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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


GRAVADO EM OURO / Carol Lynne
GRAVADO EM OURO / Carol Lynne

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

GRAVADO EM OURO

 

Fugindo de seu padrasto, Jenny Barnes acorda em um hospital, para encontrar aos dois homens que tem amado por anos, seu meio-irmão Jake e seu melhor amigo e amante Cree, que foram chamados ao seu lado, depois de anos de busca.

Jake e Cree sabem que esta é sua única oportunidade de recuperá-la, mas também sabem que ainda levando Jenny ao seu lar, seu novo rancho, nem sequer eles poderão manter a quem a machucou, longe.

O vil culpado não é outro que o pai de Jake, sua maldade não tem limites, e o corpo de Jenny leva gravado até onde pode chegar o desejo doentio.

Quando Jenny é novamente atacada, os rapazes sabem que se quiserem mantê-la segura e acabar com sua longa infelicidade deverão buscar a ajuda de seus melhores amigos. Eles como Jake e Cree foram Seals, agora devem idealizar um plano, para proteger a sua amada e capturar o pai de Jake.

Ao menos Jenny tem dois homens que a amam e a protegerão.

 

 

Com a chuva caindo sobre seu rosto, ela conseguiu abrir seus olhos só uma brecha. Onde eu estou? Ela pensou. A superfície dura debaixo dela estava fria e molhada. Ela tentou se levantar da superfície desconfortável só para experimentar uma dor tão intensa que seu mundo nublou e a escuridão uma vez mais a levou. Sirenes, ela ouvia se aproximando. Ela conseguiu abrir seus olhos novamente para ver um estranho olhando-a.

—Não tente se mover, senhora, a ajuda já está quase aqui.

Ajuda, agora ela iria conseguir ajuda, como ela precisou disto nos últimos dois dias. Era muito tarde para a ajuda. Seu corpo já estava morto. Morto em um quarto escuro com uma faca e um ferro de marcar pelo homem que ela uma vez, chamou pai.

Com o pó ainda se assentando no seco rancho do Novo México, Jake e seu velho cão Blue caminhavam para a casa do rancho. Jake subiu a escada de dois em dois e olhou atrás, para Blue.

—O que passa menino velho, cansei você hoje? — Blue devagar subiu a escada. Foi direito ao cômodo sofá com almofadões e saltou. Em um momento estava profundamente dormido. Jake sacudiu sua cabeça e sorriu abertamente. — Não deixe Cree pegar você em cima dos móveis, ou teremos ensopado de Blue para o jantar.

Sacudindo o pó de seu cabelo marrom escuro, ele entrou na cozinha cansado e dolorido. Jake descobriu a Cree, o xerife local, tirando uma cerveja do refrigerador.

—Maldição! Isso sim é uma bunda sexy — ele disse.

Cree se endireitou e conteve a respiração como fazia sempre que o via. Com o cabelo e olhos preto azulados, pelos ombros, a cor do musgo que cresce abaixo pelo riacho, Cree Sommer tinha um aspecto devastador. Media um metro e noventa descalço e tinha o corpo dos guerreiros índios da tribo de sua mãe. Ombros largos, fortes, estreitando-se para um abdômen incrível e delineado e quadris estreitos.

Cree olhou a Jake de cima a baixo. —Oh! sim, bem, por que você não faz algo como vir e dizer a esta bonita bunda um, oi. — sorriu abertamente e se inclinou para tirar outra cerveja para Jake.

—Com muito prazer — ele disse com um sorriso, andando suavemente para Cree. Jake agarrou uma nádega de Cree e apertou. —Homem, eu senti sua falta essa semana. Como foi a conferência? Antes de Cree poder responder, Jake o beijou com todo o amor e paixão que ele havia armazenado. O beijo se transformou em um jogo erótico de avanço e retirada com ambas as línguas duelando por ganhar.

—Tediosa como o inferno. — Cree soltou as esquecidas garrafas de cerveja e começou a soltar os botões da suja camisa de Jake. —Deus Jake, eu preciso sentir sua pele, foi uma longa semana. —Cree habilmente removeu sua camisa e começou a lamber o pescoço de Jake — Eu quero você, nu e em mim agora.

Fantástico. Só o que ele queria ouvir. Jake deu a Cree um dos seus mais sedosos sorrisos e tirou a camisa de sua calça e começou a desabotoá-la tão rápido quanto seus dedos permitiam.

—Tire a arma e as calças e eu lidarei com a camisa.

—Oh! Boa, pele.

Jake amava a pele de Cree, toda bronzeada e lisa. Ele conseguiu tirar a camisa de Cree e começou com sua própria calça, que não era fácil com sua ereção de aço, dura, apertando contra seu zíper. Cree estava soltando sua calça cáqui do uniforme no chão da cozinha quando o telefone tocou.

—Não, não, não agora. Maldição!

Jake finalmente tinha a Cree nu e ele ia ter que compartilhá-lo novamente.

—Que tal fingirmos que não ouvimos — Jake disse, beijando o estômago de Cree. Sentia sua pele aveludada com a língua. Os numerosos músculos se contraíram sob os lábios de Jake deixando ele saber que Cree estava afetado por suas carícias.

—Você sabe que eu não posso fazer isso, vaqueiro. E se há uma emergência na delegacia? — Cree suspirou — Ele agarrou o telefone enquanto Jake continuou sua jornada pelo estômago de Cree até o pênis, duro como uma rocha. Sua ereção saltou até golpear Jake no queixo quando ele tentou colocá-lo na boca.

Oh! Manjar dos deuses.

O membro de Cree era morno e liso. Cree agarrou o cabelo de Jake o suficiente para esperar e começou um impulso lento, dentro e fora da boca de Jake. Ele agarrou o telefone.

—Triple… — Cree tossiu e pigarreou. — Rancho Triple Spur — Cree falando.

Cree escutou o interlocutor falando e deixou de empurrar na boca de Jake.

—Sim, este é o rancho de Jake Baker, um momento e passarei para ele— Cree olhou para Jake.

Jake parou de chupar para olhar para ele.

—Jake, telefone para você, é de um hospital da cidade de Kansas.

Jake olhou para Cree, tentando determinar o que estava acontecendo. Cree encolheu os ombros e deu o telefone.

—Sou Jake Baker, em que posso ajudar? — Compartilhando olhares preocupados com Cree, Jake escutou o telefone.

Cree alcançou e envolveu seus braços ao redor de Jake. Ele começou a beijá-lo no pescoço em um silencioso apoio ou pura excitação, Jake não estava certo. De algum maneira, Jake soube que isso não ia ser bom. Suas juntas apertadas no telefone.

—Sr. Baker, sou Mary English do Hospital de St. Joseph na cidade de Kansas, Missouri, e nós temos uma paciente que foi trazida para a emergência sem identificação. — Jake conteve o fôlego na espera que continuasse. — Ela estava levando uma foto em seu bolso traseiro com dois homens sob o símbolo de um rancho.

Atrás da foto está escrito Jacob Baker e Cree Sommer, Junctionville, Novo México. Nós contatamos com o departamento estadual de polícia do Novo México e eles nos deram este número.

Agarrando o telefone até que suas juntas ficaram brancas, Jake sentiu o ar deixar seus pulmões por um momento e logo conseguiu perguntar:

—Pode me dar uma descrição da mulher em questão? — Por favor, não, não deixe ser ela. Qualquer uma, menos ela.

—Sim, claro. Mede aproximadamente um e sessenta e três de altura, parece ter em torno de vinte anos, aproximadamente cinqüenta quilos, com cabelo preto, comprido e olhos azuis. Não quero preocupar você, mas a senhorita em questão está em coma e esperamos alguma informação médica. Parece que ela passou por uma provação recentemente e no passado.

Seus joelhos ameaçam se dobrar, Jake agarrou a parede.

Cree envolveu seus braços ao redor de Jake e o manteve em pé. Jake pigarreou e respondeu, entretanto naquele minuto ele queria chorar.

—Eu conheço a mulher. Seu nome é Jennifer Barnes e é minha meia-irmã. Eu estarei no próximo vôo de Santa Fé para a cidade de Kansas.

—Obrigado, Sr. Baker, eu terei o assistente social aguardando para falar com você quando chegar.

Cree viu a angústia no rosto de Jake e tomou o telefone e o desligou.

Jake não pôde se mover por um minuto. Seus pensamentos rodando em sua cabeça, até que ele sente a Cree virar seu rosto e beijá-lo suavemente.

—O que aconteceu com a nossa garota, Jake?

Jake examinou os olhos verdes escuros do homem que amava e tentou falar através de um nó em sua garganta.

—Houve uma espécie de acidente e Jenny está em coma na cidade de Kansas. Eles… eles conseguiram nossos nomes por uma foto que levava no bolso e chamaram à polícia estadual para me localizar. Você sabe como Jenny conseguiu uma foto nossa debaixo do símbolo do rancho Triple Spur? — Jake respirou lentamente para se acalmar. — Acho que isto não importa agora, o importante é que nos localizaram. Tenho que ir ao aeroporto e encontrar a minha Jenny.

Cree olhou para Jake mais atentamente e enterrou suas mãos em seu cabelo.

—Você quer dizer que nós temos que ir ao aeroporto e ir encontrar a nossa Jenny. — Jake se separou e começou a andar até o quarto para encher uma sacola. Cree o parou com uma mão em seu braço. —Enviei essa foto para minha mãe em um cartão de Natal faz um par de anos.

 

Cinco horas mais tarde chegaram ao Hospital de St. Joseph e imediatamente foram localizados pela assistente social.

— Olá, Sr. Baker, sou Nancy Victor, a assistente social em serviço hoje à noite. Eu quis conversar com você antes de permitir vê-lo a Srta. Barnes. Nós temos algumas perguntas relativas a ela quanto as suas feridas passadas e presentes, e nós estávamos esperando que você possa lançar alguma luz sobre isto.

Com Cree de pé ao lado dele segurando sua mão, Jake assentiu, incapaz de responder com o nó apertado em sua garganta.

—Sr. Baker, sua meia-irmã tem duas marcas, uma velha e outra nova, de queimaduras em sua pele. — Os ouvidos de Jake começaram a apitar e levou toda a sua concentração para enfocar o resto da conversa. — A polícia foi notificada e está desejosa de qualquer informação que você possa dar a eles relativo à identidade da pessoa ou pessoas responsáveis.

Naquele instante Jake viu o rosto do seu pai no pior dia de sua vida há quase cinco anos. Cree e Jake pensaram que se eles deixassem Double B, a parte de Jenny no assunto seria perdoada. Jake agora sabia que nada havia sido perdoado. Jenny havia pago muito caro por seu erro e sabia que ela nunca seria capaz de perdoá-los. Jake olhou a Cree que estava atrás dele com a mão em seu ombro. Pôde ver nos olhos de Cree que ele pensava o mesmo.

 

11 anos atrás

Jenny tinha doze anos quando sua mãe, Helen, casou-se com Buck Baker e veio viver no rancho Double B em Oklahoma. Buck sempre havia dito que nunca voltaria a se casar depois da morte da mãe de Jake pelo que, foi um verdadeiro choque quando trouxe Helen e sua filha a casa depois de uma curta viagem de negócios e já casados.

Jenny era uma linda menina com o cabelo preto, meia-noite e os olhos mais azuis que alguma vez havia visto. Ela parecia tão delicada com sua pele de porcelana e seu tamanho pequenino. Jenny era também uma menina solitária em um rancho com apenas adultos por companhia. Começou a buscar a Jake e ao seu melhor amigo Cree Sommer. Realmente não queriam uma menina de doze anos ao redor, mas ambos compadeciam à pequena e doce menina.

Começaram a incluir Jenny em suas atividades diárias no rancho. Cree até salvou sua vida no primeiro verão, quando ela caiu nas profundas águas do riacho que atravessava o centro do rancho. Jenny colhia flores silvestres ao longo da margem enquanto ele e Cree estavam pescando quando ouviram o chapinhar da água e logo os gritos. Cree imediatamente saltou à água depois da pequena menina. Tirou-a do rio e pareceu ganhar seu coração e sua devoção com esse único ato.

Esse foi o verão em que ambos ensinaram a sua Jenny a nadar.

O ano seguinte, tanto Jake como Cree acabaram o instituto e decidiram unir-se à Marinha juntos. Jake não tinha saído de Oklahoma e queria ver o mundo.

Cree desejava afastar-se da reserva e as más lembranças de sua infância. O pai de Cree era um branco que trabalhava para o governo. Conheceu a Naomi, a mãe de Cree e se desejaram a primeira vista.

Naomi ficou grávida e os mais velhos da tribo insistiram em que Lyle Sommer fizesse o correto e se casasse com ela. Com medo por seu trabalho, Lyle se casou com Naomi e conseguiu uma casa na reserva. Lyle nunca desejou uma esposa índia e um menino mestiço e o deixava saber diariamente. Quando Naomi ficou grávida pela segunda vez foi mais do que Lyle pôde suportar e abandonou a reserva sem olhar para trás. O dano permanente e a insegurança em si mesmo, foi à única herança de Cree.

O verão antes que se alistaram a Marinha, tentaram compartilhar tudo o que podiam com Jenny. Estava muito triste de que eles a deixassem. Cree e Jake a levavam para pescar e nadar quase todas as tardes depois que Jake acabava suas tarefas.

Buck, o pai de Jake, estava mais que distante de Jake nesse momento. Buck odiava que Jake desejasse se alistar à Marinha. Ele somente assumiu que Jake queria seguir seu exemplo e administrar o rancho algum dia. Quando Jake tentou dizer ao seu pai que desejava ver o mundo antes de voltar a se assentar em Oklahoma até a morte, Buck pensou que estava louco.

—Pequeno maldito bastardo. Insinua que este rancho não é bom o suficiente para você? E que estar “assentado” aqui é um destino pior que a morte? Somente digo isso a você, pequeno sem vergonha boca grande, se deixar este rancho o deixa para sempre. Entendeu moço?

—Sim senhor, entendi — Jake resmungou, ainda que estivesse certo que seu pai mudaria de opinião depois que ele houvesse ido uma temporada.

Durante os anos seguintes, Jenny escrevia a Cree e a Jake quase diariamente.

Contava-lhes sua vida no rancho e perguntava sobre suas vidas. O tom das cartas foi se tornando cada vez mais e mais desanimado através dos anos e isso tinha tanto a Jake como a Cree perguntando-se sobre a felicidade de Jenny. Com freqüência as cartas tinham sinais de lágrimas nas páginas rosadas. Sempre que perguntavam a ela sobre sua felicidade, Jenny dizia a eles que tudo ia bem e eles tinham que centrar-se em manter-se a salvo para poder regressar com ela.

Jake e Cree se fizeram Seals, o que fez que estivessem longe de casa durante a maior parte dos quatro anos seguintes. Durante sua primeiras folgas juntos, decidiram voltar ao rancho e ver sua pequena Jenny. Eles encontraram que não era sua pequena Jenny senão, uma beleza de dezessete anos com o corpo de alguém muito mais velha.

—Meu Deus! Jenny é você? — Jake olhou à mulher de pé diante dele. — Onde foi parar a minha pequena Jenny? — Jake não podia acreditar nas mudanças que os últimos quatro anos haviam feito. O cabelo de Jenny, que fazia pouco pendurava em duas tranças frouxas aos lados de sua cabeça, era agora uma sedosa cascata de cetim negro até sua cintura. Seu corpo havia começado a mudar também, seus seios haviam crescido enormemente e seu corpo reagiu ante a visão.

Isso estava mal, disse-se Jake. Não podia ter sentimentos sexuais por sua meia-irmã de dezessete anos. Isso era simplesmente mal.

Jake deu uma olhada para Cree que olhava fixamente o seio de Jenny com a boca aberta.

—Cree, fecha a boca antes que as moscas entrem.

—Estou tão feliz de que estejam em casa. Senti tanto a falta de ambos que acreditei que me tornaria louca — gritou Jenny, abraçando a ambos os homens. —Por favor, me digam que vão ficar uma temporada.

Jake e Cree se distanciaram de Jenny sem fazê-la sentir a evidência do que seu corpo adulto causava neles.

—Somente três dias desta vez, Jenny. Sinto muito, mas não pode ser mais porque a Marinha nos mantém ocupados e devemos retornar ao serviço em quatro dias — disse Jake.

Jenny parecia tão triste que quase partiu seu coração.

—Vamos aproveitar ao máximo o tempo que temos juntos. — Jake olhou a Cree e logo a Jenny esperando ver um sinal de aceitação em seus olhos.

—Cree — perguntou Jenny suavemente — pode ficar aqui no rancho conosco ou planeja ir ver sua mãe à reserva?

—Minha mãe não sabia que vinha e foi ao Texas conhecer seu novo neto. Então acredito que se me querem, me tem. — disse Cree com um atrativo sorriso zombador

 

Aquela noite se sentaram à mesa para jantar justo quando Buck descia a escada depois do banho. Jake notou que até com quarenta e cinco anos Buck Baker era ainda um homem muito poderoso e de aspecto jovem. Com o cabelo preto com mechas grisalhas e olhos dourados, não era surpreendente que todas as damas da cidade tivessem um olho nele, apesar de estar casado. Jake não pôde evitar dar-se conta de que seu pai em realidade tinha descido à mesa sem a camisa posta. — Papai, sempre janta meio nu ou esta é uma ocasião especial?

Buck parou em seco e sua cabeça se voltou para Jake e Cree.

—O que fazem vocês dois aqui? — perguntou bruscamente. Parecia estar surpreso de encontrá-los na mesa para jantar. —Parece que fez uma escolha quando decidiu que preferiria ser soldado que rancheiro. Não precisamos de soldados por aqui. — Buck sentou em seu lugar habitual à cabeceira da mesa ao lado de Jenny. —Quanto tempo planejam os dois viverem as minhas custas desta vez? E por Deus, não distraiam a Jenny de suas prioridades. — Buck acariciou a mão de Jenny e logo a apertou com cuidado. —Nos adaptamos a uma agradável rotina, Jenny e eu.

Jake estava assombrado pelas odiosas palavras de seu pai. Eles não tinham estado muito unidos desde a morte de sua mãe quando ele tinha oito anos, mas pensou que Double B sempre seria considerado seu lar. Supôs que havia se equivocado nisso. Jake notou as olhadas possessivas que Buck lançava a Jenny quando pensava que ninguém olhava. Supôs que Buck havia substituído a Jenny pelo filho que o tinha abandonado.

A mãe de Jenny, Helen, havia estado prostrada na cama durante os passados três meses devido a uma enfermidade desconhecida. Jenny disse a Jake que os doutores não podiam encontrar nada que explicasse a extrema fadiga que Helen experimentava.

 

Os seguintes três dias voaram para Jenny, Cree e Jake. Eles foram nadar no riacho e montaram cercas como faziam no verão ao que Jenny veio viver em Double B. Jake desfrutou de estar de volta ao rancho sobre tudo, nadar com Jenny em biquíni. Nunca esqueceria o pequeno biquíni verde. Seus seios transbordavam pelo decote e seguiu esperando pilhar uma olhada de um dos grandes mamilos que podia ver esticando a fina malha. Jenny parecia ser totalmente inconsciente de seu corpo sensual.

Quando os três nadavam juntos, Jenny ainda saltava sobre eles tentando empurrá-los sob a água como fazia quando era uma menina. Esta Jenny, entretanto, não era absolutamente uma menina. Um dia enquanto os três nadavam, Jenny nadou para ele e rodeou com suas pernas sua cintura, tentando levá-lo sob a água. O membro de Jake imediatamente reagiu ao suave monte pressionado contra ele. Jenny pareceu dar-se conta rapidamente do que acontecia em seu corpo. Olhou-o nos olhos e o beijou. O beijo foi tudo o que ele tinha esperado.

Jake agarrou a bunda de Jenny e a apertou ainda mais perto, esfregando seu membro sobre seu doce sexo enquanto devorava sua boca. Cree nadou para eles e tirou Jenny dos braços de Jake e a beijou como um homem morto de sede. Jenny olhou a Cree e a Jake e riu.

—Façam amor comigo, os dois, por favor — pediu ela timidamente.

Jake fechou os olhos e gemeu.

—Sinto muito, Jenny, não podemos, é ainda muito jovem para isto. Se guarde para nós e quando chegar o momento adequado isso ocorrerá. — Jake tomou respirou profundamente para se acalmar e tentou conseguir que seu membro cooperasse.

Jenny formou com seus beijáveis lábios um fingido bico.

—Bem, mas vou fazê-los manter sua promessa.

Demasiado rápido chegou a hora de ir-se e Jake viu as lágrimas que corriam pelo rosto de Jenny enquanto ela os despedia pelo caminho que conduzia à estrada principal.

As cartas que trocavam se faziam cada vez mais pessoais enquanto o tempo passava. Tanto Jake como Cree começaram a amar a Jenny como a mulher na qual havia se convertido. Um ano mais tarde chegou um telegrama informando a eles que Helen tinha morrido depois de sua longa enfermidade. Jake e Cree pediram permissão para estar ali com Jenny.

Três dias depois, Jake e Cree chegaram à casa do rancho em seu carro de aluguel. Ninguém parecia estar perto para saudá-los. A casa estava vazia, assim se dirigiram ao celeiro. Quando entraram no celeiro, enquanto esperavam que seus olhos se adaptassem à luz, ouviram Jenny chorar.

—Jenny? Onde está? Cree e eu já estamos aqui, menina.

—Jake! Estou na baia dos fundos. Por favor, esperem e estarei ai em um minuto — gritou Jenny.

—Jenny, é Cree, necessita ajuda? — Ele não pôde evitar ouvir a tristeza e a angustia em sua voz.

Jenny deu a volta à esquina quando Cree e Jake havia decidido ir por ela. Pararam em seco quando a viram. O lado direito de seu rosto estava roxo e inchado.

—Ah, Deus! Jenny, o que passou em seu rosto? — Jake se precipitou até ela e tocou sua bochecha. —Quem fez isto em você? Diga-me e matarei ao filho da mãe! — Jake soltava fumaça.

—N.. Ninguém, Jake, eu… eu… caí do cavalo esta manhã. Foi por minha culpa. — Jenny tentou explicar, olhando para todas as partes menos para os dois homens que estavam de pé na frente dela.

Jake e Cree olharam a Jenny e logo um ao outro. Não havia forma de que ela estivesse dizendo a verdade. Jenny era a melhor amazona que conheciam. A abraçaram ao redor de sua cintura, Jake diante dela e Cree por detrás. A ampararam sem palavras, beijando seu pescoço, deixando-a saber, que estavam ali para ela. Ao cabo de um momento Jenny se separou e pediu que eles fossem com ela para casa.

—Eu gostaria de me deitar um momento, se vocês não se importam. Tenho que fazer o jantar para Buck e os vaqueiros em umas duas horas — disse Jenny suavemente. Suas mãos tremiam visivelmente e ainda não podia olhar a nenhum deles nos olhos.

—Por que você cozinha para os empregados, Jenny? O que aconteceu à Senhora Fitzgerald? — perguntou Jake. A Senhora Fitzgerald tinha estado com sua família desde a morte de sua mãe.

—Buck a despediu em outubro passado — disse com tristeza nos olhos — Ninguém sabe realmente por que e sabe que Buck não dá explicações a ninguém — Jenny se encolheu de ombros. — Desde então estou fazendo a comida e a limpeza. Não importa e com a mamãe morta, acredito que tenho que ganhar meu sustento.

Cree começou a esfregar círculos em seu traseiro enquanto caminhavam com ela para a escada da casa.

—Amor, já tem dezoito anos. Não tem que ficar com Buck em Double B. Há um mundo inteiro aí fora. Consiga um trabalho na cidade e talvez um pequeno apartamento até que Jake e eu saiamos da Marinha.

Jenny deu a volta para confrontar a Cree.

—Você não entende Cree. Não tenho mais ninguém. Nenhuma outra família. Os únicos amigos que tenho são você e Jake e nem sequer estão no país à maior parte do tempo. Os vaqueiros do rancho apreciaram muito minhas habilidades como cozinheira e isso me faz pensar que tenho uma razão para me levantar pela  manhã.

Jake e Cree beijaram a bochecha de Jenny e a mandaram para a cama. Depois que fechou sua porta, Jake virou para Cree e disse o que ambos estavam pensando.

—O que passa aqui? — Ele olhou para a porta da rua com um decidido olhar em seu rosto. —Vou procurar Buck e chegarei até o fundo desta confusão. — A porta de tela se fechou de repente atrás de sua saída precipitada.

Jake deixou Cree na sala de estar enquanto ia em busca de seu pai. O rancho tinha melhor aspecto que nunca. Buck tinha agregado uns edifícios desde que tinha ido. Parecia que tinha construído uma nova casa para seu capataz de sempre, Rex Cotton.

Encontrou Buck na garagem, guardando no quarto, equipamentos para cercar.

—Olá, Buck. — Jake entrou no grande abrigo. —Sinto o ocorrido com Helen. Cree e eu viemos assim que pudemos. Lamento não haver chegado a tempo para o enterro. — Jake se assustou pelo olhar de pura raiva no rosto de seu pai.

—Que infernos está fazendo aqui, moço! Não deixei claro da última vez que esta não era mais sua casa? Tenho Jenny agora e não necessito mais de vocês dois — bramou Buck.

—Falando de Jenny — Jake olhou fixamente o seu pai — Que infernos aconteceu com seu rosto? Ela tentou nos dizer que caiu de Moonbeam, mas ambos sabemos que isso não é possível com Jenny. Quem a golpeou, Buck? Foi algum peão do rancho ou algum vândalo da cidade? Diga-me e assim posso encontrá-lo e matá-lo.

—Não é seu assunto, moço. — Buck lançou a chave inglesa que tinha em sua mão contra a parede. —Eu arrumo as coisas neste rancho. — gritou e cuspiu para Jake — Sou o Rei deste rancho e não é bem-vindo ao meu reino.

Jake se sobressaltou pela cólera de seu pai, mas se negou a voltar atrás pelo bem de Jenny.

—Cree e eu não vamos a nenhuma parte até que saibamos que Jenny está segura aqui. Falarei com Jenny outra vez e talvez possa conseguir uma resposta sincera dela nesta ocasião. — Jake se virou e começou a cruzar a grandes passos a distância até a casa.

—Mantêm a distância de minha Jenny, canalha! — gritou Buck.

Os passos de Jake vacilaram trás aquela declaração, mas continuou caminhando, irrompendo na sala de estar para encontrar a Cree sentado no degrau inferior com a cabeça entre as mãos. Cree parecia tão perdido e confuso. Elevando sua cabeça com a entrada de Jake. Levantou-se e se aproximou dele.

—O que averiguou Jake?

—Nenhuma maldita coisa, mas não somos bem-vindos no Reino de Buck. Disse que já se ocupou de quem quer que golpeou a Jenny, mas não disse quem foi. Então, nos ordenou que saíssemos do rancho. Eu disse que não antes de conseguir algumas respostas de Jenny e nos assegurarmos de que ela estará segura aqui. — Jake tremia de raiva e Cree pôs uma mão calmante sobre seu ombro.

Cree olhou a Jake e se dirigiram à escada até onde Jenny descansava.

—Vamos ver o que pensa nossa menina então.

Subiram a escada até o quarto de Jenny e bateram na porta.

—Jenny? — disse Cree. —Podemos entrar, Jake e eu um momento?

Não houve nenhuma resposta a princípio então suavemente disse - Entrem.

Jake e Cree encontraram Jenny tombada no centro de sua cama. Seus olhos estavam avermelhados e sua bochecha estava ficando em uma horrível cor púrpura.

—Venham aqui e sentem-se comigo — suplicou Jenny — Por favor, me segurem e me digam que não me abandonarão outra vez.

—Ah, bebê! Por favor, não chore. Certamente que apoiaremos você. — Jake fez gestos a Cree para que se sentasse do outro lado da cama. Rodearam a Jenny com seus braços e começaram a balançá-la para frente e para trás. Beijando o topo de sua cabeça, Jake começou a perguntar de novo. —Jenny, tem que nos dizer quem golpeou você. Sabemos que não caiu de Moonbeam. —Ela exalou de forma audível. —Foi um peão do rancho ou talvez um namorado da cidade? — Jake temia a resposta a aquela pergunta, mas sabia que tinha que sabê-lo. —Por favor, fale conosco, Jenny. Só queremos nos assegurar de que está a salvo.

Jenny ficou rígida e se afastou deles.

—Acha francamente que tenho um noivo na cidade? — perguntou Jenny assombrada. —Não sabe o que sinto por você e Cree? Jake, vocês são minha vida. As únicas pessoas sobre a terra que amo. Sei que sou só uma menina aos seus olhos, mas amo a ambos com todo meu coração.

—Amamos a você também, Jenny. Eu quis você desde que tinha doze anos. Tenho estado apaixonado por você desde que completou os dezessete e nós definitivamente não vemos você como uma menina. — Jake deixou de falar. Parecia estar em luta consigo mesmo. Com uma sacudida leve de sua cabeça ele seguiu. — Sei que é incorreto e tentei lutar contra meus sentimentos durante todo o ano passado, mas não posso tirar você do meu coração. — Jake olhou a Cree e assentiu.

—Jenny, eu te amo também. — disse Cree enquanto retirava uma mecha de cabelo de sua bochecha — É por isso que temos que nos assegurar que estará a salvo enquanto estejamos em ultramar. É nosso coração, Jenny. É a razão mais importante que nos manteve vivos todos esses anos. Acabaremos o serviço em dois anos e confiávamos em que quisesse viver conosco e formar uma família.

—Sério? — Jenny apertou tanto a Cree como Jake. Sua risada iluminou seu rosto apesar da horrível contusão — Eu gostaria de ter um lar com os dois. Um dos motivos pelos que fiquei em Double B é que também é a casa de vocês e isso me faz senti-los mais perto quando estão tão longe. — Naquele momento Jenny não pode haver se sentido mais amada ou especial. Olhou a Jake e suavemente contornou seus lábios com seu dedo. —Obrigado, Jake — ela se apoiou nele acariciando seus lábios em um mero sussurro de um beijo. Jenny virou para Cree. —Obrigado, Cree — com outro toque suave de seus lábios beijou a Cree.

Jake abraçou Jenny e lutou por respirar.

—É a mulher mais sexy que jamais encontrei e correto ou não, tanto Cree como eu queremos fazer amor com você. O problema é que teremos que esperar até que nós possamos formar uma família longe de Buck. Ele nos expulsou do rancho e não temos nenhuma outro opção, só ir. — Jake separou-se de seu abraço e olhou a Jenny nos olhos. —Necessita que levemos você a outro lugar Jenny? Não podemos abandonar você aqui a não ser que saibamos que estará a salvo. —Jake acariciou levemente com seus dedos a feia contusão.

Jenny colocou sua mão sobre Jake. — Não Jake, estarei bem aqui em Double B até que venham me buscar — de repente pareceu um pouco incômoda. —É só que Buck…

Jenny não teve possibilidade de continuar com sua explicação antes da interrupção no quarto, depois de abrir a porta, de um Buck indignado.

—Que diabos está ocorrendo sob meu teto? — Assinalou para os três na cama — Vocês bichas mantenham-se a uma boa distância dela.  Disse-lhe que saísse do meu rancho e falei sério — irritou-se, a baba saía disparada de sua boca — Agora, larguem-se ou irei conseguir uma escopeta e dispararei em suas bundas  até a cidade vizinha. — Ele avançou para a cama com uma raiva cega.

Jake e Cree se levantaram colocando-se entre Jenny e Buck. Jake e Cree olharam a Jenny que tinha lágrimas em seus olhos.

—Está bem. Estarei bem até que tenha notícias suas. Vão e mantenham um ao outro a salvo por mim, por favor.

Jake olhou de Jenny a Buck e tentou decidir o que fazer. Tinha medo que, se não partissem as coisas ficassem mais difíceis para Jenny. Certamente, Buck a manteria segura de agora em diante. Parecia querer a Jenny como uma filha. Ao final decidiu que ele e Cree deveriam deixar a Jenny em Double B.

 

Tempo Presente

Jake olhou à Senhora Victor através de uma neblina de vergonha e desprezo.

—Que tipo de marcas, Senhora Victor? — Jake teve que perguntar até porque só sabia de uma pessoa capaz de pôr sua marca sobre alguém.

—Bem, há uma marca velha e uma fresca com as letras BB. Isto diz algo a você, Sr. Baker?

—Sim — Jake começou a chorar e Cree o abraçou para lhe dar forças. —As marcas são do rancho Double B no Condado Payne, Oklahoma. O rancho pertence ao meu pai Buck Baker. Sua paciente é minha meia-irmã Jenny. Por favor, entre em contato com as autoridades na cidade Payne e que mantenham ao meu pai detido ou juro que não viverá outro dia — Jake suspirou— Podemos ver Jenny agora?

—Sr. Baker, sua meia-irmã ainda está em coma. Foi encontrada em um caminho rural aproximadamente a doze quilômetros daqui. Foi golpeada com severidade e sofreu muitas lacerações em seu dorso. Parece que foi golpeada atrás da cabeça com o que pensamos ser o mesmo ferro que fez a marca da queimadura de seu seio. —Estendeu a mão e tocou o braço de Jake. Na tentativa de oferecer um pouco de apoio. —Eu posso deixar vocês entrarem de um em um para vê-la, mas vocês não a reconhecerão. — Ela olhou de Jake a Cree. —Quero que estejam preparados.

—Quando pensam os médicos que sairá do coma? — perguntou Cree porque Jake parecia estar em estado de choque.

—Este ponto não sabemos. Suas feridas são muito sérias, mas não podemos explicar por que não recuperou a consciência até agora. — A senhora Victor sacudiu sua cabeça ligeiramente. —Talvez ela não tenha razões para viver. A mente humana é ainda um grande mistério. Seu médico realmente acredita que ajudaria ter notícias de seus entes queridos. Isso pode dar a ela uma razão para lutar.

Com aquilo a senhora Victor levou a ambos os homens até a Unidade de Cuidados Intensivos.

—Cavalheiros, os deixarei aos cuidados das enfermeiras e irei chamar às autoridades locais com a informação que você nos deu. Entrarei em contato, e a polícia estadual poderá enviar alguém para tomar declaração.

Jake foi o primeiro em entrar no pequeno espaço separado por cortinas de Jenny, justamente em frente do posto de enfermagem. O que viu o fez cair de joelhos. Como poderia ter deixado que isso ocorresse? A pequena figura na cama do hospital nem sequer parecia humana e muito menos sua bonita e sorridente Jenny. Viu todos os tubos que entravam em seu corpo. As máquinas emitiam sinais, fiscalizando seus sinais vitais. Depois de um momento Jake se levantou e se aproximou da cama. Olhando à única mulher que sempre havia querido, Jake se sentiu necessitado. Seu lábio estava partido e machucado, um olho estava púrpura e fechado pelo inchaço e seu belo rosto estava danificado por escoriações e outras contusões.

—Bebê, sou eu, Jake. — Jake passou seus dedos por seu cabelo comprido. Estava tão contente de que não o tivesse cortado. —Ah, bebê! Por favor, acorda. Por favor, acorde e me deixe passar o resto de minha vida te ressarcindo por todos os meus fracassos.

Jake fechou seus olhos e rezou por perdão e a força.

—Cree e eu temos um rancho no Novo México chamado Triple Spur. O desenhamos e construímos contigo em mente. Não está completo sem você nele. — Jake respirou e limpou os olhos.

Os três anos que ele e Cree tinham estado buscando-a pareciam uma vida.

—Por que não procurou nossa ajuda, bebê? Você sabe que teríamos mantido você segura. Por que nos devolveu todas nossas cartas depois de que dissemos que amávamos você? — Jake se aproximou da mesinha de cabeceira e agarrou um lenço da caixa. Limpou seu nariz que gotejava e limpou as lágrimas de seus olhos. Jake se inclinou para a cabeça de Jenny para sussurrar em seu ouvido. —Nada importa agora, Jenny. O assunto é que desperte e me diga que ainda me ama. Porque certo como o inferno, que eu te amo. Como um homem poderia deixar de amar a uma mulher tão doce, carinhosa e atrativa como você? — Jake beijou a Jenny sobre sua têmpora direita, o único ponto de seu rosto que não estava inchado e púrpura — Só deixo você uns segundos e Cree entrará para ver você. Jenny, por favor, nos dê outra possibilidade. Amamos você.

Jake a beijou outra vez e deixou o quarto e andou diretamente para os braços de Cree.

—Deus! Cree, o que temos feito? Por favor, entra ali e faz a nossa Jenny acordar.

Cree inclinou sua cabeça e deu um emotivo beijo em Jake.

—Entrarei e logo poderemos ir à capela rezar por nossa Jenny juntos.

—Concordo.

Cree entrou no quarto com um nó em sua garganta e vingança no pensamento. Nesta ocasião ele não era o xerife local, a não ser um homem apaixonado pela vítima. Ocuparia-se que a justiça fosse feita. Que tipo de justiça estava por ver. Cree andou até a cama e estendeu a mão para se segurar na grade antes que ele também caísse. O odor de medicamentos e os bips dos monitores ameaçavam angustiá-lo.

—Amor, pode me ouvir? Sou eu Cree, amor. Por favor, acorda. Estou preocupado com você e por Jake — Cree nunca tinha visto esse olhar particular nos olhos de Jake até agora. —Jenny, não acredito que ele supere se você não o fizer. Não posso perdê-los, a nenhum dos dois. Ambos são minha vida, meu mundo inteiro. — Ele fechou os olhos e elevou uma reza silenciosa por perdão. — Se acordar para mim, amor, farei que não fique sozinha jamais. Estará tão cansada de dois homens doentes de amor ao redor de você que pedirá descanso.

Cree tomou a mão de Jenny tomando cuidado com a via intravenosa, e a apertou. Surpreendeu-se quando Jenny pareceu apertar ligeiramente. Olhou o rosto de Jenny e não viu nada, nenhuma resposta. Poderia jurar que o sentiu. Cree apertou o botão de chamada para a enfermeira, não querendo deixar Jenny sozinha. A enfermeira atravessou a cortina com uma pergunta em seus olhos.

—Sim, senhor, há algum problema?

— Acredito que senti seu aperto em minha mão.

—Às vezes o corpo faz movimentos involuntários até em um estado de coma. Siga olhando-a e me avise se mostrar mais sinais de consciência.

Quando a enfermeira voltou para seu posto chamou ao médico, Jake entrou para estar ao lado de Cree. Colocando seu braço ao redor da cintura de Cree, deu a ele um olhar preocupado.

—O que ocorre, Cree? Algo vai mal?

Não querendo despertar as esperanças de Jake, Cree se encolheu de ombros e passou seus braços ao redor de Jake.

—Acreditei sentir um movimento de sua mão.

—Meu Deus! Isso é fantástico, Cree. — disse Jake.

Cree sacudiu sua cabeça.

—Não desperte esperanças. Jake, inclusive se realmente senti seu movimento, não significa que esteja fora do coma.

