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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


NO ABRAÇO DE UM LOBO / Lora Leigh
NO ABRAÇO DE UM LOBO / Lora Leigh

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

NO ABRAÇO DE UM LOBO

 

Grace não tinha nenhuma idéia de que o homem quem a salvou de um assalto era um assassino das Raças, até que ela o vê assassinando um alto membro do Conselho de Genética. Agora Matthias seqüestrou-a, mas em vez de ameaçá-la, em vez de maltratá-la, Matthias mostra por ela um amor como nunca sonhou em sua vida, até que o terror verdadeiro do Conselho os alcança, talvez destruindo os novos sonhos de Grace de começar uma nova vida junto com ele...

 

 

           Cidade de Nova York

           Dubbree Suíte Hotel

           Ano 2023

 

Dois assassinatos em um mês, cada um era membro do conhecido e suspeito Conselho de Genética. Ia ser um pesadelo das relações públicas para o contingente das Raças Felinas.

Primeiro o General Cyrus Tallant. Naturalmente, seu assassinato foi dado como autoria dos membros do nível superior do Conselho de Genética. Tal como seria com este. Afinal de contas, o Dr. Benedikt Adolf Albrecht estava sob a mesma, se não mais, suspeita de possuir uma cadeira na mesa dos doze membros da diretoria do município.

Matthias Slaughter sabia que Albrecht era mais do que apenas um apoio, um aliado do Conselho. Albrecht era um membro efetivo, exercendo um cargo no alto escalão da Diretoria do Conselho de Genética. Ele também foi o diretor de treinamento. Foi o posto do avô dele, do pai dele e agora era o posto dele, uma verdadeira herança forjada nas profundezas do inferno, para liderar as criações geneticamente alteradas das Raças que sofreram por gerações em seu cativeiro nos laboratórios.

A espécie da Raça não teve a sorte de nascer. Não, a natureza, em toda sua perspicácia e misericórdia, não adicionou em sua genética a habilidade para os trabalhos habituais do cotidiano humano. Muito pelo contrário. Ao contrário disso, a Natureza em um de seus ataques raros de bom humor, decidiu aperfeiçoar aquilo que o homem criou. Aquilo que monstros iguais a Albrecht tinham criado nos Laboratórios do Conselho. Com a inteligência excepcional deles em engenharia genética e as atrocidades passadas de seus antepassados, o Conselho conseguiu criar a espécie humano-animal com a intenção de formar o próprio exército pessoal deles. Um exército letal que seria a força atrás da busca deles pelo poder.

Como a Natureza deve ter rido sobre aquilo.

Matthias imaginou durante anos que ele tinha ouvido uma risadinha ou duas dela também.

Fisicamente, mentalmente, as Raças eram geneticamente, tudo o que o Conselho tinha planejado e projetado, para matar, para exterminar. Psicologicamente, eles foram terrivelmente distantes da longa marca. Como os primos naturais deles, os predadores assassinos naturais da terra, as Raças adoravam a liberdade, eles adoravam a própria honra.

Muitas Raças morreram, devido a essa ânsia de liberdade e honra, permanecendo firme àquele código natural interno, um ideal em vez de um jogo de regras. Havia neles uma instintiva fome a conduzí-los à busca da liberdade que seus primos selvagens sempre sabiam como consegui-la.

Eles eram animais em corpos de homens. Primitivos, selvagens, predatórios. E inteligentes.

Excepcionalmente inteligentes.

Aquela inteligência foi o fracasso dos planos do Conselho de Genética. E encontrou-o aqui agora, mais de um século depois que a primeira Raça respirou o ar, no primeiro fôlego de vida dentro dele.

A perícia técnica de outro executor de Raça estava assegurando que as câmeras de vídeo e fotográficas da segurança não registrassem a entrada de Matthias ou mais tarde a saída dele. Estava assegurando que o próprio Conselho fosse responsabilizado por esta morte, como também dos generais antes dele.

O Conselho precisou fazer limpeza na casa.

Matthias sorriu ao imaginar as manchetes. O sorriso se foi depressa, quando ao som de portas duplas se abrindo do corredor o fez esperar esperançosamente.

Ele não se enrijeceu. Não tanto quando uma respiração perturbou o ar, quando inalou cuidadosamente ele. Albrecht era conhecido por andar com vários guarda-costas, entretanto esta noite, tal como faziam todas as noites durante esta curta estada em Nova York, os guarda-costas de Albrecht foram ouvidos entrando no quarto separado mais abaixo do corredor.

Excelente. Albrecht era conhecido por depender da segurança do Hotel Dubbree. Maldito arrogante. Ele pensava que a posição dele o protegia. Que a sua genialidade em engenharia genética e a fortuna dele em produtos farmacêuticos, talvez pudessem protegê-lo de um atentado, de um castigo. Mas ele sempre tinha ostentado segurança. Falta pouco para enviá-lo ao inferno. Afinal de contas, quem ousaria tentar matá-lo?

-Cretino. O pesado acento alemão saiu dos lábios de Matthias revelando os caninos dos lados da sua boca.

Benedikt Adolf Albrecht não era bem conhecido por seu respeito pelos guarda-costas dele.

Luzes acenderam na passagem de entrada, as portas fecharam, Matthias esperou.

O alvo dele era uma criatura de hábitos organizados. Albrecht acreditava que uma mente organizada era uma mente estável. Isso poderia explicar as acusações regulares que Matthias recebeu com respeito à sua sanidade. Ou falta dela.

Ele esperou pacientemente na sala de visitas escurecida. O bar estava a frente dele. Albrecht iria lá primeiro.

E como marcado por um relógio, as luzes dos abajures acenderam-se, todos menos dois perto de Matthias e Albrecht se orientou lentamente ao bar.

Albrecht parecia-se com um cadáver. Alto, magrinho, poucos cabelos cinzento, entradas enormes de calvície e pálido, a pele quase branca. Ele foi ao bar, enquanto Matthias erguia sua arma com silenciador do seu colo.

O gelo tiniu no vidro, o licor derramou sobre ele. Matthias apontou, puxou o gatilho e observou a nuca de Albrecht rachar com a bala mortal. Um segundo mais tarde o membro do Conselho caiu em cima do bar. Garrafas de cristal rolaram, copos quebraram, espalhando vidro e o cheiro de licor. Mas mesmo isso não pôde abafar o som de um pequeno grito abafado de terror na porta da suíte.

O suspiro chocado de uma mulher e reconheceu o cheiro de medo nela.

Pela primeira vez nos seus trinta anos de vida, Matthias sentia pesar e uma pontinha de tristeza. Porque ele sabia que o seu próprio destino tinha acabado de ser decidido.

Matthias virou-se para o lado dela, um resmungo na face dele, um rosnado na sua voz.

-Goddamnit, Grace. Estática crepitou no link de comunicações à orelha de Matthias.

-Saia daí, Matthias. Eu posso controlar os monitores de segurança durante cinco minutos, cravados. Use as escadas, vá para o térreo. Law te esperará com o furgão na saída. Jonas Wyatt ordenou.

Matthias estava se movendo, mesmo com Jonas latindo as ordens no link preso a orelha dele.

Ele estava do outro lado da sala antes que a figura esbelta como corça da subgerente do Hotel Dubbree, Grace Anderson, pudesse correr.

Os seus lábios se abriram, enchendo os pulmões de ar para gritar. Antes que gritasse, a mão dele foi direta para o nariz e lábios dela, seu outro braço a puxou contra o seu peito, comprimindo seus pulmões fazendo-a desmaiar imediatamente.

Ele a lançou sobre seu ombro direito e saiu depressa do quarto, parou por um segundo precioso checando se as impressões digitais dela não estavam em qualquer lugar nas portas, trancou as fechaduras antes de sair para o corredor.

Ele detectou os sons dos guardas no próximo quarto, a televisão que eles estavam assistindo, e alguém que estava no chuveiro. Ele escancarou a porta, deslizou para as escadas e desceu quase correndo.

Grace era muito leve, seu perfume exalava em volta dele como um lamento delicado. Ela não deveria estar aqui. Ele a viu entrar no carro e dar a partida, dirigindo-se ao trânsito congestionado de Manhattan essa tarde. Ele supunha que neste momento e já estivesse na auto-estrada viajando para as montanhas, já em férias, deixando a cidade para a paz e o relaxamento das montanhas.

Não esperava que ela estivesse aqui. E não supunha que ela estaria em qualquer lugar perto de Albrecht.

A subgerente tinha se presenteado com umas férias bem merecidas fora da cidade num maravilhoso hotel exclusivo. Ela tinha rido com ele sobre isto e o tinha convidado a se unir a ela quando os negócios dele tivessem terminado na cidade. Sol e divertimento, ar puro, riachos claros e muitas árvores, ela tinha provocado. E ele prometeu a ela, a primeira coisa que faria pela manhã, ele a seguiria.

Droga! Que inferno, por que ela voltou?

-Law está na posição, você tem três minutos, Jonas falou na sua orelha. -Você tem que passar rápido nessa saída e estar no furgão antes das câmeras voltarem à operação normal outra vez.

O horário das atualizações de segurança era um segredo superior, até o pessoal de segurança de baixo escalão não tinham nenhuma idéia de que horas aconteceria o procedimento de atualização. Jonas, operário padrão e milagroso que ele era, conseguiu descobrir não só a que horas aconteceria, mas quanto tempo que levaria.

-Eu terei dez segundos sobressalentes, ele resmungou, descendo rapidamente os degraus, mas seus passos eram absolutamente silenciosos, seus movimentos leves e precisos apesar de sua leve carga. –Esteja com as portas abertas.

-Aberta e pronta, Law informou. -Apresse-se grande rapaz, esta área não ficará segura o tempo inteiro. -Apressa-se. Ele grunhiu na ordem. Como se ele não fosse bastante rápido.

-Quebre o maldito pescoço da moça e desfaça-se dela. Outra voz entrou na linha. -Ela é um perigo.

Um rosnado estrondeou da garganta de Matthias, embora o seu passo nunca vacilasse.

-Cale-se, Simon, ordenou Jonas. -Dois minutos, Matthias.

Ele faria aquilo com abundância de tempo se a Bela adormecida não se decidir acordar e gritar. E ela podia gritar. Ele tinha-a conhecido durante o assalto que Jonas tinha encenado para Matthias salvá-la. Se ele não tivesse se mudado como ele fez, Simon poderia ter cobrado um pagamento extra de Raça pelo dever arriscado.

Felizmente, ela permaneceu quieta. Ele atingiu a saída, abaixou a cabeça, e desapareceu no interior da perua, com dois segundos sobrando. A porta fechou-se, Grace estava abertamente ausente com barulho. O furgão acelerava longe da saída menos de um segundo depois.

-Sistema de segurança ativo. Todos os monitores mostrando posição operacional normal. A Suíte do Monarca está trancada e segurada. Boa saída Matthias, Jonas o felicitou.

Matthias colocou a mão protetoramente contra a cabeça de Grace, a tirou de seu ombro e a pôs delicadamente no chão coberto de lona do furgão.

Simon o olhava, enquanto sorria maliciosamente. O mercenário cabeludo loiro com o sotaque arrastado do sul era um pé na bunda sob circunstâncias normais. Um homem sedutor que tinha olhos azuis de mulher e era um trapaceiro assumido, mas era um mercenário igualmente um gênio tático.

Ao lado dele, Jonas, o diretor da Agência de Negócios de Raça, sentou na cadeira afixada em frente a um banco de monitores e manipulava um teclado como se aquilo fosse uma amante. O corte militar do cabelo preto dele revelou um perfil imponente, entretanto os assustadores olhos prateados dele eram muitíssimo raros para uma Raça de Leão.

O Agente Executor de Raça, Lawe Justice, dirigia, e Rule Breaker (inferno de um conjunto de nomes para gatos) observou-o com expectativa do assento de passageiro da frente.

-Ele não a matou. Simon olhou fixamente para Grace quase com pena, enquanto virava a copa do chapéu de vaqueiro ao contrário e dava um olhar rápido em Matthias. - O que você vai fazer com ela, lobo?

-Meu problema.

Matthias foi até as costas de Jonas, e olhou sobre seu ombro para os monitores que gravaram a segurança do hotel, rastreou o pessoal e os alarmes. -Nenhum alarme. Jonas deixou de olhar os monitores e usou os comandos no teclado. -A sua entrada ou saída não foram registradas ou vistas. Estamos limpos.

Jonas virou na sua cadeira, e Matthias apoiou as suas costas contra a parede do furgão, enquanto Jonas fitava a forma inconsciente de Grace.

-Por que você não a matou? Jonas repetiu friamente a pergunta de Simon. -Se estava na suíte de Albrecht esta tarde, então ela era cúmplice dele.

Matthias virou-se e fitou-o friamente. -Não recompensarei a sua ajuda quebrando o pescoço dela.

-Então eu vou, decidiu Jonas, movendo-se como se fosse fazer isto.

Matthias arreganhou os lábios rosnando, fazendo Jonas parar imediatamente.

-Matthias, ela é um risco. Ela pode identificá-lo e ter acusar pelo assassinato. Qual outra escolha você tem?

Cortantes olhos prateados se chocaram com o olhar fixo de Matthias.

-Eu cuidarei da situação.

-E quando divulgarem o desaparecimento dela? Consegui mandar buscar o carro dela por um dos meus enforcers, mas ela só tinha umas semanas de férias. Como será então?

Matthias desviou seu olhar fixo de Jonas ao rosto delicado de Grace. As suas feições estavam relaxadas, ela estava com os cílios baixados sobre os brilhantes olhos cinza dela. Os lábios de botão de rosa estavam amolecidos, e a sua linda pele cremosa estava muito pálida. Droga!Ele a tinha aterrorizado, mas naqueles momentos de tensão na suíte não havia tempo para ele ser delicado com ela.

-Eu assumirei toda e qualquer responsabilidade por ela, ele afirmou firmemente.

-E quando ela informar o que viu? Jonas perguntou, a sua voz dura. –E quando ela informar que uma Raça, um sócio conhecido do Escritório de Assuntos de Raça matou o Dr.Albrecht? O que será então, Matthias? Você está arriscando a comunidade inteira, não somente você mesmo.

-Toque nela e você será o próximo a morrer, Mathias rosnou selvagemente, um estrondo forte de violência que fez subir o nível de tensão no furgão. - Pense em machucá-la e eu te matarei.

-Então a esconda. Jonas encolheu os ombros. -E esconda-a muito bem, lobo, porque se ela contar a verdade dos eventos desta noite, eu me assegurarei que ela nunca mais venha a respirar outra vez.

 

Jonas observou atentamente, várias horas depois, como Matthias carregou a sua inconsciente carga, prendeu e amordaçou a pequena mulher no assento da frente, prendeu-a no lugar, e se afastou.

Jonas apoiou-se contra o lado de fora do furgão e sorriu, inferno se ele podia ajudá-lo. Às vezes, o seu pessoal somente o assombrava, especialmente aqueles que ainda não tinham ouvido a verdade sobre o calor do acasalamento ou os primeiros sinais disto.

A perda do bom senso era o primeiro sinal dos efeitos do calor, e ele quase lamentou deixar a Raça de Lobo afastar-se para algum lugar desconhecido. Teria sido divertido como o inferno o observar.

-Ele vai se acasalar com ela, Simon falou arrastando as palavras dentro do furgão. –O modo como ele olha para ela é impossível a gente se confundir. Pensei que ele ia arrancar a minha garganta quando sugeri matá-la.

-Ele chegou perto disso. Jonas sorriu de modo afetado.

-Você devia ter avisado a ele, Lawe suspirou.

-Você devia ter arrastado ele de volta ao Santuário para aqueles exames médicos. Rule resmungou. _- Se não encontrarem uma cura para essa merda de calor de acasalamento, eu nunca mais vou foder. Isto está começando a me dar calafrios.

Jonas riu. -Nós precisamos entender o calor do acasalamento, você pode esquecer a cura para isto, não tem cura. Além do mais, Ely e os cientistas da Raça de Lobo têm bastantes vítimas. Não faz nenhum sentido acrescentar um novo casal à mistura.

-E se ele não conseguir convencê-la a manter a boca fechada? Simon expressou a pergunta que rolava na cabeça de Jonas. Ele fez uma careta ao pensar na resposta para isto.

-Seguiremos a pista dele, ele disse ao outro homem. -Se ele não puder convencê-la de não falar, então nós a convenceremos. Permanentemente se necessário. Ele odiaria fazer isto. Ele sentiria dor na sua alma, mas ele tinha feito até pior para ver à sobrevivência das Raças, e ele tinha certeza que faria tudo novamente. Entretanto o derramamento de sangue inocente seria acrescentado aos pesadelos dele, isso ele já esperava com toda certeza. Até onde Jonas estava preocupado, ele tinha bastantes pesadelos por que lutar.

 

Devia ter mudado a saia preta curta e a blusa branca que ela usava para trabalhar. Devia ter posto uma calça jeans. Uma calça, qualquer coisa, menos essa indecente saia curta preta. Porque agora ela tinha subido e estava ao redor das suas coxas. Tão indecentemente ao redor das suas coxas que Grace sentiu que corava de vergonha.

E enquanto ela considerava os seus erros recentes, ela devia ter avisado a alguém que ela tinha voltado. Se registrado. Procedimento adiado com as reclamações de Albrecht. Tudo menos o que ela tinha terminado de fazer.

Mas teve de voltar por que ela tinha posto o seu maiô no bolso do seu roupão. E quando ela o pegou, a mensagem de Sr. Albrecht estava piscando na sua secretária eletrônica. Irado. Exigência junto com desprezo pela equipe de funcionários.

Ela havia ouvido as mensagens, apagou todas elas, porque ela era meticulosa e suspeitava de coisas como essa, em seguida, foi para a suíte de Albrecht. Que foi o seu maior erro.

A porta estava ligeiramente aberta, mas Albrecht era conhecido por esse tipo de distração. Ele era tão arrogante, tão certo que ninguém se atreveria a atacá-lo sob a proteção dos olhos de águia das câmeras de segurança, que ele ignorava todas as precauções. A segurança tinha avisado a ele repetidamente que não podiam garantir sua segurança, se ele não parasse de deixar a porta da suíte aberta. Normalmente, um dos seguranças do hotel contatava com os seus guarda-costas no outro quarto para verificar e fechar a porta da suíte de Albrecht. Esta noite, a segurança não tinha cuidado dele.

Normalmente, alguém do pessoal da segurança do hotel contatava com os seus guarda-costas no outro quarto e fazia-os verificar e trancar a porta da suíte de Albrecht. Esta noite, a segurança não tinha cuidado disso.

O que significava que eles estavam atualizando o sistema de segurança. Que significava que o maldito sistema, assim como o sistema auxiliar de emergência estavam desligados.

Que significava que ninguém sabia o que tinha acontecido com ela!

Dez minutos. O sistema ficou desligado durante dez minutos enlouquecedores e estúpidos e um dos residentes mais influentes deles estava morto.

Não importava que ele fosse um idiota. Ainda assim, agora era um idiota morto. E foi o Matthias quem o matou.

A respiração dela ficou difícil quando lutou contra as lágrimas que encheram os seus olhos. O homem por quem ela tinha se apaixonado era um assassino.

Ela olhou para ele.

Os traços da expressão dele eram imponentes na luz fraca. A cicatriz grave cortava a testa dele por cima do olho e descia para o centro da bochecha dele que estava escondida da visão dela por causa da pouca iluminação. O perfil dele revelava só a curva escura e talhe de ossos arrogantes, o arco de sobrancelhas pretas. Cabelo preto grosso, muito grosso, tão escuro quanto a noite, fluiu longo pelo pescoço dele e estava preso à nuca com algum tipo de elástico.

Ombros largos e um corpo tão musculoso e duro, ele faria uma moça umedecer a calcinha. Ele vestia as habituais calças de couro pretas, botas, camiseta e jaqueta de couro preta.

As luvas que ele tinha usado também eram pretas. Elas foram tiradas.

E para fechar tudo, ele era uma Raça de Lobo. Poderoso, carismático, cicatrizado e perigoso. Todas as coisas que fazem o coração de uma moça bater forte à noite.

E ele era um assassino.

Ela estremeceu quando sua mão se moveu, logo tirou uma respiração trêmula quando a mordaça foi retirada da sua boca. Ele não parou para desamarrá-la, ou soltar as restrições que a prendiam ao assento abaixado.

Mas pelo menos ela podia falar agora.

-Exatamente que tipo de estúpido maldito você é? As palavras fugiram de sua boca antes dela pensar. -Você deveria ter matado no hotel, porque eu juro por Deus que vou assistir morrer na cadeira elétrica. Tentou se soltar, puxando e se retorcendo furiosamente contra as cordas.

-Continue assim e verei mais que só um pouco dessas lindas coxas macias, Grace. Sua voz forte a acalmou, ela olhou para onde ele estava olhando, as coxas dela antes de percorrer todo o corpo dela.

-Oh sim, como se você já não certificou que você poderia ver mais, ela gritou, enquanto corava ao saber que a saia dela tinha subido até o fundo da calcinha dela. A calcinha úmida dela. -O que vai você fazer agora, me estuprar antes de me matar?

Ele olhou para baixo, para os olhos dela com seus olhos da cor o uísque. Esses olhos quase a hipnotizaram.

-Se eu pretendesse matá-la, eu não a estupraria primeiro, ele prometeu zombeteiramente. -De qualquer maneira, isso cheiraria a jogo sujo.

-E assassinato não é? Ela ofegou em afronta.

-Albrecht era um sócio do Conselho de Genética. O som da voz dele, baixa, áspera, próximo a outros desses rosnados perigosos que ela tinha ouvido antes dele agarrá-la, a fez hesitar. -Isso não foi um assassinato, Grace, foi um ato de misericórdia. Chocada ela o encarou.

-Ele era um homem velho e arrogante, ela admitiu em descrença. -Mas ele não poderia mais fazer parte do Conselho de Genética. Ele era tão distraído que sempre se esquecia de fechar as malditas portas. Se ele fosse um sócio, ele tinha provavelmente esquecido isto até agora.

Ele fez isso... Assassinou um velho. Ela odiava os mentirosos.

-Você estava me usando desde o princípio. Encheu-se de fúria ao pensar nisso. - O assalto foi um jogo armado, também? Um modo de subir no conceito da gerente estúpida? Foi isto não foi? E até aqui não vi nenhuma maldita clemência pela minha preocupação.

Ele não quis ser visto com ela, ela achou que era por causa de sua aparência simples. Ele disse que era porque ele era uma Raça, ele não queria magoá-la. Ela não tinha sido. Tinha ido até lá porque justo em sua sala de visitas, existe em sua sala de estar, empurrada em sua pequena estante, entre seus livros, estava todas as informações que ele precisava para obter a Albrecht.

Mas como ele soube quando a segurança estaria desativada? E lá estava apenas o Matthias, ou havia outros?

-Eu tenho sua bagagem na parte de trás, ele disse cerrando os dentes. -Seu carro foi levado e cuidado.

-Eu deveria lhe agradecer? Ele a ignorou novamente.

-Eu gostei do pensamento de me unir a você na cabana. Eu verifiquei o lugar semana passada. È um pequeno lugar agradável. Eu pensei que em levá-la lá em cima, talvez fique um tempo. Discutir algumas coisas com você.

A respiração dela parou nos pulmões dela. A cabana dava para um lago. Ele podia afogá-la e ninguém saberia o que tinha acontecido a ela.

Ele ia matá-la. Esteve se apaixonando pelo homem que ia assassinar a ela. Agora isso era um final insuportável ao maldito inicio perfeito de uma vida de amor.

O pai dela teve razão desde o princípio. Grace finalmente tinha entrado em alguma coisa que ia conduzí-la a morte. Ele esteve predizendo isto desde que ela tinha quatro anos e escalou a sua primeira árvore. Agora, parecia que isso ia acontecer.

-Eu não vou te ferir, Grace.

-Oh sim e por isso estou amarrada como um peru de Natal e sendo convenientemente levada para uma cabana afastada. Ela teve que lutar contra as lágrimas. -Isso significa que você vai me matar rápido?

Oh homem, ela realmente tinha saltado para dentro daquilo há tanto tempo. Não era ela que estava desejando uma aventura, justamente há poucos meses atrás? Com certeza, ela não foi a única que tinha dado uma olhada em Matthias depois que ele a salvou de um assalto e pensou que ele era algum tipo de cavaleiro sombrio, sexy. Ele não era um cavaleiro, ele era um monstro.

Sim. Ele não ia ferí-la. Ele ia apenas deixá-la ir direto para a delegacia de polícia e identificá-lo como o assassino de Albrecht e desejar boa sorte com seu futuro. Uh!Ela até podia ver aquilo acontecendo.

-Maldição, você é melodramática, sabia? Ele inclinou-se e a olhou com aqueles olhos sensuais, exóticos e o seu estômago se apertou com o olhar dele.

Ele a olhou como se fosse um tesouro. Como um homem com sexo na cabeça, como se precisasse tocá-la, mas ele ainda não tinha nem tocado nela, nem beijado ela. Aquele olhar era tão mentiroso quanto todo o resto sobre ele.

-Eu tendo a ser assim, quando vejo um homem velho e inofensivo ser assassinado e eu ser raptada. Tem decididamente um efeito melodramático sobre a minha vida, Matthias.

Olhou-a outra vez. Mas não para seu rosto. Mais uma vez, seu olhar deslizou para as coxas dela.

-Sim, posso ver onde que estaria perturbando. Seu olhar finalmente deslizou até seu rosto. -Mas eu disse que não a machucaria.

-Como você disse que meu assaltante era lixo de sarjeta, replicou. –Diga-me Matthias, aquilo foi um jogo arranjado?

Ele virou sua cabeça para frente, sua expressão apertada, enquanto ela batia os pés dela no chão do veículo.

-Maldito! .Maldito! Maldito! As maldições foram gritos sufocados, enquanto ela batia a cabeça contra o assento. - Deixe-me ir! Apenas me solte, assim vou matá-lo eu mesma.

Ela tinha ficado apavorada. Aterrorizada e muitíssimo agradecida ao homem que a salvou do assalto, que ela tinha ignorado qualquer sinal de que ele era problema. E os sinais estiveram na sua frente. O diamante que brilhava na orelha esquerda dele. A cicatriz no seu rosto. A tatuagem que tinha visto de relance no braço dele, o pircing no mamilo, a sombra fraca que ela viu atravez da camiseta.

Ele se parecia com um assassino, mas ele mantinha-se com tal confiança suprema, tal arrogância que todo estúpido instinto feminino que ela tinha foi tudo atraído para ele.

-Seu assaltante era um “lixo de sarjeta, ele murmurou finalmente.

-Então você não armou aquilo?

-Eu não montei aquilo.

O olhar dela estreitou. –Foi montado para você?

-Tive de encontrar um modo de fazê-la confiar em mim, rapidamente, ele admitiu. -Foi o único caminho.

A raiva competia com o medo. Que ele vá pro inferno, não havia nenhuma chance dele deixá-la viver.

Bem ela podia baixar o nível e falar exatamente tudo o que pensava sobre ele. Ela já o tinha visto atirar na cabeça de um homem. Não havia como ele piorar ainda mais a situação.

-Você mentiu para mim. Ela cerrou os dentes, furiosa e surpresa por quanto ele a magoou.

-Eu não menti a você, Grace, ele finalmente suspirou. -Retorci algumas verdades e não contei exatamente por que eu estava ali.

-Você usou-me para matar um homem.

-Livrei o mundo de um monstro, e eu provarei a você, ele disse. -O que você fizer depois disso, é com você.

-E se for diretamente à polícia? Naturalmente iria diretamente à polícia. Havia qualquer dúvida sobre isto?

-Então farei tudo em meu poder para proteger você. O pesar que soou em sua voz fez seu peito apertar. -Mas uma vez eu estiver atrás das grades, outros a matarão. Assim, não poderei salvá-la.

Ele estava mentindo novamente para ela, naturalmente.

-Grace. Dê-me uma chance. A sua mão abaixou do volante ao seu joelho. O choque da sua mão calejada, cicatrizada contra a sua carne nua pela primeira vez enviou uma descarga de sensações que a percorreu inteira.

Era a mão dele, pelo amor de Deus. No seu joelho. Não era como se estivesse enfiada entre as suas coxas.

-Eu dei-lhe uma chance. Tentou se afastar da mão dele, mas sua mão apenas apertou mais, mantendo suas pernas presas no lugar. -E veja onde me levou. Mais mentiras. E mais ameaças. Não obrigada, Matthias, eu acho que já confiei demais em você.

 

Matthias sentiu que seus dedos apertavam a largura frágil do joelho dela e se forçou relaxar. Ele não a feriria e ele não queria amedrontá-la ainda mais.

Já o cheiro do medo dela enchia o carro quase encobrindo o cheiro doce, sutil da excitação que a enchia toda vez que ele chegava perto dela.

Foi uma das razões de raramente tê-la tocado durante as últimas semanas.

Ele se manteve a distância dela o máximo possível, sabendo que, até que ele tivesse resolvido com Albrecht, ele não teria tempo para lidar com o que acontecia com Grace.

Jonas pensava que era um segredo muito bem guardado e que Wolfe Gunnar, o poderoso líder das Raças do Lobo, tinha aderido à ordem rígida de silêncio sobre o assunto Calor do Acasalamento.

Mas Wolfe não era burro. Ele percebeu que os agentes executores dele seriam um perigo para eles mesmos, como também, para todo o Grupo se eles não tivessem consciência do que poderia acontecer no momento mais improvável.

Matthias sabia o que era o calor de acasalamento, da mesma maneira que ele sabia que Grace era a companheira de vida dele.

As glândulas em baixo da língua dele estiveram sensíveis desde o dia que a conheceu e ele as sentia mais inchadas esta noite. Essas glândulas estavam se enchendo de um afrodisíaco de acasalamento, um hormônio que despertaria a sensualidade, sexualidade, para além de limites extremos.

Afetaria mais a Grace que a ele. Ela não poderia negar a resposta natural dela a ele, seria incapaz esconder seu desejo. Ela ficaria indefesa contra isso quando ele começasse a tocá-la.

