Biblio VT
Capítulo vinte e um
MILLER
Seguro o colar na mão caminhando em direção aos vestiários. Sei que Sanchez já está lá. Seu carro está no estacionamento junto com Em.
Depois da noite passada, não sei o que pensar. Mas sei que não posso continuar assim, constantemente a cobiçando, quebrando regras de amizade e todos os outros códigos de homem só porque ainda estou apaixonado por ela.
E essa é a parte que me mata.
Torce dentro do meu peito até que quero gritar.
Ela nunca me deixou.
Eu acredito nela.
O que significa que se tivesse tentado mais, se não deixasse minha tristeza e raiva ultrapassarem o senso comum, teríamos sido mais que amigos.
Mais do que estranhos que costumam sair nos fins de semana e assistir filmes até quatro horas da manhã.
Nós adormecemos sob as estrelas; ela tremia em meus braços e me prometeu que seríamos amigos para sempre. Foi onde nossos colares da amizade entraram. Eu comprei como uma piada.
Mas na hora que prendi a corrente no pescoço, ela explodiu em lágrimas se jogou em meus braços, apertando meu corpo tão forte que doeu respirar. Soube naquele momento que nossa amizade não era normal. O vínculo que sentimos um pelo outro é extraordinário.
Eu jurei nunca tirá-lo.
E, sem ser nos jogos, eu não tirei.
A noite que ela me deixou, o joguei no meu armário e gritei.
Mas nunca tive coragem de jogá-lo fora.
Poucos passos depois, estou no vestiário barulhento, o cheiro de equipamentos e Icy Hot enchendo minhas narinas quando caminho pelo pelo corredor.
Sanchez tem seu capacete na mão direita e está encostado na parede, falando com Emerson, mas sem tocá-la.
Tocar certamente o levaria a falar com treinador.
Já comecei a notar os treinos cada vez mais intensos e a última coisa que qualquer um de nós precisa é uma distração. Esperei a comissão técnica dizer algo sobre festejarmos com as líderes de torcida, mas eles realmente fecharam os olhos.
Acho que é o que acontece quando ganha dois títulos nos últimos três anos.
Você aguenta todos os tipos de merda já que ganhou.
“Meu homem!” Sanchez acena para mim. “Será que minha garota disse que se divertiu no chuveiro?”
O rosto de Emerson fica vermelho. “Seu idiota! Eu não disse!” Ela bate no peito dele.
A risada de Sanchez é contagiante. “Então por que mais você esteve lá noite passada por mais de meia hora? Maldita mulher. Nem sequer deixou-me acompanhar.”
Tento manter o sorriso no lugar.
Eu mandei mensagens para ela.
Merda, preciso parar.
Mas mesmo que meu cérebro logicamente explique com detalhes vívidos todas as razões para ser uma má ideia ficar amigo dela e manter distância, meu coração maldito pula de alegria quando a vejo.
Droga.
“Parece que terminou a noite com uma boa nota, Sanchez.” Luto como o inferno para continuar sorrindo. “Fez a garota gozar, não?”
“É por isso que te mantenho perto. Você é inteligente.” Sanchez pisca para Em e me dá um aceno de aprovação.
“Sanchez!” O treinador grita. “Traga seu traseiro aqui. Não me faça chamar duas vezes.”
“Isso seriam três, treinador.” Sanchez sorri. “Não que eu esteja contando.”
“Agora!”
“Filme a noite.” Ele rouba um beijo de seus lábios, meus lábios e, em seguida, olha por cima do ombro. “Deveria vir também. Pode ajudar a manter minha masculinidade intacta desde que estou a deixando escolher.”
Não é minha função dizer que ela odeia comédias românticas e seu favorito é ação, então simplesmente dou de ombros e digo: “Sim, talvez.”
Ele fica de costas para mim e Em enquanto conversa com o treinador.
Os olhos azuis de Em prendem nos meus.
Eles estão brilhantes.
Mas um pouco vermelhos.
Ela chorou ontem à noite.
Apostaria nisso.
“Quer fazer isso?” Sussurro.
Ela arregala os olhos brevemente antes de piscar e assentir, desdobrando os braços e deixando-os cair. “Sim.”
“Bom.” Fechamos os olhos e então pego sua mão. Dou um passo em sua direção, ela agarra a mão e a esconde atrás das costas, em seguida, coloca meu colar contra a palma dela. “Acho que você me deve cookies.”
“Você realmente guardou.” Nossas mãos pressionam uma contra a outra de forma tão intensa que sinto a marca do coração de metal cavando na pele.
Apenas assim e as coisas mudam para um lugar que nunca imaginei estar.
A respiração dela passa de calma para irregular enquanto encosta a mão até que sua bunda está a tocando, e a outra mão segura minha coxa. Se alguém olhar, pensará que simplesmente estamos conversando.
Mas meu corpo está em chamas.
“Acho que sim.”
“Gosto de chocolate,” sussurro.
“Eu lembro.” Ela suspira.
Solto a mão dela. “Tenha um bom treino.” Sinto a perda tão violentamente que tenho que flexionar os dedos.
Seus olhos procuram os meus. “Amigos, certo?”
“Amigos,” minto.
Ela sabe disso.
Eu sei.
“Yo, Miller!” Sanchez chama. Já estou a uma distância segura de sua menina, mas não importa se estou a cinco ou cinquenta metros. Eu a sinto.
E talvez esse seja o problema.
Eu sempre a sinto.
Mesmo quando pensei que ela me rejeitou, a senti a cada respiração, cada batida de coração e deixei me alimentar com ódio por ela.
Mas agora? Agora ela está tão perto e ainda não é minha.
“O que quer que significa essa expressão.” Sanchez me olha. “Deixe no campo, entendeu?”
“Sempre,” digo colocando meu capacete e correndo atrás dele.
Nunca soube que me tornei o tipo de homem que não só mente para meu melhor amigo, mas também para os companheiros de equipe, e pior de tudo, para si mesmo.
Luxúria é algo terrível, feio e imbatível.
E estou me afogando nela.
Capítulo vinte e dois
EMERSON
Estou uma pilha de nervos.
Entre me sentir culpada pelas mensagens de Miller ontem e meu coração em guerra com a mente sobre o fato de que estou beijando Sanchez, tenho que me pesar.
O manual diz que cada pesagem será uma surpresa.
Graças a Deus ontem à noite não comi nada; que faz parte do plano da alimentação das garotas Bucks.
“Está me deixando nervosa. Pare de se contrair,” Kinsey diz atrás de mim. “Você vai ficar bem. O pior que pode acontecer é ganhar alguns gramas, receber um aviso e te fazerem perdê-las antes do próximo jogo, o que significa apenas um monte de shakes de proteína e desidratação. Não vai ser chutada.”
“Uau, jura? Isso soa incrível!” Disse com falso entusiasmo. Sei o que fazer. E desidratação é basicamente a única maneira de uma mulher perder peso rápido sem passar fome. Será uma semana e meia de brócolis, frango sem sal e pequenas quantidades de água.
Após a última tentativa falhar, jurei a mim mesma que não faria isso com meu corpo novamente.
Mas agora, a tentação está lá, de ser a garota que se apavora com cada pedaço de comida que passa por seus lábios.
“Sério,” Kinsey assovia. “Se não parar de saltar, vou perder a cabeça! Eu bebi cerveja noite passada!”
“Você é tipo a metade do tamanho zero!”
“Isso é um exagero total e sabe disso. Sou um seis.”
“Sou literalmente mais que o dobro, então, desculpe por estar um pouco assustada!” Digo entre dentes.
“Você é forte,” Kinsey aponta. “Você tem músculo, tem curvas, e está linda, tudo bem? Eu mataria para ter sua bunda e quadris!”
Meus ombros caem.
“Vá em frente.” Ela me chuta na bunda.
“Ei!”
Treinadora Kay olha sua prancheta. “Emerson Rodner.”
Sinto-me mal do estômago enquanto caminho lentamente para a margem, onde os treinadores têm duas balanças. Balanças reais para nos pesar. Passamos nas duas, o que faz com que seja muito pior. Peso em torno de oitenta e seis quilos e a garota ao meu lado tem a metade do meu tamanho mais uma maçã.
Encolho-me ao subir na balança e espero que a minha treinadora balance a cabeça ou pelo menos alguém faça um comentário sarcástico sobre como a balança rangeu sob meu peso.
“Obrigada.” A treinadora Kay dá um sorriso e chama o nome seguinte.
É isso?
Apavorei-me por nada?
“Emerson,” A treinadora chama meu nome, “Um minuto?”
Paro de andar, quase vomitando meu cereal e espero.
“Vire-se,” ela diz suavemente.
Conheço o olhar de pânico de Kinsey quando ela anda para a frente e para a balança, só para ter a treinadora anotando seu peso e pedindo para ela esperar também.
Oh grande, agora estou com problemas.
“Emerson.” A treinadora deixa escapar um suspiro de frustração. “Você não ganhou peso, mas o olhar em seu rosto me diz que estava preocupada de ter feito. Pode me dizer por quê?”
Merda. Não quero dizer exatamente que é porque o cara que estou vendo me forçou a comer chocolate ou que o outro cara—você sabe, o que não estou vendo, mas mandou mensagens durante a noite— me fez comer McDonald. Abro a boca e fecho.
“É aquela época do mês,” Kinsey diz suavemente. “Sabe que temos a tendência de inchar e eu, uh, posso ter dado meu chocolate, de modo que ela não matou ninguém no treino hoje.”
“Ok.” A treinadora olha para nós. “Quero vocês saudáveis, mas precisam cumprir as regras, comer pelo menos seis refeições saudáveis e beber ao menos um litro de água por dia, entendeu?”
“Sim,” falamos em uníssono.
“Bom.” A treinadora me dá uma última olhada antes de acenar para Kinsey. “Você ganhou algumas gramas, mas fica bem em você.”
Ela se afasta.
A mandíbula de Kinsey quase toca o chão. “Ela acaba de dizer que ganhei algumas gramas?”
“Esqueceu que ela também disse que ficou bom em você.”
Kinsey olha para trás, em seguida, fez um pequeno círculo.
“Whoa, o que está fazendo?”
É sério ela parece um cão perseguindo a cauda. “Tentando ver se finalmente tenho uma bunda!”
Começo a rir, em seguida, cubro o rosto quando algumas garotas nos dão olhares desagradáveis. “Você quase tem uma bunda, Kinsey.”
“Sim!” Ela pula para cima e para baixo e, em seguida, mostra a língua quando uma das meninas revira os olhos para nós.
“Não leve isso como pessoal,” sussurro. “Eu a vi olhando um cookie no outro dia antes de jogá-lo no lixo.”
“Não!” Kinsey bate o pé. “Que desperdício! Acha que ele ainda está lá?”
“Você não pode pegar coisas do lixo.”
“Não agora eu não posso, mas poderei. Mais tarde. Após o treino. Gosto de sair com você, sabe.” Sua voz suaviza. “Prefiro ter um traseiro do que jogar fora comida. No ano passado fiquei muito preocupada com o que as pessoas pensariam. Nenhuma das meninas ia a festas com a gente, então as meninas novatas eram legais até Lily e algumas das outras ter as garras nelas e agora são tão mal-humoradas e chatas quanto todas as outras.”
Envolvo o braço nela. “É bom que tem a mim.”
“Sim.” Ela sorri. “Coisa boa.”
“Morte por...” A treinadora grita. "Flexões. Vão!"
Gememos caindo no chão.
A vitória é de curta duração, mas a boa notícia é que estava tão preocupada com a pesagem e depois com fazer flexões suficientes para matar uma pessoa que não foquei em Miller ou o fato de que me senti emocionalmente traindo Sanchez, mesmo que não tenhamos dormido juntos ou até sequer dito que estamos juntos.
Imagine isso. Flexões e nervosismo são a única maneira de me distrair da minha dramática vida.
“Chuveiro!” A treinadora grita. “E cancelamos o treino desta noite. Bom trabalho, meninas. Lembre-se, só temos uma semana antes do primeiro jogo contra os Pilots!”
A antiga equipe de Miller.
Meu corpo doí quando sigo Kinsey para o vestiário e começo a me despir; normalmente odeio tomar banho na frente das outras meninas, mas hoje estou muito suada para me importar.
Todas falando param no minuto em que jogo minhas roupas no chão.
Consciência arrepia minha espinha enquanto lentamente viro para ver as meninas sussurrando e apontando.
Kinsey rosna em sua direção, em seguida, acena para mim. “Supere. Nem todo mundo tem quadris assim. Além disso, você tem Sanchez. Elas estão apenas chateadas porque ninguém foi capaz de ficar com ele desde Jacki.”
Jacki? É a mulher que ele falou na noite anterior?
Quando Miller nos pegou beijando.
Engulo em seco. Se soubessem de Miller também.
“E não esqueça o jeito que Miller te olha,” ela acrescenta.
Congelo.
“Está tudo bem.” Ela pisca. “É nosso pequeno segredo. Embora tem que me dizer que raios de perfume usa para atrair não um, mas dois homens desse calibre.”
“Ter seu irmão vindo atrás de mim e desfrutando do meu corpo?” Tento aliviar o clima pegando a toalha e indo para o chuveiro. Kinsey e sua bunda magra me seguem.
“Hah!” Ela liga ambos os chuveiros enquanto penduro a toalha. “Jax não pode fazer essa merda e ele sabe. Ele está tão focado em mim não dormir com ninguém que não namora faz anos.”
“Talvez devêssemos prepara-lo.”
“Ninguém vai pegar ele, confie em mim.” Ela ri e joga a cabeça para trás. “Ele finge ser chato de propósito, especialmente com o que gosta de chamar de território proibido... e então ele as verifica se pedirem para voltar a sua casa. Seu último encontro perguntou quanto ele ganhava.”
“Isso é horrível!”
“Ele é rico, o que significa que atrai as loucas.”
“Hmm.”
Terminamos de tomar banho em silêncio e saímos do vestiário só para ver que nossas bolsas sumiram.
Ambas.
“Oh não!” Engasgo, quase deixando cair a toalha. O colar está na bolsa; é mais sobre isso do que minhas roupas.
“Essas cadelas!” Kinsey grita. “Estamos no ensino médio agora?”
“O que fazemos? Ir para casa de toalhas?”
“Não,” Kinsey rosna. “Temos que ir ao vestiário dos rapazes e as encontraremos.”
Meus olhos se arregalam. “O que te faz pensar que vou lá dentro?”
“Porque dois anos atrás comecei a tradição de trote com as meninas novas e fazê-las ter a caminhada da vergonha no vestiário dos homens. Mas não se preocupe. Eles ainda estão treinando. Era mais sobre elas seguindo a liderança.”
“Ótimo, Kinsey,” digo com os dentes cerrados. “E agora as coisas mudaram.”
“Para ser justa, você é uma novata.”
“Você é a capitã.”
Ela parece pronta para brigar com alguém. “E esta capitã vai chutar traseiros amanhã de manhã, mas por agora, precisamos pegar nossas coisas antes dos caras estarem lá.”
“Certo.”
Vozes masculinas soam no corredor.
Trocamos olhares de horror antes de avançar para o corredor de ligação e outro lado da sala para o vestiário masculino.
E nós duas tropeçamos numa parada quando Jax fica na frente, um olhar de pura fúria no rosto sexy. “Kinsey,” ele retruca. “Emerson.”
“Nós, uh...” Engulo em seco. “As meninas esconderam nossas bolsas.”
“Então sugiro que pegue antes do resto da equipe entrar!” Ele abre a porta do vestiário e empurra-nos para dentro.
Deslizo pelo chão, quase batendo meu corpo contra um dos bancos enquanto meus olhos procuram, minha bolsa azul e a verde de Kinsey.
“Achei a minha!” Kinsey grita de algum lugar no vestiário.
“Procurando algo?” A voz profunda de Sanchez faz um arrepio correr por minha espinha.
“Clássico, Emerson,” Miller junta-se.
Deixo escapar um gemido de frustração e, lentamente, viro para enfrentá-los, cada um segurando uma alça da minha bolsa, sorrisos estúpidos nos rostos lindos.
“Foi uma brincadeira,” digo defensivamente. “Agora me deem a bolsa.”
Eles empurram de volta. “Não sei, Sanchez.” Miller dá de ombros. “Quero dizer, teremos algo em troca?”
“Gratidão?” Digo com a voz suplicante quando vozes de mais homens começam a soar através do corredor. Estou correndo contra o tempo e não quero que o resto da equipe me veja com apenas uma toalha!
“Não.” Sanchez lambe os lábios. “Mas Miller mencionou algo sobre. . . O que era, Miller?”
“Cookies.”
“Sim, cookies.” Sanchez estala os dedos.
“Molhados,” diz Miller, sabendo que odeio a palavra quase tanto quanto odeio balança. “Molhados...” Ele só repete enquanto Sanchez tentou não quebrar. “Cookies.”
“Hum.” Sanchez lambe os lábios e depois chupa um dedo. “Quase posso provar o chocolate agora.”
“Ele derrete...” Os olhos de Miller brilham. “Todo o caminho até seu—”
“Gente!” Jogo uma mão no ar. "Vamos! Realmente querem que seus companheiros de equipe me vejam de toalha?”
Sanchez faz uma careta enquanto Miller deixa escapar um “Porra, não.”
“Farei os cookies! Hoje à noite, prometo!”
“Legal fazer negócios com você.” Sanchez toma a bolsa de Miller e entrega para mim. “Agora corra!”
A porta abre. “Merda, ela não vai conseguir.” A voz de Miller soa e então ele está gritando com Sanchez, “Distraia-os!”
“Não entre!” Sanchez faz um pequeno círculo. "EU... hum, estou nu?”
“Cara, eles te vêem nu o tempo todo! Pense em algo melhor!”
“Estou tentando! É muita pressão!”
“Depressa!”
Estou atrás de Miller esperando quando Sanchez grita: “Eu vomitei por todo o chão! É verde!”
Começo a rir, enquanto Sanchez me dá um olhar que teria normalmente me feito estremecer.
“Vá!” Ele aponta para a outra porta.
Miller pega minha mão e me puxa todo o caminho através do corredor e de volta para o vestiário das meninas em menos de dois minutos.
As luzes estão apagadas.
Nossos peitos arfam.
E posso jurar que ouço meu próprio coração quando o calor de seu corpo invade meu espaço, envolvendo-se em mim.
“Você está bem?” Sua pergunta áspera é como acender um fósforo na escuridão, me fazendo inclinar para ele quando sei que não tenho que fazê-lo.
“Sim,” resmungo. "Obrigada."
Ele passa a mão pelo meu ombro nu e, em seguida, brinca com a frente da minha toalha. Prendo a respiração quando seus dedos puxam o material. “Você não quer saber o que estou pensando agora.”
Ele estremece.
Engulo em seco, com muito medo de me mover.
Sua voz abaixa. “Você não tem ideia do quanto quero tirar isto de você.”
“Isso não importa. Não pode me ver no escuro.”
“Tenho uma memória muito viva.”
Respiro fundo.
Ele solta uma maldição e se afasta. “Vejo você esta noite, Em.”
“Ok.” Decepção me atinge e depois culpa. "Esta noite."
“Traga meus cookies molhados, amiga.”
Rio. “Diga molhado novamente e contarei do colar.”
"Combinado."
Espero ele sair. E na escuridão, fecho os olhos e tento acalmar a respiração antes de finalmente acender as luzes.
Capítulo vinte e três
MILLER
Meus dedos formigam o resto do dia por causa da maldita toalha. Tento controlar, apenas para perder tudo de novo quando chego ao apartamento de Sanchez e vejo a bunda mais linda no ar, diretamente em frente do forno.
Ela balança para frente e para trás com a música bombando através do sistema de som e o cheiro de biscoitos enche o ar.
Quase tenho um ataque cardíaco quando Emerson fica de pé, luvas de forno e tudo e dá outra pequena rebolada antes de deslizar a bandeja de biscoitos na bancada de granito.
“Aproveitando o show?” Ela diz por cima do ombro.
Congelo, chateado ao sentir minhas bochechas aquecerem. “Sabia que eu estava assistindo?”
“Você anda alto.”
"Besteira. Sou uma pantera!”
“Claro.” Ela ainda não me olha. “Uma pantera de cento e treze quilos com um pé tamanho quarenta e seis. É incrível como desliza para dentro da sala.” Com uma risada, ela começa a mover os biscoitos com as mãos. “Você acha que flutua. Você anda. Confie em mim. Posso sentir as vibrações através do chão.”
Reviro os olhos e pego um biscoito. Ela me dá um tapa com a espátula, pedaços de seu cabelo loiro caindo sobre o rosto sujo de farinha.
“Que diabo, mulher!” Esfrego minha mão. Não doeu, mas ainda assim.
“Não.” Ela enfia a espátula na minha cara. “Não até Sanchez voltar da loja. Ele só tinha o suficiente para eu fazer uma assadeira de cookies.”
Tento esgueirar minha mão para perto da assadeira de novo; meus dedos quase tocam o chocolate antes de eu ganhar outro tapa. “Merda, isso dói!”
“Miller, eu falei sério!”
“Não somos monstros. Não é como se fôssemos comer tudo.”
Suas sobrancelhas sobem. "Mesmo? Porque na escola lembro que comia duas dúzias sozinho e, em seguida, escondia o resto em seu travesseiro.”
“Ok, em primeiro lugar...” Apoio minhas mãos no balcão. “Eu era um menino crescendo e precisava de proteína.”
“Totalmente sem proteína, mas continue.” Ela acena com a espátula para mim.
Pego-a de sua mão e aponto para seu rosto. “Em segundo lugar sabe que eu costumava ter fome no meio da noite e por que andar todo o caminho até embaixo quando meu travesseiro tinha lugares especiais para esconder comida?”
Ela empurra a espátula para longe de seu rosto e coloca as mãos nos lindos quadris. "Miller! Você fez sua mãe costurar um bolso de lanches em seu travesseiro! Isso não é como eles realmente são!”
Sorrio presunçosamente. “Melhor ideia que já tive.”
“Ela estava cansada de você acordar todos com seus passos pesados subindo e descendo as escadas. . . subindo e descendo. . . choramingando: 'Mãe, estou com fome!'”
Ela imita perfeitamente minha voz.
“Você acabou?” Eu cruzo os braços.
“'Mãe! Onde está meu frango!'” Ela ri. “'Mãe! Estamos sem leite de novo!”
Lentamente, Em recua. Ela sabia o que está por vir.
Olho-a e silenciosamente levanto um dedo, depois dois, depois três.
Ela grita.
E eu corro.
Eu sempre corro.
Com um rugido, envolvo os braços em seu corpo e levo-a de volta para a cozinha, pronto para fazer o que for necessário para ter um gosto.
Do cookie.
Não dela.
Oh inferno, talvez de ambos.
Uma imagem muito vívida de Emerson coberta de chocolate passa por minha cabeça quando a coloco no chão e prendo contra a bancada, “Cookie para mim.”
“Não.” Seu peito arfa.
"Sim."
"Não."
“Posso fazer isso todo o dia, Em.”
“Um.” Ela levanta um dedo. “Você pode ter um gosto, mas é isso e não conte a Sanchez porque jurei que o esperaria. O pobre rapaz correu pelo corredor, Miller. Ele quase quebrou o botão do elevador.”
“O homem deve amar seus cookies,” Digo asperamente.
“Nunca pensei que haveria dois caras igualmente obcecados com sua existência,” diz ela sem fôlego.
“Vai só me olhar ou provar?” Seu sorriso some enquanto seus olhos correm para minha boca e de volta.
“Provar”, sussurro, roçando lentamente sua bunda ao contornar seu corpo e pegar um biscoito quente. Levo-o aos lábios e dou uma mordida, em seguida, estendo para ela.
Ela balança a cabeça. “Acho que tenho mais prazer em te assistir comendo do que em realmente comê-los.”
“Então assista a distância.” Termino o cookie e estou lambendo os dedos e em seguida seu polegar toca o canto da minha boca.
Minha língua encontra seu dedo.
Ela não se afasta.
Mesmo sua pele é gostosa.
“Você, hum, tem gosto de chocolate.” Ela engole em seco e desvia o olhar.
Tomou cada grama de controle no meu corpo para não beijá-la, colar minha boca na dela e ter um sabor real.
“Se algum de vocês comeu um cookie, está morto para mim!” A voz de Sanchez aumenta antes da porta abrir.
Destruindo todas as evidências, reorganizo os cookies e pisco para Em antes de Sanchez aparecer na cozinha.
Ele olha a forma, então eu e novamente a forma. “Você comeu um.”
“Eu fiz.” Engulo em seco. “E então fui agredido com uma espátula. Cuidado com ela.” Aponto um dedo na direção de Em. “Ela é violenta como o inferno.”
“Ah, minha mulher se zangou por um biscoito roubado?” Sanchez brinca, puxando-a para seus braços.
Meu peito quebra.
Meu estômago revira.
Cerro os punhos e tento desviar o olhar, mas é impossível. Eles estão bem na minha frente. Ele toca seus lábios, então suspira contra seu corpo e me prova mais uma vez que ela não é minha.
E a parte doente é que tenho certeza que ele não está fazendo isso de propósito, ele apenas não pode se impedir.
Conheço o sentimento, Jesus. Ele me assombra cada segundo de cada dia.
“Vamos comer cookies ou preciso deixá-los a sós por um tempo?” Provoco.
“Cookies primeiros. Sexo depois.” Sanchez assente.
Emerson engasga.
“Um homem com prioridades.” Balanço a cabeça, tentando esquecer o mal estar no meu estômago. "Gosto disso."
Ele faz um gesto para eu me servir.
Aceito.
E tento não vomitar quando pego outro biscoito e enfio na boca para me manter ocupado. Para me manter são.
Ou como os biscoitos ou faço algo estúpido como apostar minha reclamação baseada no fato de que a coloquei anos antes dele.
Mas o presente não conta para o passado.
Não mais.
E concordamos em esquecer.
E sei que tenho duas escolhas. Posso evitá-los como a peste e perdê-la para sempre.
Fecho os olhos quando Em devolve seu abraço de urso.
Escolhas fodidas.
Evitar.
Ou viver na mentira?
Escolho viver na mentira.
Capítulo vinte e quatro
EMERSON
Meu peito doí.
Sou capaz de engolir uma metade do cookie com um gole de leite, e é só. Nós assistimos Jason Bourne. Estou sentada entre dois dos caras mais sexys do planeta enquanto eles discutiam sobre terrorismo cibernético e jogam biscoitos na TV.
Foi perfeito.
E foi um inferno.
Como é possível sentir tais emoções conflitantes? Sanchez envolve o braço em mim e me segura perto, mas uma parte da minha coxa ainda toca Miller e sei que ele sente porquê de vez em quando se move e a tortura recomeça.
Se ele está sentindo sua coxa musculosa através do jeans...
Ou o roçar de seus dedos quando me entrega o cobertor...
Mas ele se mantém fiel à palavra de ser meu amigo; se alguma coisa, sou a única tendo um colapso nervoso enquanto ele conversa completamente casual enquanto Sanchez segura minha mão e brinca com meus cabelos.
E estaria mentindo se dissesse que ter a atenção de Sanchez não é gostoso. Eu gosto. Ele não é o que eu esperava. Quer dizer, ele é arrogante como o inferno, mas depois de vê-lo jogar e ver a maneira como comanda no quarto, faz sentido. Não há realmente uma chance dele ser de outra maneira.
E funciona.
É cativante e, pelo menos comigo, sei que embora ele brinque, ainda há uma linha que não está disposto a atravessar, pelo menos não ainda.
Se qualquer coisa, parece que ele está me provando ou talvez a si mesmo de que é capaz de mais do que um caso de uma noite. Ainda não perguntei a ele sobre Jacki, não tenho certeza de que quero mesmo saber, além de não ser da minha conta, certo?
Uma vez que o filme termina, Miller dá um soco no ombro de Sanchez e, em seguida, me dá um toque aqui porque, em seu livro, sou muito delicada para dar um soco.
Realmente, é só porque suas mãos são enormes e as minhas tão pequenas que machucarei os dedos! O que, é claro, digo defensivamente, só para ter os dois rapazes me provocando pelos próximos dez minutos, enquanto fico lá e aceito.
A limpeza é mínima e leva cerca de trinta minutos. Estou exausta tentando manter meus sentimentos em cheque e meu foco no cara que realmente importa para mim, o cara que não me quer apenas porque me teve primeiro. Faço uma careta. É uma avaliação potencialmente injusta de Miller, mas é tudo que tenho.
“Emerson?” Sanchez chama vindo pelo corredor com nada além das calças jeans de cintura baixa e um sorriso reservado para a única outra pessoa no cômodo: eu. Seu corpo musculoso é tão firme que estou com medo de começar a hiperventilar.
Ele tem algumas tatuagens no braço direito que se estendem até o abdômen.
Lambo os lábios.
“Cuidado, Curves.” Seu tom é de alerta. “Se lamber, terá que manter.”
“Quem disse que não vou te manter?” Caminho lentamente em sua direção.
Seus olhos estreitam. “Alguns dizem que não posso ser domado.”
“Quem falou em domar?”
Seu olhar suaviza. “Não te mereço.”
“Não diga coisas como essa, por favor.” Tenho que desviar o olhar para que ele não veja a vergonha em meus olhos. A vergonha com que vivo. A culpa que me esmaga. Eu quero ser sua. Quero pular em seus braços e dar-lhe tudo, mas seria mentira.
E me pergunto se ele é perspicaz o suficiente para saber disso.
“Vem comigo.” Ele pega minha mão e me guia para o quarto principal, em seguida, suavemente me empurra para dentro.
Consciência me domina quando ele agarra meus quadris por trás e me puxa contra seu corpo claramente excitado.
"Quero você. Na cama.” Ele sussurra em meu ouvido, em seguida, seus dentes seguram o lóbulo da minha orelha enquanto sua língua o contorna antes de falar novamente. “Mas quero que venha para mim, está bem? Sem sedução da minha parte. Agora me ouça, Curves. Você entra nesse quarto e isso significa que você é minha. Sem dividir.”
Balanço a cabeça, não confiando em minha voz.
“Sem volta.” Ele aperta minha bunda até a dor se misturar com prazer quando seus dedos se movem, e depois com a outra mão, ele puxa meu rabo de cavalo até que minha cabeça está inclinada para trás o suficiente para ele me dar um beijo punitivo. “Entendeu?”
Gemo contra seu beijo e minha língua desliza na sua.
Com um grunhido, ele se afasta e pragueja.
Sinto suas mãos pressionando meu corpo em todos os lugares.
E nesse momento, eu quero mais. Quero ser a garota de quem ele fala, a única que pode atravessar o limite e dar livremente o que ele quer.