Jake sacudiu sua cabeça.

—Mas é algo, homem. É mais do que eles obtiveram com Jenny nos dois dias que esteve aqui.

A enfermeira voltou e disse que o médico falaria com eles. Depois de uns tensos minutos de silêncio, Cree girou para Jake e tomou sua mão.

—Jake, sabe que se Jenny acordar, não podemos perdê-la outra vez. Já foi bastante difícil para nós a primeira vez, não poderemos sobreviver uma segunda.

Cree examinou os olhos de seu amante. —O amor de Jenny por nós é o que nos trouxe o amor de um pelo outro. Amo você mais que a minha própria vida, Jake, mas nossa casa não é um lar sem Jenny.

Jake olhou a Cree e viu o amor em seus olhos.

—Eu sei. Jenny é a cola que atará a todos por toda vida. Amo você, Cree. — Beijou a Cree e logo olhou a cama de Jenny — Jenny ouviu isso? Cree e eu necessitamos do seu amor. Por favor, volta bebê. Por favor, faz de nossa casa um lar.

Os olhos de Jenny revoaram, começou a abrir e logo se fechou outra vez. A enfermeira, que tinha estado olhando os monitores de Jenny desde o posto de enfermagem, veio correndo com um sorriso em seu rosto.

—Parece que vocês dois são justamente o que o doutor receitou. Acredito que sua garota está tentando lutar para voltar com vocês.

Jake e Cree foram conduzidos fora da área enquanto o médico examinava a Jenny. Ele saiu para o corredor e riu.

—Parece que não levará muito tempo, embora estará fraca durante ao menos sete ou dez dias.

—Está acordada? Podemos vê-la? — perguntou Jake com esperança.

—Dêem a ela algum tempo para descansar e a comprovarei dentro de um algumas horas.

Jake e Cree decidiram passar as seguintes duas horas na capela pedindo a Deus pela cura de Jenny. Não sabiam sobre seu estado mental ou emocional. Temiam que levasse toda uma vida para curar-se.

Passaram mais de dois dias antes que Jenny começasse a despertar completamente. Cree e Jake nunca abandonaram o hospital. Embora os doutores não deixassem que eles ficassem em seu quarto durante mais que uns minutos de cada vez, queriam estar no hospital em caso de que despertasse o suficiente para falar com eles.

O terceiro dia, Jenny abriu seus olhos para encontrar tanto Jake como Cree em sua cabeceira. Ela tentou rir, mas se estremeceu pela dor. De repente, se deu conta do que acontecia.

—Rapazes não podem estar aqui. Escapem antes que ele os encontre. Jenny olhou ao redor do quarto com pânico. —Ele matará a ambos, não compreendem, está louco. — Sua garganta estava seca e afônica, mas deveriam haver sido capazes de entendê-la. Por que ainda estavam aqui e a olhavam como se estivesse louca?

Jake se inclinou na grade e pôs uma mão sobre a cabeça de Jenny, meigamente tirando o cabelo de seu rosto.

—Shh, não tente falar, bebê. — Jake acalmou com sua profunda voz — Cree e eu não vamos a nenhuma parte a não ser que venha conosco. Podemos proteger você. Não passamos seis anos como Seals para não aprender como proteger a nós mesmos e aos que amamos. Além disso, Cree é xerife agora. — disse com orgulho olhando a Cree — Isto significa que temos à lei do nosso lado.

Jenny fechou seus olhos, parecendo frustrada e afligida.

—Não! Não entende. Buck odeia a ambos, tanto que parece uma enfermidade dentro dele. Culpa-me porque não o amo. — Ela abriu seus olhos e olhou primeiro a Jake e logo a Cree. —Se ficarem perto de mim os encontrará. Parece que sempre me encontra não importa aonde vá. Não posso deixar que os capture, não entendem? — Jenny tentou se sentar. Estremeceu-se e tombou de novo. — Por favor, me deixem, eu os amo e sempre o farei, mas não posso ter suas mortes sobre minha consciência.

Tentando tranqüilizá-la, Cree a beijou na testa.

—Amor, a polícia está procurando a Buck enquanto falamos. O encontrarão e o faremos pagar por todas as coisas que fez a você. — Cree tomou a mão de Jenny e meigamente a beijou. —Agora, o importante é que melhore e assim podemos levá-la a Triple Spur e mostrar a casa que construímos para você.

Jake se inclinou para pressionar seu nariz contra Jenny.

—Dorme um pouco, doce. Fique forte e então poderemos construir uma família.

Durante os dez dias seguintes Jake e Cree fizeram turnos para estar com ela. Conseguiram um quarto de hotel através do hospital assim podiam dormir durante os turnos, mas nunca deixaram Jenny completamente sozinha. Eram o bastante afortunados de ter bons amigos em casa que deram uma mão em seus respectivos trabalhos. Hank o capataz de Jake assegurou que o rancho estaria bem enquanto estivessem fora e Cree pegou uma temporada de férias sem grandes problemas. O oficial de Cree na delegacia até enviou flores ao quarto de Jenny no hospital.

 

O dia que Jenny recebeu alta no hospital foi um dos mais felizes de suas vidas. Ela ainda não tinha entrado em nenhum detalhe de seu ataque, só que seu atacante foi Buck Baker. Jenny prometeu que se eles o encontrassem explicaria os detalhes nesse momento. Sem Buck em custódia, tinha medo de falar.

A polícia não tinha tido sorte em encontrar a Buck. Em Double B não haviam visto o Rei durante aproximadamente seis meses. O capataz, Rex Cotton, explicou à polícia que Buck disse que necessitava algum tempo fora para solucionar algumas questões familiares e que entraria em contato de vez em quando. Não tinha tido notícias dele desde fazia mais de um mês e não sabia de onde tinha ligado da última vez.

Cree e Jake foram a um pequeno centro comercial e compraram algumas roupas para Jenny. Fizeram uma lista de suas coisas favoritas para levar. Igual a eles, Jenny era fácil de contentar. Jeans simples, camisetas e um par de sapatilhas e tênis era tudo o que ela queria. Cree e Jake passaram um bom momento escolhendo calcinhas novas para ela. Deliberadamente compraram só um sutiã porque ambos a preferiam sem ele. Podia passar um tempo até que pudesse vestir um de novo de todo jeito, com a queimadura ainda curando-se sobre seu seio. Depois de que tiveram Jenny vestida com sua roupa nova a levaram para casa, para Triple Spur.

Quando chegaram junto à casa do rancho, Cree olhou pelo retrovisor e viu que Jake segurava a Jenny dormida em seus braços.

—Assim que a acomodarmos, vou ao escritório e chamarei a Missouri e à Polícia do Estado de Oklahoma para ver se houve notícias da localização de Buck. Não estarei fora mais de um par de horas, mas levarei meu celular comigo em caso de que algo ocorra. Também estive pensando que talvez devêssemos pedir um favor à Equipe. Ficaria muito melhor, sabendo que Jenny está rodeada de homens que confiamos para mantê-la a salvo.

—Boa idéia — esteve de acordo Jake — Começarei a fazer umas chamadas enquanto está no escritório para ver com quem podemos contar. Sei que alguns deles se licenciaram do serviço desde que nós partimos — Jake moveu Jenny em seus braços. Estava ainda machucada e dolorida, mas ao menos o inchaço tinha desaparecido.

—Jenny, desperta, bebê, estamos em casa. Somente vou levar para dentro de casa, concorda?

Jenny abriu devagar os olhos. Ela girou sua cabeça para olhar pela janela lateral e ofegou —Oh, rapazes! É lindo. É provavelmente a casa mais bonita que vi.

—Me alegro que você goste — riu baixinho Cree — A construímos para você. Entra e olhe sua nova casa, amor. — Com isto, Cree abriu a porta e esperou a Jake para que levasse Jenny aos degraus de pedra.

A casa estava entre um grupo de árvores. Tomaram muito cuidado em incorporar a casa com o entorno. Cree acreditava que tinham feito um bom trabalho com a casa de madeira e pedra. Uma ampla varanda dianteira percorria toda a largura do edifício e estava rodeado por flores e mobiliado com cômodos sofás. Os ventiladores de teto no alto criavam uma brisa até no dia mais caloroso. Toda a parede traseira da casa era de cristal em um esforço por incorporar as formosas vistas de bosques e colinas ao interior. Cree com razão estava orgulhoso de seu desenho. O interior era uma combinação do gosto de Jake e de Cree e do que acreditavam que Jenny necessitaria e quereria em um lar.

Jake levou a Jenny pela porta principal e parou, pois assim poderiam estudar sua primeira impressão do grande cômodo. Com os móveis feitos de madeira natural e de couro, o salão parecia acolhedor apesar de seu tamanho. O teto era de seis metros de altura com vigas a vista. Os pisos de madeira dura eram de soalho largo e tinha sido resgatada de um velho celeiro. Tapetes vermelhos escuros faziam que a grande sala ficasse acolhedora. A lareira de pedra preenchia uma boa parte da parede com estantes para livros em ambos os lados. Os móveis eram de couro suave, marrons escuros e bastante resistentes para sustentar a dois homens grandes. Jake viu os olhos de Jenny se iluminarem de entusiasmo.

—O que pensa Jenny, servirá?

Jenny virou para ele.

—Tem um lar maravilhoso, Jake. Está certo que não serei uma intrusa se ficar aqui um tempo? —Jenny olhou de Jake a Cree com incerteza em seu rosto.

Jake sacudiu sua cabeça.

—Jenny, não entende o que estivemos tentando dizer a você? Esta casa foi construída para nós três. Nunca será completamente um lar até que você esteja nele. E para que conste, não ficará aqui um tempo. Estará aqui para sempre se Cree e eu temos algo a dizer sobre o assunto. — Jake respirou e tentou pensar em um modo de fazê-la entender — As coisas que dissemos no hospital são verdadeiras, bebê, amamos você e queremos você aqui conosco. Isto é, se ainda nos quiser? —sondou Jake.

—Oh, amores! Certamente que os quero. — Jenny olhou a Jake, a incerteza escrita por toda parte em seu rosto. — Somente tenho medo de que não estejam a salvo comigo perto com o Buck ainda em liberdade. — Ela sacudiu sua cabeça — Preferiria morrer antes que aconteça algo a vocês. É por isso que me mantive longe durante os últimos cinco anos. — Jenny poderia ver o amor e a cólera em ambos os homens. Sabia que estariam zangados com ela, mas melhor zangados que mortos. Ainda não lhes tinha contado os detalhes do que tinha acontecido nestes últimos cinco anos e não estava certa de que alguma vez ia ser capaz. Algumas coisas era melhor guardar para si mesma. —Sinto-me um pouco cansada. Vocês se importam se eu dormir um pouco?

Jake apertou a Jenny. Queria respostas, mas não desejava pressioná-la muito rápido.

—Bem, bebê, se pensa que este salão é maravilhoso espera a ver nosso quarto — disse Jake com um diabólico sorriso zombador. Levou a Jenny pela escada até o final do corredor. Empurrando a porta a levou a grande cama do tamanho Califórnia king. Depositando-a no centro, tombou-se ao lado dela. O colchão se moveu outra vez e viu Cree se esticar do outro lado de Jenny.

Jenny se deu conta dos frescos tons azuis e brancos do quarto e pensou que estava no céu.

—É o quarto de visitas mais agradável que vi.

Cree e Jake intercambiaram olhares.

—Amor, este não é um quarto de convidados. É o quarto principal construído para nós três. — Ele se deslizou junto de Jenny e passou seu braço ao redor dela.

—Tem seu próprio banheiro por aquela porta, o de Cree e o meu está no outro lado. Cada um tem o seu próprio closet. Vê Jenny, construímos esta casa, este quarto para nós três. Compreende? — Jake examinou os olhos de Jenny.

Parecendo de repente incômoda, Jenny olhou de Cree a Jake.

—Não estou certa se me quererão aqui. — Jenny estava insegura de quando contar a eles sobre seus medos. — Amarei a ambos até o dia que morra, mas não sei se alguma vez serei capaz de fazer amor com vocês. Eu não gosto de sexo e duvido que alguma vez isso mude.

Jake tragou visivelmente.

—Por que você não gosta de sexo Jenny? — Teve que perguntar embora pensar em Jenny com outro homem o fizesse ver tudo vermelho. Jenny era somente para ele e Cree. Era do modo que sempre supôs que tinha que ser. De quem Jenny tinha gostado bastante, para lhe dar um presente tão especial? Oh, Meu Deus! Tinha sido tomado e não devotado? Jake olhou a Cree. Poderia dizer pelo olhar nos olhos que tinha pensamentos muito similares. Ele se aconchegou junto a Jenny e continuou:

 —Jenny, por favor, me responda bebê. — Jake chegou um pouco mais perto e começou a acariciar seu cabelo.

—É doloroso — sussurrou no pescoço de Jake.

—Não, bebê, não tem que ser. — Como poderia ter deixado a alguém machucá-la? — Quem te fez mal, Jenny? Por favor, nos diga isso. Talvez possamos ajudar você a superá-lo. — O corpo de Jake estava tão rígido como uma tábua e os trovões começaram a disparar-se em sua cabeça. Queria um nome até quando tinha medo de já saber qual era.

— B-Buck. Ele… Ele me obrigou. — disse Jenny suavemente e começou a chorar de vergonha. Tinha tanto medo de que se Jake e Cree soubessem alguma vez o que Buck tinha feito pensassem que eu era uma vadia. Os olhares de ambos e suas caras levaram a ela a acreditar que tinha tido razão. Tentou sentar-se para afastar-se das caras decepcionadas dos dois homens que amava mais que à vida.

Cree e Jake ambos a seguraram apertada, sem querer deixá-la escapar.

—Jenny — disse Cree, tentando encontrar um tom tranqüilo de voz até quando a raiva percorria todo seu corpo. — Foi à polícia quando Buck lhe violou?

—Não, Buck disse que se dissesse a alguém algo, me encontraria e me mataria e logo encontraria a você e a Jake e se gabaria do que tinha feito, antes de matá-los. Eu acreditei Cree. E ainda acredito. Depois de me recuperar o bastante para escapar, parti no meio da noite e fui ao único lugar em que pensei que estaria a salvo. — Jenny olhou a Cree pensando como lhe dizer que não só ela o tinha enganado, mas sim sua mãe a tinha ajudado. —Cree, por favor, não esteja zangado comigo, mas fui à reserva e fiquei com sua mãe. Pedi-lhe que nunca lhe dissesse que estava ali. Naomi não estava de acordo, não compreendia minhas ações, mas acredito que podia ver que se falasse que estava ali ia embora outra vez. Ela me manteve segura durante dois anos e meio até que Buck se aproximou muito e tive que partir. — Jenny tomou uma profunda respiração e esperou que os foguetes começassem.

—Voltaremos ao assunto de ficar com minha mãe mais adiante, mas primeiro tenho que saber quando foi a primeira violação e como foi ferida gravemente — Cree ficou em modo xerife por instinto de conservação.

Jake estava certo de que já sabia quando e o onde daquela pergunta em particular, mas pensou que era importante que Jenny falasse disso com Cree. Fechou seus olhos e enterrou sua cara no cabelo de Jenny esperando que falasse.

—A noite a cinco anos Buck os expulsou do rancho. Estava dormindo depois de chorar toda a tarde quando Buck entrou dando um chute na porta. Levava algo em sua mão, mas estava muito assustada para me mover. O olhar em seus olhos me disse que estava muito bêbado e muito zangado. Aproximou-se da cama e tirou as mantas e logo agarrou pela gola do meu camisão e o rasgou ao meio. Tentei lutar. Dava chutes e gritei, mas não era rival para Buck. — As lágrimas começaram a deslizar-se pelo rosto de Jenny. — A seguinte coisa que senti foi uma dor aguda sobre meu estômago. Olhei abaixo, e vi o ferro de marcar em sua mão. Olhei Buck nos olhos e perguntei por que. Ele me olhou com uma mescla de ódio e amor e declarou muito firme que eu era de sua propriedade e de ninguém mais. Disse que tinha trabalhado muitos anos para me ter onde me queria e nenhum bastardo ia me levar. Começou a me agarrar e arrancar minha roupa intima, mas nesse momento a dor era tão forte que acredito que desmaiei. A seguinte coisa que me lembro foi despertar e Buck já tinha ido, mas meus lençóis tinham sangue e eu estava muito dolorida.

Jenny começou a chorar incapaz de continuar. Sem pensar, Jake colocou sua mão sobre o estômago de Jenny. Beijou seu rosto manchado de lágrimas e olhou a Cree. Jake necessitava toda a força que pudesse conseguir de Cree neste momento. Cree, sentindo a luta de Jake, inclinou-se e deu ao homem um beijo sentido. Os três se seguraram uns aos outros até que Jenny limpou os olhos e lhes sorriu.

—Graças a ambos por não estarem zangados comigo. — Ela levantou seu rosto para Jake e lhe deu um beijo incrivelmente apaixonado. Os lábios de Jake eram muitos suaves para um homem. Sentiu-o diferente que antes. Começou a sentir-se feliz de novo. Sem recordar os sentimentos que formavam redemoinhos em sua mente e corpo, Jenny somente se aferrou ao beijo. Jake pareceu sentir suas necessidades porque aprofundou o beijo. O fogo se prendeu entre eles e antes que se desse conta, Cree também a beijava. Cree a apertou mais forte entre seus braços e gemeu, esfregando sua ereção contra sua coxa.

—Amor, não tem nem idéia de quanto tempo quisemos fazer isto. É a luz do sol em nosso mundo e sempre será. —Cree se estirou através de Jenny e começou a acariciar o traseiro de Jake. Tinha passado muito tempo desde que tinham tido a possibilidade de alguma intimidade. Jake gemeu e o olhou através de suas pestanas.

Jenny beijou a Jake outra vez, logo se virou para Cree e lhe deu um beijo sensual. A língua de Cree lambeu os lábios de Jenny e estes se separaram por própria vontade. O beijo se tornou primário e Cree começou a empurrar sua língua dentro da boca de Jenny em uma réplica do ato sexual. Jake colocou devagar sua mão sobre o seio de Jenny confiando em que se acostumasse ao seu toque íntimo. Jenny estremeceu e então ele recordou a fresca marca sobre seu seio direito.

Jake se endireitou e tirou sua mão como se queimasse.

—Ah! Jenny sinto muito. Deixei-me levar completamente. Está bem? Eu te machuquei, bebê?

—Não, Jake, não me fez mal. Está ainda um pouco dolorido. Surpreendeu-me mais que tudo, mas não posso dizer que não fosse bom. Tudo parece tão novo para mim. Como se sentisse tudo pela primeira vez — disse Jenny com evidente assombro.

—Sente-o pela primeira vez, Jenny. Isto é fazer amor com as pessoas que amas, não ser forçada por alguém, supõe-se, que lhe protege. — Jake começou a acariciar o cabelo de Jenny. —Deixa que Cree e eu lhe ensinemos o que significa expressar o amor com a intimidade física. Iremos devagar e ao seu ritmo. —Jake não desejava nada mais que ir a toda marcha e ter nus tanto a Jenny como a Cree e lhes mostrar a ambos quanto os desejava, mas também sabia que isto faria Jenny fechar-se. Poderia ser mais paciente enquanto sabia que trabalhava para uma vida de carinho.

—Obrigado, amores — Jenny necessitava algum tempo para trabalhar com os sentimentos e a informação que acabava de receber. —Realmente estou cansada agora. Vocês se importariam se praticássemos um pouco mais tarde, depois de que descanse um pouquinho? — Jenny mal conseguia manter seus olhos abertos.

—Descansa bebê. Cree e eu estaremos aqui quando despertar. — Jake esfregou sua bochecha até que seus olhos se fecharam e sua respiração se acalmou. Jake indicou o corredor e Cree e ele se levantaram devagar e saíram dali.

Cree agarrou a Jake pela nuca e o empurrou de repente contra a parede. Suas bocas se fundiram em um beijo abrasador tentando consolar e acalmar sua cólera e sua crescente luxúria. Seus corpos não podiam estar perto o bastante. Cree beijou a Jake com todo o amor que tinha. O corpo de Jake reagiu à intensidade de Cree e começou a balançar-se contra a dura prova do desejo de Cree. O beijo se rompeu para que ambos os homens pudessem conseguir o suficiente oxigênio em sua corrente sanguínea para seguir com seus assaltos sensuais um no outro. Esfregando suas ereções, ambos os homens desataram os jeans do outro. Debaixo dos jeans, Jake agarrou o enorme membro de Cree e apertou. Cree conseguiu deslizar sua mão sobre a cabeça da ereção de Jake enquanto estalava na mão dele. Cree começou a deslizar sua mão acima e abaixo sobre o membro de Jake enquanto ele gemia e mordia seu pescoço. Ele baixou e acariciou os testículos de Jake e isto foi tudo o que necessitou para lhe seguir. Apoiando suas testas juntos, compartilharam um aprazível beijo.

— Te amo vaqueiro. — Cree olhou a Jake e pareceu medir suas palavras antes de dizer. —Espero que façamos o correto para Jenny. Simplesmente não posso imaginar não tê-la conosco, mas se isto lhe traz dor não poderei fazê-lo. Preferiria cortar o braço direito que fazer mal a nossa mulher outra vez.

—Te amo também, xerife, e acredito que fazemos o correto pela Jenny. Ela merece amor e o senhor sabe que temos bastante para lhe dar. Somente teremos que ser pacientes por agora. Jenny nos dirá quando é o momento adequado para ela.

Cree endireitou sua roupa.

—Vou tomar banho. Depois irei ao escritório e comprovarei alguns papeis, mas não me levará mais que algumas horas. Trarei frango frito de Mabel para o jantar, se te parecer bem — Cree deu um último beijo em Jake e caminhou corredor adiante.

 

Jenny acordou quando o sol começava a ir embora. Olhou ao seu redor pelo espaçoso dormitório e se deu conta de que estava sozinha. Com cautela se levantou da cama e se encaminhou para as escadas. Não parecia haver ninguém em casa. Jenny caminhou pelo grande vestíbulo ao que pensou que seria a cozinha. Entrou no brilhante e ensolarado cômodo e ficou de pe, intimidada.

A cozinha era a fantasia de qualquer cozinheiro profissional. Com grandes tábuas no piso. Armários brancos em contraste com o granito negro das pias. As paredes estavam pintadas com um alegre amarelo que brilhava como a luz do sol proveniente das janelas que cobriam uma das paredes. Uma chaminé com um forno para pizza embutido se encontrava na parede oposta aos armários. No centro da cozinha havia uma antiga mesa de granja com oito cadeiras. Agarrou um copo do armário e abriu a geladeira industrial de aço inoxidável. Encheu o copo com chá gelado e bebeu a metade ainda diante da geladeira aberta. Encheu o copo outra vez e saiu a varanda dianteira para olhar o pôr-do-sol. Sentada sobre o grande balanço da varanda, Jenny sorriu. Quantas tardes tinha se sentado para olhar o pôr-do-sol com Jake e Cree? Eles eram seu mundo enquanto crescia. Helen, a mãe de Jenny, nunca lhe deu muita atenção, sobre tudo depois de se casar com Buck. Ninguém lhe tinha dado muita atenção até o verão em que tinha doze anos e foi viver em Double B.

Jenny recordou a primeira vez que viu Buck Baker. Sua mãe tinha levado Jenny ao bar do hotel local porque tinha sido incapaz de encontrar uma babá. Jenny estava sentada em uma mesa comendo palitos de frango e sua mãe estava ocupada no bar falando com alguns homens de negócios. Jenny estava sozinha na mesa quando um homem veio e se sentou junto a ela. Ele tinha músculos grandes e olhos amáveis marrom claro.

—Olá, pequena, meu nome é Buck — disse enquanto lhe sorria.

—Meu nome é Jennifer, mas meus amigos me chamam Jenny — respondeu ela, feliz de ter a alguém com quem falar. —Minha mãe está no bar, teve que me trazer porque não conseguiu uma babá e disse que ela precisava passar algum tempo com adultos.

—Bem, prazer em conhecê-la, Jenny, Sabe seu papai que está aqui?

—Não tenho papai. Somos somente minha mãe e eu. — Jenny e o homem grande tinham atraído a atenção de sua mãe. Helen, ainda uma mulher formosa com somente trinta anos, aproximou-se da mesa e se sentou muito perto do homem.

—Olá querida, está passando bem? —Cantarolou Helen para sua filha. — Olá, meu nome é Helen Barnes, E você é?

—Buck, Buck Baker — disse ele antes de tomar a mão de sua mãe e levar-lhe à boca para um beijo. —Só estava falando com sua formosa filha. Tenho que admitir que você atraiu minha atenção assim que entrei, ela é impressionante. —Ele pareceu pensar um minuto e logo acrescentou - Tão impressionante como sua mãe.

Jenny em realidade não sabia o que acontecia aí, mas dois dias mais tarde Buck voou com elas a Reno, Nevada, e sua mãe e Buck se casaram. Buck levou-as a sua casa em Oklahoma no dia seguinte. Jenny se apaixonou por Jake imediatamente. Seu cabelo era de cor escura e seus olhos de cor do âmbar, emoldurados por umas pestanas incrivelmente longas e negras. Ele se manteve longe dela, nas primeiras semanas, sempre vadiando por aí com seu melhor amigo, Cree Sommers.

Cree era um rapaz da reserva indígena de Creek. Era mais alto que Jake, um par de centímetros, e igualmente formoso. Ambos finalmente a notaram depois de umas semanas. Como podiam não fazê-lo quando ela parecia estar sempre ao redor? Ela imaginou que devia lhes haver dado pena porque começaram a incluí-la em suas atividades diárias ao redor do rancho. Mas muito rápido, seus únicos amigos, a abandonaram para alistar-se na marinha.

Os anos em que eles estiveram longe foram os mais solitários de sua vida. Ela não podia esperar chegar em casa da escola todo dia, para assim poder escrever uma carta. Para Cree um dia e ao Jake no seguinte. Jenny abria seu coração nas cartas. Foi aproximadamente três anos e meio depois de que eles partissem, quando sua mãe começou a adoecer. Ninguém podia entender exatamente o que ia mal nela. Meteu-se na cama e ficou ali até que morreu.

Jenny sabia que devia ter sido mais consciente dos sentimentos de Buck por ela. Com sua inocência, tinha pensado que seus fortes abraços e os beijos na bochecha eram sua forma de oferecer apoio a uma garota adolescente com uma mãe doente. Em nenhum momento, até o dia do enterro de sua mãe, Jenny sentiu medo de seu padrasto. Quando eles voltaram para casa depois do enterro de sua mãe, ela se dirigiu imediatamente acima, ao seu quarto, para trocar de roupa. Acabava de tirar seu vestido quando a porta se abriu e Buck entrou no quarto. O olhar que lhe deu tinha feito se sentir incomoda e rapidamente pôs o vestido diante dela.

Buck olhou para ela e disse:

—Não tem sentido que se oculte mais de mim, Jenny. Tem dezoito anos agora e é uma mulher adulta. Tem que se acostumar a que lhe olhem com umas tetas do tamanho das suas.

—Necessita algo, Buck? — perguntou Jenny com tom inseguro.

—Sim, necessito muitas coisas, Jenny, mas vim para lhe dizer que as damas da igreja trouxeram comida para que não tenha que preocupar-se de cozinhar.

—Está bem, Buck, baixarei dentro de pouco — disse Jenny incomoda.

No dia seguinte Buck tinha surpreendido a Jenny no celeiro enquanto limpava o estábulo de Moonbeam. Tinha aparecido detrás de Jenny e havia colocado suas mãos sobre seus seios. Jenny se virou com fogo nos olhos.

—O que está fazendo? É meu pai, não volte a me tocar outra vez ou irei de Double B e nunca voltará a me ver.

O seguinte que viu de Buck foi sua mão lhe cruzando o rosto. Seus olhos cravaram-se nos dela enquanto gritava:

—Primeiro de tudo, não sou seu pai. Sou seu padrasto, o que significa que não compartilhamos sangue. Nada diz que não possamos estar juntos no sentido bíblico. E segundo, fiz muito para conseguir lhe ter onde queria. Não pense que alguma vez poderá se afastar de mim ou me ameaçar de novo. Ou poderia acabar no mesmo lugar que sua mãe. — depois disto Buck tinha saído do celeiro. Momentos depois Jake e Cree tinham chegado e a tinham encontrado ali.

Agora enquanto Jenny olhava o pôr-do-sol, começou a pensar em Jake e Cree. Qual era exatamente sua relação? Nunca tinha perguntado, mas sempre quis fazê-lo. Jenny decidiu que teria que tomar a iniciativa e perguntar-lhe a um ou a ambos. Apenas o pensamento tinha cruzado sua cabeça quando viu a Jake vir do estábulo dos cavalos. Sorriu ante o preguiçoso rebolado do vaqueiro. O homem realmente se via bem com seu jeans descoloridos.

Caminhando junto a ele, ia um cão de olhar triste.

—Quem é o seu amigo, Jake?

Jake subiu os degraus até o alpendre e olhou para o cão.

—Bom, olá, bela adormecida. Espero que se encontre um pouco melhor. — Jake se aproximou e sentou junto a Jenny no balanço. Pôs seu braço ao redor dos ombros e se inclinou para lhe dar um suave beijo.

Apoiando sua cabeça sobre o ombro de Jake, Jenny sorriu.

—Sinto-me muito melhor, obrigado.

Olhando para o cão dormindo em seu ponto habitual, Jake riu.

—Esta besta de carga é meu amigo Blue. Adotei-o faz uns dois anos. Estavam a ponto de colocá-lo para dormir. Imagino que ninguém queria um mestiço de treze anos, exceto eu. —Olhou a Jenny e sorriu. —Cree em realidade não lhe tem muito carinho. Blue gosta de subir nos móveis. —Jake se encolheu de ombros. —Eu o quero. É uma boa companhia quando Cree está na delegacia.

Pondo em movimento o balanço de novo, Jenny olhou para os pastos, sentia-se completamente relaxada. Tinha passado muito tempo da última vez em que havia sentido tanta paz, inclusive se esta fosse durar somente uns breves momentos.

—Estava sentada aqui fora desfrutando do pôr-do-sol. Não há nada como olhar o brincar do sol sobre a terra. O campo se converte em uma delicada sombra rosada. — Jenny levantou a cabeça do ombro de Jake e examinou seus quentes olhos ambarinos. —Tem um formoso rancho, Jake. Deveria estar muito orgulhoso de si.

—Eu estou — assentiu — não há nada como ter o seu próprio pedaço de mundo para fazer que um homem se sinta bem. — Os olhos de Jake olharam dos pastos ao novo estábulo para cavalos e ao barracão de madeira e pedra.

Jenny tomou a mão de Jake e deslizou seus dedos ao longo das veias inchadas de sua mão e braço.

—Jake, posso lhe fazer uma pergunta? Se crer que me meto onde não sou chamada, por favor, me diga. Concorda?

—Jenny, pode me perguntar o que quiser. Não há nada proibido entre nós pelo que me concerne. — Jake levantou sua mão para um beijo que se converteu em uma lambida.

Jenny soltou uma risada tola. De repente estava nervosa por lhe perguntar por sua vida sexual. Última coisa que queria era lhe ofender por algum motivo.

—Jake, qual é exatamente sua relação com Cree e como posso caber em suas vidas se são gays?

Jake riu entre dentes, seus olhos se enrugaram nos cantos.

—Perguntava-me quando íamos entrar neste tema. Bom, bebê é algo assim. — Puxou a mão dela até seu coração e a manteve ali. —Cree e eu estamos apaixonados, e especialmente estamos apaixonados por você.

Jake sacudiu a cabeça tentado dar com a explicação correta.

— Eu sempre amei a Cree. Só tínhamos um ao outro enquanto crescíamos. Bom, claro que tonteamos um pouco aqui e ali, como a maior parte dos meninos suponho, mas quando nos unimos na marinha foi que nos apaixonamos um pelo outro. O tempo passou e nossos sentimentos por você começaram a mudar, compreendemos que queríamos você conosco. Cree e eu não podíamos ser uma família completa sem você.

Foi então quando chamamos Double B e falamos com o Rex Cotton que nos disse que já não vivia ali e que ninguém sabia onde tinha ido. Perguntei quanto tempo que você tinha ido e quase tive algo quando me disse que dois anos. Perguntei-lhe se sabia algo sobre as cartas que me foram devolvidas sem abrir e me disse que era Buck quem se ocupava de todo o correio que entrava e saía do rancho. Contratamos a investigadores particulares para que ajudassem a lhe encontrar, mas não tivemos sorte. Francamente, acredito que por isso que Cree virou xerife quando viemos a Novo México, assim podia continuar usando recursos legais para lhe buscar.

Jake deixou de falar e olhou profundamente nos olhos de Jenny.

— Jenny, tem que acreditar que nós nunca teríamos deixado de lhe buscar. — Beijou a parte superior de sua cabeça e olhou ao seu redor, para o rancho. —Construímos este rancho para nós três. Tínhamos a esperança de que algum dia se sentiria o bastante cômoda para se casar conosco. — Ante o olhar de confusão de Jenny, decidiu que tinha que falar claro. —Sabemos que a lei só reconhece a um marido, mas nós esperávamos que os três pudéssemos ter uma cerimônia sob as estrelas que nos uniria.

Jenny chorava no momento em que Jake terminou sua explicação.

—Oh, Jake! Não queria lhes causar nenhum problema. — Acariciou o peito dele enquanto falava. —Pensei que a única forma de manter você a salvo era desaparecer. —Jenny sabia que se equivocou ao estar tanto tempo longe de Jake e Cree. —Espero que alguma vez possa me converter na mulher que queres que seja para vocês dois. Isto pode levar um pouco de tempo, mas, por favor, nunca duvide do muito que os amo. Este é seu lar e eu quero estar segura de que não vão mudar as coisas entre você e Cree porque eu estou aqui. Da única maneira em que estarei cômoda com nós três, é se sei que você e Cree não sofrem me esperando. Isto tem sentido para você?

—Tem muito sentido para mim, bebê. — Jake lhe deu outro beijo. Esta vez o beijo foi um pouco mais profundo. Quando a rodeou com seus braços, ela respirou com alívio. Jake tocou seus lábios com sua língua e ela os separou para ele. O beijo se tornou faminto. Ele não podia estar bastante perto. Queria estar dentro de seu corpo, puxou Jenny até o seu colo. Suas línguas se enrolaram enquanto Jake deslizava seus dedos por seu cabelo comprido até a cintura.

—É uma festa privada ou alguém mais pode participar? — disse Cree, enquanto subia pelas escadas com um par de bolsas de comida em suas mãos. A vista que o saudou, esquentou seu coração e sua libido.

—Não qualquer um, mas você pode xerife. — Jake sorriu abertamente, rompendo o acalorado beijo.

Cree se inclinou e deu a ambos um longo e profundo beijo.

—Bem, ainda que eu quisesse continuar com isto, acredito que vale mais comer antes que nosso jantar se esfrie.

 

Durante o jantar, Cree os informou que a polícia ainda não tinha nada sobre o paradeiro de Buck.

—Não se preocupe Jenny, ninguém abandonará a busca. Já que pode levar um tempo Jake e eu decidimos chamar uns colegas Seals para ajudar a proteger o rancho. Segundo Jake deverão começar a aparecer ao longo dos próximos dois dias. — Cree estirou o braço através da mesa e agarrou a mão de Jenny. —Quero que saiba que pode confiar que qualquer homem deste rancho tratará você com o respeito que merece.

—Realmente necessitamos que venha gente estranha, Cree? Só os peões do rancho não serviria? —perguntou Jenny.

Jake respondeu por Cree.

—Os peões são bons homens, todos eles, Jenny. Somente necessitamos uns amigos treinados ao redor para concentrar-se unicamente em assegurar-se que está segura. Os trabalhadores do rancho nem sempre podem estar ao redor se ainda têm trabalho que fazer. Além disso, estão treinados para cuidar de cavalos e gado, não para deter homens psicóticos.

Terminaram o jantar e jogaram um par de mãos de cartas falando da próxima semana.

—Cree terá que ir ao escritório todos os dias, mas eu estarei aqui com os peões e os quatro rapazes que chegarão da cidade. Estará absolutamente a salvo na casa, mas se assegure de não sair fora sozinha mesmo que esteja no rancho. Não quero lhe dar nenhuma possibilidade. — declarou Jake.

Acabaram de subir as escadas e os três foram até o quarto principal.

—Hum, prefeririam que dormisse em um quarto de convidados para que vocês possam estar sozinhos? — perguntou Jenny timidamente.

—Infernos não! — Jake se deu a volta para confrontá-la. Dando-se conta que a tinha assustado, Jake suavizou seu tom. —Não quero você fora de minha vista, bebê. Gostamos da possibilidade de abraçar você e de estar contigo. Não lhe pressionaremos, mas queremos que esteja mais cômoda conosco e o modo de fazê-lo é incluindo você e não excluindo — declarou Jake.

—Bem. Eu gostaria muitíssimo. Passou muito tempo desde que tenho a possibilidade de dormir com relativa segurança. Em geral durmo com um olho aberto. Embora possa levar um tempo em me acostumar a dormir com alguém mais. Nunca fiz antes — Com isto, Jenny se dirigiu ao seu banheiro para tomar uma ducha rápida antes de ir para cama. Parou e girou olhando a ambos com vergonha. —Hum, têm uma camisa que possam me emprestar para dormir?

—É obvio amor, tenho uma camisa que pode usar. Embora admita que preferiu que não durma com nada como fazemos Jake e eu. — Cree sorriu abertamente e mexeu suas sobrancelhas em um gesto lascivo.

—Por favor, me dêem um pouco de tempo, amores. Não estou pronta para mostrar a confusão de cicatrizes que tem no meu corpo. — confessou Jenny.

Entrar em seu banheiro foi um prazer. Era feito de mármore rosado e branco, era um banheiro digno de uma princesa. O lavabo em um canto com um espaço de maquiagem e um tamborete rosado. Uma ducha suficientemente grande para três e uma banheira de hidromassagem de seis assentos no outro lado do enorme banheiro. Jenny podia assegurar que Jake e Cree não tinham economizado gastos para seu espaço privado.

Tirando a roupa, se olhou no espelho grande em cima do lavabo. Feridas cicatrizando-se atravessavam seu estômago, como sombras, por cada vez que Jenny tinha deixado de negar seu amor por Cree e Jake. Passando seu dedo sobre a marca curada sobre seu estômago, tentou se ver do modo que um homem a veria. Sacudiu sua cabeça não, não era isso, o modo em que Cree e Jake a veriam. A marca era bastante pequena, quatro por cinco centímetros, mas a pele estava avultada e um pouco franzida. Se estivesse sobre Cree ou sobre Jake, a faria adoecer? A resposta veio imediatamente.

—Não — disse em voz alta.

Jenny tomou seu tempo na ducha pensando em tudo o que tinha passado em uns poucos dias.

