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Blaire
"Sim, mas eu não tenho certeza de quando papai estará em casa. Não podemos simplesmente ir para lá”, respondi incapaz de conter-me de rir dele.
"Doce Blaire, se eu não entrar em você de verdade o mais malditamente rápido, seu pai vai saber que estamos fazendo sexo. Essa mesa de cozinha pequena está parecendo muito legal agora."
Eu tremia com antecipação quando ele me puxou para dentro do quarto inferior.
"Só uma cama", ele disse, enquanto olhava para o pequeno quarto. "Claro que sim".
Arrastei-me em cima da cama desfeita e ele me seguiu antes de voltar a fechar a porta de correr trancando-a. Sua conversa suja e meu estado de tesão tão excitado não ia demorar muito para me enviar ao céu. Eu estava tremendo com a necessidade que ele me tocasse.
"Tire isso", ele disse, olhando incisivamente para o meu vestido. Estendi a mão para a bainha e puxei-o sobre a minha cabeça antes de jogá-lo para o lado do colchão. Eu não tinha me incomodado com um sutiã, mas eu estava usando calcinha.
Seus olhos queimavam com o calor quando ele olhou para os meus seios. Adorei saber que a visão do meu estômago inchado não fez ele me querer menos. Pelo contrário, ficou ainda mais atraído por mim.
Ele tirou a camisa, em seguida, arrastou-se e ajoelhou-se diante de mim. Suas grandes mãos seguraram meus seios e meus mamilos, ele brincou fazendo-me gemer e me pressionou ainda mais em suas mãos. Suas mãos moveram para o sul até que ele estava cobrindo meu estômago com as duas mãos e me acariciando. "Minha", ele disse simplesmente com admiração e reverência em sua voz.
Em seguida, sua mão escorregou para baixo entre as minhas pernas e para a calcinha que eu ainda estava usando. Ele descobriu exatamente como eu estava excitada. "Mmmm, minha doce Blaire precisa de mim. Eu gosto disso. Eu amo pra caralho", ele gemia e me colocava de volta no colchão antes de puxar minha calcinha. Passou o polegar sobre a almofada de meus pés depois enrolou uma mão em torno de cada um dos meus tornozelos e puxou-os sobre os ombros.
"Rush.” Eu tentei pará-lo antes que ele começasse só porque eu o queria dentro de mim. Mas sua língua sacudiu para fora sobre minhas pregas e lambeu todo o caminho até o meu clitóris fazendo com que todo o pensamento razoável voasse para longe. Peguei um punhado do lençol e virava contra meu rosto enquanto eu gritava seu nome. Eu já não me importava se ouvissem. O metal suave na boca brincou com meu clitóris incansavelmente enquanto ele corria para trás e para frente sobre o meu sexo inchado.
"Tão malditamente doce", ele murmurou contra mim e me desfiz. Meu corpo estremeceu e eu tinha certeza que eu gritei o nome dele alto o suficiente para que os nossos vizinhos ouvissem. Quando eu consegui abrir meus olhos novamente, ele estava nu e movendo-se entre as minhas pernas.
Eu levantei para atender seu impulso e adorei ver seu rosto se contorcer de prazer enquanto ele sussurrava meu nome neste momento.
Rush se abaixou e puxou meus quadris para atender seus impulsos quando ele deslizou dentro e fora de mim em um ritmo constante. Senti o prazer crescendo e eu me tornei mais frenética para sentir isso de novo. Comecei a levantar meus quadris enquanto eu agarrei seus braços para me puxar para cima mais rápido.
Rush parou e me aliviou de volta, diminuindo o ritmo enquanto ele se movia sobre mim.
Sua boca cobriu a minha e ele começou a me beijar como se tivesse todo o tempo do mundo, quando na realidade eu estava a poucos golpes longe de outro orgasmo. Sua língua correu pela minha, enredando com ele e, em seguida, lambendo meus lábios antes de pressionar beijos castos nos cantos da minha boca e, em seguida, chupando meu lábio superior.
"Não me deixe novamente. Eu não posso te perder" ele implorou.
Seus quadris se moveram e pressionaram para mim profundamente mais uma vez quando soltou um gemido.
Eu fui voando distante, agarrando-me a ele e prometendo-lhe tudo o que ele queria. Seu grito de libertação me expulsou novamente.
Quando eu finalmente consegui respirar, Rush me abraçou, enfiando a cabeça na curva do meu pescoço. Seu hálito quente fez cócegas e me acalmava ao mesmo tempo.
"Eu te amo. Pra caralho", disse ele em um sussurro rouco.
"Eu também te amo. Pra caralho", respondi com um sorriso feliz.
Ele riu, mas não olhou para mim.
Ele manteve o rosto enterrado contra mim. "Vou precisar de você novamente. Sinto muito", disse ele.
Confusa, eu fiz uma careta e me afastei para que eu pudesse ver seu rosto. "Por que você está triste?"
"Porque eu posso ser insaciável hoje à noite. Têm sido longas 24 horas."
"Quer dizer que você quer mais, agora?" Perguntei.
Rush deslizou as mãos entre as minhas pernas. "Yeah, baby, eu quero."
****
Rush estava dormindo quando ouvi meu pai entrar no barco. Eu estava grata que ele ficou fora durante toda a ação. Rush tinha finalmente adormecido de cansaço. Eu estava completamente satisfeita, no entanto. Eu lutava contra o sono, porque eu queria esperar que meu pai voltasse para casa. Peguei meu vestido e aliviei-me dos braços do Rush, em seguida, coloquei-o sobre a minha cabeça. Eu precisava ir dizer-lhe que Rush estava aqui. Eu não lhe disse muita coisa, não que ele precisasse de alguma explicação.
Abri a porta, olhei para Rush, que ainda estava dormindo pacificamente.
Estiquei-me na cama e sai do quarto na ponta dos pés e subi as escadas. Meu pai estava sentado na mesa da cozinha pegando um copo de leite. Ele olhou para mim e sorriu.
"Não quis acordá-la", disse ele.
"Você não me acordou. Eu estava acordada", respondi. Balancei a cabeça para frente do barco, do lado de fora, onde a nossa voz não se ouvia no térreo, em voz alta. "Podemos conversar?"
Papai olhou para as escadas e franziu a testa, em seguida, balançou a cabeça e levantou-se para caminhar de volta para fora da cabine.
Fechei a porta da cabine para abafar qualquer coisa antes de me virar para olhar para o meu pai. "Rush está aqui", expliquei. "Ele está dormindo."
Compreensão amanheceu no rosto do meu pai e ele concordou. "Bom. Ainda bem que o menino foi inteligente o suficiente para buscá-la."
Ele gostava de Rush. Ele tinha me jogado na frente de Rush, para começar. Eu estava feliz por ele aprovar. Isso tornava as coisas muito mais fáceis. Eu queria manter um relacionamento com meu pai e Rush não tinha sido um fã dele há muito tempo.
"Eu saí por causa de sua família. Nan principalmente. Ela é... demais às vezes."
"Ela é um pesadelo. Ela não é minha filha, você pode ser franca. Passei bastante tempo com ela para saber que ela está precisando de alguma atenção séria de um pai."
Eu balancei a cabeça e sentei-me no banco, em seguida, coloquei minhas pernas debaixo de mim. "Eu não quero odiá-la porque Rush a ama. É difícil ir embora. Ela está determinada a levá-lo para longe de mim. Às vezes eu acho que ela só pode ganhar."
Papai sentou-se em uma cadeira de gramado com as cores do arco-íris. "O rapaz te ama mais. Ele sempre vai te amar mais. Qualquer um pode ver isso, menina. Você apenas tem que aprender a não deixar Nan intimidá-la."
"Eu estou tentando. Mas então, quando ela precisa dele, ele está lá. A maior parte do tempo em detrimento das minhas necessidades. Ela sempre ganha. Eu sei que parece bobagem, e eu estou sendo egoísta, mas eu preciso dele para cuidar de mim. Eu preciso dele para cuidar do nosso bebê sobre todos os outros. Eu não... Eu não sei se ele fará isso." Dizer as palavras em voz alta causou uma contração na minha garganta.
Admitir o seu pior medo era difícil. Mas eu precisava de alguém para me ouvir.
"Você merece ser a número um. Você já passou por muita merda, graças a mim, e é hora de um homem fazer você se sentir como se fosse à pessoa mais importante no seu mundo. Não é egoísta. É normal. A irmã dele usa o fato de que ela foi privada de um pai como desculpa para ser uma cadela mimada em fúria. Você foi entregue a um negócio ainda mais fodido. Você perdeu sua irmã, seu pai e sua mãe. Você teve mais dor do que a menina poderia entender, mas você ainda ama. Você ainda perdoa e você é forte. Você será uma mulher e mãe incrível.” Papai soltou um suspiro pesado. "Toda a vida de Rush ele pensou em Nan como sua filha. Ele a levantou. Ela é uma adulta agora e está na hora dele soltar. Ele está tentando descobrir como fazer isso e eu acho que ele vai encontrá-lo. Ele ama você. Eu sei que ele ama. Qualquer tolo pode ver isso no seu rosto”.
Eu esperava que ele estivesse certo. "Eu o amo o suficiente para que eu tenha medo, de sempre perdoá-lo caso ele escolha ela”.
Meu Pai acenou com a cabeça e inclinou-se para descansar os cotovelos sobre os joelhos. "Acho que se isso acontecer, então terei que voar de volta a Rosemary para bater para caralho nesse menino. Você acabou de me chamar. Eu sempre vou te pegar".
Sorri com o olhar sincero em seu rosto quando ele ameaçou bater em Rush por mim. Este foi o homem que eu cresci amando. Este era o homem que tinha ameaçado Caim com o seu rifle de caça no nosso primeiro encontro. Eu andei até ele e envolvi meus braços ao redor do pescoço dele. "Eu te amo", eu sussurrei.
"Eu também te amo, ursinha Blaire."
A tosse forte me assustou e eu olhei para trás para ver o cara de antes, mais uma vez, de pé em seu barco nos observando. Ele estava começando a me dar arrepios. Pelo menos desta vez ele estava vestindo uma camisa, mesmo que estivesse desabotoada e aberta.
"Boa noite, capitão" papai gritou e o cara levantou a cerveja em uma saudação.
"Boa noite", respondeu ele. Mas ele não saiu. Ele apenas ficou lá.
"Esta é Blaire. A minha filha", disse papai.
"Nós nos encontramos hoje cedo", disse a Abe e piscou para mim novamente. Eu imediatamente me senti desconfortável. Rush não gostaria que ele piscasse assim para mim. Talvez não devêssemos ficar alguns dias. Eu estava grávida.
Ele não podia ver isso? Por que ele estaria flertando com uma mulher grávida?
"Ah, bem, então, bom. Fico feliz que vocês se encontraram," papai parecia nervoso. Alguma coisa estava errada. Esse cara era perigoso?
A porta da cabine se abriu e um Rush babando de sono caminhou para fora. Desta vez, ele estava sem camisa e a calça jeans estava desabotoada. Eu duvidava que ele mesmo tivesse colocado sua cueca. Parecia que ele tinha acabado de acordar e percebeu que eu estava faltando e puxou sua calça jeans para vir e me encontrar. Seus olhos passaram de mim para o Capitão. O rosnado irritado em seu rosto me surpreendeu. Ele não tinha visto a piscadela do homem para mim, tinha?
"Olá, Abe", disse ele em uma voz sonolenta quando ele se aproximou e me puxou contra ele. Sim, ele definitivamente estava afirmando sua propriedade. Por que ele se sente ameaçado? Será que esse homem não entende que eu estava completamente obcecada por ele?
"Rush. Mesmo que eu estivesse muito feliz de ver Blaire, fico feliz que você foi inteligente o suficiente para vir buscá-la", respondeu Abe.
A advertência em seu tom de voz era inconfundível. Ele estava deixando Rush saber que ele não gostava de me sentir em segundo plano.
Rush assentiu e apertou os lábios contra a minha cabeça. "Isso não vai acontecer novamente", disse a meu pai.
Papai acenou com a cabeça. "Bom. Da próxima vez eu não vou ser tão compreensivo", disse ele.
"Recém-casados?" Capitão perguntou, ainda de pé nos observando.
Rush ficou tenso e eu cheguei para perto dele para acalmá-lo. Ele queria ser um recém-casado. Ter um cara questionando a nossa relação o incomodava.
"Eles estão comprometidos", explicou meu pai.
O capitão apontou a cerveja em minha direção como se estivesse apontando para o meu estômago.
"Tem coisas um pouco para trás, não é?" A acusação em sua voz fez Rush se mover antes que eu pudesse impedi-lo. Imediatamente ele foi ao meu redor e movendo-se através do barco. Estendi a mão e agarrei o braço do Rush, assim que seu pé atingiu o passo que conduziu para fora.
"Tudo bem, segure ai", meu pai disse em uma voz de comando alto que eu não estava acostumado a ouvi-lo usar. "Eu ia esperar e explicar isso para Blaire sem uma audiência mínima, mas parece que eu preciso fazer isso agora. Uma vez que você o fez e chateou Rush." Ele estava filmando o capitão com um olhar irritado.
O que ele estava falando? Que tipo de explicação?
Rush parou de se mexer e olhou de volta para o meu pai. "Ninguém fala com Blaire assim. Eu não dou a mínima para quem ele é."
"Não estava falando com Blaire. Eu estava falando com você", o capitão falou lentamente em um tom aborrecido e tomou outro gole de sua cerveja.
Enrolei as duas mãos em torno do braço do Rush e segurei firme.
"Isso é o suficiente, menino", meu pai virou-se para o capitão. Eu gostaria de argumentar que ele não era um menino, mas um homem que poderia provavelmente machucar meu pai sem suar a camisa. Eu preferia que ele ficasse amigável com seus vizinhos.
O capitão levantou ambas as mãos e encolheu os ombros. "Tudo bem", respondeu ele. Fiquei chocada que ele recuou tão facilmente.
Papai suspirou e olhou para mim.
"Você pode querer voltar a sentar", disse ele.
Eu não tinha certeza de que eu queria ouvir isso. Por que eu preciso sentar-me? Rush tomou o meu lugar, então me puxou para o seu colo e passou os braços em volta da minha cintura. Papai olhou para o Capitão e franziu a testa. Ele não quis me dizer o que foi que ele estava prestes a me dizer. Isso me deixou nervosa.
"Quando eu tinha dezesseis anos eu bati na minha namorada do colegial," ele começou e eu agarrei os braços de Rush e segurei firme. "Becca Lynn não estava pronta para ser mãe e eu com certeza não estava pronto para ser pai. Concordamos em colocar o bebê para adoção. Os pais de Becca Lynn lidaram com a descoberta dos pais adequados para o bebê e, em seguida, ela o teve. Nós não ficamos juntos. Nós tínhamos terminado devido à realidade de sua gravidez e do que tinha acontecido. Após a formatura, ela foi para a faculdade, na costa oeste e eu fui para a Geórgia. Nunca mais a vi”, meu pai disse, suspirou e me estudou por um momento antes de prosseguir. Os braços de Rush estavam apertados em torno de mim e eu estava segurando ele. Eu ainda não tinha certeza exatamente para onde isto estava indo, mas eu tinha uma ideia.
"Depois que você e Valerie nasceram eu percebi o quão preciosa vocês eram. Eu te amei pra caramba, até que uma noite eu disse a sua mãe sobre o bebê que eu tive com Becca Lynn e que havia desistido há oito anos. Pela primeira vez, eu estava dividido sobre a perda de uma criança, que eu tinha pensado que eu não queria. Sua mãe fez seu objetivo de encontrar o meu filho. Ela procurou por anos. Tudo sempre levou a outro beco sem saída. Eu finalmente desisti. Ela nunca fez isso." Papai soltou um riso triste. "Então, no ano passado fui contatado pelo investigador que sua mãe havia contratado e ele tinha uma pista. Eu não estava esperando por isso. Eu não sabia o que fazer com essa informação. Aquele garoto era um adulto agora. Eu tinha certeza de que era inútil. Então eu tive outra chamada. Meu filho queria me conhecer."
Virei-me nos braços de Rush para olhar para o capitão. Ele estava encostado em seu barco com vista sobre a água, mas ele estava ouvindo. Seu corpo estava tenso. Ele estava esperando. Era ele... Eu tinha um irmão?
"Tudo o que aconteceu com você e eu foi limpo. Eu precisava começar de novo. Tentei viver o resto da minha vida do jeito certo, porque tudo o que eu tinha feito era acabar com isso até agora. A única coisa boa que eu já tinha feito foi ter amado sua mãe e ser abençoado com você e Valerie. Então, liguei para o meu filho e vim para o sul para encontrá-lo", ele fez uma pausa e acenou para o capitão. "River Joshua Kipling também conhecido como Capitão, é seu irmão."
"Foda-se," Rush sussurrou e eu me senti como se fosse dizer isso também. Será que os segredos do meu pai nunca acabavam?
"O capitão foi o último presente de sua mãe para mim. Se ela não tivesse sido tão determinada a encontrá-lo, então eu nunca teria chegado a conhecê-lo."
Meu pai não era tão sozinho como eu pensava. Eu não estava com raiva ou mágoa. Eu estava... feliz. Fiquei aliviada. Ele tinha um monte de vida para expiar. Eu sabia que ele estava se culpando por não ser o homem que ele deveria ter sido, por não ter um relacionamento com seu filho.
Meu bebê chutou contra as mãos de seu pai e eu não poderia imaginar entregar o bebê. Nunca saberia. Isso tinha que ser como perder uma parte de si mesmo. Meu pai não era um homem completo quando ele tinha dezesseis anos. Desde que ele tinha dado uma parte de si mesmo embora. Meu coração se partiu por ele e eu levantei dos braços de Rush e caminhei para o meu pai.
Eu passei os braços ao redor de sua cintura e segurei-o. Eu não tenho palavras ainda para dizer-lhe que eu estava feliz por ele. Eu não tinha certeza se aquelas palavras eram ainda precisas. Eu estava mais do que feliz. Eu estava grata. Era o momento para ele se curar. Esta era uma parte disso.
"Você está bem com isso, ursinha Blaire?" ele perguntou, me apertando em um abraço.
"Estou contente por ter encontrado ele," eu respondi honestamente. Por agora essa foi a única coisa que eu poderia dizer.
"Obrigado." A emoção na voz dele era grossa.
"Realmente fico feliz por não ter que bater na sua bunda por olhar para a minha mulher:" Eu ouvi Rush dizer e eu sorri no peito de meu pai.
Rush
Ficamos por mais cinco dias e deixei Blaire conhecer seu irmão. O capitão era muito mais fácil de tolerar uma vez que percebi que ele não estava dando em cima de Blaire. Ele estava apenas curioso sobre sua irmã. Eu entendi isso. Mas eu também estava contente de fazer as malas e ir para casa. Era apenas três semanas até o Natal e eu queria passar isso em Rosemary com Blaire. Em nossa casa. Eu também queria fixar meu sobrenome nela e bater no meu peito como um louco do caralho.
Blaire tinha ido direto para a cama quando voltamos para Rosemary. Ela sorriu feliz quando entramos no interior, em seguida, olhou para mim e disse-me, que era pra eu sossegar e deixá-la sozinha, e ela foi tirar um cochilo.
Eu tinha certeza que eu não seria capaz de apenas sossegar ao seu lado, então eu fiquei embaixo, gostava de estar em casa. Peguei um refrigerante da geladeira e sai para sentar no deck e apreciar o golfo.
Eu ainda não tinha ficado confortável quando ouvi a porta abrir atrás de mim.
Grant saiu e acenou para mim antes de tomar o assento ao meu lado. Nós não tínhamos nos falado desde o dia de Ação de Graças, quando eu tinha o chamado para falar sobre Nan. Eu estava ocupado e tinha certeza que ele estava se esquivando. Aparentemente, o radar Rosemary estava trabalhando porque não tinha trinta minutos que eu tinha voltado e ele já estava na minha casa. Eu nem tinha percebido que Grant estava na cidade.
Normalmente, ele passava os invernos esquiando.
A última vez que tinha ouvido falar, ele estava indo para Vail.
"Como ela está?" Foram as primeiras palavras que saíram de sua boca. Ele não estava perguntando sobre Blaire. Eu sabia desde o tom triste em sua voz que esta estava falando de Nan. "Fodida do inferno. Você sabe disso."
Grant soltou um suspiro e cruzou as pernas na altura dos tornozelos. "Sim, eu sei. Mas eu liguei para ela na noite passada, porque eu estava bêbado e fraco e fui estúpido como um merda. Sua mãe respondeu. Ela disse que Nan estava recebendo ajuda."
"Ela tentou uma overdose. Eu a encontrei e levei ao hospital a tempo. Ela estava bem fisicamente, mas mentalmente ela estalou. Kiro é uma merda de um pai e conhece Nan, mas nunca vai aceitar do jeito que aceita Harlow."
"Quem é Harlow?" Grant perguntou e eu percebi que havia partes da minha vida que até mesmo Grant não sabia. Eu tinha guardado a minha vida em Rosemary separado da minha vida com meu pai.
"Outra filha de Kiro. O que ele foi cuidar. Bem, pelo menos ele a deixou com uma avó, que a amava muito, longe do seu fodido mundo. Harlow era seu brinquedo brilhante que ele foi e pegou de vez em quando e, em seguida, enviava de volta para sua avó, quando ser um pai estava atrapalhando seu caminho. Ela trabalhou para ele, porque Harlow é calma, educada, e fica fora do caminho. Nan não é nenhuma dessas coisas. Então, ela não tem nenhum uso para ele."
Grant soltou um suspiro profundo. "Droga".
Droga nem sequer arranhava a superfície.
Ficamos em silêncio por um tempo e olhei para a água. Eu não tinha certeza o quão apaixonado ele estava por Nan, mas eu esperava que ele pudesse ir embora. Ela não era estável. Ela nunca seria. Não o suficiente para fazer Grant feliz.
"Você vai se casar em breve?" Grant finalmente perguntou.
Sorrindo, eu pensei sobre Blaire enrolada na minha cama no andar de cima... nossa cama. "Yeah. Quando ela acordar de sua soneca eu vou deixar que saiba que ela tem uma semana para planejar. Eu não posso esperar mais. Eu esperei por muito tempo."
Grant riu. "Eu sou o padrinho, certo?"
"Claro. Eu tenho medo que você vá ficar preso com Bethy como parceira então prepare-se para Jace estar respirando no seu pescoço como uma filha da puta louca. Eu não tenho nenhuma dúvida de que Bethy vai ser sua dama de honra. A outra opção será Jimmy e eu duvido que você queira ele apalpando a sua bunda. "
"Eu posso lidar com Bethy e Jace," Grant respondeu em um tom divertido. "Mas Jimmy realmente vai ser uma dama de honra?"
Eu sorri e acenei com a cabeça. "Sim. Ele perguntou-me quando começamos a planejar o casamento".
Eu tinha deixado os bilhetes de avião tanto para Abe e Capitão antes de sairmos. Blaire queria seu pai aqui e depois de conhecer seu irmão, Capitão, eu sabia que ela iria querê-lo aqui também. Ambos haviam concordado em vir para cá em uma semana. Blaire não sabia nada sobre eles ainda, no entanto. Eu não estava com vontade de discutir com ela, caso ela tivesse alguma razão para colocá-los fora.
"Nan vem para o casamento?", perguntou Grant.
Eu nunca imaginei que eu iria casar sem minha mãe e irmã estarem presentes. No entanto, eu não queria nada para estragar nossas lembranças de casamento, e eu sabia que elas iriam de alguma forma conseguir fazer isso. Eu não permitiria isso.
"Não. Eu não posso tê-la aqui. Ela ainda odeia Blaire", eu respondi.
Grant balançou a cabeça e os ombros relaxados. Ele não queria vê-la. Isso era óbvio. Eu não podia culpá-lo.
"Você sabe que o imbecil do Woods vai se casar com aquela garota de Nova York, a que seus pais querem que ele case. Ele não está envolvido ainda, mas isso será em breve. Ele admitiu para mim bêbado na outra noite que se queria o clube, então ele teria que se casar com ela. Seu pai está forçando a barra. Ele vai ser infeliz com aquela mulher estressada."
Eu odiava isso para Woods. Eu sabia o que ele sentia ao antecipar seu casamento e pelo resto de sua vida com a mulher que amava. Todos devem conhecer este sentimento. Indo para ele com tristeza e amargura não era o caminho para se casar.
"Sua escolha, eu acho. Ele sempre pode dizer não."
"E correr como Tripp? Isso não é um grande plano também", Grant respondeu.
Tripp era alguns anos mais velho do que nós. Ele era primo de Jace e todos nós olhamos para ele. Então, seus pais o pressionaram para levar a vida que queria e ele saiu correndo. Largou seus milhões para trás e correu pra caralho. Ele tornou-se imortalizado em nossos olhos enquanto adolescentes, porque ele teve a coragem de dizer foda-se e sair. Agora, somos mais velhos e entendemos mais sobre o sacrifício que ele tinha feito. Eu só esperava que ele estivesse feliz.
"Escolheu melhor do que se casar com uma cadela mimada", eu disse.
"É verdade", ele fez uma pausa e estendeu a mão para o meu refrigerante para tomar um gole. O idiota sabia que não iria beber depois dele. "Como está o seu pai?"
"Na mesma. Bebe e fuma muito. Tem relações sexuais com mulheres aleatórias da minha idade. Você sabe como é."
Grant sorriu. "Yeah. Mas que vida."
Não era uma vida de todo, mas eu sabia que Grant não concordaria comigo assim que eu deixá-lo ir. Ele não tinha encontrado alguém como Blaire então ele não tinha a menor ideia o quão raso a vida do meu pai realmente era. Ele tinha que ser solitário.
"Todo mundo sabe que vocês estão de volta na cidade. Você vai querer companhia hoje à noite?"
Não. Querer Blaire era tudo para mim. Nós tínhamos partilhado um barco com seu pai durante cinco dias. "Não hoje à noite. Blaire precisa descansar."
"Ou você só precisa de Blaire? Seja honesto, mano.”
"Sim, eu preciso de Blaire," eu respondi com um sorriso.
Blaire
Rush tinha definido a data para o nosso casamento. Ele tinha me dado uma semana. Eu nem sequer tentei argumentar. A determinação em seus olhos me disse que não havia nenhum acordo. Eu estava mais do que pronta para me casar com ele, mas eu tenho a sensação de que ele estava preocupado que eu iria desistir. Especialmente depois do que aconteceu na casa de seu pai e com Nan.
Gostaríamos de nos casar 12 dias antes do Natal. O plano era passar o Natal e o Ano Novo em casa juntos, em seguida, sair no dia de Ano Novo para ir numa lua de mel prolongada. Ele estava dividido entre querer me levar por todo o mundo e não querendo me fazer viajar demais. Ele estava preocupado em manter-me descansada. E também estava fazendo os preparativos do casamento. No final, eu o tinha convencido que ficar em seu apartamento em Manhattan era o que eu queria fazer. Eu nunca tinha ido à Nova York por isso seria uma aventura para mim. Gostaríamos também de ter o conforto de sua casa lá e meu obstetra iria definir alguém lá para ver como eu ficaria enquanto estivesse fora.
Felizmente, Rush tem dinheiro para fazer esse casamento acontecer rápido e ainda ser bonito. Eu queria as coisas simples e eu queria casar aqui em nossa casa. Surpreendentemente, o simples teve um monte de preparação também. Eu não teria sido capaz de retirar qualquer uma delas sem a ajuda de Bethy. Jimmy tinha sido de muita ajuda também, mas ele e Bethy quase mataram uns aos outros mais de uma vez. Eles estavam lutando por quem estava no controle.
Rush havia contratado Henrietta para vir ficar conosco por toda a semana antes do casamento. Vendo Henrietta entrar na despensa cada noite para ir ao seu quarto sob as escadas sempre me fazia sorrir. Eu tive boas lembranças daquela sala.
Quando a campainha tocou depois do almoço eu pulei e corri para atendê-la. Eu estava esperando meu pai e Capitão hoje. Hoje foi o ensaio do casamento e eu precisava de papai aqui para praticar pelo corredor.
Empurrando a porta aberta fiquei surpresa ao encontrar Dean e Harlow. Eu não esperava por eles até amanhã.
"Surpresa, estamos aqui um dia mais cedo. Eu não queria perder nada das festividades", Dean disse com um sorriso e entrou na casa carregando sua mala e deixou Harlow levar a dela enquanto ela caminhava em silêncio atrás dele. "Onde está meu filho?" Dean perguntou olhando ao redor.
"Rush partiu esta manhã para pegar os smokings com Grant," eu expliquei. "Eles estarão de volta em breve. Venha e eu mostrar-lhe o seu quarto, Harlow. Dean, eu suponho que você sabe onde é o seu."
"Sim, eu vou subir para o meu em alguns minutos. Eu preciso de uma bebida e um pouco de sol."
Eu sorri para Harlow. "Eu escolhi o meu quarto favorito para você. Ele tem a melhor vista. Costumava ser o meu quarto", disse a ela.
"Obrigado. Odeio pegar um dos melhores quartos, no entanto. Eu vou de bom grado para o menor. Eu sei que você tem família chegando também", ela disse e parou no degrau mais alto.
"Meu pai e meu... hum... meu irmão vivem em barcos de pesca velhos. Confie em mim quando eu digo que o menor espaço que temos aqui será tudo o que eles desejam. Eu quero que você aproveite este espaço. É mais longe de todo mundo também. Então, você terá mais privacidade. "
Harlow sorriu timidamente e acenou com a cabeça. Levei-a de volta para o quarto que eu tinha ficado muito brevemente antes de subir as escadas.
"O voo foi bom?" perguntei quando eu realmente queria perguntar como estavam as coisas em casa.
"Foi bom. Eu assisti Orgulho e Preconceito novamente. Fez a viagem passar mais rápido."
"Eu amo esse filme," eu admiti. "Então, como estão às coisas em casa? Como Nan está?" Rush não tinha falado de Nan uma vez desde que tinha estado em casa. Eu sabia que ela não tinha sido convidada para o casamento e isso me fazia sentir tão culpada. Mas o medo de que ela fizesse uma cena e estragasse o nosso casamento foi real.
"O silêncio novamente. Papai faz suas coisas. Eu faço a minha. Dean faz o seu. Eles vão sair em turnê em alguns meses e vai ser muito tranquilo."
Senti-me triste por ela. Ela não tinha ninguém realmente. Viver naquela casa grande com um pai como Kiro tinha que ser solitário.
Isso foi há vida em tudo. O dinheiro não pode comprar tudo. Harlow era a prova disso.
"Por que você não convence Kiro a comprar uma casa aqui? É lindo aqui e há pessoas da nossa idade em todos os lugares. Homens bonitos", eu atirei-lhe um sorriso provocador. Tão perfeita como parecia, Harlow aparência-sábia eu não poderia imaginá-la com um cara.
Ela era tão tímida. Como ela nunca se abriu para um e conhecê-lo?
"Não posso pedir ao papai. Estou na UCLA com uma bolsa integral. Ele teria que pagar a minha mensalidade se eu fosse para outro lugar. E eu não posso sair e ir para minhas aulas", ela disse. Eu sabia que, embora ela fosse para as aulas, ela não tinha amigos.
"Acho que ele pode pagar isso", assegurei.
Ela encolheu os ombros, mas não respondeu. Eu não ia pressioná-la agora. Talvez mais tarde. "Eu preciso ir me vestir. Eu tenho um compromisso de salão para a manicure e pedicure em uma hora. Você quer vir?"
Ela balançou a cabeça. "Não, obrigado. Eu acho que vou tirar um cochilo. Saímos tão cedo e eu não dormi nada no avião."
Balançando a cabeça, tomei isso como minha deixa para deixá-la sozinha.
****
Meu pai e Capitão chegaram só no final da tarde. Eu estava terminando de me preparar para o ensaio e a festa que se seguiu.
Nós estávamos tendo uma festa de casamento no salão de baile no clube. Eu não queria uma festa de despedida e Rush não queria que eu tivesse qualquer um. Ele estava preocupado sobre onde Bethy poderia me levar. Então Grant tirou a ideia da despedida de solteiro da cabeça e nos deu essa alternativa. Decidimos fazer a festa junto com todos os nossos amigos. Woods havia de bom grado fornecido o salão para nós e teve sua equipe de cozinha no Buffet.
O ensaio foi em 30 minutos, e as pessoas começam a chegar em breve.
Rush desceu as escadas em uma calça bege e camisa de linho branco e meu coração perdeu mais de uma batida. Ele era bonito. Seu cabelo estava arrumado em um olhar confuso. A camisa branca fez seus olhos de prata parecer mais brilhantes e sua pele mais escura.
"Você é lindo", eu respirei enquanto ele parou no fundo das escadas.
"Ei, essa é a minha fala", brincou ele me puxando para ele e dando um beijo em meus lábios. "Você é de tirar o fôlego", respondeu ele.
"Mmmm, assim como você", eu murmurei contra seus lábios.
Grant
(sim, você leu corretamente).
Meu irmão estava realmente se casando. Eu sabia que isso iria acontecer a primeira vez que o vi fodidamente louco por Blaire, mas caramba, realmente vê-los ensaiar tinha sido real. Malditamente real. Eu senti como se estivesse perdendo um pouco.
Não é que eu não estivesse feliz por ele, porque eu estava. Era só que ele tinha sido meu parceiro no crime, enquanto eu conseguia me lembrar. Agora, ele seria de Blaire.
Tomei uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que passou por mim. Eu poderia muito bem tomar a merda borbulhante até que eu pudesse conseguir algo real no bar em poucos minutos. Examinando a multidão eu pensei sobre Nan e quando eu fodidamente deixei esta merda começar. Eu precisava de algo para me ajudar a esquecê-la. Não que eu não fosse, porque eu iria. Ele tinha a certeza disso. Cadela louca.
Um par de olhos mais sexy que eu já vi, bloquearam com os meus e eu congelei e estudei. Eu não a tinha visto antes. Nunca. Eu nunca esqueceria se tivesse visto aqueles malditos olhos. Não era a cor que me atraiu porque daqui eu não poderia dizer que cor era. Foi a inclinação a eles e as pestanas pesadas que se espalhavam ao longo deles. As mulheres pagavam um bom dinheiro por cílios postiços que nunca poderiam parecer muito bons. Eu parei meus olhos pelo seu rosto até que pousei em uma boca grande.
MERDA. Meu pau agitou-se para vida. Seus lábios eram grandes e tão malditamente cheios. Uma menina com uma boca como aquela era a fantasia de qualquer homem.
Eu estava quase com medo de deixar meu olhar viajar mais longe. Se ele foi ficando melhor, eu estava indo para descarregar a porra nas minhas malditas calças. Eu não tive tempo para pensar sobre isso, porque embora ela tenha se virado e com um punhado de ar ela tinha ido embora. Longos cabelos castanhos balançavam enquanto ela se movia, escovando um pouco acima da cintura. Santa Mãe de Jesus, seu cabelo estava todo o caminho até sua bundinha perfeita. Eu não sabia quem diabos ela era, mas ela não estava fugindo de mim. Eu precisava ter um gostinho daquela boca e ver seus olhos se iluminando com prazer quando eu puxasse o cabelo longo para trás e batesse nela.
Falar sobre a porra de uma distração. Ela era a única droga de distração que qualquer homem precisava. Inferno, ela poderia me fazer esquecer meu próprio maldito nome. Ela escorregou para fora do salão e para o corredor. Ela caminhou rapidamente, mas tão baixinho que ninguém ao seu redor pareceu notar.
Como é que as pessoas não a notam? Eu estava tendo alucinações? Que homem com um pênis não bloqueava os olhos nela e não beberia cada movimento seu?
Entrei no segundo corredor atrás dela e olhei em volta. No começo eu pensei que tinha perdido ela, mas então eu percebi o movimento para a direita e o longo cabelo castanho estava espreitando ao virar da esquina. Ela não me viu, mas eu com certeza vi o cabelo. Eu andei tão silenciosamente quanto pude em sua direção.
"Acalme-se. Ele era apenas um cara. Um muito, muito quente, mas apenas um cara", eu ouvi a voz dela dizendo baixinho quando cheguei mais perto dela. Que porra é essa?
"Respirações profundas. Você é uma adulta. Você pode lidar com um cara olhando para você", ela disse no mesmo sussurro.
Eu parei antes de chegar perto o suficiente para que ela me visse. Ela estava falando para si mesma. Eu a deixava nervosa. Como?
Uma mulher como ela deveria estar acostumada com olhares devoradores como o meu. Ela começou a sussurrar que eu era apenas um cara novo e eu não conseguia esconder o sorriso do meu rosto. Isso foi apenas... adorável.
"Ele poderia ser um alienígena de Krypton. Então você precisaria ficar preocupada. Talvez devêssemos ir checá-lo e certificar-nos", eu disse casualmente. Seu corpo inteiro ficou tenso e ela não mexeu um músculo.
Ela nem se virou e olhou para mim.
Ela manteve as costas pressionadas contra a parede que estava se escondendo. A única coisa que mudou foi a sua mão. Parecia que ela tinha usado para cobrir sua boca.
Ela estava ficando mais bonita.
"Provavelmente segura. Rush e Blaire são muito cuidadosos para a espécie alienígena. Eles são um pouco preconceituosos quanto a isso", eu continuei, esperando a minha conversa ridícula seria o suficiente para fazê-la sorrir e relaxar. Porque eu a queria relaxada. Pelo menos o suficiente para que eu pudesse sentir o gosto.
Ela ainda não se mexeu. Sua mão permaneceu firme em sua boca e ela estava congelada no lugar. Eu pisei na esquina e no pequeno cubículo que tinha encontrado entre dois pilares na parede. Mesmo com as costas pressionadas contra a outra parede nossos corpos estavam quase se tocando. Seus olhos se arregalaram de surpresa, enquanto eu escorreguei em seu esconderijo com ela.
“Eu suponho que você não possa falar muito com a mão na boca assim. Como exatamente você está pensando em falar comigo?" Eu perguntei e sorri encorajando-a.
Eu não queria que ela pensasse que eu era perigoso.
Ela moveu lentamente a mão e deixou-a cair para o lado dela, mas permaneceu colada contra a outra parede, como se para chegar o mais longe possível de mim.
"Assim é melhor. Gosto de olhar para essa tua boca. Você estava dificultando a visão", disse eu, então pisquei. Ela achatou-se ainda mais contra a parede. Isso tinha que ser a experiência mais estranha que eu já tive com uma mulher. A maioria delas se jogava em mim e era fácil. Eu gostava. Menos trabalho. Mas o inferno que eu não estava gostando de um presente e seu comportamento arisco. Era refrescante e único.
"Sou Grant. O irmão do noivo", eu expliquei, esperando que iria acalmá-la um pouco. Funcionou. Ela franziu a testa e rugas entre as sobrancelhas apareceram, tornando o rosto mais humanamente perfeito. Mais acessível. Eu gostei. Um monte.
Talvez eu pudesse fazer sua carranca maior.
"Rush não tem um irmão", ela respondeu com naturalidade.
Então ela conhecia Rush. Interessante. Eu nunca tinha visto ela ou eu com certeza teria lembrado. Eu presumi que ela estava com um convidado ou conhecia Blaire de alguma forma.
Havia algumas pessoas aqui que eu não conhecia. "Bem, é aí que você está errada, bonita. Rush e eu nos tornamos meio-irmãos quando éramos crianças. Só porque nossos pais não estão mais juntos não significa que não o fizeram."
Seus olhos brilharam com o reconhecimento. Ela sabia quem eu era. Hora de fair play. Eu queria saber quem ela era.
"Quer me dizer quem você é? Desde que você, obviamente, descobriu quem eu sou."
Seus olhos caíram do meu olhar para estudar o chão. "Eu acho que preciso voltar para dentro", ela sussurrou. Sua voz suave foi ainda mais suave quando ela sussurrou. Eu me perguntei se ela era tão calma e educada, quando ela estava gozando. No momento isso era tudo que eu conseguia pensar. Tudo o que eu queria saber.
"Você não pode me deixar agora. Se você voltar lá, vou perseguir você toda a noite," Eu avisei, esperando que não me fizesse soar como um psicopata.
A sua boca moldou-se em um "O" e minha imaginação foi à loucura. Eu não costumava ser atraído por pessoas tensas do sexo feminino, mas essa atitude afetada e apropriada vindo de uma fantasia sexual andante estava funcionando para mim.
"Por quê?", Ela perguntou. O som musical de sua voz me fez lembrar os sinos tilintando muitas vezes esquecido nas canções por causa de sua beleza simples.
"Você quer a verdade?" perguntei, inclinando-me para mais perto dela e invadindo o espaço pessoal que ela estava se esforçando para proteger.
"Por favor", respondeu ela, em voz tão baixa que eu quase não ouvi.
"Porque tudo o que posso pensar é a maneira como esses seus olhos ficariam piscando com a necessidade e a forma como sua fodida boca incrível ficaria quando você gritasse de prazer. E esse cabelo", eu respondi deslizando minhas mãos para ele e puxando-os suavemente. "Foda baby, esse cabelo deve ser ilegal." Eu tinha chegado perto demais e sua respiração era curta e rápida. E dane-se tudo para o inferno, ela cheirava incrível. Como morangos e creme.
"Oh", respondeu ela, olhando para mim com os olhos que eu poderia dizer agora eram uma avelã clara. Assim como ela era única.
E também não há uma gota de rímel nos cílios. Estes eram naturais.
Completamente naturais.
"Quem é você?" Eu perguntei maravilhado com a visão da perfeição pressionado contra mim.
Ela piscou várias vezes, como se ela não conseguisse entender minhas palavras. Eu estava quase preparado para pegá-la e arrastá-la para fora para o meu caminhão com ou sem nome. "Harlow", ela respondeu.
A lenta realização desceu sobre mim como um balde de água gelada. FODA! Esta era a irmã de Nan.
Rush
Eu estava assistindo enquanto Blaire dançava com seu pai, quando vi Grant passar pelo salão como um homem fugindo de um demônio. O que diabos havia de errado com ele? Olhei para Blaire e ela estava sorrindo alegremente para o pai dela.
Então deixei nossa mesa para ir ver Grant. Ele normalmente era uma espécie de carcaça dele mesmo. Este comportamento não era normal.
Encontrei-o enquanto ele virava de uma vez o uísque que o bartender pousou na frente dele. Ele abaixou a cabeça, em seguida, entregou o copo ao garçom e pediu outro.
Alguma coisa com certeza atingiu seu traseiro. "Por que, porra você não me contou?" Grant resmungou, sem olhar para mim.
"Sobre o que você está falando?" Eu perguntei, observando-o tomar outra bebida e pedir mais.
Ele voltou seu olhar para mim.
"Harlow. Eu conheci a porra da Harlow. Você poderia ter mencionado que a irmã de Nan é uma deusa ambulante. Me preparado mentalmente para não me imaginar fode-la de todas as maneiras imagináveis e convencer o meu pau que iria receber alguma ação antes de ele descobrir que é impossível." Ele tomou outro gole e bateu o copo no bar. "Assim está melhor", ele suspirou.
"Então você conheceu Harlow", perguntei, ainda não acompanhando. Por que ele estava tão chateado? Eu disse a ele sobre Harlow.
"Sim, eu conheci Harlow. Jesus, Rush, é preciso preparar um homem antes."
Eu ainda estava completamente confuso. Isso ainda não fazia sentido. "Eu vou ser honesto. Eu não sei por que diabos você está chateado."
Grant soltou uma risada dura. "Porra, você realmente está preso pelas bolas", ele murmurou. "Visto que você não consegue remover seus óculos cor de Blaire e ver outras fêmeas mais, deixe-me dar uma dica, Harlow é uma porra de uma perfeição. Droga, Rush, sua boca...", ele tremeu e balançou a cabeça. "Deus, o que ela poderia fazer com aquela boca. E seus olhos. Eu juro que nunca vi nada parecido com eles."
Então era isso ele estava falando sobre a aparência de Harlow? "Ok. E isso deixou você chateado por quê?" Perguntei, pensando que talvez eu precisasse de uma bebida para essa conversa.
"Porque eu não posso tocá-la sem me foder. Eu quero tocá-la. Em muitas, muitas maneiras. Eu nunca fiquei ligado, tão malditamente rápido na minha vida. E depois descobri que não posso nunca tocar isso. Porra é uma merda", ele rosnou novamente.
Ah. Então Harlow era o brinquedo que Grant não poderia jogar. Ótimo. Eu estava feliz que ela estava indo para casa em dois dias. Não preciso deste drama. Harlow não era material para Grant. Ela era inocente demais para os gostos do meu irmão. "Sim, bem, isso é uma coisa boa porque Harlow não é a sua velocidade. Você iria quebrá-la."
Grant fez uma careta para mim. "O que é que isso quer dizer?"
"Isso significa que ela é calma e tímida. Ela não namora. Ela não faz nada além de ir à escola. Nada do mundo de Kiro já tocou nela. Ela é educada e nunca quer irritar. Mesmo com Nan gritando com ela e chamando-a pelos nomes que não são verdadeiros, ela calmamente aceita e vai embora. Ela só não é o seu tipo. Você pode ter uma coisa para sua boca, mas cara ela não saberia como usá-lo da maneira que você gostaria. Nem se ela quisesse. Ela simplesmente não é assim."
Blaire terminou sua dança com seu pai e seus olhos foram imediatamente para o meu lugar vazio. Ela estava olhando para mim. Eu tinha que ir. Bati nas costas de Grant.
"Vá encontrar alguma gata aqui esta noite que não seja mais virgem que nem uma freira," eu disse e voltei para Blaire.
Ela me viu e sorriu, enquanto eu caminhei em sua direção. A música mudou e Bruno Mars "I Will Wait For You" começou a tocar nos alto-falantes. Eu a puxei para mim e sorri.
Eu amava essa canção. Eu entendia cada palavra dela, porque era exatamente como eu me sentia. Eu nunca tinha cantado para Blaire antes e eu estava tentado a cantar em seu ouvido, mas eu queria esperar. Ainda não. Eu cantaria para ela...
Mas não ainda.
"Aproveitou a dança com seu pai?" Perguntei, apenas para que eu pudesse ouvir a voz dela.
"Sim. Nós conversamos sobre Mamãe. Ela teria adorado estar aqui. Ela te amava. Ela sempre me disse que Caim não era a pessoa certa para mim. Ele era muito fraco. Que um dia alguém iria lutar por mim e me querer mais do que qualquer outra coisa. Você a teria feito muito feliz."
Meu peito estava apertado. Eu nunca tinha ouvido de uma mulher que sua mãe iria me amar. Saber que Blaire sentia que sua mãe aprovaria a mim significava mais do que ela sabia. Lembrei-me de sua mãe. Não claramente, mas eu me lembro dela. Lembrei-me de seu sorriso e sua risada. Ela costumava me fazer sentir feliz como um menino. O cheiro de suas panquecas me fazia sentir seguro. Sabendo que o meu filho ia ter uma mãe como ela, trouxe lágrimas aos meus olhos. Ele tem o que eu não tive. Algo que só eu tinha ideia.
"O que foi que eu disse?" Blaire perguntou parando quando ela percebeu as lágrimas não derramadas nos meus olhos que eu não conseguia controlar.
Caramba.
"Eu estava pensando que meu filho vai ter a mãe que eu nunca tive a chance de ter. Sua mãe era especial o suficiente para que a sua memória ficasse comigo", Eu admiti.
Os olhos de Blaire se encheram de lágrimas e ela agarrou meu rosto e me beijou. Seus lábios macios abriram e sua língua deslizou em minha boca faminta. Bem aqui na frente de todos. Isso não era como ela era, mas eu iria aceitar. Comecei a beijá-la de volta tão apaixonadamente quando ela se afastou o suficiente para que pudesse olhar para mim. Suas mãos ainda seguravam meu rosto. "Eu te amo, Rush Finlay. Você será o melhor marido e pai que o mundo já conheceu. Um dia, a esposa de nosso filho será grata que seu marido tenha tido você por modelo. Ela vai ter sorte por sua causa. Porque você terá influenciado o nosso filho para ser o homem que você é. Ele vai amá-la completamente porque ele vai saber como." Ela soluçou e apertou seus lábios nos meus novamente e eu embalava em meus braços enquanto eu apreciava tê-la tão determinada a me tranquilizar de que eu era um bom homem.
Nada na vida é tão precioso como esta mulher. Nunca seria. Eu encontrei minha felicidade.
Blaire
Bethy me beijou na bochecha, em seguida, tirou algo por trás de suas costas. Um pacote pequeno de prata com rabisco familiares do Rush na nota estava sendo oferecido para mim. "Rush queria abastecê-la com sua coisa velha", explicou ela.
Eu não tinha tentado obter qualquer uma dessas coisas. Tinha me esquecido sobre essa tradição. Sorrindo, peguei o pacote e o abri. Dentro havia um anel de pérola parecendo muito caro. Sua parte prateada era elegante e gravada. Segurei-a no alto para ver a gravura. Ele dizia: "Meu amor" nela. Isso também era velho. Não era algo que Rush havia feito.
Um pequeno bilhete estava escondido ao lado dele. Eu peguei e abri.
“Blaire,
Isto foi da minha avó. A mãe do meu pai. Ela veio me visitar antes de falecer. Tenho boas lembranças de suas visitas e quando ela fez sua passagem, ela deixou este anel para mim. Em seu testamento disse-me para dá-lo a mulher que me completa. Disse que foi dada a ela pelo meu avô, que faleceu quando meu pai era apenas um bebê, mas que ela nunca amou outro da maneira como ela o amava. Ele era o seu coração.
Você é o meu.
Esta é a sua coisa velha,
Eu te amo,
Rush”
Eu funguei e Bethy fungou também. Olhei em volta e ela estava atrás de mim lendo o bilhete. “Droga, quem poderia saber que Rush Finlay poderia ser tão romântico”, ela disse e fungou novamente.
Eu sabia. Ele havia me demonstrado isso mais de uma vez. Coloquei o anel na minha mão direita e ele coube perfeitamente. Eu sabia que isso não era coincidência. Sorrindo, olhei para Bethy. “Obrigada por tudo,” eu disse a ela.
Ela me abraçou e acenou com a cabeça. “Eu é que deveria agradecer a você. Você é a melhor amiga que eu já tive.” Antes que eu pudesse falar mais, ela mergulhou para fora da sala com um aceno final.
Eu girei a fim de me olhar no espelho. O cetim cor de pérola reuniu mais de meus seios ficando empinados sem alças, graças ao bojo tamanho grávida. A cintura é alta e bem debaixo do meu peito e estava coberto de um milhão de pequenas pérolas. Ao longo do cetim havia uma camada de chiffon que pendiam em uma linha A até atingir a poucos centímetros acima dos meus joelhos. Eu tinha escolhido ir descalça já que teria de andar na areia. Minhas unhas haviam sido pintadas de rosa-claro para combinar com as pétalas de rosas espalhadas pelo corredor.
Uma batida na porta me assustou e me virei pra ver Harlow entrando no quarto.
Estava segurando uma caixinha. “Você está parecendo uma princesa,” ela disse sorrindo.
“Obrigada,” respondi. Eu me sentia como uma.
“Trouxe algo do Rush. Ele queria ser o único a te dar algo novo,” ela falou e me estendeu a caixinha. “Eu sairia, mas acho que você vai precisar da minha ajuda.”
Peguei a caixa e abri rapidamente, ansiosa para ver o que ele havia me enviado desta vez. Situada dentro estava uma corrente de ouro delicada com vários diamantes lapidados no formato exato do meu anel, mas muito menores. Eu segurei a tornozeleira e o sol que entrava pela janela atingiu os diamantes e dançou ao redor da sala.
"Eu vou colocá-lo em você", disse Harlow e eu coloquei a tornozeleira em sua mão, então ela a prendeu em volta do meu tornozelo.
Eu disse a Rush que sentia que precisava de alguma coisa nos meus pés, mas que não poderia me imaginar andando pela areia de sapatos. Esta foi a sua resposta para isso. Eu sorri e agradeci Harlow.
"Por nada. Está lindo em você", disse ela antes de sair do quarto tão silenciosamente como tinha entrado.
Eu olhei para o meu tornozelo no espelho para admirá-lo quando outra batida na porta veio. Um rosto familiar que eu não esperava, sorriu para mim e corri para abraçar Vovó Q. Eu não tinha convidado Vovó Q, porque estava preocupada que Rush ficaria chateado sobre Caim estar aqui. Eu sabia que ele ia ser o único a conduzir a sua avó e eu não podia deixar de convidar Caim também. Meus olhos se encheram de lágrimas quando ela me apertou.
"Eu não posso acreditar que você está aqui. Eu não posso acreditar que você dirigiu até aqui", eu jorrei.
Ela acariciou minhas costas e riu.
"Bem, eu não dirigi. Aquele seu homem enviou bilhetes de avião para mim e Caim. Primeira classe. Eu nunca fui mimada em minha vida. Foi uma experiência, eu digo." Se eu já não amasse Rush Finlay com cada fibra do meu ser, então, eu o amaria mais por isso. Mas ele já tinha tudo de mim.
"Agora não vá choramingar sobre mim e estragar a maquiagem. Você se parece com sua mãe. Exatamente como ela. Não pense que seu pai poderia estar mais feliz do que ele está agora. Eu não tenho que vir aqui e fazer você chorar. Estou aqui para dar-lhe algo de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo emprestado".
O sorriso bobo no meu rosto não podia ter ajudado. Ele estava me enviando outro presente. Ela me entregou uma caixinha embrulhada como aquela que Harlow tinha trazido. Eu peguei e desembrulhei rapidamente.
Situada em uma caixa de cetim estava um pequeno bilhete. Eu peguei e debaixo dele havia uma velha amostra de cetim rosa. Ela tinha sido bem usada e foi, obviamente, cortada de outra coisa. Abri o bilhete.
“Blaire,
Eu esperei até hoje para mostrar isso para você. Não tem sido fácil não dizer nada sobre isso. Mas quando me lembrei de quem sua mãe era também me lembrei deste pedaço de cetim. Eu tinha esquecido de onde ele veio por um longo tempo, mas sabia que era especial e assim eu guardei comigo. Durante todo o tempo. Crescendo, quando estava com medo ou sozinho eu o segurava em minhas mãos e esfregava no meu rosto. Era um segredo que eu não queria que ninguém conhecesse. Mas ele me acalmou.
Quando seu pai me fez lembrar das panquecas do Mickey Mouse todas as minhas memórias de sua mãe voltaram. Com elas, me lembrei do dia em que ganhei esse pedaço de cetim.
Sua mãe sempre usava um pijama de cetim rosa à noite. Ela costumava balançar-me para dormir porque era difícil conseguir me acalmar o suficiente para fechar os olhos. Eu adorava quando ela me segurava. Minha mãe nunca fez. Gostava de ir dormir à noite esfregando o nariz em seu braço e o pijama de cetim rosa. No dia em que ela se foi, eu me lembro de ficar com medo. Eu não queria ficar com Georgianna. Sua mãe me abraçou com força, em seguida, colocou esta peça de corte de cetim de pijama na minha mão e me disse para usá-lo à noite, quando eu estivesse indo para a cama.
Adoraria dizer que esta memória voltou para mim por minha conta, mas isso não aconteceu.
Eu só sabia que o tecido tinha a ver com a mulher que me fazia panquecas. Então, perguntei a seu pai. Ele me contou a história e eu percebi que o sonho recorrente que eu tinha sobre a mulher de pijama de cetim rosa era real. Não é um sonho.
É meu, e você não pode tê-lo (a menos que você realmente queira e então é seu).
Este é o seu algo emprestado.
Eu te amo,
Rush”
"Eu espero que você não esteja usando um monte de maquiagem porque se você está, acabou de chorar metade dela fora", Vovó Q resmungou.
Eu sorri e peguei o tecido que estava segurando e limpei as lágrimas do meu rosto. Não estava usando muita maquiagem, para desgosto de Bethy. O rímel que eu usava era à prova d'água, o que era uma coisa boa.
Eu passei o cetim no meu rosto e pensei na minha doce mãe deixando isso para Rush. Então o dobrei e coloquei em meu sutiã sem alças. Coloquei o bilhete na cômoda. Eu queria guardar isso também.
Para sempre.
"Bem, eu preciso ir para o andar de baixo e sentar em meu lugar. Vejo você em breve", Vovó Q disse e soprou-me um beijo antes de sair pela porta.
Fui até o espelho para verificar a minha maquiagem quando outra batida rápida veio à porta. Meu pai entrou com um sorriso no rosto. "Você é a mulher mais linda que eu já vi. Aquele lá embaixo é um homem de sorte. Ele acabou de se lembrar melhor disso."
"Obrigada, papai", eu respondi.
Ele enfiou a mão no bolso e tirou outra caixinha de presente semelhantes aos que os outros tinham trazido aqui. "Eu tenho algo para você de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo azul".
Eu não conseguia manter o sorriso bobo do meu rosto. Eu já tinha descoberto que era por isso que ele estava aqui. Papai me entregou.
"Eu vou ficar. Você vai precisar da minha ajuda com isso."
Eu abri a caixa, animada sobre a obtenção de algo mais do Rush. A delicada corrente de ouro que combinava com a tornozeleira que ele me enviou estava aninhado no cetim. Puxei-a para fora e pendurado estava um topázio em forma de lágrima. Ao lado, havia outro bilhete. Eu o tirei rapidamente e desdobrei.
Blaire,
Esta lágrima representa muitas coisas. As lágrimas que sei que você já derramou segurando o pedaço de cetim de sua mãe. As lágrimas que você derramou sobre cada perda que você já experimentou. Mas também representa as lágrimas que já derramou quando nós sentimos a pequena vida dentro de você começar a se mover. As lágrimas que eu derramei sobre o fato de que eu tenho alguém como você para amar. Eu nunca imaginei alguém como você Blaire. Mas toda vez que penso em viver para sempre com você eu fico lisonjeado por você ter me escolhido.
Este é o seu algo azul.
Eu te amo,
Rush
Eu limpei outra lágrima e ri.
Ele estava certo. Nós tínhamos tido tanto lágrimas tristes como felizes. Eu queria a memória de ambos em mim como diriam nossos votos hoje.
Meu pai tirou de minhas mãos e prendeu-o em torno do meu pescoço. Eu a movi para que ficasse sobre meu peito. Eu estava completa. Ele fez com que eu tivesse algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul.
"É hora de descer agora"
Papai me disse antes de caminhar até abrir a porta. Eu o segui e então ele me levou até as escadas e saiu pela porta da frente. Estava andando no primeiro andar através de um arco de rosas brancas e luzes cintilantes.
Deslizando minha mão na dobra do braço do meu pai, eu o deixei me levar.
Rush
Eu tinha esperado na parte inferior da escada à medida que cada pessoa descia depois de levar-lhe os presentes que enviei para cima. Quando seu pai subiu, eu sabia que não poderia esperar a volta desta vez. Eu tive que sair. Queria ser o único a entregar os presentes para ela, mas ela estava convencida de que eu não podia vê-la antes do casamento.
De pé sob a pérgula coberta de hera e rosas brancas na areia entre a minha casa e o golfo, esperei com o ministro de um lado e Grant no outro lado.
"Está nervoso?” Perguntou Grant.
"Que ela decida não andar pelo corredor? Sim", eu respondi.
Grant riu e balançou a cabeça.
"Não foi isso que eu quis dizer."
"Um dia você vai entender. E quando acontecer com você vou rir pra caramba."
"Não há chance de isso acontecer", ele respondeu.
Bethy apareceu sob as rosas cor de rosa, o que significava que Blaire estava esperando atrás dela. Peguei o microfone sem fio que eu tinha recebido estrategicamente do cara do som e o coloquei na lapela. Então eu cheguei por trás das flores e peguei a minha guitarra. Fazia anos desde que alguém tinha me visto tocar esta coisa. Eu só podia imaginar o que estava acontecendo em suas cabeças.
Só o meu pai sabia o que estava acontecendo, porque ele me ajudou com os acordes.
"O que você está fazendo?" Grant sussurrou. A descrença em sua voz quando ele descobriu a resposta por conta própria era óbvia. Eu não preciso dizer a ele.
Assim que Bethy estava em seu lugar eu pisei na frente do ministro, e olhei diretamente para o corredor. Quando Blaire aparecesse, a música iria começar.
Eu tinha tudo completamente combinado com a equipe de som.
Quando ela deu um passo adiante de braços dados com seu pai com os olhos fixos nos meus e depois se arregalaram de surpresa. Ela tinha que caminhar até o altar ao som de "I Won’t Give Up", de Jason Mraz. Mas eu não queria outro homem cantando para ela. Não hoje. Eu a queria caminhando para mim, enquanto eu cantaria as palavras escritas só para ela quando ela caminhava pelo corredor para me presentear com o seu mundo.
"Bem, eu não tenho sido um cantor... bem, você sabe, na frente das pessoas... mas eu percebi que depois de tudo o que passamos... este seria um bom momento para dizer o que eu sempre quis dizer. Blaire, eu te amo garota... até a lua e volto." Eu vi como ela ficou congelada olhando para mim. O lugar inteiro desapareceu e tudo que eu podia ver era Blaire.
When you first looked at me I forgot to breathe that moment marked my hardened heart I vowed never to leave. And the touch of your skin healed something deep within that left me wanting more of you the less I got the more it grew
Oh I couldn’t help from falling, falling for you
So I’m standing here, oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
that I have fallen too far that I have fallen too far, too far for you.
For you
When I finally found you I finally found me that day I won’t soon forget the reason for it all
I’ll give you a new name nothing in life will be the same the story is now complete our life and love is all we need
‘Cause I couldn’t help from falling falling for you
So I’m standing here oh girl you know After all we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
That I have fallen too far, that I have fallen too far
Too far for you
My heart is beating begging for you
This night will be a dream come true so fall, fall, fall into my arms
So I’m standing here oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go That I have fallen too far That I have fallen too far That I have fallen too far too far for you, yeah For you...
Quando toquei a última linha eu rapidamente puxei a correia da guitarra sobre a minha cabeça e a entreguei a Grant. Blaire não esperou por nenhuma instrução do ministro, antes disso se jogou em meus braços num soluço.
"Foi lindo", disse ela no meu peito.
"Não é tão bonita como você é", eu respondi, segurando-a contra mim.
Ela soltou uma pequena risada. "Eu não sabia que você podia fazer isso", disse ela, se afastando para olhar para mim.
"Sou repleto de todos os tipos de surpresas emocionantes", eu assegurei a ela e pisquei.
"Tudo bem, vocês dois. Deixe-me entregar a menina primeira,” Abe disse pegando o braço de Blaire e puxando-a de volta ao seu lado com um sorriso divertido.
Abe beijou a bochecha de sua filha, em seguida olhou para mim. “Eu diria a você como ela é especial, mas você já sabe disso. Porque você é a única razão que eu posso entregá-la a você. Eu lhe pedi para ser o homem que eu não pude ser, e você fez o que eu pedi. Não é para mim, mas para ela. Eu não poderia estar mais orgulhoso da mulher que ela se tornou e do homem que ela escolheu para passar o resto da vida.” Ele pegou a mão de Blaire e colocou-a na minha. Então ele virou-se para tomar o seu lugar.
Enfiei sua mão na dobra do meu braço enquanto nos virávamos para o ministro. Ela pulou do meu lado e olhou para o seu estômago com um sorriso. Coloquei meu braço em torno da cintura dela e coloquei minha mão em seu estômago enquanto o nosso bebê se movia. Este era meu.
Harlow
(sim, você leu certo.)
Eu podia senti-lo olhando para mim novamente. Eu queria que ele parasse. Desde que ele se afastou xingando um traço azul e me deixou em pé no meu esconderijo na festa de ensaio, tudo o que ele fez foi olhar para mim. Eu odiava estar sendo observada. Estava pronta para ir para casa, mas eu sabia que Dean estava se divertindo. Eu estava indo ver se eu poderia obter um voo mais cedo para casa. Eu não queria ficar até amanhã.
Eu cruzei as pernas novamente e estudei minhas mãos. Ninguém falou comigo e eu não podia culpá-los. Estava aborrecida. Nunca soube o que dizer. Eu estava com medo de dizer alguma coisa. Eu sempre tinha. Tinha aprendido que era melhor ficar calado do que dizer algo estúpido.
Era mais fácil se misturar com o fundo quando caras como Grant Carter não te olham constantemente. Eu não conseguia entender por que ele estava olhando para mim. Essa era a coisa mais louca. Eu sabia por que ele estava chateado. Quando somos pessoas tranquilas, esquecem que estamos ao redor e eles falam sobre coisas na sua frente que realmente não são da sua conta. Eu tinha ouvido Nan falar ao telefone com Grant várias vezes. Eu também sabia que o cara tão agradável quanto Rush era seu meio-irmão. Qualquer cara que namorou alguém como Nan deve ser igualmente asno.
Eu só queria que ele não fosse estupidamente quente. Isso era algo que eu deveria estar preparada. Nan era linda e mesmo que ela fosse uma cadela furiosa ela atraia todos os homens. Qualquer cara com quem ela estivesse se relacionando tinha que ser igualmente belo. E oh meu Deus, ele era.
Muito. Até mesmo o cabelo comprido que ele tinha escondido atrás de suas orelhas era atraente.
Aqueles seus olhos azuis tinham tido piercing.
Ouvi duas palavras dele e me tornei uma bagunça chorando. O que não era difícil de fazer. Eu fiz isso muitas vezes. A cadeira ao meu lado raspou no chão e puxei meu olhar para cima para ver Grant sentar-se muito perto de mim.
Não é bom. Não é bom. Qual era o seu negócio?
"Sinto muito sobre ontem à noite", ele virou-se para mim. Eu fiquei tensa e consegui acenar com a cabeça.
Ok, então ele estava arrependido. Ótimo. Agora ele podia sair e parar de olhar para mim.
“Vamos lá, Harlow, diz alguma coisa. Dê-me mais do que um aceno de cabeça”, disse ele, parecendo exasperado.
Eu não tinha certeza por que eu o tinha exasperado. Eu não tinha feito nada para ele. Eu tentei ficar longe dele e ignorar seu constante olhar. Mesmo durante o casamento ele me encontrou entre os outros convidados e não tirou os olhos de mim o tempo todo.
"É só comigo ou você não fala com ninguém? Eu não vi você conversando com os outros convidados."
Mesmo que eu não gostasse dele e eu com certeza não gostava de sua escolha de mulheres, eu não queria que ele pensasse que eu era uma idiota. Ele contaria para Nan e ela teria algo a mais para tirar sarro de sobre mim.
"Eu não sou boa em multidões", expliquei.
Ele pareceu relaxar um pouco quando eu falei. “Este grupo é esmagador”.
“Não posso culpá-la.”
Forcei um sorriso. Ele não era grande, mas foi o melhor que pude fazer. Eu não fingia bem. Nunca.
"Você não gosta de mim, não é?" Ele era, obviamente, muito observador também.
Eu poderia mentir para ser educada. Tinha sido ensinada por minha avó que, se eu não poderia dizer nada de bom não deveria dizer absolutamente nada. "Não gosto de Nan", eu respondi honestamente. Isso não foi educado, mas era verdade.
Em vez de ficar na defensiva, Grant começou a rir. Não uma risada divertida tranquila, mas uma gargalhada como se eu fosse uma grande comediante. Olhei para ele e o odiei ainda mais por ser atraente quando ele ria. Não era justo. Eu não queria pensar nada sobre ele ser atraente.
"Sinto muito", disse ele, enxugando os olhos e sorrindo para mim. "Mas isso não era o que eu estava esperando sair da sua boca doce. Porra, isso foi engraçado."
Eu não acho que foi engraçado. Será que ele pensa que eu estava brincando?
"Eu acho que você não está sozinha nessa, linda. A maioria das pessoas concordaria com você. Especialmente os atendentes neste casamento."
Eu não respondi. Ele, obviamente, gostava dela.
"Desde que você não vá colaborar, vou supor que você não está falando comigo, porque eu namorei Nan e você não gosta dela."
Eu dei de ombros. Não exatamente. Era mais do que isso. Dizendo a ele seria novamente rude e eu não deveria ser rude. Mas era ser rude ou deixá-lo pensar que eu era muda. Eu não queria que ele tirasse sarro de mim com Nan. Eu tenho o suficiente dela para me aporrinhar.
"Qualquer um que namora Nan não pode ter quaisquer qualidades redentoras. Ou quaisquer qualidades que eu estaria interessada em conhecer melhor. Eu não gosto de perder o meu tempo com aqueles com quem sei que nunca vou falar de novo." Isso tinha saído mais duro do que eu pretendia. Droga de honestidade.
Grant fez uma careta. Eu estava agindo como uma puta mesmo. Nan havia me acusado de ser uma e eu estava me comportando tão mal. Eu não poderia fazer isso. Eu não quero ser isso.
“Olha, isso não saiu certo. Sinto muito. O que eu quis dizer é que eu não gosto de Nan. Em tudo. Não vejo por que alguém que não está se relacionando com ela sequer a toleraria. O fato de você não só a atura, mas também já saiu com ela me diz que você e eu nunca seriamos amigos. Sinto muito. Eu não quero soar como uma cadela porque eu sou realmente uma boa pessoa. Eu apenas tento ficar longe de pessoas más. Nan é o epítome do desprezível o que me leva a crer que você é desprezível também. Pessoas desprezíveis se unem.” Eu parei porque eu estava piorando as coisas.
Levantando, dei-lhe um sorriso de desculpas que não teve de ser forçado neste momento, porque eu realmente me senti mal por jogar tudo na cara dele agora. Eu tendia a fazer isso quando eu tentava falar mais. Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa eu fugi. Estava indo me despedir de Rush e Blaire e ir para o aeroporto e esperar pegar um voo adiantado. Passaria a noite no aeroporto, se fosse preciso. Pelo menos desta maneira Grant Carter não poderia me encontrar.
Blaire
"Eu ainda não consigo esquecer você me cantando uma canção e tocando guitarra. Apenas wow, Rush. Uau.” Ainda estava me recuperando de olhar para Rush e vê-lo esperando por mim com uma guitarra em seus braços.
Então, em vez do Jason Mraz tocando nos alto-falantes Rush tinha cantado uma música que ele havia escrito para mim. Após os diferentes presentes e cartas enviados para o meu quarto, pensei que ele não poderia superar a si mesmo. Eu estava enganada.
"Parei de cantar, quando eu estava na faculdade. Decidi que eu estava cansado de meninas ficando interessadas em mim por causa do Dean. Se eu cantava só fazia a minha ligação com Slacker Demônio. Então, eu simplesmente desisti. Mas para você... Eu queria você andando pelo corredor para mim com a minha voz cantando palavras escritas para você. Não é uma canção genérica, que é tocada em um milhão de outros casamentos." Rush beijou o local logo abaixo da minha orelha. "Não há outros casamentos como esse e nunca haverá", ele sussurrou em meu ouvido.
Aconcheguei-me nele enquanto dançamos a versão de Ed Sheeran do "Kiss Me" que está sendo executada pela nossa banda.
Dean tinha se oferecido para conseguir uma "real band”. Mas eu não queria isso. Eu não queria que nosso casamento fosse mais do que uma pequena reunião íntima. Eu não queria fazer um show com banda participar. Rush concordou comigo e encontramos a melhor banda cover que o dinheiro podia comprar.
"Eu gostaria que não tivéssemos uma casa cheia de pessoas hoje à noite," eu disse contra seu peito.
"Não importa. Nós não estaremos lá”. Rush respondeu.
Afastei-me e olhei para ele.
"O que você quer dizer?"
Ele sorriu. “Você realmente acha que eu vou compartilhar uma casa com todas essas pessoas na minha noite de núpcias? Claro que não. Temos o condomínio penthouse no clube esperando por nós quando sair daqui.”
Fiquei feliz por ele ter pensado nisso. Eu não queria pensar sobre seu pai e meu pai na mesma casa que nós esta noite.
"Bom", eu respondi.
Seu peito vibrou com seu riso. Olhei para os outros convidados. Todos os nossos amigos estavam aqui. Todos os nossos amados. Exceto sua irmã... e sua mãe. Mas elas não teriam aprovado. Ambas me odiavam. Ainda assim, eu me senti mal por elas terem perdido o dia de hoje por causa do Rush. Eu só esperava que um dia elas fossem uma parte de nossas vidas para Rush. Eu sabia, mesmo que ele não mencionasse, ele sentia falta delas.
"Onde você colocou o cetim", ele perguntou.
Eu sorri e mordi meu lábio inferior. "Eu não tinha bolsos", respondi.
"Eu sei. Então, onde está?"
"Escondido em meu sutiã", eu admiti.
"Acho que vai ter um novo significado para mim a partir de agora", disse ele, brincando com o fundo dos meus seios com os polegares.
"Obrigado por tudo. O colar, a tornozeleira, o anel, e eu vou deixar você ficar com o cetim. Embora eu adorasse tê-lo lá com a gente. Sabendo que ela tinha tocado as nossas vidas. Seria perfeito."
Rush apertou os braços em volta de mim.
"Sim, seria." No momento em que seu corpo ficou tenso eu senti. Olhando para ele, vi seus olhos focados em alguma coisa sobre o meu ombro. Olhei para trás para ver Caim ali nos observando. "Eu provavelmente deveria deixá-lo dançar com você. Eu estou tentando convencer a mim mesmo sobre isto," Rush disse ainda me segurando.
Eu sorri para ele e sua expressão rasgada. "Se você não quer que dance com Caim, então eu não quero. Eu preciso ir falar com ele e se você quer ir comigo e me agarrar quando eu faço isso, então você pode. Relaxe. Sou Blaire Finlay agora. A garota que ele amava era Blaire Wynn."
No uso do meu novo nome todo o seu corpo relaxou e ele me segurou mais apertado.
"Diga isso de novo. Pelo menos a parte onde você diz o seu nome", disse ele com uma voz rouca.
"Blaire Finlay," eu repeti.
"Caramba, isso parece bom", disse ele, dando um beijo na minha testa. "Vá falar com ele. Mas se você não se importar... não dance. Eu não quero as mãos dele em você."
"Então, nada de abraços também?" Eu perguntei antes de caminhar até Caim.
Rush franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não, ele quer manter seus braços ligados ao seu corpo", respondeu ele, fazendo-me rir. Meu homem possessivo.
Eu andei até Caim, que estava lá me esperando com as mãos enfiadas nos bolsos e uma expressão de dor no rosto. Isso não poderia ser fácil para ele. Em sua mente nós ficaríamos juntos para sempre.
Ele realmente não tinha pensado que o Rush ficaria comigo no final. Ele estava enganado.
"Estou feliz que você veio," disse a ele quando parei a poucos metros de distância dele para manter distância suficiente para deixar Rush confortável.
“Não vou mentir. Eu não queria, Vovó Q me fez vir”, ele respondeu. “Mas você está linda. Está tão de tirar o fôlego que dói olhar para você.”
"Obrigada. Eu não sabia que Rush havia mandado bilhetes e convites para vocês até Vovó Q entrar no meu quarto hoje."
Caim assentiu. "Sim, eu imaginei. Seria Rush convidando-nos e não você. Vovó Q estava certa de que vínhamos uma vez que ela viria."
"Estou feliz, Caim."
Ele me deu um sorriso triste e assentiu.
"Eu posso ver isso. É difícil te perder. Sua maldita beleza grita por si mesmo."
Não havia muito mais o que dizer. Nosso tempo era no passado. Ele tinha sido meu melhor amigo uma vez, mas agora Rush era meu tudo.
"Tome cuidado", eu disse, sabendo que eu precisava voltar para Rush antes que dele decidir que tínhamos falado demais.
"Você também, Blaire. Envie fotos do bebê. Vovó Q vai querer vê-los", respondeu ele.
Virei-me e voltei a Rush que estava parado na beira da pista de dança com seus olhos fixos em mim.
Rush
Normalmente eu passava o Natal bêbado em um resort de esqui com qualquer garota que eu estivesse namorando na época e alguns amigos. Era o meu lugar para ir nas férias.
Quando pequeno minha mãe não decorava uma árvore ou assava biscoitos. Eu só tinha visto esse tipo de coisa na televisão.
O cheiro dos pinheiros, maçã, canela e biscoitos recheava nossa casa.
A maior árvore de Natal que eu poderia encontrar em Rosemary encheu nossa sala de estar e foi decorada com brilhantes decorações coloridas e luzes cintilantes. Tivemos guirlandas naturais e frutas em nosso manto e três meias com monogramas com a letra F penduradas junto à lareira. Duas grandes coroas de flores com laços de veludo vermelho decoravam nossas portas da frente e a casa estava cheia de músicas natalinas tocadas através do sistema de som. Blaire tinha encontrado uma estação de Natal no rádio por satélite e ela me ameaçou se eu trocasse.
Os presentes com papel colorido e brilhante foram amontoados sob nossa árvore e eu não conseguia me livrar dos meus amigos. Eles estavam sempre aqui. Comiam os doces que Blaire aprendeu a fazer e bebiam a cidra da maçã que ela nunca deixava acabar. Era como se o Papai Noel tivesse vomitado na nossa casa. Um ano atrás, isto teria soado como o inferno para mim. Agora, eu não poderia imaginar passar o Natal de outra maneira. Este era o Natal do jeito da Blaire e eu gostava. Não, porra eu adorava. Ela cantava canções de Natal enquanto tirava os cookies do forno e rolava bolas de manteiga de amendoim em açúcar em pó, enquanto eu esperava ela colocar uma na minha boca.
Seria isso que meus filhos cresceriam acreditando que era o Natal e eu adorava. Deitei no sofá assistindo filmes de Natal e bebi chocolate quente enquanto eu coloquei minha mão na barriga de Blaire e gostava de sentir o meu menino chutar. Isso era algo que o dinheiro não pode comprar. Não esse tipo de felicidade.
"Você acha que nós vamos ver seu pai antes do Natal", perguntou Blaire, entrando na sala onde eu estava apreciando a árvore enquanto ouvia Blaire cantar "We Wish You a Merry Christmas".
"Duvido. Ele acabou de sair na semana passada", eu a lembrei. Ela franziu a testa, em seguida, assentiu.
"Ok. Eu acho que nós precisamos enviar seu presente então. Tem algo que eu preciso enviar para Harlow também. Eu estava esperando que você me ajudasse a pensar em algo para sua mãe e Nan. Eu não sei o que comprar. Eu nunca passei um tempo com elas."
Minha mãe e Nan? Ela tinha comprado um presente para o meu pai? E Harlow? Droga.
Tudo o que eu tinha feito era comprar coisas para ela e para o bebê. Eu não tinha pensado em comprar alguma coisa para mais alguém.
"Uh, sim, hum, eu acho. Mas eles não estão esperando por nada. Nós realmente não trocamos presentes. Não é realmente um feriado que celebramos como uma família.”
O rosto de Blaire caiu e ela olhou para mim com olhos tristes. Eu não gostava de vê-la triste. Gostava dela feliz cantando como ela tinha feito apenas alguns minutos antes. "Mas é Natal. Você compra coisas para as pessoas que você ama no Natal. Não tem que ser muito. Só uma coisa. É divertido dar as coisas."
Se ela queria dar a minha malvada mãe alguma coisa e minha irmã, então eu compraria seja lá o que ela quisesse e enviaria com um sorriso. "Ok, baby. Eu vou encontrar alguma coisa e podemos enviar com as outras coisas."
Isso pareceu apaziguar e ela balançou a cabeça. "Ah, bom. Ok." Ela começou a virar e parou. "Eu tenho algo para Kiro também. Precisamos enviar quando enviar as outras coisas que vão para LA."
Eu não pude deixar de rir. Ela tinha comprado algo para Kiro. Todo mundo ia pensar que eu enlouqueci quando todos receberem pacotes de mim. "Kiro também. Entendi", eu respondi.
A única coisa boa sobre a compra interminável de Blaire era que me deu tempo para preparar sua surpresa. Ela continuou dizendo que depois do Natal precisávamos pensar em um berçário. Eu continuei concordando com ela. Mas eu também mantive o último quarto do lado esquerdo, o único com a vista que ela amava, trancado.
Blaire
No ano passado ia deixar minha mãe dormir tarde porque ela estava doente até tarde na noite anterior. Levantei e preparei seu café da manhã favorito, waffles de morango com chantilly, e acendi as luzes da árvore. Seria o meu último Natal com ela e eu sabia disso. Eu gostaria que tudo fosse perfeito.
Quando ela entrou na sala, foi recebida com fogo na lareira, a lotação completa de seus itens favoritos alarde, música de Natal tocando, e eu. Ela riu em seguida, chorou e me abraçou quando nós sentamos e comemos nosso café da manhã antes de abrir os presentes. Eu queria comprar-lhe muito, mas o dinheiro era pouco. Usando minhas habilidades criativas esparsas eu tinha feito um álbum de recortes de Valerie e eu crescidas. Mamãe foi enterrada com ele em suas mãos.
Este ano eu tinha feito tudo o que podia para deixar a minha mãe orgulhosa de mim.
Houve momentos em que sua canção de Natal favorita tocou e tive que lutar contra o desejo de me enrolar em posição fetal e chorar. Mas ela me fez prometer-lhe algo no ano passado. Ela sabia que era o seu último Natal também e me pediu para fazer-lhe um favor: que no próximo Natal, eu comemorasse o suficiente para nós duas. Eu já havia tentado o meu melhor.
Meus olhos se abriram antes do nascer do sol esta manhã e levantei da cama sem acordar Rush. Eu precisava de um tempo sozinha. Tempo para processar as coisas. Para lembrar. Sabia que se a minha mãe pudesse me ver agora que ela ficaria muito feliz por mim. Eu era casada com o homem que amava. Ia ser mãe e tinha perdoado meu pai. Segurei meu café e puxei minhas pernas debaixo de mim enquanto estava sentada no sofá de frente para a árvore com decoração colorida. A imagem da minha vida teria sido o que mamãe queria para mim.
Não enxuguei as lágrimas no meu rosto, porque elas não eram todas tristes. Algumas eram felizes. Algumas eram gratas e algumas eram lembranças.
Gostei do silêncio e vi o nascer do sol através da janela. Rush iria me querer na cama quando acordasse. Eu precisaria me esgueirar de volta depois de terminar meu café e escovar os dentes.
Este ano eu queria que o Natal fosse perfeito para ele. Era o nosso primeiro e isso criaria um precedente para os próximos anos.
"Acordar no Natal sem o seu presente favorito na cama é uma merda."
A voz sonolenta do Rush me assustou e olhei para trás para vê-lo entrando na sala de estar. Ele vestia calças, nada, além disso. Seu cabelo estava bagunçado e seus olhos ainda estavam meio fechados.
"Sinto muito. Eu ia voltar para a cama depois de assistir o nascer do sol," eu disse a ele que se afundou no sofá ao meu lado e me puxou para seu lado.
"Eu teria me levantado e assistido com você, se você tivesse perguntado", disse ele com o queixo apoiado no topo da minha cabeça.
Eu tinha quase certeza de que ele faria qualquer coisa que eu lhe pedisse. Mas tinha sido por isso que o tinha deixado dormir. "Eu sei", respondi.
Rush passou a mão no meu braço esquerdo. "Você precisava de um tempo sozinha?", ele perguntou. O entendimento na sua pergunta me disse que ele não precisava de mais detalhes. Ele sabia.
"Sim", respondi.
"Você precisa de um pouco mais?"
"Não", eu disse, sorrindo para ele.
"Bom, porque eu não iria embora facilmente."
Eu ri e coloquei minha cabeça contra seu peito. "É uma bela manhã."
"Sim, é", ele concordou e abaixou a cabeça até o meu ouvido. "Posso dar-lhe um dos seus presentes agora?", ele perguntou.
"Será que nos obrigam a estar nus?" Perguntei provocando.
"Uh, não... mas se você quiser ficar nua amor, sou sempre a favor disso", respondeu ele.
Surpresa, me virei em seus braços e olhei para ele. "Quer dizer que você quer abrir os presentes agora?", Perguntei. Eu pensei que iríamos fazer amor primeiro.
"Não abrir exatamente. Eu preciso te mostrar", disse ele, levantando-se e me puxando.
Isto não era o que eu esperava. Balancei a cabeça e o deixei me levar pela casa para as escadas. Talvez nós estivéssemos subindo para ter relações sexuais depois de tudo?
Rush parou no quarto que eu tinha escolhido como meu. Não estive lá desde que o tinha mostrado à Harlow antes do casamento. A porta estava fechada e Rush ficou atrás de mim e fez sinal para eu abrir. Eu estava realmente confusa agora.
Dei um passo à frente para girar a maçaneta e abrir a porta lentamente. A primeira coisa que eu vi foi um enorme berço de madeira de cerejeira no meio do cômodo e um móbile com animais marinhos exóticos pendurados.
Rush entrou e ligou um interruptor. Em vez de a luz do teto se acender, o móbile se iluminou e começou a tocar. Mas não era uma canção de ninar. Era a canção que Rush tinha cantado para mim no dia do nosso casamento. Todo o móbile estava iluminado por toda sua extensão até o teto. Tudo o que eu podia fazer era cobrir a boca em reverência completa e choque enquanto adentrava o quarto. Luzes dançavam pelas paredes conforme o móbile girava lentamente tocando a nossa música.
A cadeira de balanço, situada no canto com um belo cobertor artesanal jogado sobre ela. A tabela de crescimento, um armário, e até mesmo uma pequena cama também decorava o quarto. A tinta azul suave nas paredes foi perfeitamente pensada, uma parede era toda de janelas que davam agora para o céu e para o oceano, ambos azuis.
Eu finalmente encontrei a minha voz, mas tudo o que saiu foi um pequeno soluço antes de me jogar nos braços de Rush e chorar. Isto era perfeito e ele tinha feito. Ele tinha escolhido o quarto perfeito para o nosso filho.
