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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


MADD INK / Dani René
MADD INK / Dani René

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

Biblio VT

 

 

 

 

Eu desisti de muito na minha curta vida. Quando eu queria estudar arte, meus pais discordaram da minha escolha. Não havia como sobreviver a partir da pintura e do desenho. Foi o que meu pai me disse. Mamãe não discutiu, ela nunca o fez. Meus pais eram o epítome do que eu não queria de um relacionamento.
Quando papai finalmente partiu, deixando eu e mamãe sozinha, não tive escolha a não ser crescer muito cedo. Dezesseis anos, chefe da casa porque minha mãe decidiu que sem um homem ela não era nada. Eu cozinhava, limpava, me certificava que ela comesse. Meus sonhos de escola de arte diminuíram quando isso aconteceu. Eu saí do ensino médio, encontrei um emprego em um escritório para pagar as contas. Atender telefones era fácil. Você não precisa de um diploma para ser amigável.
Eu estava feliz. Até que entrei num bar uma noite com algumas colegas. Elas me disseram para relaxar. Eu era uma garota de dezoito anos que nunca havia tomado uma cerveja antes. Então eu bebi demais. As chamadas “amigas” me deixaram lá por minha própria conta. Meu cavaleiro de armadura brilhante me salvou. Trent Halston.
Aqueles olhos verdes, aquela barba áspera e aquelas tatuagens. Ele me colocou em sua caminhonete, me levou para casa e fez com que eu entrasse em segurança. Em algum lugar ao longo do caminho, ele conseguiu se apossar do meu telefone, trocando números enquanto eu ria e contava sobre as mulheres esnobes com quem trabalhava. As mesmas que me deixaram em um bar por conta própria.
No dia seguinte ele ligou para ver como eu estava. Certificar-se de que havia sobrevivido à ressaca. Ele não era romântico, apenas doce. Há uma diferença.
Esse foi o fim da minha inocência. Ele roubou o meu número, e depois daquela noite fez questão de roubar meu coração. Nada me preparou para ele, para o amor, para o desgosto. E nada me preparou para o que estava por vir.

 

 

 


Capítulo Um

Ryn

Virando, eu gemo com a luz que atravessa as persianas contra a janela do quarto. O alarme estridente me diz que são seis e meia da manhã e sei que tenho que me preparar para chegar a tempo ao trabalho.

O calor do sol me aquece, e empurro o edredom para que possa aproveitar a sensação dele em meu corpo. Eu jogo minhas pernas sobre a beira da cama, meus pés batendo nas frias ripas de madeira, o que me faz tremer. Dirigindo-me ao banheiro, ligo o chuveiro, observando enquanto jato enche lentamente o pequeno espaço de vapor. Assim que me dispo, entro sob o dilúvio que cai em cascata contra a minha pele.

Meu cabelo loiro liso é curto, cortado no queixo. Eu o mantenho assim, pois é fácil de lavar. Eu sempre fui do tipo moleque, então aprecio o fato de não ter que passar horas para ajeitá-lo.

Também, é mais fácil prendê-lo quando estou no trabalho. Desde que Ava e Jag estão juntos, ele tem me dado mais responsabilidades quando se trata de tatuagem, que sempre foi meu sonho. Eu consegui meus próprios clientes, esboçando ideias e criando desenhos. Hoje tenho um para as costas que vai levar o dia todo. Eu mal posso esperar, o retrato que o cliente me deu para trabalhar era perfeição absoluta.

A água está quente e a pressão incrível. Eu fecho meus olhos, apreciando as picadas de massagem nos meus ombros. De repente, gelo cai na minha pele, fazendo-me gritar bem alto através da porta do banheiro.

— Eu vou matar você! — Uma risada suave vem do corredor. Fechando as torneiras, eu saio, pegando uma toalha e me envolvendo no material rosa fofo.

— Desculpe, mamãe! — A voz que eu amo mais do que a própria vida vem do quarto de princesa no final do corredor. Pisando firme sobre o chão de madeira, entro em seu quarto e a prendo com um olhar estreito.

— Eu vou me cobrar por isso, Roxie, — eu aviso, mas não posso deixar de sorrir para seus olhos azuis brilhantes. Meus curtos cabelos loiros e olhos cobalto combinam com os da minha filha. Felizmente ela parece nada com o pai dela. O idiota que partiu, deixando-nos sem nem um adeus. Quando descobri que estava grávida, ele fez as malas e nos deixou no meio da noite. Acordei em uma cama fria e um apartamento vazio.

— Estou pronta para a escola, só preciso escovar os dentes. — Seu eu de cinco anos de idade é muito velho para sua idade. Independente, atrevida e uma dor na bunda. Ela puxou a sua mãe. Aos vinte e quatro anos, nunca pensei que seria uma mãe solteira, criando minha filha com o salário do meu emprego de tatuadora em tempo integral.

Quando contei a Jagger sobre Roxanne, ele sorriu, disse que me pagaria para trabalhar pela manhã e que eu poderia sair mais cedo para buscá-la na escola. Quando expliquei que precisava de um salário de tempo integral, ele apenas deu de ombros.

A primeira vez que recebi meu contracheque, quase desmaiei na loja. Eu me senti mal por ele ter me pago o dobro da maioria dos artistas, não importa o fato de que comecei como aprendiz.

Eu o questionei sobre isso algumas vezes. Tudo o que ele me disse foi que eu deveria cuidar de mim e da Roxie. O homem tem um coração de ouro. Eu nunca encontrei alguém que se daria ao trabalho de ajudar uma mulher sozinha sem querer algo em troca.

— Estarei pronta em breve. Café da manhã primeiro, — eu aviso, e minha pequena boneca loira balança a cabeça com um sorriso brilhante. Eu volto para o meu quarto vestindo rapidamente jeans skinny azul, minha regata preta de caveira com um sutiã roxo por baixo. Meus braços estão tatuados do ombro ao pulso. A cor, junto com as tatuagens em preto e branco que enchem meus braços, tornou-se meu uniforme. Meus piercings em sua maioria são escondidos pelo meu cabelo e roupas.

Com um piercing na língua, algumas barras nos lóbulos das orelhas e meus mamilos perfurados, a maioria das pessoas foge de mim. Ou se perguntam como uma mulher com a minha aparência cria uma criança. Foi um desses julgamentos estereotipados que me levaram a tatuar completamente os braços. Eu queria provar para aquelas pessoas que independente de como você é, ainda poderia viver uma vida normal. Eu aprendi em primeira mão a nunca julgar um livro pela sua capa. Mesmo as capas mais lindamente polidas podem ser uma farsa.

Puxando meu cabelo loiro em um elástico de cabelo, desço para tomar café da manhã com meu bebê. A única coisa na minha vida que fiz certo.


Capítulo Dois

Slade


Uma risada suave da minha esquerda me acorda de um sono profundo, fazendo-me gemer em resposta. — Slade. — Sua voz aguda irrita meus nervos, o que não ajuda a dor que estou experimentando. A batida na minha cabeça é como se alguém estivesse martelando na porra do meu cérebro. As unhas arrastam-se pelo meu peito e sei que ela está traçando a tatuagem nos meus peitorais.

Lentamente, ela desce ao longo das reentrâncias do meu abdômen, movendo-se para o sul, mas antes que ela chegue ao prêmio, aperto seu pulso, tirando-a de cima de mim.

— Hora de ir, querida, — eu digo, pulando para fora da cama, resmungando em agonia. Jesus, esta é uma ressaca assassina. Não lembro muito da noite passada, mas lembro do álcool branco, o Satã de todos eles. Tequila do caralho.

— Você prometeu me fazer o café da manhã. — Sua voz doce enjoativa me segue. Quando finalmente me viro para a mulher na minha cama, vejo uma loira oxigenada, seus peitos falsos espreitando como uma adolescente. Jesus. Qual a idade dela?

— Não hoje, querida. Tire sua bunda da minha cama. — Não perco mais tempo olhando para ela. Entrando na cozinha, ligo a chaleira e pego minha caneca. Colocando uma colher de café, espero a água ferver.

Eu a ouço se arrastando atrás de mim, mas não presto atenção na mulher que peguei na noite passada. A loira que mal posso esperar que saia da porra da minha casa.

Pegando uma garrafa de água gelada da geladeira, engulo dois analgésicos, esperando que façam efeito mais cedo ou mais tarde. Tenho trabalho para fazer hoje e fazê-lo com uma ressaca não é minha ideia de diversão.

— Eu vou te ver de novo? — Ela pergunta do corredor.

— Adeus, loirinha. Não deixe a porta bater na sua bunda ao sair.

— Você é tão idiota, Slade Maddox!

Eu não posso deixar de rir da sua explosão. Sim, eu sei disso, querida. Assim que a porta se fecha eu respiro e suspiro de alívio. A chaleira desliga e encho minha caneca. A cafeína garante minha salvação, quando tomo o líquido quente.

Quando volto para o meu quarto, há roupas por todo o chão. A primeira coisa que verifico é a lata de lixo. Outro suspiro deixa meus pulmões quando vejo uma camisinha no lixo. Graças a Deus por pequenas misericórdias. Pelo menos me lembrei de fazer uma coisa certa na noite passada.

* * *

— Maddox. — Eu me viro para encontrar meu parceiro, Kyle, sentado na calçada enquanto ando até estação. Tenho trabalhado com o Policia de Los Angeles há quase dez anos. Ser detetive foi o que eu sempre quis, e quando finalmente me deram o distintivo, senti como se tivesse conseguido. Como se eu finalmente estivesse fazendo algo de bom nessa cidade.

— E aí, Pritchard. — Eu aceno, enquanto ele vai em direção ao seu carro. Ele está usando jeans escuros, camiseta azul clara e seu cabelo está uma bagunça. Parece que ele não dormiu em semanas. Pensando bem sobre isso, ele provavelmente não dormiu. Sua esposa acabou de deixá-lo e ele ainda está achando difícil lidar com a vida de solteiro.

— Estou saindo para tomar café. Quer um?

— Sim, traga-me dois, peça-os grande, vai ser um longo turno. — Ele acena em seguida, virando e indo para o carro.

Minha camisa branca já está grudada na minha pele, com a onda de calor que está atingindo a cidade. Assim que entro no prédio com ar condicionado, encontro alguns policiais circulando e vou direto para o escritório. Não é nada especial, mas é o meu espaço pessoal.

Jogando-me em minha cadeira, pego meu telefone e disco o número do meu melhor amigo.

— E aí, Slade? — Ele responde no segundo toque.

— Eu preciso de um retoque, posso aparecer aí depois do trabalho? — Eu pergunto quando minha porta se abre e Kyle entra com quatro grandes xícaras de café. Ele os coloca na minha mesa, colocando dois deles ao lado do meu computador.

— Sim, que horas?

— Cinco e meia?

Ele fica quieto por um tempo. Eu ouço páginas embaralhando e então ele responde. — Parece bom. Eu não vou estar aqui, mas Ryn pode fazer isso depois que terminar seu desenho das costas. Ela provavelmente terminará mais ou menos nesse horário. Agora ela está capacitada e seu trabalho é meticuloso. — Lembro-me da linda loirinha.

