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Series & Trilogias Literarias
Depois de ter trabalhado, sem descanso, mais de doze horas por dia durante um mês, terminando um projeto de TI muito importante, Joana estava esgotada, mas feliz. O programa para o projeto tinha ficado perfeito e todos os bugs corrigidos. Por reconhecer que sua estimada funcionária precisava de um descanso, o chefe de Joana lhe concedeu duas semanas de folga, e o bônus dela poder usufruir da licença em sua casa do litoral, com vista para o mar e praia particular.
Joana aceitou de bom grado o oferecimento. Poder relaxar naquele paraíso lhe faria um bem enorme. E de malas e chaves nas mãos, na manhã de uma segunda-feira, ela entrou em seu carro e partiu rumo as suas tão merecidas férias. O dia de sol estava maravilhoso para dirigir e, no meio do caminho, decidiu parar para tomar um suco de maracujá, num quiosque famoso da beira de estrada.
Saboreando a bebida deliciosamente gelada, Joana suspirou com prazer. Sorriu ao se dar conta do privilégio que era estar ali. Tinha valido a pena ter quase fritado seus neurônios, resolvendo os problemas que surgiram, pois a recompensa foi bem maior do que ela esperava. Depois de sorver o último azedinho do suco, pagou a conta e se levantou para seguir viagem.
Distraída, procurando a chave do carro na bolsa, quase foi atropelada pelo motorista de um Porsche conversível. Que cara mais mal educado. Lançou-lhe um olhar zangado, mas não quis discutir para não começar suas férias brigando com o folgado, que sorriu de modo irônico ao se desculpar. Provavelmente devia pensar que por ser rico podia chegar apavorando onde quer que fosse.
Entrou no carro, sacudindo a cabeça com desprezo, sem nem responder a ele. De volta à estrada, depois de colocar o cinto de segurança, Joana começou a planejar o que faria. O melhor seria passar num supermercado primeiro e comprar comida. Seu chefe a tinha avisado de que a geladeira estava vazia.
A região onde ficava a casa era um pequeno povoado, mas o mercadinho era bem abastecido. Fez rapidamente suas compras e, quando foi guardá-las no porta-malas, descobriu o bendito Porsche estacionado ao lado do seu carro.
Por favor, Universo, não deixe esse cara chegar perto de mim novamente.
Para não correr o risco de encontrá-lo, Joana deu logo a partida. Com o GPS ligado foi fácil encontrar o endereço. Acionou o controle remoto que estava junto com as chaves da casa e, à medida que o portão foi se abrindo, o seu queixo foi caindo. Uauuuu ! A arquitetura da fachada, toda envidraçada, era um espetáculo de se ver. E pela rua não dava para perceber que a casa estava apoiada num morro. Joana estacionou seu carro no pátio de pedras, em frente à porta principal. Tirou suas malas do carro e largou-as no hall de entrada, extasiada com a visão de uma piscina de borda infinita se fundindo com o azul do céu e do mar. Tão lindo que era de perder o fôlego.
Abriu as portas janelas para poder admirar melhor o paraíso que seria só seu por uns dias. Na sacada flutuante sobre o morro, Joana avistou a praia exclusiva, uma pequena enseada fechada, sem acesso externo. Poderia até nadar nua se quisesse e pretendia fazer isso. Empolgada, foi escolher um dos quartos. No primeiro que entrou, deitou-se na cama para sentir a maciez do colchão e seu corpo agradeceu, relaxando completamente. Relaxou tanto que acabou dormindo até às cinco horas da tarde. Devia estar mais exausta do que tinha imaginado.
Levantou-se e tomou um banho rápido. Sentindo-se bem como há muito não se sentia, foi se sentar numa das espreguiçadeiras da sacada, munida de uma generosa taça de vinho, a tempo de ver o sol se despedindo, deixando atrás de si o céu tingido de um vermelho intenso. Sentiu falta de estar de mãos dadas com alguém de quem gostasse, para usufruir daquele momento. Na falta desse alguém, ergueu a taça e fez um brinde ao Universo. Well done !
Como já estava muitas horas sem alimento algum, o vinho acabou deixando-a levemente tonta. Precisava comer. Decidiu preparar apenas um sanduíche, deixando seu hobby de cozinhar para o dia seguinte. Terminada a refeição, deu um jeito na cozinha, trancou tudo e foi para o quarto, continuar seu estado de hibernação regenerativa.
