fazer o mesmo.
Eu não esperava que ele me entregasse a bola e não soltasse.
Eu não esperava ficar completamente caída de amor por ele.
Eu não acreditava em amor à primeira vista.
Mas bem ali, no momento que levou para ele finalmente soltar a bola, eu era um caso perdido.
***
Cinco anos depois
“Eu não quero ir, Nikki,” eu gemi.
“Vamos, por favor? Te amarei para sempre,” Nikki implorou.
Suspirei e levantei-me, deslizando meus pés nos chinelos que eu trouxe comigo de casa.
“Você me deve totalmente. Tipo muito,” eu retruquei enquanto saía de seu quarto e seguia pelo corredor.
Encontrei as escadas com facilidade, depois de ter passado por esse mesmo corredor algumas vezes em meus cinco anos como a melhor amiga de Nikki.
Nós ficávamos bastante na casa uma da outra. Hoje era o dia da Nikki, por isso, ficamos na dela. O irmão dela tinha vindo em licença este fim de semana, e Nikki queria passar algum tempo com ele.
Não que eu o tenha visto fazer mais do que dormir nas últimas vinte e quatro horas.
Quando eu vim sexta à noite, ele estava dormindo no sofá.
Quando eu acordei esta manhã, ele estava dormindo no chão ao lado do sofá.
E quando nós jantávamos, ele se mudou para o quarto porque estávamos fazendo barulho.
Agora, era quase meia-noite e eu totalmente esperava que ele ainda estivesse dormindo.
Não parado na frente da porta aberta da geladeira em sua cueca boxer bebendo diretamente da embalagem de leite.
“Isso é nojento,” eu disse enquanto entrava na cozinha.
Ele olhou para mim sobre a embalagem e piscou, bebendo profundamente antes de colocar a tampa de volta e empurrar a caixa na porta da geladeira de novo.
“Eu estava com sede e não havia copos,” explicou ele sem convicção.
Eu olhei para ele. “Eu tenho certeza que há algum na máquina de lavar, se você se importasse em olhar.”
Ele torceu o nariz e cruzou os braços sobre o peito musculoso.
Minha boca ficou seca, e eu tentei me concentrar no seu rosto, onde eu tentava fazer o mínimo de um bom trabalho em ignorar sua quase nudez, com os músculos salientes de seus braços.
Ele era digno de se babar.
Nicolas, encurtando para Nico, tinha vinte e três dos meus dezoito anos.
Ele era o irmão mais velho de Nikki e tão longe do meu alcance que eu não poderia deixar de me sentir um pouco deprimida sobre isso.
Eu estive apaixonada por Nicolas Giuliani Pena por cinco anos, e eu estava tão apaixonada por ele hoje quanto eu estava quando eu o vi pela primeira vez.
Ele não tinha ideia, é claro, porque eu era incrivelmente boa em esconder minhas emoções.
Eu tinha que estar com meu pai. Caso contrário, eu estaria mortinha.
Bem, carne moída seria mais verdadeiro.
Meu pai gostava de me bater. Ele gostava de bater em minha mãe também.
Mas isso não era lá nem cá.
O que estava aqui era Nicolas e seu corpo sexy como o pecado.
“Sim, mas eu não consigo ver no escuro e eu deixei a luz apagada para que eu não te acordasse,” ele respondeu.
“Oh, Diablo, você é tão prestativo, às vezes,” eu provoquei enquanto enchia um copo de água. “Eu trouxe meu colchão de ar, no entanto, então eu não estava no sofá hoje.”
Houve momentos em que eu não necessariamente ‘planejava’ passar a noite, e esses eram os dias em que eu ficava no sofá. Era bom que ele não quisesse me acordar. O homem era atencioso, eu daria crédito a ele.
“Por que você me chamou de Diablo?” Ele perguntou curioso, inclinando seus quadris estreitos contra o balcão.
O movimento realmente acentuou os músculos abdominais dele.
E por mais que eu tentasse, meus olhos escorregaram para baixo.
A luz da geladeira emitia um brilho suave que parecia fazer a pele marrom dourada de Nico brilhar. Isto fez os sulcos profundos do seu abdômen parecerem mais pronunciados. Ou, pelo menos, era isso que estava aparentando a mim. Não havia nenhuma maneira que um homem, que tinha sido mais que malhado antes de entrar na Marinha, voltasse parecendo muito melhor.
“Quando você está jogando futebol, é como se o diabo estivesse em seus calcanhares. Você deixa todo mundo para trás como se estivesse correndo por sua vida,” eu lhe respondi honestamente.
Eu mencionei que Nico era uma estrela de futebol, também?
Ele poderia ter se tornado profissional, mas ele decidiu ir para a Marinha em vez disso, muito para a desaprovação de sua mãe.
Rosa Pena era um inferno de uma mulher, mas como qualquer mãe latina, ela amava seus filhos com um feroz cuidado que beirava o excessivo. Ela sabia o que era bom para eles, e isso não era se juntar à Marinha.
Eu andei até o balcão da cozinha e peguei um copo do armário. O tipo que Nico detestava porque eles eram muito pequenos. ‘Uma perda de tempo’, ele gostava de dizer.
Acontecia de ser o único diretamente em frente de onde Nicolas estava parado, então meu corpo roçou o dele enquanto eu me inclinava para cima e sobre ele.
Ele não se moveu, e eu lhe pedi que o fizesse enquanto nossos corpos roçavam.
Arrepios começaram a descer por minha espinha quando senti sua pele superaquecida contra o minha.
Eu segurei um arrepio enquanto me afastava dele e comecei a encher o copo.
Uma vez cheio, eu fechei a porta da geladeira, mergulhando a sala na escuridão. Então eu me encostei no balcão próxima dele, ombro a ombro.
“Como você está na Marinha?” eu perguntei no escuro.
Eu o senti respirar fundo ao meu lado.
“Está tudo bem, eu acho. Eu realmente não sei o que eu esperava ... não o que eu estou fazendo, isso é certo. Eu conheci alguns realmente bons amigos, no entanto. Um deles, na verdade, vive razoavelmente perto de mim. Os outros vivem em Las Vegas. Dois irmãos, se você acreditar,” ele murmurou.
Ele não viu como o som de sua voz enviou arrepios que agitou toda a minha pele.
Meu cotovelo bateu na câmera digital que eu deixei no balcão mais cedo e eu sorri.
Eu estava querendo uma nova foto dele por um tempo, mas ele nunca me deixava tirar, algo sobre segurança nacional e qualquer besteira parecida.
Minha câmera era o meu orgulho e alegria.
Eu economizei por quase dois anos para comprar esta menina má e eu acabei de recebê-la na semana passada.
Eu não podia pensar em um assunto melhor.
Virei o botão da câmera para a posição ‘ligado’ e me afastei do balcão.
Apontando-a para onde eu achava que seu rosto estaria, apertei o botão e um flash brilhante iluminou a cozinha.
Sorri quando vi a foto.
Era uma boa dele, mais definitivamente com ela sendo escura.
“Você sabe,” Nico suspirou. “Você não pode postá-la em nenhum lugar. Você pode tê-la, só não a coloque em nenhuma rede social. Ou nenhum outro lugar. Nunca. Ok?”
A curiosidade levou o melhor de mim, e eu não poderia deixar de perguntar. “Você não é como um atirador ou nada parecido, não é?”
Ele riu. “Não. Eu não sou um atirador. Eu sou um SEAL. E nós apenas não podemos ter as nossas fotos flutuando por toda a internet. Nossas vidas poderiam depender disso.”
Um SEAL?
Isso era novo para mim.
“Quando isso aconteceu?” Perguntei.
Colocando a câmara no balcão, eu me inclinei contra ele novamente. Desta vez nós nos tocamos do ombro até a coxa.
“Um ano ou mais atrás,” ele disse.
Eu praticamente podia senti-lo revirar os olhos.
“Então, quando você tem que voltar? Você praticamente perdeu seus dois primeiros dias no sofá,” eu provoquei.
Ele suspirou. “Eu tive... tive uma semana. Eu volto na sexta-feira.”
Eu me virei para olhar para ele. “Você vai ficar para nossa formatura?”
Ele enrolou um braço em volta dos meus ombros. “Sim.”
Eu estremeci ao toque. Um que eu queria há muito tempo.
Embora não completamente o toque que eu ansiava, posso acrescentar.
Apoiei minha cabeça em seu ombro, permanecendo assim durante um longo momento até ele se afastar.
Só que não era para me soltar, mas para se virar, então seu corpo estava na minha frente, inclinando-se sobre mim, pressionando meus quadris no balcão.
“Você é maior agora,” ele sussurrou.
Eu senti sua respiração em meus lábios.
Se eu me inclinasse mais perto... Eu seria capaz de tocar meus lábios com os dele.
Eu me inclinei.
Nossas bocas se tocaram brevemente, mas com a mesma rapidez, ele se foi.
E Nikki estava na cozinha, as luzes brilhando.
“Água, mulher! O quão difícil é pegar um pouco de água? Oh,” exclamou Nikki. “Nico, você finalmente está acordado!”
Nós dois piscamos para o impecável timing de Nikki de acender as luzes.
Então nós dois tivemos nossa primeira boa olhada um para o outro.
Eu estava no meu habitual, uma longa camiseta do meu irmão que chegava aos meus joelhos e um short realmente muito curto. Este poderia se passar por uma calcinha, se eu estivesse sendo sincera.
Ele estava em um par de cuecas boxer. O tipo que deixava muito pouco para a imaginação.
Seu cabelo estava mais curto do que eu estava acostumada, cortado rente à sua cabeça.
Ele tinha um par de plaquetas de identificação1 que estavam pendurada entre seus dois músculos peitorais definidos, e sua macia pele cor de caramelo era linda. Embora, ele tivesse uma nova cicatriz que corria o comprimento de seu braço.
“Bem, o meu relógio está um pouco mais atrasado do que estou acostumado. Fiquei acordado toda a noite passada, por isso eu não tive forças para levantar com vocês esta manhã,” disse ele, explicando o seu cansaço.
Nikki andou para junto dele e o abraçou com força. “Se você puder aguentar, mamãe fará chouriço e ovos de manhã. As crianças sentiram sua falta.”
As ‘crianças’ eram as irmãs de Nikki e Nico. Haviam seis deles no total, incluindo Nikki e Nico, na faixa etária de nove a dezoito anos.
Nikki era a segunda mais velha e uma das cinco meninas, semelhante ao que eu era em minha própria família, todos meus irmãos sendo homens.
É por isso que nós nos damos tão bem, porque nós duas tivemos irmãos superprotetores que não gostavam que a sua irmã mais nova tivesse idade suficiente para namorar.
“Eu vou tentar, irmã. Eu realmente vou,” ele prometeu.
Eu estava olhando para as minhas mãos, tentando forçá-las para não tremer por causa do momento que nós quase tínhamos compartilhado.
“Se a Geórgia experimentar um pedaço de chouriço, eu vou prometer ficar acordado,” declarou ele.
Eu fiz um som como se estivesse vomitando. Eu odiava chouriço. Um tipo espanhol de salsicha, que me fazia querer vomitar toda vez que eu sentia o cheiro.
Nico, no entanto, adorava. Ele amava tanto que ele queria que eu adorasse, também. Só que cheirava a bunda e eu não queria ter nada a ver com isso.
Nikki riu enquanto pegava sua xícara de água e saía da sala, deixando-nos olhando um para o outro.
Eu planejei sair antes do café.
Eu tinha que ir ajudar os meus irmãos com o trabalho na fazenda, porque eles não podiam fazer tudo sozinhos.
“Eu não posso ficar. Eu tenho que sair daqui às cinco. Nós estamos movendo o gado para uma pastagem diferente de manhã,” expliquei.
Eu já estava cansada.
Amanhã seria um longo dia, mas eu iria passar por isso. Eu só tinha mais quatro dias, então eu estava fora para faculdade.
Eu suportaria mais quatro dias.
Nico sorriu para mim, sorriso um que aqueceu meus ossos e mais, o tipo de sorriso que eu amava. “Talvez um jantar de formatura antes de eu ir embora no sábado. Para comemorar.”
“Sexta-feira à tarde é o único dia que eu posso,” eu disse. “Os outros três dias estarei marcando vacas,” expliquei.
Ele assentiu. “Sexta-feira.”
Exceto que, na manhã seguinte, aconteceu algo que mudaria o curso da minha vida. Levando embora tudo o que eu pensei que ela poderia ser, até mesmo meus sonhos.
Nico era um deles.
Eu nunca fui para o jantar.
CAPÍTULO 1
Jingle Bells, Twilight smells, Edward ran away. Jacob cries, Bella dies, Harry Potter all the way. Hei!2 -Camiseta
Nico
Oito anos mais tarde
“Nikki, eu não posso falar agora. Estou atolado,” eu disse enquanto continuava preenchendo minha papelada.
“Ela está de volta!” Minha irmã cantou bem alto no telefone.
“Quem está de volta?” Eu perguntei distraidamente.
“Geórgia Brianne!” Minha irmã gritou.
Isso foi o suficiente para fazer tudo congelar, até o meu sangue.
“O quê?” Eu perguntei para esclarecer.
“Você me ouviu, irmão mais velho. Ela está aqui. Vi os portões da fazenda destrancados quando eu passei esta manhã em minha caminhada matinal. Você sabe como eu fico curiosa, então eu tive que caminhar até lá e ver,” Nikki explicou.
Minhas chaves estavam na minha mão e eu estava saindo da área comum do escritório momentos depois sem pensar muito nisso.
No caminho para a casa dela, eu pensei sobre aquela noite. A noite que eu fui à sua casa para encontrá-la queimando até o chão.
Os dois irmãos mais novos da Geórgia, assim como seus pais, morreram no incêndio.
Tinha sido um suicídio-assassinato.
Seu pai tinha amarrado cada criança, assim como sua esposa. Colt, Remy, Jasper, Hansen, e Geórgia tinham sido todos baleados por seu pai, mas sobreviveram.
Rain e Dell, os bebês do grupo, não tinham sobrevivido aos seus ferimentos de bala, morrendo poucos minutos após serem alvejados.
A mãe de Geórgia foi queimada viva, seu pai a encharcou em gasolina e ligou a chama para dar início ao fogo.
Enquanto seu pai acendia o fogo, Geórgia foi capaz de se libertar, e seu pai disparou em si mesmo enquanto ela desamarrava seus irmãos.
As cinco crianças Valentine restantes desapareceram na manhã seguinte, e não foi até um ano mais tarde que eu fui capaz de encontrar Geórgia novamente.
Eles se mudaram para Houston.
Todos, menos Geórgia foram levados sob a custódia do estado. Geórgia havia seguido seus irmãos, fazendo qualquer trabalho que ela pudesse para ajudar a se sustentar.
A família que acolheu os irmãos era uma boa família. Uma raridade.
Eles acolheram Geórgia também. Ou teriam, se ela tivesse deixado.
Eu fui até o portão que levava à fazenda Valentine, parando na parte inferior para caminhar pela longa garagem.
Ela se assustaria se visse a viatura KPD e eu não queria que ela surtasse.
A fazenda parecia muito como ela costumava ser. Ela ficara abandona nos últimos anos; mas mesmo agora, as pastagens foram ceifadas, e havia um par de vacas remoendo em ambos os lados da estrada.
Quase como se os últimos oito anos nunca tivessem acontecido.
A grande carbonizada casa da fazenda se foi, no entanto.
Eu cuidei disso.
Não havia restado nada, exceto o esqueleto. Eu recebi uma carta de súplica de Geórgia em torno de um ano após o incidente, pedindo-me para 'cuidar da casa’ e, em seguida, uma carta de um advogado me dando o direito de fazê-lo legalmente.
Desde aquele dia, eu mantive a propriedade e ao redor da casa livre de ervas daninhas e o crescimento excessivo do mato, mantendo-a pronta... só no caso.
Embora tivesse restado apenas um celeiro, havia um enorme sótão que eles alugavam no verão para algum rancheiro interessado. Era provavelmente lá onde ela estava ficando.
Avistei-a no momento em que alcancei o topo da colina.
Ela estava usando jeans tão apertados que fez meu coração saltar uma batida.
Ela estava exatamente como eu me lembrava dela.
Pernas longas que pareciam não ter fim, pequenas mãos delicadas. Ela estava em torno de 1,73 de altura, e tinha uma bunda de matar. Seu cabelo era a única coisa diferente.
Ele costumava ser longo e castanho, até sua cintura.
Era a mesma bonita cor marrom em cima, mas agora havia uma enxurrada de cores adicionadas debaixo da camada marrom superior. Estava mais curto, também. Curto. Como nos ombros.
Fiz questão de fazer barulho com minhas botas no cascalho para deixá-la saber que eu estava atrás dela, e ela congelou, virando lentamente.
Seu rosto era exatamente como eu me lembrava.
Um punhado de sardas ainda cobria seu nariz e bochechas, e seus lindos lábios ainda eram redondos e cheios.
E Deus, seus olhos eram de morrer.
Azul porra cristalino.
Ela era linda.
Aqueles lindos olhinhos azuis se arregalaram quando ela me viu, mas não demorou muito e ela estava correndo.
Eu me estiquei e a peguei enquanto ela se lançava em meus braços.
Ela era o meu mundo oito anos atrás, e agora, me sentia exatamente da mesma maneira. Eu a queria tanto que doía.
Passando os braços em volta dela, eu enterrei meu nariz na dobra de seu pescoço.
“Nicolas,” ela respirou em meu pescoço.
Ela cheirava como o sol, e parecia perfeita em meus braços. Como se ela sempre tivesse sido destinada a estar lá.
Oito anos atrás, eu fiz o primeiro movimento. Deixando-a saber que eu estava interessado.
Eu esperei muito tempo, no entanto.
Eu deveria ter feito isso antes, mas eu estava preocupado com muitas outras coisas.
Preocupei-me que ela fosse muito jovem, que eu deveria esperar até que ela se formasse.
Talvez se eu tivesse feito a minha jogada mais cedo, ela tivesse ficado.
Mas eu não fiz, e ela tinha desaparecido.
Então eu fui deslocado para combate, e nós dependíamos da troca ocasional de cartas para manter contato.
Minha carta favorita, aquela que me salvou. Aquela que foi a primeira coisa que eu li após a morte de praticamente toda minha unidade. Aquela eu ainda carregava comigo até hoje.
Não era nada especial. Apenas uma pequena carta de Geórgia me dizendo que ela tinha ensinado um menino, em um parque que ela corria, como dar um carrinho3. Mas foram as palavras no final da carta que me puxaram para fora de qualquer que seja a zona eu estava.
Quatro simples palavras: eu preciso de você.
As cartas me levaram através de um monte de anos e um monte de dias de terror.
Ela provavelmente não sabia disso, mas ela salvou minha vida.
“Geórgia.” Minha voz áspera resmungou. “Eu senti sua falta como o inferno.”
Ela se inclinou para trás, me deixando ver os seus olhos. “Eu senti sua falta, também. Você recebeu a mensagem que deixei em sua casa?”
Eu balancei minha cabeça. “Não, eu não estive lá em quase vinte e quatro horas.”
Ela franziu a testa. “Você trabalha demais.”
Eu sorri ironicamente para ela.
De novo me dizendo o que eu deveria e não deveria fazer, e nós só estávamos na presença um do outro por um pouco mais de três minutos.
“Você está aqui para sempre?”, perguntei, colocando-a de volta em seus pés.
Ela assentiu e me guiou até uma árvore que havia sido recentemente cortada.
“Você fez isso?”, perguntei, preocupado, olhando para os grandes pedaços de madeira e a serra que estavam no chão ao lado deles.
Ela balançou a cabeça, o movimento revelando uma grande quantidade de vermelho, azul e roxo em seu cabelo.
“Não,” ela disse, balançando a cabeça para a porta do celeiro. “Os meninos estão em casa comigo.”
“Então você se mudou para o sótão com seus irmãos?”, tentei esclarecer.
Ela sorriu. “Sim, temos ficado juntos, com interrupções, pelo o último ano ou mais desde que seus pais adotivos morreram; seus filhos reais nunca se deram bem com os meninos, por isso nós decidimos que era hora de voltar para casa.
Ela parecia bem, muito bem.
“E você está bem ... em estar aqui?” Eu verifiquei.
Ela apertou os lábios e olhou para suas mãos. “Sim... não. Eu não sei ainda. Temos uma casa móvel chegando amanhã. Eu não planejo ficar no sótão, ou na casa velha da vovó na parte de trás da propriedade. Eu não acho que eu possa. Mas os rapazes... eles eram novos. Eles não se lembram tanto quanto eu.”
“Se você precisar de um lugar para ficar, estou à direita da estrada. Você sabe disso, certo?” Eu perguntei a ela.
Ela assentiu com a cabeça, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas por meu oferecimento.
Ela respirou fundo e soltou o ar lentamente.
“Estou com medo de estar aqui,” ela admitiu.
Meus olhos não deixaram seu rosto por um longo momento enquanto eu olhava para ela, averiguando seus sentimentos.
“Você conversou com alguém?” Perguntei em voz baixa.
Todas estas perguntas estavam queimando na ponta da minha língua. Tantas coisas que eu queria saber.
Ela assentiu com a cabeça. “Sim. Eu não disse a eles exatamente o que aconteceu, mas eu lhes contei o principal. Eles disseram que tenho uma forma leve de TEPT4. Um que realmente não aparece até que eu esteja no escuro da noite. Eu geralmente consigo evitar qualquer reaparecimento deixando as luzes acesas, e tendo certeza que eu posso deixar uma porta aberta ... ou ver o exterior.” Assim que ela disse isso, franziu a testa. “Por que é que, depois de oito anos sem vê-lo, você ainda pode me fazer falar? Isso realmente... realmente não é justo.”
Eu sorri. “Talvez, se você algum dia sair para jantar comigo como prometeu que faria, nós poderemos comparar notas sobre TEPT. Porque, com toda a honestidade, eu tenho TEPT suficiente para compartilhar com quase todo mundo na área de Kilgore e ainda tenho algum de sobra.”
Ela olhou para suas mãos. “Eu não sou a mesma menina, Diablo.”
Eu bufei. “Eu não sou o mesmo homem, niña.”
Ela me lançou um olhar de repreensão. “Eu não sou uma criança.”
Eu ri, lembrando o quanto ela odiava ser chamada assim quando era mais jovem.
“Por que você acha que eu continuo a te chamar disso, então?” Perguntei.
Ela não teve a chance de responder, porque o meu Pager tocou.
E fodidamente de novo.
“Jesus Cristo,” eu assobiei, puxando-o para fora do meu cinto.
Ela olhou para mim preocupada.
911.
“Foda-se,” eu resmunguei. “Eu tenho que ir. Dê-me uma chamada de manhã, niña. Eu tenho um presente para você.”
Sem esperar por uma resposta, comecei a correr para a entrada, percorrendo o meio quilômetro de estrada suja em menos de dois minutos e meio.
Nada mau para jeans e botas.
A última coisa que eu vi quando saí da garagem foi Geórgia em pé no topo da colina com um sorriso enorme no rosto.
Ela acenou quando eu me despedi com minha mão para fora da janela, e eu não pude segurar o estúpido sorrisinho que ficou no meu rosto durante todo o caminho para o posto policial.
Ele também permanecia quando entrei no posto e caminhei para a sala dos fundos, onde a equipe da SWAT normalmente se encontrava.
Eu fui o último a chegar, os outros já estavam lá assim como eu também deveria estar.
Assim que entrei, Luke, o nosso chefe e líder da equipe SWAT, começou a falar.
“Tudo bem, rapazes. Nós temos uma situação de reféns na Kwik Stop. Um homem com uma arma está mantendo dois homens mais velhos como reféns, assim como o secretário, um adolescente,” disse Luke, sem perder tempo e nos dando nossas instruções.
Essa era uma coisa boa de Luke, ele sabia como lidar com a sua merda, e eu valorizava isso em um homem.
Ele descreveu o que iríamos fazer quando chegássemos lá, e fomos liberados para nos vestir.
Foi quando eu estava deslizando meu colete da Kevlar sobre o meu peito que Bennett, meu melhor amigo, caminhou até o armário ao meu lado e me lançou um olhar de soslaio.
“Os homens estão falando,” disse ele enquanto tirava sua camisa e substituía pela preta do departamento.
Dei de ombros.
Ele sorriu, “Você não vai me dizer, não é?”
Dei de ombros novamente. “Não.”
Ele suspirou e terminou de se vestir, enquanto eu me sentei e reatei minhas botas.
“Eu não acho que eu já vi você sorrir, homem,” Michael, outro membro da equipe da SWAT, disse do banco em frente a mim.
Ele estava igualmente calçando as botas, mas seus olhos estavam em mim e não no que ele estava fazendo.
Dei de ombros novamente. “É uma pena.”
Ele sorriu, mas eu só olhava para ele sem expressão.
Ele não levou para o lado pessoal, no entanto. Era apenas como eu era.
A minha família me tinha incondicionalmente, mas levou um tempo para me aproximar das pessoas depois da minha passagem pela Marinha. Michael e os outros homens da minha equipe, assim como dois outros homens neste mundo, sempre me protegeriam. Se eu estava sendo sincero, eu sabia que eles estavam curiosos sobre mim.
Eu não era alguém de compartilhar meus sentimentos com os outros, contudo.
Eu era um homem reservado e fui assim toda a minha vida.
Era difícil manter qualquer coisa privada em uma família de oito, mas de alguma maneira eu conseguia.
Isso também mostrava, todos os dias de minha vida, o quanto eu não deixava as pessoas se aproximarem, tendo sido desapontado muitas vezes para verdadeiramente confiar novamente em alguém.
“Tudo bem, rapazes. Vamos fazer isso,” Luke chamou.
Levantei-me e saí para o caminhão blindado.
Vamos fazer isso de fato.
CAPÍTULO 2
I put the hot in psychotic5. – Camiseta
Geórgia
Eu decidi correr até a casa de Nico em vez de ligar.
Eram quase seis e eu estava deitada na cama por mais de duas horas, cansada demais para me levantar.
Eu pensei que eu tinha um trabalho bastante exigente em Houston, mas agora, voltando para cá e fazendo as coisas que eu tinha feito todos os dias da minha vida quando eu era mais jovem, mostrou-me como eu realmente estava errada.
Correr deveria trabalhar os músculos doloridos; e ele fez, até certo ponto.
Eu cheguei à apenas cerca de metade do caminho, depois de ter alcançado o enorme carvalho que se curvava sobre a estrada, que me indicava que estava faltando apenas um quilômetro, quando ouvi passos atrás de mim.
Meu coração começou a bater por uma razão diferente do esforço, e eu levantei minha camisa apenas caso eu precisasse ter acesso a minha arma.
No entanto, não havia motivos para minha paranoia quando olhei sobre meu ombro e encontrei Nico atrás de mim.
Ele não usava nada além de shorts e um tênis.
O suor escorria pelo seu peito lindamente bronzeado e desaparecia no cós negro de sua roupa íntima. A larga faixa mostrando que ele usava cuecas ‘Hanes’ estava claramente visível, e eu tive de lutar contra o impulso de lamber meus lábios.
“Um pouco cedo para você, não é?” Eu falei em direção a Nico.
Eram apenas seis e meia da manhã.
Eu esperava que eu fosse acordá-lo, mas isso era bom também.
Ele sorriu, mostrando-me seus dentes brancos perfeitamente alinhados. Os que sua mãe gostava de dizer que entrou em dívidas para comprar para ele.
“Eu tenho que me levantar a essa hora, ou eu não consigo tempo para meu treino antes das merdas que precisam serem feitas”, disse ele.
Eu balancei a cabeça, sentindo meu cabelo se movendo no alto. O pouco dele que percebi que permanecia preso em um rabo de cavalo. Eu podia sentir alguns fios soltos, não o suficiente ainda para permanecer para cima. Mas eu amava o cabelo curto e iria lidar com a bagunça se eu tivesse que fazê-lo.
“O que está por trás do cabelo colorido?” ele perguntou de repente.
Eu olhei para ele e dei de ombros. “Eu queria. Essa é a única razão.”
“Eles permitem esse cabelo em seu trabalho?” Ele perguntou com curiosidade.
“Quando ele está solto, você não pode realmente dizer que ele é colorido. O meu novo emprego sabe que ele é colorido, no entanto eles não pareceram se importar muito,” eu falei.
Seus olhos se moveram da estrada à nossa frente para mim. “Onde você trabalha? Não será na fazenda?”
Eu balancei minha cabeça. “Não. Esse é o desejo dos meninos, não meu. Eu vou ajudar quando for necessário, mas não vai ser mais meu. Levei oito anos, mas eu finalmente consegui meu diploma.”
“Você se formou?” Ele perguntou abruptamente.
Eu balancei a cabeça. “Sim, na semana passada.”
Sua boca abriu em espanto. ?E você não disse a qualquer um de nós? Nós teríamos ido!”
Ele parecia indignado que eu não contei a ele, e eu fiz uma careta. ?Foi online. Você não teria ido a uma cerimônia. Eu acho que eles enviarão o meu diploma pelo correio.”
Ele manteve o ritmo ao meu lado enquanto nós continuamos os últimos quilômetros até a sua casa.
Eu podia dizer que ele estava se segurando, provavelmente, sendo capaz de quase dobrar o passo, mas ele ficou comigo como algum tipo de cortesia, como tinha feito quando éramos mais novos.
“Qual seu tempo em um quilômetro agora?” Eu perguntei por curiosidade.
Quando ele estava na escola, era capaz de correr um quilômetro em um pouco mais de cinco minutos. Eu nunca consegui melhor que sete.
Ele piscou antes de responder. “Seis e meio ou mais. Mais músculo significa menos velocidade, infelizmente.”
Eu bufei. Ele ainda era melhor do que o meu melhor tempo, para minha irritação.
Eu consegui por mais alguns metros antes de não poder mais me segurar.
“Você correu todo o percurso, não é?” Perguntei, desconfiada.
Ele encolheu os ombros. “Teria, se você não tivesse me parado.”
Eu dei um tapa em seu bíceps, fazendo-o rir.
“Então, qual é o meu presente?” Perguntei depois do silêncio perdurar.
“Você vai ter que esperar e ver.” Ele provocou.
Eu deveria saber que ele não iria me dizer. Ele sempre foi assim. Eu lhe comprava um presente todos os anos em seu aniversário e no Natal, e eu tentava atormentá-lo com ele. Ele nunca caiu, todavia. Ele gostava de ganhar seus presentes no dia da ocasião especial.
Ele era tão estranho.
“Eu vi o seu trailer sendo entregue quando eu passava correndo. Seu irmão estava do lado de fora conversando com o motorista do caminhão,” Nico me informou.
Eu balancei a cabeça. Eu sabia que eles estavam vindo cedo, mas meus irmãos estavam lá para lidar com isso. Eu só esperava que eles não passassem por cima da caixa de esgoto... isso seria uma bagunça para limpar.
Meus irmãos, no entanto, havia dito que eles conseguiriam, e eu acreditei neles.
“As vacas estão sendo entregues hoje, também. Você vai ter os seus amigos de volta,” eu provoquei.
A propriedade dos pais de Nico era ao lado da nossa. Agora, eu acho que era a propriedade de Nico, desde que seus pais tinham se mudado para a cidade, de acordo com Nikki. Eles estavam cansados de fazer o trabalho na fazenda e queriam estar na cidade, mais perto de seus netos.
Algo pelo qual eu não poderia culpá-los. Nem um pouquinho.
Nós chegamos na casa dele, finalmente, e eu suspirei de alívio. Minhas pernas estavam gritando agora, e eu poderia realmente aceitar um copo de água.
Nós caminhamos juntos até os degraus da sua casa, mas em vez de entrar, como ele costumava fazer, ele digitou um código ao lado da porta, desarmando o alarme.
“O que é há com toda a segurança?” Perguntei, surpresa.
Ele fez uma careta. “Eu já vi muita merda como um SEAL, e um policial, para não ser um pouco cínico sobre o minha propriedade e minha vida. Eu nunca mais vou deixar de trancá-la. Eu valorizo a paz de espírito.”
O exterior da casa parecia exatamente como eu vi pela última vez. O interior, porém, foi totalmente redecorado.
“Uau,” eu disse, observando ao meu redor.
Ele sorriu. “Eu não sou um grande fã da merda que a dona de casa mama Susie tinha.”
Adorei a forma como a sua voz cadenciava quando ele não estava tentando conter seu sotaque.
Embora todas as crianças tivessem nascido nos EUA, ambos os pais tinham inculcado neles sua história. Tinha-lhes ensinado que, mesmo sendo americanos, eles tinham raízes espanholas.
Cada criança falava fluentemente espanhol, bem como francês, por insistência de sua mãe. Eu suspeitava que Nico sabia mais do que isso. Ele sempre foi um aprendiz rápido, e foi quem me ajudou com o meu curso de espanhol enquanto ele estava em casa. Ele tinha a paciência de um santo quando se tratava de ensinar, e eu sempre achei que ele seria um excelente professor. Mas eu ouvi dizer que ele foi um excelente SEAL e um policial ainda melhor.
O primeiro cômodo que eu entrei foi a sala de estar; que nem sequer tinha a mesma aparência. Foi completamente remodelada. O grande armário da TV que costumava tomar metade da sala foi embora, e em seu lugar havia uma tela plana grande que ocupava quase toda a parede.
Havia enormes sofás marrons de pelúcia em frente à TV, e a grande lareira tinha um novo acabamento com belo trabalho em pedra.
“Este lugar está ótimo,” eu disse, com os olhos alcançando a parede de fotos no lado da sala.
Eu andei para elas lentamente, duas chamando minha atenção logo de início.
Uma foto era minha e Nico parados em um grande ramo que pairava sobre o lago em sua propriedade. Foi no ano antes de me formar; eu tinha dezessete anos e Nico vinte e dois.
Na foto, ele estava com as mãos em volta da minha cintura enquanto se preparava para me empurrar, mas eu consegui segurar sua camisa.
A imagem nos capturou logo antes de alcançarmos a borda, e nossa felicidade era visível.
A segunda foto era eu dando um abraço em Nico no dia em que ele foi deslocado para combate pela primeira vez.
Eu estava uma confusão quente o tempo todo, e levou tudo de mim para não chorar.
Ele sabia que eu estava chateada também.
A imagem era dele me abraçando apertado ao seu corpo, seu nariz deslizando ao longo da minha testa.
Ele teve sua mão fechada em punho no meu cabelo, e os nossos corpos estavam colados juntos.
Se qualquer outra pessoa tivesse visto essas fotos, ela pensaria que nós estávamos apaixonados.
E, até certo ponto, nós estávamos.
Era o tipo de amor de uma pessoa pela outra. Era inocente e divertido, mas nunca progrediu para além de beijos.
Beijos que eu me lembrava e comparava, nos últimos oito anos, com todos.
Era também por isso que eu não fiz sexo com ninguém.
Meu corpo sabia o que... e quem ele queria. E não aceitaria qualquer outra pessoa.
Então, meu olho foi capturado por outra foto. Aquela que eu tirei dele no dia em que ele foi embora para sua convocação pela segunda vez.
Aquela que tirei um mês e meio depois que meus pais e dois irmãos tinham morrido.
“Eu sabia que você estava lá,” ele retumbou.
Minha cabeça abaixou.
Eu não estava pronta para falar com ele ainda. Inferno, eu não falei mais de uma palavra em quase um ano depois que eu tinha testemunhado o assassinato de meus irmãos e mãe.
“Eu sei que você sabia,” eu respondi fracamente.
“Eu amei as fotos. Esta é a minha favorita,” ele disse, os olhos examinando cuidadosamente a imagem por trás de mim.
Tinha sido a minha favorita, também.
Eu tirei quando ele estava entrando no transporte militar que estava levando-o para o seu barco que sairia do porto em San Diego, Califórnia.
Sua mão estava descansando no lado do avião, e ele se virou logo antes de entrar, examinando a multidão uma última vez.
Ele estava procurando por mim e tinha me encontrado.
No momento em que eu capturei a foto dele, foi aquela em que um sorriso lento surgiu em seu rosto.
Eu tinha desfocados os homens que estavam no fundo, assim você só teria a sensação das pessoas em torno dele.
Ele mudou muito desde quando a imagem tinha sido tirada.
Eu tinha outra quase idêntica à que eu lhe enviei do dia em que ele retornou para casa de sua convocação.
Seus olhos, aquelas esferas de marrom chocolate derretido, tinham se tornado frios e duros.
Ele estava ostentando uma nova cicatriz no queixo, e eu o tinha capturado enquanto ele examinava a multidão mais uma vez.
Não de uma forma que ele estava procurando por alguém em particular, mas de uma forma que mostrou que ele estava à procura de perigo.
Foi de quebrar o coração, e ambas as fotos estiveram penduradas no meu apartamento, lado a lado, desde então.
Agora, porém, elas estavam embaladas em caixas de mudança, mas assim que eu tivesse o meu novo lugar habitável, elas imediatamente iriam de volta para a parede.
“Deixe-me ir vestir um jeans e uma camiseta, e nós voltaremos lá para fora. Meu presente está no celeiro,” ele disse enquanto se afastava. “Faça um pouco de café, por favor.”
Eu ria enquanto ele deslizava dentro e fora do Espanhol. Quando ele estava relaxado, suas palavras se tornavam misturadas, da mesma forma que sua mãe fazia.
Eu segui as instruções e fui para a cozinha, feliz com o que ele tinha feito lá, também.
Foi-se o chão quadriculado modelado, e em seu lugar havia escuros pisos de madeira de cerejeira.
Os armários vermelhos foram substituídos por outros de madeira quase preta, e os aparelhos foram todos atualizados para aço inoxidável.
Havia um novo bar em vez de uma mesa de cozinha, e no lugar de mesas havia um assento de janela com vista para o quintal.
Fiz café, derramando em duas canecas de viagem, assim que Nico entrou, puxando a camisa sobre a cabeça.
Era definitivamente uma tragédia tê-lo cobrindo aquele ótimo corpo, mas era provavelmente o melhor. Eu não seria capaz de falar coerentemente quando ele estivesse em exposição. E não importa se ele estava tentando exibi-lo ou não, ele poderia estar limpando vômito sem camisa e ainda assim chamaria atenção.
Ele pegou o copo da minha mão quando passou, indo direto para a porta de trás que tinha um caminho que conduzia para o celeiro.
Toda a propriedade era cercada com arame farpado, a única exceção era a parte da frente, que foi rodeada em cercas de aço.
Um estábulo que começava na garagem mantinha o gado em grande parte da mesma maneira que a minha fazia. Só que eu não vi nenhuma das vacas que costumavam ser uma parte tão grande da fazenda.
“Não há vacas?” Perguntei.
“Duas. Apenas de ordenha, no entanto. Sem nenhuma das crianças querendo trabalhar na fazenda, as vacas foram vendidas lentamente, mas de forma segura. Essa é a principal razão pela qual nossos pais se mudaram. Eles não veem uma razão para estar aqui se não fossem criando gado,” explicou.
Eu balancei a cabeça em entendimento. O lugar era poderosamente grande para um casal de idosos com nenhuma razão para estar aqui mais. Só a manutenção era astronômica.
Ele abriu a porta do celeiro, e eu olhei em volta, surpresa. “Uau, você atualizou isso, também.”
Ele assentiu e me mostrou o que tinha fixado e remodelado. “Há um apartamento do lado de fora deste celeiro. Ele não está mais em uso, contudo. Natalie se mudou cerca de dois anos atrás.”
Natalie era dois anos mais nova que Nikki e eu, e teria hoje cerca de vinte e quatro anos. Era uma surpresa que ela se mudou, entretanto. Nico teria a deixado viver aqui o tempo que ela quisesse.
Algo grande começou a fazer um barulho na barraca, e eu levantei minhas sobrancelhas para Nico. “Você tem um novo potro ou algo assim?”
Ele balançou a cabeça, um sorriso secreto se formando no canto dos lábios. “Não, eu tenho certeza que é culpa sua que ela está ficando louca.”
Segui atrás de um Nico animado, chegando a uma parada súbita quando vi o que estava lá dentro.
“Náutica,” eu sussurrei.
Faziam oito anos desde que eu tinha visto minha amada égua. Oito longos anos que eu pensei que ela havia sido vendida junto com o gado que tínhamos na nossa terra.
Olhei para Nico, meu olhos marejando, e disse: “Você a manteve?”
Ele assentiu. “Sim, nós estávamos apenas esperando você voltar para casa.”
Eu explodi em lágrimas, caminhando em direção a baia e colocando minhas mãos contra a porta.
Náutica pressionou seu nariz de veludo contra as grades e relinchou.
Eu dei uma risadinha e estendi a mão para abrir a fechadura.
Os outros cavalos não tinham barras em suas baias como Náutica tinha, e eu sabia o porquê. Náutica era um cavalo fujão. Ela poderia sair de lá, sem exceções.
No entanto, parecia que Nico descobriu exatamente como mantê-la em sua baia quando ela não estava do lado de fora.
Assim que a porta foi aberta, Náutica empurrou seu nariz através dela e bateu seus cascos ao meu lado.
Eu curvei meus braços para cima sobre sua sedosa pelagem preta, deitando minha cabeça em seu pescoço grosso.
“Eu senti sua falta,” eu sussurrei ferozmente.
Houston não era o melhor lugar para um cavalo. Eu vivi em um apartamento durante todo o tempo que eu estava longe, trabalhando em dois empregos só para estar um passo à frente de tudo. Eu fui para a escola quando podia.
O pouco dinheiro que eu guardava iria para os meninos e seus estudos universitários.
Eu tinha orgulho de dizer que nenhum de nós tinha uma dívida, mas isso vinha com um preço. Um que significava que eu não podia ter o que eu queria. Um deles sendo o meu cavalo. Aquele que tinha sido o meu orgulho e alegria.
A mão de Nico se esticou para cima e correu para baixo do nariz de Náutica, coçando-a entre os olhos com suas unhas não afiadas.
Ela deu um resfôlego, soprando alguns cabelos do meu rosto, e eu dei uma risadinha.
Náutica ainda era a faísca que ela costumava ser.
“Oh, Nico. Você acabou de me fazer uma mulher muito feliz,” eu disse, virando-me para seus braços.
Ele abraçou-me de volta, e eu senti a grande cabeça de Náutica batendo em minhas costas, à procura de atenção.
Eu soltei Nico, tão feliz que eu não poderia aguentar.
“Você merece um biscoito por isso,” eu disse sobre meu ombro.
Ele piscou. “Eu me conformo com um jantar. Para comemorar sua formatura.”
Algo se passou entre nós naquele momento. Há muito tempo atrás, ele tinha feito essa mesma oferta, e algo horrível tinha acontecido. Desta vez, eu faria esse jantar nem que fosse a última coisa que eu fizesse.
“Combinado.”
***
A primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi dizer a meus irmãos sobre Náutica, e eles estavam em êxtase tanto quanto eu. Eles nunca tiveram um cavalo próprio, ao contrário de mim. Então, eu compartilharia Náutica com eles.
Todo mundo ficou emocionado, isto é, exceto meu irmão mais novo, Darby, que era um idiota, não importa o que acontecesse.
“Você está brincando, certo?” Darby perguntou em desgosto.
Ace olhou para ele. “Não seja um idiota. Ele poderia tê-la vendido com as vacas como nós tínhamos pedido. Somos sortudos que ele não o fez.”
“Ele devia ter escutado. Teria sido dois mil dólares extras que nós poderíamos ter usado para comprar roupas e comida,” Darby rosnou.
Embora seus pais adotivos tenham sido bons, eles não eram os mais ricos no quarteirão.
O dinheiro sempre acabava antes do final do mês, e eles tinham vivido quase que com o salário contado.
Todos os meninos tiveram que conseguir um emprego assim que tinham idade suficiente, e eu os ajudei onde eu podia, também.
Nunca era o suficiente, infelizmente.
O que foi um grande fator na morte de seus pais adotivos.
Eles tinham se negligenciado para alimentar seus filhos e, no final, uma vez que seus sistemas imunológicos foram comprometidos, ambos morreram com a diferença de um ano de um para o outro.
Deixando todo mundo sozinho.
CAPÍTULO 3
Você sabe que tem a chave para o coração de um homem quando você tem as chaves para o seu carro. 'Por que nem fodendo ele as daria se não estivesse planejando cobrar mais tarde o pagamento em orgasmos. - Lição de vida
Nico
“Não, mamá, eu não vou levá-la à sua casa para o jantar. Temos um encontro. Um que não inclui a minha família,” rosnei no telefone.
Era um gesto inútil. Isso estaria acontecendo com ou sem o meu consentimento. Eu só tinha que ser mais esperto do que minha mãe.
“Hijo, eu realmente não me importo com o que você faz com você mesmo, mas ela virá para a minha mesa de jantar hoje à noite. Espere e veja,” minha mãe declarou.
Eu suspirei longo e alto.
Se eu não levá-la, minha mãe apenas passaria por cima de mim e chamaria Geórgia diretamente. O que significava que eu precisava fingir ou manter o telefone longe de Geórgia.
“Sim, mamá,” eu cedi. “Verei o que posso fazer.”
Ela desligou momentos depois, e eu coloquei o telefone de volta à mesa enquanto Bennett entrava no escritório. “Você ouviu sobre o tiroteio no Starbucks em Longview?”
Olhei para cima em surpresa. “Não. Alguma vítima?”
Bennett balançou a cabeça e sentou do outro lado da mesa.
Debrucei-me na minha cadeira e dei uma olhada nele.
“Você parece cansado,” observei.
Ele fez uma careta. “Reagan teve um problema estomacal na noite passada. Eu posso lidar com quase tudo, mas vômito e catarro realmente me enojam.”
Eu sorri.
Reagan era sua filha. Ela era uma menina calma e, sobretudo, agradável, o que não parecia mesmo se encaixar com Bennett já que ele era tão extrovertido.
Eu conheci Bennett quando nós dois estávamos na Marinha, descobrindo apenas quando fomos para o treinamento básico que éramos da mesma área do Texas.
Quando eu comecei a conhecê-lo melhor, ele vinha passando por uma fase difícil com sua ex-esposa, tentando conseguir a custódia de sua filha. Uma criança que a mãe tinha tentado abortar, mas Bennett a convenceu de não o fazer. Ela não fez, e então ele ganhou a custódia total da criança que sua ex nunca quis.
Bennett conseguiu a guarda, no entanto, com a ajuda de sua família.
“Ela não acabou de ter isso na semana passada?” Perguntei surpreso.
Ele balançou sua cabeça. “Não, duas semanas atrás ela teve gripe.”
“Oh,” eu disse, balançando a cabeça. “Pobre menina. Acho que isso significa que você também estará doente em breve?”
Ele encolheu os ombros. “Eu sempre fico. É como um relógio.”
Eu não pude deixar de rir. “Acho que é parte do jogo da criação dos filhos.”
Ele me provocou. “Então, estamos convidados para o jantar onde conheceremos sua garota misteriosa?”
Eu balancei minha cabeça. “Ela não é uma garota misteriosa. Ela é a mesma que eu sempre quis. Eu a conheço pelo que parece uma eternidade.”
Seus olhos arregalaram. “Ela é a garota que costumava aparecer em todas aquelas partidas e retornos para casa?”
Eu assenti e me recostei para puxar meu celular do bolso. Então eu abri o telefone e rolei para a foto que eu tirei na manhã anterior. Aquela dela e Náutica.
Mostrando a ele, eu sorri quando ele inspirou. “Puta merda, ela é gostosa.”
Disso eu não tinha dúvida.
Então, é claro, ele começou a folhear as fotos no meu telefone.
“Por que você tem fotos de chuteiras de futebol aqui?” Ele perguntou.
Puxei o telefone de suas mãos e empurrei-o de volta em meu bolso.