Mas não sou essa garota. Ainda não. Eu quero ser. E talvez esse seja meu primeiro minúsculo passo para finalmente ser livre do passado, dos danos causados anos atrás, quando liguei para Miller e seu número tinha mudado. Pretendia contar que minhas suspeitas estavam corretas.
Eu carregava seu filho.
Capítulo vinte e cinco
MILLER
Jogo 1
Pilots vs Bucks
Terra natal
Equipe favorita: Bellevue Bucks
“Você está pronto?” Jax grita no meio do círculo.
Ele está falando comigo. Eu sei. A equipe sabe. Os Pilots foram a primeira equipe em que estive, mas nada poderia ter me preparado para a irmandade que sinto com os Bucks. Estou em casa. E lutarei até a morte. É incrível o que um bom treinador e uma equipe trabalhadora fazem por você. Estou animado para jogar contra meu ex time só porque sei que estou na melhor equipe, não apenas porque eles têm o dinheiro para comprar bons jogadores, mas porque os jogadores suaram suas bundas para serem os melhores e não saírem.
“Você sabe que estou pronto!” Grito de volta.
“Bucks, Bucks, Bucks, Bucks!” Cantamos quando Sanchez fica no meio do amontoado, jogando o capacete no ar uma última vez antes de terminar com um grito de “Buck!”
Adrenalina atravessa meu sistema e estou quase tonto quando sigo meus companheiros de equipe para o campo.
O estádio está lotado. Luzes brilham em todas as direções e à minha direita, avisto um rosto familiar.
Emerson, usando a mais sexy roupa de torcida que já vi. Desvio o olhar. Eu preciso.
Porque tenho um zagueiro para proteger...
Uma multidão para conquistar...
E um jogo que preciso vencer.
“Está nervoso?” Sanchez corre ao meu lado e me acerta com o capacete.
Chegamos ao estádio mais cedo nesta manhã. Corri no campo, como de costume com minha música, sentindo a grama entre os dedos e fechei os olhos enquanto imaginava cada jogada possível.
Estou pronto.
“Nossos fãs estão quebrando a barreira do som”, brinco.
Os fãs do Bucks são notórios por sua intensidade ao ver as equipes visitantes ter um impedimento ou perderem faltas, é quase divertido. Não foi engraçado no ano passado quando aconteceu de nós sermos a equipe adversária, mas agora estou grato que minha nova torcida faz de seu trabalho ser uma parte do jogo.
Como um jogador a mais em campo.
Isso é quão leal eles são.
E eu sou, finalmente, uma parte disso.
“Não.” Sorrio para os fãs gritando com seus rostos pintados e sinais coloridos. "Nem um pouco."
“Bom.” Sanchez acenou em aprovação. “Porque os jogos da pré-temporada foram brincadeira de criança comparados a isto.” Ele fecha os olhos e, em seguida, abre-os, um olhar de determinação tomando seu rosto. “Pronto para a guerra?”
“Estou pronto a semanas.”
E é verdade.
Sai com Emerson e Sanchez na maioria dos dias e cada fim de semana durante a pré-temporada. Mas desde a noite de cinema com eles, fiz meu melhor para manter o foco unicamente no futebol.
Isso foi há três semanas.
E, finalmente, senti ter controle sobre algumas das minhas emoções.
Quando ele a beija, eu não vacilo.
Quando ela o abraça, não tenho vontade de vomitar ou sair correndo com o carro.
E à noite, só penso nela até adormecer, mas parei de sonhar com ela. Progresso?
Ajudou que Kinsey começou a ficar ao redor com Em, mas não o suficiente para assumir plenamente o anseio de distância. Não me interprete mal. Kinsey é gostosa, mas ela não é Em.
Mais de uma vez vi Sanchez e ela discutirem na cozinha sobre algo estúpido como o sal, mas percebi ser apenas uma maneira de fazê-lo nota-la, apesar do fato de que ele teve dois anos para ficar com ela e ainda assim preferiu sua nova amiga.
Tenho que admitir, no entanto. Kinsey é difícil como a merda e mantém seu ciúme na baía; a única razão pela qual reparei é porque estou lidando com a mesma maldita coisa.
Após o intervalo comercial, Zane Andrews se junta ao campo para cantar o hino nacional. Ele arrebenta, embora não vá admitir a ninguém que realmente gosto do cara. Ele é bonito demais para qualquer homem alguma vez o reconhecer como talentoso.
Ele termina com fogos de artifício e F-16 voando sobre o campo.
Os aplausos são ensurdecedores.
A onda de adrenalina atravessa minha espinha. Meus nervos são inexistentes; se alguma coisa, sinto que preciso estar em campo e fazer algumas voltas antes do jogo sequer começar.
Nossa equipe ganhou o lance inicial e optou por devolver a bola.
Coloco meu capacete, faço uma pequena oração, agradecendo minha mãe por me colocar no futebol e me manter fora de problemas e olho através do campo para Em.
Ela pega um colar, beija-o e, em seguida, pisca.
É uma tradição antes de cada jogo.
Calor se espalha pelo meu peito, misturado com adrenalina, dando-me um pico de energia quando salto no ar para manter meus pés quentes.
As coisas se encaixam.
Minha adrenalina se foca nos músculos certos e meu cérebro se fecha.
Nós vamos ganhar.
Ou morrer tentando.
Equipes especiais correm 30 jardas e é hora de entrar em campo.
Respiro fundo algumas vezes, sugando o ar entre os dentes antes de expirar e relaxar.
Jax bate as mãos. “Mellow Yellow, opção dois!”
O cara é maluco por inventar nomes de jogadas.
Pelo menos as pessoas se confundem.
Pelo menos ele não chamou a Double Mountain Dew. Que isso envolve um inferno de muita velocidade da minha parte, não que não seja bom nela. Só não quero que seja minha primeira jogada no primeiro jogo.
“Vamos!”
Sanchez corre para a direita, enquanto vou para o jogador de defesa que pensou ser uma boa ideia tentar parar meu quarterback. Derrubou-o e viro bem a tempo de ver Jax balançar a cabeça para Sanchez e depois trava os olhos em mim.
Bem merda. Double Mountain Dew, aqui vou eu.
Corro como o inferno quando Jax joga a bola a trinta jardas. Ela vem a direita em minha direção. Sanchez derruba o cara vindo para mim e meu velho companheiro de equipe fez um som de asfixia.
Touchdown.
“É isso mesmo!” Sanchez ruge. “Buck te pegou!”
Saltamos no ar juntos enquanto Jax vem em nossa direção.
Meu coração bate tão rápido que é difícil pensar. Não esperava que Jax confiasse tanto em mim por ser o novo jogador de sua equipe.
Se Sanchez não estivesse aberto ou seu outro receptor favorito, Brandon, ele normalmente correria para fazer o primeiro ponto.
“Bom trabalho, cara.” Jax me dá um tapa nas costas. “Você bateu seu defensor com tanta força que ele caiu de bunda.”
“Sim, bem, quis fazer um ponto.” Dou de ombros.
“Em vez disso fez seis,” Sanchez ri.
“Vamos fazer sete”, Jax grita quando nosso kicker, Jason Mills, dá um sorriso maroto. O cara está na liga há quinze anos e ainda é um dos kickers mais bem pagos.
“Um trabalho”, Sanchez murmura sob sua respiração. “O cara tem um trabalho. Melhor fazer esse ponto.”
Dou de ombros. “Ele vai atrás.”
“É melhor ir.” Sanchez esfrega as mãos. “Porque enquanto vomitávamos nossas tripas durante o acampamento de treinamento, ele estava caçando.”
"Caçando?"
“Não pergunte.”
O intervalo comercial termina.
E o resto do jogo é como um borrão. Depois do meu ponto, Sanchez fez uma captura com a mão que acabou fazendo parecer que ele tem luvas mágicas, foi um desastre completo.
Três touchdowns.
Duas interceptações.
Sanchez foi responsável por um dos três touchdowns após Jax jogar uma bola que deveria ter sido quase impossível para pegar, mas Sanchez decidiu tentar de qualquer maneira.
Não parei de sorrir quando o jogo terminou e repórteres inundaram o campo.
Sanchez geme ao meu lado.
“Parte do trabalho”, digo sob a respiração. “Além disso, nós ganhamos.”
“Sim, tudo bem.” Ele assente e tensiona quando a primeira repórter corre até ele e sorri. Ela está um pouco mais perto do que o necessário e quando faz perguntas, posso jurar que toca seu ombro algumas vezes. Ele continua se afastando, o que parece estranho, uma vez que é tipicamente muito alto para ouvir em campo, o que significa que tem de se inclinar.
Ele me dá um olhar indiferente e, em seguida, olha para onde Em está com Kinsey. Elas estão distraídas por agora, mas ainda assim.
Jacki Jones não é minha repórter favorita, ela acha que é um presente de Deus para o futebol por um lado, e no outro é conhecida por usar o esporte como plataforma pessoal para estar no centro das atenções.
Ela joga a cabeça para trás e ri, em seguida, tocou o antebraço de Sanchez. Ele parece prestes a estrangulá-la.
Interrompo sua entrevista.
Nunca fiz isso na minha vida.
“Oh, Miller Quinton! Estou tão feliz que veio. Como se sente fazendo o primeiro touchdown para sua nova equipe?”
“Provavelmente quase tão bem quanto se sente ao tocar o ombro de Grant Sanchez, certo?” Digo, meio brincando.
Seus olhos se estreitam antes que ela faça questão de afastar lentamente a mão de Sanchez. “Nós vamos por esse caminho, não é?”
“Que tal pegar uma mão?” Balanço a cabeça, enquanto Sanchez me olha, o rosto pensativo.
“Absolutamente incrível!” Rindo, ela encara a câmera e, em seguida, a mim. “Bem, parece que vocês estão trabalhando bem juntos. Soube que houve rumores de um estremecimento entre vocês, mas isso afeta seu relacionamento em campo?”
“Rumores formados por alpinistas sociais famintos.” Sanchez passa um braço suado em mim. “Somos irmãos e isso é tudo que há.”
“Então, o movimento foi bom para você, Quinton, apesar do fato de que os Bucks não te colocaram em primeiro lugar no projeto do ano passado?” Ela empurra o microfone na minha cara. Ela deixa de fora o fato de que eu avisei que não queria a equipe para começar, mas mordo a língua.
“Melhor decisão da minha vida”, digo com os dentes cerrados.
“Mas não foi realmente sua decisão.” Ela ri novamente. O inferno que não. Mas isso não é da sua conta.
Quero quebrar o microfone em dois.
Sanchez aperta meu corpo tão forte que acho que vai me quebrar ao meio e então ele dá de ombros. “Acho que o treinador está nos chamando. Um prazer, como sempre, Jacki.” Seu tom é tão gozador que teria que ser um idiota para não notar que ele não tem respeito pela mulher.
Ele puxa-me antes que eu possa dizer algo estúpido.
“Obrigado”, murmuro. “E pensei que você era o único imbecil durante uma entrevista.”
“Hah.” Ele me empurra para longe e dá de ombros. “Só porque sou um idiota agressivo no campo que pode ou não ameaçar as mães dos jogadores para entrar em suas cabeças, não significa que não posso ser um cavalheiro durante uma entrevista, mas quando se trata de Jacki, vamos apenas dizer que há uma história. Depois que nosso relacionamento terminou, ela não teve problema em dar em cima de todos os outros membros da equipe Buck e desde que começou o trabalho com a ESPN, tem sido mesmo uma grande dor no meu traseiro. Boa e velha Jacki Jones.” Ele balança a cabeça. “Basta dizer não, cara. Nada de bom pode vir de uma mulher cujo sorriso parece congelado.”
Rio quando o sigo em direção aos vestiários. Nós dois apertamos as mãos da outra equipe, eu puxo meus velhos companheiros para abraços de urso e sorrio quando me enchem por ir para o lado negro, embora todos nós saibamos que não tive escolha. Essa é a grande coisa sobre futebol, a maior parte deixamos em campo e somos capazes de brincar uma vez que o relógio soa. Caras que não sabem como fazer isso nunca duram muito tempo. E tive sorte que ambas as equipes que joguei entendem esse conceito.
“Merda.” Sanchez xinga. “Já volto, Thomas está ficando fora de controle.”
Com o canto do meu olho vejo Thomas empurrar um dos quarterbacks reserva dos Pilots, Jason Agrasi, e o cara não jogou! Sigo Sanchez, apenas para parar quando meus olhos caem em Em.
Ela está caminhando em nossa direção. Através do campo. O tempo para.
Sanchez empurra Thomas para longe de Jason, em seguida, vira para ela e entorta o dedo.
Ela nervosamente morde o lábio inferior antes de pular em sua direção.
Ele levanta-a no ar e dá um beijo em sua boca e câmeras disparam. Jacki Jones para, o rosto torcido quando solta um grunhido irritado antes de sair pisando duro.
Estou um pouco nervoso sobre como as pessoas reagirão a um jogador namorando uma líder de torcida, mas ninguém parece pensar nada quando Sanchez agarra sua bunda e tenta ver quanto tempo pode beijar antes dela desmaiar de asfixia.
Ciúme se junta em minhas pernas quando começo a passar por eles.
E então a voz de Emerson me para.
“Miller!” Sou abraçado por trás.
Meu corpo reage tão violentamente que tenho que tomar um minuto para controlá-lo antes de me virar em seus braços e devolver o abraço de urso.
“Você o matou!” Ela se afasta e ergueu a mão para um toque aqui.
“Ah, então está dando cumprimentos agora?”
“Muito engraçado.” Ela acena na minha cara. “Não me deixe esperando, yo.”
Eu gemo. “Em, eu posso dizer yo. Você não.”
"O que? Por quê?"
Bato a mão na dela e, em seguida, agarro seus ombros. “Você é muito branca para dizer yo. Seria como você tentar dizer mano.”
“Yo, mano.” O jeito que diz é tão branco que me encolho.
“Nunca mais”, ouço a voz de Sanchez. “Curves, apenas fique com surpreendente.”
Começo a rir. “Ou impressionante.”
"Sim. Impressionante,” Sanchez diz com uma voz enérgica. “OMG, Miller. Você viu a bunda do cara? Foi...”
“Maravilhoso.” Suspiro e bato meus cílios.
“Vocês não prestam!” Emerson coloca as mãos nos quadris, projetando-os para fora, guiando meus olhos e sem dúvida, qualquer outra pessoa que ver. “E realmente não dizer surpreendente e impressionante sempre.”
“Claro, elogio pouco feminino, com certeza.” Sanchez concorda presunçosamente.
Ela revira os olhos.
“Celebra comigo esta noite?”, Ele pergunta.
Ela cruza os braços. "Talvez."
“Isso é um sim”, ele diz, confiante, acenando com a cabeça em direção aos vestiários. “Mando uma mensagem mais tarde.”
“Ok.” Ela sorri.
Meu olhar permanece em seu sorriso tempo demais.
“Bom trabalho, rapazes.” Sua voz falha um pouco.
Olho sua boca.
Ela lambe os lábios e rapidamente desvio o olhar.
E quando viro, vejo Sanchez olhando para mim, não para ela, primeiro com raiva e, em seguida, confuso.
“Desculpe.” Não sei mais o que dizer. Desculpe? Velhos hábitos custam a morrer? Ainda a desejo?
“Não há nada para desculpar. . ." Ele dá de ombros. "Ainda."
“O que diabos isso quer dizer?” Eu o acerto com a camisa encharcada de suor.
Ele abaixa a cabeça. “Não se preocupe com isso.”
Mas eu faço.
Porque ele é meu amigo.
E sinto-me um idiota por ele ainda ter esse tipo de conversa comigo de fique longe da minha garota.
Deus, sou um bastardo.
“Estamos bem?” Forço-o a me olhar.
“Sim, cara.” Seus olhos encontram os meus. "Nós estamos."
"Legal."
Caminhamos em silêncio até Jax se espremer entre nós, colocando um braço em cada um de nossos ombros. “É só eu ou Jacki está pior este ano?”
“SIM!”, Grito. "Obrigado! Ela esteve se jogando em Sanchez.”
“Ela está sempre em Sanchez.” Jax estremece. “Desde que todo o escândalo da trapaça e rompimento do noivado.”
Sanchez geme. “Realmente homem?”
“Foi ela?” Estou atordoado demais para dizer algo mais. “Jacki Jones é a mulher desprezada?”
“Deixe ir,” Sanchez diz em advertência. “É notícia velha. . . Além disso, agora me sinto sujo quando ela me olha.” Seu tom mudou para provocativo.
“Usado”, Jax acrescenta.
“Sacaneado?” Digo.
“Fale por você, Miller.” Sanchez tosse uma risada. “Acho que Jax está se guardando para alguém especial.”
“Estou te ignorando.” Jax nem parece perturbado. “Assim como ignora todas as meninas que dormiu quando se queixam após cinco segundos de nada.”
“Cinco segundos?” Rio.
Sanchez dá um pequeno empurrão em Jax. “Melhores cinco segundos de suas vidas!”
Quando entramos no vestiário, o resto da equipe estava saltando com energia, a energia nervosa que vem após a primeira vitória da temporada e a percepção de que temos alvos gigantes nas costas agora que definimos o tom para o resto do ano.
“Hey.” Sanchez me dá uma cotovelada. “Posso pedir algo?”
“O que?” Começo a tirar meu equipamento.
“Tem o endereço de Emerson?”
Congelo, as ombreiras em algum lugar perto no topo da minha testa. “Uh...”
“Você tem, certo?” Ele se inclina mais perto. "Vamos lá, cara. Não seja um empata foda. Não é desse jeito. Quero surpreendê-la.”
“Cara, você deu um carro para ela.”
“Emprestado”, ele argumenta. “Vamos lá, qual o problema?”
O grande problema é que não quero que ele tire sarro dela. Não o quero vendo onde ela mora e não quero que ele se meta sua vida – na minha vida.
E não tenho escolha.
Então, novamente, se ele a rejeitar com base em seu endereço, ele não a merece, em primeiro lugar.
“Vou escrever para você.” Tiro as ombreiras e cerro os punhos. “Agora, vá para o chuveiro. Você cheira a merda.”
“Pare de me cheirar, Miller.” Ele sorri e sai da forma arrogante que sempre faz, ganhando cumprimentos da maioria da equipe antes de fazer um pequeno strip-tease no meio de todos e jogar a camisa para o ar.
Reviro os olhos.
Ele é impossível de não gostar.
Com dedos trêmulos, mando uma mensagem com o endereço do apartamento. E então pedindo o número do apartamento.
Ela responde de imediato com o número e um ponto de interrogação.
Eu: Não falarei.
Emerson: ODEIO SEGREDOS!
Eu: Pare de gritar comigo!
Emerson: POR QUE VOCÊ PRECISA DO MEU ENDEREÇO?
Eu: Não posso falar com você quando está assim.
Emerson: Odeio quando você está calmo.
Eu: Bocejos.
“Hey!” Sanchez olha por cima do meu ombro. Afasto-me tão rápido que quase tropeço na minha cadeira. “Você mandou para mim?”
Seguro o telefone no ar, não mostrando a tela. "Acabei de fazer."
“Legal.” Ele assente. “Obrigado, cara.”
“Ainda não tomou banho,” aponto.
"Cara...” Ele está sem camisa, apontando para seu corpo. “Estou te deixando ver antes de eu me ensaboar.”
Tiro minha própria camisa e olho para baixo. “Huh, imagine isso. Pacote de oito. Não estou impressionado.”
“Você precisa trabalhar seus músculos sexuais.”
“Pare de olhar meus músculos sexuais, cara.” Jax golpeia Sanchez com uma toalha e, em seguida, atira-a para trás, causando um movimento de chicote.
Sanchez vira tão rápido que quase o perco agarrando a toalha e acertando Jax. "É melhor correr!"
“Sanchez!” Jax grita.
E sou deixado sozinho. Com o telefone ardendo na mão e a mentira amarga na minha língua.
Capítulo vinte e seis
EMERSON
Quero dizer não a Sanchez.
Estou exausta e sei que ele tem que estar esgotado também, e ainda assim, não para de mandar mensagens sobre todas as festas que temos que ir.
E com essas mensagens, imagens de filmes e comida...
O cara tem energia e adrenalina suficiente para todo um time de futebol, talvez fosse por isso seja um dos capitães.
Vê-lo no campo é diferente de tudo que já experimentei. Lembro de todos os aplausos e sinto como se meu desempenho foi bom, mas honestamente, meu foco não estava nos aplausos ou na agradável multidão. Estava sobre ele.
Sanchez.
A maneira como ele comandou o campo.
A maneira como ele e Miller pareceram ler a mente um do outro.
Sempre assisti Miller jogar, mesmo quando o odiava, eu assisti. Ele é frio, calculista.
E Sanchez. . .
Ele é como um treinador lá, seguro e fazendo piadas. Quando estava perto do nosso lado do campo, a tela grande o pegou sorrindo para o cara tentando bloqueá-lo e murmurando, veja isto. Só para correr do jogador defensivo, saltar em outro e correr para a zona final fazendo um touchdown.
Quase morri quando ele fez um arco na frente do gol e Jax fingiu tirar uma foto quando Miller saltou no ar e bateu a mão em suas costas.
Futebol.
Deus, esqueci o quanto amo futebol.
Meu estômago revira. Meu pai e eu vimos todos os jogos juntos. Ele amava o esporte na faculdade e eu adoro ver o futebol profissional. Nós sempre entramos em discussões sobre a pureza do esporte. Mas desde sua queda, ele está dormindo mais do que assistindo.
Estremeço.
Porque hoje, independentemente da minha realidade, foi um dia bom.
E um jogo impressionante.
Ugh, talvez eu fale impressionante demais.
Não tinha certeza de porque realmente torço para os Bucks: por Miller estar lá ou talvez, apenas talvez... as coisas estejam começando a estar melhores.
Quando penso no passado é doloroso e me chateia, mas pego-me com mais frequência a pensar no futuro.
E por mais estranho que seja, é o rosto de Sanchez que vejo neste futuro, o que me assusta até a morte porque sempre foi Miller, mesmo quando eu o odiava, era Miller.
E agora. Agora estou confusa. E cansada.
E, aparentemente, sou forçada a sair com esse cara que estou tendo um inferno de trabalho para falar não.
Todas as apostas estão fora se ele me oferecer uma massagem nos pés.
Com um suspiro, paro no meu prédio e desligo o Honda, meus olhos percorrendo o estacionamento e parando num carro familiar.
Um carro que tem Sanchez na placa.
Um carro alto que não pertence a esse ambiente de janelas quebradas e lixo.
Em pânico, corro todo o caminho até os três lances de escadas para meu apartamento e abro a porta.
Só para ver Sanchez jogando damas com meu pai.
Meu. Pai.
“Droga.” Sanchez esfrega as mãos. “Ok, seu movimento, velho.”
“Hah!” Papai bate palmas e faz um movimento horrível que deveria tê-lo feito perder peças.
Sanchez ignora, o que significava que perdeu uma jogada.
Deixo minha bolsa no chão enquanto meus olhos se enchem de lágrimas olhando ao redor do apartamento nu com o seu tapete desbotado e paredes brancas.
Fotos cobrem a mesa perto da sala.
Pratos estão empilhados na pia. Às vezes papai não pode chegar até eles.
Um cheiro que não consigo identificar flutua da cozinha, onde Connie está ocupada fazendo café e pegando a medicação escassa de meu pai. Ela me dá um olhar que diz mais do que palavras. Dia bom. Seu sorriso ilumina o quarto. Gemo de alivio.
“Como foi o jogo, baby?” Papai pergunta sem tirar os olhos do tabuleiro de damas.
Graças a Deus. Ele está lúcido pelo menos. “Eu, uh. . . bem, vencemos, graças a Sanchez e Miller.”
Nervosismo toma conta de mim quando Sanchez vira e inclina a cabeça, um sorriso maroto se espalhando por seu rosto. “Você checou minha bunda.”
Pai tosse.
Sinto minhas bochechas ardendo. "O que?"
“Docinho!” Papai começa a rir. “Isso é apropriado para uma líder de torcida?”
“Não.” Sanchez balança a cabeça em desaprovação. “E tenho certeza que ela será punida, senhor.”
Faço uma careta.
Ele pisca.
“Bom”, papai concorda. “Agora, seu movimento, Grant.”
Espero eles terminarem seu jogo. Falam de futebol, seu amor por bifes e quando meu pai finalmente sai alegando estar cansado, ele levanta e aperta a mão de Sanchez. “Estou feliz por ela ter um bom amigo como você.” Ele franze a testa. “Seu último amigo que jogou futebol..." Ele balança sua cabeça. "Isso foi ruim. Ela chorou muito.”
“Pai,” digo em advertência.
“O quê?” Ele solta a mão de Sanchez. “Você fez, depois da perda e bem, o que se seguiu.”
O quarto é espesso com tensão.
“De qualquer forma, você merece uma boa formatura.”
Congelo.
Sanchez não hesita. “Não posso esperar para levá-la ao baile.”
“Baile!” Papai grita. "Claro! Que bobagem minha. Você só conseguiu o grande jogo, querida. Não compramos um buquê!”
“Pai...” Minha voz falha. “Isso não é... necessário. Ele é alérgico.” É uma mentira horrível.
Sanchez murmura, “Está tudo bem.”
Lágrimas caem por minhas bochechas.
Pai franze a testa. “Por que está chorando, baby?”
“Um, desculpe, eu uh...” Não sei o que dizer, como torná-lo melhor, como fazer meu pai entender sem fazer com que fique muito chateado ou como fazer Sanchez notar que estamos num terreno movediço com meu pai. Sempre que tem episódios, ele se emociona e me ver chorar é quase sempre um gatilho.
“Eu só sinto sua falta, é tudo.” Conformo-me com a verdade. Eu sinto saudades. De tudo nele. O pai que costumava me fazer panquecas antes de cada jogo, sua versão de simpatia. O cara que assistiu futebol comigo todo fim de semana. O professor brilhante que nunca me deixou colar. O homem que prometeu ficar ao meu lado quando o único garoto que já amei partiu meu coração. Esse homem desapareceu. E enquanto estive de luto pela perda dele nos últimos anos, de repente me ocorre.
Nunca terei esse homem de volta.
Sufoco outro soluço e rapidamente puxo meu pai para meus braços. “Eu te amo, sabe disso, certo?”
“Querida,” Papai ri e me abraça de volta. “É só uma dança e sempre estarei aqui, esperando.”
Sim. Fisicamente. Ele estará.
Mentalmente. . .
Connie, com seu sempre presente timing, entra na sala, pronta para levá-lo para a cadeira onde ele tipicamente fica mais confortável e é capaz de dormir.
“Espere.” Papai estala os dedos e tira uma nota de dez dólares do bolso de trás. “É todo o dinheiro que tenho. Divirtam-se crianças. Trate-a bem. Ela é tudo o que tenho.” Os olhos do meu pai se enchem de lágrimas. "Eu... às vezes, fico confuso.”
“Não ficam todos os homens?” Sanchez dá de ombros. “Especialmente na frente de uma menina bonita?”
O olhar de papai amolece. “Ela é linda como a mãe foi.”
“Eu aposto.” Sanchez não desvia o olhar de mim. Ele estende a mão, agarra a minha e aperta com tanta força que me sinto começar a quebrar novamente.
“Então, esta noite.” Papai olha entre nós dois. "O que era... está noite?”
Meu coração se aperta quando uma sensação de asfixia envolve meu pescoço. Seus bons momentos nunca duram muito tempo.
Por favor, Deus, não leve-o como levou todo o resto. Inconscientemente toco meu estômago, só para ver Sanchez olhar minha mão, seus olhos pensativos.
Afasto-a rapidamente.
“Baile”, Sanchez diz suavemente. “Vou trazê-la para casa na hora. Não se preocupe."
“Excelente!” Papai bate palmas. “E o que houve com seu vestido?”
“Na minha casa.” Sanchez dá de ombros, a mentira saindo facilmente de seus lábios. “É mais perto do restaurante.”
“É isso mesmo.” Pai assente algumas vezes. “Bem, te amo, querida.” Ele beija minha testa e boceja, depois volta para a sala e senta, enquanto Connie traz água e suas pílulas.
Sanchez se inclina para sussurrar no meu ouvido. “Pegue algumas coisas, fique comigo esta noite, certo? Sem argumentos.”
“Dê-me alguns minutos”, respondo, indo rapidamente para meu quarto e fazendo uma mala.
Connie entra e fecha a porta, deixando Sanchez sozinho com meu pai na sala de estar. “Ele teve uma boa tarde, mas as coisas...” Ela engole em seco. “As coisas estão progredindo muito rápido, pensei que deveria saber.”
“E o médico?”, Pergunto. Não posso levá-lo por causa dos treinos. "Como foi?"
Ela fica em silêncio, e depois, “Acho que precisamos discutir possivelmente colocá-lo numa unidade de cuidados adultos.”
“Internação”, sussurro. “Não podemos permitir isso.”
“Existem programas, os auxílios estatais.” Ela pega minha mão. “Vou ajudá-lo por tanto tempo quanto puder, mas é agressivo e não posso fazer muito.”
“Eu sei.” Luto para segurar as lágrimas. “Obrigada, por tudo.”
“Ele é encantador.”
“Papai?” Pergunto confusa.
"Não. O jogador de futebol alto e muito bonito enchendo a sala com seus músculos.” Seus olhos azuis brilham. “Vá, divirta-se.” Seu sorriso aumenta quando ela faz aspas no ar. “No baile.”
Sufoco uma risada. "Obrigada."
“Sério.” Ela me puxa para um abraço. “Você merece todas as coisas boas neste mundo. E isso é exatamente o que seu pai quer para você. Vou te atualizar por mensagem e ligar se precisar, certo? Vá e dance a noite toda.”
“Ok.” Jogo mais algumas coisas na mala. “Talvez quando voltar, possamos falar sobre... a casa de repouso.”
“Viva um pouco antes disso, certo?”
Viver.
É o que está acontecendo com Sanchez? É por isso que ele está quebrando todas as minhas defesas? Porque ele está me forçando a esquecer o passado? Viver?
Em poucos minutos estamos em seu carro.
Estou muito envergonhada, também devastada e triste para dizer qualquer coisa quando ele sai do estacionamento do meu prédio e corre para a rodovia. Estou preocupada com o futuro, com o declínio do meu pai e de repente me dou conta de que parte da sensação de mal estar na boca do estômago é porque estou com medo que de alguma forma, isso vá mudar a maneira que Sanchez me vê e eu odeio.
O que significa apenas uma coisa.
Estou começando a realmente me importar com ele.
De uma forma que faz meu coração apertar no peito.
Mas este é Sanchez.
Seu carro custa mais do que todo meu prédio.
