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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


JUST ONE NIGHT SEX / Lauren Layne
JUST ONE NIGHT SEX / Lauren Layne

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Series & Trilogias Literarias

 

 

 

 

 

 

Riley McKenna conhece o sexo — sexo bom, sexo ruim, sexo bizarro... Seus artigos na revista Stiletto são consistentemente mais escandalosos da publicação — e os mais lidos. Mas Riley tem um segredo... falar tudo o que é sexy? Nem uma onça vem da experiência pessoal. Suas próprias aventuras de quarto são mais limitadas do que até mesmo as melhores amigas dela sabem. Quando o editor solicita que todos os colunistas escrevam algo mais pessoal para a edição de aniversário da Stiletto, Riley se volta para o único homem que ela sempre foi capaz de contar e pedir um favor de uma vida inteira.
Sam Compton faria qualquer coisa para Riley McKenna. Qualquer coisa, exceto ser seu brinquedo sexo experimental. Ele recusa seu pedido. Pelo menos até que ela diz a ele que vai ser ele ou ela vai procurar outra pessoa. E isso, Sam não pode aceitar. Relutantemente ele concorda com seus termos — uma noite de sexo completamente sem sentido em nome da pesquisa. Riley acha que está preparada para o que a espera na cama de Sam. Depois de dez anos escrevendo sobre sexo, realmente fazê-lo não deveria ser tão diferente, certo? Tão errado. O que começa como "só uma vez" se torna "mais uma vez." E depois mais uma. E antes que percebam, Riley e Sam aprendem de primeira mão que quando se trata de amor, não há nada como apenas uma noite.

 


 


