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MAGIA DAS FADAS / Eddie Van Feu
MAGIA DAS FADAS / Eddie Van Feu

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

Biblio VT

 

 

 

 

Eu me lembro quando ouvi pela primeira vez uma pessoa dizendo abertamente e sem constrangimentos que tinha visto fadas. Eu estava no carro com alguns amigos e o que dirigia, um colega da escola, contou como vira pontos de luz coloridos dançando em volta de uma planta no Alto da Boa Vista, Rio de Janeiro. Ele era uma pessoa racional e muito lógica e, mesmo assim, não titubeou nem por um segundo ao afirmar:
– EU VI FADAS!
Ninguém no carro questionou e todos acreditaram, boquiabertos. Mais tarde, outras pessoas me contaram histórias parecidas. Viram fadas, mas geralmente de longe, em forma de bolas de luz colorida ou pontos de luz no meio da mata. Se formos estudar o assunto, no entanto, vamos nos surpreender! Muita gente viu e vê fadas por aí! Sim, elas existem, assim como sua dimensão. Este livro não tem nenhuma intenção de tentar convencer você de nada. Se você acredita em fadas (ou não), nada do que eu disser deveria mudar sua ideia. Aliás, acho muito mala essa história de se tentar convencer as pessoas do que acreditamos ou não. Estamos na Era de Aquário!
Cada um deve ser livre para acreditar no que bem entender! Mesmo assim, até um cético completo teria dificuldades em arrumar explicações para certas histórias envolvendo fadas. Mas isso é um problema dele, não nosso.
Perseguindo fadas
A escritora Signe Pike perdeu o pai e isso foi um baque para ela. A ausência de um caminho espiritual a fez largar tudo e sair em busca de respostas. Ela queria descobrir se fadas existiam mesmo. Se existissem, ela teria certeza de que há outros mundos e que a morte não é o fim de nada.
Essa jornada é contada no livro Faery Tale, sem tradução no Brasil, onde a ex-redatora de jornal conta suas peripécias em busca das fadas. Americana, ela foi para o México e para a Europa. Em Glastonbury, local que teria vivido a saga arturiana e conhecido pela sua magia, ela teve uma experiência com uma amiga em Chalice Well, um santuário construído para preservar a fonte mais sagrada da Inglaterra.
Estive nessa fonte e pude compreender por que o lugar é tão visitado por místicos e espiritualistas de todo o mundo. Sua história remete ao tempo dos druidas, que acreditavam ser a fonte uma passagem para o Outro Mundo, ou o mundo das fadas. Suas águas são mágicas e trazem a energia das fadas, dando-lhe poderes para beleza, amor, desejos e prosperidade.
Com a chegada do Cristianismo, a fonte ganhou uma interpretação diferente. Passou a ser considerada milagrosa. José de Arimateia teria lavado nela as roupas de Cristo depois da crucificação. Essa era a explicação para a água da fonte tingir de vermelho as pedras do caminho por onde passa. Hoje sabemos que a água é rica em ferro, o que lhe confere também um sabor muito forte (parece que você chupou uma pilha).
José de Arimateia também teria escondido na fonte o Santo Graal, e daí seu nome: Chalice Well seria a Fonte do Cálice.
Posteriormente, a fonte também foi ligada à saga de Arthur, cujo primeiro túmulo está a poucos quilômetros de distância, na Abadia de Glastonbury. Com a conotação mais cristã, a fonte deixou de ser mágica para ser milagrosa. Suas inúmeras possibilidades se resumiram então a cura e saúde, mas ela é capaz de muito mais.
Os imensos e belíssimos jardins que cercam a fonte são um lar para as fadas. Podemos senti-las e a aproximação de passarinhos são um sinal de sua presença. Algumas fadas não possuem asas, ainda, e usam passarinhos para se locomoverem.
Nesse local, Signe Pike e sua amiga fizeram um ritual simples pedindo contato. Era noite e a amiga conseguiu ver, mas Signe, não. Chateada com a experiência e com a possibilidade de ser uma “cega feérica”, Signe não desistiu e retornou na noite seguinte. E dessa vez teve sua experiência.
Signe não foi a única a procurar por fadas por aí. Janet Bord fez uma extensa pesquisa pelos lugares onde elas mais eram avistadas na Inglaterra e Escócia e organizou tudo num guia para viajantes à procura de fadas. Muitos dos locais possuem características parecidas, como sons misteriosos, música, aparições de seres luminosos e lendas sobre tesouros ocultos.
Outro lugar rico em histórias de fadas é a Irlanda. Por toda a região, vê-se uma árvore solitária em grandes pastos. É a faery tree, ou árvore das fadas. A tradição local diz que aquelas árvores são passagens para o mundo das fadas e seres encantados, também chamados de “boa gente” ou “povo pequeno”. Cortar uma delas seria um desrespeito tão grande aos elementais que grandes desgraças se abateriam sobre quem o fizesse.
Essas árvores de fadas são populares na Irlanda e é comum se amarrar laços de fita com pedidos, agradecimentos ou objetos em seus galhos. Uma das mais famosas faery tree é a que fica em Hills of Tara, colinas sagradas onde todos os reis da Irlanda foram coroados. São duas árvores que costumam ficar repletas de laços coloridos com fotos, pedidos e graças.
Colinas são muito conhecidas pela presença de fadas na Irlanda. Muitas delas seriam ocas e em seu interior um mundo inteiro existiria, paralelo ao mundo dos homens.
Muitas histórias irlandesas ilustram esses encontros dentro de colinas mágicas.
Também na Irlanda, no Castelo de Blarney, encontramos bosques e jardins que cercam o castelo com ligações com os druidas e bruxas. Há um jardim chamado Faery Glade, dedicado às fadas. Nele, há uma passagem discreta por baixo de galhos que revela um lugar encantado, coberto por um tapete de folhas douradas, galhos retorcidos e árvores verdejantes, brincos de princesa de todas as cores e um forte cheiro de jasmim. Uma casa de fadas recebe moedinhas dos visitantes, num ambiente surreal de beleza e magia.
Estive pessoalmente nesses lugares feéricos, pois eles fazem parte de nosso roteiro para a Irlanda e Inglaterra Celta, e pude ver algumas fadas interessantes. Em um portal, vi vários elementais verdes e sem asas, da cor de um grilo, com olhos grandes e orelhas pontudas, mas sem cabelos. Eles ficaram muito curiosos sobre o que estávamos fazendo (um ritual) e nos seguiram depois. No jardim das fadas do Castelo de Blarney, as fadas nos seguiram até a porta de saída.
A primeira vez que vi fadas na Irlanda foi justamente na entrada de Faery Glade. Eu queria levar algumas flores para fazer poções e precisei me conectar com elas para saber se eu podia. Estava com uma amiga e ambas nos concentramos por alguns minutos. No início, nada aconteceu e fiquei imaginando se não era só um lugar bonitinho para turistas, totalmente vazio de magia, como alguns lugares pelos quais passamos.
Mas eis que comecei a ver elementais chegando. Eram uns sete ou oito. Tinham cerca de 20cm de altura, tinham asas e estavam flutuando. Tinham olhos grandes com pupilas que tomavam quase todo o globo ocular e não tinham cílios. Tinham traços bem finos, um nariz quase inexistente e cabeças maiores do que o que seria proporcionalmente esperado. Eram magros e vestiam-se de cores. Suas roupas, se é que podemos chamá-las assim, eram vapores coloridos. Eram bonitos! Fiz meu pedido e eles ficaram me olhando, aparentemente surpresos ou curiosos. Então falaram entre si algo que não fui capaz de ouvir. Depois de trocarem palavras entre si, sorriram e balançaram a cabeça, dizendo que sim. Fiquei bem feliz, pois eu queria muito fazer essa poção. Deixei um presentinho (uma moeda ou um anel que eu usava, não lembro) pelo favor e peguei as flores, que deram uma poção maravilhosa.
Já na segunda vez em que eu fui, esses elementais se apresentaram rapidamente. Dessa vez, tinha mais de vinte e todos pareciam felizes com nossa presença. Na terceira vez, apareceram mais fadas ainda durante todo o caminho e nos acompanharam até a saída do castelo, fazendo rodopios e parecendo muito alegres.