"Eu espero que essas sejam lágrimas de felicidade porque eu vou ser honesto. Estava preocupado se você ficaria chateada. Bethy disse que você poderia querer fazer isso sozinha, e eu não tinha pensado nisso", ele disse em um sussurro apertado.
Bethy não sabia de nada. Talvez Bethy fosse querer fazer isso sozinha, mas sabendo que Rush tinha tomado tanto tempo e pensado no berçário fez meu coração inchar até eu pensar que ia estourar.
"Isso é perfeito. É lindo. É... oh Rush, ele vai adorar. Eu amo isso"
Então eu agarrei sua cabeça e puxei para mim para que pudesse beijá-lo. Um fabuloso berçário digno de revista deixa uma mulher grávida com tesão.
Quem diria?
Três meses depois...
Eu era uma menina do sul. Isso era óbvio. Mesmo amando o tempo em Nova York, eu estava feliz por estar de volta para casa, onde poderia encontrar chá gelado doce quando quisesse. Rush tinha sentido falta de Rosemary também. Eu poderia dizer. Estávamos desempacotando todas as roupas e brinquedos que tínhamos comprado para o bebê, que ainda não tinha nome, e colocando no berçário. Tinha sido divertido pendurar as roupas no armário e dobrar os cobertores e alinhar todos os seus sapatinhos. Tínhamos exagerado um pouco na compra de roupas.
Grant tinha parado para levar Rush para um momento de homens no campo de golfe logo após a chegada, então decidi ir fazer uma visita. Não havia nada para comer aqui e eu estava morrendo de fome. Indo ver se Jimmy estava no clube trabalhando e recebendo algo para comer, eu mataria dois coelhos com uma cajadada só. Peguei minhas chaves e fui para o meu carro... ou SUV... ou o que fosse. Não o tinha dirigido ainda.
Rush o tinha estacionado na calçada quando chegamos em casa.
Tudo que eu sabia era que era um veículo utilitário da Mercedes Benz.
Eu estava feliz por ele não ter me dado uma minivan. Aparentemente, este era um dos carros mais seguros na estrada. Ele me deu um longo discurso de vendas sobre ele, então me disse que se eu não gostasse poderia levá-lo de volta e conseguir o que eu queria.
Era um Mercedes, pelo amor de Deus. Eu não torceria meu nariz para isso. É claro que estava feliz com isso. Eu só precisava descobrir como dirigi-lo. Olhei para a chave que ele me deixou.
Havia indicações que ele me deu. Era para apenas colocar essa coisa que definitivamente NÃO é uma chave na minha bolsa e levá-la comigo. Quando tocasse a maçaneta da porta ela iria automaticamente se destrancar desde que a chave estivesse no meu corpo. Então eu colocaria o pé no freio e pressionaria o botão “on” no volante para acionar o carro. Todo o resto deve ser fácil o suficiente. Sim, claro.
Fiz o que me foi dito e me acomodei no carro, o que não é fácil quando sua barriga está enorme. Depois de afivelar o cinto de segurança, consegui pôr em marcha o carro sem a chave estranha. Eu nem sequer tentei tocar nas coisas do painel. Parecia um avião. Eu não entendi nada daquilo. Abri minha bolsa e peguei minha arma, coloquei debaixo do meu assento. Eu não a estava carregando comigo porque estava sempre com Rush. Mas agora que eu tinha meu próprio carro novo e estaria sozinha, e logo com o meu bebê, eu queria alguma proteção escondida em algum lugar.
Depois que o bebê estivesse maior, ia ter que encontrar outro lugar para escondê-la.
Eu não queria isso em qualquer lugar que ele pudesse encontrar. Isso era algo que eu precisava falar para Rush.
Chegar ao clube foi bastante fácil.
O carro desligava com um simples toque no botão e eu tranquei as portas com a coisa que Rush chamava de chave e entrei.
Assim que fui para a sala de jantar, Jimmy saiu da cozinha e seus olhos encontraram os meus. Um sorriso lento se espalhou pelo seu rosto. "Olhe para você, mamãe quente. Você pode fazer até uma barriga de grávida do tamanho de uma bola de praia parecer sexy. Entre e me espere na cozinha. Eu já volto", disse Jimmy com um aceno de cabeça. Ele estava carregando dois copos de água que entregaria rapidamente.
Abri a porta da cozinha e entrei. Vários dos cozinheiros me saudaram e acenei para eles tentando me lembrar de tantos nomes quanto eu poderia.
"Por favor, me diga que você está de volta em Rosemary para morar agora. Não vai mais correr ao redor do mundo. Eu senti sua falta", lamentou Jimmy, me puxando para um abraço.
"Não pretendo ir a qualquer lugar por enquanto," assegurei a ele.
"Deus, Blaire sua barriga está enorme. Quando é que esse bebê vai sair?“ Jimmy perguntou e começou a esfregar minha barriga. "Você não pode ficar ai para sempre, rapaz. É hora de você vir para fora. Sua mãe não é tão grande, ela não pode esperar muito mais."
A porta da cozinha se abriu e eu levantei meus olhos para ver um novo rosto. Ela tinha o cabelo castanho escuro e estrutura óssea excelente. Estava assistindo Jimmy falar com a minha barriga com um sorriso curioso.
"Olá," eu disse, e seus olhos saíram da minha barriga para atender meus olhos. Ela tinha olhos lindos também. Onde Woods havia encontrado ela e ele a contratou por causa de sua aparência? Porque conhecendo Woods ele tinha notado.
"Olá", ela respondeu com um sotaque grosso do sul que me surpreendeu. A menina não era de Rosemary.
Jimmy se levantou e sorriu para a menina. Ele gostava dela. Isso foi um bom sinal. "Fico feliz que você esteja de volta, menina. Ontem foi uma merda sem você", disse-lhe, em seguida, olhou para mim. "Della, esta é Blaire. Ela é minha melhor amiga que fugiu e me deixou por outro homem. Mas eu não posso culpá-la, porque ele é um pedaço quente de bunda. Blaire, este é Della. Ela pode ou não estar transando com o chefe".
Eu não consegui manter o sorriso do meu rosto.
Opa, Woods a tinha notado.
"Jimmy", eu disse, quando seu rosto ficou vermelho beterraba e percebi que ela o tinha repreendido também. Eu gostei dessa garota. Eu poderia ter uma nova amiga aqui.
"Woods certo? Aquele chefe?", perguntei, sorrindo, porque eu sabia que não havia nenhuma chance de ela estar transando com o pai de Woods.
"Naturalmente, Woods. A menina tem bom gosto. Ela não está transando com o velho," Jimmy respondeu com um rolo de seus olhos.
"Quer parar de dizer “transar?”ela perguntou, ainda corando. Eu precisava aliviar sua vergonha porque Jimmy estava apenas piorando as coisas.
“Jimmy não deveria ter me dito isso, já que ele fez, eu posso dizer, Woods é um grande cara. Se você está realmente... um...transando com ele, então você fez uma escolha"
"Obrigada", disse ela, sorrindo. Eu realmente esperava que Woods tivesse uma queda por ela. Eu sentia que Bethy a amaria também.
"Se eu não tiver esse bebê esta semana, talvez possamos nos reunir e almoçar", sugeri. Eu chamaria Bethy e ela viria também. Ela olhou para minha barriga e eu pude ver que ela achava que era altamente improvável que eu saísse pela porta sem ter este bebê, muito menos até a próxima semana. Ela provavelmente estava certa.
"Ok. Isso soa bem", respondeu ela.
Eu não podia esperar para contar a Rush. Talvez devêssemos convidá-la e Woods para jantar uma noite. Isso seria divertido.
"Della Sloane." Um grunhido irritado invadiu os meus pensamentos e eu arrastei meu olhar dela para o policial de pé na soleira da porta.
"Sim, senhor", respondeu ela. Vi como seu rosto ficou branco e olhei em volta para qualquer sinal de Woods. Onde ele estava quando você precisava dele? Ele estava sempre se intrometendo na hora errada, quando eu trabalhava aqui. Agora seria um bom momento para isso.
"Você precisa vir comigo, senhorita Sloane", o oficial gritou enquanto segurava a porta à espera de Della. "Senhorita Sloane, se você não vier de bom grado eu vou ter que ir contra a vontade do Sr. Kerrington e prendê-la aqui mesmo no recinto do clube."
O que foi que ele disse? Prender? Senhor Kerrington? Woods não faria isso. Se ele fizesse, teria pelo menos aparecido e feito parte disso. Além disso, eu era uma boa leitora de pessoas assim como Jimmy.
Nós gostamos tanto dela. Alguma coisa estava errada.
"Pelo que você está prendendo-a? Eu com certeza não acredito que Woods saiba disso", Jimmy perguntou na frente de Della, como se para protegê-la. Eu o amava ainda mais por isso. Parecia que ela estava prestes a desmaiar.
"Mr. Kerrington sabe. Ele é quem me enviou aqui para escoltar Della Sloane para fora do prédio e, em seguida, prendê-la, assim que ela pisasse no estacionamento. No entanto, se ela não vem de bom grado eu vou prendê-la e qualquer um que esteja no meu caminho.”
Woods não sabia. Eu não acredito nele. Alguma coisa estava errada.
"Está tudo bem, Jimmy", disse ela e caminhou em torno dele. Eu observava impotente enquanto ela saía pela porta.
"Você tem que encontrar Woods", disse Jimmy, olhando para mim. "Eu não acredito nisso. Eu acho que há algo mais nisso e todos os dedos apontam para o velho."
Balancei a cabeça. Eu concordei. "Eu não tenho número do Woods no meu telefone. Isso irritava Rush, então eu o apaguei", eu admiti, olhando para Jimmy timidamente.
Jimmy sacudiu a cabeça e sorriu, em seguida, pegou o meu telefone da minha mão e discou o número de Woods. “Ligue para ele. Se ele não atender vá caçá-lo. Eu não posso ajudar. Agora não tenho nenhuma ajuda nessa bagunça e eu tenho que colocar minha bunda na engrenagem.”
Eu balancei a cabeça e me dirigi para a porta para ver Della ser colocada no carro da polícia com muito mais força do que era necessário.
O telefone de Woods caiu direto na caixa postal. Tentei novamente, mas novamente caixa postal. Correndo pelo corredor, ou melhor, andando rapidamente, fui ao seu escritório e bati, mas nada. Tentei abrir, mas estava trancado.
Porcaria.
Corri para fora, enquanto discava o telefone do Rush. Ele saberia o que fazer e Woods poderia provavelmente estar com ele.
Assim que meu pé tocou a passarela de pedra senti uma cãibra seguida por um jorro de água entre as minhas pernas. Eu congelei.
Minha bolsa tinha estourado.
Rush
"Você está bem para um cara casado", Grant brincou enquanto eu caminhava até o carro para pegar meu taco.
"Claro que sim. Sou casado com Blaire. Eu sou o bastardo mais afortunado do planeta", respondi, sem morder sua isca. Ele queria me provocar, porque Grant queria me deixar com raiva.
"Blaire está muito sexy. Mesmo grávida de nove meses", ele falou, inclinando-se para trás e apoiando as pernas para cima no painel do carro.
"Se você está querendo um nariz quebrado vai acabar conseguindo, bro" Eu rosnei, olhando para ele.
Ele começou a rir e eu sabia que ele tinha conseguido o que queria. Revirei os olhos.
Meu celular começou a vibrar e tocar na minha sacola. Esse era o toque de Blaire. Eu deixei meu time e fui até minha sacola para pegar o telefone. Ela não me ligava aleatoriamente. Se estiver ligando, ela precisava de mim. Eu comecei a andar para o carro esperando ela me atender.
"Hey," eu disse no momento em que ela atendeu. Ela respirou fundo e eu virei o carro no sentido inverso e comecei a acelerar em direção ao clube.
"Minha bolsa estourou", disse ela tentando parecer calma.
"Eu estou indo. Fique aí. Não se mexa. Não dirija. Basta esperar por mim."
"Estou no estacionamento do clube. Eu estava vindo para encontrá-lo quando isso aconteceu”, ela respondeu.
“Estou quase lá, baby, espere. Menos de um minuto, eu juro”, eu assegurei.
Ela fez um barulho de grunhidos, em seguida, tomou algumas respirações profundas. "Tudo bem", respondeu e em seguida desligou.
"Merda", eu rosnei e pedi a Deus que aquele carrinho estúpido fosse mais rápido.
"Estou concluindo que ela está em trabalho de parto", Grant disse no assento ao meu lado.
"Sim", respondi. Não querendo falar. Eu só precisava chegar a ela mais rápido.
"Eu acho que isso significa que você não se importa em ter deixado seu taco lá", Grant respondeu.
"Foda-se, não, eu não me importo com o maldito taco."
Grant cruzou os braços sobre o peito. "Ok, só estava checando."
"Eu preciso que você pegue meu telefone. Ache o número de Abe e ligue pra ele."
Grant pegou meu telefone e fez o que eu pedi enquanto eu deixei o carrinho no parque e saí correndo pela grama até estacionamento.
Blaire estava de pé ao lado do Mercedes que eu tinha comprado para ela com uma das mãos sobre o carro e uma mão em sua barriga.
Ela parecia mais relaxada do que eu imaginava.
"Isso foi rápido." Ela sorriu para mim quando seus olhos encontraram os meus.
"Você está bem?" Eu perguntei, envolvendo meu braço em torno dela e andando com ela até o lado do passageiro.
“Eu estou bem agora. A cólica aliviou. Mas Rush, eu não deveria entrar no carro. É novo e eu tenho... bem... Eu estou molhada", disse ela, tropeçando em suas palavras.
"Eu não dou a mínima para este carro. Entre, vou levar você para o hospital."
Ela me deixou ajudá-la a entrar no carro, embora eu pudesse ver a relutância em seu rosto. Ela não queria estragar seu carro novo. Dei um beijo em sua testa. "Eu juro que vou tê-lo completamente restaurado antes de sair do hospital," eu assegurei a ela antes de fechar a porta.
Corri em torno da frente do carro e Grant estava parado com uma expressão nervosa. "Ela está bem?"
"Ela está em trabalho de parto", eu disse o óbvio e abri a porta do motorista.
"Eu liguei para Abe. O que mais eu posso fazer?"
"Ligue para Dean. Ele vai querer saber," eu disse a ele antes de fechar a porta do carro. Eu não pensei sobre o fato de eu não estar chamando a minha mãe ou irmã.
Não havia nenhum motivo. Eu não podia confiar nelas em torno de Blaire.
"Você acha que talvez você deva ligar para a sua mãe? Ou você acha que ela preferia não saber?"
Olhei para ela enquanto ia para a estrada e acelerei até Destin, onde o hospital mais próximo estava localizado. "Eu não quero que elas participem disso. Elas não merecem", respondi, em seguida, estendi a mão e apertei a dela. "Esta é a nossa família agora. Minha e sua. Nós decidimos quem faz parte dela".
Blaire concordou e apoiou a cabeça no encosto. Eu poderia dizer que ela estava sentindo um pouco de dor pelo seu olhar apertado, embora ela estivesse mantendo silêncio sobre o assunto.
"Como posso ajudar?" Perguntei ansioso para fazer algo para isso parar.
"Dirija", ela respondeu com um sorriso apertado.
Ela apertou minha mão e deixou escapar um profundo suspiro de alívio. "Essa acabou. Elas não são muito longas ou próximas umas das outras por isso ainda temos tempo", ela parecia sem fôlego.
Ela apertou na minha mão novamente. "Rush!"
Eu quase saí da estrada. "Que foi amor? Você está bem?" Meu coração estava acelerando no meu peito.
"Eu me esqueci da Della. Você tem que ligar para o Woods. Ele precisa saber que a polícia veio e levou Della."
Quem era Della? Ela estava tendo alucinações? "Amor, eu não conheço a Della", respondi com cuidado no caso de essa coisa alucinante estar deixando-a louca.
Eu não tinha lido sobre isso nos livros que ela tinha ao lado da cama.
“Della está namorando Woods. Jimmy acha que eles estão transando. Foi realmente doce e eu gostei dela. Ela parecia tão assustada. Woods tem que ajudá-la.”
Ela tinha estado no clube para visitar Jimmy. É por isso que estava lá. Não porque estava em trabalho de parto. Isso fazia sentido agora. “Grant está com meu telefone. Onde está o seu?” Se isso não significa muito para ela eu não estaria preocupado com a vida amorosa de Woods e sua namorada que está sendo levada pelos policiais.
Porque essa merda não parecia promissora e eu não queria Blaire perto de alguém perigoso. Mas ela não precisa mais que eu saliente que faria o que pudesse para fazê-la se sentir melhor.
"Ele não está atendendo ao telefone. Cai direto na caixa postal. Quem mais podemos chamar?", ela perguntou.
Peguei o telefone e liguei para Grant.
"Eu liguei para Dean e ele está pegando o próximo voo", foi a saudação de Grant.
"Obrigado. Ouça, Woods não está atendendo ao telefone. Chame seu pai. Diga-lhe que Della," parei e olhei para Blaire, que acenou com a cabeça que eu tinha dito o nome certo," Della foi presa e ela precisa de ajuda."
“Merda! Quando Della foi presa? O que diabos aconteceu?” Grant gritou no meu ouvido. Acho que ele sabia quem era Della.
“Eu não sei. Minha esposa está em trabalho de parto. Basta ligar para seu pai. Ele pode encontrá-lo. Tenho que ir.”
"Eu vou dizer-lhe" Grant respondeu e eu desliguei.
"O pai de Woods vai saber como achá-lo", assegurei para Blaire. Ela estava franzindo a testa.
"Eu não sei sobre isso, mas talvez eu tenha entendido mal." Ela parou de falar e apertou minha mão novamente. Outra contração.
Blaire
Eu tinha medo de agulhas. Tinha decidido meses atrás que eu não receberia uma agulha longa nas minhas costas. No momento, estava pensando que poderia ter sido uma má decisão. Porque sentia como se minhas entranhas estivessem sendo abertas com uma faca.
Não ajudava o fato de que toda vez que eu precisava gritar, Rush ficava completamente assustado.
Ele precisava se acalmar, porra. Tinha que gritar para lidar com isso. Nunca mais eu lamentaria sobre cólicas menstruais.
Elas eram um passeio no parque comparado com isto.
Outra contração me atingir e agarrei um punhado das cobertas e soltei outro grito de dor. A última vez que a enfermeira verificou eu tinha sete centímetros de dilatação.
Eu precisava chegar a dez, caramba.
"Devo ir buscar a enfermeira? Posso pegar um pouco de gelo? Você quer apertar minha mão?" Rush continuava me fazendo perguntas. Eu sabia que ele tinha boas intenções, mas no momento eu não me importava. Estendi a mão e agarrei sua camiseta e puxei seu rosto para o meu.
"Fique feliz por eu não estar com a minha arma, porque agora estou pensando nas diferentes maneiras de calar a sua boca. Deixe-me gritar e saia", respondi para ele e agarrei minha barriga enquanto outra contração chegou.
"Hora de verificar novamente", disse a enfermeira borbulhante com o cabelo vermelho brilhante puxado para trás em tranças, mas retornou para a sala. Ela deveria estar feliz por não ter a minha arma também. Porque ela seria a próxima na minha lista.
Fechei os olhos, esperando não ter outra contração, enquanto ela estava lá porque eu poderia chutá-la no rosto.
“Oh! Estamos com dez e prontas para deslizar. Deixe-me chamar o médico aqui.”
“Não empurre”, ela me disse mais uma vez. Tinha me dito para não empurrar durante a última hora.
Tudo o que meu corpo queria fazer era empurrar. O médico tinha que apressar seu traseiro.
Rush estava sendo anormalmente silencioso. Olhei para ele e seu rosto me lembrou de um menino no momento. Ele olhou assustado e nervoso. Senti-me mal por ter gritado com ele, mas o sentimento desapareceu quando outra contração me atingiu e desta vez foi pior. Eu não tinha percebido que poderia ficar pior.
O médico careca entrou e sorriu para mim como se isso fosse uma coisa boa.
"Hora de trazer esse rapaz para o mundo." Ele parecia tão alegre como a minha enfermeira. Bastardo.
"Você pode vir e assistir, se você não estiver enjoado ou pode ficar lá em cima com ela enquanto empurra", o médico disse a Rush.
Rush se aproximou da minha cabeça, estendeu a mão e pegou a minha.
"Eu vou ficar com ela", disse ele e apertou minha mão suavemente.
O estímulo me fez querer chorar. Ele estava se esforçando para tornar as coisas mais fáceis para mim e eu tinha ameaçado matá-lo. Eu era uma mulher horrível. Funguei e ele ficou imediatamente ao meu lado.
"Não chore. Está tudo bem. Você pode fazer isso" me disse, olhando firme e pronto para a batalha.
"Eu fui desprezível. Sinto muito", eu botei pra fora.
Ele sorriu e beijou minha cabeça.
"Você está sentindo uma dor infernal e se me bater te fizesse sentir melhor eu não me importaria."
Eu queria beijá-lo, mas, em seguida, outra contração me atingiu.
"Empurre" o médico pediu e eu fiz.
Vários palavrões e empurrões depois, ouvi o som mais bonito do mundo. Um grito. O choro do meu bebê.
Rush
Ele era perfeito. Contei todos os dez dedos dos pés e os dedos da mão enquanto Blaire beijava cada um. Ele também era tão malditamente minúsculo. Eu não tinha percebido que os bebês eram tão pequenos.
"Nós temos que escolher um nome agora", Blaire disse, olhando para mim depois que a enfermeira finalmente colocou nosso filho sobre cama.
Tínhamos conversado sobre várias ideias ao longo dos últimos três meses, mas nada parecia certo. Blaire tinha dito que era difícil nomear alguém que você nunca tinha visto então concordamos em esperar até que ele nascesse para nomeá-lo.
"Eu sei. Nós o vimos agora. Precisamos dar-lhe um nome. No que você está pensando?" Perguntei-lhe pedindo a Deus que ela não sugerisse Abraham Dean novamente. Eu amava o meu pai, mas eu não nomearia meu filho com o nome dele.
"Acho que ele se parece com um Colton", disse ela, sorrindo para ele. Eu não era um fã desse nome.
"Você ainda é contra River?", Perguntei.
Ela sorriu para mim. "Eu quero colocar Rush em seu nome, mas se chamá-lo de River, não poderemos. River Rush ou Rush River soa ridículo."
Tinha me esquecido que ela estava tentando usar o meu nome também. Eu não ia discutir com ela. Gostei da ideia de o meu filho ter o meu nome. "E Cash? Rush Cash!" Eu provoquei e ela mordeu o lábio para não rir e assustá-lo.
"E Nathan poderíamos chamá-lo de Nate", ela disse. Ele parou de mamar e olhou para ela como se tivesse chamado o nome dele. Acho que tinha chegado a uma decisão.
"Nathan Rush Finlay soa bem para ele," eu concordei.
Ela sorriu para mim feliz e inclinou a cabeça para beijar seu nariz.
"Olá, Nate. Bem-vindo ao mundo."
Eu queria abraçá-lo, mas parecia que ele tinha decidido dormir, em vez de socializar. Blaire levantou-o e colocou-o no ombro e acariciou as costas suavemente. Fiquei ali e assisti com admiração. Isto era meu.
Minha família. E eles eram perfeitos.
Quando Blaire ficou satisfeita com sua tentativa de fazê-lo arrotar, envolveu-se firmemente em seu cobertor e olhou para mim. "É a sua vez, papai. Eu preciso descansar. Meus olhos estão pesados."
Estendi a mão para ele e peguei meu filho dos braços de sua mãe. Segurando-o perto do meu peito inalei seu cheiro doce bebê. "Vamos rapaz. Vamos ficar confortável lá e ver se podemos encontrar um basquete para assistir na televisão."
Nate dormiu contente em meus braços e Blaire dormiu muito rapidamente depois que o entregou para mim.
Eu poderia ficar neste quarto com estes dois assim para sempre. Apenas tê-los perto de mim e saber que eles estavam seguros fazia tudo ficar bem.
Uma leve batida na porta quebrou meus pensamentos. Virei-me para ver a porta aberta e vários balões azuis entraram antes de ver a cabeça de Bethy atrás deles.
Ela havia ficado fora tanto tempo quanto podia.
"Tudo bem, papai, eu percebo que você está se divertindo, mas você tem que compartilhar. Os avós estão na sala de espera esperando pacientemente", ela sussurrou depois de olhar Blaire dormindo.
"Eu não quero perturbar Blaire. Ela está exausta. Vou levar o bebê para a janela do berçário. Faça com que todos me encontrem lá."
Bethy olhou para o bebê ansiosamente. Eu sabia que ela queria segurá-lo, mas não estava pronto ainda. Não tinha tanta certeza de que ela não iria deixá-lo. Eu não tinha tanta certeza de que poderia confiar em ninguém para segurá-lo.
Aconchegando-o mais contra mim, me perguntava como diabos eu deveria apenas deixar as pessoas vir à minha casa e segurar meu filho.
"A enfermeira disse que vocês nomearam Nathan Rush. Eu gostei", disse ela.
"Vamos chamá-lo de Nate."
Ela assentiu com a cabeça e, em seguida, saiu para dizer a todos para onde ir. Eu não me importava de mostrar-lhes Nate pela segurança de uma janela, mas não ia deixá-los respirar sobre ele e tocá-lo. Muitos germes. Ele era muito pequeno para essa merda. Ele precisava de um pouco mais de carne antes de ter de lidar com germes.
Entrei no berçário e dei de cara com uma enfermeira. Eu expliquei que estava lá para mostrar o bebê para os familiares através do vidro. Quando ela se virou e viu Dean parado na janela seu queixo caiu.
"Oh meu Deus. O bebê Finlay está relacionado com Dean Finlay? Dean Finlay do Slacker Demon?"
Eu balancei a cabeça. "Sim. É seu neto e eu realmente preciso mostrar Nate aqui para seu avô."
Ela se apressou para me mostrar o caminho e me seguiu até a janela para que pudesse ficar de boca aberta olhando para o meu pai. Dean, entretanto, estava completamente focado em Nate. Ele levantou o polegar e piscou para mim. Abe tinha lágrimas em seus olhos e acenou com a cabeça.
Grant estava bem ali ao lado do meu pai sorrindo para Nate. Bethy jorrava sobre o meu menino e Jace estava balançando a cabeça em concordância.
Jimmy abriu caminho através da multidão para dar uma olhada para ele e colocou a mão na cintura e sorriu para Nate.
Então ele olhou para mim e me deu o aval de aprovação. Esta era a nossa família. Podemos não ter irmãos ou mães aqui com a gente, mas nós temos pessoas que nos amam e que gostam do Nate.
"Você acha que eu poderia conseguir um autógrafo do Dean?" A enfermeira perguntou.
"Vá lá fora e pergunte a ele. Você está pegando-o de bom humor”, eu disse a ela antes de virar e levar Nate de volta à sua mãe.
Blaire
Eu precisava sair de casa. Rush não queria levar Nate e eu a qualquer lugar e uma vez que eu era a fonte de alimento de Nate, não poderíamos ficar separados por muito tempo. Ele ainda se recusava a usar uma mamadeira. Eu já havia tentado bombear o leite e alimentá-lo, mas não estava funcionando. Ele só me queria.
O que era doce, mas como seu pai era um maldito super protetor ele ficava irritado quando as pessoas se aproximavam e queriam segurá-lo.
Fiquei incomodada até que as minhas seis semanas foram-se e estava ok para fazermos sexo outra vez, seria impossível para ele conviver com isso. Eu precisava fazer alguma coisa para excitá-lo ou ele ia explodir.
A primeira semana em casa foi fácil. Estava cansada e Nate não dormia muito a noite, então eu não era fisicamente capaz de sair durante o dia. Senti-me mal por não ir ao funeral do Sr. Kerrington. Woods era meu amigo e eu odiava que ele tivesse perdido o pai de forma tão inesperada. Rush me assegurou que Woods estaria bem depois comecei a chorar quando eu ouvi a notícia. Eu não conhecia o Sr. Kerrington então minha única desculpa para chorar era que estava tendo problemas hormonais.
Ou pelo menos é o que meu médico me disse.
A necessidade incontrolável de chorar foi embora no dia em que fui capaz de prender minha calça jeans pré-bebê sem nenhum problema. Eu tinha ido para o quarto de Nate e balançado-o por uma hora, enquanto ele dormia, que era algo que seu pediatra tinha me dito para não fazer. Estaria estragando ele. Foi tão difícil às vezes. Eu queria lembrar estes dias. Ele estaria correndo ao redor da casa em breve.
Quando Nate completou um mês eu coloquei o meu pé no chão e disse que estava na hora de Rush e eu irmos a algum lugar com ele. Rush concordou que tinha que superar isso e passamos mais de uma hora recebendo todos os seus suprimentos juntos apenas para ir jantar no clube. No momento em que cheguei em casa estava tão cansada que eu percebi que talvez não tivesse valido a pena. Nós poderíamos apenas ficar em casa até ele ser desmamado. No momento em que pensei prontamente comecei a chorar, porque eu era uma mãe horrível.
Rush levou Nate e o colocou na cama para mim enquanto eu fui tomar um banho. Estava caindo de sono. Eu precisava parar de vigiar Nate durante a noite como o seu pediatra sugeriu, mas estava fraca e continuava fazendo. Tinha que parar com isso.
Saí do chuveiro e fiquei na frente do espelho. Meus quadris estavam mais largos agora. Eu tinha certeza que ficariam assim para sempre. Eu estava usando todas as minhas roupas pré gravidez, mas eu não pareceria como eu costumava parecer. Meu corpo era um corpo de mãe agora.
"Droga. Venho tentando não olhar para você nua porque eu estou tentando realmente não recorrer as minhas próprias mãos, mas merda... você está linda."
Ouvir o desejo em sua voz fez maravilhas para a minha autoestima. Eu queria me sentir sexy novamente. Queria sexo novamente. Tínhamos mais duas semanas, até a liberação de meu médico. Eu não tinha certeza se poderia esperar muito tempo.
Virei-me e caminhei até ele. Sexo pode estar fora dos limites, mas me certificar que meu homem fosse feliz, não estava. Eu me inclinei na ponta dos pés e pressionei meus lábios nos dele e, em seguida, mordi seu lábio inferior. Estava cansada de ser doce e romântica. Eu queria ser ruim.
Tirei sua camisa e beijei seu peito sorrindo para mim mesma quando sua respiração acelerou e ele agarrou o meu cabelo. Eu desabotoei sua calça jeans e a desci até seus tornozelos junto com sua boxer. Sua ereção se destacou com orgulho e minha boca encheu de água. Ele era tão lindo. Mesmo esta parte dele era uma maravilha. Deslizando uma mão ao redor da base de seu pênis enfiei a ponta na minha boca e engoli até a cabeça bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, Blaire," Rush gemeu, caindo no batente da porta para se apoiar. Ele enterrou as duas mãos no meu cabelo e me segurou lá. Me afastei deixando seu pênis sair da minha boca com um estalo e, em seguida, brinquei com a cabeça com minha língua. Suas maldições e gemidos só me deixavam mais quente.
"Chupe, meu Deus, amor, profundamente de novo", ele implorou, empurrando minha cabeça para baixo sobre ele até que a cabeça mais uma vez caiu na minha garganta. Eu engasguei e ouvi o gemido de prazer vindo de Rush.
Ele estava gostando de me ouvir engasgar. Eu estava ficando excitada.
Eu deixei a minha mão deslizar entre minhas pernas e deixei Rush controlar seu pênis em minha boca com a mão no meu cabelo. "Porra, você está tocando a si mesma?", ele perguntou, ofegante enquanto puxou de volta para fora da minha boca.
Coloquei a língua para fora e deixei a cabeça deslizar para fora antes de concordar. Então abri a minha boca e olhei para ele enquanto o colocava de volta em minha boca. "Eu quero brincar com essa buceta."
Rush rosnou. "Não goze".
Eu estava muito perto de gozar, então não tinha certeza se poderia prometer-lhe isso. Ele começou a se mover dentro e fora da minha boca mais rápido. Sua respiração se acelerou e suas maldições pioraram. Eu estava prestes a explodir.
"Preciso gozar", disse ele, puxando para fora da minha boca e eu peguei as costas de suas coxas e segurei-o dentro da minha boca. "Blaire, amor, eu vou gozar em sua boca, se você não me deixar tirar."
Chupei com força em cima dele e ele bombeado minha boca. Eu o senti empurrar contra minha língua e suas duas mãos agarraram a parte de trás da minha cabeça. Ouvi o rugido dentro dele um pouco antes da primeira explosão quente bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, amor. Chupe, isso... sim, isso... merda isso é incrível”, ele gritava conforme seu corpo estremecia sob minhas mãos e boca.
Minhas coxas estavam encharcadas de minha excitação. Eu comecei a escorregar a mão para baixo novamente quando Rush tirou o pau de mim, me pegou, me levou para a cama e me jogou sobre ela. Eu sabia que não deveria fazer sexo ainda, mas agora realmente não me importava. Me sentia curada lá. Nada parecia diferente.
Rush empurrou minhas pernas e, em seguida, baixou a cabeça para lamber a umidade no interior das minhas pernas. Eu tremia, enquanto ele ficava mais perto do meu calor. "Eu vou comer essa buceta doce até que você implore para parar", ameaçou pouco antes de deslizar a língua entre minhas pregas e, em seguida, chicotear levemente sobre o meu clitóris. Eu amava o jeito que ele fazia isso. Fazia tempo. Agarrei seu cabelo e segurei-o sobre o meu clitóris. Ele riu e a vibração me fez gritar de prazer.
"Minha menina gananciosa", ele murmurou pressionando beijos perto da minha entrada antes de deslizar a língua para dentro de mim e esfregar meu clitóris com a ponta do polegar. O meu primeiro orgasmo chegou com força e eu puxei seu cabelo, o que o fez rosnar forte e continuar em mim.
"Quero mais", ele sussurrou, sorrindo para mim maliciosamente. Minhas pernas pareciam macarrão quando eu as deixei cair abertas.
"É isso aí. Abra", ele me elogiou.
Deus, eu faria qualquer coisa que este homem quisesse.
No seu satisfeito estado relaxado, seu polegar deslizou para dentro de mim e para fora. Então ele o deixou deslizar até encontrar outro buraco. Um em que eu não tinha certeza se queria que fosse tocado.
"Não fique tensa. Eu não vou te machucar. Apenas deixe-me fazê-la sentir-se bem", ele prometeu. Eu relaxei, confiei nele quando ele deslizou a ponta de seu polegar dentro de mim enquanto provocava meu clitóris com a língua. Me peguei empurrando para trás em seu polegar tentar tê-lo mais profundo e Rush gemeu em aprovação, ele continuou trabalhando com o polegar dentro e fora da minha bunda, enquanto ele fazia amor comigo com a língua.
Houve um novo tipo de orgasmo. Eu não entendia, mas era mais forte. Eu queria. “Rush, eu preciso", implorei, não sei do que precisava.
Ele deslizou seu polegar em minha umidade, em seguida, deslizou para trás novamente para colocá-la dentro do buraco apertado que estava me deixando louca. "Eu sei o que você precisa, doce Blaire e vou dar para você", disse antes de lamber meu clitóris de volta para o pequeno buraco que ele estava brincando tão concentrado. Sua língua circulou o buraco antes de voltar para o meu clitóris e puxando-o em sua boca, enquanto deslizava o dedo dentro de mim.
Eu disparei. Fogos de artifício explodiram dentro de mim e gritei o nome do Rush mais e mais, enquanto meu corpo se contraiu com o puro prazer correndo por mim.
Eu nunca tinha sentido nada parecido. Não havia palavras para descrevê-lo.
Quando finalmente voltei para a terra e conseguiu abrir os olhos Rush estava rastejando para trás sobre o meu corpo para ficar ao meu lado e me puxou contra ele. "Eu preciso te foder, Blaire. Eu preciso tão perversamente", ele sussurrou.
Eu o queria dentro de mim. Só não tinha certeza se eu o queria dentro de mim... lá atrás. Seu polegar era muito menor do que seu pênis.
"Eu quero a sua buceta, amor. Pare de se preocupar sobre o outro. Isso foi só para você. Eu sabia que ia se sentir bem", ele me assegurou, depois cobriu-nos com a colcha e adormeci rapidamente contra seu corpo quente.
Rush
Estendi a mão e desliguei o monitor na hora que ouvi Nate começando a se mexer. Hoje à noite, Blaire iria conseguir dormir mesmo que eu tivesse que ficar acordado durante toda maldita noite, andando pela casa com o rapaz a fim de mantê-lo com sua mente longe da comida.
Eu me levantei para fora da cama e vesti um shorts e uma camiseta, descendo rapidamente para o andar de baixo antes que o choro começasse. Mesmo com o monitor desligado, Blaire seria capaz de ouvi-lo chorar. Eu estava esperando que tivesse cansado ela a tal ponto que dormisse durante o barulho à noite.
Liguei o abajur próximo ao berço quando entrei no quarto e agitação dele parou. Ele gostava de me ouvir cantar.
Blaire disse que ele sempre parava de mamar quando me ouvia falar e ficava bem quieto para ouvir. Eu adorava isso.
Caminhando até o berço, seus pequenos olhos fixaram-se em mim e mesmo que ele não estivesse exatamente sorrindo, ainda assim você podia ver a alegria em seus olhos quando estava animado com alguma coisa. Normalmente, os seios da Blaire o deixavam animado, mas eles também me animavam muito, logo eu não posso culpá-lo por isso.
"Ei, amigão, quando você vai descobrir que, quando está escuro lá fora, você deveria estar dormindo?" Perguntei a ele, inclinando-me sob o berço para pegá-lo.
Ele mexeu em meus braços e, em seguida, moveu a cabeça para que ele pudesse ver meu rosto.
"Você vai ficar comigo esta noite. A mamãe precisa dormir, mesmo que você não precise. Você está cansando ela bastante."
Eu deixei as luzes do abajur ligado e me sentei com ele na cadeira de balanço. "Vamos olhar a luz da lua sobre as águas e as rochas até que você decida que é hora de dormir."
Nate colocou a cabeça no meu peito quando o virei para o meu colo nos balançando. Fiquei imaginando o que sua pequena mente pensava sobre a vista. Será que ele quer ir lá fora, e tocar a areia ou sentir a água? Eu não podia esperar até que ele pudesse falar comigo e me dizer o que estava pensando.
Balançamo-nos por quase uma hora e fiquei esperando que ele pedisse por Blaire, mas isto não aconteceu. Eu olhei para baixo para ver suas pequenas pálpebras fechadas e sua respiração era lenta e uniforme. Nós tínhamos conseguido sem ter que acordar a mamãe. Senti como se tivesse feito alguma coisa.
Eu andei de forma suave e devagar até o berço e o coloquei de volta. Quando eu tive certeza que ele ficaria dormindo voltei para a cama. Papai tinha conseguido.
A próxima vez que Nate decidiu que queria atenção foi depois das sete da manhã. Blaire se sentou na cama, quando ouviu seus gritos e olhou para o relógio. "Oh meu Deus! Será que ele só chorou agora?" Ela perguntou se levantando nua rapidamente da cama.
Eu cruzei os braços sob a minha cabeça e observei a vista enquanto ela se apressava ao redor da sala procurando algo para vestir. Eu estava realmente gostando de seus novos quadris. Eles tinham curvas tão sexy que era difícil pensar direito, enquanto ela passava por mim e eles balançavam.
"Na verdade não. Ele e eu tivemos um tempinho a sós ontem à noite. Expliquei-lhe que você precisava descansar um pouco e ele ficou bem com isso. Acho que entendeu."
Blaire parou de procurar pelas roupas e olhou para mim com a boca aberta ligeiramente. "Você ficou com ele e conseguiu fazê-lo dormir sem ter que alimentá-lo? E ele ficou tranquilo?"
Eu dei de ombros. "Ele concordou que você estava mal-humorada e precisava dormir um pouco mais."
Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios e ela colocou as mãos nos quadris que eu gostava tanto. "Você acha que ando mal-humorada, hein? Ontem à noite eu não estava assim, não é? Quando eu tive seu pau no meio da minha garganta?"
Santo inferno. "Porra, mulher. Você tem que alimentar nosso filho. Não fale assim. Eu vou acabar perdendo minha cabeça antes que me seja dado à luz verde pelo médico."
Blaire riu e se abaixou para pegar uma camisola que ela ia usar na noite passada, mas que nunca chegou perto de colocá-la. Sua bunda empinada ao ar livre fez com que eu me segurasse antes de me aproveitar dela.
O material de seda deslizou sob seu corpo e parou no meio da coxa. Ela me deu um sorriso e se virou para ir em direção as escadas. "Eu vou levar o meu ser mal-humorado lá pra baixo agora", respondeu ela.
Eu assisti os quadris balançarem e se agarrarem a camisola a cada passo que dava. Quando finalmente tinha saído da minha vista, pulei da cama e fui para o chuveiro. Eu precisava de uma puta chuveirada fria para suportar o dia.
Blaire
Coloquei Nate para dar um cochilo e decidi pegar o tempo livre para usar o vídeo de ioga que tinha comprado no iTunes. Eu precisava melhorar algumas partes do meu corpo pós-bebê. Bethy tinha me dito para tentar yoga. Mas encontrar tempo para fazer yoga já era outra estória. A última vez que Nate tirou uma soneca e tentei fazer yoga, Rush tinha acabado de chegar em casa e nós acabamos nus no sofá novamente. Nós nos tornamos profissionais em sexo oral. Não que o Rush precisasse ficar melhor, mas posso dizer que eu aprendi a dar um boquete assassino.
A campainha tocou antes que o vídeo começasse então pressionei pausa e fui ver quem era. Rush não estava aqui, logo não poderia ser Grant. Eles estavam juntos.
Abrindo a porta, meus olhos encontraram Nan, talvez eu devesse começar a olhar pelo olho mágico a partir de agora. Minha frequência cardíaca aumentou e me amaldiçoei por eu ter deixado meu telefone no chão na sala de jogos. Não havia bolsos nas minhas calças de ioga.
"O Rush está?" Ela retrucou. Eu me encolhi mentalmente. Ele não estava aqui e não tinha certeza se deveria deixá-la entrar. Mas, então, como eu poderia deixá-la na porta? Ela era irmã de Rush.
"Ele saiu com Grant há algumas horas. Algo sobre Woods." Eu estava falando demais. Já que não era da minha conta.
"Você vai me deixar entrar? Ou devo voltar mais tarde?" O tom enojado de sua voz, com a ideia de que eu tinha o poder de não deixar que ela entrasse por que a casa agora era minha, era óbvio. Eu não queria deixá-la entrar, mas depois Rush poderia querer vê-la. Ele apenas mencionou sobre ela algumas noites atrás. Ele se perguntava como ela estava, pois me contava que sua mãe disse que ela estava fora da clínica e estava bem melhor.
Indo contra o meu melhor julgamento, recuei para deixá-la entrar. "Entre", eu disse, odiando a ideia de estar sozinha com ela. Minha arma estava no carro, embora eu realmente não acho que precisasse. Ela não era um tipo perigoso... eu acho.
"Então, como é a sensação de ser a Sra. Finlay?" Perguntou. Seu tom indicava que ela não estava feliz com isso e que também não era uma pergunta amigável.
"Maravilhoso. Eu amo o seu irmão”, eu respondi.
"Você não pode mentir para mim. Eu não me engano com olhares inocentes. Você engravidou porque assim você poderia ficar com ele. Ele não iria ignorar seu próprio filho. Você descobriu isso e o usou. Eu só espero que a criança seja dele."
O ódio em suas palavras me fez estremecer. Eu realmente queria chamar Rush e trazê-lo para casa. Eu não queria falar com ela. Não que isso fosse uma conversa para massacrar a Blaire.
"Sinto muito que você se sinta assim. Quando você vir Nate, vai entender que não há dúvidas de quem ele pertence. Ele é o mini Rush." Eu estava com raiva de mim mesmo por ter caído na isca dela e me defender.
Ao mencionar Nate pude perceber que Nan estremeceu. Ou ela odiava a ideia de que tínhamos uma criança, ou odiava que ele também era meu filho e ela não queria ter ligação com o menino. Eu não tinha certeza. "Vou pegar meu telefone e ligar para Rush, para que ele saiba que você está aqui. Por favor, sirva-se de qualquer coisa que quiser beber ou comer. Você sabe onde tudo fica."
Comecei a subir as escadas.
"Espere. Eu não quero ver Grant. Diga a ele para não trazer Grant", ela disse numa voz apertada.
"Ok. Eu digo", respondi. Eu tinha certeza que Grant não queria vê-la também, mas não estava disposta a deixá-la saber que eu sabia de tudo. Eu não iria tocar no assunto.
Apressei-me a subir os degraus e fui pegar meu telefone. Eu ligaria para Rush e, em seguida, iria checar Nate... Talvez eu pudesse matar o tempo sozinha com ele lá em baixo me escondendo. Pegando o telefone disquei o número de Rush.
"Ei baby, está tudo bem?" ele perguntou quando atendeu.
"Hum... Depende do que você considera bem", eu disse. "Sua irmã está aqui."
"Dê a volta, cara. Eu preciso ir para casa agora." Rush disse Grant. "Estou no meio do caminho. Ela está bem? Está sendo legal? Você a deixou entrar?"
"Sim, não muito e sim," respondi.
"Ela não está sendo agradável. Merda, Blaire. Sinto muito. Por que você a deixou entrar?"
"Bem, porque ela é sua irmã, Rush. Eu não ia recusar de deixar sua família entrar na sua casa."
Rush respirou fundo. Eu sabia o que aquilo significava. Ele estava frustrado. "Blaire. Se algum dia eu ouvir você chamar a casa de minha de novo eu vou explodir. Essa é a nossa casa. A porra da nossa casa. Se você não quer deixar alguém entrar, então não deixe. Me chame, eles podem esperar nos malditos degraus até que eu possa chegar. Eu só quero que você fique confortável em sua própria casa."
"Ok. Bem, eu a deixei porque você a ama e eu te amo. Não há motivo maior para discutir, não acha?”
Rush soltou uma risada baixa. "Nan é, e sempre será, provavelmente, a única pessoa que eu amo e não espero que você seja boa com ela. Ela precisa aprender com essa merda. Ela não aprendeu ainda. Você pode mandá-la embora, chutar sua a bunda para fora, o que você quiser. Não aceite as merdas que ela vomita contra você."
Eu decidi que não iria contar a ele sobre a acusação dela de que Nate poderia não ser dele. Ele iria enlouquecer se soubesse. "Apenas se apresse" eu implorei.
"Cinco minutos", ele prometeu.
Eu desliguei e empurrei o celular no meu sutiã esportivo antes de ir ver como Nate estava. Abrindo a porta, eu esperava encontrá-lo chutando e murmurando para as criaturas marinhas penduradas no móbile. Sorrindo, eu caminhei até ele e seus olhinhos se deslocaram até se trancarem com os meus. Ele chutou mais duro ao me ver e meu coração apertou.
"Acho que não foi uma boa soneca", disse a ele, inclinando-me para pegá-lo. "Eu nem sequer consigo fazer yoga e o bumbum da mamãe precisa de um pouco de exercício."
Sua cabecinha tentou se enterrar no meu peito. Não era hora de ele comer, mas quando acordava, ele sempre queria o que estava por baixo da minha blusa. Assim como seu pai. Sorrindo eu o levei para o trocador e coloquei uma fralda limpa nele, enquanto se mexia. Ele odiava ter sua fralda mudada.
Eu o peguei de volta e lhe beijei os lábios franzidos. As lágrimas pararam e ele abriu a boca tentando conseguir algo para comer novamente. "Agora não senhor. Você comeu apenas há uma hora," eu lhe disse antes de sair pela porta.
Eu não queria levá-lo para baixo. Estava com medo do que Nan diria a respeito dele. Não acho que poderia lidar com isso se ela fosse ruim com o meu bebê. A porta da frente soou e deixei escapar um suspiro de alívio. Rush estava em casa.
"Papai chegou", eu sussurrei.
Carreguei Nate pelas escadas e ouviu as vozes de Rush e Nan. Não era difícil. Ela já estava levantando a voz. Rush deve ter tentado corrigi-la por me deixar desconfortável em casa. Eu decidi não levar Nate para a cozinha ao ouvir o pai gritando com Nan. Saímos pela porta da frente. Nate adorava ir lá fora e ver as ondas. A brisa do mar iria abafar as palavras de raiva de Nan. Começamos a caminhar em direção à praia.
"Blaire, você poderia trazer Nate aqui em cima?" Rush perguntou olhando para mim da varanda. Aparentemente, ele queria que Nan conhecesse Nate. Entendi o motivo dele querer que sua irmã conhecesse seu filho, mas ela odiava a mãe dele, de modo que isso podia não ser tão sábio. Fiz uma pausa e olhei para Nate.
A mãe em mim queria levá-lo e correr de volta para o andar superior, nos trancando em segurança dentro do quarto dele. Mas ele era filho de Rush também. Dei um beijo na têmpora do bebê. "A irmã do papai, Nan não é muito agradável. Você vai ter que aprender a ignorar ela." Sussurrei em seu ouvido, mais para mim do que para ele, desde que ele não tinha ideia do que eu estava dizendo.
Quando cheguei ao degrau mais alto Rush estava me esperando. "Se você quiser que eu o segure para você não entrar lá, tudo bem. Mas se você quiser ir lá, eu juro que ela vai se comportar ou vou jogá-la para fora de casa."
Eu não estava prestes a mandar meu bebê para ver o lobo mau e não ir com ele. Se ele tivesse que enfrentar Nan, eu também iria. Eu o segurei mais apertado contra mim e balancei a cabeça. "Eu quero estar com ele."
Rush balançou com a cabeça. Eu pude ver pelo olhar em seu rosto que ele entendeu. Ele abriu a porta para nós e deu um passo para trás para que pudesse caminhar dentro com Nate.
Nan estava sentada na bancada do bar com um olhar irritadiço em seu rosto. Ela se virou e seus olhos foram para Nate. Eu podia ver o momento em que ela percebeu que cada característica do pequeno era de Rush. Ele nem sequer tinha meus olhos. Ele era todo Rush.
"Acho que ele é seu, afinal de contas", disse ela. Parei e dei um passo para trás batendo no peito de Rush. Seu braço veio em torno de mim e ele me segurou lá.
"Você queria vê-lo. Cuidado com o que você diz para a mãe dele. Desculpe-se por essa última observação estúpida ou eu vou levá-la até a porta."
Os olhos de Nan queimaram com fúria e eu tive a sensação que Rush tinha começado algo que realmente não precisávamos em nossa casa. Mas ela respirou fundo e levantou os olhos cheios de ódio contra mim. "Sinto muito", ela retrucou. Ela não quis dizer isso, mas o fato de Rush ter a feito dizer valeu à pena.
"Posso segurá-lo?" Nan perguntou, erguendo o olhar para Rush.
Fiquei dura como uma tábua. Se ele dissesse que sim, eu iria correr dali com Nate. Havia tanta coisa que ele poderia me pedir.
"Provavelmente não é uma boa ideia. Com você olhando para a mãe dele desse jeito, eu não acho que ela vai se sentir segura em entregá-lo."
Nan fez uma careta. "Ele é seu filho também."
"Ele é. Mas Blaire é a mãe dele. Eu não deixaria nada acontecer que a deixasse desconfortável."
"Deus, Rush, onde estão as suas bolas?"
"Segundo strike, mana".
Nan revirou os olhos e se levantou do banquinho. Ela olhou para Nate e seus olhos se suavizaram um pouco. Era difícil não amá-lo. Ele era tão bonito como o pai. "Minha mãe adoraria conhecê-lo", disse Nan, puxando a alça da bolsa em seu braço. "Você deveria pelo menos enviar-lhe uma foto."
"Mamãe não dá a mínima para seus próprios filhos, Nan. Você sabe disso. Por que ela se importaria com o meu?"
Nan não vacilou. Ela apenas deu de ombros.
"Boa pergunta."
Nate começou a mexer nos meus braços. Ele estava tentando chegar aos meus seios novamente. Mudei-lhe de posição em meus braços e Rush se aproximou dele. "Dê ele a mim. Ele não estará pensando sobre o leite enquanto estiver comigo".
Eu entreguei Nate e ele se acalmou imediatamente, olhando para Rush. Ele era fascinado pelo pai.
"Você é bom com ele. Eu não estou surpresa. Você vem trabalhando no papel de pai por tanto tempo", disse Nan. Foi à primeira coisa boa que havia dito desde que tinha chegado aqui.
"Eu sou apenas bom no que faço, porque observo Blaire. Ela que me ensinou tudo."
Nan não gostou dessa resposta e não era verdade. Ele tinha sido natural desde o primeiro dia. Comecei a falar quando Nan empurrou seu banco para trás, raspando no chão. "Eu só queria ver a criança e deixar você saber que eu estou melhor. Se você quiser me ver, estarei na cidade por alguns dias. Eu não estou aqui para criar um vínculo com sua pequena família, mantenha isso em mente."
Vi quando ela saiu da cozinha, seguindo pelo corredor em direção à porta da frente sem dizer uma palavra. Rush não respondeu.
"E ela ainda é uma cadela," Rush murmurou.
Eu me virei para olhar para ele que estava franzindo a testa. "Sinto muito por ela ter falado com você desse jeito", disse ele.
"Eu ignoro tudo o que ela diz. Ela quer que eu seja o vilão e tenho medo que sempre seja assim. Está tudo bem. Eu não me casei com ela", eu respondi.
Nate ouviu a minha voz, e moveu sua cabeça para me olhar, antes de começar a chorar. Ele me queria por causa dos meus seios. Eu sorri e estendi a mão para levá-lo. "Eu vou ter que alimentá-lo novamente. Ele não deve ter se alimentado bem na última vez. Olha como está determinado a comer de novo."
Rush o entregou para mim. "Merdinha de Sorte".
Eu o chutei, quando ele deu uma gargalhada que eu amava.
"Está com fome?" Ele perguntou.
"Sim. Morrendo. Você pode me fazer um sanduíche?" Perguntei a ele antes de ir para a sala de estar para me sentar confortável na cadeira.
"Qualquer coisa para você", ele respondeu.
Rush
Woods estava do lado de fora do clube discutindo com Angie, Angel, Angelina... Inferno, não consigo lembrar o nome dela. Ela aparecia por aqui de vez em quando ao longo dos anos. Eu tinha certeza que ela era uma foda de verão para Woods, quando estávamos no colégio. O pai dela estava nos mesmos negócios como os Kerringtons, e Grant pensou que Woods ia se casar com ela.
Então essa garota Della tinha aparecido e meu palpite foi que as coisas tinham mudado. Ou não. Não poderia dizer. A última vez que soube, Della não tinha acabado na cadeia, por ter sido apenas um mal-entendido. Woods tinha feito um inferno na delegacia.
A menina estava com as mãos nos braços de Woods e parecia que estava implorando. Não tive certeza se eu queria interromper aquela conversa, mas o cara parecia que precisava de ajuda.
Ele tinha merda suficiente para lidar agora que seu pai estava morto. Ninguém estava preparado para isso e tudo foi imposto a Woods durante a noite.
"Cai fora, Angelina. Juro por Deus, se você não me deixar em paz, vou pedir a porra de uma ordem de restrição contra você”, disse Woods quando empurrou as mãos dela. Ele se virou a me ver e o alívio em seus olhos era evidente. "Rush. Ei, você está aqui para a reunião?" Questionou.
Eu não tinha ideia do que ele estava falando e estava disposto a apostar que ele tinha acabado de inventar essa merda. "Sim", eu respondi.
"Isso não acabou, Woods. Juro que não. Você está cometendo um grande erro", ela gritou para Woods, que soltou-se dela e veio ao meu encontro.
"Leve-me longe desse inferno. Rápido", ele murmurou enquanto passava por mim.
Eu me virei e o segui. Eu estava aqui para falar com Bethy sobre tomar conta de Nate amanhã à noite para que eu pudesse levar Blaire a um encontro. Mas parecia que eu tinha que conversar com Woods primeiro.
Ele abriu a porta do clube e entrou sem esperar para ver se eu o seguia. "A mais louca puta que já conheci", ele xingou já que estávamos em toda a segurança aqui dentro. Ele passou a mão pelos cabelos e soltou um grunhido frustrado. "Eu queria fugir. Eu ia. Eu ia tirar a porra do Tripp. Eu ia ficar com Della e íamos deixar essa merda para trás. Meu pai tinha exigido demais e eu estava farto. Então ele teve que seguir e morrer. Descobrir que o testamento do meu pai declarava que no meu vigésimo quinto aniversário, que será em dois meses, este lugar se tornaria meu. Meu avô tinha deixado bastante claro na porra do testamento dele, que era assim tão cheio de segredos, que meu pai não conseguiu modificar. Eu não posso fugir agora, posso? É tudo meu. O avô que eu amava e admirava não me ferrou, afinal. Mas Deus, é tudo tão ferrado agora. Eu só preciso me concentrar em deixar Della tranquila. Eu não tenho tempo para lidar com tudo isso. Eu não sei nada, Rush. Porra de NADA. Meu pai não me deixou trabalhar no lado comercial ao mesmo tempo. Ele disse que eu tinha que conquistar o meu lugar." Woods soltou um suspiro de frustração e começou a andar.
Eu não tinha certeza de tudo o que ele estava falando, mas o cara tinha problemas. Grant era o cara que ele precisava, não eu. Eu não era alguém para compartilhar esse tipo de coisa. Não sou de dar conselhos.
"Woods?" A pequena morena com grandes olhos azuis entrou pela porta olhando diretamente para ele com o rosto preocupado. "O que há de errado?"
O homem se transformou na minha frente. Ele deu dois passos largos e a puxou em seus braços, como se alguém estivesse prestes a tocá-la e ele precisava ter certeza que ela estava segura. "Eu estou bem. Você dormiu muito tarde?" Ele perguntou numa voz suave que, juro por Deus, eu nunca tinha ouvido um cara falar desse jeito.
Ela assentiu com a cabeça e colocou os braços ao redor dele. "Sim. Tudo estava bem esta manhã. Pare de se preocupar”, disse a ele. Ela virou a cabeça e olhou para mim.
"Della, este é o Rush Finlay. Você conheceu a esposa dele, Blaire. Rush, esta é minha Della."
Sua Della. Oh homem, era isso que estava errado. Eles estavam juntos. Eu não conseguia manter o sorriso do meu rosto. Entendo o que ele está sentindo. E dane-se se não estou feliz que Woods esteja envolvido com outra mulher e não atrás da minha. Obrigado, Della.
"É um prazer conhecê-lo", disse ela.
"Prazer em conhecê-la também", respondi. Ela não tinha ideia do quanto. O bom e velho Woods Kerrington estava apaixonado. A merda mais engraçada que já ouvi durante toda a semana.
Grant
As batidas na minha porta soavam como um trem de carga. Empurrei as cobertas de cima de mim e olhei para Paige. Eu a trouxe para casa comigo ontem à noite de uma festa. Ambos tínhamos bebido muito e tivemos muita diversão antes de desmaiar. Isso foi o que consegui lembrar. Paige era sempre agradável e fácil. Ela não era pegajosa.
As batidas continuaram. Peguei meus shorts descartados de ontem à noite e os puxei antes de caminhar pelo corredor em direção à porta. "Cale a boca! Droga" gritei antes de abrir a porta.
O sol me encontrou e estava bem na minha frente. Joguei meu braço sobre os olhos e tentei espiar o filho da puta louco que estava ali. Fazia tempo que tive uma ressaca.
"Você não está encantador esta manhã", Nan falou lentamente, assim que passou por mim e entrou. Merda. Não era quem eu queria lidar pela manhã.
Bati a porta. "O que você quer Nan? São dez horas da manhã", rosnei.
Nan entrou na minha cozinha e encostou-se na bancada.
"Eu preciso de um lugar para ficar", disse ela em uma voz mais suave que só usava quando queria alguma coisa. Um ano atrás, essa merda conseguia me pegar. Eu estava tão envolvido com sua bunda egoísta que não conseguia ver direito. Era tudo sobre sexo. Ela era boa nisso. Uma porra de ginasta na cama. Aprendi da maneira mais difícil de que sexo não se faz para consertar coração partido ou putas egoístas. Não dava mais pra ficar com ela. Especialmente depois de tudo que aconteceu.
"Ligue para Rush. Vou voltar para a cama. Você sabe o caminho para sair." Respondi, voltando para o meu quarto.
"Eu não posso! Ele não vai me ajudar. Não suporto a Blaire e ele sabe disso. Ele a ama mais do que eu. Ela o levou para longe de mim. Ela tomou tudo de mim. Eu a odeio e não posso fingir que gosto. Mas eu não tenho para onde ir. E não quero viver com a minha mãe. Quero voltar para Rosemary".
"Tá foda para você. Tchau, Nan." Eu abri a porta do quarto e fui pra cama, me deitando com a cara para baixo.
"Paige? Sério Grant? Você não sabe até onde ir. Você baixou bastante de nível. Até mesmo agora."
Paige sentou-se esfregando o rosto e eu apreciei o fato de que ela estava nua. Nan estava recebendo uma boa olhada de seus seios. Eles eram muitíssimo mais agradáveis do que os de Nan.
"Eu evoluí. A última garota que fodi foi você", eu respondi. Ela precisava saber.
Paige olhou para mim e depois para Nan com os olhos injetados de sangue. Eu tinha certeza que ela tinha fumado maconha na noite passada. "Que porra é essa?" Ela resmungou puxando o lençol para se cobrir.
"Nan está aqui para fazer a minha vida um inferno. Ignore-a", eu disse rolando na cama para deitar de costas e apoiar minhas mãos atrás da minha cabeça.
"Sério? Isto é tudo que nos tornamos?" Perguntou Nan.
"Isso é o que você nos fez ser, Nan. Você queria foder por um tempo, eu concordei. Foi divertido. Obrigado pela ideia."
"Paige, pelo amor de Deus, vista alguma coisa e saia. Nós estamos tentando ter uma conversa", Nan virou-se para Paige, que estava sentada em silêncio os ouvindo.
Estendi a mão e acariciei a perna dela.
"Não vá. A bunda dela foi mostrada à porta. Ela é que precisa sair", disse a Paige. Realmente preferia que ambas saíssem, mas eu não era um idiota. Jamais iria chutar Paige para fora e deixá-la ir por conta própria.
"Sério? Você vai trepar com essa daí e nem mesmo vai me deixar explicar? Você sabia que eu estava em uma clínica de reabilitação? Será que você se importa? Você com certeza não me ligou. Ninguém ligou. Nem mesmo Rush."
Senti uma pequena angústia por ela, mas era muito pequena. Às vezes eu ainda via aquela garotinha que queria que alguém a quisesse tanto. Foram tempos que tive compaixão. Então me lembrei da cadela que ela havia se tornado e decidi que ela merecia o que tem.
"Quando você planta merda, você colhe isso de volta. Era isso que meu avô sempre dizia. Alguém deveria ter lhe ensinado isso também. Teria nos salvado de toda porra de problema que você causou."
Nan apontou para Paige. "Saia. Agora."
Segurei o braço de Paige. "Ignore-a."
Paige olhou para trás e para frente para nós dois e depois balançou a cabeça.
"Vocês são fodidos. Acho que vou voltar para casa e descansar um pouco. Minha cabeça não pode aguentar isso." Ela começou a se levantar e depois estendeu a mão beijando a minha bochecha antes de rastejar para fora da cama nua.
Admirei a bunda dela enquanto ela pegava suas roupas mais pelo apelo de Nan que de mim. Eu estava cansado demais para pensar em mulheres nuas.
Paige deu tchau para mim e então correu para a porta levando seus sapatos. Eu não tinha ideia de onde seu carro estava, mas isso não importava agora. Ela morava a duas ruas acima no mesmo complexo de apartamentos. O que era outro motivo dela ser útil. Nan se aproximou da cama e se sentou.
"Saia da minha cama, Nan. Juro por Deus que eu vou te dizer cada detalhe do que Paige e eu fizemos nestes lençóis ontem à noite, se você não tirar sua bunda maldita da minha cama", eu avisei. Não conseguia me lembrar de exatamente o que tinha feito na noite passada. Mas Nan não precisava saber disso.
"Você é nojento", gritou ela, levantando-se e olhando para mim.
"Sim, você também. Pelo menos eu conheço Paige. Ela não é uma garota que eu só peguei na maldita rua para foder."
Ela tremia com uma fúria desencadeada. Eu a chamei de merda. Ela tinha me atiçado e conseguiu. Eu já tinha visto o suficiente. Não estava mais interessado.
"Você disse que me amava", ela me lembrou.
"Eu pensei que poderia te amar, Nan. Mas então eu acordei e percebi que uma foda quente e uma boa buceta não são amor. É somente um sexo muito bom".
A mágoa nos olhos dela deveria ter feito eu me sentir culpado, mas isso não aconteceu. Eu tinha confundido necessidade com amor. Eu não sabia como era amar alguém. Não do jeito que Rush amava Blaire. Eu nunca tinha sentido isso. Mas sabia agora. Eu tinha a porra da ideia e tinha certeza que nunca estive.
"Tudo bem. Você quer me machucar, então faça. Eu mereço isso", Nan cuspiu, caminhando de volta para a porta. "Mas isso não acabou, Grant. Eu posso admitir que errei. Mas você só precisa admitir que ainda tem sentimentos por mim."
Será? Eu não tinha certeza disso. Estava zangado com ela por ter me deixado com raiva, mas eu não tinha certeza se sentia alguma coisa ainda.
"Eu estou trabalhando em algumas coisas. Seria bom se alguém se interessasse e me entendesse".
Eu não iria deixá-la virar esse jogo para mim. Eu não pedi por esta merda. Pensei que desse certo. Mas ela recusou-se a ser mais do que uma parceira de foda. Eu queria mais e ela deixou claro que eu poderia facilmente ser substituído.
"Eu não acho que eu sou o único que pode te ajudar Nan. O problema é que sei como sua vida era e porque você é uma puta. Mas, ao contrário de Rush não levo a sério essa desculpa sua. É hora de parar de usá-la e mudar. Você está afastando todo mundo. Você quer acabar como sua mãe?"
Ela endureceu e soube que tinha atingido um nervo. Sem dizer uma palavra, ela se virou e saiu do meu apartamento batendo a porta atrás dela. Que a porra dos ventos a levem.
Agora eu poderia dormir um pouco.
Blaire
Bethy estava esperando por mim no clube para beber. Eu tinha amamentado Nate e o deixei com o Rush para que eu pudesse ter algum tempo de garota. Ela também queria que eu conhecesse oficialmente a Della. Acenei para Jimmy quando passei pela cozinha e segui apressada para a sala de jantar.
Della e Bethy estavam próximas às janelas que davam para o campo de golf. Della se virou e sorriu para mim quando percebeu minha aproximação. Não tinha certeza exatamente o que aconteceu com a polícia, mas sabia que tinha sido um péssimo mal-entendido. O boato era que Woods ameaçou o policial que a tinha prendido. Grant disse que ele o arremessou contra a parede. Exatamente algo que Rush faria.
"Já era tempo de você chegar. Estava prestes a ter minha segunda mimosa sem você", Bethy disse alegremente.
"Desculpe, tive que amamentar Nate antes de vir. Ele estava mais faminto que o normal. Mas você sabe que não posso tomar mimosas. Estou amamentando. Entretanto, vou ficar com um suco de laranja."
"Amamentar não soa divertido. Exceto para os melões incríveis que você tem, não vejo nenhuma razão para não beber", Bethy respondeu.
Escolhi ignorá-la. Ela não entenderia. Em vez disso, olhei para Della. "Estou feliz que finalmente estou te conhecendo", disse a ela.
"Eu também. Sinto muito sobre a última vez que nos encontramos. Não consigo imaginar o que você pensou de mim depois...”, ela parou e ficou sem graça.
"Sabia que tinha acontecido um erro terrível e enquanto estava em trabalho de parto pedi a Rush para ligar a Woods e deixá-lo saber que houve uma emergência", assegurei a ela.
Della soltou um suspiro. "Sim, foi um dia louco. Mas obrigada. Só soube depois que você entrou em trabalho de parto naquele dia."
Bethy pediu outra mimosa para si e para Della. Pedi a nova garçonete apenas um suco de laranja.
"Então, você não está trabalhando para Woods, eu soube", Bethy disse para Della.
Ela franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não. Ele não vai deixar. Ele gosta de me manter com ele a maior parte do tempo. Estamos lidando com algumas coisas..." Ela parou novamente. Entendi que ela não queria falar sobre sua vida pessoal e não podia culpá-la. Ela tinha acabado de nos conhecer.
"Como posso manter vadias como vocês na cozinha? O que devo fazer se toda a minha boa mão de obra continuar ficando com os bundões ricos deste clube e me deixar para trás?" Jimmy disse quando puxou a quarta cadeira na mesa e sentou-se.
"Eu ainda trabalho aqui", Bethy lembrou.
"Você não trabalha na cozinha então você não é de nenhuma ajuda para mim. Estou quase com medo de Woods contratar mais mulheres atraentes. Preciso de alguém para me ajudar e que não lance os olhos para esses bundões com tesão maldito," Jimmy vaiou então piscou para nós.
Olhei ao redor da mesa e sorri. Um ano atrás, eu estava perdida. Eu não tinha ninguém. Ir à casa de Rush Finlay naquela noite tinha mudado tudo. Sentei e escutei Jimmy nos contar sobre seu péssimo encontro na noite anterior e como ele queria as calças de Marco. Marco era, aparentemente, o novo chef. Bethy concordou que as calças de Marco eram muito boas. Olhei para Della que sorria enquanto ouvia a conversa e percebi aquele olhar. Acho que ela encontrou uma casa também.
"Então, Blaire, como é o sexo depois do casamento e do bebê? Temos que saber menina. Rush Finlay ainda está queimando os lençóis?" Jimmy perguntou com seus olhos brilhando em antecipação. Ele tinha uma queda grave pelo meu marido.
"Não é da sua conta, Jimmy. Você precisa seguir em frente com sua fascinação pelo meu marido. É muito tarde agora. Ele é meu", respondi.
"Inferno, você não é engraçada. Só queria os detalhes. Os detalhes torridamente descritivos. E você Della? Quer-me dizer como é com Woods? Ele é mandão também? Parece quente.”
O rosto de Della ficou vermelho e ela riu. "Eu não vou contar nada para você, Jimmy", ela respondeu.
Jimmy levantou-se e esticou o lábio inferior. "E eu que sempre pensei que a fofoca feminina era travessa e divertida. Vocês estão me levando às lágrimas." Ele acenou com a mão de forma dramática para nós antes de se virar e seguir para a cozinha.
"Agora que ele se foi, eu gostaria de saber como é o sexo com o Rush e Woods", Bethy disse com um sorriso.
Eu balancei a cabeça e olhei para a porta, Grant veio caminhando sozinho. Parecia que estava imerso em seus pensamentos. Ele não tinha aparecido ultimamente e achei que era porque ele estava fora da cidade de novo. Algo parecia que estava lhe incomodando. Ele olhou para cima e seus olhos se encontraram com os meus. Um pequeno sorriso tocou seus lábios e ele piscou antes de caminhar e sentar-se a mesa sozinho.
"Grant está de volta à cidade para o verão. Mas, ele parece diferente." Bethy falou, aparentemente, pensando a mesma coisa que eu.
"Sim, ele parece desligado", eu concordei.
"Se você brinca com fogo acaba se queimando. Nan é de todo o pior tipo de cadela. Ela teve que foder com a cabeça dele. Eu ainda não consigo acreditar que eles estavam transando," Bethy sussurrou.
"Nan apareceu outro dia", eu disse, olhando de volta para Bethy e depois Della. "Ainda parece que ela me odeia."
Bethy bufou. "Quem se importa? Aquela puta".
Os olhos de Della se arregalaram e eu percebi que nós estávamos falando sobre pessoas que ela não conhecia. Isso era rude.
"Então, Della, eu sai e perdi toda a ação. Diga-me exatamente como você conheceu Woods? Foi aqui no trabalho?"
Della balançou a cabeça e sorriu.
"Não exatamente. Nós nos conhecemos em setembro... foi... tipo uma aventura de uma noite", disse com suas bochechas ficando rosa brilhante.
Isso ia ser mais suculento do que pensava. "Oh, isso soa divertido", respondi e me inclinei para ouvir o resto.
****
Nate já tinha tomado a mamadeira. A tia de Bethy, minha antiga chefe, Darla tinha concordado em tomar conta para que nós pudéssemos ir até o luau do clube. Era o pontapé para a temporada de verão e também somente para os membros. Rush não queria ir, mas Bethy tinha ligado e implorado a nossa presença. Eu me senti culpada por não ter tido tempo suficiente para ficar mais com ela, então o convenci.
Amanhã terei uma consulta médica e a paciência de Rush estava no limite. Ele estava esperando ir comigo, para então me atacar no estacionamento. O que eu não iria reclamar, mas não queria lhe dar ideia.
Grant tinha ligado para ver se íamos e também Woods. Ele queria saber se eu poderia ficar com Della, caso ele tivesse que lidar com algo durante o luau. Bethy também ficaria por perto se precisasse. Elas se tornaram amigas, o que só confirmou a minha crença de que ela seria uma boa pessoa. Bethy era exigente.
A fogueira era maior do que qualquer outra na praia, isso porque a cidade não podia controlar o que acontecia na propriedade do clube, assim era permitido fazer esse tipo de festa na praia, que era pública. Bethy disse essa era à festa "imperdível" da temporada. O que me pareceu bom. Rush e eu precisávamos sair.
"Tem certeza que não quer ir mudar de roupa antes de sair do carro", perguntou Rush, olhando para mim.
Franzi minha testa, quando olhei para minha roupa nova. Eu comprei na semana passada. Era uma saia de linho branco que ficava no meio da coxa e uma blusa amarela pálida de um ombro só que acabava perpassando a cintura da minha saia. Era algo que brilhava se eu levantasse meus braços. "Você disse isso em casa. Você não gostou?" Talvez meu corpo não estivesse pronto para usar algo como isso.
Rush agarrou meu queixo e segurou seu olhar com o meu. "Você está deliciosa, Blaire. Eu não gosto de saber que outros homens estarão olhando para você."
Oh. Bem, nesse caso. "Tenho certeza de que não vou mudar. Eu gosto quando você fica todo possessivo. Me deixa com tesão," eu disse a ele com uma piscadela enquanto abria a porta.
"Você está me matando, mulher", disse ele com um boom ao fechar sua porta.
Rush estendeu a mão e pegou a minha, enquanto caminhamos até a praia.
O sol já havia caído, mas o luau iluminava o nosso caminho quando chegamos até a metade da passagem. Bethy estava acenando para nós e pulando de cima pra baixo, assim que entramos na festa.
"Acho que ela quer que a gente fique com eles," Rush disse num tom divertido.
"Também acho", respondi.
Bethy já tinha bebido três doses quando chegamos. Jace revirou os olhos quando ela cambaleou para me abraçar. Ela cheirava a tequila.
"Ei, você está atrasada!"
"Não, eles não estão. Você só começou a tomar todas logo de cara e agora está bêbada demais para saber quanto tempo nós estamos aqui," Jace levantou-se do seu lugar. Ele também parecia um pouco irritado com ela.
Olhei em volta para Della, mas não a vi. "Onde está Della e Woods?" Perguntei a Bethy que sorriu para mim como se ela não tivesse ideia de que eu estava falando.
"Eu os vi um pouco atrás, mas Woods teve que lidar com alguns dos funcionários que estavam fumando maconha. Não sei o que aconteceu com Della", disse Jace.
Porcaria. Nós deveríamos estar cuidando de Della. "É melhor eu ir procurá-la", eu sussurrei para Rush.
"Vou com você. Não sei se quero você andando aqui sozinha", disse ele.
"Não. Apenas se sente e converse com Jace. Pegue uma bebida. Eu só vou dar uma olhada por aí e volto. Você não precisa vir comigo."
Rush franziu a testa e eu o empurrei na direção da cadeira livre ao lado de Jace. "Vá", pedi e olhei para a Bethy. "Vou procurar Della," disse a ela.
"Eu também! Eu quero ir também!" Bethy disse, levantando a mão como se estivesse na escola.
"Não... Sua bunda bêbada vai ficar aqui," Jace respondeu.
Bethy estendeu o lábio inferior e se sentou no colo de Jace. "Você não é divertido", ela reclamou.
Não esperei ela perguntar novamente. Virei-me e fiz meu caminho próximo ao fogo. Eu vi vários rostos familiares. Ganhei um abraço de Jimmy e conheci o cara que topou ter um encontro com ele naquela noite, mas ainda não tinha visto Della. Dei a volta e me dirigi até os limites do luau para ver se ela estava se escondendo na escuridão. Também não vi ninguém.
Eu comecei a dar meia volta e retornar para Rush, quando ouvi uma voz estridente gritando. Não era uma voz assustada, mais como se estivesse chateado com alguma coisa. Dei um passo mais perto do estacionamento e ouvi outra voz, definitivamente feminina e muito sulista tentando acalmar a outra voz. Olhei para trás na direção que deixei Rush, mas ele não me viu.
Voltei para o estacionamento seguindo as vozes. Cheguei o mais perto que pude para ouvir a conversa. Mas não havia mais ninguém no estacionamento. Então para onde eles foram? Fui até onde tinha estacionado o carro e parei.
"Não, por favor. Apenas, fale com Woods. Eu não fiz nada. Eu juro. Não, oh Deus." A voz suave estava com medo.
"Estou farta de falar com Woods. Você pegou o que era meu. Ele escolheu você. Chega... Ele pode ter você sua vadia idiota. Mas primeiro você vai pagar por ter tomado o que era meu." Um forte tapa e um grito de dor seguido das palavras dela. "Isso dói, não é, piranha? Você é uma idiota. Por que Woods pensa que você pode fazê-lo feliz, eu não sei. Mas ele vai aprender. O merda vai aprender a não se meter comigo”, disse a mulher com raiva de novo e outro grito de dor veio de quem agora eu sabia que era Della. Eu não tinha ideia de quem era à outra mulher, mas ela estava machucando Della. Pensei em chamar Rush, mas ela poderia machucar ainda mais a outra.
Eu não precisava de Rush. Eu não tinha certeza de quem era a psicopata, mas eu poderia lidar com ela. Enfiei a mão na bolsa e tirei a chave, abrindo a porta silenciosamente.
Deslizando minha mão sob o assento, peguei minha arma e garanti que a carga estava vazia, e então verifiquei a trava de segurança. Eu não tinha a intenção de atirar em ninguém. Não havia necessidade de que ele estivesse carregado. Eu só precisava assustar a agressora e, em seguida, chamar Woods.
Felizmente, ela não tinha machucado muito a Della.
Outro grito de Della me fez andar mais rápido. Eu segui as vozes próximas a um edifício. Eu vi a outra mulher pela primeira vez. Ela estava segurando Della pelos cabelos e a chamou de louca novamente. Ela tinha certeza que Della era maluca. Essa vadia estava me irritando.
Eu segurei a arma e apontei para a mulher antes de deixá-la saber que ela tinha companhia.
"Deixe-a ir", eu disse e percebi como a mulher se virou ainda segurando o cabelo de Della... que soltou outro soluço.
"Que porra é essa?" Disse a mulher, olhando para mim como se eu fosse a única que estava louca.
"Solte o cabelo dela e dê um passo longe," eu disse alto e em bom som, no caso dela não ter entendido.
Ela riu. "Você só pode estar brincando. Eu não sou idiota. Vá cuidar da sua vida e pare de brincar de As Panteras".
Soltei a trava de segurança e posicionei a arma. "Ouça piranha. Se eu quisesse poderia furar ambas as suas orelhas daqui sem estragar a merda do seu cabelo. Vá em frente e me teste." Eu mantive minha voz calma e fria. Eu queria que ela acreditasse em mim, porque realmente não queria ter que atirar nela para provar meu ponto.
Seus olhos se arregalaram e ela soltou o cabelo de Della. Do canto do meu olho, eu vi Della rapidamente se afastar.
"Você tem alguma ideia de quem sou eu? Eu poderia acabar com você. Sua bunda vai ficar na cadeia por muito tempo por isso”, ela rosnou, embora eu pudesse ouvir o medo em sua voz.
"Nós estamos no escuro e somos três. Você não tem um arranhão. Os machucados e as feridas de Della provam que será nossa palavra contra a sua. Eu não me importo quem você é. Só me parece que não é uma situação boa para você."
Ela se afastou para longe de mim um pouco mais, mantendo os olhos na minha arma. "Meu pai vai ouvir sobre isso. Ele vai acreditar em mim", disse ela com a voz trêmula.
"Bom pra você. Meu marido também vai ouvir sobre isso e ele, com certeza, vai acreditar em mim."
A mulher soltou uma risada com raiva e balançou a cabeça. "Meu pai pode comprar esta cidade. Você fodeu com a mulher errada."
"Sério? Tente de novo, porque agora você está olhando para uma mulher com uma arma carregada que pode atingir um alvo em movimento a qualquer hora. Então, por favor... Só. Tente. Novamente."
Della estava encolhida com os braços em volta dos joelhos enquanto continuava sentada silenciosamente nos observando.
"Quem é você?" Perguntou a mulher, pela primeira vez, me levando a sério.
"Blaire Finlay", eu respondi.
"Merda. Rush Finlay se casou com uma caipira com uma arma. Eu acho isso difícil de acreditar." Ela esnobou.
"Se fosse você, eu acreditaria, já que ela está segurando a porra da arma," a voz do Rush veio atrás de mim.
Os olhos da mulher se arregalaram. "Você está brincando comigo? Esta cidade é insana. Como todos vocês”.
"Você foi a única a bater em uma mulher inocente por causa de um homem e no escuro" Lembrei a ela. "Você é a única que parece louca aqui."
A mulher ergueu as mãos. "Tudo bem. Já chega disso. Vocês venceram", ela gritou e caminhou para o estacionamento. Eu baixei a arma e coloquei de volta a trava de segurança antes de entregá-la a Rush, e então corri para Della. Seus grandes olhos azuis estavam arregalados em descrença.
"Você realmente acabou de apontar uma arma para ela", ela perguntou com admiração na voz.
"Ela estava dando uma surra em você", lembrei. Ela escondeu o rosto entre as mãos e soltou uma risada trêmula.
"Oh meu Deus. Ela é louca. Eu juro que eu estava começando a pensar que ela ia me bater até eu ficar inconsciente. Fiquei pensando que ia desmaiar e ela realmente iria me machucar." Ela olhou para mim. "Obrigada."
Estendi a mão para ela. "Você pode se levantar? Ou prefere sentar aqui mais um pouco, enquanto eu chamo Woods?"
"Eu quero me levantar. Eu preciso me levantar", disse ela.
Eu a ajudei. "Você tem um telefone?"
Ela assentiu com a cabeça e tirou um do seu bolso. Esperei enquanto ela discou para Woods.
"Ei".
"Na verdade, não, não realmente. Eu tive um incidente com Angelina".
"Não... não... ela se foi. Uh, Blaire apareceu e... deve ter assustado ela.”
"Blaire ainda está aqui com o marido dela."
"Atrás do edifício-garagem."
"Ok. Eu também te amo.”
Ela desligou e olhou para mim através de cílios grossos. "Ele está a caminho."
"Bom. Vamos esperar com você." Eu abri minha bolsa e tirei um pacote de lenço umedecido. Eu era uma mãe agora, então tinha isso comigo a todo o momento. "Você quer limpar o sangue de seu lábio antes dele chegar aqui e ir atrás de Angelina?"
Della acenou com a cabeça e pegou o lenço da minha mão. "Obrigada."
Eu me virei para olhar para Rush que estava me observando, mas até agora não tinha falado muito. Dois faróis apareceram pela estrada, logo brecando ao lado de onde estávamos. Woods pulou da caminhonete e veio correndo até onde eu estava com Della.
"Droga", ele gritou puxando-a em seus braços. "Deus, baby, eu sinto muito. Ela vai pagar por isso", assegurou ele, enquanto suas mãos corriam sobre ela verificando se ela estava bem.
"Está tudo bem. Acho que Blaire a assustou", Della disse contra o peito dele.
Woods olhou para mim e fez uma careta. "O que Blaire fez?", perguntou Woods.
"Ela apontou uma arma para ela e a ameaçou furar suas orelhas", disse Della.
Woods levantou uma sobrancelha. "Então, Alabama puxou a arma de novo? Obrigado, Blaire", disse ele antes de beijar a cabeça de Della e sussurrando em seu cabelo palavras que foram feitas para ninguém a não ser ela.
"Fiquei feliz em encontrá-las. Você precisa fazer algo sobre essa mulher, ela é uma piranha maluca", eu disse antes de virar e caminhar de volta para o Rush. Ele enfiou a mão na minha cintura e me segurou contra ele.
"Obrigada", Della falou novamente.
"Não há de quê", respondi e depois Rush e eu voltamos para o estacionamento.
"Não vou ser capaz de esperar até amanhã. Você estava incrível quando virei à esquina e você estava lá como uma poderosa segurando uma arma contra Angelina. Eu acho que posso ter gozado no meu maldito jeans quando você disse a ela que podia furar as orelhas dali. Vou foder essa pequena buceta doce hoje à noite.”
Eu tentei morder o lábio para não rir, mas não consegui.
Rush sorriu. "Fico feliz que você concorda que não há mais porque esperar. Estou pronto para me perder no meu céu de novo."
Eu parei de andar e fiquei na ponta dos pés para beijar sua bochecha. "Eu te amo, Rush Finlay".
"Foi bom eu não deixar a sua bunda sexy ficar muito longe de mim de novo."
"Quão longe é longe demais?" Eu perguntei.
"Tudo é muito longe. Mas eu quero você aqui ao meu lado... para sempre."Blaire
"Sim, mas eu não tenho certeza de quando papai estará em casa. Não podemos simplesmente ir para lá”, respondi incapaz de conter-me de rir dele.