Os pequenos cabelos finos, quase imperceptíveis ao longo do seu corpo coçavam com outro hormônio, um mais sutil, mas não menos intenso. Seu membro estava duro como uma rocha. As suas bolas ele as sentia doloridas e enrijecidas. E ele soube com o passar das semanas, que o desejo estava crescendo e piorando. Não haveria nenhuma satisfação até que ele gozasse um orgasmo dentro das profundidades macias do corpo de Grace. E aí os problemas começariam realmente. Se fosse verdade o que Wolfe, Jacob e Aiden explicaram para todos os seus enforcers há alguns meses, então durante o seu acasalamento com a Grace, ele se tornaria mais animal como ele nunca imaginou antes.

Mesmo agora, quando seus dedos se demoraram na carne do joelho dela, ele achou um prazer delicioso naquele pequeno toque que ele nunca tinha conhecido. Até mesmo entre os atos mais sexuais que ele teve durante o treinamento sexual nos laboratórios, não tinha sentido aquele prazer que agora ele sentiu simplesmente tocando seu joelho.

Ele era um das Raças mais jovens. Apenas trinta anos, mas ele não tinha escapado aquela fase do treinamento. Não que os cientistas tivessem incluído treinamento sexual apenas para as Raças ficarem satisfeitas. Como sempre, toda aquela fase de treinamento seguramente tinha um objetivo até mais sinistro para os cientistas.

Quando ficavam fascinados pelo amante, um homem ou uma mulher poderia ser convencido a negociar a alma deles ou delas por amor, capaz de lhes dar tal prazer extremo. Poderiam chantagear pessoas poderosas, poderiam usar os filhos e filhas de tais pessoas por informação. Poderiam seduzir as esposas, poderiam tentar os maridos. Era assim que tudo ia para o Conselho. Toda fraqueza poderia ser explorada.

Nos anos desde sua libertação, Matthias nunca usou o talento que tinha para seduzir, para atrair uma mulher. Até Grace, ele se recusou a envolver qualquer mulher na vida perigosa e sangrenta que ele levava.

Ele era um assassino. O Conselho o ensinou a ser um assassino. Ele tinha cicatrizes das tentativas falhadas dele durante o treinamento e ele tomou outras marcas dos sucessos dele desde a sua fuga.

Ele não matou por dinheiro e ele não matou por ódio ou ganância. Ele matou por misericórdia. Ele matou para tornar o mundo um lugar mais seguro, não só para os de sua raça, mas para os não-raça também.

Muitos membros do Conselho, cientistas, treinadores, e os soldados foram liberados quando foi noticiada em todo o mundo a existência das Raças cativas em Laboratórios. Se eles fossem inteligentes, eles viveram o resto das suas vidas sem renovar antigos laços de apoio. Se eles não fossem, então Matthias e outros de sua espécie seriam chamados de suas casas e resolveriam o problema. Mas havia muitos que ansiosamente, e mais secretamente que nunca, renovaram aqueles antigos laços infernais com o Conselho.

Ele, entretanto teve sorte com Albrecht. Ele nunca se esqueceria. Apenas aconteceu de Matthias estar no lugar certo na hora certa, antes que ele fosse resgatado por uma Raça dez anos atrás. Ele tinha visto Albrecht com vários cientistas, ouviu os cientistas tratá-lo com o maior respeito e o chamaram o tempo todo de "Senhor Diretor". Só davam aquele título e honrarias a altos membros da diretoria do Conselho.

Matthias tinha se lembrado daquilo e ele deu ao maldito uma chance. Uma chance que Albrecht ignorou deliberadamente. A prova disso estava nos corpos mortos, quebrados do casal de Raça acasalados que Albrecht tinha conseguido capturar durante os últimos anos. Raças jovens, independentes. Em lugar de buscar a segurança da comunidade do Lobo ou Raça de Leão quando iniciaram os efeitos do calor de acasalamento eles procuraram entender sozinhos, o que estava acontecendo com eles e procuraram a rede hospitalar comum, os médicos ficaram sem saber o que fazer e o Conselho tomou conhecimento do caso médico anormal... E eles tinham morrido no esforço.

As evidências aterrorizantes de que Albrecht estava fazendo experiências com as Raças outra vez eram muitas para se ignorar e Matthias foi chamado.

Ele usou a casa de Grace para conseguir informações e conseguir o perdão dela agora não seria fácil.

-Onde nós estamos? Ela perguntou finalmente cansada, enquanto encarava o teto do furgão, tentando esconder a resposta dela ao toque dele.

-Estamos a duas horas da sua cabana, ele disse-lhe calmamente, gostando da sensação do seu joelho acetinado e a carne na curva da sua perna contra as pontas dos seus dedos.

-Você investigou-me bem então, ela disse, lutando para controlar a sua respiração.

O cheiro da excitação dela crescia. As glândulas na língua dele estavam inchando. Ele devia parar de tocá-la, ele devia colocar ambas as mãos no volante e concentrar-se em dirigir o veículo antes que ficassem os dois loucos de luxúria.

-Investiguei você por meses, ele admitiu. –Eu a segui à noite quando você fazia suas corridas e localizei seus movimentos de outra maneira. Você esteve sob vigilância durante quase seis meses. Ele magoou-a. Ele podia cheirar a sua dor, e odiou-se por isso.

-Porque você me escolheu? Porque o chefe da segurança? Ou o gerente chefe? Porque uma simples gerente de assistente com poder limitado?

Ele bufou nisto.

-Você quer dizer a gerente preguiçosa que deixou todo o trabalho, responsabilidade, e informação nos seus ombros, mas reclamando os louros do trabalho que você fez? Ele perguntou. -Nem tive que cheirar a preguiça naquela mulher para saber a verdade sobre ela. Tudo que tive de fazer foi ler o relatório que prepararam sobre ela.

-Como você sabia que Albrecht estaria aqui durante a atualização do sistema de segurança?

-Tenho as minhas fontes. Ele encolheu os ombros.

-Quantos de vocês estão trabalhando juntos?

Matthias deu um sorriso. -Quantos de nós você viu?

-Você teve ajuda, ela respondeu. –De que outra maneira você conseguiria pegar minha bagagem ou o meu carro? Você não pode ter feito isto sozinho.

-Eu mato sozinho, isto é tudo que importa. Ele não lhe diria nada diferente. Sempre havia uma possibilidade dela não ser a pessoa que pensou que ela era, e ele não ousaria a trair aos outros. - Deixe de fazer-me perguntas, Grace. Falaremos quando chegarmos à cabana.

-Pare de me tocar então. E eu juro por Deus, se seus dedos subirem mais um pouco, na primeira oportunidade que eu tiver cortarei a sua mão.

Sua mão deslizou mais para cima, centímetros acima do joelho, e apesar da veemência da sua ordem, ela estava gostando do toque. O cheiro de sua excitação agora estava encobrindo o seu medo. O ar em volta dele estava preguiçoso com o aroma de uma tempestade perigosa. Ele podia sentir o sangue latejando selvagem sob a pele macia que tocava e ele sabia que seu próprio corpo correspondia.

-Eu estava morrendo para tocar você, Grace, ele finalmente admitiu. –Me conter estas últimas semanas tem sido um sofrimento para o meu controle.

-Bem, neste momento isto não é muito bom, ela o repreendeu sem ar, ele sentiu a fome dentro dela. -Porque você não tem nenhuma maldita chance agora. A menos que você me violente, grande rapaz, você cometeu um grave erro ao apertar aquele gatilho. Eu não dormiria com você agora, mesmo que todas as notícias sobre o calor do acasalamento fossem verdade.

Ele quase estremeceu. Aqueles jornais não tinham nenhuma pista da verdade. E nem ela tinha. Porque ele a teria, a uma certa altura, quando o calor de acasalamento tivesse destruindo eles de desejo, ela ia implorar por ele. E ele imploraria a ela.

 

Ela não acreditava nesta confusão. Ela não podia acreditar que Matthias tinha matado de verdade, a sangue frio. Ele nem mesmo tinha dado ao Dr. Albrecht um aviso.

Ela estremeceu ao pensar disto. A lembrança do rosto dele, tão imparcial. Sem nenhuma raiva, nenhuma fúria, que realmente nem mesmo foi insensível. Somente desinteresse. O que ele fez não lhe causou nenhum pouco de remorso.

Quantos outros ele tinha matado? Ele a mataria no caminho mesmo?

Grace virou o rosto e encarou a porta do furgão. O assento estava completamente reclinado: que, junto com a noite escura e a área rural em que ele dirigia, a deixou sem saber onde estava.

Ela estava esticada, amarrada e incapacitada. A maioria das mulheres teria implorado por suas vidas, gritando, chorando. Em vez disso, ela estava tentando pensar. Esperar. Para furtivamente escapar quando tivesse uma chance. Se uma aparecesse.

Ela tinha a sensação de que não haveria chance. E implorar não faria nenhum bem a ela. Tampouco, não teria feito qualquer bem a Albrecht.

Ela tinha se apaixonado pelo Matthias e, talvez, fosse a parte que a feria mais. Eles tinham passado a maior parte dividindo o café da manhã, em seu pequeno escritório, e à noite desfrutavam jantares tranqüilos juntos, ou davam longos passeios no parque.

Ele a fascinava. A atraia. Saber o que ele era, os horrores que ele sofreu nos laboratórios, tinha ferido seu coração, e seu coração da mulher quis apagar todo aquele sofrimento com suavidade.

Ela até mesmo tinha contado a sua família sobre ele. Sobre a Raça de Lobo cujos olhos eram tão cheios de solidão. Que sorriu para ela, como se ele não soubesse que pudesse sorrir. Quem lhe deu atenção de uma maneira que nenhum outro homem teve com ela. Seu pai até quis conhecê-lo. Sua mãe quis cozinhar para ele. Seus irmãos se ofereceram para ensiná-lo a jogar futebol.

Ela piscou as lágrimas pela perda. Ambas as perdas. Ele não tinha nenhuma idéia do que ele estava perdendo quando ele perder a família dela.

Ela gostava de dizer que era vivia totalmente na realidade, e a realidade exigia que reconhecesse somente que Matthias não ia deixá-la ir. Ele não podia permitir. A comunidade inteira das Raças sofreria pelo que ele tinha feito esta noite, isto é, se as autoridades já soubessem dela. E Grace estava bem ciente da sua lealdade não só ao Clã a que ele pertencia, mas às Raças em geral

Ela fechou seus olhos quando sentiu que as pontas dos dedos dele acariciavam a sua perna novamente. As palmas dele eram horrivelmente cicatrizadas, as pontas ásperas daquelas cicatrizes rasparam por cima da sua pele e da sua alma. Eles trouxeram prazer e dor. O prazer do seu toque, a dor de saber tudo que ele suportou.

Ela pensava que o conhecesse. Soube que podia matar. Ele tinha contado a ela algumas das tarefas que o enviaram para fazer durante seu tempo nos laboratórios. Ficou sabendo que tinha matado desde então nos confins do trabalho de investigador a serviço das Raças que fazia. Embora , não imaginasse que ele podia matar a sangue frio. Disparando em um homem pelas costas, sem aviso, de algum modo parecia pior que matar cara a cara.

Ela sabia que havia uns boatos que Albrecht tinha feito parte do Conselho de Genética. Boatos que tinha encomendado mortes, trabalhado nas alterações genéticas, e talvez até mesmo foi um dos doze membros da diretoria do Conselho como os jornais noticiaram. Ele foi o chefe do Conselho de Genética que financiaram, dirigiram e vigiaram cada estágio do desenvolvimento de cada raça criada em cativeiro no Laboratório.

Tudo que Grace tinha visto foi um miserável sovina, porém um desiludido homem idoso. Que nem mesmo tinha o bom senso de fechar a porta de sua suíte e que procurava constantemente por sua agenda de compromissos.

Se os boatos eram verdade, ele devia ter sido preso em vez de posto em liberdade depois da investigação das atrocidades impostas às Raças. Não devia ter sido morto da maneira que foi.

-Grace, o cheiro do seu medo está me matando. A voz dele era suave, doce. -Prometo, eu não vou machucar você.

-E eu suponho que devo acreditar nisso? Ela se virou para fitar as costas dele, vendo o lampejo de pesar sombrio em seu olhar antes dele voltar a olhar a estrada.

-Você deve acreditar nisso, ele disse, sua voz agora cheia de pesar como era o olhar dele. -Mas você não morrerá. Não por minha mão, ou por qualquer outra mão, enquanto eu puder te proteger.

-O que? Você pensa que pode me fazer esquecer o que eu vi? Ela odiou as lágrimas em sua voz, mais ainda, ela odiou a maldita desilusão. Ela odiou olhar para ele e lutou consigo mesma para acreditar o que viu com os seus próprios olhos.

-Não se esqueça disso, ele admitiu. -Eu espero, porém, que você entenderá o suficiente para guardar o que sabe para você si mesma.

Ele estava louco. Aquilo era tudo que acontecia com ele.

-Oh, bem, se isso é tudo que você quer, então eu aceito isto. Valia a pena mentir para viver. -Me deixe ir agora e juro por minha mãe. Eu prometo. Ele a olhou com um sorriso de repreensão.

-Eu posso sentir o cheiro da sua mentira tão facilmente quanto eu posso sentir o cheiro da sua excitação, Grace. Você esqueceu isso? Os olhos dela se arregalaram. A umidade natural dela inundou sua vagina e encharcou os lábios vaginais, sentiu-se molhada até envolta de seu clitóris. Aquele pequeno botão sensível agora estava pulsando, com fome e inchado. O som da voz dele estava rouca, cheio de luxúria masculina e um pouco agressiva.

-Você nunca falou nada sobre essa parte de sentir o cheiro da excitação, ela ofegou.

-Eu não contei, contei? Os dedos dele deslizaram mais para o alto da coxa, e traiçoeiramente fraca, as pernas dela tremeram, a respiração ficou mais difícil e mais creme grosso encheu seu sexo.

Os dedos dele alisaram os fundos úmidos das calcinhas dela e Grace ouviu o gemido baixo, traidor que fugiu dos lábios dela.

-O cheiro da sua excitação me deixa louco. A voz dele tornou-se mais profunda, enquanto um rosnado estrondava do tórax dele. O som deveria tê-la assustado mais ainda; em vez disso a excitou mais ainda.

As sensações subiam pelo corpo dela, queimando seu clitóris e os mamilos dela, fazendo os olhos dela muito pesados enquanto os dedos dele continuavam alisando de leve o algodão úmido das suas calcinhas. Aquela carícia lenta, deliberada a manteve encantada.

Ele usava a mão que segurou o revólver que matou Albrecht. Mas ela não se sentia morrer. E não era repugnância o que sentia. Era prazer. Um prazer que a queimava e que a mantinha hipnotizada.

-Matthias, isto está errado. Quis fazê-lo parar, mas as palavras não saiam de seus lábios. -Não faça isso comigo. Por favor.

-Você fez isso comigo, Grace, ele a acusou sombriamente. -Cada vez que você tocou em mim, não importa se era um toque inocente, mas me fez fraco. Muito fraco. Eu me distraí muito por causa de você, a minha cabeça tão cheia da lembrança do seu cheiro que eu não percebi quando você entrou naquela suíte. Devia ter sabido. Devia tê-la percebido e assim poderia me retirar. Para me esconder até que você tivesse ido embora. Mas você já era tanto uma parte de mim, que eu te trouxe comigo, sendo realmente certo ou não.

O furgão reduziu a velocidade. Não parou, mas definitivamente estava reduzindo a velocidade enquanto ele olhava para ela. Um segundo depois ele voltou a olhar para a estrada, mas a mão dele não a deixou, os dedos dele não pararam as carícias nela.

As implicações da declaração dele queimaram a mente dela. Havia rumores, especulações dos jornais e informações obscuros dos companheiros de Raça. Companheiros que raramente foram fotografados, raramente vistos por jornalistas. Diziam que nos dez anos desde que o escândalo sobre a criação das Raças foi revelado para todo o mundo, os companheiros ou companheiras dessas Raças não tinham envelhecido sequer um ano. Os jornais relataram várias histórias quase semanalmente, sobre um frenesi sexual durante o que eles chamavam de “calor de acasalamento”. E também noticiaram que havia orgias sexuais e comportamentos animalescos.

Também havia histórias de outros tipos de natureza e comportamentos animalescos. Informações sobre a sexualidade das Raças, diziam que eles eram mais parecidos com os primos animais deles do que com os humanos. Diziam que os homens da Raça Felina que se travavam dentro da mulher dele durante a ejaculação, com uma extensão prolongada do pênis, embaixo da cabeça do pênis, chamado de farpa. Como os lobos...

Grace encarou o perfil gigantesco de Matthias. Supunham que os lobos se trancavam dentro do ventre de uma fêmea com uma inchação pesada conhecida como nó.

Aquilo não podia ser verdade. Ela tinha zombado daquelas histórias e ainda agora se recusava a acreditar numa só linha daquelas historinhas.

Mas ela não pôde recusar em acreditar na forte excitação sexual, no fogo ardente que a envolvia. Ele ainda a acariciava abertamente com seus dedos, fazendo uma leve pressão contra o tecido da calçinha dela e a fez fraca demais para qualquer protesto. E o algodão da calçinha estava ficando mais úmido a cada segundo com suas essências de mulher.

-Você precisa parar, ela sussurrou, seus dentes tremiam nitidamente com o choque elétrico que aumentava seu desejo. -Por favor, Matthias.

 

A cabana de família de Grace foi construída nas Montanhas Catskill a noroeste de New York City. A área fortemente arborizada despertou a natureza selvagem do espírito de Matthias. Os sons da noite enrolavam envolvendo ele, mas o cheiro de Grace enchia a mente dele.

A cabana de dois andares era próxima a um pequeno lago cristalino. O cheiro fresco da água era refrescante,, o som de uma cachoeira caindo algum lugar ao longe. Ele deveria estar relaxado. Estaria, se a febre para tomar a mulher dele não queimasse suas vísceras de uma fome ardente.

Ele sentou sua prisioneira em uma cadeira acolchoada na varanda espaçosa, depois procurou na bolsa dela as chaves. Ela olhou com raiva para ele, cabelo loiro cônico, escuro dela caindo na testa dela, e escondendo os olhos dela.

A porta abriu facilmente. Matthias inalou profundamente, enquanto procurava por outro cheiro diferente de uma cabana vazia. Satisfeito por estarem sozinhos, ele a apanhou, levou para o sofá estofado e deixou a cabana novamente.

Ele levou a bagagem dela e a bolsa dele para o quarto grande desceu a escada e verificou os armários bem-estocados e o refrigerador. Quando ele tinha se assegurado da segurança da cabana, ele desconectou as linhas telefônicas, fechou a porta da frente e voltou a ela.

Grace permaneceu calada. E ela ainda estava excitada. Ele podia cheirar sua excitação e aquilo estava matando-o. Mas ele também poderia cheirar o medo e a raiva dela. Ela o julgou no momento em que o viu atirar em Albrecht, se ela fosse embora agora, ele poderia ser preso para sempre.

Era um fardo pesado, entender o que aconteceu do ponto de vista dela. A inocência dela não podia entender as condições sob as quais as Raças foram formadas, as forças que moldaram suas vidas desde a concepção até a fuga dos laboratórios. Os pesadelos eram quase tão brutais quanto a realidade dele tinha sido. Até mesmo agora, dez anos depois, Matthias ainda podia sentir o sofrimento daqueles anos.

-Por que você fez isto, Matthias? Quando ela falou, sua voz era sofrida, cheia de lágrimas e desilusão. Ela já o tinha sentenciado, e o declarava culpado.

Matthias ajoelhou-se na frente do sofá, as suas mãos soltando as cordas que prendiam suas mãos e pés, ele massageou de leve as marcas na pele dela, quando desenrolava as cordas.

As surras, as horas de tortura mental, e as mortes. Preso atrás das grades e forçado a ver como os amigos e as pequenas companheiras serem assassinados por meios tão brutais, que mesmo agora, depois de tanto tempo, Matthias ainda tinha dificuldades para dormir devido às terríveis lembranças do passado.

Tudo em nome do treinamento. Do endurecimento das Raças à vista da dor, crueldade e morte. Para transformá-los em máquinas insensíveis que respondiam apenas as ordens dos membros do Conselho de Genética

-Eu fui criado no laboratório de Albrecht, ele lhe respondeu finalmente, levantando a cabeça para fitá-la. -Sei das suas crueldades. Sei o monstro que ele foi.

Ele levantou as mãos da pele dela e fitou as palmas. As cicatrizes cruzadas foram feitas pela faca de Albrecht. Uma punição por uma missão fracassada.

-Ele foi liberado pelas autoridades depois dos rumores sobre as atrocidades com as Raças. Você não tinha nenhum direito de matá-lo depois disto.

Seu olhar voltou rápido para ela.

-Ele foi posto em liberdade porque jurou que não fazia parte da diretoria do Conselho, eu sei que era uma mentira. Ele foi libertado porque jurou que nunca tentaria novamente criar ou prender Raças. Há dez anos, ele foi libertado. E ele nunca parou. Encontramos os corpos, o cheiro dele cobria todos os corpos, assim como as marcas do seu abuso. Ele nunca parou.

De acordo com o que sabiam, eles não tinham achado todas as Raças, mesmo em dez anos de busca, era como um veneno na alma de Matthias. Os cientistas do Conselho e os soldados que tinham fugido e levado várias crianças com eles e os converteu para o Conselho, para serem logo escondidos em outros laboratórios, ainda mais secretos. E agora essas crianças, dez anos mais velhas, estavam sendo mortas e horrivelmente torturadas.

As experiências que fizeram nelas foram brutais. Mas pior ainda era com os casais acasalados, esses foram libertados por pouco tempo, depois recapturados e torturados até a morte.

-Nós éramos os modelos de teste. A primeira geração de Raças que de fato sobreviveram aos primeiros anos de vida raramente tem mais de quarenta anos. Eles tiveram seu primeiro sucesso a quase um século atrás—Mas a Raça de Leão que conseguiu fugir com uma das cientistas do Conselho. Mas eles precisaram de várias décadas para conseguir entender direito e desenvolver novamente as técnicas científicas, porque o primeiro Leo destruiu tudo naquele buraco subterrâneo infernal de um laboratório quando ele fugiu. Fomos os modelos disponíveis. A fúria torceu a sua expressão. -Imagine olhar os seus amigos, seus irmãos e irmãs serem dissecadas, vivas. Ver apanharem até a morte, serem quebrados e mesmo assim tentando lutar. Ou serem tão drogados que eles não eram mais que animais, cujos gene eles carregavam em seu sangue. Eu assisti Albrecht fazer isto. Durante anos. Durante muitos anos.

Ele passou os dedos pelo cabelo e olhou para ela. O sangue. Ele ainda sentia o cheiro de sangue e morte.

-Se ele tivesse parado, eu teria ido embora para longe dele, como fui ordenado a fazer. Ele se virou para ela, estreitando os olhos com a expressão tensa. -Eu não o teria matado, Grace, se ele não continuasse com essas monstruosidades

-Você devia ter ido às autoridades.

-As autoridades tiveram sua chance. Cuidei dele. Ele nunca mais vai estuprar uma jovem ou criança das Raças. Ele nunca dissecará outra Raça ainda viva berrando de dor, e ele nunca, jamais mais vai tentar prolongar a própria vida maldita dele porque ele teve sorte e achou um jovem casal de Raça acasalado.

Aquilo foi o último prego fincado no caixão dele. Eles encontraram os corpos. Os dois companheiros jovens, tão horrivelmente mutilados, os sinais das experiências tão monstruosos, que até mesmo ele e Jonas tinham vomitado.

-Isso não faz sentido. O que os dois amantes têm a ver com o prolongamento da vida dele? - Você está mentindo para mim, Matthias. Não faça isso.

Matthias agitou sua cabeça. Não faria nenhum bem discutir o assunto com ela, enquanto ela não experimentasse o calor do acasalamento, ela nunca ia acreditar naquilo.

-Um dia destes, você saberá a verdade, ele disse pesadamente. -Você está com fome? Eu poderia preparar alguma coisa para comer.

Grace o encarou com incredulidade. Em um momento ele estava falando de morte, no seguinte ele estava disposto a cozinhar? Ela sacudiu a cabeça e se moveu, puxando a saia dela para cobrir as coxas dela, antes de encolher os ombros da limitada jaqueta.

-O que vai você ver comigo? ela perguntou. -Você prometeu não me ferir.

Ele acenou com a cabeça. -Eu não a ferirei..

-Mesmo sabendo que tenho toda intenção de falar para a polícia tudo que vi? Ela não podia mentir para ele. Ele sentiria o cheiro.

A dor que brilhou nos olhos dele não deveria tê-la incomodado, mas incomodou.

-Mesmo sabendo disso, ele respondeu. -Eu vou passar esta semana com você. Deixar que você me conheça melhor. Tentar fazê-la me entender.

-Por quê? Ela cruzou os braços em coma dos seios e o olhou com raiva. -O que importa se eu entendo você ou não? Você assassinou um homem, Matthias.

-E se você informa isto, eu vou preso, e então não posso te proteger. Outras Raças virão atrás de você e eles te matarão antes que de você tenha a chance de testemunhar. É isso que você quer? Você quer morrer?

-As autoridades me protegerão.

-Não seja tão malditamente ingênua, Grace, ele rosnou alto, fazendo-a estremecer. -Não seja idiota. Você sabe melhor que isso.

Sim, ela sabia melhor. Ela sabia que não tinha nenhuma chance de viver se dissesse uma palavra do que tinha visto. Talvez, de modo pequeno, ela podia entender por que ele tinha feito aquilo.

Agora que o choque tinha passado e a mente aceitava o fato que ele tinha feito aquilo. Em vez disso foi a raiva de si mesma a fez reagir.

- Basta sairmos em seguida então. Ela subiu aos pés dela e expirou asperamente. -Eu sou bastante inteligente para saber as regras, Matthias. Isso não significa que eu vou querer vê-lo novamente. Somente um jeito de fugir.

-Isso não funciona desse modo. Ele sacudiu a cabeça, a olhando.

-Por que não? Você pode cheirar uma mentira, então perfeito, você sabe que eu não estou mentindo. Albrecht pode ter merecido cada sofrimento que você poderia ter dado, mas eu não posso aceitar isso. Nós temos leis neste país por uma razão.

Sua gargalhada a surpreendeu. –É mesmo, agora? Cruzou seus braços poderosos sobre seu tórax e a olhou com atenção, zombando.

-Me deixe falar sobre suas leis, menina. Leis que permitiram todos seus bons políticos enfiar a ponta dos seus dedos sujos na torta das Raças antes do mundo saber sobre nós. Como eles enviaram um pequeno grupo de forças especiais atrás do pequeno bando de Raças que estava escondendo no Kentucky. Como eles viraram os rostos, para fingir não saber das torturas que foram infligidas em nós. Até que o mundo soube de nós e se escandalizaram horrorizados. Esses mesmos canalhas fodidos fingiram, encenaram a sua afronta e não tiveram mais nenhuma escolha, senão nos apoiar. Nos apoiar ou revelar ao mundo os mentirosos filhos da puta que eles eram.

Raiva estrangulada enchia a voz dele e ardia em seus olhos. Grace nunca tinha visto tal fúria, aquela aterrorizante violência em qualquer pessoa na vida dela.

Havia informações sobre isto. Artigos de notícias e documentários, mas até agora, Grace não teve certeza do que era a verdade e o que foram mentiras para aumentar a popularidade das leis do direito à vida das Raças.

Ela molhou os lábios secos, sabendo que ele não era mentiroso. O peito dela doeu por ele, doeu sobre a dor que ele tinha suportado. Mas ele tinha matado um homem desarmado. Sem remorso.

Ela acenou com a cabeça, engolindo firmemente enquanto ela encarava o olhar furioso dele.

-Eu não informarei nada a polícia, ela sussurrou. -Mas eu não perdoarei isto. Independente do que estava crescendo entre nós, Matthias, se algo diferente da sua necessidade de me usar estava lá, está acabado. Por favor, somente me deixe.

-Isso não vai acontecer. Grace viu sua expressão endurecer, com mais determinação.

- O que você quer dizer com ‘não vai acontecer’?Ela o olhou cheia de cautela.

Ele esteve mentindo para ela? Ele pretendia matá-la no final de tudo?

Um pequeno sorriso curvou os lábios dele. -Eu já sinto o cheiro da sua desconfiança, ele rosnou. -Eu não minto, Grace. Eu não vou matar você. E eu não vou te torturar.

-Então por que ficar?

-Porque você pertence a mim agora. Você é a minha companheira.

 

Grace encarou o homem selvagem de pé no meio da sala de estar da cabana. Vestido em couro preto e enfrentando ela com uma determinação arrogante que antes tinha parecido sensual. Agora era totalmente assustador.

-O que você quer dizer com eu sou sua companheira? As histórias dos jornais estavam rodando pela sua cabeça e ela realmente não lembrava as perversões que eles tinham informado.

Ela devia ter se informado melhor do que ler aquele lixo. Mas, como a maioria dos americanos, ela ficou fascinada com a descoberta das Raças. Fascinada e enfurecida pela criação deles e os abusos terríveis que eles sofreram.

Mas, ele lhe respondeu? Inferno não. Ele sacudiu a cabeça, sorriu de canto, enquanto ele a encarava com aqueles olhos dourados escuros. E ele continuou inalando lentamente, a lembrando que ainda estava molhada. Tão molhada pelas carícias que ele fez mais cedo no furgão que sua calcinha estava grudada em sua vagina.

-Matthias, agora realmente não é uma boa hora de agir como uma Raça silenciosa comigo. Ela respondeu. –Estou a dois minutos de um colapso nervoso. Esta não foi uma boa noite para mim. Imediatamente a expressão dele alterou. De arrogância para prazer sensual. As feições do rosto relaxaram quando ele foi até ela, moveu os ombros tirando a jaqueta de couro. Lançou a jaqueta sobre o sofá enquanto se aproximava mais dela.

Grace deu um passo para trás A sensualidade no olhar dele a tornou mais cautelosa, a fúria anterior só um pouco mais fraca.

-Não me toque, ela o ordenou asperamente.

-Pobre Grace, ele sussurrou com uma ponta de rosnado em sua voz que a arrepiou toda sua espinha enquanto ele se chegava para mais perto dela.

