Biblio VT
Series & Trilogias Literarias
Lachlan:
365 dias eu quis Beth em baixo de mim, implorando por liberação. Um longo e angustiado ano em que nos cercamos, mantendo as coisas estritamente profissionais.
Mas eu também tenho uma merda no meu passado que complica os relacionamentos. E deveria saber mais do que esperar que segredos pudessem ficar enterrados.
Hugh:
Um ano? Tente dez. Uma década atrás, deixei Lachlan partir porque, no fundo, eu sabia que ele precisava de outra coisa.
Assim que olhei para ela, entendi contra o que eu estava: ele ama Beth. Olha para ela de uma maneira que nunca olhou para mim.
Eu entendi.
Curvalínea, inteligente e mandona? Eu também poderia amá-la.
Beth:
Dois homens. Dois primeiros encontros.
Dois primeiros beijos...
Mas isso não se parece como um triângulo amoroso.
Ah não. É muito mais complicado do que isso. Eu não estou reclamando. Eu estou no jogo para qualquer coisa. Eu só tenho uma regra: não contarmos a ninguém.
CAPÍTULO 1
LACHLAN
Maio
TORTURA É TRABALHAR lado a lado com a mulher que você adora, e não poder tocá-la.
É uma tarde de primavera deslumbrante em Ottawa, do lado de fora do Bloco central do Parlamento Hill, flores estão se abrindo e as pessoas estão ao redor, esperando a chegada do primeiro-ministro. Como seu chefe de segurança, eu estou à frente disso. Esta varredura final do local do evento deve ser minha única consideração no momento. Eu não deveria estar pensando em Beth.
Mas eu sei exatamente onde ela está desde o segundo que pisei do lado de fora. Depois de um ano, a maneira como ela me afeta não deveria mais ser uma surpresa. E, no entanto, ainda me pergunto por que minha cabeça está girando, por que meu interior se aperta... então, ela sorri, e não há nenhum mistério.
Na maioria dos dias, trabalhamos um ao lado do outro. Perto o suficiente para eu memorizar a linha elegante de seu pescoço, a curva das maçãs do seu rosto, a maneira como seus olhos castanhos brilham de forma diferente com a luz.
Definitivamente, perto o suficiente para eu saber que não devo satisfazer uma paixão alimentada por desejos luxuriosos, porque essa mesma proximidade, é exatamente o por que dela estar fora dos limites.
Beth Evans conduz silenciosa e eficientemente o mundo do primeiro ministro. Ela é sua assistente executiva, sua guardiã calma e estável.
Eu. Não. Posso. Tocar. Nela.
Eu não sou o tipo de homem que Beth merece. Eu sou complicado e pervertido. E até mesmo a sua tentativa curiosa das explorações realizadas no ano passado, foi uma adorável baunilha.
A única vez que ela teve um vislumbre real da minha depravação, ela ficou horrorizada.
Não que realmente ela tenha ficado horrorizada. Isso teria sido mais fácil de lidar. No mínimo, a química entre nós aumentou ultimamente.
Ainda não posso tocá-la.
E eu a quero com toda parte ansiosa da minha alma.
Agora procuro por ela, como sempre e, infalivelmente, encontro-a em segundos. Ela faz uma pausa na conversa e olha para cima, como se pudesse sentir o meu olhar.
Momentos como este queimam-me. Se ao menos... mas não há como concluir essa afirmação.
Então, a tensão desvanece quando ela respira profundamente e retorna à tarefa em questão, e não demora muito para se envolver. Eu a observo o tempo todo enquanto ela anda de onde estava conversando com o gerente de restauração. Ela me dá um sorriso calmo e profissional.
—Pronto?
Eu devolvo exatamente a mesma expressão, mas enquanto ela olha diretamente para mim, não consigo segurar o seu olhar afiado. Eu tenho que desviar o olhar. —Sim.
—Lachlan...
—Agora não.
—Não, você não tem que me dizer isso. —Ela suspira enquanto meu rádio apita. —Ou talvez sim. Salvo pelo gongo.
Ela vem tentando falar comigo por dois dias sobre algo pessoal, e estive esquivando-me, por que...
Bem, principalmente, porque sou um maldito idiota. Mas a merda entre nós é complicada, e a dois meses ficou ainda mais complicada quando Hugh Evans voltou para minha vida.
—Depois da festa. —Digo a ela, meu coração afunda. Tenho certeza que ela conheceu um novo cara. Há uma leveza em seu passo que estava faltando no ano passado.
É uma coisa boa.
Beth merece todas as coisas boas.
Mas isso me faz querer entornar uma garrafa de vodca e morrer.
Hoje, de todos os dias. Hoje marca um ano desde que nos conhecemos, um ano desde que Gavin foi eleito em uma virada impressionante, uma vitória que lançou Beth de uma simples colega do Hill, membro do quadro de funcionários, para assistente do PM. Um ano desde que entrei em uma reunião com o novo PM e sua equipe. Apaixonei-me pela morena de olhar penetrante e inteligente, com as pernas que se estendem por quilômetros.
Também tem um ano desde que me obriguei a prometer que nunca agiria sobre esses sentimentos.
—Claro, depois da festa. —Ela diz, ligeiramente tocando meu antebraço.
Bloqueio à parte do meu cérebro que pensa em Beth sem parar. A parte que deseja transformar esse toque em algo mais, deixar seus dedos deslizar em minha pele.
Os próximos noventa minutos passam exatamente como se esperava. Gavin pega duas cervejas para aqueles que não querem champanhe. Aplausos aumentam por isso, mais um exemplo de como ele sabe ler a multidão.
Eles têm um bom motivo para comemorar. Este é um governo que ninguém pensou que daria certo. O primeiro ministro e os jovens homens. No ano passado, Gavin Strong provou ser um diplomata internacional confiante e um líder nacional atencioso.
E pessoalmente, um bom amigo.
Assim que ele faz um agradecimento final e as cabeças voltam em sua direção, assim como os membros da minha equipe, eu permito que meu olhar volte para Beth.
Ela pegou uma mesa e sentou-se em uma das cadeiras, suas pernas balançando delicadamente enquanto inclinava-se para trás em uma das mãos. Depois de um longo inverno de calças justas, botas de cano alto, saias longas e calças pesadas de lã, a parte safada dentro de mim está malditamente contente por vê-la em vestidos de verão novamente. Os invernos de Ottawa são longos quando tudo que se deseja é se afastar.
O vestido de hoje é flutuante e de aparência suave, com camadas de tecido de estampa de flores sobre um pedaço de seda contra sua pele. Mais cedo, ela tinha um blazer sobre isso, mas tirou e o segura na mão que está encostada na mesa.
Do outro lado, há uma taça de champanhe quase vazia.
Ela está falando com o chefe de gabinete de Gavin, Stewart Rochard, e enquanto ela acena com a cabeça para a conversa, seu cabelo curto e escuro balança ao redor de seu rosto em ondas acentuadas.
Não é longo suficiente para envolver o meu punho, mas o comprimento perfeito para desempenhar um papel de uma garota sexualmente aventureira.
Não que eu não tenha tido algumas fantasias sobre Beth ou qualquer coisa. Ha! Eu não me engano. Quando ela abaixa a taça, sai da mesa e dirige-se para mim, eu me deixo ir por esse caminho, só por um segundo.
E então, como sempre, eu bloqueio.
Eu aceno com a cabeça quando ela para na minha frente.
—Farto de ser o cara no comando? —Ela pergunta levemente.
—Por agora. Você quer tomar uma xícara de café? —Tecnicamente, ainda estou de plantão, mas não estou na guarda pessoal de Gavin no momento, e posso caminhar pela rua com Beth.
Ela separa seus lábios, então para e balança a cabeça. —Hoje não.
—Claro.
—Eu tenho...
—Está tudo bem. —Este é o outro motivo pelo qual não a chamei para sair. Porque não podemos combinar uma saída para o café e trabalharmos juntos todos os dias. Deixar as coisas estranhas entre nós não é uma opção.
—Na verdade, eu tenho um encontro. —Ela diz, suas sobrancelhas arqueando ligeiramente enquanto segura meu olhar. —Era o que eu queria dizer.
Um encontro. É um soco no estômago que eu mereço, e que vi chegando. Consegui fazer um som de reconhecimento, mas nada mais saiu.
—Espero que não seja estranho. —Sua voz é suave, prática. Como acabamos assim, onde ela teve que ensaiar como me dizer que está vendo outra pessoa?
Deixe-me te convidar para sair, eu quero dizer, mas é tarde demais. Eu tive a minha chance. Trezentos e sessenta e cinco dia delas. —Não é estranho. Você também não precisa me contar sobre sua vida privada. Quero dizer, estou feliz por você. Mas...
—É só que é... — Ela para e olha para trás.
Eu percebi qual era o seu encontro antes de me virar. Posso sentir o sorriso maroto de Hugh penetrando nas minhas costas, e quando olho para trás, está lá, mas mesmo que sua expressão seja inteiramente destinada a incendiar o meu cérebro, seu olhar está focado em Beth, como se ela fosse à única pessoa no mundo inteiro que ele pudesse ver.
Eu conheço bem esse sentimento.
Ela é hipnótica.
Há apenas outra pessoa que já me fez sentir algo perto do que eu sinto por Beth. E é inteiramente por causa de quão explosivo e desastroso o meu caso com Hugh foi a dez anos, que não posso me permitir ir por aí com Beth.
No entanto, Hugh não compartilha minha preocupação sobre misturar negócios e prazer.
Ele nunca se preocupou.
Não importa que ele tenha me queimado há uma década.
Não importa agora que ele esteja brincando com fogo novamente.
Fodido Hugh. Alto, moreno e arrogante. Ele é um piromaníaco sexual, e já que recusei-me a falar com ele fora do trabalho, ele se voltou para Beth.
Ranjo os meus dentes, mas não posso fazer uma cena. Aqui não.
—Pronta para ir? —Ele pergunta a ela passando por mim, enquanto seus dedos roçam meu braço logo abaixo de onde enrolei as mangas da minha camisa.
—Definitivamente. —Ela lança um último e rápido olhar para mim. —Até amanhã, Lachlan.
Cruzo meus braços enquanto dou um aceno rápido e os vejo cruzarem o gramado em direção a Spark Street.
Não posso segui-los.
Não os seguirei.
Meu rádio apita.
Que diabos. A realidade é que, se eu tivesse uma chance de esgueirar-me e espiar o encontro deles, provavelmente eu espiaria.
Esfrego minha mão nos músculos do antebraço antes de pressionar o botão para falar. Ainda posso sentir seu toque lá. Mas o dever chama.
—Aqui é Ross, vá em frente.
CAPÍTULO 2
HUGH
EU DESABOTOO meu terno e afrouxo minha gravata enquanto circulamos ao redor dos turistas tirando fotos na frente do Parlamento. Dirigir depois do trabalho foi ideia de Beth, e demorou tempo suficiente para fazê-la dizer sim, eu não iria discutir.
—Para onde estamos indo? —Ela pergunta quando paramos na rua que separa o Parlament Hill do resto do centro de Ottawa.
—Há um bar de coquetéis a alguns quarteirões daqui e ouvi coisas boas.
Seu rosto ilumina-se. —Intermezzo? Eu tenho vontade de ir lá!
Eu sei que ela tem. Eu a vi lendo um artigo de jornal sobre isso alguns dias atrás, e quando ela concordou em sair comigo, a primeira coisa que fiz foi ligar e reservar uma cabine.
Não há nada que eu goste mais do que um primeiro encontro. O potencial é enorme e as expectativas são baixas. Vamos ser honestos, a maioria das pessoas pensam que os primeiros encontros são uma merda.
Então eu apareço.
É arrogante dizer que dou um bom primeiro encontro, mas sou arrogante, e primeiros encontros não é a única coisa que eu sou bom em dar.
Os primeiros encontros são preliminares.
Passei toda a minha vida adulta na busca infindável de dar boas preliminares. Flertes, primeiros encontros, segundos encontros, segunda base, terceira base, e o meu favorito, eu amo tudo sobre a construção em relação ao sexo.
Há muito que você pode aprender sobre um parceiro sexual através das preliminares. Como eles gostam de flertar, falar e tocar, é um bom conhecimento quando se trata de finalmente obtê-los nus e em sua cama.
E é disso que se trata este encontro, obter Beth Evans nua. Não esta noite, as preliminares levam tempo, mas em breve. Minha cama, sua cama, a mesa de Lachlan quando ele estiver fora... eu estou tranquilo sobre onde nós, por fim, poderemos foder.
Mas seduzir uma mulher como Beth é um jogo longo. Por uma série de razões, ela merece ser cortejada, e seus padrões são justificadamente altos. Mas o motivo mais importante, é que ela está claramente apaixonada por Lachlan.
Claro, eu provavelmente deveria me sentir mal por caçá-la, mas não sinto. Só porque ela tem um tesão por Lachlan, não significa que eu não posso tratá-la bem enquanto estou esperando que ele não foda os seus preciosos sentimentos.
Enquanto aguardamos a luz do semáforo ficar verde, roço o meu braço contra o dela. O toque leve e casual é importante nos primeiros encontros. Se tudo correr bem, ficarei feliz em segurar sua mão, mas não vou insistir sobre isso.
Esse também é um excelente teste de química.
E toda vez que toco Beth, quando chego em sua mesa para emprestar uma caneta só para tocar as mãos dela, quando solto meu braço enquanto estamos caminhando um ao lado do outro, ou encosto em seu ombro, há um chiado quente debaixo da minha pele.
Isso é mágico, diz o chiado.
Beth toca seu crachá perto do seu peito. Não tenho ideia se ela sente o chiado também. Se ela ainda não sente, tudo bem. Pode levar tempo para descobrir essa conexão. Às vezes, ela precisa de persuasão. E se isso não funcionar, também está tudo bem.
Há muitos peixes no mar, embora nenhum deles seja tão bonito quanto Beth.
Há algo sobre ela, como ela não dá a mínima para as merdas que não importam, mas quando algo é importante ela entra com todo o coração. Ela ama seu trabalho, o que está muito claro, e agora é aí que está todo o seu foco.
Nos últimos dois meses, eu aprendi: ela não tem namorado. Seu último relacionamento foi sério, mas eles não viveram juntos. Terminou porque ele era um idiota sobre o seu trabalho, ficando mais complicado quando seu chefe tornou-se o primeiro ministro. E ela sabe que está melhor sem esse cara.
Tudo isso é bom.
Aprendi muitas coisas sobre ela e Lachlan.
Nenhuma é uma coisa boa, na verdade. Não porque eles não deveriam acabar juntos, eles provavelmente deveriam, embora eu não seja magnânimo o suficiente para querer isso para eles.
Não, eu quero eles para mim. Escolher seria impossível, mas Lachlan fez a escolha por mim. Ele não está interessado em mim agora, e está levantando todas as barreiras possíveis entre ele e Beth.
Agora estou levando Beth para tomar uma bebida, e depois, jantar? Estou praticamente fazendo um serviço público.
8
O BAR É TUDO que eu esperava e muito mais. Estamos sentados em uma cabine íntima na parte de trás, e nosso barman é um jovem gostoso que flerta o suficiente para obter uma boa gorjeta, mas lê minha linguagem corporal, e entende que estamos em um encontro.
Beth pede uma taça de Prosecco. —Eu tomei champanhe na festa. Provavelmente devo ficar com o vinho se quiser manter meu controle.
Eu sorrio. —Agora, onde está à diversão nisso?
Ela ri, um som gutural que envia um fluxo de sangue direto para à minha virilha. —Você é perigoso.
—Eu posso ser.
Ela me dá um olhar longo e divertido. —Bom.
—Embora, faz um tempo desde que fui uma influência ruim para alguém.
—Você acha que sou uma boa garota?
—Oh, eu espero que não. —Recebo outro sorriso, e ela inclina-se para trás contra a cabine. O barman volta com nossas bebidas, vinho borbulhante para ela e um whisky para mim. Eu olho enquanto ela murmura seus agradecimentos, seus lábios curvando-se com um sorriso sexy.
Levanto minha bebida assim que ficamos sozinhos novamente.
—Para uma pequena pausa do trabalho e da realidade.
Ela bate sua taça contra o meu copo. —Sim, por favor. Já faz muito tempo.
—Somente trabalho e nenhum jogo?
—Exatamente. —Ela pressiona seus lábios juntos, e sei o que ela vai dizer em seguida. —Não é que eu não ame meu trabalho.
Eu a alcanço na mesa para tocar sua mão. —Beth, eu acho que ninguém no país adora seu trabalho mais do que você. Mas está certo dizer que tem sido um longo ano.
Ela geme e acena com a cabeça ao mesmo tempo. —Um ano tão longo.
Tomo um gole da minha bebida e a observo sobre a borda do copo. Ela é muito boa em controlar suas emoções. Eu não quero que ela tenha que fazer isso ao meu redor. Então assisto, e espero que ela encontre o meu olhar. —O que?
—Fale-me sobre isso.
—Não.
—Sim, por favor.
Ela ri. —Não acho que seja uma boa conversa para um primeiro encontro.
—Não? —Aproximo-me um pouco mais dela ao redor da pequena mesa redonda de nossa cabine. Não pressiono, ficando cada vez mais amigável. —Aposto que a coisa mais importante para se testar em um primeiro encontro, é ser um bom ouvinte.
As sobrancelhas dela franzem por um segundo, depois voltam ao lugar. Um raio momentâneo de surpresa —Talvez sobre outras coisas, mas o trabalho é tão comum.
—Novamente, não há nada de comum em seu trabalho. Mas digamos que houvesse. Digamos que você trabalhasse como gerente de escritório, ou enfermeira, ou cabeleireira. Ou uma policial. —Aponto para mim mesmo. —Onde todos os dias é a mesma coisa, uma e outra vez. Você não acha que para namorar alguém, temos que estar disposto a ouvir as chatisses?
Ela inclina a cabeça para o lado, pensando nisso. —Bom ponto.
—Conte-me sobre a parte mais chata do seu trabalho.
—Quando Gavin sai, é um silêncio mortal. —Ela diz imediatamente. —Eu ainda não estou acostumada com isso. Nunca foi assim quando ele era apenas um deputado. Mas agora, ele viaja tanto, ou é controlado pelos policiais do outro lado da rua. —Ela gesticula na direção de Langevin Block, o prédio de escritórios em frente ao Parlamento Hill, onde a maioria da equipe do PM tem espaço no escritório. São alguns poucos que trabalham no Bloco Central.
—Eu não tinha pensado nisso. —Franzo o cenho. Eu só faço parte do esquema de segurança do primeiro ministro por dois meses, mas naquele tempo, estávamos muito longe de Ottawa. E, na sua maior parte, Beth ficava para trás. —Eu sinto muito.
Ela acena. —Está bem. É insano o resto do tempo.
—Eu já vi um pouco disso.
Ela ressoa. —Como os recentes tumultos?
—E os milhões de telefonemas que você faz, sempre tão docemente, resolvendo conflitos com aparente facilidade.
—Esse é o meu superpoder. —Ela pisca, mas eu gosto que ela saiba, mesmo que esteja brincando.
—É. —Inclino-me, e estamos perto o suficiente para que nossos braços se toquem. —Eu gosto muito.
Ela olha de lado para mim. —É?
Eu prendo seu olhar à medida que a temperatura aumenta. —Sim.
Ela aproxima-se, eliminando o espaço entre nós. Seu braço pressiona contra o meu, novamente o chiado, e ela olha para fora da cabine, um sorriso brincando nos lábios enquanto procura o barman. —Talvez possamos ter outra bebida antes do jantar?
Definitivamente.
8
NÓS caminhamos até o restaurante onde levamos nosso tempo; temos incríveis pratos antes de voltarmos para o Parlamento Hill. Horas passaram desde que saímos em nosso encontro, e eu não bebi nada durante o jantar porque sabia que queria levá-la para casa.
Ela também pulou o vinho no jantar. Para manter as faculdades mentais no primeiro encontro.
Inteligente e sexy.
O retorno está carregado com eletricidade. Nossa conversa flui, intercalada com risadas e cada vez mais toques de mãos e braços roçando. Olhares que nos fazem sorrir. Eu finalmente peguei sua mão a poucos quarteirões de Hill, e a conversa diminui de um modo bom.
Minha pulsação está acelerada quando nos dirigimos lentamente para o estacionamento prioritário do gabinete do PM.
Sim, eu realmente gosto dos primeiros encontros.
E esta noite, é o melhor primeiro encontro que já tive. Apenas outro é um rival, e esse provavelmente não conta, porque o cara com quem estava, não percebeu que era um encontro.
Mas ele não consegue se intrometer neste momento. Neste momento, tudo o que posso ver é Beth. Paramos ao lado do meu carro. Eu coloco minha mão nas costas dela enquanto abro a porta do passageiro.
No bar, peguei o mais fraco cheiro de baunilha e açúcar mascavo, e agora recebo outro golpe, uma mistura inebriante que começo a respirar, mas ela não se move para entrar no carro . Em vez disso, ela se vira para mim e toca levemente meu paletó com a mão livre. —Estou feliz por ter feito isso. —Ela diz suavemente.
Eu deslizo meus dedos sobre sua bochecha, então toco seu cabelo pela primeira vez. É brilhante e suave, os fios castanhos escuros deslizam sobre meus dedos. Eu quero bagunçá-lo. Quero ver como ela parece depois de uma noite de sexo, lábios inchados e cabelos selvagens.
Conformo-me com o mais breve dos beijos, uma pincelada de leve dos meus lábios contra os dela, é algo simples. Ela faz um pequeno barulho no fundo da garganta, e corro meus dedos por seu pescoço, ombro e pelo seu braço nu.
Ela estremece, e a beijo novamente antes de pegar sua mão e tocar meus lábios em seus dedos também.
—Deixe-me levá-la para casa. —Digo. Estou realmente falando sério.
Ela balança em minha direção. —Eu quero ser inteligente sobre isso. —Ela sussurra, tirando a mão da minha e apertando os dedos contra meu peito, desta vez por dentro do meu paletó.
Ela não precisa explicar como seus sentimentos são complicados. Eu me aproximo, envolvendo-a em um abraço, e ela inclina-se em minha direção. Deus, ela fica perfeita em meus braços, suave, doce e forte ao mesmo tempo. —Você sabe o que acho que devemos fazer? —Murmuro contra seus cabelos. —Ir a um segundo encontro. Falar mais. Beijar mais um pouco. E não se preocupar com qualquer outra coisa.
Ela inala lentamente, sua caixa torácica expandindo-se sob meu toque, então ela se afasta. Devagar. Firme. Pensativa.
Eu não queria que ele se intrometesse nesse encontro, mas talvez isso fosse impossível de evitar. Eu a aperto com força. —Você quer falar sobre Lachlan?
Ela ri. —Deus, não.
—Eu não estou tentando fazer algum tipo de reivindicação aqui. Nós não vamos ser dois machos lutando por você. —Eu alivio meu abraço, e ela se afasta o suficiente para olhar para mim, seus olhos olhando o meu rosto. Isso a surpreendeu? —Eu não sou do tipo ciumento. E algumas vezes, eu normalmente costumo me chamar de Sr. Amor livre.
—Uma coisa bem interessante para anunciar no final de um primeiro encontro. —Ela diz com uma pitada de riso voltando à sua voz.
—Mas talvez seja o certo a lhe dizer?
Ela sorri. —Talvez. Sim. Eu não estou pronta para algo sério agora. —Ela hesita, e eu ouço o não dito: mas, se estivessse, teria pensado no asno do Lachlan, o idiota confuso.
—Deixe-me levá-la para casa. —Confirmo a oferta para deixar claro que estou bem com o que ela quiser. —E podemos falar sobre o que queremos fazer para o nosso segundo encontro.
Ela me conduz para o apartamento dela; é uma curta viagem de carro, e estaciono na rua.
Desta vez, ela é a única que toma minha mão enquanto andamos pela calçada. Ela mora em um prédio de apartamentos alto, com segurança decente, então, paramos em frente à entrada protegida por senha.
Ela não digita seu código de acesso imediatamente. Ela também não solta minha mão.
Porra! —Eu quero te beijar de novo. —Admito, minha voz um pouco dura.
Ela morde o lábio e sorri. —Bom?
Eu rio e a puxo para perto, minhas duas mãos deslizando em seus cabelos. Este não vai ser casto, não depois desta pequena exibição insolente.
Seus lábios se separam para mim, e tenho o primeiro gosto dela, de verdade. Tão bom. Doce e brilhante como o sol ao meio dia, e tão distante. Eu a persigo, enrolando minha língua em torno da dela, ela recebe minha exploração. É divertido e quente, um flash do que ela será na cama.
Será. Definitivamente, aposto nisso acontecendo agora. Ela vai querer ficar por cima. Haverá muitas risadas e provocações.
Movo minhas mãos pelo seu corpo, tomando a forma dela através de seu leve vestido de verão. Meus dedos apertam sua cintura, e o desejo de levá-la, pressioná-la contra a parede de tijolos é quase irresistível.
Mas seu vestido é delicado, sedoso, e arruinar a roupa de um encontro é errado. Então, viro-me e pressiono minhas próprias costas contra a parede, enquanto espalho minhas pernas, puxando-a para o espaço entre elas.
Ela vem tão ansiosamente que o meu pau pulsa em antecipação.
Calma garoto, nós não vamos fazer mais do que isso esta noite.
Mas em breve. Não posso esperar para entrar nela.
Ela pressiona mais perto, aninhando minha ereção crescente contra a suave ondulação de sua barriga. —Eu gostaria de ter feito isso mais cedo. —Ela sussurra, beijando meu queixo.
Fecho meus olhos e tento fazer alguma conta complicada. Sua respiração na minha pele é perigosa. —Estamos fazendo isso agora, e isso é tudo o que importa.
Mas isso é uma simplificação da situação, o fato enfatizado, é que quando abro os olhos, no topo da sua cabeça, vejo o esboço de um corpo familiar encostado a um carro nas sombras do outro lado da rua.
Que merda?
Eu tensiono, e Beth mexe-se contra mim.
Há quanto tempo Lachlan nos observa?
E mesmo quando meu cérebro agita com indignação, outra coisa toca o meu interior. Eu coloco meus dedos em seus cabelos novamente e puxo sua cabeça para trás.
Desta vez, meu beijo é deliberadamente mais sedutor. Estou mostrando o que quero provar, para ambos. Quero cimentar o seu desejo para um segundo encontro. Porra, não quero que haja nenhuma dúvida da parte de Lachlan do que ele está perdendo.
Eu não quero ser um idiota, mas talvez eu seja, mas há algo sobre saber que Lachlan está assistindo também. Algo quente e desconfortável, mas principalmente, e simplesmente, quente.
Nós dois gostamos de mulheres. Nós também gostamos de homens, talvez eu mais do que ele, mas nós definitivamente gostamos um do outro em um ponto.
Mas isso? Nós nunca fizemos isso um para o outro. Nunca beijei uma mulher na frente dele. Agora eu estou, e é uma mulher com a qual ele não está apenas interessado, mas provavelmente uma mulher pela qual ele está estupidamente apaixonado, não que ele se permita admitir.
Isso deve ser um pensamento cruel.
Embora não me pareça isso. E a maneira como Beth se rende a mim, flexível e linda, não parece como se meu beijo tenha falhado de qualquer maneira.
Eu esqueci que estavámos sendo assistidos. Ou eu deixei de me importar, porque ela é macia e quente, e tem suas mãos dentro do meu paletó, então, tudo que está entre nós é minha camisa e o tecido macio que cobre seus seios, meu cérebro fica primitivo.
Mulher. Peitos. Minha. Ficar nua.
É Beth quem finalmente termina o beijo, devagar e docemente.
—Boa noite. —Ela pressiona sua mão contra o meu peito. Mensagem clara: obrigada pelo beijo quente, mas você não pode entrar esta noite.
Eu quero. Porra, eu quero tanto que dói. E do jeito que ela se balançou contra mim, pressionando-se contra o meu pênis, eu sei que há uma parte dela que também me quer.
E se Lachlan não estivesse do outro lado da rua, provavelmente ficando louco agora, eu gostaria de acompanhá-la apenas para ter certeza de que ela entrou em seu apartamento com segurança.
Mas não tenho nenhuma dúvida de que quando eu for embora, ele fará isso.
Talvez seja assim que isso precise ser.
Eu queimo debaixo do colarinho ao pensar nele terminando o que eu comecei aqui. Ele provando, tocando, tomando a umidade macia que eu causei entre as pernas dela.
Eu irei para casa com essa queimação doendo por todo o caminho. Eu a beijo novamente, levemente desta vez. —Não posso esperar para fazer isso de novo.
Ela toca a ponta dos dedos na minha mandíbula e faz um pequeno som antes de respirar fundo. —O mesmo aqui. Obrigada.
Retrocedendo, vejo quando ela digita seu código e a porta do apartamento destrava. Eu dou mais alguns passos pelo caminho enquanto ela vira, e sua saia balança em torno daquelas pernas deslumbrantes.
Quando arrasto o meu olhar para o rosto dela, ela está me observando, seus lábios curvam-se em um sorriso.
Pergunto-me quanto tempo levará para Lachlan tornar sua presença conhecida para ela.
Porra!
CAPÍTULO 3
BETH
Enquanto entro no lobby do meu prédio, viro a cabeça para ter um vislumbre final de Hugh pelas portas de vidro.
Ele transmite um sentimento quente e pervertido que não tive há muito tempo. Hugh, de todas as pessoas. Eu olho enquanto ele desaparece da minha vista.
Mas o calor que ele me encheu desaparece quando vejo Lachlan de pé, atravessando a rua, as mãos nos bolsos, olhando para o meu prédio.
Meu coração começa a bater. Espionando-me como um... como... não tenho palavras, mas um inferno de um monte de sentimentos. A farsa dele. Afasto-me e aperto o botão para o elevador.
O interfone para a porta principal está zumbindo quando entro no meu apartamento.
Deveria ignorá-lo, mas não consigo.
Precisamos resolver isso e, provavelmente, é melhor que isso aconteça aqui, onde é privado. As coisas já ficaram tensas o suficiente no escritório.
Pego o interfone e aperto o botão de intercomunicação. —Sim?
Ele hesita, não que ele precise dizer nada. Eu sei exatamente quem é. —É Lachlan. Posso subir?
Não me incomodo em responder, apenas libero. Ele nunca esteve aqui, mas não duvido por um momento que ele saiba tudo sobre onde vivo.
Não demora e sua batida vem à porta.
Ele parece agitado. Seu terno está amassado, e a barba de um dia cobre seu rosto normalmente limpo. Ver sua máscara cair assim não deveria me deixar excitada, mas deixa. Ele me excita, sempre.
Isso não me impede de estar com raiva dele.
—Entre. —Atiro enquanto abro mais a porta, permitindo que ele entre antes de fechá-la e trancá-la.
Viro-me para encará-lo, com as mãos em meu quadril. Não me incomodo em oferecer um assento. Eu não planejo que ele fique aqui por mais tempo do que é preciso, para lhe dar um pouco da minha língua afiada.
—Se você está aqui por eu ter ido em um encontro com Hugh, você pode simplesmente...
—Eu estava aqui para ter certeza de que você chegou em casa com segurança.
—Você não confia em um membro da sua própria equipe de segurança?
—Com você? Eu não confio em ninguém.
Eu engulo um grito, porque isso é além de frustrante. Eu engulo isso, e tento deixar sair em um longo e lento suspiro. Na metade do exercício eu gemo.
Ele move-se em minha direção e estende a mão, colocando-as nos meus ombros. Ele agacha-se ligeiramente para que nossos olhos fiquem no mesmo nível. —Beth, ele está usando você para sexo.
Ontem, eu teria gostado da sensação das mãos de Lachlan na minha pele nua, mas agora...
Agora, isso alimenta minha raiva.
—Bem, já é hora de alguém fazer isso. —Porque não é como se eu não tivesse lhe dado chances suficientes ao longo do ano passado.
Os olhos dele acendem. Sim, cretino. Eu vou falar sobre sexo se você invadir o meu apartamento após a sessão de amasso mais quente de todos os tempos. Combinado. Mas não digo isso em voz alta.
Ele xinga baixinho e seus dedos apertam meus braços antes de me soltar. Ele olha para o teto enquanto passa os dedos pelos cabelos, e imediatamente sinto falta do calor.
—Droga, Beth, estou apenas tentando evitar que você se machuque.
—O PM é a única pessoa que você precisa evitar que se machuque. Eu posso cuidar de mim mesma.
—Não estou dizendo que você não pode. Mas, eu conheço, Hugh...
Levanto minha mão. Eu não quero ouvir sua besteira superprotetora. Eles trabalharam juntos uma década antes. A partir do confronto ardente que eles tiveram quando Hugh apareceu pela primeira vez em Ottawa, eu percebi que não queriam se ver cara a cara. Mas no final, Lachlan não se opôs à informar Hugh dos detalhes da segurança de Gavin. E, nos últimos dois meses, eles não foram mais do que profissionais um com o outro. —Já faz dez anos. Não consigo imaginar que algum de vocês ainda sejam os mesmos homens que eram naquela época.
—Algumas coisas nunca mudam, não importa quanto tempo passe.
—Isso pode ser verdade, mas sou capaz de chegar às minhas próprias conclusões sobre um homem. E acho que você está subestimando o quanto Hugh é aberto sobre o tipo de homem que ele é, ou não é.
Os olhos de Lachlan iluminam-se. —O que ele te disse?
Reação interessante. Agora eu quero saber o que Lachlan sabe. Eu quase rio, mas ele não vê nada engraçado sobre essa situação, então, não vou empurrar mais nenhum dos seus botões esta noite. Respiro fundo.
—Ele me disse que não estava procurando nada sério. Então você pode...
—Você merece seriedade.
—Eu quero diversão. E, além disso, como eu poderia encontrar alguém para ser sério, quando você continua sendo um empata foda?
—Isso é... —Ele para. Um músculo pulsa na sua mandíbula, e é a única reação que recebo. Provavelmente, é a única que ele não pode controlar.
O que, ele não gosta que eu o acuse de ser um empata foda?
Bem, eu não gosto de nada sobre isso. E, francamente, se ele vai dificultar, não sei por que devo me segurar. Ele que veio até mim. Ele lançou isso na minha cara, e agora vou rebater.
Eu empurro o meu dedo no peito dele. —Você sabe o que? Se Hugh quiser me usar para sexo, está tudo bem. Ele pode me usar sempre que quiser.
—Beth...
—E você realmente deve saber, que não senti como se ele estivesse me usando quando me beijou. —Solto minha voz. —Foi bom. Ele parecia bom.
Ele geme profundamente em sua garganta. Eu espeto o meu dedo nele novamente, mas minha mão está tremendo agora, e desliza em seu amplo e duro peito. Ele agarra o meu pulso, segurando-me ainda.
—Você não pode me dizer quem beijar. —Sussurro, minha voz embargando.
—Eu sei. —Sua voz está igualmente embargada, mas ele não está tremendo. Ele está tenso por toda parte. Tenso e grande e, de repente, contra mim. Sua boca esmaga a minha, um beijo exigente e selvagem, e antes que eu possa me parar, eu estou beijando-o de volta.
É complicado e confuso. E também, provavelmente, errado, mas oh meu Deus, Lachlan está me beijando. É totalmente diferente do beijo de Hugh.
Mas parece tão correto.
Antes que eu possa parar, eu mergulho nos sentimentos, na fome e na mordida de necessidade desesperada de prazer entre nós.
Um beijo que demorou um ano.
Um beijo que deveria ter acontecido por mais de cem razões, não por ciúme louco. Mas não me importo, vou receber enquanto posso tê-lo.
E antes que eu tenha o suficiente, o beijo termina com um palavrão.
Lachlan afasta-se e encontro-me seguindo-o. Não. Ele balança a cabeça e eu me detenho.
Não, não, não, eu quero gritar com ele, mas ele está se afastando tão rápido quanto veio para mim.
Eu assisto, um lamento está sendo construído dentro de mim, tão rápido que dói, enquanto ele dá um passo para trás e se vira, saindo do meu apartamento sem nenhuma palavra de explicação, ou desculpa, ou mesmo de rejeição.
Nada.
A comunicação nunca foi seu forte, mas esse tipo de coisa é foda.
Homens.
Dois beijos em uma noite.
Dois homens que não poderiam ser mais diferentes. Agora, o que diabos eu faço?
CAPÍTULO 4
LACHLAN
TUDO O QUE FIZ... bem, tudo o que não fiz no último ano indica o quanto eu sou um covarde.
Eu não sou.
A primeira coisa que faço quando chego ao Bloco do Centro na manhã seguinte, é dirigir-me ao escritório do PM. Beth já está na mesa dela.
Seus olhos arregalam-se de surpresa quando me vê atravessando a porta.
Eu lhe dou um sorriso discreto. —Bom dia.
Isso é tudo o que posso dizer agora, e nós dois sabemos disso.
Os lábios dela apertam. Porra, agora que sei o gosto que eles têm, eu quero ter outra prova deles mais do que qualquer outra coisa no mundo. Não sou um covarde, mas sou fraco. Deixei meu olhar ficar em sua boca até ela franzir os lábios em desaprovação. Então, movo os meus olhos para encontrar os dela.
Certo. O meu objetivo vindo até aqui era mostrar que o que aconteceu na noite passada, não afetou nossa relação de trabalho. Ou nossa amizade, mas isso pode ser uma ilusão.
Eu já analisei o cronograma de Gavin para o dia, então sei que ele tem alguns minutos antes das entrevistas da manhã, e recebi um recardo de que ele precisa falar comigo em algum momento hoje. Não tenho certeza se agora é um bom momento, e Beth detém essa informação mágica. —Posso roubar cinco minutos com ele?
Ela inclina a cabeça para o lado e me dá um olhar cauteloso. —Depende do que se trata.
Não se trata de demitir um certo membro da minha equipe de segurança que também beijou Beth ontem à noite. Fico quente sob o colarinho novamente. Sim. Muito fraco. Estou chateado e excitado.
—É sobre o casamento dele. —Digo com os dentes cerrados.
—Ah! —Sua expressão ilumina-se, como se ela estivesse grata que pudemos superar a noite passada. —Certo. Tenho uma nota aqui do hotel para você... —Ela alcança-a na mesa, e agarra uma pasta de arquivos de um roxo claro. Ela os entrega, seus olhos agora brilhando, e fico aliviado.
—Roxa?
Ela assente com a cabeça. —Lavanda será a cor do casamento. Então comprei pastas de arquivos especiais para a ocasião.
—Você está gostando disso. —Um sorriso relutante puxa minha boca. Deus, eu quero dizer muito mais. Dizer a ela o quanto estou confuso, o quanto eu sabia que era errado beijá-la quando ela decidiu namorar Hugh.
Eu acho que ele não será bom o suficiente para ela, mas ela está certa... ela pode cuidar de si mesma, e ela está indo com tudo nele, com os olhos bem abertos.
—Você está coordenando o casamento? —Ela pisca para mim com inocência. —Você não está se divertindo com isso?
—Estou coordenando a logística da segurança.
Ela assente lentamente com a cabeça. —Com certeza. Acho que o tópico de hoje é se eles precisam ou não de uma comida da costa leste no menu, pois eles têm desde hambuguer e batata frita, a Salmão e carne Alberta2.
Merda. Respiro fundo. —A que horas é a teleconferência com os atuais coordenadores do casamento em Squamish?
Ela sorri. —Meio-dia. Então, você tem muito tempo para conversar com Gavin e Ellie sobre isso e terem algumas idéias.
—Não era isso que eu esperava.
Um outro aceno. —Eu sei. Quando Gavin disse que precisava de alguém para controlar isso, porém...
—Você não queria fazer isso? —Arrependo-me no segundo que as palavras saem da minha boca.
Ela não tem uma grande reação. Ela não precisa. Beth é mestra em ser sutil. Ela nunca faria uma cena no escritório do Primeiro Ministro, então, ela sabe como educadamente dispensar uma pessoa.
Ela alcança uma caneta, uma com tampa de botão, e move o polegar para o botão. —Você deveria entrar. —Ela diz não me olhando mais. —Ele está esperando você.
—Beth...
Seu cabelo está bem escondido atrás de suas orelhas esta manhã, liso e brilhante. Ela alcança-o e finge colocá-lo atrás da orelha novamente. Em seguida, arruma as lapelas de seu blazer. Ela está vestindo um conjunto hoje: calças, blazer e uma camisa estilo masculino. Como se ela soubesse que precisaria de uma armadura hoje. Talvez ela não pudesse ter antecipado que eu viesse aqui e fizesse uma sugestão idiota sobre ela ser mulher e mais interessada em casamento, mas depois da noite passada, definitivamente mostrei o meu lado, e não é bem-vindo.
Ela não estava errada. Ela precisava daquela armadura, porque eu destruí todos os limites perfeitamente aceitáveis que ela trabalhou tão duro para construir.
—Desculpe. —Digo baixinho, inclinando-me. —Isso foi estupido da minha parte.
Ela olha para mim e seus brilhantes olhos castanhos suavizam. —Talvez você tenha outras coisas na sua mente e esqueceu de não ser machista. —Ela sussurra.
Ela nunca faria uma cena. Mas ela não daria seus socos se soubesse que aterrissariam silenciosamente.
—Eu definitivamente tinha outras coisas na minha mente. —Admito.
—Mas isso não é desculpa.
—Devemos falar sobre essas outras coisas. —Ela pressiona seus lábios.
—Em algum momento.
Antes que eu possa responder, Gavin abre a porta do escritório. —Beth, você sabe... oh, Lachlan. Bom que você está aqui. Entre. Não posso acreditar quantas perguntas continuam voando para mim sobre essa coisa.
Limpo minha garganta. —Essa coisa? Seu casamento é um grande negócio.
—Casar é um grande negócio. O casamento é por causa de quem eu sou.
—Justo. —Pego a pasta de arquivos roxa e o sigo para seu escritório. Sempre gostei desse espaço. Com painéis de madeira e com portas secretas, é grande o suficiente para manter suas reuniões diárias com os funcionários seniores, mas também o suficiente para conversar, apenas nós dois.
Ele senta-se atrás de sua mesa e agarra sua caneca de café. —Ok, então você conseguiu o acordo, certo?
—Sobre a comida? —Abro a pasta. —Beth deu-me um breve resumo, mas precisarei de acompanhamento... talvez com o registro de pessoas? E sua equipe de comunicação?
Ele faz uma careta. —Eu preferia evitar usar muitos funcionários para isso. Você precisa estabelecer ligações com eles para as questões de segurança, então, eu sei que lidar com os detalhes do menu está fora da sua área de especialização, mas...
Ah. Entendi. —Você não quer ser acusado de usar sua equipe para planejar um evento pessoal.
—Eu não quero usar minha equipe para planejar um evento pessoal.
— Ele me dá um olhar irônico. —Embora evitar a conduta imprópria seja sempre bom também. Apenas... fale com as pessoas do casamento. Descubra quantas questões deste tipo vamos ter, e se vou acabar precisando de um coordenador de casamento.
—Beth diz que esse é o meu papel.
Ele ri. —Bem, se ela disse isso, deve ser verdade. Você sabe quem está realmente no comando.
Por um segundo, penso em contar tudo a ele. Nós temos um relacionamento único, e se há uma coisa com a qual eu tenho certeza, é que Gavin não julgaria a dinâmica complicada que está acontecendo entre Beth e Hugh.
Mas exatamente da mesma forma como o PM não pode usar sua equipe para planejar seu casamento, seria muito impróprio eu usar o meu chefe como um conselheiro de relacionamento pessoal.
—Ok, verei isso. Eu vou falar sobre as preocupações de segurança com bastante frequência para fazer a ligação dentro da minha tarefa, e obter um cenário mais claro sobre por que eles parecem tão agitados com o planejamento de um casamento VIP.
—Perfeito. —Ele toma outro gole de café. —Senti sua falta na caminhonete essa manhã. Eu pensei que podíamos falar sobre isso no caminho.
—Eu estive ocupado na noite passada, então mudei o cronograma.
—Encontro quente? —Ele me dá um olhar duro.
Algo quente. —É complicado.
Seu rosto transmite um olhar agora muito familiar, não-parta-o-coração-da-Beth. Ok, então, talvez ele não seja um conselheiro de relacionamento imparcial no final das contas. —Você deveria vir tomar uma cerveja.
Não posso recusar, mas posso jogar sujo. —Vou trazer todos os detalhes do casamento comigo.
Ele geme, então ri. —Boa jogada. Na verdade, seria bom passarmos por cima de tudo junto. Ellie tem estado realmente tranquila com todo o planejamento, mas estamos chegando perto agora, então... sim. Boa ideia.
Há uma batida na porta. Minha dica para sair.
Sua equipe entra à medida que levanto-me, e trocamos um aperto de mão rápido enquanto a conversa muda ao meu redor para tópicos que são mais adequados ao primeiro-ministro.
Um novo acordo comercial com a União Européia e uma próxima reunião de Primeiros Ministros com os líderes das províncias.
8
DEPOIS DE CHECAR a minha equipe, vejo o material do local do casamento. Eu rapidamente percebo que o problema reside com a noiva e o noivo não respondendo a algumas perguntas básicas. Bem, isso é facilmente resolvido.
Vou para a Universidade de Ottawa, onde a noiva de Gavin, Ellie, é estudande de doutorado.
Encontro-a em seu escritório apertado, lendo o que parece um jornal acadêmico. Eu bato no batente da porta.
Ela salta e eu rio. —Desculpe-me por interromper.
Ela abaixa o jornal e acena para eu entrar. —Não, tudo bem. Talvez eu estivesse cochilando. O que está acontecendo?
—Enviei-lhe um e-mail...
Ela estremeceu. —Eu tenho ignorado a internet hoje.
—Não se preocupe. —Levanto a pasta de arquivo roxo ou lavanda. Isso me faz pensar em Beth e, portanto, é realmente a minha coisa favorita sobre hoje, apesar das merdas todas. —Eu fui designado como coordenador não oficial de casamento, e tenho algumas perguntas rápidas para você.
—Desculpe. —Ela coloca a cabeça entre as mãos. —É só que um item de casamento leva a mais cem coisas de casamento e, de repente, dias inteiros são consumidos com as coisas. Então, nós meio que esquecemos isso.
—Pelo menos você reconhece isso. —Provoco enquanto sento-me na cadeira de madeira em frente a sua mesa. É terrivelmente desconfortável, e eu digo a ela o quanto.
Ela pisca. —Eles mantêm as visitas aos estudos curtas.
—Isso é ruim. —Limpo minha garganta e abro a pasta de arquivos.
—Agora. Seu casamento acontecerá em menos de dois meses, e o menu não foi finalizado. —Entrego um pedaço de papel que rabisquei todo. —Eu não sou exatamente um especialista, mas a partir das opções que eles sugerem, isso é o que acho que funcionaria melhor para você e seus convidados.
Ela escaneia a página balançando a cabeça. Quando alcança minha sugestão favorita, ela começa a rir. Ela olha para mim. —Ostras do Fanny Bay?
—É importante ter comida de todo o país. —Digo com um rosto sério.
—Oh, Lachlan. Você nos pegou, não é? —Ela me dá um olhar caloroso.
—Eu tento.
Ela pega uma caneta. —Minha única adição a isso, seria que eu gostaria que o queijo viesse de Quebec, por favor.
—Considere isso feito.
8
DA UNIVERSIDADE, vou para o escritório com o protocolo onde eu, extraoficialmente, peço alguns conselhos de seus funcionários. A recomendação é que o PM solicite ao Comitê de Ética que analise os planos de casamento. Oh, ele vai odiar isso.
Então, em vez de falar com ele sobre isso de novo, também vou ao escritório do Comissário de Ética, onde marco uma reunião e sou informado para retornar no dia seguinte.
Não volto para o meu escritório no Parlamento até a hora do jantar. O PM já partiu para sua residência oficial na rua Sussex Drive número 24, e eu reviso os relatórios do dia. Então, ligo para sua residência e falo com o policial de plantão, que confirma que o PM e Ellie estão em casa.
—Eles pediram pizza para o jantar. —Ele acrescenta, e eu rio.
—É claro que sim. Eu também poderia comer uma pizza. Obrigado.
—Desligo e balanço na minha cadeira.
Do lado da porta, alguém limpa a garganta.
Eu me sento e abro os olhos.
Hugh está encostado ao batente da porta. —Noite.
Eu aceno. —Acabei de ler os relatórios. Dia calmo hoje.
Ele acena com a cabeça, então olha para trás dele.
Eu cerro os meus dentes.
Isso não o para. Assim que ele confere que ninguém está por perto, ele vai direto a matança. —Então, eu fui em um encontro com Beth ontem.
—Estou ciente. Eu estava lá quando você a levou.
Ele olha para trás. —E você estava lá quando voltei com ela para casa em segurança novamente.
Ah. Então ele me viu. Bem. —Você não pode culpar-me por estar preocupado.
—Com medo do que eu faria com ela?
O calor bate em mim com esse pensamento. Hugh e Beth juntos é uma das minhas mais sombrias fantasias. —Não vamos fazer isso.
Ele ri baixinho. —Você recebeu um beijo de boa noite na noite passada também? Você está cheio de sentimentos complicados?
Levanto-me. —Jesus Cristo. Você ainda não tem nenhuma merda de limite, não é?
—Houve um tempo em que você gostava disso.
Eu dou a volta em minha mesa, pronto para lutar. —E isso teve consequências, não foi? Deixe Beth sozinha.
—Isso não é você quem decide.
—Não, é ela, mas você não lhe deu todas as informações importantes, não é?
Seu maxilar se aperta e seus olhos piscam enquanto chega até mim. Oh, eu acertei um nervo. Sua voz fica sedosa. —O que exatamente você acha que eu deveria contar a ela antes de um primeiro encontro?
O silêncio pulsa entre nós.
Ele se aproxima. —Ela sabe o quanto você gosta de ficar de joelhos?
—Minha boca fica seca e meu pulso martela na base da minha garganta.
—Ela sabe que rocha sólida você fica quando começa a moer contra uma bunda musculosa?
O empurro seu peito com força para trás. —Cale-se!
—Ainda no armário?
—Não exatamente.
—O que isso significa?
Isso significa que, além das coisas do grupo, eu não estive com outro homem depois dele. Não vou lhe dar muito poder sobre mim. —Ela sabe que eu sou bastante fluido no que gosto. Ela sabe sobre as minhas excentricidades. Quem eu gosto de foder não é algo que discutimos porque eu a respeito.
—Você acha que eu não a respeito?
—Eu acho que você está usando-a. Então, não.
—Você entendeu errado. —Ele aproxima-se novamente, seu peito roçando o meu. Ele é cinco centimetros mais baixo do que eu, o que comparado com o quanto Beth é delicada, é o mesmo que nada. Tudo se alinha. Peitos. Bocas.
Paus.
Ele fica duro mesmo enquanto eu grito com ele. Eu também não sou imune à tensão entre nós.
—Eu não acho. —Digo calmamente com minha voz grossa. —É exatamente isso que estou falando. Você não deve brincar com os sentimentos de Beth quando...
—Diga.
—Foda-se!
—A qualquer momento. Minha porta está sempre aberta para você. —Ele põe as mãos nos meus quadris e misericórdia, isso é tão bom, porra! Meus joelhos praticamente balançam quando o desejo apunhala-me. Cada centímetro dele é sólido. Grosso. A primeira vez que nos beijamos, foi como uma partida de boxe com esteróides. Há coisas que posso fazer com Hugh, e coisas que ele pode fazer comigo, que não funcionam com uma mulher.
Beth.
Seu nome sussurrando em minha mente é como uma gota de água gelada.
—Vamos. —Ele sussurra. —Dê-me a sua boca.
—Não.
—Lachlan...
Puta merda. —Não agora. —Não, não é isso que eu quis dizer. Eu deveria dizer, não, nunca, mas eu sei profundamente que a palavra nunca não cruzará meus lábios quando se trata de Hugh.
CAPÍTULO 5
BETH
Na sexta-feira, decidi que não só Lachlan e eu precisamos ter uma conversa adulta, devemos provavelmente fazer isso mais cedo ou mais tarde.
Fingir que tudo está bem no trabalho não vai resolver. Eu passei a maior parte da noite virando de um lado para o outro na minha cama, enrolando meus lençóis no meu corpo suado e escorregadio, enquanto entrava e saía de sonhos sacanas com Hugh e Lachlan.
Hugh, pelo menos, eu posso lidar. Ele passou pelo meu escritório mais cedo hoje, e me deu uma piscadinha sacana, mas, além de uma rápida mensagem de bom dia, esse foi nosso único contato. Ele parece ter percebido o fato de eu precisar de um pouco de tempo para descobrir o que quero, e estou grata por isso.
Lachlan... não posso lidar com ele, de jeito nenhum. Eu podia, até Hugh aparecer. Posso ver agora que a revelação começou. Hugh acendeu um fusível, e agora dois meses depois, Lachlan está muito perto de explodir.
Infelizmente, após nossa breve conversa sobre o casamento do PM, eu não o vi novamente. Então, no final da tarde de sexta-feira, abro uma janela de e-mail e depois fecho-a rapidamente.
Seria o cúmulo da estupidez enviar esta mensagem usando um endereço de e-mail do governo. Ou realmente qualquer endereço de e-mail de dentro deste prédio.
Em vez disso, pego um pedaço de papel em branco e uma caneta.
Lachlan,
Desde o dia em que nos conhecemos, tem havido algo especial entre nós. Eu sei que posso confiar em você para ser um bom amigo, certo? E bons amigos falam sobre seus problemas. Conversam sobre os seus problemas.
Não quero que haja segredos ou confusão entre nós.
Gostaria de vê-lo neste fim de semana. Você pode vir a minha casa, ou podemos nos encontrar no café. Eu acho que precisamos conversar, e espero que você esteja de acordo.
Beth.
Eu releio, então, escrevo meu número de telefone e endereço de e-mail pessoal na parte inferior da página. Eu poderia chamar alguém para levar para ele, que ficará louco se as mãos de outras pessoas estiverem nisso. Droga, ele vai surtar o suficiente se souber que sou a única que o viu. Então, dobro cuidadosamente e coloco um outro pedaço de papel para garantir que a mensagem não possa ser lida atravéz do envelope quando eu selá-lo.
Chamo um estagiário para ficar no meu lugar até voltar do escritório de Lachlan.
Na maioria das vezes, ele trabalha em uma mesa próxima, preferindo ficar o mais próximo possível de cada detalhe pessoal de Gavin. E às vezes, ele trabalha na guarita da casa, na rua Sussex número 24. Mas ele também tem um escritório formal no fundo do bloco central, onde seus arquivos são mantidos se precisar de um espaço privado quando se encontra com seus oficiais.
Meus saltos clicam nas escadas de pedra enquanto caminho para lá, ecoando no silêncio de uma tarde de sexta-feira do mês de maio, no Hill. Todos os que conseguiram fugir, seja para o seu círculo eleitoral local ou para um fim de semana longo, fugiram. É o primeiro fim de semana realmente agradável, um precursor do verão sempre quente.
Ninguém está por perto.
Minha freqüência cardíaca acelera com a ideia de encontrá-lo sozinho em seu escritório. Eu daria a ele a carta e talvez tomássemos esse café agora.
Mas quando chego à sua porta, está fechada. Eu sei que ele não terminou o dia, então deslizo o envelope por debaixo da porta. Posso enviar-lhe um e-mail enigmático, deixando-o saber que deixei algo.
Viro-me para voltar para o andar de cima e colido com uma parede de músculo duro.
—Opaa, qual é a pressa? —Hugh desliza as mãos pelos meus braços, e mesmo através do meu blazer, minha pele lembra de seu toque.
Inclino-me para o seu corpo antes de me lembrar de onde estamos, então, dou um grande passo para trás. —Sem pressa. —Respiro fundo. —Eu estava voltando para o andar de cima. Acabei de deixar algo para Lachlan. Você o viu?
Hugh balança a cabeça. —Não na última hora. —Ele aponta para a escada. —Nós podemos andar e conversar se quiser.
Eu lhe dou um sorriso grato. Eu não quero esconder nada de Lachlan, mas eu também não quero provocá-lo.
Quero que todos nós possamos ser adultos maduros sobre o que quer que seja isso, e Lachlan encontrando-me nos braços de Hugh perto de seu escritório, seria um começo terrível para virar uma nova página.
—Então, além de dizer bom dia. —Ele murmura enquanto subimos as escadas juntos. —Nós não conversamos. Mas eu pensei em você.
Eu dou um sorriso genuíno. —Eu também pensei em você.
—Pensamentos terrivelmente inapropriados, espero.
—Claro.
Ele ri. —Bom. Talvez devêssemos falar sobre esse segundo encontro, então.
—Deveríamos. —Eu hesito. —Mas talvez na próxima semana? Eu... —Eu paro, mas então acho melhor ser vaga. Não. Eles trabalham juntos. Eles têm uma história de conflito. Eu quero que tudo esteja as claras o máximo possível.
—Honestamente? Preciso conversar com Lachlan neste fim de semana. Eu prometo que isso não afeta o quanto quero ver você de novo.
Para minha surpresa, ele nem sequer pisca. —Sim, claro. Eu também estava pensando em tentar me reunir com ele neste fim de semana.
—É? —Por algum motivo, isso me faz sentir melhor. Talvez a história deles não seja tão hostil quanto acho. —Bom. Talvez na próxima semana, podemos comparar as notas sobre como lidar com ele.
Ele toca meu braço, e eu paro no próximo passo. Ele me dá uma olhada séria. —No entanto, não posso mentir para Lachlan.
—Não. —Pressiono meus lábios. —Eu também não. Eu não quero machucá-lo. Mas... ele está exagerando. Nós somos adultos, e quem nós beijamos não é da conta de ninguém. Isso não significa nada além de querer te beijar.
— Olho para os seus lábios. Eu quero beijá-lo agora, mas isso não pode acontecer. —Então não deixe ele mexer contigo.
Antes que ele possa responder, um casal de funcionários aparece na escada e eu digo adeus.
CAPÍTULO 6
LACHLAN
A CAMPAINHA TOCA cerca de vinte minutos depois de chegar em casa depois do trabalho e eu gemo.
Claro, alguém teria que aparecer logo após o meu banho. Eu terminei de sair, mas ainda estou nu. Eu deslizo na calça de moletom, sem me incomodar com roupas íntimas porque quem quer que seja não vai ficar.
Entre a carta de Beth e o dia de merda que tive, não tenho vontade de socializar. Tudo o que quero fazer é pegar uma cerveja da geladeira e vegetar na frente da televisão.
Ou talvez pensar em sua carta e no que isso significa.
Minha irritação é amplificada quando a minha folga é interrompida e quando abro a porta da frente para um Hugh, de pé, segurando uma grande caixa de pizza.
Ele ainda está vestindo sua roupa de trabalho. Eu me arrependo instantaneamente da minha decisão de ignorar a cueca boxer. Se ele ficar aqui mais do que o tempo necessário para bater a porta em seu rosto, meu pau corre o risco de montar uma tenda no meu moleton. Deveria ser ilegal o quanto ele parece bom em um terno.
Eu faço uma carranca. —O que você está fazendo aqui?
Ele dispara um sorriso lento e tranquilo. Aquele que há dez anos teria-me de joelhos devorando-o inteiro.
—Eu trouxe a sua favorita. —Ele diz assim que abre a caixa de pizza com um floreio.
Não estou surpreso quando vejo as coberturas de presunto e abacaxi. Essa é a favorita de Hugh, não a minha. E considerando que o menu de pizza em Moose Lake não oferecia pizzas com tomate seco, alcachofra, azeitonas, presunto e queijo de feta, eu não tinha como deixar Hugh pensar de outra forma.
Ainda não. Esse não é o maior problema que temos. —Pergunto novamente. Por que você está aqui?
Ele gesticula para a pizza, mas seus olhos ficam colados no meu rosto.
—Eu não podia ignorar o desejo por mais tempo. E eu tenho certeza de que você também está com fome. —Ignoro o duplo sentido, mas quando sua língua sai e desliza em seu lábio superior enquanto seu olhar vagueia pelo meu corpo, tudo o que posso pensar é sobre o quanto essa língua costumava parecer boa na minha pele.
Eu não reajo.
Mas também não fecho a porta, e isso fala muito sobre a minha escolha.
Hugh tenta outra tática. Ele sempre tem outra estratégia. —Se isso fizer diferença, Beth sabe que estou aqui, e ela está bem com isso.
Estou surpreso com suas palavras, e não quero acreditar nele, mas mesmo que Hugh seja o tipo de cara que diz o que for preciso para entrar na calça de alguém, não seria uma mentira. —Ela está?
Ele acena com a cabeça, todo sério agora. —Ela disse que queria conversar com você também neste fim de semana.
Ah. Então ela sabe que ele está aqui para conversar. Isso não é exatamente o mesmo que aparecer com uma pizza, como pretensão de uma transa rápida e sacana.
Por outro lado, ela saiu do seu caminho para sublinhar que é adulta. Somos todos adultos. Diabos, eu vi um jogador da Liga Nacional de Hóquei brincar com ela no St. Andrew's Cross no porão de Max.
Não é a mesma coisa e você sabe disso.
Não, não é. Mas amanhã vou contar tudo e veremos como as coisas ficam.
Devo fazê-lo partir, eu realmente devo... mas estou cansado de lutar contra o negócio de uma década inacabado entre nós, então, abro a porta e gesticulo para ele entrar.
—Sente-se eu irei pegar algumas cervejas.
Estou me sentindo muito vulnerável na frente dele sem camisa, então desvio para o meu quarto para pegar uma camiseta.
Quando volto para a sala de estar, o paletó e a gravata de Hugh estão colocados na parte de trás do sofá, onde ele está reclinado, sua camisa meio desfeita e seus pés descalços apoiados sobre a poltrona.
Porra!
—Sinta-se livre para se sentir em casa. —Deixo o sarcasmo escorrer dos meus lábios enquanto coloco uma garrafa de cerveja na mesa de café na frente dele.
Ele desliza um lento olhar de avaliação sobre mim. —Você não precisava ter se incomodado com uma camiseta na minha frente.
Ignorando o seu golpe, pego uma fatia de pizza e o controle remoto antes de cair na poltrona, porque o sofá não é suficientemente grande para nós dois.
Ligo a televisão e coloco na TSN antes de pôr o controle remoto na mesa. As reprises dos esportes é o que me ajudam a ignorar o grande e sexy elefante vestindo terno na sala.
Depois de um minuto, Hugh inclina-se para a frente, e em vez de pegar uma outra fatia de pizza ou sua cerveja, ele desliza o controle remoto e clica no botão de desligar.
Eu não reajo por fora.
Por dentro, estou caindo de volta há dez anos atrás. Para comandos dominantes que arrancariam minha irritação pós-trabalho, e me deixariam duro como uma rocha.
—Beth foi a uma festa no feriado, organizada por um amigo meu.
—Finalmente falo. Eu olho para frente na televisão escura.
—Você quer falar sobre Beth hoje à noite?
Isso chama minha atenção. Viro-me e dou-lhe um olhar duro. —Sempre.
Algo se move em seus olhos. Remorso, talvez. Entendo, definitivamente. —Ela é maravilhosa. É inteligente. E engraçada.
—Sim.
—É solitária.
Porra. —Sim.
—Você precisa tratá-la melhor.
—Eu sei.
Ele se levanta e cruza para ficar na minha frente. —O que você vai fazer sobre isso?
—Era sobre isso que estava pensando quando você me interrompeu.
— Merda. Eu não quero pensar sobre isso agora. Não quero pensar em como a deixei mal ou como não posso lidar com Hugh corretamente, ou...
—Talvez você precise parar de pensar e começar a fazer. —De qualquer outra pessoa, isso soaria como uma cantada.
De Hugh, é uma cantada, mas funciona.
Eu empurro a minha cabeça para trás e olho para ele com olhos cheios de desejo, enquanto ele desabotoa o resto da sua camisa descobrindo seu torso.
Em teoria, este seria um tórax que eu poderia ter visto dezenas de vezes neste ano.
Na prática, evitei trabalhar com o meu time desde que ele chegou, porque essa visão todas às vezes me desfaz.
Ainda me lembro da primeira vez que o vi nu, na academia em Moose Lake. Eu o convidei para treinar comigo, e quando ele terminou e entrou no chuveiro, eu morri um pouco por dentro.
Ele não era o primeiro cara por quem eu estive atraído. Ele não era o primeiro cara com o qual me enganei.
Mas ele era o primeiro cara que eu queria com todo o meu ser.
Ele era um monte de outras primeiras vezes também.
Algumas.
Agora, com seu abdômen definido na minha frente, decorado com algumas novas tatuagens, eu morro outra vez.
O tempo de pensar definitivamente acabou.
O que Hugh quer, Hugh consegue, pelo menos esta noite. Eu lambo meus lábios.
—Diga-me o que fazer.
CAPÍTULO 7
HUGH
OH, isso é tentador. Se alguém precisa de uma mão firme, é Lachlan. Ele está com a corda tão esticada. Mas não estamos em um bom lugar para esse tipo de troca de poder rigorosa. Provavelmente nenhuma, mas não sou o tipo de pessoa que joga pelo seguro.
Eu chuto os seus pés, deixando espaço para me aproximar.
O gemido que recebo em troca é mágico.
Eu lhe dou um meio sorriso sacana. —Tire sua camisa. Deixe-me ver você tremer por mim.
Ele agarra a bainha e a tira de seu corpo, jogando-a para o lado. Ele é lindo. Grande e largo e com músculos duros deslizando por todo o corpo. Uma linha familiar de cabelo desce pelo seu abdômen inferior, mais espessa do que há uma década. Seus músculos também estão diferentes. Ele está mais volumoso, mais duro, mas não tão definido quanto antes. Seu tórax não é magro, mas aqueles quadris estreitos ainda são esculpidos em granito.
Meu pau flexiona, engrossando em reação a uma visão da qual tenho sido privado por muito tempo.
O olhar de Lachlan abaixa, e eu sei que ele pode ver a protuberância na frente da minha calça.
—Toque-me. —Digo a ele, minha voz baixa. Suave.
Ele está tão ansioso. Suas mãos disparam, uma pousando na minha coxa, a outra indo direto para a mercadoria. Ah, sim, sim. Eu aumento contra seus dedos, latejando sob seu toque. Ele traça meu comprimento através da minha calça, para cima e depois para baixo novamente. Ele coloca as mãos em concha nas minhas bolas e eu enrolo meus dedos dos pés, flexionando minhas coxas para lhe dar mais espaço.
Precisamos de mais espaço. Mais pele. Mais de tudo o que ele possa me dar antes de me expulsar, por que ele lamentará isso.
Porra, não deveríamos estar fazendo isso se ele vai se arrepender.
Mas eu não.
E talvez eu possa tornar isso bom o suficiente para que ele também não se arrependa.
Suas mãos estão no meu cinto, então ele faz uma pausa. Eu morro um pouco por dentro, mas seus dedos apertam quando ele olha para mim.
—Precisamos de um preservativo para isso?
Alívio pulsa através de mim. Eu balanço minha cabeça. Eu não o colocaria em risco. —Não estive com ninguém desde que fiz meu exame físico para a transferência.
O sorriso faminto que ele me dá é uma promessa sacana, não tenho dúvida agora que ele a manterá. Com habilidade, ele abre minha calça que cai nas minhas coxas. Saio delas, em seguida balanço meus quadris em sua direção novamente. Ele se inclina, sua respiração contra minha pele. Sim, sim, mais. Eu não espero que ele faça. Eu empurro a minha cueca para baixo nos meus quadris, e meu pau balança, duro e pesado.
Sua mão me envolve, e sua boca molhada e com fome, cobre a ponta. Sim, malditamente ansioso. É perfeito.
Eu rosno enquanto ele me engole profundamente. Não é até a raiz, mas diretamente em seus dedos, e isso é bom o suficiente. Enrolo minha mão em seu cabelo e começo a controlar um pouco seus movimentos. Forço-o a retardar, e me mantenho na entrada de sua garganta quando os lábios estão abertos ao redor da minha base. Alivio quando ele engole avidamente mais da minha carne, fazendo-o gemer um pouco pela negação.
Mas não demora muito para ele ceder e me deixar marcar o ritmo. Longos e lentos golpes dentro e fora de sua boca, com uma pulsação em cada extremidade. Suas mãos pegam meus quadris, mas enquanto eu fodo a sua boca, ele curva seus dedos sob o elástico da minha cueca boxer e encontra a curva da minha bunda. Eu me curvo contra o seu toque lá, e ele faz um som impotente para mim.
—Sim, Querido. Sentiu falta da minha bunda, não é?
Ele rosna em torno do meu pênis e eu sorrio. Quero ir dançar com ele. Nunca tivemos a chance de fazer isso. Nós dançamos apenas nós dois, bêbados e excitados, mas seria muito melhor em um clube. Luzes brilhantes, corpos moendo.
Estou chegando perto agora. Esse leve formigamento na base da minha coluna me estimula a empurrar mais rápido, perseguindo a minha liberação.
Mantenho seu rosto apertado contra mim quando gozo mais duro do que posso me lembrar.
Eu ainda estou tendo espasmos quando saio de sua boca. Eu caio de joelhos e o arrasto para a borda da cadeira. Ele é um grande homem, mas eu também sou. Eu vou maltratá-lo onde e quando eu quiser. Agora, quero me provar nos seus lábios. Acaricio minhas mãos em seu peito e aperto seus ombros, segurando-o no lugar para beijá-lo.
Nosso primeiro beijo este ano foi com raiva. Isso definitivamente não acontece. Eu acabei de gozar como um campeão, fodendo sua garganta, e ele me lambeu como um gato de rua faminto. Agora ele me beija como se estivesse morrendo de fome por isso, e eu preciso segurá-lo firme. Ah, Lachlan. Quanto tempo ele se privou? Necessidade vibra dele.
—Não te ensinei nada? —Pergunto gentilmente enquanto o empurro para trás, minha mão pousada contra seu peito.
Ele lambe os lábios. —Sobre o que?
—Você não pode ser um monge. Não é saudável.
—Nem todos podem ser o hedonista 3que você é.
Eu reviro meus olhos. —Você deveria tentar. Você é um barril de pólvora prestes a explodir. —Coloco meus dedos em sua cintura. —Embora explodir seja exatamente o que eu quero que você faça agora.
Ele geme e puxa a cabeça para trás contra a cadeira enquanto eu o puxo lentamente. Seu pau é uma coisa linda.
—Eu não fui um monge.
—Diga-me... —Eu deslizo o meu polegar sobre a cabeça do seu pau. Inclino-me e respiro seu perfume. Quero conhecer todos os seus segredos.
—Conte-me tudo. E vou recompensá-lo por cada história.
Ele atira os quadris, dirigindo seu pau através do meu punho, mas eu esquivo a cabeça do caminho. Ele só vai conseguir minha boca de um jeito, e isso é se abrindo.
Eu o aperto mais como um aviso. —Qual foi a última coisa sacana que você fez?
—Não posso te dizer. Isso é uma questão de segurança nacional.
Empurro minha atenção para o rosto dele. —Mesmo?
Suas bochechas ardem. —Sim.
—Com o PM?
Seus olhos arregalam-se. —Não apenas... —Ele tenta deslizar seus quadris de volta para a cadeira, mas mantenho um aperto firme sobre ele. Ele não vai a lugar nenhum. —Uh...
—Conte-me.
—Você... —Ele luta com a sua língua. Eu quero rir dele, mas sua preocupação é legítima.
—Não vou contar a ninguém.
—Beth sabe. —Ele lambe os lábios. —E é isso. Ah... o PM pediu-me para ajudá-lo com Ellie. Emprestar as mãos, por assim dizer.
Porra, isso é delicioso. —Eu vou me masturbar por isso mais tarde.
Ele olha para mim. —Não foi o que você está imaginando.
—Ah. Você estava apenas sendo útil? Sr. Assistente Pervertido? Isso não conta. Qual foi a última coisa sacana que você fez por você?
Seu rubor aprofunda. —Não me lembro.
—Isso é vergonhoso.
—E, no entanto, eu lhe falei de qualquer jeito, então... —Ele acena com a cabeça em direção ao seu pau.
Ele não está errado. Não é o que eu pedi exatamente, mas foi honesto e aberto. Eu o lambo com a língua larga e plana. Seu gosto é inebriante e ainda familiar depois de todos esses anos. Eu chupo apenas a cabeça na minha boca, e puxo o que posso tirar da sua fenda na minha língua.
Porra, meu pau está duro novamente. Quero içar suas pernas e o perfurar tão forte, mas isso seria demais para esta noite.
Uma coisa de cada vez.
—Diga-me outra coisa. —Sussurro, minha respiração roçando seu pau.
—Diga-me o que você faria se isso não fosse dever. Se eu pedisse que você fosse um hedonista por uma noite.
—Ahh... —Ele engole seu grito e bomba seus quadris na minha boca. Eu nem vou fingir que vou privá-lo disso. Continuo sugando porque adoro o gosto dele. Mas não vou mudar ou adicionar uma das mãos ou dedos até que ele confesse.
Ele não gozará até que eu consiga algo realmente sacana em troca.
Todos nós temos. Desejos sacanas e desagradáveis.
Qual é o objetivo de ter uma fantasia se não for absolutamente horrível dizer em voz alta? Não há nada que explique o que você pode falar sem querer morrer um pouco por dentro.
Pergunto-me se Lachlan quer um trio safado com ele. Imagino-nos dançando em um clube. Levando alguém para casa. Mais de uma pessoa.
Muitos corpos.
Eu quero Lachlan em uma pilha de membros suados. Bocas e mãos por todo ele.
Mas essa é a minha fantasia, e neste momento, quero que ele admita a dele.
Eu deslizo para trás, dando a cabeça uma chupada rápida e uma lambida com a ponta da minha língua, enquanto uso o V entre meu polegar e dedo indicador para prender seu saco contra a base de seu pênis.
Seu gemido frustrado vai direto para o meu pau.
—Vamos lá, Lachlan, eu sei que você quer gozar. E tudo o que é necessário é uma fantasiazinha sacana. Quanto pode ser difícil para você compartilhar isso comigo quando eu já estive dentro de seu corpo?
Eu bloqueio meu olhar com o dele, e deslizo a ponta da minha língua para frente e para trás sobre aquele ponto sensível onde a cabeça do seu pau se encontra com o eixo, ocasionalmente, deslizando para lamber uma gota de pré-sêmem.
Assim que ele começa a empurrar seu quadril, aperto um pouco com a mão e puxo minha cabeça para trás. —O que é tão difícil sobre uma pequena confissão? Para quem eu vou contar?
Ele balança a cabeça, e eu solto um pouco o meu aperto em seu pau e volto a provocá-lo com a minha língua até que ele está perto novamente.
Eu poderia continuar assim a noite toda. E ele sabe disso. Já fiz isso antes, e ele não gostou. Ele aceitou porque era o que eu queria. Agora ele está aceitando porque ele não está pronto para me dar o que eu quero. Ainda não, mas ele está perto.
Depois de mais duas viagens para a borda, ele finalmente cede. Seu rosto, seu corpo, naquele momento onde ele se submete inteiramente a mim, é lindo.
—Conte-me.
Ele aperta os olhos e balança as mãos em punhos. —Eu... quero ver como é... ser... hum... comido por uma mulher. —Enterrando-se no fundo da cadeira, ele solta uma grande onda de ar.