"Doce Blaire, se eu não entrar em você de verdade o mais malditamente rápido, seu pai vai saber que estamos fazendo sexo. Essa mesa de cozinha pequena está parecendo muito legal agora."
Eu tremia com antecipação quando ele me puxou para dentro do quarto inferior.
"Só uma cama", ele disse, enquanto olhava para o pequeno quarto. "Claro que sim".
Arrastei-me em cima da cama desfeita e ele me seguiu antes de voltar a fechar a porta de correr trancando-a. Sua conversa suja e meu estado de tesão tão excitado não ia demorar muito para me enviar ao céu. Eu estava tremendo com a necessidade que ele me tocasse.
"Tire isso", ele disse, olhando incisivamente para o meu vestido. Estendi a mão para a bainha e puxei-o sobre a minha cabeça antes de jogá-lo para o lado do colchão. Eu não tinha me incomodado com um sutiã, mas eu estava usando calcinha.
Seus olhos queimavam com o calor quando ele olhou para os meus seios. Adorei saber que a visão do meu estômago inchado não fez ele me querer menos. Pelo contrário, ficou ainda mais atraído por mim.
Ele tirou a camisa, em seguida, arrastou-se e ajoelhou-se diante de mim. Suas grandes mãos seguraram meus seios e meus mamilos, ele brincou fazendo-me gemer e me pressionou ainda mais em suas mãos. Suas mãos moveram para o sul até que ele estava cobrindo meu estômago com as duas mãos e me acariciando. "Minha", ele disse simplesmente com admiração e reverência em sua voz.
Em seguida, sua mão escorregou para baixo entre as minhas pernas e para a calcinha que eu ainda estava usando. Ele descobriu exatamente como eu estava excitada. "Mmmm, minha doce Blaire precisa de mim. Eu gosto disso. Eu amo pra caralho", ele gemia e me colocava de volta no colchão antes de puxar minha calcinha. Passou o polegar sobre a almofada de meus pés depois enrolou uma mão em torno de cada um dos meus tornozelos e puxou-os sobre os ombros.
"Rush.” Eu tentei pará-lo antes que ele começasse só porque eu o queria dentro de mim. Mas sua língua sacudiu para fora sobre minhas pregas e lambeu todo o caminho até o meu clitóris fazendo com que todo o pensamento razoável voasse para longe. Peguei um punhado do lençol e virava contra meu rosto enquanto eu gritava seu nome. Eu já não me importava se ouvissem. O metal suave na boca brincou com meu clitóris incansavelmente enquanto ele corria para trás e para frente sobre o meu sexo inchado.
"Tão malditamente doce", ele murmurou contra mim e me desfiz. Meu corpo estremeceu e eu tinha certeza que eu gritei o nome dele alto o suficiente para que os nossos vizinhos ouvissem. Quando eu consegui abrir meus olhos novamente, ele estava nu e movendo-se entre as minhas pernas.
Eu levantei para atender seu impulso e adorei ver seu rosto se contorcer de prazer enquanto ele sussurrava meu nome neste momento.
Rush se abaixou e puxou meus quadris para atender seus impulsos quando ele deslizou dentro e fora de mim em um ritmo constante. Senti o prazer crescendo e eu me tornei mais frenética para sentir isso de novo. Comecei a levantar meus quadris enquanto eu agarrei seus braços para me puxar para cima mais rápido.
Rush parou e me aliviou de volta, diminuindo o ritmo enquanto ele se movia sobre mim.
Sua boca cobriu a minha e ele começou a me beijar como se tivesse todo o tempo do mundo, quando na realidade eu estava a poucos golpes longe de outro orgasmo. Sua língua correu pela minha, enredando com ele e, em seguida, lambendo meus lábios antes de pressionar beijos castos nos cantos da minha boca e, em seguida, chupando meu lábio superior.
"Não me deixe novamente. Eu não posso te perder" ele implorou.
Seus quadris se moveram e pressionaram para mim profundamente mais uma vez quando soltou um gemido.
Eu fui voando distante, agarrando-me a ele e prometendo-lhe tudo o que ele queria. Seu grito de libertação me expulsou novamente.
Quando eu finalmente consegui respirar, Rush me abraçou, enfiando a cabeça na curva do meu pescoço. Seu hálito quente fez cócegas e me acalmava ao mesmo tempo.
"Eu te amo. Pra caralho", disse ele em um sussurro rouco.
"Eu também te amo. Pra caralho", respondi com um sorriso feliz.
Ele riu, mas não olhou para mim.
Ele manteve o rosto enterrado contra mim. "Vou precisar de você novamente. Sinto muito", disse ele.
Confusa, eu fiz uma careta e me afastei para que eu pudesse ver seu rosto. "Por que você está triste?"
"Porque eu posso ser insaciável hoje à noite. Têm sido longas 24 horas."
"Quer dizer que você quer mais, agora?" Perguntei.
Rush deslizou as mãos entre as minhas pernas. "Yeah, baby, eu quero."
****
Rush estava dormindo quando ouvi meu pai entrar no barco. Eu estava grata que ele ficou fora durante toda a ação. Rush tinha finalmente adormecido de cansaço. Eu estava completamente satisfeita, no entanto. Eu lutava contra o sono, porque eu queria esperar que meu pai voltasse para casa. Peguei meu vestido e aliviei-me dos braços do Rush, em seguida, coloquei-o sobre a minha cabeça. Eu precisava ir dizer-lhe que Rush estava aqui. Eu não lhe disse muita coisa, não que ele precisasse de alguma explicação.
Abri a porta, olhei para Rush, que ainda estava dormindo pacificamente.
Estiquei-me na cama e sai do quarto na ponta dos pés e subi as escadas. Meu pai estava sentado na mesa da cozinha pegando um copo de leite. Ele olhou para mim e sorriu.
"Não quis acordá-la", disse ele.
"Você não me acordou. Eu estava acordada", respondi. Balancei a cabeça para frente do barco, do lado de fora, onde a nossa voz não se ouvia no térreo, em voz alta. "Podemos conversar?"
Papai olhou para as escadas e franziu a testa, em seguida, balançou a cabeça e levantou-se para caminhar de volta para fora da cabine.
Fechei a porta da cabine para abafar qualquer coisa antes de me virar para olhar para o meu pai. "Rush está aqui", expliquei. "Ele está dormindo."
Compreensão amanheceu no rosto do meu pai e ele concordou. "Bom. Ainda bem que o menino foi inteligente o suficiente para buscá-la."
Ele gostava de Rush. Ele tinha me jogado na frente de Rush, para começar. Eu estava feliz por ele aprovar. Isso tornava as coisas muito mais fáceis. Eu queria manter um relacionamento com meu pai e Rush não tinha sido um fã dele há muito tempo.
"Eu saí por causa de sua família. Nan principalmente. Ela é... demais às vezes."
"Ela é um pesadelo. Ela não é minha filha, você pode ser franca. Passei bastante tempo com ela para saber que ela está precisando de alguma atenção séria de um pai."
Eu balancei a cabeça e sentei-me no banco, em seguida, coloquei minhas pernas debaixo de mim. "Eu não quero odiá-la porque Rush a ama. É difícil ir embora. Ela está determinada a levá-lo para longe de mim. Às vezes eu acho que ela só pode ganhar."
Papai sentou-se em uma cadeira de gramado com as cores do arco-íris. "O rapaz te ama mais. Ele sempre vai te amar mais. Qualquer um pode ver isso, menina. Você apenas tem que aprender a não deixar Nan intimidá-la."
"Eu estou tentando. Mas então, quando ela precisa dele, ele está lá. A maior parte do tempo em detrimento das minhas necessidades. Ela sempre ganha. Eu sei que parece bobagem, e eu estou sendo egoísta, mas eu preciso dele para cuidar de mim. Eu preciso dele para cuidar do nosso bebê sobre todos os outros. Eu não... Eu não sei se ele fará isso." Dizer as palavras em voz alta causou uma contração na minha garganta.
Admitir o seu pior medo era difícil. Mas eu precisava de alguém para me ouvir.
"Você merece ser a número um. Você já passou por muita merda, graças a mim, e é hora de um homem fazer você se sentir como se fosse à pessoa mais importante no seu mundo. Não é egoísta. É normal. A irmã dele usa o fato de que ela foi privada de um pai como desculpa para ser uma cadela mimada em fúria. Você foi entregue a um negócio ainda mais fodido. Você perdeu sua irmã, seu pai e sua mãe. Você teve mais dor do que a menina poderia entender, mas você ainda ama. Você ainda perdoa e você é forte. Você será uma mulher e mãe incrível.” Papai soltou um suspiro pesado. "Toda a vida de Rush ele pensou em Nan como sua filha. Ele a levantou. Ela é uma adulta agora e está na hora dele soltar. Ele está tentando descobrir como fazer isso e eu acho que ele vai encontrá-lo. Ele ama você. Eu sei que ele ama. Qualquer tolo pode ver isso no seu rosto”.
Eu esperava que ele estivesse certo. "Eu o amo o suficiente para que eu tenha medo, de sempre perdoá-lo caso ele escolha ela”.
Meu Pai acenou com a cabeça e inclinou-se para descansar os cotovelos sobre os joelhos. "Acho que se isso acontecer, então terei que voar de volta a Rosemary para bater para caralho nesse menino. Você acabou de me chamar. Eu sempre vou te pegar".
Sorri com o olhar sincero em seu rosto quando ele ameaçou bater em Rush por mim. Este foi o homem que eu cresci amando. Este era o homem que tinha ameaçado Caim com o seu rifle de caça no nosso primeiro encontro. Eu andei até ele e envolvi meus braços ao redor do pescoço dele. "Eu te amo", eu sussurrei.
"Eu também te amo, ursinha Blaire."
A tosse forte me assustou e eu olhei para trás para ver o cara de antes, mais uma vez, de pé em seu barco nos observando. Ele estava começando a me dar arrepios. Pelo menos desta vez ele estava vestindo uma camisa, mesmo que estivesse desabotoada e aberta.
"Boa noite, capitão" papai gritou e o cara levantou a cerveja em uma saudação.
"Boa noite", respondeu ele. Mas ele não saiu. Ele apenas ficou lá.
"Esta é Blaire. A minha filha", disse papai.
"Nós nos encontramos hoje cedo", disse a Abe e piscou para mim novamente. Eu imediatamente me senti desconfortável. Rush não gostaria que ele piscasse assim para mim. Talvez não devêssemos ficar alguns dias. Eu estava grávida.
Ele não podia ver isso? Por que ele estaria flertando com uma mulher grávida?
"Ah, bem, então, bom. Fico feliz que vocês se encontraram," papai parecia nervoso. Alguma coisa estava errada. Esse cara era perigoso?
A porta da cabine se abriu e um Rush babando de sono caminhou para fora. Desta vez, ele estava sem camisa e a calça jeans estava desabotoada. Eu duvidava que ele mesmo tivesse colocado sua cueca. Parecia que ele tinha acabado de acordar e percebeu que eu estava faltando e puxou sua calça jeans para vir e me encontrar. Seus olhos passaram de mim para o Capitão. O rosnado irritado em seu rosto me surpreendeu. Ele não tinha visto a piscadela do homem para mim, tinha?
"Olá, Abe", disse ele em uma voz sonolenta quando ele se aproximou e me puxou contra ele. Sim, ele definitivamente estava afirmando sua propriedade. Por que ele se sente ameaçado? Será que esse homem não entende que eu estava completamente obcecada por ele?
"Rush. Mesmo que eu estivesse muito feliz de ver Blaire, fico feliz que você foi inteligente o suficiente para vir buscá-la", respondeu Abe.
A advertência em seu tom de voz era inconfundível. Ele estava deixando Rush saber que ele não gostava de me sentir em segundo plano.
Rush assentiu e apertou os lábios contra a minha cabeça. "Isso não vai acontecer novamente", disse a meu pai.
Papai acenou com a cabeça. "Bom. Da próxima vez eu não vou ser tão compreensivo", disse ele.
"Recém-casados?" Capitão perguntou, ainda de pé nos observando.
Rush ficou tenso e eu cheguei para perto dele para acalmá-lo. Ele queria ser um recém-casado. Ter um cara questionando a nossa relação o incomodava.
"Eles estão comprometidos", explicou meu pai.
O capitão apontou a cerveja em minha direção como se estivesse apontando para o meu estômago.
"Tem coisas um pouco para trás, não é?" A acusação em sua voz fez Rush se mover antes que eu pudesse impedi-lo. Imediatamente ele foi ao meu redor e movendo-se através do barco. Estendi a mão e agarrei o braço do Rush, assim que seu pé atingiu o passo que conduziu para fora.
"Tudo bem, segure ai", meu pai disse em uma voz de comando alto que eu não estava acostumado a ouvi-lo usar. "Eu ia esperar e explicar isso para Blaire sem uma audiência mínima, mas parece que eu preciso fazer isso agora. Uma vez que você o fez e chateou Rush." Ele estava filmando o capitão com um olhar irritado.
O que ele estava falando? Que tipo de explicação?
Rush parou de se mexer e olhou de volta para o meu pai. "Ninguém fala com Blaire assim. Eu não dou a mínima para quem ele é."
"Não estava falando com Blaire. Eu estava falando com você", o capitão falou lentamente em um tom aborrecido e tomou outro gole de sua cerveja.
Enrolei as duas mãos em torno do braço do Rush e segurei firme.
"Isso é o suficiente, menino", meu pai virou-se para o capitão. Eu gostaria de argumentar que ele não era um menino, mas um homem que poderia provavelmente machucar meu pai sem suar a camisa. Eu preferia que ele ficasse amigável com seus vizinhos.
O capitão levantou ambas as mãos e encolheu os ombros. "Tudo bem", respondeu ele. Fiquei chocada que ele recuou tão facilmente.
Papai suspirou e olhou para mim.
"Você pode querer voltar a sentar", disse ele.
Eu não tinha certeza de que eu queria ouvir isso. Por que eu preciso sentar-me? Rush tomou o meu lugar, então me puxou para o seu colo e passou os braços em volta da minha cintura. Papai olhou para o Capitão e franziu a testa. Ele não quis me dizer o que foi que ele estava prestes a me dizer. Isso me deixou nervosa.
"Quando eu tinha dezesseis anos eu bati na minha namorada do colegial," ele começou e eu agarrei os braços de Rush e segurei firme. "Becca Lynn não estava pronta para ser mãe e eu com certeza não estava pronto para ser pai. Concordamos em colocar o bebê para adoção. Os pais de Becca Lynn lidaram com a descoberta dos pais adequados para o bebê e, em seguida, ela o teve. Nós não ficamos juntos. Nós tínhamos terminado devido à realidade de sua gravidez e do que tinha acontecido. Após a formatura, ela foi para a faculdade, na costa oeste e eu fui para a Geórgia. Nunca mais a vi”, meu pai disse, suspirou e me estudou por um momento antes de prosseguir. Os braços de Rush estavam apertados em torno de mim e eu estava segurando ele. Eu ainda não tinha certeza exatamente para onde isto estava indo, mas eu tinha uma ideia.
"Depois que você e Valerie nasceram eu percebi o quão preciosa vocês eram. Eu te amei pra caramba, até que uma noite eu disse a sua mãe sobre o bebê que eu tive com Becca Lynn e que havia desistido há oito anos. Pela primeira vez, eu estava dividido sobre a perda de uma criança, que eu tinha pensado que eu não queria. Sua mãe fez seu objetivo de encontrar o meu filho. Ela procurou por anos. Tudo sempre levou a outro beco sem saída. Eu finalmente desisti. Ela nunca fez isso." Papai soltou um riso triste. "Então, no ano passado fui contatado pelo investigador que sua mãe havia contratado e ele tinha uma pista. Eu não estava esperando por isso. Eu não sabia o que fazer com essa informação. Aquele garoto era um adulto agora. Eu tinha certeza de que era inútil. Então eu tive outra chamada. Meu filho queria me conhecer."
Virei-me nos braços de Rush para olhar para o capitão. Ele estava encostado em seu barco com vista sobre a água, mas ele estava ouvindo. Seu corpo estava tenso. Ele estava esperando. Era ele... Eu tinha um irmão?
"Tudo o que aconteceu com você e eu foi limpo. Eu precisava começar de novo. Tentei viver o resto da minha vida do jeito certo, porque tudo o que eu tinha feito era acabar com isso até agora. A única coisa boa que eu já tinha feito foi ter amado sua mãe e ser abençoado com você e Valerie. Então, liguei para o meu filho e vim para o sul para encontrá-lo", ele fez uma pausa e acenou para o capitão. "River Joshua Kipling também conhecido como Capitão, é seu irmão."
"Foda-se," Rush sussurrou e eu me senti como se fosse dizer isso também. Será que os segredos do meu pai nunca acabavam?
"O capitão foi o último presente de sua mãe para mim. Se ela não tivesse sido tão determinada a encontrá-lo, então eu nunca teria chegado a conhecê-lo."
Meu pai não era tão sozinho como eu pensava. Eu não estava com raiva ou mágoa. Eu estava... feliz. Fiquei aliviada. Ele tinha um monte de vida para expiar. Eu sabia que ele estava se culpando por não ser o homem que ele deveria ter sido, por não ter um relacionamento com seu filho.
Meu bebê chutou contra as mãos de seu pai e eu não poderia imaginar entregar o bebê. Nunca saberia. Isso tinha que ser como perder uma parte de si mesmo. Meu pai não era um homem completo quando ele tinha dezesseis anos. Desde que ele tinha dado uma parte de si mesmo embora. Meu coração se partiu por ele e eu levantei dos braços de Rush e caminhei para o meu pai.
Eu passei os braços ao redor de sua cintura e segurei-o. Eu não tenho palavras ainda para dizer-lhe que eu estava feliz por ele. Eu não tinha certeza se aquelas palavras eram ainda precisas. Eu estava mais do que feliz. Eu estava grata. Era o momento para ele se curar. Esta era uma parte disso.
"Você está bem com isso, ursinha Blaire?" ele perguntou, me apertando em um abraço.
"Estou contente por ter encontrado ele," eu respondi honestamente. Por agora essa foi a única coisa que eu poderia dizer.
"Obrigado." A emoção na voz dele era grossa.
"Realmente fico feliz por não ter que bater na sua bunda por olhar para a minha mulher:" Eu ouvi Rush dizer e eu sorri no peito de meu pai.
Rush
Ficamos por mais cinco dias e deixei Blaire conhecer seu irmão. O capitão era muito mais fácil de tolerar uma vez que percebi que ele não estava dando em cima de Blaire. Ele estava apenas curioso sobre sua irmã. Eu entendi isso. Mas eu também estava contente de fazer as malas e ir para casa. Era apenas três semanas até o Natal e eu queria passar isso em Rosemary com Blaire. Em nossa casa. Eu também queria fixar meu sobrenome nela e bater no meu peito como um louco do caralho.
Blaire tinha ido direto para a cama quando voltamos para Rosemary. Ela sorriu feliz quando entramos no interior, em seguida, olhou para mim e disse-me, que era pra eu sossegar e deixá-la sozinha, e ela foi tirar um cochilo.
Eu tinha certeza que eu não seria capaz de apenas sossegar ao seu lado, então eu fiquei embaixo, gostava de estar em casa. Peguei um refrigerante da geladeira e sai para sentar no deck e apreciar o golfo.
Eu ainda não tinha ficado confortável quando ouvi a porta abrir atrás de mim.
Grant saiu e acenou para mim antes de tomar o assento ao meu lado. Nós não tínhamos nos falado desde o dia de Ação de Graças, quando eu tinha o chamado para falar sobre Nan. Eu estava ocupado e tinha certeza que ele estava se esquivando. Aparentemente, o radar Rosemary estava trabalhando porque não tinha trinta minutos que eu tinha voltado e ele já estava na minha casa. Eu nem tinha percebido que Grant estava na cidade.
Normalmente, ele passava os invernos esquiando.
A última vez que tinha ouvido falar, ele estava indo para Vail.
"Como ela está?" Foram as primeiras palavras que saíram de sua boca. Ele não estava perguntando sobre Blaire. Eu sabia desde o tom triste em sua voz que esta estava falando de Nan. "Fodida do inferno. Você sabe disso."
Grant soltou um suspiro e cruzou as pernas na altura dos tornozelos. "Sim, eu sei. Mas eu liguei para ela na noite passada, porque eu estava bêbado e fraco e fui estúpido como um merda. Sua mãe respondeu. Ela disse que Nan estava recebendo ajuda."
"Ela tentou uma overdose. Eu a encontrei e levei ao hospital a tempo. Ela estava bem fisicamente, mas mentalmente ela estalou. Kiro é uma merda de um pai e conhece Nan, mas nunca vai aceitar do jeito que aceita Harlow."
"Quem é Harlow?" Grant perguntou e eu percebi que havia partes da minha vida que até mesmo Grant não sabia. Eu tinha guardado a minha vida em Rosemary separado da minha vida com meu pai.
"Outra filha de Kiro. O que ele foi cuidar. Bem, pelo menos ele a deixou com uma avó, que a amava muito, longe do seu fodido mundo. Harlow era seu brinquedo brilhante que ele foi e pegou de vez em quando e, em seguida, enviava de volta para sua avó, quando ser um pai estava atrapalhando seu caminho. Ela trabalhou para ele, porque Harlow é calma, educada, e fica fora do caminho. Nan não é nenhuma dessas coisas. Então, ela não tem nenhum uso para ele."
Grant soltou um suspiro profundo. "Droga".
Droga nem sequer arranhava a superfície.
Ficamos em silêncio por um tempo e olhei para a água. Eu não tinha certeza o quão apaixonado ele estava por Nan, mas eu esperava que ele pudesse ir embora. Ela não era estável. Ela nunca seria. Não o suficiente para fazer Grant feliz.
"Você vai se casar em breve?" Grant finalmente perguntou.
Sorrindo, eu pensei sobre Blaire enrolada na minha cama no andar de cima... nossa cama. "Yeah. Quando ela acordar de sua soneca eu vou deixar que saiba que ela tem uma semana para planejar. Eu não posso esperar mais. Eu esperei por muito tempo."
Grant riu. "Eu sou o padrinho, certo?"
"Claro. Eu tenho medo que você vá ficar preso com Bethy como parceira então prepare-se para Jace estar respirando no seu pescoço como uma filha da puta louca. Eu não tenho nenhuma dúvida de que Bethy vai ser sua dama de honra. A outra opção será Jimmy e eu duvido que você queira ele apalpando a sua bunda. "
"Eu posso lidar com Bethy e Jace," Grant respondeu em um tom divertido. "Mas Jimmy realmente vai ser uma dama de honra?"
Eu sorri e acenei com a cabeça. "Sim. Ele perguntou-me quando começamos a planejar o casamento".
Eu tinha deixado os bilhetes de avião tanto para Abe e Capitão antes de sairmos. Blaire queria seu pai aqui e depois de conhecer seu irmão, Capitão, eu sabia que ela iria querê-lo aqui também. Ambos haviam concordado em vir para cá em uma semana. Blaire não sabia nada sobre eles ainda, no entanto. Eu não estava com vontade de discutir com ela, caso ela tivesse alguma razão para colocá-los fora.
"Nan vem para o casamento?", perguntou Grant.
Eu nunca imaginei que eu iria casar sem minha mãe e irmã estarem presentes. No entanto, eu não queria nada para estragar nossas lembranças de casamento, e eu sabia que elas iriam de alguma forma conseguir fazer isso. Eu não permitiria isso.
"Não. Eu não posso tê-la aqui. Ela ainda odeia Blaire", eu respondi.
Grant balançou a cabeça e os ombros relaxados. Ele não queria vê-la. Isso era óbvio. Eu não podia culpá-lo.
"Você sabe que o imbecil do Woods vai se casar com aquela garota de Nova York, a que seus pais querem que ele case. Ele não está envolvido ainda, mas isso será em breve. Ele admitiu para mim bêbado na outra noite que se queria o clube, então ele teria que se casar com ela. Seu pai está forçando a barra. Ele vai ser infeliz com aquela mulher estressada."
Eu odiava isso para Woods. Eu sabia o que ele sentia ao antecipar seu casamento e pelo resto de sua vida com a mulher que amava. Todos devem conhecer este sentimento. Indo para ele com tristeza e amargura não era o caminho para se casar.
"Sua escolha, eu acho. Ele sempre pode dizer não."
"E correr como Tripp? Isso não é um grande plano também", Grant respondeu.
Tripp era alguns anos mais velho do que nós. Ele era primo de Jace e todos nós olhamos para ele. Então, seus pais o pressionaram para levar a vida que queria e ele saiu correndo. Largou seus milhões para trás e correu pra caralho. Ele tornou-se imortalizado em nossos olhos enquanto adolescentes, porque ele teve a coragem de dizer foda-se e sair. Agora, somos mais velhos e entendemos mais sobre o sacrifício que ele tinha feito. Eu só esperava que ele estivesse feliz.
"Escolheu melhor do que se casar com uma cadela mimada", eu disse.
"É verdade", ele fez uma pausa e estendeu a mão para o meu refrigerante para tomar um gole. O idiota sabia que não iria beber depois dele. "Como está o seu pai?"
"Na mesma. Bebe e fuma muito. Tem relações sexuais com mulheres aleatórias da minha idade. Você sabe como é."
Grant sorriu. "Yeah. Mas que vida."
Não era uma vida de todo, mas eu sabia que Grant não concordaria comigo assim que eu deixá-lo ir. Ele não tinha encontrado alguém como Blaire então ele não tinha a menor ideia o quão raso a vida do meu pai realmente era. Ele tinha que ser solitário.
"Todo mundo sabe que vocês estão de volta na cidade. Você vai querer companhia hoje à noite?"
Não. Querer Blaire era tudo para mim. Nós tínhamos partilhado um barco com seu pai durante cinco dias. "Não hoje à noite. Blaire precisa descansar."
"Ou você só precisa de Blaire? Seja honesto, mano.”
"Sim, eu preciso de Blaire," eu respondi com um sorriso.
Blaire
Rush tinha definido a data para o nosso casamento. Ele tinha me dado uma semana. Eu nem sequer tentei argumentar. A determinação em seus olhos me disse que não havia nenhum acordo. Eu estava mais do que pronta para me casar com ele, mas eu tenho a sensação de que ele estava preocupado que eu iria desistir. Especialmente depois do que aconteceu na casa de seu pai e com Nan.
Gostaríamos de nos casar 12 dias antes do Natal. O plano era passar o Natal e o Ano Novo em casa juntos, em seguida, sair no dia de Ano Novo para ir numa lua de mel prolongada. Ele estava dividido entre querer me levar por todo o mundo e não querendo me fazer viajar demais. Ele estava preocupado em manter-me descansada. E também estava fazendo os preparativos do casamento. No final, eu o tinha convencido que ficar em seu apartamento em Manhattan era o que eu queria fazer. Eu nunca tinha ido à Nova York por isso seria uma aventura para mim. Gostaríamos também de ter o conforto de sua casa lá e meu obstetra iria definir alguém lá para ver como eu ficaria enquanto estivesse fora.
Felizmente, Rush tem dinheiro para fazer esse casamento acontecer rápido e ainda ser bonito. Eu queria as coisas simples e eu queria casar aqui em nossa casa. Surpreendentemente, o simples teve um monte de preparação também. Eu não teria sido capaz de retirar qualquer uma delas sem a ajuda de Bethy. Jimmy tinha sido de muita ajuda também, mas ele e Bethy quase mataram uns aos outros mais de uma vez. Eles estavam lutando por quem estava no controle.
Rush havia contratado Henrietta para vir ficar conosco por toda a semana antes do casamento. Vendo Henrietta entrar na despensa cada noite para ir ao seu quarto sob as escadas sempre me fazia sorrir. Eu tive boas lembranças daquela sala.
Quando a campainha tocou depois do almoço eu pulei e corri para atendê-la. Eu estava esperando meu pai e Capitão hoje. Hoje foi o ensaio do casamento e eu precisava de papai aqui para praticar pelo corredor.
Empurrando a porta aberta fiquei surpresa ao encontrar Dean e Harlow. Eu não esperava por eles até amanhã.
"Surpresa, estamos aqui um dia mais cedo. Eu não queria perder nada das festividades", Dean disse com um sorriso e entrou na casa carregando sua mala e deixou Harlow levar a dela enquanto ela caminhava em silêncio atrás dele. "Onde está meu filho?" Dean perguntou olhando ao redor.
"Rush partiu esta manhã para pegar os smokings com Grant," eu expliquei. "Eles estarão de volta em breve. Venha e eu mostrar-lhe o seu quarto, Harlow. Dean, eu suponho que você sabe onde é o seu."
"Sim, eu vou subir para o meu em alguns minutos. Eu preciso de uma bebida e um pouco de sol."
Eu sorri para Harlow. "Eu escolhi o meu quarto favorito para você. Ele tem a melhor vista. Costumava ser o meu quarto", disse a ela.
"Obrigado. Odeio pegar um dos melhores quartos, no entanto. Eu vou de bom grado para o menor. Eu sei que você tem família chegando também", ela disse e parou no degrau mais alto.
"Meu pai e meu... hum... meu irmão vivem em barcos de pesca velhos. Confie em mim quando eu digo que o menor espaço que temos aqui será tudo o que eles desejam. Eu quero que você aproveite este espaço. É mais longe de todo mundo também. Então, você terá mais privacidade. "
Harlow sorriu timidamente e acenou com a cabeça. Levei-a de volta para o quarto que eu tinha ficado muito brevemente antes de subir as escadas.
"O voo foi bom?" perguntei quando eu realmente queria perguntar como estavam as coisas em casa.
"Foi bom. Eu assisti Orgulho e Preconceito novamente. Fez a viagem passar mais rápido."
"Eu amo esse filme," eu admiti. "Então, como estão às coisas em casa? Como Nan está?" Rush não tinha falado de Nan uma vez desde que tinha estado em casa. Eu sabia que ela não tinha sido convidada para o casamento e isso me fazia sentir tão culpada. Mas o medo de que ela fizesse uma cena e estragasse o nosso casamento foi real.
"O silêncio novamente. Papai faz suas coisas. Eu faço a minha. Dean faz o seu. Eles vão sair em turnê em alguns meses e vai ser muito tranquilo."
Senti-me triste por ela. Ela não tinha ninguém realmente. Viver naquela casa grande com um pai como Kiro tinha que ser solitário.
Isso foi há vida em tudo. O dinheiro não pode comprar tudo. Harlow era a prova disso.
"Por que você não convence Kiro a comprar uma casa aqui? É lindo aqui e há pessoas da nossa idade em todos os lugares. Homens bonitos", eu atirei-lhe um sorriso provocador. Tão perfeita como parecia, Harlow aparência-sábia eu não poderia imaginá-la com um cara.
Ela era tão tímida. Como ela nunca se abriu para um e conhecê-lo?
"Não posso pedir ao papai. Estou na UCLA com uma bolsa integral. Ele teria que pagar a minha mensalidade se eu fosse para outro lugar. E eu não posso sair e ir para minhas aulas", ela disse. Eu sabia que, embora ela fosse para as aulas, ela não tinha amigos.
"Acho que ele pode pagar isso", assegurei.
Ela encolheu os ombros, mas não respondeu. Eu não ia pressioná-la agora. Talvez mais tarde. "Eu preciso ir me vestir. Eu tenho um compromisso de salão para a manicure e pedicure em uma hora. Você quer vir?"
Ela balançou a cabeça. "Não, obrigado. Eu acho que vou tirar um cochilo. Saímos tão cedo e eu não dormi nada no avião."
Balançando a cabeça, tomei isso como minha deixa para deixá-la sozinha.
****
Meu pai e Capitão chegaram só no final da tarde. Eu estava terminando de me preparar para o ensaio e a festa que se seguiu.
Nós estávamos tendo uma festa de casamento no salão de baile no clube. Eu não queria uma festa de despedida e Rush não queria que eu tivesse qualquer um. Ele estava preocupado sobre onde Bethy poderia me levar. Então Grant tirou a ideia da despedida de solteiro da cabeça e nos deu essa alternativa. Decidimos fazer a festa junto com todos os nossos amigos. Woods havia de bom grado fornecido o salão para nós e teve sua equipe de cozinha no Buffet.
O ensaio foi em 30 minutos, e as pessoas começam a chegar em breve.
Rush desceu as escadas em uma calça bege e camisa de linho branco e meu coração perdeu mais de uma batida. Ele era bonito. Seu cabelo estava arrumado em um olhar confuso. A camisa branca fez seus olhos de prata parecer mais brilhantes e sua pele mais escura.
"Você é lindo", eu respirei enquanto ele parou no fundo das escadas.
"Ei, essa é a minha fala", brincou ele me puxando para ele e dando um beijo em meus lábios. "Você é de tirar o fôlego", respondeu ele.
"Mmmm, assim como você", eu murmurei contra seus lábios.
Grant
(sim, você leu corretamente).
Meu irmão estava realmente se casando. Eu sabia que isso iria acontecer a primeira vez que o vi fodidamente louco por Blaire, mas caramba, realmente vê-los ensaiar tinha sido real. Malditamente real. Eu senti como se estivesse perdendo um pouco.
Não é que eu não estivesse feliz por ele, porque eu estava. Era só que ele tinha sido meu parceiro no crime, enquanto eu conseguia me lembrar. Agora, ele seria de Blaire.
Tomei uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que passou por mim. Eu poderia muito bem tomar a merda borbulhante até que eu pudesse conseguir algo real no bar em poucos minutos. Examinando a multidão eu pensei sobre Nan e quando eu fodidamente deixei esta merda começar. Eu precisava de algo para me ajudar a esquecê-la. Não que eu não fosse, porque eu iria. Ele tinha a certeza disso. Cadela louca.
Um par de olhos mais sexy que eu já vi, bloquearam com os meus e eu congelei e estudei. Eu não a tinha visto antes. Nunca. Eu nunca esqueceria se tivesse visto aqueles malditos olhos. Não era a cor que me atraiu porque daqui eu não poderia dizer que cor era. Foi a inclinação a eles e as pestanas pesadas que se espalhavam ao longo deles. As mulheres pagavam um bom dinheiro por cílios postiços que nunca poderiam parecer muito bons. Eu parei meus olhos pelo seu rosto até que pousei em uma boca grande.
MERDA. Meu pau agitou-se para vida. Seus lábios eram grandes e tão malditamente cheios. Uma menina com uma boca como aquela era a fantasia de qualquer homem.
Eu estava quase com medo de deixar meu olhar viajar mais longe. Se ele foi ficando melhor, eu estava indo para descarregar a porra nas minhas malditas calças. Eu não tive tempo para pensar sobre isso, porque embora ela tenha se virado e com um punhado de ar ela tinha ido embora. Longos cabelos castanhos balançavam enquanto ela se movia, escovando um pouco acima da cintura. Santa Mãe de Jesus, seu cabelo estava todo o caminho até sua bundinha perfeita. Eu não sabia quem diabos ela era, mas ela não estava fugindo de mim. Eu precisava ter um gostinho daquela boca e ver seus olhos se iluminando com prazer quando eu puxasse o cabelo longo para trás e batesse nela.
Falar sobre a porra de uma distração. Ela era a única droga de distração que qualquer homem precisava. Inferno, ela poderia me fazer esquecer meu próprio maldito nome. Ela escorregou para fora do salão e para o corredor. Ela caminhou rapidamente, mas tão baixinho que ninguém ao seu redor pareceu notar.
Como é que as pessoas não a notam? Eu estava tendo alucinações? Que homem com um pênis não bloqueava os olhos nela e não beberia cada movimento seu?
Entrei no segundo corredor atrás dela e olhei em volta. No começo eu pensei que tinha perdido ela, mas então eu percebi o movimento para a direita e o longo cabelo castanho estava espreitando ao virar da esquina. Ela não me viu, mas eu com certeza vi o cabelo. Eu andei tão silenciosamente quanto pude em sua direção.
"Acalme-se. Ele era apenas um cara. Um muito, muito quente, mas apenas um cara", eu ouvi a voz dela dizendo baixinho quando cheguei mais perto dela. Que porra é essa?
"Respirações profundas. Você é uma adulta. Você pode lidar com um cara olhando para você", ela disse no mesmo sussurro.
Eu parei antes de chegar perto o suficiente para que ela me visse. Ela estava falando para si mesma. Eu a deixava nervosa. Como?
Uma mulher como ela deveria estar acostumada com olhares devoradores como o meu. Ela começou a sussurrar que eu era apenas um cara novo e eu não conseguia esconder o sorriso do meu rosto. Isso foi apenas... adorável.
"Ele poderia ser um alienígena de Krypton. Então você precisaria ficar preocupada. Talvez devêssemos ir checá-lo e certificar-nos", eu disse casualmente. Seu corpo inteiro ficou tenso e ela não mexeu um músculo.
Ela nem se virou e olhou para mim.
Ela manteve as costas pressionadas contra a parede que estava se escondendo. A única coisa que mudou foi a sua mão. Parecia que ela tinha usado para cobrir sua boca.
Ela estava ficando mais bonita.
"Provavelmente segura. Rush e Blaire são muito cuidadosos para a espécie alienígena. Eles são um pouco preconceituosos quanto a isso", eu continuei, esperando a minha conversa ridícula seria o suficiente para fazê-la sorrir e relaxar. Porque eu a queria relaxada. Pelo menos o suficiente para que eu pudesse sentir o gosto.
Ela ainda não se mexeu. Sua mão permaneceu firme em sua boca e ela estava congelada no lugar. Eu pisei na esquina e no pequeno cubículo que tinha encontrado entre dois pilares na parede. Mesmo com as costas pressionadas contra a outra parede nossos corpos estavam quase se tocando. Seus olhos se arregalaram de surpresa, enquanto eu escorreguei em seu esconderijo com ela.
“Eu suponho que você não possa falar muito com a mão na boca assim. Como exatamente você está pensando em falar comigo?" Eu perguntei e sorri encorajando-a.
Eu não queria que ela pensasse que eu era perigoso.
Ela moveu lentamente a mão e deixou-a cair para o lado dela, mas permaneceu colada contra a outra parede, como se para chegar o mais longe possível de mim.
"Assim é melhor. Gosto de olhar para essa tua boca. Você estava dificultando a visão", disse eu, então pisquei. Ela achatou-se ainda mais contra a parede. Isso tinha que ser a experiência mais estranha que eu já tive com uma mulher. A maioria delas se jogava em mim e era fácil. Eu gostava. Menos trabalho. Mas o inferno que eu não estava gostando de um presente e seu comportamento arisco. Era refrescante e único.
"Sou Grant. O irmão do noivo", eu expliquei, esperando que iria acalmá-la um pouco. Funcionou. Ela franziu a testa e rugas entre as sobrancelhas apareceram, tornando o rosto mais humanamente perfeito. Mais acessível. Eu gostei. Um monte.
Talvez eu pudesse fazer sua carranca maior.
"Rush não tem um irmão", ela respondeu com naturalidade.
Então ela conhecia Rush. Interessante. Eu nunca tinha visto ela ou eu com certeza teria lembrado. Eu presumi que ela estava com um convidado ou conhecia Blaire de alguma forma.
Havia algumas pessoas aqui que eu não conhecia. "Bem, é aí que você está errada, bonita. Rush e eu nos tornamos meio-irmãos quando éramos crianças. Só porque nossos pais não estão mais juntos não significa que não o fizeram."
Seus olhos brilharam com o reconhecimento. Ela sabia quem eu era. Hora de fair play. Eu queria saber quem ela era.
"Quer me dizer quem você é? Desde que você, obviamente, descobriu quem eu sou."
Seus olhos caíram do meu olhar para estudar o chão. "Eu acho que preciso voltar para dentro", ela sussurrou. Sua voz suave foi ainda mais suave quando ela sussurrou. Eu me perguntei se ela era tão calma e educada, quando ela estava gozando. No momento isso era tudo que eu conseguia pensar. Tudo o que eu queria saber.
"Você não pode me deixar agora. Se você voltar lá, vou perseguir você toda a noite," Eu avisei, esperando que não me fizesse soar como um psicopata.
A sua boca moldou-se em um "O" e minha imaginação foi à loucura. Eu não costumava ser atraído por pessoas tensas do sexo feminino, mas essa atitude afetada e apropriada vindo de uma fantasia sexual andante estava funcionando para mim.
"Por quê?", Ela perguntou. O som musical de sua voz me fez lembrar os sinos tilintando muitas vezes esquecido nas canções por causa de sua beleza simples.
"Você quer a verdade?" perguntei, inclinando-me para mais perto dela e invadindo o espaço pessoal que ela estava se esforçando para proteger.
"Por favor", respondeu ela, em voz tão baixa que eu quase não ouvi.
"Porque tudo o que posso pensar é a maneira como esses seus olhos ficariam piscando com a necessidade e a forma como sua fodida boca incrível ficaria quando você gritasse de prazer. E esse cabelo", eu respondi deslizando minhas mãos para ele e puxando-os suavemente. "Foda baby, esse cabelo deve ser ilegal." Eu tinha chegado perto demais e sua respiração era curta e rápida. E dane-se tudo para o inferno, ela cheirava incrível. Como morangos e creme.
"Oh", respondeu ela, olhando para mim com os olhos que eu poderia dizer agora eram uma avelã clara. Assim como ela era única.
E também não há uma gota de rímel nos cílios. Estes eram naturais.
Completamente naturais.
"Quem é você?" Eu perguntei maravilhado com a visão da perfeição pressionado contra mim.
Ela piscou várias vezes, como se ela não conseguisse entender minhas palavras. Eu estava quase preparado para pegá-la e arrastá-la para fora para o meu caminhão com ou sem nome. "Harlow", ela respondeu.
A lenta realização desceu sobre mim como um balde de água gelada. FODA! Esta era a irmã de Nan.
Rush
Eu estava assistindo enquanto Blaire dançava com seu pai, quando vi Grant passar pelo salão como um homem fugindo de um demônio. O que diabos havia de errado com ele? Olhei para Blaire e ela estava sorrindo alegremente para o pai dela.
Então deixei nossa mesa para ir ver Grant. Ele normalmente era uma espécie de carcaça dele mesmo. Este comportamento não era normal.
Encontrei-o enquanto ele virava de uma vez o uísque que o bartender pousou na frente dele. Ele abaixou a cabeça, em seguida, entregou o copo ao garçom e pediu outro.
Alguma coisa com certeza atingiu seu traseiro. "Por que, porra você não me contou?" Grant resmungou, sem olhar para mim.
"Sobre o que você está falando?" Eu perguntei, observando-o tomar outra bebida e pedir mais.
Ele voltou seu olhar para mim.
"Harlow. Eu conheci a porra da Harlow. Você poderia ter mencionado que a irmã de Nan é uma deusa ambulante. Me preparado mentalmente para não me imaginar fode-la de todas as maneiras imagináveis e convencer o meu pau que iria receber alguma ação antes de ele descobrir que é impossível." Ele tomou outro gole e bateu o copo no bar. "Assim está melhor", ele suspirou.
"Então você conheceu Harlow", perguntei, ainda não acompanhando. Por que ele estava tão chateado? Eu disse a ele sobre Harlow.
"Sim, eu conheci Harlow. Jesus, Rush, é preciso preparar um homem antes."
Eu ainda estava completamente confuso. Isso ainda não fazia sentido. "Eu vou ser honesto. Eu não sei por que diabos você está chateado."
Grant soltou uma risada dura. "Porra, você realmente está preso pelas bolas", ele murmurou. "Visto que você não consegue remover seus óculos cor de Blaire e ver outras fêmeas mais, deixe-me dar uma dica, Harlow é uma porra de uma perfeição. Droga, Rush, sua boca...", ele tremeu e balançou a cabeça. "Deus, o que ela poderia fazer com aquela boca. E seus olhos. Eu juro que nunca vi nada parecido com eles."
Então era isso ele estava falando sobre a aparência de Harlow? "Ok. E isso deixou você chateado por quê?" Perguntei, pensando que talvez eu precisasse de uma bebida para essa conversa.
"Porque eu não posso tocá-la sem me foder. Eu quero tocá-la. Em muitas, muitas maneiras. Eu nunca fiquei ligado, tão malditamente rápido na minha vida. E depois descobri que não posso nunca tocar isso. Porra é uma merda", ele rosnou novamente.
Ah. Então Harlow era o brinquedo que Grant não poderia jogar. Ótimo. Eu estava feliz que ela estava indo para casa em dois dias. Não preciso deste drama. Harlow não era material para Grant. Ela era inocente demais para os gostos do meu irmão. "Sim, bem, isso é uma coisa boa porque Harlow não é a sua velocidade. Você iria quebrá-la."
Grant fez uma careta para mim. "O que é que isso quer dizer?"
"Isso significa que ela é calma e tímida. Ela não namora. Ela não faz nada além de ir à escola. Nada do mundo de Kiro já tocou nela. Ela é educada e nunca quer irritar. Mesmo com Nan gritando com ela e chamando-a pelos nomes que não são verdadeiros, ela calmamente aceita e vai embora. Ela só não é o seu tipo. Você pode ter uma coisa para sua boca, mas cara ela não saberia como usá-lo da maneira que você gostaria. Nem se ela quisesse. Ela simplesmente não é assim."
Blaire terminou sua dança com seu pai e seus olhos foram imediatamente para o meu lugar vazio. Ela estava olhando para mim. Eu tinha que ir. Bati nas costas de Grant.
"Vá encontrar alguma gata aqui esta noite que não seja mais virgem que nem uma freira," eu disse e voltei para Blaire.
Ela me viu e sorriu, enquanto eu caminhei em sua direção. A música mudou e Bruno Mars "I Will Wait For You" começou a tocar nos alto-falantes. Eu a puxei para mim e sorri.
Eu amava essa canção. Eu entendia cada palavra dela, porque era exatamente como eu me sentia. Eu nunca tinha cantado para Blaire antes e eu estava tentado a cantar em seu ouvido, mas eu queria esperar. Ainda não. Eu cantaria para ela...
Mas não ainda.
"Aproveitou a dança com seu pai?" Perguntei, apenas para que eu pudesse ouvir a voz dela.
"Sim. Nós conversamos sobre Mamãe. Ela teria adorado estar aqui. Ela te amava. Ela sempre me disse que Caim não era a pessoa certa para mim. Ele era muito fraco. Que um dia alguém iria lutar por mim e me querer mais do que qualquer outra coisa. Você a teria feito muito feliz."
Meu peito estava apertado. Eu nunca tinha ouvido de uma mulher que sua mãe iria me amar. Saber que Blaire sentia que sua mãe aprovaria a mim significava mais do que ela sabia. Lembrei-me de sua mãe. Não claramente, mas eu me lembro dela. Lembrei-me de seu sorriso e sua risada. Ela costumava me fazer sentir feliz como um menino. O cheiro de suas panquecas me fazia sentir seguro. Sabendo que o meu filho ia ter uma mãe como ela, trouxe lágrimas aos meus olhos. Ele tem o que eu não tive. Algo que só eu tinha ideia.
"O que foi que eu disse?" Blaire perguntou parando quando ela percebeu as lágrimas não derramadas nos meus olhos que eu não conseguia controlar.
Caramba.
"Eu estava pensando que meu filho vai ter a mãe que eu nunca tive a chance de ter. Sua mãe era especial o suficiente para que a sua memória ficasse comigo", Eu admiti.
Os olhos de Blaire se encheram de lágrimas e ela agarrou meu rosto e me beijou. Seus lábios macios abriram e sua língua deslizou em minha boca faminta. Bem aqui na frente de todos. Isso não era como ela era, mas eu iria aceitar. Comecei a beijá-la de volta tão apaixonadamente quando ela se afastou o suficiente para que pudesse olhar para mim. Suas mãos ainda seguravam meu rosto. "Eu te amo, Rush Finlay. Você será o melhor marido e pai que o mundo já conheceu. Um dia, a esposa de nosso filho será grata que seu marido tenha tido você por modelo. Ela vai ter sorte por sua causa. Porque você terá influenciado o nosso filho para ser o homem que você é. Ele vai amá-la completamente porque ele vai saber como." Ela soluçou e apertou seus lábios nos meus novamente e eu embalava em meus braços enquanto eu apreciava tê-la tão determinada a me tranquilizar de que eu era um bom homem.
Nada na vida é tão precioso como esta mulher. Nunca seria. Eu encontrei minha felicidade.
Blaire
Bethy me beijou na bochecha, em seguida, tirou algo por trás de suas costas. Um pacote pequeno de prata com rabisco familiares do Rush na nota estava sendo oferecido para mim. "Rush queria abastecê-la com sua coisa velha", explicou ela.
Eu não tinha tentado obter qualquer uma dessas coisas. Tinha me esquecido sobre essa tradição. Sorrindo, peguei o pacote e o abri. Dentro havia um anel de pérola parecendo muito caro. Sua parte prateada era elegante e gravada. Segurei-a no alto para ver a gravura. Ele dizia: "Meu amor" nela. Isso também era velho. Não era algo que Rush havia feito.
Um pequeno bilhete estava escondido ao lado dele. Eu peguei e abri.
“Blaire,
Isto foi da minha avó. A mãe do meu pai. Ela veio me visitar antes de falecer. Tenho boas lembranças de suas visitas e quando ela fez sua passagem, ela deixou este anel para mim. Em seu testamento disse-me para dá-lo a mulher que me completa. Disse que foi dada a ela pelo meu avô, que faleceu quando meu pai era apenas um bebê, mas que ela nunca amou outro da maneira como ela o amava. Ele era o seu coração.
Você é o meu.
Esta é a sua coisa velha,
Eu te amo,
Rush”
Eu funguei e Bethy fungou também. Olhei em volta e ela estava atrás de mim lendo o bilhete. “Droga, quem poderia saber que Rush Finlay poderia ser tão romântico”, ela disse e fungou novamente.
Eu sabia. Ele havia me demonstrado isso mais de uma vez. Coloquei o anel na minha mão direita e ele coube perfeitamente. Eu sabia que isso não era coincidência. Sorrindo, olhei para Bethy. “Obrigada por tudo,” eu disse a ela.
Ela me abraçou e acenou com a cabeça. “Eu é que deveria agradecer a você. Você é a melhor amiga que eu já tive.” Antes que eu pudesse falar mais, ela mergulhou para fora da sala com um aceno final.
Eu girei a fim de me olhar no espelho. O cetim cor de pérola reuniu mais de meus seios ficando empinados sem alças, graças ao bojo tamanho grávida. A cintura é alta e bem debaixo do meu peito e estava coberto de um milhão de pequenas pérolas. Ao longo do cetim havia uma camada de chiffon que pendiam em uma linha A até atingir a poucos centímetros acima dos meus joelhos. Eu tinha escolhido ir descalça já que teria de andar na areia. Minhas unhas haviam sido pintadas de rosa-claro para combinar com as pétalas de rosas espalhadas pelo corredor.
Uma batida na porta me assustou e me virei pra ver Harlow entrando no quarto.
Estava segurando uma caixinha. “Você está parecendo uma princesa,” ela disse sorrindo.
“Obrigada,” respondi. Eu me sentia como uma.
“Trouxe algo do Rush. Ele queria ser o único a te dar algo novo,” ela falou e me estendeu a caixinha. “Eu sairia, mas acho que você vai precisar da minha ajuda.”
Peguei a caixa e abri rapidamente, ansiosa para ver o que ele havia me enviado desta vez. Situada dentro estava uma corrente de ouro delicada com vários diamantes lapidados no formato exato do meu anel, mas muito menores. Eu segurei a tornozeleira e o sol que entrava pela janela atingiu os diamantes e dançou ao redor da sala.
"Eu vou colocá-lo em você", disse Harlow e eu coloquei a tornozeleira em sua mão, então ela a prendeu em volta do meu tornozelo.
Eu disse a Rush que sentia que precisava de alguma coisa nos meus pés, mas que não poderia me imaginar andando pela areia de sapatos. Esta foi a sua resposta para isso. Eu sorri e agradeci Harlow.
"Por nada. Está lindo em você", disse ela antes de sair do quarto tão silenciosamente como tinha entrado.
Eu olhei para o meu tornozelo no espelho para admirá-lo quando outra batida na porta veio. Um rosto familiar que eu não esperava, sorriu para mim e corri para abraçar Vovó Q. Eu não tinha convidado Vovó Q, porque estava preocupada que Rush ficaria chateado sobre Caim estar aqui. Eu sabia que ele ia ser o único a conduzir a sua avó e eu não podia deixar de convidar Caim também. Meus olhos se encheram de lágrimas quando ela me apertou.
"Eu não posso acreditar que você está aqui. Eu não posso acreditar que você dirigiu até aqui", eu jorrei.
Ela acariciou minhas costas e riu.
"Bem, eu não dirigi. Aquele seu homem enviou bilhetes de avião para mim e Caim. Primeira classe. Eu nunca fui mimada em minha vida. Foi uma experiência, eu digo." Se eu já não amasse Rush Finlay com cada fibra do meu ser, então, eu o amaria mais por isso. Mas ele já tinha tudo de mim.
"Agora não vá choramingar sobre mim e estragar a maquiagem. Você se parece com sua mãe. Exatamente como ela. Não pense que seu pai poderia estar mais feliz do que ele está agora. Eu não tenho que vir aqui e fazer você chorar. Estou aqui para dar-lhe algo de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo emprestado".
O sorriso bobo no meu rosto não podia ter ajudado. Ele estava me enviando outro presente. Ela me entregou uma caixinha embrulhada como aquela que Harlow tinha trazido. Eu peguei e desembrulhei rapidamente.
Situada em uma caixa de cetim estava um pequeno bilhete. Eu peguei e debaixo dele havia uma velha amostra de cetim rosa. Ela tinha sido bem usada e foi, obviamente, cortada de outra coisa. Abri o bilhete.
“Blaire,
Eu esperei até hoje para mostrar isso para você. Não tem sido fácil não dizer nada sobre isso. Mas quando me lembrei de quem sua mãe era também me lembrei deste pedaço de cetim. Eu tinha esquecido de onde ele veio por um longo tempo, mas sabia que era especial e assim eu guardei comigo. Durante todo o tempo. Crescendo, quando estava com medo ou sozinho eu o segurava em minhas mãos e esfregava no meu rosto. Era um segredo que eu não queria que ninguém conhecesse. Mas ele me acalmou.
Quando seu pai me fez lembrar das panquecas do Mickey Mouse todas as minhas memórias de sua mãe voltaram. Com elas, me lembrei do dia em que ganhei esse pedaço de cetim.
Sua mãe sempre usava um pijama de cetim rosa à noite. Ela costumava balançar-me para dormir porque era difícil conseguir me acalmar o suficiente para fechar os olhos. Eu adorava quando ela me segurava. Minha mãe nunca fez. Gostava de ir dormir à noite esfregando o nariz em seu braço e o pijama de cetim rosa. No dia em que ela se foi, eu me lembro de ficar com medo. Eu não queria ficar com Georgianna. Sua mãe me abraçou com força, em seguida, colocou esta peça de corte de cetim de pijama na minha mão e me disse para usá-lo à noite, quando eu estivesse indo para a cama.
Adoraria dizer que esta memória voltou para mim por minha conta, mas isso não aconteceu.
Eu só sabia que o tecido tinha a ver com a mulher que me fazia panquecas. Então, perguntei a seu pai. Ele me contou a história e eu percebi que o sonho recorrente que eu tinha sobre a mulher de pijama de cetim rosa era real. Não é um sonho.
É meu, e você não pode tê-lo (a menos que você realmente queira e então é seu).
Este é o seu algo emprestado.
Eu te amo,
Rush”
"Eu espero que você não esteja usando um monte de maquiagem porque se você está, acabou de chorar metade dela fora", Vovó Q resmungou.
Eu sorri e peguei o tecido que estava segurando e limpei as lágrimas do meu rosto. Não estava usando muita maquiagem, para desgosto de Bethy. O rímel que eu usava era à prova d'água, o que era uma coisa boa.
Eu passei o cetim no meu rosto e pensei na minha doce mãe deixando isso para Rush. Então o dobrei e coloquei em meu sutiã sem alças. Coloquei o bilhete na cômoda. Eu queria guardar isso também.
Para sempre.
"Bem, eu preciso ir para o andar de baixo e sentar em meu lugar. Vejo você em breve", Vovó Q disse e soprou-me um beijo antes de sair pela porta.
Fui até o espelho para verificar a minha maquiagem quando outra batida rápida veio à porta. Meu pai entrou com um sorriso no rosto. "Você é a mulher mais linda que eu já vi. Aquele lá embaixo é um homem de sorte. Ele acabou de se lembrar melhor disso."
"Obrigada, papai", eu respondi.
Ele enfiou a mão no bolso e tirou outra caixinha de presente semelhantes aos que os outros tinham trazido aqui. "Eu tenho algo para você de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo azul".
Eu não conseguia manter o sorriso bobo do meu rosto. Eu já tinha descoberto que era por isso que ele estava aqui. Papai me entregou.
"Eu vou ficar. Você vai precisar da minha ajuda com isso."
Eu abri a caixa, animada sobre a obtenção de algo mais do Rush. A delicada corrente de ouro que combinava com a tornozeleira que ele me enviou estava aninhado no cetim. Puxei-a para fora e pendurado estava um topázio em forma de lágrima. Ao lado, havia outro bilhete. Eu o tirei rapidamente e desdobrei.
Blaire,
Esta lágrima representa muitas coisas. As lágrimas que sei que você já derramou segurando o pedaço de cetim de sua mãe. As lágrimas que você derramou sobre cada perda que você já experimentou. Mas também representa as lágrimas que já derramou quando nós sentimos a pequena vida dentro de você começar a se mover. As lágrimas que eu derramei sobre o fato de que eu tenho alguém como você para amar. Eu nunca imaginei alguém como você Blaire. Mas toda vez que penso em viver para sempre com você eu fico lisonjeado por você ter me escolhido.
Este é o seu algo azul.
Eu te amo,
Rush
Eu limpei outra lágrima e ri.
Ele estava certo. Nós tínhamos tido tanto lágrimas tristes como felizes. Eu queria a memória de ambos em mim como diriam nossos votos hoje.
Meu pai tirou de minhas mãos e prendeu-o em torno do meu pescoço. Eu a movi para que ficasse sobre meu peito. Eu estava completa. Ele fez com que eu tivesse algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul.
"É hora de descer agora"
Papai me disse antes de caminhar até abrir a porta. Eu o segui e então ele me levou até as escadas e saiu pela porta da frente. Estava andando no primeiro andar através de um arco de rosas brancas e luzes cintilantes.
Deslizando minha mão na dobra do braço do meu pai, eu o deixei me levar.
Rush
Eu tinha esperado na parte inferior da escada à medida que cada pessoa descia depois de levar-lhe os presentes que enviei para cima. Quando seu pai subiu, eu sabia que não poderia esperar a volta desta vez. Eu tive que sair. Queria ser o único a entregar os presentes para ela, mas ela estava convencida de que eu não podia vê-la antes do casamento.
De pé sob a pérgula coberta de hera e rosas brancas na areia entre a minha casa e o golfo, esperei com o ministro de um lado e Grant no outro lado.
"Está nervoso?” Perguntou Grant.
"Que ela decida não andar pelo corredor? Sim", eu respondi.
Grant riu e balançou a cabeça.
"Não foi isso que eu quis dizer."
"Um dia você vai entender. E quando acontecer com você vou rir pra caramba."
"Não há chance de isso acontecer", ele respondeu.
Bethy apareceu sob as rosas cor de rosa, o que significava que Blaire estava esperando atrás dela. Peguei o microfone sem fio que eu tinha recebido estrategicamente do cara do som e o coloquei na lapela. Então eu cheguei por trás das flores e peguei a minha guitarra. Fazia anos desde que alguém tinha me visto tocar esta coisa. Eu só podia imaginar o que estava acontecendo em suas cabeças.
Só o meu pai sabia o que estava acontecendo, porque ele me ajudou com os acordes.
"O que você está fazendo?" Grant sussurrou. A descrença em sua voz quando ele descobriu a resposta por conta própria era óbvia. Eu não preciso dizer a ele.
Assim que Bethy estava em seu lugar eu pisei na frente do ministro, e olhei diretamente para o corredor. Quando Blaire aparecesse, a música iria começar.
Eu tinha tudo completamente combinado com a equipe de som.
Quando ela deu um passo adiante de braços dados com seu pai com os olhos fixos nos meus e depois se arregalaram de surpresa. Ela tinha que caminhar até o altar ao som de "I Won’t Give Up", de Jason Mraz. Mas eu não queria outro homem cantando para ela. Não hoje. Eu a queria caminhando para mim, enquanto eu cantaria as palavras escritas só para ela quando ela caminhava pelo corredor para me presentear com o seu mundo.
"Bem, eu não tenho sido um cantor... bem, você sabe, na frente das pessoas... mas eu percebi que depois de tudo o que passamos... este seria um bom momento para dizer o que eu sempre quis dizer. Blaire, eu te amo garota... até a lua e volto." Eu vi como ela ficou congelada olhando para mim. O lugar inteiro desapareceu e tudo que eu podia ver era Blaire.
When you first looked at me I forgot to breathe that moment marked my hardened heart I vowed never to leave. And the touch of your skin healed something deep within that left me wanting more of you the less I got the more it grew
Oh I couldn’t help from falling, falling for you
So I’m standing here, oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
that I have fallen too far that I have fallen too far, too far for you.
For you
When I finally found you I finally found me that day I won’t soon forget the reason for it all
I’ll give you a new name nothing in life will be the same the story is now complete our life and love is all we need
‘Cause I couldn’t help from falling falling for you
So I’m standing here oh girl you know After all we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
That I have fallen too far, that I have fallen too far
Too far for you
My heart is beating begging for you
This night will be a dream come true so fall, fall, fall into my arms
So I’m standing here oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go That I have fallen too far That I have fallen too far That I have fallen too far too far for you, yeah For you...
Quando toquei a última linha eu rapidamente puxei a correia da guitarra sobre a minha cabeça e a entreguei a Grant. Blaire não esperou por nenhuma instrução do ministro, antes disso se jogou em meus braços num soluço.
"Foi lindo", disse ela no meu peito.
"Não é tão bonita como você é", eu respondi, segurando-a contra mim.
Ela soltou uma pequena risada. "Eu não sabia que você podia fazer isso", disse ela, se afastando para olhar para mim.
"Sou repleto de todos os tipos de surpresas emocionantes", eu assegurei a ela e pisquei.
"Tudo bem, vocês dois. Deixe-me entregar a menina primeira,” Abe disse pegando o braço de Blaire e puxando-a de volta ao seu lado com um sorriso divertido.
Abe beijou a bochecha de sua filha, em seguida olhou para mim. “Eu diria a você como ela é especial, mas você já sabe disso. Porque você é a única razão que eu posso entregá-la a você. Eu lhe pedi para ser o homem que eu não pude ser, e você fez o que eu pedi. Não é para mim, mas para ela. Eu não poderia estar mais orgulhoso da mulher que ela se tornou e do homem que ela escolheu para passar o resto da vida.” Ele pegou a mão de Blaire e colocou-a na minha. Então ele virou-se para tomar o seu lugar.
Enfiei sua mão na dobra do meu braço enquanto nos virávamos para o ministro. Ela pulou do meu lado e olhou para o seu estômago com um sorriso. Coloquei meu braço em torno da cintura dela e coloquei minha mão em seu estômago enquanto o nosso bebê se movia. Este era meu.
Harlow
(sim, você leu certo.)
Eu podia senti-lo olhando para mim novamente. Eu queria que ele parasse. Desde que ele se afastou xingando um traço azul e me deixou em pé no meu esconderijo na festa de ensaio, tudo o que ele fez foi olhar para mim. Eu odiava estar sendo observada. Estava pronta para ir para casa, mas eu sabia que Dean estava se divertindo. Eu estava indo ver se eu poderia obter um voo mais cedo para casa. Eu não queria ficar até amanhã.
Eu cruzei as pernas novamente e estudei minhas mãos. Ninguém falou comigo e eu não podia culpá-los. Estava aborrecida. Nunca soube o que dizer. Eu estava com medo de dizer alguma coisa. Eu sempre tinha. Tinha aprendido que era melhor ficar calado do que dizer algo estúpido.
Era mais fácil se misturar com o fundo quando caras como Grant Carter não te olham constantemente. Eu não conseguia entender por que ele estava olhando para mim. Essa era a coisa mais louca. Eu sabia por que ele estava chateado. Quando somos pessoas tranquilas, esquecem que estamos ao redor e eles falam sobre coisas na sua frente que realmente não são da sua conta. Eu tinha ouvido Nan falar ao telefone com Grant várias vezes. Eu também sabia que o cara tão agradável quanto Rush era seu meio-irmão. Qualquer cara que namorou alguém como Nan deve ser igualmente asno.
Eu só queria que ele não fosse estupidamente quente. Isso era algo que eu deveria estar preparada. Nan era linda e mesmo que ela fosse uma cadela furiosa ela atraia todos os homens. Qualquer cara com quem ela estivesse se relacionando tinha que ser igualmente belo. E oh meu Deus, ele era.
Muito. Até mesmo o cabelo comprido que ele tinha escondido atrás de suas orelhas era atraente.
Aqueles seus olhos azuis tinham tido piercing.
Ouvi duas palavras dele e me tornei uma bagunça chorando. O que não era difícil de fazer. Eu fiz isso muitas vezes. A cadeira ao meu lado raspou no chão e puxei meu olhar para cima para ver Grant sentar-se muito perto de mim.
Não é bom. Não é bom. Qual era o seu negócio?
"Sinto muito sobre ontem à noite", ele virou-se para mim. Eu fiquei tensa e consegui acenar com a cabeça.
Ok, então ele estava arrependido. Ótimo. Agora ele podia sair e parar de olhar para mim.
“Vamos lá, Harlow, diz alguma coisa. Dê-me mais do que um aceno de cabeça”, disse ele, parecendo exasperado.
Eu não tinha certeza por que eu o tinha exasperado. Eu não tinha feito nada para ele. Eu tentei ficar longe dele e ignorar seu constante olhar. Mesmo durante o casamento ele me encontrou entre os outros convidados e não tirou os olhos de mim o tempo todo.
"É só comigo ou você não fala com ninguém? Eu não vi você conversando com os outros convidados."
Mesmo que eu não gostasse dele e eu com certeza não gostava de sua escolha de mulheres, eu não queria que ele pensasse que eu era uma idiota. Ele contaria para Nan e ela teria algo a mais para tirar sarro de sobre mim.
"Eu não sou boa em multidões", expliquei.
Ele pareceu relaxar um pouco quando eu falei. “Este grupo é esmagador”.
“Não posso culpá-la.”
Forcei um sorriso. Ele não era grande, mas foi o melhor que pude fazer. Eu não fingia bem. Nunca.
"Você não gosta de mim, não é?" Ele era, obviamente, muito observador também.
Eu poderia mentir para ser educada. Tinha sido ensinada por minha avó que, se eu não poderia dizer nada de bom não deveria dizer absolutamente nada. "Não gosto de Nan", eu respondi honestamente. Isso não foi educado, mas era verdade.
Em vez de ficar na defensiva, Grant começou a rir. Não uma risada divertida tranquila, mas uma gargalhada como se eu fosse uma grande comediante. Olhei para ele e o odiei ainda mais por ser atraente quando ele ria. Não era justo. Eu não queria pensar nada sobre ele ser atraente.
"Sinto muito", disse ele, enxugando os olhos e sorrindo para mim. "Mas isso não era o que eu estava esperando sair da sua boca doce. Porra, isso foi engraçado."
Eu não acho que foi engraçado. Será que ele pensa que eu estava brincando?
"Eu acho que você não está sozinha nessa, linda. A maioria das pessoas concordaria com você. Especialmente os atendentes neste casamento."
Eu não respondi. Ele, obviamente, gostava dela.
"Desde que você não vá colaborar, vou supor que você não está falando comigo, porque eu namorei Nan e você não gosta dela."
Eu dei de ombros. Não exatamente. Era mais do que isso. Dizendo a ele seria novamente rude e eu não deveria ser rude. Mas era ser rude ou deixá-lo pensar que eu era muda. Eu não queria que ele tirasse sarro de mim com Nan. Eu tenho o suficiente dela para me aporrinhar.
"Qualquer um que namora Nan não pode ter quaisquer qualidades redentoras. Ou quaisquer qualidades que eu estaria interessada em conhecer melhor. Eu não gosto de perder o meu tempo com aqueles com quem sei que nunca vou falar de novo." Isso tinha saído mais duro do que eu pretendia. Droga de honestidade.
Grant fez uma careta. Eu estava agindo como uma puta mesmo. Nan havia me acusado de ser uma e eu estava me comportando tão mal. Eu não poderia fazer isso. Eu não quero ser isso.
“Olha, isso não saiu certo. Sinto muito. O que eu quis dizer é que eu não gosto de Nan. Em tudo. Não vejo por que alguém que não está se relacionando com ela sequer a toleraria. O fato de você não só a atura, mas também já saiu com ela me diz que você e eu nunca seriamos amigos. Sinto muito. Eu não quero soar como uma cadela porque eu sou realmente uma boa pessoa. Eu apenas tento ficar longe de pessoas más. Nan é o epítome do desprezível o que me leva a crer que você é desprezível também. Pessoas desprezíveis se unem.” Eu parei porque eu estava piorando as coisas.
Levantando, dei-lhe um sorriso de desculpas que não teve de ser forçado neste momento, porque eu realmente me senti mal por jogar tudo na cara dele agora. Eu tendia a fazer isso quando eu tentava falar mais. Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa eu fugi. Estava indo me despedir de Rush e Blaire e ir para o aeroporto e esperar pegar um voo adiantado. Passaria a noite no aeroporto, se fosse preciso. Pelo menos desta maneira Grant Carter não poderia me encontrar.
Blaire
"Eu ainda não consigo esquecer você me cantando uma canção e tocando guitarra. Apenas wow, Rush. Uau.” Ainda estava me recuperando de olhar para Rush e vê-lo esperando por mim com uma guitarra em seus braços.
Então, em vez do Jason Mraz tocando nos alto-falantes Rush tinha cantado uma música que ele havia escrito para mim. Após os diferentes presentes e cartas enviados para o meu quarto, pensei que ele não poderia superar a si mesmo. Eu estava enganada.
"Parei de cantar, quando eu estava na faculdade. Decidi que eu estava cansado de meninas ficando interessadas em mim por causa do Dean. Se eu cantava só fazia a minha ligação com Slacker Demônio. Então, eu simplesmente desisti. Mas para você... Eu queria você andando pelo corredor para mim com a minha voz cantando palavras escritas para você. Não é uma canção genérica, que é tocada em um milhão de outros casamentos." Rush beijou o local logo abaixo da minha orelha. "Não há outros casamentos como esse e nunca haverá", ele sussurrou em meu ouvido.
Aconcheguei-me nele enquanto dançamos a versão de Ed Sheeran do "Kiss Me" que está sendo executada pela nossa banda.
Dean tinha se oferecido para conseguir uma "real band”. Mas eu não queria isso. Eu não queria que nosso casamento fosse mais do que uma pequena reunião íntima. Eu não queria fazer um show com banda participar. Rush concordou comigo e encontramos a melhor banda cover que o dinheiro podia comprar.
"Eu gostaria que não tivéssemos uma casa cheia de pessoas hoje à noite," eu disse contra seu peito.
"Não importa. Nós não estaremos lá”. Rush respondeu.
Afastei-me e olhei para ele.
"O que você quer dizer?"
Ele sorriu. “Você realmente acha que eu vou compartilhar uma casa com todas essas pessoas na minha noite de núpcias? Claro que não. Temos o condomínio penthouse no clube esperando por nós quando sair daqui.”
Fiquei feliz por ele ter pensado nisso. Eu não queria pensar sobre seu pai e meu pai na mesma casa que nós esta noite.
"Bom", eu respondi.
Seu peito vibrou com seu riso. Olhei para os outros convidados. Todos os nossos amigos estavam aqui. Todos os nossos amados. Exceto sua irmã... e sua mãe. Mas elas não teriam aprovado. Ambas me odiavam. Ainda assim, eu me senti mal por elas terem perdido o dia de hoje por causa do Rush. Eu só esperava que um dia elas fossem uma parte de nossas vidas para Rush. Eu sabia, mesmo que ele não mencionasse, ele sentia falta delas.
"Onde você colocou o cetim", ele perguntou.
Eu sorri e mordi meu lábio inferior. "Eu não tinha bolsos", respondi.
"Eu sei. Então, onde está?"
"Escondido em meu sutiã", eu admiti.
"Acho que vai ter um novo significado para mim a partir de agora", disse ele, brincando com o fundo dos meus seios com os polegares.
"Obrigado por tudo. O colar, a tornozeleira, o anel, e eu vou deixar você ficar com o cetim. Embora eu adorasse tê-lo lá com a gente. Sabendo que ela tinha tocado as nossas vidas. Seria perfeito."
Rush apertou os braços em volta de mim.
"Sim, seria." No momento em que seu corpo ficou tenso eu senti. Olhando para ele, vi seus olhos focados em alguma coisa sobre o meu ombro. Olhei para trás para ver Caim ali nos observando. "Eu provavelmente deveria deixá-lo dançar com você. Eu estou tentando convencer a mim mesmo sobre isto," Rush disse ainda me segurando.
Eu sorri para ele e sua expressão rasgada. "Se você não quer que dance com Caim, então eu não quero. Eu preciso ir falar com ele e se você quer ir comigo e me agarrar quando eu faço isso, então você pode. Relaxe. Sou Blaire Finlay agora. A garota que ele amava era Blaire Wynn."
No uso do meu novo nome todo o seu corpo relaxou e ele me segurou mais apertado.
"Diga isso de novo. Pelo menos a parte onde você diz o seu nome", disse ele com uma voz rouca.
"Blaire Finlay," eu repeti.
"Caramba, isso parece bom", disse ele, dando um beijo na minha testa. "Vá falar com ele. Mas se você não se importar... não dance. Eu não quero as mãos dele em você."
"Então, nada de abraços também?" Eu perguntei antes de caminhar até Caim.
Rush franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não, ele quer manter seus braços ligados ao seu corpo", respondeu ele, fazendo-me rir. Meu homem possessivo.
Eu andei até Caim, que estava lá me esperando com as mãos enfiadas nos bolsos e uma expressão de dor no rosto. Isso não poderia ser fácil para ele. Em sua mente nós ficaríamos juntos para sempre.
Ele realmente não tinha pensado que o Rush ficaria comigo no final. Ele estava enganado.
"Estou feliz que você veio," disse a ele quando parei a poucos metros de distância dele para manter distância suficiente para deixar Rush confortável.
“Não vou mentir. Eu não queria, Vovó Q me fez vir”, ele respondeu. “Mas você está linda. Está tão de tirar o fôlego que dói olhar para você.”
"Obrigada. Eu não sabia que Rush havia mandado bilhetes e convites para vocês até Vovó Q entrar no meu quarto hoje."
Caim assentiu. "Sim, eu imaginei. Seria Rush convidando-nos e não você. Vovó Q estava certa de que vínhamos uma vez que ela viria."
"Estou feliz, Caim."
Ele me deu um sorriso triste e assentiu.
"Eu posso ver isso. É difícil te perder. Sua maldita beleza grita por si mesmo."
Não havia muito mais o que dizer. Nosso tempo era no passado. Ele tinha sido meu melhor amigo uma vez, mas agora Rush era meu tudo.
"Tome cuidado", eu disse, sabendo que eu precisava voltar para Rush antes que dele decidir que tínhamos falado demais.
"Você também, Blaire. Envie fotos do bebê. Vovó Q vai querer vê-los", respondeu ele.
Virei-me e voltei a Rush que estava parado na beira da pista de dança com seus olhos fixos em mim.
Rush
Normalmente eu passava o Natal bêbado em um resort de esqui com qualquer garota que eu estivesse namorando na época e alguns amigos. Era o meu lugar para ir nas férias.
Quando pequeno minha mãe não decorava uma árvore ou assava biscoitos. Eu só tinha visto esse tipo de coisa na televisão.
O cheiro dos pinheiros, maçã, canela e biscoitos recheava nossa casa.
A maior árvore de Natal que eu poderia encontrar em Rosemary encheu nossa sala de estar e foi decorada com brilhantes decorações coloridas e luzes cintilantes. Tivemos guirlandas naturais e frutas em nosso manto e três meias com monogramas com a letra F penduradas junto à lareira. Duas grandes coroas de flores com laços de veludo vermelho decoravam nossas portas da frente e a casa estava cheia de músicas natalinas tocadas através do sistema de som. Blaire tinha encontrado uma estação de Natal no rádio por satélite e ela me ameaçou se eu trocasse.
Os presentes com papel colorido e brilhante foram amontoados sob nossa árvore e eu não conseguia me livrar dos meus amigos. Eles estavam sempre aqui. Comiam os doces que Blaire aprendeu a fazer e bebiam a cidra da maçã que ela nunca deixava acabar. Era como se o Papai Noel tivesse vomitado na nossa casa. Um ano atrás, isto teria soado como o inferno para mim. Agora, eu não poderia imaginar passar o Natal de outra maneira. Este era o Natal do jeito da Blaire e eu gostava. Não, porra eu adorava. Ela cantava canções de Natal enquanto tirava os cookies do forno e rolava bolas de manteiga de amendoim em açúcar em pó, enquanto eu esperava ela colocar uma na minha boca.
Seria isso que meus filhos cresceriam acreditando que era o Natal e eu adorava. Deitei no sofá assistindo filmes de Natal e bebi chocolate quente enquanto eu coloquei minha mão na barriga de Blaire e gostava de sentir o meu menino chutar. Isso era algo que o dinheiro não pode comprar. Não esse tipo de felicidade.
"Você acha que nós vamos ver seu pai antes do Natal", perguntou Blaire, entrando na sala onde eu estava apreciando a árvore enquanto ouvia Blaire cantar "We Wish You a Merry Christmas".
"Duvido. Ele acabou de sair na semana passada", eu a lembrei. Ela franziu a testa, em seguida, assentiu.
"Ok. Eu acho que nós precisamos enviar seu presente então. Tem algo que eu preciso enviar para Harlow também. Eu estava esperando que você me ajudasse a pensar em algo para sua mãe e Nan. Eu não sei o que comprar. Eu nunca passei um tempo com elas."
Minha mãe e Nan? Ela tinha comprado um presente para o meu pai? E Harlow? Droga.
Tudo o que eu tinha feito era comprar coisas para ela e para o bebê. Eu não tinha pensado em comprar alguma coisa para mais alguém.
"Uh, sim, hum, eu acho. Mas eles não estão esperando por nada. Nós realmente não trocamos presentes. Não é realmente um feriado que celebramos como uma família.”
O rosto de Blaire caiu e ela olhou para mim com olhos tristes. Eu não gostava de vê-la triste. Gostava dela feliz cantando como ela tinha feito apenas alguns minutos antes. "Mas é Natal. Você compra coisas para as pessoas que você ama no Natal. Não tem que ser muito. Só uma coisa. É divertido dar as coisas."
Se ela queria dar a minha malvada mãe alguma coisa e minha irmã, então eu compraria seja lá o que ela quisesse e enviaria com um sorriso. "Ok, baby. Eu vou encontrar alguma coisa e podemos enviar com as outras coisas."
Isso pareceu apaziguar e ela balançou a cabeça. "Ah, bom. Ok." Ela começou a virar e parou. "Eu tenho algo para Kiro também. Precisamos enviar quando enviar as outras coisas que vão para LA."
Eu não pude deixar de rir. Ela tinha comprado algo para Kiro. Todo mundo ia pensar que eu enlouqueci quando todos receberem pacotes de mim. "Kiro também. Entendi", eu respondi.
A única coisa boa sobre a compra interminável de Blaire era que me deu tempo para preparar sua surpresa. Ela continuou dizendo que depois do Natal precisávamos pensar em um berçário. Eu continuei concordando com ela. Mas eu também mantive o último quarto do lado esquerdo, o único com a vista que ela amava, trancado.
Blaire
No ano passado ia deixar minha mãe dormir tarde porque ela estava doente até tarde na noite anterior. Levantei e preparei seu café da manhã favorito, waffles de morango com chantilly, e acendi as luzes da árvore. Seria o meu último Natal com ela e eu sabia disso. Eu gostaria que tudo fosse perfeito.
Quando ela entrou na sala, foi recebida com fogo na lareira, a lotação completa de seus itens favoritos alarde, música de Natal tocando, e eu. Ela riu em seguida, chorou e me abraçou quando nós sentamos e comemos nosso café da manhã antes de abrir os presentes. Eu queria comprar-lhe muito, mas o dinheiro era pouco. Usando minhas habilidades criativas esparsas eu tinha feito um álbum de recortes de Valerie e eu crescidas. Mamãe foi enterrada com ele em suas mãos.
Este ano eu tinha feito tudo o que podia para deixar a minha mãe orgulhosa de mim.
Houve momentos em que sua canção de Natal favorita tocou e tive que lutar contra o desejo de me enrolar em posição fetal e chorar. Mas ela me fez prometer-lhe algo no ano passado. Ela sabia que era o seu último Natal também e me pediu para fazer-lhe um favor: que no próximo Natal, eu comemorasse o suficiente para nós duas. Eu já havia tentado o meu melhor.
Meus olhos se abriram antes do nascer do sol esta manhã e levantei da cama sem acordar Rush. Eu precisava de um tempo sozinha. Tempo para processar as coisas. Para lembrar. Sabia que se a minha mãe pudesse me ver agora que ela ficaria muito feliz por mim. Eu era casada com o homem que amava. Ia ser mãe e tinha perdoado meu pai. Segurei meu café e puxei minhas pernas debaixo de mim enquanto estava sentada no sofá de frente para a árvore com decoração colorida. A imagem da minha vida teria sido o que mamãe queria para mim.
Não enxuguei as lágrimas no meu rosto, porque elas não eram todas tristes. Algumas eram felizes. Algumas eram gratas e algumas eram lembranças.
Gostei do silêncio e vi o nascer do sol através da janela. Rush iria me querer na cama quando acordasse. Eu precisaria me esgueirar de volta depois de terminar meu café e escovar os dentes.
Este ano eu queria que o Natal fosse perfeito para ele. Era o nosso primeiro e isso criaria um precedente para os próximos anos.
"Acordar no Natal sem o seu presente favorito na cama é uma merda."
A voz sonolenta do Rush me assustou e olhei para trás para vê-lo entrando na sala de estar. Ele vestia calças, nada, além disso. Seu cabelo estava bagunçado e seus olhos ainda estavam meio fechados.
"Sinto muito. Eu ia voltar para a cama depois de assistir o nascer do sol," eu disse a ele que se afundou no sofá ao meu lado e me puxou para seu lado.
"Eu teria me levantado e assistido com você, se você tivesse perguntado", disse ele com o queixo apoiado no topo da minha cabeça.
Eu tinha quase certeza de que ele faria qualquer coisa que eu lhe pedisse. Mas tinha sido por isso que o tinha deixado dormir. "Eu sei", respondi.
Rush passou a mão no meu braço esquerdo. "Você precisava de um tempo sozinha?", ele perguntou. O entendimento na sua pergunta me disse que ele não precisava de mais detalhes. Ele sabia.
"Sim", respondi.
"Você precisa de um pouco mais?"
"Não", eu disse, sorrindo para ele.
"Bom, porque eu não iria embora facilmente."
Eu ri e coloquei minha cabeça contra seu peito. "É uma bela manhã."
"Sim, é", ele concordou e abaixou a cabeça até o meu ouvido. "Posso dar-lhe um dos seus presentes agora?", ele perguntou.
"Será que nos obrigam a estar nus?" Perguntei provocando.
"Uh, não... mas se você quiser ficar nua amor, sou sempre a favor disso", respondeu ele.
Surpresa, me virei em seus braços e olhei para ele. "Quer dizer que você quer abrir os presentes agora?", Perguntei. Eu pensei que iríamos fazer amor primeiro.
"Não abrir exatamente. Eu preciso te mostrar", disse ele, levantando-se e me puxando.
Isto não era o que eu esperava. Balancei a cabeça e o deixei me levar pela casa para as escadas. Talvez nós estivéssemos subindo para ter relações sexuais depois de tudo?
Rush parou no quarto que eu tinha escolhido como meu. Não estive lá desde que o tinha mostrado à Harlow antes do casamento. A porta estava fechada e Rush ficou atrás de mim e fez sinal para eu abrir. Eu estava realmente confusa agora.
Dei um passo à frente para girar a maçaneta e abrir a porta lentamente. A primeira coisa que eu vi foi um enorme berço de madeira de cerejeira no meio do cômodo e um móbile com animais marinhos exóticos pendurados.
Rush entrou e ligou um interruptor. Em vez de a luz do teto se acender, o móbile se iluminou e começou a tocar. Mas não era uma canção de ninar. Era a canção que Rush tinha cantado para mim no dia do nosso casamento. Todo o móbile estava iluminado por toda sua extensão até o teto. Tudo o que eu podia fazer era cobrir a boca em reverência completa e choque enquanto adentrava o quarto. Luzes dançavam pelas paredes conforme o móbile girava lentamente tocando a nossa música.
A cadeira de balanço, situada no canto com um belo cobertor artesanal jogado sobre ela. A tabela de crescimento, um armário, e até mesmo uma pequena cama também decorava o quarto. A tinta azul suave nas paredes foi perfeitamente pensada, uma parede era toda de janelas que davam agora para o céu e para o oceano, ambos azuis.
Eu finalmente encontrei a minha voz, mas tudo o que saiu foi um pequeno soluço antes de me jogar nos braços de Rush e chorar. Isto era perfeito e ele tinha feito. Ele tinha escolhido o quarto perfeito para o nosso filho.