-Sim amor, foi uma noite muito difícil para você. Ver seu companheiro fazer o que ele é, para quem ele trabalha, não foi fácil. Ela sentia a respiração dele no seu cabelo, então a mão dele alisou o cabelo que caia por cima do ombro dela. -Eu tinha esperado aliviar nisto.

-Me alivie nisso o que? Ela tentou se afastar, mas subitamente ele agarrou o quadril dela não permitiu que saísse do lugar. -Em assassinato?

-Isso não vai acontecer.

Os joelhos dela quase desmancharam quando os lábios dele escorregaram pela nuca dela, uma insinuação do calor úmido da língua dele acariciando ao longo de seu pescoço.

-Pare com isto, Matthias. Você não pode me seduzir para conseguir aprovação do que você fez.

-Eu não me preocupo se você me aprova, Grace. Eu só me preocupo que você me aceite.

Oh meu Deus! Os dentes dele rasparam pelo seu pescoço.

Grace piscou, lutando para manter sua visão clara e permanecer de pé. Pois aquela leve raspagem dos seus longos caninos no seu pescoço não fazia retornar o seu bom senso. Ao contrário, aquilo só umedeceu as suas calcinhas ainda mais.

- Fique longe de mim. Ela se torceu no seu abraço depois se virou para ele furiosa, lutando contra a excitação e o prazer intenso que o toque dele deu a ela. –Não quero que você me toque.

-Seu corpo é que está implorando meu toque. Ele sorriu quando se sentou no sofá e começou a tirar as botas dele.

-O que você está fazendo? Ponha de volta no lugar. O choque a confundiu. Ele tinha assassinado um homem na frente dela e agora ele estava se despindo? Como se fosse normal?

-Venha, Grace. Ele a olhou com um sorriso sedutor. -Eu estou cansado e você está irritada. Esta noite será para descansarmos e amanhã nós voltaremos a esta pequena discordância.

-Pequena discordância? Você matou um homem.

-Ele não era um homem. Matthias encolheu os ombros enquanto ele colocava as botas do lado do sofá. -Ele era um monstro.

-O que não torna o que fez direito.

-E ele não fez nenhum mal também, não é? Ele suspirou sua expressão brilhando com pesar. –Ele não precisava de nenhum incentivo para fazer o mal que fazia. Eu não tenho que gostar do que faço para perceber quando um fato tem que ser feito. Agora, vamos achar a cama e tentar descansar.

-Ele agarrou o pulso dela e começou à puxar pela casa.

-Eu não vou dormir com você.

-Tudo bem, eu dormirei com você. Ele a arrastou atrás dele como uma criança birrenta, arrastando pelo braço e a puxando para o quarto antes de fechar a porta.

-Matthias, pare com isso. Frustração, medo e excitação subindo nela quando ele a libertou finalmente. -Você não acreditar que há qualquer modo de concertar essa situação. Seguramente você não pode.

Ela não podia deixá-lo acreditar que poderia consertar o que houve. Tido das últimas semanas acabaram. Elas se foram. Ela nunca se esqueceria do olhar dele quando atirou, e ela podia esquecer a facilidade como fez aquilo.

Ele puxou a mala dela da cama e pôs na cadeira perto. O quarto de menina, nunca recebeu a presença de um homem tão intensamente sexual e poderoso quanto aquela Raça. Ele encheu tanto o quarto de testosterona e teimosia que ela quase estava sufocada.

-Eu acharei um modo para consertar tudo. Ele abriu a mala e revirou e tirou uma bata branca sem enfeites e longo e um roupão que ela tinha embalado.

-Matthias. Ela o encarou para ele em confusão. -Você é mais lógico que isto. Como um homem podia estar tão teimoso? Você sabe que você não pode solucionar o problema.

-Eu sei que eu não tenho uma escolha. Foram arremessados o vestido e roupão a ela, a fazendo agarrá-los com surpresa quando ele a fitava com intenção furiosa. -O que eu encontrei com você é muito importante, Grace. Eu não deixarei isto ser destruído

Ela negou com a cabeça lentamente. -Foi destruído no minuto você apertou aquele gatilho.

-O minuto que me certifiquei que outra Raça nunca morresse. O minuto que eu terminei com o sofrimento para incontáveis companheiros que no futuro ele teria capturado. O minuto em que exterminei um maldito pesadelo, ele rosnou. -Eu devia fazer como me pede e sair malditamente para longe de você agora, porque por Deus, você é a criatura mais crítica e convencida que eu já conheci.

Os lábios de Grace se abriram em choque. -Isso não é verdade.

-Não é? Ele cortou-a com um olhar duro, quente, seus lábios curvados com frieza. -O que você fez quando soube da existência das Raças? Quando você lia seu pequeno relatório de notícias no seu PDA e passou sobre a sua vida? Você pensou, Oh, pobres criaturas? Você até baixou as imagens daqueles laboratórios que encontraram? Você teve tempo de ver o que aqueles filhos da puta fizeram?

Ela não viu. Os relatórios Poe si só eram um pesadelo. Ela não suportou ver os vídeos. E agora, ela estava com vergonha disto.

-Sobrevivi perto ele, então sei que ele era mal, estalou. –Vi irmãs da Raça, crianças ainda, morrer embaixo da luxúria dos soldados. Veja seus amigos, esses que você chama de família, morre gritando em agonia, então me diga se você não teria feito o mesmo.

Ela podia ver na face e nos olhos dele, e quebrou o coração dela. Piscou sobre as lágrimas e forçou os lábios a não tremer quando pensou no sofrimento que ele encarou de um modo que ela nunca encarou em sua vida.

As cicatrizes que o marcavam, a sombra de sofrimento que às vezes brilhava nos olhos dele, o som sem vida, vazio da voz dele.

-Eu sinto muito, muito mesmo, Matthias, ela sussurrou roucamente, enquanto apertava o vestido ao peito dela. -O que você suportou foi um inferno. Mas você não é juiz e nem júri.

-Não, eu sou um executor. Ele afirmou firme diante dela sem remorso. -Ele já tinha sido julgado e sua sentença proferida e aprovada. Eu somente o executei. Agora ponha este maldito vestido e ponha seu traseiro na cama antes que eu perca o resto de controle que tenho esta noite.

Com isso, ele saiu do quarto. Mesmo descalço, ele saiu pisando muito forte, o corpo todo cheio de fúria antes de bater a porta.

Grace sentou lentamente na cama, enquanto fitava a porta fechada, sabendo, que de algum modo, conseguiu mais do que simplesmente machucá-lo.

Ela encarou o vestido e muito cansada, passou as mãos nos cabelos, então se levantou e fez como ele mandou. Ela estava exausta. Tão cansada que não podia pensar direito. Talvez amanhã ela pudesse achar um jeito de ver o sentido de tudo. Talvez compreendesse que tudo que aconteceu foi um grande e horrível pesadelo e que logo iria embora.

O pensamento de fugir de Matthias brilhou na sua mente. Ela ao menos deveria tentar. No fim de tudo, ela o viu matar, e ele ainda podia mudar de idéia e matá-la.

Quando ela puxou os cobertores sobre seus ombros e encarou a janela do quarto, ela soube que tinha pelo menos uma chance de fugir. No entanto, ela se deitou e não soube por que.

Tudo que soube quanto fitou a escuridão lá fora, tudo que pôde pensar foi no terror que a vida dele deve ter sido. Sem nunca ter ninguém. Sem nunca poder amar ninguém. Como deve ter se sentido sozinho.

Ela viu aquela solidão em seus olhos na noite que pensou que ele a tinha salvado, durante aquele estúpido assalto encenado. Ela o tinha arrastado para o hotel com ela para um café, fez ele beber o café com ela. Ele a tinha observado muito atento, como uma pessoa que observa a uma cobra, esperando a qualquer momento que ela o golpeasse.

Ele tinha tocado o coração dela naquela noite, com a cicatriz que cortava a testa, sobre os olhos, descendo até a face dele. Com seus lábios sensuais, sexy e os olhos dourados, e seu óbvio desconforto com o sorriso.

Mas ela o tinha feito sorrir naquela noite. Não um sorriso inteiro, uma risada aberta. Mas uma tentativa de sorriso, como se ele estivesse fazendo um pequeno ensaio primeiro, esperando para ver se ia doer.

Três semanas. Ele tinha entrado em sua vida há apenas três semanas atrás e tinha se tornado tal parte dela que agora se perguntava o que ia fazer sem ele.

Ela olhou a janela novamente. Ela realmente deveria fugir dele.

Uma lágrima deslizou por sua face, porque ela não podia fugir dele. Mas ela nunca poderia tê-lo também.

 

Não foi um pesadelo. Pela manhã Grace acordou sabendo que não pôde evitar os acontecimentos da noite anterior , assim como não podia evitar o Matthias, e não podia fugir de nenhum dos dois.

Ela escovou seus cabelos e seus dentes, encarou seu reflexo pálido, então fez uma careta e foi à cozinha. Ela sentia cheiro de café e ela ansiava por aquilo. A necessidade por cafeína corria pelo corpo dela, com a mesma ânsia que desejava o Matthias se enfiando firmemente entre as coxas dela.

Os sonhos a tinha atormentado a noite inteira. Sonhos que nada, ela foi atormentada por visões de prazeres sexuais que a fizeram enrubescer de vergonha só de lembrar-se deles. Ela devia ter pesadelos com morte e sangue, não sonhar com aquela protuberância embaixo daquelas calças de couro preta poderia fazer com ela.

-Bom dia. Ele de pé perto da mesa da cozinha, outro par de calças de couro envolvia suas pernas musculosas. Seus pés e peito estavam nus.

Grace olhou fixamente o peito largo, liso, enquanto subitamente parava. Ela havia desejado ver o mamilo que tinha visto apenas a sombra por baixo da camiseta. Agora que o via, sua boca encheu de água, sua boca com desejo de capturá-lo, de tocar nele.

Mas tão sexy como a aparência dele era, nada pode diminuir das cicatrizes brancas e finas que cruzavam seu peito e abdome. Ele puxou a camisa das costas da cadeira e a vestiu cobrindo as cicatrizes horríveis. Elas não eram grossas e altas, mas eles cruzavam a sua pele como um mapa de estrada.

-Peço desculpas sobre isso. Ele afastou-se dela, andando pela alegre e brilhante cozinha, abotoando a camisa preta. -Eu fiz o café.

Ela não podia ajudar ele. Grace moveu depressa pela cozinha, ficando na frente dele quando a olhou.

-Eu que ver isto, ela sussurrou, os dedos dela foram para os botões da camisa dele. –Quero ver tido, Matthias. Você não tem o direito de esconder isto de mim agora. Os traços faciais duros, agudamente definidos ficaram tensos, quando dos dedos dela desabotoaram os botões da camisa dele. Ela empurrou a camisa de algodão dos ombros largos dele e a lançou sobre uma cadeira.

-Ele fez isto? Ela sussurrou, as pontas dos seus dedos tocaram a prova da crueldade que ele tinha sofrido. Algumas cicatrizes foram mais velhas, quase invisíveis. Resistente, a carne morena encrespou-se quando o tocou, enquanto e olhou para ela com raiva.

-Ele gostava de usar o chicote. Os cientistas tinham de saber sob que condições não podemos lutar ou concluir os nossos objetivos. Fomos postos para fazer várias simulações. A tortura é a favorita de todos eles. Se não tínhamos sucesso no objetivo dado a nós, só restava a morte. Ela respirou fundo, enquanto as lágrimas inundavam seus olhos. Ela seguiu as cicatrizes no seu peito, e do lado, e foi olhar as costas dele.

-Oh, Deus, Matthias. As cicatrizes nas costas dele eram piores. Ela apoiou sua testa contra as suas costas, fechando firmemente os olhos, sentindo a dor terrível que ele suportou.

-Não dói mais, Grace, ele assegurou a ela.

Grace levantou a cabeça, encarando suas costas e ombros. No seu ombro esquerdo tinha uma marca de Raça. Uma sombra genética da impressão de uma pata. Dentro daquela impressão, quatro lágrimas vermelhas tinham sido tatuadas na sua pele. Em volta da pata, uma tatuagem precisa do que parecia uma fumaça escura tinha sido desenhada, uma única pena, contornada com o sangue, pregada dentro dele.

-Por que este aqui? Ela tocou a pena manchada de sangue embrulhada em arame.

-O preço da submissão, ele rosnou.

-E este aqui? Uma linha de ossos cuidadosamente disfarçados, embrulhada no mesmo arame farpado, o arame torcia da base da espinha dele até o meio.

-Amigos que morreram pela liberdade deles, ele respondeu.

-E esta? Ela tocou as lágrimas vermelhas que se encaixaram através de fumaça.

-A tatuagem era feita por um curandeiro tribal. É um símbolo de proteção, para segurar o mal dentro do limite da minha alma. A voz dele era pesada, cheia com dor.

-As lágrimas do mal, é? Ela perguntou. -Por quê?

-Eles marcam cada sócio de Conselho que eu matei.

Grace gelou, seus dedos tremendo em cima dos quatro marcadores.

-O maior indica um sócio de diretório. O dois de tamanho médio são os cientistas, os menores são os treinadores. Eu não me preocupo para listar os soldados de coiote, eles não valem a necessidade por proteção. A repugnância por essas Raças era nítida era voz dele.

-E Albrecht será acrescentado a essas tatuagens, ela sussurrou. -O que você vai fazer quando se esgotar o espaço?

-Então eu devolvo para outro círculo protegido e começo novamente. As costas dele ondularam, enquanto rosnava com raiva.

-E ajuda os pesadelos? ela perguntou. -Ou os torna pior?

Matthias fitou o teto, a alma dele desolada ao ouvir a voz dela. Podia ouvir a dor e a compaixão na voz dela, a necessidade de entender. E apesar do sangue que manchava as mãos dele, tudo que ele pensava era em tocá-la.

-Ás vezes, acalma os pesadelos, ele respondeu quando se virou para ela. -E às vezes, eles só crescem piores.

As mãos dele seguraram os ombros dela, a suavidade do algodão escondia o calor da sua pele.

-Você pararia? Ela perguntou.

Matthias podia ver a esperança nos olhos dela, a inocência. Aquela inocência iluminou a alma dele e ao mesmo tempo, sobrecarregou seus ombros. Ele nunca pensou que ela saberia o que ele era. Ele tinha até mesmo pensado em esconder dela o que fazia depois que a reclamasse como sua mulher.

Porque ele não podia parar.

-Nós temos outras coisas para discutir, ele disse, em vez de lhe responder. -Nós precisamos discutir sobre nós.

-Não há nenhum nós, Matthias. O pesar na voz dela doeu nele. -Eu não informarei o que eu vi, mas tudo que tivemos acabou. Ela tentou se afastar do toque dele. Apesar da excitação ele sabia que os sentimentos delicados que ela sentia ainda não tinham morrido, ela se afastou dele.

Uma vez ela veio até ele sorrindo, seus olhos lindos iluminados de prazer. Agora, seus olhos cinzentos estavam escuros e sombreados, sabendo o que ele era na verdade.

-Isso não funciona assim. Ele tinha que lhe contar a verdade. Ele não pode obrigá-la ao acasalamento, por mais que ele a quisesse. Ele não podia introduzir ela no calor do acasalamento, sem que soubesse tudo.

-Claro que funciona dessa forma. Seus lábios se curvaram num sorriso triste. -Eu decido com quem durmo.

-O acasalamento muda isso. Ele manteve a sua voz baixa, suave. -Você nunca mais vai poder partir sozinha agora.

-Preste atenção em mim. Tentou se afastar outra vez.

-Quantas noites mais você poderá aguentar, sem mim em sua cama? Ele perguntou enquanto apertava mais firme seus ombros. -Sem meu toque? Tem crescido desde a noite que nós nos encontramos, a necessidade de tocar, para beijar, para estar embaixo de mim Admita.

-Depois que você for embora, eu vou superar isso. A confiança em seus olhos foi ofuscada pela sua excitação.

Matthias continuou a tocar nela, suas mãos se movendo sobre seus braços, deslizando sua roupa de seu ombro, tocando sua pele exposta, as pontas dos seus dedos alisaram lentamente sentindo a carne sedosa e morna.

-O Calor não vai desaparecer, vai continuar. Vai se tornar pior em algumas noites, um pouco menos em outras, porque nós nunca nos beijamos. Porque meus lábios não tocaram em sua carne. Porém você nunca mais estará livre do calor do acasalamento.

Ele viu a suspeita crescer em seus olhos.

-Você está tentando assustar-me, ela ralhou, os seus lábios tremiam agora.

-Não, estou tentando para falar a verdade, ele disse. -Você riu sobre as histórias dos jornais, zombou sobre as suposições que os jornais espalharam sobre a comunidade das Raças, mas há verdade a algumas coisas, Grace. Há uma ligação, um laço hormonal e biológico quando uma Raça Masculina ou Raça feminina entra em contato com a sua companheira ou companheiro. Esse laço nunca mais vai embora. Nunca vai diminuir.

-Não... Ela abaixou a cabeça desesperadamente. -Isto não é possível.

-Há pequenas glândulas nas laterais da minha língua. Essas glândulas ficam inchadas e se enchem de um hormônio muito potente quando o acasalamento começa. Basta esse hormônio tomar não mais que um pequeno pedaço de sua carne para fazê-la queimar-se. Um beijo meu em você a virará pelo avesso com um desejo desesperado de se acasalar. Conseqüentemente, o fogo arde tão forte, tão quente e tão desesperado, que nada mais importa que o alívio da fome que queima dentro de você. Quanto tempo ele dura depende de cada casal. Mas ele nunca se vai completamente. Em todo caso, entretanto, há amor. Há emoção para fazer a ligação durável. O Calor do Acasalamento só ocorre entre um casal que se amam, apesar do calor.

Ele a olhou e estava tão pálida. As suas pequenas mãos postas no seu peito umedecido pelo suor. Ele já se queimava por ela. As glândulas na sua língua tinham-se tornado totalmente inchadas na noite anterior, e o hormônio já tinha caído na sua corrente sanguínea.

-Deixe-me ir, Matthias.

-Ouça-me, Grace. Você estava me amando, eu sei que você estava, até ontem à noite.

-Na noite passada tudo mudou, ela gritou sua expressão cheia de medo. -Deixe-me ir.

Ele a libertou, com uma sensação de profunda tristeza pesando em sua alma, enquanto ela ia para o outro lado do aposento, pondo bastante distância entre eles.

Ela fitou as palmas das suas mãos antes de esfregar no roupão, olhando-o com incredulidade. Seu olhar flutuou do seu rosto às suas coxas, então o olhou outra vez. –há quanto tempo você sabe sobre essa reação? O que poderia acontecer entre nós? Ela perguntou.

-Desde o começo, ele respondeu honestamente. –Na noite do assalto, quando eu toquei em você, quando limpei as suas lágrimas, eu podia sentir que algo dentro de mim estava mudando, transformando. Dentro de uma semana, eu comecei a sentir uma coceira incômoda na minha língua e o desejo que não passava, não diminuía. Então eu soube.

Ele soube muito antes de encontrá-la que ela iria entrar em seu coração. Durante os meses que ele havia passado observando, investigando e conhecendo coisas sobre ele que o amoleceram em relação a ela. Ela era uma boa mulher. Leal. Honesta. Ela trabalhava duro, ela tinha amigos, e ela muitas vezes deixou seus afazeres para fazer coisas boas para eles. Fazendo sopa quando eles estavam doentes, fazendo visitas no hospital. Telefonava a noite, quando um deles perdeu uma namorada ou um amante.

-Deus, você infeccionou-me com algo. Ela fitava-o com horror.

Inferno, ele devia tê-la beijado logo e deixar a natureza cuidar dela.

-Não totalmente. Ele finalmente encolheu os ombros. -Mas vou, antes que esta semana acabe. Os seus músculos apertaram-se na determinação. -Você é minha companheira, Grace. Não a deixarei que vá para longe de mim. Nenhuma outra mulher será tão importante para a minha alma. Nunca nenhuma outra mulher me trará o prazer que você me traz, somente com um sorriso. E você sabe que nunca esquecerá como eu faço você se sentir. Você sabe.

Ela abaixou a cabeça desesperadamente. -Você não pode fazer-me isto! Não deixarei.

-Eu não posso controlar isso, ele disse. -Diga ao seu corpo que não pode acontecer. Diga ao seu coração que você não se importa. Eu juro Grace, estabeleça isto e diga-me logo como você fez, e a deixarei ir. Até lá, não posso ir embora, porque isso rasgaria a minha alma do meu corpo por fazer assim.

-Você não me ama, ela gritou.

-Eu te estimo muito, ele resmungou. Mas até mais do que isto, por uma vez na minha maldita vida, tenho uma chance de verdadeira liberdade, e você é isso. A possibilidade de ser mais do que o animal fui criado para ser. Com a minha companheira, eu posso ser um marido, um pai...

Grace estremeceu ao ouvir a voz dele quando disse as palavras marido e pai. Ele abrandou-se, um sentimento da maravilha brilhando nos seus olhos. Ele fitou-a como se ela quisesse dizer algo, como se ela fosse importante, como se ela fosse dona de sua alma.

Aquele olhar ignorou o seu horror do que ele lhe dizia. Ele diluiu a sua raiva. E nada podia ter sido capaz de diluir a sua raiva.

-Você sabia do início. Por isso você me fez apaixonar por você, ela acusou-o, tentando conter a fúria. -Você deliberadamente fez-me gostar muito de você.

Ele puxou a camisa sobre suas costas, mas não abotoou a frente da camisa.

-Só porque eu me preocupei também, ele declarou, a voz devastada.. –Durante toda minha vida eu tive que me conter. Tive que me forçar a não gostar de ninguém, porque eu sabia que eles sofreriam por minhas emoções. Quando escapei dos laboratórios, essa restrição era tanto uma parte de mim que até fazer amizades foi difícil. Até você. Ele abaixou sua cabeça, seus olhos dourados escuros presos nos dela. -Você me deu uma chance de saber o que tem faltado em toda a minha vida, Grace. Você acalma a fúria dentro de mim e você me fez acreditar que há esperança para minha vida que somente a luta constante pela liberdade. Você me fez amar você. Por que eu não deveria responder com afeição?

Ela tinha esperado que ele a amasse. Ela tinha flertado com ele, ela o tinha tentado, ela tinha feito tudo para incitá-lo a tocá-la, a beijá-la. Ela tinha rido com ele, sabendo que ele era uma Raça, tentou mostrar-lhe com suavidade, com delicadeza, o lado mais doce da vida.

Ela havia decidido que ia laçar ele para ela, acreditando que o lobo com cicatrizas, sombrio, estava se aproximando e precisava do seu amor.

E talvez ele fosse próximo da imagem que ela formou sobre ele. Mas ele era um assassino, não era? Ele tomou a vida de Albrecht sem remorsos, não foi? Ou não?

A lágrima vermelha sangue em seu ombro contou outra história. Lágrimas era um sinal de dor e pesar. Contavam uma história que ela sabia que ele nunca iria admitir. Lágrima indicava tristeza, vermelho sangue morte, dor, luto. Ela se perguntou se ele mesmo percebeu que escondia a tristeza no seu olhar, e em sua alma?

Deus, ele estava matando ela. Ele olhava para ela com aquela ânsia esmagadora, tão faminto de amor, que quebrou seu coração.

-Eu daria minha vida para tocar você e você não se afastar para longe de mim agora, ele sussurrou, movendo-se lentamente em direção a ela. -Se eu jurar não te beijar, você me deixa tocar em você?

Fome selvagem, inextinguível subiu dentro dela.

-Matthias eu acho que isto não é justo com você. Ela sacudiu a cabeça desesperadamente enquanto dava um passo para trás e se apoiou contra a porta do refrigerador.

-Não é justo para mim? Seus lábios se curvaram dele zombeteiramente. -É muito mais que eu mereço. Eu preciso disto, Grace. Basta isto só um a vez, me deixe te tocar.

 

Ela não era uma virgem inocente. Grace gostava de considerar uma mulher sofisticada, experiente, mas até mesmo para ela, o modo como Matthias a abordou fez ela parecer quase uma mocinha inocente. Ela foi incapaz de se negar ao toque dele, incapaz de reafirmar o bom senso e fugir como se o inferno a perseguisse.

Uma coisa era saber dos modos do mundo, e em alguns casos, os modos dos homens. Mas com Matthias estava descobrindo tudo que aprendeu durante anos estava errado.

Matthias não agia como outros homens. Ele não reagia como os outros homens, e com certeza ele fugiria depois que conseguisse o que queria como faziam todos os outros homens. Se ele tivesse se imposto, sido dominador, arrogante ou teimoso, ela teria fugido dele, disse a si mesma.

Mas ele olhou para ela com tanta fome. Uma fome que ele não tentou esconder ou afastar. Ela não era uma ameaça à sua independência. A forma como ele olhava para ela, ela era imperativo para a sua sobrevivência.

-Você é tão bonita, ele sussurrou, quando parou na frente dela, quebrando seu coração quando a olhou com uma expressão maravilhada no olhar. -Eu olho para você às vezes, e eu tenho medo de tocar você. De te dar o poder de me destruir. A maioria das pessoas tem um pouco de medo de uma Raça, mas você me enfrenta, sabendo em seu interior, que eu nunca vou te fazer nenhum mal.

As costas dos seus dedos acariciaram sua face, enviando um formigamento curioso através de seu corpo.

-Eu morreria antes de machucar você, eu nunca quis vê-la machucada. Você sabe não é, Grace?

Ela podia sentia isso nele, via na sua expressão e nos olhos dele. Não era um mentiroso, nem um desesperado em convencê-la. Ele era um homem, um forte e poderoso homem, afirmando a sua intenção, nada mais. Sua voz não tinha o tom do fanatismo ou da ameaça. Foi uma declaração clara.

-Matthias, você precisa de alguém.

-Não. Seus dedos cobriram seus lábios, interrompendo as palavras. -Eu preciso do que você vai me dar, aqui e agora. Nada mais. Basta minhas mãos sobre você, Grace. Deixe-me tocar você.

Seu dedo polegar alisou seus lábios suaves quando ela apoiou sua cabeça contra a geladeira olhando para ele, desamparada, indecisa.

-Eu toquei seda três meses depois de nossa fuga dos laboratórios, ele sussurrou, enquanto as pontas de seus dedos se moviam pelo queixo dela. -Eu jurava que não existia nada mais suave no mundo, até que eu toquei sua mão.

Sua mão alisou seu braço, descer e levantou seu pulso e trouxe a palma dela até a sua face. -Suas mãos eram tão quentes e macias. Como suave como a própria inocência.

Os olhos dele fecharam e ele segurou a mão dela contra ele enquanto esfregava sua bochecha contra a mão dela. Ela deixou sua mão tocar o rosto dele, acariciou o rosto dele e a expressão Matthias se transformou para uma expressão de pura felicidade.

-Eu não sou inocente, ela falou, mas ela quis lembrar a ela mesma. Porque ele a fazia se sentir inocente. Ele a fazia se sentir nervosa, entusiasmada, incerta, mas sem os medos de virgindade. Ele a fez se sentir tanto uma mulher que era assustador.

-Mas você é inocente. Ele pôs a sua face contra a dela, os lábios na sua orelha, enquanto ele empurrava seu roupão dos seus ombros. -Inocente de engano e corrupção. Quando cheiro o seu odor, cheiro o Verão. Sinto o calor. Todas as coisas que eu me perguntei se eu já sabia.

Grace tremeu com excitação ao ouvir a voz grossa dele, o rosnado abafado. Ele estava respirando muito forte e profundamente, que o tórax dele roçava seus mamilos cobertos pelo roupão dela e emitindo choques de prazer que se apertaram em volta deles.

-Matthias, o que você está fazendo comigo? A sua cabeça caiu ao lado, quando o queixo dele acariciou por cima do seu pescoço.

-Apenas luz do sol te tocando, ele disse suavemente. - Calor e magia. Aqueça-me, Grace. Apenas por um minuto.

Nesta velocidade, ela ia esquecer todas as informações que ele deu sobre como seria fazer sexo com ele. Os potentes afrodisíacos hormonais, o calor de acasalamento, e as malditos ligações biológicas. Seu clitóris gritava exigindo silenciosamente o toque dele, e sua vagina se contraía, latejando de desejo de sexo.

E ele ainda não a tinha beijado. A sua face áspera e o queixo faziam nada mais que acariciar o seu pescoço, os seus ombros, enquanto suas mãos lentamente puxavam seu roupão.

O seu roupão.

Grace respirou quando o tecido caiu aos seus pés, deixando-a nua, com exceção do sutiã e da calcinha de algodão que ela usava.

-Shh. Tranquilamente, Grace, ele sussurrou. -Estou tocando-a somente. Isto é tudo. Nenhum beijo. Nenhuma exigência. Ai Deus, somente tocar um pouco.

As suas mãos tocaram seus peitos.

-Matthias. Isto é mais… Ela sugou uma respiração difícil quando seus polegares acariciaram por cima dos seus mamilos. -Mais do que apenas tocar.

-Isto me aquece, Grace. Ele apertou a sua testa no seu ombro, o cabelo preto dele caiu de lado, cobrindo os mamilos enrugados dos seus seios. Foi frio e intenso, outro golpe sensual contra a sua carne.

Repentinamente, nada mais importava, só que Matthias se aquecesse. Ela sabia o inferno que ele tinha passado na vida, tinha triunfado lutando. Ela sabia que sua vida foi cheia de dor e sangue. Portanto ele matou o maldito que o tinha causado aquilo tudo, a sua mente ofuscada de desejo ponderou. Ela teria feito qualquer coisa menor? A sua vida foi cheia de alegria e amor, de aceitação. Coisas que Matthias ainda lutavam para ter. Coisas que ela tinha sonhado em dar para ele.

 

MATTHIAS lutou para controlar o tremor do seu corpo, a necessidade para lamber e provar a carne dela quando ele a acariciou. Ele poderia cheirar o doce calor do sexo dela, como o atraía, fazendo a boca dele encher de saliva com vontade de provar o xarope rico que ele sabia que fluía dela.

As mãos dele estavam cheias com os peitos inchados dela, os mamilos cheios e duros dela cutucando contra os dedos polegares dele. Mas ele tinha prometido. Ele tinha prometido não deixar o hormônio afrodisíaco da boca dele tocá-la.