 


 


Mitos, lendas e histórias
A lenda dos Cavaleiros Arturianos também está ligada ao mundo das fadas. A primeira versão da história foi inspirada num conto celta e ambos descreviam Morgana como uma fada. Nessas versões, o mundo das fadas e o mundo dos homens, representado por Arthur e seus cavaleiros, viviam em paz e em harmonia. Numa versão posterior, Morgana foi transformada em uma sacerdotisa de Avalon, uma ilha mítica cujo nome significaria Ilha das Maçãs. Somente bem depois, em versões mais recentes, Morgana foi retratada como uma bruxa e acabou por se tornar uma vilã.
Muitas histórias da cultura popular europeia falam de fadas e de reinos encantados. Na maioria delas, as fadas dão presentes ou maldições a pessoas de acordo com seu julgamento de merecimento. Em outras, elas se apaixonam por um humano e fazem de tudo para viver seu amor impossível.
Desses contos, podemos tirar algumas lições sobre o mundo das fadas. Uma vez que se põe os pés lá, não se pode voltar, pois o tempo flui de forma diferente. Não se deve comer nada no mundo das fadas, ou se pode tornar um escravo delas. Franz Bardon, um dos maiores magos do nosso tempo, dá uma importante dica sobre visitas ao mundo dos elementais: Nunca podemos ser os primeiros a falar! Sempre devemos esperar que um deles fale conosco primeiro, ou podemos nos tornar seus escravos.
O que são fadas
Vestidas com roupas esvoaçantes em tons pastel, as fadas estão presentes há séculos. Na Idade Média, um culto siciliano às fadas foi muito bem documentado graças à Inquisição Espanhola. Esse culto estava ligado à Deusa Diana, chamada pelos italianos há muito tempo de Rainha das Fadas.
Os cultos às fadas eram matriarcais, mas não exclusivamente femininos, sendo seguidos também por homens. As fadas davam fartura, alegria, boa sorte e proteção. Com o Cristianismo, todas as entidades cultuadas foram demonizadas, incluindo as fadas. Muitas das concepções de perigos dos encontros com as fadas nasceram de histórias de cunho cristão.
As fadas, assim como os dragões e anjos, são muito mais antigas que o Cristianismo. O mais antigo registro de fadas, retratadas como pequenos seres alados, apareceu na arte etrusca há cerca de 600 a.C.
Essas figuras eram conhecidas como “Lasa”. Lasa são espíritos do campo e dos bosques, vistas como seres humanos pequenininhos com asas que flutuavam sobre um pote com incenso ou sobre uma bacia votiva. Estas seriam as primeiras fadas de que temos notícia. Estavam associadas ao culto dos ancestrais e eram encontradas nos templos etruscos, sendo ligadas às plantas, ervas, árvores e aos segredos da natureza.
Apesar da palavra inglesa “fairy” ser usada para as fadas, elas não gostam muito. Preferem os termos Povo Pequeno, Bons Vizinhos e Boa Gente. Fairy seria um termo mais usado para mulheres mortais que receberam poderes mágicos. Originalmente, “fairy” significava “fai-erie”, um estado de encantamento. A palavra francesa “fai” se originou do italiano “fatae”, as damas feéricas que visitavam as famílias quando uma criança nascia e, assim como em “A Bela Adormecida”, prenunciavam o futuro, da mesma maneira que as Parcas faziam.
Depois da ocupação romana e com a ascensão do Cristianismo, as imagens de fadas surgiram na arte celta, onde elas são muito populares. Os Filhos de Danna, tribo
de gigantes chamados de Tuatha de Danann, estão ligados a várias das histórias do povo encantado, sendo eles mesmos mágicos. Eles teriam aparecido misteriosamente envoltos em brumas nas Ilhas Britânicas e lá encontraram o povo Fir Bolg. Estes foram derrotados na batalha de Moytura. Os Tuatha de Danann viveram por muitos anos, até que os celtas chegaram e invadiram a Grã-Bretanha, entre 600 e 500 a.C. Os Filhos de Dana então se retiraram para as colinas e bosques, deixando a superfície para os celtas. Até hoje se acredita que o Povo Encantado viva em colinas mágicas e habitem áreas rurais. Muitos dos mitos e lendas celtas foram preservados em textos como “Mabinogion”, o “Livro Branco de Rhyderch” (1300-1325) e o “Livro Vermelho de Hergest” (1375-1425).
Fadas são criaturas encantadas do mundo dos elementais. Podem pertencer a qualquer um dos quatro reinos e assim temos fadas da água, da terra, do ar e do fogo. Porém, ficou convencionado chamar de fadas apenas os elementais do ar. Essas são as fadas mais comuns na literatura e nos filmes, sendo geralmente aladas e muito delicadas.
Há muitos tipos de fadas! Tantos tipos que é quase impossível cadastrá-las. As menores são do tamanho de pontos de luz e não possuem uma consciência individual, ainda. Suas mentalidades são coletivas, como formigas e abelhas. As maiores são pouco maiores que uma pessoa adulta normal e são muito belas. Ou belos! Pois temos também “fados” no mundo feérico!
Não temos um masculino para fada na nossa língua, mas costumamos chamar os machos da espécie de silfos. Assim como as fadas, são seres delicados e etéreos.
Do que são feitas as fadas?
Eu poderia dizer que são feitas de poesia, música e arte! E não estaria mentindo! Os elementais do Ar estão ligados ao plano mental. Deixe-me tentar explicar primeiro um pouco sobre as dimensões que nos cercam.
PLANO FíSICO
É onde vivemos. É uma dimensão densa e cheia de experiências materiais. É por isso que precisamos vir com um corpo, que por sua vez precisa de uma complexa estrutura para mantê-lo, com esqueleto e órgãos. Para algumas pessoas, essa é a única dimensão que existe. Tadinhas delas!...
PLANO MENTAL
É um dos planos etéreos que nos cercam. O plano mental é o plano das ideias e é uma bagunça. Tudo o que todo mundo pensa está lá. Mesmo se você pensou por apenas alguns segundos, esse pensamento, ainda disforme e sem conteúdo, passa a existir no plano mental. Os elementais possuem acesso a esse plano, feito de energia muito mais sutil.
PLANO ASTRAL
Alguns o chamam de plano espiritual. Outros o chamam de quinta dimensão, onde as coisas acontecem antes de se materializarem aqui no plano físico. Quando temos uma sensação de já ter visto uma situação antes, o famoso “déjà vu”, é porque já a vislumbramos no plano astral antes de ela se materializar. Feito também de matéria
sutil, os elementais atuam nessa dimensão.
Essa breve explicação serve para ilustrar por que elementais tendem a se parecer com o que a maioria de nós espera dele. Por exemplo, muita gente pergunta se nossas
fadas e gnomos se parecem com as fadas e gnomos europeus, com aquelas roupas medievais. Respondendo a essa pergunta, nem todos se parecem, mas muitos acabam sendo
muito parecidos com os elementais europeus. O motivo é muito simples. A maioria de nós já cresceu com essa concepção visual de fadas e gnomos com roupas medievais.
Os elementais acessam o plano mental, onde usam a “roupagem” que nós lhes damos. Claro que isso depende das possibilidades do elemental. Se for um pequeno duende,
não poderá se parecer com um dragão, por exemplo (e antes que você pergunte, sim, dragões existem também, mas não são elementais).
Um filme que mostrou essa situação de forma bem clara foi “O Labirinto do Fauno”. Se você nunca viu, vá preparado. Eu vi achando que era uma fábula infantil e quase
tive um treco em algumas cenas!
Como você viu, a nossa dimensão é a mais densa dos planos dos quais falei. Isso explica por que é tão difícil ver fadas ou ter contato com elas. Mas não é impossível!
Fadas Boas e Fadas Más
Você já deve ter ouvido um axioma muito comum na magia em que “o que está em cima é como o que está embaixo para os milagres de uma só coisa”. Essa frase é da Tabula
Smaradigma, a Tábua de Esmeralda, de Hermes Trimegisto, um dos maiores mestres da magia e antiga encarnação de Saint Germain, atual Mestre da Chama Violeta da Grande
Fraternidade Branca. Opa! Dei um nó na sua cabeça? Foi informação demais! Não se preocupe! No começo é assim mesmo, mas com o tempo você vai assimilando tudo, ok?
Essa afirmação explica o porquê de existirem coisas “boas” e coisas “más”. Na verdade, bom e mau é uma concepção humana e particular. O que é bom para uma pessoa