—Muito bem. —Aproimando-me, pego na sua nuca e o puxo para a frente. Pego sua boca duramente, minha língua pressionando profundamente. Estou orgulhoso dele pela abertura, tornando-se vulnerável para mim. Sua submissão foi difícil esta noite, e agora é hora de recompensá-lo por sua bravura.
Soltando os seus lábios, abaixo minha cabeça e provoco aquele ponto que o deixa louco antes de levar seu pau na minha boca. Eu amo a maneira como ele geme quando o pego na garganta. Deslizo o eixo dele de volta, arrasto minha língua pela cabeça, depois recuo. Outra longa viagem, um redemoinho da língua e então, eu o deixo solto.
Apertando-o na base de seu pau, deslizo para cima e para baixo em seu eixo com força e rapidez, variando a profundidade. Às vezes superficial, às vezes todo.
Não demora muito para que sua respiração venha mais rápido e seus quadris comecem a se mexer.
Ele jorra forte contra o fundo da minha garganta, e eu engulo cada gota. Mesmo depois de parar de pulsar e escorregar da minha boca, fico de joelhos para ele, minha cabeça pressionada contra a sua barriga.
Mas não é por ele. É por mim.
Eu não quero me afastar dele. Eu não quero vê-lo se fechar e me mandar embora. Então fico exatamente onde estou até o meu coração voltar ao normal. Então levanto-me sem olhar para ele.
—Provavelmente há um jogo de beisebol. —Digo, não lhe dando espaço para me dizer não. —Vamos terminar a nossa pizza.
CAPÍTULO 8
BETH
SÁBADO DE MANHÃ traz outra mensagem de bom dia, mas desta vez não é de Hugh.
Lachlan: Recebi sua carta.
Ok, não é a mensagem primeira-coisa-na-manhã mais calorosa. Também está faltando duas palavras importantes.
Beth: Bom dia para você também.
Lachlan: Foi o que eu quis dizer.
Beth: Eu sabia disso.
Lachlan: Ha. Estou livre, mais tarde, por sinal.
Beth: Ok. Bom. Você quer tomar café?
Ele leva alguns minutos para responder. Não era uma questão desafiadora, mesmo assim, quando ele responde, percebo que ele provavelmente estava lutando sobre o que realmente queria dizer.
Lachlan: Talvez sua casa seja melhor.
Eu soco meu punho no ar. Sim. Bom. Não, melhor do que bom. Excelente, porra.
Beth: Depois do jantar? Por volta das sete?
Lachlan: Vejo você então.
8
SE EU ACHASSE que sua vinda foi meio hesitante, no entanto, eu estava errada.
Ele estabeleceu um tom para a noite assim que entrou pela porta. —Eu não deveria ter te beijado.
—Eu discordo. —Três dias depois, esse beijo ainda está correndo por mim. Como isso pode ser um erro? Exceto que ele me deixou como uma batata quente.
Seu olhar cai para a minha boca. Ele quer fazer isso novamente, e eu concordo. Ele deveria. Mas ele também não quer, e não o quero todo complicado e relutante.
Se eu quisesse complicado e relutante, teria arrastado Lachlan para um armário de despensa meses atrás.
—Ok, então você não deveria ter me beijado. Bem. —Eu caminho para atrás. —Mas isso não é o fim da conversa.
Ele balança a cabeça. —Não é.
—Então entre.
Eu dou uma apressada excursão que ele perdeu na sua primeira visita.
—Esta é a sala de estar, a cozinha; sente-se no sofá. —Ele faz o que digo quando passa a estante de livros que funciona como um bar.
Eu realmente não tenho bebidas fortes, mas tenho um uísque bourbon que vai fazer um trabalho digno em acalmar qualquer constrangimento. Eu sirvo dois copos, uma quantidade a mais em cada um. Se ele não quiser um, eu vou tomar os dois.
Ele pega e toma a metade imediatamente.
Não sei se isso deveria me fazer sentir melhor, mas faz.
Mas esse alívio desaparece rapidamente quando ele me dá um olhar sério e corta diretamente ao ponto. —Hugh e eu temos uma história.
—Eu sei que vocês trabalharam juntos... —Mas deixo isso para lá, porque estou começando a descobrir que deve ser mais complicado do que isso.
—Você... quer dizer, era como você, Gavin e Ellie?
Lachlan fica pálido sob o bronzeado. Sim, fui direto para a coisa sobre a qual simplesmente não falamos.
Ele teve um trio com o nosso chefe. Tive a infelicidade de ouvir sobre isso quando Gavin e Ellie tiveram uma briga.
Ellie me contou... detalhes. Detalhes desnecessários, porque não tenho qualquer tipo de reivindicação sobre Lachlan, mas o suficiente para saber que não era realmente sobre ele.
—Não, nada assim. —Ele diz calmamente. —Mas acho que devo mais uma explicação sobre esse incidente.
—Você não me deve nada. —Tomo um gole da minha própria bebida.
—Eu só quero esclarecer as coisas entre nós para que possamos avançar.
—Como amigos.
—Como qualquer coisa que ambos quisermos. —Digo com firmeza.
Não descartei a idéia de mais beijos.
Agora que mencionei sobre o trio, que eu também não descartaria, embora isso exigisse que eles se gostassem o suficiente para estar no mesmo quarto para o sexo. Embora exista uma certa química entre eles que seja... espetacular. Apenas altamente explosiva.
—Naquele dia com Gavin e Ellie... foi a única vez. E não foi muito mais do que você viu na casa de Max. —Agora ele está corando.
—Eu vi muito lá. —Murmuro. —Não é que você tenha me deixado fazer muito.
—Aqueles jogadores de hóquei não sabem o que estão fazendo.
—E você sabe? —Aceno a minha mão. —Não, não responda isso. Eu acho que nós estamos indo em uma direção estranha.
Ele me dá um olhar longo e confuso. —Talvez precisemos ir. É só que estou sem prática sobre isso. É fácil sugerir aos outros, ajudar os outros, mas na verdade é muito difícil lidar com algo para mim mesmo.
Ele está compartilhando mais nessas frases do que fez no ano passado. Eu me aproximo, mas ainda não sento-me ao lado dele. Eu ando de um lado para o outro, lentamente, enquanto bebo minha bebida e processo o que ele está me dizendo. Pelo que sei, Lachlan não namora ninguém há algum tempo. Ele pode ter tido relações sexuais aqui ou ali, mas onde eu pensava ver um cara machucado todos esses meses, eu estava realmente vendo um monge por escolha própria.
Por que ele fez essa escolha? —Então... o que é isso entre nós? Algum tipo de coisa estranha que não compreendi ainda?
—Não. Talvez. Eu não sei. Eu sei que olho para você e eu te quero, mas eu tenho essas outras coisas no meu passado que me confunde, seriamente.
—Como o quê?
—Minha história com Hugh.
Isso me atinge como uma tonelada de tijolos. Ele já havia dito isso, mais de uma vez, mas eu mal notei. —Oh!
Ele tem uma história com Hugh. Durante todo o tempo que eu o estive cobiçando. Mas não me sentirei como uma idiota. Não. Não há nada de errado em se sentir atraída por alguém.
Ou por dois. Mesmo que eles realmente se desejem mutuamente.
Eu lambo meus lábios e tento ser legal. —Então você é gay?
Ele solta uma risada estrangulada. —Não!
—Você é... —Eu paro. Não quero brincar aqui, ficar tentando pescar informações que podem não ser da minha conta. —Eu nem pensei que você gostasse de Hugh.
Ele ri.
Não vejo como isso é engraçado. —Você olha e age como se o odiasse.
—Sim. Às vezes eu acho que sim.
Ah. —Então você gosta dele e também não gosta. Isso é positivamente como no ensino médio.
Ele mexe a cabeça de um lado para o outro e ouço um estalo. Ignoro todas as coisas complicadas que permanecem não ditas e abaixo o meu copo, despois, movo-me para a parte de trás do meu sofá para ficar atrás dele.
Coloco minhas mãos sobre os seus ombros e faço um som quando ele protesta. —Deixe-me. Você está... tenso.
Ele ri. —Isso é um eufemismo.
—Humm. Fique a vontade para falar sobre isso se quiser.
Um suspiro é a única resposta que recebo. Tudo bem. Se você quiser, isso é o que eu disse, e é verdade. Puxo seu paletó e passo as mãos sobre os músculos cobertos pela camisa.
Ele finalmente fala baixo e calmo. —Esta não é a forma como imaginei nada disso. Você e eu, quero dizer.
O arrependimento aparece, porque talvez se tivéssemos agido mais cedo, se eu tivesse aberto minha boca e emitido um convite no outono passado, durante o inverno...
Mas não fiz. E talvez fosse por algum motivo.
Além disso, é Lachlan. Não importa o quê, acho que o amo. Eu quero ser sua amiga. Seu rosto é o primeiro que procuro cada manhã e o último que procuro antes de ir para casa à noite.
Eu rolo meu polegar em um nó em um dos músculos do seu pescoço. Ele tem mais do que a maioria dos homens, é difícil nomear a todos. E digo a mim mesma para segurar a minha língua, mas isso é um fracasso total. —Sim. Eu também.
Eu juro que ele rosna baixinho, mas se mantém imóvel enquanto eu trabalho meus dedos em seu pescoço até seus ombros e de volta. Ele puxa a cabeça, esticando o pescoço, e eu deixo as pontas dos dedos deslizarem sobre a trilha da pele acima do colarinho da camisa.
Suave, quente e tenso, sua pele se estende com a flexão do tendão e do músculo. Ele não se move, então eu me permito explorar mais, até a ponta do cabelo curto, desaparecendo um pouco mais no topo.
Preciso, assim como o próprio homem.
Controlado.
Seja qual for a história que compartilham, a chegada de Hugh jogou Lachlan em um círculo infinito. Eu deveria retroceder e deixá-lo resolver isso.
Em vez disso, toco a linha de seu cabelo e me permito imaginar tocá-lo de uma maneira mais íntima.
Explorando mais pele do que alguns centímetros acima de seu colarinho.
Ouvindo aquele grunhido tenso e reservado, porque eu o estou tomando profundamente na minha boca e ele está jogando a cabeça para trás.
A mão de Lachlan fecha em meu pulso e eu congelo.
—Venha aqui. —Ele diz calmamente, me puxando pelo sofá. Seu longo braço não me solta, nem mesmo por um segundo, e meu pulso está louco no momento em que eu me acomodo novamente com ele.
CAPÍTULO 9
LACHLAN
Ela aparece ao meu lado no sofá e suavemente acaricio meu polegar na parte de trás de sua mão enquanto arrumo os meus pensamentos.
Preciso entender isso.
—Hugh veio à minha casa na noite passada. —Finalmente digo. E nossa história tornou-se algo bastante presente novamente. Difícil dizer isso em voz alta.
—Ele disseme que estava planejando encontrar com você neste fim de semana. —Ela diz sem nenhum sinal de irritação ou ciúme, e alguma culpa que eu tenho, desliza. Talvez eles estejam fazendo um melhor trabalho de compartilhar do que eu.
Embora eu não me surpreenderia que Hugh a enganasse um pouco. Inocentemente, com certeza.
—Nós não comemos apenas pizza. —Meu interior se agita enquanto eu me preparo para sua reação à minha quase confissão. Ela merece honestidade, mas não sei quantos detalhes contar. —Eu quero dizer a você sobre o que aconteceu.
Seus olhos se alargam, mas, ao mesmo tempo, os cantos de seus lábios puxam um pouco, e depois muito. Ela se inclina, o sorriso largo e os olhos suaves. —Lachlan, está tudo bem. Eu não preciso dos detalhes.
Eu busco seu rosto. Ela ouviu o que eu disse hoje à noite, e ela não está aturdida. Não vacila. Ela ainda está ao meu lado, inclinando-se. Mesmo que eu ainda sinta que devo a ela uma explicação, eu vou levar ao pé da letra, porque esperei por muito tempo por outro gosto dela.
Voltando-me completamente para ela, eu pego sua bochecha na minha mão e roço os meus lábios sobre os dela.
Ela se abre para mim e eu lambo meu caminho até sua boca. Ela tem o gosto da bebida que ambos tomamos. Agora, isso pode ser o meu novo sabor favorito.
Enquanto deslizo meus dedos através de seu cabelo de seda, aprofundo o beijo... mas não tão profundo quanto quero ir. Ela merece doce e gentil, e eu quero ser o único a dar isso a ela.
Ela retorce o corpo, deslizando a perna sobre a minha até que ela está sobre mim, ela é bem-vinda, seu peso suave no meu colo parece bem.
Sua boca é exigente enquanto ela se esfrega na minha calça jeans. É uma tortura requintada, mas isso não é do meu agrado. Não essa noite. O entusiasmo de Beth é um presente precioso que pretendo recompensar, generosamente, mas a voz maldita em minha cabeça lembra-me que precisamos conversar.
Enrolando meus dedos em seu cabelo, eu a seguro enquanto me afasto dela. —Linda, eu quero você mais do que o meu próprio ar, mas não quero fodê-la levando as coisas tão longe que você acabará arrependida.
Ela pressiona os dedos nos meus lábios e me dá um olhar sem sentido que faz meu pau latejar. —Eu tenho esperado muito tempo por você. Não se segure. Eu quero tudo isso.
Então ela vai ter isso, droga. Empurrando meus dedos sob a bainha de sua camisa, eu a puxo. Libero o fecho dianteiro do sutiã e deslizo pelos braços, expondo os mais gloriosos seios que já vi. Inclino-me para a frente e sugo um mamilo na minha boca enquanto aperto seu outro peito.
Ela retoma sua moagem enloquecedora no meu colo, esfregando-se cada vez mais. Se eu deixá-la continuar por muito mais tempo, vou gozar no meu jeans.
Agarrando-a pelos quadris, mantenho Beth apertada contra o meu corpo e me levanto do sofá. Não me importo em perguntar onde fica o quarto dela, as opções tendem a ser limitadas em apartamentos como este, e estou certo. Acho no primeiro palpite.
Deito-a na cama e imediatamente volto minha atenção para que ela fique completamente nua. Sua calça jeans é um pouco apertada, então é preciso um pequeno esforço para tirá-la pelas pernas. Mas porra, vale a pena.
Ao vivo, Beth nua supera minhas fantasias por sua magnitude, e levo um momento para apreciar a visão.
Eu retiro um preservativo de emergência, recentemente colocado na minha carteira por causa de Beth, e jogo na cama antes de abrir.
Ela sorri para mim, devagar e sensual. Um convite que ela não precisa emitir duas vezes. Segurando seus tornozelos, abro e ajoelho no espaço entre eles.
Ela está molhada e brilhante. Eu acaricio os meus dedos reverentemente sobre seus lábios externos, onde sua pele macia encontra os cachos delicados. Ela estremece quando eu a acaricio, separando suas dobras para que eu possa encontrar mais dessa umidade escorregadia.
—Diga-me o que você gosta. —Digo, minha voz rouca. Não posso esperar para prová-la, mas também não quero me apressar.
—Isso é bom. —Ela respira fundo enquanto aprofundo, reunindo umidade com a ponta do meu dedo e girando no clitóris.
—Oh, você também gosta disso. —Murmuro. Ela responde, tremendo enquanto esfrego de cada lado, encontrando todos os pontos que eu deveria explorar com a minha língua.
—Mais. —Ela suspira, e essa é a minha sugestão. Inclino-me e sigo o mesmo caminho com a minha boca, afastando primeiro, depois, começo mais abaixo, onde ela está molhada e tão deliciosa para mim.
Então, mais alto, onde preciso ser mais gentil, porque seu clitólris está latejando agora, duro e ansioso, mas muito sensível.
De um lado para o outro, faço círculos preguiçosos, até que ela começa a levantar os quadris para encontrar minha língua, minha boca, e então eu a beijo mais fundo. Eu a fodo com a minha língua e sugo seu clitóris na minha boca, mas não deixo que ela tenha o suficiente para se livrar do meu rosto.
Há muito tempo para isso no futuro. Beth pode me montar sempre que quiser. Eu já sou viciado no gosto dela. Mas quero mais hoje a noite. Eu alivio e ela protesta, então mergulho de volta, brincando desta vez.
Adoro a forma como ela se contorce e tenta puxar minha cabeça para baixo quando provoco seu clitóris com a ponta da minha língua. Toda inquieta e desesperada. Eu deveria fazê-la gozar, mas quero ela na borda para quando eu finalmente levá-la.
—Lachlan, por favor. —Ela parece desesperada. Perfeito.
Eu me afasto o suficiente para ver seu rosto, e ela bate a cabeça contra o travesseiro enquanto solta um grunhido frustrado.
—Por favor, o quê? —Pergunto. Eu sei o que ela quer, mas preciso ouvir isso. Tanto para o meu ego, quanto para o meu senso de responsabilidade excessivo que quer o seu consentimento entusiasmado pelo meu pau em sua buceta.
—Por favor, não me faça esperar mais. Leve-me aqui.
Perto o suficiente.
Inclino-me para um gosto final antes de beijar lentamente meu caminho por seu corpo. Tantos lugares sensíveis que a fazem se contorcer e rir, e permaneço em cada ponto recém-descoberto. O vinco onde sua coxa encontra seu corpo, estou fascinado que ela reage apenas de um lado. Tomo sua cintura de ambos os lados.
Quando chego a seus seios, ela se contorce embaixo de mim. Eu circulo um mamilo com minha língua enquanto provoco o outro com um dedo. O quadril balança, e eu agarro e chupo forte enquanto deslizo minha mão para baixo em sua buceta. Eu mergulho um dedo dentro e fora, cobrindo-a com sua excitação.
Pressiono meu dedo em seus lábios. —Veja quanto o seu gosto é bom.
— Ela lambe e suga meu dedo, e meu coração bate forte no meu peito. O olhar em seus olhos quase me parte quando ela engole ansiosamente. Eu quero me enterrar duro e profundamente dentro de seu corpo, sua alma.
Em vez disso, me retiro, tomando um momento para colocar o preservativo e diminuir a velocidade.
Porque esta é Beth. A mulher que desejei desde o primeiro momento que a vi. A mulher que me deixou doido para estar aqui todos os dias durante o ano passado. E esta é a minha chance de mostrar a ela como me sinto.
Abaixando-me sobre ela, me posiciono em sua entrada, então, coloco meu braço debaixo do joelho, aliviando-o, abrindo-a o mais amplamente possível. Nossos olhares se fecham, e os lábios de Beth formam um silencioso O enquanto eu pressiono centímetro por centímetro.
Ela é apertada e macia, quente e acolhedora. Afundar em seu corpo é desorientadoramente bom, mas depois dos primeiros golpes, ganho o controle, preciso esticar seu prazer. Nosso prazer. Eu nunca quero que isso termine.
Em pouco tempo, ela está tentando inclinar os quadris para cima, mas com as pernas espalhadas assim, ela é minha prisioneira perfeita. —Você quer mais? —Pergunto a ela enquanto deslizo no seu calor novamente. —Diga-me o que você precisa?
—Apenas isso. É tão bom. —Ela suspira.
—Mais profundo?
—Sim. Claro. —Ela balança os quadris novamente, um pulso indefeso, porque ela quase não tem amplitude de movimento, e não vou ser apressado.
No meu próximo impulso, flexiono meus quadris, enterrando-me em seu corpo. Quando ela tira tudo de mim, sua respiração se encaixa, e inclino-me gentilmente beijando sua boca.
Ela é quente e apertada, e agora, ela é minha. Custa todo o meu controle para não dizer a ela em voz alta. Minha.
Iclinando-me, deslizo sobre seu ponto G e bombeio meus quadris em um ritmo agradável e tranquilo enquanto seguro seu olhar. E, com pequenos golpes, esfrego-me contra seu clitóris. Eu vejo seus olhos acenderem, e então, ficarem pesados. Eu gosto de ambas as reações, e então, fico nesse vai e vem.
Não podemos desfazer um ano de distância. Não consigo completar trezentos e sessenta e cinco noites de camas vazias. Mas posso fazer esta noite valer a pena a espera.
Eu posso dar-lhe tanto prazer que ela vai estar dolorida em todos os lugares certos.
Quando eu nos movo juntos, ela desiste de tentar encontrar meus golpes, e em vez de balançar a parte inferior do corpo, ela estica os braços sobre a cabeça e se contorce sob mim, roçando seus mamilos contra o meu peito.
Eu a beijo novamente. Eu sei o que você está fazendo, eu acho, mas não digo. Em vez disso, liberto sua perna e pego suas mãos na minha, pressionando-a contra a cama. Seus olhos escurecem enquanto ela puxa contra meu aperto, e seus lábios curvam-se em um sorriso de êxtase.
—Sem pressa. —Eu a provoco enquanto giro meus quadris, aliviando meu pau nela. Ela geme e sacode a cabeça enquanto tenta perseguir os golpes rasos. Suas pernas puxam o meu tronco, me pedindo para ir mais fundo novamente, e quando eu finalmente cedo, ela engasga e pressiona seu rosto no meu antebraço.
Por dentro, ela também se aperta ao meu redor. Cada parte de seu corpo está respondendo a mim, e isso é tão malditamente inebriante.
Que nós estejamos fazendo isso ainda é irreal.
Eu suspiro seu nome para me firmar, e ela vira o rosto novamente, olhando para mim. —Sim. —Ela diz. Simples assim.
Eu digo novamente. —Beth.
—Sim. Lachlan, sim. —Ela arqueia suas costas por baixo de mim, e solto as suas mãos, deixando meus antebraços na cama. Envolvendo-a, mas deixando-a mover-se também. Deixando-a aspirar-me no redemoinho da excitação. Merda de controle. Paciência do caralho.
Meus movimentos ficam selvagens e frenéticos enquanto ela se esfrega contra mim. Suas mãos cobrem meus ombros, meu pescoço, e ela me puxa para baixo, até que estamos juntos.
Eu percebo que estou tremendo enquanto mexo-me dentro dela, meus golpes começando e parando profundamente dentro dela, mais certo do que qualquer outra coisa. Seus dentes roçam nos meus ombros, depois a língua dela segue, uma carícia lenta que faz minhas bolas apertarem com força.
—Faça isso de novo. —Falo com voz rouca, e ela faz, apertando-me dentro dela ao mesmo tempo, e um fluxo de palavrões sai da minha boca. —Preciso que você goze comigo. Porra, eu preciso de você...
—Tão perto. —Ela sussurra, sua respiração quente contra minha pele.
—Mais forte.
Alcanço cegamente sua perna com uma das mãos, voltando para a posição em que começamos, e ela grita. Sim, é isso. Cada golpe arranca outro grito deslumbrante de sua boca, então, mantenho os impulsos de meus quadris. Meu próprio gozo começa a derramar, e não há muito o que posso fazer sobre isso.
Mas mesmo que eu derrame nela antes que ela goze, não vou parar. Vou levá-la lá. Eu vou fodê-la para sempre se ela quiser.
Ela se agarra a mim, sua voz doce e rouca no meu ouvido enquanto eu trabalho nela. —Aí, sim. Ah, Lachlan. Eu vou...
E por sorte abençoada que não mereço, ela goza um pouco antes de mim. Ela se aperta em meus braços, tremendo e apertando enquanto o orgasmo se aproxima dela. Seu rosto se contorce delicadamente, sua boca se separa, seus olhos apertam, e tudo é tão lindo, tão privado e erótico, observando-a desfazer-se, eu me perco.
Eu empurro duramente uma última vez, segurando meu pau profundamente dentro dela. Nenhum gozo foi tão bom. Minhas coxas latejam, meus braços doem, e eu estou coberto com um brilho de suor.
Eu provavelmente deveria sair dela. Quando penso nisso, pressiono meus quadris contra os dela. Meu pau está sensível e amolecido, mas ela ainda parece incrível.
—Eu sou pesado? —Eu finalmente pergunto.
—Humm. —Ela ri levemente. —Sim. Eu gosto disso apesar de tudo.
Com um suspiro, rolo para o lado. Preciso livrar-me do preservativo. —Isso foi... incrível.
Ela faz um som contente. —Já faz um tempo, e não quero que você tenha um ego inchado ou qualquer coisa, mas isso foi bastante excepcional. Não tenho certeza de que já tenha sido tão bom.
—Não há preocupações com o meu ego. Você tem todo o crédito por fazer isso especial. —Eu me estico e ela faz o mesmo, mas fica de bruço. Olho para ela de um lado para o outro, e estendo a mão para tocar seu cabelo lentamente. —E também faz um tempo para mim.
Ela não diz nada, e acaricio meus dedos sobre a linha elegante de seu pescoço e em torno dos músculos delicados de seus ombros. Quando paro no topo da coluna vertebral, ela torçe a cabeça para me olhar. —O que?
—Quero falar sobre o que fiz com Gavin e Ellie.
Ela sorri com tristeza. —Agora?
—Sim. —Talvez não faça sentido, exceto na minha cabeça, e quero tirar isso de vez. —Não foi sobre sexo. É o que eu quero que você saiba. —Ela não se move. Traço meus dedos pela sua coluna. —Não foi assim. Isso é íntimo e especial, nada como o que fiz com eles. O que eu fiz por eles. Aquilo foi estranho. Aquilo foi um serviço.
Ela assente com um pequeno movimento. —OK.
—É só...
Ela se vira e aperta os dedos na minha boca. —Eu disse que tudo bem.
—Não vou fazer novamente. Eles não me pediram, mas eu diria que não, se eles pedissem.
Outro balançar de cabeça, mas desta vez com uma mordida no lábio. —Eu não acho que quero mais explicação. Eu vou superar isso.
É a minha vez de acenar lentamente. Eu não quero transformar isso em algum tipo de confessionário, além de ter certeza de que estamos na mesma página. —Nós vamos encontrar nosso próprio caminho aqui.
Ela se inclina e roça os lábios contra os meus. —Estou descobrindo isso.
— Ela diz, sua respiração doce e quente enquanto me faz sorrir leve e sonolento. —Nada disto foi como eu esperava. Tenho certeza de que tudo o que vem a seguir vai ser estranho e maravilhoso também.
CAPÍTULO 10
HUGH
Beth: Podemos almoçar?
Beth: Hoje?
Beth: Eu poderia apresentá-lo à poutine4 na ESD se você ainda não experimentou...
Quando , tenho três mensagens de Beth, um atrás da outra às cinco da manhã, há apenas uma resposta.
Hugh: Você preferiria tomar o café da manhã? Eu não tenho que estar no plantão até as sete.
Beth: Ok.
Vinte minutos depois, eu a encontro no Elgin Street Diner, que já ouvi falar, mas ainda não experimentei. Ela já está tomando uma xícara de café quando chego.
Ela me dá um sorriso nervoso, inclino-me e dou um beijo na sua bochecha. —Bom dia, linda.
—Bom dia.
—Não conseguiu dormir? —Deslizo pela cabine e pego o menu. Aparentemente, posso ter poutine como café da manhã. Perfeito.
—Na verdade não.
Abaixo o menu e dou a ela toda a minha atenção. —Quer me falar sobre isso?
Ela abre a boca, depois a fecha e balança a cabeça.
Eu lhe dou um sorriso gentil, mas incrédulo. —Então, por que você me escreveu?
—Eu queria almoçar.
—Humm. OK. Por que não dizemos juntos o que estamos pensando? Contagem de três?
—Hugh...
—Três... dois... um. —Olho para ela uniformemente. —Eu dormi...
—...com Lachlan. —Seus olhos arregalam-se. —Espera, quando?
—Noite de sexta-feira.
—Ah. —Ela lambe os lábios. —Ele meio que me falou sobre isso. Não em detalhes, mas...
—Você quer os detalhes? —Eu sou implacável sobre isso, mas foda-se. Segredos entre amantes são fodidos, e ainda quero ser o amante de Beth. Até que eles me digam que são exclusivos, e possa pegar meus modos pervertidos e cair fora, estou dentro com ambos.
Pontos cor-de-rosa florescem em suas bochechas, mas ela não desvia o olhar. —Talvez não aqui.
—Onde você estava planejando levar-me para almoçar? —Arqueio uma sobrancelha. —Nós somos as únicas pessoas aqui neste momento, a garçonete não pode nos ouvir.
Sua mão treme enquanto pega a xícara de café. —Certo.
—Então, isso é um não?
Ela balança a cabeça. —Não. —Seu peito sobe e desce de forma irregular. —Oh, não é assim que eu pensei que isso seria.
—Diga-me o que quer ouvir.
—Eu não quero ser um problema entre você e Lachlan.
Ela não entendeu. —Isso não é uma preocupação. —Cabe a ele dizer a ela como se sente, mas entre a ligação sacana com o meu amigo e seu amor eterno por ela, Beth não é a única pessoa preocupada em estragar tudo. —No mínimo, eu deveria desculpar-me com você.
Seu rubor aprofunda-se. —Eu... não sei se devo admitir isso, mas não tenho problema com vocês brincando.
Minha sobrancelha sobe novamente. —Brincando? Não estamos na escola.
—Certo. Quero dizer... tudo. Qualquer coisa. Eu acho... o que quer que deixe Lachlan feliz. Eu não tenho uma reivindicação sobre ele.
—Você quer?
—Eu...
Meu pulso acelera, e eu sei que estou forçando agora, mas isso é tudo.
—O que você quer dizer, com quer que deixe Lachlan feliz?
Ela dá de ombros. —Eu honestamente não sei. Mas quando penso sobre ele e você, não tenho ciúmes. Você disse que também não é uma pessoa ciumenta, então talvez... por enquanto...
Ela diminui quando a garçonete percebe que não estamos olhando os menus e aproxima-se. Nós pedimos o especial e eu peço café.
Quando estamos sozinhos novamente, inclino-me para trás e apoio o meu braço por toda a parte de trás do meu lado da cabine. Estou prestes a pisar em terreno perigoso, mas é o que eu faço. —Você fica com ciúmes com a idéia dele com outra pessoa?
Ela olha para longe. Sim.
Aguardo até que ela levante o olhar para o meu rosto. —Beth, não confunda estar atraída por nós dois e não ter ciúmes.
Ela franze a testa. —Bem, parece diferente.
—Até perder o entusiasmo de namorar dois homens. —Levanto minhas mãos. —Eu só quero que você entre nessa com os olhos bem abertos.
Eu não quis dizer isso como um teste, mas se eu tivesse, ela teria passado com distinção. Ela nem pisca. —No que?
No que, na verdade. Essa era a pergunta de um milhão de dólares.
—Honestamente? Eu não sei. Mas eu tenho algumas idéias...
CAPÍTULO 11
LACHLAN
EU NÃO POSSO FINGIR que não estava preocupado sobre como o trabalho ficaria após o fim de semana com Hugh, Beth, eu e toda essa merda, mas na segunda-feira, esses medos revelaram-se infundados.
No mínimo, Hugh está mais profissional hoje do que foi nos últimos dois meses. Sem olhares sacanas, nenhum deslize, na maioria das vezes inocentes que eu conheço muitíssimo bem.
No meio da manhã, ele aproxima-se de mim enquanto acompanho o PM com sua equipe para uma viagem pela estrada para Langevin Block5, onde a maior parte do pessoal do escritório trabalha, e sua expressão está fresca e toda negócio.
Talvez eu devesse ter explodido mais cedo.
Beth não usa uma máscara como Hugh, mas ela é completamente profissional, mesmo que seus sorrisos sejam mais quentes e seus olhos me sigam mais do que o habitual.
Eu gosto disso. Muito.
Ao meio dia, tenho outra ligação de conferência do casamento, e quando saio disso, Gavin está de volta, e seu itinerário para a semana mudou. Agora precisamos enviar uma equipe adiantada para Winnipeg, bem como Regina, para a viagem no campo que ele fará na semana que vem. Demora a maior parte da tarde para confirmar os detalhes no escritório de viagens. Voos para os meus oficiais que não viajam no avião do PM, quartos de hotel extra, e um oficial local da Polícia Montada para que organize tudo antes deles chegarem.
Uma vez que tudo isso está pronto, Beth gosta de copiar a confirmação. Ela marca uma cruzinha na lista principal que mantém. Eu poderia enviar por e-mail, mas...
Subo os degraus, dois de cada vez.
Ela está fazendo sua rotina de fim de dia quando chego. Limpando tudo de sua mesa, uma coisa de cada vez. Trancando cuidadosamente qualquer coisa delicada, marcando os papéis que os funcionários possam precisar durante a noite se surgir algo, como a impressão diária da programação de Gavin, uma folha e chamadas de números de telefone importantes, papel timbrado e envelopes nos espaços designados. A pasta vermelha para a equipe do chefe de equipe, azul para comunicações, verde para projetos especiais. Ela reorganiza as canetas que sobraram ao longo do dia, ou que ficaram nos potes errados, então, pega um pano e dá ao computador uma limpeza rápida.
Observá-la fazer algo tão comum não deveria me afetar, mas adoro o cuidado que ela tem em fazer as coisas direito.
Ela finalmente termina o que está fazendo, e sem olhar para mim, diz:
—Vai apenas se esconder?
—Não.
Ela me dá um olhar de lado. —Bom. —Então ela sorri, e isso é tudo.
Meu peito incha. —Tudo está organizado para os preparadores da festa irem a Winnipeg na quinta-feira.
Ela assente com a cabeça. —Bom.
—Eu poderia ter contado isso em um e-mail.
Outro sorriso. —Estou feliz que você não tenha feito.
—Você tem planos para o jantar?
Os olhos dela ficam surpresos. —Não.
—Isso está rápido demais? —Eu me aproximo, de repente, sentindo-me muito grande para o seu espaço refinado. Para ela.
Um movimento lento e suave de sua cabeça. —De modo nenhum. Sinta-se livre para ser tão rápido quanto quiser comigo.
—Eu quero levá-la para jantar. —Hugh conseguiu fazer isso. É justo. Mas mantenho isso para mim.
—Eu quero ir para casa e me trocar primeiro.
—Eu poderia buscá-la às sete? —Penso em onde eu quero levá-la.
— Vista-se casualmente. Jeans ficaria bem.
***
NO ÚLTIMO ANO, passei mais horas de serviço do que a maioria dos supervisores. Eu assumi seriamente meu papel como chefe de segurança de Gavin, e quando ele começou a ver Ellie, esse esforço dobrou porque ela não pediu nenhuma posição extra por namorar com ele.
Mas não quero pensar em trabalho esta noite. Existem bons protocolos no local, e tenho o meu telefone comigo.
E mais importante, Beth vale a pena. Perdi isso de vista, mas agora, vejo claramente, e quero compensar o tempo perdido.
Chego em casa, tomo uma ducha e me arrumo de novo. Depois, visto um jeans e uma camisa de manga comprida. Eu também pego uma jaqueta, mas está bem quente, não vou precisar disso.
Beth está pronta para ir quando chego a sua casa. Ela seguiu meu conselho e colocou calça jeans, um sapato estiloso e um cardigã vermelho.
Ela também tem um batom vermelho brilhante. Isso é novo. E irresistível. Puxo-a junto a mim, e roço meus lábios contra os dela, deslizando minha língua contra a sua boca. Pedindo, não, implorando para entrar.
Ela abre seus lábios para mim com um suspiro feliz e a beijo gostoso, até que ela se derrete em meus braços, e minha cabeça fica zumbindo.
E quando eu a deixo ir, seu batom ainda está intacto. Milagres.
—Pronta para ir? —Pergunto.
Ela pega uma bolsinha que está aberta na mesa da sala. Percebo que ela tem um preservativo lá, e acho que ela inclinou a bolsa para mim de propósito, e o zumbido fica mais alto. Ela verifica o conteúdo e depois a fecha dando-me um grande sorriso. —Sim.
Provocadora.
Levo-a para um pub que eu gosto, que tem um grande pátio virado para o oeste, fechado com portões de ferro forjado, agora com cestas de flores penduradas. O sol está baixo no horizonte, mas ainda quente. Nós nos sentamos de costas para isso, ao lado de uma pequena mesa quadrada. Perto o suficiente para eu pegar sua mão e ver seu rosto enquanto conversamos.
—Este lugar é legal. —Ela diz olhando ao redor.
—Eles têm o meu tipo de comida, e sempre é bom e rápido.
—O que você recomenda?
—As batatas doces são excelentes. O hambúrguer é bom. Todos os dias eles fazem uma sopa diferente, e é muito boa. Tudo é bom na verdade.
Ela olha os especiais escritos no quadro-negro que está pendurado ao ar livre. —Sopa. Sim, eu quero isso.
Pedimos meia cerveja para acompanhar o nosso jantar, e então, eu pego sua mão como queria desde que chegamos. —Então...
Um olhar divertidíssimo aparece em seu rosto. —Sim. Então.
—Este fim de semana foi interessante.
—Você está enlouquecendo? —Ela aperta meus dedos.
—Um pouco. —Mexo-me na minha cadeira e inclino-me para ela. —Mas estou mais interessado em compensar o tempo perdido.
—Eu gosto do som disso. —Ela pressiona os lábios vermelhos perfeitos e sorri como se tivesse um segredo. Tenho certeza de que ela tem muitos, e quero descobrir todos eles. —Mas eu também não quero me precipitar.
—Oh? —Eu não sei como me sinto sobre isso.
—Eu quero explorar o que temos entre nós, não me entenda mal. —Ela se mexe, olha para mim, e seu sorriso aumenta. —Explorar tudo. Mas depois de um ano querendo um ao outro, acho que existe o risco de passar rapidamente para algo sério.
—Você quer manter as coisas casuais. —Eu realmente não sei como me sinto sobre isso.
—Eu quero... —Ela respira fundo. —Casual? Não sei se essa é a palavra certa. Nada sobre esse fim de semana me fez sentir casual. Sentime intensa, louca e maravilhosa. Senti exatamente como era para ser.
—OK. Eu acho que não estou te acompanhando.
Ela hesita um segundo. —Eu tomei café da manhã com Hugh hoje. E eu posso jantar com ele amanhã ou quarta-feira.
Ah! Eu aceno lentamente. —E...
Ela encolhe os ombros delicados. —E se você quiser jantar com ele, também ficaria bem.
Espontâneamente, meu pau flexiona e minhas coxas apertam. Meu jeans fica apertado quando penso sobre o que ela está dizendo. —Você ainda quer namorar outras pessoas.
A pausa é longa, e tudo desaparece em segundo plano. Juro que não respiro novamente até que ela balança a cabeça. —Eu quero namorar Hugh. E você. Ninguém mais.
Exalo rapidamente. —Eu posso lidar com isso.
Eu mais do que posso lidar com isso. Se ela quiser levar as coisas devagar porque está curtindo a companhia de Hugh, tudo bem. Eu seria um hipócrita se não entendesse seu apelo.
Mas eu também posso ser um filho da mãe sacana. Não tão safado quanto meu ex-amante, mas... tenho um jogo. Se é isso que ela está procurando, então comece o jogo.
Hugh é um ótimo cara.
Quente, gentil e leal.
Mas se há uma competição por seu coração, eu não só vou lutar, como vou vencer.
E enquanto isso... se Hugh aparecer com pizza novamente...
Ela assiste minha reação, seu olhar se torna quente. Jesus! Eu não tenho certeza se ela sabe exatamente com o que ela está brincando aqui, mas não tenho dúvidas de que ela está se divertindo.
Nós comemos enquanto o sol se põe, então, ela começou a bocejar. Eu sei que estou sendo egoísta quando a convido para voltar para minha casa, mas eu a quero na minha cama.
Ela balança a cabeça. —Então, você precisará me levar para casa mais tarde. Melhor se você subir por algumas horas quando me deixar.
Algumas horas. Eu quero arrastá-la de volta para o meu apartamento e mantê-la na cama a noite toda. Eu quero dormir enrolado em torno dela, meu pau dentro dela. —OK. Mas não me importo de dirigir para sua casa mais tarde ou de manhã.
Da próxima vez, vou lembrar-me de sugerir que ela traga uma bolsa com roupas do trabalho.
—É só que... comecei cedo hoje. Foi um longo dia. —Ela desliza os dedos pelos meus e puxa-me para perto. —No entanto, eu ficaria feliz se você me aconchegasse.
Eu franzo o cenho. —Por que você levantou cedo? Aconteceu alguma coisa?
Ela me dá um sorriso enigmático. —Nada relacionado ao trabalho.
—Você está bem?
Ela me pressiona. —Mais do que bem.
—Então vamos levá-la para casa. —Eu abaixo minha voz. —E para a cama.
CAPÍTULO 12
BETH
TERÇA-FEIRA eu acordo, felizmente na minha hora habitual, as seis e meia e não as quatro horas da manhã como no dia anterior, e há duas mensagens esperando por mim.
Hugh: Bom dia, linda. Como foi a sua noite?
Lachlan: O jantar foi fantástico. Depois do jantar foi... ainda mais. Devemos fazer isso novamente mais tarde esta semana.
Eu leio as duas umas doze vezes.
Então saio da cama e entro no banheiro. Assim que tomei banho e meus cabelos estão secos, pego o meu telefone no armário e mando uma mensagem de volta para Hugh.
Beth: Jantei com Lachlan ontem à noite. Quer ouvir sobre isso?
Ele me liga imediatamente. —Conte-me tudo.
—Não tudo. —Digo com um sorriso. —Certamente você não quer saber sobre como ele me beijou quando me pegou...
—Cada detalhe sujo. —Ele ri. —Ou o que você estiver confortável. Muitas vezes eu esqueço que outras pessoas têm limites diferentes do meu.
—Eu acho que gosto dos seus limites.
—O que você está fazendo agora?
—Estou me arrumando para o trabalho. E você?
—Já estou no trabalho. Hoje estou na Sussex número 24.
—Dia tranquilo.
—Muito. Estou sozinho na guarita. O que você está vestindo?
—No momento? —Olho para o meu corpo nu. —Nada.
***
DEPOIS DE UM DELICIOSO despertar com preliminares pelo telefone com Hugh, finalmente visto-me. Envio uma mensagem rápida para Lachlan assim que chego ao trabalho. Ele tem muito trabalho a fazer, e decidimos jantar na sexta-feira, talvez mais cedo, se ele conseguir encaixar um compromisso.
Finalmente sento-me a minha mesa enquanto Gavin está envovido em suas instruções diárias com sua equipe sênior. Quando ele começou como primeiro-ministro, eu me assegurei de estar aqui também, mas depois de dois meses trabalhando rotineiramente de doze a quatorze horas por dia, Gavin segurou um pouco. Agora tento estar na minha mesa às sete e quinze da manhã, e estou satisfeita de partir antes da seis da tarde. É mais horas do que já trabalhei no passado, mas não quero perder nada.
De uma pequena forma, faço parte da história. E levo isso a sério.
Mas nem tudo é só trabalho sem diversão. No meio da manhã, estou novamente distraída pelo trabalho. Não por um homem sexy ou outro homem mais sexy, mas por um e-mail de Violet Roberts, a nova esposa do melhor amigo de Gavin.
De: Violet Roberts
Para: Beth Evans
Sasha e eu convencemos Ellie a nos deixar dar-lhe o dia da noiva, então espero que você tenha tempo para nos encontrar para o almoço ou o jantar esta semana, para que eu possa conversar com você, e assim possa nos ajudar a planejar. Será um chá no Chateau Laurier. Primeiro domingo de junho. Posso pedir que você faça uma lista de mulheres do lado de Gavin para convidar?
Vejo rapidamente a minha agenda. Já que Gavin está tentando agendar tudo dentro da semana antes de sair para sua viagem pelo Oeste, sendo assim, o almoço está fora de questão.
De: Beth Evans
Para: Violet Roberts
Que tal jantar hoje à noite ou amanhã? Almoçar será difícil esta semana, mas totalmente aberto na próxima.
Isso soa adorável por sinal. Exatamente a velocidade e estilo dela.
Nós marcamos o jantar para esta noite, porque Violet quer acompanhar tudo. Eficiente e ordenada. Não posso culpá-la por isso.
O resto do meu dia avança, e às seis da tarde, desejo boa noite para os guardas de segurança e deixo o Bloco Central.
Eu não vi Lachlan o dia todo, mas agora, enquanto viajo pelo caminho para o distrito central de negócios, e o escritório de advocacia de Violet a apenas a dois quarteirões de distância, vejo a forma grande e ampla de Lachlan caminhar rapidamente em minha direção.
Eu aceno e paro, esperando por ele.
—Olá. —Ele diz com um sorriso. Ele já abandonou seu terno em algum momento. Ele está com uma calça justa e camisa, mas as mangas estão enroladas, e obotão superior está desabotoado.
Ele parece completamente comestível, e eu estou muito, muito arrependida em ter aceitado os planos para o jantar. —Ei, você.
—Onde você está indo?
—Jantar com Violet. Planejamento do dia da noiva.
—Ah. —Seu sorriso se amplia. —Precisa da minha tiara?
Dou uma risada alta. —Vou pegar emprestada de você, mas devolverei.
—Bom negócio.
Eu aponto para a Rua Spark. —Eu tenho que ir.
Ele aponta para a direção do trabalho. —Sim, eu também. Alguém avisou que está doente, então vou cobrir uma troca durante essa noite.
Decepcionante. Nenhuma chamada de última hora para estar em seus braços a noite, que estou olhando amorosamente. —Boa sorte com isso.
—Tenha um bom jantar. —Ele me dá mais um sorriso, e então, se vai.
Eu esfrego meu peito. Oh. Esse homem me faz sentir muitas coisas.
CAPÍTULO 13
HUGH
ESTOU na programação para trabalhar na rua Sussex número 24 durante toda a semana. Eu não me importo com esses turnos, eles são calmos, e é uma boa chance de conhecer outros oficiais da polícia Montada com quem estou trabalhando.
Mas esta semana, de todas as semanas? Isso significa que não há encontros de almoço com Beth, e nenhuma desavença com Lachlan.
Eu vivo para me desentender com Lachlan, então isso parece terrivelmente injusto e em nível totalmente irracional.
Exceto quarta-feira de manhã, quando vou para o trabalho e o chefe de segurança, o mais importante de nós, está assistindo os vídeos de segurança.
Nós não estamos sozinhos. Há um conselheiro preenchendo um relatório de final de turno na mesa. Então eu não digo nada, mas quando Lachlan gira em sua cadeira e me dá uma olhada, eu reparo.
—Bom dia.
Ele boceja. —De fato.
—Você esteve aqui a noite toda? —Ele também trabalhou ontem.
—Malcolm ligou avisando que estava doente. Estou indo para casa agora que você está aqui. John vai fazer o turno. —Ele esfrega os olhos. —Eu tenho o meu telefone comigo, mas sério, não me ligue sobre nada até que eu durma pelo menos algumas horas, e eu digo nada, a menos que a residência esteja em chamas ou algo assim. Vou voltar esta noite e amanhã à noite.
—Você ainda está indo para o oeste?
Ele acena com a cabeça. —Mesmo que Malcolm ainda esteja doente, temos mais dois oficiais voltando dos feriados no sábado. Isso funcionará.
E num instante, ele pode puxar pessoal da sede da Polícia Montada ou do departamento de polícia de Ottawa.
Já fiz supervisão e agendamento algumas vezes, tanto em destacamentos de pequenas cidades quanto nas grandes. Nunca é fácil, e sempre depende de você preencher as lacunas.
—Nós cobrimos aqui. —Eu me aproximo. Nada que um colega não faria. Eu coloco a mão no ombro e aperto. —Vá para a cama.
Seu músculo vibra sob a minha mão. Ele não se move, mas vira-se e olha para mim, diversão e outra coisa, algo mais tenso, tocando em seu rosto.
—Obrigado, chefe.
Eu rio. Então aperto mais forte. —Ligue-nos se precisar de algo.
***
ELE NÃO CHAMA. Na verdade, eu não esperava que ele ligasse. Eu estive no trabalho o dia todo, seu trabalho também, então ele dificilmente me chamaria e me pediria para lhe levar outra pizza.
Mas ele traz uma pizza para viagem no final do turno do dia, e é o suficiente para eu ficar e compartilhar.
Isso me dá uma ideia.
Assim, na manhã seguinte, quando ele arrasta sua bunda triste para casa, eu estou sentado na sua frente com o café da manhã.
Quinta-feira é o começo de alguns dias de folga para mim. Tenho certeza de que ele só tem algumas horas de folga agora, então não vou ficar muito tempo.
—O que você está fazendo aqui? —Ele para na minha frente, com os olhos arregalados.
Levanto a sacola com comida. —Trouxe alguns sanduíches de ovos. Achei que poderia ajudá-lo a relaxar.
Ele move seu olhar sobre mim. Para a sacola. De volta ao meu rosto. Então estende a mão, não para a sacola, mas para mim. Pego a mão na minha e ele me puxa para junto do seu corpo. —Sim. OK.
Ele passa por mim e desbloqueia a porta da frente. A última vez que estive aqui, ele me apontou a sala de estar e me disse para sentar.
Hoje ele não diz nada. Sigo-o passando pela sala de estar e descendo um estreito corredor central para a cozinha, na parte de trás da casa. É recém-renovada, bonita e limpa. Espartana. Muito parecida com Lachlan.
Ele aponta para a máquina de café no balcão. —Você quer uma xícara?
—Eu trouxe alguns. —Coloco a sacola no balcão e abro. No interior há dois copos para viagem, uma sacola menor com sanduiches e algumas laranjas.
—Ok. —A expressão única é difícil de ler.
—Ei, isso é um problema?
Ele se vira e me olha. —Isso importaria se fosse?
—Bem... —Depende ou não se eu acreditaria nele de verdade se ele dissesse que sim. A definição conservadora de Lachlan de um problema, nem sempre se alinha com a minha. —Eu não quero que você se sinta incomodado.
Ele ri. —Essa é uma baita mentira. Você adora quando estou desconfortável. Não a nada que você goste mais que me fazer corar.
—Isso é diferente. —Sorrio para ele. Ele não está errado.
Ele aproxima-se, direto para cima de mim. Olá! Eu viro, apoiando minhas mãos contra o balcão. Ele inclina-se contra mim e geme. —Precisamos falar sobre como vamos fazer isso. Não gosto de surpresas.
—Eu sei. —Sussurro. —Mas eu sim.
—Isso não pode afetar o trabalho.
—Entendi.
—Eu sei que você entende. Estou apenas repetindo as regras em voz alta para o meu benefício tanto quanto para o seu.
Regras. Adoro regras. Eu adoro quebrá-las também, mas é mais divertido ter uma fodida criatividade dentro dos limites que ele propõe.
Eu passo a minha mão sobre o seu pescoço, meu polegar deslizando para frente, logo acima de sua clavícula.
Ele congela.
Eu bato contra seu peito, dando-lhe uma advertência de um segundo antes de nos girar, então ele é o único que está preso no balcão, e eu sou o responsável pelo beijo.
Porque sim, nós estamos nos beijando.
Já demorou muito.
Dez anos, depois dois meses. Agora já faz uma semana, e preciso dele.
Mantenho-o apertado enquanto ele fica tenso, mas não há nada hesitante sobre a maneira como sua boca se abre para mim.
O quanto a sua língua é ansiosa, ou o gemido que eu engulo.
Isso tem uma pitada de renascimento que me arrepia enquanto eu o beijo, e arrasto minha mão para sentir seu rosto. Droga. Eu quero que ele deixe a barba queimar entre as minhas coxas.
Talvez não hoje. Talvez quando ele voltar.
—Eu quero te beijar. —Digo contra sua boca.
—Você já está. —Seus lábios são suaves agora, e enquanto ele sorri contra mim, eu o sinto deslizar diretamente nisso. Seu pau incha, pressionando em mim.
—Quero dizer, em geral. Em particular, mas não apenas uma única vez. Eu quero você.
—Eu convidei você, não foi? —Ele aproxima-se para colocar a mão na minha bunda, juntando as nossas ereções. Estou vestindo jeans, e ele uma calça de tecido pesado. As camadas grossas de tecido aumentam o esforço, e faz Lachlan trabalhar para o que ele quer, e isso sempre me agradou.
—OK. O que mais?
—Não consigo lembrar. —Ele deixa cair a cabeça no meu ombro. —Porra!
—Sim, eu também quero isso. Mas agora não. Você está cansado.
Ele moe contra mim, fazendo meu pau molhar. —Não tão cansado.
—Humm. —Deslizo minha mão pela parte de trás da cabeça, onde o cabelo é muito curto para agarrar, mas ele pega a ideia. Ele levanta a cabeça o suficiente para que nossas bocas deslizem juntas novamente, e eu começo a esfregar contra ele enquanto nos beijamos, lenta e sacanamente.
Ele espalha suas pernas e me puxa entre elas, até que não haja espaço entre nossos corpos, e estejamos reduzidos à dura e pulsante necessidade de simplesmente deixar isso ganhar vida.
Isso é familiar. Mesmo depois de uma década, lembro-me da forma do corpo de Lachlan contra o meu, a pressão de seu pau e a atração desesperada dentro de mim para me aproximar mais e mais. Suas mãos apertam contra a curva dura da minha bunda enquanto estou moendo contra ele. Para cima e para baixo, meu quadril move-se, leve e totalmente focado na missão de fazer Lachlan gozar. Fazê-lo tremer enquanto suas bolas apertam, enquanto seu orgasmo começa a se arrastar profundamente nele, que quer lutar contra, mas não pode.
Eu mordo o lábio inferior enquanto ele respira e bate os quadris contra o meu. —Merda, caralho, droga!
Deus, eu quero ir nessa com ele, mas não tenho outra roupa aqui. —Tão bom, observar você gozar. —Sussurro, beijando o canto dos seus lábios enquanto ele estremece em meus braços. —Malditamente quente.
—Você não gozou. —Ele tenta e não consegue focar seus olhos vidrados em mim. Menino cansado.
—Eu estou bem. —Eu o beijo novamente. —Você vai me devolver quando voltar do Oeste.
—De joelhos. —Ele sussurra, depois de deixar cair a cabeça no meu ombro e soltar uma respiração fraca. —Eu preciso me trocar. Não vá a lugar algum.
Eu bato em sua bunda enquanto ele sai da cozinha. Ele não vai longe. Parece que seu quarto é do outro lado do corredor. Olho pela porta semifechada, quando ele tira suas roupas e as joga em um cesto, e desaparece ligando o chuveiro.
Eu viro para tomar o café da manhã que eu trouxe, e pego um dos cafés.
Puta merda. Pressionando minha mão no meu pau ainda inchado, eu tento pensar em rotinas de exercício. Não funciona. Eu apenas consigo imaginar Lachlan no meio da nossa ruiva.
A documentação me faz pensar em Beth.
Humm. Beth. Certo. Não preciso esperar até que Lachlan volte para me divertir.
Eu cruzo minhas pernas em cima dos meus tornozelos e tomo um longo e lento gole de café.
CAPÍTULO 14
LACHLAN
TOMO UMA CHUVEIRADA rapida, e me junto a Hugh na cozinha.
Ele me entrega um café.
—Obrigado.
—Meu prazer. —Ele me dá um sorriso sacana enquanto toma um gole de sua própria xícara e sinto minhas bochechas aquecerem.
Então bocejo.
Ele empurra um sanduíche na minha mão e eu gesticulo para a mesa. Nós nos sentamos e comemos, e não conversamos. É perfeito.
Quando termino, sento e vejo ele terminar de comer. Ele me vê olhando para ele, mas não diz nada no início. Tipo: parece à vontade, Sr. Ross. Fiquei viciado no grande e mau Hugh.
Ele silenciosamente recolhe nosso lixo e descarta as embalagens, depois enxagua as canecas de viagem. Eu não me importo que ele as deixe na minha prateleira para secar.
Eu levanto, e bocejo novamente. Não posso fazer isso tão facilmente agora quanto podia quando era mais novo.
Ele aponta para o corredor. —Sua cama é por ali?
—Você não vai lá para se deitar comigo.
—Por que não?
—Porque eu... —Eu lambo meus lábios. Porque me deitei lá com Beth. Porque não preciso dele para cuidar de mim. O que temos é diferente. Ele não vai gostar de nenhuma dessas respostas. Então, em vez disso, puxo ele contra mim e coloco suas mãos no meu tronco nu. —Porque eu vou te ver sair, e te dar um beijo de despedida corretamente. —Sussurro antes de pegar seu lábio inferior.
—Você é um fracote, você sabe disso?
—Sim. Há uma diferença entre ser reticente e ser fraco, e não tenho certeza de que lado estou, mas tudo bem. —Eu o beijo com força na boca.
—Agora saia da minha casa para que eu possa dormir um pouco.
Ele aperta minha bochecha e balança a cabeça, mas sai pela porta da frente. Eu o sigo com o olhar e vejo-o sair de carro.
Da cozinha, ouço meu celular vibrar.
Eu fecho a porta e o encontro. Acabei de receber uma mensagem de Beth.
Beth: Ainda jantaremos juntos amanhã antes de você voar para o oeste? Um passarinho chamado Gavin mencionou que você teve que assumir outra troca noturna na noite passada.
Lachlan: Cavalos selvagens não poderiam me afastar. Onde você quer ir?
Beth: Que tal você vir para minha casa? Posso fazer espaguete.
***
NA NOITE SEGUINTE não vejo ninguém no trabalho às seis horas. Eu preciso estar no aeroporto às nove horas, então tenho três horas, e elas são todas dela.
Paro e pego uma garrafa de vinho e um buquê de flores no caminho.
Ela me explica, depois de me dar um beijo rápido, que cheguei apenas um minuto depois dela em seu apartamento. Ela ainda está com a roupa de trabalho. Ela se desculpa, vai para o seu quarto, e volta alguns minutos depois vestida com uma calça de ioga e uma camiseta que tem uma flor estampada.
—Você parece boa o suficiente para comer. —Mais uma vez, penso comigo mesmo, pegando-a e balançando-a no balcão da cozinha.
Ela ri e inclina-se para mim, seus braços envolvendo meu pescoço. —Você está me confundindo com meu molho de espaguete inesquecível. —Ela sussurra.
Não estou confuso, mas talvez eu opte por Beth como sobremesa. Agora eu me conformo com um beijo, longo e lento, um que nos deixa um pouco ofegantes. Ela é tão receptiva, não consigo ter o suficiente dela.
—Sou um idiota por esperar tanto tempo para fazer isso. —Admito quando a abraço de novo, minha boca ao lado de sua orelha, minhas palavras calmas.
Ela não diz nada, apenas me abraça. Então, me conduz pela cozinha, fazendo-me ajudá-la enquanto prepara um jantar rápido. O molho já está pronto e congelado em porções individuais. Ela tira dois pacotes, então dá um olhar prolongado de cima a baixo do meu corpo, e agarra um terceiro pacote do freezer.
Garota inteligente.
Ela joga os sacos congelados em banho-maria para iniciar o descongelamento, enquanto me coloca para encher uma panela com água. Então ela vasculha sua geladeira. —Precisamos de uma salada?
—Como quiser.
Ela tira uma porção de espinafres. —Posso acrescentar isso ao molho em vez disso?
Eu chego perto dela e pego o espinafre. —Você pode fazer o que quiser.
Ela inclina-se contra o balcão e ergue as sobrancelhas. —Isso é perigoso.
E isso diz que não estamos apenas falando de comida. Não apenas falando sobre foder também.
—Eu sei. —Porra, eu sei. Mas agora está ficando muito fora de controle, e acho difícil me preocupar.
Ela pressiona sua mão contra meu peito e olha para mim, seus olhos preocupados. —Você vai me dizer, certo? Se isso for muito louco?
Não. Não há chance no inferno, que eu fale isso a ela. Não importa como eu esteja agora. —Não é louco. É.... —Penso em Hugh na minha cozinha ontem de manhã. Eu a aperto. —Isso parece certo. Exatamente como estamos fazendo.
Certo, completamente fora de controle... essas duas coisas podem coexistir para mim. Já foi assim antes.
E então tudo fugiu do controle.
Sim, bem, eu estou uma década mais velho e, pelo menos, um pouco mais sábio agora.
E quando ela me dá uma piscadinha, lembro-me que ela é mais que capaz de estabelecer seus próprios limites. —Isso parece certo para você?
Ela assente com a cabeça. —Sim. Agora coloque a massa.
Está bem então.
Eu meço uma porção maior de espaguete para mim e uma menor para ela, verificando antes de colocar o macarrão na água fervente. Ela me dá um golpe no quadril enquanto me cutuca para sair do caminho, para que ela possa adicionar um pouco de sal, e define o temporizador para oito minutos.
Encontro um saca-rolhas e abro o vinho, e enquanto esperamos o molho aquecer e o macarrão cozinhar, nós compartilhamos uma bebida.
Tudo parece deliciosamente doméstico. Já faz séculos desde que fiz isso com uma amante. Amigos, sim. Gavin e Ellie algumas vezes.
—Você quer parmesão no seu? —Ela move-se perto de mim indo até a geladeira. Sua mão permanece no meu quadril, enquanto abre a porta e agarra um pedaço de queijo cuidadosamente embalado em plástico, ainda com o adesivo da loja de queijos. —Eu corri na hora do almoço e peguei.
—Isso parece ótimo.
—Há um ralador lá na gaveta... —Ela aponta com o pedaço de queijo.
—Você pode pegá-lo?
Fizemos uma rápida limpeza, colocamos o jantar no nosso prato, sentamo-nos a mesa, e comemos. Eu falo sobre os turnos durante a noite na Sussex, que se transformaram em uma lição de história, quando alguém conseguiu entrar, e a esposa do primeiro-ministro anterior teve que defender-se com uma escultura.
—Eu acho que ouvi sobre isso. —Beth diz, balançando a cabeça. —Que assustador!
—Provavelmente aconteceu quando você estava na escola.
Ela pisca. —Certo, porque você é muito mais velho que eu.
Os oito anos entre nós não parece muito agora. —Eu era jovem na época. Eu estava... —Penso, tentando descobrir quantos anos eu tinha. —Na universidade, acho.
Isso transforma-se em uma conversa sobre a escola, mas Beth não está muito sociável. Ela foi para a faculdade em Fredericton, perto de onde cresceu, ela compartilha muito, mas, rapidamente, desvia a conversa para nossas respectivas mudanças para Ottawa.
—Então você é totalmente bilíngue? —Eu a ouvi falando francês com facilidade, meu próprio francês é duro e difícil de entender às vezes.
Ela dá de ombros. —Sim, mas... —Eu dou-lhe um olhar não-vem-com-essa-pra-mim, e ela ri. —Sim. Eu sou. —Ela toma um gole de vinho. —Isso foi realmente a minha mãe. Ela matriculou-me na escola desde o início. Em retrospectiva, devo agradecê-la por isso, embora eu não uso como ela gostaria.
—O que ela preferia que você fizesse? —Isso não faz sentido.
Ela acena sua mão com desdém. —Ah. Bem. Minha mãe seria para uma longa conversa. Ela é uma artista e vê o mundo através de uma lente muito especial, totalmente impraticável.
—Entendo.
—E a sua família?
—O oposto total disso. Meu pai era um policial em Guelph, minha mãe é enfermeira. Agora ele está aposentado e treina hóquei, e ela trabalha para evitá-lo. —Ah, meus pais. Eu balanço minha cabeça.
Ela ri. —Sim. Isso é diferente. Você vai para casa, muitas vezes?
—Não. Uma vez por ano. Não temos muito em comum.
Ela curva uma sobrancelha em óbvia descrença. —Ele é um policial e joga hóquei.
Merda, caminhei direto para isso. Eu reviro meu vinho na minha taça.
—Isso não é o suficiente para compensar o fato de seu filho ser bissexual.
Seu rosto cai. —Oh! Ah, Lachlan. Eu sinto muito.
Eu dou de ombros. —Notícia velha. Nós simplesmente não falamos sobre isso.
—Sua mãe...? —Suas sobrancelhas se juntam. —Certamente ela...
Eu balanço minha cabeça. Certamente nada. —Ela prefere não falar sobre isso também.
E não precisamos disso. Não é como se eu fosse uma máquina de namorar. Mas velhas feridas são profundas. Ainda assim, não é nisso que quero pensar agora.
—Isso está delicioso. —Mudo o assunto de uma maneira firme. —É inteligente fazer o molho com antecedência. Eu comeria menos comida delivery se fizesse isso.
—O que você cozinha?
—Eu faço um cozido às vezes. Posso fritar um ovo. Bife e salada.
—Humm. —Seus olhos se acendem. —Faça-me um bife um dia.
—Assim que eu voltar. —Eu falo sobre o meu deck e a nova churrasqueira que eu me dei de presente no saldão de verão no ano passado.
Quando terminamos de comer, ela estica seus braços por cima de sua cabeça e estala seu pescoço. Seus seios saltam sob sua camiseta e meu sangue começa a zumbir. Estou pronto para a sobremesa, definitivamente. Eu adiciono mais vinho a taça. —Vou lavar a louça.
Não lhe dou chance de discutir. Pego os nossos pratos e os enxaguo rapidamente, depois encho a pia de água com sabão. Ela não tem um escorredor, então encontro um guardanapo e seco.
Ela me seguiu, e agora está assistindo da porta de sua pequena cozinha. Eu gosto dela me observando. Gosto de estar no seu espaço e me sentir em casa. Eu levo alugm tempo para guardar os pratos e os talheres, e para achar onde os potes devem ser colocados. Então pego um pano, e começo a limpar os balcões.
Sua mão cai na minha e ela coloca a taça de vinho no balcão. —Pare de me provocar. —Ela sussurra.
—Lavando pratos? —Sorrio enquanto deslizo seu corpo entre mim e o balcão. —Isso conta como preliminares?
—E acho que você sabe disso. —Ela fica na ponta dos dedos dos pés e pego sua boca. Ela tem gosto de vinho e desejo. Não leva muito para que o calor se acumule, para que ela levante a perna e me faça levantá-la.
Eu trouxe um preservativo comigo, mas no jantar decidi não usar. Como Hugh fez por mim, vou fazer por ela, dar-lhe algo para pensar enquanto estou longe.
—Quando eu voltar, teremos uma noite inteira juntos. —Digo a ela, minha voz áspera enquanto sinto as curvas de seu corpo. —A noite toda. Minha casa. Eu cozinho para você, e eu quero que você durma.
Sim. Eu quero tanto que dói. Meu coração bate loucamente dentro de mim pesando nela na minha cama.
—Isso parece incrível. —Sua respiração se atrapalha enquanto esfrego meus polegares sob a cintura por cima de sua calça, e a tiro pelos quadris. Por baixo, ela está usando roupas íntimas rosa, de algodão, e que também saem.
Eu não tiro a camisa dela. Eu gosto da flor. Em vez disso, pego seus seios através do material, esfregando e puxando seus mamilos até que ela esteja se contorcendo contra mim. Então, finalmente alivio o tecido, descobrindo sua carne com a minha boca. Levanto-a e sento-a no balcão. Ela suspira pela frieza do granito debaixo dela.
—Shhh. —Digo antes de beijá-la.
Ela geme enquanto deslizo pelo seu pescoço, depois para seus peitos. Cubro um bico com a boca, depois o outro. Ela é tão macia, seus peitos transbordam em minhas mãos. E ela se contorce enquanto rolo minha língua em sua pele. Nos seios e mais abaixo.
Eu empurro de leve suas costas, fazendo com que ela se incline contra suas mãos, e levanto as pernas para que seus pés descansem na borda do balcão.
Então, ela está bem aberta para mim. Em exibição.
—Eu senti sua falta. —Digo.
—Eu, ou da minha...
—Boceta bonita? Shhh. Estou reagindo a sua perfeição. —Olho para ela antes de voltar para trás, então tenho espaço suficiente para colocar meus antebraços ao lado de seus quadris. Inclino-me, beijando a pele lisa e doce do interior de suas coxas.
Suas pernas abaixam, revelando mais de sua boceta rosa e perfeita, e eu suspiro. Inclino-me, o primeiro gosto é leve, incentivando-a a abrir para mim, mas não tenho autocontrole, e na primeira prova contra a pele lisa, perco um pouco a cabeça.
Ela é a mistura perfeita do doce e do amargo, e prová-la novamente, é como voltar para casa. Como uma droga. Algo para nos agarrar. E há outro elemento para minha necessidade desesperada de consumi-la.
Eu a quero comigo, em mim, enquanto voo para Ottawa.
Ela obedece levantando os quadris. Oferecendo-se para mim. E eu a pego. Perco-me. Enfio dois dedos em sua boceta apertada, e a fodo enquanto ela se contorce debaixo da minha língua, porque de uma maneira ou de outra, eu preciso sentir seu calor em torno de mim.
Suas paredes internas comprimem meus dedos enquanto ela balança, seu clitóris duro e latejando contra minha língua. Eu intensifico esse pico de prazer, e ela explode em um orgasmo que posso sentir em todos os lugares onde ela está me tocando.
Cada estremecimento por mais uma lambida, e continuo até que ela caia, satisfeita e desgastada.
Quando afasto-me, ela alcança meu cinto, mas eu a paro. —Isso foi só para você. —Suas sobrancelhas sobem. —Este é o ponto em que a garota bêbada por sexo imprudentemente, pede em casamento o homem perfeito.
Eu rio. —Isso seria perigoso, porque eu provavelmente aceitaria.
Ela senta e agarra a frente da minha camisa, puxando-me para que ela possa me beijar. Ela lambe meus lábios e entra na minha boca, choramingando enquanto se esfrega na minha pele. —Não seja um mártir. Deixe-me fazer algo por você. —Ela sussurra.
—Eu tenho que ir. Fica para mais tarde.
Ela sorri baixinho. —OK.
—E.... —Eu não vou enviá-la correndo para os braços de Hugh. Mas...
—Não sinta muitas saudades.
Seus olhos afiados olham para o meu rosto. Ainda não foi dito muita coisa, mas agora não é a hora. —Eu não estarei sozinha.
Eu expiro alto e aceno com a cabeça. —Bom.
—Enquanto Lachlan está longe, os ratos sairão da toca... —Ela sussurra.
Ah Jesus. Isso faz com que meu pau se contraia. Como ela sabe o que dizer? —Divirta-se.
—Eu vou.
Chego quinze minutos atrasado ao campo aéreo. Estaciono nos espaços reservados e corro pelo pequeno terminal. Eu chego ao avião do primeiro ministro enquanto o carro dele estaciona, seguido por outro sedan blindado que leva parte da minha equipe de segurança.
Gavin me dá um olhar surpreso enquanto me aproximo. —Atrasado?
—Algo assim. —Eu espero ele subir as escadas do avião, então o sigo. Há quatro de nós que o acompanham nesta viagem. Outros dois estão no grupo que já está em Winnipeg.
Nós tomamos nossos lugares e ficamos confortáveis. Nossa partida está agendada para as horas dez, então, temos cerca de meia hora. —Você sabe, realmente, você está um pouco adiantado.
Ele me dá um olhar tranquilo. —Então você sempre foi pontual e eu simplesmente não reparo?
—Não. —Limpo minha garganta. —Circunstâncias extremas esta noite.
Sua expressão muda de tranquila para cautelosa. —Eu quero saber?
Não tenho certeza. Há uma linha tênue aqui. Mas a última coisa que quero é que ele tenha um problema com isso mais tarde. Melhor antecipar, mas com uma divulgação limitada. —Beth e eu jantamos.
Abaixo de nós, o avião tremula quando uma porta de carga é fechada. Um dos meus oficiais no assento atrás de Gavin começa a assistir a uma reprodução do jogo de eliminatórias de hoje à noite.
O primeiro-ministro apenas olha para mim. Finalmente ele suspira e alcança sua pasta. —Já era hora. —Ele murmura em voz baixa.
E isso é, felizmente, o fim dessa conversa.
CAPÍTULO 15
BETH
EU DORMI durante toda manhã de sábado. Levei horas para finalmente conseguir dormir. Eu virei e me revirei, sorri e desejei, e foi bem depois da meia-noite, e depois que Lachlan me enviou uma mensagem que eles tinham pousado em Winnipeg, que finalmente consegui dormir.
Quando me levanto, lavo a roupa da semana e penso em ir nadar no clube da associação da juventude.
Pensar sobre isso é até onde consigo ir, porque depois do almoço, recebo uma mensagem de Ellie Montague.
Eu nem sabia que Ellie tinha meu número de celular.
Ellie: Oi! É Ellie.
Beth: kkk, o que houve?
Ellie: Eu queria saber se você estaria livre para tomar um café hoje.
Ellie e eu temos um relacionamento estranho. Eu gosto dela, e quero ser amiga dela, mas... ela teve um trio com Lachlan. Num momento em que ele recusava-se a reconhecer a atração entre nós.
Idiota. Lachlan, não Ellie. Isso não era culpa dela. E agora eu entendo que não era sobre sexo para ele, mas amizade e serviço, mas ainda assim ...
Não. Não é saudável ter ressentimento.
Beth: Claro. Estou livre agora e depois. Sem planos.
Ellie: Pode ser às três?
Ela indica uma cafeteria pequena no extremo leste, e confirmo que estarei lá. Quando chego alguns minutos mais cedo, ela já está lá, junto de dois oficiais da Polícia Montada. Felizmente, nenhum deles é Hugh.
Pedimos cafés gelados e sentamos ao lado da janela. Uma vantagem de sair com guarda-costas, eles escolhem os assentos mais privados e, em seguida, guardam para você enquanto você recebe suas bebidas.
Ela chega ao ponto. —Eu quero planejar um chá de bebê para Max e Violet.
Claro que sim. E ela tem razão em querer, mas meu Deus, são muitos “chás” com estas mulheres.
Eu não penso que alguém vai me atirar um, você-está-namorando-dois- cara-de-uma-vez-e–eles-são-super-gostosos, embora isso seja totalmente digno de festa. Não questiono. Minha vida amorosa é.... bem, sacana e portanto, secreta.
Em vez disso, retiro meu celular. —Apenas me diga o que fazer e onde.
Falamos sobre datas logo após o casamento, mas não muito mais tarde, porque não queremos chegar muito perto da data prevista. Ellie quer que seja na Sussex número 24, o que acho que é uma ótima ideia. É onde Max e Violet se casaram, em uma discreta cerimônia privada.
Lista de convidados. —Definitivamente para homens e mulheres. —Digo. —Um chá de bebê geralmente é apenas para a noiva, mas Max está totalmente animado com esse bebê.
A última vez que ele veio ver Gavin, sentou-se na minha mesa, e me mostrou imagens do ultrassom por quinze minutos. Dentro de Violet está crescendo um alienígena super fofo.
—De acordo. E talvez apenas amigos, não precisamos estender a lista muito além disso. O mesmo círculo que eles convidaram para o casamento deles?
Concordo. —O que você quer que seja servido? Apenas um bolo?
Ela bate sua caneta contra os lábios. —Talvez possamos fazer uma coisa tipo café da manhã? Mas mais tarde?
—Oh, eu gosto disso. —Eu lhe dou uma pequena lista de fornecedores que gosto para fazer café da manhã, e fico com a tarefa de mandar fazer o bolo, então, podemos chamar o planejamento de um sucesso, e guardamos nossas notas.
—Então... —Ela gira sua colher em seu café gelado. —Agora que nós cuidamos do chá de bebê... —Ela me dá um olhar positivo e alegre. —Gavin me disse.
Meu cérebro trabalha. O que eu estou perdendo? —Te disse o que?
—Você sabe. —Ela balança no seu assento. —Sobre o jantar.
—O jantar de casamento?
Ela ri. —Não. Seu jantar. Noite passada. Com Lachlan.
Minha boca cai enquanto meu pulso acelera. Oh! O calor cobre meu rosto e dou um gole na minha bebida. Não. Não há chá gelado suficiente no mundo para compensar isso.
Um olhar abatido cai sobre o rosto dela. —Não foi bom?