Estava destruindo ele. As glândulas estavam bombeando o fluido hormonal na sua boca, enchendo o sistema dele, o queimando vivo com a necessidade de foder ela. O membro dele estava tão duro, quanto o pulsando tão fortemente que ele teve que lutar para esconder seus rosnados dela.

Ele deixou a bochecha dele a tocar, a testa dele, pedindo a Deus que o suor da pele dele não tivesse o mesmo efeito afrodisíaco. Ele moveu o pescoço dela, os ombros dela, a fez se submeter, permitindo que a bochecha dele acariciasse o colo, junto dos montes dos seios dela, e então baixou até o mamilo duro de um peito.

A mão dele deslizou à cintura dela quando ele arquejou, os lábios dele a um centímetro do mamilo duro dela, os pequenos gemidos de prazer dela o fazendo apertar os dentes dele para se reter.

-Matthias, você está nos matando assim. Ela tremia nos braços dele. -Não faça isto.

-Você está me pedindo para parar, Grace? Por favor, Deus, não!

Ele não podia aquentar isto. Ele tinha que tocá-la, se ele não a tocasse, ele ia morrer.

-Matthias, o protesto suave arrancou um rosnado sem vontade dos lábios dele.

-Eu sonho em possuir você. Ele correu sua face sobre o mamilo dela e abaixou.

Ele se ajoelhou lentamente, suas mãos dele e face apenas a tocando, acariciando uma pele tão macia que ele sabia que não podia ser real. Isto tem que ser um sonho. Deus foi misericordioso. De alguma maneira ele tinha morrido e Deus tinha lhe dado um anjo para amar. Tinha que ser isso. Porque ela era tão quente e macia, todas as coisas que ele tinha sonhado de nenhum cheiro de morte ao redor dela.

Quando ele chegou ao elástico e ao enfeite de renda de sua calçinha, ele sentiu que um jato forte de líquido pré-seminal saía com ímpeto do seu membro. Ele arfou de prazer ao sentir a pequena ejaculação, seus dedos apertam o elástico, enquanto se forçava a ir com alma.

-Posso sentir seu cheiro. Ele suspirou contra o seu quadril. –Parece cheiro de um creme doce e quente. Já disse que eu tenho uma fraqueza por doce de creme e nata?

As mãos dela estavam sobre os seus ombros, os seus dedos os amassavam por baixo da camisa que ele usava, enquanto gemidos baixinhos fugiam de sua garganta. Ele puxou o elástico das suas calcinhas, fez deslizar lentamente dos seus quadris, ao longo das suas coxas arredondadas. A pequena inchação do ventre dela o atraiu. Ele quis lamber aquilo, desejou provar isto, mas em vez disso, ficou contente em apenas apertar seu rosto contra o ventre dela.

-Matthias, creio que não posso suportar isto, ela suspirou.

-Doce céu, somente mais alguns minutos, Grace. Seus olhos se abriram, e ele se viu a frente da imagem mais bonita da sua vida. Os cachos dourados do sexo dela estavam cobertos de pérolas do seu creme feminino. As pequenas gotinhas deliciosas se aderiam aos cachos suaves que protegiam seu sexo, que brilha com excitação e calor.

-Oh Deus, Grace. A sua mão tremia quando ele tocou uma única gotinha com um dedo, tirando-a do cacho antes de esfregá-la contra os seus lábios.

Seus olhos se fecharam, suas narinas se moveram, e o rosnado que explodiu do seu peito foi animalesco, faminto, violento.

Ele lambeu guloso o gosto dela do seu lábio, se afogando no desejo de provar mais e mesmo assim apreciando aquela pequena promessa de paixão.

-Eu sonhei em me afundar dentro de você. Ele apertou os dentes desesperadamente, lutando para se controlar. Manter a paixão contida era difícil. –Sonhei em lamber sua carne, ver estes bonitos cachos molhados com seu desejo por mim. Raças não têm pêlo no corpo, você sabia?

-Eu sei. A voz dela estava, arquejou quando ele separou as pernas dela.

-Nunca tomei uma mulher assim, ele disse-lhe quietamente. Somente com o toque das minhas mãos, somente tocando com meu rosto. A sua mão deslizou pelas suas coxas, os seus dedos abriram as dobras suaves do sexo dela com um toque suave, doce e cheio de reverência. Deus que o ajudasse. Ela estava muito quente! Imediatamente o seu membro queimou ardentemente, o sêmem quente pronto para fugir do cogumelo potente. Outra pré-ejaculação forte empurrou a carne grossa, endurecendo ainda mais seu pênis dolorido, avisando-o, que para ele, o calor de acasalamento progredia muito rapidamente. Não foi somente uma pré-ejaculação. Foi uma pré-lubrificação do hormônio para aliviar a carne sensível da vagina, preparando-a para a sua penetração.

As Raças de Lobo eram muito bem dotadas. Normalmente a maior parte das mulheres, até mesmo as das raças femininas, se esforçavam em aceitar o membro potente, grosso e comprido. Mas quando uma Raça de lobo entra no calor de acasalamento com a sua companheira de vida, as respostas hormonais de uma Raça de Lobo masculina entram em ação preparando a fêmea. O fluido pré-seminal ajudava isto, mas isso só acontece no calor de acasalamento. Ele ajudava a relaxar os músculos sensíveis da vagina, aumentava a excitação, assegurava para que o ato sexual progredisse sem dor excessiva, e preparava a vagina da mulher para o que viria depois. A Mãe Natureza foi amarga. O Casamento com uma Raça era de certo modo estranho, e às vezes, para as mulheres, podia ser horripilante.

-Matthias, você está deixando-me fraca, Grace gemeu, ao vê-lo raspar seu dedo nos lábios vaginais inchados e recolher a sua umidade. Ele tinha de prová-la novamente.

Ele não podia lambê-la com seus lábios nela, mas, podia prová-la assim.

Ele levantou os olhos para ela, trouxe o caramelo doce em seu dedo até a boca. Quando seu dedo saiu, ele lambeu o dedo.

Ele gemeu ao sentiu o gosto rico. Ela gritou, seus dedos furaram seus ombros, enquanto seus quadris se moveram aos arrancos para frente, colando seu sexo com força contra o rosto dele, contra os lábios dele.

-Pare. Grace. Tudo bem, querida.

-Maldito! Ela gritou. -Isto está matando-me. Era a expressão no rosto dele que a matava. Absorto, atento, tão cheio de prazer que a acendeu até as alturas. Seu rosto iluminado, ele parecia fresco, como se tivesse acabado ser lavado com água, os seus olhos que resplandecem com intensa cor marrom, de ouro, com fogo dentro dos orbitas dos olhos escuros. Ele fitava o seu sexo como se dentro do pequeno orifício tivesse todos os segredos para dar prazer a ele. Os dedos dele escorregaram pelas pregas latejantes novamente, dividindo-as, aliviando o desejo ardente dentro dela. Mas para aliviar dentro dela, ela precisava de mais. Os seus quadris moveram-se aos arrancos, sua vagina palpitou em volta do único dedo que ele penetrou dentro do tecido sensível.

-Matthias, por favor. Por favor. Preciso de mais. Ela tremia, suava. Deus, ela nunca tinha suado antes, naquela altura do sexo, sem falar em apenas estímulos sexuais preliminares. Os seus músculos apertaram-se de prazer de ter o dedo grosso dentro dela, seu clitóris ardeu, inchou e ficou mais faminto.

-Tudo bem, minha menina. Toma o que tenho prá você. Dois dedos grossos penetraram dentro da vagina dela, mas tomou cuidado para ficar só na entrada da vagina, sem ir muito fundo, enquanto o seu polegar escorregava contra seu clitóris, o rodeou, esfregou-o ao longo do seu tamanho, os nervos sensíveis foram docemente acariciados e enviou uma explosão de prazer. Violenta, branco quente, cobrindo-se de bolhas na sua intensidade, o orgasmo que se explodiu por ela a fez gritar o nome dele. Os seus dedos se cravaram com força nos ombros dele enquanto ela se levantava nas pontas dos pés, se apertando contra os dedos dele e remexendo os quadris com força e agitada, sentiu que seus cremes femininos encharcavam os dedos dele.

Ela sentiu que um braço rodeava os seus quadris, e seu rosto de afundou mais contra seu ventre, ela não estava segura, mas ela jurava que ouviu um rosnado de lobo animalesco. Nunca ela se sentiu tão bem.

Ela nunca tinha experimentado algo tão bom como o orgasmo, não tinha imaginado que seria assim.

Não tinha se preparado para algo tão perfeito, tão intenso, tão delicioso como foi aquela explosão.

Nada podia tê-la preparado para Matthias

 

Matthias precisava dar a Grace um tempo para ela aceitá-lo, sem a sombra do assunto sobre o calor de acasalamento ou sem tocá-la, para que não se sentisse forçada a fazer algo que não queria. Mas no dia seguinte dia, ele estava começando a duvidar que ela o aceitasse.

Depois que ele a conduziu ao prazer, ela se soltou dele e foi tomar um banho, e o resto do dia, e na manhã seguinte, ela o olhou com uma cautela que machucava a alma dele.

Ele nunca foi forçado a ver outra pessoa partir, especialmente uma pessoa que nunca conheceu os horrores daqueles laboratórios ou o preço da liberdade das Raças. Ele aceitou participar do esquema de preservar a independência de Raça e estabelecer a sua posição na terra. Não era como se houvesse outro planeta ao qual eles podem escapar. Ele foi treinado pelos cientistas para matar. Ele agora usava aquele treinamento profissional para garantir que aqueles que os criaram nunca mais possam repetir os horrores do passado. Pelo menos, não por muito tempo.

Até Grace, ele nunca pensou em como a população não-raça do mundo veria isto, como eles o veriam.

Ele estava junto ao lago perto da cabana, enquanto o sol ficava mais forte no céu, ele repousava sobre seus calcanhares, quando ele olhou para fora da água, remoendo seu pensamento com desagrado.

O sangue de monstros não devia manchar a alma de um homem. Ele salvou muitas vidas, tanto Raças quanto não-raça, pelas ações que ele tomou e nunca se deu ao trabalho de pensar muito, até agora.

Ele marcou quem ia matar dentro do círculo de fumaça e deu às suas almas até um ser mais alto para julgar. Ele não se considerava juiz e júri. Ele era simplesmente um meio de impedir as atrocidades que eles cometeram.

Ou ele só foi se vingar por ele mesmo?

Curvando sua cabeça, ele apanhou uma pedra da terra arenosa e esfregou o seu polegar sobre ela, enquanto continuava preso em seus pensamentos. Ele considerava a si mesmo nem um bom homem, nem um homem mal, porém ele questionava suas próprias ações agora, por causa de uma pequena mulher. Ela via sangue em suas mãos, enquanto ele considerava apenas o fato de que existia um monstro a menos no mundo.Ela via injustiça, onde ele via justiça. E ele agora estava em conflito consigo mesmo por suas convicções firmes e suas ações sob o ponto de vista do mundo inteiro.

Ele era uma Raça. Não havia como mudar isso e ele igualmente tinha o mesmo direito de viver como qualquer pessoa humana. Ele tinha o direito de sorrir, de sonhar e também o direito de amar. Porém ele tinha o direito de matar?

Uma parte dele uivou sim. Uma parte dele questionou essa convicção. Faria seu trabalho novamente, agora que ele viu o olhar de medo e traição em olhos do Grace?

Ele soube que não faria. Se ela aceitasse o acasalamento entre eles ou ao termino do fim de semana para retomar sua vida sozinho, Matthias entendeu que esta parte de sua vida havia terminado.

O assassino das nuvens de fumaça não existiria mais. Ele sairia das mentes dos homens com a mesma facilidade com que ele tinha entrado e saído despercebido, invisível, nos locais mais seguros deles e tinha destruído os monstros. Tudo por causa de uma mulher.

Derivaria fora das mentes dos homens com a mesma facilidade que tinha deslizado em suas áreas mais fixadas e tinha destruído os monstros. Tudo por causa de uma mulher.

Seus lábios, no entanto se curvaram ao pensar naquela mulher.

Ela era a coisinha mais doce e macia da face da Terra, tanto que ficou preocupado. A pele era suavemente arredondada e macia assim como as emoções dela. Teimosa. Podia ver a teimosia no queixo agudamente arredondado, mas viu sua compaixão no perfil de seu nariz e nos lábios que pareciam um botão de rosa.

Os olhos cinza dela sempre eram suaves, até mesmo quando ela estava brava, e quando ela ficava excitada, eles ficavam tempestuosos. Escuro, mudando de cor e queimando de fome.

Ela o comovia. Ela o fazia desejar, ansiar por coisas que ele acreditava que nunca quereria. O fez sonhar com coisas que ele acreditou que nunca sonharia. Agora até sonhava com coisas como uma casa confortável, crianças e com ela sorrindo, Grace em seus braços o amando, com o membro dele enfiado no corpo quente dela, a possuindo todas as noites antes de dormirem em paz numa cama de casal...

Ele queria protegê-la, ele queria rir com ela, como ele fez antes que ela o visse matar. Ela o fez sorrir com suas doces brincadeiras e a sua determinação de fazê–lo conhecer direito as coisas boas da vida.

Como uma luta de travesseiros. Ela tinha-o golpeado em cima da cabeça com um travesseiro do sofá, uma noite no apartamento dela e tinha-o informado que até as Raças precisavam aprender as regras de uma luta de travesseiro.

Ele quase a beijou naquela noite. Ela limpou-o de todo o pó da luta de travesseiro, mas ele se vingou lutando com ela no chão e roubou o seu travesseiro.

Ele sorriu ao lembrar. O desejo dela pelo seu beijo tinha enchido o ar, ele cheirou o desejo dela. Somente o pensamento das conseqüências o fez manter o controle.

Ela precisava escolher. Ele não a pegaria de surpresa com isto, ele nunca forçaria Grace a nada que não quisesse.

Ela tinha cozinhado o jantar várias noites, então ele pôs-se a ajudá-la a lavar os pratos em vez de usar a máquina de lavar louça. Outra noite ela o fez ajudá-la a cozinhar, foi seu ajudante-cozinheiro e ele adorou ficar ajudando ela na cozinha. Mas ele duvidou que ela repetisse o convite tão cedo. Eles acabaram pedindo comida pronta e comeram na mesa da sala. Mas eles tinham rido muito.

Eles fizeram vários passeios longos pelo parque central, de mãos dadas. Ele foi ao shopping com ela para comprar sapatos novos. Ela o ajudou a escolher um novo par de botas de couro. Ele a incentivou a comprar uma mini-saia de couro preta, ela o fez comprar uma calça comprida de couro, e depois eles usaram suas novas roupas e sapatos e botas no isolamento do seu apartamento, quando eles comeram pipoca e viram uma comédia romântica no vídeo que ela queria ver. Ela atraía, o prendia com seu jeitinho doce e seu corpo lindo, era uma jogada arriscada a dele, mas ele tinha-a sob controle. Eles se desejavam.

Apesar da tensão sexual que tinha crescido firmemente entre eles, parecia haver algo nele que o guiava a ter calma com ela, fazer tudo o que era certo com ela, durante todo o tempo que passaram juntos, ela tocou fundo a sua alma.

E ele não podia ao menos pensar que finalmente ele pertencia a alguém.

As raças não nasceram; eles não foram concebidos de uma relação de amor entre duas pessoas. Eles foram criados em tubos de ensaio, DNA humano e DNA de animal. Eles pertenceram aos laboratórios. Eles foram instrumentos, que não foram amados ou queridos. Eles foram experimentos, testes que deram certo e depois receberam os treinamentos, desde a mais tenra idade, entre dois e ter anos de idade começaram os treinamentos de defesa e ataque. Até que eles fugiram. Matthias tinha vinte anos quando fugiu, mas foram vinte anos de torturas. Depois disto, eles não pertenceram a ninguém. Eles não tinham família, em muitos casos que eles não tinham amigos.

Ele fez parte de um grupo que haviam sido preparados para extermínio. Um grupo de assassinos das Raças para fazer trabalhos de encomenda para o Conselho. Ele se apegou superficialmente ao grupo de Raças, afinal queria fugir também. Mas a verdade é que, o sentimento de pertencer a alguém do modo mais profundo. Que foi fundo à sua alma. E sua alma agora pertencia à Grace.

Mas ele começava a perceber que talvez Grace realmente não quisesse pertencer a ele. Ele encarou a pedra em sua mão, então, sentindo a picada daquele pensamento ele sentiu seu coração rasgar de dor.

Deixá-la o destruiria. Isso significaria que não havia nenhum lugar no mundo que ele se ajustaria e ele não queria que isso fosse verdade.

Ele lutou durante dez anos para assegurar a sobrevivência da comunidade mundial de companheiros de Raça.

Em todos os anos, a notícia do calor do acasalamento não pôde ser publicada, mas a notícia do perigo que as Raças acasaladas corriam era bem noticiada pela mídia. O mundo estava ligado nas notícias das Raças, e em diversos casos em que os companheiros das Raças seriam ou eram seqüestrados, o cidadão comum é quem deram o alarme ás autoridades.

A diretoria do Conselho achava mais dificuldade a cada ano golpear às raças conhecidas, registradas. Eram demasiado conhecidas nas comunidades que tinham entrado. Eram bem aceitos e considerados bons membros da população onde se estabeleceram.

Até mesmo as sociedades de puro sangue estavam achando isto mais difícil, segundo notícias, de ganhar novos sócios fora uns poucos fanáticos.

Ainda havia um longo caminho a seguir em fazer a paz com a grande população. E ainda havia muitas Raças precisando de ajuda, sofrendo. Mas invasões continuavam sendo feitas nos Laboratórios do mundo inteiro.

Agora, se ao menos Matthias pudesse fazer as suas próprias invasões...

Endireitando-se, ele virou a cabeça para a cabana, seus olhos estreitando, quando Grace saiu para a varanda.

Não tinha tentado fugir ainda, e ele tinha dado a ela todas as chances de fugir dele.

Ela estava perto da porta, olhando fixo para ele através da clareira. Ela usava um top de strech, justo com um cinto fino com calça jeans. Seus cabelos sedosos caiam em torno do seu rosto até os ombros em ondas suaves de vários tons de louro natural. Mesmo daqui onde ele estava, podia ver o reflexo sombrio em seus olhos suaves.

No café da manhã e no almoço houve um silêncio tão grande entre eles, que pesou no ar como um forte nevoeiro. Ele saiu da cabana para fugir dela, fugir da dor que ele estava causando nela.

Matthias sentiu que o seu corpo se apertava quando ela saiu da varanda e desceu, vindo em direção a ele. Os seus passos eram lentos, o ar da relutância em seu rosto o fez apertar os dentes.

Sentia-se como se tinha esperado por ela toda sua vida, simplesmente para vê-la ir embora de sua vida agora que a encontrou.

-Você não é um seqüestrador muito consciencioso, ela informou a ele, enquanto chegava perto dele e afastava os longos cabelos da face dela. -Você nem olha para mim direito.

Os seus lábios se curvaram, enquanto o divertimento o inundou por um breve segundo.

-Sou novo nisto. Ele gracejou a olhando. -Você terá de desculpar os meus erros.

Ela fungou com desdém evidente. – Eu acho que eu deixaria isso tudo, se eu fosse você. Isto é uma daquelas coisas que você tem talento, ou não tem.

-Talvez você tenha razão. Eu levarei isto em conta.

O silêncio desceu entre eles mais uma vez. Matthias foi forçado a prender seus os seus dedos em punhos para mantê-los nos seus bolsos, impedir-se de tocá-la. Ela não tinha nenhuma idéia sobre as forças que batiam dentro dele. As modificações hormonais no seu corpo o despedaçavam, o gosto do afrodisíaco que enchia a sua boca, o fazia se lembrar do segundo exato que soube que ela era a sua mulher, sua companheira.

Precisaria tão pouco para garantir que ela nunca mais o deixasse, ele pensou. Tão pouco. Talvez uma simples lambida no pescoço dela quando dormisse. A raspagem dos seus caninos contra a sua pele. Um beijo. Somente um beijo suave e ele a teria para sempre.

Teria seu corpo de qualquer maneira. Mas não era somente o corpo delicioso dela que ele queria, era o coração dela, o espírito doce de mulher, e sua capacidade de amar. Ele não queria sua rejeição ou seu ódio. E ela o odiaria, se ele tirasse a escolha dela — ela nunca o perdoaria. E ele nunca se perdoaria. A prisão seria preferível a isto. Ou morte.

-Porque você me escolheu para se aproximar de Albrecht? Ela finalmente perguntou, embora agora sua voz fosse destituída da raiva.

-Ele deu-me uma desculpa para me aproximar de você, ele admitiu. –Eu estive observando vários empregados do hotel. Você era apenas mais uma entre tantos. Mas você foi a única que me fascinou.

Ser honesto com esta mulher sobre essas coisas nunca seria fácil.

Ela olhou para o lago durante longos segundos, depois se endireitou e pôs as mãos nos bolsos do seu agasalho.

Com o olhar desamparado.

Ele daria qualquer coisa, tudo para voltar e mudar aquele instante em que ela o viu matar.

-Eu estava me apaixonando por você, Matthias, ela finalmente sussurrou.

-Eu sei. Ele afirmou com a cabeça. -Eu já te amo, Grace.

E ele fez. Ele a amava tanto que ele se rasgava por dentro, uma dor sem fim por ela.

–Eu nunca amei antes. Ele disse-lhe calmamente. - Não foi difícil entender o que você significava para mim. Você fez-me rir, você iluminou a minha vida a minha alma.

-E você teve a intenção de destruir tudo. Raiva brilhou no olhar dela.

Mathias suspirou desolado. Talvez ele devesse partir, lhe dar uma chance para pensar, considerar ficar sem ele. Mas que Deus o ajudasse, ele ficava apavorado só de pensar em partir para longe dela.

-Eu não explicarei minhas ações novamente. Ele negou com a cabeça antes de fitar o céu azul. Quando ele olhou de novo para ela, ela o olhava sombriamente. -Volte para a cabana, Grace, ele disse finalmente. -Ou trabalhe em suas flores ou tudo que você sempre faz nas férias. Você está acabando com meu controle.

Ela franziu a testa com raiva. -Eu não posso relaxar. Eu não posso fazer isso enquanto você está me seqüestrando. Talvez alguém devolva o mesmo favor em suas próximas férias.

-Eu gostaria de experimentar primeiro essa coisa de férias, ele rosnou.

Ele nunca tirou férias. Ele nunca teve um período de férias. Sempre havia muito que fazer.

Havia dez diretores de conselho ainda livres, fortalecendo e consolidando as sociedades de sangue puro e treinando eles para matar Raças. Havia treinadores ainda em liberdade e os soldados coiote que ainda espreitavam. Quem tinha tempo para umas férias?

-Você nunca teve umas férias? A descrença ecoava em sua voz. Como se fosse mais um crime que ela marcava contra ele.

-Não fui ensinado a tirar férias no laboratório, ele gritou. -Lembra?

-Como se isso fosse uma desculpa. Ela respirou com tanto desdém que ele a olhou fascinado.

-Grace, estou te avisando pela última vez, ele disse entre dentes, se contendo para não agarrá-la. -Retire-se de perto de mim, ou você vai se lamentar.

-Esta é a minha propriedade. Você que se retire de perto de mim. As mãos dela foram para os quadris, muito atrevida, enquanto seu pequeno queixo ia para frente, muito teimosa. –Eu não raptei você, Matthias. Foi o contrário.

-Ótimo! Ele sabia que seus caninos brilharam mais acentuados nas laterais se sua boca enquanto falava com ela, também o seu olhar brilhou e seus lábios se apertaram. -Então você pode aceitar as conseqüências se você continuar assim, me desafiando por mais tempo.

-Que conseqüências? Você vai me amarrar outra vez e me prender a uma cadeira? Oh espere, por que me seqüestra outra vez, talvez não tenha sido assustador o suficiente.

-Por que não um beijo? Ele sugeriu ferozmente. -Por que não cobrir sua boca com a minha, e então enfio a minha língua na sua boca, e forço o hormônio a entrar no seu sistema sanguíneo, fazendo você sofrer também? Porque não faço a sua concha tão molhada, tão quente, que você teria que usar seus próprios dedos para seduzir-me para te foder? Que você iria implorar-me para estar dentro de você? Por que eu não faço isso, Grace?

Ele sentia o sangue bombeando mais forte, mais rápido dentro dele agora. A adrenalina misturava-se com o hormônio, e não era uma boa coisa, bombear os efeitos por todo seu corpo, estava indo diretamente para o seu membro. Ele estava mais do que pronto para foder, o seu pau estava a ponto de romper.

Ele arrancou as mãos dos bolsos e agarrou os ombros dela agora, enquanto a olhava.

-Meu pau está tão duro, que é um sofrimento. Não penso em nada, só em estar dentro de você. De sentir você, quente e molhada em volta do meu membro, como você fez com os meus dedos. Mas você deve se lembrar exatamente o que vai acontecer se eu fizer isto agora.

Grace apertou suas mãos no peito de Matthias, mantendo certa distância, mas sentindo o coração dele trovejando embaixo de suas mãos, a tensão em seu corpo. Ela o fitou dentro dos olhos, sentindo que se afogava olhando para ele. O que ele supunha que ela devia lembrar? Ah sim, um incontrolável desejo de sexo. Um desejo imenso por ele que a machucaria muito.

Inferno, ele a feria agora.

-Matthias, quer dizer todo aquele controle incrível que você teve durante as últimas três semanas está finalmente acabando? Pobre querido. Depois de todo aquele treinamento de Raça para controlar seus impulsos mais básicos.

Ela realmente tinha dito aquilo? Obviamente que sim, porque ele a encarava como se ela fosse louca.

-Você perdeu a cabeça? Ele lhe perguntou lentamente. –Você acha que agora se parece com o que tivemos nas últimas três semanas?

-Pobre bebê, eu já provei essa sua pequena conchinha quente. Agora que toquei, confie em mim meu bem, o desejo de provar outra vez está acabando com meu controle.

-Foi uma decisão que você tomou, não eu. O dedo dela cutucou no seu peito enquanto falava. -Quantas blusas decotadas eu usei? Quer saber quantas vezes eu não usei calcinhas e nem sutiã embaixo da roupa quando nos víamos no meu apartamento? E isso nunca o perturbou então, por que devia te perturbar agora?

E ele tinha razão, ela estava louca. Ela estava excitada e furiosa. Estas eram as malditas férias dela e ele estava estragando tudo com aquela confusão. O que era pior, ele tinha desorganizado a vida dela durante três semanas e agora descobria que ela não podia nem mesmo ter uma noite de sexo quente com ele sem precisar se envolver para o resto da vida.

Que maldição para ela, isso não era justo. Porque ela sabia que ele tinha razão. Sexo com outro homem nunca a satisfaria, porque ele já tinha o coração dela.

Ela estava apaixonada por um assassino, e ela queria matá-lo por isso.

-Você pensa que eu não sabia o que você fazia? A cabeça dele abaixou, os seus lábios só a uns centímetros de sua boca enquanto ele fazia uma careta. -Você pensa que foi fácil tentar ser um tipo bonzinho? Não tirar proveito de você e forçá-la a entrar no calor do acasalamento?

-Um dos tipos bonzinhos? Os olhos dela se arregalaram e sua voz aumentou dois tons. –Inferno, onde você se vê como um tipo bonzinho? Você é tão malditamente mal, que você dá um novo significado à palavra.

 

Grace encarou Matthias em choque, enquanto as palavras escapuliam de seus lábios. Incrivelmente, ele não se zangou. Ele não levou a acusação a mal e aquilo não era o que ela queria dizer.

Embora, ela não tinha certeza de como quis dizer aquilo. Ela só quis dizer que ele era mal no sentido que ela tinha o visto matar, O pensamento disso a fez ficar mais sombria.

Os olhos dele se apertaram. -Você gosta de homens maus,, ele a acusou. -Você me falou.

-Essa não é a questão, ela xingou. –E pare de me deixar louca. Você está me enlouquecendo, sabe.

-Porque você me ama. Havia tanta confiança na voz dele que ela trincou os dentes de raiva.

-Não me diga como eu me sinto, Matthias. Eu não gosto. Ela olhou para ele furiosa. -Você tem que ser o pior seqüestrador da história.

-Eu deveria te amarrar a sua cama? Ele pensou, a expressão dele puxou, apesar da diversão nos olhos dele.

-Você gostaria muito disso, ela suspirou finalmente antes de se virar e dar uns passos olhando o lago. -Você deixaria tudo? Ela perguntou finalmente, se voltando para ele.

-Deixaria o quê? Ele perguntou, mas ela viu em seus olhos que ele sabia do que ela estava falando.

-O que você faz. Assassinato. Derramamento de sangue. Perigo.

Ele passou os dedos pelo cabelo preto longo dele. No momento que ele soltou o cabelo, uma rajada de vento jogou tudo no rosto dele, aquilo o fez parecer um selvagem, uma aparição sombria de um guerreiro pronto para uma batalha sangrenta.

Ele inspirou profundamente, virou-se e fitou longamente o lago, então se voltou para ela.

-Por você. Enquanto nenhum perigo ameaçar você.

Ela estava tremendo, a esperança surgindo diante dela, ardendo em sua mente, enquanto ele a olhava com expressão severa.

-Você não vai me odiar por te pedir isto?

- Grace, droga, eu amo você, ele rosnou. -Você pensa que eu não sei que as coisas têm que mudar se você me aceitar? Que o que é aceitável para um homem solteiro seria inaceitável sendo um homem casado? Pelo amor de Deus! Ele disse severo para ela. -Você acha que eu nasci idiota?

Ela sacudiu a cabeça devagar, um sorriso tremendo em seus lábios. -Não. Você não nasceu um idiota, Matthias.

-E você?Perguntou ele. -Poderia esquecer Albrecht? Poderá perdoar o que você viu para ter uma vida comigo?

-Ela lambeu os lábios lentamente. -Eu entendo por que você fez aquilo. Porque você achava que tinha que fazer. O que ele fez a você e aos outros nos Laboratórios, o que ele ainda podia fazer às Raças, você não tinha nenhuma escolha.