pode ser ruim para outra. Um homem que encontra uma boa árvore para construir sua casa pode achar que isso foi uma coisa boa. Mas a árvore pode não ter achado tão
bom assim. Compreenda que bom e mau são conceitos muito abstratos e, muitas vezes, equivocados. O que existem são polaridades: positivo e negativo, ativo e passivo,
luz e sombras. Essa dualidade é o que promove o equilíbrio para que tudo possa existir.
Sei que é um conceito muito difícil de assimilar! Quando vemos coisas terríveis no jornal, não podemos imaginar por que certas pessoas ainda caminham sobre a terra
e não conseguimos entender o porquê de muita coisa. Isso leva tempo.
Essa introdução sobre o bem e o mal foi necessária para que você compreenda que nem todas as fadas serão “boas” como pintam os contos de fadas. Algumas serão...
diferentes!
Para começar, é importante dizer que no mundo dos elementais a banda toca de outra maneira. O que para nós é óbvio dentro de um comportamento, para eles pode não
ser. Uma vez eu ouvi em algum lugar que em um país da África as pessoas dizem “olá” jogando pedras. Então, quando um ciclista que cruzava o mundo passou por lá,
recebeu um monte de pedradas e não entendeu nada, até descobrir que era como aquele povo cumprimentava todo mundo.
Há uma história de um elemental da terra que ajudava a casa onde morava, fazendo pequenos serviços. O dono da casa ficou tão feliz que mandou a esposa costurar uma
roupa nova para o amiguinho deles. Quando recebeu a roupa, o elemental ficou tão feliz que cantou e dançou, dizendo algo como:
Feliz estou!
Roupa nova ganhei!
Trabalhar mais não preciso!
E foi embora para nunca mais ser visto. Então, é preciso ter cuidado ao lidar com elementais para não sermos mal interpretados.
No caso das fadas, há uma tendência vampírica. Elas tanto podem dar quanto podem tirar. Isso vale para energia, sorte, beleza, amor e o que estiver dentro de suas
possibilidades. Muitas histórias do folclore europeu contam sobre fadas belíssimas que vampirizavam suas vítimas. Uma fada conhecida como a musa da inspiração se
chama Leanan Sidhe. Diz-se que ela pode inspirar artistas e lhes dar obras de arte inesquecíveis. Porém, assim como chegou, ela parte, deixando o artista sem a inspiração
que ela lhe dava. Dizem que muitos artistas ficam deprimidos com a falta de inspiração ou com a impossibilidade de alcançar o mesmo sucesso novamente e acabam se
suicidando.
Na minha experiência com seres mágicos, aprendi uma coisa que pode lhe ser muito útil. Quando se tem um coração honesto, é muito difícil ser mal recebido ou mal
interpretado por qualquer ser. Nossa sociedade nos ensinou a sermos outras pessoas. Essa “mania” que desenvolvemos muitas vezes faz com que nos percamos e nos tornemos
uma espécie de mentirosos naturais. Porém, não podemos mentir na energia. Você pode falar uma coisa, pensar uma coisa, mas sua energia sempre dirá a verdade.
Nossa energia é nossa aura. Ela é uma miríade de cores e formas, podendo muitas vezes dar imagens e cenas inteiras, como num cinema. É assim que os elementais são
capazes de ver quem realmente somos e por isso se sentem ofendidos quando percebem que não estamos sendo sinceros com eles.
Porém, quando somos honestos, quando o que dizemos está de acordo com o que pensamos, com o que sentimos e com o que fazemos, emanamos a luz do equilíbrio e da verdade.
E todo ser espiritual pode ver e sentir isso.
Por isso meu conselho é que você construa uma rede de verdades que o sustente em qualquer trabalho mágico. Mas tem que ser uma rede de verdades verdadeiras! Nada
dessas pseudoverdades em que você acredita porque é mais fácil e porque dá trabalho procurar a verdade verdadeira...
Note que não estou pedindo para você ser perfeito, ter bom coração, ganhar medalha de herói do ano nem receber a chave da cidade por ter salvo 15 gatinhos e 30 criancinhas
de um incêndio. Ninguém espera que você seja perfeito. Pense no seu melhor amigo ou amiga. Por acaso ele ou ela é perfeito? Não, não é. E você não o ama menos por
causa disso, né?
Se você for honesto no seu pedido e na sua amizade, tenho certeza de que as fadas e elementais o receberão muito bem!
O Reino das Fadas
Quando falamos de energia sutil, algumas pessoas têm a ideia de que esses mundos não existem da maneira que os artistas os retratam. Mas elas estão erradas! O mundo
das fadas existe e é bastante real. Uma vez dentro do seu reino, tudo se torna físico para nós, pois estaremos na mesma vibração.
Porém, se fadas existem e seu mundo também, por que nada foi comprovado até hoje? Por que não existe o corpo de uma fada? Ou algo igualmente concreto? Lembra quando
eu falei sobre os planos e suas diferentes matérias? Pois é! Algo do plano sutil não se tornará físico no nosso plano. Uma fada que morre aqui se transformará em...
energia sutil. Ela não tem um corpo físico que possa se deteriorar ou nos servir de prova.
O Reino das Fadas é uma dimensão maravilhosa. Possui tantas cores que é impossível para nós descrevê-las, pois não temos essas referências no nosso mundo (ainda).
Ele é muito rico em habitantes e possui uma hierarquia. Há reis e rainhas e grandes paradas e festas em sua homenagem.
Atualmente, o mundo das fadas tem enfrentado desequilíbrios causados pelo homem no nosso mundo físico. O contato com elementais tem se tornado mais frequente justamente
por isso. Nossos habitats estão se estreitando e colidindo. Cada vez mais, os elementais perdem seu espaço, invadido por nós ou destruído pela poluição, e precisam
dividir espaço conosco.
Elementais vivem e morrem, como tudo no mundo. Alguns videntes chegaram a ver enterros de um elemental. O serzinho era levado em uma folha num cortejo e enterrado
por amigos de aparência tristonha. O caso foi relatado no livro “Fadas e o Mundo dos Seres Encantados”, de Brian Froud e Alan Lee, e o autor não sabia dizer se os
elementais estavam imitando uma ação humana ou se realmente era um enterro.
Fadas no Brasil
A maioria das histórias que temos sobre fadas vem de fora, em especial da Europa. Mas há fadas no México, no Japão e em todos os lugares, incluindo o Brasil. Porém,
aqui nós lhes demos outros nomes. A Yara e a Mãe-D’Água são claramente fadas, mas raramente nós as chamamos por este nome. O Curupira e o Saci possuem todas as características
de elementais. O Curupira, por exemplo, possui o dom de dar “a direção do duende”, um talento clássico de elementais do folclore europeu, capaz de fazer com que
o viajante ande em círculos e não encontre o caminho certo, por mais que conheça a região e esteja a apenas alguns metros de onde deseja chegar. O Saci provoca assobios
nos bambuzais e pequenos redemoinhos que denotam sua presença, outra característica de silfos, embora suas brincadeiras de dar nós e trançar crinas de cavalos seja
algo mais típico de duendes.
Naturalmente, há passagens para o mundo das fadas também aqui no Brasil, sendo necessária apenas uma boa investigação para saber onde ficam, embora eu não aconselhe
ninguém a procurar uma passagem para o mundo das fadas, dados os perigos que lá existem e a impossibilidade de voltar.
Cuidado: Fadas Trabalhando
Apesar de parecer que as fadas passam o dia inteiro batendo asas por aí, elas trabalham muito. As menores são tão pequenas que é quase impossível vê-las em detalhes
a olho nu. Acabamos por ver apenas pontos de luz se movendo ao redor de uma flor, cogumelo ou pedra especial. Essas fadas minúsculas obedecem às ordens de fadas
maiores, que por sua vez obedecem aos devas.
Devas são elementais evoluídos. Muitas vezes possuem forma humana, sendo belíssimos, com roupas aparentemente esvoaçantes de um tecido muito leve e asas. Na verdade,
como disse antes, eles são feitos de uma matéria sutil, uma espécie de vapor, e por isso são muitas vezes confundidos com anjos ou mesmo fantasmas.
O próximo passo de evolução de um deva é justamente um anjo. Apesar do que aprendemos quando crianças, nós, humanos, não viramos anjos quando morremos. Na verdade,