“Eu te entreguei meu telefone para que você pudesse olhar uma foto. Não olhar por todo lado. Na próxima vez que eu te der meu telefone, seja cortês,” eu repreendi.
Ele riu abafadamente e sentou-se na cadeira. “Não mesmo. Por que as chuteiras?”
Dei de ombros. “Eu queria comprar para Geórgia um par de chuteiras, mas eu não sabia o seu tamanho. Eu tive que perguntar à minha irmã.”
“Ela costumava jogar futebol?” Ele perguntou, coçando sua nuca.
Eu balancei a cabeça. “Sim, nós dois chegamos aos estaduais. Ela era muito boa para uma menina. Uma das únicas que podia me acompanhar. Ela é ainda melhor que a minha irmã. Foi assim que eu a conheci. Ela costumava desafiar a minha irmã como uma gata selvagem no campo. A competição se transformou em um relacionamento. No último ano delas, eu acho que elas passaram a maior parte do tempo na casa de meus pais. Ela nunca abandonou pelo que ouvi dizer.”
“Estou feliz que você ache que eu sou muito boa para uma menina,” disse uma divertida voz feminina da porta.
Virei-me para encontrar Geórgia apoiada casualmente contra o batente, os braços cruzados calmamente sobre seu peito.
Hoje ela estava vestindo calças pretas e uma camisa roxa de botões que combinava com parte de seu cabelo.
Seus sapatos parecia sexy como o inferno também. Saltos pretos altos que fizeram suas pernas parecerem ter uma milha de comprimento.
Eu levantei e dei a volta na minha mesa. “Geórgia, este é Bennett. Bennett está na equipe SWAT comigo, e é um oficial aqui. Bennett, esta é Geórgia.”
Bennett se levantou e ofereceu sua mão para ela, sacudindo-a uma vez antes de soltá-la.
“É bom conhecê-la, Geórgia. Eu ouvi muito sobre você ao longo dos anos,” Bennett cumprimentou-a.
Geórgia piscou, e então virou. “Este é o urso Bennie?”
Eu estremeci e olhei para o homem ao meu lado. Ele não parecia satisfeito.
“Sério, cara? Eu não entendo. Minha irmã me chamou assim uma vez na sua frente. Uma vez!” Bennett grunhiu de frustração.
Geórgia deu uma risadinha. “Não se preocupe Bennett. Eu não vou contar a uma alma. Ele só me disse porque ele sabia que eu estava triste.”
A indignação de Bennett congelou, e ele estudou Geórgia como um inseto sob um microscópio. “Eu costumava jogar futebol. Você estava na mesma série que eu, em uma escola diferente, pelo que entendi. Você se lembra de Corinne Brady?”
Ela torceu o nariz. “Sim.”
Eu poderia dizer que ela estava com vontade de falar todos os tipos de coisas rudes, mas essa era a questão sobre Geórgia. Ela não falava merda. Sobre ninguém.
“Você pode demonstrar sua aversão,” eu disse, apontando para o assento ao lado do que Bennett anteriormente estava sentado. “Corinne Brady é a ex de Bennet e mãe do bebê dele. Eles não se dão bem.”
Eu vi o momento em que ela percebeu justamente sobre quem estávamos falando, e sua boquinha perfeita formou um pequeno O.
Os olhos de Bennett brilharam. “Posso ver que a minha reputação me precede.”
Nós crescemos em uma pequena cidade cerca de trinta minutos fora de Kilgore, Texas. No entanto, nós frequentamos Gladewater enquanto Bennett tinha frequentado o Kilgore ISD.
Nós éramos muito leais a nossa escola, saindo com os nossos, mas todos tinham ouvido falar sobre o incidente envolvendo a falsa vítima de estupro. Até eu, e eu estava do outro lado do mundo. Isso foi o tema de muitas cartas enviadas e recebidas para Geórgia, enquanto eu estava no exterior. Tinha agitado nossa pequena cidade então, ainda estava fazendo seis anos mais tarde.
Anos atrás, o incidente se espalhou como um incêndio entre nossas escolas.
Uma garota havia sido estuprada, e seu namorado, Bennett Alvarez, tornou amplamente público que haveria retaliação para aqueles que tinham feito isso.
Bem, semanas se passaram e ninguém nunca ouviu qualquer coisa sobre isso até que, um dia, soube-se que Corinne mentiu sobre ter sido estuprada e na verdade tinha realmente sido cúmplice em toda a farsa.
Bennett soube mais tarde que ele tinha engravidado a menina, e eles tiveram uma longa batalha pela custódia que continuou mesmo depois dele ter ido para a Marinha.
Bennett ganhou a custódia de sua filha, contra todas as probabilidades, graças à ajuda de sua família. Geórgia tinha me dito que ela tinha torcido secretamente por Bennett no momento do incidente e estava feliz que ele e eu tínhamos nos tornado tão bons amigos.
Era sempre interessante ver Corinne, o que não aconteceu muitas vezes, mas aconteceu.
“Eu não posso dizer que eu não ouvi o seu nome aparecer em algumas histórias antes de hoje. Mas, de qualquer maneira, eu só queria ver se eu poderia pegar emprestado seu carro, Nico, por um minutinho,” ela disse, com os olhos brilhando.
Pisquei. “Claro. Mas por que?”
Ela fez uma careta. “Eu preciso de uma geladeira.”
Eu arranquei as chaves do meu bolso e entreguei a ela. “Só não bata em nada com ele. É novinho.”
Ela mostrou a língua para mim. “Foi uma vez!”
Eu sorri. “Uma vez é muito, Pequeña.”
Ela me encarou, e eu não contive a vontade de rir desta vez.
“O quê?” eu perguntei inocentemente.
“Para as pessoas de tamanho normal, eu sou tamanho normal,” ela resmungou e saiu.
Sua bunda estava fantástica naquelas calças também.
“De que você a chamou?” Bennett perguntou, curioso por que ela teve tal reação.
“Pequena. Ela não gosta que se refiram a ela como baixa. Isso foi um grande ponto de discórdia quando éramos mais jovens. Ela tem um grande complexo ‘qualquer coisa que você pode fazer, eu posso fazer melhor’,” eu expliquei enquanto eu ia atrás dela.
“Eu não posso acreditar que você simplesmente entregou as chaves de seu carro,” disse Bennett, seguindo-me.
Eu não teria dado a ninguém, a não ser a ela. Nem mesmo a minha própria mãe.
Geórgia sempre foi diferente, no entanto. Se ela pedisse a camisa que estou vestido, ou as botas nos meus pés, eles seriam dela.
Nós vimos quando ela saiu para o estacionamento e caminhou diretamente para o meu carro, uma nova F-150 que me custou um bom dinheiro.
Ela era suspensa e sentava-se em pneus de trinta e cinco centímetros, e me divertiu para caramba quando ela pulou em um pé um par de vezes para lançar-se no banco da frente.
“Eu realmente achei que aquelas calças fossem rasgar,” Bennett murmurou sob sua respiração.
Olhei para ele e o encarei. “Mantenha sua merda para si mesmo. Ela é minha.”
Bennett me olhou maliciosamente. “Eu não vejo um anel em seu dedo.”
Eu dei um soco em seu ombro. “Ela não precisa de um anel. Ela tem sido minha desde o momento em que nos vimos treze anos atrás.”
Ele me olhou de perto antes de dizer, “Você está falando sério.”
Eu concordei. Eu estava falando sério. Muito sério.
Eu tinha dado a ela o tempo que ela precisava, e tive o tempo que eu precisava.
Não se passou um dia que eu não tenha pensado nela.
O mais triste era que, mesmo se eu estivesse com outra mulher, eu estava pensando nela. Se ela se sentiria assim entre suas coxas. Se ela teria as mesmas reações. Eu até fechava os olhos e a imaginava quando eu fazia essas coisas.
Eu não tive, entretanto, relações sexuais com nenhuma delas. Eu nunca poderia ir tão longe. Era difícil o suficiente na minha consciência fazer tudo menos o sexo. Sexo com qualquer outra mulher, quando eu sabia no meu coração que Geórgia era minha e eu era dela, ia contra tudo que eu acreditava.
“Sim, fodidamente sério,” eu respondi imediatamente.
Ele suspirou. “Você e Roberts apanharam-nas antes mesmo de eu as ver. Como é que um homem pode encontrar uma mulher que valha alguma coisa, se vocês agem antes mesmo de eu vê-las?”
Eu sorri maliciosamente. “Talvez se você começasse a procurar por qualidade em vez de quantidade.”
Ele me deu o dedo. “Por que ela está tão bem vestida para pegar uma geladeira?”
“Eu acho que ela teve uma reunião hoje com seu novo chefe,” eu disse, observando quando ela saiu para o trânsito.
Eu ri quando a fumaça preta começou a derramar para fora dos tubos de escape.
“Isso não é muito amigo do meio ambiente,” observou secamente. “Você deveria ter comprado um Dodge.”
Dei de ombros. “Fiquei em dúvida entre os dois, mas este foi cerca de três mil mais barato.”
“Sim, mas eu sempre prefiro ser cummin que strokin'6,” disse Bennett obscenamente, referindo-se aos nomes dos motores Ford e Dodge.
Olhei nos olhos dele. “Eu prefiro ser stroked que rammed7.”
“Tudo bem, rapazes. Vamos manter a classe e parar de falar sobre qual o motor a diesel nós compramos,” Reese repreendeu, chegando ao nosso lado.
Bennett piscou para Reese. “Então me diga, Reese’s Pieces8, você preferiria se masturbar...”
“Não termine a frase,” A voz mortalmente séria de Luke cortou como um chicote, enquanto ele caminhava até sua esposa.
Não teve, é claro, o efeito pretendido.
Bennett ainda terminou a frase. ... “Ou gozar?”
Luke rosnou e eu caí fora do caminho, pegando o braço de Reese enquanto eu ia.
Reese não fez objeção, vindo comigo, enquanto mantinha um olhar atento sobre seu marido.
“Lucas Roberts, você deixe o pobre garoto em paz. Ele só estava brincando,” Reese estalou quando Luke deu um passo na direção de Bennett.
Luke parou, mas seu olhar dizia tudo. 'Você vai ver.'
O sorriso de Bennett disse: 'Você pode tentar, velho.'
Luke assentiu, aceitando o desafio, nenhum deles dizendo uma palavra.
“Quem era a garota?” Luke perguntou quando passava um braço musculoso em torno dos ombros de Reese.
Reese se inclinou para ele e sorriu enquanto ela olhava para mim.
Eu não sorri de volta, e ela fez uma careta.
Bennett respondeu à pergunta de Luke por mim.
“É a nova mulher de Diablo,” Bennett provocou.
Eu odiava quando ele me chamava de Diablo. Eu odiava quando qualquer um, exceto Geórgia, chamava-me de Diablo.
Uma vez, minha irmã me chamou assim na frente de Luke, e agora todo fodido mundo sabe.
Esse foi um nome especial que Geórgia me deu.
“Quem é Diablo?” Reese perguntou em confusão.
Suspirei.
“Este é Diablo,” disse Luke, apontando em minha direção. “Embora, ele não goste de ser chamado assim.”
“Por que você o importuna quando ele parece tão assustador?” Reese sussurrou para o marido.
Eu bufei e Reese corou. “Desculpe,” ela murmurou.
Acenei desprezando isso. Eu escuto muito a coisa 'você é assustador'.
Especialmente pelas mulheres.
Não era algo que eu pudesse mudar, embora. Era apenas quem eu era. Eu não sorria, porque eu não queria. E as pessoas ficam meio que apavoradas quando a minha falta de expressão facial finalmente se torna clara para elas.
Era quem eu fui feito para ser, apesar de tudo.
O Navy SEALS tinham nos treinado, e foi apenas algo que eu continuei fazendo por força do hábito, embora tenha saído há anos.
“Então, quando é o encontro esta semana, e onde?” Perguntou Bennett.
“Tivemos na minha casa na semana passada. É a vez de um de vocês,” Luke disse, inclinando-se contra o tijolo do prédio.
“Nós podemos tê-lo na minha,” eu disse. “É melhor que vocês não fodidamente deixem pingar nada em qualquer um dos meus móveis. São novos.”
Bennett sorriu. “Isso não fui eu, e sim Michael. E Downy.”
“Não fui eu, menino,” Downy disse, se aproximando e juntando-se ao grupo.
Eu o vi caminhando, mas Bennett estava de costas para ele, então ele não podia ver quando ele parou e começou a caminhar em nossa direção.
Downy trocou apertos de mão e agitou, bagunçando o cabelo de Reese antes de olhar para mim.
“Alguma mulher está apostando corrida com um par de adolescentes em seu carro,” Downy disse sem preâmbulos.
Olhei para os meus pés e apertei a ponta do meu nariz antes de deslizar a minha mão no meu bolso e retirar meu telefone.
“Olá?” Respondeu Geórgia.
“Certo, Niña mala, eu não sei se você percebe, mas todo mundo conhece meu carro em torno da cidade. Eu apreciaria se você guardasse a corrida para quando você estiver em seu próprio veículo,” rosnei enquanto ainda olhava para os meus pés.
E o que ela fez? Fodidamente riu.
“Menina má é tudo que você pode inventar? Vamos lá, até mesmo sua versão adolescente poderia ter feito melhor do que isso,” Geórgia riu.
Suspirei. “Eu juro por Deus, se você machucar minha caminhonete de qualquer forma, eu vou dar-lhe a surra de sua vida.”
Ela desligou e tudo o que eu podia fazer era balançar a cabeça, enquanto ria baixinho para mim mesmo. Ela sempre foi corajosa, e era bom ver esse lado dela novamente.
Quando eu finalmente levantei a cabeça, vi todo mundo em volta de mim me olhando como se eu tivesse crescido uma segunda cabeça.
Inferno, até mesmo alguns dos outros oficiais andando por lá estavam olhando para mim exatamente da mesma maneira.
“O que você está olhando?” Eu perguntei a um dos oficiais novatos que tinha congelado em seu caminho.
Ele balançou a cabeça precipitadamente e entrou, não olhando para trás nem uma vez.
Virei-me para encontrar Reese olhando para mim com desaprovação.
“Você acabou de deixar aquela pobre criança morrendo de medo. Aposto que ele vai entrar em uma cabine do banheiro e chorar,” ela repreendeu.
Dei de ombros. “Se tudo o que é preciso sou eu o encarando para fazê-lo chorar, então é óbvio que ele não pode ser um policial. Este trabalho vai mastigar e cuspi-lo.”
Eu consegui murmúrios de concordância do resto dos homens ao meu redor, e eu não pude evitar o sorriso que se estendeu por meu rosto. Essa mulher seria a minha morte, mas seria um inferno de um passeio no caminho.
CAPÍTULO 4
Admita. Você dorme com os pés cobertos porque você está com muito medo de alguma coisa tocá-los no meio da noite.
-Alimento para o pensamento
Geórgia
Algo chato estava brincando com meu pé.
Creep, tinha que ser.
Creep era o meu gato, e ele era o maior bastardo do mundo.
Todas as manhãs às cinco, ele começa a saltar ao redor da casa. Se eu não me mexesse dentro de dez minutos de sua sessão de ginástica, então ficaria pior. Por exemplo, ele gosta de se deitar no meu peito, colocando sua bunda em meu rosto, e lentamente abana sua cauda para frente e para trás até que ou eu o atire para longe, ou me levante.
A coisa enlouquecedora do pé era nova, entretanto.
Assim como o jeito que ele começou a correr os dedos pela minha perna.
Dedos. Perna.
Sentei-me reta, ofegando de terror.
Minha mente estava presa em um horror que eu não podia sair.
Eles estavam lutando novamente.
Eles sempre brigaram.
Por que no inferno eu não poderia ter a porra de um pai normal?
Seus irritados e bêbados foles eram barulhentos. Tão alto que eles tinham que estar no corredor ao lado da minha porta.
O barulho duro de algo batendo na parede tinha me deixado em pé em uma indignação raivosa.
Minha mãe não era uma lutadora. Ela se sentaria lá e apanharia como se fosse seu dever.
Quando eu não ouvi mais nada, eu decidi voltar para a cama.
Não houveram mais gritos irritados, sem lamentos e sem choro. Eu me enganei pensando que estava bem e me deitei, puxando as cobertas sobre minha cabeça.
Hoje foi um longo dia, e meu pai não ajudou nem um pouquinho. Tinha sido eu e os meninos maiores movimentando o gado; meu pai apenas se sentou sobre a varanda bebendo, como ele normalmente fazia.
Não foi até que eu estava quase dormindo que eu senti a mão em volta do meu tornozelo.
Era forte e impiedosa enquanto eu duramente tentava me impedir de ser puxada para fora da cama.
Minhas lutas foram inúteis, no entanto, porque meu pai tinha um aperto mortal em meu tornozelo, e ele era cerca de cinco vezes mais forte do que eu.
Minhas pernas foram suspensas da cama, e a parte superior de meu corpo logo em seguida acompanhou enquanto eu batia no chão com uma forte pancada.
Minha cabeça bateu contra o assoalho, mas eu não tinha tempo para reagir enquanto eu era arrastada como um saco de lixo pelo corredor e para dentro da sala de estar.
Eu não estava gritando. Eu estava tentando, mas eu não conseguia recuperar o fôlego.
O rosto de meu pai era violento enquanto ele me jogava em uma das cadeiras da cozinha. Eu terminei junto a um dos meus irmãos, e, em seguida, meu pai se inclinou enrolando minhas mãos juntas com uma das dele, e enfiou um laço de plástico9 em torno de meus pulsos. Ele apertou dolorosamente, agarrando-me pelos ombros, e sentando-me reta na cadeira.
Minha cabeça estava girando quando comecei a me debater, mas já era tarde demais.
Ele tinha minhas pernas amarradas aos pés da cadeira, surpreendentemente bem para um homem do qual eu podia sentir o cheiro de uísque se derramando.
Foi quando eu finalmente olhei em volta que vi todos os meus irmãos praticamente na mesma situação que eu estava. Eles estavam todos amarrados às cadeiras, com fita adesiva e laços de plástico em vez de apenas os laços. Todos eles pareciam incrivelmente assustados, e estavam esperando que eu os dissesse o que fazer.
“Eu não sei,” eu chorei.
Em seguida, meu pai parou e puxou uma arma para fora de sua camisa.
“Eu não sei,” eu supliquei, balançando a cabeça.
Então, ele a levantou e apontou.
“Eu não sei,” eu choraminguei.
“Mi, amor,” a voz de Nico se infiltrou no meu sonho.
Deus, Nico. O que eu faço? Minha cabeça balançando para frente e para trás enquanto eu tentava, em vão, soltar minhas mãos.
“Geórgia, despertar mi amor,” a voz de Nico atravessou meu pavor como um trovão. “Acorda!”
Meus olhos se abriram para encontrar Nico em cima de mim na cama.
Ele estava montando em meus quadris, e debruçado sobre mim. Seus belos olhos castanhos estavam selvagens enquanto eles me encaravam.
“Você está comigo, Geórgia?” Ele falou asperamente.
Eu balancei a cabeça, “Sim, eu estou com você.”
Ele abaixou sua cabeça descansando sua testa contra a minha. “Dez anos perdidos de minha vida, niña.”
Sorri tristemente para ele. “Eles nunca ficam mais fácil.”
'Eles', significando meus sonhos. Eles nunca perderam a sua intensidade. Meus sonhos eram vívidos e reais, e eu revivia o pior dia da minha vida repetidamente, quando algo os desencadeava.
Ele balançou sua cabeça. “Não, eles não ficam.”
Sua voz tinha a dor de mil pecados, e eu desesperadamente queria que ele soubesse que ele havia me ajudado. Que ele foi o único que me fez viver.
“Você sabe por que eu sobrevivi naquela noite?” Perguntei, olhando para seu pescoço.
Ele balançou a cabeça enquanto os meus olhos fechavam e, em seguida, reabriam. Uma lágrima solitária derramou pelo meu rosto enquanto eu expirava.
“Você me ensinou como sair de braçadeiras. Eu vi você fazer isso uma centena de vezes, quando éramos mais jovens. Lembrei-me de sua voz enquanto eu fazia isso. Eu repassei exatamente o que fazer cem vezes em meu cérebro. Eu apaguei meus pensamentos, e só fiz. Foi sua voz tranquilizadora que os tirou de dentro da casa vivos. Você é a razão pela qual estamos todos vivos hoje,” eu sussurrei com a voz entrecortada.
Eu vi os músculos de seu pescoço trabalhando enquanto ele engoliu em seco. “Isso era para ser um truque. Eu achei que você acharia legal.”
Dei-lhe uma risada sem graça. “Bem, o seu truque funcionou, e eu vou ser eternamente grata.”
Ele se inclinou e pressionou aqueles lábios carnudos contra minha testa, em seguida, caiu de lado e recolheu-me em seus braços.
“Então... obviamente, eu não devo acordá-la segurando seu tornozelo de novo,” ele respondeu em tom de brincadeira.
Eu bufei. “Sim, não deve.”
Ele ficou em silêncio por alguns momentos, e meus olhos começaram a se fechar, mas sua voz me fez abri-los mais uma vez.
“Se alguma vez você me acordar, certifique-se de não fazê-lo ficando sobre mim. Faça-o, de preferência, da porta, com uma longa vara,” ele disse secamente.
Ou, pelo menos, eu achei que ele estivesse brincando.
“Você está brincando, certo?” Perguntei.
Ele sorriu. “De certa forma. Só não fique em cima de mim e você deve ficar bem. Bennett tentou dessa maneira uma noite depois que eu adormeci em sua casa depois de um jogo de futebol. Ele foi poderosamente jogado em sua mesa de café, enquanto tentava me acordar.
Eu rolei até que meu rosto estava ao nível do seu. “Que porra você está fazendo no meu quarto,” olhei meu relógio na mesa de cabeceira, em seguida, de volta para ele “...às cinco da manhã?”
Ele apontou para uma caixa no final da cama, e eu lhe dei uma boa e longa olhada, antes de me mover para pegá-la.
O cobertor que cobria minhas pernas escorregou até que minha metade inferior foi revelada. Eu pensaria que o simples par de shorts de algodão que cobriam meu traseiro era conservador, mas, obviamente, eu era um pouco ingênua no que dizia respeito a minhas roupas.
Momentos mais tarde, quando eu me sentei de volta na minha posição original com a caixa no meu colo, eu reprimi uma risadinha quando eu vi Nico visivelmente reajustar a grande tenda em seus calções de futebol.
Dei-lhe uma olhada e ele deu de ombros, não se desculpando nem um pouco.
Eu abri a caixa para tentar esconder o meu nervosismo, e fitei confusa com seu conteúdo.
Ele sorriu incorrigivelmente para mim. “Você topa um futebol?”
***
Eu corri toda a extensão do campo com um homem grande nas minhas costas. Seu nome era Michael, e ele era incrivelmente competitivo.
Ele também parecia não estar gostando de perder para uma menina.
Minhas novas chuteiras rosa avançaram na grama esponjosa, tentando o meu melhor para estar em posição de receber o passe que eu sabia que Nico estava prestes a fazer para mim de sua posição do outro lado do campo.
Meus pulmões estavam gritando por oxigênio, mas eu tentei mais, praticamente sentindo as pisadas de Michael me alcançando.
Meu coração estava batendo rapidamente, e meu cabelo estava grudado na minha testa úmida.
Então o momento que eu estava esperando para acontecer aconteceu, e ele cruzou a bola no mais belo arco que eu tinha visto.
Ela atingiu o local ideal do meu pé como ela deveria. Um dos passes mais perfeitos que eu já presenciei.
Eu driblei a bola por mais nove metros, chegando a uma parada e disparando o chute no gol.
O goleiro defendeu, como eu sabia que ele faria. Ele era muito bom.
No entanto, Nico, meu Diablo, era melhor.
Ele estava lá, quicando a bola em seu peito, para em seguida, disparar o chute como uma bala de uma arma.
A bola bateu contra o fundo da rede, e eu gritei.
Eu estava tentada a dar uma de Brandi Chastain10, rasgando minha camisa do meu corpo, mas isso pegaria mal contra um bando de amadores.
Nico e eu estávamos jogando contra o resto de sua equipe, o que incluía Bennett, James, John, Luke, Downy, e Michael.
Bennett, é claro, era o melhor do outro time já que ele tinha jogado na escola e continuou praticando esporte assim como Nico.
Infelizmente, eles não eram páreo para Nico e eu. Nós tínhamos jogado juntos não menos do que milhares de vezes. Literalmente. Nós tínhamos jogado tantas vezes que eu sabia, instintivamente, o que ele estaria fazendo.
Eles nunca tiveram uma chance.
Eu, no entanto, estava morrendo.
Assim que ele marcou, eu caí esgotada, com minha cabeça para baixo na grama fresca.
Sombras, uma por uma, caíram sobre mim, mas eu ainda não me movi.
“Eu acho que você a quebrou,” Downy, o bonito ruivo gigante, disse.
Eu bufei, mas mantive minha posição, pensando que um cochilo soava fantástico agora.
“Ela costumava fazer isso durante o ensino médio, também. Você nem sequer percebe que ela estava cansada até que ela esteja deitada no campo após o jogo,” disse Nico, caindo sobre um joelho.
Rolei sobre minhas costas para ver todos os sete homens inclinados sobre mim.
“Eu estou ficando velha demais para jogar dessa maneira,” eu ofegava.
Ele sorriu. “Você só tem vinte e seis.”
Acenei com a mão meio sem força. “Sim, mas eu não me recupero como costumava.”
Ele sorriu. “Eu tenho uma resistência excelente. O suficiente para nós dois.”
Antes que eu pudesse responder, as mulheres e as crianças entraram no campo, colocando efetivamente um fim a quaisquer outras insinuações sexuais.
“Puta merda,” Shiloh, esposa de James, exclamou. “Eu quero ser você quando eu crescer!”
Eu fui apresentada aos outros membros da SWAT de Kilgore esta manhã antes de começarmos a jogar.
As duas esposas, Shiloh e Reese, tinham aparecido na metade do tempo com seus filhos. Reese era esposa de Luke e Shiloh, de James.
“Eu duvido. Eu tenho joelhos artríticos, e também tenho certeza que a minha parte inferior não irá funcionar por mais meia hora,” eu suspirei.
Todos riram, exceto Nico, que estava ocupado olhando para o meu estômago exposto.
Olhei para baixo e notei que minha cicatriz estava à mostra, então eu puxei para baixo rapidamente, cobrindo-a antes que alguém pudesse perguntar de onde ela tinha vindo.
Eu não estava com vergonha disso, nem embaraçada.
Eu só não queria estragar um dia bom, explicando a cicatriz, o que eu sabia que mataria o clima.
Principalmente na frente de um monte de homens machistas que eu sabia que não iriam gostar do fato de que fui ferida algum tempo atrás.
“Eu acho que preciso de um hambúrguer,” eu gemi enquanto me sentava.
Nico não se moveu, o que tornou a nova posição muito íntima, visto que estávamos quase cara a cara e ele ainda estava ajoelhado sobre mim.
Ele se moveu, ainda que lentamente, enquanto o resto de sua equipe se espalhava e começava a discutir sobre o que Nico iria fazer para o jantar.
Nico e seus colegas, aparentemente, tinham encontros uma vez por mês para ‘promover a saúde da equipe’ como seu chefe gostava de chamar. Lá, eles iriam relembrar os acontecimentos dos últimos meses, e falar sobre eles, para que tivessem a certeza de que as emoções de todos estavam sob controle e em perfeitas condições de funcionamento.
O que aparentemente acontecia era que eles bebiam cerveja e comiam alimentos gordurosos.
Coincidentemente, eu gostava de fazer as duas coisas, o que era um bônus já que Nico tinha praticamente exigido que eu estivesse lá.
“Qualquer coisa que você queira, niña,” Nico provocou enquanto se colocava de pé e me ajudava a levantar.
Eu devo ter subestimado a capacidade de ficar de pé, porque no momento em meus pés se endireitaram e eu coloquei peso sobre eles, eu senti uma câimbra na minha perna que quase me fez cair em minha bunda novamente.
Nico me apanhou em seu peito, e eu comecei a choramingar. “Oh meu Deus. É na minha bunda. Owww!”
Eu estava chamando a atenção para mim mesma, mas a dor da câimbra era insuportável.
Tentei em vão acabar com a câimbra na minha nádega esquerda, mas desisti quando a mão de Nico substituiu a minha, esfregando em um círculo lento e duro na minha nádega.
Suspirei enquanto ele lentamente eliminava a câimbra com movimentos que poderiam competir com um deus.
“Eu não posso dizer que eu já tive uma dessas antes,” eu suspirei quando a câimbra tornou-se pouco mais que um desconforto irritante, permitindo-me finalmente perceber o quão perto Nico e eu estávamos.
Meu corpo molhado e suado estava colado ao dele e eu, relutantemente, retirei-me de seus braços.
Pode ter sido só eu, mas eu quase senti como se ele estivesse relutante em me soltar também.
O que você está fazendo Geórgia Valentine? Esta é uma má... má ideia.
CAPÍTULO 5
É estranha a sensação de ter um pênis entre suas pernas?
-Geórgia Para Nico
Nico
“O que está acontecendo?” Eu perguntei enquanto caminhava até o policial mais próximo.
Seu nome era Stoddard, e ele era um dos policiais mais experientes na polícia.
Nós estávamos no local de um acidente de trânsito, parecia que todo mundo estava bem, e todos os carros tinham sido retirados, exceto por alguns carros de patrulha e um caminhão modelo mais antigo. O que era o porquê de eu não conseguia entender o motivo da demora.
Eu estacionei quase trinta carros atrás, parando a viatura no acostamento.
“Há uma briga entre alguns dos motoristas. O cara do caminhão se recusa a retirar seu veículo porque ele diz que há algo no fundo do rio, e ele quer que alguém vá olhar.” Goddard sacudiu sua cabeça. “Ele jogou as chaves lá dentro na esperança de que nós olhássemos, e agora estou à espera de um caminhão de reboque.”
Fui até a ponte, examinando a água. “O que ele disse que há lá dentro?”
Goddard caminhou até o meu lado e olhou comigo para a água barrenta do Sabine. “Ele disse que viu algo preto quando ele estava dirigindo, mas eu não vejo nada.”
“Preto como um veículo, ou preto como um peixe?” Perguntei.
O homem em questão começou a gritar, apontando para algo na água.
No começo eu não vi nada, achando que o homem estava louco como Goddard falou, mas então eu vi o que parecia ser.... algo, arredondado, coberto de preto, balançando para cima e para baixo com cada corrente de água.
Eu desci a estrada dando a volta na borda do embarcadouro, ficando ao longo da margem enquanto eu continuava a examinar a água na área que eu vira pela última vez o brilho de algo preto.
Desse ângulo, porém, eu definitivamente podia dizer que havia algo lá.
Um homem tinha seu barco ancorado na borda do embarcadouro, esperando a comoção do acidente sossegar antes de sair.
Eu andei até ele e ofereci a mão.
Parecia que ele tinha estado no rio durante os últimos quarenta anos. Sua pele era escarpada e ressecada pelo sol. Linhas de riso profundas alinhadas em sua boca e olhos. Seu cabelo era de um loiro embranquecido, e ele tinha tantas sardas cobrindo seu rosto que eu não poderia dizer onde uma começava e a outra terminava.
“Como você está?” Perguntei, oferecendo ao velho pescador minha mão.
Ele tomou-a, sacudiu uma vez, antes de deixá-la cair novamente.
“Eu estou bem, e você?” Ele respondeu.
Dei de ombros. “Nem mesmo oito horas da manhã e eu já estou ocupado.”
Ele riu comigo, balançando a cabeça em concordância.
“O que está acontecendo?” Ele perguntou, apontando para a comoção lá em cima.
Eu balancei a cabeça para a área do rio onde eu continuava vendo o subir e descer do saco preto. “Você se importa em me levar lá para ver o que é isso? Eu tenho um homem lá em cima que jura que há algo lá embaixo, e eu quero mostrar para ele que não é nada para que assim ele retire seu caminhão da estrada.”
Eu não sei o que era, talvez instinto, mas, por alguma razão, eu tinha que mostrar ao homem que não era nada. Eu tinha. Eu não podia não fazê-lo.
O homem concordou e encontrei-me dentro da embarcação arrastando pelo rio em um ritmo extremamente lento. O barco velho estava lutando arduamente contra a corrente minúscula.
A água estava baixa para esta época do ano, mas a falta de chuva e a seca deixaram este rio assim. Havia lugares que eram pouco mais do que um rápido riacho.
“Você tem um anzol de peixes ou qualquer coisa?” Eu perguntei, gesticulando para o saco.
Ele sacudiu a cabeça, e eu suspirei.
É claro que eu teria que pegar sem luvas nem nada.
Isso é exatamente o que eu queria, meter minhas mãos em um saco de lixo.
Só que não era um saco de lixo.
Na verdade, era a porra de um corpo.
***
Seis horas mais tarde
“Eu vou me atrasar, mamá,” eu suspirei. “Eu estou no meio de uma tempestade de merda de enormes proporções, e eu não tenho tempo de chegar para o jantar.”
Minha mãe resmungou sobre eu ter um trabalho que exigia muito de mim, mas havia pouco que eu pudesse fazer. Nós tivemos um homicídio na nossa pequena cidade. Na verdade, tinha sido homicídios múltiplos.
O que o Oficial Goddard tinha tentado convencer o pobre velho de que não era nada, era na verdade um lugar de desova. Parecia que tinha sido utilizado por anos, e a única coisa que nos tinha feito ficar a par agora foi por que o rio estava baixo.
O rio foi varrido por quase cinco horas, dois quilômetros rio acima e dois rio abaixo, e nesses quatro quilômetros do rio, três corpos foram encontrados.
Minha próxima chamada foi a Geórgia para me desculpar.
“Olá?” A voz doce e rouca dela respondeu dois toques depois.
“Ei, niña. Eu irei me atrasar, isso se eu ainda conseguir ir. Eu tenho tentado sair daqui pela última hora, mas não está parecendo bem,” eu disse com remorso.
Ouvi-a expirar. “Está bem. Eu ouvi o que aconteceu no noticiário. Você está bem?”
Sua preocupação comigo era comovente. “Sim, eu estou bem. Foi uma surpresa, só isso.”
Eu tinha visto cadáveres antes. E eu tinha visto sepulturas em massa. No entanto, todas tinham sido no exterior. Não em casa. E certamente não no meu próprio quintal. Foi algo que aconteceu em qualquer outro lugar, menos aqui.
“Ok. Vou marcar um dia diferente com a sua mãe. Você deve vir para minha casa quando você terminar. Não importa qual seja a hora,” ela sussurrou.
Olhei para as minhas mãos e apertei-as em punhos. “Parece bom, Geórgia. Obrigado.”
“Fique seguro,” ela sussurrou, então desligou.
Coloquei o telefone no receptor e, em seguida, caí em minha cadeira.
Eu tinha cerca de mais dezoito relatórios para preencher, e eu realmente poderia dizer que seria divertido. Só que não.
Foi quando eu estava no meu nono relatório que ouvi uma batida suave na porta do meu escritório.
Olhei para cima para ver Geórgia lá.
Ela estava usando leggings pretas, uma camisa folgada do futebol Gladewater que parecia notavelmente familiar e um pequeno sorriso enfeitando seus lábios.
“Ei,” eu disse, colocando meu lápis para baixo.
Minha mão gritou de alívio, e levantei-me para afastar minha cadeira.
Ela se sentou antes de dizer qualquer coisa, entregando-me uma comida que o cheiro dava água na boca.
“Oh meu Deus. Como você se lembra?” Eu perguntei enquanto escavava o saco do posto de gasolina.
Eu tinha um ponto fraco por estes chiquitos que o posto perto de nossa casa vendia.
Provavelmente não era saudável como o inferno, mas foda-se, o sabor era fora deste mundo.
Ela revirou os olhos. “Nico, eu lembro de tudo. A maneira como você enrola sua língua quando você está se concentrando. A maneira como você estala os dedos quando você acorda de manhã. Tudo. Até seu amor por essas coisas vis.”
Eu cavei e comecei a escrever novamente enquanto ela comia o que parecia ser uma salada de taco e jogava em seu telefone.
Isso era outra coisa sobre Geórgia. Ela sabia como ficar em silêncio.
Eu não estou dizendo isso de uma forma má ou qualquer coisa, mas eu não sou uma pessoa falante, e ela aceita isso. Ela me aceita, atitude ruim e tudo.
Eu terminei meus últimos três relatórios em silêncio, chegando ao fim do último antes que ela finalmente dissesse alguma coisa. “Você terá que me dar uma carona para casa.”
Eu balancei a cabeça, continuando a escrever. “10-411.”
Ela bufou, mas não disse mais nada, apenas começando a recolher as embalagens vazias e jogando na lata de lixo ao lado da minha mesa.
“Eu estarei cansada amanhã,” ela deu uma risadinha assim que tudo estava limpo.
Eu olhei rapidamente para ela e de volta para o meu relatório. “São apenas oito e meia.”
Ela assentiu com a cabeça. “Sim, mas eu tenho que estar no trabalho às oito, o que significa que tenho que me levantar às cinco para treinar, alimentar todos os animais, e ir para o trabalho.”
“Trabalho?” Perguntei, levantando minha cabeça.
Ela assentiu com a cabeça. “Sim, eles querem que eu comece amanhã. Algo sobre um de seus outros gerentes do caso estar em licença maternidade.
Eu assinei ao final do meu relatório e coloquei-o na pilha de correspondência que eu levaria para o gabinete do chefe antes que eu terminasse a noite.
“Eu não sabia que você estava começando tão cedo. Você só esteve aqui por menos de uma semana.” Eu fiquei de pé. “Para não falar que está no meio da semana. Quem começa a trabalhar no meio de uma semana?”
“Os assistentes sociais, obviamente. Crianças adotadas não têm o fim de semana de folga, para sua informação.” Geórgia disse secamente.
Acenei com a mão em rejeição. “Não foi o que eu quis dizer, sua merdinha.”
Deus, era como se os últimos anos nem sequer tivessem acontecido.
Estávamos brigando e discutindo da mesma forma que tínhamos feito há oito anos atrás.
Como se todas aquelas coisas horríveis em sua vida, e na minha, nunca tivessem acontecido.
“Tudo bem, vou deixar estes relatórios no escritório do chefe, e então podemos ir,” eu disse, recolhendo a grande pilha.
Ela assentiu com a cabeça e acompanhou meus passos ao meu lado.
Eu fechei e tranquei a porta, e ela seguiu atrás de mim serenamente, observando a área comum do escritório ainda ocupada com oficiais trabalhando.
“Por que estão todos ocupados?” Ela perguntou.
Eu coloquei os relatórios na caixa do chefe e levei-a para fora em direção ao meu carro.
Abrindo a porta do lado do passageiro, ela pulou para dentro, e eu não pude deixar de olhar para sua sexy e tonificada bunda em sua leggings apertadas aderindo a sua pele.
Parecia fodidamente incrível.
“O crime não para durante a noite, você sabe,” eu disse ironicamente.
Ela enfiou a perna para fora e me empurrou, com o pé plantado firmemente em minha barriga, em seguida, bateu a porta.
Eu ri e caminhei ao redor da frente da camionete para o meu lado, e me arrastei para dentro, dando partida.
“Eu estou apaixonada por seu carro,” ela falou quando o novo motor a diesel ronronou. “Eu quero montá-lo para sempre.”
Eu olhei para ela, e com a voz mais séria que pude reunir, eu disse: “Este menino grande a permitiria montá-lo para sempre.”
Ela explodiu em risadas.
Eu estava falando sério, apesar de tudo. Todavia, eu não estava falando sobre o meu carro.
CAPÍTULO 6
Alfas. Porque quem gosta de tomar suas próprias decisões de qualquer maneira? - Pensamentos íntimos de Geórgia.
Geórgia
“Você pode me dar um pouco mais de informações sobre o caso desta menina?” Perguntei a Mary, a mulher que estava passando todos os meus novos casos comigo.
Eu tinha começado meu novo emprego, nada menos que em uma quarta-feira, e estava recebendo a informação sobre uma das crianças que estariam sob minha supervisão no futuro imediato.
Eu atualmente trabalho para uma agência sem fins lucrativos que oferece uma infinidade de serviços em todo o estado do Texas. A Full Hearts Adoption Services (Serviços de Adoção Corações Cheios), FHAS, tinha vários abrigos infantis de emergência para as crianças que precisavam de um lugar para ficar.
Havia também programas depois da escola, que eu fiquei sabendo apenas momentos antes, para os jovens da comunidade terem um lugar seguro para ficar, caso precisassem.
Além disso, haviam serviços prestados para as mulheres grávidas que estavam pensando em dar o seu filho para adoção também.
Mary assentiu e abriu o arquivo que ela tinha sobre a criança de quatro meses de idade.
“Sem família. O avô está na prisão por lavagem de dinheiro. Não há outros parentes vivos. A mãe morreu quatro meses atrás. Este é um caso de grande notoriedade, porque foi um dos policiais locais que foi forçado a atirar na mãe. O policial envolvido realizou as manobras de preservação da vida da mãe até que a ambulância chegou. O bebê foi dado à luz na emergência seção-C do Good Shepherd ER,” Mary confidenciou.
Meus olhos se arregalaram. “Uau, esse é um caso difícil. Quem era o oficial?”
Era uma pergunta à toa, uma que eu estava apenas curiosa. Mas as próximas palavras que saíram da boca de Mary me congelaram.
“Oficial Nicolas Pena. Ele é um oficial da SWAT do Departamento de Polícia de Kilgore,” Mary disse, folheando através das páginas em sua pasta.
Ela não percebeu quando eu parei, e no momento em que ela olhou para cima novamente, eu tinha recomposto minhas características chocadas em uma máscara fria de indiferença.
Puta merda, Nico tinha atirado em alguém! Nessa mulher grávida? Puta merda dupla!
“Eles estão chamando-a de Angel. Angel está recebendo ajuda financeira, no entanto, e estamos acreditando que está relacionado ao caso de alguma forma, mas não somos nós que vamos recusar ajuda quando é dada. Angel está no momento na casa de sua mãe provisória dentro dos limites da cidade. Ela tem quatro outros filhos, dois dos quais também são provisórios,” Mary continuou.
Comecei a tomar notas de novo, minha mente ainda se recuperando.
Eu tinha ouvido os rumores em torno da cidade sobre a mulher grávida morta por um policial, mas nunca em um milhão de anos eu teria suspeitado que seria Nico.
O homem católico que ia à igreja todos os domingos e adorava crianças com uma ferocidade que beirava superproteção. O homem que faria tudo ao seu alcance para defender a vida humana.
Ele tinha que estar destroçado por dentro.
“Eu preciso ter um encontro com essa família?” Perguntei, tentando desviar minha atenção para longe de Nico.
A minha responsabilidade primária com a FHAS seria encontrar lares para toda e qualquer criança na lista infantil do FHAS. Inicialmente, eu lhes encontraria um lar provisório. Então eu encontraria para eles casas permanentes através da adoção.
As crianças sob meus cuidados, a partir de agora, já estavam colocadas em seus lares provisórios, por isso era agora meu trabalho encontrar para elas suas casas permanentes. As casas onde elas seriam realmente amadas pelo resto de suas vidas como elas mereciam.
“Eu sugiro que sim. Vá se apresentar a todos eles. Pelo menos isso é o que eu faria se eu fosse você.” Ela assentiu com a cabeça, ficando de pé.
“Ok, alguma outra coisa que eu preciso saber?” Perguntei.
Ela balançou a cabeça, e depois pareceu hesitar. “Estas são as crianças que estão aqui por mais tempo. Os que têm menos esperança de encontrar uma casa, exceto Angel. Eu espero que você possa lhes encontrar um lar. Eu realmente espero.”
Sorri tristemente para Mary.
“Eu vou fazer o meu melhor, Mary. Obrigada.” Eu sussurrei.
Isso eu tentaria fazer. Eu sabia em primeira mão o que o rótulo de 'criança para adoção' poderia fazer para uma criança. Meus irmãos estavam com muito medo após a morte de meus pais. Eu tentei o meu melhor para manter uma perspectiva positiva para eles, e nada disso teria sido possível se não fosse a assistente social designada para o caso deles.
Mya Minoa era verdadeiramente minha heroína.
Falando do diabo, Mya entrou com um grande sorriso no rosto e trazendo o almoço em suas mãos.
“Hola, Mary. Como você está?” Perguntou Mya.
Mya me lembrava a Sra. Pena. Na verdade, havia muitas coisas entre ambas que eram semelhantes, até mesmo as suas características faciais.
Deve ter sido por isso que ela foi capaz de entrar no meu círculo de confiança tão facilmente depois da nossa provação. Se não fosse por isso, ela não teria tido chance. Não para uma jovem tão desconfiada como eu aos 18 anos.
“Estou bem, Mya. Vejo que descobriu a fraqueza da Geórgia,” disse Mary com um sorriso.
Isso porque eu já tinha começado a mexer no saco de comida que Mya tinha trago.
Eu estava certamente morrendo de fome.
Correndo com Nico, mesmo que fosse por um curto período, era definitivamente um treino. Ele não me deixou afrouxar o passo, até mesmo indo tão longe a ponto de me provocar para me fazer correr mais ou mais rápido.
Eu quase morri em meu jardim da frente quando chegamos de volta. Então Nico tinha ido correr o resto da volta em torno de nossas ruas, o que era mais de seis quilômetros.
Ele era um babaca.
Não, muito embora, ele estava em grande forma para trinta e um anos de idade. Corpo incrível, na verdade.
Agora eu estava devorando uma quantidade irritante de comida chinesa e não me sentindo nem um pouco culpada.
“A menina sempre teve a capacidade de comer e permanecer magra,” Mya disse secamente.
Eu bufei. Essa foi a melhor mentira que eu tinha ouvido nas últimas semanas.
Eu corria para que eu pudesse comer. Eu comia muito, então eu tinha que correr muito. Fim da história.
“Bem, eu vou deixar vocês duas... terminarem o almoço,” disse ela, rindo. “Tenha um bom dia, querida, e deixe-me saber se eu puder ajudá-la com qualquer coisa.”
Eu apenas tinha aberto a boca para dar outra mordida quando Mary virou-se abruptamente. “Eu esqueci!” Ela exclamou.
Eu levantei minha sobrancelha pois minha boca estava atualmente ocupada por um crepe.
Ela sorriu. “Angel tinha alguém interessado em adotá-la, mas eles estão à espera do jurídico para nos informar se realmente a família é ausente. Vou pedir a Missy para lhe passar os detalhes. Esperamos que eles nos retorne na segunda-feira de manhã.”
Eu levantei um polegar, e ela sorriu.
Quando Mary saiu, eu virei meus olhos acusadores para Mya.
“Você não me disse que todo o alvoroço com o policial atirando na gestante era Nico,” eu falei.
Ela fez uma careta. “Eu não queria que você se preocupasse. Você estava em seus últimos meses de escola. O que você teria feito se soubesse?”
Eu murchei de algum modo.
Ela sabia exatamente o que eu teria feito. Eu estaria lá para ele.
Agora eu me sentia como uma merda completa.
Eu posso ter evitado este lugar como a praga, mas eu não estava evitando ele.
Ou pelo menos é isso que eu disse a mim mesma.
Minha mente vagou de volta para aquela noite. A noite antes da minha vida ser arruinada.
***
Meus olhos estavam fechados, e eu estava tentando, em vão, ir dormir.
Nikki estava roncando ao meu lado, seu copo de água intocado ao lado de sua cama.
Ela tinha arruinado o meu possível beijo para nada.
Eu rolei no sofá e meus olhos se enroscaram na luz silenciosa jorrando para fora por baixo da porta de Nico.
