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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


MEIA NOITE MORTAL / Nora Roberts
MEIA NOITE MORTAL / Nora Roberts

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

MEIA NOITE MORTAL

 

Eve Dallas é chamada a investigar um corpo no Rockefeller Center muito cedo na manhã de Natal, ao que reconhece como a um distinto juiz.  O corpo foi arrojado depois de que o juiz foi torturado brutalmente e pendurado lentamente até morrer.  Uma nota é deixada com o corpo, mas realmente não é necessária, já que Eve reconhece o trabalho do Dave Palmer ao que ela ajudou a prender e encerrar faz três anos. 

Dave Palmer é um psicopata e deixou uma lista daqueles aos que ele se prepone matar com o Eve ao último.  Também inclui o ajudante do Fiscal, seu advogado defensor, o presidente do jurado, a própria polícia, e a Dra. Olhe, amiga do Eve.  Roarke oferece sua ajuda e Eve aceita para dar a seu ajudante, Peabody, mais tempo para recuperar-se de um ataque (veja-se “Holiday in Death”). 

Enquanto Eve, Roarke, o capitão Feeney e outros, inclusive Peabody finalmente perseguem pistas, entrevistam aos pais do Palmer, etc., Dave Palmer é tudo menos ocioso pois começa a avançar metodicamente por sua lista para capturar, torturar e matar às pessoas que ele sustenta é responsável por seu encarceramento.  A caça do Eve contra o relógio é emocionante.

 

 

O assassinato não respeita tradições. Não toma em conta os sentimentos. Não se tira férias.

Como o assassinato era sua profissão, a Tenente Eve Dallas estava parada no frio prévio do amanhecer da manhã de Natal, abrigada com as luvas de couro forrados com as quais seu marido a tinha presenteado horas atrás.

A chamada tinha chegado menos de uma hora antes e a menos de seis horas desde que tinha fechado um caso que a tinha deixado instável e esgotada. Seu primeiro Natal com o Roarke não começava de forma entusiasta.

Por outra parte, tinha dado um tombo muito mais desagradável para o Juiz Harold Wainger.

Seu corpo tinha sido arrojado no centro da pista de patinação do Rockefeller Center. Com a cara fazia acima, seus olhos frágeis olhavam fixamente a enorme árvore festiva que era o símbolo de Nova Iorque da boa vontade para os homens.

Seu corpo estava nu e já era uma sombra profunda de azul. A grosa juba de cabelo prateado que tinha sido sua marca registrada, a tinham talhado violentamente. E embora sua cara estava severamente golpeada, não teve nenhum problema em reconhecê-lo.

sentou-se em sua sala do tribunal uma dúzia de vezes em seus dez anos na força. Ele tinha sido, pensou, um homem sólido e estável, com discernimento tanto dos canais escorregadios da lei como respeito por sua natureza.

agachou-se para olhar mais de perto as palavras que tinham sido queimadas profundamente em seu peito.

 

NÃO JULGUE, NÃO SEJA QUE VOCÊ SEJA JULGADO

 

Esperou que as queimaduras tivessem sido infligidas depois de sua morte, mas o duvidava.

Tinha sido golpeado brutalmente, os dedos de ambas as mãos estavam quebrados. Ferida-las profundas ao redor de suas bonecas e tornozelos indicavam que tinha estado pacote. Mas não tinha sido a surra ou as queimaduras o que o tinham matado.

A soga que se utilizou para pendurá-lo estava ainda ao redor de seu pescoço, profundamente enterrada na carne. Inclusive, concluiu que não tinha sido rápido. Não parecia que seu pescoço estivesse quebrado, e os copos sangüíneos arrebentados em seus olhos e cara assinalavam um lento estrangulamento.

—Ele quis que vivesse o mais possível —murmurou—. Quis que sentisse tudo.

Ajoelhando-se, estudou a nota escrita à mão que se agitava alegremente no vento. Tinha sido fixada sobre a virilha do juiz como um obsceno taparrabo. A lista de nomes tinha sido impressa em cuidadosas letras de molde quadradas.

 

JUIZ Harold WAINGER

ACUSADOR PÚBLICO STEPHANIE RING

DEFENSOR PÚBLICO Carl NEISSAN

JUSTINE POLINSKY

DOUTORA CHARLOTTE OLHE

TENENTE EVE Dallas

 

—Me deixando para o último, Dave?

Reconheceu o estilo: imposição eufórica de dor seguida de uma morte lenta e tormentosa. David Palmer desfrutava de seu trabalho. Seus experimentos, como os tinha chamado quando Eve  finalmente o tinha apanhado três anos atrás.

Quando o tinha metido no cárcere, tinha oito vítimas a seu haver, e com elas uma extensa coleção de discos que registravam seu trabalho. Após tinha estado cumprindo as oito penas de por vida que Wainger lhe tinha dado em um recinto de máxima segurança para deficientes mentais.

—Mas escapou, não, Dave? Esta é sua obra. A tortura, as humilhações, as queimaduras. Um lugar público no qual arrojar o corpo. Nenhum imitador. Empacote-o,                   —ordenou e se levantou esgotada.

Não parecia que os últimos dias de dezembro do 2058  fossem de muita celebração.

Imediatamente esteve de volta em seu carro, e ordenou calor em rajada completa. tirou-se as luvas e se esfregou as mãos sobre sua cara. Teria que ir e arquivar seu relatório, mas apesar de ser sua primeira responsabilidade, não podia esperar a chegar ao escritório de sua casa. Maldito se passaria o Dia de Natal na Central de Polícia.

Usou o comunicador para ficar em contato com Despacho e arrumar que cada nome da lista fosse notificado do possível perigo. Natal ou não, solicitaria guardas uniformizados para cada um.

Enquanto conduzia, usou o computador.

—Computador, estado do David Palmer, presidiário deficiente mental em instalação penitenciária Rexal.

Trabalhando.... David Palmer, condenado a oito penas de por vida consecutivas nas instalações do planeta Rexal, informou-se que escapou enquanto o transportavam à enfermaria da prisão, em dezenove de dezembro. Perseguição em curso.

—Suponho que Dave decidiu vir para casa para as festas. —Olhou para cima, franzindo o cenho, quando cruzou um pequeno dirigível, ressonando com canções natalinas enquanto o amanhecer surgia sobre a cidade. Que se jodan os anjos pensou, e chamou a sua comandante.

—Senhor —disse quando a cara do Whitney alagou sua tela—. Sinto perturbar seu Natal.

—Já fui informado sobre o Juiz Wainger. Era um bom homem.

—Sim, senhor, era-o. —Notou que Whitney levava posta uma elegante bata borgoña, que imaginou tinha sido presente de sua esposa. Roarke sempre lhe dava presentes extravagantes. perguntou-se se Whitney estaria tão desconcertado por isso como ela usualmente o estava—. Seu corpo foi transferido ao depósito de cadáveres. Tenho a evidência selada e vou caminho a meu escritório agora.

—Eu teria preferido outro primário neste caso, Tenente. —Viu o brilho cansado em seus olhos, o escurecido marrom dourado. De todos os modos, sua cara, com seus ângulos agudos, o firme queixo com sua covinha, a boca generosa, que não sorria, permanecia fria e controlada.

—Pensa me tirar do caso?

—Acaba de terminar uma investigação perigosa e exigente. Seu ajudante foi agredida.

—Não chamarei o Peabody —disse rapidamente—. teve o bastante.

—E você não?

Abriu a boca, e a fechou outra vez. Reconheceu que estava em terreno perigoso.

—Comandante, meu nome está na lista.

—Exato. Uma razão mais para que se à parte.

Parte dela desejou... a parte que desejava gravemente, deixar tudo de lado aquele dia, ir a casa e ter a aula normal de Natal que nunca tinha experiente. Mas pensou no Wainger, despojado de toda vida e toda dignidade.

—Segui a pista do David Palmer, e o detive. Foi minha detenção e ninguém conhece o interior de sua mente como eu.

—Palmer? —A ampla sobrancelha do Whitney se franziu—. Palmer está na prisão.

—Já não. escapou o dezenove. E está de volta, Comandante. Poderia dizer-se que reconheci sua assinatura. Os nomes da lista —continuou, forçando seu argumento—. Estão todos conectados. Wainger o julgou. Stephanie Ring foi a Fiscal. Cicely Towers processou o caso, mas está morta. Ring a assistiu. Carl Neissan foi seu advogado designado pelo tribunal quando Palmer rechaçou empregar seu próprio advogado, Justine Polinksy foi o presidente do jurado. A Doutora Olhe o tratou e declarou contra ele no processo. Eu o encerrei.

—Os nomes da lista têm que ser notificados.

—Já parece, senhor, e lhes adjudicou vigilância. Posso atirar os dados dos arquivos em minha unidade caseira para refrescar minha memória, mas está bastante fresca. Não se esquece a alguém como David Palmer. Outro primário teria que começar desde o começo, ocupando tempo que não temos. Conheço esse homem, como trabalha, como pensa. O que quer.

—O que quer, Tenente?

—O que sempre quis. Reconhecimento por seu gênio.

—O caso é dele, Dallas —disse Whitney depois de um comprido silencio—. Ciérrelo.

—Sim, senhor.

Cortou a transmissão enquanto conduzia pelas portas da assombrosa propriedade que Roarke fazia seu lar.

A geada da tormenta da noite anterior resplandecia como seda chapeada nos ramos nus. Os arbustos ornamentais e as novelo de folha perene reluziam com ele. Mais à frente, a casa se elevava e se estendia, uma elegante fortaleza, um testamento de princípios de século com sua pedra formosa, e seus acres de vidro.

Na sombria penumbra da manhã, as árvores magnificamente decoradas brilhavam em várias janelas. Roarke, pensou sonriendo um pouco, tinha adquirido muito do espírito Natalino.

Nenhum deles tinha tido por costume formosos árvores adornadas com presentes alegremente envoltos empilhados baixo eles em suas vidas. Suas infâncias tinham sido sórdidas, e o tinham compensado de maneiras diferentes. a dele tinha sido adquirir, fazer-se um dos homens mais ricos e capitalistas do mundo. Por qualquer meio disponível. A sua tinha sido tomar o controle, fazer-se parte do sistema que lhe tinha falhado quando era menina.

A sua era a lei. a dele era —ou tinha sido— evitar a lei.

Agora, quase um ano desde que outro assassinato os tinha posto no mesmo caminho, eram uma equipe. perguntou-se se entenderia alguma vez como o tinham obtido.

Deixou seu veículo na fachada, subiu os degraus e atravessou a porta para a classe de riqueza da qual as fantasias pareciam. Madeira antiga polida, vidro brilhante, tapetes antigos delicadamente conservados, e arte pelo qual os museus teriam suspirado.

tirou-se a jaqueta, e já começava a atirá-la sobre o poste do pilar. Logo, apertando os dentes, retrocedeu e a pendurou. Summerset, o mordomo do Roarke, e ela, tinham declarado uma trégua tácita em sua guerra declarada. Não haveria nenhum ataque durante o Natal, decidiu.

Poderia dominar-se se ele podia.

Só ligeiramente agradada porque não se escorresse no vestíbulo e a desaprovasse como normalmente fazia, dirigiu-se ao salão principal.

Roarke estava ali, sentado ao lado do fogo, lendo a cópia da primeira edição do Yeats que lhe tinha agradável. Tinha sido o único presente que tinha sido capaz de pensar para o homem que não só tinha tudo, mas também possuía quase a maior parte das fábricas que o produziam.

Olhou-a, e sorriu. Seu estômago revoou, como tão freqüentemente fazia. Só um olhar, um sorriso, e seu corpo se esticava. Parecia tão... perfeito, pensou. Estava vestido casualmente para o dia, de negro, seu corpo comprido, e magro, depravado em uma poltrona provavelmente feito duzentos anos atrás.

Tinha a cara de um deus com intenções levemente malvadas, ardentes olhos azuis irlandeses e uma boca criada para destruir o controle de uma mulher. O poder se fundia atractivamente nele, tão elegante e atrativo, pensou Eve, como a elegante cascata de cabelo negro que quase roçava seus ombros.

Fechou o livro, apartou-o, e logo estendeu uma mão para ela.

—Sinto muito, tive que partir. —Cruzou para ele, e uniu seus dedos com os  suas—. Estou contrariada já que terei que subir e trabalhar, ao menos por umas horas.

—Tem um primeiro minuto?

—Sim, talvez. Apenas. —E o deixou derrubá-la em seu regaço. permitiu-se fechar os olhos e simplesmente fundir-se ali, em seu aroma e sua sensação—. Não é exatamente a classe de dia que tinha planejado.

—Isso é o que consigo por me casar com um policial. —Irlanda cantou sigilosamente em sua voz, uma melodia poética, e sedutora—. Por te amar —acrescentou, e inclinou sua cara para beijá-la.

—É um trato bastante piolhento agora mesmo.

—Não é assim como me sinto. —Passou seus dedos por seu curto cabelo castanho—. É o que quero, Eve, a mulher que deixa sua casa para agüentar aos mortos. E a que sabia o que uma cópia do Yeats significaria para mim.

—Sou melhor com os mortos que comprando presentes. Se não, teria chegado com mais de um.

Ela olhou a pequena montanha de presentes sob a árvore... presentes que lhe tinham tomado mais de uma hora abrir. Sua careta de embaraço o fez rir.

—Sabe, uma das maiores recompensa ao te dar um presente, Tenente, é a extraordinária vergonha que lhe causam.

—Esperava que o esquecesse por um momento.

—Mmm —foi sua única resposta. Não estava acostumada aos presentes, pensou, não lhe tinham dado nada quando menina, salva dor—. decidiste o que fazer com o último?

A última caixa que lhe tinha agradável tinha estado vazia, e tinha desfrutado vendo sua expressão perplexa. Assim como tinha desfrutado vendo seu sorriso quando lhe disse que isso era um dia. Um dia no qual poderia fazer o que quisesse. Levaria-a em qualquer lugar que queria ir, e fariam o que queria fazer. Fora do planeta ou não. Na realidade ou no quarto holo.

Qualquer momento, qualquer lugar, qualquer mundo era seu com apenas pedi-lo.

—Não, não tive muito tempo para estudá-lo atentamente. É um grande presente. Não quero chateá-lo.

relaxou-se contra ele um momento mais, com o crepitar do fogo, a árvore brilhante, e logo se apartou.

—Tenho que começar. Há muito trabalho de parasita em este, e não quero chamar o Peabody.

—por que não te dou uma mão? —Sorriu novamente ante a negativa automática que leu em seus olhos—. Caminharei nos robustos sapatos do Peabody pelo dia.

—Este não está conectado contigo não. Quero conservar o dessa maneira.

—Tão melhor. —Deu-lhe um empurrão, e se levantou—. Posso te ajudar a trabalhar ou algo, e assim não terá que passar o Natal inteiro encadeado a seu escritório.

Começou a negar-se outra vez, logo o reconsiderou. A maior parte dos dados que queria eram de domínio público em todo caso. E o que não, não era nada que não teria compartilhado com ele se o tivesse estado pensando em voz alta.

Pelo resto, era bom.

—Bem, te considere um parasita. Mas quando Peabody recupere sua estabilidade emocional, estará fora.

—Querida. —Tomou sua mão, beijou-a, e olhou seu cenho—. Já que o diz tão docemente.

—E nada de desordenar-se —adicionou—. Estou de serviço.

 

Galahad, o enorme gato, estava jogado no respaldo da cadeira de sonho do Eve como um bêbado sobre a barra em sua última parada. Já que tinha passado várias horas a noite anterior atacando as caixas, lutando com as cintas, e assassinando os refugos do papel de envolver, deixou-o onde estava, assim poderia dormir.

Deixou sua bolsa e foi diretamente ao AutoChef por café.

—O tipo que procuramos é David Palmer.

—Já identificaste ao assassino.

—OH, sim, sei a quem procuro. Dave e eu, somos velhos conhecidos.

Roarke tomou a taça que lhe trouxe, e a olhou através do vapor.

—O nome me é vagamente familiar.

—Terá-o ouvido. Estava por toda parte nos meios, faz três, três anos e meio. Necessito todos meus arquivos do caso dessa investigação, todos os dados do processo. Pode começar por... —Deixou de falar quando ele pôs uma mão em seu braço.

—David Palmer... assassino múltiplo. Assassinatos com tortura. —divertia-se principalmente quebrantando-os—. Bastante jovem. Quanto... na metade dos vinte?

—Vinte e dois ao momento de prendê-lo. Um verdadeiro prodígio, nosso Dave. considera-se um cientista, um visionário. Sua missão era estudar e registrar a tolerância da mente humana à exigência extrema... dor, medo, fome, desidratação, privação sensorial. Estava bem disposto a falar, além disso. —Bebeu a sorvos seu café—. Se sentou em Entrevista, com sua cara bonita toda iluminada pelo entusiasmo, e me explicou que uma vez que soubéssemos o ponto de quebra da mente, seríamos capazes de realçá-lo, reforçá-lo. Pensou que já que era poli, estaria particularmente interessada por seu trabalho. Os policiais estão sob muita tensão, freqüentemente nos encontrando em situações de vida ou morte onde a mente é facilmente distraída pelo medo ou estímulos externos. Os resultados de seu trabalho poderiam ser aplicados a membros da polícia e forças de segurança, militares, inclusive em assuntos de negócios.

—Não me dava conta que era teu.

—Sim, era meu. —encolheu-se de ombros—. Tinha um perfil um pouco mais desço nessa época.

Poderia haver rido disso, sabendo que era em parte sua união o que tinha trocado aquele estado. Mas recordava muito do caso Palmer para encontrá-lo divertido.

—Tinha a impressão que estava seguro encerrado longe.

—Não bastante seguro. Escapou. A vítima desta manhã foi jogada em uma área pública... outra das marcas registrada do Dave. Ele quer que nós estejamos a par de que está muito ocupado trabalhando. A autópsia terá que confirmá-lo, mas a vítima foi torturada antes de morrer. Penso que Dave se encontrou um novo buraco para trabalhar e teve ao juiz ali ao menos um dia antes de matá-lo. A morte por estrangulamento ocorreu em ou ao redor da meia-noite. Feliz Natal, Juiz Wainger —murmurou.

—E era o juiz que julgou seu caso.

—Sim. —Distraídamente, deixou sua taça, e colocou a mão em sua bolsa para tirar uma cópia da nota selada que já tinha enviado ao laboratório—. Deixou um cartão de visita... outra assina. Todos estes nomes estão conectados com seu processo e sua condenação. Parte de seu trabalho esta vez seria, deduzindo, deixar que suas vítimas escolhidas se alterem sobre o que tem planejado para elas. Estão sendo contatadas e protegidas. Será-lhe difícil chegar a elas.

—E você? —Roarke falou com estudada calma depois de uma olhada à lista, e no nome de sua esposa—. Onde está seu amparo?

—Sou polícia. Sou quem protege.

—Ele te quererá mais, Eve.

Ela se volteou. Apesar de controlar sua voz, ouviu a cólera baixo ela.

—Talvez, mas não tanto como eu o quero.

—Deteve-o —seguiu Roarke—. Independentemente do que aconteceu depois            —as provas, o processo, a sentença— todo foi resultado de seu trabalho. Você lhe interessará mais.

—vamos deixar essas conclusões ao perfilista. —Embora estava de acordo com isso—. Me porei em contato com Olhe logo que jogue uma olhada aos arquivos do caso novamente. Pode acessar a eles por mim enquanto começo meu relatório preliminar. Darei-te os códigos para a unidade de meu escritório e os arquivos do Palmer.

Agora ele levantou uma sobrancelha, sonriendo com suficiência.

—Por favor. Não posso trabalhar se me insulta.

—Sinto muito. —Tomou seu café outra vez—. Não sei por que me figuro que necessita códigos para ter acesso a qualquer maldita coisa.

—Eu tampouco.

sentou-se para recuperar os dados que ela queria, trabalhando tranqüilamente. Era desesperadamente singelo para ele, e liberou a sua mente para refletir. Decidir.

Lhe havia dito que não estava relacionado com este, e que esperava que se retirasse quando Peabody estivesse de serviço outra vez. Mas se equivocava. Seu nome na lista significava que estava mais envolto do que tinha estado alguma vez antes. E nenhum poder na terra, nem sequer o da mulher que amava, faria que retrocedesse.

Perto, Eve trabalhava na unidade auxiliar, registrando os brutais feitos no relatório. Queria os resultados da autópsia, da equipe de cena do delito e os dados do oficial de serviço. Mas tinha pouca esperança de conseguir algo do enlouquecido pessoal de férias antes do final do dia seguinte.

Lutando por não deixar que sua raiva contra o Natal estalasse, respondeu seu comunicador que emitia um sinal sonoro.

—Dallas.

—Tenente, aqui o Oficial Miller.

—O que acontece, Miller?

—Senhor, meu companheiro e eu fomos transferidos para contatar e proteger a Fiscal Ring. Chegamos a sua residência pouco depois das sete e trinta. Não houve resposta a nossa chamada.

—É uma situação de prioridade, Miller. Você está autorizado a entrar no lugar.

—Sim, senhor. Entendido. Fizemo-lo assim. O sujeito não está. Meu companheiro perguntou ao vizinho cruzando o corredor. O sujeito saiu ontem pela manhã para passar as festividades com sua família na Filadelfia. Tenente, nunca chegou. Seu pai informou seu desaparecimento esta manhã.