"Eu espero que essas sejam lágrimas de felicidade porque eu vou ser honesto. Estava preocupado se você ficaria chateada. Bethy disse que você poderia querer fazer isso sozinha, e eu não tinha pensado nisso", ele disse em um sussurro apertado.
Bethy não sabia de nada. Talvez Bethy fosse querer fazer isso sozinha, mas sabendo que Rush tinha tomado tanto tempo e pensado no berçário fez meu coração inchar até eu pensar que ia estourar.
"Isso é perfeito. É lindo. É... oh Rush, ele vai adorar. Eu amo isso"
Então eu agarrei sua cabeça e puxei para mim para que pudesse beijá-lo. Um fabuloso berçário digno de revista deixa uma mulher grávida com tesão.
Quem diria?
Três meses depois...
Eu era uma menina do sul. Isso era óbvio. Mesmo amando o tempo em Nova York, eu estava feliz por estar de volta para casa, onde poderia encontrar chá gelado doce quando quisesse. Rush tinha sentido falta de Rosemary também. Eu poderia dizer. Estávamos desempacotando todas as roupas e brinquedos que tínhamos comprado para o bebê, que ainda não tinha nome, e colocando no berçário. Tinha sido divertido pendurar as roupas no armário e dobrar os cobertores e alinhar todos os seus sapatinhos. Tínhamos exagerado um pouco na compra de roupas.
Grant tinha parado para levar Rush para um momento de homens no campo de golfe logo após a chegada, então decidi ir fazer uma visita. Não havia nada para comer aqui e eu estava morrendo de fome. Indo ver se Jimmy estava no clube trabalhando e recebendo algo para comer, eu mataria dois coelhos com uma cajadada só. Peguei minhas chaves e fui para o meu carro... ou SUV... ou o que fosse. Não o tinha dirigido ainda.
Rush o tinha estacionado na calçada quando chegamos em casa.
Tudo que eu sabia era que era um veículo utilitário da Mercedes Benz.
Eu estava feliz por ele não ter me dado uma minivan. Aparentemente, este era um dos carros mais seguros na estrada. Ele me deu um longo discurso de vendas sobre ele, então me disse que se eu não gostasse poderia levá-lo de volta e conseguir o que eu queria.
Era um Mercedes, pelo amor de Deus. Eu não torceria meu nariz para isso. É claro que estava feliz com isso. Eu só precisava descobrir como dirigi-lo. Olhei para a chave que ele me deixou.
Havia indicações que ele me deu. Era para apenas colocar essa coisa que definitivamente NÃO é uma chave na minha bolsa e levá-la comigo. Quando tocasse a maçaneta da porta ela iria automaticamente se destrancar desde que a chave estivesse no meu corpo. Então eu colocaria o pé no freio e pressionaria o botão “on” no volante para acionar o carro. Todo o resto deve ser fácil o suficiente. Sim, claro.
Fiz o que me foi dito e me acomodei no carro, o que não é fácil quando sua barriga está enorme. Depois de afivelar o cinto de segurança, consegui pôr em marcha o carro sem a chave estranha. Eu nem sequer tentei tocar nas coisas do painel. Parecia um avião. Eu não entendi nada daquilo. Abri minha bolsa e peguei minha arma, coloquei debaixo do meu assento. Eu não a estava carregando comigo porque estava sempre com Rush. Mas agora que eu tinha meu próprio carro novo e estaria sozinha, e logo com o meu bebê, eu queria alguma proteção escondida em algum lugar.
Depois que o bebê estivesse maior, ia ter que encontrar outro lugar para escondê-la.
Eu não queria isso em qualquer lugar que ele pudesse encontrar. Isso era algo que eu precisava falar para Rush.
Chegar ao clube foi bastante fácil.
O carro desligava com um simples toque no botão e eu tranquei as portas com a coisa que Rush chamava de chave e entrei.
Assim que fui para a sala de jantar, Jimmy saiu da cozinha e seus olhos encontraram os meus. Um sorriso lento se espalhou pelo seu rosto. "Olhe para você, mamãe quente. Você pode fazer até uma barriga de grávida do tamanho de uma bola de praia parecer sexy. Entre e me espere na cozinha. Eu já volto", disse Jimmy com um aceno de cabeça. Ele estava carregando dois copos de água que entregaria rapidamente.
Abri a porta da cozinha e entrei. Vários dos cozinheiros me saudaram e acenei para eles tentando me lembrar de tantos nomes quanto eu poderia.
"Por favor, me diga que você está de volta em Rosemary para morar agora. Não vai mais correr ao redor do mundo. Eu senti sua falta", lamentou Jimmy, me puxando para um abraço.
"Não pretendo ir a qualquer lugar por enquanto," assegurei a ele.
"Deus, Blaire sua barriga está enorme. Quando é que esse bebê vai sair?“ Jimmy perguntou e começou a esfregar minha barriga. "Você não pode ficar ai para sempre, rapaz. É hora de você vir para fora. Sua mãe não é tão grande, ela não pode esperar muito mais."
A porta da cozinha se abriu e eu levantei meus olhos para ver um novo rosto. Ela tinha o cabelo castanho escuro e estrutura óssea excelente. Estava assistindo Jimmy falar com a minha barriga com um sorriso curioso.
"Olá," eu disse, e seus olhos saíram da minha barriga para atender meus olhos. Ela tinha olhos lindos também. Onde Woods havia encontrado ela e ele a contratou por causa de sua aparência? Porque conhecendo Woods ele tinha notado.
"Olá", ela respondeu com um sotaque grosso do sul que me surpreendeu. A menina não era de Rosemary.
Jimmy se levantou e sorriu para a menina. Ele gostava dela. Isso foi um bom sinal. "Fico feliz que você esteja de volta, menina. Ontem foi uma merda sem você", disse-lhe, em seguida, olhou para mim. "Della, esta é Blaire. Ela é minha melhor amiga que fugiu e me deixou por outro homem. Mas eu não posso culpá-la, porque ele é um pedaço quente de bunda. Blaire, este é Della. Ela pode ou não estar transando com o chefe".
Eu não consegui manter o sorriso do meu rosto.
Opa, Woods a tinha notado.
"Jimmy", eu disse, quando seu rosto ficou vermelho beterraba e percebi que ela o tinha repreendido também. Eu gostei dessa garota. Eu poderia ter uma nova amiga aqui.
"Woods certo? Aquele chefe?", perguntei, sorrindo, porque eu sabia que não havia nenhuma chance de ela estar transando com o pai de Woods.
"Naturalmente, Woods. A menina tem bom gosto. Ela não está transando com o velho," Jimmy respondeu com um rolo de seus olhos.
"Quer parar de dizer “transar?”ela perguntou, ainda corando. Eu precisava aliviar sua vergonha porque Jimmy estava apenas piorando as coisas.
“Jimmy não deveria ter me dito isso, já que ele fez, eu posso dizer, Woods é um grande cara. Se você está realmente... um...transando com ele, então você fez uma escolha"
"Obrigada", disse ela, sorrindo. Eu realmente esperava que Woods tivesse uma queda por ela. Eu sentia que Bethy a amaria também.
"Se eu não tiver esse bebê esta semana, talvez possamos nos reunir e almoçar", sugeri. Eu chamaria Bethy e ela viria também. Ela olhou para minha barriga e eu pude ver que ela achava que era altamente improvável que eu saísse pela porta sem ter este bebê, muito menos até a próxima semana. Ela provavelmente estava certa.
"Ok. Isso soa bem", respondeu ela.
Eu não podia esperar para contar a Rush. Talvez devêssemos convidá-la e Woods para jantar uma noite. Isso seria divertido.
"Della Sloane." Um grunhido irritado invadiu os meus pensamentos e eu arrastei meu olhar dela para o policial de pé na soleira da porta.
"Sim, senhor", respondeu ela. Vi como seu rosto ficou branco e olhei em volta para qualquer sinal de Woods. Onde ele estava quando você precisava dele? Ele estava sempre se intrometendo na hora errada, quando eu trabalhava aqui. Agora seria um bom momento para isso.
"Você precisa vir comigo, senhorita Sloane", o oficial gritou enquanto segurava a porta à espera de Della. "Senhorita Sloane, se você não vier de bom grado eu vou ter que ir contra a vontade do Sr. Kerrington e prendê-la aqui mesmo no recinto do clube."
O que foi que ele disse? Prender? Senhor Kerrington? Woods não faria isso. Se ele fizesse, teria pelo menos aparecido e feito parte disso. Além disso, eu era uma boa leitora de pessoas assim como Jimmy.
Nós gostamos tanto dela. Alguma coisa estava errada.
"Pelo que você está prendendo-a? Eu com certeza não acredito que Woods saiba disso", Jimmy perguntou na frente de Della, como se para protegê-la. Eu o amava ainda mais por isso. Parecia que ela estava prestes a desmaiar.
"Mr. Kerrington sabe. Ele é quem me enviou aqui para escoltar Della Sloane para fora do prédio e, em seguida, prendê-la, assim que ela pisasse no estacionamento. No entanto, se ela não vem de bom grado eu vou prendê-la e qualquer um que esteja no meu caminho.”
Woods não sabia. Eu não acredito nele. Alguma coisa estava errada.
"Está tudo bem, Jimmy", disse ela e caminhou em torno dele. Eu observava impotente enquanto ela saía pela porta.
"Você tem que encontrar Woods", disse Jimmy, olhando para mim. "Eu não acredito nisso. Eu acho que há algo mais nisso e todos os dedos apontam para o velho."
Balancei a cabeça. Eu concordei. "Eu não tenho número do Woods no meu telefone. Isso irritava Rush, então eu o apaguei", eu admiti, olhando para Jimmy timidamente.
Jimmy sacudiu a cabeça e sorriu, em seguida, pegou o meu telefone da minha mão e discou o número de Woods. “Ligue para ele. Se ele não atender vá caçá-lo. Eu não posso ajudar. Agora não tenho nenhuma ajuda nessa bagunça e eu tenho que colocar minha bunda na engrenagem.”
Eu balancei a cabeça e me dirigi para a porta para ver Della ser colocada no carro da polícia com muito mais força do que era necessário.
O telefone de Woods caiu direto na caixa postal. Tentei novamente, mas novamente caixa postal. Correndo pelo corredor, ou melhor, andando rapidamente, fui ao seu escritório e bati, mas nada. Tentei abrir, mas estava trancado.
Porcaria.
Corri para fora, enquanto discava o telefone do Rush. Ele saberia o que fazer e Woods poderia provavelmente estar com ele.
Assim que meu pé tocou a passarela de pedra senti uma cãibra seguida por um jorro de água entre as minhas pernas. Eu congelei.
Minha bolsa tinha estourado.
Rush
"Você está bem para um cara casado", Grant brincou enquanto eu caminhava até o carro para pegar meu taco.
"Claro que sim. Sou casado com Blaire. Eu sou o bastardo mais afortunado do planeta", respondi, sem morder sua isca. Ele queria me provocar, porque Grant queria me deixar com raiva.
"Blaire está muito sexy. Mesmo grávida de nove meses", ele falou, inclinando-se para trás e apoiando as pernas para cima no painel do carro.
"Se você está querendo um nariz quebrado vai acabar conseguindo, bro" Eu rosnei, olhando para ele.
Ele começou a rir e eu sabia que ele tinha conseguido o que queria. Revirei os olhos.
Meu celular começou a vibrar e tocar na minha sacola. Esse era o toque de Blaire. Eu deixei meu time e fui até minha sacola para pegar o telefone. Ela não me ligava aleatoriamente. Se estiver ligando, ela precisava de mim. Eu comecei a andar para o carro esperando ela me atender.
"Hey," eu disse no momento em que ela atendeu. Ela respirou fundo e eu virei o carro no sentido inverso e comecei a acelerar em direção ao clube.
"Minha bolsa estourou", disse ela tentando parecer calma.
"Eu estou indo. Fique aí. Não se mexa. Não dirija. Basta esperar por mim."
"Estou no estacionamento do clube. Eu estava vindo para encontrá-lo quando isso aconteceu”, ela respondeu.
“Estou quase lá, baby, espere. Menos de um minuto, eu juro”, eu assegurei.
Ela fez um barulho de grunhidos, em seguida, tomou algumas respirações profundas. "Tudo bem", respondeu e em seguida desligou.
"Merda", eu rosnei e pedi a Deus que aquele carrinho estúpido fosse mais rápido.
"Estou concluindo que ela está em trabalho de parto", Grant disse no assento ao meu lado.
"Sim", respondi. Não querendo falar. Eu só precisava chegar a ela mais rápido.
"Eu acho que isso significa que você não se importa em ter deixado seu taco lá", Grant respondeu.
"Foda-se, não, eu não me importo com o maldito taco."
Grant cruzou os braços sobre o peito. "Ok, só estava checando."
"Eu preciso que você pegue meu telefone. Ache o número de Abe e ligue pra ele."
Grant pegou meu telefone e fez o que eu pedi enquanto eu deixei o carrinho no parque e saí correndo pela grama até estacionamento.
Blaire estava de pé ao lado do Mercedes que eu tinha comprado para ela com uma das mãos sobre o carro e uma mão em sua barriga.
Ela parecia mais relaxada do que eu imaginava.
"Isso foi rápido." Ela sorriu para mim quando seus olhos encontraram os meus.
"Você está bem?" Eu perguntei, envolvendo meu braço em torno dela e andando com ela até o lado do passageiro.
“Eu estou bem agora. A cólica aliviou. Mas Rush, eu não deveria entrar no carro. É novo e eu tenho... bem... Eu estou molhada", disse ela, tropeçando em suas palavras.
"Eu não dou a mínima para este carro. Entre, vou levar você para o hospital."
Ela me deixou ajudá-la a entrar no carro, embora eu pudesse ver a relutância em seu rosto. Ela não queria estragar seu carro novo. Dei um beijo em sua testa. "Eu juro que vou tê-lo completamente restaurado antes de sair do hospital," eu assegurei a ela antes de fechar a porta.
Corri em torno da frente do carro e Grant estava parado com uma expressão nervosa. "Ela está bem?"
"Ela está em trabalho de parto", eu disse o óbvio e abri a porta do motorista.
"Eu liguei para Abe. O que mais eu posso fazer?"
"Ligue para Dean. Ele vai querer saber," eu disse a ele antes de fechar a porta do carro. Eu não pensei sobre o fato de eu não estar chamando a minha mãe ou irmã.
Não havia nenhum motivo. Eu não podia confiar nelas em torno de Blaire.
"Você acha que talvez você deva ligar para a sua mãe? Ou você acha que ela preferia não saber?"
Olhei para ela enquanto ia para a estrada e acelerei até Destin, onde o hospital mais próximo estava localizado. "Eu não quero que elas participem disso. Elas não merecem", respondi, em seguida, estendi a mão e apertei a dela. "Esta é a nossa família agora. Minha e sua. Nós decidimos quem faz parte dela".
Blaire concordou e apoiou a cabeça no encosto. Eu poderia dizer que ela estava sentindo um pouco de dor pelo seu olhar apertado, embora ela estivesse mantendo silêncio sobre o assunto.
"Como posso ajudar?" Perguntei ansioso para fazer algo para isso parar.
"Dirija", ela respondeu com um sorriso apertado.
Ela apertou minha mão e deixou escapar um profundo suspiro de alívio. "Essa acabou. Elas não são muito longas ou próximas umas das outras por isso ainda temos tempo", ela parecia sem fôlego.
Ela apertou na minha mão novamente. "Rush!"
Eu quase saí da estrada. "Que foi amor? Você está bem?" Meu coração estava acelerando no meu peito.
"Eu me esqueci da Della. Você tem que ligar para o Woods. Ele precisa saber que a polícia veio e levou Della."
Quem era Della? Ela estava tendo alucinações? "Amor, eu não conheço a Della", respondi com cuidado no caso de essa coisa alucinante estar deixando-a louca.
Eu não tinha lido sobre isso nos livros que ela tinha ao lado da cama.
“Della está namorando Woods. Jimmy acha que eles estão transando. Foi realmente doce e eu gostei dela. Ela parecia tão assustada. Woods tem que ajudá-la.”
Ela tinha estado no clube para visitar Jimmy. É por isso que estava lá. Não porque estava em trabalho de parto. Isso fazia sentido agora. “Grant está com meu telefone. Onde está o seu?” Se isso não significa muito para ela eu não estaria preocupado com a vida amorosa de Woods e sua namorada que está sendo levada pelos policiais.
Porque essa merda não parecia promissora e eu não queria Blaire perto de alguém perigoso. Mas ela não precisa mais que eu saliente que faria o que pudesse para fazê-la se sentir melhor.
"Ele não está atendendo ao telefone. Cai direto na caixa postal. Quem mais podemos chamar?", ela perguntou.
Peguei o telefone e liguei para Grant.
"Eu liguei para Dean e ele está pegando o próximo voo", foi a saudação de Grant.
"Obrigado. Ouça, Woods não está atendendo ao telefone. Chame seu pai. Diga-lhe que Della," parei e olhei para Blaire, que acenou com a cabeça que eu tinha dito o nome certo," Della foi presa e ela precisa de ajuda."
“Merda! Quando Della foi presa? O que diabos aconteceu?” Grant gritou no meu ouvido. Acho que ele sabia quem era Della.
“Eu não sei. Minha esposa está em trabalho de parto. Basta ligar para seu pai. Ele pode encontrá-lo. Tenho que ir.”
"Eu vou dizer-lhe" Grant respondeu e eu desliguei.
"O pai de Woods vai saber como achá-lo", assegurei para Blaire. Ela estava franzindo a testa.
"Eu não sei sobre isso, mas talvez eu tenha entendido mal." Ela parou de falar e apertou minha mão novamente. Outra contração.
Blaire
Eu tinha medo de agulhas. Tinha decidido meses atrás que eu não receberia uma agulha longa nas minhas costas. No momento, estava pensando que poderia ter sido uma má decisão. Porque sentia como se minhas entranhas estivessem sendo abertas com uma faca.
Não ajudava o fato de que toda vez que eu precisava gritar, Rush ficava completamente assustado.
Ele precisava se acalmar, porra. Tinha que gritar para lidar com isso. Nunca mais eu lamentaria sobre cólicas menstruais.
Elas eram um passeio no parque comparado com isto.
Outra contração me atingir e agarrei um punhado das cobertas e soltei outro grito de dor. A última vez que a enfermeira verificou eu tinha sete centímetros de dilatação.
Eu precisava chegar a dez, caramba.
"Devo ir buscar a enfermeira? Posso pegar um pouco de gelo? Você quer apertar minha mão?" Rush continuava me fazendo perguntas. Eu sabia que ele tinha boas intenções, mas no momento eu não me importava. Estendi a mão e agarrei sua camiseta e puxei seu rosto para o meu.
"Fique feliz por eu não estar com a minha arma, porque agora estou pensando nas diferentes maneiras de calar a sua boca. Deixe-me gritar e saia", respondi para ele e agarrei minha barriga enquanto outra contração chegou.
"Hora de verificar novamente", disse a enfermeira borbulhante com o cabelo vermelho brilhante puxado para trás em tranças, mas retornou para a sala. Ela deveria estar feliz por não ter a minha arma também. Porque ela seria a próxima na minha lista.
Fechei os olhos, esperando não ter outra contração, enquanto ela estava lá porque eu poderia chutá-la no rosto.
“Oh! Estamos com dez e prontas para deslizar. Deixe-me chamar o médico aqui.”
“Não empurre”, ela me disse mais uma vez. Tinha me dito para não empurrar durante a última hora.
Tudo o que meu corpo queria fazer era empurrar. O médico tinha que apressar seu traseiro.
Rush estava sendo anormalmente silencioso. Olhei para ele e seu rosto me lembrou de um menino no momento. Ele olhou assustado e nervoso. Senti-me mal por ter gritado com ele, mas o sentimento desapareceu quando outra contração me atingiu e desta vez foi pior. Eu não tinha percebido que poderia ficar pior.
O médico careca entrou e sorriu para mim como se isso fosse uma coisa boa.
"Hora de trazer esse rapaz para o mundo." Ele parecia tão alegre como a minha enfermeira. Bastardo.
"Você pode vir e assistir, se você não estiver enjoado ou pode ficar lá em cima com ela enquanto empurra", o médico disse a Rush.
Rush se aproximou da minha cabeça, estendeu a mão e pegou a minha.
"Eu vou ficar com ela", disse ele e apertou minha mão suavemente.
O estímulo me fez querer chorar. Ele estava se esforçando para tornar as coisas mais fáceis para mim e eu tinha ameaçado matá-lo. Eu era uma mulher horrível. Funguei e ele ficou imediatamente ao meu lado.
"Não chore. Está tudo bem. Você pode fazer isso" me disse, olhando firme e pronto para a batalha.
"Eu fui desprezível. Sinto muito", eu botei pra fora.
Ele sorriu e beijou minha cabeça.
"Você está sentindo uma dor infernal e se me bater te fizesse sentir melhor eu não me importaria."
Eu queria beijá-lo, mas, em seguida, outra contração me atingiu.
"Empurre" o médico pediu e eu fiz.
Vários palavrões e empurrões depois, ouvi o som mais bonito do mundo. Um grito. O choro do meu bebê.
Rush
Ele era perfeito. Contei todos os dez dedos dos pés e os dedos da mão enquanto Blaire beijava cada um. Ele também era tão malditamente minúsculo. Eu não tinha percebido que os bebês eram tão pequenos.
"Nós temos que escolher um nome agora", Blaire disse, olhando para mim depois que a enfermeira finalmente colocou nosso filho sobre cama.
Tínhamos conversado sobre várias ideias ao longo dos últimos três meses, mas nada parecia certo. Blaire tinha dito que era difícil nomear alguém que você nunca tinha visto então concordamos em esperar até que ele nascesse para nomeá-lo.
"Eu sei. Nós o vimos agora. Precisamos dar-lhe um nome. No que você está pensando?" Perguntei-lhe pedindo a Deus que ela não sugerisse Abraham Dean novamente. Eu amava o meu pai, mas eu não nomearia meu filho com o nome dele.
"Acho que ele se parece com um Colton", disse ela, sorrindo para ele. Eu não era um fã desse nome.
"Você ainda é contra River?", Perguntei.
Ela sorriu para mim. "Eu quero colocar Rush em seu nome, mas se chamá-lo de River, não poderemos. River Rush ou Rush River soa ridículo."
Tinha me esquecido que ela estava tentando usar o meu nome também. Eu não ia discutir com ela. Gostei da ideia de o meu filho ter o meu nome. "E Cash? Rush Cash!" Eu provoquei e ela mordeu o lábio para não rir e assustá-lo.
"E Nathan poderíamos chamá-lo de Nate", ela disse. Ele parou de mamar e olhou para ela como se tivesse chamado o nome dele. Acho que tinha chegado a uma decisão.
"Nathan Rush Finlay soa bem para ele," eu concordei.
Ela sorriu para mim feliz e inclinou a cabeça para beijar seu nariz.
"Olá, Nate. Bem-vindo ao mundo."
Eu queria abraçá-lo, mas parecia que ele tinha decidido dormir, em vez de socializar. Blaire levantou-o e colocou-o no ombro e acariciou as costas suavemente. Fiquei ali e assisti com admiração. Isto era meu.
Minha família. E eles eram perfeitos.
Quando Blaire ficou satisfeita com sua tentativa de fazê-lo arrotar, envolveu-se firmemente em seu cobertor e olhou para mim. "É a sua vez, papai. Eu preciso descansar. Meus olhos estão pesados."
Estendi a mão para ele e peguei meu filho dos braços de sua mãe. Segurando-o perto do meu peito inalei seu cheiro doce bebê. "Vamos rapaz. Vamos ficar confortável lá e ver se podemos encontrar um basquete para assistir na televisão."
Nate dormiu contente em meus braços e Blaire dormiu muito rapidamente depois que o entregou para mim.
Eu poderia ficar neste quarto com estes dois assim para sempre. Apenas tê-los perto de mim e saber que eles estavam seguros fazia tudo ficar bem.
Uma leve batida na porta quebrou meus pensamentos. Virei-me para ver a porta aberta e vários balões azuis entraram antes de ver a cabeça de Bethy atrás deles.
Ela havia ficado fora tanto tempo quanto podia.
"Tudo bem, papai, eu percebo que você está se divertindo, mas você tem que compartilhar. Os avós estão na sala de espera esperando pacientemente", ela sussurrou depois de olhar Blaire dormindo.
"Eu não quero perturbar Blaire. Ela está exausta. Vou levar o bebê para a janela do berçário. Faça com que todos me encontrem lá."
Bethy olhou para o bebê ansiosamente. Eu sabia que ela queria segurá-lo, mas não estava pronto ainda. Não tinha tanta certeza de que ela não iria deixá-lo. Eu não tinha tanta certeza de que poderia confiar em ninguém para segurá-lo.
Aconchegando-o mais contra mim, me perguntava como diabos eu deveria apenas deixar as pessoas vir à minha casa e segurar meu filho.
"A enfermeira disse que vocês nomearam Nathan Rush. Eu gostei", disse ela.
"Vamos chamá-lo de Nate."
Ela assentiu com a cabeça e, em seguida, saiu para dizer a todos para onde ir. Eu não me importava de mostrar-lhes Nate pela segurança de uma janela, mas não ia deixá-los respirar sobre ele e tocá-lo. Muitos germes. Ele era muito pequeno para essa merda. Ele precisava de um pouco mais de carne antes de ter de lidar com germes.
Entrei no berçário e dei de cara com uma enfermeira. Eu expliquei que estava lá para mostrar o bebê para os familiares através do vidro. Quando ela se virou e viu Dean parado na janela seu queixo caiu.
"Oh meu Deus. O bebê Finlay está relacionado com Dean Finlay? Dean Finlay do Slacker Demon?"
Eu balancei a cabeça. "Sim. É seu neto e eu realmente preciso mostrar Nate aqui para seu avô."
Ela se apressou para me mostrar o caminho e me seguiu até a janela para que pudesse ficar de boca aberta olhando para o meu pai. Dean, entretanto, estava completamente focado em Nate. Ele levantou o polegar e piscou para mim. Abe tinha lágrimas em seus olhos e acenou com a cabeça.
Grant estava bem ali ao lado do meu pai sorrindo para Nate. Bethy jorrava sobre o meu menino e Jace estava balançando a cabeça em concordância.
Jimmy abriu caminho através da multidão para dar uma olhada para ele e colocou a mão na cintura e sorriu para Nate.
Então ele olhou para mim e me deu o aval de aprovação. Esta era a nossa família. Podemos não ter irmãos ou mães aqui com a gente, mas nós temos pessoas que nos amam e que gostam do Nate.
"Você acha que eu poderia conseguir um autógrafo do Dean?" A enfermeira perguntou.
"Vá lá fora e pergunte a ele. Você está pegando-o de bom humor”, eu disse a ela antes de virar e levar Nate de volta à sua mãe.
Blaire
Eu precisava sair de casa. Rush não queria levar Nate e eu a qualquer lugar e uma vez que eu era a fonte de alimento de Nate, não poderíamos ficar separados por muito tempo. Ele ainda se recusava a usar uma mamadeira. Eu já havia tentado bombear o leite e alimentá-lo, mas não estava funcionando. Ele só me queria.
O que era doce, mas como seu pai era um maldito super protetor ele ficava irritado quando as pessoas se aproximavam e queriam segurá-lo.
Fiquei incomodada até que as minhas seis semanas foram-se e estava ok para fazermos sexo outra vez, seria impossível para ele conviver com isso. Eu precisava fazer alguma coisa para excitá-lo ou ele ia explodir.
A primeira semana em casa foi fácil. Estava cansada e Nate não dormia muito a noite, então eu não era fisicamente capaz de sair durante o dia. Senti-me mal por não ir ao funeral do Sr. Kerrington. Woods era meu amigo e eu odiava que ele tivesse perdido o pai de forma tão inesperada. Rush me assegurou que Woods estaria bem depois comecei a chorar quando eu ouvi a notícia. Eu não conhecia o Sr. Kerrington então minha única desculpa para chorar era que estava tendo problemas hormonais.
Ou pelo menos é o que meu médico me disse.
A necessidade incontrolável de chorar foi embora no dia em que fui capaz de prender minha calça jeans pré-bebê sem nenhum problema. Eu tinha ido para o quarto de Nate e balançado-o por uma hora, enquanto ele dormia, que era algo que seu pediatra tinha me dito para não fazer. Estaria estragando ele. Foi tão difícil às vezes. Eu queria lembrar estes dias. Ele estaria correndo ao redor da casa em breve.
Quando Nate completou um mês eu coloquei o meu pé no chão e disse que estava na hora de Rush e eu irmos a algum lugar com ele. Rush concordou que tinha que superar isso e passamos mais de uma hora recebendo todos os seus suprimentos juntos apenas para ir jantar no clube. No momento em que cheguei em casa estava tão cansada que eu percebi que talvez não tivesse valido a pena. Nós poderíamos apenas ficar em casa até ele ser desmamado. No momento em que pensei prontamente comecei a chorar, porque eu era uma mãe horrível.
Rush levou Nate e o colocou na cama para mim enquanto eu fui tomar um banho. Estava caindo de sono. Eu precisava parar de vigiar Nate durante a noite como o seu pediatra sugeriu, mas estava fraca e continuava fazendo. Tinha que parar com isso.
Saí do chuveiro e fiquei na frente do espelho. Meus quadris estavam mais largos agora. Eu tinha certeza que ficariam assim para sempre. Eu estava usando todas as minhas roupas pré gravidez, mas eu não pareceria como eu costumava parecer. Meu corpo era um corpo de mãe agora.
"Droga. Venho tentando não olhar para você nua porque eu estou tentando realmente não recorrer as minhas próprias mãos, mas merda... você está linda."
Ouvir o desejo em sua voz fez maravilhas para a minha autoestima. Eu queria me sentir sexy novamente. Queria sexo novamente. Tínhamos mais duas semanas, até a liberação de meu médico. Eu não tinha certeza se poderia esperar muito tempo.
Virei-me e caminhei até ele. Sexo pode estar fora dos limites, mas me certificar que meu homem fosse feliz, não estava. Eu me inclinei na ponta dos pés e pressionei meus lábios nos dele e, em seguida, mordi seu lábio inferior. Estava cansada de ser doce e romântica. Eu queria ser ruim.
Tirei sua camisa e beijei seu peito sorrindo para mim mesma quando sua respiração acelerou e ele agarrou o meu cabelo. Eu desabotoei sua calça jeans e a desci até seus tornozelos junto com sua boxer. Sua ereção se destacou com orgulho e minha boca encheu de água. Ele era tão lindo. Mesmo esta parte dele era uma maravilha. Deslizando uma mão ao redor da base de seu pênis enfiei a ponta na minha boca e engoli até a cabeça bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, Blaire," Rush gemeu, caindo no batente da porta para se apoiar. Ele enterrou as duas mãos no meu cabelo e me segurou lá. Me afastei deixando seu pênis sair da minha boca com um estalo e, em seguida, brinquei com a cabeça com minha língua. Suas maldições e gemidos só me deixavam mais quente.
"Chupe, meu Deus, amor, profundamente de novo", ele implorou, empurrando minha cabeça para baixo sobre ele até que a cabeça mais uma vez caiu na minha garganta. Eu engasguei e ouvi o gemido de prazer vindo de Rush.
Ele estava gostando de me ouvir engasgar. Eu estava ficando excitada.
Eu deixei a minha mão deslizar entre minhas pernas e deixei Rush controlar seu pênis em minha boca com a mão no meu cabelo. "Porra, você está tocando a si mesma?", ele perguntou, ofegante enquanto puxou de volta para fora da minha boca.
Coloquei a língua para fora e deixei a cabeça deslizar para fora antes de concordar. Então abri a minha boca e olhei para ele enquanto o colocava de volta em minha boca. "Eu quero brincar com essa buceta."
Rush rosnou. "Não goze".
Eu estava muito perto de gozar, então não tinha certeza se poderia prometer-lhe isso. Ele começou a se mover dentro e fora da minha boca mais rápido. Sua respiração se acelerou e suas maldições pioraram. Eu estava prestes a explodir.
"Preciso gozar", disse ele, puxando para fora da minha boca e eu peguei as costas de suas coxas e segurei-o dentro da minha boca. "Blaire, amor, eu vou gozar em sua boca, se você não me deixar tirar."
Chupei com força em cima dele e ele bombeado minha boca. Eu o senti empurrar contra minha língua e suas duas mãos agarraram a parte de trás da minha cabeça. Ouvi o rugido dentro dele um pouco antes da primeira explosão quente bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, amor. Chupe, isso... sim, isso... merda isso é incrível”, ele gritava conforme seu corpo estremecia sob minhas mãos e boca.
Minhas coxas estavam encharcadas de minha excitação. Eu comecei a escorregar a mão para baixo novamente quando Rush tirou o pau de mim, me pegou, me levou para a cama e me jogou sobre ela. Eu sabia que não deveria fazer sexo ainda, mas agora realmente não me importava. Me sentia curada lá. Nada parecia diferente.
Rush empurrou minhas pernas e, em seguida, baixou a cabeça para lamber a umidade no interior das minhas pernas. Eu tremia, enquanto ele ficava mais perto do meu calor. "Eu vou comer essa buceta doce até que você implore para parar", ameaçou pouco antes de deslizar a língua entre minhas pregas e, em seguida, chicotear levemente sobre o meu clitóris. Eu amava o jeito que ele fazia isso. Fazia tempo. Agarrei seu cabelo e segurei-o sobre o meu clitóris. Ele riu e a vibração me fez gritar de prazer.
"Minha menina gananciosa", ele murmurou pressionando beijos perto da minha entrada antes de deslizar a língua para dentro de mim e esfregar meu clitóris com a ponta do polegar. O meu primeiro orgasmo chegou com força e eu puxei seu cabelo, o que o fez rosnar forte e continuar em mim.
"Quero mais", ele sussurrou, sorrindo para mim maliciosamente. Minhas pernas pareciam macarrão quando eu as deixei cair abertas.
"É isso aí. Abra", ele me elogiou.
Deus, eu faria qualquer coisa que este homem quisesse.
No seu satisfeito estado relaxado, seu polegar deslizou para dentro de mim e para fora. Então ele o deixou deslizar até encontrar outro buraco. Um em que eu não tinha certeza se queria que fosse tocado.
"Não fique tensa. Eu não vou te machucar. Apenas deixe-me fazê-la sentir-se bem", ele prometeu. Eu relaxei, confiei nele quando ele deslizou a ponta de seu polegar dentro de mim enquanto provocava meu clitóris com a língua. Me peguei empurrando para trás em seu polegar tentar tê-lo mais profundo e Rush gemeu em aprovação, ele continuou trabalhando com o polegar dentro e fora da minha bunda, enquanto ele fazia amor comigo com a língua.
Houve um novo tipo de orgasmo. Eu não entendia, mas era mais forte. Eu queria. “Rush, eu preciso", implorei, não sei do que precisava.
Ele deslizou seu polegar em minha umidade, em seguida, deslizou para trás novamente para colocá-la dentro do buraco apertado que estava me deixando louca. "Eu sei o que você precisa, doce Blaire e vou dar para você", disse antes de lamber meu clitóris de volta para o pequeno buraco que ele estava brincando tão concentrado. Sua língua circulou o buraco antes de voltar para o meu clitóris e puxando-o em sua boca, enquanto deslizava o dedo dentro de mim.
Eu disparei. Fogos de artifício explodiram dentro de mim e gritei o nome do Rush mais e mais, enquanto meu corpo se contraiu com o puro prazer correndo por mim.
Eu nunca tinha sentido nada parecido. Não havia palavras para descrevê-lo.
Quando finalmente voltei para a terra e conseguiu abrir os olhos Rush estava rastejando para trás sobre o meu corpo para ficar ao meu lado e me puxou contra ele. "Eu preciso te foder, Blaire. Eu preciso tão perversamente", ele sussurrou.
Eu o queria dentro de mim. Só não tinha certeza se eu o queria dentro de mim... lá atrás. Seu polegar era muito menor do que seu pênis.
"Eu quero a sua buceta, amor. Pare de se preocupar sobre o outro. Isso foi só para você. Eu sabia que ia se sentir bem", ele me assegurou, depois cobriu-nos com a colcha e adormeci rapidamente contra seu corpo quente.
Rush
Estendi a mão e desliguei o monitor na hora que ouvi Nate começando a se mexer. Hoje à noite, Blaire iria conseguir dormir mesmo que eu tivesse que ficar acordado durante toda maldita noite, andando pela casa com o rapaz a fim de mantê-lo com sua mente longe da comida.
Eu me levantei para fora da cama e vesti um shorts e uma camiseta, descendo rapidamente para o andar de baixo antes que o choro começasse. Mesmo com o monitor desligado, Blaire seria capaz de ouvi-lo chorar. Eu estava esperando que tivesse cansado ela a tal ponto que dormisse durante o barulho à noite.
Liguei o abajur próximo ao berço quando entrei no quarto e agitação dele parou. Ele gostava de me ouvir cantar.
Blaire disse que ele sempre parava de mamar quando me ouvia falar e ficava bem quieto para ouvir. Eu adorava isso.
Caminhando até o berço, seus pequenos olhos fixaram-se em mim e mesmo que ele não estivesse exatamente sorrindo, ainda assim você podia ver a alegria em seus olhos quando estava animado com alguma coisa. Normalmente, os seios da Blaire o deixavam animado, mas eles também me animavam muito, logo eu não posso culpá-lo por isso.
"Ei, amigão, quando você vai descobrir que, quando está escuro lá fora, você deveria estar dormindo?" Perguntei a ele, inclinando-me sob o berço para pegá-lo.
Ele mexeu em meus braços e, em seguida, moveu a cabeça para que ele pudesse ver meu rosto.
"Você vai ficar comigo esta noite. A mamãe precisa dormir, mesmo que você não precise. Você está cansando ela bastante."
Eu deixei as luzes do abajur ligado e me sentei com ele na cadeira de balanço. "Vamos olhar a luz da lua sobre as águas e as rochas até que você decida que é hora de dormir."
Nate colocou a cabeça no meu peito quando o virei para o meu colo nos balançando. Fiquei imaginando o que sua pequena mente pensava sobre a vista. Será que ele quer ir lá fora, e tocar a areia ou sentir a água? Eu não podia esperar até que ele pudesse falar comigo e me dizer o que estava pensando.
Balançamo-nos por quase uma hora e fiquei esperando que ele pedisse por Blaire, mas isto não aconteceu. Eu olhei para baixo para ver suas pequenas pálpebras fechadas e sua respiração era lenta e uniforme. Nós tínhamos conseguido sem ter que acordar a mamãe. Senti como se tivesse feito alguma coisa.
Eu andei de forma suave e devagar até o berço e o coloquei de volta. Quando eu tive certeza que ele ficaria dormindo voltei para a cama. Papai tinha conseguido.
A próxima vez que Nate decidiu que queria atenção foi depois das sete da manhã. Blaire se sentou na cama, quando ouviu seus gritos e olhou para o relógio. "Oh meu Deus! Será que ele só chorou agora?" Ela perguntou se levantando nua rapidamente da cama.
Eu cruzei os braços sob a minha cabeça e observei a vista enquanto ela se apressava ao redor da sala procurando algo para vestir. Eu estava realmente gostando de seus novos quadris. Eles tinham curvas tão sexy que era difícil pensar direito, enquanto ela passava por mim e eles balançavam.
"Na verdade não. Ele e eu tivemos um tempinho a sós ontem à noite. Expliquei-lhe que você precisava descansar um pouco e ele ficou bem com isso. Acho que entendeu."
Blaire parou de procurar pelas roupas e olhou para mim com a boca aberta ligeiramente. "Você ficou com ele e conseguiu fazê-lo dormir sem ter que alimentá-lo? E ele ficou tranquilo?"
Eu dei de ombros. "Ele concordou que você estava mal-humorada e precisava dormir um pouco mais."
Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios e ela colocou as mãos nos quadris que eu gostava tanto. "Você acha que ando mal-humorada, hein? Ontem à noite eu não estava assim, não é? Quando eu tive seu pau no meio da minha garganta?"
Santo inferno. "Porra, mulher. Você tem que alimentar nosso filho. Não fale assim. Eu vou acabar perdendo minha cabeça antes que me seja dado à luz verde pelo médico."
Blaire riu e se abaixou para pegar uma camisola que ela ia usar na noite passada, mas que nunca chegou perto de colocá-la. Sua bunda empinada ao ar livre fez com que eu me segurasse antes de me aproveitar dela.
O material de seda deslizou sob seu corpo e parou no meio da coxa. Ela me deu um sorriso e se virou para ir em direção as escadas. "Eu vou levar o meu ser mal-humorado lá pra baixo agora", respondeu ela.
Eu assisti os quadris balançarem e se agarrarem a camisola a cada passo que dava. Quando finalmente tinha saído da minha vista, pulei da cama e fui para o chuveiro. Eu precisava de uma puta chuveirada fria para suportar o dia.
Blaire
Coloquei Nate para dar um cochilo e decidi pegar o tempo livre para usar o vídeo de ioga que tinha comprado no iTunes. Eu precisava melhorar algumas partes do meu corpo pós-bebê. Bethy tinha me dito para tentar yoga. Mas encontrar tempo para fazer yoga já era outra estória. A última vez que Nate tirou uma soneca e tentei fazer yoga, Rush tinha acabado de chegar em casa e nós acabamos nus no sofá novamente. Nós nos tornamos profissionais em sexo oral. Não que o Rush precisasse ficar melhor, mas posso dizer que eu aprendi a dar um boquete assassino.
A campainha tocou antes que o vídeo começasse então pressionei pausa e fui ver quem era. Rush não estava aqui, logo não poderia ser Grant. Eles estavam juntos.
Abrindo a porta, meus olhos encontraram Nan, talvez eu devesse começar a olhar pelo olho mágico a partir de agora. Minha frequência cardíaca aumentou e me amaldiçoei por eu ter deixado meu telefone no chão na sala de jogos. Não havia bolsos nas minhas calças de ioga.
"O Rush está?" Ela retrucou. Eu me encolhi mentalmente. Ele não estava aqui e não tinha certeza se deveria deixá-la entrar. Mas, então, como eu poderia deixá-la na porta? Ela era irmã de Rush.
"Ele saiu com Grant há algumas horas. Algo sobre Woods." Eu estava falando demais. Já que não era da minha conta.
"Você vai me deixar entrar? Ou devo voltar mais tarde?" O tom enojado de sua voz, com a ideia de que eu tinha o poder de não deixar que ela entrasse por que a casa agora era minha, era óbvio. Eu não queria deixá-la entrar, mas depois Rush poderia querer vê-la. Ele apenas mencionou sobre ela algumas noites atrás. Ele se perguntava como ela estava, pois me contava que sua mãe disse que ela estava fora da clínica e estava bem melhor.
Indo contra o meu melhor julgamento, recuei para deixá-la entrar. "Entre", eu disse, odiando a ideia de estar sozinha com ela. Minha arma estava no carro, embora eu realmente não acho que precisasse. Ela não era um tipo perigoso... eu acho.
"Então, como é a sensação de ser a Sra. Finlay?" Perguntou. Seu tom indicava que ela não estava feliz com isso e que também não era uma pergunta amigável.
"Maravilhoso. Eu amo o seu irmão”, eu respondi.
"Você não pode mentir para mim. Eu não me engano com olhares inocentes. Você engravidou porque assim você poderia ficar com ele. Ele não iria ignorar seu próprio filho. Você descobriu isso e o usou. Eu só espero que a criança seja dele."
O ódio em suas palavras me fez estremecer. Eu realmente queria chamar Rush e trazê-lo para casa. Eu não queria falar com ela. Não que isso fosse uma conversa para massacrar a Blaire.
"Sinto muito que você se sinta assim. Quando você vir Nate, vai entender que não há dúvidas de quem ele pertence. Ele é o mini Rush." Eu estava com raiva de mim mesmo por ter caído na isca dela e me defender.
Ao mencionar Nate pude perceber que Nan estremeceu. Ou ela odiava a ideia de que tínhamos uma criança, ou odiava que ele também era meu filho e ela não queria ter ligação com o menino. Eu não tinha certeza. "Vou pegar meu telefone e ligar para Rush, para que ele saiba que você está aqui. Por favor, sirva-se de qualquer coisa que quiser beber ou comer. Você sabe onde tudo fica."
Comecei a subir as escadas.
"Espere. Eu não quero ver Grant. Diga a ele para não trazer Grant", ela disse numa voz apertada.
"Ok. Eu digo", respondi. Eu tinha certeza que Grant não queria vê-la também, mas não estava disposta a deixá-la saber que eu sabia de tudo. Eu não iria tocar no assunto.
Apressei-me a subir os degraus e fui pegar meu telefone. Eu ligaria para Rush e, em seguida, iria checar Nate... Talvez eu pudesse matar o tempo sozinha com ele lá em baixo me escondendo. Pegando o telefone disquei o número de Rush.
"Ei baby, está tudo bem?" ele perguntou quando atendeu.
"Hum... Depende do que você considera bem", eu disse. "Sua irmã está aqui."
"Dê a volta, cara. Eu preciso ir para casa agora." Rush disse Grant. "Estou no meio do caminho. Ela está bem? Está sendo legal? Você a deixou entrar?"
"Sim, não muito e sim," respondi.
"Ela não está sendo agradável. Merda, Blaire. Sinto muito. Por que você a deixou entrar?"
"Bem, porque ela é sua irmã, Rush. Eu não ia recusar de deixar sua família entrar na sua casa."
Rush respirou fundo. Eu sabia o que aquilo significava. Ele estava frustrado. "Blaire. Se algum dia eu ouvir você chamar a casa de minha de novo eu vou explodir. Essa é a nossa casa. A porra da nossa casa. Se você não quer deixar alguém entrar, então não deixe. Me chame, eles podem esperar nos malditos degraus até que eu possa chegar. Eu só quero que você fique confortável em sua própria casa."
"Ok. Bem, eu a deixei porque você a ama e eu te amo. Não há motivo maior para discutir, não acha?”
Rush soltou uma risada baixa. "Nan é, e sempre será, provavelmente, a única pessoa que eu amo e não espero que você seja boa com ela. Ela precisa aprender com essa merda. Ela não aprendeu ainda. Você pode mandá-la embora, chutar sua a bunda para fora, o que você quiser. Não aceite as merdas que ela vomita contra você."
Eu decidi que não iria contar a ele sobre a acusação dela de que Nate poderia não ser dele. Ele iria enlouquecer se soubesse. "Apenas se apresse" eu implorei.
"Cinco minutos", ele prometeu.
Eu desliguei e empurrei o celular no meu sutiã esportivo antes de ir ver como Nate estava. Abrindo a porta, eu esperava encontrá-lo chutando e murmurando para as criaturas marinhas penduradas no móbile. Sorrindo, eu caminhei até ele e seus olhinhos se deslocaram até se trancarem com os meus. Ele chutou mais duro ao me ver e meu coração apertou.
"Acho que não foi uma boa soneca", disse a ele, inclinando-me para pegá-lo. "Eu nem sequer consigo fazer yoga e o bumbum da mamãe precisa de um pouco de exercício."
Sua cabecinha tentou se enterrar no meu peito. Não era hora de ele comer, mas quando acordava, ele sempre queria o que estava por baixo da minha blusa. Assim como seu pai. Sorrindo eu o levei para o trocador e coloquei uma fralda limpa nele, enquanto se mexia. Ele odiava ter sua fralda mudada.
Eu o peguei de volta e lhe beijei os lábios franzidos. As lágrimas pararam e ele abriu a boca tentando conseguir algo para comer novamente. "Agora não senhor. Você comeu apenas há uma hora," eu lhe disse antes de sair pela porta.
Eu não queria levá-lo para baixo. Estava com medo do que Nan diria a respeito dele. Não acho que poderia lidar com isso se ela fosse ruim com o meu bebê. A porta da frente soou e deixei escapar um suspiro de alívio. Rush estava em casa.
"Papai chegou", eu sussurrei.
Carreguei Nate pelas escadas e ouviu as vozes de Rush e Nan. Não era difícil. Ela já estava levantando a voz. Rush deve ter tentado corrigi-la por me deixar desconfortável em casa. Eu decidi não levar Nate para a cozinha ao ouvir o pai gritando com Nan. Saímos pela porta da frente. Nate adorava ir lá fora e ver as ondas. A brisa do mar iria abafar as palavras de raiva de Nan. Começamos a caminhar em direção à praia.
"Blaire, você poderia trazer Nate aqui em cima?" Rush perguntou olhando para mim da varanda. Aparentemente, ele queria que Nan conhecesse Nate. Entendi o motivo dele querer que sua irmã conhecesse seu filho, mas ela odiava a mãe dele, de modo que isso podia não ser tão sábio. Fiz uma pausa e olhei para Nate.
A mãe em mim queria levá-lo e correr de volta para o andar superior, nos trancando em segurança dentro do quarto dele. Mas ele era filho de Rush também. Dei um beijo na têmpora do bebê. "A irmã do papai, Nan não é muito agradável. Você vai ter que aprender a ignorar ela." Sussurrei em seu ouvido, mais para mim do que para ele, desde que ele não tinha ideia do que eu estava dizendo.
Quando cheguei ao degrau mais alto Rush estava me esperando. "Se você quiser que eu o segure para você não entrar lá, tudo bem. Mas se você quiser ir lá, eu juro que ela vai se comportar ou vou jogá-la para fora de casa."
Eu não estava prestes a mandar meu bebê para ver o lobo mau e não ir com ele. Se ele tivesse que enfrentar Nan, eu também iria. Eu o segurei mais apertado contra mim e balancei a cabeça. "Eu quero estar com ele."
Rush balançou com a cabeça. Eu pude ver pelo olhar em seu rosto que ele entendeu. Ele abriu a porta para nós e deu um passo para trás para que pudesse caminhar dentro com Nate.
Nan estava sentada na bancada do bar com um olhar irritadiço em seu rosto. Ela se virou e seus olhos foram para Nate. Eu podia ver o momento em que ela percebeu que cada característica do pequeno era de Rush. Ele nem sequer tinha meus olhos. Ele era todo Rush.
"Acho que ele é seu, afinal de contas", disse ela. Parei e dei um passo para trás batendo no peito de Rush. Seu braço veio em torno de mim e ele me segurou lá.
"Você queria vê-lo. Cuidado com o que você diz para a mãe dele. Desculpe-se por essa última observação estúpida ou eu vou levá-la até a porta."
Os olhos de Nan queimaram com fúria e eu tive a sensação que Rush tinha começado algo que realmente não precisávamos em nossa casa. Mas ela respirou fundo e levantou os olhos cheios de ódio contra mim. "Sinto muito", ela retrucou. Ela não quis dizer isso, mas o fato de Rush ter a feito dizer valeu à pena.
"Posso segurá-lo?" Nan perguntou, erguendo o olhar para Rush.
Fiquei dura como uma tábua. Se ele dissesse que sim, eu iria correr dali com Nate. Havia tanta coisa que ele poderia me pedir.
"Provavelmente não é uma boa ideia. Com você olhando para a mãe dele desse jeito, eu não acho que ela vai se sentir segura em entregá-lo."
Nan fez uma careta. "Ele é seu filho também."
"Ele é. Mas Blaire é a mãe dele. Eu não deixaria nada acontecer que a deixasse desconfortável."
"Deus, Rush, onde estão as suas bolas?"
"Segundo strike, mana".
Nan revirou os olhos e se levantou do banquinho. Ela olhou para Nate e seus olhos se suavizaram um pouco. Era difícil não amá-lo. Ele era tão bonito como o pai. "Minha mãe adoraria conhecê-lo", disse Nan, puxando a alça da bolsa em seu braço. "Você deveria pelo menos enviar-lhe uma foto."
"Mamãe não dá a mínima para seus próprios filhos, Nan. Você sabe disso. Por que ela se importaria com o meu?"
Nan não vacilou. Ela apenas deu de ombros.
"Boa pergunta."
Nate começou a mexer nos meus braços. Ele estava tentando chegar aos meus seios novamente. Mudei-lhe de posição em meus braços e Rush se aproximou dele. "Dê ele a mim. Ele não estará pensando sobre o leite enquanto estiver comigo".
Eu entreguei Nate e ele se acalmou imediatamente, olhando para Rush. Ele era fascinado pelo pai.
"Você é bom com ele. Eu não estou surpresa. Você vem trabalhando no papel de pai por tanto tempo", disse Nan. Foi à primeira coisa boa que havia dito desde que tinha chegado aqui.
"Eu sou apenas bom no que faço, porque observo Blaire. Ela que me ensinou tudo."
Nan não gostou dessa resposta e não era verdade. Ele tinha sido natural desde o primeiro dia. Comecei a falar quando Nan empurrou seu banco para trás, raspando no chão. "Eu só queria ver a criança e deixar você saber que eu estou melhor. Se você quiser me ver, estarei na cidade por alguns dias. Eu não estou aqui para criar um vínculo com sua pequena família, mantenha isso em mente."
Vi quando ela saiu da cozinha, seguindo pelo corredor em direção à porta da frente sem dizer uma palavra. Rush não respondeu.
"E ela ainda é uma cadela," Rush murmurou.
Eu me virei para olhar para ele que estava franzindo a testa. "Sinto muito por ela ter falado com você desse jeito", disse ele.
"Eu ignoro tudo o que ela diz. Ela quer que eu seja o vilão e tenho medo que sempre seja assim. Está tudo bem. Eu não me casei com ela", eu respondi.
Nate ouviu a minha voz, e moveu sua cabeça para me olhar, antes de começar a chorar. Ele me queria por causa dos meus seios. Eu sorri e estendi a mão para levá-lo. "Eu vou ter que alimentá-lo novamente. Ele não deve ter se alimentado bem na última vez. Olha como está determinado a comer de novo."
Rush o entregou para mim. "Merdinha de Sorte".
Eu o chutei, quando ele deu uma gargalhada que eu amava.
"Está com fome?" Ele perguntou.
"Sim. Morrendo. Você pode me fazer um sanduíche?" Perguntei a ele antes de ir para a sala de estar para me sentar confortável na cadeira.
"Qualquer coisa para você", ele respondeu.
Rush
Woods estava do lado de fora do clube discutindo com Angie, Angel, Angelina... Inferno, não consigo lembrar o nome dela. Ela aparecia por aqui de vez em quando ao longo dos anos. Eu tinha certeza que ela era uma foda de verão para Woods, quando estávamos no colégio. O pai dela estava nos mesmos negócios como os Kerringtons, e Grant pensou que Woods ia se casar com ela.
Então essa garota Della tinha aparecido e meu palpite foi que as coisas tinham mudado. Ou não. Não poderia dizer. A última vez que soube, Della não tinha acabado na cadeia, por ter sido apenas um mal-entendido. Woods tinha feito um inferno na delegacia.
A menina estava com as mãos nos braços de Woods e parecia que estava implorando. Não tive certeza se eu queria interromper aquela conversa, mas o cara parecia que precisava de ajuda.
Ele tinha merda suficiente para lidar agora que seu pai estava morto. Ninguém estava preparado para isso e tudo foi imposto a Woods durante a noite.
"Cai fora, Angelina. Juro por Deus, se você não me deixar em paz, vou pedir a porra de uma ordem de restrição contra você”, disse Woods quando empurrou as mãos dela. Ele se virou a me ver e o alívio em seus olhos era evidente. "Rush. Ei, você está aqui para a reunião?" Questionou.
Eu não tinha ideia do que ele estava falando e estava disposto a apostar que ele tinha acabado de inventar essa merda. "Sim", eu respondi.
"Isso não acabou, Woods. Juro que não. Você está cometendo um grande erro", ela gritou para Woods, que soltou-se dela e veio ao meu encontro.
"Leve-me longe desse inferno. Rápido", ele murmurou enquanto passava por mim.
Eu me virei e o segui. Eu estava aqui para falar com Bethy sobre tomar conta de Nate amanhã à noite para que eu pudesse levar Blaire a um encontro. Mas parecia que eu tinha que conversar com Woods primeiro.
Ele abriu a porta do clube e entrou sem esperar para ver se eu o seguia. "A mais louca puta que já conheci", ele xingou já que estávamos em toda a segurança aqui dentro. Ele passou a mão pelos cabelos e soltou um grunhido frustrado. "Eu queria fugir. Eu ia. Eu ia tirar a porra do Tripp. Eu ia ficar com Della e íamos deixar essa merda para trás. Meu pai tinha exigido demais e eu estava farto. Então ele teve que seguir e morrer. Descobrir que o testamento do meu pai declarava que no meu vigésimo quinto aniversário, que será em dois meses, este lugar se tornaria meu. Meu avô tinha deixado bastante claro na porra do testamento dele, que era assim tão cheio de segredos, que meu pai não conseguiu modificar. Eu não posso fugir agora, posso? É tudo meu. O avô que eu amava e admirava não me ferrou, afinal. Mas Deus, é tudo tão ferrado agora. Eu só preciso me concentrar em deixar Della tranquila. Eu não tenho tempo para lidar com tudo isso. Eu não sei nada, Rush. Porra de NADA. Meu pai não me deixou trabalhar no lado comercial ao mesmo tempo. Ele disse que eu tinha que conquistar o meu lugar." Woods soltou um suspiro de frustração e começou a andar.
Eu não tinha certeza de tudo o que ele estava falando, mas o cara tinha problemas. Grant era o cara que ele precisava, não eu. Eu não era alguém para compartilhar esse tipo de coisa. Não sou de dar conselhos.
"Woods?" A pequena morena com grandes olhos azuis entrou pela porta olhando diretamente para ele com o rosto preocupado. "O que há de errado?"
O homem se transformou na minha frente. Ele deu dois passos largos e a puxou em seus braços, como se alguém estivesse prestes a tocá-la e ele precisava ter certeza que ela estava segura. "Eu estou bem. Você dormiu muito tarde?" Ele perguntou numa voz suave que, juro por Deus, eu nunca tinha ouvido um cara falar desse jeito.
Ela assentiu com a cabeça e colocou os braços ao redor dele. "Sim. Tudo estava bem esta manhã. Pare de se preocupar”, disse a ele. Ela virou a cabeça e olhou para mim.
"Della, este é o Rush Finlay. Você conheceu a esposa dele, Blaire. Rush, esta é minha Della."
Sua Della. Oh homem, era isso que estava errado. Eles estavam juntos. Eu não conseguia manter o sorriso do meu rosto. Entendo o que ele está sentindo. E dane-se se não estou feliz que Woods esteja envolvido com outra mulher e não atrás da minha. Obrigado, Della.
"É um prazer conhecê-lo", disse ela.
"Prazer em conhecê-la também", respondi. Ela não tinha ideia do quanto. O bom e velho Woods Kerrington estava apaixonado. A merda mais engraçada que já ouvi durante toda a semana.
Grant
As batidas na minha porta soavam como um trem de carga. Empurrei as cobertas de cima de mim e olhei para Paige. Eu a trouxe para casa comigo ontem à noite de uma festa. Ambos tínhamos bebido muito e tivemos muita diversão antes de desmaiar. Isso foi o que consegui lembrar. Paige era sempre agradável e fácil. Ela não era pegajosa.
As batidas continuaram. Peguei meus shorts descartados de ontem à noite e os puxei antes de caminhar pelo corredor em direção à porta. "Cale a boca! Droga" gritei antes de abrir a porta.
O sol me encontrou e estava bem na minha frente. Joguei meu braço sobre os olhos e tentei espiar o filho da puta louco que estava ali. Fazia tempo que tive uma ressaca.
"Você não está encantador esta manhã", Nan falou lentamente, assim que passou por mim e entrou. Merda. Não era quem eu queria lidar pela manhã.
Bati a porta. "O que você quer Nan? São dez horas da manhã", rosnei.
Nan entrou na minha cozinha e encostou-se na bancada.
"Eu preciso de um lugar para ficar", disse ela em uma voz mais suave que só usava quando queria alguma coisa. Um ano atrás, essa merda conseguia me pegar. Eu estava tão envolvido com sua bunda egoísta que não conseguia ver direito. Era tudo sobre sexo. Ela era boa nisso. Uma porra de ginasta na cama. Aprendi da maneira mais difícil de que sexo não se faz para consertar coração partido ou putas egoístas. Não dava mais pra ficar com ela. Especialmente depois de tudo que aconteceu.
"Ligue para Rush. Vou voltar para a cama. Você sabe o caminho para sair." Respondi, voltando para o meu quarto.
"Eu não posso! Ele não vai me ajudar. Não suporto a Blaire e ele sabe disso. Ele a ama mais do que eu. Ela o levou para longe de mim. Ela tomou tudo de mim. Eu a odeio e não posso fingir que gosto. Mas eu não tenho para onde ir. E não quero viver com a minha mãe. Quero voltar para Rosemary".
"Tá foda para você. Tchau, Nan." Eu abri a porta do quarto e fui pra cama, me deitando com a cara para baixo.
"Paige? Sério Grant? Você não sabe até onde ir. Você baixou bastante de nível. Até mesmo agora."
Paige sentou-se esfregando o rosto e eu apreciei o fato de que ela estava nua. Nan estava recebendo uma boa olhada de seus seios. Eles eram muitíssimo mais agradáveis do que os de Nan.
"Eu evoluí. A última garota que fodi foi você", eu respondi. Ela precisava saber.
Paige olhou para mim e depois para Nan com os olhos injetados de sangue. Eu tinha certeza que ela tinha fumado maconha na noite passada. "Que porra é essa?" Ela resmungou puxando o lençol para se cobrir.
"Nan está aqui para fazer a minha vida um inferno. Ignore-a", eu disse rolando na cama para deitar de costas e apoiar minhas mãos atrás da minha cabeça.
"Sério? Isto é tudo que nos tornamos?" Perguntou Nan.
"Isso é o que você nos fez ser, Nan. Você queria foder por um tempo, eu concordei. Foi divertido. Obrigado pela ideia."
"Paige, pelo amor de Deus, vista alguma coisa e saia. Nós estamos tentando ter uma conversa", Nan virou-se para Paige, que estava sentada em silêncio os ouvindo.
Estendi a mão e acariciei a perna dela.
"Não vá. A bunda dela foi mostrada à porta. Ela é que precisa sair", disse a Paige. Realmente preferia que ambas saíssem, mas eu não era um idiota. Jamais iria chutar Paige para fora e deixá-la ir por conta própria.
"Sério? Você vai trepar com essa daí e nem mesmo vai me deixar explicar? Você sabia que eu estava em uma clínica de reabilitação? Será que você se importa? Você com certeza não me ligou. Ninguém ligou. Nem mesmo Rush."
Senti uma pequena angústia por ela, mas era muito pequena. Às vezes eu ainda via aquela garotinha que queria que alguém a quisesse tanto. Foram tempos que tive compaixão. Então me lembrei da cadela que ela havia se tornado e decidi que ela merecia o que tem.
"Quando você planta merda, você colhe isso de volta. Era isso que meu avô sempre dizia. Alguém deveria ter lhe ensinado isso também. Teria nos salvado de toda porra de problema que você causou."
Nan apontou para Paige. "Saia. Agora."
Segurei o braço de Paige. "Ignore-a."
Paige olhou para trás e para frente para nós dois e depois balançou a cabeça.
"Vocês são fodidos. Acho que vou voltar para casa e descansar um pouco. Minha cabeça não pode aguentar isso." Ela começou a se levantar e depois estendeu a mão beijando a minha bochecha antes de rastejar para fora da cama nua.
Admirei a bunda dela enquanto ela pegava suas roupas mais pelo apelo de Nan que de mim. Eu estava cansado demais para pensar em mulheres nuas.
Paige deu tchau para mim e então correu para a porta levando seus sapatos. Eu não tinha ideia de onde seu carro estava, mas isso não importava agora. Ela morava a duas ruas acima no mesmo complexo de apartamentos. O que era outro motivo dela ser útil. Nan se aproximou da cama e se sentou.
"Saia da minha cama, Nan. Juro por Deus que eu vou te dizer cada detalhe do que Paige e eu fizemos nestes lençóis ontem à noite, se você não tirar sua bunda maldita da minha cama", eu avisei. Não conseguia me lembrar de exatamente o que tinha feito na noite passada. Mas Nan não precisava saber disso.
"Você é nojento", gritou ela, levantando-se e olhando para mim.
"Sim, você também. Pelo menos eu conheço Paige. Ela não é uma garota que eu só peguei na maldita rua para foder."
Ela tremia com uma fúria desencadeada. Eu a chamei de merda. Ela tinha me atiçado e conseguiu. Eu já tinha visto o suficiente. Não estava mais interessado.
"Você disse que me amava", ela me lembrou.
"Eu pensei que poderia te amar, Nan. Mas então eu acordei e percebi que uma foda quente e uma boa buceta não são amor. É somente um sexo muito bom".
A mágoa nos olhos dela deveria ter feito eu me sentir culpado, mas isso não aconteceu. Eu tinha confundido necessidade com amor. Eu não sabia como era amar alguém. Não do jeito que Rush amava Blaire. Eu nunca tinha sentido isso. Mas sabia agora. Eu tinha a porra da ideia e tinha certeza que nunca estive.
"Tudo bem. Você quer me machucar, então faça. Eu mereço isso", Nan cuspiu, caminhando de volta para a porta. "Mas isso não acabou, Grant. Eu posso admitir que errei. Mas você só precisa admitir que ainda tem sentimentos por mim."
Será? Eu não tinha certeza disso. Estava zangado com ela por ter me deixado com raiva, mas eu não tinha certeza se sentia alguma coisa ainda.
"Eu estou trabalhando em algumas coisas. Seria bom se alguém se interessasse e me entendesse".
Eu não iria deixá-la virar esse jogo para mim. Eu não pedi por esta merda. Pensei que desse certo. Mas ela recusou-se a ser mais do que uma parceira de foda. Eu queria mais e ela deixou claro que eu poderia facilmente ser substituído.
"Eu não acho que eu sou o único que pode te ajudar Nan. O problema é que sei como sua vida era e porque você é uma puta. Mas, ao contrário de Rush não levo a sério essa desculpa sua. É hora de parar de usá-la e mudar. Você está afastando todo mundo. Você quer acabar como sua mãe?"
Ela endureceu e soube que tinha atingido um nervo. Sem dizer uma palavra, ela se virou e saiu do meu apartamento batendo a porta atrás dela. Que a porra dos ventos a levem.
Agora eu poderia dormir um pouco.
Blaire
Bethy estava esperando por mim no clube para beber. Eu tinha amamentado Nate e o deixei com o Rush para que eu pudesse ter algum tempo de garota. Ela também queria que eu conhecesse oficialmente a Della. Acenei para Jimmy quando passei pela cozinha e segui apressada para a sala de jantar.
Della e Bethy estavam próximas às janelas que davam para o campo de golf. Della se virou e sorriu para mim quando percebeu minha aproximação. Não tinha certeza exatamente o que aconteceu com a polícia, mas sabia que tinha sido um péssimo mal-entendido. O boato era que Woods ameaçou o policial que a tinha prendido. Grant disse que ele o arremessou contra a parede. Exatamente algo que Rush faria.
"Já era tempo de você chegar. Estava prestes a ter minha segunda mimosa sem você", Bethy disse alegremente.
"Desculpe, tive que amamentar Nate antes de vir. Ele estava mais faminto que o normal. Mas você sabe que não posso tomar mimosas. Estou amamentando. Entretanto, vou ficar com um suco de laranja."
"Amamentar não soa divertido. Exceto para os melões incríveis que você tem, não vejo nenhuma razão para não beber", Bethy respondeu.
Escolhi ignorá-la. Ela não entenderia. Em vez disso, olhei para Della. "Estou feliz que finalmente estou te conhecendo", disse a ela.
"Eu também. Sinto muito sobre a última vez que nos encontramos. Não consigo imaginar o que você pensou de mim depois...”, ela parou e ficou sem graça.
"Sabia que tinha acontecido um erro terrível e enquanto estava em trabalho de parto pedi a Rush para ligar a Woods e deixá-lo saber que houve uma emergência", assegurei a ela.
Della soltou um suspiro. "Sim, foi um dia louco. Mas obrigada. Só soube depois que você entrou em trabalho de parto naquele dia."
Bethy pediu outra mimosa para si e para Della. Pedi a nova garçonete apenas um suco de laranja.
"Então, você não está trabalhando para Woods, eu soube", Bethy disse para Della.
Ela franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não. Ele não vai deixar. Ele gosta de me manter com ele a maior parte do tempo. Estamos lidando com algumas coisas..." Ela parou novamente. Entendi que ela não queria falar sobre sua vida pessoal e não podia culpá-la. Ela tinha acabado de nos conhecer.
"Como posso manter vadias como vocês na cozinha? O que devo fazer se toda a minha boa mão de obra continuar ficando com os bundões ricos deste clube e me deixar para trás?" Jimmy disse quando puxou a quarta cadeira na mesa e sentou-se.
"Eu ainda trabalho aqui", Bethy lembrou.
"Você não trabalha na cozinha então você não é de nenhuma ajuda para mim. Estou quase com medo de Woods contratar mais mulheres atraentes. Preciso de alguém para me ajudar e que não lance os olhos para esses bundões com tesão maldito," Jimmy vaiou então piscou para nós.
Olhei ao redor da mesa e sorri. Um ano atrás, eu estava perdida. Eu não tinha ninguém. Ir à casa de Rush Finlay naquela noite tinha mudado tudo. Sentei e escutei Jimmy nos contar sobre seu péssimo encontro na noite anterior e como ele queria as calças de Marco. Marco era, aparentemente, o novo chef. Bethy concordou que as calças de Marco eram muito boas. Olhei para Della que sorria enquanto ouvia a conversa e percebi aquele olhar. Acho que ela encontrou uma casa também.
"Então, Blaire, como é o sexo depois do casamento e do bebê? Temos que saber menina. Rush Finlay ainda está queimando os lençóis?" Jimmy perguntou com seus olhos brilhando em antecipação. Ele tinha uma queda grave pelo meu marido.
"Não é da sua conta, Jimmy. Você precisa seguir em frente com sua fascinação pelo meu marido. É muito tarde agora. Ele é meu", respondi.
"Inferno, você não é engraçada. Só queria os detalhes. Os detalhes torridamente descritivos. E você Della? Quer-me dizer como é com Woods? Ele é mandão também? Parece quente.”
O rosto de Della ficou vermelho e ela riu. "Eu não vou contar nada para você, Jimmy", ela respondeu.
Jimmy levantou-se e esticou o lábio inferior. "E eu que sempre pensei que a fofoca feminina era travessa e divertida. Vocês estão me levando às lágrimas." Ele acenou com a mão de forma dramática para nós antes de se virar e seguir para a cozinha.
"Agora que ele se foi, eu gostaria de saber como é o sexo com o Rush e Woods", Bethy disse com um sorriso.
Eu balancei a cabeça e olhei para a porta, Grant veio caminhando sozinho. Parecia que estava imerso em seus pensamentos. Ele não tinha aparecido ultimamente e achei que era porque ele estava fora da cidade de novo. Algo parecia que estava lhe incomodando. Ele olhou para cima e seus olhos se encontraram com os meus. Um pequeno sorriso tocou seus lábios e ele piscou antes de caminhar e sentar-se a mesa sozinho.
"Grant está de volta à cidade para o verão. Mas, ele parece diferente." Bethy falou, aparentemente, pensando a mesma coisa que eu.
"Sim, ele parece desligado", eu concordei.
"Se você brinca com fogo acaba se queimando. Nan é de todo o pior tipo de cadela. Ela teve que foder com a cabeça dele. Eu ainda não consigo acreditar que eles estavam transando," Bethy sussurrou.
"Nan apareceu outro dia", eu disse, olhando de volta para Bethy e depois Della. "Ainda parece que ela me odeia."
Bethy bufou. "Quem se importa? Aquela puta".
Os olhos de Della se arregalaram e eu percebi que nós estávamos falando sobre pessoas que ela não conhecia. Isso era rude.
"Então, Della, eu sai e perdi toda a ação. Diga-me exatamente como você conheceu Woods? Foi aqui no trabalho?"
Della balançou a cabeça e sorriu.
"Não exatamente. Nós nos conhecemos em setembro... foi... tipo uma aventura de uma noite", disse com suas bochechas ficando rosa brilhante.
Isso ia ser mais suculento do que pensava. "Oh, isso soa divertido", respondi e me inclinei para ouvir o resto.
****
Nate já tinha tomado a mamadeira. A tia de Bethy, minha antiga chefe, Darla tinha concordado em tomar conta para que nós pudéssemos ir até o luau do clube. Era o pontapé para a temporada de verão e também somente para os membros. Rush não queria ir, mas Bethy tinha ligado e implorado a nossa presença. Eu me senti culpada por não ter tido tempo suficiente para ficar mais com ela, então o convenci.
Amanhã terei uma consulta médica e a paciência de Rush estava no limite. Ele estava esperando ir comigo, para então me atacar no estacionamento. O que eu não iria reclamar, mas não queria lhe dar ideia.
Grant tinha ligado para ver se íamos e também Woods. Ele queria saber se eu poderia ficar com Della, caso ele tivesse que lidar com algo durante o luau. Bethy também ficaria por perto se precisasse. Elas se tornaram amigas, o que só confirmou a minha crença de que ela seria uma boa pessoa. Bethy era exigente.
A fogueira era maior do que qualquer outra na praia, isso porque a cidade não podia controlar o que acontecia na propriedade do clube, assim era permitido fazer esse tipo de festa na praia, que era pública. Bethy disse essa era à festa "imperdível" da temporada. O que me pareceu bom. Rush e eu precisávamos sair.
"Tem certeza que não quer ir mudar de roupa antes de sair do carro", perguntou Rush, olhando para mim.
Franzi minha testa, quando olhei para minha roupa nova. Eu comprei na semana passada. Era uma saia de linho branco que ficava no meio da coxa e uma blusa amarela pálida de um ombro só que acabava perpassando a cintura da minha saia. Era algo que brilhava se eu levantasse meus braços. "Você disse isso em casa. Você não gostou?" Talvez meu corpo não estivesse pronto para usar algo como isso.
Rush agarrou meu queixo e segurou seu olhar com o meu. "Você está deliciosa, Blaire. Eu não gosto de saber que outros homens estarão olhando para você."
Oh. Bem, nesse caso. "Tenho certeza de que não vou mudar. Eu gosto quando você fica todo possessivo. Me deixa com tesão," eu disse a ele com uma piscadela enquanto abria a porta.
"Você está me matando, mulher", disse ele com um boom ao fechar sua porta.
Rush estendeu a mão e pegou a minha, enquanto caminhamos até a praia.
O sol já havia caído, mas o luau iluminava o nosso caminho quando chegamos até a metade da passagem. Bethy estava acenando para nós e pulando de cima pra baixo, assim que entramos na festa.
"Acho que ela quer que a gente fique com eles," Rush disse num tom divertido.
"Também acho", respondi.
Bethy já tinha bebido três doses quando chegamos. Jace revirou os olhos quando ela cambaleou para me abraçar. Ela cheirava a tequila.
"Ei, você está atrasada!"
"Não, eles não estão. Você só começou a tomar todas logo de cara e agora está bêbada demais para saber quanto tempo nós estamos aqui," Jace levantou-se do seu lugar. Ele também parecia um pouco irritado com ela.
Olhei em volta para Della, mas não a vi. "Onde está Della e Woods?" Perguntei a Bethy que sorriu para mim como se ela não tivesse ideia de que eu estava falando.
"Eu os vi um pouco atrás, mas Woods teve que lidar com alguns dos funcionários que estavam fumando maconha. Não sei o que aconteceu com Della", disse Jace.
Porcaria. Nós deveríamos estar cuidando de Della. "É melhor eu ir procurá-la", eu sussurrei para Rush.
"Vou com você. Não sei se quero você andando aqui sozinha", disse ele.
"Não. Apenas se sente e converse com Jace. Pegue uma bebida. Eu só vou dar uma olhada por aí e volto. Você não precisa vir comigo."
Rush franziu a testa e eu o empurrei na direção da cadeira livre ao lado de Jace. "Vá", pedi e olhei para a Bethy. "Vou procurar Della," disse a ela.
"Eu também! Eu quero ir também!" Bethy disse, levantando a mão como se estivesse na escola.
"Não... Sua bunda bêbada vai ficar aqui," Jace respondeu.
Bethy estendeu o lábio inferior e se sentou no colo de Jace. "Você não é divertido", ela reclamou.
Não esperei ela perguntar novamente. Virei-me e fiz meu caminho próximo ao fogo. Eu vi vários rostos familiares. Ganhei um abraço de Jimmy e conheci o cara que topou ter um encontro com ele naquela noite, mas ainda não tinha visto Della. Dei a volta e me dirigi até os limites do luau para ver se ela estava se escondendo na escuridão. Também não vi ninguém.
Eu comecei a dar meia volta e retornar para Rush, quando ouvi uma voz estridente gritando. Não era uma voz assustada, mais como se estivesse chateado com alguma coisa. Dei um passo mais perto do estacionamento e ouvi outra voz, definitivamente feminina e muito sulista tentando acalmar a outra voz. Olhei para trás na direção que deixei Rush, mas ele não me viu.
Voltei para o estacionamento seguindo as vozes. Cheguei o mais perto que pude para ouvir a conversa. Mas não havia mais ninguém no estacionamento. Então para onde eles foram? Fui até onde tinha estacionado o carro e parei.
"Não, por favor. Apenas, fale com Woods. Eu não fiz nada. Eu juro. Não, oh Deus." A voz suave estava com medo.
"Estou farta de falar com Woods. Você pegou o que era meu. Ele escolheu você. Chega... Ele pode ter você sua vadia idiota. Mas primeiro você vai pagar por ter tomado o que era meu." Um forte tapa e um grito de dor seguido das palavras dela. "Isso dói, não é, piranha? Você é uma idiota. Por que Woods pensa que você pode fazê-lo feliz, eu não sei. Mas ele vai aprender. O merda vai aprender a não se meter comigo”, disse a mulher com raiva de novo e outro grito de dor veio de quem agora eu sabia que era Della. Eu não tinha ideia de quem era à outra mulher, mas ela estava machucando Della. Pensei em chamar Rush, mas ela poderia machucar ainda mais a outra.
Eu não precisava de Rush. Eu não tinha certeza de quem era a psicopata, mas eu poderia lidar com ela. Enfiei a mão na bolsa e tirei a chave, abrindo a porta silenciosamente.
Deslizando minha mão sob o assento, peguei minha arma e garanti que a carga estava vazia, e então verifiquei a trava de segurança. Eu não tinha a intenção de atirar em ninguém. Não havia necessidade de que ele estivesse carregado. Eu só precisava assustar a agressora e, em seguida, chamar Woods.
Felizmente, ela não tinha machucado muito a Della.
Outro grito de Della me fez andar mais rápido. Eu segui as vozes próximas a um edifício. Eu vi a outra mulher pela primeira vez. Ela estava segurando Della pelos cabelos e a chamou de louca novamente. Ela tinha certeza que Della era maluca. Essa vadia estava me irritando.
Eu segurei a arma e apontei para a mulher antes de deixá-la saber que ela tinha companhia.
"Deixe-a ir", eu disse e percebi como a mulher se virou ainda segurando o cabelo de Della... que soltou outro soluço.
"Que porra é essa?" Disse a mulher, olhando para mim como se eu fosse a única que estava louca.
"Solte o cabelo dela e dê um passo longe," eu disse alto e em bom som, no caso dela não ter entendido.
Ela riu. "Você só pode estar brincando. Eu não sou idiota. Vá cuidar da sua vida e pare de brincar de As Panteras".
Soltei a trava de segurança e posicionei a arma. "Ouça piranha. Se eu quisesse poderia furar ambas as suas orelhas daqui sem estragar a merda do seu cabelo. Vá em frente e me teste." Eu mantive minha voz calma e fria. Eu queria que ela acreditasse em mim, porque realmente não queria ter que atirar nela para provar meu ponto.
Seus olhos se arregalaram e ela soltou o cabelo de Della. Do canto do meu olho, eu vi Della rapidamente se afastar.
"Você tem alguma ideia de quem sou eu? Eu poderia acabar com você. Sua bunda vai ficar na cadeia por muito tempo por isso”, ela rosnou, embora eu pudesse ouvir o medo em sua voz.
"Nós estamos no escuro e somos três. Você não tem um arranhão. Os machucados e as feridas de Della provam que será nossa palavra contra a sua. Eu não me importo quem você é. Só me parece que não é uma situação boa para você."
Ela se afastou para longe de mim um pouco mais, mantendo os olhos na minha arma. "Meu pai vai ouvir sobre isso. Ele vai acreditar em mim", disse ela com a voz trêmula.
"Bom pra você. Meu marido também vai ouvir sobre isso e ele, com certeza, vai acreditar em mim."
A mulher soltou uma risada com raiva e balançou a cabeça. "Meu pai pode comprar esta cidade. Você fodeu com a mulher errada."
"Sério? Tente de novo, porque agora você está olhando para uma mulher com uma arma carregada que pode atingir um alvo em movimento a qualquer hora. Então, por favor... Só. Tente. Novamente."
Della estava encolhida com os braços em volta dos joelhos enquanto continuava sentada silenciosamente nos observando.
"Quem é você?" Perguntou a mulher, pela primeira vez, me levando a sério.
"Blaire Finlay", eu respondi.
"Merda. Rush Finlay se casou com uma caipira com uma arma. Eu acho isso difícil de acreditar." Ela esnobou.
"Se fosse você, eu acreditaria, já que ela está segurando a porra da arma," a voz do Rush veio atrás de mim.
Os olhos da mulher se arregalaram. "Você está brincando comigo? Esta cidade é insana. Como todos vocês”.
"Você foi a única a bater em uma mulher inocente por causa de um homem e no escuro" Lembrei a ela. "Você é a única que parece louca aqui."
A mulher ergueu as mãos. "Tudo bem. Já chega disso. Vocês venceram", ela gritou e caminhou para o estacionamento. Eu baixei a arma e coloquei de volta a trava de segurança antes de entregá-la a Rush, e então corri para Della. Seus grandes olhos azuis estavam arregalados em descrença.
"Você realmente acabou de apontar uma arma para ela", ela perguntou com admiração na voz.
"Ela estava dando uma surra em você", lembrei. Ela escondeu o rosto entre as mãos e soltou uma risada trêmula.
"Oh meu Deus. Ela é louca. Eu juro que eu estava começando a pensar que ela ia me bater até eu ficar inconsciente. Fiquei pensando que ia desmaiar e ela realmente iria me machucar." Ela olhou para mim. "Obrigada."
Estendi a mão para ela. "Você pode se levantar? Ou prefere sentar aqui mais um pouco, enquanto eu chamo Woods?"
"Eu quero me levantar. Eu preciso me levantar", disse ela.
Eu a ajudei. "Você tem um telefone?"
Ela assentiu com a cabeça e tirou um do seu bolso. Esperei enquanto ela discou para Woods.
"Ei".
"Na verdade, não, não realmente. Eu tive um incidente com Angelina".
"Não... não... ela se foi. Uh, Blaire apareceu e... deve ter assustado ela.”
"Blaire ainda está aqui com o marido dela."
"Atrás do edifício-garagem."
"Ok. Eu também te amo.”
Ela desligou e olhou para mim através de cílios grossos. "Ele está a caminho."
"Bom. Vamos esperar com você." Eu abri minha bolsa e tirei um pacote de lenço umedecido. Eu era uma mãe agora, então tinha isso comigo a todo o momento. "Você quer limpar o sangue de seu lábio antes dele chegar aqui e ir atrás de Angelina?"
Della acenou com a cabeça e pegou o lenço da minha mão. "Obrigada."
Eu me virei para olhar para Rush que estava me observando, mas até agora não tinha falado muito. Dois faróis apareceram pela estrada, logo brecando ao lado de onde estávamos. Woods pulou da caminhonete e veio correndo até onde eu estava com Della.
"Droga", ele gritou puxando-a em seus braços. "Deus, baby, eu sinto muito. Ela vai pagar por isso", assegurou ele, enquanto suas mãos corriam sobre ela verificando se ela estava bem.
"Está tudo bem. Acho que Blaire a assustou", Della disse contra o peito dele.
Woods olhou para mim e fez uma careta. "O que Blaire fez?", perguntou Woods.
"Ela apontou uma arma para ela e a ameaçou furar suas orelhas", disse Della.
Woods levantou uma sobrancelha. "Então, Alabama puxou a arma de novo? Obrigado, Blaire", disse ele antes de beijar a cabeça de Della e sussurrando em seu cabelo palavras que foram feitas para ninguém a não ser ela.
"Fiquei feliz em encontrá-las. Você precisa fazer algo sobre essa mulher, ela é uma piranha maluca", eu disse antes de virar e caminhar de volta para o Rush. Ele enfiou a mão na minha cintura e me segurou contra ele.
"Obrigada", Della falou novamente.
"Não há de quê", respondi e depois Rush e eu voltamos para o estacionamento.
"Não vou ser capaz de esperar até amanhã. Você estava incrível quando virei à esquina e você estava lá como uma poderosa segurando uma arma contra Angelina. Eu acho que posso ter gozado no meu maldito jeans quando você disse a ela que podia furar as orelhas dali. Vou foder essa pequena buceta doce hoje à noite.”
Eu tentei morder o lábio para não rir, mas não consegui.
Rush sorriu. "Fico feliz que você concorda que não há mais porque esperar. Estou pronto para me perder no meu céu de novo."
Eu parei de andar e fiquei na ponta dos pés para beijar sua bochecha. "Eu te amo, Rush Finlay".
"Foi bom eu não deixar a sua bunda sexy ficar muito longe de mim de novo."
"Quão longe é longe demais?" Eu perguntei.
"Tudo é muito longe. Mas eu quero você aqui ao meu lado... para sempre."Blaire
"Sim, mas eu não tenho certeza de quando papai estará em casa. Não podemos simplesmente ir para lá”, respondi incapaz de conter-me de rir dele.