—Não seja uma covarde, Jenny. Sabia que os dois homens no outro quarto estariam sempre com ela, se essa fosse sua decisão. Jenny decidiu obrigar-se a ir além de seu medo à intimidade. Além disso, tudo o que havia feito com seus dois amores até então tinha sido correto e absolutamente fantástico.

Com a nova perspectiva em seu lugar, Jenny saiu da ducha e se secou. Ainda tinha dúvidas e se vestiu com a camisa extremamente grande de flanela que Cree lhe tinha dado. Chegava-lhe por debaixo dos joelhos e teve que enrolar as mangas, mas ao menos se sentiu bem coberta. Apagou a luz do banheiro e foi para a cama.

Jake e Cree já estavam nela e no que parecia um acalorado abraço. Jenny ficou de pé ao lado da cama não bastante certa se teria que interrompê-los. Suas mãos pareciam estar por toda parte de um e outro tocando e empurrando. Os beijos não se pareciam com nada que alguma vez tivesse visto.

Parecia que Jake e Cree em realidade se comiam os lábios e o pescoço. O som de seus corpos esfregando-se e os gemidos encheram o quarto. Era a coisa mais erótica que tinha visto. Deve ter feito ruído porque os homens se detiveram.

—Oi!

Jake olhou para trás e sorriu.

—Suba aqui, bebê. — Jogou as mantas para trás e se moveu para um lado da cama para que Jenny pudesse meter-se entre ele e Cree. Jake avançou lentamente aproximando-se de Jenny. Estirando seu braço por cima de Jenny, Jake acariciou o abdômen de Cree com uma carinhosa esfregação e depois roçou a ereção de Cree e suspirou. Voltou-se para seu lado para olhar a Jenny e a beijou meigamente. —Boa noite, meus amores, agradeço a ambos por completar meu mundo.

O coração de Jenny se aqueceu. Estes dois homens não eram como Buck. Nunca a fariam mal, assim por que não deveria agarrar para toda a vida o amor que finalmente lhe ofereciam? Jenny tomou sua decisão e virou de costas a Jake e se apertou atrás contra ele como se fossem colheres. Puxou o braço de Cree, lhe dizendo silenciosamente que se aproximasse. Ambos os homens reagiram a suas silenciosas ordens. Jake começou a beijar sua nuca enquanto Cree tomou sua boca, em um lascivo beijo com língua. Os sentimentos que estes dois homens provocavam nela não se pareciam com nada que tivesse imaginado possível. As mãos de Jake foram descansar sobre a frente de sua camisa, pedindo silenciosamente permissão para seguir. Jenny cobriu sua mão e gemeu. Jake tomou isso como um sim e começou a desabotoar a camisa. Cree entendeu no ato, ainda devorando sua boca e começou desde os botões inferiores. Muito rápido sua camisa esteve totalmente aberta e ela se sentiu muito exposta.

Deu um pequeno grito, mas Jake esteve ali para lhe tranqüilizar.

—Está bem, bebê — ele passou sua mão na frente da camisa — Acredito que o melhor será que Cree acenda a luz e assim poderá ver com quem está fazendo amor. Poderá ver nossos rostos e saberá que nada sobre ti, jamais poderá nos repugnar — Com isto, Jake virou a Jenny sobre suas costas enquanto Cree acendia o pequeno abajur de cabeceira.

Jake devagar separou a frente da camisa, enquanto vigiava o rosto de Jenny, procurando qualquer sinal de angústia. O que viu, quando olhou abaixo, ameaçou lhe partir em dois. O seio e o abdômen de Jenny parecia um mapa de cicatrizes e marcas. Embora as feridas não estivessem completamente curadas, os pontos tinham sido retirados no hospital e estavam melhorando, como se poderia esperar. Sabia que sua reação ante isso incidiria diretamente sobre seu futuro, assim baixou sua cabeça e começou a beijar suavemente cada cicatriz.

—Sinto muito, bebê. Se pudesse retirar sua dor e levá-la por você o faria em um pulsar do coração. — Jake passou sua língua ao longo de uma incrivelmente longa área rosada e franzida de pele. —Por favor, diga se lhe fizer dano ou se está incômoda com algo que façamos, concorda? — Jake examinou seus olhos uma vez mais. Quando viu as lágrimas começou a sentir-se preocupado de se já lhe havia feito dano. Parou e segurou seu rosto em suas mãos. —Jenny, será sincera conosco, certo?

Jenny assentiu.

—Sim, Jake. Não choro por dor. Choro devido ao amor e a aceitação que estou experimentando agora mesmo — Jenny tentou pensar em um modo de fazê-los entender a montanha russa de emoções que a atravessavam. Quando Jake beijou seu seio pela primeira vez e seus mamilos se endureceram como pedras, soube que nada que estes dois homens lhe fizessem se sentiria incorreto. Nunca se sentiria uma vadia quando fizesse amor com Cree e Jake. —Acredito que estou pronta para seguir. Quero aprender tudo o que você e Cree podem me ensinar sobre os desejos de meu próprio corpo assim como o que posso fazer por ambos. Quero que ambos se sintam tão bem como me sinto.

Um gemido soou do outro lado de Jenny e Cree tomou sua boca em um beijo abrasador.

—Deus, assombra-me, amor. Por confiar em mim e em Jake da maneira que faz depois de tudo o que sofreu acredito que é uma demonstração de seu amor. Espero que com o tempo possa nos perdoar por não conseguir manter você a salvo há tanto. Nunca deveríamos ter deixado você em Double B naquela noite e passaremos o resto de nossas vidas lamentando essa decisão.

Jenny pôs seus dedos nos lábios de Cree.

—Shh, não fale assim. Ninguém poderia saber que Buck ficaria louco. Simplesmente vamos seguir adiante com nossas vidas.

—Te amo, Jenny — Com aquelas palavras, Cree começou lhe beijar outra vez, desejando estar dentro de seu corpo. Baixou sua mão e começou a acariciar seu torso no ritmo das carícias de Jake. Suas mãos corriam acima e abaixo, sempre consciente do curativo sobre seu peito direito, onde estava a queimadura mais recente. Quando Jenny se arqueou em suas mãos, tentando ficar mais perto do calor de suas palmas, Cree soube que estava preparada para mais.

Quando Jake baixou sua boca no mamilo, como uma framboesa, de seu seio esquerdo, as mãos de Cree começaram a descender por seu torso até o pêlo negro de sua feminilidade. Jenny gemeu e começou a mover-se agitadamente sobre a cama. Cree encontrou seu centro e começou a sondar com um toque suave, mas firme. Jake esticou seu braço e gentilmente abriu mais suas pernas. Jake seguiu o assalto sobre seu seio com pequenos mordisco e lambidas enquanto seus dedos trabalhavam em cooperação com Cree para levá-la as alturas que ela nunca tinha conhecido. Cree encontrou seus clitóris inflamado e preparado. Começou a estender a umidade de sua vagina para lubrificar a área ao redor de seu clitóris. Riscou círculos ao redor de seu botão com rápidos movimentos ao redor do duro nó. Jake sondou sua quente entrada com seu dedo enquanto Cree assaltava seu clitóris. Os gemidos de Jenny eram o melhor afrodisíaco que tinham conhecido. As coisas se intensificaram rapidamente e Cree abandonou a boca de Jenny para dirigir-se ao duro botão que exigia ser degustado. Jake seguiu movendo seu dedo dentro dela para prepará-la para sua iminente união. Um dedo se converteu em dois e a excitação de Jenny subiu um degrau. A respiração de Jenny saía de seu corpo em ofegos mesclados com gemidos de pura satisfação.

—Oh, Deus! Oh, Deus! Oh, DEUS! — Ela gritou quando seu orgasmo a arrasou completamente. Devagar sua respiração se normalizou. Quando olhou para baixo de seu corpo, dois pares de olhos a olhavam com expressão satisfeita. —Podemos fazer isto outra vez?

Cree e Jake olharam um ao outro e começaram a rir. Suas risadas aumentaram a gargalhadas quando sua tensão se afastou. Jake retirou seus dedos de dentro de Jenny e devagar lhes trouxe para sua boca. Lambendo-os até deixá-los limpos, suas sobrancelhas se arquearam.

—Mmm, melhor que o xarope de Arce[1] — Para alguém conhecido na zona como viciado em panquecas com xarope de arce quente era um verdadeiro elogio.

Cree, não querendo sentir-se fora, foi diretamente à fonte e perfurou com sua língua a vagina de Jenny. O sensibilizado corpo de Jenny registrou a nova invasão em outro clímax que lhe fez voar a mente. Fechando os olhos, o esgotado corpo se abandonou ao sono.

Jake alcançou a Cree e o agarrou pelo cabelo, puxando-o em cima dele, ao seu lado da cama.

—Vêem aqui, bonito. — A boca de Jake se fechou de repente em Cree, empurrando sua língua nas úmidas profundidades como se morresse de sede. As mãos de Jake viajaram pelo corpo de Cree até a ereção que esperava. Cree rompeu o beijo e começou a morder e lamber os mamilos de Jake. Jake começou a esfregar-se contra a ereção de Cree, mas queria estar mais perto. —Necessito-te dentro, xerife.

Cree abriu imediatamente a mesinha e agarrou a o lubrificante. Beijando a Jake, Cree lançou uma generosa quantidade de lubrificante em seus dedos e alcançou o franzido orifício de Jake.

—Ah! Deus… si… si, me sinto tão bem, xerife. Faz muito tempo, maldição.

Cree começou a alargar o orifício de Jake com seus dedos lubrificados e logo empurrou um, depois dois para o interior de Jake. Fazendo tesoura com os dedos, rapidamente estirou Jake para prepará-lo para a invasão do seu duro membro. A respiração de Cree era tão rápida que teve medo de gozar antes de ficar dentro de Jake. Jake estendeu mais suas pernas e começou a pedir que Cree se apressasse.

—Agora… Senhor, agora, por favor.

Cree alinhou seu membro com o traseiro de Jake afundou até a raiz. Gostava de fazer amor com Jake desta forma, cara a cara. Ambos gemeram com um suspiro de alívio. Não podia ir devagar. Tinha passado muito tempo desde que havia amado a Jake. Uniu seus corpos de repente, com uma força que os levou até a cabeceira da cama. Jake agarrou a cabeceira da cama.

—Ah, vaqueiro… vou.

—Eu também, vou gozar.

—Uhhh! — Cree pensou que sua cabeça ia sair voando. Ele esticou o braço e tomou o membro de Jake com sua mão e começou a bombeá-lo. Deu outro beijo abrasador em Jake e o leite de Jake se esparramou entre seus corpos.

Cree se derrubou entre as pernas estendidas de Jake com sua cabeça descansando sobre o peito.

—Muito tempo, Cree. Foi muito tempo — a cabeça de Jake descansava no travesseiro. —Vamos nos limpar. Tenho a sensação de que vamos estar ocupados durante os próximos dois dias.

Jenny moveu sua cabeça de um lado ao outro, sonhando.

Buck se ocultava detrás de seu carro quando ela saía para trabalhar. Acreditou que tinha ido o bastante longe esta vez. Ele a agarrou e pôs algo contra sua boca. Jenny despertou em um quarto escuro que cheirava a sujeira e mofo. Onde estava? Recordou a Buck e se sentou. Sua cabeça começou a girar. Ele estava ali, na escuridão, podia ouvir sua respiração. Uma luz a cegou era uma lanterna? Nu, Buck se aproximou com um faca.

—NÃO, BUCK! — Jenny tentou rechaçá-lo, mas ele era muito mais forte. Atou suas mãos e pés aos postes da cama. Sentando sobre a cama ao lado dela, a cara de Buck parecia totalmente desprovida de prudência.

—Este é o modo em que isto vai ser Jenny. Vou fazer uma pergunta e se não me der a resposta que procuro conseguirá um corte. Voltarei a cada quatro horas e lhe perguntarei o mesmo outra vez. Se ainda não pode me dar a resposta que quero, machucarei outra vez. Seguiremos esta rotina até que tenha aprendido a lição. No final, serei a única pessoa a que ame. Entendeu Jenny? Agora, me diga a quem ama? — Jenny se lançou para ele, mas as cordas que atavam seus braços e tornozelos estavam muitas apertadas.

—Amo a Jake e Cree — gritou.

—Resposta equivocada, doce — Jenny sentiu o aço da faca contra sua pele e logo o sangue quente quando a faca cortou sua carne.

—Não… não… Buck… para…

—Desperta, bebê, está bem, está a salvo agora. Vamos, Jenny, abre os olhos para mim.

Jenny ofegou e se sentou na cama. Girou sua cabeça pelo quarto com confusão. Cree alcançou e acendeu o abajur.

—Onde… que passou?

Jake e Cree a envolveram em um apertado abraço, deitando-a até que sua cabeça descansou no travesseiro. Jake retirou o cabelo de seus olhos.

—Está bem, bebê, era só um pesadelo. Estás a salvo. Ninguém vai levar você bebê. — Jake seguiu acalmando-a com sua profunda voz.

Fechando seus braços ainda mais apertados ao redor dela, Cree beijou as lágrimas de suas bochechas.

—Pode falar sobre o sonho, amor? Às vezes tirar o mal à luz o derrota. — Ele esfregou seus braços e esperou pacientemente.

Lambendo seus lábios, Jenny lutou por acalmar-se.

—Buck… atou-me a uma cama em um porão em alguma casa abandonada. Tinha uma faca. Ele… entrava no quarto a cada quatro horas e perguntava a mesma pergunta várias vezes. Se não dava a resposta que ele queria ouvir, me cortava com a faca e logo ia embora pra voltar depois de quatro horas e começar as perguntas de novo. Isso continuou durante dois dias. — Jenny respirou e limpou suas lágrimas. —Finalmente, no final do segundo dia eu estava muito fraca para lhe responder. Buck ficou tão zangado porque a sua tortura falhou que trouxe o mesmo ferro de marcar que tinha usado antes e o pôs em meu seio. Acredito que Buck pensou que eu ia morrer. Começou a enfurecer e me golpeou com o ferro na cabeça. A seguinte coisa que lembro é que me despertei na estrada. Ele deve ter me atirado na estrada como um saco de lixo. — Jenny soluçou no peito de Cree.

Cree beijou a cabeça de Jenny e lhe esfregou as costas.

—O que lhe perguntava?

Fechando seus olhos, Jenny suspirou e exalou devagar. Abriu os olhos e olhou de Cree a Jake.

—Ele queria saber a quem amava. Sempre que dizia seus nomes ele me cortava.

Cree fechou seus próprios olhos e tentou respirar através da raiva que o sufocava. Jake se inclinou e beijou a Jenny suavemente.

—Volta a dormir neném. Só vou comprovar a uma das éguas que está a ponto de ter um potro. —Jake levantou e pegou seu jeans, fechando a porta suavemente atrás dele.

Jenny olhou a Cree com lágrimas em seus olhos.

—Fiz alguma coisa errada? Jake está zangado comigo pelo que contei?

Cree rapidamente a tranqüilizou.

—Não, amor, não fez absolutamente nada errado. Permaneceu fiel ao seu amor por nós. Demônios, a maioria dos homens que conheço não haveriam sido tão fortes, se romperiam antes. — Cree beijou seu cabelo e esfregou suas mãos acima e abaixo de seus braços para acalmá-la. —Jake somente necessita um pouco de tempo para digerir tudo o que disse. Não esqueça que Buck é seu pai. Estará bem pela amanhã, amor. Agora fecha os olhos e dorme. Depois de que esteja dormindo irei e comprovarei como Jake está.

Trinta minutos depois Cree entrou na quadra. Encontrou a Jake abaixado na esquina do estábulo da égua. Os soluços de Jake romperam o coração de Cree. Ver um homem tão forte destroçado e chorando como um bebê era mais do que poderia suportar. Ajoelhando-se ao lado dele, Cree pôs sua mão ao redor do pescoço de Jake e o aproximou. Jake se agarrou a Cree como a uma corda salva-vidas.

—Está bem, vaqueiro. Estou aqui. — Cree se sentou sobre o chão e abraçou a Jake ainda mais perto.

Jake não podia controlar suas emoções. Sempre que começava a falar não saíam mais que soluços. Finalmente, depois de uns bons quinze minutos Jake se apoiou atrás e olhou a Cree.

—Por quê? Como alguém pode merecer ser tão querido? Não acredito que a mereça, Cree. Durante muitos anos pus meus interesses e necessidades em primeiro lugar. Agora vejo que Jenny pagou o preço de meu próprio egoísmo. Como pode nos amar ainda?

Cree examinou os olhos de Jake. Ele sabia que Jake estava procurando respostas.

—Porque ela é a nossa Jenny. Não há nenhuma outra pessoa sobre a terra como ela. Por que simplesmente, não lhe damos graças a Deus de que ela nos ache dignos. — Beijou a Jake e o abraçou mais forte. —Vamos nos assegurar de passarmos o resto de nossas vidas devolvendo essa classe de amor, concorda?

Limpando seus olhos, Jake assentiu.

—Sim, por que não fazemos isso? — Jake se levantou e se agarrou à mão de Cree. —Vamos, xerife. Vamos envolver a Jenny como uma manta de segurança enquanto dorme.

 

Jenny abriu seus olhos à manhã seguinte, com a luz do sol atravessando as janelas e dois magníficos homens na cama com ela. Levou um momento para estudar aos seus amores. Realmente nunca tinha visto um homem nu além de uma revista que viu uma vez. Buck não contava, porque ele nunca ficou totalmente nu e ela estava muito ocupada chorando para ver algo. Agora pensava, tinha o tempo e a oportunidade de olhar a vontade. Ambos os homens eram magníficos, bronzeados e musculosos.

Jenny notou que nenhum tinha pêlo sobre sua virilha. Era estranho. Quando estudou as diferenças entre seus membros, decidiu que ambos eram muito, muito grande para ela. O membro de Cree tinha que ser de mais de vinte centímetros com uma circunferência bastante grande. Jake era um pouco mais curto que Cree, mas definitivamente ganhava em diâmetro. Não havia maneira de que ela fosse capaz de fechar sua mão ao redor daquela besta enorme. Estava em seu próprio pequeno mundo estudando os dois membros frente a ela quando de repente ambos começaram a crescer. —Oh Deus… — disse Jenny, fascinada pelas mudanças que ocorriam diante de seus olhos.

—Viu algo que goste amor? — Cree sorriu amplamente para ela.

Envergonhada de ser pega olhando, Jenny elevou a vista para Cree.

—Uh… o lamento. Realmente nunca vi um ao vivo. Espero que não se importe.

—Como pode ver não me importa absolutamente e pelo aspecto de Jake não parece lhe importar tampouco — riu baixinho Cree.

—Posso fazer uma pergunta? — Depois do assentimento de Jake ela seguiu. —Por que nenhum de vocês tem pêlo ali?

—Temos a área da virilha depilada com cera. Aumenta nosso prazer. Gosta? — Jake de repente a olhou um pouco preocupado.

—Não, quero dizer sim, sim, realmente eu gosto. Parece tão suave e liso. Posso tocá-lo? — perguntou Jenny timidamente.

—Bebê, eu gostaria que me tocasse… me lambesse e me mordiscasse… o que quiser que deseje fazer, mas agora mesmo, mas… acredito que ouço um carro que sobe pelo caminho — gemeu Jake.

—Mais tarde pode nos usar para um experimento controlado. — Cree se agachou e a aproximou para um beijo de bom dia. Ele a beijou ligeiramente no lábio inferior e saltou da cama. —Em pé, folgadões. Vale também para você, Jake.

Enquanto Jenny e Jake se vestiam, Cree foi ver quem tinha chegado.

Eram Remy Boudreaux “Cajun Louco” e Ben Thomas, ambos os antigos Seals e bons amigos. Remy vivia em Key West agora. Cree não sabia de Ben, tinha ouvido que virou mercenário depois de retirar-se há cinco anos. Ben era ao menos dez anos mais velho que Jake e Cree.

—Ei moços! Faz muito que não os via — Cree saudou seus velhos amigos. Os homens deram as mãos e se sentaram na mesa da cozinha. —Ia preparar umas panquecas. Gostariam de algo para o desjejum?

—Não muito obrigado, Cree. Comemos na cidade, na Mabel, antes de vir para cá. Embora pudéssemos tomar um pouco de café. — Ben mostrou seus brancos dentes e acariciou a Blue.

—Vamos Blue, mais vale que saia a varanda onde pertence. —Cree abriu a tela e soltou o cão. —E não suba no sofá! — Cree começou a fazer café enquanto a prancha esquentava para fazer as panquecas.

—Então, Jake disse por que necessitamos da ajuda de vocês?

—Jake disse que seu amorzinho está em problemas — respondeu Remy. —Nos digam o que faremos agora.

—Antes que Jake e Jenny desçam lhes contarei sobre o louco do pai de Jake. Parece que Buck esteve torturando a nossa Jenny. Começou faz cinco anos, mas ela conseguiu afastar-se dele e logo a encontrou outra vez faz algumas semanas. Nós não sabíamos até recentemente, mas Buck diz que está apaixonado por Jenny. A primeira vez que a atacou a marcou com o ferro da Double B e a violentou. —Cree tomou um gole de seu café esperando que sua voz voltasse ao normal. —Ela escapou e conseguiu manter sempre um passo antes dele até que ele acabou encontrando-a outra vez recentemente. Ele fez o mesmo de novo. A violentou e a marcou, mas esta vez se viu criativo com uma faca sobre seu seio e esteve malditamente perto de lhe matar. Deixou a nossa pobre Jenny em coma.

Cree esvaziou sua taça e se serviu um pouco mais.

—Buck tem algum tipo de fantasia de que ela é de sua propriedade e que pode fazer o quiser com ela. Não tenho que lhes dizer quanto a amamos. Infernos! Ouviram o quanto falávamos dela durante anos. A polícia esteve procurando o bastardo, mas não localizou ainda. Tenho o meu departamento ajudando com a busca local para nos assegurar que todos o estão procurando. Mas necessito dois de vocês perto da casa, para manter a Jenny segura. Temos peões por toda parte do maldito lugar, mas têm seu próprio trabalho a fazer. Tenho que ficar a maior parte dos dias no escritório. Falamos para Jenny que não saísse de casa a não ser que tenha uma escolta. Aí é onde entram vocês. Entenderam bem?

Ambos os homens assentiram enquanto Jake e Jenny entravam na cozinha de braços dados.

—Oi rapazes! Eu gostaria de lhes apresentar ao amor de minha vida e de Cree. Esta é a senhorita Jenny Barnes. Jenny, estes dois patifes são Remy Boudreaux, não se preocupe se não puder entendê-lo, é Cajun e ninguém pode entendê-lo, e este tipo alto e calvo é Ben Thomas.

Jenny ofereceu sua mão a ambos os homens.

—Graças a ambos por colocar suas vidas em suspense para vir em minha ajuda. Tentei dizer a Cree e Jake que se Buck me quiser, encontrará um modo, mas eles pensam que vocês dois podem ajudar a me manter a salvo. — Jenny sorriu aos dois homens. Com o que a Marinha alimenta a estes homens? Pensou ela.

Remy era quase tão grande como Jake e Cree. Era magnífico, com o comprido cabelo negro encaracolado, olhos profundamente verdes e a pele naturalmente bronzeada. Ben era maior que o resto dos homens. Era um gigante, media ao menos dois metros. Os músculos de seus braços e peito estiravam sua camiseta negra. Seus olhos eram de cor cinza aço e não tinha nem um cabelo sobre sua cabeça brilhante. Ele parecia mais rígido que Mr. Clean[2]. E até tinha um pequeno pendente de ouro.

Ben tomou a mão de Jenny e a beijou.

—Não acredite em nada disso, ma’am. Cree e Jake falaram que você durante tantos anos que parece parte da família. As famílias se mantêm juntas custe o que custar nos Seals.

—Weh[3] - secundou Remy.

Jenny olhou a Cree com confusão ante a resposta do Remy.

Cree riu. —Isto significa sim para este louco Cajun. Remy se quiser que Jenny seja capaz de te entender, tem que falar inglês.

—Bem, chefe. — Remy sorriu abertamente, inclinando-se também para depositar um beijo na mão de Jenny.

Depois do café da manhã, Cree foi ao escritório do xerife e Jake saiu para a quadra para dar as ordens do dia aos trabalhadores. Jenny limpou a cozinha e depois vagou ao redor da casa. Tinha cinco dormitórios. Perguntou-se se todos seriam quartos de convidados ou se Jake e Cree esperavam enchê-los de crianças. Jenny realmente não tinha pensado em crianças. Não estava certa que seria uma boa mãe, mas tinha claro que tanto Jake como Cree seria excelentes pais e modelos a seguir. Jenny começou a perguntar o que diria aos seus filhos sobre a relação que os três tinham. Seriam sinceros sobre isso, e que ocorra o que tenha que ocorrer? Sim, decidiu. Ela não estava absolutamente envergonhada de amar a dois homens.

Algumas horas depois, começou a sentir-se verdadeiramente entediada. Olhando pela janela viu uma jacuzzi fora das portas francesas que iam desde a sala de estar. A jacuzzi tinha isolamento para o outro lado, assim não teria que preocupar-se de que ninguém fosse vê-la. Ben trabalhava no escritório de Jake e Remy estava dormindo no sofá. Devagar, Jenny abriu as portas para sair. Não tinha traje de banho, mas ninguém ia vê-la. Agarrou uma toalha na pequena prateleira junto ao lado da porta. Uma vez fora, tirou sua camisa e o short e ficou de calcinhas. Devagar entrou na água, e soltou um suspiro relaxado. Deus sentia-se maravilhoso em seus músculos doloridos. Deve ter dormido, porque o seguinte que soube foi que ouviu Remy abrir a porta e dizer seu nome.

—Carinho, não tem nada melhor que fazer que estar aqui fora sozinha?

Assustada, Jenny saiu da água e agarrou sua toalha. Quando compreendeu que acabava de ficar nua diante de Remy, deu-se a volta e lhe deu as costas.

Remy praguejou - O que lhe fez carinho? Nunca vi algo como isso. Será melhor que ao maldito bastardo seja pego pela polícia antes que qualquer um de nós o faça. Demasiada pele!

Jenny rapidamente colocou sua roupa depois de uma rápida secagem, e tentou passar por Remy.

—Sinto muito. Não pensei que alguém me veria aqui fora. Não o farei outra vez.

Remy estendeu a mão e com cuidado deteve seu avanço.

—Não dê voltas a sua bonita cabeça, pegaremos esse bastardo — Com isto, deixou Jenny escapar para a casa.

A tarde, começou a preparar um grande jantar para seus amores e seus protetores. Decidiu por assado de carne, batatas, cenouras e rolinhos caseiros.

Às cinco, quando estava tirando o assado do forno dois braços a rodearam. Jenny ofegou e quase deixou cair a caçarola quente.

—Uau! — gritou Cree, ajudando-a a recuperar o equilíbrio da caçarola. Ele a segurou e colocou sobre a mesa. —Sinto se lhe assustei, amor. Estive pensando todo o dia em lhe ter entre meus braços e suponho que não foi boa idéia lhe agarrar pelas costas. Me perdoa? — perguntou envergonhado.

Girou e pôs seus braços ao redor do pescoço de Cree. Ela se apoiou nele e passou sua língua por seus lábios.

—Está bem, Cree. Senti sua falta também.

Cree riu e a segurou mais apertado. Inclinando-se, ele tomou sua boca com um beijo provocador. O beijo se intensificou com uma lambida sobre a bochecha e pescoço de Jenny. Cree lambeu e chupou seu pescoço enquanto suas mãos acariciavam seu estômago e seios. Colocou suas mãos ao redor de sua cintura e a sentou no balcão.

Jenny abriu suas pernas para que Cree pudesse aproximar-se mais. Ela se arriscou com suas emoções e começou a esfregar seu monte contra o grande e duro vulto em seu jeans. Ela estava tão perdida em suas sensações que não foi consciente que Cree tinha desabotoado sua blusa. Sua língua começou a descer de seu pescoço ao seu seio. Cree alcançou seu sutiã, tirou seus grandes seios e começou a mamá-los. Jenny gemeu e começou a ofegar e rogar, que coisa, ela não estava certa.

—Por favor.

A mão de Cree roçou o centro entre seu short de algodão. Movendo-se para frente e para trás sobre seu duro nó, Cree gemeu.

—Ah, Deus! Amor te sinto tão bem. Se não estivéssemos na cozinha lhe tiraria esse short e enterraria minha cara em sua doce vagina.

Isto pareceu tirar a Jenny de sua neblina, justo quando ouviu o golpe da porta da cozinha. Ela olhou e viu a Jake de pé ali com luxúria em seus olhos.

—Esta é a imagem mais bonita que vi em minha vida. Tanto como gostaria de me unir a vocês, acredito que terei que me conformar com um beijo porque ouço Ben e Remy vindo para cá. — Jake se aproximou de Jenny e Cree e deu a ambos grandes beijos úmidos. Ele não pôde resistir e se inclinou e tomou o mamilo de Jenny em sua boca para uma rápida chupada. —Bem, estou oficialmente excitado agora, obrigado, amores.

Jenny riu bobamente e começou a arrumar sua roupa. Acabava de baixar-se do balcão quando Ben e Remy entraram com sorrisos zombadores sobre seus rostos.

—Tudo preparado para o jantar? — Remy sorriu com um rápido sorriso zombador para Jake e Cree.

Depois do jantar, Jake tomou a mão de Jenny.

—A banda do amendoim pode esfregar os pratos. Tenho uma surpresa para você e pelo som, já está aqui. Vamos — Com isto, Jake a levantou da mesa e levou-a ao exterior. Da varanda pôde ver uma grande caminhonete vermelha brilhante puxando um reboque de cavalos que vinha pelo caminho.

—O que é Jake?

—Isto, querida, é o resto da cavalaria, mas também lhe trouxeram uma surpresa que lhes pedi que parassem a recolher.

O caminhão se deteve diante da casa e dois homens grandes desceram.

—Céus! Os cultivam grandes na Marinha — murmurou ela. Os homens subiram os degraus da varanda e deram a mão a Jake e Cree, que tinha se unido a eles. O primeiro homem, alto e magnífico, com o cabelo castanho curto ao estilo militar se apresentou como Gabe Whitlock. O segundo parecia forte como uma rocha e muito cauteloso. Era latino, com escuro cabelo negro e pele dourada. Seus olhos eram poços marrons de desconfiança. Ele estendeu a mão a Jenny.

— Buon giorno. Sou Niccolo Bellinzoni, prazer em conhecê-la por fim, Jenny — Inclusive com seu estilo distante sua mão era cálida e forte. Um formigamento subiu-lhe por seu braço, surpreendendo-a.

—Encantada de conhecer a ambos. Estou muito agradecida por sua ajuda.

Jenny olhou para o reboque de cavalos e logo para Jake. —Jake disse que tinha uma surpresa para mim?

Jake riu baixinho e pôs seu braço ao redor de Jenny.

—Nunca pôde esperar para abrir seus presentes. — Ele se inclinou e a beijou nos lábios. —Bem, vamos então, vejamos o que lhe trouxe Noel Gabe. — Ele conduziu Jenny para o reboque. —Imaginei que já que esta é sua casa poderia se acostumar a utilizar a este velho resmungão.

—Moonbeam! — A cara de Jenny se iluminou e se precipitou a abrir a porta do reboque para ver sua querida égua branca. —Ah, Jake! Não posso acreditar que fez isto. Pensei que nunca a veria outra vez. Como conseguiu?

—Fácil. Chamei e falei com Cotton em Double B. Lhe informei que estávamos contigo e lhe disse diretamente que um de nossos amigos passaria para recolher Moonbeam. Cotton estava feliz de cooperar e me disse que pensava em você.

Jenny conduziu Moonbeam à quadra com Jake e Cree em seu reboque.

—Posso montá-la pela manhã? Sei que necessitarei guardas, mas certamente um dos homens da casa pode montar a cavalo.

—Ocorre que tanto Gabe como Ben não são bons cavaleiros, mas eu irei contigo.  Pode escolher qual dos dois quer que nos acompanhe.

 

Ao amanhecer do dia seguinte, Jenny montava a cavalo pelo pasto com Jake de um lado e Ben ao outro. Escolheu a Ben porque tinha estado encerrado na casa mais tempo que Gabe. A manhã era linda. O sol estava começando a subir lentamente, queimando a névoa da manhã nas colinas. As flores silvestres estavam em toda sua plenitude e ela não podia recordar ter sido mais feliz.

—Isto é justamente o que o doutor ordenou Jake. Sinto-me completamente livre ao lombo de Monnbeam. Estou contente de ter seguido com a equitação, do contrário agora estaria dolorida pela sela.

—Está bem inteirar-se de que você se manteve no negócio dos cavalos. Certo que poderia usar sua experiência na Triple Spur. Além disso, seria agradável ter você comigo todo o dia. — Jake aproximou seu cavalo, Sergeant, para poder inclinar-se e beijá-la. O beijo lhe recordou a noite passada. Deus ficava duro só de pensar nisso. Jenny tinha cobrado vida em seus braços. Havia-lhes lambido e chupado tanto a ele como a Cree até o final. Um calafrio correu por sua coluna. Deixou cair sua mão até seu pênis e lhe deu um bom golpe. Não havia forma de que pudesse estar sobre o cavalo por muito tempo, com um poste de aço em seu jeans.

Jake olhou para Ben.

—Vai tudo bem, Ben?

Ben parecia um homem em paz consigo mesmo.

—Isto é estupendo, Jake. Passou muito tempo desde que senti algo assim. Imagino que não haverá muitos ranchos por aqui a venda, verdade? Estive pensando em ter meu próprio terreno. Nunca tive um próprio, mas tenho feito minha parte de trabalho neles quando era mais jovem.

—Sabe, acredito que o do velho Crawford está a venda. Está somente a uns dezesseis quilômetros daqui. Poderia comprá-lo e assim seríamos vizinhos. Isso seria agradável. Uma casa de granja de dois andares com um celeiro e aproximadamente mil acres. Não tem barracão assim teria que construir um ou planejar fazer todo o trabalho você mesmo. Não digo que o lugar não necessite umas quantas reparações, mas a base é boa. Posso fazer uma chamada a Kate Crawford para ver se ainda quer vender. É uma história triste, a família de Kate morreu em um acidente de carro faz cinco ou seis anos. Kate era só uma menina, mas o rancho e a hipoteca foram para ela. A pobre Kate ama o rancho, mas sabe que não pode seguir adiante por ela mesma. Escutei que estão acontecendo coisas estranhas ali. Possivelmente isso vá em seu favor. Estou certo de que Kate esta pronta para livrar-se de todas as dores de cabeça.

—Chame-a, se puder, e quando esta confusão houver acabado eu gostaria de ir vê-la.

Montaram pelo vale para o leste em direção ao rio. De repente, o pêlo da nuca de Jake se arrepiou. Jake olhou ao redor, para as colinas.

—Ben, fique atento. Algo não vai bem.

—Tenho a mesma sensação, Jake.

—Jenny, conduz a Moonbeam para aquelas árvores tão rápida como possa. Quando chegar ali, desce e se coloque atrás da maior árvore que encontre e espere que um de nós vá buscar você. Amo você, bebê, agora vou. — Jake golpeou a Moonbeam na garupa e o cavalo saiu a todo galope.

Justo quando Jenny saiu disparada, começaram-se a escutar disparos e a terra ao redor deles começou a sentir o impacto das balas.

—Nos separemos! — gritou Jake — Tirando seu rifle de seu suporte, começou a disparar para as colinas na direção de onde vinham os disparos. Ben se uniu a ele, disparando justo à esquerda e logo justo à direita de onde Jake estava disparando. Quando os disparos se detiveram, Jake olhou a seu redor, tentando averiguar que demônios estava passando. Então o viu, Moonbeam e Jenny estavam no chão, aproximadamente a 90 metros. O ar abandonou o corpo de Jake e momentaneamente ficou paralisado. Ben viu a cena e passou junto a Jake para dirigir-se até Jenny. Jake sacudiu a si mesmo e seguiu a Ben. Ben acabava de chegar até Jenny quando Jake saltou de seu cavalo. —Há muito sangue. Oh Deus! Há muito sangue. Jenny… Oh Deus… Jenny, bebê. — Jake a chamava.

—Jake, acredito que o sangue é do cavalo, não de Jenny —conjeturou Ben.

Jake deslizou suas mãos pelo corpo de Jenny procurando buracos de bala.

Quando não encontrou nenhum, levantou Jenny em seus braços e se virou para Ben.

—Vá para as colinas ver se pode encontrar a esse bastardo. Se lhe pegar um tiro, bem, acredito que será a saída mais fácil para ele, porque se alguma vez o pego, desejará não ter nascido.

Ben assentiu, e sem dizer uma palavra montou em seu cavalo e se dirigiu às colinas. Jake beijou a frente de Jenny.

—Bebê, acordada. Estou aqui e vou levar você a casa. — Olhou para Moonbeam que estava cheio de sangue. Era óbvio que o cavalo estava morto. Jake levantou Jenny e por pura determinação pôs a ambos sobre o lombo de Sergeant. Enquanto se dirigia para casa, Jake observou a cara pálida de Jenny. Com ela ainda em seus braços, pensou que morreria antes de permitir que ele alguma vez a levasse de novo ao rancho.

Remy viu Jake vir rapidamente dos pastos com Jenny em seus braços.

—Nada bom — disse a si mesmo, dirigindo-se à saída do celeiro e ligou para Cree enquanto pôs-se a correr. —Cree, vêem para casa agora, algo aconteceu a Jenny. Jake vem a cavalo com ela em seus braços como se os fogos do inferno o perseguissem. —Remy desligou antes que Cree pudesse dizer uma palavra. Conseguiu sair do celeiro justamente quando Jake parou frente a ele.

Jake passou Jenny a Remy e gritou para que Gabe trouxesse a caminhonete até o celeiro.

—Chama a Cree e lhe diga que nos encontramos no escritório do doutor Nelson na cidade. — Jake sabia que ela provavelmente necessitaria um hospital, mas o mais próximo estava a mais de 100 km de distância.

Remy devolveu Jenny a Jake uma vez que ele esteve sentado na caminhonete.

—Gabe conduzirá. O que posso fazer, Jake?

—Sei que não está acostumado a montar a cavalo, assim agarra o 4x4 do abrigo e vai pelo vale para o oeste, pelas colinas da esquerda e encontra ao Ben. Ajude-o a procurar o Buck. Ben lhe dirá que o fazer uma vez ali.

Gabe pisou no acelerador e saíram para o povoado.

Jenny começou a mover-se no caminho. Ofegou e tentou levantar-se.

—Está bem, bebê, relaxa e apóia a cabeça para trás de novo. Estamos levando você a cidade para que o doutor a examine. Caiu de Moonbeam quando este se derrubou. Provavelmente tenha outro bom golpe na cabeça, melhor estar certo que lamentá-lo depois. — Jake encheu seu rosto de beijos. Finalmente era capaz de respirar e agora os tremores começaram. Porque não era capaz de mantê-la a salvo?