O estômago do Eve se esticou. Muito tarde, pensou. Já era muito tarde.

—Qual era seu método de transporte, Miller?

—Tinha seu próprio veículo. Estamos caminho à garagem onde o guardava.

—me mantenha informada, Miller. —Cortou a transmissão, levantou a vista, e encontrou os olhos do Roarke—. Ele a tem. Eu gostaria de pensar que se topou com algo perigoso no caminho ou alugou a um companheiro autorizado para umas rápidas férias antes de dirigir-se para sua família, mas a tem. Necessito os códigos de conexão dos outros nomes da lista.

—Terá-os. Um momento.

Não necessitava o código para um dos nomes. Com seu coração pulsando rapidamente, chamou casa de Olhe. Um menino pequeno respondeu com um sorriso e uma risita tola.

—Feliz Natal! É a casa da Abuelita.

Por um momento Eve só piscou, perguntando-se como tinha conseguido o código equivocado. Logo ouviu uma suave voz familiar ao fundo, e viu olhe aproximar-se da tela com um sorriso em sua cara e tensão em seus olhos.

—Eve. bom dia. Espera-me um momento, por favor? Eu gostaria de tomá-la acima. Não, carinho —disse ao menino que atirou de sua manga—. Corre a jogar com seus brinquedos novos. Já volto. Só um momento, Eve.

A tela ficou em silêncio, com um frio azul, e suspirou agradecida. O alívio de encontrar a Olhe em casa, viva, bem segura... e a singularidade de pensar na tranqüila psiquiatra como em uma Abuelita passou por sua mente.

—Sinto muito. —Retornou Olhe—. Não quis tomá-la abaixo com minha família.

—Não há problema. Estão os uniformizados ali?

—Sim. —Em um inaudito espetáculo de nervos, Olhe se passou uma mão por seu cabelo negro—. Que desafortunado dever para eles, estar sentados em um veículo durante o Natal. Não sei como os ter dentro e impedir que minha família saiba. Meus meninos estão aqui, Eve, meus netos. Tenho que saber se crie que há qualquer possibilidade de que estejam em perigo.

—Não. —Disse-o rápido e firmemente—. Esse não é seu estilo. Doutora Olhe, não deve deixar a casa sem seus guardas. Não deve ir a nenhuma parte, nem ao escritório, nem à loja de comestíveis preparados da esquina, sem ambos. Amanhã te colocará um bracelete localizadora.

—Tomarei todas as precauções, Eve.

—Bom, porque uma dessas precauções é cancelar todas as entrevistas de seus pacientes até que Palmer esteja em custódia.

—Isso é ridículo.

—Não deve estar sozinha com ninguém, em nenhum momento. A menos que seus pacientes consintam em te deixar pinçar em suas cabeças enquanto um par de policiais olham, tome umas férias.

Olhe observou ao Eve firmemente.

—E você está a ponto de tomar umas férias?

—Estou a ponto de fazer meu trabalho. Parte daquele trabalho é você. Stephanie Ring está perdida. —Esperou, um só segundo, para que reconhecesse a importância—. Há o que lhe indicam, doutora Olhe, ou estará em custódia preventiva em menos de uma hora. Precisarei te consultar amanhã, às nove. Vemo-nos.

Cortou a transmissão, girou para obter os códigos de conexão do Roarke, e o encontrou olhando-a insistentemente.

—O que?

—Ela significa muito para ti. Se significasse menos, teria-o dirigido com mais sutileza.

—Não tenho muita sutileza nas melhores circunstâncias. me dê os códigos.                —Quando ele vacilou, suspirou e respondeu—. Está bem, está bem, sim. Ela significa muito, e maldito se se aproximará de uma milha dela. Agora me dê os malditos códigos.

—Já os transferi a sua unidade, Tenente. Registrados, em memória. Só tem que dizer o nome do indivíduo para a transmissão.

—Presunçoso. —Murmurou, sabendo que o faria sorrir abertamente, e se girou para ficar em contato com o resto dos nomes da lista do Palmer.

Quando ficou satisfeita de que os outros objetivos estavam onde se supunha que deviam estar, e custodiados, Eve se volteou para os arquivos do caso aos que Roarke tinha tido acesso.

Passou uma hora revisando dados e informe, outra repassando seus discos de entrevista com o Palmer.

Bem, Dave, me fale a respeito da Michelle Hammel. O que a fez especial?

David Palmer, um homem de constituição sólida de vinte e dois anos, com o bom parecer dourado da rica família de Nova a Inglaterra da qual provinha, tinha sorrido e se inclinou solenemente. Seus olhos azuis claros estavam brilhantes pelo entusiasmo. Sua suave cútis cremosa brilhava de saúde e vitalidade.

Alguém que finalmente o escutava, recordou Eve ao pensar como tinha sido três anos atrás. Ele finalmente tinha obtido a possibilidade de comunicar seu gênio.

Seu cabelo estava mal talhado... ainda o cortava ela mesma naquele tempo. As botas cruzadas em seus tornozelos tinham sido novas nesse momento e sem marcas. Não havia argola de matrimônio em seu dedo.

Por outra parte, pensou, era a mesma.

 

Ela era jovem, apropriada. Uma atleta, disse-lhe Palmer. Muito disciplinada, de mente e corpo. Uma corredora de larga distância... candidata Olímpica. Sabia bloquear a dor, como concentrar-se em uma meta. Estaria no extremo superior da escala, compreende. Como Leroy Greene estava no fundo. Intoxicou sua mente com ilegais durante anos. Zero tolerância aos estímulos prejudiciais. Perdeu todo o controle incluso antes da aplicação da dor. Sua mente se quebrou logo que recuperou o conhecimento e se encontrou pacote com correias à mesa. Mas Michelle...

Ela lutou? resistiu?

Palmer cabeceou alegremente. Era magnífica, verdadeiramente. Lutou contra as limitações, logo se deteve quando entendeu que não seria capaz de liberar-se. Sentiu medo. Os monitores registraram sua ascensão de pulso, tensão arterial, todos os signos físicos e emocionais vitais. Tenho uma excelente equipe.

Sim, vi-o. O melhor em sua linha.

É um trabalho essencial. Seus olhos se nublaram naquele momento, não se tinham concentrado como faziam quando falava da importância de seus experimentos. Você verá se examinar os dados da Michelle, que centrou seu medo, utilizou-o para manter-se viva. Controlou-o, ao princípio, tentado raciocinar comigo. Fez promessas, pretendeu entender minha investigação, inclusive me ajudar. Era inteligente. Quando entendeu que não lhe ajudaria, amaldiçoou-me, bombeando adrenalina quando introduzi novos estímulos de dor.

—Destroçou-lhe os pés —disse Eve, sabendo que Roarke olhava detrás dela—. Logo os braços. Tinha razão sobre sua equipe nesse então. Tinha eletrodos que quando os conectava a diferentes parte do corpo, ou em vários orifícios, administrava níveis graduados de descargas elétricas. Manteve a Michelle viva durante três dias até que a tortura a quebrantou. Para o final, suplicava que a matasse. valeu-se de um sistema de soga e polia para asfixiá-la... estrangulamento gradual. Tinha dezenove anos.

Roarke pôs suas mãos em seus ombros.

—Agarrou-o uma vez, Eve, deterá-o novamente.

—Maldito se não o farei.

Elevou a vista quando ouviu alguém aproximar-se velozmente pelo corredor.

—Salva os dados, e o arquivo —pediu quando Nadine Furst entrou no quarto. Perfeito, pensou, uma visita da jornalista estrela do Canal 75. O fato de que fossem amigas não fez ao Eve menos cautelosa.

—Um bom Natal, Nadine?

—Obtive um presente esta manhã. —Nadine atirou um disco no escritório.

Eve a olhou, e logo se fixou em sua cara. Estava pálida, com os rasgos agudos marcados. Por uma vez, Nadine não estava perfeitamente polia com sua tintura de lábio, atenta, e com cada corto em seu lugar. Parecia mais que rendida, compreendeu. Parecia aterrada.

—Qual é o problema?

—David Palmer.

Lentamente Eve se levantou.

—O que há com ele?

—Pelo visto sabe o que faço para viver, e que somos amigas. Enviou-me isto.                  —Jogou uma olhada para o disco, e lutou por afogar um estremecimento—. Esperava que fizesse um artigo dele —e seu trabalho— e compartilhasse o conteúdo de seu disco contigo. Posso beber? Algo forte.

Roarke caminhou ao redor do escritório e a sentou em uma cadeira.

—Sente-se. Está fria —murmurou quando tomou suas mãos.

—Sim, estou-o. tive frio desde que vi esse disco.

—Buscarei-te um brandy.

Nadine afirmou, logo apertou suas mãos em seu regaço e olhou ao Eve.

—Há outras duas pessoas na gravação. Uma delas é o Juiz Wainger. O que ficou do Juiz Wainger. E há uma mulher, mas não posso reconhecê-la. Ela é... ele já começou com ela.

—Aqui.  —Roarke trouxe a taça de conhaque, e brandamente envolveu as mãos do Nadine no copo—. Bebe.

—Bem. —Levantou o copo, tomou um comprido sorvo, e sentiu que uma rajada de calor explorava em seu estômago—. Dallas, vi muitas costure perversas. Relatei-as, estudei-as. Mas nunca vi nada como isto. Não sei como tráficos com isso, dia a dia.

—Um dia de uma vez. —Eve recolheu o disco—. Não tem que olhá-lo novamente.

—Sim. —Nadine bebeu outra vez, e soltou um comprido suspiro—. O farei.

Eve volteou o disco em sua mão. Era um modelo de uso padrão. Nunca o localizariam. Deslizou-o em sua unidade.

—Reproduzir e dirigir disco, mostrar em tela.

A cara juvenil e atrativa do David Palmer irrompeu na tela da parede.

—Sra. Furst, ou posso chamá-la Nadine? É muito mais íntimo dessa maneira, e meu trabalho é muito íntimo para mim. admirei seu trabalho, a propósito. É um dos motivos pelos que confio em você para contar minha história ao ar. Crie o que o fará, Nadine?

Seus olhos estavam sérios agora, de profissional a profissional, sua cara tinha toda a juventude e a inocência de um noviciado no altar.

—Aqueles de nós que alcançamos a perfeição acreditam no que fazemos     —seguiu ele—. Sou consciente de que tem uma relação amistosa com a Tenente Dallas. A tenente e eu também temos uma relação, possivelmente não tão amistosa, mas nos relacionamos, e admiro realmente sua integridade. Espero que compartilhe o conteúdo deste disco com ela quanto antes. Para estas datas já deveria encabeçar a investigação da morte do Juiz Wainger.

Seu sorriso foi brilhante agora, e só um pouco irracional nas comissuras.

—Olá, Tenente. Perdoará-me se antes concluo meu assunto com o Nadine. Quero que Dallas esteja estreitamente implicada. É importante para mim. Contará minha história, Nadine? Deixe ao público que eles mesmos julguem, não algum estúpido intransigente em um traje negro.

A seguinte cena se deslizou sem cortes no lugar, com o áudio alto, de modo que os gritos da mulher pareciam cortar o ar no quarto onde Eve estava sentada, olhando.

O corpo do juiz Wainger estava com as mãos e os pés atados e pendurado várias polegadas em um chão de concreto claro. Um básico sistema de polia esta vez, refletiu Eve. tomou-se tempo para estabelecer alguns detalhes, mas não era ainda o complexo, e sem dúvida, engenhoso sistema de tortura que tinha criado antes.

De todos os modos, funcionava bastante bem.

A cara do Wainger estava lívida pela agonia, os músculos se curvaram quando Palmer queimou as letras em seu peito com um laser de mão. Ele só gemeu, e sua cabeça caiu. Perto, um sistema de monitores emitiu um sinal sonoro e zumbiu.

—Ele falha, você vê —disse Palmer energicamente em uma voz em off—. Sua mente se escorre mais à frente da dor, quando já não pode tolerá-lo. Seu organismo tentará fechar-se na inconsciência. Isso pode ser investido, como verá aqui. —Em tela, ele pressionou um interruptor. Houve um profundo gemido, e logo o corpo do Wainger se sacudiu. Esta vez gritou.

Através do quarto uma mulher chiou e soluçou. A jaula em que estava oscilava violentamente em seu cabo e só era o suficiente grande para permitir inclinar-se a gatas. Uma escura cortina de cabelo cobria a maior parte de sua cara, mas Eve a reconheceu.

Stephanie Ring estava com o Palmer.

Quando ele girou, e pressionou outro controle, a jaula faiscou e se sacudiu. A mulher soltou um forte gemido, estremeceu-se convulsivamente, e logo se deprimiu.

Palmer se voltou para a câmara, e sorriu.

—Ela entretém, mas não por muito tempo. É necessário começar com um sujeito antes de completar o trabalho com o outro. Mas seu turno virá dentro de pouco. O coração do sujeito Wainger está falhando. Os dados sobre ele estão quase completos.

Usando as sogas, baixou manualmente ao Wainger ao chão. Eve observou a tensão e o molho de músculos nos braços do Palmer.

—Dave se esteve exercitando freqüentemente —resmungou—. Ficando em forma. Sabia que teria que trabalhar mais duro esta ronda. Gosta de preparar-se.

Palmer deslizou uma soga perfeitamente atada ao redor do pescoço do Wainger e meticulosamente passou o extremo por um anel metálico no teto. Baixando-a, introduziu-a por outro anel no chão, logo atirou lentamente até que Wainger se elevou em seus joelhos, logo seus pés, e começou a ofegar por ar.

—Poderia detê-lo? —Nadine se levantou de um salto—. Não posso olhá-lo outra vez. Pensei que poderia. Não posso.

—Deter o disco. —Eve esperou até que a tela ficou em branco, logo se aproximou para inclinar-se frente a Nadine—. O sinto.

—Não. Eu o sinto. Pensei que era dura.

—É-o. Ninguém é tão resistente.

Nadine sacudiu sua cabeça, terminou seu brandy com um profundo gole, e pôs a taça de conhaque a um lado.

—Você o é. Não deixa que te altere.

—Faz-o. Mas é o que faço. vou fazer que um par de uniformizados venham e lhe levem a casa. Estarão contigo em todas partes até que Palmer caia.

—Pensa que logo virá por mim?

—Não, mas para que lhe dar uma oportunidade? Vá a casa, Nadine. Afasta-o.

Mas depois de lhe pedir ao Roarke que levasse ao Nadine abaixo para esperar a escolta, terminou de olhar o disco. E ao final seus olhos encontraram ao Palmer quando se moveu para a câmara.

—Sujeito Wainger morto a meia-noite de vinte e quatro de dezembro. Você viverá mais, Dallas. Ambos sabemos isso. Será meu sujeito mais fascinante. Tenho tantas  maravilhas planejadas para ti. Encontrará-me. Sei que o fará. Conto com isso. Felizes Festas.

 

O carro do Stephanie Ring estava ainda em sua zona autorizada na garagem. Sua bagagem estava guardada cuidadosamente no porta-malas. Eve o rodeou, procurando qualquer signo de luta, qualquer evidência que poderia ter cansado e passar desapercebida durante o seqüestro.

—Ele tem dois Modus Operandi —disse, tanto para ela mesma como para quão uniformizados esperavam perto—. A gente é conseguir ingressar nas casas das vítimas com uma mutreta... entrega, reparação, ou fazendo-se passar pelo serviço; o outro é chegar a eles em uma área deserta. Passa o tempo familiarizando-se com suas rotinas e hábitos, as rotas habituais e horários. Registra todo isso... muito organizado, cientista, junto com dados biográficos de cada um deles.

Não eram ratos de laboratório para ele, pensou. Era pessoal, específico. Era o que o excitava.

—Em qualquer caso —continuou—, usa um atordoante, derruba-os rapidamente, logo os transporta em seu próprio carro. Há câmaras de segurança operando aqui?

—Sim, senhor. —Um dos uniformizados lhe aconteceu um pacote selado de discos—. Confiscamos os dos três dias anteriores, assumindo que o sujeito pode ter espreitado à vítima antes de seu seqüestro.

Eve levantou uma sobrancelha.

—Miller, certo?

—Senhor.

—Bem pensado. Não há nada mais que possa fazer aqui. Vão-se a casa e comam um pouco de ganso.

Eles não correram exatamente afastando-se, mas tampouco se entretiveram. Eve pôs o pacote em sua bolsa e girou para o Roarke.

—por que não faz o mesmo, companheiro? Só demorarei um par de horas.

—Só demoraremos um par de horas.

—Não necessito um ajudante para passar pelo apartamento do Ring.

Roarke simplesmente tomou seu braço e se dirigiu de volta ao carro.

—Deixou aos dois uniformizados partir —começou quando acendeu o   motor—. Todos outros da lista do Palmer estão sob vigilância. por que você não?

—Já cobrimos isso.

—Em parte. —Ele pôs marcha atrás e saiu da garagem—. Mas te conheço, Tenente. Esperas que troque a ordem e venha logo por ti. E não quer levar a ombro a uns grandes uniformizados para que o espantem.

Por um momento só tamborilou seus dedos em seu joelho. Em menos de um ano, o homem a tinha conhecido por dentro e por fora. Não estava completamente cômoda com isso.

—E seu ponto seria?

Ele quase sorriu pela moléstia em sua voz.

—Admiro o valor de minha esposa, sua dedicação ao dever.

—Lançou o de “minha esposa”  para me irritar, verdade?

—É obvio. —Satisfeito, tomou sua mão, beijou os nódulos—. Me estou apontando, Eve. Conta com isso.

 

Passar pelo apartamento do Stephanie Ring não foi mais que rotina, e não revelou nada além da vida ordenada de uma solitária mulher de carreira que desfrutava rodeando-se com coisas atrativas, e gastando seu salário de cidade em um elegante guarda-roupa.

Eve pensou na mulher nua agachada como um animal em uma jaula, gritando de terror.

Mataria-a logo. Sabia. E não tinha poder para detê-lo.

Quando retornou a seu escritório, examinou o disco que Palmer lhe tinha enviado ao Nadine. Esta vez o fez para não tomar em conta o que acontecia e enfocar-se só nos arredores.

—Sem janela —comentou—. O chão e as paredes parecem de concreto e tijolo antigo. A área completa não pode ter mais de nove por seis metros. Provavelmente seja um porão. Computador, pausa. Realçar o setor oito a quinze. Ampliar.

passeou-se enquanto o computador trabalhava, logo se aproximou da tela.

—Ali, esse é o degrau de uma escada. Degraus, e parte de um corrimão. detrás de alguma classe do que seja— velha unidade de forno ou tanque de água. encontrou-se um buraco. Tem que ser privado —seguiu, estudando a vista—. Não pode trabalhar em um edifício onde a gente poderia ouvi-lo. Inclusive se é tirado o som, arriscaria-se a que alguém circulasse pelos arredores. Equipe de manutenção, equipe de reparação. Algo assim.

—Não é um apartamento ou edifício de escritórios —acrescentou Roarke—. E pelos degraus não é provável que seja uma instalação de armazenagem. Olhando o forno, é um edifício bem catalogado, mas não novo. Nada construído nos passados quinze ou vinte anos teria feito instalar um forno de tanque. Ele quereria algo na cidade, verdade?

—Sim, quereria estar perto de todos seus objetivos. Não iria às zonas residenciais dos subúrbios e inclusive os subúrbios não são factíveis. Dave é um verdadeiro urbanita e Nova Iorque seu jardim. Casa particular. Tem que ser. Mas como conseguiu pôr as mãos em uma residência privada?

—Amigos?—sugeriu Roarke—. Família?

—Palmer não tinha um estreito círculo de amizades. Era uma pessoa solitária. Tem pais. transladaram-se depois do julgamento. Foi sob a Ata de Amparo da Vítima e do Sobrevivente.

—Arquivos selados.

Ela ouviu um débil rastro de humor em sua voz, e se girou para lhe franzir o cenho. Durante um momento lutou com o procedimento. Poderia conseguir a autorização para ter acesso à localização dos Palmer. E ao menos tomaria dois dias acessar a ela. Ou poderia passar o problema ao Roarke e ter o que necessitava em minutos.

Podia ouvir os gritos do Stephanie Ring ressonando em sua cabeça.

—Terá que usar a equipe não registrada. O CompuGuard terá um bloqueio automático em seu arquivo.

—Não tomará muito tempo.

—vou seguir trabalhando nisto. —Gesticulou para a tela—. Ele poderia ter metido a pata só o justo para ter deixado algo identificável atrás.

—Bem. —Mas cruzou para ela, e emoldurou sua cara em suas mãos. Baixando sua cabeça, beijou-a, um comprido momento, lenta e profundamente. E sentiu, como ele, que um pouco da rígida tensão diminuía em seu corpo.

—Posso dirigi-lo, Roarke.

—Possa ou não, fará-o. Doeria te aferrar a mim, só um momento?

—Não acredito. —Passou seus braços ao redor dele, sentiu as linhas familiares, o calor familiar. Apertou seu punho—. por que não foi suficiente detê-lo uma vez? por que não foi suficiente mantê-lo encerrado? O que tem que bom se a gente fizer seu trabalho e se volta desta maneira?

Ele a abraçou e não disse nada.

—Quer me mostrar que pode fazê-lo tudo de novo. Quer me levar por todos os passos e etapas, do mesmo modo que o fez antes. Só que agora enquanto acontecem. “Olhe que inteligente sou, Dallas”.