“Tenho certeza que seu pai me ama”, diz ele, triunfante, quebrando o silêncio tenso com a voz suave. “Quero dizer o que há para não amar?”
Sorrio, grata por seu sarcasmo, e, em seguida, uma lágrima escapa, seguida por mais cinco; elas são quentes ao deslizar contra meu rosto.
Sanchez leva o carro para o acostamento e para. "Você está bem?"
“Não-” Soluço. “Sim-” Estremeço. "Talvez. Sinto muito por ver isso.”
“Sente muito?” Ele repete confuso. “Por que diabos você sente muito?”
“Porque é difícil estar com ele às vezes. Eu o amo muito, mas ele não é mais aquele homem, ele é como uma casca de seu antigo eu, e você teria amado o cara que me criou. Esta pessoa que moro, não é ele, e às vezes ele sabe disso e eu sei que o mata apenas como me mata. Sinto que estou constantemente à espera dos bons dias que são cada vez mais raros.” Choro mais forte. “Acrescente o fato de que teve que sofrer com a pintura descascando, um pequeno apartamento e um cheiro estranho.” Balanço a cabeça.
“Curves, cheiro estranho? Realmente?” Ele pergunta delicadamente.
“Como cachorros-quentes velhos.” Cubro meu rosto, apenas para tê-lo segurando minhas mãos.
“Gosto de cachorros-quentes.” Ele inclina meu queixo, em seguida, corre o polegar sobre meu lábio inferior. “Sabe o que mais gosto?”
“Futebol?” Fungo. "Biscoitos?"
“Ia dizer você”, ele sussurra. Seus olhos são tão bonitos que dói olhar diretamente para eles. “E não me importo se morar numa tenda na porra do rio e ter que usar uma vara de pesca feita de bambu para conseguir uma boa refeição que não seja um cachorro-quente, certo?”
Balanço a cabeça.
“E estou plenamente consciente de que os dez dólares que seu pai me deu tem mais significado do que qualquer jantar de mil dólares ou garrafa de vinho que posso comprar. Não é assim que um cara como eu ganha uma garota como você.”
“Uma garota como eu?”
“Uma garota como você.” Seus olhos, seus olhos lindos, se concentram na minha boca. “É melhor acreditar que vou levá-la para a melhor refeição que dez dólares pode comprar, você vai comer e depois vamos agradecer a seu pai quando voltarmos do baile, está bem?”
“Por quê?” Limpo meu rosto. “Pensei que tudo que você quisesse fosse sexo. Por que estava na minha casa?”
“Oh isso.” Ele sorri, dando de ombros. “Ia te esperar nu na cama.”
Suspiro.
“Puta merda, estou brincando. Só queria buscá-la e levar para um encontro real. Não fique toda agitada em suas calcinhas, Curves. Não antes de eu ter a chance de tira-las.”
“O momento acabou.” Meu estômago revira quando um milhão de borboletas tenta escapar e voar em sua direção.
“Não.” Ele me beija nos lábios. “O momento não acabou.”
“Você ganhou,” digo sem fôlego quando ele chupa minha língua e, em seguida, toca a minha testa. “Você beija muito bem.”
“Você tem um gosto melhor do que eu, confie em mim.”
“Altamente duvidoso.”
“Não sou um mentiroso.” Ele me beija novamente, desta vez com mais força. Suas mãos deslizam para baixo por meu pescoço enquanto as pontas dos dedos dançam ao longo do meu pulso e com um último puxão no meu lábio inferior, ele se afasta e pisca. "Com fome?"
Não de alimentação.
“Claro.” Engulo em seco.
“Conheço esse olhar.” Seu sorriso é sempre tão fácil, tão sexual, tão predatório e ainda tão emocionante que não tenho certeza se devo desviar o olhar ou beijá-lo novamente.
“Que olhar?” Cruzo as mãos no meu colo.
Ele joga a cabeça para trás e ri. “Não posso esperar por esse dia, Curves.”
“Que dia?” Brinco com um pedaço do meu cabelo quando ele coloca o carro de volta no tráfego e pisa no acelerador.
Tento não olhá-lo. Estou tentando não olhar desde que Miller voltou a minha vida todo irritado e acusador.
No minuto em que meu melhor amigo voltou...
Tentei ignorar meus sentimentos por este novo amigo.
Porque o coloquei na categoria de idiotas e me recusei a ser usada novamente e, em seguida, descartada como se não significasse nada.
Não tenho certeza que meu coração pode aguentar uma segunda vez.
Então eu o afastei.
Mas Sanchez não é do tipo que se pode ignorar por muito tempo.
E ele consegui baixar minha guarda o suficiente para ganhar atenção.
Porque ele aceitou meu pai, o fez sorrir, e realmente me perseguiu, esperou por mim, em vez de apenas tentar transar. De alguma forma ele se transformou nessa piada persistente e, no entanto, nunca me pressionou.
É como se ele realmente quisesse mais.
É o suficiente.
Suficiente para fazer meus olhos ficarem um pouco mais na forte linha de seu queixo... na covinha no lado direito de seu rosto... na maneira como seus ombros e pescoço são tão grandes que a camisa parece estar com dor tentando se esticar sobre os músculos.
Sua pele morena quase brilha de excitação.
E quando ele sorri, aquele sorriso fácil que faz uma menina engolir sua língua, eu desvio o olhar.
“O dia”, ele finalmente diz, “em que você não aguentar mais.”
"Aguentar o que?"
“Isso.” Ele desliza a mão pela minha coxa. “O calor entre nós, o que sente quando nos tocamos. Droga, apenas estar perto me deixa louco. E os seres humanos só são dotados de certa paciência antes de se perderem. Espero em Deus que esteja por perto quando você atingir o limite.”
“Acha que vou ficar louca por você, hein?” Minha voz soa muito animada com a ideia e meu coração decide acelerar batidas enquanto meu corpo grita sim!
Sanchez dá de ombros. “Admiro seu autocontrole, Curves. Afinal de contas, isso não será um caso de uma noite e tenho a sensação de que vai me fazer suar na cama. Mas não se preocupe. Estou realmente focado no meu autocontrole. Vou cuidar de você muito antes de ter a chance de cuidar de mim. Então, sim, se acho que vai enlouquecer? Estou contando com isso. Apostando nisto. Orando por isto.”
"Seja honesto. É por isso que ficarei com você?”
“Claro que sim.” Ele ri. “Não vou te deixar perder sua merda perto de Miller, foda-se amizade e tudo mais. Vai ser eu, somente eu.”
“Muito egoísta?”
Ele pega a saída e para num semáforo. Seu olhar queima nos meus. “Quando se trata de você? Sim. Porra eu sou.”
E é isso.
Dirigimos em silêncio o resto do caminho para onde quer que ele esteja me levando.
Meus olhos quase saltam para fora da cabeça quando ele para num McDonald e, sem perguntar o que quero, pede McNuggets suficientes para matar uma pessoa.
Ele gasta todos os dez dólares no menu dólar.
E quando o cheiro de McDonald enche o carro, tenho uma sensação estranha, estranha de déjà vu enchendo minha consciência.
Não tenho certeza que eu obedeceria se ele estacionasse e dissesse para comermos. Em vez disso ele dirige outro quilometro e meio até parar no estacionamento em frente a um parque gigante.
“Regra número um, nunca coma um McNugget quente. Essa merda queima a língua como o inferno.” Ele abre a porta do carro e olha por cima do ombro. “Você vem?”
"Onde estamos?"
"Parque. Brinquedos. Controle-se."
A porta bate.
Abro a minha e tenho que correr para o acompanhar enquanto caminha em direção a um enorme brinquedo e começa a subir até o topo.
“Espera!” Digo atrás dele, mas ele está muito ocupado tendo, aparentemente, o momento de sua vida. Ele já está começando a ficar longe, e bem, embora eu seja uma líder de torcida, nunca fui a voadora, ou seja, realmente não gosto de altura e, como eu disse, o brinquedo é enorme. “Estúpido, Sanchez,” resmungo, lentamente fazendo meu caminho até as barras de metal.
Quando finalmente chego ao topo, ele me dá um olhar decepcionado. “Curves, levou pelo menos seis minutos.”
“É alto!”, Argumento.
Ele franze a testa e olha para baixo. “Baby, precisa de um impulso?”
“Foda-se!”, grito, querendo jogar algo em seu rosto.
Sua cabeça cai para trás enquanto ele ri às minhas custas. “Você é uma líder de torcida. Vocês não voam?”
“Isso é como eu falar: 'Você é um jogador de futebol. Não pode jogar? '”
Ele franze a testa. “Querida, odeio dizer isso, mas todos podemos jogar.”
Resmungo e tento cruzar os braços, então quase caio através das grades nesta triste tentativa de protestar.
“Venha aqui.” Ele estende a mão para mim.
"Não. Estou mais segura aqui, obrigada.”
“Você está mais segura nisto do que nos meus braços?” Ele inclina a cabeça. “Tem certeza disso?”
"Pare com isso. Parou de fazer sentido."
Seu riso é contagiante, quando ele fez o caminho e, em seguida, monta as barras na minha frente. Ele se inclina para um beijo antes de se afastar. O luar ilumina seu rosto o suficiente para eu perder a respiração com sua beleza masculina.
O que está acontecendo?
O que estou fazendo?
Não é assim que a história deve ser.
“Os McNuggets,” digo. “Eles provavelmente estão frios.”
“Passaram oito minutos. Dê aos McNuggets uma pausa.”
“Pare de defendê-los.”
“Curves.” Seu tom é sério. Seus olhos procuram os meus, como se fosse mais do que nuggets, mais do que um simples caso de uma noite, é um daqueles momentos onde sabe que uma conversa séria está chegando e quer evitá-la, porque será um momento decisivo, aquele em que tem que fazer uma escolha, uma escolha que não tenho certeza se estou preparada.
“O quê?” Eu estou surtando. Nunca fiquei assim. Mas ele está curioso; até mesmo sua linguagem corporal é prova disso. Quero o Sanchez que brinca sobre sexo de volta.
Pelo menos esse cara eu posso recusar. Eu posso lutar.
Agora este?
Estou indefesa.
Porque cada vez que tento erguer uma parede, ele me faz sentir estúpida por ter uma em primeiro lugar.
“Você tocou seu estômago”, diz Sanchez num sussurro. “Na casa do seu pai. Você tocou seu estômago, não porque estava roncando, não porque tinha fome.” Sua testa está pressionada contra a minha quando ele estendeu a mão. “Eu quero saber tudo.”
“Tudo o que?” Luto para manter um sorriso no meu rosto, o sorriso ensaiado que dói como o inferno e faz meus lábios se contorcerem.
Seu rosto caí. "Bem... se é assim que quer jogar.” Ele começou a descer do trepa-trepa.
“Espere, onde vai?”
Ele dá de ombros. “Comer alguns McNuggets.”
“Sanchez.”
Ele não vira enquanto eu tento descer. Mas, então, meu pé fica preso e grito.
De repente, estou em seus braços, meu rosto contra seu peito.
Seu batimento cardíaco está estável.
Firme.
Talvez se não estivesse ouvindo, não teria tanto medo das próximas palavras que saem da minha boca.
Talvez elas não sejam tão reais.
Talvez desta vez não seja tão mal.
“Eu estava grávida.”
Não.
Ainda dói.
Como ser esfaqueada no peito.
Conto-lhe tudo.
“Olhe para mim.” Sanchez passa os braços volumosos em torno de meu corpo. “Você era uma criança, o inferno às vezes acho que ainda somos crianças. Isso foi há seis anos, Em. Mas apenas porque foi há muito tempo não faz doer menos. O passado é uma cadela, especialmente quando estamos tendo um momento de fraqueza no presente.”
“O que sabe sobre momentos de fraqueza?”
Seu aperto na minha cintura aumenta. “Eu a amava.”
"Quem?"
“Jacki Jones, ótima repórter, linda, engraçada e ainda por cima, parecia realmente querer a mim, Grant Sanchez, e não o jogador de um grande time”.
Sinto-me relaxar. "O que aconteceu?"
“O de sempre.” Seus lábios pressionam numa linha fina. “Ela provou a fama e se viciou. O primeiro jogo que fiz, estava tão nervoso que eu vomitei no banheiro antes de Jax vir e me falar para me controlar... Joguei bem, muito bem e quando o jogo acabou tudo o que queria fazer era ir para meu apartamento e dormir. Emocionalmente exausto, só queria relaxar sabe? Ela não o fez. Armou algo, porque eu não iria apresentá-la aos meus companheiros de equipe, chorou porque disse que eu tinha vergonha dela, a pequena bruxa manipuladora. No minuto em que a apresentei a meus companheiros de equipe, as coisas mudaram e não para melhor. Ela começou a sair com eles sem mim, pedindo favores, basicamente correu atrás de cada um, usando-me no processo. Mencionei que estávamos envolvidos?”
Lágrimas caem, raiva me dominando. “Que pessoa horrível!”
“Sim, bem, ela é realmente boa em manipulação.” Ele balança a cabeça. “Ela faz parecer que fazia tudo por mim, por nós e não é nenhum segredo que cresci muito pobre. Meus pais ralaram suas bundas para colocar comida na mesa que eu raramente via. Ela me deu a atenção que nunca percebi que desejava até que nosso relacionamento começou a mudar.”
“O que aconteceu?” Estou feliz em afastar o foco de mim, mas sua expressão, a raiva ainda queimando sob a superfície me traz dor.
“Ela me traiu com Thomas.”
Engulo em seco, “Como são amigos?”
“Ele nega.” Sanchez dá de ombros. “E tive que escolher entre deixar isso afetar nossa forma de jogar ou esquecer pelo bem da equipe. Terminei com ela e decidi que é melhor para mim.”
“Eu sinto muito.” Minha voz falha. “Você não merece isso.”
“Acho que um monte de pessoas discorda. Você não ouviu? Sou um homem puta.” Seu sorriso é triste.
“Quer que eles acreditem nisso.”
“Ou, sou apenas muito, muito manipulador.”
“Não, você não é.” Disse tão rápido que até me surpreendo. “Não desvalorize nossa amizade.”
Um sorriso ilumina meu mundo. “Sabia que ia finalmente ceder.”
“Trapaceiro.”
“O melhor.” Seus lábios roçam meu ouvido. “Curves, sabe disso.” Sua respiração está quente no meu pescoço. “Se precisa chorar, vou te segurar até que passe. Às vezes, a única maneira de resolver as coisas é andar através delas, mas isso não significa que tem que fazer sozinha.”
Minha respiração para no peito. “Isso significa que vai andar comigo?”
“Isso é tudo o que quero desde que te conheci.” Ele se afasta e aperta minha mão. “Você sabe, além do sexo.”
Sorrio. “Você é ridículo, sabe disso não?”
“Mas, fiz você rir quando minutos atrás chorava. Odeio essas lágrimas, Curves. Nunca quero ser a causa delas, nunca.”
“Não faça promessas que não pode cumprir.”
“Eu não farei.” Ele diz tão severamente que perco o ar.
“Acho que preciso dessa ajuda agora... talvez em seu peito, possivelmente a camisa.”
“Deixe ir.” Ele aperta minha mão. “Como em Frozen, mas sem a música.”
Balanço a cabeça e depois de uma exalação trêmula, abro a caixinha na minha cabeça com as memórias do bebê que perdi junto com o melhor amigo que já tive.
“Perdi meu melhor amigo e meu pai dentro de um ano.” Minha voz está rouca. “E então um bebê que nunca tive a chance de conhecer.”
“Venha aqui.” Ele me segura enquanto choro e quando sinto a exaustão chegar, quando imagino que ele vá se afastar, entediado pelas lágrimas, olho nossas mãos unidas.
E quando canso de chorar, quando termino de chorando por todo seu peito, peço desculpas e, basicamente falo que não sou a menina para ele, ele me beija e diz que precisamos comer.
Certo. Porque a comida resolve as coisas.
E por incrível que pareça, uma vez que tenho sal e um pouco de refrigerante desagradável em meu sistema, me sinto melhor.
Ele liga o ar do carro e segura minha mão gordurosa do McDonald. Então beija meus dedos.
“Você precisa dizer a ele”, sussurra.
“Eu não posso.”
“Não agora, Em. Mas logo. Ele precisa saber.”
"Eu sei."
“Em?”
“Sim?” Estou com medo de olhar diretamente para ele, mas seu olhar é como um raio trator, me puxando em sua direção mesmo quando estou com muito medo de olhar em seus olhos.
“Sinto muito.” Ele agarra minha mão com força. “Não foi culpa sua que o bebê morreu e é a vida, a natureza. E está tudo bem ainda estar triste, mesmo depois de anos, mas ainda ficará bem. Perda é perda, permita-se sentir para que possa lidar com isso.”
Nunca percebi que precisava de permissão para chorar, permissão para ficar triste, mas preciso.
Bem. Desse. Jeito.
Sinto-me livre da culpa e da vergonha.
É isso.
Livre.
Mas, mesmo depois de dizer todas as palavras, ainda tenho o peso no meu coração, porque Miller merece saber tudo. Colocando o passado no passado, seremos realmente capazes de ir em direção ao futuro. Nós dois merecemos essa paz.
Capítulo vinte e sete
MILLER
É a festa pós jogo, o que significa que basicamente tenho que ir embora já que não sou de festa. Sanchez e Em ainda não estão no bar e não queria sair sem ao menos dizer tchau.
Certo. Sou um perdedor tão bom que espero para dizer tchau a duas pessoas que provavelmente não podem se importar menos sobre o fato de que os espero.
“Vai beber isso ou apenas olhar ansiosamente como se desejasse torná-lo sua cadela, mas do tipo bom?” A voz de Kinsey soa atrás de mim, e, em seguida, sua mão bate no meu ombro. “Se isso te faz sentir melhor, todo amor é uma droga.”
“Puxa, obrigado,” digo com falso entusiasmo. “Realmente preciso dessa conversa estimulante depois de marcar meu primeiro touchdown.”
Ela senta no banco ao meu lado e sorri. "De nada."
Jax me olha por cima da cabeça dela.
“Ah, seu irmão está me dando um olhar de advertência.”
“Basta manter o combinado e ficar a um metro e meio de distância em todos os momentos e ele não vai quebrar sua cara.”
“Não posso imaginar Jax violento”, admito, finalmente, tomando um gole da cerveja.
“Jax?” Ela começa a rir. "Meu irmão? Claramente não o conhece muito bem. Então, novamente, não acho que alguém conheça. Ele é... reservado, determinado, e sim, é preciso muito para irritá-lo, mas se empurrar longe demais, sim...” Ela faz um movimento explosivo com as mãos. “Não é bonito.”
“Hum.” Olho para a cara que parece mais provavelmente ser de um treinador de um time de futebol do ensino médio aposentado e voluntário num hospital infantil. "Se diz."
“Eu sei que sim.” Ela revira os olhos. “Importa-se de testá-lo?”
“O que? Quer dizer, algo como sentar a menos de um metro e meio? Viver perigosamente, hmm?”
“Essa sou eu.” Seus ombros caem. “Perigosa.”
Olho para sua bebida. “Isso é um Shirley Temple2?”
Com uma carranca, ela coloca a cereja entre os dois dentes e dá de ombros. “Gosto de manter a cabeça limpa.”
“Um brinde a isso.” Coloco minha cerveja no balcão, pego a água e brindo com ela.
“É realmente muito ruim.” Seus olhos azuis me examinam da cabeça aos pés como se estivesse fazendo um balanço de cada músculo que reveste meu corpo.
“O que?”
“Você.” Ela aponta com o canudo para mim. “Você está obcecado por Emerson e não me interprete mal, eu entendo. Ela é linda, verdadeiramente gentil, divertida, além do fato de ter uma bunda.” Seus ombros caem ainda mais. “O que é provavelmente porque a maioria dos bons olha para mim e passa direto sobre a parte traseira.”
“Espere, volte um pouco? Por que está tão deprimida sobre bundas?”
"Eu quero uma."
“A bunda de Emerson?”, pergunto, confuso.
“Só uma bunda.” Ela joga as mãos no ar. “E não o tipo que está pensando. Você sabe, para controlar namorados. Eu quero uma bunda real.” Ela se levanta e dá um tapa em seu traseiro. “Sabe? Olhe, não há nada aqui para pegar!”
Começo a engasgar com a água quando ela mexe o rabo na minha frente; meus olhos achando realmente muito difícil desviar de cada movimento.
E então Jax está marchando até nós, com os punhos cerrados.
“Então, o que acha, Jax?” Digo suavemente. “Sua irmã disse que quer uma bunda.”
A boca de Jax abre e fecha em seguida, abre novamente. “Disse o que?"
“Deve alimentá-la mais para que possa ter uma. Isso é o que bons irmãos fazem.”
“Acho que estou confuso.” Os olhos de Jax se estreitam. “Você não estava verificando sua bunda?”
“Nada para verificar.” Kinsey suspira e recosta no banco novamente. “Mas obrigada por provar meu outro ponto. Mesmo se tivesse uma, nenhum cara iria tocá-la, porque cada vez que alguém respira em minha direção, você vem correndo. Talvez eu mude de time? Encontrar uma garota legal para mim. Ou um gato. Talvez ambos?”
“Chega.” A voz de Jax tem uma borda dura. “Desejo poder beber durante a temporada.”
Entrego-lhe minha água.
Ele a olha. “Uau, muito obrigado. Terei a certeza de afogar minhas malditas mágoas.”
“Oh, você está certa. Acho que vejo parte desse temperamento.” Olho em volta dele para Kinsey.
Ela pisca. “Eu te disse.”
“Estou muito cansado de ambos em cima de mim. Já viu Sanchez? Quero falar com ele antes de sair.”
“Sobre o quê?” Pergunto, curioso.
“Ah, você sabe.” Ele colocou minha água no balcão. “A aposta estúpida que os caras novos fizeram sobre as líderes de torcida na pré-temporada. Eles as pegam e, em seguida, ganham um troféu, ou o que diabos seja. Sei que ele gosta de Emerson, mas nenhum dos jogadores a pegou nessa temporada. Ele está fazendo um inferno sobre apenas sexo e tanto quanto amo o cara, Thomas está falando merda pelas suas costas sobre como se transformou num covarde e não precisamos desse drama durante a temporada.”
Kinsey se abaixa na mesa. “Jax, acha que tudo o que está acontecendo entre eles é mais do que apenas sexo. E vocês ainda fazem essa coisa de aposta?”
Movo-me desconfortavelmente.
As sobrancelhas de Jax sobem. “Não me diga. Qualquer um pode ver que ele gosta dela, não é esse o ponto. Só quero saber com certeza, para que isso não estrague o seu jogo. Sem ofensa, mas se ela está brincando com ele—”
“Pare.” Fico de pé, peito a peito com meu líder, meu irmão. “Ela não é assim, certo? Então, basta parar.”
Jax levanta as mãos. “Cara, não estou tentando insultá-la ou a Sanchez.”
“Sério?” Bufo. “Porque é o que parece.”
“Deixe-o lutar suas próprias batalhas e a deixe lutar as dela.” A voz de Jax tem um tom sério. “Deus sabe que ela não é mais sua para proteger.”
Quero lhe dar um soco por dizer isso.
Mas é a verdade.
E odeio isso.
É minha nova realidade.
Aquela em que vejo o casal andar para o pôr do sol.
Aquela em que não estou incluído em quaisquer planos futuros.
Só então, Emerson e Sanchez entram no bar, seu braço em volta dela protetoramente — como se ela precisasse de proteção.
E quando eles caminham em direção a nós, ele basicamente a puxa para seu lado onde não posso sequer ver seu rosto.
Que diabos?
E é aí que entendo.
Sanchez não está protegendo-a dos olhares de outros caras.
Ele a está protegendo de mim.
Só quero saber o porquê.
E por que o olhar em seu rosto está tão revoltado, pensaria que acabei de cometer um assassinato.
“Precisamos conversar.” Sua voz é oca, áspera.
“Não” Jax fica entre nós. “Todos precisamos conversar.” Ele empurrou ambos para longe das meninas e nos leva para fora.
“Cabeças no jogo, senhoras,” Jax fala. “Não sei o que diabos está acontecendo com vocês e Emerson, mas mantenha isso fora do campo, tudo bem? Não deixe que o drama destrua uma coisa boa.”
“Eu não vou”, Sanchez diz com a voz honesta. “Juro.”
“Sim.” Solto um suspiro áspero. “Eu também.”
“E Sanchez?” Jax enfia as mãos nos bolsos. “Essa coisa com Emerson — não é sobre sexo, é?”
“Claro que não!”, ele grita. “Está falando sério?”
“Whoa.” Jax levanta as mãos, se apoiando em mim e quase nos empurra para trás num carro estacionado. “Você sabe que eu tinha que perguntar.”
“Não é dá sua conta perguntar sobre minha vida pessoal, Capitão,” Sanchez zomba, seus olhos encontrando os meus antes dele balançar a cabeça lentamente. “Sei que pode achar difícil de acreditar, mas gosto dela. Quero protegê-la de toda essa merda.” Ele acena com a mão em volta antes de basicamente apontar para mim. “Vocês sabem quão ruim a imprensa pode ser. A última coisa que precisamos é que pensem que estou saindo com ela por causa de uma aposta, especialmente com Jacki na minha bunda depois do jogo.”
“Ela viu vocês se beijando”, murmuro.
“Todo mundo os viu, foi um dos assuntos mais comentados no Twitter,” Jax acrescenta, correndo as mãos sobre o rosto. “Olha, sabe que a comissão técnica não vai se importar, desde que jogue bem e continue vencendo, mas no minuto que isso se transformar numa distração, sua bunda vai ser chamada no escritório.” Ele pragueja. “Temos o dia de folga amanhã, antes do treino na terça-feira, vamos apenas descansar um pouco. Vocês detonaram hoje, mas temos o resto da temporada e precisamos de vitórias, e não perdas.”
“Concordo,” Sanchez responde.
Jax assentiu e saiu.
Deixando eu e Sanchez juntos.
Ele não disse nada.
“O que está acontecendo?” Eu cruzei meus braços. “Parece que atropelei o seu cachorrinho.”
Ele amaldiçoou e chutou o lado da parede com o sapato. "Nada. Talvez eu apenas esteja tendo um acesso de raiva.”
“Você não costuma ser assim.”
“Repita isso?” Ele levantou a cabeça, os olhos faiscando. “Como você me conhece tão bem?”
“Eu te odiei todo o ano passado.” Eu engoli a secura na garganta. “Porque você era bom, e você era arrogante, ainda é.” Ele revira os olhos. “Mas agora, este ano, agora que eu tenho razão para te odiar mais, por tomar algo que eu pensei que era meu, e não posso ter.”
“Por que isso?” Ele se moveu até que estávamos peito a peito.
“Porque talvez seja assim que sempre deveria ter sido.”
A culpa brilhou em seu rosto, tão rápido que eu quase perdi. “Eu não estaria tão certo de que este era o plano, cara.”
“Que diabos isso quer dizer?”
“Olhe, todos nós precisamos dormir. Emerson teve uma noite difícil. O pai dela —"
A culpa estava de volta.
“O pai dela, o quê?” Eu estava ávido por informações, e eu não tinha ideia do motivo.
“Ele não está bem. Falei com a enfermeira antes que Emerson chegasse a casa e quando ela se recusou a me dizer qualquer coisa, eu bisbilhotei enquanto ela estava no banheiro. Ele tem uma doença de Alzheimer muito agressiva, e é apenas uma questão de tempo antes que ele tenha que ser colocado em uma casa de repouso. Tanto quanto eu gostaria de pensar que tenho um monte de merda no meu prato, ela tem mais. Eu vi a papelada, não parecia bom.” Ele coçou a parte de trás de sua cabeça e amaldiçoou novamente. “Ele estava doente quando vocês dois estavam no ensino médio?”
“Não.” Minha voz soou oca. "Nem um pouco. Eles tinham uma casa realmente agradável à beira do lago, ele era um professor—”
“Caras?” Kinsey enfia a cabeça para fora do bar. “Emerson parece morta de sono e ela está aqui há apenas dez minutos.”
“Vou levá-la para casa.” Sanchez se vira para ir embora, e percebo que ele queria dizer a sua casa, não dela.
Kinsey deixou Sanchez passar por ela e, em seguida, cruzou os braços quando ela viu meu estado patético. “Eu perdi uma luta de amigos?”
Eu bufei. “Não.”
“Bom.”
“Bom?”
“Amigos que lutam a guerra juntos ficam juntos. Não deixe que isso” — ela levantou as mãos no ar — “destrua as coisas boas. E você, Miller Quinton, é bom.”
“No futebol?”
“Sim.” Ela sorriu. “Futebol, e pelo que eu estou vendo com este pequeno drama do triângulo amoroso, você é um amigo muito bom.”
“Não me sinto assim às vezes.”
“Claro que não. Porque às vezes, ser bom dói muito mais do que ser mau.”
No que eu ri. “Tão verdadeiro, Flat-ass3. Tão verdadeiro.”
Os olhos dela se arregalam. “Você acabou de me chamar de Flat-ass?”
“Se a calcinha encaixar...” Eu fiz uma corrida só para ter seu salto nas minhas costas e ela começou a bater os pequenos punhos em meus músculos. “E uma massagem? Você é a melhor!”
Ela se afasta das minhas costas e me olha, o peito arfando. “Eu não tenho mais energia.”
“Comida.” Aponto para o bar. “Vá. Trabalhe nessa bunda.”
Ela engole em seco e baixa o olhar. “Eu meio que não quero comer sozinha. O resto da equipe está sendo meio que...”
“Como as meninas em As Apimentadas, quando todo mundo estava contra Torrance por utilizar um coreógrafo que ensinou a mesma rotina a cada equipe de animadoras de torcida na Califórnia, e eles começaram a odiá-la? Estão sendo assim?”
Seus olhos se arregalam. “Quem é você?”
“Aparentemente, seu novo companheiro de jantar.” Abro a porta para Kinsey e sussurro em seu ouvido. “Flat-ass regra número um, coma batatas fritas.”
“Com ketchup.” Ela esfrega as mãos.
Sanchez e Emerson passam por nós.
O tempo para.
E embora tenha me sentido mal...
Uma parte minha se perguntou se é por que estou certo.
Capítulo vinte e oito
EMERSON
Nós estamos na cama.
Não é estranho.
Deveria ser estranho.
Mas desde que confessei a ele sobre descobrir que estava grávida no ensino médio, dois meses após Miller ir embora, sinto-me livre.
Confessei ao cara errado — e me sinto melhor, exausta, mas melhor.
“Você sabe...” Sanchez está zapeando por canais na TV, sem camisa, usando um par de calças pretas muito baixas que o abraçavam em todos os lugares que realmente não deveria estar olhando se fosse manter a promessa de não dormir com ele.