CAPÍTULO UM
Chega um momento na vida de cada mulher que é quando o homem que já foi eh ruim, não é ruim, é promovido a suficiente.
Para Riley McKenna, aquele momento aconteceu aos vinte e oito anos de idade em um novo e pretensioso Restaurante francês no East Village, com uma iluminação azul estranha, garçons esnobes, e entradas do tamanho de um pacote de chicletes. Um pacote de chicletes.
Que era uma espécie de média para o curso no mundo de encontros de Riley. Os caras haviam parado de levá-la a lugares confortáveis como McSorley´s ou Patsy´s, com seus grandes e velhos pratos de macarrão, bem no momento em que ela tinha sido contratada em tempo integral pela revista Stiletto e trocado os seus moletons pelos vestidos e sapatos plataforma.
Mas agora não era o momento de Riley relembrar Brooklyn e as grandes porções de comida que uma vez fora servida. Ela era Riley de Manhattan.
E Riley de Manhattan namorava caras como... Qual era o nome dele?
Steven. Certo. Steven Moore. E para ser totalmente justa, Steven Moore era verdadeiramente, bem... Não desagradável.
Ele era alto. Alto era bom. Na verdade, Steven podia ser um pouco alto demais, se uma menina fosse exigente. Mas Riley não tinha que se preocupar com isso agora que ela tinha entrado em um auto imposto programa de reabilitação de “sair e parar de fazer julgamentos.”
E foi por que Riley parou de ser crítica que ela também podia ignorar que seus traços finos eram errados para o seu formato de rosto. Bem como o fato de que sua cor de cabelo era em tediosas tonalidades de castanho.
Afinal, os olhos de Steven eram normais. Bem moldados. Admito, ele tendia há piscar um pouco longo demais, mas isso não incomodava Riley. Não. A nova Riley descontraída estava bem com esse tipo de coisa.
Pena que não havia ninguém por perto para tomar notas sobre todo esse auto aperfeiçoamento e relatar para a mãe de Riley. Erin McKenna teria ficado emocionada ao saber que todas as suas palestras de acasalamento “cavalo dado não se olha os dentes” estava dando lucro.
Não que Riley fosse um cavalo. Nem mesmo perto.
Na verdade, se alguém fosse ler as páginas do New York Society, o que Riley fazia (religiosamente), poderia até supor que Riley McKenna era uma das mulheres mais procuradas na cidade.
Esse tipo de suposições aconteceu quando sua foto apareceu com a legenda "A mais quente especialista em sexo do país."
Quente? Sim.
Ou pelo menos ela gostava de pensar assim quando estava usando a sua mais alta sandália plataforma de camurça Alexander McQueen e jeans skinny1 que parecia que iria precisar de margarina para remover.
Quanto à parte da especialista em sexo...
Ela estava trabalhando nisso.
Steven terminou qualquer história chata que ela estava se esforçando para mostrar um falso interesse, desculpou-se e foi ao banheiro.
Riley discretamente tirou o celular de sua bolsa. Já era ruim estar com o seu telefone em um restaurante. Especialmente em um lugar chique como este. Mas justo isso foi porque eles serviram um patético pedaço, que se atreveram a declarar, um peito de frango. Ou melhor, era um nugget de frango.
A primeira mensagem era de sua mãe.
Como está o seu encontro? Não faça aquela coisa.
Riley fez uma careta. Que coisa? Risca isso. Ela não quer saber. E ela tinha dito a sua irmã que ensinar sua mãe a enviar mensagem era catastroficamente uma má ideia. Mas então, Meg não precisava se preocupar com estes tipos de mensagem de Erin McKenna, porque sua irmã mais velha era casada. Meg não devia ter feito isso.
A próxima mensagem era de Julie Greene, uma das melhores amigas de Riley e uma colega na Stiletto.
Tenho um jantar com os pais de Mitchell hoje à noite. Meu top de seda turquesa é muito vulgar?
Os pais de Mitchell eram de Snobbytown, Connecticut. Então tudo era, provavelmente, muito vulgar. Mas para ser seguro...
Não sei. Pergunte a Grace. Seu nome do meio é Decorum2.
Julie respondeu imediatamente.
O nome do meio de Grace é Elizabeth. E ela está naquela escapada de fim de semana com Jake. Ela falou tanto sobre a banheira de hidromassagem para duas pessoas, que eu não queria interromper.
Certo, Riley tinha empurrado para um canto na sua mente, para esquecer o fato de que ambas suas melhores amigas estavam em um relacionamento muito feliz. Julie com um cara sexy de Wall Street e Grace Brighton com o jornalista mais sexy da cidade.
Ela digitou uma resposta rápida a Julie.
Vá com o preto de gola alta. Dessa forma, sua mãe não poderá acusá-la de atrair Mitchell com seus peitos.
Julie: Mesmo que eu tivesse.
Riley sorriu, e depois de se certificar que Steven ainda estava no banheiro – o que diabos ele estava fazendo lá? - ela foi para a próxima e última mensagem.
Sam.
Seu estômago se encolheu, mas Riley considerou que isso fosse felicidade pelo tamanho do jantar. Porque depois de dez anos muito platônicos, não havia absolutamente nenhuma razão para que uma mensagem de texto simples de Sam Compton fosse dar borboletas. Nenhuma boa razão de qualquer maneira.
Sam: Eu sei que foi você.
Ela revirou os olhos. Típico de Sam - vago e mal-humorado.
Riley: Uau! É a rotina do taciturno-homem das cavernas de volta em grande estilo? Porque ninguém nos disse mulheres!
Sam: Os panfletos no porta-luvas. Eu sei que você os colocou lá. Provavelmente na semana passada quando você me enganou e me fez levar você e as meninas até o shopping.
Ela soltou uma risadinha abafada. Oh, esses panfletos. Ela quase tinha se esquecido do golpe de última hora.
Riley: Eu sou uma colunista de sexo. É minha responsabilidade falar sobre sexo seguro.
Sam: Isso não tinha nada a ver com sexo seguro, e tudo a ver com você se certificando de que eu não tenha nenhum sexo.
Verdade, verdade. O homem a conhecia bem.
Riley: Bem, então, claramente Angélica não leu os panfletos. Ele diz muito claramente que existem várias opções de tratamento.
Sam: Seu nome é ANGELA, e ela não ficou tempo suficiente para ler os panfletos, e eu NÃO TENHO verrugas genitais.
Ela riu. Riley poderia imaginá-lo com raiva apertando o teclado durante o toque enquanto xingava seu nome.
Evidentemente, colocar os panfletos sobre como lidar com verrugas genitais, que ela tinha furtado do seu ginecologista, em seu porta luvas, tinha sido um pouco infantil, mas isso significava que ele estava sozinho esta noite em vez de estar com Angelina.
Ela não podia sequer se preocupar em esconder o sorriso.
Tenho que ir, Sammy, ela digitou enquanto Steven voltava para a mesa. Num encontro.
Riley guardou o celular em sua bolsa e sorriu para Steven, sentindo-se mais feliz do que ela tinha ficado toda a noite.
"Está tudo bem?" Ele perguntou educadamente.
"Oh, claro,” disse ela com um aceno de mão. "Apenas um velho amigo precisando de alguns conselhos sobre relacionamento."
"Bem, eles têm sorte de ter como amiga uma especialista em relacionamentos, então."
Riley deu um sorriso distante quando ela sentiu a bolsa vibrar um pouco contra sua panturrilha. Deve ser Sam novamente. Não pegue o telefone. Não pegue o telefone.
"Sabe, Steven, você se importaria se eu verificar o telefone, apenas uma última vez,” ela perguntou, já alcançando o telefone. "É que ele é tão..."
"Ele?"
Ops. O sorriso de Steven havia sumido. Porcaria. Ela pareceu lembrar-se de Grace escrever um artigo sobre isto uma vez. Sem mencionar outros caras no início do processo de namoro.
"Apenas o melhor amigo do meu irmão." ela apressou-se a explicar. "Nós crescemos juntos. Praticamente irmãos."
Não eram mentiras. Sam realmente era o melhor amigo de seu irmão mais velho, Liam. E ela e Sam haviam crescido juntos, se contar os anos de adolescência. E, a parte dos irmãos...
Ela olhou para sua mensagem. Um encontro com quem?
"Quem.” Droga. Ele não sabia que não havia nada mais sexy que um jornalista com gramática adequada?
Steven. Eu acho que este pode ser um protetor, ela digitou de volta.
Ela esperou. E esperou um pouco mais, ofegando, um sorriso de desculpas a um olhar irritado de Steven. Vamos, Sam. Fique com ciúmes. Só um pouco.
Finalmente, Sam respondeu. Mal posso esperar para conhecê-lo. Divirta-se.
E foi assim que Riley começou. Ela fazia isso a si mesma, sempre, segurando-se na esperança de que ela e Sam realmente iriam cruzar a linha entre brigas e flertes, curiosidade e ciúmes. Entre amigos e amantes.
Mas tinha sido uma década. Sam tinha tido uma maldita década para fincar seu nome nela.
Ele não tinha. Ele não faria isso.
Não há mais espera Riley.
Ela respirou fundo e desligou seu telefone por completo antes de dar a seu encontro um sorriso caloroso. Parabéns pela sua promoção, Steven Moore. Você acabou de se tornar o Sr. Bom o suficiente.
Ela esperou sentir um arrepio de antecipação se alastrar pela sua espinha...
Nada.
Não que ela tivesse esperando isso.
Sorte para ambos, a personalidade de Steven era um pouco mais atraente para ela do que a sua aparência. Levemente. Com certeza, ele não tinha o humor seco de Sam, ou...
Pare com isso. Sam Compton não quer você.
O pensamento doeu. O pensamento doía há anos. Mas o homem não tinha tentado nem uma vez movê-los para fora da zona de "brigas de irmãos" que durava mais de uma década.
E enquanto Riley gostava de se considerar ousada na maioria das áreas da sua vida, ela traçou a linha e se recusou a sair com Sam por estar solitária.
Seu orgulho tinha limites. E seu coração também.
Steven tomou seu último copo de vinho do excelente Chablis que ele havia pedido.
Ela era mais uma menina de uísque, mas o vinho branco extravagante também fazia o seu truque.
"Então, tudo bem em dividir um crème brûlée?" Ele perguntou depois de examinar por dez minutos o menu de sobremesa.
Tudo bem com crème brûlée? Sim. Dividir? Nem tanto.
"Parece perfeito,” disse ela, dando-lhe um olhar fumegante.
Por um segundo, Steven pareceu um pouco deslumbrado com seu sorriso, e Riley deu um suspiro. Não porque a atenção não era lisonjeira. Isso era.
Foi porque ela já passou por isso.
Quantos encontros como esse ela tinha estado, com reservas difíceis de conseguir, e as porções do tamanho de um rato, seguido de vamos dividir a sobremesa? Dezenas.
Então, novamente, isso não era apenas qualquer encontro.
Este era o quinto encontro com o mesmo cara.
E toda mulher sabia o que isso significava. Ou, pelo menos, toda mulher que escrevia sobre o desenvolvimento do namoro durante uma vida, sabia o que significava.
Inferno, Riley não tinha certeza de que ela ou uma de suas amigas não inventaram a regra em algum lugar ao longo do caminho.
Essa era uma das inesperadas vantagens, perigos, dependendo de como você olhava para isso – escrevendo para a revista feminina mais vendida do país: Você tem que escrever as regras.
E como uma das principais colunistas de relacionamentos da Stiletto, Riley tinha escrito uma quantidade razoável sobre o quinto encontro.
Ou melhor... A pós-festa do quinto encontro.
Então sim. Riley sabia o que significava essa noite, e da maneira como o olhar suave de Steven manteve-se caindo para o seu decote, ele também.
Mais uma vez, Riley esperou por aquele puxão de antecipação em seu baixo ventre.
Mais uma vez, nada.
Ela deu um encolher de ombro mental e tomou outro gole de vinho. Tinha sido uma tentativa válida. A noite era uma criança. Talvez o Sr. Bom o Suficiente estivesse apenas esperando a ocasião certa para acender o fogo dela.
Embora se esse fosse o caso, o homem realmente deveria ter pedido duas sobremesas, porque nada agradava mais a Riley como comida, e este lugar arrogante nem sequer oferecia uma cesta de pão decente, apenas um pouco de pão de gergelim do tamanho de uma tangerina.
Um restaurante francês sem pão francês era uma grande gafe.
Ou seria faux pas grande3?
Tanto faz.
Julie escreveu há alguns anos atrás sobre como empanturrar-se logo no início do ritual de namoro era uma má ideia. Algo sobre inchaço e gula e outros absurdos pré-históricos de que “damas devem ser damas.” Julie Greene era um pouco de uma lenda quando se tratava de encontros.
Mas lenda ou não, Riley tinha certeza de que sua melhor amiga tinha errado desta vez.
Havia algo totalmente distorcido em mudar seus hábitos alimentares por um homem. Qualquer homem.
Talvez seja por isso que Julie esteja noiva e você não.
Suspirando, Riley cravou no crème brûlée que foi servido na mesa entre eles. Ela pegou pequenas mordidas. Não porque ela queria ser delicada, mas porque era muito pequeno, e ela queria que durasse.
Felizmente Steven ou não gostava muito de doce ou a gula dela era maior que a dele, porque ele educadamente largou sua colher depois de duas mordidas.
Bom menino. Sua esperança para eles apenas se encaixou. Sam Compton teria batido em sua colher fora do caminho para comer o delicado topo, que todos sabiam era o ponto alto do crème brûlée. Um cavalheiro, Sam Compton não era.
"Então, Riley,” disse Steven, observando enquanto ela limpava os últimos pedaços açucarados dos cantos da mini panela de creme. "Eu tenho que te dizer, eu já tive o meu quinhão de namoro, mas eu gostei destas últimas semanas com você mais do que eu gostei de uma mulher em um longo tempo."
Que lixo.
"Eu também,” disse ela em vez disso. Grace a advertira sobre isso mais cedo. Algo – Algo - Algo - não chute suas bolas e seja simpática.
Tudo parecia suspeito para Riley, mas Grace Brighton conhecia sua merda.
Se Julie era o guru de namoro da Stiletto, Grace era o Dalai Lama de relacionamentos da revista. Havia uma espécie de gentileza em Grace que até mesmo um rompimento miserável com um traidor bastardo não tinha diminuído.
Não que Grace tivesse permanecido solteira por muito tempo. Na verdade, ela e Jake estavam provavelmente fazendo algum tipo repugnante de atividade só-para-dois, bem neste exato momento e realmente gostando.
Que nojo.
Riley não precisa de nada disso. Não queria. Ela só queria parar de se sentir como...
Uma fraude.
Steven ainda estava falando. "Eu não estou pronto para este encontro terminar. E quanto a você?"
Aqui está. Diga-lhe que você não quer que acabe também. Pergunte se ele quer ir para a sua casa para tomar uma bebida.
Ela curvou os cantos de sua boca e baixou as pálpebras de uma forma que normalmente tinha homens ofegando um pouco. "Você quer voltar para a minha casa?"
Riley traçou a linha ao usar a palavra bebida. Isso não era 1954.
"Eu gostaria disso, Riley. Muito."
Certo, então. Até ela sabia o que significava a voz rouca e o olhar sombrio. Os olhos dele passaram pelo seu corpo, e seu sorriso apreciativo disse que gostava do que via.
Ela resistiu ao impulso de sorrir. Ele não tinha visto nada ainda. Ninguém escrevia sobre sexo para ganhar a vida e não aprendia uma coisa ou duas sobre lingerie sexy.
Palavras como bebida pode ser antiquado, mas a maneira que Riley viu, cintas-ligas estavam sempre na moda.
Ela só queria que o grande momento não fosse tão... Iminente.
Estava na ponta da língua sugerir ficar para outra sobremesa... Ou inferno, talvez apenas uma repetição de toda a refeição para que ela realmente se sentisse satisfeita. Mas o garçom já estava discretamente colocando a conta em sua mesa.
Para sua surpresa, Steven deixou que ela pagasse a metade. Ela se ofereceu nos encontros anteriores, mas ele gentilmente sempre dispensou seu cartão de crédito com um comentário sobre sua mãe não convidá-lo para o Natal, se ela descobrisse que ele tinha deixado uma mulher pagar.
Ela ficou contente ao ver que ele relaxou sua postura. Riley apreciava todos os gestos de cavalheirismo no primeiro ou segundo encontro, mas havia uma linha tênue muito poderosa entre cavalheirismo e chauvinismo.
No entanto, justamente quando ela estava prestes a promovê-lo de bom o suficiente para simplesmente bom, ele ficou, bem... fresco.
"Oh homem, está chovendo,” disse Steven, fazendo uma dança agitada para evitar uma poça fora do restaurante.
Riley olhou para cima enquanto tirava seu guarda-chuva Kate Spade de sua bolsa e assistia ele inutilmente deslizar na poça com seus sapatos.
"Eles são italianos,” ele gemeu, não percebendo a expressão “menos que apaixonado.”
Riley compreendia a veneração por produtos feitos na Itália.
Mas apenas quando se referia à comida. Massa, em particular.
Mas calçados masculinos? Não muito. Normalmente ela tentava evitar o duplo padrão, mas tinha muito menos tolerância para a obsessão em calçados em potenciais companheiros de cama do que em amigas.
Cuidadosamente escondendo seu desdém, ela foi para a calçada procurar um táxi disponível. Apesar do equívoco comum de achar que Manhattan tinha um suprimento ilimitado de táxis, nas noites chuvosas de sexta na Aldeia, isso não poderia estar mais longe da verdade. Os dedos de Riley ficaram dormentes antes de sua mão perder a sensibilidade por estar parada no ar por uns bons cinco minutos.
Um olhar rápido revelou que o Príncipe Encantado estava encolhido sob o toldo do restaurante com outras quatro mulheres.
Isso é sério?
Ok, talvez um pouco de machismo não fosse tão ruim.
Atrás dela, Riley ouviu Emma Sinclair discretamente limpar a garganta. Não faça isso. Não procure as razões pelas quais ele está errado. Ninguém é perfeito.
Riley bufou.
Emma desejava alguém para conversar. Emma era tão simples como Riley.
Então, novamente, Emma parecia bastante feliz com a situação dela. Emma Sinclair, em toda a sua imperturbável glória e sua beleza do sul, não estava no meio de um período de seca bastante épica como Riley.
E talvez ninguém fosse perfeito. Mas, às vezes parecia que havia um cara que fosse perfeito para Riley. Só que não era o cara que estava atualmente se escondendo da chuva. Não era o seu encontro.
Finalmente um táxi largou um grupo de meninas na frente do restaurante, e Riley mergulhou nele, sorrindo e se desculpando para os dois homens que tinham feito um movimento para o mesmo táxi.
Sinto muito, rapazes. Minha florzinha delicada precisa tirar seu sapato italiano da chuva.
Steven apressou-se e correu para entrar no carro e fechar a porta.
"West Fourth e Perry, por favor," Riley disse ao taxista. Era em momentos como estes que Riley ficava feliz por ter arrebatado o apartamento de West Village que Julie havia deixado para trás quando se mudou com Mitchell. Riley ainda se considerava uma menina do Brooklyn, nascida e criada, mas havia momentos que um endereço em Manhattan não tinha preço.
As noites chuvosas com um booty-call4 era definitivamente um desses momentos. Pelo menos ela tinha certeza.
Teria que realmente ter um encontro sexual para ser positivo.
Embora a cada segundo, a determinação de Riley em dar a Steven Moore um assento na primeira fila para sua cinta-liga estava desaparecendo.
Especialmente porque ele ainda estava mexendo nos sapatos.
"Eles estão em ruínas," ele murmurou.
Bem. Chega disso.
"Então, em uma escala de ficar doente, a, digamos... começar uma doença terminal, para você, onde fica a ruína de seu couro italiano?" ela perguntou docemente.
Steven olhou para ela com surpresa e, em seguida, para seu alívio, ele deu uma risada envergonhada. "Eu estou sendo um bebê, né?"
Ah não. Muito pior do que qualquer bebê que eu já conheci.
"Um pouco,” ela concordou. "Mas eu entendo. Eu estou muito ligada a alguns dos meus sapatos também."
"Vou te dizer uma coisa. Se você concordar em deixar o meu momento fresco pra lá, eu vou fazer isso para você mais tarde?"
Uh, Oh!
Steven Moore estava fazendo seus movimentos, e eles não eram bons. Ele moveu-se para mais perto dela no táxi, e sua mão estava na parte de trás do seu pescoço, no que poderia ter sido uma massagem sedutora se suas mãos não estivessem congelada e seu aperto não fosse um beliscão.
Riley não queria nada mais do que sugerir a este homem agradável, mas completamente “não para ela,” que talvez preferisse passar o resto da noite em casa elogiando os seus sapatos.
Sozinho.
Mas depois se lembrou das ramificações dessa sugestão em particular.
Também significaria que Riley estaria em casa sozinha. Mais uma vez.
"Você sabe que isso é fantasia de todo homem?" Disse ele, sua língua encontrando seu ouvido.
Ela fechou os olhos e ordenou a si mesma a não se afastar. Deveria se sentir bem, Riley.
O coração dela estava começando a bater. E não de maneira que batia por um iminente tempo sexy.
A mão de Riley encontrou seu joelho e apertou. Difícil. "Steven, é a minha vez de ser fresca. Você se importa de voltar para a minha casa, antes de... um... Eu só me sinto meio suja da chuva, você entende?"
Ele se afastou. "Você não parece suja. Mas claro, não há problema. Eu sei que o ânimo é importante." Steven deu-lhe um olhar compreensivo e gentilmente colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Riley lhe deu um sorriso - o primeiro genuíno da noite.- Bem, você sabe. Sua mãe e amigos tinham razão. Talvez ela fosse muito rápida para escrever sobre os homens. Talvez eles só precisassem de um pequeno toque suave para mantê-los de ferramentas completas.
Ela respirou fundo e experimentou ter pensamentos excitantes. Ela tinha escrito um artigo sobre isso há alguns meses atrás: "Dezesseis Truques Mentais Excitantes para Acelerar a Sua Amada Libido.”
Agora, se ela pudesse se lembrar deles.
Apenas um deles...
Vamos, agora, qualquer um faria...
"Meus amigos estão todos apostando nisso, você sabe."
"Hmm?" Perguntou Riley, ainda tentando chamar sua Amada Libido.
"Eles não acreditaram quando eu disse a eles que Riley McKenna tinha concordado em sair comigo, mas aqui estamos nós no encontro de número cinco."
"Uh-huh." Honestamente, como ela conseguiria chegar excitada em sua casa quando o homem não calava a boca?
"Você está procurando material de pesquisa para seu próximo artigo? Se você está, há alguma coisa especial que você queira de mim? Quer dizer, eu sei que você é a especialista, mas eu nunca tive quaisquer reclamações..."
Pare. De. Falar. “Eu nunca misturo negócios e prazer,” disse ela mencionando sua velha regra dando-lhe uma piscada e esperando.
"É claro,” disse ele. "Mas eu não me importaria, se, você sabe..."
"Não, eu realmente não sei," disse ela, dizendo um adeus mental para sua amada Libido. Não que ela fosse suscetível de aparecer. Ela nunca foi antes.
"Eu li o artigo do mês passado," Steven sussurrou, com um rápido olhar para o motorista.
Por favor. Como se um taxista se importasse que um passageiro lesse revista feminina.
"O artigo do mês passado... o BDSM?"
Ela escrevia um artigo sobre BDSM uma vez por ano, que frequentemente era quando ele surgia como "A matéria mais impertinente de todas, mas você está tentando."
Não que ela não estivesse intrigada, era só que quando você passava a maior parte do seu tempo tentando descobrir se a grafia correta era vendada ou cega, às vezes, isso meio que tirava todo o conceito de excitação.
"Eu nunca pensei que seria a minha coisa," Steven estava murmurando, “mas vou experimentar qualquer coisa pelo menos uma vez. Especialmente se você me mostrar às cordas. Trocadilhos.”
Essa foi boa.
Steven estava deslocando seu peso, inclinando-se para ela, para que pudesse tirar algo de seu bolso de trás.
Riley olhou horrorizada para o objeto brilhante em sua mão antes de olhar para o seu ‘eh cara não ruim.’ "Algemas?"
"Uns portáteis."
Havia algum outro tipo?
"Eu sei que provavelmente você tem o seu próprio, mas..."
Riley levantou um dedo para impedi-lo. " Passou pela sua cabeça que eu não misturo negócios com prazer? Só porque eu escrevo sobre algo para o meu trabalho não significa que eu o quero em minha vida pessoal.”
Steven se afastou. "Isso é parte da rotina? Agindo como se você não quisesse?"
"Não!"
Ele sorriu. "Ufa. Por um segundo eu pensei que a lendária Riley McKenna fosse um pouco frígida."
Lá estava ele. Seu ponto de ruptura.
Ela podia não saber como tudo isso funcionava, mas sabia que não era para ser assim. Por que sempre acabava assim? Só uma vez ela queria ser tratada como uma mulher em vez de algum tipo de novidade na cama.
O temperamento irlandês de Riley falou.
"Saia."
Steven franziu a testa em confusão. "Chegamos?"
"Não, estamos presos no trânsito. Mas saia."
"Do que você está falando?"
"É por isso que você me convidou para sair? Porque você queria ver se eu vivia de acordo com meus artigos?"
"Oh vamos lá. Não era só por isso,” disse ele, estendendo a mão apaziguadora. Ela deu um tapa para afastá-lo. "Você sabe que você é gostosa."
Ela continuou olhando para ele, e ele cedeu. "Ok, Isso é um pouco como uma Bond Girl5, sabe? Direito de se gabar, bebê."
"Não, eu não sei. E eu não sou sua Bond Girl, "ela estalou, tentando empurrá-lo para mais perto da porta e fora de seu táxi. "E eu definitivamente não sou seu bebê."
"Jesus, qual é o seu problema?"
O cara parecia confuso, o que de alguma forma só piorou tudo. Ele realmente não tinha pista que sob a especialista em sexo, estava Riley McKenna, a pessoa. Ou talvez ele soubesse, mas não se importava.
Ela não conseguia nem mesmo ficar brava com ele. Afinal, ela não estava exatamente morrendo de vontade de conhecer a pessoa sob o tedioso cabelo castanho e os sapatos italianos feios.
"Cristo, se você trata todos os caras desta forma, eu não sei como você consegue todo o material para o seus artigos de sacanagem.”
Talvez ela pudesse ficar um pouco brava com ele. Ainda assim, se recusou a deixar sua expressão mudar. Ela não ia deixá-lo saber que tinha atingido o seu ponto fraco. Ela não tinha revelado a ninguém, e não ia começar com um saco de estrume.
O taxista tinha visto que não havia nenhum romance nascendo no banco de trás e tinha encostado apesar do tráfego ter começado a andar novamente.
"Saia,” disse ela novamente.
"Isso é loucura,” ele murmurou. "Isso era para ser supostamente uma foda fácil, e ao invés disso eu estou sendo despejado no meio de uma tempestade.”
Foda Fácil, minha bunda.
"Cuidado com os sapatos!" Ela gritou quando ele deslizou para a noite molhada.
Ela viu o dedo médio levantado segundos antes de a porta bater.
Riley suspirou fundo. Mr. Bom o suficiente só se tornou Mr. bom para nada.
O taxi retomou a corrida devagar para a casa, e Riley olhou pela janela embaçada sem ver nada, sentindo tudo e nada ao mesmo tempo.
Raiva. Arrependimento. Confusão.
Ela tinha feito isso de novo. Ela estragou a oportunidade de experimentar realmente sobre o que ela escrevia.
Mas ele não tinha sido a pessoa certa.
Porque com a pessoa certa, ela não estaria com medo. Com a pessoa certa, ela sabia que não teria necessidade de esconder a verdade.
E a verdade era uma grande mentira.
Havia uma piada correndo na Stiletto de que os parceiros sexuais de Riley superavam em números a população de pombos de New York.
Mas a verdade era muito pior.
A verdade era que ela podia contar seus encontros sexuais em uma mão.
Com um polegar, na verdade.
Porque Riley McKenna, a extraordinária especialista em sexo, era exatamente uma morna, porque encontros da faculdade movidos à cerveja estavam longe de ser uma virgem.
Mas isso nem era o verdadeiro problema, ela pensava enquanto tirava seu celular e ligava. O problema era que a razão de seu status de “quase virgem“ se reduziu há um muito sexy, muito fora dos limites Sam Compton.
O único homem que ela sempre quis. E o único homem em Nova York, que não queria comê-la.
Ela olhou para seu telefone. Nada de Sam, mas havia mais um de sua mãe. Você fez aquela coisa, não é?
Riley bateu a cabeça contra o encosto. Sabe mamãe? Eu acho que eu fiz.
CAPÍTULO DOIS
Para a maioria dos nova-iorquinos, a chance de escapar do norte do estado era dar boas-vindas ao ar fresco. Uma chance de fugir do ritmo acelerado e energia frenética da cidade.
Para Sam Compton, ir para o norte significava fumar cigarros antigos, bolachas obsoletas e viagens de culpa ininterruptas.
Ele preferia estar em qualquer outro lugar. Inferno, levar Riley e seus amigos ao maldito shopping tinha sido melhor do que isso, e incluiu um debate agudo sobre as vantagens da depilação com cera.
A vista no espelho retrovisor tinha valido a pena. Riley estava usando um vestido roxo que continuava subindo pelas coxas...
Pare com isso. Ela esteve em um encontro na noite passada. Com um cara que ela realmente gostava.
Que também passou a ser um cara que Sam gostaria de socar, mas que era praticamente muito bonito quando se tratava de seus sentimentos sobre os homens de Riley. Ele tinha aprendido ao longo dos anos a como lidar com isso.
Sua mãe soltou uma tosse rude de fumante, chamando a atenção de Sam de volta para a sua obrigação com a família.
Ele fazia a viagem a cada dois meses ou mais, e dependendo do humor de sua mãe e “nível de sobriedade” era demais ou não o suficiente para fazê-la feliz.
Sua mãe sempre parecia querer o oposto de tudo que Sam estivesse atualmente fazendo.
"Eu acho que você pode simplesmente colocá-lo lá na estante,” Helena Compton reclamou. "Não sei por que você trouxe. Você sabe que eu só bebo gin e cerveja." Os dedos de Sam apertaram sobre a garrafa de uísque que ele tinha trazido, com cuidado aninhando no banco da frente de sua caminhonete durante o caminho de Brooklyn. Seu uísque, de seu primeiro lote, da destilaria que ele tinha criado a partir do nada.
Admito, não era sua primeira garrafa. Ele não desperdiçaria essa honra com ela. Mas de alguma forma ele tinha pensado que talvez, debaixo de toda a amargura, ela quisesse um pedacinho do que Sam tinha feito com coração e economia durante os dois anos anteriores. Então ele trouxe uma das primeiras garrafas especiais, com o rótulo que ele mesmo desenhou e tinha aplicado cuidadosamente naquela manhã.
Ele não deveria ter se incomodado. Dando até mesmo um pouco de si mesmo a sua mãe tinha sempre sido um erro.
"Eu sei que você gosta de gin, mãe,” disse sucintamente enquanto colocava a garrafa em uma pequena e acabada estante que servia a ela e a seu namorado como bar de casa. "Mas Carl gosta de uísque, então eu pensei..."
"Carl gosta de Johnny Walker, não essa superfaturada, merda orgânica local."
"Não é orgânico,” ele disse. "E não é caro, considerando que eu a trouxe como um presente."
Na verdade, nenhum de seus uísques era muito caro. Não tinha determinado o preço de nada. Mas ele não ia contar a sua mãe que não estava ganhando dinheiro com ROON Distillery. Ainda.
Lucrando com a sua 401 (k)6, a fim de abrir uma destilaria, tinha dado a seu antigo conselheiro financeiro um ataque cardíaco, mas até agora tinha valido a pena todas as manhãs, quando Sam acordava e percebia que ele não tinha que vestir o temido terno e gravata e fazer a dança do cão-e-pônei7 em um escritório que ele odiava.
Mas suas economias durariam apenas durante um tempo.
Era hora de “cagar ou sair do pote8.” Em breve.
Ele lidaria com isso mais tarde.
Sam respirou fundo, apenas para se arrepender quando o cheiro de fumaça de cigarro chamuscou suas narinas. Você pensaria que a sua infância digna de tabagismo passivo teria o feito imune, mas para ele o cheiro ainda era uma recordação de gritos e decepção.
"Onde está Carl? ” Ele perguntou, sentando-se cuidadosamente na beira de um sofá de couro rachado.
"Trabalhando,” sua mãe estalou. "Algumas pessoas precisam fazer isso, você sabe."
Entretanto, algumas pessoas não a incluíam. Sam parecia se lembrar dela recebendo cheques de desemprego pelo correio com mais frequência do que recebia um salário. Ou pensão alimentícia de um de seus seis ex-maridos. Carl, pelo menos, tinha tido o bom senso de não se casar com ela, mas Helena estava tão desesperada para sair de sua casa em ruínas no Brooklyn que aproveitou a chance de mudar-se para o norte do estado, mesmo sem um casamento e um anel barato em seu dedo.
E era melhor para Sam também. O aumento da distância entre ele e sua mãe só poderia ser uma coisa boa.
"Onde Carl está trabalhando, ainda naquele bar e churrascaria da estrada?"
"Não é um bar e churrascaria, Sam, é apenas um bar. Uma merda de bar em degradação. Ele odeia, mas ele não tem o luxo de sair e seguir alguns sonhos de ‘mijar no rio’. "
Mijar no rio? Esse era um novo.
Ela sempre vinha com provérbios estranhos que não eram ditados reais, mas todos eles praticamente transmitiam o mesmo sentimento: Apenas um perdedor sairia de uma carreira promissora como banqueiro de investimento para iniciar uma destilaria em um armazém no Brooklyn.
O inferno era que ela odiava quando ele era um banqueiro de investimento. Ele tinha feito o erro de usar um terno quando apareceu com seu presente de aniversário há quatro anos, e ela o acusou de ser um poser yuppie9.
Melhor que Sam poderia dizer, ela só não queria que ele fosse feliz.
Mas muito ruim para ela, porque ele tinha sido nos últimos anos.
Em sua vida profissional de qualquer maneira. Na pessoal...
"Notícias de Hannah?” Perguntou ela, levantando-se de sua cadeira e encontrando uma garrafa meio vazia de Beefeater na prateleira. Aos cinquenta anos ela ainda era linda. Isso a ajudava.
Claro, havia algumas linhas indicadoras em volta da boca, ao franzir a testa e do tabagismo, mas por outro lado, para uma mulher que tinha jogado fora a sua vida com a preguiça, o álcool e homens ruins, ela ainda era inexplicavelmente linda. Admito, suas roupas não eram de alta costura, e eles eram muito juvenil para sua idade, mas seu cabelo ainda era loiro e grosso, seus olhos grandes e azuis, e ela conseguiu evitar qualquer ganho de peso na meia-idade.
Ele a observava, sem dizer nada sobre ela ter desnecessariamente empurrado o seu próprio Uísque para fora do caminho para chegar até seu gin. E ele certamente nem se incomodou em mencionar que não eram sequer duas da tarde. Seria uma perda de tempo.
Sam esfregou seus dedos em seus olhos, perguntando-se, como sempre fazia, por que ele ainda preocupava-se em vir aqui. "Não, eu não ouvi falar de minha ex-mulher, mãe. Eu não tenho notícias dela desde que assinamos os papéis e nos separamos muito amigavelmente há seis anos."
Mas obrigado por trazer isso à tona.
Embora isso não fosse justo. Ouvir o nome de Hannah não causava tanto como uma pontada.
A parte ruim era que Sam não conseguia se lembrar de por que eles tinham se divorciado, não conseguia sequer lembrar por que eles haviam se casado em primeiro lugar. E claro, ele nem se importava com a razão. Ele e Hannah eram errados um para o outro desde o primeiro minuto, e no final, os dois sabiam disso.
Helena gritou. "Você não pode culpá-la por deixá-lo. Se você fosse metade desatento como marido como você é como filho..."
Sam voltou para o sofá. "Vamos, mamãe. Basta tirá-lo agora. Eu estou ouvindo."
Ela torceu a tampa da garrafa de tônica com raiva. Não havia nenhum barulho e, certamente, não havia gelo, mas ela não parecia se importar ou notar enquanto despejava em seu copo. "Tudo o que eu estou dizendo é que seria bom vê-lo de vez em quando.”
"Porque você parece tão feliz que estou aqui."
Ela voltou para a sua cadeira e estudou-o, e não, pela primeira vez, ele se perguntou por que ela não gostava de seu único filho. Ele gostaria de pensar que era o ressentimento sobre seu pai tendo a engravidado e desaparecido. Ficar presa com uma criança que não queria pode transformar até mesmo uma mulher agradável em uma um pouco amarga, e Helena Compton não era uma mulher agradável.
Mas culpar um homem que ele nunca tinha conhecido parecia um pouco imbecil, e depois de uma infância assistindo sua mãe culpar qualquer outra pessoa por sua situação, Sam era o responsável pelo seu destino.
O que significava que a aversão de sua mãe era sua falha.
Mas em dias como hoje, ele simplesmente não se importava.
"Então, você está vendo alguém? ” Ela perguntou depois de vários minutos de silêncio.
Sam sentou-se com um suspiro, estendendo a mão para pegar o controle remoto na mesa de café.
Conversa fiada. Ele poderia fazer isso. "Eu estava. Angela. Não deu certo."
"Por quê?"
Porque um certo bombardeiro de olhos azuis e cabelos negros sabotou-a, colocando panfletos de verrugas genitais em meu porta-luvas, que Angela encontrou quando estava procurando um guardanapo.
"Só não deu certo,” ele retrucou.
"Por quê?"
Realmente? A mulher tinha seis casamentos fracassados sob seu tapete, e ela não entendia que às vezes – na maioria das vezes - as relações não funcionavam.
Ela apontou o cigarro em sua direção. "Eu aposto que essa Angela descobriu."
Não levante Riley. Não levante Riley.
"Descobriu o que? ” Ele perguntou secamente.
"Que você está preso a esta puta McKenna."
Sam congelou mesmo que estivesse pronto para isso. Sua mãe conhecia seu único ponto fraco e nunca deixou de explorá-lo. Seus dedos apertaram com força no controle da TV que ele estava mexendo. "Não faça isso. Não se atreva."
Sua mãe agarrou e tomou um gole de sua bebida. "Riley era uma menina agradável o suficiente uma vez, mas ela escreve lixo, Sam. Não se consegue esse tipo de experiência sexual sem abrir muito as pernas."
Sam viu vermelho. "Ela poderia ser o maior nome na pornografia, e eu não iria deixá-la falar sobre Riley dessa forma."
Helena deu um pequeno sorriso. "Como eu disse. Pendurado sobre ela."
Sam estava de pé e atravessou a sala em um segundo, puxando sua jaqueta. "Eu já lhe disse mil vezes, eu não vou discutir sobre Riley com você."
"Certo, certo, eu sempre esqueço que nós Comptons não estamos aptos a respirar o seu nome."
Sam fez uma breve pausa. "Você sabe, mamãe, pela primeira vez eu acho que nós concordamos com alguma coisa."
Ele deixou a porta bater atrás dele.
CAPÍTULO TRÊS
"Os homens são cachorros. Nós já sabíamos disso, Ri."
Riley colocou um pedaço de porco em sua boca e mastigou furiosamente enquanto ela olhava para Grace Brighton. "Diz a mulher saindo com um homem que se parece com Hugh Jackman."
O dublê de Hugh escolheu aquele momento para voltar com as recargas de bebida.
"E ele traz os meus Manhattans,” disse Riley, ansiosamente aceitando o coquetel. "Claramente nem todos os homens são ruins, apenas aqueles que querem estabelecer-se por aqui." Riley gesticulou em direção à pequena porção de damas.
"Super elegante, Ri," Grace disse, tomando um gole de sua própria bebida.
Riley deu de ombros. Ela sempre se classificava na categoria “agradável-de-ser.” Havia mulheres que tinham isso de sobra. Pegue a Grace, cujo bom visual clássico era o tipo de pessoa colocada em marcas e porcarias, Seus cabelos mogno e suas características perfeitas.
Mas Riley? Embora não fosse desleixada com sua aparência, no departamento de olhares, quando ela tinha tempo de encaracolar seu cabelo e fazer a coisa de delineador, ela sabia que tinha mais do “uh, oh” que é um olhar de problemas vindo.
Sabia que as palavras sereia e gatinho sexy eram dirigidos a ela sempre que se preocupava em se arrumar, e Riley não se importava muito. Era muito mais fácil convencer as pessoas de que você era uma especialista em sexo quando você olhava essa parte. Um vestido apertado conseguia esconder muito. Como, por exemplo, o fato de que a maior parte de sua vida ela esteve sem ninguém para olhar o que tinha por baixo do vestido.
Jake, o namorado ridiculamente bonito de Grace, estava assistindo Riley se divertir, ela tomou um gole de sua Manhattan. "Seu pai sabe que você bebe Bourbon em vez de Bushmills10? Não é algum tipo de crime contra seus parentes?"
"Eu não vou anunciar esse pequeno fato nos jantares de família, não. Mas para o registro, o meu amor por Basil Hayden não seria nada se ele nunca ouvisse você dizer a palavra Bushmills em seu rosto.”
Jake levantou as sobrancelhas. "Seu pai não gosta de Uísque irlandês?"
"Oh, ele gosta. Mas somos Católicos, que nos coloca solidamente no campo de Jameson." Ela deu um tapinha tranquilizador no seu antebraço. "Não se preocupe com o erro. Era pedir demais que você fosse bonito e brilhante."
Na verdade, Jake Malone era os dois, mas Grace a mataria se ela inflasse seu ego.
Sua testa franziu. "Espere, então você está me dizendo que ele baseia suas preferências de bebidas em..."
Uma mão deslizou entre seus rostos, terminando a conversa. "Adivinha?"
Grace disse agradavelmente. "Isto é chato. Além disso, eu quero começar a falar do encontro de Riley na Sexta-feira, e não ouvir falar sobre antigas rivalidades irlandesas e a propensão de Riley pelo Uísque do Tennessee.”
"Kentucky," Riley corrigiu.
Grace apontou para seu próprio rosto sério. "Veja isso? Desinteressada." Ela virou o dedo e apontou para o rosto de Riley. "E essa? Isso é evitar."
"Steven Moore era um bosta,” disse Riley encolhendo os ombros. "O que há mais para falar?"
Sam. Poderíamos falar sobre Sam. Você poderia me ajudar a descobrir como parar de pensar nele.
"Eu pensei que você gostasse deste Steven,” disse Grace.
"Eu gostava, eu completei." De certa forma. "Até o ponto em que ele tirou as algemas antes mesmo de chegarmos em casa."
Grace e Jake tiveram o bom senso de se encolher.
"Certo? ” Disse Riley com uma sacudida revoltada de sua cabeça. "Eu deveria ter sabido quando o primeiro beijo foi ruim."
"Eu pensei que você disse que o beijo foi decente,” disse Grace.
"Bem, esse é o sonho de todo homem,” disse Jake. "Ser decente."
Riley apontou para ele. "Viu? Jake compreende isso. Decente era a minha maneira de dizer que ele não tinha mau hálito, mas ele também não balançou o meu mundo exatamente .”
"Eu balanço o seu mundo? ” perguntou Jake, deslizando um braço por trás de Grace e puxando-a para perto.
Riley desviou os olhos enquanto trocavam um daqueles beijos suaves e sonhadores que pareciam tão naturais para eles, mas eram totalmente estranhos para ela. Riley tinha pensado equivocadamente que Julie Greene e Mitchell Forbes – outro casal de poder da Stiletto - fosse uma espécie de anomalia grosseira “ninho de amor,” mas Grace e Jake estavam dando-lhes um funcionamento para o seu dinheiro na escala de completamente apaixonados.
"Vou procurar os bolos de caranguejo," Riley murmurou.
"Eu lhe diria para não comer demais, mas o seu corpo literalmente repele a gordura,” disse Grace, nunca desviando seu olhar longe de Jake.
Riley a ignorou, seus olhos procurando pelas camisas brancas dos garçons. Sim, por isso ela tinha um grande metabolismo. Gostava de pensar que era à maneira do universo da noite a marcar para privá-la do sexo.
Ah! Lá está a moça do bolo de caranguejo.
Riley fez seu movimento, empilhando três dos aperitivos em seu guardanapo quando sua melhor amiga número dois apareceu em seu cotovelo. "Não derrame aioli11 sobre o seu vestido. Camille vai ter um ataque."
"Não, ela não vai. Ela vai estar muito ocupada dando-lhe palestras por estar atrasada."
Julie corou. "Mitchell e eu..."
Riley levantou a mão. "Não. Eu oficialmente ouvirei toda essa conversa excitante durante a próxima semana."
Julie assentiu. "Eu ouvi. Então, Steven não era o único?"
"Nem mesmo perto. Lembre-me disso da próxima vez que eu deixar um cara tentar me pegar no banco."
E também, lembre-me de nunca mais pensar em Sam Compton quando estiver saindo com outro cara.
Mas ela estava perdendo essa batalha desde que tinha dezessete anos.
Julie fez um barulho de compreensão enquanto examinava o lugar. "Você já viu o patrão? Eu não posso acreditar na quantidade de pessoas que estão aqui. Eu pensei que era apenas o pessoal da Stiletto e os acompanhantes."
"Não, é o grupo inteiro Ravenna,” disse Riley, referindo-se ao conglomerado de mídia de propriedade da Stiletto e algumas dezenas de outras revistas.
E graças a Deus isso não era um daqueles pequenos e íntimos lugares. Riley preferia continuar uma dieta com suco de couve do que ser presa em um lugar com apenas seus colegas de trabalho e seus acompanhantes.
Havia uma palavra para isso: festa anual de Natal.
Mais comumente conhecido como inferno de uma pessoa.
Mas Julie tinha razão todo esse lugar era um pouco exagerado, especialmente para uma segunda-feira à noite. Nem sequer era a festa oficial de aniversário da Stiletto era apenas o anuncio da festa e o assunto correspondente, mas sua editora-chefe tinha ido além, como sempre. Camille tinha reservado uma das salas privadas no topo de um ostentoso Hotel, próximo ao centro, com um bar aberto, petiscos, e uma fonte maldita de champanhe.
E a bebida era fundamental, pois era obrigado a ter um discurso a qualquer momento sobre o tema da questão, cinquentenário.
Estremeceu.
Riley amava a Stiletto - ela amava a equipe, os leitores, as próprias páginas da revista.
Mas para a vida dela, ela não podia pensar em como esta edição de aniversário poderia ser diferente. De acordo com Camille, cada edição era "revolucionária,” mas, tanto quanto Riley estava preocupada, cada questão era simplesmente mais do mesmo.
A menos que eles fossem ter esta edição de aniversário cuspindo preservativos ou chocolate, ela não conseguia imaginar como iam conseguir se destacar.
"Onde está Mitchell?" Riley perguntou, percebendo tardiamente que o namorado de Julie não estava ao seu lado, como de costume.
"Conversando com Alex,” disse Julie com um aceno. "Eu ouvi a palavra futebol e socorro."
"Ah, bem, se Alex está aqui, Emma deve estar..."
"Bebendo muito no bar,” veio à voz rouca por trás deles.
Eles se viraram e cumprimentaram o quarto membro do seu clube pequeno de amor e relacionamento. Como sempre, Emma Sinclair parecia impecável. Tanto ela quanto Grace tinha aquela coisa legal e perfeita acontecendo, mas enquanto Grace era mais uma princesa da costa leste, Emma era toda perfeição sulista. Embora não no tipo clichê feito para filmes de televisão.
Não havia pelas grandes ou constantes conversas sobre frango frito. E não havia um “abençoar seu coração12” para ser ouvida por Emma. Mas as camadas arrumadas e lisas de seu cabelo castanho claro, o rímel nunca borrado e a fonte infinita de botões no colarinho branco imaculado não eram apenas para mostrar.
Esse tipo de perfeição estava enraizado em Emma até ossos.
Riley tinha feito uma aula de Pilates com a mulher e teve uma ocasional festa do pijama improvisada depois de um happy hour entusiasmado, e ela podia garantir que Emma parecia sempre assim.
Duvidava que Emma Sinclair já houvesse tido sequer uma espinha.
"Qual o problema, querida? ” Disse Riley juntando os braços com a mulher mais baixa. "Não quer ter uma conversa particular a respeito do seu ‘ex-noivo’?"
A testa de Emma franziu ligeiramente. "Não é sóbrio. E eu pensei que concordamos em nunca falar disso.”
"Não,” Julie disse alegremente, tomando um gole de vinho tinto. "Você nos ordenou a nunca falar disso. Nós todas assentimos e cruzamos os dedos atrás das costas.”
Emma era o mais novo membro do grupo de amor e relacionamentos e tinha feito um maldito trabalho de esconder o fato de que tinha sido contratada pelo próprio delicioso, muito sexy irmão da editora-chefe da revista Stiletto.
Oxford era para homens, como Stiletto era para mulheres e como Alex Cassidy recentemente assumiu as rédeas, os leitores da revista haviam subido.
Se não fosse pelo fato de Mitchell Forbes ter ouvido muito mais do que falado (um bônus, considerando que ele estava planejando se casar com Julie), eles nunca teriam aprendido que a “OH- tão perfeita Emma” teria um passado não tão perfeito. Mas, graças a Mitchell e sua não intencional espionagem, eles aprenderam recentemente que o armário de Emma não estava sem esqueletos13.
No entanto, apesar de um noivado falhado não fosse a melhor conversa entre garotas, elas tiveram um tempo para discutir o assunto com Emma.
Mas elas queriam. Porque “são águas passadas" não conta como uma resposta.
Não quando se tratava de amigos.
Ou a delícia que era Alex Cassidy.
Houve um toque estranho no microfone, e depois de trocar um olhar de resignação, as três mulheres lentamente se viraram para frente da sala, onde sua chefe havia subido em algum tipo de caixa e estava balançando perigosamente.
"Aqui vamos nós," Grace disse, aparecendo ao seu lado e completando o quarteto. "O que você acha que estamos lidando aqui? Você acha que ela vai ter toda a edição impressa em papel em folha de ouro? Ou talvez cada manchete irá conter a palavra cinquenta. Os cinquenta Melhores produtos de beleza de Todos os Tempos .” "Cinquenta Coisas para Fazer Antes dos cinquenta. 'Cinquenta calçados que nunca sairá do estilo'..."
" 'Cinquenta Posições Sexy que Você nunca ouviu falar',” ofereceu Riley.
Grace fez uma pausa. "Cinquenta? Sério?"
Riley deu-lhe um olhar de conhecimento. O que disse, eu sei coisas sobre sexo que os mortais não pode sequer imaginar. Era um olhar que ela tinha aperfeiçoado cedo em sua carreira na Stiletto quando estava se destacando de uma maneira que a tornaria indispensável para a revista.
Ela tinha conseguido.
Riley nem sempre tinha sido a ‘garota do sexo.’ Uma vez ela simplesmente tinha sido apenas mais uma garota ‘Vá-Para,’ indo para onde fosse necessário. ‘Entendendo SPF,’ ‘Lidando com Colegas de trabalho maldosos,’ ‘Dominando a sexy Ioga.’
E, em seguida, o marido de Robyn Kessler tinha conseguido um emprego em Houston, e havia uma vaga crucial no departamento de Relações. Até então Julie e Riley tinham se tornado grandes amigas, e desde que Julie trabalhava a batida sexo/amor, Riley tinha obtido direito na primeira vaga do artigo: ‘Dez coisas que Ele realmente está pensando na cama.’
Tinha sido mais fácil do que ela imaginava.
Ter dois irmãos próximos em idade tinha dado a Riley fácil acesso a um conjunto de dados, e ela teria complementado sua própria rede de homens com entrevistas flertando com estranhos em bares.
Ela tinha feito um sucesso em mais de uma maneira.
Considerando que os artigos relacionados ao sexo de Robyn tinha sido de fato matéria clinica incerta, Riley havia infundido um elemento sincero de mulher para mulher que vibrou com os leitores. Então, ela tinha conseguido outra missão sexual. Em seguida, outra.
E quando todos acharam que sua sinceridade era o resultado de uma vida sexual descarada, ela com certeza não tinha corrigido.
Neste caso, a mentira era um inferno de muito mais fácil do que a verdade.
Dentro de três meses, Riley passou de água a uma colunista regular de amor e relacionamentos juntamente com Julie. Grace se juntou ao departamento logo depois, e dentro de um ano, elas não só se tornaram as meninas de ouro da revista, elas se tornaram as meninas da cidade.
Desde então, a reputação de Riley como "sexy ” do grupo se expandiu. Infelizmente, experiência real ela não tinha.
Até agora, ser uma fraude não a incomodava. Quase. Mas alguma coisa tinha mudado nos últimos meses. Parte disso era devido a Julie e Grace ter recentemente se despido por causa de uma história e por uma questão de amor.
Mas a outra parte era um pouco mais... Física. O desejo sexual de Riley parecia estar sacudindo as teias de aranha em desuso. E estava exigindo alguma atenção agora.
Como se não fosse o suficiente que a sua pelve a traísse, ela também estava começando a sentir-se culpada sobre tudo isso. Culpada por enganar seus leitores, certamente, embora ela não lhes devesse nada além de bons conselhos sobre sexo, e isso é o que eles conseguiam.
Mas muito pior, ela era culpada por mentir para seus amigos, e Riley estava tentando justificar isso.
Ela sacudiu um pouco quando todos ao seu redor aplaudiram, e ela deu um pequeno aplauso educado para esconder o fato de que estava sonhando e que tinha perdido a maior parte do discurso de Camille até agora.
Riley forçou-se a entrar em sintonia com as divagações de sua chefe.
”... Agora, como eu tenho certeza que a maioria de vocês sabem," Camille continuou, "o ano passado foi um ano interessante para os jornalistas da Stiletto. Primeiro, tivemos Julie Greene, cuja declaração pública de se apaixonar por Mitchell fez para nossa edição best-seller sempre... "
A multidão explodiu em aplausos satisfeitos enquanto Julie corou lindamente, e o braço de Mitchell deslizou em torno de sua cintura, embora uma parte dele parecia pronto para correr. Riley se juntou nas palmas, deixando escapar um grito quando as mãos de Julie encontraram a lapela do terno de Mitchell e o puxaram para um beijo estalado.
Riley tinha um lugar na primeira fila na história de amor épica de Julie e Mitchell, e nunca falhou para fazê-la se sentir quente e mole. Julie preferiu usar Mitchell para uma história (a ideia de Riley), assim como Mitchell decidiu usar Julie para ganhar uma aposta. Poderia ter sido o ingredientes de um episódio de talk-show inútil, mas eles tinham sido inesperadamente perfeitos um para o outro, que tinha saltado de mau gosto e ido direto para o doce.
Na frente da sala, Camille continuou, chamando a atenção para outro casal de celebridades.”... E, mais recentemente, nós apreciamos o puro espetáculo que é Jake e Grace com uma história de amor para o mundo inteiro assistir. Sua muito pública batalha dos sexos..."
" Que eu ganhei," Jake gritou, ignorando a cotovelada de Grace.
Camille sorriu e continuou. "A batalha deles extremamente pública virou do que devia ter sido uma série de cinco questões em um blog espontâneo HeSaidSheSaid14, que, por sua vez, tornou-se o nosso programa digital de maior sucesso até hoje .”
Jake, o mais conhecido colunista masculino da revista Oxford, sempre pronto para jogar para a multidão, muito propositadamente beliscou o bumbum de Grace, ganhando um grito agudo, que ele sufocou com um beijo.
As brincadeiras eram claramente tudo show, mas o olhar privado que trocaram não era. O romance deles pode ter começado como uma competição bondosa sobre qual sexo tinha maior leitura, mas como Julie e Mitchell, Grace e Jake eram de verdade.
Riley sentiu o velho e familiar aperto em seu peito enquanto lia os lábios de Jake onde eles apertavam contra a orelha de Grace. Eu te amo.
"Eu nunca sei se é para abraçá-los ou soca-los,” Emma murmurou baixinho para Riley de lado.
"Sério," Riley sussurrou de volta. "É como uma comédia romântica ininterrupta aqui."
Ainda assim, ela ficou um pouco surpresa com a admissão de Emma. Quando se tratava de homens e relacionamentos, Emma sempre tinha aquela vibração alegre, sem necessidade. Mas o tom dela continha o menor vestígio de desejo, e Riley se perguntou se não era a única que estava começando a se sentir um pouco solitária com seu papel como solteira sexy.
"E é esse o sucesso de nossas próprias entrelinhas que a Stiletto plantou a semente para o tema de nossa edição do quinquagésimo aniversário. " Disse Camille.
A atenção de Riley voltou para a sua chefe, o medo voltando pelas bordas de seu tédio.
Pela maior parte, Riley tinha um bom relacionamento com a editora-chefe. Claro, elas batiam as cabeças a cada duas semanas quando os artigos de Riley estavam ousados demais, mas no final do dia, o senso de Camille Bishop para o que os leitores da Stiletto queriam, era o certo. E o mais importante, Camille tratava sua equipe como uma família. Uma família que jogava comida na mesa de jantar, talvez, mas sob os cabelos alaranjados, uma Comunidade de Botox, uma pele firme que teria intimidado Robert E. Lee, Camille era um pouco de uma galinha mãe. E era agradável.
No entanto, isso não significava que Riley estava gostando da direção de seu longo discurso. Ouvindo um monte de palavras que enviavam sinos de alarme para seu cérebro.
Pessoal, íntimo, exposição...
"Ela não está indo onde eu penso que está indo...” disse Riley para Emma pelo canto da boca.
"Sim,” disse Emma, tomando um longo gole de seu vinho. "Devemos provavelmente todos investir em um diário felpudo rosa, como aqueles que tínhamos quando estávamos com dez anos, porque isto está prestes a se tornar pessoal.”
"Quando eu tinha dez anos, meu diário tinha um cadeado,” Riley rosnou.
Camille continuou impávida, e sem saber que dois de seus melhores colunistas estavam menos do que encantado com a direção que ela estava indo.
”... Até agora todos podem adivinhar o que eu vou sugerir... "
Por favor, não, por favor, não.
"O tema da quinquagésima edição da Stiletto de dezembro será ‘Stiletto Obtém a Realidade: A Verdade por Trás das Manchetes’."
Ah Merda.
"Cativante," Grace disse, ganhando um bufo de Julie.
Mas Riley estava horrorizada demais para participar, até mesmo pensando de brincadeira, principalmente quando ouviu a elaboração de Camille sobre o tema.
”... Cada um de nossos colunistas vai escrever a história deste assunto em primeira pessoa. Uma espécie de mundo real, contando como eles vivem a maneira Stiletto em sua própria vida.”
"'A maneira Stiletto'? ” Perguntou Emma. "Isso é uma coisa? Quer dizer, eu sei que eu sou nova aqui, mas... "
Riley não respondeu. Em vez disso, empurrou o copo de coquetel em uma Julie surpresa e foi para o banheiro, onde possivelmente poderia vomitar.
A verdade por trás das manchetes.
A verdade.
Ela sempre soube que haveria um ponto de ruptura. Um tempo em que ela teria que confessar ou transar.
O problema era que ela não sabia como confessar, sem perder o seu orgulho. E pior, não tinha certeza se poderia transar com alguém sem perder seu coração.
Porque quando Riley era completamente honesta consigo mesma, ela não era celibatária por causa da falta de oportunidade, ou porque caras como Steven Moore carregavam algemas em seus bolsos traseiros.
Quando se tratava disso, havia apenas um homem para Riley Anne McKenna, e ela tinha praticamente feito um modo de vida dizendo a si mesma que não estava interessada.
Mas se fosse uma história pessoal - se fosse dizer a verdade - primeiro ela tinha que descobrir a verdade mais importante, de uma vez por todas.
Era hora de descobrir se Sam Compton a queria de volta.
CAPÍTULO QUATRO
"Hum, mamãe? O papai sabe que nós estamos tendo tacos para o jantar? "
"Não ele não sabe. E nenhum de vocês vai mencioná-lo até que seja tarde demais para ele começar a gritar sobre os costumes da nossa pátria. É uma mentalidade rígida e teimosa, se você me perguntar.”
Riley trocou um olhar com sua irmã mais nova, Kate, ambas sabiamente optando por não mencionar os pedaços de batata junto com a carne no fogão. Sua mãe provavelmente nem sequer tinha consciência que os incluiu. Para ela as batatas eram como sal. Nunca a refeição, mas sempre uma parte tácita da refeição.
Erin e Joshua McKenna nasceram e cresceram em Cork, na Irlanda, mas tinham diferentes abordagens quando se tratava da culinária de sua terra natal. O pai de Riley era um purista e raramente conseguia passar por uma refeição sem murmurar: "Se minha mãe me pegasse comendo este bolo estrangeiro, ela morreria de novo."
Erin, por outro lado, gostava de misturar as cozinhas.
Daí os tacos com batatas. Na semana passada, tinha sido massa carbonara. Com batatas.
Na semana anterior, ela colocou carne enlatada no refogado.
"Sempre uma aventura,” Kate murmurou baixinho antes de pegar sua cerveja e escapar para a sala de estar, onde os rapazes estavam assistindo futebol.
"Eu gosto dos novos armários,” disse Riley, apontando para os armários de madeira escura que sua mãe tinha finalmente convencido seu pai de que precisavam instalar. Era uma das poucas coisas que tinha mudado na casa de Park Slope que Riley tinha nascido e crescido, e ela gostava dessa maneira. Gostava da maneira como todo mundo tinha uma cadeira favorita ao redor da mesa da cozinha que cabia apenas sua bunda justa. Gostava da maneira que todos sabiam para não usar meias sem sapatos na cozinha, porque as tábuas estavam ficando ásperas e tendiam a prendê-las. Ela até gostava da afinidade de sua mãe com as aquarelas baratas, e a forma como as paisagens cobriam todas as paredes.
Não era sofisticado. Mas estava em casa.
"Como está o trabalho? ” Perguntou a mãe, colocando cuidadosamente uma caixa de creme de leite em uma tigela.
A mãe de Riley não estava acima da conveniência, mas ela se recusava a colocar uma caixa de plástico na mesa de jantar. Tudo comprado na loja era prontamente transferido para um "prato real."
"Trabalho? ” Perguntou Riley, sentindo as sobrancelhas formigar até a linha dos cabelos. Sua mãe raramente perguntava sobre o seu trabalho.