Chegaram a cidade em um tempo recorde graças ao aprumo de Gabe.

—Os deixarei em frente ao consultório e irei estacionar a caminhonete.

Cree andava de um lado a outro em frente ao consultório do médico quando Gabe se deteve. Cree correu para o caminhão e abriu a porta. Tomou a Jenny dos braços de Jake.

—O que aconteceu?

—Levemos a Jenny para dentro e logo falamos.

Cree levou a Jenny até a porta onde esperava a enfermeira.

—Remy chamou e nos disse que nos trazia uma paciente. O médico está na sala de exame esperando. — A enfermeira lhes mostrou o caminho até a sala.

Jenny estava acordada e era capaz de responder as perguntas do doutor, assim que a enfermeira escoltou a Jake e a Cree até a sala de espera. Cree voltou para Jake e pôs uma mão em seu ombro.

—Agora me conte que passou.

—Jenny, Ben e eu montávamos pelo leste dos pastos quando Buck começou a disparar. Eu sabia que ele estava nas colinas e disse a Jenny que se dirigisse até umas árvores. Quando os disparos pararam, Moonbeam e Jenny estavam no chão. Moonbeam está morta, com um disparo no pescoço. Quando chegamos até Jenny estava inconsciente, mas sem feridas evidentes. Enviei a Ben e a Remy até as colinas para encontrar a esse filho do diabo. — Jake fechou seus olhos, voltando a reviver tudo outra vez em sua cabeça. Abriu-os de novo para encontrar um olhar estranho na cara de Cree. —Está bem, Cree?

—Não, não quando penso no que poderia ter acontecido a um de vocês ou aos dois. Quero te abraçar tão forte como posso, mas não é o momento nem o lugar. — Apertou um pouco mais o ombro de Jake. —Te amo, vaqueiro — sussurrou Cree.

—Eu também, xerife.

O doutor Nelson entrou na sala de espera e olhou para ambos os homens.

—Tem uma ligeira comoção cerebral, talvez algumas contusões a mais para unir-se às que já tinha. Que demônios tem acontecido a essa pobre mulher?

—Um inferno — disse Cree simplesmente. —Seu padrasto abusou dela e acredito que a encontrou outra vez. — Cree sacudiu sua cabeça ante as implicações.

Jake e Gabe levaram Jenny para casa. Cree quis passar pela delegacia de polícia e chamar à polícia estadual para ver se podia conseguir algum respaldo. Depois de tudo, pelo que tinha feito agora, Buck era procurado em três estados.

 

Essa noite, Cree e Jake jantaram no quarto principal com Jenny. Ela tinha insistido que estava bastante bem para jantar na mesa da cozinha, mas eles se impuseram. Ambos pediram a Jenny que ficasse na cama outro dia mais. Exatamente o que o doutor Nelson tinha ordenado.

Jenny terminou sua sopa e deixou a colher.

—Me encontrou de novo, queridos — suspirou. —Buck não parará até que eu esteja morta. — Jenny compreendeu que Jake e Cree pensavam que possivelmente ela os culpava por não havê-la mantido segura. —Sei que estão fazendo tudo o que podem, mas não é suficiente. Ele encontrará o modo de chegar até mim finalmente. Seus amigos não podem paralisar suas vidas indefinidamente. Antes ou depois partirão e Buck virá outra vez — disse Jenny, soando resignada ante o fato de que Buck a matasse.

Cree se levantou e tomou a bandeja em que ela tinha comido. Deixou-a sobre o aparador e subiu na cama.

Jake que já estava na cama, rodeou-a com seus braços e beijou as lagrimas que corriam por sua cara.

—Não vamos permitir que Buck ganhe, Jenny.

Esticando-se para abraçar a ambos, Cree pensou que seu coração se romperia. Jenny estava começando a deixar-se vencer pela depressão e Jake começava a segui-la. Cree não podia permitir que Buck fizesse isso a sua família. Esperando afastar suas mentes de Buck por um momento, Cree começou a despir primeiro a Jenny e logo a Jake. Quando seus dois amantes estavam nus tirou sua própria roupa. Os três abraçados começaram com as carícias e os beijos. A mão de Cree desceu pela longa linha das musculosas costas de Jake até seu traseiro. Cavou sua mão ao redor de suas nádegas e devagar começou a sondar sua entrada traseira.

Jake gemeu sobre o peito de Jenny e começou a empurrar para trás contra a mão de Cree.

—Tão bom, xerife, tão bom.

Cree se estirou para trás e agarrou o lubrificante da gaveta.

—Necessito te amar, vaqueiro.

—Muito bem.

Jake deslizou sua mão para baixo pelo abdômen de Jenny, sentindo a suavidade de sua pele sobre os músculos lisos. Separou seus lábios inferiores e começou a prepará-la para seu membro. Não havia feito amor com Jenny ainda, mas parecia ser o momento correto. Jenny empurrou contra a invasão de seus dedos, tentando se aproximar mais.

—Oh! Jake, isso é tão bom. Mais, por favor.

Cree tinha a Jake bem lubrificado e começou a penetrar a Jake, que o deteve.

—Espera Cree, preciso estar primeiro em Jenny. Quero a todos transando uns aos outros esta primeira vez. — Jake estendeu as pernas de Jenny e se colocou entre elas. Colocando seu pênis em sua entrada. —Está preparada para mim, bebê?

—Sim. Agora, Jake. — Jenny envolveu seus dedos no cabelo de Jake e o agarrou. Jake submergiu seu pênis no canal de Jenny enquanto Cree o tomava por trás. Deus, Jenny se sentia bem. Sentia-se tão apertada ao redor de seu membro, ordenhando-o quando o empurrava dentro e fora em um ritmo antigo. Cree bombeava dentro dele de forma constante, enquanto se esticava para acariciar o peito de Jenny. Eles encontraram seu ritmo e o quarto se encheu de suplicas e de gemidos.

Jenny apertou as paredes de sua vagina ao redor de Jake e levou sua cabeça para trás em um grito de êxtase. Jake, perdeu-se por completo no mesmo instante em que Cree derramava sua semente nele. Os três se derrubaram na cama. Ambos os homens se enroscaram ao redor de Jenny.

—Não sabia que o sexo podia parecer-se com isto. Acredito que criaram um monstro. — Jenny os olhou com um maquiavélico sorriso na cara. Incorporou-se e lambeu a ambos no rosto.

—Vamos descansar um pouco. É minha vez de estar no meio. — Cree se estirou para dar uma palmada carinhosa no traseiro de seus dois companheiros.

 

Na manhã seguinte Cree foi à cozinha ansioso por seu café da manhã.

Nicco e Gabe estavam sentados à mesa.

—Bom dia, rapazes. Sabem algo de Remy e Ben?

Nicco baixou sua xícara.

—Chegaram aproximadamente às duas da manhã. Não tiveram sorte.

Perderam seu rastro ao sul de Santa Fé. Parece que se dirigiu à cidade. Ben disse que foram dormir um momento e que lhe informariam mais tarde.

Cree assentiu.

—Quando Jake descer, digam-lhe que fui à delegacia de polícia, mas que voltarei para casa cedo. Jenny, supõe-se que tenha que ficar na cama hoje como disse o doutor. Advirto-lhes que ela pode ser uma pequena cabeçuda, assim vigiem-na. — colocou o chapéu e se dirigiu à porta, para o SUV do xerife.

Enquanto se dirigia para o povoado não pôde tirar o sentimento de que Buck tinha ido pelo momento. Parecia que encaixava em seu padrão de ataque e fuga. Cree decidiu fazer uma chamada a Rex Cotton, o capataz da Double B e lhe pedir que estivesse vigilante se por acaso Buck aparecesse. Conhecia a Cotton e sabia que cooperaria, Cotton sempre tinha gostado de Jake e nunca tinha aprovado as coisas que Buck tinha feito a Jenny.

           

Jake despertou com sua típica ereção matutina e olhou à mulher que dormia ao seu lado. Jenny se via linda e tão pacifica no sono. Seus longos e escuros cílios formavam um arco sobre suas bochechas. Seu nariz era perfeito e seus lábios se viam inchados da noite passada. Quanto mais olhava, mais quente ficava. Tinha que prová-la, reafirmar que ela estava de verdade a salvo, e em sua cama. Jake devagar afastou as mantas e desceu pela cama até que seus olhos estiveram ao nível de sua preciosa vagina. Tirou sua língua e lambeu e lambeu. Com cuidado, separou os lábios e lhe deu um beijo francês em sua vagina. Jenny se moveu sobre a cama, começando a despertar, enquanto a língua de Jake serpenteava ao redor de seus clitóris aspirando o duro botão em sua boca.

Jenny começou a empurrar sua vagina contra seu rosto.

—Mmmm... Isso é o que eu chamo um despertador. Oh, Jake! Você faz eu me sentir tão bem.

Jake devorava sua vagina quando seu telefone celular começou a tocar. Sem levantar sua cabeça, agarrou o celular da mesinha de noite.

—Alô.

—Jake, sou Cree, O que faz?

—Só tomando um desjejum que inclui comer uma linda e rosada vagina. Por quê? Quer se unir?

—Deus, Jake, sabe que o faria, mas estou a ponto de entrar em uma reunião com os representantes da polícia estadual do Novo México, Missouri e Oklahoma. Embora obrigado por fazer que meu pênis fique duro o bastante para poder golpear pregos. Queria que soubesse que parece que não chegarei em casa até depois do jantar esta noite. Tentamos estabelecer algum tipo de equipe de operações especial. Agora, por que não me diz exatamente como está essa doce vagina como primeiro alimento da manhã?

—Bem. — Passou a língua. —É melhor que o xarope de arce — lambeu novamente — e mais quente que o quatro de julho. — a lambeu de novo —Talvez, se for um bom menino hoje xerife, deixo algo para a sobremesa.

—Espero que possa me servir um pouco de vocês dois na sobremesa. Te amo, Jake. Mantêm a nossa garota a salvo hoje.

—Adeus, xerife, poderá vê-la e prová-la esta noite. — Jake riu entre dentes e desligou o telefone. —Agora, por onde íamos bebê? Oh, sim, por aqui. — Jake cravou sua língua no canal de Jenny lhe dando o melhor beijo francês de sua vida.

Jenny se esticou e sujeitou a cabeça de Jake, segurando-a enquanto bombeava seus quadris contra sua boca.

—Eu me sinto tão bem, vaqueiro, mas agora quero te provar.

—Como a senhora deseja. — Jake girou seu corpo para que ambos pudessem desfrutar de seus sabores favoritos.

Jenny soltou uma risada tola e se preparou para o café da manhã. Tomou a ponta do membro de Jake e formou redemoinhos com sua língua ao redor da cabeça grande e escura como forma de ameixa. Jenny soube que estava fazendo um trabalho muito bom quando o escutou gemer. Rodeou-o com seus dedos até onde pôde abranger, mas o homem era enorme. Bombeando com um ritmo do qual ele parecia desfrutar, Jenny engoliu a cabeça e tomou tanto dele como podia sem se sufocar.

Os quadris de Jake começaram a bombear ao ritmo que Jenny estabelecia. Enquanto continuava chupando-se, Jake gemeu e inseriu dois dedos em sua apertada vagina. Seguiu os movimentos dela até que ambos formaram um conjunto, um sobre o outro.

—Sente-se bem… tão bem.

Jenny levou uma mão para baixo e começou a acariciar seus testículos.

Abandonando momentaneamente seu membro, tomou um de seus testículos na boca e chupou com força. Jake saltou e começou a bombear em sua mão com mais força. Jenny retornou ao seu membro e engoliu tanto como pôde enquanto procurava entre suas pernas para introduzir um dedo em seu ânus.

—Vou gozar, bebê.

Tomando uma profunda respiração, Jenny logo disse as palavras.

—Sim, me dê tudo o que tem, vaqueiro.

—Ahhh.

Jake ejaculou tão forte que a Jenny deu a impressão de que estava engolindo as cataratas do Niágara. Seu corpo se esticou e se sacudiu justo quando recuperava o ar em seus pulmões. Ele rapidamente e de maneira eficiente lambeu toda a prova de seu orgasmo. Moveram-se até ficar em uma posição estilo colher para desfrutar de sua saciedade. Jake beijou a Jenny atrás do ouvido.

—Tenho que me levantar para ir ao celeiro, Jenny, mas você ficará aqui hoje. Subirei para verte na hora da comida e espero que esteja na cama. Não quero discussões.

—Sim, senhor! — Jenny saudou e riu bobamente.

Jake estapeou sua bunda e se dirigiu a grandes passos até a porta.

—Estamos insolentes hoje, correto?

Jenny somente riu e escondeu sua cabeça sob as mantas, completamente contente e apaixonada.

 

O sol estava se pondo quando Cree finalmente conseguiu sair do escritório e caminhou para  seu veículo de xerife. Ele estava cansado e rígido de se sentar em uma reunião todos os com seu grupo de trabalho recém formado. Os representantes dos outros policiais pareciam estar no mesmo comprimento de onda que Cree. O Detetive James Scott da Polícia do Estado de Novo México pensava que eles tinham uma ligação Buck que terminou, na fronteira mexicana. Ele enviou o inquérito à polícia mexicana para tentar averiguar se Buck Baker tinha sido realmente detectado em Cidade Juarez, México. Cree havia começado a pensar que Buck tinha decidido tirar umas pequenas férias até que as coisas se esfriassem na Triple Spur. Com alguma sorte, as autoridades mexicanas iriam buscá-lo ou ao menos, a polícia da fronteira iria prendê-lo quando reentrasse nos EUA.

Cree dirigia pela estrada do condado para casa. Um nível de calma veio quando ele pensou em casa. Jenny estava finalmente onde ela deveria haver estado, nos últimos três anos e que faria tudo ao seu alcance para ter certeza que ela estava segura. Cinco anos eram muito longos para que qualquer um esteja correndo.

Cree lembrou que ele ainda precisava chamar sua mãe e lhe agradecer por manter Jenny segura por dois anos e meio que ficou com ela. Ele balançou a cabeça e riu de si mesmo. Era exatamente como sua mãe, para guardar um segredo como o dele. Mesmo que ele deva estar zangado com ela, ele não poderia fazê-lo. Naomi Sommer era leal às pessoas que amava. Se Jenny lhe fez prometer que não contasse a Jake e a Cree que estava na reserva, nada teria feito Naomi voltar atrás com sua palavra. O céu era uma magenta profunda, quando chegou ao rancho. O tempo estava começando a mudar e ficar mais frio á noite. Cree parou seu SUV na frente do celeiro. Ele queria falar com Jake sozinho por um minuto. Cree saiu e fez o seu caminho até o celeiro, tirando o pedaço de couro que ele usou para amarrar o cabelo dele para trabalhar. A brisa soprando sentia bem com seu cabelo comprido. Assegurava-se de não sentir falta do obrigatório cabelo curto que os militares exigiam. Cree notou que aos outros membros de sua velha equipe, com a exceção de Gabe e Ben, também gostavam do cabelo comprido. Talvez era somente um modo de rebelar-se contra a autoridade para homens na casa dos trinta. Cree entrou no celeiro. Deixando que seus olhos se acostumassem à débil iluminação, chamou a Jake.

—Aqui atrás, xerife — chamou Jake da parte de trás do celeiro. Cree fez o seu caminho para Jake e encontrou-o em uma baia com uma das suas éguas prenhes, apesar da aparência parecia que não estaria prenhe por muito mais tempo. Jake estava sentado junto à cabeça de Miss Candy e cantarolava baixinho em seu ouvido enquanto acariciava seu pescoço.

Jake olhou rapidamente e continuou a sua canção calmante.

—Está tudo bem, garota doce… é isso… só manter a calma e antes que saiba vai ser uma nova mamãe.

Jake mais uma vez olhou para Cree e sorriu.

—Preparado para ser papai, Cree? Parece que Miss Candy está pronta para largar seu potro. Eu estava pensando que talvez você poderia ir buscar Jenny e trazê-la aqui. Ela sempre adorava assistir os nascimentos.

Cree assentiu, sabendo que o cavalo prefere nenhuma conversação enquanto estava com dores. Ele foi em direção a casa. O comentário de Jake sobre se tornar um pai ainda permanecia em sua mente. Cree sempre tinha pensado que seria um bom pai algum dia, mesmo que não tivesse tido um bom modelo a imitar. Sacudiu a cabeça para desfazer do pensamento.

—Tem muito tempo para isso mais tarde, idiota — ele disse para si mesmo.

Cree entrou na casa. Embora não visse ninguém, podia ouvir o que soava como uma festa vindo de cima.

—Que diabos está acontecendo lá acima? — ele disse enquanto começava subir as escadas. Ele andou pelo corredor e se deteve na porta do dormitório principal.

—Pague, menino Seal! —A risada de Jenny atravessou a porta.

—De jeito nenhum. Está enganando — disse Remy.

—Cara, basta pagar à senhora e reparte a próxima mão — a voz de Nicco interveio.

Sorrindo, Cree abriu a porta e olhou a cena ante ele. Jenny, Remy,Nicco e Ben estavam todos sentados na cama jogando pôquer. Da pilha de dinheiro na frente de Jenny, Cree podia adivinhar que estava ganhando. Ela parecia tão jovem e despreocupada naquele momento. Ela parecia ser a Jenny antes que Buck tivesse posto o medo em seus olhos.

—Uuh—um — Cree pigarreou e encostou-se no batente — O que vocês caipiras estão fazendo na cama com minha mulher?

Remy olhou e sorriu.

— Apenas perdendo nossas camisas. Por quê? Há algo de errado com isso? Cree examinou Jenny e sorriu.

—Quanto você tomou deles, amor?

— Oh, deixe-me ver.

Jenny pôs um  dedo na boca e olhou para a pilha que mudava na frente dela.

¯ Sim, eu tenho certeza que temos o suficiente para fugir para a Riviera Francesa, ela riu. ¯ Ou talvez apenas um hotel na Riviera em Las Vegas por uma noite. Não importa, eu vou pegar o resto amanhã. "

—Cree, esta mulher é um tubarão de cartas, você sabia disso? — Ben se levantou da cama e sacudiu a cabeça — Tenta fazer companhia a uma garota e esta o limpa. Não é um inferno de assunto?

—Tudo bem, vamos ver o que ela faz para se divertir amanhã, quando todos nós agarrarmos nossos bens e formos para casa —Remy acrescentou com um beicinho amuado em seu rosto.

Cree entrou no quarto e ficou ao lado da cama.

—Bem, eu vim para recolher a minha garota e levá-la ao estábulo. Miss Candy está tendo seu potro. Você está interessada? — inclinou-se e a beijou.

—Eu adoraria ir ao celeiro, mas o que posso fazer em relação a todas os meus ganhos? Não tenho certeza que posso confiar nestes personagens desagradáveis que tem flutuando por aqui. —Jenny se levantou e foi a cada um dos homens e os beijou na bochecha — Obrigado, cavalheiros, por favor voltem e joguem comigo novamente algum dia. — Jenny olhou olhar de proprietário de Cree e sorriu.

Os outros três homens riram e saíram do quarto.

Cree envolveu Jenny em seus braços e a beijou.

—Espero que tenha tirado um cochilo hoje porque estive sofrendo uma ereção todo o dia graças à pequena imagem de Jake esta manhã. E esta noite decidi conseguir meu próprio prazer.

—Bem, se tiver que fazê-lo. — Ela sorriu maliciosamente e lhe beijou — Agora me leve ao celeiro.

Cree a conduziu ao celeiro onde encontraram a Jake ainda falando baixinho a Miss Candy. A égua cinza estava respirando pesadamente, seus olhos recolhendo a cena ao redor dela.

Jake elevou a vista e riu.

—Oi , bonita, vêem e sente-se comigo para me ajude a manter Miss Candy tranqüila.

Jenny se moveu pouco a pouco mais perto de Jake, não querendo transtornar à égua. Sentou-se na palha ao lado de Jake e pôs a mão em cima da sua enquanto acariciavam Miss Candy juntos. Cree se uniu depois de recuperar uma manta na despensa para pô-la ao redor dos ombros de Jenny.

Jake girou sua cabeça para Cree e o beijou, usando um monte de língua para um beijo tão breve. Jenny adorava vê-los. Ela podia sentir sua calcinha se molhar. Quando Jake e Cree lentamente giraram suas cabeças para ela e lhe deram a mesma classe de beijo em turnos, por sua vez a sua calcinha estava encharcada. — Ei, rapazes, parem de fazer isso ou eu não vou ser de muita ajuda com a Miss Candy. — Em seus sorrisos diabólicos ela estirou a língua. Eu disse a vocês dois que vocês tinham criado um monstro. Os três sentaram com a égua a maior parte da noite.

Aproximadamente às três da manhã um novo e formoso potro chegou ao mundo. Cinza com uma juba negra e a cauda que eram o vivo retrato de sua mãe.

Os olhos do Jenny se umedeceram.

— Ela é tão bonita, Jake. — Ela olhou para Jake e ele esticou o polegar e enxugou as lágrimas que tinha escorrido pelo rosto. —Você é linda, Jenny. Espanta-me que com tudo pelo que passou você ainda possa ver a beleza no mundo. Você percebe que este é o primeiro potro que nasceu desde que você veio para Triple Spur? Eu diria que este potro sempre será especial para nós. Nossa primeira produção como uma família e para marcar esta ocasião especial eu acho que você deve dar um nome.

—Hope, seu nome deveria ser Hope. — Disse Jenny brandamente, recordando Moonbeam.

Cree estendeu a mão e pegou a mão de Jenny.

—Esse é um nome perfeito, querida. Meu desejo é que nossos filhos cresçam montando Hope.

—Eu acho que mãe e a filha podem seguir daqui. Ambas parecem saudáveis. Vamos voltar para a casa, estou cansado. — Jake se levantou e esticou as pernas, em seguidas estendeu a mão para ajudar a puxar Jenny que puxou a Cree.

Os três andaram de braços dados em direção à casa. Jake perguntou a Cree.

—O que você averiguou hoje na reunião? Há alguma pista já?

Cree negou com a cabeça.

—Não, não eu não sei muito, mas temos algumas teorias.

Eu vou colocá-lo a par amanhã quando eu informar o resto da equipe. Hoje à noite eu estou muito cansado.

 

Na manhã seguinte ao redor da mesa, Cree informou os homens do que a força-tarefa havia discutido no dia anterior.

—Portanto até que possamos conseguir a palavra oficial de que Buck fugiu para o México, eu diria que o trabalho de sempre. Eu sei que vocês todos têm suas próprias vidas, mas eu deveria ouvir algo por volta do final da semana e logo podemos seguir dali.

—Estamos aqui tanto como nos necessite, irmão. Lembre-se do nosso lema, “Fidelidade ao País, à Equipe e ao Companheiro de equipe”, isto não mudou para nenhum de nós só porque já porque não somos mais Seals. — Nicco se levantou e saiu pela porta para a varanda.

Cree olhou Nicco deixar o cômodo e sacudiu a cabeça. Nicco era um dos homens mais leais que tinha encontrado. Cree sabia que tinha que haver um enorme coração detrás das distantes maneiras e os olhos atormentados. Nicco sempre era um solitário, mas tinha sido muito pior desde que saiu do serviço militar. Ele esperava que um dia Nicco encontrasse a felicidade novamente.

 

Três dias depois, a Patrulha fronteiriça confirmou que Buck não foi visto chegando ao México, mas a Polícia mexicana tinha encontrado seu carro abandonado nos arredores de Cidade Juarez. Como tudo tinha estado tranqüilo durante quase uma semana era hora de ter outra reunião com a equipe.

Cree sentou-se à cabeceira da mesa.

—Eu acho que é seguro dizer que Buck deve fazer uma pausa para reagrupar. No entanto eu não acho que a ameaça desapareceu totalmente. Buck estará de volta, não tenho dúvida. Estive conversando com Jake e com sua aprovação eu gostaria de estabelecer um cronograma de duas semanas, duas semanas fora. Sabemos que todos têm suas próprias vidas e responsabilidades. Jake e eu esperávamos que fosse um bom compromisso. Se algum de vocês não puder cumprir o programa, não haverá ressentimentos. Nós sabemos que vocês tem feito tudo o que podiam e não podia ser mais gratos a vocês. — Cree olhou em volta da mesa e fez contato visual com cada homem.

Ben empurrou sua cadeira para trás e parou.

—Cree, eu odeio soar como um pedaço de merda, mas eu realmente não tenho mais nada à minha espera. Eu tenho um apartamento alugado em Missoula, Montana, uma vez que sair do Seals, mas é isso. Eu realmente não tenho um emprego ou responsabilidades. Eu somente estive vivendo de meus investimentos tentando decidir o que eu quero com o resto da minha vida. Então, se estiver tudo bem, eu gostaria de ficar aqui até que tratemos com Buck, de uma vez por todas. Eu acho que Remy pode voltar para Key West e administrar seu bar até que nós precisemos dele.

Cree olhou para Jake, que assentiu.

—Nós apreciamos isso, Ben. Talvez a polícia apanhe o Buck antes do tempo, mas ficaríamos gratos por sua ajuda.

—Uh. Cree, estou no mesmo barco, como Ben, para que possa liberar por Nicco um tempo também. —Gabe olhou Cree e Jake para seu aceno de aprovação.

—Bem, então está resolvido. Remy, volta para Key West e administrar o bar e Nicco, você volta para… o que faz de extremamente secreto. — Cree sorriu a Nicco quem lhe deu um brusco aceno.

Duas semanas mais tarde o rancho estava finalmente em calma e todos começavam a entrar em uma rotina. Jenny tinha se afeiçoado muito de suas duas sombras constantes, Gabe e Ben, e se encontrou se abrindo com eles. Ela estava saindo de sua casca mais a cada dia. Com uma viagem a Santa Fé com a promessa de conseguir mais roupa, ela sentiu que finalmente tinha encontrado um lugar sobre a terra no qual queria estar. Seus dias estavam ocupados com a casa ou os cavalos. Jenny desfrutava trabalhando com Jake nos currais embora, de vez em quando, Jake estivesse acostumado a ser um pouco super protetor. Ela tinha estado ao redor de cavalos desde que tinha doze anos, mas alguns dias Jake a tratava como a uma novata. Sempre que lhe perguntava sobre isso ele a segurava e lhe dizia somente que não queria se arriscar.

Um dia, Jenny se sentou em cima do curral olhando o trabalho de Jake com um garanhão temperamental chamado Filho de Satã. Jake tinha uma corda acerada sobre o garanhão e tentava conseguir que se acalmasse o bastante para tentar uma sela. Jenny desceu para o curral e foi sustentar a corda guia para que assim ele pudesse selá-lo. Quando se aproximou de Jake, o garanhão se encabritou, patadas no ar. Jake empurrou a Jenny fora do caminho e acalmou o cavalo. Levou o cavalo de volta para o curral e o atou. Jake virou-se com fogo nos olhos.

—Que diabos foi isso, Jenny? Você está tentando se matar? Você tem alguma idéia do que esta besta poderia ter feito a você? — Ele estendeu a mão e agarrou Jenny ao peito, soltou um suspiro e apenas segurou-a.

Jenny empurrou.

—Sim, eu sabia o que estava fazendo. Sou uma amazona malditamente boa, Jake, você esqueceu disso? Eu só estava tentando ajudar. Poderia ter acontecido com qualquer um, simplesmente aconteceu de ser eu neste momento. — Mesmo que ela tenha ficado furiosa com ele compreendeu o seu medo em relação a ela. Jenny balançou a cabeça. — Você não pode me envolver em algodão, Jake. Eu finalmente tenho uma vida digna de ser vivida. Por favor, cowboy, deixe-me viver.

Jenny deu-lhe um beijo no rosto e saiu do curral, sem dizer mais nada. Ela foi até a casa à procura de Ben ou Gabe. Jenny encontrou Ben lendo uma revista de reprodução.

—Ben, quer dar um pequeno passeio comigo e ir nadar no riacho? Tenho que sair desta casa um pouco e o curral não é uma opção.

—Claro, eu poderia ir para um passeio e nadar, mas tem certeza que você não prefere esperar por Jake para levá-lo? — Ben parecia um pouco incômodo com a idéia.

—Jake é a razão pela que não posso ir ao curral. Agora mesmo se o vejo poderia ter desejos de retorcer seu magnífico pescoço. — Jenny correu ao seu quarto para trocar-se, e pegou o seu biquíni. Colocou seu jeans e camiseta sobre ele e desceu.

Jenny achou Gabe na cozinha assando.

—Eh, Gabe, o que você está assando para mim hoje?

—Eu consegui um novo livro de receitas na cidade assim eu pensei em experimentar um pouco. Eu tenho um suflê de chocolate no forno assim não faça nenhum movimento repentino. —Gabe sorriu abertamente.

Sussurrando, Jenny sorriu.

—Certo, eu andarei nas pontas dos pés daqui e vou achar o Ben. Se alguém perguntar, nós estamos indo nadar no riacho.

Jenny encontrou Ben esperando-a na varanda.

—Vamos nadar, amigo. O dia está se desperdiçando.

Era um dia bonito para um passeio e Jenny propôs uma corrida a Ben até o riacho. Desmontaram juntos. Ben levou os cavalos à sombra e os atou assim poderiam pastar.

Jenny se despiu e andou em direção ao riacho. Ela girou para dizer a Ben que se apressasse quando ouviu seu audível ofego. As mãos de Jenny imediatamente subiram para cobrir o estômago e seio. Ela olhou para Ben e fechou os olhos.

—Eu sinto muito, Ben. Eu deveria haver preparado você para a visão do meu corpo. Eu não pensei sobre isso, eu acho. Jake e Cree parecem não notar, assim eu acho as vezes, que eu esqueço sobre todas as cicatrizes. — Jenny baixou o olhar com vergonha, incapaz de olhar Ben aos olhos.

Ben fez algo que ele nunca fez para ela antes. Aproximou-se dela e lhe deu um abraço.

—Já não tenha vergonha de algo que não foi sua culpa. Cree e Jake não notam suas cicatrizes porque  você é bonita por dentro e por fora. Eles amam você custe o que custar. Inferno, eu conheço eles há muitos anos e além de um ao outro não amaram a ninguém mais, exceto você. Então seca esses bonitos olhos azuis e vamos nadar.

Eles caminharam de mãos dadas no riacho fresco. Não era o suficiente profundo para nadar assim que se sentaram sobre pedra do fundo e deixaram que a água corresse a seu redor. Relaxada e contente, Jenny inspecionou Ben.

—Ben, pode me dizer por que Nicco é tão reservado ao meu redor? Ele não gosta de mim ou eu o faço se sentir desconfortável?

Ben tomou um minuto antes de responder.

—Não é que ele não goste de você, Jenny, ele é assim com todo mundo. Eu penso que ainda esta compreendendo a si mesmo e como gostar do resto de nós. Nicco veio aos Seals com seus fantasmas. O resto de nós conseguimos eles nos Seals. Ele cortou as emoções faz muito tempo, mas talvez seja afortunado…maldição, se todos fomos afortunados, nós achamos alguém tão especial quanto você que pode exorcizar nossos demônios.

—Obrigado.

Levantando-se, Ben estendeu a mão para Jenny. Parecia uma criança estendendo sua grande mão bronzeada.

—É melhor nós voltarmos ou eu terei a Jake louco como o inferno sobre mim por manter você fora muito tempo.

Eles vestiram-se e montaram de volta para o rancho. Jenny se sentia em paz outra vez. Sabia que Jake a amava. Somente levaria um momento acalmar-se o bastante para deixá-la viver sua vida. Ele tem sido paciente com ela em tudo o mais. Ela achou que era sua vez para aprender paciência.

Eles montaram a um quilômetro  do rancho e foram encontrados por um envergonhado Jake.

—Se divertiu, bebê?

Jake parecia como se realmente quisesse saber. Talvez fosse seu modo de suavizar as coisas. Jenny o deixou retirá-la do cavalo.

—Sim, obrigado. Ben e eu tivemos um maravilhoso momento. — Jenny sorriu e envolveu seus braços ao redor do se pescoço e o beijou. Ele se separou dela e a língua acariciou o interior de sua boca.

Jake a abraçou mais apertado.

—Bem, se isto for o que a natação faz por você penso que teremos que fazer uma piscina —ele riu em silêncio e beliscou seu lábio inferior, logo o acalmou com sua língua.

Jenny suspirou e pôs a cabeça sobre seu peito.

—Está bem, vaqueiro?

—Bom como o ouro, Jenny.

 

Três semanas mais tarde eles ainda não ouviam nada de Buck. Jenny era mais feliz do que alguma vez tinha estado, até que uma semana começou a ficar doente pelas manhãs. Ela sabia o que era, só que não queria que Cree ou Jake se inteirassem ainda. Jenny ocultou suas náuseas deles e quando eles o perguntaram sobre sua aparência pálida ela sempre dava uma desculpa ou outra. Ela tinha muito que pensar antes de falar com seus homens sobre suas suspeitas. Jenny decidiu tomar um dia em suas tarefas e dedicá-lo a pensar. Uma tarde tomou um travesseiro e uma manta para dedicar-se a pensar seriamente. Subiu as escadas até o sótão, que havia no celeiro, ali estendeu sua manta. Deitou-se com seu travesseiro de plumas de ganso favorito detrás de sua cabeça e se acomodou.

Enquanto estava deitada no feno, Jenny pensava sobre sua vida, e com maior precisão sobre seu futuro. O que aconteceria se estivesse grávida? Ela nem era casada ainda e não sabia se algum dia se casaria. Cree e Jake teriam ciúmes de um filho de outro homem? Jenny não achava. Eles amavam muito uns aos outros para ter ciúmes. Ela passou uma mão por seu corpo, de cima abaixo até descansá-la sobre seu estômago. Jenny sabia em seu coração que estava grávida. Tinha uma consulta com seu doutor em uns dias por suas feridas. Talvez ela pudesse conseguir algum teste de gravidez. Pensando na razão da consulta do médico a fez erguer-se.

—Oh, meu Deus. E se o bebê for de Buck? —sussurrou a si mesma.

As lágrimas começaram a cair pelo rosto de Jenny. Perguntando-se se o doutor seria capaz de dar a data exata da concepção, Jenny tentou contar seus dias. Ela acabava de terminar seu período quando Buck a violou. Ela transou com Cree e Jake duas semanas depois disso.

—Menino, isto me faz sentir como uma vadia — resmungou. Com tudo o que tinha passado ela não deu falta do seu período, mas agora o fazia.

Como ela ia dizer a Cree e Jake que seu inimigo poderia ser o pai de seu filho? Jenny decidiu esperar e dizer-lhe quando tivesse mais informação. Espero que o doutor possa ajudar. As perguntas em sua cabeça pareciam ser muitas e Jenny fechou seus olhos e foi à deriva até dormir.

—Ei amor, você está ai em cima? — A voz de Cree despertou Jenny de seu sono. Ela podia escutá-lo chamando-a de abaixo.

—Estou aqui, no sótão, xerife. — Ela podia ouvi-lo subir a escada e logo sua cabeça empurrou na porta do sótão sobre o piso. Jenny sorriu um sorriso sonolento. —Eu sinto muito, espero não ter preocupado a ninguém. Necessitava algum tempo a sós para pensar.

Cree gritou aos homens que estavam fora no celeiro.

—Eu a encontrei, rapazes, e está bem. — Cree terminou de avançar lentamente sobre a escada e se equilibrou sobre Jenny para colocar-se sobre a manta ao seu lado. Tomando um pedaço de feno em seus dedos, ele o passou por cima do braço de Jenny muito suavemente. —Bem, você nos preocupou, mas eu posso entender a necessidade de uma pessoa de escapar de vez em quando. Pelo menos veio para à segurança do celeiro, mas da próxima vez, por favor diga a alguém onde você está indo, certo? — Cree se inclinou e beijou seu nariz.

—Certo. Eu sinto muito, Cree. — Jenny levantou sua mão e traçou o seu rosto. Ele era tão bonito. Seu rosto era cinzelado à perfeição e seus olhos eram as janelas de sua alma. Ela passou seus dedos por sobre seus lábios. O inferior se via muito bom para renunciar a ele assim que se estendeu e o lambeu. Ele pareceu pegar fogo.

—Oh, Jenny, o que é isto que você faz comigo? — Cree tomou sua boca em um beijo apaixonado. Suas mãos vagaram até seus botões e um por um eles foram saltando. Cree desfez o fecho dianteiro de seu sutiã e seus seios saltaram livres.

 

—Deus, eu amo seus seios — ele disse enquanto começava a chover beijos e lambidas sobre eles. Cree segurou seu seio e mamou como se passasse fome.

Jenny se retorceu sobre o  feno, agarrando punhados e empurrando para cima.

—Por favor, Cree. Eu preciso de você.

Cree soltou o seio de Jenny e se sentou sobre seu traseiro para desabotoar sua camisa, lançando-a para um canto. Ele deu um atrativo sorriso e tirou a arma do cinturão e logo seu jeans. Jenny não viu aonde foram porque olhava a ereção mais bonita que tinha visto. Levantou sua mão e tocou a ponta de seu membro, golpeando o perolado fluido que ali havia e levando-o aos seus lábios. Jenny devagar abriu sua boca, mantendo o contato de seus olhos com os de Cree e lambeu a ponta de seu dedo.

Cree gemeu e fechou seus olhos.

—Esta é uma das coisas mais eróticas que alguma vez vi. Deixe-me tomar um minuto ou não vou durar suficiente tempo para chegar a essa doce vagina. Ele se estirou ao seu lado e beijou seu pescoço — Como você quer, amor, docemente e lento ou rápido e forte?

—Você é sempre lento e doce. Assim que nos decidiremos pela opção número dois.

Cree colocou Jenny sobre seu estômago e logo sobre suas mãos e joelhos.

Os lábios rosados de sua vagina gotejavam de desejo. Cree se inclinou e acariciou a vagina com sua língua.

—Maldição, isso é bom.

Ele colocou uma mão em seu quadril e segurou seu pênis alinhando-o com seu canal. Um forte impulso e esteve situado até o punho dentro dela. Ambos se congelaram durante só um segundo desfrutando das sensações que estavam experimentando.

Cree começou a retirar-se devagar. Riu quando Jenny fez um som de protesto. Ele se afastou de repente para trás e para frente com toda a força de sua pélvis contra ela. Tomando velocidade, o suor começou a correr em riachos sob o rosto e o peito de Cree. Cree bombeou em Jenny sem piedade. Ele sentiu sua vagina apertar-se ao redor de seu membro enquanto ela soltava um grito de prazer.

—Sim. Oh, Deus, sim, sim. Cree! Uhhh! — Jenny teria se derrubado se Cree não a houvesse segurado — Cree arremeteu mais rápido bombeando nela duas vezes mais até que sua semente se derramou na mulher que amava. Foram juntos para o sono, um nos braços do outro.