O sol já brilhava quando acordou na manhã seguinte. Clima perfeito para bronzear o corpo e relaxar nas águas calmas da pequena enseada. Escolheu o menor biquíni que havia trazido e pegou uma toalha para estender na areia. Tomou só um iogurte como café da manhã, colocou seus óculos escuros e se dirigiu à escadinha íngreme colada ao morro, para descer até a areia. Até que foi fácil descer os degraus.
Como queria experimentar a sensação de nadar nua, e deixar o sol tocar em todas as partes de seu corpo, precisava ter a certeza de que não seria observada. Andou por toda a extensão da enseada e não viu nada que pudesse atrapalhar seus planos de ficar totalmente à vontade para usufruir daquele dia maravilhoso.
Confiante, estendeu a toalha na areia e despiu vagarosamente o biquíni, curtindo a sensação de liberdade e do prazer do sol em sua pele. Faltava sentir a água em todos os seus poros. Quando mergulhou, o prazer foi maior do que havia imaginado. Nadou por alguns minutos e por outros tantos ficou apenas boiando, observando as nuvens brancas assumirem diferentes formatos na tela azul do céu. Quase podia jurar ter visto uma silhueta igual a sua se formando, como se as nuvens a estivessem espelhando. Devia estar louca, porque estava vendo mais uma nuvem se moldar num corpo masculino e se enlaçar com a nuvem de corpo feminino, numa espécie de dança nos céus. A falta de romance em sua vida a estava fazendo imaginar aquele tipo de coisas, só podia ser isso. Mas era melhor pensar que tinha sido um sinal do Universo, avisando de que momentos de paixão estavam para chegar.
Esperançosa, voltou para a areia e estendeu a toalha para se deitar e se secar ao sol. As gotas de água, que escorriam em sua pele, lhe provocavam arrepios no corpo. Sentia-se excitada pelo fato de estar ali, nua, acariciada pelo calor do sol. Uma tensão nas suas partes íntimas foi se intensificando e atraiu sua mão como um imã. Joana tentou exercer uma força contrária, contendo o desejo de ter um orgasmo. Seu dedo médio, porém, afundou em sua vagina molhada, e o jeito foi se deixar levar pelas sensações proporcionadas pelo vai e vem de seu dedo. Seus quadris acompanhavam sua dança solitária, num ritmo que foi aumentando, aumentando, até que não deu mais para segurar...
Ficou bronzeando o corpo por mais uma hora, até começar a sentir fome. Planejava fazer um risoto de cogumelos, bem cremoso. Ao se levantar, porém, para recolher suas coisas, um frio percorreu sua espinha de cima a baixo e ela teve a sensação de estar sendo observada. Olhou para os lados assustada, mas não viu nada. Apressou-se em enrolar-se na toalha e voltar correndo para dentro de casa. Só depois de trancar portas e janelas e verificar se tudo estava exatamente como havia deixado, foi que conseguiu relaxar e ir para o banho.
Quando o risoto ficou pronto, seus receios já tinham passado. Mais calma, abriu as portas de vidro e foi almoçar na mesa externa, com vista para o mar. Poderia viver ali para sempre, pensou. Sem preocupações com prazos, sem pressões e metas a alcançar. Por isso aproveitaria ao máximo aqueles dias de folga. Seu chefe tinha sido muito camarada mesmo. Lembrou-se que desde o primeiro dia os dois se entenderam perfeitamente. E nunca precisou se preocupar com assédio em seu ambiente de trabalho porque ele era gay, mas mesmo que não fosse, ele jamais se comportaria de modo errado, era um gentleman . Correspondendo ao incentivo dado à sua capacidade por parte dele, Joana trabalhava dando o seu máximo. E seu chefe reconhecia e valorizava isso, o que era muito bacana da parte dele.
Depois de arrumar a cozinha, resolveu tirar um cochilo. Como estava apenas de calcinha e camiseta, cobriu-se com uma manta. Quem sabe sonhasse com nuvens dançando... Só acordou bem mais tarde e nem tocou no celular para não cair no erro de querer saber o que estava acontecendo no mundo. Não deixaria que nada atrapalhasse seu descanso e definitivamente não iria perder tempo olhando para uma telinha, quando podia olhar a imensidão do céu e do mar e o brilho das estrelas.