Mas ela não poderia enfrentar uma vida com ele, nunca sabendo o próximo que ele ia matar ou por que razão, ou viver com medo de que um dia ele cometesse um erro. Nenhum homem era perfeito. Tinha medo que ele matasse um inocente. E ela achava muito difícil de aceitar se isso acontecesse.

-Eu te prometo abandonar tudo. Mas isto não significa que não continuarei a lutar pelos direitos das Raças. Eu não vou me sentar e assistir tranquilamente a minha gente morrer sem o meu trabalho para ajudá-los.

-Eu entendo isso.

-O mínimo que posso fazer é ser um Enforcer, um agente executor do Gabinete de Governo das Raças.

-Eu posso aceitar isso. Ela sabia sobre a Agência e o trabalho deles.

Ele acenou com a cabeça lentamente. -Então venha aqui, companheira, me abrace.

Imediatamente, a expressão de Matthias transformou de pura autoconfiança, para luxúria carnal. Os lábios dele ficaram mais cheios, seu olhar mais escuro, os cílios pretos grossos dele abaixando quando um forte rubor cobria as maçãs do rosto dele.

Toda a ardente sensualidade que ele tinha controlado com firmeza em seu interior estava finalmente livre. Seus olhos brilhavam, ficaram escuros, fogo dourado, enquanto ele a olhava, esperando ela chegar até ele, para ela aceitar sua reclamação.

Grace limpou a garganta. – Tem um afrodisíaco na sua língua, não?

Seus lábios abriram com um sorriso decididamente de antecipação.

-Sexo quente, descontrolado? Um resmungo estrondeou na garganta dele.

-Bem, é mais para um centavo, que para uma libra. Ela foi até ele, suas mãos deslizaram pelo tórax e foram até aos ombros dele, quando puxou a cabeça dele e os lábios dela tocaram os dele.

Não havia qualquer sabor de droga, apenas doce, um prazer quente. Os lábios dele se moveram lentamente sobre os lábios dela. Os dois estavam aprendendo a forma e textura um do outro, uma troca delicada de carinho, e apreciando esse primeiro contato.

Grace ergueu uma das mãos do ombro dele, levantando as pálpebras só um pouco, assim ela podia fitar a face dele com fascinação entre os cílios, enquanto ela tocava docemente o rosto dele.

Ele tinha uma má reputação. Era selvagem e corajoso. Ele era todas essas coisas. Mas agora, ali com ela, mesmo excitado com o calor do acasalamento, o olhar dele era delicado e suave, a mão dele era macia quando se entranhou nos cabelos dela e a outra mão agarrou o quadril dela.

-Como a luz do sol, ele sussurrou contra seus lábios. –É esse o sabor que você tem, Grace. Os lábios dela se abriram, aceitando a dele novamente, a língua dela se lançou para fora dos lábios para lamber nas curvas mais duras dos lábios dele. Ele empurrou o corpo dela e soltou-a, afastou-se rápido.

-Venha. Ele agarrou seu pulso e começou a andar com passos largos rapidamente à cabana.

-Espere. Ela tropeçou longo atrás dele. -O que aconteceu? O que você está fazendo?

-Recuso-me a ter você aqui fora, ele rosnou, subindo os passos até a varanda. -Estamos indo para o quarto.

-Bem, você poderia ter me beijado direito, só uma vez, ela argumentou um pouco nervosa. Ela tinha esperado tanto por aquele primeiro beijo.

-Quando eu entrar com a minha língua na sua boca nós dois estaremos perdidos. Ele fechou a porta com força atrás deles, rapidamente ele programou o alarme de segurança nas portas e janelas, e continuou em direção ao quarto, arrastando Grace atrás dele.

Quando a porta do quarto bateu atrás dele, ele virou, embrulhou o braço dele ao redor os quadris dela e a puxou para ele.

-Agora, ele gemeu. -Doce Deus no céu. Agora! Os lábios dele desceram sobre os dela, os separando, abrindo caminho para dar lugar aos golpes da língua dele e o gosto de condimento doce, quente de luxúria.

Grace nunca imaginou que luxúria carnal tinha gosto, mas tinha. Era picante e quente, com uma ponta de sugestão de pimenta mexicana e gosto de uma brisa tropical. Era como uísque de boa qualidade adoçado com mel, era viciante.

Quando ela teve o primeiro gosto dele, ela soube por que ele tinha hesitado em beijá-la antes. Porque agora ela temia que nunca seria o bastante. Ela queria o beijo dele sempre dentro de sua boca.

Os lábios dela cercaram a língua dele, e travou uma pequena luta com a língua dele e depois a chupou com uma empolgação delirante, enquanto se arqueava nos braços dele. Ela gemeu nos lábios dele, sentia o gemido dele e as mãos dele. Mãos que puxaram as roupas do corpo dela. Mãos que guiaram as mãos dela até o zíper da calça dele.

Ela lutou para abrir o zíper de metal, soltando as bandas depressa, antes de deslizar a mão dela dentro para testar os contornos do traseiro musculoso e sensual dele.

-Você é gostoso, ela gemeu, quando os lábios dele soltaram os seus, para começar a se encaminhar para a cama. -Eu quero mais.

-Você terá muito mais.

Ele sentou na cama, tirou as botas, então endireitou e removeu as calças de couro. Naturalmente, ele estava no comando. Não usava cueca. Ela desejou que ele estivesse usando roupa íntima, assim ela poderia estar mais preparada para ver o quanto ele era bem dotado, enorme.

O comprimento era impressionante, só que, além disso, ele era grosso, muito mais grosso que ela tinha esperado. Mais grosso que qualquer outro homem ela já viu.

Fascinada, ela sentou na cama, enquanto tocava com um dedo a cabeça palpitante do pau dele. Claro que, ele tremeu. Uma barra prateada perfurava a enorme ponta da cabeça da glande, no fim de cada bola tinha um pequenino piercing que brilhava a luz do sol que entrava pela janela. Correspondiam ao piercing no mamilo esquerdo e na orelha dele.

-Qual o significado para tudo isto? Ela tocou a prata curvada ligeiramente. Então seu olhar foi para as duas tatuagens de letra rúnica dentro das coxas dele. Ela sabia desses. Força e sabedoria. Ele era os dois, forte e sábio.

-Depois, ele rosnou. -Eu explicarei isto depois.

Sombras brilharam nos olhos dele e ela não quis ver as sombras nos seus olhos. Ela queria vê-los queimando fortemente de desejo. Ela queria toda a sua atenção nela.

-Grace abaixou a sua cabeça, abriu os lábios, e deixou sua língua bater por cima da cabeça grossa e úmida, fazendo uma pausa para dedicar especial atenção ao piercing de prata. Ela rolou a sua língua por cima dele, agarrou a pequena bola com uma pequena mordida com seus dentes, e puxou-os suavemente. Matthias gelou. Mas as sombras foram embora. A sua expressão era vigilante agora, escura com a sensualidade. Grace abriu mais seus lábios e lentamente baixou ainda engolindo a enorme cabeça do pau dele.

-Ai, merda! O seu gemido foi seguido por um forte, potente aperto do seu ventre. Um segundo depois, foi a vez de Grace congelar.

Não foi apenas uma pre-ejaculação que jorrou na sua boca, e não era parecido com esperma. O gosto parecia-se muito com o beijo que ele deu nela, com gosto de canela, mel e açúcar mel queimado, um tempero doce de luxúria pura.

Ela olhou para ele, continuando a passar a chupar a ponta da cabeça grossa e o piercing, enquanto ela tentava analisá-lo.

Os rumores dos jornais, as acusações fanáticas de perversões sexuais e características animalescas corriam pela sua mente.

Talvez eles não fossem mentiras. Talvez nesses dez anos de acusações contra a sexualidade das Raças fossem mais verdadeiras do que apenas suposições fantasiosas dos jornais sensacionalistas. Se fosse, dava um significado inteiramente novo sobre a idéia de atos sexuais selvagens.

Ela foi para trás, os cílios se fechando, quando ele a olhou cuidadosamente.

-O que está próximo? Ela tomou fôlego em cima da cabeça do sexo dele, enquanto olhava o rosto excitado dele, iluminado com pura luxúria carnal

-É uma surpresa, ele rosnou selvagem, com uma das mãos segurando o cabo grosso. -Se eu lhe falar, estragaria tudo. Oh! Como ele era mau.

-Será que eu poderia convencê-lo a me dizer? Ela baixou sua boca durante o esforço de novamente sugar profundamente o enorme cogumelo. Ela viu o rosto dele, ela sugava com força sua carne com a língua, com o leite morno em torno dele. Ela se apoderou do piercing de prata com seus lábios, com a língua, então afundou sua boca toda sobre a cabeça de seu pau novamente.

Seus cílios se fecharam, quando o corpo dele foi mais para a frente, forçando anda mais em sua boca.Um rugido áspero retumbou em seu peito. Ela adorava esse som. Ele se tornou mais quente, mais excitado, mais profundo.

Sabia o que ia acontecer, ela podia sentir. A mão dela tirou a dele fora, e acariciou a carne grossa lentamente. Ela sentiu a tensão no meio do comprimento pesado, uma pulsação forte de sangue, a carne mais quente.

Outro jato de pré-ejaculação encheu sua boca, enquanto ele gemia. O pau dele estremeceu, palpitando furiosamente o sangue pelas veias pesadas.

-Basta. Ele se retirou, ignorando a tentativa frenética dela para segurá-lo em sua boca.

Ela sentia o fundo de sua garganta formigar, uma fome profunda crescia nela.

-Você esperará, ele rosnou, enquanto empurrava-a para trás. -Você não acabará com meu controle desta vez.

-Você ainda está perdendo o controle? Ela abraçou seus ombros, enquanto os lábios dele beijavam seu pescoço. -Eu não acho isso justo. O meu já foi embora há muito tempo.

Ela queimava de desejo. Um fogo percorreu seu corpo, queimando seus mamilos e o clitóris Ela arqueou-se para Matthias, esfregando as pontas ardentes dos seios contra o tórax dele, sentindo os pelos finos que eram quase invisíveis. Merda, entretanto era tão gostoso. Como seda áspera raspando de leve os bicos duros e sensíveis dela.

-Você está sentindo isso, Grace? Ele sussurrou movendo seus os lábios para baixo, os caninos raspando a clavícula macia. -Você sente o desejo crescendo? Queimando dentro de você como se ardesse ansiando o meu corpo dentro do seu? Ela sentia isto. Ela fechou os olhos em delírio, cheia de prazer.

As sensações eram quase dolorosas, a excitação cresceu tanto que até o fundo do útero se contorceu pulsando de desejo.

-Eu vou fazê-la queimar ainda mais. A sua voz era áspera agora, rouca pela excitação na hora que a língua dele lambeu de leve o mamilo enrugado dela.

-Oh Deus, sim. Me chupe. Ela arqueou, guiando a ponta dura e enrugada contra os seus lábios. –Chupe os meus seios, Matthias.

Outro rosnado. Mas os seus lábios se abriram, e ele abocanhou toda a ponta sensível dos seios de Grace.

Fogo líquido úmido enrolou em volta do seu mamilo. Ele sugou-a profundamente, sua boca era cheia de fome, sua língua acariciando e seus dentes mordendo as pontas duras e deliciosas, enquanto as unhas dela se fincavam em seus ombros.

-Oh, isto é tão gostoso, ela gemia baixinho, enquanto remexia os quadris, esfregando com força seu sexo em fogo contra a coxa dura e esbelta, enquanto ele se manteve acima dela. -Está tão bom, Matthias. Amo a sua boca. Amo a sua língua.

Ele pegou a pontinha entre os dentes, a língua golpeando furiosa, fazendo-a se estorceu em baixo dele. Formigamento elétrico correu até no fundo da vagina latejando com fogo ardente, um calor brilhante no centro da vagina dela.

Ela se contorceu nos braços dele, arqueando-se, gritando o nome dele.

-Doce, Grace, sussurrou ele, beijando e sugando com força o mamilo inchado do seio dela reverentemente, e depois pressionou mais beijos entre os dois montes e desceu o corpo dele mais para baixo lentamente. -Eu estou sentindo o cheiro da sua concha. Cheira a sol quente, caramelo queimado e doce. Vou comer a minha comida agora. Eu vou lamber sua boceta adocicada bem devagar e profundamente.

-Oh sim, ela gemeu, se retorcendo embaixo dele, abrindo mais suas pernas quando ele se aproximou da carne agonizante de desejo entre as suas coxas escancaradas. Seus quadris se levantaram, enquanto ela lambia os lábios secos de antecipação. A sua mão entrelaçou no seu cabelo, segurando-o quando ele sussurrou em cima dos pentelhos que cobriam sua vagina.

-Matthias, por favor. Os saltos dos sapatos dela afundaram na cama quando ergueu o ventre para ele. -Agora. Toque-me agora.

As mãos dele prenderam seus quadris no lugar. Encarando ela, a língua dele se estendeu, e deu uma longa e lenta lambida na fenda encharcada de especiaria doce e quente.

Um tremor percorreu o corpo dela. Um formigamento em chamas de fogo se transformando em pura eletricidade a arrepiou por toda sua espinha tirando o fôlego de Grace.

Prazer absoluto.

Puro êxtase.

Os olhos dela se fecharam e a cabeça dela tombou para trás enquanto soltava um grito de prazer.

 

Matthias lambeu a carne delicada, cremosa, enquanto gemia de com prazer, em um estrondo longo, baixo. Ela era melhor que mel, melhor que doce de leite. Os deliciosos fluídos que cobriam seu clitóris, tinham gosto de finas especiarias orientais, muito doce e levemente picante.

As mãos dele apertavam seu traseiro. Doces e delicadas curvas que apertou com seus dedos enquanto ela se levantava para ele sem reserva.

E ele aceitou. E ele a comeu com uma gulodice que não acreditava ser possível, ele não ficaria satisfeito se não pudesse ter o bastante dos sucos doces, viciadores que seus lábios e língua sugavam com avidez.

Esticando-se na cama entre as suas coxas, ele puxou-a para mais perto, olhando sua expressão absorta enquanto lentamente, tão lentamente ele empurrava sua língua em sua concha, na estreita vagina que se contraia como ele sonhou.

Seu sexo era tão macio, parecia com a seda. Ele remexeu sua língua em volta da vagina, e ela gritou novamente apertando o seu cabelo, puxando-o para mais perto.

Matthias sentiu o hormônio sair de sua língua e entrar nas profundidades doces da sua vagina. A potência do sabor doce foi diluída com os sucos que ele bebia dela. Ele estava na entrada da abertura da vagina, lambendo-a como o manjar favorito, que estava prestes a desaparecer da sua frente.

Ele podia comer ela por horas e nunca se fartar. Lamber sua concha eternamente e morrer com a fome batendo em sua alma.

-Oh sim, a voz trêmula chegou até ele. -Oh, Matthias, isso é tão bom. Ela se esticou debaixo dele, arqueando e aproximando mais os quadris da sua língua.

Seu pênis pulsou, a pré-ejaculação jorrando na colcha embaixo dele. Porém ele ainda não estava pronto para fodê-la. Ele pensou desesperado. Ainda não. Ele esperou a vida inteira por este momento. Para aquele momento perfeito em que, o tato, o sabor, os gemidos e os sussurros de paixão entrassem em sincronia.

Tudo fundido junto com Grace. O gosto dela era perfeito. Não havia nenhum cheiro de promiscuidade, nenhum gosto de outro homem que esteve ali antes dele. Os sentidos sensoriais das Raças para o olfato e o paladar eram muito mais desenvolvidos, mas perceptivos. Mas em Grace, só havia doçura, gosto quente de paixão de mulher.

Liso, sedoso, os sucos dela se agarravam aos lábios dele, na língua dele, quando ele se retirou lentamente dela.

A carne inchada e brilhante atraiu o olhar dele. Cachos úmidos sedosos, rubi vermelho, corado de paixão, o sexo dela o atraia. Ele lambeu novamente, enquanto ouvia o grito dela, então se retirou novamente para olhar seu sexo.

Alguma mulher já esteve tão molhada para ele? Ele sabia que não houve. Só Grace. Mais acima, o clitóris estava inchado, completamente exposto e molhado com o desejo. Ele lambeu o clitóris e enrolou – o com a língua, gemendo ao saborear ela.

Grace empurrou e mais dos sucos fluíram dela.

Ele precisava de mais. Um rosnado saiu dos lábios dele, quando sua língua perfurou o caroço dela novamente, e ele permitiu que a ponta de seu nariz acariciasse o caroço duro do clitóris.

-Oh, Deus, Matthias. Ela nunca o chamou de Matt. Ele gostava. Ele não era Matt. Ele se chamava Matthias. Era o nome que ele escolheu, o nome que ele preferiu, e ela nunca usou qualquer outra coisa.

-Sim. Ela se estirou novamente em baixo dele, os quadris se levantando, forçando a língua dele a ir mais fundo dentro dos músculos tensos da sua vagina. -Me lamba aqui. Aí mesmo. A voz dela tremia. Ele gostou dos sons da sua paixão, sentir isto. E ele gostou de saber que ela gostava da língua dele. Ele lambeu como ela pediu, quando acariciou a carne macia ela ofegou e gemeu mais forte.

-Seu gosto, ele gemeu quando retirou, indo para as dobras exteriores mais uma vez e então lambeu o doce líquido da abertura da vagina. -Tão docemente, Grace. Sua concha é doce como néctar. Leve, doce e viciador. Ele ergueu a cabeça, a língua dele novamente girando e envolvendo o clitóris, enquanto enfiou dois dedos grossos dentro das profundidades ávidas da vagina dela.

Ela tremia em seus braços. Cada músculo de seu corpo estava tenso e a vagina estava bem lubrificada e confortável para recebê-lo, repentinamente ele se sentiu grato pelos potentes hormônios que a prepararam para ele. Ele não queria machucá-la, só de pensar em feri-la o machucava demais.

-Matthias. Oh Deus, Matthias, o que você faz comigo? Ela gritou roucamente, quando ele delicadamente puxou e mordeu seu clitóris.

Ela estava perto do orgasmo. Ele sentia o clitóris dela pulsar, nos músculos macios da vagina e soube que dentro de segundos ele ia explodir embaixo dele. Ele queria ver isto. Ele precisava. Sexo nunca foi parecido com isto para ele. Assim quente e tão desesperado. A necessidade de conseguir fazê-la gozar era até mesmo maior que o seu desejo animal de buscar o próprio prazer.

Quando o orgasmo veio, rosnados rugiram do tórax dele. O clitóris pequenino cresceu mais, inchou e o mais doce sabor fluiu, quando ele sentiu a vagina se apertar e jorrar mais doces sucos.

O gosto da resposta clitoriana dela era incrível. Leve. Fresco. Novo. Como se nenhum outro homem antes a tivesse incitado a fluir.

Ela gritava o nome dele. Ele ouvia de longe, sentindo vibrar pela alma dele, igual a este sabor sem igual que era uma tentação para a língua dele. E o Matthias soube que ele nunca mais estaria satisfeito, nunca mais se sentiria tentado a provar a carne de outra mulher novamente. Porque ninguém, nunca poderia ser tão deliciosa quanto a Grace.

 

GRACE não podia respirar, ela não conseguia puxar oxigênio suficiente nos pulmões, não achava o instinto natural para expirar e inspirar, assim mesmo, meio consciente e inconsciente, sentia apenas o orgasmo explodindo dentro dela.

Ela sacudiu a cabeça desesperadamente, enquanto lutava para respirar, mas ela não conseguia ar o bastante. Os olhos dela se arregalaram, o peito puxando ar e ao mesmo tempo o medo forçava ainda mais sua respiração difícil. Ela o avisou. Super-excitação. Acontecia sempre.

-Calma Grace. Matthias estava sobre ela, pôs a mão sobre o estômago dela entre seus seios e abdômen, acariciando com movimentos suaves para aliviá-la e acalmá-la. –Está tudo bem, meu amor. Devagar e com calma.

-Matthias, ela ofegou, enquanto sentia a mão dele massageando com delicadeza seu diafragma.

-Não há problema algum, Grace, ele abaixou até o pescoço dela e apertou seus lábios contra a carne branca e macia em um beijo doce, quente, que a acalmou ternamente. -Relaxe, amor. Logo estará tudo bem. As mãos dela apertaram o cabelo dele, com força. Talvez pudesse estar doendo, mas não houve nenhuma tensão na voz dele, nenhuma tentativa de se soltar do aperto em seus cabelos.

-Você é tão doce, responde tão espontânea, ele sussurrou profundamente. -Eu não deixarei que se machuque. Eu juro. A mão dele acalmou a tensão horrível, estava relaxando ela, fazendo-a se acalmar, tornando mais fácil respirar. Logo ela relaxou, o ar fluiu para seus pulmões, e ela tomou fôlego novamente.

Oh Deus! O membro dele estava equilibrado na entrada da sua vagina, separando as dobras dela, grosso e duro. Os tremores que ela sentiu correr pelo corpo dele coincidiram com cada jato de um fluido quente que jorrou dele.

Ela sentiu o fluido aquecer a carne interna dela, ao mesmo tempo em que fazia algo muito estranho, parecia que relaxava a carne da vagina, e também a tornava mais sensível.

-O que é...?Ela o encarou surpresa.

-É um fluido pré-seminal, ele gemeu na orelha dela. -Hormonal. Alivia a carne macia por dentro, para fazer a penetração e os movimentos mais fáceis. Doce Deus, Grace. Ele estremeceu. -Eu preciso de você agora. Agora. Os lábios dele abaixaram até o ombro dela, quando ele começou a se enfiar devagar dentro dela.

A pressão, o calor, era incrível. Formigamentos quentes encheram a concha dela, fazendo-a se levantar, se oferecendo para ele, desesperada para acalmar as sensações ardentes que latejavam nos músculos internos do ventre.

Ele a abriu. Então a abriu mais. Ela sentia a divisão de carne dela, enquanto queimava com um prazer tão intenso junto com um pouco de dor. Ou a dor era tão intensa que se juntou com prazer?

-Matthias, ela ofegou o nome dele enquanto ele forçava a enorme glande grossa a ser engolida lentamente pela apertada vagina.

-Calma Grace. A mão que esteve acariciando o tórax para acalmá-la, agora se moveu cobrindo um seio inchado. –Lentamente e tranquilamente. Eu prometo. Eu vou tomar você bem devagar e com muita calma. Eu te prometo que não vou te machucar.

Ela ouviu o desespero na voz dele, cheio de desejo de se aliviar dentro do corpo dela, em lugar de encantá-la, de seduzi-la. E também ouviu uma ponta de fome na voz dele. Ele estava queimando de desejo ardente tanto quanto ela, o corpo dele tremia com a mesma intensidade que o dela.

Ele era grosso, duro, e pesado, e ela precisava de mais. Grace ergueu os quadris, aproximando mais seu ventre, girando-o, introduzindo mais o cabo grosso mais profundamente nela, enquanto um profundo gemido de prazer fugia da boca de Mathias e ele apertava com força o traseiro dela de encontro ao seu ventre.

-Grace, Calma!Ele gritou.

-Eu não quero com calma, ela arquejou, enquanto abaixando a cabeça para mordiscar o pescoço dele exigente. -Eu não quero devagar.

Os quadris dele empurraram, enterrando cada centímetro do membro duro dentro dela, abrindo-a e penetrando com intensidade ardente.

-Deus sim. O pescoço dela se arqueou, os quadris dela girando novamente. Me fode, Matthias. Como eu sonhei.

-Não posso machucar você. Agora era ele quem respirava com dificuldade. -Devagar, Grace.

Ela se retorceu, enquanto fincava firme o salto dos sapatos na cama e de novo ergueu o ventre mais ainda. Os olhos dela arregalaram-se e o sangue latejou selvagemente pelo corpo dela. Outra forte pré-ejaculação de fluído pré-seminal e as sensações quentes aumentaram. A vagina dela ondulou, palpitou ao redor do membro dele, apertando, com espasmos dolorosos.

-Maldição de fogo, mulher, ele rugiu, - Não faça isso.

Mas aconteceu outra vez. Os quadris dele empurraram com força e com um rosnado, ele se enterrou todo dentro dela, todo o comprimento do cabo grosso, a cabeça enorme de cogumelo pressionando exigentemente contra o colo do útero.

E não era o bastante. Ela precisava dos golpes. Ela agora precisava dos movimentos dele. Ela precisava...

-Me fode. Ela mordeu o pescoço dele. -Agora, Matthias. Me fode, agora.

Ela sentiu o movimento antes que ele se movesse. Os músculos do traseiro dele se moveram nas mão dela, quando ele se preparou. As coxas dele apertaram, então com outro rosnado forte, ele começou a se mover.

Não foi calmo. Não estava sendo uma possessão vagarosa, amorosa. Estava tão selvagem quanto o Matthias, tão quente como ela jamais sonhou em suas mais loucas fantasias, e Grace sabia que nunca mais seria a mesma.

-Assim que quer? As mãos dele levantaram as pernas dela para o alto e as pôs em torno de seus quadris, assim ele se enterrou ainda mais profundamente no interior de Grace.

Ela sentia o saco escrotal bater contra o seu traseiro, carne contra carne e também sentia o calor ardente daquela posse tão intensamente carnal e lasciva sendo marcada a ferro dentro do seu ser para sempre

Os lábios dele estavam em todos os lugares. Beijando o pescoço, o ombro dela. Ele se curvou e sugou para o fundo de sua boca os mamilos duros, mamou com toda força de sua língua. Os quadris dele continuaram bombeando a ereção dentro dela com estocadas furiosas e ela o aceitou com gritos roucos.

-Tão quente e doce. Ele mordeu sua orelha. Me dando assim. Deus sim, Grace, me dá, dá prá mim. Me tome.

A tensão cresceu em seu útero novamente. Se contraindo com a força dos espasmos de prazer que corria agora por ela. Sentia sensações de puro deleite no fundo do ventre ao sentir o pau grosso estocando com força dentro dela, tirou seu controle e a fez perder o controle iniciando uma corrida galopante rumo ao êxtase supremo.

Matthias gemeu contra o seio dela, o corpo dele se curvou mais sobre ela, aumentando ainda mais a força e a velocidade das estocadas do membro duro e pesado dentro dela. Os golpes ferozes cheios de pressão e fúria animal a excitaram, queimaram e enviaram chamas de prazer absoluto que correu pelo corpo dela. Ele fodia com fome selvagem, o pau deslizava dentro dela com golpes desesperados, enquanto as pernas dela se apertavam ao redor dos quadris dele, aprofundando ainda mais a posse selvagem.

Ele bombeou exigentemente dentro dela, acariciando e acendendo chamas de luxúria vorazes que a percorreram queimando o corpo dela, deixando-a ofegante, implorando pelo alívio do orgasmo.

As unhas dela se fincaram no traseiro dele, enquanto os lábios dele voltavam ao ombro dela. Estavam cobertos de suor, os gemidos deles misturavam entrosados, até que os gemidos de Grace explodiram em gritos de prazer.

O orgasmo não foi só por dentro dela. Foi tão violento! Explodiu por ela, percorreu por todo o corpo e iluminou sua alma com fogos de artifício. A vagina apertou-se contraindo os músculos em volta do membro, fazendo-o voar de prazer doloroso, enquanto que ela sentia seus fluídos femininos jorrarem molhando mais sua vagina. Então uma coisa começou a acontecer.

Ela deveria estar preparada. Ele não escondeu aquilo dela. Ele a avisou.

Ela sentia que o orgasmo dele estava próximo, ouviu o gemido estrangulado dele em seu ombro um segundo antes de sentir seus caninos morderem a carne dela. Devia sentir dor. Devia haver uma ferida em sua pele. Não havia.

Houve uma explosão afiada, uma sensação única, enquanto sentia o primeiro jato quente de sêmen, e logo depois um engrossamento súbito do pau dele.

Engrossou. E engrossou. E engrossou. Só em um lugar. Queimando e se prendendo nos músculos da vagina, lá o engrossamento se agarrou fortemente, tão firmemente, que ela nem sabia que existiam, enquanto abriam seu útero, se entranhando por dentro no fundo do dela, então o engrossamento atirou a semente dele diretamente na abertura do útero.

Ele estava preso dentro dela. Pulsando violentamente, acariciando a vagina, embora ele ainda estivesse dentro dela. O membro palpitava com o orgasmo dele, o sangue latejando na ponta enorme e novamente a lançou num orgasmo tão violento que ela não se preocupou em respirar, porque com certeza ela tinha morrido de tanto prazer.

Nada poderia ser tão incrível e a vida continuar igual depois disso. Aquilo foi o auge. Aquilo foi o êxtase e ela nunca sobreviveria.

 

Matthias se achou massageando suavemente o diafragma de Grace depois da explosão que a tomou. Ela tentava rir e ofegar ao mesmo tempo, o rosto corando com uma ponta de embaraço.

Ele ainda estava preso dentro dela, o membro dele ainda duro e pulsando com os jatos finais do orgasmo. O longo cabelo preto caiu em cima da face dele e escondeu o rosto dela,, como um casulo escuro, os separando do mundo.

A ternura o envolveu, quando a viu olhando-o com os olhos cinzas suaves dela cheios de prazer. Suas mãos acariciaram os ombros dele suavemente, assim como sua palma massageava o diafragma dela, aliviando a tensão.

-Isso é tão embaraçoso, ela sussurrou acariciando o cabelo dele e por fim afastando os fios para trás do rosto dele, enquanto ele continuava com os olhos presos no rosto dela.

Deus! Quanto ele a amava! A amava tanto que não podia pensar em mais nada que não fosse ela.

-Excitação demais, ele sussurrou, e beijou o rosto dela ternamente, enquanto sentia seu membro finalmente, agradecidamente, aliviado de sua dureza. -E um pouco de medo, talvez?

Os lábios dela se abriram num sorriso provocante. -Você tem alguns aspectos que são um pouco diferentes, ela admitiu. -Mas não é totalmente sua falta. Às vezes, eu me apavoro um pouco.

Um pouco? O diafragma dela agora estava relaxado e a respiração ainda estava um pouco rápida, mas estava mais fácil.

-Isso acontece com freqüência desde que era criança? Ele perguntou, enquanto continuava a massagem, estremecendo quando deslizou o membro para fora da vagina apertada.

