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LENDA OLMECA
LENDA OLMECA

 

 

                                                                                                                                   

 

 

 

O povo que deu origem à uma das civilizações mais antigas das terras da mesoamérica, tinha uma grande riqueza de ritos e celebrações em honra a seus deuses e heróis. Os indivíduos do povo olmeca, como diz seu nome, se caracterizaram pelas suas crenças ancestrais, arraigadas entre àqueles homens e mulheres que viveram no imenso vale de Anahuac, nome que significa região situada perto da água, a qual abarcava toda a franja norte do território mexicano. As pequenas aldeias das costas do golfo viram nascer uma civilização grandiosa, assentada nos pilares da cultura e sabedoria de seus antepassados.

Para comunicar-se e anotar quantas ações, fatos e dados deviam permanecer e passar para a prosperidade, os olmecas empregaram um sistema de símbolos que daria lugar à escrita hieroglífica utilizada mais adiante pelos maias. Seu próprio nome, olmeca, significa o país da borracha, do látex elástico ou caucho. As selvas úmidas, sulcadas pelos rios que vão marcando caprichosos meandros ao seu passar, cobertas de riachos e pântanos, foram o lugar escolhido pelos olmecas para construir suas aldeias.

As ruínas do Templo dos Guerreiros, com seus pilares quadrados desnudos, que no passado serviram de muros de carga, permanecem ainda em pé, assentadas sobre a terra sagrada onde os homens e mulheres daquele povo, que habitava num vale perto das águas, honrou seus deuses e lhes pediu proteção. As maciças colunas quadradas dão uma ideia da fama de construtores que tinham os toltecas, em cujas esculturas de pedra e trabalhos de metal se aprecia a influência dos olmecas.

Mas, em seus templos com forma de pirâmides, onde adoravam o Sol e a Lua, edificados em honra dos deuses aos quais ofereciam culto, e nas altas figuras dos guerreiros atlantes que servem de suporte à estrutura arquitetônica, está latente o espírito do deus Quetzalcóatl, a deidade conhecida com o nome de Serpente Emplumada, que protege os povos e as colheitas.

Associado ao dia e à noite, as estrelas da Alva e do entardecer, Quetzalcóatl, podia mudar de forma e aspecto, habitar no alto do Céu ou baixar às profundezas abismais do mundo subterrâneo ou Tártaro. Quetzalcóatl tinha por companheiro,   o deus Furacão, e juntos dominavam o Universo. Os rituais tinham uma grande importância entre os olmecas, pelo que construíam faustuosas edificações para dar culto a seus deuses, como o célebre templo de Tabasco, cuja forma e estrutura arredondada favorecem as interpretações sobre o simbolismo das edificações sagradas dos olmecas.

Assim mesmo, também fabricavam e confeccionavam jóias, adereços, figurinhas, machados e máscaras de grande beleza e riqueza criativa.

As lendas populares de alguns povos da mesoamérica nos falam da criação do mundo pelo deus Tamagostad, que acolhia na sua morada divina as almas dos mortos que haviam agido retamente em vida. Aqueles que haviam tido um bom comportamento ao longo da vida recebiam um prémio que consistia em morar para sempre nos lugares paradisíacos que o deus criador tinha reservado para eles.

Segundo o mito, Tamagostad era um deus criador que vivia acompanhado de sua esposa, a deusa Zipaltonal, que lhe havia ajudado a dar forma ao mundo e a todas as criaturas que habitavam na Terra. Tanto o Universo dos humanos como o mundo dos deuses se achavam sob a proteção e o cuidado de Tamagostad, e todos deviam obedecer-lhe. Quando alguns deuses provocavam a erupção de um vulcão, e a Terra sofria enormes sacudidas e tremores, Tamagostad acudia em ajudar os humanos para que não sofressem nenhum dano, portanto não só era um deus criador, mas também protetor.

Os diversos povos de origem nahua que moravam nos arredores do lago do altiplano, e que se estendiam por todo o vale da região da mesoamérica, rendiam culto e adoravam o Sol e a Lua. Mas, em seu mundo mitológico e lendário, também tinham lugar destacado as figuras de deuses e heróis ancestrais. Um exemplo disto é a lenda da Mulher Branca.

Segundo o antigo relato, faz muito tempo, uma bela mulher vestida de branco percorreu toda a extensão do espaço e desceu desde o Céu até a Terra. Depois de andar sem descanso durante vários dias, a formosa mulher se deteve numa idílica cidade do vale do lago do altiplano e mandou construir um maravilhoso e suntuoso palácio, cujas paredes foram recobertas e adornadas com figuras que representavam homens e animais.

Em meio da grande sala central, a formosa mulher vestida de branco colocou uma pedra enorme, uma rocha talhada pelos canteiros mais qualificados daqueles tempos. A pedra tinha gravada, estranhos desenhos e enigmáticas inscrições que não eram possível decifrar. Mesmo assim, ninguém podia aproximar-se da formosa mulher vestida de branco, já que aquela estranha pedra atuava como talismã protetor e impedia que alguém atacasse ou agredisse a Mulher Branca.

Passou o tempo e, antes de partir para o mundo de onde tinha vindo, quando já estava às portas da velhice, a Mulher Branca reuniu seus três filhos e entregou à cada um deles, a herança que lhes correspondia. Logo que repartiu seus bens de forma equitativa e justa entre sua descendência, a Mulher Branca subiu até a torre mais alta de seu grandioso palácio e, transformada numa ave de grandioso porte e poderosas asas, levantou vôo, cruzou o espaço imenso e desapareceu da vista de todos os que a contemplavam.

O relato narra que a Mulher Branca cruzou o espaço imenso, em direção à sua morada original, para sentar-se no trono do Céu e, desde ali, velar pelo bem das criaturas e proteger os humanos que foram seus herdeiros diretos e que, até os dias de hoje, após crescer e multiplicar-se, continuam recordando-a, já que ninguém tem conseguido, ainda, decifrar os caracteres da pedra da Mulher Branca.

Estas pedras, chamadas petróglifos, se encontram em todas as civilizações antigas, seja recolhidas e resguardadas em grutas ou em lugares a intempérie, e todas têm gravados signos e símbolos misteriosos, silhuetas, desenhos ou hieroglíficos com diferentes e diversos motivos: geométricos, humanos, animais, vegetais...

 

 

                      

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