Já de biquíni, serviu-se de uma taça do vinho que estava aberto e foi apreciar o pôr do sol. Entrou na piscina com cuidado, para se acostumar com a temperatura. Mas água morna, quase quente, envolveu seu corpo de maneira deliciosa. Com a taça ao alcance da mão, apoiou os braços na borda infinita. O paraíso não podia ser mais bonito do que a paisagem diante de seus olhos.
Ficou por ali até o anoitecer e quando a primeira estrela apareceu aproveitou fazer um pedido, como fazia quando era criança. Só que desta vez não pediu brinquedos, mas sim poder ter a experiência de um romance quente e avassalador. Queria sentir, pelo menos uma vez na vida, uma paixão curta, mas desmedida, queria loucuras e sexo selvagem, queria que um homem a desejasse com muito tesão e demonstrasse isso. E tinha que ser uma paixão curta, num período de férias, para não prejudicar seu trabalho.
#ficaadicauniverso
O céu logo ficou negro, realçando ainda mais o brilho das estrelas. Aconchegada num roupão quentinho, pego do armário da piscina, Joana viu a lua brotar do mar, deixando uma trilha prateada nas águas da superfície. Ficou admirando até seus olhos pesarem de sono novamente. Já ia entrar para jantar, quando o frio na espinha voltou com força. No morro abaixo uma luz foi acesa e Joana, com um grito mudo em sua garganta, percebeu que camuflada na vegetação havia outra casa de praia. Seu sexto sentido estava certo. Alguém a tinha visto nua na praia e pior, se masturbando.
Como estava escuro, pode ficar ali observando sem ser vista. Conseguiu visualizar o que parecia ser um deque e um homem se aproximando, aparentemente com o objetivo de apreciar o luar. Joana arregalou os olhos, era parecido com o cara do Porsche .
Ah, não, Universo, você não vai fazer isso comigo. Eu te pedi pra não deixar ele se aproximar de mim novamente. O Universo não escuta o “não” sua tonta! Você se esqueceu de pedir direito, devia ter pedido de forma afirmativa para ele permanecer longe. E agora é tarde demais.
Seu gemido de angústia atraiu o olhar do desconhecido. Ao ver ele se voltar em sua direção, Joana se jogou no chão, com o coração que mais parecia que ia saltar pela boca. Que pedido louco tinha sido aquele que tinha feito? Pra logo em seguida descobrir que o cara do Porsche estava bem ao seu lado? Coincidência bem sinistra.
Sabendo da presença do seu vizinho, o dilema em sua cabeça, de ir ou não se bronzear na areia, a atormentou a noite inteira. Estava com medo de encontrar o vizinho e comprovar que ele era mesmo o cara do Porsche e mais medo ainda de descobrir que ele tinha visto seu comportamento na areia. Mas se não fosse, iria se privar de um prazer que não teria como repetir. Ser convidada a usar a casa do chefe era provavelmente coisa de uma vez só na vida.
Foda-se! Vou descer .
Colocou seu biquíni minúsculo e foi dar uma espiada na casa vizinha. Tudo quieto. Não admira que não a tivesse notado, parecia que fazia parte da natureza, totalmente integrada à vegetação nativa. Será que seria mesmo o cara do Porsche ? Pessoas preocupadas com a natureza geralmente compram pick-ups e não carros de luxo conversíveis. O assunto em sua cabeça já estava virando uma obsessão. Na areia, a primeira coisa que fez foi se certificar de que o caminho estava livre. Olhou para os dois lados e não havia ninguém. Olhou para a direção da casa vizinha, nada, nenhum sinal de vida.
Ah, ele deve ter ido embora.
Mas não teve coragem de tirar o biquíni. Estendeu a toalha na areia e deitou de bruços. O calor e a luz do sol tinham um poder de cura sobre ela e, com os minutos se passando, começavam a amenizar sua obsessão com o vizinho. Já nem estava pensando mais nele, estava relaxada, tanto que até estava vendo umas miragens: um guarda-sol, uma cadeira, um homem...
Um homem???
Um jato de adrenalina invadiu seu sangue fazendo seu coração disparar. Ninguém acreditaria que um segundo atrás ela estava quase dormindo. Não sabia se olhava discreta ou diretamente. Olhou diretamente. Sem dúvidas era ele. Definitivamente ele. E se a tinha visto fez que não viu. Desviou o olhar, envergonhada, o coração ainda a mil. E ele não se mexeu, continuou na dele como se ela não existisse.