Meus olhos foram para o relógio de parede no canto, observando que eram menos de três horas até que eu tivesse que me levantar para o dia e voltar para casa.
Eu não sei o que me fez fazer isso.
Mas, de repente, eu me vi na frente da porta de Nico.
Eu escutei o som da TV através da porta fechada, imaginando o que exatamente ele estava assistindo. Soou como uma comédia de algum tipo, porque havia risos ao fundo.
Eu encontrei-me batendo sem pensar conscientemente.
E eu congelei por uns sólidos dois segundos antes de decidir fazer uma tentativa.
Eu estava a dois passos de minha fuga quando um braço de aço deslizou em volta da minha barriga e me puxou para o quarto.
Eu engasguei em surpresa e encarei a porta fechada do quarto em choque. O lado errado da porta fechada do quarto.
Eu podia sentir o duro comprimento de Nico nas minhas costas.
Minhas coxas nuas, aquelas não mais acomodadas em shorts, foram pressionadas contra o tecido fino cobrindo a metade inferior de Nico. Comecei a ofegar na expectativa do que ele faria em seguida.
“Por que você está correndo?” Ele murmurou contra as minhas costas.
Eu balancei.
“Hum,” eu lambi meus lábios. “Eu esqueci de colocar meus shorts de volta.”
Eu o senti pausar e, em seguida, muito lentamente, ele deixou sua mão livre escorregar para baixo do lado de fora da minha coxa.
Ele começou no meu quadril, onde a minha camiseta acabava. Mas terminou logo abaixo da curva da minha bunda.
Então... nada, a não ser minha calcinha.
Eu odiava dormir em roupa apertada.
Se eu não vivesse em uma casa cheia de irmãos, provavelmente seria ainda menos do que calcinha e uma camiseta.
Sua mão congelou uma vez que ele sentiu a extensão suave da minha coxa.
Tudo que eu já achava que era verdade sobre Nico foi colocado em clareza cristalina no momento seguinte.
Por exemplo, sentia a textura maravilhosa da sua barba contra a pele macia do meu pescoço.
Além disso, seu corpo estava perfeito em volta do meu. Seus braços pareciam terem sido feitos para se envolver em torno de mim.
E seu pênis. Não havia palavras. Seu pênis era definitivamente grande. Maior do que eu já tinha imaginado quando eu o sentia pressionando contra meu traseiro.
Eu engoli em seco e aproveitei a chance.
Virei-me em seus braços.
Ele me deixou, e de repente eu tinha os olhos cheios de um quente, sexy Nico. Irmão da minha melhor amiga. O homem com quem eu nunca, nunca pensei que eu teria uma oportunidade no escuro.
Suas mãos congelaram quando me virei, e, lentamente, voltaram para onde estavam antes. Que tinha sido na frente das minhas coxas. Só que agora elas não estavam mais na frente das minhas coxas, estavam na parte de trás das minhas coxas. E ele estava extremamente perto da parte em que eu sentia como se lava derretida estivesse derramando para fora dela.
Eu inalei, e o cheiro dele entrou em meus pulmões. Picante, como eu sempre imaginei que ele cheiraria de perto.
Inclinei-me e beijei sua clavícula, fazendo-lhe inspirar também.
“Você está brincando com fogo, niña,” ele murmurou sombriamente.
Eu olhei para ele, vi sua mandíbula tensa, apertada, e o aperto no canto de seu olho.
Eu estendi minha mão para cima e corri as pontas dos meus dedos ao longo de sua barba, indo para a nuca, chegando a uma parada quando alcancei a costura de seus lábios.
Sua boca se abriu, e a ponta de sua língua lambeu a ponta do meu polegar.
Eu assobiei em uma respiração e pressionei mais plenamente nele.
Ele rosnou, e de repente eu me vi não mais de pé.
Em vez disso, eu estava na sua cama com Nico entre as minhas coxas.
E ele estava me beijando.
Beijando-me muito bem.
“Eu quis isso por tanto tempo,” ele respirou.
Eu concordei.
Era horrível querer o irmão de sua melhor amiga.
Eu senti como se estivesse traindo Nikki por querê-lo.
Agora, porém, ela não estava nem um pouco em minha mente. Só ele. Só isso. Somente agora.
***
“Tudo bem,” disse Mya, levantando-se. “Eu tenho que ir trabalhar novamente. Eu só queria trazer seu lanche.”
Eu sacudi minha cabeça, voltando para o aqui e agora, surpresa que eu não tinha tido um orgasmo espontâneo como eu costumava fazer quando eu pensava de volta naquela noite.
Quanto embaraçoso isso teria sido?
Fiquei de pé rapidamente e sorri para ela. “Obrigada pelo almoço.”
Ela sorriu para mim calorosamente.
Mya sabia como eu era.
Eu era o que se chamaria de sonhadora.
Passei muito tempo dentro da minha cabeça ou admirando o mundo ao meu redor.
Era por isso que Nico e eu funcionávamos tão bem.
Ele não falava, e eu não me importava se ele não falasse.
“Sem problemas. Te vejo mais tarde,” ela sussurrou.
O resto da tarde foi monótono enquanto eu me debruçava sobre a montanha de trabalho, conhecendo cada criança que estaria em breve sob meus cuidados.
Eram todas crianças bonitas, cujas idades iam desde quatro meses até quinze anos de idade.
A de 15 anos de idade que, de longe, seria a minha mais difícil de encontrar um lar.
Do que eu tinha aprendido durante meu tempo de estágio, e depois minhas rotações durante a escola, eu tinha descoberto que potenciais pais adotivos não estavam procurando por adolescentes. Especialmente pelos mais velhos.
Eles queriam algo novo, algo que não seria difícil de lidar, e os adolescentes já tinham definido seu jeito naquela idade.
Eu faria qualquer coisa para encontrar uma casa para ela, no entanto. Ela merecia nada menos que isso.
CAPÍTULO 7
Eu espero que você caia com as mãos em seus bolsos.
-E-Card
Geórgia
“Eu senti tanto sua falta, hija,” Sra. Pena sussurrou ferozmente.
Lolita Pena era uma mulher bonita. Ela não parece ter um dia a mais que quarenta anos, e sua personalidade a faz parecer ainda mais jovem. Ela era um pouco mais baixa que um metro e meio e parecia uma criança de costas. Ela gostava de dizer que eram seus filhos que a mantinham jovem, mas era mais a contribuição de seus bons genes, porque até mesmo sua mãe não parecia ter muito mais que sessenta anos, e eu sabia que de fato ela estava com quase setenta.
Eu a abracei de volta ferozmente. “Eu senti sua falta ainda mais.”
O cheiro de seu perfume era como um bálsamo contra a minha alma machucada, e eu estava tão feliz de estar de volta em seus braços que eu não conseguiria expressar minha felicidade.
Nosso jantar perdido na sexta havia sido remarcado para hoje.
Eles tinham ido à igreja e eu os encontrei na casa de Lolita e de Sol na cidade.
Sol era o pai de Nico, e muito parecido com ele. Nico, surpreendentemente, tinha cabelos grisalhos, enquanto Sol não, mas eu evidentemente não o lembraria deste fato.
O rosto de Sol era muito mais envelhecido por estar ao sol todos os dias pelos últimos quarenta e cinco anos. Ele era da terceira geração de agricultores da família. Eu tinha ouvido falar que ele tinha ficado chateado quando nenhum de seus filhos tinha manifestado o desejo de continuar com o negócio da família, mas ele não era amargo sobre isso. Ele amava seus filhos ferozmente, embora ele negasse sua legitimidade sempre que podia.
Aparentemente, eles agiam mal e o envergonhavam. O que eu não podia negar. Eles faziam. Sempre que eles podiam, só porque deixava Sol insano.
Eu, no entanto, ele amava.
O que ele provou momentos mais tarde, quando ele me recolheu em um abraço de urso.
Sol também era menor do que Nico. Com um corpo um pouco mais longilíneo que volumoso. Ele também conversava. Muito.
“Oh, hija, como eu senti sua falta!” Sol falou com alegria.
Eu dei uma risadinha e passei meus braços ao redor de seus ombros, dando-lhe um beijo na bochecha.
“Oi, papai Sol. Como você está?” Perguntei. “Eu vejo que você ainda está tão jovem e vibrante agora como você era há oito anos.”
Ele piscou. “Então, você decidiu voltar para casa. Eu estive esperando por uma eternidade para te ver novamente. Você me deve uma corrida.”
Lolita revirou os olhos e começou a falar infinitamente em espanhol que eu nem sequer tentaria interpretar. A mulher poderia falar um milhão de palavras por hora.
“Vou ver o que posso fazer sobre a corrida. Não estou prometendo nada, embora. Eu não tenho estado montada em um cavalo por mais de oito anos. Náutica terá que ser gentil comigo no final desta semana, quando eu finalmente levá-la para um passeio,” eu sussurrei.
Ele olhou para mim solenemente. “Você está bem, embora?”
Eu assenti com a cabeça. “Estou bem. Eu juro.”
Seus olhos examinaram meu rosto por um longo tempo, mas ele deve ter encontrado o que estava procurando, porque ele me deixou ir, colocando-me suavemente para baixo em meus pés.
“Tudo bem, Lolita, vamos comer,” Sol exigiu.
Lolita sacudiu a cabeça. “Nicolas ainda não está aqui.”
“Nicolas, obviamente, não está com fome. Ele sabe o horário que almoçamos. Além disso, ele não veio para a missa. Ele não merece o almoço,” Sol informou.
Um bufo atrás de nós nos fez virar para ver Nico atravessando a porta da frente.
Ele estava vestido em sua melhor roupa de domingo.
Calças pretas ajustadas, um cinto de couro preto, um blusa de botão azul royal, e uma gravata listrada azul e branco.
Ele parecia comestível.
Eu sempre o admirei quando ele se vestia assim.
Então, ele tinha sido apenas bonito. Agora, ele era cativante.
Ele sorriu para mim, em seguida, parou para dar a sua mãe um beijo.
Ele repetiu o processo comigo, exceto que em vez de um beijo no rosto, ele me deu um suave e prolongado beijo na boca.
“Tarde, niña,” ele sorriu.
“Ei,” eu expirei.
Ele se inclinou e me deu outro beijo no nariz antes de segurar a porta aberta para todos nós caminharmos para dentro.
Seus pais estavam ambos congelados, olhando para nós em choque.
Eu estava paralisada também. No entanto, só porque parecia que eu não poderia fazer minhas pernas funcionarem.
Nico riu e puxou meu braço.
Eu me libertei, principalmente porque eu não queria cair com o rosto no chão.
Ele porém não me soltou.
Eu ouvi ambos os pais de Nico falando rapidamente um para o outro em espanhol, e eu não podia interpretar o que eles estavam dizendo. Eu era muito boa no idioma quando eles falavam devagar, mas no ritmo que eles estavam indo, só os mais fluentes conseguiriam entender.
O que, obviamente, Nico era, porque ele tinha um sorriso de matar no rosto.
“O que eles estão dizendo?” Perguntei.
Ele falou com a voz rouca. Ofegante.
“Eles estão dizendo algo sobre bebês no futuro,” Nico sorriu.
Minha boca abriu e fechou como um peixinho procurando por alimento no topo de uma lagoa.
“O-Oq-o quê?” Perguntei.
Ele não respondeu, mas ouvi nitidamente a palavra percado. Principalmente porque Lolita tinha gritado isso, e eu ainda ouvia por todo o caminho até a cozinha.
E eu sabia o que significava percado. Pecado.
Oh céus.
Entramos na cozinha, e cada um dos filhos Pena, adultos e adolescentes, estavam todos olhando entusiasmadamente pela janela e falando milhares de palavras todos juntos ao mesmo tempo.
Isso, pelo menos, eu poderia entender.
Eles usaram o Inglês.
Nikki estava sentada em cima do balcão, tentando corajosamente ver o lado de fora.
Nikki parecia uma versão mais jovem de sua mãe.
Seu cabelo estava mais curto, no entanto, cortado logo acima de seu queixo em um corte elegante. Ela vestia jeans e uma camiseta, e tinha o que eu suspeitava ser uma marca de mão de farinha na sua bunda.
Haviam seis crianças no grupo Pena. Nicolas, Nikki, Natalie, Noel, Nova, e Nina. Nina era a mais jovem com um pouco mais de dezesseis anos. Nicolas o mais velho, com trinta e um.
Sol gostava de dizer que ele teve sorte que o seu menino veio em primeiro lugar, porque se as meninas tivessem vindo primeiro, ele teria ficado louco tentando criar Nico para ser um homem real.
“O que vocês estão fazendo?” Nico perguntou em voz alta.
Todas as cinco meninas gritaram de surpresa.
Nico sorriu.
Então eu fui puxada para um abraço que era ao mesmo tempo humilhante e perfeito.
Eu tinha sentido falta destas meninas.
Com loucura.
“Oh, meu Deus, Nina! Você está mais alta do que eu!” Eu gritei.
Nina riu, lembrando-me de Nikki nessa idade. Ela era bonita, e eu aposto que seu irmão mais velho não estava muito feliz em como ela atrairia a atenção de qualquer homem. Um homem teria que ser gay para não ver a beleza destas garotas.
“Oh, e você é exatamente a mesma,” Nina respondeu.
Nosso pequeno amontoado foi empurrado para o lado, quando Nico passou por nós, para que ele pudesse chegar à geladeira.
Ele abriu a porta e retirou uma cerveja, caminhando até os bancos do bar ao lado da cozinha e sentou-se. Ele pegou o controle remoto da TV em cima do balcão e ligou no que parecia ser Sports Center.
Que surpresa!
Só que não.
Era isso ou um jogo de futebol. Eu acho que nós tivemos sorte.
“Eu não posso acreditar que ele te beijou. Que diabos, vadia?” Nikki sussurrou baixinho.
Bem, sussurrou era um termo relativo. Ela disse em uma voz normal, mas o tom alto chamou a atenção de todos na sala.
Nico e seus pais, por exemplo.
Lolita se juntou ao nosso abraço, encaixando-se entre o balcão e a porta da geladeira. “Oh, niña. Estou feliz que você finalmente voltou para casa.”
“Eu também, Lolita,” eu sussurrei fervorosamente, colocando minha cabeça para baixo até que ela descansou no ombro de Nova.
Nova deitou sua bochecha contra a minha cabeça, e todas nós derramamos algumas lágrimas.
Era bom estar em casa.
“Você e meu irmão já tiveram algum sexo quente? Eu sempre soube que você gostava dele, você sabe,” Nikki sussurrou em meu ouvido.
Jesus, a menina sempre falava o que estava em sua mente. Eu juro que ela não tinha qualquer filtro.
“Nikki,” eu disse, olhando em seus belos olhos castanhos. ?Você lembra aquela vez quando você disse ao homem enorme na loja da esquina que ele precisava tomar um banho porque ele cheirava a merda?”
Seus olhos brilharam. “Sim.”
Nico bufou, lembrando-se bem da história.
Ele estava em licença do exército daquela vez também, tinha acabado de terminar a formação básica e estava em casa por uma semana antes de ser chamado de volta.
Estávamos à caminho do lago e ele estava colocando gasolina no momento, enquanto nós tínhamos ido para dentro comprar lanches.
Tudo começou de maneira inocente, é claro, como sempre acontecia com Nikki.
Eu tinha ido ao banheiro e tive que esperar na fila enquanto Nikki escolhia nossos lanches.
Quando eu já tinha esperado por muito tempo, eu finalmente tive a coragem de perguntar se estava tudo bem para a mulher dentro do banheiro.
Ela disse que tinha quase certeza que ela estava tendo um aborto espontâneo, que seu marido estava do lado de fora e pediu por favor que eu fosse chamá-lo.
Eu corri apenas para encontrar o homem em questão fazendo um movimento sobre Nikki.
Nikki pensou que isso era engraçado, porque Nikki tinha gostos particulares.
Ela não gostava de ninguém que não fosse um 'bad boy', por assim dizer. Este homem porém era tão tenso como você esperaria de qualquer garoto do clube de campo, por isso me pareceu estranho que naquele momento ela estava mesmo dando-lhe um minuto da sua atenção.
Mas, é claro, Nikki era uma cadela às vezes, e gostava de fazer brincadeiras com seu irmão; ela escolheria jovens homens ingênuos e então contaria a eles histórias selvagens sobre seu irmão, e eles, em seguida, tentariam defender sua honra.
Só que desta vez a mulher do homem estava no banheiro sofrendo, e ela não estava lidando com um ‘homem ingênuo’, mas um idiota real que não se importava que sua esposa estava lá tendo um aborto espontâneo. Mas apenas que ele tinha diante de si uma mulher sexy disposta a dar-lhe uma hora do seu dia.
Eu disse ao homem sobre a sua mulher, mas ele não se importou. Nikki porém, tinha se preocupado e deixou ele saber disso dizendo a espécie de ‘pedaço de merda de vaca’ que ele era. Isso aumentou e se transformou em uma disputa de gritos, onde eles dois estavam próximos da violência física.
Eu chamei uma ambulância e abri a porta da loja de conveniência gesticulando para Nico que merda estava acontecendo.
Ele tinha olhado para o céu como se ele estivesse com dor e, em seguida, começou a bater a merda no cara porque o homem tinha colocado as mãos na sua irmã.
Tinha ido tudo por água abaixo, e nem precisa dizer que nunca chegamos ao lago, e tinha sido tudo porque Nikki tinha uma boca grande e gorda sem filtros.
Você acharia que oito anos tinham lhe dado um pouco mais de controle, mas, infelizmente, isso não aconteceu. Na verdade, eu estava bastante certa que ela estava pior.
“Você realmente precisa aprender a se controlar, minha melhor amiga. Um dia essa coisa-de-não-filtro vai voltar e mordê-la na bunda,” eu balancei a cabeça.
Seus olhos se iluminaram, mas era a voz de Nico que me fez virar em direção a ele.
“Michael gosta de dizer a mesma coisa o tempo todo. Os dois brigam como cães e gatos,” Nico murmurou enquanto tomava um gole de cerveja.
“Gooooool!!” Sol gritou em voz alta. “Você viu essa merda?”
A pergunta foi feita para ninguém em particular, e todos nós vimos quando ele se levantou e aproximou-se da TV. “Sua bixinha saia do chão!”
Como eu disse. As coisas não mudaram.
O que me fez feliz.
“Então, o que temos para o almoço?” Perguntei, os olhos brilhantes.
Lolita abriu o forno e tirou o que parecia um ano de trabalho de tamales12, e eu gemi. Eu não tinha tido um bom tamale desde sempre.
Vinte minutos mais tarde, eu estava no meu terceiro copo de leite e meu quarto tamale.
“Estes estão queimando meus lábios,” eu murmurei, rasgando outra casca e revelando a delicadeza.
Nico balançou a cabeça. “Você sabe, mesmo eu não consigo comer tanto deles tão apimentados. Isso virá e lhe morderá no rabo mais tarde.”
Eu não sabia disso?
Isso provavelmente iria me torturar por horas mais tarde. Comida picante sempre me dava um caso furioso de azia, mas eu lidaria com isso, uma vez que tinha um gosto tão malditamente bom.
Lolita vende estes uma vez por semana no mercado do fazendeiro local. Ela até os colocou em competições em todo o estado, e ganhou fitas azuis.
“Michael pode comê-los,” disse Nikki.
Fiquei surpresa com isso, mas não vi o grande problema que causou em quase todos à mesa para eles congelarem.
“O quê?” Perguntei.
Nikki parecia que tinha engolido um inseto.
“O quê?” Perguntei de novo, desta vez mais alto.
“Michael nunca comeu qualquer um dos meus tamales picantes,” disse Lolita confusa.
Uh-oh.
“Lucy, você tem alguma explicação a dar13!” Eu provoquei.
As irmãs riram comigo enquanto Nikki e Nico me olharam.
Eu levantei minhas mãos e comecei a encher minha cara com mais tamales.
Eu não podia esperar para saber mais sobre esta história de Michael e Nikki!
Eu também poderia dizer que Nikki não queria ter nada a ver com qualquer conversa que estaria vindo. Ela continuou me dando olhares secretos, e quando ela via meus olhos sobre ela, ela olhava para baixo novamente.
Oh, ela iria falar. Mesmo se eu tivesse que tirar a informação sob tortura.
***
“Quem está pronto para a sobremesa?” Perguntou Lolita algumas horas mais tarde.
Eu gemia, incapaz de pensar sobre sobremesa.
Eu tinha tanta comida em minha barriga que eu teria que ir rolando até em casa.
“Meu Deus. Eu acho que eu comi tantos tamales que eu poderia muito bem explodir. Esta azia vai ser uma cadela mais tarde. Mas foi tão bom tê-los de novo,” eu gemi para Lolita.
Lolita sorriu para mim. “Você vai ficar feliz em saber que eu fiz extra para você levar,” disse ela.
Eu lhe soprei um beijo. “Você é a melhor mulher do mundo.”
Ela sorriu tristemente.
Isso não era verdade quando minha mãe estava viva, e ela sabia disso. Minha mãe tinha sido a melhor.
Lembrei-me da forma como a minha mãe costumava fazer pão a cada dois dias. Ela costumava vendê-los no açougue local da cidade. Ela fazia tantos que tomava quase todo o seu dia.
Ela gostava de assar, e eu costumava ajudá-la quando eu não era necessária com o gado.
Em determinada época da minha vida, minha mãe era todo o meu mundo, e embora Lolita fosse uma mulher maravilhosa, a minha mãe era melhor.
E estando aqui, lembrei-me do que eu estava tentando esquecer durante os últimos oito anos.
Para tentar esconder minha tristeza, eu me empurrei para baixo na minha cadeira e gemi enquanto eu esfregava as mãos sobre minha barriga. “Da próxima vez, quero enchiladas.”
Eu já tinha desabotoado minhas calças, no que Nico tinha focado no momento em que eu fazia isso.
“Você poderia...” Lolita começou.
“Não, mãe. Geórgia e eu vamos sair hoje à noite. Não podemos ficar muito mais ou nós não vamos chegar a tempo,” disse Nico, ficando de pé.
Ele se moveu rápido, desconsiderando totalmente o olhar de desaprovação de sua mãe.
“Mas...” Lolita disse, mas ele já estava me puxando de pé e jogando minha bolsa para mim.
Eu peguei com um pequeno oomph e comecei a caminhar com ele. Principalmente porque ele estava me arrastando novamente. Ele parecia gostar de fazer isso.
“Mas...” Lolita tentou novamente.
No entanto, ele já estava dando-lhe um beijo na bochecha e correndo para fora da porta antes que eu mesmo tivesse a chance de dizer tchau.
“Oh, meu Deus, Nico. Que diabos?” Perguntei, olhando para suas costas.
Ele não respondeu. Não que eu esperasse.
“Eu dirigi até aqui,” eu disse quando ele abriu a porta do lado do passageiro de sua camionete.
“Nós o pegaremos mais tarde,” ele murmurou, carregando-me quando eu me recusei a entrar.
Eu chiei quando as palmas de suas mãos foram até meus quadris e ele me pôs no banco, sem o mínimo de esforço. “Mas meu carro está atrás do deles,” eu gritei quando ele começou a fechar a porta.
Girei minhas pernas para dentro apenas a tempo dele fechar.
Ele caminhou ao redor da camionete rapidamente, os olhos em branco. Mandíbula travada.
“Nico ...” Eu parei quando ele olhou para mim.
Não permitia nenhum espaço para discussão.
Ele estava com raiva de mim?
“Você está com raiva de mim?” Perguntei.
Ele não respondeu.
Na verdade, ele não respondeu nada até que ele estivesse estacionando em sua garagem vinte minutos depois.
Bem... resposta não era realmente a palavra certa para isso, por dizer.
Quando eu soltei o meu cinto de segurança e me virei em sua direção, encontrei ele olhando para mim.
Sem dizer outra palavra, ele me alcançou, arrastando-me por cima do console central e empurrou seus lábios nos meus.
Eu engasguei com o movimento repentino, derretendo-me nele voluntariamente.
Uma vez que sua língua bateu na minha, eu perdi todo o senso de controle.
Tudo o que restava era ele e minha paixão por ele.
Ele tinha um gosto tão bom assim como ele teve todos aqueles anos atrás. Um dia antes de minha vida mudar para sempre.
Quando sua boca, finalmente, soltou da minha, eu estava arquejando e ofegando. Meu peito arfava de excitação, e eu devia parecer áspera porque ele parecia excepcionalmente satisfeito consigo mesmo.
“Estou cansado,” ele disse asperamente.
Pisquei. “Cansado de quê?”
Sua mão seguiu o comprimento da minha perna para cima, em seguida, para baixo.
Quando suas mãos encontraram o cós da minha calcinha, em vez de irem sobre ela, elas foram sob, cavando ao fundo.
Meus sentidos começaram a disparar rapidamente.
Seus dedos pareciam fogo quando eles encontraram seu caminho para baixo entre as minhas pernas, chegando a um descanso na borda da minha calcinha.
Seus olhos castanhos pareciam derretidos enquanto ele olhava nos meus.
Quando ele levantou os olhos em questão, eu sabia que isso estava prestes a mudar nossas vidas.
Eu conhecia as consequências.
Eu sabia o que poderia acontecer.
E eu queria cada fodida coisa que ele poderia me dar.
Cada uma delas.
Eu o queria.
Eu o queria como meu marido.
Eu o queria como o pai dos meus filhos.
Nós tínhamos negado por muito tempo.
Nós tínhamos estado juntos desde a noite em que ele quase tirou a minha virgindade.
Nós tínhamos esperado apenas porque ele queria se casar primeiro.
Então aquilo tinha acontecido, aquela única fodidamente horrível noite.
Ele me esperou terminar. Para se certificar que minha família estivesse bem antes dele me perseguir.
Dando-me o tempo que eu precisava.
Agora, no entanto, o tempo tinha acabado, e ele estava deixando-me saber disso.
Ele estava me dando uma escolha agora, quer levasse isso para onde nós dois sabíamos que ia levar.
Um lugar que me prometia tudo.
Em resposta, eu escorreguei minhas mãos para a minha calcinha e comecei a tirá-la.
CAPÍTULO 8
Lábios, seios e bunda. Recursos favoritos de Nico
Nico
Ela deslizou o botão da calça através do buraco, e eu assisti com fascínio quando ela começou a desliza-lo fora de suas pernas.
Suas suaves e cremosas coxas foram às primeiras coisas que chamaram minha atenção. Seguido rapidamente pelo triângulo de cabelos loiros cobrindo sua buceta doce.
Minha respiração acelerou, e os meus olhos ficaram paralisados com seus movimentos enquanto ela lentamente tirou suas calças e chutou livre de seus pés.
Ela engasgou quando minhas mãos foram para sua camisa e empurrei-a para cima sobre a sua cabeça.
Quando eu fui para remover a camisola fina que ela estava usando como um sutiã, ela parou minhas mãos.
Deixei que ela me parasse, mas apenas esta primeira vez.
Eu estaria vendo todo o seu corpo, ela querendo ou não.
Aproximei minha mão, pronto para deslizá-la sobre sua pele bonita, quando o para-brisa na minha frente estilhaçou com um estalo ensurdecedor horrível.
Minha mão estava na cabeça de Geórgia sem perceber.
Eu a empurrei para baixo até que seu corpo inteiro estava no piso do passageiro, enquanto abaixava minha cabeça.
Eu não iria conseguir muita coisa com minha própria cabeça feita em pedaços.
Geórgia estava choramingando no piso. Seus olhos manchados de lágrimas, mas ela ficou onde foi colocada.
Então eu vi o brilho em seus olhos, e eu sabia que era muito mais do que o medo. Ela estava revivendo algo horrível.
No entanto, eu não tinha tempo para lidar com isso. Eu tinha que pensar no aqui e agora.
Agarrando meu rádio, chamei na estação, enquanto ligava a camionete e pressionei o pedal do acelerador com a mão, mal olhando por cima do vidro.
“Expedição.” Eu rosnei enquanto tentava fazer dez coisas ao mesmo tempo. “Aqui é o Oficial Nicolas Pena. Eu estou em 41222 US Highway 42 Sul. Eu tenho...” Mais balas cortaram o ar da noite e começaram a bater na porta traseira da minha camionete quando eu virei.
Eu estava apenas olhando por cima sobre a borda do vidro, mas eu sabia exatamente onde eu estava indo.
Eu conhecia esta terra melhor que ninguém. Tudo o que eu tinha que fazer era passar pelo poste da frente e assim poderia me perder na floresta atrás da minha casa.
O que eu fiz momentos depois.
O para-brisa estava rachado como uma teia de aranha, dificultando quase todo o meu campo de visão.
No entanto, eu cuidei disso momentos mais tarde com o meu martelo que arranquei do porta-luvas.
O vidro se estilhaçou, mais uma vez, mas não quebrou.
“Maldito pedaço de vidro de segurança de merda,” rosno baixo em minha garganta.
Com nenhum outro recurso, virei minha cabeça e usei um pequeno pedaço do vidro livre e dirigi tão rápido quanto eu ousei para a mata atrás da minha casa.
Eu podia ouvir meu rádio indo um pouco louco, mas eu não tinha tempo para isso.
Um trecho mais rochoso da estrada, fez a camionete dar um salto de forma abrupta, fazendo com que Geórgia fosse jogada de maneira dura na parte inferior do painel.
Fosse o que fosse o que ela estava revivendo em sua cabeça, o pulo da camionete esmagou o flashback em poeira.
Ela então me enxergou com os olhos arregalados.
“Nico... o quê?” Ela suspirou.
Eu coloquei minha mão em sua cabeça. “Fique aí. Estamos sendo alvejados,” rosnei. “Coloque suas calças. Então responda a expedição para mim. Diga-lhes que temos um atirador.”
Ela rapidamente deslizou em suas calças renunciando a calcinha pela conveniência.
Apesar de ser um momento horrível para pensar sobre essas coisas, meu pau gostava que ela estivesse nua por baixo das calças.
Muito.
Perigo joga estranhamente com a libido de um homem.
Eu ouvi tiros dispersos atrás de mim, mas eu não retardei ou até mesmo olhei para trás para ver se eu poderia verificar o atirador.
Ouvi Geórgia falar com a expedição, mas meu foco era não bater nas árvores e nos encalhar no meio da minha propriedade sem ter para onde ir.
Um estrondoso clop-clop de múltiplos cascos batendo no chão em um ritmo frenético poderia ser ouvido sobre o motor da camionete, e eu olhei no meu espelho retrovisor a tempo de ver os meus quatro cavalos, bem como Náutica, correndo em minha direção.
“Foda-se,” eu resmunguei.
Surpreendentemente, em vez de me passar, eles ficaram comigo, mantendo-se quando eu desviava e me arrastei pelas árvores, fazendo as voltas que eu sabia de coração.
Depois de mais cinco minutos eu parei, desligando a minha pobre camionete abusada sem fazer alarde.
“Nós paramos. Estamos fora da estrada que sobe entre a minha propriedade e a de Nico. Siga o riacho e ele deve levá-lo direto para nós,” Geórgia os orientou como uma profissional.
Não era para o rádio, mas o telefone celular em sua orelha. Meu celular.
Eu só podia supor que ela estava falando com um dos homens da minha equipe.
Eles são os únicos que chamariam, além da minha família, e nós tínhamos acabado de sair do jantar com eles.
Uma vez que ela desligou, eu saí da camionete, clicando suavemente com a minha língua.
Os cavalos, embora assustados, vieram direto para mim.
Eles estavam todos lá.
Que porra estava acontecendo?
“Meu Deus. O que está acontecendo, Nico?” Eu a ouvi perguntar às minhas costas.
Eu não respondi. Não porque eu não queria, mas porque eu não sabia porra.
“Quem estava ao telefone?” Eu perguntei quando me virei de volta para a camionete e peguei a pistola que continuava em baixo do assento.
Eu entreguei a ela, e ela aceitou sem dizer uma palavra, verificando a câmara e a segurança antes que ela colocasse em seu colo.
Seus olhos pareciam assombrados e com medo, e seu rosto estava pálido.
“Você não está prestes a ir toda menina para cima de mim e desmaiar, está niña?” Perguntei, provocando. A Geórgia safada era melhor do que uma Geórgia com medo.
Eu estava tentando puxar seu rabo, por assim dizer. Se eu pudesse levá-la a pensar sobre o quanto eu incomodava, ela, possivelmente, obteria um pouco de cor de volta em seu rosto.
E a cor que é dela.
“Escuta aqui, niño. Qualquer coisa que você pode fazer, eu posso fazer melhor,” ela retrucou.
Revirei os olhos e me afastei dela, virando-me e levando meu dedo até os lábios para mantê-la quieta.
Ela estreitou os olhos para mim, mas em última análise, ficou onde estava mantendo a boca fechada.
Seria um maldito milagre se quem estava atirando na nossa camionete nos pegasse, mas mesmo assim, eu mantive meus olhos abertos, olhando os nossos arredores como fui ensinado a fazer como um SEAL.
Meus olhos olharam a camionete, e uma injeção de adrenalina passou por mim.
Como diabos tínhamos sobrevivido?
***
“Mama parece à beira de um enfarte. Por favor, me diga que vocês estão bem, para que eu possa dizer a sua mãe,” Nikki suspirou.
Eu olhei para o meu relógio. “Sim, Nikki. Estamos bem. E ela é sua mãe, também.”
Eu praticamente podia ouvi-la acenar com a mão no ar. “Não. Quando ela está agindo assim, eu não quero ter qualquer relação com ela.”
“Dê-lhe uma pausa. Seu filho favorito quase teve a cabeça arrancada,” eu provoquei.
Mal sabia ela que isso era verdade.
“Claro que você é o seu favorito. Você é o garoto da mamãe. O bebê da mamãe. Você sabe, você é o único que teve seu rosto pressionado contra sua vagina,” Nikki terminou com esse comentário, quebrando a conexão habitual.
Estremeci.
Eca.
Embora fosse um pouco verdade.
Eu fui o único a nascer por via vaginal, e minha irmã gostava de falar isso pelo menos uma vez por semana, às vezes diariamente.
“O que foi aquilo da vagina da sua mãe?” Perguntou Downy.
“Por que você sequer se preocupa com a vagina da minha mãe? Mantenha seu nariz fora do meu negócio” Eu falei.
Ele me olhou no olho, e sem sequer uma rachadura de um sorriso, ele disse: “Mas tudo sobre a vagina da sua mãe é o meu negócio.” Downy riu quando ele fugiu para longe do meu alcance.
A única coisa o impedindo de sentir as minhas mãos apertando em torno de sua garganta cortando a sua respiração era Geórgia, que estava sentada no meu colo.
Ela bufou. “Você conheceu Lolita, certo?”
Downy sacudiu a cabeça. “Apenas duas vezes quando ela trouxe tamales para Nico na estação.”
Olhei para cima em confusão. “Minha mãe nunca trouxe tamales para mim na estação.”
Ele me deu um olhar, e lentamente me ocorreu.
“Você comeu meus tamales? Você é um filho da puta,” eu disse, balançando a cabeça.
Geórgia começou a rir.
“Tudo bem, rapazes. Hora de sair daqui. Nico, você sabe o que fazer,” Luke disse enquanto caminhava de volta para frente da minha casa.
O grande caminhão de reboque carregando minha camionete começou a roncar até a estrada, e eu assisti quando ele tomou uma esquerda para fora da minha garagem e começou a descer a rua.
“Acho que ele está de volta ao velho azul,” Downy disse com um sorriso maligno.
Dei as costas para ele.
Luke limpou a garganta, e eu suspirei.
“Sim, sim eu faço. Ligue se o ladrão que estava tentando roubar meus cavalos voltar. Blá blá blá. Não tente cuidar deles, blá, blá,” eu disse com paciência forçada.
Ele olhou para mim, mas no fim se afastou em direção a sua camionete, acenou uma despedida sombria, e dirigiu para fora.
Downy, Michael, Bennett, John e James também saíram logo em seguida.
Vimos quando Michael, o último a sair, se despediu.
“Então...”, disse Geórgia.
Eu dei-lhe um aperto. “Você quer passar a noite?”
Ela olhou para mim por alguns longos momentos antes de concordar. “Sim. Apenas me deixe avisar meus irmãos, e eu vou entrar.”
Eu balancei minha cabeça. “Eu não vou deixar você aqui sozinha.”
Seus lábios se apertaram quando ela deu uma olhada ao redor da propriedade.
Seus olhos persistentes no celeiro, e a porta presa às pressas que tinha sido usada para cobrir o grande buraco do lado da parede do estábulo.
Em vez de ignorar a grande porta que tinha um alarme, eles decidiram apenas cortar um buraco na lateral do celeiro com uma serra.
Eu, é claro, não tinha ligado o alarme do lado de fora, usando apenas a fiação nas portas dianteiras e traseiras.
Isso, no entanto, seria remediado pela manhã.
Ladrões do caralho.
Às vezes eu me sentia como se este mundo nunca fosse ser salvo. Não quando havia tantas maçãs podres dispostas a roubar algo de alguém. Algo que alguém coloca seu coração e sua alma.
“Nico?” A voz melódica suave da Geórgia me chamou.
Eu olhei para cima.
Ela estava em pé na minha frente, olhando para mim com preocupação.
“Chame seus irmãos, baby. Vou esperar aqui fora,” eu disse.
Ela olhou para mim por um longo tempo, então acenou e entrou.
Eu fiquei onde eu estava no parapeito da varanda. Um pé sobre as placas e o outro balançando quando me sentei.
Eu podia ouvi-la falando baixinho no interior e resolvi fazer algumas voltas ao redor da casa.
Eu verifiquei os cavalos mais uma vez. Em seguida, fiz uma ronda até a garagem para bloquear o portão antes de caminhar de volta para dentro de casa.
Ela não estava no telefone quando voltei, e eu deixei-a fazer a sua coisa enquanto verifiquei todas as janelas e bloqueios. Puxei as cortinas. Então, finalmente, voltei para o meu quarto. O que eu vi fez meus joelhos fracos.
CAPÍTULO 9
Buceta. É o que é para o jantar. Pensamentos secretos de Nico
Geórgia
Minhas pernas tremiam.
Minhas mãos tremiam.
E eu era bastante positiva que se alguma coisa poderia me abalar, eu nunca admitiria que isso fosse possível, mesmo que certamente fosse.
Eu retirei minhas calças e camisa, depois me arrastei para o chuveiro.
Eu esperava que quanto ele terminasse o que foi fazer se juntasse a mim no chuveiro.
Só que ele estava levando muito tempo, e a água quente tinha acabado, o que me forçou a sair antes que eu estivesse pronta.
Eu esperava que, por eu estar no chuveiro, iria incitá-lo a ação.
O triste é que, apesar de tudo o que aconteceu, eu ainda estava tão pronta para ele agora como eu estava quando eu comecei a me despir em sua camionete.
Eu tinha perdido a coragem que eu tinha quando entrei pela primeira vez no chuveiro, e agora eu estava usando uma das camisas da marinha gastas de Nico e nada mais.
Eu estava no fim de sua cama esperando por ele.
Eu deveria rastejar na cama?
Eu deveria esperar por ele?
Eu tinha terminado o meu telefonema há quase uma hora. Certamente ele estaria aqui em breve, certo?
Só que ele não estava. Eu esperei mais 10 minutos antes de me decidir rastejar para debaixo das cobertas.
Esperei mais cinco minutos, deitada lá cheirando seus lençóis, meus olhos ficando pesados.
E adormeci pouco depois.
Eu nem sequer acordei quando ele chegou ao quarto. Nem quando ele chamou meu nome. Nem mesmo quando ele se deitou na cama ao meu lado.
Na verdade, eu não acordei até quase cinco horas mais tarde, às três da manhã, quando ouvi o terrível gemido ao meu lado.
No início, eu pensei que era parte do meu sonho.
Eu tinha o mesmo há oito anos.
Eu tive sorte que ele parou antes que eu testemunhasse o assassinato da minha mãe e irmãos.
Isso não impediu o meu coração de acelerar.
Desta vez, porém, Nico estava lá.
Ele gemia cada vez que meu pai iria me bater ou me chutar.
Ele foi amarrado ao lado de meus irmãos, e seus olhos estavam em mim com uma dor devastadora, enquanto observava o meu pai me dar outra surra.
Nico nunca soube da minha situação em casa.
Meu pai era bom em deixar todas as marcas em lugares que não eram facilmente visíveis. Ele tentou evitar as inevitáveis perguntas que certamente seriam feitas se alguém visse.
Desta vez, porém, Nico descobriu.
Ele veio quando meu pai tinha a arma apontada para o meu rosto.
Quando viu Nico, ele forçou-o a sentar na última cadeira restante da cozinha. A que ele sempre costumava se sentar.
Em seguida, ele passou a bater a merda fora de mim, mantendo a arma apontada para Nico.
Nico gemia com cada porrada que meu pai me dava.
Como se estivesse acontecendo com ele em vez de mim.
Não foi até poucos minutos depois que eu percebi que era um gemido contínuo. Isso, e ele não estava olhando para mim. Ele estava olhando para suas mãos.
Isso foi quando o meu sonho começou a dissipar-se em torno das bordas e eu me encontrei em uma cama que não era minha.
O quarto estava escuro como breu, e nenhuma luz era evidente em toda a área.
Eu não podia sequer ver as minhas mãos na frente do meu rosto.
Nico estava fazendo o barulho de um gemido torturado de seu lado da cama, e meu coração começou a bater.
Sentei-me ao longo da cabeceira para pegar o meu telefone, mas então eu amaldiçoo, lembrando-me que o coloquei em cima da mesa na cozinha.
Levantando da cama, eu segui ao longo da parede até que eu fui em direção ao que pensava ser o banheiro.
Eu estava errada, era o armário, mas tinha uma luz, por isso serviu o seu propósito.
Alcançando-o, eu estremeci quando a luz me cegou, mas eu rapidamente me ajustei e olhei para a cama.
Nico estava debruçado em si mesmo, de costas para onde eu estava dormindo.
Ele estava nu, exceto por um par de boxers pretas, e a primeira coisa que meus olhos se concentraram foi na grande cicatriz nas costas dele. Ela estendia a partir do topo de sua omoplata esquerda por todo o caminho na diagonal em direção ao rim direito.
Caminhando ao redor da cama eu chamei “Nico?”
Ele se encolheu.
“Não. Não. Não. Eu sinto muito. Eu sinto muito. Por favor, não a machuque. Por favor,” Nico diz ofegante.
Ferir quem?
“Nico. Nicolas. Acorde!” Eu disse enfaticamente.
Seu gemido tinha piorado.
Eu estava em pé a três passos da cama quando ele finalmente abriu os olhos.
Era estranho embora.
Eles não estavam olhando para mim. Eles não estavam realmente olhando para nada.
Eles olhavam em branco.
“Nico?” Perguntei.
Seus olhos se voltaram para mim, mas Nico não estava aqui.
“Nico?” Perguntei, dando um passo para trás.
Seus olhos seguiram o meu movimento, mas ele ainda não se mexeu. Ficou completamente imóvel.
“Nico, o que está acontecendo?” Perguntei preocupada.
Ele se sentou, olhos treinados em mim quando eu me mudei de volta.
Seu rosto totalmente sem expressão.
Era como se ele estivesse olhando para um criminoso. Como se estivesse agindo como policial.
Foi quando me bateu. Sua expressão parecida a que ele estava olhando no espelho retrovisor quando ele estava dirigindo anteriormente. Quando o tiroteio começou.
Ele se inclinou para frente, sua mão indo para algo que eu não podia ver ao lado da cama.
Então, em um movimento rápido, ele tinha uma enorme arma preta apontada para mim.
Não, não era para mim. Era para alguma coisa atrás de mim.
“Abaixe-se,” disse ele.
Eu, é claro, me abaixei.
E o mundo em volta de mim explodiu.
***
“Você poderia ter porra me dito que havia algo atrás de mim,” eu gritei.
“Geórgia, havia uma porra de uma cascavel na cômoda atrás de sua cabeça. O que exatamente você queria que eu fizesse? Ela estava pronta para atacar na parte de trás de sua cabeça. Quanto mais você se movia, mais enrolada ela ficava,” ele rosnou.
Eu tremia em seus braços, olhando para o sangue que manchou a parede, mesmo depois de ter esfregado com água sanitária.
O cadáver da cobra estava agora na fogueira para ser queimado, assim que o tempo fosse adequado, e todos os panos usados para limpar também. Eu iria comprar-lhe mais amanhã.
Ele apertou os braços em volta de mim e deslizou os lábios em cima da minha cabeça. “Você é um ímã para problema.”
“Não, você é. Esta é a sua casa,” eu rebati.
Ele me rolou até que seus quadris fixaram entre as minhas coxas. “Não,” ele disse, pontuando a declaração com uma moagem de seus quadris contra o meu sexo. “Tudo começou quando chegamos aqui. Não havia nenhum problema antes que você chegar.”
Eu olhei para ele.
“Você quer que eu vá para casa?” Perguntei.
“Eu pareço como se quisesse que você fosse para casa?” Ele perguntou.
Eu tremia de necessidade.
Sua enorme ereção começou a se mover lentamente para frente e para trás contra a minha buceta.
Meus olhos estavam tentados a revirar, mas consegui não parecer uma completa perdedora.
“Não é tão grande,” eu provoquei.
Ele parou, deixando cair o peso até que eu levei tudo, empurrando o ar para fora dos meus pulmões com um suspiro.
Eu não sabia que era possível rir sem qualquer ar em meus pulmões, mas eu fiz.
“Você é um merda,” eu ofegava.
Ele sorriu e começou a chupar meu pescoço.
Parei de rir, colocando minha cabeça para trás e inclinando-a para o lado lhe permitindo acesso mais fácil.
Ele riu, se apoiando em seus cotovelos, mas deixando sua metade inferior empurrando plenamente em mim.
Eu separei minhas pernas e levei meus pés para cima até que meus dedos estavam ao longo do cós da cueca dele, em seguida, enganchando dos lados e levando-a para baixo de suas pernas.
Ele riu contra o meu pescoço, me fazendo tremer de novo, e eu agarrei o bíceps de seus braços com uma ferocidade que traiu a minha necessidade por ele.
“Oh, Deus,” eu gemi.
Ele baixou a cabeça até a minha blusa, e mordeu a ponta de um mamilo túrgido através do tecido.
Meu sexo apertou com força, e eu abaixei minhas pernas involuntariamente.
E com isso o movimento levou sua cueca.
A longa e espessa coluna pulsante de seu pau estava quente quando ele pressionou em mim, me fazendo ofegar.
Ele engasgou também.
Mudando um pouco para puxar minha camisa, seu pau se moveu de sua posição mais baixa para uma nova posição. Uma que fez com que meu pulso acelerasse a níveis de ataque cardíaco.
A cabeça de seu pau enorme descansou contra a minha buceta, e nós dois congelamos.
Tudo o que ele tinha que fazer era empurrar um pouco, e minha fingida virgindade teria ido.
Eu disse fingida porque eu usava um vibrador durante anos. Quero dizer a sério, uma menina tem necessidades! Por isso, não era como se eu não já tivesse um pau em mim... Não apenas um verdadeiro de carne e sangue.
Seus olhos encontraram os meus, e com o que viu, ele se abaixou para colocar lentamente o meu seio em sua boca, ao mesmo tempo, ele afundou seu pênis dentro de mim, um centímetro lento de cada vez.
Preservativo nem passou pela nossa mente.
Ambos éramos católicos.
Sabíamos que o sexo significaria algo enorme.
Eu sabia que ele provavelmente não era totalmente ingênuo, mas ele era um virgem assim como eu.
Claro, ele tinha feito coisas. Coisas que eu não queria sequer pensar. Mas ele tinha guardado isso para mim. Tudo para mim.