—Oh, Deus! —Eu disse isso em voz alta? —Ellie, pare. —É isso. Eu oficialmente não estou mais no controle do meu rosto ou boca, e ambos estão geralmente sob o meu controle.
Ela morde o lábio inferior e acena com a cabeça.
Então, espera.
E espera.
Minha mente desliza da emoção para a reação e de volta. Fico confusa. Por que Lachlan diria algo a Gavin? Embaraçada também. Agora haverá pressão. Mas já havia pressão. Eu sei que Gavin acha que Lachlan deveria me pedir para sair. Mas juro que, deixando o trio de lado, Gavin tem ideias estupidamente tradicionais sobre homens e mulheres, namoro e relacionamentos.
Eu não preciso do meu chefe pensando na minha vida amorosa.
Especialmente quando ele só conhece metade disso, e o conjunto é muito complicado para satisfazer as expectativas que ele possa ter para “bom o suficiente para Beth”.
Aperto minhas bochechas enquanto expiro. —OK. Então, aqui está o assunto... —Respiro. Estou exagerando, mas ei, se Ellie quer ser minha amiga, aqui está a chance dela. —Eu queria que Lachlan não tivesse dito a Gavin, para ser sincera. Tivemos alguns encontros, e eles foram incríveis, mas isso apenas aumenta a pressão. —Eu hesito e tomo outro gole do meu café. —E ainda não somos exclusivos.
Isso é um eufemismo. Tivemos uma conversa que, definitivamente, reduziu o alcance de quem mais vamos chamar, a uma lista com um outro nome. O mesmo nome para nós dois, embora eu não sei se Lachlan e Hugh chamariam tudo o que fizeram juntos de namoro.
Os olhos de Ellie iluminam-se. —Bem, isso faz todo o sentido. Eu sinto muito. Eu estava realmente ansiosa por você. Por vocês dois.
—Apenas não pense em um final feliz para nós. Eu adoro Lachlan, mas nós dois temos muita coisa acontecendo precedentes a um relacionamento.
—As famosas últimas palavras. —Ela murmurou enquanto tentava se esconder inocentemente atrás de seu café.
Ah, se ela soubesse o resto da história. Só por cima do meu cadáver.
***
Eu escrevo para Lachlan assim que saio da cafeteria.
Beth: Você disse a Gavin que estamos namorando?
Lachlan: Não usei essa palavra.
Beth: Acabei de tomar café com Ellie. A brincadeira do telefone sem fio, definitivamente converteu isso em sua excitação de que finalmente estamos juntos.
Lachlan: Para ser justo, também estou excitado de que finalmente estamos juntos.
Ele está perdendo o ponto. Estamos “finalmente juntos”? E onde é que isso me deixa? EHugh? Lachlan e Hugh? Hugh em geral, o homem deliciosamente safado?
Beth: Você pode me ligar quando conseguir um momento livre?
Ele liga cinco minutos depois. —Ei.
—Oi.
Ele suspira. —Então você não está feliz. Eu sinto muito.
—Eu pensei que nossa primeira briga poderia ser sobre ciúmes ou algo assim. Não... sobre segredos espalhados.
—Eu sinto muito. Realmente, sinceramente, desculpe. Não pensei que precisássemos manter o jantar em segredo. —Ele parece ferido.
—Quando você voltar, talvez devessemos ter uma conversa mais clara sobre o que compartilhamos e o que não.
Ele faz um som frustrado. —Acho que você não quer compartilhar nada.
Ele não está errado. —Isso é um problema?
—Ottawa é uma cidade pequena. E se alguém nos encontrar juntos?
—E se alguém me ver com Hugh? —O silêncio é a única resposta.
—Devemos dizer ao PM que estou vendo dois de seus seguranças?
Lachlan resmunga em voz baixa. —Eu não pensei nisso.
—Eu sei. E eu não quero ter que mentir para ele. Mas...
—Eu entendo agora. E vou falar com Hugh. Desculpe-se com ele.
Eu reviro meus olhos. —Nós não precisamos fazer um grande negócio com isso. Não acho que ele se importará. Apenas seja mais cuidadoso daqui em diante.
—Tudo bem. —Ele suspira. —Então, agora, provavelmente não é hora de dizer que sinto sua falta, hein?
Eu sorrio. —Qualquer momento é bom para isso. Apenas não diga a ninguém que você sente minha falta.
Mesmo mal-humorada, estou contando os dias até ele retornar.
CAPÍTULO 16
BETH
É segunda-feira após Lachlan ter partido com Gavin para as pradarias, e a manhã continua se arrastando.
Quando Gavin está ausente, tenho tempo para recuperar o atraso nas tarefas menos importantes do escritório, mas essas também tendem a ser as mais aborrecidas.
Hugh entra no escritório, quando estou dando os toques finais em um relatório sobre madeira podre. É uma dessas tarefas que foi perpetuamente pressionada pela lista de prioridades, mas que, de repente, torna-se aflitiva.
Gavin tem uma reunião no mês que vem com Jack Benton, um cara que ele conhece dos tempos de sindicato. Jack é como um lenhador bilionário da vida real. Ele fez seu dinheiro modernizando o negócio de madeira da família, então se diversificou de uma grande maneira. Ele possui uma equipe na Liga Nacional de Hóquei agora, entre outras coisas. Mas ainda parece que ele simplesmente corta uma árvore. Pela barba, e a coleção de camadas de lã xadrez de marca registrada, que ele usa em vez de ternos na maioria das vezes. Aposto que ele ainda mantém uma motosserra na parte de trás de sua caminhonete.
Ótimo. Agora tenho a música de Monty Python nos meus ouvidos.
Eu clico em salvar no meu arquivo, então, olho por cima do meu computador para ver Hugh sorrindo para mim.
—Ei, Beth. Qualquer chance de uma pausa para o café esta manhã?
Para Hugh? Sempre. —Claro, deixe-me providenciar para que alguém me cubra.
Ele aproxima-se da mesa da equipe de segurança, e senta-se no que eu penso como a cadeira de Lachlan enquanto faço a ligação. Quando o estagiário chega alguns minutos depois, estou pronta para ir.
—Está um lindo dia, então pensei que pegaríamos um café na cafeteria e poderíamos caminhar depois. —Hugh diz enquanto caminhamos pelo corredor.
—Parece bom para mim.
Depois de pegar nosso café, saímos pelas portas da frente. As áreas estão um pouco abarrotadas, as pessoas provavelmente procuram obter uma selfie com o primeiro ministro. Eles estão sem sorte. Às vezes acho que deveria haver uma bandeira tremulando quando ele estiver por perto, tipo como a rainha tem em seus palácios para dizer que está em sua residência.
Eu realmente não estou com vontade de lidar com todas essas pessoas.
—Vamos caminhar até o rio. —Sugiro enquanto aponto para a esquerda.
—Boa ideia. —Hugh coloca sua mão na parte inferior das minhas costas e guia-me pela multidão.
Assim que nos instalamos em um banco, silenciosamente eu pergunto como sua manhã está indo. Conversa normal.
Ele não tem nada disso. —Minha manhã está indo bem. Fale comigo sobre a play party6 que você foi.
Meu cérebro leva um segundo para recuperar o atraso. Uau!
—Qual é a da mudança de assunto? —Aparentemente, sua ideia de conversa apropriada para o café da manhã e a minha são bem diferentes.
Hugh apenas sorri.
—O que exatamente você está esperando que eu diga?
—Finja que está contando a um amigo sobre isso. Faça-me sentir como se eu estivesse lá com você.
—Não é como se eu estivesse lhe contando uma história para dormir, eu digo a ele.
Ele não para. —Você não acha que esta é uma boa informação que eu deva ter?
Talvez. —Bem. Vou responder a três perguntas. Então escolha-as com sabedoria. —Digo, e dou-lhe o meu melhor olhar sério.
Ele, por sua vez, me dá uma olhada que posso presumir que se assemelha a olhos de cachorrinho. Isso dá certo, e tenho dificuldade em manter minha cara brava e não rir. Embora ele esteja me divertindo, talvez isso trabalhe a seu favor.
—Apenas três perguntas. Posso trabalhar com isso. Aqui vamos, primeira pergunta. Qual é a coisa mais bizarra que você fez na festa?
Claro, essa seria sua primeira pergunta. Tenho certeza de que ele andou pelo lado selvagem, então a coisa mais bizarra que eu fiz na festa, o que também é meu mais bizarro, vai ser tristemente decepcionante para ele.
—Ser açoitada na cruz de Santo André.
Eu olho para seu rosto por qualquer tipo de reação, mas ele não me dá nada. Nem mesmo uma pista de que eu tenha usado o vocabulário correto. Tenho certeza de que usei.
—Próxima questão. O que você gostou mais de assistir?
Sem acrescentar nada. Eu pensei que ele iria querer saber se eu gostava disso. Ou se estava nua. Mas eu o limitei a três perguntas e, aparentemente, ele vai usá-las para cobrir um enorme terreno.
Fico matutando a minha resposta. Eu falo o que realmente gostei de assistir, ou falo o que mais gostei que seria considerado um pouco mais convencional e, possivelmente mais... socialmente aceitável?
Eu sei que ele não ficaria chocado com o conteúdo da minha verdadeira resposta... mas preocupo-me que isso possa afetar a maneira como ele me vê.
Honestidade irreverente vence. —Então, havia aquele casal. Dois caras, na verdade. E, bem... a maneira como as coisas estavam entre eles era realmente diferente dos outros casais. Era mais intenso, cru... muito quente. —Eu me forcei a manter meu queixo erguido e empurrar meu constrangimento.
Hugh acena lentamente, sem dizer nada.
Seu silêncio contínuo me deixa desconfortável. Ele está me julgando? Lamento concordar em responder a sua curiosidade, e só quero que isso acabe.
—Última pergunta? —Eu tento empurrá-lo.
—Estou pensando. Eu quero que seja boa.
Tomo um gole do meu café e espero.
—Ok, última pergunta. —Ele pausa um momento, então seu olhar se encaixa no meu. —O que foi que Lachlan gostou da festa?
Oh! Provavelmente bem conveniente parar aqui. Uma ampla gama de perguntas, que termina com a nossa obsessão mútua sobre o gigante estoico com um lado silencioso. Meu coração bate mais rápido quando penso naquela noite. —Ele estava totalmente no controle. Ele era o cara do calabouço... misterioso... maior... monitorando. É isso aí. Monitor de Masmorra7. Ele estava no comando, garantindo que todos jogassem com segurança. Ele levou seu trabalho muito a sério também. Lachlan monitorou Brandon, ele é um jogador de hóquei que se ofereceu para me dar uma amostra de como é um açoite, o tempo que ele me teve na Cruz de Santo André.
Os olhos de Hugh se iluminam, e eu decido dar-lhe mais. De repente, eu quero falar muito sobre essa noite, e entendo por que ele perguntou.
—Então, depois que Brandon cuidou de mim, Lachlan o chamou de lado... para dar algumas dicas, talvez? Eu não sei.
Os cantos dos lábios de Hugh puxam um pouco, e eu me pergunto se parece divertido para ele, porque para mim foi quente como o inferno. A intensidade de Lachlan era assim. A parte de Brandon, eu poderia deixar para lá, feliz.
—Depois disso, Lachlan ficou um pouco perto e irradiou uma vibração muito forte. —Ele gastou, totalmente, o resto da noite me bloqueando e, por um lado, isso foi extremamente idiota, porque ele estava me protegendo. Poderíamos estar tendo o sexo mais explosivo da minha vida por todo esse tempo.
Hugh acena com a cabeça... como se soubesse de alguma coisa. —Parece que a maioria se divertiu.
Eu dou de ombros, depois olho para o meu relógio. Há muito que eu quero dizer a ele, sobre como eu estava fascinada naquela noite, mas não excitada, não tanto quanto agora que estou pensando novamente no papel de Lachlan. E como quero que Hugh se abra também.
O quanto estou irritada com a sua abordagem durante essa conversa.
Mas passamos mais de trinta minutos e, enquanto a minha posição me oferece alguma flexibilidade, especialmente quando Gavin está longe, eu sempre tenho o cuidado de não abusar do privilégio. Além disso, é uma boa fuga para o desconforto desta conversa. —Preciso voltar para o escritório.
—Sim, eu também.
A caminhada de volta é rápida. Hugh me acompanha até a minha mesa e permanece durante alguns minutos depois que o estagiário sai.
Eu dou um olhar, e ele sorri. Em algum momento, em breve, teremos que ter uma conversa mais abrangente sobre segredos. Eu odeio eles.
Algo me diz que ele não vai se importar. Tentará me convencer de que são divertidos.
Finalmente, ele se levanta. —Ok, eu vou embora agora. —Movendo-se atrás de mim, ele inclina-se. —Amanhã, eu quero que você venha trabalhar de saia, sem calcinha. —Ele sussurra, sua respiração sobre a minha orelha.
O que? De onde veio essa ordem? Que parte do nosso encontro para um café em estilo de inquisição, levou-o a pensar que eu poderia ser comandada a deixar minha calcinha em casa?
Eu olho para frente e continuo escrevendo como se não o tivesse ouvido. Mas o pensamento de fazer algo tão ilícito porque Hugh me diz, envia um arrepio através da minha coluna, e entre outros lugares. Isso também me assusta. E se eu for atingida por um ônibus e a minha saia subir, e o mundo inteiro descobrir que a assistente do primeiro-ministro não usa calcinha para trabalhar, e todos os detalhes sórdidos acabem em todas os notíciarios?
—Beth?
Eu aceno. —Eu te ouvi.
Ele espera até sair pelos elevadores para rir, mas eu o ouço de qualquer maneira. E começo mentalmente a buscar no meu armário para descobrir o que posso usar.
***
NA PRÓXIMA TARDE, ele aparece na minha mesa dizendo ter vindo verificar o agendamento, mas eu sei que é realmente para verificar se estou de saia e sem roupa íntima e, ao que parece, marcar um jantar.
—Amanhã à noite?
—Sim.
—Sua casa. —Ele olha para a minha saia. —Nós podemos discutir como foi hoje.
Na noite de quarta-feira, ele chega prontamente às sete com o jantar.
Inclinando meu queixo com os dedos, ele toca seus lábios nos meus e eu me abro para ele. Ele só me dá um pequeno sabor de sua língua antes de terminar o beijo.
Ele sempre me deixa querendo mais. Muito mais.
Pego a sacola de comida e o guio pelo caminho até a cozinha.
Ele toma uma taça de vinho que ofereço, e depois me dá um olhar sério. —Então eu não esperava que você jogasse sujo ontem.
—Sobre o que você está falando? —Sorrio para ele. —Eu fiz o que você pediu. Estou surpresa que você não tenha exigido a prova.
—Eu presumi que pedir a você que se pusesse nua no trabalho, cruzaria alguns limites rígidos para você.
Ele não está errado. —Obrigada.
—Embora seja uma boa punição por vestir uma saia do tipo escolar.
Ah! Eu coro. —Bem, estava ventando um pouco ontem...
E sim, escolhi a saia mais longa no meu armário. Mas embaixo, eu estava completamente nua, o dia todo. Para ele. —Então você deveria ter sido mais claro em suas instruções. Você disse saia, eu usava uma saia. Se você tivesse algo mais específico em mente, você deveria ter dito. —Eu não falo para ele que não estou usando roupas íntimas embaixo da minha saia agora. É o meu segredinho.
Espero que ele descubra por conta própria, e ele provavelmente irá, porque a saia de hoje não é de escola.
Ele limpa a garganta e me dá uma olhada. Firme e mandão. —Há uma diferença distinta entre a letra e o espírito da lei. Espero que você siga a ambos.
Eu quero voltar atrás, mas há algo realmente sexy sobre Hugh assumir o controle dessa maneira. —Porque você irá emitir mais ordens como está no futuro?
—Sim.
Eu hesito, então sorrio. —OK. Bom saber.
Ele ri. —Vamos comer.
***
O JANTAR PASSA RAPIDAMENTE, com a conversa leve e fácil, mas há um frisson de antecipação que se esgueira ao nosso redor. Depois, levamos o nosso vinho para a sala de estar e sento-me no sofá. Hugh instala-se bem perto de mim, tão perto, que nossas pernas se tocam quase totalmente.
Ele não toca nada. Ele penetra a ponta dos dedos na parte de trás do meu pescoço e inclina-se, com a voz baixa e totalmente sexy. —Puxe sua saia para cima.
Ainda não tenho certeza de como me sinto sobre receber ordens, mas ele me dá aquele olhar, e tudo o que posso pensar é, em que altura? Esse era o plano afinal. Mostrar a ele o quanto posso ser boa nos pedidos. Quando eu quiser, é claro.
Enrolo minha saia para cima, parando na metade das minhas coxas.
—Mais alto, eu quero ver o que você tem sob ela.
Minha barriga afunda. Ele está prestes a descobrir meu segredo muito mais cedo do que eu pretendia.
Deslizo minha saia até que ela esteja amontoada no topo das minhas coxas, enquadrando os cachos cobrindo meu monte.
Ele acaricia sua outra mão na minha perna nua. —Humm, diga-me... é assim que você se vestiu para o trabalho esta manhã, ou você mudou quando chegou em casa?
Hora da confissão.
—Eu não mudei nada quando cheguei em casa.
Tinha sido um segredo delicioso e perigoso, que segurei no meu peito o dia todo. Não tenho ideia do porque fiz isso.
—Sua saia é muito mais curta hoje do que ontem.
Eu respiro de forma teatral. —Sim.
—Muito corajosa. Abra suas pernas.
Puta merda. O timbre da sua voz, juntamente com esse olhar, me faz esquecer todas as reservas que eu tinha.
Abro as minhas pernas, ele desliza no chão e ajoelha-se entre elas.
Suas mãos deslizam para dentro das minhas coxas, fazendo-me tremer.
Sinto-me tão exposta e vulnerável, mas quando ele lambe os lábios, também sinto-me desejável... e isso ganha totalmente.
Ele inclina-se e dá um longo e lento golpe na minha buceta com a língua.
Certo. Ele pode ser o mandão que ele quiser. Fecho meus olhos e inclino minha cabeça para trás, cedendo às deliciosas sensações. Ele leva o seu tempo, assim como ele faz com o resto. Hugh Evans dá um oral espetacular, e eu nem preciso dizer onde quero que ele permaneça.
Ele está lendo meu corpo como um livro. Não, como um maestro, e eu sou a partitura da música. Não só ele está familiarizado com todas as notas, mas ele está mudando um pouco, tornando a nova e fabulosa música em algo que eu quero experimentar novamente.
E de novo.
Aí, sim. Hugh pode... conduzir... minha boceta sempre que quiser. Minhas mãos fecham-se em punhos contra o sofá enquanto ele lambe meu clitóris mais e mais, provocando em ambos os lados antes do próximo redemoinho de sua língua. Esquerda e direita, esfrega e gira. Então, para baixo e para dentro, me fodendo um pouco, mas ele não é um desses caras que pensa que sua língua substitui um pau.
Não, ele sabe exatamente para que sua língua é boa. Sendo habilidoso e ágil. Batendo levemente e lambendo, sugando e puxando. Ok, é toda a sua boca nessas duas últimas lambidas, e isso também é bom.
Estou balançando os quadris agora, não posso evitar, e seu nome continua derramando dos meus lábios. —Hugh...
Ele rosna com isso e pega no interior da minha coxa. —Malditamente certo. Goza para mim?
—Sim.
—Bom.
Ele envolve seus dedos agora, acariciando meus lábios para cima e para baixo enquanto me lambe de novo, e enquanto minha excitação aumenta, ele se move, deslizando um dedo em mim, depois dois.
Eu monto sua mão até que tenho um clímax longo e quente, e ele me segura lá, naquele pico, puxando meu clitóris até eu implorar que ele pare. E mesmo assim, ele continua beijando minhas coxas até eu parar de tremer.
Ele se arrastou de volta para o sofá e levantou o braço. Eu tenho outros planos, no entanto.
Eu mordo e beijo meu caminho pelo seu corpo, mas ele me para quando eu começo a desabotoar o jeans.
—Nós chegaremos aí em breve, mas isso não está no menu esta noite.
Eu o beijo um pouco e ele me dá aquele olhar novamente.
—Haverá momentos, como esta noite, onde estarei no comando e darei as ordens.
Eu tenho que ser a mulher mais sortuda do planeta, eu não tenho um, mas dois homens ansiosos para me lamber lá embaixo, e ambos não têm expectativa de que eu devolva o favor. Em um certo nível, aprecio seu desinteresse, mas em outro, me sinto um pouco privada. —Eu gosto de fazer isso.
—Fazer isso? — Ele sorri. —Fazer o que?
—Chupar pau. —Digo, as palavras saem baixas, um pouco mais que um sussurro. —Eu quero chupar seu pau, Hugh.
Ele geme. —Venha aqui, linda.
Eu me arrasto pelo seu corpo, porque ele quer dar as ordens e ele me fez gritar seu nome, então, o que quer que seja, está tudo bem.
Ele pega minha mão e toma sua ereção com meus dedos. —Logo vou ter sua boca, seus lábios perfeitos, esticados ao redor do meu pau, como você diz. Eu adoro ouvir isso. —Ele se inclina e me beija. —Mas quero levar as coisas devagar.
Eu faço uma careta. —Por quê?
Ele dá de ombros. —Razões. —Ele aperta minha mão em torno de sua ereção, me mostrando o que ele quer. —Sim, exatamente assim. Nós temos todo o verão para nos sujarmos juntos. Isso está perfeito para esta noite. Bem desse jeito. Ah!
—Deixe-me te dar prazer. —Digo, recostando-me um pouco enquanto esbarro em suas coxas. Deus, nesta posição, seria tão fácil puxar seu pau para fora do jeans e afundar-me sobre ele. Perigoso.
—Da próxima vez.
—Você está me matando. —Mas sorrio para ele. —Você sempre é mandão?
—Nem sempre, mas às vezes eu gosto de ser.
—Você é mandão com Lachlan?
Ele sorri. —Sim.
—Como assim?
—Não. Mais mandão.
Isso é louco. Eu tremo. —Sorte dele.
Seus olhos são redemoinhos líquidos enquanto ele procura meu rosto.
—Você poderia tentar isso em algum momento. Ele seria um jogo para superar.
Eu nem saberia por onde começar.
Hugh lambe os lábios, depois se estica. —Posso mostrar algumas coisas.
—Sim?
—Certo.
—Eu gostaria disso. —Sussurro.
CAPÍTULO 17
HUGH
LEVA toda a minha autocontenção para não chamar Beth até a noite de quinta-feira, e sugerir que trabalhemos com uma caixa de preservativos.
A cada segundo desde que deixei sua casa na quarta-feira, tenho me xingado por não tomar o que obviamente ela estava oferecendo. Quando ela pousou no meu colo, as pernas espalharam-se e queriam acariciar meu pau.
Eu quase gozei em minha calça pelo quanto isso foi sexy.
Mas o fato de Lachlan estar fora da cidade se destaca em minha mente.
Temos um fim de semana prolongado. Vou ver Beth amanhã à noite, antes que ele volte. Então ele terá algum tempo com ela, e espero que eu também.
A única maneira desse triângulo funcionar é se tomarmos nosso tempo.
E nossa Beth também quer aprender sobre nós.
Meu senhor, um mundo de possibilidades se abre.
Antes de poder ir mais longe com tudo isso, preciso encontrar uma maneira de falar com Lachlan sobre nós e ela.
Falar nunca foi nosso forte.
Isso vai ter que mudar.
Enquanto isso, minha mente é livre para se tornar tão molhada quanto quiser.
E se Beth realmente entrar no nosso jogo? Eu adoraria vê-la assumir o controle. A ideia de ela liderar Lachlan e assumir o controle, faz com que eu tire minha calça e pegue meu pau duro enquanto imagino Lachlan de joelhos, nu na nossa frente.
Talvez ela o empurrasse devagar.
Talvez ela queira me ver fodê-lo.
Poderíamos fazer essas coisas ao mesmo tempo.
Eu lubrifico minha mão e fecho-a em um punho na ponta do meu pau, então entro em contato com o aperto, imaginando que estou rompendo o traseiro de Lachlan pela primeira vez em uma década.
Quão bom soaria seu gemido.
Quão apertado ele seria.
Porra! Eu bombeio meus quadris, empurrando minha mão. Imaginando que estou ajoelhado atrás, e Beth está movendo-se ao nosso redor, sussurrando instruções sacanas que ela, provavelmente, nem sabe ainda na vida real.
Beijo negro8.
Dupla penetração.
Afiando.
Deus, eu adoraria vê-la levá-lo até a borda, até que seu pênis babe, gozando. Atirando em todos os lugares e indefeso sob seu controle.
Eu fodo minha mão com mais força.
Fodo Lachlan mais duro. Remexo o seu traseiro e inclino sobre ele enquanto Beth murmura para nós dois gozarmos.
Quando gozo, é duro, rápido e me faz ver estrelas.
Minha mão está coberta de gozo, estou respirando com dificuldade, e tudo o que posso dizer agora, é o quanto eu quero que isso seja real.
Pego o meu celular e envio-lhe uma mensagem.
Hugh: Pensando em você.
CAPÍTULO 18
LACHLAN
Em geral, um vazamento de água não é uma coisa boa.
Não há nenhuma boa razão para me contentar com uma inundação no evento de Gavin da tarde, no centro comunitário, aonde seria realizado.
Há duas razões muito ruins, porém, e seus nomes são Beth e Hugh. Se partirmos para Ottawa mais cedo ou mais tarde, talvez eu possa ver um deles hoje à noite, e essa foi uma longa e solitária semana.
Acabamos de sair do nosso evento do almoço na Universidade de Edmonton, e uma funcionária local está ao meu lado no banco da frente, tentando descobrir em seu telefone qual é o novo plano.
Olho para Gavin no espelho retrovisor. Ele parece cansado, mas não vou usar isso. Não vou sugerir que façamos uma reunião rápida e cumprimentemos de fora do centro comunitário, e depois sairemos do caminho da equipe de reparos.
Não vou... Gavin inclina-se para frente. —Aline, o que você acha de apenas parar no centro comunitário de forma rápida, fazermos uma reunião, cumprimentar-mos, e depois sairmos?
Por dentro, eu faço um punho épico. Do lado de fora, mantenho minha boca fechada e meu rosto passivo.
Ela termina sua mensagem e acena com a cabeça. —Sim. Isso deve estar bem. O estacionamento da igreja ao longo do caminho é bastante grande. Nós não podemos usar seu porão, é muito pequeno, então... sim. OK. Parece que esse é o novo plano. Uma parada de trinta minutos parece bom?
Parece impressionante.
***
ESCREVO para Beth do campo aéreo de Edmonton, mas mantenho isso vago e falo sobre Gavin. Espero que ela possa ler nas entrelinhas, porque ela também recebeu a atualização do horário do funcionário local, então a única razão pela qual estou falando para ela, é porque estou voltando para casa, para ela.
No ar, tento compor um e-mail, mas não sou bom no subterfúgio de um caso de amor secreto. Isso de não-dizer-nada, não pode durar por muito tempo, não vou conseguir.
Quando pousamos, vou direto para casa. Eu a chamo no caminho. Sem resposta. São oito e meia da noite. Talvez ela tenha saído e deixado seu celular em casa.
Eu envio outra mensagem.
Lachlan: De volta à província. Ligue-me quando estiver livre.
Isso é bastante inocente. Saio do carro enquanto disco o número de Hugh.
Ele responde no primeiro toque. —Ei. Vocês chegaram? Ouvi sobre o retorno a algumas horas.
—Sim. Acabei de chegar em casa agora. —Coloco minha chave na tranca e viro. —Você quer vir aqui?
Ele não responde imediatamente. Abro a porta e acendo as luzes. Há algo por trás de uma casa que não se entra em uma semana. —Eu sim, cara, mas...
Porra! Eu sei o que ele vai dizer. Eu termino sua frase por ele. —Você vai ver Beth hoje à noite?
Outra hesitação. —Sim.
Certo. —Desconsidere isso, então. Talvez eu veja você amanhã. —Desligo antes que ele possa dizer qualquer outra coisa.
Minha bolsa desliza do meu ombro e golpeia meu braço enquanto cai no chão. Eu faço uma tentativa indiferente de pegá-la enquanto desliza passando pelos meus dedos, mas eles estão soltos e inúteis.
Porra!
Eu olho para a bolsa no chão.
Talvez ela esteja no chuveiro agora, preparando-se para o encontro. Água escorrendo pelo corpo. Entre seus seios. Bolhas lisas de sabonete, vapor.
Eu consigo pensar sobre isso, mesmo que uma raiva estranha e desconfortável queime sob meu colarinho.
Hugh chegando a sua porta. Dando-lhe um olhar sacana.
Agora estou duro.
Porra!
Eu pego minha bolsa e levo-a pelo corredor, deixando na frente da porta do meu quarto.
Casa vazia e tranquila.
Porra!
Ele a beijaria. Bem na porta, enquanto ela ri em seus braços. Seus lábios suaves. Beijinhos ásperos.
Meu celular vibra no meu bolso.
Foda-se, Hugh!
Esta é a realidade estranha do que estamos fazendo. Está tudo bem. Eu me masturbarei furiosamente no chuveiro para me enganar.
A vibração para, então começa de novo. Desta vez, uma mensagem.
Seria tortura olhar, mas não posso evitar.
Eu retiro meu celular do meu bolso. Uma chamada perdida e uma mensagem, ambas da mesma pessoa.
Beth: Quer vir esta noite?
CAPÍTULO 19
BETH
HUGH CHEGA alguns minutos depois que envio a Lachlan o convite por mensagem.
—Ele não está respondendo seu celular. —Digo quando abro a porta. Minha voz quebra.
—Merda! —Ele me puxa para perto e passa sua mão sobre meus cabelos enquanto enterro meu rosto em seu peito. —Eu não deveria ter dito a ele que eu estava chegando.
Eu balanço minha cabeça. —Sem mentiras. Não podemos fazer isso.
—Nós poderíamos ir até sua casa. Fazer uma intervenção.
Eu rio fracamente. —Sim?
—Certo. Nós mostraremos que ele não pode ter isso nos dois sentidos. Quebre um ovo e diga a ele que é o como cérebro dele quando está com ciúmes.
Minha risada fica mais forte e inclino-me para trás. Ainda estou balançando a cabeça. —Ele não está realmente com ciúmes. Bem, talvez ele esteja, mas essa não é sua principal reação. Isso é.... condicionamento social, talvez. Ou talvez ele apenas tenha tido um dia muito longo e não conseguiu lidar com isso. Não vamos empurrá-lo ainda. Dê-lhe uma noite para dormir e preocupe-se com isso amanhã.
Eu passo meus dedos pelos de Hugh e o puxo para dentro da cozinha.
—Você quer uma taça de vinho?
Ele sorri. —Estou convidado a dormir?
—Ooh, ousado. Eu gosto. —Toco meu queixo, fingindo pensar nisso e pisco para ele. —Talvez.
—Então, sim, por favor.
Esvazio o restante da garrafa que abrimos na quarta-feira em duas taças e lhe entrego uma. —Para o grande e estúpido Policial da Polícia Montada que se esquece que corta dos dois lados.
—Estamos falando de Lachlan, não é? —Ele inclina-se e toca a taça na minha. —Saúde.
Eu tomo um grande gole e abaixo a minha. —Sim. Lachlan. —Rosno baixinho, e Hugh faz uma careta divertida.
Pego minha taça, mas uma batida pesada na porta me interrompe. Eu troco um olhar com Hugh antes de me apressar para atender.
Do outro lado está Lachlan.
Seus olhos estão brilhantes e seus lábios em uma linha firme.
Sem dizer uma palavra, ele entra e toma meu rosto nas mãos, esmagando a boca na minha.
Oh!
Sua língua varre os meus lábios, reivindicando-me de uma maneira implacável e brutal. Que oscéus me ajudem, é totalmente quente.
Eu me abro para ele, flexível, mesmo quando meu coração bate forte no meu peito. Seu beijo preenche um vazio dentro de mim. Eu senti sua falta, tento mostrar a ele.
Eu deveria estar pensando no outro homem no meu apartamento. Sobre os limites e perguntas antes de fazer as coisas.
Mas ele está me tomando com tal... ferocidade. Essa confiança perfeita e exigente. Meu corpo responde sem hesitação, porque quando se trata de Lachlan apostar em mim, é temporada aberta. Sem limites.
E, no entanto, em algum lugar atrás de mim, há Hugh.
Isso é tão complicado, e eu não queria complicações, mas quero isso. Eu quero Lachlan. E quero Hugh.
E, se não estou pedindo demais, quero que ambos estejam bem com isso.
Ele me beija até eu me sentir leve e flutuando, e quando ele finalmente para, ainda segura meu rosto contra o dele, o polegar esfregando minha bochecha enquanto respiramos juntos.
Minha cabeça gira quando ele levanta seu olhar para mim. —Isso. —Ele rosna para Hugh. —Agora estamos quites.
Eu cambaleio de costas contra a parede, abaixando minhas mãos para evitar cair. —Quites? Por quê?
Hugh ri. Pelo menos ele não está ofendido. Eu dou a ele um olhar confuso. —Ele está falando sobre o nosso primeiro beijo, linda.
Nosso primeiro beijo.
Fora do meu apartamento, no andar de baixo. Quando Lachlan assistiu do outro lado da rua...
Eu olho de um lado para o outro entre os dois, e depois meu olhar para em Hugh. —Você sabia que ele estava lá? Enquanto me beijava?
Não sei como me sinto sobre isso.
Hugh dá de ombros. Ele está olhando para Lachlan agora, e um tipo diferente de disputa está acontecendo. —Sim.
Eu olho para ele. Ok, o zumbido pelo beijo de boas-vindas está se desgastando rápido. —Bem, isso foi maldade.
Eu quero que ambos estejam bem com os beijos, mas precisamos discutir isso primeiro. Chega dessa competição brutal, não importa quão deliciosamente quente ela seja.
Hugh parece pensar o contrário. —Não. Ele gostou.
Giro minha cabeça em direção a Lachlan. Um músculo se contrai na sua bochecha.
—Isso é verdade? —Agora o zumbido está voltando. Mais quente e no peito desta vez. Pressiono minha mão e dou outro olhar para ambos. Mas precisamos esclarecer mais uma coisa antes de eu ficar muito animada.
—Espere... eu sou algum tipo de peão aqui?
Lachlan empurra a cabeça para mim, os olhos arregalados e cheios de alarme. —Não!
Eu seguro seu olhar. As peças estão caindo no lugar. —Você gosta de me beijar, então?
Ele me dá um sorriso tenso. —Deus, sim.
—E você gosta de me observar beijar Hugh...? —Ele acena com a cabeça. Ainda tenso.
—E você gosta de beijar ele também...
Desta vez ele congela, mas sim, outro aceno de cabeça.
Eu lambo meus lábios. —Então acho... que nós não estamos ainda.
—O que você quer dizer?
Hugh está atrás dele e fora de foco porque meus olhos estão presos ao rosto de Lachlan, mas tenho quase certeza, não, estou completamente segura, que isso vai ficar bem. —Ainda não vi você beijar Hugh. E eu quero.
—O que?
Policial da Polícia montada grande e burro. Oh, como eu o adoro. Eu me aproximo epressiono-me contra ele. Suas mãos se instalam nos meus quadris, e inclino-me para perto dele, empurrando-o para fora do equilíbrio. Faço dar um passo para trás. Seu aperto em mim aumenta, mas eu o empurro novamente, sorrindo para ele agora.
Empurro-o até que ele se depara com Hugh, que se moveu em seu caminho.
Então fico na ponta dos pés e roço minha boca contra a dele. —Por favor. —Sussurro. —Mostre-me. Deixe-me tão quente quanto você ficou naquela noite. Deixe-me um pouco louca.
—O que você está fazendo? —Ele coloca as mãos no meu cabelo. Contra minha barriga, sinto o quanto ele está gostando agora. Com Hugh pressionado contra suas costas e eu contra sua frente, e eu quero... quero... Meu Deus, eu quero.
Eu quero coisas que eu nem sequer posso nomear.
CAPÍTULO 20
HUGH
ELA É PUTAMENTE INSANA.
Ela também é um gênio glorioso. Ela torceu o comentário de Lachlan até que voltasse para ele, e agora ele está entre nós.
Onde eu o queria por semanas, se for sincero. Mas isso é mais do que poderia me permitir esperar.
E posso sentir o quanto Lachlan está tenso. Todo os seus músculos estãos tensos, pronto para irromper do abraço entre seus amantes.
Mas Beth é persuasiva. E sexy como o inferno. Por cima do ombro, vejo seu rosto. Está tudo lá. O quanto ela quer nos ver juntos. Porra, eu não acho que ela percebe o que está pedindo, mas estou dentro. Vou arrastá-los para a cama e torná-los meus, uma e outra vez.
Só quando acho que não vai funcionar, eu sinto Lachlan se submeter a ela, e isso é uma merda para o meu pau. Seu corpo relaxa, e ele se desloca de um lado para o outro, esfregando-se contra ela. E contra mim também.
Eu fico lá e aceito. Minhas mãos soltas ao meu lado.
Quando os dedos de Lachlan pegam os meus, sua mão direita aproximando-se e encontrando-me cegamente, a princípio, não tenho certeza de que seja deliberado. Ele ainda tem o olhar preso em Beth, mas com seu segundo toque, ele agarra minha mão e me puxa ao redor de seu corpo. Enquanto me movo, não lhe dando um centímetro de espaço, ele aperta minha mão, seus dedos esfregando contra minha ereção. E quando me aproximo de Beth, ele muda as mãos e me puxa diretamente contra suas costas.
Agora ela está no meio, e Lachlan finalmente olha-me de novo.
—Você a ouviu. —Ele diz asperamente. —Você está preparado para um show?
Beth vira-se um pouco para mim, transformando-nos num triângulo apertado de fascínio, voyeurismo e terríveis ideias.
Não muda o fato de que sim, estou louco por isso. Deslizo minha mão esquerda sobre suas costas e minha mão direita sobre os dois bíceps flexionados em seu ombro.
Sua boca está vermelha e inchada por beijá-la. Seus lábios param, molhados, enquanto sua língua varre contra o seu lábio inferior. Será que ele vai ter o gosto de Beth?
Suas mãos fecham na minha camisa, me puxando para dentro, e seus olhos fazem aquela coisa vitrificada e excitante que costumam fazer quando estamos prestes a nos beijar.
Este não é nosso primeiro momento.
É apenas a primeira vez que temos plateia.
Acho que ele acabou de processar esse fato em sua cabeça, porque ele fecha a distância entre nós suavemente e encaixa seus lábios contra os meus, uma pressão dura e familiar sobre sua boca.
Ele me atrai, sugando meu lábio inferior enquanto alinha nossos corpos da maneira que ele gosta. Nós não caímos um contra o outro porque estamos segurando Beth também, mas nossos quadris estão perto, e ele solta a minha camisa para encontrar meu traseiro e curvar seus dedos na minha nádega.
Eu aprofundo o beijo, agarrando e apertando a sua nuca até que ele geme na minha boca. Se estivéssemos sozinhos, estaria empurrando-o de joelhos agora mesmo.
Merda, talvez eu deva fazer isso. Enrolo a minha língua ao redor da dele, torcendo o beijo em uma direção safada. Cheio de promessas sacanas, não tenho certeza de que posso me segurar hoje à noite.
As provocações são tão boas.
E talvez...
Afasto-me e puxo Beth entre nós, dando-a para ele novamente. Ele não hesita, dobrando os joelhos para que possa envolver-se ao redor dela.
Eu os vejo se beijarem, e traço com as minhas mãos círculos preguiçosos em seu quadril. Eu poderia fodê-la assim, enquanto eles se agarram. Eu poderia empurrá-los para baixo no sofá, no chão, e deslizar meu pau por todo o corpo. Dentro dela, dentro dele.
Puxo meus dedos para cima, encontrando a pele nua em sua cintura. Mais alto, apenas um pouco. Sua barriga treme sob meu toque.
Jesus. Eu enfio uma das mão em seu cabelo, e a afasto do beijo do grandão. —Eu sei que ele é gostoso. —Digo calmamente enquanto ela geme.
—Mas tenho que perguntar ... quanto mais você quer?
Ela gira, os olhos fechados, e esfrega descaradamente a bunda contra a protuberância de Lachlan. Minhas mãos pousam em sua caixa torácica e acaricio para cima, provocando a parte inferior de seus seios.
—Beth. Você precisa nos dizer.
—Shhh. —Ela sussurra, ainda não abrindo os olhos. —Apenas me beije.
Não posso resistir a isso. Eu imito como Lachlan a beijou, mãos gentis e ataques de língua, e ela se contorce contra mim até que ele se aproxima e elimina qualquer espaço para ela se deslocar entre nós.
Suas mãos substituem as minha em seu tronco. Eu o sinto agarrando seus peitos, depois puxando o corpo e brincando com a cintura de sua calça.
Porra!
Aperto mais, me encostando contra ela, os dedos de Lachlan agora esfregando nossas barrigas. A dela é macia, a minha é dura. Há duas vezes mais zumbido quando ambos estão me tocando.
Beth geme na minha boca.
—Você sente isso também? —Eu puxo seu lábio inferior. —Sente o que você faz comigo? Vocês dois...
—Eu quero mais. —Ela sussurra.
Na verdade, não é específico. Mas Lachlan parece não se importar. Ele desliza suas mãos para baixo, na frente da calça dela.
Eu poderia queimar só de vê-lo fazer isso.
Precisamos nos sentir mais à vontade. Eu me afasto dela, mas antes que eu possa sugerir o sofá, o chão, a cama ... qualquer coisa, Lachlan tem a mão entre as pernas dela, e estou congelado, assistindo enquanto ela desliza para a bem-aventurança dele.
Ele não a leva até o fim, ele apenas a enrola, e quando ele levanta a mão de novo, está brilhando.
Aproximo-me novamente e pegando seu pulso quando ele vai limpar os dedos.
—Deixe-me. —Rosno.
—Ela é deliciosa. —Ele diz, seu braço rígido. Não Cedendo.
—Eu sei, eu tive um gosto. —Eu sorrio para ele e aperto o seu pulso, lembrando-o o quanto gosto de fazer do meu próprio jeito. Eu lambo seus dedos com a umidade dela, puxando-os para dentro da minha boca mais e mais do que é estritamente necessário para prová-la. Eu aposto que ele está tão duro que dói. Talvez Beth não seja a única que se ajoelhará. —Enquanto você não estava, de fato.
Seus olhos arregalam-se enquanto ela olha para mim. —Hugh.
Ele a ignora. —O que mais vocês fizeram?
Ela me puxa, mas saio do caminho. —Isso foi o suficiente. —Olho para ela. —Isso foi incrível.
Ele inclinaa a cabeça e sussurra algo em sua orelha. Ela escuta enquanto observa-me com excitação clara escrita em seu rosto, então, lentamente sacode a cabeça. —Ainda não.
Necessidade toca o meu interior. Eu sei o que ele perguntou a ela. E não, ainda não.
Ele levanta a cabeça e segura seu olhar no meu rosto. As emoções são como um soco. Ele ficou aliviado por eu não ter fodido ela ainda. Como se pau-na-boceta fosse uma alegação mágica. Eu fodi com a mente dela e a fiz gritar meu nome. Ela é tão minha quanto dele.
Mas seus olhos também são piscinas líquidas de desejo, e eu sei que não é tão simples. Ele é egoísta em relação a ela. Eu não posso culpá-lo por isso, ele se convenceu de que ela estava além dos limites.
Quando ela, e talvez eu, o empurramos para admitir o que ele queria, então, ele realmente quis. Ele está desesperado para reivindicá-la.
E não é como se eu estivesse procurando o mesmo.
Ele pode ser possessivo o quanto quiser. Não mudará o que fizemos. Não. O olhar no rosto de Beth promete muito.
Eu começo a desabotoar a minha camisa. Seus olhos seguem a trilha dos meus dedos. Quando chego ao meu cinto, ela se afasta de Lachlan e se move para me ajudar. Eu não olho para ele. Não preciso. Eu sei que ele estará logo atrás dela.
CAPÍTULO 21
Lachlan
MEU CÉREBRO ESTÁ viajando em um milhão de direções.
Quase estou tendo um "curto circuito cerebral".
As duas pessoas que eu queria mais do que qualquer outra coisa no mundo, em momentos diferentes, por razões diferentes, mas ainda assim... essas duas pessoas, estão se tocando. Para mim. Na minha frente. As mãos de Beth estão em Hugh, e ele a está movendo para o sofá. Ela dá um passo para trás, em torno de uma mesa, e eles compartilham uma risada sobre algo que não consigo ouvir, porque o sangue está batendo loucamente nos meus ouvidos.
Sua camisa está fora agora, e ela se inclina, roçando os lábios sobre seu peito. Talvez em uma de suas tatuagens. Eu poderia dar-lhe um tour por suas tatuagens, o que é velho, o que é novo. Conheço a história por trás da maioria dos desenhos.
Eu sei como é a sua pele. Minha saliva escorre da boca enquanto os sigo, circulando ao redor, então vou atrás de Beth. Conheci o sabor delicado de sua pele também.
Ela olha para mim por cima do ombro, com os olhos cheios de perguntas. Isso está bem? Isso é quente? Você quer se juntar?
Sim, sim, o inferno que sim.
Posso sentir Hugh olhando para mim também. Suas perguntas tão claras como o dia. Onde foi seu ciúme? Quer falar antes de machucá-la?
Nós precisamos conversar. Na minha cabeça, um monte de coisas está surgindo. Coisas como Diretrizes poli amorosas, ou como ter relações abertas saudáveis... E nada disso sai da minha boca.
Em vez disso, quando finalmente separo meus lábios, um apelo gutural desliza. —Beije-a de novo. —Limpo minha garganta. —Eu não... não consegui ver.... da última vez. —Toneladas de necessidade me atravessam. Isso transforma meu sangue em fogo e estica minha calça jeans. Minhas mãos balançam coçando para agarrá-los.
Eu também me agarro. Primeiro meus quadris, plantando minhas mãos lá. Mas enquanto Hugh enfia os dedos no cabelo de Beth e a mantém imóvel para que ele possa pegar sua boca, eu caio no meu lado mais profundo, escuro e pervertido, e aperto meu pau através do meu jeans. Está tão duro que dói, e apenas esse toque é o suficiente para atrapalhar os pensamentos sobre o certo e o errado, e as regras e o bom senso na minha cabeça.
Seu beijo é íntimo e privado, mas não me sinto excluído. Eu me aproximo, mudando de novo para que eu possa assistir. Vejo seus lábios moverem-se de um lado para o outro... flashes de língua e dentes, bochechas tocando e sorrisos inconscientes enquanto vão de um lado para o outro... essa é a coisa mais gostosa que já vi.
—Humm. —Beth geme. Eu me inclino. Não quero perder um único som que ela faz. —Eu preciso...
—Eu sei. —Hugh murmura.
Ele é tão gentil com ela. Não consigo superar a diferença. Onde está o homem que me pega e leva o que quer?
Ele a beija novamente. —Ele está logo atrás de você.
Eu. Ela está falando sobre mim, e ele sabe disso. Isso é embriagante. Ele a vira empurrando-a para dentro dos meus braços.
Nós caímos um contra o outro, nos beijando e nos arranhando com as roupas um do outro, até que nós dois estamos despidos da cintura para cima, como Hugh. Seus peitos transbordam em minhas mãos quando Hugh desengancha seu sutiã, então suas mãos tocam na minha.
Ele a segura por trás, liberando meus dedos para puxar e brincar com seus mamilos, até que seus olhos estejam vidrados e sua cabeça jogada contra o ombro de Hugh.
Nunca compartilhamos uma mulher antes, mas eu sei que vamos esta noite. Todas as partes estão se movendo nessa direção; click, click, click, como uma combinação de fechadura. Insira Beth e os pinos deslizam sem esforço no lugar.
Mergulho minha cabeça, mas sou muito grande, muito alto para adorar seus seios enquanto estou de pé. Mudo minha posição para ficar de joelhos, mas Hugh aperta uma das mãos ao redor do meu bíceps e me para. —Espere. —Ele diz. Ele parece tão afetado quanto eu, mas quando encontro seu olhar, seus olhos estão mais afiados do que o meu sentimento. —Precisamos ter certeza de que estamos todos na mesma página. Este não era o plano para esta noite.
—Os planos mudam. —Eu flexiono meu braço contra o seu aperto. Ele não solta, e isso faz com que meu pau doa. Eu amo sua expressão, e dou-lhe um sorriso lento. —Vamos. Eu sei que entrei aqui como um touro em uma loja de porcelana, mas foi uma longa semana. Eu senti falta de vocês dois.
Entre nós, a respiração de Beth para. Volto minha atenção para ela. Minha.
—Eu senti sua falta mais do que eu esperava. —Digo suavemente, enquanto acaricio as pontas dos dedos em seu peito, ao longo da delicada linha do pescoço até a boca. —E eu queria te ver esta noite. Missão cumprida. Não há mais mal humor.
Os lábios dela se separam e traço a luxúria macia e cor de rosa. Sua língua desliza e lambe meus dedos.
Olho para Hugh, apertado atrás dela, observando todos os nossos movimentos. —Vê? Todos estamos bem.
Ele leva os lábios até a orelha de Beth. —Isso é verdade, linda? Você está bem?
—Eu definitivamente estou bem. —Ela sussurra de volta. O calor passa através de mim enquanto seus olhos escurecem e seus lábios se separam. Deslizo meu polegar sobre sua língua e ela fecha a boca ao redor, sugando suavemente.
Hugh ri silenciosamente. —Então vamos para o quarto.
***
EU CARREGO BETH.
—Ponha-me no chão, eu posso andar.
Hugh ri. —O que você acha de mostrar a Lachlan a boa menina que você pode ser?
Ela bufa, mas para de insistir e eu a solto.
Hugh entra logo atrás de nós quando entramos em seu quarto. —Jesus, é uma cama pequena. —Ele grunhiu, e gostaria de saber que coreografia sacana ele já está imaginando.
—Vai funcionar. —Murmuro. Eu sei bem, porra, mas escorrego porque o pau de Hugh está esfregando em mim. Elese move-se lentamente e levanta uma sobrancelha. —Faz lembrar-me que você teve mais que um gosto de nossa Beth e eu não tive?
Nossa Beth. Eu gosto do som disso. Pisco para ele.
—Só estou dizendo, não deixe a cama atrapalhar seu estilo.
—Oh, eu não vou. —Suas mãos vão para o seu cinto. —Beth, o que você quer fazer conosco?
—Humm... —Ela mexe suas pernas e eu puxo sua calça para baixo. Ela se contorce entre nós, seu rosto rosa. —Quais são as minhas opções?
Um filme sacana, de todas as maneiras que Hugh pode foder, passa através da minha mente. Calor sobe na minha coluna enquanto ele passa seus dentes em seu lábio inferior. Quanto quero que ele diga?
Foda-se.
—Você tem lubrificante? —Pergunto. Eu sei que ela tem uma gaveta cheia de preservativos, mas não lembro-me de qualquer coisa escorregadia lá.
Seus olhos se iluminam. —Sim.
Sinto-me sendo revirado enquanto olho de volta para Hugh. —Então, praticamente qualquer coisa que você possa imaginar.
Eu fui um idiota com ele mais cedo. Ciumento sem motivo, e possessivo com uma mulher que certamente quer ser compartilhada por nós igualmente. Esta é minha maneira de dizer eu sinto muito. Foda-me até a próxima semana.
Ela pega a minha mão e balança nossos braços enquanto me olha mais uma vez, de cima a baixo.
—Você vai... fundo? —Foda, a maneira como o seu rubor escurece enquanto me pergunta, faz eu me lembrar de sua curiosidade na festa de Max. Ela é muito baunilha, mas malditamente aberta a tentar coisas. Agora ela balança a cabeça, confiante em sua avaliação. —Não há como Hugh não ir fundo.
Ele tosse enquanto um inesperado riso agita seu corpo inteiro.
—Normalmente não. Mas nem sempre.
—Oh? —Ela gira, deixando meus dedos deslizarem de sua mão enquanto ela se aproxima dele. —Sério? Isso é... impressionante.
Ele sorri. —Alguma vez você já fodeu um homem, Beth?
Ela faz um adorável barulhinho. —Isso não significa ficar apenas por cima, não é?
Ele balança a cabeça e seus olhos estreitam-se, beijando-a profundamente antes que sussurre contra sua boca. —Não, mas isso é uma linda imagem para colocar na minha cabeça. Você quer montar Lachlan hoje à noite?
Ela acena. —E você também.
—Bom. —Ele beija seu nariz.
—Mas primeiro acho que Lachlan me deve alguma coisa. —Ele olha para mim. —De joelhos.
—Você quer pedir isso, de uma forma educada?
Ele sorri. —Não.
Fodido arrogante. Eu não vou para ele. Ajoelho-me onde estou, ignorando o dolorida picada quando o meu jeans fica ainda mais apertado contra meu pau. Eu apoio minhas mãos nos joelhos, desafiando-o à distância, e dou-lhe um olhar quase desafiante, porque nós sabemos que é uma farsa. Por dentro, eu sou uma poça líquida de desejo.
Ele pega Beth pela mão, trazendo-a com ele enquanto chega entre minhas pernas.
Devolvo seu sorriso enquanto puxo sua espessa e bonita ereção para fora. Ele já está molhado na ponta, e não hesito em lamber a gota de pré-gozo. Seu gosto explode em minha boca, e sugo até a última gota antes de engolir mais de seu pesado comprimento.
Ele não fala. Agora que estamos nisso, reconheço o que é. Ele quer gozar, duro e rápido, de modo que sua cabeça fique clara e ele possa ser o chefe. Eu relaxo minha boca e minha garganta, deixando-o assumir, e ele empurra em mim, usando-me disposto como eu estou. Ele não é áspero. Se segurando um pouco, talvez, embora eu goste desse jeito. Eu posso prová-lo enquanto ele bombeia na minha boca, ficando mais duro e tenso enquanto se aproxima.
Mas Beth tem outros planos. Ela não sabe claramente que Hugh só quer gozar, porque ela fica de joelhos ao meu lado e alcança entre nós, circulando seu pênis com sua mão.
Hugh põe a mão sobre minha cabeça, me acalmando. Eu posso sentir um tremor passar através de seu corpo. Ele estava perto, e parou por ela.
—Posso? —Ela pergunta enquanto eu afasto. Eu viro minha cabeça, e ela está à direita. Meu coração pula em meu peito enquanto ela me dá um sorriso ansioso. —Talvez nós possamos fazer isso em conjunto?
Acima de nós, Hugh grunhe sua aprovação para esse plano. Eu sorrio para ele. —Você gostaria disso, não é?
—Chupem meu pau. —Ele rosna. —Um de vocês, ou os dois. Eu mesmo vou aceitar umas lambidas de gatinho se Beth precisar de algum tempo.
Ela abre e se inclina para frente, lançando seu cabelo para trás enquanto toma alguns bons centímetros em sua boca. Seus lábios ficam apertados em torno dele, e suas pálpebras vão se fechando quando ela suga sua cabeça.
Tão. Malditamente. Linda.
Eu a toco com reverência enquanto ela encontra o ritmo. Eu acaricio sua mandíbula, pescoço, sua coluna. Ela está pronta, mesmo de joelhos. Eu não acho que sou sempre assim gracioso durante o sexo. Eu fico todo distraído pela forma como parece bem, porra e, às vezes, como parece ruim de uma maneira terrivelmente boa. Eu gosto dessa confusão, e de mergulhar de cabeça.
Eu não posso imaginar nada sobre Beth sendo complicado.
Ela se arrepia enquanto tira de sua boca, sua mão ainda o acariciando. Ela olha para mim. —Sua vez.
Ela não move sua mão.
Eu o chupo gananciosamente, direto onde os dedos dela estão, e cada vez que meus lábios roçam sua pele, eu tenho um choque profundo na minha barriga. —Isso é tão quente. —Ela sussurra, inclinando-se mais perto. —Minha vez.
E nós revezamos, Beth chamando cada troca, até os quadris de Hugh estarem empurrando mais. Normalmente... mas isso não é normal. E ele está sendo um puta cavalheiro.
—Ele precisa gozar. —Eu finalmente digo quando ela tenta esfregar a sua ponta contra minha boca. Eu abro meus lábios, mas não a deixo colocá-lo na minha boca novamente. —Deixe ele assumir o controle ou lhe dê uma punheta.
—Eu estou bem aqui. —Hugh murmura, e todos nós dissolvemos em imprudentes e selvagem risadas. Eu agarro suas coxas cobertas pelo jeans.
—Certo. O que você gostaria, chefe?
Ele toca ambos os nossos rostos, olhando para baixo com um olhar perplexo. Muito preciso, realmente. Sua expressão aperta em uma luxúria que eu reconheço. —Eu quero estar dentro de Beth.
Ele a ajuda a levantar, e eu pego o seu cinto. —Posso?
Ela vira para que esteja de frente para mim e acena. Eu a deixo nua, lentamente e com cuidado, e beijo cada parte de seu corpo enquanto a exponho.
—Eu gosto de ver Lachlan de joelhos para você. —Hugh sopra para Beth.
—Eu posso ouvir isso.
Ele ri. —Bom. Dê a ela um gosto do que estou pensando em fazer a seguir.
Eu gemo e pressiono meu rosto na coxa nua de Beth. Ela segura minha cabeça. —Ele vai ficar bem. —Ela diz com um sorriso.
Ele está transformando-a em uma rainha cruel.
Eu amo isso.
Com um tremor, sento nos meus calcanhares. Minhas coxas doem, meu pau está morrendo por algum alívio, mas estou cheio com um prazer intenso também. —Você vai me fazer sentar aqui e assistir?
Hugh anda para trás e retira sua própria roupa, em seguida, leva Beth para a cama. Eles caem juntos no cobertor, e por um segundo, morro um pouco por dentro. Minhas pálpebras pesam e fecham, você não pode fazer-me ver isto mas, em seguida, eles voltam a abrir novamente, porque foda-se, eu quero assistir de qualquer forma.
E Hugh está estendendo as mãos para mim. Venha aqui, seu idiota, seu rosto diz.
Eu tropeço enquanto levanto. Beth me encontra na borda da cama e tenta ajudar-me com o meu jeans, mas eles estão muito apertados, porra. Eu me engasgo quando finalmente liberto meu pau, mas, em seguida, eles estão puxando-me para a cama, Beth em cima de mim, Hugh ao meu lado, e a angustiante necessidade de gozar é esquecida enquanto a felicidade toma conta de novo.
Hugh me beija primeiro, enquanto Beth chupa meu pescoço. Em seguida, é sua boca que estou provando, doce e quente, enquanto Hugh vai caçar preservativos.
—Gaveta errada. —Beth diz a ele, rindo antes de enterrar o rosto em meu peito. Há mais posse e riso e muito toque, e quero morrer de prazer.
—Pronta? —Pergunto a ela. Eu não sei por que nós estamos sussurrando agora, mas parece certo. Como se ao dizer isso alto, pudéssemos despertar.
Eu a acaricio enquanto os dedos ansiosos de Hugh colocam a proteção. Ele captura minha atenção e acena para eu ajudá-la na direção dele, de costas para ele.
—Levantes-se, bonita. —Digo, e ela segue as minhas instruções. Eu ajoelho entre as pernas de Hugh, meu próprio pau latejante na minha frente, e guio ela para o dele. Eu vejo, segurando a minha respiração, quando ela encontra seu equilíbrio, seu corpo se alongando e arqueando no ar. Então ela toma, um centímetro, em seguida, outro. Ele é grande, e ela é deliciosamente confortável, eu sei disso por mim mesmo. Mas sua linda boceta se estende para ele, e enquanto ela geme, ele empurra. Eu sei como isso é bom também, empurrar em seu molhado e apertado calor.
—Deus, você parece tão bem, porra. —Hugh diz, sua voz saindo com esforço, seu corpo enrolado com tensão. —Eu fui um santo por esperar este momento. —Ele bate sua mão levemente em seu quadril. —Cavalgue-me.
Ela pisca seus olhos e olha para mim enquanto flexiona suas pernas, subindo em seu pênis, em seguida, abaixando novamente. Lentamente primeiro. No controle. E, em seguida, mais rápido, enquanto Hugh empurra. Nenhum dos dois sendo passivo, ele está se movendo sob ela, e ela mantém seu equilíbrio, mas enquanto eles fodem, ela começa a perder a compostura, centímetro por centímetro sexy. Seus membros começam a agitar. Sua pele enrubesce, em seguida, endurece, seus mamilos são os mais duros picos que eu já vi.
Eu aperto, incapaz de resistir aos seus seios. Eles estão inchados e pesados em minhas mãos, exuberantes e perfeitos, e gemo quando puxo o primeiro bico em minha boca, em seguida, o outro. Meu pau está pesado entre minhas pernas, a coroa hipersensível assim que toca contra a minha coxa. Eu posso resistir à vontade de me masturbar. Eu vou esperar para o que quer que venha a seguir.
Suas mãos seguram em meus ombros, levemente, em seguida, mais forte quando Hugh começa a bater nela. Eu sugo mais forte, querendo levá-la lá antes que ele faça, embora não seja uma maldita disputa. Estamos fazendo isso em conjunto. Todos os três.
Ela está me segurando contudo agora, os dedos cavam em meu ombro enquanto Hugh a prende no lugar e bate contra ela, puxando o mais sexy gemido de sua perfeita boquinha. —Ah, sim. Ohhh, Deus. Ali. Mais. Mais, mais... sim.
—Toque-se. Mostre a Lachlan como fazê-la gozar. —Hugh grunhe. Eu alcanço entre suas pernas e encontro sua mão rolando sobre seu clitóris. Eu envolvo meus braços em torno dela, segurando-a enquanto ela estremece, quando seus dentes mordem meu ombro e Hugh grita que encontrou seu próprio gozo.
Então ele sai de cima, e caimos de lado. Não posso soltá-la, mas ele está nisso. Ele me traz um preservativo, tirando o seu, e levanta sua coxa em cima da minha e nos guia juntos.
O filho da puta também encontrou lubrificante. Ele me arruma, então Beth geme. —O que... oh, Deus.
—Você está bem? —Pergunto baixinho, e ela reencontra seu olhar com o meu.
—Oh, sim. —Ela me dá um sorriso fraco, e suspira. —Porra, está frio!
Hugh ri. —Você está inchada e Lachlan precisa de alívio.
—Eu posso esperar. —Digo, minha voz quebrando.
—Não. —Ela balança a cabeça, sua respiração quente contra os meus lábios enquanto se desloca contra mim, esfregando sua buceta molhada contra meu pau. —Eu quero você agora.
Hugh silva quando desliza atrás dela. Ele me dá um sorriso diabólico.
—Vê? Ela quer você agora, Lachlan. Leve-a.
Porra. Porra, porra.... Bloqueio meu olhar em Beth e flexiono meus quadris, penetrando-a. Ela está mais apertada do que antes. Inchada. Porra. Eu deveria dar tempo para ela se recuperar.
Mas ela parece tão bem.
E há literalmente um demônio em seu ombro sussurrando que ela deveria apertar-se sobre mim, ordenhar meu pau. Ele é malvado.
Ele é lindo.
Eu xingo baixinho quando encontro um movimento do quadril, que Beth gosta. Seus olhos estão sonhadores quando Hugh a alcança, apertando a mão na minha cintura. Eu também me deixei imaginá-lo dentro dela, enterrado em sua bunda.
Quão bom podemos fazer isso por ela.
Que impressionante seria sentir ele dentro dela, esfregar de um lado para outro através do corpo dela.
Para nos servir dela e deixá-la marcada de todas as formas possíveis.
Minha.
Seus lábios roçam a minha boca, sua língua molhada e curiosa enquanto nós contorcemos juntos, mais apertado, mais alto. Nós nos beijamos novamente, profunda e descaradamente, até nos sentirmos como um. E quando seu orgasmo começa, eu também sinto-o dentro de mim. Ela me puxa para si, me chamando para persegui-la, para cima, para cima...
O orgasmo, quando vem, é uma felicidade cegante. Beth treme em meus braços, ela soa doce e sem fôlego enquanto enfio nela, uma última onda cruel para o clímax.
À medida que caímos novamente, a gravidade e a realidade nos recuperando daquele lugar, Hugh nos pega.
Meu.
E desta vez, quero dizer, ambos.
CAPÍTULO 22
BETH
EU NÃO LEMBRO que adormeci completamente, mas em algum momento acordo, então devo ter dormido. Posso ouvir a água escorrer, e Hugh não está na minha cama. Lachlan, no entanto, está bem atrás de mim, e quando tento ver se ele ainda está dormindo, quase o empurro.
—Opa. —Ele diz com sono, agarrando minha cabeceira com uma das mãos quando o outro braço envolve minha cintura. —Sua cama é muito pequena. Na próxima vez que fizermos isso será na minha casa.
Meu coração salta. —Próxima vez?
—Você não quer nos reunir novamente? —Ele esfrega o nariz contra minha bochecha, me cheirando. Isso é gostoso demais. —Há tantas coisas que ainda não fizemos.
Isso é ainda mais gostoso. Giro um pouco para que eu possa vê-lo melhor. Em algum momento, precisamos ter uma conversa sobre todas essas coisas, sem toques e sem se distrair com o quanto é bom quando nossos corpos deslizam juntos. —Sim, eu quero. Se você quiser?
Ele me dá um sorriso feliz e rola de costas, sua ereção balançando no ar, dura e pronta. Ele envolve seus dedos e se acaricia. —Eu quero.
Hugh entra, com uma toalha em torno de sua estreita e musculosa cintura. Ele deve ter ouvido nossa última troca de plavras, porque ele dá a Lachlan um olhar surpreso. —Olhe para o Sr. Responsabilidade dando um passeio no lado selvagem.
Lachlan larga seu pau o suficiente para dar um olhar a Hugh. —Seu jeito hedonista está preso em mim. Junte-se a nós.
Hugh solta a toalha e fica de pé ao lado da cama. Paus eretos em todos os lugares. Não consigo decidir onde olhar a seguir. —Vocês estavam adormecidos quando fui tomar banho.
Eu movo os dedos para ele, convidando-o a aproximar-se. —Estamos acordados agora. Devemos tirar o máximo de nossos segundos juntos?
Ele fica de joelhos, e pela primeira vez percebo algo muito familiar em seu corpo. Uma bússola embaixo da cintura.
Eu viro minha cabeça e olho para o quadril de Lachlan, depois de volta para Hugh. —Vocês têm a mesma tatuagem.
—Sim.
—Vocês fizeram ao mesmo tempo? —Olho para a versão de Lachlan. Dentro da bússola estão os pinheiros, altos e grosseiros.
Lachlan limpa a garganta. —Sim.
—Elas têm algum significado especial?
Nenhum deles responde, então olho para Hugh.
Ele olha além de mim em direção a Lachlan. —Não. —Ele dá de ombros.
—Apenas algo que fizemos.
Não caio nessa nem por um segundo. Os seus sentimentos um pelo outro são grandes. Talvez maior do que qualquer um deles perceba. Mas fazer tatuagens parecidas? O tatuador não disse: Ei, isso é realmente doce, por quanto tempo vocês dois estão juntos?
Talvez não em Moose Lake.
Eu rolo para o meu lado direito, então estou de frente para Lachlan, e há apenas espaço suficiente para Hugh se encaixar atrás de mim. Eu mudo o assunto porque quero mais sexo, e sentimentos são complicados. —Você o ouviu dizer que na próxima vez faremos isso em sua casa? —Pergunto a Hugh, mas meu olhar permanece preso em Lachlan.
Se a pergunta da tatuagem o incomoda, ele não está demonstrando. Ele está solto e feliz, uma grande montanha de músculos empoleirado na beira da minha cama.
Hugh beija meu pescoço. —Esse é um excelente plano. E um convite muito generoso. Você deve agradecê-lo com sua boca no pau dele.
Lachlan geme enquanto percorro seu corpo, meu cabelo varrendo os cumes de seus abdominais.
Circulo sua ereção com meus dedos e pairo acima dela, lambo meus lábios.
Hugh ruge atrás de mim, seus braços envolvendo meu corpo. Ele segura meus peitos nas mãos e belisca ambos os mamilos, enviando impulsos elétricos para o meu interior. —Você o faz gozar, e eu vou garantir que você o siga.
Combinado. Abaixo minha boca, macia e molhada, e engulo a grossa coroa do pau de Lachlan na minha boca. Ele é tão grande, que tenho que relaxar enquanto aprofundo. Grande o suficiente para me fazer entrar em pânico e me molhar ao mesmo tempo.
Eu me retorço, encontrando a ereção de Hugh com a minha bunda, enquanto acho um bom ritmo com minha boca.
—Você quer nós dois em você, linda? —Hugh passa a ponta dos dedos em torno dos meus mamilos antes de puxar novamente. —Lachlan na sua boca e eu na sua buceta?
—Ela pode estar dolorida. —Lachlan murmura.
Eu balanço minha cabeça e resmungo que estou bem, mas provavelmente parece fraco já que tenho a boca cheia de Lachlan.
Hugh balança contra mim. —Eu posso ser gentil com a nossa Beth.
Não há necessidade. Arqueio minhas costas, praticamente implorando para que ele me leve, e ele não perde o convite óbvio. Ele desaparece por um segundo, depois retorna com o barulho de uma embalagem de preservativo. Sim, obrigado deuses sexuais.
Eu não tenho certeza do que fiz para merecer isso, penso quando fico totalmente de quatro. Quando Lachlan assume o jogo com meus seios e Hugh acaricia meu sexo por trás, certificando-se de que estou pronta para ele. Estou totalmente pronta.
Bem pronta. Ser fodida ao dar um boquete necessita alguma coordenação, afinal. Mas depois dos dois primeiros passos, percebo que Hugh está sendo gentil por outro motivo, para que possamos combinar as velocidades. Ele empurra para dentro de mim enquanto engulo Lachlan profundamente, depois me afasto para poder respirar. Dentro, baixo, fora, de novo. E o tempo todo, Lachlan tem uma das mãos cuidadosa em mim, certificando-se que eu não perca o equilíbrio. Mas não é mecânico. É poético. Como uma dança estranha, onde ambos estão se associando. Estranho, mas natural. Não preciso pensar sobre o trabalho oral. Está acontecendo. O mesmo com o jeito que Hugh está me fodendo. Há muito acontecendo para me preocupar se me sinto bem, se estou me movendo do jeito certo.
Estou apenas me movendo. Ele está me movendo, Lachlan está me movendo, e nós estamos deslizando cada vez mais rápido, girando e girando em direção ao que deveria ser sacana e bagunçado, e talvez seja. Talvez. Mas também é lindo.
Hugh desloca as pernas entre as minhas, empurrando minhas coxas mais abertas e encontra um novo ponto para esfregar. Um ponto mágico que tira minha consciência de qualquer outra coisa, que rouba minha respiração e me faz empurrar contra ele, mais forte e mais forte, porque quero mais desse ponto. Mais do seu pau, ali mesmo, esfregando assim.
—Mais. —Gemo, e percebo que soltei a ereção de Lachlan. Está balançando na minha frente, molhada e dolorosamente dura, mas ele simplesmente desliza sua mão quando lambo meus lábios e o alcanço.
—Está tudo bem. —Ele sussurra.
—Não... —Eu me curvo para frente, porque não está.
Atrás de mim, Hugh me fode mais. —Ela nos quer. —Ele rosna. —Pegue sua boca. Ela está perto, posso sentir sua boceta me apertando.
Lachlan xinga baixinho e fica de joelhos, bem na minha frente. Ele esfrega o pau no meu lábio, e eu inclino minha cabeça para cima, recebendo-o de volta na minha boca.
Hugh aperta meus quadris enquanto retoma esses impulsos profundos que me fazem descarrilar. Lachlan segue com estocadas mais superficiais, mas eu o seguro, querendo tudo. Eu não me importo se engasgar, eu quero tudo até o último centímetro dele.
Quero ambos profundamente dentro de mim. Ao mesmo tempo. Eu quero tê-los, quero tê-los juntos, porque há algo... oh, Deus, algo...
Mas também há algo mais. Um orgasmo fervilhando, construindo rápido e furiosamente dentro de mim.
E não posso controlar, porque me entreguei inteiramente a eles, para ser essa ponte para que possamos todos ter o que queremos juntos. Nós três. Três amantes.
Eu me sinto tensa. Esticada entre dois homens. E agora, meu clímax está ficando forte, alto e furioso, e ainda estou tensa. Hugh está me enchendo ao ponto da dor com cada estocada pesada de seus quadris. Ele está massageando esse lugar lá dentro, que eu decidi chamar de o ponto dos Deuses.
Bem aí penso, e ele pega a dica telepática, porque não perde um segundo. E cada vez que ele bate, eu engulo Lachlan mais fundo, até que ele está batendo no meu ombro em aviso.
Não preciso disso. Engulo rapidamente seu jorro quente, descendo pela minha garganta, então ele sai e me mantém enquanto Hugh me empurra até a borda, fazendo-me gritar seus nomes. E acho que alguns palavrões.
Uma coisa é certa, no entanto, estou sorrindo como uma boba quando caímos em uma pilha na minha cama.
—O ponto G dos Deuses. —Falo baixinho, rindo suavemente.
—O que é isso?
—Uma nova coisa mágica dentro de mim que Hugh descobriu. É como o ponto G com cocaína. Eu presumo. Nunca usei cocaína.
—Soa mais como êxtase do que coca. —Hugh murmura com a cara enfiada no cobertor.
Lachlan ri e me puxa. —Ignore o cara que passou algum tempo infiltrado. O ponto G dos Deuses, hein?
—É mágico. —Digo com um sorriso feliz.
—Você é mágica. —Ele diz calmamente. —E o fim de semana apenas começou.
—Devemos nos levantar em algum momento?
Ele dá de ombros. —Nós devemos simplesmente gozar.
—Então, o sexo sem parar não é ruim?
Ambos começam a rir ao mesmo tempo.
—Eu acho que fiz uma pergunta tola...
Hugh sobe em cima de mim. —Não é tola, linda. Você quer que nós lhe façamos a corte? Levá-la para dançar?
Não sei como isso poderia funcionar.
Lachlan funga atrás de mim. —Vamos nos preocupar com isso assim que esgotarmos a força combinada de três libidos muito saudáveis.
Eu concordo. Esse é um excelente plano. Mas teremos que nos preocupar com isso em algum momento.
CAPÍTULO 23
HUGH
QUANDO FINALMENTE DESATAMOS NOSSOS membros suados no final da tarde de sábado, e Beth dá uma grande dica sobre querer ir à academia, Lachlan e eu pegamos a estrada, mas não ficamos separados por muito tempo. Antes de sairmos, ele lembra que queria fazer um bife, e ela concorda em ir a sua casa para jantar.
A cama maior era um bônus também.
Quatro horas depois, ela aparece. Ele a encontra na porta, depois a leva para a cozinha, onde estou preparando uma salada.
—Quanto tempo sem vê-los. —Ela diz enquanto move-se entre mim e o balcão, me distraindo da tarefa de cortar vegetais. Eu a alimento com um pedaço de pimenta vermelha e ela faz um som delicioso.
Eu beijo seu nariz, e o fungado de Lachlan ressoa do outro lado da cozinha, onde prepara os bifes para a grelha. —O que?
Ele agita suas pinças contra mim. —Você está sendo adorável.
Ele parece estranhamente satisfeito com isso, mas não me impede de provocá-lo. —Você quer que eu seja adorável com você também?
Tudo o que recebo é outro resmungo quando ele sai pela porta dos fundos.