nós temos uma outra linha evolutiva, vinda dos animais, e no nosso aprendizado de muitas vidas nos preparamos para nos tornarmos avatares, seres iluminados e especiais
que tomarão conta de planetas e civilizações.
Os animais estão na mesma linha evolutiva e por isso devemos tratá-los muito bem. Eles aprendem e evoluem pela proximidade com nossa aura. É por isso que animais
domésticos tendem a querer ficar perto de nós. Mesmo animais silvestres, quando domesticados, fazem questão da presença humana. É como eles aprendem e evoluem. Afastá-los
de nós é uma forma de atrasar sua evolução e também a nossa, pois estamos todos ligados.
Essas fadas muito pequenas são as responsáveis por dar cores às flores. Já notou como não há nenhuma folhinha na natureza igual a outra? Cada folhinha, cada flor,
cada pétala, cada fruto são os únicos. Isso acontece porque cada um deles foi feito e colorido por um grupo diferente de fadas diferentes.
Fadas um pouco maiores são responsáveis por dar formas às nuvens. Não é à toa que muitas vezes começamos a ver sinais através das nuvens, como se alguém estivesse
ligado ao que estamos pensando.
Há fadas que cuidam dos animais, outras que cuidam das flores e árvores. Estão por toda parte.
Silfos da tempestade, por sua vez, podem ser bem assustadores. Com aparência de gárgulas, olhos avermelhados e grandes asas de morcego, eles seguem ordens de devas
superiores ou anjos em tempestades negras, aquelas muito violentas cujo intento é limpar o local de espíritos e outras formas de energia.
Como ver uma fada
Muitas pessoas querem muito ver uma fada. Mas não depende apenas de nossa vontade. Para começar, vamos lembrar mais uma vez que, por estarmos em dimensões diferentes,
é muito difícil vermos fadas com os olhos físicos de maneira concreta. Em geral, vamos vê-las, quando muito, como uma forma meio trêmula de uma luz colorida. Isso
se dermos sorte! Fadas são sutis e devem ser vistas com os olhos da mente.
Em primeiro lugar, antes de sair por aí tentando ver alguma coisa, vale lembrar uma importante Lei Universal: semelhante atrai semelhante. É a Lei da Atração. Se
você quer ver uma fada, procure manter sua energia em alta vibração. O que quero dizer? Procure vibrar sentimentos elevados. Assim você se sintonizará com fadas
igualmente elevadas.
Sentimentos elevados estão ligados a pensamentos elevados. O amor é a mais elevada forma de vibração, enquanto que a mais baixa é o medo. Assim, nunca tente fazer
um ritual para algo com medo, ou vai atrair espíritos matreiros e brincalhões que vão assustá-lo ainda mais.
Essa dica vale para todos os seres espirituais. Mantenha-se sempre em alta vibração. Por mais difícil que pareça, é mais uma questão de hábito. Quando você se acostuma,
fica tão fácil que você nem sente o que está fazendo.
Vendo fadas fisicamente
Para vermos fadas fisicamente precisamos que uma dessas duas coisas aconteça:
Termos vidência.
Que as fadas queiram ser vistas.
Se as fadas quiserem ser vistas, vão reunir uma grande quantidade de energia para se materializarem a ponto de você conseguir vê-las. Provavelmente isso vai esgotá-las
bastante depois. Ter vidência é uma boa ideia, mas o fato é que nem todo mundo a possui. Vidência é como chamamos a capacidade de vermos além do mundo físico. Crianças,
especialmente bebês, a possuem porque ainda estão ligados ao Outro Mundo. Daí muitos amigos invisíveis que não são criados pela imaginação mas existem de fato. Porém,
a tendência é que percam essa capacidade de ver o invisível.
Para quem perdeu essa vidência, é possível recuperá-la, mas é um trabalho de disciplina e persistência. Há vários exercícios para recuperar a vidência. Com a vidência
é mais fácil ver fadas fisicamente, mas ainda será necessário achá-las. Para isso, deve-se ir a lugares onde é mais provável que elas estejam, OU abrir um portal
para a dimensão delas através de um ritual. Mas vamos devagar com o andor, que a fada é de porcelana.
Onde achar fadas
Há locais que são mais propensos a fadas. Geralmente são matas, bosques, jardins e locais sagrados. Tome cuidado com o lugar onde você vai procurar fadas. Se o lugar
for denso, com energia carregada, ele pode ter fadas sombrias, do tipo mal-humorado e com tendências vampíricas, e provavelmente você não quer se encontrar com elas.
Abrindo portais
Podemos também realizar um ritual de abertura de portais onde abrimos uma fenda para outra dimensão, no caso, para o mundo das fadas. A facilidade disso depende
do talento do mago e da densidade da energia do local. Locais mais sutis tendem a ter uma membrana mais fina, mais fácil de abrir. O ideal é que o local seja bonito,
limpo e tenha uma excelente energia. O ritual é simples, mas exige um certo treino. Com o tempo, ele se torna cada vez mais fácil, até se abrir automaticamente com
uma palavra mágica ou um gesto.
Há algumas dicas se você pretende
procurar por fadas! Eis algumas:
Não as procure por simples curiosidade. Elas não se mostram se você não tiver intenção pura.
Como elas pertencem a uma dimensão sutil, talvez você só consiga vê-las com os olhos da mente. Feche os olhos e experimente.
Leve um agrado para elas. Pode ser uma bijuteria ou um doce.
Elas gostam de música e dança.
Vá de roupas coloridas.
Elas adoram brilhos.
Melhor momento para ver fadas
Há momentos em que a membrana entre os mundos está mais fina e aí é mais fácil acessar outros planos. A Lua Cheia é sempre o melhor momento para avistar elementais
ou realizar rituais para isso. Porém, há momentos ainda mais especiais em que os portais se abrem e podemos ter contato com o povo pequeno. Esses momentos são celebrados
desde o antigo Egito e dele se originaram as datas religiosas que celebramos hoje pelo mundo ocidental, como Natal, Páscoa e Dia de Finados.
Essas datas são celebradas até hoje dentro de várias religiões pagãs, como a Wicca. Rituais nesses dias são especialmente poderosos, incluindo um para ver elementais.
Há também uma data especial chamada de Lua Azul (também conhecida como Lua das Fadas), por permitir que os elementais venham à nossa dimensão e participem dos nossos
rituais.
A Lua Azul
Considerada um fenômeno raro, a Lua Azul acontece mais ou menos a cada dois anos. É a segunda Lua Cheia do mês, quando os portais entre o nosso mundo e o mundo dos
elementais fica aberto, permitindo contato com esses seres mágicos e potencializando rituais.
Quando os índios apaches peruanos da pracinha tocaram Blue Moon para Bianca, ela nem imaginava que essa era a maior pista para sua aventura no Mundo das Fadas. A
Lua Azul, como ela viria a descobrir depois, era uma Lua mágica que permitia que os véus entre os mundos se erguessem, também chamada de Lua das Fadas.
No livro de mesmo nome, conhecemos o mundo elemental pelos olhos da jovem Bianca e mergulhamos em um reino de sereias, dragões, fadas, silfos, magos e fantasmas.
Por incrível que pareça, nada ali é mera ficção. A Lua Azul existe e realmente permite que os portais entre os mundos se abram, sendo um momento perfeito para rituais
e magias.
Num nível mais sutil, podemos trabalhar a magia e a espiritualidade, a intuição e nossos dons psíquicos durante uma Lua Azul. Indicada também para trabalharmos nossa
prosperidade e fartura em todos os sentidos, há vários rituais que podem ser feitos nesse dia, pois todo ritual feito na Lua das Fadas é potencializado sete vezes.
É importante lembrar também que o Mundo das Fadas está intimamente ligado ao plano mental e tudo o que você pensar nesse dia será também potencializado sete vezes,
atraindo para a sua vida o que você estiver construindo com seus pensamentos.
Por isso, muita atenção ao que você fizer no dia e na noite da Lua Azul. É um momento especial, quando as fadas e o Povo Pequeno estão por perto e podem ser facilmente
acessíveis. Se você não vai fazer nenhum ritual, ao menos tome conta dos seus pensamentos. Aliás, apesar da importância mágica desse dia, este é um conselho que
vale para todos os seus dias:
Você atrai o que você pensa.
Você atrai o que você fala.