—Sabendo o que, entendendo o que, ajudará-te a prendê-lo pela segunda vez.

—Sim. —tornou-se para trás—. me Consiga os dados, assim poderei amassar a seus pais.

Roarke roçou com um dedo a covinha em seu queixo.

—Deixará-me olhar. É tão estimulante verte intimidar às testemunhas.

Quando ela riu, como tinha esperado que fizesse, foi a seu quarto privado para a CompuGuard e os arquivos oficialmente selados.

Ela logo que tinha tido tempo para examinar outra seção da gravação antes de que voltasse.

—Não pode ter sido tão fácil.

—Sim. —Sorriu e lhe aconteceu um novo disco de dados—. Pode. Thomas e Helen Palmer, agora conhecidos como Thomas e Helen Smith... o que só mostra como de imaginativos podem ser os burocratas, atualmente residem em uma pequena cidade chamada Leesboro na Pensylvania rural.

—Pensylvania. —Jogou uma olhada para seu comunicador, considerando-o, logo para o Roarke—. Não tomaria muito tempo chegar ali se tivesse acesso a um transporte ligeiro.

Roarke pareceu divertido.

—Que transporte ligeiro preferiria, Tenente?

—Aquele mini jato  teu nos levaria em menos de uma hora.

—Então por que não começamos?

Se Eve tivesse sido mais aficionada às alturas, poderia ter desfrutado de do rápido, e suave vôo ao sul. Como não o era, sentou-se, movendo um pé para aplacar um caso de nervos enquanto Roarke piloteaba sobre o que imaginou que alguns considerariam uma pitoresca diversidade de montanhas.

Para ela só eram rochas, e os campos entre eles só terra.

—Só vou dizer te isto uma vez —iniciou ela—. E unicamente porque é Natal.

—vou aterrissar —lhe advertiu quando se aproximou da pista de aterrissagem privada—. O que vais dizer me só uma vez?

—Que talvez todos estes brinquedos tuas não são uma completa perdida de tempo. Muito indulgente, talvez, mas não uma completa perdida de tempo.

—Querida, estou agradado.

Uma vez que estiveram em terra, transladaram-se do pequeno avião a reação de duas pessoas, ao elegante carro que Roarke tinha esperando-o. É obvio, não podia ser um veículo normal, pensou Eve quando o examinou. Era um elegante e rápido carro negro, construído com estilo e velocidade.

—Eu conduzirei. —Ela alargou a mão para o código que o assistente lhe tinha dado—. Você joga bola.

Roarke o considerou enquanto sacudia o código em sua mão.

—por que?

—Porque sou a que tem a insígnia. —Arrebatou-lhe o código de um puxão e lhe sorriu com satisfação.

—Sou melhor condutor.

Grunhiu quando subiram.

—Você gosta dos perritos quentes. Isso não te faz melhor.

—Ponha o cinturão, gênio. Tenho pressa.

Ela o perfurou com o olhar e saíram voando do Terminal por um sinuoso caminho rural alinhado com árvores cheias de neve e rochas escarpadas.

Roarke programou seu destino e estudou a rota oferecida pelo computador da bordo.

—Segue este caminho por duas milhas, dá volta à esquerda por outras dez ponto três, e logo à esquerda por cinco ponto oito.

Quando terminou, ela já estava na primeira esquerda. Sinalizou um estreito riacho, a água lutando por seu caminho contra o gelo, e uma grande rocha. Casas dispersas, árvores que se elevavam abruptamente em cima das colinas, uns meninos que jogavam com aero patine ou pranchas novas em áreas cobertas de neve.

—por que vive a gente em sítios como este? Aqui não há nada. Vê todo esse céu? —Perguntou ao Roarke—. Um não deveria ser capaz de ver tanto céu aqui embaixo. Não pode ser bom. E onde comem? Não passamos um só restaurante, carrinho, ou loja de comestíveis preparados, nada.

—A gosto? —Roarke sugeriu—. ao redor da mesa da cozinha.

—Todo o tempo? Jesus. —estremeceu-se.

riu, e passou um dedo por seu cabelo.

—Eve, adoro-te.

—te comporte. —Freou para fazer a seguinte volta—. O que procuro?

—Terceira casa à direita. Ali, aquela casa pré-fabricada de dois pisos, com o mini caminhão na entrada.

Reduziu a marcha, examinando a casa quando rodou atrás do caminhão. Havia luzes de Natal com o passar do beiral, uma coroa na porta, e o contorno de uma árvore decorada detrás da janela dianteira.

—Suspeito que não tenho argumentos para te pedir que espere no carro.

—Nenhum —concordou e saiu.

—Não vão estar felizes de lombriga —lhe advertiu Eve quando cruzaram a entrada limpa com pá para a porta principal—. Se se negarem a falar comigo, vou pressionar os brutalmente. Se se vierem abaixo, só segue o exemplo.

Ela pressionou o timbre, e tiritou.

—Deveria ter posto o casaco que te dei de presente. O abrigado de cachemira.

—Não tenho posto isso em serviço. —Era magnífico, pensou. E se sentia tão suave. Não era a classe de coisa que usava um policial.

E quando a porta se abriu, Eve era tudo um policial.

Helen Palmer tinha trocado seu cabelo e seus olhos. Tênues diferencia em sombras e formas, mas bastante para trocar sua aparência. Ainda tinha uma cara formosa, como seu filho. Seu automático sorriso de saudação empalideceu quando reconheceu ao Eve.

—Recorda-me, Sra Palmer?

—O que faz aqui? —Helen pôs uma mão sobre a ombreira da porta para bloqueá-la—. Como nos encontrou? Estamos sob amparo.

—Não tenho intenção de violar isso. Tenho uma situação de crise. Terá sido notificada que seu filho escapou do cárcere.

Helen apertou seus lábios, e encurvou seus ombros como defesa contra o frio que entrava voando pela porta aberta.

—Eles disseram que o buscavam, asseguraram-nos que o teriam de volta em custódia, e em tratamento muito em breve. Não está aqui. Não sabemos onde está.

—Posso entrar Sra Palmer?

—por que tem que revolvê-lo todo outra vez? —As lágrimas alagaram seus olhos, parecendo tanto de frustração como de pena—. Meu marido e eu acabamos de recuperar nossas vidas. Não tivemos contato com o David em quase três anos.

—Carinho? Quem está na porta? Deixa entrar o frio. —Um homem alto de cabelo escuro avançou sonriendo para a porta. Tinha posto um velho suéter de ponto e jeans velhos com um par de sapatilhas obviamente novas. Piscou uma vez, duas vezes, logo pôs sua mão no ombro de sua esposa—. Tenente. Tenente Dallas, verdade?

—Sim, Sr. Palmer. Sinto lhe incomodar.

—Deixa-os entrar, Helen.

—OH, Deus, Tom.

—Deixa-os entrar. —Seus dedos roçaram seu ombro antes de apartá-la—. Você deve ser Roarke. —Tom obteve o que quase passou por um sorriso quando ofereceu ao Roarke sua         mão—. Reconheço. Por favor entrem e sentem-se.

—Tom, por favor...

—por que não faz um pouco de café? —Ele se volteou e pressionou seus lábios na frente de sua esposa. Murmurou-lhe algo, e ela soltou um suspiro e afirmou com a cabeça.

—Farei isto tão rápido como posso, Sr. Palmer —lhe disse Eve, quando Helen caminhou rapidamente por um vestíbulo central.

—Você nos tratou de forma justa em um momento insuportável, Tenente. —Mostrou-lhes uma pequena sala de estar—. Não esqueci isso. Helen... minha esposa esteve nervosa todo o dia. Durante vários dias —se corrigiu—. Desde que nos informaram que David escapou. trabalhamos com tanta força para nos manter centrados, mas...

Gesticulou inutilmente e se sentou.

Eve recordava muito bem a estas pessoas decentes, sua consternação e pena pelo que era seu filho. Tinham-no criado com amor, com disciplina, com cuidados, e de todos os modos se enfrentaram com um monstro.

Não tinha havido abuso, crueldade, nenhum castigo subjacente para alimentar a aquele monstro. As provas de Olhe e a análise tinham confirmado a opinião do Eve, que eram um casal normal que tinham dado a seu único filho afeto e as vantagens monetárias e sociais que tinham estado ao seu dispor.

—Não tenho boas notícias para você, Sr. Palmer. Não tenho boas notícias.

Ele dobrou suas mãos em seu regaço.

—Está morto.

—Não.

Tom fechou seus olhos.

—Deus me ajude. Tinha esperado… realmente tinha esperado que o estivesse.         —levantou-se rapidamente quando ouviu sua esposa de volta—. Aqui, tomarei isso. —inclinou-se para tomar a bandeja que ela levava—. Superaremos isto, Helen.

—Sei. Sei que vamos fazer o. —Entrou, sentou-se, e se ocupou ela mesma em verter o café que tinha feito—. Tenente, acredita que David voltou para Nova Iorque?

—Sabemos que está lá. —Vacilou, logo decidiu que bastante logo ouviriam as notícias nos meios—. Cedo esta manhã o corpo do Juiz Wainger foi encontrado no Rockefeller Center. Foi obra do David, —seguiu quando Helen gemeu—. Se pôs em contato comigo, com provas. Não há dúvida disso.

—supunha-se que estava em tratamento. Isolado da gente, assim não poderia fazer mal, fazer-se machuco a si mesmo.

—Às vezes o sistema falha, Sra. Palmer. Em ocasiões você pode fazer tudo de forma correta, e só falha.

Helen se levantou, caminhou para a janela, e ficou a olhar para fora.

—Você me disse algo assim antes. A nós. Que tínhamos feito todo o correto, tudo o que podíamos. Que foi algo no David que tinha falhado. Foi amável de sua parte, Tenente, mas não pode saber o que é, não pode saber como se sente saber que um monstro nasceu que você.

Não, pensou Eve, mas sabia o que era provir de um monstro, ter sido criada por um os oito primeiros anos de sua vida. E vivia com isso.

—Necessito sua ajuda, —disse em troca—. A necessito para me dizer se tiver alguma idéia de onde poderia ir, a quem poderia acudir. Ele tem um lugar, —seguiu—. Um lugar privado onde pode trabalhar. Uma casa, um pequeno edifício em alguma parte de Nova Iorque. Na cidade ou muito perto dela.

—Ele não tem onde. —Tom levantou suas mãos—. Vendemos tudo quando nos transladamos. Nossa casa, meu negócio, e da Helen. Inclusive nosso lugar de férias no Hamptons. Cortamos todos os laços. A casa onde David… onde ele viveu no passado… foi vendida também. Vivemos discretamente aqui, de forma singela. O dinheiro que tínhamos economizado, o dinheiro das vendas está em uma conta. Não tivemos o ânimo... não o necessitamos.

—Tinha dinheiro próprio, —apontou Eve.

—Sim, uma herança, e um fundo fiduciário. Foi como financiou o que fazia. —Tom estendeu a mão para sua esposa e apertou seus dedos fortemente—. Doamos aquele dinheiro à caridade. Tenente, todos os sítios onde poderia ter ido agora estão em mãos de outros.

—Bem. Você pode pensar em algo mais tarde. Por impossível que seja, por favor fique em contato comigo. —levantou-se—. Quando David esteja novamente em custódia, avisarei-lhe. depois disto, esquecerei onde vivem.

Eve não disse nada mais até que estiveram no carro e foram de volta.

—Ainda o amam. depois de tudo o que fez, de como é, há uma parte deles que o amam.

—Sim, e bastante, acredito que lhe ajudariam a detê-lo, se soubessem como.

—Ninguém jamais nos amou dessa maneira. —Apartou seus olhos do caminho brevemente, encontrando os seus—. Ninguém jamais sentiu esse vínculo.

—Não. —Apartou o cabelo de sua bochecha—. Não até que nos encontramos o um ao outro. Não te atormente, Eve.

—Ele tem os olhos de sua mãe, —sussurrou—. Serenos e azul claro. Ela teve que trocar-lhe imagino, porque não poderia olhar-se ao espelho e lhes fazer frente cada manhã.

Suspirou, e se estremeceu.

—Mas ele pode, —disse ela quedamente.

 

Não havia nada mais que fazer, não havia dados que examinar ou analisar, ou outro ângulo que comprovar. Amanhã, sabia, haveria-o. Agora só poderia esperar.

Eve entrou no dormitório com a idéia de tomar um descanso. Precisavam salvar parte do dia, pensou. Ter sua comida de Natal juntos, imbuir-se em algum sentido de normalidade.

O aroma forte, sonhador do pinheiro a fez sacudir a cabeça. O homem tinha enlouquecido pela tradição nesta, seu primeiro Natal juntos. Cristo sabia o que tinha pago pelas árvores vivas que tinha colocado por toda parte na casa. E este, que estava parado frente à janela de seu dormitório, tinha insistido que o decorassem juntos.

lhe importava. E com um pouco de surpresa compreendeu que também lhe tinha chegado a importar.

—Acender as luzes da árvore, —ordenou, e sorriu um pouco quando as viu piscar e cintilar.

Caminhou para a zona de assentos, tirou-se o arnês de sua arma, e se desfez dele. Estava sentada no braço do sofá tirando-as botas quando Roarke entrou.

—Bom. Eu esperava que descansasse um momento. Tenho algumas chamadas que fazer. por que não me avisa quando esteja lista para comer?

Inclinou sua cabeça e o observou quando ficou imóvel na porta. Deixou cair sua segunda bota e se levantou devagar.

—Vêem  aqui.

Reconhecendo o brilho em seus olhos, ele sentiu que o comichão da luxúria começava a agitar-se por seu sangue.

—Lá?

—Ouviu-me, enganador.

Mantendo seus olhos nos seus, atravessou o quarto.

—O que posso fazer por ti, Tenente?

As tradições, pensou Eve, tinham que começar em algum sítio. Agarrou com a mão o fronte de sua camisa, estirando a seda quando o atirou aproximando-o um passo mais.

—Quero-te nu, e disposto. A menos que queira que me ponha arruda, e te eu dispa mesma.

Seu sorriso era tão presumido como a sua e lhe fez desejar mordê-la.

—Talvez eu gosto de rude.

—Sim? —Começou a levá-lo para a cama—. Bem então, vais amar isto.              —moveu-se rápido, o único sinal foi o rápido brilho de seus olhos antes de que rasgasse sua camisa abrindo-a e os botões saltassem no ar. Ele agarrou seus quadris, apertando-a com força quando ela cravou os dentes em seu ombro e o mordeu.

—Jesus. Jesus! Amo seu corpo. dêem-me isso —¿Lo quieres? —Él la agitó hasta los dedos del pie—. Tendrás que tomarlo.

—Quê-lo? —Ele a agitou até os dedos do pé—. Terá que tomá-lo.

Quando sua boca se fechou com paixão sobre a sua, ela girou. Ele respondeu. deslocou-se e poderia havê-lo atirado sim ele não tivesse antecipado seu movimento. Eles tinham ido ao mesmo tempo antes, com resultados muito satisfatórios.

Terminaram cara a cara outra vez, e com a respiração acelerada.

—Farei-te cair, —lhe advertiu.

—Tenta-o.

Lutaram corpo a corpo, ambos rechaçando ceder terreno. O ímpeto os levou aos degraus da plataforma da cama. Ela deslizou uma mão entre suas pernas, brandamente apertadas. Era um movimento que tinha usado antes. Inclusive quando o calor golpeou diretamente ao centro de seu corpo por seu triunfo, ele trocou de sítio, deslizou-se sob seu guarda, e a atirou na cama.

Ela rodou, e se ajoelhou.

—Vêem, tipo duro.

Ela sorria abertamente agora, sua cara rosada pela luta, seus olhos brilhando de desejo e as luzes da árvore cintilando detrás dele.

—Vê-te formosa, Eve.

Piscou, endireitou-se em uma postura de enfrentamento e o olhou confundida. Inclusive o homem que a amava nunca a tinha acusado de formosa.

—Né!?

Foi tudo o que pôde dizer antes de que ele saltasse para ela e a deixasse fora de combate com um movimento do meio corpo.

—Bastardo. —Ela por pouco ri bobamente inclusive enquanto para um movimento de tesoura e conseguia rodar em cima dele. Mas ele usou o ímpeto para mantê-la sujeita outra vez—. Formosa meu culo.

—Seu culo é formoso. —Um cotovelo golpeou seu ventre lhe tirando um pouco de ar, mas ele pretendia mais—. E teu resto. vou ter seu formoso culo, e teu resto.

Resistiu, retorcendo-se, e quase conseguiu escapar dele. Então sua boca se fechou sobre seu peito, chupando, e beliscando através de sua blusa. Gemeu, arqueou-se contra ele, e agarrou seu cabelo com força, atirando-o mas bem que afastando-o.

Quando ele rasgou sua blusa, ela se levantou, enganchando suas pernas fortes, largas ao redor de sua cintura, e encontrando sua boca com a seu de novo quando ele a empurrou para ajoelhar-se no centro da cama.

uniram-se em uma confusão de membros, mãos bruscas e andar a provas. E a carne começou a deslizar-se húmedamente sobre a carne.

Ele a empurrou e muito a primeira vez, com força e rápido, aqueles dedos chicoteados que conheciam suas debilidades, suas forças, e suas necessidades. Tremendo, gritando, permitiu-se voar pela excitação do clímax.

Logo rodaram outra vez, ofegando, gemendo e sussurrando. O calor chegava em ondas gigantes, em ímpetos violentos e necessitados. Sua boca queimava na sua quando se sentou escarranchado sobre ele.

—me deixe, me deixe, me deixe. —Cantarolou contra sua boca enquanto subia acima dele. Suas mãos se uniram quando tomou dentro dela. Ele a encheu, seu corpo, mente, e coração.

Rápida e sem piedade, arrastou-os a ambos como o tinha necessitado do momento que ele tinha entrado no quarto. Alagou-a, inchado dentro dela, um prazer inexprimível, a pressão, a luta frenética por acabar, prolongar.

Jogou sua cabeça para trás, e se agarrou, ao bordo do abismo.

—te aproxime, —Ela ofegou, lutando por esclarecer sua visão, para enfocar essa cara gloriosa—. te Aproxime primeiro, e tome.

Ela olhou seus olhos, aquele assombroso azul que se ia obscurecendo como a meia-noite, sentiu-o arremeter com uma última, e dura investida. Com suas mãos ainda unidas, abandonou-se com ele.

E quando a energia se deslizou fora dela como a cera de uma vela derretendo-se, escorregou para baixo, ainda tremendo enquanto pressionava sua cara em seu pescoço.

—Ganhei, —disse satisfeita.

—Bem.

Seus lábios se retorceram satisfeitos, e esgotados, com expressão satisfeita.

—Fiz-o. Consegui justo o que queria de ti, amigo.

—Graças a Deus. —moveu-se até que a embalou contra ele—. Toma uma sesta, Eve.

—Só uma hora. —Sabendo que nunca dormiria mais que ele mesmo, abraçou-se a ele para mantê-lo perto.

 

Quando despertou às dois A. M., Eve decidiu que a breve sesta antes do jantar tinha renovado seu corpo. Agora estava totalmente acordada, sua mente concentrada e começou a estalar com a informação e as provas que tinha até esse momento.

David Palmer estava aqui, em Nova Iorque. Em algum sitio na cidade, trabalhando felizmente. E seu ventre lhe disse que Stephanie Ring já estava morta.

Não lhe seria tão fácil capturar aos restantes de sua lista, pensou enquanto rodava na cama. O ego o induziria a tentá-lo, e cometeria um engano. Com toda possibilidade já tinha cometido um. Só que não o tinha descoberto ainda.

Fechando seus olhos, tentou deslizar-se na mente do Palmer, como era três anos atrás quando tinha estado perseguindo-o.

Ele amava seu trabalho, tinha-o amado inclusive quando tinha sido um moço e experimentava com animais. Tinha conseguido esconder essas pequenas mortes, pôr uma cara alegre, inocente. Todos os que o conheciam —pais, professores, vizinhos— tinham falado de um moço inteligente, bom, um brilhante que estudava duramente e não causava nenhum problema.

Mas parte desses elementos clássicos tinham estado ali, inclusive na infância. Ele tinha sido uma pessoa solitária, obsessivamente ordenado, compulsivamente organizado. Nunca tinha tido uma relação sexual sã e tinha sido socialmente torpe com as mulheres. Eles tinham encontrada centenas de discos com seus jornais, transformando-os últimos dez anos, relacionando com cuidado suas teorias, seus objetivos, e seus lucros.

E com o tempo, com a prática, e o estudo, feito-se muito, muito bom em seu trabalho.

Onde te instalou, Dave? Teria que estar em algum sítio cômodo. Você gosta da comodidade. Deve ter odiado a falta delas na prisão. Estava furioso, certo? Tanto que agora vem detrás dos que lhe puseram ali.

É um engano, nos deixar saber o branco de antemão. Mas assim é o ego, pelo resto. Realmente é você contra mim.

Esse é outro engano, porque ninguém te conhece melhor.

Uma casa, pensou. Mas não uma casa qualquer. Teria que estar em uma boa vizinhança, perto de bons restaurantes. Os anos te alimentando na prisão devem ter ofendido seu paladar. Necessitaria móveis, material cômodo, com um pouco de estilo. Tecidos bons. E um complexo de entretenimento… para poder olhar a tela ou não saberá o que as pessoas dizem de ti.