— Gostaria que ela fizesse o que quisesse comigo, — eu respondo com confiança, apenas para receber um suspiro de Jagger em resposta. Ele me conhece muito bem. Sim, eu gosto de mulheres. Sim, eu amo boceta, e não há nada que alguém possa fazer sobre isso.

— Só não tente nada com ela. Ela é alguém com quem me importo, é incrivelmente doce também, não uma daquelas vadias que parecem amar o fato de que você pode algemá-las a sua cama.

— Você tem que saber...

— Slade, estou falando sério, — ele corta, quebrando minha linha de pensamento, mas fazendo-me acenar em concordância. Eu farei qualquer coisa por ele. Nós somos como irmãos e se ele disser que Ryn está fora dos limites, então vou ficar longe.

— Tudo bem. Apenas marque-me para um retoque, mas se ela saltar sobre mim, então estará fora de minhas mãos. Quero dizer, sou irresistível, você sabe.

— Foda-se, Slade. — Ele ri, desligando antes que eu possa dizer mais sobre a beleza que estou prestes a provocar esta noite. Ela é quieta, até mesmo tímida, mas há algo incrivelmente sexy em seu jeito distante. Eu amo um desafio.

— Você vai sair para beber esta noite? — Kyle pergunta, sua expressão esperançosa, mas eu balanço a cabeça.

— Não, hoje à noite eu tenho um encontro com uma loira gostosa e tatuada, e tenho a sensação de que vou bebê-la em vez de álcool.

— Você não cansa disso? Quero dizer, na noite passada você teve duas garotas em cima de você. Você não acha que chegará o dia em que uma mulher vai te derrubar e te fazer colocar um anel no dedo dela?

— Eu não sou idiota, cara. Noivado, casamento, toda essa merda não é para mim — digo a ele, engolindo o café que agora está morno. Mas em vez de desperdiçá-lo, engulo, precisando da cafeína para me fazer passar o dia.

— Idiota ou não, um dia você vai querer um filho, uma esposa, e é aí que vai perceber o que realmente é a vida. — Quando olho para o meu parceiro, percebo a tristeza em seus olhos. Ele ainda está com o coração partido sobre a esposa, que decidiu que seu chefe era uma opção melhor do que um detetive. Felizmente, eles não tinham filhos ainda, ou isso teria sido uma merda em dobro.

— Sim, isso se eu encontrar quem me faça querer isso. Agora eu curto ser solteiro e passar o rodo enquanto posso, — eu respondo, mas no fundo, sei que se a oportunidade se apresentar, definitivamente daria uma chance.

Meus pais são os modelos perfeitos, ainda apaixonados depois de Deus sabe quanto tempo. Eu acho que eles estão juntos desde os dezesseis anos. Isso é dedicação. E amor.

Eu nunca estive apaixonado. Nunca senti uma insinuação disto. Nenhuma mulher me fez querer voltar ou ligar para ela no dia seguinte. E de alguma forma, duvido que alguém faça.


Capítulo Três

Ryn


— Ryn. — A voz de Jagger vem dos fundos. Ele terminou seu último cliente e o meu está dando um tempo. Estou quase terminando, dando alguns retoques finais no desenho que comecei há quase oito horas. Eu quase completei minha primeira tatuagem nas costas. — Você pode trancar hoje à noite? Vou levar Ava para jantar. Além disso, há mais um cliente só precisando de um retoque rápido, ele estará aqui em breve.

— Sim claro. Eu tenho uma babá, então está tudo resolvido com Roxie. Estou quase terminando de qualquer maneira, — eu digo a ele. Jagger sorri, seus olhos se enrugando em diversão com a minha expressão. É meu maior trabalho e estou cansada.

— Você se acostumará a fazer isso com mais frequência. Apenas espere, você vai adorar. — Ele me dá um tapinha nas costas em um gesto amigável antes de sair pela porta.

Com uma rápida olhada na agenda, noto que há um nome no espaço das cinco e meia, Slade. Felizmente, um retoque é um trabalho rápido, porque tudo que eu quero é ir para casa e fazer o jantar. Além disso, um banho quente de espuma está gritando meu nome e estou morrendo de vontade de responder.

— Pronta para terminar? — Eu digo à garota que está se saindo bem, já que está cobrindo totalmente suas costas de uma só vez. Caro que ainda não colori, mas o contorno normalmente é mais doloroso por causa das agulhas usadas.

— Obrigado, Ryn. Estou tão feliz por você ter conseguido fazer isso hoje. — Ela sorri, pulando de volta na mesa. Quando nos acomodamos, começo nas pequenas linhas que deixei por último, adicionando sombras suaves nos cantos. Asas são populares entre as jovens, mas estas são incríveis. Duas grandes asas de corvo em cada ombro, descendo pelas costas até o topo de sua bunda.

Perco-me no momento quando finalmente me sento e meu pescoço estrala dolorosamente por estar em uma posição por tanto tempo. — É isso aí, boneca. Você está pronta. — Ela se move, saltando da cama para verificar a tatuagem.

— Demais porra! — Sua excitação é contagiante, porque enquanto observo minha arte, não posso deixar de sorrir. É bem incrível. — Muito obrigada, isso está perfeito.

— Foi um prazer. Deixe-me tirar algumas fotos, e já termino com você. — Não demora muito para terminar e mandá-la embora.

Antes que eu possa trancar a porta, a campainha toca, alertando-me para um cliente. — Você esqueceu... — Minhas palavras são interrompidas quando encontro os olhos cor de avelã do homem parado na porta. Este é um idiota que eu evito. Sendo o melhor amigo de Jagger, ele vem aqui algumas vezes por semana.

Com um metro e oitenta, ombros largos, tatuagens das mãos até os ombros, ele é a figura do bad boy. Com esses olhos cor de floresta, mandíbula angulosa e áspera, sorriso arrogante e a forma como a sobrancelha esquerda se curva em dúvida, me encontro... olhando para ele.

Nós nunca estivemos sozinhos, e o ar parece um pouco pesado com luxúria. Faz anos desde que estive com alguém, muito menos um encontro, então me sinto como uma adolescente pega na frente de sua paixão do ensino médio com uma boca cheia de dentes e sem palavras para pronunciar.

— Eu nunca poderia esquecer você, querida, — ele responde com um sotaque pesado, tirando-me do meu devaneio. Estive o bebendo como um bom vinho. E eu nem gosto de vinho.

— O que posso fazer por você, Slade? — Pergunto, não entrando em seu flerte. Cruzar meus braços na frente do meu peito é o primeiro erro porque seus olhos voam para os meus seios.

— Estou aqui para retocar minha tatuagem. Jag não mencionou que passaria por aqui? — Ele pergunta, entrando na loja, permitindo que um aroma picante misturado com o cheiro de suor pesasse no ar – puro feromônio masculino me intoxicando. Porra.

— Acabei de terminar uma tatuagem completa e estamos fechados.

— Ah, vamos lá, querida. Não seja assim. A menos que você não possa lidar comigo? — Ele ri, inclinando a cabeça para o lado, me observando, desejo claro em seus olhos sedutores.

— Posso tatuar melhor que a maioria dos artistas masculinos. Eu só tive um longo dia. Você não pode voltar amanhã quando Jagger estiver aqui? — Eu pergunto, abrindo a agenda para manter minhas mãos ocupadas, já que elas estão tremendo. Ele dá outro passo em minha direção. Ele está perto agora, perto demais. Pego a caneta, pronta para marcar seu horário amanhã.

Em vez disso, ele pega minha mão, apertando-a suavemente, mas com firmeza. — Eu gostaria que você fizesse isso, querida. Você está pronta para um desafio? — Nossos olhos se encontram então, um momento passa e minha pele aquece. Minhas coxas apertam, necessitadas e doloridas por esse bem conhecido homem prostituto. Eu já ouvi histórias sobre Slade Maddox. E nenhuma delas foi boa. Até Ava me alertou contra ele. Embora, Jag soubesse que seu melhor amigo e eu ficaríamos sozinhos na loja hoje à noite e isso me faz pensar se armaram para mim.

— O que é que você quer?

— Oh, querida, essa é uma pergunta capciosa, se eu já ouvi uma. — Ele me oferece um sorriso pecaminoso e sei que perdi. Minha calcinha está encharcada do sorriso em seu rosto bonito e percebo o quão fácil deve ser para ele levar as mulheres para a cama. Ele se inclina então, sua boca na minha bochecha, sua respiração quente se espalhando sobre a minha pele, causando arrepios em todo o meu corpo. — Que tal você colocar largar a caneta, deixar-me tirar a minha camiseta e mostrar exatamente o que eu quero?

— Eu... — Limpando minha garganta, tento novamente. — Você pode fazer isso. — Com outro sorriso arrogante, ele se afasta, me soltando. Suas mãos se movem para a bainha de sua camiseta, e ele a puxa por cima da cabeça.

Eu vi homens sem camisa. Eu até vi homens sexy sem camisa. Nus. Mas nada me preparou para o que Slade está escondendo. Seu corpo é tonificado, e eu digo perfeitamente. Os ombros largos se afunilam em um torso que parece ter sido esculpido em mármore. Mármore colorido. Seus quadris são firmes, com uma forma de V que se esgueira por baixo da cintura de seu jeans em direção a uma protuberância proeminente e tenho quase certeza de que ele não está duro ainda. Oh Deus.

Homem bem embalado.

— Você já terminou de admirar? — Ele brinca, suas sobrancelhas balançando conscientemente, e eu me repreendo por cobiçar o maior homem prostituto da cidade.

— Eu não estava admirando, apenas... olhando... para a sua tatuagem. — Minha resposta é pesada, carente, e eu tenho que me repreender por agir como uma vadia devassa porque, Deus sabe, tudo que quero fazer é sentir aqueles braços fortes em volta de mim e aquele delicioso pacote de seis na minha língua.

— Com certeza. Então... — Ele dá um passo à frente, apontando para a bússola que pintada com tinta preta em seu peito, o mapa atrás dela indo até o abdômen. — Isso é o que eu preciso retocar. Você é a artista. — Ele olha para cima então, seu olhar fixo no meu em um desafio abrasador. — Eu confio em você.

Eu engulo em seco. Muito difícil. Assentindo, faço um gesto para ele ir até os fundos. — Eu só vou trancar. Quando terminarmos, preciso ir, — digo a ele, esperando controlar o anseio na minha voz. Andando até a porta, giro a chave e rapidamente pego meu telefone e mando uma mensagem para Jessi, a babá, para que ela saiba que estarei em casa mais tarde do que pensava.

Ela vem cuidando de Roxie há quase um ano e eu confio nela. Uma estudante da faculdade local, ela é uma querida com minha filhinha. Quando tenho que trabalhar o dia inteiro como hoje, ela pega Roxie na escola e passa à tarde com ela. Ela tem sido uma dádiva de Deus.