“O quê?” Bocejo por trás da minha mão e ajeito o travesseiro cerca de dez vezes antes que ele finalmente suspire e o empurre para longe de mim, em seguida, bate nele com seu punho gigante, só para jogá-lo para fora da cama e, em vez disso, passar a mão em seu peito. Engulo em seco. Ele repete o movimento. E porque estou exausta, eu cedo.
Seu corpo é quente contra minha bochecha e então noto que minhas mãos traçam círculos nas ondulações de seu abdômen perfeito.
E de alguma forma minhas pernas avançam para mais perto das suas até que estou tão confusa quanto apertada contra ele como um maldito pretzel pegajoso.
“É meu calor ou meu corpo?”, ele diz com uma risada sexy.
“Ambos?” Aconchego-me mais. É tão bom. Seguro, perigoso e apenas... certo.
Ótimo. Agora estou citando Cachinhos dourados e os três ursos.
“Disse algo?”
“Eu não teria deixado.”
"O que?"
“Você”, ele sussurra enquanto começa a brincar com meu cabelo, torcendo-o entre os dedos como faz quando está pensando. “Se me pedisse para deixá-la agora, eu não o faria. Não posso nos imaginar sendo amigos no segundo grau. Você sabe, porque sou um merda e você soa como uma completa perdedora.”
Dou um soco em seu estômago. Ele tensiona o abdômen de modo que o golpe não vá machucar — bastardo — e continua rindo.
“Mas...” Sua mão encontra a minha, provavelmente para proteger outras partes do seu corpo. “Se fossemos amigos, teria dormido com você, te provado, ficado com você, eu não desistiria disso.”
“Ele não teve escolha.” Suspiro. “O pai dele estava mudando.”
“Em...” Ele não está me chamando mais de Curves.
Não tenho certeza do que isso significava.
“Você sempre tem escolha.”
“Não no segundo grau. Você não entende. Você—”
“Não, você não entende.” Ele senta e segura meu rosto com as duas mãos. “Se ama alguém, você fica. Não há literalmente nenhuma escolha além dessa. Tudo o que estou dizendo é que eu teria lutado. Eu teria me emancipado do meu próprio pai, se fosse preciso. Teria ido com meu pai e, em seguida, pego uma carona para voltar, e cada vez que fosse pego, iria dormir, acordar e fazê-lo novamente. Inferno, teria me transformado na merda de um carro e me conduzido. Não há escolha, Em. Não há. Não quando se ama alguém. O amor não precisa de uma justificativa para suas ações. É um passe livre. E teria tomado esse passe e corrido de volta para você. Isso é...” Ele solta o meu rosto. “Isso é tudo.”
Ele encosta-se na cama e muda novamente o canal.
As sombras da TV dançam ao longo das paredes... e em seus lábios e rosto perfeito.
E seriamente paro de respirar.
Porque em seis anos...
Nunca me ocorreu que nenhum de nós lutou por isso.
Eu chorei.
Ele chorou.
Foi horrível.
Mas nenhum de nós lutou, além disso; acabamos por aceitar, como se fosse lei, como se não houvesse alternativa.
Nós aceitamos e tentamos seguir em frente.
“Posso ouvi-la pensando.” Os lábios de Sanchez se contraem enquanto ele continua passeando através dos canais como se fosse um hobby.
E de repente, tudo o que quero é parar de pensar — para beijá-lo, agradecer, para estar com ele.
Ele.
Não tenho certeza de quem se move primeiro, ele ou eu, mas de repente o controle remoto é lançado no ar e num emaranhado de braços e pernas, estamos nos beijando, comigo em cima e ele embaixo, suas mãos segurando minha bunda tão forte que terei contusões lá.
A espiral é escorregadia.
A queda é fácil.
Eu me solto.
Fecho os olhos e só permito, permito que suas mãos corram por meu corpo como se ele me pertencesse.
É como mergulhar na água escura sem saber o que está por baixo, sem saber se irá respirar novamente, mas não se importando se esses poucos segundos de felicidade são tudo o que vai experimentar.
Esse é Grant Sanchez.
Ele se afasta. Seus olhos estão meio fechados enquanto inspeciona meus lábios. “Sim, Em.” Ele lambe os lábios, em seguida, enfia meu cabelo atrás das orelhas com as mãos trêmulas. “Eu teria corrido de volta para você, porra.”
Todo o ar deixou meus pulmões quando caio contra ele, minhas mãos alcançando seu pescoço enquanto nossas bocas se encontram num beijo de boca aberta, os lábios separados. Sua respiração quente atinge meu rosto quando ele pressiona beijo após beijo no meu pescoço.
Com o corpo tremendo, tento dizer a meu coração para parar de bater tão alto.
Mas ele está muito animado.
Correndo na direção dele.
Em direção a alguém que sempre vi como o cara errado.
Que muito possivelmente pode acabar por ser o certo.
Porque não importa o quão danificado seu coração esteja, ele nunca perde a capacidade de escolher de novo, de tentar novamente e querer amor, mesmo após a perda.
Como pode algo tão errado parecer tão certo?
Ele segura meus seios através da camisa e depois, num acesso de palavrões, a puxa sobre a cabeça, quase arrancando uma das minhas orelhas. Ele a joga no chão e olha meu corpo.
“Sprinted4.” Ele dá um beijo faminto em minha boca. “Correr o mais rápido possível e orar o tempo inteiro para criar asas.” Outro beijo e outro, eu ia contando, guardando-os para mais tarde, no caso de precisar.
Porque ainda tenho medo, medo de que este seja um sonho, que este sentimento — esta coisa que temos, não seja real.
E preciso tanto que seja real.
Que algo tão bom continue muito bom.
Ele geme quando abaixa a cabeça. As mãos ásperas puxam meu sutiã e o joga para junto da camisa, e aquela mesma língua, que minha boca lamentou perder, gira em torno de um mamilo depois do outro.
Arqueio contra ele.
Esse sentimento não é algo a que estou acostumada.
Um cara usando bem seu tempo.
Minha única experiência foi um pouco excitante, momentos apressados no ensino médio com meu melhor amigo. Poderoso, mas diferente disso, muito diferente. O calor líquido se espalha até que é impossível ficar imóvel.
“Shhh, estou tendo um momento com seus seios.” Com a força do jogador de futebol que era, ele me jogou – EU - de costas e prendeu minhas mãos acima da cabeça. “Eu posso precisar ter vários momentos. Eles têm muito a dizer.” Ele geme, pressionando seu ouvido no meu peito. “Uh-huh, o que foi isso? Você quer ficar? Na minha cama?”
Minha risada afasta o nervosismo dele me ver nua, um cara que é o novo rosto da Armani, o mesmo cara que faz meninas esquecerem seus nomes, o mesmo cara que após me encontrar por cinco segundos nos declarou melhores amigos.
Cada toque de sua língua é doloroso; estou em sobrecarga sensorial e presa por mais de cento e treze quilos do receptor do Bellevue Buck.
Ele me faz sentir poderosa — sexy.
Movo-me embaixo dele. “Terminou de falar? Porque estou meio que morrendo aqui.”
Ele pressiona a mesma orelha mais para cima. “Seu coração está bem, viu? A batida está um pouco irregular. Posso precisar de lhe dar um sedativo mais tarde. Espero que vinho funcione.”
“Sanchez.”
“Grant,” ele sussurra. "Diga meu nome."
“Grant.”
Ele solta um suspiro antes de sua boca encontrar a minha novamente. Seu corpo gigante pairava sobre mim protetor como se temesse que o teto fosse me ver sem camisa ou algo assim.
“Diga que vai ficar aqui.”
“Aonde mais eu iria?”
Seus olhos procuram e sei exatamente pelo que.
Prendo a respiração.
E então ele está me beijando novamente.
Suas mãos puxam os shorts para baixo até o calcanhar e as palmas estão entre minhas coxas. Entre sua boca e a sua mão, estou pronta para ter uma morte feliz.
“Pare de se contorcer.” Ele ri no meu ouvido.
"Eu não estou. Não faço isso... esta... coisa... desse jeito."
Ele se afasta, os olhos sérios. "Bom."
E depois o resto das minhas roupas some.
E estou completamente nua. Com ele.
Engulo em seco.
Ele coloca as duas mãos nas minhas coxas e sorri. "Deixe."
“Deixar o quê?”
“Deixe-me te provar.”
Ele está pedindo permissão. Quem é esse cara? Este que é chamado de mulherengo? A pessoa que pede permissão e me faz trancar a porta à noite?
Com um sorriso brincalhão, ele espera, com a cabeça quase descansando entre minhas coxas, as pontas dos dedos roçando na pele como se tivesse todo o tempo do mundo.
“Nada de sexo, mas quero lamber sua buceta, fazer você gritar,” ele finalmente diz. “Oferta final antes de trancar a porta e deixá-la chorar até dormir, como sabe que vai fazer se me recusar, porque — e aqui é onde realmente selo o acordo — eu vou te abraçar.”
“O quê?” Inclino-me nos cotovelos. “Você acabou de dizer a palavra com B?”
Seu sorriso passa de lúdico para absolutamente letal. “Qual delas?”
“Fui direta.”
“E estou a ponto de lamber isso.” Ele pisca. “Além disso, sabe o que dizem. Você a lambe, ela é sua. E você, Emerson, está no meu quarto. Você é minha."
Balanço a cabeça.
Mas não falo.
Ainda não.
A única coisa que ele não possui é meu coração — pelo menos não ainda — e sei que se eu falar, se confessar, meu coração será o próximo. Então Miller — tudo sobre ele — terá ido para sempre, e embora esteja seguindo em frente, preciso de, pelo menos, contar-lhe primeiro, sobre tudo.
Deve ter aparecido no meu rosto, minha indecisão, porque Sanchez espera.
“Sim.” Suspiro. “Mas tem que me abraçar e parar, se eu precisar que pare.”
“Combinado, mas aqui está um pequeno segredo. Quando um cara sabe o que está fazendo, uma menina não quer que ele pare.”
“Oh.”
Ansiedade se mistura com emoção quando ele abaixa a cabeça e, em seguida, o ar frio atinge minhas coxas, fazendo-me estremecer e depois abri-las.
“Belo truque.” Cerro os dentes.
“Estou cheio deles.” Ainda posso ver seus olhos piscando antes dele soltar um gemido rouco. “E agora me banqueteio.”
Estou prestes a protestar. Dizer que ele estava sendo ridículo, repreendê-lo, quem sabe? Esse é Grant Sanchez!
E, em seguida, todo pensamento lógico voa pela janela.
E meu corpo pulsa com Grant Sanchez.
E a maneira como sua língua desliza por lugares que eu nem sabia existirem, aplicando pressão, chupando, lambendo, fazendo eu me sentir uma putinha devassa.
Mas é tão bom.
Tão - livre.
Agarro os lençóis entre meus dedos quando o suor se agrupa nas palmas das minhas mãos. Seu golpe com a língua recua quando mais preciso.
Ele geme entre os golpes.
E com cada movimento, pequenos espasmos me atingem, até que ele agarra minhas coxas com as mãos e sussurra contra minha pele, “Paciência, Em.”
Quase o chuto quando suas mãos se juntam ao time Tente Fazer Emerson Morrer na Cama de um Jogador de Futebol Profissional.
E então magia absoluta.
Um tremor explosivo atinge meu corpo quando descaradamente gozo contra sua boca, meu corpo quase se lançando para fora da cama e se jogando para fora da varanda em triunfo.
Só para ter um segundo tremor o acompanhando.
E um terceiro.
Meus olhos ainda estão fechados quando sinto seus lábios no meu pescoço, em seguida, deslizando sobre meu corpo. E esse mesmo homem, o que prometi a mim mesma que ficaria longe, me puxa contra seu corpo.
Seu corpo excitado.
Aquele que disse: Posso não dormir esta noite porque estou tão duro que poderia martelar pregos.
Ele sussurra em meu ouvido. "Obrigado."
Fico completamente imóvel.
"Mas."
“Em.” Ele desliza as mãos pelos meus braços nus. "Isto. Isto é tudo que quero de você. Nem todo o sexo, nem todas as preliminares, embora seja ótimo. Agora, quero cuidar de você. Só você. E então quero te abraçar, na minha cama. E não dormir num quarto longe, querendo saber se o último homem que pensa é o mesmo com que tenho que conviver nos próximos dezesseis jogos sem lhe arrancar a cabeça ou me perguntar se ele sente falta de seu gosto do jeito que eu sinto. Se ele pensa em você nua, como eu penso. Não posso fazer isso agora. Não depois de hoje à noite. Provavelmente nunca. Portanto, não analise, não faça isso consigo mesma. Que seja sobre mim, este homem dividindo a cama com você e seu ciúme sobre um passado que ele nunca foi parte e o medo que tem que o passado possa, ainda que injustamente, ditar seu futuro.”
Finalmente solto a respiração que estou segurando. “Você diz coisas muito poéticas para um jogador de futebol bobo.” Lágrimas enchem meus olhos. Por favor, Deus que seja real.
Não o leve também.
“Graduado summa cum laude5, Curves. Eu te disse.”
“Grant...” Viro para encará-lo. Ele é tão bonito, tão ridiculamente bonito com seu cabelo chocolate e um sorriso de parar o coração. "Por quê?"
“Por que me formei?”
“Não, por que eu?”
Ele espia debaixo do lençol. “Você está falando sério, Curves? Olhe para você!"
“Sério.” Engulo o nó na minha garganta. "Por que eu?"
Ele fica sério e segura meu queixo. “Isso é fácil.” Ele dá um beijo na minha boca. “Você se recusou a ser minha amiga. E todo mundo quer ser meu amigo, por quaisquer razões que possam ter. Mas você insistiu, o que significa que você é uma das boas. E quando olha para mim, não é pelo o que tenho. É pelo que está faltando.”
“Gosta de mim porque encontrei seus defeitos?”
“Claro que não.” Ele ri. “Gosto de você porque você me faz querer corrigi-los.”
Capítulo vinte e nove
MILLER
Deito na cama e os imagino assistindo filmes, como nós fazíamos. Deixo as memórias com Em me banharem até que estou doente. Porque não importa o quanto queira ser o cara compartilhando seu presente, perdi essa oportunidade na hora que fui embora no passado.
Parte de mim se pergunta se desisti muito facilmente porque estava magoado.
Porque, no fundo, não esperava que uma menina tão incrível quisesse ficar comigo, e quando me afastei, tinha um sentimento de naufrágio de que não acabaria bem.
Não porque não a amasse.
Mas porque não tinha certeza de como amá-la de tão longe, não com nossa relação sendo tão nova. Não com meu pai respirando no meu pescoço sobre bolsas de estudo de futebol e as bolsas da faculdade.
É como se quanto mais longe fosse dela mais as questões cresciam, tornando impossível até mesmo vê-la.
Viro de costas e olho para o teto.
Futebol.
Ganhar jogos.
Concentrar-me no positivo.
Preciso fazer todas essas coisas e parar de agir como um desastre emocional sobre tantas coisas que não tenho controle — tipo como ela se sente sobre Sanchez.
Como se precisasse de outro motivo para bater meu rosto no travesseiro e prender a respiração, ouço risadas ao lado e, em seguida, o nome dele.
Não Sanchez.
Grant.
Ela grita Grant.
Dor corta meu peito. Espero por isso. A mágoa. Mais dor.
E então a coisa mais estranha acontece: ele continua batendo, o mundo não acaba e tudo continua como se eu não tivesse ouvido o que pensei ter ouvido.
Minha mente brinca comigo; isso me faz querer acreditar que eles estão brincando, quando na verdade sei que há menos roupa envolvida e um inferno de muito mais língua.
Gemo novamente e coloco o relógio para despertar cedo para fazer uma corrida.
“Acorde!” Uma voz masculina alta grita, e, em seguida, meu colchão está se movendo. "Terremoto!"
“Que diabos!” Grito. Caio no chão num emaranhado de lençóis, e finalmente abro os olhos para ver Sanchez elevando-se sobre mim com nada além de um sorriso no rosto e um moletom Armani cinza.
“Bom dia, luz do sol.” Seu sorriso se alarga. “Fiquei com medo que dormisse nu, é por isso que Emerson está se escondendo na segurança da minha cozinha. Então, ela está cozinhando novamente...”
“Cozinhando?” Meu estômago rosna.
“Uh-huh. Isso é o que pensei.” Sanchez boceja. “Achei que fosse querer um pouco de comida após a vitória de ontem e que melhor maneira de comemorar do que com os amigos?”
Certo. Amigos.
“Kinsey está vindo também, com Jax e Thomas.”
“Ainda melhor.” Paro.
Sanchez balança a cabeça. “E pensar que ela ficou de fora de um show tão agradável. Coloque algumas roupas antes de assustar alguém.”
“Só me preocupo em assustar os caras.” Bocejo e o empurro em direção ao banheiro. “Dê-me dez minutos.”
“Legal”. Ele sai e minha porta da frente bate. Eu a deixei aberta? Será que o psicopata tem uma chave ou algo assim?
Balanço a cabeça e rapidamente tomo um banho e fico pronto. O cheiro de bacon já está enchendo o salão no momento em que bato na porta de Sanchez e entro.
Jax e Kinsey estão bebendo suco de laranja, enquanto Sanchez abre uma garrafa de champanhe.
“Mimosas6?” Franzo o nariz.
"Não se preocupe. Vou colocar mais champanhe do que suco, para você. Menos açúcar.” Ele olha Kinsey. “Está no manual.”
“Pare de memorizar nossa merda.” Kinsey revira os olhos.
“Isso é o que faz quando dorme com todas as líderes de torcida”, Thomas diz em voz alta, como o idiota que é, claramente, não pensando Oh hey, Emerson é uma líder de torcida e está com Sanchez há algumas semanas.
“Sinto muito.” Sanchez bate seu copo no granito, enviando suco de laranja por todo o piso de madeira.
Os olhos de Thomas brilham brevemente antes dele dar de ombros para Em, nada sobre sua linguagem corporal pedindo desculpes. “Desculpe, não estava pensando, Emerson. Sei que não é assim com vocês. Quero dizer, se isso é tão legal — o que quero dizer é que... ele é assim com outras líderes de torcida e—”
Jax dá um tapa na parte de trás da sua cabeça. “Pare já de falar.”
Thomas cala a boca, mas não para de olhar para Sanchez ou Em.
“Está tudo bem.” O sorriso de Emerson é falso. “Podemos comer?”
“Comida!” Jax grita um pouco energicamente demais enquanto Kinsey começa a pegar pratos.
Ninguém nota Emerson passando despercebida pelo corredor.
Exceto eu e Sanchez.
Balanço a cabeça para ele.
Só para ter Jax o agarrando pelo braço. “Estava pensando naquele passe e...”
“Eu cuido disto,” articulo sem som.
Seu alívio é tangível quando rapidamente caminho por um corredor que espelha o meu e a encontro em seu quarto. E uma parte minha se pergunta se ele realmente confiava em mim sozinho com ela ou só quer que ela seja consolada, não importando quem fosse o consolador.
Espero sentir raiva.
Ciúme além do imaginável.
Em vez disso, tudo o que posso evocar é um inferno de tristeza por onde ambos estamos em nossa amizade, e decepção por não saber como tê-la de volta. Porque, antes de beijá-la há seis anos, ela foi tudo para mim. Minha rocha. Minha melhor amiga. E mataria para ter esse sentimento de volta, a solidariedade que costumávamos dividir. Sim, sempre fui atraído por ela. Sempre a quis, a amava, mas não tanto quanto precisava dela ao meu lado. Isso sempre ganhou e percebi que era hora de eu parar de ficar deprimido e realmente agir sobre essa merda. Ela merecia pelo menos isso e muito mais.
“Ei.” Bato na porta aberta. “Sanchez estava vindo, mas Jax o deteve sobre alguma jogada, então hoje pego a segunda corda7.”
“Você nunca foi a segunda corda um dia em sua vida.” Ela bufa.
“Até agora,” respondo honestamente. “Tenho que dizer que não é uma das minhas coisas favoritas, Em.”
Ela enxuga o rosto e me dá um sorriso. “Segunda corda ainda é importante, sabe.”
“Ah.” Droga. Suas lágrimas estão me matando. “Você está me dando um discurso de encorajamento? Não é por isso que vim aqui?”
“Digamos que seu atacante se machuque, é melhor o backup ser tão bom quanto ou as chances da equipe vencer o campeonato são quase nulas.”
“É verdade, é verdade.” Assinto. “E o atacante tem que ter bolas de aço, mas ainda ser capaz de acalmar a tempestade.”
“Certo.” Ela cruza as mãos no colo. “E quero dizer a sua posição — bloqueador — precisa ser grande, alto, sem medo. Você tem a oportunidade de marcar, mas também tem que proteger o atacante. Você não pode simplesmente ser o melhor bloqueador na liga um dia e horrível no próximo. Alguns podem até argumentar que a terceira corda é importante, eles o pagam como se fossem. Olhe os Pilots. Eles estão com um de seus receptores de terceira corda agora!”
Ela está animada quando agita as mãos no ar e bufa.
“Você ama futebol.” Sorrio, sentado na cama.
“Eu amo futebol”, ela concorda. "Então, o que acha? Sobre a segunda corda?”
Olho ao redor da sala, o quarto que cheira a eles, o quarto em que ela está atualmente hospedada, se as roupas sobre a cama fossem algum tipo de indicação.
“Diria que é horrível, mas estou disposto a aceitar ao menos isso.”
“Por que está falando da minha merda, Miller?” Sanchez está encostado na porta, os braços volumosos cruzados.
Eu o enlouqueço.
“E eu pensando que seriamos melhores amigos.” Sua voz pinga sarcasmo.
Estou completamente fora da minha zona de conforto, sem saber se a abraçar é errado, se tocar a mão dela em conforto está fora dos limites, então me afasto.
Sanchez balança a cabeça. “Não estou dizendo isso porque já fedi tanto que fui colocado na segunda corda...” Ele senta no outro lado de Emerson. “Mas acho que é tudo sobre como olha para isso.”
“Sim?” Olho para frente, a voz embargada, mostrando minha fraqueza. “E como é isso?”
“Bem, pelo menos você ainda está no jogo.”
Respiro fundo.
E olho para ele, realmente o olho.
E maldição se ele não é um homem que posso respeitar.
“Isso não é a coisa mais importante?”, ele pergunta.
“Sim.” Minha voz soa apagada. "É."
“Rapazes?” Emerson olha entre nós. “Ainda estamos falando de um jogo ou sobre o que Thomas disse?”
“Thomas é um idiota”, Sanchez rosna. “Estou surpreso que ainda esteja na equipe depois de toda a merda que fez no passado.”
Não tenho certeza de quanto Em sabe sobre Thomas e o passado de Sanchez, mas não é minha história para dizer qualquer coisa. Estou chocado que ele ainda jogue para os Bucks, especialmente desde que são conhecidos por sua posição sobre drama entre jogadores. Caras foram expulsos da equipe por menos, mas Thomas é muito bom no que faz. Parte de mim se pergunta se a reação de Sanchez é a única razão pela qual Thomas foi capaz de permanecer na equipe. E, novamente, meu respeito pelo homem aumenta desde que há muito rancor entre eles.
“Um pedaço imaturo de merda que vou esquecer de proteger durante o treino de amanhã”, acrescenta, quando dou um aceno sério. Sanchez me deu um toque aqui sobre a cabeça de Emerson.
“Vocês são como uma versão da máfia.”
“A máfia do futebol.” Sorrio. “Meio que tem um anel para isso.”
“Preciso que me faça um favor,” Sanchez diz com a voz igual à de O Poderoso Chefão, com a mandíbula projetada.
"Isto? Isto é o que estamos esperando? Vocês brincando de O Poderoso Chefão no quarto enquanto a pobre Em tem que saber se vai se forçada a ser o cavalo?” Kinsey aparece na porta.
“Você está desrespeitando a família”, entro no jogo apontando para Kinsey.
“Sim, estou fora.” Emerson ri e, em seguida, vira. “Obrigada rapazes. Aos dois."
Elas nos deixam sozinhos.
É estranho como o inferno por alguns minutos, e depois não é.
“Independentemente do que aconteceu no passado ou de quem foi a culpa...” Sanchez diz. "Você foi embora."
Lambo meus lábios e digo. "Sim. Eu sei."
“Essa é a diferença entre você e eu.” Seus olhos brilham. “Eu nunca faria isso.”
Hesito, procurando em seus olhos por qualquer tipo de besteira e não encontrando nada além de honestidade, assim com um aceno de cabeça, murmuro em descrença, “A parte mais difícil de tudo isso? Na verdade, eu acredito em você.”
“Gente!” Kinsey grita. "COMIDA!"
“Melhor ir antes que ela queime seu apartamento”, murmuro, passando por ele, me sentindo como se talvez o passado fosse definir o futuro, apenas de uma forma que nenhum de nós poderia ter imaginado.
Ou planejado.
Ou estivesse preparado.
Capítulo trinta
EMERSON
Meu corpo ainda está zonzo pela noite passada. Sinto-me bem, tão bem, até que cruzo os olhos com Miller e a culpa volta. Normalmente, outros sentimentos me acompanham, sentimentos que me fazem sentir culpada por tudo o que aconteceu com Sanchez, sentimentos que dizem ao meu corpo que talvez eu não seja mais de Miller, mas as borboletas não estão de volta com força total e não o olho mais com saudade.
Em vez disso, estou me sentindo mais culpada do que qualquer coisa.
“Ei.” Sanchez me agarra por trás, em seguida, gira em seus braços e beija o lado do meu pescoço. “Será que bebeu todas as suas mimosas como uma boa menina?”
“Cada gota.” Sorrio como uma lunática. “Obrigada.”
Ele pressiona um beijo no meu pescoço e me puxa contra seu corpo. Adoro a forma como faz isso. O mundo desaparece. Tudo. É como se quanto mais tempo passo com ele, mais meu passado some, me deixando sem escolha, além de me agarrar ao meu futuro, me agarrar a ele.
Assim, enquanto as últimas cordas são cortadas...
As cordas futuras são ligadas.
Nele.
“Então, hoje é um dia de folga.” Sanchez se afasta. “Pensei que todos poderíamos fazer algo divertido?”
“Estou fora.” Thomas boceja. “O treinador tem que falar comigo sobre algo estúpido que provavelmente tem a ver com por que tenho jogado pior que o normal.”
A expressão de Sanchez é tensa. "Desculpe, cara. Espero que não seja uma má notícia.” O olhar que ele dá é qualquer coisa, menos sentido, mas não falo nada.
Thomas dá de ombros e pega as chaves. “Até logo.” Ele acena para os caras e vai para Kinsey. Ela levanta as mãos no ar e dá um passo gigante para trás.
“O que, nenhum abraço?”
“Não se deseja que o atacante jogue com você.”
"Uma noite. Pode mudar sua vida, Kins.”
“É, ouvi falar de seus segundos de mudança de vida. Acho que vou passar.”
Sua expressão tensiona. “Como quiser.”
“Uh-huh.” Ela começa a colocar a comida, o ignorando completamente quando sai do apartamento.
“O que foi isso?” Miller pergunta.
Sim, estou me perguntando à mesma coisa.
Kinsey responde antes que Sanchez possa. “Ele está jogando mal pra caramba. Jax não pode fazer milagres e Thomas... bem, neste momento ele precisa de um milagre. Ele ficou sem contrato ano passado e o treinador quis dar uma chance a ele.” Ela coloca a tampa sobre um prato e o empurra na geladeira, o longo cabelo escuro balançando pelas costas com o movimento. “Mas aqui está a coisa, você tem que querer o sonho e, a princípio, ele quis, ele realmente quis. Podia ver a emoção em seus olhos. O temor. E então, a fama veio, junto com Jacki e olha como acabou? Nem todo mundo pode lidar com isso. Thomas é, aparentemente, uma dessas pessoas.”
A cozinha fica em silêncio.
Ela continua falando.
“Quer dizer, ele está em pânico na linha defensiva! Tudo o que tem que fazer é atacar e impedir que coisas loucas aconteçam. Em vez disso, ele está focado em conseguir uma interceptação. Cara, você não é um corredor, sabe?”
Minhas sobrancelhas sobem.
A boca de Miller abre, fecha, e depois, “Outra líder de torcida que gosta de futebol?”
Ela olha o balcão. “Eu queria jogar quando era pequena, mas eles não deixavam meninas entrar na equipe, então virei líder de torcida. Não é grande coisa. Ei, ninguém vai terminar este champanhe?” Ela não espera que alguém responda, apenas pega a garrafa e bebe.
“Você queria jogar?” Sorrio. “Eu ficaria com medo de você. Parece—”
“Corajosa,” Miller termina. “E quase uma lutadora. Sim, acho que eu ficaria com medo também.”
“Diz o cara que tem quase um metro e oitenta e oito.” Ela sorri. “Mas obrigada. Enfim, o que faremos hoje?”
Com o tema oficialmente mudado, olho Sanchez, mas ele estava ocupado olhando Miller e Kinsey.
Dou-lhe uma cotovelada.
Seu rosto lentamente forma um sorriso maroto. “Digo que devemos ir ao estádio e jogar um pouco... de futebol."
“Futebol,” todo dissemos em uníssono.
“Que inferno, homem?” Miller o olha. “Esse não é o nosso dia de folga?”
“Você não pode ser o melhor, se não praticar todos os malditos dias.” Sanchez esfrega as mãos. “Além disso, realmente quero perseguir Emerson. Digo a vocês que, vamos deixar as meninas serem as atacantes e vamos chamar alguns do time de treino que conhecemos, para nos ajudar. Seja qual for o time que ganhar tem que cozinhar hoje à noite. Combinado?”
“Fechado”, Kins e eu dissemos ao mesmo tempo.
"Mas...” Empurro-me para longe de Sanchez. “Kinsey e eu estamos no mesmo time. Meninos contra meninas.”
“Aw...” Sanchez coloca uma mão em seu coração. “Você não é adorável. Miller, minha menina pensa que tem uma chance.”
“Sou realmente boa em chutar bundas”, respondo.
Miller dá um passo para Sanchez. “Cara, não sei se quer fazer isso. Ela fez um cara chorar no ensino médio. Ele literalmente correu para fora do campo e chamou sua mãe.”
“Por favor.” Sanchez bufa. “O que ela pode fazer?”
Miller engole em seco.
Ele tem o direito de estar um pouco com medo, porque sim, talvez o que fiz naquele dia no campo tinha sido um pouco ilegal. Afinal, era flag futebol8. Mas é minha culpa Jack ter tropeçado no meu corpo?
“Será divertido.” Esfrego as mãos juntas. “Preparem-se para perder, rapazes.”