Você atrai o que você teme.
Você atrai o que você reclama.
Então, mude seus pensamentos e mudará sua realidade!
Conectando-se com o mundo feérico
Talvez você não saiba, mas estamos na quarta dimensão. Isso significa que tudo está vibrando junto com o planeta para se ajustar a um nível mais elevado, mudando
nossa forma de ver as coisas, nossa consciência e nossa forma de sentir o que está a nossa volta. Com isso, várias pessoas sentem mais necessidade de viver experiências
diferentes, como, por exemplo, fazer contato com as fadas e vivenciar a magia.
Graças a essa mudança vibracional, está mais fácil acessar outros mundos. Despertar seu animal de poder, por exemplo, já pode ser feito com um ritual muito mais
simples. Acessar o mundo das fadas também!
Antes de mergulhar nessa de cabeça, é importante que você conheça um pouco mais do mundo das fadas.
Como foi dito lá no começo, fadas são elementais e estão em todos os elementos. Assim, temos:
Fadas da Terra
Fadas do Fogo
Fadas da Água
Fadas do Ar
É bom que você conheça ao menos um pouco de cada um dos elementos, especialmente os seus regentes. Sempre que for fazer um ritual com um dos elementos, chame o anjo
e o Deva regente. Isso coloca os elementais sob controle. Caso algum deles não se comporte devidamente durante o ritual, não hesite em chamar os comandantes. Lembre-se
de que elementais são como crianças. E você já viu crianças fora de controle numa sala de aula??? Então, vamos conhecer os responsáveis por cada reino.
REINO ELEMENTAL DA TERRA
Príncipe regente: Uriel
Rei Elemental: Chobb
Direção: Norte
São os espíritos da Terra, do que cresce e vive em todo o planeta, da fertilidade e do que é concreto. São chamados gnomos, mas há uma infinidade deles, como trolls,
goblins e duendes, incluindo os leprechauns.
REINO ELEMENTAL DO FOGO
Príncipe regente: Mikael ou Miguel
Rei Elemental: Djinn
Direção: Sul
São os espíritos do Fogo, da chama da vida, do calor que aquece e das labaredas que destroem. São chamados salamandras e podem ser vistos dentro das chamas. Quando
dançam, formam espirais no fogo.
REINO ELEMENTAL DA AGUA
Príncipe regente: Gabriel
Rei Elemental: Niksa
Direção: Oeste
São os espíritos da Água, que não têm forma, berço da vida e símbolo máximo das emoções. São chamados nereidas e ondinas e vivem no mar, nos lagos, em cachoeiras
e em todos os lugares com água.
REINO ELEMENTAL DO AR
Príncipe regente: Rafael
Rei Elemental: Paralda
Direção: Leste
São os espíritos do Ar, do sopro da vida, dos ventos e furacões, das brisas e suspiros. São as fadas, silfos e sílfides.
Os olhos da mente
Para contatar as fadas ou qualquer elemental, precisaremos utilizar a terceira visão. Você se lembra de quando eu falei que era preciso ter vidência para ver fadas?
Bom, isso é verdade só em parte. Todos podemos ver fadas, mas é preciso confiança.
Todos podemos ver outro mundo com os olhos da mente, ou terceira visão. Quando a vidência está adormecida, como é o caso da maioria de nós, podemos acionar a visão
da mente. Para isso, precisamos fechar a visão física, ou seja, fechar os olhos. A partir daí, seguem-se alguns passos simples. Depois de algum treinamento, tudo
se torna muito simples.
Uma técnica simples
Vá a um lugar tranquilo que tenha muito verde, como um jardim, um parque ou um bosque. Lá, encontre um ponto de poder. Ponto de poder é o local onde provavelmente
o Deva reside. Geralmente é uma grande pedra ou uma grande árvore. Toque-o e, com o coração aberto, peça permissão para contatar as fadas daquele local. Sente-se
e respire profundamente algumas vezes, relaxando os músculos do seu corpo. Então cante uma canção onde diz o que pretende. Rituais com fadas devem rimar e, de preferência,
ser cantados. Se você souber tocar um instrumento, tanto melhor. Leve-o e toque para elas, mas toque com o coração! Quando terminar, respire mais uma vez profundamente
e feche os olhos. No começo, você não vai ver nada. Não desanime. Depois de alguns minutos, você começará a ver ou a sentir algo. Podem ser apenas cores, ou pequenos
dedinhos tocando você. Pode até ser que você tenha uma visão mais clara do que espera. No entanto, você não pode abrir os olhos até a experiência ter terminado.
Se você abrir os olhos, perderá a conexão. Se você conseguir ver fadas com os olhos fechados, use sua mente para conversar com elas. Faça perguntas, ou se apresente,
ou cumprimente-as.
Quando terminar, deixe um presente para elas. Ah, sim! Sempre leve um presente para elas! Pode ser um doce, uma bijuteria ou um cristal.
Oráculos
Oráculos podem ser meios muito eficientes de se comunicar com fadas. Dentre eles, temos o tarot e o pêndulo. Basta que os consagre antes e, num local bonito onde
fadas possam estar, utilizá-los para se comunicar com elas. Lembre-se de chamar o príncipe regente e o rei elemental dos elementos antes.
Há tarots especiais para fadas que facilitam ainda mais o contato com elas.
Arte
A arte é um dos melhores meios de se comunicar com fadas. O sistema é o mesmo. Vá a um lugar belo onde elas podem ser sentidas e faça o contato como explicado antes.
Então deixe que sua arte flua. Leve papel e caneta se for escrever, ou um gravador se for compor. Não se esqueça de deixar um presente para elas.
Dica de ouro:
Na magia, muitas pessoas esperam ter experiências físicas e surpreendentes, como num filme. Ao procurar uma coisa tão concreta, elas acabam se fechando para uma
energia mais sutil. Por não estar familiarizada com essa energia sutil, a pessoa não acredita no que está vendo ou sentindo e acha que pode estar imaginando. A visualização
é uma irmã da imaginação. É preciso imaginar para acionar a visualização. Para saber a diferença entre imaginar e visualizar, tente mudar o que você está vendo com
os olhos da mente. Se conseguir fazer isso de primeira e facilmente, é imaginação. Se sentir resistência ou não conseguir, é visualização. Ou seja, você está vendo,
e não achando que está vendo ou imaginando coisas. Confie mais. Hesite menos.
Magias com as
Fadas
Fadas existem em diversas culturas, mas foi da cultura europeia que herdamos o que sabemos hoje, como o conceito das entradas secretas para o mundo das fadas e como
o tempo em seu mundo corre de maneira diferente.
São muitas as histórias em que um humano desavisado pisou num círculo de fadas, cogumelos em círculos e ficou alguns minutos vendo fadas e elementais dançando e
tocando instrumentos. Quando percebeu, anos já tinham se passado.
Há alguns conceitos gerais sobre isso e vamos dar uma olhadinha agora.
Recuperando um amigo do circulo das fadas
Se um amigo desapareceu sem deixar vestígios e há por perto um círculo feito de cogumelos, deve-se voltar lá um ano e um dia depois. Deve-se colocar apenas um pé
dentro do círculo e imediatamente será possível ver as fadas e elementais dançando, assim como a pessoa desaparecida. Com os dois braços, abraça-se fortemente a
pessoa, puxando-a para fora do círculo.
Defendendo-se de fadas mal-intencionadas
O ferro é muito eficaz contra o povo encantado, caso eles ofereçam perigo, pois o ferro os queima. Porém, tenha cuidado para só usar isso em último caso. Em geral,
uma boa conversa já resolve o problema.
Palavras magicas em um ritual com fadas
Um ritual para as fadas sempre surte mais efeito quando rimado e/ou cantado. A palavra “encantamento” tem a ver com isso. Não perca tempo com a timidez! Solte a
voz e dê o seu melhor!
Alimentos para as fadas
É normal termos alimentos em determinados rituais. Servem como um agrado para as entidades com quem estamos trabalhando, ao mesmo tempo em que é um momento sagrado
de comunhão. Já notou como a comida é importante no nosso mundo? Sempre que marcamos alguma coisa com alguém, geralmente envolve comida: é um almoço, um jantar,
um café ou um cinema com pipoca. Fazer uma refeição juntos de certa forma nos une de uma forma sagrada. Assim é com rituais com alimentos. Alguns são chamados banquetes
rituais.
Esses rituais, quando envolvem fadas, devem ser acima de tudo muito bonitos! Elas gostam de brilhos e cores, e se pode abusar e preparar verdadeiros encantos. Elas