Indo para os fundos, encontro Slade deitado na cama de couro preto, seu torso seminu para o meu olhar faminto. Eu não estive com alguém por tanto tempo, que me sinto como uma maldita virgem. — Eu... — Começo, sem saber o que dizer. As luvas brancas de borracha que coloco é o único som na sala. Eu o sinto olhando para mim enquanto coloco a tinta em pequenos potes de plástico. Quando me viro novamente, ele está me observando atentamente. Um sorriso curva seus lábios cheios de pecado e me pego lambendo o meu próprio.

— Você está muito confusa. Eu sei que causo um efeito sobre as mulheres, então não se sinta mal com isso. — Seu comentário aquece meu sangue, e não da maneira que seu estômago tonificado faz.

— Você se esforça para ser um idiota? Ou isso é natural?


Capítulo Quatro

Slade


Sua pergunta me faz rir. Ela é mal-humorada, mas tão linda quando está assim que não posso deixar de sorrir como um idiota. Há um fogo dançando em seus olhos, e eu me vejo querendo brincar com ele mesmo que me queime. A maioria das mulheres não é um desafio. Eles veem o bad boy com as tatuagens e são como mariposas, mas Ryn Callan é mais que isso. Ela é uma mulher inteligente e independente, e não aceita desaforo de ninguém, inclusive eu, e isso me faz respeitá-la.

Mas não é apenas sua mente e personalidade que me atraem, é também a natureza gentil que vejo por trás de sua fachada. Eu quero mergulhar no poço e descobrir o que esta beleza está escondendo.

— Querida, eu não sou idiota. Você provavelmente está acostumada com isso, mas posso garantir, eu sou o cara mais legal que você já conheceu. — Minha resposta à fez rir, o som musical, suave e sedutor. — Deixe-me levá-la para sair e eu vou te mostrar, — eu digo, observando sua reação, algo que me diga que ela está interessada, mas de repente ela desliga.

— Eu não posso. Vamos acabar com isso. — Sua resposta é curta, fria. O zumbido da máquina ecoa ao nosso redor, deixando pouco espaço para falar. Assim que as agulhas tocam minha pele, fecho meus olhos e permito que ela trabalhe. Jag me disse que ela é boa; se ele confia nela, eu também.

Mas eu quero saber mais sobre ela. Abrindo um olho, eu a observo. Seu cabelo loiro está amarrado em uma bagunça. Fios soltos caem pelo pescoço enquanto ela se move. Seu olhar está treinado em meu corpo, e eu queria que fosse mais do que apenas seus olhos em mim. Eu queria que ela estivesse em mim, montando meu pau.

Suspirando, fecho meus olhos novamente, precisando me acalmar, ou vou ficar duro enquanto ela trabalha.

— Você gosta de trabalhar para o meu melhor amigo? — Eu pergunto, sem olhar para ela. O zumbido para e ficamos em completo silêncio.

— Sim, é algo que eu sempre quis fazer e ele é um bom professor. — A máquina liga novamente e eu sinto a picada contra a minha pele. Virando minha cabeça para ela, abro meus olhos, apenas para encontrá-la olhando para mim.

— Você me permitirá levá-la para sair? Uma noite. Só jantar. — Eu nunca implorei por uma mulher, nunca precisei convidar duas vezes. Isso é novo para mim e eu não sei por que estou insistindo, mas algo no fundo me diz que há muito mais nessa mulher atrevida do que enxergo. E pretendo descobrir o que é.

— Não. Você gosta de ser rejeitado? — Ela brinca, e um quase sorriso racha seu rosto, que ilumina seus olhos azuis.

— Nunca fui rejeitado antes, querida. Por que você não quer sair comigo? — Eu pergunto, observando seus lábios se curvarem em um sorriso enquanto ela trabalha. Eu não sei se é... nossa brincadeira que está causando essa bela inclinação em sua boca, mas sei que quero ver mais disso.

— Porque você é um prostituto, Slade. Eu não sou aquelas coelhinhas de bar que você adiciona aos milhões de entalhes na sua cama.

Segurando a mão dela, eu a afasto de mim e dou uma gargalhada com a sua resposta. — Eu nunca disse que você era uma delas, Ryn. E eu não adicionaria você àqueles entalhes. Além disso... não há muitos. Quer dizer, se fossem milhões, tenho certeza de que meu pau teria caído por agora.

— Estou surpresa que não tenha. — Suas respostas rápidas, observações atrevidas, e a maneira como os olhos dela brilham maliciosamente só me faz querer tentar mais. Quebrar a concha que ela construiu em torno dela e encontrar a mulher escondida embaixo.

— Bem, por que não te mostro? — Eu pergunto, fazendo-a parar a máquina novamente. — Ou você está com medo? — Eu provoco de brincadeira.

— Eu não tenho medo de você, Slade Maddox. — Ela me alfineta com um olhar quente. — Eu só não quero ser outra na longa lista de mulheres que você fodeu e jogou fora. — Sua voz diminui, tristeza pesando em seu tom.

Eu a vejo abaixar a máquina e percebo que ela terminou o retoque. Seus dedos passam creme na minha pele recém-tatuada e ela cobre.

— Eu simplesmente não confio em homens como você.

Sua confissão me faz sentar-me abruptamente. — O que você quer dizer? — Desta vez, estou na cara dela, estendendo a mão para o seu queixo, eu levanto gentilmente com o dedo indicador, forçando-a a olhar para mim.

— Nada. Você está pronto. Eu preciso fechar a loja e ir para casa. — Ela se afasta de mim, e eu a vejo limpar os potes de tinta e plástico. O silêncio paira fortemente no ar e me vejo querendo entrar em sua mente para descobrir por que ela é tão torturada, tão triste.

— Ryn...

— Você está pronto, Slade. Por favor, saia. — A frustração cai sobre mim quando puxo minha camiseta e vou em direção a ela. Ela se vira para mim então, seu olhar queimando no meu. Nossos corpos estão a centímetros de distância. Seu calor é inebriante. Levantando minha mão, eu a arraso pelo seu braço, seguindo a tatuagem que adorna sua pele.

Ela treme ao meu toque. Quando alcanço seu quadril, me inclino, minha boca em seu ouvido. — Você sente isso? — Eu sussurro, permitindo que minha respiração sopre sobre sua carne.

Ela deixa minha mão avançar até o seu núcleo. Mesmo através do tecido grosso eu posso sentir o quão quente ela é por mim.

— Isso aqui. — Pressiono um dedo em sua boceta e sua cabeça cai para trás quando um gemido escapa de sua boca. — Será meu. Eu posso garantir isso, docinho. — Eu sorrio, arrastando os dedos para o botão que está restringindo o meu acesso. Uma vez desfeito, observo seu rosto enquanto o prazer a atravessa.

— Slade, — ela choraminga, seus lábios cheios e minha boca bate na dela. Minha língua mergulha em seu calor, provando-a pela primeira vez.

Minha mão se encontra dentro de seu jeans. O material macio de sua calcinha está encharcado quando passo um dedo por sua fenda. Suavemente, empurro a seda ofensiva para o lado e a encontro quente, molhada e tão pronta, que meu pau pulsa.

Sua mão aperta meu pulso, me segurando no lugar. Ela não se move. Seus quadris não avançam. Nossos olhares se fixam por um momento, um longo e aquecido segundo antes de ela soltar minha mão e me permitir mergulhar dois dedos dentro dela. Meu corpo está no ponto de ebulição quando sua boceta aperta os dois dedos. Ela pulsa em torno de mim, seus gemidos caem de seus lábios e eu a fodo lentamente, torturantemente com o dedo.

Minha pele recém-tatuada está formigando, mas a dor só serve para me deixar mais duro. Ela fica linda quando a cabeça cai para trás e se solta. O prazer à segura firmemente enquanto seus quadris rolam e ela cavalga meus dedos.

— É isso aí, garota safada, aceite, tire todo o seu prazer de mim, — digo a ela. Admirado com o quão incrível ela é, me certifico que a imagem fique gravada em minha mente, porque hoje à noite, com certeza estarei me masturbando com Ryn Callan gozando em minha mão.

Um orgasmo a atravessa e sua liberação encharca minha mão. Quando aqueles grandes olhos azuis se abrem, ela me encontra em sua névoa de prazer e um rubor rosado tinge suas bochechas.

— Você é uma má influência, Slade Maddox, — diz ela em um gemido.

Puxando minha mão de seus jeans, eu trago meus dedos, brilhando com seus sucos, para os meus lábios e os lambo. O sabor doce, almiscarado e intoxicante só faz com que minhas bolas azuis piorem. Eu quero transar com ela. Quero meter dentro dela agora, mas não é isso que vai fazê-la ver que tenho razão. Ela precisa ser tomada lentamente.

— Logo, vou garantir que você encontre prazer em mais do que apenas os meus dedos, querida, — digo a ela.

— Eu gostaria de ver você tentar, Sr. Maddox. Isso — ela gesticula entre nós —fui eu perdendo o controle uma vez, e deixe-me dizer uma coisa, não vai acontecer novamente. — Sua réplica é ofegante, nem perto do que parecia antes, e eu sei que estou lentamente cavando as paredes que ela se esconde atrás.

— Isso não acabou, querida. Eu vou derrubar essas paredes e você não terá escolha a não ser me deixar entrar. Eu nunca recuo a um desafio. — Com isso, a deixo nos fundos da loja e vou em direção à porta. Ela não me segue. Não achei que ela faria. Algo me incomoda sobre o que ela falou mais cedo e me pergunto quem a machucou antes. A necessidade de dar um soco em alguém passa por mim.

Eu planejei ir ao bar quando terminasse, mas não sinto necessidade disso. O que eu quero é Ryn Callan. Eu a quero em meus braços. O pensamento se instala em minha mente e começo a formular meu plano.

As mulheres são fáceis de entender. Seus desejos e necessidades. Mas com ela há muito mais. Ela é um quebra-cabeça e pretendo descobrir como suas peças se encaixam. Eu quero mais. Não apenas uma foda rápida na parte de trás do meu carro. Com Ryn, sua inocência e fogo me fazem querer ver o quanto mais posso descobrir sobre a bela mulher.

Escorregando para o assento do motorista do meu jipe, ligo o motor pensando em como jogar isso. Ela precisa confiar em mim de alguma forma. E vou garantir que até o final da semana seja exatamente o que ela fará.


Capítulo Cinco

Ryn


Assim que entro na casa, ouço os risos da minha doce menina, junto com os desenhos animados da televisão. Eu acho Jessi e Roxie sentadas na sala de estar, assistindo algo na tela plana, ambas perdidas no mundo na frente delas.

— Ei, meninas, — eu digo, fazendo com que ambas se virem e me ofereçam sorrisos brilhantes. — Mamãe! — Roxie pula, correndo em minha direção, batendo em mim e envolvendo seus pequenos braços em volta da minha cintura. Seu xampu com cheiro de chiclete enche minhas narinas, levando consigo o aroma da colônia picante de Slade.

— Senhorita Callan. — Jessi sorri enquanto se levanta, pegando os pratos do chão. — Eu fiz um jantar muito básico, algumas iscas de peixe, purê de batata e salada. Eu não tinha certeza de quão tarde você ficaria no trabalho.