“Ela se dá conta de que somos dois dos jogadores mais bem pagos da liga, certo?” Sanchez pergunta a Miller. “Ou está apenas delirante?”
Miller estremece. “Eu fui seu treinador de futebol feminino.”
Sanchez perde o sorriso. “Bem, merda.”
“Ensinei-lhe tudo o que sei.”
“Acha que essa informação não teria sido muito útil quatro minutos atrás?” Sanchez o empurra de brincadeira.
“Que seja.” Miller treme. “Somos gigantes em comparação a elas. Estamos totalmente bem.”
Dou a Kinsey um olhar compreensivo.
Podemos não ser tão grandes.
Mas jogamos sujo.
“Vamos jogar.” Cruzo os braços.
“Limpe a linha agora!” Sanchez ruge. “Jones, volte para a cobertura extra!”
Jones vai mancando até seu lugar no campo.
“Bando de maricas!” Miller grita. “Vocês são atletas profissionais. Ajam como tal!”
Kinsey e eu acenamos uma para a outra quando ajustamos nossas fitas. Estamos jogando nos últimos quarenta minutos e já marcamos dois touchdowns.
Estamos empatados.
Quatorze a quatorze.
A outra equipe, Iron Men, tem um medo constante de nos machucar, porque você sabe, nós somos meninas. Então, cada vez que se aproximam de nós, estão preocupados com ter seus traseiros chutados por tocar nossos peitos ou bunda ou estão preocupados em nos machucar. Traduzindo, realmente não é justo.
O pior é que todo mundo sempre dá a Kinsey um amplo espaço.
Ou seja, nosso primeiro touchdown foi basicamente entregue de bandeja.
Duvido que os caras levem isso em consideração.
No minuto em que ela mandou uma mensagem a Jax para que soubesse sobre o jogo, ele veio para o estádio de treinos e olhou todos furiosamente e ninguém quer chatear o atacante. Ele saiu no café da manhã e não o vi desde então.
“Vamos!” Sanchez ruge. Ele odeia perder. E amo que cada vez que tenho a bola ele me atacou como se eu fosse igual a ele. Realmente não acho que ele sequer pisca um olho se tiver que me atropelar para ganhar. Ele acabou de dizer, Ei, você queria jogar.
Amo isso nele.
Não sou fraca para ele.
Sou só... Emerson.
Miller, por outro lado, parece pronto para assassinar sua equipe junto com Sanchez.
Ambos estão cobertos de suor e sujeira. Muito para um dia de folga, certo?
“Um, dois, vai!” Sanchez recua e procura um receptor aberto.
Estou cobrindo Jones e vejo Sanchez olhar para Miller. Esta é minha chance. Corro através da abertura e atinjo Sanchez, deixando-o completamente em sua bunda e alheio ao futebol.
“Sério?” Ele levanta, olhando para mim. "Quem é você?"
"Por quê...” Bato meus cílios. “Sou uma atleta profissional. E você?"
Ele sorri e me dá um tapa na bunda. “Estou muito excitado para estar perto de pessoas agora.”
Ajudo-o a levantar, só para tê-lo sussurrando em meu ouvido. “Por favor, me diga que vai fazer isso comigo na cama em algum momento. Eu adoro um bom... combate.”
Ele bate na minha bunda novamente e sai com a bola, pronto para marcar.
E estou congelada no lugar, a respiração irregular, meu coração selvagem.
“Concentre-se!” Kinsey grita comigo.
“Desculpe!” Grito de volta, ficando na posição, quando vão para o terceiro down.
Sanchez joga uma espiral para Miller, que pegou a bola e corre direto para Kinsey, jogando seu corpo minúsculo no chão.
“Oh merda!” Miller grita.
Jax grita para ela.
Eu corro.
Ela está de costas, com lágrimas de riso escorrendo pelo rosto. “Veja, é por isso que preciso de uma bunda, gente! Preciso de algo para pousar.” Ela pisca para Miller. “Será que eu o impedi?”
A expressão atordoada cruza suas feições antes que ele sacuda a cabeça e a ajude a levantar. “Estava muito ocupado não te matando para notar.”
“Oh.” Ela franze a testa. “Um tiro, uma jarda curta. Tudo bem. Talvez da próxima vez, campeão.” Ela lhe dá um tapa nas costas e sai.
Deixando-o ali com uma expressão familiar no rosto.
Cruzo os braços e sorrio.
“Não.” Miller aponta a bola para mim. “Conheço esse olhar. Não vá lá.”
Dou de ombros.
“Pare com isso!” Sua carranca se transforma num sorriso. “Sei o que você está pensando.”
“Oh?”
“Sim.” Seus olhos aquecem e então ele começa a rir. “Deus, eu senti sua falta.”
“Também senti a sua, cara grande.” Pisco quando ele coloca o braço a minha volta e me empurra de volta para a equipe.
Quando olho Sanchez, ele sorri para mim. Um sorriso real, não um ciumento, não um sorriso do tipo vou-chutar-a-sua-bunda, mas algo que me diz que sabe que estou voltando para casa.
E esse não é o cara que me beijou, há seis anos, dormiu comigo, e se afastou.
Ele é o cara que me pediu para fazer sexo e foi implacável em sua perseguição. Ele é o cara que me disse que éramos amigos antes que soubesse meu nome.
É Grant.
"Você está bem?" Ele articula.
"Claro," Respondo.
Um apito, e, em seguida, Jax está correndo para o campo. “Vocês todos estão jogando como merda absoluta.” Ele balança a cabeça em frustração. “Não posso acreditar que sou parente disso.” Ele aponta para Kinsey, que Miller tem que segurar pela camisa para evitar que corra para seu irmão.
“Agora...” Jax esfrega as mãos. “O próximo touchdown ganha. Claramente, precisam de um árbitro.”
“Ah, Jax não é suficientemente bom para entrar, então tem que apitar?” Kinsey grita.
“Quinta série.” Jax aponta para ela. “Ela me ensinou como jogar.”
Todos os caras olham Kinsey.
Suas bochechas se avermelham. “Inferno sim, eu fiz isso!”
“Então, não, provavelmente não sou bom o suficiente para estar em sua equipe, Kins.” Ele sorri e depois sopra o apito novamente. “Tudo bem, Sanchez, Miller, pelo amor de Deus, parem de se embaraçar e pontuem, ok?”
“É uma merda!” Sanchez grita. “Elas enganam!”
Suspiro. “Nós não enganamos!”
“Ela apertou minha bunda!” Sanchez aponta um dedo acusador para mim.
“Você gostou!” Respondo.
Os caras de ambos os lados riem.
“Próximo touchdown,” Jax diz novamente quando coloca a bola na linha. “Vamos lá, Sanchez.”
Capítulo trinta e um
EMERSON
“Estou realmente ansioso para te ver em um avental e nada mais.” Sanchez me agarra pelos quadris e me segura perto do seu corpo enquanto caminhamos em direção ao vestiário. “Na verdade, eu acho que você deveria aceitar a minha ajuda durante o banho—apenas no caso de você ter grama e terra em locais que necessitam inspeção.”
“Muito engraçado.” Eu o empurro e corro. Estou irritada. Gosto de ganhar.
“Ah, querida.” Ele corre atrás de mim e, em seguida, me derruba no chão bem antes que eu consiga sair do campo.
Ele segura seu peso em cima de mim apoiando seus braços ao lado do meu corpo. “Eu gosto de você.”
“É essa a sua maneira de pedir desculpas por vencer?”
“Você não deveria ter atacado novamente.” Ele sorri. "Eu vi."
“Mentira!” Empurro seu peito forte e totalmente atraente. “Eu nem estava olhando para você!”
“Sim, mas eu senti você.” Ele lambe os lábios. “E sei como você é competitiva. Você estava pensando em me parar—parar meu jogo—não o jogo verdadeiro em sua direção ou o fato de que sou um farsante na posição de quarterback.”
Enrugo meu nariz e suspiro. “Eu pensei que você ia socá-lo.”
“Uh-huh, e eu corri em vez disso.”
“Você não tinha corrido durante o jogo inteiro.”
“É por isso que eu corri agora.” Ele balança a cabeça lentamente. “Minha garota é realmente tão competitiva? Porque eu tenho que te dizer, isso é muito sexy.” Seus lábios encontram meu pescoço.
Não o afasto; em vez disso, meu corpo traiçoeiro encontra o dele no meio de um beijo ardente. Sua boca se move sobre a minha com tanta ternura que eu quero chorar. Seus dedos cravam em meus ombros, e então quando ele recua seus olhos verdes não deixam os meus. “Nós devíamos ir tomar banho.”
“Não pense que não percebi que você disse nós.”
“Não pense que não notei que o meu beijo te deixa sem fôlego.” Ele responde.
Engulo em seco, olhando para sua boca novamente. “Talvez.”
Ele levanta as sobrancelhas quando sorri e depois, lentamente, fica de pé e estende a mão.
Nós andamos de mãos dadas pelo corredor em direção aos dois vestiários. Alguém está gritando.
Miller está no processo de empurrar Kinsey para atrás dele.
“Isso é besteira!” Thomas vira a esquina, batendo uma cadeira contra uma das paredes do corredor enquanto o time de treino fica em silêncio ao seu redor. Em seguida, alguns membros da equipe deixam o vestiário masculino enquanto outros ainda se encostam contra as paredes, com expressões atordoadas. “É por sua causa!” Ele aponta um dedo para Miller. “O que? VOCÊ acha que é grande merda porque você tem um grande contrato?”
Miller não diz nada.
“Cara ...” Sanchez dá um passo adiante, enquanto Jax agarra meu braço e me puxa contra a parede. Eu não tenho certeza de por que ele está me colocando fora de vista, mas eu não discuto. “Vocês não estão nem perto de ser da mesma posição.”
“Eu estou sendo cortado!” Thomas chuta a cadeira que ele acabou de jogar. “E desde quando você fica do lado de Miller? O que, vocês são amigos agora?” Ele zomba.
“Os companheiros de equipe são família.” Um músculo na mandíbula de Sanchez se contrai. “Depois de toda a merda que aconteceu entre nós, você de todas as pessoas deveria saber disso.”
“Isso é besteira! Você é meu amigo. Você deveria me defender. Você sempre me defendeu! Você o conhece há menos de dois meses!”
“Thomas ...” Sanchez coloca as mãos na frente dele. “Você está chateado. Eu entendo. Vamos para algum lugar e falar sobre opções, sim. Você é supertalentoso. Não é tão ruim, certo?”
“Opções?” Repete Thomas com um grunhido. “Eu não tenho porra de opções, Grant! Você sabe disso! E o que é pior é que o treinador disse que falou com os capitães sobre isso, o que significa que você sabia que era uma possibilidade, e você não disse nada!”
“Sanchez não sabia.” Jax anda em torno de mim. “Mas eu sabia.”
Sanchez abaixa a cabeça e xinga.
“E com base nesta pequena explosão, ajudei o treinador tomar a decisão certa.”
Thomas avança para Jax, mas Sanchez o agarra pela camisa e, em seguida, empurra contra a parede. “Esqueça isso, cara.”
“Isso.” Thomas diz em um sussurro áspero. “Antes dessa aposta estúpida, você nunca agiria assim. Você agora também escolhe as meninas ao invés de mim, Grant? Porque todos nós sabemos que a única razão por que você está conversando com o treinador e fingindo ser o Sr. Perfeito o tempo todo é porque apostou foder a líder de torcida e ela ainda precisa concordar. Quem vai se importar, então? Quando você estragar as coisas como você fez com a Jacki! Isso é o que você faz, você fode com as meninas, e então você abandona elas.”
Engulo em seco e cubro minha boca.
Jax não está mais na minha frente, então todos os olhos se viram para mim.
Sanchez soca a cara de Thomas duas vezes antes de Miller conseguir afastá-lo. “Isso é mentira, e você sabe disso!”
“É?” Thomas rosna antes que ele desaparece no vestiário masculino e volta com algo na mão. Parece um troféu. “Todos os anos, os jogadores escolhem uma menina para foder. No ano passado, eu ganhei, pensando bem isso foi depois que sua namorada traidora deu em cima de mim.”
Ele caminha em minha direção; minhas costas estão coladas na parede. Eu não sei o que fazer a não ser respirar fundo enquanto todo mundo me olha com os olhos arregalados.
“Este ano, Sanchez escolheu você.” Thomas empurra o troféu em minhas mãos e se aproxima de mim.
“Não toque nela, porra!” Sanchez grita.
Miller o solta e segue Sanchez pelo corredor.
Sinto pela primeira vez, o metal na ponta dos meus dedos.
Parece algo que você ganha no ensino médio. Ele tem um jogador de futebol posando no topo e uma inscrição na borda inferior que está escrito Jogador do Ano.
“Alguma capitã.” Thomas franze o cenho e empurra os jogadores para sair do corredor enquanto eu continuo olhando o troféu.
Meu coração me diz que não é verdade.
Não depois de tudo o que compartilhamos.
Mas a lógica ...
As palavras de Kinsey ...
O aviso de todos ...
E então o silêncio que encontro quando olho nos olhos de Grant e espero que ele negue.
Em vez disso, suas próximas palavras são basicamente o oposto. "Deixe eu me explicar."
É quase pior do que ouvir as palavras contundentes de culpa.
Porque essa frase faz parecer que ele tem justificativa para o que tinha feito, por me fazer pensar que queria mais do que foder uma líder de torcida.
E a parte mais estúpida?
Eu andei direto para isso. Ele nunca mentiu sobre querer fazer sexo comigo.
O troféu cai dos meus dedos e faz um ruído alto no chão enquanto um zumbido explode em meus ouvidos.
Miller me agarra pelo braço. “Deixe ele explicar. Não é o que parece.”
Eu me afasto dele quando uma dor fresca toma conta de mim. “Você sabia?”
As narinas de Miller dilatam.
“Então, tem um cara tentando dormir comigo por uma aposta, e meu ex-melhor-amigo... o que? Só queria me machucar tanto quanto acha que o machuquei?”
Miller pragueja. “Você entendeu tudo errado. Isso não é—”
“Deixe ela ir.” Sanchez segura Miller. “Kinsey, você pode garantir que ela chegue em casa?”
Lágrimas enchem meus olhos. "É isso aí? Você vai apenas me deixar ir embora?”
“Sim.”
Eu nunca vi Sanchez parecer tão triste em toda a minha vida.
“Porque, apesar do que isso se tornou, começou exatamente como você pensa. E isso não é justo com você. Eu gosto de você. Eu nunca menti sobre isso. Eu quero fazer sexo com você. Eu nunca menti sobre isso também. Quero que seja minha. Outra verdade. Eu nunca menti para você. Eu nunca lhe contei sobre a aposta porque ela parou de importar no minuto em que te conheci.” Ele encolhe os ombros. “Essas são as coisas que eu quero que você acredite, mas você está muito zangada para ouvir isso, e agora...estou muito chateado para falar racionalmente.”
“Mas—”
“Vá.” Sua voz está rouca quando ele vira as costas para mim, marcha pelo corredor, e literalmente quebra uma cadeira em duas quando a lança contra a parede.
“Lá se vai nossa temporada.” Alguém murmura.
“Tanto esforço por mais um campeonato.” Outro jogador me olha com irritação e se arrasta em direção ao vestiário.
Alguém deve ter contido Sanchez porque escuto briga.
E então estou andando pelo corredor, saindo em direção ao meu carro—o carro de Sanchez. Eu nem sequer percebo que é Miller em vez de Kinsey até que ele brevemente passa um braço em volta de mim antes que eu o afaste.
Miller não diz nada; ele só abre a porta do carro e xinga enquanto observa minha tentativa de colocar meu cinto de segurança. Ele se abaixa, o prende para mim e xinga novamente enquanto mais lágrimas correm pelo meu rosto.
"Você sabe...” Ele se ajoelha na minha porta. "Eu conheço você. Esta não é você. Eu não reconheço essa pessoa quebrada.” Ele suspira. “Quando eu cheguei aqui, não queria nada com você. Obviamente isso durou uma semana inteira antes de perceber que ainda... tinha sentimentos por você.” Ele exala. “Eu sabia sobre essa aposta estúpida que muitos dos jogadores participam. O que você não sabe é que quando Sanchez te viu, eu soube que não teria a mínima chance. Deus, eu ainda posso ver o olhar no seu rosto, completamente boquiaberto. Portanto, antes de começar a culpá-lo e ficar com raiva de mim, pense sobre o fato de que ele nunca mentiu—e ele provavelmente está sofrendo tanto quanto você.”
“Como você pode dizer isso?” Eu sussurro. “Eu fui usada.”
“Ele lhe disse algo que era mais do que isso.”
“Não, mas—”
“Sanchez não namora. E ainda assim, você está saindo com ele há dois meses. Ele já tentou dormir com você? Pressionou sem o seu consentimento?”
“Não.” Eu sussurro.
“Ele alguma vez mentiu para te levar para a cama?”
"Não."
“Nenhum homem é tão paciente, especialmente quando se trata de você, Em. Basta pensar nisso, certo?”
“Por que você não está aplaudindo?” Engulo em seco, abordando o assunto inevitável entre nós, aquele que nenhum de nós fala. “Você é competitivo, mesmo que se trata apenas da amizade entre nós.”
“Eu quero você, e sim, eu quero ser mais do que amigo, eu quero pegar esse pedaço de volta, mas não assim. E se eu for honesto, você nunca olhou para mim do jeito que você olha para ele.”
Olho para cima com os olhos cheios de lágrimas. "Isso não é verdade!"
Seu sorriso é triste. “Em, vá para casa, descanse um pouco, mas depois fale com ele, ok?”
Eu concordo e quinze minutos depois, rastejo até minha cama e choro até dormir.
Capítulo trinta e dois
MILLER
Que dia infernal.
E ainda tínhamos treino no dia seguinte, o que significa que todos deviam se comportar como se nada tivesse acontecido com Thomas.
Chego cedo, na esperança de conversar com Sanchez, porque quando ele chegou em casa na noite anterior, disse que só queria bater.
Mas ele já está pronto e no campo de treino. Está de costas para mim enquanto me aproximo dele. Ele está assistindo o treino das líderes de torcida.
Eu não o culpo.
“Lembra quando você disse que nunca teria ido embora? E isso é o que nos faz diferentes?” Eu estou alguns centímetros dele, não tirando os olhos do campo enquanto seguro o meu capacete em minha mão direita.
“Sim.” Ele suspira.
“Você está fazendo isso por não ir atrás dela agora, ao nem tentar se explicar.”
“É chamado de comportamento autodestrutivo.” Sanchez se vira para mim. “Confie em mim, eu sei o que estou fazendo. Eu simplesmente não sei como fazê-la ouvir, fazê-la entender. E a parte doente é que sei que eu realmente não a mereço.” Ele faz uma pausa. “Nenhum dos dois merece.”
As meninas estão fazendo uma coreografia e Emerson está ajudando uma das garotas com seus movimentos. Essa é a coisa sobre ela. Sacaneie com ela, tire sarro dela, diga que ela não pode fazer alguma coisa e ela sempre será a pessoa maior, ajudando, mesmo que essa mesma pessoa tenha levado suas roupas algumas semanas atrás e as escondido no vestiário masculino. É algo que eu tinha convenientemente esquecido seis anos antes, quando eu assumi que ela tinha me deixado. “Você acertou.”
“Mas eu quero ser bom o suficiente para ela. Nem é sobre sexo. Quero dizer, no começo era, mas agora? Agora, eu só... Não sei, cara. Eu acho que eu iria morrer um homem feliz se ela apenas segurar a minha mão.”
Eu engulo o caroço na minha garganta. “Eu sei qual é a sensação de estragar tudo. Não seja esse cara, Sanchez. Seis anos atrás, ela não tinha uma segunda opção—” Eu bato nele com o meu capacete. “E agora ela tem. E como você disse, é sobre estar no jogo, por isso saiba disso. Eu não hesitarei como eu fiz antes, não depois de toda essa merda.”
“Você está me desafiando agora?” O bastardo está sorrindo.
“Bem...” Dou de ombros. “Se você não vai agir como um homem, alguém vai.”
Ele baixa a cabeça. “Eu fodi tudo.”
“Então não leve seis anos para fazer isso direito.”
Quando ele olha para mim, não está com raiva, mas culpa—um inferno de um monte de culpa. “Ela não lhe disse ainda, não é?”
Arrepios correm pelos meus braços. “Disse o que?”
“O motivo pelo qual ela ligou naquele dia.”
Ele sabia?
É claro. Ele não é só o cara com quem ela está. Ela me substituiu por ele, completamente, em todos os sentidos. Ela lhe confidencia coisas.
"Não. Parte de mim acredita que o passado deve ficar lá.”
“Concordo.” Desta vez seus olhos brilham de raiva. “Vamos acabar com esse treino e descobrir o jogo de domingo antes que eu comece a me transformar em uma garota e peça mais conselhos ao único cara que já dormiu com a garota que eu amo.”
O minuto em que as palavras saem de sua boca, eu paro de andar.
Ele congela, como se não pudesse acreditar nas palavras que acabou de deixar escapar e depois continua a andar.
Amor. Ele a ama.
Claro que ele ama.
E então, como um soco no estômago o resto do que ele disse fica registrado com um sinal de néon.
O único cara com quem ela dormiu, sou eu?
Isso não está certo.
Seis anos?
Eu fiz isso com ela? Foi minha culpa? Ela estava esperando? E isso significa que eles nunca dormiram juntos?
Meu respeito por Sanchez cresce.
E eu quero tanto odiar o merdinha por isso.
Em vez disso, mais respeito surge.
Porque ele a teve por dois meses—eu vi o jeito que ela olha para ele e a maneira como ele a devora com os olhos. Por sessenta dias, ele não tinha dormido com ela.
E ainda assim, quando eu a deixei, nós apenas tínhamos dezoito anos...
Eu tinha tomado isso dela, foi consensual, ela poderia ter dito não. Mas eu estava sofrendo e era Em—eu tirei a sua virgindade, independentemente da situação, eu sou o único que a iniciou ao sexo.
Levei seu coração comigo.
E egoisticamente nunca tinha devolvido.
Eu fico lá—eu não sei quanto tempo—segundos, minutos. Eu fico e me odeio.
Porque tudo realmente está mais claro do que eu gostaria que estivesse.
Eu fui o tempo todo o temporário.
Até Sanchez, o melhor homem.
“Venha aqui, Miller!” Jax grita comigo. “Campeões não olham para líderes de torcida o dia todo!”
“Ou olham?” Sanchez pergunta ao grupo, quebrando a tensão com facilidade.
Olho uma última vez para Emerson do outro lado do campo, só para ver Kinsey olhando para nós.
De volta para mim.
Flagrante.
Eu viro minha cabeça como se eu estivesse no colegial e, em seguida, rolo meus olhos para mim mesmo. Boa, Miller.
Ela não me pertence mais. E por algum motivo, uma parte de mim se sente ... melhor por causa disso. Todo esse tempo eu estava pensando só em mim mesmo, sobre querer ela por causa do jeito que deixamos as coisas no passado, precisando dela, porque eu não sabia como viver sem ela e ser feliz. E egoisticamente pensando que Sanchez é um cara mulherengo que não sabe que tipo de mulher ela é.
É doloroso.
A percepção de que ele estava lá por dois meses, compartilhando sua vida, ganhando sua confiança, ganhado o seu amor. E eu estava tão preocupado com conquistá-la que eu nem sequer perguntei se seu pai estava bem.
Ou por que eles estavam morando no apartamento em primeiro lugar.
Porque foi tudo sobre mim.
Ele é o melhor homem.
Ela merece um homem assim.
Eu sorrio durante todo o treino mesmo que eu tenho levado a merda de uma boa sova.
E quando chega a hora de tomar banho, parece que uma parte do passado está finalmente se acertando. Só espero que nada mais aconteça. Não tenho certeza se consigo viver com mais drama.
Capítulo trinta e três
EMERSON
Eu sinto seu olhar durante todo o treino.
Eu preciso falar com ele e parar de ser aquela menina que apenas foge sem deixar o cara explicar. Porque tudo o que Miller disse é verdade, e eu me recuso a deixar a história se repetir. Eu não vou simplesmente ignorar o que meu coração está dizendo, a fim de protegê-lo de se machucar novamente.
Então, depois do nosso treino noturno—onde fiz saltos e retomadas com algumas meninas da equipe, oferecendo para ajudar com a nova coreografia, vou até a casa de Sanchez.
E, como uma covarde total, sento no carro por uns bons dez minutos antes de finalmente caminhar até o elevador, aperto o botão de cobertura e faço meu caminho até o topo.
A música alta soa de seu apartamento.
Seguida de gritos.
Bato e depois entro.
Os jogadores estão por toda parte, nenhum deles bebendo, e um monte de garotas de programa que tinha visto durante os últimos fins de semana estão penduradas neles com estrelas e cifrões nos olhos.
Jax está na cozinha olhando para todos como normalmente faz, como se alguém o elegeu pai e segurança ao mesmo tempo.
“Ei, Jax.” Mordo o lábio inferior. “Sanchez está por aí?”
Jax parece culpado. “Ele está em seu quarto, dormindo. Isso foi minha ideia para que os rapazes relaxassem depois de tudo o que aconteceu ontem. Eu prometi a ele que ninguém iria quebrar merda nenhuma.”
“Ah ...” Eu aponto para o copo. “Isso explica a água.”
“Nós raramente bebemos durante a temporada, você sabe disso.” Ele dá de ombros. “E para o registro, Emerson, ele é um cara muito bom. Eu tenho uma irmãzinha. Eu sou muito protetor para deixá-lo andar a poucos metros de seu quarto se eu pensasse o contrário.”
Eu engulo a secura na garganta. “Obrigada, Jax.”
“A qualquer hora.” Ele pisca.
Eu sigo pelo corredor, minhas mãos suadas. Até o momento em que chego a porta do quarto de Sanchez, eu estou pronta para vomitar de nervosa. Como eu posso ter pensado que ele já não é uma parte do meu coração?
“Vamos, Grant.” Uma voz de mulher soa de seu quarto. “Ninguém tem que saber. Nós podemos apenas nos beijar, o que você quiser.”
“Vá embora.” Ele não parece ele mesmo. “Sério.”
“Ah, vamos lá, você está bêbado demais para dizer não.”
“Lily ...”
Bato e abro a porta. Sanchez está deitado na cama sem camisa e a líder de torcida que ele acaba de rejeitar está o afogando com os peitos, sem camiseta.
“Estou interrompendo?” Minha voz falha, eu estou pronta para quebrá-la ao meio e, em seguida, bater na cara dele com seu corpo.
Sanchez levanta os olhos, mas sua visão parece ausente. Ele olha entre nós duas e tropeça saindo da sua cama rapidamente. Pelo menos ele tem suas calças. “N-não é o que parece.”
“Ou é?” Lily ri e coloca os braços ao redor da cintura dele. “Vamos, Grant, você pode dizer a ela tudo sobre nós.”
Minha cintura. Essa é a minha cintura que ela está abraçando.
Lágrimas ameaçam cair.
“Ah, a garota gorda vai chorar.” Lily ri. “Por que ele ficaria com você quando ele pode ficar comigo?”
Eu resmungo. “Pelo menos eu não tenho que embebedá-lo para levá-lo para a cama, Lily.”
Ela me fulmina com um olhar e seu rosto está vermelho brilhante.
“Me solta!” Sanchez cambaleia ainda mais para longe dela. “Em, eu juro ...” Ele belisca a ponta de seu nariz e sacode a cabeça.
“Pode negar o quanto quiser querido.” Lily fica de pé, ainda sem camiseta. "Você pediu e eu dei."
Eu concordo e Sanchez abaixa a cabeça, como se ele fosse culpado, como se ele estivesse envergonhado. "Você sabe o que? Faça bom proveito.” Eu tropeço para trás, colidindo com a porta, e então começo a correr.
Sanchez chama meu nome.
Eu corro para fora do seu apartamento e encontro Miller no meio do corredor.
Sua porta está aberta, então tomo uma rápida decisão e atravesso a abertura, fechando a porta atrás de mim.
Eu posso ouvir gritos no corredor.
“O que!” Grita Miller. “Que diabos, Sanchez? Você está bêbado?”
“Nada aconteceu!” Parece que eles estão brigando. “Eu juro!”
“Vá curar essa bebedeira, cara.” A voz de Miller é dura. “Eu já estava indo até lá. Pegue todas as piranhas que tiver na porra daquele apartamento, coloque para fora e depois vá dormir. Eu vou falar com ela."
"Eu a amo."
Engasgo, cobrindo o rosto com as mãos enquanto lágrimas caem. Agora? Ele tem que escolher logo esse momento em nossas vidas para dizer que me ama?
"Eu sei cara. Eu sei.” A voz de Miller está mais perto.
E então a voz de Jax se junta quando há som de passos se aproximando.
Espero a porta de Miller abrir, e quando isso acontece, eu começo a soluçar.
Ele me pega antes que eu encontre o chão, em seguida, me levanta como se eu não pesasse nada e me coloca no sofá. Ele me balança para trás e para frente até que todas as minhas lágrimas sequem. Até que eu não tenha certeza se consigo chorar mais.
“O que aconteceu?” Miller finalmente pergunta.
Estremeço em seus braços, os braços que eu teria matado para estar nos últimos seis anos—e que de repente parece tão errado. Tão estranho.
Não são os braços que eu quero.
Não mais.
“Lily estava em seu quarto. Quero dizer, eu sei que ele estava bêbado. Ele disse que não, eu o ouvi, mas ela estava sem sua blusa e então...” Eu me encolho enquanto lágrimas frescas escorrem pelo meu rosto. “Ela disse—ela disse—” Meu estômago revira quando um grande peso pressiona meu peito. “—Ah, a garota gorda vai chorar. Por que ele ficaria com você quando ele pode ficar comigo?”
Eu soluço mais forte com tanta raiva de mim mesma por deixar uma colega nua de equipe que só conheço a alguns meses, que é famosa por tentar dormir com os jogadores, atravessar a minha armadura!
“Ah, baby.” Miller me abraça e depois gentilmente me afasta. “Você realmente acha que um cara como Sanchez quer uma cadela magra com peitos pequenos que nem sequer sabe como fazer cookies?”
“Sim!” Eu soluço. “Não!” Eu estou ferida e não consigo pensar claramente, com isso deixo velhas inseguranças atacar. “Porque não faz sentido. Assim como não fizemos nenhum sentido. Isso não faz sentido! E, ao mesmo tempo, sei que eu deveria ir chutar a bunda dela!”