Seu membro nunca tinha estado dentro do corpo de outra mulher. E minha vagina nunca tinha abrigado qualquer coisa que não fosse de plástico.
Com uma grande força da sua boca no meu mamilo, ele afundou até o punho.
Suas bolas pesadas descansaram contra a minha bunda e meu canal estava pulsando, tentando em vão se ajustar à intrusão de seu pênis.
Isso não aconteceria embora. Ele era grande.
Quero dizer, realmente grande.
E Deus, como eu me senti bem.
Como um maldito sonho.
Ele lentamente começou a empurrar dentro e fora de mim, curto, buscando minha reação quando ele entrou e saiu, me avaliando.
Quando ele não obteve o tipo de reação que ele queria, ele começou a empurrar mais difícil, retirando-se ainda mais.
Engoli em seco, e seus olhos sorriram.
Seus golpes permaneceram longos e profundos, empurrando dentro e fora quando ele mudou de um seio para o outro. Ele correu a ponta de sua língua ao longo do lado de fora da minha aréola, e eu mordi meu lábio, contraindo meus quadris enquanto ele me provocava implacavelmente.
Eu levantei meus quadris, minhas pernas indo em torno dele quando ele começou a bombear em mim com força.
Minhas mãos ficaram na sua cabeça, dedos apertando em torno de suas orelhas quando ele começou a empurrar para dentro de mim mais duro e mais e mais forte.
Logo não houve nenhum ritmo em tudo. Só uma louca, fodida necessidade que não tomou apenas eu, mas Nico.
Ele soltou meu peito, ofegante, enquanto ele subia de joelhos, puxando minhas pernas para cima e sobre seus ombros.
Então ele se inclinou para trás e para baixo e vi estrelas.
O novo ângulo lhe permitiu chegar ainda mais fundo dentro de mim. Um lugar secreto... o que eu tinha lido em romances.
Agora eu era uma crente!
Meus olhos se abriram e minha buceta apertou com força em torno dele, seu pau provavelmente sendo estrangulado, mas eu não podia pensar. Não conseguia respirar.
Minhas costas arquearam, e minha cabeça voou de volta.
Provavelmente parecia que ele estava exorcizando um demônio de mim com o tanto que eu arquei meu dorso, mas eu seriamente não poderia fazer mais nada.
Eu o ouvi rosnar alto, o som enchendo o quarto, mas eu estava muito ocupada tentando encontrar minha respiração.
Senti como se meu orgasmo fosse divino. Não havia nenhuma maneira de explicar o sentimento.
Eu tive orgasmos antes, mas ter um que foi estimulado por nada mais do que o pau duro de Nico foi porra louca.
Quando ele pulsou através de mim, levando-me como uma bola de demolição através de uma janela de vidro, senti impulsos quentes da liberação de Nico começando a me encher.
Ele resmungou com cada pulso, e foram longos momentos depois, que eu finalmente entrei para a terra dos vivos.
Eu estava agora em cima de Nico. Minha cabeça em seu ombro e o cabelo esparramado ao redor de nós.
Nossa respiração era irregular, e eu senti sua dureza ainda me enchendo, contraindo-se de vez em quando com o rescaldo da sua libertação.
“Eu acho que eu gosto de fazer sexo,” eu disse a ele.
Ele apertou minha bunda em resposta.
“Isso é um sim?” Eu confirmei.
Ele apertou minha bunda novamente.
“Bom,” eu provoquei.
Nós adormecemos assim.
E não seria até manhã que eu percebi que eu nunca perguntei a ele sobre seu sonho.
Eu compensaria, entretanto. Em espadas.
CAPÍTULO 10
SWAT- Foda-se o negociador -Camiseta
Nico
Minha cabeça parecia um balão porra. Meus olhos doem, e eu sinto a necessidade constante de espirrar.
Eu tinha pego o que Nikki tinha no jantar com a minha família. Só que o meu tinha se transformado em infecção respiratória.
Obrigado, Nik. Realmente aprecio isso.
Felizmente, eu tinha o tipo de seguro, onde tudo o que eu tinha que fazer era ligar para um número e descrever os meus sintomas a um médico, e eles me chamariam em uma consulta, se eles sentissem que era necessário. Portanto, eu não precisei ir ao médico, o que foi bom desde que eu era constantemente chamado.
Eu também estava no meu turno.
Vestido com o uniforme padrão da patrulha KPD SWAT, eu estava altamente visível.
O homem atrás do balcão chamou o próximo, e um homem muito descontente fez seu caminho para a frente.
Ele tinha os mesmos sintomas que eu, agora que o observei melhor. Era magérrimo e tinha um cabelo loiro confuso e bagunçado. E se eu tivesse que adivinhar, ele estava alterado.
Sua cabeça deslocava para a esquerda e para a direita em seus ombros enquanto ele olhava em volta, nervosamente.
Eu provavelmente nunca teria notado se ele não tivesse começado a levantar a voz com o homem por trás do balcão.
“Você me tirou quatro comprimidos!” O homem gritou.
Por alguma razão, eu duvidava que eles tinham retirado quatro pílulas. Tenho certeza de que isso acontecia de vez em quando, mas nunca me entregaram uma embalagem faltando quatro.
“Hum, senhor,” disse o jovem. “Eu compreendo a sua frustração, mas, infelizmente, não há nada...”
“Não se atreva a dizer que não há nada que possa fazer. Quero falar com o seu chefe,” o loiro gritou.
“Senhor, eu sou o gerente. As pílulas são contadas quatro vezes antes de serem dadas a você. Por três diferentes pessoas, incluindo o farmacêutico. Você precisa se certificar de não deixar cair ou, eventualmente, verificar a prescrição. No entanto, se você ainda sente que há um erro, há um número da empresa...”
Eu vi isso acontecer antes que o cliente enfurecido fosse para o pequeno homem.
Dei um passo para frente, e depois dois passos rápidos grandes, apenas a tempo de pegar a gola do indivíduo, impedindo a sua ida sobre o balcão com eficiência rápida.
O cara engasgou, dando-me tempo suficiente para envolver meus punhos em torno de um lado, e depois o outro.
Todo o incidente estava encerrado em segundos. Principalmente mesmo antes de alguém sequer perceber que algo estava errado.
Os poucos que tinha notado estavam olhando para mim com admiração, o que me incomodou. Eu não era um super-herói. Eu era um policial. Era meu dever protegê-los.
Suspirei e peguei meu comunicador. “Expedição, esta é a unidade três. Eu tenho um 10-17 na Walgreen Stone Road.”
“10-4, unidade três. Você precisa de ajuda?” Perguntou o despachante.
Ela era nova. A maioria dos despachantes com experiência teria apenas usado um outro código. Honestamente, porém, foi refrescante se comunicar através de palavras apenas pela primeira vez. Às vezes, os códigos ficavam presos na minha cabeça. Especialmente quando eles mudaram algo em nós. Códigos da Marinha tinham sido ainda mais diferentes, e às vezes eu sempre queria reverter a eles. Custou-me um esforço consciente por vezes, para me impedir de fazê-lo.
“Negativo. Tudo está sob controle,” eu relatei, então voltei minha atenção para o homem por trás do balcão.
“Nicolas Pena. 7-7-85,” eu disse a ele.
Ele levantou as sobrancelhas, mas digitou minhas informações no computador, mantendo um olhar atento sobre o homem ainda se debatendo no chão.
Eu estava reunindo uma multidão, mas não havia nenhuma maneira que eu entraria na fila novamente. Eu me senti sem forças.
“Isso vai ser f-1530 ...”
“É de graça,” o farmacêutico falou vindo até o balcão.
Ele grampeou o recibo no saco de papel e entregou-me. “Tenha um bom dia, e feliz aniversário.”
Eu pisquei e peguei a bolsa, surpreso. “Obrigado.”
Ele balançou a cabeça em direção ao chão. “Não, obrigado. Obrigado por tudo que você fez. Você não tem ideia do que você apenas impediu por não deixá-lo aqui. Poderia ter sido desastroso.”
Eu balancei a cabeça. Sim, ele poderia ter sido.
“Obrigado,” eu disse novamente, empurrando o saco no meu bolso de trás.
Então eu me abaixei e puxei o homem ainda cuspindo fogo para seus pés e o levei para fora da Walgreens.
Eu tive que arrastá-lo na verdade, mas no final ele viu o erro que estava cometendo, quando ele não caiu uma vez, mas quatro vezes. Eu não estava no humor para lidar com sua merda. Ou de qualquer merda.
“Policiais do caralho.”
Eu olhei para o homem carrancudo que estreitou os olhos para mim. Ele era mais jovem, provavelmente não mais do que dezoito. Longo cabelo loiro descendo pela clavícula, e ele estava vestido com jeans sujo e uma camisa polo.
Eu desviei o olhar, com medo de que minha cara trairia o nojo que eu estava do fato de que ele ainda estava vivo agora mesmo.
Como eu disse. Nem um humor do caralho.
“Socorro! Ele vai me estuprar!” O loiro gritou.
“Ei, você não leu os direitos dele! Isso é contra a lei!” Um dos homens que tinha nos seguido gritou atrás de mim.
Olhei para o jovem, que estava me olhando.
Ele congelou ao me ver levantando meu braço para mostrar a ele que de mim não ouviria nada e que ele deveria se manter calado.
Policiais não têm de ler seus direitos a menos que eles estejam planejando questionar você, e de pleno direito agora, eu não estava pensando em interrogá-lo. Eu estava planejando jogá-lo na parte de trás do carro e deixar alguém interrogá-lo.
Minha mente não estava funcionando muito bem, e eu tinha certeza que eu estava com febre.
“Eu não ouvi nenhum direito ser lido também,” outra pessoa sussurrou.
Eu segurei a réplica mordaz que ameaçava sair da minha boca por um tópico tão pequeno, pessoas ignorantes do caralho. Era realmente triste que um policial que acabou de salvar um estabelecimento não ser visto como uma atitude bonita, mas sim como se tivesse feito algo muito pior, e ainda recebe comentários unicamente ridículos.
Era por isso que alguns policiais tinham más atitudes. Era difícil colocar nossas vidas em risco por ingratos cidadãos. Oh, nós fazemos, não importa o quê. Isso não significava que tínhamos que ter boas atitudes enquanto fazíamos isso.
Continuei andando, levando-o pela porta da frente antes de uma garrafa ser lançada nas minhas costas.
Eu congelei e me virei para trás, vendo o adolescente olhando para longe.
“Expedição, esta é a unidade três. Eu preciso de algum reforço,” eu disse em meu comunicador.
Os olhos miúdos se arregalaram, e ele olhou em volta descontroladamente.
Eu fiquei, no entanto, e bloqueei a única saída que estava acessível no momento.
“Movimento errado, meu jovem,” eu disse para o pequeno bastardo.
***
“Você tem sorte que eu estou te levando para casa, em vez de para a estação,” eu disse para o pequeno idiota. “Eu poderia ter detido você como um adulto, mas desde que seu aniversário foi há apenas a uma semana, eu estou sendo leniente. Há alguns coisas que você precisa aprender, e uma delas é não antagonizar policiais. Eles vão ser seus melhores amigos se você precisar deles. Não se você atacar um dos seus oficiais.”
Eu não tinha percebido quem ele era no começo, vendo apenas os jeans sujos e a camisa estúpida em primeiro lugar.
Eu não tinha sequer olhado para ele e não pensei no que essa criança poderia ter enfrentado há um tempo, além de determinar que ele era uma ameaça.
O idiota permaneceu em silêncio quando eu parei em frente à sua garagem e fechei o SUV.
Saí e dei uma olhada em volta, feliz de ver o antigo lugar restaurado à sua antiga glória.
A área em torno do celeiro estava agitada.
Eu vi quem eu achava que era Banks, embora eu não o tivesse visto em oito anos, então eu não estava cem por cento certo, e andei em direção a ele.
Ele me viu imediatamente, tirando as luvas e pulando para baixo de seu caminhão onde estava lançando feno para o lado.
“O que posso fazer por você... Nico!” A última palavra foi concluída em uma exclamação.
Seu rosto transformou em felicidade quando ele começou a movimentar-se para frente, jogou os braços ao meu redor, e praticamente me apertou até a morte.
“Oh, cara. Você ficou porra enorme,” eu disse, apertando ele de volta com força.
Assim foi que eu soube que não era Banks, mas Callum.
Callum era o do meio. Ele era um magro garoto de 15 anos de idade a última vez que eu o vi. Agora, porém, ele parecia exatamente como Banks, que era o segundo mais velho.
Callum também sempre foi aquele que gostava de abraçar.
Eu quase não reconheci o jovem que eu conhecia quando ele era criança. Em seu lugar, no entanto, eu via o que parecia ser um jovem muito resistente.
“Puta merda, Callum. Você se tornou fodidamente grande”, eu disse de novo, ainda não sendo capaz de acreditar.
Callum sorriu ferozmente para mim. “Eu sou uma porra de uma besta, huh”
Eu ri. O menino sempre teve senso de humor, e nada mais.
“Sim, besta é uma boa palavra.” Eu balancei a cabeça e suspirei. “Onde está Ace? Eu tenho um jovem rebelde na parte de trás da minha caminhonete, e eu preciso abrir mão dele,” eu disse.
Eu realmente não tinha que abrir mão dele, por assim dizer, mas eu precisava para que ele soubesse a situação, e explicasse o que aconteceria se o garoto decidisse agredir outro policial. A pessoa a fazer isso era o mais velho, e uma vez que Geórgia estava atualmente no trabalho, Ace teria que fazer.
Os olhos de Callum estreitaram e ele virou para olhar o jovem no carro.
“Esse pequeno pau,” Callum rosnou, em seguida, gritou. “Ás!”
Ace apareceu momentos depois, limpando as mãos numa toalha de papel.
O corpo dele era desenvolvido como de um construtor, parecendo que daria dois de mim. Seu cabelo loiro estava coberto pelo chapéu de cowboy usual que todos os meninos Valentine usavam desde o momento em que eu os vi pela primeira vez.
Ele era a cara de seu pai, o velho Ace.
Que eu tenho certeza que assusta a merda absoluta fora dele todos os dias quando ele se olha no espelho.
“O que posso ajudá-lo?” Perguntou.
Então seus olhos se estreitaram, e um sorriso muito maior que o de Callum surgiu em seu rosto.
“Nico! Como está seu fodido homem?” Ele perguntou, oferecendo sua mão.
Levei-a e a sacudi, dando ao homem uma palmada nas costas.
“Eu estou bem,” eu disse cansado.
Ele franziu a testa. “Você soa como merda. Você está procurando Geórgia? Ela está no trabalho hoje.”
Eu balancei a cabeça e suspirei. “Não. Eu tenho algo para você.”
Eu andei até minha caminhonete e abri a porta traseira.
Quando o Valentine mais jovem se recusou a sair, eu suspirei e arrastei-o para fora pela parte de trás da camisa.
Com a cabeça pendurada em derrota, suspirei. “Mova-se menino.”
Ele assim o fez, embora com relutância.
O olhar decepcionado de Ace ficou colado ao seu irmão mais novo.
Quando estávamos perto o suficiente, ele soltou um suspiro exasperado. “Darby Alexander Valentine, você tem que estar brincando comigo.”
Eu queria rir da maneira que Darby murchou na repreensão dura de seu irmão.
“Mas...” Darby tentou.
“Silêncio,” Ace estalou. “Você tem dezoito anos de merda... Geórgia não tem que deixá-lo viver aqui. Se você manter essa merda, você vai se encontrar fora em sua bunda. Então o que você vai fazer?”
Duro, mas é verdade. A fazenda foi deixada para o mais velho, Geórgia. Ela daria um quinto da fazenda para cada menino quando eles completassem vinte e um anos. Darby era o mais novo. Ele ainda tinha três anos pela frente, e se ele continuasse com esse comportamento, ele não estaria recebendo muito de sua irmã.
“Eu não gosto de estar aqui”, disse Darby petulante.
Ace olhou para seu irmão mais novo, a preocupação transformando seu rosto irado.
“Você não é o único que se machuca, você sabe. Nos machuca tanto quanto em você,” Ace disse suavemente.
Darby baixou a cabeça.
“Eu gostaria de poder vê-los mais uma vez. Eu quero acordar e perceber que é tudo um sonho ruim. Às vezes eu acho que eu posso me controlar, mas então vocês me trouxeram pra cá. E aqui tudo é pior. Lá eu poderia fingir que eles estavam todos em casa à espera de todos nós para voltar. Agora eu acordo e vejo que a casa se foi... vejo seus túmulos... e eu não posso respirar,” Darby disse.
“Isso não lhe dá o direito de quebrar a lei. Eu sinto falta deles tanto quanto você. A mesma dor me enche dia e noite. O que você fez?” Ele perguntou.
Darby sacudiu a cabeça. “Eu... eu joguei uma garrafa em suas costas.”
Ace e Callum assobiaram em espanto.
Callum foi o único a falar, “Que porra, Darby?”
Ele encolheu os ombros.
Eu deixei o braço de Darby ir quando Ace deu um passo adiante, quase encostando seu rosto no de Darby.
“Mais uma chance. Isso é tudo o que te dou. Mais uma chance. É por isso que mudamos para cá, imbecil. Porque você não pode lidar com você mesmo em Houston mais. Você e sua maldita gangue. Caia em sim mesmo. Quer nos ajudar ou ir porra,” Ace grunhiu, então ele se virou para mim. “Sinto muito que ele fez isso. Não vai acontecer de novo, eu garanto.”
Eu balancei a cabeça.
Eu acreditei nele.
Eu não tinha planos de deixar isso acontecer de novo.
Plano soando mais como uma ação. Tenho certeza que ele ia tentar novamente, mas soou como Darby sendo um reincidente, e, geralmente, precisava de um ato de Deus para levá-los a ver seus erros.
Um ato que Darby ainda tinha que ver.
“Bank vai chutar o seu traseiro quando ele chegar em casa,” Callum disse quando Ace e eu caminhamos para a camionete juntos.
Ace bufou, e eu silenciosamente concordei.
Banks estava implantado atualmente no exterior. Ele estava na Força Aérea servindo o segundo mês de umas doze implantações por mês, de acordo com Geórgia.
Ele provavelmente não ficaria muito feliz de voltar para casa e ver seu irmão agindo como um tolo.
“Então, é bom que você me salvou de uma viagem,” Ace começou.
Eu reprimi um sorriso. “Sim?”
Ele assentiu. “Se você machucá-la, eu vou te foder. Isso não é uma ameaça a um oficial. Esta é a minha promessa a você como um homem. Geórgia é o nosso mundo. Se você fizer algo para machucá-la, eu vou fazer disso a missão da minha vida, ter certeza que eu fiz tudo em meu poder para arruinar a sua vida.”
Olhei para ele, estudando suas feições por alguns longos momentos, e assenti. “Eu entendo.”
Ele exalou em alívio. “Você sabe, se você dormir com ela, é melhor você se casar com ela, certo?”
Eu fiz uma careta, embora eu me divertisse.
Ele fez uma careta. “Ela é uma católica devota. Ela nem mesmo nos deixar comer carne na sexta-feira e nos faz participar mesmo que eu não tenha estado dentro de uma igreja em oito anos. Eu vou deixar você ligar o resto dos pontos.”
Não foi até que eu estava dirigindo pela estrada em direção à minha casa que eu percebi o que ele quis dizer.
Controle de natalidade.
Merda!
CAPÍTULO 11
Sempre mantenha seu queixo para cima. Caso contrário, você está apenas olhando para seus próprios seios todos dia.
-Camiseta
Geórgia
“Eu não posso sentir meus pés,” eu suspirei enquanto desabava sobre minha cama.
Meu gato miou para mim, intrometendo a cabeça no meu nariz.
“Saia de mim. Eu estou tentando me recuperar,” eu disse sem fôlego.
Outra corrida para baixo da escotilha.
E eu estava exausta.
Nico era um senhor de escravo, me acordando quando ainda estava escuro para que pudéssemos ter a nossa corrida diária.
Ele corria dois quilômetros até minha casa, me pegava, corria mais um quilômetro para o fim da estrada comigo, e então nós corríamos de volta. Depois ele me deixa na minha porta, e então iria terminar seus outros dois quilômetros de volta ao seu próprio lugar onde ele então começa a levantar pesos ou fazer algo em sua casa pela próxima hora antes de ser esperado no trabalho.
Hoje, porém, ele voltaria para casa, depois que me deixou na minha porta.
Ele ainda estava se recuperando de sua infecção respiratória grave, e deu para perceber no ritmo que ele correu.
Eu, por uma vez, fui capaz de me manter com ele.
Eu tinha quase morrido fazendo isso, mas eu me mantive, no entanto.
Meu telefone tocou, e eu rolei para encarar o bastardo.
Fui até o outro lado da sala, e eu não tinha certeza se as minhas pernas me seguravam.
Então, o que eu fiz?
Eu rastejei.
Rolando em minhas mãos e joelhos, segui dolorosamente até a mesa e peguei o telefone. Eu atendi na hora certa.
“Olá?” Eu respondi.
Eu descansei minha cabeça na cadeira ao lado da mesa, os olhos fechados enquanto eu ouvia a profunda voz de Nico dizer: “Eu preciso de uma carona.”
“Eu não posso andar,” expliquei.
Ele bufou. “Eles precisam da minha viatura porque uma quebrou. Eu preciso levá-la, e eles não podem vir buscá-la ou eles vão estar reduzidos em patrulha. Você se importaria de me encontrar na estação em quinze minutos?”
Suspirei. “Mas eu preciso de um banho.”
Ele riu. “Eu vou te levar para casa e tê-la limpa. Não se preocupe.”
“Isso não significa nada para mim. Chocolate teria mais sentido para mim agora,” eu informei.
Ele riu baixinho.
“Vejo você em quinze minutos. Vou passar pela nova padaria e comprar-lhe alguns cookies,” ele disse.
“Compre um hambúrguer e, em seguida, vá a padaria, e você tem um negócio,” retruquei.
“Eles não servem hambúrgueres antes das dez. É um pouco antes das oito agora,” ele riu. “Vejo você em quinze minutos. Vou tentar encontrar-lhe um hambúrguer.”
Com isso, ele desligou, e eu andei para o meu carro com as pernas de macarrão.
***
Eu parei na porta da delegacia de polícia exatamente no instante em que a viatura de Nico saía com um jovem ao volante.
Parecia estranho ver o homem que deveria estar nela dirigindo fora dela, mas eu ignorei o sentimento ruim e esperei que o homem que estava na frente da estação falando com outros dois homens que eu não conhecia.
Um deles era alto, que me fez lembrar de Richard Gere em seus anos mais jovens. Ele tinha cabelos quase brancos com alguns cabelos dispersos de cinza intercalados com branco.
Seus olhos eram da cor de lama, mas eles ficaram extremamente animados, e curiosos quando ele olhou para onde eu estava.
O outro homem estava vestido com calça preta e uma camisa azul royal. Seus braços estavam cruzados com força em seu peito, e, embora pequeno, sua personalidade era enorme.
Seu olhar me intimidava. Eu sabia que ele era um policial, mesmo sem ninguém me dizer. Eu tinha percebido que os policiais tinham um certo ‘ar’ sobre eles. Você poderia definitivamente ver a integridade na forma como eles se comportavam. A maneira que eles mantinham-se no maior respeito à sociedade. Eles darão sua camisa se sentirem que era a necessidade da pessoa.
Eles também viam coisas que os civis normais não viam. Podiam sentir o perigo.
Eles também eram muito curiosos, porque da mesma forma como o outro homem, eu podia ver o interesse nos olhos do mais velho.
Resolvi descer quando a atenção de Nico se virou para mim depois que o homem mais velho fez um gesto na minha direção.
Eu saí do meu carro e caminhei em direção a eles, extremamente consciente de que eu não estava vestida para conhecer pessoas. Eu ainda estava com a minha roupa de correr, e eu tinha quase certeza de que o meu cabelo ainda estava colado na minha testa, depois de ter secado com todo o suor que liberei.
Quando cheguei perto, eu sorri para os outros dois homens, parando alguns centímetros à esquerda do ombro de Nico.
“Geórgia, eu gostaria que você conhecesse o Chefe Rhodes,” disse ele apontando para o homem mais velho, “e o Detective O'Keefe.”
Eu balancei a cabeça para eles, “Senhores. Prazer em conhecê-los.”
Seus olhares eram enervantes, pois ambos estavam me encarando. Eles passaram tanto tempo me olhando que quase dei um passo para trás, mas, em seguida, ambos se afastaram e riram.
“Eu disse que ela não iria recuar,” Nico murmurou, a diversão muito clara em sua voz.
O Chefe bufou, “Tem que ser uma mulher forte para colocar-se com a nossa merda, querida. Eu só queria ver como você era.”
Detective O'Keefe acenou com a cabeça para mim, e eu inclinei minha cabeça. Havia algo de muito familiar sobre ele.
“Eu te conheço?” Perguntei, curiosa.
Ele sorriu tristemente para mim. “Sim, querida. Bem, você não me conheceu, por assim dizer, mas você já me viu antes.”
Embora eu ache o comentário estranho, eu volto minha atenção para Nico e vejo ele dizendo que estaria o pegando na parte da manhã para o seu turno.
Foi quando me deixei finalmente dar uma olhada mais atenciosa na face do detetive O'Keefe.
Me bateu em um flash de memória... onde eu tinha visto ele antes.
***
Eu respirei, faço respirações rasas para manter a dor de se tornar muito grave.
Meus irmãos estavam todos olhando para mim, sabendo que as minhas mãos haviam se soltado o suficiente para eu escorregar livre.
O fogo se alastrou em torno de nós, e eu caí de cara no chão quando eu tentei ficar de pé.
A explosão de dor na minha barriga estava quase debilitante, mas eu fui para as minhas mãos e joelhos de qualquer maneira.
Arrastei-me direto para o meu pai, sabendo que ele sempre tinha uma faca no bolso.
Eu ignorei o fato de que metade de seu rosto estava faltando quando eu enfiei a mão no bolso e tirei à velha faca que ele manteve lá em todos os momentos. Ele, é claro, tinha que ter uma maneira de abrir todas aquelas cervejas.
Eu achei que era fácil e fui para Darby, cortando as mãos livres em movimentos rápidos. Callum, Banks e Ace estavam próximos.
Ele quase me matou, mas eu nem sequer me preocupei em verificar meus outros dois irmãos.
Eles estavam mortos, e já tinha sido por algum tempo.
Eles morreram poucos minutos depois que meu pai atirou neles. O mesmo com a minha mãe.
“Você pode sair por si mesmo?” Eu ouvi meu irmão perguntar a Banks.
Ouvi Banks dizer, “Sim.”
Os minutos seguintes foram um borrão.
Saímos pela porta lateral que dava para o porão, e, finalmente, para a garagem.
Nosso pai tinha ateado fogo na frente e na porta traseira, bem como nas escadas que desciam para a adega. Nós só tínhamos uma opção, apesar de ter sido a mais distante para sair completamente.
Acho que todos nós desmaiamos uma vez que atingimos a calçada, e meu último pensamento foi quão escuro o nosso sangue era quando escorria no concreto branco abaixo de nós.
Eu acordaria com um homem em cima de mim. Um com cabelo branco e cinza.
“Você vai ficar bem, querida,” disse ele.
***
“Foi você quem nos encontrou primeiro,” eu disse em reverência.
Ele parecia triste, quando ele concordou. “Sim, foi eu.”
Eu caminhei até ele, olhando-o nos olhos quando fui até ele.
“Obrigada,” eu sussurrei.
Ele balançou a cabeça e tocou o topo da minha cabeça com as pontas dos dedos. “Eu estou contente que você esteja bem.”
Eu estava feliz por eu estar bem, também.
Quando saímos dez minutos mais tarde, eu não estava ciente de que estava perdida na minha cabeça novamente até que ouvi a voz de Nico através dos meus pensamentos. “Você está bem, niña?”
Sorri tristemente para ele. “Sim. Eu nunca realmente pensei no fato de que alguém ainda pode estar em torno depois do que aconteceu.”
“Na verdade, há muito pouco dos policiais ao redor ainda. Pelo menos dez que eu saiba. Niña,” ele hesitou.
“Essa foi uma grande coisa para a nossa pequena comunidade. Que mudou o curso da vida de muitas pessoas. Vidas foram perdidas depois que você saiu. E quebrou quase todos os corações.” Ele concluiu.
Eu balancei a cabeça. “Sim, eu acho que eu só tentei não pensar sobre isso.”
Eu realmente não quero falar sobre isso. Eu não gostava de lembrar. Era mais fácil dessa maneira.
Sua mão grande calejada encontrou os meus dedos, e ele os levou até seus lábios, em seguida, beijou-os um por um. “Eu estou aqui se você quiser falar sobre isso.”
O resto do nosso dia foi gasto executando algumas tarefas em torno da cidade, fazendo compras e obtendo grãos para os cavalos.
Fomos comer no The Back Porch onde fiz outra viagem pela estrada da memória com o homem que costumava trabalhar no próprio açougue onde minha mãe frequentava.
Felizmente, ele estava com pressa, caso contrário eu teria que suportar mais recordações quando eu definitivamente não queria.
Terminamos o nosso dia com um telefonema. Um que levou o bom humor de Nico e quebrou-o em um milhão de pequenos pedaços.
***
Nico
Rob Johnson está morto. Era para ser você.
Rob Johnson era o oficial que tinha tomado a minha viatura porque a sua própria estava na loja recebendo os novos adesivos KPD.
Rob Johnson está morto. Era para ser você.
Essas foram às últimas palavras que Luke tinha me dito.
“Alguém atirou no Johnson. Em linha reta através do vidro traseiro. O tiro de sniper veio a partir da antiga torre de água em Fuller Road. Havia uma nota dirigida a seus pais explicando o porquê. Era para ser você. Ele teria sabido que não era você, se ele olhasse de frente, mas na parte de trás não podia dizer que era Johnson.” Luke explicou pela terceira vez.
Eu estava dormente.
Minhas mãos tinham perdido a sensibilidade logo depois que ele começou a falar, pois eu estava as apertando com muita força.
“A nota?” Eu disse asperamente.
Luke me entregou um pedaço de papel em uma bolsa de provas.
Meus olhos a percorreram com um medo crescente.
Olho por olho. Nós cuidamos de nossa própria vingança. Seu filho levou minha filha, era justo tomar sua vida também. Reembolso.
A nota não foi assinada, mas eu sabia exatamente quem era.
Eu sabia que ajudar Luke naquela noite se transformaria em uma bagunça. Eu nunca pensei porém que seria assim. Eu nunca pensei que inocentes iriam pagar pela minha transgressão.
Quem mais eu coloquei em perigo por causa disso?
“É Alexi Artem. Eu sei,” eu disse.
Alexi Artem estava na prisão por lavagem de dinheiro.
A CIA tinha colocado o ex namorado de Reese trabalhando à paisana. Ele tinha um casamento falso com a filha de Alexi Artem, e foi acusado de vigiar Anita Artem para ver se ela entraria em contato com seu pai. Entretanto, ele traiu a sua 'esposa' abertamente, e Anita começou a ficar desconfiada.
Exceto que, quando ela percebeu que ele estava a traindo, ela supôs erradamente que era com Reese, e não com a mulher que ele tinha realmente se envolvido.
Também não ajuda que Anita estava grávida. Não era apenas emocional, mas ela também estava hormonal.
O agente encarregado queria que a mentira continuasse, querendo pegar Anita, agora que ele tinha evidência de que ela esteve em contato com o seu pai novamente.
Luke e Reese relutantemente passaram a jogar junto com ele, chegando ao ponto de ficar longe um do outro por semanas.
Eu tinha sido encarregado de vigiar Reese, assim como todos os outros membros da equipe da SWAT também. Claro que poderia ter sido outro policial a fazê-lo, ou um dos homens do agente especial Nathan Lawrence. Nós porém gostamos de manter nosso assuntos entre nós, não querendo solicitar o resto da força se achávamos que poderíamos nos ajudar.
Porém, os níveis demasiado elevados de hormônios e emoções de Anita estavam confusos e ela começou a matar pessoas.
Tudo começou com a morte de um cão da polícia, então depois ela matou o ex-namorado de Reese e, em seguida, a atual namorada dele.
Finalmente, ela ia matar Luke e, em seguida, Reese.
Ela tinha resolvido que Luke seria o primeiro, atirando nele enquanto ele e Reese estavam comendo em um restaurante.
Eu estava vigiando Reese quando Luke tinha sido baleado, ela foi enviada para a delegacia e eu tinha ficado com Luke.
Luke havia sido baleado duas vezes na cabeça, e eu tomei a única decisão possível no momento.
Eu atirei na mulher grávida.
Então eu a mantive viva tempo suficiente para os paramédicos assumirem.
Tinham sido capaz de salvar o bebê, mas Anita havia morrido.
E isso me assombrou desde então.
E agora isso.
“A esposa de Rob... alguém foi falar com ela?” Perguntei.
Luke assentiu. “Mary, ela está tendo um tempo muito difícil. Com tudo o que está acontecendo sobre a cidade, a observei algumas semanas atrás. Ela estava compreensivelmente preocupada. Agora, porém, ela está devastada. Aposto que ela vai ter dificuldades por um tempo. Os caras estão arrecadando fundos no trabalho para pagar por seu funeral.”
Eu me senti mal do estômago.
E eu estava a segundos de me perder.
Não deixarei eles me verem chorando.
“Eu estarei em casa,” eu disse rispidamente.
Nós estávamos na estação, mas ela tinha sido inundada com câmeras de televisão e repórteres, e assim decidimos ir até o lugar de Luke.
Luke me acompanhou até o carro, e ele observou enquanto eu dirigia para fora de sua entrada de automóveis e direto para o único lugar que me daria clareza. Onde eu teria o conforto que eu precisava agora.
Casa.
Casa, onde Geórgia estava esperando por mim.
CAPÍTULO 12
A vida é uma porcaria, então você morre.
-Xícara de café
Geórgia
“Eu vou ficar com ele por alguns dias. Eles o colocaram em licença administrativa enquanto aguardam novos avisos prévios. Ele está chateado,” eu disse, empurrando as coisas em minha bolsa.
Ace assentiu, inclinando-se contra a minha porta.
“OK. Certifique-se que seu trabalho saiba o que está acontecendo,” disse ele, olhos fixos na quantidade de coisas que eu estava colocando na minha bolsa.
“Eu já fiz. Diferente do encontro que tinha marcado com um potencial casal para adoção, eu estou livre para os próximos três dias,” expliquei.
Ele assentiu, mas continuou olhando.
Eu parei e olhei para ele. “O quê?”
Ele respirou fundo, o peito estufando, então ele falou antes de desistir, “Darby foi embora novamente. Não fez nenhuma de suas tarefas nesta semana. E eu tenho certeza que ele esteve fora desde a noite passada. Ele saiu vestido para uma noite na cidade, e ele não atende o telefone.”
Sentei-me pesadamente na cama e olhei para as minhas mãos, as flexionando lentamente.
“Mude as fechaduras,” eu disse, não sabendo mais o que fazer.
Ele assentiu. “Isso ia ser a minha sugestão para você. Eu não quero fazer isso, mas se ele traz para casa a mesma merda que tentou em Houston, nós nunca vamos tirá-lo de novo. Eu não me importo mais o suficiente para tentar.”
Eu balancei a cabeça, meus olhos marejaram.
De pé, eu andei até os braços do meu irmão, fechando minhas mãos em volta dele.
Sua camisa cheirava a sujeira e feno, como tinha sido toda a sua vida.
Mesmo quando tínhamos vivido em Houston, ele tinha trabalhado em uma fazenda.
Isso estava em seu sangue e sempre estaria.
Darby, embora... Eu não sabia o que estava em seu sangue, trabalho definitivamente não era.
Ele não tentou nada, para ser honesta. Ele tinha sido um idiota real a partir do momento em que ele se tornou um adolescente.
Ele tinha sequer visto vários terapeutas para a sua PTSD... algo que todos nós tínhamos feito.
Darby, porém, não tinha se beneficiado nem um pouco com a terapia. Em vez de sair do caminho do sofrimento... seguiu por um beco escuro... depois direto para a cova de um leão, porra.
Demorou um pouco para ver o que estava acontecendo, e pelo tempo que levou para percebermos ele já estava no meio da merda.
E ele não escolheu qualquer gangue. Ele tinha escolhido a pior quadrilha do Texas. A Freakin 'Blue Slayers.
“Se ele aparecer por aqui, chame a polícia. Deixe todos os seus pertences no final da calçada, em alguns sacos de lixo de plástico. Certifique-se de rotular o que eles são para que o lixeiro não pegue,” eu suspirei.
Ele acenou com a cabeça contra a minha, esfregando a barba ao longo da minha cabeça.
Eu bati levemente nele e ele recuou. “Deixe-me saber se você precisar de alguma coisa, Ace. Eu te amo irmão mais novo.”
Ele bagunçou meu cabelo e me seguiu para fora, ficando em meus calcanhares todo o caminho até o meu carro.
Quando eu fui fechar a porta do carro, ele me parou. “Apenas... tenha cuidado, está bem?”
No meu olhar confuso, explicou. “Obviamente há muito mais na história de Nico, e você precisa começar a se familiarizar melhor com tudo isso. Pesar o custo com os benefícios. Só sei que há algo perigoso lá fora... e que alguém tem Nico em sua mira. E também sei que nós amamos você e nós vamos quebrar sem você.”
Uma lágrima correu pela minha face, rachando um pouco a minha fortaleza, e ele sorriu. “Você é uma menina.”
Bati a porta, em seguida, liguei o motor, levantando poeira e fumaça em torno dele.
Quando me virei para fora do nosso caminho, eu podia vê-lo tossindo e rindo.
Idiota.
Quando eu parei na entrada da casa de Nico, fiquei surpresa ao ver ela cheia.
Havia seis camionetes, bem como duas viaturas policiais.
Em vez de caminhar para o interior, onde eu sabia que a multidão estava, eu andei para o celeiro.
Eu balancei minha cabeça quando cheguei mais perto, vendo o enorme painel que tinha substituído o antigo.
Nico tinha me dito sobre todo o trabalho que ele ia fazer no celeiro para que os cavalos não fossem postos em perigo de novo, e eu estava aliviada.
Eu não tinha percebido o quanto eu tinha perdido Náutica até que eu a vi novamente.
Eu pensei que ela tivesse sido vendida junto com todo o gado do nosso lugar após as mortes. Eu não tinha visto o quanto isso me incomodou até que eu percebi que ela não tinha ido embora depois de tudo.
Depois de olhar para o painel por longos momentos, tentando descobrir como funcionava, eu finalmente decidi começar a testar alguns números.
O primeiro que eu tentei não funcionou. Foi o meu aniversário. O segundo também não. Esse era o seu aniversário. O terceiro, no entanto, também não funcionou. A quarta tentativa foi o dia em que cheguei em casa. 05.12.15.
A fechadura da porta clicou, empurrei e entrei, fechando-a e rearmando o alarme atrás de mim.
Eu sabia que, de fato, ele teria uma vaca, se eu não voltar a armá-lo. Eu não sabia o que ele faria quando ele quisesse um dos cavalos para sair. Não era como se fossem brinquedos que só saíam quando você queria. Todos os quatro cavalos, Náutica incluída, necessitam de exercícios diários, bem como o tempo de pastagem a cada dia.
Não havia nenhuma maneira que ele ia ser capaz de colocar alarmes em todo o pasto. Ele não conseguiria manter os cavalos seguros o tempo todo.
Ou o gado do meu irmão.
Que tinham a tendência de não gostar de portões quando a grama era mais verde do outro lado.
Náutica relinchou quando eu entrei, sabendo que era eu instantaneamente.
Parei na grade do frigorífico mantida no canto da sala, retirei o saco de cenouras, e caminhei para as baias.
Quando passei pelos cavalos de Nico, eu entreguei uma cenoura a cada um.
Os três de Nico eram todos muito bonitos.
Elas também eram todas do sexo feminino.
Parecia que Nico era parcial para as fêmeas.
Elas fungaram felizes, comeram a cenoura como se nunca tivesse tido nada tão delicioso antes, algo de que eu sabia que não era verdade, desde que eu tinha visto as maçãs na geladeira também.
Até o momento que eu terminei e segui para baia de Náutica, eu tive que rir, porque ela estava quase batendo a porta com o nariz em sua exuberância.
“Eu sei, eu sei,” repreendi enquanto abria a porta do box.
Ela saiu com gratidão, esfregando o nariz grande contra o meu rosto.
Parecia veludo contra a minha pele, e minhas lágrimas quase ameaçaram cair novamente.
“Deus, eu senti sua falta,” eu sussurrei suavemente com ela.
Ela relinchou, em seguida bufou, soprando o cabelo do meu rosto, me fazendo rir.
“Bonito cavalo.” A voz de um homem profunda disse atrás de mim.
Eu gritei me virando, o coração batendo forte, e encontrei um homem grande, com cabelo loiro e uma cicatriz no rosto me encarando.
Ele tinha as mãos em um gesto apaziguador.
“Eu sinto muito. Meu nome é Max Tremaine. Fui eu que fiz toda a segurança no celeiro. Eu só estava verificando-o mais uma vez antes de sair,” disse ele suavemente.
Eu relaxei um pouco. Ele não teria sido capaz de entrar aqui se não soubesse o código.
“Jesus, você me assustou,” eu disse, descansando uma mão contra o meu coração acelerado.
Ele sorriu desculpando-se. “Eu sinto muito. Como eu disse, era apenas uma checagem. De qualquer forma, eu vou sair. Eu tenho que falar com Nico sobre como você entrou aqui. Embora, eu vejo que não foi muito difícil para você descobrir.”
Peguei uma sugestão de acusação em seu tom. “Ele usou uma data especial.”
Seus olhos se estreitaram, e sua cabeça se inclinou ligeiramente. “Te peguei.”
Em seguida, ele se foi.
Ouvi desta vez o som dos bipes familiares mostrando que o celeiro foi rearmado, antes de me virar para trás em direção a Náutica.
Ela assentiu com a cabeça para cima e para baixo rapidamente, e eu sorri.
Costumava ser um sinal de que ela estava querendo montar, e agora eu estava disposta a dar a ela. Eu precisava de algum tempo para pensar sobre o que o meu irmão tinha dito.
Essa tinha sido a verdadeira razão pela qual eu não queria ir ver Nico ainda.
O que Ace tinha dito realmente estava martelado na minha cabeça, como traumatizante poderia ser se tornar mulher de um policial.
Eu teria muitas coisas a considerar se eu fosse me tornar mulher de Nico. A principal delas, porém, seria ter que lidar com o fato de que o meu marido estaria colocando sua vida em risco por estranhos.
Ele possivelmente não podia fazer isso em casa. Então, o que eu faria?
O que aconteceria se eu tivesse filhos com ele?
Eles seriam capazes de lidar com isso?
Eu era capaz de lidar com o enorme ‘se’ que sempre parecia pairar sobre nossas cabeças como um trovão? Apenas esperando por ele para derramar sobre nós?
Eu estava pensativa quando eu digitei a senha para a porta do celeiro de trás, que Náutica terminou de abrir apenas com uma cabeçada.
Eu não pensei em montar por muito tempo e sim apenas alguns minutos no máximo, então eu não me incomodei com uma sela.
Fui até a grande cerca, puxando Náutica junto comigo.
Embora, ela me seguia por vontade própria.
Eu teria montado ela como eu costumava fazer, apenas pela força do meu próprio corpo usando a crina de Náutica, mas eu não tenho esse tipo de força nem coordenação mais.
Então eu subi no topo da cerca e montei enquanto ela andava ao meu lado, sorrindo, quando ela o fez espontaneamente.
“Oh homem, eu senti sua falta menina bonita,” eu sussurrei para ela.
Enquanto andávamos para longe da cerca, eu me inclinei e abracei o pescoço grosso de Náutica, abraçando-a como eu costumava fazer quando estávamos juntas o tempo todo.
Ela tomou isso como um sinal e decolou.
Eu sempre montei a cavalo.
Me faz sentir livre.
O perigo de que era tudo muito real, era o ponto principal.
É o perigo de que faz tudo valer a pena. Torna agradável.
Minha mãe costumava odiar quando eu fazia isso. Nico, também.
Eu tinha quase certeza de que ouviria se ele descobrisse, mas para ser honesta, eu realmente não me importo.
Se eu tivesse que lidar com ele saindo e estando em perigo todos os dias, então ele poderia lidar comigo montando e correndo rapidamente com meu cavalo.
Certo?
Eu me mantive andando em torno do pasto, passando por dentro da mata da casa para que Nico não visse e reclamasse no caso dele perceber que eu estava lá, mas não adiantou.
Eu poderia dizer o momento que ele percebeu que eu estava lá.
Eu também poderia dizer o momento em que se sentou em cima do muro.
Parecia uma espada fundida me perfurando.
Eu podia sentir os olhos dele através de todo o pasto.
Eu poderia dizer o momento que ele percebeu que eu estava montando sem sela, também.
E quando cheguei mais perto, eu também podia ver a sua desaprovação.
Eu também tinha outros observadores.
No que eu poderia dizer, todos da equipe da SWAT estavam encostados na cerca, assistindo.
Havia também duas crianças pequenas.
Eles estavam nos braços de Luke, por isso não precisaria pensar muito para supor que pertenciam a ele e Reese.
A verdadeira surpresa, porém, foi o resto deles.
Pessoas que eu nunca tinha conhecido antes em minha vida estavam lá.
O homem, Max, de mais cedo estava do lado de Nico com uma mulher loira. Ela estava falando com ele animadamente, apontando para o cavalo.
Ele só balançou a cabeça, afastando-se dela e observando-me montar.
Quando vi a expressão estrondosa no rosto de Nico, eu comecei a virar, mas ele soltou um assobio usando apenas a boca.
Eu sorri quando Náutica hesitou, indo em sua direção.
Ela parou quando eu comecei a falar com ela. “Está tudo bem, menina grande. Não dê ouvidos a ele.”
Eu poderia dizer que ela foi rasgada, e que foi por isso que, em vez de se mover em qualquer direção, ela simplesmente parou.
Eu tive que rir de sua situação.
Náutica era tão de Nico, agora, como ela era minha, então ela tinha lealdade a nós dois, e para ser sincera, parecia um tipo de piada.
Ela não teria sequer um pingo de hesitação, há oito anos.
No entanto, eu coloquei-a para fora de sua miséria quando eu guiei-a na direção de Nico.
Os homens ao redor de Nico estavam rindo e zombando quando eu finalmente cheguei perto.
Nico, no entanto, não parecia estar de bom humor.
Quando ele chegou perto o suficiente, deixei-me cair em seus braços.
Ele me pegou sem um pingo de esforço.
Eu passei meus braços em volta de seu pescoço e fechei os olhos quando eu inclinei minha cabeça contra seu ombro.
“Sinto muito,” eu menti.
Ele bufou, mas pareceu relaxar.
“Então por que, exatamente, eu não acredito em você?”
Risos sufocados vieram atrás de mim, mas eu ignorei.
Grandes bastardos.
CAPÍTULO 13
Porque eu disse assim, é por isso.
-Camiseta
Geórgia
Fechei os olhos e apoiei a cabeça no ombro de Nico, enrolando minhas pernas para cima.
Puxando o cobertor para baixo do encosto do sofá, ele o envolveu em torno de mim e enrolou o braço nas minhas costas.
Eu suspirei de contentamento, fechando os olhos e pensando sobre o quanto eu amava isso. Minha aberração anterior foi para fora já havia muito tempo, já não se via sequer um pontinho no meu radar.
As únicas pessoas que ficaram foram os homens da equipe da SWAT, menos Luke.
Ele tinha levado as meninas para casa mais de uma hora antes, quando elas dormiram nos sofás.