—Você quer vinho? —Pergunto a Beth quando a pego e a coloco no balcão. Ela espalha suas pernas e fico contra ela, e dou-lhe um beijo mais profundo, com fome e nada adorável.
Ela está sem fôlego quando finalmente deixo-a responder. —Certo. Tinto, se ele tiver.
—Nós paramos e pegamos os dois. —Sirvo uma taça, depois termino de fazer a salada grega com as instruções de Lachlan. Ele também deixou azeitonas e queijo feta. Eu aponto para eles. —Como você se sente sobre as azeitonas?
Ela franze o nariz. —Não são as minhas favoritas, mas posso separar.
—Queijo?
—Sim. Tudo isso. Queijo extra. Isso é o que me motiva depois de um treino, a promessa do cremoso, do salgado... —Ela se afasta enquanto suas bochechas ficam vermelhas. —Queijo.
—Aham.
—Você é terrível. —Ela sussurra.
—Definitivamente. É a minha melhor característica.
Ela toma um longo e lento gole de vinho enquanto me olha. —Você tem muitos traços incríveis. Ser safado é apenas um.
É o único que faz as pessoas ficarem por um tempo. —Você quer se sentar lá fora?
Ela faz uma careta delicada antes de assentir. Ela não perdeu a mudança de assunto. —Certo.
Eu a ajudo, depois coloco a tigela na geladeira antes de pegar o vinho e a taça de Lachlan também.
No deck do quintal, entrego ao cozinheiro chefe a sua bebida, e um beijo rápido e duro antes de me instalar em uma das duas cadeiras Muskoka no canto. Beth se enrola no meu colo, e toco seu cabelo enquanto Lachlan pergunta sobre seu treino. Aparentemente, ele está dando a ela dicas de exercícios pesados por um ano.
—Você não a levou à academia no Hill?
Ele me dispara um olhar silencioso, e Beth se contorce no meu colo. Ah, eu nunca pisei lá.
Foda-se, eu não ligo. —O quê?
Ele suspira e pega seu vinho.
Beth beija meu queixo. —Deixe-o em paz. Ele está eriçado.
—Você é muito gentil com ele.
Ela ri baixinho. —Eu prometo que não era antes. Mas agora não importa. —Ela volta sua atenção para Lachlan e eles compartilham um longo e significativo olhar. —Certo?
Ele assente com a cabeça bruscamente. —Certo.
—Estamos vivendo o momento. —Ela diz levemente, tomando um gole de vinho. —Aproveitando um longo fim de semana juntos. Isso é tudo que importa.
Viver o momento é geralmente o meu lema. Aparentemente, tudo o que é preciso para quebrar o clima é um comentário limitado de Lachlan sobre eu ser mole com Beth.
—O que mais você quer aproveitar esta noite? —Corro meus dedos pelo pescoço e em seu couro cabeludo, o que a faz tremer.
Ela bate o dedo indicador contra o doce inchaço do lábio inferior.
—Devemos ver que tipo de brinquedos gentis Lachlan está escondendo em sua casa?
Não vi isso chegando, e tampouco Lachlan. As pinças batem contra a churrasqueira e ambos viramos as cabeças em direção ao homem da casa. Ele não está corando, exatamente, mas está afetado.
—Você tem coisas aqui, não é? —Eu flexiono minhas coxas, de repente, louco para jogar.
Ele limpa a garganta. —Sim. Algumas.
Eu olho para ela. —O que você está pensando?
Ela toma outro gole de seu vinho enquanto nos observa. Seus olhos estão dançando. —O que você gosta de fazer, Hugh?
Eu puxo os fios sedosos de seus cabelos escuros e penso sobre essa pergunta. —Isso muda dependendo de com quem estou. Eu sempre sou dominante. Você conseguiu provar isso. —Lachlan faz um barulho ferido com a grelha e eu aceno minha taça para ele. —Acalme-se. Eu não fiz nada de inapropriado.
Ele se estica em toda a sua impressionante altura e me dá um olhar sério. Eu sei como ele é um bom chefe de masmorra. —Talvez devêssemos falar sobre isso durante o jantar. Deixar os limites realmente claros.
—Os limites estão tão claros. —Digo secamente, e Beth me cutuca no peito. —Tudo bem, tudo bem. —Esfrego meus dedos contra seu couro cabeludo e ela vira a cabeça com o contato. —Levante-se, linda. Vou arrumar a mesa e podemos conversar como adultos.
Ele está certo, é claro. Eu segui a liderança de Beth e mantive a nossa relação baunilha até agora, mas se pretendemos adicionar coisas, devemos saber muito mais uns sobre os outros para que isso funcione.
Três vias de problemas.
As possibilidades são estimulantes.
Enquanto coloco a salada no meio da mesa, vislumbro pela janela Beth inclinada para o lado de Lachlan. Ele beija o topo de sua cabeça. Isso é doce.
Protetor.
Eles parecem bem juntos. Seu braço desliza em volta de sua cintura, puxando-a com força, cabeça erguida, o rosto iluminado enquanto ele a faz rir.
Afasto o desconforto no meu peito. Isto é bom. Isso é melhor do que bom, porque assim que tudo acabar, eles talvez encontrem uma maneira de manter isso, e não importa o quê, eu gostaria disso para eles. Uma felicidade para sempre, nada que queime muito brilhante ou muito quente. Algo estável e quente.
Crescendo.
Beth vem primeiro, carregando a garrafa de vinho e as duas taças. Lachlan segue com os bifes.
Ela acena para a garrafa. —Quem quer uma recarga?
Eu balanço minha cabeça. —Não, se nós vamos jogar.
Lachlan coloca o prato de carne e o entrega para mim, com o sorriso grande. —Agora, quem está sendo o Sr. Responsabilidade?
—Você gosta disso?
Ele bate contra mim, inclinando-se para um beijo. —Sim.
—Excelente. Meu plano de sedução está funcionando.
Quando nos separamos, os olhos de Beth estão arregalados, e ela está se contorcendo. Eu a observo. —E acho que você gostou disso, não foi?
—Sim. —Ela respira antes de cobrir sua boca com a minha.
É uma hipérbole total que agora eu tenho o gosto dele, mas parece que, a cada beijo que compartilhamos, fica mais complicado e com mais camadas enquanto fazemos essa dança ao redor do triângulo que estamos jogando. A maneira como ela me beija depois que eu o beijo é.... mais faminta. Safada.
Eu seguro sua bochecha e a puxo contra mim por um momento quando paramos. —OK. Hora de comer. —Ela solta a respiração, e desliza por mim em uma cadeira que Lachlan está segurando para ela.
O bife está no ponto perfeito, eu comento.
Lachlan sorri. —Lembra-se daquele cara no Lago Moose... qual era o nome dele, John? Tom? Aquele que continuou insistindo que precisávamos fazer uma grande noite de bifes?
—Aquele que sempre se esquivava da noite de pôquer, porque não queria pagar mais de vinte dólares.
—Sim. —Ele se volta para Beth. —Esse cara falava de sua nova churrasqueira como se fosse um carro importado. Então, todos compramos bifes e cerveja e fomos a sua casa uma noite. E o idiota transformou os pedaços em carvão.
Ela gemeu. —Que desperdício.
Eu concordo. —Sim. E os salários dos conselheiros. E isso não foi nem a pior parte.
Lachlan abaixa seu garfo e bate sua mão contra a perna, uivando. —Isso mesmo!
Eu faço uma careta. —O filho da puta tirou uma garrafa de ketchup e tentou fingir que ficaria melhor.
Beth ri. —Oh Deus. Não brinca... —Ela pressiona seus lábios por um segundo. —Eu não deveria dizer nada. Isso seria mal.
—Mal? —Eu abaixo os braços. —Pode mandar.
Ela segura um dedo. —Você tem que jurar segredo.
—Definitivamente.
—Quando Gavin esteve em Washington no mês passado... O Presidente Best fez o mesmo. Um bem passado, mergulhado em ketchup. Um filé mignon.
—Não. —Estou horrorizado.
Lachlan tosse. —Sem comentários.
Beth revira os olhos. —Nós vamos falar sobre pinças de mamilo em seguida, mas não podemos mexer com os líderes mundiais? O chanceler alemão é exigente com sua torrada.
—Torrada não é a medida de um homem. Ou uma mulher. —Ele acrescenta apressadamente, e Beth pisca. Ele ri. —E eu não tenho pinças de mamilo.
Ela faz biquinho.
—Decepcionada? —Pergunto.
Ela sorri. —Só porque queria usá-las em você.
—Essa não é minha praia. —Digo sem problemas. —É a sua?
—Não. —Ela diz isso rapidamente, instintivamente. —Oh! Olhe para isso. Eu não acho que gosto de pinças de mamilo. A menos que Lachlan...
Ele acena a mão no ar. —Eu estou bem. Sinta-se livre para me beliscar, mas apenas os dedos. Eu gosto do toque humano.
—Ok. —Ela segura o olhar, então, o calor aumenta rapidamente e, puta merda, sim, eu quero ver isso. Quero dizer-lhe o que fazer, como machucar Lachlan apenas o suficiente para fazê-lo se contorcer. Como mandar, provocar e fazê-lo gemer. —O que mais?
—Eu... —Ele ri baixinho e desliza um rápido olhar para mim. —Hugh foi minha primeira experiência com alguém realmente me dominando. Ele tem um toque especial. Eu não explorei isso desde o nosso...
Caso? Festa de foda? Mistura fodida de sentimentos não ditos? Tudo anteriormente dito na verdade. Eu atiro para ele um osso. Estamos nos divertindo neste fim de semana, nada mais. —Desde o Lago Moose?
—Sim. —Ele se desloca em sua cadeira. —Ele abriu meus olhos para um novo nível de dominação. Eu joguei um pouco antes, mas nada disso. Quando me mudei para Alberta, me envolvi mais no mundo. Por quase um ano, eu simplesmente fui às coisas sociais. Totalmente vestido. Não encontrei ninguém... —Desta vez ele não me deixa pendurado. Ele me olha bem nos olhos. —Eu não encontrei alguém que puxasse minha corrente como você fazia. Então comecei a explorar outras coisas. Descobri que gosto de servir. O que é um tanto óbvio em retrospectiva. —Ele ri com suavidade. —Muitas vezes é um fetiche.
—Servir. —O cérebro de Beth está indo a cem quilômetros por minuto.
—Então, o que quer que façamos? —Ela gesticula para mim, então volta para si mesma. —Isso vai te deixar feliz?
—Bem, eu gosto disso. Mas há muito mais. Submissão não é a mesma coisa que brincar dentro de um relacionamento íntimo. Eu não quero comandar Hugh. —Eu digo e ele ri. —Vê? E ele também não gostaria disso. Mas eu poderia comandar você.
Seus olhos se arregalam. —Você quer?
Ele dá de ombros. —Se isso lhe agrada.
Seu olhar não tem certeza, mas o rubor em seus lábios, a mudança na respiração.... eu acho que ela gostaria disso.
Lachlan também está prestando atenção. Ele se inclina. —É importante para mim que as primeiras vezes das pessoas sejam seguras.
—Como na festa no feriado? —Beth pergunta.
Eu empurro um pedaço de bife na minha boca para evitar apontar que toda essa simples diversão seria muito mais fácil se não tivéssemos um monte de história entre nós.
Lachlan assinala com cuidado. —Sim. Eu queria ter certeza de que aquilo fosse seguro para você.
Ela ergue o queixo. —Você estragou a vibração.
Eu quase engasgo e pego meu guardanapo. Merda.
Lachlan nem pisca. —Não. É assim que deve ser.
—Oh. —Um cenho franzido une suas sobrancelhas. —Então talvez a flagelação não seja a minha coisa.
Ha. Eu duvido muito disso. Espero que Lachlan diga o que estou pensando, mas ele fica quieto.
Bem. Cruzo meus braços e me inclino para trás. —Acho que o que precisamos fazer é desfazer alguns dos pressupostos que você tem sobre fetiches.
Ela muda sua atenção para mim. Seus olhos estão brilhantes. Ansiosa e pronta para ser corrigida. Meu pau responde em conformidade.
—Como o quê? —Ela pousa seus talheres e junta seus dedos.
—A dominação, e a submissão, não precisam ser contraditórias. Na verdade, raramente é.
—Mas você e Lachlan...
Eu sorrio. —Sim.
—Vocês se encaixam um no outro.
—E isso deixa os nossos paus duros. —Eu me levanto e contorno a mesa. Aliso minha mão sobre a sua nuca e pego a sua taça de vinho, colocando-a de lado antes de me inclinar e roçar meus lábios contra a curva de sua orelha. —Mas você ser comandada. É completamente diferente.
Ela inala tremendo. —Não sou boa em ceder o controle.
—Bem, vamos fazer isso devagar.
—Talvez eu goste de mandar.
Eu duvido muito disso. —Mesmo Dommes precisam aprender a se submeter. Vamos levar uma experiência de cada vez até descobrir o que você gosta e o que você não gosta.
—E se ... —Ela está olhando para Lachlan, mas estou logo atrás dela. Eu posso sentir o tremor percorrer seu corpo. —E se não gostarmos das mesmas coisas?
As mãos de Lachlan estão apertadas. —Nós vamos.
Coloco minhas mãos nos seus ombros. —Nós sabemos que temos uma química boa, não é?
Ela se dissolve em um riso aliviado. —Certo. Sim.
—Então, agora só precisamos descobrir se você gosta de ser espancada também.
Ela engasga. —Não.
—Eu tenho que te contar. Quando você diz que não, isso me faz querer fazer coisas sacanas com você.
Ela vira a cabeça e me olha. —Pervertido.
—Culpado e assumido. —Eu a beijo na boca. —Termine o jantar. E dê a Lachlan suas azeitonas, ele ama.
Lachlan levanta uma sobrancelha e dá a Beth um olhar preocupado.
—Você não gosta de azeitonas?
—Elas não são meus itens favoritos. Mas posso tirá-las, não há problema.
Ele balança a cabeça. —Nós podemos deixá-las fora da próxima vez. Eu deveria ter perguntado. Existe algo mais que você não gosta?
—Além das pinças de mamilo. —Interponho, provocando-a.
—Eu realmente acho que não gosto de dor. —Ela murmura.
—Eu não gosto de alcaçuz. —Ele continua suavemente, ignorando como estou tentando dirigir a conversa de volta ao sexo. Mas sério, quem quer falar sobre preferências alimentares quando podemos falar sobre troca de preferências?
—Oh, então é bom não gostar de alcaçuz, mas não podemos zombar de alguém por comer bife com ketchup. —Ela diz nada inocente.
—Beth...
Ela revira os olhos. —Sim, Lachlan?
—Basta. —Eu rosno. Gostaria de retirar o meu pau, agora totalmente ereto, e sugerir algo melhor para ir em sua boca do que ketchup e bifes.
Mas, provavelmente, Beth me daria um beliscão por presumir demais. Talvez um dia eu possa convencê-la a me deixar tomar conta por um dia inteiro, lições sobre boquete e tudo o mais.
—Voltemos à questão mais importante. Como você sabe que não gostaria de uma palmada?
Ela olha para mim. —Eu não sei. Esta é uma boa pergunta.
—Não faria mal se você não quisesse. Mas você está certa. Talvez não seja bom umas palmadas esta noite. Talvez esperemos até que você tenha sido uma garota má para isso.
Ok, eu sou apenas uma pessoa meio decente. E não consigo resistir ao seu grito indignado. Isso me excita.
Eu a pego pelo pulso quando ela me ataca com seu dedo mindinho mandão e exigente. Eu beijo o ponto de sua clavícula e pisco para ela. —Esta noite, Lachlan vai mostrar a diferença entre ser flagelado por diversão em uma festa e ser flagelado por alguém que esteve dentro de você.
—Lachlan? —Surpresa brilha em seu rosto. —Você não?
Olho para ele. Ele não está surpreso. E ele definitivamente está satisfeito.
—Sim. Lachlan. E eu vou dar as cartas aqui. Você fará exatamente o que eu digo. Nós vamos trabalhar sua confiança.
—Flagelação como um exercício de construção de equipe?
Sim, pode ser. Nós precisaremos ser uma equipe, nós três. Pelo menos até que decidam que eles são melhores como uma equipe de dois. Isso será quando um deles receberá um convite de casamento e precisará de um encontro.
Um encontro.
No singular.
Isso leva a um companheiro, no singular. E não sou do tipo de relacionamento.
Eu sou do tipo de um longo fim de semana de devastação, e foda-se, eu vou ser o melhor que já houve.
—Você apostou sua bundinha gostosa. —Eu aponto para o prato dela.
—Coma.
CAPÍTULO 24
LACHLAN
EU USO uma velha mochila de hóquei para guardar minhas coisas. É facilmente transportável, e é disfarçado.
Além disso, ao longo dos últimos dez anos, eu acumulei muitas coisas à coleção. Nos quatro anos fixo em Alberta, mergulhei no cenário de fetiches de Edmonton como uma maneira de encontrar meu caminho pós-Hugh.
Aprendi sobre cordas e nós. Todas as maneiras pelas quais as pessoas gostavam de serem amarradas, amordaçadas. Amarradas em nós, emocional e fisicamente.
Aprendi sobre a dor e o prazer, e comecei a entender o que era tão bom no que fiz com Hugh.
No entanto nada disso aflorou o que tínhamos.
Então desisti de procurar alguém para colocar de joelhos. Eu me satisfiz sexualmente de outras maneiras, através do serviço e dos cuidados.
Faz muito tempo que estou usando essa coleção de uma maneira verdadeiramente íntima.
Depois do jantar, retiro a mochila de hóquei. Examino os conteúdos cuidadosamente subdivididos. Pacotes de cordas, sacos menores de nós, alguns vibradores de uso único em seus pacotes. Eu quero o de couro que abriga minha pequena coleção de flagelação.
Beth está ao meu lado enquanto corro meus dedos sobre as opções. Eu quero um brinquedo suave e gentil para ela hoje a noite. Algo que irá aquecê-la enquanto pousa em sua pele nua. A ferramenta certa para movê-la de ligeiramente interessada para definitivamente envolvida.
—Isso parece suave. —Ela diz sem fôlego.
Eu concordo. —E é. Peso semelhante ao que Brandon usou em você na festa de Max. Ainda assim, vai parecer diferente em sua pele nua.
—Nua?
—Você pode tirar sua calcinha.
—Que diversão existe nisso? —Hugh pergunta enquanto se junta a nós. Ele abraça Beth e beija seu pescoço. —Você não precisa de rodadas de treinamento, não é?
Eu dou um olhar sombrio. —Deixe-a entrar com calma nisso.
—Mas eu quero que esse couro a acaricie em todos os lugares. —Ele diz com voz sedosa.
Ela se arrepia.
Eu dou de ombros. —É com ela. Não com você.
—Tudo depende de mim. —Ele diz completamente implacável. —Você deve tirar sua camisa, por exemplo.
Meio caminho para ficar nu? Isso parece um ótimo plano. Pego minha camiseta e jogo no sofá, então pego alguns preservativos do meu pacote de viagem, ao lado do meu kit de primeiros socorros, porque sou um cara responsável, e pego dois antes de entregar os outros para Hugh.
Então arranco Beth de seus braços e tiro suas roupas, deixando-a só de roupa íntima. Ela me dá um olhar nervoso que faz com que meu sangue fervilhe, e então, se acalme sozinho.
Melhor ainda.
Assim que ela está nua, eu a posiciono no braço do sofá, dobrada nos quadris com as pernas abertas o suficiente para me dar uma visão espetacular de sua boceta reluzente.
—Encontre uma posição confortável para suas mãos na sua frente e as mantenha lá. Se elas se moverem, será o mesmo que uma palavra segura e eu vou parar.
Eu me instalo atrás dela e arrumo suavemente as cordas do açoite na parte de trás de uma das pernas, depois a outra.
Ela solta um pequeno gemido muito fofo.
—Paciência.
Eu arrasto o açoite de um lado para o outro sobre o seu traseiro. Ela se dobra nos quadris. Puxo o açoite para trás e começo a balançar em forma de oito.
As pontas escovam a pele nua de seu traseiro, torcendo nas nádegas. Esquerda, direita. Esquerda, direita.
Ocasionalmente, solto um golpe no topo das coxas, depois volto.
Mantenho firme até ela ficar rosa e quente. Bonita.
—Isso é tão bom. —Ela geme, balançando os quadris no ar. Eu posso ver como ela está molhada, a umidade de sua buceta brilhando entre suas coxas.
—Não goze ainda. —Digo a ela, aproximando-me. —Não até eu estar dentro de você.
Ela geme e ergue sua boceta mais alto no ar, malditamente perto de se apresentar como se estivesse no cio.
Puta merda. Solto o açoite e caio de joelhos, enterrando o rosto entre as suas pernas.
Eu não sei o que me deixa mais duro: seu aroma doce e almiscarado, seu sabor glorioso e único, ou a sensação simples e feminina dela. Ela é macia, úmida e quente, e quando Hugh me diz para por um maldito preservativo e foder com ela, não preciso ser mandado duas vezes.
Ter Beth inclinada sobre o braço do sofá era perfeito para flagelação, mas Hugh quer ver tudo enquanto eu a fodo, então eu a pego pela mão e a conduzo para à frente do sofá, no meio. Eu indico para ela subir. —De joelhos, de costas para mim.
Ela faz o que peço, então vira a cabeça, pega meus olhos antes que ela me provoque com um movimento de sua bunda.
Eu afundo diretamente nela, empurrando profundamente até as bolas enquanto ela geme. Fecho meus olhos e conto até dez, porque estou perigosamente perto de perder o controle.
Mas no terceiro impulso, ela grita, e no quarto, ela quebra.
Então, minha doce Beth gosta de ser flagelada.
Melhor notícia de toda semana. Eu acelero, fazendo meus ataques mais superficiais, também, porque eu sei que ela está sensível, mas não há como não entrar fundo nela. Não sou tão altruísta. Não com ela.
Não demora muito quando a tensão de um clímax que se acumula dentro de mim e, assim, quando jorra, eu a agarro com força.
Meu cérebro explode, e meu mundo se estreita para Hugh me observando foder Beth.
Olhando minha bunda apertar enquanto pulso dentro e fora de sua boceta.
Talvez estivesse se masturbando, a mão apertada em torno daquele pau espesso dele. A ponta revestida com pré-gozo, tão saboroso quanto a doce salinidade de Beth, que ainda tenho na minha língua.
Gozo.
Pau.
Boceta.
Boceta quente, doce e surpreendente. —Porra, Beth. —Rosno, e ela choraminga. Eu a fodi com tanta força que ela geme.
Mas então ela me pede para gozar. —Me dê, Lachlan. —E a tensão aumenta, levando-me até o teto. Meu orgasmo é duro e rápido, minha visão escurecendo enquanto seguro seus quadris e me enterro dentro dela, caindo para frente quando minha perna direita treme.
Eu me agarro na parte de trás do sofá antes de cair sobre ela, e rolo para o lado.
Beth imediatamente se enrola ao meu lado e eu a beijo. Uma e outra vez, boca aberta e desesperada.
Nós dois acabamos de gozar como fodidos campeões, e quase ao extremo. Eu quero fazer isso novamente.
Eu puxo seu cabelo e juntos olhamos para Hugh. Seu olhar é escuro, e seu lábio inferior está preso entre os dentes.
—Nada mal. —Ele diz devagar.
Nós dois rimos.
Ela levanta com as pernas trêmulas e vai para ele. Eu levanto e me dirijo ao banheiro para me livrar do preservativo, e trazer a minha cabeça de volta para a parte do fetiche.
Quando volto, ela está ajoelhada entre suas pernas.
Ele lhe dá um olhar indulgente. —O que você disse?
Ela exala enquanto balança a cabeça. —Eu não sei.
—Diga, obrigado, Hugh.
Os olhos dela alargam-se. —Sério?
Ele ergue as sobrancelhas. —O açoite não foi uma grande ideia?
Ela ri enquanto balança a cabeça. —Sim. Obrigada, Hugh.
—Você poderia ser mais agradecida.
—Muito obrigada?
Ele gesticula para onde sua ereção se estica contra o jeans. Sua calça está aberta, o zíper e o botão caindo frouxamente, mas seu pau ainda está dentro da calça.
Deliberadamente, tenho certeza. Então ela terá que chegar e receber seu prêmio.
E agora seu castigo por ser impertinente. Pelo suspiro feliz que ela dá, enquanto tira o pau e começa a lamber, eu não acho que ela se importe.
Eu verifico o açoite e certifico-me de que esteja limpo antes de colocá-lo no rolo. Isso foi muito divertido. Deslizo meus dedos sobre dois chicotes mais claros e parecidos. Talvez da próxima vez eu mostre algum trabalho no estilo Florentino.
Mas para a nossa primeira noite de fetiche, isso foi incrível. Eu coloco a sacola de hóquei no meu ombro, e Hugh aperta os dedos para chamar minha atenção.
—Onde você está indo com isso?
Foi maravilhoso? Eu sorrio. Talvez seja incrível, ainda assim. —O que, nós não terminamos?
Ele balança a cabeça. Beth balança mais em seu colo, interrompendo tudo o que ele ia dizer em seguida. Ele faz com um rápido toque de seus dedos em seus cabelos. —Deus, ela é muito boa nisso. Não, apenas começamos. O que mais você tem aí?
Eu engulo com dificuldade enquanto seus olhos vagam com fúria sobre meu peito. —Corda, nós... —Uma barra de espalhamento, mas talvez ele ainda não precise saber disso. —O que você quer?
Ele olha para o teto. —Você tem algum ponto de ancoragem instalado?
— Eu aponto no andar de cima. —Sim.
—Nós e cordas, então. —Ele sorri. —Hora de mostrar a Beth o que eu faço com você.
Ela o solta com um estalo molhado. —Oooh...
—Depois de terminar, linda. —Ele segura seu pau e bate a cabeça molhada contra sua boca.
—Prioridades.
***
Nós subimos as escadas, Hugh carregando duas cordas, Beth salta contente com os nós que ele prometeu que ela poderia me colocar. Tenho a sacola de hóquei, porque Hugh prometeu que nada estava fora do jogo.
A minha casa pequena tem fantásticos tetos de 3 metros no nível principal, mas aqui em cima há degraus íngremes em cada quarto, e a altura máxima, mesmo no centro, é de apenas 2 metros. Não há espaço para minha cama king size ou um banheiro no qual eu possa me esticar. Então converti metade do espaço no andar de baixo em uma suíte master para mim, e eu uso esses quartos apenas ocasionalmente. Um deles tem uma mesa e um armário de arquivo, embora eu tenha mais probabilidade de usar meu laptop no sofá, no andar de baixo.
E o outro está vazio, exceto por um tapete de exercícios, alguns pesos no canto e quatro pontos de ancoragem no teto. Um tem um saco de pancadas pendurado nele.
Os outros três são onde pratico manipulação quando tenho mais alguém.
Hugh coloca os feixes de corda, ordenando-os cuidadosamente. Eu não sou o único que aprendeu um pouco mais na última década. Ele obviamente sabe o que está fazendo, então não entro no modo monitor.
Eu fico lá, pronto, e aguardo instruções.
Hugh escolhe uma corda de cânhamo resistente, então gesticula para Beth se juntar a ele na minha frente. —Você já usou algemas de velcro antes?
Ela balança a cabeça.
—Abra-as. Vê como é difícil? Então são ótimas para segurar. —Ele sorri e sangue corre para minha virilha. Ele vai me torturar e eu vou amar-odiar isso.
—Coloque aquelas em seus pulsos. Não muito apertado, mas também não deixe espaço extra. Queremos que ele se sinta seguro e firme.
Outro sorriso. Desejo corre por toda a minha pele, iluminando todas as minhas terminações nervosas.
Beth desliza na minha frente. Ela está empenhada. Gostaria de pensar que um pouco disso é resíduo da chicotada e foda, mas, de verdade, esse papel auxiliar de uma mini-Domme ansiosa, é um ajuste perfeito para ela.
E não estou reclamando. Tendo ela me tocando enquanto Hugh observa com seu olhar fixo e quente? Isso já me deixa zumbindo.
Depois que Hugh checa meus punhos, ele aproxima-se e põe a corda através do ponto de ancoragem, depois liga minha mão esquerda até a corda longa.
Não é até que ele se mova através do quarto e agarre outro feixe de corda, que percebo qual é o plano dele. Ele vai me afastar entre dois pontos de ancoragem.
Jesus. Meu pulso acelera, e quero mostrar a minha posição, mas também confio que ele vai cuidar disso por mim. E será uma boa aula de segurança para Beth.
Assim que essa corda está ajeitada, espero que ele me aponte para o ponto no meio, mas em vez disso, ele se vira para a sacola de hóquei e agarra um cabo de chicote da minha coleção de coisas bem-sucedidas.
Idiota.
Ele está sorrindo quando se vira, e não hesito em lhe dar um olhar de: qual diabos é o seu plano, cara?
Porque, seriamente, muito mudou em dez anos. E ele nunca usou um cabo de chicote em mim.
—Relaxe. —Ele diz com maldade. —Onde está sua confiança?
—Ela fugiu assim que você pegou esse cabo de chicote. Você se transformou em um sádico em sua velhice?
—Mentiroso. —Ele diz suavemente enquanto atravessa o quarto e para bem na minha frente. —Você ainda confia em mim.
Eu confio, mas devemos apenas verificar novamente que estamos na mesma página. —Quais são os meus limites?
—Sem marcas. Lubrificado e ir lento no anal. Os limites são legais. Você gosta de dizer não e não significa isso, então precisaremos de uma palavra segura. E sua parte favorita é estar se esforçando contra as cordas e não poder ir a qualquer lado. Isso te deixa tão duro que você começa a babar, tremer sua perna como um adolescente. Esqueci de alguma coisa?
Meu rosto está tão quente que deve estar vermelho beterraba. —Não. Isso abrange tudo.
—Palavra segura, então?
Não posso olhar para Beth. Sinto-me mais nu do que se estivesse realmente nu. Você gosta de dizer não e não significa isso. Porra. Ele não esqueceu uma só coisa.
Hugh bate o açoite contra o interior da minha coxa vestida com o jeans.
—Devemos usar dez códigos como costumávamos?
Uma onda quente de memória bate em mim. Na primeira vez que nos beijamos, Hugh me empurrou contra uma parede. A tensão estava crescendo há semanas e nós estávamos irritados.
—Você quer que eu recue, Ross? Mesmo? Eu não acho que você queira.
—Eu não sei o que eu quero, porra, e você idiota, não está ajudando.
—Você quer que eu ajude você a resolver seus sentimentos preciosos?
— Ele estava mais perto, de repente. Bem na minha frente. —Eu vou te beijar agora. 10-49?
10-10. Negativo. 10-3, parar o movimento. Ele estava me dando uma saída, e tudo o que eu tinha que fazer era dizer a ele claramente que isso não era o que eu queria. Em vez disso, eu o olhei em silêncio cavernoso. Incapaz de dizer sim, por favor, beije-me. Eu preciso disso mais do que preciso do ar, seu maldito idiota que me fascinou.
Mas nós tínhamos usado esses códigos porque eles eram uma segunda natureza para nós, e um aceno para aquele começo estranho e maravilhoso para o nosso caso.
Eu balanço minha cabeça. —Beth não os conhece bem o suficiente. —Eu lambo meus lábios e finalmente olho para ela. —Devemos escolher novas palavras seguras que todos concordamos.
—Bolinho. —Ela oferece. —Gota de limão. Sorvete.
—Agora eu só quero sobremesa. —Digo fracamente. Ela não está enrubescendo sobre o que Hugh disse. E, pela forma como seus mamilos estão com as pontas duras, apertadas, ela está gostando desta ideia de palavras seguras.
No que nós nos metemos?
—Talvez seja uma coisa que você não gosta. Alcaçuz? —Ela se inclina e estala os lábios contra minha bochecha. —Minha palavra pode ser azeitona. —Ela sussurra. —E talvez Hugh não tenha uma porque ele é malvado.
—Ouvi isso. —Ele rosna. —E eu tenho uma. Eu gosto dessa coisa de comida. Minha palavra segura, quando quiser acabar com uma cena porque Beth é uma pirralha, será repolho.
—E devemos ter....
—Uma palavra de advertência. —Hugh diz, terminando minha frase. Ele solta o açoite ligeiramente no meu quadril e desliza entre meu corpo e o de Beth. —Lachlan gosta de me retardar.
Ela sorri. —Eu posso imaginar porquê.
Ele apenas dá de ombros. —Eu tenho um temperamento. Você descobrirá que isso também tem vantagens. Não se preocupe em empurrá-lo para além de um limite, então eu não preciso me segurar.
—E nós dois gostamos assim. —Digo calmamente. Beth vira a atenção para o meu rosto, e sua expressão é curiosa e calorosa. Isso me dá uma onda de coragem que eu a agarro com ambas as mãos. —Eu nunca me submeti na frente de outra pessoa antes. É enervante.
Ela olha para Hugh, então a empurra cuidadosamente para que ela possa se mexer contra mim, seus braços serpenteando em volta do meu pescoço.
—Quando você vai descobrir que acho todo e cada centímetro seu, e todos os seus desejos, incrivelmente sexy? Dentro e fora.
Meu coração bate forte no meu peito. —O mesmo. —Minha boca está seca, mas ignoro isso. —E Hugh, também. Mesmo com o açoite.
Ela pisca. —Eu gosto especialmente do açoite. Não posso esperar para aprender a usá-lo.
—Essa é uma lição muito avançada. —Digo, minha voz quebrando. Não estou pronto para ela tentar isso comigo. Não quando apenas quero jogá-la por cima do meu ombro e levá-la para a cama mais próxima.
—Então, teremos que trabalhar com isso. —Ela sussurra. —Agora podemos terminar de te amarrar, então você estará à nossa mercê?
—Atenção a palavra. —Eu giro. —E sempre que quiser tirar minhas calças, isso seria ótimo.
Ela ri e arruma a minha ereção, que está esticando atrás do meu zíper. Eu deveria ter tirado a calça jeans no andar de baixo em vez de colocá-la novamente. Força do hábito das festas.
Preciso me separar disso. Nada com Hugh e Beth é algo como um fetiche casual.
—Que tal bolinho para sua palavra de advertência? Não é uma coisa ruim, mas não é algo que você também vai descartar.
Hugh pega minha mão e a prende na segunda corda. —Beth, você será uma excelente Domme.
Eu gemo e fecho os olhos quando um estremecimento corre através de mim.
***
HUGH me amarra mostrando a Beth como gosta de usar o açoite para bater em meus mamilos, minha bunda coberta com a cueca, minhas coxas nuas. Ele gosta de revezar, entre acariciar com o couro em movimentos gentis e fortes, então, eu não sei o que esperar quando ele me toca.
—O que Lachlan realmente quer é o meu toque. —Ele diz, usando suas palavras tão eficazmente quanto o açoite.
Para entrar na minha cabeça e foder com minha mente.
—E você deveria me dar isso. —Rosno.
—Eu vou. —Ele entrega o instrumento para Beth. —Bata apenas. Sem marcas.
—Entendi. —Ela sorri com um prazer descarado quando coloca o açoite em meu ombro e faz uma trilha no meu peito. —Você parece tão bem esticado assim.
—Sim? —Eu rolo meus ombros, flexionando meus músculos. Não estou esticado entre os dois pontos. Hugh deixou folga suficiente nas cordas para os meus braços descansarem abaixo dos meus ombros, o que ajuda na circulação e me permite mover um pouco. Além disso, expõe-me para a mulher sexy.
Ela circunda meu mamilo direito com o açoite. —Faça isso novamente.
— Sua voz é baixa e rouca. Eu flexiono para ela e ela morde o lábio. —Sim.
Ela abaixa o braço e aproxima-se, substituindo o couro com a boca na minha pele. Eu inclino minha cabeça para trás e gemo com o prazer de sua língua, de seus lábios. O calor que Hugh sempre me priva por mais tempo.
Exceto que é isso o que ele queria, eu distraído.
Porque agora ele está atrás de mim. Ele roça seu volume contra minha parte inferior das costas antes de puxar minha boxer e tocar o vinco entre as minhas nádegas.
O filho da puta tem lubrificante.
Eu suspiro e me levanto na ponta dos pés, as cordas puxadas enquanto avanço.
—Calma. —Ele murmura. —Você comeu a Beth.
—Você é um idiota. —Gemo. Minha bunda está fechada, sem brincadeira.
—Você esperava algo mais?
Eu ardo interiormente quando bruscamente abaixo minha cabeça.
—Ponha os pés no chão. —Ele ordena. —Beth, use o açoite para mostrar-lhe o quanto eu quero que seus pés fiquem afastados. A mesma largura que os meus.
Volto meu olhar para ela que cumpre ansiosamente, marcando o interior das minhas pernas, esquerda e direita, até que eu esteja tão aberto, que não há como ele não entrar em mim.
Foda-se porra, porra!
E meu pau está se esforçando na frente da minha boxer como se fosse meu aniversário.
Regra básica do sexo: confie no seu pau. Quando ele estiver feliz, você deve estar feliz. Mas Jesus, é mais fácil falar do que fazer quando seu namorado está esfregando círculos na sua bunda, e sua namorada está sorrindo para você do outro lado, e em breve você só vai gozar, porque não fez isso em anos. A mão de Beth se fecha em torno do meu pau. Ela me dá um sorriso doce e aumenta seu aperto. —O que você me disse no andar de baixo?
—Não goze ainda. —Gritei. —Mais fácil falar do que fazer.
Ela pisca. —Eu sei.
Hugh me detem suavemente, trabalhando o lubrificante em meu buraco até violar minhas defesas. Essa primeira impressão no interior é chocante, mas também bem-vinda. Beth não perde quando meu pau pulsa e incha, enquanto seu dedo longo empurra para dentro de mim e encontra minha próstata. Ele balança a espessa almofada de seu dedo naquele ponto, e minhas pernas ficam fracas.
—Uau. —Ela suspira, girando o polegar sobre a cabeça molhada do meu pau. Tenho certeza de que eu sou como a porra de um hidrante em um dia quente de verão, jorrando pré-gozo agora.
Jesus. Os meus quadris vão para trás, procurando mais contato, talvez outro dedo.
Em vez disso, tenho a retirada de Hugh, depois outra sensação fria, desta vez mais firme. Outra ferramenta para me privar de um toque humano enquanto me deixa louco.
Um plugue.
—Oh, Deus, não, não, não...
Hugh ri. —É por isso que temos palavras seguras, Beth.
Ela ri.
Malvados, os dois. —Foda-se, Hugh.
—Eu prefiro o contrário, mas faria uma exceção para você. —Ele pressiona mais firmemente, e a parte mais larga do plugue viola minha bunda.
Minha cabeça cai para frente enquanto digo a mim mesmo para ficar imóvel e tentar relaxar.
Tenho sucesso em ficar quieto.
O plugue fica no lugar, e Hugh dá um leve tapinha na minha bunda antes de circular para Beth na minha frente. Ela está acariciando minhas bolas como se eu fosse seu brinquedo de foda, e esta noite, talvez eu seja.
—O que você quer ver? —Ele é tão calmo enquanto estou cheio e ofegante.
Ela balança lentamente a cabeça, os olhos arregalados. —Eu não sei. Qualquer coisa.
Ele sorri e envolve o braço em volta da sua cintura, aproximando-se para poder compartilhar o espaço em frente ao meu corpo. Com a outra mão, ele abre o zíper e, vagarosamente, começa a acariciar seu pau.
Ela o imita usando meu pau. Trabalho de mão dupla.
Todos já gozaram esta noite. Isso deveria ter baixado o limite da fome, e deixado isso ser apenas uma brincadeira, mas merda, se eu não quero perseguir um orgasmo agora mesmo. Balanço meus quadris para frente, apertando meu traseiro ao redor do plugue que está me enchendo, e consigo bater nossos paus antes dele perceber o que estou fazendo.
—Lachlan. —Ele avisa.
—O que?
—Não me diga o que fazer.
—Isso é bom.
Ele sorri. —Ok, Beth, lição número um. Às vezes, fetiche é sobre troca de energia. Ganhar a submissão do seu servo. Fazê-lo esperar, fazendo-o implorar.
Ela balança a cabeça, uma pupila ansiosa na escola da Perversidade Degenerada do Professor Evans.
Ele exala pesadamente e anda para mim, pegando meu pau das mãos de Beth, e deslizando nossas carnes juntas.
—E às vezes. —Ele murmura direto contra a minha boca. —É apenas um sexo sacana e fodido. —Eu gemo enquanto ele afunda os dentes no meu lábio inferior.
Sem pensar, alcanço Beth, e meu braço empurra forte contra a corda. Ela, porém, recebe a mensagem e pressiona ao meu lado.
Sua mão pousa nas minhas costas. Ela hesita lá, seus dedos mexendo, então, ela abaixa mais a palma da mão. O calor corre através de mim enquanto ela curva seus dedos sobre minha bunda. Bolinho, eu acho. Talvez. Eu não sei.
Uma coisa é um cara, Hugh, trabalhar minhas nádegas abertas e me lubrificar.
E outra é uma mulher, que praticamente coloquei num pedestal, ver ou me sentir aberto.
Mas você tem que confiar no seu pau.
E o pau está batendo forte enquanto Beth explora as curvas tensas da minha bunda.
Paro de respirar completamente quando a boca de Hugh deriva para o meu pescoço e, ao mesmo tempo, Beth rola a ponta do dedo ao longo da borda da minha abertura. Dá um passeio até o final do penhasco, mas nunca cai.
E então, ela está mudando de novo, tocando Hugh, e eu deixo de pensar no que ela está fazendo e cedo às sensações.
Hugh, acariciando-me forte contra o próprio pau. Flexionando e tencionando os músculos. Meus e dele.
Aperto e golpe, então pele macia, enquanto ele a atrai entre nós.
Uma onda de ar enquanto ela fica de joelhos, e então a sua boca. Não, apenas a língua dela.
Eu gemo e olho para baixo entre nossos corpos.
Ela está nos lambendo, nós dois. De um lado para o outro, em toda parte, onde a mão de Hugh não está. Paus molhados, bolas inchadas.
Hugh desloca-se para o lado, deixando livre sua própria ereção, de modo que ela balança de forma obscena por um segundo. Ele me aperta forte. —Leve-o profundamente, linda. Eu quero que você engasgue com ele. —Ela desliza sua boca sobre a minha coroa, lambendo sem parar.
Luxúria enche a minha visão enquanto vejo Hugh colocar um preservativo, depois ajoelhar-se atrás de Beth.
—Não pare. —Ele murmura, e ela não para, mesmo quando ele a guia, então encosta suas costas no seu colo lentamente, enchendo-a com seu pau.
Nunca na minha vida eu já vi algo tão quente quanto o olhar de luxúria de Beth em alarme quando ele a estirou, seguido de um sorriso inegável antes de engolir meu pau novamente.
Ele passou os braços em volta dela, um baixo em seus quadris, o outro em seus seios, e está movendo todo o seu corpo para cima e para baixo. Ainda assim, ela não perde o ritmo ao me chupar.
Minhas bolas estão pesadas, cheias para ela novamente, e a coisa mais nobre a se fazer, seria segurar até que ela goze primeiro, mas estou preso e torturado, e sua boca é mágica.
Não tenho chance.
Quando sua respiração dança contra a parte de baixo do meu pênis, eu gemo uma súplica. —Chupe aí. Aí.
A língua dela desliza naquele ponto sensível da ponta, onde meu prepúcio puxa para trás, e empurro meus quadris para frente.
Outro deslize, e o plug balança dentro de mim.
Porra!
Puta merda!
—Sua língua... —Sussurro, tremendo agora.
Ela lambe a cabeça do meu pau como se fosse um sorvete, e o líquido que flui de mim é como um creme de baunilha. Muito precioso para permitir que até que uma gota caia.
Puta merda!
Porra!
Meu cérebro está em curto-circuito enquanto a mão aperta, bombeando meu comprimento. O terceiro golpe de sua mão solta meu pau contra sua língua, e é isso aí. Isso é o que vai explodir a minha mente. Mais alguns puxões e tudo ficou preto, puro prazer.
Doce boca quente. Dedos firmes e ágeis.
Os grunhidos de Hugh atrás dela.
Puta sexo sacana.
Com um grito, gozo, disparando meu primeiro impulso em sua boca, então, ela me acaricia novamente, o ar frio afiado contra a ponta sensível.
Pisco meus olhos a tempo de vê-la direcionar o próximo tiro do meu pau em seus seios.
Porra!
O meu pau espasma em sua mão e eu a pinto de novo, jorrando mais três vezes antes de me drenar.
Ela envolve suas mãos em torno de minhas coxas quando Hugh a leva para a linha de chegada, o polegar no clitóris e a boca contra a orelha.
Palavras sacanas. Sexo sacana.
Eles me olham, ele conscientemente, ela admirada, e não tenho dúvidas de que esta é a coisa mais certa que eu já fiz.
CAPÍTULO 25
BETH
LACHLAN ADORMECE PRIMEIRO, seu braço pesado ao meu lado enquanto sua respiração diminue. Hugh está na minha frente. A outra metade do meu delicioso sanduíche de homem, de Beth. Ele toca meus lábios em silêncio e eu beijo seus dedos. Boa noite, murmuro.
Ele me observa por alguns minutos, um sorriso feliz e bobo no rosto.
Mas então ele pisca. Uma vez, duas. Lentamente o sono chega. E depois de um tempo, seus olhos não se abrem, e sua respiração também fica firme.
Sou tão ridiculamente sortuda.
Eu sei disso.
Então, por que não posso dormir também?
Inclino-me para trás contra Lachlan. Ele é tão quente e estável. Se eu pensar, hoje é muito parecido com o que eu esperava que fosse com ele. Exceto que Hugh não estava nessas fantasias.
E isso faz meu peito doer, porque... eu sigo lentamente a forma do meu novo amante com meus olhos. Seus cílios escuros, seus lábios cheios. O grande e grosso volume dele na minha frente, hiper-masculino e todo meu para devorar.
Ele é perfeito.
Engraçado, mandão, sexy.
Assim como Lachlan é perfeito de uma maneira diferente. Forte, amável, sexy.
Eu nunca poderia escolher entre eles.
Aiii. Aperto meu punho, não querendo que meus pensamentos sigam por aí. Não essa noite. Não depois deste fim de semana. Mas a questão surgiu, aqui e ali. Não pode ser ignorada.
Essa perfeição é passageira.
No fundo, sempre pensei que talvez Lachlan pudesse ser o único.
Agora há dois.
Eu estou faminta por um felizes-para-sempre com o único homem com quem eu poderia me ver tendo bebês?
Lágrimas quentes ameaçam cair, e não vou fazer isso. Não entre eles.
Meu coração salta enquanto deslizo cuidadosamente da cama, e puxo uma das camisetas de Lachlan. Eu não me incomodo com a roupa íntima.
Preciso de algo para me ocupar. Preciso me distrair.
Na cozinha, abro sua geladeira. Ele tem cogumelos e cebolas, então o bife restante desta noite poderia ser transformado em recheio de torta de carne. Eu nem sei se ele gosta de torta de carne, mas tanto faz. Os meus dedos tremem quando retiro os ingredientes. Eu controlo-os e, enquanto corto e mexo, meu pulso diminui. Respire, Beth. Mais fácil dizer do que fazer, mas cozinhar ajuda.
À medida que o molho ferve, ando até sua despensa. Ele tem aveia, passas, batatas fritas.
Farinha. Açúcar.
Manteiga e ovos na geladeira.
Quando acabei de procurar, seu balcão está coberto de suprimentos e tenho trabalho suficiente por pelo menos uma hora, então não tenho que me preocupar... com o que quer que esteja em minha mente.
A segunda bandeja de cookies apenas entrou no forno, quando sinto a presença de Lachlan. Olho para o quarto a tempo de vê-lo entrar no corredor e fechar a porta atrás dele. Ele esfrega o sono de seus olhos. —Não consegue dormir?
—Eu acordei você?
—Isso não é uma resposta. —Ele aproxima-se e beija minha testa. —Mas não, acho que não. Hugh encostou em mim, e ele é muito maior do que você. Perguntei-me onde minha Beth estava.
Eu dou de ombros. Agora eu me sinto bem melhor. —Às vezes, quando tenho insônia, eu gosto de cozinhar. E assar.
—E esta noite você está fazendo as duas coisas.
—Eu fiz biscoitos para você.
Ele olha para a bandeja que acabei de tirar, agora esfriando em uma prateleira. —Humm.
—Você tem uma cozinha muito bem abastecida.
—Eu lhe disse que gosto de cozinhar.
—Eu acho que você disse algo assim: “Eu faço um bife decente e ovos”.
Ele ri. —Ambas as afirmações são verdadeiras.
—Eu posso atestar o bife, sim. Mas acho que você subestimou suas habilidades. —Suspiro. —E por que estou surpresa? Você nunca foi de se gabar.
—Eu não preciso me gabar. Eu só preciso fazer. —Ele sorri para mim.
—Posso ajudar?
Eu balanço minha cabeça. —Tudo feito. Inclusive a louça. Só precisamos esperar doze minutos até o último lote estar pronto para sair.
—Você tem um temporizador, ou você está olhando o relógio?
—Temporizador.
—Bom. —Ele me pega e me coloca no balcão. Seu corpo está colado contra o meu. Hugh me colocou na mesma posição antes, mas agora estou, em parte, nua.
Eu sento no balcão frio.
—Você está bem? Dolorida de mais cedo?
Eu balanço minha cabeça. —Não estou dolorida. Está frio.
—Eu posso te esquentar.
—Eu sei que você pode. —Eu me inclino e o beijo. Ele tem um gosto sonolento e quente, mas o calor aparece rapidamente.
É como as primeiras vezes que estivemos juntos.
Hugh estava certo. Não há dúvida sobre a nossa química.
Fecho meus olhos e tento não pensar em Hugh. Estou beijando Lachlan. Somente Lachlan agora.
—O que é?
Maldito seja ele e seus modos atenciosos. —Nada. —Eu gemo. —Não, não é nada. —Giro minha cabeça e olho na direção de seu quarto. —Eu estava pensando sobre ele.
Lachlan ri. Ele claramente não percebe o por que isso é um problema, embora a forma em que sua ereção está crescendo preguiçosamente contra minha coxa, talvez não seja um problema.
—Devemos acordá-lo?
—Para comer? —Ele beija meu queixo. —Não. Quanto tempo resta?
Olho os números em seu fogão. —Nove minutos e meio.
—Isso é apropriado. OK. Na parte da manhã, com as panquecas, falaremos sobre isso com Hugh. Eu direi a ele como você corou de preocupação com o pensamento de enganá-lo comigo na cozinha...
—Eu sei que não é traição.
—Fazer coisas sacanas com biscoitos de chocolate e leite.
—Não há leite.
—Ainda. Tenho planos. —Ele beija meu queixo, meus lábios, meu nariz. Beijos delicados e sorridentes. —Eles serão escandalosos. E Hugh vai adorar ouvir sobre eles, eu prometo a você.
—Você não pode me culpar por perguntar. Este é o meu primeiro... o que quer que estejamos fazendo.
—Relacionamento Poliamoroso?
—Isso é um bocado.
—Se tivermos sorte, sim.
Eu rio, e ele se apodera de mim, agitando meu corpo inteiro.
—Veja? —Ele esfrega o nariz contra o meu. —Nada demais.
—Humm.
—Você parece não estar convencida. Foi o que te acordou no meio da noite?
—Eu realmente não adormeci. Você tem seis mini tortas de carne na sua geladeira para comer durante a semana.
—Ah, Beth. —Ele suspira. —Vamos. Diga-me o que mais está pensando.
Eu toco meus dedos contra o peito dele, tentando enquadrá-lo de maneira justa. —Você sabe, talvez a pergunta de Hugh antes do jantar não estivesse completamente fora de linha. Ele não entende por que não nos juntamos antes. E... eu ainda não entendo completamente. E agora estamos fazendo isso, e isso muda tudo o que pensei que poderia acontecer um dia.
Surpresa cobre o seu rosto. Não posso culpá-lo quando ele olha para longe. Havia muito peso no que eu disse.
Mas ele perguntou. Eu seguro sua bochecha, parando-o. Ele suspira enquanto vira-se para mim. —Eu sei. Você está certa.
—O que mudou? —Deixo minha mão no seu peito e toco seu coração.
—Bem aqui?
Um olhar torturado passa pelo seu rosto. —Eu não sei. Quero dizer, merda, essa é uma resposta horrível, mas é a verdade. —Ele agarra meu pulso e levanta minha mão, pressionando um beijo áspero na minha palma. —Eu nunca quero mentir para você. Mesmo que seja desconfortável.
Meu peito aperta, mas minha cabeça está clara. —Está bem. —Eu estico meu braço, convidando-o a beijar meu pulso e até meu cotovelo. —Vamos descobrir isso juntos, lentamente.
—Desculpe-me, demorou tanto tempo. —Sua voz treme no silêncio da cozinha. —E não foi por causa de Hugh. Não pensei que voltaria a vê-lo novamente. Porra. Estou feliz por ele estar de volta. E fico feliz que ele nos empurrou, mesmo que esse não fosse o plano dele.
Olho para o quarto. —Talvez fosse.
Ele balança a cabeça. —Não. —A tensão puxa nos cantos dos olhos. —Há muita história aí que eu não sei se ele quer que eu revele. Nada disso é ruim. Bem, exceto onde eu o tratei mal.
—Não.
Ele acena com a cabeça. —Eu era jovem e estúpido, e saindo de um armário que eu nem sabia que realmente estava dentro. Eu não lidei bem com o nosso caso. Não no início, e definitivamente não no final.
—No meio?
Ele ri com tristeza. —OK. Eu lidei bem no meio. Nós fomos bons juntos.
—Mas não durou. —Isso machuca meu peito. —Eu sinto muito.
Ele balança a cabeça. —Não precisa se desculpar. Eu precisava encontrar você.
—Psssii.
Seus olhos se acendem e ele toca meu rosto, seus dedos gentis, mas firmes enquanto segura minha cabeça, eu não posso me mover. —Não. Não pretendo que isso seja algo casual entre nós. Ou porque Hugh e eu temos uma história, nosso relacionamento é mais profundo ou mais significativo.
—Lachlan...
Ele pega minha mão e a empurra para o peito. Eu posso sentir seu coração bater, mais rápido do que eu esperava. Seu olhar não vacilou quando olha para o meu rosto. —Estou assustado pra caramba por talvez não descubrir o que é certo para dizer-lhe, antes de desistir de mim.
Oh. —Não. —Inclino-me e toco minha testa contra a dele. —Essa é a coisa certa a se dizer, mesmo.
—Eu quero tanto você. —Ele sussurra. —Cada minuto de todos os dias. Eu te desejei desde o primeiro minuto que eu te vi. E eu...
Pressiono minha boca contra a dele. Isso é o suficiente para esta noite. Não sei se o meu coração pode tomar mais. E no outro lado do corredor, há outro homem que também reivindicou o mesmo espaço.
Somos muito complicados para a palavra com “A”.
CAPÍTULO 26
LACHLAN
O LONGO FIM DE SEMANA chega a um fim quente e pegajoso, e quando Beth e Hugh deixam minha casa na noite de segunda-feira, eles precisam correr por uma forte tempestade para chegar aos seus carros.
O vento e a chuva intensificam durante a noite, e no início da manhã na terça-feira, alertas de notícias devastadoras começam a aparecer.
Três tornados. Um no sudoeste de Ontário, que causou danos à propriedade, mas sem lesões.
Mas em uma pequena cidade ao norte de Kingston, dois tornados causaram danos significativos. Muitas casas destruídas, metade da população da cidade foi deslocada, e pelo menos seis pessoas estão desaparecidas.
É um dos piores tornados da história canadense.
Eu não sou um político experiente. Eu me associei a isso, porém, então eu ouço coisas como ciclo de notícias e gerenciamento de respostas. Merdas como essas atingem os meus nervos, porque como policial, é minha preferência que as notícias e os políticos, permaneçam longe do trabalho de vida ou morte em respostas de emergência.
Por outro lado, aparentemente idiotas no Twitter já estão espalhando que Gavin não fez uma declaração.
—Seria uma boa ideia dizer alguma coisa antes que os noticiários da manhã acabem. —Diz o diretor de comunicação.
Em resposta, a diretora regional para desastres, que participava da reunião, deu seu aval. A menos que a declaração de apoio para o departamento dos bombeiros e da polícia local seja a mais curta possível, não há muito que dizer no momento. Tenha cuidado para não prometer nada com o qual não possamos cumprir.
Gavin assente. —Eu posso fazer isso.
O diretor de comunicação protesta. —As pessoas querem uma promessa de dólares federais. Eles querem que seja declarado estado de emergência.
—Essa é uma chamada provincial. —Gavin diz com serenidade. E ele já falou com o governador de Ontário, que está enfrentando pressão para não chamar. —Mas podemos prometer o apoio militar.
—Quanto isso vai custar?
Não vejo quem fez essa pergunta, a sala está cheia, mas a resposta de Gavin é exatamente a que quero ouvir. —Vai custar o que precisa custar. As pessoas perderam suas casas esta manhã. Provavelmente, também perderam os entes amados e vizinhos. Se você acha que há um limite financeiro na resposta federal a isso, a porta está logo ali.
Um silêncio atordoado paira pela sala por um momento, então, o som corre solto depois. Uma enxurrada de cortesia e alguns pontos de debate político não tão educados são jogados de um lado para o outro, mas os parâmetros foram definidos.
O primeiro-ministro quer que o governo federal repare isso o mais rápido possível.
No meio do dia, ele está com um humor horrível, porque sua breve declaração não foi bem aceita por seus críticos, e ele está tentando chegar a Beaumont.
—A logística de vocês parece um pesadelo. —Digo com franqueza, porque não puxo nenhum saco. Não posso, não se eu fizer meu trabalho corretamente. —Porque não é só você. É a mídia que o seguirá, mesmo se você tentar manter isso em paz. Não é como voar para uma zona de guerra, onde controlamos o acesso à mídia. Eles já estão acampados por lá. Você aparece, e o perímetro que foi estabelecido desmoronará.
Ele olha para mim por sobre o sanduíche de carne assada que Beth enfiou em suas mãos. —Um mês depois de ser eleito na Câmara, houve um deslizamento de terra na minha viagem, e eu estava em casa. Eu fui e ajudei. Pessoas gostaram disso. Não foi um golpe.
—Você não pode ajudar com a busca e o resgate.
—Eu percebo isso.
—Percebe mesmo? Seu trabalho aqui é fornecer liderança nacional, e infelizmente, significa que você não pode fazer coisas como simplesmente aparecer em uma zona de desastre.
—Sim. —Sua frustração se aprofunda.
—Isso é sobre outra coisa?
—Não. Sim. —Ele suspira. —Agora não é hora. Mas quero ser mais ousado e independente, respostas medíocres que parecem enlatadas e inúteis, mesmo que agora não haja nenhuma maneira que eu possa fazer qualquer outra coisa, ressalta o quanto eu me sinto inútil nesse papel.
Merda! Isso é outra coisa. Ele é o primeiro-ministro há um ano, e eu sei que foi um grande ajuste para ele. Ele é jovem e engajado, acostumado a ser grande, a ter vitórias impetuosas.
Mas está muito longe da minha competência, se ele está tendo algum tipo de... olho em volta. Não, só eu. Estamos sentados em seu escritório, com um almoço rápido.
Ele me dá um sorriso pesaroso. —Certo. Você não pode me ajudar sobre isso.
—Estou lisonjeado por você confiar em mim.
—Bah. —Ele limpa a boca com um guardanapo, então empurra-o na sacola de papel marrom em que chegou o sanduíche. —Estou apenas frustrado e posso confiar em você. Vai ficar tudo bem.
Beth bate na porta e enfia a cabeça. —Está na hora.
E então, nós saímos para outra rodada de reuniões e discursos e tomada de decisão em grande escala; o primeiro-ministro não pode fazer muito, além de jogar dinheiro em um problema que ele adoraria tentar corrigir ombro a ombro com as pessoas que precisam.
***
QUANDO GAVIN entra na Câmara dos Comuns para o período de perguntas naquela tarde, eu vou ao ginásio. Estou treinando a dez minutos, quando sou contatado pela segurança. Eu tenho um visitante, e ele passou pelo processo muitas vezes antes, mas não está na lista de convidados esperado para hoje.
Max Donovan. O melhor amigo do primeiro-ministro, a pessoa favorita de Beth para flertar antes de Hugh ter aparecido em cena, futuro pai com a bela Violet, e o homem de quem eu tenho me esquivado por algumas semanas.
Ele está esperando fora do meu escritório quando chego lá.
Aparentemente, ele está empenhado em planejar uma despedida de solteiro, e não adiante eu fingir que não está na agenda, pois não o fará ir embora.
—Lachlan, eu estava começando a me preocupar que você não gostava mais de mim. —Ele diz com um beicinho incorrigível.
—Eu gosto de muitas coisas sobre você, Max. —Abro minha porta e gesticulo para ele entrar. —Mas nossa amizade definitivamente estará em risco, se você insistir em planejar qualquer tipo de despedida de solteiro para Gavin.
—Eu tenho me preparado para este evento há vinte anos. Não me roube a alegria.
—Você não teve uma festa de despedida de solteiro em seu próprio casamento?
Ele agita sua mão com desdém. —Detalhes.
—Você decorou sua festa com vibradores.
—Eles eram paus festivos, não vibradores, e não fui eu. Eu dei a Corinne liberdade nas decorações.
O goleiro da nossa equipe de hóquei gosta de misturar arte e fetiche, mas esse não é o ponto. —Quanto tempo você os deixou depois da festa?
—Nós nos distraímos com as coisas da vida real.
—Eles ainda estão lá?
Ele faz uma careta. —Não.
—Ok, aqui está o acordo. Você, eu e Gavin podemos fazer alguma coisa privada com a equipe de hóquei. Não em sua masmorra. Nada relacionado a fetiche. Não tem nada a ver com quem está envolvido e tudo a ver com ... — Eu vou diminuindo. Max não tem autorização de segurança. —Qualquer coisa pode ser gravada. Qualquer lugar. Escaneamos a rua Sussex 24 constantemente, mas em qualquer outro lugar é muito arriscado. Para não mencionar que ele está constantemente ciente de como as coisas são.
—Então, vamos trazer a festa para ele.
—Sem strippers.
—Ok.
—Nem prostitutas.
—Claro.
—Nenhuma mulher paga por qualquer motivo.
—Então, o palhaço que contratei para fazer pintura facial?
—Max.
—Entendi. Cerveja, pizza e poker, tudo destinado a caridade. Isso é seguro o suficiente para você?
—Isso parece ótimo.
—Você sabe o que precisa, Lachlan?
Não posso esperar para ouvir isso. —O que?
—Uma pequena e doce sub para derrubar essa sua carranca da cabeça debaixo.
Ha. Eu sorrio e aponto para a porta. —Sinta-se livre para sair.
—Eu estou lhe dizendo, cara. Você precisa encontrar uma mulher. Você está precisando se liberar.
—Isso porque alguém interrompeu meu treino, a única hora de hoje que eu teria para mim mesmo. Cheguei às cinco horas, peguei seu melhor amigo às seis horas, e vou jantar aqui também. Estou bem, considerando tudo.
Ele me dá uma olhada curiosa. —O que está acontecendo?
Será que eu tenho: comi duas pessoas por todo o fim de semana escrito na minha testa? —Acabei de te falar.
—Eu sei, mas eu estava pensando na maior parte do último ano de seu mal humor. Você está realmente agradável hoje. —Ele aperta os dedos. —Você finalmente superou sua inibição sobre Beth. Sim? Vocês dois...
—Saia.
—Isso é sim. —Ele morde o lábio enquanto bate o punho contra a mão dele. —Eu sabia. Bom para vocês.
Merda! —Pare. Não. Beth... —Eu respiro fundo. Sou péssimo nisto. —Ela não quer que ninguém saiba. Estamos namorando. Sim. Nós não estamos criando um grande problema sobre isso. E ela se assustou quando mencionei a Gavin que jantamos juntos. Então mantenha isso.
—Lábios fechados.
Ele se despede finalmente, felizmente, e espero até que a porta feche atrás dele antes de gemer e descontar o estresse no disco de hóquei.
Porra!
CAPÍTULO 27
BETH
Em vez de correr para casa depois de um dia muito longo e tenso, eu aceitei um convite para fazer compras com Sasha Brewster, a dama de honra de Ellie. Bem, é mais como admirar vitrines para mim, porque Sasha é uma socialite.
Sasha e eu não compramos no mesmo nível. Nós nem compramos na mesma galáxia.
Ela parece pensar que precisamos de um novo guarda-roupa para o fim de semana do casamento na Colúmbia Britânica. Estou feliz em vê-la abrir caminho através da cara Holt Renfrew, e fazer anotações.
Além disso, ela é engraçada, e nada calma.
Além disso, curiosa. Recebo uma mensagem de Lachlan, e antes que eu possa clicar, ela está dando uma olhada no meu telefone. —De quem é a mensagem?
Eu coloco de volta na minha bolsa sem ler a mensagem. Não vou arriscar ela espreitar por cima do meu ombro. —Um cara que estou vendo.
Seus olhos estreitaram-se. —Se não é Lachlan, não conte a Ellie.
Eu rio. —Por que você pergunta quem é se você não gosta da resposta?
—Pensamento desejoso.
—Por que todos se preocupam tanto em nos juntar?
—Oh, qual é? —Ela me dá uma grande cara de descrença com os olhos arregalados. —Você sabe.
Respiro fundo. —Não. Sim. Mas, não.
—Vocês estão caidinhos um pelo outro.
—Não é tão simples. —Sempre soube que a vida real era mais complicada que os contos de fadas. Mas nunca esperava esse nível de complicação, mas ainda assim ... —Realmente não é tão simples.
—Era Lachlan? —Ela pressiona o dedo em seus lábios. —Prometo que posso manter um segredo.
—De Ellie?
—De todos. —Sua expressão é séria agora. —Honestamente, você não precisa me dizer. Mas... se você quiser, vou ser um cofre com isso. As fofocas secretas são ainda melhores do que as fofocas comuns.
Peso os prós e os contras de contar a ela. Em algum momento, Ellie pode mencionar isso de qualquer maneira. Inferno, Gavin pode falar embriagado no seu discurso de casamento. Ameaçar jogar o buquê de Ellie na cabeça de Lachlan ou algo estúpido assim.
Talvez eu devesse ignorar o casamento.
Fricciono meus dentes e aceno com a cabeça. —Sim, era Lachlan. Nós somos... meio que estamos namorando.
—Qual é a parte do meio?
—Esse não é exatamente o meu segredo para compartilhar.
Os olhos dela arregalam-se novamente. —Ah.
—Oh, nada.
—Não, acho que é algo. —Ela acena com a cabeça. —Eu gosto disso. Sua vida é fabulosamente interessante.
Ela não está errada. Dou-lhe um sorriso bobo. —Ei, onde seria um bom lugar para comprar lingerie?
***
NÓS vamos para uma boutique de ponta, claro, onde o dono ama Sasha, e lhe dá um desconto incrível para tudo na loja.
Sasha bate palmas como se fosse nosso dia de sorte, mas acho que sei porque. Quando finalmente paramos na cafeteria algumas quadras abaixo, eu com minha única bolsa, ela com duas muito maiores, respiro fundo. —Você organizou isso de alguma forma? O desconto? Você... me ajudou de alguma forma?
Ela franze o nariz. —Não. Embora sim, tipo isso. Mas não como você está pensando. —Ela se inclina e abaixa a voz. —Agora é sua vez de manter um segredo. Nem mesmo Ellie sabe disso. Essa loja? Eu sou sua sócia silenciosa. Possuo 49% e arrumei o capital. Então ela estendeu meu desconto para você, mas ela faz o mesmo com Ellie. Sem mensagens secretas ou algo assim.
—Oh! —Eu franzi o cenho. —E Ellie nunca questionou o desconto?
Ela ri. —Ela foi minha companheira de quarto durante séculos. E eu receber um desconto em uma loja, não é uma experiência estranha para ela. Além de lembrar de que a última coisa que uma pobre garotinha precisa é um desconto em cetim e renda, não, ela nunca perguntou.
Eu concordo. —Então, por que é um segredo?
Outro franzir do nariz. —Meu pai ficaria louco se descobrisse. A única razão pela qual ele não me arrastou para o negócio familiar, é porque eu sou uma estudante de tempo integral. Os projetos iniciais definitivamente não são permitidos.
—Permitidos? —Oh, eu quero dizer muito mais, mas talvez seja mais seguro se eu apenas ecoar essa única e carregada palavra.
Ela revira os olhos. —Eu sei. É estúpido. Totalmente estúpido.
Eu estava pensando mais como um controle perturbador, mas claro, totalmente estúpido serve também. —Como você se sente sobre isso?
—Eu odeio. Mas ele é meu pai. E até eu decidir que não quero nada com seu negócio, nós éramos carne e unha.
—No entanto, isso é.... a vida real. Você não obtém tudo o que quer sem quaisquer consequências para suas decisões... —Eu vou diminuindo. Merda. Eu sou a última pessoa indicada a dar a alguém uma palestra sobre bancar a Pollyanna10. —Eu sinto muito. Não é da minha conta.
Ela simplesmente dá de ombros. —Você não está errada. Eu sei que preciso ter aquela conversa com ele. Em breve.
—Tanto faz. Viva a sua vida o tempo que puder, da maneira que quiser.
Ela ergue uma das sobrancelhas de uma maneira bem “patricinha”, eu tenho certeza que não consigo fugir. —Isso parece uma dica sobre a sua vida fabulosamente interessante que eu quero saber mais um pouco.
—Boa tentativa. —Eu pisco. —Então? Alguma coisa que eu preciso fazer para a despedida de solteira?
Nós falamos sobre flores, não podemos evitar ter muitas, e adoráveis bem-casados, fofos em conceito, mas alguém realmente quer levar bem-casados para casa? E então, damos uma chamada rápida a Violet para atualizá-la também. Tudo está se juntando bem, o que é bom, porque estamos por um fio.
Claro que fiquei deliciosamente distraída.
Quando Sasha se desculpa para ir ao banheiro, eu verifico a mensagem de Lachlan, e fico muito feliz por ter esperado até que estivesse sozinha para ler.
Lachlan: Max imaginou que estamos nos vendo. Eu não sou muito bom em manter você em segredo.
Minha frustração é definitivamente aliviada pela segunda linha. Mais do que eu esperava. Na verdade, há uma sensação estranha e quente que floresce no meu peito.
Beth: Ok. Obrigado por me dizer.
Estou saindo com Sasha agora. Ela também está brincando de adivinhação.
Lachlan: Talvez seja inevitável.
Beth: Mas complicado...
Ele envia uma carinha sorridente em resposta. Não sei como decodificar isso, mas, se ele não estiver estressado, também não ficarei.
Eu vou para os meus contatos e clico no nome de Hugh.
Beth: Oi.
Não é a linha de abertura mais original, mas não sei como começar. “Então, as pessoas estão começando a assumir que Lachlan e eu somos um casal, e como você se sente sobre isso quando estamos ambos bem obcecados com você ficando nu?”
Hugh: Noite, linda. Dia longo, hein?
Beth: Sim. Estou fazendo compras agora.
Hugh: Comprou algo indecente?
Nós etrocamos mensagens sobre as minhas compras, e prometo enviar-lhe fotos da lingerie quando chegar em casa. Antes que eu possa falar sobre o motivo pelo qual comecei a enviar mensagens, Sasha retorna e coloco o telefone na minha bolsa.
Nós vamos voltar a isso novamente quando eu chegar em casa. E talvez, até lá, eu encontre coragem.
CAPÍTULO 28
HUGH
QUANDO CHEGUEI a Ottawa há dois meses, peguei o primeiro apartamento de um quarto com um aluguel baixo, recomendado para mim.
É perfeitamente bom para os meus propósitos, que consiste em: dormir, comer, malhar e me trocar.
Eu nem tenho TV. O cara que sublocou minha casa em Toronto me ofereceu um preço decente, e isso tornou a mudança muito mais fácil.
Agora estou sentado no meu velho sofá, o único mobiliário na sala principal do meu apartamento, e tentando não pensar em quanto tempo pode levar para Beth voltar para a sua casa.
Estou muito ansioso para continuar trocando mensagens com ela.
Inferno, se ela me convidasse esta noite, eu estaria lá em um instante, mesmo que nós dois tivéssemos que trabalhar de manhã. Estou definitivamente naquela fase inicial de um novo relacionamento, onde o sono é opcional, e todo encontro me deixa um pouco mais tonto e animado.
Talvez seja por isso que gosto de namorar. Eu sou um adolescente perpétuo por dentro, curtindo os picos emocionais como se estivesse navegando no Oceano Pacífico. Claro, há uma queda épica que é quase sempre inevitável, mas vale a pena.
Mas essa inquietação, essa ânsia, é incomum mesmo para mim.
Quando meu celular vibra, eu pulo. Estou sorrindo como um maldito idiota enquanto deslizo para ler a mensagem.
Beth: Casa. Apenas experimentei esse.
A imagem em anexo é bastante inofensiva, mas faz meu sangue bombear. Seda vermelha, pele cremosa. Eu deslizo até o fim do sofá para que possa me deitar sobre ele, e me preparo espalhando minhas pernas.
Eu só uso calções de ginástica, então, pegar meu pau grosso é fácil. Escrever de volta com apenas meu polegar prova ser um pouco mais difícil.
Hugh: Linda. Ainda vestida?
Beth: Tentando trocar.
Hugh: Foto, por favor.
Ela prontamente cumpre. A próxima imagem é um decote, com uma sombra tentadora. Minha boca saliva.
Hugh: Isso me deixou duro. E com fome.
Beth: Vou usá-los neste fim de semana.
Hugh: Não posso esperar. Você está gostosa.
Beth: E você é muito gentil.
Hugh: Estou me masturbando agora. Quem é gentil?
Beth: Estou corando!
Hugh: Bom.
Beth: Você está na cama?
Hugh: Em breve.
Beth: Eu também.
Imagino ela tirar o cetim e se esticar nua na cama, meu aperto aumenta. Hoje não é noite para sexo obsceno ao telefone.
Porra, me dói dizer isso.
Nós dois ficamos longe por algumas horas e ela comprou lingerie sexy.
Ela praticamente está implorando para eu sussurrar em seu ouvido até que ela goze com a mão presa entre suas coxas macias.
Beth: Então... boa noite ...
Hugh: Espera!
Beth: Esperando...
Hugh: Posso te ligar?
Beth: Claro.
A carinha sorridente que ela acrescenta é adorável. Foda-se. Eu vou fazer isso rápido.
***
NO DIA SEGUINTE, o horário do PM está como esperado, mas há uma tensão fervendo no Hill, porque todos sabemos que ele vai para Beaumont em algum momento. É como se alguém tivesse puxado o pino de uma granada na logística, e está apenas segurando.
Atire-a!
Mas não é assim que as visitas aos desastres naturais funcionam. Estou vagamente consciente disso por estar do outro lado deles. A inundação em Manitoba, uma tempestade de gelo em Quebec.
Quando a tarde chega e estamos seguros de que não vai acontecer hoje, eu vou para a academia para tentar melhorar o meu humor, mas o treino não ajuda.
Lachlan entra no vestiário quando estou saindo do chuveiro. Não estamos sozinhos, e ele nem sequer olha a toalha baixa na minha cintura.