“Sim, você já começa a fazer sentido, e provavelmente é injusto chutar sua bunda se ela estiver bêbada e você está sóbria, além disso, eu ensinei você a lutar.” Ele brinca, limpando minhas bochechas com os polegares. “Olha, ela está apenas com inveja porque você é a única garota que ele já prestou atenção e todos sabem disso. E ...” Ele se mexe desconfortavelmente. “Eu acho que não é um segredo—nosso passado—Jax sabe, Kinsey sabe, Thomas até descobriu após a primeira festa. Notícias assim se espalham rápido. Há um alvo vermelho gigante nas suas costas, e isso é por nossa causa. Não é você.”
Inalo. "Mas-"
“Não.” Ele se levanta. "Eu não estou ouvindo. Você é linda. Você sempre foi bonita. Por dentro e por fora.” Ele lambe os lábios. “E fico feliz que eu não sou o único cara inteligente o bastante para perceber que o interior e o exterior são perfeitos. Mesmo que ele seja um idiota, pelo menos, metade do tempo.”
“Setenta e cinco por cento.” Eu dou risada em meio a minhas lágrimas. “Pelo menos isso.”
“Bem, estamos falando de Grant Sanchez.”
“Um idiota.” Sussurro. “Eu ia falar com ele, dar uma chance para ele se explicar.”
Miller pragueja. “Olha, ele está totalmente bêbado. Na verdade, eu nunca o vi tão bêbado antes. O cara mal conseguia ficar de pé. Ele nunca bebe durante a temporada, o que me diz uma coisa.”
Eu engulo minhas lágrimas e olho para longe. “Ah, sim, o quê?”
“Ele está triste.” Miller pega meu queixo e me força a olhar para ele. “Você quer adivinhar por quê?”
“Por que ...” Eu tento olhar para baixo.
Miller segura firme a minha cabeça. “Por quê?”
“Por mim?” Eu adivinho.
“Bingo.” Ele solta meu rosto. “Deus sabe que eu também estaria bêbado se te perdesse—Oh espere.” Seu sorriso é caloroso, mas triste. “Eu não desejo isso para ninguém, Em. Realmente não.”
“Foi minha culpa também.” Eu suspiro. “Estava com raiva. Você poderia ter se mudado, mas no minuto que você não respondeu, no minuto que eu acreditei no seu pai e nas coisas que ele disse, eu aceitei porque estava com raiva de você por ter ido embora. E porque, eu acho—bem, obviamente, eu sei—estava muito insegura para acreditar que eu tinha alguma coisa para lhe oferecer, além de—”
Miller congela. “O que? Além do que?”
“Eu não queria ser aquela garota.” Eu sussurro, e, finalmente, olho nos olhos dele. Ele se levanta e anda na minha frente. “A garota que engravidou do namorado do ensino médio, o único destinado a grandes feitos. Eu não queria ser essa garota, Miller.”
Miller oscila em seus pés e, em seguida, agarra a ponta do sofá. “O que você está dizendo, Em?”
Estamos nos encarando, nossos peitos arfando com o esforço para respirar.
Eu respirei fundo. “Eu estava grávida.”
Ele fecha os olhos. Em seguida, sacode a cabeça. E desaba no sofá, baixando a cabeça entre os joelhos como se fosse desmaiar.
Eu continuo falando, com medo de que se não deixar escapar tudo isso, eu nunca faria.
“Eu descobri oito semanas depois que você saiu. Eu achava que estava apenas estressada, e então ... então meu pai me levou a um médico. Eu estava doente, tão doente, e não estava passando, sabe? Fiz alguns testes. E te liguei assim que vi que eram positivos. Eu estava no estacionamento. Seu pai atendeu. Você sabe o resto. No minuto em que ele desligou, joguei meu telefone para fora do carro e ele quebrou. Assim como meu coração. Eu culpei você. Eu estava tão irritada que meu melhor amigo se foi, que eu ia ter que lutar sem você, mas, principalmente, chateada que você quebrou sua promessa, Miller. Você quebrou.” Eu percebo que não estou chorando. E não sei a razão do porquê.
Mas Miller?
Ele está.
Lágrimas silenciosas correm pelo seu rosto antes que ele rapidamente as enxugue enquanto olha em minha direção. “Você deveria ter feito tudo que estava ao seu alcance para me dizer, Em. Meu filho? Você estava grávida. Você foi—”
“Eu perdi nosso bebê.” Eu sussurro, “no dia seguinte.”
Ele congela quando mais lágrimas brotaram em seus olhos.
"Talvez tenha sido o estresse. Talvez eu fosse muito jovem. Talvez o bebê simplesmente não estivesse saudável. Eu não sei. Até então, eu sabia que você tinha sua vida e eu não era uma parte dela, não mais.”
“Em—” a voz de Miller falha. “Eu teria movido montanhas por você e nosso filho. Você entende isso, certo?” Ele enxuga o rosto e se vira. “Como você pode perder uma vida que você nunca conheceu?”
“Eu não tinha certeza se era um menino ou uma menina, mas sentia que era uma menina, sabe? Então, depois que tudo aconteceu, dei um nome a ela, escrevi em balões e os soltei junto com o meu pai em sua memória.”
“Qual é seu nome?” Ele não se vira. Eu posso dizer que ele está chorando de novo.
“Adera.” Dizer o nome já não doía tanto quanto antes. Mas ainda doía.
Quando ombros de Miller se curvam, eu passo meus braços em torno dele por trás e descanso a cabeça contra suas costas enquanto minhas lágrimas escorrem sobre sua camisa.
“Nome do meio da minha mãe.” Ele chora.
"Sim."
“Ela seria linda.”
“Como o pai dela.”
“Eu estou tão arrependido.” Ele se vira e me puxa contra ele. "Eu não fazia ideia. Você passou por isso e pela doença do seu pai sozinha.”
Eu congelo. "Quem te contou?"
“Sanchez. Somos amigos, você sabe.”
Eu suspiro contra seu peito. "Sim, eu sei. E sim, eu passei.”
“Você tem todo o direito de me odiar.”
“Não, não odeio.” Eu balanço minha cabeça. “Miller, éramos jovens. Terrivelmente jovens. Ainda somos jovens.” Deus, nós dois ainda estamos com apenas vinte e quatro!
“Eu sei.” Ele afasta o cabelo longe do meu rosto, inclina meu queixo para cima com o dedo, e suavemente beija minha boca. Em seguida, ele se afasta.
“Adeus.” Eu sussurro. “Esse foi o beijo de adeus que você nunca me deu.”
“Eu estava com muito medo.” Ele assente. “E talvez sendo um idiota egoísta sobre tirar tudo de você e estava muito machucado para não olhar para trás.”
“Eu também sinto muito.” Eu me sinto febril de tanto chorar. "Sobre tudo. Por não ter te contado ...” Eu fungo. “Sanchez ...”
Miller sorri o primeiro sorriso verdadeiro desde que eu me lancei em seu apartamento. “E ainda assim, parece certo, não é?”
“Eu quero mentir. Quero me agarrar à segurança, Miller. Você é o meu lugar seguro. Você sempre foi o meu lugar seguro.”
"Baby...” Miller segura meu rosto novamente. “Eu não quero ser o seu lugar seguro. Eu quero ser sua aventura. Eu quero ser o seu risco, não o retorno. Eu mereço isso e você também.”
Meu sorriso é fraco. “Ele me assusta.”
“Amar sempre assusta.” Ele beija o topo da minha testa e nos afasta. “Em?”
“Sim?” Eu olho para cima.
“Melhores amigos de novo?”
Lágrimas enchem meus olhos por uma razão completamente diferente, quando me jogo em seus braços e o abraço tão apertado quanto posso.
Estou em casa.
“Sim, Miller. Melhores amigos."
“Eu amo você.”
“Eu também te amo.”
Capítulo trinta e quatro
SANCHEZ
Acordo com uma dor de cabeça. Minha boca está seca como o inferno e água é única coisa em minha mente.
Quando chego à cozinha, noto que todo o lugar tinha sido limpo depois da festa. Lembro de tomar uma bebida, o que me levou duas, e então comecei a pensar na Emerson, o que significa que eu agarrei uma terceira e o inferno da quarta, quando isso parou?
Eu encontrei um copo e o encho com água até a borda, então bebo pelo menos três copos antes de finalmente me encostar à bancada e tentar evocar memórias da noite anterior.
Eu tinha tropeçado para a cama.
Jax tinha me enviado para lá, o bastardo.
Eu fiquei segurado o meu telefone como uma criança em pânico, à espera de Emerson ligar.
Odiando a fraqueza que eu tinha por ela.
Quase como odiar o quanto eu a amava, porque me fez sentir fraco, indefeso—duas palavras com as quais eu raramente me associava.
Eu estava na cama ...
Lily.
Eu congelo.
Lily estava no meu quarto.
Lily queria fazer sexo... Eu acho. Eu a neguei, ela ficou furiosa, e então...
“Merda!” Pego uma calça de treino, visto e escancaro a porta só para ver Emerson ali de pé, com a mão pronta para bater.
“Você está aqui.” Eu engasgo.
“Eu estou aqui.” Seus olhos estão vermelhos, rosto inchado. E ela está vestindo um moletom gigante que com certeza não é meu, se o nome de Miller estampado é qualquer indicação. “Para ser justa, eu estava ao lado.”
Raiva me domina, mas antes que eu fosse capaz de fazer algo mais estúpido e adicionar ao meu recorde estelar durante as últimas vinte e quatro horas, Miller abre a porta, dá uma olhada para mim, e diz. “Não seja um imbecil.” Antes de me enviar um sorriso conhecedor e apertar o botão do elevador. Depois que ele entra, ele se vira e acena para Emerson e depois diz. “Você não se afasta da garota, lembra? Não seja aquele idiota. Ele é uma merda.”
Eu sou o cara que ficou.
Eu balanço a cabeça bruscamente para ele enquanto as portas se fecham e, em seguida, olho de relance para Em.
Ela lentamente coloca os braços em volta de mim e depois inclina para trás e levanta uma sacola de supermercado.
Inspiro o cheiro dela com uma respiração instável, minhas mãos pressionadas contra seus ombros, segurando ela lá por alguns segundos para que meu cérebro seja capaz de realmente dizer ao meu coração que não é uma invenção da minha imaginação. Ela realmente está em pé na minha porta.
“Eu vou fazer o café da manhã. Tome um banho. Você cheira a uísque e más escolhas.”
“Você vai ficar aqui?” Eu me encontro dizendo, como um idiota inseguro. “Quando eu sair?”
“Sim.” Ela sorri. "Eu não vou a lugar nenhum."
Eu recuo então dou outro olhar nela. Em seguida, como um idiota, faço outra vez antes de finalmente entrar no banheiro.
Eu escovo os dentes e me asseguro de que não pareço uma merda antes de agarrar a pia, soltar um suspiro e depois voltar para a cozinha.
“Grant—”
Eu devoraria cada palavra que ela ia dizer.
Qualquer frase que viria a seguir.
Mas eu a silencio com o meu beijo.
Minhas mãos apertam sua bunda enquanto eu levanto Emerson na mesa e aprofundo o beijo. Envolvo suas pernas em volta de mim para que eu possa chegar mais perto, porque com Em, eu nunca estou perto o suficiente—e às vezes eu me pergunto se algum dia estaria.
Lágrimas colidem com meus lábios.
Eu tinha feito isso acontecer.
Eu a machuquei.
Interrompo o beijo. “Nunca mais.”
“Nunca mais?” Ela repete em confusão.
"Eu nunca quero fazer você chorar novamente. Mas eu sei que vou, porque eu sou um idiota egoísta que tem um pôster maldito de seu próprio rosto em sua sala de estar.”
Seus lábios tremem.
“E eu sei que vou estragar. Eu não quero, mas os narcisistas tendem a estar plenamente conscientes de suas próprias falhas.”
“Você não é um narcisista.”
“No colégio, eu me referia a mim mesmo na terceira pessoa.”
Suas sobrancelhas se erguem. “Sim, eu teria chutado seu traseiro na escola.”
“Eu teria merecido.” Eu seguro seu rosto. “Eu mereço isso agora. Eu mereço uma boa chutada na bunda todos os dias. É por isso que eu sou um grande receptor.” Eu sorri. “Em, eu preciso de você.”
"Eu preciso de você também."
“Eu não vou ser aquele cara.” Eu a beijo novamente em seguida, me afasto um pouco. “O que vai embora, aquele que te entrega para uma pessoa melhor. Eu nunca vou ser a pessoa melhor, sou muito egoísta para isso. Eu sei ...” Minha voz falha. Porra, esse discurso não está saindo como eu queria. “Eu sei que vocês têm um passado. Mas você pode deixá-lo lá? Então, eu posso ser o seu futuro?”
“Grant Sanchez, você acabou de propor a mim?”
“Você é tão espertinha.” Eu resmungo.
Ela joga a cabeça para trás e ri entre as lágrimas. “Venha aqui.” Ela pula do balcão e agarra minha mão. Estou com medo de falar, enquanto ela continua me puxando em direção ao meu quarto, e depois, muito lentamente, passou pela porta. “Você disse que eu não era permitida em sua cama, não até que ele tenha ido embora, certo?”
“Certo.” Minha voz falha novamente, revelando a minha fraqueza—ela.
“Então ...” Ela se vira e me encara. “Aqui estou. O que você vai fazer?”
Eu caio de joelhos na frente dela enquanto ela passa as mãos pelo meu cabelo raspado. “Eu vou te amar.”
“Pensei que não fizesse amor? O que é toda essa conversa de Bad Boy sobre sexo? Hmm?"
“Eu mereço isso.”
"Sim."
“Pare-me antes que eu seja um estúpido maior e chore, Em, porque eu te amo tanto que dói respirar.”
“Quem sabia que você era tão romântico?”
“Eu escondo bem.” Eu sorrio para ela. "Eu acredito em você, sobre Miller, mas só para ter certeza que ele está realmente fora daqui ...” Levanto e coloco uma mão em seu peito e, em seguida, bato na lateral de sua cabeça. “E aqui ...” Eu lentamente puxo o moletom fora de seu corpo e o jogo no canto. “Eu vou garantir que você esqueça tudo, exceto o meu nome.”
“Ah, é?” Seu sorriso é enorme, e suas bochechas—essas malditas bochechas lindas— ficam coradas para mim, como se ela estivesse nervosa comigo a tocando. E honestamente, eu sou o único que está nervoso. Ela é tudo ... e ela é minha.
Em usa um simples sutiã esportivo preto. Eu nunca vi nada tão sexy em toda a minha vida, porque está nela. Bem, isso, e mesmo que eu ame sua bunda, seus seios são os próximos, pesados para mim, perfeitos para as minhas mãos.
"Grant?"
“Você está dizendo meu nome.” Eu sorrio triunfante.
Seus olhos se estreitam. “Não sei se gosto desse sorriso.”
“Que sorriso?” Eu sorrio mais. “Este? Bem aqui? No meu rosto? Aquele que diz que eu vou ter o melhor dia da minha vida e te dar orgasmos múltiplos enquanto acordamos os vizinhos? Não se preocupe com esse sorriso. É o que eu mais gosto.”
Ando em direção a ela.
Ela recua lentamente.
“Fazendo que eu persiga a minha refeição?” Inclino a cabeça. “Você sabe que eu vou pegar você.”
“Então agora eu sou a sua refeição?”
Passo a língua em meus lábios. “Cada porra de centímetro seu.”
“Você xinga muito.”
“Você inspira isso,” eu disparo de volta. "Agora ...” Eu me inclino para ela até que ela cai de costas sobre a cama. “Eu vou te fazer minha.”
"Eu acho que ...” Ela pega em minha calça e puxa. “Eu sempre fui sua. Eu simplesmente não percebia isso.” Seu rosto se suaviza.
Deus, eu amo essa garota.
“Você me ama?” Ela sussurra.
“Eu disse isso em voz alta?” Eu pergunto.
"Sim."
Seus olhos arrebatados se enchem de lágrimas novamente, mas desta vez elas são do tipo boas—o único tipo que eu quero causar, aquelas provocadas pela felicidade, não a idiotice e eu sendo um imbecil, novamente.
Ela puxa minha calça.
Retirando a empurro para o chão e dou um beijo áspero em boca, seguido por outro e outro. Minha boca está desesperada por ela, meu corpo faminto para estar dentro dela. Estou sedento por ela há meses, e agora que eu a tenho, eu só quero consumi-la. Mas, infelizmente, minha consciência e meu coração despertam.
E porque eu tenho que me controlar para ela ...
Eu recuo ...
Respiro fundo e abrando.
“Qual o problema?” Os olhos de Em procuram os meus.
“Eu te quero tanto.” Sussurro contra sua boca, “que tudo o que posso pensar é sentir você apertar em torno de mim.” Eu deslizo minhas mãos para baixo e agarro suas coxas. “Estas vão se espalhar para mim, bem abertas, apenas para me segurar tão apertado que eu vou esquecer o meu próprio nome.” Eu aperto minhas mãos contra seus quadris e respiro fundo enquanto eu a beijo novamente, a minha língua invadindo sua boca, imaginando como seria estar finalmente dentro dela—fazê-la minha. Sua pele febril apenas aumenta a expectativa. Estendo a mão para o seu sutiã e o puxo sobre sua cabeça. “Eu quero te chupar até que você esteja cansada, te amar até você ficar tão exausta que a não consiga pensar direito, e então eu quero fazer tudo novamente.” Minhas mãos ásperas seguram seus seios enquanto eu me inclino e chupo cada mamilo até que ela está gemendo meu nome.
Eu a agarro pelos joelhos e os separo. Minha mão encontra seu buceta. “Você já está pronta para mim, hmm, Curves?”
“O que posso dizer? Você é bom com a sua boca.” Ela brinca.
“Elogio consegue mais orgasmos.”
“Eu acho que você tem a boca mais sexy que já vi.” Em se inclina e agarra a minha nuca com a mão, me puxando até que eu estou em cima dela, meu pau pressionado com força contra seu estômago, pronto para ela, já pulsando com antecipação.
Ela esmaga um beijo possessivo em minha boca, em seguida, agarra minha cabeça com as duas mãos e separa os lábios; sua língua serpenteia em torno da minha como se ela estivesse tentando me hipnotizar com a boca. Eu luto pelo domínio e ela luta de volta.
Minha garota vai lutar.
Dou um tapa em sua bunda quando ela para de beijar.
E invado sua boca uma e outra vez.
A última vez que eu beijei tanto antes do sexo foi no ensino médio.
Mas com Em, se o beijo é tão bom, eu estou disposto a esperar pelo sexo, embora meu corpo esteja gritando comigo.
Em agarra meu pau e bombeia ele em sua mão duas vezes.
Com um grunhido, afasto sua mão. “Baby, tão gostoso como é, a última coisa que preciso é os caras de alguma forma descobrir que eu não consigo fazer todo o caminho.”
“Oh.” Aquelas bochechas rosadas novamente.
“Adoro o jeito que você cora para mim.” Eu retiro o resto de sua roupa e coloco a mão no meu criado-mudo.
Seus olhos se arregalam um pouco quando eu deslizo o preservativo.
Eu espero.
Espero que ela entre em pânico.
Espero que ela diga que é um erro.
Que eu sou um erro.
Que o passado é mais poderoso que o futuro.
Em vez disso, ela se inclina sobre os joelhos e estende a mão para mim, envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço antes de me puxar em cima dela. Ela me beija, me afogando com o aroma dela e a maneira como a sua boca me entorpece, um cara que normalmente fodia e fugia.
Seus lábios tremem sob os meus.
Eu a beijo mais forte.
Eu beijo afastando suas memórias.
Eu beijo levando embora a dor.
E eu juro que vou afastar toda aquela dor que ela está carregando sozinha—e que eu carregaria por ela.
Meu maxilar aperta quando vou pressionando em sua entrada e paro, novamente à espera, à espera de alguma coisa. Porque garotas como ela não são como as garotas que você fode e depois dá um toca aqui, uma garrafa de água e uma camisa autografada.
Ela é—tudo.
“Você está bem?” Eu cerro os dentes enquanto o suor desliza pelo meu rosto e em seu peito nu. Eu me abaixo e começo a lamber sobre o seu peito.
Ela arqueia debaixo de mim, me puxando mais para dentro.
Tornando mais difícil ir devagar.
Tornando mais difícil para mim não perder a cabeça.
Estou dolorido. Eu nunca fiquei tão tenso—tão duro, tão pronto.
“Grant.”
Eu não percebo que eu estou fechando meus olhos até que ela diz meu nome. Olho para ela.
“Eu sou sua.” Ela engancha os pés atrás de mim e me puxa em sua direção.
Eu morro.
Eu quase morro naquela cama.
Teria morrido, mas meu corpo tem outros planos quando agarro a cabeceira da cama e tento não desmaiar sobre a mulher mais linda que conheço, com curvas feitas para mim.
Com cada impulso, uma onda de êxtase cruza em seu rosto.
“Grant!” Ela joga a cabeça para trás contra o travesseiro enquanto a penetro ainda mais, começando a me mover em um ritmo mais rápido antes de subitamente lembrar que devo abrandar, porque não quero que isso termine. Isso tinha que durar para sempre.
Eu quero ser enterrado na porra dessa cama.
Ainda com minhas bolas profundamente dentro dela.
Ela se estica para mim, cada movimento escorregadio melhor que o último enquanto ela agarra meu bíceps e grita.
Ofegante, começo a me mover novamente, circulando meus quadris, encontrando cada ponto que ela nem sabia que existia. Nunca foi assim. Nunca tinha sido assim.
Com um tremor, ela prende os olhos nos meus e morde o lábio com tanta força que fica branco.
“Goze, baby.” Fico ofegante enquanto outra onda de prazer me atinge, tornando impossível me segurar por mais tempo...
Sua boca se abre, e com um grito penetrante, ela cai para trás contra a cama, com o rosto completamente em êxtase. Eu sigo em um clímax tão rápido que não consigo me controlar e adiciono ainda mais intensidade ao nosso som. Com um último impulso, a cama bate na parede, e eu estou a beijando de novo, meus dedos agarrando os seus cabelos, puxando pedaços enquanto eu chego à última onda do meu orgasmo ainda dentro dela.
Línguas lutam, dentes batem, e então ela está rolando em cima de mim. Eu tenho mais em mim. Eu quero mais.
“Uma hora.” Eu prometo. “Apenas me dê uma hora, mesmo lugar, sem roupas permitidas.” Meu peito arfa e seu cabelo está espalhado em meu peito enquanto ela olha para mim e sorri.
“Eu acho que colocamos um buraco na parede.” Ela aponta para a cabeceira.
“Vou comprar uma parede nova.” Sim, eu ainda não estou em meu juízo perfeito. Ela está nua, em cima de mim e seus seios não param de me encarar. Então, eu faço o que qualquer homem sensato faria.
Eu começo a lambê-los.
Sugo um pouco mais.
E continuo a dar a minha menina mais dois orgasmos antes do meu corpo ficar pronto para a segunda rodada.
“Então...” Eu digo algumas horas depois, percebendo que o quarto parece ter sido atingido por um furacão e nós somos os únicos sobreviventes. “Você está se mudando ou o quê?”
“Isso—” Ela me dá um tapa no peito com tanta força que engasgo. “Foi uma maneira horrível de perguntar!”
“Eu sou um cara!” Eu digo defensivamente.
Ela arqueia a sobrancelha, cruza os braços sobre o peito, e, em seguida, puxa o lençol sobre seu corpo nu.
"Não! Merda, não faça isso. Nenhuma roupa! Nenhum lençol, baby. Nós conversamos sobre isso, vamos lá ...” Ela joga um travesseiro na minha cara e eu esquivo. “Hah! Errou—” O segundo acerta minha orelha. A maldita garota deveria ter jogado beisebol. “Em.”
“Sim?” Ela inclina a cabeça, levanta o braço com um terceiro travesseiro. “O que você gostaria de saber, Sanchez?”
“Uau.” Eu assobio. “Então, meu sobrenome de alguma forma se transformou em um palavrão. Bom.” Eu respiro fundo. “Você vai, por favor ...” Ela sorri. “Mudar para o meu apartamento e compartilhar comigo esta incrível cama de dez mil dólares?”
“Dez mil?”
“Isso é um sim ou um não?”
“Para uma cama?”
“Em?”
"Mas por que?"
“Porque eu preciso dormir. Realmente, podemos desviar nossa atenção de volta para sua resposta a minha pergunta?”
“Mas—”
“Em—” Rosno. “Me matando, Curves.”
Ela levanta o ombro. "Sim claro. Seja o que for. Isso funciona."
“Sério!” Eu grito.
Em joga o travesseiro de leve em meu rosto, em seguida, deixa cair o lençol e coloca as mãos nos quadris. “Sim? Talvez?” A culpa toma conta de seu rosto. “Eu tenho que pensar no meu pai, posso falar com Connie e talvez descobrir alguma coisa, ela pode ficar até mais tarde, ele ainda escreve bem e—”
“Curves.” Eu sussurro seu nome. “Você percebe que quando eu lhe pedi para morar comigo, é com pleno conhecimento de que juntos vamos descobrir como fazer para o seu pai ter melhor cuidado que ele precisa não é?”
As lágrimas enchem seus olhos. “Isso não é o seu trabalho, você não tem que—”
“Eu sei que não. Isso é pura vontade. Além disso, eu tenho feito pesquisas e, o ponto é... Quero cuidar de você. Deixe-me.”
Ela assente com a cabeça. E, em seguida, sussurra. “Sim.”
"Eu sinto muito. Eu estava muito ocupado pensando sobre todas as coisas que eu ia fazer a você desde o minuto em que parou de falar e seu peito começou a arfar. Você disse que sim? E isso significa que eu posso fazer você gritar de novo? Porque eu acho que é uma coisa boa Miller não estar em casa agora.”
“Provavelmente por isso que ele saiu.” Ela balança a cabeça.
Ela fica em silêncio.
Merda. Eu não deveria ter dito o nome dele.
“Eu sempre serei a amiga dele.” Ela se arrasta e depois me monta com aquelas coxas lindas. “Mas esta cama, esta de dez mil dólares —merda, isso é muito dinheiro—”
“Baby, se concentre.”
Ela sopra. “Esta cama... é nela que eu quero estar. Estes braços...” Ela agarra meu bíceps. “Estes braços enormes, dourados, e incríveis... é neles que eu quero ficar aninhada—”
Eu não a deixo terminar.
Eu a beijo com tanta força que eu tenho medo de machucá-la.
“Eu te amo tanto.” Seguro sua cabeça e depois a deito ao meu lado e começo a mostrar para ela novamente, o quanto.
Capítulo trinta e cinco
MILLER
Vou para o treino mais cedo do que o necessário. Principalmente porque sei que uma vez que Sanchez e Em acertar suas coisas, eu não gostaria de estar num raio de um quilometro de qualquer que seja o tipo de inferno de ginástica que eles fariam no quarto.
Corro algumas voltas ao redor do estádio e começo a me alongar, quando algumas líderes de torcida se dirigem à seção separada do campo de treino que normalmente ocupam antes do nosso treino ou as vezes durante.
Em não está lá ainda.
Há meses que estou tentando não amá-la, tentando não a querer e agora que eu sei a verdade sobre nossa amizade e sobre o jeito que ela se sente pelo Sanchez, parece tão...normal.
O mundo não terminou.
O céu não caiu.
Minha vida não acabou
Mas a rachadura em meu coração... ainda está lá, mas não tão dolorosa desde a nossa conversa, quando fizemos as pazes e a vi ir embora.
Mas está lá.
E isso me fez pensar se às vezes a maior perda que você sente é algo que ninguém vai ver quando olhar para você.
Porque quando o seu coração quebra, de alguma forma ele continua batendo.
O meu parece quebrado, mas eu sei que não está. Eu sei que estou apenas sentindo pena de mim mesmo, por saber que sou apenas o seu passado ...
Ele é o seu futuro.
Nós dois merecemos seguir em frente.
Eu só não sei como.
Porque foi horrível finalmente perceber que nunca a tive. Eu estava apenas vivendo em um estado constante de raiva e incerteza quando se tratava de Em, e agora que estou liberado de toda essa merda, eu não sei o que fazer.
“Ei, estranho.” Kinsey coloca as mãos nos quadris e para ao meu lado. “O que exatamente estamos olhando?”
"Grama."
“Grama.” Ela repete. “Muito interessante. E há algo sobre esta grama que intriga você? Ou está apenas curtindo o momento?”
Eu sorrio e abaixo minha cabeça. “Eu estou curtindo exatamente aquele momento em que os caras começam a perceber que são nada mais que ferramentas egoístas.”
“Não se preocupe.” Ela bate em meu braço. “Jax tem isso todos os dias.”
“Bem, ele é um cara assim ...”
“Certo.” Seus olhos azuis brilhantes piscam para mim com diversão. “Bem, você vai chorar agora?”
“Claro que não.” Eu grito, e então eu sussurro. “Já fiz isso ontem à noite.”
Ela começa a rir. “Ah, Miller, você ganha alguma coisa ... você perde alguma coisa. Estou supondo que este é um daqueles cenários de perda?”
“Honestamente, Em está com o melhor homem. Estou feliz por ter a minha melhor amiga de volta, mas triste que tivemos que passar por tanta porcaria para chegar lá.”
Ele me dá um tapa no ombro. “Pense nisso dessa maneira, Miller. Há mais peixes no mar. Quero dizer, eu não estou dizendo isso da experiência porque um certo tubarão chamado Jax parece ser realmente talentoso para assustá-los e provavelmente estou destinada a um convento ou a uma vida com vários gatos, mas sim, Miller, muitos peixinhos—reservas e mais reservas. Além disso, vivemos em Bellevue. O oceano está logo ali passando a montanha.”
Fico olhando para ela. “Nenhum peixe?”
“Nem mesmo um peixinho.”
“Droga Jax.”
"Você não tem ideia. Eu tenho um plano maravilhoso para colocar em prática de modo que ele vai parar de me trancar em meu quarto.”
“Espere.” Eu faço uma careta. “Para tudo. Você vive com ele?”
“Está vendo?” Ela encolhe os ombros. "Inferno. Eu vivo no inferno, mas tem uma tela plana de noventa polegadas que eu posso assistir todos os jogos, então ... Eu sou fácil, o que posso dizer?”
Eu balanço a cabeça em atenção. “Uma troca difícil, embora.”
“Conhece alguma garota solteira que possa roubar a virgindade dele?”
Engasgo com minha saliva. “Desculpe, você disse—”
Ela faz uma careta. “Quer dizer, eu não tenho certeza, mas ele está tão assustado sobre as pessoas que querem ele só por seu dinheiro e fama que raramente lhes permite chegar perto.”
Jax escolhe aquele momento para entrar no campo.
“Talvez até mesmo as preliminares.” Dou de ombros. "Não pode doer.”