Jake terminou seu trabalho do dia e foi a procura de Cree e Jenny. Não havia dado nem um passo para o celeiro depois de havê-los buscado em toda a casa sem sorte, quando descobriu a Gabe sentado fora do celeiro sobre um tamborete.

—Eh, Gabe, você viu Cree e Jenny? — O homem ficou vermelho e indicou o celeiro.

—Uh, sim. Eles estão no sótão, Jake. Eu…uh… só os vi sair da casa.

Sacudindo sua cabeça ante o estranho comportamento de Gabe, Jake entrou no celeiro e subiu a escada para o sótão. Ele inalou profundamente. Sobre uma pilha de feno estavam os dois corpos nus entrelaçados. A cara de Jenny enterrada no pescoço de Cree. Cree estava roncando com a boca aberta.

Deus, ele amava aos dois. Jake olhou a Jenny. Ainda quando parecia que havia se curado, preocupou-se se por acaso a sujeira do sótão poderia entrar em contato com a ferida. Jake começou a se despir onde estava parado. Completamente, avançou lentamente para seus dois amantes. Beijou o pescoço de Cree e acariciou com pequenos e suaves golpes as costas de Cree até terminar em seu doce ânus.

Ele segurou as nádegas bronzeadas em suas mãos e os separou para aproximar-se ao doce franzido que o chamava como se fosse sua casa. Jake podia contar que Cree estava preparado para brincar, antes de decidir excitá-lo muito mais. Com as bochechas de Cree bem estendidas Jake posou sua língua em seu ânus. Molhou seus dedos em sua boca e os colocou, primeiro um e logo o outro, introduzindo-se lentamente no orifício de Cree. Empurrando-os dentro e fora até que Cree finalmente começou a se mover.

—Jake, espero que seja você.

Rindo em silêncio, Jake inseriu um terceiro dedo. —E a que outro espera que meta seus dedos em seu doce traseiro?

—Só você, vaqueiro. É tão bom. Como você pode ver Jenny e eu estamos desgastados, mas vêem aqui acima e veremos se não podemos acomodar você.

Cree se moveu e puxou Jake por seu cabelo, para beijá-lo assim que estiveram finalmente cara a cara.

—Boa noite, vaqueiro. Como esteve seu dia no curral?

Cree sorriu e beijou o rosto e o pescoço de Jake antes de descer até seus mamilos.

—Quente e suado, como qualquer outro dia. Posso dizer a você que necessitei realmente de sua ajuda.

Jake olhou para encontrar a Jenny olhando aos dois.

—Vem aqui, bebê, e entre nesse banquete que é Jake. Coma tudo o que quiser por um preço muito baixo, satisfação garantida.

—Certo, embora você saiba que desfruto olhando vocês dois.

Jenny estendeu a mão e envolveu seus dedos ao redor da de Jake. Não queria fazer sentir a Cree que ela não o desejava, nem o deixava fora, por isso também envolveu o membro de Cree. Ela se abaixou e tomou em sua boca primeiro a Jake e logo a Cree. Ambos começaram a empurrar-se para cima enquanto ela os tragava.

—Só assim, bebê. Você está indo tão bem que Cree deveria começar a preocupar-se de seu título de campeão.

Cree deixou o mamilo de Jake e sorriu.

—Bem, nó teremos que tratar disso.

Cree se deslizou para baixo do corpo de Jake para pressionar-se contra o lado de Jenny.

—Se mova, amor, me deixe mostrar a este vaqueiro que ninguém pode tomar meu título. — Cree subiu com sua língua por um lado do membro de Jake e baixou pelo outro. Logo retornou até segurar a cabeça de seu membro em sua boca e o devorou.

Jenny olhou com temor como Cree tomava o contorno incrível de Jake em sua boca e o descia por sua garganta. Cree começou a tragar o membro de Jake. Jake gemia e bombeava na cara de Cree. Vendo a oportunidade, Jenny dobrou sua cabeça e tomou um dos testículos de Jake em sua boca, começou a tocar suas nádegas com um de seus dedos, até que conseguiu a coragem de inserir um dedo no ânus de Jake. Jake se moveu sobre a manta com um rugido tão ruidoso como um leão, e seu sêmen explodiu na garganta de Cree. Cree engoliu cada gota de sua semente até que Jake se rendeu.

—Sim, Cree, eu tive um grande dia.

Jake notou na mesa que Gabe não olhava a nenhum deles no rosto. A preocupação enrugou sua frente enquanto acompanhava Gabe até a varanda.

—Tem um minuto, Gabe?

Gabe virou para Jake, mas olhou seu ombro em vez de seu rosto.

—Certo, Jake. O que acontece?

—Eu quero me desculpar por esta tarde no celeiro. Espero que nó não tenhamos ofendido você. Acredite-me não era a nossa intenção. Finalmente examinando os olhos de Jake, Gabe sacudiu sua cabeça.

—Você não me ofendeu.

—Então qual é o problema? Você pode olhar para algum de nós.

—Problema. Não, não existe nenhum problema, Jake. É só que isto me faz sentir… Ah infernos, não sei.

—Repugnado?

—Não, isso nunca. — Gabe olhou para suas botas e disse suavemente — Invejoso.

—Invejoso? Quer dizer que quer ser como com Cree e Jenny?

A voz de Jake começava a fazer-se um pouco mais forte e algo menos amistosa.

Revolvendo seus pés de um lado ao outro, Gabe sacudiu sua cabeça outra vez.

—Eu não quero sua família, Jake. Quero a minha própria. Vejo os três e me sinto ciumento. Por que não posso ter o mesmo, você foi bastante afortunado por achar?

Esfriando-se rapidamente, Jake bateu de leve no ombro de seu amigo.

—Se abra a todas as possibilidades e o encontrará, amigo. E tem razão, sou um filho da mãe afortunado.

Ele lançou seu braço ao redor de Gabe e caminhou com ele para a casa onde um jogo de cartas estava em marcha. Não pôquer. Ninguém jogaria pôquer com o pequeno tubarão que amava.

 

Era finalmente quinta-feira. A consulta com o doutor de Jenny em Santa Fé a fez saltar de sua cama antes que Jake ou Cree se dessem conta. Deslizando sob o jato quente da ducha, Jenny se preocupou com o dia que tinha por diante. Ela tinha que se assegurar que nem Cree nem Jake a acompanhassem a Santa Fé. Se o doutor comprovava sua gravidez, ela queria ficar até ter os resultados do exame. Cree e Jake se preocupariam se uma consulta supostamente rotineira tomasse mais tempo do que devia. Jenny decidiu dizer aos rapazes que tinha que comprar um pouco de roupa na cidade. Isso os convenceria para ficar em casa. Nenhum deles gostavam de fazer compras de nenhum tipo.

—Bom plano, Jenny — ela sussurrou.

A porta da ducha se abriu e Cree e Jake deram um passo dentro. Jenny lambeu seus lábios e lhes pôs má cara.

—É minha vez disse a aranha à mosca.

—Ouve isso, Cree, fomos degradados a moscas agora.

Jake alcançou Jenny e a puxou em seus braços. Beijando-a profundamente, e murmurou

—Bom dia, senhorita Aranha, você pode me comer em qualquer momento. — Ele começou a mover-se contra o sexo de Jenny e levantou sua perna até sua cintura. —Envolva suas pernas ao meu redor, bebê. Quero ficar mais perto.

Cree se moveu detrás de Jake e alcançou o lubrificante que eles guardavam na saboneteira.

—Realmente eu gosto de nossas duchas matutinas — ele lançou uma quantidade considerável entre seus dedos e começou a passá-lo em seu amante.

Jake encontrou a entrada de Jenny e se empurrou, assentando-se até a raiz.

—Deus, sente-se tão boa pela manhã. É toda morna e suave. Eu poderia fazer isto todo dia pelo resto de minha vida.

Ele prosseguiu bombeando no canal de Jenny e dando impulsos igualmente poderosos em sua boca com sua língua.

Uma vez que Jake esteve preparado para ele, Cree empurrou no ânus de Jake o suficiente para afundar-se em seu apertado calor. Trabalhando como uma máquina bem lubrificada os três amantes se beijando, se tocando e golpeando até sua culminação. Depois, lavaram-se uns aos outros, Jake perguntou que projetos teriam durante o dia.

—Eu tenho que ir ao Supermercado e recolher um pedido, mas deveria estar a tempo para levar você a Santa Fé para a consulta com seu doutor.

Jenny mordeu seus lábios.

—Obrigado, Jake, mas eu esperava ir à cidade mais cedo assim posso fazer algumas compras e além disso irei ao salão. Sei que vocês fizeram o melhor possível rapazes, mas eu gostaria de comprar algumas roupas a mais das que me compraram quando me trouxeram.

—Oh, sim… certo, então quer ir com o Ben e Gabe? Eu quero dizer, eu posso enviar outra pessoa ao Supermercado, se você quiser que eu vá. — Deus, ele odiava fazer compras, era como pôr bambu[4] sob suas unhas.

Dando um passo fora da ducha, Cree deu a ambos uma toalha da prateleira.

—Eu tenho que ir a Santa Fé por negócios hoje, te eu encontro você em algum lugar e comemos algo antes de retornar?

—Isso soa bem. Eu devo acabar tudo às quatro horas.

Poderíamos nos encontrar em Rio Chama, esse lugar de filés que me falaram. Logo poderíamos retornar todos juntos. Estou seguro que tanto ao Ben como a Gabe adorariam um descanso.

Cree a beijou.

—Soa bem, amor. — Cree cruzou até seu armário e colocou seus jeans, sem roupa interior como sempre e uma camisa do uniforme. Acariciando o traseiro de Jake antes de sair do quarto, por cima de seu ombro disse. —Boa sorte da próxima vez, Jake. Eu consegui um encontro com uma mulher incandescente hoje.

—Oh, você é um comediante, Cree. — Jake vestiu suas roupas habituais de trabalho no rancho, jeans, cueca boxer e uma camisa com botões.

—Jenny, está certa que não quer que companhia ao doutor hoje?

—Não, Jake, estarei bem. É só um exame de rotina. Minhas feridas estão quase curadas e a queimadura só está sensível. — Jenny mordeu o interior de suas bochechas, esperando ter coragem para sua próxima pergunta.

—Jake, você acha que eu deveria perguntar sobre algum cirurgião plástico para as cicatrizes? Eles até poderiam ser capazes de fazer algo sobre as marcas. Sei que disse que não lhe incomodam, mas não pode ser fácil olhar o que Buck me fez a cada dia.

Cruzando o quarto em passos largos, Jake estendeu a mão e agarrou Jenny em seus braços. Beijou sua cabeça até que pôde acalmar-se para poder lhe responder.

—Bebê, quando vejo essas cicatrizes eu não penso em Buck. Penso na força da mulher que as leva. Você esteve no inferno e ainda é minha pequena e doce Jenny. Por que causar ao seu corpo mais dor? Cree e eu esperamos colocar nosso marca em você algum dia, na forma de uma aliança de casamento. Essa é a única marca que nos importa, bebê.

Jenny olhou para os olhos de Jake, os seus próprios transbordavam de lágrimas não derramadas.

—Isso é a coisa mais agradável que você poderia haver dito para mim Jake e estarei muito orgulhosa de levar sua marca de ouro.

Jake beijou seu nariz, olhos, lambendo as lágrimas que escaparam por debaixo de seus cílios.

—Eu amo você, Jenny.

Ben conduziu até a Santa Fé com Gabe, levando uma escopeta e Jenny na parte de trás. Jenny olhava pela janela contemplando a paisagem. Era majestoso e ela sabia que tinha encontrado um novo lar.

—Eh, rapazes, vou até o Centro Comercial comprar algumas roupas, mas não deve levar muito tempo. Depois eu tenho um compromisso em um salão, na rua abaixo, para me mimar um pouco. Eu acho que vocês poderiam fazer algo enquanto compro, e talvez, procurar algo para beber enquanto estou no salão de beleza. Tudo bem?

Ben olhou para Jenny pelo espelho retrovisor

—Parece bem para mim. Você disse algo sobre encontrar a Cree depois do compromisso com o doutor, certo? Minha boca enche d água por um bom e grosso filé — ele disse com um sorriso.

—Sim, a consulta é as treze e meia. Eu disse a Cree que acabaria perto das quatro.

—Se não se incomodar que lhe pergunte isso Jenny, por que pensa que a consulta durará tanto tempo? — Gabe finalmente falou, voltando em seu assento para enfrentá-la.

—Be… bem, eu estou indo também conseguir um teste de gravidez e eu quero esperar pelos resultados. Por favor não diga a Cree ou Jake. Existem circunstâncias atenuantes em jogo por causa do estupro e tudo. Eu necessito somente um pouco de tempo para preparar a ambos. Espero que o doutor seja capaz de me dar uma data da concepção para poder deduzi-lo. — Jenny olhou abaixo, para seu colo e pareceu preocupar-se com a prega de sua roupa.

Ben reduziu a marcha do carro depois de olhar a Jenny pelo espelho retrovisor.

—Não diremos, querida, mas você pensa que importará para eles de quem seja a criança?

—Não, não importará para eles, mas eu preciso lidar com meus sentimentos se eu estiver levando um filho de Buck. — Jenny virou para olhar pelo janela, cortando qualquer discussão a respeito.

Depois do Centro Comercial e o salão, Jenny respirou fundo e entrou no Centro Médico do hospital local. Ela olhou para a placa e encontrou onde tinha que ir. Douglas A. Higgins, Clínico Médico, Sala 223. Jenny decidiu subir as escadas até o segundo andar rebocando os seus guarda-costas. Ben e Gabe se sentaram na sala de espera enquanto ela foi introduzida a sala de exame depois de encher alguns papéis e apresentar os do seguro.

O Doutor Higgins lhe disse que tudo estava bem com suas feridas recentes.

—Sinto que tal coisa possa ter acontecido na sua idade. — Foi seu único comentário quanto às cicatrizes e as marcas.

Jenny perguntou a ele sobre um exame de gravidez e sobre uma data de concepção.

—Bem, o exame é fácil. Não deveria tomar muito tempo para ter o resultado. Quanto à data de concepção, poderia ser um pouco mais difícil de determinar. Tudo o que posso fazer neste ponto, é examinar você e tentar determinar uma data pelo tamanho de seu útero.

O teste deu positivo, como ela já sabia. Os resultados não foram tão consoladores.

—Eu diria que pelo tamanho de seu útero, está em seu segundo mês de gestação. Acho que de seis a sete semanas. Jenny não recordou muito depois disso. A enfermeira deu instruções a Gabe para uma consulta de acompanhamento com um ginecologista e Ben e Gabe a levaram para o carro.

Ben olhou para Gabe e então para Jenny.

—Você está bem, querida? Nós podemos chamar a Cree e fazê-lo vir aqui levar você.

—Não, Ben, estou bem. Só me levará outro minuto para me recuperar. Quero parar um pouco em algum banheiro público, em algum lugar no caminho e pôr o vestido novo que comprei. Acredito que se fizer isso me levantará o ânimo. O doutor disse algo a você?

Gabe a olhou com um sorriso breve.

— Não o doutor, mas sim a enfermeira. Acredito que ela pensou que eu era o pai.

A cabeça de Jenny virou até enfrentá-lo.

—Sinto haver posto você nessa situação, Gabe.

—Não sinta, demônios, me sinto elogiado. De qualquer maneira, a enfermeira me disse que seu teste deu positivo e que deve estar com aproximadamente umas seis semanas. Isso é uma coisa boa, Jenny?

—Não, não sei. A violação passou faz sete semanas, duas semanas antes que eu me mudasse ao rancho com Cree e Jake. — Ela estava ainda um pouco aturdida por tudo isso. Pôs sua mão sobre seu estômago — Ainda quando for possível que Buck seja o doador do esperma, serei a mãe desta criança e Cree e Jake serão seus pais. Está bem?

Agarrando sua mão, Ben se ajoelhou diante dela, examinando seus olhos.

—Isso está absolutamente bem, Jenny. Só segue pensando assim e tudo estará bem.

Ben parou um momento em um posto de gasolina limpo, assim Jenny poderia mudar seu vestido novo. Quando ela esteve pronta se dirigiram ao restaurante.

Esfregando seu ventre, Gabe riu em silêncio.

—Tenho tanta fome que poderia pedir dois filés.

—Sinto que não tenha conseguido um almoço apropriado. A propósito, agradeci aos dois por tudo que têm feito? Não só por me acompanhar hoje, mas sim por todo este longo tempo tão terrível.

—Não há necessidade, senhorita Jenny, isso é o que os amigos fazem uns pelos outros. Só porque estamos fora de serviço não significa que não sabemos trabalhar em equipe —disse Gabe com orgulho.

Cree os esperava quando eles chegaram ao estacionamento diante do restaurante.

Ben riu.

—Olhe este grande lugar de estacionamento só para você, Jenny.

Jenny riu, se sentindo muito melhor.

Cree abriu a porta para ela e assobiou.

—Wow, amor, está fabulosa. Estou muito contente de que tenha ido as compras depois de tudo. Espero que tenha conseguido alguns traje tão atrativos como esse. — Ele baixou sua cabeça e beijou seu pescoço. O vestido, de um amarelo canário, estava talhado e deixava a metade de suas costas ao descoberto.

Ele caminhou com ela para o restaurante com sua mão desenhando círculos sobre suas costas. Sua pele era tão suave que só queria saltar o jantar e pô-la de costas em seu veículo para assim poder lamber todo seu corpo

O jantar foi muito agradável, a comida era boa e a companhia ainda melhor. Quando eles terminaram sua sobremesa, Cree lhes conduziu ao estacionamento.

—Vou levar a minha encantadora mulher. Assim rapazes espero que retornem sem nós, demoraremos algum tempo. Quero levar Jenny até as colinas e mostrar a ela as luzes da cidade e talvez lhe dar alguns beijos escondidos antes que a leve de retorno ao rancho e a compartilhe com Jake.

Cree piscou os olhos um olho a Jenny e disse adeus a Gabe e Ben. Cree subiu Jenny acima, às colinas da Santa Fé a um mirante panorâmico da cidade onde estacionou com seu SUV.

—Vamos, mulher atrativa. Estive esperando toda a tarde por um pouco dessa incrível pele que mostra.

Jenny se deslizou e se aconchegou junto a Cree, pondo sua cabeça sobre seu ombro.

—E logo, amor, terá que me contar como foi em seu exame hoje.

Jenny pensou esperar até o final do jantar para lhe falar da gravidez, mas decidiu esperar e dizer a Cree e Jake quando estivessem os três juntos.

—A consulta esteve bem. O doutor Higgins me disse que deverei observar a queimadura um tempo mais, mas que tudo parecia estar bem. — Ela não queria falar sobre sua consulta, procurou um tema sobre o que muitas vezes se havia perguntado.

—Cree, alguma vez Naomi esteve em Triple Spur?

Sua cabeça quase se rompe quando girou para olhá-la. Cree parecia perplexo.

—Porque dessa pergunta?

—Sinto muito, não tem que respondê-la. Eu só me perguntava isso e realmente a fato de menos, pensei que talvez poderíamos convidá-la a que venha para o dia de Ação de graças este ano.

—Bem, para ser completamente honesto, Jenny, realmente nunca tinha convidado a minha mãe para vir a Triple Spur. Depois do que passou quando lhe confiei a minha irmã Tori, sobre minha relação com o Jake, ela me abandonou. Adivinho que não quis ter a mesma oportunidade com minha mãe. Não acredito que ela aprovasse minha relação com o Jake e estou muito apaixonado por esse homem para ocultá-lo. Acredito que é mais fácil falar com ela por telefone e enviar cartões.

Jenny pensou que Cree se sentia um pouco envergonhado de si mesmo.

—Você sabe que isso é um engano. Naomi realmente sabe de sua relação com Jake e ela é feliz por você. Ela mesma me disse isso. Imagino que nunca disse nada a você porque queria que fosse você quem o contasse. Mas, Cree, ela ama você muitíssimo.

—Sério? Maldição, acredito que meus sentimentos por Jake são evidentes mesmo por telefone. Foi por ela que obteve minha foto com Jake que tinha no bolso quando encontramos você no hospital?

Jenny cabeceou e escorregou sobre seus braços apertando-se mais ao pescoço de Cree.

—Sim. Ela me deu isso a última vez que a vi, faz aproximadamente um ano e meio. Não posso dizer o que essa foto significou. Era a única coisa que possuía que nunca deixou minha vista. Muito freqüentemente tinha apenas uns minutos para ir, mas sempre sabia onde estava. Guardava essa foto em meu bolso e era minha única posse.

Estendendo a mão, Cree atirou ao Jenny a seu regaço.

—Já não necessita a foto, Jenny. Agora pode ver e sentir sua posse sempre que quiser. — Sua boca tomou a sua em um beijo acalorado que prendeu fogo a seu corpo. Eventualmente romperam seu beijo quando a privação de oxigênio se fez um problema. —Vamos a casa e mostremos o vestido novo a Jake.

 

Conduziram para o rancho em um cômodo silêncio. Jenny sentada junto a Cree com uma mão sobre sua coxa. Cree mantendo ambas as mãos sobre o volante. Não queria correr nenhum risco com a vida de Jenny.

Aproximadamente a uns trinta quilômetros da casa, quando conduzia pelo velho caminho da comarca, o pára-brisa explodiu. Tudo pareceu ocorrer em câmara lenta. Jenny girou sua cabeça para Cree e o escutou gritar.

—Te agache. — O SUV se desviou do caminho para a sarjeta e virou dando uma volta para ficar de novo sobre seus pneu.

Jenny se recuperou quase imediatamente. Olhou para Cree e viu que estava com sangue. A cabeça de Cree descansava contra a porta do motorista, mas ele estava inconsciente. O sangue descia por sua cara e pescoço até sua camiseta, Jenny tentou conseguir que despertasse. Consciente de que não devia movê-lo, Jenny tocou sua cara.

—Cree, vamos, carinho, por favor acorda. Não pode me fazer isto agora, Cree, vamos, tem que estar aqui para nosso bebê. — Quando foi óbvio que não estava ajudando, procurou ao redor seu telefone celular. Enquanto chamava a Jake, continuou tocando os braços e as mãos de Cree. —Vamos, Jake, agarra o maldito telefone.

Jake respondeu ao telefone, por fim, à sétima chamada.

—Olá, bebê, quando vão chegar a casa?

Jenny começou a chorar ao telefone.

—Jake, por favor nos ajude. Cree esta inconsciente e não acorda. — Jenny começou a divagar ao telefone devido a choque —Jake, há muito sangue. O pára-brisa explodiu e Cree não acorda. Jake, por f…

Jake a cortou enquanto corria para frente da casa, onde Gabe e Bem olhavam a televisão.

—Jenny… bebê… se acalme e me diga onde estão. Por favor, Jenny. Não posso te ajudar se não me disser isso.

—OH, sim, bem. Estamos a uns trinta quilômetros do rancho, acredito, no velho caminho da comarca. Por favor, Jake. Não sei o que fazer.

—Estamos em caminho, bebê, só mantém a calma e fica ao telefone comigo. — Gesticulou para o telefone celular do Gabe. —Tenho ao Gabe chamando a delegacia de polícia. Eles mandarão uma ambulância. — Fez gestos aos homens para que o seguissem pela porta.

—OH, vem alguém. Chamarei você mais tarde.

A chamada se cortou justo quando eles subiam à caminhonete.

—Maldita seja! — Jake tentou chamá-la de novo enquanto a caminhonete arrancava, mas o telefone soou e soou. —Vamos, Jenny, agarra-o, bebê, por favor agarra-o. — A chamada se cortou e saltou a secretária eletrônica. — Maldição, ela me cortou. Disse algo de que alguém vinha.

Ben olhou ao Jake com um olhar intenso em sua cara.

—Disse o que aconteceu?

Sacudindo a cabeça, Jake tentou acalmá-lo bastante para conduzir os trinta quilômetros.

—Não, só que o pára-brisa tinha explodido e que Cree estava sangrando e inconsciente.

—Sonha como que dispararam ao pára-brisa, parece-me. — Gabe olhou para Ben silenciosamente, lhe perguntando se deviam falar com o Jake sobre o bebê. Bem cabeceou para o Gabe para que continuasse. —Jake, sei que não precisa ouvir isto agora, mas te assegure de que Jenny vá na ambulância com Cree.

—Por quê? Jenny parecia estar bem. Um pouco sacudida, mas isso é normal.

Gabe olhou para o Ben outra vez.

—Mm… Jake se que ela me matará por te dizer isto, mas Jenny averiguou hoje que está grávida.

—O QUE! — Jake quase se saiu do caminho. —OH merda. — Atirou o telefone a Ben e lhe disse que tentasse chamá-la outra vez.

—Jake, alguém parou para nos ajudar. — Jenny soava frenética ainda.

—Não, carinho, sou Ben. Jake está ocupado conduzindo, chegaremos em aproximadamente três minutos. Fica sentada e tenta se tranqüilizar, respire carinho. Esta muito nervosa e isso não pode ser bom para o bebê.

—OH, eu… o tinha esquecido. Sim, tem razão. Eu… ficarei sentada perto de Cree e sustentarei sua mão.

—Um minuto, bebê, agüenta. — Jake gritou com a esperança de que ela o escutasse através do telefone que Ben sustentava.

Chegaram à cena do acidente. Alguém falava com o Jenny através da porta do passageiro. O homem girou e correu para a caminhonete do Jake.

—Acabei de os encontrar. Não quis mover o motorista, mas comprovei que tem pulso. — O ancião olhou como Jake se dirigia para o SUV —A pequena senhora finalmente se acalmou um pouco. Ela estava histérica quando me detive.

Jake saltou no assento de passageiros e se deslizou para Cree e Jenny justo quando o helicóptero de salvamento aterrissava. Jake com cuidado tirou Jenny do veículo e a passou ao Ben.

—Por favor cuida dela um minuto. — Jake subiu de novo ao veículo e tocou a cara de Cree. Por isso ele podia ver não tinha nenhuma ferida de bala, mas um lado de sua cara estava talhado, da frente até o queixo. Devia haver-se golpeado com a janela ou o volante durante o tombo do carro.

Jake apertou a mão de Cree e saiu do veículo para permitir que a assistência médica pudesse subir. Os enfermeiros puseram um colarinho no pescoço de Cree e comprovaram seus sinais vitais. Falando em tom baixo um com o outro, trouxeram a maca, puseram Cree nela e se dirigiram para o helicóptero que esperava.

—Esperem, para onde o levam? Vai ficar bem?

Um dos técnicos olhou para ele.

—Levamos ela ao Country General e seu pulso é bom. Mantenha seus dedos cruzados e vá ao hospital assim que possa.

Jake correu para Ben e recuperou Jenny que chorava.

—Ben, você e Gabe ficam aqui e esperem às autoridades. Conte o que sabemos e logo vão ao hospital. OH, merda, quase esqueço que ficaram sem carro. Peçam a algum dos ajudantes do xerife que os leve até o rancho para recolher outro carro e logo dirigiam-se até o hospital.

Jake com cuidado colocou a Jenny no carro e conduziu para a estrada.

—Jenny? — Jake estendeu a mão e tomou a dela para beijá-la uma e outra vez. —Jenny? Me fale bebê. Seguro que estás bem?

Jenny olhou para o Jake com a confusão marcada em sua cara.

—Acredito que estou bem. Cree empurrou minha cabeça para baixo quando o pára-brisa explodiu. Acredito que posso ter cortes em minhas costas. Seguro que poderão olhá-lo quando chegarmos ao hospital.

—Te incline para frente, bebê, e lhe jogarei uma olhada rápida.

Tirando o cinto de segurança, Jenny se inclinou para diante. Jake viu uma parte de plástico parecido na parte inferior de suas costas. Não sangrava muito, mas decidiu que seria melhor esperar a que os doutores o tirassem a que ele o tocasse. Tinha alguns cortes e arranhões menores em seus braços de haver coberto a cabeça durante o choque mas isto foi tudo o que pôde ver.

—Olhe, Jenny, tem uma parte de plástico parecido nas costas. Acredito que é uma parte do carro. Crês que poderia ficar assim inclinada até que cheguemos ao hospital?

—Sim, estou bem, Jake. E Cree? Havia tanto sangue, Jake. Não sei de onde vinha só que havia muito. Sinto muito, não estou dirigindo isto muito bem. Jenny olhou ao Jake com as lágrimas ainda derramando por sua cara.

Em choque, Jenny estava em estado de choque. Jake seguiu dizendo-se a si mesmo que tinha que conduzir com cuidado, mas seu pé seguiu apertando um pouco mais o acelerador. Do momento em que chegou ao Country Geral, aproximadamente a uns cem quilômetros de distância, Cree estava ali uns trinta e cinco minutos.

Jake se dirigiu para a entrada de urgências e correu para conseguir que alguém saísse e se ocupasse de Jenny. Não quis movê-la no caso da parte de plástico ser mais sério do que parecia. Uma enfermeira saiu e olhou as costas do Jenny e avisou que uma maca vinha buscá-la.

—Por favor tome cuidado com ela, está grávida. — Olhou para a surpreendida Jenny. —Sinto muito, bebê, Gabe me disse isso. Pensou que era importante que soubesse quando conseguisse assistência médica para ti.

—Ia dizer a ti e a Cree juntos. — As lágrimas começaram a correr por sua cara outra vez enquanto a introduziam em urgências sobre seu estomago. — Terei a possibilidade de dizer a ele, Jake?

Inclinando-se sobre a maca, apartou seu cabelo para trás para lhe beijar a bochecha.

—Sim, bebê, diremos juntos.

Foi uma larga noite. Os médicos de urgências tiraram uma pequena parte do espelho retrovisor das costas de Jenny. Por sorte não tinha prejudicado nada vital e só necessitou uns pontos. Trataram-na para o choque e a deixaram com o Jake.

Cree estava em cirurgia para reparar sua cara. O hospital chamou um cirurgião plástico porque o corte era profundo. Tinha também uma comoção cerebral que o manteria no hospital durante os próximos dois dias, mas logo poderia ir-se. De todas as formas, Jake e Jenny poderiam ocupar-se melhor dele em casa.

—Né, maldita seja, que alguém vem aqui! — Cree gritava do alto das escadas onde se encontrava nu na cama.

As três pessoas que se encontravam ao redor da mesa da cozinha elevaram a vista para na direção do grito e logo se olharam uns aos outros.

Gabe foi o primeiro em falar.

—Ben, vá ver que demônios quer Cree agora.

—Não penso ir, vai você. —Ben olhou ao Gabe como se estivesse louco.

—Não penso fazê-lo. Ah, que vá Jenny. Ela o fará. Ela o fará tudo. — Gabe olhou para o Ben e riu entre dentes, recordando sua infância e o anúncio do Life cereal[5].

—O que diz Jenny? — Ben lhe dirigiu um desses sorrisos seus capazes de deter um coração —É justo que você vá. É seu turno. Além disso, Cree  quer mais a ti que a nós, assim não te gritará tanto.

Deixando suas cartas sobre a mesa, olhou-os.

—Sabem que tenho melhor mão que vocês, mas ainda assim irei. —Jenny se levantou da pesada mesa antiga e se dirigiu para as escadas —Se não houver retornado em quinze minutos chamem à cavalaria ou ao menos ao Jake para que venha a me resgatar.

Jenny subiu as escadas resmungando para si mesma.

—Alguns homens são piores que bebês. Parece que ninguém nunca teve uns pontos antes. — Chegou ao quarto justo quando Cree gritava outra vez.

—sim, ninguém vai se preocupar por mim alguma vez mais?

—É obvio que me preocupo por ti, xerife. Agora deixa de choramingar ou vou comprar te uma bonita camisola rosa e te chamar neném. — Jenny caminhou até a cama e se sentou ao lado do homem resmungão mas deliciosamente nu. —O que pode fazer Jenny por seu pequeno bebê?

Cree entrecerrou seus olhos para ela e franziu seus lábios em uma panela.

—O primeiro que pode fazer é deixar de rir de mim. O segundo é me conseguir alguma roupa para que assim possa sair desta maldita cama. E o terceiro é te aproximar e dar a este pobre bebê um beijo para me fazer sentir melhor.

—Fico com a opção número três. — Jenny se estirou na cama junto a Cree e aproximou os lábios aos dele.

Suspirando, Cree roçou seus lábios com a língua e Jenny os abriu para ele. Ele enroscou sua língua com a dela e gemeu.

—Apesar de que eu gosto da opção número três, amor, necessito algo de roupa. Sei que você e Jake pensam que é gracioso ter tirado toda a roupa dos armários, mas tenho que me levantar agora. Tenho que ver que estão fazendo na delegacia de polícia e tenho que ver o que faz a equipe de operações especial.

Jenny beijou seus olhos e seu nariz e logo cuidadosamente deu suaves beijos ao longo dos quase 15 cm de sutura que percorria um lado de sua cara, da frente até o queixo.

—Cree, sabe que ainda tem que descansar. Jake e eu só tentamos que ponha bem e a única maneira é te manter na cama durante um dia mais.

Cree pôs seu braço ao redor do Jenny.

—Bem, então você será minha garota para tudo e me dirá que fazer a continuação? — Cree mordiscou o pescoço do Jenny baixando até o oco de sua garganta. Sua malvada língua serpenteou desde seu pescoço até a parte superior de seus peitos enquanto pinçava debaixo de sua camiseta. —Te tire isto, amor. Quero ver estes formosos peitos.

Ruborizada, Jenny tirou sua camiseta pela cabeça e a lançou para a cadeira da esquina, Cree evidentemente, não necessitava ajuda com sua calcinha porque esta seguiu voando para a cadeira. Desenhando lentos círculos ao redor de seus mamilos, Cree os olhou erguer-se e exigir sua atenção. Retirou sua mão e a substituiu por sua língua. Usando só a ponta, continuou com os círculos ao redor de seu mamilo, logo tomou em sua boca e o sugou com força até conseguir que a tensão na matriz dela a fizesse elevar-se sobre a cama.

Enredando as mãos em seu cabelo, Jenny gritou:

—Cree se sente… mmm. — O suor cobriu sua frente e suas pernas se sacudiram. Jenny necessitava a este homem dentro dela, agora —Por favor, lhe necessito dentro de mim, amor.

Da porta, escutaram uma garganta esclarecer-se.

—Assim enquanto o gato esta fora os ratos se dedicam a jogar, né? — Jake entrou no quarto e começou a despir-se.

— Sabem que há outras coisas que preciso estar fazendo. Ben disse que necessitava que te resgatasse, não disse que necessitasse ser amada.

Jake avançou lentamente para a cama pelo outro lado de Cree.

—Como está nosso paciente hoje, enfermeira? — olhou para o Jenny e sorriu abertamente.

—Parece que está muito melhor mas estou preocupada com um inchaço que estou sentindo. —Jenny observou como os olhos de Jake desciam para o lugar onde seus dedos rodeavam o membro de Cree —Acredito que seria melhor drenar um pouco de fluido, Não está de acordo?

—Pois drenem — disse Cree, estirando seus braços e estendendo suas pernas.

Jenny deu um beijo a cada homem e se levantou da cama. —Acredito que necessitam um pouco de tempo juntos, assim vou ganhar um pouco mais de dinheiro dos rapazes e a começar a fazer o jantar.

—Não tem que ir, amor. Tenho suficiente para os dois. — Cree começou a acariciar sua dura ereção.

—Sei que não tenho que ir, amor. Mas às vezes é correto lhes dar um tempo a sós um com o outro. — Jenny beijou a Cree de novo e saiu do quarto.

Mudando a vista da porta para o Jake, Cree lambeu seus lábios e elevou suas sobrancelhas, estremecendo-se ligeiramente pelo puxão que sentiu nos pontos.

—Bom, e o que fazemos agora, vaqueiro? — Olhou para seu pênis e começou a acariciá-lo outra vez. —Esta parte de amor não vai se drenar sozinha.

—Mmmm, Cree está brincalhão. — Jake molhou seus lábios e começou a lamber o caminho do ouvido de Cree até seu membro. Descendeu sobre ele e de um gole tomou até sua garganta.

Agarrando o cabelo de Jake, Cree empurrou em sua boca quente, pedindo mais.

—Mmm… sim, vaqueiro, justo assim.

Retirando devagar o pênis de sua boca, Jake lambeu toda sua longitude até a raiz. Usou uma mão para acariciar o saco de Cree. Colocou um dos suaves e cortados testículos na boca e chupou. Sua outra mão sondou o apertado e franzido buraco de Cree. Enquanto chupava, seu dedo começou a bombear dentro e fora de seu buraco.

—Chupa meu pênis, vaqueiro.— Cree estava selvagem pela luxúria, sacudindo sua cabeça de um lado a outro sobre o travesseiro de cetim branco. —Maldição, Jake, sabe como pôr quente a um homem.

Tomando uma pausa com o pênis em sua cara, Jake levantou a vista para Cree e entrecerrou seus olhos.

—OH, já, muito divertido, xerife.

—Bem, sinto muito, continua com seu serviço em meu pênis antes que eu exploda. — gritou Cree, empurrando seu membro contra a bochecha de Jake.

Jake formou redemoinhos com sua língua ao redor da cabeça do membro de Cree umas quantas vezes antes de tragá-la completamente de novo. Cree pareceu querer empurrar de novo mas Jake o conteve e cantarolou uma velha canção de Willie Nelson ao redor de seu membro. Cree disparou seu sêmen para baixo pela garganta do Jake com um rugido de liberação.

—Deus, te amo. — Puxou Jake para cima junto a ele e colocou a língua em sua boca. Jake sabia que o sêmen ainda estava ali na sua boca e isso era malditamente sexy. Acariciaram-se, beijaram e mordiscaram um ao outro até que seus corações se acalmaram.

Cree olhou para Jake.

—O que verificou hoje?

—Bom, foi definitivamente um cartucho de escopeta o que golpeou o pára-brisa. A polícia estadual encontrou o casquilho aproximadamente a 70 metros de onde a caminhonete derrubou. Enviaram-no ao laboratório para procurar rastros. — Jake olhou a Cree aos olhos. —Você e eu sabemos que foi Buck e o significado que isso tomou.

—Sim, imaginei que isso seria o que encontrariam. Bom, Jake, imagino que é o momento de chamar o equipe de volta de novo. Buck não vai parar até que um de nós ou todos estejamos mortos.

Alargando a mão, Jake girou a cabeça de Cree para confrontá-lo.

—Não posso te perder, xerife. Quando recebi a chamada do Jenny meu coração deixou de pulsar. Acredito que não começou de novo a funcionar até que não saiu da sala de cirurgia e nos disseram que ficarias bem.

Cree levou os dedos até o lado de sua cara.

—Isto te parece bem? Demônios, Jake, vou parecer o monstro de Frankenstein. — Cree sacudiu sua cabeça e olhou ao longe.

Girando sua cabeça para confrontá-lo uma vez mais, Jake brandamente beijou os pontos que percorriam todo o lado da cara de Cree.