Estavam a uma distância equivalente a duas quadras. Com toda a certeza ele tinha consciência da presença de Joana. Só que na cabeça dele não havia motivos para obsessão, só na cabeça louca dela. Para ele o quase atropelamento no quiosque não fora nada de mais. E ela não passava de apenas mais uma mulher. Por que se importaria?
Com a imaginação rolando solta, quase que Joana perde uma cena de ficar babando. Não conseguiu disfarçar que estava olhando e até sentou-se na toalha para ver melhor. O desconhecido atropelador tinha levantado da cadeira, despido a sunga e calmamente se dirigia para o mar. E Joana? Salivando de boca aberta.
Por favor, Universo, arranja um homem igual a esse pra mim!
A partir daí, perdeu a vergonha e passou a olhar descaradamente para os bíceps do desconhecido, enrijecidos a cada braçada que dava na enseada. Quando acabou de nadar, ele ficou em pé ainda dentro da água, jogando seus cabelos para trás, para retirar o excesso de umidade. Joana viu a cena como se estivesse em câmera lenta. E quando ele saiu da água então, deu para ver que o tamanho do membro dele era um espetáculo... Uma hora depois ele foi embora. Sem nem olhar para ela. Mesmo sabendo que ele era “muita areia para o caminhãozinho dela ”, um sentimento de frustação, de ego ferido, a invadiu.
Custava ele me olhar só um pouquinho? Só pra eu me sentir desejada?
Mas ele não olhou, a ignorou e ainda nadou nu pra deixar ela excitada e sexualmente frustrada. Aquele homem a estava tirando do sério. Aonde é será que andava sua mente analítica e racional de cientista da computação? Provavelmente morta por seu furor uterino.
Joana passou o resto do dia tentando dar um jeito de recuperar a razão, de por a cabeça no lugar e esquecer que aquele homem existia. Mas a imagem do corpo dele parecia grudada em sua retina. Por que diabos aquele encontro no quiosque teve que acontecer? Ela só queria descansar.
Mas que eu saiba não foi descanso que você pediu ao Universo, Joana. Agora aguente!
O desejo sexual não saciado teve de ser sublimado. O jeito foi preparar a comida mais deliciosa do mundo e se o Universo fosse camarada, faria chegar até o nariz daquele metido, o cheiro do bife suculento e acebolado que fritaria à perfeição, da farofa amanteigada que ia deixar bem crocante, da maionese caseira com batatas que ia bater a mão, da salada de folhas verdes que temperaria com vinagrete francês e do bolo de chocolate assando no forno.
Que ele salive também, esse homem maldito que não me sai da cabeça!
Saciada com o divino almoço, Joana ainda serviu-se de um pedaço generoso de bolo e foi saboreá-lo na área externa, com um prazer quase sexual de tão maravilhoso que tinha ficado. A noite aproveitou a piscina e comeu mais bolo. Não tem nada melhor do que chocolate para consolar falta de sexo.
Na manhã seguinte, levantou disposta a não se deixar incomodar pela indiferença alheia. Afinal, ela sabia ser indiferente também. Ah, como sabia. Escolheu um biquíni branco, com lacinhos nas laterais da calcinha e no meio dos bojos do sutiã. Quase nunca usava aquele biquíni porque ficava totalmente transparente quando entrava na água, mas ficava lindo com a pele bronzeada. Na sua cabeça estava se arrumando para se sentir bonita para si mesma.
Será?
Mesmo antes de chegar ao fim da escada, percebeu que ele já estava na praia, e havia armado o seu guarda-sol bem mais próximo desta vez. Mas ela não ia dar o braço a torcer se afastando. Fez seu ritual de armar e sentar-se na cadeira de praia, de modo natural e sem pressa, ignorando-o completamente. Pegou um livro que tinha trazido e fingiu que estava lendo. Se ele queria guerra, ia ter guerra.
Pouco tempo depois ele também executou seu ritual. Despiu sua sunga, praticamente na cara dela, mas Joana não tirou os olhos do livro, nem mesmo enquanto escutava suas braçadas vigorosas rasgando o mar, nem mesmo quando ele sacudiu os cabelos, nem mesmo quando quase esfregou o pênis em sua cara. Joana esperou que ele se sentasse para só então se levantar e se dirigir ao mar.