Provavelmente porque ela odiava o trabalho de Riley.
Riley não poderia culpá-la. Duvidava que houvesse muitas mães por aí que estariam animadas com o fato de que a carreira do seu bebê envolvia a inspeção de vibradores.
Particularmente, mães irlandesas católicas eram conservadoras.
"No trabalho... Hum..." Horrível? Estressante? Arruinando a minha vida?
Fazia dois dias desde que Camille havia deixado cair sua pequena bomba sobre a quinquagésima edição de aniversário, e mesmo que Riley não precisasse se transformar em um rascunho estúpido para a edição Cinquentenário, por pelo menos mais um mês, era tudo o que ela tinha sido capaz de pensar.
"O trabalho está bem."
"Mmm..." Sua mãe chupou um monte de creme de leite do seu polegar e andou até a mesa de canto, onde estavam empilhados e-mails, contas e revistas. "Aqui está."
Merda.
Era o mais recente artigo da Stiletto. Aquele em que o título de BDSM de Riley era encaixado entre “Botas acima do joelho estão de volta!" e "Rica Maquiagem de Outono que qualquer um pode tirar.”
"O que você acha?" Riley perguntou nervosamente.
"Você já tentou essas coisas que você está falando?"
Riley quase cuspiu a água que ela tinha acabado de beber. E pensou que ela e seus pais tinham uma coisa boa acontecendo com a rotina “não perguntar, não falar.”
Ela sabia que sua mãe colecionava todas as edições por lealdade a sua filha do meio.
Talvez até ler um artigo de vez em quando. Mas realmente falar sobre isso?
Havia bichos viciosos de estômago que eram mais agradáveis.
Sem mencionar, que realmente, realmente não era uma boa hora.
"Ma! Vamos!"
"Sem Ma. As filhas dos meus amigos falam sobre sexo com eles.”
As filhas dos seus amigos estão provavelmente fazendo sexo.
"Você conversa com Kate e Megan sobre isso? ” Perguntou Riley, referindo-se a suas duas irmãs.
"Sim."
"Você fala?" Riley quase caiu do antigo banco de bar. Que tipo de loucura era essa?
"Por que eu nunca estou incluída nesta conversa de meninas?"
Sua mãe colocou a revista de lado e começou a ralar um pouco de queijo. "Bem, querida... você é um pouco puritana.”
A mandíbula de Riley caiu. Ela apontou para a manchete. "Você leu isso? Falei sobre palmadas.”
Aí. Isso deve irritar sua mãe.
Mas Erin apenas levantou um ombro esguio e colocou um cabelo vermelho perdido de volta em seu coque. "Sim, sim, o artigo era tudo muito extremo, mas faltava paixão. Isso me diz que a história não era pessoal para você.”
"Isso não está acontecendo," Riley murmurou, olhando para o teto. "Minha mãe não está dizendo que meu artigo sobre palmadas faltava paixão."
E o que acontecia com o tempo de sua mãe? Era o universo inteiro conspirando para ajudar Riley a conseguir alguma coisa?
"Você nunca me mandou uma mensagem de volta. Como foi seu encontro com aquele garoto? O que você conheceu naquele banco."
"Aquele menino tinha trinta e sete anos de idade, e ele era..."
"Oh céus."
Riley jogou as mãos para o ar no tom apocalíptico de sua mãe. "Eu não disse nada ainda."
"Mas você está usando o tempo passado. O que significa que ele não virá comer tacos em breve."
Cara sortudo. “Ele não era bom Ma.”
Sua mãe ficou em silêncio enquanto a pilha de queijo ralado crescia mais e mais.
"Você não vai dizer nada? ” Riley disse finalmente, cutucando. "Vai me dar uma palestra sobre como eu sou muito exigente e não lhe dei uma chance?"
Sua mãe colocou o ralador de lado e foi até a geladeira. "Oh querida. Quando você souber, você saberá."
Riley piscou surpresa.
O que diabos está acontecendo aqui? Onde estava a palestra? O lembrete de ser paciente e gentil e de mente aberta?
"Será que o Pai Sellars deu uma espécie de sermão sobre a aceitação de seus filhos adultos ou algo assim?"
"Não querida. Eu só quero que meus filhos sejam felizes, é tudo."
Uma voz nova entrou na conversa. "Bem, fique tranquila Mama McKenna, porque esse garoto é feliz."
Riley congelou. Sam. Imediatamente os ombros voltaram e sua espinha endireitou enquanto ela se armava para a disputa inevitável.
Para não falar da proteção que ela precisava da espessa camada de luxúria que ameaçava sufocá-la sempre que Sam Compton estava por perto.
Seus regulares convidados de quarta-feira à noite para o jantar tinha o efeito oposto em sua mãe, transformando a Erin geralmente implacável em uma pilha pegajosa. Era nojento. A mulher já tinha dois filhos, mas para o espectador ocasional você pensaria que este semiadotado era o seu favorito.
"Sammy. Você veio,” disse Erin, correndo em volta do balcão para lhe dar um abraço. "Eu pensei que você tinha um encontro hoje à noite.”
Riley não se virou. Ela teria que lidar com ele, eventualmente, ela fazia todas as semanas.
Mas depois da inesperada conversa com sua mãe, precisava de um minuto extra para construir suas defesas.
Porque enquanto ela não podia dizer que já tinha estado realmente intrigada com a coisa de palmadas, não havia como dizer o que sua pelve faria na presença desse cara.
Mas rapidamente ela percebeu que manter as costas para ele não era o suficiente. Ainda podia senti-lo. Ela sempre tinha sido capaz de senti-lo, começando com o dia em que ele entrou nessa cozinha, onde ela estava sentada sobre este banco.
Isso tinha sido há mais de dez anos atrás, e nada tinha mudado.
Bem, exceto por pequenas coisas irritantes.
Tal como o seu casamento. E seu divórcio. E pelo fato de que ele nunca tinha tentado beijá-la.
"Angela não pode sair,” Sam disse com um rosnado baixo “não dar uma merda.” "Ela é uma enfermeira e teve de tomar um turno extra no hospital.”
Uma enfermeira. Isso era novo. Normalmente, elas eram garçonetes, atrizes, cantoras e compositoras.
"Um turno extra, heim?" Riley perguntou inocentemente, fingindo fascínio com a conta da TV a cabo que seus pais tinham deixado de fora no balcão de azulejos brancos. Tem certeza de que não tinha nada a ver com a suspeita de você ter verrugas genitais?
"Foi o que eu disse." Sua voz era suave. É claro que eles não iam discutir seu truque com os panfletos de DST na frente de sua mãe. Bom para Riley.
Sua mãe estalou. "Bem, isso é uma vergonha."
"Sim. vergonha,” disse Riley.
Sua mãe ignorou.
Sam não o fez. "Ei, Ri."
"Ei."
"Vi o seu artigo mais recente. Coisas interessantes.”
Ela não se permitiu responder a zombaria em seu tom.
"Eu diria que eu gostei menos do que a parte de chicotes e correntes, mas, mais do que aquele sobre o gin e tônica com sabor de lubrificante."
Riley cuidadosamente deixou que seus olhos ficassem sonolentos e seus lábios carnudos antes de lhe dar um olhar lento por cima do ombro. "Estamos Intrigados?"
Mas Sam Compton era imune a esse olhar. O que era irônico, considerando que foi ele quem a inspirou para começar a praticá-lo quando ela tinha dezessete anos e apenas começado a entender o poder dos seios e cílios.
E Sam não estava sem seus próprios olhares. Seus olhos escureceram um pouco antes de lhe dar um sorriso torto. "Oh, eu estive muito intrigado. Algumas de suas dicas têm provado ser muito útil no quarto."
Ele não se deu ao trabalho de se esquivar do golpe de Erin na parte de trás da cabeça. "Desculpe, senhora, mas você sabe que eu só estou apoiando os esforços da carreira de sua filha do meio."
Erin deu-lhe um olhar astuto, mas não reclamou para ele do jeito que ela teria feito com seus próprios filhos. "Você trouxe as coisas?" A mãe de Riley perguntou a Sam, voltando a cozinhar.
"Sim. Você tem certeza disso? Josh sabe?"
A mãe de Riley acenou. "Ele vai beber. Ele sempre foi mais flexível com bebida internacional do que com internacionais.”
"Do que estamos falando aqui?" Riley perguntou desesperada por um tópico para distraí-la de pensar sobre Sam na cama. Com outras mulheres. Entre a presença de sua mãe e a sua menção a outras companheiras de cama, agora não parecia o momento certo para perguntar se ela podia vê-lo nu e, em seguida, escrever sobre ele.
"Margaritas, querida,” disse Sam, chegando ao seu lado, apoiando os braços no balcão e inclinando-se para ver a preparação do jantar. Se ele notou as batatas, não disse uma palavra.
"Margaritas? ” Disse Riley. "Caramba, Ma, você está colocando tudo para fora."
Erin deu um pequeno sorriso de satisfação e empurrou o queixo na direção da calçada. "Vá ajudar Sam a pegar as coisas. Vocês dois podem misturar um jarro.”
"Tenho certeza que um homem grande e forte como Sam pode carregar uma pequena garrafa de tequila sozinha,” Riley disse, dando-lhe uma vibração animada de seus cílios.
Ele soltou de volta. "Sim, mas depois há o Cointreau e o sal grosso, o limão está naquele cais todo na parte de trás da minha caminhonete. Talvez você possa simplesmente espremer um pouco os seus limões para manter as coisas alegres...”
Riley olhou para a mãe e apontou para Sam. "Ma, você ouviu isso?"
"Ouço o melhor amigo do meu filho falando sobre os peitos da minha filha? Não, eu não. Mas eu poderia usar uma bebida da mesma forma, então vá com pressa agora."
“São maiores do que limões,” Riley murmurou enquanto deslizava relutante do banco e checava seus peitos. Ele não se preocupou em responder. Não estava mesmo interessado.
Ela seguiu Sam em direção à caminhonete. Não precisávamos de um carro no bairro de Brooklyn, onde tinham crescido. Ela e Sam tinham ambos vividos pertos o suficiente da linha de metrô que não havia necessidade.
Mas alguns anos antes, depois que Sam decidiu que a vida corporativa não era para ele, tinha comprado uma destilaria em Greenpoint. O que significava que havia sempre um barril de Uísque andando por ai como companheiro de Sam.
Ela apenas desejou que fosse sua única companhia. Riley pegou um casaco rosa pálido no banco da caminhonete. "Isso não te faz parecer pálido?"
"É de Angela,” respondeu ele. "Pegue os limões e pare de bisbilhotar."
Riley suspirou e começou a recuperar os limões que tinham rolado em todas as direções na caminhonete.
Mas só porque ela realmente, realmente precisava de margarita. "Você sabe, no supermercado, muitas vezes eles têm essas coisas de plástico transparente... o que eles são chamados... oh bem, sacos. Eu não tenho certeza, mas eu acho que você pode colocar frutas lá para evitar aventuras como estas."
Ele agarrou-se a um limão que estava sob seu quadril e jogando-o na frente de seu rosto antes de agarrá-lo e dando-lhe um sorriso rápido. "E quem quer evitar aventuras como essas?"
A respiração de Riley aumentou um pouco quando eles fizeram contato com os olhos. Era ridículo, realmente.
Ela tinha visto o seu rosto um milhão de vezes ao longo dos anos, e nunca, nunca ficou velho. Nunca deixava de provocar aquela combinação habitual de carinho e frustração e algo que poderia ter sido tesão, se Riley soubesse o que sentia.
Não que ela fosse a única mulher a ficar com tesão dos gostos de Sam Compton. Isso era quase uma vergonha que ele tivesse decidido que sua paixão era esmagar grãos de uísque, porque ele parecia um dos atores que iria ser lançado como "o cara bonito" em todos os gêneros possíveis de filme.
Com cabelos loiros e olhos azuis, Sam poderia ter sido um cara comum, mas a loteria genética tinha sido gentil o suficiente para ter tudo certo. Seus olhos eram de um tom tão claro de azul que eles tinham um efeito penetrante, ficava ainda mais sexy porque eles eram enquadrados por um conjunto de alguns cílios seriamente assassinos. E seu cabelo era aquele tom ideal de loiro dourado com ondas apenas o suficiente para ser, bem... sexy como o inferno.
E o corpo... oh, o corpo.
Sam tinha a estrutura magra e musculosa de um homem que estava acostumado a usar seu corpo. O que ela supunha fazia sentido. Ele tinha ido direto do campo de futebol para um maldito triatlo em um desafio do irmão de Riley. E ela realmente não tinha ideia do que ele fazia para manter a forma nos dias de hoje, mas ele fazia alguma coisa, porque os bíceps estavam marcando o tecido daquelas camisetas que usava apertada em todos os lugares, e as calças jeans revelava nada além de uma bunda de homem que era pura perfeição.
"Você está me checando, Ri?"
"Você sabe, eu estava? Apenas tentando descobrir quem causou aquelas rugas ao redor dos olhos.”
"Bem, você sabe o que dizem sobre o envelhecimento. Os homens ficam distintos e as mulheres, ficam velhas."
Ela arrancou o limão da sua mão, embora ela não soubesse como ia levar os que já tinham juntado. "É melhor investir em algum creme para os olhos. A enfermeira Angela não vai gostar que você ande todo velho com ela."
"A enfermeira Angela não vai prestar muita atenção aos meus olhos, se você sabe o que quero dizer."
"Não, Compton. Não tenho a menor ideia do que você quer dizer com essa evidente referência sexual,” ela disse bruscamente, saindo da caminhonete com os limões embalados contra seu peito. Um caiu no chão, mas desde que pegá-lo significaria deixar cair o resto, ela deixou.
"Ei, eu achei que você gostava de ser direta,” ele chamou por ela, agarrando o resto dos ingredientes e dando a volta na caminhonete. "Você é quem ganha à vida vendendo sexo.”
A cabeça de Riley voltou surpresa. "O que você acabou de dizer?"
Ele parecia um pouco assustado com sua expressão. "Eu só quis dizer..."
Riley virou-se para ele, com os olhos furiosos. "Eu não vendo sexo. Eu escrevo sobre isso. Há uma grande diferença."
"Você sabe o que eu quis dizer, Ri."
"Obviamente que não,” disse ela, dando um passo em frente.
Seus olhos eram cautelosos, e ele deu um pequeno passo para trás. Homem inteligente.
Não sentia a necessidade de defender o seu trabalho há anos. Ela achava que as pessoas que não conseguiam lidar com isso ou eram puritanos ou provavelmente sofreram de bolas azuis15.
De alguma forma, não achava que Sam fosse um deles.
"Você sabe, você está certo, Sam. Talvez eu devesse parar de vender sexo. Talvez eu deva mexer com grãos de licor em uma garagem, e depois me recusar a compartilhar com alguém, muito menos vendê-lo. Talvez viva em um estado permanente de que ainda não está pronto?"
Seu olhar escureceu, enquanto a conversa rapidamente passou de disputa casual para aquecida raiva. Era inevitável com eles. Eles arranhavam de um lado para o outro nas feridas superficiais, até que alguém golpeasse com força e tirasse sangue. Em seguida, alternando, e, bem…
"Você não sabe nada sobre isso, Riley."
"Ninguém sabe,” ela murmurou, voltando para a casa.
Quando Sam tinha anunciado que estava começando sua própria destilaria alguns anos antes, a família McKenna tinha feito nada além de apoiá-lo. Ao contrário de sua própria mãe, que não tinha feito nada além de derrubá-lo.
Mas o que os McKennas tinham conseguido por seu apoio e esperança que ele tivesse sucesso?
Obstruídas. Isso é o que foi. Diferente de Liam, e salvo uma surpresa para celebrar "a inauguração,” nenhum dos outros McKennas tinha sido convidado para a destilaria, e não por falta de pegar um convite.
Sam continuava dizendo que ele estava apenas ajustando-o para fazer a degustação, mas Riley sabia melhor.
O homem estava morrendo de medo de fracassar. Ela sabia por que o conhecia. Anos de secretamente, perseguir um homem tinha seus benefícios.
"O que você e sua mãe estavam falando? ” Disse ele, seguindo-a até a porta. "Parecia que eu tinha entrado em algo estranho."
"Mudança de assunto agradável,” ela disse, usando seu dedo do pé para abrir a porta da frente que tinha deixado encostada.
"E era estranho. Minha mãe queria saber se meu mais recente artigo BDSM era baseado na minha experiência pessoal."
Sam assobiou. "Ufa. Vá, Erin."
"Falando de mães, como está a sua?"
Seu sorriso fácil desapareceu. "Bem."
Riley inclinou a cabeça e deu-lhe uma olhada. "Não minta pra mim. Eu conheço você."
Ele revirou os ombros. "OK. Ela é desagradável e má e ainda me odeia. Bom o suficiente?"
"Sam..." Ela colocou a mão em seu braço, mas ele recuou.
"Largue, Ri."
Riley viu a dor em seus olhos e estava desesperada para abraçá-lo, mas ela sabia melhor. Ele não iria afastá-la, mas a parede emocional que ele tinha erguido iria crescer mais espessa.
Em vez disso, ela forçou um sorriso e voltou a um território mais seguro. "Você não vai perguntar?"
Sua testa franziu, sua expressão ainda cautelosa. "Perguntar o quê?"
"Sobre a surra. Se ele é baseado na experiência pessoal.”
Para sua surpresa e consternação, ele riu. "Deus não. Eu não preciso perguntar."
Era a sua vez de franzir a testa. "Porque você não se importa de uma forma ou de outra?"
Seu olhar cintilou e seu sorriso desapareceu. "Bem, para começar, o seu irmão me mataria se soubesse que eu nem mesmo li um de seus artigos. Mas, principalmente, eu não preciso perguntar por que eu já sei a resposta."
Ele se aproximou dela, dirigindo-se pelo corredor em direção à cozinha.
"Você não! ” Ela gritou para ele.
Sam virou, caminhando para trás com um pequeno sorriso. "Ri, a maioria da cidade sabe que você tem mais experiência no quarto do que a maioria das dançarinas de Las Vegas. Mas não se preocupe. Eu não vou dizer a seus irmãos. Ou ao seu pai."
Ele se virou, desaparecendo na cozinha, e graças a Deus por isso, porque deixar Sam Compton ver suas lágrimas era um caminho que ela nunca iria seguir.
Mas sob as lágrimas que ameaçavam cair mais, havia outra coisa. Algo mais profundo e mais escuro.
Era o desejo de contar a Sam quão errado estava sobre ela.
CAPÍTULO CINCO
Sam Compton já sabia o que iria matá-lo um dia: Riley McKenna.
Ou, mais precisamente, manter suas mãos longe de Riley McKenna que iria matá-lo.
Porque um homem heterossexual não passava uma década na companhia de uma mulher como Riley sem tocá-la.
Não, a menos que ele quisesse morrer uma morte lenta, tortuosa pela frustração sexual.
Riley, por outro lado, estava felizmente inconsciente da situação de Sam e era muito provável que morresse como à senhora mais quente do quarteirão, completamente cega ao fato de que ela matou Sam Compton simplesmente por ser a mulher mais linda existente.
Mas não era só seu corpo assassino que lhe faria. Oh não. Era todo o pacote.
Porque Riley era uma grave dor no traseiro. Sua bunda.
Também?
Ele era um idiota. Um merda de primeira linha.
Poucos dias depois de xingar sua mãe por chamar Riley de prostituta, ele tinha feito a mesma coisa.
Ele não queria fazer aquela piada sobre seu trabalho como aquilo. No final.
Mas ainda…
Ele era um asno. O maior.
E agora, desde que eles tinham buscado os fixadores de margarita na caminhonete, ela estava evitando-o. Isso não era normal.
Ele não gostou.
"Ei, Riley não pareceu estranha para você hoje à noite?" Sam calmamente perguntou a Liam enquanto os dois lavavam os pratos.
Liam olhou para ele. "Você está me perguntando se eu acho que a minha irmãzinha é estranha. Isso é como perguntar ao papa se ele vai à missa na Páscoa.”
"Kate e Megan não são estranhas."
"Claro que são. Você não ouviu Kate falar por vinte minutos sobre a perspectiva de Nietzsche sobre a dicotomia16? Eu não consegui acompanhar essa merda mesmo sem as margaritas."
Sam pegou o prato molhado que Liam lhe entregou e secou, seus olhos nunca deixando a mesa da cozinha, onde Riley estava sentada lendo uma história sobre um furão azul amigável para sua sobrinha.
O efeito delas juntas, a linda mulher com a menina... inquietante.
Lily, de cinco anos de idade era a imagem cuspida de sua tia. Não havia sinal do cabelo vermelho escuro de sua mãe, nem do loiro sujo de seu pai. Com os olhos azuis da menina e os brilhantes cachos pretos, ele poderia estar olhando para Riley vinte anos antes.
E a visão da mini Riley no colo da real Riley parecendo muito mãe e filha fez algo traiçoeiro no seu peito.
Não faça isso, Compton.
As conversações de autoestima às vezes funcionavam. Na maioria das vezes não.
"Kate tem um exame de filosofia na sexta-feira. Ela tem o direito de estar preocupada," Sam respondeu voltando sua atenção para a conversa com seu melhor amigo.
Liam sacudiu a cabeça. "Meu ponto é, todas as minhas irmãs são esquisitas. Quero dizer, olhe para Megan. Ela atualmente invadiu os suprimentos da cozinha de minha mãe por um cortador para fazer biscoitos em forma de golfinho. Não é normal."
"É normal para as mães,” Sam disse facilmente.
Pelo menos era para as boas mães. O Conceito de sua própria mãe fazendo biscoitos era um pacote de Oreos, o que inevitavelmente estaria velho porque nem ela nem o namorado da semana tinham se incomodado de fechar o pacote.
"Estou apenas dizendo que Ri parece mais complicada que o normal," Sam disse enquanto adicionava o prato seco na pilha limpa.
Liam resmungou. "Irritar é o que Riley faz. Ela não está feliz a menos que esteja empurrando botões."
Sim. Normalmente os meus botões. "Talvez seja um cara,” disse Sam, mantendo sua voz cuidadosamente casual, esperando que Liam não sentisse que estava pescando.
Liam fez uma careta e lançou um olhar para a irmã do meio. "Você acha?"
Espero que não.
Mas no caso de Riley, provavelmente não era um cara. Era mais provável, caras. Plural. Porque apesar da forma como ele encerrou a implicação de sua mãe de quem ela dormia, não era de admirar que Liam fosse tão protetor com Riley.
A escolha de carreira de Riley não ajudou. A mulher era uma colunista de sexo incomparável.
Certo, Liam era protetor de todas as irmãs. Mas de Riley em particular. Aquelas pernas longas, olhos azuis brilhantes de gato, e jeito de gatinho sexy eram um pesadelo para o irmão mais velho.
Só mais uma maneira em que a mulher estava tentando enviá-lo a uma morte prematura. E se ela tinha feito maravilhas para sua vida de fantasia, quando ela tinha sido uma jogadora de futebol moleca, sua transformação em uma especialista em quarto atrevida era praticamente impossível de ignorar.
Claro, ele provocou sobre si mesmo através da leitura de cada um de seus artigos. Isso era uma tortura. Não podia ler suas palavras sem ouvir sua voz. E ele não podia ouvir sua voz sem imaginar uma Riley nua dando-lhe uma demonstração de primeira linha de cada uma de suas dicas e truques.
Ele pensou em seu artigo de alguns meses antes, sobre assumir o controle: É sobre o controle, senhoras. Descobrir se você o quer abaixo ou acima de você. Montá-lo ou deixá-lo montar. Possuí-lo.
Sam usou as costas de sua mão para limpar o suor da sua testa.
"Lavar os pratos é demais para você, Sammy?" Erin disse enquanto se movia para guardar o sal e a pimenta.
Cristo. Exatamente o que ele precisava. A Sra. McKenna puxando conversa, enquanto ele estava quase tendo uma ereção por causa de um pensamento sujo sobre sua filha.
"Não, Liam e eu não lavamos os pratos na semana passada? ” Reclamou, empurrando seus pensamentos para território mais seguro.
Kate deu um grunhido do balcão da cozinha, sem olhar para cima de seu enorme livro. "A moeda não mente, Sam. Cara significa que os homens lavam os pratos.”
"Sim, mas há mais mulheres,” Liam respondeu. "Não é justo."
Megan empurrou a cabeça para cima do forno de sua mãe. "Não é nossa culpa que Patrick tem um cabelo na bunda e mudou-se para Boston e que Brian está trocando a fralda.”
"Na verdade, esse último é culpa sua, visto que o seu marido está mudando a fralda do seu filho,” disse Kate à irmã, sempre pragmática.
"Obrigada por esse pouco de lógica útil, querida," Erin disse suavemente.
Sam lançou um olhar para Riley enquanto Liam pedia para ver a moeda (porque claramente a maldita coisa tinha duas caras). Este tipo de briga familiar ridícula McKenna era geralmente até pista de Riley. Mas seus olhos nunca deixaram o livro onde Lily estava meticulosamente soando cada sílaba.
Sam sabia que talvez devesse se desculpar pelo que tinha dito sobre sua vasta experiência sexual. Tinha sido por ciúmes, mas ela não sabia disso. Em vez disso, ela tinha apenas olhado... ferida.
Ainda assim, Riley tinha estimulado sua marca como a rainha do sexo. Não na frente de sua família, obviamente - Liam teria um ataque cardíaco, para não falar do seu pobre pai, mas quantas vezes ela tinha jogado seus muitos homens na sua cara quando estavam apenas os dois?
Assim como ele jogou sua mulher ocasional na dela.
Era parte do jogo que eles jogavam. Ele só não sabia exatamente por que jogavam. Tudo o que sabia era que deixava Riley pensar que as coisas com Ângela eram muito mais sérias do que eles realmente tinham sido.
Que levantou outro pensamento irritante... se ele estava enganando ela sobre sua vida amorosa, ela poderia estar enganando ele sobre a dela?
Isso explicaria por que ela parecia ter sido esbofeteada com a sua piada sobre sua vida sexual bastante ocupada. Ele não quis dizer isso como um golpe, ele não era um Neandertal que não achava que as mulheres mereciam uma vida sexual saudável variada tanto quanto os homens.
Mas se ele estava errado...
Será que ele não sabia o quanto machucava que as pessoas fizessem suposições infundadas?
Seus olhos caíram sobre a revista Stiletto que sua mãe tinha colocado enquanto se movia para colocar uma pilha de pratos. Não. Ele não poderia estar errado. De jeito nenhum ela poderia escrever do jeito que fazia, com aquele estilo sincero, sensual, sem que ela estivesse falando da experiência pessoal. E desde que ele nunca soube que ela tivesse um relacionamento sério, isso significava que ela estava fazendo um monte de jogo em campo.
Que era bom. Ele fazia o mesmo. Era apenas...
De jeito nenhum. Não era bom. E esse era o problema.
A única pessoa que deveria estar espancando o corpo digno de modelo de Riley era ele.
Havia apenas alguns contratempos.
Em primeiro lugar, o pai poderia matá-lo. E Liam provavelmente iria matá-lo, porque ele tinha jurado a seu melhor amigo que manteria as mãos longe de sua irmãzinha.
E o maior problema? Ele não era nem remotamente digno dela, e tinha certeza que ela sabia disso. Claro, talvez houvesse aquela... coisa que acontecia sempre que faziam contato visual ou se tocavam acidentalmente.
Mesmo ela não podia negar que havia uma química física séria lá.
Mas não era algo que ela agiria. Os homens de Riley eram corretores de ternos sob medida (um termo que ele não tinha sequer conhecido, até que teve que conhecer uma dessas pessoas excessivamente chatas no aniversário de Kate no ano passado), que parou para fazer suas unhas em seu caminho para os bares de cocktails superfaturados.
Eles foram os únicos que tiveram acesso a suítes de luxo no Yankee Stadium, em vez de economizar seus centavos para um assento extra na seção de sangramento nasal17.
Os homens de Riley certamente não eram ásperos – ou como os nativos de Brooklyn ou arredores que só possuíam um par de calças que não era jeans. E ele nem sequer sabe o que aquilo era.
Em outras palavras, não importava o quanto ele a desejasse, e ele a queria muito.
Mas no final das contas, ela não era para ele. Nunca seria para ele.
"Cara. Eu acho que está seco."
Liam pegou o pote que Sam estava secando distraidamente por mais de cinco minutos.
"Liam, querido, você levaria Riley para a estação de metrô?"
Sam chamou a atenção. Riley está saindo?
Com certeza, ela estava encolhendo os ombros em seu casaco imaginário e fazendo um bom trabalho de não olhar para ele.
"Ma, eu não preciso que alguém me acompanhe até a estação de metrô,” ela protestou. "Eu tenho feito isso desde o terceiro ano."
Erin arrumou o colarinho de Riley. "Sim, mas isso é antes que o Sr. Blanton pensasse ter visto um intruso em seu jardim na semana passada.”
Riley revirou os olhos. "Sr. Blanton também confunde seu próprio gato com o carteiro. Acho que posso caminhar cinco minutos a pé."
Sua mãe ignorou. "Liam?"
Liam abriu sua cerveja. "Papai ainda está fazendo seu passeio noturno? Talvez Riley possa acompanhá-lo e eles possam desviar para a estação de trem."
"A rotina de caminhada noturna ‘de seu pai’ simplesmente está na rotação semanal de razões pelas quais ele não pode lavar a louça."
A lata de cerveja de Liam parou a meio caminho de sua boca. "Espere. Rotação?"
Erin olhou para ele.
"Droga,” Liam murmurou. "Então a sua artrite não é agravada pela água?"
"Que artrite?" Erin disse com um divertido levantamento de suas sobrancelhas.
"Wily velho bastardo," Liam murmurou. "Bem. Vou levar a irmãzinha para o metrô. Mas é melhor você ter o seu MetroCard desta vez, Ri, porque eu não estou caindo para o velho... "
"Eu a acompanharei." As palavras saíram antes que Sam percebesse que tinha aberto a boca.
A cabeça de Riley girou, olhos azuis ferozes perfurando os dele. Não.
"Não preciso que ninguém me acompanhe,” ela disse com os dentes cerrados.
Liam afagou-lhe a cabeça e dirigiu-se a sala de estar. "Mamãe diz que sim."
E na casa McKenna, isso era suficiente.
Os ombros de Riley caíram apenas antes de se endireitar e erguer o queixo. "Bem."
Ela se inclinou e beijou o rosto de sua mãe. "Te amo. Obrigada pelo jantar .”
Erin segurou o rosto de sua filha. "Lembre-se do que conversamos, ok? A paixão?"
"Ma!"
"Eu disse que ela era uma puritana," Kate murmurou não tão baixinho para Megan.
Sam arqueou as sobrancelhas. Agora, isso foi interessante.
Riley apontou para as duas irmãs, seu olhar lívido. "Nós não estamos tendo essa conversa agora."
"Definitivamente uma puritana,” Megan sussurrou.
Riley soltou um hu de frustração antes de se dirigir para a porta da frente. "Vamos, guarda-costas,” ela retrucou, sem se preocupar em olhar para ele quando ela invadiu passando.
Sem dizer nada Sam seguiu atrás dela, agarrando sua jaqueta de couro em seu caminho para fora da porta, esperando que estivesse mais frio agora do que quando chegou.
A irada moça irlandesa marchando pela calçada precisava se refrescar.
"Espere," ele chamou.
Ela não esperou.
Ele correu atrás dela, abrandando a marcha quando ele parou. "Uau, essa foi por pouco. O maluco do Sr. Blanton poderia ter saltado e pego você a qualquer momento.”
"Certamente o único maluco neste quarteirão está na minha companhia."
Ele olhou para seu perfil familiar. "Não é a sua melhor resposta. Você está bem?"
Ela desviou o olhar, e seu peito se apertou. Não está bem, então. Droga.
"Tentando outro papel de irmão mais velho para o tamanho? ” Ela perguntou, ainda sem olhar para ele.
"Ok, eu vou morder. O que isso significa?"
Desta vez, ela olhou para ele, e desde que ela estava usando os saltos habituais arranha-céus, seus olhares estavam quase nivelados. Sam não era baixo, mas Riley era alta, com pernas longas de uma modelo, colocando-a perto de 1,82m com os sapatos certos.
"Você está dando uma nova rodada sobre sua rotina de irmão mais velho,” explicou ela, com sua voz plana.
"Normalmente, você assume o papel de atormentador de garotinha. Empurrando meus botões, puxando meus cabelos..."
Ele quase riu. "Eu nunca puxei seus cabelos."
Ela deu-lhe um pequeno sorriso. "Você quis.”
"Só porque você é uma pirralha." Ele sorriu de volta.
"Olhe, isso,” disse ela, girando em direção a ele, agora que eles tinham chegado ao topo das escadas que levam até o metrô. "Essa é sua brincadeira habitual. Chamar-me de pirralha, me irritar. Só seja fiel."
"Eu pensei que era,” disse ele, sentindo-se completamente desconcertado por ela.
"Não, você me perguntou se eu estava bem,” disse ela, apontando um dedo em seu peito.
Cristo. “Assim?”
"Portanto, não,” ela retrucou. "Não é da sua conta."
Sam sentiu seu temperamento começar a se desfazer. "Como você sabe? Eu sou praticamente parte da sua família."
"Exatamente,” disse ela, dando um passo mais perto. "Quase, mas não é."
Era verdade, mas mesmo assim doeu. Ele não era parente de sangue, mas os McKennas eram tudo para ele. Esta McKenna, em particular. E Liam. Liam, que realmente não apreciaria haver menos de um pé entre Riley e Sam no momento.
"Tudo bem,” ele falou. "Eu não vou perguntar se você está bem. Vou continuar a mijar e fazer você chorar."
As narinas dela alargaram. "Você não me fez chorar."
Sam sentiu um pequeno sobressalto de surpresa. Ele estava brincando sobre o choro. Ele não podia imaginar Riley chorando, muito menos chorando por causa dele.
Mas suas narinas tinham alargado.
E você não passa uma década estudando alguém sem saber quando eles estão mentindo. E então, quando ela disse que ele não a fez chorar?
Ela estava mentindo.
Ele tinha tropeçado na verdade por um golpe de sorte, e a verdade o sugou.
"Fale comigo, Ri,” disse ele, incapaz de parar de alcançar a mão dela. "Eu não entendo o que está acontecendo com você hoje à noite."
Ela bufou. "Oh, é só hoje à noite que você não sabe? Como se você soubesse o que está acontecendo comigo o resto do tempo?"
Ele respirou fundo. "Acho que eu tenho uma boa ideia, sim."
Riley deu um pequeno aceno de cabeça, desalojando uma mecha de cabelo de seu coque bagunçado. Seus dedos coçavam para estender a mão e tocá-la. Só uma vez.
Em vez disso, ele enfiou as mãos nos bolsos de trás. Que acabou por ser um maldito fortuito, porque ela deu um passo mais perto e o desejo de alcançá-la era instintivo e feroz.
"Você não sabe nada sobre mim,” disse ela, com a voz rouca e perigosa. "Não o verdadeiro eu."
"Não?" Droga, ele não conseguia pensar direito quando ela estava tão perto, afogando-o em seu aroma doce e picante.
"Não,” ela sussurrou, seus olhos se encontrando com os dele antes de se moverem para a boca. "Mas você está prestes a descobrir."
Ela se afastou apenas quando ele estava se inclinando para frente, e ela foi embora descendo os degraus até a plataforma do metrô, sem olhar para trás.
Ele fechou os olhos e se forçou a virar-se, em vez de ir atrás dela e mostrar exatamente o que aconteceu com as mulheres que adicionaram um fósforo aceso a um relacionamento já volátil.
Durante anos, Sam estava se preparando para o inevitável momento em que ele e Riley cruzassem aquela linha, e enquanto eles ainda não tivessem ido lá, ela chegou muito perto daquela linha passeando com seus sapatos de gatinha sexy.
"Maldição, Riley,” ele murmurou para si mesmo, completamente sozinho no Brooklyn. "Não vá complicar as coisas."
Só que ele tinha certeza de que estavam na estrada complicada desde que ele entrou na cozinha McKenna, pela primeira vez aos dezenove anos e a viu sentada naquele banco com o seu olhar que qualquer menina de dezessete anos de idade não tinha nenhum direito de ter.
Dez minutos depois, ele olhou seu melhor amigo nos olhos e concordou que Riley permaneceria para sempre fora dos limites.
Sam só queria que ele soubesse então que seria a promessa mais difícil da sua vida.
CAPÍTULO SEIS
Até mesmo um nova-iorquino ao longo da vida poderia descobrir coisas novas sobre a cidade. A pequena surpresa de hoje?
Atualmente havia linhas de metrô que não cobriam Manhattan.
Normalmente, isso teria parado Riley em suas trilhas. Era blasfêmia. Mas para esta missão em particular, ela estava determinada.
Levou três transferências, dois olhares penetrantes de “não fale comigo” de estranhos, e o desvio de um rato, mas aqui estava Riley, no trem G, para o meio do nada, Brooklyn.
Greenpoint não era exatamente o ponto quente da cidade. Não que houvesse alguma coisa de errado com o bairro, mas desde que fosse no extremo norte de Brooklyn, você não acabava em Greenpoint, sem uma razão para estar em Greenpoint.
E Riley definitivamente tinha uma razão.
Mais uma missão, na verdade.
Riley tinha estado com Sam apenas uma vez antes, e ela também não tinha sido convidada.
Liam tinha dado uma festa surpresa para Sam, logo depois de ter comprado o armazém, e naturalmente, toda a família McKenna tinha estado na lista de convidados. A mãe de Riley tinha ainda providenciado a comida (espaguete, almôndegas, e um lado de batatas).
Enquanto Sam tinha sorrido e caminhado durante a festa, Riley tinha certeza de que ele estava desconfortável com a coisa toda. E com certeza nesses anos ele não tinha repetido.
Por alguma razão, ele não gostava de falar sobre o que fazia aqui em cima no meio da nada com seus grãos e todas as porcarias que era feita para a fabricação de uísque.
Liam disse que era porque Sam era modesto.
Riley pensava que era algo completamente diferente.
Ela só não sabia o quê.
Uma coisa que ela sabia era que ele não ficaria feliz em vê-la, mas o fator surpresa era um elemento crucial em seu plano. Se ele tivesse até mesmo uma ideia do que ela tinha planejado, ele provavelmente teria esmagado seu próprio rosto com um martelo, a fim de exigir uma viagem de emergência ao dentista.
Desde que tinha passado bastante tempo desde a última vez que estivera aqui, ela se baseou no mapa do seu telefone para levá-la da estação de trem até o armazém onde ROON Distillery era sediada.
As botas de salto agulha não tinha sido o melhor para percorrer o caminho, especialmente tendo em conta à tempestade daquela manhã.
Ela fez o seu melhor para evitar as piores poças, enquanto virava à direita em um posto de gasolina deteriorado e caminhou através do poço de cascalho que levava até o prédio de tijolos na qual Sam tinha gasto todo o seu sustento.
Ela parou por um segundo, olhando tudo. Estava em boas condições para a área, mas dificilmente era a cidade lisa de Nova York tão frequentemente retratada nos filmes. A área era rústica em torno das bordas e um pouco solitária.
Muito parecido com o homem lá dentro.
Respirando fundo, ela examinou o edifício melhor. Quando ela veio à última vez, as enormes portas da garagem estavam abertas. Elas estavam fechadas agora, e não havia exatamente uma porta principal proeminente com um tapete de boas-vindas.
Todo instinto dizia-lhe para voltar. Não só ela não pertencia aqui em seu vestido de design vermelho e botas de salto altos agulha superfaturado, mas ela não deveria estar neste lugar. Não precisava de uma porta fechada para lhe dizer isso.
Mas ela estava tomando o caminho mais fácil por anos. Era hora de assumir o controle de sua vida.
Era hora de tomar o que queria e esperar desesperadamente que ela não se machucasse no processo.
Circundando o prédio, ela encontrou uma porta com pintura marinha lascada e deu uma batida forte.
Nada.
Ela bateu com mais força, mas não houve resposta.
Droga. Ela tinha contado com ele estando aqui fazendo... bem, o que quer que fizesse em uma destilaria.
E se ele tivesse conseguido convencer Angela de que ele não tinha verrugas genitais, e se estivessem juntos?
Riley engoliu a amargura daquela imagem mental de Sam com outra pessoa.
Sua mão foi para a maçaneta enquanto pesava suas opções. Se ela estivesse destrancada e entrasse, ela estaria enfrentando a indignação de Sam por invadir seu espaço privado, sem ser convidada.
Então, ela imaginou, Camille quando Riley lhe dissesse que não seria capaz de escrever o artigo da Stiletto para a edição de aniversário.
Ela imaginou dizendo ao mundo que não poderia escrever um artigo pessoal sobre a influência da Stiletto em sua vida, porque a marca que construiu para si mesma era baseada em...
Nada.
Seu pulso torceu.
A porta estava destrancada.
Sério, Sam? Nenhum sistema de alarme?
Riley estava mais do que um pouco surpresa por não se encontrar em um armazém mofado, mas um espaço acolhedor. Uma cama de forma descuidada feita foi empurrada para uma estremidade, enquanto da outra mantinha uma cozinha básica rústica.
Estava arrumada, se não intocada, e Riley entrou no pequeno espaço da cozinha, olhando por cima do ombro antes de abrir a geladeira.
O creme de avelã estava denunciando. O homem não gostava muito de doce, mas ele era viciado em avelã desde que a mãe de Riley tinha apresentado a Nutella quando tinha vinte anos.
Em seguida era o pequeno guarda-roupa no canto. Lá estava o seu moletom cinza favorito, um suprimento infinito de camisas de trabalho funcionais, e um terno que ela nunca tinha visto.
Um exame rápido das gavetas da cômoda confirmou isto quando ela viu pelo menos uma meia dúzia de camisetas familiares.
Sam não apenas ficava aqui de vez em quando.
Ele morava aqui.
Riley não tinha ideia. Ela sempre pensou que ele ainda vivesse no apartamento que ficava na rua de Liam em Williamsburg.
Não que importasse onde ele morava, mas a surpresa a pegou de guarda.
Ela sempre teve tanta certeza de que conhecia Sam Compton.
Mas ela nem sabia onde ele morava.
Não que ele tivesse pensado em dizer a ela que ele se mudara. Ele não pensou nela em nada.
As coisas nunca pareciam boas para o plano dela, mas ela tinha chegado tão longe. O que era pior que ele podia dizer, não?
Na verdade, isso seria muito ruim. Realmente ruim.
Pensando nisso, ela provavelmente teria que deixar o país...
Seus dedos traçaram o quadro de imagem de aço em sua cômoda, reconhecendo-a como a foto de Liam e Sam que sua mãe tinha dado a ambos de Natal do ano anterior. Era uma exibição quase desagradável de grandes olhares masculinos. Liam com seu cabelo negro brilhante e olhos azuis tão parecidos com os dela, e Sam como o loiro perfeito. De certa forma, Riley provavelmente poderia culpar seu irmão mais velho pela sua situação atual. Será que ele realmente precisava escolher o homem mais lindo do planeta como melhor amigo?
Provavelmente não estava na moda um homem adulto ter uma foto de seu melhor amigo em sua cômoda, mas, novamente, Liam e Sam não eram apenas amigos. Eles eram praticamente irmãos.
Lembrou-se de quando foi tirada. Tinha sido um dia de verão horrivelmente quente no quintal dos seus pais. Sam tinha acabado de engarrafar seu primeiro lote de uísque, e os McKennas insistiram para que ele trouxesse para uma degustação.
Um dos braços de Liam estava enganchado desajeitado ao redor do pescoço de Sam, enquanto a outra mão orgulhosamente erguia a primeira garrafa de uísque ROON.
A expressão de Sam era igualmente feliz, embora um pouco insegura.
Lembrou-se de que ele tinha ficado terrivelmente envergonhado pela atenção, o que não fazia sentido. O uísque em si tinha sido fantástico, e ele tinha vendido todo o primeiro lote, para amigos e familiares, quase que imediatamente.
Mas em vez de estar orgulhoso, ele tinha estado... estranho. Talvez Liam estivesse certo sobre Sam ser modesto.
Os olhos de Riley caíram para uma porta do canto. Ela levava para um banheiro surpreendentemente grande e bem equipado. Claramente não era da mesma época que a cozinha ultrapassada, o que significava que ele tinha priorizado a atualização de um chuveiro extravagante do que a obtenção de um fogão extravagante.
Não é surpresa. Ela o tinha visto "ajudar" seu pai a fazer churrasco em jantares de família no verão.
Suas habilidades de cozinheiro foram maximizados abrindo a garrafa de ketchup.
Seus olhos caíram sobre na porta de correr de estilo celeiro em frente à porta pela qual ela entrou. Ela só poderia levar à própria destilaria.
O que levaria a Sam e, consequentemente, a possibilidade de sua dignidade tornando o respingo de um incidente de paraquedismo errado.
Riley retrocedeu para o banheiro para verificar o cabelo e maquiagem. Se estivesse prestes a descer em uma pilha de magoa e humilhação, ela poderia muito bem olhar o seu melhor. Isso, e este plano era altamente dependente de Sam Compton, você sabe... desejá-la.
Ela tinha certeza de que sim, pelo menos no nível físico. Quantas vezes sentiu seus olhos nela quando ele pensou que ninguém estava olhando? E na quarta-feira quando a acompanhou até a estação de metrô, ele queria beijá-la. Ela tinha sentido, e agora estava se perguntando se talvez tivesse sido sempre mútuo. Talvez ela estivesse muito presa em sua própria vontade sem notar a dele. Mas nunca antes o tinha incitado tão descaradamente quanto aquela noite. E nunca antes sentira seus olhos queimando em suas costas enquanto ela se afastava.
Ele a queria, tudo bem.
Ela só esperava que ele quisesse o suficiente.
Riley abriu a porta o mais silenciosamente que pôde, aliviada por não fazer quase nenhum barulho.
Primeiro ela notou o cheiro. Não do tipo de cheiro embriagado de bar, mas um delicioso granulado aroma com um toque de doçura.
A última vez que ela estivera aqui, não havia nada, mas enormes caixas de mudança e um amontoado de equipamentos de metal em todos os lugares. Agora parecia com... algo.
Encontrou-se olhando para várias fileiras de barris de madeira. Todos eles estavam cuidadosamente rotulados com datas e marcas de seleção. Ela sabia que ele tinha contratado várias pessoas para ajudar com... bem, o que quer que fosse que ele fazia aqui, mas os rótulos estavam claramente em sua letra.
Ela sabia instintivamente que esses grandes barris eram como seus bebês. Alguém poderia ajuda-lo a preenchê-los, mas eles eram dele.
Como deve ser isso? Pertencer a Sam Compton?
Pare com isso. Não fique chateada sobre todo o negócio.
O armazém era organizado e rústico e estranhamente atraente, mas não havia nenhum sinal do homem. Ela passou a mão sobre os barris enquanto caminhava em direção ao outro lado da estrutura maciça até que alcançou uma porta. Lembrou-se de que o espaço era uma grande sala aberta, mas ele obviamente colocou paredes para fazer deste uma sala separada desde a última vez que estivera aqui.
Seu coração pulou na ultrapassagem quando abriu a porta isolada e moveu-se para a parte principal da destilaria. Se Sam estivesse aqui, este é o lugar onde estaria.
Ela não sabia o que seria pior, que ele não estivesse aqui ou que estivesse por perto, mas não sozinho.
Isto é o que ela conseguiu por não ter ligado primeiro, mas planejar com antecedência nunca realmente tinha sido o estilo de Riley. Ela era mais da persuasão e apenas ir com ele. Exceto quando se tratava de sexo, é claro.
Q que era exatamente o que tinha começado toda essa maldita confusão em primeiro lugar.
Seus saltos fizeram um tap-tap constante contra o chão de concreto enquanto procurava sinais de movimento. Ela rodeou uma mesa coberta com o que parecia ser equipamento de rotulagem, um monte de outras coisas de pelo assustador que ela não reconhecia, uma pilha de caixas contendo garrafas vazias, e então...
Lá estava ele.
Vestido com jeans e uma camiseta branca apertada, e olhando muito melhor do que qualquer homem tinha qualquer direito de olhar, ele estava agachado em frente de uma das enormes vasilhas de cobre que cobriam a parede do fundo.
Ela o observou por um segundo enquanto consertava com alguma ferramenta que ela não podia ver, reunindo sua coragem enquanto debatia sua melhor abertura.
Eu preciso de um pequeno favor envolvendo o seu minúsculo joystick.
Não, muito insinuante.
Não consigo me imaginar fazendo isso com ninguém além de você.
Muito revelador.
Quer trepar?
Melhor...
"Ei." Ok, não é a melhor abertura. Mas pelo menos era uma abertura.
Sam congelou por vários segundos antes de lentamente se levantar e virar-se para encará-la. Ela estava esperando surpresa, e houve uma fração de segundo disso, antes de se virar algo distante, mais revelador.
Cautela.
"Riley,” disse ele, rodopiando vagamente alguma coisa do tipo chave inglesa antes de cruzar os braços e estudá-la.
"Sam.”
"Aparecer sem avisar é considerado elegante em Manhattan?"
Ela levantou um ombro. "Não recebi nenhuma queixa antes."
"Não, eu suponho que não,” disse ele sombriamente. "Seu vestido é feito de plástico?"
Ela olhou para a bainha vermelha. "É Trina Turk."
"Eu não me importo se ele é feito de algum elemento novo ainda não descoberto; Ele não pertence a uma destilaria."
Riley o conhecia bem o suficiente para ouvir o subtexto. Você não pertence à destilaria.
"Eu não estive aqui desde que você comprou a propriedade,” disse ela, mantendo a voz calma.
Ele bateu uma mão contra sua coxa. "Droga! Eu soube que todos os meus convites da festa se perdeu no correio. Malditos correios."
Riley estreitou os olhos. "Você está irritado."
"Você está invadindo."
Ela acenou isso. "Vim para pedir um favor,” ela deixou escapar, indo para quebrar.
Sua cabeça inclinou ligeiramente para trás. "Eu vou precisar de uma bebida para isso?"
"Decididamente. E também, talvez um ajuste de atitude. Essa coisa de ermitão que você está passando..." Ela balançou a mão para trás e para frente, como se dissesse que é apenas assim.
Ele a ignorou e se moveu para o canto da frente do armazém. Ela o seguiu, seus olhos se arregalaram de surpresa quando viu que ele tinha um bar completo instalado. "Chique."
"Necessário,” disse ele, movendo-se atrás do bar de madeira polida.
Ela sentou-se sem ser convidada em um dos barris que dobrou como bancos de bar.
Ele puxou duas garrafas, e ela reconheceu um de seus próprios rótulos. "Usando a coisa boa?"
Ele sorriu um pouco. "A melhor."
Hã. Portanto, definitivamente não modesto em torno dela. Só do resto do mundo.
Riley observou enquanto ele derramava um líquido âmbar de uma garrafa ROON em um agitador, seguido por algum tipo de licor italiano, e salpicou alguns bitters18, e um pouco de gelo. Puxando um frasco de cerejas para fora da geladeira, ele deixou cair uma em cada um dos dois copos antes de habilmente agitar e mexer a bebida nos copos.
Ele entregou uma para ela, não encontrando seus olhos quando seus dedos se tocaram.
Ela olhou para o coquetel surpresa. "Um Manhattan?"
Ele não respondeu a sua pergunta. Ela poderia comprar que ele conhecia sua bebida favorita.
Ele a tinha buscado bastante ao longo dos anos, quando suas vidas sociais sobrepunham. Mas por que ele tem todos os ingredientes à mão?
"Os pintos cavam as cerejas,” disse ele.
"Eu sinto que isso é apenas uma piada suja esperando para acontecer."
"Bem, então coloque em mim. Prometo rir, mesmo que não seja engraçado,” disse ele, batendo seu copo contra o dela.
Riley apertou os lábios. "Chegando em branco. Minha mente é muito pura. "
Sam bufou. "Certo. A imagem da ingenuidade em um vestido colante."
"Eu acho que você gosta do meu vestido colante."
Sam congelou por uma fração de segundo no processo de enxaguar a coqueteleira antes de deliberadamente virar a cabeça para baixo em uma toalha para secar e apoiar as duas mãos no balcão. "Que diabos você está tramando, Riley?"
Ela cuidadosamente cruzou as pernas e tomou um gole do coquetel. "Isso é bom,” disse ela, um pouco surpresa. "Seu uísque é perfeito aqui. Doce, mas não desagradável por isso.”
Ele fez um barulho tsk-tsk. "Tentando mudar de assunto usando bajulação? Pensei melhor de seus movimentos."
"Querido, você não viu meus movimentos ainda."
"Então, esgueirar-se pela porta dos fundos da casa de um homem, bisbilhotando as suas coisas, e em seguida assustando a merda fora dele não é o seu MO típico?"
"Como você sabe que eu bisbilhotei suas coisas?"
"Não foi?"
"Bem, é claro,” disse ela, tirando a cereja de sua bebida. "Mas foi um desperdício total de Tempo. Não havia diários, revistas sujas ou cuecas com estampa de leopardo.”
"É claro que você não olhou na gaveta inferior do lado direito."
"Grandes segredos lá, né?"
"Eu não sou realmente um cara de muito secreto."
"Diz o homem que guarda o seu negócio de fazer uísque mais perto do que uma usina nuclear."
Ele pareceu surpreso. "Eu não guardo isso em segredo."
"Sério? Então por que não estive aqui desde que você comprou o lugar?"
"Bem, eu não tenho vindo a acolher um monte de chás de panela no meu local de trabalho. Quero dizer, você não está me atormentando para ir ao seu escritório na Stiletto.”
"Você não pertence a esse escritório,” disse ela, com os olhos passando por sua calça jeans e a camiseta de trabalhar.
Seus olhos cintilaram com surpresa ferida, e ela percebeu tardiamente como condescendente que soou. "Eu não quis dizer... é só que... você é tão macho."
"Não há rapazes na Stiletto?"
"Só Oliver, e vamos apenas dizer que ele recebe manicures toda segundas e sextas-feiras e coleciona calendários do Justin Timberlake."
"Eu gosto da música de Justin Timberlake."
"Calendários sem camisa. “ acrescentou.
"Então você realmente não olhou na minha gaveta direita inferior."
Riley sorriu, tomando outro pequeno gole de uísque. "Eu perdi isso. Faz um tempo desde que fizemos isso."
Houve aquela desconfiança novamente. "Feito o quê, exatamente? Brigar? Tentar arrancar a pele um do outro?"
"Eu ia falar."
"Então é por isso que você percorreu todo esse caminho até Greenpoint? Falar? Porque você sabe, eles têm essas coisas agora... telefones?"
"Você teria atendido se eu tivesse chamado?"
Sua expressão ficou abruptamente séria - quase terminou. "Claro. Eu não te peguei aquela vez que você ficou bêbada em Williamsburg e não conseguiu encontrar suas chaves? Ou quando você decidiu que queria alugar um carro e ir ao norte do estado só para lembrar tarde demais de que precisava de um pouco de reciclagem sobre como dirigir? Ou então aquela vez que você esqueceu sua carteira e estava muito envergonhada para dizer a sua família, então eu tive que pagar sua fiança para você sair "
Ela levantou a mão. "Entendi. Você salvou a minha pele sempre que eu estragava tudo. Mas não é onde eu quero chegar. Quero dizer, nós estarmos falando. Já não falamos muito."
Ele ergueu um ombro.
"Há quanto tempo você mora aqui? ” Ela perguntou, querendo salvar esse fluxo entre eles. "Na parte de trás da destilaria, quero dizer."
"Seis meses? Talvez um pouco mais? Meu aluguel subiu, e o lugar já tinha uma cozinha e um banheiro, então eu pensei, por que não?"
"Você não se cansa disso? Trabalhar e viver no mesmo lugar? Não cheira a Uísque?"
Ele olhou em volta do enorme espaço. "Ele cheira. Mas eu amo isso. E claro, acho que fico um pouco inquieto às vezes. Mas não parece trabalho quando você ama, sabe?"
"Eu acho."
Ele esvaziou o resto do seu coquetel e começou o processo de misturar outro. "Você não se sente assim em relação a Stiletto? E você não é exatamente alguém para falar sobre separar o trabalho/vida. Você é paga para escrever sobre sua vida."
Ela não poderia ter pedido uma abertura mais perfeita. Realmente, engraçado você mencionar que... Eu posso ter tipo estado falsificando minha credibilidade nessa frente...
Mas não podia. Ainda não. "Posso ter outro? ” ela Perguntou, mesmo que sua primeira bebida ainda estivesse meio cheia. Um pouco de coragem líquida não poderia machucar.
"Como é que você nunca fala sobre o seu uísque? ” Ela perguntou.
Sam não respondeu por vários segundos. "Eu vou te dizer que... Eu vou responder a isso, se você me disser o que você está fazendo aqui. E não me venha com a resposta padrão sobre apenas querer conversar e ser tudo companheiro camarada. Apesar de suas reivindicações na outra noite, eu te conheço. E eu sei quando você quer algo."
Certo. Mas você sabe, quando eu quero alguém?
"Você primeiro,” ela disse, tomando um grande gole de sua bebida e empurrando-o para ele para reabastecer.
"Bem,” ele disse, dando ao shake um último chocalho antes de derramá-lo no seu copo. "Acho que você poderia dizer que é muito importante."
"Não seguir."
"ROON é tudo para mim. É minhas economias, minha poupança, o meu sustento, a minha paixão. Mas os McKennas são tudo para mim também. Você era minha família quando a minha era mal-humorada, e você é ainda mais a minha família, agora que o minha está na maior parte fora da jogada."
Riley resistiu ao desejo de colocar a mão sobre a dele. Sam era filho único, criada pela mãe mais indiferente do planeta. Riley só vira Helena Compton uma ou duas vezes, e, embora ela tivesse passado a boa aparência para seu filho, ela não tinha sido uma mãe. Não da maneira que importava.
"Eu não entendo,” ela disse suavemente. "Porque ambos são importantes para você, eles não podem sobrepor?"
"Digamos que meu uísque é meu bebê e seus pais são meus pais. Acho que não posso suportar Erin e Josh não gostarem do neto deles.”
Ele deu a ela um sorriso infantil, mas Riley ouviu a verdade por trás de seu tom casual. Ele estava morrendo de medo de desapontar os McKennas.
"Mas você está me deixando beber."
"Só porque você veio até aqui e bateu em minha casa e eu queria -precisava- de uma bebida para lidar com você."
"Por que você acha que é isso?"
Seus olhos se fixaram nos dela. Ela não pretendia que sua voz saísse tão rouca, mas sua pergunta tímida soava muito parecida com uma proposição perigosa.
"Porque você é perigosa para mim,” ele respondeu de forma muito simples. "Especialmente quando eu não sei o que você está procurando, e confesso, estou completamente perplexo agora. É sexta-feira à noite. Você não deveria estar na cidade em algum lugar quente com alguém de terno?"
Ela estendeu a mão sobre o bar e colocou a cereja em sua bebida. "Talvez eu esteja com vontade de um bar caseiro com um cara de calça jeans e camiseta no Brooklyn.”
Sam agarrou seu pulso e seu olhar voou para o dele, assustada com sua expressão intensa.
"Não,” disse ele bruscamente. "Não jogue esse jogo. Não comigo."
Não é um jogo.
Ela puxou sua mão para trás, e ele soltou seu braço, mas não seus olhos. Riley tomou uma profunda respiração. Já era tempo.
"Eu disse que estava aqui, porque eu precisava de um favor..."
Sua expressão nunca mudou. "Qualquer coisa."
Seu coração se enrolou um pouco nisso. "É um... um pouco mais pessoal do que os meus favores habituais. Este não é um passeio para casa, ou uma lição sobre a diferença entre as chaves de fenda, ou ajuda para mover a mobília."
Os olhos de Sam se estreitaram. "Como pessoal?"
Riley lambeu os lábios. "Tipo tão pessoal que só você pode fazer."
Ele cautelosamente circulou o bar, estabelecendo-se em um dos barris ao lado dela, embora mantendo uma distância segura entre eles. "Por que você não começa do início."
E então Riley estava contando tudo a ele. Bem, nem tudo. Apenas a parte sobre a edição de aniversário da Stiletto, e como ela deveria falar a verdade por trás da história.
Como ela deveria escrever sobre algo pessoal.
Ele assentiu levemente quando terminou. "Tudo bem eu já entendi. Eles querem que todos os escritores escrevam um relato mais pessoal para esta edição. Mas eu não estou entendendo o que isso tem a ver comigo."
Aqui vamos nós, aqui vamos nós...
"Bem, meus artigos são principalmente sobre... sexo.”
Ele revirou os olhos. "Eu sei. E acho que toda a cidade sabe."
"Bem, esse é o meu problema,” ela continuou calmamente. "Julie e Grace, mesmo Emma... é mais fácil para elas fazerem suas histórias mais pessoais."
"Mais pessoal do que o sexo?"
"Você sabe o que eu quero dizer."
"Não."
"Vamos," ela disse, exasperada. "Você é um cara. Você deve saber mais do que ninguém que às vezes o sexo é apenas... sexo. Há muito para conversar e nada para falar, tudo ao mesmo tempo."
"Sem ofensa, Ri, mas eu tenho certeza que pode ser melhor você ter essa conversa com seus amigos ou suas irmãs."
"Não, eu não faria,” disse ela obstinadamente. "Porque eles não podem fazer sexo comigo."
E lá estava ele.
Riley se preparou.
Ela examinou a lista das possíveis reações. Riso. Grito. Desmaio, talvez.
Em nenhum de seus possíveis cenários, ele calmamente tomaria outro gole de sua bebida, e até mesmo entregaria mais calmamente uma resposta calma, tranquila. "Não."
"Me ouça."
"Não há necessidade."
"Sam." Sua mão encontrou seu joelho, e os dois congelaram. Seus olhos foram primeiro para os dedos antes que eles subissem para encontrar os dela.
E lá estava o louco. Não, não louco. Ele estava furioso. "Salve seus toques sensuais para outro homem, Ri."
Ela retirou a mão. "Eu não quis dizer... Eu só..."
Diga-lhe tudo.
Mas ela não podia. Não quando ele estava olhando para ela com total desdém. Não havia nenhuma boa maneira de dizer a ele que ela não poderia contar uma história pessoal sobre sexo, porque não tinha feito sexo. Não da maneira que contava. E certamente não podia dizer-lhe que a razão pela qual ela não tinha feito sexo era porque o único cara que sempre quis era ele.
Então, ela ficou com seu plano original de uma meia-verdade.
"Nós queremos um ao outro,” ela disse claramente.
Ele levantou-se abruptamente e voltou para trás do bar, recuando para a segurança. Bem, isso era muito, muito ruim. Porque Riley estava cansada de segurança.
Ela levantou-se e o seguiu, sentindo uma emoção de triunfo quando ele deu um passo para trás. Era a confirmação de que precisava.