-Oh. Ela expirou fundo com seu movimento. - Isso é tão bom.

Suas mãos deslizaram pelos ombros largos dele e desceram acariciando o peito dele, enquanto ele se virava e se aproximou mais dela. Ela era um peso doce contra o seu peito agora, uma perna estendida entre as dele, depois ela empurrou os cabelos dele para trás das orelhas, mais uma vez.

-Isto não acontece muito, ela finalmente respondeu-lhe. Costumava acontecer sempre quando era criança. Novidades, quando ficava muito assustada ou muita excitação Meu papai foi do exército. Cada vez que ouvimos de uma nova batalha perto da sua área, ou se ele esteve atrasado para voltar para casa na licença, talvez fosse só stress.

Ela deu ênfase ao “Talvez”. Matthias pensou conforme a puxava para mais perto dele.

-Não aconteceu mais desde que fiz vinte anos. E desde então nunca mais tive uma grande excitação na minha vida, ela riu, levantando a cabeça do peito dele para olhar para ele.

-Ou talvez tão assustada? ele perguntou.

Ela encolheu os ombros, com um sorriso torto no rosto. -Mas não aconteceu quando o vi na suíte de Albrecht. Ou quando você me raptou.

-Porque você confiou em mim. Ele acariciou sua face, sentindo o peito apertar ao saber o quanto ela confiou nele mesmo sem saber por quê. -Você soube que eu não mataria sem razão, Grace. Eu penso que talvez você tenha pensado que Albrecht era tudo aquilo de que era acusado de ser.

Ela não virou i rosto, nem evitou o olhar dele. -Eu soube, ela sussurrou finalmente. -Dentro de mim. Mas ainda estava temerosa de você tirar minha vida.

-Mas não o bastante para roubar sua respiração, ele a lembrou.

Um sorriso suave de prazer ao se lembrar, se formou nos lábios bem beijados, desta vez ele se apertou contra ele, e sua mão acariciou o braço musculoso. -Não, é o seu toque que rouba a minha respiração, Matthias. Talvez, se praticarmos muitas e muitas vezes, aprenderei como me controlar.

-Hmmm, talvez essa seja a resposta. Ele se inclinou para baixo, seus lábios engoliram famintos os dela, sentiu a paixão e o desejo em sua aceitação em relação a ele.

Ele não tinha esperado esse presente. O preço para mantê-la ao seu lado, não era tão ruim assim, apesar de tudo. Não haveria mais assassinatos. Ele poderia viver com isso. Jonas poderia usá-lo na Agência de Segurança das Raças. Ele havia solicitado sua ajuda em tempo integral muitas vezes, e Matthias sempre recusou. Talvez agora fosse o momento de conversar com o Senhor Diretor sobre isso, ver o que seria necessário.

Havia muito poucas Raças de Lobo na Agência. O líder do grupo, Gunnar Wolf, estava agora no Gabinete de Governo das Raças e muitas vezes se reunia com líderes humanos e felinos das comunidades das Raças. Os gêneros separados das Raças lentamente estavam se encaixando, adaptando e aprendendo a assegurar seu lugar no mundo. Matthias poderia ajudar com isso. Grace também poderia ajudar com isso.

Ele a viu no hotel sub-gerenciando o pessoal. Ela era como uma gerente dirigindo todo o funcionamento do estabelecimento.

-Acho que estou faminta, ela suspirou finalmente, levantando a cabeça. –Morrendo de fome, de verdade.

Matthias tocou a sua face com o dorso dos seus dedos. -Então é melhor alimentá-la, ele disse. –Porque o calor de acasalamento vai retornar novamente, Grace. E logo.

Grace fitou-o surpresa, quando ele moveu-se da cama, depois a ajudou a levantar também. A surpresa rapidamente se transformou em admiração. Ele era forte da cabeça até o dedo do pé. Seu corpo era magro, mas poderosamente musculoso, seus músculos eram grandes e potentes, mas sem ser desajeitado. Ela agora entendia porque o seu ataque de pânico de infância tinha voltado. Sua dificuldade respiratória foi devido ao estresse, sobrecargas emocionais, como os doutores chamaram. Grace ficava também muito emocionada às vezes. Ela pôde lidar em ver seu amado matar um monstro, mas ela não podia lidar em saber que ele era fundamental para a sua felicidade.

Assim como seu pai foi. Assim como o conhecimento do perigo que ele enfrentou, provocou os ataques emocionais.

Ela pensava que tinha superado. Seu pai se aposentou do exército a poucos anos atrás, mas ela não teve nenhum ataque a mais de seis anos. Até Matthias.

Como o amava.

Ela sacudiu a cabeça enquanto o seguia até o chuveiro. Eles se banharam depressa, fome de um tipo diferente os conduzia agora.

Tomar banho com Matthias foi uma experiência sem igual, entretanto. Ele adorava a água e ele monopolizou o jato do chuveiro só para ele. Ela teve que empurrá-lo várias vezes para conseguir uma parte do jato de água para ela, e a partida de luta livre resultou na posse do fluxo de água. Ela perdeu claro, mas ele a apertou o traseiro dela contra ele a mantendo bem perto o suficiente para lavar a ambos, depois enxaguou de cabeça a dedo do pé.

Então ele garantiu-se que ela ficasse bem seca. Quando ele terminou de enxugá-la, Grace estava pronta para voltar para a cama em vez de ir para a cozinha.

-Comida primeiro. Eu preciso de muita energia. Ele inalou lentamente, fechando os olhos com a sensualidade enchendo seu rosto. -Então nós iremos para cama. Talvez nós até mesmo consigamos dormir um pouco hoje à noite.

Ele a apoiou contra a parede de banheiro, esfregando o comprimento pesado do membro duro queimando contra a barriga dela, enquanto que os mamilos duros roçavam no tórax dele.

Grace correu as mãos pelos bíceps dele, então os ombros, depois puxou para baixo a cabeça dele, e ele lambeu a mancha pequena onde ele a mordeu mais cedo. Sensações de prazer correram pela pequena ferida, um prazer tão profundo e quente que ela se levantou na ponta do pé para prolongar aquilo.

Ele definitivamente era um menino mau. Tatuado, perfurado e arrogante como o inferno. Ela viu aquela arrogância mais de uma vez nas últimas semanas. Mas ele era suave com ela. Ele a tocava como que num sonho doce e ele a beijava como uma bola de fogo.

-Comida, ele sussurrou pesaroso contra os lábios dela, enquanto se retirando e encarando sombrio para ela. -Você está certa que está bem?

-Eu estou bem. Ela agora estava ra tão excitada que achava que derreteria numa poça aos pés dele.

Eles se vestiram no quarto e foram para a cozinha.

O refrigerador estava cheio com cortes de frios, legumes e água gelada que o caseiro tinha estocado antes da chegada dela. O congelador estava cheio de uma infinita variedade de bifes empacotados e outras guloseimas congeladas.

Ela pegou um das carnes do refrigerador e um pé de alface e tomates. Pão grosso, fresco estava embrulhado e armazenado no armário. Ela retirou e pôs no balcão.

Matthias olhava muito quieto enquanto ela se movimentava pela cozinha, a sala de estar, então de volta para a cozinha. A expressão dele era sombria, o modo como ele a olhava estava mexendo com os nervos dela.

-Há algum problema? Ela pousou a faca de pão e o olhou de perto.

-Se você ainda estiver considerando em me matar, eu devo lembrar que é contra as regras, ou algo assim.

Ele sorriu e agitou a cabeça. -Isso seria pior que suicídio.

-Então o que está perturbando você? Pôs o pão em pratos e começou a por camadas de carne, queijo, e verduras.

-Somente pensava em algo. Pôs as mãos nos bolsos da calça de couro enquanto a encarava. -O que você fazia na suíte de Albrecht?

-Ele deixou uma mensagem em minha secretária eletrônica exigindo minha presença. Pensei em ver qual era o problema antes de sair da cidade.

-Por que você voltou? Ele estava com a testa franzida com curiosidade.

Grace subiu uma sobrancelha. -Meu biquíni. Eu me esqueci dele. Era novo e eu queria usar enquanto eu estivesse de férias. Eu adoro nadar no lago. A cara sombria num instante desapareceu, enquanto que os olhos dourados se iluminaram com excitação.

Grace riu silenciosamente ao ver seu olhar, quando ela apanhou os pratos e os levou à mesa da cozinha, antes de pegar duas garrafas de água do refrigerador.

-Um biquíni, huh? Ele perguntou sentando-se na cadeira em frente a ela. -Que tipo de biquíni?

-Um pequeno biquíni preto. Apertou as coxas, a ardência em seu clitóris estava se tornando irritante. Por Deus!Será que ela conseguiria comer a sua refeição sem atacá-lo?

-Gostaria de vê-lo, ele murmurou, pegou seu sanduíche e mordeu com os dentes brancos e fortes. Os dentes que a tinham mordido. Podia sentir a marca em seu ombro latejando e irracionalmente desejou que ele lambesse a marca outra vez.

Ela comeu seu sanduíche com mais determinação do que com fome real agora. Depois que terminou, ela rapidamente lavou os pratos. Matthias ainda estava tranqüilo.

Ele tinha saído da cozinha para a sala, onde ele ficou na frente da ampla janela panorâmica, fitando para fora, para o lago.

Ele parecia quase pesaroso.

Talvez Raças não gostassem de mulheres com uma fraqueza, ela pensava sombriamente, se lembrando de como a respiração dificultosa quase que a tinha sufocado.

Foi uma reação de stress, não que ela estivesse muito doente ou qualquer coisa. Na verdade, os orgasmos que ela teve a amedrontaram terrivelmente. Ela nunca teve um tão forte, nunca sentiu tal prazer que correu por ela. Não era de admirar que ela tivesse se apavorado um pouco, especialmente quando o membro dele tinha engrossado daquele jeito anormal, e ainda mais adiante quando sentiu ele se prender dentro dela e aquela quantidade de pré-ejaculações era uma coisa também anormal, se esparramando e a enviando em outra série mais forte de orgasmos.

-Os ataques de pânico não são uma grande coisa, ela disse finalmente ao entrar na sala.

Ele se virou para fitá-la, seus olhos se estreitaram, olhando o movimento rápido dos seios dela. Seus mamilos empurravam contra o tecido leve de sua camisa azul escura, e ela apertava a vagina com desejo. Necessidade violenta.

Isso não fazia sentido. Antes, ela não tinha ficado dolorida como agora, não a ponto que ficar dolorida.

Certo. Isso ela sabia.

Ela passou os dedos pelo cabelo dela e o olhou furiosa.

-Então por que você está deprimido com isto como se fosse o fim do mundo? Eu fiz algo errado? Talvez ela não tivesse satisfeito ele sexualmente. Um homem ficava um pouco mal-humorado quando uma mulher não consegue dar algo que ele estava querendo mas era muito estúpido para pedir.

O queixo dele se tencionou quando inalou asperamente. -Você não fez nada errado.

Ela se inclinou acentuadamente. -Você sabe, eu compreendo que uma raça pode fazer o testosterona subir mais forte do que a maioria de homens normais. Mas eu não posso ler seus pensamentos assim como não posso ler dos outros homens. Se algo está errado, eu prefiro que você me fale abertamente, em vez de me fazer me sentir miserável com esse tratamento silencioso, me ignorando. Confie em fim , eu tenho vários irmãos, eu posso lidar com suas sensibilidades delicadas.

Sua testa se levantou, quando o divertimento iluminou num flash em seus olhos. Divertimento, excitação, e algo indefinido. Raiva, talvez.

-Minha sensibilidade masculina está funcionando muito bem, ele assegurou a ela, o canto de seus lábios se curvando num sorriso.

Grace cruzou os braços sobre seus seios, ofegando ao sentir o tecido de sua camisa roçando sensualmente sobre os mamilos enrijecidos.

-Então qual é o seu problema?

-Você está com dor, disse macia. –Não está?

Grace mudou de pé, desconfortável. -Não de verdade.

-Eu queria esconder de você exatamente o que o acasalamento iria fazer com você, ele finalmente falou .-Há ainda muito que nós não sabemos e sobre ele, ou seus efeitos. Eu devia ter esperado.

-Agora, você está começando a me assustar, Matthias.

-Você sabe que apenas dois de nossos companheiros da Raça de Lobo conseguiram procriar, ter filhos? Em um desses, a genética de Lobo foi de tal modo recessiva que os cientistas teorizam que ela facilitava a concepção para sua companheira. A outra foi tão brutalmente experimentada que ela ainda têm pesadelos.

Grace ficou com medo de pensar em tanta dor. -Os felinos parecem não ter qualquer tipo de problema.

-Mais do que você sabe, ele suspirou. -É verdade, o grupo original inicialmente teve o maior sucesso em sua concepção, mas depois da concepção, o calor do acasalamento continuou durante o período de ovulação das companheiras, e não houve outros bebês concebidos. Faz dez anos.

Scheme Tallant Reynolds, a mulher da Raça Felina Tanner Reynolds, Chefe das relações públicas, agora ela está grávida de gêmeos. Uma criança nasceu de Merinus e Callan, a um a Verônica Andrews, e uma para Sherra, a mulher de Kane Tyler, Sherra. Nasceu uma criança de Dash Sinclair e sua companheira Elizabeth, uma de Charity, mulher de Aiden. Pelo Clã da Raça de Lobo, a concepção revelou-se extremamente difícil, o calor de acasalamento extremamente grave.

Sua voz estava séria, a sua expressão sombria, cheio de remorsos.

-Tentei ser honesto com você, Grace. Ele agitou a cabeça, apertando seus lábios com aquilo que ela já sabia que era raiva dele mesmo. -Mas eu estava com fome de você. Uma careta fechou a sua sobrancelha, quando ele a encarou como se aquela fome ainda o confundisse. -Até mesmo agora, meu controle é menor do que deveria ser. Sua careta se aprofundou. -Tentei dizer a mim mesmo que seria diferente entre nós, pois eu tinha uma vantagem.

O sexo dela se contraiu ardentemente derramando fluídos femininos entre suas coxas.

-Você acha que se me explicasse mais alguma coisa faria diferença? Ela perguntou. -Eu não sou uma criança, e não sou uma completa ignorante. Depois que me disse o que você era, me lembrei das histórias dos jornais. Sabia que havia mais do que você estava me dizendo. Evidentemente, eu não me importei.

Sua cabeça inclinou enquanto ele a olhava confuso. -Como pôde não se importar, Grace? Isto mudará sua vida para sempre. Colocar você em perigo. Restringir a sua vida e a transformará em um alvo para os cientistas do Conselho, que estão determinados a destruir-nos.

-E isso é o que mais incomoda você, ela disse suavemente. -Esse perigo. Admita Matthias. Você está assustado.

Seus lábios apertados. -Eu vou te proteger.

-Não importa o quanto custe, ela adivinhou. -Você está com medo que suas tentativas para me proteger vão me fazer te odiar.

Ele rosnou. Aquele som enviou rapidamente pequenas explosões de êxtase que explodiram dentro da vagina e no clitóris, ela apertou as coxas ainda mais.

-Isso não é tudo, admitiu. -Eles querem nossas companheiras. Ele a fitou, torturado, desesperado. -O calor do acasalamento provoca uma diminuição no envelhecimento. Os casais que estão envelhecendo acasaladas têm apenas um ano para cada cinco a dez anos. Você vai viver muito mais tempo do que você jamais imaginou Grace, e é por isso que os cientistas são desonestos e tão desesperados para porem as mãos sobre os casais casados, no calor do acasalamento.

Ok, isso agora era realmente chocante. Grace o olhou com a boca aberta de espanto.

-Por quanto tempo? ela perguntou.

Ele engoliu em seco. -Não estamos certos, mas há rumores de que a primeira Raça de Leão, Léo, criado há mais de um século ainda está vivo, ele e sua companheira ainda são jovens.

-Uau! Ela suspirou e se sentou pesadamente na cadeira mais próxima. –Isso é definitivamente uma diminuição no envelhecimento. A mão pressionava contra o estômago. -Será que ela para após a concepção?

Ele agitou a cabeça fortemente. -Não é o que temos visto. Conceber é tão difícil que os nossos médicos e os cientistas acreditam que esse é a maneira da natureza assegurar a sobrevivência da espécie. Até que os bebês cresçam e vamos ver como a idade os afetarão, não estamos certos de nada.

-Bem, isso definitivamente joga um pouco de luz nas coisas, ela respirou bruscamente. -Você disse que Merinus e Callan tiveram apenas um filho? Os jornais noticiaram três. Lembro-me disso.

Ele agitou a cabeça. – Há três crianças do Clã. A imprensa relatou erroneamente que as três crianças eram de Merinus e Callan, o Líder das Raças Felinas, e eles não se preocuparam em corrigir o erro. Eles mantêm suas companheiras muito bem guardadas enquanto estão grávidas, e longe do público. É a única forma de garantir a sua segurança.

-E as companheiras dos Lobos?

O queixo dele flexionou, batendo violentamente um músculo sob a pele.

-Ninguém sabe onde Dash Sinclair esconde a sua família. Aiden e Charity ficam no Complexo das Raças de Lobo, no Colorado e nunca o deixam. O filho deles nascerá de acordo com normas de segurança de nível máximo, exatamente como fomos criados.

-E se eu engravidar? Ela sussurrou.

-Não teremos outra escolha a não ser retornar ao Colorado. Se isso acontecer.

 

Grace esfregou seus braços nus enquanto olhava Matthias, uma irritante sensação de desejo corria por sua carne, e estava deixando-a louca. Ela precisava que ele a tocasse, não ficasse de pé, tentando explicar coisas que nenhum dos dois poderia mudar agora.

-Por isso, você está lamentando não ter me falado tudo isso antes?Ela se recostou na cadeira e lambido os lábios, vendo como os olhos dele escureciam, o seu rosto de avermelhava, seus lábios mais cheios, a sua expressão mais escura com luxúria.

-Eu deveria ter falado tudo para você As narinas dele chamejaram quando ela ergueu a mão esfregou no próprio ombro. Cada centímetro do corpo dela estava formigando agora, implorando por ele.

-Considere contado, ela declarou.

-O que? Ele a encarava, quase aturdido agora, tirou as mãos lentamente dos bolsos das calças de couro pretas. Calças que não escondiam o tamanho da excitação que forçava o tecido. Ele estava duro e grosso. Ela estava molhada e selvagem e ela precisava dele agora.

-Olha, isso tudo é muito interessante, e tenho certeza que eu vou fazer mais perguntas. Você sabe, quando todos os efeitos do calor do acasalamento me envolvem? Só depois de ter sua bunda de Lobo aqui e me foder.

Seus olhos diminuíram quando suas mãos foram para a camisa preta que ele usava, seus dedos deslizaram os botões das casas e agora com o seu olhar queimavam de pura luxúria.

-Minha bunda de Lobo? Ele perguntou-lhe com suavidade, a voz dele escuro, forte.

Grace deslizou sua calça curta de seu corpo, ficando apenas de calcinha, enquanto que a túnica era atirada ao chão. Ela tirou a camisa dele facilmente, enquanto ele se sentava e tirava as botas e meias.

Levantou-se a seus pés, e antes que pudesse se levantar do banquinho largo e acolchoado em que estava, ela estava na frente dele.

-Você está tão lento. Ajoelhou-se diante dele, empurrando-o para trás, seus dedos foram até o zíper de metal das suas calças.

-Então eu estou. Ele rosnou, seu abdômen se flexionou quando ela abriu sua calça afastando as bordas e revelou o enorme comprimento do membro excitado.

O piercing brilhou de encontro à carne escura do sexo.

-Porque o piercing? Ela perguntou, abaixando a cabeça para deixar a sua língua revolver a pequena bola no fim do sexo.

As mãos dele escorregaram no seu cabelo, um gemido sufocado deixando a sua garganta. -Uma lembrança, ele arquejou.

-O que ele te faz lembrar? Ela segurou o cabo duro, virou a cabeça e chupou o lado superior da crista entre os seus lábios para permitir à sua língua acariciar em volta da jóia com movimentos circulares.

-Liberdade, ele arquejou. –Faz me lembrar da liberdade.

-Por quê? Ele se tencionou mais, quando seus dentes agarraram a ponta. -Não nos permitiram piercings ou tatuagens nos laboratórios. Nada que nos identificaria. Nada que nos faria indivíduos. Ele me faz lembrar.. Sou livre.

O coração de Grace se apertou e sua alma sangrou pelo sofrimento que ressonou na voz dele. A liberdade dele se reduziu à escolha dele de ser perfurado a e marcado. A habilidade dele para ser um indivíduo.

Ela engoliu a ereção dele e o chupou profundamente dentro. Ela queria a lembrança daquele lugar gravada da mente dele. Ela queria substituir sua dor com desejo, com fome. Por ela.

Ele pertencia a ela.

Ele rosnou o nome dela enquanto se recostava na cadeira, relaxando contra o encosto estofado da cadeira . Os dedos dela acariciaram o cabo grosso enquanto as mãos dele apertavam o cabelo dela guiando os movimentos, mostrando a ela como lhe dar maior prazer.

Ele gostou de sentir os dentes dela escorregando suavemente ao longo da cabeça do membro. O modo como a língua morna acariciou o piercing na ponta do membro.

Enquanto ela chupava o pau dele, as mãos dela empurraram as calças dele, deslizando-as pelas coxas musculosas, até os pés.

Pronto, agora ela poderia explorar a carne que desejava tocar. Seu escroto era sedoso e suave, apenas uma leva camada de fios sedosos cobrindo-os. Ela os apertou suavemente em sua palma, em seguida, as unhas dela arranharam sobre o saco endurecido.

-Grace não, o rugido dele era uma advertência. –Deixe controlar-me, meu amor. Não me pressione.

Ah, um desafio.

Ela abriu os seus olhos, e o encarou enquanto seus lábios deixavam de lamber a crista pulsante e começou a deslizar ao longo do cabo endurecido. Ele respirava muito agora, suas mãos agarraram os braços da cadeira em vez do seu cabelo. -Que controle? Ela sussurrou. -Não tenho nenhum, porque você deve ter?

Ela queria aquela perda total de controle. Ela queria aquele homem selvagem que ela vislumbrava nos olhos dele, o mau rapaz que ela sabia que ele era. Os seus lábios foram para baixo, lambendo a carne sedosa até que chupou o saco duro para dentro da boca.

-Caramba. Grace, ele xingou arquejando, mas ele se arqueou, permitindo que ela chupasse livremente seu saco enrijecido.

Foi quando ela viu uma pequena gotinha de fluído pré-seminal se derramando da fenda na cabeça do membro. Ele rosnou novamente, um som grosso que rugia de fome, que mostrava a excitação que corria pelo corpo enorme. Ela usou o fluido liso para aliviar as carícias da sua mão ao longo do membro, sentindo-o escorregar em seus dedos enquanto sua boca envolvia suas bolas e a sua língua alisava a carne sedosa e latejante.

-Você não sabe o que está fazendo, o Matthias rosnou. O que vai causar.

A outra mão desceu, até embaixo do saco escrotal, e lá embaixo achou o ponto sensível. Ela não podia ter previsto a reação dele.

Ela estava acariciando a carne entre as bolas dele e o ânus, mas ele imediatamente a empurrou e agarrou pelos ombros, se levantando da cadeira.

- Eu te avisei, ele resmungou arfando, a voz dele estava tão forte e áspera, muito má com a ameaça na voz sensual. -Você quer jogar joguinhos, companheira. Deixe-me mostrar o que acontece quando você faz isso comigo.

De algum modo, ela libertou mais do que tinha contado. Em um segundo ela estava debruçada na cadeira e ele se pôs atrás dela, e antes que ela pudesse pará-lo, seus lábios e a língua entraram em sua pequenina fissura no seu traseiro.

Ela devia ter se amedrontado, assustado. Ela nunca foi tocada lá, recusando permissão de qualquer namorado de tomar aquele tipo de liberdade.

Mas Matthias não pediu nada. Sua língua estava faminta, lambendo e acariciando, enquanto as suas mãos dividiram as curvas cheias do traseiro, e ele desceu mais.

-Matthias! Ela gritou o seu nome, tentando afastar-se da maldosa carícia, do golpe da sua língua por cima da entrada do ânus. Outro golpe, depois sentiu ele entrar, tão chocante que ela começou a tremer.

-Tenho morrido por isto, ele gemeu atrás dela, sua mão acariciando seu traseiro enquanto ele se endireitava, seu membro se comprimiu contra a entrada. –-Isso não vai caber, ela respirou fundo.

Ao mesmo tempo, ela sentiu o primeiro jato do fluido de pré-seminal escapar do membro dele e sentiu a penetração do pau no orifício apertado.

Grace tentou se rebelar embaixo dele, mas as mãos dele a seguraram firme no lugar, o membro dele dividia a carne dela como um marginal entrando em um local proibido.

Doce Deus, o que ele estava fazendo com ela? Que fluido sedoso era aquele, que lubrificaram e aliviaram a penetração que ela sabia que ele ia levar até o fim?

Com cada jacto, ele pôde se enfiar mais profundamente dentro dela, enquanto abria a entrada muito pequena, seu membro a queimava com prazer e dor, a fizeram gritar embaixo dele.

-Eu adoro a sua bunda. As mãos dele acariciaram possessivamente as curvas macias e cheias do traseiro dela. -Desde o primeiro dia que te vi, eu sempre olhava quando você caminhava, meu membro ficava tão malditamente duro que eu pensava que ia morrer de tanto pensar nisso. Imaginando em ter você assim, me aceitando dentro de você. Se submetendo para mim.

Submeter-se.

Então era isso! Grace agora podia sentir no corpo dele. A dominação e o poder que ele manteve muito bem escondido dela. Ele até mesmo deixou que ela decidisse o futuro da relação deles, até agora. Mas neste momento, ele estava garantindo em alta voz sua posição de domínio total. Reforçando o fato que ele poderia renunciar a algumas coisas por ela, mas ele ainda controlava isto. Ele controlava a resposta dela. Ele controlava a sexualidade dela.

Ela arqueou para ele, sentindo outro jato quente de fluído que relaxou e facilitou, ao mesmo tempo intensificou suas sensações. Ela sentia dentro do ânus queimar, exigindo mais, exigindo o pau duro, submissão significava aceitar cada polegada do membro duro até o fim.

-Você é minha! A declaração foi feita com uma exigência áspera. –Diga isso, Grace. Diga que é minha.

-Sua, ela arquejou. Ela não ia argumentar. Não agora. Não quando ele podia parar e levar para longe dela aquelas incríveis sensações.

Ele estava grosso e duro, quente e exigente e com a ajuda dos jatos lisos, fortes de fluido ardente, ele estava entrando nela, abrindo e penetrando dentro dela até que o escroto pressionar a entrada unida da vagina, finalmente ele estava completamente enfiado no traseiro dela.

Então ele se moveu. Ele não se interrompeu. Ele não esperou ela fazer sentido do prazer que misturou com a dor nem para que não esboçasse nenhuma resistência desesperada à necessidade ardente dele.

As suas mãos dele seguraram firmemente seus quadris, e ele começou foder ela com impulsos enérgicos e lentos. Cada vez que ele deslizou de volta outro jato de fluido quente sensibilizava por dentro da carne do traseiro. Cada impulso enérgico deslizava facilmente junto com cada rosnado desesperado de prazer dele.

Ele moveu uma mão do seu quadril, deslizando entre as suas coxas, seus dedos acariciaram seu clitóris, afagava e explorava, enquanto seus impulsos aumentavam. Ela sentia o roçar do piercing na cabeça da verga poderosa, uma sensação adicional que puxou uma respiração desesperada dos seus pulmões. As coxas dele escoraram as suas, suas bolas davam tapas contra sua vagina sensível, e em segundos Grace sentiu o orgasmo explodindo por ela.

Ela se revolveu em baixo dele ao sentir as explosões fortes que começaram a estremecer por ela. Prazer se tornou uma agonia de êxtase. Sensação se tornou ondas de desespero, o orgasmo que se aproximava, ela tinha certeza que nunca sobreviveria. Quando um retrocederia, o outro crescia. Enquanto o membro grosso enchia a bunda dela e os jatos do orgasmo dele começaram a queimar dentro dela, outro orgasmo a tomou, a levou, a envolveu e a fez tremer, e lutar para ter ar para gritar.

Ela se retorceu, movendo-se rápida embaixo dele, mantida presa pelo corpo dele enquanto ele continuava a se mover contra ela, ele beijou a marca em seu ombro, sua língua acariciando e os dentes mordendo e a prendendo firme no lugar. Ela estava perdida. Perdida nos orgasmos múltiplos que fluíam pelo corpo dela, e a submissão mental e física correndo por ela, a mantendo dócil sob ele. Ela pertencia a Matthias, tanto quanto ele pertencia a ela. E saber isso não era muito assustador. Estava certo. Pela primeira vez na sua vida, pertencer a alguém era certo.

 

O terrível desejo pelas caricias de Matthias finalmente se acalmara quando a noite chegou. Ele a forçou a tomar um banho de chuveiro outra vez, ele sorriu quando ela se recostou sobre seu peito enquanto a lavava sob a água do banho.Era muito bom ele ser muito forte para poder segurá-la, pois toda a força dela tinha acabado.Estava relaxada em seus braços, fisicamente e mentalmente satisfeita, mas sonolenta como nunca esteve em sua vida. Quando ele finalmente carregou-a para a cama e a aconchegou ao peito forte, um suspiro de satisfação escapou dos lábios dela. Seus lábios foram para o peito dele, para os mamilos com os piercings. O metal estava quente devido à pele quente dele e a lembrou sobre o motivo que ele fez os furos em seu peito. Para lembrá-lo da sua liberdade, sua individualidade. Ele era perfurado e era tatuado, com cicatrizes por dentro e por fora, e ele era a criação mais bonita na face da terra, até onde ela estava preocupada.

A fina cicatriz que cortava da sobrancelha, pálpebra até o meio da face dele era pouco notada por ela, entretanto ela sofria ao pensar na dor que deve ter sentido quando foi ferido.

Ele era um mau menino. Não havia nenhuma dúvida sobre isso. Mau, carnal, intenso e arrogante. Mas quando ele a segurava, os braços dele eram suaves, as mãos ternamente dóceis enquanto a apertava em seus braços para ela dormir.