— Tudo bem, obrigada por ficar. — Eu aceno, liberando minha filha e seguindo minha babá para a cozinha. — Houve uma consulta tardia e eu precisava terminar a sua tatuagem.

— Oooh! Ele? Ele era gostoso? — Ela ri. Jessi tem dezenove anos, bonita, com longos cabelos negros; seus grandes olhos cor de avelã são perfeitamente adequados à sua pele levemente bronzeada.

— Para ser sincera, sim. Ele é muito bonito, mas é encrenca. — Eu pego um prato do armário, indo até o fogão, onde pego algumas batatas do prato de vidro que Jessi assegurou manter aquecido.

— O que faz você dizer isso? — Sua pergunta me deixa imóvel. Eu já ouvi histórias das conquistas de Slade. O fato de que toda noite ele é visto com uma mulher diferente.

— Eu já ouvi histórias, — eu digo a ela, enchendo meu prato com comida, me acomodando na pequena mesa da cozinha. Quando ela se junta a mim, seu olhar inquisitivo me prende e eu espero por suas perguntas sobre o meu passado, ou porque acredito em histórias de outras pessoas. E honestamente, não sei. Eu nunca tinha visto Slade se comportando assim com meus próprios olhos. Mas a maneira como reagi a ele esta noite foi toda a evidência que preciso para evitá-lo. Não é só o meu coração na linha, mas o da minha filha também.

— Bem, eu não sou especialista em homens, ou amor, mas acho que ouvir histórias pode não ser a melhor ideia. Quem sabe quanto disso é inventado e quanto realmente é verdade.

— Você está certa, mas preciso pensar em Roxie. Além disso, duvido que ele queira uma mulher de vinte e quatro anos que tenha uma filha de cinco anos de idade. A maioria dos homens não quer ser sobrecarregado com a responsabilidade de uma criança que não é deles.

— Como você sabe se não lhe dá uma chance? Se há uma coisa que aprendi depois que minha mãe foi embora, é que preciso deixar que os outros façam suas próprias escolhas. Dar-lhes a verdade e se eles se afastarem, então que assim seja. Se eles decidirem ficar, então você sabe que é real porque foi a escolha deles. Meu pai sempre disse isso.

Para uma jovem mal saindo da escola, Jessi é sábia demais para seu próprio bem. Assentindo, engulo a comida da minha boca. Ele passa o nó de tristeza na minha garganta. Eu deixei a dor do meu passado nublar meu julgamento, isso é verdade.

Talvez Slade não seja tão ruim quanto eu pensava, mas não posso me permitir cair na mesma situação como fiz com Trent. Ele me machucou mais do que qualquer homem jamais fez ou fará.

* * *

Depois que Jessi sai, termino meu jantar e vou para a sala de estar encontrando Roxie desmaiada no sofá, abraçando seu brilhante coelho azul. Ao longo dos anos, ela se apegou ao brinquedinho de pelúcia e não consegue adormecer sem ele ao seu lado.

Suspirando, eu a pego e a levo para o quarto dela, colocando-a na cama. Mesmo com o solavanco, ela não acorda; em vez disso, ela se enrola em uma pequena bola. Uma vez que a cubro, volto para a sala e sento no sofá. Foi um longo dia, mas minha mente está correndo com a memória de Slade. Sua pele lisa, o modo como seu abdômen ficava tenso quando a agulha pressionava sua carne. O cheiro de sua colônia e a maneira como seus lábios se curvaram em diversão com a nossa brincadeira.

Mas mais do que isso, não consigo parar de pensar em como seus dedos se sentiam dentro de mim. A lembrança de como ele instigou meu orgasmo de mim e eu deixei ir. Foi bom sentir novamente. Ter outra emoção além de ser mãe.

Tenho que ser honesta, eu gostei. Eu não tenho um encontro há mais de três anos. Tentei namorar quando Roxie era mais nova, mas assim que o cara descobriu que eu a tinha, ele correu quilômetros, nunca se incomodando em ligar novamente. No final, desisti de toda a cena de namoro e foquei na minha filha. Meus olhos tremulam quando a televisão desliga e o sono me leva a sonhar com um homem de pele tatuada, grandes olhos cor de avelã e um sorriso que sei que vai agarrar meu coração.

* * *

Quando abro os olhos, encontro meu telefone e percorro a tela. Nem mesmo seis ainda. Eu preciso levantar e começar o meu dia, mas quando giro encontro Roxie enrolada atrás de mim. Adormecida, ela é a imagem da inocência, mas há um lado impertinente nela que não posso negar.

Minha doce menina.

Meu coração costumava doer por ela não ter um pai, mas eu também não tive pai e me saí bem.

Mas como mãe, você quer que seus filhos tenham o que você não teve. No entanto, só de pensar em Slade Maddox nesse papel me faz estremecer. O homem é um playboy. E esse definitivamente não é o tipo de pessoa que quero perto da minha filha.

Mesmo que apenas uma noite tenha passado, minha mente ainda está lá no meu estúdio com seus dedos dentro de mim. Eu o tatuei e cada centímetro de seu torso tonificado e bronzeado me assombra. O jeito que aquela maldita bússola se movia a cada pressão da agulha está enraizada em minha mente. E mesmo sabendo que nunca vai dar certo entre nós, não posso deixar de me perguntar e se.

Seu toque provocou emoções que há muito tempo permiti crepitar em algo. Meu coração bate com as imagens de seus profundos olhos cor de avelã me perfurando, desafiando-me e sinto como se quisesse ceder. Renunciar o controle a alguém por um tempo e desfrutar de ser jovem.

Virando, pressiono um beijo na testa da minha filhinha. — Querida, — eu sussurro, na esperança de acordá-la para que não cheguemos atrasadas, mas tudo que consigo é um ronco suave. — Roxie Ursinha, — murmuro em seu ouvido. Desta vez recebo uma risadinha e sei que ela está acordada. — Vamos, vamos nos atrasar.

Um gemido me cumprimenta, e eu rio, indo para a cozinha. Meu telefone toca do quarto, mas antes que eu tenha tempo de pegá-lo, Roxie já está falando com quem está do outro lado.

— Sim, ela está acordada... — Eu a vejo escutar o interlocutor. — Meu nome é Roxanne, mas você pode me chamar de Roxie. Tchau, — ela diz abruptamente, virando-se para mim, mas alcançando o telefone como se ele tivesse acabado de atacá-la. — Ele quer você. — Três pequenas palavras e meu coração bate no meu peito.

Meu estômago cai nos meus pés e o nó na minha garganta é grande demais para engolir. — Olá?

— Querida, não sabia se iria te acordar, ou se você é uma madrugadora. Acho que agora sei. — O estrondo profundo de Slade vem do alto-falante e o tom confiante de sua voz me deixa mais no limite. Eu não queria que ele soubesse sobre Roxie.

— Onde você conseguiu meu número?

— Eu sou muito persuasivo, e Jag gosta de mim. — Ele ri. O som rouco, transformando meu coração selvagem em força total enquanto ele bate contra as minhas costelas dolorosamente.

Eu vou matar o Jagger!

— OK. Então, por que você está me ligando?

— Você sabe por que, querida, — ele murmura, baixando a voz para um tom intenso, me virando do avesso. O efeito que esse homem tem sobre mim é surpreendente. Normalmente, consigo ignorar o flerte, consigo facilmente me afastar, mas há algo sobre Slade que me puxa de volta. — Eu sou um homem que ama um desafio e você é isso. Saia comigo. Traga Roxie junto. — O nome da minha filha em seus lábios me faz tremer de medo porque ele sabe que ela é minha. Toda vez que ela surge, homens correm, mas Slade ainda está na linha, ainda me convidando para sair. E além do mais, está convidando minha filha a se juntar a nós.

— Por que eu te daria uma chance, Slade? Como eu disse, não vou ser outra...

— Ryn, — ele rosna. Ele na verdade rosna meu nome e faz coisas com meu corpo que não consigo explicar. — Me dê o benefício da dúvida. Um encontro. Passe o dia comigo amanhã. Levaremos Roxie até a praia e eu mostrarei que não sou o homem que você pensa que sou.

Ele parece tão sincero. Meu coração catapulta ao pensar em um encontro com ele. Ele é bonito. Além de deslumbrante. Com olhos cor de avelã, lábios cheios e mãos grandes e fortes, ele é um destruidor de corações, mas é aquela mandíbula esculpida que ostenta uma camada de barba por fazer, apenas o suficiente para sentir entre minhas coxas, o que faz com que eu finalmente o permita avançar alguns centímetros. — Tudo bem. Um movimento errado...

— Você pode me chutar para o meio-fio, mas confie em mim, eu farei todas as fantasias que você já teve se tornar realidade. Obrigado Ryn. Eu prometo fazer você sorrir.

— Tenho certeza disso. Adeus, Slade. — Eu desligo antes que ele possa dizer mais alguma coisa. Minha mente está uma bagunça agora, mas meu coração, esse filho da puta, está batendo em minha caixa torácica com felicidade.

— Esse é o seu namorado, mamãe? — Girando rapidamente, encontro minha doce menina olhando para mim enquanto engole seu cereal. E por “engolir”, quero dizer, inala.

— Talvez, querida, eu não sei ainda. — Ela balança a cabeça, sem preocupação com o mundo enquanto pula de volta para a cozinha. Eu ainda quero um namorado? Balançando a cabeça, vou até o banheiro para me preparar para o trabalho. Isso é ridículo, não sou uma adolescente, e ele não é minha paixão.


Capítulo Seis

Slade


Eu não sei o que fazer. Um encontro é uma coisa. Mas um encontro com a filha dela é inédito. Estou me transformando em um homem cujas bolas foram apanhadas por uma mulher em seu punho de aço.

Eu tenho estado à beira da loucura desde que ela concordou com um encontro. Nunca quis tanto uma mulher. E aquela que me rejeitou, nada menos. Ela é mal-humorada, mas vi a dor e a angústia em seu olhar. Quero consertá-la. Quero ser a pessoa que a faz sentir novamente.

Eu procurei a única pessoa que sei que pode ajudar. O homem que a conhece como a palma da mão.

O meu melhor amigo.

— Você está falando sério sobre isso? — Jagger diz enquanto seu peito vibra com gargalhadas e eu não consigo evitar revirar os olhos pela sua zombaria. O filho da puta me conhece há muito tempo e sabe que nunca me apeguei a uma mulher. Reconheço que fico entediado com elas.

Eu sou o cara que manda você embora depois que a ação acaba, mas Ryn é diferente. Muito diferente.

Hoje é o dia D. Estou a caminho de pegar Ryn e parei para vê-lo primeiro. Para conseguir algumas informações sobre essa mulher que me envolveu em seu dedo mindinho.

— Cala a boca, eu só preciso saber o que ela gosta.