—Primeiro de tudo, acredito que isto te fará mais sexy. Como um guerreiro índio com uma cicatriz na cara. Segundo, pensa pior de nossa Jenny por suas cicatrizes?

—Claro que não, mas Jenny não as tem na cara para assustar aos meninos e às anciãs.

Jake examinou a cara de Cree e acariciou seu peito.

—Tem razão. As cicatrizes do Jenny não estão na cara. Estão na alma.

—Maldição. Bem. Eu descerei do vagão da compaixão e começarei a pensar na forma de acabar com esse bastardo do Buck.

Sorrindo abertamente, Jake se inclinou e beijou Cree outra vez.

—Agora nos entendemos, xerife. Eu… um… há algo que tenho que falar contigo se sente bem para isso.

—Estou bem, de verdade. O que acontece?

—Averigüei que Jenny está grávida. Ela não me disse isso, Gabe o fez a noite do acidente. Jenny confirmou mas não me disse nada mais sobre isso após. Estive preocupado por ela, assim perguntei ao Ben e ao Gabe se eles sabiam o que lhe passava. Cree, o doutor lhe disse que sua melhor estimativa é que leva seis ou sete semanas de gravidez. Isto situa o momento da concepção aproximadamente na época da violação. Ela teve sexo com nós pela primeira vez faz cinco semanas, assim não é impossível que o menino seja de um de nós, mas não saberemos até que passe um pouco mais de tempo e o médico lhe faça mais exames.

—Grávida? Nossa Jenny vai ser mãe? Jake, não pense que sou um bastardo por dizer isto, mas realmente não me preocupa quem é o pai. Jenny vai ser nossa esposa e uma mãe fabulosa. Se averiguarmos que Buck é o pai do bebê, bom, ainda terá seu sangue em suas veias. — Os olhos de Cree se fecharam e uma lágrima se deslizou por sua maçã do rosto.

Atraindo Cree mais perto, Jake lambeu a lágrima.

—Não acho que seja um bastardo. Estou totalmente de acordo contigo mas para Jenny é duro tratar com isso. Acredito que ela se envergonhe da violação. Inclusive embora todo mundo tenha dito que não teve a culpa, ainda lhe preocupa. Mantenhamos esta conversação entre nós até que ela nos venha com suas preocupações.

—Vai, vaqueiro, posso fazê-lo. Agora, pode por favor me conseguir alguma maldita roupa?

 

A equipe se reuniu nos seguintes dias. Depois de que Nicco finalmente chegou ao terceiro dia, a equipe se sentou à larga mesa da cozinha e falou de suas opções para encontrar ao Buck.

—Cotton ouviu um pouco do Buck? — Remy olhou do Jake a Cree.

—Não, nada, mas segue com os olhos e ouvidos abertos para nós. Parece que Buck abandonou completamente Double B. — Jake sacudiu sua cabeça.

O que tinha passado com seu pai? Jenny lhe havia dito que Buck pensava que estava apaixonado por ela, mas isso não era amor, a não ser uma obsessão doentia.

Duvidava que alguém alguma vez entendesse o que acontecia a mente de Buck que de boa vontade deixava uma vida de trabalho por uma mulher que não podia nem suportá-lo. Jake olhou ao redor da mesa a seus amigos e companheiros de equipe. Eles eram realmente uns bons homens para deixar sua vida privada em suspense para ajudá-los a Cree, a Jenny e a ele. Esperava que quando tudo isto tivesse passado, encontrasse a forma de devolver-lhe

Cree começou a falar

—Acredito que deveríamos estabelecer vigilância as 24 horas do dia. Havia pensado que dois homens fizessem turnos no celeiro usando aparelhos de visão noturna durante a noite e dois homens patrulhassem ao redor da casa no momento. Isso deixaria Jake e aos dois homens que não estivessem de volta na casa com o Jenny. Eu estarei indo e vindo durante o dia trabalhando com os departamentos de polícia local e estadual. Tivemos conhecimento faz dois dias de que Buck escapuliu pela fronteira dos EUA quando um dos oficiais das patrulhas fronteiriças ficou doente e um trabalhador a tempo parcial ocupou seu lugar. É obvio, nós já tínhamos essa informação desde que Buck decidiu ficar e disparar contra Jenny e contra mim no outro dia. — Cree passou as mãos por seu cabelo comprido com frustração.

—O que posso fazer? — Jenny tinha entrado justo quando Cree detalhava o plano e estava de pé na porta.

—Nada, amor. Seu trabalho é ficar dentro e segura. — Cree encontrou os olhos do Jenny com um não discuta, marcado em seu queixo.

Jenny sacudiu sua cabeça.

—Não é suficiente, xerife. — Entrou no quarto e se aproximou da mesa —Tenho relação com isto também. Não os terei a todos vocês pondo seus vistas em perigo enquanto me sinto em casa a fazer palavras cruzadas.

Jake se levantou da cadeira e foi para ela. Pondo um braço ao redor de ela a aproximou para ele.

—Bebê, escuta — beijou sua têmpora —Te manter segura é a razão pela que cada um destes homens põe sua vida em suspense. Só nos permita fazer nosso trabalho. Para o que somos realmente bons. — Beijou-lhe na parte superior da cabeça.

Olhando para o Jake com os olhos entrecerrados, Jenny se retirou de seu abraço.

—Sei que quer me manter segura, mas também sei que ninguém nesta habitação sabe nada sobre o modo de pensar do Buck nestes últimos cinco anos. Escapei dele durante cinco anos antes que me encontrasse de novo. Acha que foi só sorte? Me dê uma arma e me diga que é o que eu posso fazer nesta operação. E me diga isso agora.

Cree tomou um profundo fôlego.

—Jenny, pensa em todos os homens que há aqui. Se insistir em fazer isto não só vais pôr sua vida em perigo, a deles também.

Jenny olhou aos homens ao redor da mesa. Baixou sua mão e de forma repentina apartou a parte dianteira de sua camisa, expondo suas cicatrizes e marca à vista dos homens. Caras sobressaltadas se encontraram com a dela, algum dos homens começou a retorcer-se na cadeira e ao menos um, Nicco, olhou-a como se a imagem ante ele o fosse atormentar para sempre.

—Cavalheiros, esta é a razão pela que me mereço ajudar a caçar a esse filho da puta. Agora, podem me olhar e me dizer que não tenho direito?

Os homens olharam a Cree que apoiou seus cotovelos na mesa e enterrou sua cara em suas mãos.

—Pode ter uma arma e lhe incluiremos nas sessões de planejamento mas não, repito, não lhe poremos a patrulhar fora. — Cree levantou a cabeça e olhou para a Jenny com a necessidade de que compreendesse.

—Está bem, mas não tentem me ocultar nada. — Jenny ocupou uma das cadeiras vazias e se sentou, colocando sua camisa de novo. —Algum de vocês tem alguma pergunta que eu possa responder? A partir de agora, perguntassem a mim, não a Cree, nem ao Jake, tudo o que necessitem saber de meu passado com o Buck.

Gabe brandamente esclareceu sua garganta.

—Tenho uma pergunta, Jenny. Sabe por que ele faz isto? — inclinou-se para ela com compaixão nos olhos.

—Não realmente. Sei que ele diz que está apaixonado por mim mas não sentiu muito amor quando me violou e partiu. Disse-me que eu era de sua propriedade e que se tinha casado com minha mãe por mim. Veras… eu o conheci primeiro. Lhes contarei a história de como Buck entrou em minha vida. —Jenny contou a história de como tinham o conhecido no bar do hotel. Quando terminou viu o olhar de surpresa na cara de Jake.

—Nunca soube como tinham sido as coisas. Assumi que Helen e Buck haviam cansado na luxúria a primeira vista. Buck sempre tinha sido muito popular entre as mulheres. — Jake caminhou até Jenny e pôs as mãos sobre seus ombros. —Não acredito que alguma vez haja dito que sinto que Buck seja meu pai. — inclinou-se e beijou a bochecha de Jenny brandamente.

Mais tarde naquele dia, Cree encontrou Jenny fazendo pão na cozinha. Ela estava formosa, com seu cabelo recolhido no alto da cabeça em um coque improvisado e com uma mancha de farinha em sua bochecha. A formosa cozinha que ele e Jake tinham desenhado para ela se via ainda melhor com o Jenny nela, mais caseira. Cree a cruzou a grandes pernadas e pôs seus braços ao redor dela.

—Sim, amor, cheira delicioso aqui. O pão não cheira mal tampouco. — Girou-a e apertou seus corpos juntos. Cree nunca se cansava de beijá-la, assim começou um caminho que ia desde sua fronte até seu queixo. —Trouxe uma arma para sua segurança. É uma Glock semi-automática. Sei que é boa com a arma depois de toda a prática que fez com Jake e comigo quando estava crescendo mas quero que se acostume a esta. A dirigi-la. Sentir seu peso. Deixa que sua mão acostume-se a ela. Sairemos com os rapazes depois do jantar e faremos um pouco mas de prática com um banco. Vou fazer que assegurem a primeira área e logo um deles virá a nos recolher. Está bem?

Inclinando-se para ele, Jenny descansou a cabeça sobre seu peito.

—Sinto-o se te envergonhei hoje diante de seus amigos. É que estou cansada de ser uma vítima. É o momento de que deixe de correr e comece a brigar, agora que tenho algo pelo que lutar. Esta casa, você e Jake são meus e não vou deixar que ninguém  me afastar de novo.

—Entendo-te, de verdade. Jake e eu nos preocupamos com ti, isso é tudo. Você é a razão de nossa vida, Jenny. Amamos-lhe.

—Amem a isso, xerife. — disse Jake entrando na cozinha para lhes dar a ambos um beijo — Cresceste, Jenny, mas sempre será nossa pequena Jenny, entendeu?

—Entendo-o vaqueiro. Agora têm que ir os dois para que possa terminar com o jantar. Fiz peru e toda a guarnição. Sei que não é ação de graças, mas é uma forma de fazer entender aos homens que estou agradecida a todos eles. — Jenny sorriu abertamente e beijou a ambos com descaramento. Tomou a colher da pia da cozinha e sacudindo-a golpeou com ela a cada homem em seu traseiro. Girou e começou a separar a massa para enrolá-la.

Cree e Jake saíram da cozinha rindo em silêncio e de muito bom humor.

O jantar é um verdadeiro banquete, pensou Jake. Os homens verdadeiramente pareceram apreciar o gesto e o esforço que tinha posto em isso. Quando terminou, sentou-se para trás e se esfregou o ventre.

—Realmente acredito que acrescentei um par de quilos a este velho corpo.

Fazendo girar seus olhos, Cree olhou para o Jake.

—Bom, então penso que o que precisa é um pouco de exercício. Acredito que seria um bom treinamento para ti que ordenasse o desvão do celeiro e arrastasse esse colchão da porta para o desvão para o Ben e Gabe. — Olhou por volta dos dois homens com malícia em seus olhos, procurando que continuassem a brincadeira.

Ben cravou a faca um pouco mais profundo.

—Sim, Jake, isso seria estupendo. Se for ter que estar de barriga para baixo tratando de ver através de balas de feno durante doze horas ao dia, vou necessitar um colchão.

Gabe se uniu à brincadeira.

—E a cafeteira e uma manta para quando fizer frio e um…

Jake o cortou.

—Está bem. Faço-me à idéia, são uns nenéns.

Trabalhar nos livros era quão último preocupava ao Jake. Inclusive se formava parte da cria de cavalos. Jake tinha decidido enviar a maior parte dos cavalos junto com os trabalhadores do rancho aos pastos mais afastados por sua segurança. Havia uma pequena cabana ali, o suficientemente grande para que os trabalhadores se resguardassem da chuva se era necessário. Muitos dos homens levavam seus sacos, preferindo dormir sob as estrelas em uma noite agradável.

A equipe tinha pensado que seria mais fácil descobrir ao Buck sem todos os cavalos e peões andando ao redor do celeiro e o curral. É obvio que isso deixava somente a ele para atender às éguas que acabavam de parir ou que estavam a ponto de fazê-lo, mas Ben e Gabe parecia que gostavam do trabalho assim podia contar com eles.

Acabava de imprimir as folhas de pagamento da semana em seu computador quando Cree bateu na porta. Jake olhou para a porta e sorriu. Homem, este homem sim que é quente. Cabelo tão negro como a asa de um corvo e suave como a seda. Cree se via depravado e só olhá-lo fez que Jake ficasse duro como um poste.

—Ei, homem sexy, tem algo para mim? — Jake empurrou sua cadeira para trás depois do escritório e estendeu as pernas. Baixou a mão e começou a roçar a barra de aço em suas calças.

Com as sobrancelhas levantadas, Cree rebolou para Jake e se ajoelhou entre suas pernas. Deslizando seus largos dedos acima e abaixo pelas coxas do Jake, sorriu abertamente.

—Isso depende do que você tenha para mim.

Jake baixou sua mão e desabotoou seu jeans, deixando sua ereção saltar livre.

—É isto suficiente para ti, xerife?

Aproximando-se do pênis do Jake, Cree se inclinou e golpeou a cabeça com sua língua.

—Acredito que é suficiente, mas penso que deveria prová-la para me assegurar.

Cree tomou toda a longitude do membro de Jake de um só gole até a base. Começou a bombear acima e abaixo sobre a besta grande e gorda. Cree deslizou sua boca até a cabeça e a liberou para dirigir-se às bolas de Jake.

Lambeu e mordiscou, chupando primeiro uma e logo outra em sua boca — Jake conseguiu desfazer-se de suas botas e jeans enquanto Cree estava ocupado em seu jogo. Sujeitou o cabelo de Cree e se deslizou mais abaixo sobre a grande cadeira de escritório de couro vermelho, lhe dando melhor acesso.

Pondo as pernas do Jake sobre seus ombros e descendo para seu traseiro, Cree moveu pouco a pouco sua língua para a atrativa entrada franzida do Jake. Cree rodeou o buraco com sua língua antes de introduzi-la nele.

Jake sujeitou seu próprio membro e começou a apertar.

—Mais… OH xerife… mais… necessito.

Cree bombeou com sua língua e quando a tirou do ânus de Jake gemeu. Necessitava seu membro dentro desse homem agora. Sentou-se para trás e olhou para Jake.

—Ainda tem material aqui, vaqueiro? Preciso entrar em ti.

Jake se esticou para abrir a gaveta superior do escritório e agarrar uma pequena garrafa de lubrificante. A deu para Cree e se abriu mais e ajustou as pernas nos ombros de Cree. Cree lubrificou e colocou seu membro na entrada do buraco de Jake.

—Me monte, xerife.

Cree empurrou seu pênis e imediatamente começou a bombear dentro e fora, rápido e com força. Cree sabia que não ia durar muito tempo, necessitava isto muito.

—Sinto muito, vaqueiro, isto vai ser curto e rápido. — Cree seguiu seu assalto sobre o ânus de Jake.

Bombeando seu próprio pênis, Jake acelerou seu ritmo, ajustando seu movimento ao impulso que os quadris de Cree faziam dentro e fora dele. Nenhum deles viu o Nicco de pé na entrada do despacho. Os olhos de Nicco se fixaram neles dois com uma expressão indescritível sobre sua cara.

Cree soltou um rugido e Jake sentiu um calor molhando profundamente dentro dele. Uns bombeamentos mais e seu membro derramou sua semente em sua mão. Ambos os homens descansaram suas cabeças juntos e Cree se deslizou fora de Jake.

—Isto foi malditamente bom, vaqueiro. — inclinou-se e deu um apaixonado beijo em Jake.

Nicco retornou ao corredor e esclareceu sua garganta.

—Um… Jake, está aí?

Jake e Cree se separaram imediatamente e brigaram com sua roupa, rindo.

—Sim, Nicco, estou aqui, so me dê um minuto. — Terminou de colocar seus jeans e suas botas, e olhou para estar seguro de que Cree estava vestido, antes de chamar o Nicco para que entrasse.

—Sinto lhes incomodar, mas Rex Cotton acaba de chamar. Parece que voltou depois de uma noite na cidade e a casa do Dobro B tinha sido fechada. O pensa que é um sinal de que possivelmente Buck se foi. Cotton diz que ficará na casa do capataz e cuidará do que possa até que o dinheiro se acabe ou que receba alguma ordem diferente de ti. — Nicco olhou para Cree e Jake, cabeceou e saiu do despacho.

Olhando para Cree, Jake riu.

—Uh… te deste conta de um pouco divertido a respeito do Nicco?

—Se te referir à dureza em suas calças esportivas e a cara vermelha, eu diria que sim. — Os olhos de Cree brilharam. —Adivinho que ele deveu que ter um pouco mas de espetáculo do que pensamos. Isto explica algumas coisas sobre Nicco.

Jake olhou a Cree confuso.

—Que coisas?

Cree se sentou para trás em sua cadeira e sorriu.

—A atitude distante e meditabunda, já sabe, a disposição azeda de nosso amigo. Acredito que possivelmente Nicco seja gay mas não quer admiti-lo para si mesmo ou para os outros.

—Sim, Cree será que um de nós deveria falar com ele sobre isso?

—Não, acredito que ele finalmente começa a resolvê-lo por ele mesmo. O deixaremos que o faça, a não ser que queira falar. — Cree olhou para o Jake e pensou no outro problema que eles tinham — Crê que é o momento de que nós falemos com Jenny sobre o bebê?

Arranhando sua cabeça, Jake assentiu.

—Sim, sei que ela sabe que ambos sabemos  do bebê. Tenho medo de que se não falarmos com ela pense que não queremos ao menino e nada poderia estar mais longe da verdade. Também temos que decidir qual de nós vai ser seu marido legal.

—Pensei nisso e tenho uma idéia. Necessito que seja completamente honesto comigo se a idéia que tiver te ofende de algum jeito. — Quando Jake assentiu, Cree continuou lhe contando o plano para o futuro que ele tinha pensado.

—Parece-me bem, Cree. Estou de acordo contigo no do nome. Isso também nos unirá mas como família.

—Bem, agora vamos procurar a nossa garota e propor-lhe. — Cree se levantou de um salto de sua cadeira e caminhou fora do despacho com passo animado.

 

Encontraram ao Jenny olhando a televisão com o Nicco dormido sobre o sofá.

—Jenny, podemos falar contigo? Pensamos que talvez você gostaria de ir ao curral e ver Hope e a Miss Candy. — Cree a levantou da poltrona e começou a andar para a porta.

—Claro, eu gostaria de ver Hope. Ninguém me deixou sair da casa para vê-la desde seu nascimento. — Jenny se aconchegou entre Jake e Cree quando andaram para o curral. — Hope era a coisa mais bonita que tinha visto em muito tempo. De cor cinza escura com a crina e a cauda negras, a égua era uma pequena fera. Inclinando-se para fuçar o pescoço do caprichoso potro, Jenny suspirou de alegria.

—Do que queriam falar comigo?

Jake e Cree ficaram a seu lado e a sentaram sobre o chão. Cree olhou a Jake e assentiu para que Jake desse as notícias a Jenny sobre o Buck.

—Um par de coisas realmente. Primeiro tivemos uma chamada do Cotton de Dobro B. Parece que Buck fechou a casa. Rex pensa que isto significa que não retornará durante bastante tempo.

—Isto é uma coisa boa ou má? — perguntou Jenny, olhando Jake e Cree.

Cree tomou em seus braços e beijou seu nariz.

—Bem, poderia ser ambas. Por um lado talvez Buck decidiu que faz muito calor para ficar no país e se vai ao México ou poderia significar que pensa acampar por aqui um pouco e ficar esperando para te apanhar.

Quando o olhar triste e preocupado apareceu na cara de Jenny, Cree soube que era o momento para a seguinte parte de sua conversa. Olhou para Jake e Jake se apertou contra as costas de Jenny a abraçou tanto a ela como a Cree.

Jake beijou o pescoço do Jenny e moveu seus braços até descansá-los sobre seu abdômen.

—Temos que falar do bebê, Jenny. Sei que necessita tempo, mas Cree e eu estamos a ponto de arrebentar de felicidade por isso e queremos compartilhar com você.

Jenny olhou para trás ao Jake.

—Mas não entende tudo, Jake. Há uma possibilidade muito real de que este bebê fora engendrado pelo Bu…

Cree interrompeu ao Jenny com um beijo.

—O bebê pertence aos três, aconteça o que acontecer. Entende? O sangue dos Baker é o sangue dos Baker. Jake e eu seremos os melhores papais que jamais viu.

Soltando o fôlego que tinha estado contendo, Jenny colocou as mãos de Cree sobre as do Jake situadas em seu estômago e logo colocou suas próprias mãos sobre eles.

—Obrigada aos dois pela compreensão.

—A seguinte coisa na agenda é nos casar. — Cree a beijou profundamente. —Jake e eu falamos que isso entre nós e agora é o momento de ver sua reação ante a proposição. Mas primeiro me deixe fazer isto.

Ele se separou de Jenny e ficou sobre um joelho. Jake deu a volta ao Jenny e se ajoelhou ao lado de Cree.

Ambos os homens tomaram uma mão e as beijaram. Finalmente Cree falou

—Jenny, nos daria a incrível honra de ser nossa esposa? Prometemos te amar e te querer cada dia de nossas vidas.

Lágrimas alagaram os olhos do Jenny.

—Os amo mais que a minha própria vida, certamente que me casarei com vocês. — Apareceu um gesto preocupado em seu rosto. —Como se supõe que farei isto, escolherei a um de vocês dois? Legalmente só posso me casar com um homem.

Levantando-se, Cree tomou Jenny em seus braços de novo.

—Decidimos por você. Sabíamos que não seria fácil para você ter que fazê-lo. Se casará comigo e será Jenny Sommer e Jake planeja mudar legalmente seu sobrenome para Sommer. Assim qualquer menino com os que sejamos abençoados terão o nosso sobrenome. — Cree riu de Jenny, orgulhosa dele por encontrar a solução perfeita do problema.

—Jake pode trocar seu nome de qualquer jeito? — Jenny contemplou o Jake procurando respostas.

—Bem, não ‘de qualquer jeito’ mas conseguiremos um advogado e arrumarei os papéis necessários para o tribunal. Isto levará um tempo mas se pode fazer. — Jake abraçou Jenny e beijou a Cree.

—Bem, então vamos fazer. Hum…quando vamos nos casar? Porque vai começar a se notar logo e embora não quero umas bodas grande em uma igreja, realmente quero fotografias. — Ela riu baixinho e olhou aos dois homens. —Acredito que não quero ensinar a nosso bebê minha gravidez antes de nossas bodas.

Fuçando em seu pescoço, Cree parou e examinou os olhos de Jenny.

—O que te parece a semana que vem aproximadamente? Poderíamos fazê-lo aqui no rancho somente com amigos próximos.

—Me parece perfeito — disse Jake —Justo depois de que a recepção acabe podemos voltar para o jardim somente os três e podem casar-se comigo.

—Ah, tudo sonha perfeito. — A cara do Jenny mostrou um olhar preocupada de novo. —Cree, quanto às pessoas em Junctionville? Eles pensarão que seu xerife viva com outras duas pessoas?

—Absolutamente, Jenny. Junctionville é uma espécie de comunidade de artistas. A maioria das pessoas tem sua própria democracia. É por isso que Jake e eu nos mudamos para aqui. Verá, nosso bebê não será tratado de maneira diferente por causa de nosso estilo de vida.

Aquela tarde Remy e Jenny estavam esfregando. Jake tinha assado na churrasqueira filés e espigas de milho enquanto ela se ofereceu para esfregar os pratos. Jenny lavava enquanto Remy secava. Ela olhou ao homem a seu lado. Era tão tremendamente bonito. Cachos negros contra uma pele permanentemente bronzeada. Começou a perguntar-se qual seria sua vida longe de Triplo Estrela. —Qual é sua profissão, Remy? — Lhe olhou e lhe ofereceu outro prato para secar.

Remy a olhou e tomou o prato que Jenny lhe deu.

—Bom, cresci nos subúrbios de Nova Orleans, mas depois do furacão tive que encontrar uma nova base de operações. Meu melhor amigo Anton e sua esposa eram donos de um bar em Key West então fui ali e lhes comprei parte do negócio. Faz aproximadamente dois anos Anton morreu em um acidente de navegação. Após levo o bar junto com sua viúva Corrine.

Jenny olhou Remy. Ele tinha uma expressão muito triste e preocupada sobre sua cara quando de repente se perdeu em seus pensamentos.

—Qual é o nome do bar?

Seus olhos se enfocaram nela em um pequeno movimento de cabeça. Uma sorriso atravessou sua cara mostrando as covinhas mais profundas que ela havia visto.

—O Cajun Louco. Jake me pôs esse nome enquanto estávamos nos Seal e pegou.

Remy colocou em seu lugar os pratos e ficou olhando Jenny como se quisesse fazer uma pergunta, mas não sabia se devesse.

—Cherie, por que uma mulher se sentiria culpada se um homem abusasse dela? Quero dizer, não é como se fora culpa dela, certo? — ele passou seus dedos por seu cabelo e olhou para o chão.

Jenny viu realmente a necessidade de entender em seus olhos e em sua cara.

Pensou nisso e lhe tocou sua mão para que ambos se sentassem na mesa de cozinha. Umedecendo seus lábios, Jenny não estava segura de como lhe fazer entender.

—Não posso falar por ninguém, exceto por mim, Remy, mas posso te dizer meus sentimentos e pode julgar por ti mesmo se encaixar na situação em que esteja pensando, de acordo?

Remy estirou um braço através da mesa e agarrou sua mão.

—Por favor.

—Quando Buck me atacou eu não podia menos que sentir culpada porque acreditava que deveria ter visto os sinais. Ele era meu padrasto, por amor de Deus. Nunca conheci meu verdadeiro pai. Céus, minha própria mãe me disse quando tinha quinze anos que ela nunca me tinha querido mas pensei que Buck realmente me amava. Ele era sempre muito atento. Sempre me agarrava sobre seu regaço para o abraço da manhã ou da noite. Somente assumi que era o que todos os pais faziam. Se Buck se inteirava de que desejava algo estava em minhas mãos esse mesmo dia. — A mão do Remy se levantou e limpou as lágrimas de sua cara.

—Não tem que continuar, cherie. Sinto te haver feito recordar. Venha, vamos ver o que estão fazendo todos outros. — levantou-se de sua cadeira e tentou que se levantasse.

Jenny negou com a cabeça e se tornou atrás.

—Não Remy, tenho que falar sobre isto com alguém. — Ela secou seus olhos e tomou outro fôlego profundo.

—Pensei que Buck fazia todas aquelas coisas por mim porque eu era sua filha. Equivoquei-me, ele…ele me cortejava. Somente esperava que cumprisse os dezoito e assim poderia casar-se comigo. —Era estranho como o tinha entendido tão mal durante tantos anos. —Quando Jake e Cree chegaram ao rancho faz cinco anos Buck finalmente viu que meu amor não era para ele, a não ser para eles. Voltou-se louco e me marcou aquela noite. Ele me golpeou e me deu patadas até que acreditei que ia morrer.

Remy seguiu apertando sua mão enquanto Jenny se limpava mais lágrimas.

—A culpa vem de saber que amava a alguém capaz de tal violência e não vi-o a tempo. — Jenny olhou ao Remy e soube que ela de algum modo dava no branco. —Remy, não sei por que tem que entender isto a não ser que alguém que se preocupa tenha sido atacado. É isso, Remy? Conhece alguém assim além disso de mim? — Agora era Jenny quem apertava sua mão.

—Oui, cherie, a mulher que eu gostei por toda a vida. — Remy soltou um cansado fôlego e continuou. —Tentei ser paciente com ela mas sempre faz algo para tentar me irritar. Ela me olha com os mesmos olhos atormentados que vejo em ti de vez em quando.

Jenny pensou na situação do Remy durante um minuto e riu.

—Ela te está provando.

—Me provando para que? A amo, nunca poria uma mão sobre ela desse modo.

Levantando-se, ela foi ao frigorífico e tirou dois refrescos frios. Passando por Remy, ela terminou de falar.

—Ela quer ver-te furioso para ver se pode controlar seu caráter de um modo não violento. Ponha-se furioso, Remy, e lhe mostre que não lhe levantará a mão. Isto e a paciência ganharão no final se ela te amar.

Acabando o refresco, ela atirou a lata ao lixo.

—Tenho a sorte de que sempre soube que Jake e Cree nunca me danificariam fisicamente mas a algumas mulheres têm que demonstrar-lhe. — Jenny beijou Remy na bochecha e foi encontrar seus homens.

 

Jenny não pôde encontrar a Cree ou Jake na casa assim agarrou sua arma e pediu ao Ben que a acompanhasse ao celeiro. A tarde estava banhada de rosas e laranjas como o sol refletindo-se nos pastos. O ar cheirava a cavalos, pó e a lar. Gostava deste lugar. Jenny não podia esperar que Buck fosse apanhado, assim poderia trabalhar com os cavalos junto ao Jake outra vez.

No caminho ao celeiro Jenny ouviu um ruidoso estalo. Seu corpo foi empurrado sobre o seco chão. Ben estava sobre ela, gritando por ajuda. Mais tiros soaram. Muitos para só uma arma, claramente os rapazes bons disparavam em resposta. Quanto mais estava ali tombada, mais difícil se fazia respirar. Jenny tentou levantar-se mas Ben não se movia.

—Não te levante, Jenny. Buck nos está disparando.

Ela pôde ouvir Jake chamando-a mas começava a sentir-se enjoada. O pátio de repente se tranqüilizou exceto pelo som de pés correndo. Ben se incorporou lentamente sobre ela mas Jenny ainda não podia conseguir respirar bem.

Jenny elevou a vista para o Ben para agradecer-lhe quando viu o olhar de sua cara. Uh-OH. Os olhos do Ben se alargaram e começou a gritar para o Jake.

—Vêem aqui agora, Jake. Remy, pede um helicóptero–ambulância. O resto de vocês encontrem a Cree e peguem a esse filho da puta. — Ben retirou o cabelo da frente do Jenny. —Vai ficar tudo bem, Jenny, conseguiremos. Somente fica imóvel.

Jake se aproximou do Jenny e se agachou ao lado dela.

—Ah Deus, neném, o que te fez? — Jake chorava e a apertava. Doía malditamente. Jenny olhou onde ele apertava e viu o sangue. Parecia que Buck a apanhou de novo. Quando lhe permitiriam deixar de pagar por amá-los?

—Ben, vêem e mantém a pressão sobre esta ferida por mim. — Jake se estirou ao lado dela e a abraçou. —Assim está melhor, neném. Preciso te abraçar.

Blue veio e se tombou ao lado do Jenny. Descansou sua cabeça sobre sua perna, Blue choramingava e lambia os jeans de Jenny.

Jenny sentia que sua respiração era mais difícil cada segundo. Lutou para falar. Jenny tinha que dizer ao Jake como se sentia em caso de que não conseguisse.

—Veja vaqueiro, amo-te. Desde que tinha doze anos. — Ela fez uma pausa para agarrar o pouco fôlego que ficava. —Por favor cuida de Cree por mim. Inclusive embora seja o xerife não acredito que seja tão forte como você. Lhe diga… — Jenny parecia que não podia respirar —Lhe diga que o amo, sinto pelo bebê. Ele o desejava muito. — A escuridão a reclamou.

—Jenny? Jenny, neném, não morra sobre mim. — Jake olhou sua cara pálida e esteve seguro de que finalmente Buck tinha ganho. Onde infernos estava a ambulância? Estava tão zangado que nada mais pôde sair de sua boca. Jake se inclinou ao lado do Jenny e lhe sussurrou seu amor. —Não me abandone, neném. Por favor, neném, não me abandone. Finalmente te encontrei de novo. Tem que estar aqui para me ajudar a cuidar de Cree. — Ele ouviu um veículo chegar e frear de repente. A seguinte coisa que viu foi Cree ajoelhando-se junto à cabeça do Jenny. Jake olhou Cree, as lágrimas lhe impedindo de ver sua cara. Ele piscou e alcançou sua mão.

—É mau, Cree. É muito mau. Há muita sangue. Nos ajude por favor.

Cree emitiu um som angustiado e deixou cair sua frente junto a Jenny.

—Não, outra vez não. Jenny Barnes, não te deixarei. Desperta, Jenny e me olhe.

Jake se aproximou de Cree e o pegou a seu lado assim podiam ambos sustentar a sua Jenny. Eles deviam ter entrado em estado de choque porque nem sequer ouviram aterrissar à ambulância aérea. Jake sentiu a alguém puxar sua camisa e elevou a vista. Era Ben.

—Vamos, vaqueiro, tem que deixar que esta gente trabalhe sobre ela. — Ele mostrou Cree e Jake até que se retiraram e se deram conta de seu entorno.

Jake levantou e ajudou Cree. Lhe rodeando com seus braços, Cree descansou sua cabeça sobre o ombro do Jake e seguiu chorando. Jake roçou suas costas e esperou enquanto os técnicos médicos trabalhavam sobre Jenny. Levavam-na para o helicóptero quando Jake conseguiu desenredar-se de Cree e chegar até eles.

—Por favor ela viverá? — Jake conteve o fôlego em espera da resposta.

—Sinto muito, mas é muito cedo para dizê-lo. Tem um pulmão paralisado e perde muito sangue. Normalmente não diria isto, mas vá ao hospital tão rápido como possa.

Jake agarrou a mão de Cree e se dirigiu ao novo carro do xerife.

—Pode me deter depois se for necessário, mas penso conduzir com as luzes e a sirenes postas. —Jake colocou Cree no lado do passageiro e correu ao lado do condutor. Uma mão grande o parou quando abria a porta do carro.

—Nenhum está em condição de conduzir. Eu os levarei. Sempre desejei levar um carro com luzes e sirenes. — Remy abriu a porta de atrás e Jake se meteu.

A viagem ao hospital era de noventa milhas. Jake cruzou seus dedos para que Jenny ainda estivesse viva quando chegassem ali. Inclinou-se sobre o assento dianteiro e tomou a mão de Cree, acariciou-o e o acalmou. Chegaram ao hospital a tempo graças às excelentes habilidades condutoras de Remy e às luzes e sirenes. Remy parou na entrada de urgências e Cree e Jake correram dentro. Jake olhou ao redor do atestado espaço em busca de uma enfermeira. Descobrindo uma, precipitou-se a rechonchuda mulher, de cabelo cinza.

—O helicóptero trouxe para uma paciente com uma ferida de bala. Onde podemos averiguar como está?

A enfermeira lhe olhou por cima de seus óculos com um olhar pormenorizado em sua cara.

—Eles levaram a querida menina à sala de cirurgia depois de que inserimos um tubo no peito. Sua respiração era muito melhor quando a subiram. — Ela tendeu a mão para tocar o braço do Jake — Tomem o elevador ao segundo piso e girem à direita. Vocês verão a sala de espera de sala de cirurgia e quando saibam algo alguém falará com vocês.

Remy atravessou correndo a porta.

—O que averiguaram?

Cree lhe transmitiu o que a enfermeira havia dito e Remy assentiu.

—Vou conseguir um táxi e voltar para rancho. Estou seguro que eles necessitam toda a ajuda que possam. — Estreitou as mãos de Cree e Jake e foi procurar um táxi.

Em vez de esperar o elevador, Cree e Jake subiram o lance de escadas. Encontraram a sala de espera e começaram a perambular. O quarto era pequeno, aproximadamente de oito metros quadrados com assentos de vinil verdes e paredes bege. Depois de ter bebido muitas taças de café e um número igual de viagens ao serviço, finalmente um medico entrou no quarto e lhes chamou por seus nomes. Ele se apresentou como o doutor Ross Hamilton, estreitaram-se as mãos, levou-os a um quarto mais seguro e os convidou a sentar-se.

—A senhorita Barnes é muito afortunada. Tinha um pulmão paralisado que a trataram na emergência antes que fora a sala de cirurgia. Tivemos que abrir para reparar o pulmão, mas teve sorte de que a bala atravessasse seu corpo sem tocar nenhum outro órgão vital. A perda de sangue nos preocupava assim como a gravidez. Transferimos duas unidades de sangue e a ecografia nos diz que a mãe e os bebês parecem estar bem por agora.

Os olhos do Jake quase lhe saem das orbitas.

—Bebês? Em plural?

—Sim, não sabia? A senhorita Barnes está aproximadamente de seis a sete semanas. Quase não vimos o segundo feto mas está definitivamente ali.

Jake olhou Cree e logo retornou ao doutor Hamilton.

—Doutor Hamilton, segundo o médico de Jenny ela deveria estar de oito a nove semanas de gravidez. Como pode ser? — Lhe olhou um pouco surpreso e logo riu.

—Bem, se tudo o que fez foi um exame físico muito facilmente poderia ter acrescentado um par de semanas a sua valoração. Com gêmeos o útero fica maior que com um bebê só. E a maior parte dos médicos determinam a idade do feto medindo o útero. Não é exato até que se realiza um ultra-som.

Jake se levantou de sua cadeira e com entusiasmo sacudiu a mão do doutor.

—Muito obrigado, doutor Hamilton. Quando podemos ver Jenny e levá-la para casa? — Estava seguro que parecia um cachorrinho mendigando.

—A senhorita Barnes está no quarto de recuperação agora mesmo. Ela deverá ser transferida para um quarto privado em aproximadamente uma hora mais ou menos. Queremos observá-la estreitamente um tempo, caso haja complicações com a gestação. Manteremo-la aqui no hospital vários dias mais. Melhor estar seguros que nos lamentar, é o que sempre digo.

O doutor Hamilton apertou o ombro de Jake.

—Não conheço o histórico médico da senhorita, mas seu corpo sofreu tudo o que pode suportar. Quando a tirarem daqui cuidem-na um pouco melhor. Jake ouviu o que ele estava implicando, mas não soube como defender-se. Por sorte, Cree deu um passo para eles. — É seu padrasto e realmente planejamos apanhá-lo de uma maneira ou outra.

O doutor assentiu e, notando-se no uniforme de Cree, estreitaram suas mãos uma última vez.

—Faça-o, Xerife.

Jenny tentou abrir seus olhos mas não cooperavam. Sua garganta parecia que tinha tragado papel de lixa.

–Sede — conseguiu gemer.

Podia ouvir ruídos ao redor dela e logo a voz de Cree baixa e melódica.

—Aqui, amor — ele levantou sua cabeça um pouco e pôs algo o frio contra seus lábios. —Abre a boca, Jenny. É gelo picado, mas te ajudará.

Jenny lutou outra vez por abrir seus olhos quando o frio gelo se derreteu em seu boca. Depois de várias tentativas conseguiu manter seus olhos abertos. Ao lado da cama do Jenny estavam Cree e Jake, olhando-a com inquietação.

—Bom. Obrigado.

Cree se inclinou e retirou o cabelo de sua cara.

—Vou fazer te uma trança, amor. Não tem nenhum sentido lutar com o cabelo enquanto está na cama. — Jogou o cabelo de Jenny de um lado e começou a trançá-lo com amor. Ela sabia que precisava sentir-se útil assim simplesmente sorriu. Quando terminou ele tomou a correia de couro de seu próprio sedoso cabelo negro e atou no final.