“Mesmo um seio, um orgasmo, talvez dois.”
“Três orgasmos. Sempre vá para três, Kins.”
Jax para de se alongar e olha para nós. Seus olhos se estreitam, e então é como se o cara tivesse descoberto uma cura para o câncer, ele sorri, esfrega as mãos triunfante e se afasta.
“Aquele olhar, aquele ali mesmo. Ele tinha esse olhar quando me trancou em meu quarto para que o meu par do baile não me encontrasse.”
“O cara faz um monte de bloqueio.”
“Eu acho que ele está sob a impressão de que vai quebrar meu espírito.”
Eu ri. Eu não consigo controlar.
É divertido.
Saber que eu ainda consigo rir e realmente quero dizer isso, saber que eu posso ter uma conversa inteira e nem uma vez pensar em Em.
“Eu vou ajudar.” Eu me encontro dizendo.
Ela agarra meu braço. “Cale a boca! Você está falando sério?”
Eu dou de ombros. “Eh, por que não? Quero dizer, o cara é bonito, rico, famoso e realmente um ser humano legítimo. Vamos encontrar um peixe para ele, e então encontraremos algo maior que um peixinho para você.”
“Hah!” Ela me dá uma cotovelada e olha para cima. Eu nunca tinha percebido como bonito são seus olhos, como o azul é tão claro. “Tenho tendência a gostar de peixe ... grande.” Ela engole em seco e rapidamente desvia o olhar.
Olho para ela como um idiota, com um sorriso provavelmente duas vezes maior que necessário.
“O peixe grande, hein?”
"Somente ...” Ela me dispensa, rindo. “Cale a boca.”
“Ei, está tudo bem. Eu gosto de peixe grande também, Kins!” Ela vai embora e me saúda com seu dedo médio.
“Fico feliz que somos amigos!” Eu devolvo.
Ela vira um pouco e me sopra um beijo.
Eu desvio e aponto para Jax.
Ela ri e se aproxima do seu irmão e planta um beijo gigante em sua bochecha, depois o belisca.
Ele revira os olhos.
E de repente, enquanto estico minhas mãos sobre minha cabeça e continuo a aquecer, as coisas não se parecem tão ruins.
Capítulo trinta e seis
SANCHEZ
Eu não consigo tirar o sorriso do meu rosto. Eu odiava aquele cara. Aquele que presunçosamente estufou o peito como se ele fosse o tal depois de uma rodada de sexo.
Aperto minhas mãos; o couro de minhas luvas faz um barulho enquanto eu dobro a esquina e sigo para o campo. Em já tinha corrido na direção oposta depois que eu bati minha boca contra a dela na frente de pelo menos metade da minha equipe. Marcando meu território. Desafiando qualquer um deles a dizer merda contra mim por confraternizar com uma das mais sexys líderes de torcida que eu já conheci. Minha, ela era minha, e eu com certeza não ia deixar ninguém ficar no caminho, nem mesmo Miller.
Cerro os punhos com mais força.
E preocupado que o olhar em seu rosto me quebrasse.
Porque eu sabia que poderia facilmente ter sido eu, o cara cujo fodido coração foi dividido em dois, porque ele não tinha conseguido a garota.
Eu respiro fundo e sigo até Miller. Jax me olha com cautela, mas ele não me diz para parar.
"Então ...” Miller nem sequer precisa olhar para cima para falar comigo. O que? Ele podia sentir o cheiro dela em mim, ou o quê? E por que diabos isso me faz tão feliz? “Você vai usar esse sorriso presunçoso todo o treino, ou você vai, pelo menos, me deixar dar um soco na sua cara e estragar isso um pouco?”
Eu sorrio mais. "Você pode tentar."
Ele olha para cima, seus olhos pensativos. “Você a trata bem.”
“Ela merece melhor do que o meu melhor, cara.”
Ele suspira, ombros caindo. “Deus, você é tão difícil de odiar quando diz merda assim.”
“Eu sou um cara muito simpático. Pergunte a qualquer um.” Eu dou de ombros. “Nós estamos bem?”
“Ela não está mais chorando?” Pergunta ele.
“Não.” Minha expressão transforma de presunçosa para séria. “Se ela estivesse chorando, eu te pediria para me dar um soco nas minhas bolas e me atropelar com seu SUV.”
Ele ri. “Essa ideia realmente tem mérito, mas sim, eu acho que vou passar em tocar suas bolas, homem.”
“Que decepcionante.” Eu estendo minha mão.
Ele aceita e fica de pé.
Peito a peito.
De homem para homem.
O campo está tranquilo.
E então, Miller me dá um tapinha nas costas e me dá o abraço mais estranho que eu já recebi em toda a minha vida, antes de rolar os olhos e me empurrar tão forte que quase tropeço em meus próprios pés. “Não faça merda.”
“Não estou planejando isso.”
"Bom."
“Ei, acabamos de ter um momento?”
“Vá para o inferno, Sanchez.” Ele sorri.
Começamos a caminhar juntos em direção a Jax, que finalmente solta a respiração que ele aparentemente estava segurando.
“Vocês meninas terminaram de conversar?”
“Sim,” falamos em acordo.
“Pronto para ser derrotado?”
“É melhor não.” Aponto meu capacete para Miller. “Vamos, não me deixe ser atingido, Miller. Meu rosto é bonito demais para isso.”
“Não é o meu trabalho!” Ele coloca seu capacete.
O treino começa com um inferno de um golpe muito forte em pleno ar quando pego um dos passes torpedo insano de Jax.
“Eu acho que você machucou meu baço, idiota,” eu bufo quando Xander me ajuda a levantar e sorri.
“Sim, bem, eu queria fazer um sólido para Miller.”
“Hã.” Eu faço uma careta. “Então, ninguém da equipe Sanchez?”
“Você acabou de referir a si mesmo na terceira pessoa?” Miller franze a testa.
Começo a rir.
Ganhando olhares chocados da linha ofensiva como se eu tivesse crescido duas cabeças, mas tudo que eu continuava pensando era sobre o rosto de Em e como ela disse que ela teria chutado a minha bunda na escola. Sim, acho que minha bunda merecia ser chutada.
“O quê?” Eu olho para todos os caras. “Um cara não pode rir aqui?”
“Dois meses atrás, um cara riu durante o treino, e você literalmente lhe disse que você ia arrancar a cabeça de seu corpo se ele não colocasse os pensamentos em ordem,” diz Elliot em uma voz calma. “Então, você me diz.”
“É isso que acontece quando você transa com alguém, Sanchez?” Esta foi de Jax.
Dou um olhar assassino.
Um compartilhado por Miller.
“Oh inferno!” Jax grita. "Brincadeira! Eu estava brincando!"
Agarro Elliot. “Acabe com ele.”
“Hum, ele é o nosso QB.”
“E eu sou um de seus capitães. Peguem ele.”
A jogada foi chamada, mas o bastardo sabia que estava chegando. Ele desliza antes que ele pode ser atingido e, em seguida, me mostrou o dedo do chão. "Desgraçado!"
A equipe inteira riu.
Incluindo Miller.
E é assim que o resto do treino foi. Jogada após jogada, trabalhamos nossas bundas e rimos de nossas bundas.
Foi o melhor treino que eu já tive.
Miller estava em seu jogo também.
Tudo parecia certo.
Eles pareciam bem.
E foi aí que eu entrei em pânico.
Porque nada na minha vida nunca tinha parecido tão bem antes, o que significava uma coisa. O outro sapato estava prestes a cair. Eu espero Deus que fosse na cabeça de Jax e não na minha.
Capítulo trinta e sete
EMERSON
“Uau.” Kinsey cruza os braços. “Você não parou de sorrir o treino inteiro, mesmo quando a treinadora Kay fez uma pesagem surpresa no final de todo esse treino.” Ela faz uma pausa. "Deve ter sido ... mágico?"
Faço uma careta para tentar esconder meu sorriso e falho. "Isso foi ...” Eu suspiro, tentando encontrar as palavras. "Inesperado."
“Pare aí.” Ela corre para me alcançar, enquanto caminhávamos pelo estacionamento. "O que você quer dizer inesperado? Este é Grant Sanchez. Deve esperar grandeza desse cara. Quero dizer, olhe para ele.”
Sincronismo surpreendente como sempre. O cara é supermodelo e lindo enquanto caminha pelo estacionamento com Miller. Ambos estão usando óculos escuros. Miller está usando uma camiseta apertada enquanto Sanchez está vestindo uma jaqueta de couro que abraça cada parte de seu corpo em todos os lugares certos.
E seus jeans ...
Rasgado em todos os lugares certos. Eles provavelmente são ilegais na maioria dos estados, não que eu me importasse. Ele é meu.
Meu.
“Pare de suspirar," Kins sussurra em voz baixa. Ela inclina a cabeça. "Então de novo ..." Ela assobia. "Porra, esses dois juntos são completamente letais. Eu me pergunto se eles ficariam bem com um pequeno momento de ménage, nada de louco, apenas, você sabe -”
Eu coloco minha mão sobre sua boca.
Ela assente com a cabeça, como se dissesse, Sim, eu merecia isso. Desculpa.
“Curves.” Grant para na minha frente e, em seguida, me pega em seus braços e dá um beijo empolgante na minha boca antes de me colocar de volta para baixo. "Tarde."
"Bem ...” Kins se abana. “Onde está meu beijo, Miller? Eu acho que é justo que cada jogador de futebol cumprimente suas líderes de torcida com tal adoração.”
Ela está brincando, mas algo no rosto de Miller muda. Olho entre os dois, em seguida, dou uma em cotovelada em Sanchez.
“Merda.” Ele solta. “Desculpe, fui muito atingido hoje. O que? Por que você está me dando uma cotovelada?”
Cubro sua boca com minha mão.
Kinsey boceja. “Tudo bem, crianças, oficialmente temos mais um dia até jogo três da temporada contra - espere por isso-” Sanchez faz um que rufem os tambores no ar. “Os piratas odiados.”
“Boo.” Miller mostra a todos os polegares para baixo. “Patrick Hennesey pode beijar minha bunda.”
Sanchez ergue a mão para um cumprimento. “Se aquele garoto comprar mais um animal exótico e tuitar sobre isso, eu vou colocá-lo no fogo.”
“Gráfico.” Kins franze a testa. “Mesmo para você, Sanchez.”
“Ele tem um tigre e uma píton que ele nomeou depois do seu pau. O garoto precisa ser colocado no seu lugar.”
“Estranho, eu sinto que há alguém neste grupo que tem uma foto de seu corpo nu no-”
Sanchez me silencia com um beijo. “O que foi isso?” Ele sussurra.
“Nada, de verdade ... nada."
“Sanchez, Miller!” Jax corre para o estacionamento. “O treinador quer ver vocês dois.”
Grant congela ao meu lado, enquanto Miller lhe dá um olhar preocupado.
“Está tudo bem,” Kinsey diz em voz alta. “Rapazes, vocês são adultos. Está bem. Eu tenho certeza que é apenas sobre o jogo no domingo.”
"Certo ...” Repete Sanchez. “O jogo.” Ele se vira e me beija na cabeça. “Vejo você em casa?”
“Sim.” Eu faço uma careta. “Deixe-me saber se-”
“Vai ficar tudo bem,” ele me assegura, mas seu olhar diz que está preocupado, que por sua vez, me deixa preocupada o suficiente para olhar para Miller por algum tipo de conforto.
Em vez disso, ele está pálido, como se eles fossem ser cortados da equipe ou algo assim, mesmo sabendo que é completamente ridículo.
“Vamos.” Kinsey prende seu braço no meu. “Eu estava de carona com Jax. Leve-me ao seu reino do sexo antes de me fechar novamente no meu castelo.”
Sanchez franze a testa e aponta entre nós. "Reino do sexo?"
“Sim, aparentemente, você não é ruim na cama. Muito bem, Sanchez. Talvez um dia eles vão ter troféus para esse tipo de coisa, mas por agora, eu só vou lhe cumprimentar por isso. Temos que ir!” Ela o empurra em direção a Miller, que está rindo e tentando cobrir com sua mão.
“Ele vai ficar bem, certo?” Eu os observo ir embora, cheia de medo a cada passo que eles davam.
“Tenho noventa e nove por cento de certeza que é sobre coisas do jogo.” Kinsey faz uma careta.
“E esse um por cento?”
Ela engole em seco e sussurra. "Você."
Capítulo trinta e oito
MILLER
O gerente geral Jackson Mills está no escritório do treinador.
“Merda,” Sanchez sussurra ao meu lado. “Isso não é um bom sinal.”
“Pode não ser nada,” eu minto. Eu sabia que era alguma coisa. Você não chama o gerente geral para nada. Eu sabia que éramos bons demais para cortar, então isso significava que eles estavam irritados com alguma coisa.
"Cavalheiros ...” Jackson aponta para as cadeiras. "Sentem-se. Isso não vai demorar muito.” O homem é uma raposa prateada, poderia fazer dinheiro em seu sono, e teve cinco filhos por meio de sua esposa, igualmente atraente com a beleza do sul. Eu gostava dele, muito. Mas de longe, não de perto; parecia que eu estava sendo chamado ao escritório do diretor, apenas uma centena de vezes pior.
O treinador olha para nós dois e franze a testa. “Vocês dois estão se dando bem?”
“Sim.” Nós dois respondemos rapidamente e depois rimos.
“Ele é o melhor bloqueador na liga.” Sanchez dá de ombros. “O que diabos não existe para gostar?”
“Oh ...” O treinador concorda. “Então você vai jogar dessa maneira, hmm, Sanchez? Como sobre o fato de que você está supostamente namorando a ex-namorada dele, alguém que também por acaso é animadora dos Bucks Squad.”
Sanchez engole em seco.
Me sinto completamente pálido quando levanto uma mão trêmula para o meu rosto e passo no meu queixo.
Jackson percebe minha reação. “Isso afeta a equipe, Miller? Porque de acordo com um jogador insatisfeito, vocês estiveram na garganta um do outro durante os últimos dois meses. Nós não queremos uma repetição do que aconteceu da última vez que você decidiu levar a sério com uma mulher, não é?”
“Nós?” Sanchez aponta entre mim e ele, sem perder tempo. “Com todo o respeito, senhor, nós somos atletas profissionais. Qualquer merda que esteve entre nós não só foi tratada fora do campo, mas completamente resolvida. Acho que o meu histórico provou isso, quero dizer que temos campeonatos consecutivos.” Ele se inclina para frente. “Eu estou supondo que Thomas é o merdinha que disse algo, que deve lhe dizer tudo o que você precisa saber. Ele está chateado e tentando colocar a culpa no drama que nem sequer existe, drama que alguns anos atrás, ele ajudou a iniciar dormindo com minha noiva. E ainda assim eu sou o único sendo chamado aqui, parece um pouco ... dramático, você não diria, Miller?”
“Muito.” Minha voz é vazia, meu coração bate com raiva contra o meu peito. Sanchez não merece esse tipo de merda.
“Feliz em ouvir isso.” O treinador esfrega as mãos. “Você está satisfeito?”
Jackson assente. "Por enquanto."
“Ótimo.” Fico de pé, agradecendo a Deus que não foi pior, e tinha acabado de sair pela porta com Sanchez quando Jackson grita.
"Mais uma coisa."
Sánchez engole em seco, abaixando a cabeça e amaldiçoando antes de se virar e sorrir. "Sim?"
“A política continua de pé.” As sobrancelhas de Jackson sobem. “Você joga mal, e a primeira coisa a ir vai ser o excesso de bagagem.”
Raiva me domina. Eu sei exatamente a que bagagem ele estava falando. Eu estou a segundos de distância de perder isso quando vi uma mudança em Sanchez. Ele foi de calmo para completamente assassino, como se ele estivesse a poucos segundos de acusar os dois homens e fazer algo que não poderia ser desfeito.
Eu agarro o braço dele, apertando meus dedos em seus bíceps tensos. Deus, eu posso sentir a raiva em seu corpo porque combina com a minha perfeitamente. Aquele filho da puta!
É um empate entre o qual de nós vai acabar com aquele idiota primeiro, e eu quero a preferência.
“Entendido?” Jackson cruza os braços.
Um músculo se contrai na mandíbula de Sanchez. "Na verdade não. Não.” Ele cerra os dentes. “Eu não entendo como o meu relacionamento com uma garota que eu amo fora do campo tem algo a ver com esta equipe.”
Eu respiro fundo.
Suas narinas dilatam enquanto ele continua. “Acho que isso significa que é melhor deixarmos isso de lado - já que é a minha vida amorosa na tábua de cortar, sim? Eu me pergunto como a mídia iria reagir a essa história triste. Eu odiaria escorregar. Deus, você pode imaginar o que Jacki faria se eu lhe desse uma exclusiva?”
Porra, o cara tinha bolas de aço. Eu não tinha certeza se eu queria estar a seu lado ou deixá-lo ficar em chamas por conta própria.
Mas inferno, o respeito que sinto por ele naquele momento...
“Observe a si mesmo.” Os olhos de Jackson se estreitam.
Sanchez visivelmente relaxa embora eu ainda estou usando toda a força da minha mão direita para impedi-lo de se lançar para frente e fazer algo que iria levá-lo a ser expulso da equipe. "Estou apenas dizendo ...” Ele sorri para o treinador. “Foi um bom treino hoje. Eu acho que eu cheiro outro campeonato.”
E assim, o assunto muda.
E nós estávamos de volta no mesmo terreno.
Jackson passa a mão pelo cabelo grisalho. “Vocês meninos têm feito um bom trabalho até agora.”
“Basta esperar até domingo.” Sanchez assente.
Deixo escapar um suspiro. “Obrigado pela conversa, pessoal.”
“Miller ...” Jackson simplesmente não desistiria, não é? “Você tem certeza que quer ficar do lado de Sanchez sobre isso? Eu odiaria ver algo tão desnecessário causar problemas com o seu lugar nesta equipe.”
Eu rio. Eu não pude evitar. "Mesmo?"
É a sua vez de parecer irritado.
“Talvez você não entenda isso, porque você não é um jogador, mas ele é meu irmão. Eu sangro por ele. Eu luto por ele. Eu morro por ele.” Eu nunca percebi quão verdadeiras minhas palavras eram até elas estavam fora da minha boca. “Então, o inferno sim, eu estou de pé por ele. Eu seria um membro da equipe ruim se eu não fizesse. Assim como Jax vai ficar ao lado dele, e Elliot por Jax. Isso é o que a equipe faz. Nós ganhamos juntos. Nós perdemos juntos. Agora ...” Eu cerro os dentes. "Isso será tudo?"
A expressão de Jackson muda. “É bom ouvir isso, Miller.” Seu sorriso é largo, amigável. “Essa é a resposta que eu estava procurando.”
“Isso é besteira”, diz Sanchez sob sua respiração. Eu posso sentir seu braço suando. Ou isso ou era meus dedos.
“Vocês estão dispensados.” Jackson sorri.
Quando entramos no estacionamento, Sanchez balança a cabeça e olha para o prédio. “Que tipo de treinamento Jedi9 que ele nos fez passar? Porque se ele se referir a Em como excesso de bagagem mais uma vez, vou para a prisão.”
“Honestamente, eu estou surpreso que você não pulou sobre a mesa e esmagou o seu rosto,” eu admito.
"Eu teria ...” Sanchez balança as mãos e tira as chaves do bolso. “Exceto que um idiota não me deixou.”
“Hah.” Reviro os olhos. “Da próxima vez eu vou deixar você matar a sua carreira, certo?”
“Você quis dizer toda aquela merda?” Ele olha para as chaves na mão, em seguida, olha de volta para mim. “Sobre sangrar? Lutar?”
“Sanchez, se você me abraçar, eu juro, eu realmente vou te matar.”
Ele joga a cabeça para trás e ri e, em seguida, fez algo completamente inesperado.
O idiota realmente me abraçou.
E eu o abracei de volta.
"Agora isso ...” Ele me dá um tapa na bunda e corre. “Foi um momento, Miller!”
“Seu merdinha!”
Ele destranca o carro, entra e o liga, em seguida, abre a janela. “Sério, porém, obrigado por me ajudar manter a cabeça fria.”
“Sim, bem, eu acho que nós temos uma garota em comum que está contando com você.”
Seu rosto se suaviza. “Sim, nós temos.”
“Saia daqui antes de começar a chorar, homem,” eu provoco.
Ele me mostra o dedo médio e fecha sua janela, e sorrio até meu carro.
Capítulo trinta e nove
EMERSON
Eu corri para minha casa para pegar mais roupas e verificar o meu pai. Eu também precisava pegar meu laptop para que eu pudesse recuperar o atraso em alguns trabalhos escolares. Papai disse que ele estava bem, mas eu me senti culpada no minuto que seus olhos brilharam quando me viu.
Eu estava passando quase todo o meu tempo no treino, trabalhando, ou com Sanchez. Eu estava verificando meu pai todos os dias, mas eu sabia que não era tanto quanto eu normalmente fazia. As mensagens de Connie ajudaram e meu pai sempre me mandou uma mensagem com atualizações sobre o que ele estava fazendo, mesmo que as mensagens estivessem confusas e não faziam sentido.
Eu abro minha boca para pedir desculpas, mas o pai fala primeiro. "Eu estive pensando."
“Oh?” Eu estou quase fora da porta. "Sobre o que?"
“Talvez seja a hora de você encontrar o seu próprio lugar.” Ele sorri, era um de seus velhos sorrisos, os que ele costumava me dar antes de sua doença.
E eu quero chorar.
Ele está tendo um dos seus bons dias. O que significa que ele sabe quantos anos eu tenho, e que vivo com ele porque não posso suportar que ele esteja sozinho.
“Eu vou pensar sobre isso,” eu minto. Eu estou com medo que isso iria perturbá-lo, prejudicá-lo se eu me morasse com Sanchez. E como estou, ele mal notaria a minha ausência durante seus episódios.
“Emerson.” Ele me chama pelo meu nome inteiro. Fere.
Me viro e o encaro. “Sim, papai?”
"Estou orgulhoso de você. Você percebe isso, certo?”
“Pai.” Minha garganta fecha. Eu posso apenas acenar e sussurrar. "Obrigada."
“Ele te trata bem?” Ele pergunta. “O cara que me deixa vencê-lo no jogo de damas?”
“Sim.” Eu sorrio timidamente. “Ele realmente trata.” Meus pensamentos entram em território perigoso - território de amor - um território que Grant dominava em todos os sentidos, entre vários outros.
“Eu posso ver isso.” Papai beija minha testa. “Eu quero que você seja feliz, baby girl. E acho que ele te faz feliz, eu não vi você sorrir desde ...” Seu próprio sorriso morre. “Desde, Miller Quinton.”
Pela primeira vez em anos, quando meu pai disse seu nome, não havia dor. Sem saudade. Sem raiva. Sem dor com a perda do meu melhor amigo e meu bebê por nascer. A memória desses sentimentos está lá, mas ambos Miller e Sanchez me ajudaram a juntar todas as peças que uma vez foram queimadas, e lhes deu nova vida. Sanchez com o seu amor e Miller com sua amizade, algo que eu sei que vou valorizar o resto da minha vida.
“Miller e eu realmente somos amigos de novo.” Eu não sei por que senti necessidade de dizer ao meu pai coisas que eu sei dentro de minutos ou horas ele provavelmente vai esquecer, mas ele era uma parte tão importante do que aconteceu com Miller que eu senti que era injusto não lhe dar o encerramento. “Ele está jogando para os Bucks.”
“O inferno que ele está!” Papai sorri. “E as coisas estão boas? Conte-me tudo!” E assim, todo comportamento de papai mudou. “Ele começa na equipe? Quais são as suas estatísticas?”
Dez minutos.
Foi-me dado dez minutos com o pai que eu conhecia.
O velho pai.
Aquele que memorizava fatos de futebol e me derrotava no futebol da fantasia de cada ano.
O pai que adorava futebol quase tanto quanto eu.
O pai que me segurou quando eu perdi meu bebê.
O pai que me disse que eventualmente as coisas estariam bem, que a vida continuaria.
“Eu estou tão orgulhoso,” pai finalmente diz, “que você consertou as coisas entre vocês ...” Um olhar engraçado atravessa suas feições. “Você sabe, eu gosto de Grant Sanchez embora ...”
Começo a rir. “Sim, eu também, papai, eu também.”
Ele ri e beija minha testa, em seguida, volta para sua cadeira, se senta e pressiona o controle remoto.
“Oh, e querida?” Papai chama. “Não fique fora até muito tarde, lembre-se você ainda tem um toque de recolher!”
E, assim, o momento se foi.
Mas eu não me importo.
Porque eu tinha recebido um presente.
Não só o encerramento com Miller.
Mas o encerramento para o meu pai, mesmo que ele nunca perceba isso, eu tinha que acreditar que ele precisava, que isso fazia a diferença, mesmo que apenas por dez minutos de sua vida.
Quando cheguei ao apartamento, o carro de Sanchez estava estacionado no seu local habitual. Eu sorri e entrei no elevador. Eu tinha acabado de chegar na porta quando ela se abriu, e fui levantada no ar por mãos enormes e empurrada contra a parede mais próxima, sua boca silenciando qualquer protesto que eu possa ter tido.
Será que será sempre assim? Tão explosivo? Tão perfeito?
Ele esfrega seu corpo contra o meu, já desperto, já pronto.
Eu interrompo o beijo com um gemido quando ele espalha mais beijos quentes e molhados na lateral do meu pescoço, só para liberar meu corpo apenas o suficiente então eu posso deslizar descendo a parede.
“Tão perfeita.” Ele beija meu nariz, então a minha testa, antes de pegar a minha camiseta e puxá-la sobre a minha cabeça. No instante em que eu tento respirar, sua boca está na minha novamente, provocando, saqueando, certificando-se de que cada centímetro de sua língua seja totalmente explorada, quase como se ele tivesse medo que ele ia perder alguma oportunidade de ouro a cada vez que sua boca se inclinava sobre a minha.
Eu odeio o quão saboroso ele é.
Porque é impossível não responder a ele.
E algo me diz que sua reunião não foi bem, talvez fosse o beijo apressado, ou a maneira como suas mãos continuaram tirando minha roupa até que eu estou em pé na frente dele quase completamente nua.
Ele me pega, me joga por cima do ombro, e entra na sala de estar. Quando ele me coloca no chão, ele já está fazendo um trabalho rápido com suas próprias roupas antes de me pegar de novo e me colocar no piano.
Minhas sobrancelhas se erguem. "Você toca?"
“Inferno sim, eu toco.” Ele abaixa a cabeça.
Eu gemo. “Então, não foi o que eu quis dizer.”
“Eu sou dotado em todas as áreas,” diz ele com a voz rouca. “Você não acha?” Eu abro minhas pernas para ele.
Com uma maldição rouca ele encontra minha boca novamente, e então ele está me puxando até a borda, até que eu estou pronta para cair da peça cara.
Em vez disso, eu caio em cima dele.
Ou ele caiu em mim.
Talvez, simplesmente nós caímos.
Com golpes rápidos, ele já está me deixando louca.
“Precisava de você, baby.” Seus beijos vertiginosos tornaram impossível manter-se enquanto sua boca encontra a minha novamente e novamente. Eu não consigo pensar direito. Cada centímetro do meu corpo está em chamas por ele, segurando-o perto, pedindo-lhe para nunca parar.
Ou talvez fosse apenas meu grito. “Não pare! Não pare nunca!”
“Não estou planejando isso." Ele engole meu grito e me enche completamente, permanecendo lá por um breve momento antes de se mover de novo, e então o ar frio bate na minha bunda enquanto nós caminhamos do piano para o sofá. Ele se recostou, seus olhos a meio mastro enquanto balança a cabeça e murmura, "Droga."
"O que?"
Eu posso sentir ele pulsando dentro de mim, e ainda assim ele não se mexe. Ele está se esforçando, cada músculo tenso.
“O que é esse olhar?”
“Satisfação presunçosa.” Ele rouba mais um beijo antes de pegar meus quadris me forçando a me mover em cima dele. Eu nunca estive segura nua, nem mesmo por mim, não realmente.
As luzes estão acesas.
E eu estou basicamente tendo o passeio da minha vida.
Em Grant Sanchez.
Eu não tenho certeza se devo estar horrorizada com o meu próprio comportamento.
Ou grata que eu sinto o seu amor tão forte que não penso sobre a gordura em meus lados ou a celulite nas minhas pernas. Porque ele olha para mim da maneira que cada garota merece ser olhada.
Como se ele fosse o sortudo.
Apaixonei-me um pouco mais, nem mesmo percebo que é possível enquanto eu me movo em cima dele, dando-lhe tudo o que tenho, enquanto seus olhos reviram.
Ele aperta a mandíbula. “Me matando, baby.”
Inclinei-me até que a ponta dos meus seios roça seu peito. "Bom."
“Você vai pagar por isso, provocação.” Ele agarra minha bunda e me toma com tanta força que eu vejo estrelas e sinto meu corpo explodir com o impacto.
Com o peito arfante, ele sorri. “Eu disse a você.”
“Bom trabalho, arrogante,” eu digo sem muita convicção após ter colocado minha cabeça contra seu peito nu quente.
“É por isso que você me ama,” diz ele, confiante. “Você sempre sabe onde eu estou porque eu não tenho a censura para falar bem ou mal. Você sempre saberá, Curves.”
Engulo em seco. “Então, isso significa que a reunião foi ruim?”
Ele congela e então esfrega as mãos pelos meus braços. “Não tenho certeza. Tudo o que sei é isso.” Ele agarra meu queixo entre o polegar e o dedo indicador. “Você é isso para mim. Eu sei que passaram dois meses. Mas eu sei. Eu só sei. E eu não dou a mínima se o mundo inteiro sabe também. Eu só ... Eu acho que eu preciso saber se você está na mesma página.”
Dou um beijo nele e depois um soco no seu braço.
“O quê?” Ele geme. "Por quê? Você sabe que eu apanhei hoje!”
"Oh, me desculpe. Os meninos no playground foram rudes com você?” Eu provoco.
“Pequena sarcástica-”
Cubro sua boca com a minha novamente, em seguida, afasto. "Estou aqui. Com você.” Eu envolvo meus braços em volta do seu pescoço. “Grant Sanchez, eu consegui você.” Eu suspiro e coloco a mão em sua cabeça. “Não apenas aqui, jogador de futebol tolo...”
Ele sorri.
"Mas aqui." Pego sua mão e coloco sobre meu coração. "Agora, sem mais perguntas estúpidas, ou posso assar cookies?"
Ele geme. "Cookies então mais sexo?"
"Você não pode simplesmente fazer sexo durante todo o seu tempo livre."
Ele faz beicinho. "Quem diabos disse isso?"