E todo isso requeria dinheiro.

Quando se sentou na cama, Roarke se moveu a seu lado.

—Deduzindo?

—Tem uma linha de crédito em algum sítio. Sempre me perguntei se tinha dinheiro oculto, mas não pareceu importante posto que nunca sairia para utilizá-lo. Equivoquei-me. O dinheiro dá poder, e encontrou um modo de aproveitá-lo da prisão.

Apartou o cobertor, e começava a saltar da cama quando seu comunicador emitiu um sinal sonoro. Contemplou-o um momento, e soube.

 

Dois adolescentes que procuravam um pouco de aventura fora de suas casas, encontraram-se em um lugar acordado, e tomaram suas novas bicicletas deslizadoras para dar uma volta por Central Park.

Eles tinham pensado ao princípio que Stephanie Ring era um vagabundo, talvez um mendigo autorizado ou que dormia drogado, e começaram a afastar-se.

Mas os vagabundos não tinham o hábito de estender-se nus e bêbados em Central Park.

Eve os tinha a ambos em um branco e negro. A gente tinha estado violentamente doente, ainda tinha um aspecto débil e levava a mancha do vômito. Tinha ordenado que os uniformizados estabelecessem um suporte de luzes já que a área estava sob o resplendor de uma luz enganosa.

Stephanie não tinha sido golpeada, tampouco seu cabelo tinha sido talhado. Palmer acreditava na variedade. Havia dúzias de cortes largos, e magros sobre seus braços e pernas, a carne ao redor das feridas estava seca e descorada. Algo tóxico, imaginou Eve, algo que quando é posto em uma ferida aberta de relativamente menor importância causaria uma agonia. O sangue se permitiu gotejar e secar-se. Seus pés estavam em ângulos agudos, em uma paródia de uma postura de balé. Deslocados.

Esculpidas em seu estômago estavam as letras de molde que eram sua assinatura.

 

MATEMOS A TODOS OS ADVOGADOS

 

Tinha matado em definitiva a este, pensou Eve, com o estrangulamento lento, e tortuosa, a que era muito aficionado. Examinou a soga, encontrou-a idêntica à usada com o Juiz Wainger.

Outro engano, Dave. Muitos pequenos descuidos esta vez.

Avançou para sua equipe de campo e começou a rotina que seguia ao assassinato.

 

Foi se casa a escrever seu relatório, querendo a tranqüilidade que encontraria ali a diferença da confusão post férias na Central. Despachou uma cópia a sua comandante, logo enviou mensagens tanto ao Peabody como ao Feeney. Uma vez que seu ajudante e o melhor homem da DDE despertassem e comprovassem seus comunicadores, apresentariam-se.

abasteceu-se de café, logo começou a tediosa tarefa de tirar as capas dos arquivos financeiros do Palmer.

Logo que amanhecia quando a porta entre seu escritório e a do Roarke se abriu. Entrou, totalmente vestido, e já podia ouvir o zumbido da equipe de trabalho no quarto detrás dele.

—Está trabalhando em casa hoje? —disse-lhe casualmente, bebendo a sorvos o café enquanto o estudava.

—Sim. —Ele jogou uma olhada para seu monitor—. Atrás do dinheiro, Tenente?

—Neste momento. Não é meu guarda-costas, Roarke.

Ele simplesmente sorriu.

—E quem, pergunto-me, poderia estar mais interessado em seu corpo?

—Sou polícia. Não necessito uma babá.

Ele se inclinou, e cavou seu queixo.

—Que por pouco acontece ao Peabody faz duas noites?

—Não aconteceu. E não te quero me rondando quando deveria estar trabalhando.

—Posso trabalhar daqui tão fácil e eficazmente como do centro da cidade. Discutindo só perde o tempo. E duvido que encontre o rastro de seu dinheiro através dos arquivos oficiais do Palmer.

—Sei. —A admissão cobriu ambas as declarações, e a frustrou igualmente—. Tenho que começar em algum sítio. Parte e me deixe trabalhar.

—Rende-te, verdade? —ele baixou sua cabeça e posou seus lábios sobre os seus.

O som de uma garganta forte e deliberadamente esclarecendo-se chegou da entrada.

—Sinto muito. —Peabody tratou de sorrir. Estava esgotada, e mais que um pouco sonolenta, mas seu uniforme estava engomado e perfeito, como sempre.

—Madrugou. —Eve se levantou, e logo colocou suas mãos torpemente em seus bolsos.

—A mensagem dizia apresentar-se quanto antes.

—Deixarei-as para trabalhar. —Sozinhas, pensou Roarke, as duas deixariam atrás o desconforto mais rapidamente—. Te vê bem, Peabody. Tenente, —acrescentou antes de fechar a porta entre os quartos—, possivelmente poderia verificar os nomes de familiares defuntos. A transferência e o saldo dos recursos que envolvem contas com o mesmo sobrenome e laços de sangue são raramente advertidos.

—Sim, perfeito. Obrigado. —Eve se moveu a seus pés. A última vez que tinha visto seu ajudante, Peabody tinha estado envolta em uma manta, e sua cara manchada de lágrimas—. Está bem?

—Sim, em sua major parte.

Em sua major parte, meu culo, pensou Eve.

—Olhe, não deveria te haver chamado para este. Tome um par de dias mais para te tranqüilizar.

—Senhor. Estaria melhor se voltasse a trabalhar, à rotina. Estar sentada em casa vendo vídeos e comendo batatas fritas de soja não é o modo que quero passar outro dia. O trabalho me esclarece mais rápido.

Como ela acreditava o mesmo, Eve se encolheu de ombros.

—Então consegue um pouco de café, Peabody, tenho muito trabalho aqui.

—Sim, senhor. —Avançou, tirou uma pequena caixa envolta de seu bolso, e a pôs no escritório enquanto ia ao AutoChef—. Sua presente de Natal. Não tive oportunidade de lhe dar isso antes.

—Suspeito que estávamos um pouco ocupados. —Eve brincou com a cinta. Os presentes sempre a faziam sentir estranha, mas podia sentir os olhos do Peabody nela. Rasgou o papel metálico vermelho, e abriu a tampa. Era uma estrela chapeada, um pouco amolgada, e descorada.

—É uma velha insígnia de xerife, —disse-lhe Peabody—. Não acredito que parecida com a  do Wyatt Earp ou algo assim, mas é oficial. Pensei que você gostaria. Você sabe, a larga tradição da ordem pública.

Absurdamente comovida, Eve sorriu abertamente.

—Sim. É maravilhoso. —Para diversão dela, tirou-a e a fixou a sua blusa—. Será meu ajudante?

—Se te satisfizer, Dallas. Se estiver de pé em qualquer lugar, sempre.

Elevando a vista, Eve encontrou seus olhos.

—Está de pé, Peabody. Não te teria chamado hoje se pensasse distinto.

—Acredito que tinha que ouvi-lo. Obrigado. Bem... —Ela vacilou, logo levantou suas sobrancelhas em interrogação.

—Problemas?

—Não, só... —Fez panelas, dando a sua cara quadrada, e sóbria uma aparência dolorosamente jovem—. Hmmm.

—Você não gostou de seu presente? —disse Eve ligeiramente—. Terá que tratar isso com o Leonardo.

—Que presente? O que fez ele?

—Ele fez esse guarda-roupa para seu trabalho encoberto. Se você não gostar...

—A roupa. —Como por arte de magia, a cara do Peabody se limpou—. Fico com toda aquela roupa de revista? Todas?

—Que demônios se supõe que farei com elas? Agora vais ficar te parada sonriendo como uma idiota ou posso seguir com o caso?

—Posso sorrir e trabalhar ao mesmo tempo, senhor.

—te instale. Começa a trabalhar e rastreia essa soga. —Empurrou uma descrição da cópia impressa através do escritório—. Quero qualquer venda dentro da semana passada, vendas a granel. Ele utiliza muito delas.

—Quem?

—Chegaremos a isso. Rastreia a soga, logo me consiga uma lista de residências privadas “elegantes” vendidas ou alugadas na área do MET dentro da semana passada. Também veículos de luxo privados… recolhido ou a contra entrega dentro da última semana. Ele necessita transporte e escolheria um elegante. A jaula, —resmungou quando começou a marcar o passo—. Onde diabos conseguiu a jaula? Instalação de fauna, detenção de animal doméstico? Rastrearemo-lo. Começa a trabalhar, Peabody, informarei-te quando chegar Feeney.

Ela tinha chamado ao Feeney, pensou Peabody quando se sentou em um computador. Era grande. Justo o que necessitava.

 

—Ambos quererão examinar os discos de investigação, perfis, transcrições do caso Palmer de faz três anos. Feeney, —acrescentou Eve—, recordará a maior parte. Você rastreou e identificou a equipe eletrônica que utilizou nesses assassinatos.

—Sim, recordo ao pequeno bastardo. —Feeney se sentou, franzindo o cenho para seu café. Sua cara habitualmente cansada estava ultrapassada pelo cabelo vermelho rígido que nunca parecia decidir que direção tomar.

Levava posta uma camisa azul, tão dolorosamente Lisa e brilhante que Eve imaginou que tinha saído de sua caixa de presente só essa manhã. E estaria comodamente enrugada antes da tarde.

—Como o conhecemos, sua pauta, seus motivos, e neste caso suas vítimas ou vítimas destinadas, deu-nos uma margem. Ele sabe, e lhe diverte, porque está seguro de que será o mais inteligente.

—Ele te odeia, Dallas. —Os olhos cansados do Feeney se elevaram, encontrando-se com os seus—. Te odiou com seus jodidas tripas desde o começo. Deteve-o, e logo o pressionou até que soltou tudo. Virá furioso por ti.

—Espero que tenha razão, porque quero o prazer de detê-lo outra vez. apoderou-se dos duas primeiros de sua lista porque nos tinha enganados, —seguiu—. Outros foram notificados, advertidos, e estão sob amparo. Pode ou não tentar seguir sua ordem. Mas uma vez que me choque com um obstáculo, virá-se abaixo.

—E virá por ti, —intercalou Peabody.

—Tudo o que outros fizeram aconteceu porque o detive. Sob seu fanatismo é uma mente muito lógica. Tudo o que faz tem uma razão. Essa é sua razão, embora se torceu... mas está ali.

Jogou uma olhada a sua unidade de boneca.

—Tenho uma reunião com Olhe em seu domicílio em vinte minutos. vou deixar ao Feeney para te completar qualquer buraco desta reunião informativa, Peabody. Uma vez que tenha as listas do encargo que te pedi, há uma busca de probabilidades. Vê se podemos estreitar o campo um pouco. Feeney, quando examinar o disco que ele enviou ao Nadine, poderia possivelmente identificar algo da equipe. Consegue uma conexão, assim poderemos rastrear a fonte. Faremo-lo por etapas, mas rapidamente. Se ele falhar na lista, poderia conformar-se com outra pessoa, qualquer. esteve fora uma semana e já matou duas vezes.

Terminou quando seu comunicador soou. Avançou para tomar sua jaqueta enquanto respondia. Dois minutos mais tarde o guardou em seu bolso. E seus olhos eram lisos e frios.

—Fez-o três vezes. Apanhou ao Carl Neissan.

 

Eve ainda jogava vapor quando tocou o timbre da elegante casa de pedra vermelha de Olhe. Que o guarda de serviço na porta lhe exigisse ver sua identificação e a confirmasse antes de deixá-la entrar a aplacou um pouco. Se o homem designado ao Neissan fizesse o mesmo, Palmer não teria conseguido entrar.

Olhe desceu pelo corredor para ela. Estava vestida de forma causal com calças, suéter, e sapatos brandos. Mas não havia nada casual em seus olhos. antes de que Eve pudesse falar, ela levantou uma mão.

—Avaliação que viesse. Podemos falar acima em meu escritório. —Jogou uma olhada à direita quando a risada de um menino entrou por uma porta aberta—. Em circunstâncias diferentes apresentaria a minha família. Mas não os quero pôr baixo mais tensão.

—Deixaremo-los fora disto.

—Desejo que isso seja possível. —Sem dizer nada mais, Olhe começou a subir.

A casa a refletia, decidiu Eve. Cores relaxantes, bordos suaves, e um estilo perfeito. Seu escritório era a metade do tamanho que esta e em um tempo devia ter sido um pequeno dormitório. Notou que a tinha mobiliado com cadeiras profundas e com o que pensou era um escritório de dama, com patas curvas, e um extravagante esculpido.

Olhe ajustou a tela solar em uma janela e se girou ao AutoChef cavado na parede.

—Terá examinado meu perfil original do David Palmer, —começou ela, satisfeita de que suas mãos estivessem mais firmes quando programou o chá—. Eu o manteria, com umas adições devido a seu tempo na prisão.

—Não vim por um perfil. Tenho-o formado.

—Você?

—Entrei no interior de sua cabeça antes. Ambas o fizemos.

—Sim. —Olhe ofereceu ao Eve uma fina taça cheia do chá fragrante que ambas sabiam que não desejava—. De alguma forma segue sendo a exceção a muitíssimas regras. Ele teve amor e uma infância privilegiada. Nenhum de seus pais exibe nenhum signo de defeitos emocionais ou psicológicos. Esteve bem na escola, mais do esperado que baixo..., mas nada de magnitude. As provas não mostraram deformidades cerebrais, nem anormalidades físicas. Não há nenhuma raiz psicológica ou fisiológica para sua condição.

—Gosta disto, —disse Eve brevemente—. Às vezes o mal é sua própria raiz.

—Quero discrepar, —murmurou Olhe—. Os motivos, o porquê de seu comportamento anormal são importantes para mim. Mas não tenho motivos, nenhum porquê, para o David Palmer.

—Esse não é seu problema, Doutora. O meu é detê-lo, e proteger às pessoas que escolheu. Os primeiros duas de sua lista estão mortos.

—Stephanie Ring? Está segura.

—Seu corpo foi encontrado esta manhã. Carl Neissan foi seqüestrado.

Esta vez a mão de Olhe tremeu, sacudindo sua taça em seu pires antes de apartá-lo.

—Ele estava protegido.

—Palmer se conseguiu um traje de polícia, golpeou a maldita porta, e se fez passar pela substituição. o de turno não o questionou. foi se casa para um tardio Jantar de Natal. Quando foi cumprir seu turno pela manhã, encontrou a casa vazia.

—E a substituição da noite? O verdadeiro?

—Dentro do porta-malas de sua unidade. Sedado e pacote mas por outro lado ileso. Não se recuperou o suficiente para ser interrogado ainda. Logo que importa. Sabemos que foi Palmer. Arrumei que Justine Polinsky seja transladada a uma casa segura. Quererá empacotar algumas costure, Doutora. Ocultará-te.

—Sabe que não posso fazer isso, Eve. É tanto meu caso como o teu.

—Equivoca-te. É um assessor, e isso é tudo. Não necessito conselho. Já não estou segura que possa estar devidamente protegida em este lugar. Você traslado.

—Eve...

—Não me jodas. —Saiu brusco, muito afetado, e Olhe retrocedeu pela surpresa—. Tomo em custódia policial. Pode recolher algumas costure pessoais ou pode ir como está. Mas vai.

Saudando o controle que corria dentro dela como sua própria corrente sanguínea, Olhe dobrou suas mãos em seu regaço.

—E você? Ocultará-te?

—Não sou sua preocupação.

—É obvio que o é, Eve, —disse Olhe em voz baixa, olhando a tormenta de emoções nos olhos do Eve—. Como eu sou a tua. E minha família abaixo é a minha. Eles não estão seguros.

—Protegerei-te. Protegerei-os.

Olhe afirmou com a cabeça, e fechou seus olhos brevemente.

—Seria um grande alívio para mim saber que estão longe daqui, e protegidos. É-me difícil me adaptar quando estou preocupada com seu bem-estar.

—Ele não os tocará. Prometo-o.

—Tomarei sua palavra. Agora quanto a meu estado...

—Não te dava opções múltiplos, doutora Olhe.

—Só um momento. —Controlada outra vez, Olhe recolheu seu chá—. Penso que estará de acordo... Tenho tanta influência com seus superiores como você. Apenas ajudaria a ambas jogar a atirar os fios. Não sou obstinada ou valente, —acrescentou—. Esses são seus rasgos.

O fantasma de um sorriso curvou sua boca quando Eve a olhou com o cenho franzido.

—Admiro-te. É também uma mulher que pode ver além da emoção ao objetivo. O objetivo é deter o David Palmer. Posso ser de ajuda. Ambas sabemos. Com minha família longe estarei menos distraída. E não posso estar com eles, Eve, porque me preocupa que machuque a algum por chegar para mim.

Fez uma pausa por um momento, e julgou que Eve o considerava.

—Não vou discutir por ter guardas aqui ou em meu escritório. De fato, quero-os. Muitíssimo. Não tenho intenção de me expor a nenhum perigo ou riscos desnecessários. Peço-te só que me deixe fazer meu trabalho.

—Pode fazer seu trabalho onde te localize.

—Eve. —Suspirou Olhe—. Se puser tanto a mim como ao Justine fora de seu alcance, há uma verdadeira possibilidade de que seqüestre a alguém mais. —Ela afirmou com a cabeça—. Você já consideraste isso. Não virá por ti até que esteja preparado. Você é o grande prêmio. Se ninguém mais for acessível, atacará fora. Quererá conservar seu programa, inclusive se isso requer a um substituto.

—Tenho algumas pistas sobre ele.

—E o encontrará. Mas sim acredita que sou acessível, sim estou ao menos visível, estará satisfeito em centrar suas energias em me apanhar. Espero que acautele isso. —Sorriu novamente, mais fácil agora—. E tenho a intenção de fazer tudo o que possa para te ajudar.

—Posso fazer ir. Toda sua influência não importará se te sacudo em restrições e te arrasto fora daqui. Estará furiosa, mas segura.

—Eu não me colocaria por diante de ti, —esteve de acordo Olhe—. Mas sabe que tenho razão.

—Dobrarei seus guardas. Levará posta um bracelete. Trabalhará aqui. Não sairá da casa por nenhuma razão. —Seus olhos cintilaram quando Olhe começou a protestar—. Se me pressiona nisto, vais averiguar como se sente levar algemas. —levantou-se—. Seus guardas farão registros cada hora. Sua conexão será interceptada.

—Isso apenas me faz parecer acessível.

—Ele saberá que está aqui. Terá que ser suficiente. Tenho trabalho que fazer.                  —Eve avançou para a porta, vacilou, e logo falou sem voltar-se—. Sua família, importam-lhe.

—Sim, é obvio.

—Você me importa. —afastou-se rapidamente, antes de que Olhe pudesse estabilizar seus pés.

 

Eve se dirigiu ao laboratório depois de Olhe. De ali planejou uma parada no depósito de cadáveres e outra onde Carl Neissan antes de voltar para seu escritório.

Recordando a preocupação de Olhe por sua família, chamou o Roarke por seu palm-enlace depois de estacionar-se e entrar no edifício.

—por que está sozinha? —foi o primeiro que lhe disse.

—Deixa-o. —Mostrou sua insígnia em segurança, logo se dirigiu através do vestíbulo e abaixo para os laboratórios—. Estou em uma instalação assegurada, rodeada por policiais de aluguel, monitores, e estúpidos laboratoristas. Tenho um trabalho que fazer. me deixe fazê-lo.

—Ele capturou a três de seis.

deteve-se, e pôs os olhos em branco.

—OH, entendo. Mostra que tipo de fé tem em mim. Suponho que ser polícia por dez anos me faz um peixe tão fácil como um juiz de setenta anos e um par de elegantes advogados.

—Está-me irritando, Eve.

—por que? Porque tenho razão?

—Sim. E é uma arrogante. —Mas seu sorriso se enfraqueceu um pouco—. por que chamava?

—Sim que posso ser arrogante. Estou no laboratório, abordarei ao imbecil do Dickie. Tenho umas paradas que fazer depois desta. Confirmarei-te.

Era uma forma casual de lhe avisar que entendia que ele se preocupava. E ele o aceitou, no mesmo tom.

—Tenho várias enlace conferencia esta tarde. Chama à linha privada. Cuida suas costas, Tenente. Sou muito aficionado a ela.

Satisfeita, entrou no laboratório. Dickie, o tecnólogo principal, estava ali, vendo-se sonolento e pálido enquanto contemplava a leitura em seu monitor.

A última vez que tinha estado no laboratório, tinha havido um inferno de festa. Agora aqueles que se incomodaram em incorporar-se trabalhavam lentamente e se viam pior.

—Preciso informe, Dickie. Wainger e Ring.

—Jesus, Dallas. —Ele elevou a vista amargamente, encurvando seus ombros—. Não fica alguma vez em casa?

Já que parecia doente, deu-lhe uma pequena margem. Silenciosamente abriu sua jaqueta, e tocou a estrela chapeada sujeita em sua blusa.

—Sou a lei, —disse sobriamente—. A lei não tem lar.

Fez-o sorrir um pouco, e logo gemeu.

—Homem, consegui à mãe de todas as ressacas de Natal.

—Mescla uma beberagem, Dickie, e esquece-o. Dave tem ao número três.

—Dave o que?

—Palmer, David Palmer. —Resistiu soltar sua impaciência esbofeteando-o a um lado da cabeça. Mas se imaginou fazendo-o—. Leíste a maldita circular?