se aproximarão também pela curiosidade, pois são atraídas por tudo o que brilha e tem cores.
Veja alguns dos alimentos que você pode servir às fadas:
Frutas pequenas (silvestres), como amoras, uvas, mirtilos, morangos e framboesas.
Gengibre
Mel
Leite
Leite com mel
Bolos
Balas (principalmente as de coco)
Biscoitos
Sucos
Na minha experiência, fadas preferem doces claros e, por conta disso, geralmente não sirvo no ritual coisas de chocolate (apesar de eu amar). Chocolates e café são
alimentos de elementais da terra (gnomos). No entanto, já vi, em um livro, bruxas fazendo ritual com chocolates para as fadas; então não sei se é uma regra ou se
só as minhas fadas preferem coisas brancas.
Percebi que elas gostam muito também de doces caramelizados e aqueles doces de pasta americana com florzinhas de biscuit.
Lembre-se de que nem todo ritual pode e deve ser um banquete. Alguns rituais podem ser bem simples, com apenas uma guloseima para elas. Nesses casos, você pode colocar
o doce em cima de um cristal (pirita, quartzo ou pedra da lua) ou em uma bandeja de prata. Em rituais, eu evito usar objetos de plástico, a menos que não tenha outra
coisa. Elas gostam muito de pratos de confeitaria, daqueles de papelão que brilham em cores fortes, ou de prata e dourado.
Apesar de eu nunca ter feito isso, há uma antiga tradição que diz que você sempre deve dizer para as fadas, antes de lhes oferecer comida, as seguintes palavras:
“O que é meu é seu,
O que é seu é meu.”
Jardim das fadas
Claro que fadas adoram jardins! Se tiver espaço para isso, plante nele algumas das flores favoritas das fadas, como a lírio do vale, dedaleira, gesta, rosas e flores
azuis. Você também pode fazer um buraco na terra e colocar pedras ao redor, fazendo um lago, para atrair as fadas d’água. Áreas sem cultivo atraem fadas que preferem
lugares mais selvagens, então deixe uma parte crescer livremente, sem a sua interferência. Esse jardim funcionará como se fosse seu altar e você poderá dar suas
oferendas e presentes em cestinhas.
Musica e danca
Rituais com fadas são muito festivos. Não se pode ficar sério e duro. Procure ser o mais espontâneo possível e mantenha o ambiente alegre e muito leve. Música e
dança são sempre bem-vindos. Fadas gostam de todos os instrumentos, mas os de sopro são os seus favoritos. Faça uma seleção desse tipo de música e coloque para tocar
durante o ritual.
Fadas em nossa casa
Os romanos tinham guardiões de suas casas e os chamavam de deuses lares. Eram provavelmente elementais e a maioria de nós pode ter fadas em casa, mesmo em áreas
urbanas (embora seja mais fácil tê-las nas áreas rurais). Fadas que vivem na casa, assim como os elementais, protegem o lugar, assim como atuam no equilíbrio, criatividade,
saúde e prosperidade. Porém, quando se sentem invadidas ou agredidas, podem causar fenômenos desagradáveis, como batidas, imitações de vozes, sumiço de pequenos
objetos, como chaves e documentos. Em um caso mais grave, elas provocam incêndios (autocombustão espontânea) e movimento de objetos. Por isso, muitas vezes são confundidas
com fantasmas. Por isso, também, um exorcismo cristão não funciona se o que estiver causando o poltergeist forem os elementais.
Em geral, elementais só ficam agressivos se percebem perigo. É o caso de uma casa que sempre foi habitada por eles e, de repente, é invadida por pessoas que não
lhe têm o devido respeito. Mais uma vez, basta conversar e ver qual é o problema. É sempre possível entrar num acordo, e elementais pedem muito pouco. Basta um pouco
de nossa atenção, uma maçã, um copo de leite e, de vez em quando, uma fatia de bolo com boa música e dança.
Magia Pratica
Agora que você já sabe um pouco do mundo das fadas, é hora de arregaçar as mangas e realizar algumas magias. Comece com as mais simples e respeite seu ritmo.
Banhos de Fadas
Em todo tipo de magia, uma das formas mais rápidas de equilíbrio energético é o banho mágico. Além de limpar nossa aura de energias mais pesadas, ele também atrai
a energia que estamos desejando. Um banho de fortuna, por exemplo, atrairá o dinheiro. Para as fadas, temos vários tipos de banho, como o de leite e o de rosas.
Banho de leite e mel
Além de nos conectar com as fadas, ele limpa e nutre nossa aura (que fica meio arranhada quando somos magoados). Basta misturar um copo (150 a 200 ml de leite) em
um litro de água. Coloque umas gotas de essência de mel e acenda um incenso de flores, rosas ou mel. Trace espirais no banho, dizendo:
Das fadas amigo sou
E minha amizade lhes dou
Elas cuidam de mim
E de tudo que é meu
Colocam na dor um fim
E ao meu chamado dizem sim.
Repita três vezes o encantamento, traçando as espirais. Então feche os olhos e visualize uma luz lilás ou branca vindo de cima e pousando sobre o banho. Quando terminar,
tome seu banho normal e, depois, derrame esse banho da cabeça para baixo. Não se seque e vista uma roupa clara. Os efeitos são imediatos, como a maioria dos banhos
mágicos.
Banho de rosas
Todo banho de rosas e flores pode ser encantado com a energia das fadas. Coloque 21 pétalas de rosa cor-de-rosa, amarela ou chá em um recipiente de cobre (se não
tiver, utilize qualquer coisa, menos ferro, alumínio e plástico) com água e uma tampa. Você pode adicionar algumas gotas de essência de rosas e encantar com um incenso.
Aguarde de uma Lua Cheia à outra Lua Cheia. O banho estará, então, pronto para ser usado. Tome esse banho antes dos rituais com as fadas. Este também pode ser usado
da cabeça aos pés. Não se seque e vista roupas claras.
Rituais de Lua Azul
Nossa próxima Lua Azul será dia 31 de julho de 2015. Em 2018, teremos duas Luas Azuis, uma em janeiro e outra em março, fenômeno que só ocorre a cada 19 anos. Para
você preparar um ritual bem bacana de Lua Azul, segue a lista de Luas Azuis para os próximos anos:
31 de janeiro e 31 de março de 2018
31 de outubro de 2020
30 de agosto de 2023
31 de maio de 2026
31 de dezembro de 2028
30 de setembro de 2031
31 de julho de 2034
31 de janeiro e 31 de março de 2037
31 de outubro de 2039
30 de agosto de 2042
30 de maio de 2045
30 de setembro de 2050
Rituais da Lua Azul são ótimos não apenas para fazer contato com fadas e fazer pedidos, mas também para encantar poções, pós, elixires e talismãs. Então aproveite!
Bolo da Lua Azul
Faça esse bolo encantado para as fadas e faça seus pedidos. Coloque uma boa música de fadas (clássicas, instrumentos de sopro, celtas, Enya, Loreena Mackenit etc.).
Acenda um incenso de flores e uma vela azul-clara antes de começar a fazer o bolo. Pegue os ovos e mostre-os para a chama da vela, dizendo:
Desejo do sonho, sonho que desejo
Eu peço a ajuda das fadas
Para me trazer o que almejo
Sua magia está dentro desse ovo
Levando o velho, trazendo o novo.
Rainha Aine, venha ao meu mundo
Sobre sua magia de realização
E traga a concretização!
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, assim se faça!
Sopre o ovo e coloque-o sobre um prato com o açúcar. Acomode os outros ingredientes secos e jogue pétalas de rosa branca sobre ele, numa chuva, dizendo:
Chuva de bênçãos
As fadas trazem
Chuva de amor
As fadas trazem
Chuva de dinheiro
As fadas trazem
Chuva de saúde
As fadas trazem.
E com gentileza elas trazem
O sonho, o pedido, o desejo
E me ajudam a realizar
Tudo o que almejo.
Coloque a xícara com leite e corante azul perto e coloque as mãos em concha sobre tudo. Visualize flores e fadas vindo em seu auxílio e soprando magia nos ingredientes.
Visualize todos os seus desejos se realizando. Deixe a luz colorida fluir através de você.
Quando terminar, prepare o bolo conforme as instruções. Faça-o com sentimento de alegria, de felicidade, como se tudo o que você tivesse pedido já estivesse se realizando
conforme o bolo é preparado. Nada pode desfocar você ou desequilibrar sua energia, ou o feitiço se quebrará (fadas são muito sensíveis).
Quando o bolo estiver pronto, mostre-o para a Lua e peça que as fadas e deusas lunares banhem seu bolo com seu poder mágico. A primeira fatia deve ser dada para