O resto deles, porém, estavam todos lá.
Eles estavam conversando, falando sobre o último erro que um policial novato fez no trabalho ontem.
“Então, a velha senhora sai do carro. Ela está circulando esse guarda-chuva em torno de sua cabeça como Thor faz com o seu martelo. McKinney tentava se proteger com as mãos no ar, nenhuma ideia de como parar a mulher. Quem, preciso mencionar, não pesava muito mais do que um dólar. Quando ela finalmente se cansa, ele aponta para o chão e diz: “Fique de joelhos e afaste as pernas',” Downy estava rindo bastante nesse momento, enxugando as lágrimas dos olhos dele.
Eu estava sorrindo, vendo onde isso ia dar antes mesmo que ele terminasse a história.
Nico também sorria.
No entanto, Nico não era o tipo de rir em voz alta sobre esse tipo de coisa. No máximo, ele sorria.
Eu o vi rir alto não mais do que três vezes nesses anos que nos conhecemos.
Cada uma dessas vezes ele estava comigo. Bem, a mim seria a maneira mais adequada de falar.
“Então, esta senhora rasteja para mais perto da viatura, fica em suas mãos e joelhos, e depois espalha suas pernas. Mas antes disso ela levanta o seu vestido até a cintura. McKinney, neste momento, está sem palavras, apenas assistindo com horror como esta avó se estabelece para ele a 'prender'. E ela continua dizendo: ‘Seja gentil, oficial!'” Downy ria tanto que estava chorando.
Michael e Bennett não estavam se segurando também.
Eu tinha o meu rosto enterrado no ombro de Nico, enxugando minhas lágrimas em sua camisa, e ele me deu um tapa na bunda.
“Pare com isso,” ele repreendeu.
Eu sorri para ele. “Sim, senhor,” eu disse, tirando meu cabelo dos meus olhos.
“A cor do seu cabelo está desaparecendo,” Nico disse passando as mãos pelo meu cabelo.
Eu balancei a cabeça. “Sim, isso foi feito para a minha formatura. A coloração supostamente permanece somente por seis semanas, e está em torno de oito agora.”
Foi muito legal, mas tinha tomado muito tempo, e cerca de quatro centenas de dólares para fazê-lo.
Parecia grande nas minhas fotos da graduação, embora.
Minha mão que estava descansando em seu peito debaixo do cobertor caiu quando ele reposicionou-se, terminando logo acima da fivela do cinto.
Nós dois congelamos. Nós tínhamos estado mais do que cientes um do outro durante toda a noite.
Eu sabia no momento em que ele me pegou em seus braços de cima de Náutica que ele me queria.
Tinha visto em seus olhos. Sua necessidade. Sua falta.
Ele teve um dia difícil, e eu o assustei montando Náutica da maneira que eu costumava fazer.
E quando eu tinha pensado sobre isso enquanto estávamos comendo pizza, ele sempre me deu uma palestra depois que eu fiz isso quando éramos mais jovens. Em seguida, ele iria desaparecer durante vinte minutos, e depois voltaria em um humor muito melhor.
Não preciso pensar muito para adivinhar o que a luta comigo faria com ele.
Nossas emoções estavam altas. Nossos corpos próximos. E as acusações tinham voado para longe.
No final, nós dois éramos uma bagunça com necessidades, mas nós nunca agimos sobre esses sentimentos.
Hoje, porém, que estamos mais velhos, poderíamos tomar atitudes sobre essas emoções que tomavam conta da gente.
Ou nós teríamos sido capazes se não tivéssemos com a casa cheia de pessoas.
Eu fingi que estava dormindo enquanto deixei minhas mãos passearem debaixo da camisa que ele usava.
Minhas mãos encontraram o tufo suave de cabelo que levava de seu umbigo até o seu pau, e eu corri meus dedos para cima e para baixo, deixando eles mergulharem abaixo da cintura antes de começar tudo novamente.
Ele tinha se esticado, flexionando seus músculos a cada passagem dos meus dedos.
Em um desses mergulhos dos meus dedos, ele murchou sua barriga, permitindo que os meus dedos deslizassem ainda mais para baixo.
Segui com eles para baixo, até que chegaram à base de seu pênis, onde descansei com eles nos pelos pubianos.
Eu tremia, assim como ele.
Meus dedos desapareceram rapidamente, mas eu senti a dureza. Eu sabia o que estava esperando por mim.
E a coisa toda me fez sentir como uma menina tão má.
Havia algo tão impertinente em fazer isso na frente de seus amigos.
Não que eu fosse mais longe do que isso.
Mas apenas o pensamento causou arrepios na minha espinha.
Minha mão ficou firmemente plantada em sua barriga, acima de sua cintura.
Mas a semente foi plantada, o que era bem pior para nós dois.
Passou-se mais dez longos minutos antes de Nico se levantar abruptamente.
Sem o apoio de seu corpo, eu caio plantada no sofá.
Os homens olharam para Nico em surpresa, mas ele não perdeu tempo. “Tudo bem, vocês precisam sair. Estou pronto para cama.”
Era mais do que evidente não apenas para mim, mas para todos os seus amigos que Nico não estava pronto para cama, e sim para outra coisa. Não que eles diriam qualquer coisa em contrário.
Todos ficaram bem humorados, apertaram sua mão e saíram sem dizer uma palavra.
Quando o último saiu da garagem, Nico trancou a porta e virou-se para onde eu ainda estava deitada no sofá.
E ele não perdeu mais tempo vindo para mim.
Nem em tirar sua roupa quando ele veio.
Quando eu era jovem, eu sempre gostei de comparar Nico com os cavalos selvagens que costumava ver quando nós íamos aos leilões.
Eles haviam sido capturados em Nevada e vendidos por proprietários de terras privadas com fins lucrativos. Embora eles não tivessem feito nada ‘ilegal’ por assim dizer, toda a ideia deles estarem em cativeiro estava errada.
Lembrei-me de olhar para eles, sentindo a sua energia reprimida. Eram criaturas muito inteligentes, e não queriam nada mais do que correr livres.
Que tinha sido a mesma coisa que tinha me lembrado de Nico.
Ele era poderoso, forte e inteligente.
Ele ficou em silêncio e com aparência letal, muito parecido com os cavalos selvagens enjaulados.
Cansados por estarem presos, eles esperavam seu tempo, apenas por sua chance de correr livre novamente.
A maioria nunca teve essa oportunidade, este dia, eu poderia lembrar o desgosto no rosto de Nico quando ele tinha visto os cavalos sendo levados para a parte de trás dos reboques.
Isso era o que aconteceria se eu tentasse tirar a sua paixão.
Se eu tentasse fazê-lo parar de fazer o que amava, que era proteger o público, ele nunca seria feliz novamente. Nunca realmente seria aquele por quem eu tinha passado a amar tanto.
“Pensamentos profundos?” Perguntou quando ele parou ao pé do sofá.
Eu balancei minha cabeça. “Não. Eu só quero que você saiba que eu o apoio. Tudo o que você quer fazer, eu estou aqui para você.”
Seus olhos ficaram quentes, e eu juro por Deus, que eu senti o seu olhar por todo o meu corpo, até os meus dedos dos pés.
Eles se curvaram quando ele baixou as suas calças, e eu engoli em seco.
“Levante-se,” ele rosnou, fazendo com que os meus mamilos ficassem duros.
Eu joguei o cobertor de cima das minhas pernas e fiquei de pé, à espera de sua próxima instrução.
Quando eu fui puxar meu shorts para baixo, suas mãos pararam as minhas, e olhei o seu preenchimento.
Seus olhos viajaram até o comprimento das minhas pernas nuas, parando quando eles entraram em contato com a parte superior do meu shorts.
Eles tinham subido e agora se assemelhavam mais a shorts curtos do que calções normais.
Eram de um material de malha fina. E por fina, eu quis dizer muito fina. Como se cada linha de costura pudesse ser vista através dele.
Então, seus olhos congelaram no lugar onde o shorts havia subido entre as minhas pernas, alojando-se em lugares que não eram geralmente sexy.
Para Nico, porém, e podia certamente se afirmar isso se o grande pau se projetando para fora do fundo da sua cueca boxer fosse qualquer indicação.
Eu poderia apenas gozar ao ver a cabeça de seu pau deslizando para fora da parte inferior da faixa apertada em torno de sua coxa.
Antes que eu pudesse continuar o comendo com os olhos por mais tempo, no entanto, sua voz chamou minha atenção de volta para o meu rosto.
“Tire sua camisa,” ele ordenou.
Cruzei os braços sobre o peito, agarrei a bainha da camisa, e puxei-a sobre a minha cabeça.
Minha pele começou arrepiar no momento em que o ar frio atingiu minha carne exposta, me fazendo tremer.
Mas eu não estava tremendo apenas porque eu estava com frio.
Também tinha muito a ver com a maneira como seus olhos estavam me queimando quando ele percebeu que eu não estava usando sutiã.
Curvando a cabeça para frente, meu cabelo caiu de forma provocativa sobre o meu peito, cobrindo a maior parte dos meus mamilos, mas ainda mostrando pequenos pedaços aqui e ali. O suficiente para torná-lo altamente concentrado, esperando que cada respiração da minha parte fosse expor um pouco mais.
“Deus, você é tão malditamente bonita,” ele murmurou. “Mova o cabelo sobre o ombro.”
Eu fiz, segurando-o com as duas mãos e amarrando para trás com o prendedor que estava em torno de meu pulso.
Ele rosnou sua aprovação ao ter uma visão desimpedida. Minhas costas arquearam, involuntariamente, quando ele soltou a respiração ruidosamente.
Em um momento ele estava a três passos de distância de mim e no outro ele tinha meu shorts em meus pés.
Ouvi seus joelhos batendo no chão com um baque, e eu olhei para baixo apenas a tempo de ver sua língua sair e lamber uma linha até o alto das minhas coxas.
Ele agarrou minha perna e levantou um dos joelhos, jogando-o por cima do seu ombro, às pressas, me espalhando aberta para a sua boca.
Agarrei sua cabeça com as duas mãos, equilibrando-me quando ele se moveu.
Ele desceu, e eu engasguei quando sua língua sacudiu o feixe de nervos sensíveis no topo da minha fenda.
“Oh, meu Deus!” Engoli em seco quando ele não perdeu tempo chupando meu clitóris entre os lábios.
Eu o senti sorrir com o palavrão que saiu da minha boca, e eu queria bater nele. Mas eu não poderia retirar minhas mãos da sua cabeça. Não foi possível fazer meus quadris parar de se inclinar para lhe dar melhor acesso.
Em seguida, a mão que estava no meu quadril esquerdo voou para trás, passando em torno da curva da minha bunda, indo um pouco mais até que apenas as pontas de seus dedos varreram minha buceta.
Ele fez isso mais três vezes antes de finalmente penetrar um dedo dentro de mim.
Meu quadril empurrou e eu puxei sua cabeça para baixo, sufocando-o com a minha vagina.
Eu não poderia me obrigar a parar, no entanto, e ele não parecia se importar que ele estava prestes a ser asfixiado pelos lábios da minha buceta.
Achei que seria uma boa morte, embora, considerando que eu estaria seguindo logo atrás dele, se o orgasmo que eu sentia chegando não fosse nada mais que espetacular.
Ele começou a trabalhar seu dedo mais rápido. Então, um tornou-se dois, em seguida, dois tornaram-se três. Em seguida, quatro.
Sua língua circulou o feixe de nervos sem descanso, e quando eu estava à beira de quebrar, ele chupou em sua boca, puxando forte.
No momento em que meu orgasmo bateu em mim, eu estava gritando.
Eu enchi sua boca com a minha libertação, e os seus ouvidos com o meu grito, ofegante e ofegante enquanto eu tentava em vão parar e me recuperar do orgasmo que ele tinha acabado de me dar.
Ele não pareceu notar o fato de que estava me segurando, e seguiu me puxando com ele para o sofá, e eu pensei que entraria em colapso.
Eu caí, de costas para o peito dele, e senti seu pau grande esmagado entre nós.
Ele rosnou quando me levantou ligeiramente, posicionou seu pênis na minha buceta, e então me bateu com força.
Eu, é claro, recebi de bom grado.
Não só porque minhas pernas ainda não tinham decidido voltar, mas porque eu simplesmente queria senti-lo.
Ele encheu-me quase estourando, e minhas mãos arrastaram para baixo entre as minhas pernas para sentir onde ele terminou e eu comecei.
Minha buceta foi esticada ao limite, e eu esfreguei, onde ele entrou em mim, minha excitação ajudando antes de eu deixar minha mão viajar até suas bolas.
Cada impulso de seus quadris balançou as bolas para cima, me batendo deliciosamente.
Ele rosnou e puxou meus quadris com mais força, e eu me segurei e deixei que ele me usasse.
Pensei que não seria possível, mas podia sentir meu orgasmo crescendo novamente. Eu sentia o princípio dele, não estava ainda muito perto, mas eu sabia que conseguiria, sem muito esforço, se eu apenas me tocasse.
“Eu gosto do seu rabo cada vez que você senta no meu pau. A forma como os meus dedos afundam em sua carne. É tão perfeito porra que isso é tudo que eu quero fazer todo dia de merda. Assistir você me montar pela noite. Assistir meu pau desaparecer em sua pequena buceta apertada, em seguida, sair todo brilhante com sua excitação,” Nico rosnou atrás de mim.
Borboletas começaram a voar em meu estômago com as suas palavras.
Elas também dispararam adrenalina em minhas veias.
Você vê, Nico não é muito de falar, ele é mais de fazer. Mas quando ele fala, você ouve, porque é importante do caralho.
Assim, para ele me dizer o quanto ele gosta de me ver 'montá-lo' isso significava a porra do mundo para mim.
Também significava que eu estaria fazendo muito mais do que isso no futuro. Porque qualquer coisa que pode fazer Nico falar assim era algo que eu estaria fazendo uma e outra vez, só para ouvi-lo.
“Sim?” Foi a única coisa que eu poderia pensar em dizer.
Meu cérebro estava muito ocupado com o fornecimento de oxigênio necessário em minhas partes importantes para realmente manter uma conversa inteligente. Mas poderia ouvir, e pelo tempo que ele ficou dizendo-me todas as coisas más que ele gostava sobre esta posição, o orgasmo que era iminente bateu em mim.
Ele rosnou, me inclinando, e começou a foder dentro e fora de mim furiosamente.
Minha cabeça caiu para trás, e as pontas do meu cabelo fizeram cócegas na minha bunda.
Que só o fez bombear os quadris ainda mais forte com a visão.
Senti seu abdômen, e no momento seguinte, ele estava gozando comigo, desacelerando até que ele persuadiu seu corpo a voltar ao normal.
Os salpicos quentes me encheram, me fazendo suspirar em cansaço quando o meu corpo caiu de volta em seu peito.
Ele passou os braços grossos e musculosos em torno de mim, e eu deitei minha cabeça para o lado e apoiei em seu braço.
“Eu acho que você me quebrou. Eu nunca vou poder me mover novamente,” eu informei a ele.
Seu pau se contraiu dentro de mim com o meu comentário, e eu apertei de volta em torno dele em resposta, fazendo com que ele viesse a rosnar.
“Eu não posso ajudá-lo,” falei sorrindo.
Ele riu, e seu pau continuou a saltar para dentro de mim.
Logo, porém, isso levou o seu pau antes mole a exatamente o oposto.
Novamente cheio ele começou a balançar lentamente dentro de mim.
Minhas mãos, que estavam apertando seus antebraços, viajaram até onde estávamos conectados, e eu senti nossos orgasmos em meus deus, quando ele impulsionou seu pau para frente e para trás dentro de mim.
Desta vez, nosso amor foi muito mais lento. Levou um longo tempo para chegarmos novamente, mas eu não estava reclamando.
Maldição, nem um pouco.
CAPÍTULO 14
Eu estou tentando ser impressionante hoje, mas estou exausto de ser tão impressionante ontem.
-Xícara de café
Nico
Acordei e me vi em total tranquilidade.
Eu não tinha feito isso em três dias, mas hoje foi o primeiro dia que eu tinha acordado sem o corpo quente e macio da Geórgia pressionado contra mim de alguma forma.
Ela encostada ao meu lado. Ela de costas para mim. Eu debruçado em torno de seu pequeno corpo, cheirando seu cabelo.
O favorito da Geórgia, no entanto, era quando ela chegava a ser a ‘colher grande’, como gostava de chamá-lo.
Aparentemente, ela gostava de sentir o calor das minhas costas enquanto ela dormia. Algo sobre a minha volta ser como um aquecedor ou alguma merda.
Tanto faz. Se ela gostou, eu faria isso. Sem perguntas. Mesmo que ela fosse estranha.
Eu a amava estranha, porém.
Eu amei cada coisa a seu respeito.
Eu certamente não teria atravessado o funeral no dia anterior sem ela.
Eu não sou uma pessoa de mostrar emoções, mas quando a jovem viúva tinha me pedido para ser um portador da mortalha, eu quase quebrei e chorei.
Eu tinha feito a tarefa sem sequer questionar seu pedido, pelo prazer de ser de alguma utilidade para ela.
Isso não queria dizer que não tinha me despedaçado por dentro.
Na verdade, tinha sido quase impossível.
Então eu cheguei em casa e tirei um cochilo, e prontamente tive um sonho sobre tudo e todos com quem eu me preocupava se fossem mortos.
O que me ajudou foi Geórgia estar ao meu lado, segurando-me quando eu tinha acordado ofegante e incapaz de respirar.
Levantando-me, tomei um banho, escovei os dentes, e depois segui minha rotina de preparação habitual, que consistia em pegar meu aparador de cabelo ajustando-o para o modo mais curto. Então eu comecei a passá-lo sobre o meu cabelo.
Era um hábito, manter meu cabelo raspado tão curto quanto possível, sem ser careca.
Um hábito que eu mantive desde que me inseri no mercado de trabalho.
Ter um cabelo maior apenas dava aos maus a oportunidade de uma pegada extra. E no meu caso, eu usaria toda a ajuda que eu poderia obter.
No entanto, desde que eu não tenho que trabalhar hoje ou qualquer dia do caralho em um futuro próximo, eu não me preocupei em me barbear.
Eu já tinha muito mais do que a sombra de uma barba cerrada no rosto. Na verdade, era mais como um crescimento de quatro dias, mas eu não tinha ânimo para cortá-la. Especialmente desde que Geórgia tinha me dito apenas na noite passada como era bom sentir minha barba contra seus mamilos. Talvez eu a deixe crescer novamente.
Eu tinha acabado de vestir uma calça por cima das minhas boxers e senti uma ereção semi dura, porque eu era a porra de um porco e poderia ficar duro sobre qualquer coisa relacionada à Geórgia, quando bateram na porta.
Eu decidi ignorar uma camisa e escolhi pegar a minha arma e o coldre que ficava ao lado da cama.
Prendi no lugar na parte baixa das costas e caminhei até a sala da frente.
Senti a poeira sob meus pés descalços, lembrando-me das visitas de todos os meus amigos e familiares que tinham passado por aqui ao longo dos últimos três dias.
Era hora de varrer e depois chamar Candice, a senhora que fazia a limpeza para mim.
Eu não limpo. Nem quero limpar.
Candice, no entanto, é excelente para o trabalho e ela tem cinco filhos para sustentar.
Um dos quais era o bebê da mãe que eu tinha matado a tiros.
Eu sabia que ela seria perfeita para o trabalho no momento em que percebeu que a criança pequena não tinha família. Candice era uma mulher doce. Ela e seu marido não podiam ter seus próprios filhos, pois ele havia sido baleado durante a guerra no Iraque.
Ele havia perdido todo o movimento de sua cintura para baixo, junto com ele a capacidade de ter filhos.
Candice tinha sido um soldado, no entanto, permanecendo com ele para o bem e para o mal.
Ela trabalhava como recepcionista em um escritório de advocacia na cidade, enquanto seu marido, Guy, fazia trabalhos com madeira em casa.
Na verdade, eu possuía um bom número de suas peças desde que ele era especializado em aparência rústica, algo que eu tinha caído no amor quando comecei a remodelar a casa de meu pai.
Candice começou a limpar minha casa um dia quando ela veio porque um dos meus cavalos tinha quebrado a cerca e passado para o seu lado da propriedade. Depois de ter recuperado o meu cavalo, nós começamos a conversar e o resto, como você poderia dizer, era história.
Eu fui até a porta e verifiquei o olho mágico, minha barriga apertando pelo que vi do outro lado.
Agente Especial Nathan Lawrence.
Eu conheci Lawrence quando ele nos disse sobre a mulher que eu atirei.
Agente Especial Lawrence era o homem encarregado do caso que envolveu Anita e seu pai.
Ele estava tentando obter mais informações sobre o pai de Anita, que havia sido preso por lavagem de dinheiro. Eles suspeitaram que era para a máfia russa, mas não tinham sido capazes de provar isso. Então, eles tinham enviado um agente para 'recolher informações'.
Esse agente era o ex-namorado de Reese, que também tinha morrido no mesmo dia que Luke foi baleado.
Toda a operação tinha sido regiamente fodida, e ter o homem encarregado de toda a operação em pé na minha porta não deve me trazer nada de bom.
Porra.
***
Geórgia
“Oi, Sr. Sergei. Como você está hoje?” Perguntei, oferecendo a mão para o homem loiro e alto.
Ele sorriu um pouco para mim. Sua esposa não ofereceu muito mais que um balançar de cabeça, então me sentei na minha cadeira de escritório.
“Nós estamos bem, obrigado,” disse Sergei com um ligeiro toque russo em seu sotaque.
Eu sorri, sentindo-me como se ele estivesse me julgando.
Os olhos dele no meu traje e em meu escritório continham um ar arrogante, e eu odiava-o instantaneamente.
Seria preciso um pequeno milagre para dar-lhe a custódia da pequena menina.
Eu nunca a conheci, embora eu planejava fazer isso mais tarde, hoje mesmo, uma vez que ela estava a caminho da minha casa, mas eu nunca daria uma criança a alguém que agia dessa forma com um completo estranho.
Um deles, aliás, que estava encarregado de dar a custódia de uma criança que ele tanto 'desesperadamente' queria.
“Você pode me dizer sobre si mesmo?” Perguntei, inclinando-me para trás na cadeira.
Sergei seguiu o meu exemplo, inclinando-se para trás na cadeira e cruzando as mãos elegantes sobre seu terno caro. “Como você sabe, Srta. Valentine, eu sou Anton Sergei. Minha esposa e eu, Masha, nos casamos há pouco mais de treze anos. Nós estamos tentado ter filhos por doze deles. Depois do nosso terceiro ano de tentativas, procuramos os médicos de fertilidade. Tentamos por mais seis anos antes de partirmos para adoção. Nós temos dois filhos agora que obtivemos através da adoção.”
A maneira como ele disse 'obtivemos' fez minhas mãos apertarem no meu colo. Por que ele não diria “abençoado” ou 'adotado’?
Quem diabos dizia 'obtivemos'?
Alguém que é um pau.
Eu balancei a cabeça. “Certo. Você pode me dizer sobre as acomodações que você teria para uma criança?”
E assim foi.
Fiz perguntas e ele me deu respostas pomposas, sou-melhor-que-você.
A única razão pela qual eu ainda estava pensando na possibilidade era que ele ofereceu uma doação enorme para o centro a cada ano.
“E você pode me dizer sobre o seu trabalho? Você terá tempo para um terceiro filho? Vejo que são ambos advogados proeminentes na área. Sra. Sergei?
Sra. Sergei não respondeu a nenhuma das perguntas até agora, e eu queria ouvir isso dela.
Sr. Sergei não deixou, no entanto. Eu comecei a me perguntar se ela podia falar.
A reunião foi um desastre, e eu fiquei agradecida com a chamada que recebi através de uma das linhas do telefone interno depois que ele respondeu por ela mais uma vez.
“Desculpe-me por um momento,” eu disse, atendendo ao telefone. “Aqui é Geórgia Valentine.”
“Sra. Valentine?” Uma voz feminina frenética sussurrou.
“Beverly?” Perguntei com preocupação.
“Eu preciso de você,” ela sussurrou.
Sentei-me em linha reta na minha cadeira. “Claro, querida. Onde você está?”
Beverly era uma menina de 18 anos estudante sênior da escola secundária local.
Eu a conheci pela primeira vez em uma sessão de aconselhamento, quando ela queria discutir a opção de adoção.
Desde o dia em que a conheci, eu sabia que ela estava em um dilema em casa. Os pais dela não sabiam que ela estava grávida, para a minha consternação. Eu tinha tentado convencê-la a dizer a eles várias vezes.
No entanto, ela tinha dezoito anos, e ela sabia como seus pais reagiriam se soubessem que ela estava grávida.
Então, eu tinha me reunido com ela em particular no centro de juventude onde ela frequentava depois da escola e em alguns finais de semana.
Lá eu tinha apresentado a ela todos os recursos disponíveis que tínhamos.
“Eu estou em um hotel. A um lado da Interstate. O Budget Inn na estrada de acesso. Quarto 41,” ela sussurrou.
Levantei-me e comecei a recolher minhas coisas, para grande aborrecimento de Sergei.
“Eu estarei lá, querida,” eu disse antes de desligar.
Sergei olhou enojado que eu estaria mesmo saindo durante a sua entrevista, mas não havia nada que ele poderia dizer desde que ele queria ser considerado como pai adotivo do bebê de Angel.
Então, ele se manteve calado. Ele aceitou a minha saída abrupta graciosamente e eu continuei olhando para as suas costas, quando eu os deixei do lado de fora na porta da frente.
Estavam dois passos na minha frente, viraram a esquerda quando saímos para o estacionamento, em vez da direita, que é a direção que eu deveria tomar.
Eles caminharam até um pretensioso Jaguar de classe superior, que eu provavelmente nunca poderia pagar na minha vida inteira, e foram embora com pouco alarde.
Eu entrei no meu carro e segui a curta distância de carro para o hotel. Eu cheguei em questão de minutos, parando diretamente na frente do quarto 41 e estacionei o carro.
Eu saí do carro às pressas, deixando meu telefone no assento, acidentalmente, na minha pressa para chegar a Beverly.
Bati às pressas, e uma Beverly claramente despenteada atendeu a porta.
E em seus braços tinha um pequeno menino envolto em uma toalha branca de hotel.
Eu entrei, deixando cair a minha bolsa na cadeira ao lado da porta.
“Beverly... o que... como...” eu gaguejei.
Ela me olhou miseravelmente e empurrou a criança dormindo em meus braços antes que ela fosse até a cama e começasse a empurrar as coisas que ela tinha dentro de um saco plástico.
Olhei para a criança, sorrindo para a perfeição dela.
Então eu olhei para cima, assustada em encontrar Beverly marchando para fora do quarto.
“Beverly... o que você está fazendo?” Eu questionei em surpresa.
Ela olhou para mim, o rosto desprovido de toda emoção.
“Eu não posso ficar com ela, Srta. Valentine. Se eu ficar eu vou querer, e eu não posso. Eu preciso que você a leve. Fique com ela por alguns dias por mim. Depois de ter alguns dias, eu vou assinar os papéis e entregá-la para a custódia do estado. Sinto muito, Srta. Valentine. Sinto muito.”
Com isso, ela saiu às pressas e eu fiquei de boca aberta na porta do motel fechado.
Procurando pelo meu telefone, eu percebi que tinha deixado no carro, e em vez disso fui para o telefone de mesa.
Eu não me lembrava de nenhum número, exceto um. Que era o único que eu realmente precisava.
***
Nico
Eu andei até ao lado do carro de Geórgia e olhei para o assento.
Sim, isso é onde o seu telefone estava. No entanto, Geórgia estava longe de ser vista.
Ela me chamou a menos de meia hora atrás me dizendo que ela precisava da minha ajuda, e em seguida desligou com o que parecia ser um bebê chorando no fundo.
Quando eu fiz o meu caminho até a porta e bati, a voz aflita da Geórgia disse: “Quem é?”
Eu queria rir, mas eu também estava orgulhoso que ela perguntou em vez de apenas abrir a porta como ela normalmente fazia.
“Sou eu,” eu disse, observado a área.
Ela não era muito grande. Na verdade, eu nunca tinha vindo a este motel, nem em nenhum dos quartos, a menos que eu estivesse prendendo alguém durante uma situação de refém. Que aconteceu muito mais do que se poderia pensar considerando que este era o lugar para onde ia as prostitutas e seus clientes.
“Qual é a senha?” Ela perguntou.
Eu fiz uma careta, tentando lembrar o que exatamente ela costumava me pedir para dizer, então eu sorri quando eu finalmente lembrei. “Você é linda, e você vai ter um grande rabo para sempre.”
Ela abriu a porta e olhou. “Essa não é a senha.”
Dei de ombros e empurrei para entrar, congelando quando vi o caos total do quarto. Parecia que um massacre tinha ocorrido.
“O que...” as palavras que saíam da minha boca congelaram na ponta da minha língua quando eu avistei o bebê que estava embrulhado na camisa da Geórgia no meio da cama.
Olhei para ela novamente e percebi que ela estava usando apenas um sutiã e calça jeans.
Não que ela não parecia bem neles, mas ela iria distrair qualquer homem ou mulher que se concentraria em seus seios com apenas um olhar.
“Será que você teve um bebê, enquanto você estava no trabalho?” Perguntei, fascinado, enquanto eu caminhava até a cama e olhei para o bebê.
Era bonito.
Pequeno... realmente pequeno, mas bonito.
“Este é o bebê de uma jovem adolescente que eu estive dando aconselhamento sobre adoção nesta última semana. Eu a conheci no Centro de juventude. Ela me ligou esta tarde, em pânico, e quando eu cheguei aqui ela saiu, dizendo que ela iria assinar os direitos da criança e se afastaria assim que ela tiver mais coragem.” Geórgia desabafou.
Eu fiz uma careta. “Ok,” eu hesitei sobre o que eu estava prestes a dizer em seguida. “Ela violou a lei, apesar de tudo. Você não é um oficial de segurança pública. De acordo com a Lei Moisés, ela teria que ter dado seu filho a alguém, como um policial, bombeiro ou trabalhador EMS. Ela nunca vai ser capaz de obter essa criança de volta. Ela ainda pode enfrentar acusações de abandono ou negligência.” Eu odiava dizer isso, mas é necessário colocar as coisas às claras. Eu também sabia que ela estava ciente disso.
Eu vi isso na cara dela. A forma como os ombros caíram enquanto eu falava.
“Foda-se!” Disse ela, murcha.
Eu vi o quanto isso significava para ela, mas eu tinha feito juramentos tanto quanto ela.
Ela ficou em silêncio por longos momentos, pensando e olhando para o bebê.
Eu praticamente podia ouvir sua mente girando. Podia vê-la pensando em maneiras para isso não acabar da maneira que sabia que ia.
“Eu vou ter que alertar sobre isso,” eu disse finalmente.
Ela abaixou a cabeça e balançou.
“O que vai acontecer com ela em seguida?” Ela perguntou.
Fechei os olhos e a peguei em meus braços. “Eu vou avisar ao supervisor de plantão. Nós vamos chamar a EMS aqui, e eles vão levar o bebê para o hospital. O detetive vai reunir todas as nossa informações, e vai apresentar as acusações contra a menina.”
Uma lágrima escapou de seu olho, e eu senti como se tivesse batido em um cão ferido, mas eu nunca lhe daria menos que a verdade. Ela merecia isso.
Ela fungou e assentiu. “OK. Faça o que você tem que fazer.”
Eu me fodi, mas foi uma das chamadas mais difíceis que eu já tive de fazer.
***
Mais tarde naquela noite, eu estava sentado na sala assistindo TV.
Geórgia tinha ido para casa, recusando-se a falar comigo.
Ela estava machucada.
Como uma puta de merda.
Eu estava sentado aqui há horas, aguardando a sua chamada. Mas ela não chamou.
Meu telefone sobre a mesa começou a vibrar, e meu coração pulou no meu peito.
Eu mergulhei para frente, pegando-o na minha mão e coloquei ao meu ouvido, sem sequer olhar para ver quem estava ligando.
“Geórgia?” Perguntei.
“Desculpe amigo, só eu,” disse Luke, acabando com o meu entusiasmo com apenas quatro pequenas palavras.
Suspirei e encostei-me no sofá. “Está tudo bem.”
Ele resmungou. “Ela ainda não está falando com você?”
Eu balancei a cabeça, mesmo que ele não podia me ver. “Não.”
“Foda-me,” ele suspirou. “Eu odeio fazer isso com você, porque isso não vai ajudá-lo com ela... mas a menina, aquela que desistiu da criança... ela está morta. Se matou em seu quarto com uma corda em volta do pescoço e ao redor do ventilador de teto.”
Meu punho desceu duro no sofá, e eu queria gritar, porra.
“Maldição.” Eu assobiei com os dentes cerrados.
“Sim,” ele concordou. “Não foi bonito. Os pais estão pirando sobre sua ‘boa menina católica’ sendo corrompida e, em seguida, cometer o pecado final. Isso não está bom.”
Eu não acreditava que seria. Na verdade, eu estava pensando em passar perto da casa da Geórgia para vê-la, desde que ela poderia ter sido a 'menina católica' corrompida depois de eu ter quase feito exatamente a mesma coisa com ela quase oito anos atrás.
Forças maiores tinham tomado as rédeas de nossos destinos em uma tarde ensolarada, e alterou para sempre o rumo de nossas vidas.
E não para melhor.
Eu ainda me lembrava daquela noite e do dia seguinte como se fosse ontem.
Nós não tínhamos feito sexo, mas tínhamos feito tudo. Nós não dormimos a noite inteira, falando sobre as nossas esperanças e sonhos. Nossas vontades e desejos. Falamos sobre nossas vidas juntos, o casamento, e ela ir para a faculdade, enquanto eu estava implantado.
Tinha sido a melhor noite da minha vida, tê-la em meus braços assim.
Então eu tinha acordado com ela pronta para voltar à sua casa e eu tinha ido para o meu dia. Eu me sentia melhor sabendo que ela estaria de volta depois que eles tivessem terminado de trabalhar o gado.
Só que ela nunca voltou, e minha vida tinha mudado irrevogavelmente.
“Tudo bem, cara. Bem, ela está ignorando minhas chamadas e textos. Eu não acho que eu vou chamar novamente ou falar sobre isso no correio de voz. Vou dizer a ela assim que ela resolver que quer falar comigo. Obrigado por manter-me informado.” Suspirei.
Depois de mais algumas brincadeiras, eu decidi que uma longa corrida pode ser apenas a coisa que eu precisava.
Eu coloquei shorts e tênis e saí, certificando-me de armar o alarme atrás de mim.
A noite estava mais fria do que a maioria das noites de verão no Texas.
Temperaturas baixas era o clima perfeito para uma corrida.
Comecei a correr no meu ritmo habitual, mas quando eu ainda podia sentir meus demônios martelando na minha cabeça, corri mais rápido.
Eu fiz meus primeiros quatro quilômetros sem qualquer incidência.
E os dois últimos seguiriam da mesma forma se eu não tivesse percebido uma figura escura aparecendo no final da garagem.
Quando cheguei mais perto, percebi que a figura pertencia a dois homens, um dos quais sendo o irmão mais novo de Geórgia.
Eu desacelerei para uma parada e olhei para ele, estudando a sua postura corporal quando ele olhou para a grande pilha de sacos de lixo que tinha estado lá por quase três dias.
Eu poderia dizer que ele ia fazer alguma coisa quando ele começou a seguir com firmeza até a calçada.
Ele congelou, porém, ao ouvir o som da minha voz.
“Não faça isso,” eu disse em um tom de aviso.
Ele parou e se virou, seu amigo movendo-se com ele, os dois olhando para mim.
“O que você quer?” Ele estalou.
Fiz um gesto para os sacos, e, em seguida, para o carro que deveria pertencer ao amigo.
“Basta levar o seu material e sair. Não comece problemas. Isso não vai acabar bem. Mude suas atitudes e ela vai aceitá-lo de volta em casa. Mantenha-se fodido ao redor e sua vida nunca mais será a mesma,” eu disse suavemente.
Ele zombou de mim. “O que você sabe sobre dificuldades? Você teve uma vida doce em comparação a minha. Eu testemunhei meus próprios irmãos e irmãs levarem um tiro. Minha mãe. Então, meu pai atirou em si mesmo. Oh, e depois ele atirou em mim. O que poderia ter acontecido possivelmente com você que é pior do que isso?”
Inclinei a cabeça, me perguntando se eu queria abrir a minha lata particular de vermes, mas eu decidi que provavelmente iria ser o melhor para esta situação. Talvez se ele soubesse que não era o único, ele veria que sua vida realmente não era tão ruim assim.
“Quando eu tinha dezoito anos, eu assisti a minha irmãzinha quase ser estuprada por um homem que supostamente era um dos meus melhores amigos. Quando eu tinha vinte anos e eu estava implantado, o meu melhor amigo foi morto na frente dos meus olhos. Sua cabeça explodiu quando uma bala de rifle a penetrou. Pedaços de seu cérebro e ossos salpicaram no meu rosto e em minha boca. Pedaços de seu crânio grudaram na minha pele e eu tenho nas minhas costas cicatrizes que se parecem com ferimentos, causados por estilhaços da bala que o matou.” Eu respirei fundo e continuei.
“Quando eu tinha vinte e um, a mulher por quem eu estava apaixonado foi baleada, e sua família foi torturada. Eu nunca soube se ela estava bem até quase seis meses depois. Então, quando eu estava implantado logo após isso, eu tive um grande momento de imprudência. Mais dos meus melhores amigos morreram tentando me salvar quando fui capturado e torturado. Eu fui mantido em cativeiro por quase um mês. Então eu assisti a mesma coisa sendo feita a eles, porque eles achavam que tinham que me salvar quando foi minha culpa que eu tinha chegado lá, para começar.”
Ele ficou em silêncio enquanto eu falava, mas seus olhos me disseram que eu estava golpeando em alguns lugares bem colocados.
“Eu saí da Marinha depois disso, mas, desde então, eu perdi um total de vinte outras pessoas. Assisti de tudo depois disso, como assaltos a bancos. Segurança sendo baleado em posto de gasolina. Uma mulher e seu filho sendo mantidos na mira de uma arma pelo o pai e esposo que veio para casa do Iraque e não estava certo da cabeça. Deixe-me dizer-lhe uma coisa, filho. Apenas algumas semanas atrás eu atirei em uma mulher grávida e a matei. Você não me conhece. Assim você pode parar de agir como ai-de-mim e começar a fazer algo de si mesmo, você não acha?”
Com isso, comecei a me movimentar de novo, tendo a certeza de que ele não iria ficar na garagem.
Eu tinha dado a ele algo para seu cérebro jovem mastigar, e ele o faria.
Deus, eu só esperava que ele tomaria a decisão certa, porque havia momentos em que eu não me sentia como se eu tivesse feito.
Eu não merecia Geórgia. Nem um pouco porra.
CAPÍTULO 15
Tudo o que importa é bolo... e talvez como 4 pessoas.
-Xícara de café
Geórgia
Eu sabia que tinha cometido um erro na hora que eu tinha acordado na manhã seguinte.
Eu percebi no segundo que liguei para Nico, mas ele não respondeu.
As mensagens de texto começaram simples e direto ao ponto, mas acabaram, ficando verdadeiramente doces e sinceras com o passar da noite. Que me fez sentir ainda pior pela maneira eu tinha agido na noite passada.
Nico (19:57) - Eu sinto muito.
Nico (20:35) - Por favor, fale comigo.
Nico (21:01) - Não havia mais nada que eu pudesse fazer. Eu juro que eu não queria fazê-lo.
Nico (21:42) - Eu sabia que você seria minha a partir do momento em que eu a vi pela primeira vez. Você estava usando uma camisa branca de algodão que mostrava uma pitada de sua barriga bronzeada. Você usava calça jeans muito apertadas e que eram tão puídas que eu tinha certeza de que a qualquer momento, se você se curvasse, elas se desintegrariam em torno de sua bunda. Eu me apaixonei pelo seu sorriso pela primeira vez.
Nico (22:11) - Eu caí no amor com a sua voz. Tão suave, doce e rouca. Você estava falando ao meu pai sobre o que você fez no período da manhã. Apaixonei-me quando você disse que odiava levantar-se cedo, mas o 'cheiro de bosta de vaca na manhã realmente tinha um jeito de acordar uma pessoa.' Ainda me lembro de olhar no rosto do meu pai quando disse isso, e até hoje eu sempre vou agradecer por essa memória.
Nico (22:31) - Eu caí no amor com você mais e mais nos últimos oito anos. Você pode não ter saído para falar comigo diretamente, mas sabendo que você estava lá para me ver fora realmente fez a diferença na minha atitude durante todo o meu tempo lá. A primeira vez que atirei em um homem, ouvi você sussurrando em meu ouvido que tudo ficaria bem.
Nico (23:15) - Bons sonhos, niña. Eu te amo.
Ele disse eu te amo. Oh, meu Deus.
Que tinha sido algo que eu ansiei ouvir pelo que parecia ser a minha vida toda.
E ele disse em uma mensagem de texto enquanto eu estava o ignorando.
Não foram com flores e corações como eu sempre sonhei.
Mas foi a maneira de Nico.
“Merda,” eu suspirei, levantando-me e fazendo meu caminho para o meu banheiro, onde eu teria uma manhã com poucas atividades.
Até o momento em que me coloquei em movimento e entrei no meu trabalho mais tarde naquela manhã, eu ainda não tinha pensado como iria me justificar para Nico sobre ontem. Por que ele me machucou fodidamente.
Eu não sabia por que.
Eu sabia que ele tinha que fazer o seu trabalho, e eu o respeitava completamente por sua lealdade.
No entanto, eu tinha contado com isso quando eu o chamei para me ajudar.
Nunca em um milhão de anos eu teria pensado que ele iria virar todo policial para cima de mim.
Eu relutantemente comecei a trabalhar, passou a manhã, em seguida, chegou à tarde e com ela o fato de que eu estava sendo ignorada por Nico.
Eu não recebi mais nenhum texto, mas eu recebi da delegacia, que eu só assumi que seria ele.
Eu descobri na hora do almoço que não poderia estar mais enganada.
Principalmente porque alguns membros chateados da SWAT vieram me procurar.
Meu telefone tocou quando eu estava olhando através da pasta da família Sergei.
“Hum, Geórgia?” Fran, a recepcionista do escritório da frente, chamou através do meu alto-falante.
“Sim Fran?” Eu perguntei distraidamente.
“Umm, há alguns homens aqui para falar com você. Eles são do Departamento de Polícia de Kilgore,” Fran disse, soando extremamente preocupada.
Eu estreitei os olhos para a pasta na minha frente, vendo que o Sr. Sergei teve seu pedido de adoção do primeiro filho negado duas vezes também.
“Ei, Fran. Você já esteve em FHAS por um longo tempo, certo?” Perguntei, examinando o arquivo um pouco mais.
Eu procurei um pouco mais atrás, indo ao início, quando a família Sergei começou com a gente, e eu praticamente senti meus olhos saltando para fora da minha cabeça.
“Sim,” ela respondeu com cautela.
Eu ignorei a hesitação e perguntei: “Há quanto tempo Masha Sergei trabalhou aqui?”
“Nós tivemos uma Masha Artem trabalhando com a gente há quatro anos atrás, mas ela se casou e começou a fazer trabalho voluntário para seu marido. Ela não terminou sua especialização em leis de adoção,” explicou ela.
Eu voltei a olhar para as páginas do relatório, examinando a história de Masha. Minhas sobrancelhas levantaram quando eu percebi que Masha Artem e Anton Sergei tinham se casado seis semanas antes de adotar seu primeiro filho.
Uma criança que tinha sido negada para Anton por quase seis meses antes de seu casamento com Masha.
Eu peguei as notas que eu tinha tomado ontem sobre o casal Sergei.
Anton Sergei. Esposa Masha. Casados a treze anos. Tentando ter filhos por doze deles.
Depois de três anos de tentativas, passou a tratar com médicos de fertilidade. Julgado por seis anos antes de iniciados para adoção. Duas crianças adotadas.
Por que ele iria mentir sobre quando se casou?
A menos que...
Eu me voltei para as informações sobre a assistente social que tinha sido responsável sobre o caso Sergei antes de mim, e não me surpreendeu ao encontrar a mulher que eu tinha substituído.
“Fran... a mulher que eu estou cobrindo os casos para... Há quanto tempo ela trabalhava aqui?” Perguntei.
Eu praticamente podia ouvir as rodas da fofoca de Fran girando.
Ela era uma das piores fofoqueiras no escritório, mas eu gostava dela.
E suas formas de fofocas seriam muito úteis neste exato momento.
“Stephanie Martin esteve por aqui a mesma quantidade de tempo que Masha ficou. Gostaria de falar com ela? Eu acredito que ela chegará mais tarde hoje para mostrar o novo bebê dela,” Fran avisou.
Ela podia ter a certeza da porra que eu ia falar com ela.
“Sim, Fran, eu certamente gostaria,” eu disse, sobrancelhas franzindo enquanto continuei verificando o arquivo.
Seriamente, e se esta Stephanie Martin esteve forjando critérios de adoção?
Porque se o que eu li nos arquivos fosse verdade, não havia nenhuma maneira que Stephanie não sabia o que estava fazendo. Nenhuma.
Ela teria que verificar esta informação como eu tinha feito. Ela teria conhecimento dos fatos.
Não havia nenhuma maneira na terra que ela não fez.
Inferno, ela nem sequer tentou esconder o fato. Ela tinha que saber. Esta foi a minha primeira olhada no arquivo.
E tinha apenas algumas semanas que terminei a graduação. Esta Stephanie Martin que eu tinha substituído era uma funcionária de adoção por quase sete anos.
“Geórgia,” disse a voz profunda de um homem na minha porta.
Eu pulei e gritei, olhos assustados para a porta, vendo Luke, Downy, e Bennett em pé em frente a ela e além dela para o corredor.
Inclinei a cabeça, olhando para trás procurando Nico, mas não o vi.
Eu me acalmei um pouco. Eu não estava pronta para vê-lo ainda.
Eu ia esperar mais um pouco, até o final do dia, porque eu não queria fazê-lo esperar mais tempo do que isso.
Ele não merecia isso.
Eu estava sendo irracional e eu sabia disso.
“Oh,” eu disse sem fôlego. “Ei.”
Eles pareciam preocupados, e Bennett parecia chateado.
“O que está acontecendo?” Perguntei.
Luke entrou, e os outros o seguiram.
Luke tomou um assento, e Downy pegou o outro.
Bennett ficou na parte de trás da sala, perto da porta, apoiando as costas contra a parede e uma perna sobre a outra.
Luke não foi o primeiro a falar, Downy foi.
“Nós viemos inicialmente aqui para falar com você sobre Nico e tentar descobrir porque você não está atendendo o telefone. Agora, no entanto, queremos saber mais sobre o que você está trabalhando. Ouvimos quando você perguntou a sua recepcionista sobre Masha Sergei. E sua resposta. Você pode nos contar mais sobre o que está acontecendo?” Ele perguntou.
Suas perguntas eram aparentemente calmas, mas eu poderia dizer que ele permanecia hiper consciente das minhas respostas apenas pela forma intensa que ele estava me observando.
Então eu expliquei o que eu suspeitava.