“As pessoas precisam dormir!” Eu rastejo longe dele apenas para que ele me batesse na minha bunda.
“Eu amo essa bunda,” ele sussurra reverentemente. “Curve-se para mim?”
Minhas bochechas ficam vermelho brilhante.
Ele ri. “Ah, aí está. Eu precisava disso hoje, Curves. Esse rubor que eu sei que é só para mim. Obrigado por isso.”
“Às vezes eu te odeio.” Eu cruzo meus braços sobre o meu corpo.
“Ah, Em, não os cubra. O que eu lhe disse? Isso causa câncer!”
“Isso não causa!” O cara é inacreditável.
“Eu li isso online.” Ele acena com a cabeça. “Sutiã é ruim. Sem sutiã, está bem.”
“Você é impossível.”
“Você me ama.” Ele se levanta. Seu corpo é tão delineado que eu respiro profundamente e sinto minhas bochechas aquecendo novamente. “Eu conheço esse olhar.”
Sem dizer mais nada, ele me vira e me empurra para o divã. “E isso, gente, é uma visão pela qual eu mataria.”
Eu abro minha boca para dizer algo mordaz, mas me calo no instante em que sinto a ponta do seu pau novamente. Pronto para mim, ansioso.
Eu arqueio minhas costas e olho por cima do meu ombro. "Você estava dizendo?"
Seu peito sobe e desce tão rápido que eu me pergunto se ele vai hiperventilar. "Você é perfeita para mim. Feita para mim.” Ele passa as mãos pelas minhas costas, então a parte de trás dos nós dos dedos deslizam pela pele das minhas coxas antes que ele prende meu olhar e diz, "Isso está bem?"
“Mais do que bem.”
“Graças a Deus, porque eu não sei o que eu faria se você me negasse agora.”
“Nada para chorar, Sanchez.” Eu pisco.
E então não posso evitar, mas timidamente ver como ele pressiona em mim e faz o melhor que pode. Amor.
Capítulo quarenta
SANCHEZ
Jogo 3
Pirates vs. Bucks
Jogo em casa
Equipe favorita: Bucks Bellevue
Eu preciso da minha mente no lugar certo, e Em tem essa habilidade estranha de me concentrar onde mais ninguém poderia. Ela é meu centro, minha gravidade. Eu trabalho no meu treino de aquecimento e afasto as palavras do imbecil do Jackson da minha cabeça.
Foco, foco, foco.
Conto até dez.
Salto vinte vezes.
Ando no campo e ouço Mozart - meu segredo, e um que eu sei que eu iria finalmente confessar para Em apenas porque eu não quero nada entre nós. Ajoelho-me e sinto a grama entre os dedos, em seguida, a sujeira. Conto a distância da linha de cinquenta jardas para a meta em ambos os lados.
E eu imagino cada arremesso que eu pegaria.
Eu penso sobre os pontos fracos dos Pirates e como expô-los e passo por todas as rotas que eu sei que Jax chamará.
Eu estou pronto.
Meia hora depois, eu estou andando com Jax em direção ao meio do campo para o sorteio.
“Equipe da casa, Bucks. Qual é a sua escolha?”
“Coroa.” Jax sempre pede coroa. A última vez que ele pediu cara perdemos. Era a sua coisa.
“Coroa.” O juiz apita. “Chutar ou receber?”
“Receber,” Jax diz em uma voz entediada enquanto nós apertamos as mãos com os capitães dos Pirates. Eu posso jurar que Hennesey tinha conseguido um bronzeado artificial. Ou isso, ou ele estava viajando e gastando seus milhões como um idiota de novo.
Quando voltamos, Jax murmura sob sua respiração. “Será que aquele otário se bronzeou?”
“Exatamente,” eu respondo.
Equipes especiais saíram e fizeram o trabalho deles. Johnson correu um bom retorno de trinta jardas, que sempre me fez respirar um pouco mais fácil, pois Jax odiava começar o jogo com um passe. Ele gostava de bater a defesa para que eles se cansassem antes de começar jogando. Era a sua maneira de evitar interceptações. Ele era paranoico, e mesmo que as pessoas soubessem como ele trabalhava- como nossa equipe trabalhava - eles ainda tiveram problemas para nos bater, então, até que ele falhou, nós fizemos nosso caminho toda vez.
A primeira jogada foi falsa para Miller. Jax correu para uma primeira descida e deslizou antes que ele chegasse a tirar a cabeça de um dos lineman.
“Maricas!” Alguém dos Pirates gritou. Sim, ele é um maricas por não querer quebrar a perna? Às vezes eu odeio futebol por causa desses caras, os que são estúpidos demais para fazer sentido.
“Bandeira coca-cola zero em dois!” Jax aplaude.
Basicamente, isso significa que a jogada é para mim.
Uma vez que a bola foi lançada, corro como o inferno para baixo do campo, finjo ir para direita, e aceno para o passe.
Sinto o jogador defensivo vindo para mim, por isso é fugir, ou pegar e apertar.
Eu pego a bola e me viro.
Para a direita em outro jogador defensivo.
Bato entre os dois em pleno ar antes de cair no chão e vejo manchas.
Pisco, tento me levantar, em seguida, entro em colapso.
Miller está o meu lado imediatamente. "Você está bem?"
“Sim.” Eu balanço minha cabeça. “Só um golpe forte. Eu era um sanduíche de queijo porra. Eu odeio ser o queijo.”
Miller solta uma risada. “Todos nós, não?”
“Queijo cheira,” Jax adiciona uma vez que ele sabe que eu estou bem e não contundido. “Além disso, eu prefiro ser-”
“Alface,” Miller e eu falamos em uníssono. "Nós sabemos."
Eu fico em campo para a próxima jogada, grato que Jax ia executá-la, mas no momento em que chegamos à terceira descida, nós só teríamos mais quinze jardas.
Nós precisávamos deste ponto para nos preparar.
Nos juntando em um grande abraço, Jax ouviu seu fone de ouvido.
“Double Mountain10 segundo tempo.” Ele sorri para Miller.
“Bem merda.” Miller suspira. "Vamos fazer isso."
No minuto em que a jogada foi chamada, eu corro para bloquear enquanto Jax lança para Miller e depois faz uma corrida para o gol.
Miller joga em espiral com tanta força que estremece quando Jax pega na zona final.
Naturalmente, Miller foi levado por um dos jogadores da defesa, mas ele é um cara grande, eu sei que ele ficará bem.
“Touchdown Bucks!” O locutor anuncia enquanto o som falso de fogos de artifício e música irrompe no estádio.
Nós tínhamos isso. Eu sabia que tínhamos isso.
Olho para Em e pisco o olho.
Foi um erro quebrar a concentração.
Foi um erro porquê de repente eu lembro que estou jogando um jogo.
Foi um erro porque no momento em que olho para trás, uma das câmeras dispara para Emerson e a coloca na tela grande.
Sim, acabei de colocar um alvo gigante sobre ela.
E eu sei que a mídia ficaria implacável depois. Especialmente Jacki.
Merda.
Capítulo quarenta e um
EMERSON
Eles ganharam cinco jogos seguidos.
E mesmo depois que apareci no telão, ninguém perguntou a Sanchez sobre sua vida amorosa.
Parecia que tudo estava finalmente se estabelecendo.
A única coisa que eu odiava era seus jogos fora de casa. Não é que eu não confiava nele; era só que eu sabia o que acontecia quando os caras se reuniam. E eu sabia que havia muitas garotas que queriam nada mais do que seduzir no quarto alguém como Sanchez.
Visões de Lily sempre aparecem em seguida.
Então, eu teria Kinsey lá, nós riríamos sobre isso, e tiraria isso da cabeça.
Estamos na casa de Jax assistindo os caras aniquilar os Tigres de Jacksonville quando eu tenho um mau pressentimento. Eu não posso explicá-lo, diferente de quando eu falei com ele ao telefone, eu sinto como se estivesse perdendo o controle. Eu só ... Eu não queria que ele jogasse. Que tipo de namorada que eu era? Eu até mandei uma mensagem para Miller ter certeza de que ele cuidasse de Sanchez.
Eu conheço a próxima jogada; Grant e eu provocamos um ao outro sobre como ele conhecia meu livro de jogadas tão bem que já era hora de aprender o dele. Então eu fiz, principalmente porque o excitava, e eu gostei da conversa de futebol suja fornecida. Miller deveria ter a bola, mas havia uma proteção dupla, e Sanchez estava aberto.
Jax atirou uma oração. Foi um tiro no escuro.
Sanchez, sendo Sanchez, pega, mas não antes de ser atingido tão forte que o capacete voou.
Eu grito, cobrindo o rosto com as mãos.
Ele não está se movendo.
“Ele não está se movendo.” Eu não consigo parar de tremer. “Kinsey, ele não está se movendo!”
“Acalme-se." Ela pega uma das minhas mãos. "Às vezes, eles dizem aos jogadores que não se movam, especialmente se eles estão preocupados com uma lesão na cabeça."
"Ok." As lágrimas enchem meus olhos. "Ele está bem, certo? Ele vai ficar bem?"
Ela está quieta. Muito quieta.
Seu rosto passa de verde para pálido.
Algo está errado.
A câmera amplia. Ele está piscando, engolindo. A outra equipe está próxima, e Miller e Jax pairam sobre ele.
Eu começo a hiperventilar.
“Não, não, apenas respire, dentro e fora. Lá vai você.” Kinsey esfrega meu braço enquanto esperamos a informação do locutor.
"Pessoal ..." Ele suspira. “Eu estou recebendo notícias do andar de baixo que Grant Sanchez está sendo levado para o hospital por uma possível lesão na coluna.”
Seria o fim de sua carreira.
O fim de sua vida.
O fim de tudo.
“Por favor, Deus, não,” eu sussurro. "Por favor não."
Eles cortam para um comercial. Eu já estou agarrando o meu laptop para reservar um bilhete quando meu telefone toca.
Era Miller.
“Traga sua bunda aqui agora.” Ele não soava como ele próprio. “Em, eu sinto muito. Eu não—Eu deveria estar aberto. Estou tão—"
“Não.” Eu solto um soluço. “Não é culpa sua, Miller. Não é, está bem?"
“Meu agente vai ligar para você com todos os detalhes do seu voo. Eu estou cuidando disso. Traga Kins com você. Eles estão enviando a jato.”
O telefone cai das minhas mãos.
O rosto de Kinsey fica pálido. “Será que ele disse—”
“Eles estão enviando um jato,” eu sussurro.
“Oh, Em.” Lágrimas enchem seus olhos quando ela coloca os braços em volta de mim e me segura enquanto eu choro.
Era como se movendo através da areia. Eu tentei fazer as malas, mas não poderia nem me concentrar que meias levar. Ele pode estar morrendo, e tudo que eu conseguia pensar eram meias estúpidas e se elas combinavam e . . .
Eu quebrei muitas vezes para poder funcionar.
Eu sempre me perguntei o que poderia ser pior. Depois de perder Miller, perdendo nosso futuro bebê. O que poderia ser pior? Como poderia o coração humano lidar com mais alguma dor?
Eu finalmente conheci.
Eu realmente fiz.
Este. Este foi pior. Sabendo que o amor de sua vida está a centenas de quilômetros longe de você, possivelmente respirando seu último suspiro e não havia uma maldita coisa que você poderia fazer a não ser rezar.
Foi pior.
Muito pior.
“O carro está aqui, Em.” Kinsey agarra meu braço. "Vamos."
Miller enviou mensagens de texto durante todo o nosso voo. Os caras ganharam o jogo, e eu não poderia me importar menos. Eu só queria sentir os braços de Grant em torno de mim. Eu queria ouvir sua risada. Eu queria entrar naquela sala e vê-lo sentado com um sorriso estúpido no rosto arrogante.
Eu queria mais do que merecia.
Ele está tão mal que pensei que ia ficar doente.
Depois que o carro nos pegou no aeroporto, a viagem inteira foi tensa, e Kinsey nunca soltou minhas mãos. Quando cheguei ao saguão do hospital, jogadores do Bucks estavam espalhados em todos os lugares, a maioria deles pálidos, sujos do jogo, ainda em uniforme.
Miller dá um suspiro de alívio quando ele me vê. “Em!”
Corro para seus braços e choro incontrolavelmente enquanto ele esfrega minhas costas.
“Shh ...” Ele me segura firme. Seu uniforme esfrega contra a minha pele. “Vai ficar tudo bem. Eu sei isso."
“Como-” Eu choro. "Como você sabe?"
"Porque ...” Ele beija o topo da minha cabeça. “Ele é um bastardo arrogante. Ele não deixaria um golpe derrubá-lo, certo?”
Ele está tentando me fazer sentir melhor. Mas eu sei que só há uma razão que eles iriam enviar o jato para mim.
Uma razão.
Estava em todos os seus contratos quando eles estavam em um relacionamento.
Se havia uma chance de que poderia morrer, eles enviavam o jato.
Se eles já estavam mortos, enviaram o jato.
Se eles estavam respirando seu último suspiro, eles enviariam o jato.
Eu não conseguia parar de pensar nisso. Eu estava com medo até de dizer isso em voz alta, então eu esperei, imprensada entre Miller e Kinsey, esperei por alguma coisa, qualquer coisa.
Ficar sem notícia era uma boa notícia. Eu tinha que acreditar. Certo?
Pelo que Miller disse eles estavam preocupados com danos à sua medula espinhal, possivelmente paralisado do pescoço para baixo, pescoço quebrado, ou coma.
Todas as coisas ruins, coisas muito ruins.
“Pode ser uma entorse também,” Kinsey adiciona. “Eu estudei medicina esportiva, e sei que não sou médica, mas entorses pode chocar o corpo dessa maneira. Eu estou apenas ... Não desista da esperança, tudo bem, pessoal?”
Eu balanço a cabeça.
O médico entra, sua expressão sombria.
Eu nem me lembro de cair de joelhos, apenas que Miller me pega antes de desmaiar no chão.
Capítulo quarenta e dois
MILLER
Se eu pudesse tomar seu lugar, eu o faria. E eu quis dizer isso.
Ver minha melhor amiga totalmente destruída...
Eu preferia morrer.
Preferiria estar morto.
Eu a segurei forte. Eu fiz promessas que eu sabia que morreria para manter. E rezei ...
Para um Deus que nunca ouviu quando eu pedi a minha mãe para voltar.
Para um Deus que nunca ouviu quando meu pai se transformou em um alcoólatra.
Para um Deus que me ignorou quando eu chorei por perder Em.
Você me deve, penso com raiva.
E posso jurar que ouço uma voz dizer, “Confie em mim.”
Capítulo quarenta e três
SANCHEZ
Sonhei com seus lábios, eles estavam quentes, então frios contra minha pele ardente. Cada vez que eu via seu rosto, eu tentava alcançá-la, mas não podia sentir nada, nem mesmo a boca quando ela tocou a minha. Foi uma tortura. E então o sonho acabaria e a escuridão me consumiria de novo.
Foi o pior pesadelo de todos os tempos.
Ou eu estava morto.
Eu acho que eu escolheria morte sobre constantemente sonhando com uma mulher que eu não podia tocar, não poderia beijar, não poderia provar.
“Grant?” Sua voz me chama.
Abro a boca.
Separo meus lábios.
“Grant!” A voz é mais forte. Deus, eu quero alcançar e tocar a voz. "Abra seus olhos."
Eu estou tentando.
Sinto meu movimento do pulso e, em seguida, meus dedos.
“Ele está se movendo!” Miller grita.
Por que diabos Miller está no meu sonho? Fique longe, cara! Eu estou tendo um momento com minha garota! Poderia ter jurado que ela tiraria a camisa.
Eu sorrio.
“Por que aquele bastardo está sorrindo?” Miller diz em voz alta. “Juro, se ele está fingindo isso, eu vou socá-lo no pau.”
Eu tento rir.
Isso soa como um miado abafado que com certeza não está vindo de mim, não é?
“Grant." Eu a cheiro, minha garota, minha Curves, e então ela toca minhas mãos, meu rosto. “Por favor, baby, abra os olhos.”
Vamos, cara, fácil! Basta abrir! Concentrei-me tanto que eu sinto como se estou ficando com dor de cabeça e então, de repente, eles se abrem.
Miller salta para trás. "Sério? Você não poderia fazer isso um pouco mais lento para não me assustar?”
“Eu não faço as coisas devagar,” eu digo asperamente. “Só rápido.”
Ele está uma bagunça, ainda em uniforme. Mais sujeira está nele do que no campo. Eu tenho certeza disso. “Você parece uma porcaria.”
Suas sobrancelhas se erguem. “Você claramente não se viu.”
Eu estremeço. "O que aconteceu?"
Em começa a chorar e não parou de chorar por pelo menos dez minutos.
Meu coração se despedaçou em um milhão de pedaços enquanto eu a alcançava e a segurei o mais perto possível com todos os monitores e cordas ligados a mim.
“Você pensou que seria divertido jogar futebol sem um capacete,” diz Miller. “E alguém literalmente quase tirou sua cabeça.”
“Entorse grave.” Um homem em uniforme azul entra. “O que é estranho, já que eu estava pronto para te declarar morto no momento em que você chegou aqui.”
"Porra! Posso ter um médico com uma melhor postura profissional?” Rosno.
“É verdade.” Em funga. “Quer dizer, eu não sabia até que a enfermeira veio correndo para fora para dizer ao médico que você estava se movendo, mas-”
“Basicamente ...” O médico interrompe suavemente. “Ou você é muito sortudo, ou o Big Man no andar de cima não quer o seu traseiro arrogante ocupando espaço no céu, pelo menos não ainda.”
“Ah, ele disse que eu estava indo para o céu.” Eu sorrio. "Vê? Isso é melhor, doutor.”
Em me dá um soco no ombro. “Claro que sim! Você é, você está-” Ela balança a cabeça enquanto mais lágrimas correm pelo seu rosto.
“Baby, eu estava brincando. Eu sinto muito.” Eu seguro seu rosto entre as mãos e dou um beijo em sua testa.
Miller olha para nós com espanto.
“Você está bem, cara?” Pergunto.
“Sim.” Ele franze a testa, em seguida, coça a cabeça. "Deixa pra lá. Eu só...” Ele sorri para o chão, em seguida, olha para o teto, as lágrimas enchendo seus olhos. “Acho que eu tive um desses momentos.”
“Por você mesmo?” Pergunto.
“Um pouco,” diz ele, vago como o inferno. “Tente não morrer na próxima vez que você for atingido, tudo bem, cara? Eu vou te dar algum tempo sozinho.”
Meu médico irritante continua escrevendo algo em uma prancheta. Eu o encaro; ele olha de volta.
Com um suspiro, eu espero.
“Você não pode se mover muito, e precisamos fazer mais testes, mas parece que você vai fazer uma recuperação completa. Claramente, você não estará nos playoffs deste ano, mas se você ficar bem, depois de três semanas ..." Ele encolhe os ombros. “E se o seu time bater o nosso ...” Outro sorriso. “Você pode ser capaz de jogar no campeonato.”
“Obrigado, doutor.” Fico feliz de não estar morto como ele parecia esperar, o bastardo.
“A qualquer hora.” Ele assente. “Vou dar aos dois um minuto sozinhos.”
Em funga e depois aperta o rosto contra meu peito. “Eles enviaram a jato.”
“Foda-se.” Lágrimas enchem meus olhos. Tento evitar, mas elas caíram de qualquer maneira. “Eu sinto muito, baby. Eu sinto muito.” Eu a seguro tão apertado que os nós dos meus dedos ficam brancos. "Sinto muito."
“Eu pensei que você estivesse morto,” ela sussurra. “Eu não posso ...” Ela segura meu rosto com as duas mãos. “Você é tão mau!” Ela me bate levemente com uma de suas mãos, em seguida, me beija. “Você me fez te amar tanto, e agora ... agora eu não posso, Grant. Eu não posso viver sem você. Eu não posso. Eu não seria capaz de fazer isso.”
"Eu não quero que você precise, mas você ficaria bem," eu disse calmamente. "Você é forte."
“Você me faz mais forte.” Ela funga. “Corajosa.” Ela beija minha bochecha. "Você me faz todas as coisas que eu gostaria de ser. Você me completa, seu idiota, e eu gostaria de poder me afastar porque isso machucou, muito, mas eu também não sou essa garota."
“Que garota?” Eu pergunto como se algo enorme estivesse alojado na minha garganta, tornando impossível respirar.
"Eu não sou o tipo de garota que se afasta," diz ela suavemente. "Eu sou a garota que fica."
Sim, aquelas lágrimas eram idiotas, mas elas continuavam a encher meus olhos como se elas pertencessem lá, bastardos sujos.
“Assim, mesmo que dói, eu vou ficar. Mesmo que eu tenha medo, eu vou ficar, porque você me faz corajosa. E eu te amo tanto que eu não posso respirar sem você.”
Estou muito emocionado para dizer qualquer outra coisa senão o que meu coração está gritando. "Case comigo."
Ela pisca e depois balança a cabeça. "O que?"
"Comigo. Case-se comigo.” Eu a beijo bruscamente na boca. “Não agora, eu tenho que parecer durão, e Grant Sanchez não parece durão em uma roupa de hospital.”
Ela bate na minha barriga. “Você se colocou em terceira pessoa em sua proposta de casamento, seu imbecil!”
“Eu queria que você risse,” eu digo honestamente. “Case-se comigo, Curves. Eu sempre quis me casar com a minha melhor amiga.”
“Você forçou essa amizade, e você sabe disso.”
“Você precisava disso, e você sabe disso.”
Ela assente enquanto mais lágrimas caem sobre suas bochechas. “Eu odeio quando você está certo. Você é impossível de viver, você sabe.”
“Baby, é porque eu tenho todas as respostas.”
Ela revira os olhos.
"Isso é um sim?"
“Com uma condição.” Ela aperta um dedo nos meus lábios. “Eu quero que meu anel custe mais do que essa cama estúpida...”
Eu chupo o dedo em minha boca e envolvo a língua em torno dele. "Feito."
“E o piano.”
Suspiro. “Baby, eu não sou feito de dinheiro.”
Ela inclina a cabeça. Ela conhecia meu patrimônio. Não é como se eu estivesse escondendo as coisas da minha garota.
“Sim, tudo bem, eu sou feito de dinheiro.” Eu dou de ombros. “É melhor que não seja por isso que você me deixou levá-la no balcão da cozinha e comer—”
Alguém tosse.
Pobre Kinsey está lá com orelhas vermelhas e bochechas.
“Desculpe.” Ela acena. “Eu estava com medo do fim da frase.”
“Acho que todos nós estávamos,” Miller diz ao lado dela, com os braços cruzados. “Sanchez, por que você tem que ser um merda tão grosseiro?”
“Está no meu sangue,” eu respondo honestamente. “E a minha garota gosta.”
Miller revira os olhos. “Kins queria ter certeza de que você estava respirando, mas eu acho que falo por todos nós quando digo que vou acompanhá-la para fora daqui antes que vocês dois começam a rasgar as roupas um do outro.” Ele nos cumprimenta e envolve um braço em torno de Kinsey antes de fechar a porta atrás deles.
"O que você disse? Uma pequena memória hospitalar?” Eu não estou implorando.
"O médico disse—"
“O médico achou que eu estava morto. Devemos confiar nesse médico?” Movo uma mão para o peito dela e aperto.
Ela estremece. "Somente... Ok, tudo bem, mas apenas... você precisa ficar parado.”
“Puta merda, eu acho que estou no céu. Você vai me dar prazer até eu desmaiar? A ideia é boa, só me deixe hidratar primeiro.”
Ela aponta para o saco IV e encolhe os ombros. “Você está bem. Agora, onde posso ir primeiro?”
Eu coloco minhas mãos atrás da cabeça e suspiro. "Em toda parte."
“Tirano.”
“Lembre-me de obter uma corda mais tarde, um pouco de fita adesiva.”
Ela me silencia com a boca, quase me enviando fora da cama. Eu interrompo o riso e eu não posso me mover muito—
Sim, eu estou no céu.
Epílogo
MILLER
Festa Pós-Campeonato
Las Vegas Aria Penthouse
3:00 da manhã
Acordo com uma martelada entre os meus olhos que parece como se alguém tinha colocado uma britadeira no meu nariz e golpeado por horas. Estremecendo, eu tento me virar e me sinto tão enjoado que eu congelo.
Eu nunca festejava durante a temporada.
O que significa que, já que tínhamos ganhado o campeonato, os caras e eu, juntamente com todos os nossos amigos tínhamos decidido que precisávamos ostentar um pouco.
Festa em Las Vegas!
Pegamos voos na noite após a vitória e bebemos desde então.
Emerson nos avisou.
Kinsey nos avisou.
Ei, caras, elas disseram com aquelas vozes irritantes. Lembrem-se, vocês não têm bebido, então não podem beber tanto e não ficar de ressaca.
Sim, isso não tinha terminado muito bem.
Bebemos mais para provar que elas estavam erradas.
Embora, Sanchez tivesse parado porque ele queria ser capaz de realizar o ato sexual. Mas quando ele disse sexual, eu poderia jurar que ele tinha adicionado alguns x extras e quase tropeçou na parede.
O quarto finalmente para de rodar. Estendo a mão para a garrafa de água na minha mesa de cabeceira e faço a lenta progressão de me levantar para ir buscar um Advil. Nossa cobertura tem três quartos, mas a pobre Kinsey ficou no sofá, já que Jax estava pagando por ela, e ele tinha pegado um dos quartos para si mesmo.
Eu calmamente saio para a sala de estar então eu não poderia acordá-la, procurando pelo Advil, tomo cinco, em seguida, tropeço em uma lata de lixo.
Estremeço; agora a minha cabeça e meu pé doíam.
Mas nenhum movimento do sofá.
Que inferno?
Ela não está no sofá.
Oh inferno, Jax não vai gostar disso. Eu deveria pelo menos enviar uma mensagem para ela voltar para o quarto então ela não ficaria presa em algum lugar novamente.
Volto para minha mesa de cabeceira e pego meu telefone, só para ver o movimento na cama.
Que.
Diabos.
Um braço feminino aparece debaixo do edredom e então a mulher vira de lado.
Eu não consigo distinguir suas feições.
Com quem diabos eu tinha dormido?
Em pânico, eu ligo a lanterna do meu telefone.
E cruzo os olhos com Kinsey.
“Você está realmente apontando uma lanterna para mim agora?” Ela sussurra, “Vire essa merda, Miller! Estou tentando—” Ela agarra o lençol e puxa para cima, agarrando a cabeça e então o lençol antes que caísse. "Não. Não. Não. Não. NÃO!"
Cubro sua boca com a minha mão. “Você quer acordar Jax?”
Ela balança a cabeça.
Olho para baixo.
Sim. Nua.
Lambi meus lábios enquanto ela abaixa a cabeça debaixo do lençol, amaldiçoando tão alto que quase a silenciei de novo, e então ela respira fundo. "O que aconteceu?"
“Sério?” Eu jogo minhas mãos no ar. “Você não acha que eu pareceria um pouco menos em pânico se eu soubesse?”
Seus olhos derivam para meu pau.
"Isso...” Eu aponto. “É porque — pare de olhar fixamente, Kins, sério.”
“Essa coisa —”
“E não o chame de coisa! Merda, você não faz isso com um cara!”
“Mas—”
Jogo um travesseiro sobre o seu rosto. "Melhor?"
Ela assente com a cabeça.
“Pronta para falar com a sua voz interior?”
Outro aceno.
“Vamos só... voltar a dormir e lidar com isso de manhã.”
“Ok.” Ela dá um suspiro de alívio e desliza sob as cobertas.
“Que diabos você está fazendo?”
Ela vira de lado. “Você disse para dormir!”
“Você dorme no sofá. Eu durmo aqui.”
“Inferno que não.” Ela bate no meu braço. “O sofá machuca minhas costas!”
“Tenho literalmente quatro vezes o seu tamanho!” Eu surto.
“Gente!” Emerson entra no meu quarto. “Por que há tanta gritaria—”
Seu sorriso é tão grande que eu quero sufocá-la com um travesseiro.
“Então...” Ela coloca as mãos nos quadris. "Isto é divertido."
“Juro sobre a sua vida, Em—”
“Querido, onde está o Advil — Oh olá.” Sanchez encosta-se na parede, enquanto Kinsey cobre a cabeça com o lençol. “Um pequeno encontro a meia-noite?”
“Eu odeio jogadores de futebol,” Kinsey diz debaixo do lençol.
“E, no entanto, parece que você deixou um tocar seu lugar especial,” Sanchez só tinha que dizer a palavra bunda. "Pense nisso. Devo chamar Jax?”
“Não se atreva!” Emerson bate na sua barriga. “Ele mataria Miller! Precisamos dele na próxima temporada!”
“Obrigado, Em.” Eu concordo. “Ainda bem que essa é a sua única razão. Veja se algum dia eu te darei um presente de Natal de novo.”
“O quê?” Ela encolhe os ombros.
Sanchez deixa escapar um gemido. “Oh, a propósito, já que eu estava bêbado demais para transar, eu aposto que você também não conseguiu meu amigo, então eu não me preocuparia com isso, mas estou um pouco curioso sobre como Kinsey acabou no seu quarto depois que todos voltamos.”
Kinsey não diz nada.
“Tudo bem então.” Em agarra Sanchez. “Água, vamos. Deixe eles discutirem isso...”
“Estou cansado,” eu digo assim que eles foram embora e a luz está desligada novamente.
“Eu também.” Eu posso ouvi-la bocejar.
"Apenas...” Eu empilho travesseiros entre nós. “Fique do seu lado.”
“Ok, ensino médio.” Ela bufa. “Não quero pegar piolhos.”
“Deus, você está sendo irritante agora.” Jogo os travesseiros no chão e coloco um debaixo do braço, o afofando.
“Não é assim que você afofa.” Ela se vira tão rápido que seu rosto bate no meu peito, e então ela está afofando meu travesseiro e deitando-se, só que desta vez ela está de frente para mim.
“Teria sido um erro, você sabe,” eu sussurro.
“Sim.” Sua voz é quase um sussurro. “Um erro enorme.”
“Gigante.”
“Imenso,” eu concordo.
E então eu estou beijando a irmã do meu amigo. Eu sei o que poderia acontecer em seguida, mas já que eu a tinha provado...
Não havia como voltar atrás.
Uma escolha...
Que eu não tinha ideia, afetaria minha vida para sempre.
Uma garota.
Que isso sirva de lição. Quando uma porta se fecha, uma porta da maldita garagem se abre.
“O nosso segredo,” ela sussurra entre beijos.
“O nosso segredo,” eu concordo.
Eu minto.
Seus olhos dizem o mesmo..
Rachel Van Dyken
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