"Doce Blaire, se eu não entrar em você de verdade o mais malditamente rápido, seu pai vai saber que estamos fazendo sexo. Essa mesa de cozinha pequena está parecendo muito legal agora."
Eu tremia com antecipação quando ele me puxou para dentro do quarto inferior.
"Só uma cama", ele disse, enquanto olhava para o pequeno quarto. "Claro que sim".
Arrastei-me em cima da cama desfeita e ele me seguiu antes de voltar a fechar a porta de correr trancando-a. Sua conversa suja e meu estado de tesão tão excitado não ia demorar muito para me enviar ao céu. Eu estava tremendo com a necessidade que ele me tocasse.
"Tire isso", ele disse, olhando incisivamente para o meu vestido. Estendi a mão para a bainha e puxei-o sobre a minha cabeça antes de jogá-lo para o lado do colchão. Eu não tinha me incomodado com um sutiã, mas eu estava usando calcinha.
Seus olhos queimavam com o calor quando ele olhou para os meus seios. Adorei saber que a visão do meu estômago inchado não fez ele me querer menos. Pelo contrário, ficou ainda mais atraído por mim.
Ele tirou a camisa, em seguida, arrastou-se e ajoelhou-se diante de mim. Suas grandes mãos seguraram meus seios e meus mamilos, ele brincou fazendo-me gemer e me pressionou ainda mais em suas mãos. Suas mãos moveram para o sul até que ele estava cobrindo meu estômago com as duas mãos e me acariciando. "Minha", ele disse simplesmente com admiração e reverência em sua voz.
Em seguida, sua mão escorregou para baixo entre as minhas pernas e para a calcinha que eu ainda estava usando. Ele descobriu exatamente como eu estava excitada. "Mmmm, minha doce Blaire precisa de mim. Eu gosto disso. Eu amo pra caralho", ele gemia e me colocava de volta no colchão antes de puxar minha calcinha. Passou o polegar sobre a almofada de meus pés depois enrolou uma mão em torno de cada um dos meus tornozelos e puxou-os sobre os ombros.
"Rush.” Eu tentei pará-lo antes que ele começasse só porque eu o queria dentro de mim. Mas sua língua sacudiu para fora sobre minhas pregas e lambeu todo o caminho até o meu clitóris fazendo com que todo o pensamento razoável voasse para longe. Peguei um punhado do lençol e virava contra meu rosto enquanto eu gritava seu nome. Eu já não me importava se ouvissem. O metal suave na boca brincou com meu clitóris incansavelmente enquanto ele corria para trás e para frente sobre o meu sexo inchado.
"Tão malditamente doce", ele murmurou contra mim e me desfiz. Meu corpo estremeceu e eu tinha certeza que eu gritei o nome dele alto o suficiente para que os nossos vizinhos ouvissem. Quando eu consegui abrir meus olhos novamente, ele estava nu e movendo-se entre as minhas pernas.
Eu levantei para atender seu impulso e adorei ver seu rosto se contorcer de prazer enquanto ele sussurrava meu nome neste momento.
Rush se abaixou e puxou meus quadris para atender seus impulsos quando ele deslizou dentro e fora de mim em um ritmo constante. Senti o prazer crescendo e eu me tornei mais frenética para sentir isso de novo. Comecei a levantar meus quadris enquanto eu agarrei seus braços para me puxar para cima mais rápido.
Rush parou e me aliviou de volta, diminuindo o ritmo enquanto ele se movia sobre mim.
Sua boca cobriu a minha e ele começou a me beijar como se tivesse todo o tempo do mundo, quando na realidade eu estava a poucos golpes longe de outro orgasmo. Sua língua correu pela minha, enredando com ele e, em seguida, lambendo meus lábios antes de pressionar beijos castos nos cantos da minha boca e, em seguida, chupando meu lábio superior.
"Não me deixe novamente. Eu não posso te perder" ele implorou.
Seus quadris se moveram e pressionaram para mim profundamente mais uma vez quando soltou um gemido.
Eu fui voando distante, agarrando-me a ele e prometendo-lhe tudo o que ele queria. Seu grito de libertação me expulsou novamente.
Quando eu finalmente consegui respirar, Rush me abraçou, enfiando a cabeça na curva do meu pescoço. Seu hálito quente fez cócegas e me acalmava ao mesmo tempo.
"Eu te amo. Pra caralho", disse ele em um sussurro rouco.
"Eu também te amo. Pra caralho", respondi com um sorriso feliz.
Ele riu, mas não olhou para mim.
Ele manteve o rosto enterrado contra mim. "Vou precisar de você novamente. Sinto muito", disse ele.
Confusa, eu fiz uma careta e me afastei para que eu pudesse ver seu rosto. "Por que você está triste?"
"Porque eu posso ser insaciável hoje à noite. Têm sido longas 24 horas."
"Quer dizer que você quer mais, agora?" Perguntei.
Rush deslizou as mãos entre as minhas pernas. "Yeah, baby, eu quero."
****
Rush estava dormindo quando ouvi meu pai entrar no barco. Eu estava grata que ele ficou fora durante toda a ação. Rush tinha finalmente adormecido de cansaço. Eu estava completamente satisfeita, no entanto. Eu lutava contra o sono, porque eu queria esperar que meu pai voltasse para casa. Peguei meu vestido e aliviei-me dos braços do Rush, em seguida, coloquei-o sobre a minha cabeça. Eu precisava ir dizer-lhe que Rush estava aqui. Eu não lhe disse muita coisa, não que ele precisasse de alguma explicação.
Abri a porta, olhei para Rush, que ainda estava dormindo pacificamente.
Estiquei-me na cama e sai do quarto na ponta dos pés e subi as escadas. Meu pai estava sentado na mesa da cozinha pegando um copo de leite. Ele olhou para mim e sorriu.
"Não quis acordá-la", disse ele.
"Você não me acordou. Eu estava acordada", respondi. Balancei a cabeça para frente do barco, do lado de fora, onde a nossa voz não se ouvia no térreo, em voz alta. "Podemos conversar?"
Papai olhou para as escadas e franziu a testa, em seguida, balançou a cabeça e levantou-se para caminhar de volta para fora da cabine.
Fechei a porta da cabine para abafar qualquer coisa antes de me virar para olhar para o meu pai. "Rush está aqui", expliquei. "Ele está dormindo."
Compreensão amanheceu no rosto do meu pai e ele concordou. "Bom. Ainda bem que o menino foi inteligente o suficiente para buscá-la."
Ele gostava de Rush. Ele tinha me jogado na frente de Rush, para começar. Eu estava feliz por ele aprovar. Isso tornava as coisas muito mais fáceis. Eu queria manter um relacionamento com meu pai e Rush não tinha sido um fã dele há muito tempo.
"Eu saí por causa de sua família. Nan principalmente. Ela é... demais às vezes."
"Ela é um pesadelo. Ela não é minha filha, você pode ser franca. Passei bastante tempo com ela para saber que ela está precisando de alguma atenção séria de um pai."
Eu balancei a cabeça e sentei-me no banco, em seguida, coloquei minhas pernas debaixo de mim. "Eu não quero odiá-la porque Rush a ama. É difícil ir embora. Ela está determinada a levá-lo para longe de mim. Às vezes eu acho que ela só pode ganhar."
Papai sentou-se em uma cadeira de gramado com as cores do arco-íris. "O rapaz te ama mais. Ele sempre vai te amar mais. Qualquer um pode ver isso, menina. Você apenas tem que aprender a não deixar Nan intimidá-la."
"Eu estou tentando. Mas então, quando ela precisa dele, ele está lá. A maior parte do tempo em detrimento das minhas necessidades. Ela sempre ganha. Eu sei que parece bobagem, e eu estou sendo egoísta, mas eu preciso dele para cuidar de mim. Eu preciso dele para cuidar do nosso bebê sobre todos os outros. Eu não... Eu não sei se ele fará isso." Dizer as palavras em voz alta causou uma contração na minha garganta.
Admitir o seu pior medo era difícil. Mas eu precisava de alguém para me ouvir.
"Você merece ser a número um. Você já passou por muita merda, graças a mim, e é hora de um homem fazer você se sentir como se fosse à pessoa mais importante no seu mundo. Não é egoísta. É normal. A irmã dele usa o fato de que ela foi privada de um pai como desculpa para ser uma cadela mimada em fúria. Você foi entregue a um negócio ainda mais fodido. Você perdeu sua irmã, seu pai e sua mãe. Você teve mais dor do que a menina poderia entender, mas você ainda ama. Você ainda perdoa e você é forte. Você será uma mulher e mãe incrível.” Papai soltou um suspiro pesado. "Toda a vida de Rush ele pensou em Nan como sua filha. Ele a levantou. Ela é uma adulta agora e está na hora dele soltar. Ele está tentando descobrir como fazer isso e eu acho que ele vai encontrá-lo. Ele ama você. Eu sei que ele ama. Qualquer tolo pode ver isso no seu rosto”.
Eu esperava que ele estivesse certo. "Eu o amo o suficiente para que eu tenha medo, de sempre perdoá-lo caso ele escolha ela”.
Meu Pai acenou com a cabeça e inclinou-se para descansar os cotovelos sobre os joelhos. "Acho que se isso acontecer, então terei que voar de volta a Rosemary para bater para caralho nesse menino. Você acabou de me chamar. Eu sempre vou te pegar".
Sorri com o olhar sincero em seu rosto quando ele ameaçou bater em Rush por mim. Este foi o homem que eu cresci amando. Este era o homem que tinha ameaçado Caim com o seu rifle de caça no nosso primeiro encontro. Eu andei até ele e envolvi meus braços ao redor do pescoço dele. "Eu te amo", eu sussurrei.
"Eu também te amo, ursinha Blaire."
A tosse forte me assustou e eu olhei para trás para ver o cara de antes, mais uma vez, de pé em seu barco nos observando. Ele estava começando a me dar arrepios. Pelo menos desta vez ele estava vestindo uma camisa, mesmo que estivesse desabotoada e aberta.
"Boa noite, capitão" papai gritou e o cara levantou a cerveja em uma saudação.
"Boa noite", respondeu ele. Mas ele não saiu. Ele apenas ficou lá.
"Esta é Blaire. A minha filha", disse papai.
"Nós nos encontramos hoje cedo", disse a Abe e piscou para mim novamente. Eu imediatamente me senti desconfortável. Rush não gostaria que ele piscasse assim para mim. Talvez não devêssemos ficar alguns dias. Eu estava grávida.
Ele não podia ver isso? Por que ele estaria flertando com uma mulher grávida?
"Ah, bem, então, bom. Fico feliz que vocês se encontraram," papai parecia nervoso. Alguma coisa estava errada. Esse cara era perigoso?
A porta da cabine se abriu e um Rush babando de sono caminhou para fora. Desta vez, ele estava sem camisa e a calça jeans estava desabotoada. Eu duvidava que ele mesmo tivesse colocado sua cueca. Parecia que ele tinha acabado de acordar e percebeu que eu estava faltando e puxou sua calça jeans para vir e me encontrar. Seus olhos passaram de mim para o Capitão. O rosnado irritado em seu rosto me surpreendeu. Ele não tinha visto a piscadela do homem para mim, tinha?
"Olá, Abe", disse ele em uma voz sonolenta quando ele se aproximou e me puxou contra ele. Sim, ele definitivamente estava afirmando sua propriedade. Por que ele se sente ameaçado? Será que esse homem não entende que eu estava completamente obcecada por ele?
"Rush. Mesmo que eu estivesse muito feliz de ver Blaire, fico feliz que você foi inteligente o suficiente para vir buscá-la", respondeu Abe.
A advertência em seu tom de voz era inconfundível. Ele estava deixando Rush saber que ele não gostava de me sentir em segundo plano.
Rush assentiu e apertou os lábios contra a minha cabeça. "Isso não vai acontecer novamente", disse a meu pai.
Papai acenou com a cabeça. "Bom. Da próxima vez eu não vou ser tão compreensivo", disse ele.
"Recém-casados?" Capitão perguntou, ainda de pé nos observando.
Rush ficou tenso e eu cheguei para perto dele para acalmá-lo. Ele queria ser um recém-casado. Ter um cara questionando a nossa relação o incomodava.
"Eles estão comprometidos", explicou meu pai.
O capitão apontou a cerveja em minha direção como se estivesse apontando para o meu estômago.
"Tem coisas um pouco para trás, não é?" A acusação em sua voz fez Rush se mover antes que eu pudesse impedi-lo. Imediatamente ele foi ao meu redor e movendo-se através do barco. Estendi a mão e agarrei o braço do Rush, assim que seu pé atingiu o passo que conduziu para fora.
"Tudo bem, segure ai", meu pai disse em uma voz de comando alto que eu não estava acostumado a ouvi-lo usar. "Eu ia esperar e explicar isso para Blaire sem uma audiência mínima, mas parece que eu preciso fazer isso agora. Uma vez que você o fez e chateou Rush." Ele estava filmando o capitão com um olhar irritado.
O que ele estava falando? Que tipo de explicação?
Rush parou de se mexer e olhou de volta para o meu pai. "Ninguém fala com Blaire assim. Eu não dou a mínima para quem ele é."
"Não estava falando com Blaire. Eu estava falando com você", o capitão falou lentamente em um tom aborrecido e tomou outro gole de sua cerveja.
Enrolei as duas mãos em torno do braço do Rush e segurei firme.
"Isso é o suficiente, menino", meu pai virou-se para o capitão. Eu gostaria de argumentar que ele não era um menino, mas um homem que poderia provavelmente machucar meu pai sem suar a camisa. Eu preferia que ele ficasse amigável com seus vizinhos.
O capitão levantou ambas as mãos e encolheu os ombros. "Tudo bem", respondeu ele. Fiquei chocada que ele recuou tão facilmente.
Papai suspirou e olhou para mim.
"Você pode querer voltar a sentar", disse ele.
Eu não tinha certeza de que eu queria ouvir isso. Por que eu preciso sentar-me? Rush tomou o meu lugar, então me puxou para o seu colo e passou os braços em volta da minha cintura. Papai olhou para o Capitão e franziu a testa. Ele não quis me dizer o que foi que ele estava prestes a me dizer. Isso me deixou nervosa.
"Quando eu tinha dezesseis anos eu bati na minha namorada do colegial," ele começou e eu agarrei os braços de Rush e segurei firme. "Becca Lynn não estava pronta para ser mãe e eu com certeza não estava pronto para ser pai. Concordamos em colocar o bebê para adoção. Os pais de Becca Lynn lidaram com a descoberta dos pais adequados para o bebê e, em seguida, ela o teve. Nós não ficamos juntos. Nós tínhamos terminado devido à realidade de sua gravidez e do que tinha acontecido. Após a formatura, ela foi para a faculdade, na costa oeste e eu fui para a Geórgia. Nunca mais a vi”, meu pai disse, suspirou e me estudou por um momento antes de prosseguir. Os braços de Rush estavam apertados em torno de mim e eu estava segurando ele. Eu ainda não tinha certeza exatamente para onde isto estava indo, mas eu tinha uma ideia.
"Depois que você e Valerie nasceram eu percebi o quão preciosa vocês eram. Eu te amei pra caramba, até que uma noite eu disse a sua mãe sobre o bebê que eu tive com Becca Lynn e que havia desistido há oito anos. Pela primeira vez, eu estava dividido sobre a perda de uma criança, que eu tinha pensado que eu não queria. Sua mãe fez seu objetivo de encontrar o meu filho. Ela procurou por anos. Tudo sempre levou a outro beco sem saída. Eu finalmente desisti. Ela nunca fez isso." Papai soltou um riso triste. "Então, no ano passado fui contatado pelo investigador que sua mãe havia contratado e ele tinha uma pista. Eu não estava esperando por isso. Eu não sabia o que fazer com essa informação. Aquele garoto era um adulto agora. Eu tinha certeza de que era inútil. Então eu tive outra chamada. Meu filho queria me conhecer."
Virei-me nos braços de Rush para olhar para o capitão. Ele estava encostado em seu barco com vista sobre a água, mas ele estava ouvindo. Seu corpo estava tenso. Ele estava esperando. Era ele... Eu tinha um irmão?
"Tudo o que aconteceu com você e eu foi limpo. Eu precisava começar de novo. Tentei viver o resto da minha vida do jeito certo, porque tudo o que eu tinha feito era acabar com isso até agora. A única coisa boa que eu já tinha feito foi ter amado sua mãe e ser abençoado com você e Valerie. Então, liguei para o meu filho e vim para o sul para encontrá-lo", ele fez uma pausa e acenou para o capitão. "River Joshua Kipling também conhecido como Capitão, é seu irmão."
"Foda-se," Rush sussurrou e eu me senti como se fosse dizer isso também. Será que os segredos do meu pai nunca acabavam?
"O capitão foi o último presente de sua mãe para mim. Se ela não tivesse sido tão determinada a encontrá-lo, então eu nunca teria chegado a conhecê-lo."
Meu pai não era tão sozinho como eu pensava. Eu não estava com raiva ou mágoa. Eu estava... feliz. Fiquei aliviada. Ele tinha um monte de vida para expiar. Eu sabia que ele estava se culpando por não ser o homem que ele deveria ter sido, por não ter um relacionamento com seu filho.
Meu bebê chutou contra as mãos de seu pai e eu não poderia imaginar entregar o bebê. Nunca saberia. Isso tinha que ser como perder uma parte de si mesmo. Meu pai não era um homem completo quando ele tinha dezesseis anos. Desde que ele tinha dado uma parte de si mesmo embora. Meu coração se partiu por ele e eu levantei dos braços de Rush e caminhei para o meu pai.
Eu passei os braços ao redor de sua cintura e segurei-o. Eu não tenho palavras ainda para dizer-lhe que eu estava feliz por ele. Eu não tinha certeza se aquelas palavras eram ainda precisas. Eu estava mais do que feliz. Eu estava grata. Era o momento para ele se curar. Esta era uma parte disso.
"Você está bem com isso, ursinha Blaire?" ele perguntou, me apertando em um abraço.
"Estou contente por ter encontrado ele," eu respondi honestamente. Por agora essa foi a única coisa que eu poderia dizer.
"Obrigado." A emoção na voz dele era grossa.
"Realmente fico feliz por não ter que bater na sua bunda por olhar para a minha mulher:" Eu ouvi Rush dizer e eu sorri no peito de meu pai.
Rush
Ficamos por mais cinco dias e deixei Blaire conhecer seu irmão. O capitão era muito mais fácil de tolerar uma vez que percebi que ele não estava dando em cima de Blaire. Ele estava apenas curioso sobre sua irmã. Eu entendi isso. Mas eu também estava contente de fazer as malas e ir para casa. Era apenas três semanas até o Natal e eu queria passar isso em Rosemary com Blaire. Em nossa casa. Eu também queria fixar meu sobrenome nela e bater no meu peito como um louco do caralho.
Blaire tinha ido direto para a cama quando voltamos para Rosemary. Ela sorriu feliz quando entramos no interior, em seguida, olhou para mim e disse-me, que era pra eu sossegar e deixá-la sozinha, e ela foi tirar um cochilo.
Eu tinha certeza que eu não seria capaz de apenas sossegar ao seu lado, então eu fiquei embaixo, gostava de estar em casa. Peguei um refrigerante da geladeira e sai para sentar no deck e apreciar o golfo.
Eu ainda não tinha ficado confortável quando ouvi a porta abrir atrás de mim.
Grant saiu e acenou para mim antes de tomar o assento ao meu lado. Nós não tínhamos nos falado desde o dia de Ação de Graças, quando eu tinha o chamado para falar sobre Nan. Eu estava ocupado e tinha certeza que ele estava se esquivando. Aparentemente, o radar Rosemary estava trabalhando porque não tinha trinta minutos que eu tinha voltado e ele já estava na minha casa. Eu nem tinha percebido que Grant estava na cidade.
Normalmente, ele passava os invernos esquiando.
A última vez que tinha ouvido falar, ele estava indo para Vail.
"Como ela está?" Foram as primeiras palavras que saíram de sua boca. Ele não estava perguntando sobre Blaire. Eu sabia desde o tom triste em sua voz que esta estava falando de Nan. "Fodida do inferno. Você sabe disso."
Grant soltou um suspiro e cruzou as pernas na altura dos tornozelos. "Sim, eu sei. Mas eu liguei para ela na noite passada, porque eu estava bêbado e fraco e fui estúpido como um merda. Sua mãe respondeu. Ela disse que Nan estava recebendo ajuda."
"Ela tentou uma overdose. Eu a encontrei e levei ao hospital a tempo. Ela estava bem fisicamente, mas mentalmente ela estalou. Kiro é uma merda de um pai e conhece Nan, mas nunca vai aceitar do jeito que aceita Harlow."
"Quem é Harlow?" Grant perguntou e eu percebi que havia partes da minha vida que até mesmo Grant não sabia. Eu tinha guardado a minha vida em Rosemary separado da minha vida com meu pai.
"Outra filha de Kiro. O que ele foi cuidar. Bem, pelo menos ele a deixou com uma avó, que a amava muito, longe do seu fodido mundo. Harlow era seu brinquedo brilhante que ele foi e pegou de vez em quando e, em seguida, enviava de volta para sua avó, quando ser um pai estava atrapalhando seu caminho. Ela trabalhou para ele, porque Harlow é calma, educada, e fica fora do caminho. Nan não é nenhuma dessas coisas. Então, ela não tem nenhum uso para ele."
Grant soltou um suspiro profundo. "Droga".
Droga nem sequer arranhava a superfície.
Ficamos em silêncio por um tempo e olhei para a água. Eu não tinha certeza o quão apaixonado ele estava por Nan, mas eu esperava que ele pudesse ir embora. Ela não era estável. Ela nunca seria. Não o suficiente para fazer Grant feliz.
"Você vai se casar em breve?" Grant finalmente perguntou.
Sorrindo, eu pensei sobre Blaire enrolada na minha cama no andar de cima... nossa cama. "Yeah. Quando ela acordar de sua soneca eu vou deixar que saiba que ela tem uma semana para planejar. Eu não posso esperar mais. Eu esperei por muito tempo."
Grant riu. "Eu sou o padrinho, certo?"
"Claro. Eu tenho medo que você vá ficar preso com Bethy como parceira então prepare-se para Jace estar respirando no seu pescoço como uma filha da puta louca. Eu não tenho nenhuma dúvida de que Bethy vai ser sua dama de honra. A outra opção será Jimmy e eu duvido que você queira ele apalpando a sua bunda. "
"Eu posso lidar com Bethy e Jace," Grant respondeu em um tom divertido. "Mas Jimmy realmente vai ser uma dama de honra?"
Eu sorri e acenei com a cabeça. "Sim. Ele perguntou-me quando começamos a planejar o casamento".
Eu tinha deixado os bilhetes de avião tanto para Abe e Capitão antes de sairmos. Blaire queria seu pai aqui e depois de conhecer seu irmão, Capitão, eu sabia que ela iria querê-lo aqui também. Ambos haviam concordado em vir para cá em uma semana. Blaire não sabia nada sobre eles ainda, no entanto. Eu não estava com vontade de discutir com ela, caso ela tivesse alguma razão para colocá-los fora.
"Nan vem para o casamento?", perguntou Grant.
Eu nunca imaginei que eu iria casar sem minha mãe e irmã estarem presentes. No entanto, eu não queria nada para estragar nossas lembranças de casamento, e eu sabia que elas iriam de alguma forma conseguir fazer isso. Eu não permitiria isso.
"Não. Eu não posso tê-la aqui. Ela ainda odeia Blaire", eu respondi.
Grant balançou a cabeça e os ombros relaxados. Ele não queria vê-la. Isso era óbvio. Eu não podia culpá-lo.
"Você sabe que o imbecil do Woods vai se casar com aquela garota de Nova York, a que seus pais querem que ele case. Ele não está envolvido ainda, mas isso será em breve. Ele admitiu para mim bêbado na outra noite que se queria o clube, então ele teria que se casar com ela. Seu pai está forçando a barra. Ele vai ser infeliz com aquela mulher estressada."
Eu odiava isso para Woods. Eu sabia o que ele sentia ao antecipar seu casamento e pelo resto de sua vida com a mulher que amava. Todos devem conhecer este sentimento. Indo para ele com tristeza e amargura não era o caminho para se casar.
"Sua escolha, eu acho. Ele sempre pode dizer não."
"E correr como Tripp? Isso não é um grande plano também", Grant respondeu.
Tripp era alguns anos mais velho do que nós. Ele era primo de Jace e todos nós olhamos para ele. Então, seus pais o pressionaram para levar a vida que queria e ele saiu correndo. Largou seus milhões para trás e correu pra caralho. Ele tornou-se imortalizado em nossos olhos enquanto adolescentes, porque ele teve a coragem de dizer foda-se e sair. Agora, somos mais velhos e entendemos mais sobre o sacrifício que ele tinha feito. Eu só esperava que ele estivesse feliz.
"Escolheu melhor do que se casar com uma cadela mimada", eu disse.
"É verdade", ele fez uma pausa e estendeu a mão para o meu refrigerante para tomar um gole. O idiota sabia que não iria beber depois dele. "Como está o seu pai?"
"Na mesma. Bebe e fuma muito. Tem relações sexuais com mulheres aleatórias da minha idade. Você sabe como é."
Grant sorriu. "Yeah. Mas que vida."
Não era uma vida de todo, mas eu sabia que Grant não concordaria comigo assim que eu deixá-lo ir. Ele não tinha encontrado alguém como Blaire então ele não tinha a menor ideia o quão raso a vida do meu pai realmente era. Ele tinha que ser solitário.
"Todo mundo sabe que vocês estão de volta na cidade. Você vai querer companhia hoje à noite?"
Não. Querer Blaire era tudo para mim. Nós tínhamos partilhado um barco com seu pai durante cinco dias. "Não hoje à noite. Blaire precisa descansar."
"Ou você só precisa de Blaire? Seja honesto, mano.”
"Sim, eu preciso de Blaire," eu respondi com um sorriso.
Blaire
Rush tinha definido a data para o nosso casamento. Ele tinha me dado uma semana. Eu nem sequer tentei argumentar. A determinação em seus olhos me disse que não havia nenhum acordo. Eu estava mais do que pronta para me casar com ele, mas eu tenho a sensação de que ele estava preocupado que eu iria desistir. Especialmente depois do que aconteceu na casa de seu pai e com Nan.
Gostaríamos de nos casar 12 dias antes do Natal. O plano era passar o Natal e o Ano Novo em casa juntos, em seguida, sair no dia de Ano Novo para ir numa lua de mel prolongada. Ele estava dividido entre querer me levar por todo o mundo e não querendo me fazer viajar demais. Ele estava preocupado em manter-me descansada. E também estava fazendo os preparativos do casamento. No final, eu o tinha convencido que ficar em seu apartamento em Manhattan era o que eu queria fazer. Eu nunca tinha ido à Nova York por isso seria uma aventura para mim. Gostaríamos também de ter o conforto de sua casa lá e meu obstetra iria definir alguém lá para ver como eu ficaria enquanto estivesse fora.
Felizmente, Rush tem dinheiro para fazer esse casamento acontecer rápido e ainda ser bonito. Eu queria as coisas simples e eu queria casar aqui em nossa casa. Surpreendentemente, o simples teve um monte de preparação também. Eu não teria sido capaz de retirar qualquer uma delas sem a ajuda de Bethy. Jimmy tinha sido de muita ajuda também, mas ele e Bethy quase mataram uns aos outros mais de uma vez. Eles estavam lutando por quem estava no controle.
Rush havia contratado Henrietta para vir ficar conosco por toda a semana antes do casamento. Vendo Henrietta entrar na despensa cada noite para ir ao seu quarto sob as escadas sempre me fazia sorrir. Eu tive boas lembranças daquela sala.
Quando a campainha tocou depois do almoço eu pulei e corri para atendê-la. Eu estava esperando meu pai e Capitão hoje. Hoje foi o ensaio do casamento e eu precisava de papai aqui para praticar pelo corredor.
Empurrando a porta aberta fiquei surpresa ao encontrar Dean e Harlow. Eu não esperava por eles até amanhã.
"Surpresa, estamos aqui um dia mais cedo. Eu não queria perder nada das festividades", Dean disse com um sorriso e entrou na casa carregando sua mala e deixou Harlow levar a dela enquanto ela caminhava em silêncio atrás dele. "Onde está meu filho?" Dean perguntou olhando ao redor.
"Rush partiu esta manhã para pegar os smokings com Grant," eu expliquei. "Eles estarão de volta em breve. Venha e eu mostrar-lhe o seu quarto, Harlow. Dean, eu suponho que você sabe onde é o seu."
"Sim, eu vou subir para o meu em alguns minutos. Eu preciso de uma bebida e um pouco de sol."
Eu sorri para Harlow. "Eu escolhi o meu quarto favorito para você. Ele tem a melhor vista. Costumava ser o meu quarto", disse a ela.
"Obrigado. Odeio pegar um dos melhores quartos, no entanto. Eu vou de bom grado para o menor. Eu sei que você tem família chegando também", ela disse e parou no degrau mais alto.
"Meu pai e meu... hum... meu irmão vivem em barcos de pesca velhos. Confie em mim quando eu digo que o menor espaço que temos aqui será tudo o que eles desejam. Eu quero que você aproveite este espaço. É mais longe de todo mundo também. Então, você terá mais privacidade. "
Harlow sorriu timidamente e acenou com a cabeça. Levei-a de volta para o quarto que eu tinha ficado muito brevemente antes de subir as escadas.
"O voo foi bom?" perguntei quando eu realmente queria perguntar como estavam as coisas em casa.
"Foi bom. Eu assisti Orgulho e Preconceito novamente. Fez a viagem passar mais rápido."
"Eu amo esse filme," eu admiti. "Então, como estão às coisas em casa? Como Nan está?" Rush não tinha falado de Nan uma vez desde que tinha estado em casa. Eu sabia que ela não tinha sido convidada para o casamento e isso me fazia sentir tão culpada. Mas o medo de que ela fizesse uma cena e estragasse o nosso casamento foi real.
"O silêncio novamente. Papai faz suas coisas. Eu faço a minha. Dean faz o seu. Eles vão sair em turnê em alguns meses e vai ser muito tranquilo."
Senti-me triste por ela. Ela não tinha ninguém realmente. Viver naquela casa grande com um pai como Kiro tinha que ser solitário.
Isso foi há vida em tudo. O dinheiro não pode comprar tudo. Harlow era a prova disso.
"Por que você não convence Kiro a comprar uma casa aqui? É lindo aqui e há pessoas da nossa idade em todos os lugares. Homens bonitos", eu atirei-lhe um sorriso provocador. Tão perfeita como parecia, Harlow aparência-sábia eu não poderia imaginá-la com um cara.
Ela era tão tímida. Como ela nunca se abriu para um e conhecê-lo?
"Não posso pedir ao papai. Estou na UCLA com uma bolsa integral. Ele teria que pagar a minha mensalidade se eu fosse para outro lugar. E eu não posso sair e ir para minhas aulas", ela disse. Eu sabia que, embora ela fosse para as aulas, ela não tinha amigos.
"Acho que ele pode pagar isso", assegurei.
Ela encolheu os ombros, mas não respondeu. Eu não ia pressioná-la agora. Talvez mais tarde. "Eu preciso ir me vestir. Eu tenho um compromisso de salão para a manicure e pedicure em uma hora. Você quer vir?"
Ela balançou a cabeça. "Não, obrigado. Eu acho que vou tirar um cochilo. Saímos tão cedo e eu não dormi nada no avião."
Balançando a cabeça, tomei isso como minha deixa para deixá-la sozinha.
****
Meu pai e Capitão chegaram só no final da tarde. Eu estava terminando de me preparar para o ensaio e a festa que se seguiu.
Nós estávamos tendo uma festa de casamento no salão de baile no clube. Eu não queria uma festa de despedida e Rush não queria que eu tivesse qualquer um. Ele estava preocupado sobre onde Bethy poderia me levar. Então Grant tirou a ideia da despedida de solteiro da cabeça e nos deu essa alternativa. Decidimos fazer a festa junto com todos os nossos amigos. Woods havia de bom grado fornecido o salão para nós e teve sua equipe de cozinha no Buffet.
O ensaio foi em 30 minutos, e as pessoas começam a chegar em breve.
Rush desceu as escadas em uma calça bege e camisa de linho branco e meu coração perdeu mais de uma batida. Ele era bonito. Seu cabelo estava arrumado em um olhar confuso. A camisa branca fez seus olhos de prata parecer mais brilhantes e sua pele mais escura.
"Você é lindo", eu respirei enquanto ele parou no fundo das escadas.
"Ei, essa é a minha fala", brincou ele me puxando para ele e dando um beijo em meus lábios. "Você é de tirar o fôlego", respondeu ele.
"Mmmm, assim como você", eu murmurei contra seus lábios.
Grant
(sim, você leu corretamente).
Meu irmão estava realmente se casando. Eu sabia que isso iria acontecer a primeira vez que o vi fodidamente louco por Blaire, mas caramba, realmente vê-los ensaiar tinha sido real. Malditamente real. Eu senti como se estivesse perdendo um pouco.
Não é que eu não estivesse feliz por ele, porque eu estava. Era só que ele tinha sido meu parceiro no crime, enquanto eu conseguia me lembrar. Agora, ele seria de Blaire.
Tomei uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que passou por mim. Eu poderia muito bem tomar a merda borbulhante até que eu pudesse conseguir algo real no bar em poucos minutos. Examinando a multidão eu pensei sobre Nan e quando eu fodidamente deixei esta merda começar. Eu precisava de algo para me ajudar a esquecê-la. Não que eu não fosse, porque eu iria. Ele tinha a certeza disso. Cadela louca.
Um par de olhos mais sexy que eu já vi, bloquearam com os meus e eu congelei e estudei. Eu não a tinha visto antes. Nunca. Eu nunca esqueceria se tivesse visto aqueles malditos olhos. Não era a cor que me atraiu porque daqui eu não poderia dizer que cor era. Foi a inclinação a eles e as pestanas pesadas que se espalhavam ao longo deles. As mulheres pagavam um bom dinheiro por cílios postiços que nunca poderiam parecer muito bons. Eu parei meus olhos pelo seu rosto até que pousei em uma boca grande.
MERDA. Meu pau agitou-se para vida. Seus lábios eram grandes e tão malditamente cheios. Uma menina com uma boca como aquela era a fantasia de qualquer homem.
Eu estava quase com medo de deixar meu olhar viajar mais longe. Se ele foi ficando melhor, eu estava indo para descarregar a porra nas minhas malditas calças. Eu não tive tempo para pensar sobre isso, porque embora ela tenha se virado e com um punhado de ar ela tinha ido embora. Longos cabelos castanhos balançavam enquanto ela se movia, escovando um pouco acima da cintura. Santa Mãe de Jesus, seu cabelo estava todo o caminho até sua bundinha perfeita. Eu não sabia quem diabos ela era, mas ela não estava fugindo de mim. Eu precisava ter um gostinho daquela boca e ver seus olhos se iluminando com prazer quando eu puxasse o cabelo longo para trás e batesse nela.
Falar sobre a porra de uma distração. Ela era a única droga de distração que qualquer homem precisava. Inferno, ela poderia me fazer esquecer meu próprio maldito nome. Ela escorregou para fora do salão e para o corredor. Ela caminhou rapidamente, mas tão baixinho que ninguém ao seu redor pareceu notar.
Como é que as pessoas não a notam? Eu estava tendo alucinações? Que homem com um pênis não bloqueava os olhos nela e não beberia cada movimento seu?
Entrei no segundo corredor atrás dela e olhei em volta. No começo eu pensei que tinha perdido ela, mas então eu percebi o movimento para a direita e o longo cabelo castanho estava espreitando ao virar da esquina. Ela não me viu, mas eu com certeza vi o cabelo. Eu andei tão silenciosamente quanto pude em sua direção.
"Acalme-se. Ele era apenas um cara. Um muito, muito quente, mas apenas um cara", eu ouvi a voz dela dizendo baixinho quando cheguei mais perto dela. Que porra é essa?
"Respirações profundas. Você é uma adulta. Você pode lidar com um cara olhando para você", ela disse no mesmo sussurro.
Eu parei antes de chegar perto o suficiente para que ela me visse. Ela estava falando para si mesma. Eu a deixava nervosa. Como?
Uma mulher como ela deveria estar acostumada com olhares devoradores como o meu. Ela começou a sussurrar que eu era apenas um cara novo e eu não conseguia esconder o sorriso do meu rosto. Isso foi apenas... adorável.
"Ele poderia ser um alienígena de Krypton. Então você precisaria ficar preocupada. Talvez devêssemos ir checá-lo e certificar-nos", eu disse casualmente. Seu corpo inteiro ficou tenso e ela não mexeu um músculo.
Ela nem se virou e olhou para mim.
Ela manteve as costas pressionadas contra a parede que estava se escondendo. A única coisa que mudou foi a sua mão. Parecia que ela tinha usado para cobrir sua boca.
Ela estava ficando mais bonita.
"Provavelmente segura. Rush e Blaire são muito cuidadosos para a espécie alienígena. Eles são um pouco preconceituosos quanto a isso", eu continuei, esperando a minha conversa ridícula seria o suficiente para fazê-la sorrir e relaxar. Porque eu a queria relaxada. Pelo menos o suficiente para que eu pudesse sentir o gosto.
Ela ainda não se mexeu. Sua mão permaneceu firme em sua boca e ela estava congelada no lugar. Eu pisei na esquina e no pequeno cubículo que tinha encontrado entre dois pilares na parede. Mesmo com as costas pressionadas contra a outra parede nossos corpos estavam quase se tocando. Seus olhos se arregalaram de surpresa, enquanto eu escorreguei em seu esconderijo com ela.
“Eu suponho que você não possa falar muito com a mão na boca assim. Como exatamente você está pensando em falar comigo?" Eu perguntei e sorri encorajando-a.
Eu não queria que ela pensasse que eu era perigoso.
Ela moveu lentamente a mão e deixou-a cair para o lado dela, mas permaneceu colada contra a outra parede, como se para chegar o mais longe possível de mim.
"Assim é melhor. Gosto de olhar para essa tua boca. Você estava dificultando a visão", disse eu, então pisquei. Ela achatou-se ainda mais contra a parede. Isso tinha que ser a experiência mais estranha que eu já tive com uma mulher. A maioria delas se jogava em mim e era fácil. Eu gostava. Menos trabalho. Mas o inferno que eu não estava gostando de um presente e seu comportamento arisco. Era refrescante e único.
"Sou Grant. O irmão do noivo", eu expliquei, esperando que iria acalmá-la um pouco. Funcionou. Ela franziu a testa e rugas entre as sobrancelhas apareceram, tornando o rosto mais humanamente perfeito. Mais acessível. Eu gostei. Um monte.
Talvez eu pudesse fazer sua carranca maior.
"Rush não tem um irmão", ela respondeu com naturalidade.
Então ela conhecia Rush. Interessante. Eu nunca tinha visto ela ou eu com certeza teria lembrado. Eu presumi que ela estava com um convidado ou conhecia Blaire de alguma forma.
Havia algumas pessoas aqui que eu não conhecia. "Bem, é aí que você está errada, bonita. Rush e eu nos tornamos meio-irmãos quando éramos crianças. Só porque nossos pais não estão mais juntos não significa que não o fizeram."
Seus olhos brilharam com o reconhecimento. Ela sabia quem eu era. Hora de fair play. Eu queria saber quem ela era.
"Quer me dizer quem você é? Desde que você, obviamente, descobriu quem eu sou."
Seus olhos caíram do meu olhar para estudar o chão. "Eu acho que preciso voltar para dentro", ela sussurrou. Sua voz suave foi ainda mais suave quando ela sussurrou. Eu me perguntei se ela era tão calma e educada, quando ela estava gozando. No momento isso era tudo que eu conseguia pensar. Tudo o que eu queria saber.
"Você não pode me deixar agora. Se você voltar lá, vou perseguir você toda a noite," Eu avisei, esperando que não me fizesse soar como um psicopata.
A sua boca moldou-se em um "O" e minha imaginação foi à loucura. Eu não costumava ser atraído por pessoas tensas do sexo feminino, mas essa atitude afetada e apropriada vindo de uma fantasia sexual andante estava funcionando para mim.
"Por quê?", Ela perguntou. O som musical de sua voz me fez lembrar os sinos tilintando muitas vezes esquecido nas canções por causa de sua beleza simples.
"Você quer a verdade?" perguntei, inclinando-me para mais perto dela e invadindo o espaço pessoal que ela estava se esforçando para proteger.
"Por favor", respondeu ela, em voz tão baixa que eu quase não ouvi.
"Porque tudo o que posso pensar é a maneira como esses seus olhos ficariam piscando com a necessidade e a forma como sua fodida boca incrível ficaria quando você gritasse de prazer. E esse cabelo", eu respondi deslizando minhas mãos para ele e puxando-os suavemente. "Foda baby, esse cabelo deve ser ilegal." Eu tinha chegado perto demais e sua respiração era curta e rápida. E dane-se tudo para o inferno, ela cheirava incrível. Como morangos e creme.
"Oh", respondeu ela, olhando para mim com os olhos que eu poderia dizer agora eram uma avelã clara. Assim como ela era única.
E também não há uma gota de rímel nos cílios. Estes eram naturais.
Completamente naturais.
"Quem é você?" Eu perguntei maravilhado com a visão da perfeição pressionado contra mim.
Ela piscou várias vezes, como se ela não conseguisse entender minhas palavras. Eu estava quase preparado para pegá-la e arrastá-la para fora para o meu caminhão com ou sem nome. "Harlow", ela respondeu.
A lenta realização desceu sobre mim como um balde de água gelada. FODA! Esta era a irmã de Nan.
Rush
Eu estava assistindo enquanto Blaire dançava com seu pai, quando vi Grant passar pelo salão como um homem fugindo de um demônio. O que diabos havia de errado com ele? Olhei para Blaire e ela estava sorrindo alegremente para o pai dela.
Então deixei nossa mesa para ir ver Grant. Ele normalmente era uma espécie de carcaça dele mesmo. Este comportamento não era normal.
Encontrei-o enquanto ele virava de uma vez o uísque que o bartender pousou na frente dele. Ele abaixou a cabeça, em seguida, entregou o copo ao garçom e pediu outro.
Alguma coisa com certeza atingiu seu traseiro. "Por que, porra você não me contou?" Grant resmungou, sem olhar para mim.
"Sobre o que você está falando?" Eu perguntei, observando-o tomar outra bebida e pedir mais.
Ele voltou seu olhar para mim.
"Harlow. Eu conheci a porra da Harlow. Você poderia ter mencionado que a irmã de Nan é uma deusa ambulante. Me preparado mentalmente para não me imaginar fode-la de todas as maneiras imagináveis e convencer o meu pau que iria receber alguma ação antes de ele descobrir que é impossível." Ele tomou outro gole e bateu o copo no bar. "Assim está melhor", ele suspirou.
"Então você conheceu Harlow", perguntei, ainda não acompanhando. Por que ele estava tão chateado? Eu disse a ele sobre Harlow.
"Sim, eu conheci Harlow. Jesus, Rush, é preciso preparar um homem antes."
Eu ainda estava completamente confuso. Isso ainda não fazia sentido. "Eu vou ser honesto. Eu não sei por que diabos você está chateado."
Grant soltou uma risada dura. "Porra, você realmente está preso pelas bolas", ele murmurou. "Visto que você não consegue remover seus óculos cor de Blaire e ver outras fêmeas mais, deixe-me dar uma dica, Harlow é uma porra de uma perfeição. Droga, Rush, sua boca...", ele tremeu e balançou a cabeça. "Deus, o que ela poderia fazer com aquela boca. E seus olhos. Eu juro que nunca vi nada parecido com eles."
Então era isso ele estava falando sobre a aparência de Harlow? "Ok. E isso deixou você chateado por quê?" Perguntei, pensando que talvez eu precisasse de uma bebida para essa conversa.
"Porque eu não posso tocá-la sem me foder. Eu quero tocá-la. Em muitas, muitas maneiras. Eu nunca fiquei ligado, tão malditamente rápido na minha vida. E depois descobri que não posso nunca tocar isso. Porra é uma merda", ele rosnou novamente.
Ah. Então Harlow era o brinquedo que Grant não poderia jogar. Ótimo. Eu estava feliz que ela estava indo para casa em dois dias. Não preciso deste drama. Harlow não era material para Grant. Ela era inocente demais para os gostos do meu irmão. "Sim, bem, isso é uma coisa boa porque Harlow não é a sua velocidade. Você iria quebrá-la."
Grant fez uma careta para mim. "O que é que isso quer dizer?"
"Isso significa que ela é calma e tímida. Ela não namora. Ela não faz nada além de ir à escola. Nada do mundo de Kiro já tocou nela. Ela é educada e nunca quer irritar. Mesmo com Nan gritando com ela e chamando-a pelos nomes que não são verdadeiros, ela calmamente aceita e vai embora. Ela só não é o seu tipo. Você pode ter uma coisa para sua boca, mas cara ela não saberia como usá-lo da maneira que você gostaria. Nem se ela quisesse. Ela simplesmente não é assim."
Blaire terminou sua dança com seu pai e seus olhos foram imediatamente para o meu lugar vazio. Ela estava olhando para mim. Eu tinha que ir. Bati nas costas de Grant.
"Vá encontrar alguma gata aqui esta noite que não seja mais virgem que nem uma freira," eu disse e voltei para Blaire.
Ela me viu e sorriu, enquanto eu caminhei em sua direção. A música mudou e Bruno Mars "I Will Wait For You" começou a tocar nos alto-falantes. Eu a puxei para mim e sorri.
Eu amava essa canção. Eu entendia cada palavra dela, porque era exatamente como eu me sentia. Eu nunca tinha cantado para Blaire antes e eu estava tentado a cantar em seu ouvido, mas eu queria esperar. Ainda não. Eu cantaria para ela...
Mas não ainda.
"Aproveitou a dança com seu pai?" Perguntei, apenas para que eu pudesse ouvir a voz dela.
"Sim. Nós conversamos sobre Mamãe. Ela teria adorado estar aqui. Ela te amava. Ela sempre me disse que Caim não era a pessoa certa para mim. Ele era muito fraco. Que um dia alguém iria lutar por mim e me querer mais do que qualquer outra coisa. Você a teria feito muito feliz."
Meu peito estava apertado. Eu nunca tinha ouvido de uma mulher que sua mãe iria me amar. Saber que Blaire sentia que sua mãe aprovaria a mim significava mais do que ela sabia. Lembrei-me de sua mãe. Não claramente, mas eu me lembro dela. Lembrei-me de seu sorriso e sua risada. Ela costumava me fazer sentir feliz como um menino. O cheiro de suas panquecas me fazia sentir seguro. Sabendo que o meu filho ia ter uma mãe como ela, trouxe lágrimas aos meus olhos. Ele tem o que eu não tive. Algo que só eu tinha ideia.
"O que foi que eu disse?" Blaire perguntou parando quando ela percebeu as lágrimas não derramadas nos meus olhos que eu não conseguia controlar.
Caramba.
"Eu estava pensando que meu filho vai ter a mãe que eu nunca tive a chance de ter. Sua mãe era especial o suficiente para que a sua memória ficasse comigo", Eu admiti.
Os olhos de Blaire se encheram de lágrimas e ela agarrou meu rosto e me beijou. Seus lábios macios abriram e sua língua deslizou em minha boca faminta. Bem aqui na frente de todos. Isso não era como ela era, mas eu iria aceitar. Comecei a beijá-la de volta tão apaixonadamente quando ela se afastou o suficiente para que pudesse olhar para mim. Suas mãos ainda seguravam meu rosto. "Eu te amo, Rush Finlay. Você será o melhor marido e pai que o mundo já conheceu. Um dia, a esposa de nosso filho será grata que seu marido tenha tido você por modelo. Ela vai ter sorte por sua causa. Porque você terá influenciado o nosso filho para ser o homem que você é. Ele vai amá-la completamente porque ele vai saber como." Ela soluçou e apertou seus lábios nos meus novamente e eu embalava em meus braços enquanto eu apreciava tê-la tão determinada a me tranquilizar de que eu era um bom homem.
Nada na vida é tão precioso como esta mulher. Nunca seria. Eu encontrei minha felicidade.
Blaire
Bethy me beijou na bochecha, em seguida, tirou algo por trás de suas costas. Um pacote pequeno de prata com rabisco familiares do Rush na nota estava sendo oferecido para mim. "Rush queria abastecê-la com sua coisa velha", explicou ela.
Eu não tinha tentado obter qualquer uma dessas coisas. Tinha me esquecido sobre essa tradição. Sorrindo, peguei o pacote e o abri. Dentro havia um anel de pérola parecendo muito caro. Sua parte prateada era elegante e gravada. Segurei-a no alto para ver a gravura. Ele dizia: "Meu amor" nela. Isso também era velho. Não era algo que Rush havia feito.
Um pequeno bilhete estava escondido ao lado dele. Eu peguei e abri.
“Blaire,
Isto foi da minha avó. A mãe do meu pai. Ela veio me visitar antes de falecer. Tenho boas lembranças de suas visitas e quando ela fez sua passagem, ela deixou este anel para mim. Em seu testamento disse-me para dá-lo a mulher que me completa. Disse que foi dada a ela pelo meu avô, que faleceu quando meu pai era apenas um bebê, mas que ela nunca amou outro da maneira como ela o amava. Ele era o seu coração.
Você é o meu.
Esta é a sua coisa velha,
Eu te amo,
Rush”
Eu funguei e Bethy fungou também. Olhei em volta e ela estava atrás de mim lendo o bilhete. “Droga, quem poderia saber que Rush Finlay poderia ser tão romântico”, ela disse e fungou novamente.
Eu sabia. Ele havia me demonstrado isso mais de uma vez. Coloquei o anel na minha mão direita e ele coube perfeitamente. Eu sabia que isso não era coincidência. Sorrindo, olhei para Bethy. “Obrigada por tudo,” eu disse a ela.
Ela me abraçou e acenou com a cabeça. “Eu é que deveria agradecer a você. Você é a melhor amiga que eu já tive.” Antes que eu pudesse falar mais, ela mergulhou para fora da sala com um aceno final.
Eu girei a fim de me olhar no espelho. O cetim cor de pérola reuniu mais de meus seios ficando empinados sem alças, graças ao bojo tamanho grávida. A cintura é alta e bem debaixo do meu peito e estava coberto de um milhão de pequenas pérolas. Ao longo do cetim havia uma camada de chiffon que pendiam em uma linha A até atingir a poucos centímetros acima dos meus joelhos. Eu tinha escolhido ir descalça já que teria de andar na areia. Minhas unhas haviam sido pintadas de rosa-claro para combinar com as pétalas de rosas espalhadas pelo corredor.
Uma batida na porta me assustou e me virei pra ver Harlow entrando no quarto.
Estava segurando uma caixinha. “Você está parecendo uma princesa,” ela disse sorrindo.
“Obrigada,” respondi. Eu me sentia como uma.
“Trouxe algo do Rush. Ele queria ser o único a te dar algo novo,” ela falou e me estendeu a caixinha. “Eu sairia, mas acho que você vai precisar da minha ajuda.”
Peguei a caixa e abri rapidamente, ansiosa para ver o que ele havia me enviado desta vez. Situada dentro estava uma corrente de ouro delicada com vários diamantes lapidados no formato exato do meu anel, mas muito menores. Eu segurei a tornozeleira e o sol que entrava pela janela atingiu os diamantes e dançou ao redor da sala.
"Eu vou colocá-lo em você", disse Harlow e eu coloquei a tornozeleira em sua mão, então ela a prendeu em volta do meu tornozelo.
Eu disse a Rush que sentia que precisava de alguma coisa nos meus pés, mas que não poderia me imaginar andando pela areia de sapatos. Esta foi a sua resposta para isso. Eu sorri e agradeci Harlow.
"Por nada. Está lindo em você", disse ela antes de sair do quarto tão silenciosamente como tinha entrado.
Eu olhei para o meu tornozelo no espelho para admirá-lo quando outra batida na porta veio. Um rosto familiar que eu não esperava, sorriu para mim e corri para abraçar Vovó Q. Eu não tinha convidado Vovó Q, porque estava preocupada que Rush ficaria chateado sobre Caim estar aqui. Eu sabia que ele ia ser o único a conduzir a sua avó e eu não podia deixar de convidar Caim também. Meus olhos se encheram de lágrimas quando ela me apertou.
"Eu não posso acreditar que você está aqui. Eu não posso acreditar que você dirigiu até aqui", eu jorrei.
Ela acariciou minhas costas e riu.
"Bem, eu não dirigi. Aquele seu homem enviou bilhetes de avião para mim e Caim. Primeira classe. Eu nunca fui mimada em minha vida. Foi uma experiência, eu digo." Se eu já não amasse Rush Finlay com cada fibra do meu ser, então, eu o amaria mais por isso. Mas ele já tinha tudo de mim.
"Agora não vá choramingar sobre mim e estragar a maquiagem. Você se parece com sua mãe. Exatamente como ela. Não pense que seu pai poderia estar mais feliz do que ele está agora. Eu não tenho que vir aqui e fazer você chorar. Estou aqui para dar-lhe algo de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo emprestado".
O sorriso bobo no meu rosto não podia ter ajudado. Ele estava me enviando outro presente. Ela me entregou uma caixinha embrulhada como aquela que Harlow tinha trazido. Eu peguei e desembrulhei rapidamente.
Situada em uma caixa de cetim estava um pequeno bilhete. Eu peguei e debaixo dele havia uma velha amostra de cetim rosa. Ela tinha sido bem usada e foi, obviamente, cortada de outra coisa. Abri o bilhete.
“Blaire,
Eu esperei até hoje para mostrar isso para você. Não tem sido fácil não dizer nada sobre isso. Mas quando me lembrei de quem sua mãe era também me lembrei deste pedaço de cetim. Eu tinha esquecido de onde ele veio por um longo tempo, mas sabia que era especial e assim eu guardei comigo. Durante todo o tempo. Crescendo, quando estava com medo ou sozinho eu o segurava em minhas mãos e esfregava no meu rosto. Era um segredo que eu não queria que ninguém conhecesse. Mas ele me acalmou.
Quando seu pai me fez lembrar das panquecas do Mickey Mouse todas as minhas memórias de sua mãe voltaram. Com elas, me lembrei do dia em que ganhei esse pedaço de cetim.
Sua mãe sempre usava um pijama de cetim rosa à noite. Ela costumava balançar-me para dormir porque era difícil conseguir me acalmar o suficiente para fechar os olhos. Eu adorava quando ela me segurava. Minha mãe nunca fez. Gostava de ir dormir à noite esfregando o nariz em seu braço e o pijama de cetim rosa. No dia em que ela se foi, eu me lembro de ficar com medo. Eu não queria ficar com Georgianna. Sua mãe me abraçou com força, em seguida, colocou esta peça de corte de cetim de pijama na minha mão e me disse para usá-lo à noite, quando eu estivesse indo para a cama.
Adoraria dizer que esta memória voltou para mim por minha conta, mas isso não aconteceu.
Eu só sabia que o tecido tinha a ver com a mulher que me fazia panquecas. Então, perguntei a seu pai. Ele me contou a história e eu percebi que o sonho recorrente que eu tinha sobre a mulher de pijama de cetim rosa era real. Não é um sonho.
É meu, e você não pode tê-lo (a menos que você realmente queira e então é seu).
Este é o seu algo emprestado.
Eu te amo,
Rush”
"Eu espero que você não esteja usando um monte de maquiagem porque se você está, acabou de chorar metade dela fora", Vovó Q resmungou.
Eu sorri e peguei o tecido que estava segurando e limpei as lágrimas do meu rosto. Não estava usando muita maquiagem, para desgosto de Bethy. O rímel que eu usava era à prova d'água, o que era uma coisa boa.
Eu passei o cetim no meu rosto e pensei na minha doce mãe deixando isso para Rush. Então o dobrei e coloquei em meu sutiã sem alças. Coloquei o bilhete na cômoda. Eu queria guardar isso também.
Para sempre.
"Bem, eu preciso ir para o andar de baixo e sentar em meu lugar. Vejo você em breve", Vovó Q disse e soprou-me um beijo antes de sair pela porta.
Fui até o espelho para verificar a minha maquiagem quando outra batida rápida veio à porta. Meu pai entrou com um sorriso no rosto. "Você é a mulher mais linda que eu já vi. Aquele lá embaixo é um homem de sorte. Ele acabou de se lembrar melhor disso."
"Obrigada, papai", eu respondi.
Ele enfiou a mão no bolso e tirou outra caixinha de presente semelhantes aos que os outros tinham trazido aqui. "Eu tenho algo para você de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo azul".
Eu não conseguia manter o sorriso bobo do meu rosto. Eu já tinha descoberto que era por isso que ele estava aqui. Papai me entregou.
"Eu vou ficar. Você vai precisar da minha ajuda com isso."
Eu abri a caixa, animada sobre a obtenção de algo mais do Rush. A delicada corrente de ouro que combinava com a tornozeleira que ele me enviou estava aninhado no cetim. Puxei-a para fora e pendurado estava um topázio em forma de lágrima. Ao lado, havia outro bilhete. Eu o tirei rapidamente e desdobrei.
Blaire,
Esta lágrima representa muitas coisas. As lágrimas que sei que você já derramou segurando o pedaço de cetim de sua mãe. As lágrimas que você derramou sobre cada perda que você já experimentou. Mas também representa as lágrimas que já derramou quando nós sentimos a pequena vida dentro de você começar a se mover. As lágrimas que eu derramei sobre o fato de que eu tenho alguém como você para amar. Eu nunca imaginei alguém como você Blaire. Mas toda vez que penso em viver para sempre com você eu fico lisonjeado por você ter me escolhido.
Este é o seu algo azul.
Eu te amo,
Rush
Eu limpei outra lágrima e ri.
Ele estava certo. Nós tínhamos tido tanto lágrimas tristes como felizes. Eu queria a memória de ambos em mim como diriam nossos votos hoje.
Meu pai tirou de minhas mãos e prendeu-o em torno do meu pescoço. Eu a movi para que ficasse sobre meu peito. Eu estava completa. Ele fez com que eu tivesse algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul.
"É hora de descer agora"
Papai me disse antes de caminhar até abrir a porta. Eu o segui e então ele me levou até as escadas e saiu pela porta da frente. Estava andando no primeiro andar através de um arco de rosas brancas e luzes cintilantes.
Deslizando minha mão na dobra do braço do meu pai, eu o deixei me levar.
Rush
Eu tinha esperado na parte inferior da escada à medida que cada pessoa descia depois de levar-lhe os presentes que enviei para cima. Quando seu pai subiu, eu sabia que não poderia esperar a volta desta vez. Eu tive que sair. Queria ser o único a entregar os presentes para ela, mas ela estava convencida de que eu não podia vê-la antes do casamento.
De pé sob a pérgula coberta de hera e rosas brancas na areia entre a minha casa e o golfo, esperei com o ministro de um lado e Grant no outro lado.
"Está nervoso?” Perguntou Grant.
"Que ela decida não andar pelo corredor? Sim", eu respondi.
Grant riu e balançou a cabeça.
"Não foi isso que eu quis dizer."
"Um dia você vai entender. E quando acontecer com você vou rir pra caramba."
"Não há chance de isso acontecer", ele respondeu.
Bethy apareceu sob as rosas cor de rosa, o que significava que Blaire estava esperando atrás dela. Peguei o microfone sem fio que eu tinha recebido estrategicamente do cara do som e o coloquei na lapela. Então eu cheguei por trás das flores e peguei a minha guitarra. Fazia anos desde que alguém tinha me visto tocar esta coisa. Eu só podia imaginar o que estava acontecendo em suas cabeças.
Só o meu pai sabia o que estava acontecendo, porque ele me ajudou com os acordes.
"O que você está fazendo?" Grant sussurrou. A descrença em sua voz quando ele descobriu a resposta por conta própria era óbvia. Eu não preciso dizer a ele.
Assim que Bethy estava em seu lugar eu pisei na frente do ministro, e olhei diretamente para o corredor. Quando Blaire aparecesse, a música iria começar.
Eu tinha tudo completamente combinado com a equipe de som.
Quando ela deu um passo adiante de braços dados com seu pai com os olhos fixos nos meus e depois se arregalaram de surpresa. Ela tinha que caminhar até o altar ao som de "I Won’t Give Up", de Jason Mraz. Mas eu não queria outro homem cantando para ela. Não hoje. Eu a queria caminhando para mim, enquanto eu cantaria as palavras escritas só para ela quando ela caminhava pelo corredor para me presentear com o seu mundo.
"Bem, eu não tenho sido um cantor... bem, você sabe, na frente das pessoas... mas eu percebi que depois de tudo o que passamos... este seria um bom momento para dizer o que eu sempre quis dizer. Blaire, eu te amo garota... até a lua e volto." Eu vi como ela ficou congelada olhando para mim. O lugar inteiro desapareceu e tudo que eu podia ver era Blaire.
When you first looked at me I forgot to breathe that moment marked my hardened heart I vowed never to leave. And the touch of your skin healed something deep within that left me wanting more of you the less I got the more it grew
Oh I couldn’t help from falling, falling for you
So I’m standing here, oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
that I have fallen too far that I have fallen too far, too far for you.
For you
When I finally found you I finally found me that day I won’t soon forget the reason for it all
I’ll give you a new name nothing in life will be the same the story is now complete our life and love is all we need
‘Cause I couldn’t help from falling falling for you
So I’m standing here oh girl you know After all we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
That I have fallen too far, that I have fallen too far
Too far for you
My heart is beating begging for you
This night will be a dream come true so fall, fall, fall into my arms
So I’m standing here oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go That I have fallen too far That I have fallen too far That I have fallen too far too far for you, yeah For you...
Quando toquei a última linha eu rapidamente puxei a correia da guitarra sobre a minha cabeça e a entreguei a Grant. Blaire não esperou por nenhuma instrução do ministro, antes disso se jogou em meus braços num soluço.
"Foi lindo", disse ela no meu peito.
"Não é tão bonita como você é", eu respondi, segurando-a contra mim.
Ela soltou uma pequena risada. "Eu não sabia que você podia fazer isso", disse ela, se afastando para olhar para mim.
"Sou repleto de todos os tipos de surpresas emocionantes", eu assegurei a ela e pisquei.
"Tudo bem, vocês dois. Deixe-me entregar a menina primeira,” Abe disse pegando o braço de Blaire e puxando-a de volta ao seu lado com um sorriso divertido.
Abe beijou a bochecha de sua filha, em seguida olhou para mim. “Eu diria a você como ela é especial, mas você já sabe disso. Porque você é a única razão que eu posso entregá-la a você. Eu lhe pedi para ser o homem que eu não pude ser, e você fez o que eu pedi. Não é para mim, mas para ela. Eu não poderia estar mais orgulhoso da mulher que ela se tornou e do homem que ela escolheu para passar o resto da vida.” Ele pegou a mão de Blaire e colocou-a na minha. Então ele virou-se para tomar o seu lugar.
Enfiei sua mão na dobra do meu braço enquanto nos virávamos para o ministro. Ela pulou do meu lado e olhou para o seu estômago com um sorriso. Coloquei meu braço em torno da cintura dela e coloquei minha mão em seu estômago enquanto o nosso bebê se movia. Este era meu.
Harlow
(sim, você leu certo.)
Eu podia senti-lo olhando para mim novamente. Eu queria que ele parasse. Desde que ele se afastou xingando um traço azul e me deixou em pé no meu esconderijo na festa de ensaio, tudo o que ele fez foi olhar para mim. Eu odiava estar sendo observada. Estava pronta para ir para casa, mas eu sabia que Dean estava se divertindo. Eu estava indo ver se eu poderia obter um voo mais cedo para casa. Eu não queria ficar até amanhã.
Eu cruzei as pernas novamente e estudei minhas mãos. Ninguém falou comigo e eu não podia culpá-los. Estava aborrecida. Nunca soube o que dizer. Eu estava com medo de dizer alguma coisa. Eu sempre tinha. Tinha aprendido que era melhor ficar calado do que dizer algo estúpido.
Era mais fácil se misturar com o fundo quando caras como Grant Carter não te olham constantemente. Eu não conseguia entender por que ele estava olhando para mim. Essa era a coisa mais louca. Eu sabia por que ele estava chateado. Quando somos pessoas tranquilas, esquecem que estamos ao redor e eles falam sobre coisas na sua frente que realmente não são da sua conta. Eu tinha ouvido Nan falar ao telefone com Grant várias vezes. Eu também sabia que o cara tão agradável quanto Rush era seu meio-irmão. Qualquer cara que namorou alguém como Nan deve ser igualmente asno.
Eu só queria que ele não fosse estupidamente quente. Isso era algo que eu deveria estar preparada. Nan era linda e mesmo que ela fosse uma cadela furiosa ela atraia todos os homens. Qualquer cara com quem ela estivesse se relacionando tinha que ser igualmente belo. E oh meu Deus, ele era.
Muito. Até mesmo o cabelo comprido que ele tinha escondido atrás de suas orelhas era atraente.
Aqueles seus olhos azuis tinham tido piercing.
Ouvi duas palavras dele e me tornei uma bagunça chorando. O que não era difícil de fazer. Eu fiz isso muitas vezes. A cadeira ao meu lado raspou no chão e puxei meu olhar para cima para ver Grant sentar-se muito perto de mim.
Não é bom. Não é bom. Qual era o seu negócio?
"Sinto muito sobre ontem à noite", ele virou-se para mim. Eu fiquei tensa e consegui acenar com a cabeça.
Ok, então ele estava arrependido. Ótimo. Agora ele podia sair e parar de olhar para mim.
“Vamos lá, Harlow, diz alguma coisa. Dê-me mais do que um aceno de cabeça”, disse ele, parecendo exasperado.
Eu não tinha certeza por que eu o tinha exasperado. Eu não tinha feito nada para ele. Eu tentei ficar longe dele e ignorar seu constante olhar. Mesmo durante o casamento ele me encontrou entre os outros convidados e não tirou os olhos de mim o tempo todo.
"É só comigo ou você não fala com ninguém? Eu não vi você conversando com os outros convidados."
Mesmo que eu não gostasse dele e eu com certeza não gostava de sua escolha de mulheres, eu não queria que ele pensasse que eu era uma idiota. Ele contaria para Nan e ela teria algo a mais para tirar sarro de sobre mim.
"Eu não sou boa em multidões", expliquei.
Ele pareceu relaxar um pouco quando eu falei. “Este grupo é esmagador”.
“Não posso culpá-la.”
Forcei um sorriso. Ele não era grande, mas foi o melhor que pude fazer. Eu não fingia bem. Nunca.
"Você não gosta de mim, não é?" Ele era, obviamente, muito observador também.
Eu poderia mentir para ser educada. Tinha sido ensinada por minha avó que, se eu não poderia dizer nada de bom não deveria dizer absolutamente nada. "Não gosto de Nan", eu respondi honestamente. Isso não foi educado, mas era verdade.
Em vez de ficar na defensiva, Grant começou a rir. Não uma risada divertida tranquila, mas uma gargalhada como se eu fosse uma grande comediante. Olhei para ele e o odiei ainda mais por ser atraente quando ele ria. Não era justo. Eu não queria pensar nada sobre ele ser atraente.
"Sinto muito", disse ele, enxugando os olhos e sorrindo para mim. "Mas isso não era o que eu estava esperando sair da sua boca doce. Porra, isso foi engraçado."
Eu não acho que foi engraçado. Será que ele pensa que eu estava brincando?
"Eu acho que você não está sozinha nessa, linda. A maioria das pessoas concordaria com você. Especialmente os atendentes neste casamento."
Eu não respondi. Ele, obviamente, gostava dela.
"Desde que você não vá colaborar, vou supor que você não está falando comigo, porque eu namorei Nan e você não gosta dela."
Eu dei de ombros. Não exatamente. Era mais do que isso. Dizendo a ele seria novamente rude e eu não deveria ser rude. Mas era ser rude ou deixá-lo pensar que eu era muda. Eu não queria que ele tirasse sarro de mim com Nan. Eu tenho o suficiente dela para me aporrinhar.
"Qualquer um que namora Nan não pode ter quaisquer qualidades redentoras. Ou quaisquer qualidades que eu estaria interessada em conhecer melhor. Eu não gosto de perder o meu tempo com aqueles com quem sei que nunca vou falar de novo." Isso tinha saído mais duro do que eu pretendia. Droga de honestidade.
Grant fez uma careta. Eu estava agindo como uma puta mesmo. Nan havia me acusado de ser uma e eu estava me comportando tão mal. Eu não poderia fazer isso. Eu não quero ser isso.
“Olha, isso não saiu certo. Sinto muito. O que eu quis dizer é que eu não gosto de Nan. Em tudo. Não vejo por que alguém que não está se relacionando com ela sequer a toleraria. O fato de você não só a atura, mas também já saiu com ela me diz que você e eu nunca seriamos amigos. Sinto muito. Eu não quero soar como uma cadela porque eu sou realmente uma boa pessoa. Eu apenas tento ficar longe de pessoas más. Nan é o epítome do desprezível o que me leva a crer que você é desprezível também. Pessoas desprezíveis se unem.” Eu parei porque eu estava piorando as coisas.
Levantando, dei-lhe um sorriso de desculpas que não teve de ser forçado neste momento, porque eu realmente me senti mal por jogar tudo na cara dele agora. Eu tendia a fazer isso quando eu tentava falar mais. Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa eu fugi. Estava indo me despedir de Rush e Blaire e ir para o aeroporto e esperar pegar um voo adiantado. Passaria a noite no aeroporto, se fosse preciso. Pelo menos desta maneira Grant Carter não poderia me encontrar.
Blaire
"Eu ainda não consigo esquecer você me cantando uma canção e tocando guitarra. Apenas wow, Rush. Uau.” Ainda estava me recuperando de olhar para Rush e vê-lo esperando por mim com uma guitarra em seus braços.
Então, em vez do Jason Mraz tocando nos alto-falantes Rush tinha cantado uma música que ele havia escrito para mim. Após os diferentes presentes e cartas enviados para o meu quarto, pensei que ele não poderia superar a si mesmo. Eu estava enganada.
"Parei de cantar, quando eu estava na faculdade. Decidi que eu estava cansado de meninas ficando interessadas em mim por causa do Dean. Se eu cantava só fazia a minha ligação com Slacker Demônio. Então, eu simplesmente desisti. Mas para você... Eu queria você andando pelo corredor para mim com a minha voz cantando palavras escritas para você. Não é uma canção genérica, que é tocada em um milhão de outros casamentos." Rush beijou o local logo abaixo da minha orelha. "Não há outros casamentos como esse e nunca haverá", ele sussurrou em meu ouvido.
Aconcheguei-me nele enquanto dançamos a versão de Ed Sheeran do "Kiss Me" que está sendo executada pela nossa banda.
Dean tinha se oferecido para conseguir uma "real band”. Mas eu não queria isso. Eu não queria que nosso casamento fosse mais do que uma pequena reunião íntima. Eu não queria fazer um show com banda participar. Rush concordou comigo e encontramos a melhor banda cover que o dinheiro podia comprar.
"Eu gostaria que não tivéssemos uma casa cheia de pessoas hoje à noite," eu disse contra seu peito.
"Não importa. Nós não estaremos lá”. Rush respondeu.
Afastei-me e olhei para ele.
"O que você quer dizer?"
Ele sorriu. “Você realmente acha que eu vou compartilhar uma casa com todas essas pessoas na minha noite de núpcias? Claro que não. Temos o condomínio penthouse no clube esperando por nós quando sair daqui.”
Fiquei feliz por ele ter pensado nisso. Eu não queria pensar sobre seu pai e meu pai na mesma casa que nós esta noite.
"Bom", eu respondi.
Seu peito vibrou com seu riso. Olhei para os outros convidados. Todos os nossos amigos estavam aqui. Todos os nossos amados. Exceto sua irmã... e sua mãe. Mas elas não teriam aprovado. Ambas me odiavam. Ainda assim, eu me senti mal por elas terem perdido o dia de hoje por causa do Rush. Eu só esperava que um dia elas fossem uma parte de nossas vidas para Rush. Eu sabia, mesmo que ele não mencionasse, ele sentia falta delas.
"Onde você colocou o cetim", ele perguntou.
Eu sorri e mordi meu lábio inferior. "Eu não tinha bolsos", respondi.
"Eu sei. Então, onde está?"
"Escondido em meu sutiã", eu admiti.
"Acho que vai ter um novo significado para mim a partir de agora", disse ele, brincando com o fundo dos meus seios com os polegares.
"Obrigado por tudo. O colar, a tornozeleira, o anel, e eu vou deixar você ficar com o cetim. Embora eu adorasse tê-lo lá com a gente. Sabendo que ela tinha tocado as nossas vidas. Seria perfeito."
Rush apertou os braços em volta de mim.
"Sim, seria." No momento em que seu corpo ficou tenso eu senti. Olhando para ele, vi seus olhos focados em alguma coisa sobre o meu ombro. Olhei para trás para ver Caim ali nos observando. "Eu provavelmente deveria deixá-lo dançar com você. Eu estou tentando convencer a mim mesmo sobre isto," Rush disse ainda me segurando.
Eu sorri para ele e sua expressão rasgada. "Se você não quer que dance com Caim, então eu não quero. Eu preciso ir falar com ele e se você quer ir comigo e me agarrar quando eu faço isso, então você pode. Relaxe. Sou Blaire Finlay agora. A garota que ele amava era Blaire Wynn."
No uso do meu novo nome todo o seu corpo relaxou e ele me segurou mais apertado.
"Diga isso de novo. Pelo menos a parte onde você diz o seu nome", disse ele com uma voz rouca.
"Blaire Finlay," eu repeti.
"Caramba, isso parece bom", disse ele, dando um beijo na minha testa. "Vá falar com ele. Mas se você não se importar... não dance. Eu não quero as mãos dele em você."
"Então, nada de abraços também?" Eu perguntei antes de caminhar até Caim.
Rush franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não, ele quer manter seus braços ligados ao seu corpo", respondeu ele, fazendo-me rir. Meu homem possessivo.
Eu andei até Caim, que estava lá me esperando com as mãos enfiadas nos bolsos e uma expressão de dor no rosto. Isso não poderia ser fácil para ele. Em sua mente nós ficaríamos juntos para sempre.
Ele realmente não tinha pensado que o Rush ficaria comigo no final. Ele estava enganado.
"Estou feliz que você veio," disse a ele quando parei a poucos metros de distância dele para manter distância suficiente para deixar Rush confortável.
“Não vou mentir. Eu não queria, Vovó Q me fez vir”, ele respondeu. “Mas você está linda. Está tão de tirar o fôlego que dói olhar para você.”
"Obrigada. Eu não sabia que Rush havia mandado bilhetes e convites para vocês até Vovó Q entrar no meu quarto hoje."
Caim assentiu. "Sim, eu imaginei. Seria Rush convidando-nos e não você. Vovó Q estava certa de que vínhamos uma vez que ela viria."
"Estou feliz, Caim."
Ele me deu um sorriso triste e assentiu.
"Eu posso ver isso. É difícil te perder. Sua maldita beleza grita por si mesmo."
Não havia muito mais o que dizer. Nosso tempo era no passado. Ele tinha sido meu melhor amigo uma vez, mas agora Rush era meu tudo.
"Tome cuidado", eu disse, sabendo que eu precisava voltar para Rush antes que dele decidir que tínhamos falado demais.
"Você também, Blaire. Envie fotos do bebê. Vovó Q vai querer vê-los", respondeu ele.
Virei-me e voltei a Rush que estava parado na beira da pista de dança com seus olhos fixos em mim.
Rush
Normalmente eu passava o Natal bêbado em um resort de esqui com qualquer garota que eu estivesse namorando na época e alguns amigos. Era o meu lugar para ir nas férias.
Quando pequeno minha mãe não decorava uma árvore ou assava biscoitos. Eu só tinha visto esse tipo de coisa na televisão.
O cheiro dos pinheiros, maçã, canela e biscoitos recheava nossa casa.
A maior árvore de Natal que eu poderia encontrar em Rosemary encheu nossa sala de estar e foi decorada com brilhantes decorações coloridas e luzes cintilantes. Tivemos guirlandas naturais e frutas em nosso manto e três meias com monogramas com a letra F penduradas junto à lareira. Duas grandes coroas de flores com laços de veludo vermelho decoravam nossas portas da frente e a casa estava cheia de músicas natalinas tocadas através do sistema de som. Blaire tinha encontrado uma estação de Natal no rádio por satélite e ela me ameaçou se eu trocasse.
Os presentes com papel colorido e brilhante foram amontoados sob nossa árvore e eu não conseguia me livrar dos meus amigos. Eles estavam sempre aqui. Comiam os doces que Blaire aprendeu a fazer e bebiam a cidra da maçã que ela nunca deixava acabar. Era como se o Papai Noel tivesse vomitado na nossa casa. Um ano atrás, isto teria soado como o inferno para mim. Agora, eu não poderia imaginar passar o Natal de outra maneira. Este era o Natal do jeito da Blaire e eu gostava. Não, porra eu adorava. Ela cantava canções de Natal enquanto tirava os cookies do forno e rolava bolas de manteiga de amendoim em açúcar em pó, enquanto eu esperava ela colocar uma na minha boca.
Seria isso que meus filhos cresceriam acreditando que era o Natal e eu adorava. Deitei no sofá assistindo filmes de Natal e bebi chocolate quente enquanto eu coloquei minha mão na barriga de Blaire e gostava de sentir o meu menino chutar. Isso era algo que o dinheiro não pode comprar. Não esse tipo de felicidade.
"Você acha que nós vamos ver seu pai antes do Natal", perguntou Blaire, entrando na sala onde eu estava apreciando a árvore enquanto ouvia Blaire cantar "We Wish You a Merry Christmas".
"Duvido. Ele acabou de sair na semana passada", eu a lembrei. Ela franziu a testa, em seguida, assentiu.
"Ok. Eu acho que nós precisamos enviar seu presente então. Tem algo que eu preciso enviar para Harlow também. Eu estava esperando que você me ajudasse a pensar em algo para sua mãe e Nan. Eu não sei o que comprar. Eu nunca passei um tempo com elas."
Minha mãe e Nan? Ela tinha comprado um presente para o meu pai? E Harlow? Droga.
Tudo o que eu tinha feito era comprar coisas para ela e para o bebê. Eu não tinha pensado em comprar alguma coisa para mais alguém.
"Uh, sim, hum, eu acho. Mas eles não estão esperando por nada. Nós realmente não trocamos presentes. Não é realmente um feriado que celebramos como uma família.”
O rosto de Blaire caiu e ela olhou para mim com olhos tristes. Eu não gostava de vê-la triste. Gostava dela feliz cantando como ela tinha feito apenas alguns minutos antes. "Mas é Natal. Você compra coisas para as pessoas que você ama no Natal. Não tem que ser muito. Só uma coisa. É divertido dar as coisas."
Se ela queria dar a minha malvada mãe alguma coisa e minha irmã, então eu compraria seja lá o que ela quisesse e enviaria com um sorriso. "Ok, baby. Eu vou encontrar alguma coisa e podemos enviar com as outras coisas."
Isso pareceu apaziguar e ela balançou a cabeça. "Ah, bom. Ok." Ela começou a virar e parou. "Eu tenho algo para Kiro também. Precisamos enviar quando enviar as outras coisas que vão para LA."
Eu não pude deixar de rir. Ela tinha comprado algo para Kiro. Todo mundo ia pensar que eu enlouqueci quando todos receberem pacotes de mim. "Kiro também. Entendi", eu respondi.
A única coisa boa sobre a compra interminável de Blaire era que me deu tempo para preparar sua surpresa. Ela continuou dizendo que depois do Natal precisávamos pensar em um berçário. Eu continuei concordando com ela. Mas eu também mantive o último quarto do lado esquerdo, o único com a vista que ela amava, trancado.
Blaire
No ano passado ia deixar minha mãe dormir tarde porque ela estava doente até tarde na noite anterior. Levantei e preparei seu café da manhã favorito, waffles de morango com chantilly, e acendi as luzes da árvore. Seria o meu último Natal com ela e eu sabia disso. Eu gostaria que tudo fosse perfeito.
Quando ela entrou na sala, foi recebida com fogo na lareira, a lotação completa de seus itens favoritos alarde, música de Natal tocando, e eu. Ela riu em seguida, chorou e me abraçou quando nós sentamos e comemos nosso café da manhã antes de abrir os presentes. Eu queria comprar-lhe muito, mas o dinheiro era pouco. Usando minhas habilidades criativas esparsas eu tinha feito um álbum de recortes de Valerie e eu crescidas. Mamãe foi enterrada com ele em suas mãos.
Este ano eu tinha feito tudo o que podia para deixar a minha mãe orgulhosa de mim.
Houve momentos em que sua canção de Natal favorita tocou e tive que lutar contra o desejo de me enrolar em posição fetal e chorar. Mas ela me fez prometer-lhe algo no ano passado. Ela sabia que era o seu último Natal também e me pediu para fazer-lhe um favor: que no próximo Natal, eu comemorasse o suficiente para nós duas. Eu já havia tentado o meu melhor.
Meus olhos se abriram antes do nascer do sol esta manhã e levantei da cama sem acordar Rush. Eu precisava de um tempo sozinha. Tempo para processar as coisas. Para lembrar. Sabia que se a minha mãe pudesse me ver agora que ela ficaria muito feliz por mim. Eu era casada com o homem que amava. Ia ser mãe e tinha perdoado meu pai. Segurei meu café e puxei minhas pernas debaixo de mim enquanto estava sentada no sofá de frente para a árvore com decoração colorida. A imagem da minha vida teria sido o que mamãe queria para mim.
Não enxuguei as lágrimas no meu rosto, porque elas não eram todas tristes. Algumas eram felizes. Algumas eram gratas e algumas eram lembranças.
Gostei do silêncio e vi o nascer do sol através da janela. Rush iria me querer na cama quando acordasse. Eu precisaria me esgueirar de volta depois de terminar meu café e escovar os dentes.
Este ano eu queria que o Natal fosse perfeito para ele. Era o nosso primeiro e isso criaria um precedente para os próximos anos.
"Acordar no Natal sem o seu presente favorito na cama é uma merda."
A voz sonolenta do Rush me assustou e olhei para trás para vê-lo entrando na sala de estar. Ele vestia calças, nada, além disso. Seu cabelo estava bagunçado e seus olhos ainda estavam meio fechados.
"Sinto muito. Eu ia voltar para a cama depois de assistir o nascer do sol," eu disse a ele que se afundou no sofá ao meu lado e me puxou para seu lado.
"Eu teria me levantado e assistido com você, se você tivesse perguntado", disse ele com o queixo apoiado no topo da minha cabeça.
Eu tinha quase certeza de que ele faria qualquer coisa que eu lhe pedisse. Mas tinha sido por isso que o tinha deixado dormir. "Eu sei", respondi.
Rush passou a mão no meu braço esquerdo. "Você precisava de um tempo sozinha?", ele perguntou. O entendimento na sua pergunta me disse que ele não precisava de mais detalhes. Ele sabia.
"Sim", respondi.
"Você precisa de um pouco mais?"
"Não", eu disse, sorrindo para ele.
"Bom, porque eu não iria embora facilmente."
Eu ri e coloquei minha cabeça contra seu peito. "É uma bela manhã."
"Sim, é", ele concordou e abaixou a cabeça até o meu ouvido. "Posso dar-lhe um dos seus presentes agora?", ele perguntou.
"Será que nos obrigam a estar nus?" Perguntei provocando.
"Uh, não... mas se você quiser ficar nua amor, sou sempre a favor disso", respondeu ele.
Surpresa, me virei em seus braços e olhei para ele. "Quer dizer que você quer abrir os presentes agora?", Perguntei. Eu pensei que iríamos fazer amor primeiro.
"Não abrir exatamente. Eu preciso te mostrar", disse ele, levantando-se e me puxando.
Isto não era o que eu esperava. Balancei a cabeça e o deixei me levar pela casa para as escadas. Talvez nós estivéssemos subindo para ter relações sexuais depois de tudo?
Rush parou no quarto que eu tinha escolhido como meu. Não estive lá desde que o tinha mostrado à Harlow antes do casamento. A porta estava fechada e Rush ficou atrás de mim e fez sinal para eu abrir. Eu estava realmente confusa agora.
Dei um passo à frente para girar a maçaneta e abrir a porta lentamente. A primeira coisa que eu vi foi um enorme berço de madeira de cerejeira no meio do cômodo e um móbile com animais marinhos exóticos pendurados.
Rush entrou e ligou um interruptor. Em vez de a luz do teto se acender, o móbile se iluminou e começou a tocar. Mas não era uma canção de ninar. Era a canção que Rush tinha cantado para mim no dia do nosso casamento. Todo o móbile estava iluminado por toda sua extensão até o teto. Tudo o que eu podia fazer era cobrir a boca em reverência completa e choque enquanto adentrava o quarto. Luzes dançavam pelas paredes conforme o móbile girava lentamente tocando a nossa música.
A cadeira de balanço, situada no canto com um belo cobertor artesanal jogado sobre ela. A tabela de crescimento, um armário, e até mesmo uma pequena cama também decorava o quarto. A tinta azul suave nas paredes foi perfeitamente pensada, uma parede era toda de janelas que davam agora para o céu e para o oceano, ambos azuis.
Eu finalmente encontrei a minha voz, mas tudo o que saiu foi um pequeno soluço antes de me jogar nos braços de Rush e chorar. Isto era perfeito e ele tinha feito. Ele tinha escolhido o quarto perfeito para o nosso filho.
"Eu espero que essas sejam lágrimas de felicidade porque eu vou ser honesto. Estava preocupado se você ficaria chateada. Bethy disse que você poderia querer fazer isso sozinha, e eu não tinha pensado nisso", ele disse em um sussurro apertado.