“Eu acho que um dos nossos assistentes sociais em licença maternidade deu a custódia de uma criança a alguém que foi negado. Quando ele não conseguiu, eu acredito que ele foi e se casou com a advogada, e foi concedida a custódia da criança que anteriormente tinha sido negada. Agora, isso não é realmente a parte suspeita, uma vez que há momentos em que homens ou mulheres recebem um não devido à sua disponibilidade para a criança. Um casal tem mais chances de ser conseguir a guarda de uma única criança. Quer se trate de um homem ou uma mulher. Este casal, porém, realmente me incomodou ontem, durante a nossa entrevista. Eu soube imediatamente que eu não queria ele ou ela em torno de Angel de FHAS. Essa pobre menina passou por coisa suficiente. É por isso que eu estava verificando em seu arquivo para ver se as minhas preocupações eram justificadas. E, aparentemente, era, porque tudo o que ele me disse ontem foi um mentira.”
“A Angel de FHAS?” Perguntou Luke.
Eu balancei a cabeça. “A equipe FHAS começou a chamá-la de Angel quando ela chegou aqui. Eu só a vi uma vez, alguns dias atrás, mas ela é uma coisa bonitinha. Minúscula para apenas quatro meses.”
Eu estava divagando, porque os olhos atentos de todos os três homens de repente estavam focados somente em mim. Não na parede atrás da minha cabeça. Nem os homens que eu podia ouvir cortar a grama fora da minha janela. Todos os três olhares perigosos estavam em mim.
“O quê?” Eu perguntei nervosamente.
“A criança que você está falando é aquela do veterano ferido e sua esposa?” Bennett perguntou de seu lugar.
Pisquei. “Sim. Por quê?”
Bennett olhou para Luke, mas o olhar de Luke estava em mim.
“Candice e Guy Golding?” Ele perguntou para confirmação.
Eu franzi as sobrancelhas juntas e tirei o arquivo de Angel que estava por baixo do arquivo Sergei.
Abrindo na segunda página, eu corri o dedo para baixo até que encontrei os pais adotivos atualmente cuidando de Angel.
“Sim, Candice e Guy Golding. São eles.” Eu confirmei.
“Precisamos ir falar com a assistente social que forjou a papelada. Então precisamos saber por que um Artem está tentando obter a custódia do filho de Anita Artem. Especialmente, quando supostamente a criança não tem qualquer parente vivo.”
Essa bomba foi lançada por Downy, e sua extrema atenção, pois logo que eu tinha mencionado o nome Artem finalmente fez sentido para ele.
Anita Artem era a mulher que Nico tinha baleado e morreu.
A única que tinha pertencido à máfia.
A instituição que tinha sido responsável por atirar e matar o oficial que estava usando a viatura de Nico.
Santo.
Merda.
CAPÍTULO 16
Não bata a porta na sua saída. Tente não cair da escada em seu caminho, também. -Nota para si mesmo
Nico
Dois dias depois
“Ei, aqui é Nico. Eu queria ver se você poderia vir limpar minha casa ainda esta semana. Está um pouco confuso por aqui agora, e você sabe como eu sou. Deixe-me saber quando você pode fazê-lo. Obrigado, até mais,” eu disse para a caixa postal de Candice.
Eu desliguei e olhei para o meu piso ainda sujo.
Essa foi a terceira vez que eu a tinha chamado em três dias.
“Pelo menos não foi a trigésima quinta como alguém que eu conheço,” rosnei enquanto jogava meu telefone para o lado e saía.
Sentindo a necessidade de um treino cansativo, eu fui para fora e peguei meu machado e calço, então, levei-os para a grande pilha de madeira que eu tinha em um monte no canto da casa.
Uma árvore tinha caído um par de semanas atrás, durante uma tempestade, e eu a cortei com a minha motosserra, deixando os grandes pedaços para cortar como lenha depois.
Eu estava cortando por quase uma hora quando ouvi rodas na estrada de cascalho que leva à minha garagem.
Eu não me virei.
Eu sabia quem era assim que ouvi o zumbido do motor.
Então a pequena covarde tinha decidido finalmente aparecer, depois de três fodidos dias.
Imagine isso.
Eu senti seu olhar, mas eu não parei de cortar a madeira.
Coloquei a madeira em cima do toco. Balanço para trás. Bato duro e rápido.
Paulada.
Repeti mais e mais, esperando que ela dissesse alguma coisa.
Levou um longo tempo.
Paulada.
Eu contei trinta e cinco pedaços antes que ela finalmente falasse.
“Eu estou com raiva de você,” ela disse suavemente.
Ela estava chorando.
Eu odiava quando ela chorava.
Eu não parei, no entanto.
Eu apenas continuei, esperando o que ela tinha a dizer em seguida. O único sinal exterior de que eu estava ouvindo era o conjunto de meus ombros.
“Você deveria ter me contado sobre seu suicídio na noite que ela fez isso,” ela disse entre lágrimas.
Virei-me para ela. “É sério isso? E como exatamente você esperava que eu fizesse isso? Eu fodidamente te liguei dezessete vezes naquela noite, e deixei-lhe, pelo menos, um milhão de malditas mensagens de texto. Eu sei como ler a porra de um sinal.”
Seus olhos se arregalaram com a veemência na minha voz, e ela recuou um passo.
Eu estava em uma puta maré de azar, no entanto, e realmente me deixei levar.
“Tudo o que você tinha que fazer era ser compreensível. Se você não consegue lidar com isso, o que faz você achar que pode lidar quando eu tiver que derrubar uma maldita criança porque ele apontou uma arma para sua irmã mais velha?” Eu perguntei irado.
Eu passei por ela, indo para a cozinha e peguei uma bebida.
Ela me seguiu.
Ouvi seus pés batendo atrás de mim enquanto eu caminhava até a geladeira e pegava uma garrafa de água, torcendo a tampa violentamente.
“Eu não gosto quando você está certo. Me deixa louca quando eu tenho que admitir que estou errada. Eu sei que estava errada, mas você estava também,” ela rosnou.
Olhei para ela, incrédulo. “Você é tão cheia de merda. Você me irrita fodidamente.”
Ela cruzou os braços. “Bem, se eu sou tão cheia de merda, e eu te irrito tanto, talvez nós não devemos ficar juntos.”
Eu balancei a cabeça para ela e lhe dei um olhar divertido.
“Nós lutamos. Nós gritamos. Você joga merda e eu olho para você. É assim que somos. Nós não temos o tipo de relacionamento que é todo corações e flores malditas. Nós temos o tipo de relacionamento que é real. Nós brigamos duro, e fazemos as pazes mais duro ainda. E você precisa superar seu puta mau humor, porque eu estou fodidamente quente por você agora e eu não vou poder ser bom quando você precisa,” rosnei no rosto de Geórgia.
Ela tentou me empurrar de onde eu estava prendendo-a contra a parede, mas ela não conseguiu me levar para longe. Na verdade, foram apenas alguns milímetros, e isso foi somente porque eu não queria que ela se machucasse quando ela bateu os pulsos contra o meu peito.
“Eu fodidamente te amo, Geórgia. Supere isso porra,” eu gritei.
Ela estreitou os olhos. “Você fodidamente me ama? Então onde diabos você estava?” Ela gritou na minha cara.
Eu balancei para trás em meus calcanhares. Aquilo penetrou. Apenas a veemência em sua voz era suficiente para me fazer recuar.
“O que quer dizer, com onde eu estava?” Perguntei.
Ela avançou, aproveitando o espaço que eu deixei, praticamente atirando-se em mim.
“Você não estava lá. Eu precisei de você, e você não estava lá,” ela sussurrou entrecortada.
Meu coração se partiu.
“Eu não sabia,” respondi asperamente.
Ela caiu em mim. “Eu queria tanto que você viesse para Houston. E você nunca veio. Eu te liguei tantas vezes, e você nunca veio.”
“Eu estava, no entanto. Eu posso não ter ido lá pessoalmente, mas eu estava lá com você. Eu pensei em você sem parar. Nenhuma vez, nos últimos oito anos, eu deixei de pensar em você,” eu disse categoricamente. “Eu teria ido, ajudado você a comemorar sua formatura e então você teria alguém lá, se eu não tivesse atirado naquela estúpida vadia que estava tentando matar Luke. Eu estaria lá. Eu sabia onde você estava desde seis meses depois do acidente. Eu estive indo lá todo mês desde que saí da Marinha.”
Ela parecia abalada. “Você sabia onde eu estava? Mas por que você nunca apareceu?”
Eu me inclinei contra o balcão e dei de ombros, cruzando os braços sobre meu peito. “Você não estava pronta. Eu sabia que você voltaria quando estivesse.”
Sua boca abriu e o cabelo que estava ameaçando cair do coque bagunçado que ela fez, finalmente cedeu, derramando seus belos cachos ondulados por seus ombros e cobrindo parcialmente seu rosto.
“O que você teria feito se eu nunca estivesse pronta?” Ela perguntou dolorosamente.
“Eu teria sido um inferno de um homem solitário. Você é tudo para mim, Geórgia. Você tem sido desde quando você era aquela menina tímida que roubou meu coração,” eu disse verdadeiramente.
Eu teria esperado também. Quanto tempo levasse. Não teria importado se eu fosse um homem de sessenta e cinco anos de idade, nunca teria tido outra mulher para mim.
“Mas...” ela sacudiu a cabeça. “Se fosse esse o caso, por que você nunca retornou minhas ligações?”
Eu balancei minha cabeça.
?Eu não sei sobre quaisquer ligações, Geórgia. Eu tenho o mesmo número desde que eu tinha quinze anos. Se você tivesse ligado, eu teria respondido.” Então eu me alterei. “Se eu fosse capaz. Qual número você ligou?”
Sua testa franziu. “O mesmo que eu venho te ligando.”
Peguei o telefone da mão dela e comecei a procurar através de seus contatos, encontrando dois números. Um como Nico, e um como Nicolas.
“Em qual deles você tem recebido chamadas de mim?” Perguntei olhando através de seu registro de chamadas.
Nico.
Chegando no outro número em seu telefone, eu não pude deixar de rir.
“Você tem o número do meu pai com o meu nome.” Falei ofegando.
“Mas... se eu tinha o número do seu pai isso significa... Meu Deus. Eu deixei para seu pai todas essas mensagens de voz. Eu praticamente derramei meu coração em todas elas!” Ela quase gritou.
Eu balancei minha cabeça. “Está tudo bem, Geórgia. Meu pai sequer sabe como usar o seu telefone. Ele ainda tem um aparelho de flip, se isso lhe diz algo. Eu não acho que ele ouviu uma mensagem de voz em todo esse tempo. Na verdade, se o telefone tinha capacidade para isso, é provável que ainda esteja lá.”
Ela se encolheu e andou para meus braços.
Apanhei-a, enterrando meu rosto em seu pescoço.
Ela cheirava a feno e o amaciante para roupa que ela usava. Um cheiro de algodão que era estranhamente atraente. Era também como eu estava começando a cheirar já que ela tinha sido a única a lavar a minha roupa ultimamente.
“Eu simplesmente não posso acreditar. Todos esses anos eu tenho ligado para seu pai. Como é que eu estraguei isso?” Ela perguntou.
“O número do meu pai e o meu são apenas um dígito diferente. O dele termina em 2122, e o meu termina em 2123,” expliquei.
Ela suspirou e a sensação de sua respiração contra meu peito foi o suficiente para fazer minha mente mudar da luta que estávamos tendo para fazer as pazes.
Nós nunca tínhamos feito sexo de reconciliação antes.
Mas estávamos prestes, se a sensação de sua mão correndo por meu lado nu pudesse dizer algo sobre isso.
“Geórgia, precisamos falar sobre controle...” eu tentei, mas a sensação de seus lábios correndo ao longo de meu mamilo me fez perder minha linha de pensamento.
Minha mão subiu envolvendo em seu cabelo e eu disse: “Eu não achava que essa brincadeira no mamilo faria o que fez para mim.”
Ela fez, no entanto. Ela fez o meu pau ir de meia-haste para completamente erguido, furiosamente duro em milissegundos.
Ela choramingou quando se apertou contra mim e sentiu a forma como meu pau estava na frente da minha calça jeans.
Sua boca trocou para meu outro mamilo enquanto suas mãos desceram e encontraram o cinto do meu jeans.
Minha mão desceu para a arma que eu tinha em minhas costas, e eu retirei-a, em seguida, coloquei-a sobre o balcão.
Em cima da hora, também, porque no momento seguinte minhas calças caíram em torno de meus tornozelos, assim como minha cueca.
Minha ereção saltou livre, batendo contra sua barriga como um peso pesado.
Pré sêmen escorria da ponta, molhando sua camisa, onde ele descansava em sua barriga, mas ela não se importava.
Em vez disso, ela rasgou a camisa de seu corpo e jogou-a a ermo.
Ela se enganchou na torneira, a ponta final pendurada no caminho de uma panela que eu tinha de molho na pia.
Nem um de nós gastou outro pensamento quando ela em seguida passou para seu sutiã.
Era um daqueles que fechava na frente, e ela não levou praticamente nada para tê-lo aberto.
Seus seios caíram livres, e meus olhos se fixarem em seus mamilos duros. Seus seios estavam pesados com a excitação. Seu peito e rosto vermelhos, seus olhos dilatados.
Observei tudo isso em uma olhada, esperando para ver o que ela faria em seguida.
Em todos os nossos encontros sexuais, sempre tinha sido eu quem iniciava o sexo.
Isso era novo para mim.
Surpreendeu-me como sensual ela era.
Como convincente seus movimentos eram.
A saia que ela usava seria a próxima a sair, contudo ela me surpreendeu, mais uma vez, levantando-a para puxar sua calcinha em vez de remover todos juntos.
Então, sem outra palavra, ela se virou e se inclinou sobre a mesa da cozinha.
Saliva acumulou na minha boca quando ela olhou por cima do ombro para mim, balançando sua bunda.
Eu sorri e sai da minha calça jeans que ainda estava em torno dos meus tornozelos.
Meu pau saltou a cada passo que eu dei e seus olhos ficaram colados ao movimento.
Lambendo os lábios, ela se deitou completamente sobre a mesa, abrindo as pernas um pouco mais antes de agarrar a borda e esperar.
Antecipação correu pelas minhas veias.
Quando finalmente cheguei perto o suficiente dela, eu cai de joelhos e corri minhas mãos para cima no exterior de suas coxas.
Elas eram suaves e macias, e oh tão sexy.
Seu sexo estava ao nível dos meus olhos, quando eu me inclinei e lambi.
Seu sabor único floresceu na minha língua, e todas as boas intenções sobre ir devagar voaram para fora da porra da janela.
Eu enterrei meu rosto em sua buceta, sufocando-me com seu calor.
Eu passei minha língua e mergulhei-a em seu núcleo, nariz correndo ao longo de seu períneo enquanto minha mão subia e ia direto para o seu clitóris.
Acariciei levemente duas vezes com a ponta do meu polegar, fazendo-a moer sua buceta de volta para mim.
Quando eu parei para respirar, eu enterrei dois dedos em sua buceta e inclinei-me de volta para lamber seus lábios sem pelos.
Ela engasgou e girava seus quadris quando um gemido escapou de seus lábios.
“Foda-me,” ela implorou.
Com mais duas estocadas de minha língua e a ondulação de meus dedos, eu fiquei de pé e alinhei meu pau.
Ela remexeu sua bunda e empurrou para trás.
Eu bati dentro dela, fazendo com que a mesa se movesse pelo menos dois centímetros pelo chão da cozinha.
Ela gritou, mas eu não diminuí.
Eu sabia que não era um grito de dor. Era um de prazer.
Ela engasgou com cada impulso dos meus quadris.
Toda vez eu puxei todo o caminho, deixando meu pau que estava brilhando com sua excitação parar em sua buceta antes de socar de volta para dentro.
Seu grito se tornou um longo gemido, e eu senti aquela particular sensação começando a fazer cócegas na base das minhas bolas.
Cada balanço dos meus quadris tinha o meu saco batendo contra seu clitóris.
E quando eu senti sua buceta começar a apertar o meu pau, eu perdi meu controle sobre a minha libertação.
No próximo impulso para frente, minhas bolas contraíram, e meus olhos apertaram-se fechados.
Ela gritou, e eu senti a pulsação rítmica do seu orgasmo, uma vez que a percorreu.
Sua vagina tornou-se mais lisa, e meu orgasmo assumiu.
Suas paredes vaginais extraíram a minha libertação a partir do final do meu pau.
Quentes, jatos grossos do meu sêmen atirados em seu canal em rajadas rápidas, e eu vi estrelas.
Minhas mãos desceram até seu traseiro e o apertei duramente.
Abri os olhos longos momentos mais tarde com o meu telefone tocando em minhas calças descartadas.
“Você pode querer atender isso,” ela engasgou.
Eu ri e puxei para fora de sua buceta.
Minha libertação vazou de sua buceta, trilhando o comprimento de seus lábios para escorrer sobre a mesa.
“Você vai ter que limpar isso. De verdade.” Ela riu enquanto se apoiava em seus cotovelos para olhar para mim.
Eu pisquei. “Minha senhora da limpeza está inoperante. Vou ter que ver sobre a contratação de uma nova.”
Ela balançou a cabeça e alcançou uma camisa minha que estava colocada sobre o encosto da cadeira mais próxima a ela.
Pegando, ela limpou a mesa do meu gozo, em seguida, começou a limpar a si mesma.
“Você sabe,” eu provoquei. “Eu estava planejando colocar isso de volta mais tarde.”
Ela encolheu os ombros sem se importar. “É uma maldita pena.”
O telefone parou de tocar, e eu não poderia dizer que eu me importava.
Eu descobri que eu gostava bastante do sexo de reconciliação, e toda a preocupação que eu tinha sentido antes tinha se dissipado.
No entanto, no momento em que eu comecei a colocar minha calça, ele tocou novamente.
Toda aquela preocupação voltou como uma vingança quando olhei no visor.
Merda.
Eu atendi o telefone e coloquei no meu ouvido. “Pena.”
“Ei,” Luke disse cansado. “Eu tenho algo que você precisa ver.”
CAPÍTULO 17
Merda apenas se tornou real. Agora assista enquanto eu acendo o filho da puta.
-Nico para seus companheiros
Nico
Eu estava dormente.
Minha cabeça parecia estar ouvindo incessantemente um ruído em volume máximo.
“Eles estão vivos,” eu disse, balançando a cabeça. “E não seriam nada bom se eles estivessem mortos. Eles têm que estar vivos.”
“A criança, pelo menos. Se tivermos sorte, as outras crianças. Quanto a Candice e Guy, estou assumindo que a maior parte desse sangue é deles. Há marcas da cadeira de rodas de Guy por todo o quarto. E elas levam até a porta do porão,” disse Luke, do seu ponto de vista no meio da sala.
A única coisa que continuava correndo por minha mente, uma e outra vez, foi que eu deveria tê-los verificado mais cedo.
Talvez, então, nada disto teria acontecido.
Puta. Que. Pariu.
Este lugar era um maldito desastre.
Sangue estava por toda parte.
Ele parecia doentiamente brilhante contra o tapete e o azulejo, ambos brancos, pela sala de estar e até a cozinha.
As marcas adicionais do que parecia algo que tivesse sido arrastado através do sangue era ainda mais desanimador.
“Como você sabe?” Perguntei, os olhos focando em um pequeno cobertor de bebê que estava parcialmente pendurado fora da cadeira, a pontinha arrastando no sangue ao lado do sofá.
O sangue foi lentamente se infiltrando no comprimento do cobertor, enquanto era absorvido pelo material esponjoso, e eu estremeci.
Tirando os sinais de luta e sangue, não havia outras evidências em volta ou dentro da cena.
Eu tinha sido chamado somente após a cena ter sido periciada para coleta de qualquer evidência. Ainda era uma cena de crime, mas eles não recolhiam mais nada devido às tantas pessoas caminhando por toda a área.
Quando ninguém respondeu, eu tentei novamente.
“Como isso foi descoberto?” Perguntei, os olhos examinando a área um pouco mais.
“Dica de sua mulher, quando dissemos a ela sobre o suicídio. Ela estava falando com a recepcionista sobre a garota que ela realocou.” Luke murmurou, os olhos vazios.
Meu cérebro estava tentando compreender exatamente o que meus olhos estavam mostrando, mas estava um pouco lento na captação, e eu fiquei grato.
Eu sentia muito carinho por esta família, e saber que algo ruim tinha acontecido com eles realmente tinha desfiado meu coração em pequenos pedaços.
De repente, no entanto, algo me ocorreu.
“O cachorro. Onde está o cachorro?” Perguntei, meus olhos correndo ao redor rapidamente.
Luke sacudiu a cabeça, e o Detetive O'Keefe se aproximou, guardando seu celular em seu bolso.
“Nenhum cachorro. Não vi um desde que cheguei aqui,” disse O'Keefe.
Algo estava me incomodando, e precisou ter meus olhos novamente no cobertor encharcando de sangue para que eu finalmente entendesse o que meu cérebro queria me dizer.
“O cachorro. O cachorro nunca deixou o bebê sozinho. Ele estava obcecado com ela. Dormia com ela à noite. Encontrem o cachorro,” eu disse de repente.
O'Keefe e Lucas me encararam como se eu tivesse ficado louco, mas eu estava balançando a cabeça antes que qualquer um dos dois pudessem contestar minha afirmação.
“Sério. Encontrem a porra do cachorro. Comet os seguiu por todo o caminho até o escritório do pediatra vinte minutos dentro da cidade na primeira consulta de Angel. A partir de então eles tiveram que mantê-lo trancado quando eles saiam. Eles cometeram o erro mais três vezes desde então, e cada vez ele encontrou uma maneira de sair de casa e os seguia. Por favor, procurem o cachorro. Ele tem um microchip nele que o rastreia. Eles tiveram que fazer isso depois da última vez que ele saiu,” eu enfatizei.
Não é preciso dizer que eles procuraram pelo cão.
***
“Puta que o pariu. Você estava certo!” John afirmou vinte minutos depois.
Eu balancei a cabeça em concordância. “A porra de um bom trabalho, homem. Eu sabia que você poderia fazê-lo.”
Ele deu de ombros, jogando fora o elogio como se não fosse nada demais, mas foi.
“Beacon localizado na 65556 CR 968,” disse John, lendo o endereço em sua tela.
A equipe não perdeu tempo se preparando.
Eu também não. Não havia nenhuma maneira que eles pudessem me manter fora disso.
Todos nós parecíamos sombrios quando fizemos o nosso caminho para o caminhão blindado que usamos para invasões.
Todos nós, exceto Downy, na verdade.
Ele foi obter o nosso mandado do juiz, e iria nos encontrar lá.
Eu dirigi por cinco longos silenciosos minutos, até um bom terreno no meio de uma propriedade em Kilgore. Estava a menos de cinco minutos de tudo, e um dos maiores bairros familiares na área.
Minha confiança de que o cachorro não iria deixar o bebê começou a minguar.
Certamente um bairro como este não poderia abrigar um assassino... certo?
Ainda assim, eu estacionei cerca de duzentos e cinquenta metros de distância, ficando sob as copas das árvores que sombreavam quase toda a rua.
Nosso veículo preto se misturava perfeitamente com as sombras, e isso era intencional.
Apesar de que seria visível se alguém olhasse de perto, ele também não ia ser óbvio se alguém estivesse apenas examinando a área.
“Downy está aqui,” eu disse, observando quando seu veículo pessoal parou atrás de nós.
Ele saiu, vestido da mesma forma que nós, só que o seu colete agora também tinha K-9 no canto superior direito.
“Bom,” Luke suspirou.
Downy afastou o cachorro da porta do caminhão antes de trancá-la manualmente e veio direto para a gente com Mocha seguindo seus passos.
Ele deu a volta para o lado do passageiro desde que as portas traseiras não abriam a partir do exterior sem a chave.
Apertei o botão de destrava no mesmo momento que sua mão encontrou a maçaneta da porta.
Ele não teve que dizer uma palavra enquanto o mais novo membro de nossa equipe, Mocha, pulou para dentro e se estabeleceu no chão entre os dois bancos.
“Resolvido. Juiz Rice estava fodidamente furioso, também. Foi ele quem concedeu a custódia temporária para Candice e Guy. Nem precisa dizer que ele não demorou muito para ser convencido,” Downy retumbou, olhos digitalizando além do bairro.
Eu suspirei, não, não precisaria de muito, isso era certo.
A família Spears era muito conhecida em nossa pequena cidade. Com Guy sendo um herói de guerra, e então a família recebendo todas as crianças adotivas que podiam suportar, eles eram um casal reverenciado, amado e protegido na comunidade.
“Tudo bem, então aqui está o que vamos fazer,” Luke chamou da parte de trás.
Todos nós observamos o monitor a frente com o que estava acontecendo na parte de trás, vendo como Luke planejava o que faríamos.
Enquanto estávamos falando, uma fila de carros de polícia tinha começado a se formar atrás de nós. Alguns do departamento do xerife, outros de patrulha da estrada. A maioria, porém, vinha dos policiais da KPD fora de serviço.
Uma vez que tivemos nossos direcionamentos, a equipe saiu e retransmitiu aos outros policiais, que não eram da equipe da SWAT, o que eles teriam que fazer.
Policiais são um grupo resistente.
Eles poderiam lidar com qualquer situação e mal piscar um olho; eles recebem ordens muito bem. Eles queriam que a operação acontecesse sem problemas, e qualquer coisa que pudessem fazer para ajudar, eles fariam.
“Todo mundo entendido?” Perguntou Luke.
Como só havia um modo de entrar e uma saída, e nós estávamos estacionados na entrada, tivemos apenas uma opção.
Caminhar até a casa.
Que foi o que fizemos.
Depois que um oficial bateu em cada porta dizendo-lhes para permanecer em suas residências, fizemos o nosso caminho para a casa, observando as casas vizinhas enquanto caminhávamos.
“Atirador, você está posicionado?” Luke perguntou através de seu microfone.
Nós estávamos todos espalhados, cada um de nós tomando uma direção diferente para chegar à casa.
Eu estava na parte de trás, cruzando as cercas.
Pelo menos a polícia tinha conseguido prender todos os animais. Às vezes eu não tinha a mesma sorte e só tinha que me mover rapidamente.
Minha AR-15 foi amarrada as minhas costas enquanto eu pulei de cerca em cerca.
Era calmante sentir o peso no ombro direito até meu rim esquerdo.
Granadas de efeito moral amarradas a minha cintura, e meu Taser14 ao meu lado, e a minha pistola automática calibre .45 amarrada à minha coxa direita. Tudo estava onde deveria estar.
Se eu tivesse que puxar uma arma, seria ela que eu escolheria a menos que eu tivesse certeza do que estava ao meu redor. Não era correto atirar em um espectador com as grandes rodadas que a AR usava.
Eu pulei o muro final da casa que estávamos indo, e parei antes da luz que se projetava do poste na rua em frente.
Retirando a câmera que era do tamanho de uma borracha cor de rosa, a conectei na cerca e disse em voz baixa no meu microfone. “A câmera está na parte de trás.”
“Entendido,” John confirmou. “O quintal parece limpo. Não há nenhum movimento nas janelas.”
Com isso, todos nós entramos.
***
Três horas mais tarde
Nós estávamos do lado de fora do hospital quando Geórgia chegou.
Ela não parou para falar com a gente, porém, e seguiu para a entrada da frente, em vez da lateral em que nós estávamos.
“Sua mulher está aqui,” Downy disse secamente, passando a palma da mão sobre sua cabeça.
Eu concordei. “Sim.”
As últimas três horas tinha sido fodidamente horríveis, e o resultado final foi a morte de quatro pessoas.
Essas quatro pessoas sendo Candice e Guy Spears, assim como Anton e Masha Sergei.
E com elas, todas as respostas a respeito do porquê.
O único ponto brilhante em tudo foi que todos as sete crianças que estavam na casa, estavam bem.
Nós tínhamos os colocado para fora da casa antes do real tiroteio começar, graças a Deus.
A morte de inocentes sempre era difícil de aceitar. As mortes de inocentes crianças, por outro lado, era insuportável.
Eu fiquei onde estava, deixando-a fazer seu trabalho.
Não tinha sido eu quem a chamou.
Detective O'Keefe tinha chamado seu chefe, que tinha então chamado ela desde que as quatro crianças estavam sob seus cuidados. E agora havia mais três crianças que Sergei havia adotado.
“Ei, você chegou a falar com aquela garota que deu a Sergei essas crianças?” Perguntei para O'Keefe.
Ele balançou a cabeça e levantou o caderno de seu bolso. “Sim. Ela não foi útil em nada. Ela pediu um advogado quase imediatamente. Eu vou me encontrar com eles mais tarde.”
Eu balancei a cabeça. “Você se importa se eu for junto?”
Ele sacudiu sua cabeça. “Não. Não me importo se você for.”
***
“Ela sabe alguma coisa. E seja o que for, eles estão ameaçando-a,” eu murmurei para O'Keefe.
O'Keefe assentiu.
“Certo como o inferno,” ele concordou. “Eu vou falar com o juiz, ver se eu posso obter um mandado com o que eu tenho.”
O que ele tinha não era muito, já que Stephanie tinha se recusado a falar.
O advogado dela tinha falado a maior parte e se recusou a dar uma informação sequer. O que eu suponho que seja o que um bom advogado faria.
Ainda era uma merda para nós, no entanto.
“Você vai me manter informado?” Eu perguntei quando retirei o meu telefone para verificar a hora.
Ele me deu um olhar ofendido. “Eu não te dei informações antes mesmo de você perguntar o caso inteiro?”
Bati-lhe levemente nas costas e saí da sala de interrogatório.
Surpreendentemente, eu não estava paralisado quando saí do edifício. E ainda mais surpreendente, eu não estava paralisado quando eu fiz o meu caminho para o meu carro alugado, um doce pequeno Tahoe15 que eu tinha cogitado em pegar quando eu tinha comprado a minha camionete.
Era, na verdade, muito bom, mas eu gostava e sentia falta muito mais da minha camionete.
Enquanto eu dirigia para casa, eu pensei sobre tudo o que havia acontecido naquele dia, e como minha vida tinha ficado tão fora de controle.
Quando cheguei em casa, fui direto para o meu quarto e caí na minha cama, onde comecei tirando um cochilo de três horas.
CAPÍTULO 18
Coisas ruins me seguem. É sério, talvez você devesse andar na frente.
-Nico para a Geórgia
Nico
“Este dia foi mesmo um dia muito ruim,” Geórgia desabou sobre a cama ao meu lado.
Eu balancei a cabeça. “Sim.”
Concordei plenamente. Na verdade, ele tinha sido fodidamente horrível.
“Eu tenho as crianças espalhadas por toda a cidade. Todas com policiais, acredite ou não,” ela suspirou.
Minha cabeça virou-se para ela com surpresa. “Sério?”
Ela assentiu com a cabeça, enterrando a cabeça ainda mais no travesseiro ao meu lado. “Sim. Angel está com seu chefe.”
Eu acreditei. Chefe Rhodes tinha um fraquinho por crianças. Ele havia perdido seu único filho, durante um exercício de treinamento no Iraque no início do ano passado. Sua esposa e ele ficaram compreensivelmente devastados e tinham estado em uma severa depressão desde então.
Eram as chamadas sobre crianças que sempre fizeram o Chefe Rhodes reagir melhor. Ele sempre dizia, “As crianças são o nosso futuro. Eles não têm nada, e não tem um pingo de corrupção neles ainda. Ensine-os bem, e eles poderão salvar o mundo. Trate-os mal, e eles podem se tornar seu próprio pior inimigo.”
“Bom para ele. Ele merece isso e muito mais. Eles estão pensando em recebê-la apenas por uma noite, ou por um período prolongado?” Perguntei, virando-me para olhar o rosto dela.
Seus olhos estavam fechados, mas quando ela sentiu o meu olhar sobre ela, os abriu e sorriu. “É apenas até eles encontrarem casas adotivas pré-aprovadas na área. Embora o Estado esteja disposto a colocá-los todos através de aceleradas aulas de adoção, se eles estiverem interessados em fazê-lo a longo prazo.”
Eu balancei a cabeça e envolvi meu braço em volta de sua cintura, puxando-a para mais perto.
Ela veio por vontade própria, colocando a mão no meu peito e afundando-se na curva do meu braço.
Seus lábios tocaram a pele sensível do meu pescoço, e eu fechei os olhos, tentando não lembrar do quão ruim hoje foi.
Eventualmente, caí em um sono profundo, mas meus sonhos não eram agradáveis.
Todos eles consistiam em tudo que eu já tinha feito de errado na minha vida.
Perdendo meu melhor amigo. Conseguindo que pessoas inocentes fossem mortas. Quase perdendo o amor da minha vida.
Eu acordei em torno de duas horas mais tarde em uma cama fria e vazia e saí da cama em um pânico leve.
A névoa do meu sonho ainda estava sobre mim, então quando eu a encontrei na sala de estar assistindo a reprises de I Love Lucy, eu não estava o mais racional quando a puxei sobre as costas do sofá e enterrei meu nariz na curva de sua garganta.
Após longos momentos, suas mãos começaram a acariciar minha cabeça, dando-me o toque suave de sua pele na minha.
“Sonho ruim?” Ela perguntou quietamente.
Eu andei em torno do sofá e caí, soltando-a para que ela caísse na almofada ao meu lado.
Eu balancei a cabeça, e ela deitou a cabeça no meu ombro. “Sim, fodidamente brutal. Eles nunca param, tampouco. Eles só pioram. Antes, não haviam crianças neles. Agora há.”
Ela suspirou. “Eu tive um sonho ruim, também,” ela admitiu.
Eu bufei. “Farinhas do mesmo saco nós somos.”
Com pena da minha extrema apatia em assistir I Love Lucy, Geórgia trocou de canal até que ela viu o filme mais antigo do Homem Aranha no FX.
Eu enrolei meu braço em torno do seu ombro, e nós assistimos o filme mais velho comparando-o com o novo.
“Eu quero que você me beije como o Homem Aranha beija a Mary Jane,” Geórgia disse, sentando no meu colo.
Franzi minhas sobrancelhas em confusão. “De cabeça para baixo?”
Ela riu. “Não, bobo. Como se você me amasse.”
Minhas mãos levantaram, e eu segurei a lateral de seu rosto. “Querida,” eu sussurrei, inclinando-me para perto. “Eu te amo mais do que o meu mais velho par de Wranglers16. Toda vez que eu te beijar, eu estou te beijando como se eu te amasse. Porque eu o faço, eu te amo. Mais do que qualquer coisa.”
Ela torceu o nariz para mim. “Mais do que qualquer coisa?”
“Bem,” eu hesitei. “Eu sou muito apaixonado pelos tacos da minha mãe.”
Ela me deu um tapa no peito, e eu puxei-a para perto do meu corpo e rolei, prendendo-a com as mãos acima da cabeça.
“Mais do que eu preciso da minha próxima respiração. Mais do que eu preciso de uma bebida no meio de uma tempestade de areia iraquiana. Mais do que eu queria dormir durante a Semana Infernal,” eu sussurrei, olhando profundamente em seus olhos. “Mais do que absolutamente tudo. Mais do que minha própria felicidade. Mais do que minha própria vida. Isso é o quanto eu te amo.”
Suas mãos embrulharam em volta dos meus ombros e seus quadris se ergueram do sofá para escovar seu calor contra o meu pau meio duro.
Infelizmente, isso foi o suficiente para remover a minha atenção da nossa conversa, enviando o sangue que eu precisava para pensar direto para meu pau. Meu cérebro tinha suas prioridades, é claro.
Este sexo foi rápido, cru e sujo.
E cada pedacinho dele foi feito por ela.
Depois que ela me empurrou contra o sofá, eu encontrei seus seios pequenos e doces balançando na frente do meu rosto.
Ela tinha perdido a camisa quando montou em meu colo, e meus olhos tinham ficado imediatamente presos neles.
Quando eu ia capturar um dos seus mamilos em minha boca, ela se afastou, mas apenas para puxar a calcinha para o lado, empurrar minha cueca para baixo das minhas bolas, e empalar-se no meu pau.
Então ela começou a me cavalgar furiosamente.
Como se ela estivesse em uma corrida até o final.
Para ser honesto, ela estava. Porque do jeito que ela estava me montando, a forma como sua doce e quente buceta apertou meu pau duro, eu era um caso perdido.
Eu estava tão perdido na forma como ela assumiu o controle, que eu não tinha percebido o quão perto eu estava até que a sensação começou a ferver na base das minhas bolas.
“Ah, foda, eu estou perto,” eu estava ofegante, inclinando-me para capturar um de seus mamilos.
Ela não respondeu, simplesmente jogou sua cabeça para trás e gozou.
Fiquei tão surpreso que ela tinha gozado tão rápido que eu não prestei atenção à reação do meu próprio corpo à ela.
Em questão de momentos eu estava gozando também, atirando dentro de sua buceta molhada.
Como sempre, eu voltei longos momentos depois, quando o sangue finalmente decidiu correr de volta para o meu cérebro sedento de oxigênio, com Geórgia ofegante em cima de mim.
Meu pau ainda estava enterrado profundamente nela, e ainda tão duro quanto antes.
“O que você fez comigo?” Perguntei.
Ela bufou. “Nada que você não tenha feito para mim.”
Ela estava certa, e eu não podia esperar para fazê-lo novamente.
CAPÍTULO 19
O único controle de natalidade que vale a pena é ouvir um bebê gritar por 6 horas seguidas enquanto você está vomitando e não tem comido nada em quatro dias.
-Reese para a Geórgia
Geórgia
Merda, merda, merda. Apenas conte-lhe logo, Geórgia! Não é como se ele fosse ficar furioso. Ele provavelmente vai ficar feliz.
Tenho evitado trazer à tona o assunto durante toda a noite, mas eu sabia que não podia evitá-lo por muito mais tempo. Especialmente quando esta manhã eu quase cuspi a água que eu tinha conseguido engolir logo antes de Nico aparecer para nossa corrida.
Eu tinha certeza que ele ia descobrir. Ele era um policial, depois de tudo. Não era isso o que eles faziam?
“Nico...” eu comecei a dizer, mas o Pager dele tocou.
Ele se levantou e caminhou até ele.
Estava debaixo de uma camada de correspondências que ele não tinha limpado em quase duas semanas. Desde que ele tinha sido posto de licença da KPD.
Com um olhar no visor, ele foi em direção ao seu quarto, e eu estava em seu encalço.
Aparentemente estar em licença da força não significava sair da equipe SWAT.
“Como você é capaz de atuar na equipe SWAT, mas ficar livre da patrulha indefinidamente?” Eu perguntei a Nico enquanto o seguia para o quarto.
Ele já tinha retirado sua camisa no momento em que eu cheguei no quarto, e estava vestindo uma preta que pegou no armário.
Ele trocou as calças de pijama de flanela, pegou suas botas pretas de combate no chão do armário e colocou-as em seus pés calçados com meias.
Ele olhou para mim e encolheu os ombros. “Eles não podem ver o meu rosto.”
Eu esperei por mais, mas não eu obtive nenhuma outra informação.
Desde que ele não parecia estar com vontade de expandir sua resposta, eu deixei para lá.
Sentei-me na cama e o observei puxar a arma debaixo da cama, seguido por seu crachá e algumas munições extras.
A última coisa que ele pegou foi seu telefone celular da mesa de cabeceira.
Depois de colocar tudo em uma mão, ele se inclinou e me deu um beijo no topo da minha cabeça antes de me deixar. “Tchau, amorzinho. Te vejo quando eu chegar em casa.”
Meu estômago tremulou no apelido que ele havia me dado17. Quando ele começou a me chamar assim, foi que me alertei que não tive o meu período em todo o tempo que eu estava de volta em Kilgore.
Ele disse que começou a me chamar assim por causa da maneira que eu amava meus ‘filhos’ no trabalho. Mal sabia ele que estava lacrando nas suas afirmações. Ele não sabia ainda, mas isso ia tornar-se a mais genuína das verdades.
***
Nico
O Agente Especial Lawrence foi o primeiro homem que vi no quarto do hospital quando abri meus olhos.
Imediatamente, eu queria fechá-los novamente.
“O que você quer?” Resmunguei. “Onde está minha mulher?”
Agente Lawrence olhou para mim com pena.
“Você tem duas opções, e eu tenho certeza que você não vai gostar de nenhuma delas,” ele suspirou.
Meus olhos percorreram a sala, e caíram sobre a cena que estava se repetindo mais e mais na TV.
Nós estávamos na CNN.
A repórter, que eu não gostava, porque ela não apoiava nem os militares, nem a aplicação da lei, falou sobre o incidente, que provavelmente foi um dos ‘maiores erros que a máfia tinha cometido em anos.’
“A equipe SWAT de Kilgore, Texas, composta por sete homens, entrou na casa de um dos mais proeminentes membros da máfia russa e de sua esposa no início desta tarde. A equipe estava cumprindo uma ordem judicial para a prisão de Adam Ágata e sua esposa Stephanie Martin Ágata. Os Ágata eram suspeitos de estarem ligados à morte de um herói militar aposentado e sua esposa. Ao entrar na casa, os membros da SWAT foram agredidos com uma saraivada de tiros de não apenas os Ágatas, mas quase cinco outros suspeitos de serem membros da família do crime russo localizado no Texas. As notícias sobre o caso ainda estão surgindo, e o chefe de polícia de Kilgore PD se recusou a comentar sobre o assunto.”
Minha mente estava revivendo os eventos enquanto a apresentadora falava tudo o que sabia. Voltei para a manhã em que tinha entrado na casa. O tiroteio que tinha começado entre a equipe da SWAT e os ocupantes da casa. A primeira a cair foi a esposa. O segundo, o marido. Os outros seguiram pouco tempo mais tarde enquanto os tiros continuaram a chover. E tinha sido um massacre.
Eu tinha tomado uma bala na parte mais baixa do peito esquerdo e no braço direito.
Os outros tiveram mais sorte, saindo com pequenos arranhões e contusões entre a maioria deles.
A declaração de encerramento do repórter quebrou minha recontagem quando a âncora de notícias finalizou seu noticiário com uma crítica ao departamento de polícia KPD, pela maneira que toda a situação tinha sido tratada.
Toda reportagem levou menos de quatro minutos, mas parecia uma vida.
“Eu posso ver que você está entendendo o que isso significa,” Agente Lawrence perguntou suavemente.
Eu assenti com a cabeça. “Guerra.”
Ele ficou em silêncio por longos momentos. “Dos papéis que fomos capazes de recuperar dos arquivos pessoais de Stephanie, ela aceitou subornos para apressar adoções, deixando de observar certos detalhes. Ela tinha feito isso para todos os filhos da família Sergei, assim como quase doze outras crianças. O que a companhia tinha pensado ser uma impecável taxa de adoção, acabou sendo Stephanie dando crianças a pessoas que tinham, em seguida, feito muitas coisas ruins para elas. Alguns dos quais incluem estupro, vendendo-os no exterior, e recolhendo os dividendos que o Estado envia todos os meses sem que a criança visse nada disso.”
Eu queria atirar nela novamente. Pena que ela já estava morta.
“O que mais?” Eu perguntei quando vi que ele tinha mais em sua mente.
“A partir de agora, não temos muitas outras informações do que aquelas que recebemos imediatamente após o mandado ser realizado. No entanto, sabemos duas coisas.”
“O que é?” Perguntei, com um pressentimento de que eu sabia exatamente onde isso estava prestes a chegar.
“Você é um alvo. E assim como toda a sua equipe,” disse o agente Lawrence sem inflexão em sua voz.
Eu balancei a cabeça novamente. “Sim.”
“Dois, seu nome foi o único divulgado. Todos os outros foram protegidos e nós nos certificamos de mantê-los assim,” Lawrence assegurou.
“O que isso tem a ver comigo?” Perguntei, cansado.
“Houve um sobrevivente,” disse o agente Lawrence.
Abri os olhos, que eu não havia percebido ter fechado e o encarei.
Todos eles tinham sido mortos.
“O que você quer dizer com houve um sobrevivente?” Eu rosnei.
Todos eles tinham sido mortos. Eu mesmo tinha verificado os pulsos deles.
Então me lembrei de algo. Algo que estava no fundo da minha mente todo esse tempo.
Quando eu tinha entrado pela entrada dos fundos, eu tinha visto o que eu pensei inicialmente ser o marido no cômodo com a criança. Mas se aquele tivesse sido o marido, quem era o homem que Stephanie Martin continuou chamando enquanto ela tentava rastejar pelo chão para um homem que tinha sido morto por uma das balas do atirador James?
“Levaram o garoto?” Perguntei.
Ele assentiu. “Você foi o único que o viu. Você contou sete quando o resto contou só seis.”
Uma batida na porta me fez olhar para cima, e eu vi o emblema de ouro brilhante pendurado na cintura de um homem usando um chapéu de cowboy grande na cabeça.
Um Texas Marshal18.
“Você quer que eu vá para o programa de proteção às testemunhas,” eu disse oco.
Ele assentiu. “Sim.”
“Posso levá-la? Geórgia” Perguntei temerosamente.
À sacudida de cabeça, virei-me para o Texas Marshal e o encarei, sabendo que eu só tinha uma opção. “Vocês podem vigiá-la? Eu não vou se não puderem. Se meu nome foi o único divulgado, minha família e a minha mulher serão os primeiros que eles procurarão para me tirar do esconderijo.”
Eles acenaram. “Nós sabemos. Eles terão vigilância 24 horas durante o tempo que for preciso. E há vinte minutos atrás, você teve uma embolia e morreu.”
Minha cabeça caiu para trás, batendo no travesseiro com um ruído surdo.
Eu me senti mal do meu estômago.
Ela iria achar que eu a abandonei mais uma vez.
“Posso falar com ela mais uma vez?” Perguntei. “Contar para ela o que está acontecendo?”
Ambos disseram ‘não’ imediatamente, e eu quase morri por dentro.
Apenas quando eu pensei que eu tinha tudo, tudo desabou, escapulindo da minha mão como um saco de papel rasgando e seu conteúdo se derramando descuidadamente por todo o chão.
Todas as coisas que poderiam quebrar, quebrariam. Era uma lei.
As palavras que eu tinha falado com Geórgia apenas ontem repetindo-se em minha mente.
Mais que absolutamente tudo. Mais do que minha própria felicidade. Mais do que minha própria vida. É o quanto eu te amo.
Juro por Deus que não estava chorando. Eu estava molhando minha barba. Então eu ri sem graça. Eu deveria saber. Eu não merecia nada de bom. Especialmente algo tão belo e perfeito como Geórgia.
Então algo aconteceu. Eu não sei o que era. Minha cabeça começou a bater, e meus olhos ficaram atordoados.
Quando tentei abrir meus olhos, eu não podia.
O calor começou a derramar pelo meu peito, e eu ouvi alguns sons altos vindos de cima de mim.
Código azul. Código azul.
O que era código azul?
Naquele ponto eu já não me importava. Minha cabeça latejava, e eu não podia arranjar vontade de me importar com qualquer coisa.
Qualquer coisa que seja, exceto os olhos bonitos de Geórgia. A forma como sua voz soava de manhã, toda rouca e áspera do sono. O jeito que ela costumava rir por cima de seus ombro sobre alguma coisa que eu tivesse dito.
Precisamos de um carrinho de parada aqui. Epi19. Eu preciso de Epi. Imediatamente.
Então eu deslizei em algo abençoadamente próximo à paz, pela primeira vez em quase oito anos.
Eu te amo, amorzinho.
***
Geórgia
Eu acordei cinco horas mais tarde no sofá por uma batida na porta.
Meu rosto estava colado ao couro por uma camada fina do que eu só poderia assumir que fosse cuspe, e eu estava muito certa que eu parecia realmente horrível.
Eu tinha adormecido esperando por Nico voltar, e finalmente tinha deitado em seu sofá para que eu pudesse vê-lo no momento em que entrasse pela porta.
Só que ele não tinha entrado pela porta.
Ele definitivamente não teria batido.
Eu encontrei Bennett na porta.
Ele sequer tinha que me dizer.
O olhar em seu rosto, e o vermelho ao redor de seus olhos demonstrando que ele tinha chorado... Ou tinha tentado realmente não chorar, era suficiente.