Como gays, isso está enraizado em nós antes de entendermos que somos diferentes do esperado. Para mim, passar por hetero, passar por um irmão, é algo que ainda me arrepia por dentro. São os flashbacks do ensino médio, do bullying, sentimentos doentios de preocupação e desconfiança.
Agora, é fácil fingir que não estamos nos olhando, porque não é profissional, e esse é o nosso local de trabalho. Isso não é uma mentira.
Mas não é toda a verdade.
Eu saio antes que ele pegue as suas coisas em seu armário e tenha a chance de se virar.
A dor inquietante só piora, e quando ele me escreve dez minutos depois, eu quero ignorá-lo. Talvez mostrar a ele, mostrar a mim, que posso dominar esse sentimento.
Eu digo a mim mesmo que é só uma escolha olhar sua mensagem mesmo assim.
Lachlan: Quer tomar um café depois do trabalho?
O instinto de dizer não é forte. Eu o empurro.
Hugh: Sim. Beth também?
Lachlan: Ela diz que não até o fim de semana. Estou na mesa dela.
Hugh: Eu pensei que você fosse treinar.
Lachlan: Não. Apenas tomei um banho rápido. Estou fora até amanhã de manhã, no entanto. Encontro às sete na minha casa?
Ah. “Café”.
Hugh: Claro.
***
LACHLAN PRESSIONA-ME contra a parede na entrada da sua casa e me beija como um homem morrendo de sede, como se eu fosse um oásis.
É duro e exigente, seus lábios puxando os meus, sua língua empurrando profundamente sem convite.
—Teve um longo dia? —Pergunto mais ou menos quando o agarro e giro.
—Algo parecido.
Eu arranco sua camisa de dentro da calça, querendo seu interior duro e musculoso sob o meu toque. Eu espalmo meus dedos em sua barriga flexionada, e seguro a sua nuca com a outra mão. Ele levanta imediatamente, meu grande touro furioso.
—Aqui?
Ele acena com a cabeça. —Eu tenho lubrificante no meu bolso.
—Tenho que estar preparado para o café. —Digo, uma risada áspera marcando o final da minha declaração sarcástica, mas ele não se importa. Acho que ele quer esse jogo verbal tanto quanto o físico. Ele tem que ser educado durante todo o dia.
É bom voltar para casa e ter alguém para ser um pau. Para dar um pau também.
Mas ainda não transamos, e a entrada da sua casa não é o lugar para isso. Não estou tão em negação que não sei que vai ser pesado para mim depois de todo esse tempo.
Eu também vou querer segurá-lo depois.
Mas o lubrificante é bom para outras coisas. Pego o pacote de uso único dele depois de tirar minha camiseta.
Eu rasgo e aperto um pouco nos meus dedos enquanto o vejo desfazer os botões da camisa.
—Todos. —Rosno quando ele deixa a camisa ficar pendurada. Isso é quente como o inferno, mas quero sua carne nua. Os braços grandes, os ombros trabalhados, onde posso afundar meus dentes. —E, em seguida, abra meu jeans.
Ele me puxa mais perto, abrindo meu jeans primeiro, depois sua calça. Eu não estou vestindo nada sob meu jeans, e ele geme quando a ponta úmida do meu pau bate na sua mão. Ele circunda minha cabeça com o polegar, levanta a mão e a suga.
Porra!
Eu alcanço entre nós e seguro nossos paus com minha mão lubrificada. Nós dois sibilamos ao primeiro roçar de pele contra pele. Inclino minha testa contra a dele, e ele envolve seus braços em mim, com as mãos baixas na minha cintura, seu bíceps esticando enquanto ele segura nossos corpos. Nosso secreto, impulsivo, sexo furtivo na sua porta da frente.
Mas a inquietação que senti toda a semana desaparece, e estou cheio de um calor vertiginoso. Nossa respiração é pesada, sua sobrancelha sulca enquanto ele lança a cabeça para trás, o aroma do lubrificante e pré-gozo subindo entre nós.... está quente como o inferno, e certo pra caramba.
Eu digo seu nome, um gemido, e ele me envolve mais. —Venha aqui.
— Ele suspira.
Eu bato nele, nossos paus presos entre nossos corpos, e o roçar se transforma em uma moagem quando nos beijamos, duro e molhado. Um beijo que rompe com qualquer última pretensão de civilidade quando empurramos e balançamos juntos.
Seus quadris trituram contra os meus, e eu repito com força igual. Eu quero que ele goze duro e rápido. Quero que ele me pinte com sua necessidade reprimida que só eu posso consertar. Eu vou esfregar na minha pele como um distintivo de honra.
Ele envolve seus longos dedos na minha nuca e me mantém apertado. Quanto mais ele aperta, quanto mais eu sei que ele quer, mais safado eu fico. Eu deslizo minhas mãos de seus quadris para que eu possa apertar seu traseiro. Ele flexiona forte contra o meu toque invasor, mas não vou ter nada disso. Essa trincheira apertada, esse suave franzido.
Meu. Todo meu, porra!
E quando acaricio seu buraco, ele goza com força, como uma fonte na maldita Las Vegas.
Meu grande e sexy bruto.
Eu empurro ele de volta contra a parede e chego entre nós, agarrando seu pau quente, prendendo-o contra o meu. Eu os aponto para a minha barriga quando meu próprio orgasmo rasga por entre as minhas bolas.
Ele solta um longo e satisfeito suspiro assim que o deixo ir. —Eu precisava disso.
—Imaginei. Gostaria de falar sobre isso?
Ele hesita, então inclina a cabeça para a cozinha. —Sim. Café?
Eu sorrio e aceno para a minha barriga coberta. —Certo. Deixa eu me limpar primeiro.
***
NA MANHÃ SEGUINTE, enquanto estou arrastando meu corpo cansado da cama antes do amanhecer, porque fiquei na casa de Lachlan até quase meia-noite, as peças do quebra-cabeça finalmente clicam no lugar, e percebo qual é o problema.
Mesmo que eu os veja todos os dias, acho que sinto falta de Lachlan e Beth. Sinto falta deles juntos. Eu vi Lachlan ontem à noite, e Beth está falando sobre o fim de semana... e, no entanto, ainda tenho essa sensação estranha no meu peito.
Saudade.
Merda.
Eu tento me convencer que só estou sentindo falta deles. Sem saudade. Sem grandes sentimentos. Porque os vejo atrás das máscaras de decoro que me fazem querer desnudá-los. Porque me acabei neles, nu e, honestamente, durante quatro dias seguidos, durante um longo final de semana.
Porque conforme os segundos passam, os minutos passam e transformam-se em dias, posso ver que o fim de semana passado foi melhor do que esperávamos, foi perfeito.
Obviamente, falta a perfeição. Isso não é grande coisa.
A perfeição é fugaz, naquela maneira desesperada e sagrada que faz você pensar que todas as estrelas se alinharam, e você está tendo uma experiência única na vida.
Sim, conversamos sobre isso acontecer novamente, mas havia uma parte sólida em mim que não tinha certeza de que não seria um pensamento fugaz. Que nós retornaríamos novamente ao triângulo amoroso, em vez da tríade inesperadamente certa.
É isso aí, eu sinto falta deles, “nós”.
Estou deitado na cama, preguiçosamente acariciando outra ereção causada pela lembrança dos corpos unidos.
O que preciso fazer é parar de choramingar e traçar um plano se eu quiser reprimir os nervos dentro de mim.
Eu não gosto de ficar nervoso sobre um relacionamento.
Eu gosto de estar no controle, e isso geralmente significa uma definição clara do que é uma coisa e do que não é, antes de ficar muito profundo.
Isso não aconteceu dessa vez.
Também não aconteceu na primeira vez com Lachlan.
Mas aquilo foi uma tolice que não vou repetir. Não me apaixonarei desta vez. Aprendi minha lição.
CAPÍTULO 29
LACHLAN
QUINTA-FEIRA VEM E VAI. Gavin se estranha com um repórter quando ele perguntou sobre o acidente em Beaumont. Está indo devagar, e há algumas manobras acontecendo entre os níveis municipal, provincial e federal do governo. Mas o centro de sua resposta é uma tragédia excepcional que requer uma resposta excepcional, que deveria ser uma resposta “boa o suficiente”, na realidade, vira um não, e se perde, e o que fica o dia inteiro no noticiário, é o seu flash de raiva.
No final do dia, ele estabelece, amanhã vai para a Escola Primária de Beaumont e vai se fazer útil.
Não tenho certeza de que vai ser assim, mas elaboramos um plano de viagem funcional. Vamos dirigir, porque está a apenas duas horas de distância, e podemos levar a nossa própria segurança, então, não arrastaremos recursos locais. Eu envio um grupo avançado com uma tarefa dupla: encontrar um lugar para o Primeiro Ministro se reunir com os moradores desabrigados, ouvir diretamente o que eles precisam nas próximas setenta e duas horas, e relatar a informação inicial sobre essa questão para que ele possa levar algo com ele.
É um plano decente.
Ele descarrila antes mesmo de começar, por três bêbados intitulados Young Bucks, que em ternos, decidem mijar sua frustração com o governo literalmente, nos edifícios do Parlamento.
Então, a sexta-feira começa. Eu sou arrastado da cama às três horas da manhã por uma ligação de Corinne Smith, minha ex-parceira da sede do Quartel General da Polícia Montada, e goleira da nossa equipe de hóquei, quando realmente temos a chance de jogar. A polícia de Ottawa tomou a decisão de entregar os suspeitos para nós, e ela está me dando suas cabeças. Um dos caras presos é muito estúpido para calar-se sobre o quanto ele odeia Gavin, e começa a parecer que está ameaçando o primeiro ministro.
Isso esmaga meus planos para acompanhar o comboio do primeiro-ministro hoje, então, no caminho para interrogar os idiotas bêbados, acordo algumas pessoas.
—O que é? —Hugh responde ao telefone com a rouquidão do sono em sua saudação. Eu não deveria estar pensando o quanto a sua voz é boa ou quanto eu gostaria de acordá-lo rolando em vez de apertar o botão de chamada.
Eu o informo. —Preciso que você mude seu turno para os detalhes do PM esta manhã.
—Tô dentro.
Eu hesito. Há tanto que quero dizer, mas é mais fácil manter isso profissional em momentos assim.
—Obrigado.
Há uma hesitação dele no final também. —Sim claro. Até mais.
Na sede da Polícia Montada, dirijo-me às salas de entrevistas e falo primeiro com Corinne. Ela se desculpa pelo despertar no início da manhã, mas concordo com ela que é melhor prevenir do que remediar.
E assim que entro na primeira sala de entrevistas, percebo duas coisas muito rapidamente.
Um, esses idiotas não são uma ameaça à segurança nacional.
Dois, eu não me importo, porque eles são loucos que pensam que o mundo deve ser servido para eles em um prato.
Então, se eles precisam pensar que estão sendo investigados como ameaças a segurança nacional para tremerem de medo... está tudo bem para mim.
O cara com quem falo primeiro é aquele que o investigador acha que é mais um seguidor. Fraco e facilmente influenciável, embora não tenha vontade ainda de dar-lhe moleza, porque não gosto do lixo saindo de sua boca. Eu não demoro muito com ele antes de deixá-lo suando, e seguir em frente para o próximo.
Craig é o nome do idiota número dois, e ele está chateado.
Quando entrei, seu rosto se transforma em uma cortesia forçada, mas é preciso esforço de sua parte. —Mano. —Ele diz. —Tenho direitos. Estive esperando uma eternidade para ligar para o meu advogado.
Mano?
Pego a cadeira em frente a ele e giro-a para que possa montá-la. A merda mais estúpida para desarmar idiotas. —Pelo que eu entendi, todos vocês tiveram a chance de fazer uma ligação, e eles estão a caminho.
—Aquela vad... a outra policial não me deixou falar com meu advogado.
—É quatro horas da manhã, cara. —Dou de de ombros e ignoro o fato dele estar prestes a chamar Corinne de vadia. Cair nessa isca não me levaria a lugar algum. —É preciso algum tempo para que as pessoas coloquem as calças. Mas não vi nenhum advogado aqui pelo prédio. Embora, talvez, isso seja bom para nós. Podemos limpar isso antes dele chegar e fazer você ficar calado.
—Fazer-me?
—Você não quer ser transformado em um mártir do discurso livre, não é? Tenho o número do seu trabalho. —Há uma linha tênue aqui. Não posso ameaçá-lo, mesmo que eu queira. —A investigação sobre suas ameaças levará algum tempo. Melhor para você se ficar quieto.
—Eu não fiz nenhuma ameaça.
—Você disse... —Eu abri a pasta que Corinne me deu. —Alguém precisa ensinar esse abraçador de árvores uma lição que ele não esquecerá.
—Isso foi uma piada.
—Parece que estou rindo?
Ele franziu o cenho e afundou mais em sua cadeira.
—Vou falar com seu amigo ao lado. Pense sobre o tipo de atitude que você deseja que eu pergunte ao seu chefe quando entrar em contato, e dizer-lhe que você não vai voltar a trabalhar hoje.
—Nós apenas...
Levanto-me. —Levamos as ameaças a sério. Com licença.
O terceiro cara ainda está muito bêbado para conversar. Acho que isso não será levado judicialmente de forma séria, mas apenas no caso de ser, eu não gostaria de arriscar questionar alguém cujas palavras poderiam ser aproveitadas.
Em vez disso, vou para a sala de descanso e pego uma xícara de café da máquina. Está quente, e isso é tudo que posso dizer sobre ele.
Corinne me encontra lá e inclina a cabeça para as salas de entrevista.
—Chegaram os advogados.
—Bom. —Dreno minha xícara e jogo na lixeira. —Vamos levar esse show para a estrada.
Os advogados de defesa que contrataram não são tão familiares para mim. No ano em que estive no Parlamento Hill, eu só tive que descer e fazer isso duas vezes. Mas um deles me reconhece, e sabe que sou o chefe da segurança do PM.
Ajuda se eles souberem que estamos levando isso a sério.
—O que você quer aqui, Ross? Você não acha realmente que isso é um risco a segurança, não é?
Eu dou ao advogado um encolher de ombros. —Não presumo saber mais nada do que a evidência me diz. As palavras do seu cliente eram inflamáveis e perigosas. Até agora ouvi muitas desculpas e não muita autorreflexão ou compreensão da gravidade...
—OK. Dê-nos vinte minutos para conversar em particular.
—Certo. Usaremos esse tempo para redigir pedidos de mandados para suas contas de redes sociais.
Dezenove minutos depois, obtivemos desculpas cuidadosamente treinadas, e um plano para levá-los de volta para os policiais da cidade, que os processará por atos indecentes.
—Você entende que ainda monitoraremos seu comportamento no futuro? Nós não vamos fechar este caso até ter certeza de que foi um evento incômodo único.
Recebemos uma série de assentimentos desgostosos.
A boca de Corinne está se contorcendo enquanto caminhamos de volta para a mesa.
—O que?
—Eu estava esperando que você fosse mais duro com eles.
—Passar o dia se borrando de medo que seus chefes descubram que quase foram presos por emitir ameaças é punição suficiente. Idealmente, eu gostaria que eles aprendessem algo com isso.
—Você acha que isso vai acontecer?
Eu balanço minha cabeça. —Provavelmente não. Mas não quero endurecer seu ódio pelo primeiro ministro também.
—Você ficou suave no Hill. —Mas ela pisca, suavizando o que de outra forma seria uma acusação pungente.
Eu rio. —Se eles fossem uma ameaça real, eu não teria hesitado em derrubá-los, não se preocupe.
—Eu não estava preocupada. Desculpe arrastá-lo da cama.
—Não. Esse é o meu trabalho.
***
MEU celular está cheio de mensagens quando chego ao estacionamento, então vou direto para o Hill. O comboio está em andamento, e a equipe avançada reportou. A cidade está sendo inundada com coisas: doações de roupas, brinquedos e comida que provavelmente estragará. Infelizmente, o que eles precisam, é de abrigo.
O chefe de gabinete de Gavin, Stew, está esperando por mim quando eu volto para o escritório. Ele me acena da sala de conferência. —Parece que temos um bom plano. —Ele diz. —O exército tem tendas que não estão ruins. Grandes o suficiente para uma família de oito pessoas. Sem privacidade, mas espaçosa e pesada.
Eu concordo. —Sim. Eu vi aquelas nas bases.
Ele me apresenta uma equipe do Departamento de Defesa Nacional, que cobrirá a visita rápida que Gavin pode oferecer a cidade hoje, para que as pessoas possam sair do ginásio da escola.
Não deveria ter demorado quatro dias, mas é um plano sólido, e o primeiro-ministro vai gostar.
Paro na mesa de Beth para dizer bom dia quando a reunião acaba.
—Ouvi dizer que você não dormiu muito ontem à noite. —Ela diz calmamente.
Eu dou de ombros. —Acontece às vezes.
—Você quer ir para o Vale dos lençóis essa noite? —Ela pergunta inocentemente, mas o sorrisinho puxando os cantos de seus lábios, está perguntando muito mais. Ainda estamos combinados para o fim de semana?
—Eu vou ficar bem. —Digo em voz baixa. —Eu vou aproveitar o descanso. Hugh deverá voltar a tempo para jantar. Nós podemos cozinhar na minha casa.
—Soa perfeito.
Pego um de seus lápis e aceno um adeus antes de despedir-me.
Lá embaixo no meu escritório, ligo o noticiário e vejo a minha equipe fazer o trabalho dela. A cobertura é mais brilhante do que no início da semana, e Gavin, como ele sempre, aparece tão genuinamente preocupado sobre a situação no terreno, e o impacto a longo prazo sobre os residentes de Beaumont.
Ele tirou o casaco e as mangas da camisa estão enroladas, e as câmeras pegam parte de uma conversa com uma mãe solteira em lágrimas. Ela inclina-se para o lado dele enquanto ele diz gravemente que vai certificar-se de que as companhias de seguros cumpram suas obrigações.
E assim, ele retomou ao ciclo de notícias.
***
APÓS O ALMOÇO, recebo uma visitante. Ellie bate na porta do meu escritório, então põe a cabeça quando abre um pouco.
—É um bom momento?
Eu aceno para ela. Não perco que ela tem uma das pastas de arquivos roxas de Beth na mão. —Coisas do casamento?
Ela assente. —Eu tenho as respostas finais do RSVPs11 aqui. Beth vai enviá-los para você, mas tenho algumas anotações que você deveria estar ciente...
Do seu lado, ela tem um tio que teve um mau momento com a polícia Montada quando adolescente, e quarenta anos não diminuiu a sua aversão por nós. Isso me faz rir. Claro, podemos lidar com alguns aspectos sujos.
As outras notas foram facilmente tratadas. Este espetáculo de coordenador de casamento mostrou-se mais fácil do que eu esperava. —Você está ficando animada?
Ela irradia. —Sim. E obrigada por seu e-mail descrevendo as precauções sobre os paparazzi. Fez com que me sentisse muito melhor.
—Disponha.
Nós ficamos mais vinte minutos passando os últimos itens da lista de tarefas. Está bem menor agora, mas todo esse trabalho a mais, empurra meu dia mais do que eu teria gostado. Quando penso em almoçar, percebo que já são quatro horas da tarde.
Mesmo que meu dia tenha começado treze horas atrás, quero que esta noite seja boa. Xingo baixinho. Não fiz compras durante a semana e ainda tenho pelo menos uma hora ou duas de trabalho a fazer.
Pego minhas chaves e corro para o andar de cima. Gavin deverá estar de volta em breve, mas agora o escritório está quieto.
Beth não está em sua mesa, mas ouço a fotocopiadora trabalhando na sala ao virar a esquina, então eu a procuro lá.
Hoje ela está usando uma saia lápis e uma blusa de botão. A saia é cinza escuro e a blusa é azul claro. É uma roupa de trabalho totalmente apropriada, então culpo minha falta de sono por imediatamente saltar para uma fantasia de bibliotecária sacana, enquanto ela inclina-se para pegar seus papéis ao lado na cesta.
Eu balanço minha cabeça para limpar a neblina luxuriosa, então limpo minha garganta para chamar sua atenção. —Oi.
Ela se vira e me dá um sorriso caloroso. —Oi.
Uma faísca agora familiar brota entre nós. Eu quero tanto beijá-la que dói. Olho para sua boca que está com os lábios pressionados. Não, eu sei que não podemos, mesmo antes de arrastar meu olhar de volta para seus olhos brilhantes. —Esta noite. —Eu prometo em vez disso.
Ela pressiona a ponta dos dedos nos lábios. —Definitivamente.
Meu coração bate forte no meu peito. —Uh... —Aperto minha mão em punho, e as bordas afiadas das minhas chaves cortam minha palma. Certo. Eu asseguro. —Eu preciso fazer algumas compras para o jantar. Sinta-se livre para entrar.
Ela se aproxima e envolve seus dedos nas chaves. —OK.
—E arrume uma bolsa para a noite.
—Vou precisar de roupas? —Ela sussurra conspiratória.
—O tempo vai estar incrível. Talvez possamos sair em algum momento.
Ela pisca, e sim, é mais provável que a deixemos totalmente nua, assim como ela espera.
—Qualquer coisa pode acontecer.
Da sala principal do escritório vem uma enxurrada de ruídos. O primeiro ministro retornou.
Ela passa por mim e respiro fundo.
Provavelmente era uma má ideia eu segui-lá com os resquícios de tesão.
CAPÍTULO 30
BETH
ANTES DE DEIXAR O ESCRITÓRIO, encontrei um momento calmo para dizer a Hugh que iria para casa arrumar uma mala, depois iria para Lachlan. Então, não fico surpresa quando paro na entrada, e encontro Hugh inclinado contra o canto da casa, um sorriso preguiçoso no rosto.
Ele também esteve em casa e se trocou. Ele está vestindo uma camisa cinza escura sobre o jeans, e tem um par de óculos aviador também.
Ele parece em cada centímetro o bad boy irresistível que Lachlan e eu adoramos, e estou tão feliz que a semana tenha terminade e podemos fazer isso por uma noite ou duas.
Pego minha mochila, que ele tira de mim assim que chego até ele. Ele enrola seus dedos nos meus enquanto caminhamos até a porta da frente, mas não me beija até estarmos dentro. Eu coloco as chaves de Lachlan na mesa assim que Hugh acabou de deixar-me sem fôlego, e nós estamos em casa.
Eu realmente amo a casa de Lachlan. É pequena, mas ele fez algumas coisas inteligentes para que pareça maior, mais espaçosa do que seria de outra forma. E ele não teve medo de reformá-la e trazer uma estética moderna para o interior.
A sala é incrível, a cozinha é fantástica... mas, de longe, meu espaço favorito é o banheiro máster que ele colocou no seu quarto. Paro na entrada depois de colocar minha mochila ao lado da cômoda de Lachlan.
Hugh pressiona seu corpo grande e quente contra minhas costas, e puxa as extremidades ainda úmidas do meu cabelo. Eu não me incomodei em arrumar o meu cabelo como costumo fazer para o trabalho. Eles vão bagunçar tudo de qualquer maneira. Então deixei secar ao natural e as pontas estão virando para fora de todo jeito.
—Quer outro banho?
Eu sorrio. —Com companhia?
—Nunca se está limpo o suficiente.
—Humm. —Eu me contorço e passo minhas mãos sobre sua camisa, curtindo os cumes firmes por baixo. —Quando Lachlan chegar em casa? Podemos esfregá-lo da cabeça aos pés.
—Sim. Excelente plano. —Ele cobre a minha mão com a dele e leva meus dedos aos seus botões. Desafiando-me a abri-los. —Quer uma bebida enquanto esperamos?
Eu engulo com força enquanto desfaço o primeiro botão. Sua pele é quente e bronzeada, implorando-me para acariciá-lo enquanto revelo cada pedacinho delicioso. —Sim. Vinho, talvez?
—Nós devemos buscar. —Ele diz com voz rouca.
Desfaço outro botão. —Sim.
—Beth...
—Senti sua falta.
Ele toma minhas mãos com um gemido e me puxa antes de me deixar ir e colocar suas mãos no meu cabelo. Ele me mantém imóvel enquanto me beija suavemente. —Eu também senti sua falta. —Ele diz asperamente.
—Eu queria estar lá na noite de terça quando você gozou e. eu o estava ouvindo. Aquilo foi tão excitante. Está me matando fazer isso apenas uma vez por semana.
Uma vez por semana para um final de semana depravado. Mas eu sei o que ele quer dizer. Não parece suficiente.
Se estivéssemos namorando publicamente, nos veríamos muito mais.
Se estivéssemos namorando publicamente, não poderíamos manter nossas mãos longe um no outro.
E Lachlan.
Eu me afasto e cubro seu peito. —Vamos... pegar esse vinho.
Ele respira profundamente. —Sim.
—Ele estará em casa em breve.
—E nós temos todo o fim de semana.
—Humm.
Encontramos uma garrafa de vinho, taças e nos encostamos ao balcão enquanto brindamos a uma noite de folga.
Os minutos passam, e a nossa determinação de esperar por Lachlan permanece firme, mas pensamentos sacanas conseguem interferir na conversa de qualquer maneira. Quando ele termina a taça de vinho, Hugh me dá um olhar safado. —Você poderia contar ao Papai tudo sobre o seu dia.
Eu rio, mas o olhar em seus olhos é intenso, faminto, feroz e tira meu fôlego. Interessante. Mas não tenho vontade de jogar. Não esse jogo, de qualquer maneira. Eu seguro sua bochecha e suavizo minha voz, tornando-a sensual e terrivelmente inadequada. —Ou você poderia contar a Mamãe sobre o seu.
Ele geme e eu olho para baixo no seu corpo. Ele me permite verificar sua ereção crescente antes de segurar gentilmente meu queixo. —Eu vou colocá-la no meu colo.
Eu olho para ele. —Eu vou colocá-lo de joelhos.
Ele ergue as sobrancelhas, e eu sussurro, Oh, sim? O nosso impasse é interrompido pela abertura da porta da frente, e estamos rindo histericamente quando Lachlan se junta a nós na cozinha. Ele envolve seus braços ao meu redor e deixa cair um beijo ao lado do meu pescoço. —O que é tão engraçado?
—Hugh está tentando ter jogos sexuais em vez de me dizer como foi o seu dia.
—Isso porque o dia dele foi uma merda. O sexo também seria minha escolha.
—Eu estou namorando adolescentes. —Murmuro, mas giro para apertar Lachlan. —E foi uma longa semana para vocês. Eu sinto muito.
—Eu preciso tomar um banho. —Ele diz. —Mas comprei um bocado de coisas para o jantar. Deixe-me aquecer e depois...
—Nós podemos fazer isso. —Hugh diz. Ele pega a sacola de Lachlan. —O que você conseguiu?
—Marinado de frango, algumas saladas, baguette e bolo de chocolate para a sobremesa.
—Incrível. —Hugh desembala. —Como faço para cozinhar o frango?
Lachlan cruza com ele, tira a sacola das suas mãos e o beija com força na boca. —Você não.
Tomo um grande gole de vinho. Meu pai do céu, é quente quando se tocam. —Beije-o novamente. —Insisto. —Mostre a ele quem é o chefe.
Lachlan ri. —Ele é o chefe. —Mas puxa Hugh, exagerando o beijo desta vez, retardando-o e deixando-o safado para o meu benefício.
Eu. Então. Agradeço. O. Esforço.
Um gemido fraco escapa da minha boca enquanto me arrumo de volta contra o balcão. —Nós nos juntaremos a você em seu banho. —Bebo tudo da minha taça e coloco-a firmemente sobre o balcão. —Na verdade, vou começar.
Eu tiro meu top e jogo no chão da cozinha.
Então viro-me e deixo que eles me vejam ir embora. Há uma discussão, então a porta da geladeira abre e fecha rapidamente.
Quando estou no banheiro, eles estão bem atrás de mim, retirando seus trajes para a festa.
Excelente.
***
APÓS NOSSA CHUVEIRADA, que usa toda a água quente de Lachlan e três preservativos, nos vestimos, mais ou menos. Os caras colocam jeans. Visto uma das camisetas de Lachlan e roupas íntimas, porque não quero distraí-lo da tarefa de cozinhar o jantar.
Assim que está pronto, ele não coloca a mesa. Em vez disso, empilha três pratos ao lado do fogão. —Vamos assistir a um jogo enquanto comemos.
Eu não me incomodo em repetir minha queixa sobre namorados adolescentes. Eles não se importarão. E, na verdade, é a casa dele. Se ele estiver com vontade de comer na sala de estar, que seja assim.
Exceto que dois orgasmos no chuveiro enfraqueceram a minha cara de paisagem, geralmente decente, e Lachlan me apanha enquanto nos instalamos no sofá. Ele me dá um sorriso. —Você quer que voltemos à cozinha com nossos pratos, não é?
—Eu... —Eu tento relaxar minha postura. —Não. Está tudo bem.
Hugh dá uma gargalhada. Pois, de jeito nenhum ele acredita em mim, hilário. —Você está tensa por causa da comida?
Lachlan dá um olhar incrédulo. —Como você não notou isso sobre ela?
—Eu acho que fiquei distraído com o quanto a sua boceta é viciante. Porra!
Eu coro. —Eu não sou tão tensa. Ou eu não pensei que era. É só... vocês dois tem muita testosterona para um espaço tão pequeno. E vocês dois empilharam muita comida em seus pratos. Vou assistir ao jogo e tentar não pensar em partículas de alimentos voando, manchando o sofá e a...
Lachlan pousa o prato e me alcança, me arrastando para o seu colo.
—Você por acaso teve um dia ruim também?
Eu balanço minha cabeça, mas sim, talvez. Não sei. —Foi uma longa semana.
—Você está estressada.
Lágrimas quentes e inesperadas ardem atrás das minhas pálpebras, e eu aceno com a cabeça. —Talvez.
Ele esfrega o polegar ao longo da minha mandíbula e me dá um beijo. Seus lábios são macios, persuasivos, mas embaixo da minha bunda, eu o sinto ficar duro novamente. —O que posso fazer para que isso desapareça um pouco?
As possibilidades são infinitas. O sexo, por si só, mas não afastou tudo, claramente. Eu deslizo um olhar para Hugh, que acena com a mão. Sua chamada, ele está dizendo.
Minha mente começa a zumbir.
—Mas você precisa comer o seu jantar primeiro. —Hugh diz, ainda claramente se divertindo. —Aqui no sofá. Com partículas voando e tudo.
—Malvado. —Digo suavemente, mas é difícil me preocupar com qualquer coisa quando o polegar de Lachlan está lentamente trabalhando seu caminho devagar no topo do meu ombro.
—Você ouviu o homem. —Lachlan murmura no meu ouvido. —Vai ser uma boa garota.
Eu bufo. Não será um tipo de noite de Beth é uma boa menina. Hugh já recebeu essa mensagem mais cedo. Lachlan pode ter uma surpresa.
Estou me sentindo mandona.
Mas eu como meu jantar, como uma boa garota.
E quando eles estão limpando a cozinha, vou para o andar de cima e começo a bisbilhotar, porque eu sou também uma mulher deliciosamente má. Recentemente, ansiosa por explorar mais maneiras de ser impertinente.
Mas não quero amarrar Lachlan, exatamente. Pelo menos, não quero suspendê-lo. Eu pego a bolsa de algemas e pego as que eu reconheço.
Então volto minha atenção para a corda. Eu não preciso do material pesado que Hugh usou na última vez. Em vez disso, escolho um pacote azul que ficará divertido contra a pele de Lachlan.
Sim, tenho um plano.
Desço as escadas, atingindo o último degrau quando eles saem da cozinha.
—O que você estava fazendo lá em cima? —Hugh pergunta, seus olhos iluminando.
Seguro a corda. —Eu tenho um plano para o alívio do estresse.
Lachlan geme, mas também sorri.
Eu me movimento passando por eles e sigo direto para o quarto.
—O que exatamente você tem em mente? —Lachlan pergunta quando eu subo em sua cama. É realmente o tamanho perfeito para todos nós. Estou ansiosa para me enrolar entre eles esta noite.
Mas eu tenho uma ideia para usar isso em algo um pouco mais ativo primeiro. —Eu quero suas mãos atrás de você, tudo bem?
—Certo.
—E talvez amarrado...
Lachlan ri. —OK. Nós não precisamos das algemas e da corda. —Ele olha para Hugh. —Você sabe como fazer uma dragonfly sleeve12?
—Eu sei.
Lachlan balança os braços vagamente, e depois os reúne atrás de suas costas. —Então eu sou seu para me amarrar para a senhora.
Hugh me dá um sorriso. —Lembram-se de nossas palavras de segurança?
Aponto para Lachlan. —Alcaçuz. —Então eu toco meu peito. —Azeitonas. E você é repolho. E se alguém quer diminuir a velocidade, diremos bolinho.
—Excelente memória. —Hugh agarra a mão dele.
Entrego-lhe a corda e assisto com atenção, pois ele encontra o ponto médio e faz uma laçada exagerada. Cada volta passa por um braço e ergue-se sobre os ombros de Lachlan, como se estivesse usando uma mochila de corda. Então, Hugh faz um novo nó nas longas pontas penduradas, uma nova laçada, e essas voltas sobem nos braços de Lachlan também, ficando logo acima do bíceps. A terceira laçada vai abaixo da curva saliente dos seus músculos, quarta, quinta e sexta em seus antebraços, então seus braços têm uma escada elaborada entre eles.
Hugh puxa Lachlan de volta, aproxima-se para apalpar sua protuberância impressionante e sussurra na sua orelha.
—Saia da sua calça jeans. —Hugh ajuda com isso, dando umas boas apalpadas ao longo do caminho.
Assim que Lachlan está nu e amarrado, e eu sem palavras, aponto para ele chegar ao limite da cama.
Enrolo minha mão em torno de seu pau muito duro e acaricio gentilmente.
—Eu quero...
Seus olhos ficam nublados à medida que sua ereção cresce na minha mão, pulsa contra meus dedos enquanto eu o empurro.
—Qualquer coisa.
—Qualquer coisa?
—Sim. —Uma única sílaba, gutural e honesta.
—Eu quero sua boca. —Sussurro enquanto olho para ele. —E eu quero que Hugh tenha... o que ele quiser.
Ele empurra, e os braços dele esticam a corda amarrada. —Ele pode querer me foder.
—Não há nada sobre isso. —Hugh diz ao se juntar a nós, agora nu também. —É isso que você quer? A cabeça de Lachlan entre suas pernas e eu atrás dele?
Essa imagem me inunda com calor e eu aceno com a cabeça.
—Você é uma boa garota. —Ele diz, piscando quando chega a mesa de cabeceira. Ele lança lubrificante e alguns preservativos na cama. —Fique nua, ou será difícil para Lachlan te lamber. Ele não tem nenhuma das mãos para usar, você vê.
Eu sorrio e volto minha atenção para o meu amante amarrado. —Eu vejo. Essa é a situação que você entrou querido.
Lachlan flexiona, inflando o peito na minha mão. —Vou sobreviver.
Eu suspiro e o solto, me apoiando em um cotovelo enquanto tiro sua camiseta do meu corpo. —Eu não percebi que posso te amarrar e exigir que você vá para baixo em mim. Sinto-me como se estivesse faltando algo.
—Toda vez que você quiser, linda. Você nem precisa me amarrar.
—Mas isso é parte da diversão. —Eu paro em meu caminho, mostrando apenas a curva inferior dos meus seios. —Você me ensinará como fazer isso?
—Claro. Não agora, no entanto. Mostre-me seus seios.
—Estou ocupada aprendendo sobre o trabalho do nó.
—Não me faça implorar. —Ele geme.
Eu saio da minha camisa, porque ele não precisa implorar, não esta noite.
—Venha e se ajoelhe à minha frente enquanto tira sua calça. —Ele diz roucamente.
É um pouco estranho no começo, tentando tirar roupas íntimas enquanto me ajoelho e sou beijada e acariciada por um homem amarrado, mas enquanto seus lábios se arrastam no meu pescoço e na minha clavícula, calor desliza sobre minha pele. Inclino-me um pouco enquanto levanto um joelho, depois o outro, e de alguma forma funciona.
Na verdade, é louco e erótico que ele só possa usar a boca para me tocar, e quando eu caio para trás, ele se inclina e me segue com a boca.
Hugh se move ao redor da cama, me apoiando com os travesseiros e se deslocando enquanto Lachlan beija e suga meus peitos, minha barriga. Eu acho que ele me dá um chupão na curva logo acima do meu sexo, e quando eu levanto minha cabeça para ver, Hugh enfia outro travesseiro atrás de mim.
—Você não quer perder nada. —Ele diz suavemente enquanto se inclina para me beijar.
Não, eu não.
Minhas pernas se abrem quando Lachlan beija o vinco do meu quadril para a minha coxa, firme o suficiente para não me fazer cócegas, e na pele macia no topo da minha perna. Ele passa a cabeça para o lado, pressionando sua bochecha lá quando Hugh finalmente se posiciona atrás dele.
Todo músculo no corpo de Lachlan está tenso, e Hugh bate no seu quadril, pedindo que ele relaxe.
Lachlan ri. —Sem chance.
Hugh pisca para mim. —Não, você gosta quando é uma briga.
Essa é a segunda vez que ele diz isso, e isso me faz remexer de maneira deliciosa.
Mas quando Hugh pousa as mãos nos quadris de Lachlan, depois em seu traseiro, há uma mudança em seu corpo. A tensão muda, talvez, e quando Hugh acaricia o vinco entre suas nádegas, Lachlan não resiste.
—Faz um tempo. —Ele murmura, sua respiração quente contra mim. Volto minha atenção para ele. Sua cabeça ainda encostada na minha coxa e os olhos fechados. Sua boca está bem ao lado de meus grandes lábios e sua próxima inalação é longa e lenta.
Eu coro, envergonhada quando percebo que ele está respirando o meu aroma.
E fico louca, então...
Ah. Sua língua se diverte e lambe levemente meus lábios externos, então ele levanta a cabeça e lambe novamente, encontrando a minha umidade desta vez.
Eu espalho minhas pernas descaradamente, abrindo-me mais para ele, e percebo que vou ter que trabalhar aqui, porque ele não pode ajustar tanto sua posição.
Exceto que Hugh faça alguma coisa, e Lachlan avance, sua boca está aberta deslizando no meu sexo até que sua língua encontra o clitóris.
Empurro meu olhar de volta para Hugh. Ele tem um dedo ou dois dentro de Lachlan.
Preenchendo-o.
E com cada impulso lento de sua mão, Lachlan me lambe.
—Você pode tomar outro? —Hugh pergunta, e Lachlan geme. Sinto a vibração direto na minha alma.
Quando ele acena com a cabeça, Hugh retrocede e agarra mais lubrificante.
Meus olhos devem estar arregalados enquanto olho sem fôlego. Conheço a mecânica do último fim de semana, mas ele está usando mais lubrificante do que ele fez para o plugue, e eu realmente não tinha visto isso.
—Isso é tão quente. —Sussurro enquanto Hugh tira um grunhido de Lachlan.
Desta vez, quando eles começam a mudar de um lado para o outro, eu combino seu padrão, rolando meus quadris, me mantendo aberta para que Lachlan possa provocar melhor meu clitóris. Estou doendo por algo mais, como sua boca sugando-me, mas não há como pedir isso até Hugh estar realmente dentro dele.
Olho para o preservativo e Hugh segue meu olhar.
—Não muito tempo agora. —Ele promete. —Eu não posso esperar para entrar dentro dele.
Lachlan congela e eu corro meus dedos sobre seus cabelos. —Shhh.
—Sim, acaricie, isso é bom. —Hugh agarra a embalagem e abre, com o barulho do plástico Lachlan tenciona como uma corda. Ele avança, sua testa rolando para cima no meu quadril.
Eu esfrego suavemente a cabeça de Lachlan, pressionando-o contra meu corpo enquanto assisto Hugh se cobrir. Ele leva o seu tempo, ficando bem e duro, então se acaricia algumas vezes depois de coberto, espalhando o lubrificante.
—Ele está todo liso. —Murmuro, então faço um som suave enquanto Lachlan treme. —Você está bem?
Ele acena com a cabeça. —Eu quero isso.
—Bom. Eu quero assistir.
Ele faz um som estrangulado na garganta. Ooh, um ponto sensível. —Você já... foi observado?
Ele balança a cabeça no meu colo.
Isso é inebriante. O calor incha meus seios, deixa os meus mamilos apertados, enquanto penso que isso é um presente. —Eu não posso esperar. Isso é muito quente.
Ele exala grosseiramente, respiração quente flutuando sobre minha pele nua. —Sim?
—Oh, absolutamente. —Eu me desloco inquieta enquanto Hugh bate sua ereção contra a parte traseira de Lachlan. —Eu vou calar a boca agora.
Ele ri, depois geme quando Hugh espalha suas nádegas e esfrega a grande cabeça do seu pênis lá.
—Continue falando, Beth. —Hugh murmura. —Sim. Porra. Diga-lhe o que vê.
Estou me contorcendo agora. —Você está empurrando para dentro dele.
—Devagar. —Lachlan diz, sua voz tensa.
—Eu sei. —Hugh faz uma pausa, depois seus quadris se flexionam novamente, apenas um pouco. —Deixe-me entrar.
—Vai ser tão bom. —Sussurro enquanto toco o cabelo de Lachlan. Tempo para ele se distrair. Eu puxo seu rosto para minha buceta e rolo meus quadris, não mais nervosa com ele respirando o meu cheiro. Respirar? Quero esfregar tudo sobre ele, cobri-lo com sexo, então ele esquecerá sobre estar nervoso comigo observando Hugh levá-lo assim.
E funciona.
Ele mergulha, seus lábios e língua movendo-se com urgência sobre minha carne inchada. Cada lamber e impulso são elétricos, e os gritos guturais que ele faz também são eróticos.
Atrás dele, Hugh ergue a cabeça, inclinando o rosto para o teto. Eu olho através de olhos vidrados a maneira que seus músculos tensionam também. Duas bestas furiosas no cio na minha frente, ao meu comando.
—Era assim quando eram apenas vocês dois? —Pergunto. Uma pergunta notavelmente coerente sobre como me sinto confusa com o sexo.
Lachlan geme e Hugh acena lentamente. —Sim. Algo assim. Você é uma adição deliciosa. Você a ama, não é Lachlan?
Ele quer dizer o meu gosto, apenas isso.
Mas, quando Lachlan suga meu clitóris em sua boca, de repente, duro e exigente, uma onda de intensa emoção entra em mim. Eu empurro meu olhar de volta para o rosto de Hugh e ele me dá um sorriso torto e conhecido.
Deixo meu olhar na escada de cordas segurando os braços de Lachlan atrás das costas. Mais adiante, para onde Hugh está agora completamente dentro dele.
Sexo.
Concentre-se no sexo.
—Você está pronto para ser fodido, querido? —Eu puxo seu cabelo. —Isso é tão bom, assim. Continua sugando meu clitóris. E Hugh vai explodir sua mente.
Eu nem sei do que estou falando, mas parece quente e, francamente, não posso imaginar que ele consentiria se não fosse explodir a sua mente.
Ele sopra em mim, e eu sou um corpo em uma invasão.
Mas eu sei como é quando Hugh se desloca para dentro de mim, ocupando uma enorme quantidade de espaço onde normalmente não há nada além de anseio. E eu imagino levá-lo, tomar qualquer um deles, em minha bunda.
Isso me faz apertar, mas também me deixa quente e dolorida.
—Você é tão sortudo. —Sussurro. —Hugh é bom, não é? Posso dizer que ele está tomando seu tempo. Deixando você ajustar-se a grandeza dele. Quão grosso e duro.
—Eu tenho que ir devagar. —Diz o invasor, suas pálpebras pesadas e seus lábios inchados enquanto olha amorosamente onde Lachlan está esticado ao redor dele. —Ele é apertado.
Grande, grosso, duro. Apertado.
Palavras sacanas. Eu gosto de todas elas. —Ele parece bem?
—Incrívelmente, porra. Eu senti falta disso. —Ele avança, e Lachlan enrola sua língua ao redor do meu clitóris, choramingando com carinho para mim.
—Faça isso de novo. —Suspiro, e Hugh faz, e Lachlan também, e é tão indecente, tão pecaminoso que quero gritar.
Hugh solta seu controle sobre Lachlan, seus grandes e grossos dedos enrolando nas cordas, e eu me perco no ritmo dos nossos corpos, no impulso e a atração do sexo. O calor desliza sob a superfície da minha, e o suor brilha suave nos braços enormes de Lachlan, ele também sente isso.
Hugh parece calmo e relaxado, o homem safado que ele é. Mas o seu olhar revela que isso é extraordinariamente quente para ele também. No fundo, ele está louco por isso. Louco por nós juntos, espalhados na cama na frente dele.
Eu seguro meus peitos, puxando meus mamilos. Dando um pequeno show. Tocando-me, tocando Lachlan também. Hugh gosta mais quando mantenho a cabeça de Lachlan entre minhas pernas e me desfaço, puxando minhas coxas para cima e depois espalhando-as bem abertas.
—Ele está me deixando louca. —Digo a Hugh, minha voz agitada. —Sua boca é tão boa.
—Sua boceta tem gosto de magia, é por isso. Eu quero um gosto para mim quando terminarmos.
—Eu estarei morta quando terminarmos.
—Eu vou te trazer de volta à vida com a minha língua.
—Isso também é mágico?
—Você sabe disso. —Ele rosna e balança os quadris.
Lachlan levanta a cabeça e me dá um olhar bêbado de sexo. —Você é uma mulher má e maravilhosa. —Ele diz, suas palavras arrastando um pouco.
—Você gosta disso.
—Deus, sim.
—Você está bem?
—Uh hum. — Ele lambe os lábios. —Você pode ter mais duro. Sente-se no meu rosto.
Há um conflito selvagem de excitação e fome enquanto eu alcanço seu cabelo novamente. Meus dedos emaranhados nos fios curtos, então eu simplesmente espalho meus dedos. Eu mantenho sua cabeça imóvel enquanto roço contra sua boca, minúsculos movimentos agora, tão perto... subindo, subindo... meu clitóris pulsa enquanto o esfrego contra seus lábios. Não é suficiente, mas é tão bom, e ainda estou subindo. Eu acho que talvez eu poderia manter a corda para sempre.
Eu puxo sua cabeça para o lado, e ele continua lambendo e sugando lá. Minha coxa, a curva do meu quadril, o topo do meu sexo. Hugh está movendo-o por todo o lugar agora, e eu o deixo ir.
Preciso da minha mão para me acariciar.
E eu quero liberá-lo do seu dever de me agradar, liberá-lo para seu próprio prazer.
Flexiono minha perna sob seu rosto. Seus olhos estão fechados, sua testa franzida, e seus lábios separados.
Ele é uma estátua grega esculpida, inclinada para frente, sendo devastada. —Goze para ele, Lachlan.
Um gemido fraco desliza sobre seus lábios, e minhas pálpebras flutuam enquanto esse som sexy puxa algo dentro de mim. Eu rolo minha cabeça e olho para Hugh. Seu rosto também está contorcido.
Estamos todos perto.
Acho que Lachlan vai primeiro. Ele estremece, em seguida, todos os músculos flexionam-se contra as cordas amarradas, e então, Hugh está xingando e mantendo-se no fundo do nosso amante. Eu imagino como isso parece. É uma luta ficar dentro? Será que é tão bom quando ele se agarra?
Fico rapidamente aquecida, sinto um calor profundo dentro de mim. Eu quero sentir isso. Quero que Hugh me leve lá, algum dia. Talvez em breve.
Meu rosto está em chamas enquanto esfrego meu clitóris mais rápido, minha buceta e bunda apertando para serem preenchidas.
Em breve.
E por enquanto, eu tenho o peso pesado de Lachlan na minha perna, e o olhar de Hugh está preso nos meus dedos enquanto eu fico sobre a borda.
Um deles me diz que eu sou linda enquanto caio em queda livre, o clímax ricocheteando por mim.
Então Hugh cai para frente, apoiando uma das mãos contra a cama enquanto a outra solta a corda. Eu saio de Lachlan e o ajudo a se soltar, então, esfrego seus ombros enquanto ele senta e inclina-se contra Hugh.
Ambos me dão sorrisos preguiçosos e felizes.
—Isso foi bom, certo? —Meu coração está batendo forte no meu peito.
Lachlan abre seus braços. —Venha aqui.
Eu caio nele, e ele beija o topo da minha cabeça, então enterro meu rosto em seu peito. Eu os ouço se beijando acima de mim, e estou tão feliz, que me pergunto se eu poderia explodir.
Depois de alguns minutos, Hugh desaparece para pegar uma toalha. Lachlan suspira quando não é tão quente quanto ele esperava, e Hugh apenas encolhe os ombros.
—Beth fica com a mais quente. Você tem o que você merece.
—Idiota. —Mas Lachlan o puxa para perto e o beija novamente, e eu quero tirar uma foto de como eles estão se olhando.
Eu amo vocês dois.
É o pensamento mais louco e perigoso. Mas é verdade.
No entanto, não posso dizer isso em voz alta. Vou enterrar isso profundamente, meu pequeno segredo.
Nós nos arrastamos para a cama, eu no meio, e Lachlan acaricia minha bochecha. —Isso foi bom para aliviar o estresse?
—Isso foi perfeito.
—Depois do casamento, tudo vai se acalmar. Então teremos o verão para explorar essa coisa entre nós três em detalhes.
—Detalhes? —Hugh pergunta, prazer dançando em sua voz.
Lachlan pisca. —Grande detalhe. Íntimo, cuidadoso, de perto... detalhe.
Eu torço meus braços ao redor, então eu estou abraçando os dois. —Não posso esperar.
—E eu tenho outra surpresa para vocês dois. — Lachlan diz.
—O que?
—Eu finalizei o horário de viagem esta tarde. Sem manipulações inapropriadas da minha parte, Hugh e eu estamos fora do calendário rotativo para a lua de mel do primeiro ministro.
—Oh. — Meus olhos arregalam-se, e esperança salta no meu peito.
—Então, podemos ter algum tempo livre juntos?
Ele acena com a cabeça. —Eu acho que devemos alugar uma cabana por alguns dias depois do casamento, você não acha?
Eu coloco meus braços ao redor do seu pescoço. —Você é um gênio. — Eu beijo sua boca forte, depois giro ao redor e beijo Hugh, que está rindo de mim.
—Somente nós três, cercados pela natureza. Montanhas, talvez?
—Você quer montanhas?
—Sim.
—Então você as terá.
CAPÍTULO 31
HUGH
Junho
NUNCA FUI fã de casamentos. Talvez eu tenha ido para os errados, mas a promessa de damas de honra fáceis ou a coisa de padrinhos curiosos, nunca me deixou relaxado.
Este casamento, no entanto, pode mudar minha opinião. Por um lado, enquanto Beth e Lachlan não são oficialmente dama de honra e padrinho, definitivamente tenho sorte com os dois. E por outro, o cenário é mágico.
O suficiente para conquistar até a menos romântica das almas.
Gavin e Ellie estão se casando em uma tenda de uma pousada acima de Squamish, uma pitoresca cidade de exploração madeireira a meio caminho entre Vancouver e Whistler.
E apesar do fato de que estou trabalhando, implementando nossas medidas de segurança, posso aproveitar mais a beleza desta vez.
Dois dias atrás, eu estava aqui com a equipe avançada avaliando o lugar e estabelecendo um protocolo de segurança, e minha atenção estava focada em encontrar todos os furos de segurança, e encontrar formas de tapá-los.
Há muitas trilhas ao redor do local que são facilmente acessíveis sem o auxílio do teleférico, para qualquer um que esteja disposto a fazer uma caminhada trabalhosa.
E Squamish não tem escassez de pessoas, e assim, cortar o acesso público, mesmo que por um dia, é quase sem chance.
Como um ávido excursionista, Gavin nem sequer consideraria essa ideia.
Em vez disso, optamos por restringir o acesso a tenda onde o casamento e a recepção serão realizados, e configurar um perímetro secundário de câmeras remotas que serão monitoradas a partir de uma central de comando móvel.
Felizmente, os paparazzi são a nossa maior preocupação de segurança. Conseguimos organizar uma zona de exclusão aérea em torno do local, e acesso restrito à ponte suspensa e à área de visualização, de modo que seria necessário um fotógrafo intrépido e poderoso, arrastando uma dessas lentes teleobjetivas de grande porte, para obter qualquer tipo de foto, muito menos uma que valha a pena vender.
Encontrei os três meninos de Stew e Adrienne na ponte suspensa enquanto voltava para a tenda. —Onde vocês estão indo?
—Papai disse que poderíamos explorar as trilhas hoje, e se formos bem comportados no casamento amanhã, podemos fazer tirolesa em Whistler antes de voltarmos para Ottawa. —Alan diz com muita pressa. Eu me sinto meio presunçoso por poder ser capaz de diferenciar os gêmeos. Não é difícil se você está prestando atenção. Alan tem uma pequena cicatriz acima do olho direito. Eric não. Infelizmente, algumas pessoas não parecem se incomodar. Eu rio quando ouço uma criança chamar Eric de ‘o outro Alan,’ no entanto.
—Parece um acordo justo. Tentem não se perder.
—Oh, Daniel tem um mapa. —Eric diz, apontando para o seu irmão mais velho. —Ele está nos Venturers. Isso é para onde você vai quando é muito velho para ser um escoteiro.
—Nesse caso, divirtam-se explorando.
Uma família tão agradável.
Meu celular vibra antes de emitir o toque de Lachlan no meu bolso do casaco. Estou um pouco assustado com o som, especialmente no silêncio da floresta.
Na maioria das vezes, meu celular está configurado para apenas vibrar, mas estar cercado por pessoas durante três dias e praticamente sem privacidade, Lachlan, Beth e eu configuramos toques para facilitar a conversa em particular.
—Ei, Lachlan, o que há?
—Você está quase pronto? As coisas já estão prontas aqui. Só estamos esperando Ellie.
Dou uma leve risada. Ele está preocupado que eu vá ofuscar a noiva, e chegar depois dela vai fará isso, interrompendo o ensaio propriamente dito.
—Relaxe, estou apenas a alguns minutos.
—Você está a meio caminho da passarela?
—Você sabe que estou.
Ele solta um longo suspiro. —Se presse. Parece que você está em um passeio de domingo.
Eu suprimo meu desejo de mostrar-lhe o dedo, mas aumento o ritmo.
Quando volto para a tenda, Beth está tomando uma taça de champanhe com Gavin enquanto aguardam sua futura noiva chegar para o ensaio.
Ela está radiante. Eu quero andar até lá, puxá-la nos meus braços e beijá-la sem sentido. Duas coisas me impedem de fazer exatamente isso.
Estou de serviço. E o nosso caso é um segredo.
Um grande segredo sujo.
Lachlan está a poucos passos de distância. Seus olhos estão constantemente movendo-se, procurando pela mínima coisa fora do lugar. Eu amo esse olhar. Pode ter sido o que primeiro me atraiu para ele todos aqueles anos atrás.
Outro grande segredo sujo.
Normalmente, eu amo segredos. Eu gosto disso. Especialmente quando são deliciosamente imundos. O proibido pode ser tão irresistivelmente tentador.
Mas não desta vez.
Tudo nessa brincadeira não parece bem. Ela corrói minhas entranhas.
Normalmente, eu amo essas merdas que não parecem certas. Essa é a minha especialidade. Mas depois de dois meses maravilhosos, hoje estou cheio de sentimentos estranhos e desconhecidos.
Culpa, talvez. Parece desrespeitoso ser a razão pela qual Lachlan e Beth têm que esconder seus sentimentos.
Se não fosse por mim...
Meus pensamentos desaparecem quando Ellie aparece.
Ela parece deslumbrante em um vestido marfim estampado e esvoaçante que vai até os joelhos. É um pouco mais formal do que um vestido de verão, mas ela parece confortável.
Os olhos de Gavin se iluminam logo que a vê. Ele cruza o espaço para encontrá-la, depois a puxa para os seus braços e a beija como se ninguém estivesse assistindo.
Eu roubo um olhar para Beth, depois Lachlan. Estou no caminho deles?
CAPÍTULO 32
BETH
UM DOS muitos presentes de casamento de Sasha para Ellie, foi organizar uma equipe de profissionais de beleza para nos mimar na manhã do casamento.
Eles aparecem antes das seis horas, trazendo bandejas de café da Starbucks, então eu os amo.
—Estávamos esperando os baristas abrirem a porta. —Diz a maquiadora.
—Vocês são deusas. —Sussurro enquanto envolvo minhas mãos em torno de um café com leite vaporizado, e me pergunto se talvez eu possa ter apenas mais alguns minutos de sono enquanto sento aqui e respiro.
Acho que Hugh e Lachlan saíram do meu quarto por volta das três horas da manhã. Não dormi o suficiente, mas valeu a pena.
O cabelo é a primeira coisa na lista. É um deleite ter alguém para endireita-lo, e quando o meu cabelo está tão elegante quanto pode ser, o estilista acrescenta alguns detalhes delicados de strass que capturam a luz quando eu me viro.
O café da manhã chega as sete horas, e no meio dos carrinhos do serviço de quarto, há um balde de gelo com duas garrafas de champanhe que parecem custar uma quantidade obscena de dinheiro.
—Sasha, isso é incrível. —Ellie diz quando coloca um morango na boca.
A dama de honra balança a cabeça. —Não fui eu. Deve ter sido o seu futuro marido.
Violet, que escapou de despertar as cinco e trinta da manhão por causa do crescimento de um ser humano dentro dela, e por ter um médico protetor como marido, acabou de se juntar a nós, então pegou uma garrafa de suco de frutas borbulhante. —E ele pensou em mim também.
A mãe de Gavin, uma mulher incrivelmente elegante que intimida a todos, incluindo o Primeiro Ministro, ergue-se e olha para a bandeja, então acha um cartãozinho branco dobrado no canto. Olhos de águia, aquela mulher. Mas ela provavelmente dormiu uma noite inteira na noite passada. —Dia de jogo. Combustível! —Ela lê no cartão, depois olha para baixo e franze a testa para Ellie. —Quem é Tate Nilsson?
—Um amigo de Gavin. Um jogador de hóquei. —Ellie acrescenta, surpresa. —Isso foi realmente legal da parte dele. Ele vem hoje, então precisamos nos lembrar de agradecê-lo. —Ela agita seus dedos para Sasha. —Talvez você possa dizer algo no seu discurso?
—Hã... —Sasha franze o nariz. —Mesmo?
—Sim, com certeza. Seja legal.
—Ele é um... —Ela para e olha para a mãe de Gavin, e a mãe de Ellie, e então aperta os lábios e assente com a cabeça. —Tudo bem.
Não tenho certeza de como exatamente Tate errou com Sasha. Ele é um playboy, que pode ter sido o que ela iria dizer, mas um idiota ou um imbecil pomposo poderia ter sido provável também. Ele é o capitão do Ottawa Senators, e um amigo de Lachlan e Gavin. Ele até joga hóquei com eles na baixa temporada para se divertir.
E ele estava na festa de Natal de Max, que eu fui com Sasha.
Mas não acho que eles tiveram algum desentendimento naquela noite.
É curioso, mas não me importo agora. Ele nos comprou champanhe cara, e eu quero um pouco.
Café da manhã de casamento dos campeões.
A próxima hora gira em um redemoinho de instruções de maquiagem. Em um ponto, eu saio ao corredor para pegar mais gelo, e encontro Hugh guardando a entrada do elevador para o nosso andar. Ele tem um fone na orelha, e já os vi usando esses antes, é claro, mas há algo nessa borbulhante manhã que o faz parecer muito atraente.
Ele dá uma olhada no meu rosto provavelmente rosa e ri. —Divertindo-se?
—Eu. Amo. Casamentos.
—Sim? Eu não pude notar.
Dou uma voltinha no meu lindo vestido. —Nós dançaremos mais tarde, certo? Este vestido foi feito para dançar.
—Com certeza foi. —Sua voz diminui um tom. —Mal posso esperar para tirar você dele também.
—Humm, homem travesso. —Paro e toco o meu dedo contra meu lábio. —Eu estava em uma missão aqui.
Ele aponta para o balde na minha outra mão. —Gelo?
—Sim!
—Vocês têm comida naquela suíte? —Ele chama depois de me afastar.
—Sim!
—Comeu algo?
—Talvez! —Mas ele está certo, então, quando volto para o quarto, mordisco cuidadosamente um bagel.
Não é que eu esteja bêbada. É que... agora que o hoje chegou, estou realmente animada pelo meu chefe. E sua linda noiva. O amor no ar é palpável. O discurso de Gavin no ensaio de ontem à noite me fez chorar da melhor maneira.
Ok, eu posso estar um pouco bêbada.
Eu espalhei um pouco de requeijão no meu bagel e abandono minha taça de champanhe. Obrigada, Tate, mas isso é o suficiente por agora.
Já que voamos por todo o país para este casamento, esta é a primeira vez que Ellie teve a chance de conhecer a maquiadora, e leva algum tempo até que ela esteja feliz com sua aparência. É importante para ela que ainda se pareça com ela mesma, e quando finalmente terminam, ela ainda era.
Uma versão mágica de fada.
Seu vestido é deslumbrante, um decote em V, uma larga saia de chiffon, uma palidez quente e brilhante que definitivamente não é branco, porque é Ellie, não tão tradicional, mas ainda completamente nupcial. Como o interior de uma concha, e ela é a pérola no centro.
Seus cabelos estavam em cachos soltos, que caem levemente do penteado, e ela tem a mais incrível não-completamente-uma-tiara trabalhada. É um arranjo de flores de strass e pérolas num ramo, delicado e etéreo de se olhar.
Ela gira alegremente, seus dedos enfiados nos bolsos secretos dos quais ela está bastante orgulhosa.
Os bolsos são importantes. Entendi.
—Você tem algo azul? —Sua mãe se aborrece.
Ellie toma sua mão e responde em um francês baixinho. —Não preciso de superstições para trazer sorte ao meu casamento, mamãe.
—É a maneira de fazer as coisas.
Ela apenas sorri. —É hora de ir, sim?
Em um aceno para a tradição, Ellie vai para o local do casamento com seus pais. Nos últimos dois dias, eu os vi sendo educados um com o outro, mas não são próximos. Os pais dela são doces, mas muito tradicionais.
Eu me pergunto quantas vezes na próxima hora algum problema antigo ou algo novo voltará a aparecer.
Sasha e Ellie trocam um olhar sem palavras, depois nos dirigimos ao lobby, Hugh nos escolta antes que ele volte para trazer Ellie. Ele não precisa fazer isso, mas hoje há exceções sendo feitas. Algo cavalheiresco, na verdade, não por razões de segurança.
O romance está no ar.
Ele acena para o nosso carro. Max já está no local do casamento com Gavin, então temos um carro alugado para nos conduzir. Violet fica na frente, Sasha e eu nos acomodamos atrás.
Quando chegamos ao estacionamento para o Sea to Sky Gondola13, somos impedidos por um guarda da Polícia Montada, que verifica nossos nomes em uma lista de convidados antes de nos permitir entrar. A maioria dos convidados do casamento estão chegando a Squamish de Vancouver em ônibus alugados, principalmente para evitar um irritante ponto de estrangulamento totalmente não romântico aqui, enquanto se verificam as credenciais. De acordo com o cronograma cuidadosamente feito por Lachlan, esse comboio partiria de Vancouver as quinze para as nove da manhã, e já deveria estar aqui, com os hóspedes a caminho da pousada no topo da montanha.
Nosso motorista para na impressionante porta da frente de madeira e estrutura de vidro chamado Base Camp.
Ele ajuda Violet primeiro, depois abre minha porta. Sasha está prestes a abrir sua própria porta quando um carro vermelho brilhante eesportivo, algo chamativo e muito baixo, totalmente impraticável, entra no estacionamento.
Na verdade, não chegou perto do nosso carro, mas ela se afasta da sua porta e desliza para sair no lado do passageiro mesmo assim.
—Eu não percebi que Ellie havia convidado alguns idiotas. —Ela murmura, e eu cubro minha boca tentando sufocar uma risada enquanto olho por ela para verificar quem é, e avaliar o quanto isso está prestes a tornar-se estranho, porque quem quer que seja, provavelmente pegará o teleférico com elas.
Uma caminhonete prata também para, e eu tento trazer a lista de convidados na minha cabeça, descobrindo quem estaria dirigindo até aqui. A família de Gavin e outros convidados que vivem perto daqui. Mas mesmo as pessoas em Vancouver encontrariam os ônibus no Fairmont Vancouver, para que possam ter uma volta no final da tarde, embriagados.
A identidade de ambos os motoristas misteriosos logo fica clara à medida que eles saem de seus respectivos veículos, e se encontram no meio do estacionamento para apertar as mãos.
O demônio da velocidade não é outro senão Tate Nilsson.
Eu olho de lado para Sasha e ela está revirando os olhos. —Claro, por que não estou surpresa? —Ela suspira profundamente. —Você sabe quem é aquele de barba com quem ele está falando?
Violet balança a cabeça. —Nenhuma pista.
Eu sei quem é, no entanto. —Esse é Jack Benton. Ele é o dono do Vancouver Lumberjacks. Ele é muito amigo de Gavin. —Não me importo em dar-lhes sua biografia completa. Não é a hora, nem é meu lugar.
Sasha estala os dedos. —Certo. Eu o conheci quando era criança.
Eu sufoco com a lembrança de que ela é mais jovem que eu, tempo suficiente para ser uma criança que achava Jack um adulto. —Ele não é muito mais velho do que Gavin. —Acho que ele está no início dos quarenta anos.
—Meu pai o levou para jantar em algum momento. Ele me chamou de fofa.
Violet sorri. —E você vai trazer isso hoje, não é?
Sasha nos dá um olhar inocente. —Veremos até onde o dia vai.
—Talvez aguardemos para rasgar os convidados atraentes até depois da cerimônia. Venha. —Eu aceno com a cabeça para o edifício que precisamos ir para pegar o teleférico que nos levará até a montanha.
No interior, encontramos uma pequena fila de convidados e entramos nela. Sinais afixados explicam que os teleféricos podem levar oito pessoas de cada vez, e com certeza, Tate e Jack estarão na fila logo atrás de nós antes de chegarmos ao ponto de saída.
—Olá, senhoras. —Tate levanta a mão para Violet primeiro. —Violet, você parece deslumbrante. Você teve um bom café da manhã?
—Nós tivemos, obrigada. —Ela pega sua mão e em vez de sacudi-la, ele a levanta e roça seus lábios contra os nódulos dos dedos.
Então ele pisca. —Como está aquele ursinho gigante? Você encontrou um lugar para ele no quarto do bebê?
Ela ri em voz alta. —Encontramos. Ele realmente ocupa todo o quarto do bebê, mas está tudo bem.
—Ursinho gigante? Eu não ouvi essa história. —Sasha olha para Violet, depois para Tate, mas apenas por um segundo antes de girar em direção a Jack. —Sasha Brewster, por sinal.
—Jack Benton. —Ele diz, estendendo a mão. Ele move-se como Lachlan, firme, movimentos controlados de um corpo grande e amplo. Sua voz é lenta e profunda, e sua expressão é solidamente neutra.
—Nos encontramos uma vez. —Ela diz. —Há vários anos.
Ele gira nos calcanhares. —Brewster Automotive.
Seus lábios torcem em um sorriso irônico. —Sim. E hoje, sou a dama de honra.
Ele acena com a cabeça. —Parece divertido. —Ele desloca sua atenção para mim. —Senhorita Evans.
Sra. normalmente, mas Jack Benton pode me chamar do que quiser. —É bom te ver de novo.
—Como estão as coisas no escritório do PM?
—Loucas.
—Você me manteve na programação de Gavin na próxima semana?
—Enquanto você prometer não falar na loja hoje.
—Eu não sonharia com isso.
—Então, sim, vamos vê-lo na próxima semana.
Ele riu alto, seus olhos enrugando. —Ele deveria dar-lhe um aumento.
Eu sorrio. —Eu sou uma funcionária pública, Sr. Benton. Meu salário é fixo, mas aprecio o pensamento.
Ele pisca. —Talvez eu devesse levá-la para longe dele. Posso oferecer-lhe todos os aumentos que desejar.
—Isso não é nem um pouco tentador, mas obrigado pela oferta gentil.
— Eu viro para Violet.
—Violet, você conhece Jack?
Ela ri. —Não, não tive o prazer, embora eu pense que Max já mencionou seu nome. Violet Roberts. Sou a esposa de Max Donovan.
—Eu ouvi sobre o casamento. Parabéns. Onde está seu marido?
Ela aponta o teleférico. —Com o noivo, no topo.
Ele segura o braço dela. —Então, eu posso acompanhá-la?
—Isso seria adorável, obrigada. —O atendente do teleférico nos avança e eles entram no primeiro carro elegante. Sasha segue, e Tate e eu tomamos a retaguarda. Não há ninguém atrás, estamos sozinhos quando começamos nossa subida.
Jack e Violet estão sentados de um lado. Sasha e eu estamos do outro, e Tate está de pé no meio, pernas separadas, e o balanço do teleférico nem o incomoda.
Mas incomoda Sasha, no entanto. —Eu não gostei disso ontem. —Ela murmura, olhando pela janela antes de piscar os olhos e girar a cabeça para o chão. —E eu gosto disso ainda menos hoje.
Eu sinto por ela, é um longo passeio, cerca de dez minutos, e à medida que nos elevamos acima de Howe Sound, a água brilha para nós como se dissesse: sim, uau, você está realmente aí em cima, balançando em uma lata.
Por outro lado, é a visão mais impressionante. —Eu adoraria voltar no inverno para esquiar. —Digo.
Jack aponta sua mão em direção a algum lugar a distância. —Eu tenho um chalé em Whistler você é bem vinda para usar.
Eu olho para ele. —Eu tenho certeza de que seria demitida se aceitasse presentes de alguém que quisesse fazer negócios com o governo do Canadá.
—Você sabe o que eu gosto em você, Sra. Evans? —Ele acerta desta vez, e sei que é deliberado.
—O que seria, Sr. Benton?
—Você é pura honestidade.
Ah, se soubesse os segredos que estou mantendo. —Eu tento. —Murmuro.
O teleférico balança de um lado para o outro enquanto as curvas do cabo estão acima da montanha, e Sasha geme.
—Você está bem? —Tate pergunta.
—Tudo bem. —Ela atira um olhar rápido e afiado para ele. —Você poderia sentar-se.
Ele sorri. —Eu não queria invadir seu espaço.
Outro balanço, e desta vez seu equilíbrio perfeito desliza um pouco. Ele não está em risco de cair realmente sobre ela, mas como sua chegada no estacionamento, ela não gosta da maneira como ele coloca sua mão contra o lado do teleférico e se segura. —Apenas sente-se. —Ela rebate.
Assim que chegarmos ao topo, empurrarei uma taça de champanhe na sua mão. E ter certeza de que Tate fique ao lado de Gavin, perto das suas costas, talvez.
Ele se inclina, curvando sua mão sobre a parte de trás do assento ao lado dela e gira no banco. —Então, estou sentado. —Seu meio sorriso é muito arrogante, e ele sabe disso.
Pelo menos um deles está gostando disso.
Olho para Violet, que está inocentemente olhando pela janela, mas tenho certeza de que ela está mordendo o interior de sua bochecha para não rir.
Ok, então estamos todos gostando um pouco disso.
Desde que Sasha não assassine o jogador da NHL até o final do dia.
CAPÍTULO 33
LACHLAN
ESTOU CAMINHANDO pelo saguão do Summit Lodge quando ouço a risada de Beth. Os hóspedes ainda estão passeando aqui dentro, e temos quinze minutos ou mais até que a noiva chegue e o casamento possa começar, e Jesus, eu pareço um coordenador de casamento.
Mais uma hora, e o PM estará felizmente casado, e então será como qualquer outra recepção formal.
Então posso poupar um momento para parar e procurar a minha mulher. Para deslizar meu olhar sobre sua figura com um vestido moderno e esvoaçante, e apreciar o quanto ela é impressionante.
Ela está com a melhor amiga de Ellie e Violet, e Tate está logo atrás dela com Jack Benton, que não conheço bem, mas reconheço de relance.
Sasha vem direto para mim, então só tenho uma chance rápida de acenar a Beth antes de dirigir-me para a plataforma de observação onde ocorrerá a cerimônia ao ar livre.
—Lachlan. —Diz a dama de honra, parecendo um pouco irritada.
—Sra. Brewster, o que posso fazer por você?
Ela revira os olhos. —Vocês são muito formais. Beth estava fazendo essa coisa Sra. Evans, Sr.Benton com Jack no teleférico também.
Eu sorrio. —É da nossa natureza. Então, desculpe Sasha, o que posso fazer por você?
—Ellie está a caminho.
Eu concordo. Não preciso da atualização, tenho uma equipe de oito Mounties14 que a acompanham da pousada.
—Obrigado.
—E...
Ah, há mais. —Sim?
—Fique atento a Tate.
Não ria com ela, não ria dela... —Tudo bem.
Ela me dá um olhar suspeito. —Você está do seu lado?
—Há lados?
—Você esteve envolvido com o acerto do café da manhã?
—Não?
—Eu estou de olho nisso. Ele está jogando algum tipo de jogo.
—Eu não posso nem começar a imaginar o que pode ser. —Digo secamente, mas se Sasha ficou irritada com Tate pelo café da manhã, eu realmente posso imaginar.
Oh, Tate. Você não tem ideia no que está entrando com essa aqui.
Eu gosto muito de Sasha Brewster, mas às vezes ela caça uma luta. Lembro-me quando Gavin e eu aparecemos no seu apartamento para poder trazer Ellie de volta, e ela foi cara-a-cara com ele. Ela não teve nenhum escrúpulo em encarar o primeiro ministro e acusá-lo de comportamento inadequado com seus estagiários.
Um mulherengo como Tate Nilsson não tem chance com ela.
E eu digo isso com um enorme carinho por suas maneiras de mulherengo. Tate é um grande cara. Eu vou ter que descobrir o que era o café da manhã.
Sasha respira fundo e depois acena bruscamente. —Bem. Mas, sério, observe-o hoje. Ele pode ter conduzido até aqui bêbado.
Desta vez não consigo manter minha risada. —Eu duvido muito disso.
Ela olha para mim, e eu arrumo meu rosto.
—Sim, anotado, obrigado. Vamos levá-lo imediatamente para um bafômetro.
Ela revira os olhos e sai da minha frente.
Respiro profundamente e continuo com o meu círculo lento do salão.
Stew e Adrienne chegam com seus meninos vestidos e penteados. Estou sempre impressionado como se comportam bem essas crianças, porque Stewart contou mais do que algumas histórias. Principalmente sobre os gêmeos trocando de lugar.
Demora mais quinze minutos para que todos estejam sentados. Ellie entra no teleférico no Base Camp dez minutos para as onze, e quando ela sair, estará exatamente na hora.
—Todos estão sentados. —Digo a eles. Eu estendo a mão para os pais de Ellie. —Posso mostrar o caminho?
Hugh fica com Ellie e eu os guio para fora. Sasha está falando com a sobrinha de Gavin, que está distribuindo programas, e aceno para ela se juntar a Ellie no canto, onde vão aguardar a música começar antes de prosseguir pelo corredor.
Assim que o Sr. e a Sra. Montague estão sentados, tomo uma posição em um local elevado perto da entrada para o salão, onde posso ver tudo, mas ainda ouço as comunicações em meu ouvido claramente.