—Assim, muito melhor. Quer um pouco mais de gelo?

—Não muito obrigado, amor. A vista de seus rostos é suficiente. — Seus homens pareciam cansados, desgastados e tensos. Começou a sentir-se culpada por tudo o que ela havia lhes trazido.

—Sinto o do…do bebê. Os doutores disseram se posso ter mais? — Jenny não podia acreditar o que via. Ambos os homens riam dela, virtualmente saltando sobre seus pés como meninos em Natal. O que ia mal com eles? Não tinham coração ou realmente detestavam a idéia dela levando a um menino de Buck?

Ambos se inclinação e a beijaram e logo se abraçaram o um ao outro e também se beijaram. Jake pôs um sorriso zombador sobre sua cara e olhou Cree e logo Jenny.

—Não perdeu ao bebê. De fato acrescentaste outro. — Ele riu baixinho como se acabava de dizer um grande segredo.

—O que falou? Como é possível? Sei que minha cabeça está ainda um pouco dolorida, mas do que está falando?

Cree olhou o aspecto de menino na cara do Jake e pôs os olhos em branco.

—Tenta te dizer que não vamos ter um só bebê, vamos ter gêmeos!

—Ah! Meu deus, gêmeos? Vou ter gêmeos. Ah meu Deus! Vou ter gêmeos. — Agora entendia o sorriso no olhar de Jake. —Está dizendo que estou esperando gêmeos e estão ambos bem?

Jenny não podia assimilá-lo de tudo. Tinha estado segura de que ia morrer. Jenny sabia que perderia ao bebê como pouco. Mas isto!

Jake a beijou outra vez.

—Isto não é tudo o que averiguamos. Segundo o ultra-som está só de seis a sete semanas. Isso significa que Buck não pode ser o pai. 

A cabeça de Jenny começou a dar voltas outra vez. Tentou enfocar-se em Jake e Cree,esperando que a devolvessem à terra.

—Isto significa que Cree e eu temos um para cada um. — Jake ainda saltava e Jenny começou a rir bobamente.

—Isso significa que ambos terão que despertar no meio da noite quando for hora de alimentá-los.

A sobrancelha de Cree se elevaram ante aquela observação.

—Com os peitos que tem assumi que os amamentaria. — Ele pareceu da conta do que havia dito e desejou que abrisse a terra e o tragasse. —Quero dizer, é obvio. Como queira, amor. Jake e eu podemos nos levantar de noite a cuidar deles.

Jenny não pôde deixar de ter dó do pobre estúpido.

—Te relaxe, na realidade planejo amamentá-los, mas necessitarei ajuda para trocar fraldas dos bebês e logo me trazer eles para alimentá-los. Preferiria ficar na cama entre os homens que amo enquanto alimento a nossos meninos. Não gostam assim também?

Sabendo que tinha sido perdoado, Cree decidiu tentar ser gracioso outra vez.

—Com seios como esses, não estou completamente seguro que haverá o bastante depois de que Jake e eu consigamos nossa ração de leite e bolachas antes de ir para cama.

Pensando que tinha feito a brincadeira mais graciosa do mundo, Cree olhou Jake e o empurrou pelo peito.

—Não é certo, Jake?

Jake olhou Jenny com compaixão em seus olhos.

—Por favor perdoa ao desenquadrado louco. Tem muita falta de sono.

Realmente pareciam muito cansados. Jenny começou a sentir-se culpada uma vez mais. Não tinham nenhum destes problemas até que ela retornou a suas vidas. Jenny olhou Cree, tão forte e formoso, seu próprio guerreiro índio. Jake com seu desgrenhado cabelo e olhos âmbar, como uma moça poderia ser tão afortunada de ter a ambos? Soltando um fôlego contente, Jenny estendeu a mão e tocou a seus homens.

—Vão para casa, amores, e descansem um pouco. Podem ver sua equipe está de olho em Buck. Estarei bem durante a noite. De fato, me sinto realmente cansada e dolorida. Acredito que dormiria melhor se souber que vocês dormiram.

Ambos a olharam e franziram o cenho mas todos sabiam que tinha razão.

—Deixaremos você dormir, amor. Um de nós ou ambos retornaremos amanhã pela manhã. — Cree se inclinou e a beijou brandamente. Ele se voltou enquanto Jake a beijava um pouco mais avidamente.

—É quase meia-noite, neném, descansa. Amamos-lhe, Jenny. — Depois disto, Jake e Cree saíram do quarto.

—O que encontraram rapazes? — Jake perguntou pelo telefone móvel.

Inclusive depois de meia-noite sabia que os homens esperariam sua chamada.

—Maldição, já era hora de que chamasse, Jake —disse Ben com um pesado suspiro. —Como está a senhorita Jenny? Tentamos chamar o hospital mas ninguém deu-nos uma informação.

—Ela e os bebês estão bem. Compreendestes, Ben? Bebês no plural. Jenny vai ter gêmeos e ambos saíram ilesos dos disparos.

—É fantástico, Jake. Aqui há também boas notícias. Capturamos a Buck. Diremos tudo quando chegar por aqui.

—Bem por isso, Ben. Estaremos em casa em aproximadamente trinta minutos, faz um pouco de café, de acordo? Ambos estamos esgotados mas queremos ouvir todos os detalhes.

Cree e Jake chegaram a uma cozinha cheirando a café e ovos com toucinho. Quando se sentaram na mesa Gabe serve a cada um uma taça do café e um prato de sanduíches de ovos com toucinho. —Pensei que poderiam ter fome já que se perderam o jantar. Irei reunir aos rapazes.

Cree estirou a mão através da mesa e tomou a do Jake. —Temos uns malditos bons amigos, vaqueiro.

Jake se inclinou para saborear a boca de Cree. Beijar a Cree o enchia mais que o prato de alimento alguma vez faria.

—Te amo, xerife.

—Jesus! Vocês dois, podem nos dar uma pausa somente uma vez. — Remy brincou, mas se aproximou e golpeou a cada homem nas costas. —Felicidades pelos os gêmeos.

—Obrigado, Remy. Agora quem vai contar-nos sobre o Buck? Nicco, por que não começa você. Sei que conseguirei os fatos de ti sem todo esse assunto de indecisões e dúvidas. — Cree riu em silêncio e se recostou em sua cadeira enquanto esfregava o ventre.

Nicco lhe olhou um pouco surpreso e esclareceu sua garganta.

—Bem…ah…depois que partiram até o hospital nos dividimos e começamos a procurar na linha de árvores de onde os tiros tinham sido efetuados. Remy viu um rastro de sangue, então soubemos que alguém o havia ferido. Seguimos o rastro às colinas do este. Ali encontramos o rastro que nos levou a uma pequena cova aproximadamente a metade da colina. Não foi difícil conseguir tirá-lo. Estava desacordado pela perda de sangue quando o encontramos.

—Ben chamou à polícia estadual com seu celular e o levamos ao rancho. A polícia estava aqui com uma ambulância. Tem bons amigos, Cree. Eles descartaram chamar o helicóptero por ele. Disseram que poderia ir na ambulância até o hospital.

Jake assentiu agradecido a sua equipe.

—Como está ferido gravemente? Crítico, espero. Tenho razão?

Negando, Remy deixou seu café.

—Infelizmente, colega, parece que a bala roçou a têmpora. Muito sangue, mas acredito que pouco dano.

Cree olhou ao redor da mesa.

—Por favor me digam que não levaram ao Buck ao mesmo hospital de Jenny.

Esperou uma resposta mas só obteve olhadas incômodos. Ben esclareceu sua garganta.

—Uh…sim, Cree, acredito que sim.

Cree levantou tão rápido que sua cadeira se estatelou no chão.

—Merda. Tenho que chamar o hospital e comprovar se Jenny está bem. Não posso acreditar que esteja ali só com esse bastardo. — Cree estava tão zangado que levou várias tentativas o marcar o número correto.

Finalmente, comunicaram-lhe com o posto das enfermeiras do plantão de Jenny. Perguntou à enfermeira se ela estava bem.

—Sim, Senhor Sommer, demos alguma medicação para a dor e um sedativo em a intravenosa não faz nem meia hora. Dormirá como um bebê até amanhã.

Cree lhe deu as obrigado e pendurou o telefone.

—Jake, pensa que um de nós deveria ficar em seu quarto até que tenham Buck preso?

Assentindo, Jake se levantou de sua cadeira.

—Eu irei. Eu gostaria de tomar uma ducha rápida primeiro para me limpar um pouco. —Jake cabeceou a sua equipe e se dirigiu acima.

Cree enviou aos homens à cama e seguiu Jake pela escada.

Jake estava já na ducha quando Criar abriu a porta nu, Cree viu o olhar perdido na cara de Jake.

—Vêem aqui, vaqueiro — Cree abriu seus braços e Jake foi.

Pondo seus braços ao redor de Jake, Cree só pensou em consolá-lo mas claramente seu membro tinha outras idéias. Saltando entre eles o membro de Cree estava pesado e cheio.

—Deus, sinto-te tão bem.

O membro de Jake devia ter estado pensando o mesmo porque também ficou duro e groso. Jake agarrou Cree e urgentemente começou a empurrar sua língua em sua boca. Não podiam senti-lo bastante perto. Esfregando seus membros juntos, Jake e Cree começaram a beliscar os mamilos um do outro. Cree abandonou a boca de Jake e mordiscou e lambeu seu pescoço e seu peito. Chupando ao redor dos mamilos do Jake, ele formou redemoinhos sua língua e mordeu a carne endurecida.

Cree seguiu pelo peito de Jake para seu umbigo e lambeu e aspirou o diminuto buraco. Com a cabeça para trás, Jake agarrou dois punhados do comprido e negro cabelo de Cree e se preparou para o que sabia que vinha depois. Os lábios de Cree beliscaram seu caminho até a protuberante cabeça do membro de Jake.

—Ah isto é bom, xerife.

Tomando tanto como foi possível em sua boca, Cree assentiu seu acordo.

Jake moveu seus quadris e começou a empurrar na boca de Cree.

—Faça isso Cree.

Cree elevou a vista a Jake e soltou seu membro com uma ruidosa explosão

—Vire, vaqueiro.

Jake se girou e apoiou suas mãos contra a parede de azulejos. Cree estirou a mão e encontrou o tubo de lubrificante sobre a prateleira superior da ducha.

Lançando um jorro em seus dedos, Cree foi trabalhando o ânus de Jake. Enquanto preparava o buraco de Jake usou sua outra mão para massagear o pesado testículo. Jake inspirou o ar enquanto Cree o estirava. Alinhando seu membro com o buraco bem estirado e depravado de Jake, Cree se colocou até o punho.

—Ah, vaqueiro…tão estreito…tão bom…vais fazer que goze.

Empurrando a sua vez contra as investidas de Cree, Jake tomou seu próprio membro na mão e começou a bombear. Ele girou sua cabeça e Cree mordeu seu pescoço.

—Gozar, xerife…vou …uhhh. — Jake gozou em um resplendor de glória.

O orgasmo de Jake ordenhou todo a semente do membro de Cree.

—Ah isto é bom, vaqueiro. — Ambos se derrubaram em seus joelhos ainda sacudidos com réplicas de prazer.

—Te amo, vaqueiro. — Cree beijou e acariciou Jake com amor.

—Te amo, xerife. — Jake ficou em pé, esclareceu-se e se agachou para puxar Cree para ele quando terminou. —Tenho que retornar ao hospital. Quer vir ou prefere o segundo turno?

Esclarecendo-se, Cree sacudiu sua cabeça.

—Não, vou contigo. Não quero imaginar que poderia fazer com Buck no mesmo hospital. Podemos enviar a um dos rapazes para o segundo turno.

Enquanto se secavam ouviram o telefone. Cree olhou Jake.

—São mais de duas da madrugada, não podem ser boas notícias.

Cree pôs a toalha ao redor de sua cintura e correu ao telefone. Agarrou o telefone quando Gabe golpeava a porta do dormitório.

—Cree, a polícia estadual está no telefone, dizem que é urgente.

Fechando seus olhos, Cree suspirou, com medo do que estava a ponto de inteirar-se.

—Obrigado, Gabe, atenderei aqui. — Cree recolheu o telefone —Xerife Sommer. Pois não?

 

Jake podia dizer que algo grande tinha ocorrido porque cara de Cree estava ficando vermelha e seus nódulos brancos enquanto agarrava o telefone. Só podia ouvir no lado de Cree da conversa mas era bastante para lhe fazer suar.

—Demônios! O que sobre Jenny? Ela está a salvo? Então que Deus me ajude, se vocês malditos o deixaram chegar até ela pagarão como no inferno!

Cree assentiu e andou até o armário e retirou um par de jeans, a camiseta e um par limpo de meias três - quartos.

—Bem, me ponha em espera enquanto alguém comprova, mas não se atreva a desligar.

Olhando severamente, Cree balançou sua cabeça para o armário.

—Te veste, Jake. Os malditos deixaram que Buck escapasse do hospital. Estão comprovando se Jenny está lá.

Cree se vestiu com o telefone metido sob seu queixo.

—O que! O que significa que não pode encontrá-la? Merda! Absoluto incompetente… Que se dane, minha equipe a encontrará e vocês podem esperar um relatório sobre o escritório do oficial, mando assim que a encontrarmos. —Cree pendurou de repente o telefone e olhou ao Jake com fúria nos olhos.

—Melhor tira a cabeça fora da porta e gritar à equipe que vista a engrenagem de batalha completa. Esse bastardo tirou Jenny do hospital. Reunião na cozinha em cinco minutos.

Cinco minutos mais tarde a equipe estava reunida na cozinha com todo o equipamento militar. Os seis comprovaram e carregaram suas numerosas armas. As facas entraram nas botas, as armas em correias de tornozelo e correias de ombro. Nicco era o atirador certeiro do grupo, assim limpava e provava o alcance de seu rifle de franco-atirador L96. Como sempre, Nicco pareceu estar totalmente concentrado.

Jake elevou a vista para Cree.

—Chamei a meu capataz Hank e lhe disse que deixasse a dois homens com os cavalos. O resto deles estão desdobrados ao redor das colinas nessa seção do rancho e procuram qualquer lugar onde Buck poderia ter levado Jenny.

Cree lhe deu um assentimento rápido.

—Penso que teve razão em fazer isso. Meu pensamento é que Buck quer nos atormentar com o fato de que tem Jenny. Que melhor lugar que nossa terra? — Cree ficou de pé para dirigir-se à equipe. —Bem, rapazes, aqui esta o plano. Necessitarei dois de vocês para ir à cidade e comprovar o hospital. Averigúem como infernos um homem pôde sair levando a uma mulher inconsciente. Vejam se podem recolher qualquer tipo de rastro. Falem com todos os que possam. Diria que Remy e Gabe são os melhores para ir. Ben e Nicco são muito inacessíveis. Isto deixa ao Ben e Nicco para me ajudar e ao Jake a cobrir a metade dianteira do rancho.

—Tomem seus celulares e seus rádios de comunicação. Não tentarei à sorte com chamadas perdidas ou baterias mortas. Se chegarem a uma situação com o Buck e não vêem nenhuma outra opção, disparem a matar. A única coisa que importa é que Jenny saia disto a salvo.

Cree cabeceou aos homens e a mesa se esvaziou enquanto cada homem ia fazer a suas tarefas atribuídas. Cree agarrou seu rádio e o telefone da mesa e agarrou o rifle.

—Venha, vaqueiro, você está comigo.

Jenny despertou a seguinte manhã com o aroma mofado de sujeira. Abriu os olhos e olhou ao redor.

—Isto não é meu quarto do hospital — murmurou para si.

—Maldição, sim não o é.

O estômago lhe deu um tombo e moveu bruscamente a cabeça ao redor para ver Buck sentado sobre uma cadeira na esquina. Inclusive embora houvesse muita pouca luz no quarto Jenny podia ver a pálida cara umedecida pelo suor de Buck.

—Por favor não outra vez, Buck. Por favor não me faça isto. Se alguma vez realmente me amaste como uma filha me deixará ir agora.

Buck se levantou da cadeira e se cambaleou sobre ela sustentando uma arma.

—Puta tola. Inclusive ainda não entendeu? Nunca te amei como uma filha. Quando entrei naquele hotel e te vi na idade de doze anos soube que ia ser minha. Supunha-se que foi minha. A única razão pela que não tomei então foi porque tive medo de que colocassem à lei contra mim.

Examinando seus olhos, ela podia dizer que havia um pouco equivocado com ele. Não somente o fato, de que se tornou completamente louco, a não ser algo mais. Jenny viu a atadura em sua têmpora. Isto junto com o olhar frio e o rubor febril de seu cara lhe disse que a infecção se instalou no corpo de Buck Baker. Ela sabia que quanto mais tempo o mantivera falando, mais fraco se voltaria. Isto daria aos seus rapazes mais tempo para encontrá-la.

— E o que a respeito da Helen? Não a amou?

—Cristo, é mais parva do que parece, verdade? Odiava a aquela mulher. A única razão pela que me casei com ela era para ter uma espécie de direito legal sobre ti. O contei uns meses depois de nos casar. —Deu a Jenny um sorriso lascivo. —A sua mamãe gostava muito do meu dinheiro para te colocar em primeiro lugar.

Jenny recordou uma conversa tinha tido com sua mãe quando ela tinha quinze e Jenny estava em seu quarto trocando a roupa da escola, assim poderia ir ajudar com as tarefas. Helen entrou no quarto e olhou ao Jenny com desdém.

—Se quer manter um teto sobre nossas cabeças tem que deixar de pôr tanta roupa. Tenta não levar uma calcinha de vez em quando, sua afetada.

Jenny estava sobressaltada ante o arrebatamento de sua mãe.

—Mamãe, não posso ir por aí sem calcinha.

Os olhos da Helen arderam.

—É tão egoísta. — Saltou através do quarto e a esbofeteou na bochecha—Escuta e escuta bem. Fará tudo o que seja para que continuamos neste rancho. Agora vá para fora e mostra a seu padrasto quanto o quer.

Saindo da porta do dormitório, Helen se deu volta uma vez mais para confrontar ao Jenny.

—Você sempre me reprimia. Deveria te haver abortado quando seu pai rechaçou casar-se comigo. Quem quer uma mulher com um menino ao redor tudo o tempo? Não é surpreendente que nunca te tenha amado. Esteja agradecida que alguém o faz e que esse alguém é Buck Baker.

Jenny sempre tinha pensado que sua mãe queria dizer que Buck era o único que sentia amor paternal por ela mas mais recentemente tinha aprendido de maneira diferente. Buck a estava olhando fixamente como se estivesse preparando para saltar. Ela tentou sentar-se, mas se sujeitou de um lado com dor.

—Minha mãe sempre estava pendente de si mesmo. — Olhou ao Buck. —Eram perfeitos o um para o outro.

Buck estava diante dela, em num flash a golpeou no rosto.

—Você, sua puta. Não tente me voltar o bastante louco para te matar. Tenho meus próprios projetos para ti.

Passeando para frente e para trás através do chão, Buck beliscou a ponta do nariz. Jenny podia dizer que a infecção piorava

—Onde estamos, Buck? Quais são esses projetos que mencionaste?

Buck se parou tocando-a nariz e sua cabeça se disparou para olhar fixamente a Jenny.

—Somente sente-se bem. Vamos esperar que Jake e esse seu amigo maricas venham buscar você. Não posso esperar para ver o olhar sobre sua cara ver que te trouxe para casa, onde pertence. Quando ele e o xerife bicha aparecerem tenho um plano para lhes apanhar. Uma vez estejam atados vão nos olhar fazendo amor antes que os mate a ambos. Vê, Jenny, tudo isto poderia ter sido evitado se só tivesse recordado onde deveria ter estado sua lealdade. Agora não terá opção porque eles estarão mortos. Então posso transar contigo todo o dia, a cada dia. Como fiz da última vez que se entregou a mim. — Buck começou a esfregar sua ereção.

A bílis se elevou na garganta de Jenny e pensou que ia desmaiar.

—Não te entreguei nada. Tomou pela força. Não conseguiu suficiente sexo com minha mãe e com cada mulher na cidade?

Buck riu em silêncio e esfregou seu queixo.

—Claro, transei sua mãe. Que mais, supunha-se que tinha que fazer com a ereção que me dava todo dia? Transei virtualmente a cada mulher na cidade ao menos duas vezes, mas nenhuma delas era uma substituta apropriada de ti, olhos azuis.

Repugnada, Jenny cuspiu:

—Estás doente.

—Sim, isso ouvi. É por isso pelo que finalmente carreguei a sua mãe. Helen começou a voltar-se faladora sobre o desejo de mais dinheiro para te manter ao redor. — Buck encolheu de ombros. —Assim tive que me desfazer dela.

Congelada, Jenny olhou o monstro ante ela.

— O que significa que teve que desfazer dela?

—Inferno, moça, a mulher só tinha trinta e seis anos. Realmente pensa que morreu de parada cardíaca? — Buck sorriu, bem, ela tecnicamente morreu de parada cardíaca mas adivinho que poderia dizer que não foi devido a causas naturais. Tem alguma idéia quantos venenos há ao redor de um rancho?

Buck caminhou para a porta.

—Vou buscar algo para esta dor de cabeça. Não tente escapar ou te amarrarei à cama. Não incomode em gritar tampouco. A casa foi fechada. — Buck abandonou o quarto e fechou a porta do porão.

Quando dirigia seu cavalo sobre outra extensão de rocha, o celular de Cree tocou. Agarrou o telefone e olhou a identificação da chamada.

—Sim, Gabe, o que averiguou? — levou seu cavalo a uma parada do lado de Jake.

—Nada realmente, Cree. As enfermeiras do andar de Jenny não viram nada. Embora encontrei a um porteiro que viu  Buck sair com ela. Disse que perguntou a Buck sobre a mulher inconsciente em seus braços. Buck mostrou a sua própria atadura e disse-lhe que Jenny era sua filha e que tinham tido um acidente de carro e a levava para casa.

Cree agarrava o telefone com força e Jake colocou uma mão sobre sua coxa. Cree respirou e esfregou a mão do Jake.

—Que mais encontrou? Algo sobre aonde foram depois do hospital?

—Não estou seguro. Consegui um relatório que um tipo foi visto entrando em um táxi com uma mulher parecida com Jenny, mas não fui capaz de lhe seguir a pista ao condutor ainda. Ele deveria estar voltando para a mudança de volta em aproximadamente uma hora.

—Segue com isso, Gabe.  —Cree desconectou a chamada e transmitiu a informação ao Jake.

Inclinando-se em sua cadeira, Jake deu um beijo pormenorizado em Cree.

— A encontraremos, xerife.

Assentindo com a cabeça, Cree lhe deu um beijo mais rápido.

—Sim, vaqueiro, faremos. Cavalgando por aqui estive pensando. Se Buck queria nos atormentar com Jenny, onde seria o melhor lugar? — Cree inclinou sua cabeça, seus olhos pensativos. —Supõe que fechou Dobro B por alguma razão? Esse é o lugar que ele considera a casa do Jenny, depois de tudo.

—Maldição, Cree, pode ter razão. Tem o número de Cotton? — Jake agarrou-se a pequena parte de esperança que Cree oferecia.

Tirando o telefone, Cree encontrou o número do Cotton e o chamou.

—Cotton.

—Cotton, sou Cree. Me diga, viu algo sobre Buck? Seqüestrou Jenny do hospital depois que levou um tiro.

Cotton exalou audivelmente.

—Sinto muito, Cree, não estive no rancho durante vários dias. Estou ajudando a um amigo. Aproximarei-me agora e o comprovarei.

Cree sabia que podia confiar em Cotton mas não queria que Buck o visse bisbilhotar ao redor.

—Atua como se nada diferente tivesse acontecido, Cotton. Não queremos que Buck te veja ou poderia sair.

—Nenhum problema, Cree. Posso montar meu cavalo ali. O amigo, o que ajudo, comprou o velho Viveiro Sampler que limita com o Dobro B. Se Buck estiver ali não me verá. Chamarei assim que saiba algo.

Cree desconectou a chamada e olhou Jake.

—Acredito que deveríamos chamar Nicco e Ben e nos reagrupar na casa.

 

Depois que Buck deixou o quarto, Jenny tentou outra vez ficar em pé. Tinha que recuperar sua força se queria enfrentar Buck. Os pontos doíam quando se sentou, mas até agora ia bem. Suspirando, Jenny posou seus pés no chão. Pondo uma mão no velho pé de cama e uma mão em seu flanco para proteger a ferida, Jenny conseguiu levantar-se.

A dor atravessou o flanco. Jenny tomou fôlego para acalmar-se e começou a andar para a porta. Caminhou lentamente mas alcançou a porta e agarrou a fechadura. Sabia que estava fechada mas estava tentando averiguar que tipo de fechadura era quando ouviu passos que descendiam pela escada. Tão rapidamente como pôde Jenny voltou para a cama. A porta se abriu e Buck entrou levando uma bandeja com o almoço.

—Trouxe-te algo para comer, minha querida bruxinha.

Buck deixou a bandeja a seu lado e se sentou na cadeira.

—Então decidiste ser uma menina boa? Como sabe as meninas más são castigadas. Já foste bastante castigada, Jenny. É hora de que saiba qual é seu lugar.

Ele tinha razão. Tinha sido castigada mais que suficiente e tinha cicatrizes para demonstrá-lo. Jenny nem sequer queria pensar o que implicaria ser uma menina boa, mas tinha que fazer que falasse para ganhar tempo. Sabia que Cree e Jake a estavam procurando.

 

Rex Cotton chamou ao cabo de uma hora.

—Acredito que está aqui. Não vi sua caminhonete mas vi rastros de pneus até o abrigo das ferramentas. Tentei comprovar o abrigo mas está fortemente fechado. Me diga o que quer que faça.

Cree olhou através da mesa a sua equipe.

—Permanece alerta, Cotton. Não quero trazer para a polícia ainda, assim não nos chame a não ser que veja ou ouça algo. Agora saímos para o Oklahoma. Deveríamos estar ali em três ou três horas e meia depende de quão rápido conduzamos.

—Estupendo, Cree. Ficarei vigiando atrás do celeiro assim não disparem quando me virem.

—Isso não vai ocorrer, Cotton. Simplesmente não recorde nomes ou caras depois de que meus homens se vão.

Fechando seu celular, Cree olhou ao Jake.

—Ela está ali com o Buck. Vamos. Temos que levar dois veículos porque Jenny voltará para casa conosco.

 

—Me diga, Buck, o que é o que faz que um homem se apaixone por uma menina de doze anos? Simplesmente eu era especial ou todas as meninas excitam sua imaginação?

Buck saltou de sua cadeira, assinalando com seu dedo Jenny.

—Deixa de tentar me fazer parecer como uma espécie de pervertido. — Ele a esbofeteou de novo.—O que sempre senti por ti é verdadeiro amor. Esperei por ti até os dezoito, verdade? Infernos, sua mãe teria deixado te ter aos doze se isso significava que podia seguir gastando meu dinheiro.

Jenny se lambeu o sangue de seu lábio partido e se deslizou um pouco mais longe sobre a cama.

—Está bem, entendo que me ama, mas eu amo a seu filho e a Cree. Sinto-o, Buck, mas não planejei. Às vezes as coisas simplesmente ocorrem e ninguém é culpado. Esquece isso de matar Jake e Cree. Isso não me fará te amar. Nada poderia.

Buck agarrou ao Jenny pelo cabelo e a arrastou fora da cama.

—Vai ao lavabo e te limpe. — Ele a empurrou para a pia.

Jenny perdeu o equilíbrio e se chocou de repente com a pia, com força. A dor do flanco era insuportável. Baixou o olhar e viu que o sangue gotejava através da bata de hospital que ainda levava.

—Droga!

Outra bofetada e Jenny se viu no chão.

—Nenhuma mulher minha  vai falar como lixo. Levanta o traseiro e lave a cara. Irei conseguir algumas faixas para sua ferida. — Ele saiu do quarto e fechou a porta.

 

Jake e Cree chegaram uns minutos antes que o resto dos rapazes. Estavam atando-se suas armas quando o SUV negro do Ben chegou. Cada um rapidamente se preparou e olharam a Cree para receber instruções. Cree desenhou um mapa no pó do teto da caminhonete do Jake.

—A casa está à volta da curva. O abrigo de ferramentas está em a parte traseira da casa, o celeiro está ao lado da casa. Desdobrem-se e utilizem o que possam para cobrir-se. Fiquem nos auriculares. Gabe, Ben e Remy os encontraremos atrás do abrigo e esperem novas instruções. Nicco, quero-te no palheiro com o rifle de franco-atirador. Jake e eu iremos por atrás do celeiro para nos encontrar com o Cotton. Boa sorte e mantenham-se salvo.

Os homens se dispersaram. Jake não podia acreditar o estado em que se encontrava Dobro B. Como um homem podia estar tão obcecado com uma mulher que tinha deixado que todo o trabalho de sua vida inteira se fora à merda? Isto mais que nada lhe falou do estado mental do Buck. Foram para o celeiro e encontraram ao Cotton. Deram a mão a seu velho conhecido.

—Alguma novidade?

Rex sacudiu sua cabeça. —Nada que possa contar. Estive sentando aqui pensando em quão estranho parecia Buck antes que desaparecesse esta última vez. Recordei que Buck me fez pôr uma fechadura nova e um cadeado na porta da despensa do porão. Por que supõe que necessitaria isto?

—Inferno, o porão não. Ele a manteve em um porão a última vez que a seqüestrou. — Jake esfregou sua frente, pensando. —Gabe, mantenham-se quietos até que me veja abrir a porta da rua. Nicco, mantém o rifle apontado sobre a porta principal. Se Buck sair sem um de nós, lhe pegue um tiro entre os olhos.

—Roger[6] — respondeu Nicco.

—Roger — responderam Gabe, Ben e Remy.

Jake olhou a Cree.

—Entrarei pela janela de meu antigo dormitório. Saltamos essa fechadura tantas vezes enquanto crescíamos, que será um jogo de meninos. Você vai à porta principal com o resto da equipe.

Cree sacudiu a cabeça.

—Não, Jake, não quero que entre ali sozinho. Vou contigo, custe o que custar.

Jake pensou um segundo.

—Permanece detrás de mim e pisa só onde eu o faça. A casa tem muitos rangidos mas os conheço todos.

Jake começou a mover-se e de repente se deu a volta para Cree. —Aconteça o que acontecer nessa casa, amo-te, xerife. — Ele puxou Cree e lhe deu um rápido beijo.

—Digo o mesmo.

 

Quando Buck voltou com as ataduras, também trouxe seu ferro de marcar elétrico e o conectou. Os olhos do Jenny se abriram como pratos.

—Por favor, não faça mais marca, Buck.

Buck sacudido sua cabeça com evidente desgosto. —Não é culpa minha que siga esquecendo a quem pertence. Se este for o único modo de lhe ensinar isso não tenho escolha. Agora tire o vestido e te lave.

Quando Jenny simplesmente ficou ali sentada sem mover-se, ele ficou impaciente.

—Maldita seja. Necessita que ensine outra lição aqui e agora? Te dispa e lave agora mesmo.

Devagar, Jenny se levantou e desatou a bata de hospital. Ela o tirou de seus ombros e foi à pia onde Buck tinha posto as ataduras. Usando uma manopla, limpou com cuidado o sangue ao redor da ferida. Jenny colocou quatro curativos de grosa gaze sobre a ferida e usou esparadrapo para assegurá-la no lugar. Começou a tirar o vestido, quando Buck o rasgou com suas mãos.

—Nem o pense. Agora te recoste sobre a cama. — Ele fez um gesto para a cama e começou a tirar sua roupa.

 

Jake abriu satisfatoriamente a porta principal e deixou entrar a equipe. Pondo um dedo em seus lábios, assinalou o caminho para o porão. Ao pé dos degraus avaliou a fechadura. Olhando para trás aos homens, ele assinalou sua arma e assinalou a fechadura.

 

Desligando o ferro ao vermelho vivo de caminho à cama, Buck sorriu.

—Me diga onde quer que te marque esta vez, Jenny? Ponho sobre a outra teta ou talvez sobre seu linda bunda? Deixarei escolher hoje, mas faz rápido. Meu membro está duro e assim que te marque vou te amar.

Buck se sentou sobre a cama, o ferro de marcar em sua mão. Jenny sabia que era agora ou nunca para ela. Olhou docemente Buck e lhe deu chutes tão fortes como pôde nos testículos. Buck se dobrou sem respiração.

Jenny saiu da cama gritando e alcançou o ferro de marcar gado. Ela o balançou para Buck e lhe golpeou de lado em sua cabeça. Se sentiu poderosa. Sentou-se escarranchada sobre Buck e pôs o ferro de marcar sobre sua frente justo quando a porta se abriu.

Buck gritava como se lhe assassinassem ,enquanto Jake e a equipe encheram o pequeno quarto. Cree tinha sua pistola apontada à cabeça de Buck. Jake notou o olhar nos olhos de Cree e a fúria logo que controlada ante a vista de Jenny nua.

Jenny viu também. Teve que impedir que matasse ao Buck a sangue frio.

—Cree, deixa a arma. Buck não merece. Na realidade não posso esperar a que vá a prisão e sofra. —Jenny jogou uma olhada ao Buck. —É um homem bonito para ser um psicopata. Seguro que todos os homens estarão brigando por ele, não Cree? Cree, me olhe. Estou bem. Buck merece sofrer lentamente, não permita a saída fácil.

Cree mudou seus olhos para Jenny e suspirou. Devagar, ele baixou sua arma.

Dando-a volta para Ben e Gabe, fez gestos para o Buck.

—Vocês dois por favor poderiam tirar o lixo até que a polícia chegue?

Ben facilmente agarrou Buck e o carregou sobre seu ombro como um saco de cinqüenta quilos de comida de cães. Sua cabeça sangrava e tinha uma agradável marca BB em sua frente. Jenny estava feliz por isso. Sentia-se orgulhosa de si mesmo. Sentiu-se ressarcida.

Jake e Cree a abraçaram e todos se derrubaram no chão em uma confusão de membros. Jake beijou Jenny e limpou as lágrimas de seus olhos.

—Como estas, neném? — Vendo sua cara machucada e o lábio partido, Jake começou a preocupar-se uma vez mais. —Por favor me diga que não te violentou outra vez.

Jenny pôs suas mãos aos lados da cara do Jake e o olhou nos olhos.

—Estou bem e os bebês também. Buck não me violou esta vez. Chutei seus testículos quando esteve perto o bastante para tentá-lo. Depois o golpeei com o ferro e marquei sua frente. Em geral, diria que foi um dia bastante produtivo.

Jenny riu e ambos souberam que ela estaria bem. Finalmente havia enfrentado seus medos e se defendeu.

 

Sentada em uma cama de hospital no dia seguinte, Jenny finalmente pôde relaxar. Buck tinha sido preso em Oklahoma City na espera do julgamento pelos crimes prestados. Também tinha que fazer frente a lei em Missouri e Novo México. Eles atualmente o mantêm sob vigilância para evitar suicídio.

Jenny esfregou seu estômago.

—Já terminou, bebê. Finalmente podemos continuar com o resto de nossas vidas.

Cree e Jake entraram naquele momento. Cree olhou Jake e riu.

—Assim está pronta para fazer de ti uma mulher honesta, amor? — Ele se inclinou e a beijou.

—Certamente. Porque levou tanto tempo? Estive preparada desde que tinha doze anos. —Jenny riu alegremente e apertou sua mão. —Vão me soltar amanhã por boa conduta. Mas nada de sexo durante uma semana até que me tirem os pontos. Então imagino que posso me casar com vocês em duas semanas desde manhã. O que acha ?

Jake tomou a outra mão e a beijou.

—Perfeito. Como você. — Ele empurrou uma cadeira e se sentou ao lado da cama com Cree de frente.

—Temos que falar sobre o que fazer com Dobro B. Estive falando com Gabe e gostaria de fazer uma oferta para comprá-lo.

Jenny riu e inclinou sua cabeça para o Jake.

—Acredito que é uma maravilhosa idéia. Disse que realmente gostou de viver e trabalhar em Triplo Estrela assim tem perfeito sentido que queira comprá-lo. Realmente me sinto um pouco culpado por Rex Cotton. Ele esteve em Dobro B durante vinte e cinco anos. É realmente o único lar que conhece.

—Bem, teremos que pensar em algo então. Estou totalmente de acordo que temos que encontrar um modo de deixá-lo manter a pequena casa do capataz.

Jenny se sentou com um brilho nos olhos.

—Já está! Por que não cedemos a casa do capataz a Cotton e fazemos uma estipulação no contrato de venda que ele será o capataz enquanto esteja em condições e o deseje. Acha que Gabe estaria de acordo com isto?

Esfregando sua mandíbula sem barbear, Jake pensou em seu velho amigo.

—Acredito que isso descansaria sua cabeça. Estou seguro que vai necessitar toda ajuda que possa conseguir. Pode ser um bom cavaleiro mas não sei quanto conhece sobre a criação de gado e Cotton é o melhor. Discutirei com ele esta noite depois do jantar.

Jenny alisou as mantas sobre suas pernas.

—Agora vamos falar sobre as bodas.

A semana seguinte esteve cheia de atividade. Jenny foi a Santa Fé para ver seu novo ginecologista. Enquanto estava ali foi comprar seu vestido de noiva. Decidiu por um vestido em tom marfim com uma bandagem cor lavanda ao redor da cintura. Também fez uma visita ao salão de beleza. Jenny tinha seu cabelo arrumado e tinha feito um tratamento especial como presente de bodas para Cree e Jake.

Jenny riu com malícia enquanto abandonava o salão.

As bodas era em dois dias e Nicco e Remy voltariam para a cidade amanhã. Tinham ido para casa durante uns dias a tentar ficar à corrente de seus assuntos. Ben estava ainda em negociação com Kate Crawford sobre a compra da granja de seus pais. As coisas não pareciam ir tão brandamente como ele tinha esperado.

Jenny olhou Ben quando voltou para casa das compras.

—Então, como vão as negociações com Kate?

Ben pôs uma careta graciosa em sua cara e sacudiu sua cabeça.

—Não tão bem, Jenny. Sinto-me mal porque ela realmente não quer vender o rancho mas não pode levá-lo absolutamente sozinha.

Fazendo rodar seus olhos, Jenny sacudiu sua cabeça.

—Por que é que as mulheres sempre têm que solucionar as coisas? Aqui está o que tem que fazer. Compras a metade do rancho. Kate mantém a outra metade e se convertem em sócios. Estou segura que os dois podem arrumar as disposições para viver bastante bem. Você é fácil para conviver e seria melhor que um cão guardião para manter seguro o lugar. — Jenny sorriu maliciosamente com aquele último comentário.

Pegando-se com a palma da mão em seu rosto, Ben riu.