as fadas, colocada num altar ou num cantinho numa mesa. O restante deve ser consumido por você e pelas pessoas que você ama. Nenhuma parte desse bolo pode ir para
o lixo (animais podem comer).
Deixe a vela azul queimar até o fim e, se sobrar cera, jogue fora normalmente.
Receita do bolo da Lua Azul
Ingredientes:
1 xícara (chá) de leite integral
1 xícara (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de amido de milho
1 colher (sopa) de fermento em pó
3 ovos brancos grandes
¾ de xícara de açúcar
1 xícara (chá) de manteiga
Anilina azul comestível (a gosto)
Quando for preparar, retire as pétalas de rosa e devolva-as à natureza. Bata as claras em neve. Misture os outros ingredientes e bata (na batedeira ou na mão) até
ter uma mistura homogênea e azul (ela deve ficar meio verde. Se quiser realmente azul, não use as gemas). Junte as claras em neve e misture. Coloque numa forma untada
e enfarinhada e leve ao forno por 30 minutos, ou até que, ao espetar com um palito, este saia seco. Desenforme e enfeite com açúcar de confeiteiro ou um glacê. Pode
enfeitar com frutas e jujubas, se preferir.
Ritual das fadas para dinheiro
Você vai precisar de:
Um pote de vidro com tampa (pode ser de papinha de neném)
Mel
8 moedas correntes
Uma vela azul índigo
8 incensos de canela
Celofane azul
Fita dourada (ou amarela)
Acenda a vela azul e sinta-se banhado pela energia da Lua Azul. Chame pelas fadas e pelos pequeninos e peça-lhes ajuda para ganhar dinheiro, prosperar e ter fartura.
Se você tem um pedido específico (conseguir um emprego em tal lugar, por exemplo), faça-o. Escreva seu nome oito vezes num papel branco. Coloque esse papel dentro
do pote de vidro. Coloque as moedas, uma por uma. Cubra com mel, sempre mentalizando prosperidade e abundância na sua vida. Tampe o pote e sele-o com a cera da vela
azul, cantando, como preferir, o seguinte encantamento:
No mundo das fadas há riqueza
E na minha vida também
Há alegria e abundância
E na minha vida também
O caminho das fadas é rico
E o meu caminho também!
Quando terminar, enrole o pote num pedaço de papel celofane e dê um laço com a fita dourada. Coloque o pote no chão e cerque-o com os oito incensos. Visualize tudo
o que você deseja conquistar com a certeza de que já conseguiu. Quando terminar, pode deixar tudo ali até os incensos terminarem de queimar. Guarde esse pote em
algum lugar na cozinha, onde ninguém mexa.
Ancorando uma fada
Fadas adoram ver representações delas e farão tudo para se parecerem mais ainda com as estátuas, quadros e bibelôs que você tiver. Na magia, temos um ritual chamado
de ancoragem, onde preparamos um artefato físico que sirva de farol para a entidade chegar mais facilmente até você. Não quer dizer que a entidade viva ali dentro,
mas que ela poderá chegar até você através daquele artefato imediatamente. Em geral, fazemos a ancoragem em representações da entidade. Por exemplo, uma estátua
de fada será um ótimo artefato para realizar um ritual de ancoragem.
O ritual é relativamente simples. Você pode fazê-lo em um jardim ou bosque, mas pode fazer em casa, dentro de um círculo mágico.
Chame por Rafael e Paralda e peça sua ajuda para realizar o ritual de ancoragem, permitindo assim que as fadas possam estar com você sempre que você chamar, se for
da vontade delas.
Então, acenda uma vela azul-clara, uma vela amarela, uma vela de mel, uma vela rosa e uma vela branca ou prata, formando um pentagrama. Lave a estátua com água de
chuva. Depois, coloque a estátua num prato ou bandeja de prata. Coloque a bandeja no meio do pentagrama. Derrame sobre a estátua uma mistura de leite e mel. Sobre
ela, derrame pétalas de rosas de todas as cores. Com sua varinha, aponte para o alto e gire-a, como se estivesse pegando energia. Sinta que a varinha se tornará
mais pesada, como se você estivesse mexendo um bolo. Visualize uma energia luminosa colorida sendo puxada pela varinha e diga:
Com o poder dos elementais,
Eu abro os portais,
E a partir de agora
Torno esta estátua viva,
Ela será o lar
Da fada que quiser me visitar.
Assim seja, assim se faça!
Aponte a varinha para a estátua e sinta a energia colorida cobri-la. Pegue a estátua com cuidado e sopre em sua boca longamente. Coloque-a de volta na bandeja e
cante uma música, dance ou toque um instrumento (você escolhe). Sirva bolos, biscoitos e o que desejar para encerrar, oferecendo às fadas uma porção e comendo com
elas. Quando terminar, agradeça e deixe as velas queimarem até o fim, quando então poderá lavar a estátua e colocá-la em algum lugar da casa ou jardim.
Um círculo de pétalas para um pedido
Essa magia é muito boa não só para fazer contato com fadas, mas para pedir-lhes um favor. Você pode pedir o que desejar, pois as fadas são muito criativas e talentosas
e farão de tudo para ajudar, se sentirem que seu pedido é sincero.
Consiga pétalas de rosas de todas as cores, três incensos e um cristal bonito. Vá a um lugar verde e belo onde sinta que as fadas podem estar presentes e comece
jogando as pétalas em sentido horário, formando um círculo, dizendo:
Cada passo que dou
Mais me aproximo de vocês
Na estrada em que vou
Sou o que sou
Vejo a luz do luar
E o brilho do sol
E de todas as estrelas.
Venham fadas companheiras
Venham me ajudar!
Tenho um pedido para fazer
Me ajudem a realizar!
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, assim é!
Termine fechando o círculo, mas ficando na parte de dentro. Acenda os incensos e coloque a pedra em suas mãos em forma de concha (como se estivesse oferecendo).
Feche os olhos e inspire profundamente. Sinta todo o corpo relaxar. Entoe um cântico. Não precisa ter letra, pode só cantar lá lá lá, mas cante com inspiração. Quando
começar a sentir que não está só, não abra os olhos. Converse mentalmente com as fadas e faça o seu pedido. Por elas terem ouvido você, dê a pedra de presente. Agradeça
e deixe a pedra no meio do círculo. Tire as pétalas de uma parte, para abrir o círculo, e pode ir embora.
A Dança das Fadas
Se puder, faça esse ritual sob a Lua Cheia, pois ele terá mais poder. Coloque um copo com água e um copo com leite. No meio deles, coloque uma vela amarela. Tome
um banho e coloque uma roupa leve e bonita. Se puder, coloque enfeites no cabelo. Acenda a vela amarela. Acenda nela dois incensos de palito e coloque uma música
bonita. Inspire profundamente e acalme sua mente. Relaxe corpo e mente e diga:
Fadas benfazejas
Fadas amigas
Fadas companheiras
Eu lhes ofereço essa dança
E as convido para comigo dançar
Esse leite eu lhes ofereço
E de coração agradeço
Pelo que vocês puderem me dar
Nessa água coloquem seus presentes
Que com alegria eu vou aceitar!
Comece então a se mover e dance da melhor forma que puder. Dance com os incensos, veja as formas que a fumaça faz. Você sentirá vontade de sorrir ou gargalhar. Faça!
As fadas estão presentes!
Quando terminar, agradeça e deixe o leite para elas. Beba a água, sentindo a mudança no sabor (geralmente, fica mais doce). Deixe a vela queimar até o fim e, no
dia seguinte, pode jogar o leite ao pé de uma árvore ou num jardim.
Elas estão descontroladas
Se as fadas da sua casa estiverem fora de controle (coisas sumindo, quebrando e sons misteriosos), faça um ritual para acalmá-las. Prepare um bolo branco e lhes
ofereça a primeira fatia, junto com um copo de leite. Diga-lhes que você gosta delas e que precisa saber o que as está irritando. Converse calmamente e fique aberto
para intuições e insights. Muitas vezes, elas estão tentando chamar sua atenção para alguma coisa que não está muito certa. Preste atenção!
Falando nisso, cuidado com exageros. Rituais com fadas são deliciosos e possuem uma energia quase viciante. Mas não faça demais, ou você ficará aéreo, esquecido,
começando várias coisas e não terminando nenhuma.
Uma magia para o amor
Pegue um laço de fita cor-de-rosa e um azul-claro. Se tiver alguém em mente, escreva o nome do rapaz na fita azul e o da moça na fita rosa. Apesar de parecer um