O guitarrista começa a jogar Jesu, Joy of Man's Desiring, de Sebastian Bach e todos ficam de pé, cadeiras deslizando e pés embaralhando. Sasha caminha pelo corredor primeiro, aparentando cada centímetro da bela socialite que ela finge ser a maior parte do tempo. À medida que ela chega a seu local de honra designado, Gavin se move para o topo do corredor, pura antecipação em seu rosto.
Eu vi esse homem de todas as maneiras possíveis. Diplomático, e cada centímetro um líder mundial. Sob pressão para terminar o trabalho, não importa o que aconteça. E mais pessoalmente também. Literalmente nu e excitado por sua mulher. Antes disso, luxúria e distração desesperada para não querê-la tanto quanto ele queria.
Eu o vi apaixonar-se por ela, dia após dia, e ainda assim, nada disso chega perto do fervor de sua expressão agora.
O violoncelista se junta, a música subindo agora, e Ellie vira a esquina.
Atrás dela, posso ver a curva do braço de Hugh enquanto ele espera nas sombras.
A música é eficaz ao estabelecer um tom romântico e significativo, claramente, porque me encontro ansioso que ele apareça diante de mim.
E quando ele aparece, o alívio flutua. Eu sempre me sinto melhor quando Hugh e Beth estão por perto.
—Amigos e familiares, estamos reunidos hoje para marcar a mais especial das ocasiões, o casamento de Gavin e Ellie. Juntos, testemunharemos a junção no estado legal do matrimônio deste casal, de acordo com a ordem e o costume prevalecente, e sob a autoridade dada e fornecida pela Província da Colúmbia Britânica. Este casal pensou sério e cuidadosamente sobre essa tradição de se unir um ao outro, conforme permitido pela lei da terra. Eles vêm a esta união livremente, igualmente e com comum direito. Seu casamento continuará assim, como uma companhia por toda a vida.
O meu peito aperta à medida que suas palavras seguem todo o caminho até o fundo do salão. Eu fui a dezenas de casamentos, talvez mais. Nunca ouvi essas palavras dessa maneira.
Pelo canto do meu olho, vejo Hugh fazendo uma varredura da multidão. Seu olhar para em Beth por um segundo, e o aperto piora.
Eu passo silenciosamente, avançando lentamente para a direita, então posso ter meus dois amantes em minha linha de visão enquanto a cerimônia continua.
—Eles me falaram sobre seus desejos de criar uma família juntos, apoiar e encorajar um ao outro em seu trabalho e empreendimentos pessoais. E eles entendem que se comprometer um com o outro em um casamento, é compartilhar tudo. Doença, saúde, alegria, tristeza, prosperidade e desafios.
Cada palavra é uma picada estranha contra minha pele. Nada de novo, é claro. Você não pode ser um homem bissexual de quarenta-e-um-anos sem perceber que seu caminho para a cerca de madeira branca, é mais complicado do que o da maioria, e quem realmente sabe o que diabos há no final do caminho sinuoso, de qualquer maneira?
Mas há algo na reverência solene do oficiante que corta profundo e inesperadamente, e estou olhando para Hugh e olhando para Beth, e dói.
Um corte simples na pele não é grande coisa. Alguns são irritantes. Mas muitos, e muito próximos, e você obtêm uma verdadeira ferida.
E não quero me ferir hoje.
Então me fecho. As palavras têm significado, então posso pensar em minhas próprias palavras bem saudáveis. Liberdade. Decadência. Êxtase privado. Duas vezes mais amor para compartilhar, dobro de braços para ser amparado.
Quando a irmã de Gavin se junta a eles na frente para ler um poema que não rima, Beth olha para mim. Seu cabelo brilha no sol da manhã.
Uma nuvem macia flutua por cima, suavizando o brilho do céu, mas nada pode tocar o brilho do sorriso de Beth. Seus olhos estão molhados.
Eu te amo muito. A promessa reverbera dentro de mim.
Não sei se teremos a chance de dizer isso na frente dessas pessoas, mas esta noite, vou me certificar de que ela saiba em seu interior.
—Algum de vocês conhece qualquer impedimento legal para este casamento?
O oficial voltou ao roteiro da cerimônia, e em uníssono, Gavin e Ellie respondem com um ensaiado. —Nós não sabemos.
—Não tendo havido razão dada para que esse casal não possa ser casado, peço-lhes que deem uma resposta para essas perguntas.
Beth pisca para mim, e eu praticamente a ouço personificando a rigidez da linguagem. Peço-lhe que responda essa pergunta mais importante. Minha casa ou a sua? Meus lábios se contraem.
—Você, Gavin, aceita dar a Eleanor o amor de sua pessoa, o conforto de sua companhia, a paciência de sua compreensão, e compartilhar igualmente as responsabilidades da sua vida juntos?
Sua boca se enrola com um sorriso suave, e seus olhos estão presos no rosto da noiva. —Eu aceito.
—Você, Eleanor, aceita dar a Gavin o amor de sua pessoa, o conforto de sua companhia, a paciência de sua compreensão, e compartilhar igualmente as responsabilidades da sua vida juntos?
—Eu aceito. —Ellie respira, balançando a cabeça enquanto diz isso.
Eu faço outra varredura da multidão, deixando meu olhar se instalar em Hugh, quando eles começam a troca de votos. Como seria compartilhar igualmente as responsabilidades da vida com ele? Não seria chato, isso tenho certeza. A dor explode dentro de mim. Não, não há luz aqui.
Foda-se. Agora, não é hora de ter uma crise emocional. Mais seis horas e são todos meus. E eu sou todo deles. Mas agora, estou no trabalho.
Observar meu chefe casar, há empregos piores. Preciso ter isso em mente.
—Por favor, juntem suas mãos direita, e uma vez que estiverem prontos, Gavin, repita depois de mim. —Ellie passa seu buquê para Sasha, o oficiante abaixa a voz para um murmúrio, então os votos soam somente na voz do noivo.
—Eu Gavin, te recebo Ellie, por minha legítima esposa, para ter e manter, a partir deste dia em diante, em qualquer vida que possamos ter juntos. —Um vento leve se aproxima e ele tira um fio de cabelo por trás da orelha de Ellie antes que ela repita os mesmos votos.
—Eu Ellie, te recebo Gavin, por meu legítimo esposo, para ter e manter, a partir deste dia em diante, em qualquer vida que possamos ter juntos.
Max lembra sua função neste momento, e já está segurando a almofadinha com as alianças de casamento quando o oficiante se vira para ele.
—Na medida em que vocês fizeram esta declaração dos seus votos um para o outro, e colocaram estas alianças diante de mim, todos nós reconhecemos isso como um selo, uma confirmação e aceitação dos votos que vocês fizeram.
Gavin e Ellie trocam silenciosamente suas alianças, sem o comando do oficiante.
Depois que ele desliza o anel, ele se aproxima e tira uma lágrima de sua bochecha. Esboço outro olhar para Beth, e no mesmo momento, ela se vira para pegar meu olhar. Desta vez não há sorrisos, mas o olhar que nós compartilhamos é caloroso e compreensivo.
O fotógrafo oficial correu para trás pelo corredor, rompendo nosso momento particular, e então, o oficiante levanta a voz novamente. —Sobre a autoridade conferida por mim pela Província da Colúmbia Britânica, declaro vocês, marido e mulher.
Gavin e Ellie se olham, os sorrisos se espalham por seus rostos. Ele segura suas bochechas nas mãos e a beija completamente. Eu acho que ele deveria aguardar as instruções, mas não importa.
As mãos dela se enrolam em torno de seus braços, e quando ele relaxa, ela o persegue por outro rápido beijo. É adorável, e espero que o fotógrafo tenha pego esse momento. Esse é o tipo de momento que eles vão querer lembrar.
Quando eles se voltam para seus convidados, estão de mãos dadas, os dedos entrelaçados, e todos os que já estavam de pé agora estão aplaudindo alto.
CAPÍTULO 34
BETH
APÓS A CERIMÔNIA, Gavin e Ellie sentam-se para algumas fotos formais da família com o fotógrafo do casamento, então fazem o caminho para a passarela que se ergue acima do vale, e vai do salão para um caminho a uma trilha a frente.
A maioria dos convidados, eu incluída, permanece na plataforma de observação e os anima, champanhe na mão, quando Gavin beija Ellie uma e outra vez para que o fotógrafo possa capturar aquela imagem que eles vão enviar ao mundo em algumas horas.
Quando eles retornam ao salão, entramos no interior para o almoço de casamento. Queijo Quebec a pedido da noiva, e salmão B.C.15 do noivo.
A comida, como qualquer outro elemento do dia, é incrível. Mesmo que muitos detalhes do casamento cruzaram pela minha mesa nos últimos quatro meses, ver tudo se juntar é outra coisa. As flores de dogwood16 que decoraram o convite foram repetidas no topo do programa, e agora estão na nossa frente novamente no menu impresso. E aquela linda cor de lavanda que eu provocava Lachlan está em todo lugar, com hortênsias roxas e azevinho do mar, escondido em arranjos transbordando de flores brancas, a maioria das quais não posso nomear, mas amo todas.
O buquê de Ellie foi montado com as mesmas flores, e emoldurado em folhas verdes.
Os mesmos músicos que tocaram durante a cerimônia, um guitarrista e uma dupla de violoncelista, vieram para dentro e continuaram a tocar durante o almoço. Eu tenho um aplicativo inteligente no meu celular que reconhece a música, então posso comprá-la, mas não quero retirá-lo para que Gavin e Ellie pensem que estou tirando fotos deles.
Eles não chegaram tão longe confiscando os celulares na porta, embora tenha sido discutido, mas eles decidiram que confiavam em seus amigos e familiares para não tuitarem sobre seus momentos particulares.
Eu não vou arriscar que questionem isso quando estão se divertindo, então, em vez disso, eu me levanto e vou até os músicos. Eles têm alguns cartões de visita, e eu escolho um.
O violoncelista sorri para mim. —Nós tocamos em casamentos, eventos corporativos, tudo o que você precisar.
—Eu vivo em Ottawa. —Explico. —Mas eu amo essa música que seu parceiro está tocando.
—Essa é a Pathetique de Beethoven, o segundo movimento.
Agradeço e faço uma nota mental.
Em seguida, passo perto do bolo de casamento, porque juro que não há nada neste mundo que cheire melhor do que quatro quilos de glacê de creme de manteiga distribuído em três camadas de bolo fofo.
É como respirar açúcar misturado no ar.
—Aproveitando? —Hugh pergunta no meu ouvido, e o som de sua voz baixa e rica leva o momento de forma pecaminosamente agradável a preliminares deliciosas.
—Não é incrível esse cheiro de glacê? —Pergunto calmamente, mantendo meu olhar no bolo.
—É. Teremos de contrabandear um pedaço para a pousada esta noite. Comê-lo do seu corpo.
—Você revezaria?
—Inferno não, vamos lamber ao mesmo tempo, lutando pela posição.
— Ele se move ao meu redor, seu braço encostando no meu de uma maneira completamente inocente.
O roçar casual de sua jaqueta contra meu braço nu faz com que eu queime.
—A dança começará logo. —Murmuro.
—Esteve na minha mente desde que você se afastou de mim esta manhã.
Seu rádio soa então, e ele se afasta com um sorriso arrependido. Em breve, no entanto. Em breve, vamos dançar, e depois nos reivindicarmos novamente em uma cabana na floresta.
Gavin pega meus olhos quando volto para minha mesa, e passo por onde ele está de pé para dar-lhe um abraço.
—Parabéns. —Digo, isso é tão difícil. Ele parece mais jovem hoje do que ele pareceu nos últimos três anos que trabalhei para ele. Por todas as distrações e problemas que o planejamento do casamento causou, lembrei-me que este dia, casar com Ellie, é incrivelmente importante para ele, e estou tão feliz em ter sido uma parte que fez isso acontecer da maneira que ele queria.
Nunca pensei que Gavin precisaria desse espetáculo público, e não é público, porque ele e Ellie saíram do seu caminho para garantir que não houvesse cobertura da mídia não autorizada.
Mas é uma declaração na frente das pessoas que importam.
Ele precisava fazer isso na frente de seus pais, com todas as suas preocupações tradicionais. Em frente aos seus pais, mais modernos, é claro, mas ainda preocupados com a forma como o filho acabou morando com uma estagiária. Para declarar antes de tudo que Ellie era a sua outra metade, seu amor.
Quando outra pessoa vem falar com ele, volto para olhar Hugh, e vejo apenas Lachlan atrás dele.
Meu coração percebe a expressão crua em seu rosto.
Aah. Os casamentos devem ser ocasiões felizes, mas entendo que para eles, isso pode ser estranhamente agridoce. E eles também precisam ficar fechados, porque eles estão trabalhando.
Quando Lachlan me percebe, ele sorri, seu olhar aquecendo imediatamente. Eu devolvo o sorriso, e ele se dirige para mim, batendo no ombro de Hugh quando passa.
Ele chega ao meu lado quando Max bate uma colher ao lado de sua taça de champanhe para obter a atenção de todos, por isso nos colocamos um ao lado do outro enquanto o padrinho faz o seu discurso.
O próximo é de Sasha, com um pequeno brinde da dama de honra, e um sincero agradecimento por todos que fizeram o casamento especial, Violet e a mim, por nossa ajuda com a despedida de solteiro, Ellie e os pais de Gavin por serem anfitriões adoráveis na noite anterior no jantar de ensaio, e Tate por surpreender a noiva e todos nós com o café da manhã.
—Ela faz isso parecer tão sincero. —Lachlan diz em voz baixa.
—Não é? —Olho de frente para ele. —O que você acha que está acontecendo lá?
Ele resmunga. —Ela não está interessada nele.
—Mas ele está?
—Talvez. —Ambos olhamos para o jogador de hóquei musculoso ao mesmo tempo. Ele está apoiado contra a parede, a gravata solta, e olha para Sasha. Lachlan sorri. —Mais do que talvez.
—Oh meu deus.
—Não é da nossa conta. —Ele diz.
—Certo.
Um segundo de hesitação, então ele abaixa a voz. —Você vai perguntar sobre isso e relatar?
—Oh, diabos, sim. Ela tem sido totalmente intrometida sobre você e eu. Eu tenho que virar um pouco disso para ela, logo que voltarmos para Ottawa.
—Mas não empurre. Ela é espinhosa.
Eu agito minha cabeça. —Na verdade não. Ela é mais incompreendida do que qualquer coisa, além disso, a conversa das meninas é diferente. Então, não parece como se Tate notasse. Talvez ele esteja na perseguição.
—Eles se resolverão. —Ele faz um círculo lento enquanto olha ao redor da sala. Sempre vigilante. —A hora da dança será em breve.
—Isso é o que eu acabei de dizer a Hugh.
—Nós trocaremos você de um lado para outro toda a tarde.
E a noite toda. Eu tremo em antecipação. —Eu vou pegar uma nova taça de champanhe antes da primeira dança oficial. Acho que você não pode ter uma?
Ele balança a cabeça. —Mas irei encontrá-la assim que a pista de dança abrir para todos.
Nós compartilhamos um rápido sorriso, então vou até o bar, onde o barman está servindo uma bandeja inteira de taças de champanhe. Eu seguro uma, então encontro um bom local na borda da pista de dança.
Um DJ assumiu o lugar dos músicos clássicos, e os convidados agonizaram quando eles m a tocar Blue Rodeo com Lost Together.
Os noivos dançaram de maneira simples, pisando e girando um pouco, simplesmente balançando um nos braços do outro.
Para a próxima música, o DJ convida seus pais para se juntarem a eles na pista de dança, mas Gavin não troca os parceiros. Ele aperta as mãos brevemente com o pai, e varre Ellie de volta aos seus braços, e seus pais dançam juntos. Não tenho certeza se ele a deixará ir a noite toda.
O casal ao meu lado se move, e a lacuna que eles deixam é rapidamente preenchida por um madeireiro que estava sentado do lado oposto da sala durante o almoço.
—Sr. Benton. —Digo.
—Sra. Evans.
—Está se divertindo?
—Tanto quanto qualquer um pode em um terno. —Ele tem um copo com algo que parece álcool na mão. —Gostaria de dançar?
Olho pelo salão e pego os olhos de Lachlan. Ele estava conversando com alguém, mas cortou sua conversa e está caminhando em nossa direção.
—Minha primeira dança já está prometida. —Murmuro. Isso é um pouco imprudente, realmente, mas não é como se as pessoas não se perguntassem sobre nós. E é apenas uma dança.
—Ah. —Jack toma um gole de sua bebida, imperturbável. —Eu vou assistir, então.
Eu rio e estendo a minha mão quando Lachlan para ao meu lado. Eu roço meus dedos contra a parte de trás do seu braço, apenas um olhar, mas é o suficiente para me castigar. —Lachlan Ross, você se lembra de Jack Benton.
—Eu realmente lembro. É bom te ver de novo, senhor.
—Eu estarei em Ottawa na semana que vem. Beth colocou-me na agenda para ver seu chefe. Talvez você se junte a nós para uma bebida.
—Absolutamente.
—Bem... —Jack acena com a cabeça. —Desfrute da sua dança com a senhora.
E com isso, ele se foi.
Lachlan gesticula para a pista de dança enquanto o DJ convida todos a se juntarem às famílias. O amor de Gavin pela música canadense afetará a lista de reprodução esta noite. Agora é o Spirit of the West com And If Venice is Sinking.
É uma música alegre e sexy, mas Lachlan me puxa para dentro dos seus braços, uma mão firme na parte baixa das minhas costas, a outra segurando meus dedos perto do seu peito enquanto ele gira ao redor. A emoção envolve-me.
Só em um casamento poderíamos dançar na frente de todos que conhecemos, e ninguém perceber o quanto isso é especial para nós.
Talvez ninguém. Quando a música termina, Lachlan me entrega para Hugh, cujo olhar está brilhante.
—Você estava nos observando dançar? —Pergunto enquanto ele aperta meu quadril.
—Eu estava. Vocês dois parecem bons juntos.
—Ele pode dançar, hein? Eu não tinha certeza...
—Sim. —Hugh abaixa a cabeça, fechando o espaço entre nós. Sua respiração roça a minha testa. —Nosso garoto gosta de mover os quadris.
—Vocês costumavam dançar? —Eu não quero ser muito curiosa sobre o relacionamento deles, porque ainda há muitas coisas não resolvidas, mas não posso evitar. Eu adoro os dois e quero saber tudo.
—Não em qualquer lugar como um clube. Mas ele gosta de ouvir música quando está cozinhando, e às vezes nós dançamos na cozinha.
—Isso é adorável. Quero ver você dançar na cabana. —Ele não diz nada, e eu giro minha cabeça apenas o suficiente para pressionar contra sua mandíbula. —Por favor?
—Sim.
Eu respiro fundo enquanto ele me gira pela pista de dança, então deixo minha pergunta sair, rápido e sem pensar demais. —O que mais você fazia? Naquela época, quando vocês estavam juntos?
Ele ri grosseiramente. —Não muito, realmente. Passamos muito tempo na cama. Não havia muito o que fazer, e nós tínhamos muita química.
Eu sorrio. —Eu aposto.
Hugh acaricia sua mão pelas minhas costas e, por um segundo, acho que ele vai mudar o assunto, mas ele me surpreende abrindo, todo o caminho.
—Quando conheci Lachlan, ele estava namorando alguém. Uma mulher. Era casual, e não havia química realmente, mas era Moose Lake. Não é como se houvesse uma tonelada de solteiros de vinte e poucos anos para escolher. —Mas ele estava fora dos limites, tecnicamente. E, a partir do segundo que coloquei os olhos sobre ele, eu o queria. Isso foi realmente terrível. —Outra risada, esta seca. —Talvez seja por isso que não deu certo, porque isso começou em um lugar estranho.
—Ah.
—Ele não a traiu. Eles romperam algumas semanas antes de fazer qualquer coisa. Nem acho que ele... acho que ele não conseguiria. Ele conseguiria agora. Ele entendeu. Mas naquela época, não, e isso significou que lutamos primeiro.
Hugh está todo tenso, e aperto seu ombro. —Ele não entendeu o quê?
Ele balança a cabeça. —Não sei. Como eu me senti, acho.
—Por que você acha que ele entenderia isso agora?
—Porque, como eu me senti por ele há dez anos... é como ele se sente por você.
—Nós.
Ele me dá um sorriso tenso.
—Hugh...
—Esta noite. —Ele diz. —Na cabana. Nós dançaremos e conversaremos.
O CASAMENTO DO PRIMEIRO MINISTRO
24 de junho de 2017 / Squamish, B.C.
Às onze horas da manhã, o primeiro-ministro Gavin Strong casou-se com Eleanor Montague, candidata a doutorado na Universidade de Ottawa.
O casamento foi assistido por amigos e familiares, e ocorreu no Summit Lodge no topo do mar do Sky Gondola.
A família do noivo pertence a área por gerações, e foi dito que a localização foi escolhida por razões sentimentais.
Nenhuma fotografia formal do casamento foi divulgada, mas o primeiro-ministro colocou uma única foto em suas mídias sociais oficiais.
O casal segue em lua de mel para um local não revelado, por uma semana. O primeiro-ministro e sua esposa voltarão para Ottawa depois do fim de semana do Dia do Canadá.
CAPÍTULO 35
LACHLAN
A RECEPÇÃO ACABA às cinco da tarde com um brinde final para os noivos. Gavin e Ellie pegam o primeiro teleférico e, a partir daí, um novo esquema de segurança os acompanhará na lua de mel no Tree Top Island, uma propriedade privada dos pais de Gavin no mar Salish.
Assim que o PM e sua noiva se foram, eu despacho Hugh para verificar fora do hotel e seguir na rodovia para fazer o nosso check-in na cabana que aluguei para o nosso retiro do mundo.
Beth e eu esperamos até que todos saiam, e a equipe está quase terminando a limpeza, então nós partimos também.
Passamos pelo hotel para recolher as nossas malas e, discretamente, saímos cedo na noite. Mudamos nossa roupa elegante, também, assim que podemos.
A cabana é parte de um resort discreto mais adiante na rodovia em direção a Whistler, que me atraiu porque as cabanas eram rústicas, mas também modernas e confortáveis, e uma em particular prometia ser privada, no final de uma faixa de cascalho.
Mas há algumas comodidades, incluindo um café perto da entrada para o resort, e é aí que nós encontramos Hugh, no estacionamento.
Ele está de costas contra seu carro de aluguel quando paro ao lado dele. Beth pula e se envolve nele, e a visão de seus braços fortes puxando-a para perto faz meu sangue bombear.
Sim.
Minha.
Deslizo meu celular do bolso e tiro uma foto deles, as frentes pressionadas enquanto ele sussurra algo safado. O olhar em seu rosto toca o meu coração.
Eu pego nossas malas, então ele aponta o caminho além do café e desce a pista. Nossa cabana é, como o prometido, privada, e quando Hugh abre a porta, Beth engasga.
Do lado de fora, é uma casa pitoresca e clara.
No interior, foi recentemente renovada. Paredes caiadas, um banco de janela cercado por uma estantes de livros, flores no antigo baú que funciona como uma mesa de café. É um espaço espartano, mas impressionante, e que combina perfeitamente com uma cozinha moderna na parte de trás. E atrás de uma porta aberta para o único espaço para dormir, vemos uma cama king-size, coberta com um edredon branco.
Uma casa de campo de um quarto, perfeita para três amantes.
Eu carrego nossas malas e as coloco em um banco largo na frente da janela, que está aberta, deixando a brisa entrar pela tela. Do lado de fora, ainda está escurecendo, mas está ficando tarde. As sombras são grandes e a floresta está começando a ganhar vida com os sons fracos dos insetos, pássaros e pequenos animais.
À distância, um rio correndo aumenta a trilha sonora.
—Lugar incrível! —Beth diz enquanto passa os braços em volta da minha cintura.
Inclino sua cabeça para cima e a beijo. —Companhia incrível.
Hugh se junta, suas mãos atrás de suas costas. —O que devemos fazer primeiro?
Beth se vira e beija ele também. —Eu. Esta noite, eu quero vocês dois.
Calor escorre através de mim. —Ao mesmo tempo?
Ela assente.
—Eu estava esperando que você dissesse isso. Eu vim preparado. —Hugh segura uma caixa bem amarrada com um cetim grosso. Beth tira dele, que cobre suas mãos com as dele. —Mas você precisa esperar até terminar de desempacotar.
—Mas... —Seus dedos agitam a fita. —É o que eu acho que é?
—Larga isso, linda.
—É lubrificante?
Ele ri. Eu acho que sim. —Vamos para a cozinha.
—Porque acho que lubrificante é um presente fantástico. —Ela diz audaciosamente enquanto pula entre nós.
Ele já havia descarregado muitas compras na geladeira, então não demorou muito para guardar o resto.
—Humm, você conseguiu uma torta de cereja? —Beth solta um gemido do fundo da garganta que me deixa duro.
—Você gosta?
—Cereja é o ápice da torta, então sim, eu gosto. Bom trabalho.
—Você gostaria de um pouco agora?
Ela balança a cabeça. —Mais tarde. —Suas bochechas coram. —Devemos trabalhar primeiro para abrir o apetite. A menos que você queira torta agora?
Acabamos na cozinha. Eu a pego e a coloco gritando, sobre o meu ombro. —Nós queremos você agora, já que não estava claro. Questionando nossas prioridades...
—Eu não estou. —Ela grita, rindo enquanto a levo para o quarto. Deixo-a na cama e ela agarra o seu presente novamente. —Mas Hugh me fez esperar, então não tenho certeza. Posso abrir isso agora?
Eu me viro para perguntar a Hugh, que está ali. Ele toca em mim, suavemente, seu peito roçando o meu.
—Muito em breve. —Ele diz a Beth, mas sua atenção não deixa meu rosto. —Mas primeiro quero que você coloque alguma música.
—O que você está fazendo? —Pergunto a ele, meu olhar pegando a curva de sua boca.
—Não tivemos a chance de dançar mais cedo.
Atrás de mim, Beth faz um som aprovando. —Sim, dança. Eu baixei Spirit of the West aquela música que dançamos... —Ela se move em minha volta e dança na sala de estar, voltando com o celular em uma mão, e uma tigela decorativa de cerâmica na outra. —Quer ver um truque de mágica?
Ela seleciona uma música que reconheço “Slow Learner”, depois coloca seu telefone na tigela e o som amplifica o suficiente para preencher o quarto.
—Excelente truque. —Hugh diz, pegando e a atraindo contra nós. Ele a beija com força na boca. —As boas garotas recebem presentes. Vá investigar.
Ela chia e ele a afaga na bunda, então segura as mãos para mim.
—Já faz um tempo. —Digo, tentando lembrar quando fizemos isso, mas assim que ele colocou a mão no meu quadril, lembro-me.
Dez anos desapareceram em um instante.
—Claro que vou liderar.
—Mas eu sou mais alto.
—Aham. Tanto faz. Eu estou no comando.
—Não sei como seguir.
Ele sorriu. —Com certeza você sabe.
Ele estava certo então, e ainda é verdade agora. Com uma mudança de peso, sua coxa esquerda pressiona a minha, e eu passo atrás, dando espaço para ele avançar. Roça, pressiona, segura. Um passo, outro passo, lento. O corpo dele é duro e quente, quando se encaixa, pernas e quadris. Paus endurecendo atrás do jeans. Tórax e braços.
Mas tudo volta ao balanço de nossos quadris, e o jogo de pés que continua fazendo roçar os nossos paus.
Lento aprendizado.
É uma canção estranhamente apropriada. Nada lento sobre como aprendemos a dançar juntos. Nos ajustamos bem no início. Mas o resto levou uma década.
Eu declamo as letras para ele enquanto gira comigo. Suas mãos rastejam pelo meu corpo, pressionando e torcendo-me contra ele, até que a música termina e suas mãos estão no meu pescoço, na parte de trás da minha cabeça e ele está me beijando.
Hugh sempre pega minha boca duro, mas isso é diferente. É uma possessão feroz, e me dou a ele sem hesitação. Ele me beija até as minhas coxas arderem e minha cabeça ficar turva com o desejo.
—Beth, você abriu seu presente? —Suas palavras são graves e ásperas no meu ouvido enquanto ele me segura apertado.
—Fiquei distraída assistindo vocês se beijarem. —Ela suspira. —Espere.
Eu me viro nos braços de Hugh enquanto ela toca na fita. A tampa da caixa cai quando o cetim vermelho cai na cama e ela engasga.
—Oh, você não deveria. —Ela provoca, alcançando dentro para retirar um novo plugue de prata. —Isto é para mim?
—Sim.
Ela faz um rosto alegre, mas nervoso, e coloca o plugue antes de retirar mais alguns presentes da caixa. Lubrificantes e preservativos, mas não apenas qualquer preservativo. O primeiro parece que é ouro. O segundo é rosa quente. O terceiro é... —Com sabor de morango! —Exclama. —Diversão?
Eu rio porque o ponto de interrogação é definitivamente válido. Hugh murmura um aviso no meu ouvido, então esfrega a boca contra o meu pescoço, fazendo minha cabeça retorcer novamente.
—Lachlan odeia as novidades em preservativos. —Ele diz bruscamente.
—Eu pensei que poderíamos convencê-lo de que não são tão ruins.
—Está errado, eu gosto que meu pau pareça... como um pau?
Beth joga o preservativo dourado para mim. —Eu acho que esse é o seu, então. Hugh pode colocá-lo em você, e podemos dizer que ele tem o toque de Midas.
—Bem, se Hugh está me tocando, estou bem com o que quer que seja.
—Digo, minhas palavras enrolando um pouco. —Mas apenas no princípio.
Ela pisca. —Claro. Venha aqui, Sr. Há-um-Jeito-Certo-para-um-Preservativo.
Hugh me empurra para ela e eu caio na cama, levando-a contra mim enquanto rolo para ficar sobre as minhas costas. Ela me beija suavemente, ainda rindo, mas pego o fogo que Hugh começou dentro de mim, e a incendeio com essas chamas também. Todos nós vamos arder esta noite.
Eu traço suas curvas, sobre sua camiseta no começo, e depois embaixo. Necessidade supera a graça. Eu empurro minhas mãos cruelmente sob o tecido para pegar sua pele. Mais, quero mais, e ela me dá, saindo livremente de sua roupa.
Hugh se junta a nós na cama. Ele a toca com golpes de mestre, aquecendo-a antes de chegar ao lubrificante.
Ela levou dedos algumas vezes, e um plug pequeno no fim de semana passado.
Mas isso vai ser grande. Literalmente e figurativamente. Eu pego seu rosto e a beijo enquanto ele espalha suas pernas, levando-a a me empurrar e a apresentar sua linda bunda para ele ao mesmo tempo.
—Respire através dele. —Digo enquanto ela acena. —Você sabe o que fazer.
—Eu levo tudo de volta. —Ela sussurra, mas seus olhos estão brilhantes.
—É para isso que é seguro. —Olho para ela. —Você sabe o que fazer.
—Humm. —Ela fecha os olhos e faz o melhor para receber o dedo grosso de Hugh.
—Boa garota. —Murmuro, esfregando minha boca contra a dela. Ela se atira para mim e eu a puxo para perto, aprofundando o beijo até o espaço onde eu termino e ela começa, e é questionável na melhor das hipóteses. Ela se contorce mais, tentando escapar da implacável preparação de Hugh. Eu continuo beijando-a. Língua e dentes, mas não muito forte.
E então, distraidamente, quando ele alcança o plugue.
Ela geme em mim enquanto ele pressiona o aço contra o buraco, depois engasga, perdendo o controle de sua respiração à medida que fica mais largo.
—Lento, lento... —Sua respiração instável enquanto ela implora a Hugh para tomar seu tempo, e tenho certeza de que ele está.
Eu acaricio seu cabelo enquanto ela enterra seu rosto no meu pescoço. Suas costas estão arqueadas, uma curva pálida deslumbrante sinalizando seus quadris. Hugh tem uma das mãos dele espalhadas na parte de cima de sua bunda, e eu sigo a linha de seu braço musculoso até seu rosto. Ele sorri para mim, a safadeza perversa encarnada.
—Estamos apenas começando, linda. Nós iremos tão lento quanto você quiser, porque nós temos a noite toda. —Ele lambe seus lábios enquanto segura meu olhar e modifica suas palavras. —O que devemos fazer primeiro com a nossa pequena Beth recheada?
Ela choraminga contra mim e acaricio seus cabelos. —Um de nós vai acabar em sua bunda esta noite?
Ela assente, balançando a cabeça, mesmo quando ainda está enterrada contra mim.
—Você vai precisar se esticar bem em torno desse plugue, então. E é aqui que tudo começa.
Ela com cautela se separa de mim, levantando-se até que esteja me empurrando.
Um prêmio nu entre dois homens vestidos.
Isso me dá uma ideia.
—Vamos dançar novamente. —Digo com a voz grossa enquanto acaricio minhas pontas dos dedos sobre seus seios e sua barriga. Eu amo o jeito que ela treme sob meu toque.
Hugh se debruçou atrás dela, seus braços envolvendo sua cintura. Toco suas mãos através de sua barriga e ele pega meus dedos nos dele.
—Você precisa me soltar para que eu possa colocar a música de volta.
—Ela sussurra, mas não a liberamos.
Ainda não.
Reviro o meu corpo, então estou sentado, e ela está no meu colo, e Hugh está atrás dela. Eu seguro ambos.
Isto é tudo o que eu sempre quis. Eu não fazia ideia. Minha vida inteira, eu estava esperando por esses dois, e o universo tentou me mostrar.
Eu estava cego, mas estou tentando recuperar o tempo perdido agora.
Eu beijo Beth, depois Hugh, arrastando-o ao redor dela, e ela se solta. Quando a música começa a tocar, saímos da cama e nos juntamos a ela.
Tudo o que podemos gerir é um balanço lento e pulsante, mas é o suficiente. Nós dançamos juntos, torcendo Beth entre nós. A música se filtra sob nossa pele, nos torna inquietos e selvagens.
Na próxima música, Beth sente minha protuberância através do meu jeans e sussurra que eu deveria estar nu também. Eu tiro enquanto Hugh a puxa para os seus braços.
Eles são deslumbrantes juntos. O bronzeado escuro e áspero dele contrasta com sua palidez cremosa. Seus músculos pesados e esculpidos ao lado de suas curvas suaves.
Assim que meu pau aparece livre, pesado e excitado, eu o pego com a mão e o acaricio. Observá-los mover-se é sacana e perfeito, o melhor pornô da minha vida.
Hugh percebe logo e sussurra a Beth que estou me masturbando. Eu vejo seus lábios moverem-se, e curvo meus lábios em um sorriso safado. Sim estou.
Ela murmura algo de volta, talvez outra instrução para ficar nu, depois fica de joelhos na minha frente. —Posso? —Ela pergunta, educada.
—Sim. —Resmungo. —Me chupe.
A língua dela afunda, rosa e ansiosa.
Atrás dela, o olhar de Hugh está fixo em sua bunda, e ele também está se acariciando.
—Venha aqui. —Digo, apontando para ele, e ela se vira de joelhos.
Nós nos empurramos um pouco para a posição, nossos paus chocando enquanto os esfregamos contra sua boca. Ela está molhada, passar a língua é uma provocação louca, e quero empurrar mais fundo, atravessar seus lábios e entrar em sua garganta, mas nós temos um plano hoje à noite.
Dupla penetração.
Ela quer nos levar.
Passo meu braço pelo pescoço de Hugh e o puxo para perto. Nós dois estaremos dentro dela, juntos. Coxas esfregando para trás e para frente.
Ele olha para mim, suas pálpebras pesadas e eu gemo. Nós nos beijamos, se chocando, depois olhamos para Beth, brincando de engolir nossos paus.
Ela sorri para nós e Hugh rosna. —Menina safada.
—Sua menina safada. —Ela ronrona, e ele ri fracamente enquanto se inclina contra mim. Sua boca está no meu pescoço mais uma vez, sua barba arranhando, e eu tremo com as sensações. Sua língua, seus dentes. —Foda-se!
— Eu me afasto e ele aperta enquanto ri na minha pele.
—Você acabou de me morder? —Meu pau pulsa e meu pescoço uiva em protesto.
Ele beija a carne que acabou de abusar. —Sim.
—Porra. —Estou ofegante agora, mas... —Faça de novo.
Ele faz um som satisfeito no fundo da garganta. —Você gosta disso?
Jesus, quem sabe. —Gostar é relativo.
Ele puxa para trás, franzindo a testa. Ele me aperta na nuca e pressiona sua testa contra a minha. —Não.
—O que?
—Diga. Diga que você gosta disso. Não se esconda atrás de uma besteira de amor e ódio.
Pisco para ele, minha boca seca. —Eu... sim. Porra. Eu gosto disso. Me morda!
Beth levanta e Hugh a aproxima. —Você o mordeu? —Ela pergunta a ele, sua voz rouca.
—Duro. —Ele responde, seus olhos brilhando.
Minhas bolas apertam.
—Posso mordê-lo?
Ela perguntou a ele, não a mim. Uma longa e grave pausa se estende enquanto permaneço lá, meu pau fica mais molhado neste segundo, enquanto o meu corpo prova que está totalmente a bordo com qualquer maldita brincadeira que Hugh tenha em mente.
—Você pode? —Ele puxa os cabelos dela, inclinando o rosto para o dele para que possa beijá-la. —É bom. Nosso garoto precisa disso.
Nós caímos na cama, Beth decora meu peito com uma suave linha de mordidas de amor que me fazem empurrar meus quadris no ar.
—Mais duro. —Sussurro. —Você também pode me chupar. Marque-me.
Hugh me empurra, me puxa de lado e envolvo Beth nos meus braços. Suas pernas deslizam através da minhas, meu pau batendo contra a barriga dela.
Hugh lambe uma linha do meu pescoço até meu ombro, então cobre essa carne com a boca e suga... duro. Ele puxa minha pele até eu gemer, e então ele afunda os dentes em um chupão e deixa sua marca.
Resmungo baixinho, uma longa corrente de palavras sacanas enquanto ele beija a dor e depois rolo para as minhas costas.
—Beth. —Rosno. —Fique em cima de mim.
Ela balança a perna sobre mim, mas em vez de guiá-la até meu pau, eu a puxo até meu rosto.
Eu traço suas dobras com uma das mãos enquanto uso a outra para pressionar contra o plugue em sua bunda. Ela empurra contra mim.
—Mantenha apertado, linda.
Eu não vou fazer ela gozar. Eu quero sentir isso no meu pau. Mas preciso de um gostinho dela. Apenas um rápido deslize da minha língua, uma pequena sucção contra o clitóris.
Foda-se, eu poderia morrer e ir para o céu agora.
À medida que os tremores desaparecem do choque da minha língua e do plugue que se move dentro dela, ela começa a bater contra o meu rosto.
Sim, querida. Aposto que isso é bom. Os gemidos dela se elevam, são macios e doces, e bebo a excitação escorregando livremente de sua boceta inchada.
A cama mexe, Hugh saiu, depois mexe novamente quando ele volta.
Sinto-o rolando um preservativo no meu pau duro, então ele puxa Beth do meu rosto.
Ela está corada e sorrindo, e ele lhe dá um falso olhar severo. —Você iria gozar assim, não ia?
Ela dá de ombros. —Não pode culpar uma garota por tentar.
Ele bate na sua bunda. —Incline-se para frente.
Ela se estende sobre mim como um gato, bunda no ar. Ambos estamos respirando duro quando Hugh lhe diz que vai remover o plugue. Ele limpa o excesso de lubrificante com uma toalha de banho, e depois leva ambos para o banheiro.
Eu estou afundando sua buceta doce e apertada no meu pau quando ele volta. Ela já está perto, sua buceta vibrando ao meu redor enquanto Hugh a preparava para ele. Um dedo faz com que ela se contorça, isso também é bom para mim.
E então ele está atrás dela, preservativo colocado.
—Pronta para mim? —Ele pergunta, e está sorrindo porque sabe que a resposta é não, sim, não, oh, Deus.
Contanto que não seja azeitonas, estamos bem.
—Estou pronta. —Ela sussurra.
CAPÍTULO 36
BETH
LACHLAN PRESSIONA DENTRO DE MIM, um impulso profundo e urgente, antes de aliviar para trás e segurar quase todo fora de mim.
Apenas a ponta de sua ereção, grossa e dura, pressiona minha entrada. Minha boceta contrai ao seu redor, querendo-o de volta.
—Espere, espere... —Ele diz em voz baixa, observando-me enquanto tento fodê-lo. Ele segura meus quadris firmemente e não deixa que eu me mova. —Ele precisa de espaço dentro de você.
Um tremor de medo me atravessa. Eles não se encaixam. É o que ele está dizendo. Esta é uma ideia terrível e tanto quanto amo, amo, amo como seus dedos me fazem sentir, eu já oficialmente pedi mais do que é humanamente possível e precisamos de um novo plano.
Abro a boca e um gemido sai, porque Hugh está esfregando seu pau contra o meu buraco, e oh meu Deus, a sensação.
Os bons, os maus, os loucos, não entendem completamente.
Assim. Muita. Sensação.
Graças ao plugue, já tive essa violação hoje a noite, e meu corpo sabe como empurrar contra ele, para florescer e recebê-lo dentro de mim.
Ainda queima, mas é uma dor familiar que traz consigo um prazer que para o coração.
E ele é muito maior do que o plugue ou os dedos. Ele é uma arma contundente de destruição em massa, primeiro, tão grosso, não tenho certeza de que ele realmente entrará em mim, mas ele entra.
Eu não me incomodo em implorar para ele ir devagar, por um lado não tenho certeza se posso falar, e por outro, ele não poderia ir mais devagar.
Por todas as suas maneiras sacanas e tortuosas, ele é um amante louco e cuidadoso, especialmente com a minha bunda.
Ele segura-se apenas dentro de mim enquanto meus músculos espasmam ao seu redor, então ele aperta as mãos na curva carnuda de meus quadris e empurra todo o caminho para dentro de mim.
Abaixo de mim, Lachlan geme. —Jesus, posso sentir você foder com ela.
—Essa é a ideia. —Hugh diz, sua voz se quebrando. —Deus, Beth. Você está tão apertada.
Aqui é onde devo dizer-lhe que é porque ele é tão grande. Grande e duro. Mas tudo que sai é mais daqueles gemidos fracos e chorosos, porque ele está dentro da minha bunda, e ele é grande e duro, e os sentimentos substituíram a linguagem no meu cérebro.
Como Lachlan fez, ele se mantém profundamente dentro de mim, então alivia quase todo o caminho.
E Lachlan empurra-se na minha buceta.
Mãe de... —Ah!
Ele curte todos os pontos certos no caminho, e no seu caminho para fora, Hugh está me enchendo por trás.
Um desorientado deslizamento de empurra-puxa de carne dura contra macia começa. Hugh, então Lachlan, e de novo. Um bombear lento e seguro de seus quadris, conduzindo seus paus para dentro do meu corpo de duas formas diferentes, mas tão juntos.
Minha pele fica quente e tensa, meus seios pesados enquanto esfregam contra o peito de Lachlan. Entre minhas pernas, meu clitóris está duro, latejando, e Lachlan está seguro em esfregar contra isso também.
Eu quero fazer algo, mas tudo o que posso fazer é ficar apertada quando mergulham dentro e fora do meu corpo, me preenchendo completamente. Uma e outra vez.
E então Lachlan diz: —Podemos caber dentro dela ao mesmo tempo?
O que diabos eles pensam que estão fazendo? Mas Hugh entende, mesmo que eu não, e ele se mantém dentro de mim no final de seu próximo impulso.
Lachlan tenta pressionar em mim, e parece que ele pode estar me dividindo em duas, deliciosamente, sim, mas ainda me despedaçando. E ele não pode entrar.
—Para cima linda. —Ele sussurra. —Eu preciso de você.
Ele pressiona minha parte superior do corpo no peito e me passa para Hugh, que envolve os braços em mim, segurando meus peitos na mão.
Minha visão flutua enquanto olho para Lachlan. Músculos grandes e distorcidos. Expressão quente, ativa. E onde nossas pernas estão emaranhadas, onde estou espalhada por sobre ele, seu pau, embrulhado em seu punho.
Ele quer colocar esse monstro dentro de mim, enquanto Hugh está enterrado na minha bunda.
—Não... —Suspiro.
—Bolinho? —Hugh pergunta no meu ouvido e eu levanto a cabeça. Não é esse tipo de não. O bom tipo de não.
O tipo de não: puta-merda-você-vai-me-foder?
Atrás de mim, Hugh flexiona seu corpo, conduzindo seu pau mais fundo na minha bunda e levantando minha buceta, então estou mais em exibição para Lachlan.
—Olhe o quanto você é bonita. —Lachlan diz, sua voz meio melodiosa também. —Você pode nos levar, eu sei que você pode.
Eu balanço a minha cabeça. —Eu não posso.
—Sim... —Ele sussurra enquanto balança seu pau contra meu clitóris, depois, mais embaixo, entre meus lábios. —Oh, você está tão molhada para mim. Tão bom. Pronta?
Não me incomodo em responder. Ou vai funcionar ou não, estou de qualquer forma, a dez segundos da combustão espontânea.
Desta vez ele entra em mim, e parece impossível, mas ele ainda está pressionando, ainda esticando meu corpo ao redor dele. Fazendo um espaço permanente para si mesmo.
Reinvindicando.
Minha respiração está instável agora, e luzes dançam nas bordas da minha visão. Outro centímetro, e a parte mais espessa dele está dentro do meu corpo, contra o pau de Hugh.
—Eu vou... —Levanto minha cabeça. —Sim por favor. Deus por favor.
—Você está fazendo isso. Você está pronta para gozar? Queremos sentir você nos apertando ao mesmo tempo.
Hugh rosna. —Eu quero sentir Lachlan explodir profundamente dentro de sua boceta, você consegue? Retirar isso dele. —Ah... engulo duro e agito minhas mãos em direção à minha barriga.
Hugh aperta meus mamilos, puxando-os.
Pressiona contra minha pele, minhas mãos tremendo. Sim, sim.
Lachlan passa as mãos pelas minhas coxas enquanto pulsa no último centímetro, em minúsculos movimentos. Não, não tenho uma resposta.
Reivindicando o que é dele.
Quando ele está completamente dentro de mim, suas mãos se instalam nos meus quadris, seus polegares provocando as rugas onde minhas pernas encontram minha pélvis.
Tudo o que preciso é que eles se mexam, apenas um pouco, e acho que vou gozar.
Atrás de mim, Hugh bombeia os quadris.
Abaixo de mim, Lachlan rola enquanto desliza a mão e aperta meu clitóris com o polegar.
Entre eles, fecho meus olhos e grito quando algo profundo dentro se encaixa, algo brilhante e explosivo.
Como um fio conectado a mil toneladas de prazer, esmagando todos os circuitos. Eu estremeço nos braços de Hugh, um espasmo que desencadeia outro e outro, enquanto eles empurram e grudam contra mim, amarrando meu orgasmo e desencadeando o deles.
Quando escapam de mim, é um choque estranho, e meu corpo se sente permanentemente mudado. Ou talvez seja apenas o meu coração.
Hugh desaparece para se limpar primeiro, então Lachlan sai da cama enquanto nosso amante se junta a nós.
Eu não movo um músculo porque estou morta.
Hugh não permitiria nada além disso.
—Hora da torta. —Ele diz sem fôlego enquanto bate na minha bunda.
—Então, um banho antes da segunda rodada.
Segunda rodada de Matem Beth de Prazer? E torta?
Eu rolo e agarro sua mão, puxando-o para perto. —Você está louco.
—Sussurro, beijando seus dedos.
—E muito bem.
Ele se agacha ao lado da cama e escova o cabelo do meu rosto. Sua expressão é difícil de ler, mas meu cérebro agora está muito disperso para tentar decifrar sentimentos de garotos estranhos. —Você gostou disso?
—Oh sim.
—Acho que ele também precisava disso. —Ele olha por cima do ombro para o banheiro.
—Ele está apenas... —eu paro quando Lachlan retorna. —Hora da torta?
Recebo dois sorrisos satisfeitos e famintos em resposta.
Mas, definitivamente, voltaremos a essa conversa em algum momento nesse fim de semana.
CAPÍTULO 37
HUGH
EU NÃO QUERO DORMIR.
Eu não poderia, nem mesmo se não tivesse tomado a decisão de não ficar.
Eu mudei meu voo. Eu fiz isso hoje, e mesmo depois do que compartilhamos esta noite, não me arrependo.
Bem, essa é uma merda de uma mentira.
Eu já me arrependo.
Mas é o que precisa ser feito, e eu sei disso.
Eu acaricio o cabelo de Beth. O braço de Lachlan está envolvido em torno dela, como sempre acontece quando dormimos juntos, e eu repito o gesto no braço seguinte. Eu amo a força dele. O tamanho dele. Meu grandão.
Dela agora.
Minhas entranhas se agitam e meu coração bate contra o meu peito enquanto deslizo silenciosamente da nossa cabana. A estrada de cascalho é muito barulhenta para que eu faça uma partida rápida, então corro na grama entre as cabanas, e o rio em direção ao café onde meu carro alugado está estacionado.
A primeira ligação ocorre pouco depois de eu sair do resort. O toque de Lachlan. Ignoro-o enquanto viro para a estrada em direção a Vancouver.
Momentos depois, recebo uma notificação de correio de voz, seguida imediatamente por uma mensagem. Então vem o toque de Beth. Mata-me rejeitar, porque não a estou rejeitando. Mas não estou com cabeça para lidar com uma conversa com qualquer um deles. Eu só preciso chegar em casa.
Coloco meu celular no modo avião. Estou fora de serviço por mais alguns dias, por isso estar indisponível por algumas horas extras não afetará a segurança do PM.
O tráfego é praticamente inexistente neste horário da manhã, e chego até o aeroporto em menos de duas horas.
CAPÍTULO 38
BETH
LACHLAN NÃO ESTÁ DORMINDO.
Eu também não.
Hugh está desaparecido, em mais de um sentido. Há um buraco de noventa quilos no lado da cama, e dormíamos enquanto ele saía.
Ele deixou um bilhete com uma única linha.
Preciso de espaço.
Já se passaram pelo menos três horas. Lachlan destruiu a porta quando acordamos e achamos o bilhete, mas acho que o pior é ele não estar respondendo a nossas mensagens. Depois que nossas primeiras tentativas de ligar foram ignoradas, ele desligou o celular.
Então agora estamos aqui.
—Vá dormir. —Sussurro contra suas costas.
Ele se aproxima, afastando os braços, e me encosto ao lado dele. Meu coração dói, porque sei que Hugh não saiu na noite sozinho para dar uma volta.
Eu repito a conversa que Hugh e eu tivemos enquanto dançavámos no casamento. Eu deveria ter descoberto isso mais cedo.
—Eu quero estar aqui no caso de ele voltar e precisar conversar. —Ele diz.
—Ele não vai voltar. —Sussurro, minha voz quebrando.
—Não diga isso. —Ele diz asperamente. Eu mordo o lábio e ele me aperta. —Merda. Porra.
Lágrimas quentes pressionam contra minhas pálpebras e aperto mais forte. Isso é tudo minha culpa.
—Ele é um menino crescido. Ele ficará bem. —Há tanto lamento na voz de Lachlan, que dói na minha pele. Ele pode não ser capaz de chorar, mas eu posso. Vou chorar por nós dois.
***
MEU CELULAR me desperta algumas horas depois, eu o procuro, coração disparado porque, no meu estado de privação de sono, acho que pode ser uma mensagem de Hugh.
É só o meu alarme, dizendo-me para tomar a minha pílula.
Eu me levanto da cama e vou para a minha bolsa. Pressiono o meu polegar contra a cartela e retiro a pequena pílula. Quatro dias até o meu período chegar. Eu estava tão entusiasmada com o tempo perfeito, que não precisaria tomar duas cartelas seguidas para garantir que os momentos sexy pudessem continuar sem serem afetados.
Acontece que só tive uma noite para me preocupar.
Eu arrumo a cartela e me arrasto para o banheiro para pegar um pouco de água.
A banheira com gigantes pés de garra me chama, então entro e fecho a porta para não acordar Lachlan e abro a torneira. Tomo o meu comprimido, depois despejo um pouco de shampoo sob a torneira.
Banho de espuma de emergência.
Vai servir.
Uma batida silenciosa na porta me diz que fiz um péssimo trabalho em não acordar Lachlan. —Entre.
Ele enfia a cabeça pela porta. —Dia.
Ele parece tão miserável como eu me sinto. —Quer tomar um banho de espuma comigo?
—Que tal eu fazer café em vez disso?
Eu concordo. —OK.
Ele volta dez minutos depois com uma bandeja de comida e um suporte de madeira para colocá-la, e nós comemos assim, eu na banheira, ele recostando-se contra a pia, tomando seu café.
—Eu poderia conseguir que alguém pesquisasse seus cartões de crédito. —Ele finalmente murmura.
Sim, faça isso, quero dizer. Acompanhe-o e vamos lançar uma rede sobre o desgraçado e arrastá-lo de volta para que possamos dizer-lhe que o amamos. Em vez disso, abaixo-me na banheira e sopro uma uma pilha de bolhas perto da minha boca.
—Provavelmente é uma má ideia, ele é esperto.
Eu concordo. Provavelmente.
—Eu vi alguns jogos de tabuleiro. —Ele oferece em seguida. —Na estante de livros.
Então, depois do meu café da manhã, nós jogamos Scrabble, e é bom.
Assim é o abraço que temos no assento da janela. Bom.
E a soneca que se segue, porque estamos esgotados. Isso é perfeitamente adequado. Eu amo Lachlan, e ele está sendo cuidadoso e atento, mas não é assim que deveríamos estar passando esses dias juntos.
Falta-nos o terceiro, e isso dói pra caramba.
No meio do dia, estou chateada com Hugh.
E já que ele não está aqui, estou meio mal-humorada com Lachlan também, e isso não é justo.
Então pego o bilhete de Hugh, que realmente não tocamos de novo, e eu rabisco atrás dele: —Nós fomos para uma caminhada, porque você é burro. Te amo. Fique aqui se você voltar. —E o entrego a Lachlan, que ri pela primeira vez durante todo o dia.
Ele acena com a cabeça. —Ok, vamos sair.
E espero que possamos dispersar nossos pensamentos um pouco também.
Eu pensei que seria apenas uma caminhada rápida, mas Lachlan arruma uma mochila com água e lanches, e pega um mapa de trilhas para caminhadas deixado pelas pessoas que alugam a cabana.
Ele está levando a minha declaração de caminhada a sério.
Arrumo os tênis de corrida, mas não tenho calça comprida, e digo isso a ele.
—Vamos manter isso fácil. —Ele promete.
Já ouvi essas palavras.
Seguimos para a parte de trás da cabana, atravessando a grama alta para uma ponte ferroviária que é marcada como segura para o cruzamento. O sol está brilhante hoje, e está bem quente enquanto atravessamos a ponte, o rio apressando-se por baixo de nós. Paramos do outro lado e Lachlan indica o caminho que escolheu para nós.
À frente, a cerca de um quilômetro, há um ponto marcado no mapa de caminhada. Fácil.
Exceto que ele diz: —E, claro, vamos ter consciência.
Eu congelo. —Perdão?
Ele avança à nossa frente. —Sólida chance de ver um urso preto aqui fora. Há muita comida nesta época do ano, então eles não nos farão mal. Nós simplesmente não queremos surpreendê-los, ou ficar entre mamãe e filhotes.
Ah Ahh. Eu olho novamente na direção da cabana.
—Ei. —Ele diz suavemente, colocando os dedos por entre os meus e me puxando para perto. —Você queria sair daqui. O sol está brilhando, é um lindo dia. Vamos fazer isso.
—Com ursos.
—Comigo. E vamos cantar para manter os ursos longe.
—Você é louco.
—Eu sou a pessoa mais aborrecida e responsável que você já conheceu. Eu deixaria que algo acontecesse com você?
Eu balanço minha cabeça. Não, ele não deixaria. —OK.
Ele roça seus lábios contra os meus, suavemente no início, mas a faísca está lá, como sempre, embora agora nos surpreenda. Ele aprofunda o beijo, deslizando a língua contra a minha.
Ele transforma minha tristeza em outra coisa. Antecipação. Eu o persigo para outro beijo, e quando terminamos, ele me pega e me gira. —Nós só temos que fazer barulho. Isso é tudo. Estamos compartilhando espaço com eles, é justo deixá-los saber que estamos chegando.
Nós continuamos, cantando músicas de acampamento no início, depois falamos. Nós também jogamos algumas rodadas de vinte perguntas. É fácil fazer barulho com ele, afinal, e antes que eu saiba, voltamos novamente para a ponte ferroviária.
Podemos vê-la à frente, mas Lachlan levanta a mão para que eu pare enquanto cruzamos pelas linhas hidrelétricas. Seu caminho é esculpido no bosque, e a área a nossa esquerda é uma colina sinuosa até o rio.
—Você quer ir lá e verificar isso? —Ele pergunta.
Claro, sim.
Ele me lembra de ir devagar sobre o terreno irregular, e leva-nos meia hora para escolher o nosso caminho até correnteza.
Valeu a pena o desvio.
—Uau! —Digo quando chegamos a uma parada à beira do rio. O leito é mais amplo do que o fluxo real de água agora. Deve ficar cada vez mais profundo no inverno e na primavera. Agora, podemos caminhar através de pedras e troncos antes de alcançar a água cristalina.
Ajoelhei e enfiei meus dedos nela. É fria, mas não tão fria quanto eu esperava. Fico de pé e olho pelo rio. Então olho para Lachlan.
—No que você está pensando? —Ele pergunta, mas seu sorriso me diz que ele tem uma boa ideia.
E é uma boa ideia também. —É seguro cruzar?
Ele dá de ombros. —Sim. Deve ser.
—Com ou sem tênis? —Eu estreito meus olhos na água à nossa frente. Muitas pedras. Alguma areia e troncos, mas...
Lachlan é quem decide. —Sem. Mais fácil escalar o banco do outro lado.
—Justo. —Respiro profundamente e entro na água. Oh Deus. Isso é mais frio no meu tornozelo do que na ponta dos meus dedos.
Dou mais dois passos, então posso sair da água e entrar em uma área seca. Então, outra, e rapidamente estou no meio do rio, Lachlan logo atrás de mim.
Eu rio e grito, jogando minhas mãos no ar. Isso é incrível.
Isso é o que eu precisava hoje.
Estamos quase do outro lado do rio, o lado da cabana, quando Lachlan toca meu braço.
—Não se assuste. —Ele diz calmamente. —Mas há um urso do outro lado do rio, a cerca de cem metros de distância.
Eu congelo.
—Continue. —Ele diz. —Estamos quase lá.
Urso. Urso. Urso.
—Beth!
Eu salto e forço minhas pernas para a frente, espirrando um pouco. Meu pulso está indo a cem por minuto, e se eu tiver um ataque cardíaco no meio deste rio, isso vai arruinar todo este dia que estava ficando melhor, que eu estava aproveitando alguns minutos antes.
—Nós estamos bem, não nos preocupemos, continue em movimento.
— Sua voz é uniforme e constante no meu ouvido, e quando saímos da água, ele segura meus ombros e me obriga a virar. —Vê?
Urso. Urso. Urso.
Eu suspiro ao ver a mancha preta e peluda voltando para a floresta no lado oposto.
Urso.
—Oh meu Deus. —Sussurro.
—Viu? Nada com que se preocupar.
—Eu compartilhei um rio com um urso...
—Sim. —Ele acaricia um dedo na minha bochecha, então beija meu nariz. —Quer fazer um jantar de comemoração juntos?
—Bifes?
—Você que sabe.
CAPÍTULO 39
LACHLAN
HÁ SOMENTE DOIS BIFES.
Filho da puta.
Olho para as bandejas de carne que Hugh comprou e guardou na geladeira antes de chegarmos ontem.
Dois bifes.
Dois peitos de galinha gigantes.
Uma única bandeja, quando sei que se ele estivesse planejando comer, também haveria uma segunda bandeja.
Ele não estava pensando em ficar.
Em algum momento, ele decidiu nos abandonar aqui. Uma lenta e irritada queimadura se arrasta em meu pescoço.
Ele pegou a minha lista de compras e usou para nos arrumar um ninho de amor. Então ele se sujou, bem antes de dar o fora.
Por que diabos ele não saberia que nós sentiríamos falta quando ele fizesse isso?
—O que é isso? —Beth pergunta.
Eu empurro minha atenção para onde ela está sentada na sala de estar. Ela estava lendo um livro, mas agora está olhando para mim.
—Você abriu a geladeira e ficou aí. —Ela diz, levantando-se.
Eu fecho a porta. —Sim.
—Você quer ajuda com o jantar?
Eu balanço minha cabeça. —Não. —Abro a porta da geladeira novamente. —Eu quero uma cerveja. Você quer?
—Certo.
Agarro duas garrafas e tiro as tampas antes de me juntar a ela. O jantar pode esperar.
Coloco as garrafas no descanso de copos na mesa de café e pego seu pé, agora nu, porque seu único par de meias está secando em uma prateleira no banheiro. —Esta com frio?
Ela balança a cabeça. —Estou bem.
—Eu tenho meias extras. Grandes e velhinhas. De lã. Você poderia...
—Lachlan, o que há de errado?
—Hugh só comprou comida para nós dois. Dois bifes. Dois peitos de frango.
Seu rosto cai. —Ah.
—Onde quer que ele esteja, ele planejou. —Isso é difícil de dizer. Eu pensei que depois dos dois últimos meses estávamos todos no mesmo lugar, na mesma página, mas estou percebendo com amargo desagrado que não tinha ideia do que estava acontecendo na cabeça dele.
Não é a primeira vez que fui enganado por ele.
Eu sou um otário por pensar que desta vez seria diferente.
Era diferente, no entanto. Nós tínhamos Beth.
Temos.
Nós temos Beth.
Ela não diz nada. Ela está descascando o minúsculo rótulo da garrafa de cerveja pedacinho por pedacinho. Tomo um gole e olho para ela.
—Isso não é o que você queria, não é? —Deus, essas palavras parecem torpes e erradas na minha boca.
Ela empurra a cabeça, os olhos arregalados e alarmados. —Não.
—Eu acho que precisamos fazer um trabalho melhor em dizer as coisas.
Ela ri fracamente. —Sim. Provavelmente.
—O que você está pensando?
Ela pressiona os lábios e sacode a cabeça.
Inclino-me para frente e apoio os meus antebraços nas minhas coxas. —Eu quero vocês dois. Talvez devamos começar por aí. Isso não estava claro? Isso não está bem?
—Está mais do que bem. —Ela sussurra. —Mas não sei o quão claro isso foi.
—Nem mesmo depois da noite passada? —Ou qualquer uma das noites que vieram antes? Todos os meus músculos ficam tensos e flexicionam enquanto o calor do meu pescoço desliza pela minha coluna vertebral.
—Foi o casamento. —Ela vira a sua garrafa de cerveja e bebe. Então se levanta e começa a andar de um lado para o outro. —Nós conversamos enquanto dançávamos. E não entendi no momento...
—Entender o que? Droga, fale.
Ela ergueu a mão, a testa franzida. —Por favor, não pressione. Não tenho certeza do que estou tentando dizer. OK? Eu não conheço sua história inteira. Vocês dois foram super reservados sobre isso. Portanto, não espere que eu lhe forneça a resposta em uma bandeja. Eu não posso.
Merda. Eu concordo. —Certo. Eu sinto muito.
Ela dá de ombros. —Eu enlouqueci antes. Fico feliz por nos revezarmos.
—Ela dá outra caminhada pela sala de estar, depois para e dá outro pequeno encolher de ombros. —OK. Então Hugh me contou um pouco sobre como vocês se conectaram pela primeira vez. Quando você tinha acabado de romper com uma mulher...?
Eu concordo. Mesmo depois de todos esses anos, a mistura quente e estranha de culpa e excitação nas minhas veias é um sentimento que sempre vou associar com os primeiros dias antes de Hugh ter me beijado.
—Eu acho que ele pensa que isso significou mais para ele do que para você. —Ela diz suavemente, mas as palavras são como punhos, rápidos como um raio.
Ele não está errado.
E está completamente errado, mas esse é um segredo que enterrei profundamente, pensei...
Bem, eu pensei errado. Acontece que não é tão fácil seguir em frente como se o passado não fosse feio.
—E o casamento provocou isso. Podemos ter lhe dado impressão de que... —Ela geme e joga a sua cabeça para trás. —Porra. Isso é tão estranho para falar quando só namoramos por pouco tempo. —Ela olha para mim e geme. —Não me leve tão a sério, mas eu estava pensando em você e eu, e Hugh e eu, e Hugh e você ontem. E ele viu isso. Foi difícil esconder.
Há uma nota de insegurança que vamos ter que voltar em algum momento. Não me leve tão a sério. Jesus. Mas eu quero chegar ao fundo disso primeiro. —Certo. É difícil pensar em algo assim: eu quero, e isso está fora do alcance.
—Você quer isso?
—Sim, de forma abstrata.
—E com uma mulher? Ou com um homem?
Eu não sei. —Não sei. Quero dizer, até que eu te encontrei... —As palavras morrem na minha língua. Encontrar Beth mudou tudo. Mas isso também soa meio feio.
Eu fiz uma bagunça nos dois relacionamentos que significam o mundo para mim.
Ela me dá um olhar sem esperança. —Eu acho que essa conversa deveria ser muito mais feliz do que está sendo.
Respiro fundo. —Sim.
Ela se aproxima, até seus joelhos roçarem os meus. —Ele ama você, você sabe. Ele o ama tanto que o machuca você não perceber.
—Eu... eu não percebo? Não consigo tirar minhas mãos dele.
—Ele acha que é diferente. —Ela diz suavemente.
—De que?
—De como você se sente sobre mim.
É diferente. Mas... não mais ou menos. Simplesmente, eles não são as mesmas pessoas.
Eu estendo a mão e pego a sua. Ela resiste um pouco, mas então eu a arrasto para o meu colo. —Eu amo você. —Sussurro contra sua têmpora. —Tanto que fodi tudo.
Ela pressiona sua pele contra a minha. Sua respiração entrecortada. —E como você se sente sobre Hugh?
A dor aumenta no meu peito. —Eu também o amo.
—Mas você não disse isso para ele. —Sua voz se quebra e ela puxa os joelhos para o peito, apertando-os com força. Envolvo meus braços ao redor do seu corpo. —E ele precisa ouvir isso.
—Ele não vai acreditar em mim.
—Nós precisamos convencê-lo, então. —Sua voz é segura e confiante, e a tensão em seu corpo se desvanece enquanto descansa contra mim e pressiona seu rosto no meu pescoço. —Eu preciso de vocês dois. Isso é loucura. Acabamos de começar, nós três. Ainda não terminamos.
—Eu não sei...
Seus dedos dançam sobre o ponto pulsante pela clavícula, depois sobem pelos tendões no lado do meu pescoço. Toques gentis e amorosos. —Você pode me falar sobre sua primeira separação?
Aperto os olhos. Não. Sim. Eu não sei. —Eu o deixei. Essa é a resposta curta. Uma oportunidade surgiu, uma colocação, e eu solicitei. Eu não contei até que tinha o trabalho.
—Como ele reagiu?
—Nós brigamos. Nós também fodemos. Isso não parou até eu sair. —E então, na noite anterior à partida, ele finalmente me perguntou se ele poderia me visitar.
—Poderia ser muito complicado. —Eu disse.
—Tem certeza?
Ele não só perguntou, mas ele duplicou a sua esperança.
E eu corri.
Porque nós estávamos ficando muito intensos, demais para dois caras, porra.
Demorou mais um ano para admitir que foi o primeiro homem com quem eu quis ter um relacionamento real, e isso me assustou. E até lá, o arrependimento se desvaneceu a um nível agridoce.
—Ele perguntou se poderíamos continuar nos vendo. —Digo fracamente. —Eu o dispensei.
—Ele me disse que falaríamos ontem à noite. E então não falamos. Talvez ele não tivesse ido?
Eu aceno com a cabeça, meu interior se contorcendo. —Mais fácil dizer do que fazer quando ele tinha todo o direito de esperar que eu o dispensasse novamente.
Ela murmurou. —Esta não é uma maneira madura de se separar das pessoas.
Isso me faz sorrir. —Ele não está terminando conosco. Não vamos deixar isso acontecer.
—Promete?
Com cada fibra do meu ser. —Sim.
—Devo dizer-lhe outra coisa. Ele disse... como você se sente sobre mim, e acho que ele vê isso muito diferente de como você se sente sobre ele, é assim que ele se sentiu por você naquela época.
Isso faz a minha cabeça girar. —Não. Tínhamos sentimentos um pelo outro, mas não era assim.
—Assim como?
Não há como eu dizer a Beth como me sinto por ela desde aquele primeiro momento em que a olhei. Isso me faria parecer um perseguidor. Mas guardar isso foi o que nos levou a essa bagunça em primeiro lugar.
—Você é minha Estrela do Norte. —Sussurro. —Em todo lugar que estou, não importa o que estou fazendo, eu gravito em sua direção. Você fica quieta no caos do redemoinho, e assim posso encontrar o meu caminho para você. Você é brilhante e constante no meu céu.
—Talvez Hugh...
Eu a beijo para evitar as perguntas e a dúvida. Não consigo mais lidar com a adivinhação agora. Vamos descobrir isso. Nós o traremos de volta. Mas eu a beijo porque ela também é minha Beth.
Nossa Beth.
Porra Hugh!
Mas ele está com medo porque eu o machuquei há muito tempo, quando ele era um jovem impetuoso, e talvez precisemos começar a consertar isso.
Não posso fazer isso agora.
Mas posso beijá-la. Posso fazer o jantar e mantê-la abraçada, fazer amor com ela e mostrar-lhe o quanto isso significa para mim, que ela abrace não só a mim, mas meu amor louco por outro amante também.
***
ELA PARECE SONOLENTA APÓS O JANTAR. Nós estamos conversando na cama, sobre ursos e caminhadas, e eu toco vagamente sua pele nua sob sua camisa.
E então, de repente, percebo que ela não está acordada, e ela é tão doce que não tento despertá-la para fazer sexo.
Nós temos todo o tempo no mundo para o sexo mais tarde, e uma boa noite de sono tem sido escassa.
Pego um livro de bolso na sala de estar, depois a coloco debaixo dos cobertores. Desligo todas as luzes exceto uma pequena a meu lado e começo a ler.
Quatro horas depois, quase termino o livro. Meus olhos ficaram pesados, mas a história é atraente, e ainda não é tarde. Olho para o meu celular.
Como é que cheguei a quase uma da manhã?
Coloco o meu livro de lado e fecho os olhos, mas apesar das pálpebras cansadas, estou bem acordado. Meu pulso acelera pelos últimos dias emocionantes e um bom livro de espiões.
E no meu ombro, posso sentir a marca de Hugh. Ele deixou e correu.
Tento contar carneirinhos e pensar na broca para limpar uma pistola, uma metralhadora. Faço uma lista do que levar para caminhada durante a noite, eu poderia levar Beth.
Hugh gostaria disso.
Minhas pálpebras se abrem.
Puta merda!
Eu pulo da cama e pego meu celular. É hora de tentar novamente. E se ele ainda estiver no silêncio, minha próxima mensagem será preenchida com muitos palavrões.
CAPÍTULO 40
HUGH
É QUASE quatro horas da manhã, e eu oficialmente desisto do sono.
O vôo de volta a Ottawa foi torturante.
Eu tentei ignorar todos os sentimentos emaranhados que estou relutando, mais para aterrorizado, para nomear. Mas não havia nada que a vida ou a morte me distraíssem, e o buraco no meu coração continuava ficando cada vez maior e mais irregular a cada hora que passava.
É impossível evitar repetir em minha mente como Lachlan e Beth se olharam todo o fim de semana, como se estivessem profundamente apaixonados.
Depois, houve a dança.
Foi um puta erro tentar compensar não dançarmos juntos no casamento com uma dança privada na cabana. Isso apenas criou um buraco no meu coração de uma maneira diferente, lembrando-me de que eu me recuperei de uma maneira totalmente nova com essa relação.
Uma coisa é querer dançar com Lachlan. E outra é desejar que nós três possamos dançar juntos.
Mas, não há nada que possa fornecer cobertura suficiente para isso.
Uma relação real entre três pessoas próximas ao primeiro-ministro? Isso é um sonho. Uma enorme complicação desnecessária.
Lachlan nunca ouvirá falar disso. Porque a realidade do mundo é: três é uma multidão inaceitável no que diz respeito ao casamento e a sociedade. E esta é a verdade que apaga todas as reservas que tenho sobre a minha decisão de sair.
Mesmo com minha turbulência emocional, posso pelo menos admitir a mim mesmo, o casamento é para onde as coisas estão indo para Lachlan e Beth, de uma forma ou de outra.
É o que ambos querem, e este fim de semana sublinhou isso de forma inegável.
Quando finalmente cheguei em casa, fui para cama ridiculamente cedo porque estou cheio de negação e prevensão, e o sono parecia ser a melhor opção.
Apesar do esgotamento físico das últimas vinte e quatro horas, minha mente se recusa a descansar.
Eu vago para a cozinha para fazer café, e olho em volta do meu apartamento.
Está bagunçado.
Não me incomodou antes. Provavelmente, por que não passei muito tempo aqui.
Eu me deixei ficar muito confortável na fantasia de qualquer outra coisa. Na fantasia de que este lugar poderia ser temporário e não importaria se eu tivesse um sofá ou uma TV, eu deveria saber. Deveria ter me mantido distante da tentação.
Foi um erro colossal.
Meu celular está no balcão da cozinha, onde o joguei quando cheguei em casa na noite passada. Eu olho como se fosse uma cobra pronta para atacar, mas não posso adiar o inevitável por mais tempo.
Tiro o celular do modo avião e o ajusto novamente enquanto faço uma xícara de café.
As notificações começam a aparecer em todos os lugares.
Correio de voz, chamadas perdidas, mensagens, e-mail. Diabos, se eu tivesse uma conta no Facebook, tenho certeza de que também estariam gritando comigo.
A culpa me ataca como um trem de carga.
Eu decido começar com as mensagens porque sei que não consigo lidar com suas vozes.
Lachlan: Que porra, cara?
Beth: Você está bem?
Lachlan: Droga, Hugh. Me liga.
Beth: Estamos preocupados com você.
Por favor, avise-me que está bem.
Lachlan: Hugh. Eu não sei o que está acontecendo com você, mas vou chutar sua bunda por fazer Beth chorar.
Ela acha que fez algo errado. Você precisa corrigir isso.
Um nó duro como pedra se aloja profundamente no meu peito enquanto encaro as duas últimas mensagens de Lachlan.
Então meu celular vibra e o toque de Lachlan vem através do alto-falante.
Merda. Ainda não estou pronto para falar com ele, mas preciso superar. Ainda temos que trabalhar juntos.
Onde eles estão, é madrugada. Se ele me liga a uma hora da manhã, eu sou um idiota por não atender, não importa o quanto não quero ainda.
Respiro profundamente e respondo antes que a chamada tenha a chance de cair no correio de voz. —Estou aqui.
—Jesus, Hugh. —Quase posso ver sua mão deslizando sobre sua cabeça, seus dedos atravessando seus cabelos enquanto diz isso.
Ele parece mais aliviado do que irritado, e estou um pouco surpreso.
Há silêncio, e não sei o que dizer, então continuo juntando meus pensamentos e aguardo.
—Onde você está?
—Ottawa.