-Meu pai gostará de você. Ela bocejou enquanto se aconchegava para mais perto dele. -Meus irmãos também vão. Ela sentia a mão dele acariciando a espinha dela.

-Você acha que eles vão? A voz dele parecia soar desinteressada, mas Grace agora o conhecia melhor e notou um tom de esperança em sua voz.

-Eu sei que eles vão. Ela tinha certeza disso.

-Por que eles gostariam de mim? Ele lhe perguntou. -Eu não pareço com um sonho de genro, Grace. Desolado, quase sombrio, ela sentiu o seu pesar, que trouxe lágrimas aos olhos dela.

-Você é forte, honesto. Você olha as pessoas nos olhos quando fala e eu o amo. Confie em mim, meu pai não poderá resistir a você. E claro que, minha mãe vai ficar no céu,. Ela achará que você precisa engordar. Ela assará torta e pão, e vai aproveitar toda chance para exibir as melhores louças.

-Por que ela faria isso? Ele perguntou confuso.

Grace voltou a cabeça, o encarando na escuridão. -Porque ela o amará, Matthias. É assim que as mães fazem. Meus irmãos o ensinarão a jogar futebol americano e as esposas deles cobiçarão seu traseiro quando eles não estiverem olhando. Minhas cunhadas são excepcionalmente inteligentes. Elas conhecem um homem bonito quando elas vêem um.

Matthias a olhou, enquanto fazia uma careta. Ela falava como se a aceitação dele dentro de sua a família já tivesse acertado, sem que ele tivesse que fazer concessões ou fazer qualquer esforço.

Aquilo não podia ser verdade. Nada nunca chegou tão facilmente até ele. Ele teve que lutar por tudo. Aquilo era aceitável.

-Seu pai e seus irmãos logo verão o que eu sou, Grace, ele a avisou, odiando falar a verdade para ela. -Eles vão querer que escolha outro homem. Aceite isso agora.

Sentiu sua surpresa, a seguir seu divertimento no riso macio que o envolveu. -Oh, Matthias, você apenas não entende as famílias, ela sussurrou na escuridão. -Meu pai dará uma boa olhada em você, e depois vai irá levá-lo para o galpão onde tentou nos enganar fazendo nos acreditar que ele construía alguma coisa. Ele vai te dar uma cerveja e vai te interrogar por horas enquanto vai pôr você para trabalhar lixando isto ou aquilo, ou usando o martelo. Esse é o modo dele de aceitar. Confie em mim. Ele vai te amar.

-Eu não sei como lixar ou martelar. Pela primeira vez na vida Matthias perguntou a si mesmo se estava com uma ponta de medo.

-Meus irmãos irão à frente, claro, ela o informou, quando sentiu uma ponta de apreensão nele. -Eles ficarão rindo de satisfação enquanto Papai faz perguntas a você, até eles farão perguntas até que eles falem de futebol, aí você se agarra no assunto e será a sua salvação.

-Eu não sei jogar futebol. Ele limpou sua garganta nervoso.

Isso não é problema, eles não sabem também, ela assegurou a ele sonolentamente, o confundindo mais ainda. -E enquanto toda a vizinhança se reúne em volta dos fundos da quadra para ensinar como não jogar o futebol, a Mamãe cozinhará, e eu e minhas cunhadas estaremos admirando seu traseiro lindo e seus ombros largos. Mas não use calça de couro para jogar futebol Você tem que usar calça jeans.

-Eu sempre uso o couro. Era mais lisa, mais difícil de agarrar ou prender. Ele não fazia tanto barulho quando se movia e tinha-se acostumado a usar sempre.

-Você usa jeans para conhecer Mamãe e Papai, assim você pode jogar bola com os garotos. Ela bocejou novamente, como se a argumentação sobre o cumprimento de todas as exigências dela já tivesse acabado. -E lembre-se, minha mãe faz a melhor torta de cereja do mundo. E ela ainda faz um sorvete de baunilha caseiro que é um pedaço do céu. Você vai adorar.

Ele estava certo que sim, mas não era esse o ponto.

-Grace, guarde suas esperanças por enquanto, sussurrou ele, pressionando seu rosto no alto da cabeça dela, enquanto fechava os olhos com desespero.

Ela não estava como ele, ela tinha uma família, interação, uma vida sem dele. Ele só tinha a ela.

-Você verá. Ela suspirou seu corpo relaxando contra ele. -Você verá, minha família vai te amar.

O pai e irmãos dela provavelmente apontariam uma arma para ele e o avisariam para ficar longe dela. Quando vissem que isso não funcionaria, eles fariam uma reclamação oficial ao Gabinete de Governo das Raças. E quando isso também não funcionasse, eles tentariam virar a Grace contra ele.

Ele não tinha considerado essa possibilidade, a reação da família dela. Merda, ele não pensou nem um pouquinho na família dela, o que foi um erro. Ele sentia o amor por eles na voz doce dela. Eles eram importantes para ela. Ela ia odiar perdê-los. Ela ia odiar a ele, se ela os perdesse por estar unida a ele pelo calor de acasalamento.

Matthias sentiu o suor escorrer em sua testa. Que diabos ele ia fazer quando isso acontecesse? Grace não sabia, ela ainda não tinha noção do quanto ela era importante para ele. Ela era a vida dele. Ela era tudo que ele sonhou naquele inferno dos laboratórios. E depois da libertação de lá, sonhar secretamente com a mulher que encheria a vida dele, foi com certeza toda sua esperança para o futuro. A primeira vez que ele a viu, soube na hora que ela tomaria posse de sua alma por toda a eternidade. Vida ou morte, não importava mais, ele pertencia a Grace Anderson.

E ela pertencia à família dela.

Tinha que ter um modo de garantir a simpatia da família dela, ele pensou. Ele tinha dinheiro. Ele poderia se assegurar que eles não tivessem nenhuma dificuldade legal. Ele poderia matar os inimigos deles.

Não, nada de mortes. Grace não ia gostar disso. Certo, ele poderia fazer os inimigos deles desejarem estar mortos. Ele tinha alguns recursos que poderia usar. Homens entendiam essas questões. Pelo menos, os homens não-raça que ele conheceu compreenderam o significado. Será que o pai e irmãos eram de alguma maneira diferentes?

Seguramente não poderiam ser. Eram homens tranqüilos. Ele podia não ser bom o bastante para Grace, mas ele encontraria um jeito de garantir que eles não a magoassem ao rechaçá-la , quando ela se recusasse a deixá-lo sair de sua vida, quando ela preferisse o cão imbecil que eles provavelmente pensariam que ele era.

Ele prosseguiu acariciando suas costas, usando apenas as pontas dos dedos, apreciando a sensação da pele acetinada. Sabia que ela desejava morar mais perto dos pais. Ele poderia comprar uma casa bonita e confortável perto deles, o que com certeza daria a ele alguns bons pontos com ela e sua família.

Maldição. Ele teria que se planejar para cuidar disto. Investigar a família dela antes de ir conhecê-los. Ele teria que investigá-los extensivamente. Talvez tivesse sorte, e se o pior piorasse, ele podia achar algo para usar contra eles, e garantir que Grace não fosse magoada.

Em sua mente não havia nenhuma dúvida de que eles o rejeitariam e quereriam ele fora da vida dela.

Ele era uma Raça. Um animal selvagem, pela metade, mas era um animal. Ele não era um homem totalmente normal, ele era uma criação de laboratório. Uma aberração da engenharia genética. Nenhum homem que amasse a filha ia querer um marido como ele para sua querida filha. Inferno, ele mesmo não ia querer isso para a sua própria filha, por que o pai dela quereria tal uma coisa?

E ele era um assassino profissional. Ou corrigindo, ele “foi” um assassino profissional.

Um sorriso curvou os cantos dos seus lábios. Ele teve um pressentimento que muitos dos seus antigos hábitos iriam mudar completamente. Mas, tudo ficaria bem. Ele esperou ansiosamente durante anos por ela. Ela era tão macia e delicada, e contanto que ele pudesse evitar os problemas que sabia que iria encontrar com a família dela, então ele se asseguraria que ela continuasse macia e delicada com ele.

Ele sabia que se a perdesse ele morreria. Até mesmo sem o calor de acasalamento, a alma dele já estava ligada a dela de um modo que ele jamais seria livre

Ele beijou-lhe a cabeça, amando senti-la contra o peito dele, um peso delicado que o aqueceu até o fundo de sua alma.

Ele entenderia esta coisa de família, por ela. Ele não estava tão certo quanto ao futebol americano, entretanto. Ele nunca jogou futebol americano na vida, entretanto ele viu outras Raças que tentaram aprender durante sua estada em Wolf Mountain no Colorado.

Lidar com o ódio da família dela seria um preço pequeno a pagar para tê-la em sua vida. Ele fingiria não notar o ódio da família, se manteria tão discreto, tão pacífico quanto possível e se eles precisassem de qualquer ajuda em qualquer área, ele cuidaria de resolver o assunto.

Ele assentiu com um movimento imperceptível. Isso deveria funcionar. E se o pior viesse a piorar, ele suspirou, ele lidaria com isto. Por ela tudo valia à pena.

-Eu a amo, Grace, ele sussurrou contra o cabelo dela.

Ele amava a risada dela, o sorriso lindo dela. O modo como o nariz enrugava de modo atrevido quando ele a provocava, o modo que as orelhas dela movimentavam quando ele as beijava.

Ela se moveu contra ele como se tentasse se aconchegar ainda mais profundamente no tórax musculoso e ele sorriu ao puxá-la para mais perto dele. Seus braços a envolveram totalmente, a cabeça dele se abaixou para ela e deixou suas pernas enroscarem nas dela.

O corpo dele agora estava totalmente ligado e envolvido no corpo dela, assim como a sua alma...

Os membros macios como sedas de Grace se encaixaram perfeitamente nos dele e sua respiração era suave contra o tórax dele.

Pela primeira vez na vida, Matthias fechou os olhos e dormiu enquanto sua mulher se enroscava no abrigo do seu corpo. Antes disso, ele nunca foi capaz de relaxar com uma amante. Mas maldição se ele pudesse se ajudar nisto. Ela o tinha esgotado. Ela era tão entusiasmada no jogo do sexo como era em tudo que ela fazia. Talvez um pouco mais no sexo, ele pensou, quando se lembrou das unhas dela fincando no traseiro dele e as exigência dela pedindo para ele a possuir mais forte e rápido, remexendo os quadris contra ele.

Sim, definitivamente foi muito entusiasmada no último jogo de amor deles, esse foi o último pensamento distante dele enquanto suspirava exausto e deixava o sono envolver com sua teia final os sentidos dele.

 

A alvorada não estava tão longe de fazer sua primeira aparição por cima da linha do horizonte quando Matthias acordou com o primeiro raio de luz. O cheiro de ódio doentio e perversões encheram seus sentidos, enquanto ele apertava a mão contra a boca de Grace e a fez rapidamente acordar.

-Perigo, ele resmungou quietamente na sua orelha, enquanto apertava o botão de pânico no lado do seu relógio. Jonas era a sua única esperança. –Se vista depressa.

Ele saiu da cama, puxando-a com ele e jogando as roupas para ela que ele tinha insistido que deixasse na cama, apenas por precaução. Jeans, uma camiseta e jaqueta leve. Grossas meias e botas para caminhada.

Ele vestiu sua calça de couro, uma camiseta preta, meias, e botas.Em segundos, ele estava vestido e puxando sua mochila da parede.

Suas armas estavam lá. As ferramentas de seu negócio. Ele prendeu a pistola em sua coxa, facas contra a parte inferior do seu braço. Ele prendeu um pistola reserva em sua bota e um punhal na outra. Ele agarrou o modelo curto de fuzil automático que ele usava para guerra.

-Matthias?! Grace sussurrou com medo, quando ele agarrou o punho dela e saiu rapidamente do quarto.

Eles não tinham muito tempo. Ele sentia os soldados coiotes se aproximando, podia cheirar suas almas encharcadas de sangue, mas eles ainda não tinham cercado a casa.

-Está tudo bem. Faça apenas como eu disser a você, e nós vamos ficar bem.

Ele rezou. Oh Deus, ele pediu, enquanto destrancava a janela depressa no outro lado da sala de estar e abria silenciosamente.

Ele saltou ao chão, então ergueu os braços pra ela, quando Grace se preparou para segui-lo. Ela estava tremendo, mas permaneceu em silêncio.Silêncio era bom. Poderia ser o passe para saírem dali, se não fosse o cheiro do calor de acasalamento dela.

O cheiro suave inconfundível de excitação.

Não havia jeito de esconder aquilo. Isto significava que seus traseiros estavam na alça de mira dos coiotes, se Jonas não chegasse rápido.

Matthias se assegurou que andassem a favor do vento dos soldados coiotes, que eles mesmos tentaram entrar a favor do vento. Mas os ventos nas montanhas eram caprichosos. Em algum ponto o vento mudou revelando o avanço dos coiotes, enquanto escondia o cheiro de Matthias que se adiantava fugindo com Grace.

Ele não ousou usar o veículo no qual chegaram até ali. O som de um motor iria traí-los imediatamente. Só restava irem a pé. Ele só rezou para que conseguisse escapar para longe o bastante para assegurar uma chance de lutar e poupar a vida de sua mulher.

O que o fez pensar que pudesse ter um tempo sozinho com ela? Que ele pudesse roubar há pouco alguns dias de paz possivelmente?

De alguma maneira, ele deve ter perdido os sinais que ele estava sendo assistido. Só um coiote poderia ter cheirado o edifício de calor de acasalamento entre ele e Grace antes de ele a seqüestrasse.

Ele só rezava para que conseguisse levá-la para longe o bastante para garantir uma chance de lutar, mas poupando a vida de sua mulher.

O que o fez pensar que poderia passar um tempo sozinho com ela? Que talvez pudesse roubar uns poucos dias de paz?

De alguma forma, ele não notou os sinais de que estava sendo vigiado. Apenas um coiote poderia ter cheirado o crescimento do calor do acasalamento entre ele e Grace antes dele raptá-la. Mas como ele não notou que um coiote estava atrás dele?

Matthias manteve Grace perto dele, quando saiu da casa para se abrigar nas árvores ao longo da faixa aproxima que conduzia até a cabine.

Ele continuou indo para o outro lado, sabendo que os coiotes subiam pelo outro lado.

A brisa soprou ao redor dele, trazendo o cheiro deles e fazendo seu lábio erguer em um rosnado de ódio. Se ele estivesse sozinho, iria caçá-los. Ele teria matado todos os malditos coiotes do inferno que achavam que podiam pegá-lo de surpresa.

Mas ele não estava só. Ao lado dele, a sua companheira lutava para acompanhar o ritmo dele, tentando não respirar forte e ficar o mais silenciosa possível.

Quando um ramo quebrou sob os pés dela, ele estrangulou uma maldição, envolveu a cintura dela e a levantou para o seu colo. Os braços dela envolveram o pescoço dele e ele sentiu as lágrimas dela contra seu ombro. Lágrimas que ele desejou poder derramar.

Não havia tempo para chorar agora. Ele tinha que correr para o mais longe possível do perigo. Havia algumas outras cabanas, mais distante, lá embaixo na montanha; ele viu que havia veículos lá quando passaram a caminho da cabana.

Se ele pudesse roubar um e conseguisse uma vantagem...

Isso não ia acontecer.

Ele captou o cheiro da mudança de direção dos coiotes e soube ele estava ferrado. De alguma maneira, eles souberam que ele e Grace tinham deixado a cabana, e agora eles estavam no traseiro dele.

-Me deixe, ela sussurrou na orelha dele, enquanto ele achava um caminho de animais pequenos e começou a se mover pelo caminho mais rapidamente. -Você pode escapar sozinho.

-É você que eles querem Grace.

Ela estremeceu às palavras dele e apertou o rosto mais forte no ombro dele.

-Não importa. A voz dela tremeu. -Eu sei me esconder. Você pode escapar e ir pedir ajuda. Ele teria uivado então, se ele pudesse. Ela pensava honestamente que ele permitiria que se sacrificasse? Por ele?

-Você está desperdiçando seu tempo, ele rosnou. -Eu não a deixarei.

Até mesmo na morte, ele seguiria ao lado dela. Mas ele não pretendia morrer. Se alguma vez houve um tempo que ele quis viver, então era agora.

-Quatro. Eu peguei você. Matthias parou de repente ao ouvir o número pelo qual ele era conhecido nos laboratórios. Não um nome, eles acreditavam que eles tinham direitos iguais aos dos animais de estimação tinham. Não, eles eram conhecidos por números. Ele foi a quarta raça criada no laboratório de Albrecht nas montanhas alemãs.

Matthias encarou os seis soldados coiote que saíram das árvores que o rodeavam. Atrás dos coiotes estava Vidal Velasco, diretor espanhol de protocolos genéticos.

Aquele era o canalha que escolheu as mulheres que foram seqüestradas para os laboratórios europeus e usado seus óvulos e seus ventres(úteros) para gerarem os bebês Raças. Era ele que decidia que mulher era libertada e que mulher morreria após o parto. Foi este canalha que cortou a garganta da m~es de aluguel que deu à luz ao Matthias.

Matthias tinha cinco anos quando Vidal reuniu três crianças de Raça no laboratório, chamou sua mãe, e passou a faca na garganta da mulher enfraquecida.

Depois Matthias reconheceu a gratidão nos olhos da mulher, percebendo o sofrimento de que ela foi vítima acabaram.

-Eu ouvi dizer que você escolheu um nome para você, Quatro, Vidal disse escarnecendo, suas feições aquilinas estavam iluminadas pelo brilho da lua cheia, que pairava acima das nuvens.

Vidal agora estava muito mais velho, perto dos setenta anos, Matthias sabia, mas ele se movia como um homem muito mais jovem, os olhos pretos brilhando na noite, o cabelo grisalho cinza e curto.

Mesmo agora, ele usava um terno cinza escuro. Sua camisa preta sombria contra seu corpo de cor morena, sua gravata cinza num laço justo e macio em seu pescoço. Matthias apostava que ele usava sapatos de couro de grife muito caros como era o gosto dele também.

Vidal não era nada senão exato e hábil tanto na aparência quanto em ação. Até mesmo quando ele matava.

Matthias pôs Grace em pé, mantendo o braço envolta dela, enquanto ele conferia a posição de cada coiote. Ele segurou o rifle em um braço, o dedo dele no gatilho sensível, quando os coiotes começaram a se espalhar por trás dele.

-Você escolheu a noite errada, Vidal, Matthias rosnou. -Não estou de bom humor para vocês.

Por dentro, ele estava rezando. Ele precisava dos coiotes mais perto e juntos e não mais afastados e espalhados. Ele precisava de uma chance de pegá-los com uma rajada de balas e assim os impedir de atirar em Grace.

Se ele morresse, ele morreria sabendo que deixava sua mulher para estes monstros. Ele não ia permitir isso acontecer. Grace tem que sobreviver.

-Ela já engravidou Quatro? Vidal lhe perguntou em no inglês preciso e sem defeito dele. -Eu ouvi dizer que os Lobos estão tendo um momento difícil na transição de animal para homem quando tomam suas companheiras deles. Você já resolveu isso?

Matthias olhou Vidal cuidadosamente. Vidal estava atrás de dois dos coiotes protetores cujas armas estavam apontadas, não para Matthias, mas sim para Grace.

-Quando o tiroteio começar, eu vou te levar primeiro, Vidal, Matthias disse. -Minhas balas atravessarão direto em seus coiotes e se introduzirão no seu peito. Eu não errarei.

Vidal amarrou a cara. -Quatro, nós não temos que ser anti-social sobre isto agora, ele puniu Matthias. –Apenas nos entregue a sua linda namorada e nós o deixaremos seguir adiante.

Matthias ergueu o lábio com um rosnado de zombaria. -Eu acho que você sabe que isso não vai acontecer. Estou ciente das experiências que os cientistas de conselho estão fazendo. Eu a mataria antes de deixar vocês porem as mãos nela.

Vidal cruzou seus braços sobre o peito, enquanto Matthias registrava a posição exata de cada soldado com os seus olhos e com seus sentidos. Teria uma chance para que Grace saísse viva. Se os coiotes continuassem a cercá-lo, ele teria espaço o suficiente para derrubar e rolar Grace para a pequena fenda na rocha ao lado deles. Forneceria a cobertura simples, mas talvez o suficiente para ele cobrir o corpo dela com o seu, quando ele tentasse atirar nos coiotes.

-Eu não posso acreditar que você se permitiu ser pego tão facilmente. Os dentes de Vidal brilharam na escuridão. -Você teve um coiote em seu traseiro o tempo inteiro que você esteve cortejando a Senhorita Anderson e nunca percebeu isto. Você ficou fraco, Quatro?

Matthias sacudiu a cabeça. Tinha se perguntado sobre isso.

-Não havia nenhum coiote no meu rastro. Você teve sorte, nada mais. Parece um brilho destinado a doentes e cruéis de tempos em tempos no fim das contas.

O cheiro da raiva de Vidal fluiu ao redor dele. Deixaram os coiotes nervosos, assim como ele devia estar. Vidal nunca pôde controlar uma Raça que ousava responder. Era um dos deus defeitos.

-Afinal, por que a diretoria do Conselho decidiu enviar você para liderar esta pequena missão? Matthias foi para mais perto da rocha que sombreava na terra, enquanto encarava Vidal. -Eles finalmente decidiram que não gostam de você?

-Eu faço parte da diretoria, seu cão ignorante. Vidal rebateu.

-Mas não o mais importante, Matthias salientou, conhecia bem o ego que enchia o canalha. -Você tem certeza que eles não o enviaram em uma missão suicida, Vidal? Todo assassino que você enviou atrás de mim falhou. O que o faz pensar que você teria sucesso?

-Eu o localizei. Eu o apanhei. Com sua companheira. Regozijou-se o outro homem.

-Todo o mundo às vezes tem sorte. Ele virou para olhar em volta, indo cada vez mais para perto da rocha abria uma fenda de uns oitenta centímetros que a chuva e a erosão formaram. -Eu acho que a sua sorte acabou desta vez. Ele olhou mais uma vez a Vidal, enquanto dava um sorriso frio. -Será que sua sorte vai durar?

-Me dê a mulher ou os coiotes a encherão de buracos, Quatro. Minha paciência está acabando com seus insultos..

Grace estava tremendo nos braços de Matthias, mas a cada movimento que ele fazia, ela também ia com ele. As mãos dela agarraram o braço embrulhado ao redor de sua cintura e seu corpo estava tenso, preparado. Ele sentiu o cheiro do medo dela, mas também cheirou nela a vontade de viver.

Infelizmente, para viver, os inimigos dele tinham que morrer. Pensar em derramar mais sangue na frente dela era detestável para ele. Ele prometeu a ela que pararia de matar. Ele prometeu a si mesmo que pararia de matar por ela. Porém, o ciclo que o conselho começou não podia ser parado. Não por Matthias, não para qualquer deles.

-Logo vou mandarei atirar em sua cabeça, Vidal zombou. -E eu levarei sua mulher de seu corpo sem vida. Ouvir dizer que é muito doloroso para uma mulher depois de ter tido se acasalado com uma Raça, ser tocada por outro. Talvez eu tenha sorte e meu coiote esteja certo quando sentiu a possibilidade da fertilidade dela. Ela já está carregando o seu filhote de lobo no ventre?

-Talvez. Ele sentiu a surpresa de Grace de surpresa. Ela não estava carregando o filho dele, ele saberia disso pelo cheiro se ela já tivesse concebido. Mas pensar nisso poderia impedir os coiotes de apontar as armas para ela. -Mas você nunca saberá de uma forma ou de outra, Matthias assegurou. -Porque você estará morto.

-Eu escutarei os gritos dela, da mesma maneira que Benedikt e eu escutamos da última cadela que nós dissecamos para tirar o pirralho que ela levava, Vidal zombou. - O companheiro implorou pela vida dela, Matthias. Você implorará pela vida de sua companheira?

E o que foi da criança? Doce Deus, o que estavam fazendo esses monstros agora? Matthias se lembrou do olhar a companheira feminina.

Ela foi cortada em tantos lugares, fatiada em tiras. Não havia nenhum modo de saber o que os cientistas procuraram exatamente. Se eles tiraram m um feto com sucesso do corpo dela, entretanto... O estômago dele torceu ao pensamento.

Ele abaixou a cabeça o bastante para sussurrar: Eu amo você.

Os dedos dela apertaram o braço dele.

-Sussurrando suas despedidas? Vidal zombou.

Matthias se moveu.

Os dedos dele apertaram o gatilho, fogo irrompeu na noite, ao mesmo tempo que lançava Grace na fenda estreita na Rocha, então se virou e saltou atrás dela, o fogo pesado da arma dele ainda iluminando a noite, quando ele a puxou para sair.

Ele sentia cheiro de sangue atrás dele, mas ele também ouvia o os gritos enfurecidos de Vidal. Matthias puxou Grace para subir o pequeno desfiladeiro pequeno em vez de correr montanha abaixo.

Logo à frente estava um monte de pedregulhos. Se conseguisse alcançá-lo, poderia lutar tempo o suficiente até Jonas vir salvá-los.

Ele sentiu o relógio de pulso vibrando em resposta no pulso dele minutos antes. Jonas estava a caminho e ele não estava muito longe. O localizador no relógio só enviava um sinal de curto alcance. Ele não detectaria a resposta de Jonas a menos que ele estivesse dentro da área de alcance do radar do localizador do relógio.

Ele empurrou Grace para trás do monte de pedregulhos, praguejamento enquanto chovia balas em volta deles. Ele a jogou ao chão rochoso, enquanto ia para uma fenda entre os pedregulhos e começou a atirar para trás.

Uma mão esbelta puxou a Glock presa em no coldre da coxa dele. Percebendo a intenção dela, Matthias rapidamente retirou o pacote de munição do bolso traseiro, rezando para que ela soubesse usar a arma.

-Grace, se qualquer coisa me acontecer... Ele rosnou para ela.

-Fique calado e continue a atirar. Nada vai acontecer a você. A voz dela tremia apavorada.

Matthias avistou um soldado coiote se aproximando, usando as árvores como cobertura. Ele deu ao canalha a última chance de ficar no lugar, mas quando ele se moveu, Matthias atirou.

Um a menos, mas havia outros. E eles eram mais inteligentes sobre manter cobertura.

-Jonas está a caminho, ele disse a ela. -Nós apenas temos que manter nossa posição e continuar vivos. Nós ficaremos bem.

-Claro que nós vamos. A voz dela estava fraca, fina.

O cheiro de tiros encheu o ar, quando Matthias continuou atirando na escuridão, enquanto rezava para que tivesse sorte.

-Quatro, você está me dando raiva, o Vidal convocou. -Você sabe que castigarei a mulher por isto.

Surpreendentemente, foi Grace quem atirou. Ela estava ajoelhada aos pés dele, apontando baixo. Um grito de raiva de um coiote ecoou à noite. Ela obviamente acertou o que tinha mirado.

-Fique quieta no lugar e abaixada, ele ordenou a ela, enquanto via um rápido flash cinza se mover pela vegetação rasteira. Vidal tentava se sair do alcance de vista, o único ponto fraco da sua cobertura .

-Eu tenho as suas costas. O medo parecia fazer a voz dela tremer.

Matthias moveu à abertura atrás deles, saiu e esperou. Atrás dele, Grace atirava. Ocasionalmente um grunhido ou maldição era ouvido na escuridão. O cheiro de sangue era pesado no ar, mas o cheiro da deslealdade de Vidal era mais pesado e abundante.

Ele aproximou-se. Mais perto.

Matthias ergueu o rifle e olhou, esperou. Apenas um pouco à direita, ele pensou. Ele quase o pegou.

A cabeça acinzentada de Vidal espiou da árvore que o protegia e Matthias disparou. A bala silvou na noite, acertando a testa de Vidal e o canalha caiu.

Executores das Raças encheram a área ao mesmo tempo. Dúzias deles caíram do céu, deslizando para baixo por cordas de fibra sintéticas pretas suspensas do silencioso heli-jato preto, que pairava no ar acima deles.

Matthias acenou a cabeça para Jonas no tempo certo e voltou ao abrigo para recolher sua companheira.

 

Grace nunca pensou muito na morte. Seus pensamentos desde que conheceu Matthias eram cheios de sonhos para o futuro e plano de mostrar-lhe todas as pequenas dificuldades de ser parte de uma família. Mas quando sentiu a bala rasgar seu peito, a morte falou mais alto em sua mente.

Estranhamente, não era dor que ela sentia. Estava frio, não quente. Parecia encher seu corpo de gelo em vez de queimar de dor como tinha imaginado. Ela estava entorpecida, mas capaz de se mover.

Ela tinha que se mover. Ela tinha que ajudar Matthias. Apenas desta última vez, ela tinha que fazer algo por ele.

Ela conseguiu tirar a arma do coldre dele e ajudou a conter os soldados coiotes, decidida a levar alguns pelo menos com ela se morresse. Matthias não podia ajudá-la até que aquilo fosse tratado, então ela lutou para esconder o choro que rasgava seu peito.

Não de dor. Ela estava entorpecida à dor, apenas ciente da dor. Ela queria chorar pelo que estava perdendo. Enquanto de sentia cada vez mais fraca, sentia que a perda de sangue entorpecia sua mente, ela pensava em deixar Matthias para sempre. Pensou na dor que ele sentiria quando ela se fosse.

Ela levou semanas para conseguir um sorriso dele e se lembrou do som que sua primeira risada trouxe a ela. Ela tinha o pressentimento que Matthias não teve muitas oportunidades de rir.

Quando Grace se deitou no chão olhando a fenda entre os pedregulhos, a arma soltou da sua mão e começou a chorar de dor.

Ela não queria deixá-lo. Ela queria vê-lo jogar futebol com seus irmãos. Ela queria ver a mãe dela exagerar em sua atenção com ele e notar a aprovação se seu pai sobre ele.

-Matthias, ela sussurrou, finalmente o sentiu ao seu lado novamente.

Os tiros tinham parado. Todos os coiotes estavam mortos? Ela esperava que sim. Ela os queria todos mortos.