Nico estava morto.
E eu estava sozinha novamente.
“Não,” eu balancei a cabeça. “Não, Bennett. Por favor, não faça isso comigo. Por favor.”
Sua cabeça abaixou, e eu perdi a cabeça.
Mas através de minhas lágrimas eu me lembrei.
Minha mão flutuou para minha barriga. Para a vida por nascer morando debaixo da palma da minha mão.
Bem... não sozinha. E esta tinha sido a promessa de Nico, não foi? Que eu nunca estaria sozinha novamente.
Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, e minha respiração ficou presa em minha garganta.
Os braços de Bennett enrolaram em torno de meus ombros e me puxou para o seu peito.
Parecia tudo errado.
Ele não era Nico.
Seus braços não se pareciam como deveriam.
Foi quando me bateu.
Eu nunca teria aquela sensação novamente. Não agora. Não nunca.
Você prometeu!
CAPÍTULO 20
Dizem que todas as coisas boas chegam a um fim... bem esses filhos da puta pode se foder. -Alimento para o pensamento
Geórgia
Dia 4
Meus olhos focaram na faixa de luto em torno do distintivo de Bennett.
Todos os policiais estavam usando-os.
Era o protocolo do departamento.
Hoje seria o último dia que eles usariam, já que era o dia do enterro.
Era uma simples faixa confeccionada com tecido preto que se encaixava em torno do meio do crachá em sua parte mais larga.
Ele cobria todo o meio do crachá, embora fosse menos de meio centímetro de largura.
O mesmo acontecia com os carros que estavam na carreata que levaria as cinzas de Nico da igreja para o cemitério.
“O Oficial Nicolas Giuliani Pena era um homem maravilhoso. Ele era um oficial exemplar, um irmão e filho amoroso, e um protetor. Nico e eu nos conhecemos durante a Semana Infernal. A Semana Infernal é conhecida por todos. Sabíamos que seria difícil. O que eu não sabia era que seria tão difícil.” O sorriso de Bennett era triste. “Nico sempre teve uma necessidade de unir. Havia apenas... alguma coisa. Ele nos manteve indo. Ele nos levantou. Ele nunca nos deixou para trás. Ele salvou minha vida. Ele salvou tantas vezes que eu sequer posso começar a contar. Ele me trouxe para casa, para minha filha, então chutou a minha bunda para me juntar à SWAT da KPD com ele.”
Bennett abaixou a cabeça, e ele olhou para suas mãos.
“Eu estava diferente depois que eu saí. Ambos saímos por razões diferentes. Eu nunca soube a dele, mas eu sabia a minha.” Ele respirou fundo. “Eu não queria deixar minha filhinha sem ambos os pais. Ela precisava de mim, e Nico me apoiou em cada passo do caminho.”
Sua voz tremeu com o que ele falou em seguida. “Às vezes eu pego o telefone para ligar para ele, e é só quando eu escuto o correio de voz que eu percebo o que eu fiz.”
Eu meio que desligo depois disso. Eu não quero ouvir mais nada.
Era eu que recebia essas chamadas. Era eu que segurava o telefone dele na minha mão e rezava que ele estivesse lá para respondê-las.
Eu sentava na beira da cama e olhava a porta, lembrando-me de como ele costumava deixá-lo em qualquer lugar, então corria ao redor da casa freneticamente procurando por ele.
Era como um jogo para ver se ele poderia encontra-lo antes que ele parasse de tocar.
Ele nunca conseguiu, mas ele sempre estava lá para a segunda chamada.
Mas as segundas chamadas não vinham mais.
Ele não corria freneticamente mais. Ele não gritava de alegria se ele conseguisse alcançar o telefone em tempo.
Eu segurava o telefone na minha mão, assistia à luz na tela com uma chamada recebida, e chorava.
O silêncio foi o que me fez levantar a cabeça, e eu olhei para o sacerdote enquanto ele olhava para mim.
Eu devo ter perdido a introdução, mas eu sabia que era a minha vez.
Eu tinha pedido para falar.
Todo mundo tinha tentado me convencer do contrário, mas eu queria.
Eu precisava.
Levantei-me e fiz meu caminho passando entre os homens da equipe de Nico. Eles se levantaram, me dando passagem, me confortando com um tapinha nas costas ou um aperto no braço.
Eu não olhei para eles.
Quando finalmente cheguei ao altar, o padre apertou minha mão e me deu a palavra.
Eu não olhei para cima. Eu sabia que se eu fizesse, eu nunca conseguiria fazer meu discurso.
Eu só tinha algumas coisas a dizer. Aquelas que precisavam ser ditas.
“Conheci Nico no verão que eu fiz treze anos,” eu disse. “Ele era tão proibido que eu não poderia contar o número de maneiras que era errado. Ele era mais velho do que eu. Ele era o irmão da minha melhor amiga. Ele era católico. Eu era católica. Haviam regras que era esperado que nós seguíssemos. Regras que nós quebramos.”
Respirei pausadamente.
“Eventualmente, nós nos apaixonamos. Superamos todos os obstáculos que foram colocados diante de nós. Então, algo trágico aconteceu. Meu pai tirou a vida de dois dos meus irmãos e da minha mãe antes de tirar a sua própria.” Eu brinquei com o programa que estava sobre o púlpito. “Eu teria morrido naquele dia, junto com o resto dos meus irmãos, se não fosse por ele. Foi sua voz calma que me disse o que fazer, literalmente. Ele me ensinou tantas coisas. Coisas que eu pensei que ele estava sendo paranoico; obviamente, eu estava errada.”
Eu finalmente olhei para cima, fazendo contato visual com o pai de Nico.
Eu não conseguia desviar o olhar.
Ele parecia tanto com Nico que fez meu coração doer.
“Agora ele não vai estar lá para ensinar ao nosso filho essas coisas, mas tenho muita esperança que os amigos de Nico não vão desapontar nosso bebê. Ele vai saber essas coisas. Ele vai saber quem era seu pai. Ele vai saber que o seu pai era um homem bonito.” Eu tive que desviar o olhar do rosto coberto de lágrimas de seu pai, e foquei no rosto de Bennett.
Eu o vi acenando com a cabeça para mim. Eu sabia que ele o faria. Luke estava balançando a cabeça também.
Então meus olhos se voltaram para a linha de SEALS que tinham de alguma forma encontrado tempo para virem para o funeral de Nico.
Eles eram doces, e eu amei cada um deles. Eu não os conhecia bem, mas eu sabia que iria.
Eles estavam balançando a cabeça, também.
Eu podia ouvir o choro da mãe de Nico na primeira fila. Eu sabia que suas irmãs estavam chorando também.
Eu não olhei para elas. Eu não podia.
“Meu coração se dividiu em dois no momento em que ele me deixou. Um lado está cheio de memórias dele. O jeito que ele costumava me acordar, brincando com o meu cabelo. A maneira como ele costumava olhar para mim quando ele pensava que eu tinha feito algo estúpido, não que ele diria isso. O jeito que seu rosto se iluminava no momento em que me via andando em sua direção.” Eu olhei para baixo novamente. Perdendo minha batalha para as lágrimas. “A outra metade morreu com Nico. Ela nunca será completa novamente. Cada noite eu deito acordada lembrando o que tínhamos, e eu sei que nunca será o mesmo. Eu tenho uma coisa, porém, que vai me manter seguindo em frente. E isso é um pedaço dele que vai se tornar algo que eu sei que Nico iria se orgulhar.”
Eu não notei a figura bem no fundo da sala enxugando as lágrimas. Não percebi quando sua respiração ficou presa na garganta com a menção da vida dentro de mim.
Mas de alguma forma eu sabia, um sexto sentido, se é assim que o chamam, que minha vida não seria realmente tão desesperadora como eu fiz parecer.
Dia 83
Segundo o Google, meu mais novo melhor amigo, a gravidez de uma mulher humana durava duzentos e oitenta dias.
Eu estava no dia 143.
Mais da metade do caminho feito, e eu não me sentia melhor agora que oitenta e três horríveis dias atrás.
A vida continuou.
Eu ainda ia trabalhar. Eu ainda era paga. Eu ia ao médico quando me diziam. Ia para casa. Eu comia.
Na verdade, eu só fazia por fazer. Eu fiz o que era esperado que eu fizesse para que ninguém ficasse. Eu não os queria lá.
Eu não podia chorar com eles lá.
A primeira vez que eu senti a vida dentro de mim se mover, eu chorei por quatro horas seguidas.
E eu não podia fazer isso com eles pairando sobre mim. Algo que todos eles gostavam de fazer.
Dia 129
Foi no dia 129 que me dei conta finalmente que algo não estava certo.
Seus amigos começaram a agir diferente um par de semanas atrás.
Eu coloquei a culpa no stress.
Eu não tive uma noite completa de descanso em quase cento e trinta dias.
Meu corpo todo doía do bebê dentro de mim dando cambalhotas durante toda a noite. Eu sentia como se ele estivesse usando meus órgãos internos como um colar às vezes.
Eu tinha feito da casa de Nico minha, mas havia algo toda noite que me lembrava dele. E eu tive esses sonhos. Sonhos que eram tão reais que quando eu finalmente caía no sono, acordava de manhã exausta, eu sentia como se eu pudesse virar e Nico ainda estaria lá.
Eu senti como se sempre houvesse alguém me observando em cada esquina.
E, às vezes, eu jurava que havia alguém mantendo o controle sobre mim. O que não seria surpresa, pois sempre recebia visitas dos companheiros da SWAT de Nico, e até mesmo dos membros da antiga equipe SEAL, aparecendo para me verificar.
Eu conheci Miller Spurlock. Eu conheci seu irmão, Foster Spurlock. Eu conheci Oden Finley e um homem chamado Borne.
A maioria deles era familiar, pois os conhecia por nomes quando ficaram implantados ao lado de Nico. Eu até tinha fotos deles. Era bom dar nomes aos rostos.
E eles sempre pareciam saber algo que eu não sabia.
E eu tinha que saber o que eles estavam escondendo de mim.
Então eu comecei a bisbilhotar.
O que quer que fosse, era grande.
Fodidamente enorme!
Caso contrário, eles não teriam me tirado da casa de Nico, o único lugar em que eu tinha encontrado refúgio em meses.
Eles não teriam me ignorado quando eu lhes perguntei sobre o caso que tinha tomado Nico de mim. O que quer que estivesse acontecendo, eles não estavam sendo sutis sobre isso, e eu queria saber o porquê.
E quando o cachorro apareceu, o lindo e fofo filhote marrom e branco, eu sabia.
Eu sabia porque eu nunca tinha contado a ninguém, nem mesmo aos meus irmãos sobre o meu desejo de ter um São Bernardo. Nunca disse a ninguém que eu queria chamá-lo de Hambúrguer.
Ainda assim, este filhote de cachorro lindo que iria crescer e ficar do tamanho de um pequeno cavalo, que veio com um colar em volta de seu pescoço e uma etiqueta que identificava seu nome como Hambúrguer, apareceu por acaso na minha varanda?
Eu acho que não.
E eu sabia uma coisa. Eu ia chutar o traseiro de Nico.
Assim que eu o visse de novo, na verdade.
Dia 151
Hambúrguer não latiu.
O que deveria ter me alertado que Hambúrguer conhecia Nico.
Hambúrguer, seu apelido era Hammy, era muito protetor comigo. Mesmo em apenas treze semanas de idade, ele sabia quem sua mãe era. Ele também sabia quem não pertencia a ele. Como os companheiros de equipe de Nico. Embora eles fossem bom com ele, ele ainda latia cada vez que eles vieram.
Desta vez, porém, quando eu ouvi a porta do meu quarto abrir, ele não latiu.
Ele estava acordado, porque eu ouvi suas animadas patas clicando no chão quando ele se virou em círculos no piso de madeira.
Eu não me virei.
Meu coração, no entanto, estava disparado.
Meus dedos ficaram úmidos, e minha mente estava girando.
Eu tinha feito algumas pesquisas nas últimas semanas, e o que eu encontrei tinha me chocado.
Nico estava no programa de proteção a testemunhas.
Eu descobri isso quando eu comprei online aparelhos de escuta, e plantei não apenas no escritório de Luke, mas no celular dele, no celular de Michael, assim como na casa, escritório e celular de cada outro membro da equipe SWAT.
Eu gastei quase cinco mil, mas tinha valido a pena cada centavo para saber que Nico estava vivo.
Isso não eliminou o tormento, no entanto.
Nico me visitava quase todas as noites agora.
Eu presumi que ele não sabia que eu sabia que ele estava vivo, mas Nico sabia de tudo, então talvez ele soubesse.
Senti as cobertas puxadas lentamente de meus ombros e, em seguida, um corpo masculino quente, duro e nu deslizou debaixo delas.
Os braços fortes de Nico me envolveram com força, um indo debaixo do meu pescoço para segurar meu peito, e o outro indo em torno do nosso filho.
O filho de Nico reagiu no momento em que sentiu a mão dele, chutando-o com toda a força que suas pernas de seis meses e meio poderiam reunir.
Eu não sabia se era um menino ou menina, ainda. Eu só sabia que era nosso, e isso era tudo o que me importava.
“Você realmente não deveria dizer a Hambúrguer todos os meus segredos,” Nico sussurrou em meu cabelo.
Eu ri um riso sem graça e me virei em seus braços.
Minha grande barriga estava encravada entre nós, e eu não poderia chegar tão perto quanto eu costumava ser capaz, mas foi nada menos que celestial.
Eu não tinha sentido esses braços em 152 longos dias, 3,648 horas, 218,880 minutos.
E eu sabia os números corretamente, porque eu os contei. Religiosamente.
“Você plantou uma escuta em meu cão?” Eu sussurrei em seu pescoço.
Ele bufou. “Não foi nada diferente do que você fez para os homens da minha equipe.”
Dei de ombros, sem falsa modéstia. “Eles não deveriam ter escondido isso de mim.”
Ele suspirou. “Eu não podia te dizer, baby. Há alguém ainda lá fora que eu vi, e os Federais têm certeza de que ele é o chefe desta região. Até que eles o peguem, eu tenho que ficar escondido para que eu possa depor.”
Um soluço ficou preso na minha garganta. “Eu sinto tanto sua falta.”
Seus braços me puxaram mais apertado, e sua perna empurrou para se encaixar entre as minhas coxas.
“Eu sei, baby. Não esperávamos ser tão longo, mas o homem está escondido. Apenas fique forte para mim,” ele sussurrou em meu cabelo. “Não vai ser por muito mais tempo.”
Eu balancei a cabeça contra seu peito. “Só me prometa uma coisa.”
“Qualquer coisa,” ele respondeu instantaneamente.
“Você vai estar lá para o nascimento do nosso filho,” eu disse calmamente.
Ele não disse nada por alguns longos momentos, mas, em seguida, ele rolou até que ele estava em cima de mim. Grandes punhos plantados na cama de cada lado da minha cabeça, ele disse, “Eu não perderia isso por nada no mundo.”
Então ele me beijou... ou tentou, mas minha barriga o deteve cerca de três quartos do caminho, o que o fez rir.
“Isso foi mais fácil da última vez que nós fizemos,” lembrou.
Eu belisquei sua bunda.
“A última vez que fizemos, eu estava em cima,” eu provoquei.
Ele grunhiu e rolou até que eu estava escancarada em seus quadris.
Seu pau duro pressionou contra os lábios do meu sexo, e suas mãos estavam em meus quadris.
Minha barriga estava descansando na sua, e tudo o que ele podia fazer era olhar para a visão.
“Deus, eu te amo,” ele disse, finalmente olhando em meus olhos.
Sorri e balancei para frente, a cabeça de seu grande pau alinhada perfeitamente com a minha buceta.
Teria entrado, também, se eu não estivesse usando calcinhas.
Algo que ele consertou momentos depois, rasgando-a do meu corpo e atirando-a ao chão.
Engoli em seco, “Aquelas eram realmente caras, Nico!”
Ele riu sombriamente. “Elas eram feias de qualquer maneira.”
Eu balancei minha cabeça. “Elas cobriam minha barriga, eu não me importo se elas eram feias.”
Suas mãos correram dos lados do meu corpo, deslizando as palmas para cima até que pararam no exterior dos meus seios.
Seus polegares passearam sobre os bicos, pegando a ponta do meu mamilo com os topos de suas unhas.
Todo o meu corpo estremeceu de surpresa do quão bom era. “Puta merda.”
Ele riu enquanto sua boca se movia para o outro peito.
Enquanto ele estava fazendo isso, ele se ajeitou melhor no meio das minhas pernas e alinhou à cabeça do pênis novamente com a minha buceta.
Então eu lentamente afundei-me, envolvendo-o em um suave aperto.
Nós dois gememos com a sensação deliciosa.
“Filho da puta,” ele engasgou quando eu comecei a girar meus quadris.
Meus músculos já estavam pulsando.
Eu tinha sonhado com isto quase todas as noites.
E eu não tinha me tocado nem tido um orgasmo desde que ele tinha ido embora.
Não precisa dizer que não demorou muito até que eu estivesse pulando em cima dele.
Meus seios pesados batendo contra a minha barriga grande com cada salto, enquanto eu montava seu pau.
Suas mãos foram para trás de sua cabeça enquanto ele apreciava à vista, e eu continuei cavalgando nele.
E quando minhas paredes vaginais começaram a apertar duramente em seu pênis, suas costas arquearam de prazer enquanto ele gozava comigo. Ambos caindo, disparando para as profundezas dos nossos orgasmos.
Eu fui para trás em vez de para frente, caindo entre suas coxas espalhadas.
Eu podia sentir sua liberação derramando da minha buceta e eu, é claro, tinha que dizer, “Pelo menos você não pode me engravidar.”
Ele riu asperamente. “Não, acho que eu não posso.”
Nossas noites continuaram assim.
Ele chegaria depois das onze, e eu faria amor com ele, ou ele faria amor comigo.
Então ele teria ido embora quando eu acordasse na manhã seguinte.
Era uma merda, mas funcionava.
O que era mais difícil, porém, era guardar essa informação de sua família.
Estavam todos de luto, tanto quanto eu, e era uma tortura esconder deles.
Embora não tenha sido perfeito, eu estava mais feliz do que tinha estado em meses.
Eu deveria saber, porém, que a vida nem sempre lhe dar o que você quer.
Ela dava o que ela queria te dar, e cabia a você fazer o melhor disso.
CAPÍTULO 21
Não irrite a mamãe, porque quando a mamãe não está feliz, você nunca vai esquecer. -Nota para si mesmo
Nico
Dia 231
“Você está fodidamente brincando,” eu disse, balançando a cabeça.
O agente Lawrence sacudiu a cabeça em resposta. “Nem um pouco.”
“Onde ele está?” Perguntei.
Agente Lawrence abriu uma pasta de arquivo e deslizou-a pela minha mesa da cozinha temporária.
O lugar onde eu estava residindo, quando eu não estava trabalhando para encontrar este idiota estúpido, não era o melhor, de modo algum, mas era o suficiente por enquanto.
Tudo estava em tons de marrom. Eu odiava tons escuros. Eu odiava marrom chocolate. Eu odiava madeira.
Na verdade, agora eu desprezava tudo o que me faz lembrar dessa casa e de tudo o que eu sentia falta vivendo aqui.
Marrom significava minha prisão.
“Aqui,” eu disse, acenando minhas mãos para a pasta depois de ler as duas primeiras páginas. “Aqui é onde ele está?”
“De acordo com todas as informações que você me deu, e obrigado à propósito, eu nunca teria pensado em olhar no cemitério, este é o lugar onde ele está morando. Ele está lá há mais de um mês, e, aparentemente, é o verdadeiro pai do bebê de Anita. Seu nome é Andre Fima. Trinta e dois anos de idade. Seu pai é o grande Cannoli da família mafiosa do sul da Rússia. Filho de uma pessoa importante que acha que é grande coisa,” o agente Lawrence explicou.
Eu concordei e continuei lendo enquanto Lawrence falava. “Ele tentou ganhar a guarda da criança à moda antiga, mas foi negado porque ele era, A: muito jovem, e B: não era casado, nem tinha um emprego estável.”
Eu bufei. “Sim, eu tenho certeza que o filho do chefe da máfia russa não ficaria bem em um pedido de adoção. E ele não podia aparecer como o pai do garoto sem trazer à tona sua identidade.”
Ele assentiu. “Você, porém, ele odiava. Ele usou Sergei para tentar adotar a criança. Quando isso não deu certo, o seu próximo passo era roubar a criança, mas o veterano amputado viu e se certificou de que isso não ocorresse tão bem. Sua estratégia final foi falar com Artem. Isso é aparentemente o que ele estava fazendo, de acordo com as escutas em sua casa. Seu próximo passo era fazer com que aquela garota voltasse ao seu trabalho agora que a criança está com o chefe de polícia. Andre não está desistindo, porém. Mesmo que o lugar do chefe seja protegido, ele pretende atacar com cerca de quinze homens mais tarde esta noite.”
Eu sorri. “Bem, é uma então pena que sabemos sobre isso, agora não é?”
***
Eu desamarrei meu colete junto com minha equipe.
Tinha sido longos nove meses, e eu estava feliz por ser uma parte deles novamente. Foi ainda melhor ver que duas das minhas pessoas favoritas agora estavam lá também. Era como a nossa antiga equipe novamente.
Miller. Foster. Bennett. Eu. Luke. Downy. James. John. Michael.
Isso se você não contar Luke. Ele era, afinal, um Marine.
Os Marines eram todos inferiores aos SEAL’s, e foi uma maldita pena que ele não poderia ser como nós.
Nós trabalhamos bem juntos.
O ataque tinha corrido bem, e todas as partes haviam sido presas sem muito de qualquer luta.
Andre Fima foi preso pela tentativa de assassinato do chefe de polícia de Kilgore, bem como suspeito de tentar me assassinar, e o assassinato real do jovem policial que estava dirigindo meu carro no início do ano.
Nossa nova equipe trabalhava bem junta, e eu tinha ficado surpreso com a facilidade com que eu mergulhei de volta para a minha velha função.
Michael olhou para mim de seu lugar em toda a sala, e eu o assisti como eu costumava fazer enquanto nós relaxávamos dos eventos do dia. Nossos armários estavam um de frente para o outro, da maneira que eles costumavam estar, e eu não o deixei saber que seu olhar era enervante.
As mãos de Michael estavam penduradas na porta do armário acima dele, cotovelos para cima em suas orelhas.
O homem tinha olhos azuis quase translúcidos, e a enorme quantidade de tatuagens que cobriam seu corpo era incrivelmente desorientadora. Eu nunca poderia decidir para onde olhar. Literalmente, de seus pulsos para cima, e do pescoço para baixo, ele estava coberto de tatuagens. Você não saberia, no entanto, se ele estivesse vestido.
Havia uma nova, porém.
E ela fazia minha pele formigar apenas de olhar.
“Eu teria removido, mas, em parte, você morreu. Tem sido duros e longos sete meses e meio, e eu estou feliz que você está de volta,” disse Michael, quando viu o que meus olhos estavam olhando.
Seu último lugar livre restante, debaixo de seu braço esquerdo, na parte interior sobre a pele sensível, havia um distintivo, e através dele corria uma faixa espessa de preto com uma tira fina azul no meio dela.
Ela fez minha garganta travar, mas de uma maneira boa.
Eu ainda me sentia como um imbecil, porém, por enganá-los.
Eu balancei a cabeça e comecei a soltar meu colete Kevlar.
Minha arma era a próxima a ser amarrada a minha perna, e eu continuei rapidamente enganchando meu crachá na frente do meu colete.
Era bom tê-lo de volta.
Eu tinha estado perdido sem ele nestes últimos meses, e eu estava feliz que o chefe o guardou para mim.
Apenas quando eu estava prestes a puxar o colete sobre a minha cabeça, o telefone que eu tinha roubado de volta de Geórgia tocou no meu armário.
Eu olhei para ele com medo, sabendo no meu coração o que ouviria quando eu atendesse.
Trazendo-o até minha orelha, eu respondi. “Alô?”
Ouvi um arquejo ao fundo e a voz doce de Geórgia rosnando na outra extremidade. “Eu estou no meio de uma contração, e ainda não estamos casados. É melhor corrigir isso, por Deus, ou eu vou matá-lo de verdade.”
Apenas com uma opção restante, eu me virei para os homens restantes na sala e disse: “Quem quer ajudar a me casar?”
***
Os encostos de cabeça elétricos me deram um tapa na parte de trás da minha cabeça pela quarta vez. Eu apertei os meu olhos fechados e empurrei o encosto de volta para a posição. Então, eu olhei para cima apenas em tempo de ver a minha mãe apertar o botão que os trouxe para baixo, novamente.
Foi engraçado da primeira vez, mas depois da quinta, estava apenas me irritando.
Eu estava na parte de trás de um Suburban20 indo direto para o hospital.
O padre nos encontraria na capela em menos de vinte minutos. Tudo o que eu tinha que fazer era correr para cima e pegar Geórgia, que se recusou a se casar em seu quarto.
O que também significava que ela recusou analgésicos.
Eu estava ao telefone quando a enfermeira disse que ela estava longe demais para ir até a capela. Felizmente, eu tinha perdido o sinal logo no momento em que Geórgia começou a gritar sobre 'novilhas' e ‘cadelas estúpidas’.
Quando eu liguei de volta, ela estava se desculpando com a enfermeira dizendo que ‘o diabo a fez dizer isso.’
Era na verdade muito engraçado, porque, normalmente, Geórgia era uma das mulheres mais tranquilas que eu já conheci. Ela ainda tinha que gritar comigo sobre como eu tinha sumido, mesmo quando eu tinha merecido.
“Tudo bem, rapazes,” disse minha mãe. “Aqui está a sua parada.”
Ela estacionou sob a marquise da entrada da emergência e esperou pacientemente que os homens saíssem do Suburban.
Quando finalmente esvaziou o suficiente, eu olhei para minha mãe.
“Eu te amo, mama,” eu disse suavemente.
Seus olhos se fecharam, e quando ela os abriu de novo, lágrimas estavam se derramando deles a mil por hora. “Você machucou meu coração de verdade, hijo.”
Olhei para as minhas mãos, descansando em meu colo. “Eu sei, mãe. Eu não tinha escolha, no entanto. Se eu não tivesse saído, um de nós poderia realmente estar morto agora.”
Isso foi quando senti o encosto de cabeça me bater na parte de trás da cabeça de novo, e seus olhos começarem a brilhar.
Eu apenas balancei a cabeça e ri. A mulher merecia uma medalha por lidar com a minha merda. Ela poderia me bater na nuca, quantas vezes quisesse se isso a ajudasse a não chorar.
Não havia literalmente nada pior no mundo do que saber que eu fiz a minha própria mãe chorar.
“Te eh echado de mi hijo,” (eu senti falta de meu filho), minha mãe disse quando eu comecei a sair do carro.
Parei e me virei, olhando-a nos olhos quando eu disse: “Eu também senti sua falta, mamãe.”
Ela sorriu. “Agora chegue lá e faça da minha nora uma mulher honesta. Eu odiaria ter que dizer às mulheres na igreja que seu filho foi concebido e nascido em pecado. Vejo você em um momento. Só tenho que estacionar o carro em primeiro lugar.”
Eu cerrei os dentes e saí do carro antes que eu dissesse à minha mãe o que pecado realmente era.
E ter um filho fora do casamento nem sequer se compara com os pecados que eu tinha cometido em minha vida. Na verdade, eu via como uma bênção. Uma maneira de me arrepender, e eu estava pronto para provar a Deus e mostrar para todo mundo que eu não era o homem mau que eu estava sendo pintado.
Os homens estavam esperando por mim na entrada quando eu finalmente fiz meu caminho até eles, e todos seguiram atrás de mim enquanto caminhávamos para a capela.
Nós recebemos toneladas de olhares.
Estávamos todos ainda vestidos com o nosso equipamento da SWAT. A única coisa que não estávamos usando eram o protetor de pescoço e os escudos.
Nós não tivemos tempo para descascar. Ou, pelo menos, eu não tinha lhes dado o tempo para fazê-lo.
“Como se chega à porra da capela?” Perguntei exasperado, quatro minutos mais tarde, quando tomamos outro vez o rumo errado.
Uma mulher pequena, cerca do tamanho da minha coxa esquerda e tão alta quanto meu ombro, limpou a garganta.
Todos olhamos para ela, que visivelmente se encolheu quando recebeu toda a nossa atenção.
“A C-capela é por este c-caminho,” ela gaguejou, apontando para o corredor.
Eu assenti e comecei a correr para a porta, abrindo-a quando um grito sufocado foi ouvido pela abertura.
“Meu Deus! Esse garoto está fodidamente rasgando meu útero!” Geórgia gritou.
“Eu vou ser demitido por isso. Ela não deveria ter deixado o quarto. Eu tive que correr pelo corredor atrás dela. E quando a alcancei, estávamos no elevador,” uma enfermeira exausta gritou para o padre.
O padre sorriu serenamente para as duas, e depois eu assisti com horror quando um líquido claro começou a decorar o chão aos pés da Geórgia.
“Bem, foda-me. Eu acho que a minha bolsa acabou de estourar,” Geórgia exalou.
Eu andei por trás dela, cuidadosamente para não escorregar e cair sobre o fluido que costumava residir dentro do corpo da minha futura mulher, e envolvi a minha mão ao redor de sua boca. “Shhh, você não devia dizer coisas assim na frente de um homem de Deus.”
O corpo de Geórgia se apoiou totalmente sobre mim e eu tive que tentar realmente duro não a deixar cair no chão quando ela me deu todo o seu peso.
“Oomph,” eu resmunguei.
Então, ela firmou as pernas de novo, e retrucou: “Vamos logo com isso, cara. Não temos o dia todo. Isto é, a menos que você queira ir em frente e aproveitar para batizar nosso bebê depois que ele explodir aos seus pés.”
Meus olhos se arregalaram, e eu ouvi risadas engasgadas nas minhas costas dos homens que tinham me seguido até aqui.
“Geórgia!” Eu repreendi.
“Ela não pode se controlar. Ela está sob medicamentos,” disse a enfermeira.
Virei a cabeça para assimilar a jovem que estava segurando a haste da intravenosa de Geórgia e perguntei: “Eu pensei que ela tinha dito que queria fazer isso sem medicamentos?”
Ela encolheu os ombros. “Muitas mulheres dizem isso antes delas realmente experimentarem a dor. Elas mudam de opinião rapidamente. Ela está com alguns entorpecentes, bem como um tranquilizante. Ela realmente deveria estar dormindo, não se casando.”
Embora a reprimenda não fosse mal intencionada, ela estava lá, no entanto.
Geórgia ignorou, porém, e se virou para me encarar. Ela olhou nos meus olhos e disse, “Case comigo.”
Eu sorri para ela. “Sim, senhora.”
“Quem entrega esta mulher em casamento?” Perguntou Padre Mateus.
Olhei para cima assim que as portas para a capela fecharam, e sorri quando meu pai e minha mãe, assim como a minhas irmãs e irmãos de Geórgia fizeram o seu caminho até o altar.
“Nós entregamos!” Disseram seus irmãos de uma só vez.
Geórgia sorriu para seus irmãos com amor e virou-se para enfrentar o sacerdote.
A posição, embora não sendo a tradicional, funcionou para nós.
Os cinco minutos seguintes foram gastos recebendo a bênção de Deus e fazendo uma pausa para deixar Geórgia lidar com suas contrações.
A enfermeira ficou ao seu lado o tempo todo, e eu fiquei em suas costas.
“Você, Geórgia, promete respeitar...” o Padre Matthew começou.
“Absolutamente,” disse ela rapidamente, ofegante.
“E você promete honrar...” o Padre Matthew perguntou, mas foi novamente interrompido por Geórgia.
“Sim!” Ela concordou rapidamente.
Ele sorriu, por sua explosão.
“Você, Nicolas, toma...”, ele começou.
Eu concordei. “Sim, eu prometo amar, honrar e estimá-la enquanto nós vivermos.”
“Bem. Isso não vai demorar muito.” Disse uma voz rosnando do fundo da sala.
Virei-me para encontrar o homem que tínhamos capturado, nem mesmo uma hora atrás, na parte de trás da capela.
Ele estava usando um roupão do hospital branco e verde, e em seu pulso estavam um par de algemas.
Ele tinha uma pequena pistola calibre 22 na mão, e estava apontando diretamente para a Geórgia e eu.
A sala explodiu em movimento, e nove membros da equipe SWAT tinham suas armas para fora e apontadas em Andre Fima.
“Você arruinou a minha vida. Eu nunca vou conhecer a minha filha. E já que eu não vou conhecer a minha, você não deve conhecer o seu,” Andre rosnou, suas mãos tremendo muito quando ele começou a apertar o dedo no gatilho.
Rangi os dentes e comecei a puxar o gatilho da minha arma, mas revelou-se desnecessário, pois a porta atrás de Andre abriu, fazendo com que o homem perdesse o equilíbrio.
Uma bala de sua calibre 22 disparou para o teto, quando ele caiu, e o irmão de Geórgia, Darby, ficou pálido quando viu o homem que tinha caído quando ele entrou na capela.
Eu nunca pensei que eu estaria feliz em ver aquela cabecinha de merda, mas eu estava, naquele instante.
Ele não poupou um segundo olhar ao cara que tinha acabado de cair de costas e batido a cabeça nos azulejos do chão quando ele pisou pelo corredor, sem se importar com as armas ainda apontadas para o cretino que estava desmaiado no chão.
“Eu não posso fodidamente acreditar que você não me convidou para seu casamento. Jesus Cristo, eu me sinto como se eu fosse o filho adotivo ruivo ou algo assim,” ele disse, e enquanto passava por Downy completou. “Sem ofensa.”
Downy acenou com a cabeça. “Não me ofendeu,” ele rugiu.
‘Código negro. Código negro.’
O alto-falante anunciou assim que a equipe e os oficiais da polícia que deveriam estar cuidando de Andre finalmente perceberam que ele estava sumido.
Andre gemia no chão, e então de repente eu tinha alguns quilos extras (porque o Senhor sabe que eu não estaria fazendo uma estimativa exata, pois ela poderia muito bem me castrar!) desmoronando em meus braços.
Ela agarrou sua barriga e eu cambaleei para frente.
A enfermeira gritou e agarrou seus braços tempo suficiente para me dar um melhor controle.
“E eu vos declaro marido e mulher, você pode beijar sua noiva,” Padre Mateus disse com a voz trêmula.
Eu tinha quase certeza que ele não tinha parado de falar durante toda a cerimônia, então eu penso que ele teria dito algumas orações para nós como devia acontecer, mas eu não podia realmente me preocupar com isso agora.
“Ela precisa subir imediatamente. Ela estava em um nove quando saímos. Não há como dizer como ela está agora, e não temos mais os bebês no monitor,” a enfermeira disse desesperadamente.
Eu estava no processo de pegar Geórgia em meus braços, mas congelei com uma mão na parte inferior de suas costas, e a outra mão sob seus joelhos.
A enfermeira olhou para mim como se eu fosse louco. “Você não é o pai?”
Eu balancei a cabeça, puxando Geórgia em meus braços a tempo dela ofegar, “Surpresa!”
Olhei para a minha mulher e disse: “Amorzinho, você tem alguma explicação a dar.”
Ela sorriu dolorosamente para mim, colocando os braços em volta do meu pescoço e disse: “Eu ia te dizer.”
Eu olhei para ela. “Querida,” eu hesitei na porta, mas o Chefe Rhodes abriu-a para mim, me permitindo sair e assim seguir em direção ao elevador. “Eu estive ao seu lado todas as noites por dois meses. Houve tempo.”
Ela encolheu os ombros. “Eu estava guardando rancor.”
Seus irmãos e minhas irmãs, pais, bem como a enfermeira, entraram no elevador conosco enquanto a enfermeira apertava o botão número dois no painel.
“Eu vejo,” eu murmurei, mantendo meus olhos para frente. “Vamos falar sobre isso mais tarde.”
Ela bufou. “Tanto faz.”
“Eles estão se provocando,” um dos irmãos murmurou de algum lugar para a frente.
Minhas irmãs riram, e eu queria bater nelas. Infelizmente, minhas mãos estavam cheias com uma carga preciosa, e eu me conformei em pisar no pé mais próximo.
Que aconteceu de ser Nikki.
“Você sabia, não é?” Eu olhei para ela.
Ela olhou para trás. “O que importaria se eu soubesse? Você estava morto por nove meses. O que você queria que eu fizesse? Contasse para seu túmulo? Não foi suficiente as orações que eu te mandei no céu?”
Eu era um homem inteligente. Ou pelo menos eu achava que era. Então eu fui e disse algo estúpido como aquilo, e de repente toda a minha raiva se evaporou. “Eu amo você, Nikki Whicki.”
Seu olhar esmaeceu, e seus olhos começaram a se encher de lágrimas. “É um milagre. Eu não vou reclamar. Apenas nunca morra para mim novamente. Eu não acho que meu coração pode lidar com isso de novo.”
Eu ouvi soluços vindos de baixo de mim, e eu olhei para ver Geórgia chorando silenciosamente.” O que foi, mi amor?”
Ela fungou quando disse, “Eu quero ter seus bebês.”
E ela o fez, apenas alguns momentos mais tarde.
“Ponha-me no chão, ponha-me no chão!” Ela gritou.
Eu rapidamente coloquei-a sobre a primeira coisa que eu vi assim que saímos do elevador, o que terminou sendo uma maca sem lençóis.
“Não sobre isso. Você não sabe o que estava nisso!” A enfermeira gritou, pegando a primeira coisa que viu, que passou a ser a jaqueta de Ace.
Ace, surpreso, não lutou quando a enfermeira colocou a jaqueta, o interior de seda para cima. Então ela pegou a segunda coisa mais próxima, que passou a ser o colete da Kevlar que estava pendurado em um dos meus ombros onde Geórgia tinha mostrado o quanto uma contração havia doído apenas momentos antes.
Eu não tinha muita escolha sobre como ajudá-la, porque Geórgia começou a fazer algumas acrobacias e acabou pousando na maca sobre suas mãos e joelhos.
“Whoa, eu não acho que essa é a maneira...” Nikki choramingou, mas Geórgia estava longe de escutar.
“Se você não quer ver a mercadoria, eu sugiro que você vá embora!” Geórgia gritava freneticamente quando começou a se deitar.
Seus irmãos e meu pai viraram as costas, formando um escudo de músculos e ossos para bloquear o espetáculo da minha mulher trazendo a vida meus filhos.
Minhas irmãs ficaram de costas para eles, assim como minha mãe, enquanto observavam com ávida atenção.
Eu, é claro, estava no final. Eu consegui ver fodidamente tudo!
“Você está tirando fotos, certo? Quero documentos disso!” Geórgia gritou.
Então, o que minhas irmãs fizeram? Elas puxaram seus telefones.
“Por favor, por tudo que é sagrado, não fique com essa enorme periquita na minha frente,” Nikki gritou uma vez que ela estava mais perto da cabeça.
Geórgia estalou seu pequeno punho para fora e deu um soco no peito de Nikki. “Não é enorme!”
Eu bufei, e seus olhos enlouquecidos se viraram para mim.
Fechei minha boca.
Eu era estúpido às vezes... não suicida.
Mas puta que pariu, sua vagina era... gigantesca.
Ela parecia como uma porta aberta de um buraco negro... mas então eu comecei a perceber que não era um ‘buraco negro’, mas uma cabeça preta cheia de cabelo. Coberta com coisas sobre as quais eu desejava não pensar, mas era uma cabeça, no entanto.
“Meu Deus! Eu preciso de uma epidural!” Geórgia gritou.
Estremeci com o grande volume que ela tinha alcançado, mas meus olhos ficaram colados ao milagre que estava acontecendo na minha frente.
Eu não achei que estaria aqui para testemunhar o nascimento do nosso filho. Eu me conformei em perdê-lo. Agora que eu estava aqui, porém, vivenciando, eu estava honrado.
Uma médica saindo do refeitório deve ter ouvido o barulho quando se aproximou. Ela rapidamente fez seu caminho com seus ombros entre minha irmã e a linha de irmãos nas costas da Geórgia, colocando as luvas enquanto se aproximava.
Ela chegou justamente em tempo de pegar meu primeiro filho. Um menino.
Eu tinha um menino porra!
“É um menino!” Eu gritei quando a criança muito chateada começou a chorar.
A médica se virou para mim e colocou o meu filho em meus braços, e eu não via a viscosidade e eca nele. Eu via seu rosto amassado. A sua cor de pele que combinava com a minha. O cabelo preto, que também vinha de mim. Os lábios, todavia. Aqueles eram todos de Geórgia. Até a última gota.
Uma camisa foi passada para mim, e eu embrulhei meu primeiro filho nascido em uma camisa da SWAT de KPD, cortesia de Downy.
Felizmente, eu vi que ele estava agora vestindo uma camisa com o colete de Kevlar por cima.
Eu limpei o rosto do meu filho com o canto do que eu imaginei ser uma manga, mas ele estava totalmente engolido pela camisa, o que o deixava somente mais fofo.
“Oh Deus. Está de volta novamente,” Geórgia gemeu, trazendo a minha atenção de volta para a minha esposa.
Este bebê tinha mais ou menos a mesma cor de cabelo daquele em meus braços, e saiu muito, muito mais rápido do que seu irmão.
Como se fosse praticamente atirado para fora de Geórgia como um foguete propulsionado a jato.
“Jesus,” foi repetido não apenas pela médica, mas por minha mãe e irmãs também.
A médica segurou-o, porém, embalando-o desajeitadamente em seus braços e depois o entregou para mim também.
Uma outra camisa pousou em meus braços e Nina, que estava à minha direita, cobriu o bebê com ela, envolvendo-o e colocando-o de volta no meu braço, do outro lado daquele que gritava.
Este, no entanto, era muito mais tranquilo.
Ele tinha o meu cabelo preto, e tom de pele, mas a forma do nariz e do olho era de Geórgia.
Nenhum dos bebês tinha os olhos abertos, então eu não poderia dizer sobre a cor, mas eu sabia que seria bonito.
Quando olhei para cima novamente, eu vi a médica de volta entre as pernas da Geórgia, e eu comecei a ficar nervoso. No entanto, Nikki viu meu pânico e começou a rir, o que chamou a atenção da Geórgia.
“Do que você está rindo?” Ela perguntou, cansada.
Nikki riu. “O olhar no rosto dele quando achou que havia outro lá dentro.”
Geórgia abriu um sorriso sereno, toda aquela insolência que ela tinha antes havia desaparecido completamente. O que restou foi exaustão e uma calma que eu não tinha visto nela em algum momento.
“Nicolas?” Perguntou Geórgia.
Aproximei-me dela e me agachei para que ela pudesse ver as pequenininhas vidas que criamos juntos.
“Sim, amorzinho?”
E sem mostrar sequer um sorriso, ela disse, “Você não os deixou ver a minha vagina.”
Beijei seu nariz.” Sim, eu certamente o fiz.”
CAPÍTULO 22
Um bom dia é quando todo mundo começa a ir para casa.
-Camiseta
Geórgia
Eu cobri os olhos enquanto meus irmãos, mais uma vez, repassavam todas as coisas horríveis que eu disse, não só durante a minha cerimônia de casamento, mas quando eu estava tendo os meus filhos também.
“Se você não desligar isso, eu vou enfiar esse iPhone na porra da sua bunda,” disse Nico, na voz calma mortal que causou arrepios na minha espinha.
Abri os olhos e sorri para o meu marido.
Pela primeira vez em quase uma hora, ele não estava segurando um dos nossos filhos.
Ele não queria soltá-los, exceto para tomar banhos e serem pesados antes de tê-los de volta em seus braços mais uma vez.
Agora sua mãe tinha um e seu pai tinha o outro.
Ele estava deitado ao meu lado, mas tentando não me tocar para que ele não me acordasse.
Falando baixinho para sua mãe, ele olhou para mim quando viu que meus olhos estavam sobre ele.
“Ei, niña. Você está se sentindo bem?” Ele perguntou.
Eu fiz um balanço do meu corpo.
Parecia como se tivesse sido atropelada por um caminhão.
Eu fiz uma careta e me desloquei, movendo-me para que eu pudesse colocar a minha cabeça no peito dele. “Eu já estive melhor.”
Minha admissão fez Lolita sorrir. “Lembro-me quando o meu Nicolas nasceu. Ele me rasgou do meu ânus até minha...”
“Mamãe! Ninguém quer ouvir sobre isso!” Nikki gritou de seu lugar ao lado da porta.
Eu visivelmente estremeci. Eu não estava a fim de ouvir sobre rompimento de ânus também. Isso soou doloroso.
“Ele foi tão difícil de empurrar também. Você tem sorte que seus bebês nasceram com apenas dois quilos e setecentos. Nico estava com quase quatro quilos e eu fiquei em trabalho de parto dele durante sessenta horas. Então eu empurrei por quase seis. Apenas imagine se eles tivessem me deixado parir os outros pela vaginal!”
“Eles teriam vindo atirando-se para fora como uma rolha de uma garrafa de vinho sob pressão,” Sol riu levemente.
Lolita estreitou os olhos para ele, e eu não pude segurar a risada que escapou dos meus lábios. “Oh Deus. Isso é horrível.”
“Eu não sei por que você está dizendo que é horrível. Isso foi o que seu segundo fez,” Callum respondeu prestativamente.
Nico lançou o que parecia ser uma garrafa de água meio vazia em sua cabeça, que Callum desviou facilmente.
Ele não estava preparado para o saco de batatas fritas que eu lancei logo após a garrafa de água de Nico, que bateu-lhe na cara e batatas fritas voaram por todo o chão.
“Agora vá e busque mais para mim, seu grande idiota. Eu não posso acreditar que você fez isso comigo,” lamentei.
Ele riu e se levantou em direção à porta, mas quando ele abriu, não podia sair porque uma parede de músculos estava bloqueando seu caminho.
Essa parede de músculos era meu irmão caçula, Banks.
Bem, ele não era mais um bebê, aos vinte e três, mas ele ainda era mais jovem do que eu, e sempre seria.
Ele bateu seu irmão gêmeo nas costas e entrou.
Eu não conseguia respirar.
Desajeitadamente, eu me levantei da cama, me sentindo bastante desconfortável e corri rapidamente para o meu irmão.
Ele parecia bem.
Ele estava no horrível BDU21s que a Força Aérea usava, mas ele ainda era extremamente bonito. E ele ganhou um pouco de peso, assim como uma grande quantidade de músculos.
O que eu descobri depois que eu me lancei para ele.
Ele me pegou com facilidade e me levantou, abraçando-me a ele confortavelmente.
“Eu senti sua falta, mariquinha,” ele sussurrou.
Eu ri com o apelido que ele sempre me chamava. Todos os meus irmãos me chamavam assim, mas ele fazia com mais frequência.
“Como você está aqui?” Eu chorei em seu pescoço.
Ele deveria ter mais um mês restante de serviço. Eu até já tinha feito os arranjos para buscá-lo no aeroporto!
Ele riu. “Eu pedi licença de emergência, mas eles disseram que eu poderia simplesmente ir para casa. Nós deveríamos estar indo embora em uma semana, eles simplesmente não tinham tido a chance de nos dizer ainda. Então eu vim para casa. Não poderia faltar ao batismo dos bebês da minha irmã', não é?”
Lágrimas rolaram por minhas bochechas. “Eu te amo, Banks.”
Seus braços me apertaram um pouco mais e, em seguida, ele me colocou de volta para baixo. “Agora deixe-me ver estes bebês.”
***
Fui até a porta, curiosa para saber o que manteve Nico lá fora tanto tempo, e fiquei surpresa ao ver que ele estava falando com alguém.