—Você sabia que estava saindo, não é? Não foi uma coisa espontânea do momento. Foi planejado.
Não é conveniente negar isso. —Sim.
—Eu não entendi. Como você pode passar a noite fodendo e sugando Beth e eu, como se fossemos as pessoas mais importantes da sua vida, se você ia se esgueirar depois?
Eu quero desabafar. Quero dizer-lhe que precisava de uma memória mais fabulosa para o momento espinhoso. Quero facilitar a libertação. Mas eles merecem a verdade, pelo menos.
—Você é a pessoa mais importante da minha vida. E eu precisava mostrar-lhe uma última vez.
—Droga, Hugh...
—Vá para a cama, Lachlan. Eu disse que precisava de espaço, e eu quis dizer isso. —Eu termino a ligação. Ainda não posso falar sobre isso. Em algum lugar ao longo do caminho, eu perdi o controle do que estava fazendo.
Eu preciso encontrar esse controle novamente. E quando encontrar, nunca vou perdê-lo de novo.
CAPÍTULO 41
LACHLAN
Quando retorno para a cabana, há uma lâmpada acesa, e Beth está sentada na cama. Tenho certeza de que ela estava dormindo quando eu me levantei. Quanto ela ouviu?
—Tudo bem? —Ela pergunta, seus olhos brilhantes de esperança.
Porra! Eu esperava ter algum tempo para me acalmar e processar essa ligação. Meu coração está batendo forte, e não quero que Beth note minha agitação.
—Você deveria estar dormindo. —Digo, gentilmente.
—Assim como você. —Ela bate no meu lado da cama. —Bem aqui.
E Hugh deveria estar do outro lado dela.
Há muitas outras coisas que ele deveria estar fazendo agora.
Meu peito aperta, e eu apenas aceno com a cabeça enquanto tento engolir o nó na garganta.
Atravessando o quarto, mantenho minha respiração lenta e firme em um esforço para acalmar minha frequência cardíaca antes de subir ao lado de Beth.
Ela se aconchega, e enquanto a puxo nos meus braços, ela gira um dedo nos cabelos do meu peito. —O que ele disse? —Ela pergunta.
Jesus. Eu não posso dizer o que ela quer ouvir, e ela já chorou um oceano de lágrimas.
—Ele está em Ottawa. E precisa de espaço.
Seu dedo para de se mover. —Ele não vai voltar.
—Não, mas isso não significa necessariamente que quando chegarmos em casa... —Digo, tentando parecer mais otimista do que eu me sinto.
—Nós poderíamos ir até ele agora.
Se fosse assim tão simples. —Ainda não. Não vejo nenhum de nós podendo ficar longe dele enquanto estamos todos em Ottawa, mesmo por apenas alguns dias. Será mais fácil se lhe dermos o que ele pensa que precisa.
Ela solta um longo suspiro. —Eu suponho que você está certo.
Apertando-a com mais força, inclino-me e beijo o topo de sua cabeça.
—Devemos tentar dormir um pouco. —Digo a ela.
Ela não responde. Em vez disso, desliza a mão na minha nuca e me dá um beijo.
Uma pincelada suave primeiro, depois mais insistente. Eu abro e ela provoca seu caminho, sua língua deslizando contra a minha enquanto desliza sua perna sobre mim e se esfrega contra a minha coxa.
Eu gemo em sua boca e nos rolo até ficar em cima dela.
Ela espalha mais as pernas. O convite é claro. Ela está molhada, e eu estou duro.
Não há preliminares desta vez.
Ambos estamos em um turbilhão de dor e confusão e, às vezes, uma boa foda é tudo o que há para manter sua cabeça acima da água.
Eu tomo o controle do beijo, mergulhando minha língua profundamente enquanto enterro meu pênis dentro dela.
Ela envolve as pernas na minha cintura, e deslizo um braço debaixo do joelho levantando mais, desesperado para chegar o mais longe possível dentro dela.
Toda a dor e a raiva que tentei desesperadamente conter, vencem.
Os meus quadris empurram e bombeiam com força. Sou um selvagem. Nada de delicadeza. Apenas uma necessidade irresistível de me afundar.
Eu não vou durar muito, mas mesmo no meu estado frenético, não sou tão egoísta para deixá-la pendurada, então alcanço entre nós e uso meus dedos no seu clitóris.
Quando os últimos espasmos do meu orgasmo desaparecem, eu me abaixo para segurar o preservativo no lugar enquanto me retiro.
Então noto que não usei um.
Sem preservativo.
Porra. Eu sou um completo idiota.
Eu rolo sobre as minhas costas e arrasto os dedos pelo meu cabelo.
Ela lentamente me segue, pressionando os dedos no meu peito.
Ela pode sentir meu coração batendo?
—Eu sinto muito.
—Acontece.
—Não para mim. —Sorvo uma respiração muito necessária. —Eu não estava pensando.
Ela se vira para o lado e desliza um dedo pela minha bochecha. —Está bem. Acho, ou pelo menos espero, isto é para onde nos dirigimos? Ainda não tivemos a conversa.
—Essa não é a questão. Eu não lhe dei a escolha. Eu fui irresponsável.
—Oh, por favor. Se você é irresponsável, então eu também sou. Eu ainda tinha mais do que o suficiente de células cerebrais funcionando para dizer-lhe que se protegesse, e eu sei que você teria feito.
Ela não está errada. Mas a culpa do sexo desprotegido pesa. Eu não fiz sem um preservativo em mais de dez anos. Muito antes de Hugh.
Porra Hugh!
CAPÍTULO 42
BETH
VOLTAMOS para Ottawa terça-feira à noite e Lachlan me leva ao meu apartamento.
—Você quer ficar hoje à noite? —Pergunto enquanto abro minha porta da frente.
Ele suspira pesado. —Eu deveria ir e encontrar Hugh.
—Eu pensei que devíamos dar-lhe algum espaço. —Coloco as minhas chaves na mesa da sala. Lachlan coloca minha mochila na porta do meu quarto, depois põe as mãos nos meus ombros. —Nós estamos. Sobre nós. Mas preciso ter certeza de que também estamos bem com o trabalho.
Certo. —Claro, eu não estava pensando.
—Posso esperar até amanhã se você preferir.
Eu balanço minha cabeça. É melhor que Lachlan deixe Hugh saber o mais cedo possível, que queremos vê-lo no trabalho, como amigos, ou o que quer que ele queira. E estou planejando trabalhar amanhã. Gavin não voltará por mais uma semana, então eu poderia usar o resto da semana como férias.
Se eu fizesse isso, eu estaria me escondendo.
E como podemos procurar secretamente seduzi-lo de volta à nossa vida se não o vermos?
—Vá e fale com ele, então. Você está certo. Ele precisa ter certeza de que isso não se voltará contra ele.
Ele me beija rapidamente. —Eu vou te ligar assim que chegar em casa.
Essa chamada vem apenas quarenta e cinco minutos depois.
—Oi. —Digo enquanto atendo o telefone.
—Ele nem me deixou entrar em seu apartamento.
—Eu sinto muito. —Eu me jogo na minha cama. —O que ele disse? Como ele parecia?
—Ele parece bem. —Lachlan soltou uma risada frustrada. —Eu queria que ele parecesse uma merda, mas estava sem sorte. E ele não disse muito. Ele pediu desculpas novamente, mas era como se ele estivesse tentando encerrar a conversa. Ele relaxou um pouco quando disse a ele que só queria falar sobre o trabalho. Ele está de volta à programação amanhã, mas na residência, e ele estará lá até o PM voltar.
Eu aceno com a cabeça para mim mesma, absorvendo tudo isso. Então, provavelmente não vou ver Hugh até a semana que vem. Isso me deixa triste. Eu pensei que ficaria aliviada, porque ficaria estranho, mas isso não parece certo.
—Sou só eu, ou isso está errado?
—Não é só você. Mas não sei como fazer isso direito até que ele relaxe um pouco.
—Nós precisamos lhe dizer como nos sentimos sobre ele.
—Ele não quer ouvir agora.
Eu franzo a testa. Eu sei que estamos no final de um longo dia de viagem, e agora não é o momento para empurrar, mas acho que Lachlan está errado.
Eu acho que Hugh quer muito ouvir que nós o amamos. Eu podia apostar qualquer coisa que ele não acreditaria nisso.
—E... —Lachlan suspira. —Eu decidi voar de volta para Vancouver para me encontrar com o primeiro-ministro. A equipe lá está apertada.
Eu pisco para o telefone. Este era para ser o nosso tempo. Na cabana, mas também esta semana quando nós estivéssemos de volta ao trabalho.
Uma rara oportunidade de ficarmos juntos, longe dos holofotes que seguem o PM.
E agora que Hugh não está interessado, por qualquer razão equivocada, Lachlan vai sair também?
—Tudo bem. —Digo, porque o que mais há a dizer? E isso é bom. Não é bom, aceitável, ideal ou qualquer outro adjetivo que eu gosto, mas é bom. —Eu devo ir dormir.
—Beth...
—Boa noite, Lachlan. —Respiro fundo. —Eu te amo.
Ele faz um barulho feliz, entre um suspiro e uma risada. —Eu também te amo.
***
Na manhã seguinte, Lachlan está esperando por mim fora do meu prédio, recostado contra o seu carro. Eu nunca dirijo para o trabalho, porque é uma curta viagem de ônibus, e eu gosto de usar esses minutos para ler. Eu acho que hoje vou ganhar uma carona.
—Esta é uma surpresa. —Digo, parando na frente dele. —Uma muito boa, no entanto.
Ele me dá um beijo suave, persistente, em seguida, me estende um copo da cafeteria da esquina. —Eu estava pensando.
—Humm? —Tomo um gole antes de segui-lo até o carro.
Ele abre a porta do passageiro para mim. —Sobre como você disse “bom”, quando eu disse que iria para Vancouver.
—Oh. —Eu paro no espaço entre ele e o carro e olho para cima. —Bem... ignore isso.
—Eu não quero ignorar. Eu quero entender. —Ele se prepara, o antebraço sobre o teto do carro, e franze a testa para mim. —Você acha que eu não deveria ir?
—Eu... —Eu paro, mas ele está perguntando. —Achei que tínhamos prometido esta semana um para o outro, e mesmo que Hugh tenha desistido desse plano, eu ainda estou aqui.
Seu rosto cai. —Merda. Não, você está certa.
—Mas temo que o trabalho às vezes interfira, e eu e você podemos sair a qualquer momento. Está realmente tudo bem.
—Estou começando a pegar as nuances da palavra. —Ele faz uma careta. —Por que você não disse isso na noite passada?
—Porque tinha sido um longo dia e eu não queria soar como uma bruxa.
—Você nunca soaria assim.
Eu dou de ombros. —Mas eu entendo.
—Eu não reservei um voo.
—Você deveria.
—Eu devo. Mas estou falando com você primeiro. —Ele aponta para que eu entre no carro, e entro.
Depois que ele sai para o tráfego, pega a minha mão e a segura todo o caminho até o Hill.
Eu me sinto um pouco engraçada saindo de seu carro e me dirigindo para o Bloco Central com ele, mas ninguém nos dá uma segunda olhada. No andar de cima, eu ligo o meu computador enquanto ele lê os e-mails em seu celular.
Temos uma visita do Presidente Sul-Africano agendada para o próximo mês, e os funcionários de comunicação me enviaram a lista final de convites para o jantar. Eu leio os nomes cuidadosamente, comparando-os com os eventos anteriores. Gavin gosta de misturar quem recebe convites para esses tipos de coisas, e nós temos uma listinha de pessoas que se comportaram mal no passado, e talvez não deva receber um convite novamente.
Eu envio uma resposta, vetando dois nomes, e sugerindo outros quatro.
Então olho para cima para encontrar Lachlan me observando. —Sim?
—Pergunto com um sorriso.
—Já faz um tempo desde que só sentei aqui e a assisti trabalhar. Eu gosto disso.
Eu reviro os meus olhos. No ano passado, Lachlan passou muito tempo na mesa de segurança atrás da minha, mas quando ele reorganizou as equipes após Hugh chegar, ele começou a passar mais tempo em outros lugares. —Eu gosto muito. —Sussurro, então fico um pouco mais ereta. —Agora deixe-me voltar ao trabalho.
Só então um e-mail surge na minha tela, e da forma como Lachlan se endireita e fica todo sério, eu posso dizer que ele está lendo isso, também.
—Nosso chefe nunca realmente dá um tempo, não é? —Digo suavemente, olhando do outro lado. —Acho que você está indo para Vancouver depois de tudo.
CAPÍTULO 43
HUGH
Lachlan faz exatamente o que eu pedi a ele para fazer, e me deixa sozinho pelo resto da semana.
Isso me faz sentir como um merda.
Devo a eles mais do que esta covarde e silenciosa pausa, mas cada vez que pego o telefone, congelo.
Mas quando ele me envia um e-mail na quinta-feira à noite, me informando que o PM e Ellie decidiram participar de uma celebração pública do dia do Canadá, e ele está dirigindo-se para Vancouver para liderar a equipe de segurança, eu respondo o e-mail.
De: Hugh Evans
Para: Lachlan Ross
Assunto: Re: Você viu a mudança de itinerário do PM?
Eu vi isso, e eu me perguntei. Faz sentido.
E-mail é seguro. Há alguma distância lá, e conversas sobre o trabalho vão muito bem.
Exceto que o filho da mãe aproveita isso e me liga quando o recebe. Eu respondo porque não posso ignorá-lo, poderia ser sobre o trabalho.
Não é.
—Eu sei que é tarde aí. —Ele diz em voz baixa, e a contragosto, eu me encontro endurecendo.
Será que ele saberia se eu me acariciasse ao som de sua voz?
Ele provavelmente saberia.
Eu não devo.
Eu provavelmente não vou.
—Não se preocupe. —Digo, andando em volta do meu apartamento tranquilo e ainda vazio. —Eu estava acordado. Você está no hotel agora?
—Sim, acabei de entrar.
—Bom.
—Hugh, temos que conversar.
—Não, não temos.
—Sim, nós temos, porra. Durante seis semanas nós construímos algo especial, e você destruiu tudo em pedacinhos sem uma única palavra.
Não é verdade. Deixei um bilhete. Eu não digo isso, no entanto. Eu cerro os dentes em vez disso e o deixo continuar.
—Você não fode e corre. Isso não é como você mostra às pessoas em sua vida que elas são importantes. Você se comunica. Você fala sobre as coisas. Você esteve envolvido no lado escuro da vida tempo suficiente para que eu não devesse ter que te dizer essas merdas, porra.
Ele tem razão. No fundo, eu sei muito mais do que tomar decisões precipitadas. Eu sei muito mais do que tomar decisões que afetam outras pessoas sem a contribuição delas. Mesmo assim eu fiz isso.
Mesmo que eu tenha planejado sair, essa decisão ainda foi no calor do momento, na metade da cerimônia de casamento, embora em retrospectiva, isso tenha começado a fermentar no jantar de ensaio.
Eu tinha mudado meu voo entre deixar a recepção e ir para a cabana.
Eu aperto meus olhos e bato a cabeça contra a parede. —Eu posso ter feito uma confusão.
—Você acha?
Mas eu estava bem intencionado, e ele tinha que saber disso. —Tudo se resume a isso. —Sorvo uma respiração profunda e instável, e solto lentamente.
—O casamento trouxe em foco algo que eu estava ignorando. Algo que não queria ver.
—Que diabos você pensa que viu?
—Você e Beth. Vocês têm um tipo de amor para sempre.
—E você?
—Eu não sou realmente construído para relacionamentos a longo prazo.
—De que porra você está falando, Hugh?
—Nós três, juntos, é algo que nunca pode acontecer. Você e Beth tinham sentimentos um pelo outro, muito antes de eu aparecer. E apesar de ter sido bem divertido, é hora de sair e deixar vocês dois trabalharem o seu caminho em direção ao felizes para sempre.
—Eu vou parar você aí mesmo, seu idiota. É claro que você precisa de algum espaço. Mas você não sabe o que diabos nós queremos, ou como queremos.
Eu sorrio para sua linguagem mal-criada, mas é muito fraco e, felizmente, passa. A verdade é que eu sei o que quero, e sei que não é possível. —Justo.
—Admito. —Eu não deveria ter jogado isso em vocês. Eu sou o único que não posso...
—Não pode o quê?
Eu não sei como responder a isso agora. —Eu simplesmente não posso.
Ele bufa em frustração, em seguida, rosna. —Bem. Você deve fazer algo com Beth neste fim de semana. Tomar um café.
—Sim. —Mas nós dois sabemos que não.
Ele pode pensar que é porque estou com medo, mas eu me conheço.
Afastei-me enquanto ainda podia. Eu não serei capaz de fazer isso novamente. Se eu voltar para eles, vai ser até que acabem comigo.
—Eu vou deixar você dormir. —Ele finalmente diz, em voz baixa. —Eu vou enviar uma mensagem com algo depois de desligar, por isso não desligue o celular.
—Eu não poderia mesmo se quisesse, tenho que trabalhar na parte da manhã.
Ele ri e nós dizemos adeus.
A mensagem é uma foto. É um soco no estômago, porque é uma imagem que ele deve ter tirado naquele dia na cabana. Beth em meus braços, e nós dois estamos rindo e ...
Maldito seja ele.
Nós nos olhamos como se estivéssemos apaixonados.
Outra mensagem chega. Esta é uma ameaça, e completamente justificada.
Lachlan: Lembre-se, você a fez chorar. Não faça novamente.
Ataque direto. Se ela me chamar para um café, ou qualquer outra coisa, não vou ser capaz de dizer não agora.
Boa jogada, Ross. Boa jogada.
CAPÍTULO 44
BETH
Julho
Eu passo o Dia do Canadá sozinha planejando a refeição de um mês. Vivendo a vida maldita. No final, Lachlan voou para Vancouver, e não o culpo. Gavin e Ellie estão indo para um desfile público hoje, e a multidão vai ser louca.
Sua primeira prioridade tem que ser manter o PM seguro, por mais que ele confie em sua equipe, não é o mesmo que ele estar andando seis pés atrás do próprio homem.
Então, tenho o primeiro fim de semana de julho para mim mesma, e até domingo, vou me entocar.
Sasha chama, e quando ela pega o fato de que estou na pior, ela sugere terapia de compras.
Eu não posso pagar a terapia de compras, Sasha pode, então não vou e, ao invés disso, arrumo o meu armário. Pergunto-me se cada peça me traz alegria, e logo eu tenho uma pilha enorme de coisas para doar.
Talvez quando um de seus namorados acabou de dar o fora, não seja uma boa razão ou o melhor momento para fazer a arrumação das roupas.
Mas estou no meio de um rolo, então vou para o meu próximo armário.
A primeira coisa que vejo é um sutiã e calcinha que comprei no mês passado. Que tirei fotos e enviei para Hugh.
Maldito seja ele.
Sem pensar muito, pego o meu celular.
Beth: Eu sinto sua falta.
Claro que ele não responde. Então, com as mãos tremendo, tiro uma foto.
Sem lingerie. Só eu, nua e querendo ele. Meu braço sobre meus seios, a curva do meu pescoço, o meu lábio preso entre os dentes.
Eu clico em enviar.
***
Ele aparece quarenta e cinco minutos mais tarde, de banho tomado. Seus olhos escuros e meio assustados.
—Esta é uma má ideia. —Ele diz enquanto me segue pelo corredor até a minha sala de estar.
Coloquei um robe para atender a porta, apenas no caso, mas ele entrou. Ele deixou a porta se fechar atrás dele.
Eu deixo cair o robe. —Isso?
—Beth...
—Eu sinto sua falta. Isso é tudo. —Eu engulo em seco. Isso é uma mentira. —Isto não tem de significar qualquer coisa.
—É claro que isso significa alguma coisa. —Ele está mais perto agora.
Eu quero olhar para ele, levantar o queixo e dizer-lhe o que sei. Isso significa tudo. Mas algo o assustou. Precisamos caminhar de volta a um lugar que ele possa lidar.
Um lugar onde estejamos nus e rindo, e o amor seja uma ameaça nebulosa ainda no futuro.
Ele se joga no meu sofá e abre os braços. —Você tem uma coceira que precisa coçar, bonita? Porque posso fazer isso. Mas não pode haver nenhum compromisso.
—Sem amarras. —Sussurro, mesmo quando o meu coração aperta.
—E você diz a Lachlan sobre isso. —Seus olhos ficam brilhantes.
—Eu vou dizer-lhe tudo. —Prometo. —Cada detalhe quente e delicioso. E ele vai fazer o mesmo se você o visitar.
Ele me observa através dos olhos encobertos enquanto rastejo em seu colo, suas mãos grandes apertando minhas coxas.
—Isso não vai acontecer.
—Ok. —Eu não discuto o ponto. Claro que vai acontecer. Nós já aprendemos uma vez que a força de vontade não é páreo para a química entre nós três, ou qualquer combinação que seja isso.
—Mostre-me o que você quer. —Ele diz com voz rouca.
Sem hesitar, eu toco meus seios, provocando meus mamilos com os dedos. Minhas pálpebras vibram quando sinto seu olhar percorrendo o meu corpo. Sua atenção é tão potente quanto o meu toque, e eu quero mais do mesmo.
—Diga-me o que fazer a seguir.
—Mostre-me que você já está molhada. —Sua voz endurece quando ele assume o comando.
Eu alcanço uma das mãos entre minhas pernas e toco a umidade lá. Ela se agarra entre meus dedos, clara e escorregadia.
—Alimente-me.
Eu suspiro quando o calor me inflama, mas faço como ele diz, levando os dedos a sua boca. Ele os lambe até limpá-los, sua língua plana e larga.
Ele leva o seu tempo.
Ele torna isso mais safado do que eu pensava ser possível. —Delicioso.
— Ele sussurra enquanto sua língua desliza na ponta do meu dedo anelar. —Mais.
Eu me esfrego novamente, em seguida, ofereço-lhe a minha mão.
E nós continuamos, até que estou me contorcendo e ele está duro como rocha embaixo de mim.
Então, ele me pega sem uma palavra, e me leva para o quarto. Eu vejo, cada músculo do meu corpo gritando para ser usado e abusado, enquanto ele retira sua calça jeans e camiseta.
Eu não me incomodo dele ter assumido o comando.
Ele queria isso tanto quanto eu.
Quando ele está nu, fica contra mim, empurrando-me para cima da cama. Eu enrosco meus dedos em seu cabelo e procuro seus lábios com os meus.
Ele me para. —Sem beijos.
—O quê? —Eu rio quando me inclino mais uma vez, a minha boca roçando a dele. —Vamos. Eu prometo que vou tornar isso sacana.
Ele empurra sob o meu toque e sua voz quebra. —Eu preciso de alguns limites.
Há algo lá que me toca e me lembra que, no fundo, mesmo o insolente e arrogante Hugh tem uma alma sensível, e ela está ferida. Uma em que não passamos tempo suficiente pensando, claramente.
—É justo. —Eu passo meus lábios sobre sua bochecha e traço a curva de sua orelha com a ponta da minha língua. —Isso é o melhor de qualquer maneira. Mantém minha boca livre para ser atrevida.
—Eu posso encontrar algo para manter sua boca ocupada se for necessário.
—Humm. Não faça promessas que não pode cumprir...
A provocação funciona. Ele me vira e desliza para cima do meu corpo, rápido como um relâmpago. Ele se ajoelha ao meu lado, meio cobrindo o meu corpo, seus quadris inclinando-se em direção ao meu rosto. Seu pênis salta contra a minha boca antes de eu coordenar meus pensamentos, mas quando ele se segura, eu estou pronta.
Eu separo meus lábios e ele desliza mais perto. Eu empurro a descarga de adrenalina e expiro quando o engulo. Jesus, ele é grosso. Mas ele tem um gosto bom, e estou tão ávida por isso, que vou levá-lo.
Ele bombeia seus quadris, fodendo meu rosto até que estou gemendo em torno dele. Em seguida, ele puxa e pega um preservativo na minha gaveta.
Ok, então isso vai ser uma rapidinha.
Eu posso cuidar disso.
Ele ajoelha-se entre as minhas pernas, olhando para a minha boceta, enquanto rola o preservativo. Antes que ele pressione a coroa de seu pênis contra mim, ele me toca, e é uma gentileza inesperada que parte o meu coração.
Eu rolo meus quadris, tentando nos manter sem sentimentos, apenas continue, porra. Ele não tem ideia de como me afeta. Proteger o meu coração vai ter que ser o meu trabalho, sozinha.
Eu sou uma adulta. Eu posso fazer isso.
Eu posso fingir que isso é apenas sexo.
Incrível, um incrível sexo sacana.
—Agora. —Digo a ele sem fôlego.
—Não vai ser gentil. —Ele adverte.
—Bom. —Mal a palavra sai da minha boca e ele está lá, na minha entrada, e, em seguida, dentro de mim no próximo segundo. A intrusão grossa, tão dura que me tira o fôlego.
E é bom. Eu ergo minhas pernas, me abrindo para ele, acolhendo a surra brutal. Eu quero que ele faça isso, perca-se em mim, trabalhar em nossa conexão física que ele não pode encontrar em palavras.
Ele me leva com ele também. Envolve-me em seus braços enquanto move o seu corpo poderoso acima de mim, dentro de mim. Ele encontra todos os pontos que me iluminam e esfrega contra eles, com força. Porra goze, seu corpo diz ao meu. Desmorone, goze para mim, goze, goze, goze.
E eu gozo, porque sou sua. Sou tão fácil para ele, tão aberta, que tudo o que precisa é a sua boca em meus seios, seu pau na minha boaceta, e eu sou puxada até arrebentar.
Depois que ele lida com o preservativo, ele me puxa para ele e eu pressiono minha bochecha contra o seu peito.
Eu ouço as batidas do seu coração e gostaria de poder entender.
Nós ficamos ali, juntos, tempo suficiente para eu tolamente ter minhas esperanças de que talvez possamos conversar.
—Hugh?
—Humm.
—Nós sentimos saudades de você.
—Não. —Ele retira o braço da minha cabeça e senta-se.
—O que?
—Não faça isso.
Eu suspiro. —Este é realmente o seu plano?
Ele me dá um olhar de advertência, mas posso não ter outra chance. Prossigo.
—Toda vez que acontecer você vai transformar isso em apenas sexo, nada mais? Fingir que é tudo o que temos?
—Você não estava reclamando um minuto atrás. E você me chamou.
Isso é verdade. Mas ele veio. —Eu sei...
Ele beija o local onde o meu pescoço encontra minhas costas, em seguida, mais baixo, na minha coluna. Todo o caminho até que suas mãos estão em meus quadris, e ele está me levantando.
De joelhos, então ele pode me levar novamente.
E eu deixo. Deixo ele me foder até que estou agarrando-o em outro orgasmo estremecido, até que ele se derrama em mim, porque eu levei isso.
Então não digo mais nada, nem mesmo quando ele rola de costas ao meu lado e olha para o teto.
E quando ele se levanta e silenciosamente puxa sua calça jeans, eu prendo a respiração. Seguro até que ele sai, até o clique muito alto do bloqueio garantir que ele se foi, pelo que eu estava esperando?
É quando eu solto a minha respiração, e as lágrimas seguem junto.
CAPÍTULO 45
Lachlan
MAIS UMA VEZ, estou do outro lado do país e de Beth e Hugh, o babaca mal-humorado, e estou impaciente para voltar a Ottawa.
Gavin, no entanto, está desfrutando de sua tarde de domingo em casa. Sua verdadeira casa, em Vancouver, o guia do seu coração. Seu pai comprou-lhe uma nova churrasqueira a carvão como presente de casamento, e ele tem que se despedir.
Ellie abre a porta deslizante e caminha para o quintal. Ela tem uma esteira de ioga pendurada no ombro, e um dos meus homens atrás dela. —Eu estou saindo. —Ela diz, ficando na ponta dos pés para dar a Gavin um beijo.
—Divirta-se na yoga, esposa.
Ela sorri. —Eu vou, marido.
Sim, eu definitivamente estou pronto para ir para casa.
Dez minutos mais tarde, um outro membro da minha equipe vem para o quintal. —Desculpe-me, senhor, mas há um visitante aqui para vê-lo. Jack Benton.
Gavin franze a testa e esfrega o queixo. —Claro, mande-o entrar.
O proprietário da Lumberjacks Vancouver caminha a passos largos para o deck um minuto mais tarde, e Gavin estende a mão. —Jack, é bom ver você de novo, e tão cedo.
Benton sorri. —Tivemos uma fantástica diversão em seu casamento.
—O nosso scotch era fraco?
—Decente o suficiente, obrigado.
Gavin olha para mim. —Você conhece Lachlan Ross, meu chefe de segurança? Ele vai ficar ao redor para esta conversa.
—Sim, encontrei-o algumas vezes. —Ele aperta a minha mão, então olha de volta para Gavin. —Nunca soube que você precisava de um acompanhante.
Jack diz isso com uma risada, mas Gavin não está brincando.
—Apenas mantendo isso estritamente amigável. Eu estou contente de vê-lo novamente, mas o momento é curioso, dada a minha próxima agenda comercial e sua visita programada para o meu escritório. Quando a imprensa me perguntar sobre sua visita inesperada à minha casa, e eles vão, quero ser absolutamente claro que não falamos de negócios.
—Ah. —Jack limpa a garganta. —Certo. Isso vai fazer com o que eu direi soar meio estranho.
—Não faça isso. —Gavin faz uma carranca. —Vamos lá, cara. Você sabe que estou sendo atirado sobre as brasas sobre a política de pagar-para-jogar. Só porque nos conhecemos há quase vinte anos, não significa que posso fazer uma exceção para você.
—Eu estou vendendo a equipe.
Minhas sobrancelhas atingem a testa. Uau. Eu sou um fã de hóquei, e não vi isso chegando.
Aparentemente, nem Gavin. —Uau!
—Então, estou aqui para fazer lobby com você. Mas não se trata de esportes.
Gavin gemeu. —Você sabe que eu não estava preocupado com isso. Que tal uma cerveja? Diga-me mais sobre a venda.
—Eu coloquei os madeireiras em um fundo cego17, também.
Gavin me lança um olhar de dor. —Você me ouviu tentando dizer-lhe para calar a boca, certo?
Eu passo à frente. —Você quer que eu o jogue para fora?
Jack apenas ri. —Eu definitivamente quero uma cerveja. A menos que isso fosse muito estranho para uma entrevista de emprego informal.
Gavin bufa. —Isso vai ser bom. Siga-me.
Nós andamos para a cozinha e ele abre o refrigerador e pega três garrafas de cerveja. Estou curioso para saber, mas meu papel aqui não é fazer nenhuma pergunta.
Felizmente Gavin as faz por mim. —Então o que está acontecendo? Você acha que meus números das pesquisas vão deslizar no esquecimento e eu vou precisar ser resgatado depois da próxima eleição? Qual é o seu plano, Jack? Iniciar um novo escritório de advocacia ambiental, Strong & Benton?
—Seria Benton & Strong, se alguma vez isso acontecesse, e esse não é um plano de aposentadoria ruim. —Jack pega a cerveja. —Mas não estou planejando me aposentar por algumas décadas, ainda. Na verdade, estou aqui para lhe pedir um emprego, primeiro-ministro.
Gavin se mantém em silêncio com a sua própria cerveja e brinda as garrafas. Seu rosto tensiona em uma carranca.
Não estou entendendo.
Carrancas, em geral, não são algo para se brindar.
—Você quer entrar no governo. Relações Exteriores ou de Comércio Internacional?
Jack dá de ombros. —Onde quer que você tenha um lugar para mim.
—Você não quer gerir? Eu o colocaria em meu gabinete num piscar de olhos.
Ele balança a cabeça. —Não. O centro das atenções nunca foi para mim. Eu quero sujar as minhas mãos com a política.
—Oh, foda-me. —Gavin geme. —Você quer corrigir a madeira macia18.
—Nunca entendi direito, e você sabe disso. Havia tanta coisa que eu podia fazer quando estava gerindo os meus próprios negócios. Agora quero que isso seja o meu único foco. E você sabe que nós devemos isso a eles.
—Sim. —Gavin esfrega a mão sobre o rosto, em seguida, geme novamente. —Ok. —Ele me lança um olhar rápido. —Dê-nos alguns minutos a sós, Lachlan.
Eu tomo minha cerveja e sigo para fora.
Eu não sei o que isso significa politicamente. Mas Jack Benton está se mudando para Ottawa, e ele flerta com Beth e ele quer lambê-la como sobremesa.
Essa é a porra do meu trabalho.
De Hugh também.
As coisas no parlamento vão ficar estranhas neste verão. E quando eu pensava que após o casamento as coisas ficariam fáceis por um tempo.
CAPÍTULO 46
BETH
ALGUMA coisa aconteceu com o primeiro ministro. Ele voltou a Ottawa na noite passada, mas recebi um alerta por e-mail de Lachlan de que ele estava saindo às cinco e meia da manhã. Eu não sou necessária no escritório quando ele vai muito cedo, mas me arrasto da cama do mesmo jeito.
Paro no café da esquina, assim que abre.
—Segunda-feira começou cedo? —Perguntou o barista.
Eu aceno com a cabeça, e devo parecer exausta, porque ele me dá uma dose extra do expresso gratuitamente.
Eu aceito.
Stew já está no escritório de Gavin quando coloco minha cabeça para dentro e aceno.
—Bom dia. —Digo a ambos. E depois para o PM. —Você tomou café da manhã? —Ele me faz uma careta.
—Vou pegar o seu café. E um muffin? —Ele acena com a cabeça. —E você, Stew?
—Estou bem, obrigado. — Ele agita uma das mãos no ar, mas não tira os olhos do relatório que está examinando.
Uma hora depois, as introduções da manhã são curtas, apenas as necessidades básicas, e Stew e Gavin ficam escondidos quando o pessoal sênior se dispersa.
Meu trabalho, quando eles ficam assim, é segurar o forte, às vezes fingir que nada está acontecendo e, às vezes, caminhar cuidadosamente entre a negação e a distração, porque algo está acontecendo, e isso vai estourar em breve.
Eu nunca me importo com o que é. Eu sou vagamente política do jeito como qualquer um que se mantem em Ottawa deve ser. Queremos saber que os dólares dos impostos não estão sendo desperdiçados, e uma boa política está sendo promulgada. Mas na maioria das vezes, somos muito cínicos para ficar chateados ou animados quando algo novo é anunciado. Minha atitude me faz uma ótima assistente executiva, porque eu me importo em manter Gavin no horário e na tarefa, e não me importo minimamente com os detalhes sobre o que ele está trabalhando.
Então passo a manhã fazendo o que costumo fazer, mas também estou observando o cronograma. Gavin aparece para os dois acontecimentos que não pode perder em sua agenda, mas no seu caminho de volta, ele me pede para organizar um jantar para seis pessoas.
Ok, será um dia longo.
***
LACHLAN REAPARECE na hora do jantar e franze a testa quando me vê sentada na minha mesa.
—Há quanto tempo você está aqui?
—O dia todo.
—Isso é ...
Seguro minha mão e sorrio. —Meu trabalho.
—Só estou dizendo, eu tenho algum tempo livre no meio do meu dia louco.
—Mas você já ficou antes, e ficará depois de eu ir hoje à noite. E você faz turnos longos regularmente. Para mim, isso é uma coisa rara, mas quando ele precisa de mim, estou aqui. —Aponto para a minha mesa. —E atualmente, estou escrevendo uma lista de peças que quero adicionar ao meu guarda-roupa, então eu quase não estou trabalhando.
—Roupas?
—Eu fiz uma grande limpeza no armário ontem. É uma longa história.
Ele olha para o relógio. —Eu tenho tempo.
Estamos sozinhos no escritório externo, mas Gavin poderia abrir a porta a qualquer momento. E Lachlan pensa que está perguntando educadamente sobre a revisão do meu guarda-roupa quando realmente, minha história de ontem é explosiva, e bem susceptível de irritá-lo.
Ou excitá-lo.
Talvez ambos.
—Não agora. —Murmuro. —Aqui não.
Ele abaixa a voz e inclina-se, seus olhos examinando meu rosto. —É uma lista de compras escandalosa?
Eu sorrio. —Não. É a história que seguiu a limpeza do armário que não é apropriada.
—Agora você me deixou curioso. —Ele senta na borda da minha mesa.
—Dê-me uma dica.
—Ligue para mim esta noite quando chegar em casa.
—Deixe-me arrastá-la para a sala da copiadora e você pode derramar todos os seus segredos sujos lá. —Ele pisca e levanta. —Ou não. Mas vou ligar para você esta noite. —E vou lhe contar o que aconteceu com Hugh.
Então, isso me dá duas, talvez três horas para descobrir o que aconteceu exatamente, e como quero contar isso para que Lachlan não perca a cabeça.
CAPÍTULO 47
LACHLAN
Minto e a chamo do carro depois que deixo o primeiro-ministro na Sussex número 24. É mais tarde do que pensei, mas ainda tenho chance.
—Você está dirigindo. —Ela diz.
—Eu estou.
—Então você terá que esperar até chegar em casa para ouvir minha história.
Eu decido pedir o que quero. —Ou eu poderia ir a sua casa?
—Eu já estou na cama.
—Isso parece perfeito.
—Nós dois temos que acordar cedo amanhã.
—Eu tenho uma muda de roupa comigo. —Há uma longa pausa antes que ela responda, mas já estou voltando para o centro da cidade.
—Tudo bem. —Ela finalmente diz. —Deixe-me levantar.
***
ELA ABRE a porta num roupão e nada mais. O homem das cavernas dentro de mim aprecia a longa e macia pele nua que vejo, mas não perco o cansaço em seus olhos.
Concentre-se no que interessa, lembro-me, e nos dirigimos direto para a cama.
Tiro a roupa. Por que preciso desistir da oportunidade de estar pele a pele? Mas algo me diz que Beth não está com vontade de sexo.
Não estou errado.
Ela passa os dedos no meu peito assim que estamos deitados. —Ok, então...
Eu rio. —Sim?
—Eu estava limpando o meu armário. E então encontrei uma lingerie que comprei quando começamos a namorar. Um conjunto do qual havia tirado fotos e enviado a Hugh, nada indecente ou revelador, não se assuste.
—Estou me perguntando por que não obtive as mesmas fotos.
—Resmunguei, e ela beijou a minha pele.
—Com que frequência o PM está de olho na tela do seu celular?
—Bom ponto. —Embora o mesmo poderia ser dito sobre Hugh, mas não vou discutir o problema. —Então ele gostou das fotos? Ele disse alguma coisa?
—Oh, isso foi em maio. As fotos. Mas encontrar a lingerie lembrou-me delas... então enviei-lhe outra. —Ela pressiona-se contra mim. —Assim. Nua. Mas ainda... com classe.
—Você está me matando. Estou curioso. Continue.
—Então ele veio ontem a tarde. O que parece coo uma eternidade agora.
Meu ritmo cardíaco acelera. —Sim?
Em vez da boa atualização que quero ouvir, sinto algo pesado.
—Eu acho que compliquei as coisas. —Ela diz suavemente. —Nós... fizemos sexo. E foi intenso, e bom, mas cheio de regras. E então, ele acabou saindo no final.
Merda. —Eu sinto muito.
—Eu pensei que era uma boa ideia.
—Sim. —Pressiono meus lábios contra a sua testa, ignorando o jeito que meu pau endurece com o pensamento de Hugh estar aqui, sendo mandão e intenso com Beth. Mas meu raio de excitação não dura muito, porque ele a deixou novamente.
—Eu deveria ir e chutar a bunda dele. —Digo. Quero dizer isso também. Ele precisa tomar uma dura.
Ela me cutuca na lateral. —Eu o convidei. Eu sabia no que estava entrando quando ele estava aqui.
—Ele te machucou.
—Ele se machucou mais. Eu realmente acho que, de alguma forma, ao longo do caminho, ele está convencido de que é apenas temporário para você. Para nós. E ele entrou em nosso relacionamento de olhos bem abertos, convencido de que era o caso, mas que acabou sendo demais.
—Isso é loucura. —Eu puxo para trás e franzo a testa quando ela não diz nada. —Não é?
—Eu não sei. Acho... que talvez não seja loucura. Não é verdade, é claro. Nós o amamos. —Sua voz sai em um suspiro. —Mas, de alguma forma, não acho que dizer-lhe isso será suficiente.
***
PENSO sobre o que Beth disse durante todo o dia seguinte. E quando saio do trabalho, em vez de ir para minha casa, para onde Beth se dirigiu uma hora antes, eu me encontro no prédio de Hugh.
Não é nada como o lindo prédio de Beth. É um edifício de concreto gigante, provavelmente vinte apartamentos em cada andar. A porta da frente não fecha completamente, então, embora exista um sistema de campainha, não preciso ligar e me anunciar.
Isso é bom, porque não quero que ele tenha um prévio aviso de que estou aqui. Eu estava preparado para esperar até alguém sair, mas agora não preciso.
Eu vou até o quinto andar e encontro sua unidade facilmente.
Eu nem sei se ele está em casa, mas toco a campanhia de qualquer jeito.
Há um longo momento de espera, então, bato novamente. De forma oficial, assim ele pensa que talvez seja o senhorio. Maravilha se houver vazamento de gás ou algo assim.
Não tenho certeza que funciona, e estou prestes a dar um passo atrás quando a porta se abre.
Nós nos encaramos por um longo momento.
Então, atravesso, entrando em seu apartamento, porque não vou aceitar não como resposta.
—Ei. —Ele começa a dizer, mas não estou escutando.
Eu entro no corredor curto e no que deveria ser a sala de estar.
Exceto que está vazio, apenas um banco.
Atrás de mim, eu o ouço suspirar. —Claro, entre.
—Você não tem nenhuma mobília. —Digo quando volto para olhar para ele. Não foi assim que quis iniciar a conversa.
—Eu tenho uma cama. —Ele diz, suas palavras cortando. —Quer curvar-se sobre ela?
Eu ignoro a espetada e aceno para uma caixa de papelão no canto. —Você não desembalou.
—Eu não passei muito tempo aqui. E isso realmente não importa, esse lugar pode ser temporário.
Eu dou um olhar incrédulo. —Temporário? Você já tem um pé fora da cidade?
—Você pode me culpar?
—Você não pode sair.
—Por que diabos não?
Estou gritando agora. Não consigo manter a calma. —Porque precisamos de você.
—Vocês têm um ao outro.
Viro-me para ele, me parando antes de bater nele. —Essa é a besteira do casamento novamente?
—Não é besteira. Você não tem ideia do que foi assistir você ansiando por ela. E ela por você. Você não tem ideia do que estava passando na minha mente quando percebi que eu era apenas um... meio para um fim.
Oh, ele está tão malditamente errado. Eu toco o peito dele. —É assim mesmo? Foi isso que passou por sua mente em um casamento entre duas pessoas que se amam? Que eu estaria usando você?
—Isso não foi o que eu quis dizer.
—Isso foi o que eu ouvi. —Eu lambo meus lábios. —O que diabos você acha que estava passando por minha mente no casamento?
Ele empurra contra o meu peito. —Não preciso adivinhar. Estava escrito em todo o seu rosto. Você ama Beth.
—Sim. Com todo o meu coração. Mas isso não o afasta. Eu também te amo.
Hugh balança a cabeça. —Não é o mesmo.
Eu concordo. —Não, você está certo. Não é exatamente o mesmo. Você me completa de maneiras diferentes.
—Nós não podemos compartilhar você.
—Você não... não é assim. —Eu esfrego a minha mão contra o meu peito. Por que essa merda dói tanto? Isto era para ser a parte feliz e fácil. Eu decidi vir e confessar o quanto eu o quero, o quanto o queremos. Mas agora a conversa está retorcida.
Sua mandíbula flexiona e seus olhos brilham. Duro e inflexível. —Muito mudou nos últimos dez anos. Eu mudei. Sou mais experiente agora, mais inteligente. E eu sei o que quero. —Ele balança a cabeça. —E o que não quero.
Não. —Não tente fingir que não nos quer.
—Talvez você não tenha ideia do que eu quero. Ou o que eu queria então.
—Você nunca foi tímido em tornar isso conhecido.
—Eu queria você.
Eu sei o que ele quer dizer, e isso me faz tremer. —Você queria... —Sexo. Um caso.
Não a mim no fim das contas.
Exceto que é exatamente o que ele quer dizer.
Ele me dá um olhar ferido. —Eu queria você. E você me deixou.
Minha boca seca, e meu coração bate tão rápido, que pode explodir. —Eu não vou deixar você agora. Estou pedindo que você volte. Estou pedindo que você me dê uma chance.
—Eu dei. Eu lhe dei uma chance.
Ele não pode teimar assim. Não é justo. —Dez anos atrás? Foda-se!Eu não sabia quem eu era. E não tínhamos Beth.
—Ela precisa ser parte de nós, para que haja um nós?
Eu olho para ele, isso é estranho. Não sei como responder a isso. —Você não quer... —Não, não posso terminar esse pensamento.
Seu rosto se contorce. —Claro que eu quero. Mas você ainda não pode imaginar apenas estar comigo. Mesmo que seja apenas hipoteticamente.
Não é até que ele saia, batendo a porta atrás dele, que percebo que nunca tive a chance de dizer a ele que estava pensando a mesma merda que ele, durante a cerimônia de casamento de Gavin.
Porra!
Não, não é assim que isso vai acabar. E tenho certeza de que não vou esperar por ele nesta triste e deprimente sombra de apartamento. Eu pego minhas chaves e vou atrás dele.
CAPÍTULO 48
HUGH
NÃO SEI aonde vou. Eu chego até o beco atrás do meu prédio antes da adrenalina abaixar, e paro.
Eu simplesmente... paro.
Passos rápidos soam atrás de mim, depois lentamente.
—Não fuja. —Lachlan diz, sua voz quebrando.
Não posso virar-me.
Mas não vou correr.
—Eu te amo.
Eu realmente não vou correr agora. Esperança estúpida. Eu endireito as minhas costas.
—Fale comigo. —Ele está perto agora. Logo atrás de mim. —Diga-me o que está passando por sua cabeça. Ajude-me a entender do que você tem medo.
—Não tenho medo. —É uma mentira que me leva de volta ao ensino médio.
Eu vou para o beco e depois viro.
Ele abre os braços, as mãos viradas para cima. —O que posso dizer?
Eu balanço minha cabeça. —Nada. Estou fodido. É isso. Essa é a verdade. Feliz agora? Eu estou tão quebrado por dentro que não importa o que você diga, porque as palavras ficam confusas na minha cabeça. Sempre haverá um pedaço de mim que estará preparado para a partida.
—Claro, tudo bem. Então, agora que sabemos disso, podemos lidar com isso. —Seus lábios se contorcem em um quase sorriso. —Beth pode praticar suas habilidades de corda e amarrá-lo.
—Não é engraçado. Eu... algo dentro de mim...
—Você é um homem duro agora, por um motivo muito bom. Eu deveria ter visto isso mais cedo. —Ele exala asperamente, então vira-se e inclina as costas contra a parede de tijolos atrás dele.
—O que você está fazendo?
—Ficando confortável.
—Em um beco.
Ele olha em volta, preguiçosamente, como se isso não fosse uma grande coisa. —Aqui é onde você me trouxe. Da próxima vez, corra em direção a um parque.
—Não haverá próxima vez.
—Claro que haverá. E talvez eu possa perder a minha cabeça algum dia, e Beth pode fugir de nós por comermos no sofá.
—O que você está fazendo?
—Você já me perguntou isso. —Sua voz é suav e, de repente, percebo o que está acontecendo.
Ele está me interrogando. Bom policial. Se eu não lhe der a informação que ele quer, ele tentará o policial ruim. Jogar na minha cara. Ficará barulhento.
Eu rio, porque o que mais posso fazer?
E o louco é que, eu gosto desse bom policial, alternando com o policial ruim. Ele está em mim, excita-me.
É quente.
Estou tão fodido.
—Eu não posso dizer-lhe que haveria nós sem Beth. —Ele diz calmamente. —Porque eu me recuso a considerar essa possibilidade. Mas posso dizer-lhe que nem uma vez na última semana, consideramos a possibilidade de que nós... —Ele gesticula na direção geral de onde Beth estaria. —Poderíamos ser um nós sem você. Durante todo esse tempo, nós estamos te dando espaço, embora não pareça ter usado isso sabiamente para pensar.
Não consigo pensar. Estou preso no modo de sobrevivência. Eu nem o vi chegar.
—Beth me contou sobre o domingo à tarde. —Ele me analisa duramente. —Esse foi um movimento idiota.
—Sim.
—Ela está bem, a propósito. Mas acho que você a fez chorar de novo, e eu disse para você não fazer isso.
Porra. —Ela está chateada comigo?
—O que você acha?
Há muitas maneiras de justificar o que fiz. Ela me convidou, eu me assegurei que fosse bom para ela. Mas a verdade é que ela merecia algo melhor. —Ela deveria estar.
—Ela deveria chutar sua bunda. Mas isso não parece estar em sua natureza. Ela foi extraordinariamente compreensiva, na verdade. Parece estar com a impressão de você ter um medo profundo de rejeição.
Remexo-me como se ele tivesse tocado-me com um fio desemcapado.
Ele faz caretas. —Então, eu preciso me desculpar pela minha parte nisso. —Ele se afasta da parede e se move em minha direção, lento e firme. —Eu o afastei há dez anos. Eu sinto muito. Eu não deveria ter feito isso. Eu também queria você. De todas as formas. Eu amei você antes, e amo você agora. Eu nunca parei de te amar, e sinto muito porque escondi isso de você.
É tudo o que secretamente queria ouvir. Minha boca seca. Se eu baixar a minha guarda, se eu deixá-lo entrar, nunca vou poder deixá-lo ir. —Demorou muito tempo para superar você.
—Para mim também. E aproximar-me de você... não tenho certeza de que superei.
—Eu também amo Beth.
Ele sorri. —Eu sei. Vamos. Ela está nos esperando.
Meu coração acelera dentro do meu peito. —Para onde?
—Para casa.
CAPÍTULO 49
BETH
Eu tenho três bandejas de biscoitos no forno pelo estresse quando Lachlan manda uma mensagem de que está trazendo Hugh de volta para a sua casa.
Lachlan: Tinha que avisar. Disse a ele que o amo. Trazendo ele para casa.
O meu alívio é forte o suficiente para curvar meus joelhos. Coração batendo forte, inclino-me contra a bancada de granito e respiro fundo.
Quando Lachlan disseme que iria ver Hugh, eu embalei roupas suficientes para ficar aqui por uma semana. Se funcionasse, não gostaria de estar longe deles. E se não, eu sabia que precisávamos nos apegar um ao outro para lidar com isso.
A chave de Lachlan soa alto na porta da frente, e minha ansiedade começa novamente. Antes que eu possa coordenar meus pés, Hugh está na entrada da cozinha, depois na sala.
Eu afundo em seu abraço. Seus lábios roçam a minha bochecha, minha têmpora, então pressiona em meu cabelo enquanto eu o abraço apertado.
Eu nem percebi que estou chorando até ele me colocar no balcão e limpar o meu rosto.
—Desculpe-me. —Ele sussurra.
Eu balanço a minha cabeça. —Nós não percebemos que você se afastou.
—Eu aprendi a esconder meus sentimentos muito bem. —Ele faz uma careta e toca o seu rosto. Ele é tão forte. Muito forte.
—Você quer um biscoito? —Pergunto, minha voz travando.
Ele acena com a cabeça e o puxo de novo, envolvendo meus braços em volta do seu pescoço desta vez.
—Eu fiz uma bandeja de biscoito de chocolate com manteiga de amendoim e uma de chocolate normal, e tenho um lote de passas e aveia se quiser fingir ser saudável.
—Dê-me um de chocolate.
Lachlan está ao nosso lado, os biscoitos em um prato pequeno, antes que eu possa me mover. Hugh pega um, e eu mudo meu abraço para Lachlan.
Ele corre sua mão para cima e para baixo nas minhas costas calmamente. —Posso ter um biscoito também? —Ele provoca.
Eu rio. —Talvez devêssemos fazer um café para tomar com eles ao invés de apenas devorá-los aqui no balcão.
Hugh dá uma piscadinha para mim no meio da mordida. —Cuidado com as migalhas.
Eu pego o resto do biscoito e empurro na minha boca.
Ele engasga e levanta uma sobrancelha em desafio. O que você vai fazer sobre isso?
Levantando a mão lentamente, ele toca o canto da minha boca com o polegar. —Migalhas. —Ele sussurra e inclina-se.
Então ele me lambe.
Sua grande, molhada, pegajosa língua desliza no meu rosto.
Eu o empurro no peito, e ele não move um centímetro. Agora estou rindo tão forte que minha barriga dói, e ele está inclinando-se para fazer novamente.
—Tio, tio! —Eu choro.
—Tio por casamento e nos conhecermos no dia seguinte ao seu décimo oitavo aniversário. O casamento é uma farsa, e quando vejo você, é amor à primeira vista?
—Bruto. —Sussurro, mas eu o deixo beijar-me, de qualquer maneira. Eu senti falta de suas maneiras sacanas.
—Ou você está pedindo piedade? —Ele pergunta com seriedade. —Eu geralmente não sou fã, mas faria uma exceção para você.
Ele é um mentiroso. Uma alma generosa e sensível presa no corpo de um macho alfa.
E tanto quanto eu não consigo esperar para ficar toda safada, provocativa e atrevida com ele... quero descobrir mais sobre esse lado secreto de Hugh, que ele conseguiu manter escondido de nós enquanto nos distraía com sexo.
—Eu vou propor um tempo limite para o sexo de, bem vindo de volta.
— Digo com um suspiro, acariciando seu peito deliciosamente duro através de sua camisa. —Apenas uma rapidinha. Então podemos tomar leite com biscoitos e conversar.
Ele rola a cabeça para o lado e dá a Lachlan um olhar dolorido. —Ela quer conversar.
Lachlan dá um sorriso indulgente enquanto move-se para a cafeteira e tira três canecas do armário. —Ela é assim inteligente.
Pego a bandeja e coloco alguns dos biscoitos e o restante em um recipiente reservando para mais tarde.
Hugh me vê trabalhando por um minuto ou dois, então cruza os braços e dá de ombros.
—OK. Sobre o que você quer falar?
—Eu não sei exatamente. Acho que quero saber por que você correu, e o que podemos fazer para garantir que você não se sinta inclinado a fazer isso novamente no futuro?
Ele geme. —Porque eu sou um idiota? E não vou correr.
Não era bom o suficiente. —Você não é, e isso pode acontecer. Qualquer um de nós pode ter um pé atrás sobre esse relacionamento. Relacionamentos regulares falham o tempo todo por razões estúpidas, e eles não têm a pressão de não poder... falar com seus amigos, por exemplo.
Ele franze o cenho para mim. —Você poderia conversar com seus amigos sobre nós. Confiamos em seus amigos. Não confiamos? Você precisa de amigos melhores?
—Não estou querendo confiar em ninguém sobre vocês, então, esse não é realmente o ponto. Estou apenas dizendo, dois cabeças quentes e uma mulher mandona... estamos fadados a entrar em conflito novamente. Eu quero que concordemos em falar sobre as coisas, mesmo que seja desconfortável.
Mais conversa. Não estou surpresa que a sugestão encontre um silêncio desconfortável, de ambos.
Viro minha atenção para Lachlan e ele dá de ombros. —Você não está errada. Mas talvez Hugh precisasse de algum tempo para processar também.Tudo acabou bem no final, não é?
Quero salientar que isso é incrivelmente ingênuo, mas não sei se Lachlan está errado. Eu acho que ele está, mas o tempo dirá.
Ele entrega-me uma xícara de café e me dá um beijo leve. —Vamos descobrir isso. O que sabemos com certeza é que estamos todos nisso, certo? Somos um... casal. Uma tríade. Estamos em um relacionamento, nós três.
Certo. —Nós nos amamos. —Digo, voltando-me para Hugh.
A aparência em seu rosto é tudo. A felicidade, a incredulidade e a ânsia, tudo junto. —Eu sou de vocês. —Ele diz, sua voz cheia de desejo.
—Completamente.
Pego um biscoito e como. —OK. A parte da noite para a conversa já está concluída. Venha aqui e seja meu.
CAPÍTULO 50
HUGH
Estamos de volta ao hóquei regular com o PM no domingo após o Dia do Canadá, e pela primeira vez, fui convidado. Eles não jogaram em mais de um mês devido ao tornado e ao casamento do primeiro ministro.
A equipe ocasional do PM, não tão secreta, tornou-se de orgulho nacional. E quando me uni ao destacamento da segurança, Lachlan deixou claro sem dizer uma palavra, de que era uma equipe de hóquei fechada, não precisava de novos membros.
Especialmente não alguém que tinha dificuldade em não causar problemas.
Mas ele finalmente está vindo a amar meu tipo de problemas, e eu prometi estar no meu melhor comportamento.
—Você ainda joga no gol? —Ele pergunta enquanto jogo meu saco de hóquei na parte traseira de seu veículo.
—Qual o problema?
—Você pode precisar jogar hoje. —Sua boca sobe nos cantos, um meio sorriso inconsciente.
—Mas nós poderíamos usar um goleiro reserva.
—Quem é o seu regular?
—Meu ex-parceiro. —Seus olhos cintilam quando olho para trás com ciúmes. —Parceiro de trabalho. Você já conheceu Corinne Smith? Ela é nosso goleiro.
—Talvez. Ela trabalha na sede da Polícia Montada.
—Sim.
—Não se preocupe. Sou flexível. —Eu olho. —Como você sabe.
Nós entramos no carro, e ele liga o rádio, mas depois de entrar na estrada, ele desliga novamente. —Você vai entender por que não o convidei mais cedo, assim que você conhecer o resto do time. Na verdade, devo uma desculpa por não avisá-l0 mais cedo.
—Sobre o que?
Ele me dá um olhar pesaroso e desagradável. —Toda a equipe é gentil. É uma longa história, mas Gavin precisava de um espaço seguro quando conheceu Ellie. Ele me pediu para me juntar num jogo de hóquei ou dois. Eu não podia perguntar se ele precisava de mais do que um jogo real, então coloquei um grupo seguro para ele. Além daquela vez que eu estive com ele e Ellie, ainda não o utilizaram, mas...
—Você criou um espaço de fetiche privado para o PM. No caso, dele precisar disso.
Ele dá de ombros. —Sim.
—Quantos favores isso custou?
—Não muitos. Eu precisei bater em alguns profissionais para obter jogadores suficientes na equipe.
—Como Tate Nilsson.
Lachlan ri. —Exatamente.
—Quem mais sabe?
—É um segredo bem guardado. O cara que você substitui, Tim, ele sabia, porque trocou comigo sendo o homem de Gavin durante toda a coisa com Ellie. Quando Tim deixou de trabalhar no Centro Nacional de Coordenação da Exploração da Infância, não foi necessário encaminhar qualquer outra pessoa imediatamente, porque a rua Sussex 24 está muito trancada e oficialmente baunilha nos dias de hoje.
—Não oficialmente?
—Pode haver um momento em que o PM e sua esposa desejem jogar discretamente. E será nosso trabalho proteger seu direito de fazer isso.
—Entendido.
—Eu teria falado a você eventualmente.
Eu sei que ele teria. Mas chegamos à pista, então, não precisamos reinserir a hostilidade do meu retorno à sua vida e como isso o envolveu.
O que importa é que ele parou, e agora estamos aqui. Em mais de uma maneira.
***
EU NÃO JOGO desde que sai de Toronto, e isso é notável.
Não é como se eu estivesse fora de forma. Eu ainda consegui trabalhar regularmente nesse tempo, mas meu jogo com o taco não é tão elegante quanto eu gostaria de acreditar que geralmente é.
Lachlan, por outro lado, não parece ter perdido um jogo.
Passo um pouco de tempo demais observando suas pernas sexy deslizarem pelo gelo, e perco um passe fácil.
Felizmente, Tate consegue encaixar o disco e correr em direção ao gol da outra equipe. O goleiro bloqueia o tiro, mas Gavin marca o rebote.
Meu erro não nos prejudicou, mas gasto o resto do jogo tentando manter o olho no diabinho em vez do meu amante. Em grande parte, obtenho sucesso.
No final do jogo, patino até Lachlan e empurro minha cabeça em direção às arquibancadas, onde Ellie e Violet estão se preparando para sair. —Talvez Beth venha ao próximo jogo. —Digo a ele.
É apenas um pensamento passageiro, mas sua reação me surpreende. Ele apenas resmunga e dirigi-se para o vestiário.
Eu sei que ainda estamos nos primeiros dias do nosso relacionamento, mas em algum momento... olhando para trás nas arquibancadas, meu peito fica apertado. Ellie e Violet estão usando bonés de castor, um uniforme não oficial de lideres de torcida. Beth ficaria adorável em um uniforme parecido.
Eu dou uma leve sacudida na minha cabeça, depois sigo Lachlan para fora do gelo.
Após o jogo, a maioria da equipe encontra-se em um pub próximo.
Lachlan bate no ombro de Max enquanto entramos. —Achei que você fosse direto para casa.
—Não essa noite. Violet me disse que vai dormir mais cedo de qualquer maneira, então, eu também posso aproveitar uma noite no pub enquanto ainda posso, porque uma vez que o bebê Donovan aparecer, terá que ser com tudo. Então, Gavin e Ellie a deixaram em casa, e aqui estou eu.
Seu rosto se acende quando ele menciona o bebê. A paternidade iminente parece boa para ele.
Nós nos espalhamos em torno de duas mesas unidas, e encomendamos uma quantidade de comida nociva. Nachos, poutine, asinhas. A conversa é leve e fácil. Esporte e clima, renovação de casa e viagens. Para um grupo de níveis de renda bastante diversos: Max e Tate em um extremo, e os servidores públicos no outro, eles têm muito em comum.
E há a única coisa que todos compartilham, mas não falam em um pub. Então, realmente, isso é como qualquer fetiche com que já convivi no passado.
Quando minha barriga está cheia de poutine, sinto que estou me encaixando bem.
Enquanto esperamos no bar para outra rodada de bebidas, Corinne caminha até Lachlan. —A mesa de bilhar é gratuita. Que tal uma revanche?
Lachlan sorri. —Claro, eu estarei lá.
—Revanche? —Pergunto depois que ela vai para o canto de trás.
—Sim. Ela me desafia toda vez que estamos em algum lugar com uma mesa. Ela está convencida de que um dia vai me vencer.
Assim que temos nossas bebidas, nos juntamos a ela. Sento-me em um banquinho alto contra a parede que me dá um bom ponto de vista de ambos, Lachlan em ação, e as bolas sobre a mesa.
Haha. Bolas.
Eu culpo esse pensamento sacana pela reação em cadeia inadequada que segue quando vejo Lachlan curvar-se sobre a mesa de bilhar para pegar o próximo tiro, uma perna no chão, a outra ao longo da borda. A visão é deliciosa. Ele lança em arco, e a bola de canto acaba beijando entre a almofada e a bola dez. Enquanto Corine anda ao redor da mesa, decidindo seu tiro, Lachlan instala-se contra a parede a poucos metros de mim.
Eu quero que ele se encoste contra mim enquanto aguarda seu próximo turno. Eu quero beijá-lo e dizer-lhe o grande tiro que ele fez.
E se ele fosse outro homem ou uma mulher que eu namorasse, não hesitaria em fazer exatamente isso.
Mas nosso relacionamento ainda não é público.
E, além disso, esta noite, toda atitude dele grita, sem toque.
Ele está saindo do seu lugar para evitar estar fisicamente perto de mim.
E enquanto a noite continua, isso começa a me irritar.
—Já é hora de você perder seu posto no gelo, Ross. —Corinne diz depois de perder a bola três no buraco do canto.
Lachlan apenas dá de ombros e alinha seu próximo tiro.
Eu sei que é tudo o que ele realmente pode fazer, mas há uma parte de mim que está pensando: que diabos?
É assim que será a noite de hóquei? Nós somos os melhores amigos no caminho de volta?
Toda aquela conversa sobre querer estar comigo, arrastando-me de volta... será que isso só significa dentro das quatro paredes de sua casa?
Eu bloqueio esses pensamentos, tomo um longo gole da minha cerveja e examino a sala.
Tate está ocupado conversando com umas mulheres gostosas no bar.
Lachlan ganha alguns minutos depois, mas apenas porque ele foi o primeiro a caçapar a bola oito. Ele joga com Max em seguida, e tem sua bunda entregue para ele em pouco tempo.
—Ei, Donovan, se você se cansar ou se render, você sempre pode armar uma aposta.
Max ri. —Tenho certeza de que Violet apoiaria cem por cento como uma mudança de carreira.
—Nunca dói ter um plano reserva.
As palavras de Lachlan irritam-me, embora eu saiba que ele está apenas brincando com Max. Mesmo fora do contexto, não gosto que ele cubra suas apostas. Eu não quero ser um segredo, e não quero pensar que meu namorado tem planos reserva.
Levanto e termino a minha cerveja. —Você está pronto para ir?
—Pergunto a ele.
Ele me dá uma olhada curiosa, então dá de ombros. —Sim, claro.
Ele finaliza sua bebida, colocamos nossos bonés e nos despedimos.
Assim que estamos em seu carro, ele se vira para mim. —Você está bem?
—Não, não estou. —Respiro fundo e deixo tudo sair, porque foda-se. —O que aconteceu com o desejo de um relacionamento que me envolve? Esta noite, você parecia se esforçar para certificar-se de que eu seja conhecido como seu melhor amigo.
—Mas você é o meu melhor amigo.
Eu sou muito mais do que isso. —Eu te fodo, Lachlan. Não distraia-se desse ponto. Não sinto-me confortável com meus amigos de foda por toda a vida.
Ele acena com a cabeça, com o rosto tenso. —Eu ouvi isso. Eu só acho... que eles não precisam saber os detalhes de nossa relação.
Não, agora não.
—Eu pensei que estávamos na mesma página sobre isso. Beth foi realmente clara sobre não querer que ninguém descobrisse.
Não me incomodo em apontar para ele que a última vez que ela disse algo assim, foi em maio. Muito mudou desde então, e não tenho certeza de que Lachlan tenha notado.
CAPÍTULO 51
BETH
Eu acabo ficando na casa de Lachlan todas as noites durante quase duas semanas. Em meados de julho, tenho mais de um terço de seu armário com roupas de trabalho, e me encontro em pé no meio de seu quarto com uma cesta de lavanderia com calças de yoga e camisetas, perguntando se estou acidentalmente me mudando, uma peça de roupa de cada vez.
Eu provavelmente não deveria fazer isso.
Hugh fica aqui também, mas suas roupas estão em seu apartamento. Ele tem uma mala que trás em seu carro todas as noites, e parte com ele na parte da manhã.
—Humm. —Digo a mim mesma assim que despejo o cesto de roupa em cima da cama. —Isso é interessante. —Então estou falando em voz alta quando ninguém está em casa. Interessante, louco...
Eu dobro minhas roupas ordenadamente.
Então olho para a cômoda.
Não.
Eu puxo a minha bolsa de debaixo da cama, onde nós chutamos há poucos dias depois de eu ter descarregado mais uma pilha de roupas para a minha estadia prolongada no ninho de amor.
Coloco toda a minha roupa limpa nela.
Eu não toco o material no armário, porque já está organizado ordenadamente.
Então resolvo dormir na minha própria casa hoje à noite. Lachlan tem um turno à noite, o primeiro de quatro em sequência.
Hugh está trabalhando de dia.
Se ele quiser, pode ficar na minha casa também.
Ele pode trazer sua mochila com ele, e levá-la na parte da manhã, e assim eu posso dar a mim mesma, lições de limites adequados.
***
Eu acabo por ficar no meu apartamento toda a semana, e como a sexta-feira está muito longe, eu sinto falta da casa de Lachlan.
Eu sinto falta de sua cama king-size e de estar imprensada entre dois grandes corpos quentes.
Eu ainda amo meu bairro, por isso, na minha última manhã lá para o próximo turno, decido caminhar para o trabalho. Eu saio mais cedo para que possa fazer o caminho extra para pegar meu pãozinho favorito, tenho o meu tempo passeando por Toward the Hill. E estou feliz que faço isso, porque passo por casa com uma pla de venda, que está muito além do meu orçamento.
Mas acontece de eu conhecer alguém que está no mercado.
Jack Benton, que chegou a Ottawa e teve uma reunião secreta com o primeiro-ministro fora dos registros. Em seguida, quebra a notícia, que está vendendo a Lumberjacks, e as peças começaram a se encaixar.
Ele está se mudando para Ottawa para participar do governo, e ele vai precisar de um lugar para viver.
Eu tiro uma foto de uma esplêndida casa moderna, toda de painéis de vidro e madeira cinza-escuro, e mando um e-mail do meu telefone. Este lugar tem Billionários-que-querem-estar-perto-de-tudo escrito nele.
De: Beth Evans
Para: Jack Benton
Assunto: Uma casa que eu definitivamente olharia se eu fosse você
Esta é a casa mais bonita que eu já vi para vender em The Glebe, para sua informação. A menos que queira uma propriedade fora da cidade? E sinta-se livre para me dizer para cuidar da minha vida, mas gosto do imóvel. Eu ajudei a encontrar uma casa para Max Donovan quando mudou-se para cá.
***
Quando chego ao meu trabalho, Lachlan senta-se a minha mesa.
—O que você ainda está fazendo aqui? —Pergunto com um sorriso feliz, colocando o meu café em seu lugar antes de colocar minha bolsa no gancho.
—Eu pensei em dizer bom dia antes de ir para casa dormir.
Eu pisco para ele. —Bom Dia.
—Navios zarpam na noite... —Ele para quando meu celular toca, e nós trocamos um olhar.
É um número desconhecido, então respondo com o discurso formal do escritório do Primeiro Ministro do Canadá.
—Isso é de dar água na boca. —Uma voz quente, rica diz em meu ouvido. —Jack Benton. É a Beth?
—Sim. Oi Jack. —Digo enquanto seguro meu dedo para Lachlan esperar. Eu o puxo para mim, e digo um mudo “eu te amo” antes de continuar. —Você viu meu e-mail? Aconteceu de eu ver a placa de venda em minha caminhada para o trabalho esta manhã, e pensei em você.
No meu ouvido, Jack ri. —Você caminha para ir trabalhar?
—Claro, é um ótimo exercício. Podemos caminhar juntos, se quiser.
— Estou brincando, sobretudo por Lachlan. Ele parece como se fosse sair vapor dos seus ouvidos a qualquer segundo.
No celular, Jack faz um ruído evasivo. —Eu acho que o Chefe da Segurança não vai gostar.
—Muito possivelmente. —Pressiono meus lábios para não sorrir.
Lachlan não vai gostar que Jack o descobriu. Eu gosto, no entanto.
—Seria presunçoso pedir para você fazer um passeio na casa com um agente imobiliário? Eu não posso voltar para Ottawa por algumas semanas. Mas se você gostar dela...
—Você compraria uma casa sem vê-la?
—Você vai vê-la por mim. E se não me for conveniente, então será um investimento.
Se os hábitos de compra de Sasha Brewster sempre me chocaram no passado, isso é para tirar o fôlego de vez. —Ahh... certo? Sim, eu poderia fazer isso para você.
—Ótimo. Eu estarei aí em setembro ou algo assim, e você entra em contato com o agente diretamente.
Eu desligo sem outra palavra, e coloco o telefone de volta no gancho.
Os braços de Lachlan cruzam e ele faz uma carranca novamente.
—Encontro com Jack?
Eu não gosto de como ele disse isso. E eu não gosto que diga isso aqui. Dou-lhe um olhar de advertência que ele ignora totalmente, então eu me levanto e faço um gesto para que ele me siga para a sala da copiadora.
—O que você está fazendo? —Digo ao entrar na sala.
—O que é esse sorrisinho?
Droga, ele não perdeu isso. —Bem... —Merda. Sem segredos, e nós concordamos em falar sobre qualquer coisa. —Jack adivinhou que eu sou sua. Quando eu disse que poderíamos caminhar para o trabalho juntos, o que era uma piada de qualquer jeito, ele disse que meu Chefe da Segurança não gostaria.
—Eu não gosto. —Ele rosna. —Mas o que diabos ele estava fazendo perguntando da sua vida pessoal?
—Isso não aconteceu no fim da conversa. É horrível se ele sabe que estamos juntos?
Lachlan balança sua cabeça em descrença. —Ele não sabe sobre Hugh.
Oh. Merda. Mas... —Eu entendo que você está tentando ser protetor com Hugh, eu também, mas clandestinidade tem limites.
—Clandestinidade? Você nem sequer tentou. Você estava muito ocupada flertando com Jack Benton para pensar sobre o impacto disto.
Oh, ele não disse isso! Fumegando, eu afasto-me dele.
Ele pega meu braço e me gira, pressionando-me contra a parede. —Isso foi uma coisa horrível para se dizer. —Digo em voz baixa, e então, sorvo uma respiração profunda. —Eu só...
Eu aceno. Sim. —Muitos campos minados em um relacionamento secreto.
Ele toca minha bochecha, um toque suave de seus dedos ainda me acende por dentro. Seu olhar cai para a minha boca.
—Não aqui. —Sussurro.
—Eu sei. —Ele diz, inclinando-se. Ele paira lá, não exatamente me beijando, por agonizantes segundos antes de se afastar.
Ao sair da sala, perigosamente perto, Gavin grita meu nome. —Beth?
Nós saltamos e eu ando para trás na direção da minha mesa, batendo direto no PM quando ele sai no corredor.
Ele olha para mim com cuidado, então seu olhar desliza por mim e seu cenho se aprofunda. —Lachlan?
—Sim, senhor.
—Eu pensei que você tinha ido há um tempo.
Eu limpo minha garganta. —Nós estávamos discutindo o chá de bebê de Violet. Lachlan estava sob uma impressão equivocada de que eu não iria, mas é claro que vou.
Gavin balança a cabeça lentamente. —Ok. Mas essa conversa pode esperar?
—Certo. Devo voltar ao trabalho.
Eu deslizo pelo meu chefe. Atrás de mim, eu o ouço dizer a Lachlan desajeitadamente, claro, que ele deveria ir para o chuveiro.
E agora tenho uma outra complicação.
Fantástico.
***
Eu ainda estou pensando sobre isso na hora do almoço, então uso a desculpa de que Gavin não trouxe nada, para correr até qualquer lanchonete. Eu preciso de ar fresco.
Eu preciso de perspectiva.
Eu arranjo um sanduíche, mas nenhuma perspectiva.
Eu sinto tudo apertado e confuso dentro de mim, e acho que eu tinha bloqueado na maior parte, até Hugh encontrar-me piscando furiosamente para minha mesa algumas lágrimas estúpidas.
Eu não vou chorar, não vou chorar... mas então, dou um olhar para o seu rosto preocupado, e sei que é uma batalha perdida.
Eu pulo e vou para a sala da copiadora novamente, desta vez com um punhado de trabalho, porque preciso de uma desculpa para estar escondida lá novamente para que não seja pega.
Hugh está em meus calcanhares.
—Você não precisa me seguir. —Murmuro. —Eu estou bem.
—Você só explodiu em lágrimas na sua mesa.
—Explosão é um exagero. Fui momentaneamente sobrecarregada. Estou bem agora, e tenho trabalho a fazer.
—Isso pode esperar um minuto. —Sua mão posiciona-se em cima da tampa fotocopiadora. —Olhe para mim. O que está acontecendo?
—Lachlan e eu tivemos uma briga estranha esta manhã. —Eu fungo, e Hugh agarra uma caixa de lenços na prateleira. Ele abre e me entrega um.