"Riley..." Ele parou.
"Negue,” ela disse em voz baixa, parando a poucos passos dele.
Ele não encontrou seus olhos. "Seu irmão nos mataria se soubesse que estamos tendo esta conversa."
Era um escudo patético – Uma forma completa de autoproteção, mas ele precisava de algo, qualquer coisa, para impedi-lo de dizer sim.
Porque ele queria levá-la aqui. Agora.
Mal.
"Liam não está aqui,” ela disse, parecendo completamente racional. "E nem há mais ninguém da minha família, e eles não precisam descobrir."
"Você acabou de dizer que queria sexo para que você pudesse escrever sobre isso! ” Ele explodiu. "Tenho certeza que eles vão descobrir isso depois."
"Eu nunca mencionaria o seu nome,” disse ela calmamente.
"Jesus, Riley, por que eu? Há um milhão de homens em Nova York, que iria saltar na chance de dormir com você e gostaria que você mencionasse o seu nome.”
"Que inferno de manchete você tem em mente? ‘Eu dormi com o melhor amigo do meu irmão e vivi para contar isso? ' "
"Não, eu quero que seja sobre amigos cruzando essa linha,” disse ela evasivamente.
"Encontre outro amigo. Um que realmente esteja interessado em cruzar a linha.”
Foi uma pequena facada em seu coração. Um que ela tinha estado preparada para receber, mas que mesmo assim doeu como inferno.
Ainda assim, sua expressão não correspondia com suas palavras. Seu tom de voz lhe dizia para se perder, mas seu rosto não mostrou repugnância ou indiferença.
Não, sua expressão revelou terror.
Bem-vindo ao clube.
Testando sua teoria, ela avançou. Ele se mover para trás, até que sua bunda estava contra o bar.
Seus olhos corriam de um lado para outro como se planejando sua rota de fuga.
"Você não me quer? ” Ela perguntou, aproximando-se mais, embora ainda não o tocasse.
Sam engoliu em seco. "Não." Ele limpou a garganta. "Não" mais alto desta vez, mas rouco, como se a palavra estivesse presa em sua garganta.
"Quer provar? ” Ela perguntou, movendo-se para ele e deixando suas mãos encontrarem sua cintura.
As mãos dele eram como suportes ao redor de seus pulsos quando ele levantou suas mãos longe de seu corpo, mantendo-as com segurança entre elas para que ela não pudesse alcançá-lo novamente.
"Encontre alguém." Seus olhos foram para a boca antes que ele desviasse o olhar.
Ele soltou as mãos dela, em seguida, moveu-se em torno dela e voltou para o seu alambique de cobre puxando sua estúpida ferramenta do bolso de trás como se o intercambio nunca tivesse acontecido.
Mas suas mãos tremiam e seus movimentos eram irregulares, quando se agachou na frente de seu estúpido recipiente de uísque. Esse intercâmbio definitivamente tinha acontecido. E ele não estava tão satisfeito quanto ele desejava.
Inspiração bateu.
Talvez a maneira de obter exatamente o que ela queria era dar a Sam uma amostra do que ele pensava que ele queria.
Encontrar alguém, ele disse.
Usar o ciúme como manipulação era o truque mais velho, o pior do livro, mas era o único que ela possuía. Ela se moveu atrás dele, notando a forma como seus ombros se enrijeceram quando a ouviu se aproximar.
Quando estava ao lado dele, ajoelhou-se muito lentamente, muito deliberadamente, até que seus lábios estavam em sua orelha. "Eu acho que você está certo. Acho que vou encontrar alguém que saiba como usar suas mãos em algo que não seja uma máquina de cobre.”
"Vá em frente,” ele murmurou. "Nós dois estamos vendo outras pessoas há anos."
Ela parou por um piscar de olhos, deixando que seus olhos permanecessem em sua boca. Deixando a tensão construir. "Nós estamos?"
Com isso, ela se levantou e marchou de volta pelo caminho que veio, sua mente já percorrendo seu livro negro mental.
Riley ouviu o barulho de metal contra o cimento segundos antes de ouvir Sam proferir uma série de maldições sinceras.
Ela sorriu. Ele estava exatamente onde ela o queria.
CAPÍTULO SETE
Sam pensou que ela estava brincando.
Não. Ele esperava que ela estivesse brincando.
Ele certamente não estava preparado para ela aparecer na festa de primeira comunhão de seu sobrinho com outro homem em seu braço dois dias depois que tinha proposto a ele.
E o que ela queria dizer com sua implicação de que eles não estavam vendo outras pessoas durante esses anos? Ele certamente tinha. Não que qualquer uma delas tivesse importado. Não que quaisquer uma das outras mulheres tivessem ficado sob sua pele da maneira que Riley McKenna tinha.
Mas havia mulheres. Muitas delas. Assim como ela tinha muitos encontros.
Então, o que diabos ela queria dizer?
Riley pensava que Sam não sabia como usar as mãos? Errado. Porque ele estava pensando em muitas maneiras de usá-las agora. Estrangulá-la estava no topo da lista.
Logo depois de dar um soco no sorriso de seu novo namorado.
Ele escutou enquanto Riley apresentava o cara para sua tia. Brent Barry. Que tipo de nome era esse de qualquer maneira?
Os dedos de Sam apertaram ao redor do gargalo de sua garrafa de cerveja enquanto ele a inclinava para a boca e muito intencionalmente arrastava os olhos para longe de Riley e Mr. Hollywood boa aparência.
Sam juntou-se a Liam na mesa de comida. Arrancando um pedaço de milho de uma bacia, ele mergulhou-o em um molho de feijão sete camadas que felizmente tinha sido poupado do toque especial das batatas de Erin.
"Então, O que você acha?” Ele perguntou a seu melhor amigo.
Liam examinou a sala em busca de sua mãe antes de colocar uma azeitona preta na pia. Ele nunca tinha sido capaz de digerir essas coisas. "O que eu penso sobre o quê?"
"O novo namorado de Riley."
Liam resmungou. "O que qualquer irmão pensa sobre o novo cara com a sua irmã mais nova? Babaca."
"Isso é o que eu pensei,” disse Sam, passando para o molho de cebolas e batatas fritas. Ah, estavam lá às batatas.
Liam lançou-lhe um olhar curioso. "Sério? Porque você ainda nem o conheceu. Eu posso dizer que ele é um babaca porque eu tive que ouvi-lo falar comigo sobre o meu Roth IRAs19 por uns bons quinze minutos antes de você aparecer. Mas... o cara parece conhecer essa merda. Acho que vou assumir que um perdedor não vai a lugar nenhum. "
Sam manteve seu rosto perfeitamente em branco, lembrando-se que Liam não estava falando sobre ele. Sam, que uma vez tinha sido capaz de falar de finanças corporativas com a melhor deles, só para sair por um capricho, para fazer o que? Iniciar uma destilaria que ainda tinha que ganhar algum dinheiro?
Uma vez um fracassado, sempre um fracassado, sua mãe gostava de lembrá-lo. Muitas vezes.
Mas seu melhor amigo tinha razão. Sam não precisava conhecer a moda feminina para saber que os gostos de Riley eram caros. E ele não tinha que viver em Manhattan saber que o apartamento West Village de Riley estava em um dos bairros mais procurados da cidade.
Se ela estava procurando alguém para acompanhar seu estilo de vida, Brent Barry era perfeito.
Mas se ela estava procurando alguém para dormir com a sua história...
Não vá até lá.
"Merda,” Liam disse, lançando um olhar por cima do ombro. "Eles estão vindo para cá. Sua vez."
Sam estendeu a mão em uma tentativa de agarrar a manga da camisa de seu amigo, mas Liam já estava a caminho, pegando seu sobrinho no ar e acusando-o de tomar mais do que sua parte do vinho da igreja.
Era apenas Sam e Riley.
E o outro cara.
"Sam, deixe-me apresentar ao meu encontro."
Sam tirou outra cerveja do refrigerador, rolando os ombros, na esperança de mostrar indiferença.
Ele se virou.
Fazendo contato visual com Riley, pela primeira vez desde que ela sugeriu que eles deveriam trepar como um casal de coelhos casuais fez algo não familiar na frente de seu jeans, então ao invés disso ele olhou o seu encontro.
Isso o esfriou.
O homem parecia que pertencia a um comercial de Colônia. Ele tinha aqueles olhares exóticos que enviava as mulheres a um frenesi. Pele bronzeada, cabelos lisos e escuros e olhos que olhavam para Riley como se não pudesse esperar para ficarem sozinhos.
"Brent, este é Sam Compton. amigo da família de longa data. Ele é praticamente como outro irmão para mim.”
Exceto que uma pessoa não faz proposta sexual a um irmão, ele pensou irritado.
"Prazer em conhecê-lo,” disse Brent, com sorriso inocente e um aperto de mão suave.
Sam deu a inclinação de queixo masculino universal em reconhecimento. "Então, quanto tempo vocês estão namorando?"
Seus olhos nunca deixaram Riley enquanto ele perguntava, e embora seus olhos fossem inocentes, seu sorriso de gato revelou seu jogo.
Ele deixou seu próprio olhar responder. Nem se preocupe. Eu não estou jogando.
Mas ele estava. Mal. O pensamento desse cara tomando o seu lugar em sua cama...
Exceto que Sam tinha dito não. Teve que dizer não. Mesmo que fosse tudo no que tinha sido capaz de pensar desde que ela tinha deixado sua casa na sexta-feira.
"Brent e eu nos conhecemos há anos,” ela respondeu suavemente.
Sam recusou-se a deixar seus olhos permanecerem no local onde os dedos de Riley tocavam o braço de Brent, e ele franziu o rosto em uma expressão de confusão simulada. "Você já o mencionou antes?"
Os olhos de Riley se estreitaram, mas Brent deu uma risada fácil. "Provavelmente não. Eu tenho tentado levá-la para sair por anos, mas ela está sempre saindo com outra pessoa."
"Oh, é isso que as crianças estão chamando de sexo nos dias de hoje. Vendo alguém?"
Você está sendo um idiota. Você não abandonou sua própria mãe por fazer essas mesmas referências sobre Riley?
Imperturbável, Riley deu-lhe um sorriso simpático antes de voltar sua atenção para Brent.
"Sam aqui é um pouco de... oh, qual é a palavra educada... recluso? Sabe, eu não acho que ele tenha realmente visto o peito de uma mulher de perto e pessoalmente desde o governo Reagan."
Brent deu uma risada nervosa quando Sam se engasgou com a cerveja.
Recuperando-se rapidamente, Sam voltou-se para o novo "namorado" de Riley. "Então, como ela te convidou para vir à festa de Primeira Comunhão do sobrinho? Um pouco manso para um primeiro encontro, não é?"
Riley abriu a boca, mas Brent venceu-a ele. "Calma está bom para mim. Especialmente porque eu não tenho a intenção de deixar o primeiro encontro ser o último."
Realmente? Porque eu tenho toda a intenção de garantir que este seja o seu último encontro.
Era uma coisa boa que se tratasse em uma festa centrada em crianças, porque a aparência da sobrinha de Riley em um vestido púrpura era praticamente a única coisa que tinha impedido de Sam escoltar a força Brent para o trem mais próximo.
"Tio Sam, quer ver o meu novo carro da Barbie?"
Ele desviou os olhos de Riley e olhou para a menina que se parecia com ela. Grandes olhos azuis piscavam para ele, e não podia resistir. Esta o tinha na palma da mão.
Assim como sua tia.
"Um novo carro da Barbie, hein? Será que você teve um aniversário que eu perdi? ” ele perguntou, largando sua cerveja de lado e jogando-a para cima, embora ela fosse um pouco velha demais para isso. Ela gritou de alegria e passou seus braços magros em volta do pescoço dele.
"Não é o meu aniversário, mas meu pai comprou para mim porque me comportei quando fui à loja de ferragens com ele.”
"Seu pai é um idiota, e você pode dizer a ele que eu disse isso,” disse Sam. Embora tivesse que bater palmas a Brian. Subornar sua filha com a porcaria da Barbie para conseguir comprar o seu material era genial.
"Vamos ver este carro, então. Que tipo de motor estamos falando sobre esta coisa?"
Lily deu uma risada de menina. "É rosa!"
"Claro que é,” disse ele, contornando Brent e Riley.
Ele sentiu os olhos de Riley sobre ele, mas não olhou para trás enquanto ouvia Lily divagar sobre como a Barbie era um piloto melhor do que Ken.
Vinte minutos depois, Megan veio para convencer Lily a comer algo além de bolo, e Sam conseguiu escapar da sala de jogos improvisada que Erin e Josh montaram para seus netos e se juntou ao grupo adulto.
"Onde você estava?” Liam perguntou, sem tirar os olhos do jogo de futebol.
Sam caiu ao lado de Liam e Brian. "Barbie e Ken estavam se casando."
Brian deslocou seu filho recém-nascido dormindo para o outro ombro. "Lily chegou até você, hein?"
"Eu não me importo."
O pai de Liam entrou, mergulhando na cadeira antiga que sua esposa odiava, mas que fazia parte da casa como o próprio homem. Sam ainda podia se lembrar da primeira vez que ele entrou na casa dos McKenna. A calorosa e maternal recepção da mãe de Liam quase o fez cambalear, para não falar da sacudida nos seus hormônios proferida pelo seu primeiro olhar para Riley. Em seguida, Liam o levou para a sala de estar, onde Josh estava sentado nessa mesma cadeira, parecendo completamente não perturbado pela tatuagem mais recente de Sam e sorriso grosseiro.
"Uísque?" Josh perguntou.
"Joshua, ele é menor de idade,” disse a mãe de Riley.
Sam pulou. "Já tomei uísque antes."
"Bom o suficiente para mim." Josh lhe serviu dois dedos de Jameson. Liam, sendo vários meses mais novo que Sam, tinha tomado limonada. Sam nunca admitira isso a ninguém, mas muitas vezes se perguntava se sua decisão aparentemente espontânea de iniciar uma destilaria de uísque não tinha nascido daquele momento há muito tempo em que Josh McKenna tinha levado um garoto sem pai sob sua asa, sem perguntas.
"Onde você esteve?" Josh perguntou a Sam, empurrando-o de volta ao presente. "Você perdeu o Bolo."
"Ele estava brincando de bonecas. Trouxe seu próprio guarda-roupa de Barbie e tudo,” disse Liam, esquivando-se de um chute de Sam.
Josh grunhiu. "Minha neta tem as artimanhas do sexo feminino McKenna. Ela é tão manipuladora quanto sua avó. E a mãe dela. E suas tias."
"Kate não é assim,” disse Brian, pacientemente enxugando a baba do bebê de seu ombro.
"Isso é porque essa menina não sabe mentir,” disse Josh. "Ela diria que você é feio de rosto se o pensamento aparecesse em sua cabeça. A manipulação não aparece em sua cabeça."
"Nem maneiras," murmurou Liam.
Sam sabiamente permaneceu de fora do argumento familiar. Todas as irmãs McKenna eram deslumbrantes e agradáveis com ele. Megan tinha o tipo de competência robusta, mandona que veio com ela sendo a mais velha, assim como Kate tinha o ar indiferente e personalidade semiabsorto por ser o bebê da família. Em seguida, estava Riley. E por falar em...
Os quatro homens viraram-se para ver Riley e o saco de estrume do Brent em pé na porta.
"Brent está de saída,” disse Riley, olhando ansiosamente ao redor da sala.
Ela foi recebida com olhares vagos. Sam sabia que os pensamentos dos outros homens ecoavam nos seus.
E?
Os olhos de Riley se estreitaram. "Você não quer dizer adeus? Pai?"
"Tchau," Josh grunhiu.
Seus olhos se estreitaram ainda mais. "Liam.”
Seu irmão se contorceu ligeiramente em seu tom. "Até mais,” disse ele, com um aceno rápido para Brent.
"Prazer em conhecê-los,” disse Brent com um sorriso educado. "Espero vê-los novamente em breve."
"Claro,” murmurou Liam.
Sam manteve os olhos cuidadosamente focados na televisão, embora não tivesse a menor ideia de quem estava jogando. Não, pela primeira vez, desejou que pudesse ter sido a McKenna mais jovem e direta pelo qual se apaixonara. Não haveria nenhum desses jogos com Kate. Kate não teria pensado em esfregar outro homem em sua cara para mostrar a ele o que estava perdendo. Fazê-lo ver as mãos de Brent em sua cintura fina, sua boca...
Droga.
Contra sua vontade, seus olhos foram para Riley e Brent, mas eles já tinham desaparecido. Forçou-se a ficar parado, mesmo quando seu coração começou a bater forte. Sentia-se inquieto. Definitivamente. Sentia... ciúmes.
De onde veio isso? Porque agora? Ele passou anos lembrando-se que Riley não era dele. Que ele não tinha o direito a se ressentir dos seus relacionamentos. Mas a sensação de queimação no seu pescoço e o nó em seu estômago era definitivamente ciúme.
Maldição, este quarto era sufocante.
"Volto já,” ele murmurou, colocando a sua cerveja em um descanso para que Erin não bronzeasse seu traseiro, se ele marcasse os móveis, e saiu da sala. Riley dissera que apenas Brent estava saindo, não que eles estivessem saindo, o que significava que ela ainda poderia estar aqui.
Talvez eles pudessem conversar...
Não, ele não queria conversar. Queria fazer muito mais do que conversar.
Precisando de ar fresco, ele se dirigiu para a porta dos fundos, só para ver uma congregação de mulheres pairando. Não, obrigado. Ele inverteu, indo em direção à porta da frente.
E parou quando viu Riley e Brent de pé no foyer. O braço de Brent estava deslizando nas costas de Riley, a cabeça inclinada enquanto os braços de Riley se erguiam, preparando-se para fechar em volta do pescoço do homem.
Oh hel não.
"Riley, você tem um minuto?" Sam deixou escapar.
Foda-se.
Ela se virou, e ele se preparou para surpresa e aborrecimento. Em vez disso, viu outra coisa. Vitória.
Foda-se duplo.
Ela tinha planejado isso. E ele entrou na dela, como um touro com tesão.
E nem sequer estava seguro de que se importava. "Ri?" Sam perguntou.
Ela se voltou para Brent com um sorriso tímido. "Eu te ligo mais tarde?"
"Claro,” ele disse dando-lhe um olhar compreensivo.
O olhar que ele deu a Sam era muito menos sensível, mas Sam não se incomodou com um olhar de desculpas. Ele levantou a mão e deu um irritante dedo do meu para o outro homem. Até mais.
Riley se virou para encarar Sam, uma vez Brent tinha ido embora, e percebeu que estava errado. Ela pode ter planejado isso, mas isso não significa que não estava um pouco chateada. Ok, muito chateada, ele corrigiu enquanto pegava o fogo em seus olhos.
"Ok, você tem o seu minuto,” disse ela, enfatizando a última palavra.
Tradução: Faça isso rápido.
Não se preocupe. Ele faria isso.
Ele sacudiu a cabeça para o escritório que raramente era usado pelo seu pai, e sua expressão ficou um pouco cautelosa antes dela revirar os olhos e caminhar até o pequeno espaço na frente da casa.
Depois de um rápido olhar para confirmar que estavam sozinhos, Sam seguiu.
"Não há espaço aqui,” ela murmurou.
Com certeza, o “escritório” de Josh era mais um armazém abandonado de móveis não utilizados/ armazenamento de Natal / depósito de artesanato abandonado.
Ele a cutucou de qualquer maneira, fechando a porta para que ficassem apenas os dois no espaço lotado. O sol de fim de tarde pegou em seus brincos pendentes, e Sam se concentrou nisso. Era muito mais fácil do que se concentrar em seu rosto.
"O que você quer, Sam? ” ela perguntou com a voz entediada, e seus olhos desinteressados.
Ele procurou seu rosto. Se estivesse errado? Brent tinha sido algo mais do que uma ferramenta para fazer-lhe ciúmes? Seu estômago disse que não, mas seu coração não tinha certeza se queria o risco.
E seu corpo... hel. Talvez privacidade não fosse o que ele e Riley precisavam agora. De fato, enquanto observava seu peito subir e descer sob o suéter vermelho decotada, de repente tinha certeza que a privacidade era a última coisa de que precisavam.
"Qual é a coisa, homem das cavernas mudo? ” Ela perguntou, levantando as sobrancelhas. "Eu disse à minha mãe que eu ajudaria a lavar os pratos, e então eu preciso voltar para a cidade para fazer as minhas edições de amanhã..."
Pratos? Ela estava seriamente pensando nos pratos agora? Ele estava pronto para explodir, e ela estava falando das malditas tarefas?
Bem, ele tinha outra coisa em mente. Algo muito mais urgente do que pratos.
Não faça isso, cara, ordenou a si mesmo. Ele tinha prometido a Liam. Prometera a si mesmo.
Ele não era bom para ela, e um deles ia se machucar.
"Certo. Ok, então, " ela murmurou, tentando dar a volta nele, sua mão alcançando a maçaneta.
Deixe ela ir.
Ele não podia.
A mão de Sam encontrou seu pulso antes que ela pudesse girar a maçaneta, e os dois congelaram, sua respiração rápida e pesada.
Seu polegar se moveu sobre sua palma, e ela ofegou com o toque. Ele sabia o que estava sentindo. Eles tinham feito um bom trabalho evitando o contato físico ao longo dos anos, e era por isso.
"Sam..."
Moveu-se, então, pressionando-a contra a porta, seus olhos bloqueados nos dela por um segundo antes que sua mão lhe rodeasse o pescoço e abaixasse a cabeça.
E então ele a beijou.
Santo inferno, ele estava beijando Riley McKenna.
Era errado, e o tipo de erro fodido, e ainda assim tudo o que podia pensar era finalmente.
Ela deixou escapar um pequeno suspiro trêmulo, e sua língua varreu enquanto ele inclinava a cabeça para trás, os lábios torcendo, as línguas se entrelaçando enquanto ele se movia contra ela, prendendo-a mais contra a porta.
Suas mãos se moveram para seus ombros, e por um momento de cortar o coração, ele pensou que ela iria afastá-lo. Mas, então, seus dedos cravaram em sua camisa, puxando-o para mais perto.
Era como se ele fosse um adolescente novamente, e finalmente estivesse colocando as mãos na garota mais gostosa da escola.
Só que a garota mais quente da escola era a irmãzinha do seu melhor amigo, e ele tinha certeza que estava falhando nisso, como sempre falhava em tudo.
Ele se afastou apenas o suficiente para examinar seu rosto.
Ambos estavam ofegantes, e sua mão foi para o seu rosto, seus dedos escovando levemente o lábio inferior. "Já estava na hora."
Ele fechou os olhos brevemente. "Você sabe que isso é loucura."
Em vez de responder, ela olhou para ele, presunçosa, parecendo muito mais certa sobre isso – sobre eles - do que ele estava. "Bem, Brent provavelmente está chegando à estação de trem. Aposto que eu posso alcançá-lo.”
Sam rosnou e a beijou novamente, duro e rápido.
Ela o beijou de volta, tão quente, antes que sua mão estivesse em seu peito e o empurrasse. "Então é você que vai ser o cara? Vai me ajudar com o meu artigo? Eu não estou em um relacionamento sério, e eu não posso simplesmente escrever sobre qualquer cara e torná-lo pessoal..."
Não.
Sim.
Apenas... Inferno.
"Porque você não pode ser uma professora de jardim de infância ou algo assim? Por que você tem que ser uma maldita escritora de sexo?"
Ela sorriu, seus dedos arranhando levemente seus braços nus. Ele estava mais do que um pouco tentado a levá-la aqui e agora. Mas eles estavam em uma sala com o rádio antigo de seu pai e presépio de sua mãe, e havia uma árvore de Natal falsa e um movimento errado cavaria em sua bunda.
"Riley..."
"Diga sim, Sam,” disse ela, interrompendo-o. "Não me faça fazer isso com outro cara."
Ele fechou os olhos e apoiou a testa na dela.
"Por favor,” ela sussurrou. "Eu quero que seja você."
Merda.
Uma coisa era negar a si mesmo todos esses anos. Não era nem mais nem menos do que merecia.
Mas negar a Riley?
Ele não podia. Nunca tinha sido capaz de negar.
"Vamos nos arrepender disso,” disse ele quando abriu os olhos e olhou para ela.
Seus olhos se iluminaram com a aquiescência implícita em suas palavras.
"Talvez,” ela disse suavemente. "Mas vamos nos divertir muito fazendo isso."
CAPÍTULO OITO
Normalmente, um primeiro encontro com um novo cara chamava a conversa de menina.
Durante anos, Riley esteve contando com Julie e Grace para dizer a ela se o seu vestido de seda esmeralda com o decote cavado era muito esquisito para um primeiro encontro (sim), ou se sua nova calça jeans boca de sino era muito casual para um jantar no Per Se (também sim).
Julie e Grace, e, mais recentemente, Emma, eram sua mentoras de namoro.
Mas esta noite ela estava sozinha.
Porque não havia nenhuma boa maneira de dizer até mesmo a seus melhores amigos que você estava prestes a terminar um hiato sexual ridiculamente longo com...
Bem, o que quer que Sam fosse para ela. Amigo parecia inadequado.
Especialmente depois daquele beijo na casa de seus pais.
Aconteceu que mesmo sonhando acordada muitas vezes poderia preparar para realidade, porque Riley definitivamente não estava preparada para o que quer que fosse que ela sentiu quando ele a apoiou contra aquela porta.
Ele havia planejado, é claro. Ela sabia que Brent iria tentar beijá-la. E tinha certeza de que Sam os seguiria até o hall de entrada da casa de seus pais. Certa sobre nos dois casos.
Mas ela só tinha a intenção de incitar Sam a reconsiderar sua situação. A Stiletto lhe ensinara o suficiente sobre machismo e possessividade masculina para saber que, mesmo que Sam não estivesse totalmente certo de que a queria, ele não queria que Brent a tivesse.
Ela estava certa.
Muito certa.
Porque nenhuma parte dela tinha sido preparada para como um beijo a faria querer terminar seu hiato sexual ali mesmo na sala de armazenamento temporário de seus pais. No espaço de dois minutos, Riley sentiu o que ela estava esperando há anos para sentir com outros caras - aquela incontrolável, “toma-me agora” onda de necessidade.
Ela entendia agora. Ela entendeu qual era a sensação por precisar de outra pessoa.
O problema era que ela não sabia o que aconteceria depois disso. Se o beijo tivesse tido esse tipo de efeito, o próximo passo só poderia matá-la.
Porque Riley estava morrendo de medo de que apenas uma noite com Sam Compton não fosse o suficiente. Que o desejo que ela precisava pôr para descansar só seria despertado quando ela dormisse com ele, e ela passaria o resto de sua vida comparando todos os outros homens com ele.
Compreendeu agora o que Julie sentia por Mitchell, e o que Grace sentia por Jake, e se sua intuição estivesse certa, o que Emma sentia por Alex Cassidy debaixo dessa camada de geada sulista.
Ela só queria saber como desligá-lo.
Também em sua lista de Riley está sendo idiota?
Concordando em deixá-lo sair com ela. Não deveria haver nenhuma saudação na porta vestindo nada mais que uma camisa de noite e um sorriso, talvez com um pouquinho de vinho para ajudar com os nervos.
Ah não.
Não, não, Sam Compton, aparentemente, tinha uma medula cavalheiresca debaixo daquelas ásperas bordas sexy, porque ele insistiu em um encontro.
E ela ainda não entendia o porquê, porque tudo o que ele havia feito era resmungar, alguma coisa, não uma maldita rapidinha.
Riley fechou a porta do armário. Exatamente uma rapidinha era o que supostamente deveria ser. Mas um encontro?
Homens e sua moral.
Ela se olhou no espelho. Saia curta preta, botas de salto alto, um top vermelho.
E alguma lingerie preta muito decadente.
Pena que a lingerie não tivesse um distribuidor de Valium para seus nervos.
Isso era sobre sexo. Só sexo. Ela precisava mantê-lo clínico. Apenas falos20 e ventres, e...
"Ah, pelo amor de Deus, McKenna. Junte-os,” ela murmurou, pegando sua bolsa na cadeira e saindo pela porta.
Ela estava trancando quando se lembrou de que não tinha lavado os lençóis. Inferno, ela não tinha sequer feito sua cama. E pode ou não haver uma embalagem de barra de chocolate...
Mas talvez isso fosse melhor. Se não pareceria que estava se esforçando demais - ou talvez - possivelmente ele não entendesse o fato de que ela não sabia o que estava fazendo.
Quinze minutos depois, pagou o taxista e entrou no bar Lower East Side que ele escolheu. Ela nunca tinha ouvido falar dele e tinha ficado meio apavorada que ele pudesse ter escolhido um lugar chato, sofisticado que era tudo errado para ele só porque pensava que ela queria isso.
Mas o bar era perfeito. O piso de madeira desgastado manteve-se acessível, e a iluminação fraca tornava sexy sem ser exagerado.
Era o ponto final do primeiro encontro.
Oh Deus.
Ela estava em um primeiro encontro com Sam Compton. O pensamento quase a fez retroceder pela porta.
Então ela o viu.
Sam sentou-se na extremidade do bar, vestindo seus jeans habituais e suéter preto que sua irmã tinha comprado para ele no Natal. Estava tomando o que ela presumiu ser algum tipo de Uísque, parecendo completamente à vontade e não como se estivesse prestes a correr para o banheiro da maneira que ela queria.
Ele lançou um olhar por cima do ombro, e então sua boca bateu no canto antes de voltar para a conversa com o barman.
Riley instantaneamente relaxou.
Era Sam. O mesmo velho Sam. Ela podia fazer isso.
"Você parece surpresa em me ver,” disse ele, puxando um banquinho do bar para ela enquanto sentava-se ao lado dele. "Você achou que eu ia amarelar?"
"Não, mas eu estava um pouco apavorada que você fosse aparecer com um terno emprestado enquanto pedia champanhe extravagante."
Ele bufou. "Você superestimou seus encantos, McKenna. No entanto, eu coloquei desodorante. De nada."
Riley se abanou com o cardápio do bar que ela pegou. "Você deve ter que correr para as mulheres.”
Ela congelou assim que as palavras escaparam. "Oh Deus. Você não está vendo ninguém, não é?"
Sam deu-lhe um olhar sombrio. "Você realmente acha que eu concordaria com o seu plano sexual estúpido se eu estivesse vendo outra pessoa?"
"Você é maluco. Eu arruinei as coisas com Angela?"
"Não. De qualquer forma, não ia dar certo, sabe?"
"Hum, sim. Eu tive um ou dois desses,” ela disse secamente.
"Brent? ” Perguntou.
Ela trocou nervosamente. "Um, Brent foi..."
"Uma ferramenta para me fazer cumprir o seu plano?"
"Eu sabia que você sabia,” ela murmurou, antes de se virar para pedir sua bebida. Ela não estava exatamente emocionada por ter usado Brent, mas ela tinha aliviado sua consciência ligeiramente por colocá-lo com um dos editores de exemplares da Stiletto.
Um dos editores de exemplares muito bonito da Stiletto, que era apenas vaidoso suficiente para não se importar que Brent ocasionalmente verificasse seu reflexo nos talheres.
Realmente não a surpreendeu que Sam tivesse descoberto o seu plano. O que a surpreendeu foi que ele sabia sobre isso o tempo todo, e ainda assim se deixou levar.
Interessante.
"Então, você não está vendo Brent, e eu não estou vendo ninguém,” ele disse enquanto o barman colocava o Manhattan na frente dela.
Riley bateu na ponta do nariz com o dedo. "Nada fica por você."
Ele soltou um longo suspiro. "Estou contente por ver que você é menos difícil de entender quando está prestes a dormir com um cara."
Seu pulso pulou descompassado. Ela sentou-se com Sam tantas vezes como agora ao longo dos anos, que ela quase – quase – tinha esquecido a razão que eles estavam aqui.
Sentiu-o observando-a.
"Você está nervosa,” disse ele. "Para alguém que faz isso para viver..."
"Agora aguente firme,” ela retrucou. "Eu não faço isso para ganhar a vida. Eu escrevo sobre sexo, não faço sexo para ganhar a vida. Há uma enorme diferença."
"Existe?"
Você não tem ideia. “Sim. Uma jornalista não é uma prostituta.”
"Você daria uma prostituta terrível,” ele murmurou.
"Estou tomando isso como um elogio."
"Não era como um. Você seria uma prostituta terrível, porque você é muito tagarela."
Ela lhe deu um olhar semicerrado. "Terrível é uma coisa ruim?"
Sam apenas revirou os olhos. "Deixe o jornalista em sexo dar o bote em duplo sentido."
Riley recusou-se a fazer careta. Ele não estava agindo como um homem dominado pela luxúria.
Ao contrário, estava agindo como um amigo um pouco descontente que tinha sido pedido um favor. Na verdade, ela tinha visto esta versão do Sam várias vezes antes. Por exemplo, quando ele de má vontade a ajudou a se mudar. Ou quando ele veio para consertar sua lixeira porque seu senhorio estava na Rússia.
"Diga-me uma coisa,” disse ela, virando-se na cadeira para encará-lo.
Ele resmungou e tirou o uísque à boca. "Eu não acho que eu tenho a opção de passar?"
Ela ignorou isso. "O que você normalmente estaria fazendo agora?"
"Voce quer dizer, em média, na sexta-feira à noite quando eu não fui atraído para a pior ideia na história do sexo?"
"Você não vai pensar que é uma má ideia quando você vê a minha lingerie rendada."
Ele engasgou. "Sério?"
Ela deu um pequeno sorriso de gato. Então, ele não estava imune. Boa. "Quero dizer, o que você estaria fazendo agora se você estivesse em um encontro real com outra pessoa?"
Ele sinalizou para outra bebida. "Eu estaria fazendo o que a maioria dos caras fazem com uma mulher gostosa. Tentando entrar em suas calças."
Ela levantou as sobrancelhas. "No primeiro encontro?"
"Sempre vale a pena uma tentativa."
Ela estava intrigada apesar de si mesma. "Isso geralmente funciona?"
"Às vezes... se o clima estiver bom. Mais frequentemente do que preparar o terreno para que o encontro durma comigo."
"Então, é tudo sobre sexo."
Seus olhos se moveram para os dela. "Bastante."
"Mas não com a Hannah."
Ele gemeu. "Nós não estamos falando da ex-mulher."
"Você nunca quer falar sobre ela,” disse ela, tomando um gole de sua bebida e tentando disfarçar o quanto ela queria os detalhes sobre seu casamento fracassado.
"Isso é porque nós éramos casados para todos, uns, doze minutos. Estou surpreso que você nem notou."
Você foi casado por dois anos. E notei. Você não tem ideia do quanto notei.
"Eu mal me lembro disso,” ela mentiu. "Eu vim para casa da faculdade, e lá estava você como sempre. Exceto com uma esposa.”
Ela praticamente rosnou a última palavra, e ele olhou para ela com curiosidade. "Você trouxe um cara para casa da faculdade naquela viagem, lembra?"
"Você se lembra disso?"
"Sim. Pensei que Liam ia perder a cabeça."
"Dan não era o tipo de cara que fazia com que alguém perdesse a cabeça,” disse Riley, principalmente para si mesma.
"Bem, você deveria ter estado suficientemente louca para apresentá-lo à família."
Eu queria fazer ciúmes.
Na verdade, tinha sido a bomba do casamento de Sam, que tinha levado Riley a sua primeira e única experiência sexual com o pobre do Dan. Então, de uma forma distorcida, talvez essa situação fosse o resultado do casamento breve e falho de Sam. Sem ele, ela não teria dormido com Dan antes que estivesse pronta. E sem essa experiência desprezível, ela não teria evitado o sexo por anos, apenas para perceber que tinha esperado muito tempo e era irremediavelmente sem noção sobre onde começar.
"O que aconteceu com vocês? ” Ela perguntou, desviando a conversa do seu erro para o de Sam.
Ele suspirou. "Temos que falar sobre isso?"
"Sim."
"Os artigos da Stiletto não desaprovam discutir ex-mulheres no primeiro encontro?"
"Este não é um primeiro encontro."
Seus olhos azuis encontraram os dela. "Mas é um primeiro alguma coisa."
O estômago de Riley capotou. "Apenas me diga o que aconteceu."
Sam desviou o olhar. "Versão curta? Nós nos casamos muito rápido. Éramos muito jovens."
"Então por que você fez isso?"
Ele tomou um gole. "Honestamente? Nenhuma ideia. Estávamos bêbados, ela sugeriu, e eu estava..."
"Você estava o quê?" Ela incitou quando ele rompeu.
"Eu estava passando por uma fase. Minha mãe tinha acabado de terminar com seu mais recente sujeito - que ela jurou que ia se casar, e eu só... não queria isso. Olhei para minha mãe e sua série de relacionamentos sem sentido, e então eu olhei para seus pais com sua constância e seus jantares de família feliz, e eu escolhi o mais atraente.”
"Mas não deu certo assim,” disse ela calmamente.
"Não. Hannah era uma boa menina, mas ela queria o título de esposa muito mais do que queria um marido de verdade. Mais do que ela me queria.”
Menina tola.
"O divórcio foi tão rápido e tranquilo quanto o casamento, e eu percebi que talvez eu seja muito mais parecido com a minha mãe do que eu sabia."
O coração de Riley se retorceu na fria indiferença em sua voz. Não, você não é.
Mas Sam estava certo sobre uma coisa: esta não era a conversa para o primeiro encontro. A última coisa que ela queria estar pensando agora era como ela chorara até dormir na noite que soubera que ele estava casado.
"Então, se eu fosse outra pessoa...” ela solicitou.
"Acredite em mim, agora mesmo eu estou desejando que você fosse."
"Ei! ” disse ela, ferida.
Sam puxou o lóbulo da orelha. "Isso saiu errado. Eu só queria dizer que eu gostaria que não fosse a irmãzinha do meu melhor amigo, cuja lingerie eu não consigo parar de pensar."
"Huh,” disse ela, sem se preocupar em esconder o sorriso. "Então, rapazes realmente são otários para renda preta.”
Ele lançou-lhe um olhar curioso. "Você não sabe?"
O sorriso de Riley escorregou. Certo. A deusa do sexo saberia disso.
Recuar, recua...
"Não tente mudar de assunto,” disse ela. "Se eu fosse outra pessoa... se você não estivesse cem por cento confiante de que eu iria colocar um final nisso, o que você estaria fazendo agora? "
Ela tentou manter seu tom leve e de conversação, mas Sam Compton a conhecia há muito tempo e deu-lhe um olhar de conhecimento.
"Riley McKenna, você está me pedindo para colocar meus movimentos em você?"
Ela fingiu considerar isso. "Seus movimentos... Eu tenho certeza que eu vi todos aqueles quando você estava com Liam. É como se os caras encarassem os seios e grunhisse, certo?"
Em vez de ficar na defensiva, Sam apenas sorriu. "Querida, você nunca me viu em ação."
E porque não? Ela queria perguntar. Estive aqui o tempo todo.
"Então me mostre o que Sam Compton gosta durante o cortejo,” disse ela corajosamente.
Ele balançou sua cabeça. "Tarde demais para isso. Toda a sua proposta ‘vamos ter sexo assim eu poderei escrever sobre isso’ jogou fora o meu cronograma.”
"O que, a sua rotina inteira é ensaiada ou algo assim? Perdeu as pistas cruciais?"
"As únicas pistas que eu perdi de você foram às chatas. Eu peguei as que importavam. Como a ostentação de um cara que estava todo errado para você acenando na minha cara como uma bandeira vermelha na frente de um touro.”
Oh, bem feito, você. Só levou dez anos.
"Então, qual é o próximo?” Ela perguntou, deixando a ponta de sua bota ‘acidentalmente’ escovar contra sua panturrilha enquanto se aproximava. " Vamos fingir que fizemos isso de maneira lenta e chata, e pulamos por todos os estágios de cortejo sem graça. E agora?"
Sam jogou para trás o resto de sua bebida. "Eu pensei que você nunca perguntaria."
Seus lábios tomaram os dela.
O beijo foi mais contido do que o primeiro, uma vez que eles estavam em um lugar público, mas não era menos potente. Ele manteve suas mãos para si mesmo, mantendo-a perto com a pura habilidade de sua boca contra a dela.
Não era o beijo de um homem explorando uma nova mulher.
Era o beijo de um homem que conhecia sua mulher, sabia o que ela gostava.
E Riley gostou de tudo. Gostava da maneira que ele gostava de uísque e hortelã, gostava da forma como o seu beijo era lento e sem pressa.
Mas, principalmente, gostava que era Sam no outro lado desse beijo perfeito. Foi um momento que ela sonhou desde que tinha dezessete anos.
Ele soprou suas fantasias para fora da água, e ele ainda não tinha conseguido suas mãos sobre ela ainda.
Esse era o momento que esperava por tanto tempo. Aquele momento em que um beijo não era suficiente. Aquele momento em que ela queria mais, e queria agora.
Sam se afastou muito antes de terminar o beijo, e ela demorou trinta segundos para se reorientar.
"Então? ” Ele perguntou. "Como foram os meus movimentos?"
Ela ergueu seu copo de coquetel aos lábios, com cuidado para não olhar para ele. "Não foi ruim."
"Não foi ruim?” Ele rosnou.
"Foi bom, realmente. Mas isso é tudo o que você tem?" Riley lambeu uma gota de uísque do canto de sua boca.
"Não, é... Jesus. Nós não vamos jantar se você continuar fazendo essa coisa com a sua língua."
"Então, vamos pular."
"Pular o quê?"
"O Jantar."
Sam olhou para ela, e ela olhou de volta. "De alguma forma eu sempre achei que esse dia nunca chegaria o dia em que ouviria essas palavras saírem da boca de Riley McKenna. Você ama comida."
A mão de Riley encontrou sua perna. Arranhando ligeiramente contra seus jeans. "Talvez hoje à noite eu queira amar outra coisa.”
Ele fechou os olhos, sacudindo a cabeça ligeiramente. Então ele se moveu, puxando a carteira.
"Nós Vamos nos arrepender disso."
"Talvez."
"Você tem cerca de trinta segundos para mudar de ideia, mas depois disso..."
Os dedos de Riley encontraram seu pulso, puxando o seu relógio em direção ao rosto dela. "Vinte e dois segundos... dezessete..."
"Riley."
Ela ergueu sua cabeça diante da seriedade em seu tom.
"Este é um negócio de uma única vez. Uma noite para conseguir o que precisa para a sua história, e então voltamos ao normal."
Ela engoliu em seco. Assentiu.
Por enquanto, acrescentou mentalmente.
"Diga isso em voz alta,” disse ele. "Isso nunca pode ser alguma coisa."
Ela queria perguntar por quê. Queria exigir que ele abrisse os olhos e visse o quão bom eles poderiam ser juntos. Mas como ela o conhecia - sabia tudo sobre ele, - ela sabia que se empurrasse muito cedo, ele fugiria.
"Ok,” ela sussurrou. "Apenas uma noite.”
Ele procurou em seu rosto por qualquer indicação de que ela ia tentar mantê-lo acorrentado em seu armário até o fim dos dias.
Então, ele sorriu. "Vamos torná-lo uma noite fantástica."
CAPÍTULO NOVE
Sam tinha reservado um quarto de hotel para a noite, e não importa o quanto ela protestou que era ridículo quando ela morava a um curto passeio de táxi, ele se recusou a voltar para sua casa.
"Isso fará com que seja pessoal,” insistiu. "O que vai acontecer quando eu tiver que parar em seu apartamento para trocar uma lâmpada ou pegar os bilhetes gratuitos para os Yankees que você sempre parece ter acesso? Estarei sempre pensando em você nua.”
"Você diz isso como se fosse uma coisa ruim,” ela resmungou enquanto ele a ajudava a sair do táxi.
Os dedos de Sam apertaram sua mão, acalmando-a enquanto a olhava. "Acredite em mim. Eu não acho que algum homem jamais diria que você nua é uma coisa ruim."
"Hotéis são caros,” ela disse, olhando para o bom, se não moderno hotel diante deles.
"Riley," ele disse, apertando sua mão. "Deixe-me fazer isso, ok?"
Tudo bem. Pelo lado positivo, o tempo que levou para fazer o check-in na recepção deu-lhe um segundo para reunir seus pensamentos. Ela achou que tinha cerca de cinco minutos para descobrir como jogar isso.
Ela lhe disse que, quando se tratava de sexo, fazia um bom jogo e sabia exatamente onde os genitais masculinos estavam localizadas, mesmo que ela nunca ‘tivesse apalpado os homens? ‘
Ou ela fingia com a esperança de que um QI em sexo no papel acima da média pudesse disfarçar a falta de experiência real?
Sam olhou por cima do ombro enquanto o funcionário da recepção do hotel mexia na tela do computador, e o sorriso que ele lhe deu era sexo puro.
Ela tinha estado no lado receptor daquele olhar antes, é claro. Mas esta era a primeira vez que pretendia agir sobre ele. Não, isso não era verdade. Ela tinha pensado nisso muitas vezes.
Essa era a primeira vez que ela estava animada com isso.
E não só porque era muito tempo passado... mas porque era Sam.
Ela o desejava tanto que doía por ele, mesmo quando temia o inevitável momento em que ele tentaria afastá-la. Mas esta noite não era sobre amanhã.
Esta noite era descobrir sobre o porquê de todo esse barulho... com um homem que ela tinha certeza teria valido a pena esperar. Inferno, com um homem que pode ter sido o motivo dessa espera. Não que estivesse pronta para admitir isso.
Nem mesmo para si mesma.
"Você está pronta?” Sam Perguntou, entregando-lhe o cartão-chave de plástico. Ela hesitou apenas antes de estender a mão e pegá-lo. Ela puxou, mas ele não o soltou imediatamente, ela abriu os olhos questionando para os dele.
"Você tem certeza disso?"
Como se ela pudesse responder. “Sim.”
E ainda assim, ele não soltou o cartão.
"Por que eu, Ri? Por que não um dos milhares de outros homens que se mataria para estar em meus sapatos agora?"
Ela não podia responder. Então, ela desviou.
"Você tem certeza disso?"
Em resposta, ele entregou o cartão antes de lhe oferecer a mão. Ela pegou.
O passeio de elevador foi silencioso, como foi à longa caminhada pelo corredor até o quarto de canto. Ele afastou-se para que ela pudesse fazer as honras, e ela habilmente colocou a chave no leitor de cartões, observando a pequena luz verde que assinalava o fim de sua pseudo-virgindade.
Ele a seguiu até a sala, e ela começou a procurar o interruptor de luz antes de pensar melhor. Essas coisas eram melhores feitos no escuro.
Não eram?
Ela voltou e virou o regulador de luz até que houvesse uma luz suave enchendo o quarto. Ela queria vê-lo.
"Sabe, se eu soubesse que a antecipação do sexo poderia fazê-la parar a sua irritante tagarelice, eu poderia ter iniciado há muito tempo,” disse ele, aproximando-se atrás de onde ela estava no meio do quarto.
"Se você tivesse iniciado isso há muito tempo, talvez você não gostasse da minha tagarelice irritante."
Sam soltou uma risada suave quando suas mãos foram suavemente para seus braços. "Você é tão boa, hein?"
Fale para ele.
Ela abriu a boca para derramar suas tripas quando a virou em direção a ele. "Sam..." Sua expressão passou de homem excitado para um amigo preocupado no relâmpago de um instante, e ela ainda não tinha sequer começado.
"O que é isso?” Perguntou. "Você está morrendo de medo."
E exatamente assim, sua decisão de deixar tudo claro foi arrastada por uma onda de orgulho.
Sam estava passando para o modo irmão mais velho, e se ele soubesse o que quanto importante esse momento era para ela, não a tocaria com um poste de três metros.
Riley deliberadamente se agarrou ao desejo adormecido há muito tempo que estava passando por todas as partes de seu corpo e deixando-o ultrapassar o medo.
E, pela primeira vez, ela o beijou.
Seus dedos cravaram em seus ombros, ameaçando empurrá-la para trás, mas Riley estava um passo a frente dele, pressionando seu corpo contra o dele enquanto seus braços lhe rodeavam o pescoço.
Ela deixou sua língua encontrar a dele, e seus dedos apertaram novamente, mas desta vez ela foi puxada para mais perto. Uma de suas mãos deslizou para cobrir a parte de trás de sua cabeça enquanto a outra estava em torno de sua cintura, puxando-a para perto.
Estavam boca a boca, estômago com estômago, de igual para igual. Exatamente como eles sempre foram destinados a ser.
Ela perdeu a noção de quanto tempo ficaram lá se beijando na escuridão tranquila, suas mãos deslizando para cima de sua caixa torácica para descansar logo abaixo dos peitos, os polegares tocando suas barrigas levemente.
Desamparada, ela inclinou seus quadris contra os seus enquanto sua mão deslizava para cima para cobri-la. Riley gemeu. Ele afastou-se do beijo apenas o suficiente para observar a sua mão se movendo sobre ela, seu polegar encontrando e pressionando seu mamilo através do tecido de seu sutiã e camisa.
E, então, a camisa tinha desaparecido, e ela estava diante dele em um sutiã preto de renda e uma saia.
Sam correu os dedos sobre a curva superior de seus seios antes de deslizar as mãos em concha e agarrá-los, levantando-os para sua inspeção.
Ele abaixou a cabeça, roçando seus lábios com reverência contra ela. "Droga, Riley."
Então, ela estava de costas na cama, seus dedos rapidamente encontrando o zíper da saia e deslizando-o sobre seus quadris.
"Você não estava brincando sobre a lingerie,” disse ele, sua voz rouca, suas mãos circundando sua cintura enquanto ele a olhava.
Sorrindo através de seus nervos, empurrou-se em uma posição sentada e suas mãos foram para a bainha de sua camisa enquanto seus dedos deslizavam por baixo e tocava-o, ligeiramente.
Ela então hesitou, sem saber o que fazer a seguir, mas Sam assumiu o comando, puxando rapidamente o suéter sobre a cabeça, tirando a camiseta com ele, daquela maneira fácil que os homens tinham, sem se preocupar em estragar os cabelo ou maquiagem.
Sam Compton não precisava de lingerie para ficar fantástico sem camisa.
Ela já o tinha visto em sua sunga antes, então ela sabia o que ia receber: perfeição. Mas ser capaz de tocar era outra coisa completamente diferente, e a sensação de sua pele morna era melhor do que ela jamais tinha imaginado, e já tinha imaginado muitas vezes.
Sam gentilmente afrouxou-a contra os travesseiros antes de se esticar ao lado ela, uma mão deslizando até o interior de sua coxa, parando pouco antes de seus dedos roçarem o minúsculo pedaço de renda preta.
Riley se retorceu, mas em vez de colocar os dedos onde ela doía para ser tocada, ele deslizou a mão para fora de seu quadril, seus dedos pressionando-a contra a cama enquanto seus lábios encontrava seu pescoço.
Sua boca fez amor com seu pescoço, seu ombro, sua clavícula.
Quando ele finalmente mudou-se para os seios, ela se perguntou se estava sendo muito passiva, mas pela forma como sua respiração estava quente e rápida contra sua pele, ela não achava que ele se importasse.
Suas mãos deslizaram atrás dela, para o fecho do sutiã, e ela arqueou as costas para dar-lhe acesso, apenas ligeiramente em pânico porque estava de topless debaixo dele.
Sam roçou um dedo contra a ponta de um seio, depois o outro, e ambos assistiram como seus mamilos enrugavam para ele.
Sua boca quente em volta dela, e ela ofegou. Eles estavam se movendo em um ritmo lento, sem pressa, mas agora estavam mais frenéticos, suas unhas arranhando-o enquanto ele deixava seus dentes tocá-la suavemente.
As mãos de Riley deslizaram para baixo, não ousadas o suficiente para ir para o botão de seu jeans ainda, mas explorando a protuberância de sua ereção através do jeans grosso, saboreando a maneira como ele gemeu contra seu peito quando pressionou suavemente.
"Está tudo bem?” Ela perguntou suavemente.
"O que você acha? ” Ele perguntou, com um arrepio provocante contra seu ventre.
Eu não faço ideia.
Mas o instinto assumiu, e seus dedos desfizeram o botão com apenas o menor pedaço de hesitação.
A mão de Riley mergulhou em sua calça jeans, debaixo de sua cueca, a palma da mão encontrando o comprimento quente e duro dele no exato segundo que seus dedos mergulharam debaixo de sua calcinha e encontrou o centro quente dela.
Seus gemidos individuais fizeram o momento sexual perfeito.
Até o telefone tocar.
O jingle normal e sem imaginação não era dela, e Sam se afastou murmurado um juramento, sua mão indo para o bolso traseiro de sua calça jeans, que estavam precariamente perto de deslizar para fora de sua bunda.
"Deixe-o,” disse ela, apavorada por estar prestes a tomar o telefone quando estava tão perto de finalmente saber o que era todo esse barulho sobre o sexo.
"Eu só quero colocá-lo no silencioso,” disse ele, puxando o telefone para fora.
Ela viu o segundo que seu rosto mudou.
"Quem é?"
O calor desapareceu de seus olhos e a boca que tinha acabado de fazê-la se contorcer tinha se esticado em uma linha plana. "Minha mãe."
Sua mãe?! “Você não pode... você sabe, ligar para ela mais tarde?”
Ele continuou olhando para a tela. "Ela e eu não estamos realmente nos falando. Ela está com raiva de mim. E se ela está chamando agora..."
Riley mordeu o lábio. Uma pequena parte dela – a parte excitada - queria lhe dizer que um homem que parou o sexo para falar com sua mãe era todo tipo de mau clichê no livro.
Mas a outra parte dela, - a amiga - sabia que a relação entre Sam e sua mãe era frágil e um milhão de tipos de bagunça.
E se ele pensou que ela poderia estar chamando porque algo estava errado...
"Responda."
Seu dedo já estava passando pela tela para atender a chamada. "Mamãe?"
Ele estava sentado agora, e Riley já sentia falta de seu calor.
"O que? Quando?"
Riley imediatamente sentou-se na tensão em sua voz, sua mão indo para seu ombro, que estava tenso e duro como granito sob sua palma.
"Mas... mamãe, vamos..."
Aparentemente, Helena não estava deixando que ele entendesse uma palavra.
"Agora espere um segundo diga-me onde..."
Ele pausou novamente e, embora Riley não conseguisse entender nenhuma palavra, podia ouvir o grito da voz de Helena na outra extremidade. Ela franziu a testa, confusa. Ela sabia que ele não tinha um bom relacionamento com sua mãe, mas ele era bom com ela e agora estava bravo, além de parecer preocupado.
"Bem. Faremos isso do seu jeito. Mas eu não vou ouvir mais uma palavra... Não, você não entendeu os dois lados, mãe. Você não pode me dizer que eu não sou bem-vindo para visitá-la no hospital, e, em seguida, esperar que eu fique na linha enquanto você me mastiga fora... Chame-me se você mudar de ideia, e estarei lá. Mas essa conversa acabou."
Ele jogou o telefone de lado e moveu na cama, longe dela. Sua mão caiu sobre o colchão. Ele não queria o seu conforto. Claramente.
"Sam?"
Ele não se virou para encará-la enquanto ele abotoava seus jeans. "Minha mãe está no hospital. Dor no peito.”
A mão de Riley foi até a boca. "Oh Deus, Sam, eu sinto muito. Você quer que eu vá com você...“
Ele deu uma risada áspera. "Não vou a lugar nenhum. Você não ouviu? Ela não me quer lá."
A mandíbula de Riley caiu aberta, mesmo que ela tivesse imaginado a metade de sua conversa. "Mas por quê?"
Ele simplesmente não sabia. Que tipo de mãe iria deixar seu único filho longe do hospital durante um susto de saúde muito real?
Sam deu de ombros e finalmente virou-se para ela, embora ele não encontrasse seus olhos. "Ela está estável. Eles estarão liberando-a amanhã após ficar em observação. Ela só queria que eu soubesse que era a minha culpa por causar tanto estresse. Não fui exatamente o filho do ano. Quase nunca a vejo, e da última vez que fiz, sai furiosamente da casa."
Riley avançou em direção à borda da cama, com os dedos coçando para tocá-lo novamente, mas em conforto dessa vez. "Tenho certeza que ela entende. Minha mãe e eu temos entrado em alguns desentendimentos ao longo dos anos."
"Não faça a Erin o desserviço de compará-la com a minha mãe,” ele disse sucintamente. "Isso é diferente."
"Por quê? Por que vocês brigaram?"
Ele não respondeu.
"Sam?"
Finalmente seus olhos se encontraram e a frustração em seu olhar azul pálido disse tudo. "Eu? Ela nem me conhece."
"Pequenos detalhes como a verdade não impedem minha mãe de ser cruel, Ri. Ela provavelmente só odeia você, porque você me faz feliz."
O coração de Riley parou em seu peito. O que ele estava dizendo?
Mas, como a declaração parecia ser, a sua expressão não tinha aquecido, nem mesmo um pouco. E ele certamente não estava voltando para a cama.
"Sam,” ela sussurrou, estendendo a mão.
Ele não alcançou de volta. "Eu devo ir."
"Para ver sua mãe? Eu posso..."
"Não, vou respeitar seus desejos. Mas isso não pode acontecer, Riley."
"Claro. Eu sei que você está preocupado com a sua mãe, e o tempo não está certo, mas..."
"Isso não é uma verificação de chuva, Riley. Isto é um despertador."
Riley estreitou os olhos. Algo sobre seu tom de voz... "O que sua mãe disse para você?"
Ele desviou os olhos.
"Derrame."
"Nada."
"Mentiroso,” ela atirou de volta. "Você a deixou ficar sob a pele."
"Ela está doente, Ri."
"O que é uma porcaria, mas isso não significa que ela comece a cagar em você! O que ela disse? ” Ela perguntou, sua voz dura enquanto ela saia da cama.
Ele passou a mão pelo cabelo. "Olha, eu sinto muito, Ri. Mas nós dois sabemos que isso seria um erro para nós dois.”
Não, não seria.
Ele andou até o guarda-roupa, tirando um roupão, e por um segundo, ele se moveu como se fosse envolvê-la nele mesmo antes de pensar melhor e joga-lo para ela bruscamente.
Queimando com humilhação, ela puxou o roupão de algodão enorme em torno dela, mesmo quando seu cérebro cheio de luxuria tentava resolver tudo isso.
Ele estava deixando-a? Como isso?
"O quarto está pago,” disse ele suavemente. "Peça algum serviço de quarto. Todo o menu, desde que eu sei como você fica quando não come. Alugue pornografia, eu nunca vou contar.”
Ela sabia que ele estava tentando fazer uma piada para aliviar o clima, mas ela não mordeu. "Você está agindo como o pior tipo de filhinho da mamãe. Não deixe que ela faça isso com você. Por nós."
Ele suspirou e passou a mão sobre sua boca. "Eu... eu te ligo mais tarde?"
Ela reconheceu que o tom. Ele não faria isso.
"Apenas me ajude a entender, Sam." Sua voz era suplicante. "Eu pensei que nós tínhamos uma coisa boa, e eu entendi que não vamos continuar a coisas sensuais, mas eu não entendo por que você está partindo..."
"Ela disse que eu não sou bom! ” Ele explodiu. "Ela disse que eu não sou bom, e ela está certa. Eu especialmente não sou bom para você.”
Riley deu um passo para trás em surpresa. Sam raramente falava sobre Helena, e isso por si só tinha sido um indício de que Helena não era exatamente da variedade de mãe fofinha. Ela sabia que eles não estavam exatamente fazendo acolhedores cafés da manhã de domingo regularmente.
Mas isso?
Ela não tinha ideia de que a mãe de Sam era absolutamente vil.
Que tipo de mãe diria isso a seu próprio filho?
"Não fique assim," ele murmurou. "Não é a primeira vez que ela me diz que sou um mau filho, um mau amigo, e fui um mau marido.”
"Ela está errada," Riley disparou de volta. "Ela está completamente errada."
Seus olhos se encontraram. " Ela está? No que é que eu sou bom? Não sou um banqueiro de investimentos. Eu parei isso. Não é fazendo uísque. Não estou vendendo isso. Ela está certa sobre a coisa do mau-marido, eu realmente aspirei para isso. "
"Porque nenhuma dessas coisas eram certas para você. Bem, na verdade, eu acho que a coisa do Uísque poderia ser se você se desse uma chance, mas você nunca quis ser um banqueiro de investimento. E Hannah... "
Hannah não era a única. Eu sou.
Ele deu um passo para trás.
"Não quero ouvir isso, Riley. E tenho certeza que não quero falar sobre isso. Quando você se refrescar, você verá que estou certo. De manhã, você ficará aliviada por não ter feito isso."
"Eu aposto,” ela retrucou. "Você sabe, do lado positivo, eu vou ter uma grande ideia para a história fora disto. Bolas azuis femininas: uma coisa real"!
"Riley, é só sexo. Tenho certeza que você vai encontrar alguém para arranhar a coceira."
Oh Deus.
Ela estava errada. Bolas azuis femininas eram o menor de seus problemas.
Ser rejeitada por este homem ferido.
Ela inalou uma respiração profunda pelo nariz para evitar responder. Ela sabia que ele não queria ser cruel, mas sua despreocupada demissão do que quase acontecera entre eles era o lembrete final que isso era muito menos para ele do que era para ela.
Para ele, era uma tentativa fracassada de resolver a tensão sexual entre eles. Para ela, isso importava. E não apenas porque ele iria bater seus encontros sexuais fora da categoria uma “vez há muito tempo atrás.”
Importava porque era Sam.
E Sam importava para ela.
E sua rejeição era muito pior do que poderia ter imaginado.
Um nó se formou em sua garganta, e ela cravou as unhas nas palmas das mãos para evitar implorá-lo a ficar. Ou pior, de pedir-lhe para sentir por ela do modo que ela sentia sobre ele.
Ela queria ser tudo para ele.
Mas a expressão em seu rosto caiu entre culpado e indiferente.
Ela deu um longo suspiro de aço. A rejeição física era ruim o suficiente. De jeito nenhum ela se preparara para a rejeição emocional também.
Riley ergueu ambas as mãos em sinal de rendição, dando um ligeiro encolher de ombros. "Você sabe, você provavelmente está certo. Estou me sentindo um pouco, mas... acho que não é nada que outro cara não possa cuidar, certo?"
Seus olhos se voltaram tormentosos, e ele deu um passo em direção a ela antes de pegar a si mesmo. Sam deu um breve aceno de cabeça. "Certo. Bem... boa sorte com suas outras opções."
"Você também! ” Ela disse brilhantemente. "Bolas azuis não te ficam bem."
Ele olhou para ela antes de pisar em direção à porta do quarto. Sua mão parou na maçaneta da porta, e deu-lhe um último olhar por cima do ombro. "Foi bom, porém, não foi? Enquanto durou."
O nó na garganta dobrou de tamanho. "Sim,” ela sussurrou.
Seus olhos procuraram os dela e por um segundo de parar o coração, ela pensou que ele iria voltar para ela. Para terminar o que tinha começado.
Em vez disso ele se virou.
E então foi embora.
CAPÍTULO DEZ
"Espere, então ele saiu? E você estava nua?"
Riley agarrou a garrafa de vinho da mão de Emma e cobriu o seu copo, enquanto ela tentava ignorar a dor ao ouvir as palavras em voz alta. "Não inteiramente nua,” ela murmurou.
"Eu ainda estava usando minha calcinha."
"Então você estava basicamente nua,” Grace disse, estendendo sua própria taça de vinho.
"Elas eram roupas intimas feias? Talvez esse fosse o problema,” disse Julie, trazendo uma tigela de saladas e sentando de pernas cruzadas no chão do outro lado da mesa de café da Grace.