Bethy não sabia de nada. Talvez Bethy fosse querer fazer isso sozinha, mas sabendo que Rush tinha tomado tanto tempo e pensado no berçário fez meu coração inchar até eu pensar que ia estourar.
"Isso é perfeito. É lindo. É... oh Rush, ele vai adorar. Eu amo isso"
Então eu agarrei sua cabeça e puxei para mim para que pudesse beijá-lo. Um fabuloso berçário digno de revista deixa uma mulher grávida com tesão.
Quem diria?
Três meses depois...
Eu era uma menina do sul. Isso era óbvio. Mesmo amando o tempo em Nova York, eu estava feliz por estar de volta para casa, onde poderia encontrar chá gelado doce quando quisesse. Rush tinha sentido falta de Rosemary também. Eu poderia dizer. Estávamos desempacotando todas as roupas e brinquedos que tínhamos comprado para o bebê, que ainda não tinha nome, e colocando no berçário. Tinha sido divertido pendurar as roupas no armário e dobrar os cobertores e alinhar todos os seus sapatinhos. Tínhamos exagerado um pouco na compra de roupas.
Grant tinha parado para levar Rush para um momento de homens no campo de golfe logo após a chegada, então decidi ir fazer uma visita. Não havia nada para comer aqui e eu estava morrendo de fome. Indo ver se Jimmy estava no clube trabalhando e recebendo algo para comer, eu mataria dois coelhos com uma cajadada só. Peguei minhas chaves e fui para o meu carro... ou SUV... ou o que fosse. Não o tinha dirigido ainda.
Rush o tinha estacionado na calçada quando chegamos em casa.
Tudo que eu sabia era que era um veículo utilitário da Mercedes Benz.
Eu estava feliz por ele não ter me dado uma minivan. Aparentemente, este era um dos carros mais seguros na estrada. Ele me deu um longo discurso de vendas sobre ele, então me disse que se eu não gostasse poderia levá-lo de volta e conseguir o que eu queria.
Era um Mercedes, pelo amor de Deus. Eu não torceria meu nariz para isso. É claro que estava feliz com isso. Eu só precisava descobrir como dirigi-lo. Olhei para a chave que ele me deixou.
Havia indicações que ele me deu. Era para apenas colocar essa coisa que definitivamente NÃO é uma chave na minha bolsa e levá-la comigo. Quando tocasse a maçaneta da porta ela iria automaticamente se destrancar desde que a chave estivesse no meu corpo. Então eu colocaria o pé no freio e pressionaria o botão “on” no volante para acionar o carro. Todo o resto deve ser fácil o suficiente. Sim, claro.
Fiz o que me foi dito e me acomodei no carro, o que não é fácil quando sua barriga está enorme. Depois de afivelar o cinto de segurança, consegui pôr em marcha o carro sem a chave estranha. Eu nem sequer tentei tocar nas coisas do painel. Parecia um avião. Eu não entendi nada daquilo. Abri minha bolsa e peguei minha arma, coloquei debaixo do meu assento. Eu não a estava carregando comigo porque estava sempre com Rush. Mas agora que eu tinha meu próprio carro novo e estaria sozinha, e logo com o meu bebê, eu queria alguma proteção escondida em algum lugar.
Depois que o bebê estivesse maior, ia ter que encontrar outro lugar para escondê-la.
Eu não queria isso em qualquer lugar que ele pudesse encontrar. Isso era algo que eu precisava falar para Rush.
Chegar ao clube foi bastante fácil.
O carro desligava com um simples toque no botão e eu tranquei as portas com a coisa que Rush chamava de chave e entrei.
Assim que fui para a sala de jantar, Jimmy saiu da cozinha e seus olhos encontraram os meus. Um sorriso lento se espalhou pelo seu rosto. "Olhe para você, mamãe quente. Você pode fazer até uma barriga de grávida do tamanho de uma bola de praia parecer sexy. Entre e me espere na cozinha. Eu já volto", disse Jimmy com um aceno de cabeça. Ele estava carregando dois copos de água que entregaria rapidamente.
Abri a porta da cozinha e entrei. Vários dos cozinheiros me saudaram e acenei para eles tentando me lembrar de tantos nomes quanto eu poderia.
"Por favor, me diga que você está de volta em Rosemary para morar agora. Não vai mais correr ao redor do mundo. Eu senti sua falta", lamentou Jimmy, me puxando para um abraço.
"Não pretendo ir a qualquer lugar por enquanto," assegurei a ele.
"Deus, Blaire sua barriga está enorme. Quando é que esse bebê vai sair?“ Jimmy perguntou e começou a esfregar minha barriga. "Você não pode ficar ai para sempre, rapaz. É hora de você vir para fora. Sua mãe não é tão grande, ela não pode esperar muito mais."
A porta da cozinha se abriu e eu levantei meus olhos para ver um novo rosto. Ela tinha o cabelo castanho escuro e estrutura óssea excelente. Estava assistindo Jimmy falar com a minha barriga com um sorriso curioso.
"Olá," eu disse, e seus olhos saíram da minha barriga para atender meus olhos. Ela tinha olhos lindos também. Onde Woods havia encontrado ela e ele a contratou por causa de sua aparência? Porque conhecendo Woods ele tinha notado.
"Olá", ela respondeu com um sotaque grosso do sul que me surpreendeu. A menina não era de Rosemary.
Jimmy se levantou e sorriu para a menina. Ele gostava dela. Isso foi um bom sinal. "Fico feliz que você esteja de volta, menina. Ontem foi uma merda sem você", disse-lhe, em seguida, olhou para mim. "Della, esta é Blaire. Ela é minha melhor amiga que fugiu e me deixou por outro homem. Mas eu não posso culpá-la, porque ele é um pedaço quente de bunda. Blaire, este é Della. Ela pode ou não estar transando com o chefe".
Eu não consegui manter o sorriso do meu rosto.
Opa, Woods a tinha notado.
"Jimmy", eu disse, quando seu rosto ficou vermelho beterraba e percebi que ela o tinha repreendido também. Eu gostei dessa garota. Eu poderia ter uma nova amiga aqui.
"Woods certo? Aquele chefe?", perguntei, sorrindo, porque eu sabia que não havia nenhuma chance de ela estar transando com o pai de Woods.
"Naturalmente, Woods. A menina tem bom gosto. Ela não está transando com o velho," Jimmy respondeu com um rolo de seus olhos.
"Quer parar de dizer “transar?”ela perguntou, ainda corando. Eu precisava aliviar sua vergonha porque Jimmy estava apenas piorando as coisas.
“Jimmy não deveria ter me dito isso, já que ele fez, eu posso dizer, Woods é um grande cara. Se você está realmente... um...transando com ele, então você fez uma escolha"
"Obrigada", disse ela, sorrindo. Eu realmente esperava que Woods tivesse uma queda por ela. Eu sentia que Bethy a amaria também.
"Se eu não tiver esse bebê esta semana, talvez possamos nos reunir e almoçar", sugeri. Eu chamaria Bethy e ela viria também. Ela olhou para minha barriga e eu pude ver que ela achava que era altamente improvável que eu saísse pela porta sem ter este bebê, muito menos até a próxima semana. Ela provavelmente estava certa.
"Ok. Isso soa bem", respondeu ela.
Eu não podia esperar para contar a Rush. Talvez devêssemos convidá-la e Woods para jantar uma noite. Isso seria divertido.
"Della Sloane." Um grunhido irritado invadiu os meus pensamentos e eu arrastei meu olhar dela para o policial de pé na soleira da porta.
"Sim, senhor", respondeu ela. Vi como seu rosto ficou branco e olhei em volta para qualquer sinal de Woods. Onde ele estava quando você precisava dele? Ele estava sempre se intrometendo na hora errada, quando eu trabalhava aqui. Agora seria um bom momento para isso.
"Você precisa vir comigo, senhorita Sloane", o oficial gritou enquanto segurava a porta à espera de Della. "Senhorita Sloane, se você não vier de bom grado eu vou ter que ir contra a vontade do Sr. Kerrington e prendê-la aqui mesmo no recinto do clube."
O que foi que ele disse? Prender? Senhor Kerrington? Woods não faria isso. Se ele fizesse, teria pelo menos aparecido e feito parte disso. Além disso, eu era uma boa leitora de pessoas assim como Jimmy.
Nós gostamos tanto dela. Alguma coisa estava errada.
"Pelo que você está prendendo-a? Eu com certeza não acredito que Woods saiba disso", Jimmy perguntou na frente de Della, como se para protegê-la. Eu o amava ainda mais por isso. Parecia que ela estava prestes a desmaiar.
"Mr. Kerrington sabe. Ele é quem me enviou aqui para escoltar Della Sloane para fora do prédio e, em seguida, prendê-la, assim que ela pisasse no estacionamento. No entanto, se ela não vem de bom grado eu vou prendê-la e qualquer um que esteja no meu caminho.”
Woods não sabia. Eu não acredito nele. Alguma coisa estava errada.
"Está tudo bem, Jimmy", disse ela e caminhou em torno dele. Eu observava impotente enquanto ela saía pela porta.
"Você tem que encontrar Woods", disse Jimmy, olhando para mim. "Eu não acredito nisso. Eu acho que há algo mais nisso e todos os dedos apontam para o velho."
Balancei a cabeça. Eu concordei. "Eu não tenho número do Woods no meu telefone. Isso irritava Rush, então eu o apaguei", eu admiti, olhando para Jimmy timidamente.
Jimmy sacudiu a cabeça e sorriu, em seguida, pegou o meu telefone da minha mão e discou o número de Woods. “Ligue para ele. Se ele não atender vá caçá-lo. Eu não posso ajudar. Agora não tenho nenhuma ajuda nessa bagunça e eu tenho que colocar minha bunda na engrenagem.”
Eu balancei a cabeça e me dirigi para a porta para ver Della ser colocada no carro da polícia com muito mais força do que era necessário.
O telefone de Woods caiu direto na caixa postal. Tentei novamente, mas novamente caixa postal. Correndo pelo corredor, ou melhor, andando rapidamente, fui ao seu escritório e bati, mas nada. Tentei abrir, mas estava trancado.
Porcaria.
Corri para fora, enquanto discava o telefone do Rush. Ele saberia o que fazer e Woods poderia provavelmente estar com ele.
Assim que meu pé tocou a passarela de pedra senti uma cãibra seguida por um jorro de água entre as minhas pernas. Eu congelei.
Minha bolsa tinha estourado.
Rush
"Você está bem para um cara casado", Grant brincou enquanto eu caminhava até o carro para pegar meu taco.
"Claro que sim. Sou casado com Blaire. Eu sou o bastardo mais afortunado do planeta", respondi, sem morder sua isca. Ele queria me provocar, porque Grant queria me deixar com raiva.
"Blaire está muito sexy. Mesmo grávida de nove meses", ele falou, inclinando-se para trás e apoiando as pernas para cima no painel do carro.
"Se você está querendo um nariz quebrado vai acabar conseguindo, bro" Eu rosnei, olhando para ele.
Ele começou a rir e eu sabia que ele tinha conseguido o que queria. Revirei os olhos.
Meu celular começou a vibrar e tocar na minha sacola. Esse era o toque de Blaire. Eu deixei meu time e fui até minha sacola para pegar o telefone. Ela não me ligava aleatoriamente. Se estiver ligando, ela precisava de mim. Eu comecei a andar para o carro esperando ela me atender.
"Hey," eu disse no momento em que ela atendeu. Ela respirou fundo e eu virei o carro no sentido inverso e comecei a acelerar em direção ao clube.
"Minha bolsa estourou", disse ela tentando parecer calma.
"Eu estou indo. Fique aí. Não se mexa. Não dirija. Basta esperar por mim."
"Estou no estacionamento do clube. Eu estava vindo para encontrá-lo quando isso aconteceu”, ela respondeu.
“Estou quase lá, baby, espere. Menos de um minuto, eu juro”, eu assegurei.
Ela fez um barulho de grunhidos, em seguida, tomou algumas respirações profundas. "Tudo bem", respondeu e em seguida desligou.
"Merda", eu rosnei e pedi a Deus que aquele carrinho estúpido fosse mais rápido.
"Estou concluindo que ela está em trabalho de parto", Grant disse no assento ao meu lado.
"Sim", respondi. Não querendo falar. Eu só precisava chegar a ela mais rápido.
"Eu acho que isso significa que você não se importa em ter deixado seu taco lá", Grant respondeu.
"Foda-se, não, eu não me importo com o maldito taco."
Grant cruzou os braços sobre o peito. "Ok, só estava checando."
"Eu preciso que você pegue meu telefone. Ache o número de Abe e ligue pra ele."
Grant pegou meu telefone e fez o que eu pedi enquanto eu deixei o carrinho no parque e saí correndo pela grama até estacionamento.
Blaire estava de pé ao lado do Mercedes que eu tinha comprado para ela com uma das mãos sobre o carro e uma mão em sua barriga.
Ela parecia mais relaxada do que eu imaginava.
"Isso foi rápido." Ela sorriu para mim quando seus olhos encontraram os meus.
"Você está bem?" Eu perguntei, envolvendo meu braço em torno dela e andando com ela até o lado do passageiro.
“Eu estou bem agora. A cólica aliviou. Mas Rush, eu não deveria entrar no carro. É novo e eu tenho... bem... Eu estou molhada", disse ela, tropeçando em suas palavras.
"Eu não dou a mínima para este carro. Entre, vou levar você para o hospital."
Ela me deixou ajudá-la a entrar no carro, embora eu pudesse ver a relutância em seu rosto. Ela não queria estragar seu carro novo. Dei um beijo em sua testa. "Eu juro que vou tê-lo completamente restaurado antes de sair do hospital," eu assegurei a ela antes de fechar a porta.
Corri em torno da frente do carro e Grant estava parado com uma expressão nervosa. "Ela está bem?"
"Ela está em trabalho de parto", eu disse o óbvio e abri a porta do motorista.
"Eu liguei para Abe. O que mais eu posso fazer?"
"Ligue para Dean. Ele vai querer saber," eu disse a ele antes de fechar a porta do carro. Eu não pensei sobre o fato de eu não estar chamando a minha mãe ou irmã.
Não havia nenhum motivo. Eu não podia confiar nelas em torno de Blaire.
"Você acha que talvez você deva ligar para a sua mãe? Ou você acha que ela preferia não saber?"
Olhei para ela enquanto ia para a estrada e acelerei até Destin, onde o hospital mais próximo estava localizado. "Eu não quero que elas participem disso. Elas não merecem", respondi, em seguida, estendi a mão e apertei a dela. "Esta é a nossa família agora. Minha e sua. Nós decidimos quem faz parte dela".
Blaire concordou e apoiou a cabeça no encosto. Eu poderia dizer que ela estava sentindo um pouco de dor pelo seu olhar apertado, embora ela estivesse mantendo silêncio sobre o assunto.
"Como posso ajudar?" Perguntei ansioso para fazer algo para isso parar.
"Dirija", ela respondeu com um sorriso apertado.
Ela apertou minha mão e deixou escapar um profundo suspiro de alívio. "Essa acabou. Elas não são muito longas ou próximas umas das outras por isso ainda temos tempo", ela parecia sem fôlego.
Ela apertou na minha mão novamente. "Rush!"
Eu quase saí da estrada. "Que foi amor? Você está bem?" Meu coração estava acelerando no meu peito.
"Eu me esqueci da Della. Você tem que ligar para o Woods. Ele precisa saber que a polícia veio e levou Della."
Quem era Della? Ela estava tendo alucinações? "Amor, eu não conheço a Della", respondi com cuidado no caso de essa coisa alucinante estar deixando-a louca.
Eu não tinha lido sobre isso nos livros que ela tinha ao lado da cama.
“Della está namorando Woods. Jimmy acha que eles estão transando. Foi realmente doce e eu gostei dela. Ela parecia tão assustada. Woods tem que ajudá-la.”
Ela tinha estado no clube para visitar Jimmy. É por isso que estava lá. Não porque estava em trabalho de parto. Isso fazia sentido agora. “Grant está com meu telefone. Onde está o seu?” Se isso não significa muito para ela eu não estaria preocupado com a vida amorosa de Woods e sua namorada que está sendo levada pelos policiais.
Porque essa merda não parecia promissora e eu não queria Blaire perto de alguém perigoso. Mas ela não precisa mais que eu saliente que faria o que pudesse para fazê-la se sentir melhor.
"Ele não está atendendo ao telefone. Cai direto na caixa postal. Quem mais podemos chamar?", ela perguntou.
Peguei o telefone e liguei para Grant.
"Eu liguei para Dean e ele está pegando o próximo voo", foi a saudação de Grant.
"Obrigado. Ouça, Woods não está atendendo ao telefone. Chame seu pai. Diga-lhe que Della," parei e olhei para Blaire, que acenou com a cabeça que eu tinha dito o nome certo," Della foi presa e ela precisa de ajuda."
“Merda! Quando Della foi presa? O que diabos aconteceu?” Grant gritou no meu ouvido. Acho que ele sabia quem era Della.
“Eu não sei. Minha esposa está em trabalho de parto. Basta ligar para seu pai. Ele pode encontrá-lo. Tenho que ir.”
"Eu vou dizer-lhe" Grant respondeu e eu desliguei.
"O pai de Woods vai saber como achá-lo", assegurei para Blaire. Ela estava franzindo a testa.
"Eu não sei sobre isso, mas talvez eu tenha entendido mal." Ela parou de falar e apertou minha mão novamente. Outra contração.
Blaire
Eu tinha medo de agulhas. Tinha decidido meses atrás que eu não receberia uma agulha longa nas minhas costas. No momento, estava pensando que poderia ter sido uma má decisão. Porque sentia como se minhas entranhas estivessem sendo abertas com uma faca.
Não ajudava o fato de que toda vez que eu precisava gritar, Rush ficava completamente assustado.
Ele precisava se acalmar, porra. Tinha que gritar para lidar com isso. Nunca mais eu lamentaria sobre cólicas menstruais.
Elas eram um passeio no parque comparado com isto.
Outra contração me atingir e agarrei um punhado das cobertas e soltei outro grito de dor. A última vez que a enfermeira verificou eu tinha sete centímetros de dilatação.
Eu precisava chegar a dez, caramba.
"Devo ir buscar a enfermeira? Posso pegar um pouco de gelo? Você quer apertar minha mão?" Rush continuava me fazendo perguntas. Eu sabia que ele tinha boas intenções, mas no momento eu não me importava. Estendi a mão e agarrei sua camiseta e puxei seu rosto para o meu.
"Fique feliz por eu não estar com a minha arma, porque agora estou pensando nas diferentes maneiras de calar a sua boca. Deixe-me gritar e saia", respondi para ele e agarrei minha barriga enquanto outra contração chegou.
"Hora de verificar novamente", disse a enfermeira borbulhante com o cabelo vermelho brilhante puxado para trás em tranças, mas retornou para a sala. Ela deveria estar feliz por não ter a minha arma também. Porque ela seria a próxima na minha lista.
Fechei os olhos, esperando não ter outra contração, enquanto ela estava lá porque eu poderia chutá-la no rosto.
“Oh! Estamos com dez e prontas para deslizar. Deixe-me chamar o médico aqui.”
“Não empurre”, ela me disse mais uma vez. Tinha me dito para não empurrar durante a última hora.
Tudo o que meu corpo queria fazer era empurrar. O médico tinha que apressar seu traseiro.
Rush estava sendo anormalmente silencioso. Olhei para ele e seu rosto me lembrou de um menino no momento. Ele olhou assustado e nervoso. Senti-me mal por ter gritado com ele, mas o sentimento desapareceu quando outra contração me atingiu e desta vez foi pior. Eu não tinha percebido que poderia ficar pior.
O médico careca entrou e sorriu para mim como se isso fosse uma coisa boa.
"Hora de trazer esse rapaz para o mundo." Ele parecia tão alegre como a minha enfermeira. Bastardo.
"Você pode vir e assistir, se você não estiver enjoado ou pode ficar lá em cima com ela enquanto empurra", o médico disse a Rush.
Rush se aproximou da minha cabeça, estendeu a mão e pegou a minha.
"Eu vou ficar com ela", disse ele e apertou minha mão suavemente.
O estímulo me fez querer chorar. Ele estava se esforçando para tornar as coisas mais fáceis para mim e eu tinha ameaçado matá-lo. Eu era uma mulher horrível. Funguei e ele ficou imediatamente ao meu lado.
"Não chore. Está tudo bem. Você pode fazer isso" me disse, olhando firme e pronto para a batalha.
"Eu fui desprezível. Sinto muito", eu botei pra fora.
Ele sorriu e beijou minha cabeça.
"Você está sentindo uma dor infernal e se me bater te fizesse sentir melhor eu não me importaria."
Eu queria beijá-lo, mas, em seguida, outra contração me atingiu.
"Empurre" o médico pediu e eu fiz.
Vários palavrões e empurrões depois, ouvi o som mais bonito do mundo. Um grito. O choro do meu bebê.
Rush
Ele era perfeito. Contei todos os dez dedos dos pés e os dedos da mão enquanto Blaire beijava cada um. Ele também era tão malditamente minúsculo. Eu não tinha percebido que os bebês eram tão pequenos.
"Nós temos que escolher um nome agora", Blaire disse, olhando para mim depois que a enfermeira finalmente colocou nosso filho sobre cama.
Tínhamos conversado sobre várias ideias ao longo dos últimos três meses, mas nada parecia certo. Blaire tinha dito que era difícil nomear alguém que você nunca tinha visto então concordamos em esperar até que ele nascesse para nomeá-lo.
"Eu sei. Nós o vimos agora. Precisamos dar-lhe um nome. No que você está pensando?" Perguntei-lhe pedindo a Deus que ela não sugerisse Abraham Dean novamente. Eu amava o meu pai, mas eu não nomearia meu filho com o nome dele.
"Acho que ele se parece com um Colton", disse ela, sorrindo para ele. Eu não era um fã desse nome.
"Você ainda é contra River?", Perguntei.
Ela sorriu para mim. "Eu quero colocar Rush em seu nome, mas se chamá-lo de River, não poderemos. River Rush ou Rush River soa ridículo."
Tinha me esquecido que ela estava tentando usar o meu nome também. Eu não ia discutir com ela. Gostei da ideia de o meu filho ter o meu nome. "E Cash? Rush Cash!" Eu provoquei e ela mordeu o lábio para não rir e assustá-lo.
"E Nathan poderíamos chamá-lo de Nate", ela disse. Ele parou de mamar e olhou para ela como se tivesse chamado o nome dele. Acho que tinha chegado a uma decisão.
"Nathan Rush Finlay soa bem para ele," eu concordei.
Ela sorriu para mim feliz e inclinou a cabeça para beijar seu nariz.
"Olá, Nate. Bem-vindo ao mundo."
Eu queria abraçá-lo, mas parecia que ele tinha decidido dormir, em vez de socializar. Blaire levantou-o e colocou-o no ombro e acariciou as costas suavemente. Fiquei ali e assisti com admiração. Isto era meu.
Minha família. E eles eram perfeitos.
Quando Blaire ficou satisfeita com sua tentativa de fazê-lo arrotar, envolveu-se firmemente em seu cobertor e olhou para mim. "É a sua vez, papai. Eu preciso descansar. Meus olhos estão pesados."
Estendi a mão para ele e peguei meu filho dos braços de sua mãe. Segurando-o perto do meu peito inalei seu cheiro doce bebê. "Vamos rapaz. Vamos ficar confortável lá e ver se podemos encontrar um basquete para assistir na televisão."
Nate dormiu contente em meus braços e Blaire dormiu muito rapidamente depois que o entregou para mim.
Eu poderia ficar neste quarto com estes dois assim para sempre. Apenas tê-los perto de mim e saber que eles estavam seguros fazia tudo ficar bem.
Uma leve batida na porta quebrou meus pensamentos. Virei-me para ver a porta aberta e vários balões azuis entraram antes de ver a cabeça de Bethy atrás deles.
Ela havia ficado fora tanto tempo quanto podia.
"Tudo bem, papai, eu percebo que você está se divertindo, mas você tem que compartilhar. Os avós estão na sala de espera esperando pacientemente", ela sussurrou depois de olhar Blaire dormindo.
"Eu não quero perturbar Blaire. Ela está exausta. Vou levar o bebê para a janela do berçário. Faça com que todos me encontrem lá."
Bethy olhou para o bebê ansiosamente. Eu sabia que ela queria segurá-lo, mas não estava pronto ainda. Não tinha tanta certeza de que ela não iria deixá-lo. Eu não tinha tanta certeza de que poderia confiar em ninguém para segurá-lo.
Aconchegando-o mais contra mim, me perguntava como diabos eu deveria apenas deixar as pessoas vir à minha casa e segurar meu filho.
"A enfermeira disse que vocês nomearam Nathan Rush. Eu gostei", disse ela.
"Vamos chamá-lo de Nate."
Ela assentiu com a cabeça e, em seguida, saiu para dizer a todos para onde ir. Eu não me importava de mostrar-lhes Nate pela segurança de uma janela, mas não ia deixá-los respirar sobre ele e tocá-lo. Muitos germes. Ele era muito pequeno para essa merda. Ele precisava de um pouco mais de carne antes de ter de lidar com germes.
Entrei no berçário e dei de cara com uma enfermeira. Eu expliquei que estava lá para mostrar o bebê para os familiares através do vidro. Quando ela se virou e viu Dean parado na janela seu queixo caiu.
"Oh meu Deus. O bebê Finlay está relacionado com Dean Finlay? Dean Finlay do Slacker Demon?"
Eu balancei a cabeça. "Sim. É seu neto e eu realmente preciso mostrar Nate aqui para seu avô."
Ela se apressou para me mostrar o caminho e me seguiu até a janela para que pudesse ficar de boca aberta olhando para o meu pai. Dean, entretanto, estava completamente focado em Nate. Ele levantou o polegar e piscou para mim. Abe tinha lágrimas em seus olhos e acenou com a cabeça.
Grant estava bem ali ao lado do meu pai sorrindo para Nate. Bethy jorrava sobre o meu menino e Jace estava balançando a cabeça em concordância.
Jimmy abriu caminho através da multidão para dar uma olhada para ele e colocou a mão na cintura e sorriu para Nate.
Então ele olhou para mim e me deu o aval de aprovação. Esta era a nossa família. Podemos não ter irmãos ou mães aqui com a gente, mas nós temos pessoas que nos amam e que gostam do Nate.
"Você acha que eu poderia conseguir um autógrafo do Dean?" A enfermeira perguntou.
"Vá lá fora e pergunte a ele. Você está pegando-o de bom humor”, eu disse a ela antes de virar e levar Nate de volta à sua mãe.
Blaire
Eu precisava sair de casa. Rush não queria levar Nate e eu a qualquer lugar e uma vez que eu era a fonte de alimento de Nate, não poderíamos ficar separados por muito tempo. Ele ainda se recusava a usar uma mamadeira. Eu já havia tentado bombear o leite e alimentá-lo, mas não estava funcionando. Ele só me queria.
O que era doce, mas como seu pai era um maldito super protetor ele ficava irritado quando as pessoas se aproximavam e queriam segurá-lo.
Fiquei incomodada até que as minhas seis semanas foram-se e estava ok para fazermos sexo outra vez, seria impossível para ele conviver com isso. Eu precisava fazer alguma coisa para excitá-lo ou ele ia explodir.
A primeira semana em casa foi fácil. Estava cansada e Nate não dormia muito a noite, então eu não era fisicamente capaz de sair durante o dia. Senti-me mal por não ir ao funeral do Sr. Kerrington. Woods era meu amigo e eu odiava que ele tivesse perdido o pai de forma tão inesperada. Rush me assegurou que Woods estaria bem depois comecei a chorar quando eu ouvi a notícia. Eu não conhecia o Sr. Kerrington então minha única desculpa para chorar era que estava tendo problemas hormonais.
Ou pelo menos é o que meu médico me disse.
A necessidade incontrolável de chorar foi embora no dia em que fui capaz de prender minha calça jeans pré-bebê sem nenhum problema. Eu tinha ido para o quarto de Nate e balançado-o por uma hora, enquanto ele dormia, que era algo que seu pediatra tinha me dito para não fazer. Estaria estragando ele. Foi tão difícil às vezes. Eu queria lembrar estes dias. Ele estaria correndo ao redor da casa em breve.
Quando Nate completou um mês eu coloquei o meu pé no chão e disse que estava na hora de Rush e eu irmos a algum lugar com ele. Rush concordou que tinha que superar isso e passamos mais de uma hora recebendo todos os seus suprimentos juntos apenas para ir jantar no clube. No momento em que cheguei em casa estava tão cansada que eu percebi que talvez não tivesse valido a pena. Nós poderíamos apenas ficar em casa até ele ser desmamado. No momento em que pensei prontamente comecei a chorar, porque eu era uma mãe horrível.
Rush levou Nate e o colocou na cama para mim enquanto eu fui tomar um banho. Estava caindo de sono. Eu precisava parar de vigiar Nate durante a noite como o seu pediatra sugeriu, mas estava fraca e continuava fazendo. Tinha que parar com isso.
Saí do chuveiro e fiquei na frente do espelho. Meus quadris estavam mais largos agora. Eu tinha certeza que ficariam assim para sempre. Eu estava usando todas as minhas roupas pré gravidez, mas eu não pareceria como eu costumava parecer. Meu corpo era um corpo de mãe agora.
"Droga. Venho tentando não olhar para você nua porque eu estou tentando realmente não recorrer as minhas próprias mãos, mas merda... você está linda."
Ouvir o desejo em sua voz fez maravilhas para a minha autoestima. Eu queria me sentir sexy novamente. Queria sexo novamente. Tínhamos mais duas semanas, até a liberação de meu médico. Eu não tinha certeza se poderia esperar muito tempo.
Virei-me e caminhei até ele. Sexo pode estar fora dos limites, mas me certificar que meu homem fosse feliz, não estava. Eu me inclinei na ponta dos pés e pressionei meus lábios nos dele e, em seguida, mordi seu lábio inferior. Estava cansada de ser doce e romântica. Eu queria ser ruim.
Tirei sua camisa e beijei seu peito sorrindo para mim mesma quando sua respiração acelerou e ele agarrou o meu cabelo. Eu desabotoei sua calça jeans e a desci até seus tornozelos junto com sua boxer. Sua ereção se destacou com orgulho e minha boca encheu de água. Ele era tão lindo. Mesmo esta parte dele era uma maravilha. Deslizando uma mão ao redor da base de seu pênis enfiei a ponta na minha boca e engoli até a cabeça bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, Blaire," Rush gemeu, caindo no batente da porta para se apoiar. Ele enterrou as duas mãos no meu cabelo e me segurou lá. Me afastei deixando seu pênis sair da minha boca com um estalo e, em seguida, brinquei com a cabeça com minha língua. Suas maldições e gemidos só me deixavam mais quente.
"Chupe, meu Deus, amor, profundamente de novo", ele implorou, empurrando minha cabeça para baixo sobre ele até que a cabeça mais uma vez caiu na minha garganta. Eu engasguei e ouvi o gemido de prazer vindo de Rush.
Ele estava gostando de me ouvir engasgar. Eu estava ficando excitada.
Eu deixei a minha mão deslizar entre minhas pernas e deixei Rush controlar seu pênis em minha boca com a mão no meu cabelo. "Porra, você está tocando a si mesma?", ele perguntou, ofegante enquanto puxou de volta para fora da minha boca.
Coloquei a língua para fora e deixei a cabeça deslizar para fora antes de concordar. Então abri a minha boca e olhei para ele enquanto o colocava de volta em minha boca. "Eu quero brincar com essa buceta."
Rush rosnou. "Não goze".
Eu estava muito perto de gozar, então não tinha certeza se poderia prometer-lhe isso. Ele começou a se mover dentro e fora da minha boca mais rápido. Sua respiração se acelerou e suas maldições pioraram. Eu estava prestes a explodir.
"Preciso gozar", disse ele, puxando para fora da minha boca e eu peguei as costas de suas coxas e segurei-o dentro da minha boca. "Blaire, amor, eu vou gozar em sua boca, se você não me deixar tirar."
Chupei com força em cima dele e ele bombeado minha boca. Eu o senti empurrar contra minha língua e suas duas mãos agarraram a parte de trás da minha cabeça. Ouvi o rugido dentro dele um pouco antes da primeira explosão quente bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, amor. Chupe, isso... sim, isso... merda isso é incrível”, ele gritava conforme seu corpo estremecia sob minhas mãos e boca.
Minhas coxas estavam encharcadas de minha excitação. Eu comecei a escorregar a mão para baixo novamente quando Rush tirou o pau de mim, me pegou, me levou para a cama e me jogou sobre ela. Eu sabia que não deveria fazer sexo ainda, mas agora realmente não me importava. Me sentia curada lá. Nada parecia diferente.
Rush empurrou minhas pernas e, em seguida, baixou a cabeça para lamber a umidade no interior das minhas pernas. Eu tremia, enquanto ele ficava mais perto do meu calor. "Eu vou comer essa buceta doce até que você implore para parar", ameaçou pouco antes de deslizar a língua entre minhas pregas e, em seguida, chicotear levemente sobre o meu clitóris. Eu amava o jeito que ele fazia isso. Fazia tempo. Agarrei seu cabelo e segurei-o sobre o meu clitóris. Ele riu e a vibração me fez gritar de prazer.
"Minha menina gananciosa", ele murmurou pressionando beijos perto da minha entrada antes de deslizar a língua para dentro de mim e esfregar meu clitóris com a ponta do polegar. O meu primeiro orgasmo chegou com força e eu puxei seu cabelo, o que o fez rosnar forte e continuar em mim.
"Quero mais", ele sussurrou, sorrindo para mim maliciosamente. Minhas pernas pareciam macarrão quando eu as deixei cair abertas.
"É isso aí. Abra", ele me elogiou.
Deus, eu faria qualquer coisa que este homem quisesse.
No seu satisfeito estado relaxado, seu polegar deslizou para dentro de mim e para fora. Então ele o deixou deslizar até encontrar outro buraco. Um em que eu não tinha certeza se queria que fosse tocado.
"Não fique tensa. Eu não vou te machucar. Apenas deixe-me fazê-la sentir-se bem", ele prometeu. Eu relaxei, confiei nele quando ele deslizou a ponta de seu polegar dentro de mim enquanto provocava meu clitóris com a língua. Me peguei empurrando para trás em seu polegar tentar tê-lo mais profundo e Rush gemeu em aprovação, ele continuou trabalhando com o polegar dentro e fora da minha bunda, enquanto ele fazia amor comigo com a língua.
Houve um novo tipo de orgasmo. Eu não entendia, mas era mais forte. Eu queria. “Rush, eu preciso", implorei, não sei do que precisava.
Ele deslizou seu polegar em minha umidade, em seguida, deslizou para trás novamente para colocá-la dentro do buraco apertado que estava me deixando louca. "Eu sei o que você precisa, doce Blaire e vou dar para você", disse antes de lamber meu clitóris de volta para o pequeno buraco que ele estava brincando tão concentrado. Sua língua circulou o buraco antes de voltar para o meu clitóris e puxando-o em sua boca, enquanto deslizava o dedo dentro de mim.
Eu disparei. Fogos de artifício explodiram dentro de mim e gritei o nome do Rush mais e mais, enquanto meu corpo se contraiu com o puro prazer correndo por mim.
Eu nunca tinha sentido nada parecido. Não havia palavras para descrevê-lo.
Quando finalmente voltei para a terra e conseguiu abrir os olhos Rush estava rastejando para trás sobre o meu corpo para ficar ao meu lado e me puxou contra ele. "Eu preciso te foder, Blaire. Eu preciso tão perversamente", ele sussurrou.
Eu o queria dentro de mim. Só não tinha certeza se eu o queria dentro de mim... lá atrás. Seu polegar era muito menor do que seu pênis.
"Eu quero a sua buceta, amor. Pare de se preocupar sobre o outro. Isso foi só para você. Eu sabia que ia se sentir bem", ele me assegurou, depois cobriu-nos com a colcha e adormeci rapidamente contra seu corpo quente.
Rush
Estendi a mão e desliguei o monitor na hora que ouvi Nate começando a se mexer. Hoje à noite, Blaire iria conseguir dormir mesmo que eu tivesse que ficar acordado durante toda maldita noite, andando pela casa com o rapaz a fim de mantê-lo com sua mente longe da comida.
Eu me levantei para fora da cama e vesti um shorts e uma camiseta, descendo rapidamente para o andar de baixo antes que o choro começasse. Mesmo com o monitor desligado, Blaire seria capaz de ouvi-lo chorar. Eu estava esperando que tivesse cansado ela a tal ponto que dormisse durante o barulho à noite.
Liguei o abajur próximo ao berço quando entrei no quarto e agitação dele parou. Ele gostava de me ouvir cantar.
Blaire disse que ele sempre parava de mamar quando me ouvia falar e ficava bem quieto para ouvir. Eu adorava isso.
Caminhando até o berço, seus pequenos olhos fixaram-se em mim e mesmo que ele não estivesse exatamente sorrindo, ainda assim você podia ver a alegria em seus olhos quando estava animado com alguma coisa. Normalmente, os seios da Blaire o deixavam animado, mas eles também me animavam muito, logo eu não posso culpá-lo por isso.
"Ei, amigão, quando você vai descobrir que, quando está escuro lá fora, você deveria estar dormindo?" Perguntei a ele, inclinando-me sob o berço para pegá-lo.
Ele mexeu em meus braços e, em seguida, moveu a cabeça para que ele pudesse ver meu rosto.
"Você vai ficar comigo esta noite. A mamãe precisa dormir, mesmo que você não precise. Você está cansando ela bastante."
Eu deixei as luzes do abajur ligado e me sentei com ele na cadeira de balanço. "Vamos olhar a luz da lua sobre as águas e as rochas até que você decida que é hora de dormir."
Nate colocou a cabeça no meu peito quando o virei para o meu colo nos balançando. Fiquei imaginando o que sua pequena mente pensava sobre a vista. Será que ele quer ir lá fora, e tocar a areia ou sentir a água? Eu não podia esperar até que ele pudesse falar comigo e me dizer o que estava pensando.
Balançamo-nos por quase uma hora e fiquei esperando que ele pedisse por Blaire, mas isto não aconteceu. Eu olhei para baixo para ver suas pequenas pálpebras fechadas e sua respiração era lenta e uniforme. Nós tínhamos conseguido sem ter que acordar a mamãe. Senti como se tivesse feito alguma coisa.
Eu andei de forma suave e devagar até o berço e o coloquei de volta. Quando eu tive certeza que ele ficaria dormindo voltei para a cama. Papai tinha conseguido.
A próxima vez que Nate decidiu que queria atenção foi depois das sete da manhã. Blaire se sentou na cama, quando ouviu seus gritos e olhou para o relógio. "Oh meu Deus! Será que ele só chorou agora?" Ela perguntou se levantando nua rapidamente da cama.
Eu cruzei os braços sob a minha cabeça e observei a vista enquanto ela se apressava ao redor da sala procurando algo para vestir. Eu estava realmente gostando de seus novos quadris. Eles tinham curvas tão sexy que era difícil pensar direito, enquanto ela passava por mim e eles balançavam.
"Na verdade não. Ele e eu tivemos um tempinho a sós ontem à noite. Expliquei-lhe que você precisava descansar um pouco e ele ficou bem com isso. Acho que entendeu."
Blaire parou de procurar pelas roupas e olhou para mim com a boca aberta ligeiramente. "Você ficou com ele e conseguiu fazê-lo dormir sem ter que alimentá-lo? E ele ficou tranquilo?"
Eu dei de ombros. "Ele concordou que você estava mal-humorada e precisava dormir um pouco mais."
Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios e ela colocou as mãos nos quadris que eu gostava tanto. "Você acha que ando mal-humorada, hein? Ontem à noite eu não estava assim, não é? Quando eu tive seu pau no meio da minha garganta?"
Santo inferno. "Porra, mulher. Você tem que alimentar nosso filho. Não fale assim. Eu vou acabar perdendo minha cabeça antes que me seja dado à luz verde pelo médico."
Blaire riu e se abaixou para pegar uma camisola que ela ia usar na noite passada, mas que nunca chegou perto de colocá-la. Sua bunda empinada ao ar livre fez com que eu me segurasse antes de me aproveitar dela.
O material de seda deslizou sob seu corpo e parou no meio da coxa. Ela me deu um sorriso e se virou para ir em direção as escadas. "Eu vou levar o meu ser mal-humorado lá pra baixo agora", respondeu ela.
Eu assisti os quadris balançarem e se agarrarem a camisola a cada passo que dava. Quando finalmente tinha saído da minha vista, pulei da cama e fui para o chuveiro. Eu precisava de uma puta chuveirada fria para suportar o dia.
Blaire
Coloquei Nate para dar um cochilo e decidi pegar o tempo livre para usar o vídeo de ioga que tinha comprado no iTunes. Eu precisava melhorar algumas partes do meu corpo pós-bebê. Bethy tinha me dito para tentar yoga. Mas encontrar tempo para fazer yoga já era outra estória. A última vez que Nate tirou uma soneca e tentei fazer yoga, Rush tinha acabado de chegar em casa e nós acabamos nus no sofá novamente. Nós nos tornamos profissionais em sexo oral. Não que o Rush precisasse ficar melhor, mas posso dizer que eu aprendi a dar um boquete assassino.
A campainha tocou antes que o vídeo começasse então pressionei pausa e fui ver quem era. Rush não estava aqui, logo não poderia ser Grant. Eles estavam juntos.
Abrindo a porta, meus olhos encontraram Nan, talvez eu devesse começar a olhar pelo olho mágico a partir de agora. Minha frequência cardíaca aumentou e me amaldiçoei por eu ter deixado meu telefone no chão na sala de jogos. Não havia bolsos nas minhas calças de ioga.
"O Rush está?" Ela retrucou. Eu me encolhi mentalmente. Ele não estava aqui e não tinha certeza se deveria deixá-la entrar. Mas, então, como eu poderia deixá-la na porta? Ela era irmã de Rush.
"Ele saiu com Grant há algumas horas. Algo sobre Woods." Eu estava falando demais. Já que não era da minha conta.
"Você vai me deixar entrar? Ou devo voltar mais tarde?" O tom enojado de sua voz, com a ideia de que eu tinha o poder de não deixar que ela entrasse por que a casa agora era minha, era óbvio. Eu não queria deixá-la entrar, mas depois Rush poderia querer vê-la. Ele apenas mencionou sobre ela algumas noites atrás. Ele se perguntava como ela estava, pois me contava que sua mãe disse que ela estava fora da clínica e estava bem melhor.
Indo contra o meu melhor julgamento, recuei para deixá-la entrar. "Entre", eu disse, odiando a ideia de estar sozinha com ela. Minha arma estava no carro, embora eu realmente não acho que precisasse. Ela não era um tipo perigoso... eu acho.
"Então, como é a sensação de ser a Sra. Finlay?" Perguntou. Seu tom indicava que ela não estava feliz com isso e que também não era uma pergunta amigável.
"Maravilhoso. Eu amo o seu irmão”, eu respondi.
"Você não pode mentir para mim. Eu não me engano com olhares inocentes. Você engravidou porque assim você poderia ficar com ele. Ele não iria ignorar seu próprio filho. Você descobriu isso e o usou. Eu só espero que a criança seja dele."
O ódio em suas palavras me fez estremecer. Eu realmente queria chamar Rush e trazê-lo para casa. Eu não queria falar com ela. Não que isso fosse uma conversa para massacrar a Blaire.
"Sinto muito que você se sinta assim. Quando você vir Nate, vai entender que não há dúvidas de quem ele pertence. Ele é o mini Rush." Eu estava com raiva de mim mesmo por ter caído na isca dela e me defender.
Ao mencionar Nate pude perceber que Nan estremeceu. Ou ela odiava a ideia de que tínhamos uma criança, ou odiava que ele também era meu filho e ela não queria ter ligação com o menino. Eu não tinha certeza. "Vou pegar meu telefone e ligar para Rush, para que ele saiba que você está aqui. Por favor, sirva-se de qualquer coisa que quiser beber ou comer. Você sabe onde tudo fica."
Comecei a subir as escadas.
"Espere. Eu não quero ver Grant. Diga a ele para não trazer Grant", ela disse numa voz apertada.
"Ok. Eu digo", respondi. Eu tinha certeza que Grant não queria vê-la também, mas não estava disposta a deixá-la saber que eu sabia de tudo. Eu não iria tocar no assunto.
Apressei-me a subir os degraus e fui pegar meu telefone. Eu ligaria para Rush e, em seguida, iria checar Nate... Talvez eu pudesse matar o tempo sozinha com ele lá em baixo me escondendo. Pegando o telefone disquei o número de Rush.
"Ei baby, está tudo bem?" ele perguntou quando atendeu.
"Hum... Depende do que você considera bem", eu disse. "Sua irmã está aqui."
"Dê a volta, cara. Eu preciso ir para casa agora." Rush disse Grant. "Estou no meio do caminho. Ela está bem? Está sendo legal? Você a deixou entrar?"
"Sim, não muito e sim," respondi.
"Ela não está sendo agradável. Merda, Blaire. Sinto muito. Por que você a deixou entrar?"
"Bem, porque ela é sua irmã, Rush. Eu não ia recusar de deixar sua família entrar na sua casa."
Rush respirou fundo. Eu sabia o que aquilo significava. Ele estava frustrado. "Blaire. Se algum dia eu ouvir você chamar a casa de minha de novo eu vou explodir. Essa é a nossa casa. A porra da nossa casa. Se você não quer deixar alguém entrar, então não deixe. Me chame, eles podem esperar nos malditos degraus até que eu possa chegar. Eu só quero que você fique confortável em sua própria casa."
"Ok. Bem, eu a deixei porque você a ama e eu te amo. Não há motivo maior para discutir, não acha?”
Rush soltou uma risada baixa. "Nan é, e sempre será, provavelmente, a única pessoa que eu amo e não espero que você seja boa com ela. Ela precisa aprender com essa merda. Ela não aprendeu ainda. Você pode mandá-la embora, chutar sua a bunda para fora, o que você quiser. Não aceite as merdas que ela vomita contra você."
Eu decidi que não iria contar a ele sobre a acusação dela de que Nate poderia não ser dele. Ele iria enlouquecer se soubesse. "Apenas se apresse" eu implorei.
"Cinco minutos", ele prometeu.
Eu desliguei e empurrei o celular no meu sutiã esportivo antes de ir ver como Nate estava. Abrindo a porta, eu esperava encontrá-lo chutando e murmurando para as criaturas marinhas penduradas no móbile. Sorrindo, eu caminhei até ele e seus olhinhos se deslocaram até se trancarem com os meus. Ele chutou mais duro ao me ver e meu coração apertou.
"Acho que não foi uma boa soneca", disse a ele, inclinando-me para pegá-lo. "Eu nem sequer consigo fazer yoga e o bumbum da mamãe precisa de um pouco de exercício."
Sua cabecinha tentou se enterrar no meu peito. Não era hora de ele comer, mas quando acordava, ele sempre queria o que estava por baixo da minha blusa. Assim como seu pai. Sorrindo eu o levei para o trocador e coloquei uma fralda limpa nele, enquanto se mexia. Ele odiava ter sua fralda mudada.
Eu o peguei de volta e lhe beijei os lábios franzidos. As lágrimas pararam e ele abriu a boca tentando conseguir algo para comer novamente. "Agora não senhor. Você comeu apenas há uma hora," eu lhe disse antes de sair pela porta.
Eu não queria levá-lo para baixo. Estava com medo do que Nan diria a respeito dele. Não acho que poderia lidar com isso se ela fosse ruim com o meu bebê. A porta da frente soou e deixei escapar um suspiro de alívio. Rush estava em casa.
"Papai chegou", eu sussurrei.
Carreguei Nate pelas escadas e ouviu as vozes de Rush e Nan. Não era difícil. Ela já estava levantando a voz. Rush deve ter tentado corrigi-la por me deixar desconfortável em casa. Eu decidi não levar Nate para a cozinha ao ouvir o pai gritando com Nan. Saímos pela porta da frente. Nate adorava ir lá fora e ver as ondas. A brisa do mar iria abafar as palavras de raiva de Nan. Começamos a caminhar em direção à praia.
"Blaire, você poderia trazer Nate aqui em cima?" Rush perguntou olhando para mim da varanda. Aparentemente, ele queria que Nan conhecesse Nate. Entendi o motivo dele querer que sua irmã conhecesse seu filho, mas ela odiava a mãe dele, de modo que isso podia não ser tão sábio. Fiz uma pausa e olhei para Nate.
A mãe em mim queria levá-lo e correr de volta para o andar superior, nos trancando em segurança dentro do quarto dele. Mas ele era filho de Rush também. Dei um beijo na têmpora do bebê. "A irmã do papai, Nan não é muito agradável. Você vai ter que aprender a ignorar ela." Sussurrei em seu ouvido, mais para mim do que para ele, desde que ele não tinha ideia do que eu estava dizendo.
Quando cheguei ao degrau mais alto Rush estava me esperando. "Se você quiser que eu o segure para você não entrar lá, tudo bem. Mas se você quiser ir lá, eu juro que ela vai se comportar ou vou jogá-la para fora de casa."
Eu não estava prestes a mandar meu bebê para ver o lobo mau e não ir com ele. Se ele tivesse que enfrentar Nan, eu também iria. Eu o segurei mais apertado contra mim e balancei a cabeça. "Eu quero estar com ele."
Rush balançou com a cabeça. Eu pude ver pelo olhar em seu rosto que ele entendeu. Ele abriu a porta para nós e deu um passo para trás para que pudesse caminhar dentro com Nate.
Nan estava sentada na bancada do bar com um olhar irritadiço em seu rosto. Ela se virou e seus olhos foram para Nate. Eu podia ver o momento em que ela percebeu que cada característica do pequeno era de Rush. Ele nem sequer tinha meus olhos. Ele era todo Rush.
"Acho que ele é seu, afinal de contas", disse ela. Parei e dei um passo para trás batendo no peito de Rush. Seu braço veio em torno de mim e ele me segurou lá.
"Você queria vê-lo. Cuidado com o que você diz para a mãe dele. Desculpe-se por essa última observação estúpida ou eu vou levá-la até a porta."
Os olhos de Nan queimaram com fúria e eu tive a sensação que Rush tinha começado algo que realmente não precisávamos em nossa casa. Mas ela respirou fundo e levantou os olhos cheios de ódio contra mim. "Sinto muito", ela retrucou. Ela não quis dizer isso, mas o fato de Rush ter a feito dizer valeu à pena.
"Posso segurá-lo?" Nan perguntou, erguendo o olhar para Rush.
Fiquei dura como uma tábua. Se ele dissesse que sim, eu iria correr dali com Nate. Havia tanta coisa que ele poderia me pedir.
"Provavelmente não é uma boa ideia. Com você olhando para a mãe dele desse jeito, eu não acho que ela vai se sentir segura em entregá-lo."
Nan fez uma careta. "Ele é seu filho também."
"Ele é. Mas Blaire é a mãe dele. Eu não deixaria nada acontecer que a deixasse desconfortável."
"Deus, Rush, onde estão as suas bolas?"
"Segundo strike, mana".
Nan revirou os olhos e se levantou do banquinho. Ela olhou para Nate e seus olhos se suavizaram um pouco. Era difícil não amá-lo. Ele era tão bonito como o pai. "Minha mãe adoraria conhecê-lo", disse Nan, puxando a alça da bolsa em seu braço. "Você deveria pelo menos enviar-lhe uma foto."
"Mamãe não dá a mínima para seus próprios filhos, Nan. Você sabe disso. Por que ela se importaria com o meu?"
Nan não vacilou. Ela apenas deu de ombros.
"Boa pergunta."
Nate começou a mexer nos meus braços. Ele estava tentando chegar aos meus seios novamente. Mudei-lhe de posição em meus braços e Rush se aproximou dele. "Dê ele a mim. Ele não estará pensando sobre o leite enquanto estiver comigo".
Eu entreguei Nate e ele se acalmou imediatamente, olhando para Rush. Ele era fascinado pelo pai.
"Você é bom com ele. Eu não estou surpresa. Você vem trabalhando no papel de pai por tanto tempo", disse Nan. Foi à primeira coisa boa que havia dito desde que tinha chegado aqui.
"Eu sou apenas bom no que faço, porque observo Blaire. Ela que me ensinou tudo."
Nan não gostou dessa resposta e não era verdade. Ele tinha sido natural desde o primeiro dia. Comecei a falar quando Nan empurrou seu banco para trás, raspando no chão. "Eu só queria ver a criança e deixar você saber que eu estou melhor. Se você quiser me ver, estarei na cidade por alguns dias. Eu não estou aqui para criar um vínculo com sua pequena família, mantenha isso em mente."
Vi quando ela saiu da cozinha, seguindo pelo corredor em direção à porta da frente sem dizer uma palavra. Rush não respondeu.
"E ela ainda é uma cadela," Rush murmurou.
Eu me virei para olhar para ele que estava franzindo a testa. "Sinto muito por ela ter falado com você desse jeito", disse ele.
"Eu ignoro tudo o que ela diz. Ela quer que eu seja o vilão e tenho medo que sempre seja assim. Está tudo bem. Eu não me casei com ela", eu respondi.
Nate ouviu a minha voz, e moveu sua cabeça para me olhar, antes de começar a chorar. Ele me queria por causa dos meus seios. Eu sorri e estendi a mão para levá-lo. "Eu vou ter que alimentá-lo novamente. Ele não deve ter se alimentado bem na última vez. Olha como está determinado a comer de novo."
Rush o entregou para mim. "Merdinha de Sorte".
Eu o chutei, quando ele deu uma gargalhada que eu amava.
"Está com fome?" Ele perguntou.
"Sim. Morrendo. Você pode me fazer um sanduíche?" Perguntei a ele antes de ir para a sala de estar para me sentar confortável na cadeira.
"Qualquer coisa para você", ele respondeu.
Rush
Woods estava do lado de fora do clube discutindo com Angie, Angel, Angelina... Inferno, não consigo lembrar o nome dela. Ela aparecia por aqui de vez em quando ao longo dos anos. Eu tinha certeza que ela era uma foda de verão para Woods, quando estávamos no colégio. O pai dela estava nos mesmos negócios como os Kerringtons, e Grant pensou que Woods ia se casar com ela.
Então essa garota Della tinha aparecido e meu palpite foi que as coisas tinham mudado. Ou não. Não poderia dizer. A última vez que soube, Della não tinha acabado na cadeia, por ter sido apenas um mal-entendido. Woods tinha feito um inferno na delegacia.
A menina estava com as mãos nos braços de Woods e parecia que estava implorando. Não tive certeza se eu queria interromper aquela conversa, mas o cara parecia que precisava de ajuda.
Ele tinha merda suficiente para lidar agora que seu pai estava morto. Ninguém estava preparado para isso e tudo foi imposto a Woods durante a noite.
"Cai fora, Angelina. Juro por Deus, se você não me deixar em paz, vou pedir a porra de uma ordem de restrição contra você”, disse Woods quando empurrou as mãos dela. Ele se virou a me ver e o alívio em seus olhos era evidente. "Rush. Ei, você está aqui para a reunião?" Questionou.
Eu não tinha ideia do que ele estava falando e estava disposto a apostar que ele tinha acabado de inventar essa merda. "Sim", eu respondi.
"Isso não acabou, Woods. Juro que não. Você está cometendo um grande erro", ela gritou para Woods, que soltou-se dela e veio ao meu encontro.
"Leve-me longe desse inferno. Rápido", ele murmurou enquanto passava por mim.
Eu me virei e o segui. Eu estava aqui para falar com Bethy sobre tomar conta de Nate amanhã à noite para que eu pudesse levar Blaire a um encontro. Mas parecia que eu tinha que conversar com Woods primeiro.
Ele abriu a porta do clube e entrou sem esperar para ver se eu o seguia. "A mais louca puta que já conheci", ele xingou já que estávamos em toda a segurança aqui dentro. Ele passou a mão pelos cabelos e soltou um grunhido frustrado. "Eu queria fugir. Eu ia. Eu ia tirar a porra do Tripp. Eu ia ficar com Della e íamos deixar essa merda para trás. Meu pai tinha exigido demais e eu estava farto. Então ele teve que seguir e morrer. Descobrir que o testamento do meu pai declarava que no meu vigésimo quinto aniversário, que será em dois meses, este lugar se tornaria meu. Meu avô tinha deixado bastante claro na porra do testamento dele, que era assim tão cheio de segredos, que meu pai não conseguiu modificar. Eu não posso fugir agora, posso? É tudo meu. O avô que eu amava e admirava não me ferrou, afinal. Mas Deus, é tudo tão ferrado agora. Eu só preciso me concentrar em deixar Della tranquila. Eu não tenho tempo para lidar com tudo isso. Eu não sei nada, Rush. Porra de NADA. Meu pai não me deixou trabalhar no lado comercial ao mesmo tempo. Ele disse que eu tinha que conquistar o meu lugar." Woods soltou um suspiro de frustração e começou a andar.
Eu não tinha certeza de tudo o que ele estava falando, mas o cara tinha problemas. Grant era o cara que ele precisava, não eu. Eu não era alguém para compartilhar esse tipo de coisa. Não sou de dar conselhos.
"Woods?" A pequena morena com grandes olhos azuis entrou pela porta olhando diretamente para ele com o rosto preocupado. "O que há de errado?"
O homem se transformou na minha frente. Ele deu dois passos largos e a puxou em seus braços, como se alguém estivesse prestes a tocá-la e ele precisava ter certeza que ela estava segura. "Eu estou bem. Você dormiu muito tarde?" Ele perguntou numa voz suave que, juro por Deus, eu nunca tinha ouvido um cara falar desse jeito.
Ela assentiu com a cabeça e colocou os braços ao redor dele. "Sim. Tudo estava bem esta manhã. Pare de se preocupar”, disse a ele. Ela virou a cabeça e olhou para mim.
"Della, este é o Rush Finlay. Você conheceu a esposa dele, Blaire. Rush, esta é minha Della."
Sua Della. Oh homem, era isso que estava errado. Eles estavam juntos. Eu não conseguia manter o sorriso do meu rosto. Entendo o que ele está sentindo. E dane-se se não estou feliz que Woods esteja envolvido com outra mulher e não atrás da minha. Obrigado, Della.
"É um prazer conhecê-lo", disse ela.
"Prazer em conhecê-la também", respondi. Ela não tinha ideia do quanto. O bom e velho Woods Kerrington estava apaixonado. A merda mais engraçada que já ouvi durante toda a semana.
Grant
As batidas na minha porta soavam como um trem de carga. Empurrei as cobertas de cima de mim e olhei para Paige. Eu a trouxe para casa comigo ontem à noite de uma festa. Ambos tínhamos bebido muito e tivemos muita diversão antes de desmaiar. Isso foi o que consegui lembrar. Paige era sempre agradável e fácil. Ela não era pegajosa.
As batidas continuaram. Peguei meus shorts descartados de ontem à noite e os puxei antes de caminhar pelo corredor em direção à porta. "Cale a boca! Droga" gritei antes de abrir a porta.
O sol me encontrou e estava bem na minha frente. Joguei meu braço sobre os olhos e tentei espiar o filho da puta louco que estava ali. Fazia tempo que tive uma ressaca.
"Você não está encantador esta manhã", Nan falou lentamente, assim que passou por mim e entrou. Merda. Não era quem eu queria lidar pela manhã.
Bati a porta. "O que você quer Nan? São dez horas da manhã", rosnei.
Nan entrou na minha cozinha e encostou-se na bancada.
"Eu preciso de um lugar para ficar", disse ela em uma voz mais suave que só usava quando queria alguma coisa. Um ano atrás, essa merda conseguia me pegar. Eu estava tão envolvido com sua bunda egoísta que não conseguia ver direito. Era tudo sobre sexo. Ela era boa nisso. Uma porra de ginasta na cama. Aprendi da maneira mais difícil de que sexo não se faz para consertar coração partido ou putas egoístas. Não dava mais pra ficar com ela. Especialmente depois de tudo que aconteceu.
"Ligue para Rush. Vou voltar para a cama. Você sabe o caminho para sair." Respondi, voltando para o meu quarto.
"Eu não posso! Ele não vai me ajudar. Não suporto a Blaire e ele sabe disso. Ele a ama mais do que eu. Ela o levou para longe de mim. Ela tomou tudo de mim. Eu a odeio e não posso fingir que gosto. Mas eu não tenho para onde ir. E não quero viver com a minha mãe. Quero voltar para Rosemary".
"Tá foda para você. Tchau, Nan." Eu abri a porta do quarto e fui pra cama, me deitando com a cara para baixo.
"Paige? Sério Grant? Você não sabe até onde ir. Você baixou bastante de nível. Até mesmo agora."
Paige sentou-se esfregando o rosto e eu apreciei o fato de que ela estava nua. Nan estava recebendo uma boa olhada de seus seios. Eles eram muitíssimo mais agradáveis do que os de Nan.
"Eu evoluí. A última garota que fodi foi você", eu respondi. Ela precisava saber.
Paige olhou para mim e depois para Nan com os olhos injetados de sangue. Eu tinha certeza que ela tinha fumado maconha na noite passada. "Que porra é essa?" Ela resmungou puxando o lençol para se cobrir.
"Nan está aqui para fazer a minha vida um inferno. Ignore-a", eu disse rolando na cama para deitar de costas e apoiar minhas mãos atrás da minha cabeça.
"Sério? Isto é tudo que nos tornamos?" Perguntou Nan.
"Isso é o que você nos fez ser, Nan. Você queria foder por um tempo, eu concordei. Foi divertido. Obrigado pela ideia."
"Paige, pelo amor de Deus, vista alguma coisa e saia. Nós estamos tentando ter uma conversa", Nan virou-se para Paige, que estava sentada em silêncio os ouvindo.
Estendi a mão e acariciei a perna dela.
"Não vá. A bunda dela foi mostrada à porta. Ela é que precisa sair", disse a Paige. Realmente preferia que ambas saíssem, mas eu não era um idiota. Jamais iria chutar Paige para fora e deixá-la ir por conta própria.
"Sério? Você vai trepar com essa daí e nem mesmo vai me deixar explicar? Você sabia que eu estava em uma clínica de reabilitação? Será que você se importa? Você com certeza não me ligou. Ninguém ligou. Nem mesmo Rush."
Senti uma pequena angústia por ela, mas era muito pequena. Às vezes eu ainda via aquela garotinha que queria que alguém a quisesse tanto. Foram tempos que tive compaixão. Então me lembrei da cadela que ela havia se tornado e decidi que ela merecia o que tem.
"Quando você planta merda, você colhe isso de volta. Era isso que meu avô sempre dizia. Alguém deveria ter lhe ensinado isso também. Teria nos salvado de toda porra de problema que você causou."
Nan apontou para Paige. "Saia. Agora."
Segurei o braço de Paige. "Ignore-a."
Paige olhou para trás e para frente para nós dois e depois balançou a cabeça.
"Vocês são fodidos. Acho que vou voltar para casa e descansar um pouco. Minha cabeça não pode aguentar isso." Ela começou a se levantar e depois estendeu a mão beijando a minha bochecha antes de rastejar para fora da cama nua.
Admirei a bunda dela enquanto ela pegava suas roupas mais pelo apelo de Nan que de mim. Eu estava cansado demais para pensar em mulheres nuas.
Paige deu tchau para mim e então correu para a porta levando seus sapatos. Eu não tinha ideia de onde seu carro estava, mas isso não importava agora. Ela morava a duas ruas acima no mesmo complexo de apartamentos. O que era outro motivo dela ser útil. Nan se aproximou da cama e se sentou.
"Saia da minha cama, Nan. Juro por Deus que eu vou te dizer cada detalhe do que Paige e eu fizemos nestes lençóis ontem à noite, se você não tirar sua bunda maldita da minha cama", eu avisei. Não conseguia me lembrar de exatamente o que tinha feito na noite passada. Mas Nan não precisava saber disso.
"Você é nojento", gritou ela, levantando-se e olhando para mim.
"Sim, você também. Pelo menos eu conheço Paige. Ela não é uma garota que eu só peguei na maldita rua para foder."
Ela tremia com uma fúria desencadeada. Eu a chamei de merda. Ela tinha me atiçado e conseguiu. Eu já tinha visto o suficiente. Não estava mais interessado.
"Você disse que me amava", ela me lembrou.
"Eu pensei que poderia te amar, Nan. Mas então eu acordei e percebi que uma foda quente e uma boa buceta não são amor. É somente um sexo muito bom".
A mágoa nos olhos dela deveria ter feito eu me sentir culpado, mas isso não aconteceu. Eu tinha confundido necessidade com amor. Eu não sabia como era amar alguém. Não do jeito que Rush amava Blaire. Eu nunca tinha sentido isso. Mas sabia agora. Eu tinha a porra da ideia e tinha certeza que nunca estive.
"Tudo bem. Você quer me machucar, então faça. Eu mereço isso", Nan cuspiu, caminhando de volta para a porta. "Mas isso não acabou, Grant. Eu posso admitir que errei. Mas você só precisa admitir que ainda tem sentimentos por mim."
Será? Eu não tinha certeza disso. Estava zangado com ela por ter me deixado com raiva, mas eu não tinha certeza se sentia alguma coisa ainda.
"Eu estou trabalhando em algumas coisas. Seria bom se alguém se interessasse e me entendesse".
Eu não iria deixá-la virar esse jogo para mim. Eu não pedi por esta merda. Pensei que desse certo. Mas ela recusou-se a ser mais do que uma parceira de foda. Eu queria mais e ela deixou claro que eu poderia facilmente ser substituído.
"Eu não acho que eu sou o único que pode te ajudar Nan. O problema é que sei como sua vida era e porque você é uma puta. Mas, ao contrário de Rush não levo a sério essa desculpa sua. É hora de parar de usá-la e mudar. Você está afastando todo mundo. Você quer acabar como sua mãe?"
Ela endureceu e soube que tinha atingido um nervo. Sem dizer uma palavra, ela se virou e saiu do meu apartamento batendo a porta atrás dela. Que a porra dos ventos a levem.
Agora eu poderia dormir um pouco.
Blaire
Bethy estava esperando por mim no clube para beber. Eu tinha amamentado Nate e o deixei com o Rush para que eu pudesse ter algum tempo de garota. Ela também queria que eu conhecesse oficialmente a Della. Acenei para Jimmy quando passei pela cozinha e segui apressada para a sala de jantar.
Della e Bethy estavam próximas às janelas que davam para o campo de golf. Della se virou e sorriu para mim quando percebeu minha aproximação. Não tinha certeza exatamente o que aconteceu com a polícia, mas sabia que tinha sido um péssimo mal-entendido. O boato era que Woods ameaçou o policial que a tinha prendido. Grant disse que ele o arremessou contra a parede. Exatamente algo que Rush faria.
"Já era tempo de você chegar. Estava prestes a ter minha segunda mimosa sem você", Bethy disse alegremente.
"Desculpe, tive que amamentar Nate antes de vir. Ele estava mais faminto que o normal. Mas você sabe que não posso tomar mimosas. Estou amamentando. Entretanto, vou ficar com um suco de laranja."
"Amamentar não soa divertido. Exceto para os melões incríveis que você tem, não vejo nenhuma razão para não beber", Bethy respondeu.
Escolhi ignorá-la. Ela não entenderia. Em vez disso, olhei para Della. "Estou feliz que finalmente estou te conhecendo", disse a ela.
"Eu também. Sinto muito sobre a última vez que nos encontramos. Não consigo imaginar o que você pensou de mim depois...”, ela parou e ficou sem graça.
"Sabia que tinha acontecido um erro terrível e enquanto estava em trabalho de parto pedi a Rush para ligar a Woods e deixá-lo saber que houve uma emergência", assegurei a ela.
Della soltou um suspiro. "Sim, foi um dia louco. Mas obrigada. Só soube depois que você entrou em trabalho de parto naquele dia."
Bethy pediu outra mimosa para si e para Della. Pedi a nova garçonete apenas um suco de laranja.
"Então, você não está trabalhando para Woods, eu soube", Bethy disse para Della.
Ela franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não. Ele não vai deixar. Ele gosta de me manter com ele a maior parte do tempo. Estamos lidando com algumas coisas..." Ela parou novamente. Entendi que ela não queria falar sobre sua vida pessoal e não podia culpá-la. Ela tinha acabado de nos conhecer.
"Como posso manter vadias como vocês na cozinha? O que devo fazer se toda a minha boa mão de obra continuar ficando com os bundões ricos deste clube e me deixar para trás?" Jimmy disse quando puxou a quarta cadeira na mesa e sentou-se.
"Eu ainda trabalho aqui", Bethy lembrou.
"Você não trabalha na cozinha então você não é de nenhuma ajuda para mim. Estou quase com medo de Woods contratar mais mulheres atraentes. Preciso de alguém para me ajudar e que não lance os olhos para esses bundões com tesão maldito," Jimmy vaiou então piscou para nós.
Olhei ao redor da mesa e sorri. Um ano atrás, eu estava perdida. Eu não tinha ninguém. Ir à casa de Rush Finlay naquela noite tinha mudado tudo. Sentei e escutei Jimmy nos contar sobre seu péssimo encontro na noite anterior e como ele queria as calças de Marco. Marco era, aparentemente, o novo chef. Bethy concordou que as calças de Marco eram muito boas. Olhei para Della que sorria enquanto ouvia a conversa e percebi aquele olhar. Acho que ela encontrou uma casa também.
"Então, Blaire, como é o sexo depois do casamento e do bebê? Temos que saber menina. Rush Finlay ainda está queimando os lençóis?" Jimmy perguntou com seus olhos brilhando em antecipação. Ele tinha uma queda grave pelo meu marido.
"Não é da sua conta, Jimmy. Você precisa seguir em frente com sua fascinação pelo meu marido. É muito tarde agora. Ele é meu", respondi.
"Inferno, você não é engraçada. Só queria os detalhes. Os detalhes torridamente descritivos. E você Della? Quer-me dizer como é com Woods? Ele é mandão também? Parece quente.”
O rosto de Della ficou vermelho e ela riu. "Eu não vou contar nada para você, Jimmy", ela respondeu.
Jimmy levantou-se e esticou o lábio inferior. "E eu que sempre pensei que a fofoca feminina era travessa e divertida. Vocês estão me levando às lágrimas." Ele acenou com a mão de forma dramática para nós antes de se virar e seguir para a cozinha.
"Agora que ele se foi, eu gostaria de saber como é o sexo com o Rush e Woods", Bethy disse com um sorriso.
Eu balancei a cabeça e olhei para a porta, Grant veio caminhando sozinho. Parecia que estava imerso em seus pensamentos. Ele não tinha aparecido ultimamente e achei que era porque ele estava fora da cidade de novo. Algo parecia que estava lhe incomodando. Ele olhou para cima e seus olhos se encontraram com os meus. Um pequeno sorriso tocou seus lábios e ele piscou antes de caminhar e sentar-se a mesa sozinho.
"Grant está de volta à cidade para o verão. Mas, ele parece diferente." Bethy falou, aparentemente, pensando a mesma coisa que eu.
"Sim, ele parece desligado", eu concordei.
"Se você brinca com fogo acaba se queimando. Nan é de todo o pior tipo de cadela. Ela teve que foder com a cabeça dele. Eu ainda não consigo acreditar que eles estavam transando," Bethy sussurrou.
"Nan apareceu outro dia", eu disse, olhando de volta para Bethy e depois Della. "Ainda parece que ela me odeia."
Bethy bufou. "Quem se importa? Aquela puta".
Os olhos de Della se arregalaram e eu percebi que nós estávamos falando sobre pessoas que ela não conhecia. Isso era rude.
"Então, Della, eu sai e perdi toda a ação. Diga-me exatamente como você conheceu Woods? Foi aqui no trabalho?"
Della balançou a cabeça e sorriu.
"Não exatamente. Nós nos conhecemos em setembro... foi... tipo uma aventura de uma noite", disse com suas bochechas ficando rosa brilhante.
Isso ia ser mais suculento do que pensava. "Oh, isso soa divertido", respondi e me inclinei para ouvir o resto.
****
Nate já tinha tomado a mamadeira. A tia de Bethy, minha antiga chefe, Darla tinha concordado em tomar conta para que nós pudéssemos ir até o luau do clube. Era o pontapé para a temporada de verão e também somente para os membros. Rush não queria ir, mas Bethy tinha ligado e implorado a nossa presença. Eu me senti culpada por não ter tido tempo suficiente para ficar mais com ela, então o convenci.
Amanhã terei uma consulta médica e a paciência de Rush estava no limite. Ele estava esperando ir comigo, para então me atacar no estacionamento. O que eu não iria reclamar, mas não queria lhe dar ideia.
Grant tinha ligado para ver se íamos e também Woods. Ele queria saber se eu poderia ficar com Della, caso ele tivesse que lidar com algo durante o luau. Bethy também ficaria por perto se precisasse. Elas se tornaram amigas, o que só confirmou a minha crença de que ela seria uma boa pessoa. Bethy era exigente.
A fogueira era maior do que qualquer outra na praia, isso porque a cidade não podia controlar o que acontecia na propriedade do clube, assim era permitido fazer esse tipo de festa na praia, que era pública. Bethy disse essa era à festa "imperdível" da temporada. O que me pareceu bom. Rush e eu precisávamos sair.
"Tem certeza que não quer ir mudar de roupa antes de sair do carro", perguntou Rush, olhando para mim.
Franzi minha testa, quando olhei para minha roupa nova. Eu comprei na semana passada. Era uma saia de linho branco que ficava no meio da coxa e uma blusa amarela pálida de um ombro só que acabava perpassando a cintura da minha saia. Era algo que brilhava se eu levantasse meus braços. "Você disse isso em casa. Você não gostou?" Talvez meu corpo não estivesse pronto para usar algo como isso.
Rush agarrou meu queixo e segurou seu olhar com o meu. "Você está deliciosa, Blaire. Eu não gosto de saber que outros homens estarão olhando para você."
Oh. Bem, nesse caso. "Tenho certeza de que não vou mudar. Eu gosto quando você fica todo possessivo. Me deixa com tesão," eu disse a ele com uma piscadela enquanto abria a porta.
"Você está me matando, mulher", disse ele com um boom ao fechar sua porta.
Rush estendeu a mão e pegou a minha, enquanto caminhamos até a praia.
O sol já havia caído, mas o luau iluminava o nosso caminho quando chegamos até a metade da passagem. Bethy estava acenando para nós e pulando de cima pra baixo, assim que entramos na festa.
"Acho que ela quer que a gente fique com eles," Rush disse num tom divertido.
"Também acho", respondi.
Bethy já tinha bebido três doses quando chegamos. Jace revirou os olhos quando ela cambaleou para me abraçar. Ela cheirava a tequila.
"Ei, você está atrasada!"
"Não, eles não estão. Você só começou a tomar todas logo de cara e agora está bêbada demais para saber quanto tempo nós estamos aqui," Jace levantou-se do seu lugar. Ele também parecia um pouco irritado com ela.
Olhei em volta para Della, mas não a vi. "Onde está Della e Woods?" Perguntei a Bethy que sorriu para mim como se ela não tivesse ideia de que eu estava falando.
"Eu os vi um pouco atrás, mas Woods teve que lidar com alguns dos funcionários que estavam fumando maconha. Não sei o que aconteceu com Della", disse Jace.
Porcaria. Nós deveríamos estar cuidando de Della. "É melhor eu ir procurá-la", eu sussurrei para Rush.
"Vou com você. Não sei se quero você andando aqui sozinha", disse ele.
"Não. Apenas se sente e converse com Jace. Pegue uma bebida. Eu só vou dar uma olhada por aí e volto. Você não precisa vir comigo."
Rush franziu a testa e eu o empurrei na direção da cadeira livre ao lado de Jace. "Vá", pedi e olhei para a Bethy. "Vou procurar Della," disse a ela.
"Eu também! Eu quero ir também!" Bethy disse, levantando a mão como se estivesse na escola.
"Não... Sua bunda bêbada vai ficar aqui," Jace respondeu.
Bethy estendeu o lábio inferior e se sentou no colo de Jace. "Você não é divertido", ela reclamou.
Não esperei ela perguntar novamente. Virei-me e fiz meu caminho próximo ao fogo. Eu vi vários rostos familiares. Ganhei um abraço de Jimmy e conheci o cara que topou ter um encontro com ele naquela noite, mas ainda não tinha visto Della. Dei a volta e me dirigi até os limites do luau para ver se ela estava se escondendo na escuridão. Também não vi ninguém.
Eu comecei a dar meia volta e retornar para Rush, quando ouvi uma voz estridente gritando. Não era uma voz assustada, mais como se estivesse chateado com alguma coisa. Dei um passo mais perto do estacionamento e ouvi outra voz, definitivamente feminina e muito sulista tentando acalmar a outra voz. Olhei para trás na direção que deixei Rush, mas ele não me viu.
Voltei para o estacionamento seguindo as vozes. Cheguei o mais perto que pude para ouvir a conversa. Mas não havia mais ninguém no estacionamento. Então para onde eles foram? Fui até onde tinha estacionado o carro e parei.
"Não, por favor. Apenas, fale com Woods. Eu não fiz nada. Eu juro. Não, oh Deus." A voz suave estava com medo.
"Estou farta de falar com Woods. Você pegou o que era meu. Ele escolheu você. Chega... Ele pode ter você sua vadia idiota. Mas primeiro você vai pagar por ter tomado o que era meu." Um forte tapa e um grito de dor seguido das palavras dela. "Isso dói, não é, piranha? Você é uma idiota. Por que Woods pensa que você pode fazê-lo feliz, eu não sei. Mas ele vai aprender. O merda vai aprender a não se meter comigo”, disse a mulher com raiva de novo e outro grito de dor veio de quem agora eu sabia que era Della. Eu não tinha ideia de quem era à outra mulher, mas ela estava machucando Della. Pensei em chamar Rush, mas ela poderia machucar ainda mais a outra.
Eu não precisava de Rush. Eu não tinha certeza de quem era a psicopata, mas eu poderia lidar com ela. Enfiei a mão na bolsa e tirei a chave, abrindo a porta silenciosamente.
Deslizando minha mão sob o assento, peguei minha arma e garanti que a carga estava vazia, e então verifiquei a trava de segurança. Eu não tinha a intenção de atirar em ninguém. Não havia necessidade de que ele estivesse carregado. Eu só precisava assustar a agressora e, em seguida, chamar Woods.
Felizmente, ela não tinha machucado muito a Della.
Outro grito de Della me fez andar mais rápido. Eu segui as vozes próximas a um edifício. Eu vi a outra mulher pela primeira vez. Ela estava segurando Della pelos cabelos e a chamou de louca novamente. Ela tinha certeza que Della era maluca. Essa vadia estava me irritando.
Eu segurei a arma e apontei para a mulher antes de deixá-la saber que ela tinha companhia.
"Deixe-a ir", eu disse e percebi como a mulher se virou ainda segurando o cabelo de Della... que soltou outro soluço.
"Que porra é essa?" Disse a mulher, olhando para mim como se eu fosse a única que estava louca.
"Solte o cabelo dela e dê um passo longe," eu disse alto e em bom som, no caso dela não ter entendido.
Ela riu. "Você só pode estar brincando. Eu não sou idiota. Vá cuidar da sua vida e pare de brincar de As Panteras".
Soltei a trava de segurança e posicionei a arma. "Ouça piranha. Se eu quisesse poderia furar ambas as suas orelhas daqui sem estragar a merda do seu cabelo. Vá em frente e me teste." Eu mantive minha voz calma e fria. Eu queria que ela acreditasse em mim, porque realmente não queria ter que atirar nela para provar meu ponto.
Seus olhos se arregalaram e ela soltou o cabelo de Della. Do canto do meu olho, eu vi Della rapidamente se afastar.
"Você tem alguma ideia de quem sou eu? Eu poderia acabar com você. Sua bunda vai ficar na cadeia por muito tempo por isso”, ela rosnou, embora eu pudesse ouvir o medo em sua voz.
"Nós estamos no escuro e somos três. Você não tem um arranhão. Os machucados e as feridas de Della provam que será nossa palavra contra a sua. Eu não me importo quem você é. Só me parece que não é uma situação boa para você."
Ela se afastou para longe de mim um pouco mais, mantendo os olhos na minha arma. "Meu pai vai ouvir sobre isso. Ele vai acreditar em mim", disse ela com a voz trêmula.
"Bom pra você. Meu marido também vai ouvir sobre isso e ele, com certeza, vai acreditar em mim."
A mulher soltou uma risada com raiva e balançou a cabeça. "Meu pai pode comprar esta cidade. Você fodeu com a mulher errada."
"Sério? Tente de novo, porque agora você está olhando para uma mulher com uma arma carregada que pode atingir um alvo em movimento a qualquer hora. Então, por favor... Só. Tente. Novamente."
Della estava encolhida com os braços em volta dos joelhos enquanto continuava sentada silenciosamente nos observando.
"Quem é você?" Perguntou a mulher, pela primeira vez, me levando a sério.
"Blaire Finlay", eu respondi.
"Merda. Rush Finlay se casou com uma caipira com uma arma. Eu acho isso difícil de acreditar." Ela esnobou.
"Se fosse você, eu acreditaria, já que ela está segurando a porra da arma," a voz do Rush veio atrás de mim.
Os olhos da mulher se arregalaram. "Você está brincando comigo? Esta cidade é insana. Como todos vocês”.
"Você foi a única a bater em uma mulher inocente por causa de um homem e no escuro" Lembrei a ela. "Você é a única que parece louca aqui."
A mulher ergueu as mãos. "Tudo bem. Já chega disso. Vocês venceram", ela gritou e caminhou para o estacionamento. Eu baixei a arma e coloquei de volta a trava de segurança antes de entregá-la a Rush, e então corri para Della. Seus grandes olhos azuis estavam arregalados em descrença.
"Você realmente acabou de apontar uma arma para ela", ela perguntou com admiração na voz.
"Ela estava dando uma surra em você", lembrei. Ela escondeu o rosto entre as mãos e soltou uma risada trêmula.
"Oh meu Deus. Ela é louca. Eu juro que eu estava começando a pensar que ela ia me bater até eu ficar inconsciente. Fiquei pensando que ia desmaiar e ela realmente iria me machucar." Ela olhou para mim. "Obrigada."
Estendi a mão para ela. "Você pode se levantar? Ou prefere sentar aqui mais um pouco, enquanto eu chamo Woods?"
"Eu quero me levantar. Eu preciso me levantar", disse ela.
Eu a ajudei. "Você tem um telefone?"
Ela assentiu com a cabeça e tirou um do seu bolso. Esperei enquanto ela discou para Woods.
"Ei".
"Na verdade, não, não realmente. Eu tive um incidente com Angelina".
"Não... não... ela se foi. Uh, Blaire apareceu e... deve ter assustado ela.”
"Blaire ainda está aqui com o marido dela."
"Atrás do edifício-garagem."
"Ok. Eu também te amo.”
Ela desligou e olhou para mim através de cílios grossos. "Ele está a caminho."
"Bom. Vamos esperar com você." Eu abri minha bolsa e tirei um pacote de lenço umedecido. Eu era uma mãe agora, então tinha isso comigo a todo o momento. "Você quer limpar o sangue de seu lábio antes dele chegar aqui e ir atrás de Angelina?"
Della acenou com a cabeça e pegou o lenço da minha mão. "Obrigada."
Eu me virei para olhar para Rush que estava me observando, mas até agora não tinha falado muito. Dois faróis apareceram pela estrada, logo brecando ao lado de onde estávamos. Woods pulou da caminhonete e veio correndo até onde eu estava com Della.
"Droga", ele gritou puxando-a em seus braços. "Deus, baby, eu sinto muito. Ela vai pagar por isso", assegurou ele, enquanto suas mãos corriam sobre ela verificando se ela estava bem.
"Está tudo bem. Acho que Blaire a assustou", Della disse contra o peito dele.
Woods olhou para mim e fez uma careta. "O que Blaire fez?", perguntou Woods.
"Ela apontou uma arma para ela e a ameaçou furar suas orelhas", disse Della.
Woods levantou uma sobrancelha. "Então, Alabama puxou a arma de novo? Obrigado, Blaire", disse ele antes de beijar a cabeça de Della e sussurrando em seu cabelo palavras que foram feitas para ninguém a não ser ela.
"Fiquei feliz em encontrá-las. Você precisa fazer algo sobre essa mulher, ela é uma piranha maluca", eu disse antes de virar e caminhar de volta para o Rush. Ele enfiou a mão na minha cintura e me segurou contra ele.
"Obrigada", Della falou novamente.
"Não há de quê", respondi e depois Rush e eu voltamos para o estacionamento.
"Não vou ser capaz de esperar até amanhã. Você estava incrível quando virei à esquina e você estava lá como uma poderosa segurando uma arma contra Angelina. Eu acho que posso ter gozado no meu maldito jeans quando você disse a ela que podia furar as orelhas dali. Vou foder essa pequena buceta doce hoje à noite.”
Eu tentei morder o lábio para não rir, mas não consegui.
Rush sorriu. "Fico feliz que você concorda que não há mais porque esperar. Estou pronto para me perder no meu céu de novo."
Eu parei de andar e fiquei na ponta dos pés para beijar sua bochecha. "Eu te amo, Rush Finlay".
"Foi bom eu não deixar a sua bunda sexy ficar muito longe de mim de novo."
"Quão longe é longe demais?" Eu perguntei.
"Tudo é muito longe. Mas eu quero você aqui ao meu lado... para sempre."Blaire
"Sim, mas eu não tenho certeza de quando papai estará em casa. Não podemos simplesmente ir para lá”, respondi incapaz de conter-me de rir dele.