—Só estive aqui vinte minutos. Jesus. —Fez rodar seus ombros, esfregou-se a cara, e soprou bruscamente três vezes pelo nariz—. Palmer? Esse exemplar sanguinário está enjaulado.

—Já não mais. escapou e está de volta em Nova Iorque. Wainger e Ring são obra dela.

—Mierda. Maldita mierda. —Não parecia menos doente, mas seus olhos estavam alerta agora—. A maldita semana de Natal e obtemos à exemplar psicopata mais anormal do mundo.

—Sim, e Feliz Ano Novo, também. Necessito os resultados, da soga, e o papel. Quero saber o que utilizou para esculpir as cartas. Conseguiu algum cabelo ou fibra da equipe forense?

—Não, espera, só espera um maldito minuto. —moveu-se rapidamente em sua cadeira lhe rodem sob o escritório, ladrou ordens em um computador, e grunhiu quando explorou os dados—. Os corpos estavam limpos. Nenhum cabelo além dos da vítima. Nenhuma fibra.

—Ele sempre os manteve limpos, —murmurou Eve.

—Sim, lembrança. Lembrança. Obtiveram um pouco de pó... como areia, entre os dedos dos pés de ambas as vítimas.

—Pó de concreto.

—Sim. Conseguirei-te a classificação, e o período possível. Agora a soga. —deslizou-se para trás—. Estou só olhando, fazendo uma prova. Nada especial ou específico sobre ela. A soga com que os ata é de nylon padrão. me dê algum tempo, e te conseguirei a marca.

—Quanto tempo?

—Duas horas, três máximo. Toma mais quando é padrão.

—Faz-o rápido. —afastou-se—. Estarei na área.  

 

A seguir se deteve no depósito de cadáveres, para acossar ao examinador médico principal. Era mais difícil intimidar ao Morse que apressá-lo.

Não houve assalto nem moléstia sexual, nenhuma mutilação nem feridas nos genitálias.

Típico do Palmer, pensou enquanto repassava o relatório preliminar do Morse em sua mente. Ele era tão completamente assexuado como ninguém com quem se tropeçou. Duvidou que inclusive pensasse no gênero de suas vítimas além de como uma estatística para seus experimentos.

O sistema nervoso central do Wainger foi prejudicado com severidade. O sujeito sofreu um enfarte cardíaco menor durante o período de tortura e seqüestro. O ânus e o interior da boca mostraram impulsos elétricos. Ambas as mãos esmagadas com um instrumento liso, pesado. Três costelas quebradas.

A lista de feridas continuou até que Morse confirmou a causa de morte como estrangulamento. E a hora de morte como a meia-noite de vinte e quatro de dezembro.

Passou uma hora onde Carl Neissan, outra onde Wainger. Em ambos os casos, pensou, a porta tinha sido aberta, ao Palmer permitiram entrar. Era bom nisso. Bom em pôr um sorriso bonito e falar bem.

Parecia tão malditamente inocente, pensou enquanto subia os degraus para sua própria porta principal. Inclusive seus olhos… e os olhos pelo general diziam que eram os de um homem jovem, inofensivo. Não tinham piscado, nublado ou esclarecido, nem sequer quando se sentou em Entrevista frente a ela e havia descrito cada assassinato.

Tinham tomado um brilho de loucura só quando falou do alcance e a importância de seu trabalho.

—Tenente. —Summerset, alto e ossudo em severo negro, escorreu-se fora de uma porta—. Assumo que seus convidados ficarão a almoçar?

—Convidados? Não tenho nenhum convidado. —tirou-se sua jaqueta, e a atirou no poste do pilar—. Se quer dizer minha equipe, nos ocuparemos.

Ele tomou a jaqueta do poste justo quando começava a subir. Ante seu grunhido desço de repugnância jogou uma olhada para trás. Ele sustentava com seus dedos as luvas que tinha feito uma bola no bolso de sua jaqueta.

—O que lhes tem feito a estes?

—É só selador. —Os quais tinha esquecido limpar antes de colocá-los em seu bolso.

—São de couro feito a mão, italiano com forro de visom.

—Visom? Mierda. É o que está louco? —Sacudindo sua cabeça, seguiu subindo—. Forro de visom, pelo amor de Deus. Terei-os perdido antes de na próxima semana, então algum estúpido visom terá morrido por nada. —Jogou uma olhada pelo vestíbulo à porta do escritório do Roarke, sacudiu sua cabeça outra vez, e caminhou para a sua.

Tinha razão, notou Eve. Sua equipe podia ocupar do almoço por si mesmo. Feeney estava comendo uma espécie de emparedado multi-nível enquanto murmurava ordens ao computador e investigava. Peabody tinha um tigela profundo de massa, tirando-os para cima com uma só mão, deslizando um montão com a outra.

Seu escritório cheirava como um restaurante fino e soava como uma delegacia de polícia. O computador e as vozes humanas soavam, a impressora cantarolava, e o comunicador principal emitia um sinal sonoro e era ignorado.

Partiu a pernadas e o respondeu ela mesma.

—Dallas.

—Ouça, consegui seu soga. —Quando viu o Dickie meter um encurtido em sua boca, perguntou-se se cada estômago de funcionário público tinha despertado ao mesmo tempo—. A soga com que os ata é de nylon, como pinjente. Este tipo específico é de grau superior, carga pesada. Fabricado pelo Kytell em Pulôver. Os tipos se dirigem ao distribuidor, esse é seu objetivo.

—Sim. Obrigado. —Cortou a transmissão, pensando que Dickie não era sempre um completo imbecil. Tinha completo e não tinha requerido um suborno.

—Tenente, —começou Peabody, mas Eve levantou um dedo e caminhou para a porta do Roarke e entrou—. Poses Kytell em Nova Pulôver?

Logo se deteve e se agitou quando viu que ele estava em meio de uma conferência holográfica. Várias imagens giraram, e a estudaram com olhos educadamente indignados.

—Sinto muito.

—Está bem. Senhores, senhoras, esta é minha esposa. —Roarke se reclinou em sua cadeira, enormemente divertido porque Eve fazia por descuido sua ameaça de interromper em um de seus entendimentos “multimilionários”  só para incomodá-lo—. Se me perdoam um momento. Caro?

O holo de seu ajudante administrativo se levantou, e sorriu.

—É obvio. Trocaremos à sala de conferências momentaneamente. —A imagem girou, dirigiu suas mãos sobre mandos que só ela podia ver, e os holos se afastaram.

—Deveria ter chamado ou algo.

—Não há problema. Esperarão. Estou a ponto de fazê-los a todos muito ricos. Possuo o que?

—Teve que dizer “minha esposa” precisamente dessa forma, como se acabasse de subir correndo da cozinha?

—Uma imagem muito mais serena que lhes contar que acabava de correr do depósito de cadáveres. E é uma companhia bastante conservadora a que estou a ponto de comprar. Agora, possuo o que e por que quer sabê-lo?

—Kytell, apóie em Nova Pulôver. Eles fazem a soga.

—Eles? Bem, não tenho nem idéia. Só um momento. —girou-se para o console, solicitando a informação da companhia.

O qual, pensou Eve com certa irritação, poderia maldito bem havê-lo feito ela mesma.

—Sim, são uma subdivisão do Yancy, que é parte de Indústrias Roarke. E o que, assumo, fez a arma homicida.

—Acertou à primeira.

—Então quererá ao distribuidor, as lojas na área de Nova Iorque onde grandes quantidades foram vendidas a um comprador dentro de na semana anterior.

—Peabody pode consegui-lo.

—Obterei-o mais rápido. me dê trinta minutos para terminar aqui, logo te mando os dados a sua unidade.

—Obrigado. —Começou a sair, e retornou—. A terceira mulher à direita? A ruiva? Mostrava-te as pernas... outra polegada mais acima a saia e teria estado diante de seu entrepierna.

—Notei-o. Pernas muito formosas. —Sorriu—. Mas nem assim conseguirá mais de oitenta ponto três por ação. Algo mais?

—Não é ruiva natural, —disse Eve para sua tortura e ouviu que ele ria quando fechou a porta entre eles.

—Senhor. —Peabody se levantou—. Acredito que tenho uma pista do veículo. Três possíveis, exclusivos de alta qualidade vendidos a homens sós nos começos ou metade dos vinte anos, o vinte e vinte e um de dezembro. Duas vendas na zona Leste de Nova Iorque e uma no Brooklyn.

—Imprime cópias da foto do Palmer.

—Já parece.

—Feeney?

—Estou-o examinando.

—Segue seccionándolo. Roarke deveria ter alguns dados da arma homicida dentro de meia hora. envia-me isso quando estiver feito, sim? Peabody, vai comigo.

 

A primeira representação era uma lavagem, e quando chegou ao segundo, Eve sinceramente esperou não ter que dirigir-se ao Brooklyn. Os novos veículos brilhantes no chão do salão de exposição fizeram que os olhos do Peabody brilhassem avariciosamente. Só a rápida cotovelada do Eve lhe impediu de acariciar o capô de um Booster 67, o veículo esportivo do ano.

—Mantén um pouco de dignidade, —grunhiu Eve. Assinalou a um dependente, que não pareceu muito feliz quando lhe mostrou sua insígnia—. Preciso falar representante que vendeu um veículo como esse —gesticulou por volta de um Booster— a semana passada. Um tipo jovem o comprou.

—Lã vendeu um do 67 uns dias antes de Natal. —Agora pareceu ainda mais  infeliz—. Ela freqüentemente persegue os homens mais jovens. —Assinalou a uma mulher em um escritório no lado oposto do salão de exposição.

—Obrigado. —Eve avançou, notando que Lã tinha uma explosão de cachos negros lustrosos que caíam em cascata sob suas costas, um aparelho de surdez sobre ele, e conversava rapidamente com um cliente potencial na linha enquanto operava manualmente um teclado com suas unhas pintadas de um vermelho vivo.

—Posso lhe pôr nisso por oito ao mês. Oito por mês e estará atrás do volante mais atrativo, e a mais poderosa unidade de ar atualmente produzida. Curto minha comissão ao osso porque quero ver ir-se no que lhe faz feliz.

—Faça-o feliz mais tarde, Lã. —Eve sustentou sua insígnia diante da cara de Lã.

Lã pôs uma mão sobre a boquilha, estudou a identificação, e amaldiçoou bruscamente. Imediatamente sua voz voltou a derreter-se.

—Jerry, olhe o vídeo uma vez mais, prove o holo dirigido. Se não sorrir ao final, o 7000 não é para você. Você me chama e me avisa. Recorde, quero-lhe feliz. Aló?

Ela desconectou, e fulminou com o olhar ao Eve.

—Paguei essas malditas infrações de estacionamento. Todas.

—Feliz de ouvi-la. Nossa cidade necessita seu apoio. Necessito informação de uma venda que fez a semana passada. Um Booster. Você foi contatada hoje mais cedo e o confirmou.

—Sim, seguro. Tipo agradável, cara bonita. —Sorriu—. Sabia o que queria.

—Este é o tipo? —Eve fez gestos ao Peabody, quem tirou a foto.

—Sim. Lindo.

—Sim, é na verdade bonito. Necessito os dados. Nome, direção, trabalho.

—Claro, não há problema. —Girou para sua máquina, e solicitou a leitura. Logo, olhando para trás ao Eve, entrecerró seus olhos—. Você me parece conhecida. Vendi-lhe um carro?

Eve pensou em seu exemplar departamental, o patético e quejumbroso verde maçã de estilo fechado.

—Não.

—Você de verdade... OH! —Lã se iluminou como uma Árvore de Natal—. Seguro, seguro, é a esposa do Roarke. A esposa polícia do Roarke. Vi-a em tela. A verdade é que ele tem uma extensa coleção de veículos. Onde trata ele?

—Em qualquer lugar que deseje, —disse Eve breve, e Lã soltou uma risada alegre.

—OH, estou segura que o faz. eu adoraria enormemente lhe mostrar nosso novo Barbarian. Não estará no mercado por outros três meses, mas posso arrumar uma exposição privada. Se você somente lhe desse meu cartão, Sra. Roarke, estaria...

—Vê isto? —Eve tirou sua insígnia outra vez, e quase a empurrou em cima da coquete nariz de Lã—. Diz “Dallas”. Tenente Dallas. Não estou aqui para arrumar sua seguinte comissão. É uma investigação oficial. me dê os malditos dados.

—Certamente. É obvio. —Se suas plumas se agitaram, Lã o escondeu bem—. Um, o nome é Peter Nolan, 123 Este Sessenta e oito, apartamento 4-B.

—Como pagou?

—Que recorde. Transferência eletrônica Direta. Completa. Não quis financiar. A transferência foi solicitada, recebida, e confirmada, e saiu como um homem feliz.

—Necessito toda a informação do veículo, inclusive a licença temporária e a matrícula. Descrição completa.

—Bem. Caramba, o que fez? Matou a alguém?

—Sim, fez-o.

—Vá! —Lã rapidamente copiou o disco de dados—. Um já não pode confiar em uma cara bonita, —disse e introduziu seu cartão de visita no pacote do disco.

 

Peter Nolan não vivia na direção da rua Sessenta e oito. Kowaskis, um casal maior, e seu decrépito schnauzer viviam naquele lugar há quinze anos.

Uma inspeção no banco mostrou que a conta do Nolan tinha sido aberta, em pessoa, em 20 de dezembro daquele ano e se fechou em 22 de dezembro.

Só o tempo suficiente para fazer o trato, pensou Eve. Mas onde tinha conseguido o dinheiro?

Tomando o conselho do Roarke, finalizou um dia muito comprido começando a busca em contas sob o nome do Palmer. Isso, pensou, esfregando-os olhos, ocupava uma grande quantidade de tempo.

Quanto tempo tinha Carl? perguntou-se. Outro dia, por isso acreditava. Se Palmer estivesse em forma, começaria a desfrutar de seu trabalho muito para precipitar-se excessivamente. Mas algum momento dentro das vinte e quatro horas seguintes, acreditou que aspiraria ao Justine Polinsky.

Enquanto sua máquina trabalhava, reclinou-se e fechou os olhos. Quase meia-noite, pensou. Outro dia. Feeney estava terminando seu trabalho. Estava segura que teria uma pista da equipe logo, logo estavam as casas que confirmar. Tinham a marca, o modelo, e a licença de seu veículo.

Ele tinha deixado um rastro, pensou. Queria que o seguisse, queria sua culminação. O filho de puta.

É entre você e eu, não é assim, Dave? Pensou quando sua mente começou a ir à deriva. Quão rápida, e quão inteligente posso ser? Supõe que tudo será mais doce quando me tiver nessa jaula. É porque o deseja tanto que comete enganos. Pequenos enganos.

vou pendurar te por eles.

deslizou-se no sonho enquanto seu computador zumbia e despertou só quando sentiu que era elevada.

—O que? —Por reflexo alcançou a arma que já se tirou.

—Tem que te deitar. —Roarke a aproximou enquanto abandonava o escritório.

—Só descansava meus olhos. Tenho dados ingressando. Não me leve.

—Estava morta, os dados estarão ali pela manhã, e já te levo.

—Estou-me aproximando, mas não o suficiente.

Ele tinha visto os dados financeiros em sua tela.

—Jogarei uma olhada nas contas pela manhã, —disse-lhe quando a colocou na cama.

—Tenho que cobri-lo.

Desprendeu sua insígnia, e a pôs a um lado.

—Sim, Xerife, mas o dinheiro é meu negócio. Desapega lhe um momento.

—Estará dormindo neste momento. —Deixou ao Roarke despi-la—. Em uma cama grande, e suave com lençóis limpa. Ao Dave gosta de estar limpo e cômodo. Terá um monitor no dormitório por onde poderá olhar ao Neissan. Gosta de olhar antes de ir-se dormir. Disse-me isso.

—Não pense. —Roarke se deslizou na cama a seu lado, aproximando-a.

—Ele me quer.

—Sim, sei. —Pressionou seus lábios em seu cabelo tanto para consolar-se para consolá-la a ela—. Mas não poderá te ter.

 

O sonho ajudou. deixou-se cair pela casa como uma pedra e tinha dormido profundamente durante seis horas. Não tinha havido nenhuma chamada em meio da noite para revelar que o corpo do Carl Neissan tinha sido encontrado.

Outro dia, pensou novamente e partiu a pernadas para seu escritório. Roarke estava em seu escritório, afanosamente investigando dados.

—O que faz?—Quase lhe saltou—. Isso é classificado.

—Não diga estupidezes, querida. Estava-te estendendo muito ontem à noite. Vocês passarão dias reunindo e rechaçando todas as contas sob o nome Palmer. Necessita uma que mostre uma considerável atividade, grandes transferências, e conexões a outras contas… que é, é obvio, a parte mais complicada se está tratando com alguém que sabe como encobrir o dinheiro.

—Não pode só te sentar e começar a revisar os dados recolhidos em uma investigação.

—É obvio que posso. Necessita café. —Elevou a vista brevemente—. Então se sentirá mais você mesma e te mostrarei o que tenho.

—Sinto-me exatamente como eu mesma. —O qual, admitiu, nesse momento era molesta e nervosa. Caminhou com passo majestoso para o AutoChef, por uma taça grande de café quente e negro. A cafeína deliciosa e verdadeira que Roarke ordenava que entrou diretamente por seu organismo.

—O que conseguiste?—perguntou quando voltou.

—Palmer foi muito simples, muito óbvio, —começou Roarke, e ela entrecerró seus olhos.

—Não pensou o mesmo ontem.

—Pinjente que comprovasse parentes, mesmos nomes. Deveria ter sugerido que tentasse o sobrenome de solteira de sua mãe. Riley. E aqui temos a conta de um Palmer Riley. Foi aberta faz seis anos, conta de comissão padrão, operada. Já que houve um pouco de atividade durante os seis meses passados, assumiria que seu homem encontrou um modo de ter acesso a um comunicador ou a um computador na prisão.

—Não deveria ter estado perto de uma. Como pode estar seguro?

—Sabe como trabalha o dinheiro, e quão fluido pode ser. Vê aqui que faz seis meses tinha um balanço de apenas 1.3 milhões de dólares. Durante os últimos três anos, toda ação foi automática, diretamente operada sem ingresso do titular da conta. Mas aqui começa a fazer transferências. Aqui consta uma a uma conta sob o nome do Peter Nolan, o que, a propósito, é o nome do marido de sua tia pelo lado de seu pai. Contas estrangeiras, contas fora do planeta, e contas locais de Nova Iorque… nomes diferentes, identidades diferentes. teve este dinheiro por algum tempo e esperou, sentado nele até que encontrou o modo de usá-lo.

—Quando o apanhei anteriormente, congelamos suas contas, conta sob o nome do David Palmer. Não aprofundamos mais. Não pensei nisso.

—por que deveria havê-lo feito? Deteve-o, e o encerrou. supunha-se que permaneceria encerrado.

—Se tivesse esclarecido tudo, não teria tido o apoio para voltar.

—Eve, ele teria encontrado uma forma—. Esperou até que ela o olhou—. Sabe isso.

—Sim. —Soltou um comprido suspiro—. Sim, sei. Isto me indica que o esteve planejando, fazendo compras, fazendo malabares com os recursos, represando-os em contas encobertas. Tenho que as congelar. Não acredito que um juiz vá discutir o comigo, não depois o que aconteceu com um dos seus.

—Zangará-o muitíssimo.

—Esse é o plano. Necessito os nomes, números, as localizações de todas as contas às que possa conectá-lo. —Suspirou—. portanto adivinho que estou em dívida contigo.

—Usa seu presente, e ficamos iguais.

—Meu presente? Ah, sim. Onde e/ou que desejo fazer por um dia. me deixe pensar sobre isso um pouco. Ultimamo-lo, e o usamos a véspera de ano novo.

—É um trato.

Um pensamento horrível se moveu sigilosamente em sua ocupada mente.

—Não temos nada para o Ano Novo, verdade? Nenhuma festa ou algo.

—Não. Não quis nada, só a ti.

girou-se para ele, entrecerrando seus olhos justo quando o sorriso se alargava.

—Práticas dizer essa classe de coisas?

—Não. —Ele se levantou, emoldurou sua cara e a beijou, forte e profundamente—. Tenho todo esse material no disco.

—É um tipo hábil, Roarke. —Passou seus dedos por seu cabelo e simplesmente se perdeu durante um momento em seu olhar. Logo, dando uma sacudida, retrocedeu—. Tenho que trabalhar.

—Espera. —Agarrou sua mão antes de que ela pudesse afastar-se—. O que foi isso?

—Não sei. Só me acontece de vez em quando. Você, suponho, confunde-me às vezes Agora não tenho tempo para isto.

—Querida Eve. —Passou seu polegar sobre seus nódulos—. te Assegure de fazer tempo mais tarde.

—Sim, farei-o.

 

Trabalharam juntos uma hora antes de que Peabody chegasse. Trocou de trabalho, deixando ao Roarke fazer o que para melhor —manipular dados— enquanto se enfocava em residências privadas compradas na área de Nova Iorque, ampliando o tempo aos seis meses desde que Palmer tinha ativado sua conta.

Feeney entrou para lhe informar que tinha identificado parte da equipe de gravação e seguia.

Eve juntou seus listrados e se levantou.

—Temos mais de trinta casas que comprovar. Tem que fazer-se a domicílio já que não confio nos nomes e dados. Ele poderia ter usado algo. Peabody...

—Vou com você, senhor.

—Correto. Roarke, estarei fora.