"Sim, tenho certeza que as calcinhas de avó foram o problema," disse Emma. "Não tinha nada a ver com o fato de que ela estava prestes a transar com um de seus amigos mais antigos, e que sua mãe quase teve um ataque cardíaco."
"Epa, Epa. Vamos esclarecer algumas coisas,” disse Riley, colocando sua taça sobre a mesa. "Primeiro de tudo, não eram calcinhas de avó. Estamos falando de renda preta. Em segundo lugar, sua mãe está bem. Liam falou com ele esta manhã e ela está fora do hospital e de volta ao normal, o que, tanto quanto eu posso imaginar ainda é mau como pecado. E em terceiro lugar, eu não estou realmente certa de que é amizade o que esteve acontecendo entre eu e Sam todos estes anos. É mais como..."
"Combustão Sexual?" Julie falou.
"Sim, isso,” disse Riley, apontando o dedo para Julie. "E por último... quando liguei para uma noite de meninas de emergência, de quem foi à ideia de servir salada? Como é que eu vou retirar qualquer conforto de ervilhas?"
"Acalme-se, a entrega de Gigino está a caminho. A salada era destinada a animá-la, porque todo mundo sabe que você fica quando está com fome,” disse Emma, pescando uma cenoura fora da bacia e segurando-a com expectativa na frente do rosto de Riley.
Obedientemente Riley inclinou-se para frente e tirou a cenoura dos dedos de sua amiga. "Você pegou a massa bolonhesa?"
"Não, nós queríamos vê-la de mau humor durante a noite toda," disse Grace, servindo-se de uma enorme taça da salada. "É claro que pegamos sua bomba calórica de carne."
Riley recuperou o copo da mesa e se acomodou no sofá. Não era que não gostasse de vegetais. Ela só gostava de outras coisas melhores. Como carboidratos. E gordura. E outras coisas de gosto, bem... não muito saudável.
E um período de sua vida em que seu coração estava a meio caminho de ser quebrado não era o momento de couve e quinoa.
"Então, fale sobre o que aconteceu,” disse Julie.
"Eu pensei que tinha feito ao telefone."
"Não,” disse Julie pacientemente. "O que você disse ao telefone foi: ’ Sam me viu nua e em seguida, eu comi três porções de mac e queijo do serviço de quarto'"
"E então você me chamou e me disse que seu pênis foi bloqueado por sua mãe, o que eu acho que todas concordam é uma frase que deve ser proibida,” acrescentou Grace.
Emma sacudiu a cabeça. "Não, eu ganho. Ela me ligou e perguntou como Alex Cassidy se sentia sobre as ceras brasileiras, porque ela tinha recentemente começado uma e não queria que toda a dor fosse desperdiçada e pensou que ele poderia ser um candidato viável."
Riley levantou um dedo. "Ok, nessa última, eu não quis dizer isso. Pode ter sido por causa da metade de uma medíocre garrafa de merlot. Até eu sei que os ex estão fora dos limites."
"Então, o que você disse a ela? ” Perguntou Julie, olhando para Emma.
Emma parecia um pouco aborrecida por ter a atenção voltada para ela. "Eu disse a ela para colocar o telefone ou a garrafa para longe antes que fizesse alguma coisa bêbada da qual se arrependesse depois.”
"Não, eu quero dizer sobre os pensamentos de Alex na preparação amada."
As sobrancelhas perfeitamente moldadas de Emma subiram. "Sabe, já faz alguns anos desde que eu me preocupava com as preferências de Cassidy para arranjos de pelos púbicos femininos.”
Grace estremeceu. "Quando você coloca dessa forma, soa um pouco como paisagismo."
"Dói muito mais que um paisagismo," Riley disse enquanto começava a tirar os croutons amanteigados fora da tigela de salada. "E eu só quero ressaltar que nenhuma de vocês foi de qualquer ajudar em qualquer um desses telefonemas.”
Grace estendeu a mão através do sofá e deu um tapinha no joelho de Riley. "Mas estamos aqui agora. Fale Conosco."
Riley girou seu vinho e olhou fixamente para seu copo enquanto contemplava exatamente o quanto de suas entranhas derramar. Ela sabia que iriam apoiá-la, não importa o quê. Era para isso que as amigas estavam lá. E tanto quanto ela adorava suas irmãs, sempre tinha sido Grace e Julie que sabiam exatamente a coisa certa a dizer ao longo dos anos, e a inteligência de Emma era o complemento perfeito para seu pequeno grupo.
Mas contar a elas sobre sua inexperiência sexual equivalia a confessar que esteve mentindo para elas há anos.
E, no entanto, o pensamento de continuar a mentira era quase insuportavelmente pesado.
"Então vocês sabem da matéria do quinquagésimo aniversário? ” Ela começou lentamente. "As mulheres por trás das histórias e tudo isso.”
"Nós sabemos,” Julie disse pacientemente. "Sendo suas colegas e tudo mais."
"Certo, certo. É só que... Eu não tenho uma história.”
"Assim? Temos algum tempo antes que precisemos transformar em um rascunho.”
“ Não, é pior do que isso. Quero dizer, eu não tenho uma história. Em tudo. Nenhum relacionamento de longo prazo, nenhum relacionamento recente, nenhum relacionamento interessante... e considerando que a nossa seção é relacionamentos, estou um pouco perplexa.
As outras três mulheres trocaram um olhar. "Bem, querida,” disse Julie, "Eu realmente espero que você não me leve a mal, mas você não tem que escrever sobre qualquer tipo de relação de amor profundo. Você poderia ficar com o que você sabe, que é..."
"Sexo?" Riley forneceu.
"Sim,” Julie disse com um pequeno suspiro de alívio porque não teria que soletrar. "E não há vergonha nisso. Basta escrever o que você sempre escreve, mas dar-lhe um pouco de rotação pessoal. Quer dizer, não vendemos nenhum dos caras por nome ou qualquer coisa, mas o que se fez, como as dez melhores dicas de sexo que você aprendeu ao longo dos anos na Stiletto? Quais seus favoritos, ou qualquer outra coisa."
"Ou você poderia escrever sobre qual das suas histórias tiveram o pior impacto sobre sua vida sexual - talvez como uma tentativa de pesquisa fracassada ou algo assim. Você poderia mantê-lo engraçado, em vez de mostrar sua alma."
Riley franziu os lábios. "Todas são boas ideias, exceto..."
Eles estavam vazios.
Ela era tudo para ser irreverente e divertida, mas ultimamente não tinha sido suficiente. No silêncio das noites de quinta-feira quando teve uma dor de garganta, divertido não trazer-lhe chá quente e te aconchegar. Engraçado não acariciar o seu cabelo depois de um sonho ruim.
O divertimento não removeria Sam Compton de sua "zona de amigo" cuidadosamente construída.
"Espere um segundo,” disse Emma, levantando a mão. "Podemos fazer o trabalho da ideia genial mais tarde? Eu quero ouvir as partes boas. Como veio a ser tão gostoso Sam Compton vê-la nua?"
"Quase nua."
"Mas não se usa calcinha preta minúscula, a menos que eles se destinem a ser vistos."
"Não é inteiramente verdade,” disse Riley, sua mão indo para sua calça jeans. "Veja, eu sempre..."
Grace agarrou seu pulso. "Tenho certeza de que tudo o que está cobrindo suas regiões inferiores agora é impressionante, mas fique no tópico. Como foi que Sam reagiu ao ver a sua calcinha preta?"
Riley tomou um grande gole de vinho. "Eu propus a ele."
Ela esperou pelos suspiros de surpresa e os “ohmeuDeusvocênãofezisso,” mas nenhuma fez. Riley olhou para suas amigas. "Ninguém parece surpresa."
"Oh, estamos surpreendidas. Surpresas por ter demorado tanto tempo.”
Riley caiu de volta contra o sofá. "Era tão óbvio?"
"As vibrações sexuais puras, não diluídas, que sempre zumbia em torno de vocês dois? Hum, sim,” disse Grace.
"E o desejo? ” Ela acrescentou mais calmamente. "Nós vimos isso também."
Riley olhou rapidamente para seu copo de vinho, para que suas amigas não pudessem ver o desespero em seus olhos. Seus sentimentos por Sam eram perceptíveis?
E se assim fosse, a sua falta de sentimentos por ela também era óbvio demais?
"A única coisa que eu não entendo é por que agora? ” Perguntou Julie, batendo um dedo contra o lábio.
"Por que este artigo era o único que finalmente fez você ter a coragem de ir atrás de seu cara?"
"Calma aí, tigre," disse Riley, apontando o dedo para Julie. "Ele não é o meu cara. Ainda.”
"Ok, ainda, por que agora? Por que não colocar uma das piadas mais sem sentido dos estudos em seu artigo do que ilustrar essa coisa com Sam extraoficialmente.”
"Diz à mulher que anunciou publicamente ao mundo que ela estava apaixonada por um menino."
"Você está apaixonada por Sam? ” Perguntou Emma.
O coração de Riley capotou.
"Não! Isso não foi o que eu quis dizer. É só que... não há qualquer outro cara que eu possa escrever sobre ele.”
"Oh rapaz, ela entendeu mal,” disse Grace, completando suas taças de vinho.
Riley respirou fundo. "Não, quero dizer que, literalmente, não há qualquer outro cara. Absolutamente. Não agora, não antes…"
As três mulheres congelaram.
"Explique-se,” disse Emma lentamente.
Riley engoliu em seco. "A comida não chegou ainda? Já não pediu a um tempo?"
"É sábado à noite. Seja paciente. Além disso, não mude de assunto. O que quer dizer com não existem quaisquer outros caras. E quanto aos parceiros anteriores?"
Riley olhou para seu vinho.
Aqui vamos nós.
"Há parceiros anteriores," Julie disse lentamente.
"Claro!" Riley disse brilhantemente. "Apenas, você sabe... não é plural."
Essa última parte saiu em um murmúrio, mas ela soube pelas expressões chocadas nos rostos de suas amigas que a ouviram.
"Você só esteve com um cara? ” Grace perguntou suavemente.
A cabeça de Riley mergulhou para frente até o queixo descansou sobre o peito. Culpada.
"Oh meu Deus, Riley... Foi ruim? Será que ele..."
"Não foi ruim. Quero dizer que foi, mas não foi forçado. Foi apenas um pouco estranho e um pouco doloroso, e totalmente desagradável."
"Quando?"
"Faculdade."
"Você não fez sexo desde a faculdade?" Julie explodiu.
Grace lançou-lhe um olhar de advertência. "O que é bom, não é, meninas?"
"Definitivamente,” disse Emma.
"Claro,” disse Julie. "É apenas uou. Quem era ele?"
Riley deu de ombros. "Dan Bacher. Nós estávamos namorando há vários meses e era do tipo sério, embora não fosse como se eu estivesse dando dicas sobre anéis de noivado ou algo assim. Terminamos logo após o incidente."
Julie colocou a mão sobre a boca para cobrir uma risada horrorizada. "É assim que você chama? O incidente?"
Riley recebeu uma breve trégua pela campainha, e o processo de colocar as embalagens de comida e os pratos ao redor deu-lhe a oportunidade de recuperar o fôlego. E recolher seus pensamentos.
Mas no momento em que todos retomaram a seus lugares ao redor da mesa, ela estava pronta para contar tudo a elas. Toda a história triste, estranha.
"Jake não está escondido no quarto, está? ” Ela perguntou a Grace. "Eu acho que não posso lidar com um público masculino para isso.”
"Não, ele está na noite dos caras. O que quer que você queira nos dizer terminará com nós três. - E todos os leitores da Stiletto,” disse Emma, inexpressiva.
Riley mastigou lentamente sua massa antes de falar. "Então, você provavelmente está se perguntando por que nunca tentei novamente. Depois de Dan, quero dizer."
"Um pouco,” Julie disse, subestimando. "Quero dizer, é bastante comum, pela primeira vez ser desajeitado, e doer um pouco e tudo isso. Quero dizer... Nós todas não escrevemos um artigo sobre isso em algum momento?"
"É verdade,” disse Emma. "Minha primeira vez foi com um cara que era muito mais velho, e que deveria tornar menos estranho, mas ele estava flácido em todos os lugares errados"
"Huu," disse Grace, cortando-a. "Mas sim, o meu também foi ruim. Foi com Greg"
"Aquele bundão," Riley murmurou, como sempre fazia quando o nome do ex de Grace saia.
"...e foi totalmente um desastre, não com o invólucro do preservativo aberto,” “Não tem lubrificação suficiente, foi um desastre."
"Sim, a minha situação foi assim," Riley confirmou.
"Vocês eram amadores. Dê um tempo."
"Eu posso dar uma chance a meu eu de vinte anos de idade," disse Riley. "Mas o meu eu de vinte e oito anos de idade? Não há desculpa."
"Bem, você deve ter seus motivos para esperar," disse Grace gentilmente.
"Não há nenhuma boa razão! ” Disse Riley, sua voz saindo em um grito. Ela deu uma mordida em sua massa para se acalmar.
"O verdadeiro problema é porque eu dormi com Dan em primeiro lugar. Veja, as férias de natal do meu segundo ano, os pais de Dan estavam na Austrália visitando sua irmã, que estava estudando no exterior, então ele veio para casa comigo."
"Você fez isso na casa dos seus pais? Como isso não tem sido história para uma matéria ainda?"
"Na verdade tem,"disse Riley, pensando em um pequeno trecho que tinha feito alguns anos antes. "Eu só não baseava na minha experiência pessoal. Inferno, como vocês sabem agora, nenhum dos meus artigos são baseados em minhas experiências sexuais... Mas de qualquer maneira, não, nós não fizemos isso até voltarmos ao campus depois das férias."
"Tudo bem...” Grace disse, enrolando o garfo em um giro cuidadoso de macarrão. "Então, qual foi o catalisador? Você não soa exatamente apaixonada por esse pobre homem."
"Oh, tudo bem, eu estava ferida," Riley murmurou. "Só não com Dan."
Julie juntou as peças quase que imediatamente. "Sam estava lá. Na casa de seus pais no Natal."
"Sam estava lá,” disse ela, encontrando os olhos de suas amigas. "E sua nova esposa também."
"Sam era casado? ” Disse Grace. "Como é que eu não sabia disso?"
"Porque acabou em um minuto. Apenas uma asneira espontânea que terminou em um divórcio livre de drama. Mas aquelas férias de Natal quando fui para casa com o meu primeiro namorado sério, meio convencida de que isso obrigaria Sam a me ver como um adulto, ele estava muito casado."
"Oh, Ri,” disse Julie, colocando seu prato de lado. "Foi por isso que você dormiu com Dan?"
"Bem, eu não me deixei reconhecer a razão naquele tempo. Eu disse a mim mesma que ele era doce e gentil, e bastante bonito, e porque não, sabe? Mas se eu for realmente honesta comigo mesma... "
"Sempre volta para Sam," Emma terminou para ela.
"Exatamente."
Ela prosseguiu explicando como o havia perseguido na destilaria, em seguida, jogou o cartão de ciúme com Brent para instigá-lo a agir. Disse-lhes sobre o beijo em seus pais e no beijo no bar...
Contou-lhes tudo, até a porta do quarto do hotel, quando sentiu-se corar e percebeu que falar sobre sexo em termos gerais, é um inferno de muito mais fácil do que falar sobre sexo em termos pessoais.
E ela definitivamente não lhes contou sobre a explosão de Sam sobre não ser bom para ninguém.
Era simplesmente muito infiel falar para qualquer um. Até mesmo suas melhores amigas.
"Ele deve ter bolas de aço, se ele saiu,” disse Emma. "É óbvio para todos na costa leste que ele quer você tanto quanto você quer a ele.”
"Obviamente não," Riley disse enquanto revirava a bolsa de entrega em busca de Tiramisu21. "E eu não o culpo por não querer ver as coisas naquela noite. Se eu descobrisse que minha mãe estava no hospital, estaria em pedaços. Mas eu acho que eu pensei –esperava - que ele pudesse ter ficado. Você sabe, só para cuidar. Como queiras."
Ela quebrou sobre esta última parte, envergonhada pela admissão, e Julie apertou sua mão tranquilizando-a.
"Está tudo bem, Riley."
Era fácil para Julie dizer. Julie tinha alguém que a amava de volta. Riley estava receosa de que se ela abrisse as portas, se transformaria numa daquelas mulheres carentes que coloca sua vida em espera, porque está apaixonada por um homem.
E Riley estava apaixonada por um homem.
Ela só não queria estar.
Então, Emma inclinou a cabeça e trouxe o assunto de volta para o elefante na sala22.
"Como é que você ainda não transou, desde aquela noite na faculdade? Quer dizer, Sam é sexy e tudo mais, mas eu não sei se vale a pena ser celibatária por qualquer homem."
"Bem, não foi inteiramente intencional," resmungou Riley. "Mas você sabe como quando você conhece alguém e esquece o seu nome... e então você corre para ele novamente e não quer admitir que você não sabe o seu nome, então você não pergunta? E, então, pela décima vez que você o vê, é tarde demais para admitir que você não tem ideia de quem ele é? "
Elas assentiram com a cabeça.
"Bem, minha vida sexual é assim. Comecei apenas esperando o próximo cara depois de Dan, mas, depois um ano se passou. Em seguida, outro... e então eu comecei a surtar, tipo, oh meu Deus, Tenho vinte e dois anos e não sei como fazer sexo..."
"E então você inadvertidamente tornou-se uma 'expert' do sexo e você não podia admitir que você não tinha nenhum,” Julie supôs.
"Precisamente."
"Não há nenhuma vergonha nisso, você sabe," Grace disse gentilmente. "Não há uma resposta certa sobre a quantidade adequada de sexo.”
Riley estendeu a mão e deu um tapinha no joelho de sua amiga. "Diz à mulher que está ficando muito regularmente."
"Estou falando sério,” Grace respondeu: "Eu sei que você ama a Stiletto, mas você não tem que fazer qualquer coisa da qual você não esteja pronta para o bem deste artigo..."
A mente de Riley voltou para a sensação das mãos de Sam sobre ela. O som de seus gemidos se misturando quando finalmente... descobriu o que a outra pessoa queria. Precisava.
"Grace,” interrompeu Riley. "Estou pronta. Sério pronta. Quando Sam e eu estávamos... você sabe... ocupados, eu pensei que ia explodir.”
"Sim, eu estou com um tesão do inferno nestes dias, e só se passaram um ano para mim,” disse Emma.
Grace a olhou com curiosidade. "Um ano? Sobre o que é isso?"
Emma deu de ombros e colocou um cogumelo em seu prato. "O Sexo só ficou um pouco decepcionante por um tempo. Pensei em fazer uma pausa."
"Mas nem sempre foi decepcionante,” disse Julie, pescando.
Emma hesitou antes de responder. "Nem sempre. Na verdade, costumava ser excelente."
Grace e Riley trocaram um olhar malicioso. "Digaaa... quando você estava com Cassidy?"
Emma pressionou os lábios juntos em uma linha firme. "Sem comentários."
Julie suspirou e serviu-se de um pedaço de tiramisu de Riley. "Um dia desses, você vai ter coragem e contar tudo o que aconteceu com você e o delicioso sexy Alex Cassidy.”
"Quem aparentemente colocava obstáculo quando se tratava de sexo,” disse Riley, balançando a sobrancelhas.
"De volta, McKenna. A sessão dessa noite é sobre você. Precisamos de um plano. Algo para convencer Sam de que Riley vale todo este problema."
"Ei!"
"Oh, não,” Grace gemeu. "A última vez que Emma teve um plano, acabei filmando secretamente um homem em um restaurante.”
"Um homem que acabou de ir morar com você,” disse Emma triunfante.
"Ela tem razão," disse Julie. "Esse conluio no restaurante com Jake foi um pouco o começo de uma história de amor bonita e épica.”
"Eu sei," Grace disse com um sorrisinho presunçoso.
Riley levantou a mão. "Nós podemos ter os dois, certo? Amor épico e um bom orgasmo."
"Aposto que Sam dá grandes orgasmos,” disse Julie com uma expressão sonhadora.
"Tire suas mãos,” disse Riley, apunhalando um garfo na direção de Julie antes de voltar para Emma.
"Você. fale."
"Ok,” disse Emma, esfregando as palmas das mãos sobre as coxas enquanto seu rosto se contraia em consideração. "Você disse que ele respondeu a você trazendo aquele cara o Brent para a casa de família, certo? O ciúme o estimulou a agir.”
"Claro, mas ele também me ligou," Riley admitiu. "Essa carta já foi definitivamente jogada, e eu acho que ele não vai cair uma segunda vez."
"É por isso que não vamos jogar a carta ciúme."
"Mas isso é um clássico," Julie protestou.
Emma sacudiu a cabeça. "Sam é inteligente e determinado, e, pior ainda, ele conhece Riley. Não podemos vesti-la com roupas sexy, porque ele viu isso e conseguiu manter suas mãos para si mesmo - na maior parte -. E não podemos desfilar outro cara na frente dele, porque, mesmo que esteja apaixonado por ela, o tiro pode sair pela culatra e tranquilizá-lo de que ela seguiu em frente.”
"O plano é assim..."
"Damos a ele exatamente o que ele quer,” disse Emma, com um sorriso satisfeito em seus traços calmos.
"Mas o que ele quer é que eu volte a ser uma irmãzinha que não vai ficar entre ele e seu melhor amigo," Riley protestou.
"Exatamente,” disse Emma, inclinado-se para frente. "E você está prestes a se tornar a melhor amiga platônica que ele sempre quis e não pode tocar."
"Oh, eu gosto deste plano,” Julie respirou. "Ele tem tentado durante anos erradicar a tensão sexual entre Riley e ele. Mas aposto que nunca pensou que conseguiria."
"Que bem isso me faz? ” Perguntou Riley, tentando acompanhar. "Eu quero que nos tornemos menos platônico, não mais.”
"Bem, essa é a coisa sobre os homens,” disse Grace, pegando o plano. "Às vezes eles estão tão determinados a conseguir o que querem que não percebem que estavam errados. "
Emma ergueu o copo em um brinde a vitória. " Sim. E quando ele achar que o chiado sexual entre vocês dois desapareceu completamente, adivinhem? "
Riley sorriu com admiração, finalmente entendendo. "Uma vez que ele foi embora, ele vai querer de volta."
"Sim,” disse Emma. "E ainda mais importante? Vai lutar por isso."
Deus, ela esperava que Emma estivesse certa. Ela queria que isso funcionasse. Precisava dele para trabalhar.
Porque quando ela colocava de lado sua insolência e seu orgulho e sua reputação sexy cuidadosamente trabalhada, Riley era exatamente como as milhares de mulheres que a Stiletto falava a cada mês.
Ela era uma mulher completamente louca por um cara.
Era hora de ter o seu final feliz.
Estava na hora de pegar o seu homem.
CAPÍTULO ONZE
Enquanto saía, Riley tinha um aliado em seu irmão mais velho.
Reconheço, Liam não sabia que era um aliado. Se o fizesse, teria cancelado sua viagem de negócios para Amsterdã e comprado a Riley um bilhete só de ida para um convento distante. Mas, como a empresa de Liam tinha conseguido um caso de alto nível com um artista Holandês, resultando em seu irmão sendo convenientemente mandado para fora do país.
Era toda a abertura que Riley precisava para colocar o plano de Emma em movimento e a Operação Não Me Atende, Apenas Pense Em Mim Como Sua Irmã, estava prestes a começar.
"Sam? Você está aqui? ” Perguntou Riley, abrindo a porta de correr de seus aposentos para a destilaria. Aparentemente, o homem não tinha aprendido a lição de sua última invasão e não pensou em trancar a porta dos fundos.
É claro que esta pequena visita não terminaria com uma proposta sexual. Ah não. Muito pelo contrário.
Riley distraidamente passou a mão ao longo de um barril de madeira, respirando o agora familiar perfume doce. Ela nunca tinha pensado muito sobre o processo de criação de Uísque, mas podia ver como alguém poderia ficar encantado com isso. De alguma forma, Sam... estando aqui sozinho com apenas os grãos e ... bem, o que quer que fosse o Uísque.
Ou talvez não tão sozinho, ela percebeu quando entrou na parte principal da destilaria e ouviu vozes.
Elas eram baixas, vozes masculinas, e seguiu o som até que avistou sua presa. Sam estava vestido com calça jeans habituais e camiseta - cinza desta vez - e conversando com uns caras que nunca tinha visto antes.
Sua garganta doeu um pouco ao vê-lo, na lembrança do que eles estavam fazendo na última vez que ela o viu.
Logo antes dele sair pela porta e deixá-la nua e dolorida.
Por um breve segundo, pensou em recuar. Ela não tinha contado com um público para este desempenho. Então, novamente, os espectadores podem funcionar a seu favor. Era provável ele ser menos cauteloso se tivesse seus funcionários como amortecedor.
Seus ombros voltaram ao ouvir o som de seus saltos batendo, e sua espinha ficou rígida.
Ok, talvez ele ainda estivesse desconfiado.
Homem inteligente.
Riley vestiu-se cuidadosamente para esta ocasião, de acordo com as instruções de suas amigas. Calças pretas simples, uma blusa branca lisa, e um blazer preto de forma apropriada com botas pretas para o dia a dia que eram profissionais sem ser sufocante.
Era o trabalho essencial da cidade de Nova York que, esperançosamente, gritava, ei, você é apenas outra tarefa que eu tenho que verificar no meu caminho do trabalho para a casa.
Qualquer coisa muito sexy iria colocá-lo na borda. Qualquer coisa muito distante da outra forma iria definir sinos de aviso o advertindo de que ela estava tramando algo.
Embora, a julgar pelo olhar de “cervos nos faróis23” em seu rosto, sinos de alerta estavam indo embora independentemente.
Não se preocupe. Eu não estou aqui para seduzi-lo. Pelo menos não da maneira que você pensa.
"Ei! ” Ela disse, jogando um sorriso de megawatt. Não era seu habitual sorriso de “eu sei algo que você não sabe,” e ela viu pelo leve estreitamento de seus olhos que ele percebeu a diferença. "Estou interrompendo alguma coisa?"
"Obviamente,” disse ele sombriamente.
Seus companheiros não eram tão mal-humorados, e o mais alto do grupo lhe deu um sorriso acolhedor. "Eu nem consigo me lembrar da última vez que tivemos uma mulher na ROON. Muito menos uma bonita.”
Riley deu uma pequena risadinha enquanto se aproximava dos homens. "Você não é doce? E eu sinto muito por entrar assim. Eu pensei que vocês não estariam trabalhando depois das seis, mas eu deveria ter ligado."
"Oh, por que começar agora? ” Perguntou Sam.
"Eu sou Riley,” disse ela, estendendo a mão para o homem mais baixo à sua esquerda e ignorando Sam completamente.
"Rob,” disse o homem, dando-lhe um rápido aperto de mão depois de um olhar nervoso para Sam. "E este é Adam e Cory.”
"Vocês todos trabalham aqui?"
"Eles estão tentando,” disse Sam, segurando seu cotovelo. "Que tal eu lhe telefonar mais tarde?"
"Oh, eu posso esperar até você terminar aqui. Eu só tenho um pequenino favor para pedir."
Sam empalideceu. Sem dúvida, lembrando-se do último favor que tinha lhe pedido.
Ela deu-lhe um olhar. Você deseja.
"Acho que temos tudo que precisamos para os novos rótulos,” disse Adam, apertando a mão no ombro e afastando-se de Sam. "Nós não vamos mantê-lo longe desta senhora bonita."
Riley deixou seus cílios vibrarem. "Você é doce, mas não fique com a ideia errada. Sammy e eu somos apenas velhos amigos. Ele é como meu irmão."
Ela viu as sobrancelhas subir.
"Ah, é?" Rob perguntou, olhando para Riley com uma nova apreciação agora que ela já não era a mulher do chefe. "Você sabe, eu posso esperar alguns minutos se você quiser alguém para acompanhá-la?"
Sam bufou. " Confie em mim, Rob. Se Riley acompanhá-lo até à estação de metrô, você será a única pessoa que precisará de uma escolta.”
Riley apenas deu um sorriso recatado. "Obrigada pelo er, mas eu fiz esta caminhada um milhão de vezes."
"Um milhão, hein?" Sam perguntou baixinho em seu ouvido. "Onde eu estava nas outras novecentos noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove vezes?"
Ela o ignorou, passando por ele sem realmente fazer contato antes de levar Rob e os outros caras para fora da porta com a promessa de que ela teria absolutamente certeza de que Sam comeria, mas não, ela não tinha certeza de que iria melhorar a sua disposição.
Então, eles estavam sozinhos.
Um mês antes, eles estariam circulando uns aos outros e tentando ignorar a tensão sexual na sala.
Uma semana antes, eles teriam estado juntos, abraçando aquela tensão sexual.
E desta vez... a tensão sexual estava por trás deles.
Pelo menos isso é o que ela estava deixando-o acreditar.
"Como está sua mãe? ” Perguntou ela, seguindo-o até o bar, para onde ele havia recuado no minuto em que os outros homens haviam partido.
"Bem. Melhor. Eu falei com Carl - que é seu namorado -, ontem, e ela está repousando em casa. Todos os seus testes deram bons."
"Eu estou contente." Suas mãos nunca pararam o coquetel deles, mesmo enquanto ele a estudava. Ele torceu a tampa de um pote de cerejas, arrancando um com um palito e entregando a ela antes de deixar cair um em cada copo de coquetel.
Ela deixou o silêncio durar vários segundos antes que ela seguisse adiante com o plano. "Vim pedir desculpas."
Nada. Nem mesmo um piscar de surpresa.
"Você não vai dizer nada? ” ela perguntou.
Ele sustentou seu olhar por vários segundos antes de dar de ombros. "Vamos apenas dizer que, ao longo dos anos, aprendi que qualquer ‘desculpas’ de Riley McKenna é melhor recebido com um capacete .”
"Por que isso?"
"Porque eu estou achando que tanto quanto você gosta de fingir que é sincera, nada é tão simples quando se trata de você e os homens."
Ela se inclinou para frente, servindo-se de outra cereja do frasco aberto. "Me parece que você está me chamando de manipuladora."
"Sim, e não é?"
Riley encolheu os ombros. "Bem, digamos que o inferno congelou e esse pedido de desculpas é real. Agora que eu tive algum tempo para pensar sobre isso, eu estou mortificada sobre a outra noite. Sério."
"Por qual parte?" Ele derramou o líquido marrom escuro em cada copo. "O fato de que você iria dormir com um homem por causa de uma história, ou o fato de que você me escolheu?"
"Oh, eu estou acostumada à primeira,” disse ela descaradamente, tinindo seu copo contra o dele.
"Ossos do ofício.”
"Isso é o que as prostitutas dizem sobre DSTs."
Ela inclinou a cabeça. "Bem, ótima notícia, Compton. Está prestes a não se tornar o seu problema."
Sam a estudou cuidadosamente, obviamente procurando seu ponto de vista. Ele tinha uma pequena ruga entre as sobrancelhas que lhe dizia que não conseguia entender.
"Por que você realmente está aqui, Ri? É sua tática de pedir desculpas primeiro para disputar uma correspondente desculpas minha? Bem. Eu vou pedir desculpas por deixá-la naquele quarto de hotel como eu fiz. Mas nós dois sabemos que foi melhor que eu fizesse. Nunca deveria ter chegado tão longe em primeiro lugar."
Levou todo o autocontrole de Riley não sorrir. O cavalo estava sendo levado diretamente para a água, e ele não tinha ideia.
“Exatamente.” Ela estendeu a mão e pressionou seus dedos levemente, puxando para trás antes que ele tivesse a chance de suspeitar que o toque era nada além de amigável e instintivo.
Todo esse plano dependia dele acreditar que ela não estava nem um pouco sintonizada com ele.
"É estranho, não é?” ela meditou. "Que depois de tanto tempo tendo aquela estranha coisa de tensão entre nós, e quando estávamos à beira de realmente fazer algo sobre isso, percebemos que era tudo fumaça espalhada.”
Sam piscou. Piscou novamente. "Espere. O que?"
"Você sabe,” ela disse, enrugando o nariz e acenando com a mão. "O constrangimento de toda aquela noite. Eu estava tão certa de que seria explosiva e, em vez disso foi apenas estranho."
Ele se recuperou rapidamente. Ela sabia que ele o faria. "Certo. Isso foi…"
"Tipo como beijar sua irmã? ” Ela falou.
Seus olhos caíram para sua boca por apenas uma fração de segundos antes de olhar para longe. "Certo. Agora você está feliz que eu parei? Mesmo sob circunstâncias ruins?"
"Tão feliz. É por isso que eu odeio estar nesta situação embaraçosa de pedir outro favor…"
Ela fez uma careta, como se temesse a pergunta que tinha que fazer em seguida.
Ele deu um longo suspiro. "Outro favor? Eu não tenho que ficar nu para fazer este, não é?"
"Não, a menos que você queira."
"Vamos ouvir isso."
"Então, todos os anos, a empresa que possui a Stiletto gosta de fazer crer que não está localizado no meio do centro urbano do país e hospeda este pesadelo conhecido como o torneio anual de softball."
Ele franziu o cenho. "Softball? Em Manhattan?"
"Parque Central. De qualquer forma, este ano, a Stiletto jogará contra Oxford."
"A revista cara com todos os conselhos estúpidos?"
"Certo. Assim, todos os funcionários são fortemente encorajados a trazer mais um para garantir jogadores suficientes para cada equipe.”
"Bem, eu acho que é uma coisa muito boa que você tenha um irmão mais velho que jogou beisebol na escola e na faculdade."
"Veja, geralmente, isso é uma coisa boa. Exceto quando o irmão está fora do país, e o jogo é no sábado."
Sam jurou baixinho. "Certo. Aquela maldita coisa de Amsterdã."
"Sim."
"E Patrick?"
"Sim, tenho certeza que meu outro irmão mais velho estará mais do que feliz em tirar um dia de seu trabalho superimportante para viajar quatro horas de Boston para um jogo de softball.”
"Meg? Kate?"
Ela deu-lhe um olhar fulminante. "Você sabe muito bem que Meg não é boa em atividades de grupo. Ela não pode nem graciosamente perder em charadas no Natal sem acusar seus próprios irmãos de trapacear. E Kate..."
"Provavelmente nunca viu uma bola de softball,” ele terminou para ela.
"Então você vai fazer isso? ” Ela perguntou, dando-lhe o sorriso platônico “não me importa” que ela tinha praticado no espelho. "Você pode jogar softball, certo?"
"Sim, McKenna, eu acho que posso descobrir como jogar um jogo de softball com um bando de mulheres que escrevem sobre sapatos e orgasmos."
Ela bateu palmas. "Então você está dentro?"
Ele hesitou. "E isso é estritamente como amigos, certo?"
"Oh, meu Deus, é claro. Eu acho que eu não posso nos imaginar como qualquer outra coisa agora." Ela deu um tremor dramático.
"Não foi tão ruim assim,” ele murmurou em sua bebida.
Ela pressionou os lábios para esconder o sorriso enquanto se levantava. "Você é o melhor. Sério."
Ele lhe deu um meio sorriso. "Eu estou tentando pensar nisso em como você vai pagá-lo mais a frente. Vou me lembrar da sua recente série de favores da próxima vez que eu precisar de algo de você. Digo... bilhetes para os Yankees?"
"Eu vou ficar de olho." Ela piscou. "A gente se vê por aí, Sammy."
"Você está indo embora?" Ele pareceu um pouco surpreso com a rápida partida, e ousaria dizer... decepcionado? Então, novamente, poderia ter sido seu coração estúpido e melancólico sendo uma dor na bunda novamente.
"Tenho um encontro,” disse ela olhando rápido para o relógio. "Um dos amigos de Mitchell de Wall Street."
Ela observou seu rosto cuidadosamente, mas ele não revelou nada. "Então ele vai ser o assunto de sua história? A edição de aniversário que você tem que fazer pessoal, ou o que quer?"
"Bem, isso depende," Riley respondeu casualmente, jogando para trás o resto de sua bebida.
"Em?"
"De como ele é bom na cama,” disse ela com um sorriso insolente.
Desta vez o rosto de pôquer de Sam não era tão impressionante, e Riley teve que sair para que ele não visse a euforia com sua possessividade crua que tinha brilhado em seu rosto.
"Vejo você no sábado," disse ela por cima do ombro.
Sam não respondeu, e Riley sabia que era porque ele estava pensando.
Uma vez fora de vista, ela tirou o telefone de sua bolsa e enviou uma mensagem de texto para Emma.
Peguei-o.
CAPÍTULO DOZE
"Então, como eu estou fazendo?" Riley perguntou, trotando de volta para o banco de reservas e arrancando a garrafa de água das mãos de Grace. Estava gelada. Claro. Sem água morna para Grace, mesmo que ela não tivesse tido acesso ao gelo em horas. Ela parecia meio MacGyver e metade Martha Stewart.
Julie enrugou o nariz. "Eu diria que você está fazendo tudo certo. Suas habilidades de campo é que são ruins, mas você tem entrado bastante na base, embora eu tenha certeza que é porque sua camiseta dos Yankees é tamanho médio de criança, e seus peitos são... Ah... não médios."
"Ou uma criança,” Grace acrescentou.
"Eu não estava perguntando sobre minhas habilidades de softbal,” Riley disse, entregando a garrafa de água agora vazia de volta para Grace. "Mas desde que você foi lá, eu só gostaria de salientar que minhas habilidades de campo são muito boas."
"Realmente?" Emma demorou. "Porque no último tempo, a bola ficou literalmente parada a seus pés por uns bons quarenta e cinco segundos, enquanto você abanava o irmão da Maria, com seus cílios."
"Desculpe-me, você não viu a minha corrida entre as bases? ” Perguntou Riley, apontando para o campo.
Julie apertou os lábios. "Eu pensei ter visto uma morena troteando pelas bases. Eu não vi qualquer coisa parecida com corrida."
"Diz à mulher que bateu para fora duas vezes seguidas sem sequer tentar balançar. Você tem sorte que Mitchell é tão bom. Quem diria que Wall Street tinha habilidades esportivas?"
"Ele gosta de esportes,” disse Julie, mordiscando delicadamente uma semente de girassol entre seus dentes brancos perfeitos. "É muito chato, na verdade. No outro dia ele perguntou se eu queria dar um " Passeio leve de bicicleta. Honestamente. Estava enlouquecendo, congelando."
"Poderia ser pior,” disse Grace. "Pelo menos seu noivo não é um ex-jogador de beisebol jogando no time adversário."
"Isso é o que você ganha, ficando noiva de um cara de Oxford"
Espere.
Riley parou de tentar roubar a segunda garrafa de água de Grace, e ela sabia pelo súbito silêncio do outro lado, que Emma e Julie estavam em um estado de choque semelhante.
"Grace,” disse Julie, sua voz nunca perdendo sua doçura, sua marca registrada. "Você acabou de soltar a bomba N24?"
"O que? Não, eu só..." A mão de Grace voou para a sua boca, horrorizada. "Oh Deus."
Riley tocou ligeiramente o dedo anelar nu de Grace. "Oh, Deus, de fato. Um noivado sem um anel bonito? Não que isso seja o que importa, mas..."
"Há um anel, e é perfeito, mas softball não é realmente adequado, e eu..."
O balbucio de Grace foi sufocado quando as três mulheres gritando a atacaram.
"Você está noiva? ” Perguntou Julie, esfregando os olhos.
"Era para ser um segredo até que eu tivesse a chance certa de dizer a vocês,” disse Grace, tentando se esgueirar para debaixo do abraço em grupo.
"Bem, considere que o gato está fora da sacola25,” disse Emma, olhando em volta para os olhares curiosos.
Riley descobriu que estava enxugando lágrimas de seus próprios olhos. Lágrimas. "Eu não posso acreditar que a primeira coisa que você fez não foi ligar para nós. Oh, Grace, você está tão feliz."
"É claro que ela está feliz, vai se casar com isso,” disse Julie, apontando para Jake, que parecia lindo e completamente em casa no lugar do lançador. Como todos os outros, ele tinha parado de jogar para olhar o espetáculo que as quatro mulheres fizeram, e o sorriso arrogante em seu rosto dizia que sabia exatamente do que elas estavam falando.
Riley estava morrendo de vontade de olhar para a esquerda, onde sabia que Sam estava em terceiro. Ela resistiu. Mal.
Lentamente, o jogo recomeçou, embora Grace não estivesse fora do gancho. Não com suas melhores amigas.
"Vá em frente e me chame de grosseira,” disse Emma, "Mas hum... se o anel é tão bonito, onde está?"
"Em casa,” disse Grace, pegando um dos capacetes do gancho e se preparando para pegar o bastão. "Eu não queria tirar... você sabe... o jogo de softball."
Riley levantou as sobrancelhas cética. "Uh-huh. Porque esperamos que isto vá de uma obrigação anual para um campeonato regular. Tente novamente."
Grace suspirou. "Ok, eu não queria tirar o seu dia."
Riley levou dez segundos para perceber que Grace estava falando sobre ela. "O que você quer dizer, meu dia?"
Grace levantou um dos bastões antes de trocá-lo por outro. Não que isso importasse. Grace era ainda pior em rebatidas do que Riley era em campo e Julie era, bem... ainda pior.
Emma era a única com algum tipo de habilidade atlética. Algo que Alex Cassidy definitivamente havia notado, se o radar de atração de Julie funcionasse corretamente – o que normalmente funcionava.
"Olá?" Riley perguntou novamente quando ninguém respondeu.
"Sua coisa com Sam,” disse Julie, empurrando seu tênis suavemente contra o joelho de Riley.
"Você sabe, o plano."
Certo. Isso.
Ela afundou no banco ao lado de Julie. "Eu não acho que está funcionando."
"Você está brincando? ” Disse Emma. "O homem está te queimando com os olhos desde que chegou ao campo.”
"Só porque ele quer me estrangular por ser uma pirralha."
"Oh, vamos lá,” disse Julie. "Isso é louco."
Riley girou a cabeça para dar a sua amiga um longo olhar. "Ele me disse isso."
"Claro que disse,” disse Emma calmamente. "Ele tem que dizer alguma coisa para fingir e se manter longe de arrastá-la para debaixo das arquibancadas."
Grace saiu do banco de suplentes, mas permaneceu perto da cerca enquanto ela "praticava o balanço26" que se assemelhava a algo entre um balanço de golfe e um trecho de yoga.
"Parecendo bom, querida!" Jake chamou.
Todos o ignoraram.
"Olha, eu digo para você continuar fazendo o que está fazendo,” disse Grace.
Riley começou a olhar em direção a terceira base, onde Sam estava preso quando Jake abriu caminho para a terceira saída.
"Não!" Todas as três amigas ordenaram ao mesmo tempo.
"O que?"
"Você tem olhos desejosos quando você olha para ele."
"Olhos desejosos? Isso não é uma coisa,” disse Riley.
Julie girou bruscamente em direção ao local onde Mitchell estava conversando com alguns dos rapazes de Oxford e olhou para seu noivo. Riley levou apenas quatro segundos para entender. Tudo mudou em Julie quando olhou para Mitchell. Sua linguagem corporal, sua boca e sim... aqueles eram definitivamente olhos de desejo.
"Eu olho assim? ” Ela perguntou, incrédula, apontando para Julie. "Ela parece ridícula."
Emma deu um tapinha no seu joelho. "Não se sinta mal. É o mesmo olhar que Grace tem quando olha para Jake. Você está em boa companhia."
"Ei, eu acho que Alex está tentando chamar nossa atenção,” disse Julie, empurrando o queixo em direção onde o editor chefe de Oxford estava dando uma palestra a sua equipe.
Emma virou-se para olhar para Cassidy, mas Riley, Julie, e Grace observavam Emma.
"Você vê?" Grace disse satisfeita, levantando uma mão em direção a Emma. "Quatro casos é o número de olhos desejosos da pesquisa."
A cabeça de Emma girou. "O que acabou de acontecer?"
"Diga você,” disse Julie, estudando as unhas.
Emma foi salva pelos altos aplausos vindo da equipe de Oxford quando Jake tirou Oliver fora com uma batida horrivelmente curta.
"Não é minha culpa que o seu cara esteja tão bem em jeans," Oliver murmurou para Grace, enquanto ele cuidadosamente removia o capacete de modo a não bagunçar seu cabelo.
Riley suspirou quando Emma sacudiu uma luva sobre o seu peito. Era a vez de sua equipe no campo. "Eu odeio esta parte."
"Talvez se você gastasse mais tempo assistindo o batedor e menos tempo flertando com o cara no centro de campo, você seria mais parte do jogo."
Sem chances.
Riley disse a si mesma para ir embora, mas demorou enquanto Sam correu da terceira.
Sam pendurou o capacete, e ao contrário de Oliver, apenas passou a mão pelos cabelos rebeldes. Ele acenou com a cabeça em agradecimento enquanto lhe entregava a luva.
Eles caminharam lado a lado para o campo, ele para a Interbases27 e ela para a posição esquerda do campo. "Tente realmente pegar a bola na luva desta vez, hmm, Ri?" disse ele enquanto se estabelecia entre a segunda e terceira base.
"Talvez se você fosse um pouco mais hábil em rasteiras, eu não teria que fazer todo o trabalho. Além disso, eu estou carregando o meu peso.”
Ele lançou-lhe um olhar incrédulo. "Como você sabe?"
"Bem, vamos ver." Ela bateu uma unha contra os lábios franzidos. "Um de nós marcou, e o outro..."
"O outro ficou na base, porque ele realmente fez contato com a bola, não porque o arremessador estava distraído com os seus mamilos,” ele retrucou.
Então, ele tinha notado.
Riley fez a sua melhor cara de constrangida, embora reconhecidamente não fosse seu melhor papel.
"Escolha do sutiã errado, eu acho."
Os olhos de Sam escureceram, exatamente como ela esperava. "Outro daqueles rendados de número pequeno?"
Riley fez uma cara de nojo enquanto andava para trás. "Eu pensei que íamos fingir que nunca aconteceu."
Seu olhar se moveu brevemente para seu peito antes que ele puxasse a aba de seu chapéu e virasse de costas para ela. Ela pensou tê-lo ouvido murmurar alguma coisa, mas era difícil saber ao certo quando estava tão distraída pela maneira como sua bunda ficava naqueles jeans.
Sam tinha aparecido vestindo um moletom da marinha sobre uma camiseta de camadas28. Era bom olhar para ele.
Ela sentiu um clarão, e olhou para onde Julie estava dando a ela uma olhada do campo direito.
Certo. Comece a ter pensamentos de irmãzinha.
Camille gritou: "Bata para cima!" E soprou desnecessariamente um assobio, e Sam inclinou-se ligeiramente naquela pose de "pronto" das pessoas que realmente sabiam jogar este esporte.
Suas chances de ser capaz de se concentrar no jogo passaram de um por cento para zero quando ela teve uma visão desobstruída de sua bunda.
Felizmente Emma tinha assumido o lugar no campo e fez um trabalho surpreendentemente rápido com o trio de esposas e namoradas de Oxford que pisaram até a sua base.
O jogo prosseguiu naquele chato vai-e-vem que definia o softball amador, e finalmente, a nona rodada foi lançada.
"Você tem um espelho?" Riley perguntou a Sam enquanto tentava afastar o capacete menos feio do grupo. Havia um roxo que não era tão ruim, mas ele estava plantado firmemente na cabeça de Julie, que estava na primeira base, pela primeira vez na história.
Riley tinha certeza que Jake tinha dado a Julie uma caminhada piedosa, mas duvidava que ela tivesse tanta simpatia. Jake, sendo do tipo fiel, só tinha olhos para Grace e não tinha estado nem um pouco encantado com Riley posando de conquistadora, atento às duas rodadas. Ela bateu para fora.
"Não é um maldito desfile de modas," Sam murmurou enquanto tirava um capacete marrom do banco e colocava sobre a cabeça dela, dando-lhe um beijo suave no topo.
"Esse é feio." Ela fez uma careta para ele.
Ele olhou para ela, seus lábios curvando-se em diversão. "Mas ele se encaixa."
A atmosfera ficou calma entre eles quando seus olhares se mantiveram, e Riley rapidamente recuou e agarrou um taco enquanto silenciosamente repetia o mantra que Emma tinha enraizado em sua cabeça.
Faça-o odiar que você acabou com ele.
"Você sabe que isso é o mais próximo que a Stiletto já chegou de ganhar?” Perguntou ela.
"Então? Estamos perdendo de cinco a quatro, e é o fim da nona rodada com dois foras."
Riley olhou para o céu. "Oh, olhe, uma pequena nuvem de tempestade negra.”
"Basta chegar à base, está bem?"
Ela encolheu os ombros. "Honestamente, estou meio que só pela cerveja grátis no O'Malley depois do jogo."
Mesmo assim, queria ganhar. Não porque ela gostasse do esporte. Porque gostava de ganhar.
Em seguida, houve uma pancada do bastão de Emma na bola, jogando por cima da cabeça da terceira-base e todo mundo começou a gritar. Todo mundo.
Ironicamente, a voz mais alta era de Emma gritando com Julie para correr, correr, correr, que era desnecessário porque corrida era o único esforço atlético que Julie podia fazer, graças a propensão de Mitchell para maratonas.
Julie, aparentemente, traçou o caminho no grito de Emma para deslizar, mas chegou com segurança ao terceiro, enquanto Emma vangloriava-se em segundo e Jake fazia um trabalho admirável em não ter um ataque cardíaco da zona de lançamento.
Riley estava tão encantada com o sucesso de seus amigos que não percebeu imediatamente o que a corrida de Emma significava para ela.
Final do nono.
Duas eliminações.
Corredor na terceira.
Agora, não havia sequer um fantasma de uma chance de que Jake a levaria por pena. Ela realmente teria que balançar.
Sam parou sua torcida e veio por trás dela, colocando as palmas das mãos sobre seus ombros.
"Você tem isso."
"Sério? Porque me lembro do futebol ser mais a minha coisa.”
"Só porque você gostava mais das roupas."
"Você realmente viu os equipamentos de futebol feminino? Não é exatamente uma saia curta de líder de torcida."
"Lembro-me da maneira que você usava aqueles shorts de futebol."
Ela deu-lhe um olhar surpreso, e ele deu de ombros. "Primeiro dia em que nos conhecemos. Você tinha acabado de chegar em casa do treino e estava vestindo shorts. "
"Você se lembra disso?"
"Eu me lembro de tudo." Seus olhos se moveram para os dela por meia batida antes que ele tirasse as mãos e a empurrasse não muito gentilmente para frente. "Vá pegá-los."
Ótimo. Agora suas mãos tremiam da tensão do jogo e do momento que havia acabado de passar entre ela e Sam.
Camille ficou atrás da placa com as mãos nos quadris, e Riley viu pelos olhos entrecerrados que sua chefe tinha observado aquele encontro inteiro.
"Há uma razão pela qual os esportes terminaram depois da sexta série," murmurou Camille.
Alex Cassidy saiu da equipe Oxford para ficar com Camille atrás da placa.
"O que você está fazendo aqui?” Perguntou ela.
"Apenas fornecendo uma segunda opinião,” disse ele suavemente.
"Você acha que eu ia trapacear?” Camille perguntou com olhos ferozes atrás de sua máscara alugada.
"Vamos apenas dizer que as apostas ficaram um pouco mais altas com essa última tacada,” disse Alex, seus olhos piscando rapidamente para a segunda base, onde Emma estava de pé com as mãos nos quadris, olhando de volta.
"Emma é muito boa, não é?" Riley disse descaradamente para Cassidy enquanto caminhava até a placa, mantendo sua voz e postura casual como se o resto do jogo não repousasse sobre sua má coordenação de mão-olho.
Os olhos de Cassidy estreitaram-se apenas brevemente, e Riley captou uma visão inesperada do empresário alfa escondido por trás dessa vagabundagem descontraída.
Cuidado, Emma.
E então ela esqueceu tudo sobre Emma e Cassidy, sobre Camille e até mesmo Sam, porque agora era apenas ela e Jake.
O namorado de Grace - não, noivo - podia parecer um ridiculamente atraente Hugh Jackman, mas agora ele era o inimigo.
"Quem é o marcador?" Jake gritou para as arquibancadas. "É melhor se preparar para escrever outro K para este!"
“Eu não sei o que isso significa,” Riley gritou de volta, ” mas vamos esperar que você esteja vestindo um cup29 hoje!"
"Ele não está!” Grace gritou do banco.
Riley deu um sorriso de gato, sua marca registrada, e seus olhos mergulharam até as proximidades da cintura de Jake.
"Excelente."
Mas Jake Malone era mais forte e conhecia Riley bem o suficiente para conhecer seus truques, porque ele simplesmente deslizou em seu rosto o modo jogo e ficou um pouco intimidante na posição de arremessador.
Desempenhando o papel, Riley deu um passo até a placa e colocou o bastão sobre seu ombro.
"Apenas mantenha seus olhos na bola, Riley,” ela ouviu Mitchell gritando de sua equipe com sua voz calma, Nada-me-irrita.
"Eu sempre faço,” ela falou de volta, obtendo risos esperados.
Ela queria roubar um olhar para Sam, mas, então, Jake estava fazendo a sua conclusão, e ela estava determinada a não ser uma daquelas meninas que não conseguiam bater uma bolinha porque tinha uma queda por um menino.
Ela podia jurar que o primeiro lançamento seria para a direita, mas então ele fez alguma coisa estranha, onde mudou no último segundo. Riley sabia antes mesmo de ouvir Cassidy murmurar satisfeito sobre o ataque de direita e antes do pronunciamento mais irritado de Camille sobre isso.
"Bom, que elegância,” veio à voz rouca por trás da máscara do apanhador enquanto ele jogava a bola de volta para Jake.
"Cale-se, Cole."
Cole Sharpe era um dos outros meninos de ouro de Oxford e, normalmente divertido de flertar por seu um tipo inofensivo, platônico, mas agora ela queria ganhar.
O segundo arremesso foi fora, embora por apenas um fio de cabelo.
"Um a Um na contagem!" Cole gritou desnecessariamente. "Mais dois lançamentos e é hora da cerveja."
"Mais uma tacada e é hora da cerveja," Riley rebateu.
Os dentes de Cole brilharam de uma forma que alegava um valentão de merda.
Riley lembrou-se de que teria que realmente balançar. Então ela fez.
Ela perdeu.
Segundo arremesso.
"Eu pensei que era para ser simples como manter o seu olho na maldita bola,” Ela resmungou.
O próximo lançamento parecia quase perfeito, mas mergulhou baixo no último segundo, e Riley verificou seu balanço.
Camille declarou uma bola.
Então Jake declarou que Camille era uma bruxa calculista, que acabou em uma fantástica competição de gritos. Riley afastou-se da placa e deixou que sua chefe expulsasse o noivo de Grace.
Riley sorrateiramente olhou para Sam, que estava encostado na cerca de arame, os braços cruzados sobre o peito e o chapéu puxado baixo.
Ela não conseguia ver seus olhos para saber se estava olhando para ela, mas sentiu.
Apesar do fato de que o jogo era inexplicavelmente realizado no final de setembro em vez de verão, Riley sentiu-se de repente quente.
Camille ganhou o argumento por um deslizamento de terra, surpreendendo ninguém, e Riley retornou a placa abandonada.
A contagem era dois a dois, e suas palmas estavam além de suada. Pensar que ela havia imaginado que o seu maior obstáculo do dia seria ser pega olhando muito tempo para Sam.
O arremesso seguinte veio a ela muito mais rápido do que qualquer um dos anteriores, talvez alimentada pelo temperamento de Jake e Riley não teve tempo para avaliar se seria alta ou baixa, ou se no maldito rosto.
Era balançar ou morrer, e Riley não estava disposta a ir para a sepultura quase virgem.
Ela balançou.
Houve um estalo que era tão estranho pelo volume que ela não percebeu exatamente o que tinha acontecido até ouvir alguém gritar corra.
Provavelmente Emma, a julgar pela intensidade maníaca do grito.
Riley correu em direção a primeira e, embora ela não estivesse alegre como Emma ou uma corredora como Julie, seus dias no colégio lhe chutou e ela chegou à primeira base apenas segundos antes da bola bater na luva de Jason Kendall.
Ela mal ouviu a maldição bondosa de Jason sobre os aplausos vindos da equipe Stiletto, e então, Riley sabia que Julie e Emma também tinham marcado.
A equipe Stiletto havia vencido.
E indiferente ao softball ou não, isso era bom.
Riley soltou um grito e entrou em um salto de garotas, gritando abraçada a Julie e Emma.
"Isso foi uma corrida!" Emma gritou em seu ouvido.
"Pare de falar que sou lerda nos esportes!" Riley gritou de volta, segundos antes de uma Grace gritando juntar-se ao abraço, seguido pelo restante da equipe Stiletto.
Quando finalmente a multidão se separou, Riley começou a se aproximar de Jake para embaraçá-lo um pouco, mas, parou quando viu sua carranca. Talvez ela simplesmente deixasse Grace acalmá-lo.
Riley ouviu um barulho forte, segundos antes de sua bunda começar a queimar. "Ai! ” Ela disse, voltando-se para sua chefe regozijante. "O que foi isso?"
"Isso é o que os treinadores fazem na ESPN,” disse Camille, levantando a mão para outro tapa.
"Isso significa bom trabalho."
"Por favor. Como se você assistisse ESPN,” disse Riley, esquivando-se do segundo tapa.
"Eu assisto, é um colírio para os olhos,” disse Camille, desistindo do tapinha na bunda e dando a Riley um raro abraço. "Não pense que não vou me lembrar disso quando chegar a hora do bônus de Natal. Só espero que alguém tenha filmado o rosto de Cassidy no segundo em que você bateu na bola. Puro choque.”
Camille se dirigiu para o editor da Oxford, cantarolando sobre como as bebidas pós-jogo estariam no orçamento da Oxford, e Riley ainda assustada esfregava cautelosamente sua bunda.
"Ninguém está mais chocado do que eu," ela murmurou.
"Você sabe que há pelo menos meia dúzia de homens aqui que fariam isso para você."
Riley congelou ao som da voz de Sam. Ela quase havia esquecido que ele estava aqui. Quase.
"Fazer o quê? ” Ela perguntou, virando-se e encontrando seus olhos azuis claros.
Ele acenou com o queixo na direção de seu traseiro. "Aliviar essa picada."
A mão de Riley congelou e sua boca ficou seca enquanto sua mente traidora a lembrava apenas cujas mãos ela gostaria de ter sobre si.
E a réplica habitual estava na ponta da sua língua: Você está se oferecendo?
Mas brincadeira irracional era o que ele estava esperando e não fazia parte do plano. Ela procurou em seu cérebro algo platônico e fraterno para dizer, mas porra, ela não conseguia olhar para este homem sem ter pensamento sexy.
Ele deu a ela um olhar irônico, como se lesse exatamente seus pensamentos. "Você fez bem, Ri."
Ela sorriu. "Eu fiz certo?"
Sam deu-lhe um meio sorriso e sua garganta doía com a vontade de jogar seus braços ao redor dele como queria e celebrar a pura emoção do momento.
"Você sabe, é estranho,” disse ela, como se tivesse sido atingida por um pensamento súbito. "Todos da equipe Stiletto veio correndo para me parabenizar, mas eu não te vi. Você se perdeu?"
"Esse é o seu jeito de pescar o seu abraço de congratulações?"
Droga. Ele estava em cima dela. E nem sequer se importava.
"Bem, Liam teria feito a coisa toda do abraço de urso, e uma vez que você é o irmão substituto..."
Ele suspirou, descruzando seus braços e abrindo-os para ela. "Faça isso rápido."
Enquanto Riley se lembrava, ela e Sam haviam trocado abraços porque era o que a sua família irlandesa melosa esperava. Ele a abraçara como se abraçasse suas irmãs, quando vinha nos Natais e aniversários, ou depois que eles não se viam por um tempo.
Mas com Meg e Kate os abraços sempre foram bem... normal. O rápido aperto bom-ver-você.
Com Riley e Sam sempre tinha sido...
Desajeitado.
Eles não demoravam muito tempo ou empurravam-se para trás muito rapidamente.
Mas este abraço era algo completamente diferente. Ele reconheceu o que estava entre eles, mesmo que implorasse para ser mais do que um abraço.
Ela sabia que ele queria que fosse apenas um breve abraço. É o que ela queria que fosse também.
Mas no segundo em que os braços dele se fecharam ao redor dela, sentiu a retidão dele, e soube que pela maneira que ficou tenso que ele também.
Riley virou o rosto ligeiramente, deixando o nariz enterrar-se no calor de seu pescoço, embora parasse de apertar seus lábios lá. Mal.
Uma de suas mãos deslizou para cima, seus dedos brincando sobre sua espinha, seu hálito quente contra sua têmpora.
Não era um abraço fraternal.
Houve um severo pigarrear por trás deles, embora Riley tenha levado cinco segundos antes que pudesse voltar a si e recuasse de Sam.
Ela estava esperando uma Emma franzindo a testa.
Ela não estava desapontada.
"Riley, este deve ser seu irmão!"
Riley lançou-lhe um olhar sobre a cabeça, mas Emma não perdeu a expressão firme e determinada enquanto estendia a mão para Sam. "Eu sou Emma Sinclair. Nós não tivemos a chance de nos conhecer antes."
"Emma, este é Sam Compton,” disse Riley, mantendo a voz casual. "Ele é um amigo da família."
"Prazer em conhecê-la,” disse Sam, dando um sorriso fácil para Emma. "Você tem um inferno de um braço, a propósito. Foi bom ter algum talento na zona de lançamento."
"Tinha que compensar a rotina de Marilyn Monroe que estava acontecendo no campo esquerdo,” disse Emma com um aceno em direção a Riley. "E por falar em Ri, seus encantos foi abundante o suficiente para que a metade dos rapazes de Oxford estivesse negligenciando o fato de que você entregou a derrota deles e estão insistindo em lhes comprar uma bebida. Você está pronta?"
Riley resistiu à vontade de revirar os olhos. As bebidas eram livres, e mais da metade dos rapazes da Oxford estavam acompanhados. Ela quase corrigiu Emma quando viu a expressão emburrada no rosto de Sam.
Talvez o plano estivesse funcionando depois de tudo.
"Claro! ” Ela disse, reajustando seu rabo de cavalo caído quando se virou para Sam. "Você quer vir?"
A pergunta era indiferente, como se ele fosse um pensamento tardio e ela não se importasse se ele se juntaria ou não. Na verdade, seu tom assumiu apenas o suficiente para sugerir que ela preferisse que ele não viesse.
Ela até deixou seus olhos em Emma, e as duas trocaram intencionalmente o olhar de amigas que estavam preocupadas que um irmão mais velho desviaria seus planos românticos.
A troca não foi perdida por Sam. Não era para ser.
"Sim, eu poderia ir para uma cerveja ou duas,” disse Sam, ajustando seu chapéu. "Alguém tem que se certificar de que vocês duas vão ficar fora de problemas."
Riley se virou para que ele não visse seu sorriso de vitória.
Mantê-las longe de problemas, a bunda dela.
Se este plano funcionasse, Sam era o único que precisaria se salvar.
CAPÍTULO TREZE
Riley estava tramando algo.
Sam não sabia exatamente o quê.
Mas, pela primeira vez em meses-anos? -Sam não se importou que não soubesse o que diabos estava acontecendo em sua linda cabeça.
Enquanto ela continuasse sorrindo para ele desse jeito - como se gostasse dele – se contentava em brincar na mais completa ignorância.
Para não mencionar, o "só um dos caras" isso significava que o que estivesse acontecendo ele não precisava estar constantemente olhando por cima do ombro para Liam vir cobrando-o por cobiçar sua pequena irmã.