“... foi deserdado quando ele fez algo que o chefão não queria que fosse feito. Nós não temos cem por cento de certeza, mas pelo que podemos dizer, não haverá qualquer retaliação. Na verdade, se eu estou entendendo direito, não há controvérsia alguma. Eles estão felizes que você tomou conta de tudo o que eles tinham tentado fazer há anos,” um homem em um terno disse a Nico.
Nico tinha suas costas largas para mim.
Seus braços estavam cruzados, e ele estava olhando para suas botas enquanto ouvia o homem falar.
Ele acenou com a cabeça, e enquanto falava, eu vi a diferença visível nele depois que ele ouviu as palavras.
“Então eu não tenho que ir para o programa de testemunhas? Eu sou casado agora, você teria que levar a minha família comigo,” Nico disse, um tanto desesperadamente.
Senti meu coração ficar pesado com o tom de sua voz. O pobre homem.
Eu aqui pensando em mim o tempo todo que Nico foi embora, mas o que Nico deve ter passado?
Teria ele permanecido deitado acordado preocupando-se comigo? Sentindo falta do meu cheiro como eu senti do cheiro dele?
Ele praticamente perdeu toda a gravidez. Meu Deus, isso deve tê-lo matado.
Nico provavelmente foi rasgado por dentro.
Abri o restante da porta.
O homem que eu supus ser algum tipo de policial olhou para cima, mas Nico estava perdido em pensamento, e não me notou até que eu envolvi minhas mãos em torno de sua cintura e pressionei minha barriga contra suas costas.
Seu braço voltou para trás e me apertou a ele um pouco mais duro quando ele se inclinou e me beijou desajeitadamente no topo da minha cabeça.
O policial sorriu para mim. “Parabéns. Ouvi dizer que você teve gêmeos.”
Eu sorri largamente para ele. “Sim. Eles são exatamente como o pai deles, também.”
Eu praticamente podia sentir o orgulho que emanava do corpo de Nico.
Ele os amava, mesmo depois de apenas algumas horas do nascimento deles. E se eu tivesse que adivinhar, ele os amava bem antes disso também. Mesmo quando ele pensava que havia apenas um.
O homem sorriu para mim, piscando e disse: “Bem, eu o mantive por tempo suficiente, filho. Eu estou indo. Deixe-me saber se há alguma coisa que eu possa fazer. Eu vou mantê-lo atualizado sobre a família, mas eu honestamente não acho que você tenha alguma coisa para se preocupar. Foi bom conhecer você, querida.”
E com isso, o homem saiu, andando tranquilamente pelo corredor escuro, desaparecendo nas sombras quatro portas depois do nosso quarto.
Nico virou em meus braços e nos empurrou para trás até que ele pudesse fechar a porta do nosso quarto, então ele passou os braços em volta de mim e me apertou com tanta força que minha respiração saiu em um chiado.
Eu o deixei fazer isso, porém, percebendo em algum nível que ele precisava disso exatamente agora.
Então, eu só abracei de volta, saboreando o fato de que ele estava lá para fazer isso tudo comigo.
Seu aperto em torno de mim diminuiu depois de mais alguns longos segundos, e eu o senti tomar uma longa e profunda respiração antes de me soltar lentamente.
“Eu estava perdido sem você,” ele admitiu calmamente.
Eu coloquei minha cabeça em seu ombro, até que meus lábios estavam descansando contra seu pescoço, e disse, “Eu senti falta de te ligar durante o dia. Eu senti falta de dormir com você. Eu senti falta de ver você cortar lenha porque eu disse alguma coisa para te chatear. Eu senti sua falta deixando sua cueca suja fora da lavandaria quando deixou-a cair no caminho. Eu senti falta de você abrindo meus frascos para mim. Que, devo acrescentar, tenho cerca de dez deles no balcão em casa apenas esperando por você para abrir.”
Ele começou a rir, que era o que eu queria que ele fizesse.
“Eu vou abri-los assim que voltar para casa. Mas nós vamos ter que mudá-los de volta para minha casa,” ele retumbou. “Você não tem espaço para duas crianças.”
Eu bufei. Essa era a verdade. Meus irmãos tinham tipo que tomado o pequeno espaço do trailer feito para muito menos pessoas.
“A casa vai estar pronta em mais algumas semanas,” eu admiti. “Eles planejam transformar o quarto ao lado do meu em um berçário.”
A casa começou lentamente a tomar forma em nossa propriedade, pois ninguém podia concordar em como ela deveria se parecer e onde ela deveria ficar.
Eles haviam resolvido que seria no mesmo local exato da antiga casa, uma vez que ainda havia água e linhas de serviço público que eles teriam que refazer se colocassem em outro lugar.
No entanto, era aí que as semelhanças terminavam.
A antiga casa tinha sido um cais e parecia uma antiga casa de fazenda.
O novo local era elegante e moderno, com tudo de sustentável que este mundo tinha para oferecer.
Eu tinha sido a única a sugerir. Agora, durante os meses de verão, não haveria uma conta de energia elétrica devido aos novos painéis solares que tinha sido postos no lugar.
Seus olhos escureceram quando mencionei não viver com ele. “Você é minha mulher, você vai viver na minha casa.”
Levantei minha cabeça de seu pescoço e olhei em seus olhos. “E o meu marido estará lá?”
Seus olhos se fecharam levemente. “Pode apostar sua bundinha doce que eu vou. Era sobre isso que falávamos nesse encontro. O Agente Lawrence só me avisou que eu estou a salvo. Ele acredita que ainda há alguma preocupação sobre retaliação, mas elas serão no mínimo o melhor. O homem que veio ao nosso casamento hoje, Andre, foi renegado de sua família. Ele tinha vindo para cá em uma vã tentativa de começar algo por si só. No entanto, ao longo do tempo, ele teve quase toda a sua organização morta por suas ações de tentar obter a sua filha. Os outros que não foram mortos estão na prisão. O agente Lawrence não acredita que eu tenho qualquer coisa que me preocupar, e eu estou inclinado a concordar com ele.”
“O que ele estava dizendo sobre algum chefão?” Perguntei com preocupação.
“Um chefão é um homem que é a cabeça de uma organização. Isso é o que, em essência, Andre, era. Ele não vai fazer muito disso, também, desde que ele foi encontrado morto em sua cela cerca de uma hora atrás,” Nico admitiu.
Engoli em seco. “O que? Ele parecia bem quando ele estava apontando a arma para nós.”
Eu estava morrendo de medo, mas depois que o meu irmão chegou lá e derrubou esse cara no chão com a sua entrada surpresa, todos os meus medos evaporaram.
Mesmo que eu ainda estivesse irritada com Darby, ele apenas nos salvou de muita dor de cabeça ao entrar por aquela porta.
“O que você acha do novo visual de Darby?” Perguntei, passando os braços em volta do pescoço de Nico e inclinando-me para lhe dar um beijo profundo.
Quando eu o soltei para respirar, ele deixou suas mãos pousarem sobre minha bunda e me puxou para mais perto de sua mais que óbvia ereção. “Ele parecia bem. Faculdade combina com ele.”
Apertei os olhos para ele. “Como você sabe que ele está na faculdade?”
Ele deu um sorriso enigmático. “Darby só precisava de um pequeno empurrão.”
Eu me desembaracei de seus braços. “Sério? E que tipo de empurrão você deu a ele?”
“Só um pouco de amor duro,” ele disse de forma evasiva.
Eu balancei minha cabeça. “Você foi o único que bateu a merda fora dele, alugou-lhe um apartamento, e fez sua inscrição, não foi?”
Ele encolheu os ombros. “Ele entendeu que eu estava fazendo... eventualmente.”
Eu teria respondido, mas o choro dos bebês vindo pelo corredor em direção ao nosso quarto parou meu próximo comentário.
Nico me soltou tão rápido que eu senti minha cabeça rodar, virando-se e abrindo a porta quando ouviu o choro de seus filhos.
Eu balancei minha cabeça. Se este gesto poderia dizer alguma coisa, ele iria ser loucamente dedicado a estas crianças. E mimando-os, tenho certeza.
A enfermeira empurrou para o quarto meus dois recém-nascidos berrando com uma expressão de riso no rosto.
“Esses meninos não gostam de banho. Nem um pouco.”
Eu bufei. “Nós testemunhamos isso antes, quando eles estavam lavando a gosma fora deles.”
“Agora, eu os coloquei nas roupas que você trouxe, mas elas são um pouco grandes. Eles estavam tão bonitos, porém, que eu deixei de qualquer maneira. Agora eles já foram verificados, cutucados e furados. Tenho certeza de que é hora de comer. Posso arranjar-lhe qualquer outra coisa enquanto estou aqui?” Ela perguntou amigavelmente.
Eu balancei a cabeça, e o sólido “Não” de Nico, foi o suficiente para mandá-la para fora do quarto.
“Obrigada!” Chamei-a de volta.
Ela lançou um sorriso por cima do ombro e acenou antes de fechar a porta.
Nico não perdeu tempo em levantar os bebês de seus respectivos carrinhos e se sentou na cadeira ao lado da cama.
Eles pararam de chorar quase instantaneamente.
Seus olhos estavam abertos, e eles estavam olhando para Nico com os olhos piscando.
“Seus olhos serão castanhos,” eu observei quando sentei na cama.
Eu cruzei as pernas debaixo de mim, ignorando a dor que eu sentia entre elas, e olhei para os meus três rapazes.
“Desculpa, amorzinho. Os genes Pena são dominantes, como deveriam ser,” ele piscou.
Eu balancei a cabeça e ri. “Você é deplorável.”
Ele encolheu os ombros. “Você não iria me querer de qualquer outra maneira.”
Eu balancei a cabeça em concordância. “Não, eu não iria.”
***
Quatro horas mais tarde a horda começou a chegar.
Primeiro começou com Michael.
Ele veio com presentes, também.
“Oh, cara. Essas são as camisas mais fodidamente bonitas que eu já vi.” Michael riu quando ele pegou nosso primogênito, Boothe Eden Pena, dos braços de Nico.
Eu sorri.
“Ela me chamou no momento em que eu a vi,” eu admiti.
A camisa era fofa, e no instante em que a vi on-line, eu pedi duas.
Alguns heróis usam capas, o meu usa Kevlar.
“É bonitinho,” Michael confessou.
“É claro que eles são bonitos. Eles são meus sobrinhos,” Nikki disse quando ela entrou.
Michael estreitou os olhos para Nikki, e tiveram algum tipo de impasse silencioso que Nico e eu assistimos com ávida atenção.
“Você sabe, você realmente deveria apoiar a cabeça dele com o braço. Você não parece muito confortável,” Nikki disse assim que viu Michael segurando Boothe.
Ela imediatamente caminhou para Nico que estava segurando Bourne Foss Pena, e gentilmente o levantou em seus braços.
Nico entregou Bourne de má vontade, mas você poderia dizer que ele estava feliz que sua irmã estava apaixonada por seus filhos assim como ele estava.
Eu sorri para Nico e voltei minha atenção para Michael. “Michael, você quer ter filhos?”
Ele olhou assustado para mim e depois para Nikki antes de rapidamente voltar-se para o pacote pequeno em seus braços.
“Claro que eu quero ter filhos.”
“Você quer?” Nikki perguntou surpresa.
Michael mandou um olhar para ela, um que eu não conseguia interpretar, mas eu sabia que era importante. “Sim. Eu quero ter filhos.”
Achando que agora seria um bom momento para ir tomar um banho eu pedi para os dois, “Vocês se importariam de olhar as crianças enquanto eu peço a Nico para me ajudar a tomar um banho?”
Eu realmente não precisava da ajuda dele, mas eu sentia a tensão acumulando no quarto, e eu sabia que não iria ajudar ter o amigo e companheiro de equipe de Michael, assim como irmão mais velho de Nikki, testemunhando o debate.
Nico, percebendo isso também, rapidamente se levantou e se dirigiu ao banheiro comigo.
Tirei o sutiã de amamentação e as minhas calças de yoga, Nico assistindo o tempo todo.
Seus olhos ficaram quentes por um momento antes dele conseguir controlá-los, e ligou o chuveiro para mim antes de dizer: “O que você acha que foi isso?”
Dei de ombros, o que fez os meus enormes seios levantarem. “Eu não tenho ideia. Mas se eu tivesse que adivinhar, eu apostaria que Nikki tem uma espécie de relacionamento com ele.”
Os olhos de Nico, que estavam nos meus seios subiu para os meus olhos. “Não me diga? Eu não percebi isso.”
Eu balancei a cabeça. “Sim, e eu diria que tem sido por um tempo. Eu tinha notado algo diferente sobre ela desde que você partiu, mas atribui ser por causa de sua...” eu hesitei. “...morte.”
Eu odiava dizer isso. Isso me fazia sentir oca por dentro ao lembrar como fiquei. Algo que eu nunca queria ter que passar novamente para o resto da minha vida.
Ele me puxou em seus braços e esfregou o lado da minha cabeça com sua barba.
Algo que eu achei que era extremamente sexy nele, agora que ele tinha a por mais tempo.
“Eu nunca vou deixá-la novamente. Não por minha vontade, de qualquer maneira,” ele murmurou. ‘?Estes últimos meses realmente me foderam. Fiquei oito anos sem você, e, em seguida, oito meses depois de provar o que era se sentir no céu. Eu não poderia fazê-lo. E eu não vou. Nunca mais,” ele prometeu.
Então, tomei um banho e Nico lavou minhas costas, durante todo o tempo estávamos alheios à tensão no quarto ao lado.
A tensão entre duas das pessoas mais importantes da nossa vida. Uma que estava quase perto de explodir.
EPÍLOGO
Não tente se explicar para as pessoas estúpidas. Você não é o encantador de idiotas.-Xícara de café
Nico
4 anos mais tarde
Eu entrei no restaurante, varrendo a área com o olho treinado e experiente de um policial.
Nós tínhamos recebido um telefonema da central momentos antes sobre embriaguez e desordem.
Mas não era por isso que meu coração estava martelando. Eu estava suando como um porco.
Isso tudo era devido ao fato de que minha esposa e filhos estavam no mesmo restaurante. A minha esposa, que também foi a única a ligar para informar sobre a briga.
Normalmente, eu não teria respondido a isso. Não desde que eu de alguma forma tinha sido enganado para ficar no lado sul da cidade.
O local onde o crime era mais leve.
Eu tinha a sensação de que minha esposa teve algo a ver com isso.
Ela e o chefe tinham se aproximado ao longo dos últimos quatro anos.
Mais especialmente quando o chefe e sua esposa adotaram a bebê Angel, adicionando-a à sua família.
Eles se tornaram bons amigos e, inevitavelmente, Geórgia teve alguma influência com o local onde o chefe escolheu para que eu trabalhasse.
Não que eu achasse que Geórgia realmente pediu para ele, mas o chefe fez mesmo assim.
Avistei-os no momento em que entrei pela porta, mas não olhei na direção deles.
Eu podia ouvir os meus filhos dizendo ‘papai, papai!’, mas eu ignorei, mesmo que me ferisse fazer isso.
Eu realmente não quero os criminosos sabendo que eu tinha uma família.
Não que eu não estivesse orgulhoso como o inferno deles, mas eu não queria que ninguém os usasse contra mim.
E eles fariam, se lhes fossem dada meia chance.
Então eu andei reto e fui para o homem bêbado.
Eu sabia quem ele era imediatamente.
Ele era o único encurralando sua mulher contra o tanque de peixes no meio da sala com um grande saleiro balançando na frente de seu rosto.
Calmamente, eu caminhei e agarrei o saleiro ameaçador, puxando-o para trás até que o homem se virou com um grunhido.
Um que rapidamente caiu dos lábios dele.
“Senhor, você se importaria de sair comigo?” Perguntei calmamente.
O homem assentiu e virou, dando um último olhar a sua cara-metade encostada no tanque de peixes antes que ele começasse a caminhar para fora.
Ele não poupou a nenhum dos outros clientes um olhar, e com o canto do meu olho eu vi Geórgia relaxar e voltar a alimentar nossos filhos.
Eu acenei para a anfitriã, que parecia bastante assustada, ela deu-me um sorriso trêmulo e acenou quando passei por ela. Permaneci perto do homem, caso ele decidisse correr.
Ele não o fez.
Principalmente porque, logo que chegamos lá fora e ninguém podia ver, ele caiu de joelhos e começou a chorar.
Eu pisquei surpreso.
Quero dizer, o cara tinha quase um metro e setenta e, provavelmente, chegando nos 159 quilos. Havia muitas coisas que eu esperava que ele fizesse, mas cair de joelhos e chorar não era uma delas.
“Sinto muito,” ele choramingou. “Minha esposa me disse que ela estava me deixando. Por uma mulher.”
Neste momento as palavras me faltaram.
Mil pensamentos passaram pela minha cabeça, mas não nenhum deles seria adequado dizer neste momento.
O principal deles, porém, era que o homem era mais velho e estava acima do peso. A menina, pelo pouco que eu tinha visto, era muito bonita e jovem. Tão jovem que parecia que acabou de se formar no colegial
“Hum, bem senhor, eu vou ter que colocá-lo na parte de trás do meu carro para que eu possa ver se a mulher quer prestar queixa. Este não é o melhor lugar para se conversar sobre coisas importantes como esta,” eu consegui dizer sem rir.
A voz de uma mulher me fez virar ligeiramente.
Mantendo o homem na minha visão, eu olhei para a mulher, e ela disse: “Eu não quero prestar queixa. Eu nem sequer queria dizer a ele.”
Eu pisquei e balancei a cabeça. “Vocês devem ir para casa. Da próxima vez, escolham um lugar melhor.”
Ambos foram para a moto Harley Davidson, a menina conduzindo, e saíram em disparada.
Assisti quando o homem abraçou a mulher apertadamente, enquanto ela fazia uma careta.
Que. Porra. Foi. Essa?
Meu celular vibrou no meu bolso e eu o puxei para fora enquanto andava em direção ao estacionamento.
Geórgia: Eu adoro quando eu posso ouvi-lo usar sua voz de policial.
Olhei para cima e vi minha esposa pela janela. Eu pisquei antes de entrar em meu carro.
Eu: Eu posso usá-la em você mais tarde. Espere por mim. Nua.
Eu a vi jogar a cabeça para trás e rir, fazendo meu coração ficar mais leve do que tinha estado antes de entrar no local.
Geórgia: Claro. Verei o que posso fazer. Você vai estar em casa a tempo?
Eu: Sim. Estarei em casa mais cedo.
Eu entrei no tráfego, mas imediatamente liguei minha luz quando vi um homem em um preto e desbotado Oldsmobile22 tomar um gole de uma cerveja exatamente em minha frente.
Filho. Da. Puta.
Geórgia: Só acredito quando ver.
***
Isso não aconteceu. Na verdade, eu estava atrasado.
Houve um concurso de luta livre nas terras do rodeio, e nem precisa dizer, que saiu do controle.
Cheguei em casa e encontrei o meu prato na geladeira coberto de plástico. Minha cerveja que eu disse a Geórgia para colocar no congelador para mim explodiu, e ninguém acordado.
Estes eram os dias que eu mais odiava.
Era o aniversário dos meninos e eu tinha perdido a coisa toda.
Claro, eles sabiam que eu não seria capaz de estar lá em alguns feriados e aniversários, mas isso não amenizava a minha culpa ao saber que eu tinha perdido eles abrirem os seus presentes.
De novo.
Eu comi o meu jantar frio, e deixei a cerveja meio vazia na mesa. Eu limparia amanhã.
Eu verifiquei a casa, as fechaduras duas vezes, e depois entrei no meu quarto.
Tirei a roupa no banheiro e deixei a minha arma no alto, em uma prateleira onde eu sempre colocava logo que chegava em casa. Em seguida, fui para o quarto.
Eu deslizei na cama ao lado da minha esposa, pensando que com certeza eu estaria caindo no sono no instante em que minha cabeça batesse no travesseiro.
Eu estava, malditamente, errado.
Em primeiro lugar, porque o meu lado da cama estava habitado por um São Bernardo de 71 quilos chamado Hambúrguer.
O grande bastardo sempre pegava meu lado da cama quando eu não estava em casa se Geórgia já estava dormindo.
A segunda razão que eu não estaria caindo no sono tão rápido quanto eu gostaria era porque eu senti o que nitidamente parecia como um pé do outro lado do cão maciço. Um que definitivamente não era de Geórgia desde que eu tinha visto sua cabeça no travesseiro quando eu tinha entrado no quarto.
E ela com a maldita certeza não era tão flexível, porque eu como o inferno sei tudo sobre ela por agora com o tanto que nós tínhamos fodido ao longo dos últimos quatro anos.
Um ressoar alto de Hambúrguer me fez rir em silêncio quando eu peguei sua coleira e o movi lentamente para o chão.
Ele resmungou, mas não perdeu muito tempo, desabando no chão com um grande 'harrumph' e um suave gemido.
Eu apenas sacudi a cabeça e fui para nossa filha mais nova, Bell.
Eu sabia imediatamente por que ela estava na cama com a gente.
Ela estava queimando.
Meus olhos se moveram para Geórgia e eu chamei seu nome suavemente. “Mi amor, quando foi a última vez que ela tomou Tylenol?”
Os olhos da Geórgia se abriram, e ela deu um sorriso cansado para mim. “Cerca de vinte minutos atrás.”
Eu balancei a cabeça e tentei me concentrar, mas um programa criminal começou na televisão.
Bell tinha que ter luz, e nós não tínhamos um abajur, por isso usávamos a TV quando necessário.
Era chato para caralho quando eu assistia CSI e resolvia o assassinato dentro dos primeiros cinco minutos. Em seguida, continuava a assistir até que ele estivesse terminado. Eu também odiava assistir e ver tudo que eles faziam de errado.
Sério, machucaria os produtores do show fazer um pouco de pesquisa antes de sair por aí reescrevendo a lei para atender às suas necessidades?
“Vá dormir,” Geórgia sussurrou baixinho.
Eu sorri e me virei, olhando para a minha menininha.
Suas bochechas estavam rosa da febre, e ela estava nua, exceto por uma fralda. O fim da cauda de seu cobertor favorito feito por minha mãe aparecendo por entre seus punhos cerrados.
Meus olhos se moveram para o rosto da Geórgia, vendo as semelhanças entre duas das mulheres mais importantes na minha vida. Deus, elas eram bonitas.
Eu era fodidamente sortudo.
“Nico?” Geórgia perguntou suavemente.
Olhei do cabelo preto encaracolado da minha filha para minha esposa. O amor da minha vida. A mãe de meus filhos.
“Sim, amorzinho?” Perguntei.
“Isso significa que não podemos mais voltar lá para comer?” Ela bocejou.
Eu bufei. “Infelizmente. Voltei mais tarde na noite e prendi o cozinheiro por vender maconha a um menino e um par de garçonetes. Levou quase metade da sua equipe. Eles não estão realmente felizes comigo, para ser honesto.”
Ela apenas sacudiu a cabeça. Ela estava acostumada a isso. Nós tínhamos uma série de restaurantes que não podíamos ir, porque eu prendi alguém lá, ou nós simplesmente não gostávamos.
Eu já não a surpreendo com as minhas histórias mais.
Ela tinha ouvido tudo isso e mais um pouco.
A mulher era um milagre. Meu milagre.
“Noite, Nico. Vá dormir. Você está de plantão amanhã,” ela sussurrou.
Eu queria discutir, mas eu sabia que era a minha vez de me levantar com as crianças. Ela só podia usar esse cartão uma vez uma semana, então eu daria a ela essa disputa.
Meus olhos estavam fechados por apenas alguns instantes, quando eles se abriram rapidamente.
Bell escolheu aquele momento para acordar e começar a choramingar um lamentável gemidinho que já tinha ouvido a partir dela. Ela era a menina do pai, e se fosse dada uma escolha, sempre me escolheria sobre sua mãe. Foi por isso que, quando seus pequenos olhos se abriram, ela veio até mim e não para a mamãe dela.
Os meninos escolhiam a mãe, no entanto. Era bom ter um filho que realmente me escolhia sobre Geórgia.
Bell tinha nove meses de idade, indo para os dez.
Ela era a menor diva que eu já tinha visto, e uma das mais bonitas também.
Mas ela era nosso bebê doentinho.
Sendo o nosso terceiro e mais novo, ela saía de coisas que os meninos não podiam. Por exemplo, enquanto os meninos tinham que comer o que estávamos comendo, eu daria a Bell o que ela quisesse, ela só tinha que pedir. Não que ela fizesse. A menos que fosse o peito da Geórgia, o que ela pedia ocasionalmente ainda.
A única razão pela qual Geórgia ainda estava amamentando era porque era o melhor para Bell. Geórgia e eu faríamos qualquer coisa para tornar o sistema imunológico dela melhor.
Nos últimos seis meses, Bell tinha sido hospitalizada com pneumonia duas vezes, tinha utilizado antibióticos em quatro dos últimos seis meses, e teve duas cirurgias. Uma para colocar tubos em ambas as orelhas, e uma para remover as amígdalas.
Nem precisa dizer que ela definitivamente ganhou o direito de ser mimada.
Eu peguei a minha menininha e ela enrolou os braços gordinhos em volta do meu pescoço e limpou o nariz na minha clavícula.
Eu não tinha mais nojo desse tipo de coisa. Três crianças tinham me dado imunidade às coisas mais nojentas.
O mesmo não poderia ser dito quando nós tínhamos trazido os meninos para casa.
Embora eu tivesse feito meu quinhão de fraldas com as minhas irmãs, eu nunca tive de lidar com outras... coisas.
As coisas que vinham sendo o pai da criança, e não o irmão.
Tal como este momento aqui... ficar acordado com minhas crianças quando elas tinham febre alta, ou quando elas tinham dor do estômago.
Com três filhos, era inevitável que, com a proximidade que compartilhávamos, eu pegara o que quer que meu filho tivesse. Então eu iria para o trabalho doente.
Mas valia fodidamente a pena. Cada minuto maldito.
Saindo da cama, fui até a janela e a abri ligeiramente.
O ar frio de janeiro derramou através dela, instantaneamente, fazendo meu peito nu se arrepiar.
Bell era como um pacote quente e minúsculo, porém. Mantendo a frente do meu peito e rosto quentes.
Voltando para a cama, eu me deitei e puxei o grande cobertor por cima de Geórgia. Então eu esperei por mais uma hora antes da febre da Bell finalmente baixar.
Só então eu dormi.
***
Geórgia
A manhã seguinte
Pisquei meus olhos abertos para ver meu marido dormindo profundamente com a nossa menina enrolada no peito.
Eles estavam pele com pele, o meu marido sem camisa em um par de shorts de futebol, e Bell em nada mais que uma fralda.
Seus cachos castanhos estavam em desordem ao redor da cabeça, e cada vez que Nico inspirava e expirava, um solitário cacho se movia para cima e para baixo contra seu lábio.
Eu sorri enquanto escapei lentamente para fora da cama, e estremeci com a mordida fria do ar.
A primeira coisa que fiz foi caminhar ao redor da cama e sentir a temperatura de Bell.
Não quente, mas não perfeita ainda. Embora ela não estivesse com febre que exigiria mais Tylenol.
Deixando ela e Nico dormir, eu fechei a janela e saí, fechando a porta suavemente atrás de mim.
Então eu fui direto para o pote de café e fiz uma grande jarra, sabendo que eu iria precisar dele para a manhã que tínhamos planejado.
Os meninos tinham seus exames de quatro anos de idade em menos de uma hora, e eu tinha dormido demais.
Ontem à noite tinha sido difícil.
Os meninos estavam saltando para todos os lados por causa de todo o açúcar que tinham consumido na casa da Lolita e de Sol.
Então Bell tinha começado uma febre no momento em que tínhamos entrado em casa.
Depois de dar remédio a Bell e colocar os meninos na cama, passei o resto da noite tentando consolar a minha menininha doente.
Não ajudou que Nico estava atrasado, e ele era a única pessoa que poderia realmente fazê-la parar de chorar.
Não foi nada novo, mas nunca parou de doer saber que ela não se sentia bem desde que ela ficava doente quase uma vez por mês com alguma espécie de gripe.
Ela estava tão acostumada a remédios que ela nem lutava mais. Às vezes ela até pedia.
“Mamãe, eu não encontro meus sapatos,” Boothe gritou bem alto.
Eu estremeci.
Eu tinha acordado a menos de cinco minutos, e eles já estavam acordados.
Será que mataria alguém deixar uma garota ter seu café antes de começarem a gritar?
“Eu não tenho ideia, Boothe Eden Pena, os sapatos estavam em seu quarto a última vez que os vi. Se eles não estão lá, então eu não sei o que você fez com eles,” eu respondi cansadamente.
Minha cabeça doía. Minhas costas doíam. Eu estava com cólicas. E eu tinha certeza que eu estava pegando o que quer que Bell teve noite passada.
E eu tinha de ter os meninos vestidos para que pudéssemos ir.
Pelo menos eu não tinha que levar Bell comigo.
Nico estaria aqui para olhá-la assim eu poderia ter minhas tarefas prontas, desde que era seu dia de folga.
Ou teria sido o seu dia de folga.
Seu Pager de emergência começou a tocar no balcão ao meu lado.
Com o coração cheio de medo, eu olhei para o visor e queria jogar o filho da puta pela sala.
“Jesus, alguém iria morrer se as pessoas parassem de ser estúpidas por três horas para que eu pudesse levar meus filhos ao médico?” Rosnei enquanto caminhava para o nosso quarto.
Nico já estava de pé e entregando Bell para mim antes de entrar rapidamente em suas roupas.
Ele estava fora da porta em menos de cinco minutos, e eu fui deixada com um bebê gritando que não queria nada a não ser seu papai. Uma criança de quatro anos que se recusava a usar qualquer coisa, exceto um determinado par de sapatos, e outro de quatro anos que se recusava a se levantar, porque os seus ‘pés estavam cansados.’
Três horas mais tarde, porém, ao ouvir a notícias no rádio, eu sabia que eu não mudaria nada.
Nico tinha feito parte do salvamento de uma vida de dois anos de idade. Uma criança de dois anos que tinha sido espancada e molestada pelo padrasto por quase duas horas antes da mãe perceber o que estava acontecendo.
Enquanto ela estava oferecendo seu corpo para ganhar dinheiro em uma esquina.
Quando os policiais foram chamados, o padrasto tinha apontado a arma para a criança, pensando que isso iria livrá-lo.
Mas isso não aconteceu.
A SWAT de Kilgore tinha estado lá.
A SWAT estava sempre lá. Mesmo quando eles tinham que colocar sua vida em risco para fazê-lo. Esses tipos de situações nem sempre acabavam bem como foi a de hoje.
Eu sorri quando me virei a caminho da nossa casa. Gostando da vista dos meus filhos na minha traseira pelo espelho retrovisor. Todos dormindo em seus assentos.
Eu estacionei na garagem e sorri quando vi Nico do lado de fora sentando no balanço da varanda.
Saí o mais silenciosamente que pude e fui até o meu herói.
“Ei,” eu sorri. “Eu ouvi o que aconteceu. Você está bem?”
Assim que eu estava dentro do seu alcance, ele me puxou em seu colo e envolveu seus braços em volta da minha cintura.
Seus lábios descansando ao longo da parte exterior do meu peito enquanto ele respondia. “Não. Sim. Eu não sei. A criança estava fodida. Ninguém acha que ele vai sobreviver.”
Eu não duvidei.
Uma criança tão pequena quanto ele não iria sobreviver ao que foi feito com ele por um período prolongado de tempo.
“Sinto muito, Nico,” eu sussurrei contra sua testa.
Ele me apertou mais. “Não é sua culpa, amorzinho. Como foram as consultas?”
Eu comecei a acariciar a cabeça de Nico enquanto eu dizia a ele sobre como seus filhos foram nos exames de audição e de visão hoje. Como Bell tinha vomitado por toda sala do médico e nós tivemos que nos mover no meio exame. E como Bell tinha sido colocada em mais um antibiótico depois que eles a encaixaram em um horário e descobrirem que tinha uma infecção na garganta.
Ele suspirou. “Acho que foi uma coisa boa ela ir então, não foi?”
“Foi o destino,” eu concordei.
Isso era geralmente como a nossa vida era, no entanto.
Coisas que não queríamos, aconteciam, mas toda vez, funcionava no final.
Eu estava feliz.
Meus filhos estavam felizes.
Meu marido estava vivo e com boa saúde.
Meus irmãos e cunhadas eram fantásticos.
Os pais de Nico estavam indo bem.
Não havia realmente uma coisa que eu pudesse pedir que eu não já não tivesse.
Minha vida era tudo que eu sempre quis que fosse, e Nico assegurava-se disso.
A única coisa pela qual sempre brigávamos era sobre quantos filhos iríamos ter.
Ele queria parar em três. Eu queria tantos quantos Deus quisesse me dar.
Por agora, estávamos deixando para o destino.
Todavia, o destino estaria nos entregando mais três pequenos milagres. Um após o outro. E tivemos um total de seis crianças.
Um arredondado perfeito, número mágico.
***
Lolita
Meu coração foi de cheio para explodindo.
Eu assistia enquanto o meu filho, sua esposa, e dois de seus três filhos corriam em torno de seu quintal, jogando futebol.
Eram três contra um. Boothe, Bourne, e Geórgia contra seu papai.
“Eu acho que ele finalmente encontrou um adversário à altura,” disse Sol, chegando por trás para me envolver em seus braços longos.
Eu me derreti contra ele, feliz. Tão feliz.
Eu achava que era feliz quando meus filhos nasceram.
Mas agora, vendo meus filhos com seus próprios filhos, eu me sentia plena. Ver meus netos correndo e brincando com seu pai, algo que eu costumava fazer com ele quando era um menino, me fez exultante.
Boothe, a joaninha de quatro anos, executou um perfeito carrinho e pegou a bola dos pés do pai.
Foi feito tão perfeitamente, de modo surpreendente, que o meu queixo caiu.
Então Bourne levou a bola até o campo, e não apenas Geórgia, mas também Nico olhou em choque.
“Santo guacamole!” Nikki exclamou com espanto.
Boothe e Bourne passaram a bola habilmente um para o outro até que eles chegaram ao pequeno gol que Nico construiu no canto do cercado no quintal.
Então, como se tivesse feito isso um milhão de vezes antes, Bourne cruzou perfeitamente. Boothe habilmente cabeceou para o gol. Em seguida, eles comemoraram. Assim como seu pai fazia, correndo ao redor da área do gol com as suas mãos sobre a cabeça.
Meus olhos voltaram para Nico, para ver sua expressão, e eu não podia fazer nada, exceto rir enquanto Geórgia ria na cara dele.
Nico tinha uma expressão envergonhada, quando finalmente percebeu o quão desagradável ele pareceu antes, agindo de maneira excessiva, como seus filhos estavam fazendo agora.
“Você acha que isso vai fazê-lo torná-lo mais calmo na próxima vez que ele marcar?” Sol me perguntou.
Eu bufei. “Sim, certo. O nosso rapaz? Ele vai fazê-lo até que ele não possa marcar mais.”
Sol riu. “Você provavelmente está certa.”
“Você está feliz, mami?” Sol perguntou-me.
Eu olhei nos olhos do meu marido e assenti. “Sim. Eu nunca pensei que isso aconteceria após a morte dos Valentine. Eu vi isso quando eles eram mais jovens. Esperava que algo viesse disso quando ambos tivessem idade. Mas, então, aquele ato insensato aconteceu, e eu pensei que eles nunca fossem se encontrar novamente. Estou tão feliz que eles conseguiram o seu para sempre juntos. Não há duas pessoas que merecem mais.”
Viramos para ver quando Nico correu para seus filhos, pegou cada um debaixo de um braço e deu uma volta correndo ao redor da área do gol.
Os meninos riram, e Bell, uma que não aceitava ser deixada de fora, começou a engatinhar tão rápido quanto seus braços e pernas podiam movê-la.
Nico a viu quando ela cruzou o meio do campo, soltou os meninos, que saíram levando a bola, e correu em direção a ela.
Ele a pegou e correu com ela, driblando a bola lentamente enquanto os meninos corriam atrás dele com naturalidade.
Cheia para explodindo, de fato.
Em breve
Espero que tenham gostado do livro de Nico! O livro de Downy será o próximo da série,
Prólogo
Se meu cão não gosta de você, eu não gosto de você.
-Camiseta
Downy
“O que é isso na sua barba?” James me perguntou.
Dei de ombros e continuei comendo meu sanduíche. “Com o que parece?”
“Esperma,” James respondeu instantaneamente.
Eu bufei e dei-lhe o dedo.
“Então meu melhor palpite seria maionese, desde que eu estou comendo um sanduíche e tudo,” eu disse secamente.
Ele riu e voltou para seu cochilo, inclinando-se para trás tanto quanto sua cadeira permitia, que, aliás, não era muito.
Estávamos à espera de Luke, o nosso chefe e o líder da equipe da SWAT de Kilgore, chegar aqui para que pudéssemos nos mover.
Todo mundo estava pronto para ir, exceto por ele.
Bennett estava no sofá no escritório de Luke com Foster em um lado e Miller, no outro. Jason em seu computador, no canto da sala. Eu estava sentado em uma das cadeiras de visitas e Michael estava sentado ao meu lado.
Em seguida, havia Nico, sempre o solitário, de pé no canto da sala, olhando pela janela.
Estes homens eram minha família.
Eu tinha minha própria família, é claro, mas eu era próximo a eles. Eles eram o meu meio-irmão e irmã, da outra família de minha mãe. Eu gostava de minha irmã bem o suficiente. Meu irmão era um pouco estranho, mas quem aos dezesseis anos não era estranho?
Bem, ele era mais estranho do que a maioria, mas ele era um bom garoto, o que o fazia bem para mim.
Minha mãe e meu padrasto, no entanto, não eram minhas pessoas favoritas.
“Jesus, onde no inferno Luke está?” Perguntou Michael.
Michael estava impaciente recentemente.
Ele normalmente era um santo, que foi como ele ganhou o apelido de 'Santo'. Hoje, porém, ele estava agindo fora de sua forma habitual, e eu tinha uma ideia de que isso tinha muito a ver com a mulher com quem eu o tinha visto três noites atrás.
Eu tinha estado em um encontro... bem 'encontro' era uma palavra muito forte. Mais como se eu tivesse saído para beber com um menina, e eu tinha visto Michael e uma mulher juntos. Uma mulher que parecia suspeitosamente com a irmã mais nova de Nico. No entanto, eu não era de me meter na vida de outras pessoas, assim eu continuei quieto sobre isso.
Não que eu não estivesse extremamente interessado em saber o que estava acontecendo; eu apenas sabia o quanto privacidade significa para as pessoas.
“Estou aqui. Vamos sair.” Luke invadiu o escritório tempo suficiente para ser visto, em seguida, saiu com a mesma rapidez.
“Então, o que está acontecendo?” Perguntei, lambendo meus dedos limpo.
” Aguarde. Demorou tanto tempo porque eu estava tentando convencer o chefe a nos dar permissão. Está fora da nossa jurisdição, mas não por muito. Pierson, Tide and Associates,” Luke disse enquanto chegávamos ao caminhão blindado e começamos a nos acumular dentro.
Eu abri a porta para Mocha, meu cão, e sacudi minha cabeça quando ela se recusou a entrar.
Tínhamos uma relação de amor e ódio agora.
Ela amava me fazer parecer estúpido, e eu odiava ser feito de estúpido.
Nós ainda estávamos aprendendo a interagir como uma equipe, ela e eu.
Mocha tinha sido muito apegada ao seu proprietário anterior, Trance, um policial, que a treinou em Benton, Louisiana. Um local a 40 minutos de onde estávamos localizados.
Quando Trance tinha deixado ela com a gente, comigo em particular, ele tinha grandes esperanças de que nos daríamos bem. E nós nos dávamos, em sua maior parte. Enquanto eu fizesse o que ela queria, quando ela queria, era isso.
Eu tentei deixar alguém da equipe tentar, mesmo Foster e Miller, que eram irmãos de Trance. Ela na verdade odiava-os e não queria ter nada a ver com eles.
E agora, ela não queria entrar no caminhão.
Então eu entrei e fechei a porta. As portas atrás de nós fecharam também.
Nico olhou para mim como se eu tivesse ficado louco, mas eu não tinha. Ainda não, de qualquer maneira.
“Basta começar a dirigir, ela vai entrar quando ela perceber que estamos sérios sobre sairmos,” eu disse, respondendo à sua pergunta não formulada.
Ele sacudiu a cabeça, mas começou a sair da garagem lentamente, incerto de que isso ia funcionar.
Nós não tínhamos sequer chegado fora da garagem antes dela começar a latir.
Nico parou e eu abri minha porta.
No instante em que o espaço era grande o suficiente para Mocha passar, ela estava sentada no meu colo, os olhos olhando pela janela.
“Eu pensei que você tinha dito que ela estava ficando melhor,” Nico murmurou quando ele puxou para fora da garagem e saiu para a rua, luzes e sirenes em execução.
Puxei o cordão que ativava a buzina e fiz uma careta. “Ela está ficando melhor. Nós teríamos chegado a estrada antes dela ter feito qualquer coisa, há algumas semanas.”
“Tanto faz. Enquanto ela esteja disposta a trabalhar quando ela precisa, eu não me importo. É estranho, porém, que ela esteja com você por quase um ano e ela não está nada melhor. Apenas lhe mostre quem é que manda. Isso é o que eu tenho que fazer com Hambúrguer. Deixe-a saber quem é o alfa é, e ela acalma,” disse Nico.
Hambúrguer era o cão da esposa de Nico. A porra de um enorme São Bernard que tinha, juro por Deus, 90 quilos. Ele também iria babar em um intruso, dando-lhe beijos, ao invés de proteger qualquer um deles. Mocha iria me proteger, mas só de má vontade. Principalmente porque ela considerava minha casa seu território agora, e não iria suportar qualquer intruso entrando em seu santuário.
Minha cama, por exemplo, só era permitido ser ocupada por ela, eu e meu gato, Rayburn.
A última vez que tinha tentado levar uma mulher para casa tinha sido apenas isso. A última.
Ela tinha ficado fodidamente louca e assustou a pobre menina à morte. Sally... ou Sandy... qualquer que fosse seu nome, teve de ser riscada do meu livro. Ela se recusou a voltar, e eu estava inclinado a deixá-la.
Quer dizer, se um pouco de latido a assustava, o que meu trabalho iria fazer com ela?
A atitude de Mocha não apenas se estendeu àquela única mulher, tampouco. Estendia-se a muitas mulheres. Ela tinha sido a única que não pôde lidar com isso.
As outras apenas suportavam o barulho. Não era como sua se mente estivesse nisso de qualquer maneira. Isso, ou eu não estava fazendo o meu trabalho corretamente.
“Merda, as vans de notícias já estão aqui. Assim como o Times e o News-Journal23,” Nico murmurou.
“Passe por eles e pare na parte de trás do primeiro bloco à direita. Não respondam a quaisquer perguntas. E Downy, mantenha o cão longe de Susie, a repórter, desta vez. Eu percebi que ela ainda está com medo dela, mas não há necessidade de torturá-la,” Luke rosnou de sua posição na parte de trás.
Eu bufei. Susie. Seu nome era Susie!
“Senhor, sim, senhor,” eu disse sarcasticamente.
Então eu coloquei a minha cara de jogo.
Não seria bom deixar os repórteres e os canais de notícias me verem sorrir.
***
Memphis
Eu me agachei no pequeno espaço entre a mesa e a parede, cobrindo minha cabeça e rezando duramente para que eu vivesse para ver o sol nascer de novo.
Vozes altas começaram de novo na sala de espera do escritório de advocacia, e eu senti bile subir na minha garganta.
Meu escritório estava a três portas de distância da comoção e, embora eu fosse apenas uma humilde secretária, eu ainda precisava do espaço para me manter com a enorme quantidade de papelada que esperavam que eu lidasse diariamente.
Pelo que eu estava certamente grata naquele momento.
Os homens chegaram na porta da frente, enquanto eu estava no banheiro, caminharam direto por meu escritório, não se preocupando em verificar e ver sequer se outras pessoas estavam no local, antes de irem diretamente para encontrar o Sr. Pierson.
Quando eu ouvi as vozes alteradas, eu me arrastei pelo corredor e estava para sair quando vi os dois homens circulando meu chefe, Tate Pierson. Tate não era um cara mau.
Embora mais fresco do que eu gostaria, eu não queria que ele morresse.
Eu chamei imediatamente a polícia para lhes contar sobre a situação.
Isso tinha sido trinta minutos atrás, e eu estava ficando preocupada. A discussão foi aumentando, ficando muito pior do que quando tinha começado. Agora, não havia qualquer negociação acontecendo, apenas gritavam sobre como Sr. Pierson tinha sido bem sucedido no divórcio de sua ex-mulher. Ele também estava gritando sobre ter que pagar igualmente os honorários advocatícios dela, mesmo que, pelo que eu estava ouvindo, ele tinha sido o único a ser traído.
Uma grande forma negra subiu até o vidro da frente do nosso prédio, e meus olhos se arregalaram quando seis homens vestidos todos de preto, com armas massivas apontadas em todas as direções, olharam para mim.
Eu fui descoberta rapidamente.
Eu disse a senhora na linha onde eu estava quando ela pediu. Eu assumi que foi como o homem que estava atualmente vindo na minha direção me encontrou tão rapidamente.
Havia um belo Pastor Alemão ao seu lado, mas eu soube imediatamente que não era apenas um animal de estimação comum.
Não, esse era mortal.
Ela estava usando um colete sobre sua área do peito, e seus olhos estavam altamente conscientes e examinando a área. Ela me mediu em questão de segundos, mas me descartou como nenhuma ameaça para seu ser.
As vozes eram o que prendiam sua atenção, e a minha também.
Elas foram ficando mais alta e mais ameaçadoras. Eu apenas sabia que, a qualquer momento, as palavras não seriam mais ...
Bang. Bang. Bang. Bang.
Meu coração saltou para minha garganta aproximadamente ao mesmo tempo que eu senti como se um saco de cimento caísse sobre os meu ombros.
Quando meus olhos se abriram e eu comecei me debater, a coisa, que eu agora reconhecia como o homem que fez contato visual comigo quando ele entrou pela porta, segurou-me imóvel, apesar de meus debates.
“Não se mova,” ele rosnou.
Apesar de estar me segurando no lugar, eu ainda consegui me mover e por isso o meu pé estava entre o que eu esperava ser suas coxas, embora eu não pudesse ter certeza.
“Eu disse, não se mova,” ele assobiou.
Eu não podia evitar. Minha boca fugia do meu controle quando eu estava com medo, o que aconteceu. “Eu tenho câimbras na minha bunda.”
Eu acho que isso o surpreendeu, porque ele ficou mais parado ainda, se isso era possível, e levantou a cabeça ligeiramente para olhar para mim.
Bang. Bang. Bang. Bang. Bang.
Os tiros foram sendo disparados rapidamente, e não podia evitar, eu me assustei.
Mas seus olhos. Seus olhos me seguraram firme, mantiveram-me focada para que eu não enlouquecesse. Eles eram um verde bonito com manchas de ouro. Eles eram a única coisa que eu podia ver com a enorme máscara preta sobre seu rosto e o capacete preto cobrindo sua cabeça.
Eu não podia nem ver sua pele em tudo, na verdade. Nada além de seus olhos.
Então ouvi gritos vindos da outra sala e o peso prendendo-me para baixo, bem como aqueles belos olhos, tinham desaparecido.
Seu peso foi tirado de mim mais rápido do que eu poderia estalar os dedos, e o momento que tínhamos compartilhado tinha desaparecido.
Em seu lugar ficou um monte de perguntas. E um monte de imagens das consequências que eu nunca poderia esquecer.
Lani Lynn Vale
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