Balançando a cabeça, ele olha para Ava, que está sorrindo de orelha a orelha. — Ela adora donuts com cobertura de chocolate. Eu sei que sempre compramos ela pega um. O café dela precisa ser preto, sem açúcar, e ela ama o ar livre. — Ava me diz com um sorriso. A garota do meu melhor amigo é incrivelmente linda. Seu sorriso ilumina o ambiente, mas o sorriso de Ryn, quando ela me presenteou algumas vezes, ilumina todo o meu mundo. — Isso é tudo que eu precisava. Deseje-me sorte, — eu digo, oferecendo um rápido aceno antes de sair da loja. Tanto Jagger quanto Ava me oferecem um sorriso e um boa sorte quando saio e sei lá no fundo que eles desejam a mim e a Ryn o melhor. Uma vez no meu jipe, pego a estrada e coloco o pé no acelerador, se não o fizer, sei que vou me atrasar.

Não demoro muito para chegar a sua casa e, por alguma razão, estou nervoso. A porta me encara antes de eu bater, me provocando. Levantando minha mão, bato meus dedos na madeira duas vezes e espero.

Eu ouço movimento, uma doce voz infantil gritando que ela quer atender e, em seguida, a porta se abre e me encontro com Ryn e uma versão menor dela.

— Oi! — A garotinha sorri, suas covinhas aparecendo imediatamente. — Eu sou Roxanne, mas você pode me chamar de Roxie, — diz ela, estendendo a mão, o braço esticado. Está faltando dois dentes em seu sorriso brilhante e me pego agachando para encontrar seus olhos azuis. Eles parecem olhar através de mim, igual a sua mãe.

— Bem, é um prazer conhecê-la, Roxie, — eu respondo, pegando sua pequena mão na minha, engolindo-a enquanto balanço. — Eu sou Slade, — digo a ela, abaixando a voz como se fosse um segredo. Uma risada divertida sai de seus lábios.

— Oi, Slade. Você é namorado da mamãe? — Ela pergunta, olhando para a mãe e depois para mim.

— Ok, isso é suficiente. Vamos lá, você precisa pegar sua mochila. — Ryn conduz sua filha para dentro, gesticulando para eu segui-las. Uma vez que estamos todos dentro, permito que meu olhar passe pelo ambiente, observando cada centímetro como se fosse minha casa também. Para que isso dê certo, preciso que ela confie em mim.

— Lugar legal, — eu digo quando entramos na sala de estar. Não é enorme, mas é confortável.

— Obrigada. — Sua voz suave penetra meus pensamentos. Estamos sozinhos na sala de estar por um momento e não posso deixar de tomá-la. As curvas suaves de seus quadris, a inclinação suave de seu pescoço, que mergulha no conjunto mais incrível de peitos que eu já vi. Eles estão cobertos por um top justo, mas eu aprecio a maneira como eles o preenchem.

— Olha, eu sei que você não está a fim de namorar, ou de homens, ou qualquer outra coisa, mas posso te garantir, que não vou te machucar. — Eu não sei por que estou dizendo isso a ela, mas não posso evitar. Antes que ela possa responder, a loirinha corre para a sala de estar com uma pequena mochila rosa, quebrando a conexão entre nós.

— Podemos conversar mais tarde, — é tudo o que ela diz e se vira para ajudar Roxie com uma tiara de cabelo. Momentos depois, me encontro sentado no banco do motorista do meu carro, levando Ryn e sua filha a um encontro.

* * *

A praia está lotada, mas achamos um pequeno espaço onde colocamos os cobertores e cesta de piquenique que decidi embalar no último minuto. Não sabendo o que crianças gostam, joguei todos os pacotes de petiscos que encontrei.

— Você trouxe alguma fruta? — Ryn pergunta incrédula. Seus grandes olhos azuis fixos em mim, sua testa franzida enquanto me observa. Antes que eu tenha tempo de responder, Roxie decide que é hora de me puxar para a água. Meus calções e camisetas são salpicados pelas ondas.

— Olha! — Ela grita, mostrando-me um caramujo cavando seu caminho pela areia fofa. Sua risadinha é inebriante e me pego rindo. Quando olho para trás, encontro o olhar de Ryn em mim. Sua cabeça inclinada para o lado.

— Você gosta de caramujos? — Eu pergunto olhando para a pequena joia de rabo de cavalo. Ela é tão linda, e quando ela sorri, seu rosto se ilumina. Assim como a mãe dela.

— NÃO! Eles são como melecas! — Sua doce voz me diz que está convicta e não há como convencê-la do contrário.

— Vamos, vamos encontrar uma concha para sua mamãe, — estendo a mão, que ela aceita. A ação faz coisas comigo. Coisas que eu nunca pensei que sentiria.

— Olha, Slade, — Roxie me diz, apontando para uma bela concha perolada.

— Isso é perfeito para sua mãe.

— Ela gosta de coisas brilhantes, — ela sussurra conspirativamente. E eu me pergunto o que mais posso aprender com a pequena beleza que agora capturou minha atenção.

— Ah, é mesmo? — Pergunto, interessado em saber mais sobre a mulher que quero sob mim. — O que mais ela gosta?

Seu nariz se encolhe com isso. — Ela gosta de bolo de chocolate. E donuts, com a coisa branca no meio. Uhm... — Ela levanta os dedos até o queixo em concentração. — Flores brancas! — Ela grita animadamente.

— Lírios? — Eu pergunto e ela ri mais uma vez.

— Com a coisa amarela dentro, — diz ela, confirmando que são realmente lírios que preciso comprar. Rindo, eu aceno. Perfeito. Lírios é o caminho para o coração de Ryn, junto com Roxie. Preciso ter certeza que ela perceba que não sou o destruidor de corações que ela acha que sou.

— Você gosta da mamãe?

— Sim, eu gosto.

— Mamãe gosta de você, — ela diz inocentemente.

— Como você sabe disso?

Ela encolhe os ombros então, sorrindo para mim, finalmente responde. — Ela disse que você é bonito para Jessi. — Um riso borbulha em seu peito e acho que ela não deveria ter ouvido essa parte específica da conversa.

— Ela disse agora? — Isso é novidade para mim. Boas novidades.

— Uh-huh. — E esse é o fim do nosso bate papo, porque estamos de volta aos cobertores, comendo petiscos e bebendo suco de maçã.


Capítulo Sete

Ryn


Minha pele está dourada do sol. O dia estava lindo, divertido e, embora eu tivesse minhas dúvidas, me vi querendo passar mais tempo perto de Slade. Ele e Roxie rindo e conversando fizeram meu coração acelerar e aquela emoção chamada esperança apertou meu peito. Eu quero que ela tenha uma figura paterna, mas não posso colocar isso sobre Slade. Pela primeira vez em muito tempo, senti-me à vontade tendo um homem ao redor dela.

A única coisa que não quero é que ela se apegue demais e que ele decida que está entediado em brincar de casinha.

Slade me convidou para dar uma volta para que pudéssemos passar um tempo sozinhos. Jessi está cuidando da minha filhinha e estamos indo para algum lugar - já que é uma surpresa, não tenho ideia de para onde vamos. Qualquer hora com Slade sem ninguém por perto é perigoso.

— Você sabe para onde está indo? — Eu pergunto, enquanto ele atravessa o tráfego. Ele acena, olha para mim com aquele sorriso de lado, e não posso deixar de corar. O calor nas minhas bochechas desce e eu sei que meu peito também está vermelho.

Quando ele faz uma parada familiar, percebo que estamos subindo a colina em direção ao Observatório Griffith - um dos meus lugares favoritos na cidade. Ele dirige em completo silêncio, mas suas mãos brancas apertando o volante me diz que ele está trabalhando duro para se conter.

— Eu não vou quebrar, você sabe, — eu digo a ele, sentindo-me descarada e excitada pela maneira como seus músculos incham na camisa que ele está usando. Meu comentário ganha uma risada sexy.

— Querida, do jeito que quero transar com você agora, eu definitivamente quebraria seu corpinho doce, — ele diz com fome e desejo nadando em sua voz profunda.

— De alguma forma, Slade Maddox, não acho que você é tão assustador quanto faz parecer, — respondo, a brincadeira lúdica só me fazendo relaxar em sua companhia. Eu não sei se isso é uma coisa boa, mas estou me permitindo por uma noite ser apenas uma mulher. Não a mãe. Não a tatuadora. Apenas eu.

— Cuidado com o que você diz, pequena dama, — diz ele, entrando no estacionamento e desligando o motor. Ele se vira para mim. — Porque posso lhe garantir, no momento em que você se soltar e me permitir tocá-la novamente, você nunca vai me esquecer.

Minha confiança cresce com seu desejo óbvio por mim. — Então me faça esquecer tudo do meu passado. Mostre-me exatamente do que você é capaz.

— Saia do carro, — ele ordena, empurrando sua porta tão rápido que estou surpresa que a maldita coisa não explodiu. Quando abro minha própria porta, saio do carro e a fecho, Slade já está ao meu lado. Não há muitas pessoas por aqui esta noite. O sol está se pondo e é totalmente de tirar o fôlego.

— Eu amo isso aqui, — murmuro.

— Bom, porque nós vamos criar uma memória nova. — Slade se inclina, seus lábios sussurrando contra o meu ouvido, enviando arrepios quentes através de mim. — Observe o sol, — ele me diz enquanto suas mãos sobem pelos meus braços. Está quente, mas eu tremo. As pontas dos dedos dele, leves como uma pluma, chegam ao cós do meu jeans. — Confie em mim, Ryn.

— Eu vou tentar, Slade. Não posso te dar cem por cento, mas vou dar cinquenta por enquanto, — eu respondo. Quero confiar, mas depois do meu desgosto passado, vai levar tempo.

— Isso é mais que suficiente, — ele diz. — Por enquanto. — Uma mão encontra o caminho pela frente do meu jeans mergulhando no ápice entre as minhas coxas. Seu toque é quente, me fazendo ferver de dentro para fora. Ele acaricia o material que cobre minha boceta, lento, gentil, quase reverentemente.

— É isso aí. Deixe ir, querida, — ele me diz. A respiração quente de seus lábios cai no meu ouvido, a pele macia do meu pescoço é sugada em sua boca, seus dentes roçam a carne enquanto seus dedos provocam meu núcleo. Eu sinto isso então, meus olhos colados ao pôr do sol. O céu se transforma em um tom profundo de roxo e laranja enquanto meu corpo aperta e pulsa.

Seus dedos mergulham em mim, encontrando o calor que parece estar me queimando por dentro.

— Sua doce boceta está encharcada para mim, querida, — Slade sussurra no meu ouvido, fazendo meu desejo subir ao céu. Quero subir, dar uma volta no abismo.

Ele não para quando seus lábios encontram meu pescoço, sugando a carne, seus dentes roçando a pele mais sensível atrás da minha orelha.

— Goze para mim, Ryn. Deixe ir e sinta. Eu quero tudo de você, — ele diz e provoca.

Nada pode impedir minha escalada, minha porra de voo para euforia, porque seu polegar circunda meu clitóris, dois de seus dedos mergulham na minha entrada encharcada, e eu agarro seu braço no voo do prazer. Encontro liberação quando ele mais uma vez me fode com os dedos ao esquecimento.