Pena que a rotina de amigos de Riley não era tão eficaz para silenciar a última acusação de sua mãe. Você acha que uma pseudocelebridade como Riley McKenna quer você para algo mais do que sua próxima história? Mesmo que ela não o fizesse, você provavelmente arruinaria isso também.
Ele nunca iria admitir isso, mas estava grato pelo sincronismo de sua mãe. Sem saber, ela o impedira de cometer um erro que ele e Riley teriam se arrependido.
Ele olhou para a mulher que tinha passado as últimas duas horas apresentando-o a seus colegas como "praticamente um irmão."
Não havia absolutamente nenhuma chance dele estar vendo sua lingerie hoje a noite.
Perfeito. Isso era exatamente o que ele queria.
Porra. Merda.
Ok, então ele definitivamente queria ver o que ela estava usando sob sua camisa de beisebol rosa quente.
Mas assim como todos os outros caras no bar.
Sam deveria estar preparado para isso. Era Riley. Mas quando ela armou esse "Favor" softbal, estava tão ocupado tentando descobrir seu ponto de vista que tinha perdido um detalhe muito importante de toda a coisa.
Ou seja, o time adversário era muito masculino.
Ele só tinha lido sobre Oxford algumas vezes, e Sam ficou menos do que satisfeito ao ver que pelo menos metade dos funcionários pareciam que poderiam estar na capa da revista assim como suas assinaturas.
E pelo menos metade dos aspirantes a modelos pareciam ser solteiros, e muito conscientes da tendência de Riley por roupas que modelavam.
Algum tipo bastante-agradável chamado Jason casualmente jogou um braço em torno da parte traseira da cadeira de Riley enquanto ela conversava com Julie. Jason pegou o olhar de Sam e hesitou apenas antes de retirar o braço.
Se havia uma vantagem de ser introduzido como "praticamente um irmão,” era que seus olhares eram interpretados como proteção fraternal.
Que era exatamente o que deveria ser.
Então Riley inclinou a cabeça para trás e riu de algo que Julie disse, um gesto espontâneo, improvisado que teve seu estômago apertado com desejo. E não apenas querer escovar os lábios pela coluna exposta de seu pescoço. Era um desejo mais profundo de passar o tempo com ela, só para vê-la sorrir.
Sim, seus sentimentos em relação à Riley eram tudo, menos fraternal, e estava ficando malditamente cansado de tentar convencer a si mesmo de qualquer outra coisa.
O problema era que ela parecia estar fazendo um trabalho muito bom de convencer a si mesma e todos os outros que não havia atração sexual entre eles.
Mas o abraço tinha dito tudo. Ela tinha escorregado, como ele tinha. Ele sabia que era melhor não colocar as mãos nela, mas tinha que testá-la.
Ambos tinham falhado.
Mas, além disso, ela estava fazendo tudo o que ele tinha rezado para que ela fizesse. Havia muitos sorrisos compartilhados, mas nenhum íntimo. Apenas amigável Isso não é engraçado? Sorrisos saudáveis.
Ela certamente não tinha feito nenhum movimento para tocá-lo do jeito que tinha com alguns dos rapazes de Oxford. E, ao contrário do Brent, ele não achava que esta noite ela estivesse tentando fazer-lhe ciúmes. Ela nunca olhou para ele para ver como reagiria. Era como se ela nem sequer o notasse a menos que ele falasse diretamente com ela ou se pulasse em sua linha de visão.
A culpa era dele.
Ele se afastou dela.
Droga. Ele daria tudo para tê-la sob ele novamente. Para sentir seus lábios se moverem contra os dele. Engolir seus gemidos doces e encontrar os pontos que a faziam se contorcer.
Todas as coisas que ele não podia ter.
Era hora de se contentar com a amizade, porque era tudo o que ela estava oferecendo.
"Você a está encarando,” veio uma voz rouca atrás dele.
Ele olhou para ver Emma Sinclair cair no assento ao lado dele, superando o seu copo com um jarro fresco de Brooklyn Lager em sua mão.
Ele não se incomodou em bancar o idiota. Tinha conhecido Emma por uma hora, e estava claro que se tratava de uma mulher que via e sabia tudo. Ela lembrou-lhe de algum tipo de sábio em um pacote sexy, sereno.
O sotaque ligeiramente do sul apenas adicionado ao encanto. Um que ele poderia ter agido sobre se já não estivesse preso a uma morena alta irlandesa, cheia de curvas.
"Todo mundo com um pau está olhando,” disse ele, tomando um gole da cerveja.
Ela assentiu com a cabeça. "Sim, Riley tem aquele fator 'Atração feminina'."
Sam resmungou.
"Há rumores de que você a viu nua e depois foi embora."
Sam engasgou com a cerveja e olhou em volta para ver se alguém tinha ouvido. "Jesus."
Emma lambeu cuidadosamente a espuma de seu lábio inferior. "O quanto você se odiou depois?"
Sam franziu a testa. "Olha, eu posso respeitar que a conversa de meninas aconteceu, mas eu realmente não sou o tipo de cara de derramar-minhas-entranhas."
Ela o ignorou. "Você se arrepende?"
Todo dia.
"Nós não somos bons juntos,” ele disse, surpreendendo-se por falar com uma mulher que mal conhecia. Surpreendendo-se ainda mais porque sentiu que as palavras eram falsas no segundo em que deixou o seus lábios.
"Não sei onde isso vai parar," murmurou Emma, seus olhos ficando distantes, enquanto olhava para o final da mesa. Sam tentou seguir sua linha de visão, mas ela se virou antes que pudesse ver o que tinha feito seus olhos ficarem melancólicos.
"Ela não é o que você pensa você sabe,” disse Emma, segurando seu olhar.
Os olhos de Sam se estreitaram. "Conheço Riley desde que ela tinha dezessete anos. Acho que sei quem, e o que ela é."
Os olhos de Emma se estreitaram de volta. "Você?"
A confiança de Sam vacilou, porque estava claro que esta mulher esperta estava tentando lhe dizer alguma coisa.
"Ei pessoal!"
Ambos olharam para cima para ver Riley sorrindo para eles. Era sua imaginação, ou seus dentes estavam cerrados quando olhou para sua amiga?
"Grace está procurando por você, Em30."
"Grace!" Emma chamou, recostando-se na cadeira para chamar à amiga. "Você está procurando por mim?"
Os traços doces de Grace se fecharam por um segundo, seu olhar passando rapidamente pelo olhar divertido de Emma e Riley apontou antes que ela desse um sorriso hesitante. "Hum. Sim?"
"Eu te disse,” disse Riley, quase derrubando Emma da cadeira.
Sam sabiamente segurou seu sorriso. E seu medo.
Ele estava certo. Riley estava definitivamente fazendo algo, e suas amigas estavam juntas. Se Sam tinha aprendido alguma coisa com o seu desastroso e curto casamento, era que a única coisa pior do que uma mulher intrigante era um grupo delas.
Mas, por enquanto, era suficiente ter Riley sentada ao seu lado, olhando para ele em vez do resto dos caras na mesa.
"Aumentando sua base de fãs, vejo,” disse ele, pegando o jarro de cerveja que Emma deixou para trás e completou o copo de Riley.
"Não realmente,” ela disse, seus olhos vagamente examinando a mesa. "A maioria desses caras são membros de longa data do Clube Adorando Riley. Eu diria apenas um ou dois novos recrutas esta noite."
Sam seguiu o movimento de seus olhos, tentando determinar se permaneciam em alguém em particular. Perguntando-se se algum dos caras aqui seria seu substituto em sua cama para essa maldita ideia de história.
Sua ideia, Compton. Sua própria brilhante ideia de bolas azuis.
"Jason é bonito, você não acha? ” ela perguntou.
Facada. “Oh, muito sonhador.”
"Eu não falei muito com ele antes, mas é mais doce do que eu teria esperado debaixo de toda essa arrogância."
Facada dupla.
"Notícias de última hora, Ri. Três de suas melhores amigas estão aqui nesta sala, e suas duas irmãs estão apenas a um telefonema de distância, o que significa... rufem os tambores, por favor... Eu não tenho que ouvir isso.”
Ele sabia que sua voz desmentia seu ciúme - ele mostrou o seu controle - mas quando ela se virou para encará-lo, seus brilhantes olhos azuis eram apenas amigáveis, não triunfantes. O que quer que estivesse fazendo, não era a rotina de Fazer-Sam-Ciumento.
Ela tinha feito esse movimento antes e era muito inteligente para usar de novo.
Seus olhos se estreitaram. Ela não era?
Testando-a, ele se moveu devagar, enganchando seu braço sobre o encosto de sua cadeira olhando seus olhos para essa onda de consciência. Aquele que tinha visto – não, - sentiu durante aquele abraço no campo.
Sam de propósito acidentalmente deixou seu polegar roçar contra seu ombro enquanto ela falava com uma mulher à sua esquerda. Com certeza, sua coluna estremeceu, quase imperceptivelmente, como se estivesse sufocando uma reação indesejada.
Ela estava lutando contra isso, tudo bem.
Sua mão se moveu de novo, encontrando a ponta do seu rabo de cavalo, adorando os cabelos macios brevemente antes dela inclinar a cabeça um pouco e lhe dar um olhar curioso.
Ele ergueu a cerveja para o rosto, fingindo que não sabia sobre o contato "acidental.”
Dois podiam jogar este jogo.
Só não tinha certeza se queria jogar qualquer jogo. Não agora. Ele a queria em sua cama, mas também queria restabelecer a amizade que foi enterrada recentemente sob a tensão sexual.
Ele sentia falta dela. Não apenas seu sorriso, e seu humor, e a maneira como o chamava em sua besteira. Mas também sentia falta de Riley em jeito profundo, implacável que não podia ser explicado pela mera amizade.
E para a vida dele, não sabia como manter a camaradagem fácil e aquela conexão mais profunda, algo mais.
Mas estava começando a pensar que queria tentar.
"Você gosta do seu trabalho na Stiletto,” disse ele, na esperança de atraí-la para uma conversa casual. "É óbvio de quão confortável você está com seus colegas de trabalho, e o fato de que você está tão animada sobre segundas-feiras como sextas-feiras.”
Confusão atravessou seu rosto, e ele sentiu uma pequena pontada de pesar por ela ter sido surpreendida pelo seu interesse em sua vida. Não que ele pudesse culpá-la. Eles estavam se empurrando e puxando por tantos anos, que tinham quase esquecido como apenas estar presente em companhia um do outro.
Estava na hora de mudar isso.
"Claro que eu gosto,” disse ela.
Sam balançou a cabeça. "Não é claro sobre isso. Confie em mim, gostar de seu trabalho é uma raridade nos dias de hoje."
Ela inclinou a cerveja para trás e observou-o. "Falando por experiência?"
"Claro que sim. A abertura e o funcionamento de uma destilaria é um trabalho em tempo integral. Eu não o teria feito se eu odiasse o trabalho."
"Banco de investimento não era o seu negócio? Estou chocada."
Ele deu um sorriso triste. "Tradução: Sam Compton não tinha o que era preciso para ter sucesso no mundo real."
Riley se mexeu em sua cadeira para estudá-lo, e ele resistiu ao impulso de se contorcer. "Por que você faz isso? Risca isso. Eu sei por que você faz isso. Sua mãe encheu sua cabeça com merda sobre como você não é um cara bom. Mas por que você acredita nisso?”
Merda. Merda. Ele não tinha a intenção de levar a conversa por esse caminho. O que aconteceu com os bons e velhos tempos em que ela reagiria a seus desentendimentos com uma piada e o deixaria ir? Por que agora ela estava decidida a empurrar?
Talvez porque ele esteve com sua língua em sua garganta, as mãos sobre os seus seios. Talvez porque ele acidentalmente abriu a um pouquinho a porta e agora estava pagando o preço.
"Podemos não falar sobre isso? ” Ele perguntou, forçando um sorriso.
Ela abriu a boca para protestar, mas ele seguiu em frente novamente. "Nós estávamos falando sobre você. E como você tem sorte de ter encontrado um caminho de carreira que combina com você.”
O sorriso dela diminuiu ligeiramente. "Você quer dizer por que eu escrevo sobre sexo."
As palavras enigmáticas de Emma pairavam no fundo de sua mente. Ela não é o que você pensa.
"Não tenho certeza de que seja isso o que eu quis dizer,” ele disse, mantendo a voz casual. "Eu só quis dizer que está claro que você está bem onde você pertence."
"E você não está?"
Deixe isso em paz Riley. Mas ele não estava sendo justo. Deveria saber que seu desejo de ser amigo seria recíproco. Deveria saber que querer que ela estivesse com ele provavelmente seria uma rua de mão dupla.
"ROON é tudo para mim,” disse ele, finalmente, optando pela abordagem direta e honesta.
Algo triste atravessou seu rosto, mas seu sorriso nunca escorregou. "Não parece assim para mim."
Estava muito perto de algo que sua mãe poderia dizer, e seus ombros automaticamente ficaram tensos. "Significado?"
"Significa que todos os que provaram o seu uísque pensam que está lá em cima com o melhor que já tiveram, e ainda assim quase ninguém o provou."
Os olhos de Sam se estreitaram. "Eu estou aprimorando-o."
"Besteira. Você está se escondendo."
Ele queria bater a parede para baixo. Levantar e sair antes que ela pudesse ir lá. Mas ela já tinha. E estranhamente, ele não queria a parede para baixo. Não com Riley.
"Eu quero fazer a coisa certa,” disse ele, encontrando seus olhos. “Eu tenho que acertar.”
Seus dedos encontraram seu antebraço, só um pouquinho, e, embora o toque fosse muito mais fraternal do que a parte mais escura que ele queria, isso o acalmou.
"Você não tem nada a provar, Sam. Não para nós McKennas de qualquer maneira.”
Ele sabia que estava certa.
Ele também sabia que não era um McKenna. Ele sempre esteve ciente disso. Ele era um Compton, e Comptons não alcançavam o sucesso facilmente.
"Você quer sair daqui?" Ele se ouviu perguntar. "Tem um pequeno bar de Uísque na décima avenida"
Ela deu um pequeno encolher de ombros. "Certo. Mas nada de me acariciar como você fez no campo.”
"Eu não sei ao que você se refere,” disse ele, de pé puxando a cadeira, um pouco surpreso que ela tenha mencionado isso.
Talvez ela não estivesse jogando, afinal. E se ela não estava... isso significava que tinha terminado com ele?
O pensamento era mais deprimente do que gostaria de admitir.
"Digamos que os abraços de Liam não são assim,” disse ela, dando-lhe um olhar significativo.
Sam esperou o velho e familiar puxão de culpa quando mencionou o nome de seu melhor amigo, e ele veio, rápido e certeiro. Mas, curiosamente, essa promessa feita há muito tempo a Liam de não tocar em sua irmã era muito menos importante do que as promessas que queria fazer para Riley.
Que tipo de inferno eu fui me meter?
"Eu fiquei confuso,” disse ele, finalmente decidindo manter as brincadeiras no lugar. "Pensei por um segundo que você fosse realmente atraente."
Riley estalou enquanto colocava o braço amigavelmente. "Acontece o tempo todo. Sorte nossa, não há nada como uma experiência sexual falha para enviar duas pessoas para uma zona permanente de amizade."
Amizade nunca seria suficiente. Não com Riley.
CAPÍTULO QUATORZE
Riley gostava de Sam.
De alguma forma ela tinha esquecido isso nas últimas semanas. Eles estavam tão ocupados tentando entrar nas calças um do outro, ou ficar longe das calças um do outro, que tinham deixado de lado o fato básico de que, sob a atração física fervente, eles eram amigos.
"Tente este,” disse ele, empurrando um pequeno copo em sua direção. "Diga-me que cheiro tem."
Ela cheirou. "Rabo de cavalo.”
"Couro, bom. O quê mais?"
Ela revirou os olhos e tentou novamente. "Baunilha?"
Ele pegou o copo de sua mão e cheirou. "Não. Isso é amêndoa que você está recebendo."
"Você é pior do que um vinho esnobe,” disse Riley, pegando o copo e tomando um pequeno gole.
Sam conhecia o barman, o que significava que tinham provado pelo menos uma dúzia de uísques diferentes. Os derrames eram minúsculos, então ela não estava bêbada - apenas um gole ou dois de cada um - mas havia um calor distinto se desenvolvendo em sua barriga.
Riley tentou dizer a si mesma que era o álcool, mas sabia que não era apenas o uísque.
Era Sam e a maneira como ele olhava em suas camisetas de camadas, calças jeans perfeitas e cabelo bagunçado. Era a forma como seus olhos se iluminavam quando falava sobre alambiques e barris, e a maneira como conseguiu fazer com que a palavra fermentação soasse sexy.
Era a maneira como ele a tinha levado a este decadente buraco-na-parede, com seu bar de madeira caindo aos pedaços e uma equipe ligeiramente excêntrica e bancos de bar desgastados. Não havia patê de frango, nenhuma compota estranha, nenhum coquetel extravagante... apenas uísque, e algumas opções de comida de boteco se você quisesse.
Era completamente diferente de qualquer lugar que ela tinha estado com um homem nos últimos anos, e adorou.
"O uísque tem tantas nuances quanto o vinho, mas não tantas variedades,” disse Sam, tirando-lhe o copo. Ele inclinou-o, observando a forma como o líquido âmbar deslizava ao longo do lado do vidro. "Isso é parte do que eu gostaria de mudar. Eu sou todo para uísque sendo bourbon, e uísque irlandês sendo uísque irlandês, além de centeio e todo o resto deles, mas há espaço para algo moderno. Algo novo de bom gosto, sem ter todas as regras.”
"E isso é o que você está fazendo?” Ela o incitou, mantendo sua voz suave, mas não condescendente, como se estivesse falando com um potro arisco. Ele era estranho quando se tratava de suas realizações com ROON. Como se não soubesse como aceitar elogios ou sucesso.
Ou, isso o estava assombrando, como se ele não merecesse.
Como esperado, a boca pressionou em uma linha firme. "ROON não entra em nenhum dos perfis clássicos de uísques. É uísque, claro, mas não é destilado na região de Bourbon, por isso não pode ser um Bourbon. Não é da Escócia, por isso não pode ser escocês..."
Ela interrompeu a enxurrada de coisas que seu produto não era. "Então o que é? Qual é a sua visão?"
Ele ergueu um ombro. Em um gole tomou tudo o que seu amigo barman havia servido. "Fazer algo para o bebedor médio, mas exigente, eu acho. Algo sem pretensão. Da mesma forma que o mundo do vinho está aceitando lentamente garrafas com tampa de rosca, eu quero que o mundo do Uísque aceite algo que é simplesmente uísque. Nenhum subtipo necessário.”
“Apenas ROON uísque. Sem julgamentos, se você quiser beber puro, ou em um Manhattan, ou com o maldito suco de ameixa. Eu não suporto aqueles apreciadores de bebidas que estão sempre dizendo para adicionar um cubo de gelo a um velho de quinze anos. Foda-se. Beba o que é bom.”
Como recompensa por ele falar sem rodeios, pela primeira vez, ela lhe disse a verdade nua e crua. Ele precisava de um pouco de reforço positivo. "Sabe, hoje em dia se não estivéssemos tão firmes na zona de amigos, eu diria que a sua paixão pela sua empresa é meio sexy."
Sam não perdeu uma batida na reviravolta. "Querida, se não estivéssemos tão firmes na zona de amigos, estaríamos bebendo o meu uísque nus na cama, não o uísque de outra pessoa em um bar."
A boca de Riley ficou seca, e ela pegou o copo de água, perguntando-se o quão inadequado seria despejá-lo sobre sua cabeça em um esforço de evitar saltar sobre ele em público.
Seu tom tinha sido irreverente, mas a imagem mental que ele criou teve todos os seus nervos formigando.
Isso não estava saindo de acordo com o plano. Ela deveria estar com alguns amigos casuais tomando cervejas com ele e o resto da gangue e, em seguida, ir para casa com nada mais do que um punho no ombro e um "obrigado pelo favor."
Em vez disso ela tinha ido com ele. Sozinha.
Ela não tinha verificado o telefone desde que saíram do pub irlandês, porque sabia o que encontraria lá. Uma série de mensagens de texto de suas amigas, que vão desde conversa de vitalidade até palestra.
Julie: Vá comprar alguns já.
Grace: O tigre persegue sua presa - vá buscá-lo. PS: Eu sei que você é nova nisso, mas você sabe, não esqueça o preservativo. Certo?
Emma: Código vermelho! Isto não estava no plano...
E era o texto de Emma que ela estava mais temendo porque sabia que, das quatro delas, Emma era a mais racional sobre esse tipo de coisa. Certa vez, essa honra tinha sido da Grace, mas então ela ficou duvidosa porque Grace tinha se enlaçado com um homem mulherengo em um ajuste a jato, e então seu corpo e cérebro viraram uma desordem ‘viciada em sexo'.
Uma transição que tinha Riley fervendo de ciúme.
Ela queria esse tipo de consciência baseada em hormônios. Queria o brilho do sexo matutino e a dor do sexo violento e a satisfação da alma do sexo significativo.
Tudo o que tinha certeza era que por trás da aparência estava fervendo por causa do homem ao lado dela.
A questão era como chegar abaixo das camadas de resistência. E Deus sabia que não estava preparada para outra rejeição.
"Eu deveria ir,” disse ela calmamente.
"Sabiamente evitando minha isca, eu vejo,” ele brincou.
Ela revirou os olhos e deslizou do banquinho enquanto tirava algum dinheiro da sua carteira.
“Faça-me o favor” – disse ela. “Mesmo que eu quisesse morder, ambos sabemos que a ‘isca’ seria despachada no último momento. Você fala de um bom jogo, mas..."
Seus dedos se envolveram em torno de seu pulso, e pensou por um segundo que ele iria reconhecer o que havia entre eles. Mas quando seus olhos olharam para os dele, ele apenas balançou a cabeça na direção do dinheiro em sua mão enquanto tirava sua própria carteira. "Guarde isso. Eu vou pagar."
Ela deu de ombros, conhecendo Sam bem o suficiente para ver que isso não estava em debate. Ela guardou sua carteira.
"Acompanha-me até o metrô? ” Ela perguntou, não estando completamente pronta para ver a noite acabar.
Ele tirou várias notas e deu um aceno a seu amigo, que estava no final do bar quase vazio flertando com uma loira de conto de fadas. "O que Liam faria?"
Como qualquer irmão superprotetor, Liam teria marchado até a porta da frente, enquanto dava uma palestra gratuita sobre como as roupas soltas estavam na moda e se ela tinha certeza de que não queria ser freira?
Mas Riley não tinha certeza se queria que Sam a acompanhasse até a porta da frente. Não quando seu cérebro estava todo cheio de uísque, a alegria de ganhar o jogo, e a consciência inebriante de um homem que era suposto estar fora dos limites.
"Ehhhh..."
"Exatamente,” disse ele, conhecendo Liam, tão bem como ela. "Se eu fui relegado a um papel de irmão, esta será uma excursão de porta a porta, McKenna. Não poderei olhar sua mãe no rosto no jantar da próxima semana se eu deixar você ser cortejada por algum vagabundo no metrô.”
"Sim, porque o sistema de metrô de Nova York é o lugar onde todas as mulheres procuram homens elegíveis. E quando você e minha mãe estiverem tendo este pequeno bate-papo, você vai mencionar que foi o último vagabundo a me cortejar?"
Ele olhou para ela enquanto segurava a porta do bar. "Cortejando, hein? O que aconteceu com aquela estranha e desajeitada conversa de “oh-somos-tudo-errado-um-para-o-outro”?”
Riley estremeceu um pouco sentindo o frio inesperado do ar e não se opôs quando ele deslizou a jaqueta que estava carregando sobre seus ombros. Cheirava a couro, sabonete e Sam.
Riley pensou em sua resposta quando deixou ele chamar um táxi, observando como era diferente de seu último encontro, no qual seu companheiro se encolhera sob um toldo, enquanto ela estava de pé na chuva.
"Digamos que tive um momento de fraqueza,” ela disse enquanto ele segurava a porta do táxi para ela. "Pensei que você fosse mais do que apenas tolerável para olhar."
Ele deslizou para o taxi ao lado dela. Por um segundo Riley considerou sentar no meio do assento apenas para senti-lo contra ela, mas não queria correr o risco de colocá-lo na borda. Não quando ele parecia relaxado ao seu redor, pela primeira vez em semanas. Na verdade, fazia anos. Inferno, eles já estavam relaxados um com o outro? Sinceramente?
Mas, sentar em lados opostos do carro não fazia nada para aliviar a consciência de que tinha vindo a crescer ao longo da noite. Apenas a tensão era diferente desta vez. Faltava o ressentimento habitual. Como se os dois reconhecessem a atração e estivessem prestes a aceitá-la.
Prestes a fazer algo sobre isso.
Oh, Emma. Não me mate.
"Tolerável, não é?"
Seus olhos se voltaram para os dele. "O que?"
"Você disse que minha aparência era apenas tolerável."
Ela encolheu os ombros e gesticulou um dedo sobre o estômago dele. "Bem, duh. Porque é claro que você está se deixando levar."
Seus olhos perfuraram os dela enquanto virava-se para encará-la mais plenamente. "Você não parecia pensar assim semana passada."
"Na semana passada, eu estava errada na suposição de que havia algo além da amizade entre nós.”
Os olhos de Sam nunca deixaram os dela. "E não há?"
Ela sabia o que estava fazendo. Ele estava colocando a bola em sua quadra, fazendo-a dar os primeiros grandes passos. Uh-uh, Compton. Eu estou cansada de ser o caçador. Você me quer, você vem me pegar.
Riley virou a cabeça para olhar pela janela, deixando seu silêncio dizer tudo. Eu não estou jogando.
Percorreram o resto do caminho em silêncio não muito agradável, ambos conscientes de que uma decisão os aguardava, mas não completamente prontos para dar esse passo.
Riley pagou o taxista e eles subiram pela calçada rachada até a porta de seu prédio.
Ainda assim, não disseram nada, e quanto mais tempo ficavam em silêncio, mais o ar parecia ferver em torno deles. Riley sabia muito bem que deveria deixá-lo aqui na porta da frente, onde ainda estavam à vista das pessoas na calçada. Mas quando destrancou a porta principal sem falar nada, ele silenciosamente a seguiu.
E então eles estavam do lado de fora da porta do seu apartamento e definitivamente era hora de dizer adeus antes que um ou ambos fizessem algo que provavelmente se arrependeriam de manhã.
Ou melhor... Sam se arrependeria, e Riley, então, odiaria que ela tinha se tornado pouco mais que um "oops" em seu livro preto.
"Você está oficialmente dispensado do dever fraterno,” ela disse em voz baixa, tentando um sorriso insolente.
"Este é o ponto em que Liam me deixaria, provavelmente para encontrar uma loira de pernas longas em um bar da vila."
Diga-me que você não vai encontrar uma loira de pernas longas.
Sam não disse nada, seu rosto uma máscara ilegível.
"Bem... noite,” ela disse, odiando-o por fazê-la se sentir estranha. Odiando-se por querer tão desesperadamente um homem que não queria ela o suficiente para agir sobre ela.
Ele acenou com a cabeça uma vez, continuando a encará-la com os olhos quentes, e ela virou-se antes que implorasse, para que, apenas uma vez, esquecesse seu sobrenome. Para esquecer qualquer tolice idiota que o impedisse de chegar para ela.
Então, ele estava chegando para ela, virando-a para si mesmo enquanto caminhava de costas contra a porta, prendendo-a lá com seu corpo.
Seus olhos fixaram-se nos dela por um instante antes que a sua boca se movesse sobre a dela, um pouco rude enquanto seus lábios empurravam os dela separados. A bolsa de Riley caiu ruidosamente no chão, e ela começou a colocar as mãos em seu pescoço, apenas para ele agarrá-la pelos pulsos, prendendo-os acima da cabeça enquanto continuava seu ataque implacável em sua boca.
Era o beijo de um homem que se privava de si mesmo – um homem que tomaria o que queria, e as consequências que se dane. Riley deixou que ele tomasse o que queria.
"Chaves,” ele disse contra seu ouvido antes que seus lábios descessem para seu pescoço.
Chaves? Ela mal conseguia se lembrar do nome dela, mas quando ele soltou as mãos, elas definitivamente não estavam segurando as chaves que tinha estado minutos antes.
Ela se abaixou para pegá-los, aliviada quando suas mãos não tremeram enquanto colocava a chave na fechadura.
Era isso. Sexo. Fazer amor. Inferno, não importava do que ela chamava. Ela iria finalmente descobrir o porquê de todo esse barulho.
E, então, suas mãos tremeram. Oh Deus. E se ela fosse ruim nisso?
Sam estava sobre ela outra vez no segundo em que a porta se fechou, com a boca deslizando pelo pescoço, suas mãos movendo-se sobre os quadris, mas, apesar de se sentir bem - ela não conseguia se concentrar.
Por que era tão difícil respirar?
Vamos, McKenna. Coloque sua maldita cabeça no jogo.
Ela podia fazer isso.
Ela não tinha acabado de ler todas as melhores dicas e truques - ela tinha escrito. Não havia mulher tão versada em sexo em toda a Nova York do que Riley McKenna.
Mas ela era um livro-inteligente31 sobre sexo. Não rua-inteligente32.
Riley sempre imaginou como ela fingiria na sua primeira vez – confiando nas experiências dos outros, em vez de na sua própria.
Mas este era Sam. Ele a abraçou quando ela chorou por causa da morte de sua avó, afastou-a dos problemas mais vezes do que podia contar, e a ouvia de forma tão atenta que a fazia se sentir importante.
Fingir de qualquer forma com ele parecia errado.
As mãos dele foram para a bainha da blusa dela, deslizando a palma de sua mão em suas costas quente. Ela arqueou contra ele, instintivamente, mas quando seus dedos encontraram o fecho de seu sutiã, ela se calou.
Suas mãos agarraram seus ombros. "Espere."
Sam congelou.
Ele se afastou para olhar para ela, e ela se preparou para exasperação, mas havia apenas preocupação enquanto seus olhos procuravam os dela. E então, como se sentisse que ela precisava de algum toque extra para tranquilizá-la a confiar nele, gentilmente colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. "Conte-me."
Ela sabia então - sabia que ele era o certo. Sabia que ele era a única razão pela qual ela nunca quis que ninguém a tocasse.
"Riley?"
"Eu sou um pouco nova nisso."
Sua testa franziu e ele balançou ligeiramente a cabeça para mostrar que não entendia.
Ela tentou de novo, gesticulando entre seus dois corpos. "Isto."
"Fazer contra a porta?” Ele perguntou, claramente ainda lutando para seguir.
Ela respirou fundo. "Mais como... nova no que vem após a tomada de fora."
Afinal, não era como se não tivesse beijado caras ao longo dos últimos anos, apenas nunca tinha sido interessante o suficiente para chegar à próxima fase.
Sam deu um meio passo para trás, e Riley moveu-se ao redor dele para ir até a geladeira. Ela quase agarrou uma garrafa aberta de Pinot para criar coragem, mas em seu lugar pegou o jarro de água.
"Eu não acho que estou entendendo,” disse Sam, seus olhos nunca a deixando enquanto ela servia um copo de água que não bebeu.
Você só queria que não estivesse seguindo.
Ela colocou as palmas das mãos sobre a mesa e falou diretamente, sem rodeios. "Não tive sexo desde que eu tinha vinte anos."
Nenhuma reação. Nem mesmo um piscar de olhos.
"E eu acho que fui muito ruim para ele,” disse ela, porque se estava lançando bombas, poderia muito bem ser eficiente e soltá-los todos de uma vez.
"Você tem vinte e oito anos,” disse ele depois de um longo e doloroso silêncio.
"Correto."
"Você está me dizendo que você não fez sexo em oito anos?"
Ela deixou o silêncio responder por ela.
Ele passou a mão sobre sua nuca, tomando, sem dizer nada, o copo de água que tinha servido ela mesma e bebeu em três goles enquanto a observava.
"OK. Por quê? ” Perguntou finalmente.
Riley tinha estado preparada para ele a acusá-la de mentir e de insistir que não havia maneira nenhuma de que ela poderia ser uma colunista de sexo sem sexo.
Em vez disso, houve total confiança, embora uma pequena confusão, em seu rosto.
Ela encolheu os ombros um pouco. "Nenhuma boa razão, na verdade. Nenhum evento traumático que tivesse medo de intimidade. Sem problemas emocionais." Salvo o fato de que eu poderia estar meio apaixonada por você, e nenhum outro homem se compara.
Mas Riley não era idiota. Havia algumas coisas que você simplesmente não dizia a pessoas com fobia de compromisso como Sam.
"Eu nunca senti... isso,” ela terminou, sentindo-se quase insuportavelmente patética.
"Mas você fez isso uma vez, certo? Quero dizer, você não é..."
"Não sou uma virgem, não,” ela correu para tranquilizá-lo. "Não há rituais estranhos ou rasgar um hímen para ser esperado."
Sam fez uma careta. "Cristo."
"Então, isso... muda as coisas? ” Ela perguntou, esperando que sua voz soasse como a de uma mulher sofisticada cuja revelação não era mais consequente do que suportar o creme no café.
"Quem foi?" Sam perguntou, aparentemente, não terminando com o destino da noite.
"Dan.”
Sam gemeu. "O idiota da faculdade?"
"Ele não era um idiota,” ela disse, seu constrangimento começando a deslizar em exasperação. "E estávamos namorando, tipo, nove meses, então pare de me dar aquele seu olhar petulante."
"Não admira que tenha decidido que não gostava," Sam murmurou. "Eu duvido que o cara conheça seu pau a partir de seu controlador Xbox. "
Riley abriu a boca para argumentar, mas depois a fechou. Dan tinha jogado muitos videogames.
Mas não era exatamente assim que ela tinha imaginado a conversa. Não que houvesse um cenário melhor, mas certamente não imaginava que isso implicaria em uma discussão sobre um garoto em que ela raramente pensava.
"Não importa,” ela murmurou irritada consigo mesma por afastar toda a sensualidade do momento. Irritada com ele por deixá-la.
"Uh-uh,” ele disse, movendo-se lentamente em direção a ela. "Não, não importa." Ele deu-lhe tempo para se afastar, e seus olhos pareciam brilhar na satisfação quando ela ficou.
Sam parou a poucos centímetros dela, antes de gentilmente envolver seus dedos em torno do seu longo rabo de cavalo, inclinando a cabeça para trás, de modo que ela não tivesse escolha a não ser encarar de frente o seu olhar interrogativo. “Este artigo pessoal para a Stiletto, é por isso que você quer terminar o seu período de seca?"
Ela balançou a cabeça. "Foi apenas o catalisador. Não a razão."
"Qual é a razão?"
Ela desviou o olhar, perguntando-se o quanto revelar. Ela decidiu jogar com segurança.
"Quero-Quero experimentar isso."
"A experiência...?"
"Sam!"
"Riley. Diga."
"Sexo! Eu quero ter sexo, porque, bem... por que. Exceto que eu estive mentido durante vários anos em meus artigos, que é suposto para se sentir bem. Ótimo. Tanto faz."
"Oh, isto não é tanto faz,” disse ele, sua voz baixando enquanto seus dedos apertavam o seu cabelo.
"Não comigo."
"Sim? ” Perguntou ela, aproximando-se até que o peito roçou contra seu peito. "Porque tudo o que vi é um cara que se acovardou pela primeira vez e se apavorou pela segunda vez.”
"Eu não estou assustado. Mas isso é uma bomba que você acabou de jogar em mim. Eu aqui tentando descobrir se eu tinha algum movimento que você ainda não tivesse visto ou analisado, e agora descubro que você não viu nenhum. Eu não sei qual é mais pressão."
"Então você ainda está dentro? ” Ela perguntou.
Sua mão deslizou de seu cabelo para o rosto, escovando um polegar sobre sua bochecha, e ela derreteu contra ele. "Você vai escrever sobre isso?"
Ela hesitou. "Não, se você não quiser."
Ela precisava da história, mas precisava mais de Sam.
"Vou pensar sobre isso,” disse ele, roçando seus lábios suavemente contra os dela. "Vai depender."
"Sobre?"
"Sobre se eu quero manter o que está prestes a acontecer entre nós para mim mesmo."
CAPÍTULO QUINZE
Ela esperava algo quente e pesado contra o balcão da cozinha.
Algo rápido e furioso onde ela não teria permissão para pensar.
Mas Sam se recusou a se apressar. Mesmo quando suas mãos deslizaram sob sua blusa, os dedos raspando os contornos de seu abdômen, ele nunca acelerou o ritmo lento e sedutor de seus beijos.
Ele agarrou seu rosto, ocasionalmente, inclinando a cabeça de um jeito ou de outro para permitir que sua língua tivesse um melhor acesso às partes sensíveis de sua boca.
Riley tinha passado tantas horas sonhando em beijar Sam, e pensou que se tivesse a chance, nunca pararia.
Mas beijar já não era mais suficiente. Ela queria mais. Precisava de mais.
E é aí aqui que sua carreira veio a calhar.
Lembrando-se de um movimento que tinha obtido comentários particularmente elogiosos de comentaristas, Riley deixou suas mãos deslizarem para baixo em sua bunda enquanto se esticava para ficar na ponta dos pés e colocar os lábios em seu ouvido.
"Eu quero você dentro de mim."
Os dedos que estavam tão suavemente acariciando suas bochechas se enrijeceram antes de soltar um conciso "Cristo."
Então ele estava transportando-a pelo pequeno apartamento em direção ao quarto, e Riley se permitiu um pequeno sorriso de satisfação.
Talvez ela pudesse continuar com o livro-inteligente depois de tudo.
Sam tirou sua camiseta sobre a cabeça e deixou cair no chão.
Não. Deixa pra lá.
A forma como sua mente ficou confusa e seus seios formigavam era definitivamente melhor experimentar pessoalmente.
"Estou morrendo de medo,” ela deixou escapar.
Em vez de condescender com ela ou zombar, ele apenas deu um breve aceno de reconhecimento antes de pegar a mão dela e puxá-la em direção a ele. "Eu sei. Que tal uma palavra segura? Dentista?"
"Por que dentista?"
"Porque eu odeio dentista. Vai esfriar meu ardor instantaneamente."
"Eu acho que não quero esfriar seu ardor,” ela disse enquanto levantava a bainha de sua blusa e passava um dedo ao longo da cintura de sua calça jeans por baixo de seu umbigo.
"Não? ” perguntou, curvando-se para lamber o local que acabara de expor.
Suas costas arquearam.
"Você gosta? ” Ele perguntou, empurrando a blusa para cima.
"Você sabe que eu gosto,” ela sussurrou enquanto sua língua seguia para cima ao longo de suas costelas, sua blusa movendo-se cada vez mais alto.
"Você é nova nisso; Quero acertar."
"Você está."
E então Riley esqueceu tudo sobre os dentistas e o fato de que era ele e que finalmente estava acontecendo, e se entregou as habilidosas mãos de Sam. Suas mãos e boca tocavam interminavelmente sobre seu estômago, seus dentes roçando a base de seu sutiã, mas recusando-se a levantar a sua blusa mais alto até que ela estivesse ofegando seu nome.
Finalmente, deixou-a se sentar apenas o tempo suficiente para puxar sua blusa para cima e então, colocou uma palma entre seus seios, empurrando-a de volta contra os travesseiros, seus olhos recebendo seu sutiã azul rendado.
"Não é exatamente prático para softball,” ele disse, passando um dedo sobre o pequeno arco azul em uma das tiras.
"Você não parece se importar,” ela sussurrou, sua voz rouca, olhando-o observando-a.
Seus olhos foram para os dela. "Eu sou o único a vê-los?"
"Bem... Dan,” disse ela.
Seu olhar escureceu antes de retornar ao local onde seus dedos traçavam o fino laço. "É hora de começar a fingir que nunca aconteceu."
"Mas se não tivesse, eu seria uma virgem literal,” disse Riley, balançando um pouco quando seus dedos moveram-se sobre o centro do seu peito, estimulando seu mamilo através do tecido.
"Boa. Eu quero que você seja minha. Só minha."
Seus lábios se encontraram, e o beijo foi uma mistura perfeita de doçura e posse. Suas mãos voltaram a vagar, os lábios se separando uma vez enquanto ele tirava seu jeans. Novamente para remover os dela. Mas toda vez suas bocas se encontravam novamente, até que ambos estavam nu, ofegante e pronto.
Não havia espaço para pensar. Apenas sentir.
A mão de Sam deslizou entre suas pernas, empurrando suas coxas para longe e encontrando onde ela estava quente e molhada. "Riley," ele sussurrou. "Eu deveria levar meu tempo com você."
"Você levou mais de dez anos,” ela disse, sua mão deslizando sobre seu quadril antes de seus dedos se envolverem em torno de onde ele estava firme e suave.
Ele soltou uma respiração dura, sua testa contra seu ombro. "Tem certeza de que nunca fez isso antes?"
"Não, mas você sabe... Eu li em algum lugar..." Ela apertou sua mão apenas um pouco enquanto seu polegar se movia sobre ele e seu gemido baniu a última de suas persistentes inseguranças.
"Isso vai acabar mal se você não parar agora,” disse ele, agarrando-lhe o pulso e puxando-o para a boca, escovando seus lábios contra os nós dos seus dedos.
"Então, continue com isso,” ela disse. Ela tentou por provocação e saiu desesperada, mas não se importou. Ela podia não ser uma especialista nisso, mas sabia que um ou ambos provavelmente morreriam se esperassem mais tempo.
"Você certamente está exigente para uma novata,” ele disse, deslizando sobre ela e empurrando seu queixo para cima com seu nariz para que pudesse acariciar seu pescoço.
Ela virou a cabeça, os lábios procurando os dele. Ele obedeceu, e seus beijos tornaram-se frenéticos.
"Preservativo,” ele grunhiu, puxando para trás. "Onde está a minha carteira?"
Ela se inclinou para seu criado mudo, tirando uma caixa fechada.
Ele pegou dela, levantando as sobrancelhas.
"Ei, eu gosto de estar preparada,” disse ela. "Embora... Essas coisas expiram?"
Ele inclinou a caixa para ler quando ele a abriu, verificando a data. "Estamos bem."
Ela tentou prestar atenção à forma habilidosa em que ele abriu o pacote, mas o invólucro estava no chão e ele estava rolando o preservativo sobre si mesmo em um movimento rápido antes que pudesse obter uma boa lição.
Próxima vez.
Riley ficou tensa por meio segundo enquanto ele caia sobre ela, apenas para perceber que o peso dele se sentia bem, e suas palmas das mãos subiam pelas suas costas enquanto seus lábios procuravam os dele e puxavam para outro beijo de língua.
Ele colocou as mãos de cada lado da cabeça, levantando-se para que pudesse ver seu rosto, os olhos questionando.
Em resposta à sua pergunta silenciosa, ela abriu as pernas mais largas e lambeu os lábios timidamente.
O canto da boca dele se inclinou para cima. "Eu deveria saber. Mesmo como uma novata, você é uma provocação."
Então ele se aproximou, posicionando-se enquanto deslizava apenas um pouco dentro dela.
Riley estava totalmente preparada para este momento para se sentir estranha e desconfortável, mas a pequena falta de familiaridade da sensação só a tornava mais perfeita.
"Tudo bem? ” Ele perguntou.
Em resposta, ela balançou os quadris para cima, levando-o para dentro. Ela observou enquanto seu olhos se fechavam e sua respiração se tornava mais superficial. Sam abaixou-se de suas mãos aos cotovelos, segurando sua cabeça protetoramente enquanto começava a se mover em círculos lentos e rasos, dando-lhe tempo para se acostumar com ele.
Mas Riley não precisava de tempo extra.
Era como se tivesse nascido para este momento, e cada encontro falhado, cada potencial encontro sexual que tinha fracassado fora construindo para esse momento com este homem.
Sam a conhecia perfeitamente. Sabia que não queria ser tratada como uma novata delicada, e tomou o ritmo experimental de propósito quando ela levantou para encontrá-lo em um ritmo perfeito.
Ele cutucou seus joelhos ligeiramente mais altos, alargando-a para que seus movimentos fossem mais fundo de encontro a seu ponto mais sensível, e Riley gemeu sua aprovação.
"Sam!"
E, em seguida, em um momento intenso, ela finalmente compreendeu a verdadeira diferença entre escrever sobre sexo e experimentá-lo.
Não havia nada – nada - como experimentar um orgasmo com Sam Compton olhando em seus olhos.
E então havia um componente do sexo que, Riley nunca tinha considerado: aquele momento em que você está olhando em seus olhos enquanto seus corpos tencionavam. O momento em que ele diz o seu nome como uma oração antes de enterrar a cabeça em seu ombro enquanto balança e estremece e, em seguida, cai calorosamente em cima de você.
Era sobre isso que eu deveria ter escrito.
Mas ela não queria compartilhá-lo.
Riley correu as palmas das mãos sobre seus lados, amando o peso esmagador dele enquanto seus batimentos cardíacos voltavam ao normal.
Sam se apoiou em um cotovelo, tirando seu cabelo úmido de seu rosto com a outra mão. "Bem?"
Ela piscou para ele, saboreando a sensação desconhecida de felicidade pós-coito. "Um homem seguro não teria que perguntar."
"Ele faria se estivesse deitando com uma colunista de sexo."
Riley apertou os olhos como se considerasse sua avaliação.
Então ela deu a única resposta que parecia adequada, baixando sua boca para a dele, mordiscando levemente o lábio inferior com os dentes. "Mais uma vez."
Sam gemeu.
E cumpriu.
CAPÍTULO DEZESSEIS
Jantares de noivado.
Não é algo que Sam Compton pensou que iria gostar. Nunca. Particularmente um jantar para comemorar um noivado.
Mas, então, ele nunca tinha ido a um jantar com Riley. O resultado foi inesperadamente... agradável? Era a palavra certa?
Ajudava que ele sempre tivesse gostado dos amigos de Riley, e quanto mais ele os conhecia, mais suspeitava que pudessem ser seus amigos também. Julie, embora no primeiro encontro fosse um pouco irrequieta para o seu gosto, tinha uma sagacidade afiada sob aquele sorriso espevitado, algo que seu noivo, Mitchell, parecia trazer para fora em lanças.
Grace também tinha uma boa combinação com Jake. Na aparência, eles deveriam ter sido um daqueles casais absurdamente bonitos, muito perfeitos com seus cabelos escuros brilhantes e características classicamente atraentes. Mas os bons costumes de Grace disfarçavam um senso de humor perverso, e Sam rapidamente aprendeu que Jake não era nenhum garoto bonito sem cérebro, mas um cara inteligente e camarada que podia facilmente se ver indo para um jogo com ele.
O único que Jake não havia gostado muito era o Aaron, o acompanhante da noite de Emma, embora se Sam estivesse lendo os sinais corretamente, ninguém parecia ter gostado de Aaron também.
Incluindo Emma.
"Então, Grace, eu estive pensando,” disse Riley, empurrando para trás o prato que praticamente tinha limpado. Ele tinha se esquecido de como a menina comia. "E se eu for à menina da flor? É uma pessoa a menos na disputa para a dama de honra.”
Grace cobriu sua taça de vinho antes de passar a garrafa de pinot em volta da mesa. "Que parte do ‘pequeno destino casamento33 'você não entendeu?"
"Eu acho que foi a parte. ‘pequeno destino casamento'. Eu pensei que você quisesse uma grande e antiquada festa da sociedade aqui em Nova York."
Grace estalou os dedos em realização. "Droga. Eu tinha esquecido que é preciso ficar com o mesmo casamento dos sonhos que eles pensavam que queriam na idade de vinte e um."
"Acho que pequeno é o caminho a percorrer,” disse Sam, enchendo seu copo e o de Riley embora tivesse preferido uísque para o vermelho frutado.
"Sim, porque os casamentos pequenos funcionaram muito bem para você? ” Ela perguntou sem calor.
"Fique fora disso. Eu quero ser a menina da flor."
Julie apontou para Sam enquanto olhava para Riley. "Você acabou de menosprezar o casamento fracassado do homem?"
"Não menosprezei. Só que foi tão... breve? Apenas não existiu?” Disse Riley, atirando-lhe um olhar inquieto.
Sam levantou o ombro. "É meio verdade. Eu não estou orgulhoso disso, mas meu casamento não é tão grande parte do meu passado como deveria ser."
Um pouco de cócegas se formou entre suas omoplatas que ele tentou ignorar, porque sabia o que significava. Isso significava que estava mentindo. Podia não pensar sobre seu casamento fracassado muitas vezes – ou quase nunca - e certamente não pensava muito em Hannah, e ele não estava orgulhoso disso. Pelo amor de Deus, eles foram casados.
Mas, no fundo, sabia que o fracasso de seu casamento tinha ajudado a moldá-lo com tanta certeza quanto qualquer outro de seus fracassos. Sua mãe talvez tivesse dito isso de melhor modo. Ele não era um bom banqueiro de investimentos, não era um bom filho... não era um bom marido.
Que implorava a pergunta: O que diabos estava fazendo em uma festa com dois casais quase casados, enquanto está sentado ao lado de uma mulher que ele... inferno. Não. Ele não estava pensando sobre Riley e casamento na mesma frase. Ele simplesmente não estava.
Como se estivesse lendo sua mente, Emma entrou na conversa do outro lado da mesa. "Casamentos fracassados. Que tema delicioso para uma festa de noivado,” disse ela naquela voz suave do sul.
"Ooh, você sabe o que seria um tema mais apropriado? ” Riley perguntou com os olhos arregalados.
"Noivados fracassados! Emma, que você vá!"
Sam se preparou para uma luta de gatas, mas Emma Sinclair apenas olhou para Riley por cima da borda de sua taça de vinho com uma sobrancelha levantada que dizia que eu a mataria com esta colher de chá.
Aaron olhou ao redor da mesa em confusão. "O que eu estou perdendo?"
"Na verdade, nada,” disse Grace. "Sinclair aqui tem mais segredos do que a cúpula de Langley34."
Julie pegou um aspargo no prato e comeu-o com os dedos enquanto ela gesticulava em direção à confusão de pratos. "Mitchell, querido, que tal você recrutar os seus meninos para fazer a limpeza, desde que eu cozinhei?"
Mitchell pigarreou e deixou cair um braço ao redor da cadeira de sua noiva enquanto se inclinava levemente. "Hum, querida? Eu não acho que pegar o telefone para pedir jantar para oito pessoas conta como cozinhar.”
Ela apontou para o cesto de pão. "Eu cozinhei isso."
"Não, você colocou no forno, depois que eu tive que ir resgatá-lo e remover o plástico."
Sam escondeu seu sorriso atrás de seu copo de vinho, desfrutando completamente. Mesmo quando esteve casado, nunca tinha gostado de sair com outros casais. A maioria deles pareciam que estavam fingindo toda a rotina do beijo-apaixonado por causa de sua audiência, ou então, se esforçando para ser civilizado com essa universal eu-não-posso-esperar-para-terminar-essa-luta-de-tensão mais cedo.
Mas não havia nada disso hoje à noite. Os amigos de Riley irradiavam um conceito de feliz-com-suas-vidas, tão raro quanto refrescante. Não havia competição, não se gabavam.
Apenas um grupo de pessoas que realmente gostavam um ao outro.
Embora uns dois estivessem curtindo um ao outro mais do que outros, ele notou, enquanto Jake inclinava-se para beijar Grace, antes de começar a empilhar pratos.
Sam nunca se considerou um tipo PDA35 de cara, então ele estava um pouco surpreendido com a pontada de ciúme que sentia. Como seria inclinar-se e beijar Riley agora? Deus sabia que ele queria.
Especialmente desde que logo antes de vir para Julie e Mitchell, ela tinha arrastado sua coleção de revistas da Stiletto e disse-lhe para escolher um de seus artigos anteriores para tentar em pessoa mais tarde.
Ele sabia exatamente qual iria escolher também.
Ele esperava que ela fosse flexível.
Mas não era só sexo.
Admito, houve muito mais coisa desde aquela primeira noite.
Mas também houve um jogo de beisebol, um almoço espontâneo no meio da semana, uma noite de cinema e agora um jantar.
Era terrível e o melhor maldito tempo que tinha tido em anos.
Riley sempre fora como uma faísca magnética que tinha tentado resistir. Ele sempre soube que acabaria se afogando nela.
E estava se afogando, tudo bem.
Mas, da melhor maneira possível.
Riley, a namorada - era uma namorada? - era surpreendentemente doce. Quer estivesse trazendo pizza tarde da noite quando um de seus destiladores quebrou ou se juntar a ele para testar e provar o uísque mais recente de seus concorrentes em vez de ir para qualquer clube noturno que estivesse abrindo na cidade, ela era exatamente o tipo de baixa manutenção de companheirismo que estava temendo.
Temendo, porque se ela tivesse sido um drama amoroso ou Prima Donna36, seria fácil de obter sua química sexual para apenas isso - química. E seria fácil deixá-la ir.
Mas esta doce e divertida Riley, não poderia ser o suficiente? Perigo.
Era como se sentisse tão bem fora do quarto, como dentro.
Bem. Quase.
Sam olhou para onde Riley continuava a atormentar Grace sobre o status de menina da flor, seu cabelo preto derramando sobre os ombros, seus olhos azuis brilhando.
Ele estava em sérios problemas.
"Você a está encarando,” Jake murmurou baixinho, enquanto pegava o prato de salmão vazio na frente de Sam. "É melhor nos ajudar com os pratos, a menos que você queira ser aquele que está contemplando um casamento no seu destino.”
Seu estômago se apertou com a palavra casamento, e ele quase derrubou a cadeira em sua pressa para se levantar da mesa e afastar-se de pensamentos perigosos. Estive lá, feito isso, nunca mais.
Ele empilhou os pratos sobre a mesa, intencionalmente fazendo ouvidos surdos à conversa de casamento das mulheres. Sam não se atreveu a olhar para Riley. Por que não tinha pensado nisso antes de concordar com o jantar? Dois de seus melhores amigos estavam noivos.
Isso transformaria até mesmo a mente da mulher mais independente em direção à mania de casamento.
Porém, isso não era justo. Riley sequer se referiu a ele como um namorado, muito menos deu a entender que esperava que eles fossem comprar um anel juntos. E isso não era 1800.
As mulheres não tinham ideias a partir de apenas algumas semanas de brincadeira.
Ele deu uma olhada em seu perfil antes de ir para a cozinha.
"Eu disse que ele foi batido," Jake sussurrou para Mitchell.
A cabeça de Sam virou a tempo de ver Jake sorrindo presunçosamente enquanto entregava os pratos para Aaron enxaguar. Mitchell, que estava ocupado colocando as sobras na Tupperware para ir à geladeira, parou o que estava fazendo e deu uma olhada na expressão assassina de Sam.
Ele foi até a geladeira e saiu com quatro cervejas, entregando a primeiro para Sam como se sentisse que precisava mais dela.
Ele tinha a ideia certa.
"Quer conversar? ” Perguntou Mitchell. "Ou quer que a gente vá se foder?"
E lá estava ele. O Santo Graal da amizade dos homens. Foi então que Sam percebeu o quanto estava perdendo Liam. Não só porque o seu melhor amigo estava em Amsterdam com mais frequência do que estava em Nova York. Mas porque mesmo quando Liam estava por perto, ele permanecia felizmente sem saber que Sam estava transando com sua irmãzinha. E gostando.
Talvez quisesse falar. Especialmente agora que Aaron tinha murmurado algo sobre ter feito a sua "parte" da limpeza e voltou para se juntar às mulheres na mesa.
"Aquele é um vencedor,” disse Jake.
"Nunca mais o veremos,” disse Mitchell decidido. "Agora cale a boca. Sam estava prestes a explicar como Riley tem suas bolas em um nó.”
Eu estava? “Eu não estou realmente certo do que está acontecendo,” Sam ouvi-se dizendo.
Jake bufou. "O que é?"
"Ela é irmãzinha do meu melhor amigo."
"Não tem nada de bebê sobre Riley McKenna,” disse Mitchell. "E eu digo isso de um modo platônico, observador" - apressou-se a acrescentar quando Sam olhou furioso.
"Falando sério, a coisa do irmão é um problema? Eu saí com Liam algumas vezes. Parece um tipo razoável de cara do século XXI. Não um que viria atrás de seu melhor amigo com uma espingarda,” disse Jake, olhando completamente para casa e secando os copos de vinho e colocando-os no suporte.
"E esse tipo de coisa não deveria ser problema do pai? ” Mitchell acrescentou.
Sam resmungou e inclinou a cerveja de volta. "Josh pode realmente estar bem com isso. Acho que me preferiria com a sua menina a um dos outros perdedores que ela trouxe para casa."
"Mas Liam não sentiria o mesmo? Será que ele não preferiria um cara em quem confia a um estranho para ser o único a cuidar de Riley?"
Era um ponto válido, mas Sam não podia se dar ao luxo de pensar dessa forma. Não podia estar errado e perder Liam. "Eu prometi a ele que eu manteria minhas mãos para mim mesmo."
Mitchell fez uma careta. "Quando?"
Sam olhou para cima enquanto mentalmente calculava os anos. "Mais do que uma década atrás."
Jake pôs a toalha de lado para retirar a tampa de sua cerveja. "Não conta. Expirou. Além disso, ele tem que saber que sua irmã não é uma flor delicada com necessidade de proteção. Quero dizer, você já leu as coisas dela, certo? Ela sabe mais sobre a anatomia masculina do que a maioria dos médicos de pênis."
"Eles são chamados de urologistas,” disse Mitchell. "Ou um andrólogo, dependendo do assunto."
Jake apontou sua garrafa para Mitchell em advertência. "Sério? Não seja esse cara."
Sam sabiamente se absteve de mencionar que Riley não era exatamente especialista em pênis que todos acreditavam que ela fosse. Embora fosse uma aluna brilhantemente rápida.
E isso estava complicando o assunto. Sam tinha perdido sua própria virgindade no segundo ano da escola com uma líder de torcida sênior muito experiente. Ele certamente nunca lidou com todo o aspecto de defloramento antes.
Riley jurou de cima a baixo que não tinha sido uma virgem na primeira noite, e tecnicamente estava certa, mas... droga. Era muita pressão, sendo o primeiro em que ela tinha deixado entrar em sua cama na idade adulta. E ele ainda sustentava que sua primeira vez desajeitada com o Deacon ou qualquer outro nome desse cara não tinha contado.
Mas a pressão e a culpa não eram sequer o verdadeiro problema. O problema não era que ele tinha sido seu (quase) primeiro.
Era que em alguma parte mais profunda, escura, imbecil dele queria ser seu último.
"Uh-oh, ele tem o olhar novamente,” disse Jake.
"Que olhar? ” Perguntou Sam.
"O que eu tinha na minha cara quando percebi que Julie não seria apenas um jogo de merdas e risadinhas, e aquele que Jake tinha no rosto quando Grace entregou-lhe suas bolas em um jogo de softball."
"Hey!” Jake disse em protesto. "Não foi como..."
"Foi." Sam interrompeu. "Eu estava realmente lá, embora eu realmente não o conhecesse, então."
"Oh sim," Jake refletiu. "Eu tinha esquecido que você era mais um da Riley naquele jogo. Então, isso não é realmente uma coisa nova entre vocês?"
"Bem, o tempo nu é,” ele disse, imaginando que poderia muito bem jogar tudo pra fora. "Eu só nunca me lembro de sexo fazer as coisas tão... complicadas."
"Isso é porque você não tem ovários,” Mitchell murmurou enquanto se movia para guardar os copos que Jake tinha secado. "Sexo é sempre complicado para as mulheres. Para os homens só é complicado quando a merda está prestes a ficar confusa."
"Confusa?"
Jake e Mitchell trocaram um olhar. "Importante,” Mitchell esclareceu.
"Ou pode-se dizer para sempre,” Jake murmurou em sua cerveja, não fazendo contato visual.
O estômago de Sam apertou, e ele não sabia se era de horror ou esperança. "Agora espere. Temos apenas tido uma coisa por duas semanas. É na maior parte apenas sexo."
"Sério? Então como é que você está no meu apartamento para a sua festa de noivado,” perguntou Mitchell com um gesto em direção a Jake.
"Isso não é sobre mim! Vocês dois são os únicos que estão comprando anéis de noivado e coabitando..."
"Coabitando? Avó? É você?"
"Você sabe o que eu quero dizer. Vocês dois e suas... coisas de amor vão colocar ideias na cabeça das mulheres que vão complicar a vida para o resto de nós.”
"Ideias na cabeça das mulheres? Ou na sua? ” Perguntou Mitchell, cortando-o com um olhar nivelado e indo direto ao cerne da questão.
Sam abriu a boca para responder, apenas para perceber quando não tinha nada a dizer. A verdade era, que todo aquele cenário de casal-acolhedor que os outros dois homens haviam feito estranhamente atraente, não era nada como os incômodos jantares e as brigas épicas sobre lavanderia que recordava com Hannah.
Ele estava começando a perceber que só porque teve um casamento sob seu cinto não significava necessariamente que sabia uma coisa sobre relacionamentos. Não o tipo bom.
Isso era novo. E ele não gostou.
"Merda. Merda. E agora? ” Ele perguntou, mais para si mesmo do que para os outros caras.
Jake deu-lhe um tapinha no ombro, com pena em seus olhos. "Primeiro? Você tem que perceber que não há nada que você possa fazer até que saiba o que ela quer."
"Então, eu, como, o que... falar com ela?"
O silêncio dos outros homens dizia tudo.
"Merda," Sam murmurou novamente.
"Exatamente,” Jake e Mitchell disseram, ao mesmo tempo.
CAPÍTULO DEZESSETE
"Então, o que vocês estavam conversando?" Riley perguntou enquanto ela e Sam caminhavam de mãos dadas para a sorveteria onde decidiram parar para uma segunda sobremesa. Sua ideia.
Realmente, Julie já deveria saber que agora no mundo de Riley, "um pedaço de fruta deliciosa" não era uma sobremesa.
"Coisas de garotos. Sobre o que vocês estavam falando?"
"Coisas de garotas.”
"Fitas e pôneis? ” Ele perguntou.
"Dildos e pelos encravados na linha do biquíni."
Sam assentiu solenemente. "Isso é o que nós estávamos falando também."
"Não posso acreditar que Grace não fará um casamento tradicional," murmurou Riley. Ela estava brincando sobre a menina das flores, é claro, mas ela sempre imaginou que do grupo, Grace seria a única a se casar em uma grande e antiga igreja com o vestido branco grande e velho.