—Obrigada.
—Sobre o que foi a briga?
—Jack Benton adivinhou que estamos juntos.
—Nós três?
—Não. Apenas Lachlan e eu. Quer dizer, eu... —Solto um suspiro. —Ele chamou Lachlan de 'meu Segurança’. E eu não neguei. Lachlan estava furioso.
—Ah, linda. —Hugh me puxa para o seu peito. —Ele é o seu Segurança. Eu entendo. Eu não gostaria de negar isso também.
—Sinto muito. —Digo, chorando em seu peito. —Eu não sei o idioma a ser usado aqui.
—Eu sei. É uma curva de aprendizagem, essa coisa de poli amor. Nós vamos descobrir isso. —Ele segura minha bochecha e inclina-se, roçando minha boca com a dele.
E porque tenho a pior sorte no mundo hoje, é quando a porta se abre.
Nós congelamos.
Alguém limpa a garganta, e eu só quero morrer. Eu não posso nem me esconder atrás de Hugh, porque nós estamos em pé de lado para a porta. Quem está ali só tem a visão de um abraço amigável.
—Eu queria saber se você fez o relatório de Estatísticas. —Gavin diz secamente.
Isto não está acontecendo.
—Aqui está a cópia. —Eu giro ao redor, não fazendo contato visual com o PM. —Ou estará! Vai estar quando eu apertar esse botão. —Bato a minha mão no visor da copiadora e com um gemido feio, ela ganha vida.
Ch-iiirr. Whirrr. Whoosh. Baque.
Os ruídos de uma fotocopiadora fazem a trilha sonora mais surreal da vida de algum indivíduo que está sendo dolorosamente revelado frente a um chefe.
Gavin não vai embora, também. —Beth, posso falar com você por um minuto?
Eu fecho meus olhos. Isso não está acontecendo. —Não.
Ele fica duro em um piscar de olhos. Opa. Quando abro meus olhos novamente, Gavin está me dando um olhar incrédulo. —Desculpe?
E acredito oficialmente que estou farta dos homens. —Não. Você não pode falar comigo. —Aponto para longe da sala de copiadora. Eu não tenho certeza se estou apontando para seu escritório ou não, mas a intenção é clara.
—A menos que você queira me demitir por beijar o meu namorado, isso não é da sua conta. Com todo o respeito.
Sua cabeça gira para Hugh, que teve o próprio bom senso de ficar quieto. Então Gavin olha para mim. —Ahh...
Pensando bem, talvez nós devêssemos fazer isso em seu escritório. Ou não fazer.
Sim, não fazer seria a minha primeira escolha.
—Seu namorado? —A porta se fecha, mas Gavin ainda está do lado errado dela. Deste lado. E a sala de fotocópia não é grande o suficiente para nós três. Ele dá a Hugh um olhar aguçado. —Posso?
Hugh, abençoe o seu coração, não se move. —Você pode o quê, Senhor?
Gavin balança a cabeça. —Eu nem sei. Ter um momento a sós com minha assistente, talvez?
Será que isso seria menos estranho se Hugh nos desse algum espaço? Sim, acho que sim. Eu aceno para ele e saio.
Gavin esfrega a mão sobre o rosto. —Eu não posso acreditar que estou perguntando isso, mas... e o Lachlan?
—É complicado.
—Eu estou percebendo isso.
—Hoje foi uma convergência estranha de eventos que me levou para sala de material para algum trabalho de equipe, mas juro que não fizemos nada aqui, nunca, e ...
—Nunca? Há quanto tempo você... —Ele levanta a mão e balança a cabeça. —Não importa. Eu não quero saber. Você está bem?
Eu aceno. —Eu estou bem.
—Você sabe que te amamos.
—Sim. —Eu dou-lhe um sorriso fraco. —Obrigada.
—E ... você sabe que eu entendo uma coisa ou duas sobre o amor fora de decoro. Certo?
Outro aceno. —Uh huh.
—Tudo bem. Podemos parar de falar sobre isso agora. —Paro na porta e olho onde Hugh está, tenho certeza de que, de pé, muito rigidamente no outro lado. —Hugh está vindo para o chá de bebê, também?
Meus olhos se perdem. —Sim. Talvez.
Ele assente. —Ok. Bom. Eles... ambos deveriam estar lá. Isso é ... bom. Se você está feliz.
—Eu estou feliz.
—Excelente. —Ele aponta para a copiadora. —Quando isso estiver feito, eu gostaria de ler.
—Definitivamente.
Nós balançamos nossas cabeças um para o outro com acenos nervosos, e então, ele sai.
Hugh vem para dentro e fecha a porta. —Bem?
—Oh meu Deus. Acho que ele sabe sobre nós. Todos nós. E eu acho que é bom.
Ele xinga baixinho. —Não vai ser bom para Lachlan.
—Mas...
Ele balança a cabeça. —Precisamos pensar em como vamos dizer a ele.
Oh, pelo amor de Deus. Estou tão cansada dessa montanha-russa emocional. Eu pego minhas cópias da maquina e falo. —Tudo bem. Você pode pegar algo para o jantar hoje à noite?
—Claro.
—Ótimo. —Volto à minha mesa. Felicidade doméstica, trio amoroso, é uma merda complicada.
CAPÍTULO 52
LACHLAN
Acordei às seis da noite em uma casa vazia e um humor terrível.
Eu olho para o meu celular, mas não há nenhuma mensagem de Beth. Nada também de Hugh. E meu humor é apenas estranho o suficiente para que eu também não queira contatá-los.
Eu me enfio no chuveiro, na esperança de afugentar os sentimentos espinhosos, mas eles persistem.
Dúvidas batem em minha cabeça, e meu sono desta semana fodida também não está ajudando.
Quando Beth entra, estou surpreso ao vê-la. —Oi. —Digo em voz baixa, juntando-me a ela no salão da frente.
Ela me dá um apertado abraço. —Sinto muito por antes.
—Eu também. —Respiro fundo. —Mas a coisa é ...
Ela ergue a mão. —Guarde esse pensamento. Hugh está a caminho e podemos conversar quando ele chegar aqui. Ele está trazendo o jantar.
—OK.
Ela lambe os lábios e, de repente, percebo que está nervosa. —O que está acontecendo?
Ela balança a cabeça. —Nada.
—Nada?
—Isso pode esperar.
—Pode esperar não é o mesmo que nada.
—Certo.
—Beth. —Rosno um aviso, e ela passa por mim, indo para o nosso quarto.
Nosso quarto. Quando comecei a pensar nisso assim?
Eu a sigo e inclino-me contra a porta enquanto ela se troca. Talvez devamos foder. Forte e rápido. Eu a curtiria sobre a cama e acariciaria entre as pernas até que ela estivesse molhada para mim, e então eu iria fundo. Enchendo-a, e fazendo com que ela se esqueça do que quer que seja o nada de merda, que pode esperar.
Ela puxa uma calça e uma blusa que aparentemente fica na minha cômoda.
Eu vou para a cozinha e encho a chaleira. Eu me sinto pronto para um chá.
Dez minutos depois, fiz o chá que não estou bebendo, e ela está na sala de estar segurando um livro que realmente não está lendo.
Fantástico.
A porta da frente se abre e, a passos largos, Hugh entra trazendo embalagens.
Beth pula e fica na frente dele.
Ele lhe dá um sorriso preguiçoso. —O que está acontecendo? Você começou a falar antes de eu chegar aqui?
A pressão na minha cabeça estala. —Vocês falaram sobre isso juntos, mas ela não consegue falar até você estar aqui?
—Opa! — Ele coloca a sacola para viagem e chega até mim. —Vamos, isso não é assim.
—Não. —Eu me afasto dele e pego minhas chaves. —Não estou preparado para qualquer intervenção emocional que vocês dois tenham planejado.
—Lachlan! —Beth parece chocada, mas na verdade, não deixei claro que não estava preparado para isso?
Porra!
Eu murmuro algo sobre a necessidade de espaço, e não, não perdi a ironia, mesmo enquanto vejo tudo vermelho, eu saio.
Eu tinha estacionado na rua para que Beth pudesse ter a garagem. Talvez no fundo eu soubesse que gostaria de poder escapar.
Porra!
Eu pulo no meu carro e começo a dirigir.
Não é assim que eu reajo, nunca. Fugir é impulsivo. E estúpido quando você faz isso de sua própria casa, e percebe que não tem ideia de onde ir... ou com quem conversar sobre uma vida amorosa pouco ortodoxa.
Gavin não é uma opção. Nosso relacionamento profissional já está em terreno rochoso.
Se ele pegar a menor dica, aborreceria Beth, e eu posso dar adeus a minha carreira. Provavelmente pior do que isso.
Além disso, ele está recém-casado, e a última coisa que ele precisa, é que seu adorável chefe de segurança esteja à sua porta, invadindo a felicidade conjugal.
Considero brevemente o Tate. Claro, ele é um jogador total, e provavelmente a pessoa menos qualificada que conheço para dar conselhos de relacionamento. Mas ele é gentil, e não está comprometido com a noção excessivamente romantizada da equipe Beth-e-Lachlan. Ou se eu foder isso, Time Beth-e-Lachlan-Juntos. Então lembro que ele está longe.
Depois de dirigir nas ruas de Ottawa sem rumo, eu me encontro na casa de Max e Violet.
É o entardecer, e as luzes estão acesas, então suponho que alguém está em casa e acordado, mas não consigo tirar minha bunda do carro.
Eu deveria sair. Chegar sem me anunciar é grosseiro.
Principalmente, quando estão nos dias finais da contagem regressiva para chegada de um bebê.
Mas Max, pelo menos, sabe algo sobre o que sinto sobre Beth. E, como Tate, ele também está seriamente envolvido nesse meio, então, não é provável que recuse Hugh ser parte da equação de relacionamento.
Eu ainda estou tendo um debate acalorado comigo mesmo quando há uma batida na minha janela.
Eu olho para ver Max ali parado, gesticulando para eu abrir.
—Você esteve sentado aí com o motor ligado nos últimos dez minutos e você parece uma bagunça.
Jesus! Eu pareço como um maldito assassino de qualquer forma.
—Desculpe, eu deveria ir. —Digo enquanto alcanço o cambio, pronto para colocá-lo em sentido inverso e sair da entrada.
Ele balança a cabeça. —Não no estado em que você está. Traga sua bunda triste para dentro. Violet está dormindo e preciso de uma distração. Você é isso. —Ele cruza seus braços e fica parado lá. Esperando.
Eu não vou ganhar essa, e no fundo, realmente não quero, então, fecho a janela, desligo a ignição e o sigo.
Ele me conduz pela casa até a cozinha. —Sente-se. —Ele diz, apontando para a mesa.
—Cerveja?
Escolho uma cadeira e aceno com a cabeça. —Sim, obrigado.
Ele pega duas garrafas da geladeira e coloca uma na minha frente, então, fica ao lado enquanto torce a tampa. —O que você fez para terminar com a Beth?
Eu torço a tampa da minha própria cerveja e olho por um minuto. —É complicado.
Ele ri. —Geralmente é.
—E nada convencional.
A cabeça de Max levanta e ele inclina-se para a frente. —Sério?
Parte de mim está gritando, é um erro. O resto de mim sabe que tenho que falar, aceitar a ajuda de Max, por mais que precise me incomodar no processo.
Mas esse medo é familiar. É o mesmo que me fez correr assustado uma década antes.
E se eu for resolver isso, teremos que começar a ser honestos com as pessoas em quem confiamos.
Hugh merece muito. Ele merece a lua, mas é isso que eu posso controlar.
—Não é só com Beth que fodi tudo.
Max nem pisca. —Hugh?
Eu dou um aceno duplo. Tanto quanto ele não está chocado, eu estou duplamente por ele ter descoberto. —Como você adivinhou?
Ele me dá um olhar suave. —Eu tive uma suspeita desde o início. Eu estava lá no dia em que ele chegou para uma reunião com Gavin, lembra?
Sim. Lembro-me desse dia muito bem. Eu não tinha percebido o quanto fui transparente na época.
—Mas foi realmente uma combinação de coisas ao longo do tempo. Alguns olhares no casamento, e depois a tensão após o hóquei na semana passada.
Merda!
Se Max adivinhou... O primeiro ministro sabe? Se ele sabe, então porque ele não disse nada, ou disse?
Max recosta-se em sua cadeira. —Você está ficando sério com um deles?
—Ambos.
—Ah!
Tomo um longo gole da minha cerveja. —Não é o que você pensa. Não há truques envolvidos.
—Oh? É excêntrico? —Ele pergunta com um movimento alegre de sobrancelhas e, para minha surpresa, isso ajuda.
Excêntrico intercala entre bi e poli, nas camadas loucas que compõem a minha identidade sexual. E, quando penso nessa questão, todas as peças se encaixam.
Foi preciso um caso com Hugh para que me reconhecesse inteiramente como bissexual. Mas eu corri com medo. Esse gosto de insanidade, muito viciante, muito perfeito, era mais do que eu poderia lidar.
Mas eu tinha gostado. E não podia ignorar isso. Fingir que não havia mudado era impossível, então, ao invés de sair, tinha avançado na única maneira que consegui encontrar, que combinava com minha identidade de ordem e comando. Excêntrico, com todos os seus protocolos e limites acordados.
E agora eu tenho Hugh novamente, desta vez com Beth.
Não há ordem para amar Hugh.
Nenhuma regra de quão selvagem e quente Beth me deixa.
O protocolo zero que aborda como continuar me apaixonando por ambos, não me alterou.
Eu aceno lentamente. —Sim, é excêntrico. E muito mais.
Antes de conhecê-lo, toda a bagunça sórdida estava se espalhando. De Moose Lake até mim, saindo esta noite.
Dou o crédito onde é devido, Max não disse uma palavra. Nem fez uma expressão julgadora.
Quando finalmente termino, minha garrafa está vazia e giro as mãos por alguns minutos. Eu toco na mesa e levanto minhas mãos no ar. —Então é isso. É aí que estamos. Eu pensei que poderia lidar com isso, mas então eu explodi com Beth sobre Benton saber sobre nós e apenas metade de nós.
—No entanto, você não explodiu agora comigo. Talvez precise de um pouco de folga? Porque, sim. Eu diria que definitivamente qualifica-se como complicado e nada convencional. — Ele vai para a geladeira e agarra outra cerveja e a segura. —Você está bem para outra, ou...?
Estou bem para ter uma segunda, mas balanço a cabeça. —Não, obrigado. Estou bem.
—Posso pegar outra coisa, então? Refrigerante, suco, água?
—Na verdade, água seria bom.
Max abre sua cerveja e coloca a garrafa sobre a mesa, depois me traz um copo de água.
—Não pense nisso, basta cuspir a primeira coisa que vem à mente. O que você quiser? Ou talvez devesse perguntar, quem você quer? —Ele pergunta.
—Eu sou ganancioso. Quero ambos.
—Então, o que está parando você?
Merda. Quando ele diz assim, não posso acreditar que é tão simples. —Eu tenho que ir.
—Sem merdas. Quero dizer, boa sorte.
—Obrigado. —Vou precisar disso. Tenho algumas explicações de classe mundial para dar.
CAPÍTULO 53
HUGH
LACHLAN SAIU há algumas horas. Oficialmente, não estou preocupado. Eu entendo um homem que precisa de algum espaço. Eu fui esse homem mais de uma vez.
Não oficialmente, não gosto disso. Não é um bom sinal cada vez que temos um embate forte, quebramos um pouco.
Ao meu lado no sofá, Beth suspira. Ok, não quebramos. Lachlan e eu estamos lutando com a dinâmica aqui muito mais do que ela. Mesmo com suas lágrimas de frustração mais cedo, ela está inabalável em seu entendimento de que ela quer esse relacionamento, dinâmico, complicado e tudo o mais.
—O que você está pensando? —Ela pergunta sem olhar para cima de seu livro.
—Que você é forte e incrível, e provavelmente, não merecemos você.
Ela fecha seu livro e me dá um olhar solene. —Como podemos fazer isso funcionar?
Eu gesticulo para ela subir no meu colo. Tempo para algum amor duro, com carinho.
Deslizo um fio de cabelo entre meus dedos, depois coloco atrás da orelha.
—Talvez não possamos.
—Não. Essa não é uma resposta aceitável. —Eu amo a maneira como ela diz isso. Como se ela virasse um exército de milhões para defender o nosso amor.
—Você não pode forçá-lo a ser algo que ele não é.
—Ele não é algo.
É aí que ela está errada. —Ele é um cara privado. Ele nunca vai ser de exibições pública de carinho. Ele sempre vai querer ser recluso, aberto e honesto conosco aqui, mas fechado para todos os outros lá fora.
—O mundo em geral, com certeza, talvez. Mas nossos amigos? Isso não é viável.
—O que volta para, talvez isso não funcione a longo prazo.
—Não! —Ela estala, e eu gosto da intensidade disso. —Nós acabamos de passar por essa besteira há algumas semanas com você. —Ela rosna e joga suas mãos no ar, e não tenho certeza se eu deveria rir ou me esconder. Ela está feroz. —Foda-se, Hugh! Isso não é legal!
Gritando, xingando, olhos selvagens... nunca vi esse lado de Beth antes.
Eu amo isso. Muito, mas agora provavelmente não é a melhor hora para dizer a ela. —Você está certa.
—Eu vou chutar a bunda dele. —Ela diz com zombaria. —Isso foi o que ele disse sobre você. E, no entanto, aqui está ele, precisando que sua própria bunda seja chutada.
—Não, o que ele precisa é ... um jantar. Precisamos ter alguém que nem sequer piscará por nós três estarmos em um relacionamento. Então, podemos fazer um grande evento em grupo, talvez algo engraçado, ou poderíamos ir dançar em um clube gay.
—Sim. —Ela diz, sua voz levantando com esperança. —Ele adoraria ir dançar, eu acho. E nós também temos o chá de bebê. Esse será um espaço seguro. A lista de convidados é toda de amigos da equipe de hóquei.
—Chá de bebê?
—Max e Violet. Gavin perguntou se vocês dois estarão lá.
Um chá de bebê com uma festa para um trio poliamoroso. O círculo social do PM definitivamente é pior do que eu jamais teria suspeitado. —Soa como um plano.
Do lado de fora, um motor com som familiar faz uma parada.
Beth levanta-se e move-se no corredor, torcendo as mãos.
A porta da frente abre e Lachlan entra.
—Você está de volta. —Beth diz.
Ele lhe dá um olhar intenso. —Sim.
—Você está bem?
—Não.
—Lachlan...
—Estou aqui. Não estou bem, mas estou aqui, porque quero estar com você. Vocês dois.
Eu fecho meus dedos no topo do batente da porta para evitar agarrá-lo e estrangulá-lo até a morte. O olhar selvagem em seu rosto me diz que ele acabou por aceitar, embora ainda esteja abalado.
Ele coloca as chaves na mesa da sala e cai de joelhos na frente de Beth.
—Eu te amei desde o dia em que nos conhecemos, com todo o meu coração, mesmo quando doía. Mesmo quando pensei que estava condenado, nunca vacilei no quanto eu te amo. Mas isso também me assusta, não vou mentir. —Sua voz racha e ele olha para mim.
Fico onde estou, perto da porta.
Ele mantém meu olhar enquanto continua. —Eu amei com essa ferocidade uma vez antes. Nunca acabou, nem por dez longos anos. E eu não fui inteligente o suficiente para resolver as minhas coisas naquela época. Posso não ser tão destemido agora, mas confio que você me empurrará para a luz.
Solto meus braços e aperto minhas mãos em punhos. Ele é o homem mais destemido que já conheci. —Você é honesto consigo mesmo. —Digo com a voz rouca. —Isso é mais importante do que qualquer coisa. Só porque você deseja manter as coisas privadas, não significa que você está vivendo com medo. Pegue isso de quem sabe.
—Eu não quero manter as coisas privadas. —Ele diz a grosso modo. —Eu acabei de voltar da casa de Max. Ele já descobriu, de certa forma. Embora pensasse que eu estava dividido entre vocês dois. Mas eu contei tudo a ele. E ele nem sequer piscou.
—Oh, bom. —Beth respira e afunda no chão em frente a ele. —Porque...
Ela vira e olha para mim. Ok, aparentemente estamos fazendo isso no chão no corredor.
Juntei-me a eles, sentado de costas contra a parede, e pego a mão de Lachlan. —O primeiro-ministro pode ter tropeçado em Beth e eu agarrados na sala da copiadora hoje.
—O quê? —Ele tenta mexer de volta, e eu o seguro.
—Não se estresse. —Ela acrescenta apressadamente. —Um beijo. Um beijo doce, casto, um beijo faça-me-sentir-melhor.
—Eu diria que é papo furado para suavizar a verdade. —Digo a ela.
Ela revira os olhos. —Não é assim que a comunicação saudável funciona.
—Bem, sou novo nisso. Me processe.
Ela me beija em vez disso, levantando-se de joelhos para pressionar seus lábios primeiro contra minha boca e depois na de Lachlan. Então, ela se arrasta em nosso colo. Minha estratégia de manter isso simples vai por água abaixo, levada ao próximo nível. —Aqui está o ponto. —Ela sussurra, dando-lhe o mais doce sorriso. —Ele também descobriu. Embora tenha pulado e simplesmente assumido que eu estava feliz por namorar com vocês dois. Ainda não contei a ele que esse não é o tipo de relacionamento que temos.
Ele pisca para ela, então ri baixinho. —Então Max sabe. E Gavin sabe. O que significa que Violet e Ellie sabem agora.
Respiro fundo. —Eu acho que devemos convidar Tate para jantar então.
—E Sasha. —Beth diz. —Mas na mesma noite.
—Deus, não. —Lachlan diz, roçando os lábios contra os dela com sede.
—Você está bem com isso? Sério? Você está basicamente sendo poliamor. Não podemos ter dúvidas sobre isso.
—Não, está tudo bem. —Ela diz. —Não tenho vergonha de amar vocês dois. Eu não quero que Sasha me pergunte de todas as maneiras diferentes no domingo, sobre como nós fazemos sexo, porque isso é pessoal, mas quero chamá-los de meus namorados.
—Parceiros. —Lachlan diz rapidamente. —Eu sou muito velho para ser namorado de qualquer um.
Um sorriso lento e feliz cresce no meu rosto. —Parceiros.
Beth dá um suspiro feliz e morde o lábio enquanto acena com a cabeça.
—Sim. —Ela sussurra. —Isso é exatamente o que somos.
CAPÍTULO 54
BETH
QUANDO A RUA SUSSEX múmero 24 está sendo ornamentada no que provavelmente se transformou no brunch infantil mais elaborado de todos os tempos, estamos na arena assistindo os caras num jogo de hockey no início do domingo de manhã.
Estou usando um boné que Ellie me deu para a ocasião.
Embora Ottawa esteja sofrendo com uma onda de calor de fim de julho, dentro da arena de hóquei está positivamente frio, e o boné é apreciado.
Tem um castor, assim como os bonés de Ellie e Violet.
Mas meu castor está segurando dois... palitos.
Claro, vamos chamá-los de palitos.
Só uso este boné para o hóquei, e só porque estamos cuidadosamente sob a guarda da Polícia Montada, e garantimos que ninguém vai tirar uma foto disso.
Exceto Ellie, que tem o celular dela.
—Estou corando? —Murmuro para Violet.
—Sim. —Ela diz, fazendo uma careta. —Tudo bem, acho que meu útero ficou oficialmente sem espaço. —Ellie gira para ela com o celular e Violet pisca para mim.
Estou feliz por ter conseguido um presente para o bebê super incrível. Ela merece isso. Ambas foram realmente incríveis por me darem as boas-vindas ao seu clube Frisky Beavers.
E já que Sasha estava na Grécia em uma viagem de pesquisa, evitei ter que responder a perguntas curiosas sobre sexo.
O celular de Ellie vibra enquanto ela está tentando fazer um vídeo da barriga de Violet. Falando no diabo... —Sasha! —Ela diz enquanto levanta-se, o celular pressionado em sua orelha. —Você está aqui?
Ela acena sua mão no ar quando sua cabeça fica a vista ao lado do banco do jogador do nosso lado.
Sasha sobe até nós. Ela parece assustadoramente bronzeada para alguém que estava em uma viagem de pesquisa. Ela acaricia a barriga de Violet primeiro, depois abraça Ellie e, finalmente, eu.
Então ela para, as mãos nos meus ombros, e faz um exame lento até o meu boné. —Espere um segundo. —Ela diz, e eu odeio o quanto ela é inteligente.
Não há necessidade de explicar meu relacionamento com ela. Sasha descobre pelo boné.
—Você também é uma Frisky Beaver, é? —Seus olhos se iluminam. —Dois jogadores? Você é uma garota safada. Lachlan e ... Hugh?
Eu nem tenho a chance de responder antes que ela fique no banco ao meu lado e bata palmas. —Eu quero saber tudo.
—Não.
—Mas...
—Eu te amo, mas não.
Ela é desencorajada. —Eu trouxe um ouzo, destilado, da Grécia.
Eu rio com a lembrança de que Lachlan odeia a bebida. —Isso dificulta bastante para beijar. —Gemo enquanto ela pega a bebida e esfrega as mãos.
—Excelente. Continue. Estou em uma fase tão seca ultimamente, eu preciso viver de forma indireta.
—Não. Conte-nos sobre sua viagem de pesquisa. Estava na praia?
Descobrimos depois que seu bronzeado é um benefício justificado sobre aprender sobre microempresas que aparecem em economias pequenas.
E quando ela acabou de nos contar, o jogo acabou e há homens suados para beijar.
Sasha me observa beijar Hugh, então aponta sua cabeça para o lado.
—Você é o que não gosta de alcaçuz?
Ele uiva e aponta para Lachlan. —Não. Isso é tudo ele.
—Bom. —Ela acena com a cabeça para ele. —Eu trouxe um ouzo. Podemos celebrar fazendo minha amiga feliz com algumas doses no brunch.
Ele joga seu braço ao redor dela e beija sua bochecha. —Nós vamos ser melhores amigos, não vamos?
Isso faz Corinne e Max gargalharem, e Lachlan rosna, algo que sinto falta, então Hugh o beija também. É um selinho rápido, mas ainda faz meu coração pular uma batida, porque parece tão certo. —E agora de volta a nossa casa.
— Ellie anuncia. —Nós temos coisas para brindar.
—Com ouzo! —Sasha e Hugh gritam ao mesmo tempo.
Fazemos brinde com ouzo, bem como com champanhe e um pouco do malte que ganhou a competição de melhor whisky do mundo no ano passado.
No meio da tarde, todos estão muito risonhos, até mesmo a futura mamãe, que tem casadinhos de morangos cobertos de chocolate em vez de champanhe.
Violet e Max estão rodeados por um mar de papel pardo, e pelo menos três presentes de cada pessoa presente.
Assim que Max começa a se preocupar em carregar a parte de trás de seu veículo, a equipe do buffet varre e faz isso por ele.
Ellie pisca para mim. Essa foi a minha ideia, e foi boa.
—Ao comitê de planejamento do chá. —Max ergue o copo. —Excelente trabalho. E tenho certeza de que Lachlan está emocionado com a falta de vibradores.
Ao meu lado, Lachlan bufa. —Desta forma, podemos tirar fotos.
Max dá uma piscadinha. —Certo. Falando em vibradores... —Ele sorri indulgente para Violet, e eu me esforço muito para não ruborizar. —Eu decidi, temporariamente, fechar meu quarto do porão. Bem, está permanentemente fechado o meu porão. Mas decidi procurar uma localização separada, segura e agradável. Então, enquanto estamos com o nosso bebê, talvez vocês possam juntar suas cabeças, e pensar em um bom nome para um clube sexual privado. Porque como meu presente para vocês todos hoje... estou ampliando as associações. Se vocês quiserem, claro.
Minha boca fica aberta, então olho para Lachlan. —Sim? —Oh, sim!
Não posso esperar.
CAPÍTULO 55
Hugh
Agosto
EU CULPO a onda de calor contínua para minha idéia de gênio, para ir dançar. Lachlan imediatamente franziu a testa quando parei em seu escritório para sugerir isso, o que apenas me excita.
Sou incorrigível.
E porque ele secretamente quer sair, no final do dia ele tem o nome de um clube que Oliver recomendou.
Quando chegamos em casa naquela noite, encontramos Beth no quarto, falando com Sasha no iPad. Beth está vestindo calças de couro e um sutiã de renda. Eu aprovo, mas acho que essa não é sua roupa completa.
Inclino-me na entrada do quarto, e vejo enquanto ela se lança no armário. Ela tomou a maior parte dele. Lachlan moveu a maior parte de suas roupas para o andar de cima, para o quarto menor, anteriormente vazio. As minhas estão migrando lentamente para cá também.
Nós não conversamos formalmente sobre morar juntos, mas está acontecendo de forma orgânica.
Caso em questão: Beth está tão confortável aqui no quarto, que parece que uma bomba explodiu nele.
Ela segura uma camisa azul brilhante, e Sasha balança a cabeça. —E quanto a uma saia e botas?
—Você está mostrando sua idade, Sasha. —Beth geme. —Não tem como usar uma mini saia. Eu nem sequer possuo uma.
—Você quer que eu traga umas roupas?
Beth olha para mim e dá um sorriso rápido. —Não, eles já estão em casa. É hora de ir. Isso está bem. Eu me sinto bem nessa calça.
Ela tira um top vermelho e segura contra seu corpo. —Quente?
Inferno sim, eu quero dizer, mas não vou interromper. Entretanto, pego os seus olhos enquanto ela gira. Quente, eu balbucio. Ela sorri.
Mas, aparentemente, Sasha não concorda. —Sim, é sexy, mas também é literalmente quente. E então suado.
Eu rio em voz alta e Sasha olha. —Isso é um homem?
Beth sorri. —Isso é Hugh.
Eu entro na visão da câmera. —Suado? Os homens gays nunca foram conhecidos como suados.
Lachlan aproxima-se e junta-se na tela. —Suor? Sim, nós gostamos disso. Lembra-nos de sexo.
Beth ri e joga a camisa vermelha. —Eu ainda posso usar um vestido. Ok, Sash, nós estamos indo. Você pode nos encontrar mais tarde, se você terminar o seu trabalho.
—Até mais! —E a tela fica escura.
Beth coloca as mãos nos quadris. —Calça? Ou um vestido?
Lachlan dá de ombros. —Você decide. Nós gostamos de vestidos. Lembra-nos também de sexo.
Ele tem um ponto. —Você pode usar o que quiser, linda.
—Preciso de mais antecedência na próxima vez. —Ela diz, sua voz tremendo quando pega um vestido preto sobre a cama e puxa sobre sua cabeça. Uma vez que ele cai sobre os quadris dela, ela aproxima-se e tira as calças. —Eu falho em ser legal. —Ela agarra umas botas do chão e as empurra no peito de Lachlan enquanto para na nossa frente. —Além disso, temos que limpar este desastre antes de irmos, porque quando nós voltarmos quero sexo. Muito sexo.
Trocamos um olhar divertido sobre sua cabeça. —Sim. —Lachlan diz.
—Estamos bem com este plano.
—Ok. —Ela salta nas pontas dos pés. —Estou animada. Esta é uma ótima idéia. É apenas um pouco repentina. Eu não estava esperando isso. —Ela alcança a mão de Lachlan e aperta seus dedos.
—Oliver não teria sugerido este lugar se não fosse seguro para nós nos soltarmos. —Lachlan leva seus dedos a boca e beija sua mão suavemente. —E Hugh obviamente não é hétero, então ele será popular com as crianças frescas.
Eu uivo de indignação fingida. —Embora isso seja verdade. Não posso bancar o hetero como você pode.
—Esta é apenas a minha natureza gaélica natural. —Ele diz bruscamente. —Eu não estou bancando nada.
Eu olho para ele. —Você está certo. Ajudo você a colocar o gay no gaélico.
—Eu não preciso de ajuda com isso. —Ele diz com firmeza, provando meu ponto.
Beth esfrega-se contra ele. —Vocês podem me ajudar a colocar o gay em algo esta noite.
Pego seu pulso e a giro, até que ela esteja envolvida em meus braços, e eu possa me mover contra ela, quadris colados fundo em suas curvas. —Como você?
—Isso é gay? Eu acho que não.
—Não é hétero. Não da maneira que eu quero fazer. —Eu lambo a curva de sua orelha. Estou muito excitado para ir dançar esta noite. E para trazê-los para casa novamente. —Eu quero todos nós dentro de você esta noite. Depois de dançar. Gostaria disso mais uma vez? Lachlan na sua bunda, eu na sua boceta? Nossos paus deslizando para frente e para trás um contra o outro enquanto fodemos você?
—Talvez. —Ela lambe os lábios. —Ou... você poderia foder Lachlan. Faz algum tempo.
Isso é definitivamente gay. E quente. Eu quero isso também.
—Isso é com ele. —Digo asperamente.
Ele se afasta, mas não perco o engate em seu passo. —Eu pensei que estávamos indo dançar. —Ele diz sobre o ombro dele.
Eu olho para Beth. Seu olhar, como o meu, está preso em sua bunda grande e apertada. E ela está sorrindo como um gato que comeu o canário. Ela também não perdeu a sua reação.
—Você receberá seu desejo. —Sussurro para ela. —E então, vamos tê-la entre nós. O melhor dos dois mundos.
Em vez de responder, ela gira em meus braços e me beija, ansiosa e excitada.
Através da janela da porta da frente, há um flash que nos interrompe. Os faróis varrem a frente da casa. Nosso taxi chegou.
Eu a aperto firmemente. Esta noite vai ser outra coisa.
***
O SEGURANÇA AMA Beth. Ele olha para ela, depois para nós, e dá a ela um Bate aqui, garota. Assim sua atitude é ótima. Não tenho certeza sobre seus padrões de segurança, mas é por isso que ela nos tem.
Lachlan limpa a garganta. —Ross. Meu nome deve estar na lista, festa de três.
—Oh querido, está tudo bem. Você poderia vir aqui qualquer noite e chegar à frente da fila. Vamos para dentro. —Ele abre a porta e nos dirigimos para dentro.
Está lotado, o que explica a fila pelo quarteirão.
Excelente escolha, Oliver. Há anonimato em multidões. E a música é excelente.
—Vamos pegar uma bebida? —Digo, apontando para o bar. —Pode levar alguns minutos para chegar a frente do bar.
Beth acena com a cabeça, e já está dançando.
Esta foi uma boa pedida. Vai ser divertido para Lachlan, mas acho que talvez seja ela quem precise mais do que todos.
Quanto a mim, eu os tenho juntos. Isso é tudo o que quero. Sou um menino feliz agora.
Quando chegamos ao limite do enorme bar, Lachlan foi fodido três vezes com os olhos, e Beth está rindo sobre como isso está afetando-o.
—Você não está com ciúmes? —Murmuro contra a orelha dela enquanto o DJ troca as músicas.
Ela balança a cabeça. —Ele só tem olhos para nós. É tudo de bom. E ele está corando. Ele não corou quando me ajudou a resgatar alguém dos grampos de mamilo na festa.
Porque estava de serviço, e era familiar. Isso é demais para ele, mesmo sozinho, e nós estamos tornando isso muito mais complicado e pessoal, estando nós três aqui juntos.
Precisamos de bebidas, imeditamente.
Beth esbarra na mulher ao lado dela e desculpa-se rapidamente. E, de alguma forma, acaba fazendo uma nova amiga. —Eu sou Beth. —Ela diz com doçura. —E esse é Lachlan. Esse é Hugh.
A outra mulher acena e apresenta sua namorada, mas não pego seus nomes quando a música fica mais alta.
Não importa, as bebidas chegaram, e nós bebemos.
—Vocês três são adoráveis juntos. —A lésbica à direita grita. —Fim da era dos alfas. —E Beth recebe outro bate aqui, garota.
Lachlan pisca para elas e toma a sua dose. Então me beija, pega a mão de Beth e se dirige para a pista de dança.
Nosso garoto gosta de dançar depois de tudo. E nós temos a noite toda.
CAPÍTULO 56
Beth
NÓS TROMBAMOS com a porta após as três da manhã. Nós estamos pegajosos e suados, e ainda tão ligados que dói.
E não estou nenhum pouco cansada.
Eu começo a desabotoar a camisa de Hugh porque ele está demorando demais. Ele ri e tenta me ajudar, mas eu o afugento. —Deixe-me. —Suspiro. Eu desnudo seu peito, e volto para admirá-lo. —Tão gostoso.
Ele flexiona para mim, e eu gemo.
—Chuveiro?
Ele balança a cabeça. —Nós temos grandes planos para você esta noite, lembra-se? É melhor tomar banho depois.
Eu tremo. —Certo.
Ele vai para a cômoda e tira uma sacola de papel marrom que ele deu um nó. —Hora do presente.
Lachlan ri e põe as mãos nos meus quadris, apoiando-me por trás enquanto alcanço o presente. A sacola é surpreendentemente pesada para o tamanho. —Você vai condicioná-la a ficar molhada toda vez que ela ver uma fita.
Os olhos de Hugh iluminam-se. —Isso é genial. Eu aumentarei a frequência dos presentes.
Minhas coxas sofrem com o pensamento, de uma boa maneira. Abro a sacola e retiro um grande tubo de lubrificante. E também não há nada de elegante. Lubrificante Anal! Extra liso! Anuncia. Tem até mesmo uma bomba no topo.
Minhas bochechas devem estar escarlates. Lachlan roça seus lábios sobre minha pele flamejante. —Ainda tão doce e baunilha, às vezes, a nossa Beth.
—Isto é silicone. —Hugh diz. —Já faz um tempo que eu gostaria de experimentar. Esta noite parecia uma boa oportunidade para isso.
Eu posso imaginar.
E quando imagino, sinto-me bem.
Lachlan tira todos os cobertores e travesseiros da cama enquanto Hugh aproxima-se de mim, um lobo predador à espreita. Ele me derruba, então me impulsiona em seus braços, embrulhando minhas pernas ao redor de sua cintura antes que me leve à beira da cama.
—Esta noite é tudo sobre você. —Ele diz com rapidez quando caímos no colchão.
Lachlan se junta a nós, se aglomerando contra mim do outro lado. Hugh saboreia meu rosto, então o desvia dele, para Lachlan. Apresentando-me ao nosso amante para um beijo. Nossas línguas emaranham-se em um deslize quente e úmido, enquanto Hugh beija a minha nuca e meu ombro. Ele alcança e cobre meus seios, então me solta, permitindo que Lachlan trabalhe no meu corpo.
Meus mamilos doem pela sua boca, e quando ele se move de um para o outro, eu gemo com a perda. Antes que possa dizer que quero seus dedos lá, Hugh está se afastando de mim. Eu caio gentilmente contra as minhas costas, os braços abertos, e Hugh cobre o pico que Lachlan acabou de deixar.
Juntos eles lambem, puxam e sugam meus seios até eu me contorcer entre eles. Hugh se afasta o suficiente para pegar o lubrificante, então retorna a boca para o meu peito. Cegamente, ele bombeia lubrificante em sua mão, então passa em mim.
Eu alcanço seus paus, e o lubrificante realmente é algo extra. Hugh volta para mais e, em seguida, ele está fluindo lubrificante através dos meus sexo. Eu quase não preciso disso, mas quando ele acaricia minhas dobras, parece... diferente. Como e esse lubrificante pudesse durar um pouco. Como ele tem planos de me foder até o amanhecer, toma seu tempo e me mantém na borda.
—Você vai revezar dentro de mim? —Estou sem folêgo. Seria constrangedor se, quando eu perguntasse isso, seus paus não se flexionassem como se compartilhassem um cérebro sacana.
—Já estamos. —Lachlan diz, me beijando com força. Ele me rola para Hugh, então estou de lado e beijo o safado em toda essa diversão escorregadia.
Lachlan levanta minha coxaa e cutuca sua ereção contra a minha entrada.
—Eu primeiro.
O calor dispara através de mim. OK. O primeiro impulso é tão liso, é quase demais. Eu suspiro no estiramento implacável, mas enquanto ele atravessa todo o caminho até mim, parece muito bom não implorar mais por ele. —Novamente.
Sua mão se aperta no meu quadril e ele bombeia, três movimentos implacáveis antes de deslizar para fora.
Oh Deus. Isso é cruel. Eu praticamente rastejo para Hugh, puxando-o para dentro de mim para substituir aquele vazio dolorido. Ele é mais grosso do que Lachlan, então recebo outra pressão esquisita de carne masculina dentro de mim. Retomando o espaço e estabelecendo uma reivindicação.
Deles.
Para sempre.
Ele toma seu tempo, pressionando, e saindo. Moendo meu clitóris no fundo de cada impulso, e provocando minha entrada quando puxa para trás.
Então é a vez de Lachlan.
Então Hugh.
Estou tonta quando Lachlan aparece de novo na minha boceta, e quando alcanço Hugh, Lachlan ainda está dentro de mim.
—Calma aí. —Ele sussurra no meu ouvido. —Um por vez.
Hugh toca na minha mão. Então ele toma seu lugar dentro de mim, e quando está até as bolas, inclina-se e me beija. Duro, exigente e excitado.
—Parece tão bom, esfregando-me contra Lachlan. Disputando a posição dentro de nossa mulher. Compartilhando você assim. Nós vamos fazer isso a noite toda.
Eu gemo, e ele alivia. Continuamos nos beijando enquanto Lachlan me leva de novo.
Então, Hugh novamente.
Estou tremendo e tão molhada para eles. Não preciso de lubrificante, mas não impede que Hugh alcance o tubo.
Mais lubrificante.
Mais foda.
Dentro.
Fora.
Lachlan.
Hugh.
E então, Lachlan novamente, e Hugh não vem por todo o caminho.
Meus olhos arregalam-se.
Lachlan esfrega a coroa de sua ereção contra o pau de Hugh. E Hugh ainda está a meio caminho dentro de mim.
Eu tento rolar meus quadris, mas estou presa entre eles.
—Você quer isso, linda? —Seus olhos estão vidrados. Aposto que os meus também. A luxúria pesa no ar enquanto ele alcança entre minhas pernas e...
Ah!
Oh!
Lachlan solta um estrondoso gemido atrás de mim enquanto Hugh abate ambos com mais lubrificantes e então Lachlan pressiona.
Passando por Hugh, em mim, esticando-me.
Não consigo respirar.
—Você foi construída para levar a ambos. —Hugh diz.
Isso provavelmente não é verdade, mas oh Deus, eu quero acreditar nele. Lachlan geme por trás de mim. Ele também quer acreditar nisso.
E enquanto eles trabalham dentro e fora de mim, percebo que vou gozar.
Talvez seja verdade. Talvez eu tenha sido feita para eles, para me levar assim.
Eu preciso... —Clítoris. —Consigo dizer, e Hugh fica com o polegar lá enquanto eles lentamente pulsam para trás juntos.
Dentro de mim, juntos.
Redemoinhos de calor, e tudo desaparece em um brilhante e fantástico branco brilhante quando meu clímax começa. É longo e embriagador, forte e selvagem. Ele atravessa todo o meu corpo e quebra meu cérebro, meu coração.
Isso me destrói, e é perfeito.
CAPÍTULO 57
Lachlan
EU PARO na mercearia no caminho de casa para pegar comida para celebrar. Hugh e Tate estão no apartamento de Hugh agora, carregando sua cama e seu banco de peso.
Ele está se mudando. Não há nenhuma razão para ele continuar pagando o aluguel em seu apartamento, e ele não tem tanta coisa.
A maioria das roupas de Beth mudaram-se, mas ela possui seu apartamento e tem muito mais móveis do que temos espaço. Esse processo vai levar mais tempo, mas não importa. Talvez ela mantenha o apartamento como uma propriedade para renda.
O que importa é que todos os seus belos vestidos estão pendurados no meu armário, e ela dorme na minha cama a cada noite.
Quando chego em casa, Hugh ainda não voltou, mas Beth está. Ela está lendo na varanda.
Estou de pé na porta dos fundos e apenas a assisto. Ela está esticada na poltrona, com as pernas nuas, e a saia subindo pelas coxas.
Esse é um convite muito tentador para deixar passar. Rapidamente coloco as compras na mesa e, em seguida, despejo um copo de limonada que ela fez e saio para dizer olá.
Ela se revira quando ouve a porta. —Como foi fazer compras?
—Rápido. Eu tenho uma melancia para sobremesa.
—Humm. —Ela sorri e ergue o rosto para o sol. —Limonada, melancia e uma varanda para ler. Eu amo o Verão.
Inclino-me e cubro sua boca com a minha. —Eu amo você. —Sussurro depois que eu a beijei completamente.Movo-me pela cadeira e levanto as pernas para que possa me sentar debaixo delas. Coloco minha mão na sua coxa e os olhos dela se alargam.
—Seus vizinhos...
—Nossos vizinhos. E eles não conseguem ver nada.
—Tate...
—Ainda não está aqui. Deixe-me fazer você se sentir bem. Por favor?
O pedido doce sempre funciona com ela. Ela suspira e relaxa no meu toque. Eu acaricio meus dedos de um lado para o outro sobre a pele macia de suas coxas, então mais alto. Eu encontro o elástico de sua calcinha e puxo de lado.
Ela já está molhada para mim, macia, quente e lisa. Eu gosto da sensação inchada de sua carne. Eu poderia tocá-la por horas, mas não temos tempo para isso agora.
—Mais aberta. —Murmuro, e ela deixa a perna no chão. Meu antebraço desliza perto de sua perna enquanto enfio dois dedos dentro dela e rolo seu clitóris com meu polegar. —Quão rápido você pode gozar?
Ela fecha os olhos e arqueia as costas. —Continue fazendo isso e eu gozarei muito rápido.
Meu pau incha, fazendo minhas calças apertarem enquanto eu a fodia com a mão. Eu olho com olhos gananciosos como seus lábios abrem, suas bochechas coram, e suas pálpebras vibram.
Nossa linda mulher.
Nossa Beth.
Dez anos atrás, eu fui a uma sala de tatuagem com Hugh e por um capricho, fiz uma tatuagem de uma bússola.
—Eu amo sua tatuagem. —Eu disse a ele. Eu queria dizer, eu amo você, mas eu não conseguia.
—Você deve obter algo na próxima vez que eu for lá.
—Sim. —Minha mente começou a girar.
E mais tarde, quando fui com ele para o seu estúdio favorito para um retoque, tirei um esboço. Tinha na minha carteira.
—Você poderia fazer algo assim? —Perguntei ao artista.
—Eu posso fazer exatamente isso.
—Cara, isso é maravilhoso. —Hugh disse, inclinando-se sobre mim. Seu quadril pressionado contra o meu, o braço dele passou vagamente por meus ombros.
—Você deve obter o mesmo. Nós estamos ambos no mesmo caminho, afinal. Procurando por nosso verdadeiro norte.
—Sim, sim. Adoro isso.
Demorou dez anos para encontrá-la.
Enquanto ela treme em seu orgasmo, enquanto eu lambo meus dedos e observo ela sorrir para mim como uma rainha que acabou de ser bem servida, tenho uma ideia.
—Você já pensou em se tatuar? —Pergunto.
Seus olhos se acendem, então seu olhar cai para o meu quadril. Ela lambe os lábios. —Talvez.
—Eu tenho uma ideia.
CAPÍTULO 58
Beth
EU OLHO no esboço do desenho no papel translúcido na minha frente.
—É perfeito. —Suspiro.
A Estrela do Norte subindo sobre a curva da Terra.
O tatuador o mantém no meu quadril. —Ele vai ficar ali mesmo, com as linhas que terminam aqui e aqui. —Ele aponta para o meu osso do quadril e mais baixo na minha pelve. —Deve demorar pouco mais de uma hora. Nós podemos fazer isso agora, ou você pode marcar um horário para a próxima semana.
Olho para Hugh, depois para Lachlan. Nós paramos aqui por um capricho, mas nós temos a tarde livre. Ambos estão sorrindo.
—Eu vou fazer isso agora. —Digo, meu pulso acelerando.
—Parece bom. Você comeu nas últimas horas?
Eu concordo. —Apenas almocei.
—Perfeito. Preencha esses formulários enquanto obtenho o esboço no papel de transferência, e então vamos continuar.
Isso não demora muito, e a próxima coisa que eu sei, é que ele está preparando a minha pele. E então, pressiona o papel de
transferência para delinear a tatuagem que copiará em tinta permanente. Oh, uau, isso realmente está acontecendo.
Ele me entrega um espelho. —Verifique o posicionamento para mim.
Adoro isso, Lachlan e Hugh concordam.
O artista sorri. —OK. Tempo para respirar profundamente e vamos fazer isso. Por que você não me fala sobre a idéia do esboço. Isso tem um significado especial?
Antes que eu possa responder, Lachlan pega minha mão. —Com certeza.
Hugh agarra um pufe de rodinhas e ocupa uma posição do outro lado de mim. —Ela é a nossa Estrela do Norte.
Está bem então. Estamos dizendo a esse estranho toda a história. Eu coro.
—O que eles disseram.
O artista balança a cabeça. —Legal.
Eu pisco. Está é, mas... nenhuma reação? E então, a máquina de tatuagem toca minha pele, arrastando um pedaço maçante, implacável de dor em meus nervos, e eu esqueço de todo o resto. —Ahhhh...
—Você está bem?
—Uh...huh. —Expiro forte. —Isso não é o que eu esperava.
—Estou trabalhando na estrela primeiro. Vai doer mais quando eu chegar ao seu osso do quadril.
Ah, bom. Mas a próxima pressão não é tão ruim, ou é exatamente o mesmo, e eu sei o que esperar agora. Eu respiro, e nós caímos em um padrão. A cada poucos minutos, ele limpa minha pele antes de prosseguir de novo. Não demora tanto para ele declarar a estrela completa, e muda mais para baixo, bem acima da minha calça de yoga, agora para a curva da concha da Terra.
—A minha irmã está em uma relação de poliamor. —Ele diz de forma casual enquanto faz curtos e dolorosos traços para as ilhas que dotam o norte do Canadá. Lamento não ir com o oceano lá.
—Sim? Legal. —Gemo. É, mas meu cérebro está bastante difuso agora.
Ele ri. —Endorfinas chutando?
—Uh hein?
O celular de Lachlan vibra no bolso. Ele ignora e continua esfregando círculos no meu braço. O celular para, então começa de novo.
—Você pode responder. —Sussurro, e o tatuador levanta a arma da tatuagem da minha pele.
—Você precisa de um minuto? —Ele pergunta.
Lachlan balança a cabeça. —Nós estamos bem. Seja lá o que for, pode esperar.
Mas, do meu outro lado, o celular de Hugh vibra, e então começa a tocar música.
—Oh merda. —Ele diz, os olhos arregalados. —Quero dizer, está bem, continue, cara, mas... —Ele puxa o celular dele e me mostra a tela. Número do Max. —Eu dei a Max um tipo de toque porque há apenas uma razão para ele me chamar.
—Oh, meu Deus. —Suspiro e aceno minha mão para ele. —Atenda.
—Ei, Max. —Hugh diz, sorrindo para mim. —Está tudo bem? De jeito nenhum. Boas notícias. Ok, bem, estamos no meio de algo, mas podemos estar aí em uma hora ou mais.
—Nós podemos ir agora. —Digo, empurrando-me para cima.
Lachlan pressiona meu ombro de volta à mesa. —O bebê vai esperar. —Ele diz, apontando para o artista continuar.
Hugh desliga e senta-se novamente. — O bêbe ainda não está aqui. Temos algum tempo, mas eles estão no Hospital, e Max pensou que poderíamos querer fazer o clássico ficar na sala de espera.
—Eu quero! —Percebi que minha voz ecoou em toda a sala de tatuagem, e eu levo de volta para um sussurro. —Sim, eu quero fazer exatamente isso. Vamos agora.
O tatuador ri. —Dê-me mais dez minutos e você pode sair com uma tatuagem acabada, como isso soa?
—Como tortura. —Gemo, mas fecho meus olhos e sorrio.
***
HUGH NOS DEIXA na porta do hospital e vai encontrar um lugar para estacionar. Lachlan e eu seguimos direto para a maternidade e a ala de bebês, e corro para Sasha no corredor. Ela tem um grande buquê de flores.
—Oh, nós não trouxemos nada. —Digo. Eu não sei aonde minha cabeça está, normalmente é algo que eu pensaria.
—Sobre isso. —Ele diz, tirando o celular. Ele escreve a Hugh.
Lachlan: SOS precisamos de um ursinho de pelúcia. E chocolate. Da loja de presentes?
Hugh: Cuidando disso.
Eu rio no eco acidental de meus homens soando tão parecidos.
—Para onde vamos? —Sasha pergunta, e Lachlan aparentemente é um mestre na leitura dos confusos sinais de hospital, porque ele olha, e depois nos leva infalivelmente para a sala de espera. Nós encontramos um oficial da Polícia Montada de pé, e dentro, Gavin e Ellie estão relaxando nas cadeiras de plástico. Eles pulam quando entramos. Ellie e Sasha se abraçam, Gavin agita a mão de Lachlan e depois se voltam para mim. Eu ofereço cautelosamente a Ellie meu lado não-enfaixado para um abraço de um braço.
—Eu estava me tatuando quando recebemos a ligação. Você já teve mais atualizações de Max?
Ellie balança a cabeça. —Mas, aparentemente, as contrações de Violet estavam bem próximas uma da outra quando eles entraram. Esse é um bom sinal, ou um excelente controle de natalidade.
Eu rio novamente. A tatuagem me deixou super risonha, porque tenho certeza de que em qualquer outro momento, falar sobre as contrações me fariam contorcer de uma boa maneira.
—Onde está Hugh? —Gavin pergunta, e me surpreende que ele esteja aceitando tão bem nossa relação. Embora eu não tenha certeza do porquê... mas aprecio isso.
—Estacionando o carro.
A próxima pessoa a caminhar na porta é o melhor amigo de Violet, Matthew, que conhecemos no chá de bebê e seu namorado, que ele apresenta, mas perco o seu nome.
Então Hugh chega com um ursinho fofo e uma cesta inteira de vários chocolates.
Ele senta-se do outro lado de Lachlan que está comigo, e Lachlan coloca o braço na parte de trás da cadeira de Hugh, apertando seu ombro. —Encontrou uma vaga, ok?
—A garagem estava um caos, mas alguém saiu exatamente quando eu virei a esquina, então estamos bem ao lado do elevador.
—Ponto.
O namorado de Matthew inclina-se e a conversa entra para uma construção de debate sobre estacionamentos.
Inclino-me no braço de Lachlan e fecho meus olhos.
—Como está a tatuagem? —Ele murmura.
—Dolorida. —Respiro fundo. Eu ainda estou absorvendo a experiência. Como caminhamos loucamente por um capricho e agora estou marcada assim?
Como eles.
Eu sorrio para mim mesma, e depois olho para o meu amante. —Eu não posso esperar para tirar as fitas quando chegarmos em casa. —E com cuidado entre meus homens, e suas tatuagens que apontam para a minha.
—Nós teremos que ser gentis. —Ele diz em voz baixa enquanto passa os dedos pelos meus.
Meu sorriso aumenta.
***
MAX APARECE na porta uma hora depois. Seus olhos estão brilhantes, seus cabelos estão em pé, e ele está ostentando o maior sorriso de bobo do mundo. —Eu sou pai. —Ele anuncia enquanto todos nos levantamos e nos aglomeramos em volta dele. —Violet está segurando nosso filho. Meu filho. Eu tenho um menino! O nome dele é Noah. E eu sou o pai dele.
Gavin lança seus braços ao redor de seu melhor amigo, e há muitas batidas nas costas. Todos nos revezamos felicitando-o, então ele nos diz que estará de volta em alguns minutos com Noah, e nós estamos autorizados a olhar para ele, mas provavelmente não tocar, porque enquanto ele gosta de nós, esse é o seu filho, e ele não se importa se isso é paranóico.
É a coisa mais doce e mais esmagadora que já vi. Meus olhos estão molhados quando ele desaparece de novo.
—Um menino. —Ellie diz, limpando as lágrimas de suas bochechas também. —Que incrível.
Sasha está radiante. Seu sorriso desliza quando Lachlan menciona que Tate não está respondendo as mensagens para vir ao hospital, mas então, Max volta com um bebê pequeno e perfeito enrolado em uma flanela azul e branca, e nada mais importa.
Ao contrário de Max e Violet, a cabeça de Noah é loira. —Eu era loiro quando criança. —Max diz, com a voz maravilhada. —Mas eu nunca pensei... ele é tão perfeito.
Eu esfrego suavemente o minúsculo pé de Noah. —É pequeno.
—Você quer segurá-lo? Eu não pensei que poderia deixá-lo ir, mas talvez eu possa. Por um segundo.
Meu coração explode. —Posso?
Ele acena com a cabeça e, com cuidado, me entrega o mais precioso pacote de tres quilos do mundo.
—Oh, meu... —Pressiono meus lábios para tentar não chorar. —Ele é lindo, Max.
—Isso foi tudo feito por Violet. —Ele olha para a porta.
Eu olho para o bebê, então o entrego cuidadosamente para Ellie. Ela tem a mesma expressão meus-ovários-vão-explodir em seu rosto, que eu tenho certeza que está pintado no meu. Sasha dá um abraço rápido, então é a vez de Gavin.
—Ei, homenzinho. —Diz o primeiro-ministro. —Pronto para enfrentar o mundo?
Eu me viro para sorrir para Lachlan, mas o olhar em seu rosto roubou minha respiração, meu sorriso, meu coração inteiro. Então ele joga o braço em torno de Hugh e o abraça forte. Ambos os olhos estão cheios de emoção.
Um dia em breve, falaremos sobre um bebê nosso.
E ela será a bebê mais sortuda do mundo, terá três pais que a amam para o infinito e além.
CAPÍTULO 59
Tate
EU ESTOU no meio do vestiário vazio dos Senators quando meu celular apita novamente.
Outra mensagem, para juntar-se com a dúzia de outras que não consegui responder.
Pego o celular e percorro as últimas atualizações.
Todo mundo está saindo do hospital agora, deixando a nova mãe e o bebê descansarem um pouco.
Perdi a reunião.
Eu vou para a minha caminhonete. Droga!
Eu volto para a cidade. Em vez de dirigir direto para casa, estaciono logo à saída da Bank Street e vou de cabeça para o meu café favorito.
Qualquer minuto agora, a notícia vai estourar. Esta pode ser a minha última chance de absorver alguma atençao dos fãs adoradores. Tirar algumas selfies, obter um número de fãs de hóquei gostosas e fáceis.
Não posso esperar para vê-la em nada além da minha camisa, querida.
Funciona toda vez.
Algumas fãs me reconhecem na fila, e a atenção acalma minha alma como um bálsamo sexual. Sim, queridos. Grande para nós dois aquela camisa, se você espremer suficientemente. Peitos juntos. Abraçar-me no colo. Isso me faria sentir melhor.
Depois de tirar algumas fotos para Instagram e SnapChat e qualquer outra coisa que eles conheçam, e não porque estou velho, quebrado e muito caro para minha equipe, tudo bem agora estou enrolando, o choque está desgastando. Desculpo-me para pedir o café.
Pode ser meu último nesta cidade. Até eu voltar como apenas um outro cara que costumava ser famoso aqui.
Você não joga para os Senators?
Claro. Ainda assim, você ficaria bem na minha camisa do Vancouver.
Não mesmo, mesmo que os Lumberjacks estejam indo para o ano que vem com uma sólida possibilidade nos playoffs.
—Então, como... jogar com alguns discos legais é mais importante do que celebrar o novo bebê de seu amigo?
Preparo-me para beber o café e viro para trás e conto até dez.
Eu chego a sete antes de girar e dar a Sasha Brewster meu melhor sorriso não foda isso. —Sempre se dando mal, como de costume, eu vejo.
Ela joga seu cabelo loiro perfeito e sorri de volta. —O bebê é adorável, por sinal. Um menino. Eles o nomearam de Noah. E todos concordamos que você não pode ser deixado sem supervisão com ele até os trinta e cinco anos dele.
—Eu sou uma boa influência para as crianças.
—Você é uma ameaça pública. —Ela move sua mão. —Vá sair com suas companheiras de cama da tarde. Você está no meu caminho e eu tenho muito para fazer ainda. Eu preciso de café.
—Só trabalho e nenhuma diversão faz Sasha uma va... —Eu me corto, mesmo que sua expressão não mude. —Você sabe o que? Eu só conheci algumas fãs. É um país livre, e não estava fazendo nada errado.
—Tenho certeza de que os pais delas ficarão encantados de ver um homem com idade suficiente para ser seu pai pendurado nelas.
—Eu não sou... —Merda. A matemática rápida diz que eu sou.
Ela bate a língua contra o topo de sua boca e faz um som como se falasse com um cavalo para conseguir que ande.
Eu vejo vermelho. Mudo-me para o lado, mas não vou muito longe.
Espero pacientemente, em silêncio, até que ela pegue seu café e depois sigo para fora com ela.
—O que você está fazendo?
—Seguindo você até em casa como uma sombra. —Digo suavemente, porque o tempo que demorou para ela conseguir seu café foi apenas tempo suficiente para minha fúria ferver e voltar a focar.
Ela sorri novamente. Nós estamos sorridentes hoje.
Mas há algo mais que reconheço em sua expressão. Ela tem medo.
E pela primeira vez em quase uma década, estou inundado de medo. Eu reconheço esse sentimento épico de injustiça nela, e quero um pouco disso.
—Você não pode surbir. —Ela diz com confiança. —Eu não entretenho idiotas.
—Entreter. —Eu bufo. —É isso que você chama quando você tem gente para transar?
—Eu... —Somente Sasha poderia tropeçar com a luxúria em uma pausa elegante. —Sim.
—Bem, eu não estava oferecendo para te estrangular, mas se você conseguir não me chamar de idiota novamente, eu estaria aberto para...
—Tate. —Ela para no meio da calçada e dá uma rápida olhada antes de continuar. —O que diabos está acontecendo?
Mais duas coisas que eu gosto em Sasha Brewster.
Não importa o quanto não gosta de mim, ela faz uma verificação rápida para curiosos, paparazzi e dispositivos de gravação antes de focar em mim.
E em segundo lugar, seus olhos se iluminaram, só por um segundo, com a ideia de transar comigo.
Eu dou de ombros. Então,, respiro profundamente e derramo o que não vai ser um segredo por mais tempo. —Eu fui negociado uma hora atrás com os Lumberjacks de Vancouver.
Seus olhos arregalam-se, então ela faz outra checagem rápida. Então agarra minha mão e começa a andar.
Ela não diz nada, e tampouco eu.
Não demorou muito para chegar a um apartamento agradável e irmos para o andar de cima.
Eu sou pervertido o suficiente para esperar, isso significa que posso ter o meu pau molhado. E realista o suficiente para saber que ela está com muita pena de mim.
Uma foda por pena... Jesus, eu não tenho uma desses desde... nunca.
Isso seria novo e interessante.
Não. Não é onde minha cabeça deveria estar.
E não é onde ela está indo com essa conversa espontânea de café em seu apartamento também. Ela abre a porta e mergulha em uma poltrona não muito grande para dois.
Vergonha. Eu não vejo um ponto em ter móveis que não são grandes o suficiente para ficar louco.
Pego o sofá.
—Os Lumberjacks? —Seu cérebro está claramente girando. —Esse é o time de Jack Benton. Você sabia disso quando estava no casamento?
Eu balanço minha cabeça. —Nenhuma pista. E ele está no processo de venda do time. Esta decisão foi feita muito recentemente também. É uma história longa, complicada e estúpida.
Sobre como escolhi dinheiro sobre estabilidade, e renunciei à minha cláusula de sem troca porque pensei que era seguro.
Há uma grande lição aí, mas ainda não estou sentindo.
—Quando você vai?
—Em breve. Preciso encontrar um lugar para ficar, porque não vou gostar de qualquer hotel que a equipe tenha organizado. Eu tenho menos de um mês antes do início do treinamento, mas quero encontrar uma casa.
—Você precisa de ajuda com isso? Talvez você possa ficar na casa de Gavin. —Ela retorce os dedos. —Não, você vai querer estar mais perto da arena, certo?
—Sasha.
—Claro, você não vai querer comprar imediatamente, então, talvez possamos encontrar uma locação.
—Sasha.
—E...
—Ei, Coisa Quente, acalme-se por um segundo. Eu não preciso que você banque um agente imobiliário, mas aprecio a oferta de ajuda.
Seus lábios se juntam em um “O” surpreso.
Eu dou um sorriso fraco. —O que eu realmente precisava era alguém para me ouvir. Para eu dizer isso em voz alta. Estou sendo negociado. Agora que fiz isso, posso avançar. Vai ficar tudo bem.
Ela balança a cabeça fracamente. —Certo.
Nos sentamos em silêncio. Então eu dou um meio sorriso a ela.
—Desculpe por te chamar de Coisa Quente.
—É melhor do que me chamar de vadia.
Ah, então ela não perdeu isso. —Eu me detive.
—No entanto, estava na sua cabeça.
—Na verdade não. Não, sério, eu não acho que você é... Jesus, Sasha, eu juro que não acho que você seja uma vadia, não de forma ruim. Acho que você é feita de aço, e me deixa louco quando desliza suas garras.
Seus olhos estão enormes agora, e faço uma rápida repetição mental do que acabei de dizer. Ah, merda.
—Ignore-me. —Digo depois de limpar minha garganta. —Eu costumo dizer merdas assim.
—Uma noite.
—Perdão?
Ela olha para fora, depois de volta para mim. —Uma tarde.
—Eu não estou entendendo. —Exceto que acho que estou, e acho que estou dentro, mas Sasha se move mais rápido do que eu.
—Deixa pra lá.
—Você está falando sobre sexo? Estou dentro.
Ela segura o dedo indicador. —Eu quero isto oficialmente anotado que ainda não gosto de você.
—Anotado.
—E você está bem com isso?
Eu sorrio. —Coisa Quente, estou mais do que bem com isso. Se você quer me dizer que me odeia enquanto estou com as bolas profundamente em você, você sentirá o quanto não me importo com esse tipo de conversa.
—Esta é uma idéia terrível. —Ela sussurra.
Eu me levanto e tiro a minha camiseta.
Ela assente, vacilante, incrédula, estou-realmente-fazendo-isto-com-ele. Então aponta para o quarto.
Uma tarde.
Então estarei me movendo pelo país.
O que poderia dar errado?
***
Muito obrigado por ler Full Mountie!
Há dois epílogos para Beth e seus homens, então continue lendo os outros, eles começam na próxima página!
Epílogo 1
Beth
Dois anos depois
FAZ QUASE EXATAMENTE um ano desde a última vez que saí do Center Block como funcionária. E estarei de volta em breve.
Mas hoje, estou ostentando um distintivo de visitante, e porque os guardas de segurança acham que minhas filhas são bonitas, eles também penduraram dois crachás no meu carrinho de passeio duplo.
—Prontas para visitar o papai? —Perguntei, mas as bolachinhas que dei para a caminhada ainda estão ocupando sua principal atenção.
Isso mudará quando chegarmos ao escritório de Lachlan.
Verifico o meu celular para ver se Hugh chegou, mas ainda não há mensagem. De volta ao tempo que as meninas nasceram, ele transferiu os cuidados do PM, e agora trabalha em crimes financeiros fora da sede da Polícia Montada.
É um trabalho direto de segunda a sexta-feira, com poucas horas extras. Perfeito para um novo pai, mesmo que ele chegue a compartilhar essa carga com outro pai.
Hoje vamos nos sentar na galeria da Câmara dos Comuns e observar o PM apresentar uma proposta legalizando casamentos poliamorosos.
Não sei se vai passar. Espero que sim. Eu adoraria ter um reconhecimento civil do fato de ter casado com dois homens. Mas a verdade é que eles já são meus maridos em espírito e prática.
Quando chegamos ao escritório de Lachlan, estaciono o carrinho das crianças contra a parede e solto as garotas.
Megan ainda não anda, mas ela vai percorrer quilometros se puder segurar algo. Eu a tiro primeiro e para que fique de pé junto ao carrinho, colocando a mão dela no lado. —Aqui está, minha Meg. Aguarde aqui.
Ally acena as mãos enquanto solto a próxima. Ela é nossa pequena temerária, e já está tomando alguns passos instáveis. Menor que sua irmã, e pequena também, ela parece um anjo inocente, e muito nova para escalar e separar as coisas. Eu a conheço, e tenho certeza que ela estará segurando minha mão firmemente antes de esticar os meus dedos para Meg. —Vamos.
Antes de poder bater na porta do papai, no entanto, os passos soam na escada de cima. Rápidos, correndo, e isso recebe a atenção das meninas.
—Pah! —Meg grita enquanto Hugh entra em cena. —Pah! Pah!
Ele nos dá um sorriso cegante enquanto nos alcança, e depois de me da o beijo mais rápido do mundo na boca, cai de joelhos e pega suas filhas. —Papai está aqui.
Lachlan deve ter ouvido a comoção, porque a porta se abre e ele nos vê. —Aí estão vocês.
Como Hugh tem as meninas, Lachlan me abraça.
—Nós temos uma meia hora ou mais antes que seja hora de ir para a galeria. —Ele diz, me segurando quando se aproxima, então Ally pode agarrar seu dedo. —Devemos subir as escadas e dizer oi ao seu padrinho, meninas?
***
NÃO RECONHEÇO o jovem sentado na minha mesa, mas ele me conhece. —Sra. Ross-Evans! Eu sou o Sanjit. É tão bom te conhecer.
—O prazer é todo meu. Você é o substito do meu substituto?
—Somente para a hora do almoço. Eu sou um estagiário aqui. O Sr. Strong me disse que você chegaria, e disse que você pode entrar.
—Obrigada. —Olho para Lachlan.
—Ele é um bom garoto. —Ele murmura sob a manta das garotas.
—E tão educado!
Ele ri quando bato na porta de Gavin, em seguida, abro.
Ele está no telefone, mas nos acena. Hugh coloca as meninas no sofá, e fica em pé e apoiado nas costas. Elas imediatamente começam a saltar. Quando Meg para, Ally para, então ambas riem e começam de novo. Param e repetem.
Olho para Hugh, depois para Lachlan. Todos estamos sorrindo. Com bochechas-doendo, olhos-enrugados, puta-merda, nossas-crianças-são-adoráveis.
Respiro fundo. Mesmo que a mídia não use os nossos nomes, nós vamos nos tornar um pouco públicos hoje. E está tudo bem.
Como o PM disse com força em entrevistas que levaram a esse momento, o amor é amor. Não há asterísticos sobre isso.
Gavin desliga o telefone e bate palmas. —Como estão as minhas favoritas de-quase-um-ano-de-idade?
Ele e Ellie têm um de quase-dois-anos-de-idade em casa, uma menina chamada Chandler e Ellie recentemente descobriu que está grávida novamente.
Bebês em todos os lugares.
Ele olha para mim. —Você está pronta para esta tarde?
Respiro fundo e aceno com a cabeça. —Pode apostar.
—Eu vou fazer o meu melhor por você.
—Eu sei que você vai.
—E você vai voltar a trabalhar em breve, certo?
Eu rio. —Em três semanas.
—Graças a Deus.
***
É UMA COISA SURREAL, observar sua vida pessoal influenciar uma legislação.
Depois que Gavin apresentou a proposta, há muitos oradores a favor e contra. É difícil sentar-se lá e ouvir pessoas dizendo que minha família é imoral. Mas outros se levantam e falam sobre os benefícios de formalizar os relacionamentos amorosos, e isso faz o meu coração inchar.
Então um auxiliar nos leva a uma sala de imprensa.
Eu estava totalmente contra as meninas virem conosco, mas o corpo de imprensa concordou em não tirar fotos, e Hugh fez um argumento persuasivo sobre como nos verão interagindo com nossas filhas, apenas como qualquer outra família, e que isso mostraria em um único momento, o que um discurso inteiro não poderia transmitir.
Ele está completamente certo.
Meus bebês ganham a imprensa com uma única risada compartilhada. Meus belos maridos também ajudam.
Minha vida. Minha família.
Minha.
Estou cheia de orgulho enquanto aceno com a cabeça para o diretor de comunicações. —Estamos prontos para as perguntas agora.
Epílogo 2
Hugh
QUANDO chego ao andar de baixo, após colocar as meninas na cama, encontro Beth na cozinha.
—Onde está... —Falo enquanto ela aponta para o quarto principal.
Atravesso o corredor e abro a porta. Acho Lachlan de joelhos, esperando por nós.
Beth me segue.
—Mãos atrás de suas costas. —Ela diz a ele.
Seu sorriso é lento e fácil, pois ele obedece.
A posição empurra o seu peito para fora. Seus mamilos duros. Eu coço para puxá-los com os meus dentes.
Ela o circunda lentamente.
Então, novamente, desta vez, arrastando um dedo pela bochecha até os lábios. —Abra.
Ele geme calmamente enquanto seus lábios se fecham ao redor.
Esse gemido dele envia ondulações para abaixo na minha barriga.
Beth olha para mim. —Eu quero que você foda ele. —Ela diz. —Eu quero vê-lo tomar todos os seus centímetros. —Não é um grande pedido. Mas, o brilho em seus olhos junto com aquele sorriso sensual dela, poderia convencer-me a acompanhar praticamente tudo o que puder.
—Como você quiser.
Ela pressiona a mão entre os ombros de Lachlan. —De quatro. —Ela exige.
Ele inclina-se para frente e me apresenta sua bunda.
Eu me lubrifico e me ajoelho atrás dele. Quando foi a última vez que fizemos isso? Meses antes? Chupadas e Beth nos mantém mais do que satisfeitos, mas isso... isso é especial.
Ele geme enquanto abre lentamente para mim.
Com ambas as mãos nos quadris, pressiono mais fundo, até que esteja completamente dentro. Eu me mantenho quieto, saboreando o momento. Faz tanto tempo. Eu senti falta dele assim mais do que admito.
Afasto-me, e Beth se agacha perto de sua orelha. —Devo dar-lhe uma punheta enquanto Hugh mete em sua bunda? —Ela pergunta.
Nossa esposa tem uma língua imunda agora. É louco e excitante.
Eu mergulho forte e profundo.
—Sim, por favor. —Lachlan geme, balançando a cabeça com entusiasmo.
Beth se ajoelha no chão ao lado dele, e acaricia sua mão para cima e para baixo em seu pau, caindo no ritmo com meus impulsos.
Os quadris de Lachlan estão em mim. Beth bate em sua bunda e ele para de se mover. —Você quer gozar? —Ela pergunta a ele.
—Oh, Deus, sim.
—Então, você provavelmente deve ficar quieto e nos ajudar a ajudá-lo com isso. Caso contrário, posso amarrar você e fazer assistir enquanto Hugh me fode, em vez disso.
A cabeça de Lachlan cai, sua respiração é fraca.
Sua submissão sempre é linda para mim, mas nunca mais do que quando ele a entrega a Beth.
Não aguento por muito mais tempo. Lachlan é tão apertado, e toda a cena foi uma fantasia perfeita. Eu aceno para Beth, e ela beija suas costas enquanto bombeia sua mão com mais rapidez.
—Eu vou gozar. —Lachlan diz.
—Nos dê isso. —Ela murmura contra sua pele.
Glória nos primeiros espasmos ao redor do meu pênis. Então eu retiro, arranco o preservativo e disparo sobre as costas dele.
Cada jorro, marcando-o como no
Ainsley Booth & Sadie Haller
O melhor da literatura para todos os gostos e idades
sso.