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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


INDIO CHEYENE
INDIO CHEYENE

 

 

                                                                                                                                   

 

 

 

 

Assim como a tartaruga adulta se enterra para defender-se dos predadores e suas crias correm velozes até chegar ao mar, ou ao lago mais próximo, para submergir nas aguas protetoras..., assim meu escudo, adornado com a figura de tão sábio e prudente animal, pintado com as cores da coragem e do valor, me livrara da ira dos meus inimigos e da fúria dos malvados.

Ninguém poderá retesar meu arco nem lançará tão longe, nem tão certeiramente, a lança quando em perigo ou quando sair para caçar búfalos que enviam os bons espíritos ao meu povo, a minha tribo, porque eu sou um guerreiro, um caçador cheyene. Com a pele do bisão esticada sobre a couraça de uma tartaruga os mandan fazem seus tambores e, com sua arte de sé eu loa, herdada dos antepassados, tiram sons sagrados que têm o poder de convocar seu povo e de afastar os maus espíritos.

Transcorrem os dias e as noites e os sons sagrados retumbam na planície... Em ocasiões, dia e noite, os mandan ficam tocando seus tambores e o ar se purifica e os bosques se limpam e as nuvens descarregam as chuvas que regam os campos e as plantações.      

Mas eu sou um guerreiro, um caçador, um cheyene. Deixei para trás o ritual do soi, dancei durante varias luas ao redor do poste totêmico. Em meu peito ficaram as marcas, as cicatrizes da grande experiência. Até aqui passei por todas as provas e agora acabo de ter uma visão e sinto dentro de mim um halo de astúcia e de valor. Meu animal é o lobo, o lobo solitário; e corro para procurar as manadas de búfalos que pastam nos extensos vales da planície, porque sou um guerreiro, um caçador, e todos me chamam Lobo Solitário.

A força física, contudo, não é comparável à lucidez da minha mente, à grandeza de meu espírito, já que careço de vícios, paixões inúteis e desejos m alsãos. Posso dominar cada um de meus atos e controlar meus pensamentos, de maneira que tudo flua como os deuses ordenam.

Os bons espíritos, convocados pelo bruxo da tribo, reunida em torno da árvore sagrada, plantada por nossos antepassados, aninham dentro do meu ânimo e o aprazível domina o desprazível, a integridade reina sobre a debilidade quando chega o tempo de tomar decisões.

Os guerreiros dançam e se agitam ao som dos tambores, Depois de cada batalha, os guerreiros celebram seus triunfos sobre o inimigo. Mas eu sou um caçador, um guerreiro cheyene, e fico alerta quando avisto uma manada de búfalos e, a galope sobre meu cavalo, consigo uma peça com o disparo certeiro do meu arco.

Ao grupo dos iroqueses, temíveis e sóbrios, pertencem as famosas tribos guerreiras Mohawk, Cherokee, Hurones e Senêcas que se distinguem por suas lendas e sagas de heróis semi-históricos e deidades sublimes, tais como o deus do Trovão e seu irmão o Vento do Oeste, vencedores dos gigantes de pedra; Atotarho, o sanguinário e astuto chefe e também poderoso mago; e o primeiro chefe Hiawatha da tribo dos Mohawk por adoção, e da tribo dos Onondaga por nascimento, possível precursor, em princípios do século XVI, da Grande Aliança das Cinco Nações.

Mas, Atotarho, o vitorioso e forte chefe Onondaga, também era tão cruel que havia conseguido atemorizar nào só as tribos vizinhas, mas também muitos de seus guerreiros, como foi o caso do próprio Hiawatha, que se aborrecia com tanta dor e tanto ódio e procurava sem cessar uma saída pacífica para aquela situação, até criar uma confederação que supusesse a paz para seus povos e uma arma de dissuasão frente aos inimigos.

Hiawatha prosseguiu em seus esforços apesar da oposição de Atotarho, que o pressionava, e saiu do seu povo para buscar refúgio entre os Mohawk, os quais, com seu chefe Dekanewidah como cabeça, lhe apoiaram e ajudaram a consolidar seu projeto de Grande Aliança, oferecendo logo ao perigoso rival, ao vaidoso Atotarhof a chefia da coligação, contando com que sua soberba o levaria a aceitar o mandato de paz, vencendo sua resistência a abandonar para sempre a luta com as demais tribos, e assim conta-se que ocorreu,

Contam as lendas Sioux que Ictinike, filho do deus do sol, havia ofendido seu pai e por isso foi expulso das regiões celestiais. Era um jovem tão trapaceiro e tão sem palavra que foi ele quem ensinou aos homens toda a maldade, pelo que foi chamado Pai da Mentira.   Para a tribo Omaha, Ictinike também havia ensinado a guerra aos humanos e, por isso mesmo, era considerado o deus dos homens armados. Dele se contam fábulas a favor e contra a sua astúcia, era associado com os correspondentes animais totêmieos, como o coelho, o castor, o abutre, a águia, a rata almiscareira, o martim-pescador, o esquilo... E dessas fábulas se extraíam as correspondentes lições morais.

Também os Sioux tinham suas lendas de heróis, como a vingança de Wabasksha, a história da Pluma Branca, o matador de gigantes, a história do Coelho e muitas outras de espíritos serpentes, como os vinte homens serpentes, a do ogro serpente, a da esposa serpente... Mas sua cosmogonia se limita a um relato ancestral de um povo subterrâneo que trepou pelas raízes de uma vinha até ver o maravilhoso mundo exterior, Ao conhecer-se a notícia todos trataram de alcança-lo, mas a raiz cedeu e só a metade chegou ao mundo exterior. Após a morte, os bons poderiam chegar até àquele povo submerso e os maus ficariam no caminho.

Também não é muito rico o acervo mitológico dos Caddoans, um grupo no qual esta a muito famosa tribo dos Pawnee. Destaca-se a figura de Atius Tiráwa, o grande espírito criador e chefe dos astros e das estrelas, e se contam histórias de animais simbólicos, como a do caçador desposado com a mulher búfalo para converter-se no herói que assegurou abundante alimento para sempre aos Pawnee. Ou a do sábio e bom homem-urso, um jovem que admirava os ursos desde sua infância, mas que, já adulto, foi morto numa emboscada de seus inimigos Sioux, porém uma ursa o ressuscitou e cuidou ao reconhece-lo como uma criatura amiga; depois, uma vez curado, o jovem regressou à sua tribo, mas antes fez com que seus irmãos aprendessem a sabedoria do urso e pudessem seguir seu exemplo de grande guerreiro. Esse,dom é o que a naçào Pawnee recorda com sua dança ritual do urso.

 

 

                      

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