—Avisarei-te quando tiver todo talher.

Olhou-o trabalhar tranqüilamente, a fundo, metodicamente. E se perguntou quem demônios se ocupava do que freqüentemente pensava como seu Império.

—Olhe, posso chamar um homem para isto. McNab...

—McNab. —Peabody se estremeceu ante o nome antes de poder conter-se. Tinha uma trégua temporária com o detetive do EDD, mas isso não significava que queria compartilhar seu caso com ele. Outra vez—. Dallas, vamos. esteve tão agradável e tranqüilo por aqui.

—Seguirei nisto. —Roarke lançou um olhar a ela, e piscou os olhos ao Peabody—. Tenho uma revolta agora.

—Independentemente disso. me mande, e ao Feeney, os dados quando o tiver tudo. vou comprovar a soga, também. Provavelmente recolheu tudo por si mesmo, mas só tomaria uma entrega para precisar seu buraco.

 

Depois de três horas golpeando portas, perguntando a pais profissionais, amas de casa, ou outros que optavam por trabalhar desde seu lar, Eve se compadeceu do Peabody e se balançou para um posto móvel de comida.

Nessa vizinhança os postos estavam limpos, os toldos ou sombrinhas brilhantes, os operários amáveis. E os preços obscenos.

Peabody se estremeceu quando foi obrigada a usar um cartão de crédito só para o café, um kabob, e uma pequena quantidade de batatas fritas magras.

—É meu metabolismo, —resmungou quando subiu ao carro—. Tenho um que requer combustível com regularidade.

—Então te encha, —aconselhou Eve—. vai ser um comprido dia. Ao menos a metade dessa gente não vai estar em casa até depois das cinco quando terminarem seu turno

Tomou o comunicador quando emitiu um sinal sonoro.

—Dallas.

—Olá, Tenente. —Roarke a observou sobriamente—. Seus dados estão entrando.

—Obrigado. Começarei com a autorização.

—Uma coisa… não encontrei nenhuma conta com um retiro ou transferência que parecesse o bastante grande para uma compra ou pagamento à vista de uma casa. Um gancho é possível, mas sim, como me disse, não financiou um carro, provavelmente não quis tratar com crédito e CompuGuard comprova sua avaliação e antecedentes.

—Tem uma maldita casa, Roarke. Sei.

—Estou seguro que tem razão. Não estou convencido que a tenha adquirido recentemente.

—Ainda ficam vinte que comprovar, —respondeu—. Tenho que chegar até o final. Talvez só aluga. Gosta de possuir, mas possivelmente esta vez alugou. Dirigirei-o por aquele caminho, também.

—Não houve nenhuma transferência padrão ou retirada que indicariam pagamentos de hipoteca ou aluguel.

Ela assobiou.

—É grotesco.

—O que?

—Como de bom polícia seria.

—Não acredito que me insultar seja apropriado dadas as circunstâncias. Tenho certos negócios próprios que atender, —disse quando lhe sorriu abertamente—. Retornarei ao teu dentro de pouco.

 

Palmer tinha comprado, e recolhido pessoalmente cento e vinte jardas de soga de nylon de uma loja de depósitos de fornecimentos do Canal. O empregado de escritório que tinha dirigido a venda identificou a foto e tinha mencionado quão agradável tinha sido o jovem Sr. Dickson. Como Dickson, Palmer também tinha comprado uma dúzia de polias de carga pesada, um fornecimento de anéis aço Ou, cabo, e o jogo completo de Dona-de-casa Prático de instrumentos Steelguard, inclusive o pacote de laser acessório.

Toda a compra tinha sido carregada na área de carga em seu novo Booster-6Z novo e brilhante —que o empregado de escritório tinha admirado— a manhã de 22 de dezembro.

Eve imaginou que Palmer tinha sido um pequeno parasita ocupado esse dia e também o seguinte, estabelecendo sua câmara privada de horrores.

Para as oito tinham eliminado todas as casas da lista inicial do Eve.

—Isso. —Eve subiu a seu carro e pressionou seus dedos em seus olhos—. Todos comprovados. Deixarei-te cair em uma parada de transporte, Peabody.

—Vai a casa?

Eve baixou suas mãos.

—por que?

—Porque não termino se começar a percorrer a lista de aluguéis que atirei.

—Perdão?

Peabody pôs firme seu queixo. Eve sentiu uma frieza descendo por seu espinho dorsal quando adquiriu esse tom de oficial superior.

—Não vou fora de serviço, senhor, deixando-a só no aérea com o Palmer solto e você como objetivo. Com respeito, Tenente.

—Não crie que possa dirigir a um pequeno e insignificante deficiente mental?

—Acredito que quer dirigi-lo muito. —Peabody suspirou—. Me estou pegando, Dallas.

Eve entrecerró seus olhos.

—falaste com o Roarke? —Ante a rápida piscada dos olhos do Peabody jurou—. Maldito.

—Ele tem razão e você se equivoca. Senhor. —Peabody fortalecida pela explosão, estava determinada a resistir, logo quase a olhou com olhos exagerados pelo choque.

—Talvez, —foi tudo o que Eve disse quando arrancou pelo bordo da calçada.

Posto que se sentia afortunada, Peabody lançou ao Eve um olhar.

—Não comeste em todo o dia. Nem sequer roubou alguma de minhas batatas fritas. Poderia comer.

—Bem, está bem. Cristo, Roarke tem seu número, verdade?

—Ojala.

—Sujeita lhe, Peabody. Abasteceremos de combustível o metabolismo, logo começaremos com as unidades de aluguel.

—Sujeitarei-me com prazer, senhor.

 

Começou a nevar perto da meia-noite, grossos flocos frios com borde cristalizados. Eve olhou pelo pára-brisa e se disse que era tempo de deter-se. A noite estava terminada. Nada mais se podia fazer.

—Ele tem todas as cartas, —murmurou.

—Tem uma mão bastante boa, Dallas. —Peabody se moveu em seu assento, agradecida pelo calor do carro. Inclusive seus ossos estavam intumescidos.

—Não importa o que tenho. —Eve saiu da última unidade de aluguel que tinham comprovado—. Não esta noite. Sei quem é, a quem vai matar. Sei como o faz e por que. E esta noite isso não significa uma maldita coisa. As probabilidades são, que se fez com o Carl em este momento.

Era estranho ver o Eve desalentada. Zangada, sim, pensou Peabody com certa preocupação. E controlada. Mas não podia recordar alguma vez antes essa tranqüila resignação na voz de sua tenente.

—Cobriu todos os ângulos. Tomou todas as medidas.

—Isso não vai servir lhe de muito ao Carl. E se houvesse talher todos os ângulos, teria ao filho de puta. Logo perco um. Ele escapa porque não posso apanhá-lo.

—Só tiveste o caso por três dias.

—Não. Tive-o por três anos. —Quando cruzou uma luz, seu comunicador emitiu um sinal sonoro—. Dallas.

—Tenente, é o Detetive Dalrymple, adjudicado a vigiar a residência Polinsky. Temos um sujeito masculino de raça variada, na metade dos vinte anos, altura e constituição medeia. Vai a pé e leva um pequeno saco. Usou o que pareceu ser um código chave para entrar no lugar. Agora está dentro.

—Estou a três quadras ao leste de sua posição e em caminho. —Já tinha dado a volta à esquina voando—. Assegure tudo, chame por apoio. Não tem sentido,                          —resmungou ao Peabody enquanto foram atravessando Madison—. Simplesmente entrou? Caindo diretamente em nosso regaço? Não tem nem um jodido sentido.

Freou chiando a meia quadra da direção. Sua arma estava em sua mão antes de que baixasse à calçada.

—Peabody, a unidade do Polinsky está no quarto piso, ao lado sul. Vê, e toma a escada de incêndios. Se sair por aí, detenlo rapidamente.

Eve carregou por diante do edifício e, muito impaciente para esperar pelo elevador, correu pelas escadas. Encontrou ao Dalrymple no quarto piso, com a arma lista enquanto esperava ao lado da porta.

—Tenente. —Deu-lhe uma breve cabeçada—. Meu companheiro está na parte posterior. O sujeito esteve dentro menos de cinco minutos. O apoio vem em caminho.

—Bem. —Estudou a cara do Dalrymple, encontrou seus olhos estáveis—. Não os esperaremos. Entraremos silenciosamente, —acrescentou, tirando seu código professor e puenteando as fechaduras.

—Conte comigo. —Ele estava preparado ao lado dela.

—Às três. Um, dois. —Golpearam a porta, franquearam por acima e abaixo, costas contra costas, varrendo com suas armas. A música rugia, um backbeat primitivo de tambores detrás de chillonas violões. Na área de estar, a tela de humor tinha sido posta em vermelhos profundos e azuis flutuantes que se mesclavam o um com o outro.

Assinalou ao Dalrymple à esquerda, tinha dado dois passos à direita quando um homem nu saiu da cozinha levando uma garrafa de vinho e uma solitária rosa vermelha.

Ele gritou e deixou cair a garrafa. O vinho se verteu no tapete. Ruborizando-se até as bolas, ficou em cuclillas.

—Não dispare! Jesus, não disparar. Tome o que deseje. Algo. Nada é meu.

—NYPSD, —estalou Eve—. Ao chão, de barriga para baixo, mãos detrás da cabeça. Agora!

—Sim, senhora, sim, senhora. —Quase se mergulhou no tapete—. Não fiz nada. —Ele se estremeceu quando Eve arrastou suas mãos e o revistou—. Eu só ia encontrar me com o Sunny. Ela me disse que estaria bem.

—Quem demônios é você?

—Jimmy. Jimmy Ripsky. Vou à universidade com o Sunny. Estamos em férias de inverno. Ela me disse que seus pais estariam fora da cidade por uns dias e poderíamos usar o lugar.

Eve guardou sua arma com chateio. O moço tremia como uma folha.

—lhe consiga uma manta ou algo, Dalrymple. Não é nosso homem. —Levantou-o e houve  bastante compaixão nela para não sacudi-lo antes de lhe fazer gestos para uma cadeira—. nos Conte a história completa, Jimmy.

—Isso. Pois... —agachando-se com vergonha, cruzou seus braços sobre seu entrepierna—... Sunny e eu temos, como, um assunto.

—E quem é Sunny?

—Sunny Polinsky. Sheila, adivinho. Todos a chamam Sunny. Este é o lugar de seus pais. O homem, seu pai vai matar me se o averiguar.

—Lhe chamou?

—Sim. Bom, não. —Elevou a vista com se desesperada gratidão quando Dalrymple entrou com uma manta—. Recebi um correio eletrônico dela esta manhã e um pacote. Dizia que seus pais se foram ao sul pela semana e que devia vir esta noite. Sobre a meia-noite, que entrasse eu mesmo com a chave que me tinha enviado. E eu, um, você sabe, devia me pôr cômodo. —Colocou a manta ao redor de suas pernas—. Disse que estaria aqui como às doze e trinta e eu, pois ah, deveria esperá-la na cama.                        —Umedeceu seus lábios—. Era bonito, certamente do estilo do Sunny.

—Ainda tem o correio eletrônico? O pacote em que vinha a chave?

—Verti o pacote no reciclador, mas tenho o correio eletrônico. Imprimi-o. É... é por precaução, sabe?

—Correto. Detetive, chame a seu companheiro e a meu ajudante.

—Um, senhora? —Jimmy começou quando Dalrymple se deu a volta afastando-se com seu comunicador.

—Dallas. Tenente.

—Sim, senhora, Tenente. O que acontece? Sunny está bem?

—Está bem. Está com seus pais.

—Mas... disse que estaria aqui.

—Penso que outra pessoa lhe enviou aquele correio eletrônico. Alguém que quis que tivesse algo extra que fazer esta noite. —Mas ela se sentou, e tirou seu palm-enlace—. vou comprovar sua história, Jimmy. Se tudo estiver bem, o Detetive Dalrymple vai arrumar que um policial lhe leve a casa. Você pode lhe dar o listrado do correio eletrônico e seu computador.

—Meu computador? Mas...

—É assunto policial, —disse depois—. A recuperará.

—Bem, isso foi divertido, —disse Peabody quando Eve assegurou de novo a porta.

—Um tonel de risadas.

—Pobre moço. Está mortificado. Pensava que teria o sexo de seus sonhos com sua garota, e consegue ser detido.

—que o casulo conseguisse conservar a maior parte de sua modéstia me diz que o sexo de seus sonhos supera a realidade. —Ante o bufo do Peabody, Eve girou para o elevador—. Sunny respaldou sua história de que estão atados. Não que duvidasse disso. O moço estava muito assustado para mentir. Somente... Dave esteve mantendo-se à corrente das atividades sociais de seus objetivos. Conhece a família, os amigos, e sabe aproveitá-los.

Saiu do elevador, e cruzou o vestíbulo.

—Para ser um residente siquiátrico em um cárcere de máxima segurança, conseguiu colocar suas mãos em muitos dados.

Ela fez uma pausa na porta e simplesmente ficou um momento olhando para fora a neve magra, e constante.

—Recebeu a autorização para sair do planeta, Peabody?

—Seguro. É uma exigência do trabalho.

—Correto. Bem, vá a casa e empacota uma bolsa. Quero-te em caminho ao Rexal no primeiro transporte que possamos arrumar. Você e McNab podem comprovar as instalações, e encontrar a unidade a que Palmer teve acesso.

A alegria inicial ante a idéia de uma atribuição fora do planeta se fez cinzas em sua boca.

—McNab? Não necessito ao McNab.

—Quando encontrar a unidade, necessitará a uma pessoa boa em eletrônica.              —Eve abriu a porta, e a rajada de frio refrescou o rubor zangado nas bochechas do Peabody.

—Ele é uma dor no culo.

—Seguro, mas sabe fazer seu trabalho. Se Feeney pode permitir-lhe será a equipe fora do planeta. —Ela alcançou seu comunicador, tendo a intenção de interromper o sonho do Feeney e pôr as coisas em marcha. Em troca um grito ao final da quadra lhe fez tirar sua arma.

moveu-se rapidamente para o oeste, as botas ressonando na calçada escorregadia. Com um rápido gesto, assinalou ao Dalrymple que ficará em seu posto na caminhonete de vigilância.

Viu primeiro à mulher, envolta em uma elegante pele negra, aferrando-se a um homem com um casaco sobre um smoking. Ele tratava de proteger sua cara e amortecer sua boca contra seu ombro. O tom e o volume de seus gritos indicavam que não fazia um muito bom trabalho.

—Polícia! —Ele gritou quando viu o Peabody e Eve correndo para eles—. Aqui está a polícia, carinho. Meu Deus, meu Deus, o que acontece nesta cidade? Ele o atirou, lançou-o diretamente a nossos pés.

Eve o viu, era Carl Neissan. Seu corpo nu e quebrado de barriga para cima contra o bordo da calçada. Sua cabeça tinha sido barbeada, notou, e a sensível pele raspada e queimada. Seus joelhos estavam fraturados, e sua língua me sobressaía enegrecida. ao redor de seu pescoço, profundamente enterrada, estava a soga de assinatura. E a mensagem esculpida em seu peito ainda vermelho e fresco.

 

INFORTÚNIO A VOCÊS TAMBÉM, ADVOGADOS!

 

Os gritos da mulher tinham acontecido agora a gemidos. Eve o tranqüilizou. Com os olhos no corpo, tirou seu comunicador.

—É Dallas, Tenente Eve. Tenho um homicídio.

Deu a Despacho a informação necessária, logo girou para a testemunha masculina.

—Você vive por aqui?

—Sim, sim, no edifício da esquina. Só vínhamos a casa de uma festa quando...

—Meu ajudante vai levar a seu acompanhante dentro, longe de tudo isto. Do frio. Necessitaremos sua declaração. Apreciaria que ficasse aqui fora comigo durante uns minutos.

—Sim, é obvio. Sim. Carinho. —Tratou de abrir as mãos de sua esposa ao redor de seu pescoço—. Carinho, vê com a mulher polícia. Vê dentro agora.

—Peabody, —disse suspirando—, tira seu carinho daqui, consegue o que dela possa.

—Sim, senhor. Senhora, venha comigo. —Com um par de puxões firmes Peabody arrancou à mulher.

—Foi uma comoção, —seguiu ele—. É muito delicada, minha esposa. Está conmocionada.

—Sim, senhor, estou segura que assim é. Posso obter seus nomes, por favor?

—O que? OH, Fitzgerald. George e Maria.

Eve conseguiu os nomes e a direção para o registro. Em uns minutos teria que tratar com uma multidão, sabia. Inclusive os nova-iorquinos cínicos se juntariam ao redor de um corpo morto, e nu na Avenida Madison.

—Pode você... senhor, me olhe, —adicionou quando ele seguiu contemplando fixamente o corpo. Ia ficando ligeiramente verde—. me Olhe, —repetiu—, e tente me dizer exatamente o que aconteceu.

—Foi tudo tão rápido, tão espantoso. —A reação começou a manifestar-se, mostrando-se no modo que sua mão tremeu quando a pressionou em sua cara—. Acabávamos de vir de onde os Andersons. Tinham uma festa pelas festividades esta noite. Está só a uma quadra, assim caminhamos. Terminávamos de cruzar a rua quando houve um chiado de freios. Apenas lhe emprestei atenção... você sabe como é.

—Sim, senhor. O que viu?

—Joguei uma olhada para trás, só por reflexo, suponho. Vi um carro escuro... negro, acredito. Não, não, não um carro... um daqueles carros utilitários. Um esportivo. deteve-se aqui mesmo. Aqui mesmo. Você ainda pode ver os sinais do derrapagem na neve. E logo a porta se abriu. Ele empurrou... quase jogou neste pobre homem, diretamente a nossos pés.

—Viu o condutor?

—Sim, sim, claramente. Esta esquina está muito bem iluminada. Era um homem jovem, bonito. Cabelo ligeiro. Ele sorriu... sorriu-me enquanto abria a porta. Vá!, acredito que lhe devolvi o sorriso. Tinha a aula de cara que faz sorrir. Estou seguro que poderia identificá-lo. Estou seguro disso.

—Sim. —Eve suspirou, olhou o vento golpeá-lo enquanto os primeiros negro e branco chegavam à cena. Quis que lhe vissem, não, Dave? pensou. E quis que estivesse perto, muito perto, quando deixará ao Carl.

—Pode ir dentro com sua esposa, Sr. Fitzgerald. Estarei em contato.

—Sim, é obvio. Obrigado. Eu... é a semana de Natal, —disse ele com honesta perplexidade em seus olhos—. Você vive na cidade, sabe as coisas terríveis que podem e passam realmente. Mas é a semana de Natal.

—Alegria ao mundo, —Eve murmurou quando ele se afastou. Girou e ordenou que os uniformizados assegurassem a cena e preparassem a equipe de cena do delito. Logo se inclinou ao lado do Carl e se dispôs a trabalhar.

 

Eve passou a maior parte das trinta horas seguintes retrocedendo, procurando a ação que estava segura tinha perdido. Com o Peabody fora do planeta, fez o trabalho ela mesma, dirigindo novas buscas e explorações, compilando dados, estudando informe.

Passou pessoalmente tanto pela casa segura onde Justine e sua família se mantinham protegidos e a casa de Olhe. Checou os controles em seus braceletes de segurança para confirmar que estavam funcionando perfeitamente.

Ele não podia chegar a eles, assegurou-se enquanto caminhava para seu escritório. Com eles fora de alcance, não teria outra opção, só vir por ela.

Jesus, queria que viesse por ela.

Era um engano, sabia que era um engano, fazê-lo uma batalha pessoal. Mas podia ver sua cara de forma tão clara, e ouvir sua suave voz de escolar tão perfeitamente.

Mas veja, Tenente Dallas, o trabalho que faz não é nada mais que um recurso provisório. Não troca nada. Por muitos criminosos que encerre hoje, haverá muitos mais amanhã. O que faço troca tudo. As respostas a perguntas que cada ser humano se faz. Quanto é muito, quanto aceitará a mente, tolerará, agüentará, se o fizer, antes de que se apague? E antes de que isso aconteça, que pensamentos, que impulsos passam pela mente enquanto o corpo morre?

A morte, Tenente, é o foco de seu trabalho e o meu. E enquanto ambos nos recreamos da brutalidade que vai com ela, ao final terei minhas respostas. Você só terá mais perguntas.

Só tinha uma pergunta agora, pensou. Onde está, Dave?

girou-se de novo para seu computador.

—Acender, abrir arquivo Palmer, H3492-G. Remeta todos os arquivos e dados pertencentes ao David Palmer. Procurar probabilidade. Qual é a probabilidade de que Palmer, David, resida agora na cidade de Nova Iorque?

Trabalhando.... Utilizando os dados atuais a probabilidade é de noventa e sete, ponto seis que o sujeito Palmer agora resida na cidade de Nova Iorque.

—Qual é a probabilidade de que o sujeito Palmer resida em uma casa particular?

Trabalhando.... probabilidade de noventa e cinco ponto oito que o sujeito Palmer reside em uma casa particular neste momento.

—Dada a posição dos três objetivos restantes do sujeito Palmer, a qual indivíduo tentará seqüestrar a seguir?

Trabalhando.... a probabilidade mais forte é para o objetivo Dallas, Tenente Eve. As tentativas em objetivos Polinsky e Olhe são ilógicas dado o estado atual.

—Isso é o que esperas.