Agora Grace parecia perfeitamente contente em usar um bonito vestido cocktail branco em uma praia em algum lugar. Inferno, ela provavelmente teria se contentado em usar um saco de lixo preto no Bronx, porque a única coisa que realmente importava para Grace era Jake.
Riley estava com ciúmes.
"Qual é o problema?" Sam perguntou, puxando a mão dela para apressá-la a atravessar a faixa de segurança. "Os casamentos são um pé no saco. Até mesmo os pequenos. Confie em mim."
"Eu sei, é só que... Acho que nunca me ocorreu que o casamento da Grace e Jake seria diferente de Grace com Greg.”
"Bem, claro. Você não disse que o ex-namorado dela era um idiota mulherengo?"
Riley sibilou para ele. "Pare de ser racional. Estou tentando ruminar aqui."
"Sobre o casamento imaginário de fantasia do seu amigo? As mulheres não deveriam refletir sobre seu próprio casamento?”
Riley foi um pouco atirada por sua abordagem direta. Este era o tipo de conversa de inicio de relacionamento que geralmente e estritamente estava fora dos limites. Mas então ela e Sam não eram exatamente novos um para o outro. E ele parecia genuinamente curioso e afastado, como se o seu eventual casamento não tivesse nada a ver com ele.
Que, naturalmente, isso não aconteceu. Riley pode ter sido um pouco louca pelo homem, mas ela não era uma tola total. Ela não tinha rabiscado seu nome em um caderno desde a faculdade.
E não sonhava em andar pelo corredor com ele.
Bem, tudo bem. Talvez uma vez. Ou algumas vezes.
A verdade era que Riley nunca se deixara pensar muito em seu próprio casamento. Ela não sabia por que. Imaginou que sempre tinha pensado que seria uma espécie de garota do tipo “vamos-só-parar-de-fazer-a-corte.”
Mas ouvir suas melhores amigas falarem sobre os votos e flores, e bolo contra cupcakes (Riley tinha votado em ambos) tinha começado a pensar sobre toda a coisa de vestido branco.
E se perguntado por que não tinha pensado nisso antes.
Talvez porque era difícil se imaginar casando com algum futuro Príncipe Encantado quando havia um cara no aqui e agora ocupando todos os seus pensamentos. "Ei, Sam, você não, você sabe... disse a Mitchell e Jake sobre..."
"Sobre…?"
"O fato de que eu sou uma farsa sexual."
Sam franziu a testa e puxou-a para uma parada fora da sorveteria. "Pensei que tínhamos concordado que você ia bater isso fora."
Ela evitou seus olhos. "Mas você não contou a eles?"
Ele ergueu o queixo. "Você não é uma farsa. Você é uma mulher linda que se conhece bem o suficiente para esperar o momento certo."
Riley não podia esconder o pequeno sorriso. "Você parece como uma mãe falando com a filha de dezesseis anos."
Suas sobrancelhas se ergueram. "Você queria fazer sexo hoje à noite? Porque continue assim, e eu poderia estar no próximo trem de volta para Brooklyn."
"Por mim tudo bem,” ela disse despreocupadamente, saltando longe dele para abrir a porta da loja.
"Mas então você pode dizer adeus ao seu sexo oral."
"Que sexo oral?"
Ela sorriu e dirigiu-se para a loja. "Não importa, eu acho que eu estou mudando de ideia..."
Seus dedos fortes agarraram seu pulso, e então ela estava sendo levada de volta para o meio-fio, sua mão já estava no ar para um táxi. "Ei,” ela exclamou. "Eu quero sorvete!"
Sam a ignorou. "Mais tarde. Se você for boa.”
"Em quê?"
Ele deu um olhar para ela.
"Oh," ela disse, dando um sorriso de gato satisfeito. "Isto. Não se preocupe. Eu serei."
Sam gemeu enquanto um táxi estacionava. "Você realmente vai ser a minha morte."
"Bem,” ela disse, entrando no taxi. "Pelo menos você vai morrer feliz."
* * *
Riley passou muito tempo sobre os lençóis pensando em seu tempo na Stiletto. Mas havia uma área que não tinha coberto. Na verdade, nem sequer tinha considerado isso.
Abraços.
Era sensacional.
Ela nunca tinha imaginado que a ligeira raspagem de pelos no peito de um homem contra as suas costas, o peso de seu braço ao redor de sua cintura, seu hálito quente contra seu pescoço, poderia se sentir melhor do que na manhã de Natal.
"Eu estive pensando..." Sam disse, trocando e rolando sobre suas costas.
"Aha! Pensei que eu tinha cheirado fumaça!" Riley rolou para o lado dela para que pudesse ver seu rosto.
Ele sorriu. "Eu estive pensando sobre o seu desempenho mais recente."
"E?"
"A menos."
Riley sentou-se com isso. "A menos? Essa foi uma performance A-plus e você sabe disso.”
Ele balançou a cabeça, os olhos brincalhões. "Foi rápido demais."
Ela beliscou seu braço. "Isso é apenas mais uma prova de que eu sou boa nisso."
"Suponho que teremos que tentar novamente para resolver isso,” disse Sam com um suspiro.
Riley apoiou-se contra os travesseiros. "Eu deveria dormir. Tenho uma reunião de trabalho cedo amanhã de manhã, e é a minha vez de buscar café para as meninas. E Grace tem essa coisa de soja, coisa de meio descafeinado extra-quente que leva, como, oito minutos extras no Starbucks.”
Ele colocou um braço ao redor dela, puxando-a para mais perto até que ela se aconchegou contra seu ombro.
"O que você vai fazer amanhã depois do trabalho?"
"Você não está sugerindo que a gente saia dois dias seguidos? ” Ela perguntou, mantendo a voz provocante, porque era melhor do que revelar a explosão de alegria que passou por ela com suas palavras.
"Só por sexo,” disse ele, colocando os lábios em sua testa. Ela sentiu seu sorriso.
"Bem, eu preciso compensar o tempo perdido..."
Ela se afastou um pouco quando ele não respondeu, notando a expressão pensativa em seu rosto. "Você está fazendo essa coisa de pensar de novo?"
Para sua surpresa, ele não sorriu dessa vez. "Tem algum arrependimento?"
"Hum, o quê? ” Ela perguntou, tentando continuar.
"Você esperou muito tempo para transar - apenas para ter certeza de que não seria uma decepção."
"Sr. Compton, você está pedindo uma nota agora?"
Ele bufou. "Por favor. Estou chocado por seus vizinhos não terem telefonado para a polícia após o terceiro - ou foi o quarto? - orgasmo."
Ela chutou sua canela.
"E é claro que você é uma gritadora," ele disse, balançando a cabeça. "Não há mais surpresas?"
Riley recuou impenitente em relação a seu apreço pelo sexo barulhento. "Já que você parece saber exatamente o quanto você é bom nisso, por que está me perguntando se eu tenho arrependimentos?"
Ele ficou quieto, brincando com seu cabelo. "Eu só quis dizer... merda. Eu não sei o que eu quis dizer. Deixa pra lá."
Ela se derreteu um pouco com sua dúvida e inclinou a cabeça para olhar para ele. "Meu único arrependimento é não ter feito isso antes."
Com você, ela acrescentou em silêncio.
Ela esperava que ele parecesse apaziguado, mas seu cenho se aprofundou. "Você não tem nada para compará-lo."
Irritada, Riley sentou-se, passando os dedos pelos cabelos. "O que você quer aqui, Sam? Um troféu? Por que você não diz o que quer que seja que você está dançando ao redor?"
"Só que a maioria das mulheres de sua à idade..."
"Cuidado." Ela levantou um dedo.
"A maioria das mulheres de sua idade-ainda- muito-jovem, já teve um punhado de parceiros até agora. Agora que você removeu o pó de seus movimentos sexuais, você provavelmente vai querer um pouco de variedade."
"Temos de trabalhar em sua conversa de travesseiro,” ela murmurou.
"Mas eu estou certo,” ele disse, sentando-se e recostando-se em suas mãos, olhando inexplicavelmente bronzeado e perfeito contra os lençóis brancos.
Ele parecia... incrível. Talvez eu não queira variedade.
Mas esse não era o tipo de admissão que você faria a um homem que parece estar quase ordenando que pulasse na cama de outro homem.
"Nós temos que falar sobre isso agora? ” Ela perguntou, puxando o lençol para cobrir o peito mais completamente. "É um pouco desconcertante estar discutindo outros parceiros quando estamos nus."
"Então você está pensando em recuperar o tempo perdido?"
"Pare com isso! ” Ela disse, explodindo. "Você está tentando ser grosseiro?"
Ele fechou os olhos antes de correr um dedo sobre suas costas. "Eu sinto muito. Estou falando isso errado."
"Você acha?"
"Eu só quero dizer que eu não espero nada de você. Se você quiser jogar no campo um pouco, eu, bem... entendo."
Ela estreitou os olhos e virou-se para encará-lo. "Não te incomodaria? Sabendo que amanhã à noite alguém poderia estar nesse mesmo lugar?"
Sua mandíbula ficou tensa, mas seus olhos não revelaram nada.
"Ou talvez eu tente melhorar a minha pontuação de A-menos com outro cara?"
Desta vez, seus olhos piscaram.
"Ou talvez o meu próximo artigo da Stiletto possa ser algo como ‘Dez caras em dez dias.' Isso o apaziguaria? "
"Riley..."
Ela começou a sair da cama, percebendo que sua raiva estava se deteriorando em mágoa, e não queria que ele visse.
Ele gentilmente agarrou seu braço, puxando-a de volta para ele. "Você sabe que eu não sou bom nisso."
"Bom em que? ” ela perguntou, determinada a não deixá-lo recuar para sua zona de conforto.
Ele engoliu em seco. "Relacionamentos. Ou o que quer que seja."
"Qual deles somos nós? A relação ou o que quer que seja?"
Seus olhos imploraram que ela o soltasse.
Ela não o fez.
"Eu só não queria que você pensasse que eu esperava alguma coisa,” disse ele. "Nós sempre conversamos sobre isso ser apenas uma noite, e bem, obviamente, foi mais do que isso."
"Você quer ver outras pessoas? ” Ela perguntou timidamente. "Tudo isso é estranho? A conversa foi sua maneira de sugerir que não seriamos exclusivo?"
Ele desviou o olhar e seu coração afundou. Mas, em seguida, seus dedos apertaram-lhe o braço e a puxou para mais perto.
"Ninguém mais se compara,” ele disse calmamente.
O coração de Riley sacudiu em seu peito, e ela não pôde evitar o sorriso que se espalhou por seu rosto. Ela se inclinou e beijou-o suavemente. "Esta é uma grande notícia, porque eu quero lhe mostrar o vestido de noiva que eu tenho olhado.”
Sam ficou pálido, e Riley começou a rir. "Brincadeira."
Ele deu um meio sorriso, mas não estava pronto para deixá-la fora da conversa ainda.
"Qualquer coisa que você queira me dizer? Talvez sobre toda essa coisa de exclusividade?"
Seus olhos deslizaram sobre seus traços familiares, e ela sentiu sua expressão ficar um pouco mole.
"Ninguém se compara a você também."
Seu braço a puxou ainda mais para perto. "Então, você realmente não está ansiosa para ver o que mais está lá fora? Ver se há algum movimento que alguém faz melhor do que eu?"
"Bem, agora que você mencionou... não."
Ele sorriu e rolou sobre ela. "Nós deveríamos ter feito isso há muito tempo atrás."
"Diz o cara que desperdiçou preciosos anos me ignorando ou pegando no meu pé."
"Autopreservação. Eu suspeitava que você fosse letal para a minha sanidade, e eu estava certo. "
Suas mãos subiram em seus bíceps e ombros, e então ela fechou seus dedos atrás de seu pescoço. "E agora?"
"Ainda é letal para a minha sanidade. Mas de uma maneira muito mais agradável.”
"Então você só gosta de mim por causa do meu corpo."
Sua mão se moveu para cima, tocando a parte favorita de seu corpo. "Talvez."
"Prove isso."
E ele fez. Muito bem.
Só mais tarde que Riley se perguntou se isso seria o suficiente.
CAPÍTULO DEZOITO
"Você só tem um, Ri."
Ela fez uma careta. "Quem disse?"
"Eu. Todo mundo que você conhece. Seu senhorio."
Riley olhou para os filhotes de cachorro adoráveis, sabendo que ela nunca seria capaz de escolher entre aquele com a cauda preta ou aquele com as duas patas dianteiras pretas.
Ela tinha acabado logo escolheria uma mama para continuar. (O da esquerda. a direita tinha desenvolvido um declive para a direita, depois de vinte e cinco.)
"Você não pode simplesmente decidir ter um cão por um capricho, você sabe,” disse ele.
"Claro que eu posso. E não é um capricho. Eu sempre quis ter um. Aconteceu de ser hoje que Grace ligou e disse que o amigo de sua mãe tinha uma ninhada da minha raça de cachorro favorita de todos os tempos, quando eu estou finalmente em um apartamento para animais de estimação."
"Você nem tem uma coleira. Ou comida. Ou brinquedos. Ou remédio para pulgas, ou uma escova."
"Não se preocupe. Existem essas novas lojas loucas, caprichosas, chamadas de pet shop que podem ser capaz de me entregar."
"Você é tão irresponsável,” ele murmurou, estendendo a mão para acariciar um dos cachorros minúsculos, seu grande dedo os diminuindo, e seu cérebro ficando pegajoso.
E ela definitivamente não estava mais perto de escolher apenas um.
"Você escolhe,” ela disse, dando um suspiro.
"De jeito nenhum. Estou aqui para dar apoio moral. E para ter certeza que você não saia daqui com um pacote inteiro.”
A maneira como Sam cuidadosamente pegou aquele com a cauda preta e arranhou-o atrás das orelhas como um amante de cão legítimo desmentia seus motivos.
Também atingiu a outra razão pela qual estava aqui.
Riley realmente queria um cão. Ela tinha falado sem parar sobre isso por meses, e apesar do que Sam pensava, ela tinha alguns suprimentos. Havia um colar adorável da Tiffany, um prato artesanal de comida e uma tigela de água, e embora ela nunca deixaria a pobre criatura usá-lo em público, um suéter rosa felpudo.
Basicamente, o essencial.
Ela até tinha um nome: Pippy.
Mas Pippy iria precisar de um amigo. E esse era o outro motivo pela qual ela estava aqui. Estava na hora de derrubar o status solitário de Sam. O homem claramente tinha problemas de compromisso e questões de dignidade e quem sabia o que mais graças à megera de sua mãe, e que melhor maneira de ajudá-lo a curar do que o sexo regular, e o amor incondicional que só um cão poderia dar?
"Acho que vou pegar esta pequena lady,” disse ela, levantando o filhote de cachorro de patas pretas que tentava fazer o possível para afundar seus minúsculos dentes no calcanhar das novas botas de Riley.
Uma pequena linha apareceu entre as sobrancelhas de Sam enquanto olhava para baixo para o da cauda preta. "Mas esse cara tem tanta personalidade."
"Quando se trata de homens, a personalidade é um eufemismo para burro teimoso,” disse ela, subindo em seus pés. "Não preciso de mais um desses caras em minha vida."
Ela deu uma olhada com o canto do olho, avaliando se sua intuição estava certa. Um olhar para seus olhos azuis sentimentais disse-lhe que havia espaço suficiente para empurrar o envelope aqui.
"Você sabe, seu lugar tem bastante espaço para um cão. A destilaria é enorme, e..."
"Riley," Sam interrompeu em um tom de advertência.
Seus olhos ainda não haviam deixado o filhote cujo rabinho estava abanando tanto que toda a sua bunda tremia.
"Ok,” Riley disse com um encolher de ombros enquanto se dirigia para a dona da mãe dos filhotes.
"Vou apenas pagar por ela e podemos sair."
A mulher de meia-idade sorriu de alegria quando viu Riley carregando um de seus ‘bebês.’ "Estou tão feliz em vê-la ir para um bom lar. Nós só não esperávamos que Georgiana tivesse outra ninhada, e enquanto nós somos parciais com o Cavalier King Charles Spaniel37, quatro é o nosso limite."
Não por falta de espaço, Riley refletiu enquanto tirava o talão de cheques. A casa era enorme, especialmente pelos padrões de Nova York.
Não que estivesse surpresa. Os pais de Grace eram podres de rico. Naturalmente que seu amigo "criador e reprodutor de cães" seria realmente um socialite semientediado com criações impecáveis de puro-sangue.
Mas pedigree não era a razão pela qual Riley queria o cão. Ela sempre foi louca pela doçura e os olhos grandes dos Cavaliers.
Eles a lembravam um certo macho teimoso que ainda acariciava um filhote de cachorro.
"Você está levando dois?" Donna Marymore perguntou com um olhar confuso para baixo na quantidade generosa do cheque.
Riley deu uma rápida olhada por cima do ombro para se certificar de que Sam estava fora do alcance da voz. "Sim. Esta menina e o menininho lá que o homem de jeans está segurando.”
"Oh sim, isso é uma boa." Os olhos de Donna ficaram um pouco sonhadores e Riley não tinha certeza se era devido ao cachorro macho que tinha sido identificado como a "escolha,” quando eles chegaram.
Os olhos da mulher mais velha caíram para o traseiro de Sam.
Sim, definitivamente nada a ver com o cachorro. Hora de ir.
"Muito obrigada. Seus cães são adoráveis ,” disse Riley.
"Envie um cartão de Natal! Nós sempre gostamos de ver a família aumentando, " Donna chamou antes de voltar sua atenção para o adolescente uniformizado que tinha acabado de entrar na enorme "sala de cão."
Do jeito que os olhos do adolescente rolavam, era evidente que era parte da dita família aumentada e não estava totalmente entusiasmado com isso. Assim era uma sorte na vida do garoto, Riley supôs. Deus sabia que ela passou parte de sua adolescência odiando suas irmãs, evitando seus pais, e lisonjeando o melhor amigo de seu irmão.
O mesmo melhor amigo que estava prestes a se tornar um orgulhoso proprietário de um cão.
"Você está pronto? ” ela perguntou, escondendo seu sorriso em sua expressão melancólica.
Sam não se mexeu.
Riley deslocou o cachorro agitado para seu outro braço. "Quero chegar à loja de animais antes que feche."
Ele se mexeu, como se estivesse colocando o filhote de cachorro no chão, mas não conseguia se esforçar para fazê-lo. "Você tem certeza que quer a menina? Acho que esse cara aqui está onde queria estar."
"Tenho certeza que ele vai ser um grande cão quando crescer."
"Ele é um grande cão agora,” disse Sam com um olhar em sua direção. O "grande cão" estava roendo a junta de Sam como se fosse couro cru.
"Bem, você vai ter muito tempo para me convencer de quão grande ele é,” ela disse, murmurando suas palavras contra o pelo macio do filhote.
Sam congelou. "O que é que foi isso?"
"Hum."
"Riley. O que você fez?"
"Oh, vamos, Sam. Você não pode deixá-lo. Olhe para aquela cara. Além disso... porque eu meio que já paguei por ele,” ela disse as palavras saindo em uma corrida.
"Bem, não pague por ele."
Riley já se dirigia para a porta. "Você vai me agradecer mais tarde. As mulheres adoram caras com cães."
"Riley!"
Ele a alcançou na calçada. As boas notícias? Ele ainda estava carregando o cachorro. Más notícias?
Ele parecia chateado.
"Riley, você não pode apenas comprar cães para as pessoas se eles não querem."
Ela apontou para o filhote. "Mas você quer."
Ele esfregou os olhos com a mão livre. "Isto é demais, Riley."
Isso foi. Realmente foi. Mas…
Ela ergueu o queixo e apontou um dedo para ele. “Ação de Graças, há dois anos. Megan e Brian estavam pensando em adotar um cachorro. E você disse que sempre quis ter um, mas não tinha espaço em seu lugar atual."
"Eu estava em um estúdio."
"Bem, você não está em um estúdio agora."
Seus olhos se estreitaram sobre ela. "Isso foi há dois anos. As pessoas podem mudar de ideia."
"Justo. Você quer?"
Ele olhou para o cão, então, ela sabia que não havia nenhuma maneira do cachorro estar voltando. "Olha, Sam. Eu sei que eu passei dos limites. Extremamente. E eu vou levar o rapaz de volta se você quiser. Mas eu acho que ele seria bom para você."
"Bom para mim?"
"Você sabe. Um amigo."
"Eu tenho um amigo. Liam."
"Sim. Porque ele é bom de acariciar."
"Eu tenho você para isso."
Mas quanto tempo você vai me manter?
Ela beijou seu próprio filhote de cachorro na cabeça antes de se mover em direção a Sam e dando o filhote um beijo correspondente. Ela foi recompensada por uma suave volta no queixo, e o gesto docemente instintivo tinha seus olhos lacrimejando.
Sam notou. "Calma aí, molenga, você tem o seu próprio."
Seus olhos se ergueram. "Você está mantendo-o?"
Ele passou a grande mão sobre o pequeno filhote enquanto a estudava. "Diga-me uma coisa, McKenna. Aquele Dia de Ação de Graças há dois anos... Por que você se lembra do meu comentário sobre cachorro?"
Pequenos sinos de alarme dispararam na cabeça de Riley.
"Eu não sei,” ela disse com um encolher de ombros descuidado.
Ele não soltou seu olhar. "Eu acho que você sabe."
Ela apertou os lábios e se concentrou em um ponto além do seu ombro enquanto ela considerava sua resposta. "Meu aniversário há quatro anos atrás... você me conseguiu bilhetes para o concerto. Por quê?"
Sam trocou seu peso, imediatamente cauteloso. "Porque você sempre gostou de bandas de rapazes de papoula horríveis.”
"Não, eu gostava da banda de rapazes. Somente. Quando eu tinha dezenove anos."
"Muito velha para gostar de bandas de garotos, por sinal."
"Meu ponto é," ela disse com paciência exagerada, "Eu nem sabia que eles tinham voltado a se juntar para uma turnê de aniversário, e ainda assim você sabia e me comprou bilhetes .”
"Então?"
"Então você se lembrou da minha banda favorita de anos antes. E procurou bilhetes. Quer falar sobre o por quê?"
Sua mandíbula apertou. "Na verdade não."
"E eu não quero falar sobre como eu me lembro da coisa do cão.”
Eles ficaram olhando um para o outro por um longo minuto em compreensão mútua. Com medo mútuo.
"Eu não sou bom em coisas assim,” ele disse quando ela começou a andar novamente e ele se arrastou ao seu lado, olhando em confusão para o seu novo companheiro peludo.
"Em quê?"
"Cuidar das coisas."
Com certeza você é. “Tente. Se você estragar tudo, vamos encontrar outra casa para ele.”
Sam deu um aceno relutante.
Riley fingiu não ver quando ele muito devagar, muito sutilmente trouxe o filhote perto de seu rosto e apertou seus lábios contra a sua cabeça minúscula.
Não é bom em cuidar das coisas, minha bunda.
* * *
"Quanto tempo até os filhotes dormirem?"
Riley fez uma pausa no processo de lançar um esquilo recheado para os dois cães. "Eles não são crianças, Sam. Não acho que tenhamos que estabelecer uma hora de dormir."
Ele levantou o iPad que estava estudando cuidadosamente durante os últimos vinte minutos. "diz aqui mesmo. A técnica mais eficaz de caixa envolve consistência. Nós devemos colocá-los em suas caixas ao mesmo tempo todas as noites e tirá-los ao mesmo tempo todas as manhãs."
Riley fez beicinho e olhou para as caixas duplas Sam insistiu que comprassem. "Mas e se eles quiserem brincar depois que colocarmos lá dentro?"
Sam olhou para ela. "E se eu quiser brincar?"
Riley se levantou. "Ok, filhotes! Hora de dormir!"
Mas primeiro havia negócios de cachorro ao ar livre para atender.
"Bem, acho que podemos descartar Dauntless38 como um nome," Riley refletiu enquanto observavam a tentativa do cachorro de passar do dragão grande, mau e assustador para a área gramada onde o cachorro de Riley já tinha feito o seu negócio e agora estava furiosamente perseguindo sua própria cauda.
"Ele é apenas cauteloso,” disse Sam, cruzando os braços. "Sua mulher selvagem lá fora vai ser um punhado quando ela envelhecer.”
"Não. Meu cachorro está apenas começando a sair do seu sistema agora. Seu cão vai passar por uma fase rebelde, ficando todo atrevido na adolescência.”
Ambos assistiram quando ele optou por fazer cocô na varanda ao invés de lidar com o assustador bicho. “Ou talvez não,” corrigiu Riley. "Talvez ele seja sempre tímido."
"Maduro. Maduro é a palavra que você está procurando.”
O cachorro de Riley veio saltando e bateu a cabeça no irmão dela, que foi correndo atrás das pernas de Sam.
"Você considerou colocar Kamikaze como nome? ” Sam perguntou, observando como a menina cão voltou sua atenção para os sapatos de Sam. "Ou talvez Armageddon?"
Riley pegou o filhote. "Eu estava pensando em Pippy. Ou Lady."
"Sim, eu vou com um não para o segundo,” disse ele. "Ela já fez xixi - duas vezes - no meu tapete de banho e comeu ambas as porções de comidas."
"É um mundo cão-come-cão, Compton,” disse ela, dirigindo-se para dentro. "Mate, ou seja, morto e tudo mais."
"Você está tão assustado," Sam murmurou quando ambos foram colocar seus cães em seus respectivos caixotes.
Riley percebeu a maneira como ele hesitou antes de colocar o cachorro se contorcendo na caixa sozinho. Ela não estava tendo mais sorte, olhando para aqueles suplicantes olhos castanhos. Animal de estimação! Brinque comigo!
"Eles não podem dormir com a gente? Só por uma noite? ” Ela perguntou.
Ele olhou para ela. "Vai criar maus hábitos."
"Mas esses são os melhores tipos,” disse ela, acariciando a orelha sedosa do cão.
Sam respirou fundo, colocou o seu cão na caixa, e trancou a porta. "Eu vou compensar você?"
Ela olhou para ele com os olhos entrecerrados. "É melhor ser bom. Realmente bom.”
Ele lhe deu um olhar semicerrado. "Dois anos atrás, edição de março. Quer experimentar?"
Riley rapidamente voltou através de seu catálogo mental de edições anteriores. Lembrou-se muito bem sobre sua matéria, mas ficou surpresa que ele também. Deve ter sido um caso raro de um - seus olhos se arregalaram quando se lembrou do que ele estava falando. "Boa noite, Pippy! ” Ela cantou, rapidamente manobrando o cachorro se contorcendo para o caixote e trancando a porta antes de se lançar em Sam.
Mas o problema ficou claro antes que seus lábios fizessem contato.
Os cães, obviamente, não tinham respeito pela edição sagrada de Março há dois anos, nem para o Conselho de treinamento de caixas dos peritos de cão.
Sam e Riley olharam um para o outro enquanto escutavam o conjunto irritado de filhote de cachorro latindo. "Você sabe, eu tenho mantido a destilaria muito quente...” disse ele hesitante.
“Sim!” Ela disse, já se movendo em direção as caixas.
Dois segundos depois, eles deslizaram a porta de correr fechada, e seletivamente fechando o som de dois cães irados.
Riley hesitou. "Você não acha que eles vão ficar sozinhos?"
"Eles têm um ao outro,” disse ele, que já está alcançando ela.
Riley levou-o para a cama, lutando para puxar as cobertas. Ela fez uma pausa, correndo suas mãos ao longo da cama cinza macia. "Lençóis novos? Eles são..."
"Esqueça os malditos lençóis."
Ele a puxou para cima em seus joelhos e puxou a sua gola rolê em um movimento. Suas mãos emolduraram o seu rosto, devorando sua boca enquanto suas mãos lutavam com seu cinto e calça jeans.
"Você está ficando melhor nisso,” ele disse contra a boca dela enquanto ela puxava seus jeans e a boxers sobre seus quadris.
"Um pouco de prática. Muita motivação.”
Eles se separaram apenas o tempo suficiente para tirar seus sapatos e jeans, e então suas mãos a encontraram mais uma vez, um braço unido firmemente ao redor de suas costas enquanto a outra mão envolvia em torno de seu pescoço.
Riley enrolou seus próprios dedos em seu cabelo, segurando sua cabeça firme. Sua língua invadiu a dele em sua boca, onde ela a sugou sem querer.
Ele se afastou e praguejou duramente antes de pressionar a mão contra seu peito, a outra sob seu quadril, e manobrando-a sobre suas costas. Riley se contorceu quando ele agarrou seus quadris e puxou-a para perto da borda da cama.
Sam deslizou um dedo sobre o arco em seu quadril. "Calcinha vermelha hoje. Agradável."
"Você gosta? Eu só tenho..."
Em seguida Riley esqueceu tudo sobre o conjunto de lingerie vermelha que tinha comprado só porque sabia que era sua cor favorita, porque Sam estava tirando-os e jogando-os de lado mesmo enquanto caia de joelhos.
Seus olhos se encontraram com os dela por uma fração de segundo antes de suas mãos encontrarem suas coxas, afastando-as. E, então, sua cabeça inclinou-se para ela, saboreando-a em movimentos lentos e torturantes enquanto ela arqueava contra ele, seus dedos arranhando impotentes.
Ela sabia sobre o ato, é claro. Inferno, ela tinha escrito sobre isso. Mas ouvir outras mulheres descrevendo-o e realmente experimentá-lo? Não é. A. Mesma. Coisa.
Ele trabalhou um dedo dentro dela enquanto sua língua se movia mais rápido, circulando exatamente no lugar que ela precisava, e antes que pudesse registrar o que estava acontecendo, ela quebrou contra a sua boca, confirmando que ela era, e provavelmente sempre seria, uma gritadora.
Sam beijou seu caminho até o seu pescoço, mordiscando seu ombro enquanto ela prendia a respiração.
"Então? ” ele perguntou.
"Huh? ” Ela perguntou sonolenta.
"A edição de março. Você escreveu sobre como algumas mulheres gostavam mais do que o sexo real."
“Bem...” ela disse, franzindo os lábios e considerando seriamente.
Seus olhos sorriram para os seus. – “Que tal uma pequena base para comparação? Digamos... julho do ano passado?"
"O que, como você tem estudado meus artigos antes de dormir ou algo assim? Esse é o vaqueira inversa?"
"Não,” ele disse, se movendo para sentar-se contra os travesseiros. "Podemos tentar esse da próxima vez. Hoje à noite quero ver seu rosto quando você gozar."
Doce Jesus. Ele agarrou seus quadris manobrando-a sobre seu colo enquanto sua língua encontrava o seu mamilo e tocando-o suavemente. Suas mãos deslizaram ao redor do corpo para cobrir a bunda dela, levantando-a ligeiramente até que ela estivesse sobre ele.
Eles tinham feito menina-em-cima antes, mas isso era diferente. Íntimo.
Ele levantou a cabeça para encontrar seus olhos antes de afastar os cabelos de seu rosto.
"Linda,” ele sussurrou.
Riley ficou sem fôlego. Ele tinha chamado seu corpo de bonito antes, mas isso era diferente.
Ele estava olhando para ela.
Riley baixou sobre ele lentamente. Quando finalmente foi todo o caminho, ele fechou os olhos e jurou suavemente antes de suas mãos emaranharem em seus cabelos e puxar sua cabeça um pouco para trás, expondo seu pescoço e peito para sua boca explorar.
O ritmo era lento, como se ambos estivessem segurando o momento, fazendo-o durar. Mesmo quando sua respiração tornou-se mais rápida, suas mãos mais desesperadas, Sam se recusou a deixá-la acelerar, mantendo-os na beira do máximo de tempo possível antes de finalmente, finalmente deixá-la gozar.
Ele a seguiu quase imediatamente, enterrando seu rosto em seu pescoço, e quando ele sussurrou seu nome em voz baixa, com reverência, Riley mordeu o lábio para parar as palavras que ela desejava dizer.
Me ame. Mantenha-me. Sou sua.
CAPÍTULO DEZENOVE
"Cara. Você tem um cachorro?"
"Aparentemente," Sam murmurou, de pé e colocando uma chave no bolso de trás enquanto Skippy chegava até Liam.
"Um menino, obviamente,” seu melhor amigo disse, enquanto Skippy prontamente rolava sobre suas costas e exibia a mercadoria exigindo que esfregasse sua barriga.
"Sim, na próxima semana vou levá-lo para ser castrado."
"Pobrezinho,” disse Liam com um último afago. "O que há com todos pulando no vagão do quero-um-cachorro ultimamente? Riley mencionou que também tem um filhote de cachorro, embora eu ainda não tenha visto."
Sam evitou os olhos do seu amigo. "Meio solitário aqui. Pensei que para a empresa poderia ser legal."
Ele esperava um grelhar, mas Liam apenas balançou a cabeça. "Faz sentido. Você sempre foi um cara de cachorro."
Ele era? Ele nunca teve um. Ele pediu a sua mãe todos os anos em seu aniversário até completar dez anos, e, então, simplesmente desistiu.
Mas Riley sabia o que Sam nunca tinha dito a ninguém, exceto por, aparentemente, um escorregão alimentado pelo vinho no dia de Ação de Graças. E agora, aparentemente, Liam também sabia.
Essa parte da amizade permanente pegou Sam de surpresa. Sem saber o que dizer.
Esse apoio cego, e até mesmo o impulso ocasional quando necessário.
"Então,” disse Sam, pegando dois copos de degustação e indo em direção aos barris.
Liam sempre esteve disposto a um teste de degustação dos estudos experimentais de Sam. "Como são as mulheres holandesas?"
"Quente,” disse Liam, tomando um gole apreciativo do copo que Sam lhe entregou. "E veja só... Eu conheci as trigêmeas do sexo. Pernas longas, loiras, idênticas. Eu teria matado para o meu número."
Sam assentiu automaticamente, mas a verdade era que o pensamento de loiras de pernas longas não fazia qualquer coisa por ele.
Morenas de pernas longas, por outro lado...
"Mais alguma viagem planejada, ou foi à última?"
"Mais uma semana. Então, o projeto termina."
Mais uma semana.
Mais uma semana antes de Sam ter que olhar para o seu melhor amigo nos olhos e tentar convencê-lo de que era digno de sua irmãzinha.
Algo que Sam não tinha certeza de que pudesse fazer. Não porque tivesse medo de enfrentar Liam.
Mas porque tinha medo de não ser digno.
Sabendo que ele não era bom o suficiente para Riley McKenna era doloroso o suficiente sem ter de ouvir o seu melhor amigo dizer isso em sua cara.
Skippy veio trotando, posicionando cuidadosamente o coelho de pelúcia em sua boca sobre a bota de trabalho de Sam antes de começar a ranger o brinquedo descontroladamente.
"Mamãe disse que você não foi jantar ultimamente,” disse Liam.
Sam ouviu por qualquer acusação oculta, mas havia apenas curiosidade, provavelmente alimentada pela exigência de Erin para que Liam "trouxesse Sam de volta."
"Estive bastante ocupado aqui,” disse Sam, apontando para os barris. "Finalmente chegando ao ponto que estou produzindo um suprimento estável.”
Liam deu um largo sorriso. "Foda-se, sim. Então, pronto para vender?"
Sam desviou o olhar. "Eu disse que eu tinha um suprimento estável. Eu não disse que estava bom.”
"Você está bebendo a mesma merda que eu, certo? É fantástico, e você sabe disso."
Ele sabia. Mas e se ele estivesse errado...
Apenas mais uma coisa para acrescentar à sua lista de fracassos.
"Eu ainda estou tentando descobrir o que fazer."
Liam deu de ombros num gesto terno. "Você tem comida? Essa é a parte de merda de você estar aqui. Não há comida decente em nenhum lugar nas proximidades.”
Sam pegou o brinquedo de Skippy e enviou-o para o outro lado da sala, observando o estranho cachorro Skippy correr enquanto perseguia-o para baixo. "É claro que você ainda não experimentou o lugar Mexicano a duas quadras acima.”
"Não. Embora tenha caminhado por lá. Definitivamente vou experimentar quando eu tiver um desejo de E. coli39.”
"Pizza congelada? ” Sam perguntou, indo em direção à parte de trás da sala de estar e, silenciosamente, esperando que nenhuma das roupas provocativas de Riley estivesse por perto. Ele tinha tido a previsão de ligar e lhe dizer que estava ocupado esta noite, o segundo em que tinha ouvido falar de Liam, mas ele estava fora de prática para disfarçar a presença de uma mulher em seu quarto.
Não desde o colégio, ele não precisava se preocupar com alguém avistando algumas calcinhas onde não deveriam estar. Não que sua mãe tivesse se importado muito. Ou até mesmo notado.
E, normalmente, Sam não teria dado a mínima se Liam descobrisse que ele tinha recebido alguém.
Mas não havia maneira nenhuma que Sam pudesse deixar seu melhor amigo encontrar um sutiã de sua irmã por acidente, mesmo que Liam não soubesse que era de sua irmã.
Por todos eles, realmente esperava que essa merda estivesse fora de vista.
Skippy desviou sua distância de travagem e bateu na parte traseira de sua panturrilha antes de alegremente saltar de volta para cima e empinar na frente deles.
O cara adorava pizza.
"Acho que eu deveria ter mais cuidado sobre deixá-lo sozinho,” disse Liam enquanto se acomodava na pequena mesa e observava Sam cortar uma pizza congelada.
"Como é isso?"
"Bem, eu fui embora por quanto... duas semanas? Volto e você tem uma namorada e um maldito cachorro?"
Sam congelou no processo de aquecimento do forno. Liam teria conversado com Riley? E mesmo que tivesse certamente ela teve o bom senso de não mencionar sua pequena aventura?
Eles concordaram em não contar a sua família até saberem para onde estavam indo. Erin McKenna estaria tricotando sapatinhos de bebê antes do primeiro mês de aniversário, e Liam...
Bem, Liam o mataria.
"Quem disse que eu tenho uma namorada?" Sam manteve a voz suave.
"Está escrito em seu rosto abatido."
Sam relaxou um pouco. Tinha sido apenas um golpe de sorte. "Você está delirando."
"Eu estou,” Perguntou Liam, indo para a prateleira que usou como um armário de bebidas e vasculhou ao redor até que encontrou uma garrafa ao seu gosto. "Para começar, você sorriu cerca de oito vezes mais do que o normal. Em seguida, temos o cachorro, que, como eu disse não me surpreende, mas a raça de cão sim. É uma daquelas extravagantes, não um vira-lata de algum lugar..."
Sam permaneceu teimosamente em silêncio enquanto enchia sua própria bebida.
"E depois há a prova mais tangível...” Liam continuou.
"Eu não posso esperar para ouvir. São os meus olhos brilhando? Tenho feito algo de diferente com o meu cabelo?"
"Não."
Sam conhecia Liam tempo suficiente para reconhecer aquela risada silenciosa. Ele se virou para ver que alegria estava faltando.
Seu coração saltou em sua garganta.
Ah Merda!
Ele tinha feito uma rápida varredura de sua cama quando ele e Liam tinham entrado e considerou livre de qualquer presença óbvia feminina.
Havia apenas um pequeno detalhe que não tinha considerado.
Skippy.
O filhote de cachorro muito bonito, muito orgulhoso tinha trocado seu brinquedo estridente por um sutiã vermelho cheio de babados, provavelmente muito caro, e estava tentando manobrá-lo pelo chão antes de orgulhosamente depositar aos pés de Sam.
Sam exalou pelo nariz. Se o sutiã não pertencesse à irmã do homem atualmente estampido acima, ele poderia ter sido capaz de ver o humor na situação.
Como era o sutiã vermelho também poderia ter sido uma bandeira vermelha.
Perigo. Perigo.
Inclinando-se, Sam pegou o pedaço de tecido leve e olhou para o cachorro, que estava abanando a cauda freneticamente que fazia todo o seu corpo balançar.
"Sem festejar,” disse ele, apontando um dedo para baixo, para o cão.
"Mas parece que o papai tem festejado,” Liam disse, sua expressão a mais pura inocência.
"Então, eu tive um pouco de companhia feminina," Sam resmungou, marchando para a sua cômoda e guardando o sutiã dentro de suas camisetas. "Você vai me dizer que cada par de calcinhas em sua cama equivale a uma namorada?"
"Não," Liam disse, estendendo a mão para pegar Skippy e deixando o cachorro lamber seu rosto.
"Mas eu não acho que eu já experimentei o que você está experimentando."
"E o que é isso?" Sam perguntou cautelosamente.
Os olhos de seu amigo encontraram os dele sobre a cabeça do filhote, e ambos eram simpáticos e curiosos. "Felicidade."
O peito de Sam apertou. Seu melhor amigo estava certo, e a percepção o deixou aterrorizado.
Pela primeira vez desde que ele e Riley tinham dormido juntos, Sam deixou-se enfrentar o inevitável: Quanto mais fundo ele e Riley iam, mais doeria quando terminassem. E se havia uma coisa que Sam tinha certeza, era que todas as coisas boas definitivamente terminavam...
CAPÍTULO VINTE
"Espere. Então, o seu irmão viu seu sutiã?" Julie perguntou, girando em torno de sua cadeira do escritório como um inquieto aluno da terceira série.
"Sim. Mas ele não sabia que era meu.” Riley disse enquanto jogava a caneta vermelha sobre o artigo de Grace, que ela estava lendo.
"É estranho para mim que você pareça tão abatida sobre esse fato." disse Emma enquanto dava uma mordida em algo que se parecia com alpiste.
Riley estendeu a mão para a rosquinha que tinha roubado dos caras da TI, observando a maneira como Grace a olhava antes de suspirar e voltar ao seu iogurte de pêssego desnatado. Riley não se sentia remotamente culpada. Grace tinha um homem lindo que tinha professado seu amor por ela na frente das câmeras de televisão.
Tudo o que Riley tinha era um homem que se recusava a ir a jantares de família e que nem sequer podia dizer ao seu melhor amigo sobre os dois.
Ela ganhou o seu bom metabolismo, dane-se.
"Não é que eu queira que meu irmão veja meu sutiã. Nunca” ela disse com a boca cheia de massa frita açucarada. "Mas me irritou que Sam tenha lhe dito que o sutiã pertencia a "apenas uma garota.'"
Julie estremeceu.
"Eu não sou apenas uma garota. Eu sou?"
"Claro que não," Grace disse, delicadamente lambendo sua colher limpa. "Mas você soube desde o inicio que Sam tem um grande problema sobre a coisa toda de dormir-com-a-irmã-do-melhor-amigo.”
"O qual é estúpido,” disse Riley.
"Isto é. Mas também é clássico. Da mesma forma que uma mulher nunca pode olhar para um homem que a sua melhor amiga uma vez teve uma queda de meio segundo na oitava série, um homem não pode tocar nas irmãzinhas do melhor amigo.”
"É verdade," Julie disse praticamente. "Está em um monte de livros e filmes."
"E se ele está em um filme, deve ser verdade,” disse Emma com um rolar de olhos.
Riley ergueu a mão. "Ok, vamos fingir por um segundo que Sam não está sendo um idiota. Que toda essa cisma é justificada. O que devo fazer sobre isso?"
"Bem, você poderia distraí-lo trazendo-lhe um cachorro que ele não queria. Oh espere…"
"Ele queria o cachorro," Riley protestou. "Eu dei-lhe tempo suficiente para levar Skippy de volta. Ele ama aquele cachorro."
"Verdade. Aposto que ele não disse a Liam que o brinquedo de Skippy pertencia a ‘apenas algum outro cão'."
Grace meditou.
"Não. Está. Ajudando,” Riley gritou.
"Que tal isso,” disse Julie, recostando-se na cadeira e puxando os longos cabelos loiros para fora do seu rabo de cavalo enquanto pensava. "Veja, Sam teve sua chance de ficar limpo cara a cara com Liam. Ele se acovardou. Talvez o que precisamos aqui seja uma abordagem menos conflituosa. Como, por exemplo, se Liam tivesse acabado de ver vocês dois juntos..."
"Sim,” disse Emma, esfregando as mãos. "Porque a manipulação é muito mais adulta do que o confronto.”
Riley dirigiu a mão para Emma. "Salve isso. Quando você está com a cabeça sobre os calcanhares40, então você começa a falar sobre fazer as coisas lá-em-cima."
Todas as suas três amigas imediatamente se acalmaram e a encararam, suas expressões variando de encantada (Julie) para consternada (Emma).
"Apaixonada?” Perguntou Grace, em um tom casual enquanto olhava para suas unhas.
Riley mal conseguiu engolir sua rosquinha quando percebeu o que havia dito. "Hum."
"Você me deve vinte dólares,” disse Julie com o canto da boca para Grace.
"Vocês estão apostando na minha vida amorosa? ” Perguntou Riley.
"Claro. E graças a Deus que não apostamos em sua vida sexual. Isso aparentemente teria sido chato."
Riley sentiu um pequeno sorriso estúpido em seu rosto. "Valeu a pena esperar."
"Jesus. Ela realmente está apaixonada,” disse Emma, recostando-se na cadeira.
Riley considerou. Sinceramente? A palavra A tinha acabado de surgir em sua cabeça. Não havia fogos de artifício, não... SOS, sem cair da cadeira de surpresa.
Era quase como se o amor estivesse sempre lá quando veio para Sam. Em fogo brando por baixo da superfície. Ou talvez, neste caso, foi um pouco de tempo nua que a fez florescer.
"Acho que sempre fui um pouco apaixonada por ele."
"Você diz isso tão facilmente,” disse Julie. "Eu quase caguei na minhas calças quando percebi que estava apaixonada por Mitchell."
"Isso é porque você se apaixonou por Mitchell em menos tempo do que leva a maioria das mulheres a escolher um batom novo,” disse Grace.
"Você e Jake não tomaram exatamente a trilha lenta-e-constante," Julie atirou de volta.
"Quero dizer, foi quanto tempo antes de você começar a sorrir pelos cantos? Dois meses?"
Emma limpou a garganta. "Hum, meninas?"
Mas Riley nem percebeu suas brigas. Ela estava muito ocupada deixando o amor por Sam resolver sobre ela.
Era aterrorizante.
Era estranho.
E, no entanto... Perfeito.
"Bem, merda,” ela murmurou. "Agora, o que eu faço?"
"Diga a ele."
Riley bufou. "Ok, certo. Levei mais de dez anos para levá-lo para minha cama. Se ele achar que eu estou tentando persuadi-lo pelo corredor, eu nunca vou vê-lo novamente."
"Então ele não sente o mesmo? ” Perguntou Grace, com sua voz suave.
"Ele se importa comigo," Riley disse cuidadosamente. "Eu nunca duvidei disso. Mas às vezes ele me olha com essa expressão em seu rosto, como..."
Ela parou.
"Como...?" perguntou Emma.
"Como se ele não me merecesse," Riley disse, hesitante. "O que é ridículo. Ele é facilmente o melhor cara que eu conheço, mas ele se mantém de alguma forma. E quando estamos juntos, as coisas são ótimas, mas há algo quase frenético, mesmo nos momentos calmos."
"Explique."
Riley tirou uma barra de chocolate de sua gaveta. "Sabe quando você vai a umas férias de praia realmente perfeita? Quando cada dia é melhor do que o último e você não consegue se lembrar de ser tão incrível?"
"Claro, embora eu seja mais uma menina de piscina,” disse Julie. "Não gosto de areia na minha fenda."
Emma limpou a garganta outra vez.
"Bem, é assim quando eu e Sam estamos juntos,” Riley continuou. "Estamos felizes - além de feliz. Mas é como se nós dois estivéssemos esperando que isso acabe."
"O que faz você pensar que tem que acabar?"
Ela estudou o chocolate suave de seu doce. "Vocês não viram Sam depois de seu divórcio. Ele culpou-se totalmente pelo casamento fracassado. Além disso, Liam contou que Sam jurou que nunca mais se casaria."
"Eu acho que todas as pessoas provavelmente diriam isso, logo após um divórcio," Grace disse gentilmente. "Não há razão para pensar que ele ainda se sente assim."
"E se alguém pode mudar sua mente, é você,” disse Julie, inclinando-se para frente e apertando o joelho de Riley. "Qualquer um que já tenha olhado para vocês dois vê que foram feitos um para o outro."
"Além disso, você esteve quase uma década sem sexo, porque você estava tão presa ao cara" disse Emma. "Ninguém faz isso a menos que a coisa seja real."
"Agora, isso é interessante."
As cabeças das quatro mulheres viraram em direção à porta de seu escritório compartilhado para ver uma chefe de pé muito intrigada olhando pela porta.
"Ei, Camille," Riley resmungou.
Quanto ela tinha ouvido?
"Riley, querida, o que você diz em irmos conversar um pouco no MObar" Camille disse, referindo-se a um dos bares locais do hotel.
"Agora? ” Riley perguntou, olhando para o relógio na tela de seu computador. "São duas horas."
Camille inclinou a cabeça. "Você realmente quer estar sóbria quando me explicar por que a minha colunista de sexo não está fazendo sexo?"
Riley levantou-se e pegou sua bolsa. "Uma bebida parece ótimo."
* * *
"Bem, eu tenho que dizer, estou impressionada. Eu li cada um de seus artigos, linha por linha, várias vezes, e nunca me ocorreu que eu estava lendo o trabalho de uma virgem.”
"Eu não era virgem."
"Poderia muito bem ter sido,” disse Camille com um movimento de mão. "Encontros desajeitados em camas de dormitório universitário mal contam."
Tendo encontrado a diferença entre dormir com um rapaz nervoso e dormir com Sam, Riley não podia discutir.
"Então você não está louca?"
"Não,” disse Camille. " Não é como se você tivesse mentido. É como eu disse a Julie e Grace, a Stiletto não é um diário. Nosso trabalho é contar histórias, não experimentá-las.
Riley tomou um gole de sua tarde em Manhattan. "Exceto para a próxima edição. 'A Verdade por Trás das Manchetes?’ Isso poderia muito bem ser um diário."
Camille tomou um gole de seu uísque. "Ah, então é por isso que você ainda não revelou sua história."
"Estou pensando em fazer isso," Riley disse calmamente. "Ou talvez escrever sobre sapatos ou alguma coisa."
"Covarde,” disse Camille com um pequeno sorriso sombrio.
Riley sabia que sua chefe tinha dito que estas seriam incendiárias. Para acender o espírito competitivo de Riley, blá, blá blá. Mas a verdade era que ela preferiria ser uma covarde a se expor.
Se alguma coisa, o que estava acontecendo com ela e Sam a deixava menos certa de uma ideia de história. Ela não poderia escrever sobre o que estava acontecendo entre eles.
Porque ela não sabia.
Sobre o que ela deveria escrever, "Sexo Por Amor: Erros de Principiante no Quarto"?
Sua reputação como deusa do sexo de Manhattan iria para a privada.
"E se eu fizer algo um pouco diferente? ” Ela disse em uma corrida. "Tipo, eu poderia falar sobre as amizades que fiz enquanto falava sobre sexo. Você sabe, como, parte da história por trás da manchete ou a minha amizade com as meninas?"
Camille balançou a cabeça enquanto mastigava um cubo de gelo. "Emma te superou: ‘Como Escrever sobre o amor que me ensinou sobre a amizade’."
"Droga." Riley bateu suas unhas no topo do bar. "Ok, e quanto a algo mais genérico sobre como ajudar outras mulheres a encontram-se me ajudou a me encontrar?"
"A menos que você esteja falando sobre masturbação, não vai funcionar. Você escreve sobre sexo, Riley. Você nunca se desviou de um tema em todos os anos em que esteve aqui."
Em outras palavras, a sua própria omissão pintou você neste canto.
"Eu não posso falar sobre Sam,” disse Riley deixando cair sua testa em suas mãos.
"Então, não."
"Mas você acabou de dizer..."
"Que você deveria escrever sobre sexo. Mas, em última análise, o sexo tem que ser sobre si mesma antes que possa ser sobre a outra pessoa, certo?"
Riley deu a Camille uma olhada. "Você está falando sobre masturbação de novo?"
Sua chefe bateu uma unha marrom contra a mão de Riley. "Estou falando sobre a diferença entre ser uma menina e uma mulher.”
"Maravilhoso," murmurou Riley. "O uísque a deixou profunda."
"Vá em frente atrevida,” disse Camille. "Mas eu acumulei um pouco de sabedoria, junto com as cinzas quentes e os seios flácidos. Você acha que o sexo é tudo sobre a posição certa e a flexibilidade?"
"Um..."
"Errado,” respondeu Camille. "Trata-se de conhecer a si mesmo o suficiente para saber que posições funcionam para você, e saber que você gosta de seus homens com um pouco de gordura ao redor da barriga, e sobre deixar os olhos vendados e as penas para as outras garotas, se você não gostar."
Riley olhou ao redor desesperadamente. "Existe, como, uma palavra segura que eu posso usar para escapar desta conversa?"
Sua chefe deu de ombros. "Ei, não é minha culpa que você esteja tomando pequenos goles dessa bebida."
Riley levantou o copo de coquetel e tomou um gole saudável.
"Então você é boa na história, não é? ” Disse Camille, gesticulando para o barman pedindo a conta.
Riley olhou para ela, estupefata. "Como eu poderia ser boa na história? Eu lhe disse o que eu queria escrever, você disse que não. Então você começou a falar sobre seios flácidos e ondas de calor, e eu não tenho nenhuma ideia do que você está tentando me dizer."
Camille deu um tapinha em sua mão enquanto guardava o cartão corporativo em sua carteira. "Claro que você sabe. Você está apenas fingindo que não sabe, porque você não quer fazer o que você tem que fazer."
"Qual é…"
"Você diz a ele. Como te sente."
Riley assentiu uma vez. "Sim. Sim, eu meio que sabia que você ia dizer isso."
Ela jogou para trás o resto de sua bebida.
CAPÍTULO VINTE E UM
"Você não tem que fazer isso."
"Eu sei." Riley inclinou-se para frente para aumentar o calor que ele tinha recusado cinco segundos antes. Seus olhos de desviaram da estrada para o termostato da sua caminhonete, mas em vez de dar a esperada palestra ‘meu carro, minhas regras’, ele simplesmente voltou seus olhos de volta para a estrada com um olhar resignado.
Riley não gostava disso. Nem um pouco.
Pensando nisso, ela não estava gostando do jeito que ele estava agindo nos últimos dias. Ele não estava muito distante. Não estava muito mal-humorado. Mas estava diferente.
Ele foi cuidadoso. E não importa por mais que ele sorrisse – por mais que tentasse levá-lo a sorrir, - ela estava desesperadamente com medo de que as coisas estivessem mudando na direção errada. Ela sentiu que ele estava afastando-se dela, e tempos de desesperados pediam medidas desesperadas.
E medidas desesperadas significava ir com ele para visitá-la.
"Você disse a sua mãe que eu estava vindo? ” Riley Perguntou, virando-se para olhar pela janela.
"Não. Porque até que você entrasse no meu carro uma hora atrás, eu não sabia que você estava vindo."
Ela se virou para olhar para ele. "Eu te disse ontem que sim."
"E eu disse ontem que eu não queria que você viesse,” ele retrucou.
Sam ainda não olhava para ela, mas não precisava ser um gênio para ver que ele estava chateado. Sua mandíbula estava apertada, os nós de seus dedos estavam brancos, e seu tom era duro.
Ela estendeu a mão sobre o carro, sua mão pousando sobre sua coxa. "Olha, vai ser bom para ela me conhecer. Em todos os anos em que ela morou a apenas umas ruas mais, só a encontrei um punhado de vezes, e..."
"Minha mãe não quer conhecê-la,” disse Sam, escovando a mão dela. "Eu nem sei se ela quer me conhecer, muito menos uma namorada aspirante."
Doeu. – Realmente doeu. Ela virou a cabeça para que ele não pudesse ver sua expressão, mas sua respiração aguda a entregou.
"Ri..." Sua voz estava arrependida, mas ele não estendeu a mão para tocá-la.
"Está tudo bem,” ela disse, forçando um sorriso apertado. "Sei que as coisas com sua mãe são difíceis. Isso iria trazer o pior em qualquer um.”
Ele murmurou algo que ela não conseguiu distinguir, e eles dirigiram o resto do caminho em um silêncio tenso. Em retrospectiva, uma viagem de cinco horas de carro para visitar uma mulher que não queria vê-la, com um homem que não queria a sua companhia, não tinha sido sua melhor decisão. Mas ela sabia - ela sabia - que lidar com sua mãe e seu saco de questões era um passo crucial na tomada de seu relacionamento.
Riley estava tão perdida em seus pensamentos, que mal registrou que eles haviam estacionado em frente a uma casa desabada em uma longa fila de outras casas degradadas. Riley tinha estado no norte do estado apenas uma ou duas vezes quando criança, e sempre para pitorescas as pequenas cidades de lago. Chamar essa parte de Watertown, New York, de pitoresca seria uma violência. Parecia... cansada. Um punhado dos estaleiros foram mantidos, e algumas das casas tinham pequenas venezianas bonitas, mas a maioria era um amontoado de pintura descascando, lixo no jardim da frente, e as ervas daninhas.
A casa que Sam estacionou em frente não era a pior da rua. Mas estava perto.
"Lar doce lar,” ele disse severamente, enquanto segurou seu cotovelo e levou-a para a porta da frente.
As mãos dela ficaram um pouco úmida. Um dos benefícios inesperados de nunca ter um namorado sério depois de Dan era que ela nunca teve que fazer toda essa rotina de conhecer os pais.
Ela entendeu por que esse momento tem uma má reputação nos relacionamentos. Ele suga.
"Não deixe que ela entre em sua pele," Sam murmurou em seu ouvido enquanto levantou uma mão para bater. "Estamos aqui para se certificar de que ela está viva, e desejar-lhe um feliz aniversário, e..."
Os olhos de Riley se arregalaram quando olhou horrorizada para o seu perfil tenso. "É aniversário dela?"
Mas era tarde demais para explicar por que ele tinha se esquecido de mencionar esse pequeno fato, e tarde demais para ela surtar por não ter sequer um cartão sentimental, porque a porta se abriu.
E lá estava Helena Compton, parecendo tão desagradável quanto Riley se lembrava dela, e como dizer. Não. Mais cruel.
"Sam,” disse a loira sem sequer uma sugestão de um sorriso. Seu olhar se moveu para Riley, e Riley se perguntou como seus olhos podiam ser tão idênticos ao de seu filho à forma e aquela cor distinta azul pálida, e ainda assim tão diferente na expressão. De Sam eram cautelosos, sim, mas eles também podiam ser amáveis e gentis.
Os olhos de Helena eram... Riley nem sequer tinha a palavra certa... Fria? Cruel?
Ela se afastou e os deixou entrar, o que Riley achou ser um bom começo.
"Feliz aniversário," ela disse enquanto entrava na pequena casa. Cheirava como a um cinzeiro, mas Sam tinha avisado sobre isso, então ela estava preparada. Riley tinha uma vaga lembrança de uma pequena cozinha empilhada de pratos sujos e uma pequena mesa de jantar empilhada de porcarias antes que Sam a conduzisse ao sofá, seu puxão não tão gentil em seu braço deixando suas instruções claras. Sentar. Quieta.
Ela fez o primeiro. Obedecer à segunda dependeria se Helena Compton se comportasse.
"Eu disse para você não vir,” disse a mãe de Sam, acendendo um cigarro e estudando-os enquanto sentava-se na poltrona.
"É seu aniversário,” disse rispidamente. "E você estava no hospital."
Ela soltou uma longa corrente de fumaça. "E mesmo assim você não veio me ver."
"Você disse para ele não vir!" Riley explodiu.
Sam gemeu, e Helena estreitou os olhos. "É assim mesmo? E como você sabe?"
Riley estreitou os olhos de volta. Ela trabalhava em uma revista feminina. Conhecia todas as jogadas femininas. "Porque estávamos juntos."
A mãe de Sam deu uma pequena gargalhada. "Claro que vocês estavam."
"O que significa isso? ” Perguntou Riley, mantendo seu nível de voz.
"Riley," disse Sam, virando a cabeça na direção dela. "Deixa."
"Eu não vou deixar,” ela retrucou. "Eu não sou Skippy e uma de suas meias roubadas. Eu não solto o que você me diz para soltar. Sua mãe claramente quer dizer algo.”
"Sim, mas nada que queremos ouvir,” disse ele com os dentes cerrados.
"Oh, deixe-a ouvir, Sammy,” disse Helena com desdém. "De qualquer forma ela não vai ficar por muito tempo."
"Eu estive em torno desde que éramos adolescentes," Riley retrucou.
"É isso mesmo, você tem. Fazendo-o trabalhar por uma década inteira para entrar em suas calças, hmm?"
"Mamãe!"
Nenhuma das duas mulheres prestou atenção em Sam. Riley tinha suspeitado que as luvas pudessem vir durante este encontro, mas não esperava que acontecesse tão cedo. Ela nem sequer teve tempo de elogiar os sapatos da mulher, ou agradecer-lhe pela bebida que não tinha sido oferecida, mas, Ei, se a mãe de Sam queria ir direto ao assunto...
"Sam não entrou em minhas calças, porque Sam é um cavalheiro," Riley disse calmamente, cruzando suas pernas e mantendo os ombros para trás.
"Isso é lindo,” disse Helena, a voz cheia de condescendência. "Mas nós dois sabemos que ele estava apenas esperando a sua vez."
"Jesus, mãe."
Riley colocou uma mão na perna de Sam para acalmá-lo, seus olhos nunca deixando a sua mãe. "Você leu meus artigos."
"Eu examinei a imundície que você escreve, sim,” disse Helena, batendo a ponta do cigarro no cinzeiro.
Sam rosnou, mas Riley apenas sorriu. Ela tinha ouvido muitas opiniões não solicitadas sobre seu trabalho. E se tinha aprendido alguma coisa nessas semanas com Sam, era que escrever sobre sexo no sentido geral e fazer amor com alguém que você gosta sequer estava remotamente na mesma categoria.
E quem tentou? Portanto, não vale a pena o tempo de Riley. Ela sabia o que era. Sabia onde ela e Sam estavam. E nenhuma quantidade de interrogatório de sua mãe poderia transformá-lo de mau gosto.
"Meus artigos não têm nada a ver com Sam."
Helena bufou. "Eu não sei se isso é uma coisa boa porque mantém meu filho fora de sua revista, ou uma coisa ruim, porque não vale a pena escrever sobre ele. Provavelmente, o último."
Sam não disse nada, mas Riley o sentiu sufocar ao lado dela antes que seu queixo caísse apenas com um pouco de resignação. E era essa resignação - aquela aceitação de que era bom para ela falar sobre ele dessa forma, - talvez até a aceitação de que estava certa sobre ele - isso desencadeou Riley.
Seu temperamento irlandês raramente desencadeava, mas quando o fazia...
"Senhora. Compton"
"Senhora. Eu aprendi ao longo dos anos a manter o meu nome de solteira. Não que meu pai fosse melhor do que qualquer um dos meus maridos..."
Tanto faz. "Senhora. Compton, sei que não é da minha conta, mas...
"Riley," Sam disse calmamente.
Ela o ignorou. "Na verdade, nada disso. É meu trabalho, porque estou apaixonada pelo seu filho."
Era como se uma bomba tivesse explodido na sala.
Ela não podia suportar olhar para Sam, mas ele se transformou em pedra ao lado dela. E Helena estava de boca aberta de surpresa, como se a declaração de amor de Riley simplesmente não computasse.
Isso, mais do que tudo, irritou Riley. "Sim, isso é certo. De alguma forma, apesar de seus melhores esforços para derrubá-lo, ele se transformou no homem mais maravilhoso que eu conheço, e pela minha vida, eu não consigo entender por que sua mãe a única pessoa que deveria tê-lo amado mais do que tudo, é tão cega para a pessoa que ele se tornou.”
"Eu o amo,” Helena murmurou, batendo furiosamente o cigarro.
"Você? ” Disse Riley, inclinando-se para frente. "Você já disse isso a ele? Alguma vez você já disse que está orgulhosa dele? Já viu sua destilaria? Perguntou sobre isso? Você sabia que ele treinou em um time de futebol no ano passado, mesmo que ele não conhecesse pessoalmente um único garoto na equipe? Alguma vez já lhe agradeceu por dirigir até aqui para visitá-la apenas para ter toda a porcaria em cima dele?"