feitiço manipulativo, não é. Ele só despertará o amor se ele existir. Se não existir, haverá apenas uma amizade, carinho ou simpatia. Se quiser apenas que alguém
ideal venha ao seu encontro, escreva o seu nome na fita equivalente (rosa para moças, azul para rapazes, independentemente de serem gays, lésbicas ou simpatizantes).
Acenda uma vela cor-de-rosa e um incenso. Feche os olhos e respire profundamente. Visualize uma névoa cor-de-rosa envolvendo você. Ela pode ser lilás, o que é bom,
pois também trabalha questões kármicas. Diga o seguinte encantamento:
Fadas do amor
Aqueçam o coração
Afastem a dor
Afastem a solidão.
Com o bater de suas asas,
Soprem para longe quem não me quer,
E tragam para mim quem me amar puder.
Tragam um amor
Que aqueça o coração
Que preencha minha alma de cor
E ao lado de quem eu desabroche
como uma flor.
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, é!
Visualize, com as fitas nas mãos, o que você espera de um amor. Muita gente não sabe o que pedir e fica confusa quando não recebe o que esperava. Se você não tem
ideia do que quer, inspire-se em um casal que você conheça e que seja muito feliz. Se não conhece nenhum (os verdadeiramente felizes são bem raros), busque a realidade
que quer para você em inspirações, como em filmes e livros. Mas lembre-se: o que você pedir é o que vai ganhar. Visualize uma história dramática e receberá um amor
cheio de dramas. Quando terminar a visualização, passe as duas fitas na chama da vela e na fumaça do incenso. Sopre nelas seu desejo e beije-as com amor. Agradeça
às fadas e saia à procura de uma árvore. Ela deve ser bonita e, se possível, frutífera. Diga à dríade da árvore que você está fazendo um pedido para as fadas e deseja
sua permissão para concluir o ritual. Dê um laço em um galho da árvore com as fitas juntas. Agradeça e envie para ela energia de gratidão e amor. Quando terminar,
pode ir embora.
Uma poesia para as fadas
Esse é um ritual bem simples, mas muito poderoso. Ele é uma forma de agradar às fadas e ganhar sua simpatia e um favor. Pegue uma vela e passe nela glitter ou purpurina
em pó. Use a intuição para escolher a cor tanto da vela quanto do glitter. Acenda a vela e coloque-a num prato. Acenda um incenso. Ao redor da vela, coloque pétalas
de rosa. Em cima das pétalas, coloque uns pergaminhos bem pequenos com seus pedidos, amarrados com lacinhos. Complete com balas. Inspire profundamente e então diga
às fadas que você gostaria da ajuda delas e por isso está fazendo esse ritual. Como presente, você lhes oferece uma poesia e espera que elas gostem.
Você deve declamar uma poesia sobre as fadas. Como nem todos temos talento para a coisa, estou colocando aqui uma belíssima poesia de Antero de Quental que utilizei
no meu livro “A Canção dos Quatro Ventos”. Acredito que ela funcionará perfeitamente bem! Aí é com você! Declame com o coração e, quando terminar, feche os olhos
e veja se receberá alguma mensagem. Observe também a chama da vela e a fumaça do incenso.
As Fadas
As fadas… eu creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar…
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar…
Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer…
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder…
O vestir… são tais riquezas,
Que rainhas, nem princesas
Nenhuma assim se vestiu!
Porque as riquezas das fadas
São sabidas, celebradas
Por toda a gente que as viu…
Quando a noite é clara e amena
E a lua vai mais serena,
Qualquer as pode espreitar,
Fazendo roda, ocupadas
Em dobar suas meadas
De ouro e de prata, ao luar.
O luar é os seus amores!
Sentadinhas entre as flores
Ficam-se horas sem fim,
Cantando suas cantigas,
Fiando suas estrigas,
Em roca de oiro e marfim.
Eu sei os nomes de algumas:
Viviana ama as espumas
Das ondas nos areais,
Vive junto ao mar, sozinha,
Mas costuma ser madrinha
Nos batizados reais.
Morgana é muito enganosa;
Às vezes, moça e formosa,
E outras, velha, a rir, a rir…
Ora festiva, ora grave,
E voa como uma ave,
Se a gente lhe quer bulir.
Que direi de Melusina?
De Titânia, a pequenina,
Que dorme sobre um jasmim?
De cem outras, cuja glória
Enche as páginas da história
Dos reinos de el-rei Merlim?
Umas têm mando nos ares;
Outras, na terra, nos mares;
E todas trazem na mão
Aquela vara famosa,
A vara maravilhosa,
A varinha de condão.
O que elas querem, num pronto,
Fez-se ali! parece um conto…
Mesmo de fadas… eu sei!
São condões, que dão à gente
Ou dinheiro reluzente
Ou joias, que nem um rei!
A mais pobre criancinha
Se quis ser sua madrinha,
Uma fada… ai, que feliz!
São palácios, num momento…
Beleza, que é um portento…
Riqueza, que nem se diz…
Ou então, prendas, talento,
Ciência, discernimento,
Graças, chiste, discrição…
Vê-se o pobre inocentinho
Feito um sábio, um adivinho,
Que aos mais sábios vai à mão!
Mas, com tudo isto, as fadas
São muito desconfiadas;
Quem as vê não há de rir,
Querem elas que as respeitem,
E não gostam que as espreitem,
Nem se lhes há de mentir.
Quem as ofende cautela!
A mais risonha, a mais bela,
Torna-se logo tão má,
Tão cruel, tão vingativa!
É inimiga agressiva,
É serpente que ali está!
E têm vinganças terríveis!
Semeiam coisas horríveis,
Que nascem logo no chão…
Línguas de fogo, que estalam!
Sapos com asas, que falam!
Um anão preto! um dragão!
Ou deitam sortes na gente…
O nariz faz-se serpente,
A dar pulos, a crescer…
É-se morcego ou veado…
E anda-se assim encantado,
Enquanto a fada quiser!
Por isso quem por estradas
For, de noite, e vir as fadas
Nos altos, mirando o céu,
Deve com jeito falar-lhes,
Muito cortês e tirar-lhes
Até ao chão o chapéu.
Porque a fortuna da gente
Está às vezes somente
Numa palavra que diz.
Por uma palavra, engraça
Uma fada com quem passa
E torna-o logo feliz.
Quantas vezes já deitado,
Mas sem sono, inda acordado
Me ponho a considerar
Que condão eu pediria,
Se uma fada, um belo dia,
Me quisesse a mim fadar…
O que seria? Um tesoiro?
Um reino? Um vestido de oiro?
Ou um leito de marfim?
Ou um palácio encantado,
Com seu lago prateado
E com pavões no jardim?
Ou podia, se eu quisesse,
Pedir também que me desse
Um condão, para falar
A língua dos passarinhos,
Que conversam nos seus ninhos…
Ou então, saber voar!
Oh, se esta noite, sonhando,
Alguma fada, engraçando
Comigo (podia ser?)
Me tocasse co’a varinha
E fosse minha madrinha,
Mesmo a dormir, sem a ver…
E que amanhã acordasse
E me achasse… eu sei! me achasse
Feito um príncipe, um emir!…
Até já, imaginando,
Se estão meus olhos fechando…
Deixa-me já, já dormir!
Magia para dinheiro com as fadas
Numa Lua Cheia, pegue oito espelhinhos e coloque-os em círculo no chão, em um lugar com natureza. Acenda um incenso perto de cada um e respire profundamente três vezes, sentindo-se inundado pelo poder da Lua. Quando estiver pronto, recite o encantamento:
Fadas da Lua, eu as chamo agora
Venha a mim nessa sagrada hora
Por Brigith e Ísis, pelas deusas mães.
Pelas antigas feiticeiras e pelas anciãs,
Batam suas asas de todas as cores
E tragam a fartura das sementes e flores.
Eu lhes dou essas moedinhas
Como um presente pela nossa amizade
Em troca peço que sejam minhas amiguinhas
E tragam para mim e
minha casa a prosperidade!
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, assim se faça!
Assim seja, assim se faça!
Pegue oito moedinhas bem brilhantes e mostre uma a uma para a Lua. Coloque cada uma em cima de cada espelho. Quando terminar, feche os olhos e visualize as fadas
vindo pela luz da Lua e circulando pelo seu ritual. Procure conectar-se com elas nesse momento. Quando terminar, agradeça, encerre o ritual e recolha tudo. Pendure
7 dos espelhos em árvores (pode ser numa mesma árvore). Enterre ao redor da árvore 7 das moedas. Um espelho e uma moeda ficarão com você. Guarde-os sempre juntos
e, sempre que precisar de dinheiro, mostre o espelho para a Lua e peça a ajuda das fadas (mas lembre-se de sempre deixar para elas um presente em troca).

 

 

                                                                  Eddie Van Feu

 

 

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