Girou sua cabeça. Roarke estava de pé na porta entre seus escritórios, olhando-a.

—Com isso conto.

—por que não leva posta um bracelete localizadora?

—Não têm uma que vá com minha roupa. —endireitou-se, girando para             enfrentar —.sei o que faço.

—Faz-o? —Cruzou para ela—. Ou está te arriscando muito? Está-te afetando, Eve. transtornou seu sentido do equilíbrio. chegou a ser quase pessoal para ti.

—Sempre é pessoal.

—Possivelmente. —Ele esfregou seu polegar justo em cima de seu maçã do rosto esquerdo. Seus olhos estavam sombreados, e sua cara pálida. Estava, sabia, funcionando com nervos e determinação nesse momento. Tinha-o visto antes—. Em qualquer caso, dificultaste seu trabalho. Não tem a ninguém agora.

—Não esperará muito tempo. Não necessito a análise do computador para me assinalar isso. Temos menos de quarenta horas para finalizar o ano. Não quero começar o novo sabendo está aí fora. Ele não quererá começá-lo sem mim.

—Eu tampouco.

—Não terá que fazê-lo. —Como sentiu que ele o necessitava, inclinou-se, e cobriu sua boca sobre a sua—. Temos uma entrevista.

—Recordarei-lhe isso.

Quando começou a tornar-se para trás, deslizou seus braços ao redor dela, aproximando-a.

—Não tive o bastante, —murmurou, e disparou seu sangue com um beijo duro e faminto.

Por um momento foi tudo o que houve. Seu sabor, a sensação dele pressionado contra ela, a necessidade que criavam o um no outro uma e outra vez fazendo erupção dentro se.

Entregar-se ele, e a ele, era tão natural como respirar.

—Roarke, recorda como em Véspera de natal nos despimos e nos voltamos loucos?

—Mmm. —Moveu sua boca em seu ouvido, e a sentiu tremer—. Acredito que lembrança algo.

—Bem, te prepare para uma revisão a véspera de Ano Novo. —Retirou sua cabeça, emoldurando sua cara quando riu dele—. decidi que é uma de nossas tradições de dia de festa.

—Sinto-me muito aficionado à tradição.

—Sim, e sim me sinto muito mais aficionada agora mesmo, não vou fazer meu trabalho, então...

Saltou longe dele quando seu comunicador emitiu um sinal sonoro e quase o atirou.

—Dallas.

—Tenente. —A cara do Peabody emergiu, afastou-se, emergiu outra vez, e logo voltou de modo instável.

—Peabody, sua transmissão é pobre ou te saiu um segundo nariz.

—A equipe daqui está pior que o que temos na Central. —O áudio se escutava como um vaio de serpente estático—. E não quero nem sequer falar do alimento. Quando planejar suas próximas férias, te afaste do Rexal.

—E estava primeiro em minha lista. O que me conseguiste?

—Acredito que acabamos de agarrar uma fuga. detectamos ao menos uma unidade a que Palmer teve acesso. Está na capela. Convenceu ao capelão que tinha encontrado a Deus, que queria ler as Escrituras e escrever um livro inspirado na salvação.

—Glória Aleluia. Pode McNab acessar a seus arquivos?

—Ele diz que pode. te cale, McNab. —Peabody girou sua cabeça. O fato de que sua cara se convertesse em um laranja forte pôde ter sido por seu humor ou a interferência espacial—. Eu estou dando este relatório. E informo, senhor, que o Detetive McNab segue sendo uma grande dor no culo.

—Cotado. O que têm até agora?

—Ele encontrou os arquivos no livro que Palmer utilizava para impregnar ao pregador. E afirma que trabalha sob os níveis. Ouça!

O zumbido aumentou e a tela se turvou com cor, linhas, e figuras. Eve pressionou seus dedos em seus olhos e rezou por paciência.

A cara alegre, e atrativa do McNab surgiu. Eve notou que levava postos seis diminutos aros chapeados em uma orelha. portanto não tinha decidido atenuar sua aparência para uma visita ao centro de reabilitação.

—Dallas. Este tipo sabe de eletrônica, assim tomou precauções básicas com seus dados pessoais, mas... te largue, cuerpazo, esta é minha área. De todos os modos, Tenente, estou descartando o excesso agora. Tem o material metido sob sua aclamação de Louvor ao Senhor. Não tomará muito tempo começar a diferenciá-lo. O problema, além dos constantes gemidos de seu ajudante, é a transmissão. Temos uma mierda de equipe aqui e uma tormenta de meteoritos ou algum feliz acontecimento de mierda. Isso causará alguns problemas.

—Pode trabalhar na unidade em um transporte?

—Ah... seguro. por que não?

—Confisca a unidade, agarrem o primeiro transporte de volta. Informem em caminho.

—Wow, isto está que gela. Confiscar. Ouve isso, cuerpazo? Confiscamos a este pequeno bastardo.

—Começa, —exigiu Eve—. Se eles lhe derem algum problema, terá que o guarda fique em contato comigo. Dallas fora.

 

Eve conduziu à Central de Polícia fazendo três paradas desnecessárias pelo caminho. Se Palmer fora a fazer um movimento para ela, faria-o na rua. Ele estava ao tanto que nunca seria capaz de introduzir-se pela segurança da fortaleza do Roarke. Mas não notou nenhuma cauda, nenhuma sombra.

Não obstante, não o sentiu.

Iria para ela na estação? perguntou-se enquanto se deslocava até o setor do EDD para consultar com o Feeney. Ele tinha usado um disfarce de polícia para fazer-se com o Carl. Poderia utilizá-lo outra vez, meter-se no edifício parecido a um labirinto, e mesclar-se com os uniformizados.

Seria um risco, mas um risco assim aumentaria o entusiasmo, a satisfação.

Estudou as caras enquanto passava. Deslizando-se como uma brisa, corredor abaixo, além dos cubículos e escritórios.

Uma vez que teve posto em antecedentes ao Feeney e pedido que consultasse com o McNab pela unidade em caminho, tomou um atalho por um elevador encaixotado para fazer a viagem ao escritório do Comandante Whitney.

Passou a manhã movendo-se pelo edifício, convidando a uma confrontação, logo percorreu as ruas pela tarde.

Voltou a examinar as casas que Peabody e ela tinham inspecionado. Permanecendo exposta. Comprou café mau em um assador guia de ruas, vadiou no frio e a fumaça das salsichas assadas à churrasqueira.

Que demônios esperava ele? Pensou com chateio, expulsando a taça de café em um recipiente de reciclagem. O som de aceleração de um motor a fez jogar uma olhada sobre seu ombro. E olhou diretamente aos olhos do Palmer.

Estava sentado em seu carro, sorriu-lhe, e lhe lançou um beijo emocionado. Mas enquanto ela saltava para frente, elevou-se verticalmente, acelerou e passou como um raio para o sul.

Saltou em seu carro, indo pelo ar enquanto chiava afastando-se da calçada.

—Despacho, Dallas, Tenente Eve. Todas as unidades, todas as unidades nos arredores de Park e Oitenta respondam. Estou em perseguição tierra-ire com um suspeito de assassinato. O veículo é um Booster 6Z negro, número de matrícula de Nova Iorque Delta Able Zero 4821, temporário. Direção sul por Park.

Despacho, Dallas. Recebido e confirmado. Unidades enviadas. Está o veículo do sujeito em fila visual?

—Não. O veículo do sujeito foi ire em Park e Oitenta, dirigindo-se para o sul a alta velocidade. O sujeito deve ser considerado armado e perigoso.

Registrado.

—Aonde vai, aonde vai, pequeno filho de puta? —Eve golpeou o volante com seu punho quando baixou relampejando por Park, rodeando as ruas cruzadas, limitadas atrás—. Muito rápido, —grunhiu—. Baixou muito rápido. Seu buraco tem que estar perto.

estacionou-se, fez todo o possível por controlar seu temperamento, usar sua cabeça e não suas emoções. Dirigiria a busca outros trinta minutos, embora já tinha decidido que era inútil. Tinha metido o veículo em uma garagem uns minutos depois de que o tivesse localizado. depois de haver-se assegurado que o tinha seguido.

Isso significava homens destinados a cada instalação de estacionamento em três setores. Público e privado. E com o presuposto, tomaria dias. O departamento não regularia mão de obra necessária para obter o trabalho um pouco mais rápido.

ficou estacionada onde estava, no caso de Palmer tentava outra brincadeira. depois de abortar a busca, cedeu ao varrido pelos setores ela mesma, trabalhando com frustração antes de conduzir a casa pela escuridão e o tráfico embrulhado.

Não se incomodou em rodear ao Summerset, embora lhe deu uma ampla oportunidade. Em troca, tirando-se o gato que rodeava suas pernas, subiu a escada. Sua intenção era tomar uma ducha abrasadoramente quente, beber um galão de café, e voltar a trabalhar.

Sua realidade foi cair de barriga para baixo na cama. Galahad subiu sobre suas costas, amassou com seu modo de consolar, enroscou-se, e fez guarda com seus olhos fixos na porta.

Assim foi como Roarke os encontrou uma hora mais tarde.

—Eu seguirei, —murmurou, dando ao gato uma rápida carícia entre as orelhas. Mas quando começou a pôr uma manta sobre sua esposa, Eve se moveu.

—Estou acordada. Só estou...

—Descansando seus olhos. Sim, sei. —Para mantê-la de barriga para baixo, Roarke se estirou a seu lado, lhe apartando o cabelo de sua bochecha—. Descansa-os um pouco mais.

—Vi-o hoje. O filho de puta estava a três metros de distância, e o perdi.  —Fechou seus olhos outra vez—. Quer me anular para que assim deixe de pensar. Talvez o fiz, mas agora estou pensando.

—E o que pensa, Tenente?

—Que estive contando muito com o fato de conhecê-lo, de ter estado dentro de sua cabeça. estive rastreando-o sem analisar um elemento vital.

—O que é?

Abriu seus olhos outra vez.

—Está jodidamente louco. —girou-se, contemplando a janela e a escuridão mais à frente—. Não se pode predizer a loucura. Independentemente da maneira que escolha chamá-lo, trata-se de loucura. Não é físico, não há nenhuma razão psicológica. Só o é. Ele só o é. estive tratando de predizer o imprevisível. Por isso sigo fracassando. Não é seu trabalho esta vez. É vingança. Os outros nomes da lista são secundários. Sou eu. Necessitou-os para chegar para mim.

—Já tinha concluído isso.

—Sim, mas o que não concluí, e o que concluo agora, é que quer morrer, enquanto me elimina. Não tem intenção de voltar para a prisão. Vi seus olhos hoje. Já estavam mortos.

—O que só o faz mais perigoso

—Tem que encontrar um modo de chegar para mim, nesse momento tomará riscos. Mas não se deixará apanhar antes de que tenha terminado comigo. Necessita uma ceva. Uma boa ceva. Débito saber de ti. —sentou-se agora, tornando o cabelo para trás—. Quero que leve posta um bracelete.

Ele levantou uma sobrancelha.

—Farei-o se você o faz.

Um músculo saltou em sua bochecha quando apertou seus dentes.

—Expressei-me incorretamente. vais levar posta um bracelete.

—Acredito que essas coisas são voluntárias a menos que o sujeito tenha cometido um delito.  —incorporou-se, e agarrou seu queixo com a mão—. Não chegará a ti através de mim. Lhe posso prometer isso. Mas se esperas que tenha posto um acessório da NYPSD, terá que levar posta uma que faça jogo. E já que não vai fazê-lo, não acredito que esta conversação tenha alguma finalidade.

—Maldição, Roarke. Posso te colocar em custódia preventiva. Ordenar intervir todas suas comunicações, te ter à sombra...

—Não, —interrompeu-a, e a enfureceu beijando-a ligeiramente—. Não pode. Meus advogados sacudiriam por toda parte suas autorizações. Detenha. —Apertou seu queixo antes de que ela pudesse amaldiçoá-lo outra vez. E esta vez não houve nenhum beijo ligeiro, nenhuma piscada de diversão em seus olhos—. Você te parte cada dia para fazer um trabalho que te põe constantemente em perigo físico. Não te peço que troque. É um dos motivos pelos que me apaixonei por ti. Por quem é, o que faz, por que o faz. Não te peço que troque, —repetiu—. Não me questione.

—É só uma precaução.

—Não, é uma rendição. Se fosse menos, levaria posta uma você mesma.

Ela abriu sua boca, fechou-a outra vez, logo o afastou de um empurrão e se levantou.

—Ódio quando tem razão. Na verdade o odeio. vou tomar uma ducha. E não pense nem sequer te unir a mim e tentar algo porque não estou muito feliz contigo agora mesmo.

Ele simplesmente estendeu a mão, agarrou-a, e a atirou de volta à cama.

—te atreva a dizer isso outra vez em cinco minutos, —desafiou-a e rodou em cima dela.

Não disse nada em cinco minutos, logo que podia falar em trinta. E quando finalmente tomou banho, seu sangue ainda rugia. Decidiu que era mais sensato não comentar como tomou ali mesmo. Isso só apelaria a sua veia competitiva.

Guardou silêncio, e saiu da ducha para o tubo secante. O que lhe deu uma perspectiva muito agradável. permitiu-se a si mesmo relaxá-lo bastante para desfrutar disso, olhando os jorros de água que pulsavam e golpeavam sobre o Roarke enquanto o ar quente se formava redemoinhos a seu redor.

Voltou para seu dormitório, vestindo só um antigo moletom da NYPSD, pensando em um café e uma larga tarde de trabalho quando seu palm-enlace soou. Vagamente irritada pela molesta chamada, arrancou-o de onde o tinha atirado na mesita de noite.

—Dallas.

—Foi agradável verte hoje. Em pessoa. Cara a cara.

—Olá, Dave. —Com sua mão livre, alcançou seu bolso, acendeu seu comunicador, e conectou o código do Feeney—. Bonito carro.

—Sim, eu gosto muitíssimo. Rápido, eficiente, e espaçoso. Parece um pouco cansada, Tenente. um pouco pálida. Esgotada portanto trabalho, como de costume? Que terrível que não tenha podido desfrutar das festas.

—tiveram seus momentos.

—As minhas foram muito proveitosas. —Sua atrativa cara brilhou com um sorriso—. É tão bom voltar para trabalho. Contudo realmente consegui manter minha destreza enquanto estava longe. Mas entre você e eu —estou seguro que estaremos de acordo— sabe que não há nada como Nova Iorque. Nada como estar casa e fazendo o que mais amamos.

—Que terrível que não seja capaz de ficar muito tempo.

—OH, tenho a intenção de estar aqui o tempo suficiente para ver a celebração em Teme Square amanhã de noite. Anunciando o ano novo. De fato, espero que o olhemos juntos.

—Lamento-o, Dave. Tenho planos. —Pela extremidade do olho, viu o Roarke sair do banho. Observou-o manter-se fora de vista, movendo-se diretamente para o computador do dormitório, e começar a trabalhar manualmente.

—Acredito que os trocará. Quando souber a quem mais convidei à festa. Recolhi-a só recentemente. Deveria chamar breve aos guardas que tinha estabelecido. A polícia não se feito mais preparada desde que fui. —Soltou uma risada encantadora—. Tomei um pequeno vídeo para ti, Dallas. lhe jogue um olhar. Porei-me em contato mais tarde para te dizer o que tem que fazer para mantê-la viva.

A imagem trocou. O sangue lhe congelou quando viu a mulher na jaula. Inconsciente, pálida, com sua mão magra pendurando através dos barrotes.

—Irradiado de um enlace público, —disse-lhe Roarke—. Grand Central.

Fracamente ouviu o Feeney lhe dar a mesma informação por seu comunicador. As unidades já estavam em caminho para a localização.

Ele se teria ido. É obvio, sabiam que já se teria ido.

—Tem a Olhe. —Foi todo que conseguiu dizer—. Tem a Olhe.

 

O pânico quis dominar. Avançou lentamente por seu ventre, serpenteou acima por sua garganta. Fez que suas mãos se sacudissem até que as empunhou.

Quis tragá-lo enquanto se movia pela casa de Olhe, quando encontrou o bracelete de segurança rota no chão de seu escritório.

—Utilizou instrumentos de laser. —Sua voz estava firme e fria quando empacotou o bracelete—. Antecipou que levaria posta uma e trouxe o necessário para tirar-lhe —Los técnicos médicos están revisando a los guardias. Los dos de afuera sólo están atontados. Pero uno del equipo interior está en mala forma. —Feeney se puso en cuclillas a su lado—. Parece que Palmer entró por atrás, evitó el sistema de seguridad como un profesional. Golpeó a un guardia en la cocina, usó un aturdidor para noquearlo rápido y sin ruido. Viendo como quedó el área de estar, el segundo le dio más problemas. Lucharon en aquel lugar. Mira debe haber estado aquí arriba. Si mantenía cerrada la puerta y trabajaba, no habría oído nada. El cuarto está totalmente insonorizado.

—Os técnicos médicos estão revisando aos guardas. Os dois de fora só estão atordoados. Mas uma da equipe interior está em má forma. —Feeney ficou em cuclillas a seu lado—. Parece que Palmer entrou por atrás, evitou o sistema de segurança como um profissional. Golpeou a um guarda na cozinha, usou um atordoante para nocauteá-lo rápido e sem ruído. Vendo como ficou a área de estar, o segundo lhe deu mais problemas. Lutaram naquele lugar. Olhe deve ter estado aqui acima. Se mantinha fechada a porta e trabalhava, não teria ouvido nada. O quarto está totalmente tirado o som.

—Então passa a segurança, a quatro experimentados policiais, entra diretamente, destrói seu bracelete, e sai tão alegre com ela. Subestimamo-lo, Feeney. —E por isso se culparia sempre—. Não é ele que era quando o apanhei antes. estudou, aprendeu,  manteve sua condição física. Fez bom uso dos três anos em sua cela.

—Ela sabe como trabalha sua mente. —Feeney pôs sua mão em seu ombro—. Olhe sabe tratar com a essa classe de tipos. Utilizará isso. Manterá-se fria e o dirigirá.

—Ninguém sabe de perto como trabalha sua mente na atualidade. Como pensei foi parte do problema desde o começo. A jodí, Feeney, e Olhe vai pagar por isso.

—Equivoca-te. O único estúpido é pensar desse modo neste momento.

—Pensei que poderia utilizar ao Roarke como ceva. Porque se tiver estado me estudando sabe que isso poderia me danificar muito. —Suspirou lentamente quando se levantou—. Mas me conhece melhor do que pensei. Sabe que ela me importa.

—E contará com isso para te anular. Deixará-o?

—Não. —Inspirou outra vez, e exalou—. Não. Necessito ao McNab para mover algo solto. Qual é seu tempo estimado de chegada?

—Amanhã a meio-dia. Tiveram algumas demora com o transporte. As transmissões estão cheias de pontos luminosos, mas consegui que está escavando em alguns financistas.

—Envia o que tenha a minha unidade caseira. Trabalharei de ali.

—Queremos intervir seu comunicador.

—Sim, ele terá deduzido isso, mas o faremos de todos os modos. —Encontrou os olhos do Feeney—. Seguiremos todos os passos.

—Resgataremo-la, Dallas.

—Sim, faremo-lo. —Girou o bracelete selado em sua mão—. Se lhe fizer mal, matarei-o.  —Levantou seu olhar fixo outra vez—. Independentemente da linha que tenha que cruzar, matarei-o.

Quando saiu, Roarke a esperava. Não tinha discutido quando ele tinha vindo com ela e só podia estar agradecida de que conduzisse a casa, assim sua mente podia estar livre para pensar.

—Feeney vai enviar me uns dados, —começou quando subiu ao carro—. Financeiros. Você será capaz de deduzi-lo mais rápido. A equipe de forenses passará pela casa de Olhe, mas não terá deixado muito, se não nada. De todos os modos, não estamos procurando sua identidade. Peabody e McNab não estarão de volta até manhã ao meio dia, assim trabalharemos com o que possam nos enviar enquanto estão em caminho.

—Olhei os alarmes e a segurança. É um sistema muito bom. Usou uma unidade sofisticada de ponte para tirá-la sem acionar o contato. Não é algo ao que um cidadão médio possa acessar facilmente. Posso te ajudar a rastrear a fonte.

—Não importa neste ponto. Mais tarde podemos tratar com isso. É só outro fio que deixou pendente, calculando que perderia tempo atirando dele e não conseguiria nada.

esfregou-se detrás de seus olhos pela dor de cabeça.

—Tenho uniformizados desdobrados. Um dos vizinhos poderia ter visto ou ouvido algo. É inútil, mas é o acostumado e poderíamos ter sorte.

Fechou seus olhos, e se obrigou a pensar a pesar do medo.

—Ela tem até manhã, a meia-noite. Dave deseja certa tradição e simbolismo. Quer dar a bem-vinda ao ano novo comigo, e a necessita para me ter ali.

Sua voz era muito fria, pensou Roarke. Muito controlada. Tinha visto o espiono de pânico, e pena em seus olhos. Deixou-a manter o controle enquanto chegavam a casa, logo caminhou diretamente para seu escritório e solicitou todos os arquivos necessários.

Acrescentou dados de cópia impressa ao tabuleiro de investigação que tinha estabelecido. E quando trocou a foto de Olhe de uma área a outra, seus dedos tremeram.

—Eve. —Tomou seus ombros, e a volteou—. Solta-o.

—Não posso. Não me fale.