Tudo ao nosso redor desaba quando ele me leva ao limite, deixando-me lá por um momento, no limiar da felicidade.

Então, ele me diz o que eu preciso. — Logo, vou foder sua bocetinha tão profundo, tão rápido e tão difícil, que fará você sempre minha. — E com essas palavras imundas, eu voo em direção ao céu que escurece.

* * *

— Mamãe! — Um grito alto me acorda, rompendo o sonho de tatuagens e abdômen duro. Jesus, eu preciso transar. Isto é ridículo. Ontem à noite, depois que ele me fez gozar, Slade me colocou de volta no carro, me levou a uma pequena lanchonete onde tomamos uma cerveja e nos conhecemos.

Foi tão diferente. Tão legal. Ele me disse que perdeu seus pais para um motorista bêbado quando completou dezoito anos, o que o levou a se alistar na força policial e foi lá que conheceu Jag. Depois de alguns anos, Jagger desistiu quando seu parceiro foi morto. Abrir seu próprio estúdio de tatuagem era o seu sonho. Eu não sabia disso. Olho para o meu chefe e definitivamente não posso vê-lo sendo alguém que vive com regras, nem se importa em aplicá-las.

Quando Slade me levou para casa, fiquei tentada a convidá-lo para entrar, mas ele me beijou gentilmente nos lábios, acariciou meus braços e me puxou para perto dele, prometendo que da próxima vez que estivéssemos sozinhos, seria sem roupas.

— Mamãe! — O grito vem de novo e sei que é hora de levantar. Gemendo, levanto da cama, correndo para a sala onde eu encontro Slade Maddox e Roxie rindo enquanto ela abraça um novo ursinho de pelúcia.

— Ei, linda. — Ele sorri, o canto da boca levantando naquele sorriso pecaminoso que ele gosta de me dar. Por mais que eu queira negar, sei que esse homem será minha ruína.

Faz apenas dois dias desde que nós... bem, desde que ele entrou no Pierced Ink e já sinto falta dele quando ele sai, e quando aparece, sem avisar, fico preocupada com Roxie, e eu, me apegando em outro homem que poderia partir a qualquer momento. Sei com certeza que quero mais.

Ele ainda não passou a noite, mas sei que chegará a hora em que eu vou querer que ele fique. Que no fundo, vou pedir que ele fique e eu vou querer acordar em seus braços fortes.

— Mamãe, olha o que Slade me deu. — Roxie sorri para mim com a inocência de um anjo. O ursinho de pelúcia com grandes orelhas marrons é quase tão grande quanto ela.

— Por que você não vai colocá-lo em seu quarto, depois de agradecer a Slade pelo presente, — eu sussurro em seu ouvido.

Ela se vira para ele, inclinando-se na ponta dos pés, e murmura. — Obrigada, Slade. — Quando ele se agacha na frente dela, não consigo evitar derreter quando ela envolve seus pequenos braços ao redor de seu pescoço e bica a bochecha dele.

Quando estamos sozinhos, encontro seu olhar, intenso, inflexível e inabalável. — Você não deveria ter...

— Eu quis. Ela é uma boa criança, — ele diz. E quando passa os dedos pelos cabelos, minha mão formiga para fazer o mesmo. A memória do que fizemos ontem à noite surge em minha mente como se estivesse em um loop.

— Não preciso que ela se acostume com você, Slade. Isso — eu agito um dedo para frente e para trás entre nós — é... não sei o que é, mas não quero que Roxie se apegue e a próxima coisa que sei é que você está saindo pela porta.

— Eu não sou o pai dela, Ryn. Não vou fazer isso.

— Como você pode ter tanta certeza? — Respondo calorosamente, cruzando os braços na frente do meu peito. Nossos olhares estão trancados em um impasse, e por mais que eu queira lutar sobre isso, sei que ele não é o mesmo homem que me deixou todos aqueles anos atrás, mas o medo ainda me prende em um aperto fatal.

Ele se aproxima de mim, seu olhar segurando o meu, sem hesitar. — Eu não sou ele, Ryn. Ouça-me. — Suas mãos apertam meus quadris quando me puxa para mais perto, fazendo com que a minha respiração engate na minha garganta. — Eu quero você. Eu quero Roxie. Acredite em mim quando digo que quero isso.

— Lentamente. Passos de bebê porque tudo isso é tão novo para mim, Slade. Não estou acostumada a ter alguém que me apoie.

— Acostume-se com isso. Você é minha. Ninguém mais te apoiará, porque eu matarei qualquer homem que chegar perto de você. Ok? — Ele me implora. Seu olhar alcança aquelas profundezas onde escondo minha emoção, onde escondi meu coração, e isso me deixa nua para ele. É mais do que estar nua na frente de alguém. É mostrar a eles sua mágoa e dor.

— Prove, Sr. Maddox, — eu digo, inclinando-me para plantar um beijo em sua bochecha, apenas para ouvir a risada travessa da minha filha.

— Mamãe tem um namorado, — diz ela em seu pequeno tom doce.

Afastando-me de Slade, eu me viro para ela. — Sim, mamãe tem um namorado. — Eu me desço, ajoelhando na frente dela. — Isso te faz feliz, Roxie? — Ela balança a cabeça, correndo para os meus braços quase me derrubando no chão.

— Slade é legal. — Ela ri no meu ouvido e minha preocupação diminui.


Capítulo Oito

Slade


Quando Roxie disse à mãe que estava feliz por eu ser seu namorado, parecia que eu tinha ganhado a porra da loteria. Nós passamos o dia juntos, as levei para o parque e depois voltamos para a praia porque Roxie queria coletar mais conchas.

Nós acabamos de entrar no apartamento de Ryn e as garotas estão se trocando enquanto eu assisto a algum show em sua tela plana, mas minha mente está em outro lugar. Está com a mulher que virou a minha vida da melhor forma possível. Ela está em cada pensamento e me vejo querendo passar mais tempo com ela e sua filha.

— Ei, — diz ela enquanto entra na sala de estar usando uma calça de moletom cinza e uma camiseta solta. Seu cabelo está preso aleatoriamente em sua cabeça. — Você quer ficar para o jantar? — Sua pergunta me faz sorrir.

— Eu adoraria. Posso ajudar a cozinhar também. — Eu me levanto do sofá.

— Eu não penso assim Senhor. — Ela ri. O som é leve, despreocupado, e quando encontro seu olhar, seus olhos brilham como o oceano em um dia quente. — Eu vou fazer o meu famoso bife Cajun, — ela anuncia com um sorriso satisfeito. Aquele que ilumina a sala, foda-se, ilumina toda a minha vida.

— Tudo bem, e isso significa que vou comer a sobremesa aqui também. — Vou em direção a ela, agarrando seus quadris, puxando-a contra mim. Seu corpo se molda ao meu. Como se ela sempre devesse estar lá.

Quando me inclino, escovo meus lábios sobre os dela, só um gosto. O pouquinho de sua doçura engrossou meu jeans.

— E depois que tomarmos nosso sorvete, coloque Roxie na cama, então terei minha ruína depois do jantar com você em sua cama, aberta para eu poder devorar sua doce boceta. Está claro? — O suspiro dela endurece meu pau. Envia meu desejo em espiral, mas antes de fodê-la na mesa da cozinha eu dou um passo para trás.

— V-você n-não pode fazer isso aqui, — ela gagueja, claramente afetada por mim, e eu sorrio.

— Vou foder você no lugar que eu quiser, docinho, — respondo, meu tom grave. Só então Roxie entra na cozinha, sentando-se na cadeira ao lado da minha, alheia ao que acontece.

— Slade, me ajude a pintar. — A pequena loira sorri para mim com um sorriso cheio de dentes. Ela é fofa, doce e parece com a mãe dela.

— Claro, o que vamos colorir? — Me ajeito na minha cadeira, ficando confortável enquanto Ryn se move ao redor da sala. As horas passam e, embora meus olhos estejam na imagem que estamos adicionando as cores do arco-íris, meu corpo está ciente de onde ela está. Como se fôssemos imãs, posso senti-la não importa onde ela esteja.

— Certo vocês dois, — diz ela, fazendo-nos olhar para cima e encontrá-la em pé com as mãos nos quadris, nos observando com um pequeno sorriso brincando em seus lábios. — Lavem-se, o jantar está pronto.

— Eba!! — Roxie grita, empurrando seus lápis em um pequeno estojo rosa. Eu a assisto arrumar, e seguir pelo corredor.

— Ela é incrível, — eu digo. Nunca quis filhos. Não acho que tenho dom para ser pai, mas há algo sobre Roxie que me faz querer tentar. Ela pode não ser minha, mas espero que a mãe dela me aceite em suas vidas.

— Ela é. Ela tem sido minha rocha por tudo isso. Eu não tenho certeza de onde estaria se não tivesse que ser responsável. Se ela não tivesse nascido, teria seguido por um caminho escuro. — A confissão nos acalma e não posso deixar de ver aqueles grandes olhos azuis brilharem.

— Ei. — Me levanto, pegando sua mão. Eu pego no meu, levantando-o para a minha boca. — Você não é essa pessoa, você é a mãe dela, você a ama e é tudo que uma menina necessita para se espelhar. Ok? — Quando Ryn pisca, uma lágrima perdida escapa por seus longos cílios e eu rapidamente a pego com o polegar. Sugando a emoção salgada do meu dedo, eu encontro seu olhar. — Agora vamos lá, sem mais lágrimas. — Ela me oferece um sorriso e sei que o momento passou.

* * *

A louça foi lavada, Roxie está enrolada no sofá de pijama lendo um livro, seus olhos tremulando enquanto nos sentamos e assistimos ao filme pelo qual ela implorou. Sobre um cachorro que pode latir, ou algo parecido. Minha mente está em outro lugar.

— Vamos lá, baby, — Ryn cantarola, levantando a filha do sofá. Seus olhos se fecharam e ela aperta o cobertor com força.

— Você precisa de ajuda? — Pergunto surpreso quando Ryn me deixa ajudá-la. Nós seguimos pelo corredor e sinto que somos uma pequena família. Há calor neste lugar, muito mais do que no meu apartamento frio do outro lado da cidade.

Quando deito Roxie na cama, Ryn puxa seus edredons para cima e sobre ela. A doce menina está na terra dos sonhos quando voltamos para a sala de estar. Ryn se acomoda na curva do meu braço enquanto a TV toca no fundo.

— Obrigada, — ela murmura contra o meu ombro. Seu hálito quente aquecendo minha camiseta, e todo o meu corpo também.

— Se você ficar aconchegada contra mim assim por mais tempo, vai dizer mais do que obrigada. — Eu rio quando ela me golpeia.

— Estou falando sério, Slade. Você de alguma forma abriu caminho para a minha vida, para a vida da minha filha e estou com medo... — Antes que ela possa continuar, aperto seu rosto com a mão, segurando sua bochecha e a puxo contra mim. Batendo meus lábios nos dela, a sinto gemer, e engulo com o beijo. Nossas línguas duelam enquanto nos saboreamos.