—Por que não pensamos nisto? Não necessito o rancho inteiro. Somente necessito de algum lugar a que pertencer. Algo físico para trabalhar. Não gosto do trabalho de escritório.

Ben agarrou Jenny com um abraço feroz e a beijou no rosto.

—Deus, é muito linda, Jenny.

—E malditamente atrativa também. — Cree entrou na cozinha. —Agora pode me explicar por que tem suas mãos sobre minha mulher ou temos que ir lá fora? — Cree olhou Ben com expressão severa, mas não a pôde manter porque um sorriso apareceu em seus lábios.

Ben se separou de Jenny e elevou suas mãos.

—Sim! Homem, somente lhe agradecia que tenha solucionado meu problema imobiliário.

—Sim bem, já o agradeceste, agora desaparece. — Cree olhou Ben e então ambos olharam a porta com olhos entrecerrados.

Indo para a porta, Ben ainda levantava suas mãos.

—Bem, posso entender uma indireta. Quer que monte guarda para que ninguém os interrompa? —Disse com cara sorridente.

—Somente lhes diga a todos que permaneçam infernalmente longe daqui durante um momento.

Ben os deixou rindo e Cree abraçou Jenny.

—Passou um dia bom, amor? — antes que pudesse responder ele pôs sua língua sobre seus lábios procurando a entrada. Os lábios de Jenny se separaram e ele empurrou sua língua dentro das profundidades quentes de sua boca.

Jenny saboreou a café e a hortelã e a Cree. Ela rompeu o beijo e lhe sorriu.

—Passei um dia fantástico. O doutor Warner me disse que o mês que vem quando for à consulta, você e Jake deveriam vir comigo. Poderemos escutar os batimentos do coração dos bebês então. Não estou programada para outra ecografia até dois meses depois. — Jenny deixou de falar e mordiscou seu pescoço.

De repente pensou em algo e elevou a vista a Cree.

—O que faz em casa? Aconteceu alguma coisa?

—Não, nada aconteceu, Jenny. Todos no escritório me obrigaram a sair cedo porque estava grunhindo como um urso. — Ele encolheu seus ombros. —Não o posso remediar. Sei que está aqui e não há nenhum outro lugar no que quero estar.

Beijando-o outra vez, Jenny esfregou suas mãos acima e abaixo por seu peito.

—Também eu gosto que esteja aqui, mas vais ter muitas bocas que alimentar dentro de pouco tempo. Necessita que trabalho, xerife. Além disso Cree, sempre estarei aqui quando chegar a casa.

Abraçando-a ainda mais perto, ele se afundou em sua boca outra vez.

—Sinto que não vamos ter uma lua de mel, amor. Tive que gastar todas minhas férias durante o mês passado. — Cree inclinou sua cabeça e mordiscou seu pescoço. Quando esfregou sua ereção contra sua suave vagina, ela se pôs rígida e soltou um pequeno gemido. Cree se endireitou imediatamente, retrocedeu e olhou a cara de Jenny.

—O que está mau, amor, fiz-te mal? É o quadril? Por favor me diga que aconteceu, Jenny?

Jenny olhou para o chão. Ah Deus, isto ia ser embaraçoso.

—Não amor não é meu quadril. Eu um…eu fiz hoje um pequeno assunto como presente de bodas para vocês. Estou ainda um pouco dolorida mas estarei bem para a noite das bodas.

Com um aspecto totalmente perplexo Cree separou Jenny toda a longitude do braço e elevou seu queixo com um dedo.

—Exatamente que tipo de assunto, Jenny?

Meu deus! Agora ele a olhava realmente preocupado. Teria que lhe dizer a surpresa antes que ele tivesse uma úlcera.

—Eu uh…fiz depilação com cera. Pensei que você e Jake gostaria.

Uma risada de alívio saiu dos lábios de Cree.

—Gostar? Nós adoramos. E beijá-la e lambê-la e comê-la. Me deixe ver, Jenny.

Cree estava tão ansioso como um garotinho indo para a escola a primeira vez. Jenny simplesmente moveu a cabeça, resignada.

—Bem, mas não a toque. Eu não tinha idéia de que ia ser tão doloroso.

Cree a levantou na pia da cozinha e subiu a saia.

—Maldição, amor, não leva calcinha. Imagino que é meu dia de sorte. — Olhar a vagina nua de Jenny lhe fez babar. Tirando sua língua para umedecer seus lábios, Cree tragou. —É a coisa mais bonita que já vi.

Sustentando-se sobre a pia, Jenny esticou sua mão.

—Cree, prometeu que não tocaria.

Elevando a vista de sua vagina a sua cara, Cree riu.

—Sei o que prometi, mas é duro. Infernos, estou duro. Realmente parece muito avermelhado. Colocou alguma coisa para melhorar e aliviar depois que saiu do salão de beleza?

—Não, não me atrevo a tocá-la.

—Permanece justo aqui, amor. Tenho o remédio que Jake e eu usamos.

Cree se foi, deixando Jenny sobre a pia com a saia ao redor de sua cintura.

—Ei, Não pode me abandonar aqui. E se alguém entra? Cree?

Retornando a pernadas à cozinha levando o remédio, Cree sorriu.

—Ninguém pensaria em te ver sentada meia nua na cozinha. Agora desliza seu traseiro até aqui e te incline para trás. Confie em mim, não doerá, vai fazer que se sinta mais fresca.

Jenny assentiu e ficou na posição que ele pediu. Pondo uma boa quantidade de remédio em seus dedos, Cree se inclinou para sua vagina.

—Somente uma lambida. — Ele lançou sua língua e lambeu em meio de seus lábios, levando-a a sua excitação maior ainda.

—Mmm, bom. — Cree se endireitou e substituído sua língua com seus dedos cheios de remédio. Ele riscou pequenos círculos sobre sua vagina.

—Vê, não se sente muito melhor?

—O céu.

Quando terminou, lavou suas mãos na pia e as secou com um pano. Voltando-se para Jenny, devagar a levantou da pia e a sustentou em seus braços.

—Obrigado por fazer isto por nós, amor. Jake vai ficar louco. Ele é que me convenceu para finalmente tentá-lo. Já verá. Estará muito mais sensível. Realmente pensará que sua vagina nunca ficou dolorida antes.

Jenny elevou a vista a Cree.

—Falando de Jake. Promete-me que não lhe dirá minha surpresa?

Esticando-se para acariciar seu traseiro, Cree riu.

—Apesar de como eu gostaria de me gabar ante ele do que consegui fazer esta tarde, seu segredo está a salvo comigo, amor.

 

O dia do casamento de Jenny finalmente chegou. O tempo estava perfeito para uma cerimônia ao ar livre. Ela se esticou e bocejou enquanto o sol lentamente iluminava o céu.

—Realmente acredito que este será o melhor dia de minha vida até o momento. — É obvio que ninguém escutou isso, já que tinha dormido separada dos homens durante a passada semana. Jenny lhes havia dito que queria que sua noite de bodas fosse muito especial e que seria melhor que eles a brincassem pouco.

Ambos os homens tinham caminhado ao redor com uma dura ereção e uma incômoda postura a semana toda, mas tinham estado de acordo com sua escolha de separar-se antes dessa noite. Sentou-se e se esticou para agarrar sua roupa quando alguém bateu na porta.

Olhando para a porta com olhos entrecerrados, gritou:

—Se for Jake ou Cree não entre. Dá má sorte.

A porta se abriu e uma loira miúda entrou levando uma bandeja de café da manhã.

—Olá Jenny. Sou Kate Crawford do rancho ao lado. Jake e Cree pediram que trouxesse isto por eles.

Jenny estava um pouco surpreendida de ver uma estranha em seu quarto, mas Kate pareceu tão desconfortável, que ela disse:

—Entra Kate. Pode deixar a bandeja sobre a mesa de noite. Tenho que me vestir.

Kate sorriu e deixou a bandeja.

—Um… os rapazes querem saber se houver algo com o que possa te ajudar hoje. — Olhou para os pés parecendo estar em guerra com ela mesma. —Para ser honesta — suspirou Kate — eu gostaria de poder te ajudar. Ben me falou um pouco do que aconteceu e não parece que tenha muitas mulheres como amigas. Assim pensei que podia contar comigo hoje.

—Bom Ben tem razão, não tenho a nenhuma mulher como amiga exceto possivelmente à mãe de Cree com a que vivi um tempo. — Jenny mordeu seu lábio e pensou em deixar ao Kate entrar em sua vida. —Eu gostaria que me ajudasse. —Jenny olhou Kate com olhos entrecerrados. —Inclusive embora seja a mulher mais formosa que tenha visto em minha vida. Estou contente de confiar em meus homens ou teria que te expulsar. Mas como acontece que confio neles, realmente me viria bem uma amiga em uma casa cheia de testosterona.

A cara de Kate se iluminou como uma lua enche em uma noite escura.

—Obrigado, Jenny. Para ser completamente honesta contigo, eu não tenho nenhum verdadeiro amigo. Passei todo o tempo dos últimos sete anos tentando fazer funcionar o rancho. — Encolhendo-se os ombros Kate continuou.

—Dias de trabalho de quinze horas não me deixaram muito tempo para socializar. Não é que tivesse muitos amigos quando estava na escola tampouco. As garotas não queriam saber de mim e os meninos só queriam uma coisa.

Jenny olhou para a incrível mulher que tinha diante. Cabelo loiro comprido, naturalmente encaracolado e olhos tão escuros que quase pareciam negros. O corpo de Kate teria feito envergonhar a qualquer garota. Não mediria mais de 1.60, mas seus grandes seios faziam que não parecesse com nada uma menina. Parecia cansada e um pouco triste.

—Bem, acredito que vais ter bons amigos agora. Penso que o que acontece é que as garotas e as mulheres daqui só estão com ciúmes de sua beleza. — Jenny encolheu-se de ombros. —Como vão as negociações com Ben sobre a venda do rancho?

Pondo os olhos em branco e suspirando, Kate se sentou sobre a cama.

—Estivemos de acordo sobre ser sócios no rancho. Estou cansada de fazê-lo tudo por mim mesma, é muito trabalho. Mas não posso deixar o rancho. Passei toda minha vida nele e é meu lar. Sobre o que não podemos nos pôr de acordo é sobre a moradia. Ben quer arrumar a casa e que os dois vivam ali, mas eu não acredito que alguma vez possa viver com um homem. — Kate olhou aos olhos de Jenny procurando compreensão. —Os homens me assustam. São muito maiores e fortes que eu. — Encolheu-se de ombros. — Podem te fazer coisas que não quer somente porque são mais fortes. — Kate ficou em pé e começou a andar pelo quarto. —Ben parece um homem muito agradável, mas as aparências enganam e eu tenho medo de me arriscar. Além disso, Ben é o homem maior e mais forte que alguma vez tenha encontrado. Faz-me sentir insegura quando está ao redor.

Perdida em seus pensamentos, Kate deixou de falar e se sentou de novo na cama.

—Bom suficiente com isto, com que necessita que te ajude hoje?

Jenny odiou o olhar perdido e solitário na cara de Kate. Pensou que Kate podia ser mais parecida com ela do que tinha pensado em princípio.

—Para começar, pode ser minha dama de honra. Pensei em pedir-lhe a um dos rapazes, mas imaginei que nenhum quereria fazê-lo. Jake estará com Cree por óbvias razões, assim se você não diz que sim faltará equilíbrio.

Sorrindo, Kate se levantou e abraçou Jenny.

—Se estiver segura disso para mim seria uma honra, nunca estive em uma boda antes. — Kate se separou do Jenny com um rastro de umidade em seus olhos. —Bom mais vale que comecemos a te preparar.

O sol estava desço no céu. Os poucos convidados a bodas esperavam no pórtico dianteiro sob o ventilador de teto e Jake e Cree estavam tentando atar suas gravatas sem muito êxito.

—Jake, pode me ajudar com esta maldita coisa? Minhas mãos tremem tanto que estou a ponto de me estrangular com ela.

Sorrindo, Jake cruzou a habitação e se deteve frente à Cree. Tomou a gravata das mãos de Cree e rapidamente a atou em um nó Windsor.

—Por que está tão nervoso? Está tendo dúvidas sobre o casamento?

Cree olhou ao Jake como se este se tornou louco.

—Demônios, não, eu esperei isto durante sete anos. Somente estou realmente brincalhão e ansioso de noite de bodas. Espero poder manter minha ereção controlada até que todos os convidados se forem esta noite. — dirigiu para o Jake um sorriso rápido.

Acariciando com suas mãos a jaqueta de Cree, Jake se inclinou para um bem-vindo beijo.

—Quer que te dê uma mão, xerife? Não esqueça que sua mãe está entre os convidados. Não quererá impressioná-la com o assombroso vulto que leva nas calças.

Cree olhou para o Jake e logo a seu relógio. —Não temos muito tempo, Jake, mas apreciaria qualquer ajuda que pudesse me emprestar.

Jake sorriu e o beijou de novo, soltou o cinturão e logo baixou sua cremalheira.

A ereção de Cree saltou pela abertura. Como era típico em Cree, não levava cueca para atuar como pára-choque. Acariciando a ereção de Cree, Jake ficou sobre seus joelhos e tomou em sua boca.

Pondo os olhos em branco, Cree gemeu.

—Sim, justo assim, vaqueiro. Ah, homem, isto se sente muito bem.

Bombeando o membro de Cree com sua boca e garganta, Jake acariciou os testículos de Cree. Sua outra mão se dirigiu para trás para encontrar o buraco que esperava sua atenção. Jake inseriu seu dedo e encontrou o ponto correto para voltar Cree selvagem. Cree começou a sacudir-se e a empurrar na úmida e quente boca de Jake.

Cree estava em êxtase com o prazer.

—Assim, assim, vaqueiro… vou… OH… uhhh.

Jake o lambeu e o limpou antes de ficar em pé e sustentar ao homem que amava nas últimas sacudidas de seu orgasmo.

—Por que não entra no banheiro e limpa um pouco? Verei você lá em embaixo em uns cinco minutos. Ah e Cree, te amo.

Cree encontrou Jake cinco minutos mais tarde e ambos dirigiram a seus convidados para o toldo preparado para manter as pessoas à sombra, que tinham montado para as bodas. Ao aproximar-se de sua mãe, Cree não estava seguro do que sentia. Ele havia culpado a sua mamãe por muitas coisas no passado, mas ela tinha ajudado Jenny, assim que talvez fosse o momento de esquecer e perdoar. Quando se inclinou para lhe dar um beijo na bochecha, seu aroma lhe trouxe lembranças. Baunilha, sua mãe sempre cheirava a baunilha.

—Olá, mamãe. Alegra-me que tenha vindo. Sinto que Tori não tenha vindo também, mas ela ainda não está de acordo com minha eleição de vida. — Cree encolheu os ombros e olhou sobre a cabeça de sua mãe.

Naomi acariciou a bochecha de Cree e lhe rodeou a cintura com um braço.

—Filho, não importa o que outros pensem a respeito de vocês três. Tori virá antes ou depois. Suponho que eu passei momentos difíceis aceitando-o antes que Jenny ficasse comigo. Aprendi a querê-la como se fosse minha filha. Tudo o que terá que fazer é olhá-los a Jake e a Jenny e a ti juntos para ver o amor que compartilham.

—Obrigado, mamãe, isso significa muito para mim. Jenny queria que lhe perguntasse, antes que as coisas ficassem muito loucas por aqui, se quereria vir para o dia de Ação de graças.

Naomi o olhou de cima abaixo.

—Certamente que virei. Tenho que me manter em dia com o menino que cresce nela.

A mandíbula de Cree caiu.

—Como sabe que está grávida?

Fazendo girar os olhos para seu filho, Naomi riu em silêncio.

—Não nasci ontem, conheço o aspecto de uma mulher grávida inclusive embora seja de pouco tempo.

—Bem, aqui há algo que não sabe. Jenny vai ter gêmeos. Deveriam nascer para o dia de São Patrício.

Naomi o rodeou com seus braços.

—Felicidades, filho.

Jake apareceu pelo corredor e tomou o cotovelo de Cree.

—Vamos senhor noivo, é o momento.

Cree beijou a sua mãe de novo e a sentou na primeira fila. Em realidade só havia três filas de seis cadeiras com um corredor no centro para que caminhasse Jenny. Só tinham convidado aos vaqueiros do rancho e a suas noivas ou mulheres. Além de Naomi e à equipe.

Falando da equipe, Cree os viu todos menos Nicco. Certamente ele não teria partido antes da cerimônia, certo? Cree estava seguro de que o tinha ouvido na cozinha aquela manhã. Ah, bem. Encolheu-se de ombros, suponho que terá que estar por algum lugar.

O ministro da cidade estava de pé no pequeno estrado que os vaqueiros tinham construído. Jenny não tinha querido flores ou decorações elaboradas. A não ser flores silvestres e girassóis metidos em cubos de estanho a ambos os lados do estrado. Era perfeito. Perfeitamente Jenny.

Jenny escutou a música começar. Tinha optado por Lester, um dos trabalhadores, tocasse a marcha de bodas com seu violino. Girou-se e deu um abraço rápido a Kate.

—Obrigado por sua ajuda hoje. — Lhe devolvendo o abraçou, Kate limpou uma lagrima de sua bochecha.

—Acredite quando te digo que foi um prazer. Sempre quis uma irmã e hoje senti como se a tivesse.

Kate caminhou devagar pelo corredor, seguida por Jenny.

Jenny se sentiu formosa e duas vezes afortunada. Esta podia ser a parte legal da cerimônia, mas a verdadeira cerimônia seria esta noite sob as estrelas. Seria então quando ela se casaria com o Jake e Jake se casaria com Cree.

Jenny chegou ao final do corredor e tomou a mão de Cree. A música se deteve e o pastor começou o serviço. Jenny não esteve segura de nada do que disse por que estava hipnotizada pelos olhares nas caras de Cree e Jake.

Virou para enfrentar ao pastor, ainda de mão dadas com Cree. O ministro começou com a parte das objeções quando um disparo soou sobre a cabeça de todos. Cree sujeitou ao Jenny e cobriu seu corpo com o dele.

Buck desceu pelo corredor com uma arma apontando a Cree e a Jenny. Ele começou a gritar.

—Você não a terá. Matarei a todos vocês. Ela é minha…

Isso foi tudo. Um momento ele estava apontando para Jenny e Cree, e no seguinte estava de barriga para baixo no chão com um buraco de bala entre os olhos.

Tudo tinha durado uns dez segundos. Quando o caos terminou, Cree olhou a seu redor. Ben consolava a uma impressionada Kate sob a sombra de uma árvore. Buck estava morto. Mas como? Então Cree viu Nicco no celeiro com seu rifle de franco-atirador. Fez gestos a Nicco para que baixasse. Jake se inclinou sobre o corpo de Buck e com cuidado levantou seu pai do chão. Levando-o para um lado da casa, chamou à polícia estadual. Jenny pôde escutá-lo gritar para o celular.

—O que significa que não sabiam que tinha escapado? É a polícia, pelo amor de Deus! — Jake passeava junto à casa ao lado do corpo de seu pai.

—Somente enviem a alguém para recolher o corpo. Tenho umas bodas que atender.

Jake andou de novo até o final do corredor. Deteve-se diante de Jenny e de Cree.

—Por favor, podemos seguir com as bodas? Buck já arruinou o bastante de nossas vidas, não vamos deixar que arruíne isto também.

Cree olhou Jake e Jenny.

—Eu digo que continuemos e tratemos com a confusão depois.

Jenny assentiu e o ministro começou de novo. Por sorte ninguém pensou que continuar com as bodas estivesse mal depois dos estranhos acontecimentos. Todos ali conheciam as atrocidades do Buck ou as tinham presenciado diretamente.

Quando o pastor se dirigiu para Cree e lhe disse que podia beijar a noiva, Cree virtualmente devorou sua boca. Jenny pôde escutar todos os ohhhh e ahhhh provenientes da pequena concorrência. Cree a soltou para que assim Jenny pudesse beijar ao Jake. Para o momento em que Jenny pôde tomar ar, o rancho estava cheio de um enxame de forças da lei. Olhando ao redor para os convidados, Cree viu o Nicco sentado à sombra falando com alguém da polícia estadual.

—Volto agora, senhora Sommers. Tenho que falar com o Nicco e a polícia um minuto. — Beijou-a outra vez e a deixou nas mãos do Jake.

Cree avançou pela multidão e se uniu ao Nicco à sombra. A polícia acabava de terminar. Quando o policial se afastou Cree olhou para o Nicco e levantou suas sobrancelhas com uma pergunta.

—Como? — foi tudo o que disse.

Nicco olhou para Cree e lhe dirigiu um sorriso torcido.

—Uma sensação no estômago. Tive a sensação de que Buck não estava bem com o casamento. Pensei que melhor seria olhar o casamento do celeiro.

Cree fez um leve assentimento.

—Obrigado, amigo. — ficou em pé e Nicco fez o mesmo. Ambos os homens deram-se a mão e cabecearam o um ao outro. Cree sabia que haveria uma investigação dos disparos, mas que seria rotineiro. Nicco era co-proprietário de uma renomada empresa de segurança.

O resto da festa continuou como tinham planejado. Quando o último convidado se foi, Cree girou para Jenny e a beijou ligeiramente na bochecha.

—Por que não vai para o quarto e tomas um bom banho no jacuzzi? Jake e eu temos uns detalhes dos que nos ocupar para nossa cerimônia desta noite.

Sorrindo, Jenny ficou nas pontas dos pés e beijou a cada um de seus homens.

—Isso, meus amores, sonha como um plano perfeito. Subam para me buscar quando estiverem preparados. — Jenny girou e entrou na casa.

Quando chegou ao quarto Jenny viu uma caixa branca grande sobre a cama. Estava atada com uma fita cor nata. Aproximando-se dela, Jenny não pôde tirar o sorriso de sua cara. Recolheu a nota que havia em cima da cama.

“Esta noite é nossas bodas verdadeira. Por favor, leva o vestido que há em a caixa para nossa cerimônia de meia-noite.”

 Jenny olhou o relógio junto à cama. Era somente dez e quinze. Tinha tempo para um bom banho.

Com cuidado, Jenny saiu de seu vestido de bodas e o pendurou no armário. Dirigiu ao banheiro para encher a banheira. Quando chegou à porta do banheiro parou de repente. Jenny se levou a mão à boca e começou a rir bobamente. O Jacuzzi já estava cheio. O vapor se elevava da água. E a banheira estava cheia de pétalas de rosa multicoloridas que dançavam na água que borbulhava.

Ela olhou ao redor do quarto, as velas cobriam cada superfície disponível. Os rapazes tinham superado a si mesmos. Jenny se sentiu como uma princesa mimada. Lentamente colocou seu corpo na borbulhante água.

—O céu na terra, deve ser o trabalho de dois formosos anjos.

Depois de aproximadamente uma hora, Jenny se obrigou a sair do relaxante banho. Tinha o tempo para vestir-se e pentear-se antes que os rapazes viessem a procurá-la. De pé frente ao espelho de corpo inteiro, meia hora mais tarde, Jenny não podia acreditar que fosse ela. O vestido que os dois homens tinham escolhido era um sonho de seda cor marfim. O sutiã era de encaixe marfim com finos suspensórios.

O vestido chegava até o chão em uma ampla e lhe sussurrem saia. Jenny deixou seu cabelo solto. O brilho de seu cabelo negro contrastava maravilhosamente com o brilho marfim da seda. Um murro à porta a tirou de seu pensamento. A porta se abriu e Cree e Jake entraram no quarto vestindo nada mais que umas folgadas calças brancas de seda. Detiveram-se de repente com a boca aberta. Jake se aproximou de ela e lhe ofereceu a mão.

—Quer-te casar comigo Jenny Sommer?

Diante da casa havia uma grande carruagem branca atirada por dois cavalos brancos. Os olhos de Jenny se abriram como pratos. Girou-se para os homens que estavam de pé a ambos os lados dela e sorriu.

—É perfeito. Como sabiam que quando era pequena sonhava com isto?

Jake pôs uma expressão envergonhada. Suas orelhas avermelharam nas bordas.

—Na realidade te escutei falando com sua boneca Francine um dia quando chegou a Dobro B. Suponho que nunca me esqueceu essa parte das bodas de seus sonhos.

Jake olhou as profundidades dos olhos azuis do Jenny.

—Você faz que todos meus sonhos se façam realidade esta noite, assim pensei que podia fazer que um dos teus se realizasse ao mesmo tempo. — Com as lágrimas alagando seus olhos cor lavanda, Jenny pôs as mãos a ambos os lados de sua cara. —Obrigado Jake, mas não necessitava os cavalos ou a carruagem para fazer meus sonhos realidade. Tudo o que preciso é a ti e a Cree e aos bebês que crescem dentro de mim.

Jake tomou suas mãos e as levou a sua boca, beijando seus dedos um a um antes de abrir suas mãos e beijar suas palmas.

—Prometo-te que esta noite será mágica, minha princesa. — Jake dobrou sua cintura em uma profunda reverência. — Sua carruagem espera sua Alteza.

Cree se adiantou para acomodá-la na carruagem que esperava. Jenny soltou um sobressaltado chiado quando a levantou e a deixou sobre o assento de veludo azul. Cree subiu ao assento do condutor e Jake se uniu a ela no assento traseiro. Com a cabeça apoiada contra o ombro do Jake, dirigiram-se para o campo. Olhando a seu redor, Jenny se sentiu como uma colegial ansiosa.

—Onde vamos fazer a cerimônia?

Beijando seu nariz, Jake sorriu e sacudiu sua cabeça.

—Fora, no país de Deus e isso é tudo o que me vai tirar até que cheguemos.

A carruagem avançou dando sacudidas pelo caminho cheio de sulcos do rancho. Jenny pensou que os donos não estariam muito felizes se rompiam um dos eixos das rodas. Embora valesse a pena arriscar-se. Depois de aproximadamente vinte minutos se detiveram junto ao riacho. A água brilhava sob a luz da lua.

Ao olhar a seu redor, o fôlego do Jenny ficou apanhado em sua garganta. A sua direita uma carpa brilhava com mais de cem velas metidas em cubos de areia por precaução contra incêndios. No centro da grande loja havia uma enorme cama sobre uma plataforma elevada. A cama parecia, com um edredom branco e amaciadas travesseiros. Uma grinalda de flores silvestres cobria a cabeceira. Os cubos de flores silvestres das bodas tinham sido gastos e colocados sobre pequenas mesas ao lado da cama.

—Oh, meus amores, é o lugar mais mágico que vi.

Jake e Cree tomaram as mãos de Jenny e a levaram para um agrupamento de rochas junto ao riacho. As rochas estavam cobertas com pequenas velas sustentadas por decorados copos de cristal. Detiveram-se diante das rochas e ambos os homens se colocaram diante dela.

Esclarecendo-a garganta, Jake tomou a mão de Cree e logo a de Jenny.

Jenny sustentou a de Cree formando um circulo. Com lágrimas nos olhos Jake começou a cerimônia.

—Esta noite juro sob as divinas estrelas lhes proteger e lhes amar a ambos até o dia de minha morte. Farei tudo o que esteja em meu poder para ser um bom marido para ambos.

Levando a mão de Cree a seus lábios, beijou brandamente sua palma.

—Cree, toma-me como companheiro e marido? Prometo te amar e trabalhar a seu lado todos os dias de minha vida.

Cree levantou a palma do Jake e a beijou.

—Tomarei como meu marido, Jake. Amo-te com todo meu coração e alma.

Cree limpou uma lágrima de seu olho e se estirou para beijar ao Jake. O beijo foi uma sedutora união de línguas e dentes.

O beijo se rompeu e Jake olhou Jenny. Levando sua palma a seus lábios, Jake a beijou.

—Jenny, tomará como seu marido e amante? Prometo-te ser um amigo quando você queira e um amante quando você necessite. Prometo te querer cada dia e te manter a salvo de todo dano.

Limpando-as lágrimas de sua cara, Jenny suspirou e beijou a palma de Jake.

—Eu gostaria de ser sua esposa, Jake. Prometo-te amar, trabalhar ao seu lado e tentar meu melhor para encher esses cinco quartos livres de meninos. — Sorriu provocativamente para Jake e se estirou para beijá-lo. O beijo de Jenny esteve também cheio de paixão.

Rompendo o beijo com Jake, voltou para Cree e o beijou apaixonadamente.

Jake tirou os anéis de seu bolso. Jenny e Cree também tinham anéis para Jake.

Jake e Cree tinham falado a respeito do que lhe dizer a Jenny durante a troca de anéis. Ambos tinham estado de acordo em que para seguir com suas vidas tinham que apagar o passado e substituí-lo por lembranças novas. Esperava que o que estava a ponto de dizer ajudasse Jenny e não a causasse mais dor.

Jake tomou a mão de Jenny e escorregou o anel de ouro com seu nome no dedo de Jenny.

—Com este simples anel de ouro te gravo em meu coração para sempre. — Jake se inclinou e beijou o anel no dedo do Jenny.

Girando para Cree, tomou o outro anel e o deslizou no dedo de Cree.

— Com este simples anel de ouro te gravo em meu coração para sempre. — Cree tomou a mão de Jake e repetiu as palavras, escorregando o anel no dedo de Jake. Virando-se para Jenny, Cree colocou o anel em seu dedo.

— Com este simples anel de ouro te gravo em meu coração para sempre.

Os três olharam para os anéis que descansavam em seus dedos. Haviam-se decidido por umas alianças de ouro. Em lugar de ter uma inscrição no interior, fizeram que  o joalheiro inscrevesse seu nome ao longo de toda a parte externa do anel. Assim quando Jenny olhou por volta dos dois anéis que agora levava, estes diziam Cree e Jake.

Oferecendo suas mãos para Cree e Jake, suspirou.

—Perfeito. São absolutamente perfeitos em meu dedo. — Outro travesso olhar passou por sua cara. —Agora vamos ver como se vêem sobre essa grande cama aí.

Tomando-a em seus braços, Jake levou Jenny à cama que os aguardava. Cree retirou a antiga colcha e Jake a posou nela.

Jenny se esticou sobre a cama e lhes ofereceu seus braços, notando a barraca de campanha que se formou nas calças de seda que levavam.

—Venham e tomem,  meus maridos. Esta noite não quero que ninguém se contenha nada por mim ou o um ao outro. Isto é para nós. Não haverá nada que esteja mal,  só sentimentos.

Cree virtualmente teve que limpá-la baba do queixo.

—Senhor, não posso te dizer o quanto que estive esperando esta noite. Moveu-se na cama em sincronização com o Jake. Ambos os homens se rodearam com os braços enquanto pegavam Jenny.

Tocando os lábios de Jenny, Cree fechou seus olhos.

—Te amo, carinho, me deixe te mostrar quanto. — Cree beijou sua boca, suas bochechas e olhos. Devagar mordiscou e lambeu seu pescoço até chegar ao oco de sua garganta. Não pôde resistir, assim chupou até deixar um sinal em sua garganta e formando redemoinhos com sua língua ao redor do oco. Movendo-se para baixo, sua língua deixou um rastro molhado em direção ao sutiã do vestido. Cree perfilou seus mamilos através do encaixe com seu dedo. Logo substituiu seus dedos por seus lábios. Segurando o formoso encaixe sobre seus mamilos, estirou-se para cima e puxou as alças abaixo,  por seus braços.

Cree baixou o sutiã até a cintura e retornou aos duros mamilos cor framboesa. Dirigiu seus olhos ao Jake que provava a boca do Jenny. A mão do Jake se deslizava lentamente para a parte baixa de seu vestido. Cree esticou sua mão, ainda amamentando o peito de Jenny para deslizá-la com o passar do contorno do enorme membro de Jake, sobre o tecido de suas calças. Jake se aproximava mais e mais para descobrir a surpresa de Jenny e Cree não podia esperar para ver a reação de Jake. Alcançando com sua mão a vagina Jenny, Jake gemeu e rompeu o beijo para olhar a sua cara.

—Bebê, que fez? — sentou-se, ainda deixando o espaço para a mão de Cree seguir explorando seu membro.

Jake estirou e obteve, com um pouco de ajuda de Jenny, baixou o vestido por seus quadris e tirar-lhe O fôlego de Jake assobiou entre seus dentes.

—Maldição, isto sim que é uma bonita vagina. — Deslizou suas mãos sobre a agora nua vagina e introduziu um dedo entre seus lábios nus.

Retorcendo-se sobre a cama, Jenny abriu seus olhos para olhar ao Jake.

—Este é seu presente de bodas, vaqueiro. — Jenny olhou para Cree, ainda pego a seu peito e acariciando o membro de Jake. — O presente de Cree está no outro lado.

Cree levantou a vista com uma expressão interrogante em sua cara.

—Ooooh, de verdade? Posso ver? — Cree se moveu aos pés da cama com Jake. Eles giraram Jenny meio de lado para que Jake ainda pudesse brincar com seu presente. Cree sorriu abertamente e levantou a vista para Jenny.

—Está tentando me dizer algo, amor?

Cree estendeu a mão e separou as brancas nádegas do traseiro do Jenny para dar uma olhada à fatia, com um plugue anal azul elétrico. Cree moveu ligeiramente o plugue.

Jenny gemeu e empurrou seu traseiro contra sua mão.

—Isso é maravilhoso, Cree. Estive levando isto toda a semana para estar preparada para esta noite. — Gemeu olhando para baixo. Jake começou a lamber sua vagina e Cree a mover lentamente o plugue dentro e fora.

 —Esta noite quero que os dois me encham ao mesmo tempo.

Cree trocou o olhar desde o Jenny para ver o Jake rodear seus clitóris com sua língua. Dois dos dedos do Jake estavam bombeando em sua vagina enquanto sua boca se fechava sobre seus clitóris. Isso se via tão quente que teve que tocar a Jake.

Sentando-se, Cree manteve uma mão no plugue, continuando com o movimento que Jenny parecia gostar, e com a outra mão se estirou para tirar as calças do Jake. Jake lhe deu uma olhada rápida e sorriu, aproximando-se de Cree. Cree se inclinou e tomou o membro de Jake em sua boca e o baixou por sua garganta.

Movendo-se sobre o membro de Jake, Cree o bombeou duas ou três vezes.

—Sabe bem, vaqueiro. — aproximou-se outra vez para tragá-lo de novo.

Tentando ver sobre o enredo de corpos, Jenny levantou sua cabeça.

—Ei, não me esqueçam. Eu quero lhes provar também. Não há uma forma de que todos possamos ter diversão?

Cree e Jake levantaram suas cabeças e a olharam. Cree encolheu de ombros e Jake pisco os olhos a Jenny.

—Daisy chain[7]!

Colocaram-se de novo de forma que ficaram fazendo um círculo, cada um comendo a vagina ou o membro que tivesse na frente. Jake continuou lambendo e fuçando a suave vagina de Jenny enquanto Jenny chupava o membro Cree e Cree continuava seu serviço sobre o membro de Jake. Poucos momentos depois de que os três estivessem empurrando sobre o outro. Jake levantou sua cabeça e olhou para Jenny e Cree.

—Não posso esperar mais.

Sentando-se, Cree demonstrou estar no mesmo barco que Jake.

—Acredito que é um excelente plano vaqueiro. Está pronta para nós, Jenny?

Jake pôs suas costas no centro da cama com Jenny sentada escarranchada sobre sua pélvis. Cree se esticou até a pequena mesa junto à cama e agarrou o tubo de lubrificante. As mãos de Cree tremiam tanto que levou mais tempo que o habitual para abrir a tampa. Colocando um generoso jato sobre seus dedos tirou o plugue azul e substituiu-o primeiro por um dedo e logo por dois.

Jenny fez um bom trabalho estirando a si mesma. Cree usou um pouco mais de lubrificante e o estendeu por seu duro membro que gotejava. Assentiu para Jake lhe indicando que estava preparado, Jake empurrou Jenny sobre seu membro. Jenny arqueou suas costas e gemeu.

—Oh, isso é sexy. — Cree colocou seu membro e  lentamente entrou no ânus virgem de Jenny.

—Você esta tão apertada, amor. Não sei quanto tempo vou agüentar.

Jake e Cree encontraram seu ritmo. Jake empurrava quando Cree saía dela. A posição permitia que ambos os homens sentissem o membro do outro através da fina membrana que os separava. Jenny começou a tremer e a gemer. Sua cabeça se inclinou para trás quando gozou. A tensão de seu corpo levou a ambos, Jake e Cree a seus próprios orgasmos. Os grunhidos e uivos encheram o ar quando ambos os homens bombearam sua semente em sua esposa. Derrubaram-se em um montão no centro da cama, incapazes de mover-se durante vários minutos. Finalmente, Cree conseguiu mover-se até ficar a um lado de Jake. Jenny rodou até ficar entre seus dois maridos.

—Agradeço a ambos por este dia maravilhoso. — Estendeu sua mão para a luz da vela. Os dois anéis refletiram a luz. Neles se lia Cree e Jake. Jenny levou a mão a sua boca e os beijou. —Gravado em Ouro — sussurrou para ela mesma enquanto se deixava ir à deriva para o sonho.



 

[1] Árvore da família das aceráceas que pode medir até 30 m, de madeira muito dura, folhas simples e lobuladas, flores pequenas em buquê ou em cacho e fruto em duplas asas. A bandeira do Canadá tem uma folha de arce vermelha. O xarope de arce é muito típico no Canadá e Estados Unidos

[2] Um produto de limpeza chamado Mr. Clean ou Don Limpio ou que tem um homem careca na foto do produto.

[3]Onomatopéia inglesas de Oui que significa sim em francês. Os Cajuns falam como língua materna uma variante do francês

[4] Típica tortura a China. (N.T.)

[5] Se refere a um anúncio publicitário muito popular entre os anos 70 nos Estados Unidos. A campanha apresentava ao Mikey, um menino de uns quatro anos ao que não gostava de nada. No anúncio ofereciam os cereais ao menino e lhe diziam Isto gosta! Né Mikey! O anúncio se fez tão famoso que apareceram lendas urbanas ao redor dele, a mais famosa das quais foi uma que dizia que o menino tinha morrido ao comer Pop Rocks -peitilha zes na Espanha-, esses caramelos que ao mordê-los explodem, enquanto bebia Coca Cola.

[6] Roger: O término Roger vem do alfabeto de rádio usado pela marinha americana antes de 1950. Neste alfabeto "Roger" denomina à letra R. No alfabeto usado na aviação moderna, a letra R é "romeo". De todas as maneiras se segue usando "Roger" para notificar que uma instrução foi recebida e compreendida. Outro término usado usualmente é "wilco", que não se refere a uma letra mas sim é uma corte da frase "will comply", ou em espanhol "assim o farei".

[7] Ou Cadeia margarida, É uma série de eventos conectados, atividades ou experiências, como uma grinalda, de forma que um dispositivo A é conectado a um dispositivo B, o mesmo dispositivo B a um dispositivo C, este dispositivo C a um dispositivo D, e assim sucessivamente. Muito utilizado em informática.

 

                                                                                            Carol Lynne

 

 

                      

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