"Doce Blaire, se eu não entrar em você de verdade o mais malditamente rápido, seu pai vai saber que estamos fazendo sexo. Essa mesa de cozinha pequena está parecendo muito legal agora."
Eu tremia com antecipação quando ele me puxou para dentro do quarto inferior.
"Só uma cama", ele disse, enquanto olhava para o pequeno quarto. "Claro que sim".
Arrastei-me em cima da cama desfeita e ele me seguiu antes de voltar a fechar a porta de correr trancando-a. Sua conversa suja e meu estado de tesão tão excitado não ia demorar muito para me enviar ao céu. Eu estava tremendo com a necessidade que ele me tocasse.
"Tire isso", ele disse, olhando incisivamente para o meu vestido. Estendi a mão para a bainha e puxei-o sobre a minha cabeça antes de jogá-lo para o lado do colchão. Eu não tinha me incomodado com um sutiã, mas eu estava usando calcinha.
Seus olhos queimavam com o calor quando ele olhou para os meus seios. Adorei saber que a visão do meu estômago inchado não fez ele me querer menos. Pelo contrário, ficou ainda mais atraído por mim.
Ele tirou a camisa, em seguida, arrastou-se e ajoelhou-se diante de mim. Suas grandes mãos seguraram meus seios e meus mamilos, ele brincou fazendo-me gemer e me pressionou ainda mais em suas mãos. Suas mãos moveram para o sul até que ele estava cobrindo meu estômago com as duas mãos e me acariciando. "Minha", ele disse simplesmente com admiração e reverência em sua voz.
Em seguida, sua mão escorregou para baixo entre as minhas pernas e para a calcinha que eu ainda estava usando. Ele descobriu exatamente como eu estava excitada. "Mmmm, minha doce Blaire precisa de mim. Eu gosto disso. Eu amo pra caralho", ele gemia e me colocava de volta no colchão antes de puxar minha calcinha. Passou o polegar sobre a almofada de meus pés depois enrolou uma mão em torno de cada um dos meus tornozelos e puxou-os sobre os ombros.
"Rush.” Eu tentei pará-lo antes que ele começasse só porque eu o queria dentro de mim. Mas sua língua sacudiu para fora sobre minhas pregas e lambeu todo o caminho até o meu clitóris fazendo com que todo o pensamento razoável voasse para longe. Peguei um punhado do lençol e virava contra meu rosto enquanto eu gritava seu nome. Eu já não me importava se ouvissem. O metal suave na boca brincou com meu clitóris incansavelmente enquanto ele corria para trás e para frente sobre o meu sexo inchado.
"Tão malditamente doce", ele murmurou contra mim e me desfiz. Meu corpo estremeceu e eu tinha certeza que eu gritei o nome dele alto o suficiente para que os nossos vizinhos ouvissem. Quando eu consegui abrir meus olhos novamente, ele estava nu e movendo-se entre as minhas pernas.
Eu levantei para atender seu impulso e adorei ver seu rosto se contorcer de prazer enquanto ele sussurrava meu nome neste momento.
Rush se abaixou e puxou meus quadris para atender seus impulsos quando ele deslizou dentro e fora de mim em um ritmo constante. Senti o prazer crescendo e eu me tornei mais frenética para sentir isso de novo. Comecei a levantar meus quadris enquanto eu agarrei seus braços para me puxar para cima mais rápido.
Rush parou e me aliviou de volta, diminuindo o ritmo enquanto ele se movia sobre mim.
Sua boca cobriu a minha e ele começou a me beijar como se tivesse todo o tempo do mundo, quando na realidade eu estava a poucos golpes longe de outro orgasmo. Sua língua correu pela minha, enredando com ele e, em seguida, lambendo meus lábios antes de pressionar beijos castos nos cantos da minha boca e, em seguida, chupando meu lábio superior.
"Não me deixe novamente. Eu não posso te perder" ele implorou.
Seus quadris se moveram e pressionaram para mim profundamente mais uma vez quando soltou um gemido.
Eu fui voando distante, agarrando-me a ele e prometendo-lhe tudo o que ele queria. Seu grito de libertação me expulsou novamente.
Quando eu finalmente consegui respirar, Rush me abraçou, enfiando a cabeça na curva do meu pescoço. Seu hálito quente fez cócegas e me acalmava ao mesmo tempo.
"Eu te amo. Pra caralho", disse ele em um sussurro rouco.
"Eu também te amo. Pra caralho", respondi com um sorriso feliz.
Ele riu, mas não olhou para mim.
Ele manteve o rosto enterrado contra mim. "Vou precisar de você novamente. Sinto muito", disse ele.
Confusa, eu fiz uma careta e me afastei para que eu pudesse ver seu rosto. "Por que você está triste?"
"Porque eu posso ser insaciável hoje à noite. Têm sido longas 24 horas."
"Quer dizer que você quer mais, agora?" Perguntei.
Rush deslizou as mãos entre as minhas pernas. "Yeah, baby, eu quero."
****
Rush estava dormindo quando ouvi meu pai entrar no barco. Eu estava grata que ele ficou fora durante toda a ação. Rush tinha finalmente adormecido de cansaço. Eu estava completamente satisfeita, no entanto. Eu lutava contra o sono, porque eu queria esperar que meu pai voltasse para casa. Peguei meu vestido e aliviei-me dos braços do Rush, em seguida, coloquei-o sobre a minha cabeça. Eu precisava ir dizer-lhe que Rush estava aqui. Eu não lhe disse muita coisa, não que ele precisasse de alguma explicação.
Abri a porta, olhei para Rush, que ainda estava dormindo pacificamente.
Estiquei-me na cama e sai do quarto na ponta dos pés e subi as escadas. Meu pai estava sentado na mesa da cozinha pegando um copo de leite. Ele olhou para mim e sorriu.
"Não quis acordá-la", disse ele.
"Você não me acordou. Eu estava acordada", respondi. Balancei a cabeça para frente do barco, do lado de fora, onde a nossa voz não se ouvia no térreo, em voz alta. "Podemos conversar?"
Papai olhou para as escadas e franziu a testa, em seguida, balançou a cabeça e levantou-se para caminhar de volta para fora da cabine.
Fechei a porta da cabine para abafar qualquer coisa antes de me virar para olhar para o meu pai. "Rush está aqui", expliquei. "Ele está dormindo."
Compreensão amanheceu no rosto do meu pai e ele concordou. "Bom. Ainda bem que o menino foi inteligente o suficiente para buscá-la."
Ele gostava de Rush. Ele tinha me jogado na frente de Rush, para começar. Eu estava feliz por ele aprovar. Isso tornava as coisas muito mais fáceis. Eu queria manter um relacionamento com meu pai e Rush não tinha sido um fã dele há muito tempo.
"Eu saí por causa de sua família. Nan principalmente. Ela é... demais às vezes."
"Ela é um pesadelo. Ela não é minha filha, você pode ser franca. Passei bastante tempo com ela para saber que ela está precisando de alguma atenção séria de um pai."
Eu balancei a cabeça e sentei-me no banco, em seguida, coloquei minhas pernas debaixo de mim. "Eu não quero odiá-la porque Rush a ama. É difícil ir embora. Ela está determinada a levá-lo para longe de mim. Às vezes eu acho que ela só pode ganhar."
Papai sentou-se em uma cadeira de gramado com as cores do arco-íris. "O rapaz te ama mais. Ele sempre vai te amar mais. Qualquer um pode ver isso, menina. Você apenas tem que aprender a não deixar Nan intimidá-la."
"Eu estou tentando. Mas então, quando ela precisa dele, ele está lá. A maior parte do tempo em detrimento das minhas necessidades. Ela sempre ganha. Eu sei que parece bobagem, e eu estou sendo egoísta, mas eu preciso dele para cuidar de mim. Eu preciso dele para cuidar do nosso bebê sobre todos os outros. Eu não... Eu não sei se ele fará isso." Dizer as palavras em voz alta causou uma contração na minha garganta.
Admitir o seu pior medo era difícil. Mas eu precisava de alguém para me ouvir.
"Você merece ser a número um. Você já passou por muita merda, graças a mim, e é hora de um homem fazer você se sentir como se fosse à pessoa mais importante no seu mundo. Não é egoísta. É normal. A irmã dele usa o fato de que ela foi privada de um pai como desculpa para ser uma cadela mimada em fúria. Você foi entregue a um negócio ainda mais fodido. Você perdeu sua irmã, seu pai e sua mãe. Você teve mais dor do que a menina poderia entender, mas você ainda ama. Você ainda perdoa e você é forte. Você será uma mulher e mãe incrível.” Papai soltou um suspiro pesado. "Toda a vida de Rush ele pensou em Nan como sua filha. Ele a levantou. Ela é uma adulta agora e está na hora dele soltar. Ele está tentando descobrir como fazer isso e eu acho que ele vai encontrá-lo. Ele ama você. Eu sei que ele ama. Qualquer tolo pode ver isso no seu rosto”.
Eu esperava que ele estivesse certo. "Eu o amo o suficiente para que eu tenha medo, de sempre perdoá-lo caso ele escolha ela”.
Meu Pai acenou com a cabeça e inclinou-se para descansar os cotovelos sobre os joelhos. "Acho que se isso acontecer, então terei que voar de volta a Rosemary para bater para caralho nesse menino. Você acabou de me chamar. Eu sempre vou te pegar".
Sorri com o olhar sincero em seu rosto quando ele ameaçou bater em Rush por mim. Este foi o homem que eu cresci amando. Este era o homem que tinha ameaçado Caim com o seu rifle de caça no nosso primeiro encontro. Eu andei até ele e envolvi meus braços ao redor do pescoço dele. "Eu te amo", eu sussurrei.
"Eu também te amo, ursinha Blaire."
A tosse forte me assustou e eu olhei para trás para ver o cara de antes, mais uma vez, de pé em seu barco nos observando. Ele estava começando a me dar arrepios. Pelo menos desta vez ele estava vestindo uma camisa, mesmo que estivesse desabotoada e aberta.
"Boa noite, capitão" papai gritou e o cara levantou a cerveja em uma saudação.
"Boa noite", respondeu ele. Mas ele não saiu. Ele apenas ficou lá.
"Esta é Blaire. A minha filha", disse papai.
"Nós nos encontramos hoje cedo", disse a Abe e piscou para mim novamente. Eu imediatamente me senti desconfortável. Rush não gostaria que ele piscasse assim para mim. Talvez não devêssemos ficar alguns dias. Eu estava grávida.
Ele não podia ver isso? Por que ele estaria flertando com uma mulher grávida?
"Ah, bem, então, bom. Fico feliz que vocês se encontraram," papai parecia nervoso. Alguma coisa estava errada. Esse cara era perigoso?
A porta da cabine se abriu e um Rush babando de sono caminhou para fora. Desta vez, ele estava sem camisa e a calça jeans estava desabotoada. Eu duvidava que ele mesmo tivesse colocado sua cueca. Parecia que ele tinha acabado de acordar e percebeu que eu estava faltando e puxou sua calça jeans para vir e me encontrar. Seus olhos passaram de mim para o Capitão. O rosnado irritado em seu rosto me surpreendeu. Ele não tinha visto a piscadela do homem para mim, tinha?
"Olá, Abe", disse ele em uma voz sonolenta quando ele se aproximou e me puxou contra ele. Sim, ele definitivamente estava afirmando sua propriedade. Por que ele se sente ameaçado? Será que esse homem não entende que eu estava completamente obcecada por ele?
"Rush. Mesmo que eu estivesse muito feliz de ver Blaire, fico feliz que você foi inteligente o suficiente para vir buscá-la", respondeu Abe.
A advertência em seu tom de voz era inconfundível. Ele estava deixando Rush saber que ele não gostava de me sentir em segundo plano.
Rush assentiu e apertou os lábios contra a minha cabeça. "Isso não vai acontecer novamente", disse a meu pai.
Papai acenou com a cabeça. "Bom. Da próxima vez eu não vou ser tão compreensivo", disse ele.
"Recém-casados?" Capitão perguntou, ainda de pé nos observando.
Rush ficou tenso e eu cheguei para perto dele para acalmá-lo. Ele queria ser um recém-casado. Ter um cara questionando a nossa relação o incomodava.
"Eles estão comprometidos", explicou meu pai.
O capitão apontou a cerveja em minha direção como se estivesse apontando para o meu estômago.
"Tem coisas um pouco para trás, não é?" A acusação em sua voz fez Rush se mover antes que eu pudesse impedi-lo. Imediatamente ele foi ao meu redor e movendo-se através do barco. Estendi a mão e agarrei o braço do Rush, assim que seu pé atingiu o passo que conduziu para fora.
"Tudo bem, segure ai", meu pai disse em uma voz de comando alto que eu não estava acostumado a ouvi-lo usar. "Eu ia esperar e explicar isso para Blaire sem uma audiência mínima, mas parece que eu preciso fazer isso agora. Uma vez que você o fez e chateou Rush." Ele estava filmando o capitão com um olhar irritado.
O que ele estava falando? Que tipo de explicação?
Rush parou de se mexer e olhou de volta para o meu pai. "Ninguém fala com Blaire assim. Eu não dou a mínima para quem ele é."
"Não estava falando com Blaire. Eu estava falando com você", o capitão falou lentamente em um tom aborrecido e tomou outro gole de sua cerveja.
Enrolei as duas mãos em torno do braço do Rush e segurei firme.
"Isso é o suficiente, menino", meu pai virou-se para o capitão. Eu gostaria de argumentar que ele não era um menino, mas um homem que poderia provavelmente machucar meu pai sem suar a camisa. Eu preferia que ele ficasse amigável com seus vizinhos.
O capitão levantou ambas as mãos e encolheu os ombros. "Tudo bem", respondeu ele. Fiquei chocada que ele recuou tão facilmente.
Papai suspirou e olhou para mim.
"Você pode querer voltar a sentar", disse ele.
Eu não tinha certeza de que eu queria ouvir isso. Por que eu preciso sentar-me? Rush tomou o meu lugar, então me puxou para o seu colo e passou os braços em volta da minha cintura. Papai olhou para o Capitão e franziu a testa. Ele não quis me dizer o que foi que ele estava prestes a me dizer. Isso me deixou nervosa.
"Quando eu tinha dezesseis anos eu bati na minha namorada do colegial," ele começou e eu agarrei os braços de Rush e segurei firme. "Becca Lynn não estava pronta para ser mãe e eu com certeza não estava pronto para ser pai. Concordamos em colocar o bebê para adoção. Os pais de Becca Lynn lidaram com a descoberta dos pais adequados para o bebê e, em seguida, ela o teve. Nós não ficamos juntos. Nós tínhamos terminado devido à realidade de sua gravidez e do que tinha acontecido. Após a formatura, ela foi para a faculdade, na costa oeste e eu fui para a Geórgia. Nunca mais a vi”, meu pai disse, suspirou e me estudou por um momento antes de prosseguir. Os braços de Rush estavam apertados em torno de mim e eu estava segurando ele. Eu ainda não tinha certeza exatamente para onde isto estava indo, mas eu tinha uma ideia.
"Depois que você e Valerie nasceram eu percebi o quão preciosa vocês eram. Eu te amei pra caramba, até que uma noite eu disse a sua mãe sobre o bebê que eu tive com Becca Lynn e que havia desistido há oito anos. Pela primeira vez, eu estava dividido sobre a perda de uma criança, que eu tinha pensado que eu não queria. Sua mãe fez seu objetivo de encontrar o meu filho. Ela procurou por anos. Tudo sempre levou a outro beco sem saída. Eu finalmente desisti. Ela nunca fez isso." Papai soltou um riso triste. "Então, no ano passado fui contatado pelo investigador que sua mãe havia contratado e ele tinha uma pista. Eu não estava esperando por isso. Eu não sabia o que fazer com essa informação. Aquele garoto era um adulto agora. Eu tinha certeza de que era inútil. Então eu tive outra chamada. Meu filho queria me conhecer."
Virei-me nos braços de Rush para olhar para o capitão. Ele estava encostado em seu barco com vista sobre a água, mas ele estava ouvindo. Seu corpo estava tenso. Ele estava esperando. Era ele... Eu tinha um irmão?
"Tudo o que aconteceu com você e eu foi limpo. Eu precisava começar de novo. Tentei viver o resto da minha vida do jeito certo, porque tudo o que eu tinha feito era acabar com isso até agora. A única coisa boa que eu já tinha feito foi ter amado sua mãe e ser abençoado com você e Valerie. Então, liguei para o meu filho e vim para o sul para encontrá-lo", ele fez uma pausa e acenou para o capitão. "River Joshua Kipling também conhecido como Capitão, é seu irmão."
"Foda-se," Rush sussurrou e eu me senti como se fosse dizer isso também. Será que os segredos do meu pai nunca acabavam?
"O capitão foi o último presente de sua mãe para mim. Se ela não tivesse sido tão determinada a encontrá-lo, então eu nunca teria chegado a conhecê-lo."
Meu pai não era tão sozinho como eu pensava. Eu não estava com raiva ou mágoa. Eu estava... feliz. Fiquei aliviada. Ele tinha um monte de vida para expiar. Eu sabia que ele estava se culpando por não ser o homem que ele deveria ter sido, por não ter um relacionamento com seu filho.
Meu bebê chutou contra as mãos de seu pai e eu não poderia imaginar entregar o bebê. Nunca saberia. Isso tinha que ser como perder uma parte de si mesmo. Meu pai não era um homem completo quando ele tinha dezesseis anos. Desde que ele tinha dado uma parte de si mesmo embora. Meu coração se partiu por ele e eu levantei dos braços de Rush e caminhei para o meu pai.
Eu passei os braços ao redor de sua cintura e segurei-o. Eu não tenho palavras ainda para dizer-lhe que eu estava feliz por ele. Eu não tinha certeza se aquelas palavras eram ainda precisas. Eu estava mais do que feliz. Eu estava grata. Era o momento para ele se curar. Esta era uma parte disso.
"Você está bem com isso, ursinha Blaire?" ele perguntou, me apertando em um abraço.
"Estou contente por ter encontrado ele," eu respondi honestamente. Por agora essa foi a única coisa que eu poderia dizer.
"Obrigado." A emoção na voz dele era grossa.
"Realmente fico feliz por não ter que bater na sua bunda por olhar para a minha mulher:" Eu ouvi Rush dizer e eu sorri no peito de meu pai.
Rush
Ficamos por mais cinco dias e deixei Blaire conhecer seu irmão. O capitão era muito mais fácil de tolerar uma vez que percebi que ele não estava dando em cima de Blaire. Ele estava apenas curioso sobre sua irmã. Eu entendi isso. Mas eu também estava contente de fazer as malas e ir para casa. Era apenas três semanas até o Natal e eu queria passar isso em Rosemary com Blaire. Em nossa casa. Eu também queria fixar meu sobrenome nela e bater no meu peito como um louco do caralho.
Blaire tinha ido direto para a cama quando voltamos para Rosemary. Ela sorriu feliz quando entramos no interior, em seguida, olhou para mim e disse-me, que era pra eu sossegar e deixá-la sozinha, e ela foi tirar um cochilo.
Eu tinha certeza que eu não seria capaz de apenas sossegar ao seu lado, então eu fiquei embaixo, gostava de estar em casa. Peguei um refrigerante da geladeira e sai para sentar no deck e apreciar o golfo.
Eu ainda não tinha ficado confortável quando ouvi a porta abrir atrás de mim.
Grant saiu e acenou para mim antes de tomar o assento ao meu lado. Nós não tínhamos nos falado desde o dia de Ação de Graças, quando eu tinha o chamado para falar sobre Nan. Eu estava ocupado e tinha certeza que ele estava se esquivando. Aparentemente, o radar Rosemary estava trabalhando porque não tinha trinta minutos que eu tinha voltado e ele já estava na minha casa. Eu nem tinha percebido que Grant estava na cidade.
Normalmente, ele passava os invernos esquiando.
A última vez que tinha ouvido falar, ele estava indo para Vail.
"Como ela está?" Foram as primeiras palavras que saíram de sua boca. Ele não estava perguntando sobre Blaire. Eu sabia desde o tom triste em sua voz que esta estava falando de Nan. "Fodida do inferno. Você sabe disso."
Grant soltou um suspiro e cruzou as pernas na altura dos tornozelos. "Sim, eu sei. Mas eu liguei para ela na noite passada, porque eu estava bêbado e fraco e fui estúpido como um merda. Sua mãe respondeu. Ela disse que Nan estava recebendo ajuda."
"Ela tentou uma overdose. Eu a encontrei e levei ao hospital a tempo. Ela estava bem fisicamente, mas mentalmente ela estalou. Kiro é uma merda de um pai e conhece Nan, mas nunca vai aceitar do jeito que aceita Harlow."
"Quem é Harlow?" Grant perguntou e eu percebi que havia partes da minha vida que até mesmo Grant não sabia. Eu tinha guardado a minha vida em Rosemary separado da minha vida com meu pai.
"Outra filha de Kiro. O que ele foi cuidar. Bem, pelo menos ele a deixou com uma avó, que a amava muito, longe do seu fodido mundo. Harlow era seu brinquedo brilhante que ele foi e pegou de vez em quando e, em seguida, enviava de volta para sua avó, quando ser um pai estava atrapalhando seu caminho. Ela trabalhou para ele, porque Harlow é calma, educada, e fica fora do caminho. Nan não é nenhuma dessas coisas. Então, ela não tem nenhum uso para ele."
Grant soltou um suspiro profundo. "Droga".
Droga nem sequer arranhava a superfície.
Ficamos em silêncio por um tempo e olhei para a água. Eu não tinha certeza o quão apaixonado ele estava por Nan, mas eu esperava que ele pudesse ir embora. Ela não era estável. Ela nunca seria. Não o suficiente para fazer Grant feliz.
"Você vai se casar em breve?" Grant finalmente perguntou.
Sorrindo, eu pensei sobre Blaire enrolada na minha cama no andar de cima... nossa cama. "Yeah. Quando ela acordar de sua soneca eu vou deixar que saiba que ela tem uma semana para planejar. Eu não posso esperar mais. Eu esperei por muito tempo."
Grant riu. "Eu sou o padrinho, certo?"
"Claro. Eu tenho medo que você vá ficar preso com Bethy como parceira então prepare-se para Jace estar respirando no seu pescoço como uma filha da puta louca. Eu não tenho nenhuma dúvida de que Bethy vai ser sua dama de honra. A outra opção será Jimmy e eu duvido que você queira ele apalpando a sua bunda. "
"Eu posso lidar com Bethy e Jace," Grant respondeu em um tom divertido. "Mas Jimmy realmente vai ser uma dama de honra?"
Eu sorri e acenei com a cabeça. "Sim. Ele perguntou-me quando começamos a planejar o casamento".
Eu tinha deixado os bilhetes de avião tanto para Abe e Capitão antes de sairmos. Blaire queria seu pai aqui e depois de conhecer seu irmão, Capitão, eu sabia que ela iria querê-lo aqui também. Ambos haviam concordado em vir para cá em uma semana. Blaire não sabia nada sobre eles ainda, no entanto. Eu não estava com vontade de discutir com ela, caso ela tivesse alguma razão para colocá-los fora.
"Nan vem para o casamento?", perguntou Grant.
Eu nunca imaginei que eu iria casar sem minha mãe e irmã estarem presentes. No entanto, eu não queria nada para estragar nossas lembranças de casamento, e eu sabia que elas iriam de alguma forma conseguir fazer isso. Eu não permitiria isso.
"Não. Eu não posso tê-la aqui. Ela ainda odeia Blaire", eu respondi.
Grant balançou a cabeça e os ombros relaxados. Ele não queria vê-la. Isso era óbvio. Eu não podia culpá-lo.
"Você sabe que o imbecil do Woods vai se casar com aquela garota de Nova York, a que seus pais querem que ele case. Ele não está envolvido ainda, mas isso será em breve. Ele admitiu para mim bêbado na outra noite que se queria o clube, então ele teria que se casar com ela. Seu pai está forçando a barra. Ele vai ser infeliz com aquela mulher estressada."
Eu odiava isso para Woods. Eu sabia o que ele sentia ao antecipar seu casamento e pelo resto de sua vida com a mulher que amava. Todos devem conhecer este sentimento. Indo para ele com tristeza e amargura não era o caminho para se casar.
"Sua escolha, eu acho. Ele sempre pode dizer não."
"E correr como Tripp? Isso não é um grande plano também", Grant respondeu.
Tripp era alguns anos mais velho do que nós. Ele era primo de Jace e todos nós olhamos para ele. Então, seus pais o pressionaram para levar a vida que queria e ele saiu correndo. Largou seus milhões para trás e correu pra caralho. Ele tornou-se imortalizado em nossos olhos enquanto adolescentes, porque ele teve a coragem de dizer foda-se e sair. Agora, somos mais velhos e entendemos mais sobre o sacrifício que ele tinha feito. Eu só esperava que ele estivesse feliz.
"Escolheu melhor do que se casar com uma cadela mimada", eu disse.
"É verdade", ele fez uma pausa e estendeu a mão para o meu refrigerante para tomar um gole. O idiota sabia que não iria beber depois dele. "Como está o seu pai?"
"Na mesma. Bebe e fuma muito. Tem relações sexuais com mulheres aleatórias da minha idade. Você sabe como é."
Grant sorriu. "Yeah. Mas que vida."
Não era uma vida de todo, mas eu sabia que Grant não concordaria comigo assim que eu deixá-lo ir. Ele não tinha encontrado alguém como Blaire então ele não tinha a menor ideia o quão raso a vida do meu pai realmente era. Ele tinha que ser solitário.
"Todo mundo sabe que vocês estão de volta na cidade. Você vai querer companhia hoje à noite?"
Não. Querer Blaire era tudo para mim. Nós tínhamos partilhado um barco com seu pai durante cinco dias. "Não hoje à noite. Blaire precisa descansar."
"Ou você só precisa de Blaire? Seja honesto, mano.”
"Sim, eu preciso de Blaire," eu respondi com um sorriso.
Blaire
Rush tinha definido a data para o nosso casamento. Ele tinha me dado uma semana. Eu nem sequer tentei argumentar. A determinação em seus olhos me disse que não havia nenhum acordo. Eu estava mais do que pronta para me casar com ele, mas eu tenho a sensação de que ele estava preocupado que eu iria desistir. Especialmente depois do que aconteceu na casa de seu pai e com Nan.
Gostaríamos de nos casar 12 dias antes do Natal. O plano era passar o Natal e o Ano Novo em casa juntos, em seguida, sair no dia de Ano Novo para ir numa lua de mel prolongada. Ele estava dividido entre querer me levar por todo o mundo e não querendo me fazer viajar demais. Ele estava preocupado em manter-me descansada. E também estava fazendo os preparativos do casamento. No final, eu o tinha convencido que ficar em seu apartamento em Manhattan era o que eu queria fazer. Eu nunca tinha ido à Nova York por isso seria uma aventura para mim. Gostaríamos também de ter o conforto de sua casa lá e meu obstetra iria definir alguém lá para ver como eu ficaria enquanto estivesse fora.
Felizmente, Rush tem dinheiro para fazer esse casamento acontecer rápido e ainda ser bonito. Eu queria as coisas simples e eu queria casar aqui em nossa casa. Surpreendentemente, o simples teve um monte de preparação também. Eu não teria sido capaz de retirar qualquer uma delas sem a ajuda de Bethy. Jimmy tinha sido de muita ajuda também, mas ele e Bethy quase mataram uns aos outros mais de uma vez. Eles estavam lutando por quem estava no controle.
Rush havia contratado Henrietta para vir ficar conosco por toda a semana antes do casamento. Vendo Henrietta entrar na despensa cada noite para ir ao seu quarto sob as escadas sempre me fazia sorrir. Eu tive boas lembranças daquela sala.
Quando a campainha tocou depois do almoço eu pulei e corri para atendê-la. Eu estava esperando meu pai e Capitão hoje. Hoje foi o ensaio do casamento e eu precisava de papai aqui para praticar pelo corredor.
Empurrando a porta aberta fiquei surpresa ao encontrar Dean e Harlow. Eu não esperava por eles até amanhã.
"Surpresa, estamos aqui um dia mais cedo. Eu não queria perder nada das festividades", Dean disse com um sorriso e entrou na casa carregando sua mala e deixou Harlow levar a dela enquanto ela caminhava em silêncio atrás dele. "Onde está meu filho?" Dean perguntou olhando ao redor.
"Rush partiu esta manhã para pegar os smokings com Grant," eu expliquei. "Eles estarão de volta em breve. Venha e eu mostrar-lhe o seu quarto, Harlow. Dean, eu suponho que você sabe onde é o seu."
"Sim, eu vou subir para o meu em alguns minutos. Eu preciso de uma bebida e um pouco de sol."
Eu sorri para Harlow. "Eu escolhi o meu quarto favorito para você. Ele tem a melhor vista. Costumava ser o meu quarto", disse a ela.
"Obrigado. Odeio pegar um dos melhores quartos, no entanto. Eu vou de bom grado para o menor. Eu sei que você tem família chegando também", ela disse e parou no degrau mais alto.
"Meu pai e meu... hum... meu irmão vivem em barcos de pesca velhos. Confie em mim quando eu digo que o menor espaço que temos aqui será tudo o que eles desejam. Eu quero que você aproveite este espaço. É mais longe de todo mundo também. Então, você terá mais privacidade. "
Harlow sorriu timidamente e acenou com a cabeça. Levei-a de volta para o quarto que eu tinha ficado muito brevemente antes de subir as escadas.
"O voo foi bom?" perguntei quando eu realmente queria perguntar como estavam as coisas em casa.
"Foi bom. Eu assisti Orgulho e Preconceito novamente. Fez a viagem passar mais rápido."
"Eu amo esse filme," eu admiti. "Então, como estão às coisas em casa? Como Nan está?" Rush não tinha falado de Nan uma vez desde que tinha estado em casa. Eu sabia que ela não tinha sido convidada para o casamento e isso me fazia sentir tão culpada. Mas o medo de que ela fizesse uma cena e estragasse o nosso casamento foi real.
"O silêncio novamente. Papai faz suas coisas. Eu faço a minha. Dean faz o seu. Eles vão sair em turnê em alguns meses e vai ser muito tranquilo."
Senti-me triste por ela. Ela não tinha ninguém realmente. Viver naquela casa grande com um pai como Kiro tinha que ser solitário.
Isso foi há vida em tudo. O dinheiro não pode comprar tudo. Harlow era a prova disso.
"Por que você não convence Kiro a comprar uma casa aqui? É lindo aqui e há pessoas da nossa idade em todos os lugares. Homens bonitos", eu atirei-lhe um sorriso provocador. Tão perfeita como parecia, Harlow aparência-sábia eu não poderia imaginá-la com um cara.
Ela era tão tímida. Como ela nunca se abriu para um e conhecê-lo?
"Não posso pedir ao papai. Estou na UCLA com uma bolsa integral. Ele teria que pagar a minha mensalidade se eu fosse para outro lugar. E eu não posso sair e ir para minhas aulas", ela disse. Eu sabia que, embora ela fosse para as aulas, ela não tinha amigos.
"Acho que ele pode pagar isso", assegurei.
Ela encolheu os ombros, mas não respondeu. Eu não ia pressioná-la agora. Talvez mais tarde. "Eu preciso ir me vestir. Eu tenho um compromisso de salão para a manicure e pedicure em uma hora. Você quer vir?"
Ela balançou a cabeça. "Não, obrigado. Eu acho que vou tirar um cochilo. Saímos tão cedo e eu não dormi nada no avião."
Balançando a cabeça, tomei isso como minha deixa para deixá-la sozinha.
****
Meu pai e Capitão chegaram só no final da tarde. Eu estava terminando de me preparar para o ensaio e a festa que se seguiu.
Nós estávamos tendo uma festa de casamento no salão de baile no clube. Eu não queria uma festa de despedida e Rush não queria que eu tivesse qualquer um. Ele estava preocupado sobre onde Bethy poderia me levar. Então Grant tirou a ideia da despedida de solteiro da cabeça e nos deu essa alternativa. Decidimos fazer a festa junto com todos os nossos amigos. Woods havia de bom grado fornecido o salão para nós e teve sua equipe de cozinha no Buffet.
O ensaio foi em 30 minutos, e as pessoas começam a chegar em breve.
Rush desceu as escadas em uma calça bege e camisa de linho branco e meu coração perdeu mais de uma batida. Ele era bonito. Seu cabelo estava arrumado em um olhar confuso. A camisa branca fez seus olhos de prata parecer mais brilhantes e sua pele mais escura.
"Você é lindo", eu respirei enquanto ele parou no fundo das escadas.
"Ei, essa é a minha fala", brincou ele me puxando para ele e dando um beijo em meus lábios. "Você é de tirar o fôlego", respondeu ele.
"Mmmm, assim como você", eu murmurei contra seus lábios.
Grant
(sim, você leu corretamente).
Meu irmão estava realmente se casando. Eu sabia que isso iria acontecer a primeira vez que o vi fodidamente louco por Blaire, mas caramba, realmente vê-los ensaiar tinha sido real. Malditamente real. Eu senti como se estivesse perdendo um pouco.
Não é que eu não estivesse feliz por ele, porque eu estava. Era só que ele tinha sido meu parceiro no crime, enquanto eu conseguia me lembrar. Agora, ele seria de Blaire.
Tomei uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que passou por mim. Eu poderia muito bem tomar a merda borbulhante até que eu pudesse conseguir algo real no bar em poucos minutos. Examinando a multidão eu pensei sobre Nan e quando eu fodidamente deixei esta merda começar. Eu precisava de algo para me ajudar a esquecê-la. Não que eu não fosse, porque eu iria. Ele tinha a certeza disso. Cadela louca.
Um par de olhos mais sexy que eu já vi, bloquearam com os meus e eu congelei e estudei. Eu não a tinha visto antes. Nunca. Eu nunca esqueceria se tivesse visto aqueles malditos olhos. Não era a cor que me atraiu porque daqui eu não poderia dizer que cor era. Foi a inclinação a eles e as pestanas pesadas que se espalhavam ao longo deles. As mulheres pagavam um bom dinheiro por cílios postiços que nunca poderiam parecer muito bons. Eu parei meus olhos pelo seu rosto até que pousei em uma boca grande.
MERDA. Meu pau agitou-se para vida. Seus lábios eram grandes e tão malditamente cheios. Uma menina com uma boca como aquela era a fantasia de qualquer homem.
Eu estava quase com medo de deixar meu olhar viajar mais longe. Se ele foi ficando melhor, eu estava indo para descarregar a porra nas minhas malditas calças. Eu não tive tempo para pensar sobre isso, porque embora ela tenha se virado e com um punhado de ar ela tinha ido embora. Longos cabelos castanhos balançavam enquanto ela se movia, escovando um pouco acima da cintura. Santa Mãe de Jesus, seu cabelo estava todo o caminho até sua bundinha perfeita. Eu não sabia quem diabos ela era, mas ela não estava fugindo de mim. Eu precisava ter um gostinho daquela boca e ver seus olhos se iluminando com prazer quando eu puxasse o cabelo longo para trás e batesse nela.
Falar sobre a porra de uma distração. Ela era a única droga de distração que qualquer homem precisava. Inferno, ela poderia me fazer esquecer meu próprio maldito nome. Ela escorregou para fora do salão e para o corredor. Ela caminhou rapidamente, mas tão baixinho que ninguém ao seu redor pareceu notar.
Como é que as pessoas não a notam? Eu estava tendo alucinações? Que homem com um pênis não bloqueava os olhos nela e não beberia cada movimento seu?
Entrei no segundo corredor atrás dela e olhei em volta. No começo eu pensei que tinha perdido ela, mas então eu percebi o movimento para a direita e o longo cabelo castanho estava espreitando ao virar da esquina. Ela não me viu, mas eu com certeza vi o cabelo. Eu andei tão silenciosamente quanto pude em sua direção.
"Acalme-se. Ele era apenas um cara. Um muito, muito quente, mas apenas um cara", eu ouvi a voz dela dizendo baixinho quando cheguei mais perto dela. Que porra é essa?
"Respirações profundas. Você é uma adulta. Você pode lidar com um cara olhando para você", ela disse no mesmo sussurro.
Eu parei antes de chegar perto o suficiente para que ela me visse. Ela estava falando para si mesma. Eu a deixava nervosa. Como?
Uma mulher como ela deveria estar acostumada com olhares devoradores como o meu. Ela começou a sussurrar que eu era apenas um cara novo e eu não conseguia esconder o sorriso do meu rosto. Isso foi apenas... adorável.
"Ele poderia ser um alienígena de Krypton. Então você precisaria ficar preocupada. Talvez devêssemos ir checá-lo e certificar-nos", eu disse casualmente. Seu corpo inteiro ficou tenso e ela não mexeu um músculo.
Ela nem se virou e olhou para mim.
Ela manteve as costas pressionadas contra a parede que estava se escondendo. A única coisa que mudou foi a sua mão. Parecia que ela tinha usado para cobrir sua boca.
Ela estava ficando mais bonita.
"Provavelmente segura. Rush e Blaire são muito cuidadosos para a espécie alienígena. Eles são um pouco preconceituosos quanto a isso", eu continuei, esperando a minha conversa ridícula seria o suficiente para fazê-la sorrir e relaxar. Porque eu a queria relaxada. Pelo menos o suficiente para que eu pudesse sentir o gosto.
Ela ainda não se mexeu. Sua mão permaneceu firme em sua boca e ela estava congelada no lugar. Eu pisei na esquina e no pequeno cubículo que tinha encontrado entre dois pilares na parede. Mesmo com as costas pressionadas contra a outra parede nossos corpos estavam quase se tocando. Seus olhos se arregalaram de surpresa, enquanto eu escorreguei em seu esconderijo com ela.
“Eu suponho que você não possa falar muito com a mão na boca assim. Como exatamente você está pensando em falar comigo?" Eu perguntei e sorri encorajando-a.
Eu não queria que ela pensasse que eu era perigoso.
Ela moveu lentamente a mão e deixou-a cair para o lado dela, mas permaneceu colada contra a outra parede, como se para chegar o mais longe possível de mim.
"Assim é melhor. Gosto de olhar para essa tua boca. Você estava dificultando a visão", disse eu, então pisquei. Ela achatou-se ainda mais contra a parede. Isso tinha que ser a experiência mais estranha que eu já tive com uma mulher. A maioria delas se jogava em mim e era fácil. Eu gostava. Menos trabalho. Mas o inferno que eu não estava gostando de um presente e seu comportamento arisco. Era refrescante e único.
"Sou Grant. O irmão do noivo", eu expliquei, esperando que iria acalmá-la um pouco. Funcionou. Ela franziu a testa e rugas entre as sobrancelhas apareceram, tornando o rosto mais humanamente perfeito. Mais acessível. Eu gostei. Um monte.
Talvez eu pudesse fazer sua carranca maior.
"Rush não tem um irmão", ela respondeu com naturalidade.
Então ela conhecia Rush. Interessante. Eu nunca tinha visto ela ou eu com certeza teria lembrado. Eu presumi que ela estava com um convidado ou conhecia Blaire de alguma forma.
Havia algumas pessoas aqui que eu não conhecia. "Bem, é aí que você está errada, bonita. Rush e eu nos tornamos meio-irmãos quando éramos crianças. Só porque nossos pais não estão mais juntos não significa que não o fizeram."
Seus olhos brilharam com o reconhecimento. Ela sabia quem eu era. Hora de fair play. Eu queria saber quem ela era.
"Quer me dizer quem você é? Desde que você, obviamente, descobriu quem eu sou."
Seus olhos caíram do meu olhar para estudar o chão. "Eu acho que preciso voltar para dentro", ela sussurrou. Sua voz suave foi ainda mais suave quando ela sussurrou. Eu me perguntei se ela era tão calma e educada, quando ela estava gozando. No momento isso era tudo que eu conseguia pensar. Tudo o que eu queria saber.
"Você não pode me deixar agora. Se você voltar lá, vou perseguir você toda a noite," Eu avisei, esperando que não me fizesse soar como um psicopata.
A sua boca moldou-se em um "O" e minha imaginação foi à loucura. Eu não costumava ser atraído por pessoas tensas do sexo feminino, mas essa atitude afetada e apropriada vindo de uma fantasia sexual andante estava funcionando para mim.
"Por quê?", Ela perguntou. O som musical de sua voz me fez lembrar os sinos tilintando muitas vezes esquecido nas canções por causa de sua beleza simples.
"Você quer a verdade?" perguntei, inclinando-me para mais perto dela e invadindo o espaço pessoal que ela estava se esforçando para proteger.
"Por favor", respondeu ela, em voz tão baixa que eu quase não ouvi.
"Porque tudo o que posso pensar é a maneira como esses seus olhos ficariam piscando com a necessidade e a forma como sua fodida boca incrível ficaria quando você gritasse de prazer. E esse cabelo", eu respondi deslizando minhas mãos para ele e puxando-os suavemente. "Foda baby, esse cabelo deve ser ilegal." Eu tinha chegado perto demais e sua respiração era curta e rápida. E dane-se tudo para o inferno, ela cheirava incrível. Como morangos e creme.
"Oh", respondeu ela, olhando para mim com os olhos que eu poderia dizer agora eram uma avelã clara. Assim como ela era única.
E também não há uma gota de rímel nos cílios. Estes eram naturais.
Completamente naturais.
"Quem é você?" Eu perguntei maravilhado com a visão da perfeição pressionado contra mim.
Ela piscou várias vezes, como se ela não conseguisse entender minhas palavras. Eu estava quase preparado para pegá-la e arrastá-la para fora para o meu caminhão com ou sem nome. "Harlow", ela respondeu.
A lenta realização desceu sobre mim como um balde de água gelada. FODA! Esta era a irmã de Nan.
Rush
Eu estava assistindo enquanto Blaire dançava com seu pai, quando vi Grant passar pelo salão como um homem fugindo de um demônio. O que diabos havia de errado com ele? Olhei para Blaire e ela estava sorrindo alegremente para o pai dela.
Então deixei nossa mesa para ir ver Grant. Ele normalmente era uma espécie de carcaça dele mesmo. Este comportamento não era normal.
Encontrei-o enquanto ele virava de uma vez o uísque que o bartender pousou na frente dele. Ele abaixou a cabeça, em seguida, entregou o copo ao garçom e pediu outro.
Alguma coisa com certeza atingiu seu traseiro. "Por que, porra você não me contou?" Grant resmungou, sem olhar para mim.
"Sobre o que você está falando?" Eu perguntei, observando-o tomar outra bebida e pedir mais.
Ele voltou seu olhar para mim.
"Harlow. Eu conheci a porra da Harlow. Você poderia ter mencionado que a irmã de Nan é uma deusa ambulante. Me preparado mentalmente para não me imaginar fode-la de todas as maneiras imagináveis e convencer o meu pau que iria receber alguma ação antes de ele descobrir que é impossível." Ele tomou outro gole e bateu o copo no bar. "Assim está melhor", ele suspirou.
"Então você conheceu Harlow", perguntei, ainda não acompanhando. Por que ele estava tão chateado? Eu disse a ele sobre Harlow.
"Sim, eu conheci Harlow. Jesus, Rush, é preciso preparar um homem antes."
Eu ainda estava completamente confuso. Isso ainda não fazia sentido. "Eu vou ser honesto. Eu não sei por que diabos você está chateado."
Grant soltou uma risada dura. "Porra, você realmente está preso pelas bolas", ele murmurou. "Visto que você não consegue remover seus óculos cor de Blaire e ver outras fêmeas mais, deixe-me dar uma dica, Harlow é uma porra de uma perfeição. Droga, Rush, sua boca...", ele tremeu e balançou a cabeça. "Deus, o que ela poderia fazer com aquela boca. E seus olhos. Eu juro que nunca vi nada parecido com eles."
Então era isso ele estava falando sobre a aparência de Harlow? "Ok. E isso deixou você chateado por quê?" Perguntei, pensando que talvez eu precisasse de uma bebida para essa conversa.
"Porque eu não posso tocá-la sem me foder. Eu quero tocá-la. Em muitas, muitas maneiras. Eu nunca fiquei ligado, tão malditamente rápido na minha vida. E depois descobri que não posso nunca tocar isso. Porra é uma merda", ele rosnou novamente.
Ah. Então Harlow era o brinquedo que Grant não poderia jogar. Ótimo. Eu estava feliz que ela estava indo para casa em dois dias. Não preciso deste drama. Harlow não era material para Grant. Ela era inocente demais para os gostos do meu irmão. "Sim, bem, isso é uma coisa boa porque Harlow não é a sua velocidade. Você iria quebrá-la."
Grant fez uma careta para mim. "O que é que isso quer dizer?"
"Isso significa que ela é calma e tímida. Ela não namora. Ela não faz nada além de ir à escola. Nada do mundo de Kiro já tocou nela. Ela é educada e nunca quer irritar. Mesmo com Nan gritando com ela e chamando-a pelos nomes que não são verdadeiros, ela calmamente aceita e vai embora. Ela só não é o seu tipo. Você pode ter uma coisa para sua boca, mas cara ela não saberia como usá-lo da maneira que você gostaria. Nem se ela quisesse. Ela simplesmente não é assim."
Blaire terminou sua dança com seu pai e seus olhos foram imediatamente para o meu lugar vazio. Ela estava olhando para mim. Eu tinha que ir. Bati nas costas de Grant.
"Vá encontrar alguma gata aqui esta noite que não seja mais virgem que nem uma freira," eu disse e voltei para Blaire.
Ela me viu e sorriu, enquanto eu caminhei em sua direção. A música mudou e Bruno Mars "I Will Wait For You" começou a tocar nos alto-falantes. Eu a puxei para mim e sorri.
Eu amava essa canção. Eu entendia cada palavra dela, porque era exatamente como eu me sentia. Eu nunca tinha cantado para Blaire antes e eu estava tentado a cantar em seu ouvido, mas eu queria esperar. Ainda não. Eu cantaria para ela...
Mas não ainda.
"Aproveitou a dança com seu pai?" Perguntei, apenas para que eu pudesse ouvir a voz dela.
"Sim. Nós conversamos sobre Mamãe. Ela teria adorado estar aqui. Ela te amava. Ela sempre me disse que Caim não era a pessoa certa para mim. Ele era muito fraco. Que um dia alguém iria lutar por mim e me querer mais do que qualquer outra coisa. Você a teria feito muito feliz."
Meu peito estava apertado. Eu nunca tinha ouvido de uma mulher que sua mãe iria me amar. Saber que Blaire sentia que sua mãe aprovaria a mim significava mais do que ela sabia. Lembrei-me de sua mãe. Não claramente, mas eu me lembro dela. Lembrei-me de seu sorriso e sua risada. Ela costumava me fazer sentir feliz como um menino. O cheiro de suas panquecas me fazia sentir seguro. Sabendo que o meu filho ia ter uma mãe como ela, trouxe lágrimas aos meus olhos. Ele tem o que eu não tive. Algo que só eu tinha ideia.
"O que foi que eu disse?" Blaire perguntou parando quando ela percebeu as lágrimas não derramadas nos meus olhos que eu não conseguia controlar.
Caramba.
"Eu estava pensando que meu filho vai ter a mãe que eu nunca tive a chance de ter. Sua mãe era especial o suficiente para que a sua memória ficasse comigo", Eu admiti.
Os olhos de Blaire se encheram de lágrimas e ela agarrou meu rosto e me beijou. Seus lábios macios abriram e sua língua deslizou em minha boca faminta. Bem aqui na frente de todos. Isso não era como ela era, mas eu iria aceitar. Comecei a beijá-la de volta tão apaixonadamente quando ela se afastou o suficiente para que pudesse olhar para mim. Suas mãos ainda seguravam meu rosto. "Eu te amo, Rush Finlay. Você será o melhor marido e pai que o mundo já conheceu. Um dia, a esposa de nosso filho será grata que seu marido tenha tido você por modelo. Ela vai ter sorte por sua causa. Porque você terá influenciado o nosso filho para ser o homem que você é. Ele vai amá-la completamente porque ele vai saber como." Ela soluçou e apertou seus lábios nos meus novamente e eu embalava em meus braços enquanto eu apreciava tê-la tão determinada a me tranquilizar de que eu era um bom homem.
Nada na vida é tão precioso como esta mulher. Nunca seria. Eu encontrei minha felicidade.
Blaire
Bethy me beijou na bochecha, em seguida, tirou algo por trás de suas costas. Um pacote pequeno de prata com rabisco familiares do Rush na nota estava sendo oferecido para mim. "Rush queria abastecê-la com sua coisa velha", explicou ela.
Eu não tinha tentado obter qualquer uma dessas coisas. Tinha me esquecido sobre essa tradição. Sorrindo, peguei o pacote e o abri. Dentro havia um anel de pérola parecendo muito caro. Sua parte prateada era elegante e gravada. Segurei-a no alto para ver a gravura. Ele dizia: "Meu amor" nela. Isso também era velho. Não era algo que Rush havia feito.
Um pequeno bilhete estava escondido ao lado dele. Eu peguei e abri.
“Blaire,
Isto foi da minha avó. A mãe do meu pai. Ela veio me visitar antes de falecer. Tenho boas lembranças de suas visitas e quando ela fez sua passagem, ela deixou este anel para mim. Em seu testamento disse-me para dá-lo a mulher que me completa. Disse que foi dada a ela pelo meu avô, que faleceu quando meu pai era apenas um bebê, mas que ela nunca amou outro da maneira como ela o amava. Ele era o seu coração.
Você é o meu.
Esta é a sua coisa velha,
Eu te amo,
Rush”
Eu funguei e Bethy fungou também. Olhei em volta e ela estava atrás de mim lendo o bilhete. “Droga, quem poderia saber que Rush Finlay poderia ser tão romântico”, ela disse e fungou novamente.
Eu sabia. Ele havia me demonstrado isso mais de uma vez. Coloquei o anel na minha mão direita e ele coube perfeitamente. Eu sabia que isso não era coincidência. Sorrindo, olhei para Bethy. “Obrigada por tudo,” eu disse a ela.
Ela me abraçou e acenou com a cabeça. “Eu é que deveria agradecer a você. Você é a melhor amiga que eu já tive.” Antes que eu pudesse falar mais, ela mergulhou para fora da sala com um aceno final.
Eu girei a fim de me olhar no espelho. O cetim cor de pérola reuniu mais de meus seios ficando empinados sem alças, graças ao bojo tamanho grávida. A cintura é alta e bem debaixo do meu peito e estava coberto de um milhão de pequenas pérolas. Ao longo do cetim havia uma camada de chiffon que pendiam em uma linha A até atingir a poucos centímetros acima dos meus joelhos. Eu tinha escolhido ir descalça já que teria de andar na areia. Minhas unhas haviam sido pintadas de rosa-claro para combinar com as pétalas de rosas espalhadas pelo corredor.
Uma batida na porta me assustou e me virei pra ver Harlow entrando no quarto.
Estava segurando uma caixinha. “Você está parecendo uma princesa,” ela disse sorrindo.
“Obrigada,” respondi. Eu me sentia como uma.
“Trouxe algo do Rush. Ele queria ser o único a te dar algo novo,” ela falou e me estendeu a caixinha. “Eu sairia, mas acho que você vai precisar da minha ajuda.”
Peguei a caixa e abri rapidamente, ansiosa para ver o que ele havia me enviado desta vez. Situada dentro estava uma corrente de ouro delicada com vários diamantes lapidados no formato exato do meu anel, mas muito menores. Eu segurei a tornozeleira e o sol que entrava pela janela atingiu os diamantes e dançou ao redor da sala.
"Eu vou colocá-lo em você", disse Harlow e eu coloquei a tornozeleira em sua mão, então ela a prendeu em volta do meu tornozelo.
Eu disse a Rush que sentia que precisava de alguma coisa nos meus pés, mas que não poderia me imaginar andando pela areia de sapatos. Esta foi a sua resposta para isso. Eu sorri e agradeci Harlow.
"Por nada. Está lindo em você", disse ela antes de sair do quarto tão silenciosamente como tinha entrado.
Eu olhei para o meu tornozelo no espelho para admirá-lo quando outra batida na porta veio. Um rosto familiar que eu não esperava, sorriu para mim e corri para abraçar Vovó Q. Eu não tinha convidado Vovó Q, porque estava preocupada que Rush ficaria chateado sobre Caim estar aqui. Eu sabia que ele ia ser o único a conduzir a sua avó e eu não podia deixar de convidar Caim também. Meus olhos se encheram de lágrimas quando ela me apertou.
"Eu não posso acreditar que você está aqui. Eu não posso acreditar que você dirigiu até aqui", eu jorrei.
Ela acariciou minhas costas e riu.
"Bem, eu não dirigi. Aquele seu homem enviou bilhetes de avião para mim e Caim. Primeira classe. Eu nunca fui mimada em minha vida. Foi uma experiência, eu digo." Se eu já não amasse Rush Finlay com cada fibra do meu ser, então, eu o amaria mais por isso. Mas ele já tinha tudo de mim.
"Agora não vá choramingar sobre mim e estragar a maquiagem. Você se parece com sua mãe. Exatamente como ela. Não pense que seu pai poderia estar mais feliz do que ele está agora. Eu não tenho que vir aqui e fazer você chorar. Estou aqui para dar-lhe algo de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo emprestado".
O sorriso bobo no meu rosto não podia ter ajudado. Ele estava me enviando outro presente. Ela me entregou uma caixinha embrulhada como aquela que Harlow tinha trazido. Eu peguei e desembrulhei rapidamente.
Situada em uma caixa de cetim estava um pequeno bilhete. Eu peguei e debaixo dele havia uma velha amostra de cetim rosa. Ela tinha sido bem usada e foi, obviamente, cortada de outra coisa. Abri o bilhete.
“Blaire,
Eu esperei até hoje para mostrar isso para você. Não tem sido fácil não dizer nada sobre isso. Mas quando me lembrei de quem sua mãe era também me lembrei deste pedaço de cetim. Eu tinha esquecido de onde ele veio por um longo tempo, mas sabia que era especial e assim eu guardei comigo. Durante todo o tempo. Crescendo, quando estava com medo ou sozinho eu o segurava em minhas mãos e esfregava no meu rosto. Era um segredo que eu não queria que ninguém conhecesse. Mas ele me acalmou.
Quando seu pai me fez lembrar das panquecas do Mickey Mouse todas as minhas memórias de sua mãe voltaram. Com elas, me lembrei do dia em que ganhei esse pedaço de cetim.
Sua mãe sempre usava um pijama de cetim rosa à noite. Ela costumava balançar-me para dormir porque era difícil conseguir me acalmar o suficiente para fechar os olhos. Eu adorava quando ela me segurava. Minha mãe nunca fez. Gostava de ir dormir à noite esfregando o nariz em seu braço e o pijama de cetim rosa. No dia em que ela se foi, eu me lembro de ficar com medo. Eu não queria ficar com Georgianna. Sua mãe me abraçou com força, em seguida, colocou esta peça de corte de cetim de pijama na minha mão e me disse para usá-lo à noite, quando eu estivesse indo para a cama.
Adoraria dizer que esta memória voltou para mim por minha conta, mas isso não aconteceu.
Eu só sabia que o tecido tinha a ver com a mulher que me fazia panquecas. Então, perguntei a seu pai. Ele me contou a história e eu percebi que o sonho recorrente que eu tinha sobre a mulher de pijama de cetim rosa era real. Não é um sonho.
É meu, e você não pode tê-lo (a menos que você realmente queira e então é seu).
Este é o seu algo emprestado.
Eu te amo,
Rush”
"Eu espero que você não esteja usando um monte de maquiagem porque se você está, acabou de chorar metade dela fora", Vovó Q resmungou.
Eu sorri e peguei o tecido que estava segurando e limpei as lágrimas do meu rosto. Não estava usando muita maquiagem, para desgosto de Bethy. O rímel que eu usava era à prova d'água, o que era uma coisa boa.
Eu passei o cetim no meu rosto e pensei na minha doce mãe deixando isso para Rush. Então o dobrei e coloquei em meu sutiã sem alças. Coloquei o bilhete na cômoda. Eu queria guardar isso também.
Para sempre.
"Bem, eu preciso ir para o andar de baixo e sentar em meu lugar. Vejo você em breve", Vovó Q disse e soprou-me um beijo antes de sair pela porta.
Fui até o espelho para verificar a minha maquiagem quando outra batida rápida veio à porta. Meu pai entrou com um sorriso no rosto. "Você é a mulher mais linda que eu já vi. Aquele lá embaixo é um homem de sorte. Ele acabou de se lembrar melhor disso."
"Obrigada, papai", eu respondi.
Ele enfiou a mão no bolso e tirou outra caixinha de presente semelhantes aos que os outros tinham trazido aqui. "Eu tenho algo para você de Rush. Ele queria ser o único a dar-lhe o seu algo azul".
Eu não conseguia manter o sorriso bobo do meu rosto. Eu já tinha descoberto que era por isso que ele estava aqui. Papai me entregou.
"Eu vou ficar. Você vai precisar da minha ajuda com isso."
Eu abri a caixa, animada sobre a obtenção de algo mais do Rush. A delicada corrente de ouro que combinava com a tornozeleira que ele me enviou estava aninhado no cetim. Puxei-a para fora e pendurado estava um topázio em forma de lágrima. Ao lado, havia outro bilhete. Eu o tirei rapidamente e desdobrei.
Blaire,
Esta lágrima representa muitas coisas. As lágrimas que sei que você já derramou segurando o pedaço de cetim de sua mãe. As lágrimas que você derramou sobre cada perda que você já experimentou. Mas também representa as lágrimas que já derramou quando nós sentimos a pequena vida dentro de você começar a se mover. As lágrimas que eu derramei sobre o fato de que eu tenho alguém como você para amar. Eu nunca imaginei alguém como você Blaire. Mas toda vez que penso em viver para sempre com você eu fico lisonjeado por você ter me escolhido.
Este é o seu algo azul.
Eu te amo,
Rush
Eu limpei outra lágrima e ri.
Ele estava certo. Nós tínhamos tido tanto lágrimas tristes como felizes. Eu queria a memória de ambos em mim como diriam nossos votos hoje.
Meu pai tirou de minhas mãos e prendeu-o em torno do meu pescoço. Eu a movi para que ficasse sobre meu peito. Eu estava completa. Ele fez com que eu tivesse algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul.
"É hora de descer agora"
Papai me disse antes de caminhar até abrir a porta. Eu o segui e então ele me levou até as escadas e saiu pela porta da frente. Estava andando no primeiro andar através de um arco de rosas brancas e luzes cintilantes.
Deslizando minha mão na dobra do braço do meu pai, eu o deixei me levar.
Rush
Eu tinha esperado na parte inferior da escada à medida que cada pessoa descia depois de levar-lhe os presentes que enviei para cima. Quando seu pai subiu, eu sabia que não poderia esperar a volta desta vez. Eu tive que sair. Queria ser o único a entregar os presentes para ela, mas ela estava convencida de que eu não podia vê-la antes do casamento.
De pé sob a pérgula coberta de hera e rosas brancas na areia entre a minha casa e o golfo, esperei com o ministro de um lado e Grant no outro lado.
"Está nervoso?” Perguntou Grant.
"Que ela decida não andar pelo corredor? Sim", eu respondi.
Grant riu e balançou a cabeça.
"Não foi isso que eu quis dizer."
"Um dia você vai entender. E quando acontecer com você vou rir pra caramba."
"Não há chance de isso acontecer", ele respondeu.
Bethy apareceu sob as rosas cor de rosa, o que significava que Blaire estava esperando atrás dela. Peguei o microfone sem fio que eu tinha recebido estrategicamente do cara do som e o coloquei na lapela. Então eu cheguei por trás das flores e peguei a minha guitarra. Fazia anos desde que alguém tinha me visto tocar esta coisa. Eu só podia imaginar o que estava acontecendo em suas cabeças.
Só o meu pai sabia o que estava acontecendo, porque ele me ajudou com os acordes.
"O que você está fazendo?" Grant sussurrou. A descrença em sua voz quando ele descobriu a resposta por conta própria era óbvia. Eu não preciso dizer a ele.
Assim que Bethy estava em seu lugar eu pisei na frente do ministro, e olhei diretamente para o corredor. Quando Blaire aparecesse, a música iria começar.
Eu tinha tudo completamente combinado com a equipe de som.
Quando ela deu um passo adiante de braços dados com seu pai com os olhos fixos nos meus e depois se arregalaram de surpresa. Ela tinha que caminhar até o altar ao som de "I Won’t Give Up", de Jason Mraz. Mas eu não queria outro homem cantando para ela. Não hoje. Eu a queria caminhando para mim, enquanto eu cantaria as palavras escritas só para ela quando ela caminhava pelo corredor para me presentear com o seu mundo.
"Bem, eu não tenho sido um cantor... bem, você sabe, na frente das pessoas... mas eu percebi que depois de tudo o que passamos... este seria um bom momento para dizer o que eu sempre quis dizer. Blaire, eu te amo garota... até a lua e volto." Eu vi como ela ficou congelada olhando para mim. O lugar inteiro desapareceu e tudo que eu podia ver era Blaire.
When you first looked at me I forgot to breathe that moment marked my hardened heart I vowed never to leave. And the touch of your skin healed something deep within that left me wanting more of you the less I got the more it grew
Oh I couldn’t help from falling, falling for you
So I’m standing here, oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
that I have fallen too far that I have fallen too far, too far for you.
For you
When I finally found you I finally found me that day I won’t soon forget the reason for it all
I’ll give you a new name nothing in life will be the same the story is now complete our life and love is all we need
‘Cause I couldn’t help from falling falling for you
So I’m standing here oh girl you know After all we’ve been through we couldn’t let it go and as long as I’m alive, in your eyes I’ll stare
Holding you so close I’ll solemnly swear
That I have fallen too far, that I have fallen too far
Too far for you
My heart is beating begging for you
This night will be a dream come true so fall, fall, fall into my arms
So I’m standing here oh girl you know After all that we’ve been through we couldn’t let it go That I have fallen too far That I have fallen too far That I have fallen too far too far for you, yeah For you...
Quando toquei a última linha eu rapidamente puxei a correia da guitarra sobre a minha cabeça e a entreguei a Grant. Blaire não esperou por nenhuma instrução do ministro, antes disso se jogou em meus braços num soluço.
"Foi lindo", disse ela no meu peito.
"Não é tão bonita como você é", eu respondi, segurando-a contra mim.
Ela soltou uma pequena risada. "Eu não sabia que você podia fazer isso", disse ela, se afastando para olhar para mim.
"Sou repleto de todos os tipos de surpresas emocionantes", eu assegurei a ela e pisquei.
"Tudo bem, vocês dois. Deixe-me entregar a menina primeira,” Abe disse pegando o braço de Blaire e puxando-a de volta ao seu lado com um sorriso divertido.
Abe beijou a bochecha de sua filha, em seguida olhou para mim. “Eu diria a você como ela é especial, mas você já sabe disso. Porque você é a única razão que eu posso entregá-la a você. Eu lhe pedi para ser o homem que eu não pude ser, e você fez o que eu pedi. Não é para mim, mas para ela. Eu não poderia estar mais orgulhoso da mulher que ela se tornou e do homem que ela escolheu para passar o resto da vida.” Ele pegou a mão de Blaire e colocou-a na minha. Então ele virou-se para tomar o seu lugar.
Enfiei sua mão na dobra do meu braço enquanto nos virávamos para o ministro. Ela pulou do meu lado e olhou para o seu estômago com um sorriso. Coloquei meu braço em torno da cintura dela e coloquei minha mão em seu estômago enquanto o nosso bebê se movia. Este era meu.
Harlow
(sim, você leu certo.)
Eu podia senti-lo olhando para mim novamente. Eu queria que ele parasse. Desde que ele se afastou xingando um traço azul e me deixou em pé no meu esconderijo na festa de ensaio, tudo o que ele fez foi olhar para mim. Eu odiava estar sendo observada. Estava pronta para ir para casa, mas eu sabia que Dean estava se divertindo. Eu estava indo ver se eu poderia obter um voo mais cedo para casa. Eu não queria ficar até amanhã.
Eu cruzei as pernas novamente e estudei minhas mãos. Ninguém falou comigo e eu não podia culpá-los. Estava aborrecida. Nunca soube o que dizer. Eu estava com medo de dizer alguma coisa. Eu sempre tinha. Tinha aprendido que era melhor ficar calado do que dizer algo estúpido.
Era mais fácil se misturar com o fundo quando caras como Grant Carter não te olham constantemente. Eu não conseguia entender por que ele estava olhando para mim. Essa era a coisa mais louca. Eu sabia por que ele estava chateado. Quando somos pessoas tranquilas, esquecem que estamos ao redor e eles falam sobre coisas na sua frente que realmente não são da sua conta. Eu tinha ouvido Nan falar ao telefone com Grant várias vezes. Eu também sabia que o cara tão agradável quanto Rush era seu meio-irmão. Qualquer cara que namorou alguém como Nan deve ser igualmente asno.
Eu só queria que ele não fosse estupidamente quente. Isso era algo que eu deveria estar preparada. Nan era linda e mesmo que ela fosse uma cadela furiosa ela atraia todos os homens. Qualquer cara com quem ela estivesse se relacionando tinha que ser igualmente belo. E oh meu Deus, ele era.
Muito. Até mesmo o cabelo comprido que ele tinha escondido atrás de suas orelhas era atraente.
Aqueles seus olhos azuis tinham tido piercing.
Ouvi duas palavras dele e me tornei uma bagunça chorando. O que não era difícil de fazer. Eu fiz isso muitas vezes. A cadeira ao meu lado raspou no chão e puxei meu olhar para cima para ver Grant sentar-se muito perto de mim.
Não é bom. Não é bom. Qual era o seu negócio?
"Sinto muito sobre ontem à noite", ele virou-se para mim. Eu fiquei tensa e consegui acenar com a cabeça.
Ok, então ele estava arrependido. Ótimo. Agora ele podia sair e parar de olhar para mim.
“Vamos lá, Harlow, diz alguma coisa. Dê-me mais do que um aceno de cabeça”, disse ele, parecendo exasperado.
Eu não tinha certeza por que eu o tinha exasperado. Eu não tinha feito nada para ele. Eu tentei ficar longe dele e ignorar seu constante olhar. Mesmo durante o casamento ele me encontrou entre os outros convidados e não tirou os olhos de mim o tempo todo.
"É só comigo ou você não fala com ninguém? Eu não vi você conversando com os outros convidados."
Mesmo que eu não gostasse dele e eu com certeza não gostava de sua escolha de mulheres, eu não queria que ele pensasse que eu era uma idiota. Ele contaria para Nan e ela teria algo a mais para tirar sarro de sobre mim.
"Eu não sou boa em multidões", expliquei.
Ele pareceu relaxar um pouco quando eu falei. “Este grupo é esmagador”.
“Não posso culpá-la.”
Forcei um sorriso. Ele não era grande, mas foi o melhor que pude fazer. Eu não fingia bem. Nunca.
"Você não gosta de mim, não é?" Ele era, obviamente, muito observador também.
Eu poderia mentir para ser educada. Tinha sido ensinada por minha avó que, se eu não poderia dizer nada de bom não deveria dizer absolutamente nada. "Não gosto de Nan", eu respondi honestamente. Isso não foi educado, mas era verdade.
Em vez de ficar na defensiva, Grant começou a rir. Não uma risada divertida tranquila, mas uma gargalhada como se eu fosse uma grande comediante. Olhei para ele e o odiei ainda mais por ser atraente quando ele ria. Não era justo. Eu não queria pensar nada sobre ele ser atraente.
"Sinto muito", disse ele, enxugando os olhos e sorrindo para mim. "Mas isso não era o que eu estava esperando sair da sua boca doce. Porra, isso foi engraçado."
Eu não acho que foi engraçado. Será que ele pensa que eu estava brincando?
"Eu acho que você não está sozinha nessa, linda. A maioria das pessoas concordaria com você. Especialmente os atendentes neste casamento."
Eu não respondi. Ele, obviamente, gostava dela.
"Desde que você não vá colaborar, vou supor que você não está falando comigo, porque eu namorei Nan e você não gosta dela."
Eu dei de ombros. Não exatamente. Era mais do que isso. Dizendo a ele seria novamente rude e eu não deveria ser rude. Mas era ser rude ou deixá-lo pensar que eu era muda. Eu não queria que ele tirasse sarro de mim com Nan. Eu tenho o suficiente dela para me aporrinhar.
"Qualquer um que namora Nan não pode ter quaisquer qualidades redentoras. Ou quaisquer qualidades que eu estaria interessada em conhecer melhor. Eu não gosto de perder o meu tempo com aqueles com quem sei que nunca vou falar de novo." Isso tinha saído mais duro do que eu pretendia. Droga de honestidade.
Grant fez uma careta. Eu estava agindo como uma puta mesmo. Nan havia me acusado de ser uma e eu estava me comportando tão mal. Eu não poderia fazer isso. Eu não quero ser isso.
“Olha, isso não saiu certo. Sinto muito. O que eu quis dizer é que eu não gosto de Nan. Em tudo. Não vejo por que alguém que não está se relacionando com ela sequer a toleraria. O fato de você não só a atura, mas também já saiu com ela me diz que você e eu nunca seriamos amigos. Sinto muito. Eu não quero soar como uma cadela porque eu sou realmente uma boa pessoa. Eu apenas tento ficar longe de pessoas más. Nan é o epítome do desprezível o que me leva a crer que você é desprezível também. Pessoas desprezíveis se unem.” Eu parei porque eu estava piorando as coisas.
Levantando, dei-lhe um sorriso de desculpas que não teve de ser forçado neste momento, porque eu realmente me senti mal por jogar tudo na cara dele agora. Eu tendia a fazer isso quando eu tentava falar mais. Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa eu fugi. Estava indo me despedir de Rush e Blaire e ir para o aeroporto e esperar pegar um voo adiantado. Passaria a noite no aeroporto, se fosse preciso. Pelo menos desta maneira Grant Carter não poderia me encontrar.
Blaire
"Eu ainda não consigo esquecer você me cantando uma canção e tocando guitarra. Apenas wow, Rush. Uau.” Ainda estava me recuperando de olhar para Rush e vê-lo esperando por mim com uma guitarra em seus braços.
Então, em vez do Jason Mraz tocando nos alto-falantes Rush tinha cantado uma música que ele havia escrito para mim. Após os diferentes presentes e cartas enviados para o meu quarto, pensei que ele não poderia superar a si mesmo. Eu estava enganada.
"Parei de cantar, quando eu estava na faculdade. Decidi que eu estava cansado de meninas ficando interessadas em mim por causa do Dean. Se eu cantava só fazia a minha ligação com Slacker Demônio. Então, eu simplesmente desisti. Mas para você... Eu queria você andando pelo corredor para mim com a minha voz cantando palavras escritas para você. Não é uma canção genérica, que é tocada em um milhão de outros casamentos." Rush beijou o local logo abaixo da minha orelha. "Não há outros casamentos como esse e nunca haverá", ele sussurrou em meu ouvido.
Aconcheguei-me nele enquanto dançamos a versão de Ed Sheeran do "Kiss Me" que está sendo executada pela nossa banda.
Dean tinha se oferecido para conseguir uma "real band”. Mas eu não queria isso. Eu não queria que nosso casamento fosse mais do que uma pequena reunião íntima. Eu não queria fazer um show com banda participar. Rush concordou comigo e encontramos a melhor banda cover que o dinheiro podia comprar.
"Eu gostaria que não tivéssemos uma casa cheia de pessoas hoje à noite," eu disse contra seu peito.
"Não importa. Nós não estaremos lá”. Rush respondeu.
Afastei-me e olhei para ele.
"O que você quer dizer?"
Ele sorriu. “Você realmente acha que eu vou compartilhar uma casa com todas essas pessoas na minha noite de núpcias? Claro que não. Temos o condomínio penthouse no clube esperando por nós quando sair daqui.”
Fiquei feliz por ele ter pensado nisso. Eu não queria pensar sobre seu pai e meu pai na mesma casa que nós esta noite.
"Bom", eu respondi.
Seu peito vibrou com seu riso. Olhei para os outros convidados. Todos os nossos amigos estavam aqui. Todos os nossos amados. Exceto sua irmã... e sua mãe. Mas elas não teriam aprovado. Ambas me odiavam. Ainda assim, eu me senti mal por elas terem perdido o dia de hoje por causa do Rush. Eu só esperava que um dia elas fossem uma parte de nossas vidas para Rush. Eu sabia, mesmo que ele não mencionasse, ele sentia falta delas.
"Onde você colocou o cetim", ele perguntou.
Eu sorri e mordi meu lábio inferior. "Eu não tinha bolsos", respondi.
"Eu sei. Então, onde está?"
"Escondido em meu sutiã", eu admiti.
"Acho que vai ter um novo significado para mim a partir de agora", disse ele, brincando com o fundo dos meus seios com os polegares.
"Obrigado por tudo. O colar, a tornozeleira, o anel, e eu vou deixar você ficar com o cetim. Embora eu adorasse tê-lo lá com a gente. Sabendo que ela tinha tocado as nossas vidas. Seria perfeito."
Rush apertou os braços em volta de mim.
"Sim, seria." No momento em que seu corpo ficou tenso eu senti. Olhando para ele, vi seus olhos focados em alguma coisa sobre o meu ombro. Olhei para trás para ver Caim ali nos observando. "Eu provavelmente deveria deixá-lo dançar com você. Eu estou tentando convencer a mim mesmo sobre isto," Rush disse ainda me segurando.
Eu sorri para ele e sua expressão rasgada. "Se você não quer que dance com Caim, então eu não quero. Eu preciso ir falar com ele e se você quer ir comigo e me agarrar quando eu faço isso, então você pode. Relaxe. Sou Blaire Finlay agora. A garota que ele amava era Blaire Wynn."
No uso do meu novo nome todo o seu corpo relaxou e ele me segurou mais apertado.
"Diga isso de novo. Pelo menos a parte onde você diz o seu nome", disse ele com uma voz rouca.
"Blaire Finlay," eu repeti.
"Caramba, isso parece bom", disse ele, dando um beijo na minha testa. "Vá falar com ele. Mas se você não se importar... não dance. Eu não quero as mãos dele em você."
"Então, nada de abraços também?" Eu perguntei antes de caminhar até Caim.
Rush franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não, ele quer manter seus braços ligados ao seu corpo", respondeu ele, fazendo-me rir. Meu homem possessivo.
Eu andei até Caim, que estava lá me esperando com as mãos enfiadas nos bolsos e uma expressão de dor no rosto. Isso não poderia ser fácil para ele. Em sua mente nós ficaríamos juntos para sempre.
Ele realmente não tinha pensado que o Rush ficaria comigo no final. Ele estava enganado.
"Estou feliz que você veio," disse a ele quando parei a poucos metros de distância dele para manter distância suficiente para deixar Rush confortável.
“Não vou mentir. Eu não queria, Vovó Q me fez vir”, ele respondeu. “Mas você está linda. Está tão de tirar o fôlego que dói olhar para você.”
"Obrigada. Eu não sabia que Rush havia mandado bilhetes e convites para vocês até Vovó Q entrar no meu quarto hoje."
Caim assentiu. "Sim, eu imaginei. Seria Rush convidando-nos e não você. Vovó Q estava certa de que vínhamos uma vez que ela viria."
"Estou feliz, Caim."
Ele me deu um sorriso triste e assentiu.
"Eu posso ver isso. É difícil te perder. Sua maldita beleza grita por si mesmo."
Não havia muito mais o que dizer. Nosso tempo era no passado. Ele tinha sido meu melhor amigo uma vez, mas agora Rush era meu tudo.
"Tome cuidado", eu disse, sabendo que eu precisava voltar para Rush antes que dele decidir que tínhamos falado demais.
"Você também, Blaire. Envie fotos do bebê. Vovó Q vai querer vê-los", respondeu ele.
Virei-me e voltei a Rush que estava parado na beira da pista de dança com seus olhos fixos em mim.
Rush
Normalmente eu passava o Natal bêbado em um resort de esqui com qualquer garota que eu estivesse namorando na época e alguns amigos. Era o meu lugar para ir nas férias.
Quando pequeno minha mãe não decorava uma árvore ou assava biscoitos. Eu só tinha visto esse tipo de coisa na televisão.
O cheiro dos pinheiros, maçã, canela e biscoitos recheava nossa casa.
A maior árvore de Natal que eu poderia encontrar em Rosemary encheu nossa sala de estar e foi decorada com brilhantes decorações coloridas e luzes cintilantes. Tivemos guirlandas naturais e frutas em nosso manto e três meias com monogramas com a letra F penduradas junto à lareira. Duas grandes coroas de flores com laços de veludo vermelho decoravam nossas portas da frente e a casa estava cheia de músicas natalinas tocadas através do sistema de som. Blaire tinha encontrado uma estação de Natal no rádio por satélite e ela me ameaçou se eu trocasse.
Os presentes com papel colorido e brilhante foram amontoados sob nossa árvore e eu não conseguia me livrar dos meus amigos. Eles estavam sempre aqui. Comiam os doces que Blaire aprendeu a fazer e bebiam a cidra da maçã que ela nunca deixava acabar. Era como se o Papai Noel tivesse vomitado na nossa casa. Um ano atrás, isto teria soado como o inferno para mim. Agora, eu não poderia imaginar passar o Natal de outra maneira. Este era o Natal do jeito da Blaire e eu gostava. Não, porra eu adorava. Ela cantava canções de Natal enquanto tirava os cookies do forno e rolava bolas de manteiga de amendoim em açúcar em pó, enquanto eu esperava ela colocar uma na minha boca.
Seria isso que meus filhos cresceriam acreditando que era o Natal e eu adorava. Deitei no sofá assistindo filmes de Natal e bebi chocolate quente enquanto eu coloquei minha mão na barriga de Blaire e gostava de sentir o meu menino chutar. Isso era algo que o dinheiro não pode comprar. Não esse tipo de felicidade.
"Você acha que nós vamos ver seu pai antes do Natal", perguntou Blaire, entrando na sala onde eu estava apreciando a árvore enquanto ouvia Blaire cantar "We Wish You a Merry Christmas".
"Duvido. Ele acabou de sair na semana passada", eu a lembrei. Ela franziu a testa, em seguida, assentiu.
"Ok. Eu acho que nós precisamos enviar seu presente então. Tem algo que eu preciso enviar para Harlow também. Eu estava esperando que você me ajudasse a pensar em algo para sua mãe e Nan. Eu não sei o que comprar. Eu nunca passei um tempo com elas."
Minha mãe e Nan? Ela tinha comprado um presente para o meu pai? E Harlow? Droga.
Tudo o que eu tinha feito era comprar coisas para ela e para o bebê. Eu não tinha pensado em comprar alguma coisa para mais alguém.
"Uh, sim, hum, eu acho. Mas eles não estão esperando por nada. Nós realmente não trocamos presentes. Não é realmente um feriado que celebramos como uma família.”
O rosto de Blaire caiu e ela olhou para mim com olhos tristes. Eu não gostava de vê-la triste. Gostava dela feliz cantando como ela tinha feito apenas alguns minutos antes. "Mas é Natal. Você compra coisas para as pessoas que você ama no Natal. Não tem que ser muito. Só uma coisa. É divertido dar as coisas."
Se ela queria dar a minha malvada mãe alguma coisa e minha irmã, então eu compraria seja lá o que ela quisesse e enviaria com um sorriso. "Ok, baby. Eu vou encontrar alguma coisa e podemos enviar com as outras coisas."
Isso pareceu apaziguar e ela balançou a cabeça. "Ah, bom. Ok." Ela começou a virar e parou. "Eu tenho algo para Kiro também. Precisamos enviar quando enviar as outras coisas que vão para LA."
Eu não pude deixar de rir. Ela tinha comprado algo para Kiro. Todo mundo ia pensar que eu enlouqueci quando todos receberem pacotes de mim. "Kiro também. Entendi", eu respondi.
A única coisa boa sobre a compra interminável de Blaire era que me deu tempo para preparar sua surpresa. Ela continuou dizendo que depois do Natal precisávamos pensar em um berçário. Eu continuei concordando com ela. Mas eu também mantive o último quarto do lado esquerdo, o único com a vista que ela amava, trancado.
Blaire
No ano passado ia deixar minha mãe dormir tarde porque ela estava doente até tarde na noite anterior. Levantei e preparei seu café da manhã favorito, waffles de morango com chantilly, e acendi as luzes da árvore. Seria o meu último Natal com ela e eu sabia disso. Eu gostaria que tudo fosse perfeito.
Quando ela entrou na sala, foi recebida com fogo na lareira, a lotação completa de seus itens favoritos alarde, música de Natal tocando, e eu. Ela riu em seguida, chorou e me abraçou quando nós sentamos e comemos nosso café da manhã antes de abrir os presentes. Eu queria comprar-lhe muito, mas o dinheiro era pouco. Usando minhas habilidades criativas esparsas eu tinha feito um álbum de recortes de Valerie e eu crescidas. Mamãe foi enterrada com ele em suas mãos.
Este ano eu tinha feito tudo o que podia para deixar a minha mãe orgulhosa de mim.
Houve momentos em que sua canção de Natal favorita tocou e tive que lutar contra o desejo de me enrolar em posição fetal e chorar. Mas ela me fez prometer-lhe algo no ano passado. Ela sabia que era o seu último Natal também e me pediu para fazer-lhe um favor: que no próximo Natal, eu comemorasse o suficiente para nós duas. Eu já havia tentado o meu melhor.
Meus olhos se abriram antes do nascer do sol esta manhã e levantei da cama sem acordar Rush. Eu precisava de um tempo sozinha. Tempo para processar as coisas. Para lembrar. Sabia que se a minha mãe pudesse me ver agora que ela ficaria muito feliz por mim. Eu era casada com o homem que amava. Ia ser mãe e tinha perdoado meu pai. Segurei meu café e puxei minhas pernas debaixo de mim enquanto estava sentada no sofá de frente para a árvore com decoração colorida. A imagem da minha vida teria sido o que mamãe queria para mim.
Não enxuguei as lágrimas no meu rosto, porque elas não eram todas tristes. Algumas eram felizes. Algumas eram gratas e algumas eram lembranças.
Gostei do silêncio e vi o nascer do sol através da janela. Rush iria me querer na cama quando acordasse. Eu precisaria me esgueirar de volta depois de terminar meu café e escovar os dentes.
Este ano eu queria que o Natal fosse perfeito para ele. Era o nosso primeiro e isso criaria um precedente para os próximos anos.
"Acordar no Natal sem o seu presente favorito na cama é uma merda."
A voz sonolenta do Rush me assustou e olhei para trás para vê-lo entrando na sala de estar. Ele vestia calças, nada, além disso. Seu cabelo estava bagunçado e seus olhos ainda estavam meio fechados.
"Sinto muito. Eu ia voltar para a cama depois de assistir o nascer do sol," eu disse a ele que se afundou no sofá ao meu lado e me puxou para seu lado.
"Eu teria me levantado e assistido com você, se você tivesse perguntado", disse ele com o queixo apoiado no topo da minha cabeça.
Eu tinha quase certeza de que ele faria qualquer coisa que eu lhe pedisse. Mas tinha sido por isso que o tinha deixado dormir. "Eu sei", respondi.
Rush passou a mão no meu braço esquerdo. "Você precisava de um tempo sozinha?", ele perguntou. O entendimento na sua pergunta me disse que ele não precisava de mais detalhes. Ele sabia.
"Sim", respondi.
"Você precisa de um pouco mais?"
"Não", eu disse, sorrindo para ele.
"Bom, porque eu não iria embora facilmente."
Eu ri e coloquei minha cabeça contra seu peito. "É uma bela manhã."
"Sim, é", ele concordou e abaixou a cabeça até o meu ouvido. "Posso dar-lhe um dos seus presentes agora?", ele perguntou.
"Será que nos obrigam a estar nus?" Perguntei provocando.
"Uh, não... mas se você quiser ficar nua amor, sou sempre a favor disso", respondeu ele.
Surpresa, me virei em seus braços e olhei para ele. "Quer dizer que você quer abrir os presentes agora?", Perguntei. Eu pensei que iríamos fazer amor primeiro.
"Não abrir exatamente. Eu preciso te mostrar", disse ele, levantando-se e me puxando.
Isto não era o que eu esperava. Balancei a cabeça e o deixei me levar pela casa para as escadas. Talvez nós estivéssemos subindo para ter relações sexuais depois de tudo?
Rush parou no quarto que eu tinha escolhido como meu. Não estive lá desde que o tinha mostrado à Harlow antes do casamento. A porta estava fechada e Rush ficou atrás de mim e fez sinal para eu abrir. Eu estava realmente confusa agora.
Dei um passo à frente para girar a maçaneta e abrir a porta lentamente. A primeira coisa que eu vi foi um enorme berço de madeira de cerejeira no meio do cômodo e um móbile com animais marinhos exóticos pendurados.
Rush entrou e ligou um interruptor. Em vez de a luz do teto se acender, o móbile se iluminou e começou a tocar. Mas não era uma canção de ninar. Era a canção que Rush tinha cantado para mim no dia do nosso casamento. Todo o móbile estava iluminado por toda sua extensão até o teto. Tudo o que eu podia fazer era cobrir a boca em reverência completa e choque enquanto adentrava o quarto. Luzes dançavam pelas paredes conforme o móbile girava lentamente tocando a nossa música.
A cadeira de balanço, situada no canto com um belo cobertor artesanal jogado sobre ela. A tabela de crescimento, um armário, e até mesmo uma pequena cama também decorava o quarto. A tinta azul suave nas paredes foi perfeitamente pensada, uma parede era toda de janelas que davam agora para o céu e para o oceano, ambos azuis.
Eu finalmente encontrei a minha voz, mas tudo o que saiu foi um pequeno soluço antes de me jogar nos braços de Rush e chorar. Isto era perfeito e ele tinha feito. Ele tinha escolhido o quarto perfeito para o nosso filho.