Em instantes, somos mãos, lábios e dentes rangendo um contra o outro. Eu aperto seus quadris, puxando-a para o meu colo para que ela monte em mim. Seu núcleo na minha virilha me fazendo perder todo o controle do caralho.

— Eu vou transar com você hoje à noite. Aqui ou no seu quarto. Você escolhe, — eu digo em um tom rouco.

— Quarto. — Sua palavra ofegante é tudo que preciso. Quando me levanto, suas pernas me envolvem e sigo pelo corredor, encontrando seu quarto. Entro e fecho a porta com o pé. Uma vez que o clique soa, ando rapidamente até sua cama, colocando-a sentada.

— Agora, tire essas roupas. Eu quero te ver nua. Preciso ver cada centímetro do seu corpo doce e flexível — ordeno, observando-a tirar a calça de moletom pelas longas pernas. Ela está usando a menor calcinha vermelha que eu já vi na minha vida. — Jesus, Ryn, — eu rosno, minha mandíbula rangendo, estou me agarrando a uma lasca de contenção, que se rompe assim que ela tira a camiseta e me deparo com um sutiã combinando.

— Você gosta? — Ela sorri, girando então consigo o efeito completo: uma bunda empinada que posso morder, pernas finas e ágeis que quero em volta do meu pescoço enquanto como sua deliciosa boceta até ela gritar meu nome.


Capítulo Nove

Ryn


— Eu amo isso, — ele diz. Sua voz caiu para um rosnado de derreter calcinha e eu não pude deixar de sorrir. Faz tanto tempo que um homem me quis – pelo menos, um que eu também queria - que arrisquei e acreditei nesse cenário ontem.

Seus olhos ardem em mim, fazendo-me vibrar das pontas dos dedos dos pés até o topo da minha cabeça. Quando ele estica o braço e puxa sua camisa de seu corpo, me deparo com a explosão total de cor em um tronco tonificado que parece ser esculpido em mármore.

Meu olhar bebe cada centímetro, encontrando os músculos V mergulhados apontando para sua calça jeans. A fina linha de cabelos escuros que desce em direção ao seu cinto desaparece em uma protuberância que parece que vou sentir amanhã e, possivelmente, pelo resto da semana.

— Deite-se, docinho. Quero que você se abra para mim. Mostre-me o que é meu. — Seu estrondo gutural estremece através de mim com uma força tão profunda que não posso deixar de suspirar.

Quando meu corpo está no colchão, eu coro quando abro minhas coxas, mostrando-lhe a calcinha que usei especialmente para ele. Ele anda em minha direção, com o jeans agora desabotoado, pendurado nos quadris, e percebo que não há boxers embaixo.

O que espreito é a base grossa do que só pode ser um pau que pode realmente me quebrar ao meio. — Você é linda, — ele diz então, quebrando minha concentração. Ele cai de joelhos, ambas as mãos nas minhas pernas enquanto ele as acaricia, me provocando mais, quase lascivamente.

Minha calcinha está molhada - elas estão encharcadas.

— Slade...

— Shhh, querida, — ele sussurra. Inclinando-se, ele planta beijos suaves na parte interna das minhas coxas. Beijos de borboletas que faz com que arrepios cubram todo o meu corpo. Gentilmente, ele dá a ambos os lados igual atenção. Provocando. Tentando.

— P-por favor, Slade, — eu imploro, levantando meus quadris em direção a sua boca. Ele me ignora e, em vez disso, coloca as duas mãos nos meus quadris, me contendo.

Sua boca paira sobre o meu núcleo, então ele bate os lábios nos meus escorregadios. Sugando a excitação da minha calcinha, ele me bebe como um homem possuído. Eu nunca fui comida através da calcinha. Mas o modo como sua boca se move, sua língua se lança para fora e me devora, eu não sei o quanto mais posso aguentar antes de explodir.

Com um dedo indicador, ele afasta o tecido, que agora está encharcado, para o lado, e encontra minha boceta aparada. — Foda-se. — Ele resmunga a palavra antes de seus lábios se prenderem ao meu clitóris, sugando-o em sua boca quente enquanto o outro dedo sonda a minha entrada. Eu caio de volta na cama, minhas costas arqueando de prazer quando sua língua entra em mim junto com o dedo.

Os sons entre as minhas pernas são animalescos. Meus gemidos e choramingo são abafados pelas minhas mãos. Estou tentando ficar o mais quieta possível humanamente.

— Goze na minha língua, docinho, — ele ordena e eu obedeço. Meu corpo detona com sua voz, em seus dedos, por todo ele. Minhas pernas tremem e tenho que morder meu lábio inferior para não gritar como uma maldita alma penada.

Quando ele se ergue, seus olhos encontram os meus e eles estão dançando com satisfação. — Eu gostei muito da sobremesa, — diz ele, lambendo os dedos. — Da próxima vez, porém, faremos isso na minha casa para que eu possa ouvi-la gritando.

— Você é insuportável, — eu replico, meus joelhos oscilando enquanto tento me levantar. Suas mãos me alcançam, agarrando-me como se eu fosse uma tábua de salvação e estivéssemos no mar tempestuoso.

— Você não estava dizendo isso há alguns minutos, — ele responde com confiança. — Volte para a cama. Desta vez quero que você deite de costas, esta refeição não acabou. — Ele me levanta, me joga de volta no colchão com força, e então começa a tirar o jeans que molda suas coxas grossas.

Seu corpo é impecável. Quando seu pau se projeta, não posso deixar de ofegar com o tamanho. Ele segura o eixo e cobre meu corpo com o dele. Delicadamente, ele desliza a coroa de seu pênis para cima e para baixo na minha entrada lisa.

A forma provocante como ele avança lentamente sobre o meu corpo faz meus quadris arquear e eu cerro os lençóis de ambos os lados de mim. — Slade, pare de brincar e me foda já, — eu rosno com os dentes cerrados.

Sem aviso, ele mete em mim, ao máximo, tirando o ar dos meus pulmões. Ele fica imóvel quando está totalmente encaixado, permitindo que meu corpo se ajuste. Quando agarro seus ombros, cravo minhas unhas em sua pele, meus calcanhares pressionam sua bunda, precisando que ele se mova, que me dê mais, menos, alguma coisa.

— Você me quer, querida? — Ele brinca, me irritando graciosamente do jeito que só ele pode. Eu não respondo. Em vez disso, aperto meus músculos ao redor de seu pau, pulsando ao redor dele, fazendo com que empurre dentro de mim. Uma picada de prazer me atravessa. — Você vai pagar por isso, docinho. — Ele sorri, puxando para fora e batendo de volta.

— Sim... — Eu assobio, minha cabeça caindo para trás enquanto meus olhos reviram de prazer. Ele toma isso como incentivo para começar a me foder. O homem é selvagem. Ele é brutal. Mas ele é tudo que preciso nesse momento e nos momentos que se seguem.

Nossos corpos se movem em sincronia. Nossa respiração, silvos e gemidos são engolidos quando ele bate a boca na minha, tomando o meu fôlego e o fazendo dele. E pela primeira vez em muito tempo, me permito sentir. Precisar de outra pessoa.

— Você é gostosa pra caralho, Ryn Callan, — diz ele, sua voz grossa de fome e desejo. — Olhe para mim, — ele calmamente murmura. Quando meus olhos azuis se fixam nos seus olhos castanhos, não posso deixar de ver um homem que sei que será o meu fim. Ele vai me foder e me fazer dele e não tenho como impedi-lo.

— Slade. — Seu nome em meus lábios é o fósforo, riscando e caindo sobre as brasas, acendendo a paixão que eu escondi, desejo que empurrei dentro de mim onde achei que ninguém poderia alcançar. Seus quadris balançam, puxando para fora e empurrando de volta. Dentro e fora. Vai e volta. Nossa pele batendo uma na outra enquanto ele me fode. E eu sei nesse momento que não quero que ele pare.

— Olhe para mim quando você gozar. Eu quero que você veja o homem que é seu dono, Ryn. Sou eu. Slade fodido Maddox. — Suas palavras me deixaram em chamas, e eu sinto meu orgasmo se construindo na minha barriga. — É isso aí, baby, — ele geme. — Eu quero que você se desvende, se desfaça e quebre para mim, para que eu possa te foder e reunir seus pedaços.

Essa é minha ruína. Meu corpo palpita e treme ao redor dele, encharcando-o com minha excitação enquanto seu corpo enrijece, juntando-se a no prazer que sabemos que será nosso para sempre.


Capítulo Dez

Slade

Dois meses depois


A sala de estar está quieta quando entro na casa. Nosso dia foi cheio de burocracia e eu odeio isso. Preciso relaxar, relaxar com minha mulher e sua filha. Lentamente, comecei a pensar em Roxie como minha. É um sentimento novo, mas é tão fácil amar a menininha loira. Ryn disse que estaria aqui com Roxie, mas normalmente há risos e gargalhadas quando estão aqui.

— Ryn? Roxie? — Eu chamo enquanto coloco minha arma e coldre no cofre. Desde que tenho uma criança aqui, tenho sido mais cuidadoso, certificando-me que a casa seja favorável a uma criança. Jag ri quando digo isso.

Ele me disse recentemente que está pronto para tentar outro bebê, e espero que dê certo. Desde que eles anunciaram seu noivado, a vida tem sido uma loucura com Ryn e Ava falando sobre bolos, louças e outras coisas que eu nem sei o que significam.

Indo para a sala de estar, ouço um som vindo do quintal. Quando sugeri que Ryn e eu, junto com Roxie, procurássemos uma casa, ela estava cautelosa em avançar muito rápido. Já faz dois meses, mas sei sem sombra de dúvida que a quero na minha vida para sempre.

Naquela noite, sentamos com Roxie e lhe dissemos que precisávamos de um lar maior para todos nós. Seus grandes olhos azuis se iluminaram e ela correu para me abraçar. E isso me fez decidir.

Nós três fomos ver a propriedade e assim que entramos, sabíamos. Roxie correu para o quarto que tem vista para a piscina imensa e nos disse que era dela.

Nosso quarto principal tem uma vista incrível da cidade e dois armários enormes. Isto não é apenas uma casa, tornou-se um lar.

Minha única condição era que precisávamos de um grande deck onde poderíamos fazer churrascos e também tivesse uma banheira de hidromassagem.

Assim que saio para o convés, noto o cabelo loiro de Ryn. Ela está na banheira quente, a espuma borbulhando enquanto relaxa. Seus olhos estão fechados e tenho certeza de que ela está a milhões de quilômetros de distância.

Não tenho certeza de onde Roxie está, mas ver minha mulher assim parece colocar só uma coisa em minha mente. — Baby? — Eu ando em sua direção, tirando a minha camisa. Quando ela se vira para mim, seus grandes olhos estão arregalados e nadando de desejo. Então noto um grande copo de vinho branco na mão dela.

— Ei, não ouvi você entrar. Jessi disse que ficaria Roxie hoje à noite. — Suas palavras são como música para os meus ouvidos. Uma noite com minha mulher. Exatamente o que eu precisava depois de um longo dia.