"O que você sabe sobre isso?" Helena estalou. "Você já teve uma criança que não queria aos vinte? Você já tentou contar ao pai, só para saber que ele saiu da cidade e lhe deu um falso sobrenome e um número de telefone errado?"
"Nenhuma das quais é culpa de Sam!" Riley gritou, se levantando agora. "Eu posso respeitar que você teve uma vida difícil, Helena, e talvez tenha direito há um pouco de amargura, mas não há nenhuma desculpa em descontar em seu filho. Nenhuma."
Sam ficou ao lado dela. "Riley."
Ela o sacudiu. "Ele é bom,” disse ela, seus olhos lacrimejando enquanto olhava para a sua mãe atordoada. "Ele é o melhor."
A boca de Helena Compton abriu e fechou várias vezes, seus olhos lançando-se para seu filho antes que ela olhasse obstinadamente para a televisão em branco.
"Diga a ele,” disse Riley, com a voz embargada.
"Riley," Sam disse, os dedos envolvendo em torno de seu bíceps.
Helena acendeu outro cigarro.
"Diga a ele!"
"Já chega, Riley!"
As duas mulheres piscaram surpresas com o grito de Sam, e embora Riley pensasse que com certeza a sua raiva seria dirigida a sua mãe, era para ela que ele estava olhando. Era com Riley que ele estava caminhando em direção à porta da frente como se ela fosse uma criança irresponsável.
"Eu te ligo mais tarde, mamãe,” disse ele grunhindo. Ele não esperou por uma resposta antes de deixar a porta bater atrás deles. Sam a soltou, então, puxando a mão para trás de seu braço como se não pudesse tocá-la, e caminhou em direção a sua caminhonete sem olhar para trás.
"Vamos embora?" Riley perguntou, seguindo-o lentamente. "Mas..."
"Mas o que, Riley?"
"Acabamos de chegar aqui..."
Ele virou-se então, e se seus olhos tinham estado loucos antes, agora estavam furiosos. Ela deu um passo para trás. "O que diabos você acha que aconteceria quando você gritasse com minha mãe, Riley? Você acha que ela nos abraçaria e faria uma jarra de chá? Você pensou que ela lhe mostraria as minhas fotos de bebê? Talvez arrastasse uma caixa de troféus da minha infância? Você realmente acha que ela tem alguma dessas coisas!"
"Sam... Eu só queria..."
"Certo, você só queria. Isso era sobre você.”
"Eu disse que eu te amava!" Ela respondeu. "Você perdeu essa parte? Porque isso era sobre nós.” Sua mandíbula apertou, mas não disse nada. Riley torceu o estômago.
Ele olhou para o chão antes de encontrar seus olhos novamente. "Você ultrapassou, Riley."
Seus olhos se encheram. "Eu só odeio que ela fala assim com você. Ela é sua mãe, e..."
"Certo! Ela é minha mãe, Riley. Meu único parente. Ela não precisava de nenhuma munição para me ressentir ainda mais, mas você deu a ela, então obrigado por isso."
"Então talvez você não precise dela..."
"Ela é tudo o que tenho! ” Ele explodiu. "Eu não tenho dois pais amorosos e um monte de irmãos que me amam, um emprego confortável e toda uma tribo de amigos, Riley. Eu tenho a minha mãe. É isso aí."
"Você tem a mim! ” Ela gritou de volta.
"O que eu não pedi, Ri! Você disse apenas uma noite, mas aqui estamos saindo da casa da minha mãe como um maldito casal de idosos! Não quero isso. Eu nunca quis isso."
"Você está dizendo isso só porque você está com medo,” disse ela, com a voz um pouco desesperada.
Ele simplesmente cruzou os braços sobre o peito. "Olha, eu não estou tentando ser um idiota."
Riley engoliu de volta o nó na garganta. "Você tem a minha família."
"Eles são sua família. Eles se preocupam comigo, com certeza, mas quando forçados a escolher..."
"Então não vamos fazê-los escolher. Isso pode ser algo, Sam. É algo."
Seus olhos se afastaram novamente.
Maldição, Sam. Não faça isso.
Ela tentou novamente. "Liam é o seu melhor amigo. Você realmente acha que ele vai te chutar no meio-fio porque nós tivemos uma briga?"
"Ele com certeza não vai gostar que eu esteja cuidando de sua irmãzinha. Prometi a ele que não tocaria em você "
"Oh, supere isso,” ela retrucou. "É um escudo, e você sabe disso."
Ele fechou os olhos e sacudiu a cabeça. "O que você quer de mim, Riley?"
Eu quero que você me ame de volta.
Ela não disse isso, mas quando ele abriu os olhos e olhou para ela, soube pelo ligeiro amolecimento da sua expressão que ele entendeu.
E o pior, que ele tinha pena por isso.
"Riley."
Ela levantou a mão. "Não faça isso. Apenas não faça."
Ele abriu a boca para discutir, mas em vez disso caminhou em um pequeno círculo. "Então, agora, nós apenas voltamos para a cidade em um silêncio constrangedor?"
"Sim,” ela disse, passando por ele e abrindo a porta do lado do passageiro. "Isso é exatamente o que faremos."
E eles fizeram. Cinco horas e nenhuma palavra ou um olhar entre eles. Riley se mantinha tensa e firme na sua raiva. Era a única maneira de afastar a sua dor até que pudesse ficar longe, muito longe dele.
Ele não a amava.
O passeio de carro era ao mesmo tempo infinito e rápido demais, e pelo tempo que ele estacionou fora de seu apartamento, à tensão era grossa o suficiente para sufocá-la.
E como ela ainda não conseguia pensar na coisa certa a dizer, ela levantou a mão sem vida para a maçaneta da porta quando sua voz a deteve.
"Ri."
Ela fez uma pausa.
"Eu me preocupo com você. Eu faço. Eu estou apenas cortando a coisa de felizes-para-sempre. Eu tentei, e falhei. Você merece mais."
"Realmente? Você vai tentar transformar isso em um clichê que eu estou fazendo-isso-para-seu-próprio-bem? "
"O que você quer de mim?" Sam explodiu, sua voz finalmente perdendo seu controle paciente. "Você já me selou com um cachorro. Qual é o próximo? Uma esposa? Um bebê?"
"Isso não é nem remotamente justo! Não é como se eu estivesse deixando as revistas de noivas modernas em sua mesa de café. Eu estava simplesmente sugerindo que tentássemos ter uma relação madura, adulta, enquanto ambos estamos sentindo isso.”
"Bem, eu não estou sentindo mais,” ele retrucou.
"Apenas me diga o que mudou,” disse ela, agarrando seu braço. "Alguns dias atrás eu pensei que estávamos em um bom lugar. Você está com raiva de mim porque gritei com sua mãe? Eu ultrapassei. Percebo isso, e vou ligar e pedir desculpas."
"Você não estava errada nas coisas que você disse a ela, e o amigo em mim aprecia, mas esse show de merda foi apenas a ponta do iceberg, e eu não vou deixar você ficar ao redor para ser puxada por ele. Você é importante."
"Você está terminando comigo porque eu me importo? Você sabe que não há troféu para isso, certo?"
Suas palavras foram sarcásticas no seu tom de voz, mas, em seguida, uma lágrima estúpida escapou arruinando todo o efeito. Sam viu e seus lábios se apertaram antes que estendesse um dedo e delicadamente recolhesse uma lágrima, mostrando a ela.
"É por isso, Riley. Há uma lágrima agora, mas quanto mais tempo isso durar, mais haverá quando terminarmos, e eu não posso suportar isso. É hora de cair na real sobre isso."
Havia muitas mais lágrimas ameaçando seguir a primeira, mas não na frente dele.
Haveria tempo para isso mais tarde com vinho, sorvete e filmes ruins.
Mas por agora…
Riley agarrou a maçaneta da porta e a abriu.
"Missão cumprida, Sam. Estou indo embora. Não porque você não me quer, mas porque você não vale a pena lutar. Você é um covarde."
"Agora espere ..."
Mas Riley não tinha concluído. Ela cutucou seu dedo em seu peito. "Você quer realmente começar? Vamos conversar sobre esses rótulos de uísque Roon que eu sei estão parados em sua mesa de trabalho agora. Aqueles que eu o assisti cortar cuidadosamente apenas para ficar perfeito, de modo que eles fossem merecedores das garrafas que você cuidadosamente selecionou e o uísque que é muito bom perto da perfeição? Quem vai mesmo ver isso, Sam?"
Ele balançou sua cabeça. "Que diabos isso tem a ver com alguma coisa?"
Riley agarrou sua bolsa e saiu da caminhonete antes de se virar para encará-lo. "Ei, como está à fantástica nova mistura vindo junto? O que você disse que era o melhor que já tinha feito? Ainda trancado naquele armário?"
Sua expressão era tempestuosa. "Não estamos falando sobre isso."
"Claro que não. Tranque essa merda que você tem no coração para que nunca doa nada."
Seus olhos permaneceram sombrios enquanto a observava.
"Colocar-se lá fora não tem que acabar mal,” disse ela, seu tom amolecendo levemente.
"Diz à mulher que não fazia sexo por oito anos, porque estava com muito medo de ser julgada.”
"Não foi por isso!" Riley explodiu. "Eu não fiz sexo por oito anos por causa de você, seu burro! Eu nunca deixei ninguém me tocar porque eles não eram você. Inferno, a única razão pela qual eu deixei Dan me tocar foi porque meu coração estava quebrado depois que você se casou.”
Seus olhos brilharam antes de virar bruscamente a cabeça e olhar para fora do para-brisa.
"Sim! ” Ela murmurou, tirando as chaves de sua bolsa. "Está certo. Recue ainda mais em sua concha, porque esta merda está prestes a ficar assustadora. Veja, eu estive meio apaixonada por você desde o dia em que te conheci, e eu sei que você me olhou da mesma maneira. Senti o que sentia. E naquele dia você me beijou na casa dos meus pais? Então eu fui e me apaixonei por você, e eu acho que você também se apaixonou por mim."
Ele não disse nada.
"Mas você não vai admitir isso,” ela disse mais suavemente. "Porque de alguma forma você entende em sua cabeça que não é digno de amor e está com muito medo de estragar tudo."
"Eu estrago tudo."
"Oh wah wah,” ela disse, fingindo esfregar seu olho como um bebê agitado. "Então você se divorciou. Acontece. E assim você não tem um bom relacionamento com sua mãe. Ela é amarga, Sam, e ela não quer sua ajuda. Isso não é sobre você, é sobre ela.”
"Ei..."
"E assim que você sai do seu trabalho confortável para perseguir seus sonhos. Isso é uma coisa admirável. Você poderia vender ROON e ir ser um fazendeiro de avestruzes, e a única pessoa que pensaria menos de você por isso é você."
"É mais fácil para você"
"Não é." Ela cravou um dedo em seu ombro. "A vida não é fácil para nenhum de nós. E o melhor que podemos fazer é escolher passar por isso com as pessoas certas."
Respirando com dificuldade, Riley deu um passo para trás. "Pensei que você fosse a pessoa certa, mas eu vejo que cometi um erro."
Pela primeira vez naquela noite, seus olhos perderam sua aparência, olhar defensivo, e algo cru e vulnerável passou pelo seu rosto.
"Riley, espera. Eu só…"
Ela deu um sorriso triste. "Esperei dez anos, Sam. Você ganha mais uma semana."
Ele franziu a testa. "Uma semana até o quê?"
"Para descobrir sua merda."
"Por que uma semana? ” Ele gritou para ela enquanto se dirigia para a porta.
"Porque é aí que minha história da Stiletto é devida. É quando eu conto a verdadeira história sobre a verdadeira mulher atrás da manchete. E a verdadeira história? ” Ela disse calmamente. "Isso definitivamente envolve você. Cabe a você descobrir como.”
Riley fechou a porta da caminhonete com uma batida e afastou-se do único homem que ela havia amado.
CAPÍTULO VINTE E DOIS
Uma semana depois, Riley teve sua resposta.
Sam não estava vindo para ela.
Machucou? Na verdade não. Porque Riley sabia que se parasse por dois segundos para pensar sobre isso, morreria com a dor. Então, ao invés disso fez o que todas as mulheres com mais de treze anos aprenderam faria como um mecanismo de defesa. Ela ficou com raiva.
"Você tem certeza que quer que eu faça isto? ” Perguntou Camille, com aquela voz que claramente dizia que deveria reconsiderar.
Riley recostou-se na cadeira e examinou suas unhas cinza escura que tinha começado a fazer no almoço. A cor era nervosa e um pouco irritante. Muito parecida com ela nos dias de hoje.
"Positivo,” disse Riley. "Imprima."
"Bem, pelo menos eu acho que devemos disfarçar o seu nome,” disse Camille.
Riley franziu a testa. "Eu disfarcei seu nome. Tenho integridade jornalística.”
As sobrancelhas de Camille arquearam enquanto deslizava seus óculos de leitura e olhava para o rascunho de Riley. "Samuel Condon? Isso realmente vai jogar sua família fora do cheiro.”
"O que? O verdadeiro nome de Sam, na verdade, é Sam. Não Samuel. E Condon tem três letras distintas de Compton.”
"Você está certa,” disse Camille, jogando para baixo sua história e lançando seus óculos em cima.
"Ele está praticamente no programa de proteção a testemunhas."
Riley deu de ombros. "As únicas pessoas que iriam descobrir isso já sabem."
"Sua família?"
"Sim."
Os olhos de Camille saltaram. "Oh garoto."
"Eu disse a eles durante o jantar ontem à noite. Na verdade, não foi tão ruim. Minhas irmãs nem sequer ficaram surpresas com o fato de termos nos ligado. Minha mãe ficou encantada no início, até que percebeu que as coisas estavam acabadas e eu não ia ter bebê Sams. Meu pai perguntou se ele precisava pegar sua espingarda, mas, em seguida, tirou uma soneca..."
"E o seu irmão?"
Riley ignorou a pontada de culpa. "Liam não podia jantar ontem à noite."
"Qual foi a razão pela qual você decidiu que ontem à noite seria um bom momento para derramar o feijão?"
Riley olhou para suas mãos. "Não podia fazer isso com Sam. Pedi a todos que não mencionasse isso até que Sam tivesse a chance de dizer ele mesmo a Liam."
"Você quer dizer Samuel."
Riley sorriu. "Certo."
"Você acha que Sam vai dizer a Liam?"
Riley deu de ombros. "Ele não terá escolha. Ou ele tira a limpo agora ou corre o risco de Liam descobrir por conta própria quando ler meu artigo."
"O que você acha que Liam vai fazer?"
Riley olhou para sua chefe. "Está pescando um seguimento dramático à minha peça?"
"Ei, eu desisti de novelas este ano. O drama da vida real é o meu campo."
Riley suspirou. "Honestamente? Não tenho a menor ideia do que Liam vai fazer. Posso vê-lo estufando seu peito um pouco. Fazendo alguns ruídos sobre ninguém-machuca-minha-irmã, mas ele vai se acalmar. Ele odeia drama."
"Você sabe, eu tenho que dizer, quando eu lhe disse para contar a ele como você se sentia, não pensei que você gritaria com sua mãe em um acesso de raiva."
Riley encolheu os ombros. "Sim, bem... você disse que queria honestidade - a verdade por trás da história e tudo isso. Minha verdade é confusa."
Camille a estudou por um segundo. "Boa menina." Ela deu um tapinha no artigo. "Esta é uma boa história. Muito boa."
"Obrigada,” disse Riley, baixando um pouco a guarda pelo elogio do sua chefe. Para ser honesta, ela pensava que seria uma venda difícil. A Stiletto era conhecida por suas colunas de conselhos, por isso, um artigo sem nem ao menos um conselho de como preparar o melhor frango poderia ser o X de todos os problemas.
Para não falar nada do fato de que sua parte banalizava todos os seus artigos passados.
Como Julie havia apontado, o artigo de Riley era "francamente deprimente, mas super foda"
Era também honesto. E sincero.
E ela não se sentia nem um pouco culpada. Sam tinha tido a semana para consertar as coisas.
Mas quando o sétimo dia chegou e terminou sem ela receber nem uma mensagem de texto, ela lavou suas mãos. Não por vingança, mas porque devia a seus leitores – devia isso a si mesma – admitir que não importava o quanto você tentasse, não importava quantas coisas fizesse direito, por vezes, o final de conto de fadas só não estava nas cartas.
"Nós realmente precisamos mudar o seu nome, porém," Camille disse em sua voz gentil raramente usada. O que significava que não queria discutir.
Riley deu de ombros. Ela tinha dito que seria esse o caso. E ela provavelmente a teria mudado antes da impressão final da edição, apenas por decência comum.
Sam não podia - não deveria - ficar zangado com ela por dizer a verdade, mas poderia ficar chateado e provavelmente se embebedar pelas difamações.
"Use o nome que você quiser,” disse Riley com um pequeno aceno. "Posso sugerir Cagão? Ou O Bebezão?"
Sua chefe sorriu. "Eu vou deixar as moças do marketing escolher algo genérico, mas deixe-nos saber se você pensar em auxiliar. Agora só precisamos de um título, e você pode colocar todo esse negócio atrás de você.”
O coração de Riley deu uma pequena torção. Camille estava louca? Este era simplesmente o estágio de raiva de Riley.
Em seguida seria de luto, e de acordo com Emma, demora pelo menos o mesmo tempo para superar alguém com o tempo que você o conhecia.
Que era ótimo. Ela deve estar superando Sam Compton apenas a tempo para o seu quadragésimo aniversário.
E...
Espere. “ O que há de errado com o título que sugeri? “- disse Riley.
"É chato," disse Camille sem rodeios. "Esta vai ser uma das nossas matérias de destaque da capa."
"Sério? ” Riley perguntou, inclinando-se para frente um pouco surpresa. E talvez consternada. "Eu pensei que você a enterraria. Você sabe... um pedaço de matéria deprimente."
"Não,” Camille disse, deslizando seus óculos de volta. "Precisamos mostrar que não temos medo de publicar uma história diferente - o lado confuso do amor. Claro que todos nós queremos que você ame, e você vá, algum dia, mas por enquanto eu acho que é corajoso falar sobre os relacionamentos que não funcionam."
"Então, o que você está pensando para uma manchete?"
"Na verdade, foi ideia da Grace,” disse Camille. "Tivemos uma pequena sessão de debate ontem depois que você saiu cedo para saciar o seu desejo de asas de frango."
Riley deu de ombros. Ela estava comendo seus sentimentos. "E?"
"Bem... como você se sente sobre Lady Gaga?"
"Um cautelosa?"
"Nós estávamos pensando: 'Caught in a Bad Romance41.”"
Ela pensou no título. Retratado com a foto ao lado de seu nome. Pensou em como ele iria espalhar sua mágoa e frustração para todos verem.
Riley sorriu. "Eu amo isso."
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
Sam tinha convidado Liam para beber fora e comemorar.
Embora, pela primeira vez na vida de Sam, Liam não tinha sido a primeira pessoa para quem queria ligar.
Mas ela não era uma opção.
Então Liam era.
Ele pensou em ligar para sua mãe. Não primeiro, é claro. Mas depois que ele chamou Liam, e em seguida, o resto dos McKennas menos Riley, pensou em chamar sua mãe. Mas continuava imaginando a garrafa de ROON que trouxera meses antes, ainda na prateleira onde deixara, exceto que agora com uma camada de pó. Ela nem sequer tentou. Inferno, não tinha tocado a garrafa nem para olhar para ela.
Era o inferno dele?
Sam não se importava. Talvez em algum nível, houvesse uma pontada de arrependimento, mas ele não se importava.
Porque sim, era sua mãe, e Riley estava certa. Ela não era uma mãe. Não uma boa de qualquer maneira. Ele apreciava o telhado que ela colocara sobre sua cabeça, e o pão velho que ela jogou em cima do balcão para que pudesse fazer seus próprios sanduíches, mas a verdade era, depois de completar dezoito anos, ela não tinha feito uma única coisa de cuidar, por obrigação ou de outra forma.
Então, enquanto ele sempre estaria lá se ela precisasse de alguma coisa, e sempre ligaria nos feriados, até que ela mostrasse algum interesse – qualquer interesse, ele estava feito.
O encerramento de seu relacionamento com sua mãe deveria ter sido doloroso.
Em vez disso, foi... libertador.
Seu telefone tocou, e Sam olhou para baixo para ver um texto de Liam. Se seu amigo estava surpreendido com a escolha do bar de Sam, não mostrou estar depois de vinte mensagens, mas Sam podia imaginar que Liam estava provavelmente intrigado. Um Gastropub42 ostentoso em Tribeca estava muito distante dos bares decadentes habituais de Sam.
Mas em seguida, bares decadentes no Brooklyn não tinham o orçamento ou a clientela para o uísque ROON.
Payton Place, por outro lado, tinha acabado de comprar um ano de sua mistura, pelo dobro do valor que Sam tinha tido a esperança de vendê-lo. Ele estava em alta, assumindo a negociação de sua parte, mas eles nem sequer tinham piscado um olho quando ele deu o seu preço.
Não houve sorrisos condescendentes. Nenhum rolar de olhos “caia na real” ou palestras sobre respeitar a integridade dos grandes nomes.
Em vez disso, o proprietário, o gerente geral, e o barman tinham concordado com uma degustação. Sam recusou-se a dar qualquer tipo de discurso sobre vendas, preferindo deixar os sabores falarem por si mesmos.
Eles tinham experimentado.
Eles haviam gostado.
Eles compraram.
Em meia hora, Sam tinha ido de um perdedor que vai a lugar nenhum e que pega emprestado um 401 (k) a um proprietário de uma empresa legítima. Admito, ainda tinha muito empréstimos para pagar, e um pequeno restaurante não fez um grande negócio.
Mas era um começo.
Pela primeira vez em anos, Sam sentiu a sensação inconfundível de orgulho em torno de seus ombros. Ele tinha feito isso. Tudo por conta própria, ele tinha tido uma visão, agiu sobre a visão, e viu através dela.
Bem, não por conta própria.
Sem a espetada de uma sereia de cabelos pretos e olhos azuis, provavelmente estaria no seu caminho para fechar as portas da ROON com prateleiras e prateleiras de bebidas alcoólicas sem sabor.
Ouviu um assobio baixo quando Liam entrou no bar quase vazio e deu uma olhada ao redor. "Você roubou um banco? Este parece ser um lugar onde o dinheiro vai desaparecer." Ele se sentou no bar ao lado de Sam e acenou para o copo de Sam. "O que estamos bebendo?"
Sem dizer nada, Sam passou o copo para o amigo, que deu uma cheirada cuidadosa e um gole.
Liam franziu a testa. "Tem gosto do seu. A do ano passado."
Sam não conseguia esconder o sorriso. Os olhos de Liam se arregalaram. "De jeito nenhum."
"Eles compraram o lote inteiro e querem mais."
O sorriso de Liam era quase tão grande quanto ao de Sam. "Eu estava me perguntando quando você iria finalmente engarrafar e realmente fazer algo com todo esse suco delicioso."
O sorriso de Sam caiu uma fração, sabendo que devia isso a Liam, e Riley, e a si mesmo para admitir por que ele finalmente tinha dado este passo.
Mas primeiro queria beber uma bebida com seu amigo. O gancho de direita de Liam era um pouco menos potente depois de um uísque ou dois.
O barman derramou a Liam um par de dedos da garrafa de degustação que Sam tinha trazido, e os dois homens brindaram. "Pela ROON,” disse Liam. "E, para um maldito bom homem que finalmente conseguiu o que merece."
O brinde de apoio tirou um pouco do equilíbrio de Sam. Era isso o que ele merecia? Mesmo depois de Payton Local fazer a oferta, uma parte dele ainda queria acreditar que era mais um golpe de sorte que uma recompensa duramente ganha.
Assim como Riley tinha sido mais que uma fantasia perfeita que teve que liberar antes que ele a quebrasse.
Mas e se estivesse errado sobre isso também?
Já era tempo. “Ei, preciso falar com você sobre uma coisa,” Sam disse, tomando um gole de sua bebida e colocando-o entre as mãos, enquanto olhava para o bar.
"Ok, mas espera. Tenho uma pergunta para você primeiro,” Liam disse enquanto vasculhava sua pasta.
Sam quase engasgou quando viu a revista que Liam puxou para fora.
Merda. Merda.
A mesma coisa que ele tinha passado a última semana e meia tentando evitar, e as semanas antes realmente tentando não pensar, estava agora a um pé de distância dele. Por um momento infantil, realmente pensou em tirá-lo das mãos de Liam para que ele não tivesse que ver a manchete na última edição da Stilett.
Sabia que Riley escreveria sobre ele - sobre eles. Ela tinha ameaçado tanto quando saiu naquele dia, e ele sabia que não merecia pedir o contrário.
Mas ainda não teve a coragem de lê-lo. Inferno, ainda se lembrava das mulheres McKenna chorando quando tinham lido um dos artigos de Julie no ano anterior, - aquele onde ela colocou seu coração sobre a mira de Mitchell. Sam conhecia Julie apenas uma fração tão bem como conhecia Riley, e até mesmo isso tinha agarrado seu coração.
"Guarde isso,” disse Sam, tentando manter seu tom de brincadeira. "Você está preocupado sobre como combater os efeitos do inverno em sua pele delicada?"
Talvez Liam não notasse que Sam estava prestes a arrancar a revista de suas mãos e queimá-la ou devorá-la.
"Você leu isso? ” Liam perguntou.
"Não." Era sua imaginação, ou Liam o estava estudando mais de perto do que o costume?
"Bem, você provavelmente não ouviu falar sobre isso, já que não foi a um jantar de família em semanas, e perdeu o Dia de Ação de Graças, pelo amor de Deus. Mamãe nem conseguiu chegar à torta de abóbora antes de começar a chorar por sua ausência.”
Punhal. Conheça meu coração.
Liam continuou. "Mas é a edição de cinquenta anos da revista, e todos os escritores tinham que escrever este tipo de história pessoal por trás das manchetes.”
Oh, eu sei sobre tudo isso. Na verdade, sua irmãzinha me propôs fazer sexo para que tivesse algo para escrever.
"E?"
"Bem, o artigo de Riley era... estranho. Alarmante, mesmo. Mas o que é ainda mais estranho é que, quando eu trouxe para a minha família, todos fingiram que não era estranho. Estão escondendo algo de mim."
As palmas das mãos de Sam começaram a suar. Então ela contou ao resto de sua família. Isso explicaria a mensagens de voz de Erin. E Josh.
E Meg.
E Kate.
Até Patrick tinha telefonado de Boston.
Droga, Riley.
Ainda assim, ele supôs que era um bom sinal. Eles ainda o chamavam em vez de aparecer em sua porta com instrumentos de tortura.
E ninguém o tinha ameaçado de morte, então isso era positivo.
Exceto... nenhum deles tinha sido Liam, então ela não tinha contado a ele.
Ela deixou isso para ele.
Ele não sabia se estava incrivelmente grato ou desapontado.
"Então, o que o artigo diz?" Sam odiava a si mesmo por perguntar, mas talvez fosse melhor que ouvisse sobre isso aqui e agora, onde o ponto de Liam o impediria de fazer o que ele queria mais do que qualquer outra coisa.
Correr para ela.
"Honestamente? ” Liam perguntou, percorrendo as páginas. "Tem um tipo de coisa acontecendo sobre odiar homens. Aparentemente, esse cara pisou no coração, mas Riley, sendo Riley, não está com o coração partido. Ela está chateada. E deixou toda a base de leitores da Stiletto saber disso."
Sam jogou para trás o resto de sua bebida.
Seu coração não estava quebrado?
Seu peito parecia que estava se dividindo cada vez mais.
Sam sacudiu o dedo em direção ao barman. Outro.
"Dê-me a revista."
"O que?"
"Me. Dê. A. Revista."
Liam deslizou as páginas brilhantes na frente dele, e os olhos de Sam foram primeiro para a pequena imagem de Riley ao lado de seu nome, seus olhos tomando em suas perfeitas características familiares. Ela estava sorrindo aqui. Ela não estava sorrindo quando o chamou de burro e se afastou.
Seus olhos finalmente se moveram para o título em negrito.
CAUGHT IN A BAD ROMANCE.
A raiva na manchete o surpreendeu um pouco.
Bem, então. Pelo menos ela estava finalmente conseguindo. Boa.
Mas a dor em sua garganta não parecia bem. Especialmente quando seus olhos deslizaram sobre o destaque em negrito sobre o conteúdo do artigo.
.”..Eu me apaixonei por um menino, - mas demorei mais de dez anos para perceber que o menino nunca se tornou homem."
Ai.
"Pensei que se eu apenas dissesse e fizesse todas as coisas certas de namorada perfeita, ele me amaria de volta. Mas ouçam senhoras: Não há dicas e truques entre essas páginas que podem consertar almas quebradas. Não se quebre tentando.”
Quebrada? Ele só esteve quebrado quando estava com ela.
"Por muito tempo lamentei a solidão de não estar em um relacionamento, mas prefiro não ter um a ser pega em um mau..."
"Droga. Droga!"
Sam não percebeu que tinha falado em voz alta até que o barman e o casal a sua esquerda o olharam cautelosamente.
Liam, por outro lado, não parecia nem um pouco surpreso.
"Então, só uma pergunta," disse Liam enquanto tomava outro gole de uísque. "Exatamente qual de vocês iria me dizer que estavam namorando?"
Lá estava.
A bomba que Sam estava evitando desde o dia em que tinha visto as magras e sexy pernas de Riley naqueles shorts de futebol dez anos atrás. Ele estava esperando um raio ou talvez um terremoto.
No mínimo, ele tinha sido preparado para um encontro frontal com os nós dos dedos de Liam.
Reunindo sua coragem, virou-se para olhar para o seu melhor amigo, preparado para o desgosto, raiva, traição, ou tudo o que precede.
Em vez disso, viu...
Curiosidade? Talvez até mesmo preocupação.
"Não deu certo,” Sam murmurou, inclinando seu copo para seus lábios e olhando para frente.
Liam bateu levemente uma mão contra o artigo da revista. "Não. Sério?"
"Por que você não está mais louco? ” Perguntou Sam. "Ou você está apenas guardando-o até sairmos?"
"Bem, eu estou um pouco louco. Louco porque você não me disse. E eu estou louco que Riley aparentemente quer fazer churrasco com suas bolas por algum motivo."
"Mas você não está louco que nós... você sabe..."
"Transarem? Não. Quer dizer, eu estou totalmente repelido. Mas com raiva?" Liam considerou. "Acho que não. Acho que imaginei que iria acontecer de alguma forma. A maneira como você estava sempre tentando muito duro não olhar para ela enquanto o resto dos pervertidos a encaravam abertamente."
O mundo de Sam inclinou um pouco para os lados. "Mas você me disse para nunca tocá-la. Você me fez prometer."
Liam franziu a testa. "Quando?"
"Há mais de dez anos atrás! Logo depois que conheci Riley pela primeira vez.”
Seu amigo inclinou a cabeça, claramente tentando se lembrar. "Hã."
Hã. Hã? Passei a última década colocando de lado a minha própria felicidade por algo que você não podia sequer se lembrar?
Mas…
Isso foi justo?
Sam nunca tinha ido ao seu melhor amigo e dito: ‘Olhe, eu tenho sentimentos por sua irmã. Pensamentos?’
E depois que ele agisse sobre esses sentimentos, teria chamado seu amigo e dito: "Bata-me se quiser, mas estou apaixonado por sua irmã, e você vai ter que lidar."
Sam engasgou com um pouco de seu uísque.
Amor?
Amor.
Espere, isso não estava certo. Sam não estava apaixonado.
Ele estava?
Liam levantou a revista. "Você está me dizendo que a razão pela qual você abandonou Riley e a enviou para esse discurso de que odeia homens é porque você pensou que eu não iria gostar?"
Sam queria dizer que sim. Queria dizer a Liam e ao mundo inteiro que afastou Riley, porque era um amigo bom e leal. Inferno, era parte do que dizia.
Mas não era verdade.
O discurso de Liam há muito tempo atrás sobre não-toque-minha-irmã não tinha sido a razão pela qual Sam ficou longe de Riley. Tinha sido simplesmente a desculpa.
Se tivesse tido metade da coragem que ela teve quando veio até ele e sugeriu que agissem sobre o que sempre esteve lá... se tivesse sido um pouco menos do que um idiota, ele poderia ter tido tudo.
Sua amizade com Liam, seu relacionamento com toda a família McKenna... podia ter tido a destilaria, e inferno, até mesmo o pequeno cachorro que mexeu em seu coração em pouco tempo.
O mais importante, poderia ter tido Riley.
Seus olhos caíram sobre seu artigo e seu merecido desdém. "Eu sou um idiota."
Liam acenou com a cabeça uma vez, embora tenha batido em Sam no ombro para suavizar o golpe.
"Outra bebida?"
"Será que vai fazer doer menos?"
Liam parecia um pouco surpreso com a admissão. "Eu estava prestes a dar a palestra sobre você ferir a minha irmãzinha, mas agora estou me perguntando se preciso ter uma conversa com a minha irmãzinha por ferir o meu melhor amigo.”
"Não,” Sam disse, cavando os dedos em seus olhos e tentando classificar o sentimento desconhecido. "Ela não fez nada de errado."
"Sério? Porque ela praticamente castrou você com palavras. Quero dizer, eu morreria por Riley, mas este artigo é..."
"Completamente merecido,” disse Sam, passando as mãos pelo rosto e virando-se para olhar o seu amigo. "As coisas estavam indo muito bem, e então eu a afastei como um garotinho que decidiu que preferia jogar videogames a beijar a garota linda simplesmente porque era mais fácil.”
"Espere, ela é a que lhe deu o cachorro? ” Perguntou Liam.
"Sim."
Seu amigo estremeceu. "Então foi o sutiã dela que eu vi?"
"Você realmente quer que eu responda isso?"
"Não. Não, eu não. Então o que vem depois? Porque tenho que te dizer, jantares de família vão ser realmente muito estranho, desde que ela está louca e você ferido, mas você provavelmente sabe disso."
"Sim,” Sam disse com tristeza. "Eu pensei que se terminássemos isto rápido o suficiente, ninguém iria se machucar, e as coisas poderiam continuar inalteradas, mas..."
"Mas…?"
"Eu não sei como posso enfrentá-la. Não como um namorado, porque perdi esse direito, e pior, não como um amigo, porque eu tenho sido um terrível."
Liam tomou outro gole e ficou pensativo. "Você se importa com ela?"
"Sim. Mais que..."
Liam estremeceu. "Ok, não fique sentimental."
"Espere até isso acontecer com você."
"Não vai acontecer. Sou um garanhão solitário."
"Sim. Fique com isso."
Liam enrolou a revista e bateu-a contra a palma da mão. "Acho que tenho duas escolhas aqui. Uma: desafiá-lo para um duelo.”
"Um, passo?"
"Ou dois: Ajudar os dois esquisitões a ficarem juntos novamente para que eu possa continuar comendo a medíocre comida da minha mãe com meu melhor amigo e minha irmã.”
O espírito de Sam animou-se um pouco, mas sentia-se sem esperança. Ele repetia suas palavras mais e mais: Eu prefiro não ter romance do que ser pega em um mau...
"Quão drástico você quer começar? ” Perguntou Liam.
Os melhores momentos dos meses anteriores passaram pela mente de Sam.
Riley e a corajosa esperança em seus olhos quando ousadamente sugeriu que eles dormissem juntos.
Seu primeiro beijo naquela sala apertada com a árvore de Natal de sua mãe espetando-lhe no quadril.
O olhar em seu rosto quando ela ganhou o jogo de softball. Os ruídos que fazia quando ele a tocava no meio da noite.
O fato de que ela comprou-lhe um cachorro que não sabia se ele queria.
E a lembrança mais dolorosa de todas: ela dizendo-lhe que o amava, mesmo quando estava empurrando-a para longe.
Ele queria tudo de volta. Desesperadamente.
Mas não havia nenhuma Riley de coração quebrado esperando pelo telefonema, nenhum artigo de revista implorando que reconsiderasse. Seria preciso mais do que um pedido casual de desculpas.
"Eu farei qualquer coisa,” disse ele calmamente.
Liam assentiu. "Boa resposta. Além disso, não quero nenhuma dessas flores que exigem em minha lapela no casamento."
O estômago de Sam caiu. "Calma lá. Ninguém disse nada sobre casamento.”
"Quer apostar nisso?"
Sam olhou para a mão estendida de Liam.
Então ele imaginou o vestido branco. Ela caminhando em direção a ele.
Imaginou acordar todas as manhãs com as respostas insolentes e os cabelos escuros bagunçado de Riley.
"Guarde isso." Ele tirou a mão de seu amigo fora do caminho. Nenhuma aposta.
Liam sorriu. "Pensei isso."
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
Riley limpou um pedaço de creme de queijo do seu queixo enquanto olhava para as pilhas de correspondência cobrindo tanto a mesa dela quanto a de Grace, para não mencionar as pilhas menores nas cadeiras de Julie e de Emma.
"Por que eu tenho que selecionar a carta do editor? ” Ela murmurou.
"Porque seu artigo obteve o maior número de respostas," disse Grace com razão, enquanto cavava uma de suas barras de café da manhã sem aveia e sem açúcar debaixo de uma pilha de envelopes. "É fácil. Basta escolher dois para apresentar na edição do próximo mês e fazer uma pequena resposta rápida.”
"Mas eu não quero responder,” disse ela em torno do seu bagel de canela. "Não é da conta de ninguém só da minha."
"Seu e de Bruce Dinkle," murmurou Emma.
"Ei,” Riley disse, apontando um dedo. "Camille colocou tolices sobre Samuel Condon. Eu tive que ser criativa."
"Sim, tenho certeza que Sam não tinha ideia de que você estava se referindo a ele."
Riley levantou a cabeça. "Você acha que ele leu?"
Suas amigas olharam para longe, e seu silêncio disse tudo. Se Sam tivesse lido o artigo, ele aparentemente, não se importou.
Porque não havia nada. Nem uma palavra. Não no período de carência da semana que ela deu a ele para descobrir sua merda. Não na semana em que escreveu o artigo e sua impressão. Não desde que a revista tinha sido lançada nas bancas.
Até mesmo sua família não sabia o que estava acontecendo. Ela não se importava que tivessem tentado manter contato com ele - ele precisava deles. Mas, até onde sabia, ele não havia retornado os telefonemas de suas irmãs.
E a mãe de Riley, embora solidamente ao lado de sua filha, tinha enviado o bolo de chocolate com cara de batata como um gesto de animar após o artigo de Riley ter saído e conseguiu pouco mais do que um automático e conciso obrigado.
Apesar disso, Riley teve que admitir, poderia ter sido porque o bolo de chocolate de batata de sua mãe funcionava como um batente. Ela não queria pensar na reação de sua mãe se Sam não aparecesse no Natal, que era ao virar a esquina.
Certo, bolo de frutas recheado com batata.
Ela não esperava que ele se afastasse. Não depois que seu motivo para jogá-la fora era o seu relacionamento com sua família. Assim, toda quarta-feira à noite, se preparava para a possibilidade de que ele estivesse lá.
Mas desde que eles tinham terminado que quarta-feira à noite tinha vindo e ido sem Sam Compton.
E cada vez, ela tentava dizer a si mesma que estava feliz, mesmo quando tinha que usar óculos de sol na viagem de metrô para casa para esconder as lágrimas indesejadas.
A única peça que faltava do quebra-cabeça era Liam, que tinha estado mais ou menos ausente de sua vida.
Claro, ele tinha feito à coisa toda do tipo ‘estou-aqui-se-você-precisar-de-mim, de um irmão mais velho.’ Mas então ele calmamente e claramente pediu-lhe para não fazê-lo escolher os lados. Então ela não tinha.
Sem entusiasmo, Riley rasgou uma das cartas. Era curta, doce, e um pouco assustadora.
Prezada Sra McKenna
Obrigada por declarar publicamente o que eu sempre soube: Os homens são umas merdas. Já namorei oito de meus próprios "Bruces" e espero que cada um deles morra sozinho e miserável.
Se alguma vez passar pela Geórgia, me avise. Eu comecei um clube. Quarenta e dois membros de orgulhosas divas que odeiam homens. Pense nisso.
Amarga, mas feliz,
Ashley.
"Caramba," Riley murmurou, jogando a carta para o lado para iniciar uma pilha de rejeição. "Vocês pensam que sou uma inimiga do homem?"
"No sentido literal de odiar um homem? Claro,” disse Emma, jogando de lado uma carta sua.
"Eu não odeio Sam," Riley disse calmamente. "Embora às vezes eu desejasse poder."
Julie apertou seu joelho suavemente. "O que você quer dizer?"
Riley deixou seus olhos encontrarem com os da sua amiga. "Eu só... sinto falta dele. O maldito artigo deveria ser terapêutico. Mas dizer por escrito que você não pode fazer alguém amá-lo só torna o final mais real."
Julie assentiu com simpatia, e a cabeça de Riley mergulhou até o queixo enquanto soltava a admissão dolorosa que tinha estado em seu peito durante semanas. "Isso dói."
"Eu sei, querida,” disse Julie, seus olhos lacrimejando.
Ah não. Não fazia muito tempo, Julie Greene nunca chorava. Não chorou assistindo Titanic ou em comerciais com cães, e não quando a padaria não tinha croissants de chocolate (tá ok, talvez a única que chorasse por isso fosse Riley).
E, em seguida, Julie conheceu Mitchell, e ela tornou-se quase inútil. Chorava se via um pássaro sozinho porque achava que não tinha amigos. Chorava assistindo comerciais bancários, e em anúncios de joias, e se via uma nuvem que gostava. E mais especialmente, chorava quando seus amigos estavam sofrendo.
Riley ouviu Grace fungar atrás dela. "Não,” disse Riley com uma risada aguada enquanto empurrava o rosto úmido de Julie. "Vocês são as piores."
"De fato,” disse Emma, fingindo tirar um cílio de seus olhos.
"Eu fiz a coisa certa, não é? ” Ela perguntou enquanto pegava outro envelope. "Escrevendo isso? Mesmo que todos esses malucos estejam irritados?"
"Você devia isso a si mesma,” disse Grace com firmeza. "E ninguém além de nós e sua família sabe que tratasse de Sam. Não é como se você humilhasse o cara publicamente. E acho que é bom que a Stiletto tenha abordado um relacionamento ruim da mesma maneira absurda que nos aproximamos dos bons. Nem todos os relacionamentos são para sempre, mas é fácil esquecer que, até o seu próprio feliz-para-sempre pode acabar."
"Além disso, Sam sabia no que estava se metendo quando pulou para a sua cama com a sua bunda sexy,” Julie acrescentou. "É o preço que se paga por namorar uma gata da Stiletto."
"Não podemos nos chamar assim?" murmurou Emma. "Ei, e essa carta? É de uma garota adolescente que quer saber em que ponto do relacionamento você pode dizer que vai mal."
"Na verdade, eu tenho uma resposta para isso," Riley murmurou. "É chamado de retrospectiva. Porque o destino tem uma cara de poker fantástico. Você nunca sabe o que está nas cartas até que alguém despeje o baralho todo no chão."
"Que conselho inspirador para uma aluna do nono ano,” disse Emma, rapidamente colocando a carta na pilha de rejeição.
"Oooh, esta senhora afirma que ela namorou seu Bruce Dinkle e que ele tentou empurrá-la para fora de um touro mecânico para beber a sua cerveja Bud Light. Sam já passou algum tempo em Denver?"
Riley apontou para a pilha.
"Aqui está um que é realmente legal,” disse Julie. "Alyssa de San Diego quer saber o que você faz depois que o cara que não podia se comprometer com você compromete-se com outra pessoa."
Riley sentiu como se alguém a tivesse chutado no estômago. Era difícil aceitar que Sam não podia amá-la. O que aconteceria no dia em que tivesse que vê-lo amar outra pessoa? Porque mesmo que ele permanecesse fiel ao seu plano de nunca se casar, ele não ia passar o resto de sua vida celibatário. Ele acabaria por dormir com outra mulher.
Talvez até se preocupar com uma.
"Não estou pronta para isso,” disse ela calmamente. "Não Existe nenhuma carta inofensiva, pedindo recomendações sobre filmes de separação ou algo assim?"
Algo que não vai rasgar o meu coração?
"A verdadeira questão é, quem são essas pessoas que escrevem cartas? Eu nem sei onde comprar um selo se eu quisesse,” disse Julie. "O e-mail ficou fora de moda?"
"Uh-uh,” disse Grace. "Nós ainda não chegamos a esses ainda."
"Ótiiiimo."
Uma hora e meia depois, as quatro mulheres tinham acumulado, pelo menos, algumas opções viáveis, e Riley estava prestes a dizer a suas amigas para escolher apenas dois aleatoriamente, para que pudesse escrever uma resposta genérica e ter feito todo esse negócio.
Mas, assim como Julie e Grace estavam discutindo se deveriam escolher a carta de Nina de Seattle, que queria saber se deveria convidar Bruce para o casamento de sua irmã, ou Kerry de St. Paul, que precisava de conselhos sobre se ela tinha que lhe devolver o gato de Bruce, Camille apareceu na porta.
"O que você está vestindo?" Julie perguntou a sua chefe com horror.
Camille olhou para baixo. "É novo. O roxo é o novo preto, Greene.”
"Não quando tem a forma de uma barraca, não é."
Sua chefe ignorou sua importante repórter. "O que vocês estão fazendo aqui? Eu não vejo esta quantidade de papel desde a faculdade.”
Riley franziu a testa. "Eles tinham papel naquela época? Você não gravava porcarias na pedra?"
Camille usou o envelope na mão para dar um aviso a Riley. "Engraçada. E eu esqueci de mencionar isso antes, mas eu selecionei uma das cartas para a edição e quero que você responda."
Quatro pares de olhos irritados deram-lhe um olhar de morte.
Camille encolheu os ombros e jogou o envelope no colo de Riley. "Aqui está, querida."
"Obrigada por não nos dar isso há uma hora,” Julie gritou atrás dela.
"Espero que seja mais uma das cartas sobre Bruce me-empurrou-do-touro-mecânico,” Grace disse, inclinando-se para frente e pegando a carta.
Riley pegou de volta. "Isto é Stiletto, não Rodeo Times."
-“ Rodeo Times “- refletiu Emma. "Isso é uma revista de verdade? Porque eu sempre pensei que eu podia ir para um cowboy... há algo sobre essas botas e jeans apertados...”
"Aposto que Alex Cassidy parece muito uh-desorientado em jeans apertados,” disse Julie em uma voz cantante. Emma jogou um clipe de papel em Julie, que ficou preso na confusão de cachos de Julie, de modo que Grace teve que tirá-lo.
Mas Riley não estava prestando atenção a nada disso.
A carta que Camille lhe entregou não era como as demais.
Para começar, a escrita era distintamente masculina. Ela segurou o envelope. Nenhum selo postal, e nenhum endereço para retorno. Tinha sido entregue em mãos, o que era assustador.
Que diabos Camille estava tramando?
Ela começou a ler.
Prezada Senhorita McKenna
Eu li seu artigo sobre Bruce Dinkle com grande interesse. Esse personagem Bruce parece ser um tolo e covarde. E, infelizmente, posso me identificar muito bem com a sua situação.
Ainda mais, infelizmente, posso me identificar com Bruce.
Você vê, anos atrás, me apaixonei por uma garota que era, e é, cerca de cem vezes boa demais para mim. Passei uma década torturante mantendo-a a distância quando tudo que queria era puxá-la para mim e pedir-lhe para ser minha. Tentei me perder em outros relacionamentos, mas ninguém chegou perto. Ninguém nunca chegará perto.
Quando eu finalmente tive a coragem de estar com ela, que era ao mesmo tempo maravilhoso e excruciante. Maravilhoso porque era ela, e porque nada do que eu fizesse era tão importante quanto fazê-la sorrir. Excruciante, porque eu achava que não poderia durar. Então eu terminei.
Eu pensei que estava fazendo a coisa certa ao deixá-la, mas o que eu realmente estava fazendo era empurrá-la para longe antes que ela pudesse me empurrar para longe.
Mas eu empurrei muito forte, e ela se foi.
É o que eu queria.
Mas isso é mentira. O que eu realmente quero é ver seu rosto novamente. Para segurá-la, e ouvi-la rir. Eu quero o pôr do sol, caminhar no parque e discutir sobre o filme que veremos.
Eu até mesmo quero suas birras e seu sarcasmo. Mas acima de tudo quero o amor que joguei de volta em seu rosto como se não importasse. Eu faria qualquer coisa por isso.
Então aqui está a minha pergunta. Se o seu Bruce viesse até você e lhe dissesse que cometeu o pior erro de sua vida - que está pronto para ser corajoso e te amar... você daria uma chance a ele?
Você ainda pode amar o homem que não pode parar de te amar?
Em antecipação
S. Condon
"Uau,” disse Riley, soprando um longo suspiro. "Uau."
Julie devia estar se esfregando nela, porque sentia lágrimas brotando da carta de um estranho. E não era algumas gotas delicadas. Como um daqueles fora do comum, o tipo de choro piegas. "Alguém tem algumas batatas fritas?"
Emma trocou a carta, pelo saco de batata, e Riley rasgou o saco. Eles eram assados, sem sal, mas ela mal notou enquanto mastigava três de uma vez.
"Oh meu,” disse Emma com uma vozinha rouca.
"Oh querida, até Emma está ficando chorosa. O que é? Um poema ou algo assim?" Grace perguntou.
"Muito melhor do que um poema," Julie disse enquanto agarrava o papel de Emma e o sacudia. "É uma carta de amor."
"Deixe-me ver isso." Grace arrancou das mãos de Julie. Não que Julie percebesse, porque estava chorando. Mais uma vez.
"Eu acho que deixaria Jake por esse cara," disse Grace, voltando à realidade enquanto lia.
"Gostaria de saber como Camille o conseguiu,” disse Julie, recompondo-se e enxugando os olhos.
"Por que não estava com o resto das cartas?"
"Sem selo,” disse Emma, olhando para o envelope. Então seus olhos se estreitaram. "Grace, me dê isso."
Grace entregou a carta, e Emma olhou para ela durante vários segundos antes de levantar seus olhos para Riley. "Ri, quantas pessoas sabem sobre o seu nome falso e que o verdadeiro é Sam?"
Quem se importa?
"Eu não sei. Vocês. Camille. Talvez um dos editores, e se eles fizeram isso antes que eu mudasse para Bruce?"
Sem dizer nada, Emma devolveu a carta para Riley.
Riley sentiu o sangue escorrer de seu rosto quando viu o que Emma queria que ela visse.
Não podia ser uma coincidência. Podia?
Mas como…
"Como você vai responder a isso? ” Grace perguntou suavemente.
"Estou morrendo de vontade de ouvir a resposta para isso."
As quatro mulheres viraram-se para olhar para o homem na porta.
Mas ele estava olhando apenas para Riley. E seus olhos estavam cheios de...
Tudo.
As outras três ficaram em silêncio. Bem, Grace e Emma se levantaram. Julie teve que ser persuadida a levantar da cadeira e felizmente Grace teve a premeditação de agarrar a caixa de cartas na saída.
"Bom, Samuel," Emma murmurou enquanto as três mulheres passavam.
"Eu quero assistir,” Riley ouviu Julie dizer.
"E eu quero Ryan Reynolds para o meu aniversário,” disse Emma. "Consiga isso para mim.”
Riley mal ouviu.
Ela não podia acreditar que ele estava aqui. Não podia acreditar...
Ela levantou-se trêmula, segurando a carta. "Você?"
Ele corou e olhou para o chão. "É horrível, não é? Eu escrevi um diferente que era um pouco menos amigo, e foi mesmo aprovado por Liam, mas ontem à noite não conseguia tirar essas palavras da minha cabeça."
Ela apertou os lábios. "Você quis dizer isso?"
Sam ergueu sua cabeça, e seus olhos azuis estavam desesperados. Ele deu um passo em direção a ela antes de parar a si mesmo. "Cada maldita palavra."
"Como é que Camille acabou com isso?"
"Eu quis enviá-lo pelo correio, mas meu, hum, esboço levou muito tempo. Então Liam olhou sua lista de contatos do jantar e conseguiu o número de Camille.”
"O covarde,” ela murmurou.
"Liam, ou Camille?"
"Ambos."
Alguns minutos de silêncio tenso se passaram entre eles até que Sam finalmente fechou os olhos e quebrou o contato visual. "Eu tenho que saber, Riley. Eu tenho que saber a resposta."
Ele parecia torturado, e uma pequena parte dela queria se sentir presunçosa sobre isso, mas a rouquidão atípica de sua voz a matou.
Riley engoliu em seco. Ela sabia o que seu coração queria. Seu coração sempre quis isso. Mas sua cabeça implorava para ser inteligente.
Este era o homem que ela praticamente implorou para amá-la, e ele a deixou ir embora.
Agora a situação era revertida, e ela simplesmente não sabia...
Ela olhou para as belas palavras no papel, e queria tanto confiar nele.
"Eu vendi o meu uísque,” ele deixou escapar.
Hã?
"Para quatro restaurantes, e mais estão interessados. Eu vendi tudo que já fiz, e vou ter que expandir e contratar mais pessoas, se eu quiser acompanhar a demanda. E falei com minha mãe. Disse-lhe que sempre estaria lá para ela, mas eu não seria mais o seu bode expiatório. Disse-lhe para ela aprender a se orgulhar de mim ou sair da minha vida."
"Sam..."
"Skippy está usando o penico,” ele interrompeu. "E eu finalmente lhe comprei um colar com o meu nome como o proprietário. Eu estou me comprometendo"
"Com o cão,” disse ela, só para ter certeza de que ela estava seguindo.
"E com você,” disse ele, seu controle quebrando enquanto se movia desajeitadamente para frente e agarrava suas mãos.
Riley apertou os lábios.
Você ainda pode amar o homem que não pode parar de amar você?
"Você estava certa ao escrever o artigo, Ri. E eu sei o que você estava tentando fazer. Você estava sendo corajosa e enfrentando os fatos duros que às vezes as coisas não funcionam, não importa o quanto você quer que funcionem."
Ela assentiu com a cabeça.
"Mas esses não são os nossos fatos, Riley. Nossa história não acabou. Nem sequer perto." Suas mãos foram para o seu rosto, sua testa descansando sobre a dela. "Diga-me que não acabou."
Riley procurou seus olhos. "Como é que vou saber se você não vai fugir como um covarde novamente quando as coisas ficarem difíceis?"
Seus lábios roçaram os dela. "Não vai ficar. Assim como eu não sei se você não vai se cansar de um cervejeiro que fabrica Uísque que não conhece Armani da D & G – isso é uma coisa? Mas não é que... O amor não é isso? Correr o risco? E eu te amo, Riley. Eu sempre te amei."
Ela esperou uma eternidade para ouvi-lo dizer as palavras.
E valeu a pena esperar.
Riley pressionou sua boca sobre a dele. "Isso significa que eu posso chamá-lo de Bruce?"
"Você pode me chamar do que você quiser se você disser que me ama."
Seus dedos se enfiaram na suavidade de sua camiseta, enquanto ela o abraçava, nunca mais queria deixá-lo escapar novamente. "Eu te amo, Sam."
Ele fechou os olhos enquanto sua respiração saia em um tremor. "Então, hum... o que você acha de escrever sobre uma retratação desse artigo? Por ser verdade ou não, eu parecia um idiota total"
"Não é uma chance. Foi um importante momento de aprendizado. Para nós dois."
Ele deu de ombros e sorriu para ela. "Pelo menos ganhei a parte importante da batalha."
Ela levantou as sobrancelhas em uma pergunta.
"Você." E então ele a beijou, longa e duramente, até que a sua respiração estava quente e rápida, até que houve uma risadinha muito distintamente feminina.
Eles se separaram o suficiente para olhar para a porta, onde Julie, Grace e Emma estavam sorrindo para eles, e Riley podia jurar que viu um traço do cabelo alaranjado de Camille.
"A ideia de Julie," disse Emma e Grace juntas, apontando para a loira chorosa.
“Você tem que mantê-la beijando, Bruce" Emma disse pensativa, acariciando seu queixo. "Se você quiser ficar com uma mulher que não come mais do que você..."
Riley se aproximou do ombro de Sam para fechar a porta na cara de suas amigas. "Agora. Onde nós estávamos?"
"No caminho para sempre, eu acho."
Ela revirou os olhos, mesmo que tivesse se derretido. "Toda essa coisa de escrever cartas transformou você em um completo bobão.”
"Sim, não é coisa minha. Mas você sabe como eu realmente me sinto?" Suas mãos deslizaram pelas costas dela. "O quarto."
"Ah, é?” Ela ronronou. "Disseram-me que eu podia ser melhor em sexo, se eu jogasse só no campo."
Ele franziu a testa. "Quem te contou isso? Parece um idiota."
"Você tem uma ideia melhor?"
"Uh-huh,” disse ele, puxando-a para mais perto. "O mesmo cara, todas as noites, até que a morte os separe.”
O coração de Riley sacudiu em seu peito. Ela jogou os braços ao redor do pescoço dele. "Vamos fazer isso."
Ele baixou a boca para a dela. "Você vai fazer uma fantástica Sra Dinkle."
De fato.
EPÍLOGO
"Eu pensei que parte do apelo de um casamento na praia era que os padrinhos não tivessem que usar ternos," Sam murmurou, puxando sua gravata azul clara.
Mitchell, com uma aparência completamente arruinada e em casa com seu próprio traje, apesar do calor pantanoso de St. Lucia olhou para Sam com um leve horror. "O que somos, selvagens?"
Julie tomou outro gole de champanhe, parecendo incrivelmente bonita em seu vestido azul de dama de honra, seu cabelo loiro puxado para trás em um coque praiano. "Sam, apenas considere-se sortudo eu ter falado com Mitchell sobre a gravata preta ser opcional para nosso casamento.”
Mitchell deu-lhe um olhar firme. "É no Plaza. Nós vamos parecer como vagabundos sem ela" Sam gemeu. "Quanto tempo tenho para me preparar para isso?"
"Quatro meses e doze dias,” disse Julie, dando-lhe um tapinha no braço. "Mas você provavelmente deveria começar a se preocupar agora. Como padrinho de casamento, a sua gravata preta não é tão opcional."
Riley deslizou sua mão sobre a nuca de Sam, deixando que seus dedos brincassem com seu cabelo. "Eu acho que você vai ficar quente em um smoking."
Emma tomou um gole de seu mojito. "Todos os caras são quentes em um smoking."
Alex Cassidy, editor-chefe da Oxford e padrinho de Jake, deu-lhe um olhar. "Até eu?"
Ela nem se deu o trabalho de olhar para seu ex-noivo. "Difícil de dizer. Todo o efeito está arruinado pelo seu ego.”
A aproximação de Grace e Jake pôs fim a mais uma das suas guerras verbais geladas, embora Riley tenha notado que os olhos de Alex permaneceram em Emma muito tempo depois que ela se afastou.
Interessante. Muito interessante.
"Nem pense nisso,” Sam murmurou baixinho em seu ouvido.
"Pensar sobre o que?"
"Casamenteira. Você é má nisso."
"Eu compensei em nós."
"Algo que eu poderia começar a me lamentar se o seu cão destruir mais um par de meus sapatos."
"O que posso dizer? ” Disse Riley, acariciando sua bochecha com carinho. "Pippy tem um carinho por tênis velhos de 1987."
Os olhos de Sam se estreitaram. "Você a mandou fazer isso?"
Riley escondeu seu sorriso enquanto se levantava para abraçar a noiva e o noivo. "Grace, se você não fosse a minha melhor amiga, eu te odiaria. Você arruinou o casamentos para todas nós, porque ninguém vai ficar tão bem de branco quanto você."
Grace alisou a saia do seu elegante vestido de cintura império. "Por que, porque eu sou tão virginal?"
Jake bufou e ganhou um soco nas costelas.
"Estou pensando em me casar de verde," disse Riley enquanto fixava a flor no cabelo de Grace. "Ou talvez preto. Ooh, ou estampa de leopardo."
"Isso deve ficar bem com os lírios clássicos que escolhemos,” disse Emma, descansando o queixo em suas mãos.
"Não pegue lírios," Alex disse. "Da má sorte."
Emma virou-se para olha-lo. "Eles não são."
"Sim? Como essas peças centrais cuidadosamente selecionadas funcionam para nós? ” Alex perguntou, sua voz tão fria quanto a de Emma.
"Isso não vai acontecer com a gente quando finalmente chegarmos ao planejamento do casamento, certo?" Sam perguntou, puxando Riley contra ele.
"Chegar ao planejamento do casamento?"
"O material principal, quero dizer,” corrigiu rapidamente.
"Oh, o material principal. Então, o local que eu reservei, e os cartões com a data do casamento que pedi... aqueles eram apenas, o quê? Pequenos detalhes triviais?"
"Abortar. Abortar,” Mitchell disse através de uma tosse.
Sam levantou as mãos em sinal de rendição. "Se você quiser que eu ajude, eu vou."
"Diga não, Ri,” Grace disse: "Você deveria ter visto o bolo que Jake tentou trazer aqui. Tinha a forma de uma baleia. Literalmente.”
"Ei, era enorme. Mais bolo nunca fez mal a ninguém,” disse Jake.
"Ouça, ouça,” disse Riley, erguendo o copo com entusiasmo genuíno.
Julie gentilmente pôs uma mão no pulso de Riley, forçando seu braço para baixo. "Se vamos fazer um brinde no casamento de nossa melhor amiga, precisa ser sobre algo que não seja o bolo.”
"Por quê?” Perguntou Riley.
Julie olhou furiosa. "Prepare-se, McKenna. Apesar de toda a sua agitação sobre ser a menina da flor, você é a dama de honra."
"Somos todas damas de honra..."
"Posso dizer que foi uma grande decisão," Grace disse sarcasticamente.
"Entendi,” disse Emma, de pé e dando ao resto do grupo um olhar aguçado até que todos pararam também. "Vamos fazer o brinde público mais tarde, mas vamos fazer um rápido privado agora. Rápido, antes que Camille chegue até aqui e cumpra sua promessa de cantar 'On the wings of love43.”"
"Temos tempo,” disse Cassidy. "Eu a vi perguntando a um dos garçons sobre aulas de natação no final da noite. E então suas mãos vagaram."
"Não se preocupe com o bolo," Riley murmurou. "Perdi o apetite."
"Existe primeira vez para tudo,” disse Sam.
Emma limpou a garganta intencionalmente. "Aham. Aqui está para Jake e Grace. Não consigo pensar em duas pessoas melhores ou mais adequadas para a farsa..."
Alex apertou seu braço.
" Para o milagre,” corrigiu Emma,” que é o casamento."
" E para Grace," Julie assumiu,” que é a melhor amiga que qualquer um de nós possivelmente podia imaginar, mesmo que ela tenha os melhores peitos que o resto de nós... "
"E para Jake,” acrescentou Riley. "Quem realmente tem algum cérebro escondido por trás? – e seus dentes excessivamente brancos."
Sam deslizou um braço em volta da cintura de Riley quando entrou na conversa "Para vocês dois: Por me mostrarem que talvez eu não queira me casar com este seu bolo de baleia depois de tudo..."
Jake levantou o copo para interromper. "E a todos vocês, por ter a melhor festa de casamento com o pior brinde absoluto."
Rindo, todos levantaram seus copos, mas foi Mitchell, na sua maneira tranquila de chegar ao coração da matéria, que talvez dissesse melhor:
"Para a Stiletto - por mostrar três casais diferentes que foram feitos um para o outro."
Os olhos de Riley pousaram em Emma e Alex e a forma como não estavam se olhando.
Ela apostava suas botas favoritas da Manolo Blahnik que havia uma quarta história lá.
Então, a mão de Sam encontrou a dela e apertou, e ela esqueceu tudo sobre todos, menos ele. Ele era dela.
E por ele tinha valido a pena esperar.

 

 

                                                   Lauren Layne         

 

 

 

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