—Não pode trabalhar assim. —Ele sem mais a apertou mais forte quando tratou de afastar-se de um puxão—. Solta-o. Solta-o —disse em um tom mais suave—. Sei o que ela significa para ti.

—Deus. —Envolveu seus braços ao redor dele, frisando suas mãos sobre seus ombros enquanto pressionava sua cara em seu pescoço—. OH, Deus. me abrace. Só por um momento, me abrace.

Seu corpo tremeu, uma forte onda de tremores detrás de outra. Não chorou, mas respirou com dificuldade enquanto ele a mantinha abraçada.

—Não posso pensar no que poderia lhe fazer. Se pensar nisso, perderei-o.

—Então recorda que ela é forte, e lista. Saberá o que tem que fazer.

—Sim. —Seu comunicador assinalou dados entrantes—. Esses serão os financistas.

—Começarei com eles. —Acariciou suas costas—. Ele não ganhará este assalto.

—Certo, maldita seja.

 

Trabalhou até que seus olhos e mente se nublaram, logo se abasteceu de combustível com café e trabalhou um pouco mais. Só depois das duas a.m. Feeney lhe enviou mais dados. Isso lhe disse que ele, Peabody, e McNab estavam ainda trabalhando.

—Basicamente, —disse Roarke—, isto só confirma o que já temos. As contas, as transferências. Tem que encontrar mais. Tem que olhar de um ângulo diferente.               —Jogou uma olhada ao Eve oscilando em seus pés—. E tem que dormir.

Ela teria discutido, mas teria sido perder o tempo.

—Ambos o faremos. Só um pouco. Podemos compartilhar a cadeira de sonho. Quero ficar perto desta unidade.

A cafeína em seu organismo não podia resistir ao esgotamento. Momentos depois de fechar os olhos, caiu dormida. Onde os pesadelos a perseguiram.

As imagens de Olhe apanhada em uma jaula se mesclaram e combinaram com lembranças dela sendo menina, encerrada com chave em um quarto. O horror, a dor, e o medo, existiam em ambos os lugares. Ele viria —Palmer, seu pai— viria e lhe faria mal porque podia. Porque desfrutava. Porque não podia detê-lo.

Até que o matou.

Mas inclusive assim retornou e lhe fez todo outra vez em seus sonhos.

Gemeu enquanto dormia, abraçada ao Roarke.

Foi o aroma do café e alimento o que despertou. sentou-se de um puxão, piscando cegamente na escuridão, e se encontrou sozinha na cadeira. Entrou na cozinha e viu o Roarke já tomando mantimentos do AutoChef.

—Tem que comer.

—Sim, está bem. —Mas foi por primeiro café—. Pensava no que disse, olhá-lo de um ângulo diferente. —sentou-se, porque lhe assinalou uma cadeira, e comeu porque estava diante dela—. E sim comprou ou alugou esse lugar antes de chegar a Nova Iorque? Faz um, ou dois anos?

—É possível. Ainda não encontrei nenhum pagamento.

—Tem que estar ali. Em algum sítio. —Ouviu o som de seu palm-enlace do outro quarto e se levantou—. Permanece aqui, faz o que possa para rastreá-lo.

Deliberadamente se moveu detrás de seu escritório, sentou-se, e compôs sua cara.

—Dallas.

—bom dia, Tenente. Espero que dormisse bem

—Desde primeira, Dave. —Curvou uma mão sob o escritório.

—Bom. Quero que esteja descansada para nossa entrevista de esta noite. Tem, OH, vejamos, só dezesseis horas e meia para chegar aqui. Tenho plena confiança em ti.

—Poderia me dizer onde está, assim poderíamos começar nossa entrevista cedo.

Ele riu, obviamente encantado com ela.

—E danificar a diversão? Acredito que não. Somos solucionadores de enigmas, Dallas. Você me encontra antes da meia-noite e a doutora Olhe permanecerá absolutamente segura. Com a condição de que venha para ver-me sozinha. Saberei se trouxer hóspedes não convidados, estarei totalmente seguro. Qualquer intruso, e a boa doutora morre imediatamente e com grande dor física. Quero dançar contigo, Dallas. Só contigo. Entendido?

—Sempre foi entre você e eu, Dave.

—Exato. Vêem sozinha, antes de meia-noite, e terminaremos o que começamos faz três anos.

—Não sei sim ainda está viva.

Ele só sorriu.

—Não sabe sim não o está. —E cortou a transmissão.

—Outro enlace público —lhe disse Roarke—. Autoridade Portuária.

—Necessito a localização. Se não estar ali antes da meia-noite, matará-a. —levantou-se, e passeou—. Tem um lugar, um com completa segurança. Não está me enganando. Terá câmaras, dentro e fora. Sensores. Não teve tempo para pôr todo isso em uma semana, assim o que o lugar veio equipado com eles ou os ordenou por cortesia do capelão da prisão.

—Podemos ter acesso a registros tributários, modelos, especificações. Levará tempo.

—O tempo está terminando-se. Comecemos.

 

Às dois soube que Peabody e McNab tinham aterrissado, e ordenou que trouxessem a unidade a seu escritório em casa. Ele estava perto, pensou outra vez, e nenhum deveria esbanjar o tempo trabalhando no centro da cuidem.

Ao minuto que entraram, começou a resumir seu plano de ataque.

—McNab, te localize aí. Começa a comprovar finanças, transferências, transmissões, usando o nome do capelão. Ou em conjunto com o do Palmer. Peabody, ponha em contato com o Whitney, solicita um rastreamento de tudas as garagens privadas na área do suspeito. Quero uniformizados, cada corpo fresco que possamos encontrar, aproximando-se das instalações públicas de estacionamentos com ordens de confiscar e examinar todas as cintas de segurança da semana passada.

—Todos, Tenente?

—Até o último.

moveu-se ao redor e pelo escritório do Roarke. Usando sua unidade auxiliar, recuperou dados, e os descarregou para investigá-los.

—Tenho as residências dos objetivos do Palmer em azul, —disse ao Roarke—. Processamos de médio a alto Manhattan, a população mais densa neste zona. Temos que nos concentrar em residências privadas em um rádio de dez quadras. A menos que algo entre, rechaça o que não encaixe com este perfil.

Fez rodar seus ombros para aliviar a tensão, e fechou os olhos para esclarecer sua mente.

—Terá um porão. Provavelmente dois quartos acrescentados. Totalmente tirado o som e o mais provável com sua própria área de armazenagem de veículos. Tenho que olhar a armazenagem pública, mas arrumado que tem um próprio. Quer que o encontre, maldição, portanto não pode ser tão difícil. Quer que trabalhe nisso, mas não que falta. É só pessoal para ele, e sem mim...

acalmou-se, e girou ao redor.

—Ele me necessita. Jesus. Comprova meu nome. Comprova cheques, hipotecas, arrendamentos usando meu nome.

—Aí está seu novo ângulo, Tenente, —murmurou Roarke enquanto ficava a trabalhar—. Muito bom.

—Ponha em tela, —solicitou enquanto se aproximava para parar-se detrás dele e o relógio. Quando seu nome apareceu com uma lista de contas e números de títulos jurou outra vez—. Como diabos conseguiu todas essas propriedades?

—Não são delas, são tuas.

—O que quer dizer minhas? Não possuo nada.

—Propriedades que hei trasferido a seu nome. —Roarke falou distraídamente enquanto continuava investigando.

—Transferido? Para que diabos?

Ele se passou um dedo ligeiramente sobre seu anel de bodas e ganhou um murro no ombro.

—Que encantada é.

—Devolve-o. Tudo.

—É complicado. Impostos. Realmente, faz-me um favor. Não, não há nada aqui que não seja teu. Tentaremos uma combinação de nomes.

Desejou terrivelmente enfurecer-se, mas não tinha tempo.

Encontraram três listrados com o nome do David Dallas em Manhattan.

—Consegue as descrições das propriedades.

—Trabalho nisso. Toma um momento piratear a prefeitura.

Não mais que isso para o Roarke, notou Eve quando os dados apareceram em tela.

—Não, esse está no centro da cuidem. Clube Sexual. Tenta o seguinte. —Agarrou a parte posterior de sua cadeira, apertando-a com impaciência—. Está justa fora da área do objetivo, mas factível. Guarda-o e te dirija ao último. Vá. —Quase sussurrou—. Voltou para seus orígenes depois de tudo. Essa é a casa de seus pais. Comprou o lugar.

—Faz dois anos e meio, —confirmou Roarke—. Usando o nome do David Dallas. Seu homem pensava no futuro. Bastante a futuro. Encontraremos contas com esse nome, ou uma conta que teve e fechou.

—A cinco quadras daqui. O filho de puta está a cinco quadras daqui. —inclinou-se, beijou o cocuruto do Roarke, e saiu a pernadas de seu escritório—. O encontrei,             —anunciou, e logo olhou sua unidade de boneca—. Temos sete horas para ultimar como detê-lo.

 

Ela entraria sozinha. Insistiu nisso. Consentiu em entrar com dispositivos eletrônicos de escuta. Acordou vigilância e respaldo em intervalos de meia quadra rodeando a casa. Para a sorte se fixou a insígnia que Peabody lhe tinha agradável, logo tinha esperado com crescente impaciência enquanto Feeney comprovava o transmissor.

—Está conectada, —disse-lhe—. Nada do que encontrei pelo vídeo disco pode rastrear este pequeno e bonito microfone. Temos um chamariz, assim pensará que o encontrou e desativou.

—Bem pensado.

—Você quis fazer o desta maneira. —Ele cabeceou para ela—. Eu faria o mesmo. Mas melhor entende que se ouvir algo que eu não gosto, entro. Roarke. —Retrocedeu quando Roarke entrou no quarto—. Te darei um minuto.

Roarke cruzou para ela, e tocou com um dedo sua insígnia.

—Gracioso, não te parece com o Gary Cooper.

—Quem?

Ele sorriu.

—Meio-dia, querida Eve, embora a hora se correu. Temos uma entrevista em um par de horas.

—Recordo-o. Tenho presente a promessa. Posso fazê-lo.

—Sim. —Beijou-a brandamente—. Sei. Dá minhas saudações a Olhe.

—Apuéstalo. A equipe se está movendo neste momento. Tenho que ir.

—Verei-te logo.

Esperou até que ela se foi, logo saiu e subiu por casualidade na unidade do Feeney.

—Irei contigo.

Feeney se arranhou o queixo.

—A Dallas não gostará disso.

—É uma lástima. Passei as últimas horas estudando o esquema de segurança da casa do Palmer. Posso evitá-lo, por controle remoto.

—Pode, agora? —disse Feeney brandamente.

Roarke girou sua cabeça, e lançou ao Feeney um olhar direto.

—Não deveria necessitar mais de vinte minutos para consegui-lo.

Feeney apertou seus lábios e começou a conduzir.

—Verei o que podemos fazer a respeito disso.

Ela entrou nas dez. Era o melhor, tinha decidido, não fazê-lo muito perto do prazo. A antiga casa de pedra avermelhada era encantadora, perfeitamente renovada. As câmaras de segurança e os sensores foram discretamente se localizados para não tirar mérito a sua sobriedade.

Enquanto caminhava para a porta estava segura que Palmer não a perdia de vista. E que estava agradado. Deu à câmara na alta uma breve olhada, logo dedilhou as fechaduras com seu código professor.

Fechou a porta a suas costas, e ouviu o entalhe da fechadura automática novamente em seu lugar. Quando o fez, as luzes do vestíbulo se acenderam.

—boa noite, Dallas. —A voz do Palmer se difundiu pelo    intercomunicador—.  Estou tão contente de que pudesse obtê-lo. Acabo de lhe assegurar à Doutora Olhe que estaria aqui logo, então poderíamos começar nossa celebração de fim de ano. Ela está bem, a propósito. Agora, se só te tirar sua arma...

—Não. —disse casualmente enquanto avançava—. Não me desarmarei, Dave, assim poderia me apanhar quando baixar a escada. Não nos insultemos o um ao outro.

Ele riu.

—Bem, suponho que tem razão. Guarda-a. Tira-a. Ocupa-a. Está bem. Só recorda, o destino da Doutora Olhe está em suas mãos. Vêem e te una a nós, Tenente. À festa.

Tinha estado na casa com antecedência, quando entrevistou a seus pais. Inclusive se a disposição básica não tivesse trocado, lhe teria tomado tempo estudar os planos. De todos os modos, não se moveu muito rápido, mas examinou com cautela em busca de armadilhas explosivas ocultas enquanto circulava pela casa.

Girou na cozinha, e abriu a porta do porão. O som de vítores estalou para ela. As luzes estavam acesas. Podia ver serpentinas, globos, e adornos festivos.

Tirou sua arma e começou a baixar.

Ele tinha champanha esfriando-se em um cubo, e uns bonitos canapés estendidos em bandejas de prata em uma mesa coberta com uma colorida toalha.

E tinha a Olhe em uma jaula.

—Tenente Dallas. —Disse-lhe Olhe tranqüilamente, embora sua mente gritava. Tinha procurado chamar o Eve por sua fila, para manter sua relação de forma profissional, distante.

—Doutora. —Palmer estalou sua língua—. Lhe disse que eu falaria. Tenente, olhe este controle que tenho. Em seguida nos entenderemos o um ao outro, se pressionar este botão, uma corrente muito forte passará através do metal do lar temporário da doutora. Morrerá em segundos. Inclusive com sua arma completa, terei tempo de fazê-lo. Certamente, meu sistema nervoso reagirá de tal modo ao golpe que meu dedo se sacudirá involuntariamente, e a doutora, diremos, torrará-se.

—Bem, Dave, mas tenho a intenção de comprovar que a Doutora Olhe está ilesa. Fez-lhe mal, Doutora?

—Não. —E tinha obtido até agora conter a histeria—. Não me tem feito mal. E não acredito que o faça. Não me machucará verdade, David? Sabe que quero ajudá-lo. Entendo o difícil foi tudo isto para você, não tendo a ninguém que aprecie tudo o que trabalhou para obter o êxito.

—Está fisicamente bem, verdade? —Ele disse ao Eve—. Tão tranqüila. Já que não quero lhe mostrar nenhuma falta de respeito... e notará que não lhe tirei sua roupa para nosso pequeno experimento... possivelmente poderia lhe dizer que se cale de uma jodida vez. Oporia-te, Dallas?

—Dave e eu temos que tratar isto, doutora Olhe. —Eve se aproximou—. Não, Dave? Você e eu.

—esperei isto portanto tempo. Pode ver que tive muitos inconvenientes. —Gesticulou com sua mão livre—. Talvez você gostaria de uma bebida, e uns aperitivos. Temos uma festividade que celebrar. O final do velho, e o nascimento do novo ano. OH, e antes de que intercepte o aparelho que tem posto, lhe diga à equipe de apoio que se alguém tenta entrar, ambas morrem.

—Estou segura que lhe ouviram. E já têm ordens de ficar quietos. Disse que viesse sozinha, —recordou-lhe—. Isso fiz. Eu sempre joguei diretamente contigo.

—Assim é. Aprendemos a confiar o um no outro.

—por que parar agora? Tenho um trato para ti, Dave. Um intercâmbio. Eu por Olhe. A sacas dali, deixa-a ir, e entrarei. Terá o que quer.

—Eve, não o faça... —a calma de Olhe começava a deteriorar-se.

—É entre o Dave e eu. —Manteve sua vista nele, sincera e fria—. Isso é o que quer, verdade? me pôr em uma jaula, assim como eu te pus em uma. estiveste pensando nisso por três anos. estiveste planejando-o, te trabalhando em excesso, e dispondo-o passo a passo. E fez um maldito bom trabalho esta vez. Deixa-a ir, Dave. Era só um chamariz, trouxe-me aqui utilizando-a. Deixa-a ir e deixarei minha arma. Entrarei, e terá a aula de sujeito que sempre quis.

Ela deu outro passo para ele, olhando seus olhos agora, vendo-o considerá-lo. Desejá-lo.

—É psiquiatra, e não tem a aula de condição que tenho eu... no mental e fisicamente. sinta-se em um escritório e bisbilhota nas mentes de outras pessoas. Se começar com ela, cairá rápido, e não te dará nenhuma satisfação. Pensa quanto viverei. Não só horas, dias. Talvez semanas se pode reter o equipe exterior tanto tempo. Sabe que isto vai finalizar aqui, para os dois.

—Sim, estou preparado para isso.

—Só desta maneira pode conseguir sua vingança e terminar seu trabalho. Dois por um. Mas tem que soltá-la.

A música saiu estrepitosamente da unidade de entretenimento. Na tela os farristas em Teme Square se moviam como formigas febris.

—Deixa a arma agora.

—me diga que temos um trato. —Conteve a respiração, levantou sua arma, e a apontou ao centro de seu corpo—. me Diga que há trato ou te disparo. Ela se vai, mas viva. E  perde de todas formas. Toma o trato, Dave. Nunca conseguirá um melhor.

—Tomarei o trato. —Apesar de tremer de entusiasmo, passou-se uma mão sobre sua boca—. Deixa a arma. Deixa-a e te afaste.

—Baixa a primeiro jaula. Baixa a ao chão, assim saberei suas intenções.

—Ainda posso matá-la. —Mas alcançou o console, e tocou um interruptor. A jaula começou a oscilar e baixar.

—Sei. Você manda. Só é um trabalho. jurei protegê-la. Abre a jaula.

—Deixa a arma! —Lhe gritou agora, levantando sua voz sobre a música e as ovações—. Disse que a deixaria, faz-o agora!

—Bem. Temos um trato. —O suor se deslizou sob suas costas quando se inclinou para pôr a arma no chão—. Não matas por capricho. É pela ciência. Abre a jaula e deixa-a ir. —Levantou suas mãos, com as Palmas abertas.

Com um sorriso resplandecente, agarrou um atordoante, e cravou o ar com ele.

—No caso de. Fique onde está, Dallas.

Seu coração começou a golpear outra vez quando ele deixou o controle abaixo, e oprimiu o botão para liberar as fechaduras.

—Infelizmente tem que abandonar a festa, Doutora Olhe. Mas lhe prometi este dance à tenente.

—Tenho que lhe dar uma mão. —Eve se agachou para tomar a mão de Olhe—. Seus músculos estão rígidos. Não teria vivido para ti, Dave. —Deu-lhe à mão de Olhe um duro apertão.

—Entra, entra agora.

—logo que ela esteja livre. —Eve permaneceu em cuclillas, e empurrou a Olhe apartando-a. Enquanto utilizava seu corpo como um escudo, teve tempo para registrar um movimento na escada, e logo sua arma esteve em sua mão.

—Menti, Dave. —Ela viu seus olhos girar com assombro, viu-o agarrar o controle, e baixar o atordoante. A multidão aclamou como louca quando sua rajada o alcançou totalmente no peito.

Seu corpo se sacudiu, um baile rápido e obsceno. Ele tinha razão, notou, seu dedo se sacudia nervosamente. Pressionou convulsivamente o controle incluso enquanto caía sobre a jaula.

As faíscas começaram a cair, seu corpo tremeu enquanto arrastava a Olhe a um lugar espaçoso e se acurrucaba sobre ela.

—Sua jaqueta se acendeu, Tenente. —Com uma calma admirável, Roarke se inclinou e apagou a faísca que queimava o couro em seu ombro.

—Que demônios faz aqui?

—Só recolhendo a minha esposa para nossa entrevista. —agachou-se brandamente e ajudou a Olhe a levantar-se.

—Ele se foi, —murmurou ao Roarke, e se limpou as lágrimas de suas bochechas—. Não podia chegar a ele. Tentei-o, durante horas depois de que despertei nessa... nessa coisa. Mas não podia alcançá-lo. —Olhe girou para o Eve—. Você podia, do único modo possível. Tive medo por ti... —soltou-se, e sacudiu sua cabeça—. Tive medo de que aparecesse, e medo se por acaso não o fazia. Deveria ter crédulo em que faria o que tinha que fazer.

Enquanto agarrava ao Eve em um forte abraço, e pressionava sua bochecha contra a sua, Eve resistiu, só resistiu, logo a afastou, e lhe acariciou torpemente as costas.

—Foi um esforço de equipe... incluindo a este civil. vá passar o Ano Novo com sua família. Preocuparemo-nos da rotina mais tarde.

—Obrigado por minha vida. —Beijou a bochecha do Eve, logo girou e beijou ao Roarke. E não começou a chorar outra vez até que esteve acima.

—Bem, Tenente, é um final muito apropriado.

Seguiu o olhar do Roarke, estudou ao Palmer, e não sentiu nada, só um tranqüilo alívio.

—Do homem ou do ano?

—De ambos. —Ele caminhou para o champanha, cheirando-o enquanto o tirava do cubo—. Sua equipe está em caminho. Mas acredito que poderíamos tomar um momento para um brinde.

—Não aqui. Não com isto. —Tomou a garrafa, e a voltou a deixar no cubo. Em um impulso, tirou-se a insígnia de sua blusa, e a fixou na sua—. A rotina pode esperar. Quero me reunir com meu presente.

—Aonde quer ir?

—Só a casa. —Ela deslizou um braço ao redor de sua cintura, movendo-se para a escada enquanto os policiais começavam a baixar—. Só a casa, contigo. —Ouviu a multidão estalar com outra aclamação—. Feliz ano novo.

—Não totalmente ainda. Mas o será.

 

                                                                                            Nora Roberts

 

 

                      

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