— E vejo que você está comemorando sem mim? — Eu gracejo, empurrando meu queixo em direção ao seu copo. Quando finalmente empurro minhas calças para o chão e saio delas, seu olhar aquecido se transforma em faminto. Uma pequena leoa se alguma vez vi uma - ela pode parecer doce e inocente, mas essa mulher é uma predadora.

— Eu quis me adiantar. Quero dizer, uma noite sem Roxie nos pegando é definitivamente motivo de comemoração. — Não dando à mínima, empurro minha boxer para baixo, e uma vez que estou nu, entro na banheira de hidromassagem.

— Concordo, — eu rosno, avançando em direção a ela. As bolhas estão espumando, o corpo dela está brilhando com a espuma e estou pronto para comer. — Eu tive um dia difícil... — Eu digo, minhas palavras arrastadas quando ela alcança a parte de cima do seu biquíni e a empurra de seus ombros.

Eu conheço cada parte de seu corpo, cada centímetro de sua pele branca e cremosa, mas toda vez que ela tira a roupa, sou um homem admirado. Não surpreso por sua beleza, mas chocado que ela quer estar comigo.

— Sente-se na borda, abra essas lindas pernas, é hora do jantar, — resmungo. Minha voz rouca e feroz. Isso é o que ela faz comigo. Me transforma em um maníaco por ela. Ela engole o restante de seu vinho, coloca o copo na mesa e, quando senta na beira da banheira, sinto que estou prestes a explodir.

Suas pernas se abrem graciosamente, sua pele pintada em exposição. Com uma manga completa no braço esquerdo, o lado direito das costelas coberto por uma intrincada árvore da vida, seu corpo é uma obra de arte. Uma obra-prima.

Tocando o fino pedaço de tecido que cobre o que eu mais quero agora, o arranco de seu corpo em um puxão fácil. O suspiro que cai de seus lábios entreabertos é o suficiente para me fazer grunhir em resposta.

Com uma mão na parte interna de suas coxas, eu as abro mais, espalhando-a lascivamente para o meu olhar. — Tão linda, — murmuro enquanto me inclino, sussurrando sobre sua entrada molhada. O brilho prateado de seu clitóris perfurado me provoca, e eu agito minha língua perfurada por cima dele. Metal contra metal. O tilintar é erótico, sexy, e quando as mãos dela encontram o meu cabelo escuro e bagunçado, ela me puxa para mais perto, mostrando-me onde ela precisa de mim.

— Slade, oh, oh... — Seus gemidos e grunhidos me estimulam. Minha língua ataca seu núcleo, lambendo a boceta mais doce que já provei. Eu cutuco sua abertura com dois dedos, mergulhando-os em seu buraco encharcado. Fodendo-a com o dedo em um selvagem abandono enquanto seus quadris se erguem para encontrar meu rosto.

— Monte minha língua, Ryn. Use-me para o seu prazer, — eu rosno quando meus lábios sugam seu clitóris em minha boca, permitindo que meus dentes pastem no cerne endurecido. Seu corpo convulsiona em torno dos meus dedos enquanto mergulho novamente, dobrando-os para encontrar aquele ponto que parece provocá-la enquanto ela grita, encharcando meu rosto em seus sucos suculentos.

Seu corpo estremece, se agita com os tremores de seu orgasmo. — Bom... — A palavra cai de seus lábios, seus olhos vidrados quando ela olha para mim. — Essa foi uma ótima maneira de começar uma festa, — ela brinca.

— Fique bem aí, baby. Isso foi apenas o começo. — Eu me levanto, agarrando meu pau enquanto ela me observa maravilhada. Seus olhos estão colados aos meus movimentos. — É melhor você abrir as pernas porque estou prestes a foder você até ficar inconsciente.

— Slade, — ela diz meu nome, repreendendo-me de brincadeira quando me ajoelho no degrau entre suas coxas. Meu pau na sua boceta. Eu a levanto, batendo contra seu clitóris perfurado, fazendo-a tremer e gemo quando o prazer dispara através de mim. — Pare de provocar, — ela geme, movendo os quadris em minha direção. Seu calor está me deixando louco e não posso mais me segurar.

Minha contenção não vai tão longe.

Sem avisá-la, meto em sua boceta apertada e quente. Ela pulsa em volta de mim, ajustando-se como uma luva. — Foda-se! — A palavra em seu tom doce, mas cheio de luxúria é o suficiente para me fazer ir ao limite, mas aperto seus quadris, puxando-a para o meu colo. Suas mãos estão em meus ombros, suas unhas cavando.

— Monte meu pau, baby, leve-o nessa bocetinha minúscula. — Seu corpo se eleva, permitindo-me escapar dela, então ela cai, fazendo-me entrar novamente. Estou enterrado até o punho na boceta mais perfeita e ela está gritando meu nome. Se isso não é o céu, eu não sei o que é.

Com as duas mãos, eu aperto as bochechas de sua bunda empinada enquanto ela salta no meu pau. Seu corpo é tão firme, seus seios balançam quando ela tira seu prazer de mim. Seu cabelo loiro está molhado, sua pele brilha na luz amarela baixa das lâmpadas do jardim e suas unhas rasgam minha pele em pedaços enquanto ela se desenrola como uma bola de barbante e goza forte.

— Boa menina, é isso, encharque meu pau, — eu rosno, e ela faz. Cada centímetro meu está molhado com sua excitação lisa. Seu corpo pulsa ao meu redor, me puxando com ela. Eu aguentei o tempo suficiente, não consigo mais. Apenas um santo poderia segurar um orgasmo com uma mulher tão perfeita e tão bonita em seu pau. Eu a ergo me levantando na água borbulhante. Suas pernas me envolvem, e continuo conectado quando saio da banheira de hidromassagem e em direção à espreguiçadeira.

Eu a deito de costas, com meu pau ainda profundamente dentro dela. Empurro meus quadris, batendo nela. Fodendo-a. Minhas mãos apertam seus seios enquanto eu sugo um mamilo tenso em minha boca. Seu piercing é uma pequena barra de prata e eu brinco com ele enquanto meto nela.

— Slade! Oh, Deus! — Ela grita quando puxo a pequena barra. Um orgasmo a atravessa quando goza novamente e me solto. Com um grunhido, eu a encho com minha semente.

É a primeira vez que quis uma mulher ao meu lado todas as manhãs, acordar e adormecer cada noite. Com Ryn, quero tudo isso e muito mais.

 

 

 

 

 

 

 

 


Capítulo Onze

Ryn


Rolando na cama, encontro o lado de Slade vazio. Quando olho ao redor do quarto, percebo que suas roupas ainda estão na cadeira, então ele não está no trabalho.

Há momentos em que ainda sinto que tudo isso é um sonho. O dia em que contamos a Roxie sobre querermos morar juntos foi a coisa mais estressante que já fiz.

— Roxie, eu quero que você sente aqui, precisamos dizer uma coisa, — eu digo, batendo no sofá ao meu lado.

Seus olhos azuis estão brilhando e ela é a imagem da inocência. Tudo o que posso fazer é esperar que ela aceite isso. Se não, nós vamos levar as coisas mais devagar.

— Slade e mamãe conversaram e realmente gostaríamos de passar mais tempo juntos, — eu a informo. Eu nunca tive que fazer isso antes e meu estômago está torcendo com ansiedade.

— Ok, mamãe. — Ela sorri. — Eu gosto de Slade. — Sua voz doce me acalma um pouco e ela olha para ele.

— Ok, bem, nós também estávamos pensando que poderíamos morar na mesma casa. Você terá seu próprio quarto, e Slade e mamãe terão um quarto.

Não posso deixar de me encolher ao tentar explicar isso para ela. De maneira nenhuma estou tentando forçar um pai para ela, mas gostaria que ela o aceitasse em nossas vidas. Porque eu sei de fato que ele não vai a lugar nenhum.

— Podemos ter uma piscina? Eu quero nadar, — ela pergunta inocentemente e não posso evitar liberar uma respiração que eu estava segurando.

— Claro que nós podemos. — Desta vez, Slade responde.

— Você vai ser meu pai? — Sua pergunta nos paralisa, e eu fico sem palavras para responder a ela, mas quando olho para o homem que roubou meu coração, ele sorri.

— Se você quiser que eu seja, eu ficaria honrado, Roxie, — ele diz e ela pula do sofá para os seus braços em um segundo. Os bracinhos dela envolvem seu pescoço, segurando-o com força e meu coração incha.

Saltando da cama, vou até a porta e sigo pelo corredor. As portas do pátio estão abertas com o sol entrando, e no tapete em frente à nossa televisão encontro Roxie e Slade assistindo a desenhos animados.

— Bom dia, — eu digo, me aproximando das duas pessoas mais importantes da minha vida.

— Mamãe! Slade disse que podemos nadar hoje porque o tio Jag e a tia Ava vêm nos visitar, — minha pequena grita animadamente.

— Sim, eles vêm. E você pode definitivamente nadar, mas primeiro quero que você se vista, — eu digo a ela, plantando um beijo suave em sua cabeça.

Eu me acomodo no carpete ao lado de Slade e ele se vira para mim com um sorriso de satisfação no rosto.

— O quê? — Eu questiono, roubando a colher que ele está segurando e colocando um pouco do cereal de chocolate na minha boca.

— Você está linda, — ele murmura, inclinando-se para me beijar nos lábios. — Jag e Ava estarão aqui às onze.

— Perfeito, vou preparar as saladas, — eu digo.

Estou prestes a me levantar quando ele agarra meu pulso e encontro seus olhos cor de avelã. — Eu amo estar aqui em nossa casa. Você me deu algo que nunca pensei que teria. Mas sei que é algo que eu sempre quis.

— Você está sendo todo emotivo, Maddox? — Eu provoco quando ele me puxa para um abraço. Seus braços me envolvem calorosamente.

— Por você, quero ser tudo que você precisa. E eu gostaria de saber se você quer ser a Sra. Maddox, — ele me diz calmamente, como se estivesse falando sobre o clima.

Afastando-me, encontro seu intenso olhar.

— Você está falando sério? — Eu suspiro e ele balança a cabeça. A pequena caixa vermelha que ele puxa do bolso em seu pijama é uma evidência de que está planejando isso há algum tempo.

Ele abre a tampa e sobre uma almofada de veludo, está um anel solitário de prata esterlina. O anel é simples, e o diamante é lindo e cintila ao sol da manhã.

Lágrimas enchem meus olhos naquele momento e junto com isso, Roxie vem saltando para dentro da sala.

— Mamãe disse sim? — E agora percebo porque os dois estavam sentados aqui tão cedo esta manhã.

— Estou esperando que ela diga, — Slade informa minha filha, nossa filha.

— Sim, claro, — murmuro através das minhas lágrimas e Slade desliza o anel no meu dedo. Os braços de Roxie estão em volta do meu pescoço e de Slade enquanto ela grita de excitação. Meu coração está cheio, minha vida transborda de amor e eu tenho uma família da qual tenho orgulho.

 

 

                                                                  Dani René

 

 

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