Por favor, Universo, me ajude a controlar meus impulsos e ative meus genes de sensualidade latina. – e o Universo respondeu: O seu desejo é uma ordem.
Joana caminhou até a água, movendo-se de forma sensual e provocante. O desconhecido até tentou se mostrar indiferente, mas Joana sentia seus olhos sobre ela. Ela mergulhou e nadou um pouco, para só então sair da água e parar na beirinha para tirar o excesso de umidade dos cabelos. Como já sabido, seu biquíni ficou bem transparente e ela mais sexy do que se estivesse nua.
Pode ver que seus genes latinos foram ativados com sucesso, porque, por mais que ele que quisesse se mostrar indiferente, seu pênis estava muito interessado. Para provocar ainda mais, Joana estendeu a toalha e deitou-se para se secar ao sol, mas não antes de soltar devagarinho o laço que unia os bojos da parte de cima do biquíni e fazer topless. Sem conseguir “desarmar sua barraca”, seu vizinho cobriu-se como deu e se retirou. O jogo estava empate, vibrou Joana, ela conseguiu fazer com que ele fosse traído por seu membro.
Radiante, voltou para dentro e foi tomar banho. E, visualizando a imagem daquele delicioso membro ereto, ela masturbou-se no chuveiro com satisfação. E de bônus ainda havia bolo de chocolate para sobremesa. Prazer total em todos os sentidos, inclusive o do sono à noite. Joana dormiu maravilhosamente bem e acordou melhor ainda.
Hora de jogar mais uma partida .
Joana escolheu como arma outro biquíni bem sexy, desta vez amarelo. Com a pele dourada do sol, ela estava muito sensual. E ele, na praia, posicionado mais perto ainda. Joana teve que pensar rápido que peça mover no tabuleiro de areia. Decidiu mover a rainha, entrar nua no mar. Virada de frente pra ele, agindo como se ele não estivesse ali, Joana vagarosamente soltou os lacinhos da parte de cima do biquíni revelando seus seios. Os bicos se arrepiaram de modo involuntário. Estava cada vez mais difícil não olhar para ele, pois queria ver se havia desejo em seus olhos, mas não ia dar o braço a torcer. Depois foi a vez da parte de baixo que preferiu ir abaixando centímetro por centímetro, até que a peça caiu. Com medo de também cair de boca no pênis dele, que estava mais do que duro, Joana correu e se jogou no mar, mergulhando para refrear o desejo louco que estava sentindo.
Perturbada com aquele jogo perigoso, ela acabou ficando mais tempo em baixo da água do que gostaria. Um certo pânico a invadiu quando se viu sem ar, porém mãos fortes a agarraram e a trouxeram pra cima. Eu me rendo, sua louca, ele disse. Você venceu! Não me assuste deste jeito.
Vencedora, Joana partiu para mais um ataque, desta vez corporal, ali dentro da água mesmo. Abraçou-se com braços e pernas a ele e seus corpos se uniram, num encaixe perfeito. Ele revidou com penetradas fundas e certeiras, arrancando dela gemidos selvagens. Na enseada tudo ficou em silêncio, fauna e flora assistindo ao embate de desejos. No final da luta, não houve perdedor, os dois ganharam o prazer máximo, em todos os sentidos.
O restante dos dias os dois ficaram juntos, dormiram juntos, comeram juntos e transaram muitas vezes ao dia. Transaram com roupa e sem roupa, nas duas casas, no mar, na areia, no chuveiro, na sacada e na piscina. Nada saciava o desejo louco entre os dois. Com data marcada para tudo acabar, era necessário aproveitar ao máximo. Por isso pouco se falou durante todo o tempo e sendo assim, promessas não foram feitas, nem números de telefone foram trocados.
Afinal, não tinha sido este o pedido de Joana?
Na despedida, com direito a sexo no Porsche ...
Ele: Vamos nos encontrar no próximo final de semana.
Ela: Não, ainda que eu queira, não vamos. Essa casa não é minha, só as lembranças do que vivemos aqui é que são. Além disso, o meu trabalho é muito importante para mim, não há espaço, nem tempo em minha vida, para relacionamentos. Nunca mais nos encontraremos.
Ele: Veremos, Joana, veremos. Veremos se você não terá tempo para mim...
E agora, Universo?
Quem ganhará essa disputa?
Nic Chaud
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