"Eu espero que essas sejam lágrimas de felicidade porque eu vou ser honesto. Estava preocupado se você ficaria chateada. Bethy disse que você poderia querer fazer isso sozinha, e eu não tinha pensado nisso", ele disse em um sussurro apertado.
Bethy não sabia de nada. Talvez Bethy fosse querer fazer isso sozinha, mas sabendo que Rush tinha tomado tanto tempo e pensado no berçário fez meu coração inchar até eu pensar que ia estourar.
"Isso é perfeito. É lindo. É... oh Rush, ele vai adorar. Eu amo isso"
Então eu agarrei sua cabeça e puxei para mim para que pudesse beijá-lo. Um fabuloso berçário digno de revista deixa uma mulher grávida com tesão.
Quem diria?
Três meses depois...
Eu era uma menina do sul. Isso era óbvio. Mesmo amando o tempo em Nova York, eu estava feliz por estar de volta para casa, onde poderia encontrar chá gelado doce quando quisesse. Rush tinha sentido falta de Rosemary também. Eu poderia dizer. Estávamos desempacotando todas as roupas e brinquedos que tínhamos comprado para o bebê, que ainda não tinha nome, e colocando no berçário. Tinha sido divertido pendurar as roupas no armário e dobrar os cobertores e alinhar todos os seus sapatinhos. Tínhamos exagerado um pouco na compra de roupas.
Grant tinha parado para levar Rush para um momento de homens no campo de golfe logo após a chegada, então decidi ir fazer uma visita. Não havia nada para comer aqui e eu estava morrendo de fome. Indo ver se Jimmy estava no clube trabalhando e recebendo algo para comer, eu mataria dois coelhos com uma cajadada só. Peguei minhas chaves e fui para o meu carro... ou SUV... ou o que fosse. Não o tinha dirigido ainda.
Rush o tinha estacionado na calçada quando chegamos em casa.
Tudo que eu sabia era que era um veículo utilitário da Mercedes Benz.
Eu estava feliz por ele não ter me dado uma minivan. Aparentemente, este era um dos carros mais seguros na estrada. Ele me deu um longo discurso de vendas sobre ele, então me disse que se eu não gostasse poderia levá-lo de volta e conseguir o que eu queria.
Era um Mercedes, pelo amor de Deus. Eu não torceria meu nariz para isso. É claro que estava feliz com isso. Eu só precisava descobrir como dirigi-lo. Olhei para a chave que ele me deixou.
Havia indicações que ele me deu. Era para apenas colocar essa coisa que definitivamente NÃO é uma chave na minha bolsa e levá-la comigo. Quando tocasse a maçaneta da porta ela iria automaticamente se destrancar desde que a chave estivesse no meu corpo. Então eu colocaria o pé no freio e pressionaria o botão “on” no volante para acionar o carro. Todo o resto deve ser fácil o suficiente. Sim, claro.
Fiz o que me foi dito e me acomodei no carro, o que não é fácil quando sua barriga está enorme. Depois de afivelar o cinto de segurança, consegui pôr em marcha o carro sem a chave estranha. Eu nem sequer tentei tocar nas coisas do painel. Parecia um avião. Eu não entendi nada daquilo. Abri minha bolsa e peguei minha arma, coloquei debaixo do meu assento. Eu não a estava carregando comigo porque estava sempre com Rush. Mas agora que eu tinha meu próprio carro novo e estaria sozinha, e logo com o meu bebê, eu queria alguma proteção escondida em algum lugar.
Depois que o bebê estivesse maior, ia ter que encontrar outro lugar para escondê-la.
Eu não queria isso em qualquer lugar que ele pudesse encontrar. Isso era algo que eu precisava falar para Rush.
Chegar ao clube foi bastante fácil.
O carro desligava com um simples toque no botão e eu tranquei as portas com a coisa que Rush chamava de chave e entrei.
Assim que fui para a sala de jantar, Jimmy saiu da cozinha e seus olhos encontraram os meus. Um sorriso lento se espalhou pelo seu rosto. "Olhe para você, mamãe quente. Você pode fazer até uma barriga de grávida do tamanho de uma bola de praia parecer sexy. Entre e me espere na cozinha. Eu já volto", disse Jimmy com um aceno de cabeça. Ele estava carregando dois copos de água que entregaria rapidamente.
Abri a porta da cozinha e entrei. Vários dos cozinheiros me saudaram e acenei para eles tentando me lembrar de tantos nomes quanto eu poderia.
"Por favor, me diga que você está de volta em Rosemary para morar agora. Não vai mais correr ao redor do mundo. Eu senti sua falta", lamentou Jimmy, me puxando para um abraço.
"Não pretendo ir a qualquer lugar por enquanto," assegurei a ele.
"Deus, Blaire sua barriga está enorme. Quando é que esse bebê vai sair?“ Jimmy perguntou e começou a esfregar minha barriga. "Você não pode ficar ai para sempre, rapaz. É hora de você vir para fora. Sua mãe não é tão grande, ela não pode esperar muito mais."
A porta da cozinha se abriu e eu levantei meus olhos para ver um novo rosto. Ela tinha o cabelo castanho escuro e estrutura óssea excelente. Estava assistindo Jimmy falar com a minha barriga com um sorriso curioso.
"Olá," eu disse, e seus olhos saíram da minha barriga para atender meus olhos. Ela tinha olhos lindos também. Onde Woods havia encontrado ela e ele a contratou por causa de sua aparência? Porque conhecendo Woods ele tinha notado.
"Olá", ela respondeu com um sotaque grosso do sul que me surpreendeu. A menina não era de Rosemary.
Jimmy se levantou e sorriu para a menina. Ele gostava dela. Isso foi um bom sinal. "Fico feliz que você esteja de volta, menina. Ontem foi uma merda sem você", disse-lhe, em seguida, olhou para mim. "Della, esta é Blaire. Ela é minha melhor amiga que fugiu e me deixou por outro homem. Mas eu não posso culpá-la, porque ele é um pedaço quente de bunda. Blaire, este é Della. Ela pode ou não estar transando com o chefe".
Eu não consegui manter o sorriso do meu rosto.
Opa, Woods a tinha notado.
"Jimmy", eu disse, quando seu rosto ficou vermelho beterraba e percebi que ela o tinha repreendido também. Eu gostei dessa garota. Eu poderia ter uma nova amiga aqui.
"Woods certo? Aquele chefe?", perguntei, sorrindo, porque eu sabia que não havia nenhuma chance de ela estar transando com o pai de Woods.
"Naturalmente, Woods. A menina tem bom gosto. Ela não está transando com o velho," Jimmy respondeu com um rolo de seus olhos.
"Quer parar de dizer “transar?”ela perguntou, ainda corando. Eu precisava aliviar sua vergonha porque Jimmy estava apenas piorando as coisas.
“Jimmy não deveria ter me dito isso, já que ele fez, eu posso dizer, Woods é um grande cara. Se você está realmente... um...transando com ele, então você fez uma escolha"
"Obrigada", disse ela, sorrindo. Eu realmente esperava que Woods tivesse uma queda por ela. Eu sentia que Bethy a amaria também.
"Se eu não tiver esse bebê esta semana, talvez possamos nos reunir e almoçar", sugeri. Eu chamaria Bethy e ela viria também. Ela olhou para minha barriga e eu pude ver que ela achava que era altamente improvável que eu saísse pela porta sem ter este bebê, muito menos até a próxima semana. Ela provavelmente estava certa.
"Ok. Isso soa bem", respondeu ela.
Eu não podia esperar para contar a Rush. Talvez devêssemos convidá-la e Woods para jantar uma noite. Isso seria divertido.
"Della Sloane." Um grunhido irritado invadiu os meus pensamentos e eu arrastei meu olhar dela para o policial de pé na soleira da porta.
"Sim, senhor", respondeu ela. Vi como seu rosto ficou branco e olhei em volta para qualquer sinal de Woods. Onde ele estava quando você precisava dele? Ele estava sempre se intrometendo na hora errada, quando eu trabalhava aqui. Agora seria um bom momento para isso.
"Você precisa vir comigo, senhorita Sloane", o oficial gritou enquanto segurava a porta à espera de Della. "Senhorita Sloane, se você não vier de bom grado eu vou ter que ir contra a vontade do Sr. Kerrington e prendê-la aqui mesmo no recinto do clube."
O que foi que ele disse? Prender? Senhor Kerrington? Woods não faria isso. Se ele fizesse, teria pelo menos aparecido e feito parte disso. Além disso, eu era uma boa leitora de pessoas assim como Jimmy.
Nós gostamos tanto dela. Alguma coisa estava errada.
"Pelo que você está prendendo-a? Eu com certeza não acredito que Woods saiba disso", Jimmy perguntou na frente de Della, como se para protegê-la. Eu o amava ainda mais por isso. Parecia que ela estava prestes a desmaiar.
"Mr. Kerrington sabe. Ele é quem me enviou aqui para escoltar Della Sloane para fora do prédio e, em seguida, prendê-la, assim que ela pisasse no estacionamento. No entanto, se ela não vem de bom grado eu vou prendê-la e qualquer um que esteja no meu caminho.”
Woods não sabia. Eu não acredito nele. Alguma coisa estava errada.
"Está tudo bem, Jimmy", disse ela e caminhou em torno dele. Eu observava impotente enquanto ela saía pela porta.
"Você tem que encontrar Woods", disse Jimmy, olhando para mim. "Eu não acredito nisso. Eu acho que há algo mais nisso e todos os dedos apontam para o velho."
Balancei a cabeça. Eu concordei. "Eu não tenho número do Woods no meu telefone. Isso irritava Rush, então eu o apaguei", eu admiti, olhando para Jimmy timidamente.
Jimmy sacudiu a cabeça e sorriu, em seguida, pegou o meu telefone da minha mão e discou o número de Woods. “Ligue para ele. Se ele não atender vá caçá-lo. Eu não posso ajudar. Agora não tenho nenhuma ajuda nessa bagunça e eu tenho que colocar minha bunda na engrenagem.”
Eu balancei a cabeça e me dirigi para a porta para ver Della ser colocada no carro da polícia com muito mais força do que era necessário.
O telefone de Woods caiu direto na caixa postal. Tentei novamente, mas novamente caixa postal. Correndo pelo corredor, ou melhor, andando rapidamente, fui ao seu escritório e bati, mas nada. Tentei abrir, mas estava trancado.
Porcaria.
Corri para fora, enquanto discava o telefone do Rush. Ele saberia o que fazer e Woods poderia provavelmente estar com ele.
Assim que meu pé tocou a passarela de pedra senti uma cãibra seguida por um jorro de água entre as minhas pernas. Eu congelei.
Minha bolsa tinha estourado.
Rush
"Você está bem para um cara casado", Grant brincou enquanto eu caminhava até o carro para pegar meu taco.
"Claro que sim. Sou casado com Blaire. Eu sou o bastardo mais afortunado do planeta", respondi, sem morder sua isca. Ele queria me provocar, porque Grant queria me deixar com raiva.
"Blaire está muito sexy. Mesmo grávida de nove meses", ele falou, inclinando-se para trás e apoiando as pernas para cima no painel do carro.
"Se você está querendo um nariz quebrado vai acabar conseguindo, bro" Eu rosnei, olhando para ele.
Ele começou a rir e eu sabia que ele tinha conseguido o que queria. Revirei os olhos.
Meu celular começou a vibrar e tocar na minha sacola. Esse era o toque de Blaire. Eu deixei meu time e fui até minha sacola para pegar o telefone. Ela não me ligava aleatoriamente. Se estiver ligando, ela precisava de mim. Eu comecei a andar para o carro esperando ela me atender.
"Hey," eu disse no momento em que ela atendeu. Ela respirou fundo e eu virei o carro no sentido inverso e comecei a acelerar em direção ao clube.
"Minha bolsa estourou", disse ela tentando parecer calma.
"Eu estou indo. Fique aí. Não se mexa. Não dirija. Basta esperar por mim."
"Estou no estacionamento do clube. Eu estava vindo para encontrá-lo quando isso aconteceu”, ela respondeu.
“Estou quase lá, baby, espere. Menos de um minuto, eu juro”, eu assegurei.
Ela fez um barulho de grunhidos, em seguida, tomou algumas respirações profundas. "Tudo bem", respondeu e em seguida desligou.
"Merda", eu rosnei e pedi a Deus que aquele carrinho estúpido fosse mais rápido.
"Estou concluindo que ela está em trabalho de parto", Grant disse no assento ao meu lado.
"Sim", respondi. Não querendo falar. Eu só precisava chegar a ela mais rápido.
"Eu acho que isso significa que você não se importa em ter deixado seu taco lá", Grant respondeu.
"Foda-se, não, eu não me importo com o maldito taco."
Grant cruzou os braços sobre o peito. "Ok, só estava checando."
"Eu preciso que você pegue meu telefone. Ache o número de Abe e ligue pra ele."
Grant pegou meu telefone e fez o que eu pedi enquanto eu deixei o carrinho no parque e saí correndo pela grama até estacionamento.
Blaire estava de pé ao lado do Mercedes que eu tinha comprado para ela com uma das mãos sobre o carro e uma mão em sua barriga.
Ela parecia mais relaxada do que eu imaginava.
"Isso foi rápido." Ela sorriu para mim quando seus olhos encontraram os meus.
"Você está bem?" Eu perguntei, envolvendo meu braço em torno dela e andando com ela até o lado do passageiro.
“Eu estou bem agora. A cólica aliviou. Mas Rush, eu não deveria entrar no carro. É novo e eu tenho... bem... Eu estou molhada", disse ela, tropeçando em suas palavras.
"Eu não dou a mínima para este carro. Entre, vou levar você para o hospital."
Ela me deixou ajudá-la a entrar no carro, embora eu pudesse ver a relutância em seu rosto. Ela não queria estragar seu carro novo. Dei um beijo em sua testa. "Eu juro que vou tê-lo completamente restaurado antes de sair do hospital," eu assegurei a ela antes de fechar a porta.
Corri em torno da frente do carro e Grant estava parado com uma expressão nervosa. "Ela está bem?"
"Ela está em trabalho de parto", eu disse o óbvio e abri a porta do motorista.
"Eu liguei para Abe. O que mais eu posso fazer?"
"Ligue para Dean. Ele vai querer saber," eu disse a ele antes de fechar a porta do carro. Eu não pensei sobre o fato de eu não estar chamando a minha mãe ou irmã.
Não havia nenhum motivo. Eu não podia confiar nelas em torno de Blaire.
"Você acha que talvez você deva ligar para a sua mãe? Ou você acha que ela preferia não saber?"
Olhei para ela enquanto ia para a estrada e acelerei até Destin, onde o hospital mais próximo estava localizado. "Eu não quero que elas participem disso. Elas não merecem", respondi, em seguida, estendi a mão e apertei a dela. "Esta é a nossa família agora. Minha e sua. Nós decidimos quem faz parte dela".
Blaire concordou e apoiou a cabeça no encosto. Eu poderia dizer que ela estava sentindo um pouco de dor pelo seu olhar apertado, embora ela estivesse mantendo silêncio sobre o assunto.
"Como posso ajudar?" Perguntei ansioso para fazer algo para isso parar.
"Dirija", ela respondeu com um sorriso apertado.
Ela apertou minha mão e deixou escapar um profundo suspiro de alívio. "Essa acabou. Elas não são muito longas ou próximas umas das outras por isso ainda temos tempo", ela parecia sem fôlego.
Ela apertou na minha mão novamente. "Rush!"
Eu quase saí da estrada. "Que foi amor? Você está bem?" Meu coração estava acelerando no meu peito.
"Eu me esqueci da Della. Você tem que ligar para o Woods. Ele precisa saber que a polícia veio e levou Della."
Quem era Della? Ela estava tendo alucinações? "Amor, eu não conheço a Della", respondi com cuidado no caso de essa coisa alucinante estar deixando-a louca.
Eu não tinha lido sobre isso nos livros que ela tinha ao lado da cama.
“Della está namorando Woods. Jimmy acha que eles estão transando. Foi realmente doce e eu gostei dela. Ela parecia tão assustada. Woods tem que ajudá-la.”
Ela tinha estado no clube para visitar Jimmy. É por isso que estava lá. Não porque estava em trabalho de parto. Isso fazia sentido agora. “Grant está com meu telefone. Onde está o seu?” Se isso não significa muito para ela eu não estaria preocupado com a vida amorosa de Woods e sua namorada que está sendo levada pelos policiais.
Porque essa merda não parecia promissora e eu não queria Blaire perto de alguém perigoso. Mas ela não precisa mais que eu saliente que faria o que pudesse para fazê-la se sentir melhor.
"Ele não está atendendo ao telefone. Cai direto na caixa postal. Quem mais podemos chamar?", ela perguntou.
Peguei o telefone e liguei para Grant.
"Eu liguei para Dean e ele está pegando o próximo voo", foi a saudação de Grant.
"Obrigado. Ouça, Woods não está atendendo ao telefone. Chame seu pai. Diga-lhe que Della," parei e olhei para Blaire, que acenou com a cabeça que eu tinha dito o nome certo," Della foi presa e ela precisa de ajuda."
“Merda! Quando Della foi presa? O que diabos aconteceu?” Grant gritou no meu ouvido. Acho que ele sabia quem era Della.
“Eu não sei. Minha esposa está em trabalho de parto. Basta ligar para seu pai. Ele pode encontrá-lo. Tenho que ir.”
"Eu vou dizer-lhe" Grant respondeu e eu desliguei.
"O pai de Woods vai saber como achá-lo", assegurei para Blaire. Ela estava franzindo a testa.
"Eu não sei sobre isso, mas talvez eu tenha entendido mal." Ela parou de falar e apertou minha mão novamente. Outra contração.
Blaire
Eu tinha medo de agulhas. Tinha decidido meses atrás que eu não receberia uma agulha longa nas minhas costas. No momento, estava pensando que poderia ter sido uma má decisão. Porque sentia como se minhas entranhas estivessem sendo abertas com uma faca.
Não ajudava o fato de que toda vez que eu precisava gritar, Rush ficava completamente assustado.
Ele precisava se acalmar, porra. Tinha que gritar para lidar com isso. Nunca mais eu lamentaria sobre cólicas menstruais.
Elas eram um passeio no parque comparado com isto.
Outra contração me atingir e agarrei um punhado das cobertas e soltei outro grito de dor. A última vez que a enfermeira verificou eu tinha sete centímetros de dilatação.
Eu precisava chegar a dez, caramba.
"Devo ir buscar a enfermeira? Posso pegar um pouco de gelo? Você quer apertar minha mão?" Rush continuava me fazendo perguntas. Eu sabia que ele tinha boas intenções, mas no momento eu não me importava. Estendi a mão e agarrei sua camiseta e puxei seu rosto para o meu.
"Fique feliz por eu não estar com a minha arma, porque agora estou pensando nas diferentes maneiras de calar a sua boca. Deixe-me gritar e saia", respondi para ele e agarrei minha barriga enquanto outra contração chegou.
"Hora de verificar novamente", disse a enfermeira borbulhante com o cabelo vermelho brilhante puxado para trás em tranças, mas retornou para a sala. Ela deveria estar feliz por não ter a minha arma também. Porque ela seria a próxima na minha lista.
Fechei os olhos, esperando não ter outra contração, enquanto ela estava lá porque eu poderia chutá-la no rosto.
“Oh! Estamos com dez e prontas para deslizar. Deixe-me chamar o médico aqui.”
“Não empurre”, ela me disse mais uma vez. Tinha me dito para não empurrar durante a última hora.
Tudo o que meu corpo queria fazer era empurrar. O médico tinha que apressar seu traseiro.
Rush estava sendo anormalmente silencioso. Olhei para ele e seu rosto me lembrou de um menino no momento. Ele olhou assustado e nervoso. Senti-me mal por ter gritado com ele, mas o sentimento desapareceu quando outra contração me atingiu e desta vez foi pior. Eu não tinha percebido que poderia ficar pior.
O médico careca entrou e sorriu para mim como se isso fosse uma coisa boa.
"Hora de trazer esse rapaz para o mundo." Ele parecia tão alegre como a minha enfermeira. Bastardo.
"Você pode vir e assistir, se você não estiver enjoado ou pode ficar lá em cima com ela enquanto empurra", o médico disse a Rush.
Rush se aproximou da minha cabeça, estendeu a mão e pegou a minha.
"Eu vou ficar com ela", disse ele e apertou minha mão suavemente.
O estímulo me fez querer chorar. Ele estava se esforçando para tornar as coisas mais fáceis para mim e eu tinha ameaçado matá-lo. Eu era uma mulher horrível. Funguei e ele ficou imediatamente ao meu lado.
"Não chore. Está tudo bem. Você pode fazer isso" me disse, olhando firme e pronto para a batalha.
"Eu fui desprezível. Sinto muito", eu botei pra fora.
Ele sorriu e beijou minha cabeça.
"Você está sentindo uma dor infernal e se me bater te fizesse sentir melhor eu não me importaria."
Eu queria beijá-lo, mas, em seguida, outra contração me atingiu.
"Empurre" o médico pediu e eu fiz.
Vários palavrões e empurrões depois, ouvi o som mais bonito do mundo. Um grito. O choro do meu bebê.
Rush
Ele era perfeito. Contei todos os dez dedos dos pés e os dedos da mão enquanto Blaire beijava cada um. Ele também era tão malditamente minúsculo. Eu não tinha percebido que os bebês eram tão pequenos.
"Nós temos que escolher um nome agora", Blaire disse, olhando para mim depois que a enfermeira finalmente colocou nosso filho sobre cama.
Tínhamos conversado sobre várias ideias ao longo dos últimos três meses, mas nada parecia certo. Blaire tinha dito que era difícil nomear alguém que você nunca tinha visto então concordamos em esperar até que ele nascesse para nomeá-lo.
"Eu sei. Nós o vimos agora. Precisamos dar-lhe um nome. No que você está pensando?" Perguntei-lhe pedindo a Deus que ela não sugerisse Abraham Dean novamente. Eu amava o meu pai, mas eu não nomearia meu filho com o nome dele.
"Acho que ele se parece com um Colton", disse ela, sorrindo para ele. Eu não era um fã desse nome.
"Você ainda é contra River?", Perguntei.
Ela sorriu para mim. "Eu quero colocar Rush em seu nome, mas se chamá-lo de River, não poderemos. River Rush ou Rush River soa ridículo."
Tinha me esquecido que ela estava tentando usar o meu nome também. Eu não ia discutir com ela. Gostei da ideia de o meu filho ter o meu nome. "E Cash? Rush Cash!" Eu provoquei e ela mordeu o lábio para não rir e assustá-lo.
"E Nathan poderíamos chamá-lo de Nate", ela disse. Ele parou de mamar e olhou para ela como se tivesse chamado o nome dele. Acho que tinha chegado a uma decisão.
"Nathan Rush Finlay soa bem para ele," eu concordei.
Ela sorriu para mim feliz e inclinou a cabeça para beijar seu nariz.
"Olá, Nate. Bem-vindo ao mundo."
Eu queria abraçá-lo, mas parecia que ele tinha decidido dormir, em vez de socializar. Blaire levantou-o e colocou-o no ombro e acariciou as costas suavemente. Fiquei ali e assisti com admiração. Isto era meu.
Minha família. E eles eram perfeitos.
Quando Blaire ficou satisfeita com sua tentativa de fazê-lo arrotar, envolveu-se firmemente em seu cobertor e olhou para mim. "É a sua vez, papai. Eu preciso descansar. Meus olhos estão pesados."
Estendi a mão para ele e peguei meu filho dos braços de sua mãe. Segurando-o perto do meu peito inalei seu cheiro doce bebê. "Vamos rapaz. Vamos ficar confortável lá e ver se podemos encontrar um basquete para assistir na televisão."
Nate dormiu contente em meus braços e Blaire dormiu muito rapidamente depois que o entregou para mim.
Eu poderia ficar neste quarto com estes dois assim para sempre. Apenas tê-los perto de mim e saber que eles estavam seguros fazia tudo ficar bem.
Uma leve batida na porta quebrou meus pensamentos. Virei-me para ver a porta aberta e vários balões azuis entraram antes de ver a cabeça de Bethy atrás deles.
Ela havia ficado fora tanto tempo quanto podia.
"Tudo bem, papai, eu percebo que você está se divertindo, mas você tem que compartilhar. Os avós estão na sala de espera esperando pacientemente", ela sussurrou depois de olhar Blaire dormindo.
"Eu não quero perturbar Blaire. Ela está exausta. Vou levar o bebê para a janela do berçário. Faça com que todos me encontrem lá."
Bethy olhou para o bebê ansiosamente. Eu sabia que ela queria segurá-lo, mas não estava pronto ainda. Não tinha tanta certeza de que ela não iria deixá-lo. Eu não tinha tanta certeza de que poderia confiar em ninguém para segurá-lo.
Aconchegando-o mais contra mim, me perguntava como diabos eu deveria apenas deixar as pessoas vir à minha casa e segurar meu filho.
"A enfermeira disse que vocês nomearam Nathan Rush. Eu gostei", disse ela.
"Vamos chamá-lo de Nate."
Ela assentiu com a cabeça e, em seguida, saiu para dizer a todos para onde ir. Eu não me importava de mostrar-lhes Nate pela segurança de uma janela, mas não ia deixá-los respirar sobre ele e tocá-lo. Muitos germes. Ele era muito pequeno para essa merda. Ele precisava de um pouco mais de carne antes de ter de lidar com germes.
Entrei no berçário e dei de cara com uma enfermeira. Eu expliquei que estava lá para mostrar o bebê para os familiares através do vidro. Quando ela se virou e viu Dean parado na janela seu queixo caiu.
"Oh meu Deus. O bebê Finlay está relacionado com Dean Finlay? Dean Finlay do Slacker Demon?"
Eu balancei a cabeça. "Sim. É seu neto e eu realmente preciso mostrar Nate aqui para seu avô."
Ela se apressou para me mostrar o caminho e me seguiu até a janela para que pudesse ficar de boca aberta olhando para o meu pai. Dean, entretanto, estava completamente focado em Nate. Ele levantou o polegar e piscou para mim. Abe tinha lágrimas em seus olhos e acenou com a cabeça.
Grant estava bem ali ao lado do meu pai sorrindo para Nate. Bethy jorrava sobre o meu menino e Jace estava balançando a cabeça em concordância.
Jimmy abriu caminho através da multidão para dar uma olhada para ele e colocou a mão na cintura e sorriu para Nate.
Então ele olhou para mim e me deu o aval de aprovação. Esta era a nossa família. Podemos não ter irmãos ou mães aqui com a gente, mas nós temos pessoas que nos amam e que gostam do Nate.
"Você acha que eu poderia conseguir um autógrafo do Dean?" A enfermeira perguntou.
"Vá lá fora e pergunte a ele. Você está pegando-o de bom humor”, eu disse a ela antes de virar e levar Nate de volta à sua mãe.
Blaire
Eu precisava sair de casa. Rush não queria levar Nate e eu a qualquer lugar e uma vez que eu era a fonte de alimento de Nate, não poderíamos ficar separados por muito tempo. Ele ainda se recusava a usar uma mamadeira. Eu já havia tentado bombear o leite e alimentá-lo, mas não estava funcionando. Ele só me queria.
O que era doce, mas como seu pai era um maldito super protetor ele ficava irritado quando as pessoas se aproximavam e queriam segurá-lo.
Fiquei incomodada até que as minhas seis semanas foram-se e estava ok para fazermos sexo outra vez, seria impossível para ele conviver com isso. Eu precisava fazer alguma coisa para excitá-lo ou ele ia explodir.
A primeira semana em casa foi fácil. Estava cansada e Nate não dormia muito a noite, então eu não era fisicamente capaz de sair durante o dia. Senti-me mal por não ir ao funeral do Sr. Kerrington. Woods era meu amigo e eu odiava que ele tivesse perdido o pai de forma tão inesperada. Rush me assegurou que Woods estaria bem depois comecei a chorar quando eu ouvi a notícia. Eu não conhecia o Sr. Kerrington então minha única desculpa para chorar era que estava tendo problemas hormonais.
Ou pelo menos é o que meu médico me disse.
A necessidade incontrolável de chorar foi embora no dia em que fui capaz de prender minha calça jeans pré-bebê sem nenhum problema. Eu tinha ido para o quarto de Nate e balançado-o por uma hora, enquanto ele dormia, que era algo que seu pediatra tinha me dito para não fazer. Estaria estragando ele. Foi tão difícil às vezes. Eu queria lembrar estes dias. Ele estaria correndo ao redor da casa em breve.
Quando Nate completou um mês eu coloquei o meu pé no chão e disse que estava na hora de Rush e eu irmos a algum lugar com ele. Rush concordou que tinha que superar isso e passamos mais de uma hora recebendo todos os seus suprimentos juntos apenas para ir jantar no clube. No momento em que cheguei em casa estava tão cansada que eu percebi que talvez não tivesse valido a pena. Nós poderíamos apenas ficar em casa até ele ser desmamado. No momento em que pensei prontamente comecei a chorar, porque eu era uma mãe horrível.
Rush levou Nate e o colocou na cama para mim enquanto eu fui tomar um banho. Estava caindo de sono. Eu precisava parar de vigiar Nate durante a noite como o seu pediatra sugeriu, mas estava fraca e continuava fazendo. Tinha que parar com isso.
Saí do chuveiro e fiquei na frente do espelho. Meus quadris estavam mais largos agora. Eu tinha certeza que ficariam assim para sempre. Eu estava usando todas as minhas roupas pré gravidez, mas eu não pareceria como eu costumava parecer. Meu corpo era um corpo de mãe agora.
"Droga. Venho tentando não olhar para você nua porque eu estou tentando realmente não recorrer as minhas próprias mãos, mas merda... você está linda."
Ouvir o desejo em sua voz fez maravilhas para a minha autoestima. Eu queria me sentir sexy novamente. Queria sexo novamente. Tínhamos mais duas semanas, até a liberação de meu médico. Eu não tinha certeza se poderia esperar muito tempo.
Virei-me e caminhei até ele. Sexo pode estar fora dos limites, mas me certificar que meu homem fosse feliz, não estava. Eu me inclinei na ponta dos pés e pressionei meus lábios nos dele e, em seguida, mordi seu lábio inferior. Estava cansada de ser doce e romântica. Eu queria ser ruim.
Tirei sua camisa e beijei seu peito sorrindo para mim mesma quando sua respiração acelerou e ele agarrou o meu cabelo. Eu desabotoei sua calça jeans e a desci até seus tornozelos junto com sua boxer. Sua ereção se destacou com orgulho e minha boca encheu de água. Ele era tão lindo. Mesmo esta parte dele era uma maravilha. Deslizando uma mão ao redor da base de seu pênis enfiei a ponta na minha boca e engoli até a cabeça bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, Blaire," Rush gemeu, caindo no batente da porta para se apoiar. Ele enterrou as duas mãos no meu cabelo e me segurou lá. Me afastei deixando seu pênis sair da minha boca com um estalo e, em seguida, brinquei com a cabeça com minha língua. Suas maldições e gemidos só me deixavam mais quente.
"Chupe, meu Deus, amor, profundamente de novo", ele implorou, empurrando minha cabeça para baixo sobre ele até que a cabeça mais uma vez caiu na minha garganta. Eu engasguei e ouvi o gemido de prazer vindo de Rush.
Ele estava gostando de me ouvir engasgar. Eu estava ficando excitada.
Eu deixei a minha mão deslizar entre minhas pernas e deixei Rush controlar seu pênis em minha boca com a mão no meu cabelo. "Porra, você está tocando a si mesma?", ele perguntou, ofegante enquanto puxou de volta para fora da minha boca.
Coloquei a língua para fora e deixei a cabeça deslizar para fora antes de concordar. Então abri a minha boca e olhei para ele enquanto o colocava de volta em minha boca. "Eu quero brincar com essa buceta."
Rush rosnou. "Não goze".
Eu estava muito perto de gozar, então não tinha certeza se poderia prometer-lhe isso. Ele começou a se mover dentro e fora da minha boca mais rápido. Sua respiração se acelerou e suas maldições pioraram. Eu estava prestes a explodir.
"Preciso gozar", disse ele, puxando para fora da minha boca e eu peguei as costas de suas coxas e segurei-o dentro da minha boca. "Blaire, amor, eu vou gozar em sua boca, se você não me deixar tirar."
Chupei com força em cima dele e ele bombeado minha boca. Eu o senti empurrar contra minha língua e suas duas mãos agarraram a parte de trás da minha cabeça. Ouvi o rugido dentro dele um pouco antes da primeira explosão quente bater no fundo da minha garganta.
"Puta merda, amor. Chupe, isso... sim, isso... merda isso é incrível”, ele gritava conforme seu corpo estremecia sob minhas mãos e boca.
Minhas coxas estavam encharcadas de minha excitação. Eu comecei a escorregar a mão para baixo novamente quando Rush tirou o pau de mim, me pegou, me levou para a cama e me jogou sobre ela. Eu sabia que não deveria fazer sexo ainda, mas agora realmente não me importava. Me sentia curada lá. Nada parecia diferente.
Rush empurrou minhas pernas e, em seguida, baixou a cabeça para lamber a umidade no interior das minhas pernas. Eu tremia, enquanto ele ficava mais perto do meu calor. "Eu vou comer essa buceta doce até que você implore para parar", ameaçou pouco antes de deslizar a língua entre minhas pregas e, em seguida, chicotear levemente sobre o meu clitóris. Eu amava o jeito que ele fazia isso. Fazia tempo. Agarrei seu cabelo e segurei-o sobre o meu clitóris. Ele riu e a vibração me fez gritar de prazer.
"Minha menina gananciosa", ele murmurou pressionando beijos perto da minha entrada antes de deslizar a língua para dentro de mim e esfregar meu clitóris com a ponta do polegar. O meu primeiro orgasmo chegou com força e eu puxei seu cabelo, o que o fez rosnar forte e continuar em mim.
"Quero mais", ele sussurrou, sorrindo para mim maliciosamente. Minhas pernas pareciam macarrão quando eu as deixei cair abertas.
"É isso aí. Abra", ele me elogiou.
Deus, eu faria qualquer coisa que este homem quisesse.
No seu satisfeito estado relaxado, seu polegar deslizou para dentro de mim e para fora. Então ele o deixou deslizar até encontrar outro buraco. Um em que eu não tinha certeza se queria que fosse tocado.
"Não fique tensa. Eu não vou te machucar. Apenas deixe-me fazê-la sentir-se bem", ele prometeu. Eu relaxei, confiei nele quando ele deslizou a ponta de seu polegar dentro de mim enquanto provocava meu clitóris com a língua. Me peguei empurrando para trás em seu polegar tentar tê-lo mais profundo e Rush gemeu em aprovação, ele continuou trabalhando com o polegar dentro e fora da minha bunda, enquanto ele fazia amor comigo com a língua.
Houve um novo tipo de orgasmo. Eu não entendia, mas era mais forte. Eu queria. “Rush, eu preciso", implorei, não sei do que precisava.
Ele deslizou seu polegar em minha umidade, em seguida, deslizou para trás novamente para colocá-la dentro do buraco apertado que estava me deixando louca. "Eu sei o que você precisa, doce Blaire e vou dar para você", disse antes de lamber meu clitóris de volta para o pequeno buraco que ele estava brincando tão concentrado. Sua língua circulou o buraco antes de voltar para o meu clitóris e puxando-o em sua boca, enquanto deslizava o dedo dentro de mim.
Eu disparei. Fogos de artifício explodiram dentro de mim e gritei o nome do Rush mais e mais, enquanto meu corpo se contraiu com o puro prazer correndo por mim.
Eu nunca tinha sentido nada parecido. Não havia palavras para descrevê-lo.
Quando finalmente voltei para a terra e conseguiu abrir os olhos Rush estava rastejando para trás sobre o meu corpo para ficar ao meu lado e me puxou contra ele. "Eu preciso te foder, Blaire. Eu preciso tão perversamente", ele sussurrou.
Eu o queria dentro de mim. Só não tinha certeza se eu o queria dentro de mim... lá atrás. Seu polegar era muito menor do que seu pênis.
"Eu quero a sua buceta, amor. Pare de se preocupar sobre o outro. Isso foi só para você. Eu sabia que ia se sentir bem", ele me assegurou, depois cobriu-nos com a colcha e adormeci rapidamente contra seu corpo quente.
Rush
Estendi a mão e desliguei o monitor na hora que ouvi Nate começando a se mexer. Hoje à noite, Blaire iria conseguir dormir mesmo que eu tivesse que ficar acordado durante toda maldita noite, andando pela casa com o rapaz a fim de mantê-lo com sua mente longe da comida.
Eu me levantei para fora da cama e vesti um shorts e uma camiseta, descendo rapidamente para o andar de baixo antes que o choro começasse. Mesmo com o monitor desligado, Blaire seria capaz de ouvi-lo chorar. Eu estava esperando que tivesse cansado ela a tal ponto que dormisse durante o barulho à noite.
Liguei o abajur próximo ao berço quando entrei no quarto e agitação dele parou. Ele gostava de me ouvir cantar.
Blaire disse que ele sempre parava de mamar quando me ouvia falar e ficava bem quieto para ouvir. Eu adorava isso.
Caminhando até o berço, seus pequenos olhos fixaram-se em mim e mesmo que ele não estivesse exatamente sorrindo, ainda assim você podia ver a alegria em seus olhos quando estava animado com alguma coisa. Normalmente, os seios da Blaire o deixavam animado, mas eles também me animavam muito, logo eu não posso culpá-lo por isso.
"Ei, amigão, quando você vai descobrir que, quando está escuro lá fora, você deveria estar dormindo?" Perguntei a ele, inclinando-me sob o berço para pegá-lo.
Ele mexeu em meus braços e, em seguida, moveu a cabeça para que ele pudesse ver meu rosto.
"Você vai ficar comigo esta noite. A mamãe precisa dormir, mesmo que você não precise. Você está cansando ela bastante."
Eu deixei as luzes do abajur ligado e me sentei com ele na cadeira de balanço. "Vamos olhar a luz da lua sobre as águas e as rochas até que você decida que é hora de dormir."
Nate colocou a cabeça no meu peito quando o virei para o meu colo nos balançando. Fiquei imaginando o que sua pequena mente pensava sobre a vista. Será que ele quer ir lá fora, e tocar a areia ou sentir a água? Eu não podia esperar até que ele pudesse falar comigo e me dizer o que estava pensando.
Balançamo-nos por quase uma hora e fiquei esperando que ele pedisse por Blaire, mas isto não aconteceu. Eu olhei para baixo para ver suas pequenas pálpebras fechadas e sua respiração era lenta e uniforme. Nós tínhamos conseguido sem ter que acordar a mamãe. Senti como se tivesse feito alguma coisa.
Eu andei de forma suave e devagar até o berço e o coloquei de volta. Quando eu tive certeza que ele ficaria dormindo voltei para a cama. Papai tinha conseguido.
A próxima vez que Nate decidiu que queria atenção foi depois das sete da manhã. Blaire se sentou na cama, quando ouviu seus gritos e olhou para o relógio. "Oh meu Deus! Será que ele só chorou agora?" Ela perguntou se levantando nua rapidamente da cama.
Eu cruzei os braços sob a minha cabeça e observei a vista enquanto ela se apressava ao redor da sala procurando algo para vestir. Eu estava realmente gostando de seus novos quadris. Eles tinham curvas tão sexy que era difícil pensar direito, enquanto ela passava por mim e eles balançavam.
"Na verdade não. Ele e eu tivemos um tempinho a sós ontem à noite. Expliquei-lhe que você precisava descansar um pouco e ele ficou bem com isso. Acho que entendeu."
Blaire parou de procurar pelas roupas e olhou para mim com a boca aberta ligeiramente. "Você ficou com ele e conseguiu fazê-lo dormir sem ter que alimentá-lo? E ele ficou tranquilo?"
Eu dei de ombros. "Ele concordou que você estava mal-humorada e precisava dormir um pouco mais."
Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios e ela colocou as mãos nos quadris que eu gostava tanto. "Você acha que ando mal-humorada, hein? Ontem à noite eu não estava assim, não é? Quando eu tive seu pau no meio da minha garganta?"
Santo inferno. "Porra, mulher. Você tem que alimentar nosso filho. Não fale assim. Eu vou acabar perdendo minha cabeça antes que me seja dado à luz verde pelo médico."
Blaire riu e se abaixou para pegar uma camisola que ela ia usar na noite passada, mas que nunca chegou perto de colocá-la. Sua bunda empinada ao ar livre fez com que eu me segurasse antes de me aproveitar dela.
O material de seda deslizou sob seu corpo e parou no meio da coxa. Ela me deu um sorriso e se virou para ir em direção as escadas. "Eu vou levar o meu ser mal-humorado lá pra baixo agora", respondeu ela.
Eu assisti os quadris balançarem e se agarrarem a camisola a cada passo que dava. Quando finalmente tinha saído da minha vista, pulei da cama e fui para o chuveiro. Eu precisava de uma puta chuveirada fria para suportar o dia.
Blaire
Coloquei Nate para dar um cochilo e decidi pegar o tempo livre para usar o vídeo de ioga que tinha comprado no iTunes. Eu precisava melhorar algumas partes do meu corpo pós-bebê. Bethy tinha me dito para tentar yoga. Mas encontrar tempo para fazer yoga já era outra estória. A última vez que Nate tirou uma soneca e tentei fazer yoga, Rush tinha acabado de chegar em casa e nós acabamos nus no sofá novamente. Nós nos tornamos profissionais em sexo oral. Não que o Rush precisasse ficar melhor, mas posso dizer que eu aprendi a dar um boquete assassino.
A campainha tocou antes que o vídeo começasse então pressionei pausa e fui ver quem era. Rush não estava aqui, logo não poderia ser Grant. Eles estavam juntos.
Abrindo a porta, meus olhos encontraram Nan, talvez eu devesse começar a olhar pelo olho mágico a partir de agora. Minha frequência cardíaca aumentou e me amaldiçoei por eu ter deixado meu telefone no chão na sala de jogos. Não havia bolsos nas minhas calças de ioga.
"O Rush está?" Ela retrucou. Eu me encolhi mentalmente. Ele não estava aqui e não tinha certeza se deveria deixá-la entrar. Mas, então, como eu poderia deixá-la na porta? Ela era irmã de Rush.
"Ele saiu com Grant há algumas horas. Algo sobre Woods." Eu estava falando demais. Já que não era da minha conta.
"Você vai me deixar entrar? Ou devo voltar mais tarde?" O tom enojado de sua voz, com a ideia de que eu tinha o poder de não deixar que ela entrasse por que a casa agora era minha, era óbvio. Eu não queria deixá-la entrar, mas depois Rush poderia querer vê-la. Ele apenas mencionou sobre ela algumas noites atrás. Ele se perguntava como ela estava, pois me contava que sua mãe disse que ela estava fora da clínica e estava bem melhor.
Indo contra o meu melhor julgamento, recuei para deixá-la entrar. "Entre", eu disse, odiando a ideia de estar sozinha com ela. Minha arma estava no carro, embora eu realmente não acho que precisasse. Ela não era um tipo perigoso... eu acho.
"Então, como é a sensação de ser a Sra. Finlay?" Perguntou. Seu tom indicava que ela não estava feliz com isso e que também não era uma pergunta amigável.
"Maravilhoso. Eu amo o seu irmão”, eu respondi.
"Você não pode mentir para mim. Eu não me engano com olhares inocentes. Você engravidou porque assim você poderia ficar com ele. Ele não iria ignorar seu próprio filho. Você descobriu isso e o usou. Eu só espero que a criança seja dele."
O ódio em suas palavras me fez estremecer. Eu realmente queria chamar Rush e trazê-lo para casa. Eu não queria falar com ela. Não que isso fosse uma conversa para massacrar a Blaire.
"Sinto muito que você se sinta assim. Quando você vir Nate, vai entender que não há dúvidas de quem ele pertence. Ele é o mini Rush." Eu estava com raiva de mim mesmo por ter caído na isca dela e me defender.
Ao mencionar Nate pude perceber que Nan estremeceu. Ou ela odiava a ideia de que tínhamos uma criança, ou odiava que ele também era meu filho e ela não queria ter ligação com o menino. Eu não tinha certeza. "Vou pegar meu telefone e ligar para Rush, para que ele saiba que você está aqui. Por favor, sirva-se de qualquer coisa que quiser beber ou comer. Você sabe onde tudo fica."
Comecei a subir as escadas.
"Espere. Eu não quero ver Grant. Diga a ele para não trazer Grant", ela disse numa voz apertada.
"Ok. Eu digo", respondi. Eu tinha certeza que Grant não queria vê-la também, mas não estava disposta a deixá-la saber que eu sabia de tudo. Eu não iria tocar no assunto.
Apressei-me a subir os degraus e fui pegar meu telefone. Eu ligaria para Rush e, em seguida, iria checar Nate... Talvez eu pudesse matar o tempo sozinha com ele lá em baixo me escondendo. Pegando o telefone disquei o número de Rush.
"Ei baby, está tudo bem?" ele perguntou quando atendeu.
"Hum... Depende do que você considera bem", eu disse. "Sua irmã está aqui."
"Dê a volta, cara. Eu preciso ir para casa agora." Rush disse Grant. "Estou no meio do caminho. Ela está bem? Está sendo legal? Você a deixou entrar?"
"Sim, não muito e sim," respondi.
"Ela não está sendo agradável. Merda, Blaire. Sinto muito. Por que você a deixou entrar?"
"Bem, porque ela é sua irmã, Rush. Eu não ia recusar de deixar sua família entrar na sua casa."
Rush respirou fundo. Eu sabia o que aquilo significava. Ele estava frustrado. "Blaire. Se algum dia eu ouvir você chamar a casa de minha de novo eu vou explodir. Essa é a nossa casa. A porra da nossa casa. Se você não quer deixar alguém entrar, então não deixe. Me chame, eles podem esperar nos malditos degraus até que eu possa chegar. Eu só quero que você fique confortável em sua própria casa."
"Ok. Bem, eu a deixei porque você a ama e eu te amo. Não há motivo maior para discutir, não acha?”
Rush soltou uma risada baixa. "Nan é, e sempre será, provavelmente, a única pessoa que eu amo e não espero que você seja boa com ela. Ela precisa aprender com essa merda. Ela não aprendeu ainda. Você pode mandá-la embora, chutar sua a bunda para fora, o que você quiser. Não aceite as merdas que ela vomita contra você."
Eu decidi que não iria contar a ele sobre a acusação dela de que Nate poderia não ser dele. Ele iria enlouquecer se soubesse. "Apenas se apresse" eu implorei.
"Cinco minutos", ele prometeu.
Eu desliguei e empurrei o celular no meu sutiã esportivo antes de ir ver como Nate estava. Abrindo a porta, eu esperava encontrá-lo chutando e murmurando para as criaturas marinhas penduradas no móbile. Sorrindo, eu caminhei até ele e seus olhinhos se deslocaram até se trancarem com os meus. Ele chutou mais duro ao me ver e meu coração apertou.
"Acho que não foi uma boa soneca", disse a ele, inclinando-me para pegá-lo. "Eu nem sequer consigo fazer yoga e o bumbum da mamãe precisa de um pouco de exercício."
Sua cabecinha tentou se enterrar no meu peito. Não era hora de ele comer, mas quando acordava, ele sempre queria o que estava por baixo da minha blusa. Assim como seu pai. Sorrindo eu o levei para o trocador e coloquei uma fralda limpa nele, enquanto se mexia. Ele odiava ter sua fralda mudada.
Eu o peguei de volta e lhe beijei os lábios franzidos. As lágrimas pararam e ele abriu a boca tentando conseguir algo para comer novamente. "Agora não senhor. Você comeu apenas há uma hora," eu lhe disse antes de sair pela porta.
Eu não queria levá-lo para baixo. Estava com medo do que Nan diria a respeito dele. Não acho que poderia lidar com isso se ela fosse ruim com o meu bebê. A porta da frente soou e deixei escapar um suspiro de alívio. Rush estava em casa.
"Papai chegou", eu sussurrei.
Carreguei Nate pelas escadas e ouviu as vozes de Rush e Nan. Não era difícil. Ela já estava levantando a voz. Rush deve ter tentado corrigi-la por me deixar desconfortável em casa. Eu decidi não levar Nate para a cozinha ao ouvir o pai gritando com Nan. Saímos pela porta da frente. Nate adorava ir lá fora e ver as ondas. A brisa do mar iria abafar as palavras de raiva de Nan. Começamos a caminhar em direção à praia.
"Blaire, você poderia trazer Nate aqui em cima?" Rush perguntou olhando para mim da varanda. Aparentemente, ele queria que Nan conhecesse Nate. Entendi o motivo dele querer que sua irmã conhecesse seu filho, mas ela odiava a mãe dele, de modo que isso podia não ser tão sábio. Fiz uma pausa e olhei para Nate.
A mãe em mim queria levá-lo e correr de volta para o andar superior, nos trancando em segurança dentro do quarto dele. Mas ele era filho de Rush também. Dei um beijo na têmpora do bebê. "A irmã do papai, Nan não é muito agradável. Você vai ter que aprender a ignorar ela." Sussurrei em seu ouvido, mais para mim do que para ele, desde que ele não tinha ideia do que eu estava dizendo.
Quando cheguei ao degrau mais alto Rush estava me esperando. "Se você quiser que eu o segure para você não entrar lá, tudo bem. Mas se você quiser ir lá, eu juro que ela vai se comportar ou vou jogá-la para fora de casa."
Eu não estava prestes a mandar meu bebê para ver o lobo mau e não ir com ele. Se ele tivesse que enfrentar Nan, eu também iria. Eu o segurei mais apertado contra mim e balancei a cabeça. "Eu quero estar com ele."
Rush balançou com a cabeça. Eu pude ver pelo olhar em seu rosto que ele entendeu. Ele abriu a porta para nós e deu um passo para trás para que pudesse caminhar dentro com Nate.
Nan estava sentada na bancada do bar com um olhar irritadiço em seu rosto. Ela se virou e seus olhos foram para Nate. Eu podia ver o momento em que ela percebeu que cada característica do pequeno era de Rush. Ele nem sequer tinha meus olhos. Ele era todo Rush.
"Acho que ele é seu, afinal de contas", disse ela. Parei e dei um passo para trás batendo no peito de Rush. Seu braço veio em torno de mim e ele me segurou lá.
"Você queria vê-lo. Cuidado com o que você diz para a mãe dele. Desculpe-se por essa última observação estúpida ou eu vou levá-la até a porta."
Os olhos de Nan queimaram com fúria e eu tive a sensação que Rush tinha começado algo que realmente não precisávamos em nossa casa. Mas ela respirou fundo e levantou os olhos cheios de ódio contra mim. "Sinto muito", ela retrucou. Ela não quis dizer isso, mas o fato de Rush ter a feito dizer valeu à pena.
"Posso segurá-lo?" Nan perguntou, erguendo o olhar para Rush.
Fiquei dura como uma tábua. Se ele dissesse que sim, eu iria correr dali com Nate. Havia tanta coisa que ele poderia me pedir.
"Provavelmente não é uma boa ideia. Com você olhando para a mãe dele desse jeito, eu não acho que ela vai se sentir segura em entregá-lo."
Nan fez uma careta. "Ele é seu filho também."
"Ele é. Mas Blaire é a mãe dele. Eu não deixaria nada acontecer que a deixasse desconfortável."
"Deus, Rush, onde estão as suas bolas?"
"Segundo strike, mana".
Nan revirou os olhos e se levantou do banquinho. Ela olhou para Nate e seus olhos se suavizaram um pouco. Era difícil não amá-lo. Ele era tão bonito como o pai. "Minha mãe adoraria conhecê-lo", disse Nan, puxando a alça da bolsa em seu braço. "Você deveria pelo menos enviar-lhe uma foto."
"Mamãe não dá a mínima para seus próprios filhos, Nan. Você sabe disso. Por que ela se importaria com o meu?"
Nan não vacilou. Ela apenas deu de ombros.
"Boa pergunta."
Nate começou a mexer nos meus braços. Ele estava tentando chegar aos meus seios novamente. Mudei-lhe de posição em meus braços e Rush se aproximou dele. "Dê ele a mim. Ele não estará pensando sobre o leite enquanto estiver comigo".
Eu entreguei Nate e ele se acalmou imediatamente, olhando para Rush. Ele era fascinado pelo pai.
"Você é bom com ele. Eu não estou surpresa. Você vem trabalhando no papel de pai por tanto tempo", disse Nan. Foi à primeira coisa boa que havia dito desde que tinha chegado aqui.
"Eu sou apenas bom no que faço, porque observo Blaire. Ela que me ensinou tudo."
Nan não gostou dessa resposta e não era verdade. Ele tinha sido natural desde o primeiro dia. Comecei a falar quando Nan empurrou seu banco para trás, raspando no chão. "Eu só queria ver a criança e deixar você saber que eu estou melhor. Se você quiser me ver, estarei na cidade por alguns dias. Eu não estou aqui para criar um vínculo com sua pequena família, mantenha isso em mente."
Vi quando ela saiu da cozinha, seguindo pelo corredor em direção à porta da frente sem dizer uma palavra. Rush não respondeu.
"E ela ainda é uma cadela," Rush murmurou.
Eu me virei para olhar para ele que estava franzindo a testa. "Sinto muito por ela ter falado com você desse jeito", disse ele.
"Eu ignoro tudo o que ela diz. Ela quer que eu seja o vilão e tenho medo que sempre seja assim. Está tudo bem. Eu não me casei com ela", eu respondi.
Nate ouviu a minha voz, e moveu sua cabeça para me olhar, antes de começar a chorar. Ele me queria por causa dos meus seios. Eu sorri e estendi a mão para levá-lo. "Eu vou ter que alimentá-lo novamente. Ele não deve ter se alimentado bem na última vez. Olha como está determinado a comer de novo."
Rush o entregou para mim. "Merdinha de Sorte".
Eu o chutei, quando ele deu uma gargalhada que eu amava.
"Está com fome?" Ele perguntou.
"Sim. Morrendo. Você pode me fazer um sanduíche?" Perguntei a ele antes de ir para a sala de estar para me sentar confortável na cadeira.
"Qualquer coisa para você", ele respondeu.
Rush
Woods estava do lado de fora do clube discutindo com Angie, Angel, Angelina... Inferno, não consigo lembrar o nome dela. Ela aparecia por aqui de vez em quando ao longo dos anos. Eu tinha certeza que ela era uma foda de verão para Woods, quando estávamos no colégio. O pai dela estava nos mesmos negócios como os Kerringtons, e Grant pensou que Woods ia se casar com ela.
Então essa garota Della tinha aparecido e meu palpite foi que as coisas tinham mudado. Ou não. Não poderia dizer. A última vez que soube, Della não tinha acabado na cadeia, por ter sido apenas um mal-entendido. Woods tinha feito um inferno na delegacia.
A menina estava com as mãos nos braços de Woods e parecia que estava implorando. Não tive certeza se eu queria interromper aquela conversa, mas o cara parecia que precisava de ajuda.
Ele tinha merda suficiente para lidar agora que seu pai estava morto. Ninguém estava preparado para isso e tudo foi imposto a Woods durante a noite.
"Cai fora, Angelina. Juro por Deus, se você não me deixar em paz, vou pedir a porra de uma ordem de restrição contra você”, disse Woods quando empurrou as mãos dela. Ele se virou a me ver e o alívio em seus olhos era evidente. "Rush. Ei, você está aqui para a reunião?" Questionou.
Eu não tinha ideia do que ele estava falando e estava disposto a apostar que ele tinha acabado de inventar essa merda. "Sim", eu respondi.
"Isso não acabou, Woods. Juro que não. Você está cometendo um grande erro", ela gritou para Woods, que soltou-se dela e veio ao meu encontro.
"Leve-me longe desse inferno. Rápido", ele murmurou enquanto passava por mim.
Eu me virei e o segui. Eu estava aqui para falar com Bethy sobre tomar conta de Nate amanhã à noite para que eu pudesse levar Blaire a um encontro. Mas parecia que eu tinha que conversar com Woods primeiro.
Ele abriu a porta do clube e entrou sem esperar para ver se eu o seguia. "A mais louca puta que já conheci", ele xingou já que estávamos em toda a segurança aqui dentro. Ele passou a mão pelos cabelos e soltou um grunhido frustrado. "Eu queria fugir. Eu ia. Eu ia tirar a porra do Tripp. Eu ia ficar com Della e íamos deixar essa merda para trás. Meu pai tinha exigido demais e eu estava farto. Então ele teve que seguir e morrer. Descobrir que o testamento do meu pai declarava que no meu vigésimo quinto aniversário, que será em dois meses, este lugar se tornaria meu. Meu avô tinha deixado bastante claro na porra do testamento dele, que era assim tão cheio de segredos, que meu pai não conseguiu modificar. Eu não posso fugir agora, posso? É tudo meu. O avô que eu amava e admirava não me ferrou, afinal. Mas Deus, é tudo tão ferrado agora. Eu só preciso me concentrar em deixar Della tranquila. Eu não tenho tempo para lidar com tudo isso. Eu não sei nada, Rush. Porra de NADA. Meu pai não me deixou trabalhar no lado comercial ao mesmo tempo. Ele disse que eu tinha que conquistar o meu lugar." Woods soltou um suspiro de frustração e começou a andar.
Eu não tinha certeza de tudo o que ele estava falando, mas o cara tinha problemas. Grant era o cara que ele precisava, não eu. Eu não era alguém para compartilhar esse tipo de coisa. Não sou de dar conselhos.
"Woods?" A pequena morena com grandes olhos azuis entrou pela porta olhando diretamente para ele com o rosto preocupado. "O que há de errado?"
O homem se transformou na minha frente. Ele deu dois passos largos e a puxou em seus braços, como se alguém estivesse prestes a tocá-la e ele precisava ter certeza que ela estava segura. "Eu estou bem. Você dormiu muito tarde?" Ele perguntou numa voz suave que, juro por Deus, eu nunca tinha ouvido um cara falar desse jeito.
Ela assentiu com a cabeça e colocou os braços ao redor dele. "Sim. Tudo estava bem esta manhã. Pare de se preocupar”, disse a ele. Ela virou a cabeça e olhou para mim.
"Della, este é o Rush Finlay. Você conheceu a esposa dele, Blaire. Rush, esta é minha Della."
Sua Della. Oh homem, era isso que estava errado. Eles estavam juntos. Eu não conseguia manter o sorriso do meu rosto. Entendo o que ele está sentindo. E dane-se se não estou feliz que Woods esteja envolvido com outra mulher e não atrás da minha. Obrigado, Della.
"É um prazer conhecê-lo", disse ela.
"Prazer em conhecê-la também", respondi. Ela não tinha ideia do quanto. O bom e velho Woods Kerrington estava apaixonado. A merda mais engraçada que já ouvi durante toda a semana.
Grant
As batidas na minha porta soavam como um trem de carga. Empurrei as cobertas de cima de mim e olhei para Paige. Eu a trouxe para casa comigo ontem à noite de uma festa. Ambos tínhamos bebido muito e tivemos muita diversão antes de desmaiar. Isso foi o que consegui lembrar. Paige era sempre agradável e fácil. Ela não era pegajosa.
As batidas continuaram. Peguei meus shorts descartados de ontem à noite e os puxei antes de caminhar pelo corredor em direção à porta. "Cale a boca! Droga" gritei antes de abrir a porta.
O sol me encontrou e estava bem na minha frente. Joguei meu braço sobre os olhos e tentei espiar o filho da puta louco que estava ali. Fazia tempo que tive uma ressaca.
"Você não está encantador esta manhã", Nan falou lentamente, assim que passou por mim e entrou. Merda. Não era quem eu queria lidar pela manhã.
Bati a porta. "O que você quer Nan? São dez horas da manhã", rosnei.
Nan entrou na minha cozinha e encostou-se na bancada.
"Eu preciso de um lugar para ficar", disse ela em uma voz mais suave que só usava quando queria alguma coisa. Um ano atrás, essa merda conseguia me pegar. Eu estava tão envolvido com sua bunda egoísta que não conseguia ver direito. Era tudo sobre sexo. Ela era boa nisso. Uma porra de ginasta na cama. Aprendi da maneira mais difícil de que sexo não se faz para consertar coração partido ou putas egoístas. Não dava mais pra ficar com ela. Especialmente depois de tudo que aconteceu.
"Ligue para Rush. Vou voltar para a cama. Você sabe o caminho para sair." Respondi, voltando para o meu quarto.
"Eu não posso! Ele não vai me ajudar. Não suporto a Blaire e ele sabe disso. Ele a ama mais do que eu. Ela o levou para longe de mim. Ela tomou tudo de mim. Eu a odeio e não posso fingir que gosto. Mas eu não tenho para onde ir. E não quero viver com a minha mãe. Quero voltar para Rosemary".
"Tá foda para você. Tchau, Nan." Eu abri a porta do quarto e fui pra cama, me deitando com a cara para baixo.
"Paige? Sério Grant? Você não sabe até onde ir. Você baixou bastante de nível. Até mesmo agora."
Paige sentou-se esfregando o rosto e eu apreciei o fato de que ela estava nua. Nan estava recebendo uma boa olhada de seus seios. Eles eram muitíssimo mais agradáveis do que os de Nan.
"Eu evoluí. A última garota que fodi foi você", eu respondi. Ela precisava saber.
Paige olhou para mim e depois para Nan com os olhos injetados de sangue. Eu tinha certeza que ela tinha fumado maconha na noite passada. "Que porra é essa?" Ela resmungou puxando o lençol para se cobrir.
"Nan está aqui para fazer a minha vida um inferno. Ignore-a", eu disse rolando na cama para deitar de costas e apoiar minhas mãos atrás da minha cabeça.
"Sério? Isto é tudo que nos tornamos?" Perguntou Nan.
"Isso é o que você nos fez ser, Nan. Você queria foder por um tempo, eu concordei. Foi divertido. Obrigado pela ideia."
"Paige, pelo amor de Deus, vista alguma coisa e saia. Nós estamos tentando ter uma conversa", Nan virou-se para Paige, que estava sentada em silêncio os ouvindo.
Estendi a mão e acariciei a perna dela.
"Não vá. A bunda dela foi mostrada à porta. Ela é que precisa sair", disse a Paige. Realmente preferia que ambas saíssem, mas eu não era um idiota. Jamais iria chutar Paige para fora e deixá-la ir por conta própria.
"Sério? Você vai trepar com essa daí e nem mesmo vai me deixar explicar? Você sabia que eu estava em uma clínica de reabilitação? Será que você se importa? Você com certeza não me ligou. Ninguém ligou. Nem mesmo Rush."
Senti uma pequena angústia por ela, mas era muito pequena. Às vezes eu ainda via aquela garotinha que queria que alguém a quisesse tanto. Foram tempos que tive compaixão. Então me lembrei da cadela que ela havia se tornado e decidi que ela merecia o que tem.
"Quando você planta merda, você colhe isso de volta. Era isso que meu avô sempre dizia. Alguém deveria ter lhe ensinado isso também. Teria nos salvado de toda porra de problema que você causou."
Nan apontou para Paige. "Saia. Agora."
Segurei o braço de Paige. "Ignore-a."
Paige olhou para trás e para frente para nós dois e depois balançou a cabeça.
"Vocês são fodidos. Acho que vou voltar para casa e descansar um pouco. Minha cabeça não pode aguentar isso." Ela começou a se levantar e depois estendeu a mão beijando a minha bochecha antes de rastejar para fora da cama nua.
Admirei a bunda dela enquanto ela pegava suas roupas mais pelo apelo de Nan que de mim. Eu estava cansado demais para pensar em mulheres nuas.
Paige deu tchau para mim e então correu para a porta levando seus sapatos. Eu não tinha ideia de onde seu carro estava, mas isso não importava agora. Ela morava a duas ruas acima no mesmo complexo de apartamentos. O que era outro motivo dela ser útil. Nan se aproximou da cama e se sentou.
"Saia da minha cama, Nan. Juro por Deus que eu vou te dizer cada detalhe do que Paige e eu fizemos nestes lençóis ontem à noite, se você não tirar sua bunda maldita da minha cama", eu avisei. Não conseguia me lembrar de exatamente o que tinha feito na noite passada. Mas Nan não precisava saber disso.
"Você é nojento", gritou ela, levantando-se e olhando para mim.
"Sim, você também. Pelo menos eu conheço Paige. Ela não é uma garota que eu só peguei na maldita rua para foder."
Ela tremia com uma fúria desencadeada. Eu a chamei de merda. Ela tinha me atiçado e conseguiu. Eu já tinha visto o suficiente. Não estava mais interessado.
"Você disse que me amava", ela me lembrou.
"Eu pensei que poderia te amar, Nan. Mas então eu acordei e percebi que uma foda quente e uma boa buceta não são amor. É somente um sexo muito bom".
A mágoa nos olhos dela deveria ter feito eu me sentir culpado, mas isso não aconteceu. Eu tinha confundido necessidade com amor. Eu não sabia como era amar alguém. Não do jeito que Rush amava Blaire. Eu nunca tinha sentido isso. Mas sabia agora. Eu tinha a porra da ideia e tinha certeza que nunca estive.
"Tudo bem. Você quer me machucar, então faça. Eu mereço isso", Nan cuspiu, caminhando de volta para a porta. "Mas isso não acabou, Grant. Eu posso admitir que errei. Mas você só precisa admitir que ainda tem sentimentos por mim."
Será? Eu não tinha certeza disso. Estava zangado com ela por ter me deixado com raiva, mas eu não tinha certeza se sentia alguma coisa ainda.
"Eu estou trabalhando em algumas coisas. Seria bom se alguém se interessasse e me entendesse".
Eu não iria deixá-la virar esse jogo para mim. Eu não pedi por esta merda. Pensei que desse certo. Mas ela recusou-se a ser mais do que uma parceira de foda. Eu queria mais e ela deixou claro que eu poderia facilmente ser substituído.
"Eu não acho que eu sou o único que pode te ajudar Nan. O problema é que sei como sua vida era e porque você é uma puta. Mas, ao contrário de Rush não levo a sério essa desculpa sua. É hora de parar de usá-la e mudar. Você está afastando todo mundo. Você quer acabar como sua mãe?"
Ela endureceu e soube que tinha atingido um nervo. Sem dizer uma palavra, ela se virou e saiu do meu apartamento batendo a porta atrás dela. Que a porra dos ventos a levem.
Agora eu poderia dormir um pouco.
Blaire
Bethy estava esperando por mim no clube para beber. Eu tinha amamentado Nate e o deixei com o Rush para que eu pudesse ter algum tempo de garota. Ela também queria que eu conhecesse oficialmente a Della. Acenei para Jimmy quando passei pela cozinha e segui apressada para a sala de jantar.
Della e Bethy estavam próximas às janelas que davam para o campo de golf. Della se virou e sorriu para mim quando percebeu minha aproximação. Não tinha certeza exatamente o que aconteceu com a polícia, mas sabia que tinha sido um péssimo mal-entendido. O boato era que Woods ameaçou o policial que a tinha prendido. Grant disse que ele o arremessou contra a parede. Exatamente algo que Rush faria.
"Já era tempo de você chegar. Estava prestes a ter minha segunda mimosa sem você", Bethy disse alegremente.
"Desculpe, tive que amamentar Nate antes de vir. Ele estava mais faminto que o normal. Mas você sabe que não posso tomar mimosas. Estou amamentando. Entretanto, vou ficar com um suco de laranja."
"Amamentar não soa divertido. Exceto para os melões incríveis que você tem, não vejo nenhuma razão para não beber", Bethy respondeu.
Escolhi ignorá-la. Ela não entenderia. Em vez disso, olhei para Della. "Estou feliz que finalmente estou te conhecendo", disse a ela.
"Eu também. Sinto muito sobre a última vez que nos encontramos. Não consigo imaginar o que você pensou de mim depois...”, ela parou e ficou sem graça.
"Sabia que tinha acontecido um erro terrível e enquanto estava em trabalho de parto pedi a Rush para ligar a Woods e deixá-lo saber que houve uma emergência", assegurei a ela.
Della soltou um suspiro. "Sim, foi um dia louco. Mas obrigada. Só soube depois que você entrou em trabalho de parto naquele dia."
Bethy pediu outra mimosa para si e para Della. Pedi a nova garçonete apenas um suco de laranja.
"Então, você não está trabalhando para Woods, eu soube", Bethy disse para Della.
Ela franziu a testa e balançou a cabeça.
"Não. Ele não vai deixar. Ele gosta de me manter com ele a maior parte do tempo. Estamos lidando com algumas coisas..." Ela parou novamente. Entendi que ela não queria falar sobre sua vida pessoal e não podia culpá-la. Ela tinha acabado de nos conhecer.
"Como posso manter vadias como vocês na cozinha? O que devo fazer se toda a minha boa mão de obra continuar ficando com os bundões ricos deste clube e me deixar para trás?" Jimmy disse quando puxou a quarta cadeira na mesa e sentou-se.
"Eu ainda trabalho aqui", Bethy lembrou.
"Você não trabalha na cozinha então você não é de nenhuma ajuda para mim. Estou quase com medo de Woods contratar mais mulheres atraentes. Preciso de alguém para me ajudar e que não lance os olhos para esses bundões com tesão maldito," Jimmy vaiou então piscou para nós.
Olhei ao redor da mesa e sorri. Um ano atrás, eu estava perdida. Eu não tinha ninguém. Ir à casa de Rush Finlay naquela noite tinha mudado tudo. Sentei e escutei Jimmy nos contar sobre seu péssimo encontro na noite anterior e como ele queria as calças de Marco. Marco era, aparentemente, o novo chef. Bethy concordou que as calças de Marco eram muito boas. Olhei para Della que sorria enquanto ouvia a conversa e percebi aquele olhar. Acho que ela encontrou uma casa também.
"Então, Blaire, como é o sexo depois do casamento e do bebê? Temos que saber menina. Rush Finlay ainda está queimando os lençóis?" Jimmy perguntou com seus olhos brilhando em antecipação. Ele tinha uma queda grave pelo meu marido.
"Não é da sua conta, Jimmy. Você precisa seguir em frente com sua fascinação pelo meu marido. É muito tarde agora. Ele é meu", respondi.
"Inferno, você não é engraçada. Só queria os detalhes. Os detalhes torridamente descritivos. E você Della? Quer-me dizer como é com Woods? Ele é mandão também? Parece quente.”
O rosto de Della ficou vermelho e ela riu. "Eu não vou contar nada para você, Jimmy", ela respondeu.
Jimmy levantou-se e esticou o lábio inferior. "E eu que sempre pensei que a fofoca feminina era travessa e divertida. Vocês estão me levando às lágrimas." Ele acenou com a mão de forma dramática para nós antes de se virar e seguir para a cozinha.
"Agora que ele se foi, eu gostaria de saber como é o sexo com o Rush e Woods", Bethy disse com um sorriso.
Eu balancei a cabeça e olhei para a porta, Grant veio caminhando sozinho. Parecia que estava imerso em seus pensamentos. Ele não tinha aparecido ultimamente e achei que era porque ele estava fora da cidade de novo. Algo parecia que estava lhe incomodando. Ele olhou para cima e seus olhos se encontraram com os meus. Um pequeno sorriso tocou seus lábios e ele piscou antes de caminhar e sentar-se a mesa sozinho.
"Grant está de volta à cidade para o verão. Mas, ele parece diferente." Bethy falou, aparentemente, pensando a mesma coisa que eu.
"Sim, ele parece desligado", eu concordei.
"Se você brinca com fogo acaba se queimando. Nan é de todo o pior tipo de cadela. Ela teve que foder com a cabeça dele. Eu ainda não consigo acreditar que eles estavam transando," Bethy sussurrou.
"Nan apareceu outro dia", eu disse, olhando de volta para Bethy e depois Della. "Ainda parece que ela me odeia."
Bethy bufou. "Quem se importa? Aquela puta".
Os olhos de Della se arregalaram e eu percebi que nós estávamos falando sobre pessoas que ela não conhecia. Isso era rude.
"Então, Della, eu sai e perdi toda a ação. Diga-me exatamente como você conheceu Woods? Foi aqui no trabalho?"
Della balançou a cabeça e sorriu.
"Não exatamente. Nós nos conhecemos em setembro... foi... tipo uma aventura de uma noite", disse com suas bochechas ficando rosa brilhante.
Isso ia ser mais suculento do que pensava. "Oh, isso soa divertido", respondi e me inclinei para ouvir o resto.
****
Nate já tinha tomado a mamadeira. A tia de Bethy, minha antiga chefe, Darla tinha concordado em tomar conta para que nós pudéssemos ir até o luau do clube. Era o pontapé para a temporada de verão e também somente para os membros. Rush não queria ir, mas Bethy tinha ligado e implorado a nossa presença. Eu me senti culpada por não ter tido tempo suficiente para ficar mais com ela, então o convenci.
Amanhã terei uma consulta médica e a paciência de Rush estava no limite. Ele estava esperando ir comigo, para então me atacar no estacionamento. O que eu não iria reclamar, mas não queria lhe dar ideia.
Grant tinha ligado para ver se íamos e também Woods. Ele queria saber se eu poderia ficar com Della, caso ele tivesse que lidar com algo durante o luau. Bethy também ficaria por perto se precisasse. Elas se tornaram amigas, o que só confirmou a minha crença de que ela seria uma boa pessoa. Bethy era exigente.
A fogueira era maior do que qualquer outra na praia, isso porque a cidade não podia controlar o que acontecia na propriedade do clube, assim era permitido fazer esse tipo de festa na praia, que era pública. Bethy disse essa era à festa "imperdível" da temporada. O que me pareceu bom. Rush e eu precisávamos sair.
"Tem certeza que não quer ir mudar de roupa antes de sair do carro", perguntou Rush, olhando para mim.
Franzi minha testa, quando olhei para minha roupa nova. Eu comprei na semana passada. Era uma saia de linho branco que ficava no meio da coxa e uma blusa amarela pálida de um ombro só que acabava perpassando a cintura da minha saia. Era algo que brilhava se eu levantasse meus braços. "Você disse isso em casa. Você não gostou?" Talvez meu corpo não estivesse pronto para usar algo como isso.
Rush agarrou meu queixo e segurou seu olhar com o meu. "Você está deliciosa, Blaire. Eu não gosto de saber que outros homens estarão olhando para você."
Oh. Bem, nesse caso. "Tenho certeza de que não vou mudar. Eu gosto quando você fica todo possessivo. Me deixa com tesão," eu disse a ele com uma piscadela enquanto abria a porta.
"Você está me matando, mulher", disse ele com um boom ao fechar sua porta.
Rush estendeu a mão e pegou a minha, enquanto caminhamos até a praia.
O sol já havia caído, mas o luau iluminava o nosso caminho quando chegamos até a metade da passagem. Bethy estava acenando para nós e pulando de cima pra baixo, assim que entramos na festa.
"Acho que ela quer que a gente fique com eles," Rush disse num tom divertido.
"Também acho", respondi.
Bethy já tinha bebido três doses quando chegamos. Jace revirou os olhos quando ela cambaleou para me abraçar. Ela cheirava a tequila.
"Ei, você está atrasada!"
"Não, eles não estão. Você só começou a tomar todas logo de cara e agora está bêbada demais para saber quanto tempo nós estamos aqui," Jace levantou-se do seu lugar. Ele também parecia um pouco irritado com ela.
Olhei em volta para Della, mas não a vi. "Onde está Della e Woods?" Perguntei a Bethy que sorriu para mim como se ela não tivesse ideia de que eu estava falando.
"Eu os vi um pouco atrás, mas Woods teve que lidar com alguns dos funcionários que estavam fumando maconha. Não sei o que aconteceu com Della", disse Jace.
Porcaria. Nós deveríamos estar cuidando de Della. "É melhor eu ir procurá-la", eu sussurrei para Rush.
"Vou com você. Não sei se quero você andando aqui sozinha", disse ele.
"Não. Apenas se sente e converse com Jace. Pegue uma bebida. Eu só vou dar uma olhada por aí e volto. Você não precisa vir comigo."
Rush franziu a testa e eu o empurrei na direção da cadeira livre ao lado de Jace. "Vá", pedi e olhei para a Bethy. "Vou procurar Della," disse a ela.
"Eu também! Eu quero ir também!" Bethy disse, levantando a mão como se estivesse na escola.
"Não... Sua bunda bêbada vai ficar aqui," Jace respondeu.
Bethy estendeu o lábio inferior e se sentou no colo de Jace. "Você não é divertido", ela reclamou.
Não esperei ela perguntar novamente. Virei-me e fiz meu caminho próximo ao fogo. Eu vi vários rostos familiares. Ganhei um abraço de Jimmy e conheci o cara que topou ter um encontro com ele naquela noite, mas ainda não tinha visto Della. Dei a volta e me dirigi até os limites do luau para ver se ela estava se escondendo na escuridão. Também não vi ninguém.
Eu comecei a dar meia volta e retornar para Rush, quando ouvi uma voz estridente gritando. Não era uma voz assustada, mais como se estivesse chateado com alguma coisa. Dei um passo mais perto do estacionamento e ouvi outra voz, definitivamente feminina e muito sulista tentando acalmar a outra voz. Olhei para trás na direção que deixei Rush, mas ele não me viu.
Voltei para o estacionamento seguindo as vozes. Cheguei o mais perto que pude para ouvir a conversa. Mas não havia mais ninguém no estacionamento. Então para onde eles foram? Fui até onde tinha estacionado o carro e parei.
"Não, por favor. Apenas, fale com Woods. Eu não fiz nada. Eu juro. Não, oh Deus." A voz suave estava com medo.
"Estou farta de falar com Woods. Você pegou o que era meu. Ele escolheu você. Chega... Ele pode ter você sua vadia idiota. Mas primeiro você vai pagar por ter tomado o que era meu." Um forte tapa e um grito de dor seguido das palavras dela. "Isso dói, não é, piranha? Você é uma idiota. Por que Woods pensa que você pode fazê-lo feliz, eu não sei. Mas ele vai aprender. O merda vai aprender a não se meter comigo”, disse a mulher com raiva de novo e outro grito de dor veio de quem agora eu sabia que era Della. Eu não tinha ideia de quem era à outra mulher, mas ela estava machucando Della. Pensei em chamar Rush, mas ela poderia machucar ainda mais a outra.
Eu não precisava de Rush. Eu não tinha certeza de quem era a psicopata, mas eu poderia lidar com ela. Enfiei a mão na bolsa e tirei a chave, abrindo a porta silenciosamente.
Deslizando minha mão sob o assento, peguei minha arma e garanti que a carga estava vazia, e então verifiquei a trava de segurança. Eu não tinha a intenção de atirar em ninguém. Não havia necessidade de que ele estivesse carregado. Eu só precisava assustar a agressora e, em seguida, chamar Woods.
Felizmente, ela não tinha machucado muito a Della.
Outro grito de Della me fez andar mais rápido. Eu segui as vozes próximas a um edifício. Eu vi a outra mulher pela primeira vez. Ela estava segurando Della pelos cabelos e a chamou de louca novamente. Ela tinha certeza que Della era maluca. Essa vadia estava me irritando.
Eu segurei a arma e apontei para a mulher antes de deixá-la saber que ela tinha companhia.
"Deixe-a ir", eu disse e percebi como a mulher se virou ainda segurando o cabelo de Della... que soltou outro soluço.
"Que porra é essa?" Disse a mulher, olhando para mim como se eu fosse a única que estava louca.
"Solte o cabelo dela e dê um passo longe," eu disse alto e em bom som, no caso dela não ter entendido.
Ela riu. "Você só pode estar brincando. Eu não sou idiota. Vá cuidar da sua vida e pare de brincar de As Panteras".
Soltei a trava de segurança e posicionei a arma. "Ouça piranha. Se eu quisesse poderia furar ambas as suas orelhas daqui sem estragar a merda do seu cabelo. Vá em frente e me teste." Eu mantive minha voz calma e fria. Eu queria que ela acreditasse em mim, porque realmente não queria ter que atirar nela para provar meu ponto.
Seus olhos se arregalaram e ela soltou o cabelo de Della. Do canto do meu olho, eu vi Della rapidamente se afastar.
"Você tem alguma ideia de quem sou eu? Eu poderia acabar com você. Sua bunda vai ficar na cadeia por muito tempo por isso”, ela rosnou, embora eu pudesse ouvir o medo em sua voz.
"Nós estamos no escuro e somos três. Você não tem um arranhão. Os machucados e as feridas de Della provam que será nossa palavra contra a sua. Eu não me importo quem você é. Só me parece que não é uma situação boa para você."
Ela se afastou para longe de mim um pouco mais, mantendo os olhos na minha arma. "Meu pai vai ouvir sobre isso. Ele vai acreditar em mim", disse ela com a voz trêmula.
"Bom pra você. Meu marido também vai ouvir sobre isso e ele, com certeza, vai acreditar em mim."
A mulher soltou uma risada com raiva e balançou a cabeça. "Meu pai pode comprar esta cidade. Você fodeu com a mulher errada."
"Sério? Tente de novo, porque agora você está olhando para uma mulher com uma arma carregada que pode atingir um alvo em movimento a qualquer hora. Então, por favor... Só. Tente. Novamente."
Della estava encolhida com os braços em volta dos joelhos enquanto continuava sentada silenciosamente nos observando.
"Quem é você?" Perguntou a mulher, pela primeira vez, me levando a sério.
"Blaire Finlay", eu respondi.
"Merda. Rush Finlay se casou com uma caipira com uma arma. Eu acho isso difícil de acreditar." Ela esnobou.
"Se fosse você, eu acreditaria, já que ela está segurando a porra da arma," a voz do Rush veio atrás de mim.
Os olhos da mulher se arregalaram. "Você está brincando comigo? Esta cidade é insana. Como todos vocês”.
"Você foi a única a bater em uma mulher inocente por causa de um homem e no escuro" Lembrei a ela. "Você é a única que parece louca aqui."
A mulher ergueu as mãos. "Tudo bem. Já chega disso. Vocês venceram", ela gritou e caminhou para o estacionamento. Eu baixei a arma e coloquei de volta a trava de segurança antes de entregá-la a Rush, e então corri para Della. Seus grandes olhos azuis estavam arregalados em descrença.
"Você realmente acabou de apontar uma arma para ela", ela perguntou com admiração na voz.
"Ela estava dando uma surra em você", lembrei. Ela escondeu o rosto entre as mãos e soltou uma risada trêmula.
"Oh meu Deus. Ela é louca. Eu juro que eu estava começando a pensar que ela ia me bater até eu ficar inconsciente. Fiquei pensando que ia desmaiar e ela realmente iria me machucar." Ela olhou para mim. "Obrigada."
Estendi a mão para ela. "Você pode se levantar? Ou prefere sentar aqui mais um pouco, enquanto eu chamo Woods?"
"Eu quero me levantar. Eu preciso me levantar", disse ela.
Eu a ajudei. "Você tem um telefone?"
Ela assentiu com a cabeça e tirou um do seu bolso. Esperei enquanto ela discou para Woods.
"Ei".
"Na verdade, não, não realmente. Eu tive um incidente com Angelina".
"Não... não... ela se foi. Uh, Blaire apareceu e... deve ter assustado ela.”
"Blaire ainda está aqui com o marido dela."
"Atrás do edifício-garagem."
"Ok. Eu também te amo.”
Ela desligou e olhou para mim através de cílios grossos. "Ele está a caminho."
"Bom. Vamos esperar com você." Eu abri minha bolsa e tirei um pacote de lenço umedecido. Eu era uma mãe agora, então tinha isso comigo a todo o momento. "Você quer limpar o sangue de seu lábio antes dele chegar aqui e ir atrás de Angelina?"
Della acenou com a cabeça e pegou o lenço da minha mão. "Obrigada."
Eu me virei para olhar para Rush que estava me observando, mas até agora não tinha falado muito. Dois faróis apareceram pela estrada, logo brecando ao lado de onde estávamos. Woods pulou da caminhonete e veio correndo até onde eu estava com Della.
"Droga", ele gritou puxando-a em seus braços. "Deus, baby, eu sinto muito. Ela vai pagar por isso", assegurou ele, enquanto suas mãos corriam sobre ela verificando se ela estava bem.
"Está tudo bem. Acho que Blaire a assustou", Della disse contra o peito dele.
Woods olhou para mim e fez uma careta. "O que Blaire fez?", perguntou Woods.
"Ela apontou uma arma para ela e a ameaçou furar suas orelhas", disse Della.
Woods levantou uma sobrancelha. "Então, Alabama puxou a arma de novo? Obrigado, Blaire", disse ele antes de beijar a cabeça de Della e sussurrando em seu cabelo palavras que foram feitas para ninguém a não ser ela.
"Fiquei feliz em encontrá-las. Você precisa fazer algo sobre essa mulher, ela é uma piranha maluca", eu disse antes de virar e caminhar de volta para o Rush. Ele enfiou a mão na minha cintura e me segurou contra ele.
"Obrigada", Della falou novamente.
"Não há de quê", respondi e depois Rush e eu voltamos para o estacionamento.
"Não vou ser capaz de esperar até amanhã. Você estava incrível quando virei à esquina e você estava lá como uma poderosa segurando uma arma contra Angelina. Eu acho que posso ter gozado no meu maldito jeans quando você disse a ela que podia furar as orelhas dali. Vou foder essa pequena buceta doce hoje à noite.”
Eu tentei morder o lábio para não rir, mas não consegui.
Rush sorriu. "Fico feliz que você concorda que não há mais porque esperar. Estou pronto para me perder no meu céu de novo."
Eu parei de andar e fiquei na ponta dos pés para beijar sua bochecha. "Eu te amo, Rush Finlay".
"Foi bom eu não deixar a sua bunda sexy ficar muito longe de mim de novo."
"Quão longe é longe demais?" Eu perguntei.
"Tudo é muito longe. Mas eu quero você aqui ao meu lado... para sempre."
Abbi Glines
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