-Grace. Grace! Ela ouviu o pânico na voz dele, senti as mãos percorrendo o corpo dela, sabia que ele viu o sangue.

Ela piscou os olhos para ele.

Choque, raiva, dor retorcia o seu rosto, enchiam seus olhos escuros e refletiram a mesma dor que a cortava. Ela odiava ver a dor em seu rosto.

O amanhecer estava chegando, iluminando o abrigo onde se escondiam, sombreando o rosto cicatrizado e seus incríveis olhos dourados.

Ele estava gritando. Ela ouvia os gritos dele, mas o que dizia não fazia sentido.

Ela levantou a mão para tocá-lo. Apenas um último toque. Oh Deus, ela não queria deixá-lo. Ela queria dormir com ele mais uma vez, ela queria o seu beijo de novo, sentir o seu toque mais uma vez.

-Matthias, ela sussurrou. Ela adorava o nome dele, adorava seu rosto, seu coração.

-Não permito você me deixar, Grace. Ele estava apertando algo contra seu peito. –Está me ouvindo? Não permito que me deixe.

Ele era tão arrogante. Ele estava gritando com ela, como se a sua recusa em deixá-la ir fosse tudo que precisasse.

-Grace. Eu juro por Deus, se você morrer, eu nunca vou vestir calça jeans. Eu nunca vou comer bolo. Vou atirar nos malditos jogadores de futebol. Não permito que você morra!

Ela sorriu. Ela estava tão feliz que não doeu. Isso era tão estranho, a dor deveria estar agonizante.

Eu te amo, Matthias, ela disse-lhe suavemente. -Como a terra ama a chuva, como as flores amam o domingo.

Ela estava tão cansada. Tão cansada e tão assustada. Ela não queria deixá-lo.

Sua respiração fraca enquanto as lágrimas que ela não podia esconder por mais tempo começaram a cair de seus olhos.

-Grace!Ele estava gritando para ela, enquanto os cílios dela tremiam. -Ah Deus, Grace, fica comigo! Fique comigo!

Ela estava tão cansada. Ela tocou o rosto dele, sentindo a mão dele agarrar seus dedos em sua áspera face, ela lutou para sorrir de volta para ele.

Como uma flor ama o sol... aquele pensamento vagou pela dela novamente. Ele a aquecia assim. O sol aquece as flores. -Eu te amo.

Ela não podia ficar com ele por mais tempo. Ela tentou. Ela tentou até que um grito estrondeante retumbou em sua mente foi silenciado, pois se sentia indo para longe dele, e não conseguia parar.

Quando seus olhos se fecharam uma escuridão profunda se apossou dela, ela jurava que ouviu um lobo chorar.

Matthias...

 

-Deixe o médico fazer o seu trabalho, Matthias! Jonas gritou na cara Matthias, puxando-o para afastá-lo de Grace.

Ela estava tão fraca. O cheiro do sangue dela estava em seu cérebro, uma dor profunda o golpeava muito mais forte que qualquer das surras recebeu nos laboratórios.

Matthias lutou como um animal selvagem para se soltar das Raças que o seguravam. Para chegar até Grace. Segurá-la contra ele.

-Você maldito lobo sarnento, ouça-me. O antebraço de Jonas fechou-se com força na garganta de Matthias, levando sua cabeça contra a rocha.

Matthias soltou outro horrível uivo de dor.

-Ela está viva, Matthias, mas se você não se acalmar, nós não poderemos ajudá-la. Você me entende? Nós não poderemos ajudá-la.

Olhos prateados de Jonas cintilaram na luz do amanhecer, a expressão selvagem da Raça de Leão que estava ajudando a conter Matthias, finalmente se revelou.

-Jonas! Grace...

-Matthias, me ajude a não ficar selvagem, Jonas rosnou, os caninos brilhando perigosamente.- Ela está viva. Se vamos mantê-la viva, temos que sair rápido e você têm que manter sua cabeça fria.

O braço prendeu com força sua garganta fortemente, quando Matthias lutou novamente contra ele.

-Você pode manter sua maldita cabeça fria, Matthias? Jonas gritou na cara dele.

-Contanto que ela respire, ele gritou de volta.

-Bom! Vamos indo. Jonas o soltou, e só então Matthias viu a cesta na qual Grace foi presa e o médico trabalhava intensamente para mantê-la viva.

-Salte dentro, Jonas o empurrou para a grande cesta metálica usada para resgatar e transportar os feridos em terra para o heli-jato pairado acima deles. –Vão você e o médico. O hospital foi notificado e os Drs. Armani e Morrey estão a caminho.

Matthias segurou o lado do cesto, enquanto se ajoelhava ao lado de Grace, o médico no outro lado. Um intravenoso foi preso ao seu braço, uma compressa em seu peito. Deus Amado, eles tinham atirado no peito. Ele sentiu que a dor se transformava em fúria em seu interior, sabendo que podia perdê-la e não suportaria a dor disto.

Ela tinha que viver. Sem ela, ele nunca se aqueceria de novo.

Enquanto as Raças que esperavam no heli-jato de transporte seguraram a cesta, o zumbido do heli-jato ficou mais alto.

Ele ouviu o relatório que o médico transmitia para o hospital na cidade de New York. Os órgãos vitais dela, o local da ferida e sua profundidade. Ela estava no oxigênio e transfusão de sangue. Os cirurgiões já os esperavam e os doutores das Raças estavam em transito aéreo a caminho do hospital.

Em poucos minutos estavam aterrissando e afastaram Grace do lado dele. A carregaram em uma maca e se apressaram em correr do telhado do hospital para a sala de cirurgia, quando outro heli-jato aterrissou e desembarcaram dois médicos, que embarcaram num vôo em Virgínia apenas alguns minutos após o de Jonas.

O Dr. Armani e a Dra. Morrey correram pela área de aterrissagem e seguiram a maca de metal.

Dentro de segundos, os heli-jatos decolaram e deixando Matthias sozinho.

Ele ficou no telhado do hospital, olhando em volta, às luzes piscando, os edifícios altos como sentinelas em volta deles, e senti uma imensa solidão encher sua alma.

Eles tinham levado Grace para longe dele. Por causa dele, ela estava ferida, talvez morrendo. Sozinha.

Matthias olhou para suas mãos cheia de cicatrizes e viu o sangue dela, ouviu o soluço sufocante em sua garganta. Ele estava perdido.

Ele olhou novamente em volta do telhado e percebeu claramente em seu interior, sem Grace, ele estava simplesmente perdido.

 

Joe Anderson entrou na sala de espera da cirurgia, sua esposa, filhos com suas famílias logo o rodearam. Ele o conheceu no momento em que viu o jovem que Jonas Wyatt disse para procurar.

Vestindo roupa de couro, sujo de sangue, seu rosto coberto pelas mãos enormes, com o longo cabelo preto fluindo em volta dele.

Ele estava sentado sozinho. As outras famílias que aguardavam notícias sobre os seus entes queridos do outro lado da sala olhavam cautelosos o jeito dele.

Matthias Slaughter.

Grace falou sobre Matthias, naturalmente. Não considerou o que ele era, ou sobre o ar de perigo que o cercava. Ela contou-lhe coisas que só uma mulher pensaria. Coisa como sua tristeza, sua cautela, e como ele a fazia se sentir. Joe suspirou fortemente.

Este homem fez sua filha se sentir viva.

Grace disse, ‘como se houvesse aventura em volta de qualquer esquina, Papai. E ela tinha rido. Mas ele ouviu o amor naquela risada.

Este era o homem de sua filha. Isso o fazia da família. Não importa até quando.

A cabeça de Matthias ergueu e a face cicatrizada olhou em volta, enquanto afastava o longo cabelo do seu rosto. Ele era uma figura imponente. Levantando-se, Matthias foi até as janelas, olhou fora, foi até uma mesinha, se sentou e tentou se esconder na penumbra da sala.

Joe viu o esforço do homem para ficar invisível e o aborreceu. Jonas não disse muito sobre este executor de Raça de Lobo, mas o Joe aprendeu a ler nas entrelinhas anos atrás. O que sentiu em vez de ouvir, o fez lamentar pelo jovem.

Joe lutou contra o medo e raiva ao pensar na filha na mesa de cirurgia, com uma bala no peito, correndo o risco de morrer.

“Papai, eu amo você como as flores amam o sol. E você sabe que elas amam sol? Por ele, elas se abrem no tempo certo e espalham suas pétalas como braços. Você notou isso, Pai? Elas abraçam o sol, porque as mantêm seguras e aquecidas. É por isso que eu amo você, pai, eu adoro seus abraços. Você me mantém segura e aquecida.”

Ele teve que piscar as lágrimas ao lembrar o passado, apenas dez anos, tentando lisonjeá-lo do modo dela quando tinha problemas na escola. Grace foi a filha selvagem dele. Ela lutava, esmigalhado, escalado arvores e saltado na água que geralmente cobria a cabeça dela. Da mesma maneira que ela agora.

E da mesma maneira que ele sempre soube que ia acontecer, ela escolheu um homem forte para ela seguir nas aventuras.

Grace amava aventura. Ela se continha agora, trabalhou duro e nunca entrou em dificuldade. Mas ela ainda gostava de escalar árvores e ela ainda gostava das águas profundas.

-Lá está ele. Joe por que você está fazendo parado aqui? A esposa dele, Janet, com suas formas ainda elegantes, não escondia o medo pela filha e a preocupação pela Raça que a filha deles falou tanto.

Matthias Slaughter estava manchado de sujeira e do sangue da filha deles e sua expressão era desfigurada, quase selvagem. Olhar para ele quebrou o coração de Joe.

Como Joe ficou ali, Janet e suas três noras o deixaram sozinho com os três filhos silenciosos. Os irmãos mais velhos de Grace estavam iguais ao pai. Eles olhavam e avaliavam Matthias.

Joe olhou para eles e soube que seus meninos viam o mesmo que ele via. Um homem quase destruído. As Raças viveram horrivelmente em laboratórios. Se o que Jonas Wyatt disse, que se alguém passou por qualquer tipo de sofrimento, então aquela Raça viveu no inferno assim como outras Raças também tinham vivido.

Se ele amasse Grace como Wyatt disse que esse homem amava, então o medo que sentia agora devia se imenso.

Ele viu quando Janet, se endireitou, ajeitou o cabelo acinzentado na altura dos ombros e em sua figura delicada, caminhou decidida em direção daquela Raça.

A cabeça do homem se levantou e os olhos dele estavam cheios de raiva e dor, quando encarou Janet. Joe soube o momento que Matthias percebeu quem era ela. A expressão dele ficou mais tensa, os olhos avermelhados ficaram úmidos e ele sussurrou asperamente, rosnando bravo.

-Ela é minha luz de sol...

Joe soube naquele momento, Matthias Slaughter era da família.

 

MATTHIAS não estava pronto para a família de Grace. Eles estariam bravos, enfurecidos com o perigo que ele trouxe à sua filha. Não haveria como comprar ou ameaçar para ter a aceitação deles agora.

Se ela vivesse, eles exigiriam que saísse imediatamente da vida dela e por Deus, ele não poderia culpá-los.

Ele fitou suas mãos. Ele não podia lavar o sangue de Grace delas, era tudo que tinha para mantê-la junto com ele, o sangue dela cobrindo sua carne, lembrando-o que o seu amor não foi um sonho. Foi real. Tão real como a luta que ela empreendia por sua vida agora.

Quando ele levantou os olhos para a figura que se aproximava da mesa, ele imediatamente confundiu com os olhos de Grace. Olhos suaves, cinzas, cheios de lágrimas em um rosto marcado de linhas.

-Matthias, sou a mãe de Grace. Sua voz era suave, com um sussurro da aceitação e seu coração apertou de dor.

Ele nunca esperou o que aconteceu a seguir. As lágrimas desceram dos olhos cinza suaves, enquanto ela o abraçava e apoiava a cabeça contra seu ombro forte.

Seus braços a apertaram, quando ela começou a chorar. Seus olhos levantaram para as outras mulheres em volta dele, e para os homens que o olhava silenciosamente.

Não havia nenhuma condenação. Todos olhavam para ele com compaixão, especialmente o homem mais velho, o pai, cujos olhos estavam vermelhos de lágrimas contidas.

-Desculpa. No fundo da alma estava tão desolado e pesaroso que não havia desculpa por ela ter sido baleada em vez dele. Ele daria sua vida para estar no lugar dela. Tinha oferecido sua vida a Deus para levá-lo no lugar dela. Orou, negociou e implorou, ao Todo-Poderoso para não levar sua Luz de Sol.

O pai assentiu. Então se adiantou, tirou sua esposa do abraço do Matthias, puxou cadeiras da mesa para ambos, e o fez se sentar com a família. Como se ele não fossem um inimigo. Como se fosse importante conhecê-los.

-Não é a primeira vez que ela faz uma cirurgia. Joe limpou a garganta, enquanto se sentava ao lado de sua esposa e a envolvia no seu abraço.

-Lembra-se de quando ela tinha seis anos, Janet? Limpou a garganta quando Matthias o olhou confuso. -Caiu de uma árvore e teve uma hemorragia interna. Pensei que nós íamos perdê-la então. Os três filhos assentiram, as mulheres deram sorrisos envergonhados.

Matthias os encarou. -Eu tenho dinheiro. Ele apertou as mãos sobre a mesa. -Eu tenho algumas conexões pequenas. Eles o encararam interrogativamente. -Eu sei que não a protegi bem desta vez. Ele encarou o sangue em suas mãos. -Eu farei melhor. Ele ergueu o olhar ao pai. –Vou fazer tudo certo..No futuro farei o meu melhor. Apertou a mandíbula. Ele jurou a si mesmo que imploraria se tivesse uma chance de falar com o pai dela. - Não a tire de mim.

Joe piscou, abaixou a cabeça dele e tremeu isto.

-Eu não deixarei isto acontecer novamente. Joe ergueu os olhos dele uma vez mais. -Matthias.

-Eu não posso viver sem ela. Ele pretendia implorar, mas sua voz soou um rosnado furioso. –Ela ficaria dividida entre nós. Eu não quero isto.

-Matthias. Era Janet que estendeu a mão para ele. Ela colocou a mão dela na dele, em cima do sangue de Grace, e o encarou.

-Nós todos amamos Grace. E se ela te ama, então você é da família. Você não compra aceitação, filho. Você não barganha por ela. É aceito ou não é. Você a ama, então vamos aceitá-lo por isso. Porém, sabemos que ela te ama. Devido a isso, você agora é da família.

-Você não me conhece. Ele agitou a cabeça, apavorado e confuso, eles tinham que odeia-lo.Eles tinham que estar escondendo, por causa de Grace.

-Todos nós vamos te conhecer. Joe falou em voz de advertência.

Matthias gravou isto. Era uma advertência. Ele sabia como lidar com isso.

Ele se voltou para o pai, cujos lábios subitamente se curvaram com o conhecimento oculto. -Acredite em mim, todos nós vamos conhecer uns aos outros. Grace vai cuidar para que isso aconteça.

Ele podia aceitar isso. Matthias acenou a cabeça antes de afastar sua mão do toque da mãe de Grace. Ele respirou profundamente, olhando envolta da sala, então gelou quando o Dr. Armani, o médico chefe e cientista Raça de Lobo, entrou na sala com a sua colega felina, Elyiana Morrey.

Ele se levantou e foi rápido até eles. Suas expressões eram pálidas, seus jalecos de médico amassados, o esgotamento enchia suas feições.

-Nikki. Ele andou em direção a eles, então congelou novamente.

Eles o olharam calmamente, seus olhos fixos encararam a família, que finalmente vieram também até os médicos.

Matthias esteve orando nas últimas horas. Ele negociou com Deus. Ele implorou apenas por mais uma chance e ofereceu sua vida pela dela. Ele suplicou ao Ser que não o havia criado, mas um Ser que Matthias rezou para que o abençoasse.

-Foi por pouco, disse Nikki finalmente, com um sorriso iluminando suas feições sombrias e exóticas. -Mas ela está viva, Matthias...

 

                          Dois meses depois

-Eu disse a você que usasse calças jeans. Grace estava rindo dele, os olhos cinza brilhando de felicidade, enquanto lágrimas de alegria rolavam pela face dela. -Eu não o avisei para usar calças jeans?

-Cala a boca, Grace, ele rosnou, enquanto tentava retirar a calça de couro encharcada e grudada nas pernas dele no meio do quarto deles pingando de suor e cheio de dor. -Esses seus irmãos são uns loucos infernais, ele rosnou violentamente. -Eu já te disse que eles são uns malditos loucos? A voz dele era de acusação.

Ela continuava a rir. Ela estava rolando no chão, com a mão no estômago, se dobrando e lutando para respirar e ainda rindo dele.

Ela já estava curada do ferimento que teve na noite que os coiotes os atacaram. Foi um progresso lento, até que Dr. Armani lhe fez uma transfusão nela com o sangue doado por Matthias.

Depois disso, a recuperação dela for rápida. Embora o sangue que eles deram a ela na cirurgia salvou-lhe a vida, o corpo dela tentou rejeitar o sangue. As características únicas dos hormônios no corpo dela lutaram contra o sangue e lutaram contra a recuperação dela, até que o sangue de Matthias foi adicionado ao dela.

Não deveria ter funcionado. Seus tipos sanguíneos não combinavam e seu sangue de Raça deveria ter sido um veneno instantâneo na circulação sanguínea dela. Em vez disso, no momento que o sangue dele entrou na corrente sanguínea dela, ela começou a se recuperar.

Agora, dois meses depois, ela estava rolando o traseiro no chão, rindo dele, porque estava coberto de lama suja e preso dentro das imundas e malditas calças de couro.

-Eu lhe falei, use calças jeans, ela o lembrou,se endireitando finalmente. –Ai meu Deus! Matthias, você precisa de um banho. Deu outra gargalhada, quando um grande naco de lama grudenta caiu do rosto dele.

Ele olhou furioso para ela.

-Pobre pequeno lobo, ela sussurrou, quando ele chutou as calças finalmente de libertando dela, ficando nu. E se excitou. Horrivelmente excitado. Ele tinha sentido o calor de acasalamento o envolvendo na última semana, o atormentando com desejo quente de possuir ela. Provar sua carne e tocá-la.

Nas semanas desde a sua cirurgia, como se o corpo dele soubesse que o dela precisava se curar, o desejo foi leve dentro dele. Agora estava queimando por dentro com um fogo feroz e o cheiro do desejo dela encheu a cabeça dele.

Os cílios dele abaixaram, enquanto olhava faminto para o short e a camiseta que ela usava.

-Tome banho comigo. Ele foi até ela, o corpo tenso de fome de sexo. Ele estava assim há dias e ela o estava matando de desejo. Se ele não a tocasse, a possuísse, ele enlouqueceria.

Ela lambeu os lábios e afastou os longos cabelos do rosto dela num gesto cheio de sensualidade.

Grace não esquecia por um segundo o que ela quase havia partido. Ao longo dos últimos dois meses ela fez Matthias tornar-se parte integrante de sua família, de modo que, se o pior acontecesse, ele não estaria sozinho.

Ele brigou com ela, é claro. Ele sabia o que estava fazendo. Mas quando ela acordou no quarto do hospital, e viu seu rosto pálido, magro, suas feições agonizadas e a dor nos olhos dourados, ela soube. Se ela tivesse morrido, Matthias não demoraria a ir logo atrás dela. Sua alma era uma parte dela. Ela se perguntava, mesmo agora, se qualquer um dos dois sobreviveria sem o outro.

Deus como ela o amava.

Ela se inclinou contra o seu tórax suado e enlameado, fechando os olhos, sentindo seu calor a envolvê-la. Ela o amava como as flores amam o sol. Eles se abraçaram, atraídos no seu calor, e aqueceram- se em aceitação. Foi o que ela fez com Matthias.

Suas mãos deslizaram por seus poderosos braços, quando eles a envolveram, as mãos dele agarraram a bainha da sua camiseta e a retirou do corpo dela.

Deixando o tecido de lado, seus lábios imediatamente foram para a marca no ombro dela.

-Como as flores amam o sol, ele sussurrou em seu ouvido, repetindo o que ela pensou. -É como eu te amo também, Grace. Eu não posso sobreviver sem o seu carinho. Sem o seu amor.

Ela virou a cabeça para trás o olhando, se inclinou e aceitou seus lábios, abriu a boca para a língua dele quando entrou na boca dela. Mel e tempero doce. Esse era o gosto do beijo dele e ela adorava aquilo. A língua dela envolveu a dele, sugou o hormônio das glândulas inchadas de sua boca e ela deixou o fogo do desejo a envolver.

Beijando-a e tocando-a, Matthias a ergueu nos braços e a levou ao chuveiro. Ele não tirou os lábios da boca dela enquanto ligava a água.

Ele bebia o hormônio de dentro da boca de Grace, compartilhou o gosto dele com ela, então a ergueu em baixo do jato de água.

As portas de vidro se fecharam atrás deles, os envolvendo na intimidade vaporosa, enquanto as mãos dele tocavam o corpo dela. Os lábios dele se moveram do pescoço para o seio dela. Logo abaixo da clavícula, ele lambeu as cicatrizes que a cirurgia tinha deixado.

Elas estavam ainda um pouco macios, mas o golpe de sua língua foi como a luz do sol. Grace levantou-se contra ele, ela mesma inclinou sua cabeça para trás, a água correu por seus longos cabelos, por seu rosto, seu pescoço, e para os lábios dele que foram das cicatrizes para os mamilos dela.

Ele chupou fortes as pontas duras, sugou profundamente dentro de sua boca, rosnou de prazer enquanto ela esfregava sua perna contra a sua coxa. Os pelos minúsculos, quase invisíveis que cobriam a coxa dele, macios como o roçar suave da seda, a acariciou entre as pernas.

As mãos dela ainda não estavam quietas e nem os lábios dele. Quando ele chupou ao mamilo dela, raspou os bicos com os dentes, ela levantou a cabeça e o beijou na sobrancelha. Suas mãos alisaram os ombros, na parte mais musculosa.

Desejo e prazer a encheram Prazer exagerado, forte que apertou o útero dela e fez ficar sem fôlego com o peso das sensações.

Ela sentiu falta disto. Sentiu falta de suas carícias, do seu beijo, do calor de fluindo sobre ela e através dela, até não saber onde ele começava e onde ela terminava. Ele era o seu sonho, ele era a aventura dela. Era a Luz de Sol dela.

-Pobre Grace, ele sussurrou contra seu seio. -Eu posso cheirar o quanto você está quente, como doce.

-Então, resolva isto, exigiu arquejando, curvando-se para trás contra a parede do chuveiro, enquanto ele sugava seus seios, seguido por um rosnado faminto.

Ela adorou aquele rosnado. Um pequeno estrondo, uma vibração secreta de prazer. Ela conseguia distinguir os sons. Matthias rosnou muito. Especialmente quando ele alcançou as dobras úmidas e macias do sexo sela.

-Oh, Deus. Ele estremeceu ao tocá-la na fenda molhada. Ele fez muito isso, também. -Eu poderia comer você por horas. Por dias. Sua língua lambia gulosa pela pequena fenda, circulou o clitóris e sentiu o tremor dela.

Como ela poderia ter a pretensão de aguentar quando ele fez aquilo? Quando a língua dele a lambeu e acariciou, enviando uma corrente de tensão elétrica por ela?

-Eu acho que não posso aguentar por muito tempo, ela arquejou, sentindo os sucos em excessos crescerem entre suas pernas.

Ela doía por ele. Dolorida com uma necessidade que era além do calor de acasalamento que queimava de fome, de desejo entre eles, um desejo que foi até dentro de sua alma. Ela o queria novamente dentro dela. Ela queria aquela afirmação, aquela prova que eles estiveram vivos e juntos.

-Você não tem de resistir muito tempo, Grace, ele gemeu, seus dedos abriram a pequena fenda, sua carne sensível enquanto ele passava a língua no seu clitóris.

A sensação a fez se contorcer nervosa e sem fôlego, correu por seu ventre, fazendo-a se arquear-se erguendo o ventre para mais perto, quando o desejo do orgasmo começou a trovejar em seu útero. Em seu ser. Ela estava desesperada. Ele não sabia que ela estava louca por isto agora?

-Já faz muito tempo, ela gritou, quando sentiu que os dedos grossos dele se enfiar nela em vez do comprimento grosso do seu membro.

Aquilo era bom. Era perversamente bom, sentir os dedos dele a acariciando por dentro, abrindo sua vagina e esfregando contra a sensível carne. Mas não era o bastante. Não era o suficiente para sua fome.;

Até mesmo quando os dedos deslizaram profundamente no sexo dela e acariciaram dentro das dobras macias, ela implorou por mais. A língua dele lambeu ao redor do clitóris, o que fez sua vagina se contrair cheia de desejo agonizante. Enquanto todos os nervos de seu corpo se agitava com a necessidade pela libertação do desejo.

Ele encaixou os lábios no botão do clitóris, o puxou para dentro de sua boca e chupou com calor firme e o resultado foi terrível. Grace explodiu de prazer, o orgasmo clitoriano, correu atravez por ela, fazendo-a contrair os músculos internos da vagina e fazendo-a fincar as unhas nos ombros dele, enquanto ele subia sobre ela.

As contrações violentas do orgasmo ainda estavam estremeciam pelo corpo dela, quando ele agarrou as suas coxas e a ergueu.

Grace enrolou suas pernas envolta dos quadris dele por instinto, forçou-se a abrir os olhos tontos de prazer, quando ele enfiou a cabeça do membro na entrada sua vagina.

-Amo você, ele gemeu sufocado, enquanto começava a penetrar dentro dela, o suave fluido pré-seminal a enchendo, sensibilizando-a ainda mais. –Como a flor ama o sol, e a terra ama a chuva. Você é a minha vida, Grace Anderson Slaughter.

Ela sentiu que seu coração se derretia por ele de novo. Isso acontecia pelo menos uma dúzia de vezes por dia, e era sempre diferente, revigorante, sempre novo.

-Amo você, ela suspirou, quando ele continuou a escorregar para dentro dela, abrindo-a para ele, queimando-a. - Você é a minha alma, Matthias. O meu sol e a minha chuva. Suas costas se arquearam, quando ele enfiou sua ereção totalmente dentro dela.

Grace sentia os músculos internos se contraindo, apertando envolta da verga grossa, enviando fragmentos brilhantes de intenso que corria por ela. Eles queimaram as terminações nervosas dela, se entranhando na alma e no corpo dela.

Palavras não eram mais necessárias agora, só gritos sufocados de prazer e muitas estocadas fortes e a aceitação do desejo ardente correndo por eles. Seu membro a fodia num ritmo acelerado de vai-vem dentro dela, a cutucadas fortes no fundo da vagina eram golpes deliciosos. Grace enlouquecida se retorcia em sua posse, indo ao seu encontro, o prendendo, o engolindo, o acariciando com sua vagina, apertando com seus músculos vaginais o comprimento duro de sua verga grossa, até que ela começou a tremer em seus braços.

Ela sentia seu orgasmo chegando agora. Estava apertando em seu ventre, através de seus músculos vaginais. O clitóris inchou e os mamilos ficaram mais duros, quando ele se roçou contra seus seios. Ela estava em chamas. Queimando, tremendo, apesar da água do chuveiro que corria sobre eles,o orgasmo explodiu enquanto ela gritava o seu nome nos braços dele.

O êxtase libertador dele seguiu ao dela. O engrossamento no centro do membro espalhou-se dentro dos músculos vaginais sensíveis, que se contraíram em espasmos de prazer e ordenharam fortemente a carne dura dele, que o fez soltar um rosnado áspero de prazer. A inchação adicional não afetou o comprimento inteiro do membro, só engrossou toda a extensão que já estava profundamente enterrada na vagina delicada, trancando-o definitivamente dentro dela.

A explosão dos jatos de sêmem dentro dela provocou outro orgasmo, mas não tão feroz ou forte. Este foi mais doce, o prazer doce correndo por ela antes de explodir no fundo do útero e espalhando por todo corpo.

Quando tudo terminou, Grace ainda ficou apertada contra a parede do box, enquanto Matthias tremia contra ela. Água fresca borrifava sobre seus corpos muito quentes, levando a camada de suor que os cobria, mas fazendo muito pouco para acalmar o calor que enchia seus corpos.

As mãos dela acariciaram os ombros dele e o beijou no pescoço. Grace o segurava a ela, ainda o segurando forte dentro da vagina absorvendo as estocadas finais do membro e cada jato de sêmem.

Com cada espasmo, vinha um jato, o membro duro dentro dela contraindo, pulsando, e enviou tremores de resposta correndo por dela. Tal como mini-orgasmos começaram de novo em seu ventre. Com cada espasmo de prazer que sentia, ela automaticamente apertava a verga com a vagina, a espremendo e isso provocava outro pulso de orgasmo nele para explodir dentro dela de novo. De modo que ele tremia e gemia nos braços dela sentindo um prazer sem fim.

-Isto é o êxtase, ele sussurrou em seu ouvido. -Isso, Grace, é o lar.

Ela sentiu lágrimas enchendo seus olhos. Lar. Matthias finalmente tinha um lar, e era ela. Ela enterrou a cabeça contra o ombro largo dele e agradeceu a Deus por ter encontrado a Raça dela.

-Valeu à pena esperar por isso, ela arquejou minutos depois, quando a inchação do membro dele retrocedeu e ele se deslizou para fora dela gemendo.

-Eu não vou aguentar ter que lidar com isso novamente, ele informou com a respiração forte e pesada, enquanto erguia a mão e tocava a cicatriz no peito dela. -Nunca mais, Grace.

A mão dela cobriu a dele. -Eu sempre serei uma parte de você, Matthias. Não importa o que aconteça. Da mesma maneira que você sempre será uma parte de mim.

Ele concordou com a cabeça. -Eu consegui um trabalho no hotel. Eu sou o Gerente Geral de Segurança. Você será a Subgerente e recebi todas as garantias que você será promovida a Gerente em pouco tempo. Nós vamos viver uma boa vida, tranqüila e sossegada de agora em diante. Você me entendeu?

Ele era tão arrogante. Tão dominador.

Grace sorriu. -Eu ainda consigo escalar uma árvore.

 

                                                                                Lora Leigh  

 

                      

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